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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021


PRESIDENTE
Desª. CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO
VICE-PRESIDENTE
Des. RONALDO MARQUES VALLE
CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA
Desª. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA
CONSELHO DA MAGISTRATURA
Desª. CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO Desª. EZILDA PASTANA MUTRAN
Des. RONALDO MARQUES VALLE Desª. ROSI MARIA GOMES DE FARIAS
Desª. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA Desª. EVA DO AMARAL COELHO
Desª. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

DESEMBARGADORES
MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE
RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO
LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR MAIRTON MARQUES CARNEIRO
VÂNIA VALENTE DO COUTO FORTES BITAR CUNHA DIRACY NUNES ALVES EZILDA PASTANA MUTRAN
RAIMUNDO HOLANDA REIS RONALDO MARQUES VALLE MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA
VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA GLEIDE PEREIRA DE MOURA ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR
MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO ROSI MARIA GOMES DE FARIAS
RICARDO FERREIRA NUNES MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO EVA DO AMARAL COELHO
LEONARDO DE NORONHA TAVARES ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO


Plenário da Seção de Direito Público Plenário de Direito Público
Sessões às terças-feiras Sessões às segundas-feiras
Desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento Desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento
Desembargadora Célia Regina de Lima Pinheiro Desembargadora Diracy Nunes Alves
Desembargadora Diracy Nunes Alves (Presidente) Desembargador José Maria Teixeira do Rosário (Presidente)
Desembargador José Maria Teixeira do Rosário Desembargador Luiz Gonzaga da Costa Neto
Desembargador Roberto Gonçalves de Moura
Desembargador Luiz Gonzaga da Costa Neto
Desembargadora Ezilda Pastana Mutran
Desembargadora Maria Elvina Gemaque Taveira
Desembargadora Rosileide Maria da Costa Cunha
SEÇÃO DE DIREITO PENAL
SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO Plenário da Seção de Direito Penal
Plenário da Seção de Direito Privado Sessões às segundas-feiras
Sessões às quintas-feiras Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre
Desembargador Constantino Augusto Guerreiro Desembargador Rômulo José Ferreira Nunes
Desembargador Ricardo Ferreira Nunes (Presidente) Desembargadora Vânia Valente do Couto Fortes Bitar Cunha
Desembargador Leonardo de Noronha Tavares Desembargador Raimundo Holanda Reis
Desembargadora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães Desembargadora Vânia Lúcia Carvalho da Silveira
Desembargadora Gleide Pereira de Moura Desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos
Desembargadora Maria do Ceo Maciel Coutinho Desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior
Desembargadora Maria Filomena de Almeida Buarque Desembargador Ronaldo Marques Vale
Desembargador José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior Desembargador Maria Edwiges de Miranda Lobato
Desembargadora Eva do Amaral Coelho Desembargador Mairton Marques Carneiro (Presidente)
Desembargadora Rosi Maria Gomes de Farias

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO


Plenário de Direito Privado 1ª TURMA DE DIREITO PENAL
Sessões às segundas-feiras Plenário de Direito Penal
Desembargador Constantino Augusto Guerreiro Sessões às terças-feiras
Desembargador Leonardo de Noronha Tavares Desembargadora Vânia Lúcia Carvalho da Silveira (Presidente)
Desembargadora Maria do Ceo Maciel Coutinho Desembargador Maria Edwiges de Miranda Lobato
Desembargadora Maria Filomena de Almeida Buarque Desembargadora Rosi Maria Gomes de Farias
Desembargador José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior (Presidente)

2ª TURMA DE DIREITO PENAL


2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO
Plenário de Direito Penal
Plenário de Direito Privado Sessões às terças-feiras
Sessões às terças-feiras
Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre
Desembargador Ricardo Ferreira Nunes
Desembargador Rômulo José Ferreira Nunes
Desembargadora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães (Presidente)
Desembargadora Vânia Valente do Couto Fortes Bitar Cunha (Presidente)
Desembargadora Gleide Pereira de Moura
Desembargador Ronaldo Marques Vale
Desembargadora Eva do Amaral Coelho

1ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO 3ª TURMA DE DIREITO PENAL


Plenário de Direito Público Plenário de Direito Penal
Sessões às segundas-feiras Sessões às quintas-feiras
Desembargadora Célia Regina de Lima Pinheiro Desembargador Raimundo Holanda Reis
Desembargador Roberto Gonçalves de Moura (Presidente) Desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos (Presidente)
Desembargadora Ezilda Pastana Mutran Desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior
Desembargadora Maria Elvina Gemaque Taveira Desembargador Mairton Marques Carneiro
Desembargadora Rosileide Maria da Costa
SUMÁRIO
PRESIDÊNCIA 10
CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA 15
COORDENADORIA DOS PRECATÓRIOS 34
SECRETARIA JUDICIÁRIA 35
TRIBUNAL PLENO 40
SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO 66
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO- UPJ 161
CEJUSC
PRIMEIRO CEJUSC BELÉM 431
SEÇÃO DE DIREITO PENAL 432
TURMAS DE DIREITO PENAL
3ª TURMA DE DIREITO PENAL 515
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PENAL - UPJ 520
COORDENADORIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTE DE TRÂNSITO 521
SECRETARIA DA 11ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 555
SECRETARIA DA 12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 560
SECRETARIA DA 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 585
SECRETARIA DA 2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 596
SECRETARIA DA 3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 613
SECRETARIA DA 4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 615
SECRETARIA DA 5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 625
SECRETARIA DA 6ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 658
SECRETARIA DA 7ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 678
SECRETARIA DA 8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 700
SECRETARIA DA 9ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 723
SECRETARIA DA 10ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 770
SECRETARIA DO 2 JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DE BELÉM 782
UPJ DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA CAPITAL - 4 JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 784
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ICOARACI 792
SECRETARIA DA VARA DO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA 794
SECRETARIA DA VARA DO 3º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA 800
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE ANANINDEUA 810
SECRETARIA DA VARA DO 2º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA 813
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE MARITUBA 851
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE SANTA BÁRBARA 854
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CIVEL DE CASTANHAL 858
COORDENAÇÃO GERAL DA UPJ DAS TURMAS RECURSAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DA CAPITAL - UPJ
TURMAS RECURSAIS 859
SECRETARIA DO 1 JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DE BELÉM 968
DIVISÃO DE REGISTRO DE ACÓRDÃOS E JURISPRUDÊNCIA 970
SECRETARIA DE GESTÃO DE PESSOAS 972
FÓRUM CÍVEL
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 2 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 973
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 3 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 988
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 4 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1053
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 5 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1054
SECRETARIA DA 6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL 1097
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 7 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1121
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 8 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1170
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 9 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1199
SECRETARIA DA VARA DE CARTA PRECATÓRIA CÍVEL DA CAPITAL 1205
SECRETARIA DA 1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA CAPITAL 1219
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 1 VARA DE FAMÍLIA 1226
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 2 VARA DE FAMÍLIA 1281
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 3 VARA DE FAMÍLIA 1282
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 4 VARA DE FAMÍLIA 1380
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 5 VARA DE FAMÍLIA 1406
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 6 VARA DE FAMÍLIA 1417
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 7 VARA DE FAMÍLIA 1420
SECRETARIA DA 1ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL 1499
SECRETARIA DA 3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL 1501
UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 4 VARA DA FAZENDA 1542
SECRETARIA DA 4ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA CAPITAL 1553
UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 1 VARA DA FAZENDA 1555
UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 2 VARA DA FAZENDA 1599
UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 3 VARA DA FAZENDA 1684
UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 5 VARA DA FAZENDA 1685
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - EDITAIS 1693
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 10 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1695
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 11 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1716
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 12 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1769
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 13 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1792
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 15 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1797
FÓRUM CRIMINAL
DIRETORIA DO FÓRUM CRIMINAL 1834
SECRETARIA DA 1ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 1836
SECRETARIA DA 2ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 1837
SECRETARIA DA 3ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 1905
SECRETARIA DA 4ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 1906
SECRETARIA DA 5ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 1915
SECRETARIA DA 6ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 1919
SECRETARIA DA 7ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 1923
SECRETARIA DA 8ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 1927
SECRETARIA DA 10ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 1928
SECRETARIA DA 12ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 1975
SECRETARIA DA 3ª VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI 1986
SECRETARIA DA 4ª VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DE BELÉM 1987
SECRETARIA DA 13ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 1994
SECRETARIA DA 1ª VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 2010
SECRETARIA DA 2ª VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 2028
SECRETARIA DA 3ª VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 2030
SECRETARIA DA VARA DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO 2031
SECRETARIA DA VARA DE CARTA PRECATORIA CRIMINAL 2049
SECRETARIA DA 1ª VARA DE CRIMES CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 2058
FÓRUM DE ICOARACI
SECRETARIA DA VARA DE FAMILIA DISTRITAL DE ICOARACI 2061
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DISTRITAL DE ICOARACI 2063
SECRETARIA DA VARA DE INFANCIA E JUVENTUDE DISTRITAL DE ICOARACI 2070
SECRETARIA DA 2ª VARA CRIMINAL DISTRITAL DE ICOARACI 2078
SECRETARIA DA 3ª VARA CRIMINAL DISTRITAL DE ICOARACI 2089
FÓRUM DE MOSQUEIRO
SECRETARIA DA VARA CIVEL E CRIMINAL DISTRITAL DE MOSQUEIRO 2092
FÓRUM DE ANANINDEUA
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ANANINDEUA 2096
SECRETARIA DA 1ª VARA DE FAMÍLIA DE ANANINDEUA 2127
SECRETARIA DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE ANANINDEUA 2139
SECRETARIA DA 2ª VARA DE FAMÍLIA DE ANANINDEUA 2205
SECRETARIA DA 1ª VARA CRIMINAL DE ANANINDEUA 2234
SECRETARIA DA 2ª VARA CRIMINAL DE ANANINDEUA 2235
SECRETARIA DA VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DE ANANINDEUA 2242
SECRETARIA DA 2ª VARA CIVEL E EMPRESARIAL DE ANANINDEUA 2244
SECRETARIA DA 4ª VARA CRIMINAL DE ANANINDEUA 2339
SECRETARIA DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ANANINDEUA 2340
FÓRUM DE BENEVIDES
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BENEVIDES 2343
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BENEVIDES 2344
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE BENEVIDES 2352
FÓRUM DE MARITUBA
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE MARITUBA 2353
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE MARITUBA 2355
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE MARITUBA 2357
EDITAIS
COMARCA DA CAPITAL - EDITAIS 2359
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 1 VARA - EDITAIS 2361
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 7 VARA - EDITAIS 2362
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 15 VARA - EDITAIS 2363
JUSTIÇA MILITAR DO ESTADO 2366
COMARCA DE ABAETETUBA
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ABAETETUBA 2368
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ABAETETUBA 2376
COMARCA DE MARABÁ
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE MARABÁ 2381
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE MARABÁ 2446
SECRETARIA DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE MARABÁ 2479
SECRETARIA DA 1ª VARA CRIMINAL DE MARABÁ 2519
SECRETARIA DA 2ª VARA CRIMINAL DE MARABÁ 2521
SECRETARIA DA 4ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE MARABÁ 2522
SECRETARIA DA VARA AGRÁRIA DE MARABÁ 2523
SECRETARIA DA 3ª VARA CRIMINAL DE MARABÁ 2524
SECRETARIA DA 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE MARABÁ 2532
SECRETARIA DA 2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE MARABÁ 2534
COMARCA DE SANTARÉM
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE SANTARÉM - 1 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 2536
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE SANTARÉM - 2 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 2551
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE SANTARÉM - 3 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 2562
UPJ DAS VARAS CRIMINAIS DE SANTARÉM - 1 VARA CRIMINAL 2583
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE SANTARÉM - 4 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 2584
UPJ DAS VARAS CRIMINAIS DE SANTARÉM - 2 VARA CRIMINAL 2597
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE SANTARÉM - 5 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 2608
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE SANTARÉM - 6 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 2610
UPJ DA VARA DE EXECUÇÃO PENAL DE SANTARÉM 2614
UPJ DAS VARAS CRIMINAIS DE SANTARÉM - 3 VARA CRIMINAL 2621
SECRETARIA DA VARA AGRÁRIA DE SANTARÉM 2622
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE SANTARÉM 2629
VARA DO JUIZADO ESPECIAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO DE SANTARÉM 2669
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE SANTARÉM 2715
UPJ DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DE
SANTARÉM 2717
COMARCA DE ALTAMIRA
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ALTAMIRA 2718
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ALTAMIRA 2730
SECRETARIA DA 1ª VARA CRIMINAL DE ALTAMIRA 2766
SECRETARIA DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ALTAMIRA 2768
SECRETARIA DA VARA AGRÁRIA DE ALTAMIRA 2779
SECRETARIA DA 2ª VARA CRIMINAL DE ALTAMIRA 2786
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ALTAMIRA 2792
COMARCA DE TUCURUÍ
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE TUCURUÍ 2823
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE TUCURUÍ 2840
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE TUCURUÍ 2848
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE TUCURUÍ 2859
COMARCA DE CASTANHAL
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE CASTANHAL 2862
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE CASTANHAL 2865
SECRETARIA DA 2ª VARA CRIMINAL DE CASTANHAL 2887
SECRETARIA DA VARA AGRÁRIA DE CASTANHAL 2892
COMARCA DE BARCARENA
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BARCARENA 2904
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BARCARENA 2930
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE BARCARENA 2940
COMARCA DE SANTA MARIA DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SANTA MARIA DO PARÁ 2948
COMARCA DE PARAUAPEBAS
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE PARAUAPEBAS - 1 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 2965
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE PARAUAPEBAS - 2 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 2983
UPJ DAS VARAS CRIMINAIS DA COMARCA DE PARAUAPEBAS - 1 VARA CRIMINAL 2995
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE PARAUAPEBAS - 3 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 3004
UPJ DAS VARAS CRIMINAIS DA COMARCA DE PARAUAPEBAS - 2 VARA CRIMINAL 3235
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE PARAUAPEBAS 3236
UPJ DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA E EXECUÇÃO FISCAL DE PARAUAPEBAS 3237
COMARCA DE ITAITUBA
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ITAITUBA 3247
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ITAITUBA 3324
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE ITAITUBA 3331
COMARCA DE TAILÂNDIA
SECRETARIA DA 1ª VARA DE TAILÂNDIA 3334
SECRETARIA DA 2ª VARA DE TAILÂNDIA 3341
COMARCA DE URUARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE URUARÁ 3358
COMARCA DE JACUNDÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE JACUNDÁ 3359
COMARCA DE REDENÇÃO
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE REDENÇÃO 3364
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE REDENÇÃO 3370
SECRETARIA DA VARA AGRÁRIA DE REDENÇÃO 3379
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE REDENÇÃO 3380
COMARCA DE PARAGOMINAS
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE PARAGOMINAS 3384
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE PARAGOMINAS 3405
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE PARAGOMINAS 3407
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE PARAGOMINAS 3408
COMARCA DE DOM ELISEU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE DOM ELISEU 3416
COMARCA DE PACAJÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE PACAJÁ 3423
COMARCA DE RONDON DO PARÁ
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL DE RONDON DO PARÁ 3426
SECRETARIA DA 1ª VARA CRIMINAL DE RONDON DO PARÁ 3439
COMARCA DE OURÉM
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE OURÉM 3440
COMARCA DE MONTE ALEGRE
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE MONTE ALEGRE 3452
COMARCA DE JURUTI
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE JURUTI 3483
COMARCA DE ORIXIMINA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ORIXIMINA 3501
COMARCA DE OBIDOS
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE OBIDOS 3564
COMARCA DE ALENQUER
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ALENQUER 3592
COMARCA DE CAPANEMA
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE CAPANEMA 3627
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE CAPANEMA 3641
SECRETARIA DO PLANTÃO CÍVEL DE CAPANEMA 3667
COMARCA DE GOIANÉSIA DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE GOIANÉSIA DO PARÁ 3670
COMARCA DE CURRALINHO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE CURRALINHO 3685
COMARCA DE SANTO ANTÔNIO DO TAUÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SANTO ANTÔNIO DO TAUÁ 3714
COMARCA DE SALINÓPOLIS
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SALINÓPOLIS 3723
COMARCA DE SANTA IZABEL DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE SANTA IZABEL DO PARÁ 3729
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE SANTA IZABEL DO PARÁ 3740
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SANTA IZABEL DO PARÁ 3764
COMARCA DE MOJÚ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE MOJÚ 3767
COMARCA DE BUJARU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE BUJARU 3778
COMARCA DE ACARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ACARÁ 3796
COMARCA DE IGARAPÉ-MIRI
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE IGARAPÉ-MIRI 3831
COMARCA DE SANTARÉM NOVO
SECRETARIA VARA ÚNICA DE SANTARÉM NOVO 3907
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SÃO JOÃO DE PIRABAS - SANTARÉM NOVO 3910
COMARCA DE CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA
SECRETARIA DA 1ª VARA DE CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA 3915
SECRETARIA DA 2ª VARA DE CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA 3926
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA 3937
COMARCA DE GURUPÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE GURUPÁ 3955
COMARCA DE CURIONÓPOLIS
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE CURIONÓPOLIS 3966
COMARCA DE XINGUARA
SECRETARIA DA 2 VARA CIVEL E EMPRESARIAL DE XINGUARA 3976
SECRETARIA DA 1 VARA CIVEL E EMPRESARIAL DE XINGUARA 3980
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE XINGUARA 3996
COMARCA DE BAIÃO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE BAIÃO 3998
COMARCA DE GARRAFÃO DO NORTE
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE GARRAFÃO DO NORTE 4012
COMARCA DE MELGAÇO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE MELGAÇO 4013
COMARCA DE TUCUMÃ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE TUCUMÃ 4014
COMARCA DE IRITUIA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE IRITUIA 4030
COMARCA DE SANTANA DO ARAGUAIA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SANTANA DO ARAGUAIA 4034
COMARCA DE BRAGANÇA
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BRAGANÇA 4042
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BRAGANÇA 4048
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE BRAGANÇA 4049
COMARCA DE AURORA DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE AURORA DO PARÁ 4050
COMARCA DE NOVA TIMBOTEUA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE NOVA TIMBOTEUA 4053
COMARCA DE SÃO GERALDO DO ARAGUAIA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SÃO GERALDO DO ARAGUAIA 4057
COMARCA DE ITUPIRANGA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ITUPIRANGA 4069
COMARCA DE PONTA DE PEDRAS
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE PONTA DE PEDRAS 4090
COMARCA DE CONCÓRDIA DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE CONCÓRDIA DO PARÁ 4095
COMARCA DE OURILÂNDIA DO NORTE
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE OURILÂNDIA DO NORTE 4106
COMARCA DE OEIRAS DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE OEIRAS DO PARÁ 4110
COMARCA DE NOVO REPARTIMENTO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE NOVO REPARTIMENTO 4113
COMARCA DE RIO MARIA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE RIO MARIA 4156
COMARCA DE SOURE
GABINETE DA VARA ÚNICA DE SOURE 4166
COMARCA DE MEDICILÂNDIA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE MEDICILÂNDIA 4175
COMARCA DE PRIMAVERA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE PRIMAVERA 4193
SECRETARIA DO TERMO JUDICIAL DE QUATIPURÚ 4200
COMARCA DE CAMETÁ
SECRETARIA DA 2ª VARA DE CAMETÁ 4202
COMARCA DE SANTA LUZIA DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SANTA LUZIA DO PARÁ 4219
COMARCA DE BREU BRANCO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE BREU BRANCO 4234
COMARCA DE BRASIL NOVO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE BRASIL NOVO 4237
COMARCA DE SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA 4255
COMARCA DE CANAÃ DOS CARAJÁS
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE CANAÃ DOS CARAJÁS 4261
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE CANAÃ DOS CARAJÁS 4264
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE CANAÃ DOS CARAJÁS 4265
COMARCA DE SÃO DOMINGOS DO CAPIM
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SÃO DOMINGOS DO CAPIM 4269
COMARCA DE ALMERIM
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ALMERIM 4287
SECRETARIA DA VARA DISTRITAL DE MONTE DOURADO DA COMARCA DE ALMEIRIM 4295
COMARCA DE ANAJAS
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ANAJAS 4312
COMARCA DE AUGUSTO CORREA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE AUGUSTO CORREA 4350
COMARCA DE BREVES
SECRETARIA DA 1ª VARA DE BREVES 4359
SECRETARIA DO TERMO JUDICIÁRIO DE BAGRE DA COMARCA DE BREVES 4415
COMARCA DE CURUÇÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE CURUÇÁ 4417
COMARCA DE IGARAPÉ-AÇU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE IGARAPÉ-AÇU 4418
SECRETARIA DO TERMO JUDICIÁRIO DE MAGALHÃES BARATA 4423
COMARCA DE LIMOEIRO DO AJURU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE LIMOEIRO DO AJURU 4435
COMARCA DE MÃE DO RIO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE MÃE DO RIO 4444
COMARCA DE PORTO DE MOZ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE PORTO DE MOZ 4448
COMARCA DE PRAINHA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE PRAINHA 4479
COMARCA DE SALVATERRA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SALVATERRA 4492
COMARCA DE SÃO DOMINGOS DO ARAGUAIA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SÃO DOMINGOS DO ARAGUAIA 4496
COMARCA DE SÃO FÉLIX DO XINGU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SÃO FÉLIX DO XINGU 4498
COMARCA DE TOME - AÇU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE TOMÉ - AÇU 4511
COMARCA DE NOVO PROGRESSO
SECRETARIA DA VARA CÍVEL DE NOVO PROGRESSO 4548
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE NOVO PROGRESSO 4580
COMARCA DE SENADOR JOSE PORFIRIO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SENADOR JOSE PORFIRIO 4582
COMARCA DE PORTEL
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE PORTEL 4595
COMARCA DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ 4610
COMARCA DE VIGIA
SECRETARIA DA VARA UNICA DE VIGIA 4613
COMARCA DE VISEU
SECRETARIA DA VARA UNICA DE VISEU 4628
COMARCA DE VITÓRIA DO XINGU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE VITÓRIA DO XINGU 4641
COMARCA DE ULIANÓPOLIS
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ULIANÓPOLIS 4644
COMARCA DE MARACANÃ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE MARACANÃ 4672
COMARCA DE ANAPU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ANAPU 4717
COMARCA DE IPIXUNA DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE IPIXUNA DO PARÁ 4742
COMARCA DE ELDORADO DOS CARAJÁS
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ELDORADO DOS CARAJÁS 4758
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PRESIDÊNCIA

A Excelentíssima Senhora Desembargadora CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO, Presidente do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais, RESOLVE:

PORTARIA N° 2726/2021-GP. Belém, 18 de agosto de 2021.

Instaura Procedimento Geral de Gestão de Precatórios em face do Município de Santa Maria do Pará com
a finalidade de oportunizar o pagamento ou realizar o sequestro necessário à liquidação do precatório nº
034/2018.

CONSIDERANDO o que dispõe a Portaria nº 1881/2015-GP, que prevê o Procedimento Geral de Gestão
de Precatórios, processo administrativo para o sequestro em virtude do não pagamento de precatórios;

CONSIDERANDO o que dispõe a Portaria nº 3963/2017-GP;

CONSIDERANDO o requerimento da parte credora no Precatório nº 034/2018, nos termos do §6º do art.
100 da Constituição Federal c/c o art. 19 e seguintes da Resolução nº 303/2019 do Conselho Nacional de
Justiça,

RESOLVE:

Art. 1º Instaurar Procedimento Geral de Gestão em face do Município de Santa Maria do Pará, em virtude
do não pagamento do precatório nº 034/2018, vencido em 31/12/2020, correspondente à quantia de R$
106.071,00 (cento e seis mil e setenta e um reais), atualizado até agosto/2021, em consonância com o
disposto nos §§6º e 12 do art. 100 da Constituição Federal.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

PORTARIA N° 2777/2021-GP. Belém, 18 de agosto de 2021.

Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, da Juíza de Direito Shérida Keila Pacheco
Teixeira Bauer,

DESIGNAR o Juiz de Direito Murilo Lemos Simão, Auxiliar de 3ª Entrância, para responder, sem prejuízo
de suas designações anteriores, pela Vara de Carta Precatória Criminal da Capital, no dia 20 de agosto do
ano de 2021.

PORTARIA N° 2783/2021-GP. Belém, 18 de agosto de 2021.

CONSIDERANDO que a Resolução nº 194, de 26 de maio de 2014, do Conselho Nacional de Justiça


(CNJ), que instituiu a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de jurisdição e dá outras
providências, em seu art. 4º, determina que "os tribunais devem constituir Comitê Gestor Regional para
gestão e implementação da Política no âmbito de sua atuação";

CONSIDERANDO que a Resolução nº 195, de 3 de junho de 2014, do CNJ, que dispõe sobre a
distribuição de orçamento nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo graus e dá outras
providências, em seu art. 5º, prevê a obrigação "de os tribunais constituírem Comitê Orçamentário de
primeiro e Comitê Orçamentário de segundo grau";

CONSIDERANDO que o art. 6º da Resolução nº 195, de 3 de junho de 2014, do CNJ faculta aos tribunais
a instituição de um único comitê para as atribuições de Comitê Gestor Regional e Comitê Orçamentário de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

primeiro grau,

RESOLVE:

Art. 1º Constituir o Comitê Único, Gestor Regional e Orçamentário de Primeiro Grau, no âmbito do Poder
Judiciário do Estado do Pará, nos termos da composição definida no artigo 5º da Resolução nº 194/2014,
do Conselho Nacional de Justiça, com os seguintes membros:

ORIGEM MEMBRO TITULAR MEMBRO SUPLENTE

Sara Augusta Pereira


Magistrada eleita Maria de Fatima Alves da Silva
de Oliveira

Magistrado eleito Lauro Fontes Junior Leonardo de Farias Duarte

Magistrado escolhido
T r i b u n a l P l e n o d o Cesar Leandro Pinto C e s a r A u g u s t o P u t y P a i v a
TJPA, a partir da lista Machado Rodrigues
de inscritos(as)

Magistrado indicado
Everaldo Pantoja e
Tribunal Pleno do Daniel Ribeiro Dacier Lobato
Silva
TJPA

Maira Liane Viana


Servidora eleita Luciana Vieira De Souza Caliari
Sadeck dos Santos

Maria Walderez Farias


Servidora eleita Francisco Mateus Mota
de Matos

Servidora escolhida
Tribunal Pleno doC l a u d i a S a d e c k
Samantha Nahon Bittencourt
TJPA, a partir da lista Burlamaqui
de inscritos(as)

Servidor escolhido
F r a n c i s c o O l a v o Michele da Silva Damasceno
Tribunal Pleno do
Damasceno Júnior Gouveia
TJPA

Art. 2º Assegurar a participação dos seguintes representantes de classe: Magistrado Carlos Márcio de
Melo Queiroz, indicado pela Associação de Magistrados do Estado do Pará (Amepa), Servidor Thiago
Ferreira Lacerda, indicado pelo Sindicato dos Funcionários do Poder Judiciário do Estado do Pará (Sindju),
Servidor Edvaldo dos Santos Lima Júnior, indicado pelo Sindicato dos Oficias de Justiça do Estado do
Pará (Sindojus) e Servidor Marcelo Sarraf Pinho, indicado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário
Estado do Pará (Sinjep), todos sem direito a voto.

Art. 3º Esta portaria entra em vigor na data da sua publicação.

PORTARIA N° 2784/2021-GP. Belém, 18 de agosto de 2021.

Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Substituto Italo de Oliveira
Cardoso Boaventura,

DESIGNAR o Juiz de Direito Thiago Cendes Escórcio, titular da 1ª Vara Cível e Empresarial de Tucuruí,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª Vara Cível e Empresarial de Tucuruí, no dia 27 de
agosto do ano de 2021.

PORTARIA N° 2785/2021-GP. Belém, 18 de agosto de 2021.

Considerando o pedido de suspensão de férias, em caráter voluntário, da Juíza de Direito Kátia Parente
Sena,

CESSAR OS EFEITOS da Portaria nº 2540/2021-GP, quanto a designação do Juiz de Direito Raimundo


Rodrigues Santana, titular da 5ª Vara da Fazenda da Capital, para responder, sem prejuízo de sua
jurisdição, pela 4ª Vara da Fazenda da Capital e UPJ das 1ª a 5ª Varas da Fazenda Pública da Capital, a
contar de 14 de agosto do ano de 2021.

PORTARIA N° 2786/2021-GP. Belém, 18 de agosto de 2021.

Considerando o pedido de suspensão de férias, em caráter voluntário, do Juiz de Direito Gabriel Pinos
Sturtz,

CESSAR OS EFEITOS da Portaria nº 2540/2021-GP, quanto a designação da Juíza de Direito Claudia


Ferreira Lapenda Figueiroa, titular da Comarca de Curralinho, para responder, sem prejuízo de sua
jurisdição, pela Comarca de Oeiras do Pará, a contar de 17 de agosto do ano de 2021.

Referência: PA-MEM-2021/29641

Assunto: Renúncia e Designação de interino para O Cartório do único ofício da Comarca de Bujaru
(CNS: 06.604-3)

DECISÃO/OFÍCIO Nº 968/2021-GP

Tratam os presentes autos de pedido de renúncia formulado pela Sra. Rosangelica Castelo Branco
Campos Noronha do Cartório do Único Ofício da Comarca de Bujaru-PA.

A Corregedoria Geral de Justiça - CGJ manifestou-se favoravelmente à designação da Sra. Suzane


Teixeira Braga Tourinho, Titular do Único Ofício - SEDE da Comarca de Santo Antônio do Tauá (CNS:
06.649-8), para responder interinamente pelo Cartório do Único Ofício de Bujaru.

É o necessário relato. Decido.

É consenso que o Cartório, tendo em vistas os relevantes serviços públicos prestados à comunidade, não
pode ficar com suas atividades paralisadas, em virtude de vacância do Delegatário, não podendo sofrer
solução de continuidade.

O art. 5º do Provimento 77/2018 do CNJ informa que, não havendo um substituto nos moldes do art. 2º e
do art. 3º, será designado de forma interina um delegatário em exercício no mesmo município ou no
município contíguo, conforme se infere do texto infracitado:

"Art. 5º Não havendo substituto que atenda aos requisitos do §2º do art. 2º e do art. 3º, a corregedoria de
justiça designará interinamente, como responsável pelo expediente, delegatário em exercício no mesmo
município ou no município contíguo que detenha uma das atribuições do serviço vago."

Do mesmo modo, o §3º do art. 8º da Lei no 6.881/2006 dispõe que a competência para a designação de
Cartorário Interino é do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, in verbis:

¿Art. 8º No prazo máximo de seis meses após a vacância ou criação do serviço notarial ou de registro será
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

aberto o procedimento de concurso de provimento ou de remoção.

§3º É de competência do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado a nomeação do tabelião ou


registrador interino."

Em recente julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade ne 1183/DF, sob a relatoria do Ministro


Nunes Marques, realizado em 07/06/2021, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inconstitucionalidade
de prepostos (não concursado exercerem substituições ininterruptas por períodos maiores de 6 (seis)
meses, registrando como solução constitucionalmente validada a indicação de outro notário ou registrador.
Veja-se:

O Tribunal, por maioria, conheceu da ação direta e julgou parcialmente procedente o pedido formulado,
apenas para declarar inconstitucional a interpretação que extraia do art. 20 da Lei nº 8.935/94 a
possibilidade de que prepostos (não concursados), indicados pelo titular ou mesmo pelos tribunais de
justiça, possam exercer substituições ininterruptas por períodos maiores de que 6 (seis) meses. Declarou,
ainda, que, para essas longas substituições (maiores que 6 meses), a solução constitucionalmente válida
é a indicação, como "substituto", de outro notário ou registrador, observadas as leis locais de organização
do serviço notarial e registral, ressalvada a possibilidade de os tribunais de justiça indicarem substitutos
"ad hoc", quando não houver interessados, entre os titulares concursados, que aceitem a substituição,
sem prejuízo da imediata abertura de concurso público para preenchimento da(s) vaga(s). Por fim,
reconheceu a plena constitucionalidade dos arts. 39, II, e 48 da Lei nº 8.935/94. Tudo nos termos do voto
do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio, que julgava procedente, em parte, o pedido, para conferir
interpretação conforme à Constituição Federal ao artigo 20, cabeça e parágrafos 1º a 4º, da Lei nº
8.935/1994, a fim de assentar a substituição eventual, por preposto indicado pelo titular, do notário ou
registrador. Plenário, Sessão Virtual de 28.5.2021 a 7.6.2021.

Como se extrai da decisão, é incompatível com a Constituição Federal a interpretação de que prepostos,
indicados pelo titular de cartório, possam exercer substituições ininterruptas por períodos superiores a seis
meses, pois conforme se extrai da referida decisão, a substituição precária de um notário ou registrador
por agente ad hoc não pode superar esse período.

Ademais, considerando a inexistência de concurso aberto no Estado do Pará, se infere a permanência do


preposto na interinidade por período superior a 6 (seis) meses, entende-se pertinente a imediata
obediência ao decisum.

Destarte, impõe-se o atendimento à regra seguinte, definida no Provimento nº 77/2018/CNJ, qual seja, do
art. 5º, in verbis:

Art. 50 Não havendo substituto que atenda aos requisitos do § 2º do art. 2º e do art. 3º, a corregedoria de
justiça designará interinamente, como responsável pelo expediente, delegatário em exercício no mesmo
município ou no município contíguo que detenha uma das atribuições do serviço vago.

Pelo exposto, nos termos do artigo 39, inciso IV da Lei Federal nº 8.935/94, acato o pedido de renúncia da
Oficiala Rosangelica Castelo Branco Campos Noronha, declarando-o vago e, nos termos do artigo 5º do
Provimento 77/2018 do CNJ, acompanho a manifestação da Corregedoria Geral de Justiça, por
conseguinte, designo para responder interinamente pela Cartório do único ofício da Comarca de Bujaru
(CNS: 06.604-3) a Sra. Suzane Teixeira Braga Tourinho, Titular do Único Ofício - SEDE da Comarca de
Santo Antônio do Tauá (CNS: 06.649-8), até outorga de delegação a um concursado.

À Divisão de Apoio Técnico Jurídico da Presidência para cumprimento do decidido, devendo dar ciência
deste ato ao requerente; à Corregedoria Geral de Justiça; ao Juiz de Direito da Comarca e à Divisão de
Controle e Fiscalização de Arrecadação Extrajudicial da SEPLAN.

Publique-se, registre-se e cumpra-se.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

CÉLIA REGINA E LIMA PINHEIRO

Desembargadora Presidente do TJPA

PORTARIA NP 2739/2021-GP. Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

CONSIDERANDO o expediente PA-MEM-2021/29641, subscrito pela delegatária interina, Sra.


ROSANGELICA CASTELO BRANCO CAMPOS NORONHA, comunicando a renúncia da interinidade do
Cartório do Único Ofício da Comarca de Bujaru-PA (CNS: 06.604-3), mediante ato formal;

CONSIDERANDO tratar-se a renúncia decisão unilateral adotada pelo titular e insuscetível de apreciação
pela Presidência deste Poder,

Art. 1º Acatar o pedido de renúncia da interinidade, da Sra. ROSANGELICA CASTELO BRANCO


CAMPOS NORONHA, da Serventia do Único Ofício da Comarca de Bujaru-PA (CNS: 06.604-3).

Art. 2º Esta portaria entra em vigor na data da sua publicação.

PORTARIA NO 2740/2021-GP. Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

CONSIDERANDO o expediente no PA-MEM-2021/29641, subscrito pela delegatária interina, Sra.


ROSANGELICA CASTELO BRANCO CAMPOS NORONHA, comunicando a renúncia da interinidade do
Cartório do Único Ofício da Comarca de Bujaru-PA (CNS: 06.604-3), mediante ato formal;

CONSIDERANDO o artigo 5º do Provimento nº 77/2018 do Conselho Nacional de Justiça: ¿Art. 5º Não


havendo substituto que atenda aos requisitos do §2º do art. 2º e do art. 3º, a Corregedoria de Justiça
designará interinamente, como responsável pelo expediente, delegatário em exercício no mesmo
município ou no município contíguo que detenha umas das atribuições do serviço vago",

Art. 1º DESIGNAR a Sra. Suzane Teixeira Braga Tourinho, Titular do Único Ofício ¿ SEDE da Comarca de
Santo Antônio do Tauá (CNS: 06.649-8), para responder interinamente pelo Cartório do Único Ofício da
Comarca

de Bujaru-PA (CNS: 06.6043), com fundamento no artigo 5º Provimento 77/2018 do Conselho Nacional de
Justiça, até seu regular preenchimento por concurso público.

Art. 2º Esta portaria entra em vigor na data da sua publicação.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA

PROCESSO Nº 0003057-04.2021.2.00.0814
REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO
REQUERENTE: RODRIGO CHERRI RIBAS
ADVOGADOS: CLEVERSON FERMINO - OAB/PA 16.632 e OUTROS
REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVO PROGRESSO
EMENTA: REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO. MOROSIDADE SANADA POR IMPULSO
PROCESSUAL. ARQUIVAMENTO.
DECISÃO: Cuida-se de Reclamação por Excesso de Prazo formulada por RODRIGO CHERRI RIBAS,
através de seu advogado legalmente constituído, perante esta Corregedoria de Justiça, em desfavor do
JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVO PROGRESSO /PA, expondo
morosidade na tramitação do Processo nº 0800257-39.2021.8.14.0115, destacando demora na apreciação
da tutela de urgência de Reintegração de Posse. Instado a se manifestar, o Juízo requerido, através da
Magistrada CAMILLA TEIXEIRA DE ASSUMPÇÃO, em resumo, respondeu: ¿(...) foi proferida a decisão
anexa, na qual foi recebida a petição inicial, indeferida a tutela de urgência, agendada audiência de
conciliação e deferida a habilitação da ré, de maneira a impulsionar o feito.¿
Em consulta atualizada ao Sistema PJE constatou-se que em 09/08/2021 fora prolatada Decisão
indeferindo a tutela de urgência e deliberando acerca da habilitação/citação da parte ré e designação de
audiência. É o Relatório. DECIDO. Analisando os fatos apresentados pelo requerente, percebe-se que a
sua real intenção é o prosseguimento do feito nº 0800257-39.2021.8.14.0115, com a entrega da prestação
jurisdicional. Ocorre que, consoante às informações colhidas por meio do Sistema PJE, conforme
ressaltado acima, a morosidade reclamada não mais subsiste, uma vez que os autos, objeto do presente
expediente, obtiveram impulso em 09/08/2021, com decisão interlocutória, satisfazendo, pois, a pretensão
do requerente. Diante do exposto, considerando não haver a princípio qualquer outra medida a ser tomada
por este Órgão Correcional, DETERMINO o ARQUIVAMENTO da presente representação, com fulcro no
art. 9º, § 2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça. Dê-se ciência às partes. Utilize-se
cópia do presente como ofício. À Secretaria para os devidos fins. Belém, 10/08/2021. Desembargadora
ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA - Corregedora Geral de Justiça

PROCESSO Nº 0002587-07.2020.2.00.0814

REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO

REQUERENTE: BANCO DO ESTADO DO PARÁ

ADVOGADO: THIAGO DOS SANTOS ALMEIDA (OAB/PA 17.337)

REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE SANTARÉM NOVO/PA

REF. PROC. 0004958-05.2019.8.14.1875

DECISÃO

EMENTA: REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO. DECISÃO PROFERIDA. PROCESSO


RECEBEU IMPULSO. PRETENSÃO ALCANÇADA. ARQUIVAMENTO.

Trata-se de representação por excesso de prazo formulada pelo Banco do Estado do Pará representado
pelo Advogado Thiago dos Santos Almeida (OAB/PA 17.337) em desfavor do Juízo de Direito da Vara
Única da Comarca de Santarém Novo/PA, expondo morosidade na tramitação do Processo nº 0004958-
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

05.2019.8.14.1875.

Instado a manifestar-se, o Exmo. Sr. Dr. Daniel Bezerra Montenegro Girão, Juiz de Direito da Comarca
de Santarém Novo/PA, em síntese, informou que os autos do processo n.º 0004958-05.2019.8.14.1875
estão recebendo tramitação regular e que proferiu decisão naqueles autos em 22/03/2021.

É o Relatório.

DECIDO.

Analisando os fatos apresentados pelo Advogado do requerente, percebe-se que a sua real intenção era
que fosse dado impulso aos autos do processo n.º 0004958-05.2019.8.14.1875.

Consoante às informações prestadas pelo Exmo. Sr. Dr. Daniel Bezerra Montenegro Girão, Juiz de Direito
da Comarca de Santarém Novo/PA, corroborada por consulta realizada ao sistema LIBRA em 01/08/2021,
verificou-se que em 22/03/2021, os autos do processo n.º 0004958-05.2019.8.14.1875 receberam decisão,
dando impulso ao feito em questão e satisfazendo a pretensão exposta pelo requerente junto a este Órgão
Correcional.

Diante do exposto, considerando não haver a princípio qualquer outra medida a ser adotada por esta
Corregedoria-Geral de Justiça, DETERMINO o ARQUIVAMENTO da presente representação por excesso
de prazo, com fulcro no art. 9º, § 2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça.

Dê-se ciência às partes.

Utilize-se cópia da presente decisão como ofício.

Após, arquive-se.

À Secretaria para os devidos fins.

Belém (PA), 10 de agosto de 2021.

Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA

Corregedora-Geral de Justiça

PROCESSO Nº 0003165-33.2021.2.00.0814
RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR

RECLAMANTE: JOÃO FILHO CRUZ ALVES


ADVOGADO: JEDYANE COSTA DE SOUZA
RECLAMADA: TANIA MARA GONÇALVES SOUZA, AUXILIAR JUDICIÁRIO LOTADA NA UPJ PENAL
DO TJPA
EMENTA: RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR EM FACE DE SERVIDORA LOTADA NA UPJ PENAL DO
TJPA. INCOMPETÊNCIA DA CORREGEDORIA. REMESSA À PRESIDÊNCIA DO TJ/PA
DECISÃO: Trata-se de Reclamação Disciplinar formulada por JOÃO FILHO CRUZ ALVES em desfavor da
servidora TANIA MARA GONÇALVES SOUZA, AUXILIAR JUDICIÁRIO LOTADA NA UPJ PENAL DO
TJ/PA, sob a alegação de que teria cometido erro grave ao confeccionar certidão de trânsito em julgado
em acórdão prolatado em Recurso de Apelação interposto nos autos do Processo nº 0002761-
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55.2016.814.0041, o que culminou com a prisão do reclamante por determinação do Juízo de piso, tendo
em vista a confirmação da sentença condenatória. É o que basta relatar. Analisando os fatos
apresentados pelo reclamante percebe-se que a sua real intenção é a abertura de procedimento disciplinar
em face de servidora lotada na UPJ PENAL do TJ/PA, em decorrência de suposto erro grave ao elaborar
certidão de trânsito em julgado de acórdão prolatado em julgado de Apelação interposta nos autos do
Processo nº 0002761-55.2016.814.0041. Diante disso, examinando a íntegra dos presentes autos,
observa-se não ser da competência desta Corregedoria-Geral de Justiça a análise do pleito formulado pelo
requerente, senão vejamos: O Código Judiciário do Estado do Pará (Lei Estadual n.º 5.008/1981) alterado
pela Lei Estadual n.º 9.133/2020 e convalidado pelo Capítulo IV do
Regimento Interno deste Tribunal de Justiça Estadual, do art. 38 em diante ¿ dispositivos que tratam das
Corregedorias de Justiça - são de uma clareza solar ao dispor, que cabe aos Corregedores de Justiça a
correição permanente dos serviços judiciários de primeira instância, zelando pelo bom funcionamento e
aperfeiçoamento da Justiça, dentre outras atribuições. Ademais, as mencionadas normas expõem caber
aos Corregedores conhecer das representações e reclamações contra Juízes e serventuários do primeiro
grau acusados de atos atentatórios ao serviço judiciário, o que não se coaduna com o presente caso. A
presente reclamação versa a respeito de suposta falta disciplinar

cometida por servidora lotada na segunda instância do TJ/PA. Diante do exposto, considerando a
incompetência desta Corregedoria-Geral de Justiça para a apreciação do pleito, DETERMINO a remessa
dos presentes autos à D. Presidência do TJE/PA, para as providências que entender cabíveis. Dê-se
ciência às partes. Utilize-se cópia do presente como ofício. Por fim, arquive-se com baixa no PJeCor. À
Secretaria para os devidos fins. Belém(PA), 17/09/2021. Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA
COSTA CUNHA - Corregedora- Geral de Justiça

PROCESSO Nº 0004147-81.2020.2.00.0814

PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS

REQUERENTE: RONALDO DE COL

ADVOGADO: ANDRÉ LUIZ GONÇALVES LISBOA (OAB/PA 12.217)

REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE SÃO FÉLIX DO XINGU/PA

REF. PROC. 0006686-18.2019.8.14.0053

DECISÃO

EMENTA: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS. CARTA PRECATÓRIA CUMPRIDA E DEVOLVIDA. ADOÇÃO


DA PROVIDÊNCIA PRETENDIDA. PERDA DE OBJETO. ARQUIVAMENTO.

Cuida-se de Pedido de Providências da lavra de Ronaldo de Col, representado por seu Advogado André
Luiz Gonçalves Lisboa (OAB/PA 12.217), clamando pelo cumprimento da carta precatória extraída dos
autos do processo n.º 0006686-18.2019.8.14.0053 e expedida para a Comarca de São Félix do Xingu/PA.

Instado a manifestar-se, o Exmo. Sr. Dr. Pedro Enrico de Oliveira, Juiz de Direito Titular da Vara Única
da Comarca de Tucumã/PA, respondendo cumulativamente pela Vara Única da Comarca de São Félix do
Xingu/PA, em síntese, informou que a carta precatória extraída dos autos do processo n.º 0006686-
18.2019.8.14.0053 foi cumprida e devolvida ao Juízo Deprecante (1ª Vara do Cível e Empresarial da
Comarca de Santarém/PA), via malote digital com o código de rastreabilidade nº 81420211386349.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

O Magistrado anexou documentação pertinente.

É o relatório.

Decido.

Inicialmente, apura-se que a real pretensão do requerente era o cumprimento e devolução de carta
precatória extraída dos autos do processo n.º 0006686-18.2019.8.14.0053.

Da leitura das informações e dos documentos que integram estes autos, acrescida da consulta realizada
ao sistema LIBRA em 01/08/2021, verificou-se que a carta precatória em referência foi cumprida em
18/03/2021 e devolvida em 19/03/2021 ao Juízo Deprecante (1ª Vara do Cível e Empresarial da Comarca
de Santarém/PA).

Desse modo, diante do cumprimento e devolução da carta precatória extraída dos autos do processo
acima mencionado, verifica-se que estes autos de pedido de providências perderam o seu objeto junto a
esta Corregedoria-Geral de Justiça e tendo em vista que não há outra medida a ser adotada, DETERMINO
o seu ARQUIVAMENTO.

Dê-se ciência às partes.

Sirva a presente decisão como ofício.

À Secretaria para as providências necessárias.

Belém (PA), 10 de agosto de 2021.

Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA

Corregedora-Geral de Justiça

PROCESSO Nº 0002905-53.2021.2.00.0814

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

PROCESSADO: CARLOS EDUARDO VIEIRA DA SILVA

ADVOGADOS: JOSÉ MARINHO GEMAQUE JÚNIOR (OAB/PA 8.955) E SILVIA MARINA RIBEIRO DE
MIRANDA MOURÃO (OAB/PA 5.627)

DESPACHO: (...) Dar ciência ao Processado e aos seus Advogados acerca da migração destes autos de
Processo Administrativo Disciplinar para o sistema PJeCor, informando-lhes a numeração recebida, a fim
de que o Servidor e os seus procuradores possam acompanhar a tramitação do feito no âmbito deste
Órgão Correcional (...) Sirva o presente despacho como Ofício. Cumpridas as diligências acima, volvam-
me conclusos. À Secretaria para os devidos fins. Belém (PA), 17/08/2021.

Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Corregedora-Geral de Justiça

PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS N.º 0004747-05.2020.2.00.0814

REQUERENTE: BRUNO NOGUEIRA DE SOUZA

REQUERIDO: JUIZ DE DIREITO TITULAR DA VARA CRIMINAL DE ITAITUBA- AGENOR CASSIO


NASCIMENTO CORREIA DE ANDRADE.

DECISÃO

Ciente do arquivamento da decisão proferida pela Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Corregedora
Nacional de Justiça, na reclamação disciplinar nº 0005924-84.2021.2.00.0000, DETERMINO a
manutenção do arquivamento da presente reclamatória.

Dê-se ciência às partes.

À Secretaria para os devidos fins.

Belém (PA), 10 de agosto de 2021.

Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA

Corregedora-Geral de Justiça

PROCESSO Nº 0005160-18.2020.2.00.0814

REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO

REQUERENTE: TIAGO ALVES MONTEIRO FILHO (ADVOGADO, OAB/PA 5.609)

REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE XINGUARA/PA

REF. PROC. Nº 0009310-09.2016.814.0065

DECISÃO

EMENTA: REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO. CONSTATADA AUSÊNCIA DE


MOROSIDADE. ARQUIVAMENTO.

Cuida-se de representação por excesso de prazo formulada por Tiago Alves Monteiro Filho (OAB/PA
5.609) em desfavor do Juízo de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Xinguara/PA, expondo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

morosidade na tramitação do processo n.º 0009310-09.2016.814.0065.

Instado a manifestar-se, o Exmo. Sr. Dr. Haendel Moreira Ramos, Juiz de Direito Diretor do Fórum da
Comarca de Xinguara/PA, fez uma síntese da tramitação do referido processo, nos seguintes termos:

¿1) Em 09/09/2019 o autor requereu a expedição de RPV, haja vista que sentença transitou em julgado
livremente e não houve interposição de recurso, por parte do requerido, sendo que em 16/09/2019, o pleito
foi analisado por este juízo e determinado a intimação do autor para que o exequente emende a petição de
cumprimento de sentença, no prazo de 15 (quinze) dias, devendo se atentar a todo o disposto no art. 534
do CPC, sob pena de indeferimento do pedido.

2) Devidamente intimado o exequente promoveu a emenda a inicial em 24/09/2019, ocasião em que este
juízo determinou a intimação da fazenda pública executada com remessa dos autos para que no prazo de
30 (dias), apresentasse impugnação ao cumprimento de sentença.

3) A Fazenda Pública apresentou impugnação ao feito, tempestiva em 13/09/2019, sendo que em


08/01/2020, o exequente apresentou novos cálculos e requereu a expedição de RPV, ocasião em que os
cálculos foram devidamente homologados por este juízo em 06/02/2020, bem como determinado a
Expedição de RPV.

4) O executado devidamente intimado da decisão acima mencionada, apresentou embargo de declaração


em 23/02/2020, alegando excesso no valor da execução, bem como alegou omissão quanto a condenação
do exequente ao pagamento de custas e honorários advocatícios, devido à sucumbência na fase de
cumprimento de sentença, tendo o executado apresentado manifestação acerca dos embargos em
24/03/2020.

5) Em 30/04/2020, este juízo antes de analisar os Embargos de Declaração, verificou que o executado não
havia recolhido as custas judiciais referentes ao Cumprimento de Sentença, devidamente intimado
promoveu o recolhimento das custas em 01/06/2020.

6) O executado apresentou proposta de acordo ao exequente, o qual foi devidamente intimado em


29/06/2020, e apresentou manifestação não concordando com a respectiva proposta em 30/06/2020.

7) Em 04/08/2021, este juízo acolheu os embargos de declaração e declarou a omissão da decisão


guerreada, tendo a secretaria judicial certificado em 29/11/2020 que a referida decisão transitou livremente
em 01/10/2020, expedindo em seguida OFÍCIO REQUISITÓRIO/RPV, para a executada, a qual não
informou o cumprimento no prazo legal.

8) Diante disso, em 05 de fevereiro de 2021, o exequente requereu o Bloqueio dos Valores via SISBAJUD,
o que foi devidamente deferido por este juízo em 26/02/2021.

Por fim informo ainda a Vossa Excelência, que conforme exposto, o feito encontra-se aguardando resposta
do SISBAJUD, para que seja realizada a transferência do valor para a conta informada pelo o exequente,
estando assim tramitando dentro dos parâmetros legais.¿

É o relatório.

Decido.

Da leitura das informações que integram estes autos, acrescida de consulta ao sistema PJE, apurou-se
que o processo n.º 0009310-09.2016.814.0065, objeto de representação por excesso de prazo, está em
tramitação regular, tendo sido expedido Alvará Judicial em 28/05/2021.

Destarte, à luz do princípio da razoabilidade, não há que se falar em atraso processual decorrente de ato
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ou omissão do Juízo requerido, verificando-se que os intervalos entre os atos processuais se deram em
tempo razoável, não havendo paralisação do processo de modo a configurar morosidade.

Em casos semelhantes assim tem se manifestado o Conselho Nacional de Justiça:

"Para se entender configurada morosidade no tramitar de qualquer processo faz-se necessário, à


luz do princípio da razoabilidade, aferir o volume de trabalho a que está submetido o magistrado, a
sua produtividade, as condições cartorárias (equipamentos e pessoal), a complexidade da causa e
a indispensabilidade do atendimento da legislação processual" (CNJ - REP200710000001832 - Rel.
Min. Corregedor Nacional Cesar Asfor Rocha - 65ª Sessão - j. 24.06.2008 - DJU 05.08.2008l)".

Assim sendo, chama-se atenção ao fato de que o Princípio Constitucional da Duração Razoável do
Processo, por vezes, há de ser relativizado, posto que não significa imediatismo. Assim, a duração
razoável deve ser analisada caso a caso, de modo a não importar hiato temporal, mas sim, se durante
esse período, o processo tramitou regularmente.

Desse modo, ante a inexistência de qualquer infração administrativa a ser apurada, assim como diante da
ausência de constatação de morosidade processual, impõe-se o ARQUIVAMENTO destes autos, com
fulcro no art. 9º, § 2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça, por não haver a princípio
qualquer outra medida a ser adotada por este Órgão Correcional.

Dê-se ciência às partes.

Sirva a presente decisão como ofício.

À Secretaria, para as providências necessárias.

Belém (PA), 12 de agosto de 2021.

Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA

Corregedora-Geral de Justiça

PROCESSO Nº: 0001202-24.2020.2.00.0814

PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS

REQUERENTE: ASSOCIAÇÃO ANTICORRUPÇÃO ¿ MARCOS SOUSA

REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ALTAMIRA/PA

REF. PROC. Nº 0030204-31.2017.814.0401

DECISÃO

EMENTA: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS. REQUERIMENTO DESACOMPANHADO DE DOCUMENTOS


NECESSÁRIOS. NÃO PREENCHIMENTO DE REQUISITOS MÍNIMOS DE ADMISSIBILIDADE.
ARQUIVAMENTO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Trata-se de pedido de providências formulado por Marcos Sousa (novo requerente) e encaminhado ao
TJ/PA pela Promotoria de Justiça de Altamira/PA após a decisão Id. 47942 proferida no âmbito da
Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior.

Diante da inadequação da instrução do pleito, esta Corregedora-Geral de Justiça determinou, no despacho


Id. 320846, a expedição de ofício ao requerente a fim de que regularizasse o procedimento com a juntada
da documentação necessária, no prazo de 15 (quinze) dias.

Diante do não cumprimento da determinação contida no despacho pela parte interessada, a Secretaria
desta Corregedoria-Geral lavrou a certidão Id. 549137.

É o sucinto relatório.

Decido.

Em conformidade com o disposto no art. 9º da Resolução nº 135/2011 do Conselho Nacional de Justiça


(CNJ), o Regimento Interno deste Egrégio Tribunal prevê no §1º do art. 91, o seguinte:

¿Art. 91. (...)

§1º As notícias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o
endereço do noticiante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.¿ (grifo nosso)

Ante o exposto, com fulcro no art. 9º da Resolução CNJ nº 135/2011 c/c art. 91, §1º do Regimento Interno
deste TJE e os dispositivos contidos no Provimento nº 02/2017-CJCI, no Provimento n.º 02/2019-CJRMB e
no Provimento Conjunto nº 003/2020-CJRMB/CJCI, determino o ARQUIVAMENTO dos presentes autos
.

Dê-se ciência ao requerente.

Sirva a presente decisão como Ofício.

À Secretaria para os devidos fins.

Belém (PA), 12 de agosto de 2021

Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA

Corregedora-Geral de Justiça

PROCESSO Nº 0000555-92.2021.2.00.0814

REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO

REQUERENTE: ALLAN AUGUSTO LEMOS DIAS (ADVOGADO, OAB/PA 12.089)

REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE CANAÃ


DOS CARAJÁS/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REF. PROC. Nº 0000849-73.2009.8.14.0136

DECISÃO

EMENTA: REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO. EXPEDIÇÃO DE REQUISIÇÃO DE


PEQUENO VALOR. PRETENSÃO SATISFEITA. PERDA DE OBJETO. ARQUIVAMENTO.

Trata-se de representação por excesso de prazo formulada pelo Advogado Allan Augusto Lemos Dias
(OAB/PA 12.089) em desfavor do Juízo de Direito da 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Canaã dos Carajás/PA, expondo morosidade na expedição de Requisições de Pequenos Valores ¿
RPV¿s nos autos do processo n.º 0000849-73.2009.8.14.0136.

Instado a manifestar-se, o Diretor de Secretaria Gustavo Silva Pacheco, de ordem da Exma. Sra. Dra.
Barbara Oliveira Moreira, Juíza de Direito titular da 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Canaã dos
Carajás/PA, à época, registrou que em 05/03/2021 foram expedidas as RPV¿s (Requisições de Pequenos
Valores) em questão.

É o Relatório.

DECIDO.

Analisando os fatos apresentados pelo Advogado requerente, percebe-se que a sua real intenção era que
fossem expedidas as RPV¿s (Requisições de Pequenos Valores) no processo nº 0000849-
73.2009.8.14.0136.

Consoante às informações prestadas pelo juízo requerido, corroboradas por consulta realizada no sistema
LIBRA em 03/08/2021, verifica-se que em 22/02/2021 foi expedido Ofício de RPV¿s (Requisições de
Pequenos Valores) no processo nº 0000849-73.2009.8.14.0136, objeto da representação por excesso de
prazo, satisfazendo, pois, a pretensão exposta pelo Advogado requerente junto ao Órgão Correcional.

Diante do exposto, considerando não haver a princípio qualquer outra medida a ser adotada por esta
Corregedoria-Geral de Justiça, DETERMINO o ARQUIVAMENTO da presente representação por excesso
de prazo, com fulcro no art. 9º, § 2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça.

Dê-se ciência às partes.

Utilize-se cópia da presente decisão como ofício.

Após, arquive-se.

À Secretaria para os devidos fins.

Belém (PA), 12 de agosto de 2021

Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA

Corregedora-Geral de Justiça

PROCESSO Nº 0003016-37.2021.2.00.0814
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO


REQUERENTE: NILTON MASSIH (ADVOGADO - OAB/SP 50.476)
REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM/PA
EMENTA: REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO. CONSTATADA
AUSÊNCIA DE MOROSIDADE. ARQUIVAMENTO.
DECISÃO: Cuida-se de representação por excesso de prazo formulada pelo Advogado Nilton Massih
(OAB/SP 50.476) em desfavor do Juízo de Direito da 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de
Belém/PA, expondo morosidade na tramitação do processo n.º 0042393-16.2000.8.14.0301. Instada a
manifestar-se, a Exma. Sra. Dra. Marisa Belini de Oliveira, Juíza de Direito Titular da 3ª Vara da Fazenda
Pública da Comarca de Belém/PA, fez uma síntese da tramitação do referido processo, ressaltando que o
Advogado proponente desta Representação por Excesso de Prazo substabeleceu poderes ao Advogado
Paulo Eduardo S. Pereira que retirou os autos do processo n.º 0042393-16.2000.8.14.0301 em carga em
23/05/2019 e os devolveu apenas em 06/08/2021. A Magistrada descreveu a rotina de trabalho daquela
Unidade Jurisdicional, ressaltando o tratamento conferido aos processos prioritários, inclusive, os
abrangidos pelas Metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça e ressalvou que em 10/08/2021
proferiu despacho nos autos do processo n.º 0042393-16.2000.8.14.0301, dando impulso ao feito em
questão. É o relatório. Decido.
Da leitura das informações que integram estes autos, apurou-se que o processo n.º 0042393-
16.2000.8.14.0301, objeto destes autos de representação por excesso de prazo, está em tramitação
regular, especialmente considerando que esteve fora da Unidade Jurisdicional em carga para advogado de
23/05/2019 até 06/08/2021. Destarte, à luz do princípio da razoabilidade, não há que se falar em atraso
processual decorrente de ato ou omissão do Juízo requerido, verificando-se que os intervalos entre os
atos processuais se deram em tempo razoável, não havendo paralisação do processo de modo a
configurar morosidade. Em casos semelhantes assim tem se manifestado o Conselho Nacional de Justiça:
"Para se entender configurada morosidade no tramitar de qualquer processo faz-se necessário, à luz do
princípio da razoabilidade, aferir o volume de trabalho a que está

submetido o magistrado, a sua produtividade, as condições cartorárias (equipamentos e pessoal), a


complexidade da causa e a indispensabilidade do atendimento da legislação processual" (CNJ -
REP200710000001832 - Rel. Min. Corregedor Nacional Cesar Asfor Rocha - 65ª Sessão - j. 24.06.2008 -
DJU 05.08.2008l)". Assim sendo, chama-se atenção ao fato de que o Princípio Constitucional da Duração
Razoável do Processo, por vezes, há de ser relativizado, posto que não significa imediatismo. Assim, a
duração razoável deve ser analisada caso a caso, de modo a não
importar hiato temporal, mas sim, se durante esse período, o processo tramitou regularmente. Desse
modo, ante a inexistência de qualquer infração administrativa a ser apurada, assim como diante da
ausência de constatação de morosidade processual, impõe-se o ARQUIVAMENTO destes autos, com
fulcro no art. 9º, § 2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça, por não haver a princípio
qualquer outra medida a ser adotada por este Órgão Correcional. Dê-se ciência às partes. Sirva a
presente decisão como ofício. À Secretaria, para as providências necessárias. Belém (PA), 17/08/2021.
Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA - Corregedora-Geral de Justiça

PROCESSO Nº 0000928-26.2021.2.00.0814

REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO

REQUERENTE: MAURICIO TRAMUJAS ASSAD

REQUERIDO: JUÍZO DA COMARCA DE NOVO PROGRESSO

DECISÃO

EMENTA: REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO. ART. 5º, LXXVIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.


MOROSIDADE SANADA POR IMPULSO PROCESSUAL. ARQUIVAMENTO.

Cuida-se de Representação por Excesso de Prazo formulada pelo senhor MAURICIO TRAMUJAS
ASSAD, perante a Corregedoria-Geral de Justiça em desfavor do JUÍZO DA COMARCA DE NOVO
PROGRESSO, expondo morosidade na tramitação do Processo nº 0000721-48.2011.8.14.0115. Alega
que os autos seguiram conclusos em 15/12/2020 para apreciação de petitório requerendo a determinação
de expedição de alvará para liberação de valores incontroversos, encontrando-se paralisado desde então.

Instado a se manifestar, o Juízo reclamado, através do magistrado ODINANDRO GARCIA CUNHA,


informou que já foi proferida Decisão nos autos, na data de 22/03/2021, dando encaminhamento ao feito
reclamado, retomando assim a marcha processual regular, conforme pesquisa para verificação ao sistema
PJE.

É o Relatório.

DECIDO.

Analisando os fatos apresentados pela reclamante, percebe-se que a sua real intenção é o
prosseguimento do feito nº 0000721-48.2011.8.14.0115.

Ocorre que, consoante às informações prestadas pelo magistrado, aliada às colhidas por meio de consulta
ao sistema PJE, observo que a morosidade reclamada não mais subsiste, uma vez que os autos, objeto
da presente reclamação, obtiveram impulso em 22/03/2021 com Decisão do Juízo.

Diante do exposto, considerando não haver a princípio qualquer outra medida a ser tomada por este
Órgão Correcional, DETERMINO o ARQUIVAMENTO da presente reclamatória, com fulcro no art. 9º, § 2º
da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça.

Dê-se ciência às partes.

Utilize-se cópia do presente como ofício.

À Secretaria para os devidos fins.

Belém, 12 de agosto de 2021.

Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA

Corregedora Geral de Justiça

PROCESSO Nº 0002773-93.2021.2.00.0814
REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO
REQUERENTE: CINTHIA COSTA DE CASTRO
ADVOGADA: ISABELLA CASANOVA DE CARVALHO CORREA DE LIMA, OAB/PA 23.604
REQUERIDO: JUÍZO DA 6ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE BELÉM
EMENTA: REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA
RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO. ART. 5º, LXXVIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
MOROSIDADE SANADA POR IMPULSO PROCESSUAL. ARQUIVAMENTO.
DECISÃO: Cuida-se de Representação por Excesso de Prazo formulada pela advogada ISABELLA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

CASANOVA DE CARVALHO, perante a Corregedoria-Geral de Justiça em desfavor do JUÍZO DA 6ª


VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE BELÉM, expondo morosidade na tramitação do Processo nº
0826379-16.2021.8.14.0301. Alega que a ação foi protocolada no dia 04/05/2021, encontrando-se
paralisada desde então, aguardando o despacho inicial. A requerente aduz ainda que solicitou diversas
vezes, diligência a respeito do Despacho pendente, porém, sem resposta. Instado a se manifestar, o Juízo
reclamado, através do magistrado FRANCISCO ROBERTO MACEDO DE SOUZA, informou que: ¿Devo
admitir que não só esse processo, como vários outros, de fato, estão com andamento aquém do desejável,
tal decorrendo de problemas estruturais da Vara, mormente, quanto a recursos humanos.¿ O Magistrado
relatou que encontra-se sem a única servidora que é analista
judiciária, cuja previsão de retorno está para o início de agosto de 2021. Narra ainda, em relação ao
processo em questão, que: ¿A praxe no gabinete, nessas situações, é anotar os dados dos processos
para dar solução em seguida, formando uma espécie de ¿sub-caixa¿, em analogia às caixas do PJe, só
que informal e manual, que também se congestiona, assim como está ocorrendo com as caixas do PJe.
Certo é que, na maioria dos casos, não há condições de resolver prontamente a situação apresentada,
sendo o mais comum fazer as anotações necessárias para ver no expediente da tarde, já que tem sido
muito difícil tratar desses pedidos no expediente normal, devido às audiências cuja realização ocupam
todo o expediente. Para ilustrar, especificamente quanto às reclamações da douta

Advogada, Dra. ISABELLA CASANOVA DE CARVALHO, do escritório de advocacia Baglioli Dammski,


Bulhões & Costa Advogados Associados, no último dia 08 de julho, já próximo do final do expediente, eu
mesmo atendi uma ligação em que a pessoa pedia informações sobre o andamento dos processos
0831397-18.2021.8.14.0301, 0818660-80.2021.8.14.0301, 0827525-92.2021.8.14.0301 e 0826379-
16.2021.8.14.0301, tendo eu repassado a ligação para o estagiário que estava concluindo a passagem de
termos de audiências realizadas naquela dia para o sistema PJe, que fez as anotações necessárias.
Ressalto que adiantei-me em atender a ligação porque o meu assessor, Sr. Marcio Santos, estava fazendo
um atendimento presencial. O 2º processo em referência está na lista acima referida, como também o
processo 0818660- 80.2021.8.14.0301, aliás, objeto da reclamação nesse Órgão Censor sob o nº
0002772-11.2021.2.00.0814, e seriam vistos no tempo oportuno. O processo
nº 1 da aludida lista já havia sido minutado e foi assinado naquele mesmo dia. Saliento que, em tese,
tenho de pegar os processos na ordem que vão chegado nas diversas ¿caixas¿ do Sistema PJe, sem
embargo de considerar algum em regime de urgência, a pedido das partes ou de seus advogados, o que é
visto caso a caso.¿ Outrossim, o Magistrado destaca que já foi proferido Despacho dando
encaminhamento ao feito reclamado, retomando assim a marcha processual regular. Em pesquisa ao
sistema PJE, verifica-se que em 12/07/2021 foi proferido Despacho/Mandado o qual recebeu a inicial e
determinou a intimação do executado, tendo em vista o mesmo não constar nos autos em referência, com
prazo de 3 dias, o qual finda no dia 15/07/2021. É o Relatório. DECIDO. Analisando os fatos apresentados
pela reclamante, percebe-se que a sua real intenção é o prosseguimento do feito nº 0826379-
16.2021.8.14.0301. Ocorre que, consoante às informações prestadas pelo magistrado, aliada às colhidas
por meio de consulta ao sistema PJE, observo que a morosidade reclamada não mais subsiste, uma vez
que os autos, objeto da presente reclamação, obtiveram impulso em 12/07/2021 com Despacho do Juízo,
no qual recebeu a inicial e determinou a intimação do executado.
Diante do exposto, considerando não haver a princípio qualquer outra medida a ser tomada por este
Órgão Correcional, DETERMINO o ARQUIVAMENTO da presente reclamatória, com fulcro no art. 9º, § 2º
da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça, antes, porém, RECOMENDO ao Magistrado que
continue proporcionando a regular tramitação dos autos, a fim de que a prestação jurisdicional alcance seu
objetivo, observando sempre o princípio constitucional da razoável duração do processo, disposto no Art.
5º, LXXVIII, da Constituição Federal, Dê-se ciência às partes. Utilize-se cópia do presente como ofício. À
Secretaria para os devidos fins. Belém, 17/08/2021. Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA
CUNHA - Corregedora Geral de Justiça

Processo nº 0001985-79.2021.2.00.0814

Pedido de Providências
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Requerente: Úrsula Dini Mascarenhas - Defensora Pública do Estado

Requerido: Juízo da 1ª Vara Cível e Criminal da Comarca de Cametá

DECISÃO. Retornam os presentes autos com as informações prestadas pelo Juízo da 1ª Vara Cível e
Criminal da Comarca de Cametá (ID 692127) acerca do cumprimento da diligência solicitada pela
Defensora Pública Úrsula Dini Mascarenhas, para que a SEAP informasse se o apenado Domingos
Cambraia dos Santo havia desempenhado atividades de estudo ou trabalho que possibilitassem a remição
da pena. Em sua resposta, o magistrado Márcio Campos Barroso Rebello informou que: ¿(...) Após análise
dos autos de execução acima mencionado constatou-se que houve o integral cumprimento do despacho
proferido pelo MM juiz desta Comarca em 01/10/2020, conforme ofício anexo encaminhado para a casa
penal via email. Ressalto que inicialmente não houve resposta por parte do Centro de Recuperação
Regional de Cametá, tendo este juízo reiterado o pedido de informação, que em 06/08/2021 foi respondido
pelo Diretor da casa penal desta Comarca através do ofício 456/2021 (cópia anexa), portanto o atestado
de trabalho prestado pelo interno já foi juntado aos autos de execução e em seguida encaminhado para a
Defensoria Pública em 09/08/2021, para manifestação.¿ Da análise das informações, depreende-se que
se encontra satisfeito o objeto do presente pedido de providências, não havendo outras diligências a
serem adotadas, pelo que, determino seu arquivamento. Dê-se ciência à requerente, devendo ser
encaminhada cópia da manifestação ID 692127 e documentos que a acompanham. À Secretaria para
providências. Belém-PA, data registrada no sistema. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA.
Desembargadora Corregedora-Geral de Justiça do Pará

PROCESSO Nº 0003081-32.2021.2.00.0814

PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS

REQUERENTE: CORREGEDORIA GERAL DE SÃO PAULO

REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA VARA DE CARTA PRECATÓRIA CÍVEL DE BELÉM

DECISÃO / OFÍCIO Nº /2021- /CGJ. PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS - CARTA PRECATÓRIA ¿


ENDEREÇAMENTO EQUIVOCADO - ARQUIVAMENTO. Cuida-se de ofício encaminhado
pelo CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO, solicitando intermediação deste Órgão Correcional para fins de cumprimento e devolução de
CARTA PRECATÓRIA expedida nos autos do Processo nº 0005522-51.2018.8.26.0010, que tramita
perante a 1ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de São Paulo ¿ Foro Regional X -
Ipiranga. Instado a se manifestar, o Juízo da Vara de Cartas Precatórias Cíveis de Belém, através do
Magistrado Gabriel Costa Ribeiro, respondeu, em resumo: ¿Trata-se de Carta Precatória que foi
encaminhada pela 1ª VARA DE FAMILIA E SUCESSÕES DE IPIRANGA/SP, para cumprimento de
determinação judicial oriunda do Processo nº 0005522-51.2018.8.26.0010, em que figuram como partes
SOPHIA VITÓRIA MIRANDA PEREIRA e THYAGO OLIVEIRA PEREIRA. Há a informação de que, a
Carta Precatória, foi enviada diretamente para a Vara de Cartas Precatórias Cíveis de Belém -TJPA, via
Malote Digital, possuindo o seguinte código de rastreabilidade: 82520182015199. Desta feita, em consulta
realizada em nosso sistema, verificamos que o Malote Digital foi devolvido por este Juízo sem
cumprimento, no dia 25/10/2018, às 12:54, como se comprova por meio do documento em anexo. Tal
devolução se deu pelo fato de que Cartas Precatórias Cíveis devem ser encaminhadas diretamente à
Central de Distribuição Cível de Belém, conforme determina o Prov. Conj. 002 2017-CJRMB CJCI, Art. 2º.
Contudo, em que pese as informações repassadas por este Juízo, caso ainda exista interesse do Juízo
Deprecante no cumprimento da diligência contida na citada Carta Precatória, este Juízo se encontra a
disposição para receber a Carta Precatória e promover o seu fiel cumprimento.¿ Diante do exposto,
expeça-se ofício ao Juízo requerente para ciência das informações prestadas pela VARA DE CARTA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PRECATÓRIA CÍVEL DE BELÉM de Ids 694815 e 694816, para que adote as providências que entender
pertinentes, após, arquive-se. À secretaria para os devidos fins. Belém, data da assinatura eletrônica.
Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA. Corregedora Geral de Justiça

PROCESSO Nº 0002518-38.2021.2.00.0814

PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS

REQUERENTE: CENTRO DE ENSINO PLENO LTDA.

ADVOGADOS: JOÃO PAULO MENDES NETO - OAB/PA15.583 e OUTROS

REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA 1a VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE


ANANINDEUA

REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA 1a VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE


ANANINDEUA

REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE


ANANINDEUA

REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA 3a VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE


ANANINDEUA

DECISÃO: Cuida-se de Pedido de Providências realizado pelo CENTRO DE ENSINO PLENO LTDA.,
através de seus advogados legalmente constituídos, por meio do qual busca o auxílio da Corregedoria de
Justiça a fim de resolver pendência junto ao Banco do Estado do Pará - BANPARÁ, a qual o impede de
encerrar uma conta vinculada ao citado banco, em razão de suposto ato constritivo que teria sido oriundo
de Decisão proferida nos autos do Processo nº 2006.1.000327-6 (numeração antiga do sistema),
indicando-se estar atrelado à 3ª Vara do Juizado Especial Cível de Ananindeua. Discorre o requerente, in
verbis: ¿Para sua surpresa, o Banco negou o pedido informando haver uma ordem de bloqueio no valor de
R$ 160,10 (cento e sessenta reais e dez centavos) Doc. 03 anexo. Em descrição, consta se tratar de
ordem emanada no bojo do processo 2006.1.000327-6 (numeração antiga do sistema), indicando-se estar
atrelada à 3ª Vara do Juizado Especial Cível de Ananindeua.¿ Em suma, relata que por força de um ato
constritivo desconhecido, fica impossibilitado de exercer sua liberdade de encerrar a conta, uma vez que,
por certo, o Banco não poderia desconsiderar ordem judicial, e a empresa, por sua vez, não possui
condições de adimplir o suposto ônus, pois sequer pode fazê-lo sem saber de onde este vem, razão pela
qual requer que sejam oficiados a 1ª Vara Cível e Empresarial e as 1ª, 2ª e 3ª Varas dos Juizados
Especiais Cíveis, todas da Comarca de Ananindeua; bem como o Banco do Estado do Pará, para
prestarem esclarecimentos/informações sobre o presente caso. Em ID 581754, foram oficiadas a unidade
judiciárias acima destacadas, pelo que responderam: 1) JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL E
EMPRESARIAL DA COMARCA DE ANANINDEUA ¿ ID 594162: ¿(...) Nesta toada, não há qualquer
intervenção ou possibilidade de ordem de restrição de valores por este Juízo da parte
interessada/reclamante do Juizado Especial de Ananindeua. (...)¿. No mais, consoante documento
apresentado pela própria parte interessada ao ED 533292 ¿ Pág. 1, nota-se que a referida restrição se
deu por determinação da 3ª Vara 2) JUÍZO DE DIREITO DA 1a VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA
COMARCA DE ANANINDEUA ¿ ID 602918: ¿(...) informo que o único processo em nome da parte
interessada/reclamante encontrado nesta Vara é o de nº 080553-45.2016.8.14.0953, o qual foi autuado em
05/02/2016, portanto, em data bem posterior ao bloqueio questionado nesta Reclamação, e encontra-se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

arquivado desde 12/2019.¿ 3) JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA


COMARCA DE ANANINDEUA ¿ ID 619184: ¿Insta, preliminarmente, esclarecer: a) que se trata de
processo físico distribuído, processado, julgado e arquivado perante o então 3º Juizado Especial Cível da
Cidade Nova VIII, o qual, com a criação e instalação das VARAS de juizado especial cível e criminal nesta
Comarca de Ananindeua, em 2015, teve o seu acervo, inclusive os baixados em arquivo, inseridos na
competência desta 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Ananindeua; GRIFOS POSTOS b) que a ação foi
autuada sob o n° 722/06, sendo registrado sob o SIJE nº 200610003276 e, com a implantação do Sistema
Libra nos juizado especiais cíveis locais, em 2010, o processo recebeu a numeração única nacional, sob o
n° 0000318-93.2006.8.14.0943, introduzida por aquele sistema; c) que o processo encontrava-se
arquivado fisicamente desde 13/09/21013, sendo determinado o desarquivamento para prestação das
presentes informações (fls. 100). GRIFOS POSTOS Extrai-se, dos respectivos autos físicos, quanto à
Reclamação Cível, que foi distribuída em 11/10/2006 (fls. 02), e, seguindo em seus trâmites, foi obtida a
conciliação em 14/05/2017, oportunidade em que foi homologada por sentença (fls. 47). Requerido o
cumprimento do acordo (fls. 48-49), foi extinta a fase de cumprimento em julgamento de embargos à
execução, em cuja sentença, proferida em 09/02/2012, foi reconhecido o cumprimento do julgado e
determinado o arquivamento do processo, o qual veio à efetivação em 13/09/2013. GRIFOS POSTOS
Atenta aos termos da Reclamação, no que tange à ordem de bloqueio judicial de valores ali mencionada,
sendo certa a competência deste Juízo da 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Ananindeua quanto ao
processo reclamado, procedi a pesquisas no SISBAJUD, correspondente atual do Sistema Bacenjud,
verificando os seguintes resultados: I - PESQUISAS NO SISBAJUD, considerando as VIAS DE
PROTOCOLAMENTO JUNTADAS AOS AUTOS: a) do Protocolo n° 20070000889119 (fls. 51) Resultado:
Não existe ordem judicial correspondente ao (s) filtro(s) informado(s)¿; b) do Protocolo n°
20090002640701 (fls. 52-53, 76-81)- Constavam os seguintes valores como saldos remanescentes ainda
bloqueados, sendo adotadas algumas providências por ocasião do acesso: b.1) BCO ESTADO PARÁ
Data/Hora Protocolo: 04 DEZ 2009 19:02 Tipo de Ordem: Bloqueio de Valores Juiz Solicitante:
ALESSANDRA ISADORA VIEIRA MARQUES Valor: R$ 916,60 Resultado: (03) Cumprida parcialmente
por insuficiência de saldo. Saldo Bloqueado Remanescente: R$ 160,10 Data/Hora Resultado: 08 DEZ
2009 13:39 Providência: DE PRONTO, REQUISITEI O RESPECTIVO DESBLOQUEIO destes R$ 160,10,
conforme o ¿DETALHAMENTO DA ORDEM JUDICIAL DE DESDOBRAMENTO DE BLOQUEIO DE
VALORES ¿em anexo; GRIFOS POSTOS b.2) KIRTON BANK S.A. - BANCO MÚLTIPLO Data/Hora
Protocolo: 04 DEZ 2009 19:02 Tipo de Ordem: Bloqueio de Valores Juiz Solicitante: ALESSANDRA
ISADORA VIEIRA MARQUES Valor: R$ 916,60 Resultado: (03) Cumprida parcialmente por insuficiência
de saldo. Saldo Bloqueado Remanescente: R$ 467,30 Data/Hora Resultado: 08 DEZ 2009 07:09
Providência: DE PRONTO, REQUISITEI O RESPECTIVO DESBLOQUEIO destes R$ 467,30, conforme o
¿DETALHAMENTO DA ORDEM JUDICIAL DE DESDOBRAMENTO DE BLOQUEIO DE VALORES ¿em
anexo; b.3) BCO SANTANDER Data/Hora Protocolo: 04 DEZ 2009 19:02 Tipo de Ordem: Bloqueio de
Valores Juiz Solicitante: ALESSANDRA ISADORA VIEIRA MARQUES Valor: R$ 916,60 Resultado: (01)
Cumprida integralmente. Saldo Bloqueado Remanescente: R$ 916,60 Data/Hora Resultado: 08 DEZ 2009
06:30 Providência: Consta este terceiro ¿Saldo Bloqueado Remanescente¿, mas SEM OPÇÃO DE
QUALQUER AÇÃO, inclusive para desbloqueio, diferentemente dos demais, do que optei pelas
deliberações conforme ato judicial de 09.07.2021, transcrito mais adiante; c) Protocolo n°
20090001148993 (fls. 61-60, 66-67) Resultado: ¿Não existe ordem judicial correspondente ao (s) filtro (s)
informado(s)¿ ¿ não obstante a informação atual do Sisbajud, esta guia é a que consigna o bloqueio e
transferência do valor integral para a conta judicial, com oportuna expedição de alvará judicial, gerando a
satisfação do débito e a extinção da execução (Bloqueio de R$ 5.464,69 ¿ Alvará de R$ 5.464,00 ¿ Valor
final liberado: R$ 5.501,00 ¿ fls. 70 e 75); d) Protocolo n° 20090002594210 (fls. 82-84) Resultado: foi
respondida, não havendo ¿Saldo Bloqueado Remanescente¿; II - Na busca realizada no Sisbajud
envolvendo o Processo nº 200610003276, número originário do feito, há os seguintes protocolamentos: a)
Protocolo n° 20090002640701- referida acima; b) Protocolo n° 20090002594210 - referida acima; e c)
Protocolo n° 20090002104795 ¿ ausente dos autos, constando tratar-se de requisição de bloqueio de
valores realizado em 01/10/2009, ocorrendo que, renovada a busca com base no número do
protocolamento, resulta que ¿Não existe ordem judicial correspondente ao(s) filtro(s) informado(s)¿; III -
Na busca realizada no Sisbajud envolvendo a numeração nacional do processo n° 0000318-
932006.8.14.0943, a informação é de que ¿Não existe ordem judicial correspondente ao(s) filtro(s)
informado(s)¿. GRIFOS POSTOS De outro prisma, relativamente o teor da resposta da Secretaria deste
juízo à solicitação do jurisdicionado (Id n° Num. 533293 - Pág. 1, 2), denota ter correspondido ao teor da
consulta. É de se considerar, inclusive, que o juízo originário do feito possuía outra nomenclatura ¿ ¿3º
Juizado Especial Cível da Cidade Nova VIII¿ ¿ e que, embora a pesquisa do SIJE nº 200610003276 junto
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ao Sistema Libra corresponda ao Processo n° 000318-93.2006.8.14.0943, constam ali cadastradas como


partes ¿ANA CELIA BRIGIDO CAMPOS¿ e ¿SISTEMA DE ENSINO IDEAL¿, sem inserção de outros
dados das mesmas, inexistindo, no registro do processo, qualquer referência ao nome da pessoa jurídica
Representante ¿ ¿CENTRO DE ENSINO PLENO LTDA¿ ¿ o que aparenta ter acarretado o conteúdo das
informações prestadas ao Requerente pela Secretaria deste juízo. Ressalto haver petições do
Representante CENTRO DE ENSINO PLENO LTDA nos autos físicos, inexistindo qualquer pedido, ou
mesmo determinação ex officio, de correção quanto à mencionada divergência de REGISTRO e
AUTUAÇÃO envolvendo o polo passivo. GRIFOS POSTOS Por ocasião da conclusão do processo às
presentes informações, e em face do desbloqueio realizado, proferi o presente ato judicial: ¿DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA Vistos. 1. Observada a extinção do processo com reconhecimento da satisfação da
obrigação, bem como o arquivamento dos autos sem a totalidade das cautelas de lei, CHAMO O FEITO À
ORDEM, para tomada de providências quanto às restrições judiciais pendentes. 1.1. Faço, desta feita,
juntar aos autos a ORDEM DE DESBLOQUEIO dos saldos bloqueados remanescentes junto ao BANCO
DO ESTADO PARÁ e ao KIRTON BANK S.A. - BANCO MÚLTIPLO - constantes Protocolo n°
20090002640701, de fls. 52-53 e 76-81 (conforme o ¿DETALHAMENTO DA ORDEM JUDICIAL DE
DESDOBRAMENTO DE BLOQUEIO DE VALORES ¿em anexo), nos valores de R$ 160,10 e R$ 467,30,
respectivamente 1.2. Não havendo possibilidade de qualquer ação para o saldo bloqueado remanescente
no valor de R$ 916,00, junto ao BANCO SANTANDER (Protocolo n° 20090002640701, de fls. 52-53, 76-81
e ¿DETALHAMENTO DA ORDEM JUDICIAL DE DESDOBRAMENTO DE BLOQUEIO DE VALORES¿ em
anexo), obstando qualquer providência da autoridade judiciária diretamente naquele sistema no modo em
que se apresenta, e considerando a omissão de tal saldo bloqueado no Pedido de Providências PJECOR
n° 0002518-38.2021.2.00.0814 e o tempo decorrido, cerca de 11 (onze) anos, FACULTO ao
Reclamado/Executado que se manifeste a respeito de 15 (quinze) dias. Intime-se. 1.2.1. Sem prejuízo,
diligencie-se para obtenção de esclarecimentos, junto ao setor próprio do TJE/PA, ao mencionado óbice à
ação judicial. Certifique-se. 2. Junte-se, oportunamente, aos autos, as informações prestadas à ínclita
Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Pará, reservando-me à determinação de novo arquivamento
dos autos conforme as deliberações do nominado órgão. 3. Int. Dil. Ananindeua, 09 julho de 2021.¿ Sendo
o que tinha a informar no momento, constando, o aqui consignado, dos respectivos autos físicos e sistema
Sisbajud, faço seguir, em anexo, em arquivos digitais, as laudas citadas do processo, assim como
demonstrativo daquele sistema judicial, inteiro-me à disposição de V. Exa. para o que mais entender
necessário.¿ 4) JUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE
ANANINDEUA ¿ ID 617932: ¿(...) informo que foram realizadas pesquisas por meio das plataformas
processuais LIBRA, PROJUDI e PJe, com base nos dados fornecidos no presente expediente, não se
localizando qualquer processo, em andamento ou arquivado, que tenha sido tombado nesta Unidade
Judiciária sob o nº 2006.1.000327-6 (0000533-23.2006.8.14.0006), conforme certidão firmada pela
Senhora Diretora de Secretaria, que segue em anexo como parte integrante destas informações. (...)¿É o
Relatório. DECIDO. Analisando os fatos trazidos ao conhecimento desta Corregedoria, aliados às
informações prestadas, especialmente as contidas em ID 619184, oriundas do Juízo da 2ª Vara do
Juizado Especial Cível de Ananindeua, identificou-se que as providências solicitadas pelo Requerente já
foram atendidas, sendo também esclarecido o ocorrido, não havendo mais qualquer restrição no
BANPARÁ em face do requerente, tendo em vista que a Magistrada VIVIANE MONTEIRO FERNANDES
AUGUSTO DA LUZ requisitou de pronto o DESBLOQUEIO do valor de R$ 160,10, conforme o
¿DETALHAMENTO DA ORDEM JUDICIAL DE DESDOBRAMENTO DE BLOQUEIO DE VALORES¿,
juntado aos autos. Por conseguinte, há de se destacar não haver nos autos sinais de ilicitude, o que
franquearia a este Órgão Correcional uma posição sancionadora. Diante do exposto, considerando as
informações apresentadas e entendendo não haver motivos concretos que deem ensejo a qualquer
intervenção por parte deste Órgão Correcional, DETERMINO o ARQUIVAMENTO do presente expediente.
Dê-se ciência às partes. Utilize-se cópia do presente como ofício. À Secretaria para os devidos fins.
Belém, 17 de agosto de 2021. Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Corregedora
Geral de Justiça.

Processo nº 0001581-28.2021.2.0814
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Interessada: Larissa Prado Santana, tabeliã do 1º Ofício de Notas da Comarca de Belém- PA. Decisão:
Vistos, etc. Cuida o presente expediente, de consulta formulada pela tabeliã do 1º Ofício de Notas da
Comarca de Belém- PA, Dra. Larissa Prado Santana, informando a esta Corregedoria que seu cartório
possui acervo desde o ano 1884, e que contam parte da história de Belém, de grande valor cultural local.
Contudo, em razão do decurso do tempo, muitos encontram-se em estado precário, reclamando cuidados
profissionais e equipamentos para seu manuseio. Relata que livros anteriores a 1930, não são objeto de
buscas e pedidos de certidões, e assim consulta a esta corregedoria acercada possiblidade de realocar
tais livros anteriores a essa data, que são em torno de 500 (quinhentos), para o Museu Histórico do Estado
do Pará, ou para uma outra instituição de escolha desta Corregedoria de Justiça, em que tais livros
tenham o tratamento adequado para preservar seu conteúdo, visando propiciar sua utilização pelas
gerações vindouras e enriquecimento do conhecimento dos historiadores. Instada e se manifestar, a
Secretaria de Administração do Tribunal informou que o TJPA não possui Convênios firmados com
Serventias Extrajudiciais para o recebimento de documentos em doação, informando que há, entretanto,
Acordo de Cooperação Técnica com Universidades para o tratamento da documentação histórica judicial,
como o ACT nº 005/2007, firmado com a Universidade Federal do Pará, cuja coordenação é realizada pelo
Centro de Memória. Ademais ressalta que por força do disposto no art. 46 da Lei de dos notários (Lei nº
8.935/94) que estabelece a obrigação do tabelião em conservar os documentos, livros e fichas, que devem
permanecer sob guarda do titular. Foi requisitada a juntada do ACT nº 005/2007, o que foi feito pela
Secretaria de Administração (id. 562308). É o relatório. DECIDO. Analisando os autos, e, de acordo com a
manifestação da Secretaria de Administração, percebe-se que o Tribunal de Justiça não possui nenhum
convênio ou termo de cooperação com entidades para a transferência de acervo de serventias
extrajudiciais. O que existem são Acordos firmados com universidade para o tratamento do acervo
histórico judicial, não envolvendo serventia extrajudiciais. Por outro lado o art. 46 da Lei dos notários
atribui aos tabeliães a responsabilidade pela guarda e conservação dos livros que, de acordo com o
Provimento nº 50 da Corregedoria Nacional de Justiça, que fixou a ¿tabela de temporalidade¿, tais livros
são de guarda permanente da serventia, não podendo ser descartados. ¿Art. 46 - Os livros, fichas,
documentos, papéis, microfilmes e sistemas de computação deverão permanecer sempre sob a guarda e
responsabilidade do titular de serviço notarial ou de registro, que zelará por sua ordem, segurança e
conservação¿. Por outro lado o art. 26 da Lei de Registros Públicos (Lei nº 6.015/73), estabelece que os
livros deverão permanecer indefinidamente na serventia. ¿Art. 26. Os livros e papéis pertencentes ao
arquivo do cartório ali permanecerão indefinidamente¿. Assim, respondendo à consulta formulada pela
Tabeliã titular, esclareço que, de acordo com o art. 46 da Lei dos Notários, c/c art. 26 da Lei de Registros
Públicos, e ainda o Provimento nº 50 do CNJ, fica inviabilizada a formalização de convênios para a
realocação dos livros das serventias extrajudiciais para outros estabelecimentos ou entidades. Por fim,
recomenda-se à Tabeliã que envide esforços para a digitalização de todo o acervo, a fim de garantir a sua
conservação. À Secretaria para as providências de comunicação. Após arquive-se. Belém, 17 de agosto
de 2021. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Corregedora Geral de Justiça.

Processo 000029-28.2021.2.00.0814

Requerente: Conselho Nacional de Direitos Humanos

Renan Vinicius Sotto Mayor de Oliveira

DECISÃO: Trata-se de expediente por meio do qual o Conselho Nacional de Direitos Humanos - CNDH,
através de seu presidente Renan Vinicius Sotto Mayor de Oliveira, apresentou a Resolução 34/2020, que
dispõe sobre aprovação do Relatório Preliminar de Atividades da Frente de Trabalho para Proteção de
Direitos em Deslocamentos Compulsórios do Conselho Nacional de Direitos Humanos, bem como
conteúdo integral do relatório. O relatório mencionado descreve a situação das populações deslocadas por
grandes obras de infraestrutura no Estado do Pará, o CNDH recomenda ao Tribunal de Justiça do Estado
do Pará, como um todo, a "edição de instruções conjuntas das corregedorias da Região Metropolitana de
Belém e do Interior, que versem sobre a observação aspectos da Resolução nº 10/2018, do Conselho
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nacional de Direitos Humanos". Ainda, a Resolução nº 10/2018 do CNDH, por sua vez, determina que os
agentes e instituições do Estado, inclusive do sistema de justiça, adotem medidas visando à proteção de
populações vulneráveis nos processos em que tais grupos sejam afetados, incluindo neste rol aqueles
deslocados por empreendimentos, obras de infraestrutura ou semelhantes. Recomenda também, à
Corregedoria do TJPA e ao ITERPA,"¿ a revisão completa, mediante o bloqueio cautelar das matrículas,
de todas as concessões de terras públicas estaduais objeto de Resgate de Aforamento ou de Resgate
Especial de Aforamento". Em resposta, este Tribunal de Justiça, por meio da presidente da Comissão de
Ações Judiciais de Direitos Humanos e Repercussões Sociais e vice-presidente à época, recebeu o
expediente e se manifestou no seguinte sentido: 1. Entende-se que as recomendações do CNDH não
podem ser impostas ao Judiciário; 2. Conclui-se que as regras previstas na Resolução nº 10/2018 acabam
por criar e alterar regras civis e processuais civis, ferindo a Constituição na medida em que a competência
para tanto é da União; 3. Estas normas ferem a independência dos magistrados; 3. Estas normas
estabelecem hierarquia entre diretos fundamentais, o que não possui previsão constitucional; 4.
Recomenda a adoção da Resolução nº 10/2018 naquilo em que não conflitar com a Constituição, com a
legislação infraconstitucional e com atos normativos do TJPA. A manifestação foi encaminhada à
Corregedoria de Justiça da Região Metropolitana e ao CNDH, para ciência. Após analisar o expediente, a
Corregedora-Geral de Justiça proferiu decisão em 10.04.2021 (Id 361354), na qual determinou o
encaminhamento para análise do Juiz Corregedor Lucio Barreto Guerreiro, para análise da questão do
bloqueio cautelar de matrículas e, ainda, determinou a expedição de oficio circular aos juízes do TJPA. É o
relatório. Da leitura dos autos, depreende-se que a parte que ficou pendente de análise, qual seja a
possibilidade de bloqueio das matrículas de imóveis com registro de aforamento, já fora objeto de análise
por esta Corregedoria de Justiça, nos autos do processo 0004626-74.2020.2.00.0814. Nele, foi decidido,
em 06.08.2021, pela impossibilidade de adoção da medida, tanto por já existirem outros atos normativos
disciplinando os registros de imóveis do Estado do Pará, como também por entender que eventuais
questões de irregularidades nos registros devem ser analisadas individualmente por esta CGJ e pelo Juiz
Agrário. Desta feita, por entender que não há mais providências a serem adotadas em relação a esta
matéria, determino o arquivamento deste feito. Dê-se ciência às partes. À Secretaria para providências.
Belém, 17 de agosto de 2021. Desembargadora Rosileide Maria da Costa Cunha, Corregedora-Geral de
Justiça.

PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS Nº 0002564-27.2021.2.00.0814

REQUERENTE: PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA/TO

REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DIRETOR DO FÓRUM DA COMARCA DE PARAUAPEBAS/PA

REF. PROC. Nº 5003253-46.2012.8.27.2722

DECISÃO /2021-CGJ.EMENTA: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS. CARTA PRECATÓRIA CUMPRIDA E


DEVOLVIDA. ADOÇÃO DA PROVIDÊNCIA PRETENDIDA. PERDA DE OBJETO.
ARQUIVAMENTO. Cuida-se de Pedido de Providências da lavra da Exma. Sra. Dra. Mirian Alves Durado,
Juíza de Direito em Substituição na 2ª Vara Criminal da Comarca de Gurupi/TO e posteriormente
pela Exma. Sra. Dra. Joana Augusta Elias da Silva, Juíza de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de
Gurupi/TO, clamando pelo cumprimento da carta precatória extraída dos autos do processo n.º 5003253-
46.2012.8.27.2722 e expedida para a Comarca de Parauapebas/PA, tramitando nesta última com o
nº 0006236-61.2012.8.14.0040. Instado a manifestar-se, o Sr. Luís Coelho da Silva, Direto de Secretaria
da 3ª Vara da Comarca de Parauapebas/PA, em síntese, informou que a carta precatória extraída dos
autos do processo n.º 5003253-46.2012.8.27.2722 foi cumprida e devolvida ao Juízo Deprecante (2ª Vara
Criminal da Comarca de Gurupi/TO). O Servidor anexou documentação pertinente. É o
relatório. Decido. Inicialmente, apura-se que a real pretensão da Magistrada Interessada era o
cumprimento e devolução de carta precatória extraída dos autos do processo n.º 5003253-
46.2012.8.27.2722. Da leitura das informações e dos documentos que integram estes autos, acrescida de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

consulta realizada ao sistema LIBRA em 17/08/2021, verificou-se que conforme certidão lavrada em
27/07/2021 no âmbito da UPJ Criminal de Parauapebas/PA a carta precatória em referência fora devolvida
em 08/01/2012 ao Juízo Deprecante (2ª Vara Criminal da Comarca de Gurupi/TO). Desse modo, diante do
cumprimento e devolução da carta precatória extraída dos autos do processo acima mencionado, verifica-
se que estes autos de pedido de providências perderam o seu objeto junto a esta Corregedoria-Geral de
Justiça e tendo em vista que não há outra medida a ser adotada, DETERMINO o
seu ARQUIVAMENTO. Dê-se ciência às partes. Sirva a presente decisão como ofício. À Secretaria para
as providências necessárias. Belém (PA), data registrada no sistema. ROSILEIDE MARIA DA COSTA
CUNHA. Corregedora-Geral de Justiça
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

COORDENADORIA DOS PRECATÓRIOS

PRECATÓRIO nº.: 025/2019

PROCESSO DE ORIGEM: nº.0011625-43.2006.8.14.0301

CREDOR(A): Izabel Barros Frade

ADVOGADO(A): José Otávio Nunes Monteiro ¿ OAB/PA Nº. 7261

ENTE DEVEDOR: Estado do Pará

PROCURADORIA: Ricardo Nasser Sefer ¿ OAB/PA nº. 14800

DESPACHO

Retifique-se o registro dos autos, alterando a parte credora do precatório, conforme sucessão processual
deferida pelo Juízo da Execução (fls.226/227).

Em seguida, calcule-se o rateio do valor provisionado entre os sucessores que satisfaçam os requisitos do
pagamento antecipado da parcela superpreferencial já deferida (fl.141), conforme despacho de fl.188,
atentando-se para o recolhimento e/ou devolução parcial das retenções fiscais e previdenciárias.

Após os cálculos, certifiquem-se detalhadamente as movimentações financeiras.

Na sequência, retornem-me os autos conclusos para intimar as partes requerentes e o ente devedor sobre
os cálculos do pagamento superprefeencial.

Publique-se.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

Leonardo de Farias Duarte

juiz auxiliar da Presidência, designado para a

Coordenadoria de Precatórios (Portaria nº 624/2021-GP)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA JUDICIÁRIA

RESENHA: 19/08/2021 A 19/08/2021 - SECRETARIA JUDICIÁRIA - VARA: TRIBUNAL PLENO DE


DIREITO PENAL

PROCESSO: 00051840920198140000 PROCESSO ANTIGO: ---


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MAIRTON MARQUES CARNEIRO Ação: Processo
Administrativo Disciplinar em face de Magistra em: 18/08/2021---REQUERENTE: Tribunal de Justiça do
Estado do Pará REQUERIDO:MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO Representante(s): OAB
7350 - FRANCISCA EDNA LEAL FRAGOSO (ADVOGADO) OAB 8059 - CLAUDIO AUGUSTO DE
AZEVEDO MEIRA (ADVOGADO) OAB 12554 - GLEISE CRISTINA DA SILVA MEIRA (ADVOGADO)
OAB 13644 - WALAQ SOUZA DE LIMA (ADVOGADO) OAB 18845 - RENAN SENA SILVA
(ADVOGADO) OAB 11853 - JOSE BRANDAO FACIOLA DE SOUZA (ADVOGADO) OAB 24627 - THAIS
SILVA FAGUNDES (ADVOGADO) OAB 5586 - PAULO AUGUSTO DE AZEVEDO MEIRA (ADVOGADO)
REQUERIDO:RAIMUNDO MOISES ALVES FLEXA Representante(s): OAB 7388 - ROBERTO LAURIA
(ADVOGADO) OAB 10691 - ANETE DENISE SILVA PEREIRA (ADVOGADO) OAB 19573 - RAFAEL
OLIVEIRA ARAUJO (ADVOGADO) OAB 26752 - ANA BEATRIZ LACORTE ARAUJO DA MOTA
(ADVOGADO) OAB 28262 - AMANDA BORSOI CANTUARIA SANTOS (ADVOGADO) . Tribunal de
Justiça do Estado do Pará Gabinete do Desembargador MAIRTON MARQUES CARNEIRO Processo n°.
0005184-09.2019.814.0000. Órgão Julgador: TRIBUNAL PLENO. PROCESSO ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR CONTRA MAGISTRADO. Requerente: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÃ.
Requerido: MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO. Requerido: RAIMUNDO MOISÉS ALVES
FLEXA. Relator: Des. MAIRTON MARQUES CARNEIRO. DESPACHO: Ciente do ofício nº. 1.805/2021 -
ASPOL/GAB.SEC/SEGUP. Acautelem-se os autos em secretaria para aguardar a entrega do laudo
pericial. Em caso de juntada de documento novo, os autos devem ser imediatamente conclusos para
ciência do relator. Belém, 18 de agosto de 2021. MAIRTON MARQUES CARNEIRO Desembargador
Relator

RESENHA: 19/08/2021 A 19/08/2021 - SECRETARIA JUDICIÁRIA - VARA: TRIBUNAL PLENO DE


DIREITO PÚBLICO

PROCESSO: 00121756920178140000 PROCESSO ANTIGO: ---


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO Ação:
Sindicância em: 18/08/2021---REQUERENTE:CORREGEDORIA DE JUSTICA DAS COMARCAS DO
INTERIOR REQUERIDO:GLAUCIO ARTHUR ASSAD. PIP nº 2015.7.000535-2 (Processo nº 0012175-
69.2017.8.14.0000) CLASSE: PROCEDIMENTO DE INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR REQUERENTE:
DES. CONSTANTINO GUERREIRO ÓRGÃO: PRESIDÿNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÃ
REQUERIDO: GLAUCIO ARTHUR ASSAD - JUIZ DE DIREITO DECISÃO Tratam os autos de
Procedimento de Investigação Preliminar (PIP) de infrações praticadas, em princípio, pelo Magistrado
Gláucio Arthur Assad, Juiz Titular da Vara Única de Rurópolis, originária de Correição Extraordinária
elaborada na referida unidade de 06 a 07 de julho de 2015, fruto de determinação do Colendo Tribunal
Pleno Deste Tribunal, em 18/03/2021, no decorrer da 10ª Sessão ordinária. Em razão do voto-vista que
proferi nestes autos, que foi vencedor e que redundou no acórdão nº 182.348, publicado em 27.10.2017,
DECIDIU A CORTE POR ACATAR A PRELIMINAR DE SUSPENSÃO DO PIP ATÉ A DECISÃO FINAL
NO PROCESSO DE APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE DO MAGISTRADO. No referido processo
de aposentadoria do requerido (Processo Administrativo nº 0008668-03.2017.8.14.0000), a Corte decidiu,
à unanimidade, em 10.04.2019, por suspender o processo administrativo de aposentadoria por
incapacidade pelo período de 01 (um) ano, permanecendo os autos acautelados em secretaria. Por seu
turno, em 17/10/2019, determinei a remessa dos autos à secretaria, tendo em vista a diretiva da decisão
colegiada a ser seguida. Em 11/08/2021, certificou-se que houve o julgamento do Processo Administrativo
Disciplinar em face do retro mencionado magistrado, em Sessão Ordinária do Tribunal Pleno desta
Egrégia Corte, realizada em 30/06/2021, por unanimidade, arquivar o Processo Administrativo de
Aposentadoria por Incapacidade, mantendo o magistrado no pleno exercício de suas funções judicantes,
em razão das evidências de estabilização do quadro clínico, demonstrando-se apto ao exercício de suas
atividades laborativas (fls. 265). Conforme certidão de fl. 275, o supracitado processo transitou em julgado
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

em 09/08/2021. Em 16/08/2021, os autos do processo nº 0012175-69.2017.8.14.0000 vieram a mim


conclusos por redistribuição. Ocorre que, considerando que este Relator no Acórdão nº 182.348, de fls.
216/231, apresentou voto divergente vencedor acerca da continuidade do PIP, haja vista restar
inconclusiva a apuração sobre a sanidade mental do requerido, determinando a suspensão do presente
até a conclusão do laudo a ser emitido por junta médica no Processo Administrativo nº 0008668-
03.2017.8.14.0000, OU SEJA, TÃO SOMENTE QUANTO À PRELIMINAR DE PREJUDICIALIDADE
EXTERNA, SEM ADENTRAR NO MÉRITO DA QUESTÃO, daí¬ porque entendo nos termos do parágrafo
Único do art. 135 do Regimento Interno deste Tribunal, entendo que os presentes autos devem ser
remetidos à Relatoria originária, no caso a Corregedora Geral de Justiça, para os ulteriores de direito em
relação ao meritum causae. Diz o art. 135, do Regimento Interno do TJPA, em casos em que o voto
vencedor não adentra no mérito: Art. 135. Ao relator do acórdão compete: I - determinar a remessa dos
autos à distribuição quando forem opostos e recebidos embargos infringentes e de nulidade em matéria
criminal; II - relatar os recursos regimentais interpostos de suas decisões; III - relatar os embargos de
declaração opostos aos acórdãos que lavrar. Parágrafo Único. O condutor do voto vencedor na maior
parte do mérito será o relator do processo, realizando-se nova distribuição. (GRIFO NOSSO) No caso em
debate, o voto vencedor tratou apenas de matéria preliminar. Assim, retornem os autos à secretaria, para
providências cabíveis. P.R.I. Belém, 17 de agosto de 2021. DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

ATA DE SESSÃO

29ª Sessão Ordinária do TRIBUNAL PLENO, realizada no dia 11 de agosto de 2021, por
videoconferência, sob a Presidência da Excelentíssima Senhora Desembargadora CÉLIA REGINA DE
LIMA PINHEIRO. Presentes os(as) Exmos.(as) Srs.(as) Desembargadores(as): MILTON AUGUSTO DE
BRITO NOBRE, RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES, LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO,
VANIA VALENTE DO COUTO FORTES BITAR CUNHA, RAIMUNDO HOLANDA REIS, VÂNIA LÚCIA
CARVALHO DA SILVEIRA, MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS, RICARDO
FERREIRA NUNES, LEONARDO DE NORONHA TAVARES, MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA
GUIMARÃES, DIRACY NUNES ALVES, RONALDO MARQUES VALLE, GLEIDE PEREIRA DE MOURA,
MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO, ROBERTO GONÇALVES DE MOURA, LUIZ GONZAGA DA
COSTA NETO, MAIRTON MARQUES CARNEIRO, EZILDA PASTANA MUTRAN, MARIA ELVINA
GEMAQUE TAVEIRA, ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA
BEZERRA JÚNIOR, ROSI MARIA GOMES DE FARIAS, EVA DO AMARAL COELHO e os Juízes
Convocados ALTEMAR DA SILVA PAES, AMÍLCAR ROBERTO BEZERRA GUIMARÃES e JOSÉ
TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR. Desembargadores justificadamente ausentes CONSTANTINO
AUGUSTO GUERREIRO, LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR, JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO
ROSÁRIO, MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO e MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE.
Presente, também, a Exma. Sra. Dra. Ubiragilda Silva Pimentel, Procuradora de Justiça. Lida e aprovada à
unanimidade, a Ata da Sessão anterior, foram iniciados os trabalhos na seguinte ordem, às 9h54min.

PALAVRA FACULTADA

A Exma. Sra. Desembargadora Presidente Célia Regina de Lima Pinheiro declarou aberta a sessão
registrando o dia alusivo à criação dos cursos jurídicos, ao dia do magistrado e ao dia do advogado,
celebrados nesta data de 11 de agosto. O Exmo. Sr. Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre pediu
a palavra para, de igual forma, fazer referência a tão importante data celebrada no dia 11 de agosto,
ressaltando a importância de magistrados e advogados na entrega da justiça. O Exmo. Sr.
Desembargador Luiz Gonzaga da Costa Neto também lembrou da importância da data comemorada no
dia 11 de agosto, fazendo uma saudação a todos os magistrados e advogados. O Exmo. Sr.
Desembargador Ronaldo Marques Valle informou ao Colegiado que, na última sexta-feira, ocorreu a 1ª
reunião da Comissão Gestora de Precedentes e Ações Coletivas, sendo bastante produtiva. Por fim, a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Presidente agradeceu a presença dos Exmos. Srs. Desembargadores Gleide Pereira de Moura, Mairton
Marques Carneiro e Eva do Amaral Coelho, que estando de férias, gentilmente aceitaram a convocação da
Presidência e compareceram à sessão plenária para colaborar com os trabalhos no Tribunal.

PARTE ADMINISTRATIVA EXTRA-PAUTA

1 - ESCOLHA de Magistrados e Servidores para compor o Comitê Único, Gestor Regional e


Orçamentário de 1º Grau (SIGA-DOC PA-MEM-2021/26262).

- Impedimento: Des. Ricardo Ferreira Nunes

Decisão: eleitos os Juízes de Direito César Leandro Pinto Machado e Everaldo Pantoja e Silva, e os
servidores Cláudia Sadeck Burlamaqui e Francisco Olavo Damasceno Júnior para compor o Comitê Único,
Gestor Regional e Orçamentário de 1º Grau.

2 - MINUTA DE RESOLUÇÃO que institui a Política de Preservação de Documentação Digital do Poder


Judiciário do Estado do Pará (SIGA-DOC PA-PRO-2021/01957).

Decisão: à unanimidade, aprovada.

3 - MINUTA DE RESOLUÇÃO que institui a política de Gestão da Memória do Poder Judiciário do Estado
do Pará (SIGA-DOC PA-PRO-2021/01957).

Decisão: à unanimidade, aprovada.

4 - MINUTA DE RESOLUÇÃO que dispõe sobre a Central de Comunicação Interna e de Apoio à


Magistratura, nos termos da Lei Estadual nº 8.320, de 14 de dezembro de 2015, bem como revoga a
Resolução nº 7, de 1º de março de 2007, que versa sobre a Central de Apoio aos Magistrados (CAM) do
Tribunal de Justiça do Estado do Pará (SIGA-DOC PA-PRO-2021/02001).

Decisão: à unanimidade, aprovada.

5 - MINUTA DE RESOLUÇÃO que regulamenta a publicação dos atos através do Diário de Justiça
Eletrônico Nacional (DJEN), no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará (SIGA-DOC PA-PRO-
2021/02003).

Decisão: à unanimidade, aprovada.

PARTE ADMINISTRATIVA

- Aniversário do Exmo. Senhor Desembargador Constantino Augusto Guerreiro (17/8).

A Exma. Sra. Desembargadora Célia Regina de Lima Pinheiro parabenizou o Desembargador


aniversariante, desejando-lhe muita saúde e rogando a Deus que o cubra de bênçãos. Os Exmos. Srs.
Desembargadores Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos, Vânia Lúcia Carvalho da Silveira, Rosileide
Maria da Costa Cunha, Luiz Gonzaga da Costa Neto, José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior, Maria
Elvina Gemaque Taveira, Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Milton Augusto de Brito Nobre, Ronaldo
Marques Valle, Diracy Nunes Alves e a Procuradora de Justiça Ubiragilda Silva Pimentel, também
parabenizaram o aniversariante, desejando-lhe saúde, felicidades, longa vida e paz.

1 - Processo Administrativo Disciplinar em face de Magistrado - Comarca de BELÉM (0003961-


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

84.2020.8.14.0000)
Requerente: Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Requerida: Danielly Modesto de Lima Abreu (Advs. Rodrigo Costa Lobato ¿ OAB/PA 20167, Ricardo
Nasser Sefer ¿ OAB/PA 14800, Felipe Jales Rodrigues ¿ OAB/PA 23230, Brenda Luana Viana Ribeiro ¿
OAB/PA 20739, Raissa Pontes Guimarães ¿ OAB/PA 26576)

Procurador-Geral de Justiça: César Bechara Nader Mattar Júnior

RELATORA: DESA. EZILDA PASTANA MUTRAN

- Na 28ª Sessão Ordinária do Tribunal Pleno, ocorrida em 4/8/2021, adiado em razão da ausência de
quórum.

- Suspeições: Des. Constantino Augusto Guerreiro, Desa. Maria do Céo Maciel Coutinho, Desa.
Vânia Lúcia Carvalho da Silveira

- Impedimento: Des. Ricardo Ferreira Nunes

Decisão: por maioria, o Pleno julgou procedente o Processo Administrativo Disciplinar, nos termos do voto
da Exma. Sra. Desembargadora Ezilda Pastana Mutran, Relatora, vencido o Exmo. Sr. Desembargador
Raimundo Holanda Reis. À unanimidade, foi aplicada à Magistrada a pena de censura, nos termos do voto
apresentado pela Relatora.

2 - Petição (Processo Eletrônico nº 0000161-14.2021.8.14.0000)

Requerente: Associação dos Magistrados do Estado do Pará ¿ AMEPA (Adv. Felipe Jales Rodrigues ¿
OAB/PA 23230)

Requerente: Clarice Maria de Andrade Rocha

Requerido: Tribunal de Justiça do Estado do Pará

RELATOR: DES. JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Decisão: adiado em razão da ausência justificada do Relator.

PROCESSOS¿JUDICIAIS¿ELETRÔNICOS PAUTADOS¿(PJe)

1 ¿ Ação Direta de Inconstitucionalidade (Processo Judicial Eletrônico nº 0800543-


42.2019.8.14.0000)

Requerente: Carlos Augusto de Lima Gouvea ¿ Prefeito Municipal de Soure (Advs. Ely Benevides de
Sousa Neto ¿ OAB/PA 12502, Ely Benevides Sousa Filho ¿ OAB/PA 16740, Pollyanna Fernanda Mota de
Queiroz Benevides ¿ OAB/PA 16107)

Requerida: Câmara Municipal de Soure (Adv. Renato Cesar Sasaki Matos ¿ OAB/PA 21444)

Procurador-Geral de Justiça: César Bechara Nader Mattar Júnior


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

RELATORA: DESA. LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

- Sustentação oral realizada pelo Advogado Ely Benevides de Sousa Neto, patrono do Requerente.

- Na 27ª Sessão Ordinária do Tribunal Pleno, ocorrida em 28/7/2021, após a Relatora apresentar voto pelo
prosseguimento do julgamento da presente ação, considerando que a representação processual do
prefeito, em sede de processo objetivo, está assegurada quando, não obstante a ausência de assinatura
na petição inicial, existir nos autos instrumento de mandato outorgado pelo referido legitimado conferindo
poderes expressos e específicos ao advogado ou ao procurador municipal para o ajuizamento da ação,
julgamento suspenso em razão de pedido de vista formulado pelo Exmo. Sr. Desembargador Luiz
Gonzaga da Costa Neto.

- Na 28ª Sessão Ordinária do Tribunal Pleno, ocorrida em 4/8/2021, adiado em razão da ausência
justificada da Relatora.

- Impedimento: Des. Ricardo Ferreira Nunes

Decisão: por maioria de votos, ação não conhecida com o seu consequente arquivamento, nos termos do
voto-vista proferido pelo Exmo. Sr. Desembargador Luiz Gonzaga da Costa Neto, ficando vencidos a
Exma. Sra. Desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Relatora, e os Exmos. Srs. Juízes
Convocados Amílcar Roberto Bezerra Guimarães e José Torquato Araújo de Alencar.

2 ¿ Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (Processo Judicial Eletrônico nº 0803891-


97.2021.8.14.0000)

Suscitante: 1ª Vara do Juizado Especial da Fazenda Pública da Capital

Suscitado: Tribunal de Justiça do Estado do Pará

RELATORA: DESA. EZILDA PASTANA MUTRAN

- Na 21ª Sessão Ordinária do Tribunal Pleno - Plenário Virtual, iniciada às 14h do dia 16/6/2021 e
encerrada às 14h do dia 23/6/2021, retirado de pauta de julgamento virtual para inclusão em pauta
convencional.

Decisão: adiado a pedido da Relatora.

E como, nada mais houvesse, foi encerrada a Sessão, às 13h49min, lavrando eu, Jonas Pedroso Libório
Vieira, Secretário Judiciário, a presente Ata, que subscrevi.

Desembargadora CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO

Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

TRIBUNAL PLENO

Número do processo: 0807922-63.2021.8.14.0000 Participação: RECLAMANTE Nome: EQUATORIAL


PARA DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO BENTES
PINHEIRO NETO OAB: 12816/PA Participação: RECLAMADO Nome: JUÍZO DA 9ª VARA DO JUIZADO
ESPECIAL CÍVEL Participação: RECLAMADO Nome: 1ª TURMA RECURSAL PERMANENTE DOS
JUIZADOS ESPECIAIS

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DA DESA. ELVINA GEMAQUE TAVEIRA

R.H.

Considerando que o escritório de advocacia, Silveira, Athias, Soriano de Mello Guimarães,

Pinheiro e Scaff, constituído pelo Reclamante, também patrocina esta magistrada em

processos judiciais, declaro-me suspeita para relatar e julgar presente feito (processo nº

0807922-63.2021.8.14.0000 -PJE).

Encaminhem-se os autos à Secretaria para fins de redistribuição, nos termos do art. 224 do

Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Justiça.

P.R.I.C.

Belém/PA.

ELVINA GEMAQUE TAVEIRA

Desembargadora Relatora
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0803894-52.2021.8.14.0000 Participação: RECORRENTE Nome: LUCAS TEIXEIRA


DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: IGOR CELIO DE MELO DOLZANIS OAB: 19567/PA
Participação: RECORRIDO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação: FISCAL
DA LEI Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome:
DULCELINDA LOBATO PANTOJA OAB: null

PROCESSO ELETRÔNICO Nº 0803894-52.2021.8.14.0000

RECURSO ESPECIAL NO AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL

RECORRENTE: LUCAS TEIXEIRA DA SILVA

REPRESENTANTE: IGOR CÉLIO DE MELO DOLZANIS – OAB/PA 19.567

RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

REPRESENTANTE: DULCELINDA LOBATO PANTOJA (PROCURADORA DE JUSTIÇA – 5ª


PROMOTORIA CRIMINAL)

DECISÃO

Trata-se de recurso especial (Id 5472133), interposto por LUCAS TEIXEIRA DA SILVA, com fundamento
na alínea “a” do inciso III do artigo 105 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, assim ementado:

“AGRAVO EM EXECUÇÃO INTERPOSTO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. AGRAVADO CUMPRIA PENA


NO REGIME ABERTO E FOI PRESO NOVAMENTE PELA PRÁTICA DOS CRIMES DE TRÁFICO DE
DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. DECISÃO AGRAVADA QUE JULGOU IMPROCEDENTE
O PEDIDO DE REGRESSÃO AO REGIME SEMIABERTO SOB ALEGAÇÃO DE QUE INEXISTIRIA,
AINDA, SENTENÇA CONDENATÓRIA COM TRÂNSITO EM JULGADO PELO COMETIMENTO DOS
NOVOS CRIMES, BEM COMO QUE O APENADO ESTARIA RESPONDENDO A NOVEL AÇÃO PENAL
NA CONDIÇÃO DE RÉU SOLTO. IMPOSSIBILIDADE. O ART. 118, INCISO I, DA LEP NÃO
CONDICIONA O RECONHECIMENTO DA FALTA GRAVE E A REGRESSÃO DE REGIME A
CONDENAÇÃO POR NOVO CRIME, MAS TÃO SOMENTE A PRÁTICA DE OUTRA INFRAÇÃO PENAL
NO CURSO DO CUMPRIMENTO DA PENA. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 526 DO STJ. PRECEDENTES
DO STF EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. AGRAVO EM EXECUÇÃO PROVIDO, ACOMPANHANDO PARECER
MINISTERIAL, A FIM DE QUE O AGRAVADO REGRIDA AO REGIME SEMIABERTO, RESPEITADO O
CONTRADITÓRIO E A AMPLA DEFESA. UNÂNIME. I. O agravado se encontrava cumprindo pena em
regime aberto, em razão da condenação por roubo majorado, quando veio a ser preso novamente em
flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Segundo informações constantes
deste processo, o apenado e sua ex-esposa estavam na posse de quatro petecas de cocaína. Em busca
domiciliar realizada posteriormente pela polícia, foram encontrados mais trinta papelotes do mesmo
entorpecente. Oferecida a representação pelo cometimento de falta grave, o magistrado procedeu a
regressão cautelar do apenado, contudo, após a realização de audiência com a oitiva da defesa, do
agravado e do órgão ministerial, acabou por julgar improcedente o pedido de regressão de regime
formulado pelo Ministério Público, restabelecendo o cumprimento da pena no regime aberto. Em sua
decisão, o julgador entendeu, em suma, que o princípio da presunção de inocência vedaria a regressão do
apenado, já que ainda não há sentença condenatória prolatada pelo cometimento da nova infração penal.
Pela leitura do art. 118, inciso I, da LEP verifica-se que o legislador não condiciona a regressão de regime
ao advento de outra condenação criminal. Ao revés, fala apenas na prática de nova infração penal no
decorrer do cumprimento da pena, condicionando a regressão, tão somente, a oitiva prévia do apenado,
tal como se sucedeu no presente caso, onde se teve o cuidado de realizar audiência de regressão, com
respeito a ampla defesa e ao contraditório, antes de se decidir acerca do pedido de regressão definitivo. A
matéria está pacificada no âmbito do STJ, por meio da Súmula 526, segundo a qual: “o reconhecimento de
falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime doloso no cumprimento da pena
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal instaurado para
apuração do fato”. O STF, em sede de repercussão geral, fixou a tese de que “o reconhecimento de falta
grave consistente na prática de fato definido como crime doloso no curso da execução penal dispensa o
trânsito em julgado da condenação criminal no juízo do conhecimento, desde que a apuração do ilícito
disciplinar ocorra com observância do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, podendo
a instrução em sede executiva ser suprida por sentença criminal condenatória que verse sobre a
materialidade, a autoria e as circunstâncias do crime correspondente à falta grave”. Precedentes; II.
Assiste razão ao órgão ministerial quando pugna pela regressão definitiva do apenado ao regime
semiaberto, em face de sua prisão em flagrante pelos crimes de tráfico e associação ao tráfico de drogas.
A legislação e a jurisprudência dos Tribunais Superiores não reconhecem violação ao princípio da
presunção de inocência na hipótese e tampouco condicionam a regressão de regime a existência de
sentença condenatória com trânsito em julgado pelo cometimento de novo crime. É igualmente irrelevante
o fato de o agravado estar respondendo em liberdade ao processo instaurado pelo cometimento do novo
crime. Decisão reformada, a fim de que o apenado seja recolocado em regime semiaberto, com alteração
da data-base para obtenção de novos benefícios, por força do disposto no art. 127 da LEP, sempre
respeitado o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. Precedentes; III. Agravo provido,
acompanhando o parecer ministerial. Unânime.”

Sustentou o recorrente, em síntese, violação aos artigos 59 e 118, da Lei de Execução Penal, apontando a
inexistência de sentença penal condenatória posterior à condenação capaz de sustentar a regressão do
apenado, o que ensejaria a nulidade do acórdão recorrido. Argumenta também que sequer houve
procedimento para apuração de falta grave, tampouco denúncia formalizada, sendo que o mero auto de
prisão em flagrante não seria apto a ensejar a regressão de regime.

Foram apresentadas contrarrazões (Id 5772581).

É o relatório. Decido.

O caso se enquadra no disposto no art. 1.030, III, do Código de Processo Civil, haja vista que o recurso
versa sobre controvérsia de repercussão geral, ainda não decidida em caráter definitivo pelo Supremo
Tribunal Federal, cujo recurso representativo é o RE nº 776.823 (Tema 758), nestes termos delimitada:

"Necessidade de condenação com trânsito em julgado para se considerar como falta grave, no âmbito
administrativo carcerário, a prática de fato definido como crime doloso"

Ressalte-se que, não obstante já tenha sido fixada tese de repercussão geral, houve oposição de
embargos de declaração pela Defensoria Pública da União, ainda pendente de julgamento, onde requer-se
esclarecimento de ponto relevante para o correto juízo de conformidade pelos Tribunais.

Desta feita, entendo por bem sobrestar o presente recurso até que os aclaratórios sejam julgados pela
Suprema Corte.

Sendo assim, sobresto o recurso especial (art. 1.030, III, do CPC).

Encaminhem-se os autos ao NUGEP, para os fins da Resolução nº 235/CNJ.

Publique-se. Intimem-se.

Belém, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0011421-64.2016.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: FIT 10 SPE


EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: ZARAH EMANUELLE
MARTINHO TRINDADE registrado(a) civilmente como ZARAH EMANUELLE MARTINHO TRINDADE
OAB: 18107/PA Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA OAB:
21313/PA Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO MATTAR COSTA ALVES DA SILVA OAB:
7861/PR Participação: AGRAVADO Nome: WILDA CELESTE DA SILVA SETUBAL Participação:
ADVOGADO Nome: ROSE MEIRE CRUZ DOS SANTOS OAB: 7051/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E ESPECIAIS

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do Excelentíssimo Desembargador Vice-Presidente do Tribunal de Justiçado Estado do


Pará, Ronaldo Marques Valle, a Coordenadoria de Recursos Extraordinários e Especiais, intima a parte
AGRAVADA: WILDA CELESTE DA SILVA SETÚBAL, de que foi interposto Agravo em Recurso
Especial, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.042, § 3°, do
CPC/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0004842-19.2012.8.14.0040 Participação: RECORRENTE Nome: VANDERLY


MOREIRA DA SILVA OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: RUBENS MOTTA DE AZEVEDO
MORAES JUNIOR registrado(a) civilmente como RUBENS MOTTA DE AZEVEDO MORAES JUNIOR
OAB: 10213/PA Participação: ADVOGADO Nome: RONEY FERREIRA DE OLIVEIRA OAB: 12442/PA
Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO DE SOUSA PEREIRA JUNIOR OAB: 21006/PA
Participação: RECORRIDO Nome: MUNICIPIO DE PARAUAPEBAS Participação: PROCURADOR Nome:
JAIR ALVES ROCHA OAB: 609/PB

PROCESSO ELETRÔNICO N.º: 0004842-19.2012.8.14.0040

RECURSO ESPECIAL

RECORRENTE: VANDERLY MOREIRA DA SILVA OLIVEIRA

(Representantes: Roney Ferreira de Oliveira – Advogado - OAB/PA n.º 12.442 – e Rubens Motta de
Azevedo Moraes Júnior – Advogado – OAB/PA n.º 10.213)

RECORRIDO: MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS

(Representante: Jair Alves Rocha – Procuradoria Geral do Município)

DECISÃO
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Trata-se de recurso especial (ID n.º 5.237.878), interposto por Vanderly Moreira da Silva Oliveira, com
fundamento nas alíneas a e c do inciso III do art. 105 da Constituição da República, insurgindo-se contra
acórdão proferido pela 1.ª Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Pará, assim ementado:

APELAÇÕES CÍVEIS. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. APELAÇÃO DO MUNICÍPIO. PRELIMINAR DE


INÉPCIA DA INICIAL POR AUSÊNCIA DE PEDIDO DE DECLARAÇÃO DE NULIDADE DO
CONTRATO. REJEITADA. MÉRITO. CONSTATADA A LEGALIDADE DA CONTRATAÇÃO
TEMPORÁRIA. SENTENÇA REFORMADA APENAS PARA AFASTAR O RECONHECIMENTO DA
NULIDADE. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. APELAÇÃO DA
AUTORA. AUSÊNCIA DE DIREITO À PERCEPÇÃO DO FGTS DIANTE DA VALIDADE DA
CONTRATAÇÃO. DANO MORAL. NÃO COMPROVAÇÃO DO ASSÉDIO MORAL. IMPROCEDÊNCIA
DOS PEDIDOS DE FGTS E DANOS MORAIS MANTIDA. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E NÃO
PROVIDA. À UNANIMIDADE.

1- Apelação do Município. Preliminar de inépcia da inicial por ausência de pedido de declaração de


nulidade do contrato. É cediço que o pedido deve ser extraído do teor da petição inicial como um todo,
devendo logicamente decorrer da causa de pedir, observando-se que a ausência de pedido expresso
quanto a declaração de nulidade do contrato no presente caso, não prejudicou a apresentação de defesa
pelo Município, não havendo que se falar em inépcia da inicial, por ausência de pedido expresso.
Precedente. Preliminar rejeitada.

2-Mérito. Nulidade da contratação temporária. No que diz respeito a nulidade da contratação, o inciso II do
art. 37 da Constituição Federal preceitua que a investidura em cargo ou emprego público depende de
prévia aprovação em concurso público, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo
em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Mais adiante, no inciso IX, do mesmo
dispositivo, a Carta Magna admite o recrutamento de servidores em exceção à regra do concurso público,
determinando que a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender
necessidade temporária de excepcional interesse público.

3-É claro no texto constitucional, que a admissão dessa categoria de servidores públicos sem o prévio
concurso é medida de exceção que deve, necessariamente, observar os requisitos legalmente
estabelecidos. Assim, toda e qualquer contratação realizada pela Administração que foge aos estritos
regramentos estabelecidos na Constituição deve ser veementemente rechaçada no âmbito dos poderes
públicos.

4-No caso dos autos, observa-se que a apelada foi contratada na condição de temporário
desde 11.05.2010 a 31.12.2012, portanto não restou descaracterizando o requisito da temporariedade,
uma vez que não ultrapassou o período de 24 meses previstos na lei municipal nº 4.249/2002 (Id 4261521
- Pág. 8 /12), pelo que assiste razão ao Município quanto ao ponto.

5-Apelação do Município conhecida e parcialmente provida, para afastar a nulidade do contrato


temporário com a autora reconhecido na sentença.

6- Apelação da autora. A questão cinge-se em analisar o direito da Apelante ao FGTS diante da nulidade
do contrato de serviço temporário, bem como à indenização por danos morais decorrentes das alegadas
situações vexatória a que era exposta em seu local de trabalho por sua superior hierárquica.

7- Direito ao FGTS. Verificando-se que a apelada foi contratada na condição de temporário


desde 11.05.2010 a 31.12.2012, portanto não restou descaracterizando o requisito da temporariedade,
uma vez que não ultrapassou o período de 24 meses previstos na lei municipal nº 4.249/2002 (Id 4261521
- Pág. 8 /12), pelo que não assiste razão à Autora quanto ao ponto e, por consequência não lhe assiste o
direito ao FGTS.

8-Dano moral. Da análise dos autos, observa-se a única testemunha apresentada trouxe fatos que
constituem meros dissabores ocorridos no desempenho da organização da escola, sem, contudo,
configurar a indenização por pretensos danos morais.
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9-Como se vê, os elementos probatórios não se mostram suficientes para a comprovação do assédio
moral alegado pela Autora. Precedente.

10-Apelação da Autora conhecida e não provida.

11- À unanimidade.

Sustentou a parte recorrente, em síntese, violação do disposto no art. 489, §1.º, IV, do Código de
Processo Civil, uma vez que a Turma Julgadora apreciou a legalidade da contratação apenas sob o
aspecto temporal, sendo certo que o município recorrido não logrou êxito em provar a real e efetiva
excepcionalidade da contratação temporária (art. 37, IX, da Constituição Federal), o que deveria ter
culminado com a nulidade do contrato firmado e a condenação ao pagamento das verbas requeridas na
exordial, conforme tese veiculada na apelação submetida. Acenou dissenso pretoriano, apontando
julgados de outros tribunais que concluíram pela nulidade de julgamento que não apreciou a questão
controvertida com profundidade.

Foram apresentadas contrarrazões (ID n.º 5.691.458).

É o relatório. Decido.

Na interposição do recurso, não foi observado o enunciado 7 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça,
dado que eventual desconstituição do acórdão impugnado demandaria o revolvimento do acervo fático-
probatório, providência sabidamente vedada na via processual eleita.

Exemplificativamente:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MATERIAIS E MORAIS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. IMPROCEDÊNCIA.

1. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL E FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO NÃO


CONFIGURADAS. 2. VIOLAÇÃO AOS ARTS. 9º, 10 E 492 DO CPC/2015 NÃO CARACTERIZADA.
VALORAÇÃO DE PROVAS PELO MAGISTRADO. PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO
MOTIVADO. PRECEDENTES. SÚMULA 83/STJ. 3. FALTA DE ELEMENTOS SUFICIENTES NOS AUTOS
PARA CONCLUIR DE QUEM TERIA SIDO A CULPA PELO ACIDENTE. REVISÃO OBSTADA PELA
SÚMULA 7/STJ. 4. BOLETIM DE OCORRÊNCIA. PRESUNÇÃO JURIS TANTUM. VERACIDADE NÃO
CORROBORADA PELAS DEMAIS PROVAS DOS AUTOS. 5. AGRAVO IMPROVIDO.

1. Não ficou configurada a violação dos arts. 489 e 1.022 do CPC/2015, uma vez que o Tribunal de
origem se manifestou de forma fundamentada sobre todas as questões necessárias para o
deslinde da controvérsia. O mero inconformismo da parte com o julgamento contrário à sua
pretensão não caracteriza falta de prestação jurisdicional.

2. Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça possui firme jurisprudência no sentido de que o
Magistrado não está obrigado a julgar a questão posta a seu exame de acordo com o entendimento
das partes, mas sim conforme sua orientação, utilizando-se de provas, fatos e aspectos pertinentes
ao tema. Nesse contexto, não configura violação aos arts. 9º, 10 e 492 do CPC/2015 quando o julgador,
entendendo substancialmente instruído o feito, motiva a sua decisão na existência de elementos
suficientes para formação da sua convicção, conforme o princípio do livre convencimento motivado ou da
persuasão racional, tal como feito na hipótese. Incidência, no ponto, da Súmula 83/STJ.

3. Na hipótese, constata-se que o TJPR concluiu que não foi possível elucidar de quem teria sido a culpa
pelo acidente levando em consideração não somente o boletim de ocorrência, mas também as demais
provas colacionadas nos autos. Da mesma forma, não se pôde precisar a causa primária do acidente para
então afirmar que o veículo conduzido pelo recorrido teria invadido a pista contrária, de maneira que,
embora o boletim de ocorrência tenha, a princípio, presunção juris tantum, constatou-se também ser
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inconclusivo. Sendo assim, não foi ele o fator determinante para a improcedência do pedido autoral, e a
revisão desses aspectos fáticos da lide atraem a incidência do enunciado n. 7 da Súmula do Superior
Tribunal de Justiça.

4. Além disso, a jurisprudência desta Corte possui entendimento no sentido de que, conquanto o boletim
de ocorrência possua presunção juris tantum, a veracidade precisa ser corroborada pelas demais provas
presentes nos autos, como na espécie.

5. Agravo interno a que se nega provimento.

(AgInt no AREsp 1751891/PR, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado
em 15/06/2021, DJe 21/06/2021) (negritei).

Sendo assim, não admito o recurso especial (art. 1.030, V, do Código de Processo Civil).

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0004304-45.2010.8.14.0028 Participação: RECORRENTE Nome: EROMILDE


OLIVEIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: DANIELLA SCHMIDT SILVEIRA OAB: 13210/PA
Participação: APELADO Nome: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL Participação:
AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR
Nome: RAIMUNDO DE MENDONCA RIBEIRO ALVES OAB: null

PROCESSO ELETRÔNICO Nº 0004304-45.2010.8.14.0028

RECURSO ESPECIAL

RECORRENTE: EROMILDE OLIVEIRA DA SILVA

REPRESENTANTE: DANIELLA SHMIDT SILVEIRA MARQUES (OAB/PA 13.210-B)

RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

REPRESENTANTE: JOÃO BOSCO MAIA SAMPAIO – PROCURADOR FEDERAL

Decisão

Trata-se de recurso especial (Id 5400090), interposto por EROMILDE OLIVEIRA DA SILVA, com
fundamento nas alíneas “a” e “c” do inciso III do art. 105 da Constituição Federal, insurgindo-se contra
acórdãos proferidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, cujas ementas têm o seguinte teor:
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EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ACIDENTÁRIA, CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA.


IMPOSSIBILIDADE. LAUDO PERICIAL QUE NÃO ATESTA A INCAPACIDADE LABORATIVA DA
APELANTE. SENTENÇA MONOCRÁTICA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

I – O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais
de 15 (quinze) dias consecutivos. Inteligência do art. 59, da Lei n° 8.213/91;

II – Descabe a concessão de auxílio-doença em decorrência de acidente de trabalho na hipótese em que o


laudo pericial atesta inexistir nexo de causalidade entre a patologia do postulante ao benefício e a
atividade por ele desempenhada;

III – In casu, o laudo da perícia oficial realizada concluiu que a apelante não apresenta impotência
funcional ou incapacidade para o trabalho, encontrando-se, por conseguinte, apta a exercer uma atividade
laboral;

IV – Recurso de apelação conhecido e improvido.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


PREVIDENCIÁRIA. CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA. IMPOSSIBILIDADE. LAUDO PERICIAL QUE
NÃO ATESTA A INCAPACIDADE LABORATIVA DA EMBARGANTE. ALEGAÇÃO DE CONTRADIÇÃO
NO JULGADO. HIPÓTESE NÃO CONFIGURADA. AUSÊNCIA DE REQUISITOS DO ART. 1.022 DO
NCPC. REDISCUSSÃO DAS RAZÕES JÁ DECIDIDAS. IMPOSSIBILIDADE. MENÇÃO A TODOS OS
DISPOSITIVOS LEGAIS E CONSTITUCIONAIS SUSCITADOS. DESNECESSIDADE.
PREQUESTIONAMENTO FICTO. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 1.025 DO NCPC. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO.

I – In casu, o MM. Juízo de Direito da 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Marabá, nos autos da
Ação Previdenciária para Restabelecimento de Auxílio-Doença ou conversão em Aposentadoria por
Invalidez ajuizada pela ora embargante em desfavor do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, julgou
improcedente a mencionada ação;

II – - No julgamento do recurso de Apelação Cível interposto pela embargante, essa egrégia Turma, na
sessão realizada no dia 23/11/2020, à unanimidade, conheceu e negou provimento ao referido recurso;

III - Tendo a decisão embargada sido proferida de forma fundamentada, não se observa qualquer dos
vícios do art. 1.022 do CPC/15 a ensejar a oposição dos embargos de declaração;

IV - Os aclaratórios visam o saneamento de omissão, contradição, obscuridade ou corrigir erro material,


não podendo ser utilizado ao reexame de matéria já apreciada no julgado diante do inconformismo com a
decisão proferida;

V – A nova Lei Adjetiva Civil inovou ao considerar prequestionados os elementos apontados pela parte
embargante, ainda que inadmitidos ou rejeitados os embargos, consagrando o denominado
prequestionamento ficto. Por conseguinte, para fins de prequestionamento, consideram-se incluídos no
acórdão todos os dispositivos apontados pela parte embargante. Inteligência do art. 1.025, do NCPC;

VI - Embargos de Declaração conhecidos e improvidos.

A recorrente sustentou, em síntese, violação aos artigos 1022, incisos I e II, do CPC, e 59 e 62, §1º, da Lei
n. 8213/91, sob o argumento de que, a despeito de oposição de embargos de declaração, a corte
continuou a se posicionar de forma contraditória em relação ao laudo da perícia judicial constante nos
autos, pois, diferentemente do que afirmado nas decisões impugnadas, o documento técnico aludido
atestaria que a recorrente estaria incapacitada definitivamente para o exercício de atividades, que
exigissem esforço físico de moderado a severo, devendo, assim, permanecer de auxílio-doença até que
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fosse reabilitada para outra função, sob pena de violação expressa da lei.

Foram apresentadas contrarrazões (Id 5797774).

É o relatório. Decido.

O recurso interposto está em desconformidade com o enunciado 7 da Súmula do STJ (“A pretensão de
simples reexame de prova não enseja recurso especial”), haja vista que a revisão do entendimento firmado
pela corte, de que inexiste nexo de causalidade entre a patologia da postulante ao benefício e a atividade
por ela desempenhada, amparada em laudo pericial (ID 1985288), demanda imersão no acervo fático-
probatório, providência vedada em recurso especial. Nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
CONVERSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA EM AUXÍLIO-ACIDENTE. INEXISTÊNCIA DE PROVA DE NEXO
DE CAUSALIDADE ENTRE A DOENÇA DO AUTOR E A ATIVIDADE LABORAL. REEXAME DE
MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA 7/STJ.

1. Omissis

2. A Corte de origem, com base no laudo médico-pericial, constatou a inexistência do nexo de


causalidade entre a doença que acomete o autor e o exercício das atividades por ele desenvolvidas. A
revisão do que decidido impõe o reexame do contexto fático-probatório dos autos, o que encontra óbice na
Súmula 7/STJ. Nesse sentido, confiram-se: AgRg no AREsp 273.026/ES, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia
Filho, Primeira Turma, DJe 29/4/2016; AgRg no AREsp 386.429/SP, Rel. Min. Regina Helena Costa,
Primeira Turma, DJe 17/4/2015; AgRg no AREsp 673.959/SP, Rel. Min. Assusete Magalhães, Segunda
Turma, DJe 3/9/2015.

3. Agravo regimental não provido.

(AREsp 727204/DF, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 21/01/2017,
DJe 07/03/2017).

Sendo assim, não admito o recurso especial (art. 1.030, V, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0808505-19.2019.8.14.0000 Participação: AUTOR Nome: REINALDO FERREIRA


ZEFERINO Participação: ADVOGADO Nome: WILSON NEVES MONTEIRO OAB: 7368/PA Participação:
REU Nome: CLEO ABADESSA GONÇALVES

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AÇÃO RESCISÓRIA (47):0808505-19.2019.8.14.0000


AUTOR: REINALDO FERREIRA ZEFERINO
Nome: REINALDO FERREIRA ZEFERINO
Endereço: Rua Boaventura da Silva, 1932, - de 1149/1150 ao fim, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66060-
060
Advogado: WILSON NEVES MONTEIRO OAB: PA7368-A Endereço: desconhecido
REU: CLEO ABADESSA GONÇALVES
Nome: CLEO ABADESSA GONÇALVES
Endereço: Passagem Professor Honorato Filgueira, 229, Fátima, BELéM - PA - CEP: 66060-440
DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Ação Rescisória (processo n° 0808505-19.2019.8.14.0000) ajuizada por REINALDO


FERREIRA ZEFERINO em face de CLEO ABADESSA GONÇALVES, visando rescindir sentença
proferida pelo Juízo de Direito da 6ª Vara do Juizado Especial e ratificada por acórdão da Turma Recursal
Permanente, nos autos da Ação de Danos Morais (autos eletrônicos nº 0830937-36.2018.8.14.0301).

Sustenta na inicial que a decisão impugnada violou literal disposição de lei, eis que baseou a procedência
de pleito indenizatório nos testemunhos do Sr. Raimundo Nonato Pinheiro, cunhado do autor da ação,
desrespeitando, assim, a disposição contida no art. 457, § 2° do CPC.

Desta forma, requer a rescisão do julgado para permitir novo julgamento da causa, com bases em critérios
legais. Requereu, ainda, a concessão de medida liminar para sobrestar todas e quaisquer ações que
possa levar o requerido a executado ao valor da condenação.

Éo que bastava relatar.

De antemão, considerando que a matéria sobre a competência antecede ao exame das condições da ação
– possibilidade jurídica do pedido de rescisão de sentença oriunda do JEC –, mostra-se imperioso declinar
da competência para uma das Turmas Recursais daquele juizado, de onde se origina a decisão
rescindenda.

Isso porque, conforme entendimento já pacificado, inclusive no âmbito da Corte Superior de Justiça,
ressalvadas as hipóteses que versam sobre competência, o Tribunal de Justiça não ostenta jurisdição para
resolver quaisquer questões provenientes de ações que transitam perante os Juizados Especiais. Ou seja,
não ostenta o Tribunal de Justiça competência para conhecer de recursos ou ações originárias em
face de decisões advindas de Juizados Especiais.

Nesse sentido, os seguintes precedentes:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. APLICAÇÃO DAS


SÚMULAS 282 E 356/STF. JUIZADOS ESPECIAIS E TURMAS RECURSAIS. CRIAÇÃO. PREVISÃO
CONSTITUCIONAL. LEI 10.259/01. JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. MANDADO DE SEGURANÇA. ATO
ABUSIVO OU ILEGAL DE JUIZ FEDERAL. COMPETÊNCIA DAS TURMAS RECURSAIS PARA O
JULGAMENTO DO "WRIT". GARANTIA CONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. TRIBUNAL REGIONAL
FEDERAL. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA. ARTIGO 41 DA LEI 9099/95. APLICABILIDADE AOS
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS. ARTIGO 3º DA LEI 10.259/01. NÃO INCIDÊNCIA. RECURSO
DESPROVIDO.

[...]

X - Já restou assentado no RMS 18.433/MA, julgado pela Eg. Quinta Turma, o entendimento de que os
Juizados Especiais foram instituídos no pressuposto de que as respectivas causas seriam
resolvidas no âmbito de sua jurisdição. Caso assim não fosse, não haveria sentido em sua criação e,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

menos ainda, na instituição das respectivas Turmas Recursais, pois a estas foi dada a competência de
revisar os julgados dos Juizados Especiais, recebam ou não estes julgados o nome de recurso.

XI - Recurso conhecido, mas desprovido.

(STJ. REsp 690.553/RS, Rel. Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA, julgado em 03/03/2005, DJ
25/04/2005, p. 361) (grifo nosso).

----------------------------------------------------------------------

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. JULGADO DE TURMA


RECURSAL DE JUIZADO ESPECIAL. REVISÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL.
INCOMPETÊNCIA.

1. Os Tribunais de Justiça estaduais não têm competência, originária ou recursal, para rever os
julgados proferidos pelas turmas recursais dos juizados especiais. Precedentes.

2. Recurso ordinário desprovido. (STJ. RMS 28.440/PB, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,
QUARTA TURMA, julgado em 20/04/2010, DJe 28/04/2010) (grifo nosso).

----------------------------------------------------------------------

PROCESSO CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. TURMA DO JUIZADO ESPECIAL. INCOMPETÊNCIA


DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SÚMULA 376/STJ. INCIDÊNCIA.

A jurisprudência é firme no sentido de que os tribunais de justiça estaduais não possuem


competência para rever decisões de turma recursal de juizados especiais, ainda que em mandado de
segurança, conforme se depreende do teor da Súmula 376/STJ, segundo a qual: "Compete a turma
recursal processar e julgar o mandado de segurança contra ato de juizado especial". Agravo regimental
improvido. (STJ. AgRg no RMS 45.234/SC, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA,
julgado em 15/05/2014, DJe 22/05/2014) (grifo nosso).

-------------------------------------------------------------------------------------

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO RESCISÓRIA. OBJETO. ACÓRDÃO


PROVENIENTE DE TURMA RECURSAL DE JUIZADO ESPECIAL. CONHECIMENTO. COMPETÊNCIA
RESERVADA À JURISDIÇÃO DO ÓRGÃO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL. AFIRMAÇÃO.
DECLINAÇÃO EM FAVOR DO JUIZADO ESPECIAL.

1. A competência conferida às Câmaras Cíveis do Tribunal de Justiça para o processamento e


julgamento de ações rescisórias, definida sob o critério funcional ex ratione materiae, somente
alcança pretensões rescisórias endereçadas exclusivamente a julgados advindos do próprio órgão,
das Turmas Cíveis e dos Juízos de Primeiro Grau, não alcançando pretensões desconstitutivas que
têm como objeto julgados oriundos dos Juizados Especiais ou das Turmas Recursais, pois não
detém o Tribunal de Justiça jurisdição sobre decisões advindas desses órgãos jurisdicionais, salvo
para controle de competência (RITJDFT. Art. 13).

[...]

4. Agravo regimental conhecido e provido. Maioria. (TJ-DF. Acórdão n.858821, 20150020004304ARC,


Relator: NÍDIA CORRÊA LIMA, Relator Designado: TEÓFILO CAETANO 1ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Julgamento: 23/03/2015, Publicado no DJE: 07/04/2015) (grifo nosso).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

-------------------------------------------------------------------------------------

AGRAVO. AÇÃO RESCISÓRIA. DECISÃO ATACADA. PROLAÇÃO POR JUIZADO ESPECIAL CÍVEL.
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DESTE TRIBUNAL. Segundo assentada jurisprudência, os Tribunais de
Justiça não têm competência para a apreciação de ações rescisórias que ataquem decisões
oriundas dos Juizados Especiais, até porque às Turmas Recursais fica reservada a competência
para os respectivos reexames, consoante Lei nº 9.099/95. (TJMG - Agravo Regimental-Cv
1.0000.11.057290-6/001, Relator(a): Des.(a) Antônio Sérvulo, 3º GRUPO DE CÂMARAS CÍVEIS,
julgamento em 16/11/2011, publicação da súmula em 02/12/2011) (grifo nosso).

Assim, considerando que não ostenta este E. Tribunal competência para processar e julgar recursos ou
quaisquer outras questões advindas de ações que transitam sob a tutela jurisdicional dos Juizados
Especiais, compete ao órgão recursal dos juizados especiais aferir o cabimento ou não da pretensão
rescisória formulada.

Do contrário, este órgão estaria absorvendo jurisdição reservada a órgão jurisdicional especializado no
processamento e na elucidação de todas as questões decorrentes dos juizados especiais.

Em razão do exposto, declaro a incompetência deste juízo, razão pela qual determino a devida baixa dos
autos no sistema PJE de 2º grau, e o seu envio à Turma Recursal, para regular processamento do feito.

Intime-se.

Belém (PA), data registrada no sistema.

JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR

DESEMBARGADOR- RELATOR

Número do processo: 0003614-94.2006.8.14.0015 Participação: RECORRENTE Nome: MARIA DAS


NEVES RAYOL ARAUJO OYAMA Participação: ADVOGADO Nome: SOLANGE MARIA ALVES MOTA
SANTOS OAB: 12764/PA Participação: RECORRENTE Nome: ROBERTO KATAOKA OYAMA
Participação: ADVOGADO Nome: SOLANGE MARIA ALVES MOTA SANTOS OAB: 12764/PA
Participação: RECORRENTE Nome: ADRIENE MADEIRO OYAMA Participação: ADVOGADO Nome:
SOLANGE MARIA ALVES MOTA SANTOS OAB: 12764/PA Participação: RECORRENTE Nome: IRMAOS
OYAMA PARTICIPACOES SOCIETARIAS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: SOLANGE MARIA
ALVES MOTA SANTOS OAB: 12764/PA Participação: RECORRENTE Nome: OYAMOTA DO BRASIL S/A
Participação: ADVOGADO Nome: SOLANGE MARIA ALVES MOTA SANTOS OAB: 12764/PA
Participação: RECORRENTE Nome: WILSON KATAOKA OYAMA Participação: ADVOGADO Nome:
SOLANGE MARIA ALVES MOTA SANTOS OAB: 12764/PA Participação: RECORRENTE Nome:
NELSON TAURO KATAOKA OYAMA Participação: ADVOGADO Nome: SOLANGE MARIA ALVES MOTA
SANTOS OAB: 12764/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO DA AMAZONIA SA Participação:
ADVOGADO Nome: SAMUEL NYSTRON DE ALMEIDA BRITO OAB: 7535/PA Participação: ADVOGADO
Nome: EDISON ANDRE GOMES RODRIGUES OAB: 16619/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E ESPECIAIS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do Excelentíssimo Desembargador Vice-Presidente do Tribunal de Justiçado Estado do


Pará, Ronaldo Marques Valle, a Coordenadoria de Recursos Extraordinários e Especiais, intima a parte
AGRAVADA: BANCO DA AMAZÔNIA SA, de que foi interposto Agravo em Recurso Especial, estando
facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.042, § 3°, do CPC/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0040147-91.2011.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: NOBRE


SEGURADORA DO BRASIL S.A - EM LIQUIDACAO Participação: ADVOGADO Nome: MARIA EMILIA
GONCALVES DE RUEDA OAB: 23748/PE Participação: RECORRENTE Nome: EMPRESA DE
TRANSPORTES NOVA MARAMBAIA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: RAIMUNDO BESSA
JUNIOR OAB: 11163/PA Participação: RECORRIDO Nome: EMPRESA DE TRANSPORTES NOVA
MARAMBAIA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: RAIMUNDO BESSA JUNIOR OAB: 11163/PA
Participação: RECORRIDO Nome: NOBRE SEGURADORA DO BRASIL S.A - EM LIQUIDACAO
Participação: ADVOGADO Nome: MARIA EMILIA GONCALVES DE RUEDA OAB: 23748/PE

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E ESPECIAIS

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do Excelentíssimo Desembargador Vice-Presidente do Tribunal de Justiçado Estado do


Pará, Ronaldo Marques Valle, a Coordenadoria de Recursos Extraordinários e Especiais, intima a parte
AGRAVADA: NOBRE SEGURADORA DO BRASIL S.A, de que foi interposto Agravo em Recurso
Especial, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.042, § 3°, do
CPC/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0004254-44.2008.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: MARTOP-


CONSTRUCOES E TERRAPLENAGEM LTDA Participação: ADVOGADO Nome: RONDINELI FERREIRA
PINTO OAB: 10389/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE RAIMUNDO FARIAS CANTO OAB:
3451/PA Participação: RECORRENTE Nome: MANOEL ANDRADE RIBEIRO Participação: ADVOGADO
Nome: RONDINELI FERREIRA PINTO OAB: 10389/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE
RAIMUNDO FARIAS CANTO OAB: 3451/PA Participação: RECORRENTE Nome: NAELY MARIA
FALCAO RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome: RONDINELI FERREIRA PINTO OAB: 10389/PA
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE RAIMUNDO FARIAS CANTO OAB: 3451/PA Participação:
RECORRENTE Nome: ALBERTO SAVIO ANDRADE RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome:
RONDINELI FERREIRA PINTO OAB: 10389/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE RAIMUNDO
FARIAS CANTO OAB: 3451/PA Participação: RECORRENTE Nome: CLAUDIONORA FARIAS RIBEIRO
Participação: ADVOGADO Nome: RONDINELI FERREIRA PINTO OAB: 10389/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE RAIMUNDO FARIAS CANTO OAB: 3451/PA Participação: RECORRIDO
Nome: BANCO DA AMAZONIA SA [BASA DIRECAO GERAL] Participação: ADVOGADO Nome:
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NORTHON SERGIO LACERDA SILVA OAB: 2708/AC Participação: ADVOGADO Nome: EDER
AUGUSTO DOS SANTOS PICANCO OAB: 10396/PA Participação: ADVOGADO Nome: IZABELA
RIBEIRO RUSSO RODRIGUES OAB: 6983/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E ESPECIAIS

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do Excelentíssimo Desembargador Vice-Presidente do Tribunal de Justiçado Estado do


Pará, Ronaldo Marques Valle, a Coordenadoria de Recursos Extraordinários e Especiais, intima a parte
AGRAVADA: BANCO DA AMAZÔNIA S/A, de que foi interposto Agravo em Recurso Especial, estando
facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.042, § 3°, do CPC/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0008628-59.2015.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: AUTO BELEM


COMERCIO DE VEICULOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: KAMILLA QUADROS CARVALHO
OAB: 20240/PA Participação: ADVOGADO Nome: LAYSE NOELLY COUTO TEIXEIRA OAB: 26796/PA
Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL RODRIGUES CRUZ OAB: 12915/PA Participação:
RECORRIDO Nome: JOSE LUIS DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANNO ZAHARIAS
REBOUCAS SILVA OAB: 19234/PA

PROCESSO ELETRÔNICO Nº. 0008628-59.2015.8.14.0301

RECURSO ESPECIAL

RECORRENTE: AUTO BELÉM COMÉRCIO DE VEÍCULOS LTDA

REPRESENTANTE: DANIEL RODRIGUES CRUZ (OAB/PA 12.915)

RECORRIDO(A): JOSÉ LUIS DA SILVA

REPRESENTANTE: ADRIANNO ZAHARIAS REBOLÇAS SILVA (OAB/PA 19.234)

DECISÃO

Trata-se de recurso especial (ID. 5691044), interposto por Auto Belém Comércio de Veículos LTDA,
com fundamento nas alíneas “a” e “c” do inciso III do art. 105 da Constituição Federal, contra acórdão de
embargos de declaração opostos contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará,
cujas ementas tem o seguinte teor:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIA PAGA C/C DANOS MORAIS. DIREITO DO
CONSUMIDOR. COMPRA DE CENTRAL MULTIMÍDIA VEICULAR COM DEFEITO. INVERSÃO DO
ÔNUS DA PROVA. FALTA DE COMPROVAÇÃO DO MAU USO. NEGATIVA DE DEVOLUÇÃO DO
DINHEIRO PAGO. DANOS MATERIAIS E MORAIS DEVIDOS. QUANTUM DE DANOS MORAIS
REDUZIDO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO À UNANIMIDADE.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

1. O defeito apresentado revela hipótese de vício do produto e, diante das várias tentativas de reparo,
sem solução, pela concessionária vendedora, o consumidor tem o direito legal de obter a restituição da
quantia paga. Artigo 18, §1°, inc. II do CDC.

2. In casu, o Apelante não provou que os defeitos do aparelho eram decorrentes de mau uso.

3. A negativa de devolução do dinheiro pago, a excessiva perda de tempo útil e a frustação do


consumidor na esperada utilização do bem configuram o dano moral. Contudo, em relação ao quantum
indenizatório, o valor fixado em sentença deverá ser reduzido em consonância com o princípio da
razoabilidade, a fim de que a reparação não cause enriquecimento indevido de quem recebe, nem
impunidade e reincidência de quem paga.

4. Recurso de Apelação conhecido e parcialmente provido, à unanimidade, tão somente para reduzir a
condenação em danos morais para R$ 2.000,00 (dois mil reais).

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO NO JULGADO.


INEXISTÊNCIA DE VÍCIO. INCONFORMISMO COM OS TERMOS DECISÓRIOS. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO, À UNANIMIDADE.

1. Nos termos do art. 1.022 do CPC, os Embargos de Declaração são espécie de recurso de
fundamentação vinculada, cabíveis apenas quando houver, na decisão embargada, omissão, obscuridade,
contradição ou erro material.

2. Da simples leitura do acórdão recorrido se verifica claramente a manifestação do relator acerca da


ocorrência de ato ilícito praticado pela Recorrente ao consumidor, sendo hipótese de responsabilidade civil
objetiva regulada pelo código consumerista. Portanto, a Embargante visa rediscutir matéria devidamente
analisada e julgada pelo Colegiado, não havendo omissão a ser sanada, mas sim mero inconformismo
com os termos decisórios.

3. Recurso de Embargos Declaratórios conhecido e desprovido, à unanimidade, com aplicação da multa


prevista no §2º do art. 1.026 do CPC, no percentual de 1% (um por cento) sobre o valor atualizado da
causa.

Sustentou a parte recorrente, em síntese, violação e interpretação divergente ao disposto no art. 93, IX, da
Constituição Federal e arts. 11 e 489, §1º, do Código de Processo Civil, em razão da negativa de
prestação jurisdicional, diante da ausência de manifestação sobre a inexistência de ato ilícito passível de
indenização, bem como do nexo causal entre o suposto dano e a conduta do recorrente.

Foram apresentadas contrarrazões (ID. 5918233).

É o relatório. Decido.

Com relação ao art. 93, IX, da Constituição Federal, a análise de suposta violação é reservada à
competência do Supremo Tribunal Federal (REsp 1417789/PR).

No que diz respeito à alegação de violação ao art. 489, §1º, do CPC, o Superior Tribunal de Justiça
entende que, tendo o Tribunal local, como no caso, se manifestado de forma fundamentada e suficiente ao
deslinde da causa, não há que se falar em ausência de prestação jurisdicional, pois o mero
descontentamento com o julgado, ainda que proferido em sentido contrário à pretensão do recorrente,
veicula simples inconformismo deste, não abrindo espaço para a interposição de recurso aos tribunais
superiores (AgInt no AREsp 1768300/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
julgado em 28/06/2021, DJe 01/07/2021).

No mais, o recurso interposto está em desconformidade com o enunciado 7 da Súmula do Superior


Tribunal de Justiça (“A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial”), haja vista
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

que, para o acolhimento do apelo extremo, necessária seria a rediscussão da matéria fática-probatória,
atraindo o óbice da Súmula 7 do STJ. Nesse sentido:

“(...) 4. O acolhimento da tese recursal de que não houve comprovação de nenhum ato ilícito ou prova dos
vícios no veículo exigiria o reexame das circunstâncias fáticas, procedimento obstado pela Súmula nº
7/STJ (...)

(AgInt no AREsp 1485844/MA, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 22/06/2021, DJe 30/06/2021)”.

Além disso, o dissídio jurisprudencial não foi apresentado na forma exigida pelo 255, § 1º, do Regimento
Interno do Superior Tribunal de Justiça e pelo artigo 1.029, § 1º, do Código de Processo Civil, dado que
não foi realizado cotejo analítico entre o acórdão recorrido e o paradigma (AgRg no AREsp 484.371/SP).

Sendo assim, não admito o recurso especial (art. 1.030, V, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0005062-87.2011.8.14.0028 Participação: APELANTE Nome: ASSOCIACAO DOS


PEQUENOS AGRICULTORES DO PROJETO SORORO ITACAIUNAS Participação: ADVOGADO Nome:
PATRICIA AYRES DE MELO OAB: 19387/PA Participação: APELADO Nome: COMPANHIA DE
DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANO DA SILVA
FONTES OAB: 11537/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO
PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: WALDIR MACIEIRA DA COSTA FILHO OAB: null
Participação: INTERESSADO Nome: ESTADO DO PARA Participação: INTERESSADO Nome:
MUNICIPIO DE MARABA

PROCESSO ELETRÔNICO Nº 0005062-87.2011.8.14.0028

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

RECORRENTE: ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS AGRICULTORES DO PROJETO SORORÓ


ITACAIÚNAS - APAPSI

REPRESENTANTE: PATRÍCIA AYRES DE MELO – OAB/PA Nº 19387-A

RECORRIDO: COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DO PARA - CODEC

REPRESENTANTE: LUCIANO SILVA FONTES – OAB/PA Nº 11.537

DECISÃO

Trata-se de recurso extraordinário (ID 5516932), interposto pela ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS
AGRICULTORES DO PROJETO SORORÓ ITACAIÚNAS - APAPSI, com fundamento na alínea “a” do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado
do Pará, cuja ementa tem o seguinte teor:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO DE INTERDITO PROIBITÓRIO. SENTENÇA DE


PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. PRELIMINARES LEVANTADAS PELO PARQUET DE NULIDADE POR
AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DA DEFENSORIA PÚBLICA E DE FALTA DE INTERVENÇÃO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO REJEITADAS. RÉU ASSISTIDO POR ADVOGADO PARTICULAR E CITAÇÃO
FEITA NOS TERMOS DO CPC/73. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO PELA FALTA DE INTERVENÇÃO
MINISTERIAL EM 1º GRAU SUPRIDA PELA MANIFESTAÇÃO NESTA INSTÂNCIA. PRELIMINARES
REJEITADAS. PRELIMINAR DE NULIDADE LEVANTADA NO APELO DE AUSÊNCIA DE CITAÇÃO DOS
RÉUS PRIMITIVOS INVASORES OU DOS ATUAIS OCUPANTES DA ÁREA. CERTIDÃO DOS OFICIAIS
DE JUSTIÇA DE CITAÇÃO DOS OCUPANTES ENCONTRADOS NO IMÓVEL E DO PRESIDENTE DA
ASSOCIAÇÃO APELANTE. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA.
PRELIMINAR REJEITADA. MÉRITO. FUNGIBILIDADE DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS. POSSIBILIDADE
DE PEDIDO REINVINDICATÓRIO SER TRANSFORMADO EM REINTEGRAÇÃO DE POSSE. ESBULHO
COMPROVADO. PRETENSÃO RESISTIDA. ALEGAÇÃO DE OCUPAÇÃO DO TERRENO POR ANOS
QUE NÃO É OPONÍVEL À APELADA. ÁREA OBJETO DA LIDE QUE APESAR DE SER EM TESE
PROPRIEDADE PARTICULAR DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA FOI DESAPROPRIADA E
INCOPORADA AO PATRIMONIO DA CDI/PA E AFETADA AO INTERESSE PÚBLICO VOLTADA AO
FOMENTO DA POLÍTICA DE INDUSTRIALIZAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ. DESTINAÇÃO PÚBLICA À
EXPANSÃO DO DISTRITO INDUSTRIAL DE MARABÁ QUE FAZ O IMÓVEL SER CONSIDERADO BEM
PÚBLICO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO, À UNANIMIDADE.

I - Ação inicialmente de interdito proibitório que tem origem em desmatamento e preparação do imóvel
objeto da lide para fins de loteamento pelos associados da Associação ré, ora apelante, sob mera
alegação de concessão de posse pelo ITERPA/PA sem a devida comprovação. Ocorrida a concretização
da invasão da área pelos associados da ré no decorrer do trâmite processual. Área situada à margem
direita da Rodovia PA 150, no Município de Marabá/PA, desapropriada em favor da Apelada pelo Estado
do Pará para fins de construção de Distrito Industrial no Município de Marabá.

III – Preliminares levantadas pelo Ministério Público: Nulidade por ausência de intimação da defensoria
pública, nos termos do artigo 554, §1º do CPC/15. Não obstante a alegação de ocupação do imóvel por
mais de 60 (sessenta) famílias em situação de vulnerabilidade, desde o início do processo, além dos réus
estarem organizados e representados por meio da apelante, associação legalmente constituída, estão
assistidos por advogado particular habilitado nos autos. Reconhecimento da personalidade jurídica
levantado pela própria Associação recorrente quando da constituição precária de Cooperativa cujo
ingresso na lide foi repelido pela sentença apelada.

IV – Opção da ré pela constituição de advogado particular para atuação nos autos supre a necessidade de
atuação da defensoria pública no feito.

V – Não há que se falar em citação editalícia na medida em que os ocupantes da área estavam
devidamente representados pela Associação recorrente, cujas citações de seu Presidente e dos demais
ocupantes encontrados por ocasião de cumprimento dos mandados de manutenção e reintegração de
posse estão certificadas nos autos pelos oficiais de justiça. Citação ocorrida conforme a norma processual
civil anterior, sendo deferido o primeiro mandado de reintegração de posse no ano de 2011, nos moldes do
CPC/73 que não tinha a previsão específica do artigo 554, §1º do CPC/15. Réus representados por meio
da Associação recorrente com personalidade jurídica, conforme ID nº 1400637 - pág. 20, referente ao
comprovante do seu CNPJ nº 04.430.700/0001-77. Preliminar rejeitada.

VI – Preliminar de nulidade pela falta de intervenção do Ministério Público. Conforme entendimento


jurisprudencial dominante do STJ, a alegada ausência de intimação do Parquet que por si só, não enseja a
decretação de nulidade do julgado, a não ser que se demonstre o efetivo prejuízo para as partes, o que
não ocorreu no caso dos autos. Ademais "(...) Superior Tribunal de Justiça, em homenagem ao princípio
da economia e celeridade processual, vem decidindo que a não-intervenção do Parquet no primeiro grau
de jurisdição, por força de lei, tem-se por suprida com a sua integração à lide em segunda instância, desde
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

que não ocasione às partes prejuízo" (REsp 847.365/PA, Rel. Ministro José Delgado, Primeira Turma,
julgado em 24/10/2006, DJ 20/11/2006). Preliminares levantadas pelo Ministério Público Estadual
rejeitadas.

VII – Preliminar de nulidade levantada no apelo de que o processo não foi regularmente
constituído, sob alegação de ausência de citação dos réus (primitivos invasores) ou dos atuais
ocupantes dos lotes que compõem a área primitiva invadida. Certidões expedidas pelos oficiais de
justiça constantes dos autos, de citação de todos os ocupantes encontrados na área por ocasião do
cumprimento dos primeiros mandados, bem como do Presidente da Associação apelante, Sr. José João
da Silva Brito. Não comprovação do cerceamento de defesa ante a apresentação de contestação, diversos
recursos de agravo de instrumento e, ainda, do recurso ora em julgamento. Preliminar rejeitada.

VIII – Mérito. Dada a fungibilidade das ações possessórias, não merece reforma a sentença pelo pedido
reivindicatório ter se transformado em pedido de reintegração de posse. Após longo trâmite processual,
havendo prova de que a área está sendo alvo de ocupação irregular do solo, configurando esbulho e não
simples ameaça, o que atrairia a ação de reintegração de posse e não a de interdito, há possibilidade de
conhecimento da lide, ante a incidência do princípio da fungibilidade, inscrito nos artigos 554 do CPC/15 e
920 do CPC/73. Comprovado, portanto, pela parte autora/apelada o esbulho praticado pelos associados
da ré, a reintegração de posse na área pretendida é medida que se impõe.

IX – Corretos os fundamentos esposados no decisum combatido, os quais passam a integrar o presente


voto, no sentido de que: "O documento de CRI (fl. 32) e o depoimento do representante do autor (fl. 996)
evidenciam que a parte autora adquiriu a área, que inicialmente foi turbada (fl. 45) e posteriormente
esbulhada (fl. 88-90 e 266-281), por meio de desapropriação, com fins de construir um distrito industrial.
Em que pese o bem ser de sociedade de economia mista, isto é, privado, o que, segundo o STF, permitiria
usucapi-lo, assento que a posse do réu sempre foi precária e clandestina, enquanto a posse do autor
advém de justo título, inclusive já tendo ocorrido a desapropriação da área em seu benefício".

X – Não obstante a decretação de revelia, verifica-se do caderno processual que apesar dos esforços da
apelante em obter a doação da área para desenvolvimento de projeto hortifrutigranjeiro para famílias
associadas, não logrou êxito.

XI –Evidenciado pelas Certidões dos Oficiais de Justiça, o cumprimento de diversas ordens judiciais,
conforme os IDs nº 1400640 - pág. 6 (mandado de manutenção de posse), nº 1400642 - pág. 1 (mandado
de reintegração de posse), nº 1400642 - pág. 2 (auto circunstanciado de reintegração de posse), ainda no
ano de 2011. Novo mandado de reintegração de posse no ano de 2015, contra o qual a apelante interpôs
agravo de instrumento não conhecido e posteriormente novo agravo em 2017, constatando-se que a
realidade fática não é a delineada nas razões recursais de que desde o ano de 2002 as famílias estariam
ocupando o imóvel sem objeção. Contexto fático comprovado nos autos de que o Judiciário em reiteradas
oportunidades (até mesmo no processo anterior nº 20071003586-4) se manifestou em favor da posse da
apelada, tendo sido cumpridos vários mandados judiciais, até mesmo com uso de apoio policial.

XII - Situação em análise, em que, em que pese a alegação de que se encontram várias famílias no imóvel
há mais de 16 anos, tal fato não é oponível à apelada. In casu, a área denominada DISTRITO
INDUSTRIAL DE MARABÁ foi desapropriada e incorporada ao patrimônio da CDI/PA criada pela Lei
Estadual nº 4686/76, sendo área afetada ao interesse público voltado para o fomento da política de
industrialização do Estado do Pará, cuja Lei Estadual nº 8098/2015 alterou sua denominação para CODEC
e reconheceu o caráter público dos serviços por ela prestados, voltados pela definição legal para o
desenvolvimento econômico do Estado do Pará, com geração de emprego e renda e redução de
desigualdades sociais e regionais (registro de imóveis de ID nº 1400638).

XIII – Em virtude da destinação pública da área, deve ser considerada bem público, e como tal não admite
usucapião, nem retenção ou indenização por benfeitorias. Bens públicos somente são passíveis de mera
detenção, decorrente de tolerância do Poder Público com natureza precária da posse por expressa
proibição legal, não estando, assim, protegida juridicamente. Ainda que se compadeça da situação das
famílias associadas, não é possível conceder-lhes a posse da área por elas ocupada, de rigor, portanto, a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

manutenção da r. sentença, sendo certo que as benfeitorias introduzidas devem ser removidas pela
própria ré, às suas expensas.

XIV - Caso em que se revela no máximo mera detenção com posse precária como reconheceu a diretiva
apelada, não gerando efeitos. Impossibilidade de reforma da sentença pela alegação de necessidade de
ponderação entre o direito de moradia e o direito de propriedade, pois embora seja inegável a importância
da função social da propriedade e da posse na ordem jurídica atual, contando inclusive com proteção
constitucional a relativizar o direito de propriedade, a lei jamais exigiu a comprovação de seu cumprimento
para fins de proteção possessória. Mesmo que assim não fosse, o imóvel descrito na inicial tem
destinação pública específica voltada para implantação do parque industrial de Marabá, que por certo
cumpre sua função social no fomento da região e do Estado do Para como um todo.

XV – Recurso conhecido e improvido, à unanimidade.

Sustentou a parte recorrente, em síntese, violação ao art. 6º, da Constituição Federal e ao Princípio da
Dignidade da Pessoa Humana, por entender que a reintegração de posse concedida feriria os princípios
do direito à moradia e ao sustento das famílias envolvidas e, por consequência, à dignidade da pessoa
humana.

Não foram apresentadas contrarrazões (ID 5797893).

A parte recorrida juntou petição (ID 5815906) requerendo o cumprimento da reintegração de posse.

É o relatório. Decido.

Preliminarmente, indefiro a petição sob ID nº 5815906, posto que este juízo não tem competência para a
apreciação requerida.

Em relação ao recurso interposto, este não merece ascensão, pois a turma julgadora entendeu pela
natureza pública da área, baseada na análise de documentos e da legislação estadual (Lei Estadual nº
4686/76 e Lei Estadual nº 8098/2015), sendo que a ordem de desapropriação e de reintegração de posse
adveio deste entendimento. Portanto, modificar tal conclusão esbarraria na reanálise da legislação local,
providência vedada ante o óbice da súmula 280 do Supremo Tribunal Federal (“Por ofensa a direito local
não cabe recurso extraordinário”)

Nesse sentido:

ARE 964518 Relator(a): Min. GILMAR MENDES - Decisão aponta-se violação ao art. 6º do texto
constitucional. Nas razões recursais, alega-se que a demolição do imóvel do recorrente consubstancia
violação ao direito de moradia e à dignidade da pessoa humana. Sustenta-se, ademais, que o particular
faz jus ao instituto da concessão de uso especial para fins de moradia, previsto na MP 2.220/01. Decido.
O recurso não merece prosperar. O Tribunal de origem, ao examinar a legislação infraconstitucional
aplicável à espécie (Lei 6.766/79, Código Civil e MP 2.220/01), e o conjunto probatório constante dos
autos, consignou que o recorrente construiu o seu imóvel em área non aedificandi, que se consubstancia
em terreno público e, portanto, configura mera detenção. Concluiu, ademais, que o pleito de concessão de
uso especial para fins de moradia não merece prosperar, por ausência de amparo legal (...).

Sendo assim, não admito o recurso extraordinário (art. 1.030, V, CPC).

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0807328-20.2019.8.14.0000 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO DO


BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a)
civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação: RECORRIDO
Nome: JOSE SEVERO DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIA FREIBERG OAB: 628/SP

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E ESPECIAIS

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do Excelentíssimo Desembargador Vice-Presidente do Tribunal de Justiçado Estado do


Pará, Ronaldo Marques Valle, a Coordenadoria de Recursos Extraordinários e Especiais, INTIMA A
PARTE AGRAVADA: JOSÉ SEVERO DE SOUZA, de que foi interposto Agravo Interno (Id 6005572),
estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.021, § 2°, do CPC/2015.

Belém, 17 de agosto de 2021.

Número do processo: 0000726-60.2000.8.14.0049 Participação: RECORRENTE Nome: R A DE FREITAS


- ME Participação: ADVOGADO Nome: EVALDO PINTO OAB: 2816/PA Participação: RECORRENTE
Nome: MANOEL LOURENCO ALVES Participação: ADVOGADO Nome: EVALDO PINTO OAB: 2816/PA
Participação: RECORRENTE Nome: APARECIDA LISBOA ALVES Participação: ADVOGADO Nome:
EVALDO PINTO OAB: 2816/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA OAB: 21078/PA Participação: ADVOGADO
Nome: SERVIO TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E ESPECIAIS

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do Excelentíssimo Desembargador Vice-Presidente do Tribunal de Justiçado Estado do


Pará, Ronaldo Marques Valle, a Coordenadoria de Recursos Extraordinários e Especiais, intima a parte
AGRAVADA: BANCO DO BRASIL SA de que foram interpostos Agravo Interno em Recurso Especial e
em Recurso Extraordinário (ID 6003794 e ID 6003786), havendo também a interposição de Agravo em
Recurso Especial e Agravo em Recurso Extraordinário (ID 6003790 e ID 6003795) estando facultada a
apresentação de contrarrazões, nos termos dos artigos 1.042, § 3° e 1.021, § 2°, do CPC/2015.

Belém, 17 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0841170-29.2017.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: INSTITUTO DE


GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA Participação: APELADO Nome: JOAO GABRIEL
MENDES DE ALMEIDA Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDA LIVIA NERY DE MIRANDA OAB:
15918/PA Participação: APELADO Nome: CLOVIS DE SENNA MENDES NETO Participação:
ADVOGADO Nome: FERNANDA LIVIA NERY DE MIRANDA OAB: 15918/PA Participação: TERCEIRO
INTERESSADO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação: PROCURADOR
Nome: MANOEL SANTINO NASCIMENTO JUNIOR OAB: null

PROCESSO N. º: 0841170-29.2017.8.14.0301

RECURSO ESPECIAL

RECORRENTE: INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ - IGEPREV

REPRESENTANTE: HELENO MASCARENHAS D’OLIVEIRA – PROCURADOR AUTÁRQUICO - OAB/PA


Nº 9762

RECORRIDOS: J.G.M. DE A. e C DE S. M. N., representados por JOANNA NASCIMENTO MENDES

REPRESENTANTE: FERNANDA LÍVIA NERY DE MIRANDA – OAB/PA N. 15.918

DECISÃO

Trata-se de recurso especial (ID 5538658), interposto por INSTITUO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA
DO ESTADO DO PARÁ - IGEPREV, com fundamento na alínea a do inciso III do art. 105 da Constituição
Federal, insurgindo-se contra acórdãos proferidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, cujas
ementas têm o seguinte teor:

DIREITO PROCESSUAL CIVIL, PREVIDENCIÁRIO E ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL E


REEXAME NECESSÁRIO. AÇÃO ORDINÁRIA. PEDIDO DE CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE E
PAGAMENTO DE RETROATIVO. DIREITO À PENSÃO QUE FORA RECONHECIDO NA VIA
ADMINISTRATIVA NO CURSO DA PRESENTE AÇÃO. APELAÇÃO QUANTO À CONDENAÇÃO AO
PAGAMENTO DO RETROATIVO. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO
DENTRO DO PRAZO DE 180 DIAS DO ÓBITO. DEPENDENTES ABSOLUTAMENTE INCAPAZES À
ÉPOCA DO ÓBITO. NÃO INCIDÊNCIA DE PRESCRIÇÃO CONTRA MENOR IMPÚBERE. INTELIGÊNCIA
DO ART. 198, I DO CC. PARCELAS PRETÉRITAS RETROATIVAS À DATA DO ÓBITO. PRECEDENTES
DO STJ. SENTENÇA MANTIDA. APELAÇÃO E REEXAME NECESSÁRIO CONHECIDOS E NÃO
PROVIDOS. À UNANIMIDADE. 1- A questão em análise consiste em verificar a data do início do benefício
previdenciário, tendo a sentença julgado parcialmente procedente o pedido, determinando ao IGEPREV
que efetue o pagamento retroativo dos meses até então inadimplidos, devidos desde a data do óbito da
genitora dos beneficiários. 2-Alega o Apelante que a sentença fere a regra do art. 29-A, da Lei
Complementar Estadual nº 039/2002, que estabelece que os efeitos financeiros das pensões, requeridas
180 (cento e oitenta) dias após a data do falecimento do segurado, dar-se-ão a partir da data do
requerimento do benefício. 3- Da análise dos autos, observa-se que os Apelados são filhos de
JACQUELINE TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ Num. 4092717 - Pág. 1 Assinado
eletronicamente por: MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA - 03/12/2020 20:33:00 https://pje-
c o n s u l t a s . t j p a . j u s . b r / p j e - 2 g -
consultas/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20120320325991400000003972185 Número do
documento: 20120320325991400000003972185 NASCIMENTO MENDES, servidora pública estadual (Id
2910780 - Pág. 1), falecida em 22.03.2017 (Id 2910779 - Pág. 8) e, que, por serem dependentes, fazem
jus ao benefício da pensão por morte, verificando-se, ainda, que na ocasião do óbito, os Apelados eram
menores impúberes (Id 2910779 - Pág. 3/4), tendo restado prejudicado o pedido de concessão do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

benefício em si, ante o seu reconhecimento na seara administrativa, conforme informado nos autos,
restando a questão quanto a data do início do benefício. 4-Com efeito, observa-se que a pretensão da
autarquia Apelante não merece prosperar, tendo em vista a condição de absolutamente incapazes dos
autores à época do óbito da segurada, a pensão é devida desde a data do óbito do segurado, uma vez
que contra o menor não corre a prescrição a teor do disposto no art. 198 do Código Civil, sendo este o
entendimento pacífico do STJ. Precedentes. 5- Apelação e Reexame Necessário conhecidos e não
providos. À unanimidade.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. PEDIDO DE CONCESSÃO


DE PENSÃO POR MORTE E PAGAMENTO DE RETROATIVO. APELAÇÃO QUANTO À CONDENAÇÃO
AO PAGAMENTO DO RETROATIVO. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO. ARGUMENTO DE QUE A DECISÃO
IMPUGNADA FUNDAMENTA-SE EM DECISÕES DO STJ QUE NO SEU ENTENDER ESTARIAM
SUPERADAS. QUESTÃO QUANTO A CONDIÇÃO DE ABSOLUTAMENTE INCAPAZES DOS AUTORES
À ÉPOCA DO ÓBITO DA SEGURADA DEVIDAMENTE EXAMINADA NO ACÓRDÃO QUE NEGOU
PROVIMENTO À APELAÇÃO DO EMBARGANTE, RECONHECENDO O DIREITO AO PAGAMENTO
RETROATIVO À DATA DO ÓBITO. AUSÊNCIA DE VÍCIOS NO JULGADO. TENTATIVA DE REANÁLISE
DE MATÉRIA JÁ DECIDIDA NO ACÓRDÃO IMPUGNADO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES DO STJ
E DESTA EGRÉGIA CORTE ESTADUAL. PREQUESTIONAMENTO AUTOMÁTICO, ART. 1.025 DO
CPC/2015. EMBARGOS CONHECIDOS E REJEITADOS. À UNANIMIDADE.

Sustentou a parte recorrente, em síntese, que o acórdão impugnado violou o disposto no art. 74, I, da Lei
de Benefícios da Previdência Social e art. 24 da Lei Complementar n. 101/2000, uma vez que ao invés de
considerar a data do requerimento do benefício para o pagamento da pensão pleiteada, levou em conta a
data do óbito da genitora dos beneficiários, o que gerou desequilíbrio financeiro, não podendo fazer frente
à despesa não orçamentada.

Foram apresentadas contrarrazões (ID 5795173).

É o relatório. Decido.

O presente recurso não merece seguimento, uma vez que a decisão recorrida está em conformidade com
o entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça no sentido de que, em caso de pensão por morte
para beneficiário menor, milita em seu favor a cláusula impeditiva da prescrição, conforme previsto no art.
198, I, do Código Civil, devendo ser paga a pensão desde a data do óbito (REsp 1844247 / PE RECURSO
ESPECIAL 2017/0297605-8. Relator(a) Ministro SÉRGIO KUKINA. Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA
TURMA. Data do Julgamento 24/11/2020. Data da Publicação/Fonte DJe 30/11/2020; AgInt no REsp
1742593 / RS AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL 2018/0120482-6. Relator(a) Ministro
FRANCISCO FALCÃO. Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA. Data do Julgamento 24/08/2020. Data
da Publicação/Fonte DJe 28/08/2020).

Em face do exposto, deve ser aplicado o enunciado 83 da Súmula do STJ, que dispõe: “Não se conhece
do recurso especial pela divergência, quando a orientação do tribunal se firmou no mesmo sentido da
decisão recorrida”.

Sendo assim, não admito o recurso especial (art. 1.030. V, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.

ÀSecretaria, para cumprimento.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0003658-13.2013.8.14.0066 Participação: RECORRENTE Nome: SEGURADORA


LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LUANA SILVA
SANTOS OAB: 16292/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARILIA DIAS ANDRADE OAB: 14351/PA
Participação: RECORRIDO Nome: MARLI MARLENE GROEFF Participação: ADVOGADO Nome:
JANETE MANDRICK OAB: 2205/RO Participação: RECORRIDO Nome: MARIA DE LOURDES GROEFF
Participação: ADVOGADO Nome: JANETE MANDRICK OAB: 2205/RO Participação: RECORRIDO Nome:
KARINA GROEFF MUNIZ

PROCESSO ELETRÔNICO Nº. 0003658-13.2013.8.14.0066

RECURSO ESPECIAL

RECORRENTE: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A.

REPRESENTANTES: LUANA SILVA SANTOS (OAB/PA 16.292), GERFISON SOARES SILVA (OAB/PA
22.615) E MARÍLIA DIAS ANDRADE (AOB/PA 14.351)

RECORRIDOS(AS): MARLI MARLENE GROEFF, MARIA DE LOURDES GROEFF E KARINA GROEFF


MUNIZ

REPRESENTANTE: JANETE MANDRICK (OAB/RO 2.205)

DECISÃO

Trata-se de recurso especial (ID. 5385397), interposto pela SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS
DO SEGURO DPVAT S.A., com fundamento na alínea “a” do inciso III do art. 105 da Constituição Federal,
contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, cuja ementa tem o seguinte teor:

AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO. RECURSO DE APELAÇÃO NÃO CONHECIDO. PROTOCOLO E


CERTIDÃO DE INTEMPESTIVIDADE NÃO DESCONSTITUÍDOS PELO AGRAVANTE. MANIFESTA
IMPROCEDÊNCIA DO AGRAVO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO À UNANIMIDADE.

1. A tentativa do apelante de justificar a tempestividade de seu recurso, sob o argumento de que o sistema
LIBRA estaria inoperante na data do protocolo, não foi acompanhada de provas robustas, capazes de
desconstituir o comprovante de protocolo datado de 09/07/2015 e a certidão emitida pelo Diretor de
Secretaria, a qual atesta a intempestividade do recurso.

2. Agravo Interno conhecido e desprovido, à unanimidade.

Sustentou a parte recorrente, em síntese, violação ao disposto nos artigos 6º, 9º e 10, todos do Código de
Processo Civil, pelo fato de ter comprovado a tempestividade do recurso de apelação e também em razão
da ausência de intimação para manifestação prévia sobre o vício apontado na decisão.

Não foram apresentadas contrarrazões (ID. 5672436).

É o relatório. Decido.

O recurso não merece seguimento, uma vez que a matéria contida nos artigos tidos como violados não foi
enfrentada no acórdão recorrido, devendo incidir, portanto, o enunciado 211 da Súmula do Superior
Tribunal de Justiça, segundo o qual é “inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo.”

O recurso interposto também está em desconformidade com o enunciado 7 da Súmula do Superior


Tribunal de Justiça (“A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial”), haja vista
que a sua análise demanda o reexame de fatos e provas.

Sendo assim, não admito o recurso especial (art. 1.030, V, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0807373-58.2018.8.14.0000 Participação: RECORRENTE Nome: MUNICIPIO DE


TAILANDIA Participação: RECORRIDO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA
Participação: RECORRIDO Nome: CAMARA MUNICIPAL DE TAILANDIA Participação: ADVOGADO
Nome: EMANUEL PINHEIRO CHAVES OAB: 11607/PA Participação: ADVOGADO Nome: EDVAN
NEGREIROS MENEZES OAB: 27741/PA

PROCESSO Nº 0807373-58.2018.8.14.0000

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

RECORRENTE: MUNICÍPIO DE TAILÂNDIA

REPRESENTANTE: IARA ANDRESSA DE O. DAMASCENO - PROCURADORA DO MUNICÍPIO –


OAB/PA Nº 25.228

RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

REPRESENTANTE: CESAR BECHARA NADER MATTAR JUNIOR - PROCURADOR-GERAL DE


JUSTIÇA

DECISÃO

Trata-se de recurso extraordinário (Id 4874936), interposto pelo MUNICÍPIO DE TAILÂNDIA, com
fundamento nas alíneas “c” e “d” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão proferido
pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, cuja ementa tem o seguinte teor:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 288/2013 DO MUNICÍPIO DE TAILÂNDIA.


CARGOS COMISSIONADOS DE ASSESSOR JURÍDICO E ASSESSOR SUPERIOR. VIOLAÇÃO DA
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL - ARTS. 34, § 1º E 35. OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL –
ART. 37, II, V. INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL. TEMA 1010 DO STF. EFEITOS EX NUNC. 1-
Cuida-se de ação direta de inconstitucionalidade, por violação ao art. 34, § 1º, art. 35, art. 52 e art.187, §
2º, da Constituição do Estado do Pará, relativa ao Anexo I, itens 1.1.2, itens 02 e 03, da Lei 288/2013 do
Município de Tailândia, que prevê cargos comissionados de Assessor Jurídico e Assessor Superior; 2- A
disposição do § 1º do art. 34 e do art. 35 da Constituição do Estado do Pará, em simetria com a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Constituição Federal (arts. 37, II e V), estabelece a investidura em cargo público por meio de concurso
público, ressalvados os casos de cargos em comissão declarados em lei como de livre nomeação e
exoneração, os quais servem para as atividades de direção, chefia e assessoramento; 3- O Supremo
Tribunal Federal, no julgamento do RE1041210/SP, em sede de repercussão geral (tema 1010) consolida
o entendimento da Corte de que a criação de cargos em comissão, como exceção à regra do concurso
público, somente se justifica se presentes os pressupostos constitucionais para sua instituição; 4- A
inconstitucionalidade dos dispositivos atacados exsurge da ausência de especificação das atribuições dos
cargos criados, o que expõe a incerteza sobre a inexistência de independência funcional e qualificação
técnica, características as quais não comporta um cargo em comissão (Inteligência da alínea “d” da Tese
firmada no RE1041210/SP); 5- Com intuito de evitar tumulto e instabilidade nas relações jurídicas no
âmbito da Administração, a declaração de inconstitucionalidade produzirá efeitos a partir do trânsito em
julgado da presente decisão; 6- Ação direta de inconstitucionalidade procedente”.

Foram apresentadas contrarrazões (Id 5175990).

É o relatório. Decido.

Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, a ocorrência de suspensão de expediente local


deve ser demonstrada no ato da interposição do Recurso Extraordinário, não sendo possível sua
demonstração posterior ante o teor do art. 1.003, §6º, do CPC. Neste sentido:

“EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Recurso extraordinário.


Intempestividade. Feriado local. Comprovação. Necessidade. Precedentes. 1. A parte agravante não
observou o prazo de 15 (quinze) dias úteis para a interposição do recurso extraordinário (art. 1.003, § 5º,
c/c art. 219, ambos do CPC). 2. A comprovação da ocorrência de feriado local deve se dar no ato de
interposição do recurso (art. 1003, § 6º, do CPC). 3. Agravo regimental não provido. 4. Havendo prévia
fixação de honorários advocatícios pelas instâncias de origem, seu valor monetário será majorado em 10%
(dez por cento) em desfavor da parte recorrente, nos termos do art. 85, § 11, do Código de Processo Civil,
observados os limites dos §§ 2º e 3º do referido artigo e a eventual concessão de justiça gratuita” (ARE
1258094 AgR, Relator(a): DIAS TOFFOLI (Presidente), Tribunal Pleno, julgado em 27/04/2020,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-129 DIVULG 25-05-2020 PUBLIC 26-05-2020).

No caso dos autos, verifico que a parte recorrente foi intimada do acórdão que julgou a ação direta de
inconstitucionalidade em 19/02/2021 (Id 594997), não tendo juntado nenhuma portaria para a
comprovação da suspensão dos expedientes.

Com isso, tendo a parte recorrente sido intimada da decisão em 19/02/2021, seu prazo começou a fluir a
partir do dia 22/02/2021 e foi suspenso na seguinte data:

. 02/04/2021- Sexta-Feira Santa – feriado nacional, segundo entendimento do STJ (EDcl nos EDcl no
AgInt no REsp 1758204/MS), não sendo feriados nacionais os dias que a antecedem (AgInt no AREsp
1620254/SP);

Desta forma, na realização da contagem do prazo, considerados apenas os dias úteis e os feriados
nacionais, verifico que do dia 22/02/2021 até o dia 01/04/2021 transcorreram 29 (vinte e nove) dias,
ficando o prazo suspenso no dia 02/04/2021, em razão do feriado nacional, voltando a fluir e se encerrado
em 05/04/2021, último dia do prazo de 30 (trinta) dias de que dispunha a parte recorrente.

Como se observa, respeitada a contagem em dias úteis, o prazo em dobro, bem como os feriados
nacionais, o prazo final para a interposição do recurso extraordinário seria 05/04/2021; contudo, a parte
recorrente só interpôs seu recurso em 08/04/2021, portanto, de maneira intempestiva, nos termos dos arts.
183, 219, 224, §1º e 1.003, §§ 5º e 6º, todos do Código de Processo Civil.

Sendo assim, não admito o recurso extraordinário (arts. 1.003, §§ 5º e 6º, do CPC).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

Número do processo: 0803582-81.2018.8.14.0000 Participação: AUTOR Nome: DEPARTAMENTO DE


TRANSITO DO ESTADO DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO DE AQUINO PINTO NETO
OAB: 11707/PA Participação: REU Nome: SINDICATO DOS TRABALHADORES DE TRANSITO DO
ESTADO DO PARA - SINDTRAN/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUENE OHANA COSTA
VASQUEZ OAB: 637/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO
Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação:
INTERESSADO Nome: ESTADO DO PARA Participação: AUTORIDADE Nome: SECRETARIA DE
ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO DO PARÁ - SEAD

ATO ORDINATÓRIO

O Secretário da Seção de Direito Público e Privado do TJE/PA torna público que se encontram nesta
Secretaria os Embargos de Declaração opostos por SINDICATO DOSTRABALHADORES DE TRÂNSITO
DO ESTADODO PARÁ-SINDTRAN/PA, aguardando apresentação das contrarrazões.

Número do processo: 0009600-14.2011.8.14.0028 Participação: EXCIPIENTE Nome: EQUATORIAL


PARA DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO AUGUSTUS
VAZ LOBATO OAB: 12528/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MIRIAN DOS SANTOS SOUSA
Participação: AUTORIDADE Nome: JUIZO DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE MARABÁ

INCIDENTE DE SUSPEIÇÃO CÍVEL Nº 0009600-14.2011.814.0028

EXCIPIENTE: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A

EXCEPTO: JUÍZO DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE MARABÁ

RELATOR: DES. RICARDO FERREIRA NUNES

DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de Exceção de Suspeição oposta por CENTRAIS ELÉTRICAS DO PARÁ – CELPA nos autos da
AÇÃO SUMÁRIA DE INDENIZAÇÃO (PROC. 0007332-40.2010.814.0028) movida por MIRIAN DOS
SANTOS SOUSA.

Argui o excipiente, a suspeição da magistrada Maria Aldecy de Souza Piscolati, enquanto titular da 3ª Vara
Cível da Comarca de Marabá, em razão de atos praticados durante a Audiência de Instrução e Julgamento
realizada em 21/07/2011.

Em decisão contida no ID nº 5327123, este Desembargado Relator, que recebeu o feito por sorteio, em
05/06/2021, contatou que: a) já decorreram aproximadamente 10 (dez) anos da oposição da presente
exceção de suspeição; b) que foi declarada a suspeição pela magistrada excepta, por motivo de foro
íntimo; c) que o feito se encontra sentenciado e; d) que instado a apresentar cópia integral da decisão
exarada pela Corregedoria, referente à suspeição ora arguida, o excipiente se manteve inerte.

Consequentemente, determinei intimação da parte excipiente, pessoalmente, para que, no prazo de 05


dias, informasse se ainda teria interesse no prosseguimento do presente incidente de suspeição, bem
como, se manifeste acerca da possível configuração da perda do seu objeto, advertindo-a que, acaso
intimada, permaneça inerte, o incidente será extinto sem resolução do mérito.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Devidamente intimada, a EQUATORIAL ENERGIA PARÁ, deixou o prazo transcorrer in albis, conforme
consta da certidão no ID nº 5728825.

Assim, ante a falta de interesse da parte, é de ser extinta sem resolução do mérito a presente exceção,
forte no artigo 485, inciso VI, do Código de Processo Civil.

Belém, 18 de agosto de 2021.

RICARDO FERREIRA NUNES

Desembargador Relator

Número do processo: 0807810-94.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: ANTONIO LOPES


DE ARAUJO Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação:
IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO
Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0807810-94.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: ANTONIO LOPES DE ARAUJO

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
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Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM


IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0806287-18.2019.8.14.0000 Participação: PARTE AUTORA Nome: IZABEL DA


COSTA DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO DE OLIVEIRA DOS SANTOS OAB:
28138/PA Participação: IMPETRADO Nome: SECRETARIO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO Participação:
TERCEIRO INTERESSADO Nome: ESTADO DO PARA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

Vistos.

Reitero o despacho identificado sob o nº 5734427, concedendo novo prazo de 05 (cinco) dias.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA

Desembargadora
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Número do processo: 0808112-26.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: CARLOS


ALBERTO DA MATA BEZERRA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB:
15811/PA Participação: IMPETRADO Nome: SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E
ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL
DO ESTADO DO PARÁ

PROCESSO Nº 0808112-26.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: CARLOS ALBERTO DA MATA BEZERRA

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DO


PARÁ, PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
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Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0807827-33.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: FRANCISCO ALAN


SILVA DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0807827-33.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: FRANCISCO ALAN SILVA DOS SANTOS

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
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161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0807816-04.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: ELISNETO ALVES


PESSOA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação:
IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO
Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0807816-04.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: ELISNETO ALVES PESSOA


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Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
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SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
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SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº


2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0807940-84.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: EDINALDO


PEREIRA GOMES Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0807940-84.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: EDINALDO PEREIRA GOMES

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0807812-64.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: CLEBER DE


ARAUJO NUNES Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0807812-64.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: CLEBER DE ARAUJO NUNES

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
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Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
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adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE


DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0808116-63.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: FRANCISCO


FLALBERT DA SILVA SERRA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB:
15811/PA Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ
Participação: IMPETRADO Nome: SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
DO ESTADO DO PARÁ

PROCESSO Nº 0808116-63.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: FRANCISCO FLALBERT DA SILVA SERRA


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Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETÁRIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
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SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº


2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0807984-06.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: PAULO BUCIOLI


NOVAES Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação:
IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO
Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0807984-06.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: PAULO BUCIOLI NOVAES

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
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Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0808085-43.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: FRANCISCO DE


ASSIS AGUIAR DE LIMA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO

PROCESSO Nº 0808085-43.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: FRANCISCO DE ASSIS AGUIAR DE LIMA

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
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Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE


DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0808124-40.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: JONILSON SILVA


SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DO
ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ

PROCESSO Nº 0808124-40.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: JONILSON SILVA SOUSA


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Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DO


PARÁ, PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
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SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
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SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº


2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator
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Número do processo: 0807667-08.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: RAIMUNDO DE


SOUSA SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0807667-08.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: RAIMUNDO DE SOUSA SANTOS

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
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restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
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Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0808327-02.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: EDENILSON


MOREIRA LIMA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0808327-02.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: EDENILSON MOREIRA LIMA

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
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Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
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adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE


DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0808166-89.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: WANDERSON


ANTUNES DOS REIS Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0808166-89.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: WANDERSON ANTUNES DOS REIS


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Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
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SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
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SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº


2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0808157-30.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: ADINAMAR


VASCONCELOS CASTRO Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0808157-30.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: ADINAMAR VASCONCELOS CASTRO

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
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Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0808250-90.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: GLEICKESON


XAVIER DE ARAUJO Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0808250-90.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: GLEICKESON XAVIER DE ARAUJO

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
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Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
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adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE


DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0807853-31.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: WADSON BRAZ


DUARTE BEZERRA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0807853-31.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: WADSON BRAZ DUARTE BEZERRA


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Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
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SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº


2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0808363-44.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: CHARLES


ANTONIO CAMPOS DE LIMA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB:
15811/PA Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ
Participação: IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0808363-44.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: CHARLES ANTONIO CAMPOS DE LIMA

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
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Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
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regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0808628-46.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: JOSE ARNALDO


RODRIGUES DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0808628-46.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: JOSE ARNALDO RODRIGUES DA SILVA

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
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vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
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Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0808438-83.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: JOSE SILVA


MACHADO Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação:
IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO
Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0808438-83.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: JOSE SILVA MACHADO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº


2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0808240-46.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: JORGE FABRICIO


RABELO OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0808240-46.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: JORGE FABRICIO RABELO OLIVEIRA

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
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restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
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Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
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Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0808450-97.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: ROBISON


OLIVEIRA VILHENA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0808450-97.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: ROBISON OLIVEIRA VILHENA

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE


DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0808256-97.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: RAFAEL DA SILVA


SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação:
IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO
Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0808256-97.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: RAFAEL DA SILVA SOUSA


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Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
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SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
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SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº


2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0807600-43.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: RONYLDO DO


SOCORRO CAIRES Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0807600-43.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: RONYLDO DO SOCORRO CAIRES

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

DECISÃO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA. QUESTIONAMENTO QUANTO A


DECISÃO DE INCOMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA PROCESSAR O FEITO.
INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS DISPOSTOS NO ARTIGO 1.022 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

1. 1. Embargos de declaração conhecidos, porém não providos.

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS AUTOS DE MANDADO DE SEGURANÇA opostos


em face da decisão de declínio de competência para processar e julgar o feito e, em consequência,
encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da Primeira Instância.

O embargante alega que a mesma causa de pedir já apreciada por outros membros do Tribunal Pleno e o
entendimento firmado foi no sentido de redistribuir o mandamus à Seção de Direito Público, indicando,
decisões de mandados de segurança n.º 0807473-08.2021.8.14.0000, relator Des Roberto Gonçalves
Moura; 0807090-30.2021.8.14.000, relatora Desa Elzida Mutran e 0806458-04.2021.8.14.0000, relator Des
José Maria Teixeira do Rosário.

Assim, entende que resta claro a divergência de tratamento em situação idêntica, do ponto acima
abordado, não tendo outro caminho senão opor os presentes Embargos Declaratórios, pelo que requer o
chamamento do feito, com a urgência devida, para tornar sem efeito a decisão retro, no sentido de
anular o encaminhamento dos autos a uma das varas da Fazenda Pública da Primeira Instância,
e, assim, modificar a decisão para dar prosseguimento do presente na Seção de Direito Público
para evitar prejuízos sem precedentes ao impetrante.

É o sucinto relatório.
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Decido.

Presentes os requisitos de admissibilidade do recurso, conheço.

Como cediço, os embargos de declaração servem para sanar omissão, contradição ou obscuridade na
decisão recorrida, ou, ainda, corrigir erro material, consoante prescreve o art. 1.022, do CPC/2015, verbis:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III - corrigir erro material.”

Analisando as razões recursais, observa-se que os argumentos expendidos sobre a decisão embargada
de incompetência do Tribunal de Justiça para julgar o feito, sob questionamento de a causa de pedir já foi
apreciada por outros membros do Tribunal Pleno, não merecem prosperar, tendo em mira que existência
de decisões apreciadas por membros deste Tribunal não implica na mudança de entendimento firmado na
decisão embargada.

Vale lembrar que se tratam de decisões precárias e que podem sofrer modificações no decorrer da
tramitação processual e, ainda, ressalto que nas decisões judiciais devem prevalecer o livre
convencimento motivado do relator, tal como proposto pelo artigo 131 do Código de Processo Civil, com a
observância do devido processo legal, capaz de assegurar a legitimidade das decisões, a imparcialidade
do juiz e o pleno exercício do contraditório.

Presente essa moldura, mantenho a diretiva de incompetência deste Tribunal para apreciação de
mandando de segurança contra ato, efetivamente, praticado pela Procuradora Geral Adjunta do Estado do
Pará e contra suposto ato da Secretária de Estado de Planejamento e Administração.

Releva pontuar que restou consignado na decisão embargada que a ilegitimidade da Secretária de Estado,
uma vez que não foi quem praticou o ato coator.

Além disso, foi evidenciado que Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul
Peracchi, autoridade que praticou o ato coator, não se encontra elencada no art. 161, I, “c”, da
Constituição do Estado do Pará.

Assim, não havendo qualquer vício a ser sanado na decisão embargada, conheço dos Embargos de
Declaração, porém lhes nego provimento, inclusive para fins de prequestionamento.

Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se o seu trânsito em julgado, dando-se baixa na distribuição
deste TJE/PA e posterior arquivamento.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO DE


CITAÇÃO/INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO.

Publique-se. Intime-se.

Belém (PA), 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO


143
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

RELATOR

Número do processo: 0804241-85.2021.8.14.0000 Participação: EXCIPIENTE Nome: FLORIANO MARIO


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: FLORIANO MARIO SILVA OAB: 24700/MG Participação:
EXCEPTO Nome: ELINE SALGADO VIEIRA SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO. EXCEÇÃO DE
SUSPEIÇÃO Nº 0804241-85.2021.8.14.0000.

COMARCA: PARAUAPEBAS / PA.

EXCIPIENTE: FLORIANO MÁRIO SILVA.

ADVOGADO: EM CAUSA PRÓPRIA – OAB/PA nº 6.200-A.

EXCEPTO: ELINE SALGADO VIEIRA.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA
Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

EMENTA: EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO. JUIZ DE DIREITO. EXCIPIENTE QUE ALEGA QUE O


EXCEPTO DESRESPEITOU, MAIS DE UMA VEZ, PROCEDIMENTOS INSCULPIDOS NO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL, TAIS COMO OS CONCERNENTES A EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL,
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E PENHORA DE BENS. A DIVERGÊNCIA DE POSICIONAMENTO
JURÍDICO NÃO É MOTIVO PARA O ACOLHIMENTO DE EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO. PARTE QUE
NÃO DEMONSTROU, EM NENHUM MOMENTO, A OCORRÊNCIA DAS HIPÓTESES LEGAIS
CONTIDAS NOS INCISOS DO ART. 145, DO CPC/2015. PRECEDENTES. EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO
MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE.

Trata-se de EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO protocolizada perante este Egrégio Tribunal de Justiça por
FLORIANO MÁRIO SILVA, nos autos do Cumprimento de Sentença (proc. nº 0000646-
89.2001.8.14.0040) proposto em seu desfavor por VILMA DOS ANJOS, aduzindo que a juíza de direito
da 2º Vara Cível e Empresarial de Parauapebas, Exma. ELINE SALGADO VIEIRA, estaria conduzindo
o referido cumprimento de sentença em flagrante desrespeito às normas processuais contidas no Código
de Processo Civil, fato este que demonstraria, no seu entender, a atuação “em parceria” com a Autora.

Às fls. ID 25182976 - Pág. 1 (autos do processo nº 0000646-89.2001.8.14.0040) consta a


fundamentação da Excepta no sentido de que a petição do Excipiente seria inepta, posto que se atenta em
questões processuais já resolvidas há muito tempo, pelo que usou da exceção de suspeição como
sucedâneo recursal, fato este não admitido pelo direito.

É o sucinto relatório. Decido monocraticamente.

Sobre a exceção de suspeição, cumpre ressaltar que o CPC/2015 assim dispõe:

Art. 145. Há suspeição do juiz:

I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;

II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para
atender às despesas do litígio;

III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de
parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;

IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.

§ 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas
razões.

Com efeito, para que haja o acolhimento da exceção de suspeição, deve o Excipiente demonstrar que o
magistrado incidiu em algumas das hipóteses previstas nos incisos do art. 145 do CPC/2015.

Pois bem. Analisando detidamente as razões do Requerente, verifico de forma incontroversa que a
fundamentação para a alegação de suspeição se funda, unicamente, em seu entendimento diverso ao do
juízo a quo no tocante a aplicação das normas procedimentais previstas no Código de Processo Civil. Isto
posto, se o Excipiente entende que a magistrada agiu com erro, deveria ele impugnar as decisões
proferidas por ela pelas vias recursais ou correcional cabíveis, mas não por meio da exceção de
suspeição, a qual não é admitida como sucedâneo recursal.

Por oportuno, saliento que o cumprimento de sentença foi ajuizado no ano de 2012. Isto posto, se o
Requerente não se conformou com atos praticados há bastante tempo pela Excepta, tais como o
recebimento e o processamento do cumprimento de sentença, deveria, pois, ter se insurgido no momento
oportuno e pela via adequada, e não somente agora, no ano de 2021, por meio da exceção de suspeição.

Com efeito, entendo que o fato de haver divergência de entendimento entre um litigante e o magistrado, no
tocante a aplicação da Lei, não leva a presunção de que o julgador está, pois, de conluio com a parte que
vem, até então, sendo beneficiada com as decisões prolatadas nos autos da origem.

Logo, sendo patente a ausência de demonstração inequívoca a respeito da irregularidade na condução do


processo pela Excepta, impõe-se, pois, a inadmissão manifesta da presente exceção de suspeição. Neste
sentido:

AGRAVO INTERNO NA EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO ESPECÍFICA DA


HIPÓTESE LEGAL DE CABIMENTO DA EXCEÇÃO. PRESSUPOSTOS DO ART. 145 DO CPC/15.
DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA. AUSÊNCIA. MERO INCONFORMISMO COM O RESULTADO DO
JULGAMENTO.

1. A excipiente não apontou, de modo objetivo e articulado, em sua inicial, qual das situações
elencadas no art. 145 do CPC/15 evidenciaria a suspeição alegada.

2. A ausência de demonstração inequívoca da irregularidade no exercício das funções


jurisdicionais enseja a rejeição da exceção de suspeição. Precedentes.

(STJ - AgInt na ExSusp 218 / DF, Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI, publicado no DJe em
07/04/2021)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO


RECURSO ESPECIAL. SUSPEIÇÃO. INEXISTÊNCIA. OMISSÃO E CONTRADIÇÃO. INEXISTÊNCIA.
PRETENSÃO DE REJULGAMENTO DO RECURSO. IMPOSSIBILIDADE. PRETENSÃO
PROTELATÓRIA. EMBARGOS REJEITADOS, COM APLICAÇÃO DE MULTA.

1. Não há nenhuma das hipóteses taxativas de cabimento da exceção de suspeição, previstas no


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art. 145 do CPC/2015, não podendo se confundir com a divergência de posicionamento jurídico.

(STJ - EDcl no AgInt nos EDcl no REsp 1681785 / MG, Relator Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,
publicado no DJe em 24/05/2021)

ASSIM, ante o exposto, JULGO PELA MANIFESTA IMPROCEDÊNCIA da presente exceção de


suspeição. Por via de consequência, extingo o presente processo (exceção nº 0804241-
85.2021.8.14.0000) com resolução do mérito com fulcro no artigo. 487, I, do CPC/2015.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0800139-53.2018.8.14.0023 Participação: AUTORIDADE Nome: MUNICIPIO DE


IRITUIA Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIO RONALDO BARROS BORDALO OAB: 8601/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO PUBLICA DO
PA

PROCESSO Nº 0800139-53.2018.8.14.0023

PROCESSO: AÇÃO DECLARATÓRIA DE ILEGALIDADE E ABUSIVIDADE DO DIREITO DE GREVE


COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

REQUERENTE: MUNICÍPIO DE IRITUIA

ADVOGADO: CLÁUDIO RONALDO BARROS BORDALO – OAB/PA Nº 8601

REQUERIDO: SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO PÚBLICA DO PARÁ – SINTEPP

ADVOGADO: WALLACE COSTA CAVALCANTE – OAB/PA Nº 9.734

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

DECISÃO

Compulsando os autos, verifico que, não obstante o presente processo tenha sido cadastrado,
equivocadamente, como “Conflito de Competência Cível” e redistribuído à minha relatoria, em verdade,
trata-se de uma Ação Declaratória de Ilegalidade e Abusividade de Greve, ajuizada no Juízo de
primeiro grau e, posteriormente, verificada a sua incompetência, foi encaminhada para este E. Tribunal,
conforme se verifica da decisão (ID Nº 5937558).

Diante desse quadro, determino a retificação da classe processual e a distribuição no órgão julgador
competente.
146
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Belém, 17 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0808138-24.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: VALBERTO


FERREIRA DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO

PROCESSO Nº 0808138-24.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: VALBERTO FERREIRA DA COSTA

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.

I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.

Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS
EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
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GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO


ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0808588-64.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: JEZIEL SOUZA


Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação: IMPETRADO
Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO Nome:
SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0808588-64.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: JEZIEL SOUZA

Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR – SUSTAÇÃO DE PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
SECRETÁRIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO. ATO PRATICADO
PELA PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO 1º GRAU.
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I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.

II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.

III - Incompetência reconhecida de ofício.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.

O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.

Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.

Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021

A retirada do adicional de interiorização deu-se em cumprimento à ordem da Procuradora Geral Adjunta do


Estado, relacionado ao processo administrativo n.º 2021/469806 – Ofício 729/2021-PGE/GAB/PCDM, o
qual foi baseado em Ação Ordinária de nº 0800155-08.2020.8.14.0000, tendo como orientação a sustação
do pagamento do adicional de interiorização ao demandante e a todos os militares que recebam em
folha a verba a título de concessão, isto é, que estejam lotados no interior.

Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.

Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita requerido pelo impetrante.


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Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.

Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.

Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.

Assim, constatado que o ato impugnado é de responsabilidade da Procuradora Geral Adjunta do


Contencioso, imperioso o reconhecimento da ilegitimidade passiva da impetrada Secretária de Estado de
Planejamento e Administração – SEPLAD.

Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.

Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.

Inclusive esse é o entendimento sedimentado nesta Corte de Justiça, senão vejamos:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE ESTADO.


INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. AUTORIDADE NÃO
ELENCADA NO ROL DO ART. 161, I, ALÍNEA “C”, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. REMESSA DOS
AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. DECISÃO UNÂNIME.” (TJPA. Proc. Nº 2015.02326441-33, Ac.
147.931, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
Julgado em 30/06/2015, Publicado em 02/07/2015)

“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO POR SECRETARIO ADJUNTO DE GESTÃO, DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. INCOMPETÊNCIA DESTE TRIBUNAL. ART. 161, ALÍNEA
C, DA CONTITUIÇÃO ESTADUAL. AUTORIDADE QUE NÃO GOZA DAS PRERROGATIVAS DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (Proc. Nº
2014.04609661-77, Ac. 137.607, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador
CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2014-09-11, Publicado em 2014-09-15)”

Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.

Ilustrativamente:

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR ATRIBUÍDO AO PREFEITO


MUNICIPAL DE BELÉM. AÇÃO MANDAMENTAL COM O FIM DE RESSARCIMENTO DOS VALORES
152
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DESCONTADOS NA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PELOS DIAS PARADOS


EM DECORRÊNCIA DE MOVIMENTO GREVISTA. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTE O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DAS VARAS FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS
161, C DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGO 29, I, A DO REGIMENTO INTERNO DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DESTA CORTE
DE JUSTIÇA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - A
competência em mandado de segurança é definida em função da autoridade que praticou o ato
impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "c", da constituição do Estado do Pará c/c artigo 29, I,
A do Regimento Interno deste TJ/PA, quando se trate de ato praticado pelo Prefeito Municipal a
competência é do juízo de 1º grau de uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Belém,
para o qual se deve declinar a competência. 2 ? AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM
IMPROVIDO. À UNANIMIDADE. (2018.05065164-05, 199.182, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-14)

EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. ATO DE PREFEITO MUNICIPAL. INCOMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ EM JULGAR ORIGINARIAMENTO O FEITO. COMPETENCIA DO JUÍZO DE 1ª
GRAU DA COMARCA DE CASTANHAL. INTELIGENCIA ARTIGOS 161, C DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E ARTIGO 27, I, A do RITJPA. 1. A competência em mandado de segurança é definida
em função da autoridade que praticou o ato impugnado e, assim, por força do art. 161, I, "C", da
constituição do Estado do Pará c/c artigo 27, I, A do RITJEPA, quando se trate de ato praticado pelo
prefeito municipal a competência é do juízo cível de 1º grau, para o qual se deve declinar a
competência. 2. Competência definida. retornem os autos para a Comarca de Castanhal, para seu
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)

Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.

Sem honorários (artigo 25 da Lei nº 12.016/2009).

Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria nº 3731/2015-GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0877442-17.2020.8.14.0301 Participação: AUTORIDADE Nome: LIMPAR LIMPEZA


E CONSERVACAO LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELLA MORAES DOS SANTOS
OAB: 25106/PA Participação: AUTORIDADE Nome: ELIETH DE FATIMA DA SILVA BRAGA Participação:
AUTORIDADE Nome: ANA PAULA VILAS BOAS SOUZA Participação: AUTORIDADE Nome:
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCACAO Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: Estado do
Pará

MANDADO DE SEGURANÇA

PROCESSO N° 0877442-17.2020.8.14.0301
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ÓRGÃO JULGADOR: SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO

IMPETRANTE: LIMPAR LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA (ADVOGADOS: GABRIELLA MORAES DOS


SANTOS - OAB/PA nº 25.106)

IMPETRADO: SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARÁ; PREGOEIRA DA SECRETARIA


DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARÁ.

RELATORA: DESEMBARGADORA ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR impetrado por LIMPAR LIMPEZA E
CONSERVAÇÃO LTDA, representado por seus procuradores, em que aponta como autoridade coatora a
SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARÁ e a PREGOEIRA DA SECRETARIA DE
ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARÁ.

Em breve exposição dos fatos, a impetrante aduz que é pessoa jurídica de direito privado atuante no ramo
de prestação de serviços terceirizados e interessou-se em participar do Pregão Eletrônico nº 006/2020 –
SEDUC que teve por objeto a contratação futura de empresa especializada para a prestação de serviços
de agente de portaria, a serem executados nos diversos postos localizados nas dependências das
unidades da Secretaria de Estado de Educação, no estado do Pará, cujo inteiro teor do edital encontra-se
acostado no documento anexo V.

Narra que por ocasião da condução do referido certame licitatório foram observadas diversas ilegalidades
que lesionaram seu direito líquido e certo, os quais, mesmo abordados na fase recursal, não foram objeto
de apreciação da Administração, que objetiva perpetuar a situação de ilegalidade imprimindo um
acelerado ritmo de formalização dos contratos decorrentes deste certame.

Assevera que por ocasião da sessão pública complementar (Ata Complementar nº 03), a empresa
LIMPAR LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA – outrora declarada vencedora – foi inabilitada pela
Pregoeira para os grupos 3 e 7 tendo como fundamento a apresentação de uma suposta certidão positiva
de falência expedida pelo distribuidor da sede do licitante.

Segue destacando que a certidão mencionada lista um procedimento comum cível, autuado sob o nº
0840163-02.2017.8.14.0301 em trâmite na 2ª Vara de Fazenda da Capital, que não trata-se de processo
de falência, e que a que tem a LIMPAR LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA apenas como terceira
interessada.

Afirma que não teve informações acerca do relatório de análise que embasou a decisão da administração
para os grupos 05; 06; 08; 09 e 10, haja vista que em diversas ocasiões, durante a fase recursal, os
relatórios técnicos de análise foram solicitados, de forma a permitir que o exercício regular do direito do
contraditório e da ampla defesa, todavia, a pregoeira somente enviou os relatórios para os itens 03 e 07
referentes a inabilitação por suposta certidão positiva de falência, sendo patente a violação do art. 4º, XVIII
da Lei Federal 10.520/2020, restringindo, assim, o direito ao contraditório e ampla defesa.

Aponta que tais irregularidades foram abordadas em recurso administrativo, contudo, a decisão da
pregoeira e da autoridade superior teriam deixado de pormenorizar as razões pelas quais se
convenceram, não indicando qual o descumprimento editalício que a impetrante cometeu, em contrário ao
instrumento convocatório que exige a fundamentação de todas as decisões que acarretarem a
desclassificação das empresas de acordo com item 6.4 do edital e Lei Estadual nº 8.972/2020.

Destaca que o certame deixou de observar o princípio da legalidade administrativa pois não atentou para
os artigos 3ª; 44 § 3º da Lei 8.666/93 e ao art. 37 da Constituição Federal, daí porque enseja-se a
necessidade de suspensão da licitação com o consequente ajuste das irregularidades.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Argumenta estar presente na lide o fumus boni iuris e o periculum in mora o qual atendendo perfeitamente
a todos os requisitos esperados para a concessão da medida antecipatória. Ao final, requer o deferimento
da tutela antecipada de urgência para determinar a suspensão dos atos do Pregão Eletrônico nº 006/2020
– SEDUC realizado pela Secretaria de Estado de Educação do Pará, inclusive a eventual fase contratual.

É o Relatório. Decido.

Ressalto, inicialmente, que o inciso LXIX, do art. 5º da CF, dispõe que: “Conceder-se-á mandado de
segurança para proteger direito líquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas data,
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuição do Poder Público.”

A via célere do mandado de segurança pressupõe prova pré-constituída do direito líquido e certo
supostamente violado/ameaçado, nos termos do art. 1º da Lei 12.016/09.

Neste sentido, leciona o eminente jurista Hely Lopes Meirelles, na obra Mandado de Segurança. 31ª
edição. São Paulo: Malheiros, 2008, p. 38, o seguinte, in verbis.:

“Direito líquido e certo é o que se apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e
apto a ser exercitado no momento da impetração. Por outras palavras, o direito invocado, para ser
amparável por mandado de segurança, há de vir expresso em norma legal e trazer em si todos os
requisitos e condições de sua aplicação ao impetrante: se sua existência for duvidosa; se sua extensão
ainda não estiver delimitada; se seu exercício depender de situações e fatos ainda indeterminados, não
rende ensejo à segurança, embora possa ser defendido por outros meios judiciais.

Quando a lei alude a direito líquido e certo, está exigindo que esse direito se apresente com todos os
requisitos para o seu reconhecimento e exercício no momento da impetração. Em última análise, direito
líquido e certo é direito comprovado de plano. Se depender de comprovação posterior, não é líquido nem
certo, para fins de segurança.”

Para a concessão da liminar devem concorrer os dois pressupostos essenciais, ou seja, a relevância dos
motivos em que se assenta o pedido na inicial e a possibilidade da ocorrência de lesão irreparável ao
direito do impetrante, se vier a ser reconhecido na decisão de mérito, conforme se observa no art. 7º, III,
da Lei 12.016/2009.

O impetrante alega que foram observadas diversas ilegalidades que lesionaram direito líquido e certo da
impetrante, tais como: a) Da ilegalidade na decisão que inabilitou a impetrante por uma suposta certidão
negativa de falência positiva; b) Vedação de acesso ao relatório de análise que embasou a decisão da
administração para os grupos 05; 06; 08; 09 e 10; c) Da ausência de motivação da decisão da pregoeira e
da autoridade superior na decisão dos recursos administrativos.

Prima facie, cabe destacar que conforme informações prestadas pelo Estado do Pará os lotes/grupos 03,
04, 05, 06, 07, 09 e 10 em que a impetrante participou no Pregão Eletrônico SRP nº 006/2020 –
NLIC/SEDUC, processo nº 2020/79471-PAE/SEDUC --- fracassaram, conforme revela o TERMO DE
HOMOLOGAÇÃO publicado no DOE 34.438, de 17/12/2020, página 61, ocorrendo a perda parcial do
objeto do mandamus.

Ademais, cabe a análise quanto a legalidade da inabilitação da impetrante ao lote 08 remanescentes. Pois
bem.

Ante a ausência de disponibilização do relatório de análise onde constam os motivos da inabilitação da


empresa LIMPAR LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA interpôs recurso administrativo para a revisão da
decisão da pregoeira que inabilitou a empresa LIMPAR LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA pelo suposto
descumprimento do item 8.4.1 do edital haja vista que não é requerida em nenhum processo de falência
ou recuperação judicial, tendo apresentado a certidão única de distribuição de feitos cíveis nos termos do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Provimento nº 019/2009 da Corregedoria de Justiça da Região Metropolitana de Belém do Tribunal de


Justiça do Pará.

De acordo com a decisão recursal do Pregão SRP Nº 006/2020 a Limpar Limpeza e Conservação Ltda
(Grupos 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10), não teria preenchido a todos os pré-requisitos do CHECK-LIST de
Habilitação, essencialmente o item 8.04 Qualificação Econômico-financeira. Subitem 8.4.1 certidão
Positiva de falência expedida pelo distribuidor da sede do licitante.

Ainda, consta na conclusão da decisão:

“As desclassificações/Inabilitações às empresas participantes foram objetivas pelo não atendimento em


sua integralidade ao Instrumento convocatório, principalmente no tocante das Documentações
habilitatórias quanto ao Item 8.4. Qualificação Economica- Financeira sendo um dos requisitos para
habilitação das empresas participantes, uma vez não atendido o requisito documental não cabe a
diligência nas planilhas de custos e formação de preços.

(...)

Das situações analisadas, o que se observa é a inabilitação/desclassificação de licitantes que não deram
cumprimento ao que previu o Instrumento Convocatório, com base em análise técnica detalhada pelo setor
competente CRA/DAFI desta Secretaria de Educação.

Por fim, em concordância com o Parecer Jurídico nº: 2414/2020 – ASJUR/SEDUC temos que todas as
análises relativas às desclassificações foram devidamente emitidas pelo setor técnico competente, o qual
se manifestou conclusivamente acerca da impossibilidade de retificação das propostas sem alteração
substancial das mesmas. E considerando os preceitos legais que regem a matéria, tais recursos não
merecem prosperar dando total IMPROVIMENTO para as empresas recorrentes: ADSERVI -
Administradora de Serviços LTDA (Grupos 1 ao 10); LÓGICA COMÉRCIO E LOCAÇÃO DE MÃO DE
OBRA EIRELI (Grupos 02, 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10); DIAMOND Serviços de Limpeza e mão de obra
Eireli (Grupos 02, 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10); AAJ LOURENÇO & CIA Ltda (Grupos 03, 05, 06, 07, 09 e
10); E B CARDOSO Eireli (Grupos 06, 09 e 10); LIMPAR Limpeza e Ltda (Grupos 03, 04, 05, 06, 07, 08,
09 e 10) e LIMP CAR Locação e Serviços Ltda (Grupos 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10), mantendo-se
inalterados os atos praticados por esta pregoeira no certame.

Seguidamente, a Decisão da Autoridade competente:

DECISÃO DA AUT. COMPETENTE: MANTÉM DECISÃO PREGOEIRO

Considerando o recurso interposto no âmbito da PREGÃO ELETRÔNICO SRP Nº 006/2020 -


CEL/NLIC/SEDUC. e os fundamentos declinados na Manifestação Jurídica nº 20452414/2020, os quais
adoto como razão de decidir;

Resolve:

a) conhecer e NEGAR PROVIMENTO aos recursos interpostos pelas empresas ADSERVI -


Administradora de Serviços LTDA ( Grupos 1 ao 10); LÓGICA COMÉRCIO E LOCAÇÃO DE MÃO DE
OBRA EIRELI (Grupos 02, 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10); DIAMOND Serviços de Limpeza e mão de obra
Eireli (Grupos 02, 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10); AAJ LOURENÇO & CIA Ltda (Grupos 03, 05, 06, 07, 09 e
10); E B CARDOSO Eireli (Grupos 06, 09 e 10); LIMPAR Limpeza e Ltda (Grupos 03, 04, 05, 06, 07, 08,
09 e 10) e LIMP CAR Locação e Serviços Ltda (Grupos 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10).

b) manter a inabilitação e desclassificação das referidas empresas

O edital do Pregão Eletrônico dispõe no item 8.4. Qualificação Econômico- Financeira- Subitem 8.4.1:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

8.4. Qualificação Econômico-Financeira:

8.4.1 certidão negativa de falência expedida pelo distribuidor da sede do licitante;

Depreende-se dos autos que o Impetrante providenciou sua certidão de distribuição cível perante o TJPA
na comarca de Ananindeua (local de sua sede), tendo apresentado, no sistema COMPRASNET deste
Pregão, a certidão de código de controle 04071507342356 relativa à todos os feitos cíveis tramitados
perante a Justiça Estadual de 1º e 2º Grau e nos Juizados Especiais Cíveis do Pará, que tem efeito de
certidão negativa para processos de Falência, concordata (ainda remanescentes) ou recuperação judicial.
(constante no rodapé da certidão apresentada à Pregoeira).

Com efeito, verifico que há fundamento relevante pois há respaldo legal, eis que o art. 31, inciso II da Lei
Federal 8.666/93 restringe sua redação exclusivamente à processos falimentares, visto que estes podem
representar riscos à futura contratação, o que se diferencia do procedimento comum cível, autuado sob o
nº 0840163- 02.2017.8.14.0301 em trâmite na 2ª Vara de Fazenda da Capital, constante na certidão
aludida.

Por outro lado, é dever da administração motivar seus atos, explicitamente, com indicação dos fatos,
fundamentos e jurídicos e probatórios, conforme determina a Lei Estadual nº 8.972/2020, que regula o
processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, senão vejamos:

Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os

seguintes critérios:

(...)

VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que fundamentarem a decisão, com a devida
comprovação dos motivos determinantes no ato ou no processo;

(...).

Art. 62. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos, dos fundamentos
jurídicos e atos probatórios, especialmente quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

(...)

§1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância
com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão
parte integrante do ato.

Da análise das decisões proferidas ao recurso administrativo verifica-se que há tão somente a indicação
do item do edital que a empresa não teria cumprido, ausente fundamentação ao motivo pelo qual a
certidão não teria sido aceita, culminando com a sua inabilitação. Ainda, tais decisões se baseiam nos
termos do Parecer Jurídico nº: 2414/2020 – ASJUR/SEDUC, do qual a impetrante não teve acesso a
permitir o exercício regular do direito do contraditório e da ampla defesa.

Ante o exposto, em um exame perfunctório dos autos entendo presentes, ao menos, por ora, os
pressupostos do periculum in mora e fumus boni iuris, defiro a liminar pleiteada, para determinar a
suspensão atos do Pregão Eletrônico nº 006/2020 – SEDUC realizado pela Secretaria de Estado de
Educação do Pará, inclusive a eventual fase contratual.
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Determino ainda:

A intimação da autoridade apontada como coatora para que tome ciência da referida decisão.

A remessa dos autos ao Ministério Público, objetivando exame e parecer.

ÀSecretaria da Seção de Direito Público e Privado, para as providências cabíveis.

Belém, 09 de agosto de 2021.

Desa. Rosileide Maria da Costa Cunha

Relatora

Número do processo: 0802443-31.2017.8.14.0000 Participação: AUTOR Nome: ESTADO DO PARÁ


Participação: REU Nome: MARIA DO SOCORRO BARBOSA FREIRE

Vistos.

Nos moldes do artigo 970 do Novo Código de Processo Civil, CITE-SE a requerida para, querendo,
responder aos termos da presente ação, no prazo de 15 (quinze) dias, com as advertências ali inferidas.

Cite-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 23 de junho de 2021.

ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA

Desembargadora

Número do processo: 0807558-91.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: JACKESON DA


SILVA FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

PROCESSO Nº 0807558-91.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: Seção de Direito Público

RECURSO: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

COMARCA: BELéM

IMPETRANTE: JACKESON DA SILVA FERREIRA


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Advogado(s) do reclamante: DENNIS SILVA CAMPOS

IMPETRADO: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE


PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

DECISÃO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA. QUESTIONAMENTO QUANTO A


DECISÃO DE INCOMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA PROCESSAR O FEITO.
INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS DISPOSTOS NO ARTIGO 1.022 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

1. 1. Embargos de declaração conhecidos, porém não providos.

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS AUTOS DE MANDADO DE SEGURANÇA opostos


em face da decisão de declínio de competência para processar e julgar o feito e, em consequência,
encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da Primeira Instância.

O embargante alega que a mesma causa de pedir já apreciada por outros membros do Tribunal Pleno e o
entendimento firmado foi no sentido de redistribuir o mandamus à Seção de Direito Público, indicando,
decisões de mandados de segurança n.º 0807473-08.2021.8.14.0000, relator Des Roberto Gonçalves
Moura; 0807090-30.2021.8.14.000, relatora Desa Elzida Mutran e 0806458-04.2021.8.14.0000, relator Des
José Maria Teixeira do Rosário.

Assim, entende que resta claro a divergência de tratamento em situação idêntica, do ponto acima
abordado, não tendo outro caminho senão opor os presentes Embargos Declaratórios, pelo que requer o
chamamento do feito, com a urgência devida, para tornar sem efeito a decisão retro, no sentido de
anular o encaminhamento dos autos a uma das varas da Fazenda Pública da Primeira Instância,
e, assim, modificar a decisão para dar prosseguimento do presente na Seção de Direito Público
para evitar prejuízos sem precedentes ao impetrante.

É o sucinto relatório.

Decido.

Presentes os requisitos de admissibilidade do recurso, conheço.

Como cediço, os embargos de declaração servem para sanar omissão, contradição ou obscuridade na
decisão recorrida, ou, ainda, corrigir erro material, consoante prescreve o art. 1.022, do CPC/2015, verbis:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III - corrigir erro material.”


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Analisando as razões recursais, observa-se que os argumentos expendidos sobre a decisão embargada
de incompetência do Tribunal de Justiça para julgar o feito, sob questionamento de a causa de pedir já foi
apreciada por outros membros do Tribunal Pleno, não merecem prosperar, tendo em mira que existência
de decisões apreciadas por membros deste Tribunal não implica na mudança de entendimento firmado na
decisão embargada.

Vale lembrar que se tratam de decisões precárias e que podem sofrer modificações no decorrer da
tramitação processual e, ainda, ressalto que nas decisões judiciais devem prevalecer o livre
convencimento motivado do relator, tal como proposto pelo artigo 131 do Código de Processo Civil, com a
observância do devido processo legal, capaz de assegurar a legitimidade das decisões, a imparcialidade
do juiz e o pleno exercício do contraditório.

Presente essa moldura, mantenho a diretiva de incompetência deste Tribunal para apreciação de
mandando de segurança contra ato, efetivamente, praticado pela Procuradora Geral Adjunta do Estado do
Pará e contra suposto ato da Secretária de Estado de Planejamento e Administração.

Releva pontuar que restou consignado na decisão embargada que a ilegitimidade da Secretária de Estado,
uma vez que não foi quem praticou o ato coator.

Além disso, foi evidenciado que Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul
Peracchi, autoridade que praticou o ato coator, não se encontra elencada no art. 161, I, “c”, da
Constituição do Estado do Pará.

Assim, não havendo qualquer vício a ser sanado na decisão embargada, conheço dos Embargos de
Declaração, porém lhes nego provimento, inclusive para fins de prequestionamento.

Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se o seu trânsito em julgado, dando-se baixa na distribuição
deste TJE/PA e posterior arquivamento.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO DE


CITAÇÃO/INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO.

Publique-se. Intime-se.

Belém (PA), 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

PROCESSO: 00002428420048140000 PROCESSO ANTIGO: 200430005118


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO GONCALVES DE MOURA A??o:
Execução Contra a Fazenda Pública em: 18/08/2021---IMPETRANTE:JOSE DE RIBAMAR CASTRO
Representante(s): OAB 10739 - MARIA DA GLORIA CARVALHO CASTRO (ADVOGADO) OAB 18537 -
THIAGO TELES DE CARVALHO (ADVOGADO) SANNY CASTELO BRANCO DE SOUZA
(ADVOGADO) IMPETRANTE:VENINA DA SILVA COELHO Representante(s): SANNY CASTELO
BRANCO DE SOUZA (ADVOGADO) PROCURADOR(A) DE JUSTICA:ZUNILDE LIRA DE OLIVEIRA
IMPETRADO:SECRETARIO EXECUTIVO DE ADMINISTRTACAO IMPETRANTE:DANIEL RUBI
SIQUEIRA VALENTE Representante(s): SANNY CASTELO BRANCO DE SOUZA (ADVOGADO)
LITISCONSORTE PASSIVO NECESSARIO:ESTADO DO PARÁ Representante(s): OAB 3259 - OPHIR
160
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

FILGUEIRAS CAVALCANTE JUNIOR (PROCURADOR(A)) INTERESSADO: IGEPREV - INSTITUTO DE


GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ . DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Trata-se de
CUMPRIMENTO DE SENTENÿA aforado por MARIA DA GLÿRIA CARVALHO CASTRO, FÃBIO
CARLAI CARVALHO CASTRO e CAMILLE ELVIRA CARVALHO CASTRO DE OLIVEIRA, na qualidade de
sucessores do impetrante JOSÿ RIBAMAR CASTRO, com a finalidade de execução do Acórdão
nº 54.488, que reconheceu o direito lÃ-quido e certo do extinto e outros de receberem em seus
vencimentos a Gratificação de Escolaridade incidente sobre a vantagem pelo exercÃ-cio de cargo
comissionado.            ÿ o necessário.            Considerando-se o
falecimento do impetrante JOSÿ DE RIBAMAR CASTRO, intime-se a sucessora MARIA DA GLÿRIA
CARVALHO CASTRO para que, no prazo de 05 dias, esclareça se já realizou o inventário do
impetrante em benefÃ-cio de seus sucessores FÃBIO CARLAI CARVALHO CASTRO e CAMILLE ELVIRA
CARVALHO CASTRO DE OLIVEIRA.            Após, com resposta ou tendo transcorrido o
prazo para tal, conclusos.            ÿ Secretaria para as devidas providencias.
           Servirá a presente decisão como mandado/ofÃ-cio, nos termos da Portaria nº
3.731/2015-GP.            Belém, 06 de agosto de 2021. Desembargador ROBERTO
GONÿALVES DE MOURA Relator

PROCESSO: 00027082319978140000 PROCESSO ANTIGO: 199730005272


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO GONCALVES DE MOURA A??o:
Execução de Título Judicial em: 18/08/2021---ADVOGADO:HAROLDO SOUZA SILVA LITISCONSORTE
PASSIVO NECESSARIO:ESTADO DO PARA Representante(s): VERA LUCIA BECHARA PARDAUIL -
PROC. ESTADO (ADVOGADO) ALEXANDRE AUGUSTO LOBATO BELLO - PROC. ESTADO
(ADVOGADO) IMPETRANTE:FERDINAND LISIEUX PASSOS IMPETRANTE:CARLOS ALBERTO LIMA
NASCIMENTO E OUTROS IMPETRADO:EXMO. SECRETARIO DE ESTADO AGRICULTURA
IMPETRANTE:JOAQUIM CARLOS ESTEVES DE CARVALHO Representante(s): ANTONINO MAIA DA
SILVA (ADVOGADO) IMPETRANTE:MARIA DA CONCEICAO DE ALMEIDA E SILVA Representante(s):
OAB 5273 - JADER NILSON DA LUZ DIAS (ADVOGADO) IMPETRANTE:ARNALDO JORGE MARTINS
Representante(s): OAB 5273 - JADER NILSON DA LUZ DIAS (ADVOGADO) . DESPACHO
           Manifestem-se as partes acerca dos cálculos apresentados pelo Contador do
JuÃ-zo, Ã s fls. 1.127/1.140, no prazo de 10 (dez) dias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Estando nos autos a
resposta, ou transcorrido o prazo para tal, autos conclusos.            Servirá o presente
despacho como mandado/ofÃ-cio, nos termos da Portaria nº 3731/2015-GP.            ÿ
Secretaria para providências. Belém, 06 de agosto de 2021. DES. ROBERTO GONÿALVES DE
MOURA, Relator
161
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO- UPJ

RESENHA: 19/08/2021 A 19/08/2021 - SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO -


VARA: 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO PROCESSO: 00241715120058140301 PROCESSO ANTIGO:
201430206769 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO
A??o: Apelação Cível em: 19/08/2021 APELANTE:ESTADO DO PARA Representante(s): CELSO PIRES
CASTELO BRANCO - PROC. ESTADO (ADVOGADO) APELADO:VICENTE ALEIXO DE SOUZA
Representante(s): EDILENE SANDRA LUZ DE LIMA (ADVOGADO) . PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE
JUSTIÃA DO ESTADO DO PARà PROCESSO Nº 0024171-51.2005.8.14.0301 ÃRGÃO JULGADOR:
2ª TURMA DE DIREITO PÃBLICO RECURSO: APELAÃÃO CÃVEL COMARCA: BELÃM (2ª VARA DA
FAZENDA) APELANTE: ESTADO DO PARÃ (PROCURADOR DO ESTADO MÃRCIO MOTA
VASCONCELOS) APELADO: VICENTE ALEIXO DE SOUZA (ADVOGADA EDILENE SANDRA LUZ DE
LIMA - OAB/PA N.º 7.568) RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO DESPACHO     Â
    Considerando o pedido formulado pelo apelante na petição de fls. 244/245, ratifico a decisão
de fl. 233, por meio da qual homologuei o acordo entabulado pelas partes.          Dê-se
baixa na distribuição e devolvam-se os autos à origem para os fins de direito.         Â
Belém, 17 de agosto de 2021. DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO RELATOR

Número do processo: 0808374-73.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: EDSON DOS


SANTOS FARIAS Participação: ADVOGADO Nome: AUCIMARIO RIBEIRO DOS SANTOS OAB:
19762/PA Participação: AGRAVADO Nome: JOVENIL GUIMARÃES COUTO Participação: AGRAVADO
Nome: JOSETE SILVA DA CRUZ

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

JUÍZO DE ORIGEM: VARA ÚNICA DA COMARCA DE ÓBIDOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº: 0808374-73.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: EDSON DOS SANTOS FARIAS

Advogado: AUCIMARIO RIBEIRO DOS SANTOS

AGRAVADO: JOVENIL GUIMARÃES COUTO, JOSETE SILVA DA CRUZ

RELATORA: Desembargadora MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

DESPACHO

Em juízo de admissibilidade recursal, verifica-se que o recorrente não juntou o comprovante do preparo,
reiterando pedido de gratuidade da justiça que já havia sido indeferido anteriormente pelo juízo singular,
conforme decisão de ID n.º 30174264 (dos autos originários), o motivou o parcelamento das custas iniciais
em 1ª Instância.

Compulsando os presentes autos, verifica-se que a parte agravante formulou pedido de concessão do
benefício da justiça gratuita nas razões recursais de Agravo de Instrumento (ID 5944866), tendo acostado
mera declaração de hipossuficiência (ID n. 5944876).
162
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Entretanto, considerando que o beneplácito foi indeferido pelo juízo a quo e houve o recolhimento
(parcelado) das custas processuais, entendo ainda ter restado dúvida acerca da hipossuficiência
econômica suscitada pela parte recorrente.

Desse modo, determino, com fundamento no artigo 99, § 2º, do Código de Processo Civil, a
intimação da recorrente, para no prazo de 5 (cinco) dias, comprovar a alegada hipossuficiência, já
que, conforme entendimento pacificado pelo Enunciado n.º 6 da Súmula deste Egrégio Tribunal de Justiça
do Estado do Pará, “a alegação de hipossuficiência econômica configura presunção meramente relativa
de que a pessoa natural goza do direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no artigo 98 e
seguintes do Código de Processo Civil (2015), podendo ser desconstituída de ofício pelo próprio
magistrado caso haja prova nos autos que indiquem a capacidade econômica do requerente”.

Assim, a exemplo do que determinou o juízo singular, com arrimo no princípio da cooperação (CPC, art.
6º), deve o agravante trazer aos autos os comprovantes de rendimentos, a última declaração de bens e
rendimentos entregue à Receita Federal (IRPF), bem como o extrato atualizado de conta corrente e de
aplicações financeiras, inclusive de poupança, anotando-se o sigilo dos documentos apresentados, sob
pena de indeferimento do beneplácito.

Após, retornem-me os autos conclusos.

Belém, 17 de agosto de 2021.

DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Relatora

Número do processo: 0800420-73.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ONE SOLUTION


SERVICOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: PHILIPE MACIEL DO AMARAL OAB: 158026/MG
Participação: AGRAVANTE Nome: OX CLUBE DE BENEFICIOS Participação: ADVOGADO Nome:
PHILIPE MACIEL DO AMARAL OAB: 158026/MG Participação: AGRAVADO Nome: WESLEY RAMOS
SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: GEOVANE OLIVEIRA GOMES OAB: 26556/PA Participação:
ADVOGADO Nome: IGOR EDUARDO PERES RODOVALHO OAB: 18623/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0800420-73.2021.8.14.0000

AGRAVANTES: ONE SOLUTION SERVICOS LTDA e OX CLUBE DE BENEFICIOS.

Advogados: Dr. Philipe Maciel Do Amaral, OAB/MG 158.026, e Dr. Camilo de

Oliveira Macedo, OAB/MG 161.672.

AGRAVADO: WESLEY RAMOS SANTOS

Advogados: Dr. Igor Eduardo Peres Rodovalho, OAB/PA n° 18.623-A, e Dr.

Geovane Oliveira Gomes, OAB/PA 26.556.

RELATORA: DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de pedido de concessão da antecipação da TUTELA RECURSAL em Agravo de Instrumento


interposto pelos ONE SOLUTION SERVICOS LTDA e OX CLUBE DE BENEFICIOS contra decisão
interlocutória (ID 21488174, fls. 77-79 dos autos de origem) exarada pelo Juízo da 3ª vara cível e
empresarial de Parauapebas, nos autos da Ação de Cobrança securitária c/c indenização por danos
materiais e morais com pedido de tutela de urgência (Processo nº 0806792-49.2020.8.14.0040) ajuizada
por WESLEY RAMOS SANTOS, deferiu o pedido de antecipação de tutela, e, em consequência,
determinou que os réus ONE SOLUTION e OX CLUBE DE BENEFÍCIOS providenciassem, EM 24
HORAS, automóvel reserva de valor equivalente ou superior ao envolvido no sinistro, até a decisão de
mérito da demanda, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (um mil reais), para cada parte, no limite de
15 dias, a contar após o prazo concedido na decisão para cumprimento da medida liminar. Ademais,
indeferiu o pedido de suspensão do pagamento das parcelas vincendas, por não haver claro fundamento
contratual para tanto.

Em suas razões, os agravantes contam que, conforme restará comprovado durante a instrução
processual, no momento do acidente quem conduzia o veículo de propriedade do Autor/AGRAVADO era
sua irmã, a qual não possui CNH, e não o seu amigo, SR. Uellington Nunes, como declarado no Boletim
de ocorrência e na inicial desta demanda.

Afirmam que a informação obtida a respeito da mudança de condutor em BOLETIM DE OCORRÊNCIA,


ocorrera durante o processo administrativo de análise de eventos, momento em que fora realizada uma
sindicância, durante a qual foram ouvidas testemunhas, dentre elas, o profissional de saúde responsável
pelo atendimento das vítimas que foi taxativo ao afirmar que quem conduzia o veículo era a irmã do
autor/agravado, e que a mesma não possuía CNH para condução de veículos, o que motivou às rés/ora
agravantes, em seu exercício regular do direito, em formalizar a negativa do pleito indenizatório, ante a
ausência de condutor habilitado na condução do veículo.

Aduz, por outro lado, que embora o Autor/agravado tenha faltado com a verdade durante toda a
argumentação inicial, no bojo da liminar requereu expressamente a concessão do carro reserva pelo
período de 30 (trinta) dias, conforme previsto em contrato, não sendo aceitável a decisão sumária que
determinara a concessão de carro reserva até ulterior decisão de mérito, sob pena de enriquecimento
ilícito do Autor e imposição de obrigação não prevista contratualmente, tampouco requerida pela parte, o
que configura julgamento extra petita, o que torna inviável a manutenção do decisum combatido.

Requerem a concessão da tutela recursal a fim de suspender os efeitos da tutela de urgência deferida,
determinando a imediata suspensão da concessão do carro reserva em favor do agravado, bem como a
aplicação da multa diária pelo descumprimento da referida tutela. Alternativamente, pleiteiam a imposição
de limite temporal para a concessão do benefício do carro reserva pelo período contratual de 30 (trinta)
dias.

Os autos foram distribuídos a minha relatoria.

RELATADOS. DECIDO.

Nos termos do artigo 1.015, inciso I, do CPC, cabe agravo de instrumento contra as decisões
interlocutórias que versarem sobre tutelas provisórias. E, ainda, o relator poderá, a requerimento do
agravante, atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente,
a pretensão recursal, como preconiza o art. 1.019, I, do mesmo diploma legal.

Segundo o art. 300, os requisitos legais para o deferimento da tutela de urgência são a existência de
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.

Verifico, em juízo de cognição sumária, não estarem presentes elementos que evidenciam a probabilidade
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

do direito alegado pelos agravantes quanto a suspensão total dos efeitos da tutela de urgência deferida
pelo juízo a quo, pois tem-se que, nesse momento processual, ainda não há prova robusta e cabal acerca
da alegada informação inverídica prestada no Boletim de ocorrência quanto ao real condutor do veículo e
sua respectiva habilitação no momento do sinistro, dependendo de plena instrução processual para tanto,
haja vista a necessidade do crivo do contraditório e da ampla defesa acerca dos fatos supostamente
apurados em sindicância unilateralmente promovida pelas agravantes.

Noutro passo, patente a probabilidade do direito e o perigo de dano em favor dos agravantes, caso
mantido os termos do deferimento da tutela determinando a concessão de carro reserva até ulterior
decisão de mérito sem imposição de limite temporal, uma vez que o contrato nº 1199 (ID 21000064, fl. 18
dos autos de origem) previu expressamente o direito a carro reserva por 30 dias, bem como o autor
requereu, em sua inicial, a sua concessão pelo mesmo prazo, conforme trecho a seguir transcrito: “E
conforme apólice anexa o Requerente tem direito de um carro reserva no período de 30 dias, caso no seja
cumprida a tutela seja estipulada uma multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais), pode descumprimento” (ID
4379057, fl. 100) . Dessa forma, faz-se necessária a imposição de limite temporal para a concessão do
benefício do carro reserva pelo período contratual de 30 (trinta) dias.

Pelo exposto, defiro o pedido de concessão da tutela recursal a fim de reformar, em parte a decisão
agravada, apenas para impor o limite temporal para a concessão do benefício do carro reserva pelo
período contratual de 30 (trinta) dias.

Dê-se ciência ao juízo prolator da decisão agravada.

Intime-se a parte agravada para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias (art. 1.019, II, do
CPC).

Publique-se. Intime-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0803049-41.2017.8.14.0006 Participação: APELANTE Nome: F B CORREA LTDA -


ME Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS GOMES BOMBONATO OAB: 19067/PA Participação:
APELANTE Nome: CONSTRUTORA TENDA S.A. Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO DE
CARVALHO AMAZONAS COTTA OAB: 21313/PA Participação: APELADO Nome: JOSE LISANDRO
PEREIRA DE SIQUEIRA Participação: ADVOGADO Nome: JUCYLEIA DOS SANTOS DE SOUZA OAB:
22809/PA Participação: ADVOGADO Nome: ELIZELMA DA ASSUNCAO FRANCO MONTEIRO OAB:
27023/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO NORONHA CASSIMIRO OAB: 17201/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0803049-41.2017.8.14.0006

APELANTE: F B CORREA LTDA - ME, CONSTRUTORA TENDA S.A.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

APELADO: JOSE LISANDRO PEREIRA DE SIQUEIRA

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

APELAÇÃO EM AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE DANOS MORAIS: APELAÇÃO


DE FB CORREA LTDA.-ME TEVE SEU SEGUIMENTO NEGADO, CONFORME A DECISÃO ID 5219336
– ANÁLISE TÃO SOMENTE DO RECURSO DA CONSTRUTORA TENDA S. A.; PRELIMINAR: OFENSA
AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE, REJEITADA – MÉRITO: RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
ENTRE A IMOBILIÁRIA E A CONSTRUTORA – DANOS EMERGENTES DEVIDOS – DANOS MORAIS
CONFIGURADOS – QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO EM ATENÇÃO AOS JULGADOS DA
TURMA – REGULARIZAÇÃO DO IMÓVEL DE RESPONSABILIDADE DAS REQUERIDAS –
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM CONSONÂNCIA COM O ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

1. Apelação em Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Danos Morais:

2. DO RECURSO DE FB CORREA LTDA.-ME. O recurso da FB Correa Ltda.-ME


teve seu seguimento negado, restando, outrossim, a análise da Apelação da Construtora Tenda S. A.,
conforme consta da Decisão ID 5210336.

3. PRELIMINAR: OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE, REJEITADA. Em


que pese a argumentação amealhada pelo recorrido, não se verifica ofensa ao Princípio da Dialeticidade,
o qual informa acerca da necessidade indicação das razões de fato e de direito pelas quais sustenta o
recorrente deva ser anulada ou reformada a decisão hostilizada, por força do art. 1010, II e III do Código
de Processo Civil, uma vez que a matéria versada no presente recurso cinge-se à obrigação de fazer
cumulada com danos morais.

4. Não se pode exigir do recorrente a dissociação completa das razões expostas na


contestação no ato de ataque à sentença que lhe fora desfavorável, porquanto encontra sustentáculo
naquela peça e nas demais peças processuais, tendo, outrossim, logrado êxito em demonstrar as razões
de sua irresignação e de seu pedido de reforma.

5. MÉRITO

6. Cinge-se a controvérsia recursal à responsabilidade exclusiva da corré FB Correa Ltda.-ME,


afastamento da responsabilidade solidária entre as requeridas, não configuração de lucros cessantes e de
danos morais, à redução do quantum indenizatório arbitrado à título de danos morais, impossibilidade de
regularização do imóvel e minoração dos honorários advocatícios.

7. A questão principal volta-se à obrigação de fazer cumulada com danos morais ajuizada pelo
recorrido em face da recorrente e de FB Correa Ltda.-Me, envolvendo a negociação da unidade 401 do
empreendimento imobiliário Mirante do Lago.

8. DA ALEGAÇÃO DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DA CORRÉ FB CORREA LTDA.-ME


E AFASTAMENTO DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ENTRE AS REQUERIDAS

9. Analisados os autos, bem como em consulta ao Sistema LIBRA denota-se a existência da Ação
Civil Pública n.º 0664673-97.2016.8.14.0301 ajuizada pelo Ministério Público Estadual em face da
recorrente e da corré, em trâmite pela 13ª Vara Cível e Empresarial de Belém, na qual, em que pese a
pendência do julgamento de Embargos de Declaração, aquele Juízo reconheceu a responsabilidade
solidária da recorrente em relação aos atos perpetrados pela FB Correa Ltda.-ME, mormente porque
credenciada e identificada como agente da apelante, inclusive com uso de uniformes.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

10. No decisum exarado pelo MM. Juízo da 13ª Vara Cível e Empresarial da Capital também restou
assentada a configuração de relação de consumo e responsabilidade solidária entre a imobiliária e a
construtora, bem como que assentou-se a aplicabilidade da Teoria da Aparência.

11. Especificamente no caso concreto, observa-se que o apelado efetuou o pagamento da 1ª parcela
do contrato no valor de R$ 140.000,00 (cento e quarenta mil) por intermédio de transferência bancária,
depositada na Conta 00130001378, Agência 1679 do Banco Santander, cuja titularidade se encontra em
nome de F B CORREA LTDA-ME, sendo os R$ 10.000,00 (dez mil reais) remanescentes parcelados em
mais 20 (vinte) parcelas de 500,00 (quinhentos reais), com o vencimento da primeira em 15/11/2015, o
que contrasta com alegação da recorrente, a qual descredenciou a Imobiliária apenas em meados de
2016.

12. Resta assente a responsabilidade da recorrente acerca da responsabilidade solidária da apelante


à vista da configuração de relação de consumo.

13. DOS LUCROS CESSANTES

14. Para erigir a obrigatoriedade de pagamento de lucros cessantes na forma de dano emergente,
resta suficiente a comprovação do efetivo prejuízo sofrido pela parte, de sorte que, no caso em comento, a
entrega das chaves do empreendimento foi prevista para 30 dias após a celebração do pacto, o que não
ocorreu e gerou-lhe o direito de perquirir tal verba, uma vez que a conduta que impediu a fruição do bem
restou atribuída de forma solidária às rés.

15. DOS DANOS MORAIS E SEU QUANTUM INDENIZATÓRIO

16. No caso sub examine, observa-se o inadimplemento contratual, consubstanciado na injustificada


ausência de entrega das chaves do imóvel, não pode ser considerado mero dissabor, uma vez que a
aquisição de um bem dessa monta cria uma justa expectativa de uso pelo adquirente, de modo que a sua
frustração, sem dúvida enseja efetivo abalo moral suscetível de indenização, com a ressalva de que o
imóvel fora vendido por R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) dos quais R$ 140.000,00 (cento e
quarenta mil) foram pagos no ato, tendo o recorrente adentrado no bem somente em após 07/01/2017.

17. In casu, observando os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade e, ainda em atenção as


peculiaridades do caso em análise, demonstra-se adequado o quantum indenizatório perfilhado na decisão
recorrida, no montante total de R$ 10.000,00 (dez mil reais), encontrando-se, inclusive em consonância
aos parâmetros estabelecidos pela jurisprudência deste Tribunal em casos similares.

18. IMPOSSIBILIDADE DE REGULARIZAÇÃO DO IMÓVEL

19. Por força de decisão judicial, o apelado já se encontra na posse do bem desde o ano de 2017,
tendo esta tutela provisória sido confirmada em sede de sentença, devendo, outrossim, a regularização do
imóvel ser atribuída à recorrente, coma individualização da matrícula e consectários.

20. DA MINORAÇÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

21. A demanda fora ajuizada no ano de 2017, perdurando, portanto, há mais de 04 (quatro) anos,
com a apresentação de Agravo de Instrumento, realização de audiências, manifestações das partes,
estando, portanto, os honorários advocatícios consentâneos com o que dispõe o art. 85 do Código de
Processo Civil, especialmente quanto ao grau de complexidade da demanda, zelo do profissional e local
da prestação do serviço, não merecendo, assim, qualquer alteração.

22. Recurso conhecido e improvido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO, tendo como apelante F. B. CORREA
LTDA.–ME e CONSTRUTORA TENDA S. A. e apelado JOSÉ LISANDRO PEREIRA DE SIQUEIRA.
167
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores, membros da 2ª Turma de Direito Privado deste


Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em turma, à unanimidade, em CONHECER DO
RECURSO e NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto da Excelentíssima
Desembargadora–Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.

Belém, 10 de agosto de 2021.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES.

Desembargadora-Relatora

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de recurso de APELAÇÃO interposto por F. B. CORREA LTDA.-ME,


inconformada com a Sentença proferida pelo MM. Juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Ananindeua, que, nos autos da AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE DANOS MORAIS,
ajuizada contra si e CONSTRUTORA TENDA S. A. por JOSÉ LISANDRO PEREIRA DE SIQUEIRA, ora
apelada, julgou parcialmente procedente a pretensão esposada na exordial.

O ora apelado aforou a ação acima mencionada, afirmando que entabulou, junto à ré F. B. Correa Ltda.-
ME contrato para a aquisição da unidade 301, Torre 9, do empreendimento Mirante do Lago, cuja primeira
parcela venceria em 15/11/2015, o qual lhe seria entregue em 30 (trinta) dias após a negociação, tendo o
referido prazo se exaurido sem o cumprimento da promessa pela requerida.

Acrescentou que, após contato com as rés, fora informado que a unidade avençada estaria sob hipoteca,
razão pela qual as requeridas lhe ofereceram a unidade 401 do mesmo empreendimento com o acréscimo
do valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), o qual fora aceito, sem concretização, mais uma vez, da entrega.

Afirmou ter recebido as chaves do imóvel em 05/01/2016 e tentado para lá se mudar em 07/01/2017,
sendo informado que havia comunicação por parte da construtora ao condomínio quanto a não
autorização da mudança e ocupação do bem, no qual adentrou à força, ante o pagamento realizado e para
garantir a sua posse.

Considerando presentes os requisitos, o MM. Juízo ad quo deferiu o pedido de justiça gratuita e a liminar
para garantir a posse do autor na posse do bem (ID 3842280).

O feito seguiu tramitação, culminando com a prolatação da sentença (ID 3842354), que julgou
parcialmente procedente a pretensão esposada na inicial no sentido de: 1. Confirmar a tutela de urgência
antes deferida; 2. Determinar que as rés, solidariamente, realizem a regularização do imóvel, com a
entrega do contrato de compra e venda firmado com o requerente, além da transferência de titularidade
junto ao cartório de imóveis competente; 3. Condenar as rés, solidariamente, ao pagamento da
indenização por danos materiais na importância de R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais) por mês de
atraso na entrega do imóvel, a contar de setembro de 2015, até a data de recebimento do bem pelo autor,
em janeiro de 2016, perfazendo o total de R$ 3.750,00 (três mil setecentos e cinquenta reais), corrigido
pelo IGPM da Fundação Getúlio Vargas, a contar dos efetivos descontos, acrescidos de juros de 1% ao
mês, com capitalização anual, a contar da data da citação; 4. Condenar solidariamente as requeridas a
indenizar os danos morais suportados pelo autor na quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais), cujo valor
deve ser corrigido pelo IGPM da Fundação Getúlio Vargas, acrescido de juros de 1% ao mês, com
capitalização anual, a contar da data desta sentença.

Consta ainda da decisão, a condenação das rés ao pagamento das custas processuais e honorários ao
advogado do autor em 20% (vinte por cento) do valor da condenação.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A Tenda S. A. interpôs Embargos de Declaração (ID 3842356).

O autor requereu Cumprimento Provisório da Sentença (ID 3842359).

Na Decisão ID 3842370, o MM. Juízo ad quo não conheceu dos Embargos de Declaração e determinou a
expedição de Mandado de Pagamento.

Inconformada, a F. B. Correa Ltda.-ME apresentou recurso de Apelação (ID 3842372).

Prima facie, requer o deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita, aduzindo não estar mais atuando no
mercado.

Pugna pela declaração da nulidade da sentença que não conheceu dos embargos de declaração,
aduzindo, com base na jurisprudência do STJ, na hipótese de rejeição apenas, deve ser considerado o
seu efeito interruptivo do referido recurso.

Defende a sua exclusão do bojo da obrigação de fazer sob o argumento de que, por ser mera imobiliária,
não detém qualquer legitimidade e capacidade para realizar a regularização do imóvel, imputando esta
responsabilidade à Tenda S. A.

Suscita a exclusão de sua condenação em lucros cessantes, refutando ter praticado qualquer ato ilícito no
sentido de impedir que o Recorrido de tomasse posse do imóvel objeto da lide, razão pela qual, com base
no art. 14, §3º, I do CDC, somente a Tenda S. A. poderia sofrer condenação.

Alternativamente, pugna: 1. Pela exclusão de qualquer condenação à título de danos morais devida por
ausência de comprovação de qualquer ato ilícito praticado pela recorrente ou lesão de direitos de
personalidade do recorrido; 2. Ou que qualquer nesta condenação ordem seja atribuída à Construtora
Tenda S. A., por força do art. 13, I do CDC; 3. Pela Manutenção da condenação solidária da Rés a
ressarcir a Recorrida pelos danos morais requeridos.

O apelado apresentou contrarrazões (ID 3842376) manifestando-se pelo improvimento do recurso.

A Construtora Tenda S. A. também interpôs recurso de Apelação (ID 3842379).

Esclarece ser sociedade empresária voltada ao ramo da construção civil há mais de 60 (sessenta) anos,
afirmando que a corré FB Correa Ltda.-ME (Imóbile) presta serviços para a comercialização das unidades
habitacionais por si construídas sem qualquer exclusividade, por intermédio de contrato de corretagem de
imóveis.

Completa que, em meados de 2016, fora pessoalmente procurada por terceiros sob a alegação de que
eles teriam contratado com a Corré Imóbile e a ela efetuados pagamentos que deveriam ser destinados à
Apelante, ressalvando que as unidades não teriam sido entregues.

Ressalva que não autorizou o recebimento de nenhum valor em seu nome, além de não ter ciência do
alegado interesse nas suas unidades ou mesmo recebido qualquer pagamento, passando a apurar os
fatos, vindo a descobrir conduta irregular da Corré Imóbile, oportunidade que em que fora instaurada a
Ação Civil Pública n.º 0664673-97.2016.8.14.0301, em trâmite pela 13ª Vara Cível e Empresarial de
Belém, em que restou apurado que a corré se apropriava dos valores que deveriam ser-lhe destinados
pela aquisição das unidades sem, outrossim, lhe informar acerca de qualquer negociação.

Aduz que efetivou todos os atos a si competentes para sanar a situação, com o escopo de preservar a sua
imagem, ressaltando que, em julho de 2016, descredenciou a corré FB Correa do corpo de seus
prestadores de serviço, inclusive publicando Comunicado em jornais de grande circulação e, assim, não
pode ser responsabilizada pelos atos da Corré.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Afirma que a relação contratual alegada envolve apenas o autor, ora apelado, e a Corré F. B. Correa Ltda.-
Me (Imóbile), aduzindo não reconhecer quaisquer dos pagamentos computados pelo recorrido à primeira
demandada, ante a autonomia da relação jurídica, sem a sua mínima participação.

Ressalva que: 1. O apelado procurou a Imóbile para aquisição do apartamento; 2. ficou avençado entre
estes o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); 3.Os recibos firmados em 15/11/2015 foram
emitidos pela corré sem a realização do Compromisso de Compra e Venda; 4. a declaração do
recebimento de R$ 140.000,00 (cento e quarenta mil reais) fora emitido por corretor de imóveis da corré,
sem qualquer repasse à construtora-apelante ou ciência de quaisquer dos atos.

Suscita a necessidade de afastamento da responsabilidade solidária, nos termos do art. 265 do Código
Civil, uma vez que eventual ato lesivo somente pode ser imputado à primeira demandada em culpa
exclusiva.

Defende a inexistência de erro justificável e a impossibilidade aplicação da Teoria da Aparência, ante a


ausência de sua intervenção no negócio.

Refuta a possibilidade de lucros cessantes in re ipsa à vista da não demonstração de expectativa de renda
com o imóvel, conforme o art. 402 do Código de Processo Civil cumulado com art. 373, I do Código de
Processo Civil, bem como danos morais, ante a ausência de qualquer conduta ilícita de sua parte e/ou
ocorrência de mero aborrecimento.

Sucessivamente, pugna pela minoração do quantum indenizatório, afirmando que o valor de R$ 10.000,00
(dez mil reais) encontra-se excessivo e induz enriquecimento sem causa.

Aduz violação às provas dos autos, suscitando impossibilidade de entrega do imóvel e inexistência de
contrato, fatos que resultam em óbice ao cumprimento da ordem de regularização do imóvel.

Defende a redução do ônus da sucumbência, afirmando que a fixação dos honorários advocatícios em
20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação afigura-se injustificável e exorbitante, além de
inobservar o art. 85 do Código de Processo Civil.

Requer o provimento de seu recurso com a reforma integral da sentença.

A Tenda S. A. requereu o recebimento do recurso com efeito suspensivo (ID 3842383).

O apelado apresentou contrarrazões (ID 3842388), pugnando, preliminarmente, pelo não conhecimento do
recurso por ofensa ao princípio da Dialeticidade e, no mérito, pelo improvimento do recurso da Tenda S. A.

Distribuído, coube-me a relatoria do feito à Desembargadora Maria Filomena de Almeida Buarque, que
suscitou prevenção desta Magistrada, porquanto relatora do Agravo de Instrumento n.° 0009817-
34.2017.814.0000 (ID 3843257).

Considerando a matéria versada, determinei a intimação das partes para se manifestarem acerca da
possibilidade de acordo (ID 3854636), tendo, em que pese a petição ID 4043809, a conciliação restado
infrutífera.

Nos termos do art. 10 do Código de Processo Civil, determinei a intimação da apelante Tenda S. A. para
que se manifestasse acerca da arguição de ofensa ao Princípio da Dialeticidade (ID 4823277),
oportunidade em que ratificou a sua pretensão recursal (ID 4641787).

Àvista do pedido de Justiça Gratuita formulado pela FB Correa Ltda.-ME, determinei a sua intimação, nos
termos do art. 98 do Código de Processo Civil (ID 5040001), a qual deixou decorrer o prazo in albis (ID
5119939), tendo o benefício sido indeferido, consoante a Decisão ID 5123564.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Na Petição ID 5187625, a Tenda S. A. ressalvou acerca do preparo de seu recurso.

A Apelação da FB Correa Ltda.-ME teve seu seguimento negado, à vista da Deserção (ID 5210336), não
havendo a interposição de qualquer recurso (ID 5428945).

Conclusos, vieram-me os autos.

É o relatório, que fora apresentado para inclusão do feito em pauta para julgamento, nos termos do
art. 12 do Código de Processo Civil.

VOTO

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso e passo a proferir voto.

DA APLICAÇÃO DO DIREITO INTERTEMPORAL

Recurso julgado a teor do Código de Processo Civil vigente, ante a prolatação da sentença ter sido
efetivada em 21 de abril de 2016.

DO RECURSO DE FB CORREA LTDA.-ME

Prima facie, ressalvo que o recurso da FB Correa Ltda.-ME teve seu seguimento negado, restando,
outrossim, a análise da Apelação da Construtora Tenda S. A., conforme consta da Decisão ID 5210336.

QUESTÕES PRELIMINARES

O apelado suscitou em suas contrarrazões ofensa ao Princípio da Dialeticidade, devendo esta ser
analisada, preliminarmente, ao recurso interposto pela Tenda S. A. em razão do seu caráter de ordem
pública.

PRELIMINAR: OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE

Suscita o apelado, em suas contrarrazões, ofensa ao Princípio da Dialeticidade, aduzindo que a apelante
Tenda S. A. deixou de infirmar os termos da Sentença em suas razões recursais.

Analisados os autos, em que pese a argumentação amealhada pelo recorrido, não se verifica ofensa ao
Princípio da Dialeticidade, o qual informa acerca da necessidade indicação das razões de fato e de direito
pelas quais sustenta o recorrente deva ser anulada ou reformada a decisão hostilizada, por força do art.
1010, II e III do Código de Processo Civil, uma vez que a matéria versada no presente recurso cinge-se à
obrigação de fazer cumulada com danos morais.

Nesse sentido, insta esclarecer que não se pode exigir do recorrente a dissociação completa das razões
expostas na contestação no ato de ataque à sentença que lhe fora desfavorável, porquanto encontra
sustentáculo naquela peça e nas demais peças processuais, tendo, outrossim, logrado êxito em
demonstrar as razões de sua irresignação e de seu pedido de reforma.

Corroborando o entendimento esposado, vejamos os seguintes julgados:

APELAÇÃO CÍVEL. ALIMENTOS. PRELIMINAR. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE.


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REJEIÇÃO. MÉRITO. MAJORAÇÃO DOS ALIMENTOS. INÉRCIA DO ALIMENTANTE. 1. Não há se falar,


no presente caso, em violação ao princípio da dialeticidade. O apelo trouxe, de forma clara e expressa,
as razões de inconformidade do apelante com a sentença. Preliminar rejeitada. 2. Caso em que as cinco
demandantes litigam contra o genitor, postulando a prestação de alimentos. A sentença fixou a pensão
alimentícia em 30% do salário mínimo da época, valor equivalente a R$ 264,00. Pedido de majoração. 3.
Ante a total inércia do demandado em relação ao ônus probatório, não refoge à razoabilidade a majoração
dos alimentos para 56% do salário mínimo em favor da prole. REJEITARAM A PRELIMINAR E, NO
MÉRITO, DERAM PROVIMENTO AO APELO. (Apelação Cível Nº 70070812888, Oitava Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui Portanova, Julgado em 09/03/2017)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. RECURSO DA PARTE


RÉ. Preliminar contrarrecursal. Não verificada violação ao princípio da dialeticidade recursal. Razões de
apelação que permitem o exame do mérito. Rejeição. Mérito. Para a procedência da ação reivindicatória é
imprescindível que o autor comprove a propriedade sobre o imóvel, demonstre a posse injusta exercida
pelo réu e faça a individualização do bem. Requisitos atendidos. Exceção de usucapião em defesa
rejeitada à luz do acervo probatório colhido na anterior ação de reintegração de posse entre as partes e a
prova produzida nesta demanda. Hipótese em que as razões recursais não ensejam juízo de reforma.
Consequente manutenção da sentença. Honorários majorados na forma do art. 85, §11º, CPC.
PRELIMINAR CONTRARRECURSAL REJEITADA. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº
70070135975, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Mylene Maria Michel,
Julgado em 15/12/2016)

Desta feita, considerando a demonstração pela recorrente acerca das razões de sua irresignação com a
sentença, o recurso deve ser conhecido.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, REJEITO A PRELIMINAR.

MÉRITO

Vencida a questão preliminar, atenho-me ao mérito.

Cinge-se a controvérsia recursal à responsabilidade exclusiva da corré FB Correa Ltda.-ME, afastamento


da responsabilidade solidária entre as requeridas, não configuração de lucros cessantes e de danos
morais, à redução do quantum indenizatório arbitrado à título de danos morais, impossibilidade de
regularização do imóvel e minoração dos honorários advocatícios.

Feitas essas considerações iniciais, insta esclarecer que a questão principal volta-se à obrigação de fazer
cumulada com danos morais ajuizada pelo recorrido em face da recorrente e de FB Correa Ltda.-Me,
envolvendo a negociação da unidade 401 do empreendimento imobiliário Mirante do Lago.

Desta feita, aprofundo-me nas questões recursais em ordem de prejudicialidade:

DA ALEGAÇÃO DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DA CORRÉ FB CORREA LTDA.-ME E


AFASTAMENTO DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ENTRE AS REQUERIDAS

Em suas razões recursais, aduz a recorrente que não possui relação jurídica com os fatos lesivos narrados
pelo recorrido e que, ao tomar conhecimento, efetivou medidas para a proteção de seus interesses e de
terceiros, com a ressalva de não ter firmado documentos ou recebido valores

Completa que, em meados de 2016, fora pessoalmente procurada por terceiros sob a alegação de que
eles teriam contratado com a Corré Imóbile e a ela efetuados pagamentos que deveriam ser destinados à
Apelante, ressalvando que as unidades não teriam sido entregues, fatos que afastariam a sua
responsabilidade civil por culpa exclusiva da corré FB Correa, bem como por responsabilidade solidária.
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Analisados os autos, bem como em consulta ao Sistema LIBRA denota-se a existência da Ação Civil
Pública n.º 0664673-97.2016.8.14.0301 ajuizada pelo Ministério Público Estadual em face da recorrente e
da corré, em trâmite pela 13ª Vara Cível e Empresarial de Belém, na qual, em que pese a pendência do
julgamento de Embargos de Declaração, aquele Juízo reconheceu a responsabilidade solidária da
recorrente em relação aos atos perpetrados pela FB Correa Ltda.-ME, mormente porque credenciada e
identificada como agente da apelante, inclusive com uso de uniformes.

No decisum exarado pelo MM. Juízo da 13ª Vara Cível e Empresarial da Capital também restou assentada
a configuração de relação de consumo e responsabilidade solidária entre a imobiliária e a construtora, bem
como que assentou-se a aplicabilidade da Teoria da Aparência.

Para ilustrar o acima expendido, transcrevo integralmente a referida sentença, com destaque os trechos
principais, ipisis litteris:

SENTENÇA

Trata-se de pedido de tutela de urgência formulado em Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público
do Estado do Pará em face de IMOBILE CONSULTORIAI MOBILIÁRIA e CONSTRUTORA TENDA S/A,
visando obter a entrega imediata dos imóveis adquiridos por diversos consumidores através de contratos
firmados com as referidas empresas, sob pena de multa.

Narra o autor que em 22 de agosto de 2016 instaurou o Inquérito Civil nº 000144-11/2016em razão de
várias denúncias formuladas por consumidores que haviam adquirido um imóvel da Construtora Tenda
S/A, por intermédio da Imobile Consultoria Imobiliária, no entanto, não tiveram o negócio reconhecido pela
primeira, sob a alegação de que a corretora não havia repassado os respectivos valores à construtora.

Narra ainda que durante as oitivas dos consumidores restou apurado que a ré Imobile comercializava os
imóveis da ré Tenda S/A e recebia o valor referente ao sinal do negócio, todavia, quando os consumidores
procuravam a construtora para assinar o contrato de compra e venda eram informados que a Imobile não
repassara valor algum à construtora e por isso o imóvel negociado estava disponível para venda à
terceiros.

Em outros casos, o consumidor chegava a pagar à vista a totalidade do valor da unidade para a Imobile,
assinava o contrato de compra e venda, mas não conseguia receber as chaves da construtora sob a
mesma alegação de que a Imobile não havia repassado o valor para a Construtora. Assevera que nos
estandes de comercialização dos empreendimentos da Construtora Tenda havia publicidade ostentando
tanto a logomarca desta quanto da Imobile.

Diz que ao ser realizada a oitiva do Sr. Fabrício Buarque, sócio administrador da ré Imobile, na Delegacia
do Consumidor, este confirmou que não havia repassado determinados valores à Tenda, porém, explicou
que isso deu por orientação da própria construtora, uma vez que esta tinha débitos para com a Imobile e a
retenção de tais valores serviria como pagamento.

Acrescentou ainda que atualmente a dívida da Tenda junto à Imobile supera os três milhões de reais.

Por fim, o autor acrescenta que foi instaurado inquérito policial para apurar as várias denúncias
envolvendo as ora rés.

Assim, o Ministério Público conclui que a conduta das rés lesa o direito dos consumidores que com elas
contrataram e desrespeita a legislação específica, direitos esses considerados individuais homogêneos.

A construtora Tenda, por sua vez, alegou em sede de contestação que a Imobile era apenas uma
credenciada a exercer a atividade de corretagem, porém, nunca foi sua representante, tampouco tinha o
poder de agir em seu nome. Pugna, por fim, pela improcedência da demanda ante a responsabilidade
exclusiva da Imóbile.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A empresa Imóbile, por sua vez, contestou a demanda alegando a inexistência de responsabilidade
solidária nos moldes do art. 13 CDC, imputando a responsabilidade pelo inadimplemento contratual à
construtora Tenda.

Éo relatório.

DECIDO.

O feito comporta julgamento antecipado, nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil, já
que a matéria nele debatida independe da produção de outras provas, sendo suficiente a documental
existente nos autos. Aliás, conforme já decidiu o Excelso Supremo Tribunal Federal, a necessidade de
produção de prova há de ficar evidenciada para que o julgamento antecipado da lide implique em
cerceamento de defesa. A antecipação é legítima se os aspectos decisivos estão suficientemente líquidos
para embasar o convencimento do Magistrado. (RE 101171, Rel.Min. Francisco Rezek, Segunda Turma, j.
em 05/10/1984).

No mérito, a ação é procedente.

Com efeito, não há dúvida que a hipótese tratada nestes autos consiste em evidente relação consumo, eis
que nos termos do artigo 3º da Lei nº 8.078/90, as rés, de um lado, enquadram-se na definição legal de
fornecedor, uma vez que atuam no ramo de engenharia civil e/ou se organizaram empresarialmente para a
construção e comercialização de bens.

De outro lado, as partes representadas pelo Ministério Público enquadram-se na de consumidor (artigo
2ºda citada Lei), porquanto destinatária final do bem. E o contrato é mesmo de adesão, pois ou se adere,
de plano, às cláusulas oferecidas ou não se assina o documento.

Desse modo, estando presentes os requisitos do artigo 6°, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, a
inversão do ônus da prova, em decorrência da vulnerabilidade e hipossuficiência do consumidor frente à
capacidade técnica e econômica do fornecedor, é de rigor.

Primeiramente, tratando-se de relação de consumo, são solidariamente responsáveis todos que


concorrem para o prejuízo causado ao consumidor (par. único do art 7° e §1° do art. 25).No caso em
apreço, verifico que a documentação carreada pelo autor evidencia uma verdadeira relação de mandato
entre a Tenda e Imobile. Os vários recibos e contratos que constam dos autos trazem a logomarca das
duas empresas e deixam transparecer que a primeira agia sim em nome da segunda, que não era apenas
simples corretagem de imóvel.

Os consumidores que se dirigiam aos estandes de venda eram levados a crer que a Imobile de fato
representava a Tenda, eis que estava autorizada a intermediar a venda de unidades habitacionais em
nome desta.

O documento de fls. 220-226 indica inclusive que os corretores da Imobile usavam camisetas com a
logomarca da Tenda nos estandes de venda, fato capaz de gerar para o consumidor a confiança de que
os negócios ali entabulados tinham a anuência da construtora.

Constato ainda que, além de revelar a relação entre as duas empresas, a documentação também revela
que diversos consumidores que pagaram parte ou a integralidade do valor dos imóveis não conseguiram
receber sua unidade, ou ao menos concretizar a compra e venda através da assinatura do respectivo
contrato. Isso porque a ré Tenda alegava que a ré Imobile não havia repassado os valores que recebera
dos clientes.

Observo ainda que, à luz do princípio da boa-fé objetiva que informa o Código de Defesa do Consumidor,
a oposição da Tenda em relação aos consumidores não se revela legítima. Em outras palavras, o
consumidor não pode ser penalizado por problemas havidos entre a construtora contratante e a imobiliária
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

contratada.

Ademais, a teoria da aparência tem como pressuposto uma situação de fato que, embora inverídica ou
irreal, se apresenta como verídica ou real. Uma pessoa considerada como titular de um direito, embora
não o seja, leva a efeito um ato jurídico perante terceiro de boa-fé.

De acordo com a teoria da aparência, como uma necessidade de se conferir segurança às operações
jurídicas, amparando os que procedem de boa-fé, o ato praticado por aquele que aparenta ser titular do
direito ou ter os necessários poderes é reputado válido.

Por conseguinte, sob a ótica do consumidor e com base na teoria da aparência, a construtora e a corretora
representam um todo unitário, uma vez que, conforme exposto alhures, houve claramente a participação
ativa da construtora no marketing para a comercialização das unidades juntamente com a corretora.

Desse modo, tendo em vista o inadimplemento da obrigação assumida contratualmente, e que inclusive foi
admitida por ambas as rés, a pretensão inicial merece prosperar nesse aspecto, devendo a obrigação de
fazer (entrega das unidades imobiliárias aos respectivos consumidores) ser acolhida por este juízo.

Os danos morais estão configurados, uma vez que o consumidor não pode ficar à mercê do fornecedor e,
na hipótese vertente, o atraso foi considerável, pois ultrapassou em muito a data prevista para a entrega
do bem, computado o prazo de tolerância, originando aflição psicológica, diante da angústia em ver seus
planos frustrados e investimentos prejudicados, ultrapassando o mero aborrecimento e dissabores do
cotidiano.

Nesse sentido:

Compra e venda. Indenização por perdas e danos. Inadimplemento contratual obra não entregue.
(...)Danos morais. Ocorrência. Atraso na entrega da obra configurado. Admissão por parte da ré em
diversos documentos encartados no processo. Irregularidade na atuação da apelada que causou
frustração e angústia ao adquirente. Necessário desestimular a reiteração de tais práticas pelos
empreendedores que atuam nesse ramo de negócios. Danos morais. Montante. Fixação que deve terem
conta o princípio da razoabilidade e proporcionalidade. Caráter sancionatório e compensatório dador
moral. (Apelação Cível n.º9.121.629-41.2007.8.26.0000. Relator Desembargador João Batista Vilhena.
Décima Câmara de Direito Privado. J. 11-09-2012)

Torna-se necessário, pois, apenas quantificar a indenização pelos prejuízos extrapatrimoniais, para
atender à sua dupla função: a) reparar o dano moral, buscando minimizar a dor da vítima; e b) punir o
ofensor, para que não reincida. Consoante jurisprudência majoritária, para fixar o quantum, é necessário
considerar que a indenização não visa reparar, no sentido literal, a dor, mas aquilatar um valor
compensatório para amenizá-la.

Deve, pois, representar para a vítima uma satisfação, igualmente moral, psicológica, capaz de neutralizar
o sofrimento impingido. Ao mesmo tempo, tem de surtir um efeito pedagógico, desestimulador, a fim de
evitar que o responsável reincida no comportamento lesivo. Como o objetivo é compensar o mal causado,
mas sem provocar enriquecimento indevido, a indenização não pode ser arbitrada em valores exagerados.

No caso vertente, afigura-se razoável a fixação da indenização em valor equivalente aR$10.000,00 (dez
mil reais) para cada consumidor, de acordo com os critérios adotados pela jurisprudência (Apelação nº
4018620-87.2013.8.26.0114, Relator: James Siano, 5ª Câmarade Direito Privado, 23/04/2014). No tocante
ao termo inicial dos juros de mora na indenização por danos morais, entendo que os danos são derivados
de relação contratual pré-existente entre as partes (contrato de promessa de compra e venda de imóvel),
sendo inaplicável a Súmula nº 54 do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, devendo os juros de mora
incidir apenas a partir da citação. Nesse sentido o julgado:

COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL Danos morais Aquisição de apartamento vinculado


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

a vaga de garagem destinada a portadores de necessidades especiais Procedência Ausência de


irregularidade na apresentação de procuração desatualizada Preliminar afastada Inexistência de
informação clara no instrumento contratual, acerca da vaga destinada a PNE Violação ao art. 6º, inc. III, do
CDC Dano moral configurado Redução do quantum em observância à razoabilidade e proporcionalidade
Incidência de juros moratórios a contar da citação Recurso parcialmente provido. LITIGÂNCIA DEMÁ- FÉ -
Inocorrência das hipóteses do art. 80, do CPC - Inaplicabilidade da multa a que alude o artigo 81, do CPC.
(TJSP; Apelação 1000673-67.2018.8.26.0576; Relator (a): Moreira Viegas; Órgão Julgador: 5ª Câmara de
Direito Privado; Foro de São José do Rio Preto - 6ª Vara Cível; Datado Julgamento: 30/01/2019; Data de
Registro: 31/01/2019).

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido, extinguindo o processo com resolução do mérito, com
base no art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil, para tornar definitiva a tutela antecipada e
condenar as rés, solidariamente, na obrigação de fazer pleiteada, qual seja, na entrega dos imóveis
objetos do contrato.

Condeno as rés a indenizar solidariamente, a título de danos morais, pelas razões já assentadas, no
importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a cada consumidor, valor este que deverá ser corrigido
monetariamente pelo índice do IGPM, a partir da data desta sentença, e, juros moratórios de 1% (um por
cento) ao mês, a contar da citação (art. 405, CC).Sem condenação em honorários advocatícios, custas e
despesas processuais ante o que dispõe o art. 18 da Lei n.º 7.347/85.De acordo com o Art. 1.010, § 3º, do
CPC, o juízo de admissibilidade recursal deve ser feito apenas pela instância superior. Assim,
eventualmente apresentado recurso pela parte, dê-se vista para contrarrazões, no prazo de 15 dias.

Após, remetam-se os autos à superior instância, com as nossas homenagens.

Publique-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 07 de outubro de 2019

Especificamente no caso concreto, observa-se que o apelado efetuou o pagamento da 1ª parcela do


contrato no valor de R$ 140.000,00 (cento e quarenta mil) por intermédio de transferência bancária,
depositada na Conta 00130001378, Agência 1679 do Banco Santander, cuja titularidade se encontra em
nome de F B CORREA LTDA-ME, sendo os R$ 10.000,00 (dez mil reais) remanescentes parcelados em
mais 20 (vinte) parcelas de 500,00 (quinhentos reais), com o vencimento da primeira em 15/11/2015, o
que contrasta com alegação da recorrente, a qual descredenciou a Imobiliária apenas em meados de
2016.

Acerca da matéria a 2ª Turma de Direito Privado já se manifestou em julgado de minha relatoria:

PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIA PAGA C/C REPARAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS E MORAIS E PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE NATUREZA CAUTELAR – SENTENÇA
DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO DE APELAÇÃO
DO AUTOR SUSCITADA EM CONTRARRAZÕES: ACOLHIMENTO – AUSENCIA DE INTERESSE
MANIFESTA. RECURSO DE APELAÇÃO APRESENTADO PELA EMPRESA RÉ: PRELIMINAR:
CERCEAMENTO DE DEFESA, REJEITADA – PRELIMINAR: AUSÊNCIA DE APRECIAÇÃO DAS
PRELIMINARES LEVANTADAS EM CONTESTAÇAO, AFASTADA – MÉRITO: RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA ENTRE AS EMPRESAS REQUERIDAS – DANOS MATERIAIS – CARACTERIZAÇÃO –
DANOS EMERGENTES DEVIDOS – DANOS MORAIS – CABIMENTO – MINORAÇÃO –
IMPOSSIBILIDADE – RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Recurso conhecido e desprovido.
Manutenção da sentença em todos os seus termos. (Acórdão ID 4960137, Rel. MARIA DE NAZARE
SAAVEDRA GUIMARAES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado, Julgado em 2021-04-13,
Publicado em 2021-04-21)

Assim, resta assente a responsabilidade da recorrente acerca da responsabilidade solidária da apelante à


vista da configuração de relação de consumo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DOS LUCROS CESSANTES

Refuta a apelante a possibilidade de lucros cessantes in re ipsa à vista da não demonstração de


expectativa de renda com o imóvel, conforme o art. 402 do Código de Processo Civil cumulado com art.
373, I do Código de Processo Civil.

Como é cediço, para erigir a obrigatoriedade de pagamento de lucros cessantes na forma de dano
emergente, resta suficiente a comprovação do efetivo prejuízo sofrido pela parte, de sorte que, no caso em
comento, a entrega das chaves do empreendimento foi prevista para 30 dias após a celebração do pacto,
o que não ocorreu e gerou-lhe o direito de perquirir tal verba, uma vez que a conduta que impediu a fruição
do bem restou atribuída de forma solidária às rés.

Corroborando o entendimento, ora esposado, vejamos:

APELAÇÃO CÍVEL. RESCISÃO CONTRATUAL. COMPRA E VENDA DE IMÓVEL NA PLANTA. ATRASO


NA ENTREGA. CASO FORTUITO. FORÇA MAIOR. DANOS EMERGENTES E LUCROS CESSANTES.
BIS IN IDEM. 1. O caso fortuito tem lugar quando os acidentes acontecem sem que a vontade do homem
os possa impedir. O motivo de força maior, apesar de previsível, não se pode evitar, em face da
superioridade sobre a vontade ou ação do homem. Portanto, ambos se caracterizam pela irresistibilidade,
mas se diferem pela previsibilidade. 2. Os danos emergentes são devidos uma vez que o consumidor
comprovou ter arcado com o pagamento de alugueres durante o período em que a construtora
permaneceu em mora. 3. O cabimento da restituição somente é evidenciado a partir do período excedente
ao prazo de tolerância contratualmente previsto. 4. Não se pode cumular o ressarcimento por lucros
cessantes e por danos emergentes, quando o fato gerador de ambos é o mesmo. Acaso permitida a
cumulação, incidir-se-ia em “bis in idem”. 5. Recursos parcialmente providos. (TJ-DF - APC:
20120710220228 DF 0034030-88.2011.8.07.0007, Relator: MARIO-ZAM BELMIRO, Data de Julgamento:
22/10/2014, 2ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 04/11/2014 . Pág.: 247)

(Grifo nosso)

Assim, também não merecem acolhimento as razões recursais neste ponto.

DOS DANOS MORAIS E SEU QUANTUM INDENIZATÓRIO

Quanto aos danos morais, suscita a recorrente a ausência de qualquer conduta ilícita de sua parte e/ou
ocorrência de mero aborrecimento.

Sucessivamente, pugna pela minoração do quantum indenizatório, afirmando que o valor de R$ 10.000,00
(dez mil reais) encontra-se excessivo e induz enriquecimento sem causa.

No que concerne a alegação da apelante de que inexistiria lesão ao estado emocional, psíquico ou a
personalidade do apelado, que justifique a fixação de indenização a título de dano moral, impõe-se tecer
algumas considerações.

Com efeito, a caracterização do dever de indenizar, condiciona-se, inafastavelmente, a presença dos


elementos ensejadores da responsabilidade civil, quais sejam, o dano, o ato ilícito, e o nexo de
causalidade entre ambos.

Noutras palavras, a indenização a título de dano extrapatrimonial, pressupõe a existência de três aspectos
indispensáveis: a ilicitude do ato praticado, visto que os atos regulares de direito não ensejam reparação; o
dano, ou seja, a efetiva lesão suportada pela vítima e o nexo causal, sendo este a relação entre os dois
primeiros, o ato praticado e a lesão experimentada.

Nesse sentido, preleciona a doutrina civilista pátria:


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

"Consiste a responsabilidade civil na obrigação que tem uma pessoa - devedora - de reparar os danos
causados a outra - credora - dentro das forças de seu patrimônio, em decorrência de um ato ilícito ou de
uma infração contratual. Visa ela, pois, a recompor o patrimônio do lesado ou compensá-lo pelos danos
sofridos, desde que comprovado o nexo causal entre o ato praticado e o prejuízo da vítima". (FELIPE,
Jorge Franklin Alves. Indenização nas Obrigações por Ato Ilícito. 2. Ed. Belo Horizonte: Del Rey, p. 13).

O dano moral, portanto, é lesão que integra os direitos da personalidade, tal como o direito à vida, à
liberdade, à intimidade, à privacidade, à honra (reputação), à imagem, à intelectualidade, à integridade
física e psíquica, de forma mais ampla a dignidade da pessoa humana.

Nessa esteira, tem-se que configura dano moral aquela lesão que, excedendo à normalidade, interfere
intensamente no comportamento psicológico do indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e desequilíbrio
em seu bem-estar.

O diploma cível pátrio estabelece expressamente em seu art. 186, a possibilidade de reparação civil
decorrente de ato ilícito, inclusive nas hipóteses em que o dano seja de caráter especificamente moral.

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

No caso sub examine, observa-se o inadimplemento contratual, consubstanciado na injustificada ausência


de entrega das chaves do imóvel, não pode ser considerado mero dissabor, uma vez que a aquisição de
um bem dessa monta cria uma justa expectativa de uso pelo adquirente, de modo que a sua frustração,
sem dúvida enseja efetivo abalo moral suscetível de indenização, com a ressalva de que o imóvel fora
vendido por R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) dos quais R$ 140.000,00 (cento e quarenta mil)
foram pagos no ato, tendo o recorrente adentrado no bem somente em após 07/01/2017.

Acerca da possibilidade de reconhecimento de dano moral no caso em comento, assim tem se


posicionado este Egrégio Tribunal:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.


CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. ATRASO NA ENTREGA DA OBRA.
PRELIMINAR. JUNTADA DE DOCUMENTO NA APELAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. NÃO
CARACTERIZADO COMO DOCUMENTO NOVO NOS TERMOS DO ART. 397, CPC/73 (ART. 435 DO
CPC). PRECLUSAO CONFIGURADA. DOCUMENTO DESCONHECIDO. MÉRITO. INVERSÃO DO ÔNUS
DA PROVA NÃO IMPUGNADA. AUSÊNCIA DE PROVA DA ENTREGA EFETIVA DO LOTE
ADQUIRIDO. MORA CARACTERIZADA. PREJUÍZO MATERIAL PRESUMIDO. PRECEDENTE DO STJ.
DESNECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE PROVA. DANO MORAL EXISTENTE. SENTENÇA MANTIDA.
Recurso conhecido e desprovido. (TJ/PA – AP 2017.01834024-70, 174.393, Rel. MARIA DO CEO
MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2017-05-08,
publicado em 2017-05-09) (Grifei).

EMENTA. APELAÇÃO CÍVEL. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. ATRASO NA


ENTREGA POR PARTE DA CONSTRUTORA. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA.
INCONTESTE QUE A RECORRIDA ARCOU COM TODAS AS OBRIGAÇÕES PREVISTAS NO
CONTRATO E, POR OUTRO LADO, DEIXOU DE USUFRUIR O BEM ADQUIRIDO NA DATA
ACORDADA, O QUE SEM DÚVIDA CAUSOU-LHE PREJUÍZO FINANCEIRO, ESTANDO
CONFIGURADO OS DANOS MATERIAIS. POSSÍVEL A CUMULAÇÃO DE MULTA PENAL E
INDENIZAÇÃO POR LUCROS CESSANTES, CONFORME JURISPRUDÊNCIA DO STJ. QUANTOS AOS
DANOS MORAIS, DESCABIDO SERIA IMAGINAR QUE O ATRASO NA ENTREGA DA OBRA SEM
MAIORES EXPLICAÇÕES, TENHA OCORRIDO SEM QUALQUER ABALO A AUTORA/APELADA,
QUE DEPOSITOU NA RECORRENTE A CONFIABILIDADE DE UM NEGÓCIO JURÍDICO DOS MAIS
SIGNIFICATIVOS, A AQUISIÇÃO DE SUA MORADIA. MERECE AINDA IMPORTÂNCIA O FATOR DA
“CHANCE PERDIDA”, QUE IMPLICA NA FRUSTRAÇÃO DO NEGÓCIO ALMEJADO, ISTO É, NA NÃO
CONCRETIZAÇÃO DO NEGÓCIO ESCOLHIDO, EM DETRIMENTO DE OUTROS. VALIDADE DA
CLÁUSULA DE 180 (cento e oitenta) dias. CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR AFASTADO,
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DEVENDO SER REAJUSTADO PELO INCC (índice nacional de custo de construção). RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (TJ/PA – AP 2017.01736900-54, 174.323, Rel. GLEIDE
PEREIRA DE MOURA, Órgão Julgador 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2017-04-24,
Publicado em 2017-05-04). (Grifei).

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, MATERIAIS


REPRESENTADOS PELO (LUCRO CESSANTE). PREJUÍZOS PRESUMIDOS (PRECEDENTES - STJ).
RESCISÃO DO CONTRATO. ATRASO NA ENTREGA DA OBRA. RECURSO DESPROVIDO. A r.
Sentença foi minudente ao explicitar na sua linha argumentativa. Examinou todos os pontos
importantes para o deslinde da questão, expondo de forma clara e suficiente as razões de seu
convencimento. Dano moral configurado. Verba indenizatória arbitrada no importe de R$ 20.000,00
(Vinte mil reais), acrescida de juros de mora de 1% (um por cento), ao mês desde a citação (art. 405
do Código de processo Civil) e correção monetária pelo INPC, desde a sentença, obedece aos
parâmetros atinentes aos princípios de razoabilidade e proporcionalidade. (Precedentes). [....]. À
unanimidade, nos termos do voto do Relator, NEGO PROVIMENTO ao recurso de apelação. Confirma-se
na integralidade a r. sentença a quo, nos termos da fundamentação exposta. (TJ/PA – AP
2017.02644652-73, 177.154, Rel. LEONARDO DE NORONHA TAVARES, Órgão Julgador 1ª TURMA DE
DIREITO PRIVADO, Julgado em 2017-06-19, publicado em 2017-06-26). (Grifei).

Revela-se, portanto, assente o prejuízo suportado pelo apelado, sendo evidente a sua frustração, que
investiu seus recursos e sonhos para adquirir um imóvel residencial, de modo que o descumprimento do
contrato ocasionou frustração substancial a este, sendo fato gerador de danos morais os sofrimentos que
transcendem meros aborrecimentos cotidianos.

Desse modo, entendo que ficou configurada a existência do abalo moral que ultrapassa o mero dissabor e
simples aborrecimento, ensejando o dever de indenizar, nos termos dos artigos 186 e 927, ambos do
Código Civil, não merecendo reparo a decisão atacada nesse ponto.

Noutra ponta, a justa definição do importe indenizatório a ser estabelecido em sede de dano
extrapatrimonial, é sempre uma questão de significativa complexidade, uma vez que inexiste critério
objetivo para determinação exata do valor adequado a compensar a dor, o constrangimento, e as demais
correlatas lesões a personalidade da pessoa atingida.

Nesta senda, imperioso é o ensinamento de Teresa Ancona Lopes de Magalhães:

"A ofensa derivada de lesão a um direito da personalidade não pode ficar impune e, dentro do campo da
responsabilidade civil, a sua reparação tem que ser a mais integral possível para que, caso não possam as
coisas voltar ao estado em que se encontravam antes, tenha a vítima do dano, pelo menos alguma
satisfação ou compensação e, dessa forma, possa ver minorado o seu padecimento".

(MAGALHÃES, Teresa Ancona Lopez de. O Dano Estético. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais).

Na verdade, o objetivo da indenização pecuniária decorrente de dano moral, não é repor um desfalque
patrimonial, mas representar para o lesionado uma satisfação igualmente moral ou, que seja,
psicologicamente capaz de neutralizar ou mitigar em parte o sofrimento impingido.

Assim, inexistindo fundamento para a mensuração objetiva do quantum, deve o julgador arbitrá-lo
mediante estimativa que considere a necessidade de, com a quantia, minorar a lesão imposta ao ofendido,
sem, contudo, assentar-se em elementos unicamente subjetivos.

In casu, observando os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade e, ainda em atenção as


peculiaridades do caso em análise, demonstra-se adequado o quantum indenizatório perfilhado na decisão
recorrida, no montante total de R$ 10.000,00 (dez mil reais), encontrando-se, inclusive em consonância
aos parâmetros estabelecidos pela jurisprudência deste Tribunal em casos similares, conforme
precedentes, inclusive desta Turma sob relatoria da saudosa Desembargadora Edinea Oliveira Tavares,
179
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in verbis:

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL. ATRASO DE


ENTREGA DA OBRA. QUANTUM INDENIZATÓRIO. DANOS MORAIS. RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. OBSERVÂNCIA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. No caso dos
autos, o valor da indenização por danos morais fixado em R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em
decorrência do atraso na entrega do imóvel, não desrespeita aos parâmetros da razoabilidade e
proporcionalidade, devendo ser mantido. 2. Não há de falar em redução da condenação em danos
morais [...]. 3. Recurso conhecido e desprovido. (TJ/PA – AP 2017.00997192-12, 171.693, Rel. Edinea
Oliveira Tavares, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado, Julgado em 07-03-2017, Publicado em 16-
03-2017).

EMENTA: APELAÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. VÍCIOS DE CONSTRUÇÃO. DANOS


MATERIAIS MORAIS CONFIGURADOS. DEVER DE INDENIZAR. REDUÇÃO DO QUANTUM
INDENIZATÓRIO FIXADO PELO JUÍZO ORIGINÁRIO PARA R$ 8.000,00 (OITO MIL REAIS) PARA
CADA UM DOS AUTORES, ATENDE OS PARÂMETROS DA RAZOABILIDADE DE ACORDO COM AS
PECULIARIDADES DO CASO APRESENTADO. CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO À
UNANIMIDADE.(TJ/PA – AP 2017.05108441-09, 183.738, Rel. Edinea Oliveira Tavares, Órgão Julgador
2ª Turma de Direito Privado, Julgado em 21-11-2017, publicado em 29-11-2017). (Grifei).

Destarte, tem-se que o valor fixado em sentença, no importe total de R$ 10.000,00 (dez mil reais), mostra-
se suficiente para compensar adequadamente os danos extrapatrimoniais sofridos pelo apelado, não
sendo exacerbado ao ponto de ensejar a sua minoração.

IMPOSSIBILIDADE DE REGULARIZAÇÃO DO IMÓVEL

Aduz também a apelante violação às provas dos autos, suscitando impossibilidade de entrega do imóvel e
inexistência de contrato, fatos que resultam em óbice ao cumprimento da ordem de regularização do
imóvel.

Nesse sentido, importante assentar que por força de decisão judicial, o apelado já se encontra na posse
do bem desde o ano de 2017, tendo esta tutela provisória sido confirmada em sede de sentença, devendo,
outrossim, a regularização do imóvel ser atribuída à recorrente, coma individualização da matrícula e
consectários.

DA MINORAÇÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Defende, por fim, a recorrente a redução do ônus da sucumbência, afirmando que a fixação dos
honorários advocatícios em 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação afigura-se injustificável e
exorbitante, além de inobservar o art. 85 do Código de Processo Civil.

A demanda fora ajuizada no ano de 2017, perdurando, portanto, há mais de 04 (quatro) anos, com a
apresentação de Agravo de Instrumento, realização de audiências, manifestações das partes, estando,
portanto, os honorários advocatícios consentâneos com o que dispõe o art. 85 do Código de Processo
Civil, especialmente quanto ao grau de complexidade da demanda, zelo do profissional e local da
prestação do serviço, não merecendo, assim, qualquer alteração.

CONCLUSÃO

Àvista do acima expendido, a sentença atacada não merece qualquer reparo, devendo ser mantida em
sua integralidade.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, CONHEÇO DO RECURSO e NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo a sentença


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vergastada em todos os seus termos.

É como voto.

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0017143-20.2014.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: IRANEIDE DO


CARMO DE JESUS TEIXEIRA Participação: ADVOGADO Nome: KENIA SOARES DA COSTA OAB:
15650/PA Participação: APELADO Nome: BANCO VOTORANTIM S.A. Participação: ADVOGADO Nome:
BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA VANDERLEI OAB: 21678/PE Participação: APELADO Nome: BANCO
BMG SA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA OAB: 109730/MG
Participação: APELADO Nome: BANCO BONSUCESSO S.A.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0017143-20.2014.8.14.0301

APELANTE: IRANEIDE DO CARMO DE JESUS TEIXEIRA

APELADO: BANCO VOTORANTIM S.A., BANCO BMG SA, BANCO BONSUCESSO S.A.
REPRESENTANTE: BANCO VOTORANTIM S.A., BANCO BMG S.A.

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL N. 0017143-20.2014.814.0301

APELANTE: IRANEIDE DO CARMO DE JESUS TEIXEIRA

APELADOS: BANCO BMG SA E BANCO VOTORANTIM S/A

EXPEDIENTE: SECRETARIA DA 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULA CONTRATUAL E REDEFINIÇÃO DE


DESCONTO DE MARGEM CONSIGNÁVEL – SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA – PRELIMINAR DE
CERCEAMENTO DE DEFESA – REJEITADA – MATÉRIA EXCLUSIVAMENTE DE DIREITO – MÉRITO:
ALEGAÇÃO DE ABUSIVIDADE DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS – COBRANÇA DE JUROS
CAPITALIZADOS – OBSERVÂNCIA DAS SÚMULAS 596 DO STF E 382 E 379 DO STJ – MATÉRIA
DECIDIDA À LUZ DOS RECURSOS REPETITIVOS – LIVRE PACTUAÇÃO – JUROS DENTRO DOS
LIMITES ESTABELECIDOS PELO BANCO CENTRAL – POSSIBILIDADE DE CAPITALIZAÇÃO DOS
JUROS PELAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS – RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
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Preliminar de Cerceamento de Defesa

1 – Em que pese as alegações da recorrente, a discussão acerca dos juros incidentes nos contratos de
empréstimos consignados, firmado entre as partes, tem natureza unicamente de direito. Preliminar
rejeitada.

Mérito

2 – Cinge-se a controvérsia recursal a suposto error in judiciando do juízo “ad quo”, quanto a abusividade
de eventuais cobranças de juros capitalizados.

3 – Alegação de abusividade das Cláusulas e exasperação do percentual de 12% (doze por cento) de
juros não restou comprovada, incidência da orientação das Súmulas 596 do STF e, 382 e 379 do Superior
Tribunal de Justiça.

4 – O Superior Tribunal de Justiça passou a decidir no sentido de ser admitida a revisão das taxas de juros
remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e a
abusividade capaz de colocar o consumidor em desvantagem, o que não foi evidenciado no caso concreto.

5 – As instituições bancárias estão autorizadas a capitalizar juros, desde que o pacto seja firmado a partir
de 31/03/2000, como in casu, entendimento perfilhado no RE 592.377 do STJ.

6 – No caso em exame, a alegada abusividade das taxas de juros não restou evidenciada, por
encontrarem-se dentro das taxas médias de juros apontados pelo Banco Central do Brasil – BACEN para
o período.

7 – Recurso de Apelação Conhecido e Desprovido mantendo a decisão vergastada em todas as suas


disposições.

ACÓRDÂO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, onde figuram como partes as acima identificadas, acordam os
Excelentíssimos Senhores Desembargadores membros da Colenda 2ª Turma de Direito Privado do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em plenário virtual, à unanimidade, em CONHECER e
NEGAR PROVIMENTO ao recurso de Apelação, nos termos do voto da Exma. Desembargadora
Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora Relatora

RELATÓRIO

APELAÇÃO CÍVEL N. 0017143-20.2014.814.0301

APELANTE: IRANEIDE DO CARMO DE JESUS TEIXEIRA

APELADOS: BANCO BMG SA E BANCO VOTORANTIM S/A

EXPEDIENTE: SECRETARIA DA 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO


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RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de recurso de APELAÇÃO interposto por IRANEIDE DO CARMO DE JESUS
TEIXEIRA inconformada com a Sentença prolatada pelo MM. Juízo da 9ª Vara Cível de Belém/PA que,
nos autos da AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULA CONTRATUAL E REDEFINIÇÃO DE DESCONTO DE
MARGEM CONSIGNÁVEL C/C REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E DANOS REFLEXOS C/C
REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, ajuizada por si contra BANCO BMG
S/A e BANCO VOTORANTIM S/A, julgou improcedente a pretensão esposada na inicial.

Em sua exordial, narra a autora/apelante ter contraído 15 (quinze) empréstimos consignados em folha de
pagamento, sendo 07 (dois) no Banco BMG, 05 (cinco) com o Banco Votorantim e 03 (três) com o Banco
Bonsucesso, que somados corresponderiam a 335% da sua remuneração, destacando que a incidência de
juros capitalizados no ajuste, tornam a relação contratual excessivamente onerosa, bem como que a
aludida cobrança seria abusiva, razão pela qual, deveria ser reduzida ao patamar legal as prestações
consignadas.

Pleiteou, assim, a aplicação do CDC; a declaração de abusividade das taxas de juros por ultrapassarem
12% (doze por cento) ao ano; o reconhecimento da ilegalidade dos juros capitalizados; a condenação dos
bancos em danos morais; a devolução em dobro dos valores pagos a mais.

Em Decisão Interlocutória (ID 5458524), deferiu o juízo “a quo” o pedido de gratuidade de justiça e
indeferiu o pedido de antecipação de tutela requerido na exordial.

Apresentaram os requeridos Contestação (ID 5458525/5458536/5458542), arguindo em suma que os


contratos em discussão e suas cláusulas encontram-se em plena conformidade a legislação vigente,
pleiteando pela improcedência dos pedidos exordiais.

A autora e o requerido Banco Bonsucesso firmaram acordo (ID 5458555), o qual foi devidamente
homologado (ID 5458557).

A requerente apresentou embargos de declaração (ID 5458558), a fim de esclarecer que entabulou pacto
tão somente com o Banco Bonsucesso, devendo prosseguir o feito em relação ao Banco Bmg e Banco
Votorantim, os quais foram conhecidos e acolhidos (ID 5458559).

O feito seguiu seu trâmite regular em relação as demais instituições financeiras acima mencionadas, até a
prolação da sentença (ID 5458560), que julgou totalmente improcedente os pedidos elencados na exordial,
declarando legal os contratos celebrados entre as partes, bem como indevida a pretensão de danos
morais.

Condenou ainda a parte requerente ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios
fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa que restaram suspensos, entretanto, em razão do
demandante ser beneficiário da gratuidade de justiça.

Inconformada, a requerente IRANEIDE DO CARMO DE JESUS TEIXEIRA interpôs Recurso de Apelação


(ID 5458561).

Aduz, preliminarmente, a nulidade da sentença por cerceamento de defesa, face o julgamento da lide, sem
a realização de perícia, conforme solicitado na exordial, para se delimitar a existência ou não de cobrança
de encargos abusivos na relação contratual.

Alega ter restado incontroverso a cobrança de juros capitalizados, por não ter sido enfrentada de forma
específica e precisa a matéria pelas instituições financeiras apeladas.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Argui que a simples menção a capitalização mensal não seria suficiente para caracterizar a aquiescência
da apelante a cobrança dos juros capitalizados, sendo indispensável à expressa estipulação do encargo
face o dever legal de informação que recai sobre o fornecedor, nos termos da legislação
consumerista.

Pleiteou assim pelo provimento do recurso em análise, para que desconstituída a sentença objurgada seja
determinado o regular processamento do feito ou alternativamente seja reformada a sentença julgando
procedente a ação revisional originária.

Em sede de Contrarrazões (ID 5458564), sustentam as instituições financeiras apeladas, a validade do


contrato firmado com a apelante; bem como dos juros pactuados nesses, defendendo a manutenção da
sentença vergastada em sua integralidade.

Após regular distribuição, coube-me a relatoria do feito.

Considerando a natureza da lide, determinei a intimação das partes acerca da possibilidade de conciliação
(ID 5474920), a qual restou infrutífera, conforme petição ID 5544194.

Éo relatório.

VOTO

VOTO

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Avaliados, preliminarmente, os pressupostos processuais subjetivos e objetivos deduzidos pela apelante,


tenho-os como regularmente constituídos, bem como atinentes à constituição regular do feito até aqui,
razão pela qual conheço do recurso, passando a proferir voto.

Prima facie, analiso a questão preliminar suscitada pela parte requerente/apelante.

PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA

Preliminarmente, aduz a autora, ora apelante, a nulidade da sentença por cerceamento de defesa
decorrente da prolação do decisum sem que lhe tenha sido oportunizado a realização de prova pericial.

Analisando detidamente os autos, verifica-se, em que pese as alegações da recorrente, especialmente


quanto aos juros incidentes nos contratos bancários firmado entre as partes, que a matéria em exame
possui natureza unicamente de direito, uma vez que versa sobre incidência de juros remuneratórios sobre
valores de empréstimos bancários.

Corroborando o entendimento acima esposado, vejamos os seguintes precedentes da jurisprudência


pátria:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIOAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE BENS GARANTIDO


POR ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. PRELIMINAR DE CERCEAMNETO DE DEFESA. ALEGAÇÃO DE
NULIDADE DO JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. DESNECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE
OUTRAS PROVAS. MATÉRIA DE DIREITO. Tratando-se a matéria de mérito unicamente de direito, o
julgamento antecipado da Ação Revisional de Contrato, com a apresentação do instrumento contratual,
sem a produção das demais provas pretendidas pelo autor, não constitui cerceamento de defesa.
Preliminar rejeitada. Apelação desprovida.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(Apelação Cível Nº 70062702386, Décima Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Lúcia de Castro Boller, Julgado em 18/12/2014). (Grifei).

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. REVISIONAL. ARRENDAMENTO MERCANTIL. CAPITALIZAÇÃO


MENSAL DE JUROS. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. ARTIGO 330, INCISO I DO CPC.
PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA REJEITADA. OPERAÇÃO DESTINADA À UTILIZAÇÃO
DE BEM POR PRAZO DETERMINADO. IMPOSSIBILIDADE DE DISCUSSÃO DE JUROS. TAXAS.
AUSÊNCIA DE COBRANÇA. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. REPETIÇÃO DOS VALORES
COBRADOS INDEVIDAMENTE. SENTENÇA MANTIDA. 1. A PRETENSÃO AUTORAL ESTÁ
DIRECIONADA AO RECONHECIMENTO DE ILEGALIDADES CONTRATUAIS, QUESTÕES ESTAS QUE
SÃO UNICAMENTE DE DIREITO, MOSTRANDO-SE SUFICIENTES OS DOCUMENTOS ACOSTADOS
AOS AUTOS PARA A VERIFICAÇÃO DOS FATOS NARRADOS E, PORTANTO, DESNECESSÁRIA A
REALIZAÇÃO DE PERÍCIA TÉCNICA. 1.1. A QUESTÃO CONTROVERTIDA POSTA PELO APELANTE
TORNA DESNECESSÁRIA, INÚTIL E ONEROSA A REALIZAÇÃO DE PROVA PERICIAL, ALÉM DE
CONSTITUIR PROVIDÊNCIA ATENTATÓRIA CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ECONOMIA E
CELERIDADE PROCESSUAIS. 1.2. A PROVA É DESTINADA AO CONHECIMENTO DO MAGISTRADO,
SENDO IMPERATIVO O JULGAMENTO ANTECIPADO QUANDO VERIFICADO QUE AS PROVAS DOS
AUTOS SÃO SUFICIENTES A MOTIVAR SUA DECISÃO, TUDO EM HOMENAGEM AO PRINCÍPIO DA
CELERIDADE PROCESSUAL. [...].

(TJ-DF - APC: 20110111830654 DF 0045277-84.2011.8.07.0001, Relator: JOÃO EGMONT, Data de


Julgamento: 19/03/2014, 5ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE: 25/03/2014). (Grifei).

APELAÇÃO CÍVEL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. AÇÃO REVISIOAL. CERCEAMNETO DE DEFESA.


INOCORRÊNCIA. Não há cerceamento de defesa quando, pelo julgamento antecipado da lide, à parte não
foi oportunizada a produção probatória, uma vez que na revisão de contratos a matéria é exclusivamente
de direito. [...]. REJEITARAM A PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA E, NO MÉRITO, NÃO
CONHECERAM O APELO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70056327612, Décima Quarta Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Elaine Maria Canto da Fonseca, Julgado em 26/03/2015). (Grifei).

Dessa forma, evidencia-se que o juízo singular exerceu corretamente a faculdade estabelecida no
art. 355, inciso I, do CPC, razão pela qual rejeito a preliminar suscitada.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, REJEITO A PRELIMINAR.

MÉRITO

Cinge-se a controvérsia recursal a suposto error in judiciando do magistrado “ad quo”, quanto a eventual
abusividade na cobrança de juros capitalizados nos ajustes em epígrafe.

Consta das razões deduzidas pela ora apelante ter restado incontroverso a cobrança de juros
capitalizados, por não ter sido rebatido de forma precisa a matéria pelas instituições financeiras apeladas;
bem como que a simples menção a capitalização mensal não seria suficiente para caracterizar a
aquiescência da apelante a cobrança dos juros capitalizados, sendo indispensável à expressa estipulação
do encargo face o dever legal de informação que recai sobre o fornecedor nos termos da legislação
consumerista.

Atesta-se, portanto, que o cerne da presente lide diz respeito à alegação de nulidade das cláusulas do
contrato de financiamento entabulado entre os litigantes, sob o argumento de abusividade e ilegalidade,
mormente quanto aos juros fixados.

Com efeito, acerca dos juros remuneratórios, cumpre registrar que os Tribunais Superiores do país
pacificaram o entendimento no sentido de que, mesmo sendo aplicável a legislação consumerista, o ajuste
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

referente à taxa de juros somente pode ser alterado se reconhecida sua abusividade em cada caso
específico, sendo inócuo para tal fim a estabilidade inflacionária no período, não se limitando, por
conseguinte, ao patamar de 12% (doze por cento) ao ano.

Ressalta-se que a disposição constitucional que fixou em 12% (doze por cento) ao ano o máximo de juros
reais (art. 192, § 3º, CF/1988) não afetou o tratamento legislativo conferido anteriormente a matéria, visto
que consoante decidiu o Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI n. 04/1991, tal regra
constitucional não seria autoaplicável, posto que sua vigência dependeria de legislação complementar
destinada a reorganizar o sistema financeiro nacional.

Nessa senda, no que concerne a alegada abusividade das Cláusulas Contratuais e à exasperação do
percentual de 12% (doze por cento) de juros ao ano, firmo entendimento, conforme orientação do verbete
sumular n. 596 do Supremo Tribunal Federal que:

“As instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros remuneratórios estipulada na Lei de
Usura (Decreto 22.626/1933)”.

Ressalva-se que a estipulação de juros remuneratórios no referido percentual por si só não indica
abusividade e pode ser pactuada em patamar superior a 12% (doze por cento), conforme a orientação do
Superior Tribunal de Justiça, in verbis:

Súmula 379/STJ - "Nos contratos bancários não regidos por legislação específica, os juros moratórios
poderão ser convencionados até o limite de 1% ao mês."

Súmula 382/STJ - "A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica
abusividade."

Ademais, a Súmula 380 do STJ orienta que: "A simples propositura da ação de revisão de contrato não
inibe a caracterização da mora do autor", destacando, ainda, que a temática ora em apreciação foi decida
à luz de Recursos Repetitivos, estando ementado da seguinte forma, na esteira do voto da Ministra Nancy
Andrighi, proferido em sede do Recurso Especial n. 1.061.530:

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÁRIO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO REVISIONAL DE


CLÁUSULAS DE CONTRATO BANCÁRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO. JUROS
REMUNERATÓRIOS. CONFIGURAÇÃO DA MORA. JUROS MORATÓRIOS.
INSCRIÇÃO/MANUTENÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DISPOSIÇÕES DE OFÍCIO.
DELIMITAÇÃO DO JULGAMENTO. Constatada a multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica
questão de direito, foi instaurado o incidente de processo repetitivo referente aos contratos bancários
subordinados ao Código de Defesa do Consumidor, nos termos da ADI n. 2.591-1. Exceto: cédulas de
crédito rural, industrial, bancária e comercial; contratos celebrados por cooperativas de crédito; contratos
regidos pelo Sistema Financeiro de Habitação, bem como os de crédito consignado.

Para os efeitos do § 7º do art. 543-C do CPC, a questão de direito idêntica, além de estar selecionada na
decisão que instaurou o incidente de processo repetitivo, deve ter sido expressamente debatida no
acórdão recorrido e nas razões do recurso especial, preenchendo todos os requisitos de admissibilidade.

Neste julgamento, os requisitos específicos do incidente foram verificados quanto às seguintes questões: i)
juros remuneratórios;

ii) configuração da mora; iii) juros moratórios; iv) inscrição/manutenção em cadastro de inadimplentes e v)
disposições de ofício.

PRELIMINAR O Parecer do MPF opinou pela suspensão do recurso até o julgamento definitivo da ADI
2.316/DF. Preliminar rejeitada ante a presunção de constitucionalidade do art. 5º da MP n.º 1.963-17/00,
reeditada sob o n.º 2.170-36/01.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

I - JULGAMENTO DAS QUESTÕES IDÊNTICAS QUE CARACTERIZAM A MULTIPLICIDADE.

ORIENTAÇÃO 1 - JUROS REMUNERATÓRIOS a) As instituições financeiras não se sujeitam à limitação


dos juros remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF;

b) A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade;

c) São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as disposições do art. 591
c/c o art. 406 do CC/02;

d) É admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde que
caracterizada a relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em
desvantagem exagerada art. 51, §1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades do
julgamento em concreto.

ORIENTAÇÃO 2 - CONFIGURAÇÃO DA MORA a) O reconhecimento da abusividade nos encargos


exigidos no período da normalidade contratual (juros remuneratórios e capitalização) descarateriza a mora;

b) Não descaracteriza a mora o ajuizamento isolado de ação revisional, nem mesmo quando o
reconhecimento de abusividade incidir sobre os encargos inerentes ao período de inadimplência
contratual.

ORIENTAÇÃO 3 - JUROS MORATÓRIOS Nos contratos bancários, não-regidos por legislação


específica, os juros moratórios poderão ser convencionados até o limite de 1% ao mês.

ORIENTAÇÃO 4 - INSCRIÇÃO/MANUTENÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES a) A abstenção


da inscrição/manutenção em cadastro de inadimplentes, requerida em antecipação de tutela e/ou medida
cautelar, somente será deferida se, cumulativamente: i) a ação for fundada em questionamento integral ou
parcial do débito; ii) houver demonstração de que a cobrança indevida se funda na aparência do bom
direito e em jurisprudência consolidada do STF ou STJ; iii) houver depósito da parcela incontroversa ou for
prestada a caução fixada conforme o prudente arbítrio do juiz;

b) A inscrição/manutenção do nome do devedor em cadastro de inadimplentes decidida na sentença ou no


acórdão observará o que for decidido no mérito do processo. Caracterizada a mora, correta a
inscrição/manutenção.

ORIENTAÇÃO 5 - DISPOSIÇÕES DE OFÍCIO É vedado aos juízes de primeiro e segundo graus de


jurisdição julgar, com fundamento no art. 51 do CDC, sem pedido expresso, a abusividade de cláusulas
nos contratos bancários. Vencidos quanto a esta matéria a Min. Relatora e o Min. Luis Felipe Salomão.

II- JULGAMENTO DO RECURSO REPRESENTATIVO (REsp 1.061.530/RS) A menção a artigo de lei,


sem a demonstração das razões de inconformidade, impõe o não-conhecimento do recurso especial, em
razão da sua deficiente fundamentação. Incidência da Súmula 284/STF.

O recurso especial não constitui via adequada para o exame de temas constitucionais, sob pena de
usurpação da competência do STF.

Devem ser decotadas as disposições de ofício realizadas pelo acórdão recorrido.

Os juros remuneratórios contratados encontram-se no limite que esta Corte tem considerado razoável e,
sob a ótica do Direito do Consumidor, não merecem ser revistos, porquanto não demonstrada a
onerosidade excessiva na hipótese.

Verificada a cobrança de encargo abusivo no período da normalidade contratual, resta descaracterizada a


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mora do devedor.

Afastada a mora: I) é ilegal o envio de dados do consumidor para quaisquer cadastros de inadimplência; II)
deve o consumidor permanecer na posse do bem alienado fiduciariamente e III) não se admite o protesto
do título representativo da dívida.

Não há qualquer vedação legal à efetivação de depósitos parciais, segundo o que a parte entende devido.

Não se conhece do recurso quanto à comissão de permanência, pois deficiente o fundamento no tocante à
alínea "a" do permissivo constitucional e também pelo fato de o dissídio jurisprudencial não ter sido
comprovado, mediante a realização do cotejo entre os julgados tidos como divergentes. Vencidos quanto
ao conhecimento do recurso a Min. Relatora e o Min. Carlos Fernando Mathias.

Recurso especial parcialmente conhecido e, nesta parte, provido, para declarar a legalidade da cobrança
dos juros remuneratórios, como pactuados, e ainda decotar do julgamento as disposições de ofício. Ônus
sucumbenciais redistribuídos.

(REsp 1061530/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 22/10/2008, DJe
10/03/2009).

Ato contínuo, o Superior Tribunal de Justiça passou a decidir no sentido de ser admitida a revisão das
taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo
e a abusividade, capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada, conforme dispõe o art. 51,
§1° do Código de Defesa do Consumidor, o que não se verifica no presente feito, in verbis:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO REVISIONAL. CONTRATO DE


FINANCIAMENTO. TAXA DE JUROS REMUNERATÓRIOS. ABUSIVIDADE NÃO CONSTATADA PELO
TRIBUNAL DE ORIGEM. SÚMULAS 5 E 7 DO STJ.

1. A Segunda Seção deste STJ, ao julgar o REsp 1.061.530/RS, Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI,
DJe de 10.3.2009), submetido ao rito do art. 543-C do CPC, consolidou o entendimento de que "é admitida
a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a
relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada -
art. 51, §1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades do julgamento em concreto".

2. No presente caso, o Tribunal de origem afirmou expressamente que os juros remuneratórios não são
abusivos, uma vez que o percentual pactuado não está muito acima da taxa média de mercado praticada à
época da contratação, de modo que rever tal posicionamento somente se faz possível com o reexame das
cláusulas do contrato e dos elementos fáticos da demanda, o que encontra óbice nas Súmulas 5 e 7 do
STJ.

3. Agravo regimental a que se nega provimento.

(AgRg no AREsp 548.764/MS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em
18/11/2014, DJe 26/11/2014). (Grifei).

Nesse sentido, insta consignar que as instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional estão
autorizadas a capitalizar juros com periodicidade inferior a um ano, desde que o pacto seja firmado após
31/03/2000 e haja previsão contratual nesse sentido:

Ementa: CONSTITUCIONAL. ART. 5º DA MP 2.170/01. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS COM


PERIODICIDADE INFERIOR A UM ANO. REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA EDIÇÃO DE MEDIDA
PROVISÓRIA. SINDICABILIDADE PELO PODER JUDICIÁRIO. ESCRUTÍNIO ESTRITO. AUSÊNCIA, NO
CASO, DE ELEMENTOS SUFICIENTES PARA NEGÁ-LOS. RECURSO PROVIDO. 1. A jurisprudência da
Suprema Corte está consolidada no sentido de que, conquanto os pressupostos para a edição de medidas
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provisórias se exponham ao controle judicial, o escrutínio a ser feito neste particular tem domínio estrito,
justificando-se a invalidação da iniciativa presidencial apenas quando atestada a inexistência cabal de
relevância e de urgência. 2. Não se pode negar que o tema tratado pelo art. 5º da MP 2.170/01 é
relevante, porquanto o tratamento normativo dos juros é matéria extremamente sensível para a
estruturação do sistema bancário, e, consequentemente, para assegurar estabilidade à dinâmica da vida
econômica do país. 3. Por outro lado, a urgência para a edição do ato também não pode ser rechaçada,
ainda mais em se considerando que, para tal, seria indispensável fazer juízo sobre a realidade econômica
existente à época, ou seja, há quinze anos passados. 4. Recurso extraordinário provido. (RE 592377,
Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno,
julgado em 04/02/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-055 DIVULG
19-03-2015 PUBLIC 20-03-2015). (Grifei).

Ademais, diluindo-se qualquer dubiedade, destaca-se que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a
constitucionalidade da MP 2.170/2001, com a ressalva de que as instituições integrantes do Sistema
Financeiro Nacional estão autorizadas a capitalizar juros com periodicidade inferior a um ano, desde que o
ajuste tenha sido firmado após 31/03/2000 e, exista previsão contratual nesse sentido:

Ementa: CONSTITUCIONAL. ART. 5º DA MP 2.170/01. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS COM


PERIODICIDADE INFERIOR A UM ANO. REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA EDIÇÃO DE MEDIDA
PROVISÓRIA. SINDICABILIDADE PELO PODER JUDICIÁRIO. ESCRUTÍNIO ESTRITO. AUSÊNCIA, NO
CASO, DE ELEMENTOS SUFICIENTES PARA NEGÁ-LOS. RECURSO PROVIDO. 1. A jurisprudência da
Suprema Corte está consolidada no sentido de que, conquanto os pressupostos para a edição de medidas
provisórias se exponham ao controle judicial, o escrutínio a ser feito neste particular tem domínio estrito,
justificando-se a invalidação da iniciativa presidencial apenas quando atestada a inexistência cabal de
relevância e de urgência. 2. Não se pode negar que o tema tratado pelo art. 5º da MP 2.170/01 é
relevante, porquanto o tratamento normativo dos juros é matéria extremamente sensível para a
estruturação do sistema bancário, e, consequentemente, para assegurar estabilidade à dinâmica da vida
econômica do país. 3. Por outro lado, a urgência para a edição do ato também não pode ser rechaçada,
ainda mais em se considerando que, para tal, seria indispensável fazer juízo sobre a realidade econômica
existente à época, ou seja, há quinze anos passados. 4. Recurso extraordinário provido.

(RE 592377, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 04/02/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-055
DIVULG 19-03-2015 PUBLIC 20-03-2015). (Grifei).

No caso em exame, entendo que a alegada abusividade das taxas de juros, não restou evidenciada, por
encontrarem-se dentro das taxas médias de juros apontados pelo Banco Central do Brasil – BACEN para
o período.

Assim, irrepreensíveis me afiguram os fundamentos invocados pelo MM. Juízo “ad quo” para julgar
improcedente a pretensão de revisão contratual, devendo a sentença vergastada ser mantida em sua
integralidade.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, CONHEÇO e NEGO PROVIMENTO ao presente Recurso de Apelação, mantendo a


sentença objurgada em todas as suas disposições.

É como voto.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0050764-71.2015.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: GEANE RANGEL DE


SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO SERGIO FERREIRA DE SOUZA OAB: 1702/PA
Participação: APELANTE Nome: MAYRA APARECIDA DE SOUZA FERREIRA Participação: ADVOGADO
Nome: PAULO SERGIO FERREIRA DE SOUZA OAB: 1702/PA Participação: APELANTE Nome: MARCIA
NUNES DE ALMEIDA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO SERGIO FERREIRA DE SOUZA OAB:
1702/PA Participação: APELADO Nome: DISTRIBUIDORA BIG BENN S.A Participação: ADVOGADO
Nome: ANDRE ARAUJO PINHEIRO OAB: 22819/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS NUNES
CHAMA OAB: 16956/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0050764-71.2015.8.14.0301

APELANTE: GEANE RANGEL DE SOUZA, MAYRA APARECIDA DE SOUZA FERREIRA, MARCIA


NUNES DE ALMEIDA

APELADO: DISTRIBUIDORA BIG BENN S.A

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL N. 0050764-71.2015.8.14.0301

APELANTE: GEANE RANGEL DE SOUZA

APELANTE: MAYRA APARECIDA DE SOUZA FERREIRA

APELANTE: MÁRCIA NUNES DE ALMEIDA

APELADO: DISTRIBUIDORA BIG BEN S/A

COMARCA DE ORIGEM: BELÉM/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – SENTENÇA DE


IMPROCEDÊNCIA – JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE – ALEGADO DANO
MORAL DECORRENTE DE ABORDAGEM VEXATÓRIA EM LOJA DA APELADA SOB INFUNDADA
SUSPEITA DE FURTO – PROVA DOS FATOS CONSTITUTIVOS DO DIREITO DAS APELANTES
OBSTADA PELO JULGAMENTO PREMATURO DA DEMANDA – CERCEAMENTO DE DEFESA
CONFIGURADO – ANULAÇÃO DA SENTENÇA – RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

1 – Hipótese em que o juízo primevo procedeu o julgamento antecipadamente do feito, julgando


improcedente a exordial, sem a realização das pugnadas pelas autoras/apelantes, consistente na exibição
das filmagens do sistema de segurança da loja e na oitiva da gerente e do segurança do estabelecimento.

2 – Não obstante seja o magistrado o destinatário das provas, a teor dos arts. 130 e 131, do CPC,
percebe-se no presente caso que a produção das provas testemunhal e documental, bem como o
depoimento pessoal dos prepostos da recorrida, revelam-se relevante, na hipótese, ao deslinde do feito.

3 – A supressão do depoimento pessoal dos funcionários da recorrida e da exibição das filmagens,


implicou em inegável prejuízo às recorrentes, considerando que a forma de abordagem dos funcionários
erige-se, na hipótese, como circunstância relevante, visto que podem tanto revelar exercício regular de
direito quanto ato ilícito indenizável.

4 – Destarte, entendo que o julgamento antecipado do feito, no caso em tela, se revelou precipitado,
constituído verdadeiro cerceamento de defesa, motivo pelo qual se impõe a anulação da sentença
testilhada com o retorno dos autos a juízo “ad quo”, para que produzida as provas requeridas pelas
autoras/apelantes, seja dado regular prosseguimento a demanda.

5 – Recurso de Apelação Conhecido e Provido para determinar o retorno dos autos ao juízo de origem
para regular processamento do feito.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, onde figuram como partes as acima identificadas, acordam os
Excelentíssimos Senhores Desembargadores membros da Colenda 2ª Turma de Direito Privado do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará na Sessão Ordinária realizada em 10 de agosto de 2021
(Plenário Virtual), na presença do Exmo. Representante da Douta Procuradoria de Justiça, por
unanimidade de votos, em CONHECER e DAR PROVIMENTO ao Recurso de Apelação, nos termos do
voto da Exma. Desembargadora Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora Relatora

RELATÓRIO

APELAÇÃO CÍVEL N. 0050764-71.2015.8.14.0301

APELANTE: GEANE RANGEL DE SOUZA

APELANTE: MAYRA APARECIDA DE SOUZA FERREIRA

APELANTE: MÁRCIA NUNES DE ALMEIDA

APELADO: DISTRIBUIDORA BIG BEN S/A

COMARCA DE ORIGEM: BELÉM/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de Recurso de APELAÇÃO CÍVEL interposto GEANE RANGEL DE SOUZA,
MAYRA APARECIDA DE SOUZA FERREIRA e MÁRCIA NUNES DE ALMEIDA inconformadas com a
Sentença prolatada pelo MM. Juízo da 13ª Vara Cível e Empresarial de Belém/PA que, nos autos da
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS ajuizada por si em face de DISTRIBUIDORA BIG BEN
S/A, julgou improcedente o pleito formulado na exordial.

Em sua inicial (ID. 5402466), narraram as autoras/apelantes que em 22/07/2015, encontravam-se nas
dependências da drogaria pertencente a requerida, quando teriam sido abordadas por funcionários da loja
e submetidas a tratamento vexatório com a falsa acusação de que estariam tentando furtar
objetos/produtos do local, sendo inclusive submetidas a revista, oportunidade em que nada teria sido
encontrado.

Pleitearam, assim, inicialmente pela concessão da gratuidade de justiça e pela inversão do ônus da prova
e, em decisão definitiva pela procedência da exordial para fosse a requerida condenada ao pagamento de
indenização à título de danos morais no importe de 300 (trezentos) salários mínimos ou de R$ 236.400,00
(duzentos e trinta e seis mil e quatrocentos reais).

Em decisão de ID. 5402466, deferiu o juízo primevo, o benefício da gratuidade de justiça as autoras.

Em contestação (ID. 5402467), aduziu, em síntese, a requerida a carência do direito de ação; a


inexistência de relação de consumo; a ausência de comprovação dos fatos narrados na inicial pelas
autoras; bem assim a inocorrência de lesão extrapatrimonial passível de indenização, pugnando, assim,
pela improcedência da pretensão exordial.

Por sua vez, as autoras apresentaram replica a contestação (ID. 5402468).

Em sede de audiência de conciliação (ID. 5402469), restou infrutífera a tentativa de acordo.

O feito seguiu seu tramite regular até a prolação da sentença (ID. 5402471), que julgou improcedente a
pretensão exordial, extinguindo o feito com resolução de mérito com fulcro no art. 487, inciso I, do Código
de Processo Civil.

Condenou, ainda, as autoras ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios fixados
em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, que, restaram suspensos em razão dessas serem
beneficiárias da gratuidade de justiça.

Inconformadas, as autoras GEANE RANGEL DE SOUZA, MAYRA APARECIDA DE SOUZA FERREIRA e


MARCIA NUNES DE ALMEIDA interpuseram Recurso de Apelação (ID. 5402472).

Alegam, preliminarmente, a nulidade de sentença por cerceamento de defesa em razão do julgamento


antecipado da lide, sem a realização das provas pugnadas pelas recorrentes em sede de audiência,
relativas à oitiva da gerente e do segurança da loja, bem assim, da exibição das filmagens do circuito
interno do local.

No mérito, reforçam a impossibilidade de julgamento antecipado da lide, na hipótese, em razão da


existência de matéria processual pendente, sendo incabível a afirmação de que as autoras/apelantes não
teriam comprovado a efetiva ocorrência da abordagem indevida pelos funcionários da apelada.

Pleiteiam, assim, pelo provimento do recurso de apelação para que seja anulada a sentença vergastada,
determinando o retorno dos autos ao juízo de origem para se efetivem as provas requeridas dando regular
prosseguimento a demanda.
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O prazo para a apresentação de contrarrazões decorreu in albis (ID. 5402472).

Após distribuição, coube-me a relatoria do feito.

Intimada as partes sobre a possibilidade de conciliação (ID. 5416507), apenas as autoras/apelantes


apresentaram proposta de acordo (ID. 5561770), quedando-se inerte a parte requerida/apelada (ID.
5649075).

É o relatório.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora

VOTO

VOTO

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Avaliados, preliminarmente, os pressupostos processuais subjetivos e objetivos deduzidos pelas


apelantes, tenho-os como regularmente constituídos, bem como atinentes à constituição regular do feito
até aqui, razão pela qual conheço do recurso, passando a proferir voto.

INCIDÊNCIA DO DIREITO INTERTEMPORAL

Precipuamente, em observância as regras de Direito Intertemporal, positivada no art. 14 do Código de


Processo Civil de 2015, os recursos em exame serão apreciados sob a égide deste, visto que a vergasta
decisão foi proferida e publicada na vigência do Novo Diploma Processual Civil.

QUESTÕES PRELIMINARES

Considerando que a questão preliminar suscitada pelas autoras/apelantes, confundem-se com o próprio
mérito do recurso, analiso em sede deste a matéria relativa ao alegado cerceamento de defesa.

MÉRITO

Cinge-se a controvérsia recursal a aferição da ocorrência ou não de cerceamento de defesa em razão do


julgamento antecipado da lide sem a realização das provas testemunhais e documentais requeridas pelas
apelantes.

Consta das razões deduzidas pelas ora apelantes a nulidade da sentença por cerceamento de defesa, em
razão do julgamento antecipado da lide, sem a realização das provas pugnadas pelas recorrentes em sede
de audiência, relativas à oitiva da gerente e do segurança da loja, bem assim, da exibição das filmagens
do circuito interno do local.

Analisando detidamente os autos, verifica-se que as autoras, ora apelantes, ajuizaram a ação originária
objetivando a condenação da requerida/apelada ao pagamento de indenização por danos morais, em
razão de alegado tratamento vexatório a que teriam, as recorrentes, sido submetidas por prepostos da
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recorrida.

Infere-se, ainda, que as autoras/apelantes pugnaram na petição inicial (ID. 5402466), pela realização de
prova, consistente na exibição das filmagens do sistema de segurança da loja, bem assim, em sede de
audiência (ID. 5402469) pela oitiva da gerente e do segurança do estabelecimento, com escopo de
elucidar os fatos que supostamente lhe causaram abalo moral.

Ato contínuo, o juízo primevo procedeu o julgamento antecipadamente do feito, julgando improcedente a
exordial por entender que as autoras não conseguiram comprovar os fatos constitutivos do seu direito, nos
termos do art. 330, inciso I do CPC.

Com efeito, não obstante seja o magistrado o destinatário das provas, a teor dos arts. 130 e 131, do CPC,
podendo indeferir aquelas que entender inúteis ou meramente protelatórias, percebe-se no presente caso
que a produção das provas testemunhal e documental, bem como o depoimento pessoal dos prepostos da
recorrida, revelam-se relevante, na hipótese, ao deslinde do feito.

Isso porque, considerando os fatos narrados na exordial, a produção das provas testemunhal e
documental pugnadas pelas autoras/apelantes seriam os únicos meios efetivos de elucidar a ocorrência ou
não da aludida lesão extrapatrimonial, uma vez que, dependendo do que for dito ou visto, poderá o
magistrado primevo apreciar com maior precisão os contornos fáticos da lide.

Acerca da matéria, preleciona Vicente Greco Filho:

“Não é porque o magistrado já se convenceu a respeito dos fatos que deve indeferir as provas e julgar
antecipadamente. Nem porque a tese jurídica é adversa. Somente não se permitirá a prova se esta for,
como se disse, irrelevante e impertinente. Dois erros o juiz deve evitar, porque não é ele o único órgão
julgador, cabendo-lhe instruir adequadamente o processo a fim de que possa ser julgado, também, em
grau de apelação: indeferir provas pertinentes porque já se convenceu em sentido contrário e, igualmente,
indeferir provas porque, em seu entender, a interpretação do direito não favorece o autor. Em ambos os
casos, o indeferimento de provas ou o julgamento antecipado seria precipitado, com cerceamento da
atividade da parte, caracterizador de nulidade”.

(In Direito Processual Civil Brasileiro. v. II. 16. ed. São Paulo: Saraiva, p. 172)

Salienta-se, aliás, que esse tem sido o posicionamento perfilhado pelos Tribunais pátrios em casos
similares, consoante precedente in verbis:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. RECURSO DA AUTORA.


PRELIMINAR DE CERCEIO DE DEFESA. TENCIONADA PRODUÇÃO DE PROVA ORAL E
DOCUMENTAL (FILMAGENS DO DIA DOS FATOS). HIPOTÉTICO ABALO MORAL DECORRENTE DE
ABORDAGEM NA SAÍDA DA LOJA SOB INFUNDADA SUSPEITA DE FURTO, EM TESE,
PERPETRADO PELA AUTORA. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO PERANTE OS DEMAIS
CLIENTES. PROVA DOS FATOS CONSTITUTIVOS DO DIREITO DA DEMANDANTE OBSTADA PELO
JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. TESE INDICATIVA DE DANO ANÍMICO QUE EXTRAPOLA O
MERO ABORRECIMENTO. NECESSIDADE DA PRODUÇÃO DE PROVA DOCUMENTAL E
TESTEMUNHAL PARA ACLARAR OS FATOS. CERCEAMENTO DE DEFESA CONFIGURADO.
SENTENÇA CASSADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. "I - O julgamento antecipado da lide
configura cerceamento de defesa quando subtrai a possibilidade de produção de prova útil e
necessária para a solução da controvérsia. II - Diante das particularidades do caso, a produção de
prova testemunhal afigura-se imprescindível para demonstrar o alegado dano moral suportado pela
Autora em decorrência de a citação equivocada ter se dado em seu local de trabalho, na presença
de clientes, razão pela qual se reconhece, de ofício, a nulidade da sentença." (AC n. 2005.008902-5,
rel. Des. Joel Figueira Júnior, j. em 17.08.2009).

(TJ-SC - AC: 20110387504 Lages 2011.038750-4, Relator: Gerson Cherem II, Primeira Câmara de Direito
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Civil, Data de Julgamento: 28/05/2015). (Grifei).

A supressão do depoimento pessoal dos funcionários da recorrida e das gravações do circuito interno de
segurança, portanto, implicaram em inegável prejuízo às recorrentes, a qual almejam corroborar suas
teses iniciais, sobretudo, considerando que a exibição das filmagens e os testemunhos seriam
necessários para comprovar suas assertivas, bem como que a forma de abordagem dos funcionários
erige-se, na hipótese, como circunstância relevante, visto que podem tanto revelar exercício regular de
direito quanto ato ilícito indenizável.

Outrossim, entendo ser incoerente afirmar a ausência de comprovação dos fatos alegados na inicial pelas
autoras, ao mesmo tempo em que se obsta a produção por estas, de provas aptas a corroborar suas
alegações.

Destarte, tenho que o julgamento antecipado do feito, no caso em tela, se revelou precipitado, constituído
verdadeiro cerceamento de defesa, motivo pelo qual se impõe a anulação da sentença testilhada com o
retorno dos autos a juízo “ad quo”, para que produzida as provas requeridas pelas autoras/apelantes, seja
dado regular prosseguimento a demanda.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, CONHEÇO do Recurso de Apelação e DOU-LHE PROVIMENTO para anular a sentença
vergastada, determinando o retorno dos autos ao juízo de origem para regular processamento do feito, nos
termos da fundamentação.

É como voto.

Belém, 10 de agosto de 2021.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0804697-35.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: DC COMERCIO DE


ACESSORIOS E VESTUARIOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ALONSO SANTOS ALVARES
OAB: 246387/SP Participação: AGRAVADO Nome: Estado do Pará

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará intima a parte interessada para providenciar o recolhimento de custas referentes ao
processamento do recurso de Agravo Interno, em atendimento à determinação contida no art. 33, § 10 da
Lei Ordinária Estadual nº 8.583/17.
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18 de agosto de 2021

Número do processo: 0246247-05.2016.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: CARLOS ALBERTO


ANTUNES LIMA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ALBERTO ANTUNES LIMA OAB: 16644/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ISIS KRISHINA REZENDE SADECK OAB: 9296/PA Participação:
APELADO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PROCESSO Nº 0246247-05.2016.814.0301

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RECURSO: APELAÇÃO CÍVEL/REMESSA NECESSÁRIA

APELANTE: ESTADO DO PARÁ (PROCURADORA DO ESTADO: JUNE JUDITE SOARES LOBATO –


OAB/PA Nº 9751)

APELADO: CARLOS ALBERTO ANTUNES LIMA (ADVOGADA: ISIS KRISHINA REZENDE SADECK –
OAB/PA Nº 9.296)

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. ACOLHIMENTO DA RAZÕES RECURSAIS ACERCA DO


CONHECIMENTO DA REMESSA OFICIAL. SENTENÇA ILÍQUIDA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA.
SÚMULA 490/STJ. AÇÃO ORDINÁRIA. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. RAZÕES
RECURSAIS CONTRÁRIAS AOS PRECEDENTES VINCULANTES SOBRE AS MATÉRIAS
DISCUSTIDAS NOS AUTOS. PREJUDICIAL DE PRESCRIÇÃO REJEITADA. TERMO INICIAL A
CONTAR DA DATA DA APOSENTADORIA (TEMA 516/STJ - RESP 1254456). APLICABILIDADE DA
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. (TEMA 553 STJ - RESP 1251993). MÉRITO. CONVERSÃO DE LICENÇA
PRÊMIO NÃO GOZADA EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. APOSENTADORIA DO SERVIDOR. VEDAÇÃO
AO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. (TEMA 635/STF - RE 721001/ RG/RJ)
. DEVIDO O RECONHECIMENTO DO TEMPO TRABALHADO INCOMPLETO EIS QUE PREENCHIDO O
TEMPO MÍNIMO LEGAL PARA CONVERSÃO EM INDENIZAÇÃO NOS TERMOS DO ARTIGO 99, II DO
RJU. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO APENAS PARA CONHECER A REMESSA
NECESSÁRIA. ALTERAÇÃO DA SENTENÇA PARA ADEQUAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA AO
CPC/2015. DETERMINAÇÃO DO PERCENTUAL DEVIDO NA FASE DE LIQUIDAÇÃO, MANTIDA NOS
DEMAIS TERMOS, EM REMESSA NECESSÁRIA.

1 - Quanto ao termo inicial, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é uníssona no sentido de que
a contagem da prescrição quinquenal relativa à conversão em pecúnia de licença-prêmio não gozada e
nem utilizada como lapso temporal para a aposentadoria, tem como termo a quo a data em que ocorreu a
aposentadoria do servidor público. Decisão em sintonia com a tese fixada no julgamento do Tema 516 do
STJ (RESP 1254456). Ademais, aplicável ao caso a tese fixada pelo Tribunal da Cidadania no julgamento
da Tema 553 de que: “Aplica-se o prazo prescricional quinquenal - previsto do Decreto 20.910/32 - nas
ações indenizatórias ajuizadas contra a Fazenda Pública, em detrimento do prazo trienal contido do
Código Civil de 2002". (REsp 1251993). Prejudicial rejeitada.

2- MÉRITO. Razões recursais contrárias à jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça firme
no sentido de ser possível a conversão em pecúnia da licença-prêmio não gozada ou não contada em
dobro para aposentadoria, sob pena de enriquecimento ilícito da administração pública.
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3 - Aplicação ao caso da tese fixada no julgamento do Tema 635 pelo STF (ARE nº 721001/RG/RJ), no
qual reconheceu a existência de repercussão geral da matéria e reafirmou a sua jurisprudência, no sentido
de que, à luz da proibição do enriquecimento sem causa, é devida a conversão de férias não usufruídas,
bem assim de outros direitos de natureza remuneratória, como a licença prêmio, em indenização
pecuniária por aqueles que não mais podem delas usufruir, quer pela inatividade, quer pelo rompimento do
vínculo com a Administração Pública.

4 - O tempo de trabalho incompleto de 2 anos (2010-2012, ano da aposentadoria do apelado) gera direito
à conversão em pecúnia ante a previsão expressa do artigo 99, II do RJU, em que estabelece o tempo
mínimo de um ano para remuneração.

5 - Em remessa necessária, alterada a verba honorária fixada em 10% sobre o proveito econômico para
que seja fixada por ocasião da liquidação da sentença, nos termos art. 85, § 4º, II, do CPC/2015.

6 - Recurso conhecido e parcialmente provido apenas para conhecer a remessa necessária. Sentença
parcialmente modificada em remessa necessária.

DECISAO MONOCRÁTICA

Trata-se de recurso de apelação interposto pelo ESTADO DO PARÁ, nos autos da ação de
cobrança de licenças-prêmio ajuizada por CARLOS ALBERTO ANTUNES LIMA, contra decisão do juízo
da 1º Vara da Fazenda da Capital que julgou procedente o pedido, nos termos do seguinte dispositivo:

"Dispositivo.

Posto isso, rejeito a preliminar e a prejudicial ventiladas e, no mérito, JULGO TOTALMENTE


PROCEDENTE o pedido inicial para condenar o ESTADO DO PARÁ a pagar ao autor ANTÔNIO
BARROS DE OLIVEIRA o valor correspondente a 231,5 (duzentos e trinta e um dias e meio) dias da
remuneração do cargo de Delegado da Polícia Civil que ocupava antes de sua aposentadoria.

Sobre o valor da condenação, deverão incidir juros desde a citação e correção monetária desde a data da
sentença, observados os parâmetros fixados pelo STF no RE 870.947.

Sem custas, em razão da isenção legal, CONDENO o ESTADO DO PARÁ ao pagamento de honorários
advocatícios, que arbitro em 10% do valor do proveito econômico obtido.

Sentença não sujeita à remessa necessária."

Narra a inicial que o autor é servidor público aposentado do cargo de delegado da Polícia Civil,
pelo Estado do Pará, conforme publicação (n° 32.288) do Diário Oficial do Estado do Pará, de 09 de
outubro de 2012 e que nunca gozou as licenças-prêmio que tinha direito por lei correspondente ao período
compreendido entre os anos de 2001 a 2012.

Destacou que as licenças-prêmio relativas aos triênios 1989/1992, 1992/1995 e 1995/1998 foram
contadas em dobro para efeito de aposentadoria e que a partir de 2001 até sua Portaria de aposentadoria,
por absoluta necessidade de serviço, não usufruiu das licenças que tem direito, tendo usufruído tão
somente a relativa ao triênio 1998/2001, gozadas em 01.11.09 a 31.12.09, razão pela qual ajuizou a
presente demanda, objetivando o recebimento de indenização no valor correspondente ao valor das
referidas licenças.

Determinada inicialmente a emenda da inicial para que fosse o polo passivo composto pelo
IGEPREV que, por sua vez apresentou contestação, requerendo sua exclusão da lide por ilegitimidade
passiva, o que foi reconhecido pelo juízo na decisão de ID nº5405653, sendo excluído da relação
processual e determinada a citação do Estado do Pará para apresentar contestação, réu indicado
originariamente pelo autor.
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Estado do Pará opôs embargos de declaração dessa decisão (ID nº 5405653 – págs. 11/13) e
apresentou contestação (ID nº 5405653 – págs. 15/22).

No ID nº 5405653 – págs. 32/34 e ID nº 5405654, o Juízo de 1º Grau negou provimento aos


embargos de declaração, sobrevindo, após, a sentença de procedência do pedido, ora apelada.

Inconformado, o Estado do Pará apelou, alegando inicialmente a reforma da sentença quanto ao


afastamento da prescrição, sob o argumento de necessidade de observância do termo inicial do
nascimento do direito referente ao período reclamado de 2001-2004; 2004-2007; 2007-2010 e período
incompleto de 2010-2012.

Aduz que o direito ao gozo da licença-prêmio nasce com o cômputo de três anos ininterruptos sem
faltas, quando tem o servidor aberta a possibilidade de requerer seu gozo e que para os triênios
compreendidos pelo pedido, o fato de sequer ter havido requerimento para gozo, abate a pretensão, pois
dispondo de 5 anos para pleiteá-las ficou inerte.

Subsidiariamente, requer a aplicação ao caso da prescrição progressiva, nos termos do artigo 3º


do Decreto-Federal nº 20.910/1932 e Súmula 85 do STJ, dado que a ação foi ajuizada em 2016, ou a
aplicação da prescrição trienal, considerando indenização as licenças não gozadas.

No mérito, defende que o direito estabelecido pelo legislador é o do gozo do tempo adquirido a
título de licença por assiduidade; não o direito de converter tal tempo em pecúnia, sendo este direito de
conversão em indenização exceção no sistema que somente se impõe em caso de morte ou
aposentadoria e nesta última, se a aposentadoria sobreveio com a impossibilidade comprovada de gozo
da licença, o que somente se dá em caso de apresentação de requerimento e indeferimento administrativo
do pedido, merecendo reforma a sentença.

Insurge-se, ainda, quanto ao reconhecimento do direito do autor à conversão de período


incompleto de licença-prêmio sem qualquer respaldo legal, referente ao período de 2010-2012, sob o
argumento de que antes de completar o triênio o servidor não tem direito algum. Não sendo preenchido o
requisito temporal para atingir o direito, argumenta que não há como ser concedido o pedido.

Por fim, aduz ser inadequado o afastamento da remessa necessária por violação ao disposto na
Súmula nº 490 STJ e artigo 496, caput, Inciso I e artigo 489, § 1º, inciso do CPC e artigo 93, IX, da CF/88.

Assim, requer seja conhecido e provido o recurso para reforma da sentença, improcedência do
pedido e afastamento da verba honorária.

Apresentadas contrarrazões no ID nº 5405671 pela manutenção da diretiva apelada.

Encaminhados a esta Egrégia Corte de Justiça, coube-me a relatoria do feito quando recebi o
apelo no duplo efeito e determinei a remessa ao Parquet (ID nº 5411242).

O representante do Ministério Público Estadual ofertou parecer pelo conhecimento da remessa


necessária e do recurso e não provimento (ID nº 5698797).

Éo relatório. DECIDO.

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso e passo à análise.

De início, não obstante o entendimento do juízo de primeiro grau, conforme sustentado no apelo e na
manifestação ministerial, em observância ao disposto no artigo 496, inciso I, do CPC/15, segundo o qual a
sentença está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo
tribunal, em virtude da iliquidez de que se reveste o decisum, conheço da remessa necessária.
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Acolho, portanto, as razões recursais nesse aspecto, eis que entendo que a decisão recorrida se
apresenta contrária ao Enunciado da Súmula nº 490 do STJ.

Passo então à análise das demais alegações do apelante.

Compulsando os autos, constato que a sentença apelada e reexaminada, quanto à prejudicial de


prescrição e ao mérito, não merece reparos por estar em sintonia com Precedentes vinculantes tanto do
Superior Tribunal de Justiça quanto do Supremo Tribunal Federal, comportando julgamento monocrático o
apelo, com fundamento nos artigos 932, IV, b do CPC/2015 c/c 133, XI, b, do Regimento Interno deste
Tribunal.

Cinge-se a controvérsia em verificar se assiste direito ao apelado, servidor aposentado, ao


recebimento dos valores correspondentes ao período de licenças-prêmio não usufruídas, como
reconheceu a sentença combatida.

Inicialmente, quanto à alegação de ocorrência da prescrição no caso em análise, verifico que as


razões recursais se revelam contrárias à jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça, na
mesma direção da decisão do juízo a quo.

Como bem delineado pelo parecer ministerial "(...) considerando que o apelado se aposentou em
outubro de 2012 e ajuizou a ação em 2016, não resta configurada a prescrição quinquenal".

Com efeito, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo nº 1.254.456/PE (Tema 516), a Primeira
Seção do Superior Tribunal de Justiça firmou o entendimento de que a contagem da prescrição quinquenal
relativa à conversão em pecúnia de licença-prêmio não gozada nem contada em dobro para a
aposentadoria, tem como termo inicial a data em que ocorrida a
inativação do servidor público, nos termos da seguinte ementa:

ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. TEMPO DE SERVIÇO


PRESTADO SOB A ÉGIDE DA CLT. CONTAGEM PARA TODOS OS EFEITOS. LICENÇA-PRÊMIO
NÃO GOZADA. CONVERSÃO EM PECÚNIA. PRESCRIÇÃO. TERMO A QUO. DATA DA
APOSENTADORIA. RECURSO SUBMETIDO AO REGIME PREVISTO NO ARTIGO 543-C DO CPC.

1. A discussão dos autos visa definir o termo a quo da prescrição do direito de pleitear indenização
referente a licença-prêmio não gozada por servidor público federal, ex-celetista, alçado à condição
de estatutário por força da implantação do Regime Jurídico Único.

2.(...)

3. Quanto ao termo inicial, a jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a contagem
da prescrição quinquenal relativa à conversão em pecúnia de licença-prêmio não gozada e nem
utilizada como lapso temporal para a aposentadoria, tem como termo a quo a data em que ocorreu
a aposentadoria do servidor público. Precedentes: RMS 32.102/DF, Rel. Min. Castro Meira, Segunda
Turma, DJe 8/9/10; AgRg no Ag 1.253.294/RJ, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, Primeira Turma, DJe 4/6/10;
AgRg no REsp 810.617/SP, Rel. Min. Og Fernandes, Sexta Turma, DJe 1/3/10; MS 12.291/DF, Rel. Min.
Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE), Terceira Seção, DJe 13/11/09; AgRg no RMS
27.796/DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Quinta Turma, DJe 2/3/09; AgRg no Ag 734.153/PE,
Rel. Min.

Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, DJ 15/5/06.

4. Considerando que somente com a aposentadoria do servidor tem inicio o prazo prescricional do
seu direito de pleitear a indenização referente à licença-prêmio não gozada, não há que falar em
ocorrência da prescrição quinquenal no caso em análise, uma vez que entre a aposentadoria,
ocorrida em 6/11/02, e a propositura da presente ação em 29/6/07, não houve o decurso do lapso de
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cinco anos.

5. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, submetido a regime do artigo 543-C
do CPC e da Resolução 8/STJ.

6. Recurso especial não provido. (REsp 1254456/PE, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 25/04/2012, DJe 02/05/2012)

Entendimento que continua sendo utilizado recentemente, senão vejamos:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR


PÚBLICO. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DOS ARTS. 489 E 1.022 DO CÓDIGO FUX. LICENÇA-
PRÊMIO NÃO USUFRUÍDA, MAS JÁ CONTADA EM DOBRO PARA COMPLETAR O TEMPO
NECESSÁRIO PARA A OUTORGA DO ABONO DE PERMANÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE
CONVERSÃO EM PECÚNIA. ISENÇÃO DO ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA PREVISTA NA LEI DE AÇÃO
CIVIL PÚBLICA. PRECEDENTES. AGRAVO INTERNO DA ASDNER A QUE SE NEGA PROVIMENTO,
CONFORME PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO.

1. Esta Corte, ao julgar o Recurso Especial n. 1.254.456/PE, submetido ao rito dos recursos
repetitivos, firmou entendimento segundo o qual a contagem da prescrição quinquenal relativa à
conversão em pecúnia de licença-prêmio não gozada e nem utilizada como lapso temporal para a
aposentadoria, tem como termo inicial a data em que ocorreu a aposentadoria do servidor público
(...)

4. Agravo Interno da ASDNER a que se nega provimento

(AgInt no REsp 1829391/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 05/10/2020, DJe 09/10/2020)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. LICENÇA-PRÊMIO.CONVERSÃO EM


PECÚNIA. PRESCRIÇÃO. INÍCIO. DATA DA APOSENTADORIA. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA.
IMPOSSIBILIDADE.

1. Conforme estabelecido pelo Plenário do STJ, "aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973
(relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de
admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações dadas até então pela jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça" (Enunciado Administrativo n. 2).

2. Esta Corte tem o entendimento de que a contagem da prescrição quinquenal para conversão em
pecúnia da licença-prêmio adquirida e não gozada se inicia na data em que ocorreu a
aposentadoria do servidor público. Precedentes.

3. Hipótese em que a revisão do julgado depende de reexame dos elementos de convicção postos no
processo, em especial da data de aposentadoria do servidor, dado que não consta no acórdão recorrido
nem na sentença de primeiro grau. Incidência da Súmula 7 do STJ.

4. Agravo interno desprovido.

(AgInt no AREsp 1686426/PB, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
19/04/2021, DJe 06/05/2021)

Ademais, considerando que a pretensão da parte autora é de indenização pecuniária em razão da


licença prêmio que não pode mais ser usufruída por motivo de inatividade, observa-se que esta conversão
em pecúnia deveria ter sido realizada, independente de requerimento administrativo (RESP 1588856/PB –
200
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

STJ), no momento do ato de aposentadoria, isto é, quando o servidor passou à inatividade e ficou
impossibilitado de goza-las.

Em outras palavras, observo que é postulado o pagamento de indenização quando da


impossibilidade de usufruir da licença-prêmio, ou seja, quando da aposentadoria que data de outubro de
2012, momento em que deveria ter sido realizado, em tese, a conversão em pecúnia e não o pagamento
de parcelas vencidas.

A propósito, corroborando esse entendimento de que o direito postulado à indenização surge no


momento da impossibilidade de usufruto e da consequente conversão em pecúnia, qual seja, ao tempo da
aposentação é o Precedente vinculante ao norte destacado, não merecendo prosperar, portanto, as
razões do apelo de reconhecimento de prescrição progressiva de parcelas anteriores ao quinquênio
anterior ao ajuizamento da ação.

Por outro lado, ainda que se considere ser o caso de indenização, também não há como ser
acolhida a alegação de reconhecimento da prescrição trienal, eis que aplicável o prazo prescricional
quinquenal, consoante a tese fixada pelo C. STJ no julgamento da Tema 553 de que:

“Aplica-se o prazo prescricional quinquenal - previsto do Decreto 20.910/32 - nas ações indenizatórias
ajuizadas contra a Fazenda Pública, em detrimento do prazo trienal contido do Código Civil de 2002". (
REsp 1251993/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
12/12/2012, DJe 19/12/2012)

A orientação jurisprudencial ditada nos mencionados repetitivos da Primeira Seção da Corte


Superior de Justiça, porque vinculante, deve prevalecer, revelando-se escorreita a decisão apelada
fundamentada na mesma direção, não assistindo razão ao recorrente.

No mérito, também não verifico condições de seguimento ao recurso, merecendo ser mantida a
sentença proferida, inclusive, com amparo em tese vinculante fixada pela Suprema Corte.

Pois bem. Sobre a possibilidade de conversão da licença-prêmio em pecúnia, cumpre observar o


disposto no artigo 99 da Lei Estadual n° 5.810/84, que dispõe sobre o Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos Civis da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas do Estado
do Pará, in verbis:

“Art. 99 - A licença será:

I - a requerimento do servidor:

a) gozada integralmente, ou em duas parcelas de 30 (trinta) dias;

b) convertida integralmente em tempo de serviço, contado em dobro;

c) VETADO.

II - convertida, obrigatoriamente, em remuneração adicional, na aposentadoria ou falecimento,


sempre que a fração de tempo for igual ou superior a 1/3 (um terço) do período exigido para o gozo
da licença-prêmio.

Parágrafo Único - Decorridos 30 (trinta) dias do pedido de licença, não havendo manifestação expressa do
Poder Público, é permitido ao servidor iniciar o gozo de sua licença."

Extrai-se, portanto, da norma de regência que a licença prêmio só pode ser convertida em pecúnia,
quando ocorrer o óbito do servidor ou na sua aposentadoria. No caso se encontra uma das situações
201
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

acima previstas, haja vista que o autor/apelado se encontra aposentado, razão pela qual se revela correta
a conversão do benefício em indenização.

Da análise fática da demanda, verifica-se a Portaria de aposentação nº 3823 de 03/10/2012 (ID nº


5405651 – pág25) e o seu requerimento administrativo protocolado no dia 18/04/2016, requerendo a
conversão em pecúnia dos períodos de 2001-2004, 2004/2007, 2007/2010 e 2010- 2012.

O Recorrido anexou Histórico Funcional financeiro (ID nº 5405651 – págs. 15/18, atestando a
existência de 480 dias de licenças não gozadas com o fito de instruir a ação.

Diante de tal contexto, certo o fundamento do magistrado sentenciante de que "(...) tendo o
servidor adquirido o direito à licença-prêmio, deve o mesmo ser indenizado pelo valor equivalente a
quando de sua exoneração ou de sua aposentadoria. Entendimento contrário acabaria por colocar o
servidor em excessiva desvantagem, principalmente diante das dificuldades que a administração lhe
impõe ao gozo efetivo do direito durante o período de atividade, como a falta de mão de obra substituta e a
ausência de recursos financeiros para suprir essa falta."

Impende destacar que a questão trazida à apreciação por meio do presente apelo já se encontra
pacificada na jurisprudência nos Tribunais Superiores. Aplica-se ao caso em comento, a tese fixada no
julgamento do Tema 635 pelo STF (ARE nº 721001/RG/RJ), no qual reconheceu a existência de
repercussão geral da matéria e reafirmou a sua jurisprudência, no sentido de que, à luz da proibição do
enriquecimento sem causa, é devida a conversão de férias não usufruídas, bem assim de outros direitos
de natureza remuneratória, como a licença prêmio, em indenização pecuniária por aqueles que não mais
podem delas usufruir, quer pela inatividade, quer pelo rompimento do vínculo com a Administração
Pública, conforme a seguinte ementa:

“Recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo.Servidor Público. 3. Conversão de férias não


gozadas - bem como outros direitos de natureza remuneratória - em indenização pecuniária, por
aqueles que não mais podem delas usufruir. Possibilidade. Vedação do enriquecimento sem causa
da Administração. 4. Repercussão Geral reconhecida para reafirmar a jurisprudência desta Corte.”
(STF, Rel. Ministro Gilmar Mendes, julgado em 28/02/2013)

Nessa direção colaciono, ainda:

Ementa: FÉRIAS E LICENÇA-PRÊMIO – SERVIDOR PÚBLICO – GOZO – IMPOSSIBILIDADE


– CONVERSÃO EM PECÚNIA. Uma vez inviabilizada a obrigação de fazer, ante a necessidade do
serviço e a aposentadoria do servidor, dá-se a transmutação em obrigação de dar, considerada a
indenização. Precedente: recurso extraordinário com agravo nº 721.001/RJ, Pleno, acórdão
publicado no Diário da Justiça de 7 de março de 2013. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – FIXAÇÃO.
Havendo interposição de recurso sob a regência do Código de Processo Civil de 2015, cabível é a fixação
de honorários de sucumbência recursal previstos no artigo 85, § 11, do diploma legal. (STF. RE 1009303
AgR. Órgão julgador: Primeira Turma. Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO. Julgamento: 20/06/2017.
Publicação: 26/09/2017)

Esse é, de igual modo, o posicionamento do E. Superior Tribunal de Justiça, conforme se verifica


dos seguintes julgados:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO


CPC/1973. OMISSÃO NO ACÓRDÃO RECORRIDO. VÍCIO NÃO COMPROVADO. INTERRUPÇÃO DA
PRESCRIÇÃO POR PROTESTO AJUIZADO PELO SINDICATO DA CATEGORIA. APROVEITAMENTO
EM DEMANDA INDIVIDUAL. POSSIBILIDADE. SERVIDOR PÚBLICO. LICENÇA-PRÊMIO NÃO
GOZADA E NÃO CONTADA EM DOBRO. CONVERSÃO EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. (...) 4. O
entendimento do STJ firmou-se no sentido de que é devida ao servidor público aposentado a
conversão em pecúnia da licença-prêmio não gozada e não contada em dobro para aposentadoria,
ainda que resultante de desaverbação, sob pena de enriquecimento ilícito da administração.
Precedentes.
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5. Recurso especial conhecido em parte e, nessa extensão, não provido. (REsp 1622539/RS, Rel. Ministro
OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/11/2019, DJe 07/11/2019)

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. LICENÇA-PRÊMIO NÃO GOZADA E NÃO CONTADA


EM DOBRO. CONVERSÃO EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. ALEGAÇÃO DE QUE AS LICENÇAS NÃO
GOZADAS GERARAM EFEITOS FAVORÁVEIS À PARTE. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA
DA SÚMULA 7/STJ.

1. O acórdão recorrido não se afastou da jurisprudência deste Superior Tribunal, firme no sentido
de ser possível a conversão em pecúnia da licença-prêmio não gozada ou não contada em dobro
para aposentadoria, sob pena de enriquecimento ilícito da administração pública.

2. No mais, a revisão das conclusões adotadas pelo acórdão recorrido, a fim de verificar se o período de
licença especial não gozada gerou ou não benefício ao recorrido, demandaria, necessariamente, novo
exame do acervo fático-probatório constante dos autos, providência vedada em recurso especial,
conforme o óbice previsto na Súmula 7/STJ.

3. Agravo interno não provido. (AgInt no REsp 1664026/RS, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 18/11/2019, DJe 21/11/2019)

Assim sendo, observo que assiste direito ao autor/apelado ao pagamento de indenização pelas
licenças-prêmio não gozadas por necessidade de serviço, sendo incontroverso o não usufruto, conforme
documento de ID nº 5405651 e a própria defesa do apelante.

Outrossim, quanto ao argumento de que não assiste direito ao recorrido à conversão do período
incompleto de licença prêmio por ausência de fundamento legal, entendo que também não merece
prosperar, eis que, nos termos da lei de estadual que trata da matéria e do parecer do douto Procurador
de Justiça que peço vênia para transcrever: “Data vênia, novamente sem respaldo os argumentos, posto
que o próprio artigo 99, inciso II da lei 5810/94 traz a regulamentação do tempo mínimo de trabalho para a
conversão em pecúnia, verbis: “Art. 99 –A licença será:(...) II-convertida, obrigatoriamente, em
remuneração adicional, na aposentadoria ou falecimento, sempre que a fração de tempo for igual ou
superior a 1/3 (um terço) do período exigido para o gozo da licença-prêmio.” (Lei Estadual5.810/94)”

Desse modo, diante da norma acima transcrita, resta evidente a percepção do direito à indenização
referente ao período incompleto, eis que observado o tempo mínimo de trabalho para conversão em
pecúnia previsto no artigo 99, II da Lei Estadual nº 5810/94, na medida em que correspondente ao período
de 2010 a 2012, ano da aposentadoria do apelado.

Nessa direção colaciono:

CONSTITUCIONAL- ADMINISTRATIVO – PROCESSO CIVIL – MANDADO DE SEGURANÇA SERVIDOR


PÚBLICO - LICENÇAS-PRÊMIO NÃO GOZADAS – CONVERSÃO EM PECÚNIA – POSSIBILIDADE –
VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. I – É possível a
conversão em pecúnia das licenças-prêmio não gozadas pelo servidor público em decorrência do princípio
da vedação do enriquecimento da Administração Pública, independentemente de previsão legal expressa.
Precedentes do STJ. Precedentes desta Corte de Justiça. II- Servidora se aposentou por invalidez em
razão de sucessivas licenças de saúde por motivo de doença grave, não pode usufruir do direito a licença
prêmio. Considerando a impossibilidade de conversão em dobro para aposentadoria, deve-se converter
em pecúnia os direitos adquiridos. Concessão da segurança quanto a licença prêmio referente ao triênio
de 2002/2005. III- O tempo trabalhado incompleto de 6 meses e 5 dias não gera direito a conversão
em pecúnia ante a previsão expressa do artigo 99, II do RJU, em que estabelece o tempo mínimo de
um ano para remuneração. II – Segurança parcialmente concedida.(1677847, 1677847, Rel. EZILDA
PASTANA MUTRAN, Órgão Julgador Seção de Direito Público, Julgado em 2019-04-09, Publicado em
2019-04-26)
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Por fim, em remessa necessária, constato que os honorários advocatícios estipulados em sentença
de 10% sobre o proveito econômico obtido estão em desconformidade com a previsão legal sobre o tema.
Isso porque cumpre observar que a definição do percentual relativo a honorários de sucumbência deve ser
fixada quando da liquidação da sentença, já considerada a sucumbência recursal, nos exatos termos do
artigo 85, §4º, inciso II, do novo Código de Processo Civil, merecendo alteração a sentença nesse
aspecto.

Nesse sentido:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DE


RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA E CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. AUTOR QUE EM DECORRÊNCIA DO EXERCÍCIO DA
ATIVIDADE LABORAL ADQUIRIU PROBLEMAS DE SAÚDE GRAVES E PERMANENTES E
CONSEQUÊNCIA DEGENERATIVA NA COLUNA. LAUDO PERICIAL JUDICIAL NO SENTIDO DA
INCAPACIDADE TOTAL DO APELADO PARA A FUNÇÃO DESEMPENHADA. BENEFÍCIOS DEVIDOS.
COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS LEGAIS. DECISÃO EM SINTONIA COM A JURISPRUDÊNCIA
DOMINANTE DESTA CORTE E DO STJ. JUROS MORATÓRIOS E CORREÇÃO MONETÁRIA.
ALTERAÇÃO. MATÉRIA AFETA À REPERCUSSÃO GERAL NO STF E AOS RECURSOS REPETITIVOS
NO STJ. ADEQUAÇÃO AO ÍNDICE APLICADO AOS JUROS DE MORA. CORREÇÃO MONETÁRIA
PELO INPC COM BASE NO RESP REPETITIVO Nº 1495146 (TEMA 906). HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. SENTENÇA ILÍQUIDA. FIXAÇÃO EM LIQUIDAÇÃO. INTELIGÊNCIA DO ART. 85, §
4º, II, DO CPC/2015. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO PARCIALMENTE. SENTENÇA
MODIFICADA EM PARTE EM REMESSA NECESSÁRIA. DECISÃO UNÂNIME. (TJPA. 2760966,
2760966, Rel. ROBERTO GONCALVES DE MOURA, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito Público,
Julgado em 2020-02-10, Publicado em 2020-02-24)

Ante o exposto, na linha do parecer ministerial e com fulcro no que dispõem o artigo 932, IV, b, do
CPC/15 e artigo 133, XI, b e d, do RITJPA conheço do recurso e DOU-LHE PARCIAL PROVIMENTO
apenas para conhecer a remessa necessária.

Em remessa necessária, reformo em parte a sentença, tão somente para determinar a fixação
de honorários advocatícios na fase de liquidação do julgado, nos termos da fundamentação.

Após o decurso do prazo recursal sem qualquer manifestação, certifique-se o trânsito em julgado e
dê-se a baixa na distribuição, com a consequente remessa dos autos ao juízo de origem.

Belém, 17 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0808300-19.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ADMINISTRADORA


DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA
TERESO JUNIOR OAB: 16837/PA Participação: AGRAVADO Nome: ANA CARLA SILVA FERREIRA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202):0808300-19.2021.8.14.0000
AGRAVANTE: ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA
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Nome: ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA


Endereço: Avenida Senador Roberto Simonsen, 304, - de 251/252 a 1009/1010, Santo Antônio, SãO
CAETANO DO SUL - SP - CEP: 09530-401
Advogado: AMANDIO FERREIRA TERESO JUNIOR OAB: PA16837-A Endereço: desconhecido
AGRAVADO: ANA CARLA SILVA FERREIRA
Nome: ANA CARLA SILVA FERREIRA
Endereço: Alameda Trinta, 53, (Cj Maguari), Coqueiro, BELéM - PA - CEP: 66823-098
DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Agravo de Instrumento com pedido de Antecipação da Tutela Recursal interposto por
ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO NACIONAL HONDA - LTDA em face da decisão proferida pelo
Juízo da 7ª Vara Cível e Empresarial de Belém/PA nos autos da Ação de Busca e Apreensão com
Alienação Fiduciária (processo eletrônico nº 0835123-97.2021.8.14.0301) movida pela agravante em face
de ANA CARLA SILVA FERREIRA, que determinou a intimação da parte autora da ação para que, no
prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 321, parágrafo único do CPC, procedesse a emenda da
petição inicial, apresentando o original do título que embasa a ação, para depósito em secretaria, sob pena
de indeferimento da inicial.

Aduz a parte agravante que a juntada do contrato original não é requisito de constituição e
desenvolvimento válido da ação de busca e apreensão, não se encontrando entre os requisitos previstos
no Decreto Lei 911/69.

Assevera, ainda, que o contrato em análise não se trata de um título de crédito, mas sim de título
executivo extrajudicial, cuja circulação se opera por força de cessão de crédito, isto é, exige a
comunicação ao devedor para que surta efeitos.

Por fim, sustenta que nos termos do artigo 408 do CPC, as declarações constantes de documento
particular, escrito e assinado, como no caso, presumem-se verdadeiras em relação ao signatário, cabendo
à parte contra quem foi produzido o documento alegar se lhe admite ou não a autenticidade e veracidade,
sob pena de restarem inabaladas.

Sendo assim, defende que a emenda à inicial é desnecessária, uma vez que não se exige a via original do
contrato para o processamento da busca a apreensão, aduzindo, ainda, que a exigência se encontra
suprida com a autenticação da cópia em cartório, vez que a reprodução autenticada tem o mesmo valor
probante do original, por força do disposto no art. 161 da Lei de Registros Públicos.

Requer, nesse sentido, a concessão do efeito suspensivo para que seja suspensa a eficácia da decisão
que determinou a apresentação do contrato original, considerando que o que consta nos autos é
suficiente. No mérito, requer o total provimento do recurso para reformar integralmente a decisão
agravada, sendo concedida a liminar de busca e apreensão.

Éo breve relatório.

DECIDO.

Conheço do recurso, eis que preenchidos os seus requisitos de admissibilidade.

Da análise dos autos originais, verifica-se que as partes realizaram Contrato de Alienação Fiduciária em
Garantia com Pacto Adjeto de Fiança (Num. 28761993 – Pág. 1/4 – processo de referência), tendo como
objeto uma motocicleta da marca HONDA, modelo POP 110I, cor VERMELHA, ano 2018, no valor de R$
6.732,75 (seis mil setecentos e trinta e dois reais e setenta e cinco centavos).
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No entanto, após o suposto atraso no pagamento das parcelas referentes ao contrato, o banco agravante
teria notificado extrajudicialmente (Num. 28761996 – Pág. 1 – processo referência) a parte agravada para
quitar o débito em atraso, porém, essa teria permanecido inerte, conforme consta em Aviso de
Recebimento (Num. 28761996 – Pág. 1/3 – processo referência).

Ajuizada a ação de busca e apreensão do veículo, o juízo singular entendeu pela necessidade de depósito
do contrato original firmado entre as partes na Secretaria, determinando a emenda a inicial, sob pena de
seu indeferimento, decisão ora agravada.

Não obstante este entendimento, analisando a cópia do contrato juntado aos autos (Num. 28761993 –
Pág. 1/4 – processo de referência), verifico, ao menos nesse momento processual, o equívoco do juízo de
1° grau quanto ao contrato firmado pelas partes e objeto da ação principal.

Isso porque, em análise liminar, constata-se que o documento em que se baseia a ação de busca e
apreensão se trata de um contrato simples de alienação fiduciária em garantia, e não de uma Cédula de
Crédito Bancário, como entendeu o magistrado na decisão agravada. Logo, entendo haver indícios nos
autos da desnecessidade de apresentação do original firmado entre as partes.

Diante do exposto, em sede de cognição sumária, vislumbro a presença dos requisitos ensejadores à
concessão de efeito suspensivo pretendido, previsto no art. 995, parágrafo único do CPC, motivo pelo qual
concedo efeito suspensivo à eficácia da decisão agravada.

Intime-se a agravada, na forma prescrita no inciso II do art. 1.019 do CPC para que responda no prazo de
15 (quinze) dias, sendo-lhe facultado juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do
recurso.

Comunique-se ao juízo de 1º grau.

Servirá a cópia da presente decisão como mandado/ofício.

Belém, em data registrada no sistema.

JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR

DESEMBARGADOR- RELATOR

Número do processo: 0806955-18.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: VALDETE


GONCALVES DA COSTA PIMENTA Participação: ADVOGADO Nome: EDIL NASCIMENTO MONTELO
OAB: 30355/PA Participação: AGRAVADO Nome: BANCO ITAUCARD S.A.

SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO – 1ª TURMA DE DIREITO


PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0806955-18.2021.8.14.0000

AÇÃO ORIGINÁRIA: PROCESSO N.º 0805641-19.2021.8.14.0006

AGRAVANTE: VALDETE GONCALVES DA COSTA PIMENTA


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AGRAVADO(A): BANCO ITAUCARD S.A.

RELATORA: DESEMBARGADORA MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO

DECISÃO MONOCRÁTICA

1. Relatório

Trata-se da análise do pedido de concessão e efeito suspensivo ao recurso de Agravo de Instrumento,


interposto por VALDETE GONCALVES DA COSTA PIMENTA, em face de decisão interlocutória proferida
nos autos da Ação de Busca e Apreensão (Processo n.º 0805641-19.2021.8.14.0006), ajuizada por
BANCO ITAUCARD S.A., que concedeu, em favor da parte autora, ora agravada, liminar de busca e
apreensão do veículo objeto do litígio.

Em suas razões recursais (ID 5691825), a parte agravante alegou que o Juízo a quo não observou que o
agravado deixou de juntar aos autos a via original da cédula de crédito bancário original que embasou a
aludida ação originária.

É o breve relatório.

Decido.

2. Análise de Admissibilidade

Conheço do recurso de Agravo de Instrumento, eis que presentes os pressupostos intrínsecos e


extrínsecos de admissibilidade, já que tempestivo, adequado e acompanhado da comprovação do
recolhimento do preparo recursal.

3. Efeito Suspensivo

Primeiramente, é importante ressaltar que, com fundamento no artigo 1.019, I, do Código de Processo
Civil, pode o relator, em sede de cognição sumária, deferir a antecipação da tutela recursal ou conceder
efeito suspensivo ao recurso, quando a parte agravante conseguir demonstrar a probabilidade de
provimento de seu recurso, bem como que a decisão agravada possa causar pode causar risco de lesão
grave e de difícil reparação.

No presente caso, embora a parte agravante tenha demonstrado a probabilidade de provimento do


recurso, na medida em que constatei que o banco agravado deixou de instruir a ação de busca e
apreensão com o título original da cédula de crédito bancário, cuja obrigatoriedade resta pacificada pela
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, verifiquei que a parte recorrente não conseguiu demonstrar
que a manutenção da decisão agravada até o julgamento final do recurso possa causar risco de lesão
grave e de difícil reparação, já que formulou pedido genérico de concessão de efeito suspensivo ao
recurso, deixando de indicar a urgência para a concessão da medida requestada.

Isso porque, conforme previsão contida no artigo 1.019, caput, do Código de Processo Civil, a regra é que
o recurso de Agravo de Instrumento seja recebido somente em seu efeito devolutivo, entretanto, podendo
ser atribuído efeito suspensivo ao recurso de forma excepcional, entretanto, desde que demonstrados os
requisitos cumulativos supramencionados, situação não evidenciada no caso em análise, haja vista que,
conforme já esclarecido, a parte agravante não conseguiu demonstrar o risco de lesão grave e de difícil
reparação que a manutenção da decisão agravada lhe acarretaria.

Ante o exposto, indefiro o pedido de concessão de efeito suspensivo ao pleiteado, devendo a


decisão agravada ser mantida até o julgamento final do recurso.
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Intimem-se as partes e dê-se ciência ao Juízo prolator da decisão agravada.

Outrossim, intime-se a parte agravada para, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, responder aos
termos do recurso de Agravo de Instrumento, facultando-lhe juntar a documentação que entender
necessária ao julgamento do recurso, conforme previsão do artigo 1.019, II, do Código de Processo Civil.

Após, retornem-me os autos conclusos.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Desembargadora MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Relatora

Número do processo: 0808222-25.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: MUNICIPIO DE


TRACUATEUA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO JOSE MARINHO BITTENCOURT OAB:
28747/PA Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO RAMOS REIS OAB: 23195/PA Participação:
AGRAVANTE Nome: VANDSON OLIVEIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO JOSE
MARINHO BITTENCOURT OAB: 28747/PA Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO RAMOS
REIS OAB: 23195/PA Participação: AGRAVANTE Nome: THAYS SOUSA CASTRO Participação:
ADVOGADO Nome: PEDRO JOSE MARINHO BITTENCOURT OAB: 28747/PA Participação:
ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO RAMOS REIS OAB: 23195/PA Participação: AGRAVADO Nome: M P
LOCADORA EIRELI - EPP Participação: ADVOGADO Nome: NELMA CATARINA OLIVEIRA DE
OLIVEIRA OAB: 11651/PA Participação: ADVOGADO Nome: MANUEL CARLOS GARCIA GONCALVES
OAB: 6492/PA

PROCESSO PJE Nº 0808222-25.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: 2.ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO

COMARCA: BRAGANÇA (1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL)

AGRAVANTE: Presidente da Comissão Permanente de Licitação da Prefeitura Municipal de


Tracuateua/PA

AGRAVANTE: Pregoeira da Prefeitura Municipal de Tracuateua/PA

AGRAVANTE: Prefeito Municipal de Tracuateua/PA

ADVOGADOS: VICTOR HUGO RAMOS REIS - OAB/PA 23.195 E PEDRO JOSÉ MARINHO
BITTENCOURT - OAB/PA 28.747

AGRAVADO: MP LOCADORA EIRELI

ADVOGADOS: MANUEL CARLOS GARCIA GONÇALVES - OAB/PA 6.492 E NELMA CATARINA


OLIVEIRA MÁRTIRES COSTA - OAB/PA 11.651

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO


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DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO, interposto pelo


Presidente da Comissão Permanente de Licitação da Prefeitura Municipal de Tracuateua/PA,
Pregoeira da Prefeitura Municipal de Tracuateua/PA e Prefeito Municipal de Tracuateua/PA, visando
a reforma da decisão proferida pelo MM Juízo da 1ª Vara Cível e Empresarial de Bragança, nos autos do
Mandado de Segurança (n. 0802142-18.2021.8.14.0009), impetrado por MP LOCADORA EIRELI.

O agravante questiona a decisão de 1.º grau que deferiu a tutela de urgência pleiteada, para determinar a
imediata suspensão dos itens 1, 3, 4, 6, 7, 9, 12, 13, 14, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 32, 33, 34, 36, 37 e
38 do Pregão Eletrônico nº 9/2021-00022-PE-SRP-PMT (Processo Administrativo nº 2021/030105-PMT) e
do posterior contrato administrativo dele decorrente, inclusive, sob pena de responsabilidade e
improbidade administrativa.

De início, ressalta que não estão presentes na ação mandamental os requisitos do fumus boni iuris e do
periculum in mora para sustentar a concessão de medida liminar sem oitiva da parte coatora, o que enseja
a reforma da decisão e a concessão monocrática do efeito suspensivo postulado.

Esclarece que ainda na fase inicial, quando é realizada a análise da proposta de preço das empresas
participantes, a CPL identificou diversas falhas na proposta da empresa MP Locadora EIRELI, ora
Agravada, discriminadas a seguir: a) Número de processo licitatório errado; b) Ausência de menção ao
objeto licitado; c) Ausência de prazo para início da prestação dos serviços; d) Ausência de valor por
extenso das propostas; e) Ausência de documento obrigatório previsto no subitem 7.6.4 do Edital –
Declaração de fidelidade e veracidade dos documentos apresentados.

Em suas razões, alega que é patente a constatação de que a desclassificação da agravada se deu de
forma escorreita e dentro dos parâmetros legais, uma vez que é cristalina a percepção de que se trata de
falhas vultosas e que inviabilizam a classificação da empresa participante.

Assevera que a comissão identificou uma série de inconsistências que fariam com que a empresa
agravada fosse inabilitada para participar do certame, ou seja, ainda que fosse classificada com os
diversos erros já discriminados na fase de análise das propostas, a agravada seria inabilitada na fase
seguinte do certame, em razão dos inúmeros inconformidades com o Edital em comento.

Alega que a suspensão da maioria dos itens do procedimento licitatório, representaria um verdadeiro
periculum in mora inverso, pois causaria danos não apenas à Administração, mas à coletividade, na figura
dos Munícipes de Tracuateua, uma vez que o serviço de transporte escolar é serviço público essencial que
afeta aos interesses de todos os munícipes, especialmente aos alunos da rede pública estadual e
municipal, que já foram tão prejudicados durante o período pandêmico.

Ao final, ratifica que a proposta apresentada pela empresa Agravante foi realizada em desconformidade
com as exigências do Edital, não se tratando apenas de vícios sanáveis, como tenta alegar à impetrante,
mas, sim, de diversos erros significativos que a inviabilizaram a classificação da empresa para seguir no
certame.

Ante esses argumentos, requer, liminarmente, a concessão de efeito suspensivo e, ao final, o provimento
do agravo de instrumento com a reforma da decisão agradada.

Éo sucinto relatório.

DECIDO.

Para a análise do pedido de efeito suspensivo formulado pelo agravante, necessário se faz observar o que
preceituam os artigos 995, parágrafo único e 1.019, I, do NCPC.
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Assim, conclui-se do texto legal a existência de dois requisitos, os quais devem estar presentes
concomitantemente, para a concessão do efeito suspensivo, quais sejam: probabilidade do direito, de
modo que deve o agravante demonstrar, através das alegações deduzidas em conjunto com os
documentos acostados, a possibilidade de que o direito pleiteado exista no caso concreto; e perigo de
dano ou risco ao resultado útil do processo, consubstanciado no reconhecimento de que a demora na
definição do direito poderá causar dano grave e de difícil reparação ao demandante com um suposto
direito violado ou ameaçado de lesão.

Ressalte-se, por oportuno, que o exame da matéria, para o fim da concessão do efeito suspensivo, pela
celeridade que lhe é peculiar, dispensa digressão acerca de toda a temática que envolve os fatos, a qual
merecerá o devido exame por ocasião do julgamento do mérito recursal.

Da análise prefacial dos autos, não constato que há plausibilidade na argumentação exposta pelo
agravante, de forma a caracterizar o fumus boni juris, bem como não emerge a presença do risco de lesão
grave e de difícil reparação (periculum in mora).

Vale nesse passo acrescentar que restou consignado na decisão agravada que a impetrante, ora
agravada, foi desclassificada por motivos meramente formais, os quais poderiam ser corrigidos sem se
alterar o conteúdo da proposta (leia-se melhor preço), o que se vislumbra a plausibilidade do direito
invocado pela parte agravada, tendo em mira evidências de violação às normas legais.

Nesse sentido, colaciono o que preleciona os dispositivos do Decreto Federal nº 10.024/19, norma
aplicável ao processo licitatório, in verbis:

“Art. 17. Caberá ao pregoeiro, em especial:

(...)

VI - sanear erros ou falhas que não alterem a substância das propostas, dos documentos de habilitação e
sua validade jurídica;”

Art. 47. O pregoeiro poderá, no julgamento da habilitação e das propostas, sanar erros ou falhas que não
alterem a substância das propostas, dos documentos e sua validade jurídica, mediante decisão
fundamentada, registrada em ata e acessível aos licitantes, e lhes atribuirá validade e eficácia para fins de
habilitação e classificação, observado o disposto na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

Parágrafo único. Na hipótese de necessidade de suspensão da sessão pública para a realização de


diligências, com vistas ao saneamento de que trata o caput, a sessão pública somente poderá ser
reiniciada mediante aviso prévio no sistema com, no mínimo, vinte e quatro horas de antecedência, e a
ocorrência será registrada em ata.”

Nesse cenário, não constatando, de pronto, a presença dos requisitos necessários à concessão da medida
pleiteada, tenho como certo ser prudente o estabelecimento do contraditório para a eventual provimento
do pedido.

Ante o exposto, com fulcro nos artigos 995, § único e 1.019, I, ambos do NCPC, em atenção ao restrito
âmbito de cognição sumária, indefiro o pedido de efeito suspensivo ao recurso, até ulterior
deliberação deste Egrégio Tribunal de Justiça.

Esclareça-se que a presente decisão tem caráter precário, cujo deferimento do efeito suspensivo ao
recurso não configura antecipação do julgamento do mérito da ação, não constitui e nem consolida direito,
podendo, perfeitamente, ser alterado posteriormente por decisão colegiada ou mesmo monocrática do
relator.

Por fim, determino que:


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Intime-se a parte agravada, para que, caso queira, apresente contrarrazões ao presente recurso, também
no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 1019, II, do NCPC.

Em seguida, ao Ministério Público para exame e parecer.

Por fim, retornem-me conclusos para ulteriores.

Publique-se. Intime-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO DE


CITAÇÃO/INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO.

Belém, 17 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0801255-38.2021.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: ADAO MARTINS


BASTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOAO PAULO DA SILVEIRA MARQUES OAB: 16008/PA
Participação: APELADO Nome: PORTO SEGURO COMPANHIA DE SEGUROS GERAIS Participação:
ADVOGADO Nome: THIAGO COLLARES PALMEIRA OAB: 730/PA Participação: ADVOGADO Nome:
ERICA FERNANDA VALENTIM DE ANDRADE OAB: 214116/SP Participação: ADVOGADO Nome:
MARISA DE ALMEIDA MACOLA MARINS OAB: 10301/PA

ÓRGÃO JULGADOR: 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AUTOS Nº: 0801255-38.2021.8.14.0040

CLASSE: RECURSO DE APELAÇÃO

JUÍZO DE ORIGEM: 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE PARAUAPEBAS

APELANTE: ADÃO MARTINS BASTOS

APELADA: PORTO SEGURO COMPANHIA DE SEGUROS GERAIS

RELATORA: DESA. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Vistos os autos

1. Em sede de juízo de admissibilidade recursal único (art. 1.010, § 3º do CPC), verifico, a priori, a
presença dos pressupostos recursais intrínsecos e extrínsecos, razão pela qual recebo o apelo nos efeitos
devolutivo e suspensivo (art. 1.012, caput CPC[1]);

2. Transcorrido o prazo para interposição de eventual recurso, retornem os autos conclusos, uma vez que
a parte apelada já apresentou contrarrazões (Id. 5868077);
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3. Intimem-se;

4. Após, conclusos.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Relatora

[1] Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. § 1o Além de outras hipóteses previstas em lei,
começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: I - homologa divisão ou
demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga
improcedentes os embargos do executado; IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V -
confirma, concede ou revoga tutela provisória; VI - decreta a interdição. (Destaquei)

Número do processo: 0808911-06.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: JOCINALDO DE


JESUS DE SOUSA BATISTA Participação: AGRAVADO Nome: GIZELI FERREIRA MIRANDA
Participação: ADVOGADO Nome: ADAILSON DA COSTA BRANCHES OAB: 27538/PA

SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO – 2ª TURMA DE DIREITO


PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 0808911-06.2020.8.14.0000 – PJE

AGRAVANTE: J. DE J. DE S. B.

AGRAVADA: G. F. M.

RELATOR: DES. RICARDO FERREIRA NUNES

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto contra decisão da Vara do Juizado da Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher de Santarém-PA, nos autos da Medida Protetiva (Processo n º 0006882-
57.2020.814.0051), movida por G. F. M. contra J. de J. de S. B.

Em consulta ao sistema PJE, verifico que em 08 de julho de 2021 foi prolatada sentença, julgando
procedente a demanda, extinguindo o feito com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I do CPC.

Logo, deve ser reconhecida a perda do objeto do presente recurso, na forma do art. 932, III do CPC.

Assim, julgo prejudicado o presente agravo de instrumento.

Intimem-se.

Belém, 18 de agosto de 2021.

RICARDO FERREIRA NUNES


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Desembargador Relator

Número do processo: 0800208-96.2019.8.14.0008 Participação: APELANTE Nome: PEDRO SMITH DO


AMARAL Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO EDUARDO DOS SANTOS RODRIGUES OAB:
15473/PA Participação: APELADO Nome: EQUATORIAL PARA DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A
Participação: APELADO Nome: EQUATORIAL TRANSMISSORA 7 SPE S.A. Participação: TERCEIRO
INTERESSADO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0800208-
96.2019.814.0008 APELANTE: PEDRO SMITH DO AMARAL ADVOGADO: Dr. Antonio Eduardo dos
Santos Rodrigues APELADO: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A APELADO:
EUQUATORIAL TRANSMISSORA 7 SPE S/A RELATOR: DES. RICARDO FERREIRA NUNES

DESPACHO

A presente Apelação Cível se insurge contra sentença do Juízo da Vara Agrária de Castanhal, nos autos
da Ação de Indenização por Servidão Administrativa, com Pedido de Tutela Antecedente, em trâmite
perante o Juízo da Vara Agrária da Comarca de Castanhal, em que é requerente Pedro Smith do Amaral,
e requeridas Centrais Elétricas do Pará S/A – CELPA, representada por seu presidente Raimundo Nonato
Alencar de Castro, e Equatorial Transmissora7 SPE S/A, representada por seu presidente Augusto
Miranda da Paz Junior.

Não foi efetuado o preparo recursal, tendo o recorrente pleiteado a concessão de justiça gratuita sob a
alegação de não ter condições, neste momento, de arcar com as custas do recurso sem, contudo,
apresentar documentos que demonstrassem a alteração de suas condições financeiras.

Considerando que pelas circunstâncias dos autos, em princípio, a parte não atenderia aos requisitos para
o deferimento da gratuidade da justiça, tendo em vista que o Apelante, muito embora declare ser
hipossuficiente, não apresentou comprovação satisfatória da condição alegada, principalmente
considerando a alegação de que o imóvel em debate é produtivo, existindo exploração de açaí e cacau, e
que mantém contratos de parceria agrícola com o objetivo de extração das respectivas culturas, determinei
que apresentasse justificativa para o pedido, juntando aos autos a documentação que entendesse
necessária, especialmente cópia da última declaração de imposto de renda apresentada à Secretaria da
Receita Federal.

Não obstante, o prazo transcorreu in albis sem que houvesse manifestação da parte apelante, conforme
certidão de ID 4095295.

Assim, ante a falta de comprovação de que o Apelante faz jus ao benefício, indefiro o pedido de
concessão de gratuidade de justiça e determino que o recorrente seja intimado para que, no prazo de 5
(cinco) dias, efetue o recolhimento do preparo do recurso, sob pena de não conhecimento do apelo.

Belém, 18 de agosto de 2021.

DES. RICARDO FERREIRA NUNES

Relator
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Número do processo: 0811127-37.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: M. M. D. A.


Participação: ADVOGADO Nome: HILTON CESAR REIS DA SILVA OAB: 684/PA Participação:
AGRAVADO Nome: H. S. D. N. Participação: ADVOGADO Nome: JAQUELINE DAMASCENO CARDOSO
OAB: 28715/PA Participação: ADVOGADO Nome: GILSON ALISSON SOUSA DE ARAUJO OAB:
28701/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202): 0811127-37.2020.8.14.0000
AGRAVANTE: M.M.D.A.
Nome: M.M.D.A.
Endereço: Avenida Gentil Bittencourt, 1450, Conj. Ajuricaba, Bloco C, apto. 302, Nazaré, BELéM - PA -
CEP: 66040-172
Advogado: HILTON CESAR REIS DA SILVA OAB: PA684-A Endereço: desconhecido
AGRAVADO: H.S.D.N.
Nome: H.S.D.N.
Endereço: Tv Djalma Dutra, 946, Ed. San Diego, apto 1102, Telégrafo Sem Fio, BELéM - PA - CEP:
66113-260
Advogado: GILSON ALISSON SOUSA DE ARAUJO OAB: PA28701-A Endereço: Rodovia BR-316, - do
km 5,601 ao km 8,001 - lado ímpar, Centro, ANANINDEUA - PA - CEP: 67030-000 Advogado:
JAQUELINE DAMASCENO CARDOSO OAB: PA28715-A Endereço: WE 84, 602, (Cidade Nova VI), WE
84, ANANINDEUA - PA - CEP: 67140-250

DESPACHO

Considerando a interposição do Agravo Interno no ID Num. 5745877 , intime-se a parte interessada para,
querendo, oferecer contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, a teor do que estabelece o § 2º do art.
1.021 do Código de Processo Civil de 2015.

Após, retornem os autos em conclusão.

ÀUPJ, para providências necessárias.

Belém, data registrada no Sistema.

JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR

DESEMBARGADOR - RELATOR

Número do processo: 0806249-35.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO FICSA S/A.


Participação: ADVOGADO Nome: FELICIANO LYRA MOURA OAB: 19086/PA Participação: AGRAVADO
Nome: SANDRA MARIA LEMOS DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: SONIA HAGE AMARO
PINGARILHO OAB: 1601/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO LEMOS DA SILVA NETO OAB:
5632/PA

PROCESSO: 0806249-35.2021.8.14.0000 (PJE)

SEC. ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO – 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO


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RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO

AGRAVANTE: BANCO FICSA S/A

AGRAVADA: SANDRA MARIA LEMOS DA SILVA

RELATOR: DES. RICARDO FERREIRA NUNES

DECISÃO

Vistos, etc.

Analisando o recurso interposto, verifica-se o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade,


estando a matéria tratada inserida no rol do art. 1.015 do NCPC, razão pela qual passo a apreciá-lo.

Trata-se de Agravo de Instrumento contra decisão do Juízo da 8ª Vara Cível da Comarca de Belém, nos
autos da Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Consignação em Pagamento (Proc. nº 0824025-
18-18.2021.814.0301) proposta por Sandra Maria Lemos da Silva contra Banco C6 Consignado S/A.

Em sua exordial, a Autora afirma ser aposentada, e recebe benefício previdenciário no importe de um
salário mínimo. Aduz ter sido surpreendida com descontos indevidos, tomando conhecimento de
empréstimo consignado, no importe de R$8.062,32 (contrato: 807359777), para ser pago em 84 parcelas
de R$190,00. Após defender jamais ter celebrou nenhum com o banco requerido, requereu a concessão
de tutela de urgência, determinando que a Instituição Financeira suspenda os descontos referentes ao
contrato mencionado. (ID nº 25594201 dos autos principais).

O Juízo Singular, deferiu a tutela antecipada pleiteada, nos seguintes termos:

“... Ante o exposto, defiro o pedido de tutela de urgência para determinar que a requerida proceda com a
suspensão dos efeitos do contrato nº: 807359777 e que o banco requerido seja impedido de realizar
quaisquer descontos nos rendimentos da autora, sob pena de multa diária no valor de R$ 500,00
(quinhentos reais) até o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Entretanto, os efeitos dessa decisão ficarão
condicionados ao depósito em juízo pela autora do valor controvertido referente ao empréstimo que foi
depositado em sua conta no valor de R$ 7.815,71(sete mil oitocentos e quinze reais e setenta e um
centavos). Proceda a Secretaria abertura de conta judicial. Os demais pedidos serão analisados em tempo
oportuno, quando do julgamento do mérito. Preenchidos os requisitos essenciais e não sendo o caso de
improcedência liminar do pedido, em observância ao artigo 334 do CPC, ainda que haja ou não pedido
expresso do autor em não realizar audiência conciliativa na exordial, pugnando pela autocomposição e a
resolução pacífica dos conflitos, informem as partes no prazo de 05 (cinco) dias se possuem interesse na
composição amigável do conflito...” (ID nº 28007895 dos autos principais)

O Banco Recorrente alega, em suas razões (petição de nº. ID nº 5595068), que deverá ser ajustada a
multa quanto à periodicidade da sua incidência, isto é, por mês de atraso e não por dia, posto que a
permanência de tal parâmetro acarreta eventual enriquecimento ilícito da parte autora, sendo necessária a
readequação ao caso concreto.

Ao final, pugna pela concessão de efeito suspensivo ao presente recurso. É o que passo a analisar.

Preleciona o artigo 1.019, inciso I do Código de Processo Civil que o relator poderá atribuir efeito
suspensivo ao recurso de agravo de instrumento, ou deferir, em antecipação de tutela, total ou
parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão.

Pois bem, para que isto ocorra, é necessário que, nos termos do parágrafo único do artigo 995 do Código
de Processo Civil, o agravante demonstre a probabilidade de provimento do recurso e que o efeito
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imediato da decisão recorrida cause risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação.

In casu, a probabilidade de provimento do recurso se enlaça à análise acerca da onerosidade da multa


diária fixada pelo magistrado a quo, para o caso de descumprimento da obrigação de fazer determinada.

Compulsando os autos, entendo haver probabilidade do direito do agravante, no que tange a excessiva
onerosidade, ante a imposição de multa diária pelo descumprimento, no montante de R$ 500,00
(quinhentos reais), até o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Da mesma forma, há nos autos indícios de
prova suficientes a demonstrar que a imposição da multa nos termos em que efetuada, seria capaz de
causar dano de difícil ou impossível reparação. Vejamos.

Com relação às astreintes, sabe-se que as mesmas devem ser fixadas em valor relevante e sempre de
forma razoável e proporcional, considerando o contexto fático do processo, de modo a compelir a parte
destinatária do comando judicial a cumprir o que lhe foi determinado, porém, sem exacerbar os limites do
razoável.

No caso concreto, a meu ver, os valores fixados pelo juízo de primeiro grau a título de multa se mostram
elevados e em desconformidade com os parâmetros legais, sendo capazes de ensejar enriquecimento
ilícito da parte eventualmente beneficiada, de forma que demonstrado que o efeito imediato da decisão
recorrida pode causar dano grave de difícil ou impossível reparação. Isto, principalmente considerando a
desproporção entre os valores dos descontos (R$190,00) e o da penalidade imposta com periodicidade
diária quando eventual descumprimento ocorreria a cada mês de desconto.

Assim, pelo acima exposto, decido conceder parcialmente o efeito suspensivo ativo pleiteado,
apenas no que tange a multa fixada, para que incida para cada desconto indevido referente ao contrato
discutido nos presentes autos e não de forma diária, arbitrando as astreintes no montante de R$ 3.000,00
(três mil reais), comunicando-se o juízo prolator da decisão guerreada.

Intime-se o Agravado para, querendo, no prazo legal, responder aos termos do recurso, nos termos do
inciso II do art. 1.019 do CPC.

Após, conclusos para julgamento.

Belém, 18 de agosto de 2021.

DES. RICARDO FERREIRA NUNES

Relator

Número do processo: 0806091-77.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: UNIMED DE


BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE
AZEVEDO TRINDADE OAB: 11270/PA Participação: AGRAVADO Nome: JANICE DE SENA GOMES
PINHEIRO Participação: ADVOGADO Nome: KAMILA CONCEICAO BARBOSA SILVA OAB: 26355/PA
PROCESSO: 0806091-77.2021.814.0000 SEC. ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO – 2ª TURMA
DE DIREITO PRIVADO AGRAVO DE INSTRUMENTO

AGRAVANTE: UNIMED BELÉM - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

ADVOGADO(A): Diogo de Azevedo Trindade - OAB/PA 11.270 e outro.

AGRAVADO: JANICE DE SENA GOMES PINHEIRO


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ADVOGADO(A): Kamila Barbosa - OAB/PA 26.355

RELATOR: DES. RICARDO FERREIRA NUNES

1. Exame de admissibilidade:

Recurso tempestivo e preparado, merecendo, portanto, ser conhecido.

2. Breve relato dos fatos:

Da leitura dos autos, observa-se que o recurso em tela se insurge contra decisão proferida na “ação de
obrigação de fazer com pedido de antecipação de tutela (fornecimento de medicamento) c/c danos morais”
(proc. nº 0812735-06.2021.8.14.0301), que tramita na 13ª Vara Cível e Empresarial da Comarca da
Capital, em que o juízo monocrático deferiu o pedido de tutela de urgência formulado pelo agravado, nos
seguintes termos:

Somente hoje face ao acúmulo de serviço.

Tendo em vista a decisão em epígrafe, norteado pelos ditames dos princípios da celeridade e efetividade
da prestação jurisdicional, e igualmente alicerçado nos princípios da cooperação, da duração razoável do
processo, e da eficiência, passo a discriminar, detalhadamente, o procedimento adotado no caso dos
autos, a ser cumprido de forma SEQUENCIAL, ficando, portanto, cientes todas as partes acerca deste.

1. DEFIRO à parte autora a PRIORIDADE de tramitação. Anote-se.

Para os autos que tramitam com prioridade processual, com ou sem requerimento das partes, deverá a
secretaria certificar o tipo de prioridade (art. 1.048, CPC), observando inclusive o disposto na Lei
10.741/2003 (Estatuto do Idoso), no que tange a distinção em dois grupos, sendo eles: pessoas com idade
igual ou superior a 60 (sessenta) anos (art. 1º, lei 10.741) e prioridade especial das pessoas maiores de
oitenta anos (art. 1º, Lei 13.466/2017).

Para cumprimento do tópico em comento, a secretaria deste juízo deverá inserir Lembrete permanente nos
autos, com a seguinte observação: PRIORIDADE PROCESSUAL. (PREENCHER O TIPO DA
PRIORIDADE).

2. Da inclusão no polo passivo.

Considerando o pedido da Requerente formulado antes da citação, proceda-se a Secretaria a inclusão de


Central Nacional Unimed, pessoa jurídica inscrita no CNPJ 02.812.468/0001-06, com sede na Alameda
Santos, nº 1826, Bairro Cerqueira Cesar, na cidade de São Paulo - SP, Cep 01418-102, no polo passivo
da presente demanda.

3. Da gratuidade processual requerida.

O(s) requerente(s) postula(m) genericamente a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita,
no entanto, não apresenta(m) nenhum indicativo que permita a este juízo verificar a necessidade da parte
fazer jus ao benefício, aliás, percebe-se a cada dia que os pedidos costumam ser absolutamente
genéricos.

Para a concessão do benefício, não mais se considera tão somente a mera alegação na petição inicial,
sendo necessário o mínimo de demonstração de indícios da capacidade do requerente, na forma da
Súmula do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (Súmula 06), in verbis:

A alegação de hipossuficiência econômica configura presunção meramente relativa de que a pessoa


217
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

natural goza do direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no artigo 98 e seguintes do Código
de Processo Civil (2015), podendo ser desconstituída de ofício pelo próprio magistrado caso haja prova
nos autos que indiquem a capacidade econômica do requerente.

Preconiza o artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal de 1988 que o “o Estado prestará assistência
judiciária integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos” (grifos apostos).

E, na legislação infraconstitucional, o artigo 98, caput, do Código de Processo Civil define que “a pessoa
natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as
despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.”
(grifei).

Logo, com fulcro no artigo 99, § 2º, do CPC/2015, assino o prazo de 15 dias para que a parte traga aos
autos os comprovantes de rendimentos, a última declaração de bens e rendimentos entregue à
Receita Federal, bem como o extrato atualizado de conta corrente e de aplicações financeiras,
inclusive de poupança, ou qualquer documento capaz de comprovar a hipossuficiência declarada,
anotando-se o sigilo dos documentos apresentados.

Desde já, por economia processual, em cumprimento ao artigo 1° da Portaria Conjunta nº 3/2017-
GP/VP/CJRMB/CJCI, defiro o parcelamento das custas processuais, em 4 (quatro) parcelas mensais,
devendo a parte beneficiária do deferimento comprovar mensalmente o pagamento, sob pena de
indeferimento, na forma do art. 98, §6º, do CPC, conforme orientação encaminhada à UNAJ pela
administração do Tribunal de Justiça do Estado do Pará. (Prazo: 15 dias).

4. Da inconsistência relacionada ao comprovante de residência.

Compulsando os autos, verifico que, o comprovante de residência juntado, está em nome alheio a uma
das partes da presente demanda, além do que, na petição inicial não há qualquer alegação e
comprovação de alguma relação de parentesco ou similar que leve a crer que residem no mesmo local.

Assim, intime-se o Requerente para proceder a correção da inconsistência supracitada, no prazo do item 3
(15 dias).

5. Do pedido de tutela provisória de urgência antecipada.

Sem prejuízo do decurso do prazo dos itens anteriores, passo a analisar o pedido de tutela de urgência.

Nos termos do art. 300, do CPC/2015, a tutela provisória de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.

No caso dos autos, verifico que a parte requerente pleiteia que a requerida seja compelida a providenciar e
custear os medicamentos necessários ao paciente (KISQALI RIBOCICLIBE 200MG).

Neste sentido, observo que, além dos argumentos aduzidos na peça exordial, há a prescrição de
profissional da saúde em relação aos tratamentos retromencionado e a negativa em custear o tratamento
alegada pela operadora de saúde.

Ressalto ainda que, é o profissional da área da saúde (e não a operadora do plano de saúde) o
responsável pela orientação terapêutica adequada ao paciente, logo, é este quem decide o medicamento
ou tratamento adequado para a enfermidade do paciente.

Para análise do requerimento, colaciono o AgInt no AREsp 1181628 SP 2017/0255702-0, julgado em


06/03/2018 e publicado no DJe em 09/03/2018:
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AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PLANO DE SAÚDE. RECUSA DE


TRATAMENTO. MATÉRIA QUE DEMANDA REEXAME DE FATOS E PROVAS. SUMULA 7 DO STJ.
ACÓRDÃO EM SINTONIA COM O ENTENDIMENTO FIRMADO NO STJ. AGRAVO INTERNO NÃO
PROVIDO.

1. É firme a jurisprudência do STJ no sentido de que: "O plano de saúde pode estabelecer as
doenças que terão cobertura, mas não o tipo de tratamento utilizado, sendo abusiva a negativa de
cobertura do procedimento, tratamento, medicamento ou material considerado essencial para sua
realização de acordo com o proposto pelo médico.". Incidência da Súmula 83/STJ.

2. A conclusão do acórdão recorrido de que houve injusta e abusiva negativa de cobertura a tratamento
essencial para a recorrida, de acordo com seu médico, demandaria, necessariamente, reexame do
conjunto fático - probatório dos autos, o que é vedado em razão do óbice da Súmula 7 do STJ.

3. Agravo interno não provido.

Além disso, no julgamento da apelação 1000612-60.2019.8.26.0581 (na data de 22 de abril de 2020), pelo
Tribunal de Justiça de São Paulo, com voto condutor da Relatora Mary Grün, o colegiado decidiu que:

"É abusiva a recusa da ré porque é de competência do médico, e não da operadora do plano, a escolha da
terapia relativa à patologia da paciente, patologia esta coberta pelo plano, sendo irrelevante se tratar de
medicamento não previsto no rol da ANS ou de uso domiciliar."

"não é necessário que o contrato de prestação de serviços à saúde ou a Agência Reguladora relacionem
expressamente cada um dos procedimentos a que os beneficiários terão direito nem o procedimento
adequado ao tratamento de cada moléstia, lembrando que o plano de saúde pode estabelecer quais
doenças estão sendo cobertas, mas não que tipo de tratamento está alcançado para a respectiva cura".

No mesmo sentido, o acórdão do Tribunal Bandeirante (TJSP), datado de 16 de abril de 2020, que
determinou o fornecimento além do medicamento Kisqali (Ribociclibe), do fármaco Femara (Letrozol),
afirmando o relator Edson Luiz de Queiroz, na apelação 1001795-30.2019.8.26.0011 que: "o objetivo
contratual da assistência médica comunica-se, necessariamente, com a obrigação de restabelecer ou
procurar restabelecer, através dos meios técnicos possíveis, a saúde do paciente".

Ademais, verifico que os direitos fundamentais relacionados a vida e a dignidade da pessoa humana estão
situados, no ordenamento jurídico, em patamar superior em relação às decisões econômicas de
operadoras de saúde.

Assim, a prescrição do profissional de saúde é suficiente para que a operadora de saúde providencia e
forneça o tratamento adequado para a patologia do requerente, estando, portanto preenchidos os
requisitos da verossimilhança do direito alegado e do perigo da demora, DEFIRO O PEDIDO, para que a
parte requerida proceda o custeio do medicamento adequado prescrito pelo profissional as saúde
(KISQALI RIBOCICLIBE 200MG).

O não cumprimento desta determinação implicará o pagamento de multa no valor de R$2.000,00 (dois mil
reais) por dia, limitado a R$100.000,00 (cem mil reais).

Intime-se a parte requerida, na pessoa de seu representante jurídico, para que cumpra a presente decisão
imediatamente. Ressalto que, em caso de descumprimento da decisão liminar, fixo o prazo de 24 horas
para a incidência da multa estipulada no parágrafo anterior.

Ressalto que a presente providência é liminar, possuindo caráter de provisoriedade, possibilitando-se, a


posteriori, ampla discussão e produção de provas que fornecerão certeza para este Juízo apreciar e
decidir o mérito da demanda.
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6. Da citação.

6.1. Cite-se a requerida para que apresente defesa no prazo de 15 (quinze) dias, conforme o disposto no
inciso III do art. 335 do CPC, bem como indique as provas que pretendem produzir.

6.2. Apresentada contestação, se pelo menos uma das partes requeridas alegar quaisquer das matérias
enumeradas no art. 337, do CPC, ouça-se o autor no prazo de 15 (quinze) dias (arts. 351 e 437, CPC).

6.3. Deixo de designar, neste momento, a audiência de conciliação prevista no art. 334, do CPC, tendo em
vista que esta vara carece de conciliadores, mediadores e quantitativo de servidores para desempenhar a
tarefa.

6.4. A medida visa dar celeridade ao andamento processual, otimizando os procedimentos na vara, não
sendo impeditivo para que, a qualquer tempo, ex officio ou a requerimento de quaisquer das partes, seja
designada audiência com esta finalidade, sendo incluída na pauta com prioridade.

6.5. Em ocorrendo requerimento neste sentido, fica autorizada a Secretaria a designar audiência de
conciliação, por ato ordinatório, intimando as partes para comparecerem em dia e hora previamente
designado, imbuídas do espírito da conciliação, haja vista o poder que possuem de se moverem rumo a
solução amigável do conflito, como alternativa para o desfecho deste processo.

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITALIZADA, COMO MANDADO, CARTA E OFÍCIO.

Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei e expeça-se o que for necessário.

7. Do saneamento do feito.

7.1. Cumpridos os itens 6.1 e 6.2, com ou sem manifestação, intime-se via ato ordinatório para que, no
prazo de 5 dias, as partes especifiquem, de forma objetiva, precisa e fundamentada, as provas que ainda
pretendem produzir, a fim de que este juízo examine sua validade.

7.2. Sem prejuízo, determino que a requerida, quando da apresentação de sua defesa, proceda a juntada
de planilha descritiva contendo a integralidade dos (1) procedimentos autorizados e já realizados, bem
como (2) autorizados e pendentes de realização, caso haja, para o tratamento médico retromencionado,
devendo ainda informar (3) sobre a regularidade de pagamento no tocante ao contrato de prestação de
serviços entabulado entre as partes.

8. Do julgamento antecipado da lide.

8.1. SEM pedido de produção de provas.

8.1.1. Não havendo requerimento no tocante à produção de provas, determino o julgamento antecipado da
lide, na forma do art. 355, I, do CPC/2015.

8.1.2. Proceda-se a remessa dos autos à UNAJ para apuração das custas finais, caso necessário.

8.1.3. Após o decurso do prazo recursal, CERTIFIQUE-SE e retornem os autos conclusos para
julgamento.

8.2. COM pedido de produção de provas.

Havendo requerimento com vistas à produção de provas, CERTIFIQUE-SE, devendo:


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i) indicar os respectivos ID’s cadastrados no sistema PJE;

ii) cumpridos os itens contidos na presente decisão, inclusive os comandos judiciais eventualmente já
proferidos nesses autos, expeça-se certidão de cumprimento ou cumprimento parcial, com a devida
justificação, após, voltem-me os autos conclusos para saneamento; e

iii) a orientação para a secretaria em relação a tramitação externa no sistema PJE: para cumprimento do
tópico 8.2., a secretaria deste juízo deverá encaminhar os autos para a pasta “Minutar ato de decisão”,
devendo ainda inserir Lembrete nos autos, com a seguinte observação: “Analisar pedido de produção de
provas”.

Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, (data constante na assinatura digital).

Em suas razões recursais, a agravante defende, preliminarmente, a sua ilegitimidade pois o vínculo
contratual da autora da ação, ora agravada, é com a Central Nacional Unimed – Cooperativa Central. No
mérito, aduz que a negativa de fornecimento do medicamento se deu no exercício regular do direito, uma
vez que o que o medicamento Ribociclibe (Kisqali), não está incluído entre os medicamentos dispostos na
DUT 54 e 64, do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS, de modo que não há
obrigatoriedade de cobertura ao tratamento; afirma “a presença do periculum in mora inverso e a
necessidade de evitar o ‘efeito multiplicador’ em pedidos de igual natureza”

Com base nessas argumentações, postulou concessão de efeito suspensivo que será apreciado adiante e,
ao final, o provimento do recurso para reformar a decisão interlocutória.

Éo relato do necessário.

3. Do pedido de efeito suspensivo.

Nos exatos termos dos artigos 995, parágrafo único e 1.019, I do CPC/15, infere-se que para concessão
do efeito suspensivo ao agravo de instrumento deve estar demonstrada, além da probabilidade de
provimento do recurso, a existência de risco de lesão grave e de difícil reparação, devendo haver uma
fundamentação consistente nesse sentido, já que necessário demonstrar o caráter de urgência da medida
requerida.

Destaca-se que os requisitos em tela são concorrentes, de modo que a ausência de um deles acaba por
inviabilizar a pretensão do recorrente.

No que diz respeito a preliminar de ilegitimidade passiva da agravante parece-me prematuro o juízo de
valor sobre o tema. Isso porque, em que pese a parte autora ter vínculo com a outra parte ré, qual seja, a
Central Nacional Unimed – Cooperativa Central, pessoa jurídica diversa da agravante, existem nos autos
guias de solicitação para prescrição de medicamentos oncológicos e guias de serviço profissional
pertencentes à agravante, além da alegação da autora de que requisitava os exames e medicamentos à
UNIMED Belém. Tais fatos indicam uma relação entre as partes que só ficará esclarecida com a instrução
processual, afastando, nesse momento, à probabilidade do provimento do recurso.

Sobre o mérito da decisão agravada, a Lei 9.656/98 prevê a possibilidade das operadores do plano de
saúde excluírem da cobertura o fornecimento de determinados medicamentoa.

No entanto, não é isso que orienta a jurisprudência, especialmente a do Superior Tribunal de Justiça que
se firmou no sentido de que "ainda que admitida a possibilidade de o contrato de plano de saúde
conter cláusulas limitativas dos direitos do consumidor (desde que escritas com destaque,
permitindo imediata e fácil compreensão, nos termos do § 4º do artigo 54 do Código
Consumerista), revela-se abusivo o preceito excludente do custeio do medicamento prescrito pelo
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médico responsável pelo tratamento do beneficiário, ainda que ministrado em ambiente domiciliar"
(AgRg no AREsp n. 624.402/RJ, Relator o Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma, julgado em 19/3/2015,
DJe 26/3/2015). Dessa forma, tenho, por ora, que o agravado conseguiu preencher o requisito da
probabilidade do direito, haja vista ter sido demonstrado existência de recusa no fornecimento de
medicamento prescrito pelo médico assistente do beneficiário do plano de saúde, conforme se verifica dos
documentos acostados com a inicial da ação originária.

Ademais, cediço que o plano de saúde não pode se recusar a custear tratamento prescrito pelo médico,
pois cabe a este definir qual é o melhor tratamento para o segurado. Além disso, o que importa é se a
doença apresentada pelo agravado se encontra prevista em contrato, não importando a forma como
tratamento será ministrado.

Dessa forma, em análise perfunctória das alegações não encontro evidências capazes de me convencer
da probabilidade do direito invocado, sendo de rigor negar o efeito suspensivo pretendido.

4. Dispositivo

Ante tais considerações e não preenchidos os requisitos previstos no parágrafo único do art. 995 do
CPC/15, indefiro o pedido de efeito suspensivo pleiteado pelo agravante.

Intime-se o agravado para, querendo, no prazo legal, responder aos termos do recurso, nos termos do
inciso II do art. 1.019 do CPC.

Belém, 18 de agosto de 2021.

RICARDO FERREIRA NUNES

Desembargador Relator

Número do processo: 0804901-50.2019.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: OLGARINA DE


JESUS SILVA Participação: AGRAVADO Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO
MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE OAB: 11270/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO INTERNO (202):0804901-50.2019.8.14.0000
AGRAVANTE: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
Endereço: Travessa Curuzu, 2212, - de 2008/2009 ao fim, Marco, BELéM - PA - CEP: 66085-823
Advogado: DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE OAB: PA11270-A Endereço: QUINTINO BOCAIUVA, 1249,
APTO. 202, NAZARE, BELéM - PA - CEP: 66053-240
AGRAVADO: OLGARINA DE JESUS SILVA
Nome: OLGARINA DE JESUS SILVA
Endereço: Travessa Campos Sales, 618, - de 621/622 ao fim, Campina, BELéM - PA - CEP: 66015-090
DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Agravo Interno interposto por UNIMED BELÉM – COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO,
em face de decisão monocrática deste relator, nos autos do Agravo de Instrumento em Ação Revisional
c/c Danos Morais e Tutela de Urgência (processo eletrônico n° 0875077-58.2018.8.14.0301), movida por
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

OLGARINA DE JESUS SILVA, que conheceu e deu provimento ao agravo de instrumento, confirmando a
tutela antes deferida e fixando provisoriamente, até que seja prolatada decisão fundamentada em
cognição exauriente, as mensalidades da agravante em R$ 835,54 (oitocentos trinta e cinco reais e
cinquenta e quatro centavos), ressalvadas futuras aplicações do índice de reajuste anual que forem
autorizadas pela ANS, nas datas de reajuste do plano de saúde.

Houve oferta de contrarrazões pela agravada (Num. 3789403 – Pág. 1/12), requerendo o improvimento do
recurso.

Éo que bastava relatar.

DECIDO.

Sem adentrar no mérito do presente recurso, importa destacar que, em consulta ao Sistema do PJe,
verifiquei que foi proferida sentença no processo principal (autos n° 0875077-58.2018.8.14.0301), no dia
21/03/2021, nos seguintes termos:

“(...) Ante o exposto, JULGO PROCEDENTES os pedidos, confirmando, em definitivo, a decisão do


evento (evento Num. 9001984). Condeno ainda a requerida a pagar à demandante, o valor de R$ 5.000,
00 (cinco mil reais), a título de danos morais, corrigido pelo INPC-IBGE, a partir desta decisão (súmula 362
do STJ), e com juros moratórios de 1% a.m., a partir da citação, tratando-se de ilícito contratual.

Por conta da sucumbência mínima, condeno a ré ao pagamento das custas e honorários que arbitro em
10% (dez por cento) sobre o valor das condenações.

P.R.I.

Cumpra-se.

Belém (Pa), 21/03/21. (...)”

Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do presente Agravo Interno, com fulcro no art. 932, III, do CPC, por se
encontrar prejudicado, em face da perda superveniente de seu objeto, diante da sentença proferida, nos
autos originais.

Serve a presente decisão como MANDADO/OFÍCIO.

Após o trânsito em julgado, associem-se os autos ao processo de origem, dando-se baixa na distribuição
deste relator.

Belém/PA, data registrada no sistema.

JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR

Desembargador – Relator

Número do processo: 0801556-13.2018.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: MADEIREIRA


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MATINHA S/A Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO AUGUSTO DE SOUSA OAB: 42140/PR
Participação: AGRAVADO Nome: CREDIVAL PARTICIPACOES, ADMINISTRACAO E ASSESSORIA
LTDA Participação: ADVOGADO Nome: FABIO GUY LUCAS MOREIRA OAB: 9792/PA Participação:
ADVOGADO Nome: FABRICIO BENTES CARVALHO OAB: 11215/PA Participação: ADVOGADO Nome:
ANDERSON MARCIO DE BARROS OAB: 31952/PR Participação: ADVOGADO Nome: DANIELE
JUSTEN DE FREITAS YAMANE OAB: 30075/PR Participação: ADVOGADO Nome: VANILDO DE SOUZA
LEAO FILHO OAB: 12599/PA

2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO.

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0801556-13.2018.8.14.0000.

AGRAVANTE: MADEIREIRA MATINHA S/A

ADVOGADO(A): Rodrigo Augusto de Sousa, OAB/PR 42.140

AGRAVADO: CREDIVAL PARTICIPACOES, ADMINISTRACAO E ASSESSORIA LTDA

RELATOR: Des. Ricardo Ferreira Nunes

Cuida-se de agravo de instrumento interposto contra decisão do juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial de
Paragominas que indeferiu pedido de revogação da ordem e penhora, proferida nos autos da ação de
execução (Processo n.º 0002830-69.2007.8.14.0039).

Ocorre que o agravante, em 26.07.2021, informou que as partes entabularam acordo na ação de origem,
requerendo, ao final, que o presente recurso fosse julgado prejudicado (ID 5757643), o qual recebo como
pedido de desistência.

Considerando os poderes especiais outorgados ao advogado na procuração acostada ao processo (ID


473438), dentre os quais encontra-se o de desistir, bem como a faculdade concedida ao recorrente
prevista no artigo 998, caput, do CPC, HOMOLOGO o pedido de desistência para que produza seus
jurídicos e legais efeitos.

Belém, 17 de agosto de 2021.

Ricardo Ferreira Nunes

Desembargador Relator

Número do processo: 0814947-80.2019.8.14.0006 Participação: APELANTE Nome: BANCO


VOLKSWAGEN S.A. Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA TERESO JUNIOR OAB:
16837/PA Participação: APELADO Nome: ANA VIRGINIA PARAENSE DA PAIXAO Participação:
ADVOGADO Nome: RAFAEL AIRES DA SILVA COSTA OAB: 25751/PA Participação: ADVOGADO
Nome: LARISSA DAS GRACAS FREITAS SALES OAB: 13645/PA Participação: ADVOGADO Nome:
GABRIEL MOTA DE CARVALHO OAB: 23473/PA 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO. APELAÇÃO CÍVEL
Nº 0814947-80.2019.8.14.0006.

COMARCA: ANANINDEUA / PA.

APELANTE: ANA VIRGINIA PARAENSE DA PAIXÃO.


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ADVOGADO: GABRIEL MOTA DE CARVALHO - OAB/PA nº 23.473.

APELADO: BANCO VOLKSWAGEN S/A.

ADVOGADO: AMANDIO FERREIRA TERESO JUNIOR - OAB/PA 16.837-A.

RELATOR: DES. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA
Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. VIA ORIGINAL DO CONTRATO DE


FINANCIAMENTO / CÉDULA DE CRÉDITO. DOCUMENTO APRESENTADO. RÉ QUE ALEGOU
MATÉRIAS CONCERNENTES A REVISÃO DO CONTRATO. POSSIBILIDADE. INSURGÊNCIA
RECURSAL LIMITADA AOS ENCARGOS PREVISTOS PARA INCIDIR DURANTE O PERÍODO DE
ANORMALIDADE. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO COM
DEMAIS ENCARGOS PREVISTOS PARA O PERÍODO DE ANORMALIDADE (INADIMPLEMENTO).
PRECEDENTES DO STJ. EXCLUSÃO DOS DEMAIS ENCARGOS MORATÓRIOS. CONSTATAÇÃO DE
ABUSIVIDADES APENAS NO PERÍODO DE INADIMPLÊNCIA DO CONTRATO. SITUAÇÃO QUE NÃO
AFASTA A MORA DO CONSUMIDOR. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta perante este Egrégio Tribunal de Justiça por ANA VIRGINIA
PARAENSE DA PAIXÃO, nos autos da Ação de Busca e Apreensão movida em seu desfavor pelo
BANCO VOLKSWAGEN S/A, diante de seu inconformismo com a sentença proferida pelo juízo da 1ª
Vara Cível de Ananindeua, que julgou procedente a ação de busca e apreensão.

Razões às fls. ID 5950924 - Pág. 01/14, onde a Recorrente sustenta, em síntese, que teria alegado desde
a contestação a ausência da via original da cédula de crédito bancário, fato este que obsta o
prosseguimento da ação de busca e apreensão. Outrossim, alegou matérias atinentes ao intento de
revisar a cédula de crédito bancário apresentada pelo Autor, tendo se limitado a impugnar os encargos
previstos para incidir no período de inadimplência (anormalidade) do contrato.

Contrarrazões apresentada às fls. ID 5950929 - Pág. 01/11, tendo o Apelado aduzido, em suma, pela
improcedência do apelo interposto.

É o sucinto relatório. Decido monocraticamente.

Preliminarmente, considerando o teor da súmula nº 6/TJPA, concedo os benefícios da justiça gratuita


para a Recorrente.

Preenchidos os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso.

Sem delongas, consigno que é do conhecimento deste Relator o inteiro teor do precedente do STJ da
lavra do Ministro Marco Buzzi, no REsp 1277394 / SC, DJe 28/03/2016, no qual estabeleceu-se que, via
de regra, não se admite, para fins de obtenção da liminar de busca e apreensão, que seja juntada cópia
do contrato bancário.

Todavia, compulsando os autos, verifico que o Autor (ora Apelado) juntou aos autos a 1ª Via Negociável
(via original) da cédula de crédito bancário (fls. ID 5950714 - Pág. 01/04), motivo pelo qual não foi
desobedecido o referido precedente do Tribunal da Cidadania.

Por conseguinte, ainda que tenha se tratado na origem de processo judicial eletrônico, destaco que a
providência relativa a juntada da via original da cédula de crédito bancário na secretaria não é exigida pela
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Lei do Processo Eletrônico (nº 11.419/2006), eis que assim dispõe o art. 11, §3º, da referida Lei: “os
originais dos documentos digitalizados, mencionados no § 2o deste artigo, deverão ser preservados pelo
seu detentor até o trânsito em julgado da sentença ou, quando admitida, até o final do prazo para
interposição de ação rescisória.”

Outrossim, saliento que o juízo a quo não determinou ao Autor que procedesse com a juntada da via
original do contrato em secretaria, tal como faculta o art. 425, §2º, do CPC/2015.

Em arremate ao assunto, consigno não ser verdadeira a alegação da Apelante de que desde a
contestação teria provocado o juízo de 1º grau acerca da ausência de apresentação da via original da
cédula de crédito bancário, eis que na contestação de fls. ID 5950894 - Pág. 01/15, não consta qualquer
referência sobre a temática.

No tocante as irresignações sobre a abusividade dos encargos previstos para incidir durante o período de
anormalidade do contrato, entendo que assiste razão à Apelante, senão vejamos.

Nos termos da cláusula nº 5 da cédula de crédito bancário (fls. ID 5950714 - Pág. 3), caso houvesse
qualquer atraso no pagamento das prestações, o consumidor estaria sujeito a incidência de comissão de
permanência acrescidos de juros de mora de 12% ao ano e multa contratual de 2%. Fato curioso é que a
referida cláusula faz menção expressa a súmula nº 472/STJ, a qual dispõe pela inadmissibilidade de
cobrança cumulada da comissão de permanência com os demais encargos moratórios, todavia, mesmo
assim, a referida cláusula dispõe acerca da incidência cumulada de comissão de permanência com os
demais encargos moratórios (juros de mora de 12% ao ano e multa de 2%). Sobre o assunto, assim já
dispôs o C. STJ:

RECURSO ESPECIAL. CIVIL. CONTRATO BANCÁRIO. ARRENDAMENTO MERCANTIL. REAJUSTE.


VARIAÇÃO CAMBIAL. RECURSOS NO EXTERIOR. PROVA DA CAPTAÇÃO. COMPROVAÇÃO
ESPECÍFICA. DESNECESSIDADE. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE
CUMULAÇÃO. DISPOSITIVO LEGAL VIOLADO. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO. FUNDAMENTAÇÃO
DEFICIENTE. SÚMULA Nº 284/STF. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO.

4. É válida a cláusula contratual que prevê a cobrança da comissão de permanência, calculada pela taxa
média de mercado apurada pelo Banco Central do Brasil, de acordo com a espécie da operação, tendo
como limite máximo o percentual contratado, sendo admitida apenas no período de inadimplência, desde
que pactuada e não cumulada com os encargos da normalidade (juros remuneratórios e correção
monetária) e/ou com os encargos moratórios (juros moratórios e multa contratual).

(REsp 1217057 / TO, Relator Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, publicado no DJe em
26/04/2016)

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. BANCÁRIO.


CAPITALIZAÇÃO MENSAL. PACTUADA. CONTRATO POSTERIOR À MEDIDA PROVISÓRIA N. 2.170-
36/2001. POSSIBILIDADE DA COBRANÇA. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. COBRANÇA CUMULADA.
ENCARGOS. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES.

2. É possível a cobrança de comissão de permanência durante o período de inadimplemento contratual, à


taxa média dos juros de mercado, limitada ao percentual fixado no contrato (Súmula nº 294 do STJ),
desde que não cumulada com a correção monetária (Súmula nº 30 do STJ), com os juros
remuneratórios (Súmula nº 296 do STJ) e moratórios e multa contratual (REsp n. 1.058.114/RS, recurso
representativo de controvérsia, Relator p/ acórdão Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Segunda
Seção, julgado em 12/8/2009, DJe 16/11/2010).

(AgRg no AREsp 765304 / RS, Relator Ministro MOURA RIBEIRO, publicado no DJe 15/02/2016)

Isso posto, considerando os termos da súmula e precedentes acima referidos, impõe-se a exclusão da
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incidência de juros de mora de 12% ao ano e da multa contratual de 2%, devendo permanecer,
unicamente, a comissão de permanência como encargo previsto para incidir no período de inadimplência.

Por sua vez, saliento que o reconhecimento de encargos abusivos durante o período de anormalidade do
contrato não permite o afastamento da mora do consumidor. Neste sentido:

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÁRIO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO REVISIONAL DE


CLÁUSULAS DE CONTRATO BANCÁRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO. JUROS
REMUNERATÓRIOS. CONFIGURAÇÃO DA MORA. JUROS MORATÓRIOS.
INSCRIÇÃO/MANUTENÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DISPOSIÇÕES DE OFÍCIO.
DELIMITAÇÃO DO JULGAMENTO.

ORIENTAÇÃO 2 - CONFIGURAÇÃO DA MORA... b) Não descaracteriza a mora o ajuizamento isolado


de ação revisional, nem mesmo quando o reconhecimento de abusividade incidir sobre os
encargos inerentes ao período de inadimplência contratual.

(STJ - REsp 1061530 / RS, Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI - S2 - SEGUNDA SEÇÃO – publicado
no DJe em 10/03/2009)

ASSIM, ante todo o exposto, CONHEÇO E DOU PARCIAL PROVIMENTO ao apelo interposto, tão
somente para:

a) declarar abusiva a cobrança de juros de mora de 12% ao ano e multa contratual de 2%, as
quais estão contidas na cláusula nº 5 (fls. ID 5950714 - Pág. 3);

b) imputar ao Autor a obrigação de devolver, na forma simples, os valores concernentes ao


quantum efetivamente pago pela Ré a título de juros de mora de 12% ao ano e multa contratual de
2% (cláusula nº 5 - fls. ID 5950714 - Pág. 3).

Por via de consequência, deve permanecer incólume os demais dispositivos da sentença.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Desembargador – Relator

Número do processo: 0852762-02.2019.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: ANA ISABEL DE


ARAUJO SOARES Participação: ADVOGADO Nome: JOELMA PEREIRA DA SILVA OAB: 51435/GO
Participação: APELADO Nome: INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA
Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PROCESSO Nº 0852762-02.2019.8.14.0301

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª Turma de Direito Público

RECURSO: APELAÇÃO CÍVEL (198)

COMARCA: BELéM

APELANTE: ANA ISABEL DE ARAUJO SOARES


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Nome: ANA ISABEL DE ARAUJO SOARES


Endereço: Alameda Primeira, 2108, Centro, ALTAMIRA - PA - CEP: 68371-000

Advogado do(a) APELANTE: JOELMA PEREIRA DA SILVA - GO51435-A

Advogado(s) do reclamante: JOELMA PEREIRA DA SILVA

APELADO: INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA


REPRESENTANTE: INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

DECISÃO

Preenchidos os requisitos de admissibilidade, recebo o apelo no duplo efeito com fundamento no artigo
1012 do CPC/15.

Remetam-se os autos ao Ministério Público de Segundo Grau, para exame e parecer, na condição de
custos legis.

Em seguida, retornem-me conclusos.

Belém, 17 de agosto de 2021

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0824611-55.2021.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: WALKELLY


TEIXEIRA DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: ELUZAI RIBEIRO DA SILVA OAB: 29368/PA
Participação: APELADO Nome: DETRAN/PA

PROCESSO Nº 0824611-55.2021.8.14.0301

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª Turma de Direito Público

RECURSO: APELAÇÃO CÍVEL (198)

COMARCA: BELéM

APELANTE: WALKELLY TEIXEIRA DE OLIVEIRA

Nome: WALKELLY TEIXEIRA DE OLIVEIRA


Endereço: Alameda Padre Cícero, 98, Caiçara, CASTANHAL - PA - CEP: 68743-470

Advogado do(a) APELANTE: ELUZAI RIBEIRO DA SILVA - PA29368-A


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Advogado(s) do reclamante: ELUZAI RIBEIRO DA SILVA

APELADO: DETRAN/PA
REPRESENTANTE: PROCURADORIA JURÍDICA DO DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO ESTADO
DO PARÁ

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

DECISÃO

Preenchidos os requisitos de admissibilidade, recebo o apelo no duplo efeito com fundamento no artigo
1012 do CPC/15.

Remetam-se os autos ao Ministério Público de Segundo Grau, para exame e parecer, na condição de
custos legis.

Em seguida, retornem-me conclusos.

Belém, 17 de agosto de 2021

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0806351-68.2020.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: MUNICIPIO DE


PARAUAPEBAS Participação: APELADO Nome: RAIANE RODRIGUES VIEIRA Participação:
ADVOGADO Nome: MARIANA CORREA LOBO OAB: 25917/PA

PROCESSO PJE Nº 0806351-68.2020.8.14.0040

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RECURSO: APELAÇÃO / REMESSA NECESSÁRIA

COMARCA: PARAUAPEBAS (VARA DA FAZENDA PÚBLICA E EXECUÇÃO FISCAL)

APELANTE: MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS (PROCURADOR MUNICIPAL: OLINTO CAMPOS


VIEIRA)

APELADA: RAIANE RODRIGUES VIEIRA (ADVOGADA: MARIANA CORREA LOBO – OAB/PA N°


25.917)

PROCURADORA DE JUSTIÇA: LEILA MARIA MARQUES DE MORAES

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

EMENTA: APELAÇÃO CIVIL/REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO DE COBRANÇA. CONTRATAÇÃO


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TEMPORÁRIA. AJUIZAMENTO DA AÇÃO APÓS O BIÊNIO CONSTITUCIONALMENTE


ESTABELECIDO. ARTIGO 7º, XXIX, DA CARTA MAGNA. STF – ARE 709212/DF. RECONHECIMENTO
DO TRANSCURSO DO PRAZO PRESCRICIONAL. APELO PREJUDICADO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Cuidam-se de REMESSA NECESSÁRIA e de APELAÇÃO CÍVEL interposta pelo MUNICÍPIO DE


PARAUAPEBAS em face da sentença proferida pelo Juízo da Vara da Fazenda Pública e Execução
Fiscal da Comarca de Parauapebas, nos autos da Ação de Cobrança movida por RAIANE RODRIGUES
VIEIRA.

Por meio da decisão ora apelada e reexaminada, o juízo sentenciante julgou parcialmente procedente o
pedido formulado na petição inicial, declarando a nulidade do contrato administrativo e condenando o
Município ao pagamento dos últimos 05 (cinco) anos devidos a título de FGTS, contados a partir do
ajuizamento da ação.

Inconformado, o apelante argui, preliminarmente, em suas razões recursais, que o Supremo Tribunal
Federal, no bojo da ADI n.º 5090/DF, determinou a suspensão dos feitos que discutem a incidência da
Taxa Referencial -TR como índice de correção monetária dos depósitos do FGTS.

No mérito, em suma, sustentou a inexistência do direito ao FGTS, bem como que, em caso de
condenação, deve ser aplicada TR para fins de atualização monetária e juros moratórios de 0,5% ao mês.

Assim, requer o conhecimento e provimento do apelo.

Não foram apresentadas contrarrazões pela apelada, conforme certidão de Id. 5866361 - Pág. 1.

O recurso foi recebido em seu duplo efeito e os autos foram remetidos ao Ministério Público de Segundo
Grau para exame e parecer (Id. 5899672), que se manifestou pela ausência de interesse público em
opinar (Id. 5981171).

Éo suficiente relatório. Decido.

Compulsando os autos, entendo que comportam julgamento monocrático, consoante o art. 932, III, do
CPC/2015, eis que a decisão recorrida é manifestamente contrária à jurisprudência sedimentada do C.
Supremo Tribunal Federal acerca da prescrição, senão vejamos.

A contratação temporária em tela ocorreu no período compreendido entre maio de 2011 a março de 2018,
tendo trabalhado na função de merendeira, conforme narrado na petição inicial, todavia, a presente ação
foi ajuizada somente em 20/10/2020 (Id. 5866326).

Assim, de início e sem delongas, verifica-se que o suposto crédito relativo ao FGTS está fulminado pelo
transcurso do prazo prescricional, como passo a demonstrar.

No que concerne a prescrição relativa ao FGTS, estava sedimentado pelo Colendo Supremo Tribunal
Federal, diante da consideração de sua natureza jurídica híbrida, ora de caráter tributário, ora de caráter
previdenciário, o prazo trintenário estabelecido no artigo 144 da Lei da Previdência Social que prevê:

“Art. 144. O direito de receber ou cobrar as importâncias que lhes sejam devidas, prescreverá, para as
instituições de previdência social, em trinta anos.”

Posteriormente, o próprio Supremo Tribunal Federal passou a elidir a tese de que o FGTS teria natureza
de contribuição previdenciária, reconhecendo o seu status de direito social de proteção ao trabalhador,
funcionando como alternativa à estabilidade, entretanto manteve o entendimento de que incidiria a regra
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

prevista no artigo 144 supramencionado, ou seja, de que o prazo prescricional seria de trinta anos.

A título de ilustração, cito o seguinte julgado do Supremo Tribunal Federal que, embora antigo, reflete
perfeitamente como, por décadas, vinha se posicionando nossa Colenda Corte:

“FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO. PRESCRIÇÃO. PRAZO TRINTENÁRIO. LEI


ORGÂNICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, ART. 144. A natureza da contribuição devida ao Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço foi definida pelo Supremo Tribunal Federal no RE 100249 - RTJ 136/681.
Nesse julgamento foi ressaltado seu fim estritamente social de proteção ao trabalhador, aplicando-se-lhe,
quanto a prescrição, o prazo trintenário resultante do art. 144 da Lei Orgânica da Previdência Social.
Recurso extraordinário conhecido e provido.” (STF - RE 134328/DF, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ
19/02/1993)

Ocorre que, revendo seu posicionamento, o Plenário do STF, em 13/11/2014, no bojo do ARE 709212/DF,
decidindo o tema 608 da Repercussão Geral, julgou inconstitucional os artigos 23, § 5º, da Lei
8.036/1990 e 55 do Decreto 99.684/1990, superando, desse modo, o entendimento anterior sobre
prescrição trintenária, conforme se extrai da ementa que encimou o referido acórdão:

“Recurso extraordinário. Direito do Trabalho. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Cobrança
de valores não pagos. Prazo prescricional. Prescrição quinquenal. Art. 7º, XXIX, da Constituição.
Superação de entendimento anterior sobre prescrição trintenária. Inconstitucionalidade dos arts.
23, § 5º, da Lei 8.036/1990 e 55 do Regulamento do FGTS aprovado pelo Decreto 99.684/1990.
Segurança jurídica. Necessidade de modulação dos efeitos da decisão. Art. 27 da Lei 9.868/1999.
Declaração de inconstitucionalidade com efeitos ex nunc. Recurso extraordinário a que se nega
provimento.” (STF – ARE 709212/DF, Rel. Ministro Gilmar Mendes, DJe 18/02/2015)

No julgamento desse último Recurso Extraordinário, restou assinalado que, diante do que expressamente
prevê a Carta da República, especificamente no artigo 7º, XXIX, não há como se sustentar o prazo
trintenário amplamente reconhecido na jurisprudência e na doutrina pátria, vez que a regra constitucional
em tela possui eficácia plena.

Eis a redação do artigo 7º, incisos III e XXIX, da CF/88:

“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:

(...)

III – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;

(...)

XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;”

Desse modo, ficou suplantada qualquer discussão quanto ao prazo prescricional relacionado ao Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço, pois o STF já deliberou que deve ser observado o que expressamente
estabelece o texto constitucional, ou seja, é quinquenal e não trintenária.

Entretanto, ainda no julgamento do ARE 709212/DF, o STF modulou os efeitos da decisão, com
fundamento no artigo 27 da Lei n.º 9.868/1999, atribuindo efeitos prospectivos à diretiva, isto é, aos casos
em que o início do prazo prescricional ocorra após a data do referido julgamento, aplicar-se-á
imediatamente o prazo de 05 anos, porém, às hipóteses em que o prazo prescricional tenha iniciado seu
curso antes, aplica-se o que ocorrer primeiro – 30 anos, contados do termo inicial, ou 05, a partir da
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decisão da repercussão geral.

Coisa diversa, contudo, é o prazo para a propositura da ação de cobrança de créditos resultantes das
relações de trabalho que, conforme estabelece a parte final do artigo 7º, XXIX, da CF/88, deve ser
ajuizada no biênio imediatamente posterior ao término da relação de trabalho, o que não ocorreu
in casu, pois o ajuizamento da ação ocorreu em 20/10/2020 (Id. 5866326), isto é, após o prazo bienal
acima referido, uma vez que o contrato temporário se encerrou em março de 2018, conforme relatado na
petição inicial.

Logo, em observância ao entendimento pacificado pelo Colendo Supremo Tribunal Federal, refletido no
julgamento do ARE 709212/DF antes reproduzido, entendo necessário observar o art. 932, III, do
CPC/2015, eis que a decisão recorrida é manifestamente contrária à jurisprudência sedimentada do
Supremo Tribunal Federal acerca da prescrição.

Ante o exposto, com base nos art. 932, III, do CPC/2015, reconheço a prescrição bienal dos pedidos
formulados na petição inicial, nos termos da fundamentação e, por conseguinte, não conheço do
apelo, pois prejudicada a apreciação do recurso.

Invertido o ônus da sucumbência, porém, suspensa sua exigibilidade em relação à autora, por ser
beneficiária da justiça gratuita.

Após o decurso do prazo recursal sem qualquer manifestação, certifique-se o trânsito em julgado e dê-se a
baixa na distribuição.

Publique-se. Intimem-se.

Àsecretaria para as devidas providências.

Belém, 17 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0801549-98.2021.8.14.0005 Participação: APELANTE Nome: F. R. M. Participação:


ADVOGADO Nome: WELTON FRANCA ALVES DE MESQUITA OAB: 26953/PA Participação:
ADVOGADO Nome: AMAURY MONTEIRO MOURA OAB: 29518/PA Participação: APELADO Nome: M. P.
D. E. D. P. Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: D. D. P. C. D. A. -. Participação: TERCEIRO
INTERESSADO Nome: D. P. D. E. D. P. Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: D. P. D. E. D.
P. Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: N. D. S. M. Participação: TERCEIRO INTERESSADO
Nome: V. S. D. S. Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: W. D. F. C. Participação: TERCEIRO
INTERESSADO Nome: W. D. F. C. Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: C. S. B.

DESPACHO

Preenchidos os requisitos legais de admissibilidade, recebo o apelo apenas no efeito devolutivo, nos
termos do artigo 198, caput, do ECA c/c artigo 1.012, inciso V, do CPC/2015.

Remetam-se os autos ao Ministério Público de Segundo Grau, para exame e parecer, na condição de
custos legis.
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Em seguida, retornem-me conclusos.

Belém, 17 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0808222-25.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: MUNICIPIO DE


TRACUATEUA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO JOSE MARINHO BITTENCOURT OAB:
28747/PA Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO RAMOS REIS OAB: 23195/PA Participação:
AGRAVANTE Nome: VANDSON OLIVEIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO JOSE
MARINHO BITTENCOURT OAB: 28747/PA Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO RAMOS
REIS OAB: 23195/PA Participação: AGRAVANTE Nome: THAYS SOUSA CASTRO Participação:
ADVOGADO Nome: PEDRO JOSE MARINHO BITTENCOURT OAB: 28747/PA Participação:
ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO RAMOS REIS OAB: 23195/PA Participação: AGRAVADO Nome: M P
LOCADORA EIRELI - EPP Participação: ADVOGADO Nome: NELMA CATARINA OLIVEIRA DE
OLIVEIRA OAB: 11651/PA Participação: ADVOGADO Nome: MANUEL CARLOS GARCIA GONCALVES
OAB: 6492/PA

PROCESSO PJE Nº 0808222-25.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: 2.ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO

COMARCA: BRAGANÇA (1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL)

AGRAVANTE: Presidente da Comissão Permanente de Licitação da Prefeitura Municipal de


Tracuateua/PA

AGRAVANTE: Pregoeira da Prefeitura Municipal de Tracuateua/PA

AGRAVANTE: Prefeito Municipal de Tracuateua/PA

ADVOGADOS: VICTOR HUGO RAMOS REIS - OAB/PA 23.195 E PEDRO JOSÉ MARINHO
BITTENCOURT - OAB/PA 28.747

AGRAVADO: MP LOCADORA EIRELI

ADVOGADOS: MANUEL CARLOS GARCIA GONÇALVES - OAB/PA 6.492 E NELMA CATARINA


OLIVEIRA MÁRTIRES COSTA - OAB/PA 11.651

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO, interposto pelo


Presidente da Comissão Permanente de Licitação da Prefeitura Municipal de Tracuateua/PA,
Pregoeira da Prefeitura Municipal de Tracuateua/PA e Prefeito Municipal de Tracuateua/PA, visando
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a reforma da decisão proferida pelo MM Juízo da 1ª Vara Cível e Empresarial de Bragança, nos autos do
Mandado de Segurança (n. 0802142-18.2021.8.14.0009), impetrado por MP LOCADORA EIRELI.

O agravante questiona a decisão de 1.º grau que deferiu a tutela de urgência pleiteada, para determinar a
imediata suspensão dos itens 1, 3, 4, 6, 7, 9, 12, 13, 14, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 32, 33, 34, 36, 37 e
38 do Pregão Eletrônico nº 9/2021-00022-PE-SRP-PMT (Processo Administrativo nº 2021/030105-PMT) e
do posterior contrato administrativo dele decorrente, inclusive, sob pena de responsabilidade e
improbidade administrativa.

De início, ressalta que não estão presentes na ação mandamental os requisitos do fumus boni iuris e do
periculum in mora para sustentar a concessão de medida liminar sem oitiva da parte coatora, o que enseja
a reforma da decisão e a concessão monocrática do efeito suspensivo postulado.

Esclarece que ainda na fase inicial, quando é realizada a análise da proposta de preço das empresas
participantes, a CPL identificou diversas falhas na proposta da empresa MP Locadora EIRELI, ora
Agravada, discriminadas a seguir: a) Número de processo licitatório errado; b) Ausência de menção ao
objeto licitado; c) Ausência de prazo para início da prestação dos serviços; d) Ausência de valor por
extenso das propostas; e) Ausência de documento obrigatório previsto no subitem 7.6.4 do Edital –
Declaração de fidelidade e veracidade dos documentos apresentados.

Em suas razões, alega que é patente a constatação de que a desclassificação da agravada se deu de
forma escorreita e dentro dos parâmetros legais, uma vez que é cristalina a percepção de que se trata de
falhas vultosas e que inviabilizam a classificação da empresa participante.

Assevera que a comissão identificou uma série de inconsistências que fariam com que a empresa
agravada fosse inabilitada para participar do certame, ou seja, ainda que fosse classificada com os
diversos erros já discriminados na fase de análise das propostas, a agravada seria inabilitada na fase
seguinte do certame, em razão dos inúmeros inconformidades com o Edital em comento.

Alega que a suspensão da maioria dos itens do procedimento licitatório, representaria um verdadeiro
periculum in mora inverso, pois causaria danos não apenas à Administração, mas à coletividade, na figura
dos Munícipes de Tracuateua, uma vez que o serviço de transporte escolar é serviço público essencial que
afeta aos interesses de todos os munícipes, especialmente aos alunos da rede pública estadual e
municipal, que já foram tão prejudicados durante o período pandêmico.

Ao final, ratifica que a proposta apresentada pela empresa Agravante foi realizada em desconformidade
com as exigências do Edital, não se tratando apenas de vícios sanáveis, como tenta alegar à impetrante,
mas, sim, de diversos erros significativos que a inviabilizaram a classificação da empresa para seguir no
certame.

Ante esses argumentos, requer, liminarmente, a concessão de efeito suspensivo e, ao final, o provimento
do agravo de instrumento com a reforma da decisão agradada.

Éo sucinto relatório.

DECIDO.

Para a análise do pedido de efeito suspensivo formulado pelo agravante, necessário se faz observar o que
preceituam os artigos 995, parágrafo único e 1.019, I, do NCPC.

Assim, conclui-se do texto legal a existência de dois requisitos, os quais devem estar presentes
concomitantemente, para a concessão do efeito suspensivo, quais sejam: probabilidade do direito, de
modo que deve o agravante demonstrar, através das alegações deduzidas em conjunto com os
documentos acostados, a possibilidade de que o direito pleiteado exista no caso concreto; e perigo de
dano ou risco ao resultado útil do processo, consubstanciado no reconhecimento de que a demora na
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definição do direito poderá causar dano grave e de difícil reparação ao demandante com um suposto
direito violado ou ameaçado de lesão.

Ressalte-se, por oportuno, que o exame da matéria, para o fim da concessão do efeito suspensivo, pela
celeridade que lhe é peculiar, dispensa digressão acerca de toda a temática que envolve os fatos, a qual
merecerá o devido exame por ocasião do julgamento do mérito recursal.

Da análise prefacial dos autos, não constato que há plausibilidade na argumentação exposta pelo
agravante, de forma a caracterizar o fumus boni juris, bem como não emerge a presença do risco de lesão
grave e de difícil reparação (periculum in mora).

Vale nesse passo acrescentar que restou consignado na decisão agravada que a impetrante, ora
agravada, foi desclassificada por motivos meramente formais, os quais poderiam ser corrigidos sem se
alterar o conteúdo da proposta (leia-se melhor preço), o que se vislumbra a plausibilidade do direito
invocado pela parte agravada, tendo em mira evidências de violação às normas legais.

Nesse sentido, colaciono o que preleciona os dispositivos do Decreto Federal nº 10.024/19, norma
aplicável ao processo licitatório, in verbis:

“Art. 17. Caberá ao pregoeiro, em especial:

(...)

VI - sanear erros ou falhas que não alterem a substância das propostas, dos documentos de habilitação e
sua validade jurídica;”

Art. 47. O pregoeiro poderá, no julgamento da habilitação e das propostas, sanar erros ou falhas que não
alterem a substância das propostas, dos documentos e sua validade jurídica, mediante decisão
fundamentada, registrada em ata e acessível aos licitantes, e lhes atribuirá validade e eficácia para fins de
habilitação e classificação, observado o disposto na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

Parágrafo único. Na hipótese de necessidade de suspensão da sessão pública para a realização de


diligências, com vistas ao saneamento de que trata o caput, a sessão pública somente poderá ser
reiniciada mediante aviso prévio no sistema com, no mínimo, vinte e quatro horas de antecedência, e a
ocorrência será registrada em ata.”

Nesse cenário, não constatando, de pronto, a presença dos requisitos necessários à concessão da medida
pleiteada, tenho como certo ser prudente o estabelecimento do contraditório para a eventual provimento
do pedido.

Ante o exposto, com fulcro nos artigos 995, § único e 1.019, I, ambos do NCPC, em atenção ao restrito
âmbito de cognição sumária, indefiro o pedido de efeito suspensivo ao recurso, até ulterior
deliberação deste Egrégio Tribunal de Justiça.

Esclareça-se que a presente decisão tem caráter precário, cujo deferimento do efeito suspensivo ao
recurso não configura antecipação do julgamento do mérito da ação, não constitui e nem consolida direito,
podendo, perfeitamente, ser alterado posteriormente por decisão colegiada ou mesmo monocrática do
relator.

Por fim, determino que:

Intime-se a parte agravada, para que, caso queira, apresente contrarrazões ao presente recurso, também
no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 1019, II, do NCPC.
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Em seguida, ao Ministério Público para exame e parecer.

Por fim, retornem-me conclusos para ulteriores.

Publique-se. Intime-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO DE


CITAÇÃO/INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO.

Belém, 17 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0802048-34.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ANA PAULA


SCANTIMBURGO Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO PALMEIRA ALMEIDA OAB: 39253/GO
Participação: AGRAVADO Nome: MUNICIPIO DE SANTANA DO ARAGUAIA

PROCESSO Nº 0802048-34.2020.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: 2.ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO

COMARCA: SANTANA DO ARAGUAIA

AGRAVANTE: ANA PAULA SCANTIMBURGO

ADVOGADO FLÁVIO PALMEIRA ALMEIDA – OAB/PA N.º 20.865-A

AGRAVADO: MUNICÍPIO DE SANTANA DO ARAGUAIA

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

DECISÃO MONOCRÁTICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C COBRANÇA DE VALORES.


JUSTIÇA GRATUITA. REVOGAÇÃO PELO JUÍZO A QUO. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA
ECONÔMICA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE. AUSÊNCIA DE PROVAS EM CONTRÁRIO.
SITUAÇÃO QUE AUTORIZA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO.
DESCABIMENTO. REVOGAÇÃO QUE PRESSUPÕE PROVA DA INEXISTÊNCIA OU DO
DESAPARECIMENTO DO ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA, NÃO ESTANDO ATRELADA À FORMA
DE ATUAÇÃO DA PARTE NO PROCESSO. PRECEDENTES STJ. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.

1. 1. Modifica-se a decisão agravada de revogação de benefício de justiça gratuita, tendo em vista


que uma vez deferida a gratuidade de justiça, não cabe ao Juízo agir de ofício, sem que houvesse
impugnação e comprovação da parte adversa, para revogação do benefício.
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2. 2. Portanto, é condição sine quanon para revogação do aludido benefício, prova da modificação no
estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada à forma de atuação da parte no processo.
3. 3. Recurso conhecido e provido.

Cuida-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO/ATIVO, interposto


por ANA PAULA SCANTIMBURGO, em face de decisão proferida pelo Juízo de Direito da Vara Única da
Comarca de Santana do Araguaia, proferida nos autos da Ação de Obrigação de Fazer cumulada com
Cobrança de Valores (n.º 0000564-95.2019.8.14.0050), ajuizada em desfavor do MUNICÍPIO DE
SANTANA DO ARAGUAIA.

Consta dos autos que o Juízo de Piso revogou o benefício da justiça gratuita, considerando que a autora
atuou em exercício abusivo ao direito de peticionar, ao argumento de que seu patrono ajuizou mais de 200
ações com a mesma causa de pedir quando poderia ter ajuizado uma única ação coletiva.

Irresignada, a recorrente alega, em suma, que o ordenamento jurídico, em especial o Código de Defesa do
Consumidor, admite a coexistência de ações individuais e coletivas sobre a mesma matéria.

Sustenta que a tese jurídica de dolo processual na qual se fundamentou o julgador, qual seja “sham
litigation”, corresponde a conduta por meio da qual a parte demandante objetiva valer-se da tutela
jurisdicional sem qualquer perspectiva de sucesso na ação, com nítido propósito de trazer qualquer tipo de
dano para a parte contrária, o que não se vislumbra no caso concreto, pois a recorrida não possui ação
dolosa com o intuito de prejudicar o recorrido, pelo contrário, o seu pedido encontra amparo na Lei de n.
11.738/2008.

Salienta que o Juízo prolator da decisão recorrida não pautou sua decisão na falta de pressupostos legais
para a concessão do benefício, estabelecidos no artigo 99, § 2º, do Código de Processo Civil e que “na
suposta falta ainda dos elementos que evidenciassem a hipossuficiência da Agravante, deveria ainda o
magistrado a quo ter oportunizado aquela o direito de apresentá-los em prazo determinado, o que também
não aconteceu”.

Junta aos autos documentos comprobatórios de que aufere renda mensal de R$ 2.361,25, que a
impossibilita arcar com os custos do processo, sem que acarrete prejuízo a sua subsistência.

Por fim, requer a concessão da antecipação da tutela recursal, para que lhe seja restabelecido o benefício
da justiça gratuita e, ao final, seu provimento definitivo.

Em decisão interlocutória (ID. 2903172) deferi o pedido de efeito suspensivo.

O Município de Santana do Araguaia apresentou contrarrazões (ID 5129468) aduzindo, em suma, que o
benefício da justiça gratuita é direito que deve socorrer tão-somente aqueles que realmente necessitam,
isto é, aqueles que, de fato, não têm condições de arcar com as despesas processuais sem a necessária
mantença de sua família.

Pontua que existe a possibilidade de parcelamento de custas processuais, nos termos do artigo 98, §6º,
do Código de Processo Civil, pelo que pugna pela não concessão do benefício.

Assim, pugna pelo não provimento do recurso.

O Ministério Público se manifestou pelo conhecimento e provimento do agravo de instrumento.

Éo sucinto relatório.

DECIDO
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Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso e passo a decidir.

Analisando as razões recursais, observa-se que há elementos de convicção suficientes a ensejar a


concessão de efeito suspensivo sobre a decisão de 1.º grau que revogou o benefício da justiça gratuita,
anteriormente deferida, pelo Juízo de piso, sob o fundamento de que, houve a pratica de dolo processual
sham litigation, assentada recentemente pelo Superior Tribunal de Justiça no RESP 1.817.845-MS,
visando coibir o exercício abusivo do direito de peticionar, com escopo de resguardar inteireza da
jurisdição estatal.

Em sentença proferida, o Juízo de 1.º grau extinguiu o processo sem julgamento de mérito, bem como,
indeferiu a gratuidade de justiça requerida pela parte autora.

Como é de sabença geral, a revogação da gratuidade, ou mesmo seu indeferimento, só cabe nas
situações elencadas no artigo 99 do CPC, o que não se verifica no caso ora examinado.

Neste sentido, incumbe à parte contrária o ônus da prova capaz de desconstituir o direito postulado
(Theotonio Negrão, 33ª edição, nota 1c ao art. 4º da Lei de Assistência Judiciária, p. 1151).

Não se perca de vista que, uma vez deferida a gratuidade de justiça, não cabe ao Juízo agir de ofício, sem
que houvesse impugnação e comprovação da parte adversa, para revogação do benefício.

Outrossim, não restou demonstrado nenhuma modificação da situação fática entre o deferimento da
gratuidade de justiça e a sua revogação.

Ademais, o Egrégio Superior Tribunal de Justiça entende que, a condenação da parte às penas da
litigância de má-fé, por si só, não tem o condão de autorizar a revogação do benefício da assistência
judiciária gratuita anteriormente concedido.

Com efeito, a jurisprudência daquela Corte Superior entende que é condição sine quanon para revogação
do aludido benefício, prova da modificação no estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada
à forma de atuação da parte no processo.

Àguisa de exemplo, trago à colação do seguinte precedente, reproduzindo os pontos de interesse:

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.OMISSÃO, CONTRADIÇÃO,


OBSCURIDADE OU ERRO MATERIAL.AUSÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS.
INADMISSIBILIDADE.SÚMULA 7/STJ. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. PARTE BENEFICIÁRIA
DAASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO.DESCABIMENTO....7. A
revogação do benefício da assistência judiciária gratuita – importante instrumento de
democratização do acesso ao Poder Judiciário –pressupõe prova da inexistência ou do
desaparecimento do estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada à forma de atuação
da parte no processo.8. Nos termos do art. 98, § 4º, do CPC/2015, a concessão da gratuidade de
justiça não isenta a parte beneficiária de, ao final do processo, pagar aspenalidades que lhe foram
impostas em decorrência da litigância de má-fé.”(REsp 1663193/SP, Rel. Ministra NANCY
ANDRIGHI, TERCEIRATURMA, julgado em 20/02/2018, DJe 23/02/2018)

Na mesma direção, há decisão deste Tribunal a respeito dessa temática:

AGRAVO DE INSTRUMENTO PROCESSO Nº: 0801845-72.2020.8.14.0000 EXPEDIENTE: 1° TURMA


DE DIREITO PUBLICO AGRAVANTE: CLAUDIO DE OLIVEIRA RODRIGUES AGRAVADO: MUNICIPIO
DE SANTANA DO ARAGUAIA RELATORA: DESEMBARGADORA ROSILEIDE MARIA DA COSTA
CUNHA EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C
COBRANÇA DE VALORES. JUSTIÇA GRATUITA. REVOGAÇÃO PELO JUÍZO A QUO. DECLARAÇÃO
DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE. AUSÊNCIA DE
PROVAS EM CONTRÁRIO. SITUAÇÃO QUE AUTORIZA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.
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REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO. DESCABIMENTO. REVOGAÇÃO QUE PRESSUPÕE PROVA DA


INEXISTÊNCIA OU DO DESAPARECIMENTO DO ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA, NÃO ESTANDO
ATRELADA À FORMA DE ATUAÇÃO DA PARTE NO PROCESSO. PRECEDENTES STJ. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. 1. Analisando os argumentos ventilados no recurso, constata-se que o cerne
da controvérsia meritória repousa acerca da reforma da decisão que revogou a gratuidade de justiça
anteriormente deferida, em razão do patrono da parte ter ajuizado mais de 200(duzentas) demandas com
a mesma causa de pedir; 2. A Justiça Gratuita possui presunção meramente relativa, a mesma pode ser
desconstituída de ofício pelo pelo magistrado, bem como por requerimento, se comprovado que o
beneficiário tem condições para arcar com as custas processuais, ou seja, é necessária prova escorreita
da capacidade econômico-financeira da parte beneficiada;

3. A revogação ou o indeferimento da gratuidade de justiça deve observar as hipóteses elencadas no art.


99 §2º do Código de Processo Civil, o que não se vislumbra no caso em apreço. Desta forma, caberia à
parte contrária o ônus da prova de desconstituir o direito postulado pela parte autora;

4. Analisando os autos, verifica-se que a justiça gratuita foi deferida em momento anterior, não
cabendo ao Juízo agir de ofício, sem qualquer impugnação e comprovação da parte adversa, para a
revogação de tal direito. Igualmente, nota-se que não há nos autos demonstração de que houve
modificação da situação fática entre o deferimento da gratuidade de justiça e a sua revogação;

5. A revogação do benefício pleiteado depende de prova da modificação do estado de


miserabilidade econômica, não estando vinculada a forma de atuação da parte demandante no
processo. Precedente STJ.

6. Recurso conhecido e provido, nos termos da fundamentação.

(4808693, 4808693, Rel. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Público, Julgado em 2021-03-22, Publicado em 2021-04-21)

Nessa perspectiva, vislumbro pertinente a insurgência do agravante.

Ante o exposto, com fulcro no art. 932, V, b, CPC e art. 133 XII, b, do Regimento Interno do TJE/PA, dou
provimento ao recurso, por se encontrar em acordo com jurisprudência dominante dos Tribunais
Superiores e deste Tribunal.

Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se o seu trânsito em julgado, dando-se baixa na distribuição
deste TJE/PA e posterior arquivamento.

Publique-se. Intime-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO DE


CITAÇÃO/INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO.

Belém, 23 de julho de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0060528-18.2014.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: CARLOS DE


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OLIVEIRA HERINGER Participação: ADVOGADO Nome: MARCOS VINICIUS COROA SOUZA OAB:
15875/PA Participação: APELADO Nome: BRADESCO LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL
Participação: ADVOGADO Nome: MAURO PAULO GALERA MARI OAB: 20455/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

APELAÇÃO CÍVEL N. 0060528-18.2014.8.14.0301.

COMARCA: BELÉM / PA.

APELANTE: CARLOS DE OLIVEIRA HERINGER.

ADVOGADO: MARCOS VINICIUS COROA SOUZA - OAB/PA 15.875.

APELADO: BRADESCO LEASING S/A.

ADVOGADO: MAURO PAULO GALERA MARI – OAB/PA 20.455-A.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

I. À (ID. 2360793), com fundamento no art. 99, §2º, do CPC, determinei a intimação do apelante para, no
prazo de 05 (cinco) dias, trazer aos autos documentos aptos a comprovar sua alegação de
hipossuficiência financeira;

II. À (ID. 2440531), certidão da UPJ que decorreu o prazo legal e não houve manifestação do recorrente;

III. Assim, uma vez que o apelante, mesmo intimado, não trouxe aos autos documentos que façam prova
da hipossuficiência, o que induz à ausência dos pressupostos legais para a concessão da gratuidade
requerida, INDEFIRO o pedido de gratuidade judicial e determino a intimação do mesmo para realizar o
pagamento das custas recursais em 05 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do recurso por
deserção;

IV. Após, conclusos.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0808485-57.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: GEOVANE MOTA


FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: BRYAN REGIS MOREIRA DE SOUZA OAB: 56145/DF
Participação: AGRAVADO Nome: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

PROCESSO Nº 0808485-57.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO

COMARCA: BELÉM (2º JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA)

AGRAVANTE: GEOVANE MOTA FERREIRA

ADVOGADO: BRYAN REGIS MOREIRA DE SOUZA - OAB/DF 56.145

AGRAVADO: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

ENDEREÇO: TV. DJALMA DUTRA, 350 - TELÉGRAFO SEM FIO, BELÉM - PA, CEP 66113-
010,TELEFONE: (91) 4009-9547

RELATOR: LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO DO JUIZADO ESPECIAL. INCOMPETÊNCIA TRIBUNAL DE


JUSTIÇA. NÃO CONHECIMENTO.

1. Os Tribunais de Justiça não têm competência para julgar, em grau de recurso, as causas decididas
pelos Juizados Especiais. Tal exame deverá ser atribuído às Turmas Recursais, a quem cabe
exclusivamente conhecer e julgar os recursos.

2. Recurso não conhecido.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo, interposto por GEOVANE MOTA
FERREIRA, contra decisão proferida pelo MM. Juízo de Direito do 2º Juizado Especial da Fazenda Pública
da Capital, que deferiu pedido de tutela antecipada, nos autos da Ação Ordinária (nº. 0835374-
18.2021.8.14.0301) ajuizada por UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ.

Consta dos autos que o agravante é formado em Medicina pela Universidade Cristiana da Bolívia –
UCEBOL, conforme diploma em anexo, e, que a instituição estrangeira na qual em que a parte autora
obteve formação superior, é reconhecida pela agência de seu país de origem, integrante do sistema
ARCUSUL/MERCOSUL, do qual o Brasil é parte integrante. Além do mais, cumpre o disposto do art. 11 da
Resolução n. 3 CNE, sendo que seus diplomas são objeto de revalidação nos últimos 10 (dez) anos.

Assevera que a revalidação de diplomas é um serviço público cuja competência é da instituição


revalidadora que presta um serviço determinado por lei, não se trata, portanto, de discricionariedade da
entidade decidir se vai ou não revalidar diplomas, mas sim de atividade vinculada.

Em suma, requer a concessão da tutela recursal de urgência, como autoriza o art. 1.019, I do CPC/2015,
no sentido de que seja concedida a medida liminar, inaudita altera pars, em caráter de urgência,
determinando-se que UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ - UEPA, proceda a revalidação do diploma
da agravante pela tramitação simplificada de acordo com as normas de regência Resolução 03/2016 da
Câmara Superior do Conselho Nacional de Educação e da Portaria Normativa 22/2016 do Ministério da
Educação e, ao final o provimento do recurso com a reforma definitiva da decisão agravada.

É o relatório.

DECIDO.

De início, constato que carece o presente recurso de pressuposto essencial para seu conhecimento, qual
seja o cabimento (recorribilidade da decisão).
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Isso porque, o agravo de instrumento ataca decisão proferida pelo Juizado Especial da Fazenda Pública e
o Tribunal de Justiça não tem competência para apreciar e julgar, em grau de recurso, as causas
decididas pelos Juizados Especiais.

Com efeito, o art. 99 da Constituição Federal assegurou ao Poder Judiciário autonomia administrativa e
financeira. A despeito da unicidade de jurisdição, a Carta Política assegurou a cada órgão do Poder
Judiciário autonomia administrativa, ou seja, capacidade de autogerência.

Nessa ordem, o art. 98, I, CF/88, autorizou à lei federal dispor sobre a criação de Juizados Especiais
Cíveis e Criminais, instituídos no pressuposto de que as respectivas causas seriam resolvidas no âmbito
de sua jurisdição. De outro modo, sua criação não teria sentido.

Todavia, não foi previsto na Lei nº 9.099/95 nenhum meio de impugnação às decisões interlocutórias, no
entanto, nos anos seguintes as leis que complementaram o sistema, Lei dos Juizados Especiais Federais
e Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, previram expressamente ser cabível o agravo de
instrumento contra decisões interlocutórias em determinadas hipóteses.

A Lei nº 12.153/2009, que dispõe sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados,
do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, no seu art. 3º, assim estabelece: Art. 3o - O juiz
poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer providências cautelares e antecipatórias
no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação. E prevê o cabimento de recurso
contra as decisões interlocutórias em seu art. 4º, assim redigido: Art. 4o - Exceto nos casos do art. 3o,
somente será admitido recurso contra a sentença.

Dessa forma, estabelece o art. 4° da Lei n° 12.153/2009, o cabimento de recurso em relação às decisões
mencionadas no art. 3° do mesmo diploma, o qual permite expressamente ao juiz a prolação de decisões
cautelares ou antecipatórias de tutela.

Contudo, não havendo na Lei dos Juizados Especiais Cíveis qualquer dispositivo específico a respeito do
agravo de instrumento, o recurso será, aqui, inteiramente regido pelo sistema processual comum, devendo
ser diretamente encaminhado à Turma Recursal, preenchidas as exigências formais estabelecidas no
Código de Processo Civil.

Além disso, salutar observar que nos termos do art. 2º, §4º, no foro onde estiver instalado Juizado
Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta.

Desse modo, os Tribunais de Justiça não têm competência para julgar, em grau de recurso, as causas
decididas pelos Juizados Especiais. Tal exame deverá ser atribuído às Turmas Recursais, a quem cabe
exclusivamente conhecer e julgar os recursos, por turmas de Juízes de primeiro grau.

Ademais, a função das Turmas Recursais, por expressa disposição legal, é a de examinar recursos
oriundos dos Juizados Especiais Cíveis do primeiro grau (arts. 41, 42 e 43 da Lei nº 9.099/953).

Nesse sentido é o entendimento deste Tribunal:

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DA


DESEMBARGADORA ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA 2ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA
PROCESSO N° 0010696-75.2016.8.14.0000 AGRAVO DE INSTRUMENTO - COMARCA DE
BELÉM AGRAVANTE: ESTADO DO PARÁ PROCURADOR ESTADUAL: MARGARIDA MARIA R.
FERREIRA DE CARVALHO AGRAVADA: MAÍRA LEITE DIAS RELATORA: DESEMBARGADORA
ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA DECISÃO MONOCRÁTICA Trata-se de AGRAVO
DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO interposto pelo ESTADO DO PARÁ, contra
decisão prolatada pelo MM. Juízo de Direito da Vara do Juizado Especial da Fazenda Pública da Comarca
de Belém, nos autos da AÇÃO ORDINÁRIA DE DESCONSTITUIÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO COM
PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA (Proc. n.º: 0800957-93.2016.8.14.0954), movida
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por MAÍRA LEITE DIAS. Narram os autos, que o Juízo a quo deferiu o pedido de antecipação de
tutela. Irresignado, o agravante interpôs o presente agravo, pleiteando a concessão do efeito
suspensivo e o provimento ao recurso, para que seja revogada a decisão ora guerreada. Éo
breve relatório. Decido. O art. 99 da Constituição Federal de 19981, assegurou ao
Poder Judiciário autonomia administrativa e financeira. A despeito da unicidade de jurisdição, a Carta
Política assegurou a cada órgão do Poder Judiciário autonomia administrativa, ou seja, capacidade de
auto-gerência. Nessa ordem, o art. 98, I, CF/882, autorizou à lei federal dispor sobre a criação
de Juizados Especiais Cíveis e Criminais, instituídos no pressuposto de que as respectivas causas seriam
resolvidas no âmbito de sua jurisdição. De outro modo, sua criação não teria sentido. Todavia,
não foi previsto na Lei 9.099/95 nenhum meio de impugnação às decisões interlocutórias, no entanto, nos
anos seguintes as leis que complementaram o sistema, Lei dos Juizados Especiais Federais e Lei dos
Juizados Especiais da Fazenda Pública, previram expressamente ser cabível o agravo de instrumento
contra decisões interlocutórias em determinadas hipóteses. Importante ressaltar o
posicionamento do multicitado Alexandre Freitas Câmara (2010, p. 241) quando afirma que: ¿Abre-se,
assim, exceção ao postulado da irrecorribilidade das decisões interlocutórias, inerente ao princípio da
oralidade¿. A Lei nº 12.153/2009, que dispõe sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública
no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, no seu art. 3º, assim
estabelece: Art. 3o - O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer
providências cautelares e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta
reparação. E prevê o cabimento de recurso contra as decisões interlocutórias em seu art. 4º,
assim redigido: Art. 4o - Exceto nos casos do art. 3o, somente será admitido recurso contra a
sentença. Dessa forma, estabelece o art. 4° da Lei n° 12.153/2009, o cabimento de recurso em
relação às decisões mencionadas no art. 3° do mesmo diploma, o qual permite expressamente ao juiz a
prolação de decisões cautelares ou antecipatórias de tutela. Contudo, não havendo na Lei dos
Juizados Especiais Cíveis qualquer dispositivo específico a respeito do agravo de instrumento, o recurso
será, aqui, inteiramente regido pelo sistema processual comum, devendo ser diretamente encaminhado à
Turma Recursal, preenchidas as exigências formais estabelecidas no Código de Processo Civil.
Assim, os Tribunais de Justiça não têm competência para julgar, em grau de recurso, as causas decididas
pelos Juizados Especiais. Tal exame deverá ser atribuído às Turmas Recursais, a quem cabe
exclusivamente conhecer e julgar os recursos, por turmas de Juízes de primeiro grau. Ademais,
a função das Turmas Recursais, por expressa disposição legal, é a de examinar recursos oriundos dos
Juizados Especiais Cíveis do primeiro grau (arts. 41, 42 e 43 da Lei nº 9.099/953). Ante o
exposto, RECONHEÇO A INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA
PROCESSAR E JULGAR O PRESENTE FEITO, nos termos do § 1º do art. 64 do CPC/20154, e, por
consequência, determino a remessa dos autos à Egrégia Turma Recursal dos Juizados Especiais, a quem
compete processar e julgar o presente recurso. Belém, ____ de setembro de 2016.
ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA Desembargadora (2016.03795267-22, Não Informado, Rel.
ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Órgão Julgador 2ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Julgado em
2016-09-27, Publicado em 2016-09-27)

Ante o exposto, não conheço o recurso de agravo de instrumento, diante da incompetência absoluta deste
Tribunal de Justiça para processar e julgar o presente feito, nos termos do §1º do art. 64 do CPC, e, por
consequência, determino a remessa dos autos à Egrégia Turma Recursal dos Juizados Especiais, a quem
compete processar e julgar o presente recurso.

Dê-se baixa na presente distribuição.

ÀSecretaria para as providências de praxe.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO DE


CITAÇÃO/INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO.

Belém, 17 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

RELATOR

Número do processo: 0808559-14.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO DO


BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a)
civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação: AGRAVADO
Nome: VANIA LUCIA FARIA DE ARAUJO FAGUNDES Participação: ADVOGADO Nome: JAQUELINE
NORONHA DE MELLO FILOMENO KITAMURA OAB: 10662/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0808559-14.2021.8.14.0000

COMARCA: BELÉM/PA

AGRAVANTE: BANCO DO BRASIL SA.

ADVOGADO: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES – OAB/PA N° 030.916

AGRAVADO: VANIA LUCIA FARIA DE ARAUJO FAGUNDES.

ADVOGADO: JAQUELINE NORONHA DE MELLO FILOMENO KITAMURA – OAB/PA 10662.

RELATOR: DES. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

DESPACHO

Consoante o disposto no §1º, do art. 9º, da Lei Estadual nº 8.328/2015, intime-se o Apelante para, no
prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de deserção:

a) juntar aos autos o competente relatório de conta do processo, com a finalidade de regular
comprovação do pagamento do preparo recursal; OU

b) proceder ao recolhimento em dobro do preparo, nos termos do art. 1.007, §4º, do CPC/2015.

Após, conclusos.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador-Relator

Número do processo: 0800704-23.2017.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: MARIO ANTONIO


LOBATO DE PAIVA Participação: ADVOGADO Nome: MARIO ANTONIO LOBATO DE PAIVA OAB:
8775/PA Participação: AGRAVADO Nome: GREMIO LITERARIO E RECREATIVO PORTUGUES
Participação: ADVOGADO Nome: BERNARDO ALBUQUERQUE DE ALMEIDA OAB: 18940/PA
Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO PEIXOTO FERNANDES DE OLIVEIRA OAB: 21251/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO N° 0800704-23.2017.8.14.0000

COMARCA: BELÉM/PA

EMBARGANTE: MARIO ANTONIO LOBATO DE PAIVA.

ADVOGADO: MARIO ANTONIOLOBATO DE PAIVA OAB/PA 8.775

EMBARGADO: GREMIO LITERARIO E RECREATIVO PORTUGUES

ADVOGADO: FRANCINALDO FERNANDES DE OLIVEIRA OAB/PA 10.758

ADVOGADO: FERNANDO PEIXOTO FERNANDES DE OLIVEIRA OAB/PA 21.251

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

EMENTA: Embargos de Declaração em Embargos de Declaração em Agravo de Instrumento.


Superveniência de sentença que julgou o feito principal. Perda do objeto recursal. Recurso
prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO CPC/2015. Recurso não conhecido.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por MARIO ANTONIO LOBATO DE PAIVA em face
de GREMIO LITERARIO E RECREATIVO PORTUGUES, diante do inconformismo com a decisão
interlocutória proferida pelo Juízo de Primeiro Grau.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema PJe, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 16/01/2020. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.

O C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA possui o entendimento pacífico que “A superveniência de


sentença acarreta a inutilidade da discussão a respeito do cabimento ou não da medida liminar, ficando
prejudicado eventual recurso, inclusive o especial relativo à matéria” (REsp 734535/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Humberto Martins, DJ 30/10/2006).

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Desembargador – Relator


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0805242-76.2019.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: H. N. L.


Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE BENEDIK JUNIOR OAB: 26164/PA Participação: AGRAVADO
Nome: D. F. C. Participação: ADVOGADO Nome: RAPHAELL LEMES BRAZ OAB: 24451/PA Participação:
ADVOGADO Nome: HELBERT LUCAS RUIZ DOS SANTOS OAB: 320439/SP

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO.

AGRAVO DE INSTRUMENTO – Nº. 0805242-76.2019.814.0000

COMARCA: MARABÁ / PA.

AGRAVANTE: HIBLANDIANO NOGUEIRA LIMA.

ADVOGADO: FELIPE BENEDIK JUNIOR – OAB/PA nº 26.164-B.

AGRAVADO: DIENE FARIAS CARDOSO.

AGRAVADO: M. C. L.

ADVOGADO: HELBERT LUCAS RUIZ DOS SANTOS – OAB/PA nº 25.681-A.

ADVOGADO: RAPHAELL LEMES BRAZ – OAB/PA nº 24.451-B

RELATOR: DES. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

EMENTA: Agravo de Instrumento. Superveniência de sentença que julgou o feito principal. Perda
do objeto recursal. Recurso prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO CPC/2015. Recurso
não conhecido.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por HIBLANDIANO NOGUEIRA LIMA em face de


DIENE FARIAS CARDOSO e M. C. L, diante do inconformismo com a decisão interlocutória proferida pelo
Juízo de Primeiro Grau.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema PJe, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 05/07/2021. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.

O C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA possui o entendimento pacífico que “A superveniência de


sentença acarreta a inutilidade da discussão a respeito do cabimento ou não da medida liminar, ficando
prejudicado eventual recurso, inclusive o especial relativo à matéria” (REsp 734535/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Humberto Martins, DJ 30/10/2006).

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.

P.R.I. Oficie-se no que couber.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Desembargador – Relator

Número do processo: 0011384-75.2014.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: INSTITUTO DE


PREVIDENCIA E ASSISTENCIA DO MUNICIPIO DE BELEM Participação: APELADO Nome: ALINE DE
SOUZA MUNIZ Participação: ADVOGADO Nome: ELIELSON NAZARENO CARDOSO DE SOUZA OAB:
148/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

0011384-75.2014.8.14.0301

No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das Turmas de
Direito Público e Privado intima a parte interessada de que foi oposto Recurso de Embargos de
Declaração, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.023, §2º, do
CPC/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0802800-40.2019.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: GISELA TERESA


CENTELLAS Y DO ROSARIO Participação: ADVOGADO Nome: BERNARDO DE SOUZA MENDES OAB:
14815/PA Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL LACERDA FARIAS OAB: 9933/PA Participação:
AGRAVADO Nome: ANDRE DE SOUZA BARBOSA Participação: ADVOGADO Nome: RAUL DA SILVA
MOREIRA NETO OAB: 11532/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ AUGUSTO DA SILVA
VENTURA JUNIOR OAB: 257/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO.

AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0802800-40.22019.8.14.0000.

COMARCA: BELÉM/PA.

AGRAVANTE: GISELA TERESA CENTELLAS Y DO ROSÁRIO.

ADVOGADO: BERNARDO DE SOUZA MENDES – OAB/PA N. 14.815.

AGRAVADO: ANDRÉ DE SOUZA BARBOSA.

ADVOGADO: RAUL DA SILVA MOREIRA NETO – OAB/PA N. 11.532.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

EMENTA: Agravo de Instrumento. Superveniência de sentença que julgou o feito principal. Perda
do objeto recursal. Recurso prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO CPC/2015. Recurso
não conhecido.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por GISELA TERESA CENTELLAS Y DO


ROSÁRIO em face de ANDRÉ DE SOUZA BARBOSA, diante do inconformismo com a decisão
interlocutória proferida pelo Juízo de Primeiro Grau.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema Libra, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 02/06/2021. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.

O C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA possui o entendimento pacífico que “A superveniência de


sentença acarreta a inutilidade da discussão a respeito do cabimento ou não da medida liminar, ficando
prejudicado eventual recurso, inclusive o especial relativo à matéria” (REsp 734535/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Humberto Martins, DJ 30/10/2006).

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Desembargador – Relator

Número do processo: 0016288-43.2017.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: JOSE CLEUDO DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: HIKSON ILAI DO NASCIMENTO GOMES OAB: 989/PA
Participação: APELADO Nome: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. Participação: ADVOGADO
Nome: LAYSA AGENOR LEITE OAB: 5530/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO BRAZ DA
SILVA OAB: 20638/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO.

APELAÇÃO Nº. 0016288-43.2017.8.14.0040

COMARCA: PARAUAPEBAS/PA.

APELANTE: JOSÉ CLEUDO DA SILVA.

ADVOGADO: HIKSON ILAI DO NASCIMENTO GOMES OAB/PA Nº 21.989

APELADO: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTO S/A.

ADVOGADOS: LAYSA AGENOR LEITE – OAB/PA Nº 15.530

ANTONIO BRAZ DA SILVA -OAB/PA Nº 20.638

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA: PROCESSO CIVEL. APELAÇÃO CIVEL. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE.


INTEMPESTIVIDADE RECURSAL. NÃO CONHECIMENTO.

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposto por JOSÉ CLEUDO DA SILVA em face de BANCO
BRADESCO FINANCIAMENTO S/A, diante de seu inconformismo com sentença proferida pelo Juízo de
primeiro grau.

É o breve relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, o presente recurso não comporta conhecimento, posto que intempestivo, uma vez que o
mandado de intimação do apelante foi juntado aos autos em 18/06/2018 (Id 1321921), daí porque o prazo
legal de 15 dias úteis iniciou-se em 19/06/2018, conforme a portaria 1161/2021 – GP, de 18 de março de
2021 esgotando-se, portanto, em 09/07/2018, Conforme art. 231, § 3º do CPC. Todavia, o presente
recurso fora protocolizado apenas em 10/07/2018, quando, notadamente, já havia esgotado o prazo
recursal.

ASSIM, nos termos da fundamentação e consoante o disposto no art. 932, III, do CPC, NÃO CONHEÇO
do presente recurso, porquanto resta manifestamente inadmissível, face a interposição intempestiva.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0806737-58.2019.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: VALE S.A.


Participação: ADVOGADO Nome: DANIELLE SERRUYA SORIANO DE MELLO OAB: 17830/PA
Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO BENTES PINHEIRO NETO OAB: 12816/PA Participação:
ADVOGADO Nome: PEDRO BENTES PINHEIRO FILHO OAB: 3210/PA Participação: ADVOGADO
Nome: SOFIA FOGAROLLI VIEIRA OAB: 22650/PA Participação: AGRAVADO Nome: ESTRELA DO SUL
PARTICIPACOES LTDA Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO DE MENDONCA NETO OAB:
28937/GO Participação: ADVOGADO Nome: DANIELLE SKAF ELIAS TEIXEIRA OAB: 21141/GO
Participação: PROCURADOR Nome: RICARDO DE MENDONCA NETO OAB: 28937/GO Participação:
PROCURADOR Nome: DANIELLE SKAF ELIAS TEIXEIRA OAB: 21141/GO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0806737-58.2019.8.14.0000

COMARCA: BELÉM / PA.

AGRAVANTE(S): VALE S/A


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ADVOGADO(A)(S): PEDRO BENTES PINHEIRO NETO - OAB/PA 12.816.

PEDRO BENTES PINHEIRO FILHO - OAB/PA 3.210.

AGRAVADO(A)(S): ESTRELA DO SUL PARTICIPAÇÕES LTDA

ADVOGADO(A)(S): DANIELLE SKAF ELIAS TEIXEIRA - OAB/GO 21.141

RICARDO DE MENDONÇA NETO - OAB/GO 28.937

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

EMENTA: Agravo de Instrumento. Superveniência de sentença que julgou o feito principal. Perda
do objeto recursal. Recurso prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO CPC/2015. Recurso
não conhecido.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por VALE S/A em face de ESTRELA DO SUL
PARTICIPAÇÕES LTDA, diante do inconformismo com a decisão interlocutória proferida pelo Juízo de
Primeiro Grau.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema Libra, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 09/08/2021. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.

O C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA possui o entendimento pacífico que “A superveniência de


sentença acarreta a inutilidade da discussão a respeito do cabimento ou não da medida liminar, ficando
prejudicado eventual recurso, inclusive o especial relativo à matéria” (REsp 734535/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Humberto Martins, DJ 30/10/2006).

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Desembargador – Relator

Número do processo: 0003365-75.2019.8.14.0052 Participação: APELANTE Nome: SINVAL BENTES


LOBO Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ANACLETO FERREIRA GARCIAS OAB: 22167/PA
Participação: APELADO Nome: BV FINANCEIRA SA CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
250
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

JUÍZO DE ORIGEM: VARA ÚNICA DA COMARCA DE SÃO DOMINGOS DO CAPIM

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº: 0003365-75.2019.8.14.0052

APELANTE: SINVAL BENTES LOBO

Advogado(s) do reclamante: JOSE ANACLETO FERREIRA GARCIAS

APELADO: BV FINANCEIRA SA CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO


REPRESENTANTE: BV FINANCEIRA SA CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO

Advogado(s) do reclamado: GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI

RELATORA: Desembargadora MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de recurso de APELAÇÃO (ID 5492170) interposto por SINVAL BENTES LOBO, contra
sentença (ID 5492169) mediante a qual o Juízo da Vara Única da Comarca de São Domingos do Capim,
indeferiu a exordial e julgou extinta sem resolução de mérito a Ação Anulatória em epígrafe, ajuizada em
desfavor de BV FINANCEIRA S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO.

Insatisfeito com a sentença proferida pelo Juízo a quo, o apelante protocolou recurso de apelação
requerendo o provimento do recurso e a consequente reforma da sentença.

É o breve relato.

Decido.

A EXCELENTÍSSIMA RELATORA, DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO:

Da análise detida dos autos, sobressai manifesta a existência de óbice intransponível ao conhecimento do
recurso em tela, por ausência de requisito extrínseco de admissibilidade, atinente à tempestividade, razão
pela qual passo a analisá-lo monocraticamente, nos termos permissivos do art. 932, inciso III, do
CPC/2015.

Acerca do prazo para a interposição do recurso de apelação e da respectiva contagem do prazo recursal,
assim disciplina o Código Processual Civil Brasileiro:

Art. 1.003, § 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para
responder-lhes é de 15 (quinze) dias.

Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os
dias úteis.

Compulsando os autos do recurso, verifica-se que a sentença foi publicada em 12/03/2020 (quinta-feira)
(DJE - Edição nº 6854/2020), iniciando-se a contagem do prazo em 13/03/2020 (sexta-feira), e de acordo
com a regra dos dispositivos retrocitados, o prazo final seria em 02/04/2020. No entanto, em virtude da
suspensão dos prazos processuais ocorridos nesse interregno temporal, o último dia para o protocolo do
251
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

recurso foi em 16/06/2020, nos termos das portarias a seguir relacionadas:

§Portaria nº 1071/2020-GP: suspensão dos prazos no dia 18/03/2020 em razão do falecimento de


Desembargadora;

§ Portaria Conjunta nº 4/2020-GP: suspensão dos prazos nos dias 20 a 23/03/2020;

§ Portaria Conjunta nº 5/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI: suspensão dos prazos do dia 24/03/2020 ao dia


30/04/2020;

§ Portaria n° 5945/2019-GP: suspensão dos prazos no dia 01/05/2020 em razão de feriado;

§ Portaria Conjunta nº 11/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI: suspensão dos prazos do dia 15/05/2020 ao dia


24/05/2020;

§ Portaria Conjunta nº 13/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI: suspensão dos prazos do dia 25/05/2020 ao dia


14/06/2020.

Portanto, considerando a suspensão dos prazos processuais nas datas supracitadas, o prazo final para a
interposição do recurso foi em 16/06/2020 (terça-feira). Porém, o recurso só foi protocolizado em
11/08/2020 (ID 5492170-Pág.01), muito tempo após transcorrido o prazo fatal e, desse modo,
flagrantemente intempestivo.

Ressalta-se que o próprio recorrente sustenta em suas razões recursais que o prazo para manejo do
recurso findou antes, em data anterior ao protocolo, afirmando, porém, que o prazo foi encerrado em
13/05/2020 (ID 5492170-Pág.02).

A inobservância aos requisitos de admissibilidade recursal presentes no CPC é inadmissível e permite


decisão monocrática, de modo que deve ser aplicada ao caso concreto a hipótese do inciso III do art. 932,
do Código de Processo Civil, in verbis:

Art. 932. Incumbe ao relator:

III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente
os fundamentos da decisão recorrida;

Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do presente recurso de apelação, considerando a sua manifesta
intempestividade.

P.R.I.C.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se com as cautelas da lei.

Belém-PA, de 18 de agosto de 2021.

Desembargadora MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Relatora
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0811908-70.2019.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: E. O. Participação:


ADVOGADO Nome: WELLINGTON ALVES VALENTE OAB: 9617/PA Participação: ADVOGADO Nome:
JOYCE REGINA GOMES DOS SANTOS OAB: 49243/GO Participação: APELADO Nome: A. A. C.
Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIUS AUGUSTUS PRADO DIAS OAB: 13573/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

JUÍZO DE ORIGEM: 2ª VARA CÍVEL DE PARAUAPEBAS.

APELAÇÃO CÍVEL Nº: 0811908-70.2019.8.14.0040

APELANTE: E. O.

Advogado: JOYCE REGINA GOMES DOS SANTOS, WELLINGTON ALVES VALENTE

APELADO: A. A. C.

Advogado: CLAUDIUS AUGUSTUS PRADO DIAS

RELATORA: Desembargadora MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

DECISÃO

1- Em juízo de admissibilidade recursal único (CPC, art. 1.010, § 3º), verifico a priori a presença dos
pressupostos recursais intrínsecos e extrínsecos, existindo contrarrazões tempestivas nos autos;

2- Recebo o recurso em seu duplo efeito legal (CPC, art. 1.012, caput);

3- Transcorrido o prazo para interposição de eventual recurso, retornem os autos conclusos.

Publique-se e intimem-se.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Relatora

Número do processo: 0004630-96.2018.8.14.0004 Participação: APELANTE Nome: SEGURADORA


LIDER DOS CONSOCIO DO SEGURO OBRIGATORIO Participação: APELANTE Nome: SEGURADORA
LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A. Participação: ADVOGADO Nome: MARILIA DIAS
ANDRADE OAB: 14351/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUANA SILVA SANTOS OAB: 16292/PA
Participação: APELADO Nome: PATRIKI ASSUNCAO MAIA Participação: ADVOGADO Nome: NILSON
HUNGRIA OAB: 25822/GO

ÓRGÃO JULGADOR: 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AUTOS Nº: 0004630-96.2018.814.0004

CLASSE: RECURSO DE APELAÇÃO

JUÍZO DE ORIGEM: VARA ÚNICA DE ALMERIM

APELANTE: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S/A

APELADO: PATRICK ASSUNÇÃO MAIA

RELATORA: DESA. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Vistos os autos.

SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S/A interpôs o presente RECURSO
DE APELAÇÃO em face da sentença de Id. 5660546, proferida pelo Juízo de Direito da Vara Única da
Comarca de Almerim, que julgou parcialmente procedentes os pedidos formulados nos autos da Ação de
Cobrança de Seguro DPVAT nº 0004630-96.2018.814.0004, ajuizada por PATRICK ASSUNÇÃO MAIA,
no sentido de condenar a seguradora ao pagamento da indenização no valor de R$ 337,50 (trezentos e
trinta e sete reais e cinquenta centavos) a título de seguro DPVAT.

Em suas razões (Id. 5660549-págs. 02/05 e Id. 5660550-págs. 01/03), sustenta que o recurso deve ser
provido para que seja reformada a sentença alvejada, ao argumento de que a pretensão indenizatória
formalizada na origem teria sido atingida pela prescrição trienal, pois a negativa do requerimento
administrativo teria ocorrido em 06/07/2015 e o ajuizamento da ação originária somente em 18/06/2018.

A não apresentação de contrarrazões pela parte apelada foi certificada na origem (Id. 5660551-pág.
08).

Brevemente Relatados.

Decido.

Prefacialmente, com fundamento no art. 133, XII, “d” do Regimento Interno deste Sodalício, tenho que o
feito em análise comporta julgamento monocrático, pois conforme será demonstrado a seguir, a presente
decisão será pautada em entendimento firmado em jurisprudência assente do Superior Tribunal de Justiça.

Quanto ao Juízo de admissibilidade, vejo que o recurso é tempestivo, adequados à espécie e conta com
preparo regular (Id. 5961563). Portanto, preenchidos os pressupostos extrínsecos (tempestividade,
regularidade formal, inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer e preparo) e
intrínsecos (cabimento, legitimidade e interesse para recorrer); SOU PELO SEU CONHECIMENTO.

Não havendo preliminares a serem enfrentadas, avanço diretamente à análise meritória.

Vislumbro, prima facie, que ao revés do que defendido pela parte apelante, o triênio prescricional para a
pretensão indenizatória de seguro DPVAT determinado no Enunciado da Súmula nº 405[1] do Superior
Tribunal de Justiça não é deflagrado pela negativa do requerimento administrativo junto à seguradora,
porém, pela data da ciência inequívoca da invalidez pelo segurado, na esteira da remansosa
jurisprudência daquela mesma Corte Superior, litteris:

AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL. SEGURO DPVAT. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA.


TERMO INICIAL. CIÊNCIA DA INVALIDEZ. SÚMULA 278/STJ. LAUDO MÉDICO. CONHECIMENTO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ANTERIOR. VERIFICAÇÃO. INVIABILIDADE. NECESSIDADE DE REEXAME FÁTICO. SÚMULA 7/STJ.


NÃO PROVIMENTO. 1. Nos termos da jurisprudência desta Corte, o "termo inicial do prazo
prescricional, na ação de indenização, é a data em que o segurado teve ciência inequívoca da
incapacidade laboral" (Súmula 278/STJ). 2. A "ciência inequívoca do caráter permanente da invalidez
depende de laudo médico" (REsp 1.388.030/MG, Rel. Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, SEGUNDA
SEÇÃO, julgado em 11.6.2014, DJe 1º.8.2014). 3. Não cabe, em recurso especial, reexaminar matéria
fático-probatória (Súmula n. 7/STJ). 4. Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no REsp
1859554/SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 29/03/2021, DJe
06/04/2021)

Àluz dessa premissa, considerando que a ciência inequívoca da invalidez pelo segurado na espécie se
deu em 04/03/2015, conforme fazem prova o laudo médico (Id. 5660541-pág. 01) e a declaração (Id.
5660541-pág. 03) que instruem a exordial, o triênio para a pretensão indenizatória em testilha se exauriu
em 03/03/2018 e, no entanto, somente foi formalizada em 18/06/2018 (Id. 5660539-pág. 01), restando, à
toda evidência, fagocitada pelo instituo jurídico da prescrição.

Àvista do exposto, com lastro no art. 133, XII, “d” do RITJE/PA[2], CONHEÇO e DOU PROVIMENTO ao
recurso, a fim de, reconhecendo a prescrição da pretensão indenizatória na origem, reformar a sentença
alvejada para, lançando mão do efeito translativo recursal, extinguir a ação originária, com a resolução do
mérito, nos moldes do art. 487, II do CPC/2015[3], ao tempo que delibero:

1. Intimem-se as partes;

2. Transitada em julgado, devolvam-se os autos à origem para os ulteriores de direito;

3. Dê-se baixa imediata no sistema;

4. Cumpra-se, podendo servir a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da Portaria nº
3.731/2015 – GP.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Relatora

[1] Súmula nº 405. A ação de cobrança do seguro obrigatório (DPVAT) prescreve em três anos.

[2] Art. 133. Compete ao relator: (...) XII - dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária:
(...) d) à jurisprudência dominante desta e. Corte ou de Cortes Superiores.

[3] Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: (...) II - decidir, de ofício ou a requerimento,
sobre a ocorrência de decadência ou prescrição.

Número do processo: 0807076-46.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: JOAO ROSA


CORREA Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO ROMEU DE MORAES DANTAS OAB: 14931/PA
Participação: ADVOGADO Nome: MARILETE CABRAL SANCHES OAB: 13390/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ISMAEL ANTONIO COELHO DE MORAES OAB: 6942/PA Participação:
AGRAVANTE Nome: ROSIRENE CAPELA SERRAO Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO
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ROMEU DE MORAES DANTAS OAB: 14931/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARILETE CABRAL
SANCHES OAB: 13390/PA Participação: ADVOGADO Nome: ISMAEL ANTONIO COELHO DE MORAES
OAB: 6942/PA Participação: AGRAVADO Nome: CENTRAIS ELETRICAS DO NORTE DO BRASIL S/A
Participação: ADVOGADO Nome: DANIELLE SERRUYA SORIANO DE MELLO OAB: 17830/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará intima a parte interessada para que, querendo, apresente contrarrazões ao Agravo Interno
interposto nos autos.

18 de agosto de 2021

Número do processo: 0802098-60.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ANTONIA


MESQUITA DE ALMEIDA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA ANDREA CELSO DA SILVA OAB:
88/PA Participação: AGRAVADO Nome: MODULO ENGENHARIA E COMERCIO LTDA - ME Participação:
AGRAVADO Nome: FERNANDO SERGIO TRINDADE TOCANTINS Participação: ADVOGADO Nome:
RUI GUILHERME TRINDADE TOCANTINS OAB: 5132/PA Participação: AGRAVADO Nome: ADRIANE
MACHADO TCHELZOFF TOCANTINS Participação: ADVOGADO Nome: RUI GUILHERME TRINDADE
TOCANTINS OAB: 5132/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO
PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIZA MACHADO DA SILVA LIMA OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) - 0802098-60.2020.8.14.0000

AGRAVANTE: ANTONIA MESQUITA DE ALMEIDA

AGRAVADO: MODULO ENGENHARIA E COMERCIO LTDA - ME, FERNANDO SERGIO TRINDADE


TOCANTINS, ADRIANE MACHADO TCHELZOFF TOCANTINS

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0802098-60.2020.8.14.0000

AGRAVANTE: ANTÔNIA MESQUITA DE ALMEIDA

AGRAVADO: MODULO ENGENHARIA E COMERCIO LTDA - ME

AGRAVADA: ADRIANE MACHADO TCHELZOFF TOCANTINS

AGRAVADO: FERNANDO SERGIO TRINDADE TOCANTINS


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COMARCA DE ORIGEM: BELÉM/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA – DECISÃO AGRAVADA QUE


MODIFICOU DECISUM QUE RECONHECEU COMO INCONTROVERSO O VALOR DEPOSITADO
PELA CONSTRUTORA – DECISÃO REFORMADA QUE CONSTITUI SITUAÇÃO JURÍDICA CUJA
RESOLUÇÃO ENCONTRA-SE ESTABILIZADA EM OUTRA PROCESSO, NÃO PODENDO SER
REVISTA EM SEDE DE DEMANDA DIVERSA – EXISTÊNCIA DE CRÉDITO REMANESCENTE – RISCO
DE DESFAZIMENTO DA GARANTIA – NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO DA PENHORA –
IMPOSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS – QUESTÃO NÃO APRECIADA PELO
JULGADOR PRIMEVO – IMPOSSIBILIDADE DE EXAME – AGRAVO QUE POSSUI NATUREZA
SECUNDUM EVENTUM LITIS – RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

1 – Hipótese em que a decisão que reconheceu como incontroverso o valor depositado pela construtora,
foi proferida em feito conexo (Processo n. 0014900-24.1995.8.14.0301), já sentenciado e, cuja decisão
extintiva, que, aliás, já transitou em julgado, não modificou ou revogou as disposições da referida decisão
interlocutória.

2 – Decisão que constitui situação jurídica cuja resolução encontra-se estabilizada naquela demanda, não
podendo ser revista em sede de demanda diversa.

3 – Ainda que fosse possível a modificação do decisum, contata-se que em sede de embargos à execução
(Processo n. 0027851-26.2007.8.14.0301), foi prolatada sentença de mérito, reconhecendo o crédito de
R$ 62.153,54 (sessenta e dois mil cento e cinquenta e três reais e cinquenta e quatro centavos), em favor
da ora agravante, com complemento de correção monetária a serem apuradas, exatamente, em sede da
demanda de origem, reforçando, assim, ser incontroverso o valor depositado.

4 – Considerando a existência de crédito remanescente, bem assim o risco de consequente desfazimento


da sua garantia na hipótese de levantamento da penhora, resta evidenciada a necessidade de
manutenção da penhora, na hipótese.

5 – Constatado que a questão relativa à intervenção de terceiros, não foi objeto de apreciação pelo juízo
primevo na decisão interlocutória vergastada (ID. 2836533), o que, considerando a natureza secundum
eventum litis do agravo de instrumento, impede a análise da matéria nesta sede.

6 – Recurso de Agravo de Instrumento Conhecido e Parcialmente Provido, na esteira do parecer da


Douta Procuradoria de Justiça, para desconstituir o capítulo do decisum agravado que afastou o caráter
incontroverso do valor depositado pela construtora agravada, mantendo a penhora incidente sobre bem
imóvel.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, onde figuram como partes as acima identificadas, acordam os
Excelentíssimos Senhores Desembargadores membros da Colenda 2ª Turma de Direito Privado do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará na Sessão Ordinária realizada em 10 de agosto de 2021
(Plenário Virtual), na presença do Exmo. Representante da Douta Procuradoria de Justiça, por
unanimidade de votos, em CONHECER e DAR PARCIAL PROVIMENTO ao Recurso de Agravo de
Instrumento, nos termos do voto da Exma. Desembargadora Relatora Maria de Nazaré Saavedra
Guimarães.
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MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora Relatora

RELATÓRIO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0802098-60.2020.8.14.0000

AGRAVANTE: ANTÔNIA MESQUITA DE ALMEIDA

AGRAVADO: MODULO ENGENHARIA E COMERCIO LTDA - ME

AGRAVADA: ADRIANE MACHADO TCHELZOFF TOCANTINS

AGRAVADO: FERNANDO SERGIO TRINDADE TOCANTINS

COMARCA DE ORIGEM: BELÉM/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de Recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, interposto por ANTÔNIA MESQUITA DE ALMEIDA, contra Decisão
Interlocutória proferida pelo MM. Juízo da 7ª Vara Civil e Empresarial de Belém/PA que, nos autos de
AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL CONVERTIDA EM CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
(Processo n. 0027847-46.2007.8.14.0301), ajuizado por si em face de MODULO ENGENHARIA E
COMERCIO LTDA – ME e OUTROS, determinou o levantamento de penhora incidente sobre bens da
executada agravada.

Na decisão agravada (ID. 2836533), entendeu o juízo primevo que o depósito no importe de R$ 70.000,00
(setenta mil reais) efetuado pelo executado teve por escopo apenas substituir o bem penhorado, não
tornando-se incontroverso, razão pala qual, determinou o levantamento da respectiva penhora.

Dessa decisão, interpôs a exequente ANTÔNIA MESQUITA DE ALMEIDA o presente Recurso de Agravo
de Instrumento.

Alega que o montante de R$ 70.000,00 (setenta mil reais) depositados pela construtora agravada teria
sido declarado incontroverso ainda na demanda originária e mantido em agravo de instrumento transitado
em julgado, razão pela qual não poderia ser tal entendimento modificado em sede de cumprimento de
sentença.

Aduz que mesmo levantando o montante de R$ 70.000,00, existiria crédito remanescente no importe de
R$ 61.425,12, o que tornaria indispensável a manutenção da penhora.

Arrazoa não ser possível a intervenção dos terceiros interessados no âmbito do cumprimento de sentença,
visto que sua atuação se restringiria aos embargos de terceiros.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Pleiteia, assim, a concessão de efeito suspensivo ativo ao recurso para sustar a decisão agravada
determinando a manutenção da constrição sobre o bem penhorado.

O feito foi originalmente distribuído a relatoria do Exma. Desa. Maria do Ceo Maciel Coutinho e, ainda,
posteriormente, ao Exmo. Des. Ricardo Ferreira Nunes.

Após redistribuição, coube-me a relatoria do feito.

Em decisão de ID. 2893238, foi deferido o efeito suspensivo para sustar a decisão agravada.

Em contrarrazões (ID. 3352902), o agravado Fernando Sérgio Trindade Tocantins alega que a decisão
agravada seria escorreita, razão pela qual deveria ser mantida na integra, pugnando, assim, pelo
desprovimento do recurso de agravo de instrumento.

Instada a se manifestar, a Douta Procuradoria de Justiça emitiu parecer pelo conhecimento e provimento
do recurso (ID. 5592305).

É o relatório.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora

VOTO

VOTO

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Avaliados, preliminarmente, os pressupostos processuais subjetivos e objetivos deduzidos pela agravante,


tenho-os como regularmente constituídos, bem como atinentes à constituição regular do feito até aqui,
razão pela qual conheço do recurso, passando a proferir voto.

INCIDÊNCIA DO DIREITO INTERTEMPORAL

Precipuamente, em observância as regras de Direito Intertemporal, positivada no art. 14 do Código de


Processo Civil de 2015, o recurso em exame será apreciado sob a égide deste, visto que a vergastada
decisão foi publicada já na vigência do NCPC.

QUESTÕES PRELIMINARES

Face a ausência de questões preliminares, atenho-me ao exame do mérito da demanda.

MÉRITO

Cinge-se a controvérsia recursal a aferição da possibilidade de modificação de decisão que declarou


incontroverso valor depositado no feito de origem; a necessidade de manutenção da penhora e a
impossibilidade de intervenção de terceiros interessados no âmbito do cumprimento de sentença.
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Consta das razões apresentadas pela agravante que o montante de R$ 70.000,00 (setenta mil reais)
depositados pela construtora agravada teria sido declarado incontroverso ainda na demanda originária e
mantido em agravo de instrumento transitado em julgado, razão pela qual não poderia ser tal
entendimento modificado em sede de cumprimento de sentença; que mesmo que levantado o montante de
R$ 70.000,00, existiria crédito remanescente no importe de R$ 61.425,12, o que tornaria indispensável a
manutenção da penhora; bem como não ser possível a intervenção dos terceiros interessados no âmbito
do cumprimento da ação executória, visto que sua atuação se restringiria aos embargos de terceiros.

Do Valor Incontroverso e da Penhora

Analisando os autos, verifica-se que o juízo “ad quo”, em sede do Processo n. 0014900-
24.1995.8.14.0301, conexo a ação originária, preferiu decisão perfilhando como incontroverso o montante
de R$ 70.000,00 (setenta mil reais), depositado pela construtora executada/agravada, senão vejamos:

“Está devidamente caracterizado nos autos que a quantia de R$ 70.000,00 (setenta mil reais) é
incontroversa.

Assim, defiro o pedido de fls. 108/109.

Belém, 27 de março de 2003.

Expeça-se o alvará”.

Da aludida decisão, foi interposto recurso de agravo de instrumento (Processo n. 2003.3.001720-4),


oportunidade em que este Egrégio Tribunal, entendeu que em razão do levantamento dos valores pelo
exequente, o referido recurso estaria prejudicado, conforme ementa, in verbis:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO EXECUÇÃO DEFINITIVA DE


SENTENÇA. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE DETERMINOU O LEVANTAMENTO DO VALOR TIDO
COMO INCONTROVERSO. CUMPRIMENTO DA DECISÃO ANTES DA INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO
DE INSTRUMENTO. RECURSO PREJUDICADO POR PERDA DE OBJETO. NEGATIVA DE
SEGUIMENTO, PELOS FUNDAMENTOS CONSTANTES DO VOTO VISTA. UNANIMIDADE.”

(TJ-PA – AI 2008.02453776-66, 72.361, Rel. MARIA DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES, Órgão


Julgador 4ª CAMARA CIVEL ISOLADA, Julgado em 2008-06-12, Publicado em 2008-07-02).

Ocorre, que, no âmbito da ação de execução convertida em cumprimento de sentença (Processo n.


0027847-46.2007.8.14.0301), o juízo primevo, proferiu decisão, no caso, a ora impugnada, perfilhando que
o depósito no importe de R$ 70.000,00 (setenta mil reais) efetuado pela construtora executada, teve por
escopo apenas substituir o bem penhorado, não tornando-se incontroverso, conforme trecho in verbis:

“[...] Entendo que de fato, o depósito de fls. 103 não foi à título de incontroverso, mas para substituição do
bem penhorado, razão pela qual entendo que a constrição sobre o bem às fls. 95 deve ser levantada, até
porque o dinheiro depositado foi levantado, pela exequente e hoje existem outros meios eficazes para se
adotar no processo de execução [...]”.

Dessa forma, alega a parte agravante que a decisão agravada teria incorrido em violação a coisa julgada,
bem assim inobservado o princípio da hierarquia ao modificar a decisão proferido por este Egrégio
Tribunal no citado agravo de instrumento.

Nessa senda, insta esclarecer primeiramente, que o Acórdão n. 72.361 não se pronunciou quanto ao
mérito do agravo de instrumento, visto que reconheceu a perda de objeto do recurso, julgando-o
prejudicado, não examinando, portanto, o mérito do agravo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

No que concerne a modificação da decisão que reconheceu como incontroverso o valor depositado, tem-
se, a priori, que, tratando-se de decisão interlocutória não há que se falar em coisa julgada, visto que esta
poderia ser modificada posteriormente pelo julgador na demanda.

Não obstante, verifica-se que o aludido decisum foi proferido em feito conexo (Processo n. 0014900-
24.1995.8.14.0301), já sentenciado e, cuja decisão extintiva, que, aliás, já transitou em julgado, não
modificou ou revogou as disposições da referida decisão interlocutória.

Desse modo, entendo que a aludida decisão que reconheceu como incontroverso o valor depositado pela
construtora, ora agravada, constitui situação jurídica cuja resolução encontra-se estabilizada naquela
demanda, não podendo ser revista em sede de demanda diversa.

Outrossim, ainda que fosse possível a modificação do decisum, contata-se que em sede de embargos à
execução (Processo n. 0027851-26.2007.8.14.0301), foi prolatada sentença de mérito, reconhecendo o
crédito de R$ 62.153,54 (sessenta e dois mil cento e cinquenta e três reais e cinquenta e quatro centavos),
em favor da ora agravante, com complemento de correção monetária a serem apuradas, exatamente, em
sede da demanda de origem, reforçando, assim, ser incontroverso o valor depositado.

Ademais, considerando a existência de crédito remanescente, bem assim o risco consequente


desfazimento da sua garantia na hipótese de levantamento da penhora, resta evidenciada a necessidade
de manutenção da penhora, na hipótese.

Da Impossibilidade de Intervenção de Terceiros

Acerca da alegada impossibilidade de intervenção de terceiros na demanda de origem, insta esclarecer


que o agravo de instrumento é recurso de natureza secundum eventum litis, de forma que seu âmbito de
apreciação deve observar os limites da decisão recorrida.

Nesse sentido, vejamos precedentes jurisprudenciais:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE CONHECIMENTO. FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.


RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. TESES RECURSAIS NÃO EXAMINADAS PELO
JULGADOR SINGULAR. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. INTIMAÇÃO SOBRE
ATUALIZAÇÃO DE VALORES CONSTANTES EM PETITÓRIO E ACERCA DO PEDIDO DE EXPEDIÇÃO
DE PRECATÓRIO. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DECISÃO SURPRESA. NÃO VIOLAÇÃO. DECISÃO
MANTIDA. 1. O agravo de instrumento é recurso secundum eventum litis, de modo que seu âmbito
de apreciação restringe-se aos lindes da decisão recorrida, sendo vedado ao Tribunal apreciar
questões de fato ou de direito não analisadas no 1º grau de jurisdição, sob pena de usurpação de
competência e/ou supressão de instância. 2. Tendo o agravante sido intimado e demonstrado ciência
quanto ao teor de todo o processado (inclusive em relação a atualização de valores e ao pedido de
expedição de precatório), não há que se falar em violação do princípio da vedação da decisão surpresa. 3.
Não verificada a ocorrência de nenhuma das hipóteses do art. 80, do Código de Processo Civil, não há se
falar em aplicação das sanções por litigância de má-fé. 4. Recurso Conhecido e Desprovido.

(TJ-GO - AI: 05692309720198090000, Relator: Des(a). GERSON SANTANA CINTRA, Data de


Julgamento: 23/03/2020, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 23/03/2020). (Grifei).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL AÇÃO ORDINÁRIA. PAGAMENTO DE


COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO POR MORTE. DESCUMPRIMENTO PARCIAL DE LIMINAR
ANTECIPATÓRIA DE TUTELA. PAGAMENTO A MENOR. DETERMINAÇÃO DE PAGAMENTO
INTEGRAL DA COMPLEMENTAÇÃO DA PENSÃO POR MORTE. IRREPARABILIDADE.
INCOMPROVAÇÃO DE POSSÍVEL DESACERTO DA DECISÃO AGRAVADA. "O AGRAVO DE
INSTRUMENTO É UM RECURSO "SECUNDUM EVENTUM LITIS E DEVE SE ATER AO ACERTO OU
DESACERTO DA DECISÃO ATACADA, DENTRO DE CRITÉRIOS DA LEGALIDADE E
RAZOABILIDADE, SENDO VEDADO, AINDA, IMISCUIR-SE NO MÉRITO DA DEMANDA OU JULGAR
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

MATÉRIAS ESTRANHAS AO ATO JUDICIAL RECORRIDO, SOB PENA DE SUPRESSÃO DE


INSTÂNCIA". PRECEDENTES. AGRAVO IMPROVIDO, DECISÃO INTERLOCUTÓRIA MANTIDA.

(TJ-BA - AI: 00216449120178050000, Relator: João Augusto Alves de Oliveira Pinto, Quarta Câmara
Cível, Data de Publicação: 08/05/2018). (Grifei).

Na hipótese, verifica-se que a questão relativa à intervenção de terceiros, não foi objeto de apreciação
pelo juízo primevo na decisão interlocutória vergastada (ID. 2836533), o que, considerando a natureza
secundum eventum litis do agravo de instrumento, impede a análise da matéria nesta sede.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, na esteira do parecer da Douta Procuradoria de Justiça, CONHEÇO do Recurso de


Agravo de Instrumento e DOU-LHE PARCIAL PROVIMENTO para desconstituir o capítulo do decisum
agravado que afastou o caráter incontroverso do valor depositado pela construtora agravada, mantendo a
penhora incidente sobre o bem imóvel, nos termos da fundamentação.

É como voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0828348-08.2017.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: AMANHA


INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: FABIO RIVELLI OAB: 297608/PA
Participação: APELANTE Nome: PDG REALTY S/A EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACOES
Participação: ADVOGADO Nome: FABIO RIVELLI OAB: 297608/PA Participação: APELANTE Nome: ELO
INCORPORADORA E CONSTRUTORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU
FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: APELADO Nome: VALMIR RODRIGUES DE PAIVA
Participação: ADVOGADO Nome: SIDENEU OLIVEIRA DA CONCEICAO FILHO OAB: 8141/PA
Participação: ADVOGADO Nome: MANOEL RAIMUNDO NEVES DO VALE OAB: 23218/PA Participação:
APELADO Nome: MARIA DE NAZARE MAFRA DE PAIVA Participação: ADVOGADO Nome: SIDENEU
OLIVEIRA DA CONCEICAO FILHO OAB: 8141/PA Participação: ADVOGADO Nome: MANOEL
RAIMUNDO NEVES DO VALE OAB: 23218/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0828348-08.2017.8.14.0301

APELANTE: AMANHA INCORPORADORA LTDA, PDG REALTY S/A EMPREENDIMENTOS E


PARTICIPACOES, ELO INCORPORADORA E CONSTRUTORA LTDA

APELADO: VALMIR RODRIGUES DE PAIVA, MARIA DE NAZARE MAFRA DE PAIVA


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RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº. 0828348-08.2017.814.0301

EMBARGANTE: ELO INCORPORADORA LTDA

EMBARGADOS: VALMIR RODRIGUES DE PAIVA E MARIA DE NAZARÉ MAFRA DE PAIVA

EMBARGADO: ACÓRDÃO ID 5215627

RELATORA: DESª. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO – ARGUIÇÃO OMISSÃO E CONTRADIÇÃO –


INOCORRÊNCIA – MATÉRIAS QUE FORAM DEVIDAMENTE ANALISADAS NO JULGAMENTO DO
RECURSO – INCONFORMISMO E TENTATIVA DE REDISCUSSÃO DE MATÉRIA – RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO - MATÉRIA AUTOMATICAMENTE PREQUESTIONADA.

1. Acórdão recorrido que conheceu e Negou Provimento ao Recurso de Apelação interposto pelo ora
embargante, mantendo integralmente a sentença que julgou parcialmente procedente os pedidos
formulados na inicial.

2. Omissão e contradição inexistentes no caso em comento. Questões relativas à cumulação de multa


compensatória com danos morais devidamente enfrentadas. Juros de mora devidamente fixados na
sentença de origem. Matérias não devolvidas em sede de recurso de apelação.

3. Tentativa de rediscussão da matéria. Ausência dos vícios constantes do art. 1.022 do CPC.

4. Embargos Conhecidos e Improvidos. Matéria automaticamente prequestionada, nos termos do art.


1.025 do CPC. É como voto.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO tendo


como embargante ELO INCORPORADORA LTDA e Embargados VALMIR RODRIGUES DE PAIVA E
MARIA DE NAZARÉ MAFRA DE PAIVA e ACÓRDÃO ID 5215627.

Acordam os Excelentíssimos Desembargadores, Membros da 2º Turma de Direito Privado deste Egrégio


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade, em plenário virtual, CONHECER DOS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO E NEGAR-LHES PROVIMENTO, nos termos do voto
da Excelentíssima Desembargadora-Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.

Maria de Nazaré Saavedra Guimarães

Desembargadora Relatora

RELATÓRIO
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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº. 0828348-08.2017.814.0301

EMBARGANTE: ELO INCORPORADORA LTDA

EMBARGADOS: VALMIR RODRIGUES DE PAIVA E MARIA DE NAZARÉ MAFRA DE PAIVA

EMBARGADO: ACÓRDÃO ID 5215627

RELATORA: DESª. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATÓRIO

ELO INCORPORADORA LTDA interpôs EMBARGOS DE DECLARAÇÃO COM PEDIDO DE EFEITOS


MODIFICATIVOS (ID 5427922), em face de VALMIR RODRIGUES DE PAIVA E MARIA DE NAZARÉ
MAFRA DE PAIVA e do V. Acórdão ID Nº. 5215627, cuja ementa é a seguinte, in verbis:

EMENTA

APELAÇÕES CÍVEIS – AÇÃO DE RESCISÃO POR DESCUMPRIMENTO DE CONTRATO C/C


INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS, MORAIS – RECURSOS DE APELAÇÃO INTERPOSTOS
POR TODOS OS RÉUS.

RECURSO DE APELAÇÃO INTERPOSTO PELAS RÉS AMANHA INCORPORADORA LTDA E PDG


REALTY S/A EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACOES. PRELIMINAR: SUSPENSÃO/EXTINÇÃO DO
FEITO EM RAZÃO DO DEFERIMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL – REJEITADA. MÉRITO:
CUMULAÇÃO DA MULTA PENAL MORATÓRIA COM LUCROS CESSANTES – INCORRÊNCIA NO
CASO EM COMENTO – APLICAÇÃO TÃO SOMENTE DA CLÁUSULA PENAL – INVERSÃO DA
CLÁUSULA PENAL EM FAVOR DOS CONSUMIDORES – CABIMENTO - DEVOLUÇÃO INTEGRAL
DOS VALORES PAGOS PELOS RECORRIDOS – POSSIBILIDADE – ATRASO INJUSTIFICADO DA
OBRA POR CULPA EXCLUSIVA DAS EMPRESAS APELANTES - DANOS MORAIS CONFIGURADOS
– CIRCUNSTÂNCIAS QUE ULTRAPASSAM O MERO ABORRECIMENTO – PEDIDO DE MINORAÇÃO
DO QUANTUM INDENIZATÓRIO– IMPOSSIBILIDADE – OBSERVÂNCIA DOS PARÂMETROS LEGAIS
- RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. RECURSO DE APELAÇÃO DA EMPRESA REQUERIDA
ELO INCORPORADORA E CONSTRUTORA LTDA. PRELIMINAR: ILEGITIMIDADE PASSIVA,
REJEITADA – MÉRITO – QUESTÕES RELATIVAS A IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DA
CLÁUSULA PENAL COM LUCROS CESSANTES E DESCABIMENTO DA DEVOLUÇÃO INTEGRAL
DOS

VALORES PAGOS PELOS RECORRIDOS JÁ ANALISADAS E REFUTADAS A QUANDO DA ANÁLISE


DO RECURSO DE APELAÇÃO DAS PRIMEIRAS REQUERIDAS – CUMULAÇÃO DA MULTA
COMPENSATÓRIA COM DANOS MORAIS – POSSIBILIDADE – NATUREZAS DISTINTAS – RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO.

Sustenta o embargante que o Acórdão recorrido teria sido omisso e contraditório, sob o argumento de
descabe a cumulação de multa compensatória e danos morais, face a ocorrência de bis in idem, bem
assim que o julgado deixou de mencionar o termo inicial para incidência de juros sobre o montante a ser
devolvido à título de rescisão contratual.

Em contrarrazões (ID 5556042), os embargados requereram a manutenção do Acórdão e consequente


rejeição dos embargos de declaração.

É o relatório.
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VOTO

VOTO

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Avaliados os pressupostos processuais, tenho-os como regularmente constituídos, razão pela qual
conheço dos embargos, passando a proferir voto.

Analisando os autos e à luz das razões expendidas nos presentes aclaratórios, verifico que o Acórdão
embargado conheceu e Negou Provimento aos recursos de apelação interpostos, tanto pela empresa ora
embargante, como pelos embargados, mantendo integralmente a sentença que julgou parcialmente
procedente os pedidos autorais.

Insurge-se o embargante contra o julgado desta Turma, argumentando que o mesmo teria sido
contraditório em relação a impossibilidade de cumulação de multa compensatória e danos morais, face a
ocorrência de bis in idem, bem assim que o julgado deixou de mencionar o termo inicial para incidência de
juros sobre o montante a ser devolvido à título de rescisão contratual.

Da apreciação acurada do Acórdão recorrido, observa-se que toda a matéria trazida em sede de recurso
de apelação fora analisada de forma detida.

Pelo que se observa do julgado recorrido, todas as questões levantadas pelos apelantes, especialmente
aquelas relativas à cumulação da multa compensatória com danos morais, foram devidamente apreciadas
e refutadas, considerando a natureza distinta das condenações, senão vejamos:

(...) Por fim, ressalta a ora recorrente o descabimento da cumulação da multa compensatória com danos
morais. Na espécie dos autos, conforme já apontado, a cláusula penal do contrato de promessa de compra
e venda de imóvel está muito mais relacionado com o atraso da entrega do imóvel, ou seja, com o
retardamento da prestação para além do prazo de conclusão fixado no próprio contrato. Já os danos
morais, como se sabe, é assente na jurisprudência o entendimento de que o injustificado e exagerado
atraso na entrega do imóvel, como no caso dos autos, enseja abalos na esfera psíquica do comprador.
Nesse contexto, verificando que se trata de natureza moratória da cláusula penal contratual, resta
perfeitamente adequada a cumulação desta com pedido de indenização por danos morais, na medida em
estes tem natureza diversa daquele.

No que tange os juros de mora, observa-se que a sentença já os fixou, bem assim esse capítulo da
sentença não fora sequer recorrido, razão por que a matéria não foi tratada a quando do julgamento dos
recursos de apelação.

Assim, não se observa qualquer omissão ou sequer contradição capaz de ensejar a reforma do Acórdão
vergastado, sendo notória a pretensão do embargante em rediscutir as matérias analisadas em sede de
recurso de apelação.

Ratificando o entendimento esposado, vejamos o precedente:

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL. ART. 1.022 DO


CPC/2015. OMISSÃO. AUSÊNCIA. REDISCUSSÃO DO MÉRITO DAS QUESTÕES DECIDIDAS.
IMPOSSIBILIDADE. 1. Os embargos declaratórios são cabíveis quando houver contradição nas decisões
judiciais ou quando for omitido ponto sobre o qual se devia pronunciar o juiz ou tribunal, ou mesmo
correção de erro material, na dicção do art. 1.022 do CPC vigente, algo inexistente no caso concreto. 2.
Não há vício de fundamentação quando o aresto recorrido decide integralmente a controvérsia, de maneira
sólida e fundamentada. 3. No caso, o recurso especial não foi conhecido, sob o fundamento de que
reavaliar a identidade dos elementos constantes da ação coletiva que originou o aresto recorrido com
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aqueles contidos em outra demanda coletiva ajuizada anteriormente, com a finalidade se verificar a
ocorrência ou não da coisa julgada, atrai o óbice constante da Súmula 7/STJ. 4. Não se admitem os
aclaratórios com o exclusivo propósito de rediscutir o mérito das questões já decididas anteriormente. 5.
Embargos de declaração rejeitados. (STJ - EDcl no REsp: 1183633 MS 2010/0039702-0, Relator: Ministro
OG FERNANDES, Data de Julgamento: 03/04/2018, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe
09/04/2018)

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE QUAISQUER DOS VÍCIOS


DO ART. 535 DO CPC. REDISCUSSÃO DE QUESTÕES DE MÉRITO. IMPOSSIBILIDADE. CARÁTER
MERAMENTE PROTELATÓRIO. 1. Revelam-se improcedentes os Embargos Declaratórios em que
as questões levantadas traduzem inconformismo com o teor da decisão embargada, pretendendo
rediscutir matérias já decididas, sem demonstrar omissão, contradição ou obscuridade (art. 535 do
CPC). 2. Inaplicável, o disposto no 1.037, II, do CPC/2015. Desse modo, conforme jurisprudência
sedimentada do Superior Tribunal de Justiça na vigência do CPC/1973, a existência de repercussão geral
reconhecida pelo STF não obsta o julgamento de Recursos Especiais, ainda que sob a chancela dos
recursos repetitivos, no âmbito do STJ. 3. Embargos de Declaração rejeitados. (STJ - EDcl no REsp:
779685 MG 2005/0148791-7, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento: 21/02/2019, T2
- SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 11/03/2019)

Desse modo, e com base em toda a fundamentação acima expendida, o Acórdão recorrido merece ser
mantido em sua integralidade, dada a ausência de qualquer omissão capaz de macular os fundamentos
elencados.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, CONHEÇO dos Embargos de Declaração, porém NEGO-LHES PROVIMENTO,


considerando-se tão somente a matéria como prequestionada, nos termos do que dispõe o art. 1.025 do
CPC.

É como voto.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES.

Desembargadora-Relatora.

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0800011-38.2019.8.14.0107 Participação: APELANTE Nome: SOLANGE MARIA


LIMA PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: WAIRES TALMON COSTA JUNIOR OAB: 12234/MA
Participação: APELADO Nome: BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME
DA COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIZA MACHADO DA SILVA
LIMA OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0800011-38.2019.8.14.0107

APELANTE: SOLANGE MARIA LIMA PEREIRA


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APELADO: BANCO BRADESCO SA


REPRESENTANTE: BANCO BRADESCO SA

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM


INDENIZAÇÃO – DESCONTO NOS PROVENTOS DE APOSENTADORIA DA AUTORA – VALIDADE
DA CONTRATAÇÃO DO EMPRÉSTIMO – JUNTADA DE CONTRATO DEVIDAMENTE ASSINADO E
DO COMPROVANTE DA TRANSFERÊNCIA DOS VALORES CONTRATADOS – CUMPRIMENTO DO
ÔNUS QUE COMPETIA AO BANCO DE DEMONSTRAR A REGULARIDADE DA COBRANÇA –
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE QUALQUER VÍCIO - CONDENAÇÃO EM LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
– NÃO CABIMENTO – AUSÊNCIA DOS REQUISITOS ENSEJADORES – ÔNUS SUCUMBENCIAL –
EXIGIBILIDADE SUSPENSA – PARTE AUTORA BENEFICIÁRIA DA JUSTIÇA GRATUITA - RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

1-No caso em tela, verifica-se que o banco requerido se desincumbiu do ônus de provar a
regularidade da contratação, não havendo dúvidas de que a parte autora celebrou o empréstimo,
considerando a juntada não só da cédula de crédito firmada entre as partes, devidamente assinada
pela requerente, mas também o comprovante de transferência dos valores para a conta bancária da
autora (ID Nº. 5190586), restando, demonstrado, portanto, a licitude da operação bancária, bem
como a cobrança realizada pela instituição bancária apelada.

2-Assim, verifica-se a regular contratação dos empréstimos, tendo em vista que dos pactos consta
a assinatura da requerente, que oportunamente anuiu à contratação e à forma de pagamento, não
havendo nenhum vício, ao menos do que se denota das provas juntadas aos autos.

3-Oportuno salientar, que a parte autora se manteve inerte ao ser intimada para se manifestar a
respeito da juntada do contrato de empréstimo assinado e do comprovante de transferência dos
valores contratados, não tendo se desincumbido de ao menos alegar qualquer vício que maculasse
o negócio jurídico, como por exemplo, falsificação da sua assinatura.

4- Ressalta-se também, não se tratar de pessoa analfabeta, além do fato da autora ter pleno
discernimento a quando da contratação, considerando igualmente não ter juntado qualquer documento
que demonstrasse vício de consentimento.

5-Desta feita, restou devidamente comprovado que a autora firmou o referido contrato com a banco
réu, o que afasta a pretensão de declaração de inexistência de débito, bem como a pretensão de
indenização por dano moral e restituição em dobro de valores.

6-No que concerne à condenação da parte autora, ora apelante, em litigância de má-fé, verifica-se a
necessidade de afastar tal sanção, uma vez inexistir provas robustas acerca da intenção
fraudulenta e maliciosa da litigante. Ademais, o simples exercício do direito de petição não pode
ser penalizado pelo Judiciário.

5-Já em relação à condenação da parte recorrente ao pagamento de custas e honorários


advocatícios, observa-se que a mesma é beneficiária da justiça gratuita, nos termos da decisão
proferida pelo próprio Juízo de 1º grau, razão pela qual tal sanção deve ser suspensa, em razão do
que estabelece o art. 98, §3º do CPC.

7-Recurso conhecido e parcialmente provido, tão somente para afastar a condenação da parte
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autora por litigância de má-fé, tornando ainda suspensa sua condenação em custas e honorários
advocatícios, nos termos do art. 98, §3º do CPC, mantendo a sentença ora vergastada nos seus
demais termos.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recursos de APELAÇO CÍVEL, tendo como ora
apelante SOLANGE MARIA LIMA PEREIRA e ora apelado BANCO BRADESCO S/A.

Acordam os Exmos. Senhores Desembargadores membros da 2ª Turma de Direito Privado deste E.


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade, CONHECER DO RECURSO E DAR-LHE
PARCIAL PROVIMENTO, pelos fundamentos constantes no voto da Exma. Desembargadora –
Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.

RELATÓRIO

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de recurso de APELAÇÃO interposto por SOLANGE MARIA LIMA PEREIRA
inconformada com a sentença proferida pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Dom Eliseu/Pa, que nos
autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO CONTRATUAL CUMULADA COM
REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, julgou improcedente o pedido
inicial, condenando a parte autora em litigância de má-fé, fixando multa de 5% (cinco por cento) do valor
corrigido da causa, bem como ao pagamento de honorários advocatícios no percentual de 10% (dez por
cento) do valor da causa, tendo como ora apelado BANCO BRADESCO S/A.

A autora, ora apelante, ajuizou a ação acima mencionada, aduzindo ser pensionista do Instituto Nacional
de Seguridade Social – INSS, recebendo mensalmente benefício no montante de 01 (um) salário-mínimo.

Afirmou que vem sofrendo descontos mensais referente a um suposto empréstimo contratado junto à
instituição financeira requerida, ressaltando que jamais firmou tal avença, razão pela qual pleiteou a
declaração de inexistência do negócio jurídico, a restituição dos valores descontados e indenização por
danos morais.

O feito seguiu seu trâmite regular até a prolatação de sentença (ID Nº. 5190596), que julgou improcedente
a ação.

Inconformada, SOLANGE MARIA LIMA PEREIRA interpôs o presente recurso de apelação (ID Nº.
5190597), reiterando o desconhecimento de qualquer contrato de empréstimo junto à instituição bancária,
salientando que nunca contratou qualquer empréstimo ou recebeu qualquer valor referente ao contrato.

Sustenta que ficou comprovado o dano moral a partir da irresponsabilidade e desrespeito do Banco Réu,
para com a parte demandante e com nossa legislação quando descumpriu preceitos legais, até mesmo
constitucionais, valendo-se de sua superioridade técnica e financeira, fazendo com que a parte
Requerente sofresse sérios prejuízos de cunho, material e moral.

Ressalta também que a apelante é beneficiária da Justiça Gratuita, dessa forma não poderá arcar com as
custas processuais, honorários advocatícios e a condenação em litigância de má-fé.

Por fim, requer a reforma integral da sentença, com a condenação do banco ao pagamento de indenização
por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), requerendo também que seja afastada a
condenação do pagamento de custas, honorários e a condenação por litigância de má-fé.

Em sede de contrarrazões (ID Nº. 5555803), o banco apelado refuta todos os argumentos trazidos pela
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apelante, pugnando pela manutenção da sentença, requerendo ainda a majoração da multa para 10%
(dez por cento) por litigância de má-fé.

Instado a se manifestar, a Douta Procuradoria de Justiça a firmou não possuindo interesse que justifique
sua intervenção (ID Nº. 5734860)

Coube-me, por distribuição, julgar o presente feito.

É o Relatório.

VOTO

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, conheço do recurso e passo a proferir voto.

Inexistindo questões preliminares, passa-se ao mérito:

MÉRITO

Alega a autora, ora apelante, que não firmou qualquer contrato de empréstimo com o banco requerido,
salientando, portanto, que os descontos efetuados em seu benefício previdenciário são indevidos, fazendo
o nascer o dever do banco apelado de indenizar os prejuízos sofridos pelo ora recorrente.

Ressalta-se, por oportuno, o entendimento pacífico acerca da aplicabilidade do Código de Defesa do


Consumidor à relação pactuada entre as partes, haja vista que a instituição financeira é prestadora de
serviços, nos termos do art. 3º da Lei 8.078/1990. O apelado enquadra-se na definição de consumidor,
disposta no art. 2º do CDC, que expõe que “Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire
ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.”

Ademais, o Superior Tribunal de Justiça, visando dirimir qualquer dúvida, editou a Súmula nº. 297, que
dispõe: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”.

Dessa forma, ainda que persista o princípio da liberdade de contratação e pactuação das taxas e encargos
incidentes, os contratos bancários não contam com força absoluta e obrigatória, principalmente se houver
disposições que contrariam o ordenamento jurídico, como os princípios da boa-fé e equilíbrio das
prestações.

Os pactos, então, podem ser objeto de revisão sempre que verificada alguma abusividade que coloque o
consumidor em situação de extrema desvantagem.

Assim, passo a análise do caso concreto, observando os aspectos trazidos em sede recursal.

A demanda foi proposta sob a alegação de desconto indevido nos proventos de aposentadoria da
requerente, sem a existência de qualquer autorização de empréstimo ou similar. Já o banco apelante
sustenta a tese de validade do citado negócio jurídico, aduzindo para tanto que o contrato de empréstimo
foi regularmente assinado pela autora.

No caso em tela, verifica-se que o banco requerido se desincumbiu do ônus de provar a regularidade da
contratação, não havendo dúvidas de que a parte autora celebrou o empréstimo, considerando a juntada
não só da cédula de crédito firmada entre as partes, devidamente assinada pela requerente, mas também
o comprovante de transferência dos valores para a conta bancária da autora (ID Nº. 5190586), restando,
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demonstrado, portanto, a licitude da operação bancária, bem como a cobrança realizada pela instituição
bancária apelada.

A respeito do assunto, colaciono Jurisprudência Pátria, vejamos:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURIDICA,


REPETIÇÃO DE INDÉBITO E DANOS MORAIS. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO –
DESCONTOS REALIZADOS DIRETAMENTE DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO DO AUTOR –
COMPROVADA A LEGALIDADE DA TRANSAÇÃO – EXISTÊNCIA DE DÍVIDA. IMPROCEDÊNCIA DOS
PEDIDOS – SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. De acordo com o
enunciado da Súmula n. 479 do STJ, "as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos
gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações
bancárias". Comprovada a contratação de empréstimo consignado para renegociação de dívida
anterior, são válidos os descontos em benefício previdenciário. (TJ-MS - AC:
08008535920168120016 MS 0800853-59.2016.8.12.0016, Relator: Des. Odemilson Roberto Castro Fassa,
Data de Julgamento: 07/06/2017, 4ª Câmara Cível, Data de Publicação: 09/06/2017)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM


REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA. INSURGÊNCIA DO AUTOR. MÉRITO. ALEGAÇÃO DE ILEGALIDADE DOS
CONTRATOS DE EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS. DESCONTOS REALIZADOS NO BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO DO AUTOR. BANCO COMPROVOU A CONTRATAÇÃO DOS EMPRÉSTIMOS QUE
ENSEJARAM OS DESCONTOS. HONORÁRIOS RECURSAIS. MAJORAÇÃO QUE SE IMPÕE EM
RAZÃO DO RECURSO DA PARTE AUTORA TER SIDO IMPROVIDO. ART. 85, § 11, DO CPC E
OBSERVÂNCIA AOS PARÂMETROS DELINEADOS NO ED NO AI NO RESP N. 1.573.573/RJ DO STJ.
Recurso do autor conhecido e não provido. (TJ-SC - AC: 03005826120168240085 Coronel Freitas
0300582-61.2016.8.24.0085, Relator: Guilherme Nunes Born, Data de Julgamento: 05/12/2019, Primeira
Câmara de Direito Comercial)

Assim, verifica-se a regular contratação dos empréstimos, tendo em vista que dos pactos consta a
assinatura da requerente, que oportunamente anuiu à contratação e à forma de pagamento, não havendo
nenhum vício, ao menos do que se denota das provas juntadas aos autos.

Oportuno salientar, que a parte autora se manteve inerte ao ser intimada para se manifestar a respeito da
juntada do contrato de empréstimo assinado e do comprovante de transferência dos valores contratados,
não tendo se desincumbido de ao menos alegar qualquer vício que maculasse o negócio jurídico, como
por exemplo, falsificação da sua assinatura.

Ressalta-se também, não se tratar de pessoa analfabeta, além do fato da autora ter pleno discernimento a
quando da contratação, considerando igualmente não ter juntado qualquer documento que demonstrasse
vício de consentimento.

Desta feita, restou devidamente comprovado que a autora firmou o referido contrato com a banco réu, o
que afasta a pretensão de declaração de inexistência de débito, bem como a pretensão de indenização
por dano moral e restituição em dobro de valores.

No que concerne à condenação da parte autora, ora apelante, em litigância de má-fé, verifica-se a
necessidade de afastar tal sanção, uma vez inexistir provas robustas acerca da intenção fraudulenta e
maliciosa da litigante. Ademais, o simples exercício do direito de petição não pode ser penalizado pelo
Judiciário.

Vejamos a Jurisprudência Pátria a respeito:

LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ. NÃO CONFIGURADA. Para a caracterização da litigância de má-fé a


conduta dolosa da parte em prejudicar o oponente deve estar cabalmente evidenciada. In casu, as
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

partes exerceram o legítimo direito de ação, ampla defesa e contraditório, constitucionalmente


previstos. Recurso ordinário dos reclamados parcialmente provido. (TRT-2 10014849820195020062
SP, Relator: NELSON NAZAR, 3ª Turma - Cadeira 1, Data de Publicação: 16/03/2021)

APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO FISCAL - EXTINÇÃO - ART. 924, II, CPC/15 - AUSENTE A QUITAÇÃO
DAS CUSTAS - PAGAMENTO PARCIAL DO DÉBITO - EXTINÇÃO PREMATURA DO FEITO -
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - NÃO CONFIGURADA. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO FISCAL -
EXTINÇÃO - ART. 924, II, CPC/15 - AUSENTE A QUITAÇÃO DAS CUSTAS - PAGAMENTO PARCIAL
DO DÉBITO - EXTINÇÃO PREMATURA DO FEITO - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - NÃO CONFIGURADA
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO FISCAL - EXTINÇÃO - ART. 924, II, CPC/15 - AUSENTE A
QUITAÇÃO DAS CUSTAS - PAGAMENTO PARCIAL DO DÉBITO - EXTINÇÃO PREMATURA DO FEITO
- LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - NÃO CONFIGURADA. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO FISCAL -
EXTINÇÃO - ART. 924, II, CPC/15 -- AUSENTE A QUITAÇÃO DAS CUSTAS - PAGAMENTO PARCIAL
DO DÉBITO - EXTINÇÃO PREMATURA DO FEITO - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - NÃO CONFIGURADA -
Ausente a comprovação de quitação das custas processuais, conclui-se que a execução em epígrafe foi
extinta de forma prematura e, por conseguinte, deve ser provido recurso a fim de anular a sentença e
determinar o prosseguimento da execução até a satisfação total do crédito executado -Não restando
caracterizada a deslealdade processual, incabível a condenação da parte por litigância de má-fé,
quando o apelante utilizou do processo como meio legítimo para defender seus interesses. (TJ-MG
- AC: 10079100278450001 MG, Relator: Yeda Athias, Data de Julgamento: 11/09/2018, Data de
Publicação: 21/09/2018)

Já em relação à condenação da parte recorrente ao pagamento de custas e honorários advocatícios,


observa-se que a mesma é beneficiária da justiça gratuita, nos termos da decisão proferida pelo próprio
Juízo de 1º grau (ID Nº. 5190580), razão pela qual tal sanção deve ser suspensa, em razão do que
estabelece o art. 98, §3º do CPC, vejamos:

“Art. 98, §3º- Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob
condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos
subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou
de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade,
extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.”

Nessa esteira de raciocínio, a condenação ao pagamento do ônus sucumbencial também deve ser
afastada.

DISPOSITIVO:

Ante o exposto, CONHEÇO DO RECURSO E DOU-LHE PARCIAL PROVIMENTO, tão somente para
afastar a condenação da parte autora por litigância de má-fé, tornando ainda suspensa sua condenação
em custas e honorários advocatícios, nos termos do art. 98, §3º do CPC, mantendo a sentença ora
vergastada nos seus demais termos.

É COMO VOTO.

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0001567-77.2019.8.14.0085 Participação: APELANTE Nome: VICENTINA


MARINHO DA MOTA Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO AUGUSTO STIVAL MENDES DA
ROCHA LOPES DA SILVA OAB: 26132/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO DANIEL MACEDO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SA OAB: 12989/PA Participação: ADVOGADO Nome: OCTAVIO CASCAES DOURADO JUNIOR OAB:
649/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUKAS BATISTA SARMANHO OAB: 28673/PA Participação:
APELADO Nome: BANCO CETELEM S.A. Participação: ADVOGADO Nome: DENNER DE BARROS E
MASCARENHAS BARBOSA OAB: 24532/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIA TERCIA AVILA BASTOS DOS
SANTOS OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0001567-77.2019.8.14.0085

APELANTE: VICENTINA MARINHO DA MOTA

APELADO: BANCO CETELEM S.A.


REPRESENTANTE: BANCO CETELEM S.A.

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM


INDENIZAÇÃO – DESCONTO NOS PROVENTOS DE APOSENTADORIA DA AUTORA – VALIDADE
DA CONTRATAÇÃO DO EMPRÉSTIMO – JUNTADA DE CONTRATO DEVIDAMENTE ASSINADO E
DO COMPROVANTE DA TRANSFERÊNCIA DOS VALORES CONTRATADOS – CUMPRIMENTO DO
ÔNUS QUE COMPETIA AO BANCO DE DEMONSTRAR A REGULARIDADE DA COBRANÇA –
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE QUALQUER VÍCIO - SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA QUE
MERECE SER MANTIDA - RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

1-No caso em tela, verifica-se que o banco requerido se desincumbiu do ônus de provar a
regularidade da contratação, não havendo dúvidas de que a parte autora celebrou o empréstimo,
considerando a juntada não só da cédula de crédito firmada entre as partes (ID Nº. 5182969 – FLS.
59-62), devidamente assinada pela requerente, mas também o comprovante de transferência dos
valores para a conta bancária da autora (ID Nº. 5182969 – FLS. 67), restando, demonstrado,
portanto, a licitude da operação bancária, bem como a cobrança realizada pela instituição bancária
apelada.

2-Assim, verifica-se a regular contratação dos empréstimos, tendo em vista que dos pactos consta
a assinatura da requerente, que oportunamente anuiu à contratação e à forma de pagamento, não
havendo nenhum vício, ao menos do que se denota das provas juntadas aos autos.

3-Oportuno salientar, que a parte autora se manteve inerte ao ser intimada para se manifestar a
respeito da juntada do contrato de empréstimo assinado e do comprovante de transferência dos
valores contratados, não tendo se desincumbido de ao menos alegar qualquer vício que maculasse
o negócio jurídico, como por exemplo, falsificação da sua assinatura.

4-Ressalta-se também, não se tratar de pessoa analfabeta, e apesar de idosa, tinha pleno
discernimento a quando da contratação, considerando igualmente não ter juntado qualquer
documento que demonstrasse vício de consentimento.

5-Desta feita, restou devidamente comprovado que a autora firmou o referido contrato com a banco
réu, o que afasta a pretensão de declaração de inexistência de débito, bem como a pretensão de
indenização por dano moral e restituição em dobro de valores.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

6-Recurso conhecido e desprovido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recursos de APELAÇO CÍVEL, tendo como ora
apelante VICENTINA MARINHO DA MOTA e ora apelado BANCO CETELEM S/A.

Acordam os Exmos. Senhores Desembargadores membros da 2ª Turma de Direito Privado deste E.


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade, CONHECER DO RECURSO E NEGAR-LHE
PROVIMENTO, pelos fundamentos constantes no voto da Exma. Desembargadora – Relatora Maria
de Nazaré Saavedra Guimarães.

RELATÓRIO

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de recurso de APELAÇÃO interposto por VICENTINA MARINHO DA MOTA
inconformada com a sentença proferida pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Inhangapi/Pa, que nos
autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO,
julgou improcedente o pedido inicial, condenando a parte autora ao pagamento de custas processuais e
honorários advocatícios no mínimo legal, tornando, entretanto, sua exigibilidade suspensa em razão da
gratuidade processual deferida, tendo como ora apelado BANCO CETELEM S/A.

A autora, ora apelante, ajuizou a ação acima mencionada, questionando a cobrança de parcela
consignada de financiamento efetuada junto ao INSS, fonte pagadora de seus proventos de previdência,
não reconhecendo, portanto, a relação contratual que sustenta a cobrança, pelo que requereu a
declaração de inexistência da obrigação, devolução em dobro das parcelas consignadas indevidamente e
indenização por dano moral.

O feito seguiu seu trâmite regular até a prolatação de sentença (ID Nº. 5182972), que julgou improcedente
a ação.

Inconformada, VICENTINA MARINHO DA MOTA interpôs o presente recurso de apelação (ID Nº.
5182973), reiterando o desconhecimento de qualquer contrato de empréstimo junto à instituição bancária,
salientando que nunca contratou qualquer empréstimo ou recebeu qualquer valor referente aos contratos,
tendo, inclusive, registrado Boletim de Ocorrência.

Esclarece que um dos supostos contratos teria sido firmado junto ao banco apelado (Contrato nº. 51-
817303431/16), possuindo 72 parcelas de R$ 26,00 (vinte e seis reais), totalizando o valor de R$ 841,74
(oitocentos e quarenta e um reais e setenta e quatro centavos).

Sustenta que já vinha vendo seu sustento prejudicado por estar recebendo o seu benefício em valor menor
do que deveria receber, tendo se deparado com a informação de que os descontos perdurariam por anos,
sem sequer ter realizado ou aceitado qualquer contratação junto à instituição financeira.

Ressalta que a mera existência de assinatura em uma folha de papel, que sequer foi reconhecida em
cartório, não é suficiente para comprovar que de fato a autora contratou o empréstimo.

Por fim, requer a reforma integral da sentença.

Em sede de contrarrazões (ID Nº. 5182974), o apelado refuta todos os argumentos trazidos pela
recorrente, pugnando pela manutenção da sentença em todos os seus termos.

Instado a se manifestar, a Douta Procuradoria de Justiça opinou pelo conhecimento e provimento do


273
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

recurso, a fim de julgar a ação totalmente procedente (ID Nº. 5698855)

Coube-me, por distribuição, julgar o presente feito.

É o Relatório.

VOTO

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, conheço do recurso e passo a proferir voto.

Inexistindo questões preliminares, passa-se ao mérito:

MÉRITO

Alega a autora, ora apelante, que não firmou qualquer contrato de empréstimo com o banco requerido,
salientando, portanto, que os descontos efetuados em seu benefício previdenciário são indevidos, fazendo
o nascer o dever do banco apelado de indenizar os prejuízos sofridos pelo ora recorrente.

Ressalta-se, por oportuno, o entendimento pacífico acerca da aplicabilidade do Código de Defesa do


Consumidor à relação pactuada entre as partes, haja vista que a instituição financeira é prestadora de
serviços, nos termos do art. 3º da Lei 8.078/1990. O apelado enquadra-se na definição de consumidor,
disposta no art. 2º do CDC, que expõe que “Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire
ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.”

Ademais, o Superior Tribunal de Justiça, visando dirimir qualquer dúvida, editou a Súmula nº. 297, que
dispõe: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”.

Dessa forma, ainda que persista o princípio da liberdade de contratação e pactuação das taxas e encargos
incidentes, os contratos bancários não contam com força absoluta e obrigatória, principalmente se houver
disposições que contrariam o ordenamento jurídico, como os princípios da boa-fé e equilíbrio das
prestações.

Os pactos, então, podem ser objeto de revisão sempre que verificada alguma abusividade que coloque o
consumidor em situação de extrema desvantagem.

Assim, passo a análise do caso concreto, observando os aspectos trazidos em sede recursal.

A demanda foi proposta sob a alegação de desconto indevido nos proventos de aposentadoria da
requerente, sem a existência de qualquer autorização de empréstimo ou similar. Já o banco apelante
sustenta a tese de validade do citado negócio jurídico, aduzindo para tanto que o contrato de empréstimo
foi regularmente assinado pela autora.

No caso em tela, verifica-se que o banco requerido se desincumbiu do ônus de provar a regularidade da
contratação, não havendo dúvidas de que a parte autora celebrou o empréstimo, considerando a juntada
não só da cédula de crédito firmada entre as partes (ID Nº. 5182969 – FLS. 59-62), devidamente assinada
pela requerente, mas também o comprovante de transferência dos valores para a conta bancária da autora
(ID Nº. 5182969 – FLS. 67), restando, demonstrado, portanto, a licitude da operação bancária, bem como
a cobrança realizada pela instituição bancária apelada.

A respeito do assunto, colaciono Jurisprudência Pátria, vejamos:


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURIDICA,


REPETIÇÃO DE INDÉBITO E DANOS MORAIS. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO –
DESCONTOS REALIZADOS DIRETAMENTE DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO DO AUTOR –
COMPROVADA A LEGALIDADE DA TRANSAÇÃO – EXISTÊNCIA DE DÍVIDA. IMPROCEDÊNCIA DOS
PEDIDOS – SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. De acordo com o
enunciado da Súmula n. 479 do STJ, "as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos
gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações
bancárias". Comprovada a contratação de empréstimo consignado para renegociação de dívida
anterior, são válidos os descontos em benefício previdenciário. (TJ-MS - AC:
08008535920168120016 MS 0800853-59.2016.8.12.0016, Relator: Des. Odemilson Roberto Castro Fassa,
Data de Julgamento: 07/06/2017, 4ª Câmara Cível, Data de Publicação: 09/06/2017)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM


REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA. INSURGÊNCIA DO AUTOR. MÉRITO. ALEGAÇÃO DE ILEGALIDADE DOS
CONTRATOS DE EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS. DESCONTOS REALIZADOS NO BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO DO AUTOR. BANCO COMPROVOU A CONTRATAÇÃO DOS EMPRÉSTIMOS QUE
ENSEJARAM OS DESCONTOS. HONORÁRIOS RECURSAIS. MAJORAÇÃO QUE SE IMPÕE EM
RAZÃO DO RECURSO DA PARTE AUTORA TER SIDO IMPROVIDO. ART. 85, § 11, DO CPC E
OBSERVÂNCIA AOS PARÂMETROS DELINEADOS NO ED NO AI NO RESP N. 1.573.573/RJ DO STJ.
Recurso do autor conhecido e não provido. (TJ-SC - AC: 03005826120168240085 Coronel Freitas
0300582-61.2016.8.24.0085, Relator: Guilherme Nunes Born, Data de Julgamento: 05/12/2019, Primeira
Câmara de Direito Comercial)

Assim, verifica-se a regular contratação dos empréstimos, tendo em vista que dos pactos consta a
assinatura da requerente, que oportunamente anuiu à contratação e à forma de pagamento, não havendo
nenhum vício, ao menos do que se denota das provas juntadas aos autos.

Oportuno salientar, que a parte autora se manteve inerte ao ser intimada para se manifestar a respeito da
juntada do contrato de empréstimo assinado e do comprovante de transferência dos valores contratados,
não tendo se desincumbido de ao menos alegar qualquer vício que maculasse o negócio jurídico, como
por exemplo, falsificação da sua assinatura.

Ressalta-se também, não se tratar de pessoa analfabeta, e apesar de idosa, tinha pleno discernimento a
quando da contratação, considerando igualmente não ter juntado qualquer documento que demonstrasse
vício de consentimento.

Desta feita, restou devidamente comprovado que a autora firmou o referido contrato com a banco réu, o
que afasta a pretensão de declaração de inexistência de débito, bem como a pretensão de indenização
por dano moral e restituição em dobro de valores.

DISPOSITIVO:

Ante o exposto, CONHEÇO DO RECURSO E NEGO-LHE PROVIMENTO, para manter integralmente a


sentença proferida pelo Juízo de 1º grau, julgando a demanda totalmente improcedente.

É COMO VOTO.

Belém, 17/08/2021
275
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0800189-17.2019.8.14.0097 Participação: APELANTE Nome: ROSELITA


MONTEIRO DA SILVA E SILVA Participação: ADVOGADO Nome: DIORGEO DIOVANNY STIVAL
MENDES DA ROCHA LOPES DA SILVA OAB: 12614/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRENO
FILIPPE DE ALCANTARA GOMES OAB: 21820/PA Participação: APELADO Nome: BANCO ITAU BMG
CONSIGNADO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA SENTO SE ROSSI OAB: 16330/BA
Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
PROCURADOR Nome: JORGE DE MENDONCA ROCHA OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0800189-17.2019.8.14.0097

APELANTE: ROSELITA MONTEIRO DA SILVA E SILVA

APELADO: BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A.


REPRESENTANTE: ITAU UNIBANCO S.A.

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR


DANOS MATERIAIS E MORAIS – DESCONTO INDEVIDO NOS PROVENTOS DE APOSENTADORIA
DO AUTORA – AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMO OU SIMILAR – CONSUMIDORA
ANALFABETA – INEXISTÊNCIA DE PROCURAÇÃO OUTORGANDO PODERES PARA QUE OUTRA
PESSOA ASSINASSE O CONTRATO EM SEU LUGAR – CONTRATO NULO – CABIMENTO DA
DEVOLUÇÃO DO VALOR DESCONTADO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO PRESTADOR DE
SERVIÇO – OCORRÊNCIA DE ATO ILÍCITO – MANUTENÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO –
OBSERVÂNCIA À RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE – RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.

1- A demanda foi proposta sob a alegação de desconto indevido nos proventos de aposentadoria
da requerente, sem a existência de qualquer autorização de empréstimo ou similar. Já o banco
apelante sustenta a tese de validade do citado negócio jurídico, aduzindo para tanto que o contrato
de empréstimo foi regularmente assinado pela autora.

2-No caso em tela, verifica-se que o contrato de empréstimo e a autorização para desconto
apresentados pelo Banco réu (Id. 4976204), que contém a suposta assinatura da autora, não se
mostra apto a demonstrar a veracidade do documento, considerando o fato da autora ser pessoa
analfabeta (ID Nº. 4976177).

3-Ademais, o banco não juntou qualquer procuração a fim de demonstrar que a requerente
outorgara poderes para que qualquer pessoa procedesse com a assinatura em seu lugar, restando
o contrato juntado nulo de pleno de direito.

4-Assim, verificado o vício no negócio jurídico entabulado entre as partes, não tendo o banco
apelado logrado êxito em provar, por meios idôneos, a validade das contratações, deve esta arcar
com os prejuízos sofridos pela autora.

5-No caso vertente, constata-se a existência do dano moral, posto que é completamente
inadmissível o desconto de valores da conta corrente da autora pelo Banco sem que tal ação esteja
amparada na lei ou por contrato. A surpresa de privação de verbas de caráter alimentar,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

transcendem os limites do mero aborrecimento.

6-Quanto à repetição do indébito, restou comprovado que a autora sofreu desconto em seu
benefício por empréstimo não realizado, o que acarreta a restituição, conforme previsto no art. 42,
parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor.

4-No tocante ao quantum indenizatório, referente ao dano moral, observa-se que o valor arbitrado
atende aos padrões da razoabilidade e proporcionalidade, não merecendo reparos a sentença ora
vergastada nesta parte.

3-Recurso conhecido e desprovido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de APELAÇO CÍVEL, tendo como ora
apelante BANCO ITAU CONSIGNADO S/A e ora apelada ROSELITA MONTERIO DA SILVA E SILVA.

Acordam os Exmos. Senhores Desembargadores membros da 2ª Turma de Direito Privado deste E.


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade, CONHECER DO RECURSO E NEGAR-LHE
PROVIMENTO, pelos fundamentos constantes no voto da Exma. Desembargadora – Relatora Maria
de Nazaré Saavedra Guimarães.

RELATÓRIO

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de recurso de APELAÇÃO interposto por BANCO ITAU CONSIGNADO S/A
inconformado com a sentença proferida pelo Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Benevides/Pa, que nos autos da AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO
POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, julgou procedente o pedido inicial, para declarar a nulidade do
Contrato nº. 551619634, condenando o banco requerido à devolução dos valores descontados
indevidamente, com correção monetária a partir de cada desconto e com juros de mora de 1% (hum por
cento) ao mês a partir da citação, bem como ao pagamento de danos morais no valor de R$ 10.000,00
(dez mil reais), devidamente corrigido a partir da data do arbitramento e juros de mora a contar da citação,
condenando ainda, o requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios na
proporção de 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, tendo como ora apelada ROSELITA
MONTEIRO DA SILVA E SILVA.

A autora, ora apelada, ajuizou a ação acima mencionada, aduzindo que jamais celebrou qualquer
empréstimo com a instituição Ré, contudo, tomou conhecimento da abertura de empréstimos consignados
em seu nome, bem como de reserva de margem consignável através do extrato do INSS no dia
12/11/2018.

Alegou que o empréstimo foi realizado indevidamente sob o número de contrato 551619634 no valor total
de R$ 3.288,01 (três mil, duzentos e oitenta e oito reais e um centavo) a ser descontado em 72 (setenta e
duas) parcelas no valor de R$ 94,30 (noventa e quatro reais e trinta centavos) por mês, já tendo sido
descontadas 44 (quarenta e quatro) parcelas até o presente momento, perfazendo o quantum de R$
4.149,20 (quatro mil, cento e quarenta e nove reais e vinte centavos)

Ressaltou que possui pouca instrução e que sofreu consequências gravíssimas em decorrência da fraude,
afirmando ser necessária a presente demanda, a fim de declarar a inexistência do contrato, bem como
condenar o banco réu ao pagamento de indenização por danos morais e a restituir os valores
indevidamente descontados em dobro.

O feito seguiu seu trâmite regular até a prolatação de sentença (ID Nº. 4976882), que julgou procedente a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ação.

Inconformado, BANCO ITAU CONSIGNADO S/A interpôs o presente recurso de apelação (ID Nº.
4976893), que a contratação fora regular, existindo contrato de empréstimo entre as partes, e que,
portanto, o desconto referente ao empréstimo questionado é legítimo.

Aduz que a condição de analfabetismo da parte autora não a torna incapaz para os atos da vida civil,
afirmando inexistir solenidade para a validade do negócio jurídico firmado por pessoas nessa condição.

Sustenta má-fé por parte da autora ao tentar induzir a erro o Juízo de 1º grau, salientando que as provas
juntadas ao processo demonstram a alteração da verdade pela requerente, bem como o objetivo ilegal de
usar o processo para buscar o enriquecimento ilícito.

Alega o não cabimento de indenização por danos materiais, ressaltando que a condenação do recorrente
ao pagamento dos valores que foram desfrutados pela parte recorrida, restaria configurado como
enriquecimento sem causa, visto que estaria recebendo duas vezes pelo dano supostamente suportado.

No que concerne aos danos morais, aduz que não há qualquer ilegalidade na conduta praticada pela
instituição bancária, afirmando que o recorrido deseja locupletar-se indevidamente às custas do banco
apelante, ressaltando que a situação gera apenas um mero aborrecimento, que inviabiliza qualquer
deferimento de pleito indenizatório.

Aduz que, em razão do princípio da eventualidade, e admitindo-se a manutenção da condenação ao


pagamento de indenização do dano moral, pugna pela redução do valor arbitrado à condenação, eis que
fixado em patamar muito superior aqueles fixados pela maioria dos nossos tribunais.

Por fim, pleiteia o total provimento do recurso.

Não foram apresentadas as contrarrazões (ID Nº. 4976898).

Instada a se manifestar, a Douta Procuradoria de Justiça afirmou não possuir interesse que justifique sua
intervenção (ID Nº. 5699406).

Coube-me, por distribuição, julgar o presente feito.

É o Relatório.

VOTO

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, conheço do recurso e passo a proferir voto.

Ausente matéria preliminar, passo a análise do mérito recursal.

MÉRITO

Alega o apelante que não praticou nenhum ato contrário a lei e que tenha provocado um prejuízo ao autor,
pelo que não há que se falar em indenização por danos morais e materiais, em razão dos descontos
realizados na conta do requerente, relativos ao contrato de empréstimo, bem como em restituição em
dobro do valor descontado.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ressalta-se, por oportuno, o entendimento pacífico acerca da aplicabilidade do Código de Defesa do


Consumidor à relação pactuada entre as partes, haja vista que a instituição financeira é prestadora de
serviços, nos termos do art. 3º da Lei 8.078/1990. O apelado enquadra-se na definição de consumidor,
disposta no art. 2º do CDC, que expõe que “Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire
ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.”

Ademais, o Superior Tribunal de Justiça, visando dirimir qualquer dúvida, editou a Súmula nº. 297, que
dispõe: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”.

Dessa forma, ainda que persista o princípio da liberdade de contratação e pactuação das taxas e encargos
incidentes, os contratos bancários não contam com força absoluta e obrigatória, principalmente se houver
disposições que contrariem o ordenamento jurídico, como os princípios da boa-fé e equilíbrio das
prestações.

Os pactos, então, podem ser objeto de revisão sempre que verificada alguma abusividade que coloque o
consumidor em situação de extrema desvantagem.

Assim, passo a análise do caso concreto, observando os aspectos trazidos em sede recursal.

A demanda foi proposta sob a alegação de desconto indevido nos proventos de aposentadoria do
requerente, sem a existência de qualquer autorização de empréstimo ou similar. Já o banco apelante
sustenta a tese de validade do citado negócio jurídico, aduzindo para tanto que o contrato de empréstimo
foi regularmente assinado pelo autor.

A demanda foi proposta sob a alegação de desconto indevido nos proventos de aposentadoria da
requerente, sem a existência de qualquer autorização de empréstimo ou similar. Já o banco apelante
sustenta a tese de validade do citado negócio jurídico, aduzindo para tanto que o contrato de empréstimo
foi regularmente assinado pela autora.

No caso em tela, verifica-se que o contrato de empréstimo e a autorização para desconto apresentados
pelo Banco réu (Id. 4976204), que contém a suposta assinatura da autora, não se mostra apto a
demonstrar a veracidade do documento, considerando o fato da autora ser pessoa analfabeta (ID Nº.
4976177).

Ademais, o banco não juntou qualquer procuração a fim de demonstrar que a requerente outorgara
poderes para que qualquer pessoa procedesse com a assinatura em seu lugar, restando o contrato
juntado nulo de pleno de direito.

A respeito do assunto, colaciono Jurisprudência Pátria:

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO - CONTRATO FIRMADO


POR ANALFABETO - ASSINATURA "A ROGO" POR PROCURADOR - INEXISTÊNCIA - CONTRATO
NULO - DEVOLUÇÃO DOS VALORES DESCONTADOS - DANOS MORAIS - NÃO OCORRÊNCIA. 1-
Para que o contrato de empréstimo consignado tenha validade jurídica é necessário que haja
assinatura de um procurador constituído por mandato público, com as formalidades previstas no
art. 37 da Lei nº Lei nº 6.015/1973. 2- Com a anulação do contrato de empréstimo consignado, após a
liberação da verba emprestada e da ocorrência de descontos na folha de pagamento do contratante, torna-
se necessária a devolução dos valores (emprestado e descontado), revertendo à situação pretérita à
contratação, sob pena de enriquecimento indevido (art. 182 do CC). 3- Demonstrado terem as partes
celebrado contrato de cartão de crédito consignado, declarado nulo por ausência de formalidade
imprescindível à validade do negócio jurídico, não se há de falar em dano moral passível de compensação.
(TJ-MG - AC: 10000200803419001 MG, Relator: Claret de Moraes, Data de Julgamento: 12/07/0020, Data
de Publicação: 20/07/2020)

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO FIRMADO POR ANALFABETO.


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NECESSIDADE DE OBSERVAÇÃO DOS REQUISITOS LEGAIS. CONSUMIDORA


HIPERVULNERÁVEL. CONTRATO NULO. DANO MORAL IN RE IPSA. RECURSO IMPROVIDO. O
analfabetismo, terrível mazela social que teima em resistir na sociedade brasileira, desde o Código Civil de
1916, já não era considerada causa de incapacidade relativa. Todavia, a leitura do caso dos autos deve se
dar ombreada às disposições do CDC, sendo salutar rememorar que, de acordo com o STJ, máxime nos
precedentes, Resp 1622523, AResp 1343418 e Resp 1729467 o idoso é, por sua condição, pessoa
hipervulnerável, merecendo o olhar ainda mais cuidadoso do julgador, sobretudo quando analfabeto. Na
hipótese em questão, verifica-se que o contrato de fls. 39/57, apesar de conter a digital do suposto
contratante e a assinatura de duas testemunhas, não observou todos os requisitos previstos no art. 595 do
CC/02, porquanto desacompanhado o contratante de pessoa por ele indicada, de modo a conferir lisura ao
pactuado, lendo-o e assinando-o a rogo do autor ou com autorização veiculada por escritura pública.
Decorrência lógica de tal entendimento é a necessidade de condenação da empresa ré ao pagamento de
indenização por danos morais, dado que é pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que o
desconto indevido em benefício previdenciário é causa geradora de dano moral in re ipsa. Recurso
Improvido. (Classe: Apelação,Número do Processo: 0001012-60.2014.8.05.0158, Relator (a): Mário
Augusto Albiani Alves Junior, Primeira Câmara Cível, Publicado em: 19/11/2018 )

Assim, verificado o vício no negócio jurídico entabulado entre as partes, não tendo o banco apelado
logrado êxito em provar, por meios idôneos, a validade das contratações, deve esta arcar com os prejuízos
sofridos pela autora.

De todo modo, independentemente do fato que gerou a incidência dos descontos indevidos, a legislação
consumerista, em seu art. 14, estabelece a responsabilidade objetiva do prestador de serviços,
independentemente da existência de culpa, conforme abaixo transcrito:

“O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos


danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.” (grifo nosso)

Nesse sentido, é notório na jurisprudência que diante da responsabilidade objetiva do fornecedor, este
responderá pelos danos ocasionados, conforme o julgado abaixo do Egrégio Superior Tribunal de Justiça:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL


OBJETIVA. ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO. SÚMULA 479/STJ. INCLUSÃO EM
CADASTROS DE DEVEDORES. DANO MORAL. RAZOABILIDADE DO VALOR DA INDENIZAÇÃO.
DECISÃO MANTIDA. 1. A instituição financeira nada mais é do que uma fornecedora de produtos e
serviços, sendo certo que a sua responsabilidade é objetiva nos termos do art. 14, caput, da
Lei 8.078/90, encontrando fundamento na teoria do risco do empreendimento, segundo a qual, todo
aquele que se dispõe a fornecer em massa bens ou serviços deve assumir os riscos inerentes à
sua atividade independentemente de culpa. (...) 4. No caso em exame, o valor da indenização por
danos morais, arbitrado em R$ 10.000,00 (dez mil reais) e mantido pelo Tribunal de origem, não se
encontra desarrazoado frente aos patamares estabelecidos por esta Corte Superior, estando em perfeita
consonância com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Descabida, portanto, a intervenção
do STJ no que toca ao valor anteriormentefixado.Precedentes. 5. Agravo regimental não provido" (Quarta
Turma, AgRg no AREsp 602968/SP, rel. Min. Luís Felipe Salomão, j. 02/12/2014, DJe 10/12/2014). ”

Ressalta-se, por oportuno, que diante das peculiaridades do caso concreto, resta inaplicável quaisquer das
hipóteses previstas no art. 14, §3º do CDC, segundo as quais afastariam a responsabilidade do prestador
de serviço, uma vez que o banco apelante não logrou êxito em demonstrar a inexistência de defeito na
prestação do serviço oferecido, bem como a culpa exclusiva do autor ou de terceiros.

Desta feita, no caso em comento, resta claro que o recorrente não obteve sucesso em suscitar fato
impeditivo, modificativo ou impeditivo do direito do autor, com fulcro no art. 373, inciso II do CPC, o que
demonstra o acerto da sentença atacada.

Assim sendo, uma vez verificada a ocorrência de ato ilícito consubstanciado no desconto indevido
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referente ao contrato de empréstimo, cumpre analisar, se é devido o pleito indenizatório relativo aos danos
morais e materiais.

In casu, é fato que a instituição financeira recorrente atentou contra o recorrido ao realizar cobranças
indevidas oriundas de contrato de empréstimo, privando-a de parte de seus proventos, os quais possuem
claramente natureza alimentar.

Épreciso destacar que “o dano moral é a privação ou diminuição daqueles bens que têm valor
precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranquilidade de espírito, a liberdade individual, a
integridade individual, a integridade física, a honra e os demais sagrados afetos; classificando-se,
desse modo, em dano que afeta a parte social do patrimônio moral (honra, reputação, etc) e dano
que molesta a parte afetiva do patrimônio moral (dor, tristeza, saudade etc)” (CAHALI, Yussef Said.
Dano Moral, 2 ª Edição. Editora RT: So Paulo, 1998)

Sabe-se que o dano moral repercute na esfera íntima da vítima, e é revestido de um caráter subjetivo,
caracterizado pelo que a doutrina chama de dor na alma, no âmago do ser humano, consistente em
sofrimento, dor, constrangimento, vexame, tanto perante o meio social em que vive, tanto em relação a si
próprio.

Sendo assim, “a prova do dano moral, por se tratar de aspecto imaterial, deve lastrear-se em
pressupostos diversos do dano material. Não há, como regra geral, avaliar por testemunhas ou
mensurar em pericia a dor pela morte, pela agressão moral, pelo desconforto anormal ou pelo
desprestígio social. Valer-se-á o juiz, sem dúvida, de máximas experiências.” (VENOSA, Sílvio de
Salvo. Direito Civil IV 4ª Edição. Editora Atlas: São Paulo, 2004)

Por conseguinte, é cediço que são três as finalidades da indenização por dano moral: I) compensar a
vítima pelo dano sofrido; II) punir o causador do dano; e III) motivá-lo a não mais praticar conduta
incompatível com a lei ou que provoque danos, seja na esfera contratual ou extracontratual.

A respeito do tema, colaciono o entendimento dos Tribunais Pátrios, a saber:

PROCESSO CIVIL. APELAÇO CÍVEL. EMPRÉSTIMO BANCÁRIO CONSIGNADO. FRAUDE.


DESCONTOS INDEVIDOS. CONFIGURAÇO DE NEXO CAUSAL. DANOS MORAIS E REPETIÇO DO
INDÉBITO. APELO CONHECIDO E PROVIDO.1. Sendo ônus da instituição financeira a comprovação da
legalidade dos empréstimos, e não se desincumbindo a contento, configura-se a existência de fraude, ante
a inexistência de provas nos autos.2. Deve o banco responder pelos transtornos causados ao demandante
da ação originária, tendo em vista que a responsabilidade civil decorrente da prestação do serviço
bancário a consumidor é de ordem objetiva. 3. Teor da Súmula n. 479 do STJ, as instituições financeiras
respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados
por terceiros no âmbito de operações bancárias.4. Mais do que um mero aborrecimento, patente o
constrangimento e angústia do apelante, ante os descontos ilegais em seus proventos. 5. Apelação
Cível conhecida e provida.(TJPI - AC 00004907020128180116, Relator Des. FERNANDO CARVALHO
MENDES, publicado no DJe em 21/03/2016)

PROCESSO CIVIL. AÇO DE ANULAÇO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO PARA APOSENTADO C/C


REPETIÇO DE INDÉBITO, DANOS MORAIS COM PEDIDO DE ANTECIPAÇO DE TUTELA. FRAUDE
NA CONTRATAÇO. DESCONTOS INDEVIDOS NOS PROVENTOS DA APOSENTADORIA DO AUTOR.
APLICABILIDADE DO CÓDIGO CONSUMERISTA. PREPODERÂNCIA DA FALHA NA PRESTAÇO DE
SERVIÇO POR PARTE DO REQUERIDO QUE NO OPEROU COM A CAUTELA NECESSÁRIA NA
CONCESSO DE CRÉDITO. OCORRÊNCIA DE FRAUDE QUE NO TEM O CONDO DE AFASTAR A
RESPONSABILIDADE DA CASA BANCÁRIA - SENTENÇA MANTIDA. I- Age negligentemente a
instituição financeira que não toma os cuidados necessários, a fim de evitar possíveis e atualmente
usuais fraudes cometidas por terceiro na contratação de serviços, especialmente empréstimo com
desconto em benefício de aposentadoria.

II- A realização de descontos indevidos incidentes sobre proventos de benefício previdenciário,


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constituem fatos aptos a ensejar a configuração de danos morais. III- Em face da relação de consumo
existente entre as partes, a instituição financeira deve responder independente de culpa pelo defeito na
prestação de serviço que venha a causar dano ao consumidor (Art. 14 do CDC), salvo se restar
caracterizada a culpa exclusiva da vítima ou de terceiro. IV O Bancos réu tinha o ônus de comprovar
que o empréstimo foi efetivamente firmado pelo autor, apresentando cópia do contrato assinado
pelo mesmo, mas permaneceu inerte quanto a sua juntada. (TJCE - APL 0011105-03.2012.8.06.0101,
Relator Des. FRANCISCO BEZERRA CAVALCANTE, publicado em 23/02/2016)

Desta feita, no caso vertente, constata-se a existência do dano moral, posto que é completamente
inadmissível o desconto de valores da conta corrente do autor pelo Banco sem que tal ação esteja
amparada na lei ou por contrato. A surpresa de privação de verbas de caráter alimentar, transcendem os
limites do mero aborrecimento, devendo, pois, a sentença ora vergastada ser mantida nesta parte.

Ademais, quanto à repetição do indébito, restou comprovado que o apelado sofreu desconto em seu
benefício por empréstimo não realizado, o que acarreta a restituição, conforme previsto no art. 42,
parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor, estando correto o arbitrado na sentença.

No tocante ao quantum indenizatório, referente ao dano moral, é notória a dificuldade existente no


arbitramento da indenização do mesmo, ante a ausência de critérios objetivos traçados pela lei a nortear o
julgamento e de não possuir aquele dano reflexo patrimonial, apesar de não lhe recursar, em absoluto,
uma rela compensação a significar uma satisfação ao lesado.

Compete ao julgador, segundo o seu prudente arbítrio, estipular equitativamente os valores devidos,
analisando as circunstâncias do caso concreto e obedecendo aos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade.

Em realidade, para a fixação do valor a ser indenizado, deve-se ter em mente que não pode a indenização
servir-se para o enriquecimento ilícito do beneficiado, muito menos pode ser insignificante a ponto de não
recompor os prejuízos sofridos, nem deixar de atender ao seu caráter eminentemente pedagógico,
essencial para balizar as condutas sociais.

Esclarece-nos Caio Mário da Silva Pereira, in Responsabilidade Civil, Forense, 1990, p. 61, as funções da
indenização por danos morais: “O fulcro do conceito ressarcitório acha-se deslocado para a
convergência de duas forças: caráter punitivo para que o causador do dano, pelo fato da
condenação, veja-se castigado pela ofensa praticada e o caráter compensatório para a vítima que
receberá uma soma que lhe proporcione prazer em contrapartida do mal.”

Sendo assim, verifica-se nos autos que embora a capacidade financeira da autora não seja expressiva,
não se pode dizer o mesmo sobre a do réu. Outrossim, deve ser assegurado o direito indenizatório aos
consumidores que foram comprovadamente prejudicados por condutas como esta. Percebe-se ainda o
descaso das instituições bancárias, eis que dificilmente adotam procedimentos de investigação da conduta
fraudulenta, limitando-se apenas a aduzir a regularidade da contratação, sem ao menos comprovar o
alegado.

Sobre o assunto, veja o que leciona Nelson Rosenvald:

“A pena civil ingressa no direito privado como uma sanção punitiva de finalidade preventiva de ilícitos
sociais. Agrega efetividade ao direito civil, sobremaneira na tutela de direitos da personalidade e conflitos
metaindividuais. O desprezo do agressor para com valores mínimos de convivência social, seu
pouco apreço à pessoa humana, ou, mesmo, o potencial danoso para a sociedade consistente na
multiplicação de condutas como a causadora do dano, são circunstâncias que podem ensejar a
imposição da sanção punitiva no direito privado. As estatísticas demonstram que o Poder Judiciário e,
especialmente, os juizados especiais, converteram-se em repositórios de demandas de responsabilidade
civil. Assombra a reiteração de demandas contra os mesmos réus, pelas mesmas práticas
reveladoras de um profundo descaso com os seus clientes e a sociedade. Há uma subversão
axiológica, haja vista que a lógica puramente patrimonialista e individualista – de uma racionalidade
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estritamente econômica – paira sobre situações jurídicas existenciais e metaindividuais. A eventual


reparação de danos será previamente conhecida e contabilizada pelo lesante.” (ROSENVALD, Nelson. Et
al. Novo Tratado de Responsabilidade Civil. Atlas: So Paulo, 2015)

Por conseguinte, o referido professor enfatiza que a condição patrimonial do autor do ilícito deve sim ser
considerada como requisito para a quantificação da pena civil, pois quando se trata desta, vem à tona a
ideia de desestímulo, dissuasão e prevenção, como traços predominantes dessa sanção. Quando o
causador do dano é uma pessoa jurídica dotada de amplos recursos econômicos, a desconsideração
quanto a este fato privará a sanção de seu principal impacto: a coerção indireta.

Além disso, grandes empresas possuem mecanismos mais sofisticados e precisos para optar por
intencionalmente praticar ilícitos tendo o conhecimento de que os danos patrimoniais e morais que
repercutirão contra si serão menores que o lucro que obterá ao praticar comportamentos reprováveis.
Certamente, se maior o potencial econômico da empresa, maiores as possibilidades de obter grandes
lucros à custa de violações de direitos de um considerável público de “anônimos”.

Desta feita, sopesando o equilíbrio entre os objetivos compensatórios e pedagógicos da condenação,


entendo que o valor arbitrado a título de indenização por dano moral, qual seja, R$10.000,00 (dez mil
reais), atende aos padrões da razoabilidade e proporcionalidade, não merecendo reparos a sentença ora
vergastada nesta parte.

DISPOSITIVO:

Ante o exposto e, na esteira da Douta Procuradoria de Justiça, CONHEÇO DO RECURSO E NEGO-


LHE PROVIMENTO, para manter in totum a sentença proferida pelo Juízo de 1º grau, que julgou
procedente a demanda, declarando a nulidade do negócio jurídico em questão, condenando o banco
apelante à devolução dos valores descontados e ao pagamento de indenização por danos morais e ônus
sucumbenciais.

É COMO VOTO.

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0800333-90.2020.8.14.0085 Participação: APELANTE Nome: BANCO BRADESCO


SA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente
como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação: APELADO Nome:
RAIMUNDO FERREIRA TERRA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRELINO FLAVIO DA COSTA
BITENCOURT JUNIOR OAB: 11112/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIA DA CONCEICAO GOMES DE SOUZA
OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0800333-90.2020.8.14.0085

APELANTE: BANCO BRADESCO SA


REPRESENTANTE: BANCO BRADESCO SA

APELADO: RAIMUNDO FERREIRA TERRA


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RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA


CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS – DESCONTO INDEVIDO NOS
PROVENTOS DE APOSENTADORIA DO AUTOR – AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMO
OU SIMILAR – COMPROVAÇÃO – CABIMENTO DA DEVOLUÇÃO EM DOBRO DO VALOR
DESCONTADO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO PRESTADOR DE SERVIÇO – OCORRÊNCIA
DE ATO ILÍCITO – MANUTENÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO – OBSERVÂNCIA À
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE – RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

1-No caso vertente, restou devidamente comprovado a ocorrência de ato ilícito perpetrado pela
parte apelante, consubstanciado no desconto indevido referente ao contrato de empréstimo.

2- A surpresa de privação de verbas de caráter alimentar, transcendem os limites do mero


aborrecimento, sendo devido o pleito indenizatório relativo aos danos morais.

3-Ademais, quanto à repetição do indébito, restou comprovado que o apelado sofreu desconto em
seu benefício por empréstimo não realizado, o que acarreta a restituição, em dobro, conforme
previsto no art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor, estando correto o
arbitrado na sentença.

4-No tocante ao quantum indenizatório, referente ao dano moral, observa-se que o valor arbitrado
atende aos padrões da razoabilidade e proporcionalidade, não merecendo reparos a sentença ora
vergastada nesta parte.

3-Recurso conhecido e desprovido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de APELAÇO CÍVEL, tendo como ora
apelante BANCO BRADESCO S/A e ora apelado RAIMUNDO FERREIRA TERRA.

Acordam os Exmos. Senhores Desembargadores membros da 2ª Turma de Direito Privado deste E.


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade, CONHECER DO RECURSO E NEGAR-LHE
PROVIMENTO, pelos fundamentos constantes no voto da Exma. Desembargadora – Relatora Maria
de Nazaré Saavedra Guimarães.

RELATÓRIO

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de recurso de APELAÇÃO interposto por BANCO BRADESCO S/A
inconformado com a sentença proferida pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Inhangapi/Pa, que nos
autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO
POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, julgou procedente o pedido inicial, para declarar a inexistência da
relação obrigacional em questão, condenando o banco requerido à devolução em dobro dos valores
descontados indevidamente, com correção monetária e juros de mora de 1% (hum por cento) ao mês a
partir do evento danoso, bem como ao pagamento de danos morais no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais), devidamente corrigido a partir da data da citação, condenando ainda, o requerido ao pagamento
das despesas processuais e honorários advocatícios na proporção de 15% (quinze por cento) sobre o
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proveito econômico do autor, tendo como ora apelado RAIMUNDO FERREIRA TERRA.

O autor, ora apelado, ajuizou a ação acima mencionada, aduzindo que não reconhece a relação contratual
que sustenta a cobrança de parcela consignada de financiamento efetuada junto ao INSS, referente ao
Contrato nº. 0123358067353, no valor total de R$ 3.695,24 (três mil, seiscentos e noventa e cinco reais e
vinte e quatro centavos), parcelado de 54 (cinquenta e quatro) vezes, no valor de R$ 111,00 (cento e onze
reais), tendo salientado que nunca contratou o referido empréstimo, desconhecendo assim a origem da
dívida.

Requereu, portanto, a declaração de inexistência da obrigação, a devolução em dobro das parcelas


consignadas indevidamente e indenização por dano moral.

O feito seguiu seu trâmite regular até a prolatação de sentença (ID Nº. 4992126), que julgou procedente a
ação.

Inconformado, BANCO BRADESCO FINANCIAMENTO S/A interpôs o presente recurso de apelação (ID
Nº. 4992128), que a contratação fora regular, existindo contrato de empréstimo entre as partes, e que,
portanto, o desconto referente ao empréstimo questionado é legítimo.

Aduz que não há que se falar em condenação à restituição do valor em dobro, considerando a não
demonstração de que a instituição financeira apelante agiu de má-fé.

No que concerne aos danos morais, aduz que não há qualquer ilegalidade na conduta praticada pela
instituição bancária, afirmando que o recorrido deseja locupletar-se indevidamente às custas do banco
apelante, ressaltando que a situação gera apenas um mero aborrecimento, que inviabiliza qualquer
deferimento de pleito indenizatório.

Aduz que, em razão do princípio da eventualidade, e admitindo-se a manutenção da condenação ao


pagamento de indenização do dano moral, pugna pela redução do valor arbitrado à condenação, eis que
fixado em patamar muito superior aqueles fixados pela maioria dos nossos tribunais.

Por fim, pleiteia o provimento do recurso.

Não foram apresentadas as contrarrazões (ID Nº. 4992133).

Instada a se manifestar, a Douta Procuradoria de Justiça opinou pelo conhecimento e desprovimento do


recurso (ID Nº. 5684143).

Coube-me, por distribuição, julgar o presente feito.

É o Relatório.

VOTO

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, conheço do recurso e passo a proferir voto.

Ausente matéria preliminar, passo a análise do mérito recursal.

MÉRITO
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Alega o apelante que não praticou nenhum ato contrário a lei e que tenha provocado um prejuízo ao autor,
pelo que não há que se falar em indenização por danos morais e materiais, em razão dos descontos
realizados na conta do requerente, relativos ao contrato de empréstimo, bem como em restituição em
dobro do valor descontado.

Ressalta-se, por oportuno, o entendimento pacífico acerca da aplicabilidade do Código de Defesa do


Consumidor à relação pactuada entre as partes, haja vista que a instituição financeira é prestadora de
serviços, nos termos do art. 3º da Lei 8.078/1990. O apelado enquadra-se na definição de consumidor,
disposta no art. 2º do CDC, que expõe que “Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire
ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.”

Ademais, o Superior Tribunal de Justiça, visando dirimir qualquer dúvida, editou a Súmula nº. 297, que
dispõe: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”.

Dessa forma, ainda que persista o princípio da liberdade de contratação e pactuação das taxas e encargos
incidentes, os contratos bancários não contam com força absoluta e obrigatória, principalmente se houver
disposições que contrariem o ordenamento jurídico, como os princípios da boa-fé e equilíbrio das
prestações.

Os pactos, então, podem ser objeto de revisão sempre que verificada alguma abusividade que coloque o
consumidor em situação de extrema desvantagem.

Assim, passo a análise do caso concreto, observando os aspectos trazidos em sede recursal.

A demanda foi proposta sob a alegação de desconto indevido nos proventos de aposentadoria do
requerente, sem a existência de qualquer autorização de empréstimo ou similar. Já o banco apelante
sustenta a tese de validade do citado negócio jurídico, aduzindo para tanto que o contrato de empréstimo
foi regularmente assinado pelo autor.

No caso em tela, entendo que a parte autora logrou êxito em demonstrar a existência de transferência
indevida de seus ativos financeiros. Digo isso porque a relação detalhada de créditos, fornecida pela
Previdência Social (ID Nº 4992109), comprova o desconto realizado.

Já o banco recorrente, não se desincumbiu de provar o contrário, não tendo juntado qualquer prova a
respeito da regularidade da contratação do empréstimo.

De todo modo, independentemente do fato que gerou a incidência dos descontos indevidos, a legislação
consumerista, em seu art. 14, estabelece a responsabilidade objetiva do prestador de serviços,
independentemente da existência de culpa, conforme abaixo transcrito:

“O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos


danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.” (grifo nosso)

Nesse sentido, é notório na jurisprudência que diante da responsabilidade objetiva do fornecedor, este
responderá pelos danos ocasionados, conforme o julgado abaixo do Egrégio Superior Tribunal de Justiça:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL


OBJETIVA. ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO. SÚMULA 479/STJ. INCLUSÃO EM
CADASTROS DE DEVEDORES. DANO MORAL. RAZOABILIDADE DO VALOR DA INDENIZAÇÃO.
DECISÃO MANTIDA. 1. A instituição financeira nada mais é do que uma fornecedora de produtos e
serviços, sendo certo que a sua responsabilidade é objetiva nos termos do art. 14, caput, da
Lei 8.078/90, encontrando fundamento na teoria do risco do empreendimento, segundo a qual, todo
aquele que se dispõe a fornecer em massa bens ou serviços deve assumir os riscos inerentes à
sua atividade independentemente de culpa. (...) 4. No caso em exame, o valor da indenização por
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danos morais, arbitrado em R$ 10.000,00 (dez mil reais) e mantido pelo Tribunal de origem, não se
encontra desarrazoado frente aos patamares estabelecidos por esta Corte Superior, estando em perfeita
consonância com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Descabida, portanto, a intervenção
do STJ no que toca ao valor anteriormentefixado.Precedentes. 5. Agravo regimental não provido" (Quarta
Turma, AgRg no AREsp 602968/SP, rel. Min. Luís Felipe Salomão, j. 02/12/2014, DJe 10/12/2014). ”

Ressalta-se, por oportuno, que diante das peculiaridades do caso concreto, resta inaplicável quaisquer das
hipóteses previstas no art. 14, §3º do CDC, segundo as quais afastariam a responsabilidade do prestador
de serviço, uma vez que o banco apelante não logrou êxito em demonstrar a inexistência de defeito na
prestação do serviço oferecido, bem como a culpa exclusiva do autor ou de terceiros.

Desta feita, no caso em comento, resta claro que o recorrente não obteve sucesso em suscitar fato
impeditivo, modificativo ou impeditivo do direito do autor, com fulcro no art. 373, inciso II do CPC, o que
demonstra o acerto da sentença atacada.

Assim sendo, uma vez verificada a ocorrência de ato ilícito consubstanciado no desconto indevido
referente ao contrato de empréstimo, cumpre analisar, se é devido o pleito indenizatório relativo aos danos
morais e materiais.

In casu, é fato que a instituição financeira recorrente atentou contra o recorrido ao realizar cobranças
indevidas oriundas de contrato de empréstimo, privando-a de parte de seus proventos, os quais possuem
claramente natureza alimentar.

Épreciso destacar que “o dano moral é a privação ou diminuição daqueles bens que têm valor
precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranquilidade de espírito, a liberdade individual, a
integridade individual, a integridade física, a honra e os demais sagrados afetos; classificando-se,
desse modo, em dano que afeta a parte social do patrimônio moral (honra, reputação, etc) e dano
que molesta a parte afetiva do patrimônio moral (dor, tristeza, saudade etc)” (CAHALI, Yussef Said.
Dano Moral, 2 ª Edição. Editora RT: So Paulo, 1998)

Sabe-se que o dano moral repercute na esfera íntima da vítima, e é revestido de um caráter subjetivo,
caracterizado pelo que a doutrina chama de dor na alma, no âmago do ser humano, consistente em
sofrimento, dor, constrangimento, vexame, tanto perante o meio social em que vive, tanto em relação a si
próprio.

Sendo assim, “a prova do dano moral, por se tratar de aspecto imaterial, deve lastrear-se em
pressupostos diversos do dano material. Não há, como regra geral, avaliar por testemunhas ou
mensurar em pericia a dor pela morte, pela agressão moral, pelo desconforto anormal ou pelo
desprestígio social. Valer-se-á o juiz, sem dúvida, de máximas experiências.” (VENOSA, Sílvio de
Salvo. Direito Civil IV 4ª Edição. Editora Atlas: São Paulo, 2004)

Por conseguinte, é cediço que são três as finalidades da indenização por dano moral: I) compensar a
vítima pelo dano sofrido; II) punir o causador do dano; e III) motivá-lo a não mais praticar conduta
incompatível com a lei ou que provoque danos, seja na esfera contratual ou extracontratual.

A respeito do tema, colaciono o entendimento dos Tribunais Pátrios, a saber:

PROCESSO CIVIL. APELAÇO CÍVEL. EMPRÉSTIMO BANCÁRIO CONSIGNADO. FRAUDE.


DESCONTOS INDEVIDOS. CONFIGURAÇO DE NEXO CAUSAL. DANOS MORAIS E REPETIÇO DO
INDÉBITO. APELO CONHECIDO E PROVIDO.1. Sendo ônus da instituição financeira a comprovação da
legalidade dos empréstimos, e não se desincumbindo a contento, configura-se a existência de fraude, ante
a inexistência de provas nos autos.2. Deve o banco responder pelos transtornos causados ao demandante
da ação originária, tendo em vista que a responsabilidade civil decorrente da prestação do serviço
bancário a consumidor é de ordem objetiva. 3. Teor da Súmula n. 479 do STJ, as instituições financeiras
respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados
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por terceiros no âmbito de operações bancárias.4. Mais do que um mero aborrecimento, patente o
constrangimento e angústia do apelante, ante os descontos ilegais em seus proventos. 5. Apelação
Cível conhecida e provida.(TJPI - AC 00004907020128180116, Relator Des. FERNANDO CARVALHO
MENDES, publicado no DJe em 21/03/2016)

PROCESSO CIVIL. AÇO DE ANULAÇO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO PARA APOSENTADO C/C


REPETIÇO DE INDÉBITO, DANOS MORAIS COM PEDIDO DE ANTECIPAÇO DE TUTELA. FRAUDE
NA CONTRATAÇO. DESCONTOS INDEVIDOS NOS PROVENTOS DA APOSENTADORIA DO AUTOR.
APLICABILIDADE DO CÓDIGO CONSUMERISTA. PREPODERÂNCIA DA FALHA NA PRESTAÇO DE
SERVIÇO POR PARTE DO REQUERIDO QUE NO OPEROU COM A CAUTELA NECESSÁRIA NA
CONCESSO DE CRÉDITO. OCORRÊNCIA DE FRAUDE QUE NO TEM O CONDO DE AFASTAR A
RESPONSABILIDADE DA CASA BANCÁRIA - SENTENÇA MANTIDA. I- Age negligentemente a
instituição financeira que não toma os cuidados necessários, a fim de evitar possíveis e atualmente
usuais fraudes cometidas por terceiro na contratação de serviços, especialmente empréstimo com
desconto em benefício de aposentadoria.

II- A realização de descontos indevidos incidentes sobre proventos de benefício previdenciário,


constituem fatos aptos a ensejar a configuração de danos morais. III- Em face da relação de consumo
existente entre as partes, a instituição financeira deve responder independente de culpa pelo defeito na
prestação de serviço que venha a causar dano ao consumidor (Art. 14 do CDC), salvo se restar
caracterizada a culpa exclusiva da vítima ou de terceiro. IV O Bancos réu tinha o ônus de comprovar
que o empréstimo foi efetivamente firmado pelo autor, apresentando cópia do contrato assinado
pelo mesmo, mas permaneceu inerte quanto a sua juntada. (TJCE - APL 0011105-03.2012.8.06.0101,
Relator Des. FRANCISCO BEZERRA CAVALCANTE, publicado em 23/02/2016)

Desta feita, no caso vertente, constata-se a existência do dano moral, posto que é completamente
inadmissível o desconto de valores da conta corrente do autor pelo Banco sem que tal ação esteja
amparada na lei ou por contrato. A surpresa de privação de verbas de caráter alimentar, transcendem os
limites do mero aborrecimento, devendo, pois, a sentença ora vergastada ser mantida nesta parte.

Ademais, quanto à repetição do indébito, restou comprovado que o apelado sofreu desconto em seu
benefício por empréstimo não realizado, o que acarreta a restituição, em dobro, conforme previsto no art.
42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor, estando correto o arbitrado na sentença.

No tocante ao quantum indenizatório, referente ao dano moral, é notória a dificuldade existente no


arbitramento da indenização do mesmo, ante a ausência de critérios objetivos traçados pela lei a nortear o
julgamento e de não possuir aquele dano reflexo patrimonial, apesar de não lhe recursar, em absoluto,
uma rela compensação a significar uma satisfação ao lesado.

Compete ao julgador, segundo o seu prudente arbítrio, estipular equitativamente os valores devidos,
analisando as circunstâncias do caso concreto e obedecendo aos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade.

Em realidade, para a fixação do valor a ser indenizado, deve-se ter em mente que não pode a indenização
servir-se para o enriquecimento ilícito do beneficiado, muito menos pode ser insignificante a ponto de não
recompor os prejuízos sofridos, nem deixar de atender ao seu caráter eminentemente pedagógico,
essencial para balizar as condutas sociais.

Esclarece-nos Caio Mário da Silva Pereira, in Responsabilidade Civil, Forense, 1990, p. 61, as funções da
indenização por danos morais: “O fulcro do conceito ressarcitório acha-se deslocado para a
convergência de duas forças: caráter punitivo para que o causador do dano, pelo fato da
condenação, veja-se castigado pela ofensa praticada e o caráter compensatório para a vítima que
receberá uma soma que lhe proporcione prazer em contrapartida do mal.”

Sendo assim, verifica-se nos autos que embora a capacidade financeira da autora não seja expressiva,
não se pode dizer o mesmo sobre a do réu. Outrossim, deve ser assegurado o direito indenizatório aos
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consumidores que foram comprovadamente prejudicados por condutas como esta. Percebe-se ainda o
descaso das instituições bancárias, eis que dificilmente adotam procedimentos de investigação da conduta
fraudulenta, limitando-se apenas a aduzir a regularidade da contratação, sem ao menos comprovar o
alegado.

Sobre o assunto, veja o que leciona Nelson Rosenvald:

“A pena civil ingressa no direito privado como uma sanção punitiva de finalidade preventiva de ilícitos
sociais. Agrega efetividade ao direito civil, sobremaneira na tutela de direitos da personalidade e conflitos
metaindividuais. O desprezo do agressor para com valores mínimos de convivência social, seu
pouco apreço à pessoa humana, ou, mesmo, o potencial danoso para a sociedade consistente na
multiplicação de condutas como a causadora do dano, são circunstâncias que podem ensejar a
imposição da sanção punitiva no direito privado. As estatísticas demonstram que o Poder Judiciário e,
especialmente, os juizados especiais, converteram-se em repositórios de demandas de responsabilidade
civil. Assombra a reiteração de demandas contra os mesmos réus, pelas mesmas práticas
reveladoras de um profundo descaso com os seus clientes e a sociedade. Há uma subversão
axiológica, haja vista que a lógica puramente patrimonialista e individualista – de uma racionalidade
estritamente econômica – paira sobre situações jurídicas existenciais e metaindividuais. A eventual
reparação de danos será previamente conhecida e contabilizada pelo lesante.” (ROSENVALD, Nelson. Et
al. Novo Tratado de Responsabilidade Civil. Atlas: So Paulo, 2015)

Por conseguinte, o referido professor enfatiza que a condição patrimonial do autor do ilícito deve sim ser
considerada como requisito para a quantificação da pena civil, pois quando se trata desta, vem à tona a
ideia de desestímulo, dissuasão e prevenção, como traços predominantes dessa sanção. Quando o
causador do dano é uma pessoa jurídica dotada de amplos recursos econômicos, a desconsideração
quanto a este fato privará a sanção de seu principal impacto: a coerção indireta.

Além disso, grandes empresas possuem mecanismos mais sofisticados e precisos para optar por
intencionalmente praticar ilícitos tendo o conhecimento de que os danos patrimoniais e morais que
repercutirão contra si serão menores que o lucro que obterá ao praticar comportamentos reprováveis.
Certamente, se maior o potencial econômico da empresa, maiores as possibilidades de obter grandes
lucros à custa de violações de direitos de um considerável público de “anônimos”.

Desta feita, sopesando o equilíbrio entre os objetivos compensatórios e pedagógicos da condenação,


entendo que o valor arbitrado a título de indenização por dano moral, qual seja, R$5.000,00 (cinco mil
reais), atende aos padrões da razoabilidade e proporcionalidade, não merecendo reparos a sentença ora
vergastada nesta parte.

DISPOSITIVO:

Ante o exposto e, na esteira da Douta Procuradoria de Justiça, CONHEÇO DO RECURSO E NEGO-


LHE PROVIMENTO, para manter in totum a sentença proferida pelo Juízo de 1º grau, que julgou
procedente a demanda, declarando a inexistência do negócio jurídico em questão, condenando o banco
apelante à devolução em dobro dos valores descontados e ao pagamento de indenização por danos
morais e ônus sucumbenciais.

É COMO VOTO.

Belém, 17/08/2021
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Número do processo: 0800132-42.2020.8.14.0039 Participação: APELANTE Nome: ARMANDO SANTOS


DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: RANIERY ANTONIO RODRIGUES DE MIRANDA OAB:
4018/TO Participação: ADVOGADO Nome: MARCILIO NASCIMENTO COSTA OAB: 1110/TO
Participação: APELADO Nome: BANCO BMG SA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA ALMEIDA
MOURA DI LATELLA OAB: 109730/MG Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: JORGE DE MENDONCA ROCHA OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0800132-42.2020.8.14.0039

APELANTE: ARMANDO SANTOS DA SILVA

APELADO: BANCO BMG SA


REPRESENTANTE: BANCO BMG S.A.

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL N. 0800132-42.2020.8.14.0039

APELANTE: ARMANDO SANTOS DA SILVA

APELADO: BANCO BMG S/A

COMARCA DE ORIGEM: PARAGOMINAS/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE NEGÓCIO JURÍDICO C/C


REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA – CONTESTAÇÃO DA AUTENTICIDADE DAS ASSINATURAS APOSTAS EM
CÉDULA DE CRÉDITO APRESENTADA PELA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA APELADA – ÔNUS DE
COMPROVAÇÃO DA AUTENTICIDADE QUE RECAI A PARTE QUE PRODUZIU O DOCUMENTO –
ART. 429, INCISO II DO CPC – PERDA DA FÉ DO DOCUMENTO PARTICULAR ATÉ QUE SEJA
DEMONSTRADA SUA VERACIDADE – ART. 428, INCISO I, DO CPC – SENTENÇA QUE DEVE SER
ANULADA – RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

1 – Hipótese em que a parte autora/apelante impugnou a Cédula de Crédito Bancário juntada pela
instituição financeira, abjurando a assinatura nela aposta.

2 – Não obstante a regra geral da distribuição do ônus da prova atribua ao autor a prova do fato
constitutivo do seu direito, expressa no art. 373, do CPC/2015, o mesmo Diploma Processual Civil dispõe,
em seu art. 429, inciso II, que, uma vez contestada a assinatura, o ônus de provar a sua autenticidade é
da parte que produziu o documento.

3 – Tal distribuição excepcional do múnus probatório se justifica pela perda de fé do documento particular,
até que seja comprovada a sua veracidade, conforme preconizado pelo art. 428, inciso I, do citado CPC.
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4 – Destarte, alegada a falsidade da assinatura lançada no instrumento contratual, restou cessada a fé


deste, recaindo à instituição financeira o ônus da demonstração de sua autenticidade, razão pela se impõe
na hipótese a desconstituição do decisum vergastado com o retorno dos autos ao juízo de origem.

5 – Recurso de Apelação Conhecido e Provido para acolhendo a preliminar de cerceamento de defesa,


determinar o retorno dos autos ao juízo de origem para regular processamento do feito.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, onde figuram como partes as acima identificadas, acordam os
Excelentíssimos Senhores Desembargadores membros da Colenda 2ª Turma de Direito Privado do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará na Sessão Ordinária realizada em 10 de agosto de 2021
(Plenário Virtual), na presença do Exmo. Representante da Douta Procuradoria de Justiça, por
unanimidade de votos, em CONHECER e DAR PROVIMENTO ao Recurso de Apelação, nos termos do
voto da Exma. Desembargadora Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora Relatora

RELATÓRIO

APELAÇÃO CÍVEL N. 0800132-42.2020.8.14.0039

APELANTE: ARMANDO SANTOS DA SILVA

APELADO: BANCO BMG S/A

COMARCA DE ORIGEM: PARAGOMINAS/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de Recurso de APELAÇÃO CÍVEL interposto por ARMANDO SANTOS DA
SILVA inconformado com a Sentença prolatada pelo MM. Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial de
Paragominas/PA que, nos autos de AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE NEGÓCIO
JURÍDICO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, ajuizada por si em
face de BANCO BMG S/A, julgou improcedente a pretensão exordial.

Em sua exordial (ID. 5241320), narrou o autor/apelante ter sofrido descontos indevidos em seu benefício
previdenciário, que, já totalizariam o importe de R$ 1.394,73 (um mil, trezentos e noventa e quatro reais e
setenta e três centavos), relativos a empréstimo consignado que não teria tido sua aquiescência.

Pleiteou, assim, liminarmente a suspensão dos descontos e, no mérito a nulidade dos contratos de
empréstimo, restituição dos valores indevidamente descontados e a condenação da requerida ao
pagamento de indenização à título de dano moral.
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Juntou a autora, documentos para subsidiar seu pleito.

Em decisão de ID. 5241323, foi deferida a gratuidade de justiça ao autor e indeferido o pedido de tutela de
urgência formulado na exordial.

Em contestação (ID. 5241331), arguiu a instituição financeira requerida, em suma, a regularidade da


contratação e, por conseguinte, dos descontos efetuados, e a inocorrência de danos morais, pugnando
pela improcedência da demanda.

Juntou a instituição financeira requerida, documentos para subsidiar suas alegações.

O feito seguiu seu tramite regular até a prolação da sentença (ID. 5241352), que julgou improcedente a
pretensão autoral, extinguindo o feito com resolução de mérito com fulcro no art. 487, inciso I, do Código
de Processo Civil.

Condenou, ainda, a parte autora ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios
fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, que, restaram suspensos em razão do autor ser
beneficiário da gratuidade de justiça.

Inconformado, o autor ARMANDO SANTOS DA SILVA interpôs Recurso de Apelação (ID. 5241355).

Alega, preliminarmente, a ocorrência de cerceamento de defesa face a não realização da perícia


grafotécnica no contrato colacionada aos autos pela instituição financeira.

Argui que a instituição financeira não teria comprovado através de documento hábil, o depósito dos valores
supostamente contratados na conta bancária da apelante, o que, seria indispensável para demonstrar a
regularidade da contratação.

Aduz que com a inversão do ônus probatório, recairia à apelada comprovar a existência de relação jurídica
entre as partes, juntando os originais do contrato em evidência e produzindo prova pericial, o que não teria
ocorrido na hipótese.

Pleiteia, assim, pelo provimento do recurso para que seja desconstituída a sentença vergastada, ou,
alternativamente, que seja reformada para julgar totalmente procedente a pretensão exordial declarando a
inexistência do negócio jurídico e, condenando a instituição financeira requerida/apelada a restituir os
valores descontados e ao pagamento de indenização por danos morais.

Em contrarrazões (ID. 5241359), arrazoa a instituição financeira apelada, ser irrepreensível a sentença
recorrida, razão pela qual defende sua manutenção integral e, por conseguinte, o desprovimento do
recurso.

Após regular distribuição, coube-me a relatoria do feito.

Instada a se manifestar, a Douta Procuradoria de Justiça emitiu parecer pelo conhecimento e


desprovimento do recurso (ID. 5705713).

É o relatório.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora
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VOTO

VOTO

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Avaliados, preliminarmente, os pressupostos processuais subjetivos e objetivos deduzidos pelo apelante,


tenho-os como regularmente constituídos, bem como atinentes à constituição regular do feito até aqui,
razão pela qual conheço dos recursos, passando a proferir voto.

INCIDÊNCIA DO DIREITO INTERTEMPORAL

Precipuamente, em observância as regras de Direito Intertemporal, positivada no art. 14 do Código de


Processo Civil de 2015, os recursos em exame serão apreciados sob a égide deste, visto que a vergasta
decisão foi proferida e publicada na vigência do Novo Diploma Processual Civil.

QUESTÕES PRELIMINARES

Prima facie, analiso a questão preliminar suscitada pela parte autora/apelante.

PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA

Consta das razões preliminares arguidas pelo apelante, a ocorrência de cerceamento de defesa face a
não realização da perícia grafotécnica no contrato colacionada aos autos pela instituição financeira.

Analisando os autos, verifica-se que o autor/apelante aforou ação indenizatória aduzindo que embora não
possuísse qualquer relação contratual com a instituição financeira requerida, esta teria indevidamente
realizado descontos em seus proventos de aposentadoria.

Por sua vez, a instituição financeira requerida, ora apelada, sustentou em suma, a existência do negócio
jurídico e a regularidade dos descontos, colacionando para subsidiar tal afirmação, Cédula de Crédito
Bancário (ID. 5241335), com assinatura que seria da parte autora.

Em manifestação a contestação (ID. 5241342), o autor, ora apelante, impugnou o Cédula de Crédito
Bancário, impugnando a assinatura nela aposta, bem como os documentos colacionados pelo banco
apelado.

Ato contínuo, o juízo de piso prolatou sentença que consubstanciada nos documentos trazidos aos autos
pela instituição financeira requerida/apelada, entendendo ser existente o negócio jurídico e, por
conseguinte, regular os descontos e a negativação do autor.

Com efeito, é cediço que a regra geral da distribuição do ônus da prova é aquela expressa no art. 373, do
CPC/2015, que atribui ao autor o ônus de provar o fato constitutivo do seu direito e ao réu o de provar a
existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do autor.

Não obstante, o mesmo Diploma Processual Civil dispõe, em seu art. 429, inciso II, que, uma vez
contestada a assinatura, o ônus de provar a sua autenticidade é da parte que produziu o documento,
senão vejamos:

Art. 429: Incumbe o ônus da prova quando:

[...]
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II- se tratar de impugnação da autenticidade, à parte que produziu o documento.

Tal distribuição excepcional do múnus probatório se justifica pela perda de fé do documento particular, até
que seja comprovada a sua veracidade, conforme preconizado pelo art. 428, inciso I, do Código de
Processo Civil, a propósito:

Art. 428. Cessa a fé do documento particular quando:

I - for impugnada sua autenticidade e enquanto não se comprovar sua veracidade;

[...]

Desse modo, tratando-se de alegação de falsidade de assinatura, cabe àquele que apresentou o
documento em juízo comprovar sua veracidade, conforme previsão expressa no ordenamento jurídico.

Acerca da questão, é remansosa a jurisprudência dos Tribunais pátrios:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO, COM REPETIÇÃO DO


INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - PROVA NEGATIVA - RENEGOCIAÇÃO DE
CONTRATO DE MUTUO - IMPUGNAÇÃO DA ASSINATURA - ÔNUS PROBATÓRIO - SOLICITAÇÃO
NÃO COMPROVADA - NULIDADE DO CONTRATO - RECONHECIMENTO - DANOS MORAIS - VALOR
ARBITRADO - PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE - OBSERVÂNCIA
NECESSÁRIA. - Nas ações em que a parte nega a existência de determinado fato, recai sobre a
parte contrária o ônus de comprová-lo, por ser impossível àquele produzir prova negativa - Quando
se tratar de impugnação de assinatura, incumbe à parte que produziu o documento o ônus de
provar sua autenticidade, nos termos do artigo 429, inciso II, do Código de Processo Civil - O
reconhecimento da falsidade do contrato contra cujo desconto se insurge o postulante enseja a
inexigibilidade das obrigações deles decorrentes, bem como a repetição dos valores descontados para o
seu pagamento - A negligência do banco demandado que processa contrato de renegociação de crédito
não solicitado pelo contratante, inclusive mediante falsificação de sua assinatura caracteriza dano moral
passível de reparação - A fixação do quantum indenizatório dos danos morais deve ter como referência os
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, devendo se levar em conta a intensidade da ofensa,
sua repercussão na esfera íntima da ofendida, além da condição financeira do ofensor.

(TJ-MG - AC: 10000191040799001 MG, Relator: Juliana Campos Horta, Data de Julgamento: 13/07/0020,
Data de Publicação: 20/07/2020). (Grifei).

APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO.


INVERSÃO DO ÔNUS PROBATÓRIO. ALEGAÇÃO FALSIDADE DE ASSINATURA. ART. 429, II DO CPC
C/C ART. 6º, VIII DO CDC. Tratando-se de impugnação à autenticidade da assinatura lançada, o encargo
da prova é de quem tenha produzido o documento, conforme previsão do art. 429, II, do CPC/15 c/c art.
6º, VIII do CDC. Caso. Demandado que não se desincumbiu de seu ônus de provar a autenticidade da
assinatura tendo manifestado seu desinteresse na prova. Sentença mantida. NEGARAM PROVIMENTO
AO APELO. UNÂNIME.

(TJ-RS - AC: 70079060018 RS, Relator: Giovanni Conti, Data de Julgamento: 29/11/2018, Décima Sétima
Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 12/12/2018). (Grifei).

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA C/C INDENIZATÓRIA DE DANOS.


PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TELEFONIA. CONTESTAÇÃO DE ASSINATURA. INVERSÃO DA
REGRA DO ÔNUS PROBATÓRIO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 429, II, DO NCPC; CORRESPONDENTE
AO ART. 389, II, CPC/73. PROVA DE AUTENTICIDADE QUE RECAI SOBRE QUEM PRODUZIU O
DOCUMENTO, DEVENDO, POIS, ARCAR A RÉ COM O CUSTO CORRESPONDENTE À PERÍCIA
GRAFOTÉCNICA A SER REALIZADA. ATRIBUIÇÃO DO ÔNUS PROBATÓRIO IMPOSTO À RÉ, QUE
DEVERÁ ARCAR COM OS HONORÁRIOS PERICIAIS. AGRAVO PROVIDO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(TJ-SP 21016515120178260000 SP 2101651-51.2017.8.26.0000, Relator: Soares Levada, Data de


Julgamento: 21/07/2017, 34ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 21/07/2017). (Grifei).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RELAÇÃO DE CONSUMO. INDEFERIMENTO DA INVERSÃO DO ÔNUS


DA PROVA. AUTOR QUE AFIRMA NÃO TER ASSINADO QUALQUER CONTRATO RELATIVO A
CARTÃO DE CRÉDITO COM A EMPRESA RÉ. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA OPE LEGIS. ART.
14, § 3º, CDC. ÔNUS DA RÉ DE COMPROVAR A AUTENTICIDADE DA ASSINATURA. ART. 429, II,
CPC/15. PRECEDENTES STJ. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

(TJ-RJ - AI: 00645767020188190000, Relator: Des(a). Cesar Felipe Cury, Décima Primeira Câmara Cível,
Data de Julgamento: 26/06/2019). (Grifei).

PROVA - PERÍCIA GRAFOTÉCNICA - CONSUMIDOR - CUSTEIO – Autora agravante que contesta a


assinatura do contrato que alega não ter firmado - Ônus de provar a autenticidade da assinatura
que cabe à parte que produziu o documento, no caso, a ré - Inteligência do art. 429, II, do CPC –
Relação entre cliente e ré caracterizada como relação de consumo – Inversão do ônus da prova – Regra
de procedimento - O ônus da prova compreende o ônus financeiro e o dever de arcar com o custeio da
prova técnica – Prevalência da norma específica prevista no art. 429, II, CPC e das normas do CDC sobre
os arts. 95 e 373 do CPC/2015 - RECURSO PROVIDO.

(TJ-SP - AI: 21503885120188260000 SP 2150388-51.2018.8.26.0000, Relator: Sérgio Shimura, Data de


Julgamento: 18/09/2018, 23ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 18/09/2018). (Grifei).

Outrossim, não há na hipótese, contrariamente, presunção de falsidade dos documentos, visto que tendo
sido o feito sentenciado seguidamente a arguição de falsidade das assinaturas, não fora o banco
requerido/apelado sequer instado para comprova sua validade.

Destarte, alegada a falsidade da assinatura lançada no instrumento contratual, restou cessada a fé deste,
recaindo à instituição financeira o ônus da demonstração de sua autenticidade, razão pela se impõe na
hipótese a desconstituição do decisum vergastado com o retorno dos autos ao juízo “ad quo” para que,
declarada a inversão do múnus probatório nos termos do citado art. 429, inciso II do CPC, seja dado
regular prosseguimento ao feito.

Por fim, ressalta-se que ante o acolhimento da questão preliminar em epígrafe, resta prejudicado o exame
do mérito do recurso de apelação.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, CONHEÇO do Recurso de Apelação e DOU-LHE PROVIMENTO, acolhendo a preliminar


de cerceamento de defesa para anular a sentença vergastada, determinando o retorno dos autos ao juízo
de origem para regular processamento do feito, nos termos da fundamentação.

É como voto.

Belém, 10 de agosto de 2021.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora

Belém, 17/08/2021
295
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0808077-03.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO DA


AMAZONIA SA [BASA DIRECAO GERAL] Participação: ADVOGADO Nome: NORTHON SERGIO
LACERDA SILVA OAB: 2708/AC Participação: ADVOGADO Nome: EDER AUGUSTO DOS SANTOS
PICANCO OAB: 10396/PA Participação: ADVOGADO Nome: KARLENE AZEVEDO DE AGUIAR OAB:
11325/PA Participação: AGRAVADO Nome: RODOLFO HANS GELLER Participação: ADVOGADO Nome:
RODOLFO HANS GELLER OAB: 143/PA Participação: AGRAVADO Nome: MIGUEL BORGHEZAN
Participação: ADVOGADO Nome: MIGUEL BORGHEZAN OAB: 2834/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) - 0808077-03.2020.8.14.0000

AGRAVANTE: BANCO DA AMAZONIA SA [BASA DIRECAO GERAL]

AGRAVADO: RODOLFO HANS GELLER, MIGUEL BORGHEZAN

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO INTERNOS EM AGRAVO DE INSTRUMENTO –


AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS PREVISTOS NO ART. 1022 DO CPC – RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO PELOS FUNDAMENTOS CONSTANTES DO VOTO.

1- Da simples leitura do v. acórdão atacado, não se observa qualquer contradição, restando


cristalino que a decisão guerreada suspendeu tão somente a decisum proferido pelo Juízo de 1º
grau, objeto dos recursos de agravo de instrumento nº. 0808077-03.2020.8.14.0000 e nº. 0808076-
18.2020.8.14.0000

2- Ademais, não teria sentido suspender a decisão proferida por esta Desembargadora nos
presentes autos, ou ainda, sustar o andamento processual dos recursos acima mencionados,
considerando que o próprio objetivo central dos mesmos é justamente atacar a decisão proferida
pelo Juízo de 1º grau.

3- Imperioso ressaltar também, que se está em sede de agravo de instrumento, em que o limite
de atuação se restringe tão somente à decisão proferida pelo Juízo de 1º grau, sob pena de
supressão de instância, razão pela qual se mostra inviável a confecção do laudo pericial perante
este Juízo ad quem.

4- Por fim, deixo de aplicar a multa prevista no art. 1026, §2º do CPC, por não vislumbrar o
caráter protelatório dos declaratórios.

5- Recurso conhecido e desprovido, prequestionando-se, entretanto, toda a matéria suscitada


pelo embargante, nos termos do art. 1.025 do CPC.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO, tendo como ora embargante BANCO DA AMAZÔNIA S/A e ora embargados
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

RODOLFO HANS GELLER E MIGUEL BORGHEZAN.

Acordam os Excelentíssimos Desembargadores membros da 2ª Turma de Direito Privado deste Egrégio


Tribunal, à unanimidade, em CONHECER DO RECURSO E NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do
voto da Excelentíssima Desembargadora-Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.

RELATÓRIO

RELATÓRIO

BANCO DA AMAZÔNIA S/A opôs EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (ID Nº. 5428381), com fundamento
no art. 1.022 do CPC, em face do v. Acórdão (ID Nº. 5297949), cuja ementa é a seguinte, in verbis:

“AGRAVO INTERNO – INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO – NECESSIDADE DE


REFORMA - CONFLITO DE DECISÕES – OBSERVÂNCIA AO RECURSO DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO Nº. 0808076-18.2020.8.14.000 ENVOLVENDO O MESMO OBJETO DO PRESENTE
RECURSO - RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

1-Analisando detidamente os autos, observa-se que esta Relatora, ao analisar a pedido de tutela de
urgência pretendido pelo banco ora agravante, acabou por indeferir a liminar (ID Nº 3652940).

2-Ocorre que, no agravo de instrumento nº. 0808076-18.2020.8.14.0000, envolvendo a mesma


decisão ora vergastada, esta Relatora deferiu efeito suspensivo pleiteado, determinando a
suspensão da decisão agravada que acolheu a conclusão do Senhor Contador Judicial,
homologando os cálculos por ele apresentados, até realização de nova perícia judicial perante o
Juízo de 1º grau.

3-Nesse sentido, a fim de se evitar decisão conflitante e, sob o mesmo fundamento exposto nos
autos do recurso de agravo de instrumento nº. 0808076-18.2020.8.14.0000, necessário se faz a
reforma da decisão ora vergastada.

4-Recurso conhecido e provido, reformando a decisão por mim proferida, a fim de deferir o pedido
de efeito suspensivo pleiteado, com a sustação da eficácia da decisão objeto do presente agravo,
até a realização de nova perícia judicial pelo Juízo de 1º grau.”

Alega o embargante que o v. acórdão ora embargado contraria a decisão do processo de Agravo de
Instrumento nº. 0808076-18.2020.8.14.0000, processo conexo ao presente feito, que por sua vez deferiu
os efeitos pretendido no agravo determinando a suspensão da decisão em todos os seus termos até a
realização de nova perícia judicial nesta instância de 2º grau e não no Juízo de 1º grau.

Requer o provimento dos embargos de declaração para suprimento da contradição apontada com o fim de
reformar a decisão, no sentido de que os novos cálculos do processo sejam realizados pelo contador
judicial desta instância (2º grau), conforme determinado na decisão do agravo de instrumento N° 0808076-
18.2020.814.0000, haja vista que não há razão para que o cálculo seja feito pelo contador judicial do Juízo
do primeiro, tendo em vista que o cálculo foi realizado por duas vezes e mantido de forma errônea,
conforme todas argumentações dispostas pelo embargante nestes autos e nos demais autos conexos.

Em sede de contrarrazões (ID Nº. 5631114), o embargado refuta todos os argumentos trazidos pelo
recorrente, pugnando pela manutenção do v. acórdão, bem como pela aplicação de multa por recurso
protelatório.

É o Relatório.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

VOTO

VOTO

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Avaliados, preambularmente, os pressupostos processuais subjetivos e objetivos da pretensão deduzida


pelo embargante, bem como tendo sido os Embargos de Declaração protocolizados dentro do quinquídio a
que se refere o art. 1.023 do Código de Processo Civil, tenho-os como regularmente constituídos, bem
como atinentes à constituição regular do feito até aqui, razão pela qual conheço dos Embargos, passando
a proferir voto.

MÉRITO

Da simples leitura do v. acórdão atacado, não se observa qualquer contradição, restando cristalino que a
decisão guerreada suspendeu tão somente a decisum proferido pelo Juízo de 1º grau, objeto dos recursos
de agravo de instrumento nº. 0808077-03.2020.8.14.0000 e nº. 0808076-18.2020.8.14.0000, senão
vejamos:

“Assim, exercendo o juízo de retratação, defiro o pedido de efeito suspensivo, determinando a


suspensão do decisum proferido pelo Juízo de 1º grau, nos termos proferido nos autos do agravo
de instrumento nº. 0808076-18.2020.8.14.0000, em tudo, a fim de se evitar decisões conflitantes.

Ante o exposto, CONHEÇO DO RECURSO E DOU-LHE PROVIMENTO, reformando a decisão por


mim proferida, a fim de deferir o pedido de efeito suspensivo pleiteado, com a sustação da eficácia
da decisão objeto do presente agravo, até a realização de nova perícia judicial pelo Juízo de 1º
grau.”

Ademais, não teria sentido suspender a decisão proferida por esta Desembargadora nos presentes autos,
ou ainda, sustar o andamento processual dos recursos acima mencionados, considerando que o próprio
objetivo central dos mesmos é justamente atacar a decisão proferida pelo Juízo de 1º grau.

Imperioso ressaltar também, que se está em sede de agravo de instrumento, em que o limite de atuação
se restringe tão somente à decisão proferida pelo Juízo de 1º grau, sob pena de supressão de instância,
razão pela qual se mostra inviável a confecção do laudo pericial perante este Juízo ad quem.

Por fim, deixo de aplicar a multa prevista no art. 1026, §2º do CPC, por não vislumbrar o caráter
protelatório dos declaratórios.

Ante o exposto, não tendo sido observados os limites traçados pelo art. 1022 do CPC/2015, CONHEÇO
dos Embargos de Declaração e NEGO-LHES PROVIMENTO, prequestionando, entretanto, toda a
matéria suscitada pelo embargante, nos termos do art. 1.025 do CPC.

É COMO VOTO.

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0801240-92.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ADMINISTRADORA


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DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA


TERESO JUNIOR OAB: 16837/PA Participação: AGRAVADO Nome: JULIA CRISTIANE DA COSTA
PAIVA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) - 0801240-92.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA

AGRAVADO: JULIA CRISTIANE DA COSTA PAIVA

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO –


ALEGAÇÃO DE CONTRADIÇÃO – QUESTÃO RECURSAL ANALISADA – AUSÊNCIA DE VÍCIOS A
SEREM CORRIGIDOS – MANUTENÇÃO DO JULGADO – VEDAÇÃO À REDISCUSSÃO DE MATÉRIA
JÁ APRECIADA NO AGRAVO INTERNO – PRÉ-QUESTIONAMENTO IMPLÍCITO – RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.

1. Embargos de Declaração em Agravo Interno no Agravo de Instrumento.

Cinge-se a controvérsia recursal à alegação de ocorrência de contradição no acórdão proferido, pois


contraria o artigo 1.015, inciso I, do CPC e o entendimento do próprio STJ, que defende o cabimento de
recurso de Agravo de Instrumento com base na interpretação mitigada ao mencionado dispositivo legal,
entendimento constante no Recurso Repetitivo Resp. nº 1.704.520-MT.

2. No Acórdão atacado, é possível constatar que a Turma Julgadora tanto no início do julgado como na
parte dispositiva, entendeu que a decisão ad quo não se enquadrava entre aquelas descritas no rol
taxativo do art. 1.015 do CPC, por se tratar de emenda a inicial, razão pela qual, mantiveram a decisão
monocrática que não conheceu do Agravo de Instrumento.

3. Não se depreende do decisum embargado a ocorrência de contradição, fundamentos vinculativos


descritos no art. 1022 do CPC, observando-se a impossibilidade de rediscutir a matéria ventilada no
julgamento, não cumprindo outra providência senão desacolher, novamente, a pretensão do recorrente.

4. Outrossim, destaca-se, em que pese a embargante ter defendido a tese de cabimento de recurso de
Agravo de Instrumento com base na interpretação mitigada do artigo 1.015, I, do CPC, mencionado
entendimento constante no Recurso Repetitivo Resp. nº 1.704.520-MT, tal entendimento se reporta a
mitigação aos casos de declinação de competência do Juízo, não se aplicando ao caso sob análise, pois
trata-se de despacho que determinou a juntada da via Original de Crédito Bancário.

5. Ademais, observa-se que a ora embargante tão somente afirma da desnecessidade de juntada da via
Original de Cédula de Crédito Bancário para o ajuizamento da ação de busca e apreensão, entretanto, não
se desincumbiu em demonstrar qual o prejuízo de difícil reparação; em cumprir o comando judicial imposto
pelo Juízo de origem. O fato é que se trata de título de crédito circulável mediante endosso, e a sua não
apresentação pode acarretar sérios prejuízos a embargada, por ser de simples circulação no mercado
mediante o respectivo endosso.

6. Dessa forma, previno as partes de que a interposição de recurso contra esta decisão, se declarado
manifestamente protelatório, poderá acarretar condenação às penalidades fixadas nos termos do 1.026, §
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

2º, do CPC.

7. No que tange ao pedido de prequestionamento, insta esclarecer que o Código de Processo Civil
consagrou a possibilidade de pré-questionamento implícito no art. 1025.

8. Não demonstração dos requisitos do art. 1022 do Código de Processo Civil. Manutenção do Acórdão
embargado.

9. Recurso CONHECIDO e IMPROVIDO.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, tendo como ora
embargante ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA e ora embargados JULIA
CRISTIANE DA COSTA PAIVA, e do V. ACÓRDÃO ID Nº 5458130.

Acordam os Exmos. Senhores Desembargadores membros da 2ª Turma de Direito Privado deste E.


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em turma, à unanimidade, em CONHECER DO RECURSO E
NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto da Exma. Desembargadora – Relatora Maria de Nazaré
Saavedra Guimarães.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora.

RELATÓRIO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0801240-92.2021.8.14.0000


EMBARGANTE: ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA EMBARGADA: JULIA
CRISTIANE DA COSTA PAIVA EMBARGADO: V. ACÓRDÃO ID Nº 5297962 RELATORA: Desª. MARIA
DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARES EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de recurso de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO INTERNO EM


AGRAVO DE INSTRUMENTO oposto por ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA
LTDA, em face de JULIA CRISTIANE DA COSTA PAIVA, e do V. ACÓRDÃO ID Nº 5458130, cuja
ementa é a seguinte, in verbis:

“AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NÃO


CONHECEU DO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO –
DETERMINAÇÃO DE EMENDA A INICIAL – NÃO CONHECIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EM RAZÃO DA DECISÃO COMBATIDA NÃO SE ENCONTRAR ENTRE AQUELAS DESCRITAS NO
ROL PREVISTO NO ART. 1.015 DO CPC/2015 – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.”

Aduz não restarem dúvidas de que a decisão que a embargante pretende a reforma é plenamente
oponível através de Agravo de Instrumento, se mostrando contraditório o v. Acórdão, que considerou o
recurso inadmissível.

Assevera ter demonstrado no recurso de Agravo de Instrumento a urgência da situação, consistente no


fato de que a agravada está inadimplente até a presente data e permanece na posse do bem, posto que o
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juízo singular, ao invés de conceder a liminar, determinou a juntada do contrato original.

Alega a ocorrência de contradição no acórdão proferido, pois contraria o artigo 1015, inciso I, do CPC e o
entendimento do próprio STJ, que defende o cabimento de recurso de Agravo de Instrumento com base na
interpretação mitigada ao mencionado dispositivo legal, entendimento constante no Recurso Repetitivo
Resp. nº 1.704.520-MT.

Por fim, pugna pelo acolhimento e provimento dos presentes embargos, para que seja sanada a
contradição apontada, reformando-se o acórdão proferido, para que seja admitido o Recurso de Agravo de
Instrumento, interposto contra a decisão que deixou de conceder a liminar de busca e apreensão e
determinou a juntada do contrato original, bem como requer a manifestação acerca da aplicabilidade do
artigo 1.015, I, do CPC para fins prequestionamento.

O prazo para apresentação de contrarrazões decorreu “in albis”, conforme certidão de Id. 5772029.

É o relatório.

VOTO

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso e passo a proferir voto.

MÉRITO

Prima face, é oportuno ressaltar a natureza específica deste recurso de fundamentação vinculada, qual
seja: a de propiciar a correção, integração e complementação da decisão judicial, na hipótese desta
apresentar obscuridade, contradição, omissão ou erro material, sendo vedado o reexame de matéria
meritória já decidida, nos termos do art. 1.022 do NCPC.

Tem, pois, os Embargos Declaratórios finalidade específica, qual seja, a de tornar claro o que é obscuro,
de desfazer a contradição e de suprir a omissão. Por eles não se pode pretender buscar a reforma do
julgado, mas apenas o seu esclarecimento ou a sua complementação, tendo-se admitido, ainda, a
utilização destes para correção de erro material.

Em análise acurada do v. Acórdão ora embargado, constata-se que o julgado não apresenta qualquer
contradição que justifique a interposição dos presentes Embargos de Declaração, sendo notória a
pretensão da embargante de rediscutir matéria que foi plenamente analisada, discutida e decidida pelo
Colegiado da 2ª Turma de Direito Privado aquando do julgamento do recurso de Agravo Interno, o que é
inviável na via recursal eleita.

O v. Acórdão embargado destacou de forma clara e fundamentada, que a decisão proferida pelo
Magistrado Singular para que a autora, ora embargante complementasse os autos com a juntada da via
original de documento (Título Executivo Extrajudicial), não se inserindo em nenhuma das hipóteses do art.
1.015 do CPC.

Ainda na esteira do Acórdão atacado, é possível constatar que a Turma Julgadora tanto no início do
julgado, como na parte dispositiva, entendeu que a decisão que não conheceu do Agravo de Instrumento,
há de ser mantida, por ser o Agravo de Instrumento inadmissível, tendo em vista que a decisão ad quo, se
tratava de emenda a inicial, qual seja: juntada de via original de Cédula de Crédito Bancaria, portanto, não
consta entre aquelas prevista no rol taxativo do art. 1.015 do CPC/215, não havendo que se falar em
contradição e omissão, como quer fazer crer o embargante.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ressalte-se, por oportuno, que a alegação de que o Acórdão fora contraditório e omisso, não merece
qualquer acolhimento, isto porque, basta uma simples verificação do referido julgado para se constatar que
o julgado apreciou todos os pontos levantados pela agravante.

Destarte, não se observa qualquer vício previsto no art. 1.022 do CPC, que justifique a interposição do
presente recurso, hipótese que acarreta a rejeição dos presentes embargos.

No mesmo sentido, vejamos o posicionamento jurisprudencial:

“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM


RECURSO ESPECIAL. ATRIBUIÇÃO DE EXCEPCIONAIS EFEITOS INFRINGENTES. POSSIBILIDADE
NO CASO CONCRETO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS. RETORNO DOS AUTOS PARA
OPORTUNO JULGAMENTO DO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.

(...) II - Doutrina e jurisprudência admitem a modificação do julgado por meio dos Embargos de
Declaração, não obstante eles produzam, em regra, tão somente, efeito integrativo. Essa
possibilidade de atribuição de efeitos infringentes sobrevém como resultado da presença de um ou
mais vícios que ensejam sua oposição e, por conseguinte, provoquem alteração substancial do
pronunciamento (...)”. (EDcl no AgRg no AREsp 794.359/RS, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/05/2016, DJe 27/05/2016). (Negritou-se).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. OMISSÃO /CONTRADIÇÃO NÃO CONFIGURADA. EMBARGOS
REJEITADOS.

1. A jurisprudência deste Tribunal Superior é firme no sentido de que o mero descontentamento da


parte com o resultado do julgamento não configura violação do art. 535 do CPC e que os embargos
declaratórios não se prestam, em regra, à rediscussão de matéria.

2. A atribuição de efeitos infringentes somente é possível em situações excepcionais, em que a alteração


da decisão surja como consequência necessária do reconhecimento de omissão, contradição ou
obscuridade.

3. Embargos de declaração rejeitados.”. (EDcl no AgRg no AREsp 767.430/SP, Rel. Ministro MARCO
AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 17/05/2016, DJe 27/05/2016). (Negritou-se).

“Os embargos de declaração somente se prestam a corrigir error in procedendo e possuem


fundamentação vinculada, dessa forma, para seu cabimento, imprescindível a demonstração de que a
decisão embargada se mostrou obscura, contraditória ou omissa, conforme disciplina o art. 1.022
do Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015). Portanto, a mera irresignação com o resultado de
julgamento, visando, assim, a reversão do julgado, não tem o condão de viabilizar a oposição dos
aclaratórios. (EDcl no AgRg no AgRg no MS 13512 / DF, Relator Ministro REYNALDO SOARES DA
FONSECA, publicado no DJe em 16/08/2016). (Negritou-se).

Desse modo, conclui-se que a embargante pretende a rediscussão da matéria já devidamente analisada, o
que não pode ser feito nesta via, conforme entendimento do Egrégio Superior Tribunal de Justiça.

Outrossim, destaca-se, em que pese a embargante ter defendido a tese de cabimento de recurso de
Agravo de Instrumento com base na interpretação mitigada do artigo 1.015, I, do CPC, mencionado
entendimento constante no Recurso Repetitivo Resp. nº 1.704.520-MT, tal entendimento se reporta a
mitigação aos casos de declinação de competência do Juízo, não se aplicando ao caso sob análise, pois
trata-se de despacho que determinou a juntada da via Original de Crédito Bancário.

Ademais, observa-se que a ora embargante tão somente afirma da desnecessidade de juntada da via
Original de Cédula de Crédito Bancário para o ajuizamento da ação de busca e apreensão, entretanto, não
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se desincumbiu em demonstrar qual o prejuízo de difícil reparação; em cumprir o comando judicial imposto
pelo Juízo de origem. O fato é que se trata de título de crédito circulável mediante endosso, e a sua não
apresentação pode acarretar sérios prejuízos a embargada, por ser de simples circulação no mercado
mediante o respectivo endosso.

Nesse sentido:

“APELAÇÃO CÍVEL. BUSCA E APREENSÃO. EXTINÇÃO DA AÇÃO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO.


INSURGÊNCIA DO BANCO AUTOR. DETERMINADA JUNTADA DO ORIGINAL DA CÉDULA DE
CRÉDITO BANCÁRIO, SOB PENA EXTINÇÃO DA AÇÃO. INÉRCIA DO AUTOR. TÍTULO
TRANSMISSÍVEL VIA ENDOSSO. NORMA LEGAL QUE AUTORIZA A INSTRUÇÃO DA VIA
ORIGINAL. INTIMAÇÃO PESSOAL DESNECESSÁRIA. "APELAÇÃO CÍVEL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
EM GARANTIA. BUSCA E APREENSÃO. SENTENÇA DE INDEFERIMENTO DA INICIAL.
DETERMINAÇÃO DE EMENDA NÃO ATENDIDA. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO. NECESSIDADE
DE JUNTADA DO TÍTULO ORIGINAL. DECISÃO MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. (TJSC, Apelação
Cível n. 0300315-98.2014.8.24.0040, de Laguna, rel. Des. Lédio Rosa de Andrade, Quarta Câmara de
Direito Comercial, j. 01-08-2017)". RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

(TJ-SC - APL: 03017604520188240030 Tribunal de Justiça de Santa Catarina 0301760-


45.2018.8.24.0030, Relator: Guilherme Nunes Born, Data de Julgamento: 11/02/2021, Primeira Câmara de
Direito Comercial).” (Negritou-se).

Dessa forma, previno as partes de que a interposição de recurso contra esta decisão, se declarado
manifestamente protelatório, poderá acarretar condenação às penalidades fixadas nos termos do artigo
1.026, § 2º, do CPC.

Apesar de, haver nos Embargos de Declaração pedido para que esta Relatora se manifeste de forma
expressa, quanto ao artigo 1,015, I, do CPC, verifica-se do julgado monocrático que não conheceu do
recurso de Agravo de Instrumento que tal dispositivo já houve a devida manifestação, o que demonstra
sua intenção de pré-questionar a matéria de forma genérica.

Ainda assim, é possível o pedido de prequestionamento constante do presente recurso, vejamos o que
preceitua o art. 1025 do CPC/2015, in verbis:

Art. 1025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o Tribunal
Superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.

Assim, vale dizer que, de acordo com o NCPC, a simples interposição dos embargos de declaração já é
suficiente para pré-questionar a matéria, consagrando a tese do STF do prequestionamento ficto,
independentemente do êxito desses embargos.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, não tendo sido observados os limites traçados pelo artigo 1.022 do CPC, CONHEÇO dos
Embargos de Declaração, porém NEGO-LHES PROVIMENTO, mantendo o Acórdão em sua totalidade,
considerando-se a matéria como pré-questionada, nos termos do que dispõe o art. 1025 do NCPC/2015.

É como voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Desembargadora-Relatora.

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0800947-25.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: UNIMED DE


BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS SOUZA
CHAVES OAB: 26498/PA Participação: AGRAVADO Nome: MILENA DE MELO ALMEIDA Participação:
ADVOGADO Nome: LUCAS FONSECA CUNHA OAB: 29438/PA Participação: AUTORIDADE Nome:
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: TEREZA CRISTINA
BARATA BATISTA DE LIMA OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) - 0800947-25.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO

AGRAVADO: MILENA DE MELO ALMEIDA

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO – ACÓRDÃO QUE NEGOU


PROVIMENTO AO RECURSO MANTENDO INCÓLUME DECISÃO AGRAVADA – ALEGAÇÃO DE
OMISSÃO - AUSÊNCIA DE MANIFESTAÇÃO DO DISPOSTO NO ART. 12, I, “B” DA LEI Nº 9.656/1998,
BEM COMO ACERCA DO POSICIONAMENTO DO STJ SOBRE OS PROCEDIMENTOS CONSTANTES
NA ANS - NÃO CONSTATADA – PRETENSÃO DEVIDAMENTE APRECIADA PELA TURMA
JULGADORA – IMPOSSIBILIDADE DE EXAURIMENTO DO MÉRITO DA DEMANDA ORIGINÁRIA –
AGRAVO DE INSTRUMENTO – VIA ESTREITA – HIPÓTESE DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA –
TENTATIVA DE REDISCUTIR MATÉRIA – IMPOSSIBILIDADE – PREQUESTIONAMENTO IMPLÍCITO –
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

1 – Nos presentes aclaratórios, aduz o embargante ser omisso o Acórdão embargado quanto a apreciação
da incidência do art. 12, I, “b”, da Lei n. 9.656/1998, no caso em exame, ressaltando a necessidade de
prequestionamento da matéria; bem como ao não se manifestar acerca do posicionamento do STJ acerca
do rol dos procedimentos da ANS.

2. Acerca do disposto no art. 12, I, “b”, da Lei n. 9.656/1998, destaca-se que o aludido dispositivo
estabelece a faculdade e oferta, contratação e a vigência dos produtos ofertados pelo plano de saúde,
bem como a cobertura de serviços de apoio diagnostico de seus usuários.

3. Nessa senda, consoante destacado no decisum colegiado embargado, a alegação de que o


procedimento requisitado pela agravada/embargada não se encontraria no rol da ANS não poderia
prosperar, visto que estando o beneficiário de plano de saúde acometido de grave doença, e tendo seu
médico solicitado tratamento Fisioterapêutico, no método Therasuit, de forma contínua e associada, sob o
risco de piora grave do quadro de saúde da paciente, descabe à seguradora negar a cobertura do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

tratamento sob o argumento de que o procedimento não estaria previsto no rol de procedimentos e
eventos em saúde definido pela ANS.

4. Na mesma decisão embargada, salientou-se, ainda, que pelo fato de o procedimento não constar no rol
dos procedimentos da ANS, não significa que sua prestação não possa ser exigida pelo segurado, uma
vez que o referido rol é meramente exemplificativo.

5. Quanto a alegação de omissão pela não manifestação acerca do posicionamento do STJ dos julgados
por si colacionados no recurso de Agravo de Instrumento acerca do Rol da ANS, também não existe
qualquer omissão a ser sanada, tendo em vista que a Turma Julgadora se manifestou de forma clara e
objetiva quanto ao referido posicionamento, destacando que “o aludido entendimento é majoritário na
jurisprudência pátria, inclusive no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, não obstante exista
posicionamento dissonante na referida Corte, como no julgado destacado na peça recursal pela agravante,
que, entretanto, não possui efeito vinculativo.”

6. Destarte, inexiste omissão, contradição ou qualquer das hipóteses insculpidas no art. 1.022 do Novo
Diploma Processual Civil no decisum embargado a ensejar o acolhimento do intentado Embargos de
Declaração.

7. Por fim, no que tange ao pedido de prequestionamento, insta esclarecer que o Código de Processo Civil
consagrou a possibilidade de prequestionamento implícito do recurso, nos termos do art. 1.025 do CPC.

8. Recurso CONHECIDO e IMPROVIDO, mantendo-se incólume o Acórdão embargado, ante a ausência


dos vícios descritos no art. 1.022 do CPC, considerando-se a matéria como pre-questionada nos termos
do art.1.025 do CPC. É como voto.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, tendo como ora
embargante UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO e ora embargados MILENA
DE MELO ALMEIDA, e do V. ACÓRDÃO ID Nº 5458131.

Acordam os Exmos. Senhores Desembargadores membros da 2ª Turma de Direito Privado deste E.


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em turma, à unanimidade, em CONHECER DO RECURSO E
NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto da Exma. Desembargadora – Relatora Maria de Nazaré
Saavedra Guimarães.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora.

RELATÓRIO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0800947-25.2021.8.14.0000


EMBARGANTE: UNIMED DE BELÉM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO EMBARGADA: MILENA
DE MELO ALMEIDA EMBARGADO: V. ACÓRDÃO ID Nº 5554556 RELATORA: Desª. MARIA DE
NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARES EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de recurso de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

INSTRUMENTO oposto por UNIMED DE BELÉM – COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, em face


de MILENA DE MELO ALMEIDA, e do V. ACÓRDÃO ID Nº 5458131, que deu parcial provimento ao
recurso de Agravo de Instrumento interposto pela ora embargante, cuja ementa é a seguinte, in verbis:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AÇO EM OBRIGAÇÃO DE FAZER – NEGATIVA DE TRATAMENTO


FISIOTERAPÊUTICO NO MÉTODO THERASUIT – INCIDÊNCIA DO CDC – PRESENÇA DOS
REQUISITOS AUTORIZADORES DA CONCESSO DA TUTELA DE URGÊNCIA REQUERIDA PELO
ORA AGRAVADO E SUA REPRESENTANTE – NECESSIDADE DA REALIZAÇÃO DO
PROCEDIMENTO INDICADO EM CARÁTER DE URGÊNCIA DE FORMA CONTÍNUA – PEDIDO DE
REFORMA – IMPOSSIBILIDADE – DETERMINAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DE TRATAMENTO PELO
MÉTODO DE ABORDAGEM ABA EM CLÍNICA NÃO CREDENCIADA JUNTO A RECORRENTE –
PEDIDO DE REFORMA – POSSIBILIDADE – OFERECIMENTO DO TRATAMENTO EM CLÍNICA E
COM PROFISSIONAIS CREDENCIADOS PELO OPERADORA DO PLANO DE SAÚDE – RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.”

Pretende o embargante efeitos modificativos ao v. Acórdão embargado afirmando a ocorrência de omissão


na decisão, ao deixar de se manifestar acerca dos dispositivos da Lei 9.656/1998, especialmente o artigo
12, I, “b”.

Sustenta que o Superior Tribunal de Justiça, em decisão recente, apreciou questão idêntica a dos autos,
em que o beneficiário do Plano de Saúde UNIMED SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, pleiteou a chancela do
Poder Judiciário para realização do Procedimento denominado TheraSuit, o qual se encontra no chamado
“Rol de Procedimentos da ANS”, e tampouco possui eficácia comprovada.

Assevera não existir dúvida de que o posicionamento do STJ, manifestado por ocasião do julgamento do
AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 1.627.735 - SP (2019/0353905-0), deveria ter sido
observado pela turma julgadora, uma vez que se trata de decisão recente capaz de mudar o entendimento
do Poder Judiciário do Estado do Pará sobre a aplicabilidade do chamado “Rol da ANS” e, principalmente,
sobre a obrigatoriedade de cobertura, pelo Plano de Saúde, do procedimento fisioterápico denominado
“TheraSuit”, como é o caso versado nos presentes autos.

Assevera que, apesar dos fatos e fundamentos terem sido expressamente suscitados no Agravo de
Instrumento, o Acórdão embargado, incorreu em omissão, ao deixar de analisar a alegação de ofensa aos
dispositivos transcritos, vícios esse que necessita ser sanando, sob pena de restar configurada violação ao
direito à ampla defesa.

Por fim, pugna pelo acolhimento e provimento dos presentes embargos, para que seja sanada a
contradição apontada, reformando-se o acórdão proferido, para que seja admitido o Recurso de Agravo de
Instrumento, interposto contra a decisão que deixou de conceder a liminar de busca e apreensão e
determinou a juntada do contrato original, bem como requer o prequestionamento dos dispositivos citados.

Em sede de contrarrazões (Id. 5770917), pugna pelo conhecimento e desprovimento do presente


aclaratório.

É o relatório.

VOTO

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso e passo a proferir voto.


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MÉRITO

Consta das razões deduzidas pelo ora embargante ser omisso o Acórdão embargado quanto a apreciação
da incidência do art. 12, I, “b”, da Lei n. 9.656/1998, no caso em exame, ressaltando a necessidade de
prequestionamento da matéria, bem como ao não se manifestar acerca do posicionamento do STJ acerca
do rol dos procedimentos da ANS e, principalmente, sobre a obrigatoriedade de cobertura, pelo Plano de
Saúde, do procedimento fisioterápico denominado “TheraSuit”.

Precipuamente, cumpre destacar que o art. 1.022 do Novo Código de Processo Civil, prescreve que os
Embargos de Declaração serão cabíveis nas hipóteses em que houver obscuridade ou contradição ou
ainda, quando o Magistrado se omitir com relação a algum dos apontamentos levantados pelas partes:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III - corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de


assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, §1º.

Neste contexto, urge trazer à colação o magistério de Luiz Orione Neto, in verbis:

“O recurso de embargos de declaração é um remédio jurídico que a lei coloca à disposição das partes, do
Ministério Público e de terceiro, a viabilizar, dentro da mesma relação jurídica processual, a impugnação
de qualquer decisão judicial que contenha o vício da obscuridade, contradição ou omissão, objetivando
novo pronunciamento perante o mesmo juízo prolator da decisão embargada, a fim de completá-las ou
esclarece-la”.

(ORIONE NETO, Luiz. Recursos Cíveis. 2ª ed., ver. Atual. e ampliada, Saraiva, São Paulo, 2006, p. 385).

No caso sub examine, depreende-se dos autos, mais precisamente do V. Acórdão embargado (Id.
5365446 - Pág. 6), inexistir qualquer omissão ou contradição quanto a sua fundamentação, senão
vejamos:

Primeiramente, acerca do disposto no art. 12, I, “b”, da Lei n. 9.656/1998, destaca-se que o aludido
dispositivo estabelece a faculdade e oferta, contratação e a vigência dos produtos ofertados pelo plano de
saúde, bem como a cobertura de serviços de apoio diagnostico de seus usuários.

Nessa senda, consoante destacado no decisum colegiado embargado, “a alegação de que o procedimento
requisitado pela agravada/embargada não se encontraria no rol da ANS não poderia prosperar, visto que
estando o beneficiário de plano de saúde acometido de grave doença, e tendo seu médico solicitado
tratamento Fisioterapêutico, no método Therasuit, de forma contínua e associada, sob o risco de piora
grave do quadro de saúde da paciente, descabe à seguradora negar a cobertura do tratamento sob o
argumento de que o procedimento não estaria previsto no rol de procedimentos e eventos em saúde
definido pela ANS.”

Na mesma decisão embargada, salientou-se, ainda, que pelo fato de o procedimento não constar no rol
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dos procedimentos da ANS, não significa que sua prestação não possa ser exigida pelo segurado, uma
vez que o referido rol é meramente exemplificativo, conforme trecho destacado, in verbis:

“Ressalta-se por oportuno que, o fato de o procedimento não constar no rol dos procedimentos previstos
da ANS, não significa que sua prestação não possa ser exigida pelo segurado, uma vez que o referido rol
é meramente exemplificativo.

Nesta lógica, já há entendimento fixado pelo STJ acerca da impossibilidade de o plano de saúde limitar o
tratamento que deve ser realizado pelo paciente.”

Quanto a alegação de omissão acerca de não se manifestar acerca do posicionamento do


STJ dos julgados por si colacionados no recurso de Agravo de Instrumento acerca do rol da ANS, também
não existe qualquer omissão a ser sanada, tendo em vista que a Turma Julgadora, se manifestou de forma
clara e objetiva quanto ao referido posicionamento, destacando que:

“Outrossim, destaca-se que o aludido entendimento é majoritário na jurisprudência pátria, inclusive no


âmbito do Superior Tribunal de Justiça, não obstante exista posicionamento dissonante na referida Corte,
como no julgado destacado na peça recursal pela agravante, que, entretanto, não possui efeito
vinculativo.”

Ademias, ressalta-se, ainda, tratar-se o recurso em questão de Agravo de Instrumento, onde a via estreita,
permite a análise apenas dos requisitos ensejadores da concessão da tutela de urgência na hipótese de
fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, quais sejam, o próprio risco do dano que pode
ser enquadrado como periculum in mora, e a probabilidade do direito alegado, ou seja, o fumus bonis iuris.

Sendo, obstado, por conseguinte, a apreciação atinente ao mérito da demanda que será apreciado pelo
julgador “a quo” no âmbito do processo de conhecimento, sob pena de supressão de instância.

Desse modo, atesta-se, que as questões aventadas nos autos foram devidamente apreciadas por esse
juízo “ad quem”, tratando-se as alegações formuladas pela empresa embargante de tentativa de rediscutir
matéria já apreciada por esse órgão colegiado, finalidade a qual não se presta o instrumento intentado,
senão vejamos:

“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM


RECURSO ESPECIAL. ART. 1.022 DO CPC/2015. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU
ERRO MATERIAL. AUSÊNCIA. VIOLAÇÃO DO ART. 489, § 1º, IV, DO CPC/2015. NÃO OCORRÊNCIA.
1. Os embargos de declaração consubstanciam instrumento processual apto a suprir omissão do
julgado, esclarecer obscuridade, eliminar contradição ou corrigir erro material, nos termos do art.
1.022 do CPC de 2015, não se prestando para rediscutir a lide. 2. O acórdão que julgou o agravo
interno apreciou as questões necessárias à solução da controvérsia, dando-lhes solução jurídica diversa
da pretendida pela embargante, atendendo-se, assim, ao disposto previsto no art. 489, § 1º, IV, do
CPC/2015. 3. Embargos de declaração rejeitados.

(STJ - EDcl no AgInt no AREsp: 1032676 AM 2016/0329015-1, Relator: Ministro OG FERNANDES, Data
de Julgamento: 17/10/2017, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 20/10/2017).” (Negritou-
se).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. JUSTIFICAM-SE OS EMBARGOS DECLARATÓRIOS QUANDO


PRESENTE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE NO JULGADO, NÃO SE PRESTANDO
PARA REDISCUTIR MATÉRIA JÁ ANALISADA E JULGADA. RAZÕES DOS EMBARGOS NÃO
FORAM OBJETO DA LIDE E DEVEM SER APRECIADOS EM ÂMBITO PRÓPRIO. AUSÊNCIA DE
OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. EMBARGOS DESACOLHIDOS.

(TJ-RS - ED: 71005153481 RS, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Data de Julgamento: 17/10/2014, Quarta
Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 21/10/2014).” (Negritou-se).
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Destarte, inexiste omissão, contradição ou qualquer das hipóteses insculpidas no art. 1.022 do Novo
Diploma Processual Civil no decisum embargado a ensejar o acolhimento do intentado recurso aclaratório.

Por fim, no que tange ao pedido de prequestionamento, insta esclarecer que o Código de Processo Civil
consagrou a possibilidade de prequestionamento implícito no art. 1.025, in verbis:

“Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de
pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o
tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.”

Desta feita, à mingua da necessidade de integração do julgado, o recurso aclaratório deve se improvido.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, CONHEÇO dos Embargos de Declaração e NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo a


decisão colegiada embargada em todos os seus termos, considerando-se a matéria como pré-
questionada, nos termos do que dispõe o art. 1025 do CPC.

É como voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora.

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0803252-79.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: UNIMED DE


BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE
AZEVEDO TRINDADE OAB: 11270/PA Participação: AGRAVADO Nome: MARIA DEUZIMAR DA SILVA
SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: MARCELA MACEDO DE QUEIROZ OAB: 13281/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
PROCURADOR Nome: MARIZA MACHADO DA SILVA LIMA OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) - 0803252-79.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO

AGRAVADO: MARIA DEUZIMAR DA SILVA SOUZA

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM DECISÃO INTERLOCUTÓRIA EM AÇÃO
ORDINÁRIA DE REVISÃO CONTRATUAL: DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ID
5020775, PREJUDICADO – MÉRITO: RELAÇÃO DE CONSUMO - REAJUSTE DE
PLANO DE SAÚDE POR FAIXA ETÁRIA – NECESSIDADE DE DILAÇÃO
PROBATÓRIA – CÁLCULO EFETIVADO PELO MM. JUÍZO AD QUO QUE ATENTA
ÀS PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO – MANUTENÇÃO DA DECISÃO
AGRAVADA – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

1. Agravo de Instrumento em Decisão Interlocutória em Ação Ordinária de Revisão Contratual:

2. DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ID 5020775, PREJUDICADO.

3. Considerando que os Embargos de Declaração ID 5020775 atacam a Decisão de indeferimento do


efeito suspensivo, estes restam prejudicados à vista do julgamento de mérito que ora se profere, ante a
instrução completa do feito com a apresentação de contrarrazões ao recurso principal.

4. DO MÉRITO

5. Cinge-se a controvérsia recursal à legalidade do reajuste efetivado no plano de saúde da agravada

6. Feitas essas considerações e demonstrado o cabimento recursal a teor do art. 1015, I do Código de
Processo Civil, aprofundo-me na questão posta ao exame desta Turma:

7. A questão principal gravita em torno do contrato de prestação de serviços de Plano de Saúde firmado
entre as partes, em 09/05/2008, sob a denominação UNIMAX, de segmentação enfermaria, o qual fora
regularmente reajustado à vista do implemento da idade de 59 (cinquenta e nove) anos pela agravada no
patamar de 92,92% (noventa e dois vírgula noventa e dois avos por cento).

8. O recurso, por sua vez, lastreia-se no pedido de manutenção do valor cobrado pela agravante à título
de contraprestação do contrato de prestação de serviços de plano de saúde firmado com a agravada, o
qual fora minorado na forma da decisão agravada.

9. Incidência do Código de Defesa do Consumidor. Verbete sumular n.° 608, STJ.

10. O contrato de prestação de serviços de Plano de Saúde, firmado entre as partes em 10 de junho de
2009, sob a denominação UNIMAX, de segmentação ambulatorial, hospitalar e obstetrícia inclusas, pelo
valor de mensalidade inicial de R$181,87 (cento e oitenta e um reais e oitenta e sete centavos),
permaneceu adimplente até o momento em que o valor da mensalidade fora reajustada do valor de R$
668,42 (seiscentos e sessenta e oito reais e quarenta e dois centavos), com vencimento em 10/02/2021,
para R$1.263,44 (um mil, duzentos e sessenta e três reais e quarenta e quatro centavos), com vencimento
em 10/03/2021.

11. O cerne da irresignação importa em avaliar a necessidade de suspender decisão que afastou aumento
da mensalidade de plano de saúde e recalculou o quatum debeatur para R$1.021,67 (um mil e vinte e um
reais e sessenta e sete centavos).

12. A Lei nº. 10.741/2003, em seu artigo 15, § 3º, vedou "a discriminação do idoso nos planos de saúde
pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade", sendo pela Agência Nacional de Saúde que
estabaleceu 10 (dez) faixas etárias, sendo a última para quem completar 59 (cinquenta e nove) anos,
como forma de obedecer aos ditames previstos no Estatuto do Idoso. Conjugação com os artigos 2º e 3º
da Resolução Normativa nº. 63/2003 da ANS.

13. A variação entre as faixas etárias fica sob a responsabilidade da operadora de plano de saúde, que
tem liberdade para impor os preços no produto oferecido, com amparo em estudos atuariais.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

14. O entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, em sede de Recurso Repetitivo (REsp nº.
1568244/RJ), é o de que, para contratos firmados a partir de 1º de janeiro de 2004, como in casu, incidem
as regras da Resolução Normativa nº. 63/2003 da ANS, que prescreve, como acima transcrito, a
observância (i) de 10 (dez) faixas etárias, a última aos 59 (cinquenta e nove) anos; (ii) do valor fixado para
última faixa etária não poder ser superior a 6 (seis) vezes o previsto para a primeira; e (iii) da variação
acumulada entre a sétima e a décima faixas não pode ser superior à variação cumulada entre a primeira e
a sétima faixa.

15. Em que pese seja admissível a majoração razoável dos planos de saúde dividido em dez faixas
etárias, não é permitido às operadoras que o aumento supere seis vezes ao valor cobrado no primeiro
grupo, sendo vedado, também, que esse reajuste implique numa diferença maior do que aqueles
integrantes da classe inicial e a sétima para os enquadrados da sétima à última seção.

16. Na hipótese dos autos, observa-se que ao alcançar o agrupamento final por idade, a agravada fora
compelida a arcar com uma mensalidade quase em dobro, passando de R$ 668,42 (seiscentos e sessenta
e oito reais e quarenta e dois centavos), com vencimento em 10/02/2021, para R$1.263,44 (um mil,
duzentos e sessenta e três reais e quarenta e quatro centavos).

17. À vista das premissas acima, resta evidente a ilegalidade da majoração objurgada, porquanto em
frontal desacordo com o art. 3º, inciso II, da RN nº. 63/2003 da ANS, uma vez se traduz em aumento de
cerca de 92% (noventa e dois por cento) da última parcela paga, devendo prevalecer, neste momento
processual, o cálculo efetivado pelo MM. Juízo ad quo, que firmou entendimento de que, in casu, “o
reajuste previsto em contrato é maior nas faixas 7-10, do que nas faixas 1-7, sendo, portanto, indevido,
devendo ser limitado a até 100%. Desta forma, o valor a ser reajustado para a faixa 10, onde atualmente
se insere o Autor, deveria ser de no máximo 52,85% do valor anterior (diferença entre o total de reajustes
da faixa 7-10 e o reajuste da faixa 10)”, à vista da necessidade de dilação probatória.

18. Quanto à irreversibilidade observa-se, como já acima destacado que os efeitos patrimoniais e seus
termos serão declarados pelo MM. Juízo ad quo, que inclusive poderá, ao final da demanda, determinar
que a agravada arque com o pagamento integral do reajuste ora objurgado.

19. Recurso conhecido e improvido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO, tendo como agravante
UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO e agravada MARIA DEUZIMAR DA
SILVA SOUZA.

Acordam Excelentíssimos Senhores Desembargadores, membros da 2ª Turma de Direito Privado deste E.


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em turma, à unanimidade, em CONHECER DO RECURSO e
NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto da Excelentíssima Desembargadora–Relatora Maria de
Nazaré Saavedra Guimarães.

Belém, 10 de agosto de 2021.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de Agravo de Instrumento com pedido de Efeito Suspensivo interposto por
UNIMED DE BELÉM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, inconformada com a decisão proferida
pelo MM. Juízo de Direito da 12ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém que deferiu tutela
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provisória, nos autos da AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO CONTRATUAL (Processo n.° 0819157-
94.2021.8.14.0301) ajuizada contra si por MARIA DEUZIMAR DA SILVA SOUZA, ora agravada.

Consta das razões recursais o pedido de reforma da Decisão Agravada.

Em síntese fática, expõe que as partes firmaram contrato de prestação de serviços de Plano de Saúde, em
09/05/2008, sob a denominação UNIMAX, de segmentação enfermaria, o qual fora regularmente
reajustado à vista do implemento da idade de 59 (cinquenta e nove) anos pela agravada no patamar de
92,92% (noventa e dois vírgula noventa e dois avos por cento).

Sustenta que os reajustes por variação anual de custos nas contraprestações pecuniárias passaram a ser
aplicados no mês de aniversário contratual, dos anos subsequentes ao da assinatura de acordo com o
índice publicado e autorizado pela ANS para o reajuste das contraprestações pecuniárias dos contratos de
planos de saúde, salientando que o reajuste por mudança de faixa etária, decorre de cláusulas
preestabelecidas e em consonância com o disposto na a Resolução Normativa (RN nº 63), publicada pela
ANS em dezembro de 2003, e das quais a agravada tomou ciência no ato da contratação.

Refuta a probabilidade do direito, afirmando ser impossível a concessão da tutela provisória in casu à vista
do estrito cumprimento do disposto na Lei n.° 9.656/1998, Resolução Normativa nº 63/2003-ans e
Resolução Normativa nº 171/2008-anssendo, outrossim, subsidiária a aplicação do Código de Defesa do
Consumidor.

Acrescenta que a necessidade de aplicação do reajuste anual por variação de custo em contrato de
prestação de serviço médico hospitalar, aduzindo a legalidade no reajuste aplicado, assim como do
reajuste em razão da mudança de faixa etária, o qual segue os percentuais divulgados pela ANS (Agência
Nacional de Saúde).

Afirma que o STJ (Resp nº 1568244/RJ) reconheceu à vista da Resolução Normativa nº 63/2003 da ANS a
legalidade do reajuste por faixa etária, desde que cumpridos os requisitos legais, quais sejam: 1. Expressa
previsão contratual; 2. Não aplicação de índices de reajuste desarrazoados ou aleatórios; 3. Respeito às
normas expedidas pelos órgãos governamentais, que foram pela operadora agravante.

Suscita o periculum in mora decorrente do possível efeito multiplicador, requerendo a necessidade de


concessão de efeito suspensivo.

Junta documentos.

Distribuído, coube-me a relatoria do feito.

Considerando ausentes os requisitos, indeferi o pedido de efeito suspensivo (ID 4942050).

O Agravante apresentou Embargos de Declaração em face da Decisão ID 4942050 (ID 5020775).

O prazo para apresentação de contrarrazões ao Agravo de Instrumento decorreu in albis, conforme a


Certidão ID 5144816.

A agravada apresentou contrarrazões aos Embargos de Declaração, pugnando pelo seu improvimento (ID
5238563).

Instada a se manifestar (ID 5242060), a Procuradoria de Justiça deixou de exarar parecer no feito,
refutando a configuração de interesse público capaz de ensejar a sua intervenção (ID 5289012).

É o relatório, que ora apresento para inclusão do feito em Pauta para Julgamento, nos termos do
art. 12, do Código de Processo Civil.
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VOTO

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso e passo a proferir voto.

DA APLICAÇÃO DO DIREITO INTERTEMPORAL

Recurso julgado a teor do art. 14 do Código de Processo Civil, por força da aplicação do Direito
Intertemporal à espécie, com a ressalva de que a Decisão recorrida fora proferida na vigência da atual
Legislação Processual (31/08/2017).

DA DECISÃO AGRAVADA

Prima facie, vejamos a Decisão Agravada (ID 24541446 dos autos originários), in verbis:

1- Defiro a Justiça Gratuita;

2- MARIA DEUZIMAR DA SILVA SOUZA, devidamente identificada nos autos, vem perante este juízo, por
meio de procurador legalmente habilitado, intentar AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO C/C REPETIÇÃO
DO INDÉBITO com pedido de TUTELA ANTECIPADA, em face da UNIMED BELEM – COOPERATIVA DE
TRABALHO MEDICO, também identificada nos autos, narrando, em síntese, o seguinte:

Que possui plano de saúde da requerida desde o ano de 2009 e ao completar 59 anos sua mensalidade
passou de R$ 668,42 (seiscentos e sessenta e oito reais e quarenta e dois centavos), para R$1.263,44
(um mil, duzentos e sessenta e três reais e quarenta e quatro centavos), de forma abusiva, motivo pelo
qual requer a concessão de provimento antecipado, a fim de que a ré se abstenha de realizar o reajuste da
mensalidade do seu plano no valor equivalente a 92,92%, e garanta a sua permanência na condição de
beneficiária do plano de saúde, mediante pagamento da mensalidade sem o acréscimo do reajuste por
faixa etária ou com a incidência deste em percentuais razoáveis que garantam a continuidade da relação
contratual.

Éo breve relato.

Decido.

Trata-se de pedido de tutela de urgência para vedar reajuste de mensalidade de plano de saúde
considerado abusivo pela autora.

A Resolução Normativa 63/2003 – ANS é o instrumento normativo vigente que regula os reajustes de
planos de saúde. Tal resolução institui dez faixas de idade em que poderão ocorrer tais reajustes, e impõe
limitações, sendo relevante para o caso em análise a vedação de reajuste, entre as faixas 7 e 10, superior
à soma dos reajustes realizados entre as faixas 1 a 7. É como se vê:

Art. 2º Deverão ser adotadas dez faixas etárias, observando-se a seguinte tabela:

I - 0 (zero) a 18 (dezoito) anos;

II - 19 (dezenove) a 23 (vinte e três) anos;

III - 24 (vinte e quatro) a 28 (vinte e oito) anos;


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IV - 29 (vinte e nove) a 33 (trinta e três) anos;

V - 34 (trinta e quatro) a 38 (trinta e oito) anos;

VI - 39 (trinta e nove) a 43 (quarenta e três) anos;

VII - 44 (quarenta e quatro) a 48 (quarenta e oito) anos;

VIII - 49 (quarenta e nove) a 53 (cinquenta e três) anos;

IX - 54 (cinquenta e quatro) a 58 (cinquenta e oito) anos;

X - 59 (cinquenta e nove) anos ou mais.

Art. 3º Os percentuais de variação em cada mudança de faixa etária deverão ser fixados pela operadora,
observadas as seguintes condições:

I - o valor fixado para a última faixa etária não poderá ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa
etária;

II - a variação acumulada entre a sétima e a décima faixas não poderá ser superior à variação acumulada
entre a primeira e a sétima faixas.

Vale frisar que a aplicação das normas acima anotadas é o entendimento até então aplicado pelo STJ
quanto ao assunto, como se vê no RESP nº 1.568.244-RJ (STJ -

Min. Rel. RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de Julgamento: 14/12/2016, S2 – Segunda Seção, Data
de Publicação: DJe 19/12/2016).

Com efeito, aplicam-se tais critérios aos percentuais de reajuste previstos no contrato firmado entre as
partes, abaixo:

Como se vê, o reajuste previsto em contrato é maior nas faixas 7-10, do que nas faixas 1-7, sendo,
portanto, indevido, devendo ser limitado a até 100%. Desta forma, o valor a ser reajustado para a faixa 10,
onde atualmente se insere o Autor, deveria ser de no máximo 52,85% do valor anterior (diferença entre o
total de reajustes da faixa 7-10 e o reajuste da faixa 10).

FAIXA IDADE REAJUSTE

1 0-18 0%

2 19-23 30%

3 24-28 14,67%

4 29-33 7,34%

5 34-38 2,60%

6 39-43 11%

7 44-48 34,43%
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TOTAL 100,6%

FAIXA IDADE REAJUSTE

7 44-48 34,43%

8 49-53 8,50%

9 54-58 17%

10 59+ 92,92%

TOTAL 152.85%

Destarte, se a mensalidade cobrada na faixa 9 era de R$ 668,42 (seiscentos e sessenta e oito reais e
quarenta e dois centavos), o máximo que poderia ser cobrado na faixa 10 é R$1.021,67 (um mil e vinte e
um reais e sessenta e sete centavos), ou seja, um acréscimo de somente R$ 353,25 (trezentos e
cinquenta e três reais e vinte e cinco centavos).

Diante do exposto, considero presente o pressuposto da probabilidade do direito no caso em análise.

Quanto ao perigo de dano, considero-o evidente, uma vez que a falta de condições financeiras para
pagamento de um reajuste indevido poderá acarretar não apenas na suspensão, mas no distrato,
conforme regulamento vigente.

Preenchidos, portanto, os pressupostos do art. 300 do CPC.

Com efeito, DEFIRO o pedido da Autora, e determino à Ré que ABSTENHA-SE DE COBRAR


mensalidades de plano de saúde além do valor de R$1.021,67 (um mil e vinte e um reais e sessenta e
sete centavos), respeitadas as regras do novo reajuste, a partir da data de aniversário do contrato, sob
pena de multa equivalente a 50% (cinquenta por cento) do valor indevidamente cobrado.

Considerando a evidente hipossuficiência da parte autora, determino desde já a inversão do ônus da prova
com base no art. 6º inciso VIII do CDC.

Cite-se a Ré para contestar a Ação, no prazo de 15 (quinze) dias, com a advertência do art. 344 do CPC.

Servirá o presente por cópia digitada, como CARTA DE CITAÇÃO e, não sendo possível a citação nessa
modalidade, como MANDADO, na forma do

Provimento nº 003/2009 da CJCI.

Int.

Belém, 12 de março de 2021.

(Grifo nosso)

DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ID 5020775

Considerando que os Embargos de Declaração ID 5020775 atacam a Decisão de indeferimento do efeito


suspensivo, estes restam prejudicados à vista do julgamento de mérito que ora se profere, ante a instrução
completa do feito com a apresentação de contrarrazões ao recurso principal.
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QUESTÕES PRELIMINARES

Àmingua de questões preliminares, atenho-me ao mérito.

DO MÉRITO

Cinge-se a controvérsia recursal à legalidade do reajuste efetivado no plano de saúde da agravada

Feitas essas considerações e demonstrado o cabimento recursal a teor do art. 1015, I do Código de
Processo Civil, aprofundo-me na questão posta ao exame desta Turma:

A questão principal gravita em torno do contrato de prestação de serviços de Plano de Saúde firmado
entre as partes, em 09/05/2008, sob a denominação UNIMAX, de segmentação enfermaria, o qual fora
regularmente reajustado à vista do implemento da idade de 59 (cinquenta e nove) anos pela agravada no
patamar de 92,92% (noventa e dois vírgula noventa e dois avos por cento).

O recurso, por sua vez, lastreia-se no pedido de manutenção do valor cobrado pela agravante à título de
contraprestação do contrato de prestação de serviços de plano de saúde firmado com a agravada, o qual
fora minorado na forma da decisão agravada.

Prima facie, ressalvo, por oportuno, que o presente feito se desenvolve à luz do Código de Defesa do
Consumidor, consoante a orientação contida no verbete sumular n.° 608, STJ.

Como é cediço, para a concessão da tutela de urgência, faz-se necessário a presença dos requisitos
estabelecidos no art. 300, caput e § 3º, do CPC/15, in verbis:

"Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

§2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

§3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão."

A doutrina, ao discorrer sobre pressupostos para a concessão da tutela de urgência, ensina:

"Dá-se o nome de tutela provisória ao provimento jurisdicional que visa adiantar os efeitos da decisão final
no processo ou assegurar o seu resultado prático. A tutela provisória (cautelar ou antecipada) exige dois
requisitos: a probabilidade do direito substancial (o chamado fumus boni iuris) e o perigo de dano ou risco
do resultado útil do processo (periculum in mora). A soma desses dois requisitos deve ser igual a 100%,
de forma que um compensa o outro. Se a urgência é muito acentuada (perigo de dano ao direito
substancial ou risco de resultado útil do processo), a exigência quanto à probabilidade diminui. Ao revés,
se a probabilidade do direito substancial é proeminente, diminui-se o grau da urgência.
(...)
A probabilidade do direito deve estar evidenciada por prova suficiente, de forma que possa levar o juiz a
acreditar que a parte é titular do direito material disputado. Trata-se de um juízo provisório. Basta que, no
momento da análise do pedido, todos os elementos convirjam no sentido de aparentar a probabilidade das
alegações. Essa análise pode ser feita liminarmente (antes da citação) ou em qualquer outro momento do
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processo. Pode ser que no limiar da ação os elementos constantes nos autos ainda não permitam formar
um juízo de probabilidade suficiente para o deferimento da tutela provisória. Contudo, depois da instrução,
a probabilidade pode restar evidenciada, enseja a concessão da tutela antecipada.
Pouco importa se, posteriormente, no julgamento final, após o contraditório, a convicção do magistrado
seja diferente daquela que se embasou para conceder a tutela. Para a concessão da tutela de urgência
não se exige que da prova surja a certeza das alegações, contentando-se a lei com demonstração de ser
provável a existência do direito alegado pela parte que pleiteou a medida.
Quanto ao perigo na demora da prestação jurisdicional (periculim in mora), ou seja, o perigo de dano ou
risco de que a não concessão da medida acarretará à utilidade do processo, trata-se de requisito que pode
ser definido como o fundado receio de que o direito afirmado pela parte, cuja existência é apenas provável,
sofra dano irreparável ou de difícil reparação. Esse dano pode se referir ao objeto das ações ressarcitórias
ou inibitórias. O dano ao direito substancial em si ou ao resultado útil do processo acaba por ter como
referibilidade o direito material, uma vez que o processo tem como escopo principal a certificação e/ou
realização desse direito. Saliente-se que não basta a mera alegação, sendo indispensável que o autor
aponte fato concreto e objetivo que leve o juiz a concluir pelo perigo de lesão. O fato de um devedor estar
dilapidando seu patrimônio pode caracterizar esse requisito e ensejar a concessão de uma tutela de
urgência que será efetivada mediante o arresto de bens. Por outro lado, a iminência de vir a público uma
publicidade enganosa, com alta potencialidade de dano ao consumidor, pode caracterizar o requisito
exigido para o deferimento da tutela provisória de urgência." (DONIZETTI, Elpídio; Curso Didático de
Direito Processual Civil; 19ª ed. São Paulo: Atlas, 2016. p.456 e pp. 469/470).

Quanto à necessidade de reversibilidade dos efeitos da decisão, vejamos também o seguinte excerto de
Doutrina:

"O § 3º do art. 300 veda a concessão da tutela de urgência de natureza antecipada quando houver perigo
de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Embora a urgência sirva para qualificar essa modalidade de
tutela, o legislador supervaloriza a probabilidade. Porque na tutela de urgência, a probabilidade é menos
acentuada - vez que os requisitos referentes ao fumus boni iuris e ao periculum in mora se somam - do
que na tutela da evidência, exige-se que os efeitos sejam reversíveis." (DONIZETTI, Elpídio; Curso
Didático de Direito Processual Civil; 19ª ed. São Paulo: Atlas, 2016. pp.471/472).

Especificamente, quanto ao reajuste objurgado na Ação ad quo, observo que a Decisão Agravada deferiu
parcialmente a tutela provisória pretendida pela agravada (ID 24314553 – autos originários), nos seguintes
termos:

1- Defiro a Justiça Gratuita;

2- MARIA DEUZIMAR DA SILVA SOUZA, devidamente identificada nos autos, vem perante este juízo, por
meio de procurador legalmente habilitado, intentar AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO C/C REPETIÇÃO
DO INDÉBITO com pedido de TUTELA ANTECIPADA, em face da UNIMED BELEM – COOPERATIVA DE
TRABALHO MEDICO, também identificada nos autos, narrando, em síntese, o seguinte:

Que possui plano de saúde da requerida desde o ano de 2009 e ao completar 59 anos sua mensalidade
passou de R$ 668,42 (seiscentos e sessenta e oito reais e quarenta e dois centavos), para R$1.263,44
(um mil, duzentos e sessenta e três reais e quarenta e quatro centavos), de forma abusiva, motivo pelo
qual requer a concessão de provimento antecipado, a fim de que a ré se abstenha de realizar o reajuste da
mensalidade do seu plano no valor equivalente a 92,92%, e garanta a sua permanência na condição de
beneficiária do plano de saúde, mediante pagamento da mensalidade sem o acréscimo do reajuste por
faixa etária ou com a incidência deste em percentuais razoáveis que garantam a continuidade da relação
contratual.

Éo breve relato.

Decido.
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Trata-se de pedido de tutela de urgência para vedar reajuste de mensalidade de plano de saúde
considerado abusivo pela autora.

A Resolução Normativa 63/2003 – ANS é o instrumento normativo vigente que regula os reajustes de
planos de saúde. Tal resolução institui dez faixas de idade em que poderão ocorrer tais reajustes, e impõe
limitações, sendo relevante para o caso em análise a vedação de reajuste, entre as faixas 7 e 10, superior
à soma dos reajustes realizados entre as faixas 1 a 7. É como se vê:

Art. 2º Deverão ser adotadas dez faixas etárias, observando-se a seguinte tabela:

I - 0 (zero) a 18 (dezoito) anos;

II - 19 (dezenove) a 23 (vinte e três) anos;

III - 24 (vinte e quatro) a 28 (vinte e oito) anos;

IV - 29 (vinte e nove) a 33 (trinta e três) anos;

V - 34 (trinta e quatro) a 38 (trinta e oito) anos;

VI - 39 (trinta e nove) a 43 (quarenta e três) anos;

VII - 44 (quarenta e quatro) a 48 (quarenta e oito) anos;

VIII - 49 (quarenta e nove) a 53 (cinquenta e três) anos;

IX - 54 (cinquenta e quatro) a 58 (cinquenta e oito) anos;

X - 59 (cinquenta e nove) anos ou mais.

Art. 3º Os percentuais de variação em cada mudança de faixa etária deverão ser fixados pela operadora,
observadas as seguintes condições:

I - o valor fixado para a última faixa etária não poderá ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa
etária;

II - a variação acumulada entre a sétima e a décima faixas não poderá ser superior à variação acumulada
entre a primeira e a sétima faixas.

Vale frisar que a aplicação das normas acima anotadas é o entendimento até então aplicado pelo STJ
quanto ao assunto, como se vê no RESP nº 1.568.244-RJ (STJ - Min. Rel. RICARDO VILLAS BÔAS
CUEVA, Data de Julgamento: 14/12/2016, S2 – Segunda Seção, Data de Publicação: DJe 19/12/2016).

Com efeito, aplicam-se tais critérios aos percentuais de reajuste previstos no contrato firmado entre as
partes, abaixo:

Como se vê, o reajuste previsto em contrato é maior nas faixas 7-10, do que nas faixas 1-7, sendo,
portanto, indevido, devendo ser limitado a até 100%. Desta forma, o valor a ser reajustado para a faixa 10,
onde atualmente se insere o Autor, deveria ser de no máximo 52,85% do valor anterior (diferença entre o
total de reajustes da faixa 7-10 e o reajuste da faixa 10).

FAIXA IDADE REAJUSTE


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1 0-18 0%

2 19-23 30%

3 24-28 14,67%

4 29-33 7,34%

5 34-38 2,60%

6 39-43 11%

7 44-48 34,43%

TOTAL 100,6%

FAIXA IDADE REAJUSTE

7 44-48 34,43%

8 49-53 8,50%

9 54-58 17%

10 59+ 92,92%

TOTAL 152.85%

Destarte, se a mensalidade cobrada na faixa 9 era de R$ 668,42 (seiscentos e sessenta e oito reais e
quarenta e dois centavos), o máximo que poderia ser cobrado na faixa 10 é R$1.021,67 (um mil e vinte e
um reais e sessenta e sete centavos), ou seja, um acréscimo de somente R$ 353,25 (trezentos e
cinquenta e três reais e vinte e cinco centavos).

Diante do exposto, considero presente o pressuposto da probabilidade do direito no caso em análise.

Quanto ao perigo de dano, considero-o evidente, uma vez que a falta de condições financeiras para
pagamento de um reajuste indevido poderá acarretar não apenas na suspensão, mas no distrato,
conforme regulamento vigente.

Preenchidos, portanto, os pressupostos do art. 300 do CPC.

Com efeito, DEFIRO o pedido da Autora, e determino à Ré que ABSTENHA-SE DE COBRAR


mensalidades de plano de saúde além do valor de R$1.021,67 (um mil e vinte e um reais e sessenta e
sete centavos), respeitadas as regras do novo reajuste, a partir da data de aniversário do contrato, sob
pena de multa equivalente a 50% (cinquenta por cento) do valor indevidamente cobrado.

Considerando a evidente hipossuficiência da parte autora, determino desde já a inversão do ônus da prova
com base no art. 6º inciso VIII do CDC.

Cite-se a Ré para contestar a Ação, no prazo de 15 (quinze) dias, com a advertência do art. 344 do CPC.

Servirá o presente por cópia digitada, como CARTA DE CITAÇÃO e, não sendo possível a citação nessa
modalidade, como MANDADO, na forma do
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Provimento nº 003/2009 da CJCI.

Int.

(Grifo nosso)

Como é cediço, tratando-se de relação de consumo, em que se suscita defeito na prestação de serviços, o
ônus da prova decorre da lei, portanto, é ope legis e regra ordinária que recai sobre as partes conforme se
lê no art. 14, §§1º, I e 3º do Código de Defesa do Consumidor, sendo este entendimento sumulado pelo
STJ, nos termos do verbete n.° 469:

Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde

Nesse sentido, importante destacar que o contrato de prestação de serviços de Plano de Saúde, firmando
entre as partes em 10 de junho de 2009, sob a denominação UNIMAX, de segmentação ambulatorial,
hospitalar e obstetrícia inclusas, pelo valor de mensalidade inicial de R$181,87 (cento e oitenta e um reais
e oitenta e sete centavos), permaneceu adimplente até o momento em que o valor da mensalidade fora
reajustada do valor de R$ 668,42 (seiscentos e sessenta e oito reais e quarenta e dois centavos), com
vencimento em 10/02/2021, para R$1.263,44 (um mil, duzentos e sessenta e três reais e quarenta e
quatro centavos), com vencimento em 10/03/2021.

O cerne da irresignação importa em avaliar a necessidade de suspender decisão que afastou aumento da
mensalidade de plano de saúde e recalculou o quatum debeatur para R$1.021,67 (um mil e vinte e um
reais e sessenta e sete centavos).

Com efeito, a Lei nº. 10.741/2003, em seu artigo 15, § 3º, vedou "a discriminação do idoso nos planos de
saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade", sendo pela Agência Nacional de Saúde
que estabaleceu 10 (dez) faixas etárias, sendo a última para quem completar 59 (cinquenta e nove) anos,
como forma de obedecer aos ditames previstos no Estatuto do Idoso.

Por sua vez, os artigos 2º e 3º da Resolução Normativa nº. 63/2003 da ANS, dispõe que, in verbis:

art. 2º Deverão ser adotadas dez faixas etárias, observando-se a seguinte tabela:

I - 0 (zero) a 18 (dezoito) anos;

II - 19 (dezenove) a 23 (vinte e três) anos;

III - 24 (vinte e quatro) a 28 (vinte e oito) anos;

IV - 29 (vinte e nove) a 33 (trinta e três) anos;

V - 34 (trinta e quatro) a 38 (trinta e oito) anos;

VI - 39 (trinta e nove) a 43 (quarenta e três) anos;

VII - 44 (quarenta e quatro) a 48 (quarenta e oito) anos;

VIII - 49 (quarenta e nove) a 53 (cinqüenta e três) anos;

IX - 54 (cinqüenta e quatro) a 58 (cinqüenta e oito) anos;

X - 59 (cinqüenta e nove) anos ou mais.


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Art. 3º Os percentuais de variação em cada mudança de faixa etária deverão ser fixados pela operadora,
observadas as seguintes condições:

I - o valor fixado para a última faixa etária não poderá ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa
etária;

II - a variação acumulada entre a sétima e a décima faixas não poderá ser superior à variação acumulada
entre a primeira e a sétima faixas

Deflui dos dispositivos acima transcritos que os percentuais de variação entre as faixas etárias ficaram sob
a responsabilidade da operadora de plano de saúde, que tem liberdade para impor os preços no produto
oferecido, com amparo em estudos atuariais.

Nesse contexto, é importante destacar que o entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, em
sede de Recurso Repetitivo (REsp nº. 1568244/RJ), é o de que, para contratos firmados a partir de 1º de
janeiro de 2004, como in casu, incidem as regras da Resolução Normativa nº. 63/2003 da ANS, que
prescreve, como acima transcrito, a observância (i) de 10 (dez) faixas etárias, a última aos 59 (cinquenta e
nove) anos; (ii) do valor fixado para última faixa etária não poder ser superior a 6 (seis) vezes o previsto
para a primeira; e (iii) da variação acumulada entre a sétima e a décima faixas não pode ser superior à
variação cumulada entre a primeira e a sétima faixa.

Assim, em que pese seja admissível a majoração razoável dos planos de saúde dividido em dez faixas
etárias, não é permitido às operadoras que o aumento supere seis vezes ao valor cobrado no primeiro
grupo, sendo vedado, também, que esse reajuste implique numa diferença maior do que aqueles
integrantes da classe inicial e a sétima para os enquadrados da sétima à última seção.

Na hipótese dos autos, observa-se que ao alcançar o agrupamento final por idade, a agravada fora
compelida a arcar com uma mensalidade quase em dobro, passando de R$ 668,42 (seiscentos e sessenta
e oito reais e quarenta e dois centavos), com vencimento em 10/02/2021, para R$1.263,44 (um mil,
duzentos e sessenta e três reais e quarenta e quatro centavos).

Àvista das premissas acima, resta evidente a ilegalidade da majoração objurgada, porquanto em frontal
desacordo com o art. 3º, inciso II, da RN nº. 63/2003 da ANS, uma vez que se traduz em aumento de
cerca de 92% (noventa e dois por cento) da última parcela paga, devendo prevalecer, neste momento
processual, o cálculo efetivado pelo MM. Juízo ad quo, que firmou entendimento de que, in casu, “o
reajuste previsto em contrato é maior nas faixas 7-10, do que nas faixas 1-7, sendo, portanto, indevido,
devendo ser limitado a até 100%. Desta forma, o valor a ser reajustado para a faixa 10, onde atualmente
se insere o Autor, deveria ser de no máximo 52,85% do valor anterior (diferença entre o total de reajustes
da faixa 7-10 e o reajuste da faixa 10)”, à vista da necessidade de dilação probatória.

Corroborando o entendimento acima esposado, vejamos os seguintes julgados desta Corte em casos
análogos com destaque ao julgamento de relatoria da saudosa Desembargadora Edinea Oliveira Tavares,
então componente desta Turma:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ORDINÁRIA. TUTELA ANTECIPADA. REAJUSTE ABUSIVO DO


PLANO DE SAÚDE EM RAZÃO DA MUDANÇA DE FAIXA ETÁRIA DO CONSUMIDOR. AUSÊNCIA DE
RAZOABILIDADE. PRECEDENTE STJ RESP. 1.568.244/RJ - TEMA 952. JURISPRUDÊNCIA DESTA
CORTE DE JUSTIÇA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. Ainda que seja possível o reajuste
no plano de saúde em razão da mudança de faixa etária do consumidor, este deve ser balizado em
critérios de razoabilidade e em observância às condições fixadas na Resolução n. 63/03 da ANS (Resp.
1.568.244/RJ); 2. In casu, o reajuste de 92,92% foge aos parâmetros legais e aos critérios de
razoabilidade, considerando-se assim abusiva a cláusula contratual que a estabeleceu; 3. Recurso
conhecido e desprovido. (Acórdão ID 4805492, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão
Julgador 1ª Turma de Direito Privado, Julgado em 2021-03-22, Publicado em 2021-03-29)
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APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. REAJUSTE ABUSIVO DO PLANO DE SAÚDE EM RAZÃO DA


MUDANÇA DE FAIXA ETÁRIA. AUSÊNCIA DE RAZOABILIDADE E DESCONFORME À RESOLUÇÃO N.
63 /03 DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE. JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE DE JUSTIÇA.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO À UNANIMIDADE.1. Ainda que seja possível o reajuste no
plano de saúde em razão da mudança de faixa etária do consumidor, este deve ser balizado em critérios
de razoabilidade e em observância às condições fixadas na Resolução n. 63 /03 da ANS.2. In casu, o
reajuste de 92,92% foge aos parâmetros legais e aos critérios de razoabilidade, considerando-se assim
abusiva a cláusula contratual que a estabeleceu.3. Recurso conhecido e desprovido à unanimidade.
(4621837, 4621837, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2021-01-26, Publicado em 2021-03-05)

Por fim, quanto à irreversibilidade observa-se, como já acima destacado que os efeitos patrimoniais e seus
termos serão declarados pelo MM. Juízo ad quo, que inclusive poderá, ao final da demanda, determinar
que a agravada arque com o pagamento integral do reajuste ora objurgado.

CONCLUSÃO

Assim, reafirmo, não obstante o pedido de majoração da mensalidade no percentual defendido pela
agravante, a não configuração do fumus boni iuris, mormente ante a necessidade de prova pericial,
conforme declinado na Petição Inicial ad quo, bem como à vista da concessão de tutela provisória, à luz do
RESP nº 1.568.244-RJ, que reduziu o valor a ser pago para R$1.021,67 (um mil e vinte e um reais e
sessenta e sete centavos), além da cláusula contratual que prevê reajuste no patamar de 92,92% (noventa
e dois vírgula noventa e dois por cento) na mudança de faixa etária.

Somado a isso, observa-se ainda o periculum in mora na modalidade inversa, ante a necessidade de
manutenção de custos do Plano de Saúde com a continuidade dos pagamentos da agravada.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, CONHEÇO DO RECURSO e NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo a Decisão Agravada


em todos os seus termos.

É como voto.

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0804667-97.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ANTONIO JOSE


ALVES DE SOUZA CARTONILHO Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA VIEIRA MARTINS OAB:
758/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL ROLLA SIQUEIRA OAB: 4468/PA Participação:
AGRAVANTE Nome: VITORIA REGIA MENDONCA CARTONILHO Participação: ADVOGADO Nome:
AMANDA VIEIRA MARTINS OAB: 758/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL ROLLA SIQUEIRA
OAB: 4468/PA Participação: AGRAVADO Nome: CLEIDE DUARTE DOS SANTOS Participação:
AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR
Nome: ESTEVAM ALVES SAMPAIO FILHO OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) - 0804667-97.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: ANTONIO JOSE ALVES DE SOUZA CARTONILHO, VITORIA REGIA MENDONCA


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CARTONILHO

AGRAVADO: CLEIDE DUARTE DOS SANTOS

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE – ALEGAÇÃO DE PRÁTICA


DE ESBULHO – LIMINAR DEFERIDA – NOVOS DOCUMENTOS TRAZIDOS NA CONTESTAÇÃO QUE
TORNAM INCERTOS OS FATOS NARRADOS NA INICIAL – MEDIDA LIMINAR REVOGADA – PEDIDO
DE REFORMA – DESCABIMENTO – IMÓVEL CEDIDO EM COMODATO – EXISTÊNCIA DE DÚVIDAS
PARA MANUTENÇÃO DA MEDIDA ANTERIORMENTE CONCEDIDA – RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO.

1. Decisão ora agravada que revogou a liminar de reintegração de posse anteriormente deferida em favor
dos ora recorrentes, aplicando multa na ordem de 20% (vinte por cento) sob o valor da causa, nos termos
do artigo 77, IV e VI, e § 2º do CPC, bem como fixou o pagamento de aluguéis em favor da ora agravada,
no valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) pelo período de 12 (doze) meses.

2. Pretendem os recorrentes com o presente recurso, a reforma da decisão ora recorrida sob o
fundamento de que, mesmo não tendo a agravada juntado aos autos qualquer fato novo em sua
contestação, o Juízo de origem revogou a liminar ante deferida.

3. Com efeito, a legislação processual civil consagra a possibilidade de concessão antecipada, parcial ou
integral, de provimento provisório a parte demandante, antes do exaurimento cognitivo do feito, que se
consolidará com a sua devida instrução processual.

4. Observa-se que a mencionada revogação da medida liminar se deu frente a apresentação da peça
contestatória pela demandada, ora agravada, bem como com a documentação juntada, em especial os
depoimentos coligidos, sendo os mesmos subscritados por diversos moradores, os quais, não deixaram de
ser levados em conta pelo Juízo de origem.

5. Dessa forma, evidencia-se que os documentos juntados acarretaram dúvidas aos fundamentos
acostados na peça inicial. Além do fato de não estar claramente definido o lapso temporal de ocupação do
imóvel pela requerida, ora agravada, tendo em vista que, na peça inicial indicou os autores a existência de
esbulho, mas sem delimitar o tempo em que a agravada residia no local, informação que tão somente foi
trazida quando da apresentação da contestação.

6. Outrossim, verifica-se que no caso em tela a revogação teve como sustentação fatos relevantes
apresentados pela parte requerida, calcados em provas que propiciam a autorização de revogação da
medida liminar.

7. Assim, considerando que os fatos e documentos posteriormente acostados acarretam a fragilidade para
a manutenção da medida liminar inicialmente concedida, a suspensão da tutela pode ocasionar o mal
maior a pessoa que está exercendo a posse, limpando o terreno e construindo a pequena casa, além do
fato da real dúvida acerca da prática do suposto esbulho.

8. Por tais fundamentos, de acordo com a análise perfunctória compatível com este momento processual,
tenho certo de que os fatos aqui articulados necessitam de maiores elucidações, em cognição exauriente,
a desenvolver-se no curso do devido processo legal, situação esta que deverá ser mais bem analisada
com a devida dilação probatória, o que me faz concluir que a decisão ora combatida não merece ser
reformada.
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9. Manutenção da decisão ora combatida.

10. Recurso CONHECIDO e IMPROVIDO.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO tendo como ora agravantes
ANTÔNIO JOSÉ ALVES DE SOUZA CARTONILHO e VITÓRIA RÉGIA MENDONÇA CARTONILHO e
ora agravada CLEIDE DUARTE DOS SANTOS.

Acordam os Exmos. Senhores Desembargadores membros da 2ª Turma de Direito Privado deste E.


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em turma, à unanimidade, em CONHECER DO RECURSO E
NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto da Exma. Desembargadora – Relatora Maria de Nazaré
Saavedra Guimarães.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora.

RELATÓRIO

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0804667-97.2021.8.14.0000

AGRAVANTES: ANTONIO JOSE ALVES DE SOUZA CARTONILHO e VITORIA REGIA MENDONCA


CARTONILHO

AGRAVADA: CLEIDE DUARTE DOS SANTOS

RELATORA: DESª MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo interposto por
ANTÔNIO JOSÉ ALVES DE SOUZA CARTONILHO e VITÓRIA RÉGIA MENDONÇA CARTONILHO,
inconformados com a decisão proferida pelo Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial da comarca de
Tucuruí/PA que, nos autos da AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE C/C REIVINDICATÓRIA, C/C
CAUTELAR ANTECEDENTE DE EMBARGOS À CONSTRUÇÃO (processo nº 0801117-
08.2021.8.14.0061), revogou a liminar de reintegração de posse anteriormente deferida em favor dos ora
recorrentes, aplicando multa na ordem de 20% (vinte por cento) sob o valor da causa, nos termos do artigo
77, IV e VI, e § 2º do CPC, bem como fixou o pagamento de aluguéis em favor da ora agravada, no valor
de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) pelo período de 12 (doze) meses, tendo como ora agravada
CLEIDE DUARTE DOS SANTOS.

Aduzem que cederam o imóvel, objeto do litigio, que se encontrava desabitado, a ora agravada, em
comodato, tendo esta se comprometido a cuidar e manter o bem como se seu o fosse, mas que, em
determinado momento, não sabendo precisar quando, a agravada abandonou o Imóvel, retornando entre
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novembro de 2020 e fevereiro de 2021 para o local que estava sob a posse direta dos ora recorrentes, e
iniciou, a partir 14 de março de 2021, a construção ilegal de 01 (uma) casa de alvenaria.

Destacam que, ao tomarem conhecimento da construção, tentaram contato com a ora agravada, para que
ela parasse com a referida obra e devolvesse o Imóvel, tendo-lhe inclusive proposto o ressarcimento pelos
gastos com o material utilizado na construção, salientando que a agravada em ato de extrema má-fé, além
de avançar com sua empreita a passos largos, ainda demoliu a antiga casa de madeira, cedida
verbalmente pelos ora recorrentes em forma de comodato.

Asseveram que, diante de tal situação, ingressaram com Ação Possessória, requerendo a liminar de
reintegração na posse, tendo em vista a recenticidade do esbulho que, se não caraterizado quando a
agravada retornou ao imóvel após abandoná-lo, restou claramente demonstrado com o início da
construção irregular de uma casa de alvenaria, que além de ser levantada sem a autorização dos
recorrentes, ainda destruiu por completo a casa de madeira que lhe foi cedida para morar, bem como, com
a negativa de devolução do imóvel, após expressamente solicitado, finalizando o contrato de comodato
havido entre as partes, demonstrando a partir de então querer assenhorar-se do imóvel.

Afirmam que, a principal alegação trazida pela requerida, ora agravada, em sua contestação, para
convencimento do Juízo primevo, com o fim de revogação da liminar de reintegração de posse, era a de
que residia de forma pública, mansa, pacífica e ininterruptamente no Imóvel, objeto da presente lide, por
mais de 15 anos, fatos que teriam levado o Juízo a revogar a medida deferida anteriormente.

Alegam que, mesmo não tendo a agravada juntado aos autos qualquer fato novo em sua contestação, o
Juízo de origem revogou a liminar ante deferida e, tendo em vista o fato de que a obra inacabada fora
demolida pelos ora recorrentes, determinou que estes pagassem aluguel mensal no valor de R$ 350,00
(trezentos e cinquenta reais) à ora agravada, bem como os condenou a pagarem multa de 20% sobre o
valor da causa, por considerar a demolição da obra, um ato atentatório à dignidade da Justiça.

Por fim, requereram a concessão de efeito suspensivo ativo, nos termos do artigo 995, parágrafo único, do
CPC, com o fim de determinar a suspensão da multa por ato atentatório à dignidade da justiça, bem como
o pagamento de aluguéis no valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) em favor da ora agravada e,
no mérito, provimento ao presente recurso, ratificando a liminar ora requerida.

Coube-me por distribuição, a relatoria do feito (Id nº 5219182).

Indeferido o efeito suspensivo requerido (Id nº 5263826).

Em sede de contrarrazões (Id. 5722703), pugna a agravada pelo conhecimento e desprovimento do


presente recurso.

Instada a se manifestar, a Douta Procuradoria de Justiça deixou de exarar parecer, ante a ausência de
interesse público (Id nº 5749789).

É o relatório.

VOTO

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE.

Avaliados os pressupostos processuais tenho-os como regularmente constituídos, razão pela qual
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conheço do recurso, passando a proferir voto.

Cumpre salientar que a análise do presente recurso deve cingir-se tão somente aos limites do
indeferimento da tutela antecipada requerida pelos autores/ora agravantes, sendo vedado a este Juízo “
ad quem”, sob pena de supressão de instância, pronunciar-se a respeito de matéria ainda não enfrentada
pelo Juízo “a quo”.

DA DECISÃO AGRAVADA

Prima facie, vejamos a Decisão Agravada (Id nº 26386363), in verbis:

“Recebo a contestação, tendo em vista a tempestividade.

Concedo a Justiça Gratuita, tendo em vistas a presunção de hipossuficiência que milita em face da pessoa
física.

Em contestação, dentre outras questões, afirma que a ré ocupa o imóvel ininterruptamente há mais de 15
anos. Ademais, informa que a casa de alvenaria que foi construída no terreno foi demolida pelos autores
da ação após o cumprimento da liminar.

Juntou documentação.

Verifico, que foi concedida a reintegração de posse (ID 25483194) do imóvel objeto do litígio, todavia não
foi autorizado por este juízo a destruição ou desfazimento da obra. A decisão não contemplou a demolição
da obra.

Como se sabe, as tutelas antecipadas detêm caráter provisório, não autorizando a parte a praticar atos
que revistam de irreversibilidade.

Ademais, o princípio da boa fé processual é um norte a ser seguido em toda a marcha processual, o que
não foi observado pelos autores da ação.

Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.

No tocante à conduta de demolição da obra, não autorizada na decisão acima citada, o artigo 77 do CPC
assim dispõe:

Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos
aqueles que de qualquer forma participem do processo I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;

II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento;

III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;

IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória

ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;

V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional
onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação
temporária ou definitiva;

VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.


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§1º Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas

mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça.

§2º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o
juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até
vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.

Deste modo, por violar deveres insculpidos no CPC e sendo ato atentatório à dignidade da Justiça,
APLICO MULTA aos autores da ação no valor de 20% (vinte por cento) do valor da causa a ser paga em
15 (quinze) dias, nos termos do artigo 77, IV e VI, e § 2º do CPC, sob pena de inscrição em dívida ativa.

Tendo em vistas, a documentação juntada, em especial os depoimentos coligidos, sendo estes


subscritados por diversos moradores, verifico que seria o caso de revogar a liminar de
reintegração de posse, em decorrência do extenso lapso temporal de moradia trazido pelos
documentos da ré.

Todavia, tendo em vistas a modificação no estado de fato do bem litigioso, converto a revogação
da liminar em aluguéis mensais em favor da ré, uma vez que a casa foi demolida indevidamente
pelos autores, a serem fixados no valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) mensais, por
doze meses, a serem pagos à CLEIDE DUARTE DOS SANTOS até o 5º dia útil de cada mês, a partir
da intimação.

Vistas ao Ministério Público.

Vistas aos autores para réplica.

Intimem-se os autores da ação, através de seus advogados, sobre o pagamento da multa e o pagamento
do aluguel mensal acima fixado. Ademais, ficam intimados a não realizarem outras obras/demolições no
citado imóvel.

Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Serve cópia da presente decisão como mandado de intimação/citação/ofício.

Tucuruí, 05 de maio de 2021

ÍTALO DE OLIVEIRA CARDOSO BOAVENTURA

Juiz de Direito Substituto.

Respondendo pela 2ª Vara Cível e Empresarial de Tucuruí”

(Negritou-se).

QUESTÕES PRELIMINARES

Àmingua de questões preliminares, atenho-me ao mérito.

MÉRITO

A controvérsia a ser solucionada nesta instância revisora consiste em verificar o acerto ou o suposto
desacerto da decisão do Juízo primevo que revogou a liminar de reintegração de posse anteriormente
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deferida em favor dos ora recorrentes, aplicando multa na ordem de 20% (vinte por cento) sob o valor da
causa, nos termos do artigo 77, IV e VI, e § 2º do CPC, bem como fixou o pagamento de aluguéis em favor
da ora agravada, no valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) pelo período de 12 (doze) meses

Pretendem a recorrente com o presente recurso, a reforma da decisão ora recorrida sob o fundamento de
que, mesmo não tendo a agravada juntado aos autos qualquer fato novo em sua contestação, o Juízo de
origem revogou a liminar ante deferida.

Com efeito, a legislação processual civil consagra a possibilidade de concessão antecipada, parcial ou
integral, de provimento provisório a parte demandante, antes do exaurimento cognitivo do feito, que se
consolidará com a sua devida instrução processual.

Vide art. 300 do NCPC:

“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

§2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

§3 o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão”.

Da leitura do dispositivo supra, depreende-se que a concessão da antecipação dos efeitos da tutela,
pressupõe a existência do pedido da parte; a prova inequívoca dos fatos alegados; o fundado receio de
dano irreparável ou de difícil reparação ou de risco ao resultado útil ao processo; a fundamentação da
decisão antecipatória e a possibilidade de reversão do ato concessivo.

O deferimento da tutela de urgência na hipótese de fundado receio de dano irreparável ou de difícil


reparação exige a demonstração de dois requisitos indispensáveis, quais sejam: o próprio risco do dano
que pode ser enquadrado como periculum in mora, e a probabilidade do direito alegado, ou seja, o fumus
bonis iuris.

Ésabido que, para a concessão da tutela antecipada, exige-se a prova inequívoca, ou seja, aquela capaz
de persuadir o julgador da verossimilhança das alegações, onde tal exigência se deve ao fato de que se
trata de medida de caráter excepcional, uma vez antecipatória do provimento final.

Assim, os documentos que acompanham o instrumento devem formar um conjunto probatório


suficientemente coeso, apto a convencer, sob uma análise superficial, de que os fatos narrados sejam
verdadeiros.

Observa-se que, a mencionada revogação da medida liminar deu-se frente a apresentação da peça
contestatória pela demandada, ora agravada, bem com documentação juntada, em especial os
depoimentos coligidos, sendo os mesmos subscritados por diversos moradores, os quais, não deixaram de
ser levados em conta pelo Juízo de origem.

Deste modo, evidencia-se que os documentos juntados acarretaram dúvidas aos fundamentos acostados
na peça inicial, além do fato de não estar claramente definido o lapso temporal de ocupação do imóvel
pela requerida, ora agravada, tendo em vista que na peça inicial indicou os autores a existência de
esbulho, mas sem delimitar o tempo em que a agravada residia no local, informação que tão somente foi
trazida quando da apresentação da contestação.
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Outrossim, verifica-se que no caso em tela a revogação teve como sustentação fatos relevantes
apresentados pela parte requerida, calcados em provas que propiciam a autorização de revogação da
medida liminar.

Salienta-se, o fato de a jurisprudência ser firme no sentido de que é possível a revogação da liminar inicial,
se foi trazido à colação fato novo.

Nesse sentido:

"REINTEGRAÇÃO DE POSSE - LIMINAR - REVOGAÇÃO - POSSIBILIDADE - FATOS NOVOS QUE O


JUSTIFICAM - DESPROVIMENTO DO AGRAVO. De acordo com o STJ (Theotonio Negrão, in CPC
Anotado, 35ª ed., pág. 876):"Situações excepcionais autorizam possa o juiz suspender o
cumprimento da liminar concedida em ação possessória. Assim, 'verbi gratia', se o réu demonstrar
fato relevante, a tornar incerto os fatos narrados na inicial, tais como a delimitação do terreno, a
titularidade da posse e a data desta (STJ - 4ª Turma - REsp 197.999-PR, rel. Min. Sálvio de Figueiredo, j.
7.2.02, não conheceram, v. u., DJU 15.4.02, p. 221)". (Negritou-se).

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECURSO


MANEJADO SOB A ÉGIDE DO NCPC. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE
POSSE. LIMINAR CONCEDIDA E REVOGADA. MOMENTO OPORTUNO. POSSIBILIDADE DE
CASSAÇÃO DA LIMINAR PELO MESMO MAGISTRADO EM SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS.
PRECEDENTES DO STJ. RECURSO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE. INCIDÊNCIA DA MULTA
DO ART. 1.021, § 4º, DO NCPC. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. O presente agravo
interno foi interposto contra decisão publicada na vigência do NCPC, razão pela qual devem ser exigidos
os requisitos de admissibilidade recursal na forma nele prevista, nos termos do Enunciado Administrativo
nº 3, aprovado pelo Plenário do STJ na sessão de 9/3/2016: Aos recursos interpostos com fundamento no
CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos
de admissibilidade recursal na forma do novo CPC. 2. Esta Corte de Justiça possui o entendimento de
que situações excepcionais autorizam o juiz suspender o cumprimento da liminar concedida em
ação possessória. Assim, verbi gratia, se o réu demonstrar fato relevante, a tornar incertos os fatos
narrados na inicial, tais como a delimitação do terreno, a titularidade da posse e a data desta (REsp
nº 197.999/PR, Rel. Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, Quarta Turma, DJ 15/4/2002). 3. No
caso, a questão concernente à possibilidade de revogação de liminar concedida em ação
possessória é unicamente de direito e configura hipótese de violação direta aos dispositivos legais
que disciplinam o deferimento da medida (arts. 273, § 4º, e 827, ambos do CPC/73), razão pela qual é
cabível o recurso especial. 4. Não sendo a linha argumentativa apresentada capaz de evidenciar a
inadequação dos fundamentos invocados pela decisão agravada, o presente agravo interno não se revela
apto a alterar o conteúdo do julgado impugnado, devendo ele ser integralmente mantido. 5. Em razão da
improcedência do presente recurso, e da anterior advertência em relação a incidência do NCPC, incide ao
caso a multa prevista no art. 1.021, § 4º, do NCPC, no percentual de 3% sobre o valor atualizado da
causa, ficando a interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito da respectiva quantia,
nos termos do § 5º daquele artigo de lei. 6. Agravo interno não provido, com imposição de multa.

(STJ - AgInt no AREsp: 788500 PE 2015/0240905-2, Relator: Ministro MOURA RIBEIRO, Data de
Julgamento: 13/03/2018, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 16/03/2018).” (Negritou-se).

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL - DIREITO CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE


REITEGRAÇÃO DE POSSE - MEDIDA LIMINAR REVOGADA - NOVOS DOCUMENTOS QUE TORNAM
INCERTOS OS FATOS NARRADOS NA INICIAL - TITULARIDADE DA POSSE E DELIMITAÇÃO DO
TERRENO - ACARRETAM DÚVIDAS PARA MANUTENÇÃO DA MEDIDA CONCEDIDA. RECURSO
CONHECIDO E NEGADO PROVIMENTO. 1. "Situações excepcionais autorizam possa o juiz
suspender o cumprimento da liminar concedida em ação possessória. Assim, 'verbi gratia', se o
réu demonstrar fato relevante, a tornar incertos os fatos narrados na inicial, tais como a
delimitação do terreno, a titularidade da posse e a data desta (STJ - 4ª Turma - REsp 197.999-PR, rel.
Min. Sálvio de Figueiredo, j. 7.2.02, não conheceram, v. u., DJU 15.4.02, p. 221).
329
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(TJ-PR - AI: 4330934 PR 0433093-4, Relator: Astrid Maranhão de Carvalho Ruthes, Data de Julgamento:
17/10/2007, 18ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 7483).” (negritou-se).

Assim, considerando que os fatos e documentos posteriormente acostados acarretam a fragilidade para a
manutenção da medida liminar inicialmente concedida, a suspensão da tutela pode ocasionar o mal maior
a pessoa que está exercendo a posse, limpando o terreno e construindo a pequena casa, além do fato da
real dúvida acerca da prática do suposto esbulho.

Por tais fundamentos, de acordo com a análise perfunctória compatível com este momento processual,
tenho certo de que os fatos aqui articulados necessitam de maiores elucidações, em cognição exauriente,
a desenvolver-se no curso do devido processo legal, situação esta que deverá ser mais bem analisada
com a devida dilação probatória, o que me faz concluir que a decisão ora combatida não merece ser
reformada.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, CONHEÇO do recurso de Agravo de Instrumento, porém NEGO-LHE PROVIMENTO,


para manter a decisão ora combatida em sua integralidade, em tudo observada a fundamentação acima
expendida.

É como voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora.

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0803910-06.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: UNIMED DE


BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE
AZEVEDO TRINDADE OAB: 11270/PA Participação: AGRAVADO Nome: GISELE HELENA DAS NEVES
MARTINEZ Participação: ADVOGADO Nome: VANESSA HOLANDA DE ARAUJO OAB: 17860/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
PROCURADOR Nome: JORGE DE MENDONCA ROCHA OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) - 0803910-06.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO

AGRAVADO: GISELE HELENA DAS NEVES MARTINEZ

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA
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AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA


ANTECIPADA – PLANO DE SAÚDE – RECUSA DO PLANO DE SAÚDE EM ARCAR COM OS CUSTOS
DO EXAME “PET-CT” ONCOLÓGICO – ALEGAÇÃO DE PROCEDIMENTO NÃO INSERIDO NO ROL
DA ANS – INADMISSIBILIDADE – RECURSO INJUSTO, QUE CONTRARIA A FINALIDADE DO
CONTRATO E REPRESENTA ABUSIVIDADE À LUZ DO CDC – COBERTURA DEVIDA – RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.

1. Decisão agravada que determinou a requerida, ora recorrente que no prazo de 48 horas, autorizasse o
custeio do exame “PET-CT” oncológico para o tratamento de neoplasia maligna da autora, ora agravada,
conforme prescrito no laudo médico, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais), até o limite de R$
40.000,00 (quarenta mil reais) em caso de descumprimento.

2. Pretende a recorrente com o presente recurso, a reforma da decisão sob o fundamento de que o
procedimento requerido pela parte adversa, qual seja, exame “PET-CT” oncológico para o tratamento de
neoplasia maligna, não consta no rol de procedimentos e eventos em saúde definido pela ANS, não
havendo, portanto, obrigatoriedade de cobertura ao tratamento, uma vez não se enquadrar nas hipóteses
descritas nas Diretrizes de Utilização – DUT.

3. In casu, verifica-se que a autora/ora agravada encontra-se acometida com câncer no colo do útero,
estágio III, tendo solicitado junto ao plano de saúde, ora agravante, a realização de exame do tipo “PET-
CT”, procedimento recomendado pelo médico Dr. José Augusto Palheta (Id. 25367819 – Autos de primeiro
grau.), pedido este negado pela agravante sob o argumento de falta de cobertura, pois mencionado exame
não consta no rol elencado na Resolução Normativa nº 387/2015 da Agência Nacional de Saúde
Suplementar – ANS, fatos que se depreendem dos documentos juntados a Id. 25367820 – Autos
originários.

4. Analisando os autos em epígrafe, evidencia-se restar demonstrado a existência do fundado receio de


dano irreparável ou de difícil reparação, face a orientação médica no sentido de que a realização do
referido exame tem como objetivo determinar a localização e a extensão do câncer na paciente, ora
agravada.

5. Assim, a alegação de que o procedimento sobredito não se encontra no rol da ANS não deve prosperar,
visto que a Agência Nacional de Saúde – ANS, acerca do tratamento em questão, apresenta na Resolução
Normativa nº 387/2015 apenas Diretrizes de Utilização – DUT, dos procedimentos nela relacionados, o
que não obsta a cobertura, pois a jurisprudência pátria vem sedimentando entendimento de que o referido
rol não é taxativo, servindo apenas como referência para os planos de saúde privados.

6. Outrossim, destaca-se que o aludido entendimento é majoritário na jurisprudência pátria, inclusive no


âmbito do Superior Tribunal de Justiça, não obstante exista posicionamento dissonante na referida Corte,
como no julgado destacado na peça recursal pela agravante, que, entretanto, não possui efeito vinculativo.

7. Ademais, as limitações à cobertura pelo Planos de Saúde, mesmo nas hipóteses previstas na Lei, não
se eximem da observância às normas impostas pelo Código de Defesa do Consumidor, portanto, a
negativa da agravante frustra o próprio objetivo da contratação levada a efeito pela agravada e, mais, viola
as regras protetivas do CDC.

8. Dessa forma, tratando-se de medida destinada à preservação da saúde da agravada, é certo que o
plano de saúde deve prover os meios necessários para o efetivo tratamento da segurada, arcando com os
custos do tratamento de forma a possibilitar o pleno restabelecimento da paciente, fazendo cumprir seu
direito constitucional à saúde, em observância ainda ao princípio da dignidade da pessoa humana e a
expectativa que teve a agravada, quando da contratação, de ter a cobertura dos tratamentos necessários
para a cura de eventual enfermidade.

9. Manutenção da decisão ora vergastada.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

10. Recurso CONHECIDO e IMPROVIDO.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO tendo como ora agravante
UNIMED DE BELÉM - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO e ora agravada GISELE HELENA DAS
NEVES MARTINEZ.

Acordam os Exmos. Senhores Desembargadores membros da 2ª Turma de Direito Privado deste E.


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em turma, à unanimidade, em CONHECER DO RECURSO E
NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto da Exma. Desembargadora – Relatora Maria de Nazaré
Saavedra Guimarães.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora.

RELATÓRIO

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0803910-06.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: UNIMED DE BELÉM – COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

AGRAVADA: GISELE HELENA DAS NEVES MARTINEZ

RELATORA: DESª MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO


SUSPENSIVO, interposto por UNIMED DE BELÉM – COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO,
inconformada com a decisão interlocutória proferida pelo MM. Juízo de Direito da 11ª Vara Cível e
Empresarial da comarca de Belém/PA que, nos autos de AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER (processo
nº 0823315-95.2021.8.14.0301), deferiu o pedido de tutela de urgência pleiteado na exordial pela autora
GISELE HELENA DAS NEVES MARTINEZ, ora agravada.

A parte dispositiva da decisão agravada possui o seguinte teor:

“Ante o exposto, defiro o pedido de concessão da tutela antecipada de urgência, com fundamento no art.
300, do CPC/15, determinando que a requerida UNIMED DE BELÉM COOPERATIVA DE TRABALHO
MÉDICO, no prazo de 48 horas, autorize e custei integralmente o exame PETCT oncológico para o
tratamento de neoplasia maligna que acomete a Requerente, conforme prescrito no laudo médico, sob
pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais), até o limite de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).”

Alega a agravante que a saúde suplementar tem na Lei n. 9.656/1998 a regulamentação do setor, pois, em
que pese a aplicação subsidiária do Código de Defesa do Consumidor, prevista expressamente no art. 35-
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

G da Lei dos Planos de Saúde, é sob a ótica da lei especial que a presente demanda deve ser analisada.

Esclarece que a agravada é beneficiária do contrato Plano de Saúde administrado pela ora recorrente,
cuja segmentação contempla a assistência ambulatorial e hospitalar e, que, o referido plano é
regulamentado pela Lei nº 9.656/1998 e submetido às regras estabelecidas pela Agência Nacional de
Saúde Suplementar – ANS.

Sustenta que o art. 4º, inciso III, da Lei nº 9.961/2000, determina que a competência é da ANS para
elaborar o rol de procedimentos e eventos em saúde, que constituirão referência básica para os fins do
disposto na referida Lei e suas excepcionalidades e, que tal rol estabelece as coberturas mínimas
obrigatórias a serem asseguradas pelos planos privados de assistência à saúde que foram
comercializados a partir de 2/1/1999 e pelos planos adquiridos antes de 2/1/1999, sendo ajustados aos
regramentos legais, conforme o art. 35, da Lei nº 9.656, de 1998, respeitando-se, em todos os casos, as
segmentações assistenciais contratadas.

Afirma que o procedimento de formação e atualização do Rol de Procedimentos é um processo complexo,


ponderado, que conta com a participação de vários atores, incluindo representantes do Poder Público,
operadoras de planos de saúde, sociedade civil e conta, ainda, com a aprovação pelos conselhos
profissionais quanto ao uso dos procedimentos, conforme disposição do artigo 12 da norma supra citada.

Esclarece que, apesar de a legislação facultar às Operadoras a oferta de cobertura além da definida no
Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde definido pela ANS, resta claro que o contrato firmado entre as
partes define que a cobertura contratada é a definida pela ANS no referido rol.

Assevera que a Quarta Turma do STJ, ao julgar o REsp. nº 1733013/PR, fixou entendimento no sentido de
que não há obrigatoriedade de cobertura pelas Operadoras de saúde, no custeio de procedimentos não
listados no rol de procedimentos e eventos em saúde publicado a cada biênio pela Agência Nacional de
Saúde Suplementar – ANS.

Destaca que a exclusão de cobertura do procedimento pleiteado está contida na norma regulamentadora,
disposta explicitamente, não cabendo ao MM. Juízo inovar na ordem jurídica, pelo que merece reforma a
decisão, por atentar contra o princípio da legalidade, inscrito no artigo 5º, II, da Constituição Federal.

Diz que agiu em total consonância com o disposto no art. 12, inciso I, alínea b, da Lei nº 9.656/1998, e
arts. 2º e 15, caput, da RN 428/2017/ANS de forma que manter a decisão agravada significaria contrariar o
disposto na lei e na jurisprudência.

Ressalta que o procedimento requerido pela parte adversa, qual seja, exame ”PET-CT” oncológico para o
tratamento de neoplasia maligna, não consta no rol de procedimentos e eventos em saúde definido pela
ANS, não havendo, portanto, obrigatoriedade de cobertura ao tratamento, uma vez não se enquadrar nas
hipóteses descritas nas Diretrizes de Utilização – DUT.

Alega a presença do periculum in mora inverso, bem assim a necessidade de se evitar o efeito
multiplicador em pedidos de igual natureza, ressaltando a necessidade de se atribuir efeito suspensivo ao
presente recurso, considerando a presença de todos os requisitos autorizadores para o deferimento do
referido pedido.

Por fim, requer a concessão de efeito suspensivo ao presente recurso, para suspender os efeitos da
decisão guerreada, desobrigando a ora recorrente do custeio do procedimento pretendido e, no mérito,
provimento ao presente recurso para reformar a decisão ora combatida, uma vez que se encontra em
dissonância com que dispõe a Lei nº 9.656/1998 c/c RN 428/2017/ANS.

Coube-me, por distribuição, a relatoria do feito (Id nº 5065594).

Indeferido o efeito suspensivo requerido (Id nº 5083560).


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Em sede contrarrazões (Id nº 5275221), pugna a agravada pelo conhecimento e desprovimento do recurso
de Agravo de Instrumento.

Instada a se manifestar a Douta Procuradoria de justiça, exarou parecer opinando pelo conhecimento e
improvimento do presente recuso (Id nº 5767002).

É o relatório.

VOTO

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE.

Avaliados os pressupostos processuais tenho-os como regularmente constituídos, razão pela qual
conheço do recurso, passando a proferir voto.

Cumpre salientar que a análise do presente recurso deve cingir-se tão somente aos limites do
indeferimento da tutela antecipada requerida pela autora/ora agravante, sendo vedado a este Juízo “ad
quem”, sob pena de supressão de instância, pronunciar-se a respeito de matéria ainda não enfrentada
pelo Juízo “a quo”.

DA DECISÃO AGRAVADA

Prima facie, vejamos a Decisão Agravada (Id nº 2544311– autos originários), in verbis:

“GISELE HELENA DAS NEVES MARTINEZ ajuizou a presente AÇÃO ORDINÁRIA em face de UNIMED
BELÉM – COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, ambos já qualificados na inicial.

Alega a requerente que em 06.04.2021 foi diagnosticada com câncer no colo do útero, estágio III, e em
razão da suspeita de metástase o médico assistente solicitou o exame PET oncológico dedicado.

Afirma que plano de saúde não autorizou o exame, sob o argumento de que o mencionado procedimento
não se encontra no rol de procedimentos previstos na Resolução Normativa 428/2017 – ANS (Id.
25367820).

Aduz a autora que o rol de procedimentos previstos na mencionada Resolução é meramente


exemplificativo, e que o plano de saúde não tem competência para estabelecer ou limitar as alternativas
para o tratamento médico.

Com base nesses fatos, a autora pleiteia tutela de urgência para que o plano de saúde autorize a
realização do exame PET oncológico dedicado, sob pena de multa diária.

É o relatório. Decido.

Pleiteia a autora, em sede de tutela de urgência inaudita altera pars, a concessão de liminar para autorizar
a realização do exame PET-CT oncológico. Com efeito, a respeito da tutela de urgência, dispõe o art. 300,
do NCPC:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. ... §2º. A tutela
de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
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Registre-se que o art. 300, do NCPC unificou os requisitos tanto para fins de concessão de antecipação
dos efeitos da tutela, quanto para fins de concessão de medida cautelar. Destarte, e à luz do NCPC, para
a concessão da tutela específica, seriam necessárias a presença dos seguintes elementos que
evidenciem:

a) a Probabilidade do direito; e,

b) o fundado receio de dano ou de ineficácia do provimento final.

No particular, em juízo sumário de cognição, entendo que se encontram preenchidos os referidos


pressupostos a tutela de urgência.

A probabilidade do direito resta configurada porquanto que é entendimento pacífico no Superior Tribunal
de Justiça que os planos de saúde não podem limitar os tratamentos das moléstias cobertas, pois tal
conduta se configura como abusiva (AgInt no AREsp 1328258 / AL, AgInt no AREsp 1.072.960/SP, AgInt
nos EDcl no REsp 1699205 / PR). Por conseguinte, ainda que não esteja prevista na Resolução Normativa
428/2017 – ANS a obrigação expressa da operadora do plano de saúde em custear o exame PET
oncológico (PET-CT) para os casos de diagnóstico de câncer colo de útero, há muito o Superior Tribunal
de Justiça consolidou o entendimento no sentido de que "somente ao médico que acompanha o caso é
dado estabelecer qual o tratamento adequado para alcançar a cura ou amenizar os efeitos da enfermidade
que acometeu o paciente; a seguradora não está habilitada, tampouco autorizada a limitar as alternativas
possíveis para o restabelecimento da saúde do segurado, sob pena de colocar em risco a vida do
consumidor." (REsp 1.053.810/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, DJe 15/03/2010). Posicionamento
prevalecente na Corte Superior: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
ESPECIAL. PLANO DE SAÚDE. TRATAMENTO ONCOLÓGICO. NEGATIVA DE COBERTURA DE
EXAME (PET SCAN). ABUSIVIDADE COMPROVADA. DANO MORAL IN RE IPSA. CONFIGURAÇÃO.
RECURSO MANEJADO SOB A ÉGIDE DO CPC/73. DECISÃO MANTIDA. 1. O Superior Tribunal de
Justiça entende que é abusiva a cláusula contratual que exclui tratamento prescrito para garantir a saúde
ou a vida do beneficiário, porque o plano de saúde pode estabelecer as doenças que terão cobertura, mas
não o tipo de terapêutica indicada por profissional habilitado na busca da cura. 2. A orientação desta Corte
Superior é de que a recusa indevida ou injustificada pela operadora de plano de saúde em autorizar a
cobertura financeira de tratamento médico a que esteja legal ou contratualmente obrigada, gera direito de
ressarcimento a título de dano moral, em razão de tal medida agravar a situação tanto física quanto
psicologicamente do beneficiário. Caracterização de dano moral in re ipsa. 3. Na espécie, não há que se
falar no afastamento da presunção de dano moral, porque o Tribunal de origem, soberano na análise de
matéria fático-probatória, destacou que não houve dúvida razoável na interpretação de cláusula contratual,
mas sim declaração de sua nulidade por restringir direitos e obrigações inerentes ao próprio contrato, nos
termos do Código de Defesa do Consumidor. 4. A operadora do plano de saúde não apresentou
argumento novo capaz de modificar a conclusão adotada, que se apoiou em entendimento aqui
consolidado para dar provimento ao recurso especial a fim de reconhecer o cabimento da indenização por
dano moral. Incidência das Súmulas nºs 7 e 83 do STJ. 5. Inaplicabilidade das disposições do NCPC ao
caso concreto ante os termos do Enunciado nº 1 aprovado pelo Plenário do STJ na sessão de 9/3/2016:
Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março
de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as
interpretações dadas até então pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. 6. Agravo regimental
não provido. (STJ - AgRg no REsp: 1546908 RS 2015/0193146-0, Relator: Ministro MOURA RIBEIRO,
Data de Julgamento: 26/04/2016, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 03/05/2016).
Ademais, a Lei nº 9.656/98 instituiu o plano-referência de assistência à saúde e estabeleceu, no art. 12,
as coberturas mínimas, nas quais estão inclusas, dentre outras, a cobertura de serviços de apoio
diagnóstico, tratamentos e demais procedimentos ambulatoriais, solicitados pelo médico assistente (inc. I,
item b), assim, a lei em epígrafe prevê, que a operadora deverá cobrir o tratamento necessário ao pleno e
integral restabelecimento do usuário. Ressalta-se que em uma análise preliminar, o exame PET-CT
oncológico não se amolda a qualquer das excludentes de tratamento permitidas pelo art. 10 da Lei
9656/98, portanto, verifico preenchido o requisito da probabilidade do direito invocado.
Outrossim, o perigo de dano decorre das possíveis consequências advindas da demora na prestação
jurisdicional, uma vez que a não realização do exame solicitado pelo médico, conforme verificado nos
documentos acostados (Id. 25367819), poderá acarretar a significativo prejuízo a saúde da requerente.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ante o exposto, defiro o pedido de concessão da tutela antecipada de urgência, com fundamento
no art. 300, do CPC/15, determinando que a requerida UNIMED DE BELÉM COOPERATIVA DE
TRABALHO MÉDICO, no prazo de 48 horas, autorize e custei integralmente o exame PET-CT
oncológico para o tratamento de neoplasia maligna que acomete a Requerente, conforme prescrito
no laudo médico, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais), até o limite de R$ 40.000,00
(quarenta mil reais).

Cite-se a requerida para, querendo, apresentar contestação, no prazo de 15 (quinze) dias. Ressalte-se
que a ausência de contestação implicará revelia e na presunção de veracidade da matéria fática
apresentada na petição inicial, nos termos do art. 344 c/c art. 345 do CPC.

Considerando a necessidade de prevenção ao contágio pela pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19),


deixo, excepcionalmente, de designar audiência de conciliação, ficando, contudo, a secretaria autorizada a
agendá-la apenas em caso de ambas as partes informarem, por meio de petição, o interesse na
conciliação.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como carta de citação ou mandado, nos termos do
Provimento n. 003/2009-CJRMB.

CUMPRA-SE EM CARÁTER DE URGÊNCIA.

P.R.I.C.

Expeça-se o necessário.

Belém/PA, 13 de abril de 2021.

FÁBIO ARAÚJO MARÇAL

Juiz Auxiliar de 3ª Entrância.”

(Negritou-se).

QUESTÕES PRELIMINARES

Àmingua de questões preliminares, atenho-me ao mérito.

MÉRITO

A controvérsia a ser solucionada nesta instância revisora consiste em verificar o acerto ou o suposto
desacerto da decisão do Juízo primevo que determinou a requerida, ora recorrente, que no prazo de 48
horas, autorizasse o custeio do exame “PET-CT” oncológico para o tratamento de neoplasia maligna da
autora, ora agravada, conforme prescrito no laudo médico, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil
reais), até o limite de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) em caso de descumprimento.

Pretende a recorrente com o presente recurso, a reforma da decisão sob o fundamento de que o
procedimento requerido pela parte adversa, qual seja, exame “PET-CT” oncológico para o tratamento de
neoplasia maligna, não consta no rol de procedimentos e eventos em saúde definido pela ANS, não
havendo, portanto, obrigatoriedade de cobertura ao tratamento, uma vez não se enquadrar nas hipóteses
descritas nas Diretrizes de Utilização – DUT.

Com efeito, a legislação processual civil consagra a possibilidade de concessão antecipada, parcial ou
integral, de provimento provisório a parte demandante, antes do exaurimento cognitivo do feito, que se
consolidará com a sua devida instrução processual.
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Vide art. 300 do NCPC:

“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

§2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

§3 o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão”.

Da leitura do dispositivo supra, depreende-se que a concessão da antecipação dos efeitos da tutela,
pressupõe a existência do pedido da parte; a prova inequívoca dos fatos alegados; o fundado receio de
dano irreparável ou de difícil reparação ou de risco ao resultado útil ao processo; a fundamentação da
decisão antecipatória e a possibilidade de reversão do ato concessivo.

O deferimento da tutela de urgência na hipótese de fundado receio de dano irreparável ou de difícil


reparação exige a demonstração de dois requisitos indispensáveis, quais sejam: o próprio risco do dano
que pode ser enquadrado como periculum in mora, e a probabilidade do direito alegado, ou seja, o fumus
bonis iuris.

Ésabido que, para a concessão da tutela antecipada, exige-se a prova inequívoca, ou seja, aquela capaz
de persuadir o julgador da verossimilhança das alegações, onde tal exigência se deve ao fato de que se
trata de medida de caráter excepcional, uma vez antecipatória do provimento final.

Assim, os documentos que acompanham o instrumento devem formar um conjunto probatório


suficientemente coeso, apto a convencer, sob uma análise superficial, de que os fatos narrados fossem
verdadeiros.

O múnus de comprovar a existência do fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação e a


probabilidade do direito alegado a ensejar a concessão da tutela de urgência, recai à parte autora da ação
intentada.

In casu, verifica-se que a autora/ora agravada encontra-se acometida com câncer no colo do útero, estágio
III, tendo solicitado junto ao plano de saúde, ora agravante, a realização de exame do tipo “PET-CT”,
procedimento recomendado pelo médico Dr. José Augusto Palheta (Id. 25367819 – Autos de primeiro
grau.), pedido este negado pela agravante sob o argumento de falta de cobertura, pois mencionado exame
não consta no rol elencado na Resolução Normativa nº 387/2015 da Agência Nacional de Saúde
Suplementar – ANS, fatos que se depreendem dos documentos juntados a Id. 25367820 – Autos
originários.

Analisando os autos em epígrafe, evidencia-se restar demonstrado a existência do fundado receio de dano
irreparável ou de difícil reparação, face a orientação médica no sentido de que a realização do referido
exame tem como objetivo determinar a localização e a extensão do câncer na paciente.

No que concerne ao “fumus bonis iuris”, evidenciada da orientação médica quanto a necessidade de
realização do exame nos termos aludidos supra, por revelar-se necessário, tendo em vista que ora
agravada é portadora de neoplastia maligna de colo uterino – CID C-53 – EC: IIIb.

Nesta senda, sabe-se que os planos de saúde podem estabelecer, somente, para quais moléstias
oferecerão cobertura, não lhes cabendo limitar o tipo de tratamento que será prescrito, incumbência essa
que cabe ao profissional da medicina que assiste a paciente.
337
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nesse sentido:

“PLANO DE SAÚDE – OBRIGAÇO DE FAZER – NEGATIVA DE COBERTURA - Autor portador de


patologia da coluna vertebral com quadro álgico – Dor refratária ao tratamento anteriormente submetido
(denervação percutânea de faceta articular) - Indicação médica para realização de procedimento
"rizotomia percutânea por segmento por radiofrequência" - Recusa de cobertura – Alegação de ausência
de cobertura contratual por não se enquadrar na Diretriz de Utilização definida pela ANS – Recusa
indevida – Existência de expressa indicação médica – Somente ao médico que acompanha o caso é
dado estabelecer qual tratamento adequado para alcançar a cura ou amenizar os efeitos da
enfermidade que acomete o paciente - Rol que é referência, não taxativo – Aplicação da Súmula 102
do TJ/SP – Honorários recursais devidos - RECURSO DESPROVIDO.

(TJ-SP - APL: 10271070320178260100 SP 1027107-03.2017.8.26.0100, Relator: Angela Lopes, Data de


Julgamento: 15/08/2017, 9ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 17/08/2017). (Grifei).

Assim, a alegação de que o procedimento sobredito não se encontra no rol da ANS não deve prosperar,
visto que a Agência Nacional de Saúde – ANS, acerca do tratamento em questão, apresenta na Resolução
Normativa nº 387/2015 apenas Diretrizes de Utilização – DUT dos procedimentos nela relacionados, o que
não obsta a cobertura, pois a jurisprudência pátria vem sedimentando entendimento de que o referido rol
não é taxativo, servindo apenas como referência para os planos de saúde privados.

Outrossim, destaca-se que o aludido entendimento é majoritário na jurisprudência pátria, inclusive no


âmbito do Superior Tribunal de Justiça, não obstante exista posicionamento dissonante na referida Corte,
como no julgado destacado na peça recursal pela agravante, que, entretanto, não possui efeito vinculativo.

Destarte, o exame solicitado pelo médico que assiste a ora agravada se mostra de suma importância, pois
somente após a realização deste poderá o médico decidir a qual tratamento será a paciente submetida, e
a não efetivação de tal providencia poderá ocasionar comprometimento ou agravamento de sua saúde
desta.

Ademias, as limitações à cobertura pelo Planos de Saúde, mesmo nas hipóteses previstas na Lei, não se
eximem da observância às normas impostas pelo Código de Defesa do Consumidor, portanto, a negativa
da agravante frustra o próprio objetivo da contratação levada a efeito pela agravada e, mais, viola as
regras protetivas do CDC.

Nesse sentido, vejamos julgados dos Tribunais pátrios:

RECURSO ESPECIAL Nº 1935100 - DF (2021/0125501-9) DECISÃO CLINEU LÁZARO MOREIRA


(CLINEU) ajuizou ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de reparação de danos morais e de
tutela provisória de urgência em desfavor de GEAP AUTOGESTÃO EM SAÚDE (GEAP) Em primeira
instância, após confirmada a antecipação de tutela anteriormente deferida, os pedidos foram julgados
procedentes para (1) determinar à ré que autorize a realização do exame PET-CT solicitado pelos médicos
que acompanham o autor sempre que se fizer necessário ao tratamento, sob pena de multa diária de
R$10.000,00 (dez mil reais), até o limite de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais); (3) condeno a ré ao
pagamento da quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de danos morais, monetariamente corrigida
pelo INPC a partir da presente data, e acrescida de juros de mora de 1% a partir da citação; e, (3)
condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que arbitro em 10% sobre
o valor da causa, à luz do art. 85, § 2º, do NCPC (e-STJ, fls. 195/206). O apelo da GEAP foi parcialmente
provido, a fim de excluir a condenação à reparação de danos morais e para delimitar a autorização do
exame PET-CT ou PET-SCAN à prescrição única constante do pedido, determinando, ainda, que a
necessidade de exames futuros deverá ser avaliada a cada novo pedido médico, não podendo a sentença
estipular obrigação incerta e não sabida, alterando, de forma imprevisível, a própria essência do contrato.
Eis a ementa do acórdão: APELAÇÃO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE SAÚDE.
AUTOGESTÃO. RELAÇÃO DE CONSUMO. AUSÊNCIA. SÚMULA Nº 608 DO STJ. PET-CT OU PET-
SCAN. RECOMENDAÇÃO MÉDICA. OBRIGATORIEDADE. RESTRIÇÃO. EQUILÍBRIO- ECONÔMICO.
NEGATIVA DE COBERTURA. ROL DA ANS. TAXATIVIDADE. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO DO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

STJ. OVERRULING. VIOLAÇÃO À SAÚDE. FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS. SUBVERSÃO DA


FUNÇÃO SOCIAL. CASO CONCRETO. CUSTEIO. POSSIBILIDADE. HIPÓTESES EXCEPCIONAIS.
DANOS MORAIS. DESCABIMENTO. 1. É inaplicável o Código de Defesa do Consumidor ao contrato de
plano de saúde administrado por entidade de autogestão. Súmula 608 do STJ. 2. Em decorrência do
indiscriminado fornecimento de tratamentos, que a operadora/seguradora de saúde não se obrigou a
custear, há um aumento do prêmio/mensalidade pago pelo segurado/usuário, fazendo com que outros
usuários paguem também valores exorbitantes por procedimentos que nunca utilizariam. 3. Não são todas
as terapêuticas que devem ser autorizadas/custeadas pela operadora do plano/seguro de saúde, somente
porque recomendadas pelo médico assistente, sob pena de sujeitar a entidade e o setor suplementar a um
verdadeiro caos econômico. 4. A negativa da operadora de saúde de terapêutica recomendada pelo
profissional com relação à doença coberta pelo contrato, em alguns casos, pode afetar o direito à
saúde do paciente e à dignidade, pois a medida poderia ser sua única possibilidade de sobreviver
ou de ter uma sobrevida. 5. Os contratos devem observar sua função social (art. 422 do Código Civil) e,
nos termos do art. 170 da Constituição Federal, a ordem econômica também tem por objetivo assegurar a
todos a existência digna, conforme os ditames da justiça social. 6. O rol de procedimentos e eventos em
saúde obrigatórios regulamentado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem natureza
taxativa, segundo o novo entendimento do STJ (Overruling) proferido no RESP nº 1733013/PR. 7. Embora
a operadora não tenha a obrigação de oferecer tratamentos não previstos no rol da ANS, deve custeá-los
em favor do contratante para o efetivo restabelecimento de sua saúde, em respeito à função social do
contrato, diante do caso concreto e em hipóteses excepcionais, apenas se houver elementos mínimos ou
for demonstrado: a) risco notório à integridade física e/ou psicológica do paciente, caso não realizada a
terapêutica; b) real necessidade do procedimento; c) sua eficácia; d) que é o melhor tratamento para a
mazela apresentada e e) a inadequação de eventual tratamento convencional e/ou mais barato. 8. Ante a
comprovação efetiva da real necessidade do exame indispensável (Pet-Scan ou Pet-CT) para
garantir a elucidação diagnóstica e o controle da evolução de doença grave indicado pelo médico
especialista, excepcionalmente, a seguradora/operadora deve custeá-lo em respeito ao direito à
saúde da paciente e à função social do contrato. 9. É incabível a condenação por danos morais quando
a seguradora/operadora de saúde recusa a cobertura de tratamento amparada em cláusula contratual e
em previsão legal, sendo devida a prestação, contudo, por construção jurisprudencial. 10. Recurso
conhecido e parcialmente provido. (e-STJ, fls. 254/255). Inconformada, GEAP interpôs recurso especial
com fundamento nas alíneas a e c do permissivo constitucional, apontando, a par de dissídio
jurisprudencial, violação dos arts. 10, § 4º, da Lei nº 9.656/98; 4º da Lei nº 9.961/2000; 421, 422, do
CC/02, ao sustentar, em suma, que não praticou qualquer ato ilícito, tendo atuado em conformidade
com o ordenamento jurídico ao indeferir a realização de tratamento que não está previsto no rol de
procedimentos da ANS e também no contrato. Após a apresentação das contrarrazões, o apelo nobre
foi admitido na origem (e-STJ, fls.291/303e 322/326, respectivamente). É o relatório. DECIDO. O
inconformismo não merece prosperar. De plano, vale pontuar que o presente agravo em recurso especial
foi interposto contra decisão publicada na vigência do NCPC, razão pela qual devem ser exigidos os
requisitos de admissibilidade recursal na forma nele prevista, nos termos do Enunciado Administrativo nº 3
aprovado pelo Plenário do STJ na sessão de 9/3/2016: Aos recursos interpostos com fundamento no
CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos
de admissibilidade recursal na forma do novo CPC. Do Rol da ANS No presente caso, a GEAP alegou,
nas razões da sua insurgência especial, que não houve comprovação da existência de ato ilícito, porque
não está obrigada a custear tratamento não previsto no rol da ANS, o que impediria a autorização do
exame/procedimento requerido. Sem razão, contudo. O TJDF, ao reformar parcialmente a sentença de
procedência da ação ajuizada por CLINEU, tão somente para afastar a condenação ao pagamento de
dano moral, considerou abusiva a negativa de custeio do exame médico postulado pelo autor, destacando
que a falta de previsão desse exame no rol de procedimentos básicos publicado pela ANS não interfere na
obrigação legal da operadora do plano de saúde de conferir o tratamento adequado à doença do
beneficiário. A esse respeito, veja-se trecho do voto condutor da apelação: Da negativa de cobertura do
exame PET-CT (PET-SCAN). 15. Sabe-se que o rol de procedimentos e eventos em saúde editado pela
Agência Nacional de Saúde constitui referência para cobertura assistencial mínima, de cumprimento
obrigatório pelos planos/seguros privados de assistência à saúde. 16. Embora a jurisprudência tenha, por
anos, considerado esse rol meramente exemplificativo, o STJ, recentemente, mudou seu entendimento
(Overruling) e concluiu que o rol constante na Resolução nº 428/2017 da ANS é taxativo: REsp
1733013/PR, Rel. Ministro Luís Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 10/12/2019, DJe 20/02/2020.
17. Esse posicionamento encontra-se em conformidade com o entendimento que venho reiteradamente
firmando em meus votos sobre a problemática da concessão/autorização judicial, sem ressalvas, para
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

tratamentos não previstos na referida norma. 18. Além de poder gerar o fenômeno psicológico que se
denomina "efeito da vítima identificável/individualizável" - quando, por exemplo, o Juiz se compadece com
a possível vulnerabilidade do autor e se convence de que o procedimento pleiteado é essencial para o
paciente, independente do preço; da forma de realização e da inexistência de provas ou evidências
científicas de sua eficácia - a decisão judicial repercutirá na esfera de outros contratantes do
plano/seguradora, ou até mesmo na sociedade em geral. 19. Vale lembrar que houve um aumento de
130% de ações judiciais envolvendo o tema "saúde" entre 2008 e 2017, com alto índice de êxito do autor,
conforme levantamento elaborado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) para o Conselho Nacional
de Justiça (https://www.cnj.jus. br/wpontent/uploads/2019/03/66361404dd5ceaf8c5f7049223bdc709.pdf).
20. É inegável que o fato de a operadora do plano/seguro de saúde ser obrigada judicialmente a custear
tratamentos não estipulados como obrigatórios pela ANS pode influenciar no seu equilíbrio
econômico/financeiro e em suas relações com os contratantes. 21. Em decorrência do indiscriminado
fornecimento de tratamentos, que a operadora/seguradora não se obrigou a custear, há um aumento do
prêmio/mensalidade pago pelo segurado/usuário, fazendo com que outros usuários paguem também
valores exorbitantes por procedimentos que nunca utilizariam. 22. A primeira consequência econômica
dessa ampliação seria a exclusão da cobertura de milhares de vidas, inviabilizada pela falta de condições
de pagamento do preço estratosférico que passaria a custar esses produtos, que já não são acessíveis a
muitos brasileiros exatamente pelo valor elevado. 23. Registre-se que os planos/seguros de saúde não
são planos de solidariedade, ao contrário do sistema previdenciário público; nem têm, por princípio, a
integralidade, como ocorre com o Sistema Único de Saúde (SUS). 24. Em razão disso, não são todas as
terapêuticas que devem ser autorizadas/custeadas pelo plano/seguro de saúde, somente porque
recomendadas pelo médico assistente, sob pena de sujeitar a entidade e o setor suplementar a um
verdadeiro caos econômico. 25. Em contrapartida, é evidente que o contratante, ao aderir aos contratos,
possui o principal interesse de ter um amparo, uma cobertura, caso necessite de serviços/tratamentos
médicos, e o ajuste assegura o direito ao tratamento de algumas mazelas. 26. Ademais, os contratos
devem observar a sua função social (art. 422 do Código Civil) e, nos termos do art. 170 da Constituição
Federal, a ordem econômica também tem por objetivo assegurar a todos a existência digna, conforme os
ditames da justiça social. 27. A negativa de terapêutica recomendada pelo profissional quanto à doença
coberta pelo contrato, pode, em alguns casos, afetar a dignidade da pessoa humana, pois a medida
poderia ser a única possibilidade de sobreviver ou de ter uma sobrevida. O tema alcança uma proporção
maior quando envolvem idosos ou crianças, que possuem especial proteção do Estado, com dispõem
seus respectivos Estatutos. 28. A problemática evidencia um relevante confronto como pano de fundo: o
direito à saúde do contratante, o que, ao fim e ao cabo, é o objeto central do ajuste e a livre iniciativa da
operadora/seguradora de saúde, independente se for entidade de autogestão (sem fins lucrativos), ambos
direitos constitucionais. 29. Esses direitos, como se sabe, não possuem natureza absoluta, de modo que
podem ser mitigados quando em conflito com outro direito de mesma grandeza. 30. É necessário
encontrar um meio termo, de modo que o paciente possa ter o seu direito à saúde resguardado, ao tempo
em que se busque preservar o equilíbrio/liberdade econômica do plano/seguro de saúde. Aplica-se o
princípio da proporcionalidade. 31. É preciso questionar se há razoabilidade na negativa pelo
plano/seguro de saúde de tratamento inovador de mazela coberta contratualmente - mais eficiente com
base em diversos estudos científicos, e fundamental para o restabelecimento da saúde do paciente -, mas
que não está previsto no índice estabelecido pela ANS na Resolução Normativa nº 428. 32. O rol e os
anexos da referida norma, feitos no exercício da competência legal da autarquia especial, nos termos do
art. 4º, II da Lei nº 9.961/2000, devem ser utilizados como parâmetro para oferecimento de
serviços/tratamentos pela operadora/seguradora. 33. Todavia, considerá-lo, de forma absoluta, e, por
conseguinte, preservar apenas a autonomia da entidade em detrimento à saúde do paciente, talvez à vida,
pode subverter a lógica do contrato de plano/seguro de saúde, violar a sua função social e negar ao
contratante o que foi objeto nuclear do referido ajuste. 34. De acordo com o Código de Ética Médica, o
médico assistente possui como princípio fundamental a responsabilidade de "aprimorar
continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do
paciente e da sociedade" (capítulo I, inciso V). Além disso, a medicina deve ser exercida com a
utilização dos meios técnicos e científicos que visem os melhores resultados (capítulo I, inciso
XXVI). [grifo na transcrição]. 35. Por isso, em determinados casos excepcionais, não é razoável que o
paciente aguarde sempre a previsão em norma para que tenha a autorização/custeio pela entidade
suplementar de saúde de procedimento comprovadamente essencial à sua saúde. A cura tem
pressa; "a dor tem pressa" (Ministra Carmen Lúcia). 36. Sobre esse aspecto, o eminente Relator do
RESP nº 1733013/PR, Ministro Luís Felipe Salomão, fundamentou em seu voto que a taxatividade
do rol da ANS não impede que o Juiz, em situações pontuais, conceda, de forma fundamentada,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

cobertura para tratamento comprovadamente imprescindível: "[...] Por óbvio, sob pena de violação do
próprio princípio do acesso à justiça e diante do risco do estabelecimento ilegal de presunção absoluta
(juris et de jure) de higidez dos atos da Administração Pública, não se está a dizer que não possam existir
situações pontuais em que o Juízo - munido de informações técnicas obtidas sob o crivo do contraditório,
ou mesmo se valendo de nota técnica dos Nat- jus, em decisão racionalmente fundamentada - venha
determinar o fornecimento de certa cobertura que constate ser efetivamente imprescindível, com
supedâneo em medicina baseada em evidência (clínica)". 37. Nesse sentido, embora a operadora não
tenha a obrigação de oferecer tratamentos não previstos no rol da ANS, deve custeá-los em favor
do contratante para o efetivo restabelecimento de sua saúde, em respeito à função social do
contrato, diante do caso concreto e em hipóteses excepcionais, apenas se houver elementos
mínimos ou for demonstrado: a) risco notório à sua integridade física e/ou psicológica, caso não
realizada a terapêutica; b) real necessidade do procedimento; c) sua eficácia; d) que é o melhor
tratamento para a mazela apresentada e e) a inadequação de eventual tratamento convencional
e/ou mais barato. 38. Com esse raciocínio, evita-se a concessão/autorização indiscriminada e/ou
desnecessária de tratamentos aos pacientes, resguardando a sua saúde e, ainda que de forma mitigada, a
autonomia das operadoras/seguradoras de saúde. 39. Nada obsta que a operadora/seguradora crie meios
internos, a exemplo de juntas médicas instituídas em diversos outros protocolos, para verificação desses
requisitos, ou até mesmo identifique a possibilidade de utilização de terapêutica alternativa, que, aliás,
pode ser uma boa opção para o paciente. 40. O relatório clínico do apelado consignou que (ID nº
20427635): "O paciente Clineu Lazaro Moreira é portador de adenocarcinoma de próstata em
tratamento hormonal, com metástases ósseas e linfonodais, com excelente resposta ao tratamento
hormonal, necessitando repetir o exame de PET-CT para verificar o benefício de tratamento local de
próstata, conforme estudo STAMPEDE. A não realização do exame pode implicar em uma avaliação
errônea da melhor opção terapêutica, e dessa forma, trazer uma redução das chances de sucesso
com o tratamento.". 41. Em 22/7/2020, o oncologista Dr. Paulo Sergio Moraes Lages, CRM-DF nº 21455,
solicitou autorização para realização "de PET-CT" (ID nº 20427636). 42. A apelante, contudo, recusou a
cobertura (ID nº 20427647), sob a justificativa de que o procedimento não atendia aos critérios constantes
nas Diretrizes de Utilização - DUT estabelecidas pela ANS. O exame foi novamente solicitado (ID nº
20427647) e mais uma vez negado pela apelante, com o mesmo motivo anterior. 43. A antecipação dos
efeitos da tutela para autorização e realização do exame foi deferida (ID nº 20427654). 44. O exame
denominado PET-CT ou PET-SCAN, tomografia por emissão de pósitrons, é uma nova técnica de
medicina nuclear que tem sido utilizada na oncologia como ferramenta de diagnóstico e estadiamento da
doença (classificação do nível de impacto), podendo registrar, também, a resposta de um determinado
tumor aos tratamentos cirúrgico ou quimio-radioterápico. [informação disponível no site da Sociedade
Brasileira de Medicina Nuclear: www.sbmn.org.br, acesso em 20/2/2019]. 45. A Resolução Normativa nº
428/2017, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu em seu Anexo I o exame PET-CT
Oncológico (com diretriz de utilização) como sendo de cobertura mínima obrigatória pelos planos de
saúde. 46. Embora a Diretriz de Utilização do PET-SCAN não preveja seu uso especificamente para a
neoplasia relatada na inicial, os estudos científicos mostram que essa é uma importante ferramenta para
determinar os rumos do tratamento da neoplasia. 47. Como a doença insere-se na cobertura do plano
de saúde, o procedimento pleiteado é necessário e eficaz para a definição do tratamento da
neoplasia maligna, consequentemente, para o restabelecimento da saúde do autor, que sofre de
doença gravíssima, a responsabilidade da ré de custear a terapêutica deve ser mantida, ainda que
não estabelecida no rol da Resolução nº 428/2017 da ANS, tampouco no contrato firmado entre as
partes. 48. Ademais, a apelante não propôs outra solução para o usuário do plano de saúde e nem
demonstrou que o exame seria dispensável para o tratamento da incontroversa enfermidade. 49.
Por essas razões, correta a sentença que condenou a apelante a custear a realização do exame
PET- SCAN necessário ao tratamento do paciente. Contudo, a sua necessidade deve ser avaliada a
cada novo pedido médico, por se tratar de excepcionalidade. (e-STJ, fls. 257/260, sem destaque no
original). Com efeito, a jurisprudência desta Terceira Turma já sedimentou entendimento no sentido
de que "não é cabível a negativa de tratamento indicado pelo profissional de saúde como
necessário à saúde e à cura de doença efetivamente coberta pelo contrato de plano de saúde".
Ademais, o "fato de eventual tratamento médico não constar do rol de procedimentos da ANS não
significa, per se, que a sua prestação não possa ser exigida pelo segurado, pois, tratando-se de rol
exemplificativo, a negativa de cobertura do procedimento médico cuja doença é prevista no
contrato firmado implicaria a adoção de interpretação menos favorável ao consumidor" (AgRg no
AREsp n. 708.082/DF, Relator Ministro João Otávio de Noronha, Terceira Turma, julgado em 16/2/2016,
DJe 26/2/2016). Sendo assim, observa-se que o acórdão recorrido está em consonância com o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

entendimento desta Corte, segundo o qual é abusiva a recusa da operadora do plano de saúde de arcar
com a cobertura de tratamento prescrito pelo médico para o beneficiário, ainda que de uso domiciliar,
quando necessário ao tratamento de enfermidade objeto de cobertura pelo contrato. Confiram-se os
seguintes precedentes: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. RECURSO MANEJADO SOB A ÉGIDE DO NCPC. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER.
VIOLAÇÃO DO ART. 1.022 DO NCPC. OMISSÃO NÃO VERIFICADA. COBERTURA DE EXAME.
NEGATIVA INJUSTIFICADA. FUNDAMENTO INATACADO. SÚMULA Nº 283 DO STF. ROL DA ANS.
EXEMPLIFICATIVO. DANOS MORAIS. CARACTERIZAÇÃO. REEXAME DE FATOS E PROVAS.
INVIABILIDADE. SÚMULA Nº 7 DO STJ. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. [...].
3. A ausência de impugnação dos fundamentos do acórdão recorrido quanto a obrigatoriedade da
cobertura do exame em atenção ao disposto no art. 35-C da Lei nº 9.656/98, com a alteração dada pela
Lei nº 11.935/09, bem como ser do médico assistente a competência para definir qual o tratamento mais
adequado para o paciente, atrai a incidência da Súmula nº 283 do STF. 4. Esta Terceira Turma tem
reiterado o entendimento de que o rol de procedimentos da ANS tem caráter exemplificativo, de
modo que a ausência de previsão no referido rol não afasta do plano de saúde a obrigação de
custear procedimento/medicamento necessário ao tratamento de moléstia contratualmente coberta
. [...]. 6. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp 1.707.988/DF, de minha relatoria, j. 29/03/2021, DJe
6/4/2021) AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. CIVIL. PLANO DE SAÚDE. TRATAMENTO
PRESCRITO PELO MÉDICO. DOENÇA ABRANGIDA PELO CONTRATO. LIMITAÇÕES DOS
TRATAMENTOS. CONDUTA ABUSIVA. INDEVIDA NEGATIVA DE COBERTURA. JURISPRUDÊNCIA
PACÍFICA DA TERCEIRA TURMA. PRECEDENTE EM SENTIDO CONTRÁRIO NA QUARTA TURMA.
RATIFICAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA DESTA TURMA. DANOS MORAIS. REEXAME. SÚMULA 7/STJ.
AGRAVO IMPROVIDO. 1. Com efeito, a jurisprudência desta Terceira Turma já sedimentou
entendimento no sentido de que "não é cabível a negativa de tratamento indicado pelo profissional
de saúde como necessário à saúde e à cura de doença efetivamente coberta pelo contrato de plano
de saúde". Ademais, o "fato de eventual tratamento médico não constar do rol de procedimentos
da ANS não significa, per se, que a sua prestação não possa ser exigida pelo segurado, pois,
tratando-se de rol exemplificativo, a negativa de cobertura do procedimento médico cuja doença é
prevista no contrato firmado implicaria a adoção de interpretação menos favorável ao consumidor"
(AgRg no AREsp n. 708.082/DF, Relator Ministro João Otávio de Noronha, Terceira Turma, julgado em
16/2/2016, DJe 26/2/2016). 2. Existência de precedente da Quarta Turma no sentido de que seria legítima
a recusa de cobertura com base no rol de procedimentos mínimos da ANS. 3. Ratificação do
entendimento firmado pela Terceira Turma quanto ao caráter exemplificativo do referido rol de
procedimentos. Precedente. [...]. 5. Agravo interno improvido. (AgInt no REsp 1.912.467/SP, Rel.
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, Terceira Turma, j. 29/3/2021, DJe 6/4/2021). Verificado, pois, o
caráter imotivado, abusivo e ilegítimo da recusa de tratamento declinada pela GEAP, e, ainda, que os
fundamentos adotados pelo acórdão recorrido estão em consonância com o entendimento firmado nesta
Corte, não há razão para modificá-lo, devendo, assim, ser mantido. Nessas condições, NEGO
PROVIMENTO ao recurso especial. MAJORO em 5% os honorários advocatícios anteriormente fixados
em desfavor da GEAP, nos termos do art. 85, § 11 do NCPC. Por oportuno, previno as partes de que a
interposição de recurso contra esta decisão, se declarado manifestamente inadmissível, protelatório ou
improcedente, poderá acarretar condenação às penalidades fixadas nos arts. 1.021, § 4º, ou 1.026, § 2º,
ambos do NCPC. Publique-se. Intime-se. Brasília, 05 de maio de 2021. Ministro MOURA RIBEIRO Relator

(STJ - REsp: 1935100 DF 2021/0125501-9, Relator: Ministro MOURA RIBEIRO, Data de Publicação: DJ
07/05/2021). (Negritou-se).

“CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. EXAME PET-CT ONCOLÓGICO. NEGATIVA DE COBERTURA.


REEMBOLSO DEVIDO. 1. A partir do momento em que a ré se compromete a dar cobertura ao
tratamento oncológico e sendo necessário o exame em questão para confirmar a progressão da
doença, o plano de saúde deve cobrir os métodos necessários e mais eficientes ao diagnóstico e
tratamento da doença. 2. Além disso, importante destacar que não há exclusão expressa do
procedimento em questão, ao contrário, o procedimento está previsto, não se justificando a negativa de
cobertura sob o argumento de que ela ocorre apenas nos casos de câncer de pulmão e linfoma. 3. Assim,
não merece reparos a sentença que condenou a ré ao pagamento do valor do exame realizado pela
autora. 3. Por fim, é importante ressaltar que a interpretação das cláusulas deve ocorrer de forma mais
benéfica ao consumidor, conforme determina o artigo 47 da legislação consumerista. RECURSO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71003791738, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator:
Cleber Augusto Tonial, Julgado em 11/04/2013)

(TJ-RS - Recurso Cível: 71003791738 RS, Relator: Cleber Augusto Tonial, Data de Julgamento:
11/04/2013, Terceira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 15/04/2013).”

No mesmo sentido, tem-se manifestado esta Corte de Justiça:

“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM


PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA - PLANO DE SAÚDE. RECUSA DO PLANO DE SAÚDE EM ARCAR
COM OS CUSTOS DO EXAME PET SCAN ONCOLÓGICO. ALEGAÇÃO DE PROCEDIMENTO NÃO
INSERIDO NO ROL DA ANS – INADMISSIBILIDADE. RECUSA INJUSTA, QUE CONTRARIA A
FINALIDADE DO CONTRATO E REPRESENTA ABUSIVIDADE À LUZ DO CDC. COBERTURA DEVIDA -
AGRAVO CONHECIDO E DESPROVIDO À UNANIMIDADE. 1. Patente e inegável a necessidade de a
agravada ser submetida ao exame PET SCAM ONCOLÓGICO, diante do fato ser de suma
importância, em razão do andamento e resultado da terapia que está sendo submetida, e a não
prestação do exame pode ocasionar comprometimento ou agravamento de sua saúde. 2. As
limitações à cobertura pelo Planos de Saúde, mesmo nas hipóteses previstas na Lei, não se
eximem da observância às normas impostas pelo Código de Defesa do Consumidor. A negativa da
agravante frustra o próprio objetivo da contratação levada a efeito pela agravada e, mais, viola as
regras protetivas do CDC. 3. Recurso conhecido e desprovido.

(2019.02366986-34, 205.208, Rel. JOSE ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR, Órgão
Julgador 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2019-06-03, Publicado em 2019-06-13).”
(Negritou-se).

Nesse caso, discute-se a proteção da saúde e da vida da pessoa humana, não podendo ser ceifada da
agravada a oportunidade de ser tratada adequadamente da doença que a atinge, razão pela qual é
descabida a negativa de realização do exame pela ausência deste na Resolução Normativa nº 387/2015,
da ANS, restando presente, portanto, a probabilidade do direito alegado (fumus bonis iuris).

Dessa forma, tratando-se de medida destinada à preservação da saúde da agravada, é certo que o plano
de saúde deve prover os meios necessários para o efetivo tratamento da segurada, arcando com os
custos do tratamento de forma a possibilitar o pleno restabelecimento da paciente, fazendo cumprir seu
direito constitucional à saúde, em observância ainda ao princípio da dignidade da pessoa humana e a
expectativa que teve a agravada, quando da contratação, de ter a cobertura dos tratamentos necessários
para a cura de eventual enfermidade.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, CONHEÇO do presente recurso de Agravo de Instrumento, porem NEGO-LHE


PROVIMENTO, para manter a decisão ora combatia em sua integralidade, em tudo observada a
fundamentação acima expendida.

É como voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARES

Desembargadora – Relatora.

Belém, 17/08/2021
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0802624-90.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ARMANDO GRELO


CABRAL Participação: ADVOGADO Nome: ARMANDO GRELO CABRAL OAB: 4869/PA Participação:
ADVOGADO Nome: FERNANDA CONDURU DOS SANTOS CUNHA OAB: 31330/PA Participação:
ADVOGADO Nome: PAULO HENRIQUE DE JESUS SANTANA FILHO OAB: 30623/PA Participação:
ADVOGADO Nome: AMANDA SALLY COELHO GURJAO OAB: 29346/PA Participação: ADVOGADO
Nome: AMANDA CABRAL FIDALGO OAB: 28158/PA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS JOSE
AMORIM DA SILVA OAB: 14498/PA Participação: AGRAVADO Nome: FACULDADE MAURICIO DE
NASSAU DE BELEM LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME EDUARDO NOVARETTI
OAB: 219348/SP

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) - 0802624-90.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: ARMANDO GRELO CABRAL

AGRAVADO: FACULDADE MAURICIO DE NASSAU DE BELEM LTDA - ME

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM DECISÃO INTERLOCUTÓRIA EM AÇÃO DE


CONSIGNAÇÃO DE CHAVES DE IMÓVEL: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ID
4917062, PREJUDICADO - PRELIMINAR: ILEGITIMIDADE PASSIVA, REJEITADA –
PRELIMINAR: CERCEAMENTO DE DEFESA, REJEITADA: MÉRITO: CONTRATO DE
LOCAÇÃO COMERCIAL – PRAZO DETERMINADO – NOTIFICAÇÃO
EXTRAJUDICIAL PARA EXTINÇÃO ANTECIPADA E ENTREGA DO IMÓVEL –
DIREITO POTESTATIVO – MULTAS, ENCARGOS OU ALUGUEIS DEVIDOS QUE
PODEM SER APURADOS PELO MM. JUÍZO AD QUO OU EM AÇÃO PRÓPRIA –
CONSIGNAÇÃO JUDICIAL DAS CHAVES – MANUTENÇÃO DA DECISÃO
AGRAVADA – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

1. Agravo de Instrumento em Decisão Interlocutória em Ação de Consignação de Chaves de Imóvel:

2. DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ID 4917062, PREJUDICADO.

3. Considerando que os Embargos de Declaração ID 4917062 atacam a Decisão de indeferimento do


efeito suspensivo, estes restam prejudicados à vista do julgamento de mérito que ora se profere, ante a
instrução completa do feito com a apresentação de contrarrazões ao recurso principal.

4. PRELIMINAR: ILEGITIMIDADE PASSIVA, REJEITADA.

5. A alegação de legitimidade do agravante decorre de sua alegação de domínio e de ter participado de


todas as negociações atinentes ao contrato sub judice.

6. A ação ad quo fora intentada pela agravada em 30/10/2020 (ID 20797687dos autos originários) e
instruída com Procuração (ID 20798138 - Pág. 1); Atos Constitutivos da Requerente (ID 20798664 - Pág.
1-6); CNPJ da Requerente (ID 20798139 - Pág. 1); Contrato de Locação (ID 20798140 - Pág. 1-15);
Aditivo ao Contrato de Locação (ID 20798141 - Pág. 1-4); Notificação – data 02.04.2020 (ID 20798142 -
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Pág. 1-2); Notificação Extrajudicial da Requerente – data 18.05.2020 (ID 20798143 - Pág. 1-2); Resposta
da notificação datada de 18.05.2020 (e-mail) (ID 20798144 - Pág. 1-2); Notificação Extrajudicial da
Requerente - 17.08.2020 (ID 20798145 - Pág. 1-2); Resposta da segunda notificação (e-mail) (ID
20798146 - Pág. 1).

7. Da leitura da documentação juntada à inicial deflui da Resposta à segunda Notificação a afirmação da


ré SB Comércio de que o imóvel objeto do contrato de locação havia sido vendido ao agravante, sem,
entretanto, terem sido outorgados a este, poderes para atuar em seu nome, senão vejamos:

8. Assim, não obstante a contradição existente entre o próprio Contrato de Locação, firmado em
01/01/2013 com vigência de 20 (vinte) anos em que a SB Comércio Ltda. figura como Locadora, a
agravada como Locatária e o agravante como procurador da primeira, resta assente o interesse jurídico do
recorrente, acerca do qual o MM. Juízo ad quo exarou o seguinte despacho com o escopo de elucidação
acerca da eventual existência de contrato simulado.

9. Neste momento processual, a condição da ação atinente à legitimidade deve ser aferida à luz do
Princípio da Asserção e, assim, queda-se inviável a extinção do presente recurso por este fundamento,
bem como à vista da ausência de manifestação do MM. Juízo ad quo acerca da matéria, que deve
inclusive aferir o grau de interesse jurídico do agravante na causa ad quo, razão pela qual referida
condição da ação nesta Instância poderia redundar em supressão de instância. O sistema jurídico pátrio
também garante o direito de recurso ao terceiro interessado, consoante prevê o art. 996 do Código de
Processo Civil.

10. PRELIMINAR: CERCEAMENTO DE DEFESA, REJEITADA.

11. Questão aferida à luz do que dispõe o art. 327, §1° e 2° do Código de Processo Civil.

12. A Decisão Agravada encontra-se fundamentada no art. 542, I do Código de Processo Civil, ou seja:
sob o rito comum.

13. Como é cediço, o procedimento especial da ação consignatória não é incompatível com o pedido
declaratório de extinção de relação contratual, ressaltando que, consoante o § 2º do artigo 327 do Código
de Processo Civil acima transcrito, quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento,
será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das
técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais
pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum, até
porque os pedidos de depósito de chaves e de extinção do contrato não podem, sem manifestação do
MM. Juízo ad quo, neste momento processual serem considerados incompatíveis entre si.

14. DO MÉRITO

15. Cinge-se a controvérsia recursal à alegação de fulminação do objeto da ação pelo depósito das
chaves, à existência de débitos de aluguéis, à configuração de prejuízos de ordem material e imaterial e à
não demonstração de regularidade nas obrigações contratuais da agravada.

16. A causa em trâmite perante o MM. Juízo ad quo desenvolve-se a partir do Contrato de Locação ID
20798664, firmado entre SB Comércio Ltda. e Faculdade Maurício de Nassau de Belém, cujo
representante é o Senhor Armando Grello Cabral, que, por sua vez, aduz sub-rogação nos direitos da
Locadora em razão da compra do imóvel objeto da lide.

17. O contrato em voga fora firmado em 21/01/2013 (ID 20798140 - Pág. 14 – autos originários) e aditado
com o escopo de atualização do valor do aluguel em 19/05/2017 (ID 20798141 - Pág. 4 – autos
originários), figurando como locadora SB Comércio Ltda., Locatária a Faculdade Maurício de Nassau de
Belém e representante da primeira o Senhor Armando Grello Cabral.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

18. Documentos que demonstram, a intenção de resolução contratual por parte da agravada e ciência
deste desiderato pelo agravante.

19. Em sua Contestação (ID 24946181), a SB Comércio Ltda. suscita a sua ilegitimidade passiva e refuta
os termos da Petição Inicial, especialmente quanto à ausência de outorga de poderes ao agravante para
agir em seu nome, fato que deve ser apreciado pelo MM. Juízo ad quo, com o escopo de detalhar a
relação locatícia que a agravada busca extinguir, com a ressalva de que a referida contestante junta à sua
peça de bloqueio um Contrato de Promessa de Compra e Venda firmado com o agravante, datado de
20/03/2004, cujo objeto circunscreve-se no imóvel objeto da lide, com transmissão de propriedade a partir
da assinatura do referido instrumento (ID 24946185 - Pág. 1 e 3). Inteligência do art. 1245 do Código Civil.

20. Com a Contestação do agravante (ID 25032432) fora juntada Procuração Pública, datada de
10/12/2020, em que a SB Comércio Ltda. outorga poderes ao agravante para que aliene para si ou para
terceiro o imóvel objeto da lide (25033802 - Pág. 1-3 –autos originários), tendo sido, outrossim, juntada
troca de e-mails iniciada em 18/05/2020 (data da primeira notificação para resilição contratual), o que
evidencia a ciência pelo agravante do desiderato de extinção contratual e entrega de chaves da agravada
(ID 25033789 - Pág. 1, 25033791 - Pág. 1).

21. O agravante também junta aos autos ad quo e-mail que denota ciência acerca da 2ª Notificação (ID
25033798), o que faz erigir o periculum in mora em favor da agravada, a qual ajuizou ação em 30/10/2020,
à vista do fracasso nas tratativas extrajudiciais.

22. Não obstante a alegação de fulminação do objeto da ação que esta versa acerca da entrega das
chaves na pendência de realização de vistoria e de alugueis em aberto, questões que estão afetas ao MM.
Juízo ad quo e demandam dilação probatória, com o escopo de delimitar os termos da quebra da avença e
seus sujeitos, considerando as alegações de ilegitimidade suscitadas pelas agravada e pela SB Comércio,
as quais não se coadunam em impedimento à extinção antecipada do contrato, conforme dispõe o art. 4°
da Lei de Locações, a qual, repita-se, deve ser as suas multas e termos iniciais e finais definidos pelo MM.
Juízo ad quo.

23. Ausência de impedimentos à resolução antecipada, considerando o direito potestativo das partes em
não permanecer em determinada relação jurídica, com a ressalva de que a resolução antecipada se
submete, entretanto, a multas e encargos que serão, oportunamente, fixados pelo MM. Juízo ad quo.

24. Quanto à irreversibilidade observa-se, como já acima destacado que os efeitos patrimoniais e seus
termos serão declarados pelo MM. Juízo ad quo.

25. Ausência do fumus boni iuris, ante a inequívoca demonstração de vontade de extinção do vínculo
contratual, conforme as Notificações Extrajudiciais ID 20798142, 20798143 e 20798145 e o item c da
Petição Inicial (ID 20797687), constantes dos autos originários, e configuração do periculum in mora, uma
vez que os prejuízos suscitados pelo agravante podem ser objeto de pedido deduzido nos autos
originários ou em ação própria, cabendo, outrossim, à instrução processual a apuração de eventuais
valores devidos.

26. Recurso conhecido e improvido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO, tendo como agravante
ARMANDO GRELO CABRAL e agravada FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU DE BELÉM LTDA.-
ME.

Acordam Excelentíssimos Senhores Desembargadores, membros da 2ª Turma de Direito Privado deste E.


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em turma, à unanimidade, em CONHECER DO RECURSO e
NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto da Excelentíssima Desembargadora–Relatora Maria de
Nazaré Saavedra Guimarães.
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Belém, 10 de agosto de 2021

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de Agravo de Instrumento com pedido de Efeito Suspensivo interposto por
ARMANDO GRELO CABRAL, inconformado com a decisão proferida pelo MM. Juízo de Direito da 5ª
Vara Cível e Empresarial da Capital que deferiu Depósito das Chaves de Imóvel objeto de Contrato de
Locação, nos autos da AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO DE CHAVES DE IMÓVEL (Processo n.° 0861792-
27.2020.8.14.0301) ajuizada por FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU DE BELÉM, em face de SB
COMÉRCIO LTDA., ora agravada.

Em síntese fática, expõe que as partes firmaram Contrato de Locação para fins comerciais.

Ressalva não ter sido citado da ação, tampouco incluído pela agravada Faculdade Mauricio de Nassau no
polo passivo da demanda, afirmando que seu interesse jurídico decorre dos prejuízos a si impostos pelo
decisum ora atacado.

Sustenta a necessidade de suspensão dos efeitos da decisão recorrida, à vista da existência de valores a
receber e obrigações não cumpridas pela agravada Faculdade Mauricio de Nassau, salientando que o
depósito das chaves deferido na forma da Decisão Agravada fulmina o objeto da ação.

Acrescenta que o contrato firmado, em 01/01/2013, entre as partes tinha previsão de duração de 20 (vinte)
anos, o qual, entretanto, não perdurou nem a metade de seu tempo, aduzindo que atualmente, o valor de
aluguel estaria no patamar de R$ 89.294,00 (oitenta e nove mil duzentos e noventa e quatro reais) e que
as dívidas do contrato alcançam a cifra de R$ 772.694,00 (setecentos e setenta e dois mil seiscentos e
noventa e quatro reais), uma vez que a locadora entrou em mora a partir do mês de Julho de 2020.

Afirma que o depósito das chaves conduz à tentativa de esquiva da locadora em cumprir com suas
obrigações contratuais e denota prejuízos de ordem material e imaterial ao recorrente, fatos que
justificariam a concessão do efeito pretendido.

Esclarece deter legitimidade para figurar no polo passivo da demanda ad quo em razão de ter efetuado
todas as negociações do contrato de locação objeto da lide ad quo, além de ser proprietário do imóvel,
pendendo apenas o registro no Cartório competente.

Aduz que a ação ad quo padece de inépcia e encontra-se fadada à extinção, ante a impossibilidade de
cumulação do rito da consignação de chaves (art. 67, da Lei de Locação (Lei nº 8.245/1991) e da extinção
de relação contratual, refutando a possibilidade de aplicação do procedimento comum ao caso concreto.

Suscita cerceamento de defesa e nulidade absoluta decorrente da cumulação de ritos, afirmando que a
decisão agravada não lhe oportunizou o exercício do contraditório e da ampla defesa, aduzindo que, em
verdade, a dúvida sobre quem deveria receber as chaves ensejou o ajuizamento da ação e não a recusa
no referido recebimento.

Afirma que a autora, ora agravada, acumula débitos em aluguéis e obrigações acessórias, salientando que
esta se limita a requerer a consignação das chaves sem comprovar a regularidade de suas obrigações
contratuais.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Junta documentos.

Distribuído, coube-me a relatoria do feito.

Considerando ausentes os requisitos, indeferi o pedido de efeito suspensivo (ID 4842310).

O Agravante apresentou Embargos de Declaração em face da Decisão ID 4842310 (ID 4917062).

A Faculdade Maurício de Nassau de Belém Ltda.-ME manifestou-se em forma de contrarrazões ao Agravo


de Instrumento (ID 5024389), suscitando, preliminarmente a ilegitimidade passiva do agravante e, no
mérito refutando as suas teses recursais.

Intimada, a agravada também apresentou contrarrazões aos Embargos de Declaração também aduzindo a
ilegitimidade do embargante e pugnando pelo improvimento de seu recurso (ID 5052878).

Nos termos do art. 10 do Código de Processo Civil, determinei a intimação do agravante/embargante para
que se manifestasse acerca da alegação de ilegitimidade processual, arguida nas respectivas
contrarrazões (ID 5053788), oportunidade em que reafirmou seu pedido de efeito suspensivo ao recurso
principal e ratificou seu interesse processual (ID 5103090).

É o relatório, que ora apresento para inclusão do feito em Pauta para Julgamento, nos termos do
art. 12, do Código de Processo Civil.

VOTO

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso e passo a proferir voto.

DA APLICAÇÃO DO DIREITO INTERTEMPORAL

Recurso julgado a teor do art. 14 do Código de Processo Civil, por força da aplicação do Direito
Intertemporal à espécie, com a ressalva de que a Decisão recorrida fora proferida na vigência da atual
Legislação Processual (31/08/2017).

DA DECISÃO AGRAVADA

Prima facie, vejamos a Decisão Agravada (ID 24541446 dos autos originários), in verbis:

Defiro o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 05 (cinco) dias (artigo 542, I,
CPC), sendo que no presente caso, depósito judicial das chaves do imóvel na secretaria desta vara,
devendo ser lavrado certidão.

Cite-se o réu para que proceda com a retirada das chaves do imóvel, ou para oferecer contestação no
prazo de 15 (quinze) dias (artigo 542, II, CPC).

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofício.

Cumpra-se.

Belém, 04 de fevereiro de 2021.


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(Grifo nosso)

DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ID 4917062

Considerando que os Embargos de Declaração ID 4917062 atacam a Decisão de indeferimento do efeito


suspensivo, estes restam prejudicados à vista do julgamento de mérito que ora se profere, ante a instrução
completa do feito com a apresentação de contrarrazões ao recurso principal.

QUESTÕES PRELIMINARES

Prima facie, analiso a questão preliminar e ilegitimidade processual do agravante arguida tanto nas
contrarrazões dos Embargos de Declaração quanto do Agravo de Instrumento, ressalvando que o
cerceamento de defesa suscitado pelo recorrente, em que pese arguido no bojo do mérito recursal
também deve ser apreciado nesta sede de mérito por se tratar de alegação de impossibilidade de
cumulação de ritos na ação ad quo e, assim, seu eventual acolhimento redundaria em reconhecimento de
nulidade processual.

PRELIMINAR: ILEGITIMIDADE PASSIVA

Aduz a recorrida que o contrato de locação objeto da lide ad quo e o respectivo Aditivo Contratual foram
firmados com a SB Comércio, sendo o agravante sempre qualificado como procurador desta, salientando
que a contranotificação enviada pela referida sociedade empresária em 21/08/2020 a informação de que
fora outorgada em favor do recorrente procuração pública para legalização do imóvel em nome deste ou
por este indicado, com a ressalva de que não foram apresentados nos autos a procuração, tampouco o
instrumento de venda do imóvel.

Afirma que a procuração pública para transferência do imóvel fora outorgada em 10/12/2020, ou seja:
depois do ajuizamento da ação ad quo (30/10/2020), não obstante constar da contranotificação que esta
fora lavrada em 21/08/2020, fato que configuraria má-fé, salientando que trocou e-mails com o agravante,
o qual sempre se apresentou como procurador da locadora e forneceu conta para depósito em nome da
Pessoa Jurídica A GRELLO CABRAL, na qual todos os aluguéis foram depositados e que pertence ao
recorrente, conforme consulta ao Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica.

Em contrapartida, o agravante esclarece deter legitimidade para figurar no polo passivo da demanda ad
quo em razão de ter efetuado todas as negociações do contrato de locação objeto da lide ad quo, além de
ser proprietário do imóvel, pendendo apenas o registro no Cartório competente.

Analisados os autos, verifico que a alegação de legitimidade do agravante decorre de sua alegação de
domínio e de ter participado de todas as negociações atinentes ao contrato sub judice.

Nesse sentido, importante assentar que a ação ad quo fora intentada pela agravada em 30/10/2020 (ID
20797687dos autos originários) e instruída com Procuração (ID 20798138 - Pág. 1); Atos Constitutivos da
Requerente (ID 20798664 - Pág. 1-6); CNPJ da Requerente (ID 20798139 - Pág. 1); Contrato de Locação
(ID 20798140 - Pág. 1-15); Aditivo ao Contrato de Locação (ID 20798141 - Pág. 1-4); Notificação – data
02.04.2020 (ID 20798142 - Pág. 1-2); Notificação Extrajudicial da Requerente – data 18.05.2020 (ID
20798143 - Pág. 1-2); Resposta da notificação datada de 18.05.2020 (e-mail) (ID 20798144 - Pág. 1-2);
Notificação Extrajudicial da Requerente - 17.08.2020 (ID 20798145 - Pág. 1-2); Resposta da segunda
notificação (e-mail) (ID 20798146 - Pág. 1).

Da leitura da documentação juntada à inicial deflui da Resposta à segunda Notificação a afirmação da ré


SB Comércio de que o imóvel objeto do contrato de locação havia sido vendido ao agravante, sem,
entretanto, terem sido outorgados a este poderes para atuar em seu nome, senão vejamos:

ÀFaculdade Maurício de Nassau de Belém


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A/C Diretoria

Ref. Notificação Extrajudicial

21 de agosto de 2020

Servimo-nos da presente, em atenção à Notificação Extrajudicial recebida acerca do imóvel locado, para
expor e solicitar o que segue:

A notificação informa a existência de locação mantida com a Sb Comércio Ltda., referente ao imóvel sito à
Av. Magalhães Barata, 301 – Nazaré, Belém/PA. Ocorre que o referido imóvel não pertence à notificada,
tendo sido vendido ao Sr. Armando Grello Cabral, para quem foi outorgada procuração púbica para fins de
legalização posterior em seu nome, ou de quem indique.

Desta forma, cumpre esclarecer que não reconhecemos como válido o mencionado contrato de locação
com esta conceituada empresa educacional, uma vez que o sr. Armando Grello não possui poderes de
representação da SB Comércio Ltda., não podendo celebrar contrato de locação em nome desta, mas
apenas poderes para alienação do imóvel para seu nome ou para terceiros.

Aliás, referido procurador também não possui poderes para receber e da quitação em nome da SB
Comércio Ltda., de forma que nenhum valor pago/recebido pela SB Comércio Ltda.

Sugerimos, portanto, que o referido senhor seja chamado para regularização do que se fizer necessário,
até mesmo para evitar problemas contábil-fiscais, uma vez que a Sb Comércio Ltda. não declarou – nem
irá declarar – a receita de tais aluguéis, enquanto essa empresa provavelmente deve ter feito a declaração
de tais pagamentos.

Por fim, como não houve nenhum compromisso assumido pela SB Comércio Ltda., não há que se atender
aos termos da notificação recebida.

Ademais, cumpre alertar que em caso se sermos indevidamente acionados na justiça ou viermos a sofrer
qualquer dano resultante da alegada locação, iremos buscar a reparação das eventuais perdas e danos.

Certos de contar com sua compreensão, e de que serão adotadas as providências cabíveis para respaldo
de ambas as partes subscrevemos com as mais cordiais saudações.

SB COMÉRCIO LTDA.

Maria da Conceição Garcia Carvalho

Gerente Administrativo-Financeira

PAULO ANDRÉ VIEIRA SERRA

Assessor Jurídico – OAB/PA 6.858

Assim, não obstante a contradição existente entre o próprio Contrato de Locação, firmado em 01/01/2013
com vigência de 20 (vinte) anos em que a SB Comércio Ltda. figura como Locadora, a agravada como
Locatária e o agravante como procurador da primeira, resta assente o interesse jurídico do recorrente,
acerca do qual o MM. Juízo ad quo exarou o seguinte despacho:

Decorrido o prazo e certificado o ocorrido, em atenção ao disposto no art. 10 do CPC, manifestem-se as


partes no prazo sucessivo de 15 (quinze) dias sobre a ocorrência de contrato de locação simulado entre a
FACULDADE MAURICIO DE NASSAU DE BELEM LTDA - ME e a SB COMERCIO LTDA, visando à
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dissimulação do contrato de locação entre a mencionada instituição de ensino e o advogado ARMANDO


GRELLO CABRAL nos termos dos arts. 166 e 167, caput e §§, do Código Civil, juntando ainda cópia da
certidão de registro do imóvel indicado na inicial atualizada. Incumbirá às partes, também, em igual prazo,
especificar as provas que pretendem produzir e a finalidade de cada uma delas.

Sem prejuízo, à UNAJ para cálculo das custas devidas, considerando o valor do contrato cuja rescisão o
autor pretende obter e, no caso da reconvenção, procedendo-se à intimação do autor e do reconvinte para
recolhimento das custas devidas, observada a correção de ofício do valor da causa feita em relação à
inicial nos termos do art. 292, II, §3º, do CPC, retornando, a seguir, conclusos.

Belém, 12.05.2021.

Desta forma, neste momento processual a condição da ação atinente à legitimidade deve ser aferida à luz
do Princípio da Asserção e, assim, queda-se inviável a extinção do presente recurso por este fundamento,
bem como à vista da ausência de manifestação do MM. Juízo ad quo acerca da matéria, que deve
inclusive aferir o grau de interesse jurídico do agravante na causa ad quo, razão pela qual referida
condição da ação nesta Instância poderia redundar em supressão de instância.

Ademais, em última análise, o sistema jurídico pátrio garante o direito de recurso ao terceiro interessado,
consoante prevê o art. 996 do Código de Processo Civil, in verbis:

Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério
Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.

(Grifo nosso)

Corroborando o entendimento acima esposado, vejamos:

RECURSO ORDINÁRIO. LEGITIMIDADE. TEORIA DA ASSERÇÃO. A situação legitimante das partes é


definida pelo autor in status assertionis; decorre de mera asserção posta na inicial. Discussões acerca da
indicação desta ou daquela pessoa como responsável, pela reparação da lesão, dizem respeito tão
somente ao mérito. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS. LIMITES. Para que seja admitida a intervenção de
terceiro, deve ser demonstrado o interesse jurídico necessário a cada espécie e não apenas o mero
interesse econômico. SALÁRIOS E FÉRIAS. COMPROVAÇÃO. Demonstrado o pagamento de parte dos
salários e das férias pretendidas, é parcial a procedência dos pedidos. CONTRATO DE TRABALHO.
TÉRMINO. ENCARGO PROBATÓRIO. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE. O ônus de provar o término do
contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o
princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. Recurso
Ordinário interposto pela primeira reclamada conhecido e parcialmente provido.

(TRT-1 - RO: 01008704620165010032 RJ, Relator: MARCIA LEITE NERY, Data de Julgamento:
29/01/2019, Quinta Turma, Data de Publicação: 05/02/2019)

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEGITIMIDADE. TEORIA DA ASSERÇÃO. PERTINÊNCIA


ABSTRATA. EXISTÊNCIA. LEGITIMIDADE CONSTATADA. Consoante teoria da asserção, a legitimidade
da parte é aferida com lastro no que se deduz na peça de ingresso, averiguando-se se há pertinência
abstrata entre os fatos e as partes. Constatada à existência dessa conformidade, restará caracterizada a
legitimidade da parte ré para responder pelo pedido exordial.

(TJ-MG - AI: 10000180793705001 MG, Relator: Amauri Pinto Ferreira, Data de Julgamento: 25/10/2018,
Câmaras Cíveis / 17ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 26/10/2018)

Assim, demonstrado o interesse jurídico que pode ser reconhecido desde a figura de parte até intervenção
de terceiro, bem como a ausência de análise da matéria pelo MM. Juízo ad quo, a preliminar não merece
prosperar, mormente à vista do Princípio da Primazia do Mérito.
351
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DISPOSITIVO

Ante o exposto, REJEITO A PRELIMINAR.

PRELIMINAR: CERCEAMENTO DE DEFESA

Suscita o recorrente cerceamento de defesa e nulidade absoluta decorrente da cumulação de ritos,


afirmando que a decisão agravada não lhe oportunizou o exercício do contraditório e da ampla defesa,
aduzindo que, em verdade, a dúvida sobre quem deveria receber as chaves ensejou o ajuizamento da
ação e não a recusa no referido recebimento.

Aduz também que a ação ad quo padece de inépcia e encontra-se fadada à extinção, ante a
impossibilidade de cumulação do rito da consignação de chaves (art. 67, da Lei de Locação (Lei nº
8.245/1991) e da extinção de relação contratual, refutando a possibilidade de aplicação do procedimento
comum ao caso concreto.

A questão deve ser aferida à luz do que dispõe o art. 327, §1° e 2° do Código de Processo Civil, in verbis:

Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que
entre eles não haja conexão.

§1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:

I - os pedidos sejam compatíveis entre si;

II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;

III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.

§2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se
o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais
diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados,
que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.

Àguisa de esclarecimento, a ação ad quo cumula os seguintes pedidos, ipsis litteris (ID 20797687 - Pág. 4
– autos originários):

PEDIDO

Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência:

a. Que seja deferido o imediato depósito judicial das chaves do imóvel;

b. A citação postal da Requerida, para que proceda a retirada das chaves do imóvel e apresente a defesa
que tiver;

c. Ao final, que seja julgada procedente a presente ação consignatória para declarar extinta a relação
contratual em apreço, a contar da tentativa de entrega das chaves do imóvel, em 20 de agosto de 2.020;

d. Alternativamente, não sendo este o entendimento de Vossa Excelência, que seja declarada extinta a
relação contratual a contar da data do ajuizamento da presente demanda; e

e. Por fim, a condenação da Requerida ao pagamento das custas e despesas processuais, além dos
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honorários de sucumbência.

Somado a isso, verifico que a Decisão Agravada encontra-se fundamentada no art. 542, I do Código de
Processo Civil, ou seja: sob o rito comum, in verbis:

Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá:

I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do
deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539, § 3º ;

Como é cediço, o procedimento especial da ação consignatória não é incompatível com o pedido
declaratório de extinção de relação contratual, ressaltando que, consoante o § 2º do artigo 327 do Código
de Processo Civil acima transcrito, quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento,
será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das
técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais
pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum, até
porque os pedidos de depósito de chaves e de extinção do contrato não podem, sem manifestação do
MM. Juízo ad quo, neste momento processual serem considerados incompatíveis entre si, conforme se
infere da jurisprudência em casos análogos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO LOCAÇÃO AÇÃO CONSIGNATÓRIA C.C. OBRIGAÇÃO DE FAZER

Possibilidade de cumulação de pedidos Observância do art. 292, § 2º do CPC Adoção do rito ordinário
Ausência de prejuízos Negado provimento. (TJSP; Agravo de Instrumento 2260537-22.2015.8.26.0000;
Rel. Hugo Crepaldi; 25ª Câmara de Direito Privado; j. 28/01/2016)

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO E REVISIONAL DE PRESTAÇÕES - Compromisso de


venda e compra de imóvel - Extinção do feito sem julgamento do mérito por inadequação da via eleita e
ilegitimidade passiva - Desacerto - Adequação do rito ordinário para cumulação de pedidos de
consignação e revisão contratual - Legitimidade ad causam da ré, credora das prestações discutidas -
Possibilidade de imediato julgamento do feito, nos termos do art. 515, § 3º do CPC - Ação improcedente -
Prestações cobradas pela ré adequadas aos termos contratados -Ausência de juros remuneratórios ou
correção monetária por índice alheio ao contrato - Deferimento de levantamento dos valores consignados
pela autora - Recurso provido em parte. (TJSP; Apelação Cível 9070051-15.2002.8.26.0000; Rel.
Francisco Loureiro; 1ª Câmara de Direito Privado; j. 24/05/2016)

LOCAÇÃO. CONSIGNAÇÃO DE CHAVES, RESCISÃO DE CONTRATO E COBRANÇA DE DESCONTO


POR BENFEITORIAS. Cumulação de pedidos. Possibilidade. Procedimento especial da ação
consignatória que não é incompatível com os pedidos declaratório de inexigibilidade de multa e de
indenização por benfeitorias. Inteligência do art. 327, § 2º, do CPC. Termo final da locação que se dá com
o depósito das chaves em juízo. Precedentes. Locatário que não contribuiu para o fechamento do fórum,
em virtude da pandemia de Covid-19, e impossibilidade de retirar o objeto consignado, de modo que não
pode arcar com os locativos durante esse período. Pretensão de cobrança do desconto pelas benfeitorias
comprovadamente realizadas. Acolhimento. Cláusula contratual expressa de desconto nesse tocante.
Mantida a sucumbência na ação principal, majorando-se os honorários advocatícios. RECONVENÇÃO.
COBRANÇA DE ALUGUÉIS E CONSECTÁRIOS, MULTAS E INDENIZAÇÃO PELOS REPAROS DO
IMÓVEL. Cláusulas penais que são inaplicáveis, porque não configuradas as hipóteses nelas previstas.
Multa por rescisão antecipada que só se aplica no primeiro ano do contrato, o que não se vislumbra.
Ademais, multa por não comunicação da rescisão com antecedência mínima de 30 dias que só se aplica
ao contrato por prazo indeterminado, o que tampouco restou configurado. Mudança da causa de pedir e
inovação recursal que não se admite. Pretensão indenizatória do locador acolhida. Locatário que se
obrigou a devolver o imóvel em perfeitas condições. Estimativa de gastos para reparo não infirmada.
Condenação do locatário ao pagamento dos aluguéis e consectários da locação que já foi determinada
pelo Juízo a quo. Redistribuição dos ônus de sucumbência. Recursos providos em parte.

(TJ-SP - AC: 10028672720208260008 SP 1002867-27.2020.8.26.0008, Relator: Milton Carvalho, Data de


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Julgamento: 04/03/2021, 36ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 04/03/2021)

(Grifo nosso)

Assim, a presente preliminar de cerceamento de defesa por nulidade processual não merece prosperar.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, REJEITO A PRELIMINAR.

DO MÉRITO

Vencidas as questões preliminares, atenho-me ao mérito.

Cinge-se a controvérsia recursal à alegação de fulminação do objeto da ação pelo depósito das chaves, à
existência de débitos de aluguéis, à configuração de prejuízos de ordem material e imaterial e à não
demonstração de regularidade nas obrigações contratuais da agravada.

Feitas essas considerações e demonstrado o cabimento recursal a teor do art. 1015, I do Código de
Processo Civil, aprofundo-me na questão posta ao exame desta Turma:

Para a concessão da tutela de urgência, faz-se necessário a presença dos requisitos estabelecidos no art.
300, caput e § 3º, do CPC/15, in verbis:

"Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

§2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

§3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão."

A doutrina, ao discorrer sobre pressupostos para a concessão da tutela de urgência, ensina:

"Dá-se o nome de tutela provisória ao provimento jurisdicional que visa adiantar os efeitos da decisão final
no processo ou assegurar o seu resultado prático. A tutela provisória (cautelar ou antecipada) exige dois
requisitos: a probabilidade do direito substancial (o chamado fumus boni iuris) e o perigo de dano ou risco
do resultado útil do processo (periculum in mora). A soma desses dois requisitos deve ser igual a 100%,
de forma que um compensa o outro. Se a urgência é muito acentuada (perigo de dano ao direito
substancial ou risco de resultado útil do processo), a exigência quanto à probabilidade diminui. Ao revés,
se a probabilidade do direito substancial é proeminente, diminui-se o grau da urgência.
(...)
A probabilidade do direito deve estar evidenciada por prova suficiente, de forma que possa levar o juiz a
acreditar que a parte é titular do direito material disputado. Trata-se de um juízo provisório. Basta que, no
momento da análise do pedido, todos os elementos convirjam no sentido de aparentar a probabilidade das
alegações. Essa análise pode ser feita liminarmente (antes da citação) ou em qualquer outro momento do
processo. Pode ser que no limiar da ação os elementos constantes nos autos ainda não permitam formar
um juízo de probabilidade suficiente para o deferimento da tutela provisória. Contudo, depois da instrução,
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a probabilidade pode restar evidenciada, enseja a concessão da tutela antecipada.


Pouco importa se, posteriormente, no julgamento final, após o contraditório, a convicção do magistrado
seja diferente daquela que se embasou para conceder a tutela. Para a concessão da tutela de urgência
não se exige que da prova surja a certeza das alegações, contentando-se a lei com demonstração de ser
provável a existência do direito alegado pela parte que pleiteou a medida.
Quanto ao perigo na demora da prestação jurisdicional (periculim in mora), ou seja, o perigo de dano ou
risco de que a não concessão da medida acarretará à utilidade do processo, trata-se de requisito que pode
ser definido como o fundado receio de que o direito afirmado pela parte, cuja existência é apenas provável,
sofra dano irreparável ou de difícil reparação. Esse dano pode se referir ao objeto das ações ressarcitórias
ou inibitórias. O dano ao direito substancial em si ou ao resultado útil do processo acaba por ter como
referibilidade o direito material, uma vez que o processo tem como escopo principal a certificação e/ou
realização desse direito. Saliente-se que não basta a mera alegação, sendo indispensável que o autor
aponte fato concreto e objetivo que leve o juiz a concluir pelo perigo de lesão. O fato de um devedor estar
dilapidando seu patrimônio pode caracterizar esse requisito e ensejar a concessão de uma tutela de
urgência que será efetivada mediante o arresto de bens. Por outro lado, a iminência de vir a público uma
publicidade enganosa, com alta potencialidade de dano ao consumidor, pode caracterizar o requisito
exigido para o deferimento da tutela provisória de urgência." (DONIZETTI, Elpídio; Curso Didático de
Direito Processual Civil; 19ª ed. São Paulo: Atlas, 2016. p.456 e pp. 469/470).

Quanto à necessidade de reversibilidade dos efeitos da decisão, vejamos também o seguinte excerto de
Doutrina:

"O § 3º do art. 300 veda a concessão da tutela de urgência de natureza antecipada quando houver perigo
de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Embora a urgência sirva para qualificar essa modalidade de
tutela, o legislador supervaloriza a probabilidade. Porque na tutela de urgência, a probabilidade é menos
acentuada - vez que os requisitos referentes ao fumus boni iuris e ao periculum in mora se somam - do
que na tutela da evidência, exige-se que os efeitos sejam reversíveis." (DONIZETTI, Elpídio; Curso
Didático de Direito Processual Civil; 19ª ed. São Paulo: Atlas, 2016. pp.471/472).

Analisados os autos, verifico que a causa em trâmite perante o MM. Juízo ad quo desenvolve-se a partir
do Contrato de Locação ID 20798664, firmado entre SB Comércio Ltda. e Faculdade Maurício de Nassau
de Belém, cujo representante é o Senhor Armando Grello Cabral, que, por sua vez, aduz sub-rogação nos
direitos da Locadora em razão da compra do imóvel objeto da lide.

Consta das razões deduzidas na peça recursal a necessidade de suspensão dos efeitos da decisão
recorrida, à vista da existência de valores a receber e obrigações não cumpridas pela agravada Faculdade
Mauricio de Nassau, salientando que o depósito das chaves deferido na forma da Decisão Agravada
fulminaria o objeto da ação; que o contrato firmado, em 01/01/2013, entre as partes tinha previsão de
duração de 20 (vinte) anos, o qual, entretanto, não perdurou nem a metade de seu tempo; que atualmente,
o valor de aluguel estaria no patamar de R$ 89.294,00 (oitenta e nove mil duzentos e noventa e quatro
reais) e que as dívidas do contrato alcançam a cifra de R$ 772.694,00 (setecentos e setenta e dois mil
seiscentos e noventa e quatro reais), uma vez que a locadora entrou em mora a partir do mês de Julho de
2020; que o depósito das chaves conduz à tentativa de esquiva da locadora em cumprir com suas
obrigações contratuais e denota prejuízos de ordem material e imaterial ao recorrente, fatos que
justificariam a concessão do efeito pretendido; que a autora, ora agravada, se limita a requerer a
consignação das chaves sem comprovar a regularidade de suas obrigações contratuais.

Prima facie, importante esclarecer que o contrato em voga fora firmado em 21/01/2013 (ID 20798140 -
Pág. 14 – autos originários) e aditado com o escopo de atualização do valor do aluguel em 19/05/2017 (ID
20798141 - Pág. 4 – autos originários), figurando como locadora SB Comércio Ltda., Locatária a
Faculdade Maurício de Nassau de Belém e representante da primeira o Senhor Armando Grello Cabral.

Somado a isso, verifico que a primeira notificação, com Assunto “Resilição Contratual” efetivada pela
agravada com o escopo de resilição contratual remonta a 02/04/2020 (ID 20798142 - Pág. 2- autos
originários) e fora dirigida à SB Comércio Ltda.. no endereço constante no Contrato, contendo a
355
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informação de que a desocupação do imóvel objeto da locação ocorreria no dia 04/05/2020, sendo a
segunda Notificação intitulada “Entrega Definitiva do Imóvel” datada de 18/05/2020 e fora encaminhada ao
endereço de sede da então locadora descrito como Av. Djalma Batista, n° 4300, bairro Flores, cidade
Manaus/AM, CEP 69.058-807 (ID 20798143 - Pág. 1-2– autos originários), o qual se encontra na
Procuração que habilitou a SB Comércio nos autos ad quo (ID 24946176 - Pág. 1– autos originários).

Ainda instruindo a Petição Inicial ad quo, verifica-se troca de e-mails (ID 20798144 - Pág. 1 – autos
originários) iniciada em 17/08/2020, da qual o agravante participa cujo objeto se coaduna em pedidos de
informação acerca de respostas às Notificações Extrajudiciais acima destacadas, seguida da 3ª
Notificação, datada de 17/08/2020 (ID 20798145 - Pág. 1-2 – autos originários) em que a agravada pugna
pelo comparecimento da SB Comércio para entrega do imóvel e entrega das chaves com prorrogação até
20/08/2020, havendo resposta desta, em 21/08/2020, em que informa acerca da ausência de vínculo com
o imóvel e venda deste ao agravante, in verbis (ID 20798146 - Pág. 1 – autos originários):

ÀFaculdade Maurício de Nassau de Belém

A/C Diretoria

Ref. Notificação Extrajudicial

21 de agosto de 2020

Servimo-nos da presente, em atenção à Notificação Extrajudicial recebida acerca do imóvel locado, para
expor e solicitar o que segue:

A notificação informa a existência de locação mantida com a Sb Comércio Ltda., referente ao imóvel sito à
Av. Magalhães Barata, 301 – Nazaré, Belém/PA. Ocorre que o referido imóvel não pertence à notificada,
tendo sido vendido ao Sr. Armando Grello Cabral, para quem foi outorgada procuração pública para fins de
legalização posterior em seu nome, ou de quem indique.

Desta forma, cumpre esclarecer que não reconhecemos como válido o mencionado contrato de locação
com esta conceituada empresa educacional, uma vez que o sr. Armando Grello não possui poderes de
representação da SB Comércio Ltda., não podendo celebrar contrato de locação em nome desta, mas
apenas poderes para alienação do imóvel para seu nome ou para terceiros.

Aliás, referido procurador também não possui poderes para receber e da quitação em nome da SB
Comércio Ltda., de forma que nenhum valor pago/recebido pela SB Comércio Ltda.

Sugerimos, portanto, que o referido senhor seja chamado para regularização do que se fizer necessário,
até mesmo para evitar problemas contábil-fiscais, uma vez que a Sb Comércio Ltda. não declarou – nem
irá declarar – a receita de tais aluguéis, enquanto essa empresa provavelmente deve ter feito a declaração
de tais pagamentos.

Por fim, como não houve nenhum compromisso assumido pela SB Comércio Ltda., não há que se atender
aos termos da notificação recebida.

Ademais, cumpre alertar que em caso se sermos indevidamente acionados na justiça ou viermos a sofrer
qualquer dano resultante da alegada locação, iremos buscar a reparação das eventuais perdas e danos.

Certos de contar com sua compreensão, e de que serão adotadas as providências cabíveis para respaldo
de ambas as partes subscrevemos com as mais cordiais saudações.

SB COMÉRCIO LTDA.
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Maria da Conceição Garcia Carvalho

Gerente Administrativo-Financeira

PAULO ANDRÉ VIEIRA SERRA

Assessor Jurídico – OAB/PA 6.858

(Grifo nosso)

Em sua Contestação (ID 24946181), a SB Comércio Ltda. suscita a sua ilegitimidade passiva e refuta os
termos da Petição Inicial, especialmente quanto à ausência de outorga de poderes ao agravante para agir
em seu nome, fato que deve ser apreciado pelo MM. Juízo ad quo, com o escopo de detalhar a relação
locatícia que a agravada busca extinguir, com a ressalva de que a referida contestante junta à sua peça de
bloqueio um Contrato de Promessa de Compra e Venda firmado com o agravante, datado de 20/03/2004,
cujo objeto circunscreve-se no imóvel objeto da lide, com transmissão de propriedade a partir da
assinatura do referido instrumento (ID 24946185 - Pág. 1 e 3).

Nesse sentido, importante destacar que a transmissão da propriedade, consoante o art. 1245 do Código
Civil, ocorre tão somente com o Registro translativo no respectivo Cartório, in verbis:

Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de
Imóveis.

§1 o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.

Ocorre que tão somente com a Contestação do agravante (ID 25032432) fora juntada Procuração Pública,
datada de 10/12/2020, em que a SB Comércio Ltda. outorga poderes ao agravante para que aliene para si
ou para terceiro o imóvel objeto da lide (25033802 - Pág. 1-3 –autos originários), tendo sido, outrossim,
juntada troca de e-mails iniciada em 18/05/2020 (data da primeira notificação para resilição contratual), o
que evidencia a ciência pelo agravante do desiderato de extinção contratual e entrega de chaves da
agravada (ID 25033789 - Pág. 1, 25033791 - Pág. 1), cujo teor do primeiro transcrevo:

De: Armando Grello [mailto:armandogrello@hotmail.com]

Enviada em: quarta-feira, 20 de maio de 2020 09:56

Para: Mirian Santos Rodrigues

Assunto: Re: NOTIFICAÇÃO RESILIÇÃO CONTRATUAL - IMÓVEL MAGALHÃES BARATA (SB -

COMÉRCIO)

Bom dia recebi a notificação mas preciso receber os aluguéis pois tenho o mês de abril que venceu dia 05
de

maio deste ano fico no aguardo de sua resposta para a referida quitação

Enviado do meu iPhone

Corroborando o intento da agravada em rescindir o contrato de locação junto ao agravante, o qual figurava
como representante da locadora fora enviado o seguinte e-mail, o qual fora respondido no seguintes
termos, que também instrui a Contestação do agravante:
357
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E-MAIL DE 02/04/2020 (ID 25033792 - Pág. 1)

De: Iury Wallison Torres da Silva [mailto:iury.torres@sereducacional.com]

Enviada em: quinta-feira, 2 de abril de 2020 14:58

Para: armandogrello@hotmail.com

Cc: Mauro Roberto Barreto Vieira de Melo; Nathalie Regnier Cortes; Mirella Andrade Feitosa; Gilmara

Rosendo de Lima Nobrega; Felipe Augusto dos Anjos Guedes; Mirian Santos Rodrigues

Assunto: NOTIFICAÇÃO RESILIÇÃO CONTRATUAL - IMÓVEL MAGALHÃES BARATA (SB

COMÉRCIO)

Prioridade: Alta

Prezado Locador,

Segue em anexo notificação extrajudicial, para resilição antecipada do contrato de locação.

Por gentileza, acusar recebimento da mesma.

Cordialmente;

RESPOSTA (ID 25033793 pág 1-2)

De: Armando Grello [mailto:armandogrello@hotmail.com]

Enviada em: sexta-feira, 3 de abril de 2020 13:56

Para: Iury Wallison Torres da Silva

Assunto: Re: NOTIFICAÇÃO RESILIÇÃO CONTRATUAL - IMÓVEL MAGALHÃES BARATA (SB


COMÉRCIO)

Boa tarde assim que puder favor entrar em contato por via telefone pelo número 91 99981.01.07 para
tratarmos sobre a notificação aqui enviada

Enviado do meu iPhone

Aliás, o agravante também junta aos autos ad quo e-mail que denota ciência acerca da 2ª Notificação (ID
25033798), o que faz erigir o periculum in mora em favor da agravada, a qual ajuizou ação em 30/10/2020,
à vista do fracasso nas tratativas extrajudiciais.

Com efeito, importante assentar, não obstante a alegação de fulminação do objeto da ação que esta versa
acerca da entrega das chaves na pendência de realização de vistoria e de alugueis em aberto, questões
que estão afetadas ao MM. Juízo ad quo e demandam dilação probatória, com o escopo de delimitar os
termos da quebra da avença e seus sujeitos, considerando as alegações de ilegitimidade suscitadas pelas
agravada e pela SB Comércio, as quais não se coadunam em impedimento à extinção antecipada do
contrato, conforme dispõe o art. 4° da Lei de Locações, a qual, repita-se, deve ser as suas multas e termos
iniciais e finais definidos pelo MM. Juízo ad quo:
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Art. 4o Durante o prazo estipulado para a duração do contrato, não poderá o locador reaver o imóvel
alugado. Com exceção ao que estipula o § 2 o do art. 54-A, o locatário, todavia, poderá devolvê-lo,
pagando a multa pactuada, proporcional ao período de cumprimento do contrato, ou, na sua falta, a que
for judicialmente estipulada. (Redação dada pela Lei nº 12.744, de 2012)

(Grifo nosso)

Com efeito, vejamos o seguinte excerto de Doutrina:

"O locatário que desejar abandonar o imóvel, antecipando-se com o pagamento da multa, também pode
fazê-lo, pois nâo se lhe tolhe a liberdade individual de não mais se utilizar do imóvel, em que pese o curso
de prazo determinado. Não conseguindo o recebimento por parte do tocador, pode-se valer da ação de
consignação para o pagamento da multa e depósito do imóvel. Só existe uma condição para a rescisão
unilateral do contrato pelo locatário: o pagamento da multa; não vale a cláusula que condiciona essa
rescisão a um aviso prévio com prazo determinado (RJTAMG 23/116, in Teothonio Negrão, 1991: nota 8
ao art. 3 o da lei anterior)."

Vale registrar, ainda, ausência de impedimentos à resolução antecipada, considerando o direito potestativo
das partes em não permanecer em determinada relação jurídica, com a ressalva de que a resolução
antecipada se submete, entretanto, a multas e encargos que serão, oportunamente, fixados pelo MM.
Juízo ad quo.

Corroborando o entendimento acima esposado, vejamos:

APELAÇÕES CÍVEIS. JULGAMENTO EM CONJUNTO. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO DE CHAVES C/C


DECLARATÓRIA DE RESCISÃO CONTRATUAL COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA
TUTELA E AÇÃO DE COBRANÇA. LOCAÇÃO COMERCIAL. TERMO FINAL DA LOCAÇÃO FIXADO NA
SENTENÇA COMO A DATA DA CITAÇÃO DA DEMANDADA. REFORMA. TERMO INICIAL QUE DEVE
SER A DATA DA DISTRIBUIÇÃO DA AÇÃO CONSIGNATÓRIA. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. NÃO
OCORRÊNCIA. 1. A consignação das chaves constitui direito potestativo do locatário, tendo por escopo
apenas encerrar a obrigação locatícia. 2. Notificação acerca da intenção de encerramento da locação
enviada ao endereço dos réus locadores. Recebimento. 3. Locador que não pode condicionar a devolução
do imóvel à realização de reparos pelo locatário, por se tratar de direito potestativo, devendo o eventual
ressarcimento de danos ser objeto de ação própria. 4. Cabe ressaltar que a rescisão antecipada do
contrato de locação pelas autoras ocorreu devido a um incêndio no andar superior (11º) que ocasionou
avarias nos andares locados pelas demandadas. 5. Somente com a entrega das chaves do imóvel em
juízo é que se põe fim à relação locatícia, sendo devido o aluguel referente ao período que antecedeu a
referida extinção, bem como todas as obrigações decorrentes da relação jurídica. 6. Compulsando os
autos, não se localizou a data do efetivo depósito das chaves em juízo. Entretanto, ao analisar o conteúdo
da audiência, verifica-se que naquela oportunidade as chaves do imóvel objeto da lide já se encontravam à
disposição do juízo, tendo sido designada tão somente a vistoria do bem com a expedição do mandado.
Não possui razão o locador em sua pretensão de fixar como termo final a data do recebimento das chaves
no dia da vistoria do imóvel acompanhado do oficial de justiça (21/10/2013), pois como já se destacou, os
locatários já haviam se desincumbido desta obrigação ao fazer o depósito das chaves em juízo quando da
distribuição do feito. 7. Sucumbência reciproca no processo nº 0262306-62.2013.8.19.0001. Não
ocorrência. Parcial provimento aos recursos de BUREAU VERITAS DO BRASIL SOCIEDADE
CLASSIFICADORA E CERTIFICADORA LTDA e BVQI DO BRASIL SOCIEDADE CERTIFICADORA
LTDA. Recursos da EXTON PARTICIPAÇÕES LTDA aos quais se nega provimento. (TJ-RJ - APL:
02178753520168190001, Relator: Des(a). WILSON DO NASCIMENTO REIS, Data de Julgamento:
27/04/2021, VIGÉSIMA SEXTA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 29/04/2021)

ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. VALORES DE ALUGUEL. ENTREGA


DAS CHAVES. RESCISÃO CONTRATUAL. LEI 8.245/91. RECUSA INDEVIDA DE RECEBIMENTO DAS
CHAVES. EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO. INDENIZAÇÃO. REPAROS DEVIDOS. PERDAS E DANOS.
AÇÃO PRÓPRIA. 1. A ação consignatória prevista no artigo 67 da Lei nº 8.245/91 pode ser utilizada para
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a devolução do próprio imóvel, representada pela entrega das chaves. 2. Eventual obtenção de
indenização pelos reparos que a locadora sustenta não terem sido realizados no imóvel deverá ser
buscada em ação própria, tendo em vista os inexcedíveis limites estabelecidos no artigo 67, VI da Lei n.
8245/91, que disciplina a matéria. 3. A procedência da ação de consignação em pagamento, com a
extinção da obrigação de entrega das chaves e o encerramento da relação contratual (artigo 67, V, alínea
b, da Lei nº 8.425/91), não exonera o locatário pelos eventuais danos causados ao imóvel, decorrentes de
sua má utilização, cuja indenização poderá ser exigida por meio da competente ação de perdas e danos
(STJ, Agravo Regimental no Agravo de Instrumento n. 853350, Quinta Turma, Ministro Arnaldo Esteves
Lima, DJE 17/03/08).

(TRF-4 - AC: 50058758720154047113 RS 5005875-87.2015.4.04.7113, Relator: SÉRGIO RENATO


TEJADA GARCIA, Data de Julgamento: 22/04/2021, QUARTA TURMA)

Por fim, quanto à irreversibilidade observa-se, como já acima destacado que os efeitos patrimoniais e seus
termos serão declarados pelo MM. Juízo ad quo.

CONCLUSÃO

Desta feita, prossigo no entendimento quanto à ausência do fumus boni iuris, ante a inequívoca
demonstração de vontade de extinção do vínculo contratual, conforme as Notificações Extrajudiciais ID
20798142, 20798143 e 20798145 e o item c da Petição Inicial (ID 20797687), constantes dos autos
originários, e configuração do periculum in mora, uma vez que os prejuízos suscitados pelo agravante
podem ser objeto de pedido deduzido nos autos originários ou em ação própria, cabendo, outrossim, à
instrução processual a apuração de eventuais valores devidos.

Desta feita, firmo o entendimento quanto à manutenção da Decisão vergastada.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, CONHEÇO DO RECURSO e NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo todos os termos da


Decisão Agravada.

É como voto.

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0048664-17.2013.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: MARCIA CRISTINA


POMPEU DE BARROS Participação: ADVOGADO Nome: KENIA SOARES DA COSTA OAB: 15650/PA
Participação: APELADO Nome: BANCO ITAUCARD S.A. Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO
BRAZ DA SILVA OAB: 20638/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0048664-17.2013.8.14.0301

APELANTE: MARCIA CRISTINA POMPEU DE BARROS

APELADO: BANCO ITAUCARD S.A.


REPRESENTANTE: ITAU UNIBANCO S.A.
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RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL N. 0048664-17.2013.814.0301

APELANTE: MARCIA CRISTINA POMPEU DE BARROS

APELADO: BANCO ITAUCARD S.A

EXPEDIENTE: SECRETARIA DA 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO CUMULADA COM


REPETIÇÃO DE INDÉBITO E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA - PRELIMINAR: CERCEAMENTO
DE DEFESA, REJEITADA. MÉRITO – JUROS REMUNERATÓRIOS E CAPITALIZAÇÃO DE JUROS –
POSSIBILIDADE – ABUSIVIDADE – INOCORRÊNCIA – PREVISÃO CONTRATUAL - RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.

1. Preliminar: Cerceamento de Defesa. Matéria eminentemente de direito. Desnecessidade de produção


de demais provas. Preliminar Rejeitada.

2. Mérito.

2.1. Juros remuneratórios e capitalização de juros. Possibilidade de aplicação dos juros acima de 12% ao
ano. Súmula 382 do STJ. Ausência de abusividade.

2.2. Capitalização de juros. Contrato firmado em novembro de 2011. Expressa contratação da


capitalização mensal dos juros. Previsão constante no contrato celebrado pelas partes.

4. Recurso conhecido e improvido, mantendo a sentença de primeiro grau em todos os seus termos. É
como voto.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL DIREITO DA 3al ()a ental Presidente
Costa e Silva to do recurso para acartar-se as preliminares de in l22222222, tendo como e apelante
MARCIA CRISTINA POMPEU DE BARROS e apelado BANCO ITAUCARD S.A.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores, membros da 2ª Turma de Direito Privado deste


Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em plenário virtual, à unanimidade, em plenário virtual, em
CONHECER DO RECURSO e NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto da Excelentíssima
Senhora Desembargadora–Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora

RELATÓRIO
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APELAÇÃO CÍVEL N. 0048664-17.2013.814.0301

APELANTE: MARCIA CRISTINA POMPEU DE BARROS

APELADO: BANCO ITAUCARD S.A

EXPEDIENTE: SECRETARIA DA 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA

Relatório

Tratam os presentes autos de recurso de APELAÇÃO interposto por MARCIA CRISTINA POMPEU DE
BARROS, inconformada com a sentença proferida pelo MM. Juízo da 9ª Vara Cível e Empresarial de
Belém que, nos autos da AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO CUMULADO COM
REPETIÇÃO DE INDÉBITO E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, julgou improcedente as pretensões
esposadas na exordial.

A autora aforou a ação mencionada alhures, afirmando que adquiriu em 06/11/2011 um veículo marca VW
Voyage, financiando junto ao requerido cerca de R$ 35.660,00 (trinta e cinco mil seiscentos e sessenta e
seis reais) através de contrato de alienação fiduciária, em 61 (sessenta e uma) parcelas mensais no valor
de R$ 1.085,19 (hum mil e oitenta e cinco reais e dezenove centavos).

Asseverou que não fora oportunizada pela instituição financeira o direito de discutir as cláusulas do
contrato, acrescentando que procurou a empresa a fim de renegociar as alegadas ilegalidades presentes
no contrato, o que restou infrutífera, oportunidade em que ingressou com a presente demanda, a fim de
rever juros e encargos que entende abusivos.

Em sede de Decisão Interlocutória (ID 5343687) o magistrado a quo deferiu o pedido de justiça gratuita,
indeferiu os pedidos de antecipação de tutela, deferindo tão somente a exibição pelo requerido do contrato
de financiamento firmado entre as partes.

O réu apresentou contestação (ID 5343689).

O feito seguiu tramitação até a prolação da sentença (ID 5343693) que, julgou improcedente os pedidos
autorais, condenando a autora ao pagamento de custas e honorários advocatícios fixados em 20% sobre o
valor da causa, com exigibilidade suspensa, face o deferimento dos benefícios da assistência judiciária
gratuita.

Inconformada, MARCIA CRISTINA POMPEU DE BARROS, apresentou recurso de apelação (ID


5343694).

Pugna, preliminarmente, pela anulação do decisum face a ocorrência de erro in procedendo, sob o
argumento de que o magistrado de 1ª grau não poderia ter julgado antecipadamente a lide, considerando
a necessidade de produção de demais provas, especialmente quanto a realização de perícia e
depoimentos, a fim de se aferir a eventual abusividade de encargos moratórios.

No mérito, requer a reforma da sentença no que tange aos juros remuneratórios e a capitalização dos
juros, sob o argumento de que, embora pactuados em contratos bancários, não estariam adstritos aos
limites legais do Código Civil ou da Lei de Usura, devendo, para tanto, estar de acordo com a taxa média
de mercado, o que não teria sido observado no caso vertente.
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Em contrarrazões (ID 5343695), o ora apelado pugna pelo improvimento do recurso manejado.

Coube-me por distribuição a relatoria do feito.

Considerando a matéria versada nos presentes autos, determinei que as partes se manifestassem acerca
da possibilidade de conciliação (ID 5345909), o que restou infrutífera, conforme certidão ID 5507423.

É o relatório.

VOTO

VOTO

Avaliados os pressupostos processuais, tenho-os como regularmente constituídos, razão pela qual
conheço do recurso, passando a proferir voto.

Prima facie, analiso a questão preliminar suscitada pela ora apelante:

PRELIMINAR: CERCEAMENTO DE DEFESA

Alega a apelante que a sentença merece ser cassada, por ter incorrido em cerceamento de defesa, ao
passo que deixou de designar perícia a fim de apurar a ilegalidade dos juros cobrados, e ainda, que não
se trata de matéria exclusivamente de direito.

Da análise dos autos, e não obstante as argumentações supra, importante ressaltar que a presente lide
gira em torno de alegadas abusividade das cláusulas contratuais, onde não se faz necessária a realização
de prova técnica e/ou testemunhal, posto que as questões levantadas se referem apenas a interpretação
de disposições legislativas e jurisprudenciais em confronto com o pacto firmado, representando questões
de direito quanto a legalidade ou não dos valores cobrados.

Com efeito, observa-se que a inicial veio instruída com todas as provas necessárias ao julgamento da lide,
asseverando ainda que o apelado, em sede de contestação trouxe aos autos o contrato a ser revisado e
outros documentos de fls. 78-88, os quais permitem extrair os elementos necessários ao julgamento do
pedido.

Desse modo, não há que se falar em nulidade da sentença por cerceamento de defesa, eis que as provas
dos autos são suficientes para o julgamento da ação, restando controvertida apenas matéria de direito.
Inteligência do artigo 285-A do CPC.

A propósito, sobre o tema, confira-se a orientação jurisprudencial pátria:

“APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO REVISIONAL. CONTRATO DE


EMPRÉSTIMO. PRELIMINAR DE NULIDADE DE SENTENÇA E CERCEAMENTO DE DEFESA. Não há
nulidade da sentença por cerceamento de defesa quando a prova dos autos é suficiente para o
julgamento da ação restando controvertida apenas matéria de direito. Inteligência do artigo 285-A
do CPC. TARIFAS BANCÁRIAS. INÉPCIA RECURSAL. RECURSO INCONGRUENTE. (...) JUROS
REMUNERATÓRIOS. Os juros remuneratórios podem ser convencionados em patamares superiores a
12% ao ano. No entanto, devem guardar razoabilidade em relação à taxa média de mercado divulgada
pelo BACEN. CAPITALIZAÇÃO. PACTUAÇÃO MENSAL. A capitalização com periodicidade inferior à
anual é lícita quando pactuada nos contratos firmados após 31/03/00 data de publicação da Medida
Provisória n. 1.963/00 cuja inconstitucionalidade, argüida, ainda não foi objeto de provimento pelo c. STF.
A capitalização deve vir pactuada de forma expressa e clara. A previsão no contrato bancário de taxa de
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juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual
contratada. Recurso Especial n. 973.827/RS representativo de controvérsia. COMISSÃO DE
PERMANÊNCIA. CLÁUSULA INEXISTENTE. Não há possibilidade de revisão quando não há estipulação
contratual ou prova de cobrança do tópico impugnado. (...) “

(Apelação Cível Nº 70052371424, Vigésima Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
João Moreno Pomar, Julgado em 22/01/2013)

Assim, tem-se que o Juízo é o destinatário da prova, cabendo a este verificar a necessidade ou não de
sua produção, quando já se encontre nos autos provas suficientes para formar o seu convencimento a
respeito da questão em debate, ou determinar, ainda que de ofício, a realização das que entenda
indispensáveis para o deslinde da questão, conforme dispõe o art. 370 do CPC, evitando assim atos
desnecessários que possam comprometer os Princípios da Economia e Celeridade Processual.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, Rejeito a Preliminar.

MÉRITO

Vencida a questão preliminar, atenho-me ao mérito.

Observa-se das razões recursais deduzidas pela ora apelante o seu inconformismo em relação aos juros
remuneratórios e a capitalização dos juros, sob o argumento de que, embora pactuados em contratos
bancários não estejam adstritos aos limites legais do Código Civil ou da Lei de Usura, devem estar de
acordo com a taxa média de mercado, o que não teria ocorrido no caso vertente, requerendo ainda a
aplicabilidade do CDC.

Os Tribunais do Brasil, inclusive os Superiores, já firmaram o entendimento acerca da possibilidade de


aplicação de juros remuneratórios acima de 12% (doze por cento) ao ano, conforme informado pela
Súmula nº. 382 do Superior Tribunal de Justiça – STJ e demais julgados abaixo:

Súmula nº. 382 – STJ: A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não
indica abusividade.

Na mesma direção:

Ementa. AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO. CAPITALIZAÇÃO


MENSAL DE JUROS. POSSIBILIDADE.

1. A previsão, no contrato bancário, de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente
para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada.

2. Agravo regimental provido para se conhecer do agravo e dar provimento ao recurso especial. Processo
AgRg no AREsp 40562 PR 2011/0141018-2 Relator: Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
Julgamento: 20/06/2013 Órgão Julgador: 3ª Turma Publicação: 28/06/2013.

Ementa AÇÃO REVISIONAL. CONTRATO BANCÁRIO. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS.


POSSIBILIDADE. - Havendo previsão expressa, é admitida a capitalização mensal de juros nos contratos
celebrados após a edição da Medida Provisória nº 1.963-17. Processo AC 10016130027499001 MG
Relator: Moacyr Lobato Julgamento: 25/02/2014 Órgão Julgador: 9ª Câmara Cível Publicação:
10/03/2014.

Os juros remuneratórios cobrados pelas instituições financeiras não sofrem as limitações da Lei da Usura.
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Na espécie, aliás, incide a Súmula 596 do STF:

As disposições do Decreto 22.626/1933 não se aplicam às taxas de juros e aos outros encargos cobrados
nas operações realizadas por instituições públicas ou privadas, que integram o sistema financeiro
nacional.

Nesse sentido, tem-se que o Supremo Tribunal Federal decidiu pela não auto aplicabilidade ao art.192, §
3º, da Constituição Federal, condicionando sua efetividade à legislação infraconstitucional relativa ao
Sistema Financeiro Nacional, principalmente à Lei n.º4.595 de 1964, cujo art. 4º, inc. IX, atribui ao
Conselho Monetário Nacional a competência para limitar as taxas de juros e quaisquer outras
remunerações de operações e serviços bancários ou financeiros.

Não obstante, a norma prevista no artigo em comento encontrar-se revogada pela Emenda Constitucional
n.º 40, de 29 de maio de 2003 e, não mais havendo tal limitação, resulta inócua a discussão acerca da
eficácia limitada daquele dispositivo.

Somado a isso, a Súmula Vinculante n. 7 do STF fulminou a discussão da matéria ao decidir que a norma
do § 3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela Emenda Constitucional n.º 40/2003, que limitava a
taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação condicionada à edição de Lei Complementar.

No mais, a limitação dos juros remuneratórios a partir da aplicação do Código de Defesa do


Consumidor depende da comprovação da abusividade, verificada caso a caso, a partir da taxa média de
mercado registrada pelo BACEN à época da contratação e conforme a natureza do crédito alcançado
(crédito pessoal, cheque especial, capital de giro), ou seja, que não se caracteriza somente pelo fato da
pactuação ser em percentual superior a 12% ao ano. Esse, ademais, é o sentido da Súmula n.º 382 do
STJ já mencionada.

Consequentemente, apenas quando restar demonstrada a exorbitância do encargo é que se admite o


afastamento do percentual de juros avençado pelas partes contratantes, o que não ocorreu no caso
vertente.

Nesse contexto, extrai-se do Julgamento efetuado pela 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (Resp
1.061.530/RS – Relatora Nancy Andrighi – J. 22.10.2008 – DJE 10.03.2009):

ORIENTAÇÃO 1 - JUROS REMUNERATÓRIOS

a) As instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros remuneratórios estipulada na Lei de
Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF;

b) A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade;

c) São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as disposições do
art. 591 c/c o art. 406 do CC/02;

d) É admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde que
caracterizada a relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em
desvantagem exagerada – art. 51, § 1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades
do julgamento em concreto.

Assim, devem ser mantidos os juros remuneratórios contratados, pois em conformidade com o
ordenamento jurídico vigente.

Noutra ponta, no que tange a capitalização de juros, admite-se a mesma com periodicidade inferior à anual
em contratos celebrados após 31.3.2000, data da publicação da Medida Provisória n. 1.963-17/2000 (em
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vigor como MP 2.170-36/2001) e desde que expressa e claramente pactuada, incumbindo ao credor
demonstrar a sua existência.

Os contratos bancários são típicos contratos de consumo, devendo observar o disposto no art. 46 do CDC,
que veda a incidência de normas implícitas, de difícil compreensão.

No mais, importante salientar que os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os
consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se
os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance.

Senão vejamos o precedente pertinente ao tema:

CONSUMIDOR. CONTRATO BANCÁRIO. CAPITALIZAÇÃO. A capitalização de juros deve ser prevista de


modo expresso no contrato, porque em relação ao consumidor não valem as cláusulas implícitas. Agravo
regimental não provido. (AgRg no Ag 875067/PR, Rel. Ministro ARI PARGENDLER, TERCEIRA TURMA,
julgado em 06/12/2007, DJ 01/02/2008 p. 481)

Outrossim, com relação a expressa contratação da capitalização mensal dos juros, faz-se mister
adotar atual entendimento do STJ, nos termos do Resp 973827/RS, no sentido de que “a previsão no
contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo mensal é suficiente para permitir a
cobrança da taxa efetiva anual contratada”, assim ementado:

CIVIL E PROCESSUAL. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. AÇÕES REVISIONAL E DE BUSCA E


APREENSÃO CONVERTIDA EM DEPÓSITO. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. JUROS COMPOSTOS. DECRETO 22.626/1933
MEDIDA PROVISÓRIA 2.170-36/2001. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. MORA. CARACTERIZAÇÃO.

(...);

3. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - "É permitida a capitalização de juros com periodicidade
inferior a um ano em contratos celebrados após 31.3.2000, data da publicação da Medida Provisória n.
1.963-17/2000 (em vigor como MP 2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada." - "A
capitalização dos juros em periodicidade inferior à anual deve vir pactuada de forma expressa e clara. A
previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para
permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada". (...)(REsp 973827/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, Rel. p/ Acórdão Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
08/08/2012, DJe 24/09/2012)

No caso em tela, há previsão expressa da incidência de capitalização no contrato objeto da presente


revisional, é suficiente para permitir a cobrança da capitalização mensal.

Sendo as parcelas fixas, entendo que os termos contratados são previamente acertados, tendo o
consumidor total liberdade para recusar o financiamento, adquirindo o veículo em qualquer outro momento
que julgue oportuno.

Nesse sentido, pode-se observar dos autos que a recorrente firmou contrato descrito na inicial em
06/11/2011, referente a um veículo marca VW Voyage, financiando junto ao requerido cerca de R$
35.660,00 (trinta e cinco mil seiscentos e sessenta e seis reais) através de contrato de alienação fiduciária,
em 61 (sessenta e uma) parcelas mensais no valor de R$ 1.085,19 (hum mil e oitenta e cinco reais e
dezenove centavos), entretanto, a mesma somente se insurgiu contra o que fora pactuado em setembro
de 2013, data da propositura da ação, ou seja, já vinha cumprindo o pacto por mais de 2 anos, não se
vislumbrando ter havido questionamento no momento da celebração do contrato.

Desse modo, têm-se que, sendo os juros contratados pré-fixados, sabe-se que a parte recorrente tomou
conhecimento dos valores que deveria pagar no momento em que firmou o contrato, não havendo,
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portanto, que se falar em revisão do pacto, vez que estamos diante de ato jurídico perfeito, fazendo-se
necessária a manutenção da sentença em todas as suas disposições.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, Conheço do Recurso e Nego-lhe Provimento, mantendo a sentença de primeiro grau em
todas as suas disposições.

É como voto.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora.

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0003423-28.2012.8.14.0051 Participação: APELANTE Nome: AGOSTINHO


COLETA DE COUTO Participação: ADVOGADO Nome: RAIMUNDO CORDOVIL DINIZ OAB: 10137/PA
Participação: APELADO Nome: ANA ELIZABETE DE MORAES FERREIRA REBELO Participação:
ADVOGADO Nome: ISAAC CAETANO PINTO OAB: 12220/PA Participação: APELADO Nome: ADEMAR
HENRIQUE COSTA REBELO Participação: ADVOGADO Nome: ISAAC CAETANO PINTO OAB:
12220/PA

Nos termos do art. 10 do Código de Processo Civil, intimem-se o apelante para que se manifeste acerca
da arguição de caráter protelatório do recurso aduzida nas contrarrazões ID 363087, no prazo de 15
(quinze) dias úteis.

Número do processo: 0015932-46.2014.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: GAFISA SPE-51


EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL BATTIPAGLIA
SGAI OAB: 214918/SP Participação: APELADO Nome: ANTONIO MARCIO DE SOUZA PELAES
Participação: ADVOGADO Nome: ANA BEATRIZ CONDURU COSTA OAB: 7397/PA Participação:
APELADO Nome: ADRIANA DE SOUZA BARBOSA PELAES Participação: ADVOGADO Nome: ANA
BEATRIZ CONDURU COSTA OAB: 7397/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0015932-46.2014.8.14.0301

APELANTE: GAFISA SPE-51 EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA.

APELADO: ANTONIO MARCIO DE SOUZA PELAES, ADRIANA DE SOUZA BARBOSA PELAES

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA
367
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

APELAÇÃO CIVEL Nº. 0015932-46.2014.814.0301

APELANTE: GAFISA SPE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.

APELADOS: ANTONIO MARCIO DE SOUZA PELAES E ADRIANA DE SOUZA BARBOSA PELAES

RELATORA: Desª. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES.

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS – MÉRITO:


ATRASO INJUSTIFICADO NA ENTREGA DA OBRA – RESPONSABILIDADE DA EMPRESA
APELANTE CONFIGURADA - DANOS MATERIAIS – CARACTERIZAÇÃO – LUCROS CESSANTES
DEVIDOS – VALORES FIXADOS DENTRO DOS PARÂMETROS LEGAIS – DANOS MORAIS
CONFIGURADOS – CIRCUNSTÂNCIAS QUE ULTRAPASSAM O MERO ABORRECIMENTO – VALOR
FIXADO QUE OBSERVA OS PARÂMETROS DE RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE -
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

1. Atraso na entrega. Culpa exclusiva da empresa recorrente. Inexistência de provas de que o atraso
decorreu da greve, ou do período de chuvas. Dano material devido.

2. Lucros cessantes devidos aos apelados, vez que comprovado o atraso injustificado da obra, presumido
o prejuízo do comprador que fica impossibilitado de usufruir do bem, no prazo estipulado.

3. Valor fixado a título de dano material em consonância com os parâmetros legais.

4 Danos morais verificados no caso vertente. Atraso injustificado na conclusão da entrega do imóvel.
Conclusão da obra prevista para setembro de 2010 (Letra F-quadro de resumo), prazo prorrogável pelo
período de 180 dias, conforme cláusula 3.2 do referido contrato.

4.1. Considerando a cláusula de tolerância, as chaves do imóvel deveriam ser entregues até março de
2011, contudo, os apelados receberam a unidade tão somente em julho de 2012, ou seja, cerca de 1 ano e
4 meses após o prazo previsto em contrato ultrapassado o prazo de tolerância de 180 dias.

4.2. Dano moral caracterizado, sendo, portanto, passível de indenização.

4.3. Quantum indenizatório. Razoabilidade e proporcionalidade observadas pelo juízo de 1ª grau.


Manutenção do valor fixado a título de danos morais em R$ 10.000,00 (dez mil reais).

1. 5. Recurso Conhecido e Improvido. Manutenção da sentença em todos os seus termos. É como voto.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL, sendo apelante GAFISA SPE
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA. e apelados ANTONIO MARCIO DE SOUZA PELAES E
ADRIANA DE SOUZA BARBOSA PELAES.

Acordam Excelentíssimos Desembargadores, Membros da 2ª Turma de Direito Privado deste Egrégio


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade, em plenário virtual, em CONHECER DO
RECURSO, NEGANDO-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto da Excelentíssima Desembargadora-
Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES


368
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Desembargadora – Relatora

RELATÓRIO

APELAÇÃO CIVEL Nº. 0015932-46.2014.814.0301

APELANTE: GAFISA SPE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.

APELADOS: ANTONIO MARCIO DE SOUZA PELAES E ADRIANA DE SOUZA BARBOSA PELAES

RELATORA: Desª. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES.

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATÓRIO

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por GAFISA SPE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS


LTDA., inconformada com a r. sentença prolatada pelo MM. Juízo de Direito da 8ª Vara Cível da Comarca
da Capital que, nos autos da Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais e Pedido Liminar,
proposta por ANTONIO MARCIO DE SOUZA PELAES E ADRIANA DE SOUZA BARBOSA PELAES,
julgou procedente os pedidos autorais.

Aduzem os requerentes, ora apelados, que adquiram uma unidade imobiliária no empreendimento Parc
Paradiso, salientando que a requerida se comprometeu a proceder a conclusão da unidade até o mês de
setembro de 2010, o que não foi observado.

Acrescentam que, em que pese terem efetuado o pagamento de todos os compromissos assumidos a
empresa ré não conseguiu respeitar o prazo de entrega do bem, asseverando que o atraso perdurou por
cerca de 2 anos e que, a demora na entrega do bem teria causado diversos transtornos aos autores,
argumentando que o bem seria destinado a locação, razão porque ingressaram com a presente demanda.

A empresa requerida apresentou contestação (ID 5371413).

O feito seguiu tramitação, até a prolação da sentença (ID 5371570) que julgou procedente a pretensão
esposada na inicial, para: a) Condenar o réu ao pagamento de lucros cessantes no valor correspondente a
0,5% do valor do contrato apresentado na inicial devido por cada mês de atraso, contados a partir do 181º
dia após a data prevista para a entrega da obra e até a data que efetivamente for à mesma entregue,
subtraída a quantia porventura já paga em sede de antecipação de tutela; b) Determinar a incidência de
juros de mora a contar da citação (art. 405 do CPC) e correção monetária a contar de cada mês de atraso
(art. 389 do CC). A correção monetária observará o INCC até o término do prazo de tolerância, momento
que será calculada juntamente com os juros de mora pelo IPCA ou por qual deles for mais favorável ao
consumidor. c) Condenar o réu a danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), com juros de
mora a contar da citação (art. 405 do CPC) e correção monetária desde a data do arbitramento nos termos
da Súmula n. 362 do STJ. Condeno a ré ao pagamento de custas e despesas processuais, bem como
honorários advocatícios que arbitro em 15% (quinze por cento) sobre o valor total da condenação, nos
termos do art. 85, § 2º c/c art. 86, parágrafo único, do CPC.

Irresignada, GAFISA SPE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA. interpôs recurso de apelação (ID
5371572).

Aduz a inexistência de responsabilidade civil, salientando que não teria restado caracterizado no caso em
comento o nexo de causalidade, ou caso assim não entenda, que seja considerado que não há
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

comprovação de que o atraso se deu por culpa exclusiva da construtora apelante, mas por caso fortuito ou
força maior, e que seria necessária a comprovação de ato ilícito.

Sustenta a inexistência de lucros cessantes a indenizar, salientando que as despesas alegadas pelos
recorridos não teriam sido comprovadas, pugnando, em caso de entendimento diverso, que seja
considerada a taxa média de mercado para a sua fixação, e como marco final a data da expedição do
habite-se.

Afirma a inexistência de danos morais e materiais a indenizar, argumentando que o mero descumprimento
contratual não gera direito a indenização, bem assim que os recorridos não teriam demonstrado os
requisitos aptos a ensejar a referida condenação, e ainda que, em caso de manutenção, requer a sua
minoração.

O prazo para apresentação das contrarrazões decorreu in albis, conforme certidão ID 5371572.

Coube-me por distribuição a relatoria do feito.

Considerando a matéria versada nos presentes autos, determinei a intimação das partes para se
manifestarem acerca da possibilidade de conciliação (ID 5378336), o que restou infrutífera, conforme
petição ID 5476500.

É o Relatório.

VOTO

VOTO

Avaliados os pressupostos de admissibilidade recursal, tenho-os como regularmente obedecidos, razão


pela qual, conheço do recurso, passando a proferir voto:

MÉRITO

Ámíngua de questões preliminares, atenho-me ao mérito.

Afirma a empresa recorrente inexistência de responsabilidade objetiva em relação aos fatos narrados na
exordial, bem assim a necessidade de configuração do ato ilícito para o dever de indenizar, a inviabilidade
de condenação em lucros cessantes e danos morais, pugnando, em caso de manutenção da sentença,
pela minoração dos valores arbitrados.

Da análise do contrato firmado entre as partes, evidencia-se que a conclusão da obra foi prevista para
setembro de 2010 (Letra F- quadro de resumo), prazo prorrogável pelo período de 180 dias, conforme
prevê a cláusula 3.2 do referido contrato (ID 5371410).

Considerando a cláusula de tolerância, as chaves deveriam ter sido entregues até março de 2011,
contudo, os recorridos receberam a unidade tão somente em julho de 2012 (ID 5371412), ou seja, cerca
de 1 ano e 4 meses após o prazo previsto em contrato.

Não obstante haja previsão contratual de extensão do prazo por motivos de força maior, a alegada
escassez de mão-de-obra e materiais, não caracteriza circunstâncias imprevisíveis e inevitáveis, não
tendo o condão de romper o nexo de causalidade entre a conduta ilícita e o dano experimentado pelo
comprador, de modo a elidir a responsabilidade da construtora pelo atraso da obra.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Quanto ao instituto da força maior, traz-se à baila a lição de de Sergio Cavalieri Filho (in Programa de
Responsabilidade Civil, 8ª ed., São Paulo: Atlas, 2008, p. 65/66):

“(...)

No que respeita ao caso fortuito e à força maior, o Código atual manteve a mesma disciplina do Código
anterior. Continuam previstos na parte relativa ao inadimplemento das obrigações – disposições gerais,
art. 393, reprodução fiel do antigo art. 1058: “O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso
fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.

(…) se o evento for inevitável, ainda que previsível, por se tratar de fato superior às forças do agente,
como normalmente são os fatos da Natureza, como as tempestades, enchentes, etc., estaremos em face
da força maior, como o próprio nome diz. É o act of God, no dizer dos ingleses, em relação ao qual o
agente nada pode fazer para evitá-lo, ainda que previsível.

(…)

O caso fortuito e a força maior excluem o nexo causal por constituírem também causa estranha à conduta
do aparente agente, ensejadora direta do evento. (...)”

Conclui-se, pois, que não há falar em ausência de responsabilidade da recorrente pelo atraso ocorrido na
entrega do imóvel adquirido pelos apeladados, pois os suscitados percalços noticiados na contestação não
se coadunam aos conceitos de caso fortuito ou força maior. Outrossim, a necessidade de trabalhadores
para executar o projeto vendido e de materiais para executar a obra são eventos absolutamente
previsíveis, que devem ser considerados pela ré quando do anúncio do empreendimento e da efetivação
das vendas.

Ora, as construtoras vêm lançando inúmeros empreendimentos de forma concomitante, sem que tenham,
de fato, os meios para honrar o compromisso assumido perante os consumidores - os quais, por sua vez,
veem-se compelidos ao pagamento tempestivo das parcelas mensais e dos inúmeros e expressivos
reforços avençados.

Colaciona-se, nessa esteira a jurisprudência pertinente ao tema:

“APELAÇÃO CÍVEL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. INDENIZATÓRIA. Mostra-se inadmissível a


prorrogação indeterminada do prazo para a entrega de obra sob alegações de caso fortuito ou força maior,
pois latente a afronta ao art. 51, do Código de Defesa do Consumidor. Ademais, no caso, sequer possível
o enquadramento do atraso em tais hipóteses, pois problemas climáticos e de solo, bem como embargo da
Delegacia Regional do Trabalho, são inerentes à atividade da construção civil, sendo impositiva a
condenação da ré ao pagamento de indenização pelo dano moral suportado pela autora. Precedentes da
Corte. Inviável a condenação ao pagamento de multa pelo atraso na entrega quando ausente qualquer
previsão contratual nesse sentido, bem como a fixação de indenização por dano material, pois a
demandante assumiu o risco do negócio ao adquirir mobiliário mesmo tendo conhecimento do atraso.
DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME. ” (Apelação Cível Nº 70053737953,
Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Walda Maria Melo Pierro, Julgado em
14/08/2013).

Destarte, conclui-se a impossibilidade de se considerar legal o atraso na entrega da obra, posteriormente


ao prazo previsto na cláusula de tolerância, restando, portanto, caracterizada a violação de um dever
jurídico por parte da ré.

A responsabilidade civil funda-se em três requisitos, quais sejam: conduta culposa do agente, dano e nexo
causal entre a primeira e o segundo, de acordo com a conjugação dos arts.186 e 927, ambos do Código
Civil. Ausente um só desses pressupostos, não há de se falar em indenização.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Sergio Cavalieri Filho (in Programa de Responsabilidade Civil, 6ª edição, Editora Malheiros, 2005, fl. 41),
ensina:

“Sendo o ato ilícito, conforme já assinalado, o conjunto de pressupostos da responsabilidade, quais seriam
esses pressupostos na responsabilidade subjetiva? Há primeiramente um elemento formal, que é a
violação de um dever jurídico mediante conduta voluntária; um elemento subjetivo, que pode ser o dolo ou
a culpa; e, ainda, um elemento causal-material, que é o dano e a respectiva relação de causalidade. Esses
três elementos, apresentados pela doutrina francesa como pressupostos da responsabilidade civil
subjetiva, podem ser claramente identificados no art. 186 do Código Civil, mediante simples análise do seu
texto, a saber:

a) conduta culposa do agente, o que fica patente pela expressão “aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imperícia”;

b) nexo causal, que vem expresso no verbo causar; e

c) dano, revelado nas expressões “ violar direito ou causar dano a outrem”.

Assim, a partir do momento em que alguém, mediante conduta culposa, viola direito de outrem e causa-lhe
dano, está-se diante de um ato ilícito, e deste ato deflui o inexorável dever de indenizar, consoante o
art. 927 do Código Civil”.

No caso em comento, a violação de um dever jurídico por parte da demandada restou consubstanciada no
abusivo descumprimento do prazo para a entrega da unidade imobiliária. A culpa ou dolo, no caso, é
dispensável, em razão da incidência da legislação consumerista.

Passa-se, por conseguinte, à análise dos danos aventados.

1. DOS DANOS MATERIAS NA FORMA DE LUCROS CESSANTES

Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, mostra-se possível a fixação de aluguéis, em


favor do promissário comprador, durante o tempo em que a promitente vendedora permaneceu em mora,
como forma de reparação pela privação de utilização do imóvel, independendo de prova acerca da
finalidade para a qual adquirido o bem. Colaciona-se, neste sentido, os seguintes julgados:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ATRASO


NA ENTREGA DE IMÓVEL. 1. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. ALEGAÇÕES GENÉRICAS. SÚMULA
284/STF. 2. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 211/STJ. 3. LUCROS CESSANTES.
SÚMULA 83/STJ. 4.DANO MORAL. MODIFICAÇÃO DO VALOR. SÚMULA 7/STJ. 5. AGRAVO
DESPROVIDO. (...)

3. De acordo com a jurisprudência desta Corte, a ausência de entrega do imóvel na data acordada
no contrato firmado entre as partes acarreta o pagamento de indenização por lucros cessantes,
tendo em vista a impossibilidade de fruição do imóvel durante o tempo da mora. Precedentes.
Incidência da Súmula n. 83/STJ.

4. Inviável alterar o valor de indenização decorrente de atraso na entrega de imóvel quando fixado pela
instância de origem com base na condição econômica dos litigantes, bem como na intensidade da culpa
do réu e suas consequências, concluindo o Tribunal a quo que o inadimplemento contratual causou
frustração, angústia e sofrimento à parte ante a impossibilidade de ter o imóvel que adquiriu para residir no
prazo contratado, pois, notadamente considerando que a quantia arbitrada não é exorbitante, seria
necessário o revolvimento do material probatório, o que encontra óbice na Súmula 7 do STJ.

5. Agravo regimental desprovido. (AgRg no AREsp 395.105/RJ, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO
BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 28/04/2015, DJe 01/06/2015)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO INCAPAZ DE ALTERAR O


JULGADO. LUCROS CESSANTES. ATRASO NA ENTREGA DE IMÓVEL.PRESUNÇÃO DE PREJUÍZO.
PRECEDENTES.1.Esta Corte Superior já firmou entendimento de que, descumprido o prazo para
entrega do imóvel objeto do compromisso de compra e venda, é cabível a condenação por lucros
cessantes, havendo presunção de prejuízo do promitente-comprador . 2. Agravo regimental não
provido.” (AgRg no Ag 1319473/RJ, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 25/06/2013, DJe 02/12/2013).

Por conseguinte, tratando-se de prejuízo presumível, deve ser mantida a sentença no tocante ao dever da
promitente vendedora de pagar indenização a título de lucros cessantes, na forma de aluguéis durante os
meses de atraso.

Com relação ao valor do aluguel mensal arbitrado, observa-se que tal importância aceita pelos
especialistas e pela jurisprudência Pátria varia em média entre 0,5% (zero vírgula cinco por cento) a 1%
(um por cento) do valor de compra do imóvel, conforme fatores como localização, tipo do imóvel e suas
condições gerais. De modo que, tendo os recorridos adquirido o apartamento em questão no valor de R$
404.441,00 (quatrocentos e quatro mil quatrocentos e quarenta e um reais), tem-se que o valor arbitrado
de 0,5% está dentro dos parâmetros, atendendo aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

Por outro lado, consta ainda as arguições da empresa recorrente que, em caso de manutenção da
condenação ao pagamento de aluguel, requer que o mesmo passe a viger somente a partir dos 180 dias
úteis previstos na cláusula 3.2 do contrato.

Voltando-nos a análise do feito, verifica-se que a sentença já determinou que o pagamento de lucros
cessantes em favor dos recorridos observasse o 181º dia após a data prevista para a obra e até a data
que a mesma fosse entregue, não havendo que se falar em reforma da sentença vergastada também
nesse capítulo ou sequer pleito a ser analisado.

2. DOS DANOS MORAIS

Alega a empresa ré a ausência de danos morais a indenizar, salientando que os ora recorridos não
demonstraram o abalo a sua honra subjetiva, e que a jurisprudência é firme no sentido de que o atraso na
entrega do imóvel se trata de mero descumprimento contratual, gerando mero aborrecimento, juntando os
precedentes a fim de corroborar com as suas alegações.

Para que se possa falar em dano moral é preciso que a pessoa seja atingida em sua honra, sua
reputação, sua personalidade, seu sentimento de dignidade, passe por dor, humilhação,
constrangimentos, tenha os seus sentimentos violados, isso devidamente comprovado.

A responsabilidade civil é composta por pressupostos indissociáveis, quais sejam, o ato ilícito, o dano
efetivo e o nexo de causalidade, conforme ensina Caio Mário da Silva Pereira:

Na etiologia da responsabilidade civil, como visto, são presentes três elementos, ditos essenciais na
doutrina subjetivista, porque sem eles não se configura: a ofensa a uma norma preexistente ou erro de
conduta; um dano; e o nexo de causalidade entre uma e outro. Não basta que o agente haja procedido
contra o direito, isto é, não se define a responsabilidade pelo fato de cometer um 'erro de conduta'; não
basta que a vítima sofra um 'dano', que é o elemento objetivo do dever de indenizar, pois se não houver
um prejuízo a conduta antijurídica não gera obrigação ressarcitória. (Responsabilidade Civil, Rio de
Janeiro: Forense 1ª ed., 1989. p. 83).

Demonstrada a prática de ato ilícito, resta a verificação da existência de efetivo dano moral decorrente da
conduta da parte demandada.

Da análise do contrato firmado entre as partes, evidencia-se que a conclusão da obra prevista para
setembro de 2010 (Letra F-quadro de resumo), prazo prorrogável pelo período de 180 dias, conforme
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cláusula 3.2 do referido contrato, de modo que, considerando a cláusula de tolerância, as chaves do
imóvel deveriam ser entregues até março de 2011, contudo, os apelados receberam a unidade tão
somente em julho de 2012, como já mencionado alhures, ou seja, cerca de 1 ano e 4 meses após o prazo
previsto em contrato.

O atraso na conclusão e entrega da obra, por tempo superior ao razoável frustrou as expectativas dos
apelados, que adquiriram o imóvel possuindo “o sonho da casa própria”, nele depositando todas as suas
economias.

Nesse sentido, na espécie, não se tratou de um mero atraso tolerável na entrega do imóvel, mas, sim, de
um ilícito contratual, ensejador de dano moral.

Ademais, impende ressaltar que não se trata de mero aborrecimento ou simples insatisfação, mas de
relevante frustração decorrente de descumprimento contratual, pelo qual não contavam os demandantes.
Ou seja, é certo que o descumprimento contratual por parte da requerida/apelante deu azo à frustração
dos recorridos a ensejar a reparação por dano extrapatrimonial. Nesse sentido, segue entendimento
jurisprudencial:

EMENTA: DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE RESCISÃO


CONTRATUAL C/C RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS NA FORMA DE
PAGAMENTO DE ALUGUERES. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. IMPONTUALIDADE
NA ENTREGA DE UNIDADE IMOBILIÁRIA. DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL PELA
CONSTRUTORA. OCORRÊNCIA. APLICABILIDADE DO CDC. DANOS MORAIS. OCORRÊNICIA.
PAGAMENTO DE ALUGUERES. POSSIBILIDADE. 1. O atraso na entrega de imóvel enseja a
condenação da construtora ao pagamento de indenização a título de lucros cessantes em favor do
promitente comprador pela não fruição do bem, sendo perfeitamente possível a quantificação dos lucros
cessantes pelo arbitramento de aluguel mensal, portanto, os autores/apelados, compradores de imóvel
residencial, faz jus ao dano material sob a forma de lucros cessantes, no valor dos alugueres que deixou
de usufruir ou que teve que pagar, em razão da não entrega do imóvel no prazo estipulado pela
construtora, por esta razão não há necessidade de que o promitente comprador comprove através de
documentos (contrato de locação, recibos de alugueres e outros), o direito pleiteado, uma vez que este
decorre da não fruição do bem pelo promitente comprador decorrente do atraso na entre do imóvel, tal
como ocorreu no caso em tela. 2. Sentença reformada para condenar a Construtora a pagar aos
autores/apelantes/apelados indenização por lucros cessantes, a título de alugueres, entre a data da
entrega, incluindo o prazo de prorrogação - 30/06/2013 e a data da publicação da sentença em que houve
a rescisão do contrato, que fixo em 0,5% (meio por cento) do valor atualizado do contrato. Tais parcelas
devem ser atualizadas monetariamente pelo INPC/IBGE, a partir a primeira da data de 30/06/2013 e assim
sucessivamente, até a data de seu efetivo pagamento, acrescido de juros de mora de 1% (um por cento)
ao mês, a partir da citação. 3. DANOS MORAIS. No caso concreto, o atraso na entrega do imóvel
pela Construtora extrapolou os limites da razoabilidade, situação excepcional que ultrapassa o
mero dissabor. É inegável o prejuízo moral sofrido pelos autores ante a expectativas e esperanças
de receber o imóvel para residirem, que acabaram inegavelmente configurando o dano moral, cujo
dever de indenizar está configurado nos arts. 186, 187 e 927 do CPC/73, vigente à época,
cumulados com o artigo 5º, V e X, da Constituição Federal de 1988. 4. Quantum fixado na sentença
em R$ 20.000,00 (vinte mil reais), mantido, pois fixado com razoabilidade, proporcionalidade e
punibilidade. 5. A cláusula que prevê a prorrogação do prazo de entrega do imóvel por 180(cento e
oitenta) dias não é abusiva. 6. Devolução pela construtora dos valores pagos pelos adquirentes.
Possibilidade. Por se tratar de uma relação de consumo, a responsabilidade da construtora é objetiva,
devendo suportar os riscos do negócio. 7. Retenção pela construtora de valores a qualquer título.
Impossibilidade. Nas hipóteses de rescisão contratual por culpa da construtora, o consumidor tem o direito
de receber de volta todos os valores desembolsados, sem qualquer retenção por parte da Construtora. 8.
Honorários advocatícios arbitrados na sentença mantidos, pois em conformidade com o disposto no artigo
20, § 3º do CPC/73, diploma legal vigente à época e recepcionado pelo artigo 82, § do CPC/2015.
APELAÇÕES CONHECIDAS E PARCIALMENTE PROVIDAS. DECISÃO UNÂNIME. (2017.03366294-90,
179.009, Rel. MARNEIDE TRINDADE PEREIRA MERABET, Órgão Julgador 1ª TURMA DE DIREITO
PRIVADO, Julgado em 2017-08-07, Publicado em 2017-08-10) (grifo nosso)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. ATRASO
NA ENTREGA DA OBRA POR PERÍODO SUPERIOR AO PRAZO DE TOLERÂNCIA.
DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. CASO FORTUITO AFASTADO.
SITUAÇÃO EXCEPCIONAL QUE ULTRAPASSA O MERO DISSABOR. DANO MORAL
CARACTERIZADO. DEVER DE INDENIZAR. QUANTUM INDENIZATÓRIO REDUZIDO EM
OBSERVÂNCIA EM AOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. LUCROS
CESSANTES DEVIDOS. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO À UNANIMIDADE. 1.
Inexistência de demonstração de caso fortuito que escuse a construtora/apelante do atraso na entrega do
imóvel. 2. Impõe-se a compensação do dano moral por meio de indenização, em razão de atraso
de obra injustificada que afeta a esfera extrapatrimonial do comprador/apelado. Contudo, em
observância em aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, revela-se, necessário a redução do
quantum indenizatório correspondente aos danos morais para o valor R$ 8.000,00 (oito mil reais). 3. É
cabível a condenação por lucros cessantes, havendo presunção de prejuízo do promitente-comprador a
partir do exaurimento do prazo de tolerância, diante ao descumprimento do prazo para entrega do imóvel
objeto do compromisso de compra e venda. 4. Recurso conhecido e parcialmente provido, à
unanimidade. (2017.02941600-77, 177.876, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão Julgador 2ª
TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2017-07-04, Publicado em 2017-07-12) (grifo nosso)

APELAÇÕES CÍVEIS INTERPOSTAS PELOS AUTORES E PELA CONSTRUTORA RÉ. AÇÃO DE


RESCISÃO CONTRATUAL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. ATRASO NA ENTREGA DO IMÓVEL.
INADIMPLÊNCIA DA CONSTRUTORA RECONHECIDA PELO TRIBUNAL ESTADUAL. VENDA DA
UNIDADE IMOBILIÁRIA PARA TERCEIROS. CONFIGURAÇÃO DO DANO. DEVER DE INDENIZAR A
TÍTULO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS. (2017.03382198-05, 179.010, Rel. MARIA FILOMENA DE
ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2017-08-07,
Publicado em 2017-08-10)

Dessa forma, demonstrados os requisitos da responsabilidade civil, patente o dever de indenizar pelos
danos morais suportados.

Noutra ponta, em que pese o pedido da empresa ré de minoração do quantum indenizatório, entendo que
não lhe assiste razão, senão vejamos:

Sobre o quantum indenizatório, há que se observar que o poderio econômico da ré não a induz em ruína
ou enriquecimento ilícito da parte autora, face as circunstâncias pessoais das partes, devendo, por
conseguinte, o valor ser arbitrado em conformidade com o princípio da razoabilidade, compatível com a
reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do sofrimento experimentado.

Desse modo, impõe-se a adoção de certos critérios de balizamento para o quantum indenizatório, pois não
há como mensurar, objetivamente, o valor em dinheiro dos direitos inerentes à personalidade humana,
tanto que o Supremo Tribunal Federal rechaça o arbitramento prévio das indenizações por dano moral:

"Toda limitação, prévia e abstrata, ao valor de indenização por dano moral, objeto de juízo de
equidade, é incompatível com o alcance da indenizabilidade irrestrita assegurada pela atual CR."
(Supremo Tribunal Federal, RE 447.584, Rel. Min. Cezar Peluso. DJ 16/03/2007)

Nesse contexto, o entendimento majoritário da atualidade, tanto da doutrina, quanto da jurisprudência, é


no sentido de que o arbitramento equitativo do juiz é aquele que melhor atende à quantificação da
indenização, porque o montante será alcançado mediante a ponderação das circunstâncias e das
peculiaridades do caso concreto.

Na hipótese dos autos, não há dúvida de que os autores adquiriram um apartamento, a fim de realizar o
sonho da casa própria, mas a construção do imóvel atrasou injustificadamente e até a presente data o
bem não fora entregue, frustrando os planos e as expectativas dos compradores.

Por essas razões, deve ser mantido o valor fixado a título de danos morais R$ 10.000,00 (dez mil reais),
quantia esta que bem os remunera pelos transtornos havidos, considerando ainda, o valor do imóvel
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

adquirido.

Assim, irrepreensíveis me afiguram os elementos utilizados pelo magistrado a quo para julgar procedente
as pretensões deduzidas na inicial, merecendo, pois, prestígio em sua integralidade.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, Conheço do RECURSO E NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo a sentença


prolatada pelo juízo da 8ª Vara Cível da Capital em todas as suas disposições.

É como voto.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora - Relatora

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0002069-37.2016.8.14.0015 Participação: APELANTE Nome: ADMINISTRADORA


DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: HIRAN LEAO DUARTE
OAB: 20868/PA Participação: ADVOGADO Nome: ELIETE SANTANA MATOS OAB: 20867/PA
Participação: APELADO Nome: MATHEUS TEIXEIRA CARDOSO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0002069-37.2016.8.14.0015

APELANTE: ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA

APELADO: MATHEUS TEIXEIRA CARDOSO

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL N. 0002069-37.2016.814.0015

APELANTE: ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO NACIONAL HONDA LTDA

APELADO: MATHEUS TEIXEIRA CARDOSO

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATORA: DES.ª MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO - AUSÊNCIA DA ÍNTEGRA DO CONTRATO


FIRMADO ENTRE AS PARTES – NECESSIDADE - DETERMINAÇÃO DE EMENDA - NÃO
CUMPRIMENTO - INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL – POSSIBILIDADE – EXTINÇÃO DO
PROCESSO – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

1. Se mostra escorreita a sentença que extingue o feito pelo não cumprimento das diligências que cabia à
parte, qual seja, a juntada da cédula de crédito bancário, haja vista a possibilidade de circulação, com o
endosso do documento.

2. Nesse sentido, sendo a cédula de crédito bancário título de crédito circulável e sujeito ao princípio da
cartularidade, é imprescindível a apresentação do documento, para fins de ajuizamento da ação de busca
e apreensão.

3. Recurso conhecido e improvido. Manutenção da sentença em todos os seus termos.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL, sendo apelante ADMINISTRADORA DE
CONSÓRCIO NACIONAL HONDA LTDA e apelado MATHEUS TEIXEIRA CARDOSO.

Acordam Excelentíssimos Desembargadores, Membros da 2ª Turma de Direito Privado deste Egrégio


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em plenário virtual, à unanimidade, em CONHECER DO
RECURSO, NEGANDO-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto da Excelentíssima Desembargadora-
Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora

RELATÓRIO

APELAÇÃO CÍVEL N. 0002069-37.2016.814.0015

APELANTE: ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO NACIONAL HONDA LTDA

APELADO: MATHEUS TEIXEIRA CARDOSO

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATORA: DES.ª MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de recurso de APELAÇÃO interposto por ADMINISTRADORA DE


CONSÓRCIO NACIONAL HONDA LTDA inconformada com a Sentença proferida pelo MM. Juízo da 1ª
Vara Cível e Empresarial de Castanhal que, nos autos da AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO ajuizada por
si em face de MATHEUS TEIXEIRA CARDOSO, extinguiu o feito sem resolução de mérito.

O ora apelante ajuizou a ação mencionada alhures, alegando que celebrou com o réu contrato de
alienação fiduciária, sendo inserido no grupo/cota/RD 3933416517, mediante o qual o requerido obteve a
posse direta do veículo marca HONDA/CG 150 FAN ESDI PRETA, chassi 9C2KC1680FR583190, modelo
2015, ano 2015, placa QDB3114, tornando-se, em razão deste instrumento legal devedor da importância
de R$ 6.884,94
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(seis mil oitocentos e oitenta e quatro reais e noventa e quatro centavos), a ser pago em 36 parcelas
mensais, sendo a primeira em 07/03/2014.

Acrescentou que o réu encontra-se em mora no pagamento das parcelas correspondente ao percentual de
15,97% do referido grupo, importando também na exigibilidade das parcelas vincendas, totalizando a
importância de R$ 6.884,94 (seis mil oitocentos e oitenta e quatro reais e noventa e quatro centavos), que
deverá ser acrescido de custas judiciais e honorários de advogado, estes no montante de 20% (vinte por
cento), razão pela qual ingressou com a presente demanda.

O magistrado a quo determinou a emenda a petição inicial, para que o autor procedesse a juntada da
cópia completa do contrato de alienação fiduciária, em homenagem aos princípios da cartularidade, sob
pena de indeferimento da inicial, e também que indicasse o nome, o endereço e o contato de seu
representante na comarca, que funcionará como depositário do bem (ID n. 5390715, pág.22).

O autor atravessou petição (ID 5390715, pág. 24).

O feito seguiu tramitação até a prolação da sentença (ID n. 5390716) que indeferiu a petição inicial, com
fundamento no 321, parágrafo único, c/c art. 485, I ambos do CPC.

Inconformada, ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO NACIONAL HONDA LTDA interpôs recurso de


Apelação (ID n. 5390717).

Sustenta a desnecessidade de apresentação dos documentos originais ou autenticação, sob o argumento


de que o documento relativo a cédula de crédito bancário não é indispensável à propositura da ação, bem
assim em observância aos princípios da instrumentalidade das formas, economia processual e boa-fé
objetiva do credor fiduciário.

Afirma que há presunção relativa de autenticidade dos documentos juntados aos autos, cabendo à parte
contrária pugnar pela sua falsidade, salientando ainda que o contrato de financiamento, tratando-se de
Título Executivo Extrajudicial, não pode ser equiparado aos casos elencados no rol de títulos cambiais.

O recorrido não foi intimado, conforme certidão ID n. 5390718.

Coube-me por distribuição a relatoria do feito.

É o Relatório.

VOTO

VOTO

Avaliados os pressupostos, tenho-os como regularmente constituídos, razão pela qual conheço do
recurso, passando a proferir voto.

MÉRITO

Cinge-se a controvérsia recursal à possibilidade ou não de indeferimento da inicial face a ausência dos
originais da cédula de crédito bancário.

Consta das razões recursais a desnecessidade de apresentação dos documentos originais ou


autenticação, salientando que a alienação fiduciária em favor do banco recorrente restou devidamente
comprovada mediante documentação juntada aos autos, sendo prematura a extinção do feito por ausência
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

do original do instrumento de protesto, oportunidade em que requer a reforma integral da sentença.

Em apreciação acurada do feito, observa-se que o banco recorrente foi regularmente intimado do
despacho proferido pelo magistrado a quo, para instruir a peça inaugural com o documento executivo
adequado, diga-se, a cópia integral do contrato, no entanto, não atendeu ao comando judicial,
atravessando petição para tão somente para indicar nome e endereço do fiel depositário (ID 5390715, pág.
24), o que culminou com a extinção do processo sem resolução de mérito.

Nesse sentido, insta observar que os documentos trazidos para instruir a ação não preenchem os
requisitos do referido título para que se implemente efetivamente a execução, especialmente porque
consta tão somente a primeira página do contrato firmado com o recorrido (ID 5390715, pág.13), o que,
por certo, levou o magistrado de piso a determinar a emenda (ID 5390715, pág. 22).

Vejamos o artigo 29, da lei 10.931/2004:

Art. 29. A Cédula de Crédito Bancário deve conter os seguintes requisitos essenciais: I - a denominação "
Cédula de Crédito Bancário"; II - a promessa do emitente de pagar a dívida em dinheiro, certa, líquida e
exigível no seu vencimento ou, no caso de dívida oriunda de contrato de abertura de crédito bancário, a
promessa do emitente de pagar a dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, correspondente ao crédito
utilizado; III - a data e o lugar do pagamento da dívida e, no caso de pagamento parcelado, as datas e os
valores de cada prestação, ou os critérios para essa determinação; IV - o nome da instituição credora,
podendo conter cláusula à ordem; V - a data e o lugar de sua emissão; e VI - a assinatura do emitente e,
se for o caso, do terceiro garantidor da obrigação, ou de seus respectivos mandatários.

Na mesma direção, dispõe o art. 26 da Lei 10.931/2004:

Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de
instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em
dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade.

Na qualidade de título de crédito, a cédula bancária é regida pelas normas do direito cambiário, de
sorte que, como o crédito nela indicado pode ser transferido a outrem por endosso em preto, ao
endossatário é permitido exercer todos os direitos a ele conferidos, inclusive exigir o pagamento do
principal e dos demais encargos avençados no instrumento.

Desse modo, tem-se que a ação embasada por cédula de crédito bancário deve, necessariamente, ser
instruída com o documento original do instrumento, tendo em vista a natureza cambial e a possibilidade de
circulação do mencionado título. Aliás, esse é o posicionamento atual que prevalece na jurisprudência,
senão vejamos:

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. CONVERSÃO EM


EXECUÇÃO. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO. DOCUMENTO ORIGINAL. NECESSIDADE. FALTA
DE EMENDA NO PRAZO LEGAL. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. EXTINÇÃO REGULAR DO
PROCESSO. SENTENÇA MANTIDA. I. Indefere-se a petição inicial e, por conseguinte, extingue-se o
processo sem resolução do mérito, quando não é atendido o despacho judicial que faculta a emenda da
petição inicial. II. Em se tratando de título executivo passível de circulação, como
a cédula de crédito bancário, a petição inicial da execução deve ser instruída com o respectivo original. III.
Recurso conhecido e desprovido. (Acórdão n.952328, 20140410072126APC, Relator: JAMES EDUARDO
OLIVEIRA 4ª TURMA CÍVEL, Data de Julgamento: 08/06/2016, Publicado no DJE: 12/07/2016. Pág.:
390/412)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PROCESSO CIVIL. BUSCA E APREENSÃO CONVERTIDO EM EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. EMENDA A INICIAL. DESCUMPRIDO. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO.
DOCUMENTO ORIGINAL. NECESSIDADE.

1 – Consoante o disposto no § 1º do artigo 29 da Lei 10.931/2004, a cédula de crédito bancária pode ser
transferida por endosso, razão pela qual torna-se imprescindível que a ação executiva seja instruída com o
documento original, diante da possibilidade de sua circulação. 2 – Descumprindo a determinação judicial
de emenda, para que fosse juntado aos autos o documento original da cédula de crédito bancário, mostra-
se acertada a r. sentença que indeferiu o processamento da petição inicial e extinguiu o processo sem
resolução do mérito. 3 - A Lei Processual não exige a intimação pessoal da parte para que ocorra a
extinção do feito pelo indeferimento da petição inicial. 4 – Apelo desprovido. Sentença mantida. (TJ-DF -
APC: 20130410097890, Relator: GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA, Data de Julgamento: 03/02/2016,
3ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 12/02/2016 . Pág.: 204).

Assim, sendo título de crédito, tem como uma das suas principais características a circularidade, de
modo que pode ser negociado com terceiros estranhos à relação original, transmitindo-se mediante
endosso em preto, como já mencionado.

No mais, é importante mencionar que não se está aqui a discutir qual seria o interesse do banco em
negociar o título cobrado em juízo, pois a lei é impessoal e genérica, sendo incabível analisar, no caso
concreto, se a instituição financeira irá ou não negociar a cártula. O fato é que a circulação do mesmo é
possível, e por esse motivo, se faz necessária a precaução de se exigir a juntada a via original nos autos.

Somado a isso, não merece prosperar a alegação de que tal impeditivo deva ser alegado pela parte
adversa, pois se está diante de pressuposto de constituição da demanda, necessário à aferição da
legitimidade ativa ad causam e possibilidade jurídica do pedido, segundo o princípio da cartularidade,
situação passível de reconhecimento ex ofício.

Conclui-se, assim, que, sendo a cédula de crédito bancário, título de crédito circulável e sujeito ao princípio
da cartularidade, é imprescindível a apresentação do documento original, para fins de ajuizamento da
presente demanda.

Nesse sentido precedentes emanados da Corte Superior - STJ:

(STJ. Resp 1.292.234 - SC (2011/0274199-6), Rel. Min. Massami Uyeda, DJe 01/03/2012).

Em Decisão Monocrática no RespSC (2011/0012551-7), Rel. Min. Massami Uyeda, DJe 08/04/2011;

Resp 1242742 SC (2011/0033786-5), Rel. Min. Massami Uyeda, DJe 13/04/2011.

Desse modo, não merece qualquer reparo a r. sentença que extinguiu o processo sem resolução do
mérito.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, CONHEÇO do recurso e NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo na íntegra a sentença


proferida pelo juízo da 1ª Vara Cível e Empresarial de Castanhal.

É como voto.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora - Relatora
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0805550-44.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ANDERSON


MORAES MARTINS Participação: ADVOGADO Nome: RENATO BENTES FRANCO OAB: 18828/PA
Participação: ADVOGADO Nome: DYEGO BENTO ALMEIDA RIBEIRO OAB: 21657/PA Participação:
ADVOGADO Nome: PEDRO GABRIEL MATOS LIMA OAB: 20498/PA Participação: AGRAVADO Nome:
BANPARÁ

Decisão Monocrática

Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto por Anderson Moraes Martins contra a decisão proferida
nos autos da Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais que o Agravante ajuizou em
face do Banco do Estado do Pará – BANPARÁ.

O Agravante ingressou com a Ação em face do Banpará, alegando em síntese, o seguinte

Que firmou dois contratos de empréstimo consignado em folha de pagamento com o agravado e que à
época exercia um cargo que lhe garantia comissões e outras gratificações e, portanto, margem
consignável elevada.

Diz que pelo período de dois anos quitou os empréstimos, mas que perdeu o cargo e sofreu uma grande
baixa em sua renda.

Afirma que a agravada, em razão do ocorrido, passou a realizar o desconto do valor que ultrapassava os
30% da margem consignável em sua conta corrente.

Alega que o total de descontos passou a ser 40% de sua remuneração, todavia, não conseguiu negociar
com o banco, para redução das parcelas.

Diante disso, busca a adequação dos descontos mensais realizados pelo Banco Agravado de seu
contracheque e sua conta corrente aos termos da Lei nº 10.820/2003.

Alega que o juízo de primeiro grau indeferiu o seu pedido de tutela de urgência, contudo, segundo
entende, a decisão não merece prosperar, já que o argumento utilizado não está consolidado pelos
tribunais, os quais se inclinam pela tese levantada neste recurso.

Diante disso, interpôs o presente recurso, requerendo a antecipação dos efeitos da tutela recursal, no
sentido de determinar a limitação imediata dos descontos efetuados pelo Banco Agravado no
contracheque e conta corrente do Agravante, em 30% (trinta por cento) de seus vencimentos mensais.

Era o que tinha a relatar. Decido.

Conheço do recurso eis que preenchidos os pressupostos legais.

Cediço que para que haja a antecipação dos efeitos da tutela em Agravo de Instrumento é necessário
demonstrar elementos que evidenciem o direito alegado, bem como comprovar a possibilidade de a
decisão agravada acarretar à parte grave dano ou de difícil reparação.

No presente caso, o agravante se insurge contra a decisão que indeferiu o pedido de tutela de urgência
formulado na Ação de obrigação de fazer que ajuizou em face do Banpará, que visava a limitação dos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

descontos em folha de pagamento e conta corrente, referentes a empréstimos, no patamar máximo de


30% (trinta por cento) de seus rendimentos.

Este E. TJPA, julgando casos semelhantes, firmou entendimento no sentido de que a limitação de 30% da
remuneração se aplica apenas aos empréstimos consignados, não se aplicando aos empréstimos cujo
adimplemento ocorre mediante descontos em conta corrente.

Nesse sentido, destaco:

AÇÃO COM PEDIDO DE LIMITAÇÃO DOS DESCONTOS COM EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS E


EMPRÉSTIMOS DE NATUREZA DE CRÉDITO PESSOAL (BANPARACARD) EM 30% DOS
VENCIMENTOS DO AUTOR. PARCIAL PROCEDÊNCIA PELO JUÍZO DE 1º GRAU. APELAÇÃO CÍVEL.
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS NA MODALIDADE DE CRÉDITO PESSOAL POSSUEM NATUREZA
JURÍDICA DIVERSA DOS EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS, PORTANTO, NÃO SE SUBMETEM À
LIMITAÇÃO LEGAL DE 30% PREVISTA NA LEI Nº 10.820/2003. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO,
À UNANIMIDADE. (2017.03921862-40, 180.434, Rel. RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão Julgador 2ª
TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2017-09-05, Publicado em 2017-09-14)

APELAÇÃO EM AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO CUMULADA COM DEVOLUÇÃO DE VALORES


DESCONTADOS INDEVIDAMENTE E INDENIZAÇÃO POR DANOS: PRELIMINAR: DEFERIMENTO DOS
BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA, ACOLHIDA. PRELIMINAR: VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
INAFASTABILIDADE, REJEITADA. PRELIMINAR: AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO, REJEITADA.
MÉRITO: JULGAMENTO DO FEITO COM BASE NA TEORIA DA CAUSA MADURA. EMPRESTIMO
CONSIGNADO. LIMITAÇÃO LEGAL. OBSERVÂNCIA. CRÉDITO ROTATIVO QUE NÃO SE SUBMETE
AOS DITAMES DA Lei N.° 10.820/2003 - ALTERAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO DA SENTENÇA.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. (2017.01710376-86, 174.373, Rel. MARIA
DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES, Órgão Julgador 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em
2017-04-25, Publicado em 2017-05-08)

No presente caso, o desconto efetuado pelo Banco referente ao empréstimo consignado está de acordo
com o patamar de 30% (trinta por cento) da remuneração do Agravante, conforme se verifica através da
folha de pagamento juntada aos autos.

Os demais valores descontados da conta corrente do Agravante, em que pese referente a consignado,
houve autorização para desconto em conta, por meio de uma renegociação de crédito realizada entre as
partes e, portanto, que não se submete à limitação legal.

Diante disso, não vislumbro, nesse momento, elementos que evidenciem o direito alegado.

Ante o exposto indefiro o pedido de antecipação dos efeitos da tutela recursal.

Proceda-se a intimação do Agravado para, querendo, apresentar contrarrazões ao presente agravo de


instrumento, no prazo legal.

Belém,

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator
382
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0807134-49.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: MARIA INES


SANTOS SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: LETICIA SANTOS LOPES DE OLIVEIRA OAB:
28811/PA Participação: AGRAVADO Nome: MARABA - DISTRIBUIDORA DE VEICULOS LTDA
Participação: AGRAVADO Nome: GENERAL MOTORS DO BRASIL LTDA

SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO – 1ª TURMA DE DIREITO


PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0807134-49.2021.8.14.0000

AÇÃO ORIGINÁRIA: PROCESSO N.º 0805533-82.2021.8.14.0040

AGRAVANTE: MARIA INES SANTOS SOUSA

AGRAVADO(A): MARABA - DISTRIBUIDORA DE VEICULOS LTDA.

AGRAVADO(A): GENERAL MOTORS DO BRASIL LTDA.

RELATORA: DESEMBARGADORA MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO

DESPACHO

Vistos os autos.

Trata-se de recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por MARIA INES SANTOS SOUSA, em
face de decisão interlocutória que indeferiu o pedido de tutela de urgência formulado pela parte autora, ora
agravante, nos autos da Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais e Materiais
(Processo n.º 0805533-82.2021.8.14.0040), que objetivava: 1) determinar à segunda requerida a imediata
substituição do veículo viciado por outro da mesma espécie, zero km, totalmente desembaraçado, para
que a requerente possa dele utilizar-se sem sobressaltos, sob pena de multa diária de R$ 1.500,00 (mil e
quinhentos reais) e indiciamento em crime de desobediência; 2) Na real impossibilidade de troca imediata,
determinar às requeridas a devolução do numerário pago pelo valor de compra e venda do veículo em lide,
ou seja, valor de compra, no prazo de cinco dias úteis, acrescidos de correção tendo por base o IGP-M e
com juros de mora de 1% ao mês, a contar da data da aquisição do bem, para que possibilite a autora
adquirir outro automóvel, sob pena de multa diária de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) e indiciamento
em crime de desobediência, utilizando-se, caso necessário, do

bloqueio de numerário depositado em instituição financeira, para fazer cumprir tal decisão.

Ocorre que, da leitura das razões do presente Agravo de Instrumento, verifica-se que a parte agravante
informou ter recebido veículo reserva, entretanto, sem deixar claro se o aludido automóvel já foi devolvido
ou se ainda dispõe deste.

Sendo assim, com fundamento no artigo 932, parágrafo único, do Código de Processo Civil, intime-se a
parte agravante para que, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, esclareça se ainda está utilizando
veículo reserva fornecido por uma das agravadas, bem como para que informe a atual situação e
localização do automóvel objeto do presente litígio, sob pena de não conhecimento do recurso por
manifesta inadmissibilidade.

Após, retornem-me os autos conclusos.

Belém, 18 de agosto de 2021.


383
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Desembargadora MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Relatora

Número do processo: 0002149-79.2014.8.14.0044 Participação: APELANTE Nome: HORIZONTE


LOGISTICA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: CHEDID GEORGES ABDULMASSIH OAB: 9678/SP
Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO AZEVEDO ROLA OAB: 13367/PA Participação: ADVOGADO
Nome: MICHEL FERRO E SILVA OAB: 7961/PA Participação: APELANTE Nome: ARMANDO FERREIRA
DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO AUGUSTO LISBOA DOS SANTOS JUNIOR OAB:
4354/PA Participação: APELANTE Nome: VALDIRENE SANTA BRIGIDA DO MAR Participação:
ADVOGADO Nome: MARCIO AUGUSTO LISBOA DOS SANTOS JUNIOR OAB: 4354/PA Participação:
APELANTE Nome: JOHNNY DO MAR COSTA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO AUGUSTO
LISBOA DOS SANTOS JUNIOR OAB: 4354/PA Participação: APELANTE Nome: AMANDA NOELLY MAR
DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO AUGUSTO LISBOA DOS SANTOS JUNIOR OAB:
4354/PA Participação: APELADO Nome: AMANDA NOELLY MAR DA COSTA Participação: ADVOGADO
Nome: MARCIO AUGUSTO LISBOA DOS SANTOS JUNIOR OAB: 4354/PA Participação: APELADO
Nome: ARMANDO FERREIRA DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO AUGUSTO
LISBOA DOS SANTOS JUNIOR OAB: 4354/PA Participação: APELADO Nome: HORIZONTE LOGISTICA
LTDA Participação: ADVOGADO Nome: CHEDID GEORGES ABDULMASSIH OAB: 9678/SP
Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO AZEVEDO ROLA OAB: 13367/PA Participação: ADVOGADO
Nome: MICHEL FERRO E SILVA OAB: 7961/PA Participação: APELADO Nome: JOHNNY DO MAR
COSTA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO AUGUSTO LISBOA DOS SANTOS JUNIOR OAB:
4354/PA Participação: APELADO Nome: VALDIRENE SANTA BRIGIDA DO MAR Participação:
ADVOGADO Nome: MARCIO AUGUSTO LISBOA DOS SANTOS JUNIOR OAB: 4354/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

Faço público a quem interessar possa que, nos autos do processo de nº 0002149-79.2014.8.14.0044
foram opostos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, estando intimada, através deste ato, a parte interessada
para a apresentação de contrarrazões, em respeito ao disposto no §2º do artigo 1023 do novo Código de
Processo Civil.

Belém,(Pa), 18 de agosto de 2021

Número do processo: 0064807-47.2014.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: SAFIRA


ENGENHARIA LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: ROLAND RAAD MASSOUD OAB: 5192/PA
Participação: APELADO Nome: JOAO CARLOS CUNHA DERGAN Participação: ADVOGADO Nome:
ELIZEU DE PAULA GUIMARAES JUNIOR OAB: 13421/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
APELAÇÃO CÍVEL (198):0064807-47.2014.8.14.0301
APELANTE: SAFIRA ENGENHARIA LTDA - EPP
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nome: SAFIRA ENGENHARIA LTDA - EPP


Endereço: TRAV. LOMAS VALENTINAS, Nº 1690, ALTOS, - de 1392/1393 a 2170/2171, Marco, BELéM -
PA - CEP: 66093-671
Advogado: ROLAND RAAD MASSOUD OAB: PA5192-A Endereço: AVERTANO ROCHA, 17, CIDADE
VELHA, BELéM - PA - CEP: 66023-120
APELADO: JOAO CARLOS CUNHA DERGAN
Nome: JOAO CARLOS CUNHA DERGAN
Endereço: AV. SERZEDELO CORREA, 15, AP 2102, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66035-440
Advogado: ELIZEU DE PAULA GUIMARAES JUNIOR OAB: PA13421-A Endereço: Alameda Esmeralda,
8C, Conj. Cidade Nova VIII, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP: 67130-680
DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Apelação Cível interposta por SAFIRA ENGENHARIA LTDA., em face de sentença proferida
pelo Juízo da 9º Vara Cível da Comarca de Belém/PA, nos autos da Impugnação à Concessão dos
Benefícios da Justiça Gratuita (Processo Eletrônico n° 0064807-47.2014.8.14.0301), incidente movido em
face de JOÃO CARLOS CUNHA DERGAN, que julgou improcedente o pedido de impugnação à
concessão de gratuidade processual.

Em suas razões recursais (Num. 4424310 – Pág. 2/27), a apelante sustenta que o juízo ‘a quo’ julgou
improcedente sua impugnação sem levar em conta as provas acostadas nos autos, as quais entende
como lícitas.

Defende que a capacidade econômica do autor ficou demonstrada ao pagar antecipadamente 221
(duzentos e vinte e uma) parcelas do financiamento do seu imóvel, no montante de R$ 150.000,00 (cento
e cinquenta mil reais), conforme devidamente demonstrado na certidão do Cartório de Registro de Imóvel.

Ressalta que tal certidão não pode ser tida como prova ilícita, uma vez que se trata de documento de
consulta pública, bastando que o interessado pague os emolumentos e solicite a busca.

Além disso, alega que a capacidade financeira do autor ficou evidenciada pela compra de veículo 0km
(zero quilometro), este um Volkswagen Gol Trendline MB, ano 2014, modelo 2015, cuja placa foi
registrada na portaria do Residencial Safira Park.

Sustenta, ainda, que o RENAVAM do carro não se trata de número sigiloso, o que afasta o argumento de
que se trata de prova ilícita, ilegal ou temerária.

Por fim, aduz que o autor contratou dois advogados particulares diferentes e de escritórios diferentes, o
que também demonstra as condições financeiras positivas do autor.

Assim, entende que restou suficientemente demonstrada as condições financeiras do autor, devendo a
gratuidade processual ser afastada.

O recurso foi recebido nos efeitos devolutivos e suspensivos, em decisão de Num. 4424312 – Pág. 3.

Houve oferta de contrarrazões ao recurso, às Num. 4424313 – Pág. 2/12, requerendo improvimento do
recurso.

Os autos vieram a mim por redistribuição de Id. Num. 4424317 – Pág. 1.

Éo relatório.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DECIDO.

Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço da Apelação Cível, em consonância com o Enunciado


Administrativo n° 02, do C. STJ e com o Enunciado n° 01 deste E. TJPA.

O presente Recurso comporta julgamento imediato com fulcro no art. 932, V, “a”, do CPC.

Dessa maneira, a questão deve ser resolvida à luz do enunciado da Súmula nº 06, deste E. Tribunal de
Justiça, a qual dispõe sobre a justiça gratuita que:

Súmula nº 06: A alegação de hipossuficiência econômica configura presunção meramente relativa de que
a pessoa natural goza do direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no artigo 98 e seguintes
do Código de Processo Civil (2015), podendo ser desconstituída de ofício pelo próprio magistrado caso
haja prova nos autos que indiquem a capacidade econômica do requerente.

Registra-se que a súmula em questão está em consonância com a Constituição Federal, que em seu art.
5º, LXXIV dispõe que: “o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos”.

Com efeito, apenas será concedida a justiça gratuita aos que não dispõem de recursos financeiros para
arcar com as custas, despesas processuais e honorários advocatícios, para que tais despesas não
importem em prejuízo para o seu próprio sustento e de sua família.

Consigna-se, primeiramente, que o patrocínio da causa por advogado particular não obsta a concessão do
benefício da justiça gratuita, em obediência ao entendimento jurisprudencial vigente à época, veja-se:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO ORDINÁRIA. GRATUIDADE DE JUSTIÇA.


VIOLAÇÃO A DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL. ANÁLISE. IMPOSSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO
STF. DECLARAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS DO REQUERENTE. PRESUNÇÃO IURIS
TANTUM. CONTRARIEDADE. PARTE ADVERSA E JUIZ, DE OFÍCIO, DECORRENTE DE FUNDADAS
RAZÕES. CRITÉRIOS OBJETIVOS.

1. Trata-se de recurso especial cuja controvérsia orbita em torno da concessão do benefício da gratuidade
de justiça.

[...]

6. No caso dos autos, os elementos utilizados pelas instâncias de origem para indeferir o pedido de
justiça gratuita foram: a remuneração percebida e a contratação de advogado particular. Tais
elementos não são suficientes para se concluir que os recorrentes detêm condições de arcar com
as despesas processuais e honorários de sucumbência sem prejuízo dos próprios sustentos e os
de suas respectivas famílias.

7. Recurso especial provido, para cassar o acórdão de origem por falta de fundamentação, a fim de que
seja apreciado o pedido de gratuidade de justiça nos termos dos artigos 4º e 5º da Lei n. 1.060/50. (REsp
1196941/SP, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 15/03/2011, DJe
23/03/2011) (grifo nosso).

Entretanto, entendo que as provas acostadas pelo recorrente, quanto a comprovação de quitação da
dívida do imóvel constituída perante o credor fiduciário em data anterior à data final das parcelas, bem
como referente a aquisição de veículo, demonstram a capacidade econômica do apelado.
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Veja-se que não se trata de provas ilícitas, pois constituem documentos públicos que podem ser
adquiridos por meio de consulta pública no cartório ou no serviços on-line do DETRAN.

Assim, ficou demonstrado nos autos que na data de 23/07/2014, o comprador quitou antecipadamente o
financiamento realizado com a Caixa Econômica Federal (Num. 4424304 – Pág. 16), cujo pagamento foi
acordado, no dia 01/02/2012, em 240 (duzentos e quarenta) parcelas mensais, isto é, em 20 (vinte) anos,
pelo o que só findar-se-ia em 01/02/2032 (Num. 4424304 – Pág. 15).

Além disso, também restou evidenciado que o apelado adquiriu um veículo, em 06/08/2014, entretanto,
nesse particular, verifico que consta restrição em alienação fiduciária com o Consócio Nacional
Volkswagen LTDA. (Num. 4424304 – Pág. 17).

Não obstante essas provas, entendo que a própria parte impugnada acabou por produzir provas nos autos
que consubstanciam sua capacidade econômica, as quais entendo necessárias ao deslinde desta
controvérsia, pelo o que passo a analisá-las:

In casu, tem-se que o impugnado, ora apelado, é servidor público da Universidade Federal do Pará, no
cargo de professor de ensino básico com dedicação exclusiva, percebendo vencimento líquido de R$
5.179,58 (cinco mil reais, cento e setenta e nove centavos e cinquenta e oito centavos), conforme se
depreende do portal da transparência juntado aos autos, referente ao mês de setembro de 2014 (Num.
4424305 – Pág. 2/3).

Não obstante o seu rendimento mensal, o apelado, ao apresentar defesa à impugnação (Num. 4424307 –
Pág. 2/20), alegou que possui gastos fixos mensais, além dos valores básicos à manutenção da vida
cotidiana que comprometem seu salário, não sobrando renda suficiente para arcar com as custas do
processo.

Juntou, o impugnado, comprovantes de pagamentos de dívidas mensais referentes à conta de luz (Num.
4424307 – Pág. 25), no valor de R$ 74,18 (setenta e quatro reais e dezoito centavos); plano de saúde
UNIMED Belém, seu e de sua mãe (Num. 4424307 – Pág. 26/27), nos montantes de R$ 1.003,16 (um mil
e três reais e dezesseis centavos) e R$ 314,67 (trezentos e quatorze reais e sessenta e sete centavos);
condomínio (Num. 4424307 – Pág. 28), no importe de R$ 200,55 (duzentos reais e cinquenta e cinco
centavos) e financiamento imobiliário (Num. 4424307 – Pág. 29) em parcela de R$ 1.173,18 (um mil, cento
e setenta e três reais e dezoito centavos); perfazendo o montante de R$ 2.765,74 (dois mil, setecentos e
sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos), pelo o que ainda lhe sobra R$ 2.413,84 (dois
mil, quatrocentos e treze reais e oitenta e quatro centavos).

Pois bem. A quitação antecipada do financiamento do imóvel e os gastos dispendiosos apresentados pela
parte impugnada na documentação juntada nos autos não são capazes de demonstrar que ela não possui
capacidade econômica para o pagamento das custas processuais, pelo que não se vislumbra o
cumprimento dos requisitos autorizadores ao deferimento do benefício de justiça gratuita.

Ante o exposto, com fulcro no art. 932, IV, “a”, do CPC, CONHEÇO e DOU PROVIMENTO à Apelação
Cível para revogar a concessão do benefício da justiça gratuita ao apelado, nos termos da fundamentação
supra.

Deixo de determinar o recolhimento das custas iniciais da Ação de Revisão Contratual autuada sob o n°
0017246-95.2012.8.14.0301, eis que esta já se encontra sentenciada, encontrando-se em grau de
apelação, distribuída neste E. Tribunal, cabendo à relatoria, em seu julgamento, determinar a quem caberá
os ônus sucumbenciais.

Após o trânsito em julgado desta decisão, certifique-se e associe-se aos autos principais, dando-se baixa
na distribuição.
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Belém/PA, data registrada no sistema.

JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR

DESEMBARGADOR – RELATOR

Número do processo: 0803350-64.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: GLEYCE MENDES


PINHEIRO Participação: ADVOGADO Nome: HELDER IGOR SOUSA GONCALVES OAB: 16834/PA
Participação: AGRAVADO Nome: COT - CLINICA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA LTDA - EPP

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202):0803350-64.2021.8.14.0000
AGRAVANTE: GLEYCE MENDES PINHEIRO
Nome: GLEYCE MENDES PINHEIRO
Endereço: RUA E, 125, UNIAO, PARAUAPEBAS - PA - CEP: 68515-000
Advogado: HELDER IGOR SOUSA GONCALVES OAB: PA16834-A Endereço: desconhecido
AGRAVADO: COT - CLINICA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA LTDA - EPP
Nome: COT - CLINICA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA LTDA - EPP
Endereço: RUA 10, 261, UNIAO, PARAUAPEBAS - PA - CEP: 68515-000
DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO com pedido de efeito suspensivo interposto


por GLEYCE MENDES PINHEIRO contra decisão proferida pelo Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial de
Parauapebas/PA nos autos de Ação de Indenização por Danos Morais, ajuizada por CLÍNICA DE
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA LTDA – EPP, ora agravada, que negou a realização de prova pericial
presencial dos exames radiológicos de forma presencial requerida pela parte ré da ação, nos seguintes
termos:

No que diz respeito à realização da perícia, a irresignação da ré mais uma vez não encontra fundamento.
O art. 58 da Resolução 2056/2013 do Conselho Federal de Medicina apenas propõe um roteiro de como o
relatório pericial deverá ser desenvolvido, não se tratando de uma exigência o manuseio dos exames
físicos, in verbis:(...)

Ainda que assim não o fosse, o próprio perito designado já manifestou a possibilidade de realização da
perícia de forma não presencial (petição ID 20634954), não se vislumbrando, desse modo, qualquer
ofensa à resolução apontada. Ademais, se a parte ré tem outros exames que auxiliariam no deslinde do
feito, deveria tê-los juntado com a contestação (art. 434, CPC).

Por fim, considerando que análise pericial se restringirá aos documentos do processo, e este é 100%
virtual, poderá o assistente técnico indicado pela parte ser habilitado nos autos como terceiro, a fim de que
possa emitir seu parecer dentro do prazo para manifestação das partes, de modo que não se verifica
afronta às normas processuais ou mesmo ao contraditório e ampla

defesa. Desse modo, deverá prosseguir a perícia na forma determinada na decisão de ID 17231580.

Em suas razões recursais, a parte agravante sustenta que a realização de perícia indireta, a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ocorrer exclusivamente por meio virtual irá prejudicar a formação do livre convencimento técnico e
imparcial do perito, uma vez que não poderá manusear os exames radiológicos e submetê-los a um
negatoscópio, o que prejudicará o julgamento da causa.

Nesse sentido, defende que a realização da prova pericial deve ocorrer na forma presencial, na
qual a parte agravante poderá entregar os exames originais ao perito, pelo que manuseando os
documentos físicos poderá emitir parecer técnico congruente sobre a matéria objeto do litígio.

Aduz que a literalidade da Resolução nº 2.056/2013 – CFM, em seu art. 58, dispõe sobre as
circunstâncias do exame pericial, prevendo objetivamente que o perito deve descrever de forma objetiva o
procedimento realizado, sendo uma das etapas da perícia o manuseio dos documentos.

Isso posto, entende que não há dúvidas de que a avaliação dos exames radiográficos objeto da
prova pericial deve ocorrer de forma direta, física e presencial.

Requer, nesse sentido, a concessão de efeito suspensivo à eficácia da decisão guerreada com
relação à determinação de realização de prova pericial indireta (virtual) sem oportunizar que o perito
manuseie os exames radiológicos realizados pelo filho da requerente. No mérito, pugna pela total
procedência do recurso, de forma que seja reformada a decisão agravada para que a perícia seja
realizada de forma presencial.

Éo breve relatório.

DECIDO.

Inicialmente, determinei à parte agravante que comprovasse a tempestividade do recurso, juntando


aos autos prova de indisponibilidade do sistema PJE (Num. 5359431 – Pág. 1/5), determinação a qual foi
cumprida, conforme petição de Id. Num. 5427140 – Pág. 1/2.

Da análise dos documentos juntados autos, concedo o benefício da justiça gratuita recursal.

O presente recurso comporta julgamento imediato, haja vista não ultrapassar o âmbito de admissibilidade
recursal.

Sabe-se que a todo recurso existem algumas condições de admissibilidade que necessitam estar
presentes para que o Juízo ad quem possa proferir o julgamento de mérito no recurso, as quais se
classificam em dois grupos: a) requisitos intrínsecos (concernentes à própria existência do poder de
recorrer): cabimento, legitimação, interesse e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de
recorrer; b) requisitos extrínsecos (relativos ao modo de exercício do direito de recorrer): preparo,
tempestividade e regularidade formal.

Da análise preliminar dos autos da ação principal, verifica-se que entre seus pedidos iniciais, a parte
autora da ação, CLÍNICA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA LTDA – EPP, requereu a realização de
prova pericial a fim de dirimir a questão objeto da ação, sem, no entanto, especificar de que forma se
daria.

Constata-se, ainda, que em 15/05/2020, após oportunizar o contraditório, o juízo a quo proferiu decisão
inicial deferindo o pedido de realização de perícia, momento em que determinou que esta fosse realizada
de forma indireta, para análise dos exames e demais documentos médicos constantes nos autos,
conforme veja-se:

(...)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Diante da divergência e por ser a matéria de ordem técnica, revela-se imprescindível a realização
de perícia médica indireta (apenas nos referidos exames e demais documentos médicos nos autos), para
que um profissional imparcial auxilie o juízo na interpretação dos fatos.

(...)

Em face da decisão não fora interposto recurso pela parte requerida, ora agravante, tendo, inclusive,
apresentado assistente técnico e quesitos para realização da prova pericial determinada, conforme petição
de Id. Num. 18092017 – Pág. 1/3, datada de 02/07/2020.

Posteriormente, em 28/09/2020 a parte requerida apresentou petição nos autos requerendo o


chamamento do feito à ordem para que o juízo a quo esclarecesse dar-se-ia a realização da perícia
indireta, sem que houvesse violação aos termos da Resolução nº 2.056/2013 do Conselho Federal de
Medicina e da Lei Federal 13.105/2015, requerendo, em suma, que a perícia se desse de forma
presencial.

Manifestando-se acerca do requerimento, o juízo a quo proferiu decisão indeferindo o pedido, ressaltando
que a realização de perícia indireta é possível, pelo que não haveria afronta às normas processuais ou
mesmo ao contraditório e à ampla defesa.

Écontra a referida decisão que se insurge a parte agravante.

Pois bem.

Não se pode olvidar que o agravo é o recurso cabível para impugnar decisão interlocutória, que é o
pronunciamento do juiz que soluciona questão incidente, no curso do processo, sem pôr termo a ele.

Nesse sentido, dispõe o art. 203 do CPC:

Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

§1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento


por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487 , põe fim à fase cognitiva do procedimento
comum, bem como extingue a execução.

§2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no §
1º.

§3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a
requerimento da parte.

No caso em tela, não se vislumbra que a decisão a que se pretende atacar tenha natureza interlocutória,
uma vez que se trata de mero despacho de impulso processual, uma vez que apenas se pronunciou
quanto à petição da parte requerida, ora agravante, que requereu que a perícia médica indireta deferida
anteriormente pelo juízo a quo fosse realizada de forma presencial.

Dessa maneira, inexiste cunho decisório que reveste as decisões interlocutórias no pronunciamento do
juízo a quo ora impugnado, o que poderia ensejar a recorribilidade por meio de agravo de instrumento.

Em compasso com a argumentação delineada é o entendimento dos Tribunais pátrios:


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO CONTRA DESPACHO QUE MANTÉM DECISÃO ANTERIOR.


AUSÊNCIA DE CONTEÚDO DECISÓRIO. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO. 1. Cuida-se de agravo
de instrumento interposto contra despacho que manteve decisão anterior, que fixou honorários periciais. 2.
O pedido de reconsideração não interrompe, suspende ou reabre o prazo recursal, nos termos do verbete
sumular nº 46 deste Egrégio Tribunal. 3. Inexistência de carga decisória do ato judicial a franquear o
ingresso na via recursal. 4. O ato judicial recorrido não é uma decisão interlocutória, mas sim despacho
(art. 203, § 3º, do NCPC), irrecorrível em face da ausência de cunho decisório. 5. O ato impugnado
reveste-se de natureza de despacho, e contra o qual não cabe recurso, nos termos do art. 1.015 do
NCPC. 6. Inequívoca a ausência de carga decisória do ato judicial, o que impede o conhecimento do
recurso. 7. RECURSO NÃO CONHECIDO. (TJ-RJ - AI: 00611030820208190000, Relator: Des(a).
MÔNICA MARIA COSTA DI PIERO, Data de Julgamento: 22/09/2020, OITAVA CÂMARA CÍVEL)

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO INTERNO - DECISÃO


MONOCRÁTICA - NÃO CABIMENTO DO RECURSO - APLICABILIDADE DA TESE JURÍDICA EMANADA
PELA EM. MIN. NANCY ANDRIGHI - URGÊNCIA NÃO DEMONSTRADA - DECISÃO QUE RATIFICA
DECISÃO ANTERIOR- DESPACHO. - A tese jurídica exarada pela Em. Min. Nancy Andrighi somente se
aplicará às decisões proferidas após a publicação daquele acórdão (19/12/2018) - Concomitantemente,
incumbe à parte interessada a demonstração da urgência no provimento pleiteado - Ausente a
demonstração de urgência, deve-se negar seguimento ao recurso - Decisão agravada que somente
reiterou decisão anterior não contém qualquer cunho decisório, tratando-se de despacho. (TJ-MG - ED:
10000204470652002 MG, Relator: Pedro Aleixo, Data de Julgamento: 21/10/2020, Câmaras Cíveis / 16ª
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 21/10/2020)

AGRAVO INTERNO - AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO CONHECIDO - MANIFESTA


INADMISSIBILIDADE - RECURSO INTERPOSTO CONTRA DESPACHO QUE MANTÉM DECISÃO
ANTERIOR - AUSÊNCIA DE CONTEÚDO DECISÓRIO - PRECLUSÃO DA MATÉRIA - PEDIDO DE
RECONSIDERAÇÃO QUE NÃO INTERROMPE OU SUSPENDE O PRAZO RECURSAL. 1- O ato judicial
que, após pedido de reconsideração, mantém a decisão anterior e intima a parte para dar prosseguimento
ao feito, não possui conteúdo decisório; 2- O pedido de reconsideração não interrompe ou suspende o
prazo recursal, ocorrendo a preclusão da questão se a decisão não é impugnada tempestivamente. (TJ-
MG - AGT: 10000170123194002 MG, Relator: Renato Dresch, Data de Julgamento: 30/03/2017, Câmaras
Cíveis / 4ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 30/03/2017)

Além disso, importa destacar que a perícia médica indireta, ora combatida, foi deferida em decisão
proferida em data muito anterior a esta que ora é agravada, pelo que, tem-se que restou operada a
preclusão temporal em relação à decisão que determinou a realização de perícia médica indireta, face a
não interposição tempestiva do recurso adequado, o agravo de instrumento.

Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do presente agravo de instrumento por ser manifestamente
inadmissível, a teor do disposto nos art. 1.001 c/c art. 1.015 do CPC, uma vez que não preenchido um dos
seus requisitos de admissibilidade, qual seja, o cabimento, ante a ausência de previsão legal para
interposição de agravo em face de despacho, bem como em razão da preclusão da matéria ora combatida.

Comunique-se ao juízo a quo a presente decisão.

Após o trânsito em julgado desta decisão, certifique-se e arquive-se, dando-se baixa na distribuição deste
relator.

Belém (PA), data registrada no sistema.

JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR

DESEMBARGADOR- RELATOR
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0001436-93.2006.8.14.0009 Participação: JUIZO RECORRENTE Nome:


MUNICIPIO DE TRACUATEUA-PREFEITURA MUNICIPAL Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA
ROBERTA FONTEL DE OLIVEIRA OAB: 6474/PA Participação: JUIZO RECORRENTE Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação: RECORRIDO Nome: JONAS PEREIRA
BARROS Participação: ADVOGADO Nome: JHAYANNE RODRIGUES BARROS OAB: 15136/PA
Participação: RECORRIDO Nome: JHAYANNE RODRIGUES BARROS DE AGUILAR Participação:
ADVOGADO Nome: JHAYANNE RODRIGUES BARROS OAB: 15136/PA Participação: ADVOGADO
Nome: MARCELO ARAUJO DE ALBUQUERQUE JASSE OAB: 16114/PA

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO.

REEXAME NECESSÁRIO N. 0001436-93.2006.8.14.0009

COMARCA: BRAGANÇA

SENTENCIANTE: JUÍZO DA COMARCA DE ÓBIDOS

SENTENCIADO: ESPÓLIO DE JONAS PEREIRA BARROS REPRESENTADO POR JHAYANNE


RODRIGUES BARROS DE AGUIAR

ADVOGADO: JHAYANNE RODRIGUES BARROS DE AGUIAR

SENTENCIADO: MUNICÍPIO DE TRACUATEUA

ADVOGADO: MARCIA FONTEL

RELATORA: DESEMBARGADORA DIRACY NUNES ALVES

MONOCRÁTICA

EMENTA: REEXAME NECESSÁRIO. AÇÃO DE RESSARCIAMENTO DE VERBA PÚBLICA POR ATO


DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. AUSÊNCIA DE DANO AO ERÁRIO. INEXISTÊNCIA DE ATO
ÍMPROBO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA EM REEXAME.

1. Falecimento do réu no decorrer do processo. Legitimidade do espólio para figurar no polo passivo da
demanda no que diz respeito ao ressarcimento ao erário. Preliminar rejeitada.

2. Ausência de provas do ato improbo. Prestação de contas extemporânea. Contas aprovadas pelo órgão
competente. Ausência de dolo.

3. sentença que se encontra em consonância com a jurisprudência do STJ, no sentido de que a mera
apresentação extemporânea da prestação de contas, por si só, não caracteriza ato
de improbidade administrativa.

4. Manutenção da sentença em reexame.

Trata-se de reexame necessário da sentença prolatada pelo juízo da comarca de Óbidos (integrante do
Grupo de Auxílio Remoto da Meta 4/CNJ), nos autos de ação ressarcimento de verba pública por ato de
improbidade administrativa interposta pelo município de Tracuateua contra Jonas Pereira Barros, ex-
prefeito, mandato exercido em 2000 a 2004.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A ação de improbidade administrativa restou ajuizada ante a omissão referente a prestação de contas do
Convênio nº 01/2004, realizado entre o Município de Tracuateua e a COHAB- Companhia de Habitação do
Estado do Pará, conduta considerada ofensiva à probidade administrativa, na forma do inciso VI, do art. 11
da lei 8.429/1992 e objetiva aplicação das sanções do art. 1º, inciso II, da Lei de improbidade
hpadministrativa, bem como o ressarcimento do valor de R$ 142.716,10 (cento e quarenta e dois mil,
setecentos e dezesseis reais e dez centavos), acrescidos dos consectários legais.

Manifestou-se o requerido alegando que não houve qualquer violação às normas legais, bem como a
ausência de dolo (ID Num. 5135014, pág. 01/09).

O requerido veio a óbito em 02/05/2014, sendo juntada certidão de óbito (ID Num. 5135168, pág. 01/02).

A ação foi convertida em ação de ressarcimento ao erário, sendo determinada a inclusão do espolio do
falecido no polo passivo da demanda.

Espólio de Jonas Pereira Barros, representado pela inventariante Jhayanne Rodrigues Barros de Aguilar,
manifestou-se em contestação, aduziu a ilegitimidade para figurar no polo passivo da ação e a
ilegitimidade ad causam do Município. No mérito, alegou atraso na prestação de contas e a ausência de
provas do dano ao erário (ID Num 5135205, pág. 01/11).

Manifestou-se o Parquet (ID Num 5135224, pág. 01/07) ratificando a inicial.

Sentenciou o magistrado de primeiro grau pela improcedência dos pedidos, aduzindo a insuficiência de
provas, sem prejuízo de eventual ressarcimento ao erário em demanda própria imprescritível, acaso haja
subsídios suficientes que revelem o efetivo dano aos cofres públicos, nos termos do art. 16 da LACP e art.
103, I, do CDC (Id Num 5135243, pág. 01/04).

Opina o Órgão Ministerial pela manutenção da sentença (ID Num 5617816, pág. 01/10).

É o relatório, decido.

Realizo o reexame necessário, nos termos do artigo 475, I e súmula 490 do STJ.

Nos termos da súmula 253 do STJ que dispõe que: O art. 557 do CPC, que autoriza o relator a decidir o
recurso, alcança o reexame necessário “, assim realizo monocraticamente o julgamento.

Da legitimidade do espólio para figurar no polo passivo da ação

Não obstante o falecimento do requerido no decorrer da ação, persiste o interesse no que se refere ao
ressarcimento ao erário.

Com feito, o espólio do Requerido, representado por Jhayanne Rodrigues Barros, é legitimo para figurar
no polo passivo da ação

Neste sentido, afasto a ilegitimidade alegada.

Do mérito

No mérito o cerne da questão diz respeito ao cometimento de ato improbo pelo requerido falecido e o
consequente ressarcimento ao erário pelos herdeiros.

Como cediço, para a configuração do ato ímprobo previsto no art. 11, inc. VI, da Lei nº 8.429/92 com o
ressarcimento ao erário é necessário a atuação do Agente Público com desonestidade, implicando em
violação dos princípios éticos e morais que regem a Administração.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Não basta a simples transgressão de qualquer norma administrativa, há de haver a violação à moralidade
por meio de conduta do agente que importe no seu enriquecimento ilícito (art. 9º), que acarrete prejuízo ao
Erário (art. 10) ou que atente contra os princípios da Administração Pública (art. 11).

No caso, a sentença entendeu pela improcedência da ação, ante a ausência ade provas, o que entendo
deva ser mantida. Vejamos.

Na exordial o município de Tracuateua sustenta omissão no dever de prestar contas do Convênio nº


01/2004 realizado entre o Município de Tracuateua e a COHAB - Companhia de Habitação do Estado do
Pará, requerendo o ressarcimento do valor de R$-142.716,10 (cento e quarenta e dois mil setecentos e
dezesseis reais e dez centavos), acrescidos dos consectários legais.

Compulsando os autos, constato a realização do acordado no convênio.

Consta que notificada a se manifestar sobre o Convênio 01/2004 por meio do Ofício nº 1.313/2015, a
diretora presidente da COHAB - Companhia de Habitação do Estado do Pará prestou informações (Num.
5135168 - Pág. 10), de que no mês de setembro/2005, o engenheiro responsável pela obra realizou
vistoria “in loco” e constatou a execução, em total consonância com os parâmetros adotados pela COHAB.

Verifico, todavia, a informação de que não consta nos arquivos da COHAB cópia de prestação de contas
formulada pela prefeitura, uma vez que o original seria entregue ao Tribunal de Contas do Estado,
conforme determina a cláusula quatro do contrato.

Outrossim, verifico no Relatório de Conclusão de Obras da Gerência de Execução da Diretoria de


Desenvolvimento Habitacional (COHAB), assinado pelo Engenheiro Responsável, que as obras foram
realizadas e concluídas em total consonância com os parâmetros adotados pela COHAB e demais normas
técnicas (Num. 5135169, pág. 07).

Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça, em caso análogo, entende que a prestação de contas tardia,
por si só, não configura ato de improbidade administrativa, quando aprovadas pelo Tribunal de contas
posteriormente. Neste sentido:

ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE. PRESTAÇÃO DE CONTAS TARDIA, MAS APROVADA. AUSÊNCIA


DE DANO AO ERÁRIO. INEXISTÊNCIA DE ATO ÍMPROBO. 1. Cuida-se de inconformismo com acórdão
do Tribunal de origem que considerou que a prestação de contas realizada de modo tardio, mas aprovada
pelo órgão competente (FNDE), não caracteriza ato de improbidade administrativa. Os recursos serão
analisados em conjunto, em virtude da unidade de seu objeto. 2. Trata-se, na origem, de Ação Civil
Pública, proposta pelo Ministério Público Federal contra o ex-Prefeito do Município de Cristanópolis/GO,
por ato de improbidade administrativa, consistente na prestação em atraso de contas de recursos
repassados pelo Governo Federal, por meio do FNDE, nos montantes de R$ 2.494,80 e R$ 10.867, 80,
nos anos de 2008 e 2009, respectivamente. 3. Não se configura a ofensa ao art. 1.022 do Código de
Processo Civil quando o Tribunal de origem julga integralmente a lide e soluciona a controvérsia. O órgão
julgador não é obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese
que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
imprescindíveis à sua resolução. Nesse sentido: REsp 927.216/RS, Segunda Turma, Relatora Ministra
Eliana Calmon, DJ de 13/8/2007; e REsp 855.073/SC, Primeira Turma, Relator Ministro Teori Albino
Zavascki, DJ de 28/6/2007. 4. Verifica-se, in casu, que houve a apresentação das contas, não obstante a
destempo, bem como a inexistência de efeitos deletérios ao ente público decorrentes da conduta imputada
ao acusado. 5. O acórdão encontra-se em consonância com a jurisprudência do STJ, no sentido de
que a mera apresentação extemporânea da prestação de contas não caracteriza ato
de improbidade administrativa (AgInt no REsp 1.518.133/PB, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho,
Primeira Turma, DJe 21/9/2018; REsp. 1.307.925/TO, Rel. Min. Cesar Asfor Rocha, DJe 23.08.2012; AgRg
no REsp. 1.223.106/RN, Rel. Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.11.2014). 6. Recursos
Especiais conhecidos, somente com relação à preliminar de violação do art. 1.022 do CPC/2015, e, nessa
parte, não providos” (STJ, REsp 1811238/GO, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado
em 13/08/2019, DJe 05/09/2019) (sem grifo no original).
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APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. MUNICÍPIO DE


PALMEIRA. RÉU FALECIDO NO CURSO DO PROCESSO. SUCESSORES QUE ESTÃO LEGITIMADOS
A PROSSEGUIR NO POLO PASSIVO DA DEMANDA, NOS LIMITES DA HERANÇA, PARA FINS DE
RESSARCIMENTO AO ERÁRIO (ART. 8º, LEI 8.429/92). ALEGAÇÃO DE DESVIO DE DINHEIRO NO
PERÍODO DE 2001 A 2004. TRANSFERÊNCIA DE VALORES PARA CONTAS NÃO INFORMADAS.
DIVERGÊNCIA ENTRE VALORES LANÇADOS PELA CONTABILIDADE E OS REAIS SALDOS
BANCÁRIOS. INDÍCIOS DE DESORGANIZAÇÃO CONTÁBIL. INEXISTÊNCIA, CONTUDO, DE
COMPROVAÇÃO DE DANO AO ERÁRIO, PORQUANTO NÃO DEMONSTRADO QUE OS VALORES
FORAM DESTINADOS PARA FINS PARTICULARES OU ESTRANHOS ÀS ATIVIDADES DA
MUNICIPALIDADE. PROVAS DE QUE VALORES NÃO CONTABILIZADOS FORAM APLICADOS PARA
PAGAMENTO DE DESPESAS DA ADMINISTRAÇÃO. AUTOR QUE NÃO SE DESINCUMBIU DO ÔNUS
PROBATÓRIO (ART. 373, I, DO CPC). CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS AFASTADA (ART. 17 DA LEI Nº 7.347/85 E ENUNCIADO Nº 2 DAS 4ª E 5ª CÂMARAS
CÍVEIS). RECURSO NÃO PROVIDO. SENTENÇA PARCIALMENTE ALTERADA EM REEXAME
NECESSÁRIO CONHECIDO DE OFÍCIO. (TJ-PR - APL: 00008261220098160124 PR 0000826-
12.2009.8.16.0124 (Acórdão), Relator: Desembargador Carlos Mansur Arida, Data de Julgamento:
06/02/2019, 5ª Câmara Cível, Data de Publicação: 07/02/2019)

Por outro lado, não consta nos autos que o município demandante tenha apontado o prejuízo patrimonial
concreto sofrido pelo erário, posto que se limitou a pedir ressarcimento do valor do convênio.

Assim, não estando provado o prejuízo ao erário, porquanto as obras objeto do Convenio nº 01/2004foram
realizadas de acordo com as normas técnicas exigidas e concluídas, entendo que a manutenção da
sentença de improcedência deve ser mantida.

Do dispositivo

Ante o exposto, mantenho a sentença em reexame necessário.

Eis a decisão.

Belém, data da assinatura no sistema

Desembargadora Diracy Nunes Alves

Relatora

Número do processo: 0806968-28.2020.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: MUNICIPIO DE


PARAUAPEBAS Participação: APELADO Nome: MARCELO SIMAO DE OLIVEIRA Participação:
ADVOGADO Nome: LAYLA DANIELLY COSTA PINHEIRO OAB: 26817/PA Participação: ADVOGADO
Nome: SAMARA DE JESUS SOUSA BEZERRA OAB: 27604/PA

PROCESSO PJE Nº 0806968-28.2020.8.14.0040

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RECURSO: APELAÇÃO / REMESSA NECESSÁRIA

COMARCA: PARAUAPEBAS (VARA DA FAZENDA PÚBLICA E EXECUÇÃO FISCAL)

APELANTE: MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS (PROCURADOR MUNICIPAL: OLINTO CAMPOS


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VIEIRA)

APELADO: MARCELO SIMÃO DE OLIVEIRA (ADVOGADA: SAMARA DE JESUS SOUSA BEZERRA –


OAB/PA N° 27.604)

PROCURADORA DE JUSTIÇA: LEILA MARIA MARQUES DE MORAES

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

EMENTA: APELAÇÃO CIVIL/REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO DE COBRANÇA. CONTRATAÇÃO


TEMPORÁRIA. AJUIZAMENTO DA AÇÃO APÓS O BIÊNIO CONSTITUCIONALMENTE
ESTABELECIDO. ARTIGO 7º, XXIX, DA CARTA MAGNA. STF – ARE 709212/DF. RECONHECIMENTO
DO TRANSCURSO DO PRAZO PRESCRICIONAL. APELO PREJUDICADO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Cuidam-se de REMESSA NECESSÁRIA e de APELAÇÃO CÍVEL interposta pelo MUNICÍPIO DE


PARAUAPEBAS em face da sentença proferida pelo Juízo da Vara da Fazenda Pública e Execução
Fiscal da Comarca de Parauapebas, nos autos da Ação Declaratória c/c Obrigação de Fazer movida por
MARCELO SIMÃO DE OLIVEIRA.

Por meio da decisão ora apelada e reexaminada, o juízo sentenciante julgou parcialmente procedente o
pedido formulado na petição inicial, declarando a nulidade do contrato administrativo firmado entre as
partes e condenando o Município ao pagamento dos últimos 05 (cinco) anos devidos a título de FGTS,
contados a partir do ajuizamento da ação. Julgou improcedentes os demais pedidos.

Inconformado, o apelante argui, preliminarmente, em suas razões recursais, a nulidade da sentença por
ausência de fundamentação adequada, alegando violação ao artigo 93, IX, da CF e artigo 489, §1°, II, do
CPC.

Aduz que o Supremo Tribunal Federal, no bojo da ADI n.º 5090/DF, determinou a suspensão dos feitos
que discutem a incidência da Taxa Referencial -TR como índice de correção monetária dos depósitos do
FGTS.

No mérito, sustenta a ausência de previsão legal para o pagamento da verba pleiteada em face do regime
estatutário que regeu a relação entre o apelado e o Município, diante da higidez jurídica do contrato
administrativo, defendendo também a impossibilidade de anulabilidade.

Acrescenta fundamentação acerca da violação ao art. 37, §2°, da CF/88 e da inaplicabilidade do art. 19-A
da Lei n° 8.036/90.

Por fim, em caso de condenação, almeja que seja aplicada TR para fins de atualização monetária e juros
moratórios de 0,5% ao mês.

Assim, requer o conhecimento e provimento do apelo.

Foram apresentadas contrarrazões ao recurso pelo apelado ao Id. 5766668.

Encaminhados a este Tribunal, coube-me a relatoria do feito.

O recurso foi recebido em seu duplo efeito e os autos foram remetidos ao Ministério Público de Segundo
Grau para exame e parecer (Id. 5783301), que se manifestou pela ausência de interesse público em
opinar (Id. 5892569).
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Éo suficiente relatório. Decido.

Compulsando os autos, entendo que comportam julgamento monocrático, consoante o art. 932, III, do
CPC/2015, eis que a decisão recorrida é manifestamente contrária à jurisprudência sedimentada do C.
Supremo Tribunal Federal acerca da prescrição, senão vejamos.

A contratação temporária em tela ocorreu no período compreendido entre 01/02/2017 e 31/03/2018, tendo
o autor trabalhado na função de motorista, conforme narrado na petição inicial, todavia, a presente ação foi
ajuizada somente em 17/11/2020 (Id. 5766640).

Assim, de início e sem delongas, verifica-se que o suposto crédito relativo ao FGTS está fulminado pelo
transcurso do prazo prescricional, como passo a demonstrar.

No que concerne a prescrição relativa ao FGTS, estava sedimentado pelo Colendo Supremo Tribunal
Federal, diante da consideração de sua natureza jurídica híbrida, ora de caráter tributário, ora de caráter
previdenciário, o prazo trintenário estabelecido no artigo 144 da Lei da Previdência Social que prevê:

“Art. 144. O direito de receber ou cobrar as importâncias que lhes sejam devidas, prescreverá, para as
instituições de previdência social, em trinta anos.”

Posteriormente, o próprio Supremo Tribunal Federal passou a elidir a tese de que o FGTS teria natureza
de contribuição previdenciária, reconhecendo o seu status de direito social de proteção ao trabalhador,
funcionando como alternativa à estabilidade, entretanto manteve o entendimento de que incidiria a regra
prevista no artigo 144 supramencionado, ou seja, de que o prazo prescricional seria de trinta anos.

A título de ilustração, cito o seguinte julgado do Supremo Tribunal Federal que, embora antigo, reflete
perfeitamente como, por décadas, vinha se posicionando nossa Colenda Corte:

“FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO. PRESCRIÇÃO. PRAZO TRINTENÁRIO. LEI


ORGÂNICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, ART. 144. A natureza da contribuição devida ao Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço foi definida pelo Supremo Tribunal Federal no RE 100249 - RTJ 136/681.
Nesse julgamento foi ressaltado seu fim estritamente social de proteção ao trabalhador, aplicando-se-lhe,
quanto a prescrição, o prazo trintenário resultante do art. 144 da Lei Orgânica da Previdência Social.
Recurso extraordinário conhecido e provido.” (STF - RE 134328/DF, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ
19/02/1993)

Ocorre que, revendo seu posicionamento, o Plenário do STF, em 13/11/2014, no bojo do ARE 709212/DF,
decidindo o tema 608 da Repercussão Geral, julgou inconstitucional os artigos 23, § 5º, da Lei
8.036/1990 e 55 do Decreto 99.684/1990, superando, desse modo, o entendimento anterior sobre
prescrição trintenária, conforme se extrai da ementa que encimou o referido acórdão:

“Recurso extraordinário. Direito do Trabalho. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Cobrança
de valores não pagos. Prazo prescricional. Prescrição quinquenal. Art. 7º, XXIX, da Constituição.
Superação de entendimento anterior sobre prescrição trintenária. Inconstitucionalidade dos arts.
23, § 5º, da Lei 8.036/1990 e 55 do Regulamento do FGTS aprovado pelo Decreto 99.684/1990.
Segurança jurídica. Necessidade de modulação dos efeitos da decisão. Art. 27 da Lei 9.868/1999.
Declaração de inconstitucionalidade com efeitos ex nunc. Recurso extraordinário a que se nega
provimento.” (STF – ARE 709212/DF, Rel. Ministro Gilmar Mendes, DJe 18/02/2015)

No julgamento desse último Recurso Extraordinário, restou assinalado que, diante do que expressamente
prevê a Carta da República, especificamente no artigo 7º, XXIX, não há como se sustentar o prazo
trintenário amplamente reconhecido na jurisprudência e na doutrina pátria, vez que a regra constitucional
em tela possui eficácia plena.

Eis a redação do artigo 7º, incisos III e XXIX, da CF/88:


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“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:

(...)

III – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;

(...)

XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;”

Desse modo, ficou suplantada qualquer discussão quanto ao prazo prescricional relacionado ao Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço, pois o STF já deliberou que deve ser observado o que expressamente
estabelece o texto constitucional, ou seja, é quinquenal e não trintenária.

Entretanto, ainda no julgamento do ARE 709212/DF, o STF modulou os efeitos da decisão, com
fundamento no artigo 27 da Lei n.º 9.868/1999, atribuindo efeitos prospectivos à diretiva, isto é, aos casos
em que o início do prazo prescricional ocorra após a data do referido julgamento, aplicar-se-á
imediatamente o prazo de 05 anos, porém, às hipóteses em que o prazo prescricional tenha iniciado seu
curso antes, aplica-se o que ocorrer primeiro – 30 anos, contados do termo inicial, ou 05, a partir da
decisão da repercussão geral.

Coisa diversa, contudo, é o prazo para a propositura da ação de cobrança de créditos resultantes das
relações de trabalho que, conforme estabelece a parte final do artigo 7º, XXIX, da CF/88, deve ser
ajuizada no biênio imediatamente posterior ao término da relação de trabalho, o que não ocorreu
in casu, pois o ajuizamento da ação ocorreu em 17/11/2020 (Id. 5766640), isto é, após o prazo bienal
acima referido, uma vez que o contrato temporário se encerrou em 31/03/2018, conforme relatado na
petição inicial.

Logo, em observância ao entendimento pacificado pelo Colendo Supremo Tribunal Federal, refletido no
julgamento do ARE 709212/DF antes reproduzido, entendo necessário observar o art. 932, III, do
CPC/2015, eis que a decisão recorrida é manifestamente contrária à jurisprudência sedimentada do
Supremo Tribunal Federal acerca da prescrição.

Ante o exposto, com base nos art. 932, III, do CPC/2015, reconheço a prescrição bienal dos pedidos
formulados na petição inicial, nos termos da fundamentação e, por conseguinte, não conheço do
apelo, pois prejudicada a apreciação do recurso.

Invertido o ônus da sucumbência, porém, suspensa sua exigibilidade em relação ao autor, por ser
beneficiário da justiça gratuita.

Após o decurso do prazo recursal sem qualquer manifestação, certifique-se o trânsito em julgado e dê-se a
baixa na distribuição.

Publique-se. Intimem-se.

Àsecretaria para as devidas providências.

Belém, 18 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO


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Relator

Número do processo: 0808354-53.2019.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO DA


AMAZONIA SA [BASA DIRECAO GERAL] Participação: ADVOGADO Nome: PATRICIA DE NAZARETH
DA COSTA E SILVA OAB: 11274/PA Participação: AGRAVADO Nome: JOSE CELIO SANTOS LIMA
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CELIO SANTOS LIMA OAB: 6258/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ANA CRISTINA LOUCHARD PIRES OAB: 7316/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça,
intima a parte AGRAVANTE: BANCO DA AMAZONIA SA [BASA DIRECAO GERAL]
de que foi interposto Recurso Especial, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do
artigo 1.030 do CPC/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0064530-31.2014.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: ALFREDO DUARTE


PROCOPIO Participação: ADVOGADO Nome: HELIO PESSOA OLIVEIRA OAB: 7982/PA Participação:
ADVOGADO Nome: IVAN DE JESUS CHAVES VIANA OAB: 18521/PA Participação: APELADO Nome:
Estado do Pará Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO
DO PARA

PROCESSO Nº 0064530-31.2014.8.14.0301

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª Turma de Direito Público

RECURSO: APELAÇÃO CÍVEL

APELANTE:ESTADO DO PARÁ

REPRESENTANTE: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ

APELADO: ALFREDO DUARTE PROCOPIO

Advogado(s) do reclamante: IVAN DE JESUS CHAVES VIANA, HELIO PESSOA OLIVEIRA

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

DECISÃO

Preenchidos os requisitos de admissibilidade, recebo o apelo no duplo efeito com fundamento no artigo
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1012 do CPC/15.

Remetam-se os autos ao Ministério Público de Segundo Grau, para exame e parecer, na condição de
custos legis.

Em seguida, retornem-me conclusos.

Belém, 17 de agosto de 2021

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0802137-34.2020.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: IRACIMAR SILVA


LIMA ANDRADE Participação: ADVOGADO Nome: WILSON HUIDA JUNIOR OAB: 26476/PA
Participação: ADVOGADO Nome: TARCIO DA SILVA BARBIERI OAB: 23055/PA Participação: APELADO
Nome: MUNICIPIO DE PARAUAPEBAS

DECISÃO MONOCRÁTICA.

PROCESSO N.º 0802137-34.2020.8.14.0040.

2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

COMARCA DE PARAUAPEBAS.

APELAÇÃO CÍVEL.

APELANTE: MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS.

PROCURADORES MUNICIPAIS: QUÉSIA SINEY GONÇALVES LUSTOSA OAB/PA Nº 9.433 E HUGO


MOREIRA MOUTINHO OAB/PA Nº 14.686.

APELADO: IRACIMAR SILVA LIMA ANDRADE.

ADVOGADO: WILSON HUIDA JUNIOR OAB/PA 26.476.

PROCURADOR DE JUSTIÇA: MARIZA MACHADO DA SILVA LIMA.

RELATORA: DESEMBARGADORA DIRACY NUNES ALVES.

DECISÃO MONOCRÁTICA

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONTRATAÇÃO


TEMPORÁRIA. PRORROGAÇÕES SUCESSIVAS. DIREITO AO RECEBIMENTO DO FUNDO DE
GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO. SERVIDOR TEMPORÁRIO. DECLARAÇÃO DE NULIDADE DA
CONTRATAÇÃO. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. LIQUIDAÇÃO DO JULGADO. APELO
PARCIALMENTE PROVIDO. MODIFICAÇÃO PARCIAL DA SENTENÇA APENAS QUANTO AOS
CONSECTÁRIOS LEGAIS.
400
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RELATÓRIO

Cuida-se de apelação cível interposta pelo Município de Parauapebas em face da sentença prolatada pelo
juízo da vara da comarca de Parauapebas, nos autos da ação de cobrança contra si ajuizada por Iracimar
Silva Lima Andrade.

A sentença objurgada assim consignou em sua parte dispositiva:

Posto isto, com base no inciso I, artigo 487 do CPC, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o
pedido formulado, razão pela qual declaro a nulidade do contrato administrativo e CONDENO a ré a
pagar ao autor os últimos 05 anos devidos a título de FGTS, contados do ajuizamento da ação, a
serem apurados em liquidação. JULGO IMPROCEDENTE os demais pedidos formulados.

O cálculo da correção monetária deverá observar a regra seguinte: a) no período anterior a


30/06/2009 - data à alteração da Lei nº 9.494/97, pela Lei nº 11.960/97, o INPC (porque previsto no
texto original); b) na vigência da Lei 11.960/2009 - 30/06/2009 até 25/03/2015, o Índice Oficial de
Atualização Básica da Caderneta de Poupança (artigo 1º-F, da Lei nº 9.494/97, na redação da Lei nº
11.960/09; c) após 25/03/2015, o IPCA-e (em atenção ao que deliberou o STF, modulando os efeitos
das ADIs nº 4.357 e nº 4.425). O marco temporal, para efeito de cálculo será a data em

que cada parcela deveria ter sido paga.

O Juros de mora, nos termos a saber: a) no período anterior à vigência da Lei nº 11.960/2009
(30/06/09), no percentual de 0,5% a.m.; b) de 30/06/2009 a 25/03/2015, com base na Remuneração
Básica da Caderneta de Poupança (artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, na redação da Lei nº 11.960/09), e
[3] após 26/03/2015, no percentual de 0,5% a.m. (artigo 1º- F da Lei 9.494/97), com incidência a partir
da efetiva citação válida do requerido.

Tendo existido sucumbência recíproca, CONDENO a parte autora em 50% das custas processuais e
a parte ré em 50% das mesmas verbas. Ademais, CONDENO a ré a pagar ao advogado da parte
autora o valor de R$ 500,00 a título de honorários de sucumbência (parágrafo 2º artigo 85, NCPC) e,
por sua sorte, CONDENO a parte autora a pagar ao advogado da parte ré a quantia de R$ 500,00 a
título de honorários de sucumbência (parágrafo 2º artigo 85, NCPC).

Considerando que foi concedida a gratuidade à parte autora, suspendo-lhe, pelo prazo de 05 anos,
as verbas que lhe foram imputadas.

Decisão não sujeita ao duplo grau de jurisdição, eis que se trata de sentença com condenação
inferior a 100 (cem) salários-mínimos, nos termos do art. 496, §3º, inciso III, do CPC.

Nas suas razões recursais, o Município de Parauapebas alega, em preliminar, a necessidade de


suspensão dos autos, pois que existe a ação ADI 5090-DF, e no mérito, caso seja mantida a condenação,
que seja aplicado a TR na atualização monetária dos valores depositados a título de FGTS e juros
moratórios de 0,5% ao mês, conforme REsp 1.614.874/SC, julgado sob a sistemática de recurso repetitivo
pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça (Tema 731). Pugna pela reforma da sentença (ID. 4515022).

Foram apresentadas contrarrazões ao recurso (ID. 4515027).

O parquet optou por não intervir na demanda (ID. 4840664).

Éo que importa relatar.

Decido.
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Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço o recurso.

Preliminarmente, quanto à alegação de suspensão dos processos determinada pela na ADI n.º 5090/DF,
não há como prosperar, isto porque no julgamento da ADI 5.090/DF foi deferida medida cautelar para
suspender o trâmite de todos os processos que versem primariamente sobre a incidência da TR como
índice de correção monetária dos depósitos de FGTS, o que não é o caso dos autos. O objeto de
discussão aqui diz respeito ao direito ou não à parcela do FGTS ao trabalhador que celebrou um contrato
temporário sucessivas vezes prorrogado com a Municipalidade.

Assim sendo, inexiste motivo impeditivo para a regular continuidade do processo enquanto a controvérsia
não for definitivamente solucionada pelo STF.

Nesse sentido, esta Corte vem se posicionando conforme precedente abaixo colacionado:

APELAÇÃO E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO DE COBRANÇA. CONTRATO TEMPORÁRIO.


ILEGALIDADE RECONHECIDA. PRELIMNAR DE SUSPENSÃO AFASTADA. PAGAMENTO DE FGTS.
DEVIDO. ÍNDICE A SER APLICADO É A TR. FGTS NUNCA DEPOSITADO EM CONTA. PAGAMENTO
DIRETO À EX-SERVIDORA. FORMA DE INDENIZAÇÃO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
REMESSA NECESSÁRIA CONHECIDA. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA.

1. Considerando as informações constantes nos autos, verifica-se que a contratação da recorrida foi
prorrogada sucessivamente, tornando-se um vínculo duradouro sem justificativa jurídica plausível.

2. Destarte, reconhecida a ilegalidade do ato, é devido pagamento dos valores correspondente ao FGTS.

3. Em preliminar, o recorrente alega que é devido o sobrestamento do feito em razão da ADI n.º 5.090/DF.
Todavia, a temática debatida na presente demanda relaciona-se ao vínculo precário e, consequentemente,
o dever de pagar o FGTS correspondente ao período laborado.

4. Desse modo, a discussão quanto à correção monetária incidente sobre o pedido principal (FGTS) tem
caráter acessório, não causando qualquer obstáculo à continuidade dos autos.

5. A preliminar de nulidade da sentença não tem fundamento, uma vez que a declaração de nulidade do
contrato é questão de ordem pública e, como tal, poderá ser realizada de ofício pelo julgador.

6. O cumprimento da obrigação deve seguir o comando do artigo 19-A da Lei n.º 8.036/90, todavia, no
aspecto do depósito dos valores de FGTS, concluo que o pagamento deve ser feito diretamente à
recorrida, correspondente à uma indenização, vez que nunca fora realizado depósito em conta vinculada.

7. Apelação e Reexame necessário conhecidos e não providos.

(Apelação Cível e Remessa Necessária. Processo nº0805584-98.2018.8.14.0040. Relator: José Maria


Teixeira do Rosário, julgado em 19/04/2021).

Portanto, preliminar rejeitada.

Ademais, levantou nova preliminar de nulidade por ausência de fundamentação adequada, em violação ao
artigo 93, inciso IX, da CF e artigo 489, §1º, inciso II do CPC.

De pronto, vejo que não assiste razão ao apelante.

O juízo atacou os pontos levantados, versando sobre os motivos pelo qual entendeu não estar diante da
contratação temporária permitida no inc. IX do art. 37 da Constituição Federal de 1988.
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Fundamentou sua decisão em precedentes jurisprudenciais, inclusive em posicionamento firmado pelo


Supremo Tribunal Federal.

Dessa forma, inexiste nulidade causada por ausência de fundamentação, este é o posicionamento
jurisprudencial pátrio:

PROCESSUAL CIVIL. NULIDADE. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA. Não há falar


de nulidade da decisão agravada, por ausência de fundamentação, quando se verifica motivação,
ainda que sucinta, para o indeferimento da gratuidade pleiteada, cumprindo anotar que há muito
doutrina e jurisprudência distinguem situações de ausência de fundamentação daquelas de má
fundamentação, cabendo, na primeira, o decreto de nulidade e, na segunda, a reforma do julgado.
GRATUIDADE DA JUSTIÇA. DECLARAÇÃO DE NECESSIDADE. PRESUNÇÃO RELATIVA.
DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL QUE PERMITE CONVICÇÃO EM SENTIDO CONTRÁRIO.
INDEFERIMENTO MANTIDO. Sendo relativa a presunção que se extrai da declaração a que alude o
artigo 4.º da Lei nº 1.060/50, correto o indeferimento do benefício da gratuidade, ante a convicção que se
extrai dos dados constantes da declaração de ajuste anual anexada pelo agravante. (Agravo de
Instrumento Nº 70060012184, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Armínio José Abreu Lima da Rosa, Julgado em 28/05/2014)

(TJ-RS - AI: 70060012184 RS, Relator: Armínio José Abreu Lima da Rosa, Data de Julgamento:
28/05/2014, Vigésima Primeira Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 09/06/2014)
grifamos.

Portanto, rejeito a preliminar suscitada de nulidade por ausência de fundamentação adequada.

No mérito, observo que a apelada foi contratada e trabalhou de janeiro/2013 a dezembro/2014,


novamente em maio/2016 a novembro/2016 e de janeiro/2017 a março/2018, na função de auxiliar de
serviços gerais, junto ao Município de Parauapebas, sem concurso público. Requereu a declaração de
nulidade da contratação e a condenação do Município ao pagamento do FGTS e honorários de
sucumbência de 20% sobre o valor da condenação.

Indene de dúvida quanto ao período que a recorrida trabalhou no serviço público municipal e quanto à
precariedade do vínculo mantido. Portanto, diante da nulidade da contratação, o apelado faz jus ao FGTS.

A Corte Suprema ao julgar a inconstitucionalidade suscitada do art. 19-A da Lei 8.036/90, acrescido pela
MP 2.164-41, que assegura direito ao FGTS à pessoa que tenha sido contratada sem concurso público,
por maioria de votos, inovou e alterou a jurisprudência daquela Casa de Justiça, pois reconheceu o direito
do trabalhador aos valores depositados a título de FGTS quando declarada a nulidade do contrato firmado
com a Administração Pública por força do art. 37, §2º da Constituição Federal.

Sobre a matéria, em reiterados julgados do STJ ficou consolidado pelo verbete da Súmula 466, daquele
sodalício, o seguinte: “O titular da conta vinculada ao FGTS tem o direito de sacar o saldo respectivo
quando declarado nulo seu contrato de trabalho por ausência de prévia aprovação em concurso
público.”

Desse modo, deve ser reconhecido o direito ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, diante da
nulidade da contratação sem concurso público.

O apelante aduz que não lhe deve ser aplicado o exposto na CLT, visto que o vinculo mantido com seus
servidores, ainda que temporarios, é o estatutário, e se encontra regido pela Lei Nº 4.249, de 17 de
dezembro de 2002, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do artigo 37 da Constituição Federal,
e dá outras providências.

Esta legislação do Município de Parauapebas expõe o conseguinte:


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As contratações com base nesta LEI serão feitas por tempo determinado observados os seguintes prazos
máximos:

I - até vinte e quatro meses, no caso dos incisos I, II, IV, V, VI e VII do artigo 2º;

II - até 12 meses no caso do inciso III do artigo 2º

§1º Nos casos do inciso I, os contratos poderão ser prorrogados pelo prazo de igual período.

§2º Nos casos do inciso II, os contratos poderão ser prorrogados pelo prazo de até 12 (doze) meses.

Verifica-se então que a municipalidade agiu em desconformidade a própria legislação local, visto que,
realizou contratos consecutivos ao arrepio da legislação supra e do seu tempo máximo estabelecido de
contrato temporário.

Tal violação decorre na nulidade do contrato firmado entre o apelante e a apelada, pelo qual essa passa a
fazer jus ao percebimento da verba referente ao FGTS.

Desta forma entende a jurisprudência nacional:

APELAÇÃO DIREITO ADMINISTRATIVO CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA NÃO VERIFICADA BURLA À


REGRA DO CONCURSO PÚBLICO AUSÊNCIA DE SUCESSIVAS RENOVAÇÕES CAPAZES DE
DESNATURAR O CARÁTER TEMPORÁRIO DO VÍNCULO AUSÊNCIA DE NULIDADE DOS
CONTRATOS INDEVIDO O PAGAMENTO DO FGTS RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. ÔNUS
SUCUMBENCIAIS INVERTIDOS. 1. É assente na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e desta
egrégia Corte que o pagamento do FGTS é devido quando o contrato temporário celebrado entre o
particular e a administração pública é declarado nulo. Inteligência da Súmula nº 22 deste Tribunal. 2. A
nulidade dos contratos temporários é reconhecida quando a Administração Pública se vale da regra
excepcional do artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal, para contratar profissionais, por exemplo, para
áreas de saúde e educação, por lapso temporal considerável que descaracterize a precariedade que
justificaria a contratação por tempo determinado, mormente por violar o princípio do concurso público (art.
37, inciso II, da CF). 3. No caso concreto, não foram efetivadas sucessivas renovações capazes de
desnaturar o caráter temporário do vínculo que a recorrida possuía com o Município de Ibatiba, a
justificar o reconhecimento de nulidade do contrato celebrado entre as partes e, por via de
consequência, o direito ao pagamento do FGTS. 4. O acervo probatório evidencia que a recorrida
sequer laborou por mais de 02 (dois) anos letivos consecutivos. A ausência de nulidade dos negócios
jurídicos em questão se torna ainda mais evidente quando não se tem notícias da existência de outros
vínculos temporários entre as partes que, mesmo que atingidos pela prescrição, poderiam descaracterizar
a precariedade que justificaria a contratação por tempo determinado. 5. Enfatiza-se que, no caso, também
não há como aferir se as três contratações de aproximadamente dez meses cada, que não foram
contínuas, referiam-se às mesmas atividades na estrutura da Administração Municipal. 6. Voto vencido:
Patente a nulidade da contratação temporária e o direito ao recebimento do FGTS no caso em apreço. 7.
Recurso conhecido e provido. Ônus sucumbenciais invertidos.

(TJ-ES - AC: 00006213920198080064, Relator: FERNANDO ESTEVAM BRAVIN RUY, Data de


Julgamento: 04/05/2021, SEGUNDA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 21/05/2021)

No que tange aos consectários legais, em que pese o STJ ter firmado a tese de que a remuneração das
contas vinculadas ao FGTS tem disciplina própria, ditada por lei, que estabelece a TR como forma de
atualização monetária, sendo vedado, portanto, ao Poder Judiciário substituir o mencionado índice (TEMA
731), cuja decisão foi publicada em 15/05/2018, posteriormente, o Min. Roberto Barroso, na ADI 5090,
deferiu a cautelar, para determinar a suspensão de todos os feitos que versem sobre a matéria, até
julgamento do mérito pelo Supremo Tribunal Federal. (Decisão de 6/9/2019). Assim, entendo que a
medida mais prudente e acertada é deixar para a liquidação da condenação a aplicação dos juros e
correção monetária de acordo com os ditames legais e com o entendimento jurisprudencial que se
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consolidará à época da execução do julgado.

Nesse sentido, há decisões desta 2ª Turma de Direito Público:

EMENTA: APELAÇÕES CIVIS. FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO. CONTRATAÇÃO


TEMPORÁRIA DE SERVIDOR PÚBLICO. NULIDADE DO CONTRATO. RECONHECIMENTO DO
DIREITO A VERBA FUNDIÁRIA. LIMITAÇÃO AO QUINQUÊNIO ANTERIOR À PROPOSITURA DA
AÇÃO. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA A SEREM APURADOS NA FORMA LEGAL NA EXECUÇÃO
DO DECISUM. MONOCRÁTICA. (Apelação n.º 0041452-39.2008.8.14.0301. 2ª TURMA DE DIREITO
PÚBLICO. Relator: LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO. Data de Publicação: 23/08/2018). Grifado.
EMENTA: REMESSA NECESSÁRIA. FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO.
CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE SERVIDOR PÚBLICO. NULIDADE DO CONTRATO.
RECONHECIMENTO DO DIREITO A VERBA FUNDIÁRIA ACERCA DOS DEPÓSITOS FUNDIÁRIOS
DEVIDOS E SALDO DE SALÁRIO. NÃO CABIMENTO DE VERBAS DIVERSAS DO FGTS E SALDO DE
SALÁRIO. REFORMA PARCIAL DA SENTENÇA DE MÉRITO. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA A
SEREM APURADOS NA FORMA LEGAL NA EXECUÇÃO DO DECISUM. DECISÃO MONOCRÁTICA.
(Apelação n.º 0002616-28.2014.8.14.0054. 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO. Relator: LUIZ GONZAGA
DA COSTA NETO. Data de Publicação: 23/08/2018). Negritei.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. OMISSÃO. ESPECIFICAÇÃO. TERMOS E TAXAS.


CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS DE MORA. RECONHECIMENTO DO DIREITO À INDENIZAÇÃO
POR VIOLAÇÃO DA ESTABILIDADE PROVISÓRIA DE GESTANTE. EXISTÊNCIA DE OMISSÃO. NÃO
HÁ NO JULGADO MENÇÃO AOS ENCARGOS EM REFERÊNCIA. VÍCIO SANADO APENAS PARA
DETERMINAR QUE OS JUROS E A CORREÇÃO MONETÁRIA SEJAM APURADOS NA FORMA
LEGAL NA EXECUÇÃO DO DECISUM. DECISÃO MONOCRÁTICA ( PROCESSO Nº. 0000637-
17.2009.8.14.0040 ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO. RECURSO: EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL, Relator: LUIZ GONZAGADA COSTA NETO. Data de
Publicação: 16/12/2019). Negritei.

Ante ao exposto, na forma autorizada pelo art. 932, IV, b do CPC, conheço e dou parcial provimento ao
recurso de apelação , modificando parcialmente a sentença apenas quanto aos consectários legais
, devendo ser apurados no momento da liquidação do julgado, conforme as disposições legais e
entendimento jurisprudencial firmado pelas Cortes Superiores.

Éa decisão.

Desembargadora Diracy Nunes Alves

Relatora

Número do processo: 0005915-10.2014.8.14.0055 Participação: APELANTE Nome: ELIZEU DE LIMA


LOPES Participação: ADVOGADO Nome: LEILA DA SILVA PANTOJA OAB: 28418/PA Participação:
APELADO Nome: KAMIRANGA INDUSTRIA E COMERCIO LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
JULIO DE OLIVEIRA BASTOS OAB: 6510/PA Participação: APELADO Nome: SIGIFERIO ALVES DE
OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: JULIO DE OLIVEIRA BASTOS OAB: 6510/PA Participação:
AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR
Nome: TEREZA CRISTINA BARATA BATISTA DE LIMA OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0005915-10.2014.8.14.0055


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APELANTE: ELIZEU DE LIMA LOPES

APELADO: KAMIRANGA INDUSTRIA E COMERCIO LTDA, SIGIFERIO ALVES DE OLIVEIRA

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL N. 0005915-10.2014.8.14.0055

APELANTE: ELIZEU DE LIMA LOPES

APELADO: KAMIRANGA INDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

APELADO: SIGIFERIO ALVES DE OLIVEIRA

COMARCA DE ORIGEM: SÃO MIGUEL DO GUAMÁ/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE – SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA –


AUTORES/APELADOS QUE SE DESINCUMBIU PERFICIENTEMENTE DO MÚNUS DE COMPROVAR
A SATISFAÇÃO DOS REQUISITOS INSCULPIDOS NO ART. 561 DO CPC – PROVAS DOCUMENTAIS
RELATIVAS A PROPRIEDADE DO BEM – PROVAS TESTEMUNHAIS QUE CORROBORARAM AS
ALEGAÇÕES DOS AUTORES/APELADOS – EXERCÍCIO DA POSSE PELOS APELADOS –
SENTENÇA ESCORREITA – RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

1 – Com efeito, os requisitos indispensáveis para amparar a proteção possessória, como na presente ação
de manutenção de posse, estão previstos no art. 561 do CPC/2015.

2 – Hipótese em que os autores/apelados demonstraram nos autos, a prática do esbulho através


do Boletim de Ocorrência (ID. 4653227 – p.14), bem assim trouxeram aos autos, ainda, o título de
aforamento e a certidão do cartório de registro de imóveis em nome do promovente (ID. 4653227).

3 – Igualmente, as provas testemunhais produzidas corroboraram com as alegações formuladas na


exordial, enquanto as testemunhas do requerido/apelante não conseguiram precisar de forma peremptória
se a área em litígio fazia efetivamente parte do imóvel alienado ao recorrente (ID. 4653238).

4 – Destarte, entendo que não assiste razão o requerido/apelante em seu pleito apelatório, revelando-se
irrepreensível a sentença objurgada proferida em sede da ação de reintegração de posse, razão pela qual
impõem-se sua manutenção in totum.

5 – Recurso de Apelação Conhecido e Desprovido mantendo a decisão vergastada em todas as suas


disposições.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, onde figuram como partes as acima identificadas, acordam os
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Excelentíssimos Senhores Desembargadores membros da Colenda 2ª Turma de Direito Privado do


Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará na Sessão Ordinária realizada em 10 de agosto de 2021
(Plenário Virtual), na presença do Exmo. Representante da Douta Procuradoria de Justiça, por
unanimidade de votos, em CONHECER e NEGAR PROVIMENTO ao Recurso de Apelação, nos termos
do voto da Exma. Desembargadora Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora Relatora

RELATÓRIO

APELAÇÃO CÍVEL N. 0005915-10.2014.8.14.0055

APELANTE: ELIZEU DE LIMA LOPES

APELADO: KAMIRANGA INDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

APELADO: SIGIFERIO ALVES DE OLIVEIRA

COMARCA DE ORIGEM: SÃO MIGUEL DO GUAMÁ/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de Recurso de APELAÇÃO CÍVEL interposto por ELIZEU DE LIMA LOPES
inconformado com a Sentença prolatada pelo MM. Juízo da Vara Única de São Miguel do Guamá/PA que,
nos autos da AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE, ajuizada contra si por SIGIFERIO ALVES DE
OLIVEIRA e KAMIRANGA INDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA., julgou procedente a pretensão esposada
na inicial.

Em sua exordial (ID. 4653227), narraram os autores/apelados serem, desde 1999, os legítimos
possuidores e proprietários do imóvel rural localizado no Km 04 da Estrada Santa Rita, zona rural do
Município de São Miguel do Guamá/PA.

Afirmaram que em 05/11/2014, os funcionários da empresa-requerente se depararam com uma grande


quantidade de máquinas e veículos tipo caçamba e caminhonetes, pertencentes ao requerido, que de
forma clandestina teriam removido as cercas do imóvel, realizando a extração de vegetação para retirada
de argila.

Pleitearam, assim, pela procedência da exordial para que seja determinado que o requerido se abstenha
de praticar as atividades de extração no imóvel em litígio, bem como retire suas máquinas e veículos do
local.

Juntaram os autora, documentos para subsidiar seus pleitos.

Em decisão de ID. 4653228, determinou o juízo primevo a emenda da inicial para que os autores
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adequassem a exordial a natureza possessória da demanda.

Em emenda à inicial (ID. 4653229), defenderam os autores a concessão liminar de reintegração de posse
e, pela confirmação da medida reintegratória em decisão definitiva.

Em decisão de ID. 4653230, foi deferida a liminar de reintegração de posse pugnada pelos autores.

Em contestação (ID. 4653231), arguiu, em síntese, o requerido que sua propriedade seria limítrofe ao
imóvel dos autores, destacando que a área em litígio teria sido adquirida pelo requerido em 2001 e, que,
desde exerceria atividade de extração de material do local, pugnando, assim, pela improcedência da
exordial.

Juntou o requerido, documentos com escopo de subsidiar suas alegações.

Por sua vez, os autores apresentaram replica a contestação (ID. 4653233).

Em audiência (ID. 4653238), restou infrutífera a tentativa de conciliação, sendo, ainda, realizada a oitiva
das partes e testemunhas.

O feito seguiu seu trâmite regular até a prolação da sentença (ID. 4653244), que julgou procedente a
exordial para determinar a reintegração de posse pugnada na petição de ingresso, sem custas e
honorários advocatícios em razão do requerido ser beneficiário da gratuidade de justiça.

Inconformado, o requerido ELISEU DE LIMA LOPES interpôs Recurso de Apelação (ID. 4653245).

Alega, em síntese, o requerido/apelante, não ter ocupado indevidamente o imóvel em litígio, tampouco,
cometido qualquer ilegalidade visto que seria o legitimo proprietário e possuidor da área, onde
desenvolveria atividade de extração de argila.

Pugna, assim, pelo provimento do recurso de apelação para que seja reformada integralmente a sentença
primeva, julgando totalmente improcedente a pretensão exordial, ou, alternativamente, seja reconhecido o
direito do apelante de realizar extração de matéria prima (argila) do local.

Em sede de contrarrazões (ID. 4653247), pleiteiam os autores/apelados pelo total desprovimento do


recurso de apelação interposto, para que seja mantida in totum a sentença vergastada.

Após regular distribuição, coube-me a relatoria do feito.

Instada a se manifestar, a Douta Procuradoria de Justiça emitiu parecer pelo conhecimento e


desprovimento do recurso (ID. 5657130).

É o relatório.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora

VOTO
408
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

VOTO

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Avaliados, preliminarmente, os pressupostos processuais subjetivos e objetivos deduzidos pelo apelante,


tenho-os como regularmente constituídos, bem como atinentes à constituição regular do feito até aqui,
razão pela qual conheço do recurso, passando a proferir voto.

INCIDÊNCIA DO DIREITO INTERTEMPORAL

Precipuamente, em observância as regras de Direito Intertemporal, positivada no art. 14 do Código de


Processo Civil de 2015, o recurso em exame será apreciado sob a égide deste, visto que a vergasta
decisão foi publicada na vigência do Novo Diploma Processual Civil.

QUESTÕES PRELIMINARES

Face a ausência de questões preliminares, passo a análise do mérito do presente recurso.

MÉRITO

Cinge-se a controvérsia recursal a definição do legitimo possuidor do imóvel em litígio, bem como aferição
da comprovação ou não dos requisitos insculpidos no art. 561 do CPC para efeito de concessão da
reintegração de posse.

Consta das razões recursais arguidos pela parte requerida, ora apelante, que este não teria ocupado
indevidamente o imóvel em litígio, tampouco, cometido qualquer ilegalidade, visto que seria o legitimo
proprietário e possuidor da área, onde desenvolveria atividade de extração de argila.

Da Proteção Possessória

Com efeito, os requisitos indispensáveis para amparar a proteção possessória, como na presente ação de
reintegração de posse, estão previstos no art. 561 do CPC/2015:

Art. 561. Incumbe ao autor provar:

I - a sua posse;

Il - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;

III - a data da turbação ou do esbulho;

IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de


reintegração.

Assim o aludido dispositivo processual, vincula as ações possessórias a três pressupostos, quais sejam: a
posse, o atentado a ela praticado pela parte demandada – o qual, no presente caso, refere-se a suposto
esbulho – e a data da prática deste, sendo que todos devem ser objeto de prova ao longo do feito.

Acerca da aludida disposição processual, enfatiza Francisco Loureiro:


409
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

"Confere a lei ao possuidor dupla linha de defesa possessória, pela autotutela, ou autodefesa, e pelas
ações possessórias. Ambas têm por objetivo resolver a situação originada de rompimento antijurídico da
relação estabelecida pelo poder sobre a coisa, a primeira (autodefesa) pelo esforço próprio do possuidor e
a segunda mediante interferência do Poder Judiciário, sem necessidade de debater a relação dominial".

(LOUREIRO, Francisco Eduardo. Código Civil Comentado. Coord. Cezar Peluso, Barueri/SP: Manole,
2011, p. 1.179).

Dessa forma, para que o possuidor injustamente esbulhado obtenha provimento jurisdicional de
reintegração de posse, deve comprovar em juízo o preenchimento dos requisitos insculpidos no citado art.
561 do CPC/2015, vigente à época do ajuizamento da ação.

Nesse sentido, vejamos o posicionamento adotado pela jurisprudência pátria acerca da matéria, conforme
vastos precedentes, in verbis:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. REQUISITOS. ART. 927 DO CÓDIGO DE


PROCESSO CIVIL. POSSE ANTERIOR E ESBULHO. NÃO COMPROVAÇÃO. SENTENÇA MANTIDA.
RECURSO NÃO PROVIDO. I - Para que haja o direito à reintegração de posse é necessária a
demonstração de que tal posse era exercida, anteriormente, sobre o imóvel, tendo sido,
injustamente, esbulhada, conforme a exegese do art. 927 do Código de Processo Civil. II - Ausentes
os requisitos do art. 927 do aludido diploma legal, o não provimento do pedido de reintegração é
medida que se impõe. III - Recurso conhecido e não provido.

(TJ-MG - AC: 10390130028702001 MG, Relator: Vicente de Oliveira Silva, Data de Julgamento:
07/03/2017, Câmaras Cíveis / 10ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 17/03/2017). (Grifei).

REINTEGRAÇÃO DE POSSE - REQUISITOS - ART. 927 NÃO CONFIGURADOS - POSSE ANTERIOR -


AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO - DECISÃO ESCORREITA - RECURSO IMPROVIDO. Para o
deferimento da reintegração de posse é exigida a comprovação concomitante dos requisitos do art.
927 do CPC, o que não restou demonstrado. Ausentes elementos sólidos à comprovação da posse
e do esbulho, não há como conceder a reclamada reintegração.

(TJ-MT - APL: 00099640920038110041 147585/2013, Relator: DESA. MARIA HELENA GARGAGLIONE


PÓVOAS, Data de Julgamento: 16/04/2014, SEGUNDA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
28/04/2014). (Grifei).

APELAÇÃO CÍVEL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. REQUISITOS. ART. 927 CPC. CONJUNTO


PROBATÓRIO. MELHOR POSSE. 1. Não sendo demonstrados, pelo autor da ação de reintegração
de posse, os requisitos do art. 927 do Estatuto Processual Civil e, ainda, verificado pelo conjunto
probatório a melhor posse em favor do réu, correta a sentença que julga improcedente o pedido inicial. 2.
Apelação desprovida.

(TJ-DF - APC: 20130510105967, Relator: J.J. COSTA CARVALHO, Data de Julgamento: 08/07/2015, 2ª
Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE: 17/07/2015).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. REQUISITOS. ART. 927 DO CPC.


ESBULHO INEXISTENTE. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. SENTENÇA CONFIRMADA. A reintegração
de posse se submete à observância dos requisitos cumulativos do art. 927 do CPC, quais sejam:
posse anterior; prática do esbulho pela ré; data desse ato ilícito e a perda da posse. Esbulho
inexistente. Ré que adquiriu o imóvel dos titulares de domínio, registrou a incorporação e, no terreno
objeto da lide, construiu um prédio. Posse derivada de contrato. Autor, que de seu lado, comprou o mesmo
terreno de quem não tinha legitimidade para lhe vender. Prova pericial que demonstrou que a assinatura
que consta no contrato de compra e venda, firmado com o autor, é falsa. Requisitos não preenchidos,
dada a inexistência de esbulho por parte da ré. Sentença confirmada. NEGARAM PROVIMENTO AO
RECURSO. UNANIME.
410
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(TJ-RS - AC: 70060905908 RS, Relator: Nelson José Gonzaga, Data de Julgamento: 16/07/2015, Décima
Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 21/07/2015). (Grifei).

Na hipótese dos autos, verifica-se que os autores/apelados demonstraram nos autos, a prática do esbulho
através do Boletim de Ocorrência (ID. 4653227 – p.14), bem assim trouxeram aos autos, ainda, o título de
aforamento e a certidão do cartório de registro de imóveis em nome do promovente (ID. 4653227).

Igualmente, as provas testemunhais produzidas corroboraram com as alegações formuladas na exordial,


destacando-se o depoimento do Sr. Raimundo Nonato Fernandes de Lima, que, ao confirmar os fatos
alegados pelos autores, acrescentou que a área adquirida pela empresa/requerente, possuía na parte da
frente uma indústria, no meio, área de reflorestamento e na parte dos fundos a mata ciliar, sendo nessa
última o local de ocorrência da turbação/esbulho (ID. 4653238).

Por sua vez, a parte requerida/apelada, conforme destacado pelo juízo primevo, não logrou êxito de
desconstituir os fatos alegados pelos autores na exordial, visto que o documento de propriedade juntado
no ID. 4653231 – p. 09, além de estar em nome de terceiro, não indica com precisão sua localização e,
portanto, se abrangeria área em litigio, ocorrendo o mesmo ocorre com os contratos de compra e venda
colacionados no ID. 4653231 – p. 11-12.

De igual modo, as provas testemunhais produzidas pelo requerido/apelante (ID. 4653238), quais sejam,
antigos proprietários do imóvel adquirido, não conseguiram precisar de forma peremptória se a área em
litígio fazia efetivamente parte do imóvel alienado ao recorrente.

Assim, considerando que as provas documentais trazidas aos autos, referem-se a questões, basilarmente
pertinentes a propriedade do bem, a resolução da lide em exame, depende preponderantemente das
provas testemunhais produzidas no feito.

Acerca das provas testemunhais, consoante perfilhado na sentença de piso, e, demonstrado alhures,
tenho que as testemunhas dos autores/apelados conseguiram desincumbir o múnus deste, sobretudo,
pertinente a comprovação da posse do bem.

Contrariamente, as testemunhas da parte requerida/apelada, que, não corroboraram peremptoriamente


com as argumentações deste, sobretudo, quanto a posse especifica da área em litígio.

Destarte, entendo que não assiste razão o requerido/apelante em seu pleito apelatório, revelando-se
irrepreensível a sentença objurgada proferida em sede da ação de reintegração de posse, razão pela qual
impõem-se sua manutenção in totum.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, CONHEÇO do presente Recurso de Apelação e NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo a


sentença vergastada em todas as suas disposições.

É como voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora

Belém, 17/08/2021
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0803078-70.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: DIANA DO


SOCORRO QUARESMA TOURAO Participação: ADVOGADO Nome: LIS ARRAIS OLIVEIRA OAB:
31017/PA Participação: AGRAVADO Nome: WALTER AUGUSTO LEITE AZEVEDO Participação:
AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR
Nome: MARIO NONATO FALANGOLA OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) - 0803078-70.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: DIANA DO SOCORRO QUARESMA TOURAO

AGRAVADO: WALTER AUGUSTO LEITE AZEVEDO

RELATOR(A): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EMENTA

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO – DECRETAÇÃO LIMINAR DO


DIVÓRCIO – POSSIBILIDADE – DIREITO POTESTATIVO – PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS
EM FAVOR DA EX-CÔNJUGE – DEVER DE MÚTUA ASSISTÊNCIA - AUSÊNCIA DE
DEMONSTRAÇÃO DA NECESSIDADE – RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

1-No que concerne a possibilidade de decretação liminar do divórcio, não vislumbro justificativa
plausível para o não acolhimento da pretensão autoral, com a consequente determinação de
expedição do competente mandado de averbação, permitindo-se que a extinção do vínculo
conjugal das partes ocorra antes da formação do contraditório, até mesmo porque o requerido, ora
agravado, neste caso, não oporá prova capaz de gerar dúvida razoável quanto ao direito
potestativo da agravante, inexistindo, ainda, qualquer prejuízo para as partes ora litigantes,
considerando o fato de inexistir bens a partilhar.

2-Ademais, para maximizar a celeridade buscada pelo legislador, o art. 1.581 do Código Civil e o
enunciado sumulado nº 197 do Superior Tribunal de Justiça, consagraram o entendimento da
possibilidade de decretação do divórcio sem a prévia partilha dos bens.

3-No que tange à fixação de alimentos devidos à ex-esposa, ora agravante, observa-se que a
obrigação alimentar em favor do cônjuge tem por fundamento o dever de mútua assistência,
conforme exegese do inciso III do art. 1.566 c/c art. 1.694, ambos do CC.

4-Nesse sentido, tais alimentos possuem traços peculiares, inexistindo dever/obrigação de um


cônjuge em manter o outro, como ocorre em relação aos filhos. Ressalta-se, por oportuno, que a
assistência devida entre cônjuges não deve favorecer a desocupação, a inatividade, sendo devida
somente quando, justificadamente, o ex-cônjuge não possa manter-se por seu próprio trabalho. A
mera afirmação de necessidade não tem o condão de demonstrar a necessidade da fixação da
pensão alimentícia.

5-No presente caso, observa-se não restar demonstrado ao menos indícios da probabilidade do
direito material invocado, salientando que a própria recorrente afirma possuir trabalho e ganhar
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

remuneração equivalente a um salário mínimo, limitando-se apenas em afirmar que está passando
por dificuldade financeira, sem, entretanto, a priori, demonstrar sua real necessidade em receber
alimentos do ex-cônjuge.

6-Ressalta-se, que a única filha do casal já é maior de idade, e a recorrente atualmente está com
apenas 50 (cinquenta) anos de idade, capaz, apta ao trabalho, fato que inviabiliza o deferimento de
alimentos pretendido.

7-Recurso conhecido e parcialmente provido, tão somente para decretar, liminarmente, o divórcio
das partes ora litigantes, com a regular expedição do competente mandado de averbação,
permitindo-se a extinção do vínculo conjugal das partes antes mesmo da formação do
contraditório, por tratar-se de direito potestativo, salvaguardado, inclusive, pela Súmula nº. 197 do
STJ, mantendo a decisão guerreada no que concerne ao indeferimento do pleito de alimentos
provisórios em favor da ex-cônjuge, ante a ausência de requisitos para seu deferimento.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO, tendo como agravante
DIANA DO SOCORRO QUARESMA TOURÃO e agravado WALTER AUGUSTO LEITE AZEVEDO.

Acordam os Excelentíssimos Desembargadores, Membros da 2ª Turma de Direito Privado, à


unanimidade, em CONHECER DO RECURSO E DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, nos termos do
voto da Excelentíssima Desembargadora-Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.

RELATÓRIO

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo ativo interposto por
DIANA DO SOCORRO QUARESMA TOURÃO contra decisão proferida pelo Juízo da 1ª Vara de Família
Comarca de Ananindeua/Pa que, nos autos da AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO CUMULADA COM
PENSÃO ALIMENTÍCIA (Proc. nº. 0802430-72.2021.8.14.0006), indeferiu o pedido de tutela antecipada
de decretação do divórcio do casal, bem como o de pedido de alimentos provisórios em favor da
requerente, tendo como ora agravado WALTER AUGUSTO LEITE AZEVEDO.

Alega a agravante que em relação a decretação imediata do divórcio, o posicionamento majoritário entre a
doutrina e Tribunais Pátrios é que não existe óbice para seu deferimento, em razão de ser direito
potestativo, isto é, que não enseja qualquer discussão ou contestação, podendo ocorrer até mesmo antes
da citação do Requerido, haja vista que, pela sua natureza pode ser exercido exclusivamente por uma das
partes.

Em relação aos alimentos provisórios em favor da ora recorrente, afirma que o entendimento do Superior
Tribunal de Justiça se dá no sentido de que os alimentos entre cônjuges possuem caráter excepcional e
transitório, os quais perduram até o momento em que o titular dos alimentos seja capaz de prover a sua
autonomia financeira e superar o desequilíbrio provocado devido à ruptura do vínculo conjugal.

Sustenta que o vínculo matrimonial entre agravante e agravado perdurou durante 26 (vinte e seis) anos,
extenso período no qual grande monta das despesas familiares foi suportada e administrada pelo
Agravado, que provia o sustento familiar com a remuneração de bombeiro militar da reserva.

Aduz que o ora recorrido agravado recebe atualmente o valor mensal de R$ 6.527,62 (seis mil, quinhentos
e vinte e sete reais e sessenta e dois centavos), e a Agravante, por sua vez, trabalha como secretária de
consultório médico, percebendo um 01 (hum) salário mínimo, correspondente atualmente ao valor de R$
1.100,00 (mil e cem reais).
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Ressalta que está passando por muitas dificuldades financeiras e não está conseguindo arcar com as
suas despesas e de sua filha, tais como referentes ao supermercado, custos com a saúde, transporte,
energia elétrica, educação e etc.

Por fim, requer, liminarmente, a concessão de efeito suspensivo ativo ao recurso, a fim de determinar que
o Agravado pague pensão alimentícia no valor de R$ 1.100,00 (mil e cem reais) em favor da Agravante, e
no mérito, o provimento integral do recurso, com a confirmação da tutela de urgência deferida, bem como
a decretação imediata do divórcio das partes ora litigantes.

Coube-me, por distribuição, julgar o presente recurso.

Em decisão preliminar (ID Nº. 4930432), foi indeferido o pedido de efeito suspensivo ativo formulado pela
recorrente.

Não foram apresentadas as contrarrazões (ID Nº. 5487539).

É o Relatório.

VOTO

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, conheço do recurso e passo a proferir o voto.

Ausente matéria preliminar, atenho-me ao mérito recursal.

MÉRITO

Cinge-se a questão na decisão proferida pelo Juízo de 1º grau que indeferiu o pedido liminar de
decretação do divórcio do casal, bem como o de alimentos provisórios em favor da ex-cônjuge, ora
agravante.

No que concerne a decretação imediata do divórcio, observa-se que desde a edição da Emenda
Constitucional nº 66/2010 alterando o §6º do art. 226 da Constituição Federal, foi extinta a exigência de
prazo de separação de fato para dissolução do vínculo matrimonial pelo divórcio, podendo este ser
requerido por qualquer dos cônjuges, a qualquer momento, bastando a simples manifestação da vontade,
independente de aspectos outros relacionados à falência da vida conjugal.

Nesse sentido, o divórcio erigiu à categoria de direito potestativo, de modo que o legislador procurou dar
maior celeridade ao procedimento, buscando resolução menos gravosa, dolorosa e burocrática, evitando a
postergação de situação fática caracterizada pelo fim do afeto outrora predominante.

Passou-se, então, a entender enquanto discussões descabidas e infundadas questões de natureza


subjetiva, como a culpa pelo fim do relacionamento, e de natureza objetiva, como o transcurso do tempo.
Sendo direito potestativo, o divórcio tem a sua decretação imediata, sendo incabível a recusa pelo
cônjuge.

Assim sendo, o divórcio passou a ser imotivado e direto, podendo inclusive ser decretado liminarmente,
antes mesmo da citação da parte adversa, ou seja, independentemente de contraditório, em sede de tutela
de evidência, prevista no artigo 311, inciso IV, do Código de Processo Civil.

Nesse sentido, colaciono Jurisprudência Pátria, vejamos:


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

“AGRAVO DE INSTRUMENTO DIVÓRCIO LITIGIOSO Inconformismo contra decisão que indeferiu a


tutela de urgência requerida Possibilidade de decretação de divórcio em sede liminar Direito
potestativo Tutela de urgência versus tutela de evidência Decisão reformada Recurso provido.” (AI
2109708-24.2018.8.26.0000; Rel. José Carlos Ferreira Alves; 2ª Câmara de Direito Privado; j. 09/08/2018 -
grifei).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDO LIMINAR DE DIVÓRCIO. POSSIBILIDADE.


DESNECESSIDADE DE ANGULARIZAÇÃO PROCESSUAL. O direito ao divórcio é potestativo e
incondicionado. Demonstrada a existência da relação matrimonial por meio de documento hábil e
havendo pedido expresso de divórcio, é viável a sua imediata decretação. Nesse contexto, a
ausência de angularização processual não impede o acolhimento liminar do pedido formulado pelo
divorciando. POR MAIORIA, DERAM PROVIMENTO AO AGRAVO D INSTRUMENTO, VENCIDO O
RELATOR”. (TJ-RS – AI: 70079918231 RS, Relator: José Antônio Daltoe Cezar, Data de Julgamento:
28/02/2019, Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 11/03/2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIVÓRCIO. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA.


INDEFERIMENTO PELO D. MAGISTRADO A QUO, SOB ALEGAÇÃO DO NÃO PREENCHIMENTO DOS
REQUISITOS AUTORIZADORES PREVISTOS NO ART. 273 DO CPC. DECRETAÇÃO ANTERIOR DE
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DE UMA DAS PESSOAS JURÍDICAS
INTEGRANTES DO ACERVO PATRIMONIAL DISCUTIDO. INEXISTÊNCIA DE QUESTÕES
PATRIMONIAIS EXTREMAMENTE DELICADAS E QUE IMPEÇAM A DECRETAÇÃO DO DIVÓRCIO
NO CURSO DO PROCESSO. NECESSIDADE DE REFORMA DA DECISÃO. - Com efeito, para
maximizar a celeridade buscada pelo legislador, o art. 1.581 do Código Civil e o enunciado
sumulado nº 197 do Superior Tribunal de Justiça, consagraram o entendimento da possibilidade de
decretação do divórcio sem a prévia partilha dos bens, autorizando a antecipação dos efeitos da
tutela, conforme inteligência do art. 273 do CPC. Entretanto, não demonstrou o Agravante a presença
do perigo da demora. - Ademais, não se vislumbra nos autos elementos que demonstrem o empecilho da
sua decretação com base, estritamente, em aspectos patrimoniais. Em que pese haja discussões no
sentido de ocorrência de desvio de finalidade e confusão patrimonial entre o sócio e a empresa, inexistem
subsídios tão fortes a ponto de impedir a realização de direito potestativo das partes no curso do processo,
permitindo que este prossiga em face dos demais pontos pendentes. - Agravo provido. - Decisão
reformada. (Classe: Agravo de Instrumento,Número do Processo: 0009962-13.2015.8.05.0000, Relator (a):
Gardenia Pereira Duarte, Quarta Câmara Cível, Publicado em: 10/05/2016 )(TJ-BA - AI:
00099621320158050000, Relator: Gardenia Pereira Duarte, Quarta Câmara Cível, Data de Publicação:
10/05/2016)

“AÇÃO DE DIVÓRCIO C.C. ALIMENTOS E PARTILHA DE BENS. Decretação liminar do divórcio.


Possibilidade (E.C. nº 66/2010). Direito potestativo da parte. Precedentes desta 3ª Câmara. AGRAVO
PROVIDO.” (AI 2061484-26.2016.8.26.0000; Rel. Alexandre Marcondes; 3ª Câmara de Direito Privado j.
29/03/2016 - grifei).

Ademais, para maximizar a celeridade buscada pelo legislador, o art. 1.581 do Código Civil e o enunciado
sumulado nº 197 do Superior Tribunal de Justiça, consagraram o entendimento da possibilidade de
decretação do divórcio sem a prévia partilha dos bens.

Assim sendo, não vislumbro justificativa plausível para o não acolhimento da pretensão autoral, com a
consequente determinação de expedição do competente mandado de averbação, permitindo-se que a
extinção do vínculo conjugal das partes ocorra antes da formação do contraditório, até mesmo porque o
requerido, ora agravado, neste caso, não oporá prova capaz de gerar dúvida razoável quanto ao direito
potestativo da agravante, inexistindo, ainda, qualquer prejuízo para as partes ora litigantes, considerando o
fato de inexistir bens a partilhar.

Salienta-se, por oportuno, que o artigo 669, do Código de Processo Civil, resguarda a possibilidade de
sobrepartilha de eventual bem sonegado. Assim, sendo inconteste a vontade da agravante de se divorciar
do recorrido, não vislumbro qualquer óbice para decretação do divórcio do casal.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

No que tange à fixação de alimentos devidos à ex-esposa, ora agravante, observa-se que a obrigação
alimentar em favor do cônjuge tem por fundamento o dever de mútua assistência, conforme exegese do
inciso III do art. 1.566 c/c art. 1.694, ambos do CC.

Nesse sentido, tais alimentos possuem traços peculiares, inexistindo dever/obrigação de um cônjuge em
manter o outro, como ocorre em relação aos filhos. Ressalta-se, por oportuno, que a assistência devida
entre cônjuges não deve favorecer a desocupação, a inatividade, sendo devida somente quando,
justificadamente, o ex-cônjuge não possa manter-se por seu próprio trabalho. A mera afirmação de
necessidade não tem o condão de demonstrar a necessidade da fixação da pensão alimentícia.

No presente caso, observa-se não restar demonstrado ao menos indícios da probabilidade do direito
material invocado, salientando que a própria recorrente afirma possuir trabalho e ganhar remuneração
equivalente a um salário mínimo, limitando-se apenas em afirmar que está passando por dificuldade
financeira, sem, entretanto, a priori, demonstrar sua real necessidade em receber alimentos do ex-cônjuge.

Ressalta-se, que a única filha do casal já é maior de idade, e a recorrente atualmente está com apenas 50
(cinquenta) anos de idade, capaz, apta ao trabalho, fato que inviabiliza o deferimento de alimentos
pretendido.

A respeito do assunto, colaciono, Jurisprudência Pátria:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DIVÓRCIO. ALIMENTOS PROVISÓRIOS EM FAVOR DE EX-


CÔNJUGE. DESCABIMENTO. NECESSIDADE NÃO COMPROVADA. A obrigação alimentar entre
cônjuges/companheiros está lastreada no dever de mútua assistência, persistindo após a
separação do casal quando restar demonstrada a dependência econômica de uma parte em relação
à outra, levando-se em consideração, sempre, o binômio necessidade-possibilidade. No caso, não
comprovada a dependência econômica, descabe o pensionamento. RECURSO DESPROVIDO.
(Agravo de Instrumento Nº 70080694680, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 24/04/2019).

DIVÓRCIO. INDEFERIMENTO DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS À AUTORA. RECURSO


DESPROVIDO. Divórcio. Insurgência contra decisão que indeferiu alimentos provisórios pleiteados
pela virago. Efeito ativo indeferido. Inexistem indícios de que a recorrente faça jus à percepção dos
alimentos. A pensão ao ex-cônjuge tem caráter excepcional, deferida apenas em casos de real
necessidade. Decisão mantida. Recurso desprovido. (TJ-SP - AI: 21106906720208260000 SP 2110690-
67.2020.8.26.0000, Relator: J.B. Paula Lima, Data de Julgamento: 29/06/2020, 10ª Câmara de Direito
Privado, Data de Publicação: 29/06/2020)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C LIMINAR DE ALIMENTOS


PROVISÓRIOS. VERBA ALIMENTAR PROVISÓRIA PARA EX-CÔNJUGE. REVOGAÇAÕ DA LIMINAR
CONCEDIDA. CABIMENTO. É condição imprescindível para o deferimento dos alimentos a prova
inequívoca da impossibilidade de prover o próprio sustento. Caso concreto em que, após a
separação conjugal, a agravada se mudou para outra cidade, havendo informação de que exerce
atividade remunerada, ausente prova da necessidade, ônus do qual não se desincumbiu.
RECURSO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70081637092, Sétima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 14/06/2019).

Desta feita, em relação a tal pleito, entendendo restarem ausentes os requisitos para a concessão dos
alimentos provisórios, devendo ser mantido o decisum ora vergastado nesta parte.

Ante o exposto, CONHEÇO DO RECURSO E DOU-LHE PARCIAL PROVIMENTO, tão somente para
decretar, liminarmente, o divórcio das partes ora litigantes, com a regular expedição do competente
mandado de averbação, permitindo-se a extinção do vínculo conjugal das partes antes mesmo da
formação do contraditório, por tratar-se de direito potestativo, salvaguardado, inclusive, pela Súmula nº.
197 do STJ, mantendo a decisão guerreada no que concerne ao indeferimento do pleito de alimentos
provisórios em favor da ex-cônjuge, ante a ausência de requisitos para seu deferimento.
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É COMO VOTO.

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0806300-46.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: PEDRO HENRIQUE


DE ARAUJO SILVA Participação: ADVOGADO Nome: VANESSA HOLANDA DE ARAUJO OAB:
17860/PA Participação: AGRAVADO Nome: IZABELLE CRISTINE MELO DE LIMA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202):0806300-46.2021.8.14.0000
AGRAVANTE: PEDRO HENRIQUE DE ARAUJO SILVA
Nome: PEDRO HENRIQUE DE ARAUJO SILVA
Endereço: Avenida Marquês de Herval, - de 1406/1407 a 1670/1671, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66085-
316
Advogado: VANESSA HOLANDA DE ARAUJO OAB: PA17860-A Endereço: desconhecido
AGRAVADO: IZABELLE CRISTINE MELO DE LIMA
Nome: IZABELLE CRISTINE MELO DE LIMA
Endereço: Travessa Monte Alegre, 1265, - de 986/987 a 1090/1091, Jurunas, BELéM - PA - CEP: 66025-
400
DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de recurso de Agravo de Instrumento com pedido de tutela antecipada interposto por P. H. D. A.
S., em face de decisão prolatada pelo Juízo da 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher
de Belém-PA, nos autos da MEDIDA PROTETIVA (processo eletrônico nº 0809133-95.2021.8.14.0401),
requerida por I. C. M. D. L., ora agravada, que deferiu medidas protetivas em prol da agravada.

Requereu os benefícios da justiça gratuita e a concessão de efeito suspensivo. E, no mérito, a reforma da


decisão agravada para revogar as medidas protetivas de urgência deferida pelo juízo de primeiro grau.

Em decisão de Num. 5829398-pág.1/2 indeferi a justiça gratuita pleiteada e determinei a intimação da


parte agravante para proceder o recolhimento das custas recursais, no prazo de 5 (cinco) dias, na forma
do art. 99, §7º c/c art. 932, parágrafo único e art. 1.017, §3º, todos do CPC, sob pena de deserção.

O agravante manifestou-se tempestivamente no ID Num. 5928337-pág.1, juntando aos autos “relatório de


contas do processo”, “boleto” e “comprovante de pagamento”.

Éo relatório.

DECIDO

Em consulta ao sistema PJe, verifica-se que foi proferida sentença com resolução de mérito no processo
principal nº 0809133-95.2021.8.14.0401, (autos principais, Num. 31930728 - Pág. 1/2), que julgou
procedente o pedido inicial, mantendo as medidas protetivas de urgência deferidas em decisão liminar.

Assim, diante da sentença de mérito do Juízo ‘a quo’, resta prejudicado o exame da decisão recorrida, em
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razão da perda superveniente do interesse recursal e, consequentemente, do objeto do presente agravo,


em consonância com a jurisprudência do E. Superior Tribunal de Justiça:

(...) A superveniência da sentença proferida no feito principal enseja a perda de objeto de recursos
anteriores que versem sobre questões resolvidas por decisão interlocutória combatida via agravo de
instrumento (AgRg no REsp 1.485.765/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Terceira
Turma, DJe 29/10/2015). 5. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1537636/SP, Rel. Ministro
MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/06/2016, DJe 29/06/2016).

Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do presente agravo instrumento, com fulcro no art. 932, III, do CPC, por
se encontrar prejudicado, em face da perda superveniente de seu objeto.

Após o trânsito em julgado, certifique-se, associando-se aos autos principais. Dê-se baixa na distribuição
deste relator.

Belém (PA), data registrada no sistema.

JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR

Desembargador – Relator

Número do processo: 0000054-49.2015.8.14.0074 Participação: APELANTE Nome: NOBRE


SEGURADORA DO BRASIL S.A - EM LIQUIDACAO Participação: ADVOGADO Nome: MARIA EMILIA
GONCALVES DE RUEDA OAB: 23748/PE Participação: APELADO Nome: TRANSBRASILIANA
TRANSPORTE E TURISMO Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA
Participação: APELADO Nome: MANOEL DE JESUS MOREIRA PRESTE Participação: APELADO Nome:
KEITIELY DA SILVA ALMEIDA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ALBERTO CAETANO OAB:
14558/PA

ÓRGÃO JULGADOR: 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AUTOS Nº: 0000054-49.2015.8.14.0074

CLASSE: RECURSO DE APELAÇÃO

JUÍZO DE ORIGEM: 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE TAILÂNDIA

APELANTE: NOBRE SEGURADORA DO BRASIL S/A - EM LIQUIDACAO

APELADO: MANOEL DE JESUS MOREIRA PRESTE e OUTROS

RELATORA: DESA. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

DESPACHO

Vistos os autos.

Compulsando os autos, verifica-se que a parte recorrente, quando da interposição do presente recurso,
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acostou o boleto e o respectivo comprovante de pagamento referente ao preparo (Id. 5970625 e Id.
5970626), entretanto, não juntou o relatório de contas do processo, emitido pela Unidade de Arrecadação
Judiciária – UNAJ.

Como cediço, este Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, por meio da UNAJ, com fundamento no
que determina o Provimento n.º 5/2002, de 11 de setembro de 2002, da Corregedoria Geral de Justiça
deste Tribunal, em seus artigos 4º, inciso I, 5º e 6º, coloca à disposição dos interessados um
demonstrativo referente ao pagamento do recurso, identificando, de maneira clara, o número do processo
e a classe.

Destarte, o demonstrativo acima referenciado é documento essencial para fins de comprovação do


preparo, tendo em vista que além de identificar os valores a serem pagos, informa o número do processo e
do boleto bancário que se vinculam ao cálculo realizado, devendo ser obrigatoriamente juntado aos
autos.

Épacífico entendimento deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará no sentido de que a ausência
do mencionado relatório de contas importa na deserção do recurso, conforme é possível citar,
exemplificativamente, o aresto abaixo:

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL CONVERTIDO EM AGRAVO INTERNO. APELAÇÃO CÍVEL.


DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO AO RECURSO ANTE A AUSÊNCIA DE PREPARO.
COMPROVANTE DO PREPARO RECURSAL DESACOMPANHADO DA CONTA DE PROCESSO.
IMPOSSIBILIDADE DE JUNTADA POSTERIOR. DECISÃO MONOCRÁTICA MANTIDA. RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 1. Deve o recorrente, no momento da interposição do recurso,
comprovar o preparo recursal, sob pena de deserção, consoante inteligência do art. 511 CPC/73 c/c
artigos 4º a 6º do Provimento nº 005/2002 da C.G.J./TJPA 2. O regular recolhimento do preparo
somente se prova mediante a integralidade da documentação, o que inclui o relatório da conta do
processo, emitido pela Unidade de Arrecadação Judicial - UNAJ, sem o qual não h á como
aferir se os valores informados e pagos mantêm relação com a apelação interposta. 3. O relatório
da conta do processo é documento indispensável para demonstrar os valores das custas judiciais
a serem pagas, além de identificar o número do processo e o boleto bancário gerado. 4. Agravo
interno conhecido e improvido. 5. À unanimidade. (2016.05141272-20, 169.758, Rel. MARIA ELVINA
GEMAQUE TAVEIRA, Órgão Julgador 4ª CAMARA CIVEL ISOLADA, Julgado em 2016-12-19, Publicado
em 2017-01-10) (Destaquei)

Corrobora, nesse sentido, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM


RECURSO ESPECIAL. RECURSO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC DE 1973. PREPARO. GUIAS
DE RECOLHIMENTO. PREENCHIMENTO INCORRETO. DESERÇÃO CONFIGURADA. 1. Incorreto o
preenchimento do código da guia de recolhimento do preparo do recurso especial que indica o TRF 3ª
Região como unidade favorecida, estando caracterizada a deserção recursal. 2. A jurisprudência do STJ
é pacífica no sentido de que a comprovação do pagamento do preparo deve ocorrer com a
interposição do recurso e na forma da legislação em vigor naquele momento, sendo o correto
preenchimento da guia de recolhimento de responsabilidade da parte recorrente, sob pena de se
configurar a deserção. Precedentes. 3. Agravo interno não provido. (AgInt nos EDcl no AREsp
766.732/SP, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/10/2019, DJe
09/10/2019)

Sucede que o Código de Processo Civil de 2015, aplicável na espécie, já que a decisão agravada foi
publicada após sua entrada em vigor, trouxe inovação processual, possibilitando a intimação do advogado
para suprir a falta referente a comprovação do recolhimento do preparo, nos termos do artigo 1.007, §§ 2º
e 4º do diploma processual vigente.

Outrossim, considerando que a parte recorrente não realizou a devida comprovação do preparo no ato de
interposição do recurso, torna-se imprescindível o recolhimento em dobro, conforme determina o artigo
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1.007, § 4º do Código de Processo Civil, cujo teor merece transcrição:

Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação
pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.

(...)

§4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo,
inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o
recolhimento em dobro, sob pena de deserção. (Destaquei)

Àvista do exposto, delibero:

1. Emende, a parte recorrente, em 05 (cinco) dias, a peça recursal, com o relatório de contas capaz de
integralizar a documentação necessária para comprovar o respectivo preparo;

2. Comprove, ainda, o recolhimento do referido preparo em dobro;

3. Fica advertida que a inobservância de qualquer dos itens acima implicará em deserção;

4. Após, retornem-me os autos conclusos;

5. Intimem-se.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Relatora

Número do processo: 0000057-48.1997.8.14.0037 Participação: APELANTE Nome: BANCO DO BRASIL


SA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL SGANZERLA DURAND OAB: 16637/PA Participação:
APELADO Nome: JOAO FERRARI Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO SAVIO FERNANDEZ
MILEO OAB: 7303/PA Participação: APELADO Nome: C S O SILVA - ME Participação: APELADO Nome:
LUDILCIO SERRAO DA SILVA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000057-48.1997.8.14.0037

JUÍZO DE ORIGEM: VARA UNICA DE ORIXIMINÁ

APELANTE: BANCO DO BRASIL S.A.

Advogado: Dr. Rafael Sganzerla Durand.

APELADOS: JOAO FERRARI E OUTROS.

Advogado: Dr. Francisco Savio Fernandez Mileo.


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RELATORA: DESA. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de RECURSO DE APELAÇÃO interposto por BANCO DO BRASIL S.A. (ID 4393015) contra a
sentença (ID 4393014) proferida pelo Juízo da vara única de Oriximiná que, nos autos da Ação de
Execução por quantia certa (Processo nº 0000057-48.1997.8.14.0037), ajuizada contra JOAO FERRARI E
OUTROS, declarou de ofício a prescrição com fundamento no art. 219,§5º do CPC/73, julgou extinta a
execução com resolução de mérito nos termos do art. 269, IV, do CPC/73.

As razões recursais foram apresentadas somente em duas laudas (ID 4393015, fls. 71-72), nas quais o
BANCO DO BRASIL S.A. faz um breve histórico dos fatos envolvidos na causa, afirmando que o apelado
por vontade própria optou por realizar contrato de crédito junto aquela instituição financeira, todavia,
tornou-se inadimplente e, apesar de o Banco ter empreendido as diligencias cabíveis para dar andamento
à execução, não conseguiu localizar o requerido.

Nesse contexto, defende que o juízo não deveria ter aplicado a prescrição, mas sim ter determinado a
suspensão da execução nos termos do art. 791, III, do CPC devido o devedor não possuir bens, sendo
que durante o período de suspensão o prazo prescricional não fluiria.

Na página seguinte, apresenta o tópico incompleto: “ DO CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO DE


APELAÇÃO”.

Em despacho no ID 4393016, o juízo a quo recebeu a Apelação em seus regulares efeitos.

Apresentação de contrarrazões pelo apelado JOAO FERRARI no ID 4393017, fls. 88-96, sendo suscitada
preliminar de inexistência da apelação, uma vez que não foram cumpridos os requisitos do art. 514
CPC/73, já que as duas páginas apresentadas são totalmente incoerentes entre si, não há nomes e
qualificações das partes nem fundamentos de fato e de direito, muito menos o pedido de decisão nova.

Argui, em seguida, a existência de trânsito em julgado da sentença debatida conforme certidão datada de
6/12/2016.

E , por fim, defende a aplicação da prescrição intercorrente no caso em concreto devido a longa inercia
processual do exequente e, ainda, pelo princípio da eventualidade aduz que primeiramente a execução
deveria recair sobre o devedor e somente em caso de não pagamento /insolvência deve ser direcionada
ao primeiro avalista, isto é, ao apelado João.

Requer o recebimento das contrarrazões para negar seguimento a apelação ou, caso superada a matéria
preliminar, seja o recurso desprovido.

Encaminhados os autos ao segundo grau, esta Relatora despachou no ID 4393018, no seguinte sentido:

“Vistos os autos. Intime-se a parte apelante, a fim de que proceda, no prazo de 05 (cinco) dias, a emenda
da inicial recursal, no sentido de integralizá-la, uma vez que se encontra incompleta, a partir da fl. 50; bem
como para que junte comprovante legível do pagamento do preparo, cuja aferição está prejudicada através
do documento de fl. 57; sob pena de inadmissibilidade do presente recurso, nos moldes do art. 932,
parágrafo único do Código de Processo Civil de 2015”.

No ID 4393019, o Banco do Brasil S.A. apresentou, em MAIO/2017, uma emenda à inicial da apelação
que, na realidade, traduz-se num novo recurso de apelação com argumentação própria e nova em relação
ao Apelo interposto, em MARÇO/2015, quando do proferimento da sentença, sob a justificativa de
impossibilidade de serem trazidas apenas as páginas faltantes no Recurso outrora apresentado pelo
anterior patrono, já que houve mudança na banca de advogados que patrocina o Banco, a partir de
janeiro/2016 por conta de processo licitatório vencido.
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Dessa forma, requereu que fossem recebidas as presentes razões recursais no duplo efeito.

É o relatório. Decido.

Inicialmente, cabe esclarecer que sentença ora recorrida foi publicada em 4/3/2015 (ID 4393014), o que
atrai a aplicação do CPC/73 quanto aos requisitos de admissibilidade, conforme orienta o Enunciado
administrativo n. 2 do STJ:

Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março
de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as
interpretações dadas, até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.

Nesse diapasão, dispunha o art. 514 do Código de Processo Civil/73 os requisitos formais do recurso de
apelação, dentre os quais constavam a exposição do fato e do direito e o pedido de nova decisão.

No presente caso, conforme relatado, a parte apelante apresentou apenas a peça de interposição do
recurso e duas páginas com as suas razões, sendo que, na primeira, alegou que apesar das diligencias
empreendidas não conseguiu localizar o requerido e, na segunda, afirmou de forma contraditória que não
deveria ter sido de imediato aplicada a prescrição intercorrente pelo magistrado e sim suspensa a
execução por ausência de bens do devedor, nos termos do art. 791,III, CPC/73, razão pela qual o prazo
prescricional não fluiria.

Pois bem, mesmo diante dos fatos processuais narrados, esta Relatora privilegiando o princípio da
primazia do julgamento de mérito, oportunizou ao recorrente que, no prazo de 05 (cinco) dias, emendasse
à inicial recursal, integralizando-a com as peças faltantes, haja vista o recurso está incompleto (vide
despacho ID 4393018).

Todavia, por sua vez, o apelante não deu cumprimento exato ao despacho exarado para integralizar as
peças faltantes, ao invés apresentou novo recurso com argumentação própria.

Não deixo de olvidar a existência de mudança na banca patrocinadora do Banco do Brasil ao longo do
processo, porém, não se pode sob essa justificativa conceder um privilégio a parte em elaborar novo
recurso de apelação e apresentá-lo, em MAIO/2017, sendo que a sentença debatida fora publicada em
MARÇO/2015 e naquela oportunidade já fora oferecido recurso pela mesma parte de forma incompleta e
ainda concedido prazo para integralizá-lo, sob pena de ferir o princípio da isonomia entre as partes.

Diante do exposto, não conheço do recurso por ausência de requisito de admissibilidade do art. 514 do
CPC/73.

Publique-se e intimem-se.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Relatora

Número do processo: 0007831-50.1996.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: KEILENE KIE BRYTO


SARGES Participação: ADVOGADO Nome: RAYMUNDO NONATO MORAES DE ALBUQUERQUE
JUNIOR OAB: 6066/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO CARMONA BRYTO OAB: 17207/PA
Participação: APELADO Nome: GUILHERMINA AZEVEDO CASTRO
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APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 0007831-50.1996.8.14.0301

APELANTE: KEILENE KIE BRYTO SARGES


Advogado(s): RAYMUNDO NONATO MORAES DE ALBUQUERQUE JUNIOR, MARCELO CARMONA
BRYTO
APELADO: GUILHERMINA AZEVEDO CASTRO
REPRESENTANTE: DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA
RELATORA: Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Vistos os autos.

KEILENE KIE BRYTO SARGES interpôs o presente RECURSO DE APELAÇÃO em face da sentença de
Id. 780584, Pág. 2 e 3, que julgou extinta, com resolução do mérito a Ação de Adjudicação Compulsória de
Imóvel ajuizada em desfavor de GUILHERMINA AZEVEDO CASTRO, em virtude da ausência de
manifestação da autora/apelante quanto ao despacho que determinava a juntada de documentos, não
tendo assim promovido as diligências que lhe competia.

Em suas razões (Id. 780591, pág. 2-17), sustenta que nem pessoalmente e nem na pessoa de seus
representantes legais à época foram devidamente intimados sobre a determinação judicial, sendo inclusive
certificado pela secretaria a ausência de intimação (Id. 780587, pág. 4), impossibilitando, assim, tomar
ciência do dever de cumprimento à ordem judicial.

Aduz que ficou comprovado o erro na intimação e a impossibilidade de se cumprir a determinação judicial
gerando contradição, mas ainda assim o juízo “a quo” rejeitou os Embargos de Declaração, não
vislumbrando hipótese de contradição na sentença, mesmo tendo sua fundamentação no cumprimento
das diligencias que lhe competia e tendo seu dispositivo formulado pela extinção do processo com
resolução de mérito. Termos que reafirma agora em apelação.

Ao cabo, requereu o provimento do presente recurso, a fim de que seja anulada, com o consequente
prosseguimento do feito.

Brevemente Relatados.

Decido.

Prefacialmente, com fundamento no art. 133, XII, “d”, do Regimento Interno desta Corte, tenho que o feito
em análise comporta julgamento monocrático, pois conforme será demonstrado a seguir, a presente
decisão será pautada em entendimento firmado em jurisprudência assente do Superior Tribunal de Justiça.

Não havendo questões preliminares a serem enfrentadas, passo diretamente à análise do mérito
recursal.

O Juízo Singular, ex offício, extinguiu o processo com resolução de mérito, por entender que a parte
autora/apelante deixou de promover ato ou diligência que lhe competia.

Pois bem, prima facie, afigura-se que o provimento jurisdicional recorrido se encontra viciado, pois deixou
de oportunizar à parte autora, mediante intimação pessoal no prazo de 05 (cinco) dias, a manifestação
acerca do seu interesse em conferir prosseguimento ao feito, nos moldes do que dispõe o § 1º do art. 267
do CPC/73, que é corroborado pela remansosa jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, litteris:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE


PROCURAÇÃO DO SUBSCRITOR DO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. INTIMAÇÃO PARA
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REGULARIZAÇÃO. FALHA NÃO SUPRIDA. NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE.


AGRAVO IMPROVIDO. 1. Interposto recurso por advogado sem procuração dos autos, dele não se pode
conhecer, nos termos do art. 76, § 2º, I, c/c o art. 932, parágrafo único, do CPC/2015, na hipótese em que
a parte recorrente, instada a regularizar a representação processual, não a promove no prazo que para
tanto lhe foi assinado. Incidência do enunciado n. 115 da Súmula do STJ. 2. Segundo orientação
jurisprudencial desta Corte Superior, a exigência da intimação pessoal da parte somente se faz
necessária nos casos de extinção da demanda por abandono (art. 267, § 1º, do CPC/1973,
equivalente ao art. 485, § 1º, do CPC/2015), o que não se verifica na hipótese, uma vez que a questão
ora sob análise diz respeito a falhas na procuração constante dos autos ou defeito na cadeia de
substabelecimentos. Precedentes. 3. Agravo interno improvido. (AgInt no AREsp 1742550/AL, Rel.
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 01/03/2021, DJe 12/03/2021)
(Destaquei)

Nem se cogite, ademais, a inaplicabilidade do dispositivo legal mencionado ao norte à hipótese da qual
lançou mão a decisão recorrida para extinguir o processo, qual seja, com resolução de mérito sob a
justificativa de que a autora não provou o recolhimento das taxas e despesas administrativas junto à
CODEM referentes ao imóvel em litígio, pois não cumpriu o determinado pelo juízo, não comprovando
assim a possibilidade de adjudicar tal bem, isto porque o fez equivocadamente, senão vejamos.

Restou comprovado aos autos que a parte autora não foi intimada, nem pessoalmente e nem na pessoa
de seus representantes legais, conforme certidão da Secretária de Id. Id. 780587, pág. 4, para cumprir o
despacho de Id. 780583, pág. 2, portanto, não havia como existir o cumprimento da determinação.

Assim, escorreita seria a fundamentação da decisão atacada com lastro na resolução de mérito, pelo fato
de a autora não ter conseguido provar a melhor posse, por não comprovar nos autos a possibilidade de
adjudicar o bem em litígio, uma vez que, segundo a própria decisão recorrida (Id. 780584, Pág. 2 e 3) “não
cumpriu o despacho que determinou a juntada do recolhimento das taxas e despesas administrativas junto
à CODEM referentes ao imóvel em litígio”.

Ademais, igualmente não observou, a decisão recorrida, o que dispõe o verbete da Súmula nº 240 do
Superior Tribunal de Justiça, segundo o qual, “a extinção do processo, por abandono da causa pelo autor,
depende de requerimento do réu”, porquanto não houve requerimento, por parte do réu/apelado, de
extinção do feito na origem, por abandono da parte autora/apelante.

Àvista do exposto, com lastro no art. 133, XII, “d” do RITJE/PA[1], CONHEÇO e DOU PROVIMENTO AO
RECURSO, para anular o pronunciamento jurisdicional alvejado e determinar ao Juízo de origem que
proceda com a intimação pessoal da parte autora para promover os atos e diligências que lhe competir.

Dê-se ciência ao juízo de origem e intimem-se as partes, podendo servir a presente decisão como
mandado/ofício, nos termos da Portaria nº 3.731/2015 - GP.

Transitada em julgado, arquivem-se imediatamente os autos, com a respectiva baixa no sistema.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Relatora

[1] Art. 133. Compete ao relator: (...) XII - dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária:
(...) d) à jurisprudência dominante desta e. Corte ou de Cortes Superiores.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0801404-71.2020.8.14.0039 Participação: APELANTE Nome: BANCO BRADESCO


FINANCIAMENTOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: WILSON SALES BELCHIOR OAB: 20601/PA
Participação: APELADO Nome: ANA MIRANDA DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: RANIERY
ANTONIO RODRIGUES DE MIRANDA OAB: 4018/TO Participação: ADVOGADO Nome: MARCILIO
NASCIMENTO COSTA OAB: 1110/TO Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

JUÍZO DE ORIGEM: 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE PARAGOMINAS

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº: 0801404-71.2020.8.14.0039

APELANTE: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A.


REPRESENTANTE: BANCO BRADESCO SA

Advogado(s) do reclamante: WILSON SALES BELCHIOR

APELADO: ANA MIRANDA DE SOUZA

Advogado(s) do reclamado: MARCILIO NASCIMENTO COSTA, RANIERY ANTONIO RODRIGUES DE


MIRANDA

RELATORA: Desembargadora MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

DESPACHO

Vistos os autos.

Da análise dos autos, verifica-se que a parte recorrente BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A.,
quando da interposição da Apelação de ID 5240554, acostou um boleto e o respectivo comprovante de
pagamento referente ao preparo (ID 5240555 e ID 5240556). Todavia, os referidos documentos não
atendem integralmente as providências do art. 1.017, § 1º, do CPC e dos artigos 9º, §1º e art. 10º da Lei
Estadual n.º 8.328/2015, vez que não identificam o número do processo de origem, as partes e tampouco
o tipo de custas efetivamente pagas.

Para esse fim, o recorrente deve proceder a juntada do documento denominado: “relatório de conta do
processo”, o qual é ônus do recorrente, nos termos art. 9º, § 1º e art. 10, ambos da Lei Estadual nº 8.328
de 2015, que dispõe sobre o Regimento de Custas e outras despesas processuais no âmbito do Poder
Judiciário do Estado do Pará, in verbis:

Art. 9º. As custas processuais deverão ser discriminadas em relatório de conta do processo e recolhidas
mediante boleto bancário padrão FEBRABAN, que poderá ser quitado em qualquer banco ou
correspondente bancário, vedada qualquer outra forma de recolhimento.

§1º. Comprova-se o pagamento de custas e despesas processuais mediante a juntada do boleto


bancário correspondente, concomitantemente com o relatório de conta do processo, considerando
que no relatório de conta do processo são registrados os números do documento e do boleto
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bancário a ser utilizado para pagamento.

Art. 10. Sem prejuízo da verificação e homologação definitiva do pagamento, a cargo do TJPA e que se
fará com base nas informações do arquivo eletrônico disponibilizado pelo Banco conveniado, o
interessado fará prova do recolhimento apresentando o relatório de conta do processo
e o respectivo boleto:

I – Autenticado mecanicamente; ou

II – Acompanhado do comprovante do pagamento emitido pelo guichê de caixa ou pelos canais


eletrônicos da instituição financeira.

Destarte, o demonstrativo acima referenciado é documento essencial para fins de comprovação do


preparo, tendo em vista que além de identificar os valores a serem pagos, informa o número do processo e
do boleto bancário que se vinculam ao cálculo realizado, devendo ser obrigatoriamente juntado aos autos.

Épacífico entendimento deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no sentido de que a
ausência do mencionado relatório de contas importa na deserção do recurso, conforme é possível citar,
exemplificativamente, o aresto abaixo:

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL CONVERTIDO EM AGRAVO INTERNO. APELAÇÃO CÍVEL.


DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO AO RECURSO ANTE A AUSÊNCIA DE PREPARO.
COMPROVANTE DO PREPARO RECURSAL DESACOMPANHADO DA CONTA DE PROCESSO.
IMPOSSIBILIDADE DE JUNTADA POSTERIOR. DECISÃO MONOCRÁTICA MANTIDA. RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 1. Deve o recorrente, no momento da interposição do recurso, comprovar
o preparo recursal, sob pena de deserção, consoante inteligência do art. 511 CPC/73 c/c artigos 4º a 6º do
Provimento nº 005/2002 da C.G.J./TJPA 2. O regular recolhimento do preparo somente se prova mediante
a integralidade da documentação, o que inclui o relatório da conta do processo, emitido pela Unidade de
Arrecadação Judicial - UNAJ, sem o qual não há como aferir se os valores informados e pagos mantêm
relação com a apelação interposta. 3. O relatório da conta do processo é documento indispensável para
demonstrar os valores das custas judiciais a serem pagas, além de identificar o número do processo e o
boleto bancário gerado. 4. Agravo interno conhecido e improvido. 5. À unanimidade. (2016.05141272-20,
169.758, Rel. MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA, Órgão Julgador 4ª CAMARA CIVEL ISOLADA,
Julgado em 2016-12-19, publicado em 2017-01-10) (Destaquei)

Ante o exposto, INTIME-SE o recorrente, BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A., para que no
prazo de 05 (cinco) dias, com fulcro no art. 932, parágrafo único e art. 1.007, §4º, ambos do CPC,
acoste o relatório de contas capaz de integralizar a documentação necessária para comprovar o
preparo do recurso, bem como comprove o recolhimento do referido preparo em dobro, sob pena
de deserção.

P.R.I.C.

Após, retornem-me os autos conclusos.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

Desembargadora MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

RELATORA
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Número do processo: 0802676-86.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: UNIMED DE


BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO
RODRIGUES COSTA OAB: 24328/PA Participação: AGRAVADO Nome: GERALDINA GUEDES
FERNANDES DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE DE SOUZA PINTO FILHO OAB:
13974/PA

PODER JUDICÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

No uso de suas atribuições legais, a UPJ das Turmas de Direito Público e Privado intima o interessado a,
querendo, oferecer contrarrazões ao Agravo Interno interposto nos presentes autos no prazo de 15
(quinze) dias, a teor do que estabelece o § 2º do art. 1.021 do Código de Processo Civil de 2015.

Belém, 18 de agosto de 2021

Número do processo: 0048754-30.2010.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: JORGE PEREIRA DE


OLIVEIRA JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: JONATAN DOS SANTOS PEREIRA OAB:
19471/PA Participação: APELANTE Nome: JULIANA SALVADOR DE OLIVEIRA Participação:
ADVOGADO Nome: JONATAN DOS SANTOS PEREIRA OAB: 19471/PA Participação: APELADO Nome:
ELMA MARIA DA SILVA FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS JOSE AMORIM DA
SILVA OAB: 14498/PA

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 0048754-30.2010.8.14.0301

APELANTE: JORGE PEREIRA DE OLIVEIRA JUNIOR, JULIANA SALVADOR DE OLIVEIRA


Advogado(s): JONATAN DOS SANTOS PEREIRA
APELADO: ELMA MARIA DA SILVA FERREIRA
Advogado(s): CARLOS JOSE AMORIM DA SILVA
RELATORA: Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Vistos os autos.

JORGE PEREIRA DE OLIVEIRA JUNIOR e JULIANA SALVADOR DE OLIVEIRA interpuseram


RECURSO DE APELAÇÃO em face da sentença de Id. 1831094, proferida pelo Juízo de Direito da 11ª
Vara Cível e Empresarial de Belém que, de forma antecipada, julgou improcedentes os pedidos
formulados nos autos da Ação de Imissão na Posse nº 0048754-30.2010.8.14.0301, ajuizada em desfavor
de ELMA MARIA DA SILVA FERREIRA consoante os fatos e fundamentos que doravante se expendem.

Os apelantes ajuizaram a ação em epígrafe (Id. 1831087), narrando que firmaram com a ré um contrato
de trespasse empresarial, cujo valor estabelecido livremente entre as partes foi de R$ 644.458,28
(seiscentos e quarenta e quatro mil, quatrocentos e cinquenta e oito reais e vinte e oito centavos), a ser
pago parceladamente. Contudo a requerida, após efetuar o pagamento equivalente a R$ 444.458,28
(quatrocentos e quarenta e quatro mil, quatrocentos e cinquenta e oito reais e vinte e oito centavos),
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passou a incorrer em mora. Assim, visando a solução do conflito, firmaram com a ré uma novação da
dívida, nos seguintes termos; receberiam desta um imóvel localizado na Alameda Moça Bonita, 42, nesta
cidade, ao passo que entregariam à demandada a quantia de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais),
sendo que a demandada não cumpriu sua parte do acordo, fazendo-se necessário a propositura da
demanda em apreço.

Em sentença (Id. 1831094), o juízo de origem houve por bem, antecipadamente, julgar improcedentes os
pedidos, ao argumento de que a parte autora não teria trazido qualquer elemento capaz de provar a
realização dos negócios jurídicos mencionados na exordial (trespasse do estabelecimento empresarial e
novação da dívida).

Em suas razões (Id. 1831095), tenciona o provimento do recurso e a consequente anulação da sentença
alvejada por cerceamento de defesa, eis que teria julgado improcedentes os pedidos formulados na ação
em epígrafe ao arrepio de instrução processual, especialmente oitiva das partes e testemunhas
pertinentes em audiência de instrução e julgamento, de importância fundamental para o embasamento da
decisão.

Brevemente Relatados.

Decido.

Prefacialmente, com fundamento no art. 133, XII, “d” do Regimento Interno desta Corte, tenho que o feito
em análise comporta julgamento monocrático, pois conforme será demonstrado a seguir, a presente
decisão será pautada em entendimento firmado em jurisprudência assente do Superior Tribunal de Justiça.

Quanto ao Juízo de admissibilidade, vejo que o recurso é tempestivo, adequado à espécie e conta
preparo regular. Portanto, preenchidos os pressupostos extrínsecos (tempestividade, regularidade formal,
inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer e preparo) e intrínsecos (cabimento,
legitimidade e interesse para recorrer); SOU PELO SEU CONHECIMENTO.

Não havendo questões preliminares, avanço diretamente ao enfrentamento do mérito recursal.

Pois bem, com efeito, compete ao julgador, na qualidade de destinatário das provas, o livre convencimento
e a prerrogativa de gerir as que reputa pertinentes à elucidação dos fatos e ao deslinde da demanda.

Possui, portanto, a autoridade de conduzir o processo, devendo valorá-las ou podendo indeferi-las, desde
que fundamentadamente, conforme previsão constitucional do art. 93, IX e infraconstitucional do art. 370
do CPC/2015, respectivamente:

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:

(...)

IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias
partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade
do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. (Destacou-se)

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao
julgamento do mérito.

Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente


protelatórias.
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Àluz dessa premissa, vislumbro que pecou pela contradição o togado singular, pois embora tivesse a parte
autora/apelante requerido a produção de todos os meios de prova, findou ele não apenas por ignorar o
referido pleito, como por julgar improcedentes os pedidos iniciais justamente por falta de provas.

Frise-se, não apenas o juízo de origem omitiu o pedido de produção de provas, como utilizou-se dessa
omissão para julgar improcedentes os pedidos formulados na inicial da ação em testilha, o que configura
indeferimento tácito e contraria a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, cujo teor ora merece
transcrição:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. AÇÃO DE


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. IMPROCEDÊNCIA POR
AUSÊNCIA DE PROVAS. CERCEAMENTO DE DEFESA CONFIGURADO. RETORNO DOS AUTOS À
ORIGEM. AGRAVO INTERNO PROVIDO. DECISÃO RECONSIDERADA. AGRAVO CONHECIDO PARA
DAR PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. 1. A decisão que não conheceu do agravo em recurso
especial deve ser reconsiderada, pois presente a dialeticidade recursal. 2. No mérito, há cerceamento de
defesa quando o juiz indefere a realização de prova requerida oportuna e justificadamente pela
parte autora, com o fito de comprovar suas alegações, e o pedido é julgado improcedente por falta
de provas. Precedentes. 3. Agravo interno provido. Decisão reconsiderada. Agravo conhecido para dar
provimento ao recurso especial. (AgInt no AREsp 1780166/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA
TURMA, julgado em 07/06/2021, DJe 01/07/2021)

Nessa toada, à luz do princípio do pas de nunlité sens grief, a nulidade da sentença alvejada se impõe na
espécie, em virtude do flagrante prejuízo amargado pela parte ora apelante decorrente do julgamento
antecipado da lide em seu desfavor sem a oportunidade de fazer prova de suas alegações e ao arrepio da
devida instrução processual, a caracterizar o cerceamento de defesa.

Àvista do exposto, com lastro no art. 133, XII, “d” do RITJE/PA[1], CONHEÇO e DOU PROVIMENTO ao
recurso, a fim de anular a sentença alvejada e de determinar ao juízo de origem que retome o curso
regular do feito, observando a instrução processual e o inarredável princípio do contraditório e ampla
defesa.

Dê-se ciência imediata ao juízo de origem e intimem-se as partes, podendo servir a presente decisão
como mandado/ofício, nos termos da Portaria nº 3.731/2015 - GP.

Transitada em julgado, devolvam-se imediatamente os autos à origem, com a respectiva baixa no sistema.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Relatora

[1] Art. 133. Compete ao relator: (...) XII - dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária:
(...) d) à jurisprudência dominante desta e. Corte ou de Cortes Superiores.

Número do processo: 0021434-34.2012.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: LUNA


EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS EIRELI Participação: ADVOGADO Nome: RAUL YUSSEF CRUZ
FRAIHA OAB: 19047/PA Participação: APELANTE Nome: CONSTRUTORA VILLA DEL REY LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: RAUL YUSSEF CRUZ FRAIHA OAB: 19047/PA Participação:
APELADO Nome: TELMA CRISTINA DOS SANTOS NASCIMENTO Participação: ADVOGADO Nome:
JESSILELIO SOARES GUIMARAES OAB: 5565/PA
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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

ÓRGÃO JULGADOR: 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RECURSO: APELAÇÃO 0021434-34.2012.8.14.0301

JUÍZO DE ORIGEM: 9ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

APELANTE: CONSTRUTORA VILLA DEL REY LTDA. E LUNA EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIOS


LTDA

APELADO: TELMA CRISTINA DOS SANTOS NASCIMENTO

RELATORA: DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Vistos os autos.

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por CONSTRUTORA VILLA DEL REY LTDA e LUNA
EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIOS LTDA contra sentença proferida nos autos da Ação de Alteração de
Contrato de Promessa de Compra e Venda de Imóvel c/c danos morais c/c Obrigação de Fazer Com
Pedido de Tutela Antecipada (Processo n.º 0021434-34.2012.8.14.0301), ajuizada por TELMA CRISTINA
DOS SANTOS NASCIMENTO.

Sobreveio a renúncia do patrono da parte apelante aos poderes outorgados, conforme se depreende do
petitório de Id. 4771106.

Brevemente Relatados.

Decido.

A petição de Id. 4771106 evidencia não apenas que o patrono da parte apelante renunciou aos poderes
por ela outorgados, como comunicou-lhe o fato em 2/3/2021 (Id. 4771107).

Sucede que até o presente momento, a parte apelante não regularizou a sua representação processual,
eis que não há notícia nos autos de que tenha constituído novos procuradores, fato que depõe contra o
seu interesse em prosseguir no feito, pois nessas hipóteses, é despicienda a intimação para que o faça, já
que é ônus que lhe compete, à luz do que preconiza a jurisprudência remansosa do Superior Tribunal de
Justiça:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO


ADMINISTRATIVO Nº 3/STJ. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RENÚNCIA AO MANDATO. AUSÊNCIA DE
REGULARIZAÇÃO PROCESSUAL. DISPENSA DE INTIMAÇÃO. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE
PREJUÍZO. VERIFICAÇÃO. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. Necessário
consignar que o presente recurso atrai a incidência do Enunciado Administrativo 3/STJ: "Aos recursos
interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de
2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma do novo CPC". 2. "A
jurisprudência desta Corte Superior firmou o entendimento no sentido de que a renúncia de
mandato regularmente comunicada pelo patrono ao seu constituinte, na forma do art. 112 do
NCPC, dispensa a determinação judicial para intimação da parte, objetivando a regularização da
representação processual nos autos, sendo seu ônus a constituição de novo advogado". (AgInt no
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AREsp 1259061/SP, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 24/09/2018, DJe
27/09/2018) 3. O recurso especial não é, em razão da Súmula 7/STJ, via processual adequada para
questionar julgado que se afirmou explicitamente em contexto fático-probatório próprio da causa. 4. Agravo
interno não provido. (AgInt no AREsp 1468610/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 21/11/2019, DJe 27/11/2019) (Destaquei)

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RENÚNCIA DE MANDATO. ART. 112 DO


CPC DE 2015. CIÊNCIA DA PARTE. DESNECESSIDADE DE INTIMAÇÃO. AUSÊNCIA DE
REGULARIZAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO. RECURSO NÃO CONHECIDO. 1. A renúncia de mandato
regularmente comunicada pelo patrono ao seu constituinte, na forma do art. 112 do CPC de 2015,
dispensa a determinação judicial para intimação da parte objetivando a regularização da
representação processual nos autos, sendo seu ônus a constituição de novo advogado.
Precedentes. 2. Revela-se imperioso o não conhecimento do agravo interno quando a parte,
devidamente notificada da renúncia de mandato por parte de seus procuradores, deixa de
regularizar sua representação processual, a teor do contido no artigos 76, § 2º, inc. I, e 112 do
CPC/15. 3. Agravo interno não conhecido. (AgInt nos EDcl no AREsp 1323747/SP, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 15/12/2020, DJe 02/02/2021) (Destaquei)

Àvista do exposto, DEIXO DE CONHECER do presente recurso, por absoluta inadmissibilidade, nos
termos do art. 932, III do CPC/2015[1], ao tempo que INDEFIRO o pedido de fixação de honorários
advocatícios em favor do retirante, quer porque, em virtude do não conhecimento desta insurgência,
prevalecem os sucumbenciais fixados na origem em favor do patrono da parte ora apelada, quer porque é
incabível a sua reserva quando o causídico não mais represente a parte, conforme entendimento do
STJ[2].

Transitada em julgado, arquivem-se imediatamente os autos, com a respectiva baixa no sistema.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Desembargadora MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Relatora

[1] Art. 932. Incumbe ao relator: (...) III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não
tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida. (Destaquei)

[2] AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL
E PROCESSUAL CIVIL. RESERVA DE HONORÁRIOS. ART. 22, § 4º, DA LEI Nº 8.906/94. ADVOGADO
COM MANDATO REVOGADO. DIVERGÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE MANEJO DESSE INSTITUTO.
PRECEDENTES DO STJ. 1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que,
uma vez concedida, a assistência judiciária gratuita prevalecerá em todas as instâncias e para todos os
atos do processo, nos expressos termos do art. 9º, da Lei 1.060/50. 2. Muito embora possível a reserva
dos honorários nos próprios autos - art. 22, § 4º, da Lei nº 8.906/94, tal medida é incabível na
hipótese de o advogado não mais representar a parte. Precedentes do STJ. 3. AGRAVO INTERNO
DESPROVIDO. (AgInt nos EDcl no REsp 1744530/RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO,
TERCEIRA TURMA, julgado em 17/06/2019, DJe 25/06/2019)
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CEJUSC

PRIMEIRO CEJUSC BELÉM

SESSÃO PRESENCIAL DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO 1º CEJUSC DA CAPITAL

LOCAL: 1º ANDAR DO FÓRUM CÍVEL, AO LADO DO GABINETE DA 1ª VARA DE FAMÍLIA

DIA 27/08/2021

HORÁRIO 09:00

4ª VARA

PROCESSO 0823668-38.2021.8.14.0301

AÇÃO DE ALIMENTOS

REQUERENTE: S C B

ADVOGADOS: IONE ARRAIS OLIVEIRA E OUTROS

REQUERIDO: R O D M B

ADVOGADO: GUILHERME MESSIAS CAVALLEIRO DE MACEDO


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SEÇÃO DE DIREITO PENAL

Número do processo: 0808523-69.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: JAIRO MIRANDA


SILVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: EVANDRO GONCALVES DE SOUZA OAB: 4009/AP
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZO DA VARA UNICA DA COMARCA DE PORTEL
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PROCESSO Nº: 0808523-69.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: SEÇÃO DE DIREITO PENAL

RECURSO: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

IMPETRANTE: ADVOGADO EVANDRO GONÇALVES DE SOUZA, OAB/AP 4009-A

IMPETRADO: JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA COMARCA DE PORTEL/PA

PROCESSO ORIGINÁRIO Nº: 0800295-73.2021.8.14.0043

PACIENTE: JAIRO MIRANDA SILVEIRA

RELATOR: Desembargador ALTEMAR DA SILVA PAES (Juiz Convocado)

Trata-se de ordem de Habeas Corpus liberatório com pedido de liminar impetrado pelo advogado Evandro
Gonçalves de Souza em favor de JAIRO MIRANDA SILVEIRA, que responde a ação penal perante o
Juízo de Direito da Comarca de Portel/PA, pela suposta prática dos delitos tipificados no art. 33, caput, da
lei 11.343/2006 e art. 243 do ECA, em concurso material, nos termos do artigo 69, do Código Pena.

Os impetrantes alegam, nas razões da Ação Constitucional (Id. 5977357), que, ipsis literis:

“O presente remédio constitucional, Nobre Julgador, tem o fiel cumprimento em demonstrar A


ILEGALIDADE DA PRISÃO PREVENTIVA; A INEXISTÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS
AUTORIZADORES DA PRISÃO CAUTELAR; A AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA, bem
com DA REAL QUANTIDADE DOS PRODUTOS APREENDIDOS QUE SUPOSTAMENTES SERIAM
ENTORPECENTES, em desconformidade com os apresentados no inquérito policial e denuncia,
servindo estes de fundamento para a decisão do MM. Juiz da Vara Única da Comarca de Portel/PA,
em converter a prisão em flagrante do paciente em preventiva.”

Pelos motivos expostos, requer:

“A concessão da ordem liminar para determinar a expedição do ALVARÁ DE SOLTURA em favor do


Paciente JAIRO MIRANDA SILVEIRA, atualmente recolhido no Complexo Prisional de Santa Isabel/PA.

Ademais, ante o exposto, demonstrada a ilegalidade do ato da autoridade coatora, requer seja
revogada a prisão preventiva.

Caso não entenda pela ilegalidade de fundamentos sobre a prisão preventiva, requer-se, diante da
insegurança probatória a aplicação do principio do in dubio pro reo, em favor do paciente,
revogando-se tal decisão que o privou de sua liberdade.

Subsidiariamente, entendendo pela manutenção da prisão preventiva, requer sejam impostas medidas
diversas da prisão, nos exatos termos do art. 319 e 321, ambos do CPP, ou que seja concedida prisão
domiciliar, mesmo que monitorada eletronicamente.
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Por fim, seja o presente pedido de habeas corpus julgado procedente ao final, por esta Câmara do
Tribunal de Justiça, confirmando-se a respeitável r.decisão liminar.”

Anexa documentação (Id. 5977357 a 5978021).

Junta documentos aos autos.

Os autos foram distribuídos à relatoria do Desembargador Mairton Marques Carneiro. Contudo em função
do afastamento por motivo de gozo de férias regulamentares durante o período de 02 de agosto de 2021 a
31 de agosto de 2021, conforme o SIGA-DOC-PA-OFI-2020/06089, (Id. 5982253), os autos foram
novamente redistribuídos e recaíram sob minha relatoria. Assim, com base no art. 112, §2º do RITJE/PA e
em observância ao princípio da celeridade processual, passo à análise da medida liminar.

1. Os impetrantes requerem nas razões da Ação Mandamental a concessão da Medida Liminar, com a
finalidade de suspender a ação penal, substituir a prisão preventiva imposta ao paciente, com a aplicação
de medidas cautelares diversas da prisão.

O deferimento de medida liminar, resultante do concreto exercício do poder geral de cautela outorgado aos
Juízes e Tribunais, somente se justifica em face de situações que se ajustem aos pressupostos da
plausibilidade jurídica (fumus boni juris), de um lado, e a possibilidade de lesão irreparável ou de difícil
reparação (periculum in mora), de outro.

Em juízo prefacial, anoto que não há qualquer ilegalidade que justifique a antecipação da tutela, como
pretendido.

A autoridade inquinada coatora, na decisão que decretou a prisão cautelar do paciente, demonstrou a
materialidade e os indícios de autoria do fato criminoso, bem como justificou a necessidade da prisão
aplicada ao coacto (Id. nº 5977362).

Neste sentido, entendo não estar formada a convicção necessária para deferimento da medida liminar
pretendida, pois não concorrem os dois requisitos, os quais são necessários, essenciais e cumulativos,
sendo prudente que se oportunize a melhor instrução processual.

Por tal motivo não vejo como acolher ao pedido cautelar ora em exame, por vislumbrar aparentemente
descaracterizada a plausibilidade jurídica da pretensão mandamental. Sendo assim, em juízo de estrita
delibação, e sem prejuízo de ulterior reexame da pretensão mandamental deduzida na presente sede
processual, indefiro o pedido de medida liminar.

2. Conforme dispõe a Portaria n.º 0368/2009-GP, solicitem-se, de ordem e através de e-mail, as


informações à autoridade inquinada coatora, acerca das razões suscitadas pelo impetrante, cujas
informações devem ser prestadas nos termos do art. 2º, da Resolução n.º 04/2003-GP, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas.

3. Prestadas as informações solicitadas, encaminhem-se os autos ao Ministério Público para os devidos


fins.

4. Considerando que os autos vieram a mim conclusos tão somente para análise do pedido de liminar,
em razão do afastamento do Relator originário de suas atividades judicantes, retornem os autos ao
Desembargador Mairton Marques Carneiro, conforme disposto no art. 112, §2º do RITJE/PA.

5. Serve cópia da presente decisão como ofício.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Des. ALTEMAR DA SILVA PAES (Juiz Convocado)

Relator

Número do processo: 0808514-10.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: GEORGE


AUGUSTO DE AGUIAR SOUSA Participação: PACIENTE Nome: DIVAIR SILVA DOS REIS Participação:
AUTORIDADE COATORA Nome: JUÍZO DA 3ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SANTARÉM PARÁ
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

Sessão de Direito Penal

HABEAS CORPUS - nº 0808514-10.2021.8.14.0000

Paciente: DIVAIR SILVA DOS REIS

Impetrante: George Augusto de Aguiar Sousa - Advogado

Impetrado: MM Juízo de Direito da 3ª Vara Criminal da Comarca de Santarém

Relator: Desembargador RAIMUNDO HOLANDA REIS

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA:

Prestadas as informações pelo Juízo tido por coator, passo a análise do pedido de liminar.

Pois bem. A possibilidade de concessão de liminar em HABEAS CORPUS, viabilizando a pronta cessação
de suposto constrangimento aventado, não se encontra prevista em lei.

Trata-se de mera criação jurisprudencial, hoje consagrada no âmbito de todos os tribunais brasileiros, se
justificando em situações que estejam presentes o fumus boni juris e periculum in mora, consubstanciado,
assim, na plausibilidade jurídica e a possibilidade de iminente lesão de dano irreparável ou de difícil
reparação.

No caso, ao menos em juízo perfunctório, ainda não é possível identificar, de plano, o constrangimento
ilegal aduzido que autorizem o deferimento da tutela de urgência, principalmente pelo que foi informado
pelo MM Juiz da causa no ID Num. 6016570, aqui a autoridade tida por coatora, daí que indefiro o pedido
de liminar.

Ademais, a pretensão confunde-se com o próprio mérito do writ, razão pela qual, deve ser submetida à
análise do órgão colegiado competente, in casu, a Seção de Direito Penal do TJE/PA, na qual será feito o
exame aprofundado das alegações relatadas, após regular manifestação do Parquet de 2º grau.

Encaminhe-se a douta Procuradoria de Justiça.

Belém [PA], 18 de agosto de 2021.

Desembargador RAIMUNDO HOLANDA REIS,

Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0808581-72.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: JESSICA ANDRESSA


FERREIRA JARDIM Participação: ADVOGADO Nome: SAMARA COELHO CRUZ OAB: 5261/TO
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: 2ª VARA CRIMINAL DE CASTANHAL/PA Participação:
FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Gabinete do Desembargador Rômulo Nunes

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) 0808581-72.2021.8.14.0000


Advogado(s) : SAMARA COELHO CRUZ
PACIENTE: JESSICA ANDRESSA FERREIRA JARDIM
AUTORIDADE COATORA: 2ª VARA CRIMINAL DE CASTANHAL/PA

DECISÃO/OFÍCIO

Trata-se de Habeas Corpus com pedido de liminar, impetrado em favor de JESSICA ANDRESSA
FERREIRA JARDIM, apontando como autoridade coatora o Juízo da 2ª Vara Criminal de Castanhal.

A paciente encontra-se presa preventivamente desde 06/08/2021, pela suposta prática do crime tipificado
no art.33 da Lei nº 11.343/06.

Afirma que a paciente está sofrendo constrangimento ilegal no seu status libertatis, alegando, em suma: a)
negativa de autoria e insuficiência de provas; b) ausência dos requisitos necessários da custódia
preventiva; c) suficiência das medidas cautelares do art.319 do CPP; d) que é mãe de uma criança menor
de 12 anos de idade, com deficiência visual, que necessita de seus cuidados, fazendo jus à substituição
da sua custódia por prisão domiciliar, nos termos do disposto no art.318, inciso V, do CPP e jurisprudência
pátria. Ressalta as qualidades pessoais favoráveis da paciente. Por fim, requer, em sede de liminar e no
mérito, a substituição da prisão preventiva por domiciliar ou por medidas cautelares previstas no art.319 do
CPP.

EXAMINO

In casu, em uma análise ainda primária do feito, não vislumbro preenchidos os requisitos necessários para
o deferimento da medida, sobretudo, ao considerar que a impetrante sequer juntou aos autos a cópia do
decreto preventivo ou de qualquer outro documento inerente ao procedimento criminal em epígrafe,
impossibilitando, dessa forma, a sua análise de plano.

Desse modo, em que pese constar dos autos a certidão de nascimento do filho da coacta, menor de 12
anos (10 anos na época do fato, os demais requisitos não foram demonstrados, razão pela qual não me
encontro apto a realizar qualquer juízo de valor acerca da sua custódia preventiva, diante da inexistência
de elementos suficientes para tanto, motivo pelo qual indefiro o pedido.

Solicitem-se informações pormenorizadas ao juízo inquinado coator. Em seguida, encaminhem-se os


autos ao Custus Legis para emissão de parecer. Sirva-se a presente decisão como ofício.

Outrossim, verifica-se que a Desembargadora Vânia Valente do Couto Fortes Bitar Cunha figura como
relatora originária do presente writ, todavia, em função de seu afastamento de suas atividades regulares, o
feito veio à minha relatoria para apreciação de liminar. Por essa razão, nos termos do artigo 119, do
Regimento Interno desta Corte, após a emissão do parecer ministerial, remetam-se os autos à relatora
preventa para julgar o mérito do presente writ.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 18 de agosto de 2021.

Des. Rômulo Nunes

Relator

Número do processo: 0800691-82.2021.8.14.0000 Participação: REQUERENTE Nome: DEFENSORIA


PUBLICA DO ESTADO DO PARÁ Participação: REQUERENTE Nome: JOELZO CAMARA DA SILVA
Participação: REQUERIDO Nome: VARA ÚNICA DE PORTEL/PARÁ Participação: FISCAL DA LEI Nome:
PARA MINISTERIO PUBLICO - CNPJ: 05.054.960/0001-58 (FISCAL DA LEI)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

REVISÃO CRIMINAL (12394) - 0800691-82.2021.8.14.0000

REQUERENTE: DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARÁ, JOELZO CAMARA DA SILVA

REQUERIDO: VARA ÚNICA DE PORTEL/PARÁ

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

EMENTA. REVISÃO CRIMINAL. ART. 33 DA LEI Nº 11.343/06. PENA. DOSIMETRIA CONTRÁRIA AO


TEXTO EXPRESSO DA LEI PENAL. OFENSA AO ART. 68 DO CPP E ART. 93, INCISO IX DA CF/88.
VIOLAÇÃO AO SISTEMA TRIFÁSICO. PROCEDÊNCIA. NULIDADE ABSOLUTA. REVISÃO CONHECIDA
E PROVIDA. DECISÃO UNÂNIME.

1. Fundada a revisão no art. 621, inciso I do CPP, verifica-se que, de fato, a sentença condenatória, na
parte atinente à dosimetria penal, foi prolatada em contrariedade à texto expresso de lei, de modo que a
ação merece ser conhecida, bem como, apreciado seu mérito.

2. Colhe-se do édito condenatório que o juiz a quo não observou o critério trifásico disposto no art. 68 do
Códex Penal, na elaboração da reprimenda, na medida em que, após a fixação da pena primária, deixou
de fazer qualquer menção às fases seguintes da dosimetria penal, não citando se o réu fazia jus à alguma
atenuante, agravante, causa de aumento e/ou diminuição. Tampouco fundamentou a imposição do regime
mais gravoso (inicialmente fechado).

3. Assim, tem-se que tal omissão não se trata de mero erro material passível de correção por esta via
revisional, mas sim, configura hipótese de nulidade absoluta, sendo o Juízo de 1º grau competente para o
refazimento da pena.

4. REVISÃO CONHECIDA E PROVIDA à unanimidade, para DECLARAR NULA a sentença condenatória


exarada pelo Juízo a quo, TÃO SOMENTE NA PARTE ATINENTE À DOSIMETRIA DA PENA, a fim de
que nova dosimetria seja feita ao réu, dessa vez em obediência ao critério trifásico de fixação da
reprimenda, observando-se, ainda, a proibição de reformatio in pejus indireta. nos termos do voto da
Desembargadora Relatora.

Acórdão
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores


integrantes da Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, em CONHECER
E DAR PROCEDÊNCIA à presente revisão criminal, nos termos do voto da Desembargadora Relatora.

Sessão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, iniciada aos dez dias e finalizada aos dezessete do mês
de agosto de 2021.

Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

RELATÓRIO

PROCESSO N° 0800691-82.2021.8.14.0000

AÇÃO: REVISÃO CRIMINAL

ÓRGÃO JULGADOR: SEÇÃO DE DIREITO PENAL

RELATÓRIO

Trata-se de Revisão Criminal interposta por JOELZO CAMARA DA SILVA, com fundamento no art. 621,
inciso I do Código de Processo Penal, objetivando reformar a r. decisão que a condenou à pena de 06
(seis) anos de reclusão em regime inicialmente fechado, pela prática da conduta tipificada no art. 33 da Lei
nº 11.343/06.

Narra a denúncia, em síntese, que no dia 29/07/2011, por volta das 22h30, o requerente, juntamente com
os dois corréus Alef Rangel Lobato Macedo e Maquesael de Freitas Pereira, foram presos em flagrante
delito, por ter sido encontrado, com eles, 21 (vinte e uma) petecas de pasta base de cocaína. Segundo a
exordial, uma guarnição da Polícia Militar recebeu informações, por meio do número 190, de que em frente
à casa da mulher de nome Cidolena, os indivíduos conhecidos por “Macaxeira”, “Nego Téo”, “Marquinho” e
“Piquiá” estariam comercializando entorpecentes. Em diligência, a polícia foi ao local indicado e viu os
quatro nacionais, os quais, ao perceberem a presença da Polícia, tentaram empreender fuga, tendo a
polícia logrado êxito em prendê-los na posse da droga descrita, com exceção de “Piquiá”, que conseguiu
fugir.

A defesa do requerente alega que a dosimetria da pena aplicada ao réu foi procedida em
contrariedade ao texto expresso da lei penal, visto que após a fixação da reprimenda-base, o juiz a
quo não faz qualquer referência às demais fases dosimétricas, silenciando acerca da aplicação ou
não de possíveis circunstâncias agravantes e/ou atenuantes e, principalmente, das causas de
aumento e/ou diminuição da pena, violando flagrantemente o critério trifásico de aplicação da pena,
assim como o art. 93, inciso IX da Constituição Federal.

Ressalta, aliás, que o requerente faz jus à causa de diminuição do art. 33, §4º da Lei nº 11.343/2006,
haja vista ser primário à época da sentença, pois, conforme resultado de consulta feita no Sistema
INFOPEN/PA, só registra cometimento de outro crime no ano de 2016.

Requer, assim, seja julgada procedente a presente Revisão Criminal, a fim de que seja feita a análise das
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segunda e terceira fases da dosimetria da pena, fazendo incidir, ainda, a minorante prevista no §4º
do art. 33 da Lei 11.343/2006, observada a proibição da reformatio in pejus.

Nesta Superior Instância, o então Procurador-Geral de Justiça Gilberto Valente Martins manifesta-se pelo
conhecimento e improcedência da presente ação revisional.

É o relatório. À douta revisão.

VOTO

A priori, mister ressaltar que apesar de não haver comprovante de pagamento das devidas custas
judiciais, conforme certidão da Secretaria da Seção de Direito Penal (ID nº 4968006), dispenso o
requerente do referido pagamento, por entender que resta comprovada a sua hipossuficiência econômica,
uma vez que ele é representado pela Defensoria Pública, tendo o próprio juiz a quo, por ocasião da
sentença condenatória, dispensado-o do pagamento das custas processuais.

Assim, atendidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

Por ser essencial à segurança jurídica, a coisa julgada tem assento constitucional, exatamente porque a
relevância da imutabilidade e da indiscutibilidade das sentenças concretiza o anseio de segurança do
direito essencial à paz nas relações sociais.

Só em casos excepcionais, taxativamente arrolados pelo legislador, prevê o ordenamento jurídico a


possibilidade de desconstituir-se a coisa julgada por intermédio da revisão criminal no âmbito do processo
penal e da ação rescisória perante a jurisdição civil. Isto ocorre quando a sentença se reveste de vícios
extremamente graves, que aconselham a prevalência do valor justiça sobre o valor segurança.

No presente feito, fundada a revisão no art. 621, inciso I do CPP, verifica-se que, de fato, a sentença
condenatória, na parte atinente à dosimetria penal, foi prolatada em contrariedade à texto expresso
de lei, de modo que a ação merece ser conhecida, bem como, apreciado seu mérito.

Não é outro o entendimento do STJ:

PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS COMO AGRAVO


REGIMENTAL. NÍTIDO CARÁTER INFRINGENTE. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL.
ESTUPRO DE VULNERÁVEL. REVISÃO CRIMINAL. PROCEDÊNCIA PARCIAL. CONTINUIDADE
DELITIVA. FRAÇÃO APLICADA. DESPROPORCIONALIDADE. ACÓRDÃO EM CONSONÂNCIA COM A
JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE SUPERIOR. SÚMULA N. 83/STJ. REEXAME FÁTICO-
PROBATÓRIO. SÚMULA N. 7/STJ. RECURSO ESPECIAL IMPROVIDO. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO
IMPROVIDO. 1. Embargos de declaração opostos com caráter infringente, que devem ser recebidos como
agravo regimental, em homenagem ao princípio da fungibilidade recursal. 2. Ainda que de forma
excepcional, a jurisprudência desta Corte admite a possibilidade de revisão da dosimetria da pena
em sede de revisão criminal quando houver contrariedade ao texto expresso da lei ou à evidência
dos autos. 3. Nos termos da orientação jurisprudencial desta Corte, relativamente à continuidade delitiva,
aplica-se a fração de aumento utilizando-se o critério matemático da quantidade de delitos praticados: 1/6
pela prática de 2 infrações; 1/5 para 3 infrações; 1/4 para 4 infrações; 1/3 para 5 infrações; 1/2 para 6
infrações e 2/3 para 7 ou mais infrações. 4. Nesse contexto, concluindo o aresto que, das provas
angariadas, somente se extrai a certeza da ocorrência do crime por 03 vezes, de forma a se aplicar a
fração de 1/5 para a continuidade, a alteração do julgado, acolhendo-se a tese ministerial no sentido de
que o contexto dos autos estaria a demonstrar que os abusos sexuais foram praticados por diversas vezes
e de forma reiterada, de forma a restabelecer a fração de 2/3 adotada na sentença condenatória, além de
contrariar a jurisprudência desta Corte, demandaria amplo revolvimento probatório, o que esbarra na
Súmula 7 desta Corte. 5. Estando o acórdão recorrido em consonância com a jurisprudência desta Corte,
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tem incidência o óbice contido na Súmula 83/STJ - também empregado em recursos interpostos com
fulcro na alínea a do permissivo constitucional -, segundo a qual: "Não se conhece do recurso especial
pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida". 6.
Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento. (STJ - EDcl no
REsp 1880025/PR, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 15/09/2020, DJe
23/09/2020)

A defesa do requerente alega que a dosimetria da pena aplicada ao réu foi procedida em
contrariedade ao texto expresso da lei penal, visto que após a fixação da reprimenda-base, o juiz a
quo não faz qualquer referência às demais fases dosimétricas, silenciando acerca da aplicação ou
não de possíveis circunstâncias agravantes e/ou atenuantes e, principalmente, das causas de
aumento e/ou diminuição da pena.

Ressalta, aliás, que ele faz jus à causa de diminuição do art. 33, §4º da Lei nº 11.343/2006.

A irresignação possui procedência.

A decisão vergastada assim se pronuncia, na parte que interessa (fls. 07/10):

“(...) Ante o exposto, CONDENO o acusado JOELZON CÂMARA DA SILVA pela prática do crime descrito
no artigo 33, caput, da Lei 11.343/2006.

Passo, por conseguinte, à dosimetria da pena, conforme preceituado nos artigos 59 e 68 do Código Penal.

Com efeito, ele agiu com culpabilidade, porquanto tinha condições de saber que agia ilicitamente e lhe era
exigível conduta diversa.

Não registra bons antecedentes, pois tanto na esfera policial quanto perante este Juízo, em audiência,
confessou responder a delito de roubo na Comarca de Breves.

Conduta social e personalidade voltadas para o crime.

Motivo comum ao tipo: lucro fácil.

As consequências são terríveis, diante dos efeitos extremamente maléficos à sociedade.

Assim sendo, fixo a pena-base em 6 (seis) anos de reclusão.

Incabível a substituição da pena privativa de liberdade, nos termos dos artigos 60, §2º, do CP e dos
favores da aplicação de pena restritiva de direitos e sursis penal, ante a ausência de seus requisitos.

O regime inicial de cumprimento da pena será necessariamente o fechado, considerando tratar-se de


delito equiparado a hediondo.

Recomendo o acusado na prisão em que se encontra, tendo em vista subsistirem os requisitos de sua
custódia cautelar, urgindo resguardar a ordem pública, com acautelamento do meio social, uma vez que o
réu é confessadamente portador de maus antecedentes e solto, seguramente, voltará a delinquir,
representando, sua liberdade, mau incomensurável à sociedade portelense.

Quanto à pena de multa, sopesadas as circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal, fixo-a em
200 dias-multa, na razão de 1/30 do salário mínimo, dada a situação econômica do acusado, valor esse
que deverá ser corrigido monetariamente a partir da data do fato. (...)”

Da leitura do édito acima transcrito, e sem a necessidade de maiores delongas, vê-se que, além de a
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fixação da pena-base ter sido procedida com base em inidônea fundamentação das circunstâncias
judiciais, não foi observado pelo Juízo de 1º Grau, como asseverado pelo requerente, o critério
trifásico disposto no art. 68 do Códex Penal, na elaboração da reprimenda, na medida em que, após a
fixação da pena primária, ele deixou de fazer qualquer menção às fases seguintes da dosimetria penal,
não citando se o réu fazia jus à alguma atenuante, agravante, causa de aumento e/ou diminuição.
Tampouco fundamentou a imposição do regime mais gravoso (inicialmente fechado).

Assim, tem-se que tal omissão configura hipótese de nulidade absoluta. De certo, é nula a sentença
condenatória na qual o Julgador omite ou inverte uma etapa da aplicação da pena. Feridos, pois, os
princípios da individualização e da proporcionalidade da pena, o dever de fundamentação das decisões
judiciais, constante do art. 93, inciso IX, da CF, bem como, o critério trifásico adotado pelo CPB, em seu
art. 68, quando dispõe que a pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 daquele mesmo
Diploma; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as
causas de diminuição e de aumento.

Logo, apesar de ser cediço que a necessidade de correção da sentença em relação ao quantum da
pena fixada ou mesmo a reanálise da inidônea fundamentação das circunstâncias judiciais não
conduz, necessariamente, à nulidade da sentença, pois perfeitamente possível a sua adequação
neste segundo grau de jurisdição, verifica-se que o caso em tela não trata de mero erro material
passível de correção por esta via revisional, mas sim de nulidade insanável desta parte da
sentença, sendo o Juízo de 1º grau competente para o refazimento da pena.

Deste modo, forçoso é o reconhecimento da nulidade da sentença condenatória no tocante à dosimetria


da pena aplicada ao requerente, haja vista haver a omissão de fases dosimétricas, resultando em flagrante
violação dos princípios e dispositivos alhures mencionados.

Neste sentido:

EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - TRÁFICO DE DROGAS E POSSE DE ARMA DE FOGO - NULIDADE


PARCIAL DA SENTENÇA POR INOBSERVANCIA DO SISTEMA TRIFÁSICO DE FIXAÇÃO. A declaração
de nulidade parcial do decisum se mostra necessária ante a falta de fixação do quantum de aumento e
diminuição da pena imposta ao tráfico de drogas. (TJMG - Apelação Criminal 1.0414.19.001547-2/001,
Relator(a): Des.(a) Paulo Cézar Dias , 3ª CÂMARA CRIMINAL, julgamento em 15/12/0020, publicação da
súmula em 22/01/2021)

REVISÃO CRIMINAL. INOBSERVÂNCIA AO SISTEMA TRIFÁSICO DE APLICAÇÃO DA PENA.


NULIDADE ABSOLUTA. Necessária obediência ao disposto no artigo 68, do Código Penal. Anulação da r.
sentença para desconstituir a dosimetria, por ofensa aos princípios constitucionais da individualização da
pena e ampla defesa. Prescrição superveniente da pretensão punitiva estatal. Condenação, transitada em
julgado para o Ministério Público, à pena de 4 (quatro) anos de reclusão, mais 3 (três) dias-multa.
Prescrição em 8 (oito) anos. Decurso do lapso temporal exigido entre a publicação da r. sentença
condenatória e o presente julgamento. Inteligência dos artigos artigo 109, inciso IV, e parágrafo único, 110,
§1º, e 114, inciso II, todos do Código Penal. PRELIMINAR DE NULIDADE ACOLHIDA. EXTINÇÃO DA
PUNIBILIDADE DECLARADA, PREJUDICADO O EXAME DO MÉRITO. (TJSP; Revisão Criminal
0055865-18.2017.8.26.0000; Relator (a): Camargo Aranha Filho; Órgão Julgador: 8º Grupo de Direito
Criminal; Foro de Campinas - 4ª Vara Criminal; Data do Julgamento: 13/12/2018; Data de Registro:
14/12/2018)

REVISÃO CRIMINAL - HOMICÍDIO E LESÕES CORPORAIS - INOBSERVÂNCIA DO SISTEMA


TRIFÁSICO - INVERSÃO DAS FASES - PROCEDÊNCIA. I. A inobservância do artigo 68 do CP, com
aumento na terceira fase de aplicação da pena por circunstância agravante, evidencia o desrespeito ao
método trifásico e o prejuízo ao réu. II. Pedido revisional procedente. (TJDFT - Acórdão 1100777,
20180020029958RVC, Relator: SANDRA DE SANTIS, , Revisor: ROBERVAL CASEMIRO BELINATI,
CÂMARA CRIMINAL, data de julgamento: 4/6/2018, publicado no DJE: 7/6/2018. Pág.: 113)

Ante o exposto, CONHEÇO e JULGO PROCEDENTE a presente Revisão Criminal, para DECLARAR
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NULA a sentença condenatória exarada pelo MM. Juízo da Vara Única da Comarca de Portel/PA, TÃO
SOMENTE NA PARTE ATINENTE À DOSIMETRIA DA PENA, a fim de que nova dosimetria seja feita ao
réu, dessa vez em obediência aos princípios da individualização e proporcionalidade da pena, da
motivação das decisões judiciais, bem como ao critério trifásico de fixação da reprimenda, analisando-se
todas as possíveis atenuantes/agravantes, causas de aumento e/ou diminuição à que o requerente faz jus,
bem como, fixando o regime inicial de cumprimento de pena, de forma fundamentada, observando-se,
ainda, a proibição de reformatio in pejus indireta.

É o voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

Belém, 18/08/2021

Número do processo: 0808611-10.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: E. N. D. C.


Participação: ADVOGADO Nome: SAMARA COELHO CRUZ OAB: 5261/TO Participação: AUTORIDADE
COATORA Nome: 2. V. C. D. C. D. C. Participação: FISCAL DA LEI Nome: P. M. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESA. MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS
HABEAS CORPUS CRIMINAL (307)
Processo nº 0808611-10.2021.8.14.0000
PACIENTE: EDILZA NASCIMENTO DA CONCEIÇÃO
AUTORIDADE COATORA: 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CASTANHAL
Tribunal Pleno
Desembargadora MARIA DE NAZARE SILVA GOUVEIA DOS SANTOS
DESPACHO

Considerando o equívoco da impetrante na distribuição do presente writ quanto ao órgão julgador


colegiado, determino sua redistribuição perante a Seção de Direito Penal desta Corte, na forma do art. 30,
I, "a", do Regimento Interno, mantida minha relatoria, conforme deliberado na 20ª Sessão Ordinária do
Tribunal Pleno ocorrida em 30/05/2018 que, em consulta formulada pela Vice-Presidência, aprovou o
entendimento de que, em caso de distribuição equivocada, faz-se apenas a adequação ao órgão
fracionário competente, permanecendo a relatoria do(a) desembargador(a) inicialmente sorteado(a).

À Secretaria para as providências de estilo, na forma da OS nº 001/2018-VP (DJe 07/02/2018).

Belém, 18 de agosto de 2021

Desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos

Relatora
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0807929-55.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: PAULO DOS SANTOS


SOUTO Participação: IMPETRANTE Nome: DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE IGARAPÉ MIRI
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PROCESSO Nº: 0807929-55.2021.8.14.0000 – PJE

ÓRGÃO JULGADOR: SEÇÃO DE DIREITO PENAL

RECURSO: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

COMARCA DE ORIGEM: IGARAPÉ-MIRI/PA (VARA ÚNICA)

PROCESSO REFERÊNCIA DE 1º GRAU: 0000361-57.2018.8.14.0022 (LIBRA)

IMPETRANTE: DEFENSORA PÚBLICA ISABELE CASTRO DA SILVA LIMA

IMPETRADO: JUÍZO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE IGARAPÉ-MIRI/PA

PACIENTE: PAULO DOS SANTOS SOUTO

PROCURADOR DE JUSTIÇA: RICARDO ALBUQUERQUE DA SILVA

RELATORA: DESEMBARGADORA VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

DECISÃO MONOCRÁTICA

A Defensora Pública Isabele Castro da Silva Lima impetrou ordem de habeas corpus liberatório com
pedido de liminar em favor do paciente Paulo dos Santos Souto, em face de ato do douto Juízo da Vara
Única da Comarca de Igarapé-Miri/PA, nos autos da Ação Penal nº 0000361-57.2018.8.14.0022 (LIBRA).

Consta da impetração (ID 5833082) que o paciente é acusado da prática do crime de roubo majorado
pelo uso de arma e concurso de pessoas, bem como por associação criminosa (art. 157, §2º, incisos
I e II c/c o art. 288, caput, todos do CPB). O requerente encontra-se preso preventivamente desde o dia
27/01/2018, estando, atualmente, à disposição da Justiça no Centro de Recuperação Regional de
Mocajuba – CRRMOC.

Alega a impetrante o constrangimento ilegal ao direito de locomoção do paciente, ante a ausência dos
requisitos legais para a decretação da custódia preventiva do paciente, uma vez que embasada em
meras suposições, já que as vítimas sequer o reconheceram em sede policial, de modo que, inexistem,
nos autos, elementos concretos a demonstrar que a soltura do coacto enseje riscos à ordem
pública, ao regular andamento da instrução criminal e à correta aplicação da lei penal.

Refere que o paciente é primário e possui bom comportamento carcerário, já tendo cumprido,
inclusive, período de internação provisória, tendo sido instaurado, nos autos em epígrafe, incidente de
insanidade mental (nº 0800286-14.2020.8.14.0022), pois pairam dúvidas sobre a sua higidez mental.

Aduz o excesso de prazo para o término da instrução criminal, de vez que, sua prisão já perfaz,
aproximadamente, 03 (três) anos e 07 (sete) meses, sendo que, até a data da presente impetração,
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não se findou a instrução processual, ofendendo sobremaneira os princípios da presunção de não


culpabilidade, do devido processo legal, da proporcionalidade e a cláusula geral da dignidade humana.

Pugna, assim, pela concessão liminar da ordem, a fim de que seja expedido o alvará de soltura em favor
do paciente. No mérito, requer a concessão definitiva da ordem.

Em 05/08/2021 (decisão ID 5849778), indeferi o pedido de liminar formulado em seu favor e solicitei
as informações da autoridade coatora, as quais foram prestadas mediante Ofício nº 112/2021-GJ, datado
de 05/08/2021 (ID 5870591).

A autoridade coatora, após discorrer acerca do andamento processual, informa que o juízo deferiu o
pedido de revogação da prisão preventiva de Paulo dos Santos Souto no dia 05/08/2021,
substituindo-a por medidas cautelares diversas da prisão.

Nesta Superior Instância, o Procurador de Justiça Ricardo Albuquerque da Silva, na condição de Custos
Iuris, manifesta-se pela prejudicialidade do habeas corpus, em razão da perda superveniente do objeto
(parecer ID 5920539).

É o relatório.

Decido.

Conforme informações da autoridade coatora (ID 5870591), verifica-se que a prisão preventiva do
paciente Paulo dos Santos Souto foi revogada pelo juízo a quo no dia 05/08/2021, com a imposição
de medidas cautelares diversas da prisão, nos termos da decisão extraída do Sistema LIBRA do
TJE/PA (Documento nº 20210157141755).

Sendo assim, uma vez cessado o constrangimento ilegal alegado pela ilustre impetrante, tem-se que o writ
em tela perdeu seu objeto, motivo pelo qual julgo prejudicado o presente Habeas Corpus, com
fundamento no art. 133, inciso X, do Regimento Interno desta Corte de Justiça, determinando, por
consequência, seu arquivamento.

Publique-se. Registre-se. Intime-se e cumpra-se.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021.

Desembargadora VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

Número do processo: 0807185-60.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: ELIELSON DE


MORAES BARROSO Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE AUGUSTO DE PINHO PIRES
OAB: 12401/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: VARA DE COMBATE AO CRIME
ORGANIZADO E ORGANIZAÇOES CRIMINOSA DA COMARCA DE BELÉM Participação: FISCAL DA
LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0807185-60.2021.8.14.0000


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PACIENTE: ELIELSON DE MORAES BARROSO

AUTORIDADE COATORA: VARA DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO E ORGANIZAÇOES


CRIMINOSA DA COMARCA DE BELÉM

RELATOR(A): Desembargador MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE

EMENTA

EMENTA: HABEAS CORPUS, COM PEDIDO LIMINAR. ART. 157, §2º, II e § 2º-A, I, ART. 163,
PARÁGRAFO ÚNICO, I, II e III, AMBOS DO CÓDIGO PENAL, E ART. 2º, § 3º e § 4º, II, DA LEI Nº
12.850/2013. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA CAUTELAR.
REITERAÇÃO DE PEDIDO. NÃO CONHECIMENTO. EXCESSO DE PRAZO PARA FORMAÇÃO DA
CULPA. IMPROCEDÊNCIA. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESTA PARTE, DENEGADA.

1. O pedido contido na inicial do writ, de revogação da prisão preventiva por ausência dos requisitos,
configura mera reiteração do que já foi examinado e denegado no julgamento do Habeas Corpus nº
0809750-31.2020.8.14.0000, inexistindo fatos ou fundamentos novos capazes de modificar o
entendimento assentado anteriormente por esta e. Corte.

2. Não há como se acolher a alegação de excesso de prazo, quando, ao lado do magistrado estar
adotando as devidas providências para o regular andamento processual, é constatado que o paciente não
está preso, encontrando-se, em verdade, na condição de foragido da Justiça Criminal.

3. Ordem parcialmente conhecida e, nesta extensão, denegada.

RELATÓRIO

Cuida-se da ordem de habeas corpus, com pedido liminar, impetrada pelo advogado Alexandre Augusto
de Pinho Pires, em benefício de Elielson de Moraes Barroso, denunciado – nos autos do processo nº
0001185-50.2019.8.14.0064 – pela prática dos crimes tipificados no art. 157, §2º, II e § 2º-A, I, art. 163,
parágrafo único, I, II e III, ambos do Código Penal, e art. 2º, § 3º e § 4º, II, da Lei nº 12.850/2013,
apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da Vara de Combate ao Crime Organizado da
Comarca de Belém/PA.

Informa o impetrante, inicialmente, que o paciente teve sua prisão preventiva decretada no dia 14/03/2019
pela Vara Única da Comarca de Viseu/PA, por fato supostamente praticado na data de 06/11/2018.

Esclarece que os pedidos defensivos de revogação da custódia cautelar foram indeferidos pelo Juízo tido
coator, sob o argumento de que permaneciam hígidos os seus requisitos autorizadores, todavia, defende
que a prisão preventiva carece de fundamentação idônea, não havendo, no seu entender, justificativa
idônea para sua manutenção.

Sustenta haver excesso de prazo para formação da culpa, salientando que “entender que uma prisão
provisória até então com duração de mais de 840 (oitocentos e quarenta) dias é mera alegação aritmética,
é no mínimo desumano”, mormente considerando que o coacto apresentou, por meio de seu advogado
constituído, sua defesa preliminar, porém, até o momento, sequer se realizou a audiência de instrução e
julgamento.

Reforça que, “mesmo após a apresentação de defesa preliminar, quase 02 (dois) anos e 05 (cinco) meses
após o recebimento da denúncia, até o presente momento não há a menor perspectiva do processo
avançar em direção da instrução processual, que já vinha engatinhando antes mesmo da pandemia,
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causando grave prejuízo ao paciente que até o presente encontra-se com mandado de prisão preventiva
em aberto, como foragido, mesmo respondendo pelos mesmos crimes dos réus que tiveram suas prisões
revogadas”.

Com força nessas considerações, postula, liminarmente e no mérito, a concessão da ordem, a fim de
revogar a prisão preventiva, com a expedição do respectivo Alvará de Soltura, comprometendo-se o
paciente, desde logo, a comparecer a todos os atos processuais a que for intimado, sob a pena de
revogação do benefício pleiteado.

Acostou documentação.

O feito foi distribuído, originalmente, à Desembargadora Vânia Valente do Couto Fortes Bitar Cunha, que,
diante do seu afastamento funcional temporário (folgas de plantão), determinou, por meio de sua
Coordenadora de Gabinete, a redistribuição, recaindo na relatoria do Desembargador Altemar da Silva
Paes (Juiz Convocado), que, por sua vez, enviou o feito ao meu gabinete, por força da prevenção gerada
pelo julgamento de diversos Habeas Corpus provenientes do mesmo processo de origem (nº 0001185-
50.2019.8.14.0064).

Após reconhecer a prevenção indicada, reservei-me, diante da falta de clareza na inicial acerca da
atual condição do paciente (preso ou foragido), para apreciar a medida liminar após os esclarecimentos
da autoridade inquinada coatora.

Prestadas as informações requisitadas (PJe ID nº 5.794.996), o Juízo tido coator destacou, dentre outras
coisas, que: “em consulta ao Sistema INFOPEN em anexo, o ora paciente se encontra solto, ou seja,
se encontra na condição de FORAGIDO” (grifei).

Na sequência, o impetrante protocolizou petição, manifestando-se sobre o conteúdo das informações


apresentadas.

Conclusos os autos, indeferi a medida liminar, determinando o seu envio ao parecer do custos legis, que,
por intermédio do Procurador de Justiça Francisco Barbosa de Oliveira, opinou pelo conhecimento e
denegação.

Por último, o writ foi pautado para julgamento na 41º Sessão Ordinária do Plenário Virtual desta e. Seção
de Direito Penal, com início marcado para o dia 10/08/2021, todavia, posteriormente, o impetrante
protocolizou petição, pleiteando “a retirada do feito desta pauta e inclusão na pauta de julgamento por
videoconferência, pois pretende realizar sustentação oral”, o que foi deferido.

É o relatório do necessário.

VOTO

Inicialmente, registro que, a despeito do impetrante classificar esta impetração como “HABEAS CORPUS
LIBERATÓRIO”, pleiteando, ao final, a expedição de “Alvará de Soltura”, trata-se, em verdade, conforme
esclarecido nas informações prestadas pela autoridade inquinada coatora, de Habeas Corpus preventivo
, uma vez que o paciente não se encontra preso, mas sim na condição de foragido da Justiça.

Pois bem.

No que diz respeito à tese de inexistência dos requisitos autorizadores da custódia cautelar,
constato se tratar de mera reiteração de pedido, uma vez que no Habeas Corpus impetrado
anteriormente em favor do coacto (nº 0809750-31.2020.8.14.0000) esta e. Seção de Direito Penal, no dia
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23/11/2020, enfrentou a matéria, concluindo, à unanimidade, que a prisão preventiva decretada estava
idoneamente fundamentada.

Demonstrando o dito anteriormente, reproduzo a ementa do mencionado julgado:

“HABEAS CORPUS – ROUBO QUALIFICADO E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA – DO PLEITO PELA


EXTENSÃO DE BENEFÍCIO – IMPOSSIBILIDADE - NÃO HÁ SIMILITUDE ENTRE A CONDIÇÃO DE
FORAGIDO DO PACIENTE COM A DOS DEMAIS RÉUS QUE JÁ ESTAVAM PRESOS HÁ
CONSIDERÁVEL LAPSO TEMPORAL E QUE FORAM SOLTOS – DA ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE
PRAZO – CONTRANGIMENTO NÃO CONFIGURADO – PROCESSO ESTÁ TRAMITANDO EM TEMPO
PROPORCIONAL ÀS PECULIARIDADES DO CASO – DA ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS DO ART. 312, DO CPP – CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO
– DECISUM DEVIDAMENTE MOTIVADO – PREENCHIDOS OS REQUISITOS DO ART. 312, DO CPP –
MANUTENÇÃO DA SEGREGAÇÃO CAUTELAR DO PACIENTE SE FAZ NECESSÁRIA – ORDEM
CONHECIDA E DENEGADA.

1 - DO PLEITO PELA EXTENSÃO DE BENEFÍCIO: Não há o que se falar em extensão de benefício ao


paciente em relação à revogação da prisão dos corréus, quando conforme consta na decisão combatida
(Id n. 3738950), este teve a sua prisão preventiva decretada pelo juízo da Comarca de Viseu/PA, em
14/03/2019, não havendo sequer informação acerca da sua prisão, logo, se encontra na condição de
foragido, não havendo qualquer similitude aos réus que já estavam presos há considerável lapso temporal
e que foram soltos.

Aquele Juízo ainda ressaltou que não há registro acerca da prisão do paciente ELIELSON DE MORAES
BARROSO no Sistema INFOPEN, ou seja, este se encontra na condição de foragido, o que se comprova
pela Certidão contida no Id n. 3777474, restando evidenciado de forma cristalina seu propósito furtivo e de
não obediência às determinações judiciais.

Nessa esteira de raciocínio, entende-se que de forma alguma há o que se falar em extensão de benefício,
quando, repise-se, não existe semelhança entre a revogação da prisão dos corréus por excesso de prazo,
com a situação de foragido do paciente.

2 - DA ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO: Ab initio, é cediço que para a caracterização do excesso


de prazo, não basta apenas a contagem de prazos de modo isolado, devendo, pois, restar evidente a
desídia ou delonga provocada pelo aparato Estatal, dificultando a tramitação processual ou morosidade no
fluxo processual, o que já antecipo, não ser o caso do presente feito.

Considerando-se que o Juízo a quo não limitou-se à juntada de documentos dos autos a quando de suas
informações, procedeu-se verificação no Sistema Libra em relação ao processo de origem, restando
evidenciado que este segue seu trâmite regular, considerando a complexidade da causa, pois são 11
(onze) réus, tendo ocorrido a impetração de diversos habeas corpus, diversos pedidos de revogação de
prisão preventiva, expedição de cartas precatórias, reconcessão do prazo para respostas à acusação,
conflito de competência, etc.

Destarte, não restou configurando de forma alguma desídia da autoridade impetrada na condução do feito
que possa configurar constrangimento ilegal por excesso de prazo injustificado, pois o Juízo vem
envidando esforços para o bom andamento processual, restando aqui ser salientado que o paciente se
encontra foragido, não contribuindo com a justiça, e por consequência causando delongas no processo.

3 - DA ALEGAÇÃO DA AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO/DA AUSÊNCIA DE REQUISITOS DO ART.


312, DO CPP/DO PLEITO PELA APLICAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO: In
casu, o Juízo discorreu a legislação pertinente e a subsumiu ao caso concreto, demonstrando a evidente
presença dos requisitos do art. 312 do CPP, para a garantia da ordem pública.

O fumus comissi delicti resta evidenciado no presente caso quando na fase investigativa existem
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depoimentos que comprovam a ocorrência do delito, e indicam a autoria do crime ao paciente.

Já o periculum libertatis (garantia da ordem pública) resta evidenciado pelo fato de que ao que indicam as
provas dos autos o paciente teria rendido reféns e atirado com arma de grosso calibre para o alto e em
direção ao interior da agência bancária durante o roubo, em 06/11/2019, logo, havendo, indicativos de que
o aludido grupo criminoso teria cometido crime de roubo à agência do Banpará de Viseu/PA, realizando
disparos de arma de fogo de grosso calibre, causando considerável terror à população local, indicando,
deste modo, extrema audácia, assim como a periculosidade real do ora requerente e a gravidade concreta
do crime.

Insta salientar que o decisum segregatório respeitou o mandamento constitucional insculpido no inciso IX,
do art. 93 da Constituição Federal/88, que relata o princípio da motivação das decisões judiciais.

Constata-se, por consequência, haver fundamentação idônea e apta a se manter o decreto cautelar, de
modo que a motivação firmada nas decisões constritoras, impondo-se a medida como garantia do próprio
prestígio e segurança da atividade jurisdicional, restando plenamente demonstrada a desnecessidade e
inadequação das medidas menos invasivas do art. 319 do CPP.

Ressalte-se, ainda, a dogmática do princípio da confiança no juiz da causa, o qual estabelece que o juiz
condutor do feito está em melhor condição de avaliar se a segregação social do paciente se revela
necessária.

4 – ORDEM CONHECIDA e DENEGADA.” (TJPA, Habeas Corpus nº 0809750-31.2020.8.14.0000, Rel.


Desembargador Mairton Marques Carneiro, Órgão Julgador: Seção de Direito Penal, Julgado em
23.11.2020 - grifei).

Como se vê, repiso, esta e. Corte conheceu e denegou o pedido defensivo de revogação da prisão
preventiva do coacto, inexistindo fatos ou argumentos novos nesta impetração capazes de modificar
o entendimento anteriormente esposado por esta e. Corte.

Enfatizo, de qualquer maneira, a periculosidade concreta do paciente, revelada pela sua condição de
foragido há anos da Justiça, bem como, pelo modus operandi do ilícito perpetrado, sendo denunciado,
juntamente com outras 10 pessoas, sob acusação, em síntese, de integrar organização criminosa
voltada de forma concatenada ao cometimento de assaltos à bancos, tendo os denunciados
planejado e executado, no dia 06/11/2018, o roubo à agência do Banpará localizada no Município de
Viseu/PA, em plena luz do dia, com emprego de armas de calibre grosso e automóveis, uso de reféns
como escudo humano e isolamento da cidade por meio de queima de pontes, havendo, inclusive, menção
expressa na denúncia de que o coacto “rendeu reféns e atirou com arma de grosso calibre para o alto e
em direção ao interior da agencia bancária”.

Logo, para uma nova interpretação seria indispensável à apresentação de fatos ou argumentos jurídicos
inexistentes ao tempo da primeira impetração e capazes de modificar o entendimento exposto
anteriormente por este e. Tribunal, o que, como dito atrás, não ocorreu na espécie.

Portanto, não conheço do mandamus, neste particular.

Quanto ao argumento de excesso de prazo, inexiste, no caso, qualquer tipo de constrangimento


ilegal a ser reconhecido, máxime quando evidenciado que o paciente não está preso, encontrando-se,
em verdade, na condição de foragido da justiça criminal.

Nessa linha, cito, exempli gratia, julgados do c. Superior Tribunal de Justiça, exemplificativos do seu
entendimento:

"PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. ESTELIONATO. PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE


PRAZO. COMPLEXIDADE. RÉU FORAGIDO. MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA. NECESSIDADE DE
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GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE DO PACIENTE. AMEAÇA ÀS VÍTIMAS. RÉU


QUE RESPONDE A OUTRAS AÇÕES PENAIS POR ESTELIONATO E FURTO. NECESSIDADE DE
CESSAR A REITERAÇÃO DELITIVA. MEDIDAS CAUTELARES ALTERNATIVAS. INSUFICIÊNCIA.
PRISÃO DOMICILIAR. NÃO COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS LEGAIS. ORDEM DENEGADA, EM
CONFORMIDADE COM O PARECER MINISTERIAL. 1. A aferição do excesso de prazo reclama a
observância da garantia da duração razoável do processo, prevista no art. 5º, LXXVIII, da
Constituição Federal. Tal verificação, contudo, não se realiza de forma puramente matemática.
Demanda, ao contrário, um juízo de razoabilidade, no qual devem ser sopesados não só o tempo da
prisão provisória mas também as peculiaridades da causa, sua complexidade, bem como
quaisquer fatores que possam influir na tramitação da ação penal. 2. No caso em exame, trata-se de
feito complexo, que, segundo os autos, visa apurar práticas criminosas realizadas por meio do sítio
eletrônico denominado "OLX", inclusive com a indevida utilização do nome de um policial federal.
Ademais, na linha dos precedentes desta Corte, ‘não há ilegalidade por excesso de prazo para a
formação da culpa quando o paciente encontra-se foragido, conforme jurisprudência desta Corte
Superior’ (RHC n. 60.723/SP, relator Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 17/5/2016,
DJe 25/5/2016). (...) 7. Ordem denegada." (STJ. HC 543.832/SP, Sexta turma, Rel. Ministro Antonio
Saldanha Palheiro, DJe 17/03/2020 - grifei.)

------------------------------------------------------------------------------

"PROCESSO PENAL. PETIÇÃO INOMINADA. PEDIDO RECEBIDO COMO AGRAVO REGIMENTAL.


TRÁFICO DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA
ORDEM PÚBLICA. GRAVIDADE CONCRETA DA CONDUTA. RISCO DE REITERAÇÃO DELITIVA.
CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. AMEAÇA À TESTEMUNHA. APLICAÇÃO DA LEI PENAL.
PACIENTE FORAGIDO. EXCESSO DE PRAZO NA FORMAÇÃO DA CULPA. RÉU NÃO
ENCONTRADO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL AFASTADO. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.
(...) 4. A segregação preventiva também se mostra necessária para a conveniência da instrução criminal e
para a aplicação da lei penal, pois, segundo indicado no decreto preventivo, o paciente ‘ameaçaria
terceiros, acreditando serem eles os delatores da ação à polícia, tendo sido a ele imputado tentativa de
homicídio de Edriano Madeira’. Ademais, o paciente está foragido, não havendo notícias do
cumprimento do mandado de prisão. 5. Alegação de excesso de prazo superada. Esta Corte
Superior de Justiça possui entendimento de que a condição de foragido do acusado afasta a
alegação de constrangimento ilegal por excesso de prazo. 6. Petição recebida como agravo
regimental, ao qual se nega provimento." (STJ AgRg no HC 534.451/MG, Quinta turma, Rel. Ministro
Ribeiro Dantas, DJe 19/12/2019 - grifei.)

Há mais a se considerar.

De fato, ao lado dos prazos processuais não serem peremptórios, devendo ser analisados caso a caso, o
Juízo a quo, na hipótese ora examinada, vem tomando as devidas providências para o regular andamento
do feito.

No ponto, oportuno reproduzir recente decisão (03/03/2021) de Sua Excelência, Ministro Gilmar Mendes,
que, discorrendo acerca da razoável duração do processo, em sede do Habeas Corpus nº 195.443/RS,
pontuou:

“É certo que a inserção do inciso LXXVIII no artigo 5º da CF refletiu o anseio de toda a sociedade de obter
resposta para solução dos conflitos de forma célere, pois a demora na prestação jurisdicional constitui
verdadeira negação de justiça.

Por outro lado, não se pode imaginar processo em que o provimento seja imediato. É característica
de todo processo durar, prolongar-se, não ser instantâneo ou momentâneo, porquanto implica
sempre um desenvolvimento sucessivo de atos no tempo.

Sobre o tema, registro, ainda, que é firme o entendimento deste Tribunal no sentido de que somente
o excesso indevido de prazo imputável ao aparelho judiciário traduz situação anômala que
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compromete a efetividade do processo, além de tornar evidente o desprezo estatal pela liberdade
(HC 85.237-DF, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJ 29.4.2005).

A EC 45/2004 introduziu norma que assegura a razoável duração do processo judicial e administrativo (art.
5º, LXXVIII). Positiva-se, assim, no direito constitucional, orientação há muito perfilhada nas convenções
internacionais sobre direitos humanos e que alguns autores já consideravam implícita na ideia de proteção
judicial efetiva, no postulado da dignidade da pessoa humana e na própria ideia de Estado de Direito
(CARVALHO, Luis Gustavo G. C. Processo Penal e Constituição. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014. p. 251-
252).

A duração indefinida ou ilimitada do processo judicial afeta não apenas e de forma direta a ideia de
proteção judicial efetiva, como compromete de modo decisivo a proteção da dignidade da pessoa humana
(GIACOMOLLI, Nereu José. O devido processo penal: abordagem conforme a Constituição Federal e o
Pacto de São José da Costa Rica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 321ss; PASTOR, Daniel R. El plazo
razonable en el processo del Estado de Derecho. Buenos Aires: AdHoc, 2002, p. 406ss.).

Considerando-se que o ordenamento brasileiro não define prazos específicos para a realização do
processo ou da investigação criminal, afirma-se que a adoção da doutrina do não prazo pressupõe
a definição judicial de critérios para aferição do excesso. Aponta-se que as Cortes Internacionais
(CIDH e TEDH) adotam três parâmetros: a) complexidade do caso; b) atividade processual do
interessado (imputado); c) a conduta das autoridades judiciárias (BADARÓ, Gustavo Henrique;
LOPES JÚNIOR, Aury. Direito ao processo penal no prazo razoável. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006. p.
127; FERNANDES, Antonio Scarance. Processo Penal Constitucional. 7ª ed. São Paulo: 2012. p. 127).

Dito isso, diante da complexidade do feito, não vislumbro atrasos injustificados na tramitação
processual que possam ser atribuídos às autoridades judiciárias ou à acusação.” (STF - HC: 195443
RS 0110665-96.2020.1.00.0000, Relator: Gilmar Mendes, Data de Julgamento: 30/03/2021, Data de
Publicação: 06/04/2021 - grifei).

Sob essas balizas teóricas, adotadas, inclusive, como visto, pelas Cortes Internacionais, não constato
excesso desarrazoável e imotivado no período temporal, pois está se tratando de feito complexo, com
11 denunciados, advindo de comarca do interior do Estado (Viseu/PA), com conflito negativo de
competência julgado por este e. Tribunal, aditamento à denúncia feito pelo Parquet, expedição de cartas
precatórias, citação sendo feita por edital e com diversos Habeas Corpus e pedidos de revogação da
custódia preventiva apresentados e examinados.

Nessa linha, aprofundando ainda mais o desenvolvimento regular do feito, extrai-se dos autos que:

a) a denúncia foi recebida pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Viseu/PA em 27/02/2019;

b) a competência foi declinada, no dia 25/03/2019, para a Vara Especializada de Combate ao Crime
Organizado;

c) o MP-GAECO, entendendo tratar-se de organização criminosa, ratificou e aditou a denúncia em


16/05/2019;

d) o magistrado responsável, à época, pela Vara especializada suscitou conflito negativo de competência,
todavia, esta e. Corte entendeu pela competência do mencionado Juízo, remetendo os autos na data de
24/09/2019;

e) o Juízo tido coator ratificou os atos praticados pelo Juízo de Viseu/PA, recebendo o aditamento à
denúncia e concedendo novo prazo para os denunciados apresentarem suas respostas à acusação;

f) os réus apresentarem suas defesas, sendo suscitadas, por alguns, preliminares;


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g) foi determinado, em decisão datada de 14/04/2021, a citação por edital do nacional Gessias Tavares
Nunes, com o consequente desmembramento do feito em relação ao mencionado acusado, e, por último,
vistas ao Ministério Público, a fim de que se manifestasse acerca das teses defensivas apresentadas.

h) foi dada vistas ao Parquet em 05/08/2021, com retorno ao Juízo de origem no dia 12/08/2021.

Assim, volto a insistir, o feito está tramitando dentro dos padrões de normalidade, inexistindo desídia
do Juízo processante.

Diante do exposto, divergindo, em parte do parecer do custos legis, conheço parcialmente da ordem e,
nesta extensão, sou pela denegação.

Éo voto.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Des. MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE

Relator

Belém, 18/08/2021

Número do processo: 0808434-46.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: LUIZ ROBERTO


DUARTE DE MELO Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ ROBERTO DUARTE DE MELO OAB:
5789/PA Participação: PACIENTE Nome: DIEGO DIAS DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome:
LUIZ ROBERTO DUARTE DE MELO OAB: 5789/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZ
DA 4ª VARA DO TRIBUNAL DO JURI Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PROCESSO Nº: 0808434-46.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: SEÇÃO DE DIREITO PENAL

RECURSO: HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR

COMARCA: BELÉM/PA

IMPETRANTE: ADV. ROBERTO MELO

IMPETRADO: MM. JUIZ DE DIREITO DA 4ª. VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DE BELÉM

PACIENTE: DIEGO DIAS DE SOUZA

RELATORA: DESEMBARGADORA VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Vistos, etc.,

Trata-se de Habeas Corpus Liberatório com pedido de liminar impetrado em favor de DIEGO DIAS DE
SOUZA, em face de ato do Juízo de Direito da 4ª Vara do Tribunal do Juri da Comarca de Belém/Pa, nos
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autos do processo n.º 0004123-40.2020.8.14.0401.

Consta da impetração que o paciente foi preso, por decreto de prisão preventiva em 20/04/2021, pela
suposta prática do crime tipificado no art. 121, 2º, I e IV c/c Art. 29 do Código Penal Brasileiro.

Alega, inicialmente, que a pedido da autoridade Policial, foi decretada a prisão preventiva, do réu acima
citado, pelo Juiz da 4ª. Vara do tribunal do Júri, que entendeu que nesse tipo de situação, não cabe
nenhuma das medidas cautelares, diferentes da prisão, que surta qualquer efeito para garantir a
segurança pública e a impedir que o indiciado reitere na conduta criminosa.

Assevera que, o réu é cabo da Policia Militar há 08 anos, sem antecedentes, estando na condição de
primário. O que há contra o acusado, são suposições ou conjecturas, podemos claramente comprovar, em
uma breve análise do inquérito policial. O que se tem Senhores Julgadores é ausência de indícios de
autoria em relação à conduta imputada ao réu.

Aduz que o não há o que se falar sendo totalmente espancado e demonstrado anteriormente que não
existe, em hipótese alguma, indícios suficientes de que o paciente fora o autor da prática criminosa que lhe
é apontada. Dessa forma, diante do princípio da necessidade, a medida coativa, para que seja decretada,
deve revelar-se no caso concreto uma das três finalidades expressas pela lei: a conveniência da instrução
criminal, o asseguramento da ordem pública ou a garantia da ordem pública. Sendo que, sequer um de
tais pressupostos se encontra evidenciado.

Alega que não restam dúvidas acerca do acolhimento do presente remédio constitucional, pois vós,
Excelentíssimo Doutor, aplicador da mais bela justiça, cure o presente paciente deste ato injusto que lhe
retira seu direito constitucional e humano de liberdade de locomoção.

Afirma ainda que caso não seja o entendimento de vossa senhoria a liberdade provisória, que seja
concebida a prisão domiciliar do paciente, haja vista que, como já salientado, possui uma filha de 02 anos
de idade e 1 filho de 04 anos de idade, que dependem de sua presença física, ou seja, necessita da
proteção paterna, carinho, acompanhamento, educação, dentre muitas outras coisas que uma filha,
principalmente nesta fase da vida, necessidade de um pai, onde o atual estado em que se encontra o
paciente impossibilita-o de fornecer todas estas necessidades que seus filhos precisam, ainda mais
quando a mãe encontra-se ausente.

Conclui que não restam dúvidas acerca do relaxamento da prisão preventiva, pois carece de
fundamentação e não preenche os requisitos necessários previstos no nosso ordenamento jurídico, e
também que há excesso de prazo para a formação da culpa, uma vez que a audiência de instrução só
será realizada em 19.10.2021.

Dessa maneira, requer “que seja concedida a ordem de Habeas corpus, liminarmente, em favor do
paciente, uma vez que presentes a probabilidade de dano irreparável e a fumaça do bom direito, a fim de
que seja relaxada a prisão preventiva ou concedida a liberdade provisória com ou sem medidas cautelares
e com ou sem fiança, e no que for mais favorável ao paciente, inclusive a prisão domiciliar, caso entenda
que outras medidas não sejam suficientes, expedido o competente Alvará de Soltura. Requer ainda o
regular prosseguimento do feito com a ratificação da liminar concedida, decretando-se a Liberdade
Provisória ao paciente, expedindo-se o competente ALVARÁ DE SOLTURA.”

O feito veio a mim redistribuído, exclusivamente para análise da liminar, conforme Ato Ordinatório de ID
5965310.

É O RELATÓRIO.

DECIDO.

Écediço que a concessão da tutela emergencial em sede de habeas corpus é medida de caráter
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excepcional para corrigir flagrante violação ao direito de liberdade, de maneira que, o seu deferimento,
somente se justifica, em caso de efetivo constrangimento ilegal.

No caso em apreço, verifico que não foi juntada na impetração a decisão que decretou a medida
constritiva do paciente.

Ademais, quanto aos demais pedidos intentados, necessário melhores informações do Magistrado a quo,
sobre o alegado pelo impetrante.

Assim, não vislumbro, no presente momento, presentes os requisitos indispensáveis à concessão da


liminar requerida, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora, razão pela qual, a indefiro.

De mais a mais, a motivação que dá suporte à pretensão liminar confunde-se com o mérito do writ,
devendo o caso concreto ser analisado mais detalhadamente quando da apreciação e do seu julgamento
definitivo pelo colegiado.

Assim, solicitem-se informações detalhadas à autoridade apontada como coatora, com o envio de
documentos que entender necessários para efeito de melhores esclarecimentos neste habeas corpus,
inclusive encaminhando a decisão que decretou a preventiva, nos termos da Resolução nº 004/2003
– GP e do Provimento Conjunto nº 008/2017 – CJRMB/CJCI.

Após, encaminhem-se os autos ao parecer do Órgão Ministerial, com os nossos cumprimentos.

Em seguida, retornem conclusos a Excelentíssima Senhora Desembargadora Originária Maria


Edwiges de Miranda Lobato, para análise do mérito.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

Desembargadora VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

Número do processo: 0808673-50.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: ROSILDO FERREIRA


DOS SANTOS FILHO Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA
DE MARABÁ Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO LIMINAR – N.º 0808673-50.2021.8.14.0000

IMPETRANTE: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ

IMPETRADO: MM. JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE MARABÁ/PA

PACIENTE: ROSILDO FERREIRA DOS SANTOS

RELATOR: DESEMBARGADOR MAIRTON MARQUES CARNEIRO.

EXPEDIENTE: SECRETARIA DA SEÇÃO DE DIREITO PENAL

Vistos, etc.
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Tratam os presentes autos de HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO LIMINAR impetrado
pela DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ, em favor de ROSILDO FERREIRA DOS SANTOS
, contra ato do MM. JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE MARABÁ/PA.

Aduz que o Ministério Público do Estado do Pará denunciou o paciente em razão da suposta prática do
crime descrito no art. 217-A, caput, do CP, tendo o juízo, na data de 14 de abril de 2011, decretado a
prisão preventiva deste.

Assevera, ausência de contemporaneidade da prisão, uma vez que se transcorreu mais de 03 (três) anos
entre a prática do delito e a data da execução da medida cautelar e não foi comprovada a existência de
algum perigo em razão do estado de liberdade do paciente.

Aduz ainda, ausência dos requisitos do art. 312, do CPP; possibilidade de substituição da prisão
preventiva por medidas cautelares diversas da prisão; inviabilidade da prisão diante do cenário da
pandemia de Covid-19.

Por fim, requer-se, liminarmente, a concessão da ordem, com a expedição do competente Alvará de
Soltura.

Éo relatório.

Decido.

A concessão de medida liminar é possível e plenamente admitida em nosso ordenamento jurídico pátrio
para se evitar constrangimento à liberdade de locomoção irreparável do paciente que se pretende obter a
ordem, e nos termos do emérito constitucionalista Alexandre de Moraes, citando Julio Fabbrini Mirabete, “
embora desconhecida na legislação referente ao habeas corpus, foi introduzida nesse remédio jurídico,
pela jurisprudência, a figura da ‘liminar’, que visa atender casos em que a cassação da coação ilegal exige
pronta intervenção do Judiciário. Passou, assim, a ser mencionada nos regimentos internos dos tribunais a
possibilidade de concessão de liminar pelo relator, ou seja, a expedição do salvo conduto ou a liberdade
provisória antes do processamento do pedido, em caso de urgência”.

Com efeito, para que haja a concessão liminar da ordem de habeas corpus, em qualquer de suas
modalidades, devem estar preenchidos dois requisitos, que são o periculum in mora, consubstanciado na
probabilidade de dano irreparável, e o fumus boni iuris, retratado por meio de elementos da impetração
que indiquem a existência de ilegalidade no constrangimento alegado.

Noutros termos, o fumus boni iuris diz respeito à viabilidade concreta de ser concedida a ordem ao final,
no ato do julgamento do mérito. O periculum in mora se reporta à urgência da medida, que, caso não
concedida de imediata, não mais terá utilidade em momento posterior.

No presente caso, compulsando os autos, a prima facie, não vislumbro presentes os referidos requisitos
autorizadores da medida liminar, motivo pelo qual a INDEFIRO.

Oficie-se ao Juízo a quo, para que, sobre o habeas corpus, preste a este Relator, no prazo legal, as
informações de estilo, devendo o magistrado observar as diretrizes contidas na Portaria nº 0368/2009-GP
e na Resolução nº 04/2003.

Prestadas as informações pelo Juízo impetrado, encaminhem-se os autos à Douta Procuradoria de Justiça
para emissão de parecer.

Cumpra-se.

Belém/PA, data da assinatura digital.


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Desembargador MAIRTON MARQUES CARNEIRO

Relator

Número do processo: 0806317-82.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: IVAN RIBEIRO DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: JACKSON JUNIOR DAMASCENO MARTINS OAB: 22896/PA
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZO CRIMINAL DE BARCARENA Participação: FISCAL
DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0806317-82.2021.8.14.0000

PACIENTE: IVAN RIBEIRO DA SILVA

AUTORIDADE COATORA: JUIZO CRIMINAL DE BARCARENA

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

EMENTA: HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR. ART. 217-A C/C ART. 226 C/C ART. 13, §2º
C/C ART. 71, TODOS DO CPB. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE MATERIALIDADE DO DELITO.
NÃO CONHECIMENTO. REVOLVIMENTO FÁTICO-PROBATÓRIO INCABÍVEL NA VIA ESTREITA DO
WRIT. AUSENCIA DO PERICULUM LIBERTATIS E DOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA.
INOCORRÊNCIA. PEDIDO DE PRISÃO DOMICILIAR. INCABIMENTO. PREDICADOS PESSOAIS.
IRRELEVÂNCIA. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº 08 DO TJPA. APLICAÇÃO DE MEDIDAS
CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. IMPOSSIBILIDADE.ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E
NESTA PARTE DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.

1. Não cabe em sede restrita de habeas corpus exame aprofundado de prova, logo, qualquer decisão
envolvendo matéria de prova resta prejudicada. Dessa forma, a aferição da efetiva participação do
paciente no delito narrado na inicial acusatória exige dilação probatória, inviável em sede de habeas
corpus, onde a prova é sempre pré-constituída. Qualquer juízo valorativo deve ser feito no momento
oportuno, ou seja, na instrução probatória no processo de conhecimento;

2. Mais do que fundamentadas estão as decisões supra que, arrimadas em requisitos previstos no art. 312
do CPPB, decretaram e mantiveram a prisão preventiva do paciente, para garantia da ordem pública, uma
vez que utilizando-se da sua condição de padrasto, praticou atos libidinosos e conjunção carnal,
reiteradamente, em desfavor da vítima. Desse modo, incabível a assertiva de que a decretação da
custódia preventiva não está lastreada em fundamentos idôneos a sustentá-la, sendo latente sua
necessidade, não só em face da prova de existência do crime e de indícios suficientes de autoria, como
também em razão da natureza e da gravidade concreta do crime em epígrafe, os quais são indicadores da
necessidade da segregação cautelar, de sorte que a custódia preventiva visa também acautelar o meio
social. Há, portanto, que se preservar a ordem pública;

3. Já quanto ao pretendido recolhimento domiciliar, não há, neste momento, provas de que o paciente
seja imprescindível aos cuidados do infante, a teor do art. 318, inciso III, do CPP;

4. O fato de o paciente ser primário, ter ocupação lícita e residência fixa, não representam óbice para a
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manutenção da prisão preventiva, quando identificados os requisitos para a manutenção da cautelar, ex vi


, Súmula nº 08 do TJPa;

5. Incabível, na hipótese em apreço, a conversão da prisão em outras medidas cautelares, eis que à
luz dos elementos contidos nos autos, sua aplicação é inadequada ao presente caso;

6. Ordem de Habeas Corpus parcialmente conhecida e nesta extensão denegada, nos termos do voto da
Desa. Relatora.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, acordam os Excelentíssimos Senhores


Desembargadores componentes da Seção de Direito Penal, por unanimidade de votos, em conhecer em
parte do writ e, nesta extensão, denegar a ordem impetrada, nos termos do voto da Desembargadora
Relatora.

Sala do Plenário Virtual das Sessões do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, ocorrida em 16 de agosto
de 2021.

Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Rômulo Nunes.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de habeas corpus com pedido liminar em favor do paciente I. R. DA S., impugnando ato do juízo
da Vara Criminal da Comarca de Barcarena/PA, autoridade coatora, a qual decretou sua prisão preventiva.

O impetrante, inicialmente, aponta que o acusado se encontra preso preventivamente pela suposta prática
tipificado no Art. 217-A c/c Art.226 c/c Art.13, §2º c/c art. 71, todos do CPB, pois, segundo a
representação policial, o acusado teria cometidos crimes de cunho sexual em dia e hora não sabidos.

Sustenta que não há materialidade, e o pedido e a manutenção da custódia, baseiam-se apenas na


palavra da suposta ofendida, que de acordo com a oitiva da mãe, está agindo de maneira tendenciosa,
pois sempre recebeu reclamações da direção da escola, sempre foi rebelde e agressiva com os colegas,
que fugia e passava horas sem dar satisfação, um histórico lamentável para uma menina de apenas 11
anos.

Assevera que a autoridade policial requisitou exame sexológico desde o dia 12/03/2021, todavia, a
suposta ofendida recusou-se em fazer o exame e quase 3 (três) meses depois do requerimento, o mesmo
ainda se encontra em aberto, ou seja, não foi realizado.

Esclarece que o paciente nunca ameaçou nenhuma testemunha, inclusive, não há nos autos relatos
descrevendo dia, hora, local e via pela qual o tenham ocorrido ameaças, nem presencialmente, nem
por meio telefônico, ou em redes sociais, nem mesmo nome das pessoas que teriam “ouvido” ou visto
ameaça alguma.

Afirma que o paciente, é primário (certidão de antecedentes em anexo), é empresário respeitado e


conhecido na comunidade de vila do conde, (contrato social em anexo), é pai de 5 filhos, sendo o
menor, E. A. DA S., de apenas 2 aninhos de idade, e, em razão disso, requer a concessão da prisão
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domiciliar, conforme preceitua o art. 318, III, do CPP.

Alega que não há requisitos para a prisão do paciente, pois ele não representa perigo à ordem
pública haja vista que é primário e nunca cometeu qualquer crime, a única anotação em seus
antecedentes criminais é o presente caso, não bebe nem mesmo socialmente, e nem faz uso de
entorpecentes, não representa perigo a ordem econômica uma vez que é empresário e dedica-se
exclusivamente à atividade laboral lícita de empresário, conforme se extrai do CNPJ, de empregada
doméstica além de ocupar-se como os cuidados destinados aos filhos. E, quanto a conveniência da
instrução penal a e a aplicação da lei penal, destacou, que o paciente, possui a mesma residência fixa
nesta cidade, há 26 anos, assim como possui seu filho menor, matriculado em creche nesta comarca.

Por fim, conclui que diante da desconstrução do fundamento da decisão de indeferimento da liberdade
provisória do acusado, esta deve ser reformada, deve, como garantia da aplicação da lei, ser determinada
medidas nos moldes do art. 319 do CPP.

Assim, requer, a concessão da medida liminar, e, no mérito a sua confirmação, para que se consolide, em
favor do paciente I. R. DA S., a competente ordem de “habeas corpus”, para fazer impedir o
constrangimento ilegal que a mesma vem sofrendo, como medida da mais inteira Justiça, expedindo-se,
imediatamente, o competente ALVARÁ DE SOLTURA, a fim de que o paciente seja posto em liberdade.

O writ foi distribuído, para minha relatoria, porém em razão de meu afastamento por motivos de saúde, o
writ foi redistribuído para análise exclusiva da liminar, que foi indeferida, na data de 13/07/2021, pela
Excelentíssima Desembargadora Maria Edwiges de Miranda Lobato (ID 5649080), que após informações
da autoridade coatora, determinou o retorno dos autos a esta Relatora para julgamento do mérito.

Prestadas as informações, a autoridade coatora esclareceu:

“(...) Trata-se de Ação Penal intentada em face de I. R. DA S. e R. DOS A. A. pela prática, em tese, do
crime de estupro de vulnerável.

Narra a denúncia que:

[...] De acordo com o inquérito policial, o denunciado I. R. DA S. , utilizando-se da sua condição de


padrasto, praticou atos libidinosos e conjunção carnal, reiteradamente, em desfavor da vítima Y. DOS A.
A. (11 anos), fatos estes que eram de conhecimento da genitora da infante R. DOS A. A., a qual na figura
de garante, se omitiu ao crime de estupro praticado em desfavor de sua filha, situações ocorridas na
residência do indiciado, em Vila do Conde, nesta comarca de Barcarena/PA.

Consta nos autos que, R. mantém relação amorosa com I. há aproximadamente 03 (três) anos,
relacionamento do qual proveio um filho de 02 (dois) anos de idade. Entretanto, desde o início do enlace
amoroso, o casal reside em casa separadas. Desse modo, quando a acusada necessitava sair para
trabalhar, levava sua prole para a residência de seu companheiro, (...) , com quem as crianças ficavam até
o seu retorno. Neste sentido, I. em um desses momentos, aproveitando-se da situação, solicitou que sua
enteada Y. fosse até o quarto com este, ocasião em que a mandou deitar-se sobre a cama, ordem que foi
negada pela criança.

Ato contínuo, revoltado pela negativa da vítima, o acusado a empurrou, fazendo com que caísse em cima
do móvel utilizado para dormir, oportunidade em que se deitou sobre o corpo da filha de sua companheira,
em uma tentativa de estupra-la, porém, com muito esforço Y. conseguiu fugir das garras de seu algoz,
saindo do imóvel e correndo de volta para a residência de sua mãe, localizada na (...), neste município.

Ao chegar no endereço acima mencionado, a vítima relatou o ocorrido a sua genitora R. que não acreditou
na palavra de sua filha, se recusando a aceitar o que esta lhe falava, acusando-a de encontrar-se faltando
com a verdade.
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Diante disso, mesmo sem acreditar na palavra de sua primogênita, R. procurou seu companheiro e o
questionou sobre o relato de Y., obtendo como resposta uma negativa do agressor, o qual acusou a vítima
de encontrar-se mentindo.

Outrossim, após o padrasto da ofendia negar os fatos, a denunciada decidiu acreditar no pai de seu filho
mais novo, omitindo-se a denúncia realizada por Y.. Após o ocorrido, a vítima ficou 05 (cinco) meses sem
frequentar a residência daquele que tentou abusá-la. Entretanto, por motivos não relatados, precisou
retornar a frequentar o lugar que I. reside, ficando novamente sob sua “responsabilidade”.

Como qualquer agressor sexual, o acusado aproveitou-se da nova oportunidade e deu continuidade ao
que não conseguiu realizar na primeira vez que tentou abusar de sua enteada. Assim, utilizando-se do
mesmo modus operandi, puxou Y. para o interior do quarto, e trancou a porta do compartimento, a fim de
que a vítima não fugisse como da primeira vez. Em seguida, jogou a criança sobre a cama, retirou sua
roupa, e tapando sua boca, a estuprou. Ao acabar sua empreitada criminosa e perversa, I. ameaçou a
menor, conforme esta menciona em sua escuta especial, ora vejamos: “[...] disse que se eu contasse
alguma coisa ia ser pior, que ele ia me sequestrar pra bem longe, que só tinha feito isso comigo
porque eu fui contar pra minha mãe [...]” (fls. Num. 25299839 - Pág. 7/8) Com o corpo ainda dolorido, a
criança de apenas 11 (onze) anos de idade, retornou para sua residência e novamente contou a sua mãe
o que havia lhe acontecido, em uma tentativa de que aquilo não mais ocorresse, torcendo para que sua
genitora lhe salvasse daquele terror vivido, mas isto mais uma vez não ocorreu. R. mesmo ouvindo da
boca de sua filha que seu companheiro havia estuprando-a, preferiu omitir-se e acusar a ofendida de faltar
com a verdade.

Amedrontada, triste, violentada e sem o apoio de sua mãe, Y. procurou ajuda com a esposa do pastor, de
prenome Rafaela, a quem pediu ajuda uma vez que se encontrava com medo de ser sequestrada por
aquele que tirou a sua infância.

A prisão preventiva do paciente foi decretada em 21/05/2021, após representação da autoridade policial.

O mandado de prisão foi cumprido em 27/05/2021.

Foi apresentado pedido de revogação da prisão pela defesa constituída do réu, o qual foi indeferido, dada
a gravidade concreta da conduta do acusado e a necessidade de se assegurar que o réu compareça aos
atos processuais, dado o risco de evasão.

A denúncia foi recebida em 02/07/2021.

Foi designada audiência para realização de depoimento especial para o dia 05/10/2021, às 11h00.

Foi determinada a citação dos réus para oferecimento de resposta escrita.

Conforme certidão de antecedentes criminais, o paciente não possui outros registros criminais.

Quanto à fase processual, informa-se que será efetivada a citação dos réus para apresentarem resposta a
acusação, bem como aguarda-se a realização de audiência para a colheita de depoimento sem dano. (...)”

Nesta Superior Instância, o Douto Procurador de Justiça Luiz Cesar Tavares Bibas, opina pelo
conhecimento e denegação do writ.

Outrossim, considerando que o presente feito apura a suposta prática de crime contra a dignidade sexual,
DETERMINO que o mesmo tramite em segredo de justiça, conforme previsão expressa do art. 234-B, do
Código Penal Brasileiro.

É O RELATÓRIO.
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VOTO

Analisando os pressupostos de admissibilidade, conheço em parte do writ.

Cinge-se o presente mandamus ao argumento relativo à coação ilegal, pois alega que não há
materialidade, e o pedido e a manutenção da custódia, baseiam-se apenas na palavra da suposta
ofendida; não há nos autos relatos descrevendo dia, hora, local e via pela qual o tenham ocorrido
ameaças.

Assim como que, o paciente, é primário (certidão de antecedentes em anexo), é empresário


respeitado e conhecido na comunidade de vila do conde, (contrato social em anexo), é pai de 5
filhos, sendo o menor, E. A. DA S., de apenas 2 aninhos de idade, e, em razão disso, requer a
concessão da prisão domiciliar, conforme preceitua o art. 318, III, do CPP.

Alega que não há requisitos para a prisão do paciente, pois ele não representa perigo à ordem
pública, não representa perigo a ordem econômica, nem tampouco quanto a conveniência da
instrução penal a e a aplicação da lei penal, e consequente aplicação de medidas cautelares
diversas da prisão.

O objeto desta impetração é alegação de que o paciente sofre constrangimento ilegal em sua liberdade de
locomoção, pois em decisão datada de 21.05.2021, o Magistrado a quo determinou a prisão preventiva do
paciente.

Quanto à alegação de ausência de provas e qualquer indício de autoria delitiva, esta não merece
prosperar.

O impetrante alega que não há materialidade, e o pedido e a manutenção da custódia, baseiam-se


apenas na palavra da suposta ofendida; não há nos autos relatos descrevendo dia, hora, local e via
pela qual o tenham ocorrido ameaças.

Como sabido, não cabe em sede restrita de habeas corpus exame aprofundado de prova, logo,
qualquer decisão envolvendo matéria de prova resta prejudicada.

Dessa forma, a aferição da efetiva participação do paciente no delito narrado na inicial acusatória exige
dilação probatória, inviável em sede de habeas corpus, onde a prova é sempre pré-constituída.
Qualquer juízo valorativo deve ser feito no momento oportuno, ou seja, na instrução probatória no
processo de conhecimento.

Sendo assim, tal pleito não merece ser conhecido.

Passemos à análise da legalidade ou não da prisão preventiva, bem como pedido de aplicação de
medidas cautelares diversas e pedido de prisão domiciliar.

Pugna a Defesa pela revogação da prisão preventiva do paciente, sob a alegativa de que ausente o
periculum libertatis, bem como pela ausência dos requisitos da medida extrema, insculpidos no art. 312, do
CPP.

Com efeito, consoante se verifica da Decisão que decretou a prisão preventiva, conforme pesquisa por
mim realizada no Sistema PJe 1º grau, a ID 27049562, que acatou o pedido de representação da prisão
preventiva proposta pela autoridade policial em desfavor do paciente, e decretou a medida constritiva do
mesmo, a alegação do presente item não merece prosperar, já que a decisão ora atacada se encontra
suficientemente fundamentada, não só para garantia da ordem pública, mas, também, impõe-se a
assegurar a conveniência da instrução criminal, ambos requisitos autorizadores ao decreto cautelar.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Assim sendo, vale a pena transcrever, na parte que interessa, a decisão supra, senão vejamos:

“(...) Decido.

A materialidade e os indícios de autoria são extraídos do depoimento da vítima em sede policial.

Quanto aos requisitos autorizadores para a decretação da prisão preventiva disposto no caput do art. 312
do CPP, verificam-se presentes. A única medida cautelar passível de resguardar a ordem pública, ou
seja, impedir o cometimento de novos delitos, é a prisão. Tal se dá pela periculosidade em concreto do
Representado.

Aludida periculosidade em concreto é extraída da quantidade de delitos (dois), bem como da forma pela
qual foram praticados. O Representado teria se aproveitado da condição de padastro da vítima para a
pratica delitiva. Quando tinha o dever de proteção, provocou grave ofensa à direito fundamental,
utilizando-se de força física e ameaça. Pelo relato acostado aos autos, verifica-se que o delito gerou sérias
repercussões para a vítima, sendo certo que a prisão garantirá proteção psicofísica.

A periculosidade em concreto pode ser inferida ainda da audaciosa insistência em delinquir do


Representado - não retrocedeu o intento criminosa após a primeira tentativa - dado que aponta para
probabilidade de outras vítimas, o que deve ser evitado.

Outrossim, a prisão do representado mostra-se necessária para assegurar a conveniência da instrução


criminal, haja vista às ameaças perpetradas contra a tia da vítima e mesmo contra a criança.

ISTO POSTO, DECRETO A PRISÃO PREVENTIVA de I. R. DA S., filho de Tereza Ribeiro da


Silva, com fundamento no art. 312 do CPP. (…)” (grifo nosso).

Cumpre destacar, ainda, que pedido de revogação de preventiva foi apreciado pelo Magistrado a quo, que
o indeferiu em 02.07.2021 (ID 28776455), por não vislumbrar mudança na situação fático-jurídica que
autorize o atendimento da pretensão, ocorrida em 06.06.2021 (ID 27657158) a qual foi juntada pelo
próprio impetrante, que reavaliou a custódia cautelar do paciente, mantendo-o encarcerado, quando assim
se manifestou:

“(...) DO PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA:

A Defesa formulou pedido de revogação de prisão preventiva em favor do réu I. R. DA S.. Por sua vez, o
Ministério Público manifestou-se pelo indeferimento.

No que se refere a prisão de qualquer cidadão antes do trânsito em julgado de sentença condenatória, é
cediço que constitui providência absolutamente excepcional e de aplicação recomendada nas estritas
hipóteses reguladas em Lei.

Depreende-se do atual ordenamento jurídico que a prisão preventiva se reveste de caráter cautelar e
conforme disposição no art. 312 do CPP, sua necessidade deve ser pautada nas seguintes circunstâncias:
como forma de garantir a ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou
para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente
de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

O decreto de prisão preventiva é uma medida cautelar que constitui na privação de liberdade do acusado,
podendo ser decretada pelo juiz durante o inquérito ou instrução criminal, ante a existência dos
pressupostos legais, para assegurar os interesses sociais de segurança.

Possui ainda a característica de rebus sic stantibus, podendo ser revogada conforme o estado da causa,
ou seja, quando desaparecerem as razões de sua decretação durante o processo. Estando presentes os
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

motivos que a autorizaram, deve ser mantida.

Da análise detida aos autos, entendo que a prisão preventiva deve ser mantida em todos os seus termos,
pois não houve qualquer alteração fática a justificar a revogação ou eventual substituição por medidas
cautelares diversas.

Outrossim, considerando que o feito encontra-se em fase inicial e o réu sequer foi citado, eventual
concessão de liberdade provisória seria temerária, pois o acusado poderia evadir-se do seu distrito de
culpa e até mesmo comprometer a regular instrução processual.

Pelo exposto, em harmonia ao parecer do Ministério Público e adotando os mesmos fundamentos da


decisão que decretou a prisão, INDEFIRO o pedido de liberdade.

Pelo vídeo juntado aos autos, sequer há possibilidade de atribuir a manifestação à vítima, pois, por óbvio,
esse juiz não a conhece e muito menos seria capaz de identificar a voz. No entanto, considerando que
seja da vítima, percebe-se que a ela foi ouvida extrajudicialmente, verbalizando receio do acusado vir a
óbito pela condição de preso e outros temores, tais como medo de represália da família do acusado. Além
disso, segundo nome do arquivo, o vídeo foi captado de aplicativo de conversas. Definitivamente não se
sabe em que condições a vítima se manifestou e nem por quais razões. Certo é que a ordem jurídica
impede a revitimização e é dever da família garantir a integridade psicofísica da vítima, cuidando ainda
para que não seja exposta, como parece ter ocorrido. Vale observar que o conteúdo do vídeo juntado pode
denotar coação no curso do processo, crime previsto no art. 344 do CP, o que precisa ser elucidado.

Assim, encaminhe-se cópia dos autos para o Ministério Público, de modo que esta possa avaliar se é o
caso de instaurar investigação sobre o vídeo, bem como adotar alguma medida em favor da vítima.

1- Em conformidade com o parecer ministerial, intime-se o responsável pela vítima, o senhor ROZIVALDO
DOS ANJOS ASSUNÇÃO, a comparecer ao Centro de Perícias Renato Chaves com urgência
acompanhado da infante Y.D.A.A para a realização da perícia, sob pena de incorrer no crime de
Desobediência (Art. 330, caput, CPB). (...)”

Dessa forma, mais do que fundamentadas estão as decisões supra que, arrimadas em requisitos previstos
no art. 312 do CPPB, decretaram e mantiveram a prisão preventiva do paciente, para garantia da ordem
pública, uma vez que utilizando-se da sua condição de padrasto, praticou atos libidinosos e conjunção
carnal, reiteradamente, em desfavor da vítima.

Nesse sentido, a jurisprudência vem entendendo que não há o que se falar em constrangimento ilegal
quando presente, pelo menos um, dos requisitos autorizadores à prisão preventiva, verbis:

HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO – ESTUPRO DE VULNERÁVEL – ART. 217-A, DO CP – PRISÃO


PREVENTIVA – AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA DO DECRETO PREVENTIVO E
DESNECESSIDADE DA CUSTÓDIA CAUTELAR – INOCORRÊNCIA – NECESSIDADE DE GARANTIA
DA ORDEM PÚBLICA E POR CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. In casu, a segregação
preventiva está fundamentada principalmente na necessidade de se resguardar a ordem pública e a
instrução criminal, tendo em vista a gravidade concreta do delito, que evidencia a periculosidade do
agente, em virtude do modus operandi empregado na ação criminosa, o qual, utilizando-se do fato de
morar com a vítima, inclusive dormindo no mesmo quarto, juntamente com outra menor, e usando de seu
poder familiar, pois marido da tia da ofendida, a constrangeu a ter conjunção carnal com ele, em mais de
uma oportunidade, o que denota uma real possibilidade de voltar a delinquir, sendo imperiosa a
manutenção da custódia cautelar, à luz do art. 312, do CPP. Medida extrema necessária diante do quadro
de maior gravidade delineado, ainda que se façam presentes condições pessoais favoráveis, tornando,
portanto, inadequada a substituição do cárcere por cautelares diversas. - ORDEM CONHECIDA E
DENEGADA (3795364, 3795364, Rel. VANIA VALENTE DO COUTO FORTES BITAR CUNHA, Órgão
Julgador Seção de Direito Penal, Julgado em 2020-10-06, Publicado em 2020-10-09).
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Desse modo, incabível a assertiva de que a decretação da custódia preventiva não está lastreada em
fundamentos idôneos a sustentá-la, sendo latente sua necessidade, não só em face da prova de
existência do crime e de indícios suficientes de autoria, como também em razão da natureza e da
gravidade concreta do crime em epígrafe, os quais são indicadores da necessidade da segregação
cautelar, de sorte que a custódia preventiva visa também acautelar o meio social. Há, portanto, que se
preservar a ordem pública.

Assim, descabe acolher a argumentação constante da impetração, acerca da possibilidade de revogação


da prisão cautelar decretada em desfavor do denunciado, visto que a decisão combatida atende ao
comando contido no art. 93, IX, da Constituição Federal.

Ora, diante da motivação supra, não há o que se falar em inidoneidade e/ou falta dos requisitos a ensejar
a custódia preventiva do paciente, já que os mesmos restam sobejamente fundamentados nas decisões
ora guerreadas.

Quanto ao pretendido recolhimento domiciliar, verifiquei que em 28.05.2021, conforme consta no


Sistema PJe – 1º Grau, à ID 27436086, o paciente impetrou pedido de prisão domiciliar, que até o
momento não foi analisado pelo Magistrado a quo.

Assim, em razão de decisão pendente de julgamento, hei por bem não analisar o pedido intentado pelo
paciente a fim de não incorrer em indevida supressão de instância, porém, RECOMENDO que o
Magistrado a quo, realize com a máxima urgência a análise do pedido intentado à ID 27436086,
constante da Ação Penal nº 0801079-58.2021.8.14.0008.

Já quanto, a alegação de que o paciente possui predicados subjetivos favoráveis, não representam
óbice para a manutenção da prisão preventiva, quando identificados os requisitos para a manutenção da
cautelar.

De acordo com a Súmula n° 08, deste Egrégio Tribunal de Justiça, “As qualidades pessoais são
irrelevantes para a concessão da ordem de habeas corpus, mormente quando estiverem presentes
os requisitos da prisão preventiva.”

Por fim, quanto ao pedido de aplicação do art. 319, do CPP, resta incabível, na hipótese em apreço, a
conversão da prisão em outras medidas cautelares, eis que à luz dos elementos contidos nos autos,
sua aplicação é inadequada ao presente caso, conforme leciona Guilherme de Souza Nucci: “se tais
delitos atentarem diretamente contra a segurança pública (garantia da ordem pública), cabe a
prisão preventiva e não medidas cautelares alternativas.”(Prisão e Liberdade, São Paulo: RT, 2011.
28.p.).

Ante o exposto, conheço em parte da ordem impetrada, e nesta extensão DENEGO-A, nos termos da
fundamentação.

É O VOTO.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

Belém, 16/08/2021
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Número do processo: 0807377-90.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: MAYCON DOUGLAS


NASCIMENTO PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: JEAN RODRICK IGLESIAS DO
NASCIMENTO OAB: 29081/PA Participação: AUTORIDADE Nome: 5ª vara criminal da comarca de
Ananindeua Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0807377-90.2021.8.14.0000

PACIENTE: MAYCON DOUGLAS NASCIMENTO PEREIRA

AUTORIDADE: 5ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ANANINDEUA

RELATOR(A): Desembargador RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES

EMENTA

HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR Nº 0807377-90.2021.8.14.0000

IMPETRANTE: JEAN RODRICK IGLESIAS DO NASCIMENTO.

PACIENTE: MAYCON DOUGLAS NASCIMENTO PEREIRA.

AUTORIDADE COATORA: JUÍZO DE DIREITO DA 5ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE


ANANINDEUA.

PROCURADOR DE JUSTIÇA: FRANCISCO BARBOSA DE OLIVEIRA.

RELATOR: DESEMBARGADOR RÔMULO NUNES.

EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME PREVISTO NO ARTIGO 33 DA LEI Nº 11.343/2006.


ILEGALIDADE DA PRISÃO EM FLAGRANTE, VISTO QUE HOUVE INVASÃO ILEGÍTIMA NA
RESIDÊNCIA DO PACIENTE. DESCABIMENTO. EM CASO DE FLAGRANTE EM CRIME DE TRÁFICO
DE DROGAS, AS BUSCAS E APREENSÕES DOMICILIARES PRESCINDEM DE AUTORIZAÇÃO
JUDICIAL, DADA A NATUREZA PERMANENTE DO DELITO, DESDE QUE HAJA FUNDADAS
SUSPEITAS COMO OCORRE NO PRESENTE CASO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS
AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA EXTREMA. IMPROCEDÊNCIA. DECISUM FUNDAMENTADO EM
FATOS E NOS REQUISITOS LEGAIS DO ARTIGO 312 DO CPP, INVIABILIZANDO SUA SUBSTITUIÇÃO
POR MEDIDAS CAUTELARES DO ARTIGO 319 DO CPP. REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
PELO FATO DO PACIENTE SER PAI DE 02 (DUAS) CRIANÇAS, QUE DEPENDEM DOS SEUS
CUIDADOS E SUSTENTO. IMPERTINÊNCIA. PACIENTE NÃO COMPROVOU SER PAI E NEM MESMO
SER O ÚNICO RESPONSÁVEL PELO CUIDADO DOS MENORES. QUALIDADES PESSOAIS.
INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 08 DO TJPA. ORDEM CONHECIDA E DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.

1. No caso de flagrante em crime de tráfico ilícito de drogas, as buscas e apreensões domiciliares


prescindem de autorização judicial, dada a natureza permanente do delito, desde que haja fundadas
suspeitas como ocorre no presente caso. Quanto à alegação de nulidade da prisão e da prova colhida na
residência do paciente, ante a ausência do mandado de busca e apreensão, a irresignação não merece
prosperar, porquanto, não há que se falar em nulidade da busca e apreensão domiciliar, quando a
investigação policial e as provas dos autos revelam razões suficientes para a suspeita da prática de
crimes. Assim, é dispensável o mandado de busca e apreensão quando se tratar de flagrante de crime
permanente, como no caso do tráfico de drogas, sendo possível a realização das medidas necessárias,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

não havendo que se falar em ilicitude das provas obtidas, tampouco em ilegalidade da prisão. A prisão não
deve ser relaxada, posto que já convertida em preventiva, não havendo qualquer irregularidade na prisão
do paciente;

2. A alegação de ausência dos requisitos autorizadores da prisão, é improcedente, visto que a prisão se
faz imprescindível para a garantia da ordem pública, em consequência da autoridade inquinada coatora
entender que a conduta do paciente no crime põe em risco a paz social, visto que o crime imputado ao
coacto é de elevada gravidade, sendo um dos grandes flagelos da atualidade, com consequências
desastrosas de dependência química de milhares de pessoas, gerando violência e criminalidade, o que
inviabiliza, inclusive, a sua substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares do artigo 319
do CPP;

3. Não há nos autos qualquer documento que comprove que o paciente é pai de filhos menores de 12
(doze) anos de idade, tampouco demonstrando que sua presença é imprescindível aos cuidados e
sustento das crianças;

4. As qualidades pessoais são insuficientes, por si só, para garantir aos pacientes o direito de aguardar o
julgamento em liberdade. Súmula nº 08 do TJPA;

5. Ordem conhecida e denegada. Decisão unânime.

ACORDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Desembargadores da Seção de Direito Penal, por
unanimidade, em conhecer e denegar o presente Habeas Corpus, tudo na conformidade do voto do
relator. Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Raimundo Holanda Reis.

Belém. (PA), 16 de agosto de 2021.

Desembargador RÔMULO NUNES

Relator

RELATÓRIO

Cuida-se de Habeas Corpus Liberatório com Pedido de Liminar, impetrado em favor do paciente MAYCON
DOUGLAS NASCIMENTO PEREIRA, preso em flagrante delito no dia 12/03/2021 e sua prisão convertida
em preventiva durante realização de audiência de custódia no dia 13/03/2021, acusado da prática do crime
previsto no artigo 33 da Lei nº 11.343/2006, apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da 5ª
Vara Criminal da Comarca de Ananindeua.

O impetrante afirma que o coacto foi preso em flagrante delito por policiais militares, portando 06 (seis)
invólucros de maconha e que após revista em sua residência foi encontrado mais 60 (sessenta) papelotes
de oxi.

Aduz ainda que, o paciente se encontra constrangido ilegalmente no seu direito de ir e vir por: a)
ilegalidade do flagrante, uma vez que houve invasão ilegítima na residência do coacto, sem qualquer
mandado de busca e apreensão, apenas por uma denúncia anônima; b) ausência dos requisitos
autorizadores da prisão; c) pai de 02 (duas) crianças menores de 12 (doze) anos de idade, sendo provedor
do seu sustento; d) qualidades pessoais favoráveis. Por esses motivos, requer a concessão liminar da
Ordem, determinando a imediata expedição de alvará de soltura, para que o coacto possa responder ao
processo em liberdade, com aplicação das medidas cautelares diversas da prisão, previstas no artigo 319
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do CPP.

A medida liminar requerida foi indeferida, as informações foram prestadas e acostadas ao writ (Id. Doc. nº
30346509 - páginas 1 e 2), o Ministério Público opinou pela denegação da ordem.

Éo relatório.

VOTO

Consta dos autos que, no dia 12/03/2021, por volta de 11H40, na Passagem Santa Bárbara, Nº 10, Bairro
Icuí-Guajará, Município de Ananindeua, o coacto e a corré Thainara Caroline de Almeida Paz, foram
presos em flagrante delito com 87 (oitenta e sete) embalagens, confeccionadas em plástico incolor, todas
contendo substância petrificada amarela, pesando no total 26,4g (vinte e seis gramas e quatrocentos
miligramas), material vulgarmente conhecido como cocaína e 06 (seis) embalagens feitas em pedaços de
plástico incolor, todas contendo erva seca prensada, pesando no total 2,7g (dois gramas e setecentos
miligramas), substância pertencente ao grupo Cannabinóides, popularmente conhecida como maconha.

Fazer parte ainda dos autos que, Policiais Militares diligenciaram para averiguar uma denúncia, realizada
através do Disque Denúncia - 181, de que o paciente e a corré estariam comercializando drogas no imóvel
indicado anteriormente, chegando ao local os Militares observaram uma movimentação em frente
supracitado imóvel e identificaram o paciente e realizaram abordagem e revista pessoal, tendo sido
encontrado com o mesmo 06 (seis) papelotes de maconha, e em seguida realizaram revista em seu
imóvel, e dentro de uma gaveta no quarto do paciente, encontraram 60 (sessenta) papelotes de oxi, e
também a quantia de R$ 28,00 (vinte e oito reais).

DO CONSTRANGIMENTO ILEGAL POR ILEGALIDADE COMETIDA NA PRISÃO EM FLAGRANTE

Consignou a defesa, que a prisão em flagrante do coacto, foi efetuada de forma ilegal, sendo que houve
invasão ilegítima na residência do coacto, sem qualquer mandado de busca e apreensão, apenas por uma
denúncia anônima.

Tais argumentos não merecem prosperar, pois o juízo inquinado coator ao analisar o auto de prisão em
flagrante, mesmo que de forma sucinta, a presença inequívoca dos requisitos legais, previstos no artigo
302, inciso I, CPP, conforme se observa na decisão acostada ao writ.

No caso de flagrante em crime de tráfico ilícito de drogas, as buscas e apreensões domiciliares


prescindem de autorização judicial, dada a natureza permanente do delito, desde que haja fundadas
suspeitas como ocorre no presente caso. Quanto à alegação de nulidade da prisão e da prova colhida na
residência do paciente, ante a ausência do mandado de busca e apreensão, a irresignação não merece
prosperar, porquanto, não há que se falar em nulidade da busca e apreensão domiciliar, quando a
investigação policial e as provas dos autos revelam razões suficientes para a suspeita da prática de
crimes. Assim, é dispensável o mandado de busca e apreensão quando se tratar de flagrante de crime
permanente, como no caso do tráfico de drogas, sendo possível a realização das medidas necessárias,
não havendo que se falar em ilicitude das provas obtidas, tampouco em ilegalidade da prisão. A prisão não
deve ser relaxada, posto que já convertida em preventiva, não havendo qualquer irregularidade na prisão
do paciente.

Desta forma, constatada a legalidade da prisão em flagrante com a sua respectiva conversão em
constrição cautelar, em razão da presença dos requisitos da medida extrema (CPP, artigo 312). Ademais,
eventual ilegalidade resta superada, agora diante da superveniência de um novo título prisional, razão pela
qual, rejeito a presente alegação.

DA AUSÊNCIA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES DA PRISÃO


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Verificando os autos, denota-se que a autoridade inquinada coatora, fundamentou adequadamente a


decisão que converteu a prisão em flagrante delito em prisão preventiva, por subsistirem os requisitos
autorizadores.

Restou configurado a presença do fumus comissi delicti pelas provas colhidas nos autos, por sua vez, a
necessidade da prisão cautelar do paciente encontra-se escorreitamente motivada em dados concretos,
visto que a prisão se faz imprescindível para a garantia da ordem pública, em consequência da autoridade
inquinada coatora entender que a conduta do paciente no crime põe em risco a paz social, visto que o
crime imputado ao coacto é de elevada gravidade, sendo um dos grandes flagelos da atualidade, com
consequências desastrosas de dependência química de milhares de pessoas, gerando violência e
criminalidade, conforme se lê da decisão in verbis:

[...]Pois bem, à vista do contexto fático dos autos, verifica-se presente a materialidade delitiva pertinente
ao crime do art. 33 da LA, por meio do incluso auto de apresentação, LAUDO de constatação de
substância entorpecente provisório (87 petecas de OXI, totalizando 26,4g; 06 embalagens de maconha,
totalizando 2,7g), onde obteve-se resultado POSITIVO para droga vulgarmente conhecida como COCAÍNA
e MACONHA, respectivamente. No que tange ao periculum libertatis, tem-se que a segregação cautelar do
indiciado se faz necessária, para garantia da ordem pública, não se podendo olvidar que a diligência de
prisão restou deflagrada após registro formal de notitia criminis, descrevendo os agentes e
pormenorizando os fatos, conforme incluso nos autos. Outrossim, é cediço que o crime imputado ao
flagranteado é de elevada gravidade, sendo um dos grandes flagelos da atualidade, com consequências
desastrosas de dependência química de milhares de pessoas, agudizando a violência e a criminalidade,
que traz a reboque. Assim, sem maiores delongas, DECRETO A PRISAO PREVENTIVA, por conversão,
de MAYCON DOUGLAS NASCIMENTO PEREIRA, com fulcro no art. 310, II do CPP.[...]

Assim, ao contrário do que tentam fazer crer o impetrante, a decisão ora hostilizada não acarreta
constrangimento ilegal, sendo necessária a manutenção da prisão do paciente, especialmente, para
garantia da ordem pública, o que inviabiliza, inclusive, a substituição da custódia extrema por outras
medidas cautelares do artigo 319 do CPP.

COACTO PAI DE 02 (DUAS) CRIANÇAS MENORES DE 12 (DOZE) ANOS DE IDADE, SENDO


PROVEDOR DE SEU SUSTENTO

Não há nos autos qualquer documento que comprove que o paciente é pai de filhos menores de 12 (doze)
anos de idade, tampouco demonstrando que sua presença é imprescindível aos cuidados e sustento das
crianças.

DAS QUALIDADES PESSOAIS FAVORÁVEIS E SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO POR OUTRAS MEDIDAS


CAUTELARES

No que diz respeito às qualidades pessoais do paciente elencadas no writ, verifica-se que as mesmas não
são suficientes para a devolução de sua liberdade, ante ao disposto no Enunciado Sumular nº 08 do
TJ/PA.

Ademais, mostra-se descabida a pretensão de substituição da custódia preventiva por medidas cautelares
diversas da prisão, tendo em vista que a prisão se faz imprescindível para a garantia da ordem pública,
visto que a autoridade inquinada coatora entendeu que a conduta do paciente põe em risco a paz social no
município onde reside, pois o crime imputado ao paciente é de elevada gravidade, sendo um dos grandes
flagelos da atualidade, com consequências desastrosas de dependência química de milhares de pessoas,
agudizando a violência e a criminalidade.

Ante o exposto, acompanho o parecer ministerial, conheço e denego o presente Habeas Corpus, tudo nos
termos da fundamentação.

Belém. (PA), 16 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Desembargador RÔMULO NUNES

Relator

Belém, 16/08/2021

Número do processo: 0806835-72.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: EDEMIVALDO


APARECIDA DE MORAIS Participação: ADVOGADO Nome: JAMILLE MAYARA CAMPOS NAVES OAB:
28900/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: VARA ÚNICA DA COMARCA DE NOVO
REPARTIMENTO Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0806835-72.2021.8.14.0000

PACIENTE: EDEMIVALDO APARECIDA DE MORAIS

AUTORIDADE COATORA: VARA ÚNICA DA COMARCA DE NOVO REPARTIMENTO

RELATOR(A): Desembargador RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES

EMENTA

HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR Nº 0806835-72.2021.8.14.0000

IMPETRANTE: JAMILLE MAYARA CAMPOS NAVES.

PACIENTE: EDEMIVALDO APARECIDA DE MORAIS.

AUTORIDADE COATORA: JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE NOVO


REPARTIMENTO.

PROCURADORA DE JUSTIÇA: CÂNDIA DE JESUS RIBEIRO DO NASCIMENTO.

RELATOR: DESEMBARGADOR RÔMULO NUNES.

EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME DO ARTIGO 121, § 2º, INCISOS I E IV, DO CPB. FALTA DE
JUSTA CAUSA PARA A MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA EXTREMA E AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA
PRISÃO. DESCABIMENTO. CUSTÓDIA JUSTIFICADA PELA EXISTÊNCIA DE INDÍCIOS DE AUTORIA
E MATERIALIDADE DELITIVA, ALIADA À GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E APLICAÇÃO DA LEI
PENAL, DECISÃO DE PRONÚNCIA RATIFICANDO O INTEIRO TEOR DA DECISÃO QUE DECRETOU A
PRISÃO PREVENTIVA DO COACTO, DIANTE DA GRAVIDADE EM CONCRETO DO CRIME. WRIT
RECHEADO DE MATERIALIDADE DO DELITO E INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA. PACIENTE
COM RISCO DE SER INFECTADA NO LOCAL ONDE SE ENCONTRA PRESO, POR SER PROPÍCIO AO
CONTÁGIO DE COVID-19. IMPERTINÊNCIA. NÃO HÁ NOS AUTOS COMPROVAÇÃO DE QUE O
COACTO PERTENÇA AO GRUPO DE RISCO DO CORONAVÍRUS, ASSIM COMO NÃO FOI
COMPROVADA A OCORRÊNCIA DE INFECTADOS E/OU PROPAGAÇÃO DO MENCIONADO VÍRUS
NO CÁRCERE ONDE O PACIENTE ESTÁ SEGREGADO. QUALIDADES PESSOAIS. INTELIGÊNCIA DA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SÚMULA 08 DO TJPA. ORDEM CONHECIDA E DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.

1. A alegação de ausência de justa causa para a manutenção da custódia extrema e ausência dos
requisitos autorizadores da prisão é descabida, em consequência de que a motivação da custódia cautelar
do paciente, é a existência de indícios de autoria e materialidade delitiva, aliada à garantia da ordem
pública e aplicação da lei penal, diante da gravidade em concreto do crime praticado, consta no presente
writ a materialidade do delito e indícios suficientes de autoria que são suficientes para a decisão
guerreada;

2. Mostra-se inadequada a pretensão de revogação da custódia preventiva em decorrência da pandemia


de coronavírus, visto que, não há nos autos comprovação de que o paciente pertença ao grupo de risco do
COVID-19 para que ocorra a reavaliação da prisão provisória, assim como, não há comprovação de
ocorrência de infectados e/ou propagação do mencionado vírus no cárcere onde o coacta está segregado;

3. As qualidades pessoais são insuficientes, por si sós, para garantir ao paciente o direito de aguardar o
julgamento em liberdade. Súmula nº 08 do TJPA;

4. Ordem conhecida e denegada. Decisão unânime.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Desembargadores da Seção de Direito Penal, por
unanimidade, em conhecer a ordem e denegar o Habeas Corpus, tudo na conformidade do voto do relator.
Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Raimundo Holanda Reis.

Belém. (PA), 16 de agosto de 2021.

Desembargador RÔMULO NUNES

Relator

RELATÓRIO

Cuida-se de Habeas Corpus Liberatório com Pedido de Liminar, impetrado em favor de EDEMIVALDO
APARECIDA DE MORAIS, acusado da prática do crime tipificado no artigo 121, § 2º, incisos I e IV, do
CPB, apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de Novo
Repartimento.

Afirma a impetrante que o coacto está sofrendo constrangimento ilegal no seu status libertatis, alegando
em suma: a) ausência de justa causa para a manutenção da custódia extrema e ausência dos requisitos
autorizadores da prisão; b) situação de calamidade pública provocada pela pandemia do coronavírus, nas
casas penais; c) qualidades pessoais favoráveis. Por esses motivos, requereu a concessão liminar da
Ordem, para que seja concedida a liberdade do paciente, com imediata expedição do alvará de soltura,
para que o paciente aguarde em liberdade o desenrolar processual.

Inicialmente o feito foi impetrado sob a relatoria do Desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior, que
indeferiu o pedido de liminar e requereu informações à autoridade inquinada coatora, as informações
foram prestadas e acostadas ao writ (Id. Doc. nº 5757664 - página 1), o Ministério Público opinou pelo
conhecimento e denegação da ordem, após os autos vieram à minha relatoria por prevenção.

Éo relatório.
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VOTO

Colhe-se dos autos, que no dia 07/02/2021, por volta das 18H00, na Rua Pacajá, Casa nº 14, bairro
Aparecida, município de Novo Repartimento, a vítima ALESSANDRA VIERIA DOS SANTOS, foi
assassinada com 01 (um) disparo de arma de fogo, na região da cabeça, tendo como autor WALDEIR
SILVA DE CARVALHO e como partícipes EDEMIVALDO APARECIDO DE MORAIS, vulgo “Lorin” (coacto)
e CLEBSON DOS SANTOS RODRIGUES, vulgo “catinga”.

Primeiramente a Autoridade Policial representou pela prisão temporária de Cleberson Rodrigues e busca a
apreensão do seu aparelho celular. Após análise do referido aparelho celular, a Polícia Civil descobriu que,
ele teve participação material no homicídio, bem como elucidou que o homicídio também contou com a
participação material do paciente e que o executor foi Waldeir de Carvalho.

DA FALTA DE JUSTA CAUSA PARA A MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA EXTREMA E AUSÊNCIA DOS


REQUISITOS DA PRISÃO.

Quanto à decisão que justifica o cárcere do coacto, a autoridade coatora, em decisão de pronúncia,
justificou a necessidade da custódia, pela existência de indícios de autoria e materialidade delitiva, aliada à
garantia da ordem pública, aplicação da lei penal, diante da gravidade em concreto do crime, conforme se
lê in verbis:

[...]Os presentes autos versam sobre ação penal de competência do Tribunal do Júri, pois EDEMIVALDO
APARECIDO DE MORAIS, vulgo “Lorin” e CLEBSON DOS SANTOS RODRIGUES, vulgo “catinga”, são
acusados de participarem do homicídio perpetrado por matar WALDEIR SILVA DE CARVALHO, por
motivo torpe (mediante promessa de recompensa) e mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido
(pois teriam se valido de ardil simulando serem potenciais compradores de um imóvel, ocultando sua
intenção homicida).

Neste momento processual, mais do que a aplicação da máxima “in dubio pro societate”, deve o
Magistrado balizar-se pela competência Constitucional atribuída ao Tribunal do Júri para o julgamento do
crime doloso contra a vida.

Assim, somente excepcionalmente tal competência pode ser afastada, de forma que as circunstâncias que
implicam a absolvição sumária ou a desclassificação exigem afirmação judicial de absoluta certeza para
propiciarem o convencimento judicial pleno.

Com a observância das provas produzidas, reputo que a pronúncia é a decisão adequada ao caso
concreto.

A materialidade dos fatos estão satisfatoriamente comprovadas nos Autos, de todo arcabouço probatório,
nota-se que o óbito e falecimento da vítima ALESSANDRA VIERIA DOS SANTOS por disparo de arma de
fogo é incontroverso e inequívoco, consubstanciada inclusive no auto de remoção de cadáver e
encaminhamento ao IML.

Quanto aos indícios de autoria igualmente presentes.

Com efeito constam dos Autos extrações de dados dos celulares dos acusados e da vítima, demonstrando
a existência de prévio diálogo entre as partes.

Consta também Depoimento da Autoridade Policial, que relatou ter concluído a investigação que
demonstrou que WALDEIR SILVA DE CARVALHO seria o autor do disparo fatal e que EDEMIVALDO
APARECIDO DE MORAIS, vulgo “Lorin” e CLEBSON DOS SANTOS RODRIGUES, vulgo “catinga”,
seriam participantes do delito, conclusão das investigações com base na análise dos dados colhidos dos
celulares apreendidos.[...]
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[...]Como revelado pelos depoimentos das provas documentais e testemunhais nesta fase, existem
indícios de que EDEMIVALDO APARECIDO DE MORAIS, vulgo “Lorin” e CLEBSON DOS SANTOS
RODRIGUES, vulgo “catinga” possam ser participes do homicídio contra ALESSANDRA VIERIA DOS
SANTOS. Sabe-se que havendo duas ou mais versões no processo e existindo indícios razoáveis, como
os acima detalhados, cabível a pronúncia, possibilitando o julgamento pelo Tribunal do Júri.

As provas documentais e orais colhidas são suficientes para sustentara pronúncia do acusado, com a
consequente submissão do mesmo ao julgamento pelo Tribunal do Júri.

Pertence ao Júri, portanto, com maior amplitude, a apreciação das teses de acusação e defesa
apresentadas, pois os elementos dos autos não autorizam uma decisão diversa.[...]

[...]Diante do exposto e mais que dos autos consta, julgo procedente a denúncia para pronunciar
EDMIVALDO APARECIDO DE MORAES, vulgo “Lorin” e CLEBSON DOS SANTOS RODRIGUES, vulgo
“Catinga”, qualificado nos Autos, por infração ao artigo art. 121, § 2º, incisos I e IV, todos do Código Penal
Brasileiro, isto é, homicídio qualificado por motivo torpe (atuação mediante promessa de recompensa), e
mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido (pois teriam se valido de ardil simulando serem
potenciais compradores de um imóvel, ocultando sua intenção homicida) a fim de ser submetido a
julgamento pelo Tribunal do Júri, nos termos do artigo 413 do CPP.

Os acusados, responderam ao processo presos, inexistindo nos Autos informações novas sobre eventual
alteração da quadra fática que ensejou referido decreto prisional, por tais razões mantenho a prisão
preventiva decretada como forma de resguardar a ordem pública e a aplicação da lei penal, ratificando o
inteiro teor da decisão que decretou a preventiva dos Acusados, devendo aguardarem presos o desfecho
de seu processo.[...]

Estão preenchidos os requisitos da prisão para garantir à ordem pública, aplicação da lei penal, em razão
da gravidade do crime imputado ao paciente. Há também, presença de indícios de autoria e materialidade.
Assim, ao contrário do que tenta fazer crer a impetração, a decisão ora hostilizada não acarretou
constrangimento ilegal, sendo necessária a manutenção da prisão preventiva do paciente.

DO POSSÍVEL RISCO DE CONTAMINAÇÃO PELO CORONAVÍRUS NO AMBIENTE CARCERÁRIO

A impetrante aduz que, em razão da pandemia de coronavírus chegada nas casas penais, é possível
contágio do paciente pelo COVID-19.

Observa-se que não há nenhuma comprovação do paciente pertencer ao grupo de risco do COVID-19
para que ocorra a reavaliação da prisão, assim como a impetrante não comprovou ocorrência de
infectados e/ou propagação do mencionado vírus no cárcere onde o paciente está segregado.

No tocante o risco de contaminação pelo coronavírus, não cabe na espécie, revogação da prisão
preventiva, com base somente na questão humanitária e sanitária. Fazer parte do grupo de risco de
contaminação, por si só, não impede a permanência da segregação, tanto mais quando a população
carcerária conta com atendimento médico e fornecimento de medicamentos, além de imediato
encaminhamento à rede pública de saúde, que nem sempre estão ao alcance de boa parte dos cidadãos
comuns.

Ademais, medidas sanitárias têm sido adotadas com o fim de minimizar o risco de transmissão do
coronavírus nas casas penais. Embora já haja notícia de contaminação de encarcerados e servidores no
sistema penitenciário, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP, vem adotando
providências como a de separação dos grupos do risco do restante da massa carcerária, fornecimento de
alimentação apropriada, medicamento, atendimento médico por equipe especializada, etc.; destacando-se,
também, ação de desinfecção das casas penais.

DAS QUALIDADES PESSOAIS FAVORÁVEIS


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No que diz respeito às qualidades pessoais do paciente elencadas no writ, verifica-se que as mesmas não
são suficientes para a devolução de sua liberdade, ante ao disposto no Enunciado Sumular nº 08 do
TJ/PA.

Ante o exposto, acompanhando o parecer ministerial, conheço a ordem e denego o Habeas Corpus, tudo
nos termos da fundamentação.

Éo meu voto.

Belém. (PA), 16 de agosto de 2021.

Desembargador RÔMULO NUNES

Relator

Belém, 16/08/2021

Número do processo: 0806591-46.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: ANTONIO CARLOS


ALVES DA SILVA LEAL Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS BENJAMIN DE SOUZA
GONCALVES OAB: 22897/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: VARA UNICA DE
CACHOEIRA DO ARARI Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0806591-46.2021.8.14.0000

PACIENTE: ANTONIO CARLOS ALVES DA SILVA LEAL

AUTORIDADE COATORA: VARA UNICA DE CACHOEIRA DO ARARI

RELATOR(A): Desembargador RAIMUNDO HOLANDA REIS

EMENTA

EMENTA: Criminal. Habeas Corpus: Tentativa de Homicídio Duplamente Qualificado na forma


tentada – Reiteração de pedidos analisados em Habeas corpus anteriormente impetrado – Não
conhecimento - Excesso de Prazo – Paciente pronunciado – Interposição, inclusive, de Recuso em
Sentido Estrito - Instrução encerrada – Incidência das Súmulas 08 e 52 do Superior Tribunal de
Justiça – Constrangimento inocorrente.

1- É inviável a renovação de instância para análise dos mesmos pedidos, não se fazendo possível o
enfrentamento, neste writ, das questões analisadas em julgado anterior, daí que não conhece de tais
inconformismos.

2- Quanto ao excesso de prazo, observa-se que o paciente foi pronunciado, recorreu recentemente da
decisão; estando tão somente no aguardo do julgamento Recurso em Sentido Estrito interposto pela
defesa, para a designação do Tribunal do Júri, ou seja, a instrução criminal se encerrou, restando, dessa
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forma, superado tal argumento, nos termos das Súmulas nº 21 e nº 52 do e. Superior Tribunal de Justiça.

3- Assim, não se visualiza nenhuma inércia ou desídia por parte da acusação ou da autoridade
apontada como coatora, evidenciando dessa forma, ausência de constrangimento ilegal, passível de
reparação nesta superior instância.

4- Ordem conhecida em parte, e, na parte conhecida, denegada. Unânime.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos de HABEAS CORPUS, ACORDAM os Excelentíssimos


Senhores Desembargadores que integram a Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Estado do
Pará, à UNANIMIDADE de votos, conhecer em parte do writ, e, nessa extensão, DENEGAR a ordem
impetrada.

Plenário Virtual da Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, 30ª Sessão Ordinária
por videoconferência, aos dezesseis dias do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre.

RELATÓRIO

Cuida-se de HABEAS CORPUS com pedido de liminar, impetrado em favor de ANTÔNIO CARLOS
ALVES DA SILVA LEAL, sendo a autoridade tida por coatora o Juiz de Direito da Vara Única da Comarca
de Cachoeira do Arari - Proc. nº 0000441-54.2018.8.14.0011 -, aduzindo, em resumo, o impetrante, que o
paciente, preso em flagrante sob a acusação da prática do crime do art. 121, c/c art. 14, II, do CP, sofre
constrangimento ilegal, em virtude de ausência de justa causa para mantê-lo encarcerado, inexistindo os
requisitos do art. 312 do CPP; além do excesso de prazo no confinamento que perdura há 48 meses, sem
o encerramento da instrução; incidindo a Recomendação nº 62/2020 do CNJ, que trata sobre o risco do
COVID-19, vez que já foi acometido de hipertensão, e possui filhos menores de 12 anos. Pede então, a
concessão da ordem.

A liminar foi indeferida pela Desembargadora Maria Edwiges de Miranda Lobato (fls. 58-ID Num.
5649619); prestadas as informações de praxe (fls. 69/74-ID Num. 5672459), constando parecer da
Procuradoria de Justiça pelo conhecimento parcial do writ, vez que constam teses defensivas já
apreciadas em habeas corpus anteriores, e, quanto as demais, opina pela denegação da ordem.

Constatada a minha prevenção, os autos vieram a minha relatoria, o que prontamente aceitei (Relator dos
Habeas Corpus nº 0810739-71.2019.8.14.0000 e n° 0803431-47.2020.8.14.0000), respectivamente.

VOTO

O inconformismo é contra o confinamento imposto ao paciente, já pronunciado em 17.03.2021, e


segregado desde outubro/2018, configurando, no dizer do impetrante, o excesso de prazo para o
encerramento da instrução criminal, além de ser ele, ANTÔNIO, primário e de bons antecedentes, pai de
menor de 12 anos que necessita de seus cuidados.
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1) Preliminarmente, esclareço que assiste razão ao douto Procurador de Justiça Ricardo Albuquerque da
Silva, ao opinar pelo conhecimento parcial do writ, uma vez que, por ocasião do HABEAS CORPUS
registrado sob nº 0803431-47.2020.8.14.0000, julgado nos dias 02 a 04.06.2020, impetrado em prol do
paciente, de minha relatoria, as teses relacionadas à ausência de justa causa para a constrição; direito a
prisão domiciliar em razão de possuir filhos menores de 12 anos; risco de contaminação pelo Covid-19;
predicados pessoais; todos esses argumentos, de fato, já foram de objeto de análise por esta Colenda
Seção de Direito Penal na 12ª Sessão Ordinária/2020, constituindo, assim, mera reiteração de pedidos,
daí que, NÃO CONHEÇO de tais inconformismos, vez que inviável a renovação de instância para análise
dos mesmos pedidos.

2) Passo então, a análise do EXCESSO DE PRAZO para o encerramento da instrução criminal:

Inicialmente deve ser ressaltado, que já pacífico o entendimento desta Seção de Direito Penal neste
particular, não há que se falar em reiteração, porquanto a questão não foi analisada de forma recente
(junho de 2020), e, como de conhecimento geral, na esfera temporal, tal situação pode redundar, em
momento futuro, constrangimento até então inocorrente, cabendo o exame da suposta ilegalidade,
acontecer considerando as informações de primeiro grau quanto ao andamento do processo, as quais
permitirão melhor aquilatar os motivos do alongamento alegado.

Pois bem. Extrai-se dos autos e dos informes do Juízo - fls. fls. 69/74-ID Num. 5672459 - que ANTONIO
CARLOS, vulgo “TIQUE”, foi devidamente pronunciado pelo delito de tentativa de homicídio duplamente
qualificado, estando tão somente no aguardo do julgamento do Recurso em Sentido Estrito, interposto
recentemente pela defesa do paciente, para a designação do Tribunal do Júri, ou seja, a instrução criminal
se encerrou, restando, dessa forma, superado o argumento de excesso de prazo, nos termos das Súmulas
nº 21 e nº 52 do e. Superior Tribunal de Justiça, verbis:

- Súmula 21 do STJ: “Pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão
por excesso de prazo na instrução.”

- Súmula 52 do STJ: "Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento ilegal
por excesso de prazo."

Lado outro, perfeitamente motivado pelo Juízo impetrado a manutenção do confinamento, revisto e
indeferido pedido de revogação no dia 20.07.2021 (Site de consulta do TJ/PA), vez que se trata de réu que
detém periculosidade acentuada, respondendo ainda, na comarca, pelos crimes de estupro (Proc.
0000923-02.2018.8.14.0011); desacato (Proc. 0002465-26.2016.8.14.0011); roubo majorado – julgado
(Proc. Nº 00003269-86.2019.8.140011.); e lesão corporal grave ( Proc. Nº 0031386-29.2015.8.14.0011), e
o fato de ainda não ter sido designada nova data do julgamento do paciente em plenário, se dá em razão
da interposição do RESE por sua própria defesa, dizendo o magistrado, corretamente, “que a custódia
cautelar, por ora, ainda se evidencia como a melhor medida para dissuadi-lo a não cometer mais delitos”.

Como visto, não se visualizou nenhuma inércia ou desídia por parte da acusação ou da autoridade
apontada como coatora, evidenciando regularidade na instrução, já encerrada, além do que o excesso de
prazo deve ser visto com cautela, sem rigores matemáticos, devendo ser analisado o caso concreto,
principalmente quando a ação penal apresenta as peculiaridades aqui narradas, com suspensão
necessária do expediente presencial, com a edição, nesse sentido, de Portarias pelo Tribunal, o que
acarretou um pequeno e justificável prolongamento da instrução criminal, em razão da pandemia do novo
coronavirus, somado ao fato, que o paciente chegou a está foragido do distrito da culpa (narrado pelo
Juízo na Pronúncia).

Assim, não se visualiza nenhuma inércia ou desídia por parte da acusação ou da autoridade apontada
como coatora, evidenciando dessa forma, ausência de constrangimento ilegal, passível de reparação
nesta superior instância.

PELO EXPOSTO, CONHEÇO EM PARTE DO WRIT, E, NESSA EXTENSÃO, DENEGO A ORDEM.


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Belém-PA, 16 de agosto de 2021.

Desembargador RAIMUNDO HOLANDA REIS,

Relator

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0805750-51.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: FRANCISCO


HOSANAN DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: IVAN MORAES FURTADO JUNIOR OAB:
13953/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: 10 VARA CRIMINAL DA CAPITAL Participação:
FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0805750-51.2021.8.14.0000

PACIENTE: FRANCISCO HOSANAN DE OLIVEIRA

AUTORIDADE COATORA: 10 VARA CRIMINAL DA CAPITAL

RELATOR(A): Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

EMENTA

HABEAS CORPUS. CONDENAÇÃO. SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO. PEDIDO DE


RECONHECIMENTO DE PRESCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. ACÓRDÃO. NOVO MARCO
INTERRUPTIVO. REGIME ABERTO. IMPOSIÇÃO DE MONITORAÇÃO ELETRÔNICA. EXCLUSÃO.
NÃO ACOLHIMENTO. DECISÃO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. SUBSTITUIÇÃO DA PENA
PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS. NÃO CONHECIMENTO. EXISTÊNCIA
DE AÇÃO ESPECÍFICA. WRIT UTILIZADO COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL.
IMPOSSIBILIDADE. HABEAS CORPUS PARCIALMENTE CONHECIDO E DENEGADO.

1. Nos termos do inciso IV do artigo 117 do Código Penal, o Acórdão condenatório sempre interrompe a
prescrição, inclusive quando confirmatório da sentença de 1º grau, seja mantendo, reduzindo ou
aumentando a pena anteriormente imposta. (STF, publicado em 10/09/2020).

2. Deve ser mantido o cumprimento da pena privativa de liberdade em regime aberto, com monitoração
eletrônica, quando constatado que o Juízo a quo justificou, de modo adequado e em conformidade com o
entendimento dos Tribunais Superiores e desta e. Corte, a sua necessidade, diante da inexistência da
“Casa de Albergado” ou “estabelecimentos congêneres” no Estado do Pará.

3. Esta Corte de Justiça, seguindo orientação do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal
Federal, pacificou entendimento no sentido de que o habeas corpus (salvo quando constatada a existência
de flagrante ilegalidade no ato judicial impugnado), não se revela instrumento idôneo para impugnar
decreto condenatório transitado em julgado, quando cabível revisão criminal, situação que implica o não
conhecimento do pedido. Precedentes.
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4. HABEAS CORPUS PARCIALMENTE CONHECIDO E NESSA EXTENSÃO, DENEGADA A ORDEM.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam, os Excelentíssimos Senhores Desembargadores,


componentes da Egrégia Seção de Direito Penal, por unanimidade, EM CONHECER EM PARTE DA
PRESENTE IMPETRAÇÃO, E NESSA EXTENSÃO, DENEGAR A ORDEM, nos termos do voto do
Relator.

Julgado por meio de videoconferência em Sessão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no dia 16 do
mês de agosto de 2021.

Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Rômulo José Ferreira Nunes.

RELATÓRIO

Trata-se de impetrado habeas Corpus com pedido de liminar em favor de FRANCISCO HOSANAN DE
OLIVEIRA, condenado ao cumprimento da pena de 03 (três) anos e 10 (dez) meses e 20 (vinte) dias de
reclusão e 155 (cento e cinquenta e cinco) dias multa, pela prática do crime previsto no artigo 168, §1º,
III, c/c art. 69, ambos do Código Penal, contra suposto ato ilegal do juízo de Direito da 10ª Vara Penal da
Capital, praticado nos autos do processo-crime nº 0012119-16.2007.8.14.0401.

Relata a defesa, em síntese, que o paciente foi condenado em primeira instância, à pena de 05 (cinco)
anos e 05 (cinco) meses e 10 (dez) dias de reclusão e 858 (oitocentos e cinquenta e oito) dias multa, pela
prática do crime previsto no art. 168, § 1º, III c/c art. 69 do Código Penal, decisão que foi parcialmente
reformada pela Colenda 2ª Câmara Criminal Isolada deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará,
redimensionando a pena para 03 (três) anos 10 (dez) meses e 20 (vinte) dias de reclusão e 155 (cento e
cinquenta e cinco) dias multa, em regime aberto.

Narra, ainda, que a decisão transitou em julgado em 27 de maio de 2021 e, em 06 de abril de 2021, foi
determinado o cumprimento da sentença onde, na data de 27 de maio de 2021, foi expedido Mandado de
Intimação para o apenado, determinando seu comparecimento na Casa de Albergado a fim de ser incluído
no programa de monitoramento eletrônico.

Enfatiza que, contrariando a jurisprudência do STJ, o juízo sentenciante deixou de acatar o pedido de
prescrição da sentença, já que, no seu entendimento, o acórdão que confirma ou minora a pena, não
constitui novo marco interruptivo.

Para tanto, pontua que a denúncia foi oferecida em 06/09/2007 e recebida em 10/09/2007, tendo o último
acórdão do Superior Tribunal de Justiça ocorrido em 05/08/2020 e transitado em julgado em 15/06/2020,
passando-se assim mais de 12 (doze) anos. E, uma vez que a decisão que reformou a sentença em sede
de apelação (acórdão nº 148.056, publicado em 30/06/2015), reduziu a pena para 03 (três) anos 10 (dez)
meses e 20 (vinte) dias, a prescrição se dá em 08 (oito) anos, logo, entende que o feito se encontra
prescrito.

Por outro lado, verbera que a decisão que condenou o apenado no regime aberto não impôs qualquer
condição para seu cumprimento, tampouco se manifestou sobre a possibilidade de substituição da pena
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privativa de liberdade por restritiva de direitos, de onde a defesa afirma que o condenado faz jus a tal
substituição, vez que preenche os requisitos exigidos no art. 44 do Código Penal.

Pontua, que ao apresentar Questão de Ordem junto ao juízo sentenciante, este se limitou a dizer que a
decisão transitou em julgado, logo, não poderia o juízo de conhecimento promover qualquer alteração no
seu teor.

Desse modo, pugna pela substituição da pena aplicada para a restritiva de direitos, nos termos do artigo
43, V, do Código Penal.

De outra banda, argumenta que a determinação de monitoramento eletrônico vai contra os fundamentos
da própria pena restritiva de direitos, bem como, que o artigo 115, da Lei de Execuções Penais, impõe
regramentos ao regime aberto, dentre os quais não se encontra a monitoração eletrônica, o qual deverá
sempre ser motivado.

Diante disso, requereu, liminarmente, pelo sobrestamento do início do cumprimento da execução da pena
até o julgamento do presente writ, e, no mérito, pelo reconhecimento e declaração da extinção da
punibilidade pela prescrição, ou subsidiariamente, pela conversão da pena aplicada para a restritiva de
direitos, nos termos do artigo 43, V, do Código Penal.

Não sendo esse o entendimento, requer, ainda, o cumprimento da pena nos termos do artigo 115, da Lei
de Execuções Penais, que impõe condições gerais e obrigatórias ao cumprimento de pena em regime
aberto, descartando a possibilidade de monitoramento eletrônico.

Juntou documentos.

A defesa do paciente, de forma expressa, manifestou a intenção de efetuar sustentação oral no ato do
julgamento.

O feito veio à minha relatoria redistribuído, por prevenção.

Em 29 de junho do corrente ano, indefiro a medida liminar pleiteada, solicitei informações de praxe para a
autoridade coatora, e determinei posterior envio ao Ministério Público de Segundo Grau para exame e
parecer.

A juíza titular da 10ª Vara Penal da Capital, em suas informações, enfatizou que:

“1- Síntese dos fatos nos quais se articula a acusação.

O Ministério Público do Estado do Pará ofereceu denúncia contra FRANCISCO HOSANAN OLIVEIRA
imputando-lhe a prática do crime tipificado no art. 168, §1º, inciso III, c/c o art. 69, ambos do CP.

Narra a exordial acusatória que, FRANCISCO HOSANAN DE OLIVEIRA foi constituído como advogado
das vítimas Adelino Nogueira Cerqueira, Antônio Rosendo da Silva, Benedito Péricles de Moraes, José
Genuíno da Silveira, Carmelino Luiz Feio Salgado e Raimundo Justiniano do Carmo, para atual, com
poderes ad judicia, nos autos da reclamação trabalhista nº 01136/2002, ajuizada em agosto de 1992
contra a empresa Petrobrás S/A, visando a cobrança de diferenças salariais decorrentes de planos
econômicos implementados pelo Governo Federal.

Prossegue narrando, a denúncia, que a supracitada Reclamação Trabalhista foi julgada procedente e
passou para a fase executória, sendo que, desde dezembro de 2000, o acusado, na qualidade de
advogado das vítimas, passou a receber os valores depositados pela empresa reclamada, totalizando a
quantia de R$ 786.621,76 (setecentos e oitenta e seis mil e seiscentos e vinte e um reais e setenta e seis
centavos), dinheiro esse que nunca foi repassado às vítimas, as quais sequer ficaram sabendo do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

levantamento dos valores.

Ainda de acordo com a peça inicial, a conduta delitiva, consistente na apropriação indevida do valor acima
mencionado, somente foi descoberta no ano de 2007, quando a vítima Adelino Cerqueira recebeu
informações da empresa Petrobrás S/A para lançamento em sua declaração de Imposto de Renda
daquele ano, referente ao ano base de 2006, onde constava o recebimento de créditos trabalhista perante
a Justiça do Trabalho, sendo que, desconfiada, a citada vítima então procurou o denunciado
questionando-o sobre a Reclamação Trabalhista, ao que ele lhe informou que “não havia a menor
possibilidade de vitória na causa.”

2- Exposição da causa ensejadora da medida constritiva.

O paciente respondeu o processo em liberdade e encontra-se nessa condição até a presente data.

3- Informações acerca dos antecedentes criminais e primariedade dos pacientes, e, sendo possível,
suas condutas sociais e personalidades.

Segue anexa a certidão de antecedentes criminais do réu.

4- Indicação da fase em que se encontra o procedimento.

O feito já se encontra sentenciado e com todos os recursos interpostos pelo réu analisados pelos Tribunais
Superiores a este juízo de 1º Grau, de modo que se trata de decisão já transitada em julgado, sendo que o
paciente tem interposto inúmeros pedidos tentando evitar o início da fase executória.

Ressalta-se que a pena imposta ao acusado, após análise do Recurso de Apelação por ele interposto
restou definitiva em 03 (três) anos, 10 (dez) meses e 20 (vinte) dias de reclusão, a serem cumpridos no
regime ABERTO, e 155 (cento e cinquenta e cinco) dias-multa, com valor do dia-multa fixado em 1/30 (um
trigésimo) do salário mínimo vigente à época do fato.”

O Procurador de Justiça Sergio Tiburcio dos Santos Silva pronuncia-se pelo “CONHECIMENTO PARCIAL
do Habeas Corpus, e na parte conhecida, pela DENEGAÇÃO por inexistência de constrangimento ilegal
ao paciente FRANCISCO HOSANAN DE OLIVEIRA.” (textuais).

Éo relatório.

VOTO

Primeiramente, requer a defesa que seja reconhecida e declarada a prescrição da pretensão punitiva.
Para tanto, sustenta que o acórdão confirmatório da condenação, ainda que modifique a pena fixada, não
interrompe o curso do prazo prescricional.

Adianto, que não lhe assiste razão nesse ponto.

Ocorre que o Tribunal Pleno do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC 176473/RR, realizado
em Sessão Virtual de 17/04/2020 a 24/04/2020, firmou a seguinte tese:

“Nos termos do inciso IV do artigo 117 do Código Penal, o Acórdão condenatório sempre
interrompe a prescrição, inclusive quando confirmatório da sentença de 1º grau, seja mantendo,
reduzindo ou aumentando a pena anteriormente imposta.”
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Eis a ementa do julgado:

Ementa: HABEAS CORPUS. ALEGADA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA. INOCORRÊNCIA.


INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO PELO ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO DE SENTENÇA
CONDENATÓRIA.

1. A prescrição é o perecimento da pretensão punitiva ou da pretensão executória pela inércia do próprio


Estado; prendendo-se à noção de perda do direito de punir por sua negligência, ineficiência ou
incompetência em determinado lapso de tempo.

2. O Código Penal não faz distinção entre acórdão condenatório inicial ou confirmatório da decisão
para fins de interrupção da prescrição. O acórdão que confirma a sentença condenatória,
justamente por revelar pleno exercício da jurisdição penal, é marco interruptivo do prazo
prescricional, nos termos do art. 117, IV, do Código Penal.

3. Habeas Corpus indeferido, com a seguinte TESE: Nos termos do inciso IV do artigo 117 do Código
Penal, o Acórdão condenatório sempre interrompe a prescrição, inclusive quando confirmatório da
sentença de 1º grau, seja mantendo, reduzindo ou aumentando a pena anteriormente imposta. (STF,
publicado em 10/09/2020) destaquei

O próprio Superior Tribunal de Justiça, atento à tese firmada, proferiu recente julgamento nos seguintes
termos:

PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. 1. MANDAMUS


SUBSTITUTIVO DO RECURSO PRÓPRIO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. 2. PRESCRIÇÃO DA
PRETENSÃO PUNITIVA ESTATAL. NÃO OCORRÊNCIA. ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO. MARCO
INTERRUPTIVO. TESE FIRMADA PELO STF. HC 176.473/RR. MERA CONSOLIDAÇÃO DA
JURISPRUDÊNCIA. 3. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

(...) 2. A tese firmada pelo STF no HC 176.473/RR é mera consolidação da jurisprudência prevalente
naquela Corte. Assim, havendo divergência jurisprudencial entre o entendimento firmado pelo STJ e pelo
STF, órgão de cúpula do Poder Judiciário, não há se falar em aplicação do entendimento anterior, uma vez
que a decisão que preservasse esse entendimento não estaria imune à tese consolidada pelo Pretório
Excelso, haja vista a possibilidade recurso àquela Corte.

3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no HC 665.379/SC, Rel. Ministro REYNALDO
SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 01/06/2021, DJe 08/06/2021) destaquei

“(...) 8. A despeito do entendimento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que o acórdão


que mantém a condenação não ser marco interruptivo da prescrição, o Plenário do Supremo
Tribunal Federal em julgamento finalizado no dia 24 de abril do corrente ano, no HC n. 176.473,
publicado no dia 6/5/2020, assentou que: nos termos do inciso IV do art. 117 do Código Penal, o
Acórdão condenatório sempre interrompe a prescrição, inclusive quando confirmatório da
sentença de 1º grau, seja mantendo, reduzindo ou aumentando a pena anteriormente imposta", nos
termos do voto do Relator, vencidos os Ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Plenário, Sessão Virtual de 17/4/2020 a 24/4/2020.

9. Agravo regimental parcialmente conhecido e, nessa extensão, improvido.” (STJ, Sexta Turma, AgRg no
REsp 1863810/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, DJe 28/09/2020) destaquei

No presente caso, tenho que a denúncia foi recebida em 10/09/2007, a sentença condenatória foi
publicada em 18/02/2011, e o Acórdão que julgou o recurso de apelação e redimensionou a pena para 03
(três) anos, 10 (dez) meses e 20 (vinte) dias de reclusão e multa, foi publicado em 30/06/2015.

Assim, firmado o entendimento de que o acórdão do Tribunal interrompe o prazo prescricional e, ainda,
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considerando que, de acordo com a pena in concreto, qual seja, 03 (três) anos, 10 (dez) meses e 20
(vinte) dias de reclusão, e 155 (cento e cinquenta e cinco) dias-multa, não se deu o escoamento do
prazo prescricional de 08 (oito) anos (ex vi art. 109, IV, do CP), não havendo, assim, que se reconhecer
a extinção da punibilidade pela prescrição.

Por outro lado, questiona a defesa, a determinação do uso de monitoramento eletrônico por alegada
incompatibilidade ao regime de cumprimento da pena no qual o paciente foi condenado, no caso regime
aberto, já que “em caso de monitoramento eletrônico o Estado segue acompanhando todos os passos do
apenado. Esse não é o regime aberto previsto na LEP.” (textuais)

Mais uma vez sem sucesso à defesa.

Antes de mais, cabe enfatizar que tal irresignação foi posta ao juízo de primeiro grau como “questão de
ordem”, tendo a magistrada decidido nos seguintes termos:

“Concretamente, o apenado foi condenado a cumprir pena em regime aberto, sentença transita em
julgado, contudo, na Comarca inexiste casa de Albergado, e nestes casos o procedimento adotado para o
início da execução de pena, é a intimação para comparecimento a central de monitoramento para inclusão
no sistema de monitoramento eletrônico, posteriormente, comunicado ao juízo para a expedição da guia,
dando assim início a execução da pena.

Este é o procedimento adotada neste Tribunal que foi estabelecido através do Provimento 006/2.014-
CJMB, publicado no Diário de Justiça nº 5514 de 04/06/2014, que disciplinou o procedimento a ser
adotado para o início de execução de pena em regime aberto no âmbito das comarcas de Belém,
Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Izabel. Pois, senão vejamos:

O art. 1º - Antes da guia de execução (provisória e definitiva) para o cumprimento da pena em regime
aberto no âmbito das comarcas de Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Izabel, deve o juiz do
conhecimento intimar o réu para comparecer no setor competente da SUSIPE para fins de inclusão no
programa de monitoramento eletrônico.

Parágrafo único. Uma vez comunicado pela SUSIPE sobre a inclusão do apenado no referido programa,
deve o juiz do conhecimento expedir a competente guia de execução, encaminhando-a eletronicamente
pelos Sistema do Libra para as respectivas varas de Execução Penal da região metropolitana.

Por outro lado, o art. 146-B da LEP, regulamenta que: O juiz poderá definir a fiscalização por meio da
monitoração eletrônica quando: (...) IV – determinar a prisão domiciliar; (....), que poderá ser perfeitamente
avaliada perante o juízo da execução da pena.

Logo, inexiste irregularidade a ser sanada, posto que, a iniciativa da intimação e apresentação do apenado
na central de monitoramento, é um mero procedimento formal para dar início da execução. (...).”

Deveras, como bem expressado pelo juízo a quo, o citado Provimento 006/2.014-CJMB, regulamentou o
procedimento a ser tomado pelo juiz de conhecimento, para que seja dado início ao processo de execução
da pena dos apenados em regime aberto na Comarca da Capital, logo, a decisão monocrática resta imune
de reformas, vez que proferida de acordo com os termos do Provimento.

Com efeito, a monitoração eletrônica, diferentemente do que afirma a defesa, não traz prejuízo ao
condenado, na medida em que se limita a fiscalizar o recolhimento noturno e os dias de folga, que são
condições do regime aberto previstas em lei. Nesse sentido, dispõem o art. 36, §1º, do CP c/c art. 115 da
LEP:

Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado.


(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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§1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou
exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Por outro lado, dispõe o art. 115 da LEP:

O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das
seguintes condições gerais e obrigatórias:

I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga;

II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados;

Portanto, entendo que o uso de tornozeleira eletrônica pelo apenado, em nada restringe o gozo de plena
liberdade de locomoção, ou mesmo limite as condições impostas no cumprimento da pena no regime
aberto, já que nenhum deslocamento dentro dos limites estabelecidos pelo juízo para o cumprimento da
pena será considerado para efeito de violação das regras do regime aberto.

Trata-se, na prática, unicamente da substituição da fiscalização humana, de efetividade reconhecidamente


limitada, por uma tecnologia de maior eficiência e precisão indiscutível, daí se concluir pela ausência de
situação prejudicial.

Por outro lado, o Superior Tribunal de Justiça já afirmou que as limitações impostas pelo uso do
monitoramento eletrônico não são mais graves do que aquelas que o reeducando estaria submetido no
regime aberto, caso o sistema prisional apresentasse as adequadas condições – a medida não implica em
supressão de direito do apenado e garante a necessária vigilância estatal (HC 383.654/RS, Rel. Ministro
NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 03/10/2017, DJe 09/10/2017).

Este Egrégio Tribunal, em recente decisão de minha relatoria, já se manifestou sobre o tema:

RECURSO DE AGRAVO EM EXECUÇÃO. EXECUÇÃO PENAL. REGIME ABERTO COM


TORNOZELEIRA ELETRÔNICA. PLEITO DE RETIRADA ANTECIPADA DO EQUIPAMENTO. NÃO
CABIMENTO. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. MEDIDA NECESSÁRIA E ADEQUADA.
CONSTRANGIMENTO NÃO EVIDENCIADO. RECURSO DESPROVIDO. 1. Na ausência de
estabelecimento adequado para o cumprimento da pena privativa de liberdade em regime aberto, em
virtude de déficit de vagas, pode o Juízo da Vara de Execução Penal deferir a prisão domiciliar em
substituição ao recolhimento em casa de albergado ou estabelecimento congênere, com monitoramento
eletrônico, desde que este se mostre necessário e adequado.

2. Ademais, afigura-se proporcional a medida à luz da necessidade de garantir-se a indispensável


fiscalização a que se deve submeter o cumprimento da pena privativa de liberdade, não tendo a instância
primeva, no caso concreto, considerado suficiente para assegurar seu mínimo controle a realização de
diligências por agentes públicos.

3. AGRAVO EM EXECUÇÃO IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME (4706717, 4706717, Rel. RONALDO


MARQUES VALLE, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Penal, Julgado em 2021-03-08, Publicado em
2021-03-19)

Por derradeiro, requer a defesa que o acórdão transitado em julgado seja modificado para que a pena
privativa de liberdade seja substituída por restritiva de direitos.

Nesse ponto, tenho que o conhecimento e análise do pedido encontra óbice, já que, por se tratar de
matéria transitada em julgado, é certo que há ação própria para atacar os supostos vícios - no caso em
tela, Revisão Criminal, ex vi do artigo 621 e seguintes, do Código de Processo Penal - razão pela qual não
há que se conhecer do habeas corpus nessa parte, já que nitidamente impetrado como sucedâneo de
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revisão criminal.

O Supremo Tribunal Federal firmou posicionamento no sentido da não admissão do habeas corpus como
substitutivo de revisão criminal.

Nessa esteira, destaco:

Ementa: PENAL E PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO


DE ENTORPECENTES. EXAME DE DEPENDÊNCIA TOXICOLÓGICA. FACULTATIVIDADE. AUSÊNCIA
DE REQUERIMENTO DA DEFESA. UTILIZAÇÃO DE HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE
REVISÃO CRIMINAL.IMPOSSIBILIDADE. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS A QUE SE
NEGA PROVIMENTO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO PARA QUE O RESTANTE DA PENA SEJA
CUMPRIDA EM REGIME ABERTO. 1. (...) 5. O habeas corpus não pode ser utilizado como
sucedâneo de revisão criminal. Precedentes: HC 116.442, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen
Lúcia, DJe de 11.11.13; HC 113.738-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de
14.11.13. 6.In casu, a condenação transitou em julgado em 28.03.12 (informação obtida no site do Tribunal
de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul).(...) 8. Recurso ordinário em habeas corpus a que se nega
provimento. Ordem concedida de ofício para que o restante da pena seja cumprida em regime aberto.
(STF - RHC: 120411 MS , Relator: Min. LUIZ FUX, Data de Julgamento: 17/12/2013, Primeira Turma, Data
de Publicação: DJe-031 DIVULG 13-02-2014 PUBLIC 14-02-2014) (Grifei)

No mesmo sentido, cito recente decisão do Superior Tribunal de Justiça, vejamos:

(...) 1. Diante da utilização crescente e sucessiva do habeas corpus, o Superior Tribunal de Justiça passou
a acompanhar a orientação do Supremo Tribunal Federal, no sentido de ser inadmissível o emprego do
writ como sucedâneo de recurso ou revisão criminal, a fim de que não se desvirtue a finalidade dessa
garantia constitucional, sem olvidar a possibilidade de concessão da ordem, de ofício, nos casos de
flagrante ilegalidade. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no HC 665.379/SC, Rel.
Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 01/06/2021, DJe 08/06/2021)

Portanto, perfilhando esse entendimento, o habeas corpus não se revela instrumento idôneo para
impugnar decreto condenatório transitado em julgado, quando cabível revisão criminal, situação que
implica o não conhecimento do pedido, até porque não vislumbro nenhuma teratologia apta ao
conhecimento e concessão, de ofício, do pedido, cabendo pontuar, ainda, que a matéria foi enfrentada em
sede de recuso de apelação.

Por todo o exposto, conheço em parte do presente mandamus, e nessa extensão, DENEGO A
ORDEM.

Éo meu voto.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Des.or RONALDO MARQUES VALLE

Relator

Belém, 17/08/2021
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0806411-30.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: GABRIEL MOREIRA


COSTA Participação: ADVOGADO Nome: EDEN RODRIGO DA SILVA MELO OAB: 683/PA Participação:
AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZ DA VARA CRIMINAL DE JACUNDÁ/PA Participação: FISCAL DA
LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0806411-30.2021.8.14.0000

PACIENTE: GABRIEL MOREIRA COSTA

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DA VARA CRIMINAL DE JACUNDÁ/PA

RELATOR(A): Desembargador RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES

EMENTA

HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. CRIMES DO ART. 129, §9º C/C
ART.147, CAPUT, AMBOS DO CP. LESÃO CORPORAL E AMEAÇA, NO ÂMBITO DA VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA. PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA. CRIMES PUNIDOS COM
DETENÇÃO, CUJA SOMATÓRIA DA PENA MÁXIMA EM ABSTRATO NÃO ULTRAPASSA 4 ANOS.
ACUSADO PRIMÁRIO. INEXISTÊNCIA DE MEDIDA PROTETIVA ANTERIORMENTE DEFERIDA EM
FAVOR DA VÍTIMA. ÓBICE DO ARTIGO 313 DO CPP. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO.
ORDEM CONHECIDA E CONCEDIDA PARA SUBSTITUIR A CUSTÓDIA POR MEDIDAS CAUTELARES
PREVISTAS NO ART.319 DO CPP, COM EXCEÇÃO DA FIANÇA E MONITORAMENTO ELETRÔNICO,
E MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA EM FAVOR DA VÍTIMA, TODAS A SEREM IMPOSTAS PELO
JUÍZO A QUO. DECISÃO POR MAIORIA.

1. De acordo com o inciso I do artigo 313 do CPP, para a prisão preventiva ser admitida é necessário
que o crime atribuído ao agente seja punido com pena privativa de liberdade superior a 4 (quatro) anos ou,
que se enquadre em uma das hipóteses previstas nos seus incisos II (reincidente em crime doloso) e III
(para garantir o cumprimento de medida protetiva no caso de crime cometido em situação de violência
doméstica), assim como no seu parágrafo primeiro (identidade civil duvidosa).

2. Na hipótese, os delitos imputados ao paciente – lesão corporal no âmbito da violência doméstica e


ameaça -, são incompatíveis com a custódia cautelar, nos termos do inciso I do art.313 do CPP,
circunstância que, somada à sua condição de réu primário e ao fato de que o decreto preventivo não
decorreu de descumprimento de medidas protetivas estabelecidas em momento anterior, constitui óbice à
ordenação da prisão, considerando que as hipóteses legais não foram verificadas na espécie.

3. Em observância aos referenciais da necessidade, adequação e proporcionalidade, verifica-se que a


aplicação das medidas cautelares diversas da prisão se mostra adequada e suficiente para se resguardar
a ordem pública.

4. Ordem conhecida e concedida para substituir a custódia preventiva do paciente por medidas
cautelares diversas da prisão, previstas no art.319 do CPP, com exceção da fiança e monitoramento
eletrônico, unanimemente, além de medidas protetivas de urgência em favor da vítima, todas a serem
impostas e fiscalizadas pelo juízo a quo. Decisão acolhida, nesta última parte, por maioria de votos,
vencidos os Desembargadores Raimundo Holanda Reis e Vânia Lúcia Silveira.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Desembargadores da Seção de Direito Penal, por
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maioria de votos, vencidos parcialmente os Exmos. Desembargadores Raimundo Holanda Reis e Vânia
Lúcia Carvalho da Silveira, em conhecer e conceder a Ordem, tudo nos exatos termos da fundamentação.
Julgamento presidido pelo Exmo. Desembargador Raimundo Holanda Reis.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Desembargador Rômulo José Ferreira Nunes

Relator

RELATÓRIO

Cuida-se de Habeas Corpus Liberatório com Pedido de Liminar, impetrado em favor de GABRIEL
MOREIRA COSTA, denunciado pela prática dos crimes previstos nos artigos 129, § 9º e 147, caput, do
CP, no âmbito da violência doméstica, preso em flagrante delito no dia 20/06/2021, sendo sua custódia
convertida em preventiva em 21/06/2021, apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da
Comarca de Jacundá.

Afirma, o impetrante, que o paciente está sofrendo constrangimento ilegal no seu status libertatis, face os
seguintes motivos: a) ausência dos requisitos autorizadores da prisão preventiva; b) ilegalidade da
custódia cautelar em razão da inobservância ao disposto no art. 313, incisos I e III do CPP, uma vez que a
soma das penas dos crimes imputados ao coacto não ultrapassa 4 anos, sendo ambos punidos com
detenção, além de não ter sido imposto, em favor da vítima, qualquer medida protetiva; c) declaração de
próprio punho da ofendida, afirmando que o paciente nunca havia lhe agredido anteriormente e que não se
sente ameaçada; d) presença de qualidades pessoais favoráveis, por ser primário, apresentar bons
antecedentes e exercer trabalho lícito. Por esses motivos, requereu a concessão da Ordem, determinando
a imediata expedição de alvará de soltura, para que o coacto possa responder ao processo em liberdade
e, subsidiariamente, a aplicação das medidas cautelares diversas da prisão.

A liminar foi indeferida e as informações prestadas.

O Ministério Público opinou pelo conhecimento e denegação do writ.

Éo relatório.

VOTO

Consta dos autos que no dia 20/06/2021, por volta das 00h, o paciente agrediu fisicamente e ameaçou de
causar mal injusto e grave sua companheira Istefani Costa Christino, fato ocorrido no lar conjugal,
localizado Rua Tocantis, nº 48, bairro Aparecida, no município de Jacundá. Na ocasião, o casal estava em
casa, quando o denunciado ficou alterado e começou a arrumar suas roupas, colocando-as numa mochila
e falando que iria embora. Ato contínuo, ateou fogo em uma de suas roupas, tendo a chama se alastrado e
atingido a vítima quando tentava retirar um pacote de fraudas de sua filha. Em seguida, o coacto empurrou
a ofendida e deu-lhe um soco no rosto. Vizinhos teriam acionado a Polícia Militar, que compareceu ao
local imediatamente e conduziram o acusado até a delegacia de polícia. Ao chegarem no local, os policiais
militares ouviram o ofensor ameaçar sua companheira, “falando que se fosse preso “pegaria a vítima e sua
mãe.” (textuais).
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O paciente foi preso em flagrante e teve a custódia convertida em preventiva, em 21/06/2021. O Órgão
Ministerial ofereceu denúncia em 02/07/2021, imputando-lhe a prática dos crimes do art. 129, § 9º e 147,
caput, do CP, a qual foi devidamente recebida. O pedido de revogação da prisão cautelar foi indeferido no
dia 07/07/2021. O juízo coator designou audiência de instrução e julgamento para o dia 17/08/2021.

Eis a suma dos fatos.

Alegou o impetrante, em síntese, a ilegalidade da custódia preventiva diante da inobservância ao disposto


no artigo 313, incisos I e III, do Código de Processo Penal, – a soma das penas previstas para os delitos
imputados ao coacto não ultrapassa quatro anos, tampouco houve descumprimento de medida protetiva,
–bem como ausência dos requisitos necessários para a prisão preventiva e declaração de próprio punho
da ofendida, afirmando que o paciente nunca havia lhe agredido anteriormente e que não se sente
ameaçada, além da presença de qualidades pessoais favoráveis.

No que concerne ao requisito autorizador da prisão preventiva disposto no inciso I do art. 313, do CPP,
segundo o qual será admitida “nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima
superior a 4 (quatro) anos”, sabe-se que seu atendimento “se perfaz pelo somatório das penas máximas
em abstrato dos crimes pelos quais foi o paciente denunciado, em se tratando de concurso de crimes”
(STJ: HC nº 380.427/SP, 6ª Turma, Relator: Min. NEFI CORDEIRO, DJe 29.5.2017.).

In casu, estão sendo imputados ao coacto os crimes de lesão corporal em contexto de violência doméstica
(art.129, §9º, do CP) e ameaça (art.147, caput, do CP), cujas reprimendas máximas previstas são de 03
(três) anos e de 06 (seis) meses, respectivamente, que se reunidas não excedem quatro anos.

De outra banda, verifica-se que a custódia do paciente também não se enquadra no requisito previsto no
inciso III do artigo 313 do mesmo diploma legal, o qual estabelece que a segregação cautelar, admitida
como mecanismo para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, exige prévio
descumprimento das medidas protetivas, considerando que tais providências, até o momento, não
foram estipuladas em desfavor do acusado.

Por fim, cumpre registrar que o coacto não ostenta condenação anterior por crime doloso, conforme consta
das informações prestadas pelo juízo coator (ID/DOC nº 29700617) estando ausente, igualmente, a
situação contemplada no inciso II do supramencionado artigo 313.

Ademais, vale ressaltar que o paciente também não se enquadra na hipótese prevista no §1º do
mencionado dispositivo legal, em que a prisão cautelar será admitida quando houver dúvida sobre a
identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la.

Desse modo, considerando que os requisitos insculpidos nos incisos I, II e III do art.313 do CPP não estão
presentes, uma vez que o agente é primário e as reprimendas máximas em abstrato previstas para
os ilícitos que lhe estão sendo imputados – lesão corporal no âmbito da violência doméstica (três
anos de detenção) e ameaça (seis meses de detenção) -, não ultrapassam 4 (quatro) anos, bem como
que não houve o descumprimento de medidas protetivas pelo acusado, as quais, inclusive, sequer
foram impostas nos autos do processo criminal, resta evidenciado o constrangimento ilegal apontado.

Assim sendo, no que concerne aos fatos alegados e documentos acostados, verifica-se que a custódia
preventiva do paciente se mostra atualmente excessiva e desarrazoada, considerando o seu caráter
excepcional, restando suficientes as medidas cautelares diversas da prisão para fins de se garantir a
ordem pública.

No mesmo sentido a jurisprudência pátria, in verbis:

“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. VIAS DE FATO E AMEAÇA NO ÂMBITO


DOMÉSTICO. PRISÃO PREVENTIVA PARA GARANTIR A APLICAÇÃO DA LEI PENAL. CRIMES
CUJA PENA MÁXIMA NÃO ULTRAPASSA 4 ANOS. ACUSADO PRIMÁRIO. INEXISTÊNCIA DE
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DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA ANTERIOR. ÓBICE DO ART. 313 DO CPP. COAÇÃO


ILEGAL EVIDENCIADA. RECLAMO PROVIDO.

1. Em observância ao princípio da legalidade, para que a decretação da prisão preventiva reste


autorizada, nos termos do artigo 313, inciso I, do CPP, é necessário que o crime atribuído ao
agente seja punido com pena privativa de liberdade superior a 4 (quatro) anos, ou, que se enquadre
em uma das hipóteses previstas nos seus incisos II (reincidente em crime doloso) e III (para
garantir o cumprimento de medida protetiva no caso de crime cometido em situação de violência
doméstica), bem como no seu parágrafo único (identidade civil duvidosa).

2. No caso, os delitos imputados ao ora recorrente - vias de fato e ameaça -, são incompatíveis com a
prisão processual, nos termos do inciso I, art. 313 do CPP, circunstância que, somada à sua condição de
réu primário e ao fato de que a ordem constritiva não decorreu de descumprimento de medidas protetivas
estabelecidas em momento anterior, constitui óbice à ordenação da preventiva, porquanto denota a
ausência de preenchimento das exigências constantes no mencionado dispositivo legal.

3. Recurso ordinário provido para revogar a custódia preventiva do acusado, salvo se por outro motivo
estiver preso.” (RHC 77.527/MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 14/03/2017,
DJe 27/03/2017) (grifo nosso).

“PROCESSO PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS. AMEAÇA NO CONTEXTO DE VIOLÊNCIA


DOMÉSTICA. PRISÃO PREVENTIVA. DECRETO DEVIDAMENTE MOTIVADO.
PROPORCIONALIDADE. ADEQUAÇÃO E SUFICIÊNCIA DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS.
FIXAÇÃO QUE SE IMPÕE.

1. Sabe-se que o ordenamento jurídico vigente traz a liberdade do indivíduo como regra. Desse modo,
antes da confirmação da condenação pelo Tribunal de segunda instância, a prisão revela-se cabível tão
somente quando estiver concretamente comprovada a existência do periculum libertatis, sendo impossível
o recolhimento de alguém ao cárcere caso se mostrem inexistentes os pressupostos autorizadores da
medida extrema, previstos na legislação processual penal.

2. Na espécie, muito embora reconhecida a validade formal do decreto de prisão, de modo a justificar a
cautela máxima no momento de sua emissão, para a garantia da ordem pública - ante as contundentes
ameaças de morte proferidas pelo recorrente à vítima -, entendo que a prisão se tornou excessiva.
Isso, porque o recorrente está sendo acusado da suposta prática do crime de ameaça, cuja pena
cominada em abstrato é de detenção, de 1 a 6 meses, ou multa. Destarte, considerando tratar-se de
delito que possui pena de pouca monta, passados mais de cinco meses do decreto da preventiva, e
à luz da provável imputação, mostra-se desproporcional a manutenção da custódia. Ademais, no
caso dos autos, não houve a prévia imposição de medidas protetivas ao recorrente, de maneira que
não há falar em incidência da hipótese prevista no art. 313, III, do CPP.

3. Na hipótese, seriam suficientes, para os fins acautelatórios pretendidos, a imposição de medidas


outras que não a prisão. Contudo, o longo tempo transcorrido desde a prisão do recorrente, acima já
referido, impede, também, a substituição da prisão por outras medidas menos gravosas, sob pena de se
chancelar constrangimento ilegal ao recorrente. É que, neste caso, as medidas cautelares seriam mais
gravosas que a própria pena prevista para o delito a ele atribuído.

4. Recurso provido, a fim de revogar a custódia preventiva do recorrente.” (RHC 126.457/RJ, Rel.
Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 18/08/2020, DJe 26/08/2020).

“HABEAS CORPUS. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR. ARTS. 129, § 9º, E 147 DO CÓDIGO
PENAL. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS PREVISTOS NOS ART. 312 E 313 DO CÓDIGO DE
PROCESSO PENAL.

1. A liberdade, não se pode olvidar, é a regra em nosso ordenamento constitucional, somente sendo
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possível sua mitigação em hipóteses estritamente necessárias.

2. Na hipótese dos autos, não se verifica a presença dos requisitos previstos nos art. 312 e 313 do
Código de Processo Penal para a decretação da segregação preventiva, que a despeito de
preverem a possibilidade de prisão preventiva no caso dos crimes que envolvem violência
doméstica e familiar, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência, não é isso que
se verifica na espécie.

3. Ordem concedida, confirmando a liminar deferida, para o fim de garantir ao paciente a


manutenção de sua liberdade, sem prejuízo da fixação pelo juiz de primeiro grau de outras medidas
cautelares diversas da prisão (art. 319 do CPP) ou de medidas protetivas de urgência (art. 22 da Lei nº
11.340, de 2006), por decisão fundamentada. (HC 350.295/SP, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA
PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 19/04/2016, DJe 03/05/2016).

“HABEAS CORPUS. LESÃO NO ÂMBITO FAMILIAR. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE


DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA. IMPOSIÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR DIVERSA DA
PRISÃO QUE SE MOSTRA SUFICIENTE PARA PROTEÇÃO DOS BENS JURÍDICOS TUTELADOS.
PERICULUM LIBERTATIS NÃO DEMONSTRADO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO.
ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1. A constrição provisória, admitida como mecanismo para
coibir e prevenir a violência doméstica e familiar exige prévio descumprimento das medidas
protetivas, quando embasada no inciso III, do artigo 313, do Código de Processo Penal. 2. A prisão
em flagrante foi convertida em prisão preventiva, sem que houvesse o descumprimento de medida
protetiva anterior. Desse modo, não evidenciado que medida cautelar diversa da prisão seria
insuficiente para a proteção dos bens jurídicos envolvidos, aliado à pena máxima inferior a quatro
anos, e o fato do réu ser primário e sem antecedentes, concede-se a ordem de soltura ao paciente
mediante a imposição de medidas cautelares diversas da prisão. 3. ORDEM PARCIALMENTE
CONCEDIDA PARA REVOGAR A PRISÃO PREVENTIVA COM APLICAÇÃO DE MEDIDAS
CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. DECISÃO UNÂNIME. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos
estes autos, (acordão 1245632, 1245632, Rel. RONALDO MARQUES VALLE, Órgão Julgador Seção de
Direito Penal, Julgado em 2018-12-17, Publicado em 2018-12-18) (grifo nosso).

Ante o exposto, data vênia do parecer ministerial, conheço e concedo a Ordem de Habeas Corpus para
substituir a custódia preventiva do paciente por medidas cautelares diversas da prisão, previstas no
art.319 do CPP, com exceção da fiança e monitoramento eletrônico, além de medidas protetivas de
urgência em favor da vítima, todas a serem impostas e fiscalizadas pelo juízo a quo, tudo nos termos da
fundamentação.

Écomo voto.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Des. Rômulo Nunes

Relator

Belém, 16/08/2021

Número do processo: 0806141-06.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: RODRIGO CASSIO


GONCALVES DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE VAGNER PESSOA MACAPUNA
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OAB: 29339/PA Participação: ADVOGADO Nome: PABLO GOMES TAPAJOS OAB: 25996/PA
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DE BELEM
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0806141-06.2021.8.14.0000

PACIENTE: RODRIGO CASSIO GONCALVES DOS SANTOS

AUTORIDADE COATORA: VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DE BELEM

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

HABEAS CORPUS PREVENTIVO. ART. 157, §2º, INCISOS I E II, DO CPB. SENTENÇA PENAL
CONDENATÓRIA. IMPOSIÇÃO DE REGIME SEMIABERTO. PACIENTE NÃO RECOLHIDO PARA
INÍCIO DO CUMPRIMENTO DA PENA, ATUALMENTE SOLTO EM CUMPRIMENTO DE MEDIDAS
CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. PROGRESSÃO PARA O REGIME ABERTO SUPOSTAMENTE
ALCANÇADA. SALVO-CONDUTO - IMINENTE COAÇÃO ILEGAL À LIBERDADE DE IR E VIR NÃO
DEMONSTRADA. NOVA DATA-BASE PARA PROJEÇÕES DE BENEFÍCIOS DA EXECUÇÃO PENAL.
ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.

1. A impetração merece ser conhecida, uma vez que, muito embora pendente a apreciação do benefício
de progressão de regime pelo Juízo primevo, a hipótese não enseja indevida supressão de instância, haja
vista que não requerida a referida benesse pela defesa, mas, sim, arguido o receio de o paciente vir a ser
recolhido ao regime semiaberto, consoante determinado em sentença, muito embora já satisfeito, em tese,
o requisito objetivo para a progressão a regime mais brando.

2.O deferimento do pedido de Habeas Corpus preventivo requer a demonstração da efetiva ameaça ao
direto de liberdade de locomoção, bem como da manifesta necessidade de sua concessão em virtude da
iminente ocorrência do constrangimento ilegal.

3. Ausentes, no caso, quaisquer indícios da iminência de constrangimento ilegal, uma vez que o réu deve
iniciar o cumprimento de sua condenação, oportunidade na qual, considerando a nova data-base, serão
refeitos os cálculos para os benefícios penais, como nova projeção para o alcance da progressão ao
regime aberto.

4. Writ conhecido e denegado. Decisão unânime.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores


componentes da Seção de Direito Penal, à unanimidade, em conhecer e denegar o writ, nos termos do
voto da Desembargadora Relatora.

Sessão por videoconferência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, aos dezesseis dias do mês de
agosto de 2021.

Julgamento presidido pelo Exmo. Sr. Des. Rômulo Nunes.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.


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Desembargadora Vânia Lúcia Silveira

Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de habeas corpus preventivo com pedido de liminar impetrado em favor de Rodrigo Cássio
Gonçalves dos Santos, em face de ato do Juízo de Direito da Vara de Execução de Pena Privativa de
Liberdade em Meio Fechado e Semiaberto de Belém/PA, no que tange ao Processo de Origem n.º
0020685-27.2020.8.14.0401 (SEEU).

Consta da impetração que o paciente foi condenado, por decisão já transitada livremente em julgado (em
13/09/2019), nos autos do Processo Criminal de n.º 0002846-91.2017.8.14.0401, às penas de 06 (seis)
anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial semiaberto, e de 126 (cento e vinte e seis) dias-multa.

Alega que a guia de recolhimento para execução deixou de ser cumprida e, desde a data da realização da
Audiência de Instrução e Julgamento (28/06/2017), até a presente impetração, o paciente permanece na
condição de solto com monitoramento eletrônico. Deixou, portanto, de ser recolhido ao estabelecimento
prisional para início do cumprimento de sua reprimenda no regime semiaberto.

Salienta que, em 01/07/2021, o réu atingiu o requisito objetivo para progressão ao regime aberto. Em
23/06/2021, porém, o Juízo impetrado oficiou à SEAP, para que, no prazo de 10 (dez) dias, informasse a
razão do não cumprimento da pena no regime intermediário, mas em “prisão domiciliar” monitorada.

Aduz, entretanto, que não houve resposta da mencionada Secretaria de Estado, sendo o paciente
informado, pela central de monitoramento, que deveria comparecer, em 01/07/2021, na referida central,
munido de documentos e da sentença de progressão de regime para retirada da tornozeleira eletrônica.

Sustenta, assim, risco de prisão ilegal do paciente, já que não pode ser penalizado pelo flagrante equívoco
da SEAP, uma vez que não contribuiu para o não cumprimento da decisão que determinou o seu
recolhimento a estabelecimento compatível com o regime semiaberto.

Nestes termos, pugna pela concessão liminar da ordem, a fim de que seja expedido o competente SALVO-
CONDUTO em favor do apenado. Ao final, a concessão definitiva do writ.

Clama pelo direito de sustentar oralmente as razões da impetração.

Em virtude do afastamento funcional desta Relatora, o pleito liminar fora indeferido pelo Desembargador
Mairton Marques Carneiro, consoante decisão de ID 5662994.

Em informações, o Magistrado a quo assim esclarece:

“(...) Por meio do atestado de liquidação de pena observa-se que o apenado cumpre 06 anos de pena
privativa de liberdade, estando, atualmente, no regime semiaberto com previsão de alcance do requisito
objetivo para progressão ao aberto em 01.07.2021.

Este Juízo solicitou informações à SEAP sobre o porquê do apenado estar em regime domiciliar
monitorado quando o regime correto de pena seria o semiaberto, mas até o presente momento não
aportou neste Juízo as informações solicitadas.

Além disso, este Juízo solicitou informações sobre a regularidade do cumprimento das medidas cautelares
e da monitoração eletrônica do apenado.”
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Nesta Superior Instância, o Custos Legis, representado pelo Procurador de Justiça Luiz César Tavares
Bibas, manifesta-se pelo não conhecimento da ordem impetrada, em face de alegada supressão de
instância.

É o relatório.

VOTO

Ab initio, anoto que a impetração merece ser conhecida, uma vez que, muito embora pendente a
apreciação do benefício de progressão de regime pelo Juízo primevo, a hipótese não enseja indevida
supressão de instância, haja vista que não requerida a referida benesse pela defesa, mas, sim, arguido o
receio de o paciente vir a ser recolhido ao regime semiaberto, consoante determinado em sentença, muito
embora já satisfeito, em tese, o requisito objetivo para a progressão a regime mais brando.

Compulsando detalhadamente os autos, observa-se que o paciente respondeu ao processo, em parte, na


condição de solto, mediante o cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão, inclusive, com
monitoramento eletrônico (Documento 2017.02587406-24 – Libra), vindo a ser sentenciado e condenado
em 25 de julho de 2018, à pena de 06 (seis) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial
semiaberto, e 126 (cento e vinte e seis) dias-multa, como incurso no tipo penal do art. 157, §2º, incisos I e
II, do CPB.

Determinada a expedição da Guia de Recolhimento de Sentença e encaminhada à SEAP, aquela deixou


de ser cumprida pela referida Secretaria, permanecendo o réu, até os tempos atuais, em cumprimento de
medidas cautelares diversas da prisão, já que não transferido para casa penal compatível com o regime
intermediário estabelecido em sentença definitiva.

Consoante Atestado de Pena (ID 5694831), o paciente alcançaria o requisito objetivo para progressão ao
regime aberto em 01/07/2021. Cálculo este, entretanto, produzido com referência à data de início do
cumprimento da condenação em 27/11/2020 (nova data-base), O QUE DEIXOU DE OCORRER, JÁ
QUE NÃO HOUVE CUMPRIMENTO DA GUIA DE RECOLHIMENTO DEFINITIVO, uma vez que o réu
não foi recolhido ao cárcere.

O Magistrado da Execução, em 22/06/2021, determinou a expedição de Ofício à SEAP para que


informasse, no prazo de 10 (dez) dias, as razões pelas quais o apenado encontra-se em gozo de “prisão
domiciliar monitorada” (em realidade, em medida cautelar com monitoramento eletrônico, consoante
consulta ao INFOPEN), quando deveria estar cumprindo pena em regime semiaberto.

Em 15/07/2021, o mencionado Juízo reiterou a diligência supra e, ainda, solicitou informações acerca da
regularidade do cumprimento do monitoramento eletrônico pelo apenado.

Em consulta atualizada ao Processo de Execução 0020685-27.2020.8.14.0401 (SEEU), verifica-se que a


até o presente não houve resposta da SEAP acerca das informações solicitadas pelo Juízo da Vara de
Execuções Penais.

Écediço que, somente é cabível o habeas corpus preventivo quando há fundado receio de ocorrência de
OFENSA ILEGAL à liberdade de locomoção iminente.

No caso em apreço, em que pese a situação de custódia do apenado, a clamar necessária resolução por
parte do Juízo impetrado, nada há nos autos que indique a iminência de o paciente vir a ter a sua
liberdade de locomoção RESTRINGIDA ILEGALMENTE.

O cálculo constante no Atestado de Pena do réu, que apresenta a previsão de alcance para
progressão ao regime aberto, em 01/07/2021, há de ser retificado pelo Juízo da Execução, uma vez
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que utiliza como última data-base o dia 27/11/2020, quando então, o paciente teria iniciado o
cumprimento de sua condenação, o que, como já fartamente destacado, NÃO OCORREU.

Assim, não há nos autos dados concretos a justificar o receio do paciente em uma provável determinação
ilegal de recolhimento a regime semiaberto. Ausentes, assim, no caso, quaisquer indícios da
iminência de constrangimento ilegal, uma vez que o réu deve iniciar o cumprimento de sua
condenação, oportunidade na qual, considerando a nova data-base, serão refeitos os cálculos para
os benefícios penais, como NOVA PROJEÇÃO para o alcance do regime aberto.

Ora, consoante o disposto no art. 5º, LXVIII, o Habeas Corpus deverá ser concedido "sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder".

Conforme também é sabido, o deferimento do pedido de Habeas Corpus preventivo requer a


demonstração da efetiva ameaça ao direto de liberdade de locomoção, bem como da manifesta
necessidade de sua concessão em virtude da iminente ocorrência do constrangimento ilegal, o que
não se afigura na hipótese.

Desse modo, inexistindo ameaça de constrangimento ilegal, por ato ilegal ou abuso de poder, não
há lugar para a expedição de salvo-conduto.

Nesta seara de cognição:

AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. INTERROGATÓRIO DO


PACIENTE NÃO REALIZADO. NULIDADE NÃO ALEGADA A TEMPO E MODO. ART. 571 DO CPP.
PRECLUSÃO. PACIENTE FORAGIDO. APLICAÇÃO DO ART. 565 DO CPP. EXPEDIÇÃO DE SALVO
CONDUTO. NÃO CABIMENTO. DEFICIÊNCIA DA DEFESA TÉCNICA. ALEGAÇÃO NÃO APRECIADA
NO TRIBUNAL DE ORIGEM. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.

(...)

5. O habeas corpus preventivo visa a coibir constrangimento ilegal real e iminente à liberdade de
locomoção do indivíduo, não se prestando a impedir constrição supostamente ilegal, meramente intuitiva e
calcada em ilações e suposições desprovidas de base fática. No caso, não foi demonstrado pela defesa a
existência de ato ou ameaça real ou iminente contra a liberdade de ir e vir do paciente.

(...)

7. Agravo regimental não provido.

(STJ, AgRg no HC 533.821/PE, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA,
julgado em 12/11/2019, DJe 26/11/2019) (grifei)

Diante do exposto, não havendo constrangimento ilegal a ser sanado pela via do presente writ, a
denegação da ordem é medida que se impõe.

É o voto.

Belém/PA, 02 de agosto de 2021.

Desembargadora VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora
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Belém, 16/08/2021

Número do processo: 0802486-26.2021.8.14.0000 Participação: FISCAL DA LEI Nome: VANDERSON


ANTONIO SANTOS MENDES Participação: ADVOGADO Nome: IDJACY LAURINDO DE SOUZA OAB:
26315/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

REVISÃO CRIMINAL (12394) - 0802486-26.2021.8.14.0000

FISCAL DA LEI: VANDERSON ANTONIO SANTOS MENDES

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

RELATOR(A): Desembargador RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES

EMENTA

EMENTA

REVISÃO CRIMINAL. CRIME DO ART. 157, §2º, INCS. I E II, DO CP. PENA BASE QUE DEVE SER
APLICADA NO MÍNIMO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE. PRESENÇA DE VETOR JUDICIAL MILITANDO
CONTRA O POSTULANTE. TERATOLOGIA NA APLICAÇÃO DA PENA. PROCEDÊNCIA. PENA BASE
FIXADA EM 06 (SEIS) ANOS DE RECLUSÃO AINDA QUE UMA ÚNICA CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL
MILITASSE EM DESFAVOR DO REQUERENTE. DESPROPORCIONALIDADE MANIFESTA.
INCIDÊNCIA DAS CAUSAS DE AUMENTO NO PATAMAR MÁXIMO SEM QUALQUER
FUNDAMENTAÇÃO. ILEGALIDADE PATENTE. REVISÃO CONHECIDA E JULGADA PARCIALMENTE
PROCEDENTE. DECISÃO UNÂNIME.

1. A pena base não pode ser aplicada no mínimo legal, uma vez que milita em desfavor do requerente a
circunstância judicial da culpabilidade, valorada de forma adequada.

2. A fixação da pena base no quantum de 06 (seis) anos de reclusão e 60 (sessenta) dias multa, mostra-
se teratológica e desproporcional, tendo em vista que apenas um vetor judicial milita em desfavor do
suplicante, circunstância que exaspera a reprimenda em 09 (nove) meses de reclusão e 02 (dois) dias
multa, resultantes da diferença entre a pena máxima e mínima, dividida pela quantidade de 08 (oito)
vetores judiciais.

3. A incidência das causas de aumento referentes ao emprego de arma e concurso de pessoas em grau
máximo ocorreu sem qualquer fundamentação, indo de encontro ao entendimento constante da Súmula nº
443 do STJ.

4. Pena aplicada. Corrigidos os equívocos, o requerente fica condenado pela prática do crime do art.
157, §2º, incs. I e II, do CP às penas de 05 (cinco) anos e 04 (quatro) meses de reclusão, a ser cumprida
em regime semiaberto, mais 13 (treze) dias multa, calculados à razão de 1/30 (um trinta avos), do salário
mínimo vigente à época do fato.

5. Revisão conhecida e julgada parcialmente procedente. Decisão unânime.


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ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Desembargadores da Seção de


Direito Penal, por unanimidade, em julgar parcialmente procedente o pedido de revisão criminal para
condenar o requerente pela prática do crime do art. 157, §2º, incs. I e II, do CP às penas de 05 (cinco)
anos e 04 (quatro) meses de reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto, mais 13 (treze) dias multa,
calculados à razão de 1/30 (um trinta avos), do salário mínimo vigente à época do fato, tudo na
conformidade do voto do relator. Julgamento presidido pelo Desembargador MAIRTON MARQUES
CARNEIRO.

Belém, 10 de agosto de 2021.

Desembargador RÔMULO NUNES

Relator

RELATÓRIO

RELATÓRIO

WANDERSON ANTÔNIO DOS SANTOS MENDES, inconformado com a sentença, transitada em julgado,
que o condenou pela prática do crime do art. Art. 157, §2°, incs. I e II do CP às penas de 07 (sete) anos e
06 (seis) meses de reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto, mais 75 (setenta e cinco) dias multa,
calculados à razão de 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato, ajuizou a presente
REVISÃO CRIMINAL, pleiteando a sua reforma.

O requerente alega que a sentença foi contrária ao texto expresso da lei, uma vez que não há motivos
para se fixar a pena base em patamar superior ao mínimo legal porque todas as circunstâncias judiciais
militam em seu desfavor, a atenuante da confissão espontânea não foi reconhecida e o aumento de pena
decorrente das majorantes do emprego de arma e concurso de pessoas foi imposto em metade sem
qualquer fundamentação.

Requereu a concessão dos benefícios da justiça gratuita e a concessão de liminar a fim de suspender a
execução da pena, com sua confirmação quando do julgamento definitivo da ação.

A liminar foi indeferida (doc. Id nº 4799228) e a respectiva decisão foi mantida em julgamento de agravo
regimental (doc. Id nº 5115602)

O Ministério Público opinou pelo conhecimento e improcedência do pedido.

Éo relatório.

Àrevisão.

VOTO

VOTO

DOS FATOS
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Consta dos autos, que no dia 09/06/2007, nesta Capital, o requerente, acompanhado de mais três
comparsas, se utilizando de armas de fogo, renderam o frentista Wilson da Cruz dos Santos Porto,
enquanto trabalhava em um posto de combustíveis, ocasião em que subtraíram a quantia de R$ 350,00
(trezentos e cinquenta reais) pertencentes ao estabelecimento. Ocorre que o requerente foi preso em
flagrante delito por populares e entregue a uma guarnição da Polícia Militar.

Encerrada a instrução processual, o requerente foi condenado às penas de 07 (sete) anos e de reclusão, a
ser cumprida em regime semiaberto, mais 75 (setenta e cinco) dias-multa, calculados à razão de 1/30 (um
trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato.

DA REFORMA NA DOSIMETRIA DA PENA

O requerente alega que a sentença foi contrária ao texto expresso da lei, uma vez que não há motivos
para se fixar a pena base em patamar superior ao mínimo legal porque todas as circunstâncias judiciais
militam em seu desfavor, a atenuante da confissão espontânea não foi reconhecida e o aumento de pena
decorrente das majorantes do emprego de arma e concurso de pessoas foi imposto em metade sem
qualquer fundamentação.

A pena foi imposta com os seguintes fundamentos (doc. id nº 4797246, p.2):

“Na análise das circunstâncias judiciais, verifico o seguinte: culpabilidade, exacerbada, uma vez que não
somente empreendeu fuga, como também efetuou disparos contra os policiais; denunciado não registra
antecedentes criminais, sendo que poucos elementos foram coletados a respeito de sua conduta social e
personalidade, não permitindo que se faça uma avaliação mais precisa e concreta a esse respeito; o
motivo do crime: integram a própria definição típica; as circunstâncias e consequências do crime: se
encontram relatadas nos autos, sendo levadas em consideração na fase da dosimetria, nada tendo a se
valorar neste momento; Comportamento da Vítima, não contribuiu e nem facilitou a ação do agente; Por
derradeiro, não existem elementos para se aferir a situação econômica do réu, entretanto, pelo quadro
delineado, pelos relatos dele, a conclusão é de que não é nada boa. À vista dessas circunstâncias
analisadas individualmente é que fixo a pena base em 06 (seis) anos de reclusão e pagamento de 60
(sessenta) dias-multa, cada um equivalente a um trigésimo do salário mínimo vigente ao tempo do fato
delituoso, observado o disposto pelo artigo 60, do Código Penal.

Não há circunstâncias agravantes. Reconheço militar em favor do acusado a atenuante referente à


confissão do delito (art. 65, III, “d” do CP), pelo que diminuo-a em 1/6, fixando-a em 5 (cinco) anos de
reclusão e 50 (cinquenta) dias-multa.

Por outro lado, havendo causa de aumento da pena, previsto no § 2º, incisos I e II, motivo pelo qual elevo
a pena pela metade, fixando-a em 07 (sete) anos e de reclusão e 75 (setenta e cinco) dias-multa, assim,
permanecendo, em vista da inexistência de quaisquer circunstâncias a ser avaliada, tornando-a em
definitiva.”

Como se observa, o único vetor judicial que militou em desfavor do requerente, com motivação adequada,
foi a culpabilidade. Dessa forma, a pena base deveria ser exasperada em 09 (nove) meses de reclusão,
resultantes da diferença entre a pena máxima e mínima, dividida pela quantidade de 08 (oito) vetores
judiciais apreciados.

Ademais, a majoração da pena em metade, resultante do reconhecimento das causas de aumento do


emprego de arma e concurso de pessoas, foi realizada sem qualquer fundamentação, em dissonância
com o entendimento previsto na Súmula 443 do Colendo STJ.

Portanto, deve ser reconhecida a teratologia na aplicação das reprimendas uma vez que houve
desproporcionalidade na fixação da pena base e ausência de fundamentação na incidência das causas de
aumento no patamar de metade.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Realiza-se, então uma nova dosimetria da pena.

Considerando que somente à culpabilidade milita em desfavor do apelante, fixa-se a pena base em 04
(quatro) anos e 09 (nove) meses de reclusão e 12 (doze) dias multa.

Presente a atenuante da confissão espontânea (art. 65. Inc. III, alínea “d”, do CP), reduzem-se as penas
em 1/6 (um sexto) equivalentes a 09 (nove) meses de reclusão e 02 (dois) dias multa, perfazendo o
quantum 04 (quatro) anos de reclusão e 10 (dez) dias multa.

Inexistem causas de diminuição de pena. Presentes as majorantes do art. 157, §2º, incs. I e II, do CP,
exasperam-se as penas em 1/3 (um terço), equivalentes a 01 (um) ano e 04 (quatro) meses de reclusão e
03 (três) dias multa, totalizando as reprimendas definitivas em 05 (cinco) anos e 04 (quatro) meses de
reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto, mais 13 (treze) dias multa, calculados à razão de 1/30
(um trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato.

Ante o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido de revisão criminal e condeno o requerente pela
prática do crime do art. 157, §2º, incs. I e II, do CP às penas de 05 (cinco) anos e 04 (quatro) meses de
reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto, mais 13 (treze) dias multa, calculados à razão de 1/30
(um trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato, nos termos da fundamentação.

Écomo voto.

Belém, 10 de agosto de 2021.

Desembargador RÔMULO NUNES

Relator

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0802475-94.2021.8.14.0000 Participação: REQUERENTE Nome: MARIO


FERDINANDO FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE AUGUSTO COLARES BARATA OAB:
16932/PA Participação: REQUERIDO Nome: JUSTIÇA PUBLICA Participação: FISCAL DA LEI Nome:
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

REVISÃO CRIMINAL (12394) - 0802475-94.2021.8.14.0000

REQUERENTE: MARIO FERDINANDO FERREIRA

REQUERIDO: JUSTIÇA PUBLICA

RELATOR(A): Desembargador RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES

EMENTA

EMENTA
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REVISÃO CRIMINAL. CRIME DO ART. 121, §2º, INC. II, DO CP. TERATOLOGIA NA APLICAÇÃO DA
PENA. PROCEDÊNCIA. VETORES JUDICIAIS DA CULPABILIDADE, CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME
VALORADOS EM DESFAVOR DO REQUERENTE SEM FUNDAMENTAÇÃO. BIS IN IDEM NA
APRECIAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS DO CRIME. SANÇÃO MODIFICADA. REVISÃO CONHECIDA E
JULGADA PROCEDENTE. DECISÃO UNÂNIME.

1. O juiz sentenciante não declinou os motivos pelos quais a culpabilidade do requerente é reprovável,
bem como não demonstrou os fundamentos da valoração negativa dos motivos e das circunstâncias do
delito.

2. Outrossim, houve bis in idem na apreciação das consequências do crime, tendo em vista que a morte
da vítima constitui fato inerente ao tipo penal do homicídio consumado. Logo, há de se reconhecer a
teratologia na aplicação da reprimenda, motivo pelo qual deve ser realizada uma nova dosimetria.

3. Corrigidos os equívocos e considerando que nenhuma circunstância judicial milita em seu desfavor, o
requerente fica condenado à pena de 12 (doze) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial
fechado. Registre-se, por oportuno, que a redução da reprimenda decorrente do reconhecimento da
atenuante da confissão espontânea não pode ser aplicada, uma vez que a pena base foi imposta no
mínimo legal.

4. Revisão conhecida e julgada procedente. Decisão unânime.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Desembargadores da Seção de Direito Penal, por
unanimidade, em conhecer e julgar procedente o pedido de revisão criminal para condenar o apelante às
penas de 12 (doze) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado pela prática do crime do
art.121, §2º, inc. II, do CP , tudo nos exatos termos da fundamentação. Julgamento presidido pelo
Excelentíssimo Desembargador Mairton Marques Carneiro.

Belém, 10 de agosto de 2021.

Desembargador RÔMULO NUNES

Relator

RELATÓRIO

RELATÓRIO

MÁRIO FERDINANDO FERREIRA, inconformado com a sentença, transitada em julgado, que o condenou
à pena de 14 (catorze) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado, pela prática do crime
do art. 121, §2º, inc. II, do CP, ajuizou a presente ação de REVISÃO CRIMINAL, pleiteando a sua reforma.

O requerente alega que houve equívoco na valoração da culpabilidade, personalidade e conduta social.
Aduz ainda que as circunstâncias do delito não poderiam ser apreciadas com fundamento nas declarações
dos parentes das vítimas uma vez que têm interesse em ver o recorrente condenado e não foram ouvidas
na condição de informantes.

Pediu a procedência do pedido a fim de reduzir sua pena.

O Ministério Público opinou pelo conhecimento e improcedência do pedido.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Éo relatório.

Àrevisão.

VOTO

VOTO

DOS FATOS

Consta dos autos, que no dia 23/06/2014, nesta Capital, o requerente, após discutir com o ofendido
Nelson Sousa de Sousa em face dos insistentes pedidos de cigarro que este lhe fazia, ceifou sua vida com
um disparo de arma de fogo.

DA REDUÇÃO DA PENA

O requerente alega que houve equívoco na valoração da culpabilidade, personalidade e conduta social.
Aduz ainda que as circunstâncias do delito não poderiam ser apreciadas com fundamento nas declarações
dos parentes das vítimas uma vez que têm interesse em ver o recorrente condenado e não foram ouvidas
na condição de informantes.

Com efeito, a pena do recorrente foi imposta com os seguintes fundamentos (doc. Id nº 4794126, pp
01/02):

“A pena cominada ao crime de Homicídio Qualificado é de 12 a 30 anos de reclusão. Considerando os


critérios legais dos artigos 59 e 68, ambos do Código Penal Brasileiro, o réu MARIO FERDINANDO
FERREIRA agiu com culpabilidade em grau reprovável, não possui antecedentes criminais, é primário na
forma da lei, possui personalidade e conduta social não avaliada nos autos, os motivos as circunstâncias e
as consequências do crime lhes são desfavoráveis, sobretudo diante do resultado morte, considero que a
vítima concorreu para a prática do crime, assim, fixo a PENA BASE em 15 (quinze) anos de reclusão para
o condenado. Não existem nos autos circunstâncias agravantes, porém, existe uma circunstância
atenuante em favor do réu, visto ter confessado o fato delituoso, pelo que diminuo a pena fixada
anteriormente em 01 (um) ano de reclusão. Não existem nos autos causas especiais de aumento ou de
diminuição de pena. Pelo exposto e em razão da fundamentação acima, CONDENO o réu MARIO
FERDINANDO FERREIRA, brasileiro, paraense policial militar, RG n° 24232-PM/PA, CPF n° 256.978.972-
00, à pena de 14 (quatorze) anos de reclusão, que deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado,
ex vi do artigo 33, § 2°, letra a do Código Penal Brasileiro, no Sistema Penitenciário do Estado do Pará,
pena esta que torno definitiva, concreta e final.”

Da leitura do decisum, percebe-se que quatro vetores judiciais militaram contra o recorrente: a
culpabilidade, os motivos e as consequências do crime.

No entanto, o juiz sentenciante não declinou os motivos pelos quais a culpabilidade do requerente é
reprovável, bem como não demonstrou os fundamentos da valoração negativa dos motivos e das
circunstâncias do delito.

Outrossim, houve bis in idem na apreciação das consequências do crime, tendo em vista que a morte da
vítima constitui fato inerente ao tipo penal do homicídio consumado.

Logo, há de se reconhecer a teratologia na aplicação da reprimenda, motivo pelo qual deve ser realizada
uma nova dosimetria.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Considerando que nenhuma circunstância judicial milita em desfavor do requente, fixa-se a pena base em
12 (doze) anos de reclusão.

A redução da reprimenda decorrente do reconhecimento da atenuante da confissão espontânea não pode


ser aplicada, uma vez que a pena base foi imposta no mínimo legal. Não havendo causas de diminuição e
aumento da sanção, a pena base torna-se definitiva no quantum de 12 (doze) anos de reclusão, a ser
cumprida em regime inicial fechado.

Ante o exposto, conheço e julgo procedente o pedido de revisão criminal para condenar o requerente pela
prática do crime do art. 121, §2º, inc. II, do CP à pena de 12 (doze) anos de reclusão, a ser cumprida em
regime inicial fechado, nos termos da fundamentação.

Écomo voto.

Belém, 10 de agosto de 2021.

Desembargador RÔMULO NUNES

Relator

Belém, 17/08/2021

Número do processo: 0808574-80.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: RAFAEL


NASCIMENTO DE CASTRO Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO BRASIL CAMPOS OAB:
22245/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALINE CRISTINA LOBO DE SOUSA OAB: 22478/PA
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: SEÇÃO DE DIREITO PENAL Participação: FISCAL DA
LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Gabinete do Desembargador Rômulo Nunes

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) 0808574-80.2021.8.14.0000


Advogados : ALINE CRISTINA LOBO DE SOUSA e MARCELO BRASIL CAMPOS
Paciente: RAFAEL NASCIMENTO DE CASTRO
Autoridade Coatora: SEÇÃO DE DIREITO PENAL

DESPACHO

Considerando a existência de dúvida razoável acerca da autoridade que prolatou o ato impugnado, intime-
se o impetrante para que esclareça e aponte corretamente a autoridade inquinada coatora. Após,
conclusos. Int.

Belém. (PA), 18 de agosto de 2021.

Des. Rômulo Nunes


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Relator

Número do processo: 0807208-06.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: BENEDITO FILHO


PEREIRA GOMES Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE AUGUSTO DE PINHO PIRES OAB:
12401/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: VARA DE COMBATE AO CRIME
ORGANIZADO E ORGANIZAÇOES CRIMINOSA DA COMARCA DE BELÉM Participação: FISCAL DA
LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0807208-06.2021.8.14.0000

PACIENTE: BENEDITO FILHO PEREIRA GOMES

AUTORIDADE COATORA: VARA DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO E ORGANIZAÇOES


CRIMINOSA DA COMARCA DE BELÉM

RELATOR(A): Desembargador MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE

EMENTA

HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO, COM PEDIDO LIMINAR. ARTIGOS 157, §2º, II e §2º - A, I, C/C ART.
163, § ÚNICO, I, II e III, AMBOS DO CÓDIGO PENAL E, ART. 2º, §3º e §4º, II, DA LEI Nº 12.850/2013.
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA CAUTELAR. NÃO CONHECIMENTO
(REITERAÇÃO DE PEDIDO). EXCESSO DE PRAZO NA INSTRUÇÃO PROCESSUAL. NÃO
CONFIGURAÇÃO. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESTA EXTENSÃO, DENEGADA.

1. O writ não merece ser conhecido no ponto em que discute a ausência dos requisitos autorizadores da
segregação preventiva, pois, ao lado de se tratar de tese anteriormente enfrentada em mandamus
anterior, não foram apresentados fatos ou fundamentos novos capazes de modificar o entendimento
exposto por este e. Tribunal.

2. Afigura-se incabível o acolhimento da alegação de excesso de prazo para formação da culpa, porquanto
o magistrado a quo tem adotado medidas para imprimir celeridade na solução do caso, inexistindo desídia
ou serôdia injustificada de sua parte, mormente considerando que, ao lado de se tratar de ação penal
complexa – com pluralidade de denunciados (total de 11) – já houve o oferecimento e recebimento da
exordial acusatória, inclusive com julgamento de conflito negativo de competência por este e. Tribunal e,
consequente aditamento à denúncia, ocasião em que ocorreu a reabertura dos prazos para apresentação
de respostas à acusação, encontrando-se o feito, atualmente, no aguardo da apresentação da
manifestação do Parquet sobre as respectivas defesas.

3. Ordem parcialmente conhecida e, nesta parte, denegada.

RELATÓRIO

Trata-se da ordem de habeas corpus liberatório, com pedido liminar, impetrada pelo advogado Alexandre
Augusto de Pinho Pires, em favor de Benedito Filho Pereira Gomes, que responde à ação penal pela
suposta prática dos crimes tipificados nos artigos 157, §2º, II e §2º - A, I, c/c art. 163, § único, I, II e III,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ambos do Código Penal e art. 2º, §3º e §4º, II, da Lei nº 12.850/2013, apontando como autoridade coatora
o Juízo da Vara de Combate ao Crime Organizado da Comarca de Belém/PA.

De acordo com a impetração, o paciente encontra-se custodiado cautelarmente desde o dia 05/08/2019
(data em que a prisão fora efetuada), em razão de preventiva decretada em 14/03/2019, por fatos,
supostamente, praticados em 06/11/2018, tendo requerido, mais de uma vez, a revogação da custódia,
contudo, seus pleitos foram indeferidos, sendo o mais recente em 14/04/2021.

Nessa linha, sustenta que o coacto sofre constrangimento ilegal por excesso de prazo para a formação da
culpa, sobretudo porque “até o presente momento não há a menor perspectiva do processo avançar em
direção da instrução processual, que já vinha engatinhando antes mesmo da pandemia, causando grave
prejuízo ao paciente que até o presente encontra-se preso, mesmo respondendo pelos mesmos crimes
dos réus que tiveram suas prisões revogadas. (...) não é peculiar, muito menos razoável, um processo
criminal com réu preso durar tanto tempo”.

Acrescenta, ao final, que “em que pese ter sido decretada sua prisão preventiva há mais de 840 dias, o ora
paciente, não transparece qualquer intenção de prejudicar a investigação criminal, a instrução processual,
ameaçar testemunhas ou sequer deixar de comparecer perante o judiciário, não podendo, desta forma, ser
mantida a sua custódia preventiva com base apenas em conjecturas incabíveis e num suposto descrédito
na justiça em caso de liberdade. (...) não há como se concluir, pelo que foi produzido em fase inquisitorial,
que existam elementos fáticos-probatórios suficientes para justificar a prisão preventiva, restando
completamente ilegal o decreto de exceção que já se estende por mais de 720 dias, assim como na
decisão de 1º grau que manteve a sua prisão”.

Por tais razões, pleiteia, liminarmente e no mérito, a concessão da ordem para revogar “a prisão decretada
ilegalmente para que permaneça solto, comprometendo-se, desde já, a comparecerem a todos os atos
processuais a que forem intimados, sob a pena de revogação do benefício pleiteado, conforme o CPP”.

Anexou documentos.

O writ foi distribuído à relatoria da Exma. Desembargadora Maria Edwiges de Miranda Lobato, que
indicou a minha prevenção, contudo, em razão de meu afastamento funcional para gozo de férias
(no período de 14 à 26/07/2021) e ante ao pedido de tutela de urgência, indeferiu a liminar, requisitou
informações à autoridade coatora e determinou que fossem encaminhados ao Ministério Público de 2º
grau para emissão de parecer.

Com os esclarecimentos prestados (PJe ID nº 5.773.643), o Procurador de Justiça Francisco Barbosa de


Oliveira, manifestando-se na condição de custos legis, opinou pelo conhecimento e denegação da ordem.

Por último, o writ foi pautado para julgamento na 41º Sessão Ordinária do Plenário Virtual desta e. Seção
de Direito Penal, com início marcado para o dia 10/08/2021, todavia, posteriormente, o impetrante
protocolizou petição, pleiteando “a retirada do feito desta pauta e inclusão na pauta de julgamento por
videoconferência, pois pretende realizar sustentação oral”, o que foi deferido.

É o relatório.

VOTO

De início, reconheço a prevenção indicada, em face do julgamento do Habeas Corpus nº 0805140-


20.2020.8.14.0000, impetrado em favor do paciente e referente a idêntica ação penal originária (nº
0001185-50.2019.8.14.0064).

No que pertine à tese de inexistência dos pressupostos autorizadores da segregação preventiva, é


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

preciso enfatizar que a argumentação defensiva, no ponto, não é inovadora, tratando-se, na verdade, de
mera reiteração ao pleito formulado no writ nº 0805140-20.2020.8.14.0000, julgado na 17ª Sessão
Ordinária do Plenário Virtual (PJE) pela e. Seção de Direito Penal, conforme se depreende da ementa a
seguir transcrita:

“HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO. ROUBO MAJORADO E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. AUSÊNCIA


DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA DO DECRETO CONSTRITIVO. IMPROCEDÊNCIA. PLEITO DE
EXTENSÃO DE BENEFÍCIO CONCEDIDO AOS CORRÉUS. IMPOSSIBILIDADE. EXCESSO DE PRAZO
NA FORMAÇÃO DA CULPA. INOCORRÊNCIA. ORDEM CONHECIDA, TODAVIA DENEGADA.

1. É inviável a revogação da prisão preventiva, quando o magistrado a quo, além de demonstrar a


existência de provas de materialidade e de autoria do fato delituoso, aponta a especial necessidade de se
garantir ordem pública, diante da periculosidade concreta do paciente, revelada pelo seu modo de
proceder na prática criminosa, pois, em concurso de agentes (número total de 11), assaltou uma agência
do Banpará, em plena luz do dia, com emprego de armas de calibre grosso, uso de automóveis e de
reféns, efetuando vários disparos de arma durante a empreitada delitiva, causando temor e instabilidade à
população local.

2. Não há que se deferir ao coacto a extensão da liberdade provisória concedida aos corréus, sobretudo
porque não demonstrada a identidade da situação fática-processual entre os agentes, como, também, em
razão da competência pertencer ao juízo a quo que concedeu a benesse.

3. Afigura-se incabível o acolhimento da alegação de excesso de prazo para formação da culpa,


porquanto o magistrado processante tem adotado medidas para imprimir celeridade na solução do
caso, mormente considerando que, ao lado de se tratar de ação penal complexa – associação criminosa
com envolvimento em mais de um crime, com pluralidade de denunciados, já houve o oferecimento e
recebimento da exordial acusatória, inclusive com julgamento de conflito negativo de competência por este
e. Tribunal e determinada a citação dos acusados, encontrando-se o feito, atualmente, no aguardo da
apresentação das respectivas defesas.

4. Ordem conhecida, todavia, denegada”.

Acrescento que, segundo consta dos autos, o paciente Benedito Filho Pereira Gomes foi responsável por
dirigir o veículo Toyota Corola, prata, utilizado pelo grupo criminoso, assim como que portava arma de uso
restrito durante a empreitada delitiva, efetuando disparos contra a agência bancária, o que causou terror
na comunidade local, revelando a extrema audácia do grupo criminoso.

Rememoro ainda, como destacado no teor do julgado antes citado, que o coacto ostenta histórico criminal
desfavorável pela prática de delito contra o patrimônio (Processo nº 0071024-75.2015.8.14.0009,
capitulação: art. 157, §2º, incisos I e II do Código Penal), restando evidenciado o real risco de reiteração
delitiva.

Sendo assim, para uma nova interpretação seria indispensável à apresentação de fatos ou
argumentos jurídicos inexistentes ao tempo da primeira impetração e capazes de modificar o
entendimento exposto anteriormente por este e. Tribunal, o que não ocorreu na espécie.

Com relação ao suposto constrangimento ilegal sofrido como decorrência do excesso de prazo
para formação da culpa, devo anotar, que, não há que se falar em reiteração, neste particular, porquanto,
como de conhecimento geral, na linha do tempo, uma mesma situação pode desencadear, em momento
posterior, constrangimento até então inexistente.

Todavia, após exame dos autos, tenho para mim que a ordem não comporta concessão, uma vez que, ao
lado dos prazos processuais não serem peremptórios, devendo ser analisados caso a caso, o Juízo
a quo vem tomando as devidas providências para o regular andamento do feito.
500
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Sobre o assunto, a jurisprudência do c. Superior Tribunal de Justiça orienta que a questão não é singela e
que a soma aritmética dos prazos processuais é insuficiente para definir o excesso de prazo da prisão,
devendo o julgador analisar caso a caso a razoabilidade do pedido (v.g. STJ. AgRg no HC 646.100/SP,
Rel. Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 02/03/2021, DJe 08/03/2021 e HC
612.716/MA, Rel. Ministro Reynaldo Soares Da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 24/11/2020, DJe
27/11/2020).

Em verdade, o parâmetro fiel para se decidir sobre o excesso de prazo, à luz da jurisprudência, tanto do
Supremo Tribunal Federal, quanto do Superior Tribunal de Justiça, é a razoabilidade, que deve ser
ponderada em cada processo junto à complexidade da causa e à definição de a quem pode ser
atribuída a demora no processamento da ação.

Aliás, assim é, e só assim pode ser, como tenho reiterado, mas cabe repetir, vale dizer, adequada à dicção
da Constituição da República, que, no art. 5º, inciso LXXVIII, introduzido pela Emenda nº 45 de 2004,
assegura a todos (dirigindo-se, portanto, inclusive aos órgãos do Estado) a duração razoável do
processo, cláusula notoriamente diferente daquela garantida aos cidadãos americanos pela 6ª Emenda à
Constituição daquele país, ou seja, right to a speedy trial e sim ajustada ao disposto no art. 8º, 1, do
Pacto de São José da Costa Rica, subscrito pelo Brasil, que prefere dizer "prazo razoável", o que - é óbvio
- não significa speedy (rápido).

Com efeito, no caso em exame, impõe-se ressaltar que a complexidade da ação penal é evidente, uma
vez que o processo a que responde o paciente conta com 11 réus, todos acusados de, juntamente
com o coacto, terem praticado assalto a uma agência do banco Banpará, em Viseu, interior do
Estado do Pará, delito este de extrema e acentuada gravidade.

Ademais, não constato a ocorrência de excesso de prazo, pois, das informações prestadas pela
autoridade apontada como coatora, fica claro que a ação penal se encontra em regular andamento diante
das demandas surgidas pela complexidade intrínseca ao processo, uma vez que, v.g., fez-se necessária
a instauração de conflito de competência, com o consequente aditamento à denúncia e reabertura
dos prazos para apresentação de respostas à acusação, bem como a impetração de diversos
habeas corpus e pedidos de revogação das prisões, expedição de cartas precatórias e citações por
edital, somando-se, ainda, os entraves trazidos pela atual pandemia de COVID-19 que, como
amplamente sabido, produziu reflexos em todas as áreas, não estando o Judiciário alheio aos seus efeitos.

Nesse sentido, em sede de informações, o magistrado a quo esclareceu minunciosamente:

“(...) O douto juízo da Vara Única da Comarca de Viseu/PA, após o recebimento da denúncia, declinou a
competência para esta Vara Especializada, em 25/03/2019, (decisum em anexo).

O MP-GAECO, entendendo tratar-se de organização criminosa, ratificou e aditou a denúncia ofertada


pelo parquet que atua perante o juízo de Visei/PA, em 16/05/2019, alterando a capitulação jurídica do art.
288, do CP, para o crime do art. 2º, § 3º e §4º, II, da Lei nº 12.580/2013.

O douto magistrado que substituiu este signatário durante as suas férias, Dr. Lucas do Carmo de Jesus,
utilizando de farta doutrina e jurisprudência, julgou incompetente a presente Vara especializada para o
processamento e julgamento do feito de nº 0001185-50.2019.8.14.0064, suscitando conflito negativo
de competência ao E. TJE/PA (decisão em anexo), no entanto o E. TJE/PA entendeu pela competência
deste juízo para processar e julgar o feito, tendo os autos sido remetidos a este juízo especializado
no dia 24/09/2019.

Este juízo, ao receber os autos, ratificou os atos anteriores praticados pelo juízo de Viseu/PA,
ressalvando eventual entendimento dissonante quanto à força probante das provas produzidas, tendo,
ainda, recebido o aditamento à denúncia que inclui o crime previsto no art. 2º, § 3º e §4º, II, da Lei nº
12.580/2013, assim como, em prol dos princípios da ampla defesa e do devido processo legal,
reconcedeu o prazo para apresentação das respostas à acusação.
501
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Os réus apresentaram respostas à acusação, sendo que alguns réus alegaram preliminares em suas
respostas, tendo sido determinado o encaminhamento do feito ao parquet para que se
manifestasse acerca das preliminares arguidas.

(...) gize-se que este juízo especializado vem imprimido a maior celeridade possível relativa ao feito,
anotando-se, de mais a mais, que o presente feito adveio do interior do Estado – comarca da vara
única de Viseu/PA, possui 11 réus, houve a impetração de diversos habeas corpus, diversos
pedidos de revogação de prisão preventiva, expedição de cartas precatórias, citação por edital etc.,
havendo que se aplicar o princípio da razoabilidade na espécie”. (Grifei).

Nesse contexto, à evidência, inexiste constrangimento neste particular atribuível aos órgãos jurisdicionais,
sobretudo considerando que o Juízo a quo vem tomando as devidas providências para o regular
andamento do feito, tendo, inclusive, sido determinada vistas ao Parquet para apresentar manifestação
acerca do alegado nas respostas à acusação das defesas dos réus, com a devolução dos autos à
Secretaria em 12/08/2021, não existindo, portanto, desídia ou serôdia injustificada de sua parte.

Por oportuno, rememoro que, aliado à complexidade e particularidades dos autos, não desconheço o
decisum a quo que substituiu a custódia por medidas alternativas à prisão para alguns corréus, contudo,
como destaquei em impetração anterior (HC nº 0805140-20.2020.8.14.0000) inexiste similitude nas
condições subjetivas, em especial considerando o lapso temporal em que o coacto ficou foragido -
prisão preventiva decretada em 14/03/2019, preso somente em 16/08/2019 – aliado ao fato de possuir
antecedentes criminais, pela prática de delito na mesma natureza – roubo qualificado (Processo nº
0071024-75.2015.8.14.0009 em trâmite na Comarca de Bragança).

Por fim, abro um parêntese para transcrever parte substancial do voto do Ministro Luiz Fux (Presidente do
Supremo Tribunal Federal), quando do Julgamento do Referendo na Medida Cautelar na Suspensão de
Liminar 1.395 – proferido em 14/10/2020 –, no ponto em que tratou sobre o excesso de prazo durante a
persecução penal, dando ênfase ao tempo de prisão:

“A interpretação jurídica não se faz em tiras, já consagrou a Suprema

Corte.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A prisão preventiva, ademais, se submete à aplicação do princípio da razoabilidade, à luz das


circunstâncias do caso concreto.

Nessa linha, o Superior Tribunal de Justiça, no enunciado 51 da Súmula de sua Jurisprudência, fixou a
compreensão de que ‘Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento por
excesso de prazo’.

Corroborando esse entendimento, enunciado 64 da mesma Corte consigna a interpretação de que ‘Não
constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução, provocado pela defesa’.

O Supremo Tribunal Federal também rechaça interpretações que associam, automaticamente, o


excesso de prazo ao constrangimento ilegal da liberdade, tendo em vista: (1) o critério de
razoabilidade concreta da duração do processo, aferido à luz da complexidade de cada caso,
considerados os recursos interpostos, a pluralidade de réus, crimes, testemunhas a serem
ouvidas, provas periciais a serem produzidas, etc.; (2) o dever de motivação das decisões judiciais (art.
93, IX, da Constituição Federal), que devem sempre se reportar às circunstâncias específicas dos casos
concretos submetidos a julgamento, e não apenas aos textos abstratos das leis”. (Destaquei).

Por todo o exposto, acompanhando, em parte, o parecer do custos legis, conheço parcialmente da
ordem e, nesta extensão, sou pela denegação.
502
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Écomo voto.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Des. MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE

Relator

Belém, 18/08/2021

Número do processo: 0808645-82.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: DEFENSORIA


PUBLICA DO ESTADO DO PARÁ Participação: PACIENTE Nome: RAIMUNDO BORGES MENDES
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZO DE EXECUÇÃO PENAL DE CAMETÁ Participação:
FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


GABINETE DA DESEMBARGADORA MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307)


Processo:0808645-82.2021.8.14.0000
IMPETRANTE: DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARÁ
AUTORIDADE COATORA: JUIZO DE EXECUÇÃO PENAL DE CAMETÁ
Desembargadora MARIA DE NAZARE SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Registre-se o nome do paciente na autuação.

Para a concessão da medida liminar, torna-se indispensável que o constrangimento ilegal esteja
indiscutivelmente delineado nos autos (fumus boni juris e periculum in mora). Constitui medida excepcional
por sua própria natureza, justificada apenas quando se vislumbrar a ilegalidade flagrante e demonstrada
primo ictu oculi, o que não se verifica, por ora, no caso sub judice

Ademais, confundindo-se com o mérito, a pretensão liminar deve ser submetida à análise do órgão
colegiado, oportunidade na qual poderá ser feito exame aprofundado das alegações relatadas na exordial
após as informações do juízo a quo e a manifestação da Procuradoria de Justiça.

Ante o exposto, sem prejuízo de exame mais detido quando do julgamento de mérito, indefiro o pedido
de liminar.

Solicitem-se informações à autoridade coatora acerca das razões suscitadas na impetração, no prazo
máximo de 48 (quarenta e oito) horas, nos termos do artigo 3º, do Provimento Conjunto n° 008/2017 –
CJRMB/CJCI –.

Certifique a Secretaria o recebimento das informações pelo juízo a quo a fim de garantir maior celeridade
ao presente writ.

Sirva a presente decisão como ofício.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Após as informações prestadas, encaminhem-se os autos à Procuradoria de Justiça para emissão de


parecer.

Em seguida, conclusos à desembargadora originária Vânia Valente do Couto Fortes Bitar Cunha (ex
vi da certidão inserta no ID nº 6013230), nos termos do §2º do artigo 112 do Regimento Interno deste
TJPA.

Belém (PA), 18 de agosto de 2021.

Desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos

Relatora

Número do processo: 0808653-59.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: SUZANE CRISTINA


MARINHO SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO RENATO COSTA FONTELLE OAB:
23898/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: 1ª VARA CÍVEL E CRIMINAL DE CAMETÁ/PA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Gabinete do Desembargador Rômulo Nunes

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) 0808653-59.2021.8.14.0000


Advogado: ANTONIO RENATO COSTA FONTELLE
Paciente: SUZANE CRISTINA MARINHO SILVA
Autoridade Coatora: JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL E CRIMINAL DA COMARCA DE CAMETÁ

DECISÃO

Cuida-se de Habeas Corpus Liberatório com Pedido de Liminar, impetrado em favor de SUZANE
CRISTINA MARINHO SILVA, presa em flagrante delito no dia 03/08/2021 e sua custódia convertida em
preventiva no dia seguinte, acusada da prática do crime previsto no artigo 33 da Lei nº 11.343/2006,
apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da 1ª Vara Cível e Criminal da Comarca de
Cametá.

O impetrante aduz que foi localizado na residência da coacta 02 (duas) porções de maconha, pesando
aproximadamente 69g (sessenta e nove gramas); 02 (duas) porções de cocaína, com o peso de 47g
(quarenta e sete gramas); uma porção de oxi pensando aproximadamente 13g (treze gramas); além de
recortes de sacolas plásticas utilizada no preparo/embalo de porções pequenas de droga; a quantia de R$
53,65 (cinquenta e três) reais em cédulas fracionadas, e 03 (três) aparelhos celulares.

Relata ainda que a paciente se encontra constrangida ilegalmente no seu status libertatis por: a) ser mãe
de 02 (duas) crianças menores de 12 (doze) anos de idade, sendo a única provedora do sustento dos
filhos; b) fundamentação inidônea da decisão que decretou a prisão preventiva e ausência dos requisitos
autorizadores da custódia extrema; c) possuidora de qualidades pessoais favoráveis. Por esses motivos,
pretende a imposição de regime menos gravoso, qual seja, aplicação de medidas cautelares previstas no
artigo 319 do CPP, subsidiariamente, o benefício da prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico.

EXAMINO

Écediço que com o advento da Lei nº 13.257/2016, passou-se a admitir a substituição da prisão preventiva
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

por domiciliar quando a custodiada for mãe de crianças de até 12 (doze) anos de idade incompletos,
alterando a redação do artigo 318, inciso V, do Código de Processo Penal.

Em julgado datado de 20/02/2018, a colenda 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, nos autos do
Habeas Corpus Coletivo no 143.641/SP, de relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski, impetrado em
favor de todas as mulheres presas preventivamente que ostentem a condição de gestantes, de puérperas
ou de mães de crianças e deficientes sob sua responsabilidade, bem como em nome das próprias
crianças, à unanimidade, entendeu cabível a impetração coletiva e, por maioria, concedeu a Ordem, para
determinar a substituição da prisão preventiva pela domiciliar - sem prejuízo da aplicação concomitante
das medidas alternativas previstas no artigo 319 do CPP - de todas as mulheres relacionadas no
processo, excetuados os casos de crimes praticados por elas mediante violência ou grave ameaça, contra
seus descendentes ou, ainda, em situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente
fundamentadas pelos juízes que denegarem o benefício. Estendeu a Ordem, de ofício, às demais
mulheres presas, gestantes, puérperas ou mães de crianças e de pessoas com deficiência, assim como às
adolescentes sujeitas a medidas socioeducativas em idêntica situação no território nacional, observadas
as restrições impostas. Ressaltou, ainda, que quando se tratar de detida tecnicamente reincidente, o juiz
deverá proceder em atenção às circunstâncias do caso concreto, mas sempre tendo por norte os
princípios e regras enunciadas no acórdão, observando, ademais, a diretriz de excepcionalidade da prisão.

Constata-se que no caso dos autos, em que pese a paciente possuir 02 (duas) filhas menores de 12
(doze) anos de idade (Id. Doc. nº 6010040 - páginas 1 e 2), todavia a mesma não tem direito à prisão
domiciliar, tendo em vista que ela responde por outra ação penal nº 0005186-06.2020.8.14.0401, acusada
da prática do crime previsto no artigo 33 da Lei nº 11.343/2006 (mesma capitulação penal do presente
feito), quando foi presa em flagrante delito no dia 01/10/2020, sendo sua custódia posteriormente
convertida em preventiva e no dia 19/11/2020, foi concedido a coacta o benefício de prisão domiciliar,
portanto há reiteração delitiva, não preenchendo, assim, os requisitos elencados no mencionado Habeas
Corpus coletivo (HC nº 143.641/SP) para a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.

Ainda na análise do feito, percebe-se que não existem nos autos documentos que comprovem o peso total
das drogas apreendidas, pois foi informado pelo impetrante que seriam 02 (duas) porções de maconha,
pesando aproximadamente 69g (sessenta e nove gramas); 02 (duas) porções de cocaína, com o peso de
47g (quarenta e sete gramas); uma porção de oxi pensando aproximadamente 13g (treze gramas).
Portanto não vislumbro preenchidos os requisitos para a concessão da liminar requerida, razão pela qual
reservo-me para melhor apreciação durante o julgamento definitivo e mais aprofundado da matéria, em
razão do impetrante não afastar, prima facie, os requisitos da custódia cautelar, quais sejam, o fumus
comissi delicti, consubstanciado na justificativa adequada de que há indícios suficientes de autoria e prova
da existência do crime, tal como dispõe o artigo 312, segunda parte, do Código de Processo Penal, bem
como o periculum libertatis.

Assim sendo, indefiro o pedido de liminar, nada impedindo que esse entendimento seja revisto por ocasião
do julgamento definitivo do presente writ.

Solicitem-se informações pormenorizadas ao juízo a quo. Em seguida, encaminhem-se os autos ao


Parquet para emissão de parecer. Por fim, conclusos.

Outrossim, verifica-se que a Desembargadora Vânia Valente do Couto Fortes Bitar Cunha figura como
relatora deste Habeas Corpus, visto que inicialmente foi distribuído à sua relatoria (Id. Doc. nº 6010653 -
página 1), todavia em função de seu afastamento de suas atividades regulares, o writ veio à minha
relatoria para apreciação de liminar, por essa razão, nos termos do artigo 119, do Regimento Interno desta
Corte, após a emissão do parecer ministerial, remetam-se os autos à relatora preventa para julgar o
mérito.

Belém. (PA), 18 de agosto de 2021.

Desembargador RÔMULO NUNES


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Relator

Número do processo: 0808473-43.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: VICTOR DA SILVA


MOREIRA Participação: ADVOGADO Nome: ALDO LEAL ALMEIDA OAB: 384927/SP Participação:
AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DE ALTAMIRA Participação:
FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Gabinete do Desembargador Rômulo Nunes

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) 0808473-43.2021.8.14.0000


Advogado: ALDO LEAL ALMEIDA
Paciente: VICTOR DA SILVA MOREIRA
Magistrada Preventa: DESEMBARGADORA MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO
Autoridade Coatora: JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ALTAMIRA

DECISÃO

Trata-se de Habeas Corpus com Pedido de Liminar para Trancamento de Ação Penal, impetrado em favor
de VICTOR DA SILVA MOREIRA, acusado da prática do crime previsto no artigo 129, § 9º do CPB c/c Lei
nº 11.340/2006, no âmbito de violência doméstica, apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito
da 2ª Vara Criminal da Comarca de Altamira.

O impetrante aduz que durante a fase investigatória a fim de subsidiar a atuação do Ministério Público
para propositura de ação penal, a autoridade policial não indiciou o paciente, contudo foi oferecida a
denúncia, o coacto foi citado e apresentou resposta à acusação, a referida denúncia foi recebida e está
prevista para o dia 27/08/2021, a audiência de instrução e julgamento.

Alega ainda que o coacto se encontra constrangido ilegalmente em decorrência da denúncia ser inepta,
que a conduta é atípica, da ausência de indícios de autoria ou de prova da materialidade do delito ou
então da extinção da punibilidade. Por esses motivos, requereu a concessão liminar, determinando o
trancamento do processo criminal por ausência de justa causa e incompetência do Juízo de Direito da
Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar para a continuidade da presunção criminal.

EXAMINO

Na análise do feito, não vislumbro preenchidos os requisitos para a concessão da liminar requerida, visto
que o impetrante não trouxe aos autos elementos que demonstrem o referido constrangimento ilegal, pois
o alegado trata de alegações referentes à negativa de autoria, insuficiência de provas e ausência de
indícios da materialidade delitiva, matérias que não podem ser enfrentadas em Habeas Corpus, visto que
o writ tem rito célere e cognição sumária, destinado, apenas a corrigir ilegalidades patentes e perceptíveis
de pronto.

Assim sendo, ausentes os requisitos para a concessão da liminar, sobretudo, por considerar que o
deslinde da questão exige um exame mais acurado dos elementos de convicção, bem como o pleito se
confunde com o próprio mérito do Habeas Corpus, indefiro o pedido, nada impedindo que esse
entendimento seja revisto por ocasião do julgamento definitivo do presente writ.

Solicitem-se informações pormenorizadas ao juízo a quo. Em seguida, encaminhem-se os autos ao


Parquet para emissão de parecer. Por fim, conclusos.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Outrossim, verifica-se que a Desembargadora Maria Edwiges de Miranda Lobato figura como relatora
deste Habeas Corpus, visto que inicialmente foi distribuído a sua relatoria, todavia em função de seu
afastamento de suas atividades regulares, o feito veio à minha relatoria para apreciação de liminar, por
essa razão, nos termos do artigo 119, do Regimento Interno desta Corte, após a emissão do parecer
ministerial, remetam-se os autos à relatora preventa para julgar o presente feito.

Belém. (PA), 17 de agosto de 2021.

Desembargador RÔMULO NUNES

Relator

Número do processo: 0808542-75.2021.8.14.0000 Participação: REQUERENTE Nome: RAILSON BRAGA


DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: RINALDO RIBEIRO MORAES OAB: 26330/PA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Intime-se o requerente para que recolha as custas do processo. Após, conclusos.

Belém, 17 de agosto de 2021.

Desembargador RÔMULO NUNES

Relator

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

SEÇÃO DE DIREITO PENAL

ANÚNCIO DA PAUTA DE JULGAMENTO DA 31ª SESSÃO ORDINÁRIA DA SEÇÃO DE DIREITO


PENAL, DO ANO DE 2021:

Faço público a quem interessar possa que, para a 31ª SESSÃO ORDINÁRIA da Egrégia Seção de Direito
Penal, a realizar-se no dia 23 de agosto de 2021, às 09:00h, por meio de videoconferência, nos moldes da
Portaria Conjunta nº 01/2020-GP-VP-CGJ, de 29/04/2020, publicada no DJE de 04/05/2020, devendo ser
observado o que dispõe o art. 3º, caput e § 1º, do referido ato normativo (inclusive, quanto aos processo
adiados e/ou retirados de mesa), foi pautado o julgamento dos seguintes feitos:

Ordem: 001
507
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo: 0807680-07.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargador RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES

PACIENTE: BRENO OLIVEIRA DA COSTA

ADVOGADO: MÁRIO WILLIAM BRUNO DO NASCIMENTO COUTO - (OAB PA017153)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CRIMINAL DE BELÉM

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). CLÁUDIO BEZERRA DE MELO

Ordem: 002

Processo: 0806848-71.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargador RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES

PACIENTE: LARIANE CRISTINA PACHECO SOUZA

ADVOGADO: PAULO CLEBER MACIEL BATISTA ANDRÉ - (OAB PA26090-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 9ª VARA CRIMINAL DE BELÉM

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). ANA TEREZA DO SOCORRO DA SILVA ABUCATER

Liminar concedida

Ordem: 003

Processo: 0807117-13.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS PARA RETIRADA DE MONITORAÇÃO ELETRÔNICA COM PEDIDO
DE LIMINAR

Relator(a): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

PACIENTE: PAULO SÉRGIO SALES BRABO

ADVOGADO: LUANA MIRANDA HAGE - (OAB PA14143-A)


508
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ADVOGADO: LUCAS SÁ SOUZA - (OAB PA20187-A)

ADVOGADO: VICTOR AUGUSTO DE OLIVEIRA MEIRA - (OAB PA23244-A)

ADVOGADO: ANTÔNIO AMILTON DIAS AMORIM JÚNIOR - (OAB PA28855-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA REGIÃO


METROPOLITANA DE BELÉM

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). ANA TEREZA DO SOCORRO DA SILVA ABUCATER

Liminar concedida

Ordem: 004

Processo: 0804972-81.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

PACIENTE: R. N. de A. L.

ADVOGADO: KLEBER RAPHAEL COSTA MACHADO - (OAB PA22428-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DE SANTARÉM

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). ANA TEREZA DO SOCORRO DA SILVA ABUCATER

Ordem: 005

Processo: 0807138-86.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

PACIENTE: ISRAEL GAIA DE ANDRADE

ADVOGADO: KARINA LIMA PINHEIRO - (OAB PA24058-A)

ADVOGADO: VITOR DE ASSIS VOSS - (OAB PA26038-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DE PARAUAPEBAS


509
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). DULCELINDA LOBATO PANTOJA

Ordem: 006

Processo: 0805616-24.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS PARA RETIFICAÇÃO DO CÁLCULO DA PENA COM PEDIDO DE
LIMINAR

Relator(a): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

PACIENTE: ANTÔNIO NAZARÉNO DO NASCIMENTO

DEFENSORIA: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ (Def. Púb. JOSÉ ROGÉRIO


RODRIGUES MENEZES)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DE ALTAMIRA

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). HEZEDEQUIAS MESQUITA DA COSTA

Ordem: 007

Processo: 0806569-85.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

PACIENTE: SILAS ROBERTO FERNANDES JÚNIOR

ADVOGADO: LETÍCIA SANTOS LOPES DE OLIVEIRA - (OAB PA28811-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DE PARAUAPEBAS

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). HAMILTON NOGUEIRA SALAME

Ordem: 008

Processo: 0806032-89.2021.8.14.0000 (PJE)


510
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

PACIENTE: FELIPE NUNES RIBEIRO

ADVOGADO: GABRIEL SALZER BESTENE - (OAB PA28147-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE MARACANÃ

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). DULCELINDA LOBATO PANTOJA

Ordem: 009

Processo: 0806712-74.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

PACIENTE: JANISSON DE SOUSA NATIVIDADE

ADVOGADO: JOAQUIM JOSÉ DE FREITAS NETO - (OAB PA11418-A)

ADVOGADO: IVONALDO CASCAES LOPES JÚNIOR - (OAB PA20193-A)

ADVOGADO: ANA PAULA CARDOSO SARMENTO - (OAB PA180-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE JURUTI

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). CLÁUDIO BEZERRA DE MELO

Ordem: 010

Processo: 0805830-15.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargador LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR

PACIENTE: ARTUR DE JESUS VILHENA DE SOUSA

ADVOGADO: DENILSON FERREIRA DA CRUZ - (OAB PA133-A)


511
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE IGARAPÉ-MIRI

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). CLÁUDIO BEZERRA DE MELO

Ordem: 011

Processo: 0805890-85.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargador LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR

PACIENTE: WALLISON RODRIGO VIANA DA COSTA

ADVOGADO: WALDIZA VIANA TEIXEIRA - (OAB PA19799-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DE ALTAMIRA

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). HAMILTON NOGUEIRA SALAME

Ordem: 012

Processo: 0807927-85.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargador LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR

PACIENTE: ALDIANE AVELINO LOPES

ADVOGADO: EDUARDO ABREU SANTOS - (OAB PA27141-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DE PARAUAPEBAS

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). CÂNDIDA DE JESUS RIBEIRO DO NASCIMENTO

Ordem: 013

Processo: 0805201-41.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR


512
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Relator(a): Juiz Convocado ALTEMAR DA SILVA PAES

PACIENTE: DAIANY FERREIRA DA SILVA

DEFENSORIA: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DE BELÉM

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). HAMILTON NOGUEIRA SALAME

Liminar concedida

Ordem: 014

Processo: 0805708-02.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Juiz Convocado ALTEMAR DA SILVA PAES

PACIENTE: CLÁUDIA EDUARDA MEIRELES RODRIGUES

ADVOGADO: RODRIGO FERREIRA DOS SANTOS - (OAB PA28465-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA CRIMINAL DE BELÉM

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). CÂNDIDA DE JESUS RIBEIRO DO NASCIMENTO

Liminar concedida

Ordem: 015

Processo: 0806371-48.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Juiz Convocado ALTEMAR DA SILVA PAES

PACIENTE: MAURO DE SOUSA DAVI

ADVOGADO: MARCO ANTÔNIO PINA DE ARAÚJO - (OAB PA10781-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA PENAL DE PARAUAPEBAS


513
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). CLÁUDIO BEZERRA DE MELO

Ordem: 016

Processo: 0805788-63.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS PREVENTIVO

Relator(a): Juiz Convocado ALTEMAR DA SILVA PAES

PACIENTE: JOÃO DE DEUS CARLOS DO NASCIMENTO

ADVOGADO: SALOMÃO DOS SANTOS MATOS - (OAB PA8657-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE CAMETÁ

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). CLÁUDIO BEZERRA DE MELO

Ordem: 017

Processo: 0803476-17.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: REVISÃO CRIMINAL

Comarca de origem: BELÉM (6ª Vara Criminal)

Relator(a): Desembargador LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR

Revisor(a): Desembargadora MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO

REQUERENTE: SÉRGIO SILVA AMORIM

ADVOGADO: SANDRO MANOEL CUNHA MACEDO - (OAB PA21507-A)

REQUERIDA: JUSTIÇA PÚBLICA

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA: Dr. CÉSAR BECHARA NADER MATTAR JÚNIOR

Ordem: 018
514
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo: 0803973-31.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: REVISÃO CRIMINAL

Comarca de origem: BELÉM (2ª Vara do Tribunal do Júri)

Relator(a): Desembargador LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR

Revisor(a): Desembargador MAIRTON MARQUES CARNEIRO

REQUERENTE: RODRIGO JEFFERSON BARREIROS RODRIGUES CORDOVIL

ADVOGADO: ANA CARLA CUNHA DA CUNHA - (OAB PA7485-A)

REQUERIDA: JUSTIÇA PÚBLICA

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA: Dr. CÉSAR BECHARA NADER MATTAR JÚNIOR

Secretaria da Seção de Direito Penal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado Pará. Belém, 18 de agosto
de 2021. MARIA DE NAZARÉ CARVALHO FRANCO, Secretária da Seção de Direito Penal.
515
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

TURMAS DE DIREITO PENAL

3ª TURMA DE DIREITO PENAL

Número do processo: 0801961-05.2021.8.14.0401 Participação: APELANTE/APELADO Nome: MARCELO


DE SOUZA CARVALHO Participação: ADVOGADO Nome: MARCUS NASCIMENTO DO COUTO OAB:
14069/PA Participação: APELADO Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

DESPACHO

I - Intime-se o apelante para apresentar razões recursais no prazo legal;

II - Logo em seguida, intime-se o Ministério Público para apresentar contrarrazões recursais;

III - Por fim, encaminhe-se os autos à Procuradoria de Justiça para emissão de parecer.

IV- Cumpra-se.

Datado e assinado eletronicamente

Mairton Marques Carneiro

Desembargador Relator

Número do processo: 0805627-53.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: FABIO RIBEIRO


DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: QUILZA DA SILVA E SILVA OAB: 17711/MA
Participação: AGRAVADO Nome: VARA CRIMINAL/EXECUÇÃO PENAL DE PARAGOMINAS
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
PROCURADOR Nome: CLAUDIO BEZERRA DE MELO OAB: null

PROCESSO Nº 0805627-53.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: FABIO RIBEIRO DOS SANTOS

(Adv. QUILZA DA SILVA E SILVA E ROMYSON DOS SANTOS DA SILVA)

AGRAVADO: JUSTIÇA PÚBLICA

RELATOR: DES. MAIRTON MARQUES CARNEIRO

PROCURADOR DE JUSTIÇA: CLÁUDIO BEZERRA DE MELO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de recurso de Agravo em Execução Penal interposto por FABIO RIBEIRO DOS SANTOS,
patrocinado por Advogado constituído, contra a v. decisão de lavra do MM. Juiz de Direito da Vara de
Execuções de Penas Privativas de Liberdade de Paragominas - SEEU, que negou o pedido de livramento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

condicional, por considerar desfavorável o histórico carcerário do apenado, bem como por não restar
demonstrado quaisquer dos requisitos do art. 83, inciso III, tampouco do inciso IV e parágrafo único do
CPB.

Nas razões de sua irresignação (ID 5431911 – Págs. 487/492), a defesa pugnou, em síntese, pela reforma
da decisão que indeferiu o pleito, alegando que o apenado já preencheu os requisitos objetivos e
subjetivos, vez que já cumpriu metade de sua pena total.

Em contrarrazões (ID 5431911 – Págs. 505/508), o representante do Ministério Público em primeiro grau,
manifestando-se pelo desprovimento recursal.

A Procuradoria de Justiça manifestou-se pelo conhecimento e desprovimento. (ID. 5489652).

Éo relatório.

DECIDO

O recurso, embora adequado e tempestivo, encontra-se prejudicado. Explico.

Consoante relatado, o agravante insurge-se contra a decisão que indeferiu o pedido de concessão do
livramento condicional, ao argumento de que restam preenchidos os requisitos objetivo e subjetivos
relativos a tal benefício.

Analisandos os autos no SEEU - Sistema Eletrônico de Execução Unificado, constatei que no dia
03.08.2021, o magistrado a quo proferiu decisão em que foi concedida ao apenado a progressão ao
regime aberto. Senão vejamos:

“(...) O apenado foi beneficiado com a conversão do regime semiaberto em prisão domiciliar com
monitoração eletrônica. Dito isto, consta dos autos que o requerente cumpriu 1/6 da pena para o delito no
qual foi condenado, conforme cálculo de Pena constante nos autos, onde demonstra que o apenado
cumpriu o requisito objetivo para obtenção da Progressão do regime em 29/07/2021.

Estabelece ao artigo 112 da LEP, pois os requisitos autorizadores à concessão de regime de pena estão
perfeitamente demonstrados nos autos. A progressão de regime de pena consiste na mudança do
itinerário da execução, implicando a transferência do condenado de regime mais rigoroso para outro mais
brando.

Esse benefício deve ser uma conquista do sentenciado, pelo mérito e pressupõe o cumprimento mínimo
de 2/5 da pena no regime inicial ou anterior, nos casos crimes hediondos e o cumprimento mínimo de 1/6
da pena no regime inicial ou anterior, nos casos de crime comum.

O requisito subjetivo resta devidamente comprovado através do atestado de conduta carcerária do


apenado atestando Bom comportamento no regime em que se encontra.

POSTO ISTO, considerando o que dos autos constam, CONCEDO a Progressão do regime Semiaberto
para o regime ABERTO, em favor do apenado FÁBIO RIBEIRO DOS SANTOS, com os benefícios do novo
regime, se por outro motivo não deva permanecer preso no regime semiaberto.

Bem como, haja vista que inexiste nesta cidade casa de albergado, determino ao condenado o
cumprimento da pena no regime de PRISAO DOMICILIAR- sem o monitoramento eletrônico, consoante
reiterada jurisprudência do STJ:

"HABEAS CORPUS. PENAL. PROGRESSO AO REGIME ABERTO. INEXISTÊNCIA DE VAGA EM


ESTABELECIMENTO COMPATÍVEL AODETERMINADO PELO JUÍZO DA EXECUÇO CRIMINAL. PRISO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DOMICILIAR. POSSIBILIDADE. ORDEM CONCEDIDA.

1. Inexistindo vaga em estabelecimento compatível com o regime aberto é legítima a prisão domiciliar do
apenado, que não pode cumprir a reprimenda em local mais severo que o determinado na decisão
executória. 2. Habeas corpus concedido para permitir ao paciente aguardar em prisão domiciliar o
surgimento de vaga em estabelecimento prisional adequado ao regime aberto."(HC 96238/RS -
2007/0291726-3 - 5ª T. - Rel. Min. JORGE MUSSI - DJ de 14/04/2008).”

Imponho-lhe as seguintes obrigações (art. 115, Lei 7.210/1984), sob pena de revogação (§ 2º, art. 36,
C.P.B.):

Obter ocupação lícita, no prazo de 30 dias; Comunicar sua ocupação a juízo, mensalmente, informando
sua situação e assinando livro de comparecimento;

Não mudar do território da comarca do juízo da execução, sem prévia autorização deste; Não mudar de
residência sem comunicação ao juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar e de proteção;
Recolher-se à habitação particular até às 23:00 horas; Não frequentar bares e similares, casas de jogos e
boates; Não se envolver em procedimentos penais ou embriagar-se; Não portar armas. ATÉ A DATA
PROVÁVEL DO TÉRMINO DA PENA EM 20/03/2027.

Nos termos do art. 137 da LEP, deixo de designar audiência admonitória, no fórum de Paragominas-PA,
desta forma, deverá o responsável pelo Centro de Monitoração Eletrônica de Paragominas-PA-CMEP, ou
membro por ele designado, em data e hora por ele designada, ler a presente decisão ao apenado,
chamando a atenção do apenado para as condições impostas na decisão.

Deverá o apenado declarar se aceita as condições, o que deverá ser lavrado termo subscrito por quem
presidir a cerimônia e pelo apenado, ou alguém a seu rogo, se não souber ou não puder escrever.

Por fim, deverá ser encaminhada cópia deste termo ao Juiz da execução, devidamente assinado pelo
apenado e fornecida cópia da decisão ao apenado.

Aceitas as obrigações pelo apenado, esta decisão servirá como, ALVARÁ DE SOLTURA se por outro
motivo o apenado não deva permanecer preso, bem como deverá ser retirado o dispositivo de
monitoração eletrônica.

Considerando que o apenado reside no Município de Buriticupu, Estado do Maranhão, conforme


documentação apresentada no mov. 66 e, considerando que o apenado está em regime aberto – prisão
domiciliar sem monitoração e reside no Município de Buriticupu-MA, cuja competência para fiscalização
das condições determinadas em decisão é do juízo da comarca de residência do apenado, devendo os
autos da Execução Penal para lá serem

remetidos.

Assim, DECLARO A INCOMPETÊNCIA deste Juízo quanto ao presente feito, determinando a remessa
dos autos ao Juízo da Vara de Execução Penal de Buriticupu-MA, que é o competente para fiscalizar as
condições determinadas em decisão de progressão para o Regime Aberto.

O apenado deve comparecer no fórum do Município de sua residência para dar início ao cumprimento da
condição de número 2 (assinatura mensal).

Intime-se o apenado. Comunique-se à Direção do CRRP, servindo esta decisão de ofício. Cientifique-se o
Ministério Público e a defesa. Paragominas, 03 de agosto de 2021.

David Guilherme de Paiva Albano


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juiz de Direito (...)”

Diante das informações supracitadas, dando conta da concessão da concessão do regime semiaberto
para o regime aberto ao reeducando, resta prejudicada a análise do presente recurso de Agravo em
Execução Penal - que visava a reforma da decisão que havia negado o livramento condicional ao
agravante, ante a perda de seu objeto.

Destaco também, que o regime prisional aberto lhe é mais favorável em relação ao livramento condicional,
pois em caso de eventual revogação, o tempo de pena cumprido durante a liberdade condicional não se
desconta o tempo em que esteve solto, nos termos do artigo 88 do Código Penal.

A essa conclusão é possível chegar ao se realizar a análise comparativa das condições pertinentes a cada
benesse em sede de execução:

“O art. 132 da Lei de Execução Penal estabelece como condições obrigatórias para a manutenção do
livramento condicional:

1. a obtenção de ocupação lícita, dentro do prazo razoável se for o sentenciado apto ao trabalho;

2. a comunicação periódica ao juiz de sua ocupação; e

3. a não permissão de mudança da Comarca sem prévia autorização do Juiz da Vara das Execuções
competente.

Além dessas condições, poderão ser fixadas outras obrigações.

Enquanto que o art. 36 do Código Penal estabelece como condições obrigatórias que o condenado
submetido ao regime aberto de cumprimento da pena privativa de liberdade “deverá, fora do
estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer outra atividade autorizada,
permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga”.

Contudo, há que se ressaltar que, atualmente, não existem casas de albergados, locais que seriam os
adequados para o recolhimento do sentenciado no período noturno e nos dias de folga, razão pela qual o
regime aberto acaba sendo descontado como uma liberdade plena, em que, muitas vezes, o condenado
acaba apenas tendo que comparecer periodicamente em juízo para a comprovação de manutenção de
ocupação lícita.

Após tais ponderações, entendo que a situação atual em que se encontra o agravante (regime aberto)
mostra-se mais favorável, na medida em que, se por um fato ou outro, o livramento condicional for
revogado, voltará a descontar sua pena na fase anterior ao seu deferimento, sem que o tempo em que
esteve em liberdade seja considerado para o término de sua reprimenda.

Destarte, aquilo que fazia objeto do presente recurso manejado pelo sentenciado perdeu seu objeto; está
prejudicado, portanto, seu pedido.

Dispositivo

Diante disso, NÃO CONHEÇO do Recurso de Agravo em Execução, em razão de ter se operado a perda
do objeto do presente recurso, ficando prejudicada a sua análise.

Datado e Assinado eletronicamente

Mairton Marques Carneiro


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Desembargador Relator

Número do processo: 0001321-02.2016.8.14.0501 Participação: APELANTE/APELADO Nome: IRIS LUIZ


DA COSTA SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON FERNANDO DAMASCENO E SILVA
OAB: 14092/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA DO SOCORRO RODRIGUES ALVES OAB:
14055/PA Participação: APELANTE/APELADO Nome: PAULO DE TARSO MORAIS BARROS
Participação: ADVOGADO Nome: NELSON FERNANDO DAMASCENO E SILVA OAB: 14092/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO TEIXEIRA SALES OAB: 11068/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOAQUIM JOSE DE FREITAS NETO OAB: 11418/PA Participação: ADVOGADO
Nome: IVONALDO CASCAES LOPES JUNIOR OAB: 20193/PA Participação: APELADO Nome: PARA
MINISTERIO PUBLICO Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: ANDERSON GOMES
REZENDE Participação: AUTORIDADE Nome: SEAP - Diretoria de Execução Criminal - Alvarás

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


GABINETE DA DESEMBARGADORA MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

Apelação Penal
Processo:0001321-02.2016.8.14.050

Considerando a Certidão constante dos autos (ID 6004546) e os documentos


anexados, da decisão proferida pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, relator Ministro
Reynaldo Soares da Fonseca, nos autos do Habeas Corpus nº 687.028/PA,que concedeu de oficio a
ordem, para declarar a ilegalidade da execução provisória da pena, relaxando a custódia em favor do
recorrente PAULO DE TARSO MORAIS BARROS. Tendo em vista a impossibilidade do Juízo a quo em
dar cumprimento a referida decisão em razão dos autos da ação penal encontrar-se neste Egrégio
Tribunal, em grau de recurso de apelação, como justificou, e em razão do relator encontrar-se em gozo de
férias, dado ao caráter de urgência para o cumprimento da referida decisão concessiva, determino a
expedição do competente Alvará de Soltura, em cumprimento a decisão do Colendo STJ, em anexo.

À Secretaria para as providencias devidas.

Belém, 17 de agosto de 2021.

Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS]

Presidente da 3ª Turma de Direito Penal


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PENAL - UPJ

RESENHA: 19/08/2021 A 19/08/2021 - SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PENAL - VARA: 2ª TURMA DE


DIREITO PENAL

PROCESSO: 00000271020178140070 PROCESSO ANTIGO: ---


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROMULO JOSE FERREIRA NUNES AÇÃO:
Apelação Criminal em: 19/08/2021---APELANTE:MARCELO RAMON DAS NEVES Representante(s):
OAB 10373 - ANDRE AUGUSTO DA SILVA NOGUEIRA (ADVOGADO) OAB 21743 - EDIMILSON
ASSUNCAO SALES (ADVOGADO) APELADO:JUSTIÇA PÚBLICA. PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DO DESEMBARGADOR RÔMULO NUNES Apelação Penal
nº: 0000027-10.2017.8.14.0070. Apelante: Marcelo Ramon das Neves. Apelado: Justiça Pública.
DESPACHO Marcelo Ramon das Neves, inconformado com a r. sentença que o condenou a pena três
anos de reclusão, em regime aberto, mais trinta dias-multa, pela prática do crime de porte ilegal de arma
de fogo de uso restrito, tipificado no art. 16, parágrafo único, inciso IV, da Lei nº 10.826/2003, interpôs o
presente recurso de apelação, objetivando ver reformada a referida decisão, prolatada pelo MM. Juízo de
Direito da Vara Penal de Abaetetuba/PA. Em suas razões, a defesa requereu a extinção da punibilidade do
apelante, ex vi do art. 107, inciso I, do CPB, tendo em vista o seu falecimento em uma operação policial,
que objetivava prendê-lo. Juntou aos autos, matéria jornalística noticiando o fato (fls. 90/94). Em ato
contínuo, solicitei em despacho de fl. 95 a expedição de ofício aos cartórios de registro civil de pessoas
naturais das comarcas de Moju, Belém e Ananindeua, a fim de confirmar a morte do recorrente. Em
11/08/2021 foi encaminhado a certidão de óbito do apelante, juntada à fl. 111 dos presentes autos.
EXAMINO Nos casos em que sobrevém a morte do réu durante a ação penal, esclarece o art. 62 do
CPPB: no caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito, e depois de ouvido o
Ministério Público, declarará extinta a punibilidade. Sendo assim, mister ouvir o Ministério Público, antes
de extinguir a punibilidade do recorrente. Logo, ouça-se o órgão ministerial de primeiro grau. Após, colha-
se manifestação do parquet e, por fim, conclusos. Belém, 16 de agosto de 2021. Des. Rômulo Nunes
Relator

RESENHA: 19/08/2021 A 19/08/2021 - SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PENAL - VARA: 2ª TURMA DE


DIREITO PENAL

PROCESSO: 00199215120148140401 PROCESSO ANTIGO: ---


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROMULO JOSE FERREIRA NUNES AÇÃO:
Apelação Criminal em: 19/08/2021---APELANTE:F. A. D. Representante(s): OAB 21123 - RODRIGO
MARQUES SILVA (ADVOGADO) APELADO:JUSTIÇA PÚBLICA PROCURADOR(A) DE
JUSTICA:FRANCISCO BARBOSA DE OLIVEIRA. PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DO PARÁ Gabinete do Desembargador Rômulo Nunes APELAÇÃO PENAL Nº.0019921-
51.2014.814.0401. APELANTE: FRANCINEI ARAUJO DUARTE APELADO: A JUSTIÇA PÚBLICA.
RELATOR: DES. RÔMULO NUNES. Defiro o pedido de fls. 229, para retirada dos autos da pauta virtual
de julgamento (24ª Sessão Ordinária do Plenário Virtual da 2ª Turma de Direito Penal), e oportunamente
incluir o feito na próxima pauta de julgamento, viabilizando a sustentação oral do causídico. Cumpra-se.
Bel, 16 de agosto de 2021. Des. Rômulo Nunes R e l a t o r
521
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

COORDENADORIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS

SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTE DE TRÂNSITO

Número do processo: 0846994-27.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ALAN DANTAS


MESQUITA Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANNO ZAHARIAS REBOUCAS SILVA OAB:
19234/PA Participação: REQUERIDO Nome: KEILA TAVARES SILVA MONTEIRO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTES DE TRÂNSITO DE BELÉM

Processo nº: 0846994-27.2021.8.14.0301

DESPACHO

Analisando os autos, verifico que o veículo conduzido pelo (a) Reclamante está registrado em nome de
terceiro junto ao DETRAN, constando apenas orçamentos das peças e serviços necessários para o
conserto do veículo.

A jurisprudência é pacifica no sentido de que a legitimidade da ação de indenização por danos materiais
emergentes decorrente de acidente de trânsito é do proprietário do veículo ou de terceiro que tenha
suportado/custeado, efetivamente, os danos e reparos do veículo envolvido na colisão.

Deste modo, determino ao (a) Reclamante, que junte aos autos, no prazo de 15 (quinze) dias, a
comprovação de propriedade do veículo, através de contrato de compra e venda, com assinatura
reconhecida em cartório e com data tempestiva a ocorrência do sinistro e/ou aviso de venda junto ao
DETRAN e/ou cópia do D.U.T. (Documento Único de Transferência) com assinaturas reconhecidas em
cartório com datas tempestivas a ocorrência do sinistro e/ou recibo de pagamento ou nota fiscal dos
serviços necessários para o conserto do veículo e de compras de peças, devendo este ser formal e
tempestivo a data do sinistro.

Sendo juntada a referida documentação e sendo comprovada a propriedade ou o custeio dos reparos por
parte do Reclamante, cite-se o (a) Reclamado (a) com as advertências legais.

Intimem-se e cumpra-se o determinado.

Belém, 17 de Agosto de 2021.

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito

Número do processo: 0846994-27.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ALAN DANTAS


MESQUITA Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANNO ZAHARIAS REBOUCAS SILVA OAB:
19234/PA Participação: REQUERIDO Nome: KEILA TAVARES SILVA MONTEIRO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


522
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTES DE TRÂNSITO DE BELÉM

Processo nº: 0846994-27.2021.8.14.0301

DESPACHO

Analisando os autos, verifico que o veículo conduzido pelo (a) Reclamante está registrado em nome de
terceiro junto ao DETRAN, constando apenas orçamentos das peças e serviços necessários para o
conserto do veículo.

A jurisprudência é pacifica no sentido de que a legitimidade da ação de indenização por danos materiais
emergentes decorrente de acidente de trânsito é do proprietário do veículo ou de terceiro que tenha
suportado/custeado, efetivamente, os danos e reparos do veículo envolvido na colisão.

Deste modo, determino ao (a) Reclamante, que junte aos autos, no prazo de 15 (quinze) dias, a
comprovação de propriedade do veículo, através de contrato de compra e venda, com assinatura
reconhecida em cartório e com data tempestiva a ocorrência do sinistro e/ou aviso de venda junto ao
DETRAN e/ou cópia do D.U.T. (Documento Único de Transferência) com assinaturas reconhecidas em
cartório com datas tempestivas a ocorrência do sinistro e/ou recibo de pagamento ou nota fiscal dos
serviços necessários para o conserto do veículo e de compras de peças, devendo este ser formal e
tempestivo a data do sinistro.

Sendo juntada a referida documentação e sendo comprovada a propriedade ou o custeio dos reparos por
parte do Reclamante, cite-se o (a) Reclamado (a) com as advertências legais.

Intimem-se e cumpra-se o determinado.

Belém, 17 de Agosto de 2021.

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito

Número do processo: 0846469-45.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: LUIZ & DANIELE


COMERCIO DE CALCADOS E ACESSORIOS LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: ELY
BENEVIDES SOUSA FILHO OAB: 6740/PA Participação: REQUERIDO Nome: SUPERMERCADOS
PATRAO - ME

DESPACHO

Intime-se a Reclamante, para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar comprovante de receita para fins
do enquadramento na condição de microempresa/empresa de pequeno porte, nos termos do disposto no
art. 8, § 1º, inciso II da Lei nº 9.099/1995 c/c art. 3º, inciso I da Lei Complementar nº 123/2006 c/c
Enunciado nº 135 do FONAJE, como visto a seguir:

Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas
jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.

§1o. Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial:


523
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de


pequeno porte na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno
porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o
empresário a que se refere o art. 966 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, desde que:

I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$


360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);

II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a
R $ 3 6 0 . 0 0 0 , 0 0 ( t r e z e n t o s e s e s s e n t a m i l r e a i s ) e
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00(quatro milhões e oitocentos mil reais).

ENUNCIADO 135 (substitui o Enunciado 47) – O acesso da microempresa ou empresa de pequeno porte
no sistema dos juizados especiais depende da comprovação de sua qualificação tributária atualizada e
documento fiscal referente ao negócio jurídico objeto da demanda. (XXVII Encontro – Palmas/TO).

Ressalto que o requerido se trata de comprovante de receita e não declaração de opção pelo simples ou
de entrega de declaração de imposto de renda.

Certifique-se.

Após, voltem os autos conclusos.

Intime-se e cumpra-se

Belém, 17 de Agosto de 2021.

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito

Número do processo: 0846469-45.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: LUIZ & DANIELE


COMERCIO DE CALCADOS E ACESSORIOS LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: ELY
BENEVIDES SOUSA FILHO OAB: 6740/PA Participação: REQUERIDO Nome: SUPERMERCADOS
PATRAO - ME

DESPACHO

Intime-se a Reclamante, para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar comprovante de receita para fins
do enquadramento na condição de microempresa/empresa de pequeno porte, nos termos do disposto no
art. 8, § 1º, inciso II da Lei nº 9.099/1995 c/c art. 3º, inciso I da Lei Complementar nº 123/2006 c/c
Enunciado nº 135 do FONAJE, como visto a seguir:

Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas
jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

§1o. Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial:

II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de


pequeno porte na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno
porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o
empresário a que se refere o art. 966 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, desde que:

I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$


360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);

II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a
R $ 3 6 0 . 0 0 0 , 0 0 ( t r e z e n t o s e s e s s e n t a m i l r e a i s ) e
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00(quatro milhões e oitocentos mil reais).

ENUNCIADO 135 (substitui o Enunciado 47) – O acesso da microempresa ou empresa de pequeno porte
no sistema dos juizados especiais depende da comprovação de sua qualificação tributária atualizada e
documento fiscal referente ao negócio jurídico objeto da demanda. (XXVII Encontro – Palmas/TO).

Ressalto que o requerido se trata de comprovante de receita e não declaração de opção pelo simples ou
de entrega de declaração de imposto de renda.

Certifique-se.

Após, voltem os autos conclusos.

Intime-se e cumpra-se

Belém, 17 de Agosto de 2021.

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito

Número do processo: 0001368-30.2012.8.14.0302 Participação: AUTOR Nome: AFONSO HENRIQUE


FROES LIMA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS EDUARDO ROSSY PATRIARCHA OAB:
015930/PA Participação: REU Nome: EXPRESSO MODELO LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
ALEXANDRE BRANDAO BASTOS FREIRE OAB: 20812/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE
LUIS BASTOS FREIRE OAB: 13997/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: SOMURB
SOLUCOES LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ GUILHERME DE LA ROCQUE SILVA
PINHO OAB: 27800/PA

SENTENÇA

Vistos, etc ...

Trata-se de Embargos de Terceiro, no qual a Embargante arguiu a impenhorabilidade dos bens e valores
525
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

constritos via mandado de penhora, posto que seriam de sua propriedade e não da Executada. Ressaltou
que apesar da identidade visual, do fato do funcionário presente no local estar trajado com uniforme da
Executada, tal fato se deu por acaso e pela estruturação da Embargante.

Éo breve relatório, como possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

No mérito, decido:

Analisando os autos, especialmente as fotografias apresentadas e os fatos descritos no auto de penhora,


nota-se que no local em que foi realizado o ato havia identificação visual da Executada, funcionário
utilizando uniforme da mesma, descrição no bilhete de passagem em nome da Executada .

A Embargante justifica tais fatos afirmando que utiliza a estrutura deixada pela Reclamada, por ainda estar
se organizando. Contudo, a mesma afirma que a Executada deixou de operar, formalmente, em 2019,
porém, em Novembro de 2020, data da penhora, a identidade visual da Executada ainda estava presente,
funcionários com uniforme desta, bilhetes emitidos em nome desta.

Um ano seria tempo mais do que suficiente para a Embargante expor a sua marca e regularizar a
identidade visual, emissão de bilhetes e uniformes dos seus funcionários. O que se evidencia é que a
Executada ainda continua em operação de fato, ainda que de modo informal, ao que tudo indica se
esgueirando através de outra pessoa jurídica, como forma de evitar a execução de atos de constrição
contra si.

Deste modo, diante do exposto, é possível notar que a Executada ainda continua em operação e os bens
e valores encontrados no momento da penhora tinham toda a aparência de serem utilizados em favor da
Executada, portanto, penhoráveis.

Ante o exposto, CONHEÇO E JULGO IMPROCEDENTES os Embargos de Terceiros, nos termos da


fundamentação exposta.

Intime-se e certifique-se o que mais ocorrer.

Cumpra-se..

Belém, 18 de Agosto de 2021.

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito

Número do processo: 0001368-30.2012.8.14.0302 Participação: AUTOR Nome: AFONSO HENRIQUE


FROES LIMA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS EDUARDO ROSSY PATRIARCHA OAB:
015930/PA Participação: REU Nome: EXPRESSO MODELO LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
ALEXANDRE BRANDAO BASTOS FREIRE OAB: 20812/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE
LUIS BASTOS FREIRE OAB: 13997/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: SOMURB
SOLUCOES LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ GUILHERME DE LA ROCQUE SILVA
PINHO OAB: 27800/PA

SENTENÇA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Vistos, etc ...

Trata-se de Embargos de Terceiro, no qual a Embargante arguiu a impenhorabilidade dos bens e valores
constritos via mandado de penhora, posto que seriam de sua propriedade e não da Executada. Ressaltou
que apesar da identidade visual, do fato do funcionário presente no local estar trajado com uniforme da
Executada, tal fato se deu por acaso e pela estruturação da Embargante.

Éo breve relatório, como possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

No mérito, decido:

Analisando os autos, especialmente as fotografias apresentadas e os fatos descritos no auto de penhora,


nota-se que no local em que foi realizado o ato havia identificação visual da Executada, funcionário
utilizando uniforme da mesma, descrição no bilhete de passagem em nome da Executada .

A Embargante justifica tais fatos afirmando que utiliza a estrutura deixada pela Reclamada, por ainda estar
se organizando. Contudo, a mesma afirma que a Executada deixou de operar, formalmente, em 2019,
porém, em Novembro de 2020, data da penhora, a identidade visual da Executada ainda estava presente,
funcionários com uniforme desta, bilhetes emitidos em nome desta.

Um ano seria tempo mais do que suficiente para a Embargante expor a sua marca e regularizar a
identidade visual, emissão de bilhetes e uniformes dos seus funcionários. O que se evidencia é que a
Executada ainda continua em operação de fato, ainda que de modo informal, ao que tudo indica se
esgueirando através de outra pessoa jurídica, como forma de evitar a execução de atos de constrição
contra si.

Deste modo, diante do exposto, é possível notar que a Executada ainda continua em operação e os bens
e valores encontrados no momento da penhora tinham toda a aparência de serem utilizados em favor da
Executada, portanto, penhoráveis.

Ante o exposto, CONHEÇO E JULGO IMPROCEDENTES os Embargos de Terceiros, nos termos da


fundamentação exposta.

Intime-se e certifique-se o que mais ocorrer.

Cumpra-se..

Belém, 18 de Agosto de 2021.

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito

Número do processo: 0001368-30.2012.8.14.0302 Participação: AUTOR Nome: AFONSO HENRIQUE


FROES LIMA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS EDUARDO ROSSY PATRIARCHA OAB:
015930/PA Participação: REU Nome: EXPRESSO MODELO LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
ALEXANDRE BRANDAO BASTOS FREIRE OAB: 20812/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE
LUIS BASTOS FREIRE OAB: 13997/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: SOMURB
SOLUCOES LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ GUILHERME DE LA ROCQUE SILVA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PINHO OAB: 27800/PA

SENTENÇA

Vistos, etc ...

Trata-se de Embargos de Terceiro, no qual a Embargante arguiu a impenhorabilidade dos bens e valores
constritos via mandado de penhora, posto que seriam de sua propriedade e não da Executada. Ressaltou
que apesar da identidade visual, do fato do funcionário presente no local estar trajado com uniforme da
Executada, tal fato se deu por acaso e pela estruturação da Embargante.

Éo breve relatório, como possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

No mérito, decido:

Analisando os autos, especialmente as fotografias apresentadas e os fatos descritos no auto de penhora,


nota-se que no local em que foi realizado o ato havia identificação visual da Executada, funcionário
utilizando uniforme da mesma, descrição no bilhete de passagem em nome da Executada .

A Embargante justifica tais fatos afirmando que utiliza a estrutura deixada pela Reclamada, por ainda estar
se organizando. Contudo, a mesma afirma que a Executada deixou de operar, formalmente, em 2019,
porém, em Novembro de 2020, data da penhora, a identidade visual da Executada ainda estava presente,
funcionários com uniforme desta, bilhetes emitidos em nome desta.

Um ano seria tempo mais do que suficiente para a Embargante expor a sua marca e regularizar a
identidade visual, emissão de bilhetes e uniformes dos seus funcionários. O que se evidencia é que a
Executada ainda continua em operação de fato, ainda que de modo informal, ao que tudo indica se
esgueirando através de outra pessoa jurídica, como forma de evitar a execução de atos de constrição
contra si.

Deste modo, diante do exposto, é possível notar que a Executada ainda continua em operação e os bens
e valores encontrados no momento da penhora tinham toda a aparência de serem utilizados em favor da
Executada, portanto, penhoráveis.

Ante o exposto, CONHEÇO E JULGO IMPROCEDENTES os Embargos de Terceiros, nos termos da


fundamentação exposta.

Intime-se e certifique-se o que mais ocorrer.

Cumpra-se..

Belém, 18 de Agosto de 2021.

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito

Número do processo: 0001368-30.2012.8.14.0302 Participação: AUTOR Nome: AFONSO HENRIQUE


FROES LIMA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS EDUARDO ROSSY PATRIARCHA OAB:
015930/PA Participação: REU Nome: EXPRESSO MODELO LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
528
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ALEXANDRE BRANDAO BASTOS FREIRE OAB: 20812/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE
LUIS BASTOS FREIRE OAB: 13997/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: SOMURB
SOLUCOES LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ GUILHERME DE LA ROCQUE SILVA
PINHO OAB: 27800/PA

SENTENÇA

Vistos, etc ...

Trata-se de Embargos de Terceiro, no qual a Embargante arguiu a impenhorabilidade dos bens e valores
constritos via mandado de penhora, posto que seriam de sua propriedade e não da Executada. Ressaltou
que apesar da identidade visual, do fato do funcionário presente no local estar trajado com uniforme da
Executada, tal fato se deu por acaso e pela estruturação da Embargante.

Éo breve relatório, como possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

No mérito, decido:

Analisando os autos, especialmente as fotografias apresentadas e os fatos descritos no auto de penhora,


nota-se que no local em que foi realizado o ato havia identificação visual da Executada, funcionário
utilizando uniforme da mesma, descrição no bilhete de passagem em nome da Executada .

A Embargante justifica tais fatos afirmando que utiliza a estrutura deixada pela Reclamada, por ainda estar
se organizando. Contudo, a mesma afirma que a Executada deixou de operar, formalmente, em 2019,
porém, em Novembro de 2020, data da penhora, a identidade visual da Executada ainda estava presente,
funcionários com uniforme desta, bilhetes emitidos em nome desta.

Um ano seria tempo mais do que suficiente para a Embargante expor a sua marca e regularizar a
identidade visual, emissão de bilhetes e uniformes dos seus funcionários. O que se evidencia é que a
Executada ainda continua em operação de fato, ainda que de modo informal, ao que tudo indica se
esgueirando através de outra pessoa jurídica, como forma de evitar a execução de atos de constrição
contra si.

Deste modo, diante do exposto, é possível notar que a Executada ainda continua em operação e os bens
e valores encontrados no momento da penhora tinham toda a aparência de serem utilizados em favor da
Executada, portanto, penhoráveis.

Ante o exposto, CONHEÇO E JULGO IMPROCEDENTES os Embargos de Terceiros, nos termos da


fundamentação exposta.

Intime-se e certifique-se o que mais ocorrer.

Cumpra-se..

Belém, 18 de Agosto de 2021.

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito
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Número do processo: 0868755-51.2020.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: OSVALDO


COUTINHO MORAES JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS AUGUSTO PINHEIRO
LOBATO DOS SANTOS OAB: 11950/PA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS UBIRACY PEREIRA
CORREA JUNIOR OAB: 011626/PA Participação: AUTORIDADE Nome: ELIZANDRO GRANJA
Participação: ADVOGADO Nome: GIULIA ALMEIDA PRADO LORDEIRO SROCZYNSKI OAB: 25466/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTES DE TRÂNSITO DE BELÉM

PROCESSO Nº: 0868755-51.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc ...

O Reclamante relatou que no dia 04/06/2020, conduzia seu veículo pela estrada do município de
Barcarena/PA, conhecida como “trevo do peteca”, sentido Vila dos Cabanos, quando foi surpreendido pelo
condutor do veículo do Reclamado, que atingiu a parte lateral traseira do veículo do Reclamante, o qual
ficou imprensado em outro caminhão que estava parado no acostamento, causando-lhe danos de grande
monta. Em função de tal fato, ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos materiais no total
de R$ 18.930,00.

Devidamente citado, o Reclamado não compareceu em audiência de conciliação, instrução e julgamento,


porém juntou justificativa de falta em razão da pandemia de covid-19, por estar com suspeita da doença na
época da ocorrência da audiência, solicitando o afastamento da revelia, e em caso de indeferimento do
seu requerimento, a improcedência dos pedidos do Reclamante.

Éo breve relatório, como possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

Ausente preliminar, adentro no mérito da causa:

Analisando os autos, verifica-se que o reclamado juntou tardiamente, cerca de um mês após a data de
realização da audiência, apenas o resultado negativo do teste de covid-19, sem atestado médico ou outro
documento que comprovasse seu alegado estado de saúde, motivo pelo qual indefiro o pedido de
afastamento da revelia e os demais pedidos.

O art. 20 da Lei 9.099/1995, dispõe:

Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e


julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da
convicção do juiz.

No caso sub examine, o Reclamado não esteve presente em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, deixando de apresentar defesa nos autos. Como a Lei dos Juizados Especiais (Lei nº
9.099/1995) adotou o critério da presença em audiência para a configuração do estado de revelia e o
comparecimento pessoal das partes ao referido ato processual é imperativo e obrigatório, DECRETO A
REVELIA do Reclamado, conforme preceituado pelos artigos 20 e 23 da Lei nº. 9.099/95 c/c Enunciado 20
do FONAJE, a saber:

ENUNCIADO 20 – O comparecimento pessoal da parte às audiências é obrigatório. A pessoa jurídica


poderá ser representada por preposto.

De acordo com os relatos da parte, testemunha e especialmente as fotografias juntadas aos autos, nota-se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

que o veículo do Reclamante foi atingido em seu setor lateral esquerdo traseiro pelo veículo do
Reclamado, quando este realizava manobra para adentrar a via em que o veículo do reclamante trafegava.
Constatada a colisão, infere-se que o condutor do caminhão da parte Reclamada agiu com imprudência,
ao não observar o veículo do reclamante já na via posicionado, afrontando as regras gerais de circulação
e conduta no trânsito:

Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:

II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;

§2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos
não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
posição, sua direção e sua velocidade.

Diante de tais fatos e fundamentos, fica configurada a culpa in eligendo e a responsabilidade da parte
Reclamada, na condição de empregadora do condutor e de proprietária do veículo causador da colisão,
com o consequente surgimento do dever de indenizar os danos suportados pelo Reclamante, a teor dos
arts. 186, 927 e inciso III do art. 932 do Código Civil:

Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.

Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que
lhes competir, ou em razão dele;

Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a análise dos pedidos da inicial,
sua existência e possíveis quantificações, que devem observar as provas dos autos, onde foi juntada nota
fiscal das peças e serviços necessários para o conserto do seu automóvel, no importe de R$ 18.480,00,
bem como a quantia de R$ 450,00 pelo serviço de guincho do veículo. Portanto, é devida indenização por
danos materiais no valor total de R$ 18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais).

Posto isto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO inicial, para condenar o Reclamado ao pagamento de R$
18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais) a título de indenização por danos materiais em favor do
Reclamante, com correção monetária pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês, ambos com incidência a partir da data do evento danoso (04/06/2020), conforme estabelecido pelas
súmulas nº 43 e 54 do STJ. Extingue-se o processo com resolução do mérito, forte no inciso I do artigo
487 do CPC.

Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Transitando em julgado, proceda-se ao cálculo e intime-se o Reclamado para cumprimento voluntário,


através de depósito na Conta única do Poder Judiciário, com abertura de respectiva subconta, sob pena
de multa do art. 523 e § 1º do CPC.

P.R.I.C.

Belém, 18 de agosto de 2021

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito

Número do processo: 0868755-51.2020.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: OSVALDO


COUTINHO MORAES JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS AUGUSTO PINHEIRO
LOBATO DOS SANTOS OAB: 11950/PA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS UBIRACY PEREIRA
CORREA JUNIOR OAB: 011626/PA Participação: AUTORIDADE Nome: ELIZANDRO GRANJA
Participação: ADVOGADO Nome: GIULIA ALMEIDA PRADO LORDEIRO SROCZYNSKI OAB: 25466/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTES DE TRÂNSITO DE BELÉM

PROCESSO Nº: 0868755-51.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc ...

O Reclamante relatou que no dia 04/06/2020, conduzia seu veículo pela estrada do município de
Barcarena/PA, conhecida como “trevo do peteca”, sentido Vila dos Cabanos, quando foi surpreendido pelo
condutor do veículo do Reclamado, que atingiu a parte lateral traseira do veículo do Reclamante, o qual
ficou imprensado em outro caminhão que estava parado no acostamento, causando-lhe danos de grande
monta. Em função de tal fato, ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos materiais no total
de R$ 18.930,00.

Devidamente citado, o Reclamado não compareceu em audiência de conciliação, instrução e julgamento,


porém juntou justificativa de falta em razão da pandemia de covid-19, por estar com suspeita da doença na
época da ocorrência da audiência, solicitando o afastamento da revelia, e em caso de indeferimento do
seu requerimento, a improcedência dos pedidos do Reclamante.

Éo breve relatório, como possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

Ausente preliminar, adentro no mérito da causa:

Analisando os autos, verifica-se que o reclamado juntou tardiamente, cerca de um mês após a data de
realização da audiência, apenas o resultado negativo do teste de covid-19, sem atestado médico ou outro
documento que comprovasse seu alegado estado de saúde, motivo pelo qual indefiro o pedido de
afastamento da revelia e os demais pedidos.

O art. 20 da Lei 9.099/1995, dispõe:


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Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e


julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da
convicção do juiz.

No caso sub examine, o Reclamado não esteve presente em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, deixando de apresentar defesa nos autos. Como a Lei dos Juizados Especiais (Lei nº
9.099/1995) adotou o critério da presença em audiência para a configuração do estado de revelia e o
comparecimento pessoal das partes ao referido ato processual é imperativo e obrigatório, DECRETO A
REVELIA do Reclamado, conforme preceituado pelos artigos 20 e 23 da Lei nº. 9.099/95 c/c Enunciado 20
do FONAJE, a saber:

ENUNCIADO 20 – O comparecimento pessoal da parte às audiências é obrigatório. A pessoa jurídica


poderá ser representada por preposto.

De acordo com os relatos da parte, testemunha e especialmente as fotografias juntadas aos autos, nota-se
que o veículo do Reclamante foi atingido em seu setor lateral esquerdo traseiro pelo veículo do
Reclamado, quando este realizava manobra para adentrar a via em que o veículo do reclamante trafegava.
Constatada a colisão, infere-se que o condutor do caminhão da parte Reclamada agiu com imprudência,
ao não observar o veículo do reclamante já na via posicionado, afrontando as regras gerais de circulação
e conduta no trânsito:

Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:

II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;

§2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos
não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
posição, sua direção e sua velocidade.

Diante de tais fatos e fundamentos, fica configurada a culpa in eligendo e a responsabilidade da parte
Reclamada, na condição de empregadora do condutor e de proprietária do veículo causador da colisão,
com o consequente surgimento do dever de indenizar os danos suportados pelo Reclamante, a teor dos
arts. 186, 927 e inciso III do art. 932 do Código Civil:

Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.

Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que
lhes competir, ou em razão dele;

Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a análise dos pedidos da inicial,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

sua existência e possíveis quantificações, que devem observar as provas dos autos, onde foi juntada nota
fiscal das peças e serviços necessários para o conserto do seu automóvel, no importe de R$ 18.480,00,
bem como a quantia de R$ 450,00 pelo serviço de guincho do veículo. Portanto, é devida indenização por
danos materiais no valor total de R$ 18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais).

Posto isto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO inicial, para condenar o Reclamado ao pagamento de R$
18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais) a título de indenização por danos materiais em favor do
Reclamante, com correção monetária pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês, ambos com incidência a partir da data do evento danoso (04/06/2020), conforme estabelecido pelas
súmulas nº 43 e 54 do STJ. Extingue-se o processo com resolução do mérito, forte no inciso I do artigo
487 do CPC.

Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

Transitando em julgado, proceda-se ao cálculo e intime-se o Reclamado para cumprimento voluntário,


através de depósito na Conta única do Poder Judiciário, com abertura de respectiva subconta, sob pena
de multa do art. 523 e § 1º do CPC.

P.R.I.C.

Belém, 18 de agosto de 2021

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito

Número do processo: 0868755-51.2020.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: OSVALDO


COUTINHO MORAES JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS AUGUSTO PINHEIRO
LOBATO DOS SANTOS OAB: 11950/PA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS UBIRACY PEREIRA
CORREA JUNIOR OAB: 011626/PA Participação: AUTORIDADE Nome: ELIZANDRO GRANJA
Participação: ADVOGADO Nome: GIULIA ALMEIDA PRADO LORDEIRO SROCZYNSKI OAB: 25466/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTES DE TRÂNSITO DE BELÉM

PROCESSO Nº: 0868755-51.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc ...

O Reclamante relatou que no dia 04/06/2020, conduzia seu veículo pela estrada do município de
Barcarena/PA, conhecida como “trevo do peteca”, sentido Vila dos Cabanos, quando foi surpreendido pelo
condutor do veículo do Reclamado, que atingiu a parte lateral traseira do veículo do Reclamante, o qual
ficou imprensado em outro caminhão que estava parado no acostamento, causando-lhe danos de grande
monta. Em função de tal fato, ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos materiais no total
de R$ 18.930,00.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Devidamente citado, o Reclamado não compareceu em audiência de conciliação, instrução e julgamento,


porém juntou justificativa de falta em razão da pandemia de covid-19, por estar com suspeita da doença na
época da ocorrência da audiência, solicitando o afastamento da revelia, e em caso de indeferimento do
seu requerimento, a improcedência dos pedidos do Reclamante.

Éo breve relatório, como possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

Ausente preliminar, adentro no mérito da causa:

Analisando os autos, verifica-se que o reclamado juntou tardiamente, cerca de um mês após a data de
realização da audiência, apenas o resultado negativo do teste de covid-19, sem atestado médico ou outro
documento que comprovasse seu alegado estado de saúde, motivo pelo qual indefiro o pedido de
afastamento da revelia e os demais pedidos.

O art. 20 da Lei 9.099/1995, dispõe:

Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e


julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da
convicção do juiz.

No caso sub examine, o Reclamado não esteve presente em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, deixando de apresentar defesa nos autos. Como a Lei dos Juizados Especiais (Lei nº
9.099/1995) adotou o critério da presença em audiência para a configuração do estado de revelia e o
comparecimento pessoal das partes ao referido ato processual é imperativo e obrigatório, DECRETO A
REVELIA do Reclamado, conforme preceituado pelos artigos 20 e 23 da Lei nº. 9.099/95 c/c Enunciado 20
do FONAJE, a saber:

ENUNCIADO 20 – O comparecimento pessoal da parte às audiências é obrigatório. A pessoa jurídica


poderá ser representada por preposto.

De acordo com os relatos da parte, testemunha e especialmente as fotografias juntadas aos autos, nota-se
que o veículo do Reclamante foi atingido em seu setor lateral esquerdo traseiro pelo veículo do
Reclamado, quando este realizava manobra para adentrar a via em que o veículo do reclamante trafegava.
Constatada a colisão, infere-se que o condutor do caminhão da parte Reclamada agiu com imprudência,
ao não observar o veículo do reclamante já na via posicionado, afrontando as regras gerais de circulação
e conduta no trânsito:

Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:

II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;

§2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos
não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
posição, sua direção e sua velocidade.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Diante de tais fatos e fundamentos, fica configurada a culpa in eligendo e a responsabilidade da parte
Reclamada, na condição de empregadora do condutor e de proprietária do veículo causador da colisão,
com o consequente surgimento do dever de indenizar os danos suportados pelo Reclamante, a teor dos
arts. 186, 927 e inciso III do art. 932 do Código Civil:

Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.

Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que
lhes competir, ou em razão dele;

Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a análise dos pedidos da inicial,
sua existência e possíveis quantificações, que devem observar as provas dos autos, onde foi juntada nota
fiscal das peças e serviços necessários para o conserto do seu automóvel, no importe de R$ 18.480,00,
bem como a quantia de R$ 450,00 pelo serviço de guincho do veículo. Portanto, é devida indenização por
danos materiais no valor total de R$ 18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais).

Posto isto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO inicial, para condenar o Reclamado ao pagamento de R$
18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais) a título de indenização por danos materiais em favor do
Reclamante, com correção monetária pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês, ambos com incidência a partir da data do evento danoso (04/06/2020), conforme estabelecido pelas
súmulas nº 43 e 54 do STJ. Extingue-se o processo com resolução do mérito, forte no inciso I do artigo
487 do CPC.

Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

Transitando em julgado, proceda-se ao cálculo e intime-se o Reclamado para cumprimento voluntário,


através de depósito na Conta única do Poder Judiciário, com abertura de respectiva subconta, sob pena
de multa do art. 523 e § 1º do CPC.

P.R.I.C.

Belém, 18 de agosto de 2021

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito

Número do processo: 0868755-51.2020.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: OSVALDO


COUTINHO MORAES JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS AUGUSTO PINHEIRO
LOBATO DOS SANTOS OAB: 11950/PA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS UBIRACY PEREIRA
CORREA JUNIOR OAB: 011626/PA Participação: AUTORIDADE Nome: ELIZANDRO GRANJA
Participação: ADVOGADO Nome: GIULIA ALMEIDA PRADO LORDEIRO SROCZYNSKI OAB: 25466/PA

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JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTES DE TRÂNSITO DE BELÉM

PROCESSO Nº: 0868755-51.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc ...

O Reclamante relatou que no dia 04/06/2020, conduzia seu veículo pela estrada do município de
Barcarena/PA, conhecida como “trevo do peteca”, sentido Vila dos Cabanos, quando foi surpreendido pelo
condutor do veículo do Reclamado, que atingiu a parte lateral traseira do veículo do Reclamante, o qual
ficou imprensado em outro caminhão que estava parado no acostamento, causando-lhe danos de grande
monta. Em função de tal fato, ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos materiais no total
de R$ 18.930,00.

Devidamente citado, o Reclamado não compareceu em audiência de conciliação, instrução e julgamento,


porém juntou justificativa de falta em razão da pandemia de covid-19, por estar com suspeita da doença na
época da ocorrência da audiência, solicitando o afastamento da revelia, e em caso de indeferimento do
seu requerimento, a improcedência dos pedidos do Reclamante.

Éo breve relatório, como possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

Ausente preliminar, adentro no mérito da causa:

Analisando os autos, verifica-se que o reclamado juntou tardiamente, cerca de um mês após a data de
realização da audiência, apenas o resultado negativo do teste de covid-19, sem atestado médico ou outro
documento que comprovasse seu alegado estado de saúde, motivo pelo qual indefiro o pedido de
afastamento da revelia e os demais pedidos.

O art. 20 da Lei 9.099/1995, dispõe:

Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e


julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da
convicção do juiz.

No caso sub examine, o Reclamado não esteve presente em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, deixando de apresentar defesa nos autos. Como a Lei dos Juizados Especiais (Lei nº
9.099/1995) adotou o critério da presença em audiência para a configuração do estado de revelia e o
comparecimento pessoal das partes ao referido ato processual é imperativo e obrigatório, DECRETO A
REVELIA do Reclamado, conforme preceituado pelos artigos 20 e 23 da Lei nº. 9.099/95 c/c Enunciado 20
do FONAJE, a saber:

ENUNCIADO 20 – O comparecimento pessoal da parte às audiências é obrigatório. A pessoa jurídica


poderá ser representada por preposto.

De acordo com os relatos da parte, testemunha e especialmente as fotografias juntadas aos autos, nota-se
que o veículo do Reclamante foi atingido em seu setor lateral esquerdo traseiro pelo veículo do
Reclamado, quando este realizava manobra para adentrar a via em que o veículo do reclamante trafegava.
Constatada a colisão, infere-se que o condutor do caminhão da parte Reclamada agiu com imprudência,
ao não observar o veículo do reclamante já na via posicionado, afrontando as regras gerais de circulação
e conduta no trânsito:

Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
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Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:

II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;

§2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos
não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
posição, sua direção e sua velocidade.

Diante de tais fatos e fundamentos, fica configurada a culpa in eligendo e a responsabilidade da parte
Reclamada, na condição de empregadora do condutor e de proprietária do veículo causador da colisão,
com o consequente surgimento do dever de indenizar os danos suportados pelo Reclamante, a teor dos
arts. 186, 927 e inciso III do art. 932 do Código Civil:

Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.

Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que
lhes competir, ou em razão dele;

Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a análise dos pedidos da inicial,
sua existência e possíveis quantificações, que devem observar as provas dos autos, onde foi juntada nota
fiscal das peças e serviços necessários para o conserto do seu automóvel, no importe de R$ 18.480,00,
bem como a quantia de R$ 450,00 pelo serviço de guincho do veículo. Portanto, é devida indenização por
danos materiais no valor total de R$ 18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais).

Posto isto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO inicial, para condenar o Reclamado ao pagamento de R$
18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais) a título de indenização por danos materiais em favor do
Reclamante, com correção monetária pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês, ambos com incidência a partir da data do evento danoso (04/06/2020), conforme estabelecido pelas
súmulas nº 43 e 54 do STJ. Extingue-se o processo com resolução do mérito, forte no inciso I do artigo
487 do CPC.

Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

Transitando em julgado, proceda-se ao cálculo e intime-se o Reclamado para cumprimento voluntário,


através de depósito na Conta única do Poder Judiciário, com abertura de respectiva subconta, sob pena
de multa do art. 523 e § 1º do CPC.

P.R.I.C.

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MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL


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Juiz de Direito

Número do processo: 0868755-51.2020.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: OSVALDO


COUTINHO MORAES JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS AUGUSTO PINHEIRO
LOBATO DOS SANTOS OAB: 11950/PA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS UBIRACY PEREIRA
CORREA JUNIOR OAB: 011626/PA Participação: AUTORIDADE Nome: ELIZANDRO GRANJA
Participação: ADVOGADO Nome: GIULIA ALMEIDA PRADO LORDEIRO SROCZYNSKI OAB: 25466/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTES DE TRÂNSITO DE BELÉM

PROCESSO Nº: 0868755-51.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc ...

O Reclamante relatou que no dia 04/06/2020, conduzia seu veículo pela estrada do município de
Barcarena/PA, conhecida como “trevo do peteca”, sentido Vila dos Cabanos, quando foi surpreendido pelo
condutor do veículo do Reclamado, que atingiu a parte lateral traseira do veículo do Reclamante, o qual
ficou imprensado em outro caminhão que estava parado no acostamento, causando-lhe danos de grande
monta. Em função de tal fato, ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos materiais no total
de R$ 18.930,00.

Devidamente citado, o Reclamado não compareceu em audiência de conciliação, instrução e julgamento,


porém juntou justificativa de falta em razão da pandemia de covid-19, por estar com suspeita da doença na
época da ocorrência da audiência, solicitando o afastamento da revelia, e em caso de indeferimento do
seu requerimento, a improcedência dos pedidos do Reclamante.

Éo breve relatório, como possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

Ausente preliminar, adentro no mérito da causa:

Analisando os autos, verifica-se que o reclamado juntou tardiamente, cerca de um mês após a data de
realização da audiência, apenas o resultado negativo do teste de covid-19, sem atestado médico ou outro
documento que comprovasse seu alegado estado de saúde, motivo pelo qual indefiro o pedido de
afastamento da revelia e os demais pedidos.

O art. 20 da Lei 9.099/1995, dispõe:

Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e


julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da
convicção do juiz.

No caso sub examine, o Reclamado não esteve presente em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, deixando de apresentar defesa nos autos. Como a Lei dos Juizados Especiais (Lei nº
9.099/1995) adotou o critério da presença em audiência para a configuração do estado de revelia e o
comparecimento pessoal das partes ao referido ato processual é imperativo e obrigatório, DECRETO A
REVELIA do Reclamado, conforme preceituado pelos artigos 20 e 23 da Lei nº. 9.099/95 c/c Enunciado 20
do FONAJE, a saber:
539
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ENUNCIADO 20 – O comparecimento pessoal da parte às audiências é obrigatório. A pessoa jurídica


poderá ser representada por preposto.

De acordo com os relatos da parte, testemunha e especialmente as fotografias juntadas aos autos, nota-se
que o veículo do Reclamante foi atingido em seu setor lateral esquerdo traseiro pelo veículo do
Reclamado, quando este realizava manobra para adentrar a via em que o veículo do reclamante trafegava.
Constatada a colisão, infere-se que o condutor do caminhão da parte Reclamada agiu com imprudência,
ao não observar o veículo do reclamante já na via posicionado, afrontando as regras gerais de circulação
e conduta no trânsito:

Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:

II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;

§2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos
não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
posição, sua direção e sua velocidade.

Diante de tais fatos e fundamentos, fica configurada a culpa in eligendo e a responsabilidade da parte
Reclamada, na condição de empregadora do condutor e de proprietária do veículo causador da colisão,
com o consequente surgimento do dever de indenizar os danos suportados pelo Reclamante, a teor dos
arts. 186, 927 e inciso III do art. 932 do Código Civil:

Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.

Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que
lhes competir, ou em razão dele;

Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a análise dos pedidos da inicial,
sua existência e possíveis quantificações, que devem observar as provas dos autos, onde foi juntada nota
fiscal das peças e serviços necessários para o conserto do seu automóvel, no importe de R$ 18.480,00,
bem como a quantia de R$ 450,00 pelo serviço de guincho do veículo. Portanto, é devida indenização por
danos materiais no valor total de R$ 18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais).

Posto isto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO inicial, para condenar o Reclamado ao pagamento de R$
18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais) a título de indenização por danos materiais em favor do
Reclamante, com correção monetária pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês, ambos com incidência a partir da data do evento danoso (04/06/2020), conforme estabelecido pelas
súmulas nº 43 e 54 do STJ. Extingue-se o processo com resolução do mérito, forte no inciso I do artigo
487 do CPC.
540
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

Transitando em julgado, proceda-se ao cálculo e intime-se o Reclamado para cumprimento voluntário,


através de depósito na Conta única do Poder Judiciário, com abertura de respectiva subconta, sob pena
de multa do art. 523 e § 1º do CPC.

P.R.I.C.

Belém, 18 de agosto de 2021

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito

Número do processo: 0810809-87.2021.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: GARIBALDI


EDUARDO LOUREIRO PARENTE Participação: ADVOGADO Nome: EDGAR LIMA FLORENTINO OAB:
018546/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA GESSICA GOMES MONTEIRO OAB: 27420/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: EMERSON ANGELO BATISTA Participação: ADVOGADO Nome:
MARCOS VINICIUS COROA SOUZA OAB: 15875/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAIO ROGERIO
DA COSTA BRANDAO OAB: 13221-A/PA

Processo nº 0810809-87.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc ...

O Reclamante afirmou que no dia 08/02/2021, conduzia seu veículo pela Av. Júlio César, no elevado
Daniel Berg, quando o veículo que estava a sua frente freou, em decorrência da queda de um motociclista,
momento em que freou e em seguida foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. Diante
de tais fatos ajuizou a presente ação visando indenização por danos materiais na quantia de R$ 8.404,13
e indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00.

Devidamente citado, o Reclamado compareceu em audiência de conciliação, instrução e julgamento, bem


como apresentou contestação nos autos, onde arguiu, preliminarmente, a incompetência do juízo em
razão da complexidade da causa e pela necessidade de perícia técnica. No mérito, afirmou a culpa
exclusiva do Reclamante, pois este não teria observado a distância de segurança com relação ao veículo
à sua frente, inexistindo danos materiais e morais a serem indenizados. Por fim, formulou pedido
contraposto, pleiteando indenização por danos materiais no valor de R$ 8.338,00.

Éo breve relatório conforme possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

DECIDO:

Quato a preliminar de incompetência do juizado para julgar a causa, em decorrência da sua complexidade
e necessidade de perícia técnica, a mesma não pode ser acatada, haja vista que constam dos autos os
elementos e provas capazes de embasar o julgamento do mérito, tornando desnecessária a realização de
perícia técnica, o que conduz na rejeição da preliminar.
541
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

No mérito:

Analisando os relatos das partes e testemunhas, é possível notar que a dinâmica do sinistro ocorreu após
um veículo de terceiro parar na via, sendo atingido por uma motocicleta não identificada, obrigando outro
veículo e o Reclamante a pararem na via, possivelmente, ocorrendo uma primeira colisão neste instante,
momento em que o veículo do Reclamado atingiu o setor traseiro do veículo do Reclamante.

O próprio Reclamante reconhece a existência da atuação e colisão ocasionada pela motocicleta.

Desta feita, concluo que as colisões em cadeia se deram, exclusivamente, por culpa exclusiva de
terceiros, no caso, do motociclista que ocasionou a primeira colisão, obrigando os demais veículos a
frearem bruscamente.

A culpa se configura como um elemento indispensável na responsabilidade civil subjetiva, sendo um dos
requisitos caracterizadores do dever de indenizar. Nesta seara, deve se observar se a ação ou omissão de
terceiro deve constituir causa estranha ao aparente causador do dano, para que efetivamente o exonere
do dever de indenizar, portanto, não é imprescindível que o terceiro aja culposamente para que se possa
elidir a responsabilidade do causador aparente do dano, bastando que produza qualquer fato juridicamente
relevante para alterar a cadeia causal.

De igual modo, para que o fato de terceiro seja capaz de excluir a relação causal, deverá o mesmo ser
imprevisível e inevitável pelo agente, como o foi no presente caso.

O mesmo fundamento se aplica ao pedido contraposto, posto que a culpa também se atribui ao terceiro e
não ao Reclamante.

Posto isto, JULGO IMPROCEDENTES O PEDIDO INICIAL E O PEDIDO CONTRAPOSTO, nos termos da
fundamentação exposta, para em consequência, julgar extinto o processo com resolução do mérito, com
espeque no inciso I do artigo 487 do CPC.

Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

Transitando em julgado, arquive-se.

P.R.I.C.

Belém, 16 de Agosto de 2021.

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito Titular

Número do processo: 0810809-87.2021.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: GARIBALDI


EDUARDO LOUREIRO PARENTE Participação: ADVOGADO Nome: EDGAR LIMA FLORENTINO OAB:
018546/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA GESSICA GOMES MONTEIRO OAB: 27420/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: EMERSON ANGELO BATISTA Participação: ADVOGADO Nome:
MARCOS VINICIUS COROA SOUZA OAB: 15875/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAIO ROGERIO
DA COSTA BRANDAO OAB: 13221-A/PA
542
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo nº 0810809-87.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc ...

O Reclamante afirmou que no dia 08/02/2021, conduzia seu veículo pela Av. Júlio César, no elevado
Daniel Berg, quando o veículo que estava a sua frente freou, em decorrência da queda de um motociclista,
momento em que freou e em seguida foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. Diante
de tais fatos ajuizou a presente ação visando indenização por danos materiais na quantia de R$ 8.404,13
e indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00.

Devidamente citado, o Reclamado compareceu em audiência de conciliação, instrução e julgamento, bem


como apresentou contestação nos autos, onde arguiu, preliminarmente, a incompetência do juízo em
razão da complexidade da causa e pela necessidade de perícia técnica. No mérito, afirmou a culpa
exclusiva do Reclamante, pois este não teria observado a distância de segurança com relação ao veículo
à sua frente, inexistindo danos materiais e morais a serem indenizados. Por fim, formulou pedido
contraposto, pleiteando indenização por danos materiais no valor de R$ 8.338,00.

Éo breve relatório conforme possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

DECIDO:

Quato a preliminar de incompetência do juizado para julgar a causa, em decorrência da sua complexidade
e necessidade de perícia técnica, a mesma não pode ser acatada, haja vista que constam dos autos os
elementos e provas capazes de embasar o julgamento do mérito, tornando desnecessária a realização de
perícia técnica, o que conduz na rejeição da preliminar.

No mérito:

Analisando os relatos das partes e testemunhas, é possível notar que a dinâmica do sinistro ocorreu após
um veículo de terceiro parar na via, sendo atingido por uma motocicleta não identificada, obrigando outro
veículo e o Reclamante a pararem na via, possivelmente, ocorrendo uma primeira colisão neste instante,
momento em que o veículo do Reclamado atingiu o setor traseiro do veículo do Reclamante.

O próprio Reclamante reconhece a existência da atuação e colisão ocasionada pela motocicleta.

Desta feita, concluo que as colisões em cadeia se deram, exclusivamente, por culpa exclusiva de
terceiros, no caso, do motociclista que ocasionou a primeira colisão, obrigando os demais veículos a
frearem bruscamente.

A culpa se configura como um elemento indispensável na responsabilidade civil subjetiva, sendo um dos
requisitos caracterizadores do dever de indenizar. Nesta seara, deve se observar se a ação ou omissão de
terceiro deve constituir causa estranha ao aparente causador do dano, para que efetivamente o exonere
do dever de indenizar, portanto, não é imprescindível que o terceiro aja culposamente para que se possa
elidir a responsabilidade do causador aparente do dano, bastando que produza qualquer fato juridicamente
relevante para alterar a cadeia causal.

De igual modo, para que o fato de terceiro seja capaz de excluir a relação causal, deverá o mesmo ser
imprevisível e inevitável pelo agente, como o foi no presente caso.

O mesmo fundamento se aplica ao pedido contraposto, posto que a culpa também se atribui ao terceiro e
não ao Reclamante.
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Posto isto, JULGO IMPROCEDENTES O PEDIDO INICIAL E O PEDIDO CONTRAPOSTO, nos termos da
fundamentação exposta, para em consequência, julgar extinto o processo com resolução do mérito, com
espeque no inciso I do artigo 487 do CPC.

Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

Transitando em julgado, arquive-se.

P.R.I.C.

Belém, 16 de Agosto de 2021.

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito Titular

Número do processo: 0810809-87.2021.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: GARIBALDI


EDUARDO LOUREIRO PARENTE Participação: ADVOGADO Nome: EDGAR LIMA FLORENTINO OAB:
018546/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA GESSICA GOMES MONTEIRO OAB: 27420/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: EMERSON ANGELO BATISTA Participação: ADVOGADO Nome:
MARCOS VINICIUS COROA SOUZA OAB: 15875/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAIO ROGERIO
DA COSTA BRANDAO OAB: 13221-A/PA

Processo nº 0810809-87.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc ...

O Reclamante afirmou que no dia 08/02/2021, conduzia seu veículo pela Av. Júlio César, no elevado
Daniel Berg, quando o veículo que estava a sua frente freou, em decorrência da queda de um motociclista,
momento em que freou e em seguida foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. Diante
de tais fatos ajuizou a presente ação visando indenização por danos materiais na quantia de R$ 8.404,13
e indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00.

Devidamente citado, o Reclamado compareceu em audiência de conciliação, instrução e julgamento, bem


como apresentou contestação nos autos, onde arguiu, preliminarmente, a incompetência do juízo em
razão da complexidade da causa e pela necessidade de perícia técnica. No mérito, afirmou a culpa
exclusiva do Reclamante, pois este não teria observado a distância de segurança com relação ao veículo
à sua frente, inexistindo danos materiais e morais a serem indenizados. Por fim, formulou pedido
contraposto, pleiteando indenização por danos materiais no valor de R$ 8.338,00.

Éo breve relatório conforme possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

DECIDO:

Quato a preliminar de incompetência do juizado para julgar a causa, em decorrência da sua complexidade
e necessidade de perícia técnica, a mesma não pode ser acatada, haja vista que constam dos autos os
elementos e provas capazes de embasar o julgamento do mérito, tornando desnecessária a realização de
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perícia técnica, o que conduz na rejeição da preliminar.

No mérito:

Analisando os relatos das partes e testemunhas, é possível notar que a dinâmica do sinistro ocorreu após
um veículo de terceiro parar na via, sendo atingido por uma motocicleta não identificada, obrigando outro
veículo e o Reclamante a pararem na via, possivelmente, ocorrendo uma primeira colisão neste instante,
momento em que o veículo do Reclamado atingiu o setor traseiro do veículo do Reclamante.

O próprio Reclamante reconhece a existência da atuação e colisão ocasionada pela motocicleta.

Desta feita, concluo que as colisões em cadeia se deram, exclusivamente, por culpa exclusiva de
terceiros, no caso, do motociclista que ocasionou a primeira colisão, obrigando os demais veículos a
frearem bruscamente.

A culpa se configura como um elemento indispensável na responsabilidade civil subjetiva, sendo um dos
requisitos caracterizadores do dever de indenizar. Nesta seara, deve se observar se a ação ou omissão de
terceiro deve constituir causa estranha ao aparente causador do dano, para que efetivamente o exonere
do dever de indenizar, portanto, não é imprescindível que o terceiro aja culposamente para que se possa
elidir a responsabilidade do causador aparente do dano, bastando que produza qualquer fato juridicamente
relevante para alterar a cadeia causal.

De igual modo, para que o fato de terceiro seja capaz de excluir a relação causal, deverá o mesmo ser
imprevisível e inevitável pelo agente, como o foi no presente caso.

O mesmo fundamento se aplica ao pedido contraposto, posto que a culpa também se atribui ao terceiro e
não ao Reclamante.

Posto isto, JULGO IMPROCEDENTES O PEDIDO INICIAL E O PEDIDO CONTRAPOSTO, nos termos da
fundamentação exposta, para em consequência, julgar extinto o processo com resolução do mérito, com
espeque no inciso I do artigo 487 do CPC.

Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

Transitando em julgado, arquive-se.

P.R.I.C.

Belém, 16 de Agosto de 2021.

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito Titular

Número do processo: 0810809-87.2021.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: GARIBALDI


EDUARDO LOUREIRO PARENTE Participação: ADVOGADO Nome: EDGAR LIMA FLORENTINO OAB:
018546/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA GESSICA GOMES MONTEIRO OAB: 27420/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: EMERSON ANGELO BATISTA Participação: ADVOGADO Nome:
MARCOS VINICIUS COROA SOUZA OAB: 15875/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAIO ROGERIO
DA COSTA BRANDAO OAB: 13221-A/PA
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Processo nº 0810809-87.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc ...

O Reclamante afirmou que no dia 08/02/2021, conduzia seu veículo pela Av. Júlio César, no elevado
Daniel Berg, quando o veículo que estava a sua frente freou, em decorrência da queda de um motociclista,
momento em que freou e em seguida foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. Diante
de tais fatos ajuizou a presente ação visando indenização por danos materiais na quantia de R$ 8.404,13
e indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00.

Devidamente citado, o Reclamado compareceu em audiência de conciliação, instrução e julgamento, bem


como apresentou contestação nos autos, onde arguiu, preliminarmente, a incompetência do juízo em
razão da complexidade da causa e pela necessidade de perícia técnica. No mérito, afirmou a culpa
exclusiva do Reclamante, pois este não teria observado a distância de segurança com relação ao veículo
à sua frente, inexistindo danos materiais e morais a serem indenizados. Por fim, formulou pedido
contraposto, pleiteando indenização por danos materiais no valor de R$ 8.338,00.

Éo breve relatório conforme possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

DECIDO:

Quato a preliminar de incompetência do juizado para julgar a causa, em decorrência da sua complexidade
e necessidade de perícia técnica, a mesma não pode ser acatada, haja vista que constam dos autos os
elementos e provas capazes de embasar o julgamento do mérito, tornando desnecessária a realização de
perícia técnica, o que conduz na rejeição da preliminar.

No mérito:

Analisando os relatos das partes e testemunhas, é possível notar que a dinâmica do sinistro ocorreu após
um veículo de terceiro parar na via, sendo atingido por uma motocicleta não identificada, obrigando outro
veículo e o Reclamante a pararem na via, possivelmente, ocorrendo uma primeira colisão neste instante,
momento em que o veículo do Reclamado atingiu o setor traseiro do veículo do Reclamante.

O próprio Reclamante reconhece a existência da atuação e colisão ocasionada pela motocicleta.

Desta feita, concluo que as colisões em cadeia se deram, exclusivamente, por culpa exclusiva de
terceiros, no caso, do motociclista que ocasionou a primeira colisão, obrigando os demais veículos a
frearem bruscamente.

A culpa se configura como um elemento indispensável na responsabilidade civil subjetiva, sendo um dos
requisitos caracterizadores do dever de indenizar. Nesta seara, deve se observar se a ação ou omissão de
terceiro deve constituir causa estranha ao aparente causador do dano, para que efetivamente o exonere
do dever de indenizar, portanto, não é imprescindível que o terceiro aja culposamente para que se possa
elidir a responsabilidade do causador aparente do dano, bastando que produza qualquer fato juridicamente
relevante para alterar a cadeia causal.

De igual modo, para que o fato de terceiro seja capaz de excluir a relação causal, deverá o mesmo ser
imprevisível e inevitável pelo agente, como o foi no presente caso.

O mesmo fundamento se aplica ao pedido contraposto, posto que a culpa também se atribui ao terceiro e
não ao Reclamante.
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Posto isto, JULGO IMPROCEDENTES O PEDIDO INICIAL E O PEDIDO CONTRAPOSTO, nos termos da
fundamentação exposta, para em consequência, julgar extinto o processo com resolução do mérito, com
espeque no inciso I do artigo 487 do CPC.

Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

Transitando em julgado, arquive-se.

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Número do processo: 0810809-87.2021.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: GARIBALDI


EDUARDO LOUREIRO PARENTE Participação: ADVOGADO Nome: EDGAR LIMA FLORENTINO OAB:
018546/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA GESSICA GOMES MONTEIRO OAB: 27420/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: EMERSON ANGELO BATISTA Participação: ADVOGADO Nome:
MARCOS VINICIUS COROA SOUZA OAB: 15875/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAIO ROGERIO
DA COSTA BRANDAO OAB: 13221-A/PA

Processo nº 0810809-87.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc ...

O Reclamante afirmou que no dia 08/02/2021, conduzia seu veículo pela Av. Júlio César, no elevado
Daniel Berg, quando o veículo que estava a sua frente freou, em decorrência da queda de um motociclista,
momento em que freou e em seguida foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. Diante
de tais fatos ajuizou a presente ação visando indenização por danos materiais na quantia de R$ 8.404,13
e indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00.

Devidamente citado, o Reclamado compareceu em audiência de conciliação, instrução e julgamento, bem


como apresentou contestação nos autos, onde arguiu, preliminarmente, a incompetência do juízo em
razão da complexidade da causa e pela necessidade de perícia técnica. No mérito, afirmou a culpa
exclusiva do Reclamante, pois este não teria observado a distância de segurança com relação ao veículo
à sua frente, inexistindo danos materiais e morais a serem indenizados. Por fim, formulou pedido
contraposto, pleiteando indenização por danos materiais no valor de R$ 8.338,00.

Éo breve relatório conforme possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

DECIDO:

Quato a preliminar de incompetência do juizado para julgar a causa, em decorrência da sua complexidade
e necessidade de perícia técnica, a mesma não pode ser acatada, haja vista que constam dos autos os
elementos e provas capazes de embasar o julgamento do mérito, tornando desnecessária a realização de
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perícia técnica, o que conduz na rejeição da preliminar.

No mérito:

Analisando os relatos das partes e testemunhas, é possível notar que a dinâmica do sinistro ocorreu após
um veículo de terceiro parar na via, sendo atingido por uma motocicleta não identificada, obrigando outro
veículo e o Reclamante a pararem na via, possivelmente, ocorrendo uma primeira colisão neste instante,
momento em que o veículo do Reclamado atingiu o setor traseiro do veículo do Reclamante.

O próprio Reclamante reconhece a existência da atuação e colisão ocasionada pela motocicleta.

Desta feita, concluo que as colisões em cadeia se deram, exclusivamente, por culpa exclusiva de
terceiros, no caso, do motociclista que ocasionou a primeira colisão, obrigando os demais veículos a
frearem bruscamente.

A culpa se configura como um elemento indispensável na responsabilidade civil subjetiva, sendo um dos
requisitos caracterizadores do dever de indenizar. Nesta seara, deve se observar se a ação ou omissão de
terceiro deve constituir causa estranha ao aparente causador do dano, para que efetivamente o exonere
do dever de indenizar, portanto, não é imprescindível que o terceiro aja culposamente para que se possa
elidir a responsabilidade do causador aparente do dano, bastando que produza qualquer fato juridicamente
relevante para alterar a cadeia causal.

De igual modo, para que o fato de terceiro seja capaz de excluir a relação causal, deverá o mesmo ser
imprevisível e inevitável pelo agente, como o foi no presente caso.

O mesmo fundamento se aplica ao pedido contraposto, posto que a culpa também se atribui ao terceiro e
não ao Reclamante.

Posto isto, JULGO IMPROCEDENTES O PEDIDO INICIAL E O PEDIDO CONTRAPOSTO, nos termos da
fundamentação exposta, para em consequência, julgar extinto o processo com resolução do mérito, com
espeque no inciso I do artigo 487 do CPC.

Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

Transitando em julgado, arquive-se.

P.R.I.C.

Belém, 16 de Agosto de 2021.

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito Titular

Número do processo: 0810809-87.2021.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: GARIBALDI


EDUARDO LOUREIRO PARENTE Participação: ADVOGADO Nome: EDGAR LIMA FLORENTINO OAB:
018546/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA GESSICA GOMES MONTEIRO OAB: 27420/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: EMERSON ANGELO BATISTA Participação: ADVOGADO Nome:
MARCOS VINICIUS COROA SOUZA OAB: 15875/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAIO ROGERIO
DA COSTA BRANDAO OAB: 13221-A/PA
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Processo nº 0810809-87.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc ...

O Reclamante afirmou que no dia 08/02/2021, conduzia seu veículo pela Av. Júlio César, no elevado
Daniel Berg, quando o veículo que estava a sua frente freou, em decorrência da queda de um motociclista,
momento em que freou e em seguida foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. Diante
de tais fatos ajuizou a presente ação visando indenização por danos materiais na quantia de R$ 8.404,13
e indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00.

Devidamente citado, o Reclamado compareceu em audiência de conciliação, instrução e julgamento, bem


como apresentou contestação nos autos, onde arguiu, preliminarmente, a incompetência do juízo em
razão da complexidade da causa e pela necessidade de perícia técnica. No mérito, afirmou a culpa
exclusiva do Reclamante, pois este não teria observado a distância de segurança com relação ao veículo
à sua frente, inexistindo danos materiais e morais a serem indenizados. Por fim, formulou pedido
contraposto, pleiteando indenização por danos materiais no valor de R$ 8.338,00.

Éo breve relatório conforme possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

DECIDO:

Quato a preliminar de incompetência do juizado para julgar a causa, em decorrência da sua complexidade
e necessidade de perícia técnica, a mesma não pode ser acatada, haja vista que constam dos autos os
elementos e provas capazes de embasar o julgamento do mérito, tornando desnecessária a realização de
perícia técnica, o que conduz na rejeição da preliminar.

No mérito:

Analisando os relatos das partes e testemunhas, é possível notar que a dinâmica do sinistro ocorreu após
um veículo de terceiro parar na via, sendo atingido por uma motocicleta não identificada, obrigando outro
veículo e o Reclamante a pararem na via, possivelmente, ocorrendo uma primeira colisão neste instante,
momento em que o veículo do Reclamado atingiu o setor traseiro do veículo do Reclamante.

O próprio Reclamante reconhece a existência da atuação e colisão ocasionada pela motocicleta.

Desta feita, concluo que as colisões em cadeia se deram, exclusivamente, por culpa exclusiva de
terceiros, no caso, do motociclista que ocasionou a primeira colisão, obrigando os demais veículos a
frearem bruscamente.

A culpa se configura como um elemento indispensável na responsabilidade civil subjetiva, sendo um dos
requisitos caracterizadores do dever de indenizar. Nesta seara, deve se observar se a ação ou omissão de
terceiro deve constituir causa estranha ao aparente causador do dano, para que efetivamente o exonere
do dever de indenizar, portanto, não é imprescindível que o terceiro aja culposamente para que se possa
elidir a responsabilidade do causador aparente do dano, bastando que produza qualquer fato juridicamente
relevante para alterar a cadeia causal.

De igual modo, para que o fato de terceiro seja capaz de excluir a relação causal, deverá o mesmo ser
imprevisível e inevitável pelo agente, como o foi no presente caso.

O mesmo fundamento se aplica ao pedido contraposto, posto que a culpa também se atribui ao terceiro e
não ao Reclamante.
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Posto isto, JULGO IMPROCEDENTES O PEDIDO INICIAL E O PEDIDO CONTRAPOSTO, nos termos da
fundamentação exposta, para em consequência, julgar extinto o processo com resolução do mérito, com
espeque no inciso I do artigo 487 do CPC.

Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

Transitando em julgado, arquive-se.

P.R.I.C.

Belém, 16 de Agosto de 2021.

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito Titular

Número do processo: 0861343-69.2020.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: CACIO KLEY


DE JESUS ESTEVES MARTINS Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO PAULO DA SILVA OAB:
12696/PA Participação: AUTORIDADE Nome: CRISTIANO GONCALVES ANDRADE DA SILVA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTES DE TRÂNSITO DE BELÉM

PROCESSO Nº: 0861343-69.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc …

O Reclamante relatou que no dia 15/09/2020, trafegava com seu veículo pela BR 316, sentido Marituba-
Pa, momento em que teve o seu automóvel atingido em seu setor traseiro pelo veículo conduzido pelo
Reclamado ocasionando diversos danos tanto na parte traseira como na dianteira, pois, devido ao
impacto, seu veiculo foi arremessado, vindo a chocar-se com a traseira do veículo que se encontrava a
sua frente. Após a colisão, o Reclamado teria se recusado a assumir a responsabilidade pelos danos
causados. Por tais fatos, ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos materiais na quantia
de R$ 1.970,00.

Devidamente citado, o Reclamado não compareceu em audiência de conciliação, instrução e julgamento,


bem como não apresentou contestação nos autos.

Éo breve relatório, como possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

Ausente preliminar, adentro no mérito da causa:

O art. 20 da Lei 9.099/1995, dispõe:

Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e


julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da
550
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

convicção do juiz.

No caso sub examine, o Reclamado não esteve presente em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, deixando de apresentar defesa nos autos. Como a Lei dos Juizados Especiais (Lei nº
9.099/1995) adotou o critério da presença em audiência para a configuração do estado de revelia e o
comparecimento pessoal das partes ao referido ato processual é imperativo e obrigatório, DECRETO A
REVELIA do Reclamado, conforme preceituado pelos artigos 20 e 23 da Lei nº. 9.099/95 c/c Enunciado 20
do FONAJE, a saber:

ENUNCIADO 20 – O comparecimento pessoal da parte às audiências é obrigatório. A pessoa jurídica


poderá ser representada por preposto.

Analisando os aos autos, especialmente as fotografias juntadas aos autos, nota-se que o veículo do
Reclamante foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. As regras gerais de circulação e
conduta no trânsito determinam que o condutor deve manter uma distância de segurança com relação aos
demais veículos posicionados na via, com o objetivo de se resguardar de eventuais emergências que
possam ocorrer no curso do trajeto.

Constatada a colisão, infere-se que o Reclamado não respeitou a distância mínima de segurança, vindo a
atingir o veículo do Reclamante, afrontando o disposto nos arts. 28, 29, II e 34 do Código de Trânsito
Brasileiro:

Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:

II - O condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;

Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
posição, sua direção e sua velocidade.

Ao analisar o tema, a jurisprudência dos tribunais pátrios reconhece a presunção de culpa do condutor que
colide na parte traseira de veículo de terceiro:

Ementa: RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS. ACIDENTE DE


TRÂNSITO. COLISÃO POR TRÁS. COMPROVADA A PARTICIPAÇÃO DO RÉU COMO MOTORISTA
DO OUTRO VEÍCULO. PRESUNÇÃO DA CULPA DAQUELE QUE COLIDE NA TRASEIRA. AUSENTE
PROVA CAPAZ DE ELIDIR A PRESUNÇÃO. DANOS MATERIAIS REGULARMENTE
DEMONSTRADOS. AÇÃO PROCEDENTE. SENTENÇA CONFIRMADA NOS TERMOS DO ART. 46 DA
LEI N. 9.099/95. RECURSO DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005451703, Terceira Turma Recursal
Cível, Turmas Recursais, Relator: Gisele Anne Vieira de Azambuja, Julgado em 07/05/2015).

E ainda:

Ementa: AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS. ACIDENTE DE


TRÂNSITO. COLISÃO TRASEIRA. PRESUNÇÃO DE CULPA NÃO ELIDIDA PELO RÉU QUE COLIDIU
NA TRASEIRA DO VEÍCULO DO AUTOR QUE FREOU, TEMPESTIVAMENTE, FACE O SEMÁFORO
COM SINAL VERMELHO À FRENTE. ENGAVETAMENTO VEÍCULOS. TEORIA DO CORPO NEUTRO. 1.
Incontroverso que o réu colidiu na traseira do veículo conduzido pelo autor, que freou ante a existência de
semáforo na BR 116, via de fluxo intenso. Dinâmica dos fatos e ponto de colisão com danos na
parte traseira, que corroboram com versão autoral. 2. Sabido que há presunção da culpa daquele que
551
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

colide na traseira de outrem, seja por não guardar a distância regulamentar, seja por não observar
a velocidade permitida para o local. 3. Ainda que tenha havido parada do autor para respeitar sinal a
sua frente, demonstra que ao réu era também era possível fazê-lo, caso estivesse observando a prudente
distância em relação aos veículos à sua frente, entre ele e o veículo do autor, e caso estivesse transitando
em velocidade compatível para o local. Boletins de Ocorrência (fls. 23 e 31/33) que não evidenciam lógica
capaz de elidir a culpa presumida. 4. Valor dos danos materiais comprovado nas notas fiscais de fls.18.
Danos morais decorrentes das lesões leves e ausência laboral (fl.13), devidos e arbitrados de forma
proporcional e razoável em R$ 1.500,00. Por estas razões, é de ser confirmada a decisão recorrida.
SENTENÇA MANTIDA PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº
71005233283, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em
24/04/2015).

Constatada a colisão, conclui-se pela culpa do Reclamado, na condição de condutor do veículo causador
do sinistro, configurando a sua responsabilidade com o consequente surgimento do dever de indenizar os
danos suportados pelo Reclamante, consoante os artigos 186 e 927 do Código Civil:

186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.

Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a análise dos pedidos da inicial,
sua existência e possíveis quantificações, de acordo com as provas dos autos.

Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a fixação do quantum


indenizatório, que deve observar as provas dos autos, onde foi juntado recibo das peças e serviços
necessários para o conserto do seu automóvel, no importe de R$ 1.470,00, bem como o valor de aluguel
de veículo durante os dias em que seu carro esteve sob conserto, perfazendo o valor de R$ 500,00.
Portanto, é devida indenização por danos materiais no valor total de R$ 1.970,00 (mil, novecentos e
setenta reais).

Posto isto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO inicial, para condenar o Reclamado ao pagamento de R$
1.970,00 (mil, novecentos e setenta reais) a título de indenização por danos materiais em favor do
Reclamante, com correção monetária pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês, ambos com incidência a partir da data do evento danoso (15/09/2020), conforme estabelecido pelas
súmulas nº 43 e 54 do STJ. Extingue-se o processo com resolução do mérito, forte no inciso I do artigo
487 do CPC.

Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

Transitando em julgado, proceda-se ao cálculo e intime-se o Reclamado para cumprimento voluntário,


através de depósito na Conta única do Poder Judiciário, com abertura de respectiva subconta, sob pena
de multa do art. 523 e § 1º do CPC.

P.R.I.C.

Belém, 18 de agosto de 2021

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0861343-69.2020.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: CACIO KLEY


DE JESUS ESTEVES MARTINS Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO PAULO DA SILVA OAB:
12696/PA Participação: AUTORIDADE Nome: CRISTIANO GONCALVES ANDRADE DA SILVA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTES DE TRÂNSITO DE BELÉM

PROCESSO Nº: 0861343-69.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc …

O Reclamante relatou que no dia 15/09/2020, trafegava com seu veículo pela BR 316, sentido Marituba-
Pa, momento em que teve o seu automóvel atingido em seu setor traseiro pelo veículo conduzido pelo
Reclamado ocasionando diversos danos tanto na parte traseira como na dianteira, pois, devido ao
impacto, seu veiculo foi arremessado, vindo a chocar-se com a traseira do veículo que se encontrava a
sua frente. Após a colisão, o Reclamado teria se recusado a assumir a responsabilidade pelos danos
causados. Por tais fatos, ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos materiais na quantia
de R$ 1.970,00.

Devidamente citado, o Reclamado não compareceu em audiência de conciliação, instrução e julgamento,


bem como não apresentou contestação nos autos.

Éo breve relatório, como possibilita o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

Ausente preliminar, adentro no mérito da causa:

O art. 20 da Lei 9.099/1995, dispõe:

Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e


julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da
convicção do juiz.

No caso sub examine, o Reclamado não esteve presente em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, deixando de apresentar defesa nos autos. Como a Lei dos Juizados Especiais (Lei nº
9.099/1995) adotou o critério da presença em audiência para a configuração do estado de revelia e o
comparecimento pessoal das partes ao referido ato processual é imperativo e obrigatório, DECRETO A
REVELIA do Reclamado, conforme preceituado pelos artigos 20 e 23 da Lei nº. 9.099/95 c/c Enunciado 20
do FONAJE, a saber:

ENUNCIADO 20 – O comparecimento pessoal da parte às audiências é obrigatório. A pessoa jurídica


poderá ser representada por preposto.

Analisando os aos autos, especialmente as fotografias juntadas aos autos, nota-se que o veículo do
Reclamante foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. As regras gerais de circulação e
conduta no trânsito determinam que o condutor deve manter uma distância de segurança com relação aos
demais veículos posicionados na via, com o objetivo de se resguardar de eventuais emergências que
possam ocorrer no curso do trajeto.

Constatada a colisão, infere-se que o Reclamado não respeitou a distância mínima de segurança, vindo a
atingir o veículo do Reclamante, afrontando o disposto nos arts. 28, 29, II e 34 do Código de Trânsito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Brasileiro:

Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:

II - O condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;

Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
posição, sua direção e sua velocidade.

Ao analisar o tema, a jurisprudência dos tribunais pátrios reconhece a presunção de culpa do condutor que
colide na parte traseira de veículo de terceiro:

Ementa: RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS. ACIDENTE DE


TRÂNSITO. COLISÃO POR TRÁS. COMPROVADA A PARTICIPAÇÃO DO RÉU COMO MOTORISTA
DO OUTRO VEÍCULO. PRESUNÇÃO DA CULPA DAQUELE QUE COLIDE NA TRASEIRA. AUSENTE
PROVA CAPAZ DE ELIDIR A PRESUNÇÃO. DANOS MATERIAIS REGULARMENTE
DEMONSTRADOS. AÇÃO PROCEDENTE. SENTENÇA CONFIRMADA NOS TERMOS DO ART. 46 DA
LEI N. 9.099/95. RECURSO DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005451703, Terceira Turma Recursal
Cível, Turmas Recursais, Relator: Gisele Anne Vieira de Azambuja, Julgado em 07/05/2015).

E ainda:

Ementa: AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS. ACIDENTE DE


TRÂNSITO. COLISÃO TRASEIRA. PRESUNÇÃO DE CULPA NÃO ELIDIDA PELO RÉU QUE COLIDIU
NA TRASEIRA DO VEÍCULO DO AUTOR QUE FREOU, TEMPESTIVAMENTE, FACE O SEMÁFORO
COM SINAL VERMELHO À FRENTE. ENGAVETAMENTO VEÍCULOS. TEORIA DO CORPO NEUTRO. 1.
Incontroverso que o réu colidiu na traseira do veículo conduzido pelo autor, que freou ante a existência de
semáforo na BR 116, via de fluxo intenso. Dinâmica dos fatos e ponto de colisão com danos na
parte traseira, que corroboram com versão autoral. 2. Sabido que há presunção da culpa daquele que
colide na traseira de outrem, seja por não guardar a distância regulamentar, seja por não observar
a velocidade permitida para o local. 3. Ainda que tenha havido parada do autor para respeitar sinal a
sua frente, demonstra que ao réu era também era possível fazê-lo, caso estivesse observando a prudente
distância em relação aos veículos à sua frente, entre ele e o veículo do autor, e caso estivesse transitando
em velocidade compatível para o local. Boletins de Ocorrência (fls. 23 e 31/33) que não evidenciam lógica
capaz de elidir a culpa presumida. 4. Valor dos danos materiais comprovado nas notas fiscais de fls.18.
Danos morais decorrentes das lesões leves e ausência laboral (fl.13), devidos e arbitrados de forma
proporcional e razoável em R$ 1.500,00. Por estas razões, é de ser confirmada a decisão recorrida.
SENTENÇA MANTIDA PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº
71005233283, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em
24/04/2015).

Constatada a colisão, conclui-se pela culpa do Reclamado, na condição de condutor do veículo causador
do sinistro, configurando a sua responsabilidade com o consequente surgimento do dever de indenizar os
danos suportados pelo Reclamante, consoante os artigos 186 e 927 do Código Civil:

186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.
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Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a análise dos pedidos da inicial,
sua existência e possíveis quantificações, de acordo com as provas dos autos.

Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a fixação do quantum


indenizatório, que deve observar as provas dos autos, onde foi juntado recibo das peças e serviços
necessários para o conserto do seu automóvel, no importe de R$ 1.470,00, bem como o valor de aluguel
de veículo durante os dias em que seu carro esteve sob conserto, perfazendo o valor de R$ 500,00.
Portanto, é devida indenização por danos materiais no valor total de R$ 1.970,00 (mil, novecentos e
setenta reais).

Posto isto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO inicial, para condenar o Reclamado ao pagamento de R$
1.970,00 (mil, novecentos e setenta reais) a título de indenização por danos materiais em favor do
Reclamante, com correção monetária pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês, ambos com incidência a partir da data do evento danoso (15/09/2020), conforme estabelecido pelas
súmulas nº 43 e 54 do STJ. Extingue-se o processo com resolução do mérito, forte no inciso I do artigo
487 do CPC.

Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

Transitando em julgado, proceda-se ao cálculo e intime-se o Reclamado para cumprimento voluntário,


através de depósito na Conta única do Poder Judiciário, com abertura de respectiva subconta, sob pena
de multa do art. 523 e § 1º do CPC.

P.R.I.C.

Belém, 18 de agosto de 2021

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL

Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 11ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0001343-04.2014.8.14.0801 Participação: RECLAMANTE Nome: VERA LUCIA


RODRIGUES SEABRA Participação: ADVOGADO Nome: EMMELY FERNANDES LEANDRO OAB:
17547/PA Participação: RECLAMADO Nome: UNIMED BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO
MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA MOURAO OAB:
5627/PA

Processo: 0001343-04.2014.8.14.0801.

SENTENÇA

Vistos etc.

Trata-se de ação de existência de relação jurídica c/c com consignação em pagamento e obrigação de
fazer proposta por VERA LÚCIA RODRIGUES SEABRA em face de UNIMED BELÉM- COOPERATIVA
DE TRABALHO MÉDICO.

Alega a autora que é titular do plano de saúde da requerida desde 01/06/2009 e arcava com mensalidade
no valor de R$ 230,37. Aduz que em abril/2014, após completar 59 anos de idade, sua mensalidade sofreu
reajuste de 92,92%, passando a ser cobrada no valor de R$ 552,54, se vendo obrigada a parcelar o
reajuste em 05 anos.

Afirma que, após deixar de pagar uma mensalidade do plano por engano, teve seu contrato rescindindo
unilateralmente, motivo pelo qual se viu obrigada a firmar novo contrato com a requerida, no qual pagaria o
valor de R$ 805,84.

Aduz que a cláusula de reajuste de 92,92% é abusiva. Requereu: liminar para restabelecimento do plano
anterior com todas as carências cumpridas; consignação e pagamento dos valores das mensalidade; no
mérito a existência do contrato n.º 0880854539660006; exclusão dos reajustes abusivos e ressarcimento
dos valores pagos indevidamente.

A parte requerida contestou a ação, alegando a legalidade do reajuste e a previsão contratual dos índices
aplicados, e a legalidade da rescisão unilateral do contrato por inadimplência.

É o breve relatório conforme autoriza o art. 38 da Lei nº. 9.099/95. Decido.

Mérito.

Inicialmente, destaco que o Código Civil, no art. 421 e seguintes, garantiu a autonomia privada,
concedendo às partes o direito de contratar com liberdade, impondo como limites a ordem pública e a
função social do contrato, nos termos dos arts. 113 e 442, do CPC.

Todos têm autonomia para declarar sua vontade e agir conforme esses preceitos. A autonomia privada,
como fonte normativa, está ligada à ideia de poder, isto é, da possibilidade de realizar, principalmente,
negócios jurídicos bilaterais.

Deste modo, verifica-se que os contratos têm uma função nas relações jurídicas e sociais, com o equilíbrio
entre a livre iniciativa e a justiça social, de onde redunda a compreensão de que os pactos têm o aspecto
interno relativo aos próprios contratantes e um aspecto externo, concernente àqueles que são atingidos
pelos seus efeitos, para os quais aflora o objetivo de impedir que eles possam sofrer qualquer prejuízo, em
razão daquilo disposto pelas partes, ou pela não observância por qualquer dos pactuantes do princípio da
boa-fé, devendo, ainda, a onerosidade ser pautada pela razoabilidade.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ademais, a aplicabilidade das regras do Código de Defesa do Consumidor às relações de prestação de


serviços de plano de saúde, como in casu, já se encontra pacificado na jurisprudência, restando claro que
tais serviços configuram verdadeira relação de consumo e são regidos pelas disposições da legislação
consumerista. Nesse sentido é a Súmula 608, do STJ: "Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos
contratos de plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão.”

Ésabido que o aumento do valor da mensalidade do plano, em decorrência da idade, é justificado pelo
aumento do risco assistencial e pelos tratamentos mais dispendiosos, geralmente, utilizados pelas
pessoas idosas, de modo a buscar um equilíbrio contratual. No entanto, a questão ganhou frequência nos
Tribunais e decisões diversas, o que levou a afetação do tema e pronunciamento pelo STJ.

Assim, atualmente, para a análise do pleito, é necessário o estudo do julgamento do RESP nº 1.568.244-
RJ e as teses ali firmadas.

Destaco que, em referido acórdão, restou firmado que: o reajuste de mensalidade de plano de saúde
individual ou familiar, fundado na mudança de faixa etária do beneficiário é válido, desde que (i) haja
previsão contratual, (ii) sejam observadas as normas expedidas pelos órgãos governamentais reguladores
e (iii) não sejam aplicados percentuais desarrazoados ou aleatórios que, concretamente e sem base
atuarial idônea, onerem excessivamente o consumidor ou discriminem o idoso.

Neste sentido, quanto ao reajuste aplicado restou, ainda, consignado naquele julgado que para os
contratos (novos) firmados a partir de 1º/1/2004, incidem as regras da RN nº 63/2003 da ANS, que
prescreve a observância (i) de 10 (dez) faixas etárias, a última aos 59 anos; (ii) do valor fixado para a
última faixa etária não poder ser superior a 6 (seis) vezes o previsto para a primeira; e (iii) da variação
acumulada entre a sétima e décima faixas não poder ser superior à variação cumulada entre a primeira e
sétima faixas.

Ainda, quanto ao reajuste, o primeiro item está obedecido pela concessionária reclamada, já que há
previsão contratual de reajuste para 10 (dez) faixas etárias, sendo o último reajuste com 59 anos. Quanto
ao segundo critério adotado - do valor fixado para a última faixa etária não poder ser superior a seis vezes
o previsto para a primeira –, verifico que tal critério só pode ser adotado para os casos em que o
consumidor goza do plano desde a 1ª faixa etária, onde se pode conhecer o valor da mensalidade
aplicada para cada faixa etária. Dessa forma, o segundo critério, citado no julgamento do STJ, não pode
ser aplicado ao caso dos autos, já que a autora contratou o plano, quando a beneficiária tinha 53 anos de
idade, ingressando na 8ª faixa etária, não havendo como realizar análise comparativa de valores.

Por fim, entendo que o último critério deve ser analisado no caso concreto, a fim de servir como parâmetro
para avaliação do reajuste aplicado. Estabeleceu a decisão do STJ que a variação acumulada entre a
sétima e décima faixas não poder ser superior à variação cumulada entre a primeira e sétima faixas.

No caso dos autos, verifico que o contrato estabeleceu índices variáveis de reajuste, em razão da
mudança de faixa etária. Somando os índices aplicados entre a 1ª e 7ª faixa etária, chegamos a um
reajuste total de 100,04%, enquanto os reajustes compreendidos entre a 7ª e a 10ª faixa, soma 118,42%.

Considerando as orientações atuais da ANS, de acordo com a Resolução Normativa (RN nº 63),
publicada pela ANS em dezembro de 2003, a qual determina que o valor fixado para a última faixa etária
(59 anos ou mais) não pode ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa (0 a 18), bem como a
variação acumulada entre a sétima e a décima faixas não pode ser superior à variação acumulada entre a
primeira e a sétima faixas, evidenciando que a concessionária requerida tem o limite legal de 100,04% e
como já aplicou os reajustes de 8,5% e 17% para as 8ª e 9ª faixas, poderá aplicar apenas o reajuste de
74,54% para última faixa de idade. Portanto, não vejo que seja o caso de se seguir o julgado trazido na
contestação que prevê reajuste mínimo.

Logo, é lícito à ré promover o reajuste da mensalidade no plano de saúde, com base na faixa etária da
autora, porém, no caso concreto, deverá este reajuste respeitar o percentual de 74,54%.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

No que tange à rescisão unilateral do contrato 0880854539660006, entendo que foi abusiva, levando em
consideração que a requerida não logrou êxito em comprovar que a autora foi de fato notificada para
efetuar o pagamento da mensalidade que estava em aberto. Outrossim, a autora demonstrou que pagou
faturas posteriores ao mês em atraso, evidenciando que não agiu de má-fé, portanto, deveria ser
oportunizado pela prestadora de serviços a oportunidade de sanar a dívida e permanecer com o contrato
ativo, já que se trata de plano de saúde, serviço essencialmente relevante para qualquer pessoa. Portanto,
a cláusula que prevê a rescisão unilateral, nesse caso, se mostrou abusiva, ferindo o CDC.

Quanto ao pedido de consignação dos valores das mensalidades, entendo por indeferi-lo, tendo em vista
que, conforme informado nos autos, a autora contratou novo plano de saúde, e, diante do lapso temporal
deste processo, não vejo utilidade no deferimento da consignação neste momento.

Dispositivo.

Por todo exposto, torno definitiva a tutela deferida nos autos e JULGO PROCEDENTES EM PARTE OS
PEDIDOS da parte autora, extinguindo o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do
CPC, declarando nulas as cláusulas de rescisão unilateral do contrato e de reajuste de 92,92%,
condenando a requerida a reativar o contrato de plano de saúde da autora, contrato n.º
0880854539660006, com todas as carências já cumpridas, bem como readequar o reajuste do plano de
saúde, em razão da mudança de faixa etária, a partir de 59 anos, para 74,54%, o qual deverá ser
divido em 05 anos, conforme prática utilizada pela própria requerida, devendo retirar o nome da
autora dos cadastros de restrição ao crédito, caso lá constem, passando a autora a pagar as
parcelas do plano com o referido reajuste, tudo a partir da data de intimação desta sentença.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade


do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei nº. 9099/95).

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

De São Domingos do Araguaia/PA para Belém/PA, 19 de outubro de 2020.

Pamela Carneiro Lameira

Juíza de Direito Auxiliar

Portaria n° 1892/2020-GP

Número do processo: 0843088-29.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: JOSE RIBAMAR


DAMASCENO DIAS Participação: ADVOGADO Nome: AGLIBERTON ALCANTARA DA ROCHA OAB:
22961/PA Participação: RECLAMADO Nome: BANPARA

Processo nº: 0843088-29.2021.8.14.0301

DESPACHO

O autor relata na inicial, que foi realizado empréstimo em seu nome, contrato este que afirma não ter
celebrado. Entretanto, não esclarece o que foi feito do valor do empréstimo que, aparentemente, aportou
em sua conta.

Ante o exposto, EMENDE a parte autora a inicial, no prazo de 15 (quinze) dias, a fim de esclarecer se o
valor do empréstimo foi devolvido ao banco, se reverteu em seu favor, ou se teve outro destino, devendo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

incluir nos pedidos eventuais transações que tenham revertido o valor emprestado em benefício de
terceiros, sob pena de indeferimento da inicial, conforme o disposto no artigo 330, II, do CPC.

Transcorrido o prazo, com ou sem emenda, voltem os autos conclusos.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito respondendo pela

11ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0835148-13.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: EDIFICIO ONDAS


DO SAL II Participação: ADVOGADO Nome: HERNANDES ESPINOSA MARGALHO OAB: 007550/PA
Participação: EXECUTADO Nome: JOCICLEA DE NAZARE COSTA LOBATO

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

11ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Rua Augusto Corrêa, nº 1, Cidade Universitária Prof. José da Silveira Neto. Guamá, Campus Profissional II

CEP 66.075-110 – Belém/PA. Telefone (91) 3110-7440, Whatsapp: 9.9338-2818

e-mail: 11jecivelbelem@tjpa.jus.br; site: www.tjpa.jus.br: Horário de funcionamento: das 08:00 às 14:00 h

PROCESSO Nº: 0835148-13.2021.8.14.0301

EXEQUENTE: EDIFICIO ONDAS DO SAL II

EXECUTADO (A): JOCICLEA DE NAZARE COSTA LOBATO

Endereço: Rod. Arthur Bernardes, nº 1.650,no Condomínio Altos de Pinheiros,Quadra 07, Casa 21,
Pratinha, Belém/ PA

MANDA ao senhor Oficial de Justiça, a quem este presente mandado for


apresentado, devidamente assinado, que, em seu cumprimento, dirija-se ao endereço acima mencionado
e, sendo aí, depois de observadas as formalidades legais, CITE o (a) executado(a) para, no prazo de 3
(três) dias, efetuar o pagamento do valor de R$34.736,42 (trinta e quatro mil, setecentos e trinta e seis
reais, quarenta e dois centavos) , conforme petição inicial/termo de abertura anexo, sob pena de lhe
serem penhorados tantos bens quantos bastem para garantir a execução (art. 829, § 1º, do CPC), ficando
ciente também de que poderá ser aplicado o art.53, §1º, da Lei 9.099/95. CUMPRA-SE. Tudo em
conformidade com o despacho cuja cópia segue anexa. Dado e passado nesta cidade de Belém (PA), aos
dezesete dias do mês de agosto de 2021. Eu, João Pereira Paixão, Diretor de Secretaria, digitei e
subscrevo, em obediência ao parágrafo 3º, art. 1º do Provimento nº 006/2006-CJRMB.

OBSERVAÇÕES:

1) Este processo tramita através do sistema computacional E-CNJ (Pje), cujo endereço na web é
559
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

www.tjpa.jus.br/.

JOÃO PEREIRA PAIXÃO Diretor de Secretário da 11ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém
560
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0870601-06.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: DORLANDINA


CORDEIRO GOMES Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS MARTINS FILHO OAB: 4394/PA
Participação: REU Nome: BANCO FICSA S/A. Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO CHALFIN
OAB: 23522/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE BELÉM

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM - PJE

AV. PERIMETRAL UFPA, s/n, GUAMÁ – BELÉM

PROCESSO Nº: 0870601-06.2020.8.14.0301

SENTENÇA EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Vistos etc.

Trata-se de Embargos de Declaração opostos pela parte requerida, alegando a existência de omissão na
sentença.

Sustenta o embargante, que a sentença contém omissão, uma vez que não deixou claro se a tutela
concedida em sede liminar foi revogada.

Requereu, ao final, o acolhimento dos Embargos de Declaração para sanar a omissão apontada.

Éo relatório.

Decido

Os embargos de declaração são uma forma de se integrar o julgado, destinando-se a emendar


obscuridade, contradição, omissão ou erro material (art. 1.022 do CPC/2015).

No caso em exame, não há que se falar em omissão na sentença ora embargada. Explico.

Da análise dos autos, constato que em ID 28325308, este juízo ratificou a sentença de extinção e revogou
a tutela de urgência anteriormente concedida, vejamos:

“Ratifico a sentença de extinção proferida em audiência, revogando a tutela concedida em documento


de Id. 22754398. Belém-Pa, 18/06/2021. ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO- Juíza de direito da 12ª Vara
do Juizado Especial Cível” (grifei)

Neste sentido, entendo que a sentença prolatada é suficientemente clara, pelo que não vislumbro qualquer
omissão na decisão ora atacada.

Ante o exposto, CONHEÇO dos embargos, porém os REJEITO, para manter integralmente a sentença
prolatada nos autos.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Intimem-se.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito

Número do processo: 0830270-45.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: AUGUSTO MURILO


MEIRELES DE MIRANDA Participação: ADVOGADO Nome: JOSANDRA MAUES LONDRES SANTOS
OAB: 022151/PA Participação: REU Nome: EDITORA MUNDO DOS LIVROS LTDA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


PODER JUDICIARIO
COMARCA DE BELéM
12ª Vara do Juizado Especial Cível - PJE
Avenida Perimetral, s/n, Campus Profissional da UFPA, Guamá, BELéM - PA - CEP: 66075-750

Telefone: 3110-7438 / E-mail: 12jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo: 0830270-45.2021.8.14.0301

Nome: AUGUSTO MURILO MEIRELES DE MIRANDA


Endereço: Avenida Senador Lemos, 4389, CASA 02, Sacramenta, BELéM - PA - CEP: 66120-002

Nome: EDITORA MUNDO DOS LIVROS LTDA


Endereço: Rua Helena Ruic, 4927, Jardim Toselar, BIRIGüI - SP - CEP: 16204-370

AUDIÊNCIA: TIPO: Una


SALA: 12º VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
DATA E HORA: 26/04/2022 11:00

DECISÃO- MANDADO

Trata-se de AÇÃO DE DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, proposta por AUGUSTO MURILO MEIRELES DE
MIRANDA, em face de EDITORA MUNDO DOS LIVROS LTDA, todos qualificados nos autos.

Requer o autor, em sede liminar, a retirada de negativação do seu nome dos cadastros de proteção ao
crédito, em virtude de débito que alega ser indevido, ao argumento de que foi contraído mediante fraude.

Éo relatório. Decido.

Convém frisar, de início, a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, uma
vez que as partes se enquadram nos conceitos de consumidor e fornecedor, previstos nos arts. 2º e 3º da
Lei n. 8.078/90.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Sobre a tutela em questão, passo a analisar o cabimento da medida de urgência, com base na
identificação concreta nesses autos de seus pressupostos, na conformidade com o art. 300 do CPC.

No caso em exame, não vislumbro a presença dos requisitos autorizadores para a concessão da medida
pretendida como liminar, como doravante delineio.

A situação noticiada na exordial, bem como os documentos que a instruem não são suficientes para
convencer este juízo da probabilidade do direito da parte Autora, considerando, principalmente, que o
documento juntado em ID-27447662, não comprova a efetiva negativação, visto que se trata de notificação
do débito.

Assim, em sede de cognição sumária, numa análise prima facie, não me convenci da presença dos
pressupostos necessários à concessão da tutela, notadamente, com relação à probabilidade do direito,
o qual deve ser comprovado, como dito alhures, no decorrer da instrução processual.

Diante do exposto, INDEFIRO o pedido de Tutela Antecipada, uma vez ausentes os pressupostos
previstos no art. 300, do CPC.

Mantenho a data designada para realização de audiência de tentativa de conciliação, com o conciliador,
seguida, em caso de insucesso e na mesma data, de audiência de instrução e julgamento, presidida pelo
magistrado.

Cite-se e intimem-se, com as cautelas legais.

A presente decisão servirá de mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº


03/2009 da CJRMB – TJE/PA.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza Titular da 12ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0833034-04.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: MARIA IVONE DE


SOUSA MONTEIRO Participação: ADVOGADO Nome: JONAS HENRIQUE BAIMA DA SILVA OAB:
20936/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO AUGUSTO MOURA DE MORAES OAB: 013209/PA
Participação: RECLAMADO Nome: BANPARA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE BELÉM

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM - PJE

AV. PERIMETRAL UFPA, s/n, GUAMÁ – BELÉM

PROCESSO Nº: 0833034-04.2021.8.14.0301

SENTENÇA EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Trata-se de embargos de declaração opostos pela parte requerida, alegando a existência de omissão na
sentença.

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço dos Embargos e passo a apreciá-los.

No caso dos autos, não há que se falar em omissão na sentença ora embargada. Explico.

A omissão apta a correção por meio de embargos de declaração é aquela consistente na falta de
manifestação expressa sobre algum fundamento de fato ou de direito ventilado pela parte que não foi
devidamente examinado por ocasião da sentença, o que não é o caso dos autos.

Da leitura da petição de Embargos, verifico que, na realidade, o que a parte requerida pretende é a
reforma da sentença, no entanto, esclareço que os Embargos de Declaração não se prestam a invalidar
uma decisão mesmo que processualmente defeituosa e, tampouco, a reformar uma sentença que
contenha um erro de julgamento.

Deve o embargante, pois, buscar a via adequada para satisfação de sua pretensão, que é o reexame da
matéria.

Neste sentido, entendo que a sentença prolatada é suficientemente clara e explica de forma bastante
satisfatória as razões de decidir, pelo que não vislumbro qualquer contradição, obscuridade e/ou omissão
na decisão ora atacada.

Ante o exposto, CONHEÇO dos embargos, porém os REJEITO, para manter integralmente a sentença
prolatada nos autos.

Intimem-se.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito

Número do processo: 0825494-02.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: AMANDA


LARISSA MOTA MONTEIRO Participação: RECLAMADO Nome: NATERCIA ALBUQUERQUE COELHO
PEREIRA

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0848646-16.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ROBERTO DA


SILVA Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0834925-94.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOSILENE FARIAS DA


CUNHA MATOS Participação: ADVOGADO Nome: ALINE DE FATIMA MARTINS DA COSTA OAB:
13372/PA Participação: ADVOGADO Nome: ROSANE BAGLIOLI DAMMSKI registrado(a) civilmente como
ROSANE BAGLIOLI DAMMSKI OAB: 7985/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANA PAULA REIS
CARDOSO OAB: 017291/PA Participação: ADVOGADO Nome: IASMIM KYMBERLI SOUSA DE MIRA
OAB: 27817/PA Participação: ADVOGADO Nome: THAIS FARIAS GUERREIRO DOS REIS OAB:
23337PA/PA Participação: REU Nome: SUL AMERICA SEGUROS DE PESSOAS E PREVIDENCIA S.A.
Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA VANDERLEI OAB: 21678/PE

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
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cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0849916-75.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL CIDADE JARDIM II Participação: ADVOGADO Nome: DENIS MACHADO MELO OAB:
10307/PA Participação: REU Nome: JOSE CARLOS DE FARIAS

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0849978-18.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LUCCA ALVES PIANI


NEVES Participação: ADVOGADO Nome: VANESSA HOLANDA DE ARAUJO OAB: 17860/PA
Participação: REU Nome: MM TURISMO & VIAGENS S.A Participação: ADVOGADO Nome: EUGENIO
COSTA FERREIRA DE MELO OAB: 103082/MG Participação: REU Nome: GOL LINHAS AÉREAS S/A

ATO ORDINATÓRIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0853678-02.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ANTONIO


PEREIRA DE SOUSA NETO Participação: RECLAMADO Nome: NET SERVICOS DE COMUNICACAO
S/A

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0814913-25.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JORGE VICTOR


CAMPOS PINA Participação: ADVOGADO Nome: JORGE VICTOR CAMPOS PINA OAB: 18198/PA
Participação: REQUERIDO Nome: Operadora CLARO
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ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0809438-88.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JOSE ALVES


DOS SANTOS Participação: REQUERIDO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA
S.A Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB:
12358/PA

Ratifico a sentença de extinção proferida em audiência, nada tendo a acrescentar.

Belém-Pa, 13/08/2021.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito da 12ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0810421-87.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RENATA MONTEIRO


BENJAMIM Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ALLYSON ALEXANDRE COSTA OAB: 18950/CE
Participação: REU Nome: Operadora CLARO

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0835488-54.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MAURO FIGUEIREDO


DA SILVA MONTEIRO Participação: ADVOGADO Nome: ANA PAULA CAVALCANTE NICOLAU DA
COSTA OAB: 14886/PA Participação: REU Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA
S.A

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


PODER JUDICIARIO
COMARCA DE BELéM
12ª Vara do Juizado Especial Cível - PJE
Avenida Perimetral, s/n, Campus Profissional da UFPA, Guamá, BELéM - PA - CEP: 66075-750

Telefone: 3110-7438 / E-mail: 12jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo: 0835488-54.2021.8.14.0301

Nome: MAURO FIGUEIREDO DA SILVA MONTEIRO


Endereço: Rua Antônio Barreto, 1198, Apto 1102-B, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66060-020

Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, 8150, - do km 8,002 ao km 10,200 - lado par, Coqueiro, BELéM -
PA - CEP: 66823-010

AUDIÊNCIA: TIPO: Una


SALA: 12º VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
DATA E HORA: 16/02/2022 10:30

DECISÃO- MANDADO

Recebidos os autos conclusos para análise do pedido de tutela provisória de urgência, consistente em
ordem judicial para que a reclamada suspenda a cobrança de parcelamento em sua fatura de consumo de
energia, ao argumento de desconhecer a origem da dívida, relativa a conta contrato nº 10068932 de sua
titularidade.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Éo breve relatório. Decido.

Convém frisar, de início, a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, uma
vez que as partes se enquadram nos conceitos de consumidor e fornecedor, previstos nos arts. 2º e 3º da
Lei n. 8.078/90, respectivamente, além de a relação jurídica ser por ela encampada expressamente, como
se vê do art. 22, já que se trata disputa acerca da prestação de serviço público essencial.

Sob essa perspectiva e reputando por evidente a hipossuficiência da parte Autora no campo probante,
técnico, jurídico e informacional, inverto o ônus da prova, com fulcro no art. 6º, Inciso VIII, do Diploma
Legal retro citado, eis que a parte Ré possui melhores condições de provar que a dívida em questão é
legítima, haja vista que, em tese, é ela quem detém todo o controle sobre os mecanismos de aferição do
dispêndio de energia elétrica da unidade consumidora e é quem possuía a diretiva da execução do
contrato objeto da lide.

Segundo a diretriz do STJ[1[1][1]]acerca da temática e com a qual expressamente ora anui esse Juízo,
reputo ser a medida em questão, regra de instrução, oportunidade em que a parte Ré já está
devidamente cientificada de tal redistribuição desse ônus, que, muito embora possa ser postergada para o
momento do saneamento, não encontra óbice nessa análise precedente dada a maior dilação de tempo
para que o que dele se incumbe a partir de então possa litigar sem surpresas e melhor proceder
dialeticamente. Colaborando não só com a sua condição de produzir todas as provas necessárias à defesa
de seus interesses, mas e principalmente com os escopos do processo no sentido de seu mais acertado
deslinde, na forma do art. 6º do CPC.

Sobre a tutela em questão, passo a analisar o cabimento da medida de urgência, com base na
identificação concreta nesses autos de seus pressupostos, na conformidade com o art. 300 do CPC.

No caso em exame, não vislumbro a presença dos requisitos autorizadores para a concessão da medida
pretendida como liminar, notadamente o perigo da demora, considerando que as parcelas questionadas já
estão sendo lançadas há pelo menos 04 anos, não subsistindo qualquer urgência para a medida pleiteada
à título de tutela antecipada.

Note-se que há um parcelamento de 80 prestações e que já há o lançamento de 43 parcelas.

Convém frisar, por fim, que em sede de tutela antecipada a vista é sumária, limitando-se à análise dos
seus pressupostos, quais sejam, a probabilidade do direito e o perigo de dano, além da reversibilidade da
medida, os quais não se fazem presentes na situação em exame.

Diante do exposto, INDEFIRO a antecipação de tutela pleiteada, uma vez ausentes os pressupostos
previstos no art. 300, do CPC.

Mantenho a data designada para realização de audiência de tentativa de conciliação, com o conciliador,
seguida, em caso de insucesso e na mesma data, de audiência de instrução e julgamento, presidida pela
magistrada.

Cite-se e intime-se com as cautelas da lei.

A presente decisão servirá de mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº


03/2009 da CJRMB – TJE/PA.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza Titular da 12ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

1[1][1] Segundo o STJ, trata-se de REGRA DE INSTRUÇÃO, devendo a decisão judicial que determiná-la
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ser proferida preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurar à parte a
quem não incumbia inicialmente o encargo a reabertura de oportunidade para manifestar-se nos
autos.(Segunda Seção. EREsp 422.778-SP, Rel. originário Min. João Otávio de Noronha, Rel. para o
acórdão Min. Maria Isabel Gallotti (art. 52, IV, b, do RISTJ), julgados em 29/2/2012).

Número do processo: 0809279-48.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DA CONCEICAO


NUNES Participação: ADVOGADO Nome: PAULO ALEXANDRE PARADELA HERMES OAB:
14276PA/PA Participação: REU Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A
Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB:
12358/PA

Considerando que o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, através do IRDR n.º 4, determinou a
suspensão de todos os processos de conhecimento em curso no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis do
Estado do Pará, que versem sobre consumo não registrado, sendo este o objeto desta ação (CNR),
determino a suspensão deste feito, até o trânsito em julgado da decisão respectiva ou até ulterior
deliberação daquele Tribunal, mantendo, contudo, a tutela antecipada concedida nos presentes autos.
Intimem-se.

Belém-Pa, 13/08/2021.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito da 12ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0849390-11.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CARLOS ANDRE DE


SIQUEIRA Participação: ADVOGADO Nome: FUAD DA SILVA PEREIRA OAB: 9658/PA Participação:
REQUERIDO Nome: Operadora CLARO

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0838304-43.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: FLORA DA SILVA


NAVARRO Participação: ADVOGADO Nome: INGRID THAINA LISBOA DA COSTA OAB: 27381/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO CARLOS AIDO MACIEL OAB: 7009/PA Participação: REU
Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome:
SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA MOURAO OAB: 5627/PA

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0838831-92.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: EDNELSON


COELHO PEREIRA Participação: RECLAMADO Nome: BANCO DAYCOVAL S/A Participação:
ADVOGADO Nome: DENNER DE BARROS E MASCARENHAS BARBOSA OAB: 24532/PA Participação:
RECLAMADO Nome: BANCO OLÉ CONSIGNADO Participação: ADVOGADO Nome: FLAIDA BEATRIZ
NUNES DE CARVALHO OAB: 96.864/MG

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0801617-04.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: VANESSA


CALANDRINI MURIBERA DA ROCHA Participação: RECLAMADO Nome: COMPANHIA DE
SANEAMENTO DO ESTADO DO PARÁ - COSANPA

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0823080-65.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CONDOMINIO


TOTAL LIFE CLUB HOME Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL MONTEIRO
OAB: 16941/PA Participação: REQUERIDO Nome: VIVER INCORPORADORA E CONSTRUTORA S.A.
Participação: REQUERIDO Nome: PROJETO IMOBILIARIO SPE 46 LTDA.

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0801009-63.2016.8.14.0801 Participação: REQUERENTE Nome: MARIA


ASSUNCAO NASCIMENTO DE SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: MAYCO AMORIM OAB:
23547/PA Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANO FIUZA DA CRUZ OAB: 23764/PA Participação:
REQUERIDO Nome: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome:
WILSON BELCHIOR OAB: 20601/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE BELÉM

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM - PJE

AV. PERIMETRAL UFPA, s/n, GUAMÁ – BELÉM

DESPACHO

Expedida ordem de bloqueio de valores, conforme protocolo em anexo, aguarde-se em secretaria pelo
prazo de 3 (três) dias úteis.

Após, venham os autos conclusos para consulta no SISBAJUD.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

JUIZA DE DIREITO

Número do processo: 0809438-88.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JOSE ALVES


DOS SANTOS Participação: REQUERIDO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA
S.A Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB:
12358/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ratifico a sentença de extinção proferida em audiência, nada tendo a acrescentar.

Belém-Pa, 13/08/2021.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito da 12ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0826252-78.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: CONFUCIO NINA


RIBEIRO JUNIOR Participação: RECLAMADO Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE
TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA
MOURAO OAB: 5627/PA

PROCESSO Nº: 0826252-78.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: CONFUCIO NINA RIBEIRO JUNIOR

RECLAMADO: UNIMED DE BELÉM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO

DECISÃO

Trata-se de pedido formulado pelo autor para que os boletos relativos a parcela de seu plano de saúde
sejam emitidos em seu CPF e que seja aplicada a multa fixada pelo descumprimento da tutela, nos termos
da decisão de ID-2781376.

Manifestação da ré em ID-30527266, alegando a necessidade de comparecimento do autor na sede


administrativa da Unimed, para regularização do seu cadastro, pelo que requer seja ele intimado para tal
fim.

Considerando que o autor não tem patrono constituído nos autos e que a intimação dele acerca dos atos
do processo deve ser pessoal e por carta, o que demanda maior tempo, entendo que a diligência
requerida pela reclamada, se deferida, prejudicará o efetivo cumprimento da tutela.

Em assim sendo, tenho que a providência mais eficaz nesse caso, é a ré notificar o autor por meio dos
acessos que dispõe, como endereço eletrônico, por exemplo, assim como fez quando enviou-lhe os
boletos para pagamento, vide ID-30226269.

Por essa razão, INDEFIRO o requerido pela reclamada, em ID-30527266.

Quanto ao pedido de aplicação da multa, restou incontroverso que a tutela concedida em ID-29446478,
não foi cumprida pela ré no prazo assinalado, porque a própria reclamada admite o cumprimento tardio,
como se vê em ID-30226277.

Nesse contexto e por oportuno, revisando a ordem de urgência concedida, verifico que a cominação da
multa em caso de eventual descumprimento da decisão, deu-se por dia, quando deveria ser por cada
cobrança irregular.

Em assim sendo, chamo o processo à ordem para corrigir, de ofício, o erro supra citado, retificando a
cominação da multa no caso de descumprimento da tutela, para determinar que seja considerada a
penalidade por cada cobrança/emissão de boleto em desconformidade com a ordem concedida.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Por fim, verificando que as faturas dos meses de julho e julho foram emitidas sem observância da ordem
de desmembramento dos valores, DETERMINO que a Secretaria proceda ao cálculo da multa devida,
observando a retificação supra.

Aguarde-se a audiência designada.

Intime-se e cumpra-se.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito

Número do processo: 0833582-29.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RAIMUNDA DAS


GRACAS ANDRADE MELO Participação: ADVOGADO Nome: ALLAN FERNANDO LIMA PASTOR OAB:
978PA/PA Participação: AUTOR Nome: HILDA RAQUEL MELO DA SILVA Participação: ADVOGADO
Nome: ALLAN FERNANDO LIMA PASTOR OAB: 978PA/PA Participação: REU Nome: EQUATORIAL
PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


PODER JUDICIARIO
COMARCA DE BELéM
12ª Vara do Juizado Especial Cível - PJE
Avenida Perimetral, s/n, Campus Profissional da UFPA, Guamá, BELéM - PA - CEP: 66075-750

Telefone: 3110-7438 / E-mail: 12jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo: 0833582-29.2021.8.14.0301

Nome: RAIMUNDA DAS GRACAS ANDRADE MELO


Endereço: Conjunto Império Amazônico, Apto 05, Bloco 08, entrada B, Souza, BELéM - PA - CEP: 66613-
080
Nome: HILDA RAQUEL MELO DA SILVA
Endereço: Conjunto Império Amazônico, Apto 05, Bloco 08, entrada B, Souza, BELéM - PA - CEP: 66613-
080

Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, Coqueiro, BELéM - PA - CEP: 66823-010

AUDIÊNCIA: TIPO: Una


SALA: 12º VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
DATA E HORA: 09/02/2022 10:30

DECISÃO- MANDADO

Prefacialmente, determino a exclusão de HILDA RAQUEL MELO DA SILVA do polo ativo da demanda,
visto que além de não ter cumprido a ordem de emenda para juntar mandato judicial, ela não é parte
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

legítima para propor a presente ação, haja vista que não é titular da conta contrato em questão, devendo a
secretaria desta unidade proceder as devidas alterações no sistema.

Recebidos os autos conclusos para análise do pedido de tutela provisória de urgência, consistente em
ordem judicial para impedir a reclamada de suspender o fornecimento de energia elétrica da conta contrato
nº 1444263 de titularidade de RAIMUNDA DAS GRAÇAS ANDRADE MELO, bem como de inscrevê-la nos
cadastros restritivos de crédito.

Aduz a autora, que a partir de janeiro de 2019, as faturas de consumo de energia elétrica passaram a vir
com valores exorbitantes e não condizentes com seu consumo de energia, culminando com a cobrança do
valor de R$ 309,70 (trezentos e nove reais e setenta centavos), no mês de abril de 2020.

No mérito, requer a condenação em danos materiais e morais.

Éo breve relatório. Decido.

Convém frisar, de início, a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, uma
vez que as partes se enquadram nos conceitos de consumidor e fornecedor, previstos nos arts. 2º e 3º da
Lei n. 8.078/90, respectivamente, além de a relação jurídica ser por ela encampada expressamente, como
se vê do art. 22, já que se trata disputa acerca da prestação de serviço público essencial.

Sob essa perspectiva e reputando por evidente a hipossuficiência da parte Autora no campo probante,
técnico, jurídico e informacional, inverto o ônus da prova, com fulcro no art. 6º, Inciso VIII, do Diploma
Legal retro citado, eis que a parte Ré possui melhores condições de provar que a dívida em questão é
legítima, haja vista que, em tese, é ela quem detém todo o controle sobre os mecanismos de aferição do
dispêndio de energia elétrica da unidade consumidora e é quem possuía a diretiva da execução do
contrato objeto da lide.

Segundo a diretriz do STJ[1[1][1]]acerca da temática e com a qual expressamente ora anui esse Juízo,
reputo ser a medida em questão, regra de instrução, oportunidade em que a parte Ré já está
devidamente cientificada de tal redistribuição desse ônus, que, muito embora possa ser postergada para o
momento do saneamento, não encontra óbice nessa análise precedente dada a maior dilação de tempo
para que o que dele se incumbe a partir de então possa litigar sem surpresas e melhor proceder
dialeticamente. Colaborando não só com a sua condição de produzir todas as provas necessárias à defesa
de seus interesses, mas e principalmente com os escopos do processo no sentido de seu mais acertado
deslinde, na forma do art. 6º do CPC.

Sobre a tutela em questão, passo a analisar o cabimento da medida de urgência, com base na
identificação concreta nesses autos de seus pressupostos, na conformidade com o art. 300 do CPC.

No caso em exame, não vislumbro a presença dos requisitos autorizadores para a concessão da medida
pretendida como liminar, notadamente o perigo da demora, considerando o tempo decorrido desde
a emissão da fatura questionada, fato ocorrido em abril/2020, ou seja, há mais de um ano, não subsistindo
qualquer urgência para a medida pleiteada à título de tutela antecipada.

Convém frisar, por fim, que em sede de tutela antecipada a vista é sumária, limitando-se à análise dos
seus pressupostos, quais sejam, a probabilidade do direito e o perigo de dano, além da reversibilidade da
medida, os quais não se fazem presentes na situação em exame.

Diante do exposto, INDEFIRO a antecipação de tutela pleiteada, uma vez ausentes os pressupostos
previstos no art. 300, do CPC.

Mantenho a data designada para realização de audiência de tentativa de conciliação, com o conciliador,
seguida, em caso de insucesso e na mesma data, de audiência de instrução e julgamento, presidida pela
magistrada.
577
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Cite-se e intime-se com as cautelas da lei.

A presente decisão servirá de mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº


03/2009 da CJRMB – TJE/PA.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza Titular da 12ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

1[1][1] Segundo o STJ, trata-se de REGRA DE INSTRUÇÃO, devendo a decisão judicial que determiná-la
ser proferida preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurar à parte a
quem não incumbia inicialmente o encargo a reabertura de oportunidade para manifestar-se nos
autos.(Segunda Seção. EREsp 422.778-SP, Rel. originário Min. João Otávio de Noronha, Rel. para o
acórdão Min. Maria Isabel Gallotti (art. 52, IV, b, do RISTJ), julgados em 29/2/2012).

Número do processo: 0837104-98.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: NEYLA DE


FATIMA CONDURU CUNHA Participação: ADVOGADO Nome: JESSICA MARIA OLIVEIRA NUNES OAB:
21946/PA Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO GUILHERME NUNES DE ALMEIDA OAB:
28163/PA Participação: ADVOGADO Nome: MONIQUE LIMA GUEDES OAB: 25179/PA Participação:
RECLAMADO Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO PAOLA Participação: ADVOGADO Nome: YURI
ALEXANDRE BARROS DO NASCIMENTO OAB: 19164/PA

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0849916-75.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL CIDADE JARDIM II Participação: ADVOGADO Nome: DENIS MACHADO MELO OAB:
10307/PA Participação: REU Nome: JOSE CARLOS DE FARIAS
578
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0849061-96.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SHEILA MARCIA


REBELO BARBOSA Participação: ADVOGADO Nome: ALEIR CARDOSO DE OLIVEIRA OAB: 24763-
A/PA Participação: REU Nome: BANCO BRADESCO S.A Participação: ADVOGADO Nome: KARINA DE
ALMEIDA BATISTUCI OAB: 15674/PA

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)


579
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0838304-43.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: FLORA DA SILVA


NAVARRO Participação: ADVOGADO Nome: INGRID THAINA LISBOA DA COSTA OAB: 27381/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO CARLOS AIDO MACIEL OAB: 7009/PA Participação: REU
Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome:
SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA MOURAO OAB: 5627/PA

DESPACHO

Intime-se a ré para que, no prazo de 10 dias, manifeste-se sobre o descumprimento de tutela alegado pela
autora.

Após, com ou sem manifestação, conclusos.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito

Número do processo: 0821608-92.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: FELISBERTO MACEDO


CENTENO JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: CAIO FABIO RUFINO BARROS OAB: 26413/PA
Participação: AUTOR Nome: FELISBERTO MACEDO CENTENO Participação: ADVOGADO Nome: CAIO
FABIO RUFINO BARROS OAB: 26413/PA Participação: AUTOR Nome: LIEGE THEREZINHA ZAHLUTH
CENTENO Participação: ADVOGADO Nome: CAIO FABIO RUFINO BARROS OAB: 26413/PA
Participação: REU Nome: BUD COMERCIO DE ELETRODOMESTICOS LTDA Participação: REU Nome:
CARVALHO & ASSIS COMERCIO E SERVICOS DE ASSISTENCIA TECNICA LTDA - ME Participação:
REU Nome: WHIRLPOOL S.A

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)


580
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0819492-16.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: LEANDRO DOS


SANTOS ANDRADE Participação: ADVOGADO Nome: LEANDRO DOS SANTOS ANDRADE OAB:
23247/PA Participação: REQUERIDO Nome: UNIAO DE ENSINO SUPERIOR DO PARA Participação:
ADVOGADO Nome: IGOR OLIVEIRA CARDOSO OAB: 26300/PA

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0833429-93.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: FERNANDO


ALEXANDRE PALMEIRA BORGES DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: HELENA CLAUDIA
MIRALHA PINGARILHO OAB: 46PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIO DE SOUZA
MIRALHA PINGARILHO OAB: 12123/PA Participação: RECLAMADO Nome: COMERCIO VAREJISTA DE
PRODUTOS DE ACABAMENTOS PRA CASA LTDA - ME Participação: RECLAMADO Nome: MARIA DA
CONCEICAO ALTIERI SILVA Participação: RECLAMADO Nome: FERNANDO AUGUSTO ALTIERI SILVA
Participação: RECLAMADO Nome: GERSON PERES MARQUES

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0849416-09.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: EDIFICIO


RESIDENCIAL GUARAPARI Participação: ADVOGADO Nome: WILLIAMS FEIO RAMOS OAB: 25664/PA
Participação: EXECUTADO Nome: JHONNIELCY KOPEGYNSKI Participação: EXECUTADO Nome:
JORDANA IZAURA SOUTO PEREIRA

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0827815-44.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: EWERTON JOSE


AMARAL DE MELO Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO NAVES AMARAL OAB: 17786/GO
Participação: RECLAMADO Nome: TELEFONICA BRASIL S/A Participação: ADVOGADO Nome: WILKER
BAUHER VIEIRA LOPES OAB: 29320/GO

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0814844-90.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ADDAN CLAUDIO


SOARES DE ABREU Participação: ADVOGADO Nome: LAIS MARTINS BANDEIRA OAB: 38831/CE
Participação: REU Nome: REFRIGERACAO DUFRIO COMERCIO E IMPORTACAO LTDA

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0845992-90.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: CONDOMINIO


TORRE TRIUNFO Participação: ADVOGADO Nome: RONALDO JOSE FERREIRA BATISTA OAB:
20503/PA Participação: RECLAMADO Nome: CLAUDIO CESAR BENTES MENDONCA

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0806997-71.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: TYARLES SALES


DE SOUZA Participação: RECLAMADO Nome: R C RODRIGUES PRODUCOES E EVENTOS
Participação: ADVOGADO Nome: SAVIO RANGEL URCEZINO SANTIAGO OAB: 24749/PA

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)

Número do processo: 0853866-92.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ROSA CRISTINA


AZEVEDO GOIS Participação: RECLAMADO Nome: AVON COSMETICOS LTDA. Participação:
RECLAMADO Nome: FATTOR RECUPERACAO DE CREDITOS E GESTAO DE RISCO LTDA - EPP

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista os termos da Portaria nº 1516/2021-GP de 23/04/2021, que determina o restabelecimento


das audiências e sessões de julgamento judiciais presenciais, observada a preferência, quando possível,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.

Camila Mendonça

Diretora de Secretaria (em exercício)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0828740-74.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: EUCLIDES


LIARTE DE MATOS Participação: ADVOGADO Nome: EDIVALDO GRAIM DE MATOS OAB: 17301/PA
Participação: RECLAMADO Nome: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ Participação:
ADVOGADO Nome: LUIZ RONALDO ALVES CUNHA registrado(a) civilmente como LUIZ RONALDO
ALVES CUNHA OAB: 12202/PA

ATO ORDINATÓRIO

Proc. Nº 0828740-74.2019.8.14.0301

Diante do retorno dos autos digitais da Turma Recursal, com o trânsito em julgado do acórdão, estamos
intimando o(s) patronos das partes habilitados nos presentes autos para que procedam aos requerimentos
necessários, bem como a parte vencedora para se manifestar a respeito do interesse em promover a
execução, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 2º, XXII, do Provimento nº 006/2006-CGJRMB.
O referido é verdade e dou fé. Belém(PA), 18 de agosto de 2021. Mariza Oliveira do Carmo, Analista
Judiciário.

Número do processo: 0808005-83.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: CONSUELO LIMA


SKEETE Participação: ADVOGADO Nome: ANA LUIZA CUNHA DE PAIVA E SILVA OAB: 26267/PA
Participação: RECLAMADO Nome: Tam Linhas aereas Participação: ADVOGADO Nome: FABIO RIVELLI
OAB: 297608/PA

Proc. n. 0808005-83.2020.814.0301

SENTENÇA

Tratam-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO propostos em face de sentença de mérito, sob o


fundamento de que houve erro material na sentença que identificou outra empresa no polo passivo da
demanda, que não a ré.

Presentes os pressupostos recursais extrínsecos, quais sejam, a tempestividade, a subscrição por


advogado habilitado e a indicação da contradição, como uma das hipóteses previstas no artigo 48 da Lei
n. 9099/95, CONHEÇO DO PRESENTE RECURSO.

Passo ao exame do mérito.

Observo que assiste razão ao embargante/requerido, na medida em que ocorreu o erro material.

Isso posto, CONHEÇO dos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO; dando-lhes PROVIMENTO para determinar
a correção da sentença para que passe a constar, no início da decisão: CONSUELO LIMA SKEETE
propôs, pelo rito especial da Lei 9.099/95, AÇÃO em face de TAM LINHAS AEREAS S/A, que é a real
demandada no processo.
586
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Sem custas e honorários advocatícios.

Belém, 17 de agosto de 2021.

ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES

Juíza de Direito

Número do processo: 0800600-93.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: GLADYS


MARGARET SKEETE Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS VERBICARO SOARES OAB: 9685/PA
Participação: RECLAMADO Nome: COLETO COSMÉTICOS EIRELI. Participação: ADVOGADO Nome:
RODRIGO DE JESUS FERREIRA DOS SANTOS OAB: 26141/PA Participação: ADVOGADO Nome:
DIEGO FELIPE REIS PINTO OAB: 015799/PA Participação: RECLAMADO Nome: VITCHEGUI
COMERCIO DE COSMETICOS EIRELI - EPP Participação: ADVOGADO Nome: RENATA DE ANDRADE
RAMOS LOURENCO OAB: 28431/PA Participação: ADVOGADO Nome: DIEGO FELIPE REIS PINTO
OAB: 015799/PA

ATO ORDINATÓRIO

Proc. Nº 0804547-63.2017.8.14.0301

Diante do retorno dos autos digitais da Turma Recursal, com o trânsito em julgado do acórdão, estamos
intimando o(s) patronos das partes habilitados nos presentes autos para que procedam aos requerimentos
necessários, bem como a parte vencedora para se manifestar a respeito do interesse em promover a
execução, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 2º, XXII, do Provimento nº 006/2006-CGJRMB.
O referido é verdade e dou fé. Belém(PA), 18 de agosto de 2021. Mariza Oliveira do Carmo, Analista
Judiciário.

Número do processo: 0804524-20.2017.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: MARIA SUELY


SPINDOLA TILLMAM Participação: ADVOGADO Nome: ROSE MEIRE CRUZ DOS SANTOS OAB:
7051/PA Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A -
EQUATORIAL Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANO PALERMO COELHO OAB: 12077/PA

ATO ORDINATÓRIO

Proc. Nº 0804524-20.2017.8.14.0301
587
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Diante do retorno dos autos digitais da Turma Recursal, com o trânsito em julgado do acórdão, estamos
intimando o(s) patronos das partes habilitados nos presentes autos para que procedam aos requerimentos
necessários, bem como a parte vencedora para se manifestar a respeito do interesse em promover a
execução, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 2º, XXII, do Provimento nº 006/2006-CGJRMB.
O referido é verdade e dou fé. Belém(PA), 18 de agosto de 2021. Mariza Oliveira do Carmo, Analista
Judiciário.

Número do processo: 0842066-33.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ELOISA MARIA


ROCHA DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: JEAN BRUNO SANTOS SERRAO DE CASTRO
OAB: 20491/PA Participação: EXECUTADO Nome: AUGUSTO SERGIO COIMBRA FAVACHO
Participação: EXECUTADO Nome: JEAN CARLOS FONSECA ALVES

Trata-se de Execução de Título Extrajudicial, nos termos do art.784 e incisos do Código de Processo Civil.

Processe-se o feito nos termos determinados pelo art.829 do CPC, excetuando-se o que não for
compatível ao rito do Juizado Especial, conforme determinado pelo art.53 da Lei 9.099/1995.

Cite(m)-se o(s) executado(s) para pagar a dívida, no prazo de 3 (três) dias, a contar da citação, sob pena
de serem penhorados tantos bens quanto necessários para a satisfação do crédito.

Expeça-se mandado de citação e penhora do bem indicado pelo exequente. Após realização de penhora,
intime-se o devedor a comparecer à audiência de conciliação, oportunidade em que poderá oferecer
embargos, nos termos determinados pelo art.52 da lei 9.099/1995.

Belém, 17 de agosto de 2021.

ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES

Juíza de Direito

Número do processo: 0833937-73.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: DIONISIO DE JESUS


BRANDAO MONTEIRO Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ EDUARDO ALVES SOLHEIRO OAB:
19826/PA Participação: AUTOR Nome: MARIA REGINA BATISTA MONTEIRO Participação: ADVOGADO
Nome: LUIZ EDUARDO ALVES SOLHEIRO OAB: 19826/PA Participação: REU Nome: MSC CRUZEIROS
DO BRASIL LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA SENTO SE ROSSI OAB: 16330/BA

ATO ORDINATÓRIO

Proc. Nº 0833937-73.2020.8.14.0301
588
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Diante do retorno dos autos digitais da Turma Recursal, com o trânsito em julgado do acórdão, estamos
intimando o(s) patronos das partes habilitados nos presentes autos para que procedam aos requerimentos
necessários, bem como a parte vencedora para se manifestar a respeito do interesse em promover a
execução, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 2º, XXII, do Provimento nº 006/2006-CGJRMB.
O referido é verdade e dou fé. Belém(PA), 18 de agosto de 2021. Mariza Oliveira do Carmo, Analista
Judiciário.

Número do processo: 0800350-90.2016.8.14.0304 Participação: RECLAMANTE Nome: MARCO


ANTONIO CABRAL E MORAIS Participação: ADVOGADO Nome: VALBER CARLOS MOTTA
CONCEICAO OAB: 9729/PA Participação: ADVOGADO Nome: SAULO HENRIQUE DE BARROS
SOARES OAB: 24551/PA Participação: RECLAMADO Nome: MARIA DE LOURDES CABRAL DE
MORAES Participação: ADVOGADO Nome: Kaio Oliveira registrado(a) civilmente como KAIO DE
OLIVEIRA SANTOS OAB: 26581/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Avenida Roberto Camelier, n.º 570, Jurunas, CEP: 66033-420, Belém-PA
Fone: (91) 3239-5450

INTIMAÇÃO AUDIÊNCIA

Processo: 0800350-90.2016.8.14.0304
DESTINATÁRIO: RECLAMANTE: MARCO ANTONIO CABRAL E MORAIS
DESTINATÁRIO: RECLAMADO: MARIA DE LOURDES CABRAL DE MORAES

De ordem da MM. Juíza, ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES, estamos INTIMANDO as partes,
através de seus respectivos advogados, da audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento (UNA)
designada para 17/09/2021 11:00, a ser realizada de forma presencial na 1ª Vara do Juizado Especial
Cível, oportunidade em que poderão pôr fim ao conflito, ou, caso contrário, será instruído o processo na
mesma ocasião, motivo pelo qual deverão, desde já, comparecer munidos das provas que entenderem
cabíveis ao deslinde da questão, devendo a parte Reclamada ter apresentado, até este momento, defesa
escrita ou oral.

ADVERTÊNCIAS: Por esta intimação ficam as partes advertidas: o não comparecimento injustificado à
audiência, no dia e horário designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do processo
sem resolução do mérito, e, na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art. 20,
combinado com o art. 23 e o art. 51, inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995. ATENÇÃO: A parte deverá
comparecer pessoalmente, não sendo admitido, neste Juízo, o instituto da representação. Em se tratando
de pessoa jurídica, o preposto deverá apresentar até o ato da audiência respectiva os Atos Constitutivos e
Carta de Preposição, no caso de Condomínio, a Ata de Assembleia Geral de Eleição do Síndico. Qualquer
mudança de endereço ocorrida no curso do processo deverá ser comunicada, reputando-se eficazes as
intimações enviadas ao local anteriormente indicado na ausência da comunicação; A assistência de
advogado é obrigatória se o valor da causa for superior a 20 (vinte) salários mínimos; Nas causas que
tratam de relação de consumo há possibilidade de inversão do ônus da prova. As testemunhas até um
limite de três, comparecerá(ão) à audiência levadas pela parte que as indicar, independente de intimação.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.i.tj.pa.gov.br:8080/pje/login.seam. A contestação e documentos devem ser inseridos em meio
eletrônico no processo.
589
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 18 de agosto de 2021

CRISTIANI MACHADO GOMES


Servidor(a)
(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

DE ORDEM DO(A) MMº(ª). JUIZ(A) DE DIREITO

Número do processo: 0808400-24.2019.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: MARCO


ANTONIO CABRAL E MORAIS Participação: ADVOGADO Nome: VALBER CARLOS MOTTA
CONCEICAO OAB: 9729/PA Participação: ADVOGADO Nome: SAULO HENRIQUE DE BARROS
SOARES OAB: 24551/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUIZA ALVES DE SOUZA OAB: 27007/PA
Participação: RECLAMADO Nome: MARIA DE LOURDES CABRAL MORAIS Participação: ADVOGADO
Nome: Kaio Oliveira registrado(a) civilmente como KAIO DE OLIVEIRA SANTOS OAB: 26581/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Avenida Roberto Camelier, n.º 570, Jurunas, CEP: 66033-420, Belém-PA
Fone: (91) 3239-5450

INTIMAÇÃO AUDIÊNCIA

Processo: 0808400-24.2019.8.14.0006
DESTINATÁRIO: RECLAMANTE: MARCO ANTONIO CABRAL E MORAIS
DESTINATÁRIO: RECLAMADO: MARIA DE LOURDES CABRAL MORAIS

De ordem da MM. Juíza, ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES, estamos INTIMANDO as partes,
através de seus respectivos advogados, da audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento (UNA)
designada para 17/09/2021 11:00, a ser realizada de forma presencial na 1ª Vara do Juizado Especial
Cível, oportunidade em que poderão pôr fim ao conflito, ou, caso contrário, será instruído o processo na
mesma ocasião, motivo pelo qual deverão, desde já, comparecer munidos das provas que entenderem
cabíveis ao deslinde da questão, devendo a parte Reclamada ter apresentado, até este momento, defesa
escrita ou oral.

ADVERTÊNCIAS: Por esta intimação ficam as partes advertidas: o não comparecimento injustificado à
audiência, no dia e horário designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do processo
sem resolução do mérito, e, na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art. 20,
combinado com o art. 23 e o art. 51, inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995. ATENÇÃO: A parte deverá
comparecer pessoalmente, não sendo admitido, neste Juízo, o instituto da representação. Em se tratando
de pessoa jurídica, o preposto deverá apresentar até o ato da audiência respectiva os Atos Constitutivos e
Carta de Preposição, no caso de Condomínio, a Ata de Assembleia Geral de Eleição do Síndico. Qualquer
mudança de endereço ocorrida no curso do processo deverá ser comunicada, reputando-se eficazes as
intimações enviadas ao local anteriormente indicado na ausência da comunicação; A assistência de
advogado é obrigatória se o valor da causa for superior a 20 (vinte) salários mínimos; Nas causas que
tratam de relação de consumo há possibilidade de inversão do ônus da prova. As testemunhas até um
limite de três, comparecerá(ão) à audiência levadas pela parte que as indicar, independente de intimação.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.i.tj.pa.gov.br:8080/pje/login.seam. A contestação e documentos devem ser inseridos em meio
eletrônico no processo.
590
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 18 de agosto de 2021

CRISTIANI MACHADO GOMES


Servidor(a)
(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

DE ORDEM DO(A) MMº(ª). JUIZ(A) DE DIREITO

Número do processo: 0834432-25.2017.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


PARQUE RESIDENCIAL DOM FRANCISCO - BLOCO II Participação: ADVOGADO Nome: SIGLIA
BETANIA DE OLIVEIRA OAB: 17470/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL PIEDADE DE LIMA
registrado(a) civilmente como RAFAEL PIEDADE DE LIMA OAB: 20443/PA Participação: EXECUTADO
Nome: CARLOS ALBERTO FLEXA

Diante da certidão constante do Id11867574 que informa o falecimento do executado, intime-se o


exequente para que dentro do prazo de 10 dias regularize o polo passivo da ação caso pretenda
prosseguir com o feito.

Após o prazo concedido para manifestação, voltem os autos conclusos. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES

Juíza de Direito

Número do processo: 0841281-71.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RAFAEL SALLES


VALENTE Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANA RIBAS MELO VALENTE OAB: 9555PA/PA
Participação: REU Nome: WERNECK COMERCIO VAREJISTA EIRELI - ME

Trata-se de pedido de tutela de urgência em Ação de Obrigação de Fazer e Indenização por Danos
Morais.

O reclamante alega que efetuou compra de material de construção, porém embora pago pela integralidade
do material, o reclamado apenas entregou parte do mesmo, restando efetivar a entrega de 4.000 tijolos.
Aduz que quando da entrega da areia adquirida na mesma compra, o reclamado danificou o muro do local
da entrega causando "mal estar" entre o receptor do material e o proprietário da empresa, aduz que por
esta razão o reclamado não efetua a entrega do restante do material. Junta aos autos comprovante de
pagamento e troca de mensagens.

Decido.

Verifico, em análise perfunctória, a probabilidade do direito pretendido, vez que conforme o comprovante
de depósito feito pelo autor e mensagem enviada pelo reclamado que reconhece a compra, resta claro que
este não efetuou a entrega dos tijolos adquiridos.

A demora para o deslinde da demanda pode agravar a situação uma vez que já fora entregue parte do
591
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

material, podendo estes se perderem em razão da demora.

Desta forma, presentes os requisitos do art.300 do CPC, determino:

1 – Que o reclamado entregue no mesmo local já estabelecido pelas partes, ou seja, o mesmo local da
entrega da areia adquirida, o material referente a 4.000 tijolos adquiridos e já pagos pelo reclamante, nos
termos apresentados na nota de pagamento e nas mensagens trocadas com o reclamado.

1.2- Para que seja efetivada a entrega, esta deverá ser realizada dentro do prazo de até 3 dias, a contar
do recebimento desta decisão, devendo observar que a entrega deverá ser feita no local já ajustado e
dentro do horário comercial. Para tanto, deverá o reclamante estar presente ou nomear/determinar que
alguém de sua confiança receba o material, devendo informar nos autos o cumprimento da ordem.

2 – Fica arbitrada multa de R$1.000,00 em caso de descumprimento.

Intimem-se as partes da decisão, o reclamado por oficial de justiça.

Cumpra-se. Cite-se.

Belém,18 de agosto de 2021.

LUANA NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0857359-14.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ALCEBIADES


VALENTE DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: KARLOS ANDREY SILVA ADRIAZOLLA OAB:
1982/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA DA CONCEICAO CARDOSO MENDES OAB: 831/PA
Participação: RECLAMANTE Nome: HELIETE PEREIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome:
KARLOS ANDREY SILVA ADRIAZOLLA OAB: 1982/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA DA
CONCEICAO CARDOSO MENDES OAB: 831/PA Participação: RECLAMADO Nome: UNIMED DE
BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: SILVIA MARINA
RIBEIRO DE MIRANDA MOURAO OAB: 5627/PA

CERTIDÃO

Proc. Nº 0857359-14.2019.8.14.0301

CERTIFICO que os embargos de declaração, opostos pela parte reclamada no ID 30637026, foram
apresentados dentro do prazo legal. Diante da possibilidade de efeito modificativo dos embargos opostos,
estamos intimando a parte contrária para que, querendo, se manifeste no prazo legal. O referido é verdade
e dou fé.
592
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém(PA), 18 de agosto de 2021.

Mariza Oliveira do Carmo

Analista Judiciário

Número do processo: 0849287-04.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANGELA PORTELA


FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: LUIS ANDRE BARRAL PINHEIRO OAB: 13733PA/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ARETHA NOBRE COSTA OAB: 13304/PA Participação: REU Nome:
COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ Participação: ADVOGADO Nome: ARNALDO HENRIQUE
ANDRADE DA SILVA registrado(a) civilmente como ARNALDO HENRIQUE ANDRADE DA SILVA OAB:
10176/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ RONALDO ALVES CUNHA registrado(a) civilmente
como LUIZ RONALDO ALVES CUNHA OAB: 12202/PA

CERTIDÃO

Proc. Nº 0849287-04.2020.8.14.0301

CERTIFICO que o recurso inominado interposto pelo reclamante (ID 31230195), com pedido de
assistência judiciária gratuita, foi apresentado dentro do prazo legal. Diante disso, intimamos a parte
recorrida para, querendo, apresentar contrarrazões, no prazo legal. O referido é verdade e dou
fé. Belém(PA), 18 de agosto de 2021. Mariza Oliveira do Carmo, Analista Judiciário.

Número do processo: 0832007-83.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: JOEL RIBEIRO


ARMINIO Participação: ADVOGADO Nome: PAULO SERGIO FERREIRA DE SOUZA OAB: 001702/PA
Participação: RECLAMADO Nome: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. Participação: RECLAMADO
Nome: J L COMERCIO DE AUTOS E SERVICOS LTDA - ME

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Avenida Roberto Camelier, n.º 570, Jurunas, CEP: 66033-420, Belém-PA - Fone: (91) 3239-5450

INTIMAÇÃO

Processo: 0832007-83.2021.8.14.0301
Destinatário: Nome: JOEL RIBEIRO ARMINIO
Destinatário: Nome: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.
593
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Link para Sala de Audiência:

h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
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Em cumprimento ao Provimento 006/2006-CJRMB-TJPA, e tendo em vista os termos das Portarias


Conjuntas nº 007/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-TJPA e 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-TJPA, está agendada
AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (virtual) para o dia 26/01/2022
11:30 horas, a ser realizada pela Plataforma de Comunicação Microsoft Teams. Desta forma, o ato
será realizado preferencialmente mediante utilização de recurso tecnológico de transmissão de
som e imagem, por videoconferência e em tempo real, devendo as partes e os advogados acessarem
a audiência no dia e horário designados, por computador, celular (smartphome) ou tablet, por meio do
link acima.

As partes estão advertidas de que o não comparecimento injustificado à audiência, no dia e horário
designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do processo sem resolução do mérito, e,
na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art. 20, combinado com o art. 23 e o art. 51,
inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI. Em caso
de impossibilidade de acesso à audiência de forma virtual, deverá a parte comparecer
presencialmente ao 1º JEC, na data e hora acima designada.

Caso não haja acordo, será imediatamente realizada a Instrução do feito, devendo as partes terem
apresentado até este momento as provas admitidas em direito que entenderem necessárias, inclusive por
testemunhas, no máximo de três, a serem trazidas pela parte que as indicar. A parte Reclamada deverá,
até este momento, apresentar defesa escrita ou oral. Adverte-se, ainda, que as partes devem estar
munidas de documento original de identificação, com foto.

As partes podem manter contato diretamente com esta Secretaria pelos telefones n.º (91)3239-5450
e (91)98483-4571, inclusive para solicitar o link e a inclusão do e-mail na sala de audiência. A
consulta a este processo poderá ser realizada através do site do Processo Judicial Eletrônico:
http://pje.tjpa.jus.br/pje/ConsultaPublica/listView.seam.

Podem ocorrer atrasos no início da audiência em virtude do prolongamento da sessão anterior, devendo
as partes, prepostos e procuradores, estarem disponíveis a partir do horário designado. Em havendo
interrupção da audiência por motivo de força maior (queda de luz, de sinal de rede, entre outros) superior a
10min, a audiência será obrigatoriamente redesignada para data a combinar com as partes.

Processo: 0832007-83.2021.8.14.0301
RECLAMANTE: JOEL RIBEIRO ARMINIO
RECLAMADO: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A., J L COMERCIO DE AUTOS E SERVICOS LTDA -
ME

BELéM, 18 de agosto de 2021.

_______________________________________
CRISTIANI MACHADO GOMES
Servidor(a)
(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

DE ORDEM DA MMA. JUÍZA DE DIREITO


ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES
594
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0842853-62.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


GARDEN VILLE RESIDENCE Participação: ADVOGADO Nome: CHARLES YURI SOUZA DE CASTRO
OAB: 524PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: MYRLEN DA MACENA NOGUEIRA OAB: 21601/PA
Participação: EXECUTADO Nome: ALBERTINA MARIA DE JESUS SILVA

Trata-se de Execução de Título Extrajudicial, nos termos do art.784 e incisos do Código de Processo Civil.

Processe-se o feito nos termos determinados pelo art.829 do CPC, excetuando-se o que não for
compatível ao rito do Juizado Especial, conforme determinado pelo art.53 da Lei 9.099/1995.

Cite(m)-se o(s) executado(s) para pagar a dívida, no prazo de 3 (três) dias, a contar da citação, sob pena
de serem penhorados tantos bens quanto necessários para a satisfação do crédito.

Expeça-se mandado de citação e penhora do bem indicado pelo exequente. Após realização de penhora,
intime-se o devedor a comparecer à audiência de conciliação, oportunidade em que poderá oferecer
embargos, nos termos determinados pelo art.52 da lei 9.099/1995.

Belém, 17 de agosto de 2021.

ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES

Juíza de Direito

Número do processo: 0830708-42.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ANTONIO DOS


ANJOS BARBOSA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS EDUARDO RODRIGUES COSTA OAB:
22213/PA Participação: ADVOGADO Nome: ARTHUR MATOS FALCO OAB: 56807/DF Participação:
REQUERIDO Nome: AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. Participação: ADVOGADO Nome:
LUCIANA GOULART PENTEADO OAB: 167884/SP

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Avenida Roberto Camelier, n.º 570, Jurunas, CEP: 66033-420, Belém-PA
Fone: (91) 3239-5450

INTIMAÇÃO PARA CUMPRIMENTO VOLUNTÁRIO DA CONDENAÇÃO

Processo nº 0830708-42.2019.8.14.0301 (PJe).


Destinatário: REQUERIDO: AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S/A

De ordem da MM. Juíza, ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES, estamos INTIMANDO a parte ré,
através de seu advogado, por meio do sistema PJE, para CUMPRIMENTO VOLUNTÁRIO DA
SENTENÇA, no prazo de 15 dias a partir do recebimento deste, cujo boleto para pagamento poderá ser
solicitado junto à secretaria ou expedido através do endereço eletrônico
https://apps.tjpa.jus.br/DepositosJudiciaisOnline/EmitirGuiaDepositoJudicialOnline,, sob pena de ser
acrescida multa de 10% sob o valor da condenação, conforme preceitua o art. 523, §1º do CPC, bem
como a penhora de bens. CUMPRA-SE na forma da Lei. Dado e passado nesta cidade de Belém, eu,
Analista Judiciário da 1ª Vara do Juizado Especial Cível, o subscrevi.

Processo: 0830708-42.2019.8.14.0301
595
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REQUERENTE: ANTONIO DOS ANJOS BARBOSA

REQUERIDO: AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A.

Valor da Causa: 10.000,00

BELÉM(PA), 18 de agosto de 2021.

MARIZA OLIVEIRA DO CARMO


Analista Judiciário
(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)
596
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0857597-96.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: FABIO GONCALVES DE


SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: RAPHAEL MARCOS DE MELO GUEDES OAB: 20116/PA
Participação: REU Nome: CHAO E TETO CONSULTORIA IMOBILIARIA LTDA

ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 30879853, sem
que tenha sido possível a entrega do mandado de citação/intimação por falta de localização da(o)
promovida(o), passo a intimar o autor/exequente para se manifestar, indicando o atual endereço ou
requerer o que entender de direito, no prazo de 10 dias úteis. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho - Analista
do 2VJEC

Número do processo: 0833202-40.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: MEGA


ASSESSORIA E COBRANCA EIRELI - ME Participação: ADVOGADO Nome: MARIA DA GLORIA
CARMO CARVALHO OAB: 13722/O/MT Participação: EXECUTADO Nome: JUCILEIA DOS SANTOS
COUTINHO Participação: EXECUTADO Nome: DOMINGOS DA SILVA COUTINHO

ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 31157150, sem
que tenha sido possível a efetivação da penhora, passo a intimar o exequente para que se manifeste,
requerendo o que entender de direito, no prazo de 15 dias. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho - Analista
do 2VJEC

Número do processo: 0800064-09.2016.8.14.0306 Participação: EXEQUENTE Nome: NEWTON CORREA


VIEIRA Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTO TAMER XERFAN JUNIOR OAB: 009117/PA
Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO BARBOSA BASTOS REZENDE OAB: 21442/PA Participação:
EXECUTADO Nome: FERNANDA DANIELLE MELO HOUAT

ATO ORDINATÓRIO: Passo a intimar o exequente para, querendo, se manifestar, no prazo de 10 dias,
sobre a certidão de ID 1193559. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho, 2ªVJEC.

Número do processo: 0810426-12.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ASSOCIACAO


EVANGELICA NOVA VIDA Participação: ADVOGADO Nome: RAUL MENDES REIS MERGULHAO OAB:
31034/PE Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS CORREIA DE OLIVEIRA CAVALCANTI CUNHA
OAB: 30981/PE Participação: ADVOGADO Nome: LUCIO ROBERTO DE QUEIROZ PEREIRA OAB:
30183/PE Participação: EXECUTADO Nome: SUYANNE MORAIS VIANA

ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 31205972, sem
que tenha sido possível a entrega do mandado de citação/intimação por falta de localização da(o)
promovida(o), passo a intimar o autor/exequente para se manifestar, indicando o atual endereço ou
requerer o que entender de direito, no prazo de 15 dias úteis. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho - Analista
do 2VJEC
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0857562-10.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: EMANUELLY


HELENA SILVA DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: THAIS DA SILVA OLIVEIRA OAB:
24518/PA Participação: REQUERIDO Nome: R. O. MONTEIRO SERVICO E COMERCIO EIRELI - ME
Participação: REQUERIDO Nome: ROSELY OLIVEIRA MONTEIRO

ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor das certidões do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 31195841 e ID
31195842, sem que tenha sido possível a entrega do mandado de citação/intimação por falta de
localização dos promovidos, passo a intimar o autor/exequente para se manifestar, indicando o atual
endereço ou requerer o que entender de direito, no prazo de 15 dias úteis. Belém, 18/08/2021, Danielle
Pinho - Analista do 2VJEC

Número do processo: 0822693-55.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A G E


CONSULTORIA E SERVICOS DE ENGENHARIA LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: HYAN
KARLO DA SILVA PENNA OAB: 012908/PA Participação: REQUERIDO Nome: BANCO DO BRASIL SA
Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente
como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA

R. Hoje,

Considerando a certidão retro, arquivem-se os autos.

Belém, 17/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

RG

Número do processo: 0002823-81.2013.8.14.0306 Participação: EXEQUENTE Nome: FERNANDO


AUGUSTO PRUDENTE VIEIRA Participação: ADVOGADO Nome: SOLANGE MARIA ALVES MOTA
SANTOS OAB: 12764/PA Participação: EXECUTADO Nome: BANCO BMG S/A Participação:
ADVOGADO Nome: FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA OAB: 109730/MG Participação: ADVOGADO
Nome: PAULO ROBERTO VIGNA OAB: 173477/SP

R. Hoje,

Considerando a certidão retro, bem como o que consta na sentença de evento 27127057 - Sentença, não
há que se falar em pagamento em duplicidade, devendo, caso queira, o Banco apresentar as duas
transferências que alega ter ocorrido, considerando que possui capacidade técnica para tanto.

Dessa feita, não havendo qualquer comprovação nesse sentido, arquive-se em definitivo os autos.

Belém, 18/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juiz de Direito
RG

Número do processo: 0867382-19.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ELIONAI GOMES


DE ALMEIDA SOBRINHO Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE JACOB CHAVES registrado(a)
civilmente como FELIPE JACOB CHAVES OAB: 13992/PA Participação: ADVOGADO Nome: KELY
VILHENA DIB TAXI JACOB OAB: 018949/PA Participação: RECLAMADO Nome: TELEFONICA BRASIL
S/A Participação: ADVOGADO Nome: EVANDRO LUIS PIPPI KRUEL OAB: 18780/RS

Processo: 0867382-19.2019.8.14.0301

Reclamante: ELIONAI GOMES DE ALMEIDA SOBRINHO

Reclamada: TELEFÔNICA BRASIL S.A - VIVO

SENTENÇA

Relatório:

Trata-se de ação movida pelo rito especial da Lei n. 9099/95.

A parte autora pretende a condenação da empresa de telefonia ré à restituição de valor depositado na


conta bancária de terceiros, após o recebimento de mensagens telefônicas enviadas por estelionatários,
se passando por um parente.

A reclamada, por seu turno, contestou a ação alegando que não cometeu ato ilícito, e que tampouco
houve falha na prestação do serviço. Pediu, ao final, o julgamento de improcedência da ação.

Éo breve relatório, autorizado pelo art. 38 da lei 9099/95.

Rejeito as preliminares de ilegitimidade passiva, posto que a questão diz respeito, em parte, a serviço
de telefonia prestado pela reclamada, razão pela qual impõe-se o exame do mérito quanto à questão.

Passo ao mérito.

A relação jurídica entre as partes é de consumo, porquanto presentes os requisitos objetivos e subjetivos
de tal relação, nos termos dos artigos 2º e 3º da Lei n. 8078/90.

Não obstante, para que se configure o dever de indenizar, é necessário a demonstração de


responsabilidade pelo cometimento do dano, seja essa responsabilidade subjetiva ou objetiva.

No caso em comento, não verifico qualquer ato ilícito ou falha na prestação do serviço pela reclamada,
que somente disponibilizou o serviço de telefonia que havia sido regularmente contratado pelo tio do
reclamante (ID 14660549 - Pág. 1).

Na verdade, a fraude ocorreu através de um aplicativo de mensagens, um software desenvolvido por outra
empresa diversa da reclamada, conhecido por Whatsapp. E o fraudador teve acesso ao aplicativo porque
furtou o celular do tio do reclamante, conforme narrado na própria inicial.

Cumpre esclarecer que a fraude junto ao reclamante ocorreu em 08 e 09/07/2019. Contudo, não consta
dos autos quando ocorreu o furto do celular, e se o tio do reclamante realizou alguma medida junto
599
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

à operadora, como pedido o bloqueio da linha telefônica, ou ainda que tenha realizado qualquer
dos procedimentos de segurança para desabilitação do Whatsapp no telefone furtado, disponíveis
no próprio aplicativo.

Desta forma, se houve alguma falha, essa falha não pode ser atribuída à empresa, que apenas continuou
a proporcionar o serviço para o qual havia sido contratado.

Importa destacar ainda que, após receber as mensagens, o reclamante realizou transferência de valores
consideráveis, mas não para seu tio. Ele realizou transferência para terceiros desconhecidos, sem sequer
perguntar quem seria o terceiro ou mesmo confirmar se estava conversando com o seu tio, conforme
conversas juntadas no ID 14660553 - Pág. 1

Considerando que a existência de fraudes por meio de aplicativos de mensagens não pode ser
considerada como fato incomum, especialmente quando envolve pedidos de transferência de dinheiro sem
razão plausível, e para a conta de terceiros desconhecidos, era razoável que o autor ao menos
desconfiasse e tivesse tomado a cautela de confirmar com seu tio a veracidade do que lhe estava sendo
pedido.

Desta forma, entendo que não houve falha por parte da reclamada, mas culpa exclusiva de terceiros, o
que afasta o dever da empresa em relação ao caso, conforme regra do art. 14, § 3°, I e II, a saber:

“Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação
dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

[...]

§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:

I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;

II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.”

Nesse sentido:

“AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. CONSUMIDOR. SERVIÇO DE TELEFONIA. FRAUDE COMETIDA


POR MEIO DE APLICATIVO DE MENSAGENS. WHATSAPP. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA E DE
TERCEIRO. IMPOSSIBILIDADE DE RESPONSABILIZAÇÃO DA FORNECEDORA. DEFEITO DO
SERVIÇO INEXISTENTE. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO.

(TJ-RS - Recurso Cível: 71010024198 RS, Relator: Cleber Augusto Tonial, Data de Julgamento:
24/06/2021, Terceira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: 30/06/2021)”

Dispositivo:

Isso posto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos iniciais.

Em consequência, julgo extinto o processo com resolução do mérito, com fulcro no artigo 487, I, do Código
de Processo Civil de 2015.

Sem custas e honorários por incabíveis nesta fase processual.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.


600
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 16 de agosto de 2021

Eduardo Antônio Martins Teixeira

Juiz de Direito

respondendo pela 2a Vara de Juizado Especial Cível

Número do processo: 0801982-24.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: EDNA PACHECO


VASCONCELOS Participação: ADVOGADO Nome: EUCLIDES DA CRUZ SIZO FILHO OAB: 18350/PA
Participação: ADVOGADO Nome: KAROLINY VITELLI SILVA OAB: 18100/PA Participação: ADVOGADO
Nome: AMANDA NOBRE ALAYON MESCOUTO DA SILVA OAB: 28904/PA Participação: RECLAMANTE
Nome: LUCIANO PACHECO VASCONCELOS Participação: ADVOGADO Nome: EUCLIDES DA CRUZ
SIZO FILHO OAB: 18350/PA Participação: ADVOGADO Nome: KAROLINY VITELLI SILVA OAB:
18100/PA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA NOBRE ALAYON MESCOUTO DA SILVA OAB:
28904/PA Participação: RECLAMADO Nome: TARCISIO AUGUSTO FONSECA NUNES Participação:
ADVOGADO Nome: ARTHUR KALLIN OLIVEIRA MAIA OAB: 19600/PA Participação: RECLAMADO
Nome: ADEMIR JORDAO FARO Participação: ADVOGADO Nome: ALCENIO FREITAS GENTIL JUNIOR
OAB: 25198/PA Participação: RECLAMADO Nome: COOPERATIVA MISTA JOCKEY CLUB DE SAO
PAULO Participação: ADVOGADO Nome: NATHALIA GONCALVES DE MACEDO CARVALHO OAB:
287894/SP

PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

2ª vara do Juizado Especial Cível

ATO ORDINATÓRIO

Em atenção ao 31822734 - Decisão através deste ato, intimo as partes e advogados constituídos, da
designação de AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO PARA O DIA 12
DE NOVEMBRO DE 2021, ÀS 10HS00MIN, que se realizará de forma presencial, no prédio da 2ª Vara do
Juizado Especial Cível localizado à Avenida Almirante Tamandaré, nº 873. Esquina com a Travessa São
Pedro. Bairro da Campina, Belém/PA, CEP: 66023-000. Cumpra-se na forma da Lei. Dado e passado
nesta cidade de Belém, 18 de agosto de 2021. Juliana R. Cavaleiro de Macedo Azevedo. Analista
Judiciário – TJ/PA.
601
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0818449-15.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: MARIA DO


SOCORRO PINTO BARROSO Participação: ADVOGADO Nome: BRUNA CRISTINE DE MIRANDA
SANTOS OAB: 21667/PA Participação: ADVOGADO Nome: HUGO PINTO BARROSO OAB: 012727/PA
Participação: EXECUTADO Nome: JOAO CARLOS FERNANDES DE FARIAS Participação: ADVOGADO
Nome: JOSE LUIZ MESSIAS SALES OAB: 6150-A/PA Participação: EXECUTADO Nome: VALENA DO
NASCIMENTO MARTINS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE LUIZ MESSIAS SALES OAB: 6150-
A/PA

Através deste ATO ORDINATÓRIO, e visando a necessidade de adequação da pauta de audiências desta
2ª Vara, dou às partes e advogados habilitados nos autos a ciência de que a Audiência de Conciliação
em Execução de Título Extrajudicial se realizará no dia 12 DE NOVEMBRO DE 2121, SEXTA-FEIRA,
ÀS 11HS00MIN.

Número do processo: 0003232-23.2014.8.14.0306 Participação: EXEQUENTE Nome: LUIZ CARLOS


CORREA DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO TEIXEIRA DALLAGNOL OAB:
11259/PA Participação: EXECUTADO Nome: NELLY MIRIAM BARRETO DA ROCHA ARAUJO
Participação: ADVOGADO Nome: NELLY MIRIAM BARRETO DA ROCHA ARAUJO OAB: 3351/PA
Participação: EXECUTADO Nome: IZADORA OCTAVIA FREDERICA AUGUSTA AVERTANO ROCHA
Participação: ADVOGADO Nome: NELLY MIRIAM BARRETO DA ROCHA ARAUJO OAB: 3351/PA

R. Hoje,

Proceda-se a adequação do cabeçalho do processo para que conste tão somente as pessoas envolvidas
na presente ação.

Após, arquivem-se os autos.

Belém, 17/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

RG

Número do processo: 0807537-56.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MANUELA


CUNHA ATAIDE Participação: ADVOGADO Nome: CAMYLLE CRISTINE COMESANHA DE LIMA OAB:
24000/PA Participação: REQUERIDO Nome: LEANDRO DE ALMEIDA LOBATO Participação:
ADVOGADO Nome: NIXON RODRIGUES DA ROCHA OAB: 7839/PA

ATO ORDINATÓRIO: Passo a intimar o exequente para que se manifeste sobre a certidão de ID
31074006, no prazo de 15 dias. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho - 2ªVJEC.

Número do processo: 0859654-24.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: MARCIO ANDRE


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SILVA COELHO Participação: ADVOGADO Nome: IZABELLA CRISTINA COSTA VIEIRA OAB: 22663/PA
Participação: EXEQUENTE Nome: ITLA LIMA DE FREITAS COELHO Participação: ADVOGADO Nome:
IZABELLA CRISTINA COSTA VIEIRA OAB: 22663/PA Participação: EXECUTADO Nome: LUCIANA
CARDOSO NASCIMENTO

ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 31171728, sem
que tenha sido possível a entrega do mandado de citação/intimação por falta de localização da(o)
promovida(o), passo a intimar o autor/exequente para se manifestar, indicando o atual endereço ou
requerer o que entender de direito, no prazo de 15 dias úteis. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho - Analista
do 2VJEC

Número do processo: 0845963-74.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: MARCIO


HENRIQUE VILHENA LOPES Participação: ADVOGADO Nome: THAIS ESTEFNNY CAVALCANTE
SILVA registrado(a) civilmente como THAIS ESTEFNNY CAVALCANTE SILVA OAB: 29000/PA
Participação: RECLAMADO Nome: MOISES SAMPAIO

ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 31236285, sem
que tenha sido possível a entrega do mandado de citação/intimação por falta de localização da(o)
promovida(o), passo a intimar o autor/exequente para se manifestar, indicando o atual endereço ou
requerer o que entender de direito, no prazo de 15 dias úteis.

Tendo em vista que o PROVIMENTO CONJUNTO nº 009/2019-CJRMB/CJCI no III inciso do art. 9º


enuncia que: "Os mandados referentes ao cumprimento de citações ou intimações para realização de
audiência e outras diligências com data marcada, deverão ser entregues pelas Secretarias à Central no
prazo mínimo de 40 dias anteriores à realização do ato, devendo ser recolhidos pelos Oficiais de Justiça, 3
dias úteis antes da data aprazada", e que audiência UNA foi designada para o dia 15/09/2021, retiro o
processo da pauta de audiência, por falta de tempo hábil para cumprimento de nova citação.

Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho - Analista do 2VJEC

Número do processo: 0853028-86.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: CARLOS


AUGUSTO DA SILVA ALVES Participação: ADVOGADO Nome: ELLEN LARISSA ALVES MARTINS OAB:
15007/PA Participação: RECLAMADO Nome: ASSOCIACAO DE ADQUIRENTES E MORADORES
ALPHAVILLE BELEM Participação: ADVOGADO Nome: PABLO EMERSON DA CRUZ BARROS OAB:
26877/PA

PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

2ª Vara de Juizado Especial Cível - CESUPA

PROCESSO: 0853028-86.2019.8.14.0301

PROMOVENTE: CARLOS AUGUSTO DA SILVA ALVES

PROMOVIDO: ASSOCIACAO DE ADQUIRENTES E MORADORES ALPHAVILLE BELEM


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PREPOSTO: JOÃO GUILHERME SILVA JUNIOR

ADVOGADO: PABLO EMERSON DA CRUZ BARROS - OAB/PA 26877

Audiência Una de Conciliação, Instrução e Julgamento

Nesta quarta-feira, 18 de agosto de 2021, às 09hs30min, nesta 2ª Vara do Juizado Especial Cível, pelo
qual está respondendo o Exmo. Juiz Eduardo Antônio Martins Teixeira.

Registra-se a PRESENÇA da parte promovida, por seu preposto 31949328 - Documento de Comprovação
(carta de preposto) e acompanhado de advogado.

Ausente a parte promovente. Registra-se petição vinculada ao ID: 32028531 - Petição (PEDIDO
ADIAMENTO AUDIENCIA ATESTADO MEDICO) em que a parte requer a remarcação da audiência e
junta documentos que justificam sua ausência.

Deliberação: “Considerando a petição mencionada e os documentos que a acompanham, defiro o pedido


de remarcação de audiência, designando para o dia 07 de FEVEREIRO de 2022, às 10hs30min a
Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento. Intimados os presentes.

Nada mais havendo e tendo as partes aqui presentes sido devidamente cientificadas do inteiro teor do
termo e manifestado plena concordância, o Exmo. Juiz determinou a imediata inclusão no sistema PJE e
encerrou a audiência. Eu, Juliana Cavaleiro de Macedo, digitei e encaminhei conclusos ao Juízo.

Eduardo Antônio Martins Teixeira

Juiz de Direito

Número do processo: 0825600-03.2017.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO TWIN TOWERS Participação: ADVOGADO Nome: WAGNER LEAO SERRAO OAB: 7314/PA
Participação: ADVOGADO Nome: WALBER LEAO SERRAO OAB: 017588/PA Participação: EXECUTADO
Nome: FERNANDA ACATAUASSU BECKMANN Participação: ADVOGADO Nome: WANESSA OLIVEIRA
SILVA OAB: 23411/PA

Vistos, etc

Homologo por sentença o acordo celebrado entre as partes para que tenha força de título executivo
judicial, nos termos do art. 57 da lei 9099/95.

Oficie-se aos cartórios de registro de imóvel com o fim de ser dada baixa na restrição do bem quanto ao
débito da presente demanda.

Sem notícia de descumprimento, no prazo avençado, arquivem-se os autos.

Belém, 17/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

RG

Número do processo: 0819639-47.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: SOLAR


COMERCIO DE MATERIAIS ELETRICOS, HIDROSSANITARIOS E CONSTRUCAO CIVIL EIRELI - EPP
Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA EUTROPIO OLIVEIRA AMARAL OAB: 23278/PA
Participação: EXECUTADO Nome: INNOVA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - ME Participação:
ADVOGADO Nome: ALEX BOTELHO DE CARVALHO OAB: 26480-A/PA

R. Hoje,

Considerando que a parte executada é uma pessoa jurídica, intime-se o exequente para que esclareça o
endereço apresentado para fins de penhora.

Em caso de equívoco, deve apresentar endereço da empresa válido com o fim de realização do ato.

Belém, 17/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

RG

Número do processo: 0878664-88.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


EDIFICIO LOURENCO MONTEIRO LOPES BLOCO I Participação: ADVOGADO Nome: REGINALDO
FERREIRA PANTOJA OAB: 29342/PA Participação: ADVOGADO Nome: ADSON QUARESMA
NASCIMENTO OAB: 28441/PA Participação: ADVOGADO Nome: ELINA SOZINHO CARDOSO OAB:
21522/PA Participação: EXECUTADO Nome: FF RIBEIRO NETO Participação: ADVOGADO Nome: JOAO
PAULO DE KOS MIRANDA SIQUEIRA OAB: 19044/PA

0878664-88.2018.8.14.0301

Vistos.

Trata-se de embargos à execução em ação de cobrança de taxas condominiais.

Alega o reclamante, em síntese, falta de liquidez do título. Sustenta que os valores cobrados não
condizem com o que seria devido, e que haveria cobrança de valores em duplicidade. Argumenta ainda
que o pedido inicial foi formulado de forma genérica. Alega ainda inépcia da inicial. Pediu, ao final, a
extinção da ação ou, alternativamente, a redução do valor da dívida.

Éo breve relatório. Decido:

1. Da liquidez do título executivo:

Por liquidez, compreende-se a definição exata daquilo que é pretendido, com especificação clara de sua
605
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

quantidade. Ou seja, a liquidez refere-se à determinação do objeto da ação.

No caso em comento não há que se falar em falta de liquidez, uma vez que o objeto da execução está
muito be definido: as taxas condominiais do imóvel cujo proprietário é o executado. O valor pretendido
também foi informado na inicial, e o demonstrativo de cálculos foi juntado no ID 21315774.

Assim, havendo clara definição do objeto e do quantum exequendo, a alegação de falta de liquidez deve
ser rejeitada.

2. Dos valores cobrados.

Compulsando os autos, verifico que a parte exequente juntou planilha de cálculos no ID 21315774.

O executado, em que pese alegar que os valores exequendos estariam incorretos, asseverando acerca de
cobranças em duplicidade, não apresentou, ele, o valor que entende correto.

Prevê o art. 917 do CPC:

"Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:

[...]

§3º Quando alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à do título,
o embargante declarará na petição inicial o valor que entende correto, apresentando demonstrativo
discriminado e atualizado de seu cálculo.

§4º Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos à execução:

I - serão liminarmente rejeitados, sem resolução de mérito, se o excesso de execução for o seu único
fundamento;

II - serão processados, se houver outro fundamento, mas o juiz não examinará a alegação de
excesso de execução."

(grifamos)

No caso em comento, em que pese alegar que o exequente cobra valores superiores ao título, e pedir ao
final dos embargos a possível redução do valor da dívida, fato é que o executado não declarou qual seria o
valor que entende como correto, tampouco apresentou seu demonstrativo de cálculos. Por esses motivos,
o pedido deve ser rejeitado neste ponto, reconhecendo-se como devido o valor veiculado pelo exequente
em seu demonstrativo.

Ressalvo que o executado é o real proprietário do imóvel, e, portanto, responsável pelas taxas
condominiais do imóvel, conforme já decidido no ID 22648573 - Pág. 3.

3. Da delimitação do período de cobrança:

Alega, o embargante, que o exequente não teria delimitado o período do suposto débito.

Em que pese a inicial realente apresentar apenas o valor total da execução, verifico que o exequente
apresentou planilha no ID ID 21315774 com especificação do período e de todos os valores pretendidos
na execução, sendo essa petição anterior aos embargos do executado. Assim, o executado foi
efetivamente cientificado acerca daquilo que está sendo cobrado, não procedendo a alegação de que não
tem essa informação.
606
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

4. Da alegação de inépcia da inicial.

Não há que se falar em inépcia da inicial, já que ela delimita claramente o objeto (taxas condominiais),
aponta a causa de pedir (falta de pagamento), indica corretamente as partes e especifica o valor
pretendido.

5. Dispositivo:

Ante o exposto, recebo os embargos, porque tempestivos, mas julgo-os improcedentes.

Intime-se.

Belém, 16 de agosto de 2021

Eduardo Antônio Martins Teixeira


Juiz de Direito
respondendo pela 2a Vara de Juizado Especial Cível

Número do processo: 0833214-54.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CARLA PAULINO


BARBOSA DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO ALMEIDA DE SOUZA OAB:
27278/PA Participação: ADVOGADO Nome: THEO FABIO ALVES DE CRISTO MONTEIRO OAB:
21041/PA Participação: REQUERIDO Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO LUANDA BLOCO II
Participação: ADVOGADO Nome: TAYNAH SOARES DE ALCANTARA OAB: 22526/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ALVARO AUGUSTO RODRIGUES NETO OAB: 20164/PA

R. Hoje,

Mantenho a decisão por seus próprios fundamentos. Sobre o tema:

RECURSO INOMINADO. IMPUGNAÇÃO À FASE DE CUMPRIMENTO DA SENTENÇA. ACIDENTE DE


TRÂNSITO. NECESSIDADE DE SEGURANÇA DO JUÍZO. ENUNCIADO Nº 117 DO FONAJE. No âmbito
dos Juizados Especiais Cíveis, a garantia do juízo é requisito para o recebimento da impugnação, seja
contra título judicial ou extrajudicial, nos termos do Enunciado nº 117 do FONAJE. Inaplicabilidade do art.
525 do CPC, uma vez que o art. 1.046, §2º, do CPC, prevê a aplicação meramente supletiva aos
procedimentos especiais, como é o caso do rito dos Juizados Especiais Cíveis. RECURSO
DESPROVIDO. UNÂNIME.(Recurso Cível, Nº 71009906546, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas
Recursais, Relator: Elaine Maria Canto da Fonseca, Julgado em: 13-05-2021)

Intime-se as partes, devendo o exequente atualizar o débito.

Belém, 17/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

RG
607
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0828830-48.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LUISA ARAUJO


MARTINS Participação: ADVOGADO Nome: BERNARDO HAGE UCHOA OAB: 015659/PA Participação:
AUTOR Nome: LOURIVAL PEREIRA REZENDE NETO Participação: ADVOGADO Nome: BERNARDO
HAGE UCHOA OAB: 015659/PA Participação: REU Nome: FILIPE ELIAS BECKER MARTINS - ME

R. Hoje,

Deve a parte reclamante apresentar os atos constitutivos da empresa com o fim de análise do pedido de
desconsideração da personalidade jurídica e consequente citação dos sócios.

Belém, 17/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

RG

Número do processo: 0804252-26.2017.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: PARA MAD


COMERCIAL EIRELI - ME Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO JOSE GUALBERTO ALMEIDA
OAB: 25717/PA Participação: RECLAMADO Nome: MARIA EDNA DOS SANTOS MONTORIL
Participação: RECLAMADO Nome: LEONARDO MONTORIL & CIA LTDA

PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

2ª vara do Juizado Especial Cível

ATO ORDINATÓRIO

Em atenção ao ID: 30545091 - Despacho através deste ato, intimo as partes e advogados constituídos, da
designação de AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO PARA O DIA 12
DE NOVEMBRO DE 2021, ÀS 12HS00MIN, que se realizará de forma presencial, no prédio da 2ª Vara do
Juizado Especial Cível localizado à Avenida Almirante Tamandaré, nº 873. Esquina com a Travessa São
Pedro. Bairro da Campina, Belém/PA, CEP: 66023-000. Cumpra-se na forma da Lei. Dado e passado
nesta cidade de Belém, 18 de agosto de 2021. Juliana R. Cavaleiro de Macedo Azevedo. Analista
Judiciário – TJ/PA.

Número do processo: 0800326-56.2016.8.14.0306 Participação: EXEQUENTE Nome: FRANCISCO


PAULO RIZZO Participação: EXECUTADO Nome: OI MOVEL S.A. Participação: ADVOGADO Nome:
608
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ELADIO MIRANDA LIMA OAB: 86235/RJ

R. Hoje,

Ante o decurso do tempo e não havendo manifestação, Arquivem-se os autos

Belém 17/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

RG

Número do processo: 0839207-78.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CENTRO EDUCACIONAL


MUNDO DO APRENDIZ S/S LTDA. - ME Participação: ADVOGADO Nome: ELINE WULFERTT DE
QUEIROZ OAB: 22894/PA Participação: REU Nome: ANA CAROLINA MONTEIRO DA PAIXAO

ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 30914809, sem
que tenha sido possível a efetivação da penhora, passo a intimar o exequente para que se manifeste,
requerendo o que entender de direito, no prazo de 15 dias. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho - Analista
do 2VJEC

Número do processo: 0815034-58.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: HUASCAR LEMOS


DE SOUZA JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: MANUELA FREITAS SANTOS OAB: 6400PA/PA
Participação: EXECUTADO Nome: FABIO ERNESTO DE JESUS DIAS Participação: ADVOGADO Nome:
JOSE FLAVIO RIBEIRO MAUES OAB: 10848/PA

ATO ORDINATÓRIO: Passo a intimar o exequente para se que manifeste sobre a certidão da Sra. Oficial
de Justiça, de ID 30944125, no prazo de 15 dias. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho, 2ªVJEC.

Número do processo: 0800392-36.2016.8.14.0306 Participação: REQUERENTE Nome: ANA CLAUDIA


COSTA BRITO Participação: ADVOGADO Nome: ARTHUR LAERCIO HOMCI DA COSTA SILVA OAB:
14946/PA Participação: REQUERIDO Nome: TELEMAR NORTE LESTE S/A Participação: ADVOGADO
Nome: ELADIO MIRANDA LIMA OAB: 86235/RJ

R. Hoje,

Intime-se as partes para que se manifestem quanto ao cumprimento da obrigação, considerando a decisão
de pagamento dos créditos extraconcursais até R$ 20.000,00 (vinte mil reais),

Belém, 17/08/2021
609
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EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

RG

Número do processo: 0804559-72.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ARTHUR


SANTOS DIAS DE LACERDA Participação: ADVOGADO Nome: LAURA SANTOS DIAS DE LACERDA
OAB: 25942 Participação: REQUERIDO Nome: SOCIEDADE EDUCACIONAL IDEAL LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: MARCIO RAFAEL GAZZINEO OAB: 23495/CE Participação: ADVOGADO Nome:
ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE

ATO ORDINATÓRIO: Considerando a existência de custas com pendência de pagamento referentes aos
presentes autos, passo a intimar a parte para efetuar e/ ou comprovar nos autos o respectivo
recolhimento. Belém, 18 de agosto de 2021 CAMILLA CASTELO BRANCO FURTADO DA SILVA -
Analista Judiciário

Número do processo: 0811942-67.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ARIVALDO DA SILVA


PEREIRA Participação: REU Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
Participação: ADVOGADO Nome: SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA MOURAO OAB: 5627/PA

PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

2ª Vara de Juizado Especial Cível - CESUPA

PROCESSO: 0811942-67.2021.8.14.0301

PROMOVENTE: ARIVALDO DA SILVA PEREIRA

PROMOVIDO: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO

PREPOSTO: DANIEL CRISTIAN CASTRO VAZ

ADVOGADO: LUCIJANE FURTADO DE ALMEIDA – OAB/PA 13637

Termo de Audiência de Instrução


Nesta quarta-feira, 18 de agosto de 2021, às 12hs00min, nesta 2ª Vara do Juizado Especial Cível, pelo
qual está respondendo o Exmo. Juiz Eduardo Antônio Martins Teixeira.

Realizado o pregão, registra-se a presença da parte promovida, representada por preposto – ID:
610
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31996994 - Documento de Identificação (Cartas de preposto unificadas) , acompanhado de seu


advogado.

REGISTRA-SE A AUSÊNCIA DA PARTE RECLAMANTE. Registre-se ainda que consta nos autos petição
vinculada ao ID: 32056344 - Petição (Pedido de adiamento ARIVALDO DA SILVA PEREIRA) em que o
promovente justifica a ausência e requer a remarcação da audiência.

Deliberação: “Como requer o promovente, defiro o prazo para juntada do atestado médico.
REMARCO a audiência para o dia 09 de novembro de 2021 às 09hs30min. Intimados os presentes.
Intime-se a promovente.”.

Nada mais havendo e tendo as partes aqui presentes sido devidamente cientificadas do inteiro teor do
termo e manifestado plena concordância, o Exmo. Juiz determinou a imediata inclusão no sistema PJE e
encerrou a audiência. Eu, Juliana Cavaleiro de Macedo, digitei e encaminhei conclusos ao Juízo.

Eduardo Antônio Martins Teixeira

Juiz de Direito

Número do processo: 0825600-03.2017.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO TWIN TOWERS Participação: ADVOGADO Nome: WAGNER LEAO SERRAO OAB: 7314/PA
Participação: ADVOGADO Nome: WALBER LEAO SERRAO OAB: 017588/PA Participação: EXECUTADO
Nome: FERNANDA ACATAUASSU BECKMANN Participação: ADVOGADO Nome: WANESSA OLIVEIRA
SILVA OAB: 23411/PA

Vistos, etc

Homologo por sentença o acordo celebrado entre as partes para que tenha força de título executivo
judicial, nos termos do art. 57 da lei 9099/95.

Oficie-se aos cartórios de registro de imóvel com o fim de ser dada baixa na restrição do bem quanto ao
débito da presente demanda.

Sem notícia de descumprimento, no prazo avençado, arquivem-se os autos.

Belém, 17/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

RG

Número do processo: 0845065-56.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: LUAN CAMARA


BRITO Participação: ADVOGADO Nome: LUAN CAMARA BRITO OAB: 29580/PA Participação:
611
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EXCUTADO Nome: ESTADO DO PARÁ PARÁ

Processo 0845065-56.2021.8.14.0301

Relatório dispensado na forma do artigo 38 da Lei n 9.099/95. Decido.

Compulsando os autos, verifico que se trata de ação movida contra o Estado do Pará.

Prevê o art. 8º da lei 9099/95: “Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o
preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o
insolvente civil.” (grifamos)

ISTO POSTO, considerando que a reclamada se trata de pessoa jurídica de direito público, falece
competência a este juízo para processar e julgar o presente feito, motivo pelo qual declaro extinto o
processo, nos termos do artigo 51 da Lei n 9.099/95.

Sem custas e honorários.

Intime-se.

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Belém, 17 de agosto de 2021

Eduardo Antônio Martins Teixeira

Juiz de Direito

respondendo pela 2a Vara de Juizado Especial Cível

Número do processo: 0856941-42.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


ONDAS DO SAL I Participação: ADVOGADO Nome: ALBYNO FRANCISCO ARRAIS CRUZ OAB:
12600/PA Participação: EXECUTADO Nome: NAIARA CAMILA LIMA SOEIRO BASTOS Participação:
ADVOGADO Nome: LENICE PINHEIRO MENDES OAB: 8715PA/PA

ATO ORDINATÓRIO

Em atenção ao despacho de ID 29049645 - Despacho , através deste ato, intimo as partes e advogados
constituídos, da designação de AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO EM EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL para o dia 08 DE FEVEREIRO DE 2021, ÀS 10HS30MIN, ocasião em que parte
executada poderá opor embargos, nos termos do art. 52, IX c/c art.53, §§ 1º e 2º da Lei 9.099/95. A
audiência será realizada preferencialmente de forma presencial, no prédio da 2ª Vara do Juizado Especial
Cível, localizado na Avenida Almirante Tamandaré, nº 873, 2º andar. Esquina com a Travessa São Pedro.
Cumpra-se na forma da Lei. Dado e passado nesta cidade de Belém, 18 de agosto de 2021. Juliana R.
Cavaleiro de Macedo Azevedo. Analista Judiciário – TJ/PA.
612
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0800174-42.2015.8.14.0306 Participação: EXEQUENTE Nome: IRANI NAZARE


DIAS BARROS Participação: EXECUTADO Nome: TELEMAR NORTE LESTE S/A Participação:
ADVOGADO Nome: ELADIO MIRANDA LIMA OAB: 86235/RJ

R. Hoje,

Ante o decurso do tempo e não havendo manifestação, Arquivem-se os autos

Belém 17/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

RG
613
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0847159-74.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: FENIX -


COMERCIO DE BRINDES PERSONALIZADOS CATANDUVA LTDA - EPP Participação: ADVOGADO
Nome: RENATA APARECIDA MAIORANO OAB: 347077/SP Participação: ADVOGADO Nome:
LEONARDO ZOVEDI PEREIRA OAB: 347552/SP Participação: ADVOGADO Nome: MICHEL HENRIQUE
FACHETTI OAB: 355198/SP Participação: EXECUTADO Nome: UP EVENTOS E MARKETING
PROMOCIONAL EIRELI

PROCESSO Nº: 0847159-74.2021.8.14.0301

DECISÃO

Trata-se de AÇÃO DE EXECUÇÃO ajuizada por FENIX COMERCIO DE BRINDES PERSONALIZADOS


CATANDUVA LTDA - ME em desfavor da UP EVENTOS E MARKETING PROMOCIONAL EIRELI.

Alega a autora ser credora da quantia atualizada de R$ 2.103,06, decorrente de duplicata emitida e não
paga.

Requer neste sentido a citação da ré para pagamento do débito no prazo de 03 dias.

Éo breve relatório, considerando o regime de plantão.

Passo a Decidir:

Analisando os autos verifico que os fatos narrados não se configuram urgentes a fim de serem analisados
no plantão.

Isto posto, por não se tratar de matéria de plantão, determino a distribuição ao juízo competente.

CUMPRA-SE E INTIME-SE.

ESTA DECISÃO SERVIRÁ COMO MANDADO.

P.R.I.C.

Belém, 17 de agosto de 2021.

Andréa Cristine Corrêa Ribeiro

Juíza de Direito Plantonista Cível

Número do processo: 0842302-19.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: OTAVIO BRUNO


DA SILVA FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: MARINA MARTINS MANESCHY OAB: 23341/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GEORGE LUCAS AGUIAR MACHADO OAB: 882PA/PA Participação:
REQUERIDO Nome: GOL LINHAS AÉREAS S/A Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO ANTONIO
FERES PAIXAO OAB: 28020-A/PA Participação: REQUERIDO Nome: smilles fidelidade s/a Participação:
ADVOGADO Nome: GUSTAVO ANTONIO FERES PAIXAO OAB: 28020-A/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

Com base no disposto no art. 1º, §2º, inciso VI do Provimento n.º 006/2006 - CJRMB, manifeste-se a parte
Reclamante, no prazo de 05 (cinco) dias, sobre a petição de cumprimento de sentença juntada aos
autos no ID 30625733.

Belém (PA), 18 de agosto de 2021.


Mayara Costa Ayres
Auxiliar Judiciário

Número do processo: 0805560-92.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: D F SODRE - ME


Participação: ADVOGADO Nome: ROMULO SALDANHA ARAUJO MIRALHA OAB: 25599/PA
Participação: REU Nome: MARCUS VINICIUS DA CRUZ SANTOS

Em vista petição do ID 14997372 determino a redistribuição do processo para a 3ª Vara do Juizado Cível
da Capital prevento em razão de distribuição anterior do Processo 0844459-96.2019.814.0301.

Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021

Número do processo: 0822739-05.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONVENÇÃO DO


CONDOMINIO EDIFICIO ANGELINA MAIORANA Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANA DO
SOCORRO DE MENEZES PINHEIRO OAB: 12478/PA Participação: ADVOGADO Nome: DANIELA DIAS
TOMAZ OAB: 017886/PA Participação: EXECUTADO Nome: ROMA CONSTRUTORA LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA

PROCESSO n° 0822739-05.2021.8.14.0301

Reservo-me a apreciar o pedido ID 29783779, após o cumprimento da citação.

Belém, 28 de julho de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito
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SECRETARIA DA 4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0801265-51.2016.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO PORTO DE SINES Participação: ADVOGADO Nome: ALMIR CONCEICAO CHAVES DE
LEMOS OAB: 014902/PA Participação: EXECUTADO Nome: META EMPREENDIMENTOS
IMOBILIARIOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: RAISSA PONTES GUIMARAES OAB: 26576/PA
Participação: EXECUTADO Nome: PATRICIA ELANE PAES DE VILHENA Participação: ADVOGADO
Nome: RUI ROGERIO DE SOUZA PEREIRA OAB: 015639/PA Participação: EXECUTADO Nome:
CARLOS FABIO FERREIRA DE ALMEIDA Participação: EXECUTADO Nome: LUCIANA CINTIA
NASCIMENTO E SILVA DE ALMEIDA Participação: EXECUTADO Nome: ANTONILDE PINHEIRO DE
VILHENA Participação: ADVOGADO Nome: RUI ROGERIO DE SOUZA PEREIRA OAB: 015639/PA
Processo nº 0801265-51.2016.8.14.0301 EXEQUENTE: CONDOMINIO DO EDIFICIO PORTO DE SINES

EXECUTADO: META EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA, PATRICIA ELANE PAES DE


VILHENA, CARLOS FABIO FERREIRA DE ALMEIDA, LUCIANA CINTIA NASCIMENTO E SILVA DE
ALMEIDA, ANTONILDE PINHEIRO DE VILHENA

SENTENÇA

Vistos, etc.

Dispenso o relatório e decido (art. 38 da Lei 9.099/95).

Homologo o acordo firmado entre o exequente e os executados ANTONILDE PINHEIRO DE VILHENA e


PATRICIA ELANE PAES DE VILHENA, para que produza seus efeitos jurídicos e legais, restando extinto
o processo com resolução do mérito (CPC, art. 487, III, “b”), autorizando desde já a expedição de alvará
judicial para levantamento dos valores depositados em juízo em cumprimento da avença, se for o caso.

Sem condenação em custas e honorários advocatícios (artigos 54, “caput”, e 55 da Lei 9.099/95).

Arquive-se o processo, sem prejuízo de posterior desarquivamento, acaso requerido pelo credor, em razão
de inadimplemento da parte contrária.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 18 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0847423-91.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: PATRICIA BAEZ


FURTADO DE MENDONCA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO BORGES LEAL MENDES OAB:
31518/PA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO BORGES LEAL MENDES OAB: 23129/PA
Participação: REU Nome: AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101
616
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Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0847423-91.2021.8.14.0301

AUTOR: PATRICIA BAEZ FURTADO DE MENDONCA

REU: AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A.

DECISÃO/MANDADO

Vistos, etc.

Cuida-se de pedido de tutela provisória de urgência requerida pela parte autora, no sentido de que a ré
seja compelida proceder ao imediato reembolso dos valores pagos em razão de cancelamento do voo.

Decido.

A concessão de tutela provisória de urgência exige a conjugação de uma série de elementos, dada a
peculiaridade em que é concedida, qual seja, sem a oitiva prévia da outra parte, mitigando-se a
obrigatoriedade de observância do princípio do contraditório (art. 300, § 2º do CPC).

Assim, recomenda-se prudência no manejo deste instrumento, a fim de evitar a imposição de medidas que
venham a causar prejuízos à outra parte, que sequer foi citada nos autos.

Por outro lado, a antecipação de tutela configura-se como uma medida que reflete a necessidade imediata
de atuação do Poder Judiciário frente a uma situação de grave urgência, de modo a evitar a ocorrência de
maiores danos à parte que a requereu.

Portanto, a atividade do magistrado, em casos tais, é a de buscar um equilíbrio entre os interesses em


jogo, e verificar, ainda que em uma análise perfunctória, os virtuais riscos, existentes diante da concessão
ou não da medida liminar.

Os requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência encontram-se descritos no art. 300 do
Código de Processo Civil, o qual determina a conjugação dos seguintes elementos: a probabilidade do
direito (fumus boni iuris); e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora).

Há, ainda, o requisito negativo previsto no art. 300, § 3º, qual seja, a inexistência de perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.

No presente caso, observo que a petição inicial não preenche os requisitos autorizadores da concessão da
tutela antecipada pretendida.

Em que pese as alegações da parte reclamante, entendo que não restou preenchido requisito
indispensável a concessão da tutela (probabilidade do direito).

Isto porque a Lei 14.034/20, que fora publicada para regular o transporte aéreo durante a pandemia de
COVID-19 concede o prazo de 12 (doze) meses para que a requerida proceda ao reembolso dos valores
pagos, a partir da data da data do voo cancelado. Veja-se as opções dadas ao consumidor pela referida
lei:

Art. 3º O reembolso do valor da passagem aérea devido ao consumidor por cancelamento de voo
no período compreendido entre 19 de março de 2020 e 31 de outubro de 2021 será realizado pelo
transportador no prazo de 12 (doze) meses, contado da data do voo cancelado, observadas a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

atualização monetária calculada com base no INPC e, quando cabível, a prestação de assistência
material, nos termos da regulamentação vigente.

§1º Em substituição ao reembolso na forma prevista no caput deste artigo, poderá ser concedida
ao consumidor a opção de receber crédito de valor maior ou igual ao da passagem aérea, a ser
utilizado, em nome próprio ou de terceiro, para a aquisição de produtos ou serviços oferecidos
pelo transportador, em até 18 (dezoito) meses, contados de seu recebimento.

§2º Se houver cancelamento de voo, o transportador deve oferecer ao consumidor, sempre que possível,
como alternativa ao reembolso, as opções de reacomodação em outro voo, próprio ou de terceiro, e de
remarcação da passagem aérea, sem ônus, mantidas as condições aplicáveis ao serviço contratado.

§3º O consumidor que desistir de voo com data de início no período entre 19 de março de 2020 e 31
de outubro de 2021 poderá optar por receber reembolso, na forma e no prazo previstos
no caput deste artigo, sujeito ao pagamento de eventuais penalidades contratuais, ou por obter
crédito de valor correspondente ao da passagem aérea, sem incidência de quaisquer penalidades
contratuais, o qual poderá ser utilizado na forma do § 1º deste artigo.

Assim, em uma análise preliminar dos fatos, entendo que não é possível o acolhimento do pedido
formulado pela autora em sede de liminar.

Diante do exposto, não concedo a TUTELA ANTECIPADA, por não estarem presentes os requisitos
legais.

Determino seja invertido o ônus de prova, dada a relação de consumo existente entre os litigantes (arts. 2º
e 3º, ambos do CDC), bem como a situação de hipossuficiência da demandante (art. 6º, VIII, do CDC),
ante à produção da prova, devendo a requerida provar no curso da demanda que oportunizou à autora as
opções trazidas pela legislação acima mencionada.

No mais, cite-se a (o) ré (u) supracitada (o), para responder aos atos e termos da ação proposta perante
esta 4ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, cuja cópia da inicial segue em anexo e deste fica
fazendo parte integrante.

Intimem-se as partes para comparecerem à audiência de conciliação, já designada para 18/11/2021, às


11:00h, ficando advertidas de que:

1. Deverão comparecer devidamente identificadas, sendo desnecessária a presença de testemunhas na


audiência desta data.

2. A ausência do reclamado importará na presunção de veracidade dos fatos alegados pela reclamante na
inicial - revelia - conforme art. 20 da lei 9.099/95.

3. O não comparecimento do reclamante acarretará a extinção do feito, nos termos do art. 51, inc. I, da Lei
dos Juizados Especiais, com a sua condenação ao pagamento de custas processuais (art. 51, § 2º, da lei
9.099/95).

4. Não havendo acordo, a audiência de instrução e julgamento será designada, ocasião em que o
reclamado poderá apresentar defesa e/ou pedido contraposto, trazer prova e até três testemunhas (cuja
intimação, em caráter excepcional, poderá requerer até cinco dias antes da audiência), se quiser.

5. As partes deverão comunicar a este juízo a mudança de endereço, ocorrida no curso do processo, sob
pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao endereço anterior, constante dos
autos (art. 19, e § 2º, da lei 9.099/95).
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6. Nas causas em que for atribuído valor econômico superior a vinte salários mínimos, a assistência da
parte por advogado será obrigatória (art. 9º da Lei 9.099/95).

Em se tratando de causa que versa a respeito de relação de consumo, promovo a inversão do ônus da
prova, nos termos do disposto no artigo 6°, VIII, do CDC.

Serve a presente decisão como mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº 03/2009
da CJRMB – TJE/PA.

Cite-se. Intime-se. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

Belém, 18 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0845146-05.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: FABIO ROOSEVELT DE


SOUSA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: SIMONE DO SOCORRO PESSOA VILAS BOAS OAB:
008104/PA Participação: REQUERIDO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A
Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB:
12358/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0845146-05.2021.8.14.0301

AUTOR: FABIO ROOSEVELT DE SOUSA COSTA

REQUERIDO: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

DECISÃO/MANDADO

Vistos, etc.

O Requerente informa nos autos o não cumprimento da decisão concessiva da tutela provisória de
urgência por parte da Requerida.

Analisando os autos, observo que a ré fora citada no dia 12/08/2021, razão pela qual o prazo concedido à
ré para a reativação do serviço de energia elétrica no imóvel em questão, que era de 24 horas, já teria
transcorrido.

Diante desta recalcitrância da Reclamada não resta outra alternativa a este juízo senão a majoração da
multa já fixada (art. 537, caput, do CPC).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Pelo exposto, intime-se a Reclamada para que promova a reativação do serviço de energia elétrica do
autor (Conta Contrato 3003898953) em até 24 (vinte horas), sob pena de multa diária que arbitro em
R$-1.000,00 (mil reais) que fica limitada a princípio a R$-10.000,00 (dez mil reais).

Advirto que as multas ora arbitradas em nada prejudicam a incidência daquelas anteriormente
estipuladas.

Indefiro o pedido de execução imediata da multa, vez que esta será ou não ratificada quando o julgamento
do mérito.

Serve a presente decisão como mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº 03/2009
da CJRMB – TJE/PA.

Intime-se. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

Belém, 18 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0825120-25.2017.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: JOSUALDO


CARMO DE CARVALHO Participação: ADVOGADO Nome: VANESSA COMESANHA PEREIRA OAB:
26952/PA Participação: ADVOGADO Nome: JACQUELINE FERREIRA PASCOAL OAB: 22003/PA
Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A -
EQUATORIAL Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS
NEVES OAB: 12358/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0825120-25.2017.8.14.0301

RECLAMANTE: JOSUALDO CARMO DE CARVALHO

RECLAMADO: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A - EQUATORIAL

DECISÃO/MANDADO

Vistos, etc.

A requerida comprovou o pagamento no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) antes de iniciada a fase do
cumprimento de sentença.

Intimado para se manifestar sobre o pagamento, o autor requer a liberação de alvará dos valores
incontroversos pagos pela ré e o prosseguimento da execução quantos aos valores residuais, quais sejam:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

● O valor de R$ 279,02 (duzentos e setenta e nove reais e dois centavos) referente a atualização
monetária pelo índice INPC e juro de 1% ao mês, calculados da data da sentença (03/05/2019),
até a data (18/07/2019) em que foi efetuado o depósito do valor da condenação;

● O valor de R$ 2.204,76 (Dois mil, duzentos e quatro reais e setenta e seis centavos), referentes
aos honorários sucumbenciais;

Quanto aos valores já depositados, autorizo a liberação em favor do exequente, por meio de alvará
judicial.

Quanto ao valor residual, determino o início da fase de cumprimento de sentença:

1) Intime-se a executada para que efetue, no prazo de quinze dias, o pagamento dos valores acima
mencionados que restaram pendentes, sob pena de ser acrescido da multa de 10% (dez por
cento) por atraso (art. 523, §1º do CPC).

2) Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, certifique-se e, considerando a
preferência legal pela penhora de dinheiro em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição
financeira (art. 835, I, do CPC) e que a constrição eletrônica de bens e valores poderá ser determinada de
ofício pelo juiz (ENUNCIADO nº 147 do FONAJE), venham-me os autos conclusos para tentativa de
bloqueio de valores via SISBAJUD para integral segurança do juízo da execução - condição para a
oposição dos embargos ("É obrigatória a segurança do Juízo pela penhora para apresentação de
embargos à execução de título judicial ou extrajudicial perante o Juizado Especial" - Enunciado nº 117 do
FONAJE).

3) Ocorrendo o bloqueio do valor integral do débito, intime-se a executada para, querendo, apresentar
impugnação ao bloqueio (CPC, art. 854, §3º) e/ou embargos à execução (Lei 9099/95, art. 52, IX), no
prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da intimação (Enunciado nº 142 do FONAJE).

4) Caso a penhora via SISBAJUD se mostre infrutífera ou insuficiente e o crédito perseguido seja em
valor compatível com o bem a ser constrito, proceda-se à tentativa de bloqueio de veículos via sistema
RENAJUD (art. 835, IV), com anotação de vedação à transferência, caso seja de propriedade da parte
executada.

5) Havendo o bloqueio positivo desse bem, junte-se o comprovante nos autos (art. 845, §1º, do CPC).
Uma vez formalizado o bloqueio, expeça-se mandado de penhora e avaliação in loco do bem,
oportunidade em que deverá ser intimado o executado para, querendo, oferecer embargos à execução no
prazo legal.

6) Não sendo o caso de bloqueio via RENAJUD ou após realizada a diligência não sejam encontrados
veículos, expeça-se imediatamente mandado de penhora e avaliação de bens da executada (Lei 9.099/95,
art. 52, inciso IV, e CPC, art. 523, §3º), tantos quantos bastem para a garantia da dívida, intimando-se no
mesmo ato a executada para apresentar embargos à execução (Lei 9099/95, art. 52, IX), no prazo de 15
(quinze) dias, a contar da data da penhora.

7) Certifique-se acerca da apresentação de embargos à execução.

8) Acaso apresentada, intime-se o exequente para manifestação, no prazo de 15 (quinze) dias.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

9) Na ausência de apresentação de embargos à execução, intime-se o exequente, para se manifestar


sobre o interesse em adjudicar ou levar a leilão os bens penhorados, no prazo de 05 (cinco) dias, a contar
do recebimento da intimação.

Serve a presente decisão como mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº 03/2009
da CJRMB – TJE/PA.

Intime-se. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

Belém, 5 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0845854-55.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BEKERLI EULER NUNES


DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: BEKERLI EULER NUNES DA COSTA OAB: 19933/PA
Participação: REU Nome: FEDEX BRASIL LOGISTICA E TRANSPORTE LTDA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0845854-55.2021.8.14.0301

AUTOR: BEKERLI EULER NUNES DA COSTA

REU: FEDEX BRASIL LOGISTICA E TRANSPORTE LTDA

DECISÃO/MANDADO

Vistos, etc.

Trata-se de pedido de reconsideração da decisão que negou tutela antecipada para que a ré alugasse um
carro para o autor até a entrega da peça do veiculo.

Observo que não há elemento novo capaz de alterar os fundamentos que ensejaram o indeferimento do
pedido, razão pela qual mantenho o indeferimento, nos mesmos termos da decisão anterior.

A alegação das despesas que o autor vem arcando em razão do atraso na entrega da peça podem ser
objeto de emenda à inicial, com pedido de ressarcimento, o qual será analisado quando o julgamento do
mérito.

Serve a presente decisão como mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº 03/2009
da CJRMB – TJE/PA.

Intime-se. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 18 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0830470-52.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: M C EDUCACAO E


LAZER SS LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS CORREIA DE OLIVEIRA CAVALCANTI
CUNHA OAB: 30981/PE Participação: ADVOGADO Nome: RAUL MENDES REIS MERGULHAO OAB:
31034/PE Participação: ADVOGADO Nome: LUCIO ROBERTO DE QUEIROZ PEREIRA OAB: 30183/PE
Participação: EXECUTADO Nome: DEIVIDE DA COSTA RIBEIRO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
Rua Roberto Camelier, n. 570 – Jurunas

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO Nº: 0830470-52.2021.8.14.0301 (PJe)


EXEQUENTE: M C EDUCACAO E LAZER SS LTDA - ME

EXECUTADO: DEIVIDE DA COSTA RIBEIRO

Eu, Danilo Barros Pereira de Farias, Diretor de Secretaria da 4ª Vara do Juizado Especial Cível da Capital,
no uso de minhas atribuições legais, com fundamento no artigo 93, XIV, da Constituição Federal e no
artigo 162, §4º, do Código de Processo Civil, considerando que o presente caso se amolda ás hipóteses
de atos de administração e/ou de mero expediente, sem caráter decisório, que admitem delegação pelo
magistrado, nos termos do disposto no artigo 1º, §2º, inciso XV, do Provimento nº 06/2006, da
Corregedoria da Região Metropolitana de Belém, procedo a intimação da parte exeqüente, para que
manifeste seu interesse no prosseguimento da execução, mediante indicação do endereço do
executado correto e com referências, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de extinção (conforme
art. 53, § 4º, da Lei 9099/95).

Belém, 18 de agosto de 2021.

DANILO BARROS PEREIRA DE FARIAS

Diretor de Secretaria

Número do processo: 0802110-83.2016.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: LINDINEA


FURTADO VIDINHA Participação: ADVOGADO Nome: LINDINEA FURTADO VIDINHA OAB: 11941/PA
Participação: REQUERIDO Nome: ALZETE EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA

PODER JUDICIÁRIO
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4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
Rua Roberto Camelier, n. 570 – Jurunas

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO Nº: 0802110-83.2016.8.14.0301 (PJe)


REQUERENTE: LINDINEA FURTADO VIDINHA

REQUERIDO: ALZETE EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA

Eu, Assessora da 4ª Vara do Juizado Especial Cível da Capital, no uso de minhas atribuições legais, com
fundamento no artigo 93, XIV, da Constituição Federal e no artigo 203, §4º do Código de Processo Civil,
considerando que o presente caso se amolda às hipóteses de atos de administração e/ou de mero
expediente, sem caráter decisório, que admitem delegação pelo magistrado, nos termos do disposto no
artigo 1º, §2º, inciso XV, do Provimento nº 06/2006, da Corregedoria da Região Metropolitana de Belém,
cumprindo determinação de despacho anterior, procedo a intimação da parte executada para tomar
ciência do bloqueio realizado e para comprovar, no prazo de 5 (cinco) dias, que os valores
bloqueados são impenhoráveis ou que houve bloqueio de forma excessiva.

Belém, 18 de maio de 2021.

Larissa Picanço Batista

Assessora do Juízo

Número do processo: 0867791-92.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ROBERTO


FELICIANO SABA RODRIGUES DA FONSECA Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE ALY
PARAGUASSU CHARONE OAB: 11918/PA Participação: RECLAMADO Nome: Tam Linhas aereas
Participação: ADVOGADO Nome: FABIO RIVELLI OAB: 297608/PA Processo nº 0867791-
92.2019.8.14.0301 RECLAMANTE: ROBERTO FELICIANO SABA RODRIGUES DA FONSECA

RECLAMADO: TAM LINHAS AEREAS

SENTENÇA

Vistos, etc.

Dispenso o relatório e decido (art. 38 da Lei 9.099/95).

Homologo o acordo firmado pelas partes para que produza seus efeitos jurídicos e legais, restando extinto
o processo com resolução do mérito (CPC, art. 487, III, “b”), autorizando desde já a expedição de alvará
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

judicial para levantamento dos valores depositados em juízo em cumprimento da avença, se for o caso.

Sem condenação em custas e honorários advocatícios (artigos 54, “caput”, e 55 da Lei 9.099/95).

Arquive-se o processo, sem prejuízo de posterior desarquivamento, acaso requerido pelo credor, em razão
de inadimplemento da parte contrária.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 18 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0807091-53.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CENTRO


EDUCACIONAL PARAISO DO ESTUDANTE LIMITADA - ME Participação: ADVOGADO Nome: ELINE
WULFERTT DE QUEIROZ OAB: 22894/PA Participação: EXECUTADO Nome: CHARLENE PEREIRA DA
SILVA

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0807091-53.2019.8.14.0301

INTIMADO: Nome: CENTRO EDUCACIONAL PARAISO DO ESTUDANTE LIMITADA - ME

EXECUTADO: CHARLENE PEREIRA DA SILVA

ATO ORDINATÓRIO/MANDADO

Certifico que a parte Reclamante não forneceu novo endereço da parte Reclamada, tendo em vista que o
endereço informado na petição do id 19782468 é o mesmo da Inicial; certifico, ainda, que este Juizado não
possui aparelho de celular compatível com a tecnologia do aplicativo Whattsapp no momento. Dessa
forma, com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no Provimento nº 08/2014-
CJRMB e em atenção à citação infrutífera do(a) Reclamado(a), conforme certidão retro inserido(a), intime-
se a Parte Autora/Exequente para manifestar-se no prazo de cinco dias, fornecendo novo endereço ou
requerendo o que entender de direito. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 18 de agosto de 2021.
LUANA HITOMI FEIO OKADA, Servidor Judiciário 5ª Vara do Juizado Especial Cível.

Número do processo: 0848093-66.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JOSE


NAZARENO DE OLIVEIRA LEITE Participação: ADVOGADO Nome: DAYWANNE SILVA SOARES OAB:
27785/PA Participação: REQUERIDO Nome: BANCO BRADESCO S.A Participação: ADVOGADO Nome:
NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES OAB: 15201/PA

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0848093-66.2020.8.14.0301

INTIMADO: Nome: JOSE NAZARENO DE OLIVEIRA LEITE


Endereço: Vila Santa Inês, 29, Terra Firme, BELéM - PA - CEP: 66070-440

REQUERIDO: BANCO BRADESCO S.A

CERTIDÃO/ATO ORDINATÓRIO/MANDADO

Considerando a suspensão do curso dos prazos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, estabelecido pelo
art. 220 do CPC (Resolução nº. 33/2016 e n°. 01/2017 do TJPA; A suspensão dos prazos judicias nos
feriados e pontos facultativos estabelecidos pela Portaria n° 3047/2020-GP -
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=949018; A Portaria n° 3003/2021-GP
de suspensão dos prazos processuais, administrativos e jurisdicionais a partir do dia 04 de março,
devido ao agravamento da Pandemia da Covid-19, seguido da Portaria nº 1118/2021-GP, referente à
suspensão no período de lockdown, o qual finalizou em 29/03/2021, e ao §1º, art. 1ª da Portaria Conjunta
nº 1/2021-GP/VP/CGJ, que permitiu a retomada da contagem dos prazos a partir de 30/03/2021 -
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=967120,

CERTIFICO que a Parte Requerida foi intimada para realizar o cumprimento voluntário da sentença em
06/07/2021, e efetuou o pagamento da condenação em 16/07/2021, por meio de boleto online, conforme
extrato de subconta em anexo. Certifico que a parte Reclamada não apresentou impugnação no prazo
legal, que finalizou em 17/08/2021. Com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no
Provimento nº 08/2014-CJRMB, procedo à intimação da Parte Exequente para apresentar planilha do
débito atualizada (em 15 dias), conforme determinação judicial. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA,
18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0811899-67.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BRUNO CHAVES


FONSECA Participação: ADVOGADO Nome: ALTEMIR FONSECA DAMASCENO OAB: 25830/PA
Participação: REQUERIDO Nome: HENVIL TRANSPORTES LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
MARIA HELENA DE MORAES GUERRA OAB: 009022/PA

PROCESSO Nº 0811899-67.2020.8.14.0301

REQUERENTE: BRUNO CHAVES FONSECA

REQUERIDO: HENVIL TRANSPORTES LTDA

SENTENÇA

Homologo, por sentença, o acordo firmado entre as partes para que produza seus jurídicos e legais efeitos
e julgo extinto o processo nos termos do art. 487, inciso III, b, do Código de Processo Civil. Em
consequência, determino arquivamento dos autos diante da informação de que foi integralmente cumprido,
observadas as formalidades legais.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, PA, 17 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do JEC da Capital.

Número do processo: 0874113-65.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: WALDIR DOS


SANTOS MOREIRA Participação: ADVOGADO Nome: MAXIMILIANO DE ARAUJO COSTA OAB:
16804/PA Participação: RECLAMADO Nome: CENTRO DE ESTUDOS BRITANICOS S/S. LTDA - ME
Participação: ADVOGADO Nome: ANNA CLAUDIA COUTO CARNEIRO OAB: 018739/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/3229-5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA

Processo nº 0874113-65.2018.8.14.0301

Reclamante: WALDIR DOS SANTOS MOREIRA

Reclamado: CENTRO DE ESTUDOS BRITÂNICOS S/S. LTDA – ME

Trata-se de AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO


POR DANOS MORAIS ajuizada em face de CULTURA INGLESA - CENTRO DE ESTUDOS BRITÂNICOS
S/S, na qual o Reclamante alega, em resumo, e requer o seguinte:

“... II - DOS FATOS

1. Em 15 de agosto de 2017, o requerente estava em sua residência, quando recebeu uma ligação do call
center da requerida oferecendo-lhe uma bolsa de estudos na referida instituição.

2. Na oportunidade foi informado que a instituição estaria oferecendo um desconto no valor das
mensalidades, se houvesse a contratação e a abertura da matrícula ainda no mês de agosto, ao que o
autor informou à telefonista que passaria nas dependências da requerida para obter mais informações e
analisar melhor a possibilidade de matricular-se no curso oferecido.

Contudo, diante da insistência da atendente, repassou alguns de seus dados, dentre os quais seu CPF,
aduzindo a pessoa do atendimento que seria somente para guardar a vaga, mas que, caso o mesmo não
comparecesse, não haveria compromisso algum com a requerida.

3. Acontece Excelência, que por motivos foro íntimo, o autor não compareceu às dependências da
requerida, não realizando a matricula no curso oferecido.

4. Mesmo ciente de que nada devida, em janeiro de 2018, o autor recebeu em sua residência
correspondência com aviso de cobrança da requerida, informando 3 (três) mensalidades que
628
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

supostamente estavam em aberto, com as seguintes informações:

Vencimento Valor Valor com Juros 15/09/2017 R$240,00 R$265,26 16/10/2017 R$240,00 R$259,99
15/11/2017 R$240,00 R$254,99

5. Diante disto, o autor entrou em contato com a requerida, aduzindo nada dever, contudo, obteve como
resposta única que a empresa jamais faria cobranças indevidas e que o autor deveria pagar as contas em
atraso.

6. Não obstante o contato do autor, em meados de fevereiro de 2018, este recebeu aviso do SERASA
informando a inserção de seu nome nos respectivos cadastros de inadimplentes, ao que entrou
novamente em contato com a parte demandada, obtendo resposta no mesmo tom, qual seja, de que
deveria pagar seu débito.

7. Assim, diante do relatado, tendo em vista que não houve a contratação dos serviços da requerida, e
autor não se matriculou no curso oferecido para que fosse dele cobrado as referidas mensalidades, não
resta outra iniciativa se não propor a presente ação.

...

IV- DOS PEDIDOS

Por tudo exposto, serve a presente Ação, para requerer a V. Exa., se digne:

a) Que seja deferido o pedido de Justiça gratuita em sede de recurso, conforme o que lhe foi exporto;

b) Ordene a CITAÇÃO da REQUERIDA nos endereços inicialmente indicados, quanto à presente ação,
para que compareçam a audiência UNA e, querendo, apresente a defesa que tiver, dentro do prazo legal,
sob pena de confissão quanto à matéria de fato ou pena de revelia, com designação de data para
audiência a critério do D. Juízo; devendo ao final, ser julgada PROCEDENTE a presente Ação, sendo as
mesmas condenadas nos mencionados termos;

c) A inversão do ônus da prova, nos termos do Código de Defesa do Consumidor. Devendo constar no
mandando citatório a referida concessão;

d) Ao final, seja julgada procedente a presente ação para:

1 – Seja declarado a inexistência do débito no valor de R$780,24 (setecentos e oitante reais e vinte e
quatro centavos);

2 - Condenando a requerida, ao pagamento de indenização, de cunho compensatório e punitivo, pelos


Danos Morais causados ao Autor, em valor pecuniário justo e condizente com o caso apresentado em tela,
qual, no entendimento do mesmo, deva ser equivalente a R$10.000,00 (dez mil reais);

e) Protesta pela produção de todas as provas, dentre as quais, juntada de novos documentos, perícias de
todo gênero (se necessário), bem como pelo depoimento pessoal do representante legal da Ré, ou seu
preposto designado, sob pena de confissão, oitiva testemunhal, vistorias, laudos e perícias – se
necessidade houver, para todos os efeitos de direito.

Dá-se à presente causa, o valor de R$ 10.780,24 (dez mil, setecentos e oitenta e quatro reais e vinte e
quatro centavos), para todos os efeitos de direito e alçada, equivalente ao valor da pretensão econômica
almejada. São os termos em que

Pede deferimento.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 06 de setembro de 2018. ...”

Em sua defesa a Reclamada alegou e requereu o seguinte:

“... 2 – DA VERACIDADE DOS FATOS

No que concernem às alegações do Requerente apresentadas na inicial, constantes dos autos do


processo, a Requerida discorrerá sobre a verdadeira realidade dos fatos, provando e comprovando a
licitude dos procedimentos adotados pela mesma e que demonstrados adiante, servirão para o completo
entendimento e convencimento desse R. juízo.

Em agosto de 2017, o Requerente entrou em contato com a Requerida via contato telefônico, requerendo
informações, e negociando a sua matricula junto a instituição.

Desde o primeiro contato telefônico, o Requerente informou que estava sem tempo de se dirigir até a
instituição, haja vista que seu tempo estaria todo tomado pelo seu trabalho, mas que gostaria de realizar a
sua matricula junto ao curso de idiomas.

Após realizar toda a negociação do valor das mensalidades via contato telefônico, o Requerente
manifestou interesse em se matricular, e repassou todos os seus dados para a matrícula por meio de
ligação telefônica, e informou que com o início das aulas, iria à instituição.

Com o aval do Requerente, o mesmo foi matriculado na turma A01SAM-A. Verificado a ausência do
Requerente nas primeiras aulas, na data de 30.09.2017, foi mantido contato telefônico para saber
informações acerca de suas faltas, sendo informado pelo mesmo que havia remarcado as aulas.

Em 28.11.2017, verificado que o Requerido não havia assistido nenhuma aula da sua turma, a Requerida
entrou em contato com o mesmo, onde, este veio a informar que teria viajado na semana seguinte a sua
matricula, o que o impossibilitou de frequentar as aulas, e ainda manifestou interesse em repor as aulas
perdidas ainda no mês de janeiro de 2018.

Em 08.02.2018, a Requerida voltou a entrar em contato com o Requerido, posto que o mesmo não tinha
frequentado nenhuma aula, e estava inadimplente.

O Requerente veio a informar que estaria sem tempo para frequentar as aulas, e manifestou-se pelo
encerramento de seu contrato.

Visto que o Requerente não havia assistido às aula, a Requerida optou por cancelar a sua matricula, bem
como a sua dívida na instituição, vindo a solicitar a retirada do seu nome do sistema de proteção ao
credito, e deixando de cobrar os valores.

Ressalta-se que até então o Requerente apenas havia recebido comunicado/carta de aviso do referido
sistema, não estando seu nome negativado.

Ainda, em 12.03.2018, a Requerida entrou em contato com o Requerido para informar que não havia mais
nenhuma negativação em seu nome, decorrente do contrato firmado entre as partes, e que a sua dívida
estava cancelada, vindo o Requerente a tomar total ciência da situação.

3 – DO DÉBITO

O Requerente alega está sendo cobrado por uma dívida no valor de R$ 780,24 (setecentos e oitenta reais
e vinte e quatro centavos).

O debito do Requerente passou a existir, no momento em que o mesmo confirmou a sua matricula, por
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meio de contrato telefônico, e passou a ocupar uma vaga na turma A01SAM-A do curso de idiomas da
Requerida. Uma vez que o Requerente assumiu o compromisso de matricula, realizado de forma verbal,
passou a ser gerados em seu nome, os valores referentes à matrícula e mensalidades do curso.

Ocorre que, após a verificação de que o Requerente não assistiu as aula, e manifestar o seu interesse de
cancelar o seu contrato - fato este ocorrido em 08.02.2018, tanto o seu contrato, quando o seu debito,
foram cancelados pela Requerida, vindo, inclusive, excluir a solicitação de inclusão de seu nome junto aos
cadastros de proteção ao crédito.

No momento de ajuizamento da presente ação, inexistia qualquer debito ou dívida do Requerente com a
Requerida. O que de fato ocorreu foi, como o Requerido havia realizado a matricula por meio de contato
telefônico, foi gerado mensalidades em seu nome, e como o mesmo não pagou, lhe foi enviado, apenas,
uma carta de cobrança da instituição.

Somente após o recebimento do comunicado/carta de aviso emitida pelo Serasa, que o Requerente
manifestou seu interesse na não permanência no contrato de prestação de serviços, vindo a Requerida,
antes ao ocorrido, cancelar tanto o contrato, quanto a dívida, posto que o Requerente não havia
frequentado as aulas.

A partir desse momento, a dívida do Requerente foi totalmente extinguida, não vindo o mesmo a receber
nenhuma cobrança e, muito menos, vindo o seu nome a vir a ser negativado.

Diante disso, a dívida pelo qual o Requerente almeja a inexistência, já não mais existe desde fevereiro de
2018, de modo que o pedido do Requerente encontra-se prejudicado, ante a perda do objeto.

...

6 – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Diante de todo o exposto, requer a Requerida:

a) A total improcedência da ação proposta pelo Requerente para:

- Declarar inexistente o débito no valor de R$780,24 (setecentos e oitante reais e vinte e quatro centavos);
- Declarar indevida a condenação à Requerida no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de
Danos Morais.

b) Em caso de procedência do pedido de dano moral, que o valor arbitrado respeite os Princípios da
proporcionalidade e razoabilidade;

Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admissíveis de direito, em especial, as provas
documentais, e depoimento pessoal do Requerente. Termos em que,

Pede e espera merecer deferimento.

Belém-PA, 29 de abril de 2020. ...”

Em sua réplica à contestação o Reclamante reiterou seus pedidos iniciais. É o relatório. Decido.

Versam os autos sobre relação de consumo, restando caracterizada a condição de consumidora final da
parte Autora e de prestadora de serviços da Reclamada, nos termos dos art. 2º, 3º e 22 do Código de
Defesa do Consumidor. Deixo de inverter o ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do Código de
Defesa do Consumidor, uma vez que o fato que o Autor alega ter lhe gerados danos é incontroverso entre
as partes, não havendo necessidade de inversão do ônus.
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Inicialmente, ressalto que após o exposto nos autos durante as providências preliminares, constata-se que
a lide comporta julgamento antecipado da lide, o que passo a fazê-lo com fundamento no art. 355, I do
Código de Processo Civil.

Assim, considero que parte Reclamada não se desincumbiu do ônus que lhe competia no feito, pois a
documentação apresentada com a inicial e a própria afirmação de legalidade do contrato pela Reclamada,
o qual não chegou a ser firmado, havendo comprovação de que houve comunicado da SERASA, em
29/01/2018, para que fosse paga a parcela com vencimento em 16/10/2017 e cobranças relativas ao
período de setembro a novembro de 2017 (ids. 7571695 e 7571708), revelando que houve cobrança
indevida e que a Reclamada não se desincumbiu de provar os fatos impeditivos, modificativos ou
extintivos do direito da parte Autora, visto que as telas apresentas são unilaterais e não comprovam a
contratação tampouco a utilização do serviço pelo Autor, que rechaça ter concretizado o contrato, o qual
também não foi apresentado pela Reclamada.

Ressalte-se, ainda, que a Reclamada tem responsabilidade objetiva pela prestação de serviços, e ao
cobrar por serviços não reconhecidos pelo consumidor por ausência de contratação, a Reclamada deve
responder pelos danos causados, não conseguindo se desincumbir de apresentar provas capazes de
isentá-la, no que se refere às falhas na prestação dos serviços, tendo se limitado, em sua defesa, a
apresentar argumentos genéricos de que houve contratação, o que não afasta sua responsabilidade.

Ademais, o fornecimento de produto ou serviço sem a prévia solicitação do consumidor e/ou após seu
pedido de cancelamento, não gera obrigação de pagar faturas, o que restou comprovado nestes autos,
diante da falta de documentos aptos a constituir o direito da Reclamada a referida cobrança.

Oportuno, acrescentar, que após a análise minuciosa dos documentos inseridos aos autos pelas partes,
não é possível afirmar que a inscrição indevida do nome da parte Autora nos cadastros de restrição ao
crédito se efetivou, e o Reclamante não apresentou consulta comprovando a concretização da
negativação nos cadastros de inadimplentes, o que não afasta o dever de indenizar os danos causados
pela cobrança indevida.

No que se refere ao pedido de indenização por danos morais, entendo que assiste parcial razão ao
Reclamante, tendo em vista que apesar de não ter comprovado que a negativação foi concretizada e do
cancelamento administrativo das cobranças, conforme referido pela Reclamada, a cobrança indevida, por
si só, gera sentimento de angústia, impotência e desrespeito ao consumidor, pelo que entendo ser
razoável a condenação ao pagamento de indenização por danos morais para desestimular esse tipo de
prática abusiva de cobrança, sem a comprovação da contratação, diante da existência de cobrança
indevida e comprovada ameaça de negativação.

Quanto ao valor da indenização, entendo que deve compreender compensação à vítima pelos danos
suportados, sem transformar a indenização em fonte de enriquecimento ilícito, mas atendendo ao seu
caráter pedagógico, de modo a desestimular a reiteração de condutas semelhantes. Nesse sentido
decisões:

TJMS-0156650) APELAÇÕES CÍVEIS - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO


CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - INSCRIÇÃO INDEVIDA NOS ÓRGÃOS DE
PROTEÇÃO AO CRÉDITO - DANOS MORAIS IN RE IPSA - QUANTUM INDENIZATÓRIO MANTIDO -
INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CONFIRMADA - RECURSO DO AUTOR DESPROVIDO - RECURSO DA
INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL DESPROVIDO. ALTERAÇÃO, DE OFÍCIO, QUANTO A INCIDÊNCIA DE
JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA, POR SEREM MATÉRIAS DE ORDEM PÚBLICA. Ausente a prova
da legalidade da cobrança dos valores, a negativação do débito se mostra indevida e passível de
indenização por danos morais. Na quantificação do dano moral, o julgador deve se valer de critérios de
razoabilidade, considerando não só as condições econômicas do ofensor e do ofendido, mas o grau da
ofensa e suas consequências, para que a reparação do dano não se constitua em fonte de enriquecimento
ilícito para o ofendido, mantendo uma proporcionalidade entre causa e efeito. Em consideração aos
critérios supramencionados de fixação do quantum indenizatório, a capacidade econômica do ofensor, a
extensão dos danos causados e o caráter pedagógico da condenação, a indenização por dano moral deve
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ser majorada, a fim de atender a finalidade punitiva e pedagógica do dano moral. (Apelação Cível nº
0806861-29.2018.8.12.0001, 1ª Câmara Cível do TJMS, Rel. Marcelo Câmara Rasslan. j. 26.09.2019).

TJGO-0232687) APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. INSCRIÇÃO


IRREGULAR NO CADASTRO DE INADIMPLENTES. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. SÚMULA
28 DO TJGO. DANO IN RE IPSA. QUANTUM INDENIZATÓRIO. I - Rejeita-se a prejudicial de nulidade da
sentença pelo julgamento antecipado da lide, porquanto, como principal destinatário da prova, pode o
magistrado, entendendo não haver necessidade de provar fatos outros no processo, julgar
antecipadamente a lide, tal como permite o art. 355 do CPC. Incidência da Súmula nº 28 do TJGO. II - A
inscrição do nome do consumidor no rol dos inadimplentes pressupõe a existência de inadimplência. E a
inadimplência, por sua vez, só ocorre diante de débito exigível, líquido e certo do devedor perante o
credor. Caso o débito seja inexigível, ilíquido ou incerto, eventual negativação não será lícita, implicando,
em contrapartida, em abuso do direito do credor. III - No caso presente, como a execução movida pela
recorrida em face da devedora principal e corresponsáveis fora extinta sem resolução do mérito por
ausência de liquidez/exigibilidade, o nome dos autores/apelantes não poderia ter sido negativado perante
a SERASA. IV - Especificamente quanto à inscrição indevida do nome do consumidor no cadastro de mal
pagadores, o entendimento deste tribunal é pacífico pela caracterização do dano moral in re ipsa, ou seja,
dispensando comprovação de abalo psicológico pelo devedor que teve seu nome irregularmente inscrito,
porquanto está inequivocamente atrelado à ideia do abalo de crédito causado pela publicidade da
inscrição. V - Levando em conta esses critérios e atento às condições dos litigantes e às circunstâncias do
caso concreto, julgo em boa medida o montante de R$ 3.000,00 (três mil reais) para cada um dos
autores/recorrentes. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA. (Apelação nº 5216997-
48.2016.8.09.0051, 1ª Câmara Cível do TJGO, Rel. Luiz Eduardo de Sousa. DJ 11.10.2019).

Deve ser levada em conta também a capacidade econômica das partes, de modo a evitar, que a
compensação seja irrisória para a vítima, e impedir que o autor do ato ilícito seja reduzido à insolvência.
Amparada nos referidos critérios, entendo que o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), satisfaz as referidas
exigências, sem descuidar da proporcionalidade e razoabilidade em relação aos danos morais sofridos.

O valor da condenação por danos morais deverá ser atualizado monetariamente a contar do arbitramento
(Súmula 362 – STJ) e os juros de mora a partir do evento danoso (Súmula 54 – STJ), no presente caso,
por se tratar de relação extracontratual.

SÚMULA Nº 362 - A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do
arbitramento.

SÚMULA Nº 54 – STJ - Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade
extracontratual.

Posto isto, declaro a inexistência do débito, no valor de R$ 780,24 (setecentos e oitante reais e vinte e
quatro centavos), objeto desta lide, e condeno a Reclamada ao pagamento de R$ 3.000,00 (três mil
reais), atualizados monetariamente pelo INPC a partir desta decisão, e acrescidos de juros de mora de 1%
(um por cento), ao mês, a partir de 29/01/2018 (data do comunicado de negativação), por se tratar de
relação extracontratual, a título de indenização por danos morais, nos termos da fundamentação.

Isento as partes do pagamento de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude


da gratuidade no primeiro grau de jurisdição dos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9.099/95).

Certificado o trânsito em julgado, e sendo mantida a sentença condenatória, aguarde-se o cumprimento


e/ou o requerimento da parte Autora para o pagamento e, após, caso requerido, intime-se a Reclamada
para, no prazo de 15 (quinze) dias cumprir a sentença, findo o qual o valor da condenação deverá ser
atualizado com a incidência de pena de multa de 10% (dez por cento), nos termos do art. 523, § 1º, do
Código de Processo Civil, caso não haja pagamento.

Havendo cumprimento espontâneo, expeça-se alvará judicial em nome da parte Reclamante ou de


seu/sua advogado(a) (caso haja pedido e este tenha poderes expressos para receber e dar quitação) do
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valor a ser recebido. Após, arquivem-se os autos, dando-se baixa nos registros.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 17 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do JEC de Belém.

Número do processo: 0877871-81.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: DANILO


MATHEUS FONSECA DE SOUZA Participação: REQUERIDO Nome: FORMOSA DISTRIBUICAO DE
MOTOCICLETAS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: HELIO DE XEREZ E OLIVEIRA GOES
JUNIOR OAB: 20208/PA

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0877871-81.2020.8.14.0301

REQUERENTE: DANILO MATHEUS FONSECA DE SOUZA

REQUERIDO: FORMOSA DISTRIBUICAO DE MOTOCICLETAS LTDA

CERTIDÃO

De ordem da Mma. Juíza de Direito Titular desta Vara, considerando a impossibilidade de realização de
audiências remotas e presenciais no momento, devido ao déficit no quadro de servidores, acentuado após
a Pandemia da Covid-19, CERTIFICO que a Audiência de Conciliação designada para o dia 04/10/2021 foi
cancelada. Informo-vos que, caso não haja saneamento para o julgamento antecipado, será redesignada
audiência de Instrução e Julgamento. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 2 de agosto de 2021.

Número do processo: 0866774-21.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


EDIFICIO TORRE UMARI Participação: ADVOGADO Nome: FABIO ROGERIO MOURA MONTALVÃO
DAS NEVES OAB: 14220/PA Participação: EXECUTADO Nome: GLAUCE TADAIESKY MARQUES

Processo nº 0866774-21.2019.8.14.0301
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EXEQUENTE: CONDOMINIO EDIFICIO TORRE UMARI

EXECUTADO: GLAUCE TADAIESKY MARQUES

DESPACHO

Indefiro o pedido do Exequente de citação por edital da parte Executada, uma vez que no sistema dos
Juizados Especiais a citação somente far-se-á mediante as hipóteses estipuladas no art.18 da Lei nº.
9.099/1995, além do § 2º do referido dispositivo legal dispor expressamente ser defeso a referida
modalidade para realização do ato citatório, não havendo ressalvas, quanto à Execução.

Assim, determino a intimação do Exequente para que no prazo máximo de 15 dias úteis, informe o atual
endereço da parte Executada para fins de citação, sob pena de extinção do feito.

Havendo apresentação do novo endereço, proceda-se ao cumprimento da decisão citatória..

Caso contrário, certifique-se e retornem os autos conclusos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 18 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível da Capital

Número do processo: 0835570-90.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: JOSEFA


DORNELES GOMES Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE
ENERGIA S.A - EQUATORIAL Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ
MONTALVÃO DAS NEVES OAB: 12358/PA Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANO PALERMO
COELHO OAB: 12077/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Av. José Bonifácio, nº 1177, São Brás

entre Av. Conselheiro Furtado e Rua dos Mundurucus

Fones: 3229-0869/3229-5175

Processo nº 0835570-90.2018.8.14.0301

RECLAMANTE: JOSEFA DORNELES GOMES


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RECLAMADO: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A - EQUATORIAL

SENTENÇA

Tratam os autos de Reclamação em que instada a se manifestar sobre as alegações da


Reclamada, a parte Reclamante não foi encontrada no endereço indicado nos autos, nem no número de
telefone indicado, encontrando-se o processo paralisado há mais de 30 dias, conforme certidão nos autos.

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao Mandado de Intimação retrodescrito, de ordem do(a) MM(a) Juiz(a) de
Direito da 5ª Vara do Juizado Especial Cível da Capital, extraído do processo acima, cujas partes são,
como reclamante JOSEFA DORNELES GOMES, e, como reclamada EQUATORIAL ENERGIA S/A, e em
conformidade com as orientaçoes do despacho, DEIXEI DE INTIMAR a demandante, porque nas várias
vezes que fiz contato telefônico com os números indicados na inicial, quais sejam: (91)99915-2728 e
(91)98917-2926, resultou que o primeiro não completava a chamada, dando a entender que estava inativo,
e, o segundo, não era de propriedade da mesma, pois quem atendeu foi uma senhora de prenome
SORAIA, que disse desconhecê-la. Diante do ocorrido, tive que diligenciar pessoalmente ao endereço
informado, porém não obtive êxito em localizar a numeração do imóvel, nos três logradouros com o
mesmo nome, RUA DA PAZ, na faia de CEP informada, sendo que o primeiro ficava dentro do CJ
Carmelândia, com entrada pela Rod. Augusto Montenegro, e os outros dois no final da Avenida
Mangueirão, próximo a Av. Centenário, com acesso pela Rua 13 de Dezembro. Diante disso, recolho o
mandado para as providências devidas. O Referido É Verdade E Dou Fé. Õficial de Justiça. Mat: 4156-
0. Belém-PA.

Dispõe o artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem
julgamento do mérito, quando a parte autora abandonar a causa por mais de trinta dias. A inércia das
partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo faz presumir
desistência da pretensão à tutela jurisdicional equivalente ao desaparecimento superveniente do interesse
de agir, condição para o regular exercício do direito de ação.

Assim e diante da determinação para que a parte Reclamante se manifestasse e da certidão do Oficial de
Justiça e verificando-se, ainda, que o processo tramita há mais de 03 (três) anos, revela o desinteresse no
prosseguimento do feito demonstrado pela Autora ao mudar de endereço sem comunicar nos autos, em
desacordo com o disposto no Código de Processo Civil, confira-se:

Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos
aqueles que de qualquer forma participem do processo:

...

V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional
onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação
temporária ou definitiva;

No mesmo sentido, decisões:

TJDFT-0478324) EXECUÇÃO. ABANDONO. INTIMAÇÃO. PARTE. ENDEREÇO INSUFICIENTE.


ADVOGADO. EXTINÇÃO. VALIDADE. I - A extinção do processo por abandono, art. 485, inc. III, do CPC,
deve ser precedida da intimação da parte e do Advogado, para que este impulsione o processo, arts. 272
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e 485, § 1º, do CPC. II - Reputa-se válida a intimação encaminhada para o endereço constante dos autos,
pois incumbe à parte manter seu endereço completo e atualizado, arts. 77, inc. V, e art. 274, parágrafo
único, ambos do CPC. III - Apelação desprovida. (Processo nº 20171010038206 (1124487), 6ª Turma
Cível do TJDFT, Rel. Vera Andrighi. j. 12.09.2018, DJe 25.09.2018).

TJMG-1366847) APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DPVAT - EXTINÇÃO -


ABANDONO DA CAUSA - INTIMAÇÃO PESSOAL - OCORRÊNCIA - MUDANÇA DE ENDEREÇO - NÃO
NOTICIADA NOS AUTOS - DEVER DA PARTE - ART. 77 CPC - PROCURAÇÃO - MERO
INSTRUMENTO DE REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL - EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
RESOLUÇÃO DE MÉRITO - ART. 485, § 1º, DO CPC - POSSIBILIDADE - SENTENÇA MANTIDA.
Conforme se extrai do parágrafo único do art. 274 e do inciso V do art. 77, ambos do CPC, constitui dever
da parte informar nos autos a mudança do seu endereço, sob pena de ser considerada válida a intimação
enviada para aquele indicado nos autos, mesmo que o AR tenha retornado com a informação de "mudou-
se". A indicação do endereço novo no instrumento de mandato objetiva apenas estabelecer os poderes
outorgados ao mandatário. A comunicação da mudança de endereço deve ser formalizada através de
petição direcionada ao juízo competente. Se intimada a parte deixa transcorrer "in albis" o prazo para dar
regular andamento ao feito, deve o processo ser extinto, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485,
III, do CPC. Por fim, no caso em apreço não há como julgar o mérito da quaestio iuris, por não ter sido
realizada a prova pericial, imprescindível para a solução da lide.(Apelação Cível nº 0194303-
07.2014.8.13.0480 (1), 17ª Câmara Cível do TJMG, Rel. Aparecida Grossi. j. 28.11.2019, Publ.
10.12.2019).

Deve ser extinto o processo sem julgamento do mérito.

Posto isto, revogo a tutela antecipada e julgo extinto o processo sem julgamento do mérito, determinando
seu arquivamento com a devida baixa processual.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência (artigos 54 e 55, da


Lei nº. 9.099/1995).

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 17 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0849315-06.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: WALERIA


CAMPOS E SILVA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA DE CASTRO GOMES HENRIQUES OAB:
25885/PA Participação: RECLAMADO Nome: SOCIEDADE EDUCACIONAL IDEAL LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: MARCIO RAFAEL GAZZINEO OAB: 23495/CE

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/3229-5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br
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SENTENÇA

Processo nº 0849315-06.2019.8.14.0301

Reclamante: WALERIA CAMPOS E SILVA

Reclamada: SOCIEDADE EDUCACIONAL IDEAL LTDA

A parte Autora ajuizou AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E
TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA, alegando que em agosto de 2017, concluiu o curso de Direito, na
instituição de ensino Reclamada, porém, até o ajuizamento da presente ação, o diploma ainda não lhe fora
entregue, requerendo o seguinte:

“ ... DOS PEDIDOS:

Em face do exposto, pelos fatos e fundamentos jurídicos acima deduzidos, requer à Vossa Excelência:

a) O deferimento do pedido de justiça gratuita com fulcro na lei nº 1.060/50 e artigo 98 do CPC, visto que a
requerente não pode arcar com as custas e despesas processuais sem prejuízo ao seu sustento e de sua
família, conforme já alinhavado;

b) Seja determinada aplicação do Código de Defesa do Consumidor, face a patente relação de consumo
ora evidenciada, com a consequente inversão do ônus da prova, na forma do art. 6º, VIII, do Código de
Defesa do Consumidor;

c) Seja concedida liminar, inaudita altera parte, nos termos do art. 84, §3º, do Código de Processo Civil,
em consonância o artigo 311, IV do Código de Processo Civil, para o fim de emitir e entregar o Diploma de
Curso de Direito da requerida pela SOCIEDADE EDUCACIONAL IDEAL LTDA;

d) Seja a requerida citada no endereço acima indicado, para, querendo, apresentar defesa, sob pena de
aplicação da pena de revelia.

e) A designação de audiência UNA;

f) No mérito, sejam confirmados os efeitos da liminar deferida, bem como seja a reclamada condenada ao
pagamento de indenização por danos morais no importe de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais);

g) A condenação da requerida ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios arbitrados


em 20% sobre o valor da causa.

Requer que sejam deferidas as provas documentais, testemunhais, periciais, além de outras admitidas em
direito e todas as demais que se façam necessárias ao bom deslinde do feito.

Dá-se à causa, o valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), para efeitos meramente fiscais. ...”

O pedido de tutela antecipada foi deferido, nos seguintes termos:

“ ... Diante da presença dos requisitos necessários, defiro o pedido de tutela urgência determinando à
Reclamada que entregue à Autora, no prazo de 20 (vinte) dias úteis, contados da intimação consumada da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

presente decisão, o diploma de conclusão do curso de Direito, sob pena de multa diária de R$ 3.000,00
(três mil reais), limitada ao valor de alçada dos Juizados Especiais a ser revertida em prol da parte Autora.

Ciente a parte reclamante da audiência.

Cite-se a parte Reclamada com as advertências de praxe e intimem-se para comparecerem à audiência já
designada. ...”

Em sua defesa a Reclamada requereu a improcedência da ação, alegando, em resumo, que não podia
expedir o Diploma por falta de documentação, a qual deveria ser apresentada pela Reclamante, confira-se:

“ ... Faz-se necessário esclarecer ainda, Douto Julgador, que o diploma da aluna foi devidamente
registrado em 11/11/2019, tendo sido a discente devidamente convocada para proceder com a retirada do
documento no dia 14/11/2019. ...”

Em sua réplica à contestação a Reclamante refutou os argumentos da Reclamada e reiterou seus pedidos
iniciais. É o relatório. Decido.

Versam os autos sobre relação de consumo, restando caracterizada a condição de consumidora final da
parte Autora e de prestadora de serviços da Reclamada, nos termos dos art. 2º, 3º e 22 do Código de
Defesa do Consumidor. Deixo de inverter o ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do Código de
Defesa do Consumidor, uma vez que, o fato alegado pela Reclamante e que lhe gerou danos é
incontroverso entre as partes, não havendo necessidade de inversão do ônus.

Inicialmente, ressalto que após o exposto nos autos durante as providências preliminares, constata-se que
a lide comporta julgamento antecipado da lide, o que passo a fazê-lo com fundamento no art. 355, I do
Código de Processo Civil.

Assim, considero que parte Reclamada não se desincumbiu do ônus que lhe competia no feito, pois a
documentação apresentada com a inicial e a não comprovação pela Reclamada de que a Reclamante não
tenha apresentado a documentação necessária, revela que houve descaso, não se desincumbindo da
Reclamada de provar os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito da parte Autora, visto que
não foi apenas uma vez que a Reclamante apresentou os documentos.

Ressalte-se, ainda, que a Reclamada tem responsabilidade objetiva pela prestação de serviços, não
sendo razoável a demora de mais de dois anos para emitir um diploma, portanto, a Reclamada deve
responder pelos danos causados, não conseguindo se desincumbir de apresentar provas capazes de
isentá-la, no que se refere às falhas na prestação dos serviços, tendo se limitado, em sua defesa a
apresentar argumentos que não condizem com a realidade dos autos, o que não afasta sua
responsabilidade.

No que se refere ao pedido de indenização por danos morais, entendo que assiste parcial razão à
Reclamante, tendo em vista que apesar a demora demasiada em fornecer o Diploma, por si só, gera
sentimento de angústia, impotência e desrespeito ao consumidor, pelo que entendo ser razoável a
condenação ao pagamento de indenização por danos morais para desestimular esse tipo de conduta.

Quanto ao valor da indenização, entendo que deve compreender compensação à vítima pelos danos
suportados, sem transformar a indenização em fonte de enriquecimento ilícito, mas atendendo ao seu
caráter pedagógico, de modo a desestimular a reiteração de condutas semelhantes. Nesse sentido
decisões:

TJMG-1390896) CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CONCLUSÃO DE CURSO SUPERIOR. EXPEDIÇÃO DE


CERTIFICADO DE CONCLUSÃO. DEMORA ATRIBUÍVEL À INSTITUIÇÃO DE ENSINO, POR
EQUÍVOCO NO LANÇAMENTO DAS NOTAS. DISCENTE. CONTRATAÇÃO. IMPEDIMENTO.
COMPROVAÇÃO. DANOS MATERIAIS. CONSTATAÇÃO. OFENSA AO LIVRE EXERCÍCIO
639
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PROFISSIONAL. OCORRÊNCIA. DANOS MORAIS. CONFIGURAÇÃO. QUANTUM. PRINCÍPIOS DA


RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. OBSERVÂNCIA. IMPERIOSIDADE. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Na hipótese em que a discente comprove que sua contratação para o
cargo de assistente social tenha sido obstada, exclusivamente, pela falta de apresentação do certificado
de conclusão do curso, cuja emissão tardia ocorreu por equívoco atribuível à instituição de ensino,
patenteados estão os danos materiais, na modalidade lucros cessantes. 2. O atraso injustificado na
entrega de diploma de curso superior enseja o dever de reparação por danos morais, pois representa
ofensa ao livre exercício profissional. 3. O valor da indenização por danos morais deve ser arbitrado em
consonância com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.(Apelação Cível nº 0010904-
71.2013.8.13.0330 (1), 1ª Câmara Cível do TJMG, Rel. Cabral da Silva. j. 11.02.2020, Publ. 21.02.2020).

TJMS-0168526) APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - DEMORA


INJUSTIFICADA NA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA UNIVERSITÁRIO - FALHA NA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇO - ART. 14, DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - DANO MORAL CONFIGURADO -
QUANTUM INDENIZATÓRIO MANTIDO - RECURSO DESPROVIDO - SENTENÇA MANTIDA -
RECURSO DESPROVIDO. Apesar da Lei nº 9.394, de 20.12.96 - Lei de diretrizes e bases da educação
nacional - não estabelecer um prazo para a entrega dos diplomas universitários, o atraso exagerado e
injustificado dessa providência implicará evidente falha na prestação do serviço, com afronta ao artigo 14,
do Código de Defesa do Consumidor. É presumível a dor moral sofrida pelo estudante que cumpriu todos
os seus deveres, passando por longo período frequentando as aulas, pagando suas mensalidades, e
obtendo aprovação nas disciplinas, e que, ao final, não recebe o documento que lhe permita comprovar
estar habilitado para o exercício profissional. O quantum da indenização por dano moral deve ser fixado
com moderação para que seu valor não seja tão elevado a ponto de ensejar enriquecimento sem causa da
vítima, nem tão reduzido que não se revista de caráter preventivo e pedagógico para o causador do
dano.(Apelação Cível nº 0838509-32.2015.8.12.0001, 1ª Câmara Cível do TJMS, Rel. Marcelo Câmara
Rasslan. j. 06.02.2020).

TJPR-1130060) APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. DEMORA DE 2
(DOIS) ANOS PARA ENTREGA DO DIPLOMA - DANO MORAL CONFIGURADO. ATRASO NA
ENTREGA DO DIPLOMA QUE REPRESENTA QUEBRA DE LEGÍTIMA EXPECTATIVA E EXTRAPOLA O
MERO DISSABOR. QUANTUM INDENIZATÓRIO - MANTIDO - VALOR DA CONDENAÇÃO QUE
ATENDEU O CARÁTER COMPENSATÓRIO E PEDAGÓGICO-INIBITÓRIO PRINCÍPIOS DA
RAZOABILIDADE E DA - PROPORCIONALIDADE. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS RECURSAIS.
RECURSOS DESPROVIDOS. (Processo nº 0004469-12.2016.8.16.0001, 6ª Câmara Cível do TJPR, Rel.
Roberto Portugal Bacellar. j. 20.11.2018, DJ 23.11.2018).

TJRJ-0751041) APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZATÓRIA POR


DANOS MORAIS. AÇÃO PROPOSTA EM FACE DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO VISANDO À EMISSÃO
DE DIPLOMA. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA, AFASTANDO O PLEITO DE INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS. AUTOR COMPROVA A CONCLUSÃO DO CURSO NO ANO DE 2011, SEM QUE
HOUVESSE A DEVIDA EMISSÃO DO DIPLOMA EM 2017. LAPSO TEMPORAL QUE ULTRAPASSA O
LIMITE DO RAZOÁVEL. FATO QUE TEM POTENCIALIDADE DE GERAR DESGASTE PSICOLÓGICO E
QUE, PORTANTO, NÃO SE RESTRINGE A MERO ABORRECIMENTO OU DISSABOR. E" FIRME A
JURISPRUDÊNCIA DO E. TJRJ NO SENTIDO DE QUE A INJUSTIFICADA DEMORA NA ENTREGA DE
DIPLOMA DE CONCLUSÃO DE CURSO SUBMETE A PESSOA A CONSTRANGIMENTO PASSÍVEL DE
CARACTERIZAR DANO MORAL A SER REPARADO. PRECEDENTES. REFORMA PARCIAL DA
SENTENÇA PARA CONDENAR O RÉU AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS NO
VALOR DE R$ 5.000,00 (CINCO MIL REAIS). PROVIMENTO DO RECURSO. (Apelação nº 0001236-
19.2018.8.19.0206, 26ª Câmara Cível do TJRJ, Rel. Sandra Santarém Cardinali. j. 11.12.2019, Publ.
12.12.2019.

Deve ser levada em conta também a capacidade econômica das partes, de modo a evitar, que a
compensação seja irrisória para a vítima, e impedir que o autor do ato ilícito seja reduzido à insolvência.
Amparada nos referidos critérios, entendo que o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), satisfaz as
referidas exigências, sem descuidar da proporcionalidade e razoabilidade em relação aos danos morais
sofridos.
640
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

O valor da condenação por danos morais deverá ser atualizado monetariamente a contar do arbitramento
(Súmula 362 – STJ) e os juros de mora a partir da citação, no presente caso, por se tratar de relação
contratual.

SÚMULA Nº 362 - A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do
arbitramento.

Posto isto, ratifico a tutela antecipada e condeno a Reclamada ao pagamento de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais), atualizados monetariamente pelo INPC a partir desta decisão, e acrescidos de juros de mora de 1%
(um por cento), ao mês, a partir da citação, a título de indenização por danos morais, nos termos da
fundamentação.

Isento as partes do pagamento de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude


da gratuidade no primeiro grau de jurisdição dos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9.099/95).

Certificado o trânsito em julgado, e sendo mantida a sentença condenatória, aguarde-se o cumprimento


e/ou o requerimento da parte Autora para o pagamento e, após, caso requerido, intime-se a Reclamada
para, no prazo de 15 (quinze) dias cumprir a sentença, findo o qual o valor da condenação deverá ser
atualizado com a incidência de pena de multa de 10% (dez por cento), nos termos do art. 523, § 1º, do
Código de Processo Civil, caso não haja pagamento.

Havendo cumprimento espontâneo, expeça-se alvará judicial em nome da parte Reclamante ou de


seu/sua advogado(a) (caso haja pedido e este tenha poderes expressos para receber e dar quitação) do
valor a ser recebido. Após, arquivem-se os autos, dando-se baixa nos registros.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 18 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do JEC de Belém.

Número do processo: 0876388-16.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ALBERTO MAIA


DE LIMA Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS DA COSTA DANTAS OAB: 29666/PA Participação:
ADVOGADO Nome: RODRIGO DA SILVA LEITE OAB: 30085/PA Participação: REQUERIDO Nome:
EDUARDO SARMENTO CUNHA Participação: ADVOGADO Nome: BERNARDINO LOBATO GRECO
OAB: 71/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/ 5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0876388-16.2020.8.14.0301

REQUERENTE: ALBERTO MAIA DE LIMA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REQUERIDO: EDUARDO SARMENTO CUNHA

DESPACHO

Verificando-se que a parte Reclamada não apresentou contestação, apesar de intimada para tanto. E,
tendo em vista que o despacho anterior visava tão somente a aplicação do princípio da celeridade
processual, sem desvirtuar os procedimentos previstos pela Lei nº 9.099/95, esclareço que será
realizada audiência, preferencialmente, de forma virtual, conforme novas diretrizes fornecidas pelo
TJPA, diante do crescimento de novos casos de contaminação por COVID19.

Assim, as partes devem ser intimadas para que indiquem, no prazo de 15 (quinze) dias, os seus e-
mails ou/e de seus patronos ou, no mesmo prazo, justifiquem ao Juízo a impossibilidade de
participarem do ato de audiência virtual, requerendo o que entenderem de direito.

Destaca-se que somente em situações excepcionais se realizarão audiências na forma presencial.

A indicação de e-mail da parte ou advogado se faz necessária para confirmar nos autos, que foi
oportunizada a participação na audiência. Entretanto, pode se indicar e-mail pessoal, de terceiro de sua
confiança, do advogado ou ainda corporativo do Escritório de Advocacia, não há necessidade de ser
exclusivo do advogado que participará do ato, uma vez que o link de acesso à audiência será
disponibilizado no PJe.

Indicados os e-mails, determino ao servidor responsável que designe a data da audiência no TEAMS,
encaminhe o link de acesso, e intime as partes no PJe constando na intimação o link da audiência,
tomando as demais providências necessárias.

Não havendo indicação do e-mail no prazo, certifique-se e retornem os autos conclusos.

Havendo dúvidas sobre a realização dos atos, as partes e seus advogados podem esclarecê-las por meio
dos telefones (91) 3229-0869; 3229-5175 e pelo e-mail 5jecivelbelem@tjpa.jus.br.

Intime-se. Cumpra-se expedindo-se o que for necessário.

Belém, PA, 18 de agosto de 2021

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0839443-64.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: VALMIR DA


COSTA DE SENA JUNIOR Participação: RECLAMADO Nome: MAROJA & GEMAQUE S/S LTDA

PROCESSO Nº 0839443-64.2019.8.14.0301

RECLAMANTE: VALMIR DA COSTA DE SENA JUNIOR


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

RECLAMADO: MAROJA & GEMAQUE S/S LTDA

SENTENÇA

Homologo por sentença o pedido desistência para que produza seus efeitos legais e, em consequência,
julgo extinto o processo sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, VIII, do Código de
Processo Civil.

Intimem-se e após, arquivem-se os autos dando-se baixa nos registros.

Belém, PA, 18 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0811164-97.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CLOVIS MENDES


MEDEIROS Participação: ADVOGADO Nome: WANDERSON SIQUEIRA RIBEIRO OAB: 22231/PA
Participação: REQUERIDO Nome: CARLOS S DA SILVA

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

Processo nº 0811164-97.2021.8.14.0301

REQUERENTE: CLOVIS MENDES MEDEIROS

REQUERIDO: CARLOS S DA SILVA, EUDES S DA SILVA

Nome: CARLOS S DA SILVA


Endereço: Rua Nova, 1042, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66083-443
Nome: EUDES S DA SILVA
Endereço: Rua Café Filho, 777, Uraim, PARAGOMINAS - PA - CEP: 68626-200

DECISÃO

Inicialmente, homologo o pedido de desistência da ação formulado pelo Autor em relação ao reclamado
EUDES S. DA SILVA, prosseguindo o feito apenas em relação à CARLOS S DA SILVA. Passo à
apreciação do pedido de tutela antecipada.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

O Reclamante requer a concessão de tutela antecipada de urgência para que seja realizada diligência no
imóvel localizado na rua nova n°1042, entre passagem cidade jardim e travessa Barão do Triunfo, bairro
da Pedreira, Belém-PA, do qual o Autor é herdeiro, com a finalidade de localizar o proprietário do imóvel
vizinho para que este venha a responder a lide, assim como o engenheiro responsável pela obra que está
gerando transtornos, aborrecimentos e prejuízos patrimoniais ao Requerente, devendo ser cessado. É o
relatório. Decido.

A concessão de medida liminar de antecipação de tutela exige a conjugação de dois elementos, conforme
dispõe o art. 300, da Lei 13.105/2015 (CPC), quais sejam, elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, dada a peculiaridade em que é muitas
vezes concedida, qual seja, sem a oitiva prévia da parte contrária, mitigando-se a obrigatoriedade de
observância do princípio do contraditório (artigo 497, § único do Código de Processo Civil).

Por outro lado, a antecipação de tutela configura-se como uma medida que reflete a necessidade imediata
de atuação do Poder Judiciário frente a uma situação de grave urgência, de modo a evitar a ocorrência de
maiores danos à parte que a requereu.

A atividade judiciária, nos referidos casos, é a de buscar equilíbrio entre os interesses postos em Juízo, e
verificar, ainda que em uma análise perfunctória, os eventuais riscos, existentes diante da concessão ou
não da medida liminar.

Ressalta-se, que em análise prima facie não há nos autos, indícios suficientes que denotem sumariamente
a probabilidade dos direitos alegados, sendo necessário estabelecer o contraditório, uma vez que há
diversas nuances nos fatos narrados na inicial e a parte Autora não apresentou documentos suficientes
para a concessão de tutela antecipatória sem cognição exauriente.

Assim, ante as diversas nuances do Processo, a demanda requer o estabelecimento do contraditório


pleno, para que se avalie a existência dos direitos alegados pela parte Autora.

Posto isto, pela ausência inicial de plausibilidade dos direitos alegados e a inexistência de comprovação
do perigo na demora, indefiro a tutela de urgência.

Verificando-se que a parte Reclamada não apresentou contestação, apesar de intimada para tanto. E,
tendo em vista que o despacho anterior visava tão somente a aplicação do princípio da celeridade
processual, sem desvirtuar os procedimentos previstos pela Lei nº 9.099/95, esclareço que será
realizada audiência de acordo com a pauta prioritária deste Juízo, preferencialmente, de forma
virtual, conforme novas diretrizes fornecidas pelo TJPA, diante do crescimento de novos casos de
contaminação por COVID19.

Assim, as partes devem ser intimadas para que indiquem, no prazo de 15 (quinze) dias, os seus e-
mails ou/e de seus patronos ou, no mesmo prazo, justifiquem ao Juízo a impossibilidade de
participarem do ato de audiência virtual, requerendo o que entenderem de direito.

Destaca-se que somente em situações excepcionais se realizarão audiências na forma presencial.

A indicação de e-mail da parte ou advogado se faz necessária para confirmar nos autos, que foi
oportunizada a participação na audiência. Entretanto, pode se indicar e-mail pessoal, de terceiro de sua
confiança, do advogado ou ainda corporativo do Escritório de Advocacia, não há necessidade de ser
exclusivo do advogado que participará do ato, uma vez que o link de acesso à audiência será
disponibilizado no PJe.

Indicados os e-mails, determino ao servidor responsável que designe a data da audiência no TEAMS,
encaminhe o link de acesso, e intime as partes no PJe constando na intimação o link da audiência,
tomando as demais providências necessárias.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Não havendo indicação do e-mail no prazo, certifique-se e retornem os autos conclusos.

Havendo dúvidas sobre a realização dos atos, as partes e seus advogados podem esclarecê-las por meio
dos telefones (91) 3229-0869; 3229-5175 e pelo e-mail 5jecivelbelem@tjpa.jus.br.

Intime-se. Cumpra-se expedindo-se o que for necessário.

A presente decisão servirá de mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº


03/2009 da CJRMB – TJE/PA.

Belém, PA, 18 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do JEC de Belém.

Número do processo: 0848503-27.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SANDRA BATISTA DE


OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: ALISSON ALMEIDA DE OLIVEIRA OAB: 21836/PA
Participação: RECLAMADO Nome: Tam Linhas aereas Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO
ROSENTHAL OAB: 146730/SP

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


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Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/3229-5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0848503-27.2020.8.14.0301

AUTOR: SANDRA BATISTA DE OLIVEIRA

RECLAMADO: TAM LINHAS AEREAS

DESPACHO

Visando dar maior celeridade aos processos, especialmente, por terem sido suspensas diversas
audiências presenciais, em face da pandemia de COVID-19 e, verificando-se que se trata de matéria de
fato e de direito que demanda prova documental para a análise do direito buscado e, ainda, no sentido de
viabilizar o julgamento da lide, em princípio, sem realização de audiência, entendo que deve a parte Autora
se manifestar, no prazo de 15 (quinze) dias, sobre a(s) defesa(s) inserida(s) aos autos pela(s) parte(s)
Reclamada(s).

A manifestação deverá ser expressa quanto aos documentos que instruiu a(s) defesa(s), inclusive.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ressalte-se que a referida medida não significa hipótese de prejulgamento da lide, mas visa apenas
materializar os princípios que regem as ações que tramitam nos Juizados Especiais, principalmente, no
que diz respeito à celeridade e economia processual, devido à restrição atual quanto à realização de
audiências, enquanto perdurar a pandemia e também devido ao acúmulo de serviço.

Posto isto, determino que a parte Autora seja intimada para se manifestar, no prazo de 15 (quinze dias),
contados da intimação desta, sobre a contestação, devendo declarar, expressamente, se ainda tem
outras provas a produzir, especificando-as, no sentido de se aferir a possibilidade de julgamento
antecipado da lide, sob pena de preclusão, inclusive, quanto à necessidade de realização da audiência,
remota ou presencial.

Caso as partes informem interesse relevante na realização do ato de audiência, por exemplo, a
necessidade de oitiva de testemunhas, esclareço que esta será realizada, preferencialmente, de
forma virtual, conforme diretrizes fornecidas pelo TJPA. Assim, as partes devem ser intimadas para
que indiquem, no mesmo prazo concedido acima, os seus e-mails ou/e de seus patronos ou, no
mesmo prazo, justifiquem ao Juízo a impossibilidade de participarem do ato de audiência virtual,
requerendo o que entenderem de direito.

Destaca-se que somente em situações excepcionais se realizarão audiências na forma presencial.

A indicação de e mail da parte ou advogado se faz necessária para confirmar nos autos, que foi
oportunizada a participação na audiência. Entretanto, pode se indicar e-mail pessoal, de um terceiro de
sua confiança, do advogado ou ainda corporativo do Escritório de Advocacia, não há necessidade de ser
exclusivo do advogado que participará do ato, uma vez que o link de acesso à audiência será
disponibilizado no PJe.

Indicados os e-mails, determino ao servidor responsável que designe a data da audiência no TEAMS,
encaminhe o link de acesso, e intime as partes no PJe constando na intimação o link da audiência,
tomando as demais providências necessárias.

Não havendo indicação do e-mail no prazo, nem contestação; proposta de acordo ou manifestação à
contestação, certifique-se e voltem os autos conclusos.

Havendo dúvidas sobre a realização dos atos, as partes e seus advogados podem esclarecê-las por meio
dos telefones (91) 3229-0869; 3229-5175 e pelo e-mail 5jecivelbelem@tjpa.jus.br.

Intime-se. Cumpra-se expedindo-se o que for necessário.

Belém, PA, 18 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª VJEC de Belém.

Número do processo: 0857306-96.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CONDOMINIO


TORRES DEVANT Participação: ADVOGADO Nome: DENIS MACHADO MELO OAB: 10307/PA
Participação: REQUERIDO Nome: ANTONIO CARLOS DOS SANTOS SILVA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/ 5175
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0857306-96.2020.8.14.0301

REQUERENTE: CONDOMINIO TORRES DEVANT

REQUERIDO: ANTONIO CARLOS DOS SANTOS SILVA

DESPACHO

Verificando-se que a parte Reclamada não apresentou contestação, apesar de intimada para tanto. E,
tendo em vista que o despacho anterior visava tão somente a aplicação do princípio da celeridade
processual, sem desvirtuar os procedimentos previstos pela Lei nº 9.099/95, esclareço que será
realizada audiência, preferencialmente, de forma virtual, conforme novas diretrizes fornecidas pelo
TJPA, diante do crescimento de novos casos de contaminação por COVID19.

Assim, as partes devem ser intimadas para que indiquem, no prazo de 15 (quinze) dias, os seus e-
mails ou/e de seus patronos ou, no mesmo prazo, justifiquem ao Juízo a impossibilidade de
participarem do ato de audiência virtual, requerendo o que entenderem de direito.

Destaca-se que somente em situações excepcionais se realizarão audiências na forma presencial.

A indicação de e-mail da parte ou advogado se faz necessária para confirmar nos autos, que foi
oportunizada a participação na audiência. Entretanto, pode se indicar e-mail pessoal, de terceiro de sua
confiança, do advogado ou ainda corporativo do Escritório de Advocacia, não há necessidade de ser
exclusivo do advogado que participará do ato, uma vez que o link de acesso à audiência será
disponibilizado no PJe.

Indicados os e-mails, determino ao servidor responsável que designe a data da audiência no TEAMS,
encaminhe o link de acesso, e intime as partes no PJe constando na intimação o link da audiência,
tomando as demais providências necessárias.

Não havendo indicação do e-mail no prazo, certifique-se e retornem os autos conclusos.

Havendo dúvidas sobre a realização dos atos, as partes e seus advogados podem esclarecê-las por meio
dos telefones (91) 3229-0869; 3229-5175 e pelo e-mail 5jecivelbelem@tjpa.jus.br.

Intime-se. Cumpra-se expedindo-se o que for necessário.

Belém, PA, 18 de agosto de 2021

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0827353-53.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: FELIPE DANILO


ALMEIDA PINTO Participação: ADVOGADO Nome: TAINA LUISA PINTO DE MOURA OAB: 426086/SP
Participação: RECLAMANTE Nome: GUSTAVO DOS SANTOS FOGOLIN Participação: ADVOGADO
Nome: TAINA LUISA PINTO DE MOURA OAB: 426086/SP Participação: RECLAMADO Nome: MARIA
DAS GRACAS MOTA DA COSTA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

E-mail: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

Whatsapp: 98116-3930

0827353-53.2021.8.14.0301

INTIMADO: Nome: FELIPE DANILO ALMEIDA PINTO, Nome: GUSTAVO DOS SANTOS FOGOLIN

INTIMADO: Nome: MARIA DAS GRACAS MOTA DA COSTA

CERTIDÃO/MANDADO

Eu, Luana Okada, Diretora de Secretaria da 5ª Vara do Juizado Especial Cível, por determinação legal,
etc.

Certifico que a audiência de Instrução e Julgamento foi (re)designada para o dia 10/05/2022 09:30 horas
e ocorrerá em sala virtual pelo aplicativo TEAMS, cujo link será disponibilizado nos autos e, nos casos de
parte sem advogado constituído, o link será enviado via e-mail, caso tenha sido fornecido pela respectiva
parte. Belém, PA, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0847206-48.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ALAINE ALBUQUERQUE


DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA DUARTE DE SOUZA OAB: 18463-B/PA
Participação: REU Nome: EQUATORIAL ENERGIA S/A

PROCESSO Nº: 0847206-48.2021.8.14.0301

DECISÃO

Trata-se de PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE ajuizada por ALAINE


ALBUQUERQUE DA SILVA em desfavor da EQUATORIAL PARA DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A.

Alega a autora que em 12/01/2019 adquiriu parte de um terreno localizado na Travessa Mariz e Barros, n.
885, no bairro da pedreira.

Aduz que no local construiu kitnets para locação.

Esclarece que seu terreno faz fundos com o terreno original, de modo que convive em um condomínio
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

necessário com a proprietária que continua morando no imóvel “da frente”.

Informa que no dia 02/08/2021 protocolou pedido de ligação nova para a conta contrato nº 3018708166,
vinculada ao kitnet 885-B, entretanto, até a presente data sua unidade continua sem luz.

Aduz que o prazo fornecido pela requerida para verificação e ligação são de 05 dias úteis, sendo que já
passaram mais de 10 dias sem que a ré tenha providenciado o serviço.

Informa que a mesma situação ocorreu na kitnet de nº 885-A, porém, após reclamação na ANEEL seu
problema foi resolvido.

Por fim, aduz que a requerida se nega a proceder a ligação de sua energia em razão do terreno principal
(nº885) possuir um débito de R$ 8.000,00.

Assim, requer a troca da titularidade de UC 445029, que a ré se abstenha de interromper a energia de sua
residência, que não inscreve seu nome no cadastro de inadimplentes e que cessem as cobranças.

Éo breve relatório, considerando o regime de plantão.

Passo a Decidir:

Primeiramente, analisando os autos verifico que os fatos narrados tiveram início em 02/08/2021, quando a
autora solicitou ligação nova para sua unidade.

A situação descrita ocorreu no início do mês de agosto, de modo que os fatos não são recentes, não
atraindo, portanto, a competência desta vara de plantão.

Não obstante, verifico que os fundamentos e os pedidos são contraditórios, eis que nos fundamentos a
autora informa a conta contrato de nº 3018708166, enquanto seu pedido se refere a troca da titularidade
da conta contrato nº 445029.

Ademais, verifico que a autora não juntou nenhum documento que comprove que o imóvel 885-B está
vinculado a conta contrato nº3018708166, tampouco, identificou qual a conta contrato do imóvel original
(885), a fim de se verificar a existência de débitos, e a possível negativa da ré em proceder a ligação de
seu imóvel.

Assim, ainda que superada a incompetência desta vara de plantão para apreciação do pedido liminar,
seria hipótese de indeferimento por ausência dos pressupostos legais para sua concessão.

Isto posto, por não se tratar de matéria de plantão, determino a imediata e urgente distribuição ao juízo
competente, a fim de analisar o pedido tutela antecipada em caráter antecedente.

CUMPRA-SE E INTIME-SE.

ESTA DECISÃO SERVIRÁ COMO MANDADO.

P.R.I.C.

Belém, 17 de agosto de 2021.

Andréa Cristine Corrêa Ribeiro

Juíza de Direito Plantonista Cível


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0811164-97.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CLOVIS MENDES


MEDEIROS Participação: ADVOGADO Nome: WANDERSON SIQUEIRA RIBEIRO OAB: 22231/PA
Participação: REQUERIDO Nome: CARLOS S DA SILVA

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0811164-97.2021.8.14.0301

REQUERENTE: CLOVIS MENDES MEDEIROS

REQUERIDO: CARLOS S DA SILVA

CERTIDÃO

De ordem da Mma. Juíza de Direito Titular desta Vara, considerando a impossibilidade de realização de
audiências remotas e presenciais no momento, devido ao déficit no quadro de servidores, acentuado após
a Pandemia da Covid-19, CERTIFICO que a Audiência de Conciliação designada para o dia 19/08/2021 foi
cancelada. Informo-vos que, caso não haja saneamento para o julgamento antecipado, será redesignada
audiência de Instrução e Julgamento. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0801526-11.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: WILLIAMS JOSE


BATISTA SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: ADRIELY CRISTINY BARBOSA MACIEL OAB:
26685/PA Participação: REU Nome: PROJETO IMOBILIARIO SPE 46 LTDA. Participação: REU Nome:
VIVER INCORPORADORA E CONSTRUTORA S.A. Participação: REU Nome: KPMG CORPORATE
FINANCE LTDA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Brás. Telefone: (91) 3229-0869

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0801526-11.2019.8.14.0301

AUTOR: WILLIAMS JOSE BATISTA SANTOS

REU: PROJETO IMOBILIARIO SPE 46 LTDA., VIVER INCORPORADORA E CONSTRUTORA S.A.,


KPMG CORPORATE FINANCE LTDA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DESPACHO

Diante do pedido de dilação de prazo para apresentação do endereço citatório da parte


Reclamada ter sido protocolado em 07 de abril de 2021, ou seja, há mais de 04 (quatro) meses, concedo
prazo de 05 (cinco) para que o Reclamante apresente o novo endereço da parte Reclamada, sob pena de
arquivamento do feito.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 18 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0811164-97.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CLOVIS MENDES


MEDEIROS Participação: ADVOGADO Nome: WANDERSON SIQUEIRA RIBEIRO OAB: 22231/PA
Participação: REQUERIDO Nome: CARLOS S DA SILVA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

E-mail: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

Whatsapp: 98116-3930

PROCESSO: 0811164-97.2021.8.14.0301

INTIMADO: CARLOS S DA SILVA


Endereço: Rua Nova, 1042, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66083-443

INTIMADO: Nome: CLOVIS MENDES MEDEIROS

CERTIDÃO/MANDADO

Eu, Luana Okada, Diretora de Secretaria da 5ª Vara do Juizado Especial Cível, por determinação legal,
etc.

Certifico que a audiência de Instrução e Julgamento foi (re) designada para o dia 07/10/2021 10:30 horas
e ocorrerá em sala virtual pelo aplicativo TEAMS, através do link: https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_MGJhNzI5ZjMtYTc0Zi00NGMxLWI3NWItZjE5Y2NhODlmMjc1%40thread.v2/0?context
= % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ressalte-se que esta audiência será VIRTUAL (aplicativo TEAMS), podendo ser acessada por qualquer
computador, notebook, tablet ou celular, para tanto deve a parte fornecer o e-mail nesta Secretaria
para envio do link da audiência, e caso a parte não tenha advogado e/ou aparelho eletrônico
(descritos acima) poderá se dirigir a esta na data da audiência Vara para participar virtualmente
através do computador disponibilizado, chegando com 20 minutos de antecedência. Belém, PA, 18
de agosto de 2021. LUANA HITOMI FEIO OKADA, Servidor Judiciário 5ª Vara do Juizado Especial Cível.

Número do processo: 0847013-33.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: AMANDA


MARTINS DACIER LOBATO Participação: ADVOGADO Nome: MAURICIO LIMA BUENO OAB: 25044/PA
Participação: RECLAMADO Nome: GARANTIA DE SAUDE LTDA Participação: RECLAMADO Nome:
ASSOCIACAO ADVENTISTA NORTE BRASILEIRA DE PREVENCAO E ASSISTENCIA A SAUDE

PROCESSO Nº 0847013-33.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: AMANDA MARTINS DACIER LOBATO

RECLAMADO: GARANTIA DE SAUDE LTDA, ASSOCIACAO ADVENTISTA NORTE BRASILEIRA DE


PREVENCAO E ASSISTENCIA A SAUDE

SENTENÇA

Homologo por sentença o pedido desistência para que produza seus efeitos legais e, em consequência,
julgo extinto o processo sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, VIII, do Código de
Processo Civil.

Intimem-se e após, arquivem-se os autos dando-se baixa nos registros.

Sem custas, na forma da lei.

Belém, PA, 17 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0852652-66.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ISAIAS PROFETA


OHANA Participação: ADVOGADO Nome: RENATA MILENE SILVA PANTOJA OAB: 7330/PA
Participação: REU Nome: AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A.

PROCESSO Nº 0852652-66.2020.8.14.0301

AUTOR: ISAIAS PROFETA OHANA

REU: AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SENTENÇA

Homologo, por sentença, o acordo firmado entre as partes para que produza seus jurídicos e legais efeitos
e julgo extinto o processo nos termos do art. 487, inciso III, b, do Código de Processo Civil. Em
consequência, determino arquivamento dos autos, todavia, sem prejuízo de eventual necessidade de
desarquivamento do processo, em caso de não ser cumprido o acordo, observadas as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, PA, 18 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do JEC da Capital.

Número do processo: 0834846-18.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: EDUARDO


ANGELIM DE PONTES VIEIRA Participação: ADVOGADO Nome: PATRICIA PASTOR DA SILVA
PINHEIRO OAB: 018656/PA Participação: EXECUTADO Nome: LUAN LUZ PINHEIRO Participação:
EXECUTADO Nome: IZABELA MARIA MUNIZ DA LUZ PINHEIRO Participação: EXECUTADO Nome:
MARIO AUGUSTO FERREIRA PINHEIRO

Diante da Ausência de manifestação do Exequente, procedi a remoção das restrições dos


veículos, conforme requerido, considerando cumprida a obrigação.

Posto isto extingo a execução nos termos do art. 924, II do CPC/2015.

Arquivem-se os autos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 18 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito

RENAJUD - Restrições Judiciais Sobre


Veículos Automotores
Usuário: TANIA BATISTELLO
18/08/2021 - 07:01:43

Comprovante de Remoção de Restrição

Dados do processo
TRIBUNAL DE JUSTICA DO Comarca/Municípi
Ramo JUSTICA ESTADUAL Tribunal
PARA o

Órgão BELEM - 5A VARA DO JUIZADO Nro do


08348461820208140301
Judiciário ESPECIAL CIVEL Processo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Juiz que Ordenou a Retirada da Restrição
TRIBUNAL DE JUSTICA DO Comarca/Municípi
Ramo JUSTICA ESTADUAL Tribunal
PARA o

Órgão BELEM - 5A VARA DO JUIZADO Juiz


TANIA BATISTELLO
Judiciário ESPECIAL CIVEL Retirada

Para o processo: 08348461820208140301 Órgão Judiciário :


Restrições Retiradas: 2
Placa Inclusão da
Placa UF Marca/Modelo Proprietário Restrição
Anterior Restrição
P CHEVROLET/CELTA IZABELA MARIA MUNIZ DA TRANSFERENCI
NSZ7933 10/06/202
A 1.0L LT LUZ PINHEIRO A

QDA472 P TRANSFERENCI
I/AUDI A4 LM 170CV LUAN LUZ PINHEIRO 10/06/202
0 A A

Número do processo: 0853938-79.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: COLARES


CONSTRUTORA E INCORPORADORA SOCIEDADE SIMPLES LTDA - ME Participação: ADVOGADO
Nome: ELIETE DE SOUZA COLARES OAB: 3847/PA Participação: REU Nome: HELDER LUIZ DE
ALMEIDA COELHO

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0853938-79.2020.8.14.0301

AUTOR: COLARES CONSTRUTORA E INCORPORADORA SOCIEDADE SIMPLES LTDA - ME

REU: HELDER LUIZ DE ALMEIDA COELHO

CERTIDÃO

De ordem da Mma. Juíza de Direito Titular desta Vara, considerando a impossibilidade de realização de
audiências remotas e presenciais no momento, devido ao déficit no quadro de servidores, acentuado após
a Pandemia da Covid-19, CERTIFICO que a Audiência de Conciliação designada para o dia 12/07/2021 foi
cancelada. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 12 de julho de 2021.

Número do processo: 0846769-07.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ADRIANNE


CABRAL BITTENCOURT Participação: ADVOGADO Nome: BARBARA LARISSA ROSTAND ROLIN OAB:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

25706/PA Participação: EXECUTADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

PROCESSO Nº 0846769-07.2021.8.14.0301

EXEQUENTE: ADRIANNE CABRAL BITTENCOURT

EXECUTADO: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

SENTENÇA

Trata-se de cumprimento de sentença proferida pelo Juízo da 9ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém,
nos autos do processo nº 0855575-36.2018.8.14.0301 - PJe. É o breve relatório. Decido.

A execução decorrente de crédito judicial, dar-se-á nos próprios autos da ação principal, não sendo
necessário o ajuizamento de ação própria para sua execução.

Por esta razão, deve o pedido de execução em tela processar-se perante o Juízo que decidiu a causa, o
qual tem competência funcional, nos termos do art. 516, II do Código de Processo Civil e art. 52, da Lei nº
9.099/95.

Pelo exposto, declaro este Juízo incompetente para processar e julgar o presente feito, devendo o
Processo ser extinto nos termos do art. 51, II, da Lei nº 9.099/95.

Sem condenação em custas processuais e honorários advocatícios (Lei nº. 9.099/1995, artigo 55, caput).

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, PA, 18 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do JEC de Belém.

Número do processo: 0841583-42.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MARCELO LUIZ


COUTO TAVARES Participação: ADVOGADO Nome: RAIMUNDO ROLIM DE MENDONCA JUNIOR OAB:
10709/PA Participação: REQUERIDO Nome: TELEFONICA BRASIL S/A Participação: ADVOGADO
Nome: WILKER BAUHER VIEIRA LOPES OAB: 29320/GO Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO
DO AMARAL MAROJA OAB: 010582/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/3229-5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo nº 0841583-42.2017.8.14.0301

REQUERENTE: MARCELO LUIZ COUTO TAVARES

REQUERIDO: TELEFONICA BRASIL S/A

Nome: TELEFONICA BRASIL S/A


Endereço: Travessa Padre Eutíquio, 1226, - de 674/675 a 1252/1253, Batista Campos, BELéM - PA -
CEP: 66023-710

DECISÃO

O Autor requer o recebimento do valor incontroverso (R$ 10. 469,30) mediante


transferência para conta bancária do advogado, com poderes para dar e receber quitação, nos termos do
instrumento de mandato indicando os seguintes dados dados bancários:

Raimundo Rolim de Mendonça Júnior, CPF 507.883.372-20, Banco do Brasil, Agência


5752-5, Conta Corrente 13508-9.

Posto isto, autorizo a transferência do valor bloqueado que se encontrar na subconta do processo, para a
conta bancária indicada pelo Advogado da parte Autora, conforme requerido.

Diante do pedido de complementação, deve ser a parte Reclamada ser intimada para manifestar-se, no
prazo de 15 (quinze) dias, sobre a existência de débito remanescente.

Após as providências ora determinadas e decorrido o prazo certifique-se e venham conclusos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 18 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito

Número do processo: 0829121-14.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SEBASTIANA ELAINE


PICANCO DE VASCONCELOS Participação: ADVOGADO Nome: PAULO HENRIQUE VASCONCELOS
DE BRITO OAB: 23659/PA Participação: REU Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE
ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS
NEVES OAB: 12358/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

E-mail: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

Whatsapp: 98116-3930

0829121-14.2021.8.14.0301

INTIMADO: Nome: SEBASTIANA ELAINE PICANCO DE VASCONCELOS

INTIMADO: Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

CERTIDÃO/MANDADO

Eu, Luana Okada, Diretora de Secretaria da 5ª Vara do Juizado Especial Cível, por determinação legal,
etc.

Certifico que a audiência de Instrução e Julgamento foi (re)designada para o dia 09/03/2022 08:30 horas
e ocorrerá em sala virtual pelo aplicativo TEAMS, cujo link será disponibilizado nos autos e, nos casos de
parte sem advogado constituído, o link será enviado via e-mail, caso tenha sido fornecido pela respectiva
parte. Belém, PA, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0809213-10.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: TURIM


VEICULOS LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: LEANDRO ANDRADE ALEX OAB: 23136/PA
Participação: REQUERIDO Nome: LEONEL LOBATO GENTIL SAMPAIO

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/3229-5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0809213-10.2017.8.14.0301

REQUERENTE: TURIM VEICULOS LTDA - EPP

REQUERIDO: LEONEL LOBATO GENTIL SAMPAIO

Nome: LEONEL LOBATO GENTIL SAMPAIO


Endereço: Rua Professor Nelson Ribeiro, 132, sala 01, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66050-420

DECISÃO

O Exequente, por seu advogado, requerer que o valor bloqueado via SISBAJUD (R$ 1.202,88), seja
transferido para a conta bancária, a saber:

Banco Caixa Econômica


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Agência 0820

Operação 003

Conta Corrente 2067-5

Em nome de ARCA COBRANÇAS LTDA ME

CNPJ 22.645.382/0001-43

Posto isto, e diante da ausência de manifestação da parte Executada, autorizo a transferência do valor
bloqueado que se encontrar na subconta do processo, para a conta bancária indicada pelo Advogado da
Exequente, conforme requerido.

Diante da certidão do Oficial de Justiça, deve a parte Exequente ser intimada para atualizar o débito,
deduzindo-se o valor ora autorizado e indicar bens à penhora, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
extinção do processo, nos termos do art. 53, § 4º da Lei nº 9.099/95.

Após as providências ora determinadas e decorrido o prazo certifique-se e venham conclusos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 18 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 6ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0857353-70.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: EDINHO


BARBOSA BARBOSA Participação: ADVOGADO Nome: SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA
MOURAO OAB: 5627/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE MARINHO GEMAQUE JUNIOR OAB:
8955/PA Participação: RECLAMADO Nome: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: ARMANDO MICELI FILHO OAB: 048237/RJ

Processo n. 0857353-70.2020.8.14.0301

SENTENÇA

1 – RELATÓRIO.

Trata-se de ação proposta por EDINHO BARBOSA BARBOSA em face de BANCO SANTANDER S/A,
pelo rito especial da lei 9.099/95.

Narra o autor que, desde Setembro de 2019, passou a receber cobranças referente a uma dívida junto ao
Banco réu e, após realizar consulta no SERASA, constatou que o seu nome estava negativado desde
20/08/2019 no valor de R$2.233,31, dívida esta vencida em 16/07/2019.

Afirma que desconhece esta dívida e que buscou informações junto ao banco réu tendo obtido como
resposta apenas que se tratava de uma dívida proveniente de um cartão de crédito o qual não possui.

Alega que a dívida, hoje, está no valor de R$5.394,40 e que, diante das tentativas frustradas em resolver o
problema de forma administrativa, busca a tutela jurisdicional.

Requereu, liminarmente, a exclusão da negativação e, no mérito, a declaração de inexistência de dívida e


indenização por danos morais.

O pedido de liminar foi indeferido em razão do autor não ter comprovado que utilizou o canal do
consumidor.gov para buscar a solução do problema.

Em pedido de reconsideração, o autor comprovou ter acionado o consumidor.gov através do qual o banco
réu informou que o autor deveria aguardar o andamento do processo.

Este juízo, em análise do pedido de reconsideração, deferiu o pedido liminar e determinou a suspensão da
inscrição do nome da parte autora em razão do débito questionado (id22503504).

A Ré, citada, apresentou contestação, alegando a licitude da cobrança e da negativação, já que a dívida é
proveniente do contrato 7097-660087397810 que originou o cartão de crédito de n. 5155900163131967.

Éo breve Relatório, conforme possibilita o artigo 38 da Lei n. 9099/95.

Sem preliminares. Decido.

2 – FUNDAMENTAÇÃO.

A relação jurídica entre as partes é de consumo, porquanto presentes os requisitos objetivos e subjetivos
de tal relação, nos termos dos artigos 2º e 3º da Lei n. 8078/90.

O ônus da prova, nas ações fundadas na alegação de fato negativo, não se distribui na forma prevista no
artigo 373 do Código de Processo Civil, pois o autor pode apenas negar o ato ou fato cuja inexistência
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pretende ver declarada, cumprindo à parte adversa a comprovação de sua existência, como fato
constitutivo do direito atacado. Nestas ações, portanto, quem faz prova do fato constitutivo do direito é o
réu, e não o autor, como de praxe.

No presente caso o autor alega que não possui qualquer contrato com o banco réu, desconhecendo
totalmente a dívida pela qual foi negativado.

Invertido o ônus da prova, a ré alegou que a dívida é proveniente do não adimplemento do cartão de
crédito contratado no dia 09/02/2018 e ativado em 26/02/2018.

Em que pese o réu afirmar que a dívida é devida, não se desincumbiu de comprovar a contratação, ônus
que lhe incumbia por força do artigo 373, inciso II do CPC.

O banco réu não juntou o contrato de cartão de crédito devidamente assinado pelo autor, ou qualquer
formulário de solicitação de cartão no qual constem os dados do autor, ou até mesmo a gravação da
conversa telefônica em caso de contratação por telefone.

No caso o réu alega que a contratação foi realizada via internet, porém não junta qualquer formulário de
requisição do contrato, não informa o IP da máquina que originou o pedido de cartão de crédito, muito
menos apresenta os documentos pessoais do consumidor necessários para uma contratação bancária.

Apesar da contratação virtual ser permitida, a ré deve se cercar de todos os meios para evitar possíveis
fraudes, o que, de certo, não ocorreu no presente caso, haja vista que o banco réu não juntou nenhum
documento pessoal do autor utilizado para a contratação.

Saliente-se que a simples apresentação de faturas não comprovam a efetiva contratação pelo autor e que
fora ele quem utilizou o cartão, principalmente sendo o endereço constante nas faturas diverso do
endereço indicado pelo autor em sua exordial e não há nos autos qualquer comprovante de residência em
nome do autor no endereço indicado na fatura.

Portanto, não havendo nos autos provas que foi o autor quem celebrou o contrato, resta configurada a
falha na prestação dos serviços do banco réu, acrescentando que a falha da ré gerou uma cobrança
indevida e uma restrição creditícia do autor.

Para a configuração da responsabilidade civil no ordenamento jurídico brasileiro são três os elementos
imprescindíveis: a conduta, o dano e o nexo de causalidade entre a conduta e o dano.

No caso dos autos, se verifica o nexo de causalidade entre a conduta do réu e os danos alegados pelo
autor, que teve seu nome inscrito indevidamente nos cadastros de inadimplentes.

Frisa-se, por oportuno, que nos casos de inscrição indevida a jurisprudência dispensa a prova de
existência do dano, justificando-se a imposição de indenização por danos morais.

O dano moral no caso de inscrição indevida é in re ipsa, pois, presumidamente, afeta a dignidade da
pessoa humana, tanto na sua honra objetiva quanto na subjetiva.

Assim, o pedido de indenização pelos danos morais suportados merece procedência.

No tocante à fixação do quantum indenizatório, resta consolidado, tanto na doutrina, quanto na


jurisprudência pátria o entendimento de que a fixação do valor da indenização por dano moral deve
observar o princípio da razoabilidade, levando-se em conta as peculiaridades do caso concreto, como a
situação econômica da autora, o porte econômico da ré, o grau de culpa e a atribuição do efeito
sancionatório e seu caráter pedagógico.
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Considerando esses parâmetros, reputo como justa a indenização no importe de R$6.000,00 (seis mil
reais).

3 - DISPOSITIVO.

Ante todo o exposto, julgo procedente o pedido contido na inicial para:

1 - Declarar nulo o contrato objeto da ação (7097-660087397810), devendo o cartão de crédito de n.º
5155900163131967 ser cancelado;

2 – Declarar a inexistência de dívida proveniente do referido contrato, devendo a ré excluir a referida


negativação no prazo de 05 dias, sob pena de multa diária de R$100,00 até o limite de 30 dias;

3 – Condenar a ré a pagar ao autor, a título de danos morais sofridos, o valor de R$ 6.000,00 (seis mil
reais), com correção monetária pelo INPC e juros de 1% ao mês, a contar do arbitramento;

Com esta decisão, julgo extinto o processo com resolução do mérito, com arrimo no artigo 487, inciso I do
CPC.

Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

P.R.I.

4 – DISPOSIÇÕES FINAIS.

4.1 – Passado o prazo recursal sem interposição de recurso, deve a secretaria certificar o trânsito em
julgado da sentença e, em ato contínuo, intimar a parte autora para, querendo, solicitar o cumprimento
voluntário da sentença pela ré conforme determina o art. 513 § 1º do CPC;

4.2 – Solicitando o cumprimento voluntário da sentença e apresentando planilha de cálculo, intime-se a


parte ré para cumprir voluntariamente com a condenação, sob pena de acréscimo de multa de 10%
prevista no art. 523 §1º do CPC, com exceção dos honorários advocatícios já que incabíveis em
Juizado Especial por força do art.55 da Lei 9.099/95;

4.3 – Tratando-se de condenação em valores e vindo o pedido de cumprimento sem planilha de cálculo,
certifique-se e façam-se os autos conclusos;

4.4 – Havendo o cumprimento voluntário com depósito judicial no BANPARA, autorizo, desde já, a
expedição de alvará judicial em favor da parte autora ou de seu patrono, desde que este esteja
devidamente habilitado nos autos com poderes específicos para receber e dar quitação;

4.5 – Em caso do pagamento da condenação ser realizado no Banco do Brasil, determino que a secretaria
certifique e expeça ofício ao Banco do Brasil para a transferência dos valores para a conta judicial.
Cumprida a transferência, expeça-se o alvará judicial;

4.6 – Expedido alvará e não havendo pendências, arquivem-se os autos;

4.7 – Restringindo-se a condenação em obrigação de fazer, sendo a parte autora intimada quanto ao
trânsito em julgado da sentença e deixando de requerer o cumprimento no prazo de 30 dias, certifique-se
e arquivem-se os autos;

4.8 – A parte ré, intimada para cumprir a sentença e não comprovado o seu cumprimento, certifique-se e
façam-se os autos conclusos para realização de novos cálculos com a incidência da multa prevista no §1º
do art.523 do CPC e providências junto ao SISBAJUD;
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P.R.I.

Belém, data registrada no sistema

Patrícia de Oliveira Sá Moreira

Juíza de Direito, Titular da 6ª Vara do JEC Belém

JT

Número do processo: 0853009-80.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: SABRINA


MOUTINHO MARMITH Participação: ADVOGADO Nome: ANA LUIZA CUNHA DE PAIVA E SILVA OAB:
26267/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS TUMA ABDON OAB: 27826/PA Participação:
REQUERIDO Nome: Tam Linhas aereas Participação: ADVOGADO Nome: FABIO RIVELLI OAB:
297608/PA Participação: REQUERIDO Nome: VISA DO BRASIL EMPREENDIMENTOS LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: CAROLINA NEVES DO PATROCINIO NUNES OAB: 249937/SP

PROCESSO N. 0853009-80.2019.8.14.0301

SENTENÇA

A segunda requerida interpôs Embargos de Declaração com fulcro no art.1.022 do CPC e art.49 da Lei
9.099/95, alegando contradição no julgado.

Aduz a embargante que em sentença a sentença fora extinta em relação a embargante sem a resolução
do mérito reconhecendo a inexistência de responsabilidade no cancelamento da viagem e, no mesmo
dispositivo, condenara solidariamente a embargante à indenização por danos morais à reclamante.
Apontada a contradição, requer o acolhimento dos embargos para suprir o erro em tal dispositivo.

Instada a manifestar-se, a primeira requerida e a reclamante mantiveram-se silentes.

Observa-se que os embargos foram protocolizados dentro do prazo legal a que se refere o artigo 49 da lei
9099/95.

Os embargos de declaração correspondem a um recurso destinado a requerer ao juiz ou tribunal prolator


da sentença ou acórdão que elucide a obscuridade, afaste a contradição, supra a omissão ou dissipe a
dúvida existente no julgado, conforme dispõe no art. 48 da Lei n. 9.099/95.

Sua existência é decorrente do princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição, que há de ser


completa e veiculada através de decisão que seja clara e fundamentada. Assim se propõem os embargos
como recurso à tarefa de esclarecer ou integrar o pronunciamento impugnado.

Recebo os presentes embargos e deles tomo conhecimento.

Assiste razão à embargante posto que, conforme análise na fundamentação da sentença, o juízo concluíra
que esta não tiver responsabilidade no cancelamento da passagem adquirida pela parte reclamante
confirmando, posteriormente no dispositivo, a extinção do processo sem o julgamento do mérito em
relação à embargante, na forma do art. 485, VI do CPC.

Assim, a condenação à indenização pelos danos morais deverão ser assumidos integralmente pela
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primeira reclamada constando, por evidente equívoco – tendo por base os argumentos acima apontados –
a condenação solidária da segunda reclamada – VISA DO BRASIL EMPREENDIMENTOS LTDA – ao
pagamento da indenização por danos morais em favor da reclamante.

Posto isto, conheço o recurso de Embargos de Declaração e Julgo-os procedente, para modificar o
dispositivo da sentença nos seguintes termos:

“Em relação à primeira demandada, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE A AÇÃO e determino sua
EXTINÇÃO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO na forma do art. 487 inciso I do CPC, para determinar que a
primeira reclamada, TAM LINHAS AEREAS, INDENIZE POR DANOS MORAIS a parte autora no valor de
R$ 3.000,00 (três mil reais), atualizados e acrescidos de juros de mora de 1% a.m. a partir da data da
sentença.”.

P.R.I.

Belém, data registrada no sistema

PATRÍCIA DE OLIVEIRA SÁ MOREIRA

Juíza de Direito, Titular da 6ª Vara do JEC Belém

ec

Número do processo: 0856748-61.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: GLEYSOM


CARDOSO BRANDAO Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA ISADORA RIBEIRO GOMES OAB:
016919/PA Participação: REQUERIDO Nome: DELTA AIR LINES INC. Participação: ADVOGADO Nome:
RICARDO DE OLIVEIRA FRANCESCHINI OAB: 24140/PE Participação: REQUERIDO Nome: GOL
LINHAS AÉREAS S/A Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO ANTONIO FERES PAIXAO OAB:
28020-A/PA Participação: REQUERIDO Nome: B2W VIAGENS E TURISMO LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: ELLEN CRISTINA GONCALVES PIRES registrado(a) civilmente como ELLEN
CRISTINA GONCALVES PIRES OAB: 24359-A/PA

DESPACHO

Os autos vieram conclusos em razão da divergência dos valores solicitados pela advogada na petição de
id30868045.

Diante dos cálculos do juízo integrante da sentença constante no id30793370, o valor depositado pela
executada B2W Viagens e Turismo Ltda no importe de R$3.032,60 (três mil e trinta e dois reais e sessenta
centavos) deve ser levantado pelo exequente.

Do valor depositado pela executada GOL LINHAS AÉREAS no importe de R$5.140,39 (cinco mil cento e
quarenta reais e trinta e nove centavos), deve o valor de R$3.529,63 (três mil quinhentos e vinte e nove
reais e sessenta e três centavos) ser levantado pelo exequente e o valor de R$1.398,80 (mil trezentos e
noventa e oito reais e oitenta centavos) em favor da patrona do exequente, já que este valor se refere a
condenação em honorários sucumbenciais.

Considerando que a executada GOL LINHAS AÉREAS efetuou pagamento de valor maior que o devido
resta um crédito em seu favor de R$211,96 (duzentos e onze reais e noventa e seis centavos), valor este
que deve ser devolvido à executada GOL LINHA AÉREAS.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Assim, determino a expedição de alvará judicial, para levantamento do valor de R$211,96, em favor da
executada GOL LINHA AÉREAS ou de seu patrono, desde que devidamente habilitado aos autos com
poderes específicos para receber e dar quitação.

Deve a secretaria proceder com a confecção dos alvarás judiciais para levantamento dos valores
depositados conforme ao norte explicitado.

Intime-se a executada GOL LINHAS AÉREAS para que forneça os dados bancários para confecção do
alvará judicial para levantamento do valor de R$211,96.

Expedidos os alvarás, arquivem-se.

Belém, data registrada no sistema

Patrícia de Oliveira Sá Moreira

Juíza de Direito, Titular da 6ª Vara do JEC Belém

JT

Número do processo: 0800223-52.2016.8.14.0305 Participação: REQUERENTE Nome: ZAIDE CASTRO


LOPES Participação: ADVOGADO Nome: JOEL DA COSTA EVANGELISTA OAB: 824/PA Participação:
ADVOGADO Nome: WELLINGTON BASTOS DE BRITO OAB: 16798/PA Participação: REQUERIDO
Nome: HSBC BANK BRASIL SA Participação: REQUERIDO Nome: BANCO BRADESCO S.A

Processo n.º 0800223-52.2016.8.14.0305

DESPACHO

Considerando que a executada apesar de intimada não realizou o pagamento voluntário da condenação,
procedi à tentativa de bloqueio on line via SISBAJUD em contas de suas titularidades, conforme cálculos
abaixo:

- Condenação em dano moral no valor de R$5.000,00, computando-se a correção monetária pelo


INPC e acrescido de juros moratórios de 1% ao mês, ambos a partir do arbitramento (29/06/2018);

- Condenação em honorários sucumbenciais em 20%;

- Aplicação da multa prevista no art.523 §1º do CPC;

DANO MORAL

- Atualização de um valor por um índice financeiro com juros.

Atualização de R$5.000,00 de 29-Junho-2018 e 11-Agosto-2021 pelo índice INPC - Índ. Nac. de Preços ao
Consumidor, com juros simples de 1,000% ao mês, pro-rata die.
Valor original: R$5.000,00

Valor atualizado pelo índice: R$5.916,84


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Valor atualizado pelo índice, com juros: R$8.129,10

Memória do Cálculo Variação do índice INPC - Índ. Nac. de Preços ao Consumidor entre 29-Junho-2018 e
11-Agosto-2021

Em percentual: 18,3368%

Em fator de multiplicação: 1,183368

Os valores do índice utilizados neste cálculo foram: Junho-2018 = 1,43%; Julho-2018 = 0,25%; Agosto-
2018 = 0,00%; Setembro-2018 = 0,30%; Outubro-2018 = 0,40%; Novembro-2018 = -0,25%; Dezembro-
2018 = 0,14%; Janeiro-2019 = 0,36%; Fevereiro-2019 = 0,54%; Março-2019 = 0,77%; Abril-2019 = 0,60%;
Maio-2019 = 0,15%; Junho-2019 = 0,01%; Julho-2019 = 0,10%; Agosto-2019 = 0,12%; Setembro-2019 = -
0,05%; Outubro-2019 = 0,04%; Novembro-2019 = 0,54%; Dezembro-2019 = 1,22%; Janeiro-2020 =
0,19%; Fevereiro-2020 = 0,17%; Março-2020 = 0,18%; Abril-2020 = -0,23%; Maio-2020 = -0,25%; Junho-
2020 = 0,30%; Julho-2020 = 0,44%; Agosto-2020 = 0,36%; Setembro-2020 = 0,87%; Outubro-2020 =
0,89%; Novembro-2020 = 0,95%; Dezembro-2020 = 1,46%; Janeiro-2021 = 0,27%; Fevereiro-2021 =
0,82%; Março-2021 = 0,86%; Abril-2021 = 0,38%; Maio-2021 = 0,96%; Junho-2021 = 0,60%; Julho-2021 =
1,02%.

Atualização
Valor atualizado = valor * fator = R$5.000,00 * 1,1834

Valor atualizado (VA) = R$5.916,84

Juros
Juros percentuais (JP) = 37,38920 %

Valor dos juros (VJ) = VA * JP = 2.212,2591

Valor total com juros = VA + VJ = R$8.129,10

Observações sobre os juros:

Fórmula dos juros simples: Juros = (taxa / 100) * períodos

períodos = 2/30 (prop. Junho-2018) + 37 (de Julho-2018 a Julho-2021) + 10/31 (prop. Agosto-2021) =
37.3892

Juros = (1,00000 / 100) * 37.3892 = 37,38920%

Valor da condenação: R$8.129,10

Valor da multa do art.523 §1º do CPC sobre a condenação: R$812,91

Valor da condenação em honorários sucumbenciais: R$1.625,82

Valor da multa do art.523 §1º do CPC sobre os honorários: R$162,58

Valor total a ser bloqueado: R$10.730,41 (dez mil setecentos e trinta reais e quarenta e um
centavos).
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EXECUTADA: BANCO BRADESCO S/A – CNPJ: 60.746.948/0001-12.

A tentativa restou frutífera.

Realizada a penhora online, conforme tela anexo, intime-se a parte Executada para, em querendo,
apresentar Embargos à Execução no prazo legal, sob pena de liberação do valor em favor do
exequente.Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, certifique-se e voltem conclusos para
decisão de liberação do valor.Cumpra-se.Belém, (data do registro no sistema) Patrícia de Oliveira
Sá MoreiraJuíza de Direito, respondendo pela 6ª Vara do JEC Belém JT

Número do processo: 0841614-23.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CHACARAS


MONTENEGRO - CONDOMINIO IPE Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO HENRIQUE GARCIA
TAVARES OAB: 022224/PA Participação: EXECUTADO Nome: REGINA CLAUDIA NASCIMENTO
PINHEIRO

DESPACHO

Trata-se de ação de execução de título extrajudicial, sob o rito da Lei n.º 9.099/95.

As partes requerem a homologação do acordo constante no id31607794 com pedido de extinção.

DECIDO.

O presente feito trata-se de execução de título extrajudicial a qual somente será extinta pelas razões
dispostas no art.924 do CPC, vejamos:

“Art.924. Extingue-se a execução quando:

I - a petição inicial for indeferida;

II - a obrigação for satisfeita;

III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida;

IV - o exequente renunciar ao crédito;

V - ocorrer a prescrição intercorrente.”

Desta feita, resta claro que a celebração de acordo para pagamento do débito não acarreta a extinção da
execução, devendo ser aplicado o previsto no art.922 do CPC, o qual dispõe:

“Art.922. Convindo as partes, o juiz declarará suspensa a execução durante o prazo concedido pelo
exequente para que o executado cumpra voluntariamente a obrigação.

Parágrafo único. Findo o prazo sem cumprimento da obrigação, o processo retomará o seu curso.”

Assim sendo, com fulcro no art. 922 do CPC, declaro suspensa a presente execução até 13/10/2022, data
esta prevista para o pagamento da última parcela do acordo.
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Findo o prazo, intime-se o exequente para que no prazo de 05 dias informe sobre o seu interesse no
prosseguimento do feito, sob pena de se entender que houve a quitação do débito.

Transcorrido o prazo, certifique-se e faça-se conclusos.

Belém, data registrada no sistema

Patrícia de Oliveira Sá Moreira

Juíza de Direito, Titular da 6ª Vara do JEC Belém

JT

Número do processo: 0818766-42.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ASTEBRAS


COMERCIO DE REFRIGERACAO LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: MARCUS VINICIUS
BOTELHO BRITO OAB: 21028/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANA FLEXA DA SILVA OAB:
23662/PA Participação: EXECUTADO Nome: SHOPPING CENTER BOSQUE GRAO PARA

SENTENÇA

Trata-se de ação de execução de título extrajudicial, sob o rito da Lei n.º 9.099/95.

O executado citado, realizou o pagamento do valor integral da execução, requerendo imediata exclusão
das anotações nos órgãos de restrição creditícias e a extinção do feito por quitação (id28767118 e
31856943).

Desta feita, considerando que o executado quitou o débito exequendo e estando este valor depositado na
conta judicial, determino a expedição de alvará judicial, para levantamento do depositado, em favor do
exequente ou de seu patrono desde que devidamente habilitado com poderes específicos para receber e
dar quitação.

Intime-se o exequente para que forneça os dados bancários para expedição do alvará judicial.

Deve o exequente proceder com a imediata baixa da anotação nos órgãos de restrição ao crédito.

Considerando que a obrigação foi satisfeita, ante o pagamento integral do valor exequendo, conforme o
art. 924, inc. II, CPC, julgo extinta a presente execução.

Sem custas. Arquive-se.

P.R.I

Belém, (data do registro no sistema)

Patrícia de Oliveira Sá Moreira

Juíza de Direito, respondendo pela 6ª Vara do JEC Belém

JT
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Número do processo: 0821098-79.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: AILTON DA SILVA


DIAS Participação: ADVOGADO Nome: TAINAN COUTO MONTALVAO CERQUEIRA OAB: 20375/PA
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE RICARDO DE ABREU SARQUIS OAB: 6173/PA Participação:
ADVOGADO Nome: FERNANDA ALICE RAMOS MARQUES OAB: 19345/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ELENICE DOS PRAZERES SILVA OAB: 016753/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAISSA
RODRIGUES PEREIRA CARNEIRO OAB: 29779/PA Participação: RECLAMANTE Nome: TELMA SUSI
DA COSTA DIAS Participação: ADVOGADO Nome: TAINAN COUTO MONTALVAO CERQUEIRA OAB:
20375/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE RICARDO DE ABREU SARQUIS OAB: 6173/PA
Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDA ALICE RAMOS MARQUES OAB: 19345/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ELENICE DOS PRAZERES SILVA OAB: 016753/PA Participação: ADVOGADO
Nome: RAISSA RODRIGUES PEREIRA CARNEIRO OAB: 29779/PA Participação: RECLAMANTE Nome:
BRENO NAHUM LIMA PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: TAINAN COUTO MONTALVAO
CERQUEIRA OAB: 20375/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE RICARDO DE ABREU SARQUIS
OAB: 6173/PA Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDA ALICE RAMOS MARQUES OAB: 19345/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ELENICE DOS PRAZERES SILVA OAB: 016753/PA Participação:
ADVOGADO Nome: RAISSA RODRIGUES PEREIRA CARNEIRO OAB: 29779/PA Participação:
RECLAMADO Nome: ALESSANDRA BACELAR DA CONCEICAO COSTA DOS SANTOS Participação:
ADVOGADO Nome: FABRINY AGUIAR DO AMARAL OAB: 30679/PA Participação: RECLAMADO Nome:
HILDEBRANDO OLIVEIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: RENATA MODA BARROS OAB:
436/PA Participação: RECLAMADO Nome: ANDREIA LEAL RODRIGUES Participação: ADVOGADO
Nome: RENATA MODA BARROS OAB: 436/PA

Processo n. 0821098-79.2021.814.0301

SENTENÇA

1- RELATÓRIO:

Trata-se de ação proposta por AILTON DA SILVA DIAS, TELMA SUSI DA COSTA DIAS e BRENO
NAHUM LIMA PEREIRA em face de ALESSANDRA BACELAR DA CONCEIÇÃO COSTA,
HIDELBRANDO OLIVEIRA DA SILVA e ANDREIA LEAL RODRIGUES, pelo rito especial da Lei 9.099/95.

Aduz a parte autora que celebrou contrato de promessa de compra e venda com o segundo e terceiro
reclamados de um imóvel localizado no condomínio Cidade Jardim, no valor de R$830.000,00, cuja venda
seria intermediada pela primeira reclamada, corretora de imóveis e um outro corretor parceiro, senhor
Paulo Robson Lobato de Souza.

Afirmam que, no dia 22/02/2021, em cumprimento ao estabelecido no item VI.1, a), do referido contrato,
realizaram o pagamento de um sinal no valor de R$35.000,00, em favor dos promitentes vendedores e de
R$15.000,00 em favor da corretora, referente a 50% do valor da comissão de corretagem, sendo que
metade desse valor seria repassado ao segundo corretor.

Todavia, segundo informam os autores, o contrato foi rescindido por culpa exclusiva dos promitentes
vendedores, uma vez que a documentação do imóvel negociado não se encontrava completa.

Por ocasião do distrato, os autores receberam a devolução dos valores pagos aos reclamados à título de
sinal, no total de R$35.000,00, bem como o valor de R$7.000,00 pelo corretor Paulo Robson de Souza,
referentes à metade do valor da comissão de corretagem paga. No entanto, a primeira reclamada não
devolveu os valores pagos pelos autores referentes à sua parte da comissão de corretagem, no valor de
R$7.500,00.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Diante disso, por considerar que o contrato foi rescindido por culpa exclusiva dos promitentes vendedores,
os autores propuseram a presente demanda para reaver os valores pagos e não devolvidos a título de
comissão de corretagem à primeira ré, bem como requerendo indenização por danos morais.

Citada, a primeira reclamada apresentou contestação, arguindo, preliminarmente, a necessidade de


extinção do feito sem resolução do mérito, pela sua ilegitimidade passiva. No mérito, requereu a
improcedência do pedido inicial, em razão de entender serem devidos os valores que lhe foram pagos
pelos autores a título de comissão de corretagem.

Os dois outros reclamados também apresentaram contestação, requerendo a improcedência do pedido


inicial, em razão de previsão expressa no contrato de que os valores devidos aos corretores seriam
arcados pelos compradores, bem como pela inocorrência de dano moral. Requereram ainda, em sede de
pedido contraposto, a condenação dos autores ao pagamento de indenização por danos morais, diante da
suposta alteração da realidade dos fatos narrados.

Éo sucinto relatório. Passo à análise da preliminar suscitada.

2 – DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DA RÉ ALESSANDRA BACELAR DA


CONCEIÇÃO COSTA:

A presente preliminar se confunde com o mérito da causa, uma vez que apenas nesse momento
processual será apurada a existência ou não de responsabilidade da ré, sendo possível aplicar a teoria da
asserção, segundo a qual as condições da ação devem ser analisadas a partir dos fatos narrados na
inicial, ou seja, no momento em que se verifica a sua admissibilidade.

As condições da ação, portanto, deverão ser verificadas pelo juiz in status assertionis, à luz das alegações
feitas pelo autor na inicial, as quais deverão ser tidas como verdadeiras, a fim de se perquirir a presença
ou ausência dos requisitos do provimento final.

Sem mais preliminares, reporto-me ao mérito da demanda.

3 – FUNDAMENTAÇÃO:

Cinge-se a presente demanda na rescisão contratual por suposta culpa exclusiva dos promitentes
vendedores com a devolução integral dos valores pagos a título de comissão de corretagem e indenização
por danos morais.

Inicialmente, cumpre esclarecer que não se aplica o Código de Defesa do Consumidor ao presente caso,
como pretendem os autores na sua exordial, posto que as relações jurídicas estabelecidas entre as partes
não possuem os requisitos exigidos pelo Código de Defesa do Consumidor, não se enquadrando os
reclamados no conceito de fornecedor, nem os autores no de consumidor.

Ademais, é cediço que o contrato de corretagem ou intermediação é regulado pela Código Civil, em seus
artigos 722 a 729, não se tratando, portanto, de contrato de consumo.

Nesse mesmo sentido, vejamos:

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C COBRANÇA DE


COMISSÃO DE CORRETAGEM. APLICAÇÃO DO CDC. AFASTADO. RELAÇÃO CIVIL. CONTRATO
DE INTERMEDIAÇÃO PREVISTO NO ARTIGO 722 DO CC. CLÁUSULA DE EXCLUSIVIDADE.
CORRETAGEM DEVIDA. DANO MORAL AFASTADO. MERO DISSABOR. SENTENÇA PARCIALMENTE
REFORMADA. Recurso conhecido e parcialmente provido. Ante o exposto, esta Turma Recursal resolve,
por unanimidade de votos, CONHECER e DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso interposto, nos
exatos termos deste voto. (grifei)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(TJ-PR - RI: 00077940920148160116 PR 0007794-09.2014.8.16.0116 (Acórdão), Relator: Juíza Fernanda


de Quadros Jorgensen Geronasso, Data de Julgamento: 02/09/2016, 1ª Turma Recursal, Data de
Publicação: 15/09/2016)

Desta feita, acerca da distribuição dos ônus probatórios deverá ser utilizada a regra geral prevista no art.
373 do CPC, incumbindo ao autor provar os fatos constitutivos de seu direito e ao réu a existência de fato
impeditivo, extintivo ou modificativo do direito do autor.

Resta devidamente provado nos autos que as partes celebraram contrato de promessa de compra e
venda do imóvel localizado na Av. Augusto Montenegro, nº 6955, condomínio Cidade Jardim II, quadra 19,
lote 18, Rua Curió, Parque Verde, bem como o fato de que o negócio jurídico não se aperfeiçoou em razão
de os documentos do referido imóvel encontrarem-se incompletos, sem a devida regularização junto ao
Cartório de Registro de Imóveis.

Os segundos requeridos, promitentes vendedores, afirmam que a primeira ré, senhora Alessandra, ao
negociar os termos do contrato, informou que só cobraria pelos seus serviços se a venda fosse
efetivamente concluída.

Todavia, em que pensem as alegações dos reclamados, o contrato de compromisso de compra e venda
prevê expressamente que os valores devidos a título de comissão de corretagem seriam devidos, sem
condicioná-los à conclusão da venda. Necessário ainda ressaltar que a compra e venda não foi finalizada
em virtude da ausência de documentações do imóvel, de responsabilidade dos promitentes vendedores, e
não da corretora.

Sendo assim, por se tratar de um serviço efetivamente prestado, a contraprestação dada aos corretores, é
devida.

Inclusive, encontra-se pacificado na jurisprudência pátria, que a comissão de corretagem pode ser
imputada ao comprador, desde que respeitados os deveres de informação no contrato, como ocorreu nos
autos.

Por outro lado, como a rescisão do contrato foi efetivada por culpa dos promitentes vendedores, os
promitentes compradores possuem o direito de serem ressarcidos de todos os valores pagos com o
contrato, inclusive a comissão de corretagem.

No entanto, tendo em vista que a corretora prestou os serviços, não há que ser responsabilizada pela
devolução dos valores recebidos, os quais deverão ser restituídos pelos promitentes vendedores, a título
de dano material, pelos danos suportados pelos autores pela rescisão.

Diante do descumprimento contratual de apresentar toda a documentação referente ao imóvel, conforme


previsto na cláusula VII.2.1, que culminou na rescisão contratual, a restituição aos autores de todos os
valores dispendidos é medida que se impõe.

Ressalte-se que no presente caso já houve a devolução dos valores pagos aos reclamados a título de
sinal do contrato, sendo devida apenas a restituição em relação aos valores gastos com a comissão de
corretagem, ainda que pagos diretamente à corretora.

Nesse mesmo sentido, vejamos:

APELAÇÃO CÍVEL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL.


MÉRITO. ENTREGA DA OBRA. ATRASO INJUSTIFICADO. CULPA. PROMITENTE-VENDEDORA.
RESCISÃO DO CONTRATO. DEVOLUÇÃO DOS VALORES. IGP-M E JUROS LEGAIS DA CITAÇÃO.
COMISSÃO DE CORRETAGEM. RESTITUIÇÃO. SENTENÇA REFORMADA. - Em sendo a construtora
e promitente-vendedora culpada pela rescisão contratual, em vista o atraso injustificado na entrega
do imóvel, impossível a retenção de qualquer valor, por parte desta, a qualquer título - Reconhecida
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a responsabilidade da construtora promitente-vendedora pelo inadimplemento contratual, deve


haver o retorno das partes ao status quo ante, fazendo jus o autor ao ressarcimento dos valores
alcançados inclusive a título de comissão de corretagem, mesmo que pago a terceiro - A correção
monetária das devoluções deverá ocorrer pela aplicação do IGP-M e não pelo INCC e deve incidir a partir
da data de cada desembolso, sobre o valor de cada parcela paga, com juros de mora a contar da citação.
APELO PARCIALMENTE PROVIDO. UNÂNIME. (grifei)

(TJ-RS - AC: 70078669025 RS, Relator: Gelson Rolim Stocker, Data de Julgamento: 21/02/2019, Décima
Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 07/03/2019)

APELAÇÃO CÍVEL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. AÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO.


PRELIMINAR. COMISSÃO DE CORRETAGEM. DEVOLUÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. Pretensão de
restituição de valores pagos em decorrência de contrato celebrado com a requerida, o que evidencia sua
legitimidade para responder à demanda. Preliminar rejeitada. MÉRITO. ATRASO NA ENTREGA DA
OBRA. Incontroversa a extrapolação do prazo contratual. Demora em trâmites administrativos não
caracteriza caso fortuito.RETENÇÃO DE CLÁUSULA PENAL. DESCABIMENTO. Já é consolidado, por
enunciado de súmula, o entendimento de que a devolução das parcelas pagas deve ser integral
quando o desfazimento do negócio não decorrer de culpa do consumidor. A resolução do contrato
deve devolver as partes ao estado anterior, com a restituição integral dos valores que o
compromissário quitou, sendo descabida a retenção. APELAÇÃO DOS AUTORES. ÔNUS
SUCUMBENCIAIS. REDISTRIBUIÇÃO. Se um litigante sucumbir em parte mínima do pedido, o outro
responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários. Inteligência do parágrafo único do art. 86 do
CPC.Sucumbência mínima dos autores que importa condenação integral das rés ao pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios.Sentença reformada apenas no que concerne aos ônus
sucumbenciais.NEGARAM PROVIMENTO AO APELO DAS RÉS E DERAM PROVIMENTO AO
RECURSO DOS AUTORES. UNÂNIME. (grifei)

(TJ-RS - AC: 70081164980 RS, Relator: Nelson José Gonzaga, Data de Julgamento: 30/11/2020, Décima
Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: 03/12/2020)

Assim, provado o pagamento total de R$15.000,00 pelos autores a título de comissão de corretagem
(id24749185), dos quais R$7.500,00 já foram devolvidos, diante da rescisão contratual, deve o valor
remanescente ser integralmente ressarcido aos autores pelos promitentes vendedores, ora réus, com
correção monetária pelo INPC a partir do desembolso e acrescido de juros de 1% a.m. a partir da citação.

DO DANO MORAL

Importante ressaltar que o simples inadimplemento contratual não gera dano moral. Além disso, os autores
não demonstraram nos autos que o ocorrido constituiu fator suficiente para causar abalo psíquico e à
personalidade superior a meros dissabores.

Assim, apesar do descumprimento contratual por parte dos réus ter gerado aborrecimentos, não gerou
maiores danos aos autores, não estando presentes nos autos os elementos que caracterizam a
indenização por danos morais.

DO PEDIDO CONTRAPOSTO

No que se refere ao pedido contraposto apresentado em contestação pela reclamada, dispõe o art.31 da
Lei 9.099/95 que: “Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu
favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da
controvérsia”.

No caso dos autos, os réus requerem a condenação dos autores ao pagamento de danos morais, em
decorrência de suposta alteração da realidade dos fatos ao propor a presente demanda, o que teria
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

vilipendiado sua honra e dignidade.

Todavia, em que pese suas alegações, em momento algum comprovou que houve alteração dos fatos,
bem como qualquer outra conduta que fosse suficiente para causar abalo psíquico e à personalidade
superior a meros dissabores.

Nessa toada, imperioso o indeferimento do pedido contraposto.

4 – DISPOSITIVO:

Isto posto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE os pedidos iniciais, para:

- condenar os requeridos, HIDELBRANDO OLIVEIRA DA SILVA e ANDREIA LEAL RODRIGUES, à


restituição dos valores pagos pelos autores, totalizando R$ 7.500,00 (sete mil e quinhentos reais)
dispendidos a título de comissão de corretagem.

Julgo improcedente o pedido de danos morais formulado pelos autores e o pedido contraposto dos
reclamados, nos termos da fundamentação aprazada.

Com esta decisão, extingo o processo com resolução do mérito, com fulcro no artigo 487, I do CPC.

P.R.I. Cumpra-se.

5 - DISPOSIÇÕES FINAIS:

5.1 – Passado o prazo recursal sem interposição de recurso, deve a secretaria certificar o trânsito em
julgado da sentença e, em ato contínuo, intimar a parte autora para, querendo, solicitar o cumprimento
voluntário da sentença pela ré conforme determina o art. 513 § 1º do CPC;

5.2 – Solicitando o cumprimento voluntário da sentença e apresentando planilha de cálculo, intime-se a


parte ré para cumprir voluntariamente com a condenação, sob pena de acréscimo de multa de 10%
prevista no art. 523 §1º do CPC, com exceção dos honorários advocatícios já que incabíveis em Juizado
Especial por força do art.55 da Lei 9.099/95;

5.3 – Tratando-se de condenação em valores e vindo o pedido de cumprimento sem planilha de cálculo,
certifique-se e façam-se os autos conclusos;

5.4 – Havendo o cumprimento voluntário com depósito judicial no BANPARA, autorizo, desde já, a
expedição de alvará judicial em favor da parte autora ou de seu patrono, desde que este esteja
devidamente habilitado nos autos com poderes específicos para receber e dar quitação;

5.5 – Em caso de o pagamento da condenação ser realizado no Banco do Brasil, determino que a
secretaria certifique e expeça ofício ao Banco do Brasil para a transferência dos valores para a conta
judicial. Cumprida a transferência, expeça-se o alvará judicial;

P.R.I.

Belém, data registrada no sistema.

Patrícia de Oliveira Sá Moreira

Juíza de Direito, titular da 6ª Vara do JEC Belém


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0000940-39.2012.8.14.0305 Participação: RECLAMANTE Nome: FABIELY


RAYANA DE AZEVEDO FERREIRA registrado(a) civilmente como FABIELY RAYANA DE AZEVEDO
FERREIRA Participação: RECLAMADO Nome: BANCO DO BRASIL Participação: ADVOGADO Nome:
NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES OAB: 15201/PA

CERTIDÃO

Certifico para os devidos fins, considerando a petição de id 14078295 que não foram localizadas custas
finais para o presente processo, diante disso, os referidos autos serão arquivados. Dou fé.

Belém, 18/08/2021

Secretaria da 6ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0854154-74.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ANTONIO


FERNANDO DE OLIVEIRA DANTAS AMORAS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ALFREDO DA
SILVA SANTANA OAB: 2721/PA Participação: REQUERIDO Nome: J Q P MARQUES EIRELI - EPP
Participação: ADVOGADO Nome: JULIO CESAR MELO MARTINS OAB: 016965/PA Participação:
ADVOGADO Nome: AMALIA BETANIA AMORAS CONTREIRA OAB: 21342/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

6ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

CERTIDÃO

Certifico, de acordo com as atribuições que me são conferidas por lei, que os Embargos à
Execução foram opostos tempestivamente. Assim, a parte exequente/embargada será intimada para
apresentar contrarrazões, no prazo de 15 dias. Dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021

Secretaria da 6ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0856706-75.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: JULIANA GOMES


DOS SANTOS Participação: RECLAMADO Nome: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: ISAAC COSTA LAZARO FILHO OAB: 18663/CE Participação: ADVOGADO Nome:
IGOR MACEDO FACO OAB: 16470/CE

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

6ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

CERTIDÃO

Certifico que, em atendimento às Portarias Conjuntas nº 7/2020 e 12/2020 - GPVPCJRMBCJCI, de


28/04/2020 e 22/05/2020, as audiências deste Juizado serão realizadas por videoconferência através da
plataforma de comunicação Microsoft Teams.

Processo nº 0856706-75.2020.8.14.0301

RECLAMANTE: JULIANA GOMES DOS SANTOS

RECLAMADO: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA LTDA

A audiência designada neste processo ocorrerá na data e hora informadas abaixo.

29/11/2021 10:00

A audiência poderá ser acessada por meio do link abaixo:

h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
join/19%3ameeting_ZmI4MmYzZWYtNGM0Yi00ZDIwLTg3NDgtMjU3MmE5ZjdhOGM0%40thread.v2/0?co
n t e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22f23d5525-c667-47f3-8149-5012064e51f4%22%7d

As partes e advogados deverão instalar o aplicativo no computador (preferencialmente) ou no celular,


acessando a reunião no dia e hora já designados.

Recomenda-se que as partes juntem aos autos, antes da audiência, foto da OAB e do RG.

Qualquer impossibilidade de acessar ou participar deverá ser justificada nos autos ou comunicada através
do telefone ou Whatsapp da vara, no número (91) 98405-1510.

O referido é verdade. Dou fé.

EDIEL OLIVEIRA CAMARA

Analista Judiciário - 6ª Vara do Juizado Especial de Belém-PA

Número do processo: 0831161-66.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SOS COMERCIAL LTDA -


ME Participação: ADVOGADO Nome: JOSE VINCENZO PROCOPIO FILHO OAB: 21459/PA Participação:
REU Nome: NADIA VIVINIA COSTA DE SOUSA LOUREIRO DO AMARAL 69736537234 Participação:
REU Nome: SANDRA HELENA ALVES DA COSTA Participação: REU Nome: JOSE SERGIO DA COSTA

R.H.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Analisando os autos, observa-se que estes vieram redistribuídos a esse juízo, em razão de aqui haver
tramitado o processo nº 0822347-65.2021.8.14.0301, o qual foi extinto sem julgamento do mérito, o que
teria então tornado esse juízo prevento, na forma do art. 286, II, do CPC.

Em que pese o entendimento do juízo Declinante, observamos que novo pedido foi formulado no âmbito
dos Juizados Especiais, cujo procedimento detém especialidades regidas pela Lei 9099/95.

Dessa maneira, não vislumbramos a prevenção desse juízo já que nova Ação não foi direcionada às Varas
Cíveis, mas sim ao Juizado Especial.

Determino, pois, a devolução dos presentes autos à 6ª Vara do Juizado Especial Cível, competente para
analisar e julgar o pedido.

Int.

Belém, 12 de agosto de 2021

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0846956-15.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RAIMUNDO NONATO


CUNHA JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: EDGERSON DE ARAUJO CUNHA OAB: 11102/PI
Participação: REU Nome: AMERICAN FARMA LTDA

Processo n. 0846956-15.2021.814.0301

SENTENÇA

Trata-se de ação ajuizada sob o rito da Lei n. 9.099/95.

Compulsando os autos verifico que a parte autora reside em Chapadinha-MA e a parte ré em Ananindeua-
PA.

O art.4º da Lei n.º 9.099/95 dispõe que:

“Écompetente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro:

I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou
econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório;

II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita;

III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer
natureza.
675
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I deste
artigo.”

Conforme o disposto no inciso III do art.4º da Lei n.º 9.099/95 o domicílio do autor é o competente para
processar e julgar a presente ação.

Considerando que a parte autora reside em Chapadinha no Maranhão, sendo o Juizado do Maranhão o
competente para o processamento e julgamento da ação, não sendo este Juízo competente.

Assim, evidenciado que o caso concreto não preenche nenhum dos critérios de fixação da competência de
foro, forçoso é o reconhecimento da incompetência territorial deste Juízo, a qual é matéria passível de
cognição ex officio, nos termos do Enunciado n. 89 do FONAJE.

Isso posto, declaro a incompetência territorial deste juízo para o processamento e julgamento da presente
demanda e, em consequência, julgo extinto o processo, nos termos do art. 51, III da Lei 9.099/95.

Sem custas e honorários.

P. R. I. Transitada em julgado certifique-se e arquive-se.

Belém, (data do registro no sistema)

Patrícia de Oliveira Sá Moreira

Juíza de Direito, respondendo pela 6ª Vara do JEC Belém

JT

Número do processo: 0830891-42.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CONDOMINIO


TOTAL LIFE CLUB HOME Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL MONTEIRO
OAB: 16941/PA Participação: REQUERIDO Nome: CLESIO BAIA LOPES

Processo n. 0830891-42.2021.814.0301

SENTENÇA

Trata-se de ação proposta por CONDOMÍNIO TOTAL LIFE CLUB HOME em face de CLESIO BAIA
LOPES, pelo rito especial da Lei 9.099/95.

Dispensado o relatório, na forma do art. 38 da Lei 9.099/95.

De início, constato que o réu, apesar de devidamente citado, conforme certidão do oficial de justiça
(id30588139), não se fez presente na audiência designada (termo de audiência id31903180), razão pela
qual, com fulcro no art.20 da Lei n.º 9.099/95, decreto a sua revelia.

Sem mais preliminares, reporto-me ao mérito.

Cinge-se a demanda no não pagamento das taxas condominiais vencidas em Junho/2021, Julho/2021 e
Agosto/2021, no valor cada de R$397,15 (trezentos e noventa e sete reais e quinze centavos), conforme
demonstrativo de débito atualizado apresentado pela requerente no ID31816716.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Inexiste nos autos qualquer prova de que as referidas taxas foram adimplidas pelo requerido, não tendo
este apresentado contestação.

Caberia ao réu comprovar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, com
fulcro no inciso II do art.373 do CPC, juntando os comprovantes de pagamento das taxas condominiais,
mas assim não procedeu.

Assim, diante das provas constantes nos autos e da ausência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo,
deve o requerido efetuar o pagamento do valor total de R$1.191,45, acrescida de correção, juros, multa de
2% e honorários de 20% conforme previsão do art.27 da Convenção Condominial.

Ante o exposto julgo procedente o pedido inicial para:

I – Condenar o réu, ao pagamento da importância de R$ 1.191,45 (mil cento e noventa e um reais e


quarenta e cinco centavos), computando-se a correção monetária pelo INPC, acrescido de juros
moratórios de 1% ao mês, multa de 2% e honorários de 20%, ambos a partir do vencimento de cada
parcela.

Com esta decisão, julgo extinto o processo com resolução do mérito, com arrimo no artigo 487, inciso I do
CPC.

Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

P.R.I. Cumpra-se.

Passado o prazo recursal sem interposição de recurso, deve a secretaria certificar o trânsito em julgado da
sentença e, em ato contínuo, intimar a parte autora para, querendo, solicitar o cumprimento voluntário da
sentença pela ré conforme determina o art. 513 § 1º do CPC;

Solicitando o cumprimento voluntário da sentença e apresentando planilha de cálculo, intime-se a parte ré


para cumprir voluntariamente com a condenação, sob pena de acréscimo de multa de 10% prevista no art.
523 §1º do CPC, com exceção dos honorários advocatícios já que incabíveis em Juizado Especial
por força do art.55 da Lei 9.099/95;

Tratando-se de condenação em valores e vindo o pedido de cumprimento sem planilha de cálculo,


certifique-se e façam-se os autos conclusos;

Havendo o cumprimento voluntário com depósito judicial no BANPARA, autorizo, desde já, a expedição de
alvará judicial em favor da parte autora ou de seu patrono, desde que este esteja devidamente habilitado
nos autos com poderes específicos para receber e dar quitação;

Em caso do pagamento da condenação ser realizado no Banco do Brasil, determino que a secretaria
certifique e expeça ofício ao Banco do Brasil para a transferência dos valores para a conta judicial.
Cumprida a transferência, expeça-se o alvará judicial;

Expedido o alvará e não havendo pendências, arquivem-se os autos;

Restringindo-se a condenação em obrigação de fazer, sendo a parte autora intimada quanto ao trânsito
em julgado da sentença e deixando de requerer o cumprimento no prazo de 30 dias, certifique-se e
arquivem-se os autos;

A parte ré, intimada para cumprir a sentença e não comprovado o seu cumprimento, certifique-se e façam-
se os autos conclusos para realização de novos cálculos com a incidência da multa prevista no §1º do
art.523 do CPC e providências junto ao SISBAJUD;
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

P.R.I.

Belém, data registrada no sistema

Patrícia de Oliveira Sá Moreira

Juíza de Direito, Titular da 6ª Vara do JEC Belém

JT
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 7ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0846981-28.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARCELO PEREIRA


DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: ERICA DE ALMEIDA PINTO OAB: 11610/PA
Participação: REU Nome: BANCO ITAUCARD S/A

PROCESSO: 0846981-28.2021.8.14.0301
AUTOR: MARCELO PEREIRA DOS SANTOS
REU: BANCO ITAUCARD S/A

DECISÃO

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38 da Lei nº 9.099/95.

O Código de Defesa do Consumidor adotou, como princípio, o reconhecimento da vulnerabilidade do


consumidor e a necessidade de facilitação de sua defesa, pelo que inverto o ônus da prova (art. 6º,
inciso VIII, do CDC). Assim, enquanto não for apresentada pela Requerida uma fundamentação
juridicamente possível e que venha a rechaçar os argumentos da Demandante, há de se ter como
verdadeiros os fatos declinados na petição inicial, no sentido de que o autor fora enganado ao efetuar um
empréstimo para quitação de outro, com taxas melhores, fato que não ocorreu.

Para a concessão antecipada de tutela provisória de urgência, faz-se necessária a conjugação de dois
requisitos: a probabilidade do direito pleiteado, mediante a comprovação documental das alegações do
Autor (prova inequívoca), e que esteja caracterizado o perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo, conforme dispõe o art. 300, caput, e seu §2º, da Lei nº 13.105/2015 (CPC).

A probabilidade do direito pleiteado está presente através das provas documentais anexadas à petição
inicial, notadamente os documentos que comprovam que o nome do autor fora negativado por dívida não
reconhecida por ele.

O perigo de dano reside no fato de o Autor estar com o nome negativado por dívida, a princípio, indevida.

Não vislumbro perigo de irreversibilidade da medida que se pretende antecipar (art. 300, §3º, do CPC), eis
que, caso ao final do processo não seja dado provimento ao pleito do Demandante, o débito poderá vir a
ser cobrado.

POSTO ISSO, com fundamento nos dispositivos legais ao norte mencionado, concedo a tutela provisória
de urgência para determinar à Requerida que RETIRE O NOME DO AUTOR DOS SERVIÇOS DE
PROTEÇÃO AO CRÉDITO SPC/SERASA, no prazo máximo de 05 (Cinco) dias, a contar da intimação
desta decisão, mantendo-se assim até o trânsito em julgado da sentença de mérito ou deliberação em
sentido contrário.

Fixo multa diária no valor de R$ 200,00 (Duzentos reais) para o caso de atraso ou descumprimento desta
ordem antecipada, multa que fica limitada em R$ 10.000,00 (DEZ mil reais).

Defiro o pedido de assistência judiciária gratuita.

Cite-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

GISELE MENDES CAMARÇO LEITE


Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, conforme Portaria nº
2574/2020-GP (DJE Edição 7035/2020)

Número do processo: 0875741-21.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ANDERLEI


ROSARIO MARINHO Participação: ADVOGADO Nome: TAINAN COUTO MONTALVAO CERQUEIRA
OAB: 20375/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAISSA RODRIGUES PEREIRA CARNEIRO OAB:
29779/PA Participação: ADVOGADO Nome: JAMILE SOUZA MAUES OAB: 24354/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE RICARDO DE ABREU SARQUIS OAB: 6173/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ELENICE DOS PRAZERES SILVA OAB: 016753/PA Participação: ADVOGADO Nome:
FERNANDA ALICE RAMOS MARQUES OAB: 19345/PA Participação: RECLAMADO Nome:
EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO
AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB: 12358/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


7ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. Alcindo Cacela, 287, UNAMA, Bloco: "E", 1° andar, Umarizal, Belém/PA, CEP: 66060-902

Processo: 0875741-21.2020.8.14.0301
Reclamante: ANDERLEI ROSARIO MARINHO
Reclamado: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

ATO ORDINATÓRIO

Em cumprimento ao Provimento 006/2006-CJRMB-TJPA, e tendo em vista os termos das Portarias


Conjuntas nº 007/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-TJPA, 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-TJPA e 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, a AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO designada
para o dia 09/09/2021 10:30 horas, será realizada de forma VIRTUAL pela Plataforma de Comunicação
Microsoft Teams. Ficando V. Sa. INTIMADA, via PJE e DJE, a se fazer presente através do link abaixo:

Link para Sala de Audiência Virtual: https://teams.microsoft.com/l/meetup-


join/19%3ameeting_ODU5YzU0OWYtZDNiZS00YTM5LWFhYjUtYTI3N2RiMGZiYzE5%40thread.v2/0?cont
e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%2267d3d29e-3c04-4f63-ad61-3e34f190998b%22%7d

Desta forma, o ato será realizado mediante utilização de recurso tecnológico de transmissão de som e
imagem, por videoconferência e em tempo real, devendo as partes e os advogados acessarem a
audiência no dia e horário designados, por computador, celular (smartphone) ou tablet, sem necessidade
de instalação do referido aplicativo (utilizando navegador Google Chrome), por meio do link acima.

As partes estão advertidas de que o não comparecimento injustificado à audiência por videoconferência,
no dia e horário designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do processo sem resolução do
mérito, e, na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art. 20, combinado com o art. 23 e o
art. 51, inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI,
devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.

Caso não haja acordo, será imediatamente realizada a Instrução do feito, devendo a parte Reclamada
ter apresentado, até este momento, defesa escrita ou oral e produzido as provas admitidas em
direito que entender necessárias, inclusive por testemunhas, no máximo de três. Adverte-se, ainda, que
as partes devem estar munidas de documento original de identificação, com foto. Esclarecimentos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

adicionais podem ser dirimidos pelo e-mail 7jecivelbelem@tjpa.jus.br ou pelo telefone celular da Vara
(91)99233-0746 (WhatsApp). O referido é verdade, do que dou fé.

O referido é verdade e dou fé.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

SECRETARIA

7ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Destinatário: RECLAMANTE: ANDERLEI ROSARIO MARINHO

Destinatário: RECLAMADO: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

Número do processo: 0810884-63.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LUIZ GONZAGA


VALENTE DUARTE Participação: ADVOGADO Nome: AGOSTINHO MONTEIRO JUNIOR OAB: 9888/PA
Participação: REU Nome: BANCO BRADESCO S.A Participação: ADVOGADO Nome: KARINA DE
ALMEIDA BATISTUCI OAB: 15674/PA

PROCESSO Nº: 0810884-63.2020.8.14.0301

AUTOR: LUIZ GONZAGA VALENTE DUARTE

REU: BANCO BRADESCO S.A

- Considerando os valores descritos no pedido de cumprimento de sentença, intime-se o reclamado a


dizer, em até 05 (cinco) dias, a que título efetuou o depósito do valor de R$6.780,00 (seis mil, setecentos e
oitenta reais), uma vez que não há comprovação nos autos, tendo sido tal pagamento identificado pela
secretaria junto ao sistema de depósitos judiciais, conforme certidão (ID: 30930466).

- Intime-se, também, o autor para, no mesmo prazo, precisar o valor a ser executado, eis que o valor
constante do pedido de cumprimento (ID: 26403927) é menor que os valores apresentados nos memoriais
de cálculos de correção (ID: 26403528) e juros (ID: 26403529).

- Decorrido o prazo, retornar os autos conclusos para análise e deliberação.

Belém (PA), 11 de agosto de 2021.

GISELE MENDES CAMARÇO LEITE

Juíza de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0841217-95.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: WLADEMIR MAIA


FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO JOSE SOARES DE MORAES OAB:
6385PA/PA Participação: RECLAMADO Nome: BANCO BMG S.A. Participação: ADVOGADO Nome:
ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE

PROCESSO: 0841217-95.2020.8.14.0301
RECLAMANTE: WLADEMIR MAIA FERREIRA
RECLAMADO: BANCO BMG S.A

SENTENÇA

Trata-se de Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenização por Danos Morais interposta por
WLADEMIR MAIA FERREIRA em desfavor do BANCO BMG S/A. O autor questiona empréstimo efetuado
no ano de 2007 no valor de R$ 2.164,38, parcelado em 19 vezes de R$ 158,00.

O réu apresentou contestação.

Em que pese este juízo tentar esclarecer os fatos, no intuito de auxiliar o autor, oficiando ao INSS, a fim de
que informasse os empréstimos existentes em nome deste, o órgão não retornou resposta.

De nada adianta continuar buscando respostas junto ao INSS, visto que a ação fora claramente interposta
erroneamente, questionando empréstimo já quitado pelo autor.

O autor alegou em audiência que acionou o banco BMG devido ao Instituto Nacional de Seguro Social
aduzir que o problema era com este banco, mas, no entanto, não sabe dizer nada em relação ao
empréstimo indevido, nem o valor das parcelas que vem sendo descontadas.

Nos próprios extratos juntados pelo autor a fim de provar os descontos, não consta nenhum desconto em
sua conta no valor de R$ 158,00.

No documento de ID 18776178, página 9, constam empréstimos com parcelas nos valores de R$ 427,82,
R$ 195,95, R$ 71,73, R$ 371,27 e R$ 25,02, mas nenhuma parcela relativa ao empréstimo questionado na
inicial.

Éfato que nem poderia haver o desconto de tal parcela (R$ 158,00), uma vez que demonstrado nos autos
que o empréstimo está quitado há anos.

Assim, deve o autor buscar junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social verificar o número do
empréstimo indevido, valor contratado e das parcelas descontadas, ingressando com nova ação judicial,
visto que a presente ação será julgada improcedente, posto que o autor não produziu prova dos fatos
constitutivos de seu direito, já que o empréstimo citado na inicial se encontra devidamente quitado perante
o banco réu, não havendo que se falar em descontos relativos ao mesmo.

Diante do exposto, julgo improcedente a ação, com base nos fundamentos supra, revogando os termos
da tutela antecipada, e, em consequência, extingo o processo com resolução do mérito, com base no art.
487, I do Código de Processo Civil.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade


do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (art. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Intimem-se, servindo cópia digitalizada desta decisão como MANDADO, nos termos consignados no
Provimento nº 003/2009/CJRMB-TJE/PA, de 22.01.2009, com a redação que lhe deu o Provimento nº
011/2009, do mesmo Órgão correcional.

Belém/PA, 19 de maio de 2021.

GISELE MENDES CAMARÇO LEITE


Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, conforme Portaria nº
2574/2020-GP (DJE Edição 7035/2020)

Número do processo: 0827998-15.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANA AMELIA


DAMASCENO BARROS Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO SILVA DE FREITAS OAB:
5077/PA Participação: REU Nome: ANGELA VIANA MARTINS Participação: REU Nome: JOSE ALBERTO
CERQUEIRA NETO

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

PROCESSO: 0827998-15.2020.8.14.0301
AUTOR: ANA AMELIA DAMASCENO BARROS

REU: ANGELA VIANA MARTINS, JOSE ALBERTO CERQUEIRA NETO

CERTIDÃO

Considerando o AR ANEXO, onde consta a informação "DESCONHECIDO", de ordem deste juízo a


parte autora será intimada a, no prazo de dez dias, prestar as informações necessárias ao prosseguimento
do feito, sob pena de extinção do processo. O referido é verdade e dou fé.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

SECRETARIA
7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0868580-28.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: SAMUEL LIMA DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ROBERGES JUNIOR DE LIMA OAB: 27.856/PA Participação:
RECLAMADO Nome: TELEFONICA BRASIL S/A Participação: ADVOGADO Nome: WILKER BAUHER
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

VIEIRA LOPES OAB: 29320/GO

PROCESSO: 0868580-28.2018.8.14.0301
RECLAMANTE: SAMUEL LIMA DA SILVA

RECLAMADO: TELEFONICA BRASIL S/A

DESPACHO

Indefiro o pleito do autor por ausência de provas, bem como por estar representado por advogado, o que
demonstra condições financeiras para contratação.

Cumpra-se.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021.

GISELE MENDES CAMARÇO LEITE


Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, conforme Portaria nº
2574/2020-GP (DJE Edição 7035/2020)

Número do processo: 0822734-80.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONVENÇÃO DO


CONDOMINIO EDIFICIO ANGELINA MAIORANA Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANA DO
SOCORRO DE MENEZES PINHEIRO OAB: 12478/PA Participação: ADVOGADO Nome: DANIELA DIAS
TOMAZ OAB: 017886/PA Participação: EXECUTADO Nome: ROMA CONSTRUTORA LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA

PROCESSO: 0822734-80.2021.8.14.0301
EXEQUENTE: CONVENÇÃO DO CONDOMINIO EDIFICIO ANGELINA MAIORANA
EXECUTADO: ROMA CONSTRUTORA LTDA

CERTIDÃO DE ADMISSÃO DA EXECUÇÃO

CERTIFICO e dou fé, em cumprimento ao despacho do (ID 31498135) e na forma do Art. 828, do
CPC, que tramita nesta 7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém o processo abaixo discriminado:

Processo: 0822734-80.2021.8.14.0301

Data de Autuação: 07 de abril de 2021

Exequente: CONVENÇÃO DO CONDOMINIO EDIFICIO ANGELINA MAIORANA (CNPJ


27.494.164/0001-79)

Executado (a): ROMA CONSTRUTORA LTDA (CNPJ 12.918.898/0001-60)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Valor da Causa: R$ 31.526,02 (trinta e um mil, quinhentos e vinte e seis reais e dois centavos) Belém/PA,
17 de agosto de 2021

(Assinado Digitalmente)

Lorenna França
Diretora de Secretaria, em substituição – Matrícula PA96067

Número do processo: 0844670-64.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: MARCOS


ANTONIO BARROS CAVALEIRO DE MACEDO Participação: ADVOGADO Nome: WILSON LINDBERGH
SILVA OAB: 11099/PA Participação: EXECUTADO Nome: FABIO LUIZ MONTEIRO CAVALCANTE
Participação: EXECUTADO Nome: LUCIANA OLIVEIRA PINTO DA SILVA TORRES Participação:
EXECUTADO Nome: JOSE LUIZ DOS SANTOS CAVALCANTE

PROCESSO: 0844670-64.2021.8.14.0301
EXEQUENTE: MARCOS ANTONIO BARROS CAVALEIRO DE MACEDO
EXECUTADO: FABIO LUIZ MONTEIRO CAVALCANTE, LUCIANA OLIVEIRA PINTO DA SILVA TORRES,
JOSE LUIZ DOS SANTOS CAVALCANTE

CERTIDÃO DE ADMISSÃO DA EXECUÇÃO

CERTIFICO e dou fé, em cumprimento ao despacho do (ID 31718901) e na forma do Art. 828, do
CPC, que tramita nesta 7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém o processo abaixo discriminado:

Processo: 0844670-64.2021.8.14.0301

Data de Autuação: 04 de Agosto de 2021

Exequente: MARCOS ANTONIO BARROS CAVALEIRO DE MACEDO CPF/CNPJ: 190.404.902-87

Executado (a): FABIO LUIZ MONTEIRO CAVALCANTE CPF/CNPJ: 753.413.362-91

Executado (a): LUCIANA OLIVEIRA PINTO DA SILVA TORRES CPF/CNPJ: 890.147.152-34

Executado (a): JOSE LUIZ DOS SANTOS CAVALCANTE CPF/CNPJ: 056.145.112-53

Valor da Causa: R$ 12.752,12 (Doze mil, setecentos e cinquenta e dois reais e doze centavos)

Belém/PA, 17 de agosto de 2021


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(Assinado Digitalmente)

Lorenna França
Diretor de Secretaria, em substituição – Matrícula PA96067

Número do processo: 0813169-92.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RONALDO DE JESUS


BRASIL DA CUNHA Participação: ADVOGADO Nome: LAIZE MARINA DE OLIVEIRA TEIXEIRA OAB:
27189/PA Participação: ADVOGADO Nome: ERICK PINHEIRO MAGALHAES OAB: 23256/PA
Participação: REU Nome: Operadora CLARO Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL GONCALVES
ROCHA OAB: 16538/PA

PROCESSO: 0813169-92.2021.8.14.0301
AUTOR: RONALDO DE JESUS BRASIL DA CUNHA
REU: OPERADORA CLARO

SENTENÇA

Dispenso o relatório, nos termos do art. 38 da Lei 9099/95, e decido.

Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito c/c repetição de indébito, indenização por dano
moral e material ajuizada por RONALDO DE JESUS BRASIL DA CUNHA em desfavor de OPERADORA
CLARO.

Pois bem, o autor provou os fatos constitutivos de seu direito, ao juntar documentação que comprova que,
ainda que cancelado o contrato com a ré, ela continuou encaminhando faturas para o endereço do autor.

Observe-se que após o cancelamento a autora encaminhou 8 faturas indevidas, no período de setembro
de 2019 a fevereiro de 2020.

Após efetuar reclamação via CALL CENTER, cujo números de protocolo juntou na inicial, a ré ainda
encaminhou mais duas cobranças indevidas ao autor, nos meses de setembro e outubro de 2020.

Além de tudo, o documento juntado no ID 23706225 comprova que, após reclamação na plataforma
consumidor.gov.br, a ré reconheceu seu erro, pediu desculpas ao autor, informando que todos os débitos
em aberto seriam cancelados, mas, de forma totalmente irresponsável, encaminhou cobrança à residência
do autor nos meses de janeiro e fevereiro de 2021, conforme documentos de ID 23706222 e 23706223.

Pelo que ressoa dos autos, o réu, ao receber a resposta da ré, com suas escusas, jamais acreditaria que
seria cobrado no mês seguinte, razão pela qual pagou a fatura referente ao mês de janeiro de 2021.

Houve clara falha na prestação de serviço da empresa demandada, agindo de forma irresponsável e
afrontosa, pois continuou encaminhando cobranças indevidas ao autor, mesmo após o cancelamento dos
serviços, bem como após reclamação via call center e na plataforma consumidor.gov.br.

O autor comprovou nos autos que é pessoa idosa e com deficiência, tendo que se desdobrar para
solucionar a questão, pois não bastou o simples cancelamento dos serviços para que deixasse de ser
cobrado por um débito que não era devido.

Assim, deve a ré indenizar o autor pelos danos morais sofridos.


686
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Neste caso, especificamente, o autor conseguiu provar a perda de seu tempo útil através de todo o
transtorno sofrido para conseguir deixar de ser cobrado por débito indevido.

Vejamos jurisprudência:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.


SERVIÇO DE TELEFONIA. COBRANÇAS INDEVIDAS. FATURAS PAGAS PELA PARTE AUTORA PARA
EVITAR INCLUSÃO DE SEU NOME EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO DE CRÉDITO. SENTENÇA DE
PARCIAL PROCEDÊNCIA. INSURGÊNCIA DA AUTORA.ALEGAÇÃO DE PERDA DO TEMPO ÚTIL DE
VIDA PELA CONSUMIDORA. EMISSÃO DE FATURAS INDEVIDAS POR DUPLICIDADE DE PLANO
TELEFÔNICO. TENTATIVAS REITERADAS DE SOLUÇÃO DA QUESTÃO NA VIA ADMINISTRATIVA.
RENITÊNCIA DA PRESTADORA DO SERVIÇO EM SOLUCIONAR O EQUÍVOCO. CONSUMIDORA
QUE, ALÉM DE PERMANECER MESES NA TENTATIVA DE CANCELAR UM DOS PLANOS
EXISTENTES EM SEU NOME, VIU-SE OBRIGADA A PAGAR AS FATURAS INDEVIDAS PARA
EVITAR SUA INSCRIÇÃO EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. SITUAÇÃO EXCEPCIONAL.
DANO MORAL CARACTERIZADO. BOA-FÉ DO CONSUMIDOR. RESGUARDO AO TEMPO ÚTIL DA
VIDA DO CONSUMIDOR QUE SE FAZ NECESSÁRIO NO CASO EM TESTILHA. DEVER
DE INDENIZAR CARACTERIZADO. INDENIZAÇÃO PELO ABALO ANÍMICO. OBSERVÂNCIA DOS
PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. REDISTRIBUIÇÃO DOS ÔNUS
SUCUMBENCIAIS.HONORÁRIOS RECURSAIS INAPLICÁVEIS À ESPÉCIE.RECURSO PROVIDO.
(TJSC, Apelação n. 5002466-97.2020.8.24.0045, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, rel. André Luiz
Dacol, Sexta Câmara de Direito Civil, j. 13-04-2021).

Utilizando-se do arbítrio dado ao magistrado na fixação do quantum indenizatório, sem afastar-se das
considerações relativas à condição econômica e social das partes, gravidade, circunstância do fato, e,
visando punir o ofensor, sem causar o enriquecimento ilícito da vítima, hei por bem fixar a indenização
devida à vítima no montante de R$ 3.000,00 (três mil reais).

A ré deve restituir a quantia indevida paga pelo autor em dobro, em face do que dispõe o parágrafo único
do art. 42 do Código de Defesa do Consumidor.

Diante do exposto, julgo PROCEDENTE o pleito do autor para declarar a inexistência de quaisquer
débitos do mesmo perante a ré, condenando-a a indenizá-lo pelos danos morais sofridos no importe de R$
3.000,00 (três mil reais), atualizado monetariamente pelo INPC, da data da fixação e juros de mora de 1%
(um por cento) ao mês, contados da citação, bem como restituir a quantia de R$ 51,92 (cinquenta e um
reais e noventa e dois centavos) e, já em dobro, referente à fatura do mês de janeiro de 2021, paga
indevidamente pelo autor, quantia que deve ser atualizada monetariamente pelo INPC contados da fixação
e juros de mora de 1% ao mês da citação e, por conseguinte, resolvo o mérito do processo, com base art.
487, I do Código de Processo Civil.

Isento de custas e honorários.

P. R. I. Cumpra-se.

Belém/PA, 7 de agosto de 2021.

GISELE MENDES CAMARÇO LEITE


Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, conforme Portaria nº
2574/2020-GP (DJE Edição 7035/2020)
687
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0001304-85.2010.8.14.0303 Participação: REQUERENTE Nome: PAULO


GUILHERME CARDOSO FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: ODILARDO VARELA -
ADVOCACIA registrado(a) civilmente como ODILARDO JOAO VARELA CARDOSO OAB: 15389/PA
Participação: REQUERIDO Nome: União Paraense dos Servidores Públicos - UPASP Participação:
ADVOGADO Nome: GEORGE SILVA VIANA ARAUJO OAB: 9354/PA

PROCESSO: 0001304-85.2010.8.14.0303
REQUERENTE: PAULO GUILHERME CARDOSO FERREIRA

REQUERIDO: UNIÃO PARAENSE DOS SERVIDORES PÚBLICOS - UPASP

INTIMAÇÃO

Pelo presente, V. Senhoria está INTIMADA, por meio do Sistema PJE e DJE, a indicar bens da
Executada, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de extinção do processo. Dou fé.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

SECRETARIA
7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Destinatário:
REQUERENTE: PAULO GUILHERME CARDOSO FERREIRA

Número do processo: 0847223-84.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ANA OTAVIA


BEZERRA COELHO Participação: ADVOGADO Nome: ISIS MARGARETH XAVIER GOMES OAB:
7791/PA Participação: REQUERIDO Nome: EDSON OLIVEIRA PEREIRA

PROCESSO: 0847223-84.2021.8.14.0301

REQUERENTE: ANA OTAVIA BEZERRA COELHO

REQUERIDO: EDSON OLIVEIRA PEREIRA

AÇÃO: ALVARÁ JUDICIAL

SENTENÇA

Vistos etc.,

A competência em razão da matéria é de ordem absoluta, devendo o Juiz conhecê-la de ofício (art. 64,
§1º, do NCPC).

A ação proposta objetiva a expedição de alvará judicial (art. 725, VII, NCPC). Ocorre que tal demanda
não é cabível em sede de Juizados Especiais, por se tratar de procedimento de jurisdição voluntária, que
deve ser processado de acordo com forma estabelecida no Código de Processo Civil Brasileiro, sendo
incompatível com o rito da Lei nº 9.099/95.
688
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nesse sentido está a jurisprudência, a saber:

PROCESSO CIVIL. ALVARÁ JUDICIAL REGULAMENTADO PELA LEI Nº6.858/80 - JURISDIÇÃO


VOLUNTÁRIA - INCOMPATIBILIDADE COM O RITO DOS JUIZADOS CÍVEIS. DIREITOS
SUCESSÓRIOS - LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL (ART. 28, INCISO I).
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.1. O Requerimento de Alvará Judicial, regulamentado pela Lei
nº 6.858/80, traduz atividade de jurisdição voluntária, incompatível com o procedimento dos Juizados
Especiais Cíveis.2. Compete exclusivamente à Vara de Órfãos e Sucessões o conhecimento dos feitos
relativos à sucessão causa mortis, nos termos do que dispõe o inciso I, do artigo 28 da Lei de Organização
Judiciária do Distrito Federal. 3. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.4. Sentença mantida por seus
próprios e jurídicos fundamentos, com súmula de julgamento servindo de acórdão, na forma do
artigo 46 da Lei nº 9.099/95.5. Custas e honorários pela recorrente. Diante do pedido de gratuidade de
justiça formulado, e que ora defiro, suspendo a exigibilidade da cobrança, nos termos do art. 12 da Lei nº
1.060/52.(TJ-DF- ACJ 20150910043158, Relator: ASIEL HENRIQUE DE SOUSA, Data do Julgamento:
14/04/2015, 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal, Publicado no DJE : 17/04/2015
. Pág.: 287)- (Grifos de agora).

ISSO POSTO, sendo manifesta a incompetência, julgo extinto o processo sem apreciação do mérito,
na forma do art. 51, inciso II, da Lei nº 9.099/95 c/c art. 485, inciso IV, do NCPC.

Sem condenação em custas e honorários (LJE, art. 55, caput).

Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquivem-se estes autos.

P. R. I.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

GISELE LEITE

Juíza de Direito

Número do processo: 0800808-13.2016.8.14.0303 Participação: REQUERENTE Nome: CLAUDIO


ROBERTO MACHADO DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: THYAGO ALBERTO BARRA
VELOSO OAB: 21630/PA Participação: ADVOGADO Nome: WANDER CLEYDSON MIRANDA MENEZES
OAB: 22932/PA Participação: REQUERIDO Nome: TIM CELULAR S.A Participação: ADVOGADO Nome:
CASSIO CHAVES CUNHA OAB: 12268/PA

PROCESSO: 0800808-13.2016.8.14.0303
REQUERENTE: CLAUDIO ROBERTO MACHADO DA COSTA
REQUERIDO: TIM CELULAR S.A

DECISÃO

Dispenso o relatório, nos termos do art. 38 da Lei 9099/95 e decido.

A impugnação à execução cinge-se a alegar excesso de execução, visto que as astreintes se tornaram o
ponto principal da questão, requerendo o impugnante a revisão pelo juízo.

A embargada requer a improcedência dos embargos.


689
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Não merece prosperar o pleito do impugnante, posto que a sentença que fixou a multa em favor do autor
transitou em julgado, inclusive em segundo grau de jurisdição.

No entanto, observo que os cálculos apresentados pelo impugnado estão incorretos, cabendo ao
juízo corrigi-los de ofício.

Observe-se que este juízo não está alterando a sentença prolatada, mas apenas adequando os cálculos
efetuados pelo impugnado aos exatos termos da sentença.

No cálculo do dano moral, juntado no ID 22539925, o impugnante aplicou juros compostos, incabível nas
condenações judiciais, que são todas atualizadas com juros simples.

E ainda, atualizou a multa devida pelo descumprimento da tutela com juros compostos, fazendo incidir
honorários sucumbenciais sobre ela, o que também é incabível, pois, quanto à atualização dos valores das
astreintes, o entendimento pacificado do Superior Tribunal de Justiça é de que cabe apenas a atualização
monetária, não a incidência de juros e nem multa, sob pena de bis in idem.

Vejamos:

JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS. CIVIL E PROCESSO CIVIL. IMPUGNAÇÃO CUMPRIMENTO DE


SENTENÇA. ACOLHIDA PARCIALMENTE. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE EXECUÇÃO. (...)
ASTREINTES DEVIDAS. JUROS DE MORA. BIS IN IDEM. CORREÇÃO MONETÁRIA. INCIDÊNCIA.
DATA DO ARBITRAMENTO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (...) Portanto, uma vez comprovado
o cumprimento total da obrigação de fazer apenas em agosto de 20204 e haja vista que o valor das
astreintes (R$ 3.000,00) se afigura razoável e proporcional às circunstâncias do caso, não merece
acolhimento a impugnação ao cumprimento de sentença ofertado pela executada, quanto à
inaplicabilidade da astreintes. A fixação de astreintes tem como finalidade sancionar e coagir o
devedor a adimplir sua obrigação de fazer, assim, a incidência de juros de mora sobre este
montante acarretaria inegável bis in idem (AgInt no AREsp 1568978/GO, Rel. Ministro ANTONIO
CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 04/05/2020, DJe 06/05/2020). Lado outro, incide
correção monetária sobre as astreintes, tratando-se de mera atualização do valor da moeda, desde a
data do arbitramento (Acórdão 1261663, 07263972520198070000, Relator: SÉRGIO ROCHA, 4ª Turma
Cível, data de julgamento: 1/7/2020, publicado no DJE: 28/7/2020. Pág.: Sem Página Cadastrada.).

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE COBRANÇA CUMULADA COM REPETIÇÃO DE INDÉBITO,
DANO MORAL E RESPONSABILIDADE CIVIL DISSUASÓRIA (EM FASE DE CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA). OBRIGAÇÃO. ASTREINTES. INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA. IMPOSSIBILIDADE.
VALOR CONSOLIDADO. ALEGAÇÃO DE EXCESSO. INSURGÊNCIA GENÉRICA. FATO GERADOR.
ATO ILÍCITO ANTERIOR A 20/06/2016. CRÉDITO CONCURSAL. MULTA E HONORÁRIOS PREVISTOS
NO § 1º, DO ART. 523 DO CPC. AFASTADOS DO CÁLCULO DA DÍVIDA. IMPOSSIBILIDADE DE
PAGAMENTO VOLUNTÁRIO. - Do não cabimento de juros moratórios sobre as astreintes: Incabível
a incidência de juros moratórios sobre o valor fixado a título de multa diária, sob pena de
configurar bis in idem, de acordo com entendimento do STJ, cabendo apenas correção monetária,
o que leva ao acolhimento do pedido recursal. - Do pleito de diminuição das astreintes: No que se
refere ao valor das astreintes, a parte recorrente insurge-se de maneira genérica e tampouco aporta aos
autos as memórias de cálculo apresentadas pelo exequente. De se frisar que a memória de cálculo
acostada pela recorrente sequer menciona o valor das astreintes. Assim, não deve haver qualquer reparo
no que toca ao montante consolidado a título de astreintes. Recurso desprovido no ponto. – (...)AGRAVO
DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO.(Agravo de Instrumento, Nº 70084984335, Décima
Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Gelson Rolim Stocker, Julgado em: 09-06-2021)

Quanto aos honorários sobre as astreintes, o entendimento do Superior Tribunal de Justiça é o seguinte:

PROCESSUAL CIVIL. CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ASTREINTES. REVISÃO. APRECIAÇÃO DE TODAS AS QUESTÕES RELEVANTES DA LIDE PELO


TRIBUNAL DE ORIGEM. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AOS ARTS. 11 E 489 DO CPC/2015.
PRECLUSÃO. AFASTAMENTO. AUSÊNCIA DE ALCANCE NORMATIVO DOS ARTIGOS INDICADOS.
SÚMULA N. 284/STF. ART. 927, III, DO CPC/2015. IMPERTINÊNCIA TEMÁTICA. SÚMULA N. 284/STF.
FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS N. 282 E 356 DO STF. INEXISTÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO A FUNDAMENTO DO ACÓRDÃO RECORRIDO. SÚMULA N. 283/STF. VALOR DAS
ASTREINTES. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INADMISSIBILIDADE.
SÚMULA N. 7/STJ. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM JURISPRUDÊNCIA DESTA
CORTE. SÚMULA N. 83/STJ. HONORÁRIOS. MULTA COMINATÓRIA. BASE DE CÁLCULO.
DESCABIMENTO. PRECEDENTES DO STJ. FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.
IMPUGNAÇÃO. AUSÊNCIA. SÚMULA N. 182/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO COMPROVADO.
DECISÃO MANTIDA. 1. (...) 2. (...) 3. (...) 4. (...) 5. (...) 6. Apenas em hipóteses excepcionais, quando
irrisório ou exorbitante o valor das astreintes, a jurisprudência desta Corte permite o afastamento da
Súmula n. 7/STJ, para possibilitar a revisão. No caso, à mingua de um maior detalhamento sobre os fatos
da causa no aresto impugnado, não há como aferir a razoabilidade e a proporcionalidade da referida
multa, somente com base nos cálculos e nas alegações da parte trazidas no agravo interno, sem incorrer
no mencionado óbice. 7. (...) 8. No caso, a Corte local, inadmitindo o pedido de revisão das astreintes com
base apenas na comparação do valor consolidado do encargo com a importância da obrigação principal,
não destoou da jurisprudência do STJ. 9. Inadmissível o recurso especial quando o entendimento adotado
pelo Tribunal de origem coincide com a jurisprudência do STJ (Súmula n. 83/STJ). 10. Conforme a
jurisprudência do STJ, "as astreintes, por serem um meio de coerção indireta ao cumprimento do
julgado, não ostentam caráter condenatório, tampouco transitam em julgado, o que as afasta da
base de cálculo dos honorários advocatícios'' (AgInt nos EDcl no AgInt nos EDcl no AREsp n.
1.360.879/PI, Relator Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em
22/3/2021, DJe 25/3/2021), o que impede o arbitramento de verba honorária sucumbencial sobre a
parcela das astreintes afastada em segunda instância. 11. (...) 12. Divergência jurisprudencial não
comprovada, ante a incidência das Súmulas n. 282, 356 e 283 do STF e 7 e 83 do STJ. 13. Agravo interno
a que se nega provimento. (AgInt no AREsp 1417586/DF, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA,
QUARTA TURMA, julgado em 31/05/2021, DJe 07/06/2021).

Assim, o cálculo dos danos morais, deve ser efetuado com juros simples de 1% ao mês, multa de 1% pela
improcedência dos embargos de declaração perante as Turmas Recursais, multa de 10% pelo não
pagamento no prazo legal e honorários de sucumbência de 20% sobre o valor.

O cálculo efetuado pelo juízo alcançou o patamar de R$ 9551,51.

As astreintes devem ser atualizadas monetariamente pelo INPC tão somente, conforme entendimento
consolidado do Superior Tribunal de Justiça, alcançando o patamar de R$ 20.814,15.

Os cálculos têm termo final na data do bloqueio no SISBAJUD, quando garantido o juízo.

Diante do exposto, julgo improcedente os embargos à execução, com base nos fundamentos supra.

No entanto, reconheço de ofício erro de cálculo efetuado pelo exequente, determinando ao contador do
juízo, que os refizessem, conforme termos da sentença e fundamentação supra, bem como entendimento
do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, alcançando o VALOR TOTAL de R$ 30.265,66 (trinta mil e
duzentos e sessenta e cinco reais e sessenta e seis centavos), conforme documento em anexo.

Concordando as partes, em face do bloqueio efetuado via sistema SISBAJUD já encontrar-se à disposição
do juízo, defiro desde já o levantamento do valor de R$ 30.265,66 pelo exequente e a devolução do valor
de R$ 17.264,69 (dezessete mil e duzentos e sessenta e quatro reais e sessenta e nove centavos) à
executada.

Não interessa ao juízo a apólice juntada pela executada, visto que o juízo já se encontrava seguro pelo
bloqueio SISBAJUD.
691
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

P. I. Cumpra-se.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021.

GISELE MENDES CAMARÇO LEITE


Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, conforme Portaria nº
2574/2020-GP (DJE Edição 7035/2020)

Número do processo: 0846856-60.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: MARIA LEIA


RODRIGUES DO AMARAL Participação: ADVOGADO Nome: CEZAR ALGUSTO LIMA DA SILVA
registrado(a) civilmente como CEZAR ALGUSTO LIMA DA SILVA OAB: 22463/PA Participação:
RECLAMADO Nome: BANCO BPN BRASIL S.A

PROCESSO: 0846856-60.2021.8.14.0301
RECLAMANTE: MARIA LEIA RODRIGUES DO AMARAL
RECLAMADO: BANCO BPN BRASIL S.A

DECISÃO

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38 da Lei nº 9.099/95.

O Código de Defesa do Consumidor adotou, como princípio, o reconhecimento da vulnerabilidade do


consumidor e a necessidade de facilitação de sua defesa, pelo que inverto o ônus da prova (art. 6º,
inciso VIII, do CDC). Assim, enquanto não for apresentada pela Requerida uma fundamentação
juridicamente possível e que venha a rechaçar os argumentos da Demandante, há de se ter como
verdadeiros os fatos declinados na petição inicial, no sentido de que o autor fora enganado ao efetuar um
empréstimo para quitação de outro, com taxas melhores, fato que não ocorreu.

No entanto, para a concessão antecipada de tutela provisória de urgência, faz-se necessária a conjugação
de dois requisitos: a probabilidade do direito pleiteado, mediante a comprovação documental das
alegações do Autor (prova inequívoca), e que esteja caracterizado o perigo de dano ou risco ao resultado
útil do processo, conforme dispõe o art. 300, caput, e seu §2º, da Lei nº 13.105/2015 (CPC).

Em que pese vislumbrar alguma probabilidade do direito pleiteado, não vislumbro perigo de dano, posto
que, conforme documentos juntados aos autos, os últimos descontos ocorridos em conta da autora foram
no mês de janeiro deste ano, não havendo mais descontos.

Assim, não se justifica o receio de novos descontos.

Os demais descontos perpetrados, na sentença meritória, após apresentação de contestação pela ré,
serão analisados, declarando a legalidade ou não dos mesmos, conforme prova dos autos.

Diante do exposto, não concedo a tutela provisória de urgência, nos termos acima fundamentados.

Defiro o pedido de assistência judiciária gratuita.

Cite-se. Intimem-se. Cumpra-se.


692
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém/PA, 17 de agosto de 2021.

GISELE MENDES CAMARÇO LEITE


Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, conforme Portaria nº
2574/2020-GP (DJE Edição 7035/2020)

Número do processo: 0103348-12.2015.8.14.0303 Participação: REQUERENTE Nome: MARIA DO


SOCORRO RAMOS BRITO Participação: ADVOGADO Nome: LORENA RAFAELLA GONCALVES
COUTO OAB: 21365/PA Participação: REQUERIDO Nome: AROUCHA ADVOGADOS ASSOCIADOS S/S
- EPP Participação: REQUERIDO Nome: SALOMAO DOS SANTOS MATOS

PROCESSO: 0103348-12.2015.8.14.0303
REQUERENTE: MARIA DO SOCORRO RAMOS BRITO

REQUERIDO: AROUCHA ADVOGADOS ASSOCIADOS S/S - EPP, SALOMAO DOS SANTOS MATOS

DESPACHO

Intime-se a exequente para que informe o endereço do executado, em face do que consta nas certidões
de ID 30653967 e 29170062, no prazo de 30 dias, sob pena de extinção do processo, com base no §4º do
art. 53 da Lei 9099/95.

Cumpra-se.

Belém/PA, 15 de agosto de 2021.

GISELE MENDES CAMARÇO LEITE


Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, conforme Portaria nº
2574/2020-GP (DJE Edição 7035/2020)

Número do processo: 0856089-86.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: DANIEL


AZEVEDO FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: MAX AGUIAR JARDIM OAB: 10812/PA
Participação: REQUERIDO Nome: JORGE LUIZ VIDAL

PROCESSO: 0856089-86.2018.8.14.0301
REQUERENTE: DANIEL AZEVEDO FERREIRA

REQUERIDO: JORGE LUIZ VIDAL


693
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DESPACHO

Em que pese insuficiente para pagamento do débito, o valor bloqueado fora transferido para conta do
juízo.

Intime-se o exequente para indicar bens à penhora sob pena de extinção da execução, com base no §4º
do art. 53 da Lei 9099/95.

Cumpra-se.

Belém/PA, 15 de agosto de 2021.

GISELE MENDES CAMARÇO LEITE


Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, conforme Portaria nº
2574/2020-GP (DJE Edição 7035/2020)

Número do processo: 0830112-24.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ROSA IBIAPINA DOS


SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: DANILO DE OLIVEIRA SPERLING OAB: 27600/PA
Participação: ADVOGADO Nome: edil nascimento montelo OAB: 30355/PA Participação: REU Nome:
SERGIO RENATO FREITAS DE OLIVEIRA JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: SERGIO RENATO
FREITAS DE OLIVEIRA JUNIOR OAB: 015837/PA

PROCESSO: 0830112-24.2020.8.14.0301
AUTOR: ROSA IBIAPINA DOS SANTOS
REU: SERGIO RENATO FREITAS DE OLIVEIRA JUNIOR

SENTENÇA

Dispenso o relatório, nos termos do art. 38 da Lei 9099/95 e decido.

Os embargos de declaração são previstos no art. 1022, incisos I a III do Código de Processo Civil, in
verbis: “Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer
obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material”.

A embargante alega obscuridade na sentença prolatada, posto que não considerou a ausência do
advogado e da autora pelo fato de o advogado está participando de audiência em outra vara.

Pois bem, a sentença não fora obscura.


694
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Este juízo não aceitou a justificativa do advogado da autora, posto que a audiência designada nesta vara,
o foi anteriormente à designada na 12ª vara, cabendo ao advogado pleitear a remarcação da que ocorreria
na 12ª vara, posto que designada posteriormente.

Outro ponto a ressaltar é que em novembro de 2020 foi designada audiência pela 12ª vara no mesmo dia
da designada nesta vara, mas o advogado e a autora juntaram justificativa para ausência apenas na
véspera da audiência, o que acarretou prejuízos, tanto ao Poder Judiciário, que poderia ter encaixado
outra audiência no lugar, bem como ao réu, que compareceu com seu advogado.

Diante do exposto, acolho os embargos de declaração apresentados, posto que tempestivos, negando-
lhe provimento, com base na fundamentação supra.

Remetam-se os autos à Turma Recursal, uma vez que já interposto recurso inominado.

P. I. C.

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

GISELE MENDES CAMARÇO LEITE


Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, conforme Portaria nº
2574/2020-GP (DJE Edição 7035/2020)

Número do processo: 0875595-77.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: FABIA DE MELO


FOURNIER Participação: ADVOGADO Nome: ELISA MONTEIRO GOMES OAB: 27661/PA Participação:
REU Nome: GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES S.A.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


7ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. Alcindo Cacela, 287, UNAMA, Bloco: "E", 1° andar, Umarizal, Belém/PA, CEP: 66060-902

Processo: 0875595-77.2020.8.14.0301
Reclamante: FABIA DE MELO FOURNIER
Reclamado: GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES S.A.

ATO ORDINATÓRIO

Em cumprimento ao Provimento 006/2006-CJRMB-TJPA, e tendo em vista os termos das Portarias


Conjuntas nº 007/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-TJPA, 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-TJPA e 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, a AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO designada
para o dia 09/09/2021 10:00 horas, será realizada de forma VIRTUAL pela Plataforma de Comunicação
Microsoft Teams. Ficando V. Sa. INTIMADA a se fazer presente através do link abaixo:

Link para Sala de Audiência Virtual: https://teams.microsoft.com/l/meetup-


join/19%3ameeting_OGE0ZGU1ZTAtOGNjYy00ODY2LTkwMTAtNTYzMWM0OTI1NTRl%40thread.v2/0
?context=%7b%22Tid%22%3a%225f6fd11e-cdf5-45a5-9338-
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%2267d3d29e-3c04-4f63-ad61-3e34f190998b%22%7d
695
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Desta forma, o ato será realizado mediante utilização de recurso tecnológico de transmissão de som e
imagem, por videoconferência e em tempo real, devendo as partes e os advogados acessarem a
audiência no dia e horário designados, por computador, celular (smartphone) ou tablet, sem necessidade
de instalação do referido aplicativo (utilizando navegador Google Chrome), por meio do link acima.

As partes estão advertidas de que o não comparecimento injustificado à audiência por videoconferência,
no dia e horário designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do processo sem resolução do
mérito, e, na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art. 20, combinado com o art. 23 e o
art. 51, inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI,
devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.

Caso não haja acordo, será imediatamente realizada a Instrução do feito, devendo a parte Reclamada
ter apresentado, até este momento, defesa escrita ou oral e produzido as provas admitidas em
direito que entender necessárias, inclusive por testemunhas, no máximo de três. Adverte-se, ainda, que
as partes devem estar munidas de documento original de identificação, com foto. Esclarecimentos
adicionais podem ser dirimidos pelo e-mail 7jecivelbelem@tjpa.jus.br ou pelo telefone celular da Vara
(91)99233-0746 (WhatsApp). O referido é verdade, do que dou fé.

O referido é verdade e dou fé.

Belém/PA, 11 de agosto de 2021.

SECRETARIA

7ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Destinatário: AUTOR: FABIA DE MELO FOURNIER - VIA PJE DJE

Destinatário: REU: GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES S.A. - VIA AR

Número do processo: 0842935-35.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JOAO BRASIL


LOPES WANZELER JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: ANNA KARLA NACIF JENNINGS SILVA
OAB: 25064/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO BRASIL LOPES WANZELER JUNIOR OAB:
26276/PA Participação: REQUERIDO Nome: BANPARA Participação: ADVOGADO Nome: ERON
CAMPOS SILVA OAB: 11362/PA

PROCESSO: 0842935-35.2017.8.14.0301
REQUERENTE: JOAO BRASIL LOPES WANZELER JUNIOR
REQUERIDO: BANPARA

SENTENÇA

Dispenso o relatório, nos termos do art. 38 da Lei 9099/95 e decido.

Trata-se de impugnação ao cumprimento da sentença, alegando o banco réu excesso de execução.

A fim de fundamentar seu pleito, junta uma gama de jurisprudência do Superior Tribunal de justiça, a fim
de demonstrar que não há limitação de descontos quando o contrato é efetuado para desconto em conta
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

corrente.

No entanto o banco réu esquece-se de que estamos em fase de cumprimento de sentença, tendo
transitado em julgado acórdão que o condenou em tal limitação de descontos.

Não há possibilidade deste juízo acatar tais precedentes do Superior Tribunal de Justiça após o trânsito
em julgado da sentença.

As matérias elencadas na impugnação são as que foram expostas a todo momento nestes autos e
rechaçada pela decisão da Turma Recursal, que revogou a sentença de improcedência do juízo e limitou o
desconto.

Se o réu não recorreu da decisão, não cabe em sede de impugnação aventá-las novamente.

Até porque, em se tratando de alegação e excesso de execução, os §§4º e 5º do art. 525 do Código de
Processo Civil dispõe: “§ 4º Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução,
pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que
entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo.” § 5º Na
hipótese do § 4º, não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, a impugnação
será liminarmente rejeitada, se o excesso de execução for o seu único fundamento, ou, se houver
outro, a impugnação será processada, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução.

Diante do exposto, rejeito liminarmente a impugnação, com base nos fundamentos supra.

P. I. C.

Belém/PA, 17 de agosto de 2021.

GISELE MENDES CAMARÇO LEITE


Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, conforme Portaria nº
2574/2020-GP (DJE Edição 7035/2020)

Número do processo: 0858562-74.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO CATA VENTO Participação: ADVOGADO Nome: CRISTOVINA PINHEIRO DE MACEDO OAB:
5949/PA Participação: EXECUTADO Nome: FRANCISCO SOARES NAPOLEAO Participação:
ADVOGADO Nome: SERGIO GOMES DA SILVA JUNIOR OAB: 9823/PA

PROCESSO: 0858562-74.2020.8.14.0301
EXEQUENTE: CONDOMINIO DO EDIFICIO CATA VENTO
EXECUTADO: FRANCISCO SOARES NAPOLEAO

DESPACHO

- Os embargos de declaração opostos pelo reclamado (ID: 31640068) estão tempestivos. Assim, intime-se
o reclamante para oferecer as contrarrazões no prazo de lei se assim desejar.
697
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

- O reclamado interpôs recurso inominado (ID: 31640079), tendo o reclamante oferecido as contrarrazões
(ID: 31826526), todavia, deixo para remeter à Turma Recursal após o julgamento dos referidos embargos
declaratórios.

- Decorrido o prazo da intimação, retornar conclusos para julgamento.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

GISELE MENDES CAMARÇO LEITE


Juíza de Direito

Número do processo: 0856694-61.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARCOS VENICIUS


BITENCOURT DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA CLEUZA DE JESUS OAB: 20413/MT
Participação: REU Nome: TELEFONICA BRASIL S.A. Participação: ADVOGADO Nome: WILKER
BAUHER VIEIRA LOPES OAB: 29320/GO

PROCESSO Nº: 0856694-61.2020.8.14.0301

AUTOR: MARCOS VENICIUS BITENCOURT DE SOUZA

REU: TELEFONICA BRASIL S.A.

AÇÃO: [Inclusão Indevida em Cadastro de Inadimplentes]

SENTENÇA

Para efeito de movimentação do sistema PJE, RATIFICO a sentença já proferida em audiência.

Pagas as custas, se houver condenação a respeito, e cumpridas as determinações, arquivem-se estes


autos.

Belém(PA), 16 de agosto de 2021

GISELE MENDES CAMARÇO LEITE

JUÍZA DE DIREITO

Número do processo: 0849234-57.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BENEDITO DOS


SANTOS OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: OSVALDO JOSE PEREIRA DE CARVALHO OAB:
007098/PA Participação: REQUERIDO Nome: TRES COMERCIO DE PUBLICACOES LTDA. Participação:
ADVOGADO Nome: SAULO VELOSO SILVA OAB: 15028/BA Participação: ADVOGADO Nome:
RODRIGO BORGES VAZ DA SILVA OAB: 15462/BA

PODER JUDICIÁRIO
698
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

PROCESSO: 0849234-57.2019.8.14.0301
REQUERENTE: BENEDITO DOS SANTOS OLIVEIRA

REQUERIDO: TRES COMERCIO DE PUBLICACOES LTDA.

INTIMAÇÃO

Pelo presente, V. Senhora está INTIMADA, via PJE e DJE, acerca da sentença do ID 31463592
para, querendo, apresentar recurso no prazo legal, bem como está INTIMADA para, querendo, apresentar
contrarrazões aos Embargos de Declaração opostos no ID 31868859, no prazo legal e por meio de
advogado habilitado. O referido é verdade e dou fé.

Belém-PA, 17 de agosto de 2021.

SECRETARIA

7ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Destinatário: Nome: TRES COMERCIO DE PUBLICACOES LTDA.

Número do processo: 0848206-54.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: MAISSA


ASSUNCAO DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: TIAGO FERREIRA DA CUNHA OAB:
15009/PA Participação: ADVOGADO Nome: THALITA PEREIRA CARNEIRO DELGADO OAB: 15354/PA
Participação: RECLAMADO Nome: TELEFONICA BRASIL S/A Participação: ADVOGADO Nome: WILKER
BAUHER VIEIRA LOPES OAB: 29320/GO Participação: RECLAMADO Nome: ZURICH MINAS BRASIL
SEGUROS S/A Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CARLOS VAN CLEEF DE ALMEIDA SANTOS
registrado(a) civilmente como JOSE CARLOS VAN CLEEF DE ALMEIDA SANTOS OAB: 273843/SP

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Av. Alcindo Cacela, 287, UNAMA, Bloco: "E", 1° andar, Umarizal, Belém/PA, CEP: 66060-902

PROCESSO: 0848206-54.2019.8.14.0301
RECLAMANTE: MAISSA ASSUNCAO DA COSTA

RECLAMADO: TELEFONICA BRASIL S/A, ZURICH MINAS BRASIL SEGUROS S/A


699
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

CERTIDÃO E INTIMAÇÃO

Certifico e dou fé, para os devidos fins de direito, que designei a Audiência Una de Conciliação,
Instrução e Julgamento para o dia 24/11/2021 10:30 horas, que se realizará nesta 7ª Vara do Juizado
Especial Cível de Belém, situada à Av. Alcindo Cacela, 287, UNAMA, Bloco: "E", 1° andar, Umarizal,
Belém/PA, CEP: 66060-902 e da qual as partes estão INTIMADAS neste ato (Via PJE e DJE).

Advertências:

- O não comparecimento da parte autora à Audiência de Conciliação e/ou Instrução e Julgamento,


ensejará a extinção do processo sem julgamento do mérito, assim como, se não justificar a ausência, será
condenado em custas judiciais.

- O não comparecimento à Audiência de Conciliação e/ou Instrução e Julgamento ensejará à parte


reclamada a aplicação da revelia, reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor. (Art. 20 da Lei
9.099/95).

- Na Audiência de Instrução e Julgamento poderá a parte compor acordo ou, caso contrário, na mesma
ocasião, apresentar defesa escrita ou oral e produzir as provas admitidas em direito que entender
necessárias, inclusive testemunhas, no máximo de 03 (três), as quais poderá apresentar no dia da
audiência ou requerer a este Juízo a sua intimação, no prazo de até 05 (cinco) dias da realização da
audiência. Se o valor da causa for superior a 20 (vinte) salários mínimos, deverá comparecer
acompanhado de advogado, sendo que neste caso, a ausência de contestação, escrita ou oral, ainda que
presente o réu, implicará em revelia (Enunciado nº 11 - FONAJE (RJ).

- O comparecimento pessoal da parte à audiência é obrigatório. A parte ré, tratando-se de pessoa jurídica,
deverá exibir na referida audiência os Atos Constitutivos da Empresa em cópia autenticada e fazendo-se
representar por preposto, com a devida carta de preposição em original, sob pena de revelia. Ciente,
ainda, da necessidade de apresentação da contestação na Audiência de Instrução e Julgamento.

- Nas causas que tratam de relação de consumo, há a possibilidade de inversão do ônus da prova
(ENUNCIADO 53 – FONAJE).

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

SECRETARIA

7ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM


700
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0829725-09.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


VILLE LAGUNA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO HENRIQUE GARCIA TAVARES OAB:
022224/PA Participação: EXECUTADO Nome: AURORA BATISTA PEREIRA MENDES

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0829725-09.2020.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Despesas Condominiais]
Reclamante: Nome: CONDOMINIO VILLE LAGUNA
Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, 4310, Condomínio Ville Laguna, Parque Verde, BELéM - PA -
CEP: 66635-110

Reclamado: Nome: AURORA BATISTA PEREIRA MENDES


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, 4310, Condomínio Ville Laguna, torre 3, apartamento 806,
Parque Verde, BELéM - PA - CEP: 66635-110

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Vistos.

Dispenso o relatório na forma do art. 38, da Lei nº 9.099/95.

DECIDO.

DA REVELIA

Considerando que a Ré foi regularmente citada/intimada e mesmo assim não apresentou contestação (Id
31624034), aplico-lhe a pena de revelia, nos termos do art. 20, da Lei nº 9.099/95, presumindo-se
verdadeiros os fatos narrados na inicial.

PASSO AO MÉRITO.

A hipótese é de parcial procedência com base nos fundamentos que seguem.

Em razão do inadimplemento das quotas condominiais (dívida propter rem) dos meses de junho/17,
abril/18 a dezembro/18, janeiro/19 a dezembro/19 e janeiro/20 a fevereiro/20, referentes ao Apartamento
806, da Torre 3 do Condomínio Autor, na suposta quantia total de R$-11.624,11 (onze mil, seiscentos e
vinte e quatro reais e onze centavos - Id 16675737), ajuizou-se a presente demanda, cujo fundamento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

encontra-se no art. 1.348, VII, do CC/02.

QUANTO AOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Compulsando o histórico de dívidas, verifica-se que foi acrescida cobrança de honorários


advocatícios de 20% (vinte por cento) sobre o valor do débito (Id 16675737).

Não obstante o art. 26, da Convenção Condominial (Id 16675718) preveja a incidência de honorários, a
cobrança desta verba vai de encontro ao entendimento firmado por este Juízo que, de ofício, os tem
afastado.

Isso porque, se opta o Condomínio Autor pelo procedimento dos Juizados Especiais, com todas as
facilidades a ele inerentes, notadamente a isenção de custas e a celeridade do rito, deve, de igual sorte,
adequar-se às restrições impostas pela Lei.

Desse modo, se os arts. 54 e 55, da LJE impossibilitam a condenação em custas e honorários


neste grau de jurisdição, por decorrência lógica, resta impossibilitada a cobrança da referida verba pela via
eleita no presente feito, o que impõe o seu afastamento.

QUANTO AOS VALORES DEVIDOS

Feitas as considerações acima e diante da ausência de impugnação dos fatos narrados na inicial, a
condenação da Ré ao pagamento é medida que se impõe.

Apenas para facilitar a liquidação, adotar-se-á o valor singelo (principal) de cada parcela, ou seja,
aquele da data do seu vencimento (Id – 16675737).

Portanto, diante dos liames acima delineados, tem-se que a quantia principal e singela devida pala parte
Ré é de R$-8.052,73 (oito mil e cinquenta e dois reais e setenta e três centavos).

Sobre essa quantia deverá incidir correção monetária pelo IGPM, bem como juros de mora de 1% ao mês
e multa de 2%. Tudo a contar do vencimento de cada uma das quotas condominiais a serem consideradas
isoladamente (art. 26, da Convenção Condominial – Id 16675718).

DISPOSITIVO

ISSO POSTO, com fundamento no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido inicial para condenar a parte Ré a pagar à parte Autora a
quantia principal de R$-8.052,73 (oito mil e cinquenta e dois reais e setenta e três centavos), corrigida
monetariamente pelo IGPM, acrescida de juros de mora de 1% ao mês, bem como de multa de 2%.

Tudo a contar do vencimento de cada uma das quotas condominiais ordinárias consideradas isoladamente
(art. 26, da Convenção Condominial – Id 16675718).

Sem custas e honorários nesta instância, conforme artigos 54 e 55 da Lei 9.099/95.

Na hipótese de pagamento, inexistindo impugnação e caso não se tenha iniciado nova fase processual,
expeça-se alvará em benefício da parte credora e arquivem-se.

Em havendo interposição de Recurso Inominado, que desde já recebo apenas no efeito devolutivo (art. 43,
da LJE), abra-se prazo para a parte contrária, querendo, oferecer Contrarrazões e, após, remetam-se os
autos à Turma Recursal que tocar por distribuição.

Ocorrendo o trânsito em julgado e nada mais havendo, arquivem-se.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

P.R.I.C.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0807735-25.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: J. D. S. M.


Participação: ADVOGADO Nome: HAYNNER ASEVEDO DA SILVA OAB: 3977/TO Participação:
RECLAMADO Nome: B.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Processo nº 0807735-25.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Liminar]
Reclamante: Nome: JOCIONE DA SILVA MOURA
Endereço: Quadra 110 Norte Alameda 3, 41, Plano Diretor Norte, PALMAS - TO - CEP: 77006-128

Reclamado: Nome: BANPARA


Endereço: 1º de Maio, Agência 0031-00, Centro, RONDON DO PARá - PA - CEP: 68638-000

SENTENÇA

Vistos, etc.

Trata-se de PEDIDO CAUTELAR EM CARÁTER ANTECEDENTE apresentado por JOCIONE DA SILVA


MOURA em face de BANCO DO ESTADO DO PARÁ – BANPARÁ.

DECIDO.

No encontro nacional dos Juizados Especiais (FONAJE), realizado em Belo Horizonte/MG no período de
25 a 27 de novembro de 2015, foi aprovado o Enunciado nº 163, que dispõe in verbis:

Os procedimentos de tutela de urgência requeridos em caráter antecedente, na forma prevista nos arts.
303 a 310 do CPC/2015 são incompatíveis com o Sistema dos Juizados Especiais.

Corroborando o teor do Enunciado acima, ressalto que de acordo com o artigo 304 do CPC, a tutela
antecipada concedida nos termos do artigo 303 torna-se estável se da decisão que a conceder, não for
interposto o respectivo recurso, o que resta impossibilitado em sede de Juizados Especiais, já que contra
as decisões interlocutórias proferidas não cabe interposição de Agravo de Instrumento.

Diante dessa constatação, é de se impor a extinção do feito sem resolução do mérito, com base no artigo
51, II da LJE.

E ainda que assim não o fosse, observo que foi atribuído à causa o valor de R$1.000,00 (mil reais), porém
dos documentos carreados com o pedido de tutela de urgência em caráter antecedente, é possível notar
que esse valor não condiz com a real pretensão do reclamante, porquanto da tela vinculada ao ID
22745773, p. 3, verifica-se que consta um bloqueio na conta do reclamante no valor de R$59.951,45
(cinquenta e nove mil, novecentos e cinquenta e um reais e quarenta e cinco centavos). Logo, sendo certo
que ao final a pretensão do reclamante será o desbloqueio/restituição desse valor, tornar-se-á imperiosa a
adequação do valor da causa para R$59.951,45 (cinquenta e nove mil, novecentos e cinquenta e um reais
e quarenta e cinco centavos), o que, em consequência, ultrapassará o limite previsto no art. 3º, I da Lei nº
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

9.099/95, e fatalmente afastará a competência dos Juizados Especiais.

Outrossim, destaco que no âmbito dos Juizados Especiais, a extinção do processo independerá, em
qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das partes (art. 51, §1º, da Lei nº 9.099/95).

Ante o exposto, nos termos da fundamentação, julgo extinto o processo sem resolução de mérito
com fundamento nos artigos 51, II da LJE e art. 485, IV, do CPC, ressalvando ao reclamante a
possibilidade de manejo das vias ordinárias para o exercício do seu direito.

Sem custas e honorários advocatícios, a teor do disposto nos artigos 54 e 55 da Lei 9.099/95.

P.R.I.

Adotadas as formalidades legais, arquivem-se os autos.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do Provimento nº
003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.

Belém, data e assinatura infra por certificado digital.

Número do processo: 0839907-20.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: BRUNO COSTA


FREITAS Participação: ADVOGADO Nome: GISELLE RODRIGUES FONTOURA OAB: 25800/PA
Participação: RECLAMADO Nome: Aldrin Souza

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0839907-20.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Agêncie e Distribuição, Alienação Fiduciária, Obrigação de Fazer / Não Fazer]
Reclamante: Nome: BRUNO COSTA FREITAS
Endereço: Travessa Três de Maio, 754, São Brás, BELéM - PA - CEP: 66063-388

Reclamado: Nome: Aldrin Souza


Endereço: Rua J, 07, (Cj Euclides Figueiredo), Marambaia, BELéM - PA - CEP: 66620-810

Vistos.

Dispenso o relatório, na forma do art. 38, da Lei nº 9.099/95.

Homologo o pedido de desistência para que produza todos os seus efeitos legais, em consonância com o
disposto no Enunciado nº 90, do FONAJE.

ISSO POSTO, nos termos do art. 485, VIII, do CPC, JULGO EXTINTO O FEITO SEM O JULGAMENTO
DO MÉRITO.
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Sem custas e honorários neste grau de jurisdição (arts. 54 e 55, da Lei nº 9.099/95).

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Após, arquive-se.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0873340-49.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ROGELIO SANTANA


FERNANDEZ Participação: ADVOGADO Nome: NAYARA SOANNY DE JESUS SANTIAGO OAB:
27247/PA Participação: ADVOGADO Nome: CARINA AMARAL DA LUZ OAB: 20462/PA Participação:
ADVOGADO Nome: GABRIEL OLIVEIRA MORAES DE SOUZA OAB: 25026/PA Participação:
ADVOGADO Nome: TIAGO MEGALE DE LIMA OAB: 20084/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ
FERNANDO GUARACIO DA LUZ OAB: 3163/PA Participação: REU Nome: BANCO BRADESCO S.A
Participação: REU Nome: BANCO BRADESCO CARTOES S.A. Participação: ADVOGADO Nome:
WILSON BELCHIOR OAB: 20601/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Processo nº 0873340-49.2020.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Cartão de Crédito, Indenização por Dano Moral, Inclusão Indevida em Cadastro de
Inadimplentes, Cartão de Crédito]
Reclamante: Nome: ROGELIO SANTANA FERNANDEZ
Endereço: Avenida Serzedelo Corrêa, 347, apto 1802, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66035-400

Reclamado: Nome: BANCO BRADESCO S.A


Endereço: Núcleo Cidade de Deus s/n, Vila Yara, OSASCO - SP - CEP: 06029-900

SENTENÇA

Relatório dispensado a teor do disposto no art. 38 da Lei nº 9.099/95.

DECIDO.

Preliminar de retificação do polo passivo: Defiro o pedido e determino a correção no polo passivo da
demanda, para que conste a empresa BANCO BRADESCO CARTÕES S/A, CNPJ nº 59.438.325/0001-01.

Preliminar de impugnação à justiça gratuita: O reclamado defende que, além de não ter restado
comprovado o alegado estado de pobreza, o reclamante está assistido por causídico particular, o que
afirma demonstrar que tem possibilidade de arcar com os ônus de contenda judicial, motivo pelo qual
pugna pela não concessão do benefício da gratuidade pleiteado.

Não desconheço os argumentos expostos pelo reclamado, todavia, trata-se de processo de competência
dos Juizados Especiais, que no artigo 54 de sua legislação especial dispõe, verbis:

Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de
custas, taxas ou despesas.

Ademais, o simples fato de o reclamante estar assistido por advogado não obsta o deferimento da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

gratuidade da justiça.

Neste contexto, rejeito a impugnação apresentada, mantendo-se a gratuidade concedida neste grau de
jurisdição, ficando, contudo, a cargo da Turma Recursal, em caso de eventual interposição de recurso, a
análise sobre a manutenção ou não dos benefícios da justiça gratuita naquela instância.

Inexistindo outras preliminares a serem discutidas, passo à análise de mérito.

As provas constantes nos autos são suficientes para provar os fatos alegados, não havendo necessidade
de produção de outras provas, motivo pelo qual, a despeito de a lide compreender controvérsia de fato,
reclama julgamento antecipado do mérito, forte no art. 355, inciso I, do CPC/2015.

Outrossim, a doutrina consumerista ensina que o direito do consumidor ingressa no sistema jurídico
fazendo um corte horizontal, alcançando toda e qualquer relação jurídica que possa ser considerada de
consumo, mesmo que regrada por outra fonte normativa. Assim, como regra de julgamento, e presentes
os requisitos autorizadores (verossimilhança e hipossuficiência), fica invertido o ônus da prova, nos termos
do art. 6º, VIII, do CDC. Importante consignar, entretanto, que tal deferimento não desonera a parte a
quem aproveita de produzir as provas que consubstanciem o direito que alega e para as quais não seja,
por qualquer razão, hipossuficiente para produzir (art. 373, I, do CPC).

Neste contexto, tenho que a hipótese é de procedência em parte do pedido autoral.

Compulsando aos autos, verifica-se que a controvérsia posta cinge-se em verificar sobre a licitude ou não
dos débitos lançados no cartão de crédito do reclamante, relacionados a compras que ele não reconhece,
bem ainda sobre a legitimidade ou não das negativações do nome do reclamante levadas a efeito pelo
reclamado.

Desta feita, para melhor elucidação do caso posto, necessária a análise das faturas de cartão de crédito,
tanto as juntadas pelo reclamante, como pelo reclamado, dando ênfase àquelas que ensejaram a
negativação do nome do reclamante, também questionada, de modo a possibilitar um julgamento seguro
da demanda, sempre com base nos argumentos e documentos constantes dos autos.

Dito isto, observo que na fatura do mês de dezembro/2019 (ID 21584349, p. 3-5), consta cobrança
relacionada a 11 (onze) compras efetuadas no estabelecimento FUTBOL CLUB BARCELONA, cada uma
no valor de €105,00 (cento e cinco euros), que corresponde a R$533,52 (quinhentos e trinta e três reais e
cinquenta e dois centavos), além de custos de transferência exterior – IOF e de variação cambial,
decorrentes dessas compras não reconhecidas, tendo o reclamante realizado o pagamento dessa fatura,
cujo valor total era de R$14.984,11 (quatorze mil, novecentos e oitenta e quatro reais e onze centavos), no
montante de R$8.672,64 (oito mil, seiscentos e setenta e dois reais e sessenta e quatro centavos), já
abatendo a quantia de R$6.311,47 (seis mil, trezentos e onze reais e quarenta e sete centavos),
correspondente a valores que o reclamante entendeu serem cobrados indevidamente, conforme se vê no
comprovante de pagamento vinculado ao ID 21584349.

Na fatura do mês seguinte (01/2020), ainda por reflexo das compras realizadas e não reconhecidas, o
reclamante novamente realizou o pagamento da referida fatura no valor total de R$10.806,39 (dez mil,
oitocentos e seis reais e trinta e nove centavos), abatendo-se a quantia que entendia indevida no montante
de R$6.929,93 (seis mil, novecentos e vinte e nove reais e noventa e três centavos), restando o valor de
R$3.876,46 (três mil, oitocentos e setenta e seis reais e quarenta e seis centavos), devidamente pago
conforme comprovante vinculado ao ID 21584350.

No tocante à fatura do mês de fevereiro/2020, observo que foi juntada pelo reclamado no ID 23611371. E
da análise conjunta da mencionada fatura do mês de fevereiro no valor de R$4.439,15 (quatro mil,
quatrocentos e trinta e nove reais e quinze centavos), com a fatura do mês de março/2020 juntada pelo
reclamante no ID 21584351, p. 2, extrai-se que em fevereiro o reclamante realizou o pagamento no valor
de R$3.585,59 (três mil, quinhentos e oitenta e cinco reais e cinquenta e nove centavos), porquanto
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

excluiu os valores que entendia indevidos no montante de R$853,56 (oitocentos e cinquenta e três reais e
cinquenta e seis centavos), obtido através da soma dos valores de PARC. FACIL 01/18, encargos sobre
parcelado IOF sobre parcelado e IOF OPER. CRED ROTATIVO (R$866,34), subtraído o valor do estorno
encargo rotativo manual (R$12,78).

Em março/2020, conforme se vê no ID 21584351, p. 2, o valor total da fatura foi de R$3.738,15 (três mil,
setecentos e trinta e oito reais e quinze centavos), sendo que o reclamante realizou o pagamento no valor
de R$1.940,11 (mil, novecentos e quarenta reais e onze centavos) (comprovante vinculado ao ID
21584351), sendo excluídos os valores que entendia indevidos no montante R$1.798,04 (mil, setecentos e
noventa e oito reais e quatro centavos), obtido através da soma do valor do saldo da fatura anterior
(R$853,56), com os valores de PARC. FACIL 02/18, encargos sobre parcelado IOF sobre parcelado, IOF
OPER. CRED ROTATIVO e encargos de rotativo (R$944,48).

No mês de abril/2020, de acordo com o ID 21584352, p. 3-4, é possível identificar que o valor total da
fatura era de R$2.403,43 (dois mil, quatrocentos e três reais e quarenta e três centavos), tendo o
reclamante realizado o pagamento no valor de R$1.320,86 (mil, trezentos e vinte reais e oitenta e seis
centavos) (comprovante de pagamento vinculado ao ID 21584352), pois já excluídos os valores que afirma
serem indevidos na quantia de R$1.082,57 (mil, oitenta e dois reais e cinquenta e sete centavos),
correspondente à soma dos valores de IOF OPER. CRED ROTATIVO (R$1,11), PARC. FACIL 03/18
(R$858,66) e um novo PARC. FACIL 01/18 (R$222,80).

Na fatura de maio/2020 (ID 21584353, p. 2-3), cujo valor total era de R$2.816,84 (dois mil, oitocentos e
dezesseis reais e oitenta e quatro centavos), o reclamante realizou o pagamento da quantia de R$545,64
(quinhentos e quarenta e cinco reais e sessenta e quatro centavos) (comprovante de pagamento vinculado
ao ID 21584354), excluídos os valores supostamente indevidos na quantia de R$2.271,20 (dois mil,
duzentos e setenta e um reais e vinte centavos), decorrentes da soma do saldo da fatura anterior
(R$1.082,57), com os valores de encargo de rotativo (R$107,17), PARC. FACIL 04/18 (R$858,66) e
PARC. FACIL 02/18 (R$222,80).

Em junho/2020, na respectiva fatura vinculada ao ID 21584354, p. 3, verifica-se que esta era no valor total
de R$1.891,49 (mil, oitocentos e noventa e um reais e quarenta e nove centavos), tendo o reclamante
efetuado o pagamento no montante de R$545,64 (quinhentos e quarenta e cinco reais e sessenta e quatro
centavos) (comprovante de pagamento vinculado ao ID 21584354), tendo sido excluído o valor de
R$1.345,85 (mil, trezentos e quarenta e cinco reais e oitenta e cinco centavos), obtido através da
soma dos valores referentes a PARC. FACIL 05/18 (R$858,66), PARC. FACIL 03/18 (R$222,80) e um
novo PARC. FACIL 01/18 (R$273,39), subtraído o valor do estorno encargo rotativo manual (R$9,00).
Ressalto que, não obstante a prática desse procedimento pelo reclamante nos meses anteriores, o não
pagamento do valor de R$1.345,85 (mil, trezentos e quarenta e cinco reais e oitenta e cinco centavos)
da fatura de junho/2020, conforme se vê do comunicado vinculado ao ID 21584344, ensejou a
negativação do nome do reclamante pelo reclamado, o que motivou o ajuizamento da presente ação.

No mês de julho/2020, novamente o reclamante procedeu ao pagamento da fatura, excluindo os valores


que entendia indevidos, conforme comprovam os documentos vinculados aos IDs 21584355, p. 1-4.

Ocorre que, em relação à fatura do mês de agosto/2020 no valor total de R$1.873,51 (mil, oitocentos e
setenta e três reais e cinquenta e um centavos), o reclamante igualmente realizou com o pagamento no
valor de R$225,03 (duzentos e vinte e cinco reais e três centavos) (comprovante de pagamento vinculado
ao ID 21584358), já excluídos os valores que entendia indevidos no montante de R$1.648,48 (mil,
seiscentos e quarenta e oito reais e quarenta e oito centavos), correspondente à soma dos seguintes
valores: PARC. FACIL 07/18 (R$858,66); PARC. FACIL 05/18 (R$222,80); PARC. FACIL 03/18
(R$273,39); e um novo PARC. FACIL 01/24 (R$293,63). Da mesma forma, em razão do não pagamento
do valor de R$1.648,48 (mil, seiscentos e quarenta e oito reais e quarenta e oito centavos) da fatura
de agosto/2020, conforme se vê do comunicado vinculado ao ID 21584345, ocorreu nova negativação do
nome do reclamante pelo reclamado, também questionado nesta demanda.

Em setembro/2020, o reclamante novamente realizou o pagamento da fatura, excluindo os valores que


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entendia indevidos, conforme comprovam os documentos vinculados aos IDs 21584360, p. 2.

E finalmente, ocorrendo o mesmo procedimento em relação à fatura do mês de outubro/2020, no valor


total de R$3.738,23 (três mil, setecentos e trinta e oito reais e vinte e três centavos), o reclamante realizou
o seu pagamento no montante de R$225,03 (duzentos e vinte e cinco reais e três centavos) (comprovante
de pagamento vinculado ao ID 21584360), excluído o valor de R$3.513,20 (três mil, quinhentos e treze
reais e vinte centavos), o qual, em que pese não tenha sido juntada aos autos a fatura do mês de
outubro/2020 por nenhuma das partes, pode-se denotar que esse valor se refere aos parcelamentos
questionados, tendo em vista a regularidade da cobrança nas faturas constantes dos autos.

Ocorre que o comunicado vinculado ao ID 21584347, noticiando mais uma negativação no nome do
reclamante levada a efeito pelo reclamado, não obstante se referir ao mesmo cartão de crédito, observo
que o débito datado de 16/10/2020 foi no valor de R$334,73 (trezentos e trinta e quatro reais e setenta
e três centavos).

Diante do panorama acima, destaco que o reclamante, ao questionar a realização de compras em seu
cartão de crédito no mês de dezembro/2019, efetuou o pagamento apenas do que entendia devido. E em
sua defesa, o reclamado noticia que o valor não reconhecido fora devidamente estornado da fatura do
reclamante, portanto, não havendo que se falar em declaração de inexistência de débito.

Contudo, não há provas nem verossimilhança das alegações do reclamado, porquanto tendo em vista que
o reclamante deixou de efetuar o pagamento das parcelas questionadas, não haveria valor a ser
ressarcido, denotando-se ter ocorrido, em verdade, o financiamento automático do valor não pago, que
consiste no financiamento da diferença entre o valor total da fatura e o valor efetivamente quitado pelo
consumidor, ocorrendo quando o consumidor opta por realizar apenas o pagamento mínimo da sua
fatura de cartão de crédito, que não é o caso dos autos, já que o pagamento parcial de faturas se deu
em razão da existência de compras não reconhecidas e parcelamentos não autorizados pelo reclamante.

Ora, na Resolução nº 4.549 do Banco Central do Brasil, de 26 de janeiro de 2017, que dispõe sobre o
financiamento automático em questão, além de restar autorizada a realização do referido financiamento
quando o consumidor opta por realizar apenas o pagamento mínimo da sua fatura de cartão de crédito,
não sendo este o caso dos autos, também observo que consta no parágrafo único do art. 1º dessa
resolução, que tal financiamento pode ser concedido, a qualquer tempo, antes do vencimento da fatura
subsequente, por meio de outras modalidades de crédito, em condições mais vantajosas para o cliente,
o que entendo também não ter ocorrido no caso, pois conforme narrativa ao norte, o reclamante realizou o
pagamento da fatura a menor por não reconhecer compras nela lançadas, sendo que esta falha fora
reconhecida pelo reclamado, quando afirmou ter realizado o estorno do valor das compras questionadas.
Todavia, foi mantida a cobrança do parcelamento do valor subtraído da fatura pelo reclamante, gerando,
em consequência, parcelamento sobre parcelamento, conforme se vê na fatura vinculada ao ID 21584358,
p. 3-4, onde é possível constatar a existência de quatro parcelamentos.

Outrossim, tenho que nem os documentos juntados pelo reclamado, nem os argumentos constantes da
contestação e da manifestação em audiência, o desincumbem do ônus de provar fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do reclamante, a teor do disposto no art. 373, II do CPC, a uma, porque
afirma ter promovido o ressarcimento de valor que sequer fora pago pelo reclamante, decorrente das
compras não reconhecidas, lançadas na fatura de dezembro/2019; a duas, porque sequer se deu ao
trabalho de esclarecer a que se referem os parcelamentos lançados nas faturas do reclamante,
regularmente, mês a mês, a partir de fevereiro/2020, juntamente com cobranças de taxas relacionadas a
operações realizadas em moeda estrangeira, apesar de afirmar ter supostamente efetuado estorno do
valor das compras efetuadas no cartão do reclamante, em Euro, e não reconhecidas por ele.

Com efeito, à instituição financeira, na condição de fornecedora de serviços bancários, compete velar pela
higidez do fomento dos serviços convencionados, qualificando-se como falha na prestação a ausência de
instrumento de controle eficazes, que resultara na realização de compras por terceiros, culminando com
a imputação das obrigações correlatas ao correntista vitimado pelo ilícito, tornando a instituição financeira
responsável pelo havido, pois encerra fato fortuito inerente aos riscos das atividades lucrativas que
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desenvolve, tornando inviável que a fraude seja içada como fato excludente de suas responsabilidades
(art. 14 do CDC e Súmula nº 479 do STJ).

Desta feita, em sendo reconhecidamente indevida a cobrança das compras não reconhecidas pelo
reclamante, assim como dos parcelamentos delas decorrentes, consequentemente, hão de ser declaradas
indevidas as negativações no nome do reclamante levadas a efeito pelo reclamado, porquanto é certo que
os débitos constantes nos comunicados vinculados aos IDs 21584344; 21584345; 21584347,
respectivamente nas quantias de R$1.345,85, R$1.648,48 e R$334,73, se referem aos valores lançados
nas faturas de cartão de crédito que o reclamante entendia indevidos, sendo o reclamado responsável
pelos prejuízos causados ao reclamante, diante da sua responsabilidade objetiva, e do risco econômico
que o empreendedor deve suportar, não podendo pretender transmitir ao consumidora o risco de seu
negócio.

Por derradeiro, quanto ao pedido de condenação por danos morais, com base nos argumentos e
fundamentos acima expendidos, resta configurada a falha no serviço do reclamado, o que por si só, já
configura dano moral.

Outrossim, cediço que, como regra, para a caracterização do dano moral são necessários os seguintes
elementos: a) o ato, b) o dano, c) nexo de causalidade entre o ato e o dano, e d) o dolo ou a culpa do
agente causador do dano, todos devidamente comprovados nos autos, portanto, nascendo o dever de
indenizar.

No caso, entendo que os aborrecimentos experimentados ultrapassam meros dissabores, considerando o


tempo ao qual fora obrigado o reclamante a aguardar a solução para o entrave, assim como a inscrição
indevida de seu nome nos cadastros de inadimplentes levada a efeito pelo reclamado.

Portanto, consideradas as circunstâncias fáticas, visando à razoabilidade e ao cunho pedagógico da


condenação, reputo devida a condenação do reclamado ao pagamento de indenização por dano moral, ao
reclamante, no montante de R$5.000,00 (cinco mil reais), face aos transtornos por ele experimentados.

Ante o exposto, rejeito a preliminar suscitada e, com base no art. 487, I do CPC, JULGO PARCIAMENTE
PROCEDENTES os pedidos contidos na exordial para, nos termos da fundamentação:

1) DETERMINAR a correção no polo passivo da demanda, para que conste a empresa BANCO
BRADESCO CARTÕES S/A, CNPJ nº 59.438.325/0001-01;

2) DECLARAR a inexistência dos débitos relacionados às compras realizadas no cartão de crédito do


reclamante descritas como FUTBOL CLUB BARCELONA, assim como taxas e encargos delas
decorrentes, bem ainda, DECLARAR inexistentes os débitos mencionados nos comunicados do SERASA
vinculados aos IDs 21584344, 21584345 e 21584347, devendo o reclamado providenciar a retirada do
nome do reclamante dos cadastros restritivos por ventura existentes em razão dos débitos ora declarados
inexistentes;

3) CONDENAR o reclamado ao pagamento de indenização por danos morais ao reclamante no valor de


R$5.000,00 (cinco mil reais), corrigido monetariamente pelo INPC e acrescido de juros de mora de 1% (um
por cento), ambos a contar desta sentença.

Sem condenação em custas e honorários, conforme artigos 54 e 55 da Lei nº 9.099/95.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do Provimento nº
003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.
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Belém, data e assinatura infra por certificado digital.

Número do processo: 0832839-24.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MAIK MADSON


ALBUQUERQUE TAVARES Participação: REQUERIDO Nome: C R DE MOURA COMERCIO - EPP
Participação: ADVOGADO Nome: PAULA SUSANA DE CARVALHO VIANA OAB: 28152/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

INTIMAÇÃO

Pelo presente, está Vossa Senhoria INTIMADA a, nos autos da Reclamatória nº 0832839-
24.2018.8.14.0301, em que REQUERENTE: MAIK MADSON ALBUQUERQUE TAVARES, move contra
REQUERIDO: C R DE MOURA COMERCIO - EPP, para se manifestar, no prazo de 15 (quinze) dias,
acerca da Contraproposta, cuja cópia encontra-se nos autos (ID 32057553)

Endereço da 8ª Vara do Juizado Especial Cível: Avenida Almirante Tamandaré, 873, Cidade Velha,
BELéM - PA - CEP: 66020-000

Belém, 18 de agosto de 2021

Número do processo: 0830407-61.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CENTRO EDUCACIONAL


PARAISO DO ESTUDANTE LIMITADA - ME Participação: ADVOGADO Nome: ELINE WULFERTT DE
QUEIROZ OAB: 22894/PA Participação: REU Nome: MARLESON DA SILVA PINHEIRO

INTIMAÇÃO

Pelo presente, fica Vossa Senhoria INTIMADA, nos autos do processo nº 0830407-
61.2020.8.14.0301, que CENTRO EDUCACIONAL PARAISO DO ESTUDANTE LIMITADA - ME move
contra MARLESON DA SILVA PINHEIRO, a informar os dados bancários para transferência de valores
depositados através de alvará de transferência.

Belém, 18 de agosto de 2021

DESTINATÁRIO: CENTRO EDUCACIONAL PARAISO DO ESTUDANTE LIMITADA - ME


Via DJE

Número do processo: 0865069-85.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: MONICA


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MARTINS TOSCANO Participação: RECLAMADO Nome: GOL LINHAS AÉREAS S/A Participação:
ADVOGADO Nome: GUSTAVO ANTONIO FERES PAIXAO OAB: 28020-A/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0865069-85.2019.8.14.0301
Autos de AÇÃO [DIREITO DO CONSUMIDOR]
Reclamante: Nome: MONICA MARTINS TOSCANO
Endereço: Travessa Dom Romualdo Coelho, 722, apto 1301, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66055-190

Reclamado: Nome: GOL LINHAS AÉREAS S/A


Endereço: AC Aeroporto Santos Dumont, 46/48, Praça Senador Salgado Filho, s/n, Centro, RIO DE
JANEIRO - RJ - CEP: 20021-971

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Vistos.

Dispenso o relatório na forma do art. 38, da Lei nº 9.099/95.

DECIDO.

Não tendo as partes requerido a produção de outras provas, vieram-me os autos conclusos para
sentença.

Sem preliminares, PASSO AO MÉRITO.

Na situação em exame, infere-se que a relação jurídica estabelecida entre as partes, e que gerou a
lide posta em juízo, tem natureza consumerista, uma vez que presentes os requisitos objetivos (produto e
serviço - §§ 1º e 2º, do art. 3º, da Lei nº 8.078/90) e subjetivos (consumidor e fornecedor – arts. 2º e 3º, da
Lei nº8.078/90) de tal relação. Assim, sujeita-se às prescrições normativas contidas na referida lei e atrai a
incidência das demais normas protetivas do estatuto consumerista.

Nesse viés, como regra de julgamento, e presentes os requisitos autorizadores (verossimilhança e


hipossuficiência), fica invertido o ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC.

Importa consignar, entretanto, que tal deferimento não desonera a parte a quem aproveita de produzir as
provas que consubstanciem o direito que alega e para as quais não seja, por qualquer razão,
hipossuficiente para produzir (art. 373, I, do CPC).

Feitas tais considerações, analiso as razões apresentadas.


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A Autora adquiriu junto à Ré, em 06.02.19, passagens aéreas para si, bem como para seu marido e seus
dois filhos, com itinerário BELÉM–SANTARÉM (14.08.19) e SANTARÉM-BELÉM (18.08.19 – saída às 04h
e chegada às 05h e 20min).

Alega que em 30.05.19 foi notificada pela Ré de que o voo SANTARÉM-BELÉM havia sido cancelado e
que teria, juntamente com sua família, sido realocada em voo com itinerário SANTARÉM-BRASÍLIA-
BELÉM (saída às 15h e 25min e chegada às 23h e 35min).

Dada a duração do novo voo, noticia que solicitou a mudança das reservas para outro voo direto, com
saída às 23h e 25min e chegada às 00h e 45min, o que foi atendido pela Ré.

Contudo, informa que em 07.08.19 foi novamente notificada pela Ré de que, por motivos operacionais, as
reservar teriam sido novamente transferidas para o voo com conexão em BRASÍLIA.

Em contato com a Ré, foi ofertado à Autora o reembolso das passagens ou a realocação em outro voo a
partir de 20.08.19, portanto, 02 dias após a data do retorno original.

Optou, então, a Autora pelo cancelamento das passagens, de modo que adquiriu novos bilhetes, de voo
direto, junto a companhia aérea terceira, porém, com data de embarque para 01 dia após a data do retorno
original, dado o alto valor das passagens caso pretendesse manter a programação.

Em virtude do ocorrido, informa que teve gastos extras com a aquisição das novas passagens, bem como
com a extensão da hospedagem, pelo que, requer a condenação da Ré ao pagamento de indenização por
danos materiais, bem como por danos morais.

Pois bem. A hipótese é de parcial procedência.

Sobre o assunto, veja-se o disposto no art. 21, da Resolução nº. 400/16, da ANAC:

Art. 21. O transportador deverá oferecer as alternativas de reacomodação, reembolso e execução do


serviço por outra modalidade de transporte, devendo a escolha ser do passageiro, nos seguintes casos:

I - atraso de voo por mais de quatro horas em relação ao horário originalmente contratado;

II - cancelamento de voo ou interrupção do serviço;

III - preterição de passageiro; e

IV - perda de voo subsequente pelo passageiro, nos voos com conexão, inclusive nos casos de troca de
aeroportos, quando a causa da perda for do transportador.

Parágrafo único. As alternativas previstas no caput deste artigo deverão ser imediatamente oferecidas aos
passageiros quando o transportador dispuser antecipadamente da informação de que o voo atrasará mais
de 4 (quatro) horas em relação ao horário originalmente contratado.

Muito embora tenha a Ré ofertado à Autora tanto a reacomodação em outro voo, como o reembolso do
valor total despendido, cumprindo, portanto, o disposto no art. 21 da norma acima transcrita, não há como
se negar que houve falha na prestação do serviço dando ensejo à causação de danos à Autora.

Registre-se que a doutrina consumerista ensina que o direito do consumidor ingressa no sistema jurídico
fazendo um corte horizontal, alcançando toda e qualquer relação jurídica que possa ser considerada de
consumo, mesmo que regrada por outra fonte normativa.

Logo, e a despeito de ter a Ré garantido o reembolso integral dos valores despendidos com as passagens,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

a sua reponsabilidade, que é objetiva (art. 14, do CDC), não pode ser afastada e não apenas pela
ausência de comprovação da presença de qualquer excludente (art. 14, § 3º, do CDC), mas também
porque os cancelamentos de voos constituem fortuito interno, sendo, portanto, inerentes à atividade
comercial que opera, de modo que se da prática lucrativa a Ré aufere bônus, deverá, de igual sorte, arcar
com os ônus dela decorrentes sem pretender transferi-los para o consumidor (Teoria do Risco do
Empreendimento).

Veja-se que tanto a oferta de realocação no voo com conexão em BRASÍLIA, quanto a oferta de
realocação em outro voo para 02 dias após o fim da estadia da Autora na cidade de SANTARÉM,
evidencia o transtorno causado à programação desta, agravado por ter ocorrido às vésperas da viagem, o
que, por óbvio, faz surgir o dever de indenizar, todavia não na integralidade pretendida pela Autora.

DOS DANOS MATERIAIS

O fundamento da pretensão indenizatória a título de danos materiais, perquerida pela Autora,


decorreria do disposto nos art.s 26 e 27, da Resolução nº. 400/16, da ANAC, que dispõem:

[...]

Art. 26. A assistência material ao passageiro deve ser oferecida nos seguintes casos:

I -atraso do voo;

II -cancelamento do voo;

III -interrupção de serviço; ou

IV -preterição de passageiro.

Art. 27. A assistência material consiste em satisfazer as necessidades do passageiro e deverá ser
oferecida gratuitamente pelo transportador, conforme o tempo de espera, ainda que os passageiros
estejam a bordo da aeronave com portas abertas, nos seguintes termos:

I -superior a1(uma)hora: facilidades de comunicação;

II-superior a 2 (duas)horas: alimentação, de acordo com o horário, por meio do fornecimento de refeição
ou de voucher individual; e

III -superior a 4 (quatro)horas: serviço de hospedagem, em caso de pernoite, e traslado de ida e volta.

Entretanto, tal regramento somente seria aplicável à hipótese dos autos se tivesse a Autora
aceitado embarcar no voo com conexão em BRASÍLIA, pois seria ônus da Ré minimizar os danos
decorrentes do cancelamento do voo originário e ocorridos durante o tempo de espera do novo voo, eis
que ambos seriam operados por ela.

Ocorre que a Autora optou pelo reembolso integral dos valores das passagens aéreas e, apenas
por comodidade, adquiriu novas passagens aéreas em outra companhia aérea, de modo que os gastos
extras já não mais podem ser imputados à Ré, não havendo, portanto, dano material a ser reparado.

DOS DANOS MORAIS

Os danos morais, por sua vez, sobressaem de todo o episódio e pelas razões anteriormente explicitadas.
713
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A indenização, contudo, deve ser fixada com o fito de oferecer uma compensação pelo dano causado,
sem proporcionar enriquecimento sem causa, observando-se, ainda, a capacidade econômica das partes.
Assim, entendo razoável e proporcional o quantum de R$-5.000,00 (cinco mil reais).

DISPOSITIVO

ISSO POSTO, com fundamento no artigo 487, I, do CPC:

1 – JULGO IMPROCEDENTE o pedido de indenização por danos materiais; e

2 - JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido formulado na inicial para condenar a Ré ao


pagamento da quantia de R$-5.000,00 (cinco mil reais), a título de danos morais, monetariamente corrigida
pelo INPC e acrescida de juros de 1% ao mês a contar do arbitramento.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição (arts. 54 e 55, da LJE).

Em havendo pagamento, inexistindo impugnação e caso não tenha sido iniciada nova fase
processual, expeça-se alvará e arquivem-se.

P.R.I.C.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0807009-90.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: EDUARDO


CARLOS CAMPELO SAULNIER DE PIERRELEVEE Participação: ADVOGADO Nome: TADEU WILSON
DA COSTA RIBEIRO OAB: 15546/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO CARVALHO LOBO
JUNIOR OAB: 21555/PA Participação: REQUERIDO Nome: BANCO DO BRASIL S/A Participação:
ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0807009-90.2017.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Indenização por Dano Moral, Indenização por Dano Material]
Reclamante: Nome: EDUARDO CARLOS CAMPELO SAULNIER DE PIERRELEVEE
Endereço: Travessa Boa Vista, 79, (Cj Bela Vista), Val-de-Cães, BELéM - PA - CEP: 66617-240

Reclamado: Nome: BANCO DO BRASIL S/A


Endereço: Avenida Doutor Freitas, 2272, - de 2766 a 2922 - lado par, Marco, BELéM - PA - CEP: 66095-
110

Vistos.

Relatório dispensado (art. 38, da LJE).

Decido.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Conforme certificado, já houve o levantamento integral, pela parte Exequente, dos valores
depositados pela parte Executada, pelo que, a declaração de satisfação da obrigação é medida que se
impõe.

ISSO POSTO, com fundamento nos arts. 924, II e 925, do CPC, DECLARO INTEGRALMENTE
SATISFEITAS AS OBRIGAÇÕES e JULGO EXTINTA A EXECUÇÃO.

Sem custas e honorários (art. 54 e 55, da LJE).

Intimem-se.

Após, dê-se baixa e arquivem-se.

Cumpra-se.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0840624-32.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOAO EWERTON


SANTOS DE MELO Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDA APARECIDA DA SILVA CRUZ OAB:
19066/O/MT Participação: REU Nome: FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS NAO
PADRONIZADOS NPL II

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0840624-32.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Inclusão Indevida em Cadastro de Inadimplentes]
Reclamante: Nome: JOAO EWERTON SANTOS DE MELO
Endereço: Rua João Canuto, 114, (Res Vinte e Seis de Outubro), Parque Guajará (Icoaraci), BELéM - PA -
CEP: 66821-405

Reclamado: Nome: FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS NAO PADRONIZADOS


NPL II
Endereço: Rua Gomes de Carvalho, 1195, Vila Olímpia, SãO PAULO - SP - CEP: 04547-004

Vistos, etc.

Relatório dispensado – art. 38, da LJE, decido.

Nos termos do art. 4º, da LJE, inexistem razões que justifiquem o processamento do feito por este
Juízo, haja vista que os fatos não ocorreram em Belém-PA e nem a parte Autora e nem a parte Ré estão
aqui domiciliadas.

Considerando que em sede de Juizados Especiais a incompetência pode ser reconhecida de ofício
(Enunciado nº 89, do FONAJE) e, uma vez declarada, implica na imediata extinção do processo (art. 51,
III, da LJE), esta é a medida que se impõe.
715
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ISSO POSTO, com fundamento no art. 4º c/c art. 51, III, ambos da LJE, JULGO EXTINTO o feito
SEM O JULGAMENTO DO MÉRITO.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição (arts. 54 e 55, da LJE).

P. R. Intime-se.

Após, arquive-se.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0843243-32.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ADRIANA DA SILVA


PONTES TAPAJOZ Participação: ADVOGADO Nome: TAINAN COUTO MONTALVAO CERQUEIRA OAB:
20375/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAISSA RODRIGUES PEREIRA CARNEIRO OAB:
29779/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE RICARDO DE ABREU SARQUIS OAB: 6173/PA
Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDA ALICE RAMOS MARQUES OAB: 19345/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ALINE DE FATIMA MARTINS DA COSTA OAB: 13372/PA Participação: ADVOGADO
Nome: RAYSSA GABRIELLE BAGLIOLI DAMMSKI OAB: 26955/PA Participação: ADVOGADO Nome:
CAMILA CAROLINA PEREIRA SERRA OAB: 016247/PA Participação: REU Nome: TEREZINHA
INDUSTRIA E COMERCIO DE LINGERIE LTDA - ME

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0843243-32.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Cheque, Indenização por Dano Moral]
Reclamante: Nome: ADRIANA DA SILVA PONTES TAPAJOZ
Endereço: Passagem Alacid Nunes, 100, Condominio Safira Park, Bloco K, Apto 04, Tenoné, BELéM - PA
- CEP: 66820-020

Reclamado: Nome: TEREZINHA INDUSTRIA E COMERCIO DE LINGERIE LTDA - ME


Endereço: Rua Norberto Rodrigues, 479, Centro, FRECHEIRINHA - CE - CEP: 62340-000

Vistos, etc.

Relatório dispensado – art. 38, da LJE, decido.

Nos termos do art. 4º, da LJE, inexistem razões que justifiquem o processamento do feito por este
Juízo, haja vista que os fatos não ocorreram em Belém-PA e nem a parte Autora e nem a parte Ré estão
aqui domiciliadas.

Considerando que em sede de Juizados Especiais a incompetência pode ser reconhecida de ofício
(Enunciado nº 89, do FONAJE) e, uma vez declarada, implica na imediata extinção do processo (art. 51,
III, da LJE), esta é a medida que se impõe.

ISSO POSTO, com fundamento no art. 4º c/c art. 51, III, ambos da LJE, JULGO EXTINTO o feito
SEM O JULGAMENTO DO MÉRITO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição (arts. 54 e 55, da LJE).

P. R. Intime-se.

Após, arquive-se.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0811044-88.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL JARDIM BELA VIDA II Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CLAUDIO CARNEIRO
ALVES registrado(a) civilmente como JOSE CLAUDIO CARNEIRO ALVES OAB: 005819/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ALLANA PATRICIA DE AZEVEDO PEREIRA OAB: 26303/PA Participação:
EXECUTADO Nome: AURILEIA CARDOSO BRAGA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Avenida Almirante Tamandaré, 873, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66020-000

ATO ORDINATÓRIO

Processo nº 0811044-88.2020.8.14.0301
Exequente: CONDOMINIO RESIDENCIAL JARDIM BELA VIDA II
Executada: AURILEIA CARDOSO BRAGA

Eu, Diretor de Secretaria da 8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, por determinação legal, etc.,
abaixo assinado.

CERTIFICO para os devidos fins de direito que o Mandado de Avaliação expedido em desfavor da
Executada retornou sem cumprimento, conforme Certidão da Oficial de Justiça (ID 31482951). É verdade
e dou fé.

Em cumprimento ao disposto no art. 1º, §2º, inciso I, do Provimento 006/2006 da CRMB, fica o
Exequente INTIMADO para proceder aos requerimentos que entenderem pertinentes, no prazo de 05
(cinco) dias.

(Datado e Assinado Digitalmente)


Diretor de Secretaria da
8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0824279-88.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: IANE CRISTINE


MARTINS DUARTE Participação: ADVOGADO Nome: RAI LUAN OLIVEIRA DA SILVA OAB: 23020/PA
Participação: REQUERIDO Nome: Multimarcas Administradora de Consorcios LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: KELY VILHENA DIB TAXI JACOB OAB: 018949/PA Participação: REQUERIDO
Nome: KARINA FERREIRA GONCALVES - EPP Participação: ADVOGADO Nome: KELY VILHENA DIB
TAXI JACOB OAB: 018949/PA Participação: TESTEMUNHA Nome: ANTONIO LUCAS CAVALCANTE
AMARANTE OLIVEIRA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

Processo nº 0824279-88.2021.8.14.0301
Reclamante: IANE CRISTINE MARTINS DUARTE
Reclamadas: Multimarcas Administradora de Consorcios LTDA e KARINA FERREIRA GONCALVES
- EPP

LINK PARA SALA DE AUDIÊNCIA: https://teams.microsoft.com/l/meetup-


join/19%3ac8bc762cc16a42aa824a71766920b3bb%40thread.skype/1629308828930?context=%7b%2
2Tid%22%3a%225f6fd11e-cdf5-45a5-9338-b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22a2417119-
a2e3-46fa-ace2-d8deffd18e9f%22%7d

Em cumprimento ao Provimento 006/2006-CJRMB-TJPA, e tendo em vista os


termos das Portarias Conjuntas nº 007/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-TJPA e 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-
TJPA, está agendada AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (virtual)
para o dia 23/09/2021 09:30 horas, a ser realizada pela Plataforma de Comunicação Microsoft Teams
. Desta forma, o ato será realizado mediante utilização de recurso tecnológico de transmissão de
som e imagem, por videoconferência e em tempo real, devendo as partes e os advogados acessarem
a audiência no dia e horário designados, por computador, celular (smartphome) ou tablet, por meio do
link acima. As partes estão advertidas de que o não comparecimento injustificado à audiência por
videoconferência, no dia e horário designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do
processo sem resolução do mérito, e, na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art.
20, combinado com o art. 23 e o art. 51, inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995 c/c art. 29 da Portaria Conjunta
012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos. Caso não haja acordo, será imediatamente realizada a Instrução do feito,
devendo a parte Reclamada ter apresentado, até este momento, defesa escrita ou oral e produzido as
provas admitidas em direito que entender necessárias, inclusive por testemunhas, no máximo de três.
Adverte-se, ainda, que as partes devem estar munidas de documento original de identificação, com foto.
A parte pode entrar em contato diretamente com esta Secretaria pelo WhatsApp (91) 98439-4616,
para solicitar o link da sala de audiência, COM ANTECEDÊNCIA DE CINCO (05) DIAS. É verdade e
dou fé.

(Datado e Assinado Digitalmente)


Diretor de Secretaria da
8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0831683-30.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: EDMAR DA


COSTA MENDONCA Participação: ADVOGADO Nome: EMANUEL PEDRO VICTOR RIBEIRO DE
ALCANTARA OAB: 22854/PA Participação: RECLAMADO Nome: SIMARA VALE DE ALMEIDA
MONTEIRO Participação: RECLAMADO Nome: DERIELSON DA SILVA MONTEIRO

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0831683-30.2020.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Cobrança de Aluguéis - Sem despejo]
Reclamante: Nome: EDMAR DA COSTA MENDONCA
Endereço: Avenida Júlio César, 3204, Val-de-Cães, BELéM - PA - CEP: 66617-420

Reclamado: Nome: SIMARA VALE DE ALMEIDA MONTEIRO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Endereço: Rua Trinta e Dois A, 101 Qd81, (Cj Promorar), Maracangalha, BELéM - PA - CEP: 66110-080
Nome: DERIELSON DA SILVA MONTEIRO
Endereço: Rua Trinta e Dois A, 101 Qd81, (Cj Promorar), Maracangalha, BELéM - PA - CEP: 66110-080

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Vistos.

Dispenso o relatório na forma do art. 38, da Lei nº 9.099/95.

DECIDO.

DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DO RÉU 02

Extrai-se da inicial que o Réu 02 foi incluído na lide tão somente pelo fato de o seu CPF ter constado no
contrato de locação firmado entre o Autor e a Ré 01, muito embora não seja nem o locador e nem o fiador
do imóvel.

Assim, não sendo possível presumir com isso a sua manifestação de vontade, elemento indispensável à
validade do negócio jurídico, importa reconhecer a sua ilegitimidade para figurar no polo passivo desta
ação.

DA REVELIA

Considerando que a Ré 01 foi regularmente citada/intimada e mesmo assim não ofereceu contestação,
aplico-lhe a pena de revelia, nos termos do art. 20, da Lei nº 9.099/95, presumindo-se verdadeiros os fatos
narrados na exordial.

Cediço que tal ato não desonera o Autor de provar o que alega, mediante a juntada das provas
necessárias à consubstanciação do direito reclamado, na forma do art. 373, I, do CPC/15.

PASSO AO MÉRITO.

O Autor celebrou, junto à Ré 01 – SIMARA VALE DE ALMEIDA MONTEIRO, contrato de locação (Id
17073598) de imóvel situado na Rua Júlio Cesar, 3204 B, Bairro Val de Cans, Belém-PA, pelo valor de R$-
1.200,00 mensais.

O contrato foi firmado pelo prazo de 36 (trinta e seis) meses, com início em 15.02.19 e término em
15.02.22.

Conforme noticiado na inicial, o imóvel permaneceu locado até abril/20, quando foi desocupado pela Ré
01, que deixou inadimplido os alugueres desde setembro/19.
719
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

O não pagamento das contraprestações pecuniárias, bem como a rescisão antecipada do contrato implica,
por óbvio, no reconhecimento do inadimplemento contratual, pelo que, torna-se aplicável à hipótese a
penalidade prevista no “Parágrafo Primeiro”, da Cláusula II, do contrato de locação, porém, proporcional
aos meses faltantes para completar o período da locação (multa equivalente a 03 meses de aluguel).

Não obstante, do valor total devido, deve ser abatido o saldo remanesce equivalente às benfeitorias
realizadas pela Ré, o que havia sido pactuado entre as partes a quando da celebração do negócio jurídico,
o que totaliza como saldo devedor a quantia de R$-8.117,62.

Assim, constatada a previsão contratual, e sendo desnecessárias maiores digressões ante os efeitos da
revelia que agora operam, é forçoso concluir que a Ré 01 não honrou com a obrigação contratualmente
assumida nos limites acima descritos, inexistindo nos autos qualquer elemento que conduza à conclusão
diversa, pelo que, a sua condenação ao pagamento é medida que se impõe.

DISPOSITIVO

ISSO POSTO, com fundamento no artigo 487, inciso I, do CPC, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE
o pedido contido na inicial para condenar a Ré 01 – SIMARA VALE DE ALMEIDA MONTEIRO a pagar ao
Autor a quantia de R$-8.117,62 (oito mil, cento e dezessete reais e sessenta e dois centavos), referente
aos alugueres inadimplidos do período de setembro/19 a abril/20 e à multa proporcional por rescisão
antecipada do contrato. Tal valor deve ser corrigido monetariamente pelo INPC desde o ajuizamento e
acrescido de juros de mora de 1% ao mês a contar da citação.

Em relação ao Réu 02 – DERIELSON DA SILVA MONTEIRO, com fundamento no art. 485, VI, do CPC,
DECLARO a sua ilegitimidade para figurar no polo passivo desta ação e, via de consequência, JULGO
EXTINTO O FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição (arts. 54 e 55 da LJE).

Na hipótese de pagamento, inexistindo impugnação e caso não se tenha iniciado nova fase processual,
expeça-se alvará em benefício da parte credora.

Em havendo interposição de Recurso Inominado, que desde já recebo apenas no efeito devolutivo (art. 43,
da LJE), abra-se prazo para a parte contrária, querendo, oferecer Contrarrazões e, após, remetam-se os
autos à Turma Recursal que tocar por distribuição.

Ocorrendo o trânsito em julgado e nada mais havendo, arquive-se.

P.R.I.C.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0834929-97.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: DAGOSTIM -


TRANSPORTE E LOGISTICA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO GREGORINI OAB:
50487/SC Participação: EXECUTADO Nome: J BRASIL CONSTRUTORA EIRELI

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA
720
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo nº 0834929-97.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Duplicata]
Reclamante: Nome: DAGOSTIM - TRANSPORTE E LOGISTICA LTDA
Endereço: Rodovia Otávio Dassoler, 6105, Imigrantes, CRICIúMA - SC - CEP: 88813-762

Reclamado: Nome: J BRASIL CONSTRUTORA EIRELI


Endereço: Avenida Alcindo Cacela, 1519, fundos, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66040-020

Vistos.

Relatório dispensado, na forma do art. 38, da LJE.

DECIDO.

A parte Exequente, intimada a emendar a inicial, quedou-se inerte, deixando de colacionar aos
autos os documentos necessários à comprovação da sua qualificação tributária, pelo que, não há como se
dar prosseguimento ao feito, de modo que, com fundamento no art. 924, I, do CPC, INDEFIRO A INICIAL
e, via de consequência, JULGO EXTINTO O FEITO.

Sem custas e sem honorários advocatícios (Lei nº 9.0.99/95, art. 55).

Arquive-se.

Cumpra-se.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0834946-36.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: R. D. A. C. S.


Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL ANTONIO SIMOES GUALBERTO OAB: 21296/PA
Participação: REU Nome: H. A. M. L. Participação: ADVOGADO Nome: IGOR MACEDO FACO OAB:
16470/CE Participação: ADVOGADO Nome: ISAAC COSTA LAZARO FILHO OAB: 18663/CE

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Avenida Almirante Tamandaré, 873, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66020-000

CERTIDÃO

Processo nº: 0834946-36.2021.8.14.0301

CERTIFICO para os devidos fins de direito, que face a notícia do falecimento da Reclamante, assim como,
os pedidos feitos nas petições dos IDs 30306032 e 31882475, envio os autos conclusos para deliberação.
Fica cancelada a Audiência previamente designada para o dia 30/08/2021. É verdade e dou fé.

(Datado e Assinado Digitalmente)


Diretor de Secretaria da
8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.
721
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0828356-82.2017.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: STELIO MORAES


DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: MANOEL RAIMUNDO NEVES DO VALE OAB: 23218/PA
Participação: ADVOGADO Nome: NATASHA SERRA DE OLIVEIRA OAB: 23388/PA Participação:
RECLAMANTE Nome: FERNANDO AUGUSTO DE ABREU DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome:
MANOEL RAIMUNDO NEVES DO VALE OAB: 23218/PA Participação: ADVOGADO Nome: NATASHA
SERRA DE OLIVEIRA OAB: 23388/PA Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ
DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A - EQUATORIAL Participação: ADVOGADO Nome: CARLA DO
SOCORRO RODRIGUES ALVES OAB: 14073/PA Participação: ADVOGADO Nome: JANARY DO
CARMO VALENTE OAB: 20291/PA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA QUEIROZ DE OLIVEIRA
CEI OAB: 23766 Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS
NEVES OAB: 12358/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Avenida Almirante Tamandaré, 873, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66020-000

CERTIDÃO

Processo nº: 0828356-82.2017.8.14.0301

CERTIFICO para os devidos fins de direito, que os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO foram interpostos no
prazo legal. Considerando que o Embargante visa a efeitos modificativos no recurso interposto, fica V.
Senhoria INTIMADA, a partir da leitura da presente Certidão, para se manifestar, no prazo de 05 (cinco)
dias, acerca do disposto no id 31250318. O referido é verdade e dou fé.

(Datado e Assinado Digitalmente)


Diretor de Secretaria da
8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0819297-31.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: VEROLINDA


RODRIGUES BAIA Participação: ADVOGADO Nome: SALOMAO KAHWAGE PAIVA OAB: 28094/PA
Participação: EXECUTADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0819297-31.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Liquidação / Cumprimento / Execução]
Reclamante: Nome: VEROLINDA RODRIGUES BAIA
Endereço: Passagem D'hotel, 184, baixos, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66080-210

Reclamado: Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, km 8,5, Coqueiro, BELéM - PA - CEP: 66823-010
722
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Vistos.

Relatório dispensado, na forma do art. 38, da LJE.

DECIDO.

A parte Exequente, pelas razões expostas na decisão Id 25757855, da qual foi intimada e nada
requereu, carece de interesse processual, pelo que, não há como se dar prosseguimento ao feito, de
modo que com fundamento no art. 330, III c/c art. 485, I, ambos do CPC, INDEFIRO A INICIAL e, via de
consequência, JULGO EXTINTO O FEITO.

Sem custas e sem honorários advocatícios (Lei nº 9.0.99/95, art. 55).

Arquive-se.

Cumpra-se.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0812250-06.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: DAVYDSON BATISTA


DO NASCIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: CADMO BASTOS MELO JUNIOR OAB: 4749PA/PA
Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ GUSTAVO DIAS FERREIRA OAB: 8466PA/PA Participação: REU
Nome: Operadora CLARO Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL GONCALVES ROCHA OAB:
16538/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Avenida Almirante Tamandaré, 873, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66020-000

CERTIDÃO

Processo nº: 0812250-06.2021.8.14.0301

CERTIFICO para os devidos fins de direito, que os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO foram interpostos no
prazo legal. Considerando que o Embargante visa a efeitos modificativos no recurso interposto, fica V.
Senhoria INTIMADA, a partir da leitura da presente Certidão, para se manifestar, no prazo de 05 (cinco)
dias, acerca do disposto no id 31317788. O referido é verdade e dou fé.

(Datado e Assinado Digitalmente)


Diretor de Secretaria da
8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.
723
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 9ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0802847-13.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: FLAVIA REGINA


PIMENTEL MACHADO Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO AUGUSTO MACHADO DA SILVA
OAB: 021595/PA Participação: REU Nome: OI S.A. Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA
COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA Participação: REU Nome: EASYCOB CONSULTORIA
TREIN E ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA - EPP Participação: REU Nome: MALTA ASSESSORIA DE
COBRANCAS LTDA Participação: REU Nome: ACORDO CERTO LTDA. - ME Participação: REU Nome:
SERVICES ASSESSORIA E COBRANCAS - EIRELI Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
PROCON PARÁ

Processo 0802847-13.2021.8.14.0301

AUTOR: FLAVIA REGINA PIMENTEL MACHADO

REU: OI S.A., EASYCOB CONSULTORIA TREIN E ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA - EPP, MALTA
ASSESSORIA DE COBRANCAS LTDA, ACORDO CERTO LTDA. - ME, SERVICES ASSESSORIA E
COBRANCAS - EIRELI

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Marilia Mota de Oliveira Belini

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível


724
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0829470-17.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ROSEMARY MAIORANA


Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANA NEVES GLUCK PAUL OAB: 11870PA/PA Participação:
ADVOGADO Nome: BRUNA GUAPINDAIA BRAGA DA SILVEIRA OAB: 14813/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ERICK BRAGA BRITO OAB: 017450/PA Participação: RECLAMADO Nome: LIVELO
S.A.

Processo 0829470-17.2021.8.14.0301

AUTOR: ROSEMARY MAIORANA

RECLAMADO: LIVELO S.A.

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Marilia Mota de Oliveira Belini

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível


725
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0850734-61.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: DENIS PINTO


SANTANA Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS ANASTASIA MACIEL OAB: 104006/MG
Participação: RECLAMADO Nome: CONDOR FLUGDIENST GMBH Participação: ADVOGADO Nome:
RICARDO DE OLIVEIRA FRANCESCHINI OAB: 24140/PE

PROCESSO NÚMERO: 0850734-61.2019.8.14.0301

SENTENÇA

Dispenso o relatório nos moldes do artigo 38 da Lei nº. 9.099/1995.

As partes celebraram acordo para por fim ao litígio, conforme minuta vinculada no Id nº. 27726310 dos
autos.

Pelo exposto, homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 57, da
Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.

Considerando que houve o cumprimento integral da avença celebrada na lide, conforme comprovante de
transferência bancária anexada no Id nº. 28991113, arquivem-se os autos.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição.

P.R.I.C.

Belém, 10 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0845863-17.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ANTONETE


BITTENCOURT MOREIRA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS FRANCISCO DE SOUSA MAIA
OAB: 16953/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUANA MESCOUTO SALHEB OAB: 23542/PA
Participação: EXECUTADO Nome: RAIMUNDO NONATO MOREIRA Participação: EXECUTADO Nome:
RAIMUNDA CARMELINA BITTENCOURT MOREIRA

Processo: 0845863-17.2021.8.14.0301 - PJE (Processo Judicial Eletrônico)

Promovente: Nome: ANTONETE BITTENCOURT MOREIRA


Endereço: Avenida Comandante Brás de Aguiar, 365, apt. 405, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66035-405

Promovido(a): Nome: RAIMUNDO NONATO MOREIRA


Endereço: Avenida Governador José Malcher, 830, apt. 601, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66055-260
Nome: RAIMUNDA CARMELINA BITTENCOURT MOREIRA
Endereço: Avenida Governador José Malcher, 830, apt. 601, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66055-260

SENTENÇA
726
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Vistos e etc.

Em resumo, alega a parte exequente na exordial que é credora da quantia de R$1.000.000,00 (um milhão
de reais) decorrentes de doação realizada pelos seus genitores, conforme Escritura Pública de Doação
anexada nos autos, a qual constitui título executivo extrajudicial, nos termos do art. 784, II do CPC.

No entanto, resta incontroverso que o crédito representado pelo título objeto da presente ação ultrapassa o
teto previsto na Lei nº. 9.099/95, conforme art. 3º, § 1º, II, da Lei 9.099/95, impondo-se a extinção do feito
sem julgamento do mérito, nos termos do art. 51, inciso II, da lei em comento.

Isso posto, por ser inadmissível o rito do Juizado Especial, EXTINGO O PROCESSO sem resolução do
mérito, nos termos do art. 51, II, da Lei nº. 9.099/95.

Intime-se somente a parte reclamante.

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

P.R.I.C.

Belém, 16 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0846561-23.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MARIA DO


CARMO CARDOSO DA SILVA FILIZZOLA Participação: ADVOGADO Nome: ALEX DE JESUS DE ASSIS
NOGUEIRA OAB: 28762/PA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO DE OLIVEIRA DOS SANTOS
OAB: 28138/PA Participação: REQUERIDO Nome: CAIXA ECONOMICA FEDERAL Participação:
REQUERIDO Nome: BANPARA

PROCESSO nº 0846561-23.2021.8.14.0301

INTERESSADO(A): MARIA DO CARMO CARDOSO DA SILVA FILIZZOLA

INTERESSADO(A): CAIXA ECONOMICA FEDERAL

INTERESSADO(A): BANCO DO ESTADO DO PARÁ

JUÍZA: MARCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

SENTENÇA

Vistos, etc.

Dispensado o relatório, nos termos do art.38, da Lei 9099/95.

Trata-se de PEDIDO DE ALVARÁ LIBERATÓRIO para levantamento de valores referentes a


PIS/PASEP/FGTS e SALDO DE SALÁRIO não resgatados em vida por seu titular, procedimento de
727
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

jurisdição voluntária cujo rito processual, previsto nos artigos 719 e seguintes do CPC/2015, com prazo de
15 (quinze) dias para manifestação de todos os interessados e quando, necessário, do Ministério Público
(art. 721, CPC/2015), se mostra incompatível com o procedimento estabelecido pela Lei nº 9.099/95,
pautado pela concentração dos atos processuais em audiência, razão pela qual a presente demanda deve
ser extinta sem julgamento do mérito, nos termos do art. 51, II, da Lei nº 9.099/95.

Assim, JULGO EXTINTO O PROCESSO sem resolução do mérito, na forma do art. 51, II, da Lei 9.099/95,
por não se coadunar com o procedimento previsto no referido diploma legal.

Sem custas e honorários (art. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).

Intime-se a parte autora e, caso tenha sido designada audiência, cancele-se.

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

P.R.I.C.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0831419-81.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ANTONIO DE


BRITO SILVA Participação: EXEQUENTE Nome: ESPÓLIO DE ANTÔNIO ALEXANDRE DA SILVA
Participação: EXECUTADO Nome: JOSE ALVES DA SILVA

PROCESSO NÚMERO: 0831419-81.2018.8.14.0301

SENTENÇA

Dispenso o relatório nos moldes do artigo 38 da Lei nº. 9.099/1995.

Em petição vinculada no Id nº. 27759830, a parte executada ofereceu proposta de acordo nos seguintes
termos:

•Parcelamento da dívida no valor total de R$29.899,57 (vinte e nove mil, oitocentos e noventa e nove reais
e cinquenta e sete centavos), em 30 (trinta) parcelas, sendo 29 parcelas fixas mensais no valor de
R$1.000,00 (um mil reais) e a última no valor de R$899,57, a serem depositadas mensalmente todo dia 30
na conta do exequente, a partir de 30.06.2021.

A parte exequente, instada a manifestar-se na lide acerca da proposta de acordo retro mencionada, anuiu
com os termos, todavia, deixou de informar os dados de sua conta bancária para fins de realização da
operação, conforme petição vinculada no Id nº. 29708816 do feito.

Assim, considerando que as partes transigiram para por fim ao litígio, consoante manifestações retro
mencionadas, homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 57 da
Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

À Secretaria do Juízo para providenciar a intimação das partes acerca da aludida homologação,
advertindo a parte executada que o não cumprimento da avença ensejará multa de 10% (dez por
cento) sobre o valor do débito e o vencimento antecipado das demais parcelas.

De outro lado, considerando que o exequente não apresentou na lide seus dados bancários,
determino à Secretaria que providencie a intimação da referida parte para que informe nos autos,
no prazo máximo de 05 dias úteis, os dados necessários para fins de efetivação da avença.

Havendo manifestação do exequente, intime-se imediatamente o executado dando-lhe ciência dos


dados fornecidos pelo credor.

Desta forma, considerando que somente nesta oportunidade foi homologado pelo Juízo o acordo
entabulado entre as partes, determino à Secretaria que providencie a intimação das partes dando-lhes
ciência de que o pagamento das prestações terá início em 30.09.2021, ficando facultado o depósito
em período anterior ao retro ordenado, devendo este Juízo ser comunicado de tal operação, tendo
em vista o Princípio da Cooperação.

Por fim, considerando que a presente sentença não é passível de recurso, conforme dicção do artigo 41
da Lei nº. 9.099/1995, determino o imediato arquivamento do feito, após intimação das partes e o
devido cumprimento das diligências retro ordenadas por este Juízo, restando ressalvado o direito
ao desarquivamento sem recolhimento das custas processuais, desde que requerido dentro do prazo
de 06 meses desta sentença.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição.

P.R.I.C.

Belém, 13 de agosto 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0802877-48.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ANTONIO


CLAUDIO DE SOUZA MODESTO Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ
DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ
MONTALVÃO DAS NEVES OAB: 12358/PA

Processo 0802877-48.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: ANTONIO CLAUDIO DE SOUZA MODESTO

RECLAMADO: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO serão
REMARCADAS como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS,
porém seguindo a ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Fernanda Matos Carnevali Gibson

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0830311-12.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ROSIANA MARIA


SOARES RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: DEBORA CRISTINA DA SILVA SALGADO
OAB: 12976/PA Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANA DE OLIVEIRA SILVA CASTRO OAB:
10153/PA Participação: REU Nome: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ

Processo 0830311-12.2021.8.14.0301

AUTOR: ROSIANA MARIA SOARES RODRIGUES

REU: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Marilia Mota de Oliveira Belini

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0847053-15.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JULIETH PINHEIRO


NEGRAO Participação: ADVOGADO Nome: EWERTON PEREIRA SANTOS OAB: 20745/PA Participação:
REU Nome: BANCO DO BRASIL SA

PROCESSO nº 0847053-15.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: JULIETH PINHEIRO NEGRAO

RECLAMADO(A): BANCO DO BRASIL SA

DESPACHO

Trata-se de reajuizamento de demanda que tramitou neste Juízo sob o número 0846537-
92.2021.8.14.0301 e que foi extinta, sem resolução do mérito em face de litispendência, em face da
existência mandado de segurança impetrado pela parte reclamante com as mesmas partes, causa de
pedir e pedido, processo PJE nº 0844320-76.2021.8.14.0301, que tramita na 10ª Vara Cível e Empresarial
de Belém.

O mandado de segurança tramita em Juízo Cível e se submete as regras do CPC/2015 que, ao contrário
do que ocorre no Sistema dos Juizados Especiais, expressamente prevê que a desistência da ação só
produz efeitos após a homologação judicial (art. 200, § único).

Não consta, dos autos, documento que comprove o domicílio da parte reclamante nesta Comarca.

Ante o exposto, intime-se a parte reclamante para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis contados da
intimação consumada do presente despacho, sob pena de extinção do processo, sem resolução do mérito,
emende a petição inicial juntando aos autos:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

a) comprovante de residência ATUALIZADO, LEGÍVEL e EM NOME PRÓPRIO, comprovando ser


domiciliada na COMARCA DE BELÉM;

b) caso não possua, a parte reclamante poderá apresentar comprovante de residência ATUALIZADO EM
NOME TERCEIRO, acompanhado de DECLARAÇÃO firmada por este, atestando, sob as penas da lei,
que as partes autoras residem no endereço indicado;

c) comprovante da homologação do pedido de desistência do processo nº 0844320-76.2021.8.14.0301.

Após, com ou sem manifestação, retornem os autos conclusos para análise do pedido de tutela provisória
de urgência.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0857337-19.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO EMPIRE CENTER Participação: ADVOGADO Nome: DENIS MACHADO MELO OAB: 10307/PA
Participação: EXECUTADO Nome: LONGEVITY ACADEMIA Participação: EXECUTADO Nome: R & J
EMPREENDIMENTOS ESPORTIVOS LTDA - ME

PROCESSO NÚMERO: 0857337-19.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Dispenso o relatório nos moldes do artigo 38 da Lei nº. 9.099/1995.

As partes celebraram acordo para por fim ao litígio, conforme minuta vinculada no Id nº. 25249951 dos
autos.

Pelo exposto, homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 57, da
Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.

Considerando que a presente sentença não é passível de recurso, conforme dicção do artigo 41 da Lei nº.
9.099/1995, determino o imediato arquivamento do feito, após intimação das partes, restando
ressalvado o direito ao desarquivamento sem recolhimento das custas processuais, desde que requerido
dentro do prazo de 06 meses desta sentença.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição.

P.R.I.C.

Belém, 10 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0830400-35.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MARCIA DO


SOCORRO RODRIGUES DE MIRANDA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA DO SOCORRO
RODRIGUES DE MIRANDA OAB: 005727/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE AUGUSTO DA
SILVA NOGUEIRA OAB: 0373PA/PA Participação: REU Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO RIO ELBA

Processo 0830400-35.2021.8.14.0301

REQUERENTE: MARCIA DO SOCORRO RODRIGUES DE MIRANDA

REU: CONDOMINIO DO EDIFICIO RIO ELBA

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO serão
REMARCADAS como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS,
porém seguindo a ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Fernanda Matos Carnevali Gibson

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0839403-53.2017.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ELSON PIMENTA


SOARES Participação: RECLAMADO Nome: LUCIANA SOUZA COSTA Participação: ADVOGADO Nome:
TIAGO HENRIQUE DE JESUS MARDOCK OAB: 30567/PA

PROCESSO NÚMERO: 0839403-53.2017.8.14.0301

SENTENÇA

Dispenso o relatório nos moldes do artigo 38 da Lei nº. 9.099/1995.

As partes celebraram acordo para por fim ao litígio, conforme minuta vinculada no Id nº. 27731832 dos
autos.

Pelo exposto, homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 57, da
Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.

Considerando que a presente sentença não é passível de recurso, conforme dicção do artigo 41 da Lei nº.
9.099/1995, determino o imediato arquivamento do feito, após intimação das partes, restando
ressalvado o direito ao desarquivamento sem recolhimento das custas processuais, desde que requerido
dentro do prazo de 06 meses desta sentença.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição.

P.R.I.C.

Belém, 10 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0828923-74.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: IZABEL CRISTINA


ATAIDE DA SILVA DE MOURA Participação: RECLAMADO Nome: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA
LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ISAAC COSTA LAZARO FILHO OAB: 18663/CE Participação:
ADVOGADO Nome: IGOR MACEDO FACO OAB: 16470/CE

Processo 0828923-74.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: IZABEL CRISTINA ATAIDE DA SILVA DE MOURA

RECLAMADO: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA LTDA

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Marilia Mota de Oliveira Belini

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0818145-45.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ARGELIA


MENDES DA SILVA RODRIGUES Participação: REQUERIDO Nome: PAGSEGURO INTERNET LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO CHALFIN OAB: 23522/PA

Processo 0818145-45.2021.8.14.0301

REQUERENTE: ARGELIA MENDES DA SILVA RODRIGUES

REQUERIDO: PAGSEGURO INTERNET LTDA

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS


como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Marilia Mota de Oliveira Belini

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0879361-41.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: FELIPE CORTIZO


CAMPOS Participação: ADVOGADO Nome: JOSIVALDO OLIVEIRA DE CARVALHO OAB: 26884/PA
Participação: REU Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação:
ADVOGADO Nome: SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA MOURAO OAB: 5627/PA

Processo 0879361-41.2020.8.14.0301

AUTOR: FELIPE CORTIZO CAMPOS

REU: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO

SENTENÇA

Para fins de movimentação no sistema PJE, ratifico os termos da sentença de homologação de acordo
proferida em audiência, conforme ID nº. 31117774 dos autos.

Arquivem-se os autos, conforme determinado na aludida sentença.

Cumpra-se.

Belém, 9 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito Titular da 9ª Vara do Juizado Especial Cível


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0822689-76.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: PAULO SERGIO HAGE


HERMES registrado(a) civilmente como PAULO SERGIO HAGE HERMES Participação: ADVOGADO
Nome: PAULO SERGIO HAGE HERMES registrado(a) civilmente como PAULO SERGIO HAGE HERMES
OAB: 2995/PA Participação: REQUERIDO Nome: Tam Linhas aereas Participação: ADVOGADO Nome:
FABIO RIVELLI OAB: 297608/PA

PROCESSO NÚMERO: 0822689-76.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Dispenso o relatório nos moldes do artigo 38 da Lei nº. 9.099/1995.

As partes celebraram acordo para por fim ao litígio, conforme minuta vinculada no Id nº. 29576572 dos
autos.

Pelo exposto, homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 57, da
Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.

Considerando que a presente sentença não é passível de recurso, conforme dicção do artigo 41 da Lei nº.
9.099/1995, determino o imediato arquivamento do feito, após intimação das partes, restando
ressalvado o direito ao desarquivamento sem recolhimento das custas processuais, desde que requerido
dentro do prazo de 06 meses desta sentença.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição.

Cancele-se a audiência designada na lide.

P.R.I.C.

Belém, 10 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0831419-81.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ANTONIO DE


BRITO SILVA Participação: EXEQUENTE Nome: ESPÓLIO DE ANTÔNIO ALEXANDRE DA SILVA
Participação: EXECUTADO Nome: JOSE ALVES DA SILVA

PROCESSO NÚMERO: 0831419-81.2018.8.14.0301

SENTENÇA

Dispenso o relatório nos moldes do artigo 38 da Lei nº. 9.099/1995.

Em petição vinculada no Id nº. 27759830, a parte executada ofereceu proposta de acordo nos seguintes
termos:

•Parcelamento da dívida no valor total de R$29.899,57 (vinte e nove mil, oitocentos e noventa e nove reais
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

e cinquenta e sete centavos), em 30 (trinta) parcelas, sendo 29 parcelas fixas mensais no valor de
R$1.000,00 (um mil reais) e a última no valor de R$899,57, a serem depositadas mensalmente todo dia 30
na conta do exequente, a partir de 30.06.2021.

A parte exequente, instada a manifestar-se na lide acerca da proposta de acordo retro mencionada, anuiu
com os termos, todavia, deixou de informar os dados de sua conta bancária para fins de realização da
operação, conforme petição vinculada no Id nº. 29708816 do feito.

Assim, considerando que as partes transigiram para por fim ao litígio, consoante manifestações retro
mencionadas, homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 57 da
Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.

À Secretaria do Juízo para providenciar a intimação das partes acerca da aludida homologação,
advertindo a parte executada que o não cumprimento da avença ensejará multa de 10% (dez por
cento) sobre o valor do débito e o vencimento antecipado das demais parcelas.

De outro lado, considerando que o exequente não apresentou na lide seus dados bancários,
determino à Secretaria que providencie a intimação da referida parte para que informe nos autos,
no prazo máximo de 05 dias úteis, os dados necessários para fins de efetivação da avença.

Havendo manifestação do exequente, intime-se imediatamente o executado dando-lhe ciência dos


dados fornecidos pelo credor.

Desta forma, considerando que somente nesta oportunidade foi homologado pelo Juízo o acordo
entabulado entre as partes, determino à Secretaria que providencie a intimação das partes dando-lhes
ciência de que o pagamento das prestações terá início em 30.09.2021, ficando facultado o depósito
em período anterior ao retro ordenado, devendo este Juízo ser comunicado de tal operação, tendo
em vista o Princípio da Cooperação.

Por fim, considerando que a presente sentença não é passível de recurso, conforme dicção do artigo 41
da Lei nº. 9.099/1995, determino o imediato arquivamento do feito, após intimação das partes e o
devido cumprimento das diligências retro ordenadas por este Juízo, restando ressalvado o direito
ao desarquivamento sem recolhimento das custas processuais, desde que requerido dentro do prazo
de 06 meses desta sentença.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição.

P.R.I.C.

Belém, 13 de agosto 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0800141-91.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: PAULO VITOR


MAIA LIMA Participação: ADVOGADO Nome: VITOR CAVALCANTI DE MELO OAB: 7375/PA
Participação: RECLAMANTE Nome: CECY ANGELICA DE SEIXAS SANTOS MAIA Participação:
ADVOGADO Nome: VITOR CAVALCANTI DE MELO OAB: 7375/PA Participação: RECLAMADO Nome:
Operadora CLARO Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL GONCALVES ROCHA OAB: 16538/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo: 0800141-91.2020.8.14.0301 - PJE (Processo Judicial Eletrônico)

Promovente: Nome: PAULO VITOR MAIA LIMA


Endereço: Travessa Doutor Enéas Pinheiro, 1656, Marco, BELéM - PA - CEP: 66095-105
Nome: CECY ANGELICA DE SEIXAS SANTOS MAIA
Endereço: Travessa Doutor Enéas Pinheiro, 1656, Marco, BELéM - PA - CEP: 66095-105

Promovido(a): Nome: Operadora CLARO


Endereço: Travessa Quintino Bocaiúva, 1186, Reduto, BELéM - PA - CEP: 66053-240

JUÍZA: MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

SENTENÇA

Dispensado o relatório, com base no art. 38 da Lei 9099/95, passo a decidir.

Em suma, consta da inicial que, em razão de viagem ao exterior, no período de 28/09/2019 a 12/10/2019,
a reclamante Cecy Maia contratou junto à operadora Claro, da qual já era cliente, um pacote de serviço
denominado Passaporte Américas, bem ainda, um pacote adicional de internet e outro de roaming
internacional, que contemplava a linha da qual era titular (91)98412-8283 e a linha de seu marido, o
reclamante Paulo, de nº (91)99142-8283.

Todavia, os serviços de roaming e internet teriam ficado inoperantes por diversos momentos, o que
demandou inúmeras reclamações perante à empresa, consoante protocolos informados. Num dos
atendimentos teria havido inclusive confirmação de que o pacote de dados contratado não havia sido
utilizado, pois a internet estava indisponível durante toda a viagem.

Diante do fato, os autores alegam que houve falha na prestação do serviço que implicou em dano moral,
pois a família ficou incomunicável e passou por momentos de angustia, já que se separava para fazer
passeios e não conseguia se reencontrar.

Ao final, pugnam os autores pela condenação da ré ao pagamento de indenização por dano


extrapatrimonial no importe de R$20.620,00 para cada um.

DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE

A ré alega que como os serviços adicionais foram contratados apenas pela sra. Cecy, o autor Paulo seria
ilegítimo para estar na lide.

Contudo, como se observa das faturas juntadas ao feito, o aludido reclamante já fazia uso de linha móvel
operada pela Claro, além disso, teoricamente, também teria sofrido abalo moral em razão da alegada falha
na prestação do serviço por parte da empresa, o que a meu juízo o torna legítimo para figurar no polo ativo
desta ação.

Nesse passo, rejeito a preliminar.

DO MÉRITO

Da aplicação do CDC e inversão do ônus da prova


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Tendo em vista a submissão da presente demanda ao Código de Defesa do Consumidor, e considerando


a hipossuficiência técnica dos reclamantes em relação ao serviço prestado pela reclamada, deve ser
invertido o ônus da prova, a fim de promover a facilitação da defesa de seus direitos, nos termos do art. 6º,
VIII, do referido diploma, pelo que defiro o pedido.

Dito e passando ao mérito propriamente, observo que as “telas” juntadas pelo reclamante, embora
demonstrem problemas com acesso à internet, não são suficientes para comprovar que o serviço ficou
“inoperante”, como se afirma na inicial, mormente quando a ré se desincumbiu de juntar aos autos faturas
demonstrando que tanto a linha de titularidade da reclamante quanto aquela utilizada por seu marido, cujo
número correto é (91)99142-3640, fizeram uso tanto do serviço de ligação telefônica quanto de dados
móveis no exterior (id. 19818409 - Pág. 3 e ss).

Nesse sentido, é possível inclusive observar no detalhamento da fatura que foram realizadas chamadas
internacionais entre os dias 30/09 e 12/10, período que coincide com o da viagem dos autores.

Assim, ainda que tenha havido indisponibilidade do serviço em determinados momentos, este juízo se dá
por convencido que, repita-se, não houve inoperância a ponto de deixar a família incomunicável, muito
menos de causar abalo extrapatrimonial.

A título de exemplo, é possível constatar pelas mensagens juntadas com a inicial, que um dos momentos
de “desencontro” do casal e das filhas em solo estrangeiro se deu porque o pai não atendia as ligações
destas e não porque o serviço prestado pela ré havia deixado de funcionar. Sendo assim, descabe falar
na hipótese em indenização por dano extrapatrimonial, em razão da ausência de comprovação da falha na
prestação do serviço da reclamada, sendo incabível a aplicação do art. 14, do CDC.

Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido inicial.

Resta extinto o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC/2015.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade


do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Publique-se. Intime-se, servindo cópia da presente como mandado, se necessário.

Transitado em julgado, nada mais havendo, arquive-se.

Belém/PA, 05 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0846064-43.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: CINTIA DA SILVA


DIAS Participação: ADVOGADO Nome: EDGAR LIMA FLORENTINO OAB: 018546/PA Participação:
RECLAMADO Nome: OI MOVEL S.A. Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA COSTA
FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA

Processo: 0846064-43.2020.8.14.0301 - PJE (Processo Judicial Eletrônico)

Promovente: Nome: CINTIA DA SILVA DIAS


Endereço: Rua Mucajás, 61, (Res Carmelândia) QD 16, Mangueirão, BELéM - PA - CEP: 66640-435

Promovido(a): Nome: OI MOVEL S.A.


Endereço: Travessa Doutor Moraes, 121, - até 344/345, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66035-080

JUÍZA: MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

SENTENÇA

Vistos, etc.

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38, da lei nº 9.099/95, decido.

CINTIA DA SILVA DIAS ajuizou ação em face de OI MÓVEL S/A. afirmando que em 12/06/2020 solicitou,
via “Call Center” (protocolos de nº 202000089313246, 2020115262536 e 2020115152029.), o
cancelamento do contrato de prestação de serviço de telefonia e internet que mantinha com a ré, todavia,
recebeu duas faturas posteriores a tal pedido, uma referente ao mês 06/2020, no valor de R$44,36 e outra
ao mês 07/2020, no importe de R$140,88.

Refere que, em face das cobranças indevidas, chegou a se dirigir à sede da empresa, nesta Capital para
formular reclamação, porém, foi informada que a única forma de encerrar a relação contratual seria quitar
as faturas.

Diante dos fatos, requereu e obteve tutela de urgência para que a reclamada se abstivesse de promover a
negativação de seu nome com base nas faturas impugnadas ou caso já o tivesse feito, providenciasse a
exclusão do apontamento.

No mérito, pugna pela declaração de inexistência dos débitos e indenização por danos morais no importe
de R$25.000,00, além de inversão do ônus da prova e justiça gratuita.

A reclamada por sua vez impugna o pedido de gratuidade e quanto aos fatos afirma que a reclamante
solicitou apenas a mudança do endereço de instalação do serviço e não o cancelamento do contrato e
inclusive teria insistido na manutenção do contrato, mesmo sendo informado que no seu novo endereço
não havia fibra ótica disponível.

Diz ainda que a linha fixa habilitada em nome da autora permaneceu ativa e gerando cobranças. No mais,
destaca que a cobrança é lícita, que não há prova de que tenha promovida a negativação do nome da
reclamante e que esta possui anotação preexistente e por isso não faz jus à indenização por danos
morais.
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DA IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA

Alega a reclamada que a reclamante não teria feito prova de seus estado de hipossuficiência financeira,
motivo pelo qual o pedido de gratuidade deve ser indeferido.

Ocorre, porém, que a alegação da parte de que não possui condições financeiras de arcar com despesas
processuais sem prejuízo do próprio sustento goza de presunção relativa de veracidade, porém no caso
dos autos em que a reclamante é servidora pública, possuindo renda mensal fixa, entendo que o eventual
pagamento de custas não acarretará prejuízos ao seu sustento e de sua família, motivo pelo qual fica
indeferido o pedido.

DO MÉRITO

A presente demanda deve ser analisada à luz do CDC, tendo em vista que está delineada a relação de
consumo entre as partes, eis que reclamante e reclamada ostentam respectivamente a condição de
consumidor – destinatário final – e fornecedor de serviço, nos termos dos arts. 2º, 3º e 22 do CDC.

De outro lado, a parte reclamante, além de consumidora, é hipossuficiente no que tange à produção
probatória – uma vez que não detém os meios de prova necessários para comprovar que os protocolos
citados na inicial de fato se referem a um pedido de cancelamento do contrato –, razão pela qual é
imperioso inverter o ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do CDC.

Aponte-se que os requisitos para inversão do ônus da prova previstos no dispositivo supra –
verossimilhança das alegações formuladas e hipossuficiência do consumidor – são alternativos, bastando
a presença de um deles para deferimento da medida.

Além do mais, de acordo com a Teoria da Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova, é a parte reclamada
quem detém as melhores condições de provar que não houve solicitação de cancelamento, já que o áudio
das chamadas telefônicas realizadas pelos clientes ficam em seu poder.

Dito isso e passando ao mérito propriamente, observo que a reclamada nada mencionou sobre os
protocolos fornecidos pela reclamante, nem mesmo se dignou a esclarecer a que se referem. Do mesmo
modo, também não provou que os protocolos de atendimento citados na contestação de fato estariam
relacionados a pedido de mudança no endereço e de instalação dos serviços contratados pela autora.

Vale dizer, novamente, que o áudio das ligações telefônicas – que via de regra são gravadas pelos SACs
das empresas para “segurança” do consumidor – seria a única prova capaz de demonstrar o teor das
tratativas entre as partes e somente a requerida poderia juntá-los ao feito para esclarecer, afinal, o que de
fato foi solicitado pela reclamante.

Nesse passo, considerando que a requerida, a despeito do que dispõem os arts. 6º, VIII, do CDC e 373, II,
do CPC, não cuidou de produzir tal prova, diga-se de passagem de fácil alcance, e ainda juntou "tela" de
seu sistema demonstrando que o plano da reclamante encontra-se cancelado desde 13/06/2020
(id. 21400930 - Pág. 2), data posterior ao pedido citado na inicial, a única conclusão possível é que as
alegações autorais são verdadeiras.

Sendo assim, todas as faturas emitidas após a referida data são indevidas, com exceção daquela
referente ao mês 06/2020, que se refere ao período de 23/05/2020 e 23/06/2020 e, portanto, deve ser
adimplida em parte.

Em relação à anotação negativa do nome da reclamante, apesar de a reclamada negar sua existência, o
documento de id. 20927499 – Pág, aliado à prova produzida pela própria empresa sob o id. 21400930 -
Pág. 23 (que inclusive indica a data de inclusão e de exclusão do registro negativo), são suficientes para
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comprovar não só a negativação em si, mas sua origem ilícita, já que se baseiam em débito vencido após
o pedido de cancelamento.

Por outro lado, havendo prova nos autos de que a reclamante possui anotação preexistente e não
havendo de sua parte sequer a alegação de que se trata de apontamento ilegítimo, não há que se falar em
dano moral, a teor da Súmula 385 do STJ. Senão vejamos:

Súmula 385 - Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano
moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento. (Negrito)

Assim, subsiste apenas o direito ao cancelamento da inscrição, consoante destacado acima.

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados na inicial tão somente
para:

a) declarar inexistente o débito constante na fatura emitida pela ré em nome da autora CINTIA DA SILVA
DIAS, referente ao mês 06/2020, no que diz respeito ao período compreendido entre 13/06/2020 e
23/06/2020, bem ainda, totalmente inexistente o débito lançado na fatura relativa ao mês 07/2020, no valor
de R$140,88 assim como qualquer relativo ao contrato nº 401958125571 que diga respeito a serviço
faturado após 12/06/2020.

b) confirmar a tutela de urgência, determinando à reclamada que promova o cancelamento definitivo de


qualquer restrição existente em nome do reclamante CINTIA DA SILVA DIAS (CPPF 652.171.442-20),
cujo débito que lhe sirva de base tenha relação com serviços faturados após 12/06/2020.

Resta extinto o processo com resolução do mérito (CPC, art. 487, I).

Sem condenação em custas ou honorários advocatícios, nos termos do art. 54, “caput” e 55 da Lei
9099/95.

Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.

Transitado em julgado, nada mais havendo, arquive-se.

Belém/PA, 05 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0831947-18.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: CLEIDIANE MELO


DOS SANTOS Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA
S.A - EQUATORIAL Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS
NEVES OAB: 12358/PA

Processo: 0831947-18.2018.8.14.0301 - PJE (Processo Judicial Eletrônico)

Promovente: Nome: CLEIDIANE MELO DOS SANTOS


Endereço: BR 316, KM 15 - Residencial Viver Melhor, Apto 102, Loteamento 55, Quadra 19, Decouville,
MARITUBA - PA - CEP: 67200-000

Promovido(a): Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A - EQUATORIAL


Endereço: AV AUGUSTO MONTENEGRO, KM 08, 08, Parque Verde, BELéM - PA - CEP: 66823-010

JUÍZA: MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

SENTENÇA

Vistos etc.

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38, da Lei n° 9.099/95.

CLEIDIANE MELO DOS SANTOS, titular da CC nº 105820402, move ação em face de EQUATORIAL
PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A., na qual requer:

a) declaração de inexistência de débitos constantes nas faturas de consumo não registrado emitidas pela
ré nos valores de R$2.494,17, com vencimento para 28/08/2017, R$344,46, com vencimento para
03/02/2018 e R$507,83, com vencimento para 15/03/2018.

b) cancelamento do termo de confissão de dívida e parcelamento relacionado a fatura de R$2.494,17 e


das respetivas prestações, no importe de R$51,96, além de devolução das quantias pagas.

c) Confirmação dos efeitos da tutela de urgência que proibiu a cobrança, inclusão em cadastro negativo e
o corte de energia baseados nas faturas impugnadas.

d) Condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais, no importe de R$10.000,00.

A empresa requerida, por sua vez, sustenta a regularidade das cobranças e inexistência de dano moral,
ademais, formula pedido contraposto.

DO MÉRITO

Da inversão do ônus da prova

Versam os autos sobre evidente relação de consumo, uma vez que a parte reclamante é pessoa física que
utiliza o serviço prestado pela parte reclamada como destinatária final, caracterizando-se como
consumidora, nos termos do art. 2º do CDC, enquanto a reclamada, concessionária de serviço público, é
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pessoa jurídica que desenvolve atividade de prestação de serviço público de fornecimento de energia
elétrica, afigurando-se fornecedora no âmbito do mercado consumerista, nos termos dos arts. 3º e 22, do
CDC.

De outro lado, a parte reclamante, além de consumidora, é hipossuficiente no que tange à produção
probatória – uma vez que dela não se espera a detenção do conhecimento técnico e dos meios de prova
necessários à resolução da lide no que tange à inocorrência de irregularidade de consumo e da correção
do procedimento de recuperação da energia eventualmente consumida fora da medição –, razão pela qual
é imperioso inverter o ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do CDC.

Aponte-se que os requisitos para inversão do ônus da prova previstos no dispositivo supra –
verossimilhança das alegações formuladas e hipossuficiência do consumidor – são alternativos, bastando
a presença de um deles para deferimento da medida.

Além do mais, de acordo com a Teoria da Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova, é a parte reclamada
quem detém as melhores condições de provar as irregularidades de consumo que afirma ter encontrado
em vistorias realizada na UCe que realizou corretamente o procedimento de recuperação do consumo fora
da medição, uma vez que os documentos referentes a estes fatos estão em seu poder.

DO DÉBITO DE CNR E DO DANO MORAL

O E. TJPA, em julgamento de Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas – IRDR (Processo nº.


0801251-63.2017.8.14.0000), visando determinar as balizas de inspeção para apuração de consumo
de energia não faturado e, consequentemente, a validade das cobranças de débito realizadas a
partir dessas inspeções, fixou as seguintes teses:

a) A formalização do Termo de Ocorrência de Inspeção (TOI) será realizada na presença do consumidor


contratante ou de seu representante legal, bem como de qualquer pessoa ocupante do imóvel no
momento da fiscalização, desde que plenamente capaz e devidamente identificada;

b) Para fins de comprovação de consumo não registrado (CNR) de energia elétrica e para validade da
cobrança daí decorrente a concessionária de energia está obrigada a realizar prévio procedimento
administrativo, conforme os arts. 115, 129, 130 e 133, da Resolução nº. 414/2010, da ANEEL,
assegurando ao consumidor usuário o efetivo contraditório e a ampla defesa;

c) Nas demandas relativas ao consumo não registrado (CNR) de energia elétrica, a prova da efetivação e
regularidade do procedimento administrativo disciplinado na Resolução nº. 414/2010, incumbirá à
concessionária de energia elétrica.

Note-se que nos termos do art. 985, I e II, do CPC/2015, uma vez julgado o IRDR, tais teses devem ser
aplicadas a todos os processos individuais e coletivos, pendentes e futuros, que versem sobre idêntica
questão, em face de sua eficácia vinculante, sem necessidade de trânsito em julgado do acórdão, como se
depreende do caput do citado dispositivo, mesmo porque na hipótese de não serem confirmadas pelos
Tribunais Superiores, os julgados que as tenham adotado serão suscetíveis de ajuste pelos modos
previstos no art. 1.040 do CPC/2015.

Sendo assim, considerando as teses firmadas no precedente acima citado, cabe à parte reclamada a
prova:

a) da ocorrência de consumo não registrado (CNR) de energia elétrica;

b) da regularidade do procedimento administrativo para apuração dos valores devidos, com observância
dos arts. 115, 129, 130 e 133, da Resolução nº. 414/2010, da ANEEL, e de que foi assegurado ao
consumidor o efetivo contraditório e a ampla defesa.
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A inobservância de qualquer destas exigências, implica na invalidade da cobrança.

Dito isso, observo que a ré logrou êxito em provar o consumo não registrado (CNR) de energia elétrica. Tal
conclusão pode ser alcançada não só pelo TOI, como também pelo registro fotográfico das inspeções e
histórico da unidade que aponta consumo reduzido no período das irregularidades em comparação com
períodos anteriores e posteriores aos desvios de energia.

Outrossim, também constato pela documentação que acompanha a contestação que a empresa seguiu o
procedimento correto na formalização do TOI, assim como deu ciência à consumidora da inspeção e das
irregularidades e lhe apontou o critério utilizado para apurar o valor devido, que se encontra devidamente
previsto na Resolução 414 ANEEL que rege o setor. Também foi oportunizado à consumidora direito de
defesa, como bem demonstra a prova juntada com a própria inicial (id. 4806281 - Pág. 6).

Assim, a única conclusão possível é que a cobrança levada a efeito pela


requerida atendeu às balizas fixadas pelo TJPA quando do julgamento do IRDR suso aludido e que não há
prova capaz de desconstituí-la.

Nesse passo, não há que se falar em cancelamento de débito ou do termo de confissão de dívida
impugnado, eis que não há quaisquer elementos de prova indicando que tenha sido fruto de coação, como
alega a reclamante, mesmo porque o débito nele encartado de fato existe e exigível.

De igual modo, não se verifica no caso concreto qualquer ato ilícito da ré a configurar ofensa aos diretos
da personalidade da autora, pelo que o pedido indenizatório deve ser rejeitado.

DO PEDIDO CONTRAPOSTO

A reclamada busca a condenação da reclamante ao pagamento de R$3.346,46, que equivale à somatória


dos valores constantes nas faturas impugnadas.

Contudo, compreendo que se a empresa facultou à consumidora o parcelamento não só de uma, mas das
três contas de energia aqui discutidas, conforme alega na peça de defesa, não pode exigir, sob pena de
atentar contra a boa-fé objetiva, a satisfação do débito pela via judicial de uma só vez e na sua
integralidade e isso sem ao menos alegar que as prestações dos acordos deixaram de ser adimplidas e
sem sequer abater do total aquelas já quitadas.

Forte em tais razões, hei por bem rejeitar o contraposto.

Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos iniciais e o pedido contraposto.

Resta extinto o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC/2015.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade


do primeiro grau de jurisdição no Sistema dos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Com o trânsito em julgado, nada mais havendo, arquivem-se os autos.

Publique-se. Intime-se, servindo a cópia da presente como mandado, se necessário. Cumpra-se.

Belém/PA, 05 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA


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Juíza de Direito

Número do processo: 0831153-89.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ELSON ANTONIO


BELTRAME Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CARLOS CEOLIN JUNIOR OAB: 20111/ES
Participação: ADVOGADO Nome: IGOR EMANUEL DA SILVA GOMES OAB: 22169/ES Participação:
EXECUTADO Nome: COMERCIAL HIKA LTDA EPP - ME

Processo 0831153-89.2021.8.14.0301

EXEQUENTE: ELSON ANTONIO BELTRAME

EXECUTADO: COMERCIAL HIKA LTDA EPP - ME

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO serão
REMARCADAS como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS,
porém seguindo a ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Fernanda Matos Carnevali Gibson


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Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0835369-93.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANA CAROLINA DE


ALMEIDA CORREA Participação: ADVOGADO Nome: JACQUELINE DA SILVA SANTOS OAB: 29891/PA
Participação: REQUERIDO Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO

PROCESSO nº 0835369-93.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: ANA CAROLINA DE ALMEIDA CORREA

RECLAMADA: UNIMED BELÉM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

DECISÃO

Trata-se de ação de rito sumaríssimo com pedido de tutela provisória de urgência no sentido de que a
parte reclamada seja compelida a autorizar cobertura a procedimento cirúrgico para correção de hipertrofia
mamaria – bilateral, indicada por seu médico assistente.

A parte reclamante juntou aos autos a negativa de cobertura apresentada pela parte reclamada, cuja
fundamentação é o fato de que o procedimento não estaria previsto no rol da ANS.

É o relatório. Decido.

Os requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência são descritos no artigo 300 do Código de
Processo Civil de 2015, que exige a conjugação da probabilidade do direito com a possibilidade de dano
ou risco ao resultado útil do processo; mantendo-se, para as tutelas de urgência de natureza antecipada, o
requisito negativo de que não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão (art. 300, §3º, do CPC/2015).

Neste tocante, destaque-se que a doutrina pátria é pacífica no sentido de que a vedação à concessão de
tutela provisória de urgência de natureza antecipada por conta de perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão (art. 300, §3º, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto, quando configurar verdadeira
violação à garantia constitucional do acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da CF/88).

Neste sentido, o Enunciado nº 25 da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados –


ENFAM: “A vedação da concessão de tutela de urgência cujos efeitos possam ser irreversíveis (art. 300,
§3º, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto com base na garantia do acesso à Justiça (art. 5º,
XXXV, da CFRB.”

No presente caso, observo que a petição inicial PREENCHE os requisitos autorizadores da


concessão da tutela provisória de urgência pretendida.

A presente demanda será analisada à luz da Lei Federal nº. 8.078/1990, visto que a relação jurídica
existente entre as partes litigantes é claramente consumerista (súmula 496, do STJ).

Os documentos juntados aos autos – em especial os laudos médicos fornecidos pelos médicos assistentes
da parte reclamante (IDs nº 31652371 e nº 31652372) – são suficientes para convencer o juízo da
probabilidade do direito da parte autora de ver a parte reclamada compelida à cobertura do procedimento
cirúrgico objeto da demanda, uma vez que amparado em entendimento sedimentado na jurisprudência
pátria no sentido de que “Ainda que admitida a possibilidade de o contrato de plano de saúde conter
cláusulas limitativas dos direitos do consumidor (desde que escritas com destaque, permitindo imediata e
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fácil compreensão, nos termos do § 4º do artigo 54 do Código de Defesa do Consumidor), revela-se


abusivo o preceito excludente do custeio dos meios e materiais necessários ao melhor
desempenho do tratamento clinico ou do procedimento cirúrgico voltado à cura de doença coberta.
(AgInt no AREsp 1257342/RN, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
22/05/2018, DJe 29/05/2018)

Convém lembrar que o rol estabelecido pela ANS é meramente exemplificativo, não excluindo
outros procedimentos médicos nele não elencados, desde que necessários ao tratamento da
patologia que acomete o consumidor do plano de saúde.

Neste sentido:

APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. PLANO DE SAÚDE.


PROCEDIMENTO CIRÚRGICO. HIPERTROFIA MAMÁRIA. RECOMENDAÇÃO MÉDICA.
PROCEDIMENTO NÃO PREVISTO NO ROL DA ANS. ROL EXEMPLIFICATIVO. COBERTURA. RECUSA
INDEVIDA. RESSARCIMENTO INTEGRAL. RECURSO DESPROVIDO. 1. A demora do judiciário em
ordenar o ato citatório não pode prejudicar a parte, motivo pelo qual deve ser rejeitada a prejudicial de
prescrição. 2. É obrigatória a cobertura securitária da operadora do plano de saúde para realização de
cirurgia mamária com o objetivo de redução dos seios para tratamento e lesão ortopédica na coluna
cervical decorrente, justamente, do quadro de hipertrofia mamária, não podendo ser confundida com
procedimento meramente estético. 3. O reembolso das despesas a que a segurada se viu obrigada a
custear, em razão da negativa de cobertura, deve ser integral. 3. Afastada a prejudicial de prescrição. 4.
Recurso conhecido e desprovido. (TJ-DF 07024485220188070017 DF 0702448-52.2018.8.07.0017,
Relator: MARIA DE LOURDES ABREU, Data de Julgamento: 26/10/2020, 3ª Turma Cível, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 15/12/2020 . Pág.: Sem Página Cadastrada.)

O perigo de dano também resta configurado, pois, é inegável que a negativa da cobertura causará prejuízo
ao tratamento da enfermidade que acomete a parte reclamante, ocasionando o agravamento de seu
estado de saúde.

Ressalte-se que, em que pese a medida seja irreversível, deve ser afastada a vedação prevista no art.
300, § 3º, do CPC/2015, uma vez que o indeferimento da tutela provisória implicará flagrante violação à
garantia de acesso à Justiça assegurada pelo art. 5º, XXXV, da CF/88, à reclamante.

Caberá a parte reclamada manejar pedido contraposto para cobrar indenização pelas perdas e danos que
possam vir a lhe ser causados com o cumprimento da decisão.

Diante da presença dos requisitos necessários, DEFIRO o pedido de tutela provisória de urgência,
determinando que a parte reclamada, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada
da presente decisão, promova todos os atos necessários à autorização de cobertura do procedimento
cirúrgico para correção de hipertrofia mamaria – bilateral indicado pelo médico assistente da parte
reclamante, sob pena de multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia até o limite de 5.000,00 (cinco mil
reais) a ser revertida em prol da parte reclamante.

Intimem-se ambas as partes desta decisão.

Ciente a parte reclamante da audiência designada automaticamente pelo PJE.

Cite-se e intime-se a parte reclamada, com as advertências de praxe, para comparecer à audiência já
designada.

A Audiência Una será realizada na modalidade virtual, através da Plataforma de Comunicação Microsoft
Teams, devendo as partes observar o guia prático da plataforma de videoconferência, constante do
website do TJE/PA- http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=902890.
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Manifestem-se nos autos as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação
consumada, informando os e-mails para envio do link de acesso à sala de audiência virtual.

Devem as partes e os advogados acessar a audiência no dia e horário designados, por computador,
celular (smartphone) ou tablet, sem necessidade de instalação do referido aplicativo (utilizando o
navegador Google Chrome), por meio do link que será enviado antecipadamente ou no momento da
realização do ato, para os e-mails informados pelos litigantes, ocasião em que estes poderão produzir as
provas admitidas em direito e que entenderem necessárias, inclusive testemunhais, e a parte reclamada
deverá apresentar defesa escrita ou oral, sob pena de revelia.

Partes e advogados podem estar presentes na data e hora agendadas no mesmo ponto de acesso
(computador, celular, tablet), ou, caso algum dos participantes prefira e possa participar da audiência
individualmente de outro ponto de acesso, deve informar antecipadamente no prazo acima informado, o e-
mail para envio de convite. Todos os participantes devem estar munidos de documento oficial de
identificação, com foto, para apresentação na audiência, sendo vedada em sede de Juizado Especial
representação de pessoa física (Enunciado 10 do FONAJE).

Solicitamos às partes que juntem antecipadamente no PJE os seguintes documentos: contestação,


manifestação à contestação, procuração, substabelecimento, demais documentos comprobatórios (em
PDF, vídeo, áudio, fotografias, etc.) e manifestação aos documentos.

Havendo necessidade de esclarecimentos, seguem os contatos desta Vara. Telefone: (91) 3211-0412 /
WhatsApp: (91) 98463-7746 / E-mail: 9jecivelbelem@tjpa.jus.br.

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamante ensejará a
aplicação da extinção da presente ação sem resolução do mérito, consoante art. 51, I, da Lei nº 9099/95
c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, bem como poderá ensejar a condenação
ao pagamento de custas, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos.

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamada ensejará a
aplicação da revelia, consoante arts. 20 e 23 da Lei 9.099/95 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor, devendo eventual
impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.

Com efeito, imperioso destacar que as partes deverão comunicar a este Juízo a mudança de endereço,
ocorrida no curso do processo, sob pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao
endereço anterior, constante dos autos (artigo 19, § 2º, da Lei nº 9.099/95).

Ressalte-se ainda que, nas causas em que for atribuído valor econômico superior a vinte salários mínimos,
a assistência da parte por advogado será obrigatória (artigo 9º da Lei nº. 9.099/95).

A opção da parte autora pelo procedimento da Lei nº. 9.099/95 implica em renúncia ao crédito excedente
ao limite previsto no inciso primeiro do artigo 3º da citada lei (quarenta salários mínimos), conforme
previsão do parágrafo terceiro, do mencionado artigo.

Em se tratando de causa que versa a respeito de relação de consumo, resta deferida a inversão do ônus
da prova, nos termos do disposto no artigo 6°, VIII, do Código de Defesa do Consumidor.

Intime-se a parte reclamada para que, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada
da presente decisão, promovam seu cadastro no Sistema PJE para recebimento de citações e intimações
por meio eletrônico, nos termos do § 1º do art. 246 do CPC/2015.

O descumprimento da determinação supra será punido, na forma do art. 77, §§ 1º e 2º, do CPC/2015,
como ato atentatório à dignidade da Justiça com aplicação de multa, que fixo em 5% (cinco por cento) do
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valor da causa, a ser revertida em favor da Fazenda Pública Estadual, sem prejuízo de adoção de
medidas civis, processuais e penais cabíveis.

Caso as partes não tenham interesse em produzir provas em audiência, deverão informar nos
autos, dentro do referido prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada, sendo
que o silêncio implicará em preclusão no que concerne à produção de provas, o que autoriza o
julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, I, do CPC/2015.

Neste caso, a Audiência Una será de pronto cancelada e a parte reclamada será imediatamente intimada
a apresentar defesa nos autos no prazo improrrogável de 15 dias úteis.

Após apresentada contestação, havendo preliminares, pedido contraposto e documentos porventura


trazidos na lide pela parte reclamada, será concedido consecutivamente à parte autora prazo de 05 (cinco)
dias úteis, para fins de manifestação, e em seguida serão os autos remetidos conclusos para julgamento,
conforme ordem cronológica de conclusão dos processos.

Manifestando-se qualquer das partes pela necessidade de produção de provas em audiência, ficará
mantida por ora a data de Audiência Una a ser designada, devendo o manifestante, dentro do referido
prazo de 05 (cinco) dias úteis, fundamentar seu pedido, caso não pormenorizado, indicando inclusive as
provas que pretende produzir, ficando desde já os litigantes advertidos que o mero depoimento pessoal
não se presta a tal finalidade, pois apenas serve como via de reprodução dos fatos já deduzidos na inicial
e contestação, devendo após os autos ser remetidos conclusos para decisão.

De igual forma, esclareço às partes que, havendo manifestação para manutenção da audiência visando
exclusivamente o interesse na composição consensual, tal pedido resta indeferido de plano, pois tal fato
não impede que as partes, por seus patronos, cheguem a uma composição extrajudicial da lide, trazendo
eventual acordo para homologação deste Juízo.

Autorizo a expedição das cartas precatórias que se façam necessárias.

Cite-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0845810-07.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO THE


ONE RESIDENCE Participação: ADVOGADO Nome: ALMIR CONCEICAO CHAVES DE LEMOS OAB:
014902/PA Participação: EXECUTADO Nome: MANUEL MARIO GOMES FAIAL Participação:
ADVOGADO Nome: IANA ALBUQUERQUE COSTA SARE OAB: 18047/PA

PROCESSO NÚMERO: 0845810-07.2019.8.14.0301

SENTENÇA

Dispenso o relatório nos moldes do artigo 38 da Lei nº. 9.099/1995.


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As partes celebraram acordo para por fim ao litígio, conforme minuta vinculada no Id nº. 27997086 dos
autos.

Pelo exposto, homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 57, da
Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.

Expeça-se alvará judicial em favor da parte exequente para liberação do valor bloqueado por este Juízo
via SISBAJUD junto ao Banco Santander no valor de R$4.396,84 e seus acréscimos legais (Id nº.
24263952), conforme requerido na petição de Id nº. 27997086, comprovando-se tal operação nos autos.

Quanto ao pedido do executado para liberação imediata de valores excedentes penhorados via
SISBAJUD, verifica-se que inexistem ações alusivas às referidas constrições, tendo em vista que todas as
contas da parte executada foram desbloqueadas em 12.03.2021, conforme detalhamento da ordem judicial
de bloqueio de valores em anexo, inexistindo, portanto, qualquer pendência a ser regularizada pelo Juízo
neste ponto.

Após, nada mais havendo, arquivem-se os autos.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição.

P.R.I.C.

Belém, 10 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0843717-37.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: GABRIELA DE SOUZA


CAVALCANTE Participação: ADVOGADO Nome: MARCUS LIVIO QUINTAIROS GALVAO OAB: 312/PA
Participação: RECLAMADO Nome: MORI CONSERVADORA EIRELI - ME Participação: ADVOGADO
Nome: SASHA LUMY FILGUEIRAS XIMENES OAB: 0986/PA

PROCESSO NÚMERO: 0843717-37.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Dispenso o relatório nos moldes do artigo 38 da Lei nº. 9.099/1995.

As partes transigiram para por fim ao litígio, conforme termo de audiência anexado no Id nº. 24625029,
razão pela qual homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 22,
parágrafo único, da Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com
resolução do mérito nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.

Considerando que a presente sentença não é passível de recurso, conforme dicção do artigo 41 da Lei nº.
9.099/1995, determino o imediato arquivamento do feito, após intimação das partes, restando ressalvado o
direito ao desarquivamento sem recolhimento das custas processuais, desde que requerido dentro do
prazo de 06 meses desta sentença.
752
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição.

P.R.I.C.

Belém, 10 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0828125-16.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: PAOLA INGRID


SIQUEIRA DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: LILIANA BARBOSA SEABRA OAB:
23793/PA Participação: REU Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

Processo 0828125-16.2021.8.14.0301

AUTOR: PAOLA INGRID SIQUEIRA DOS SANTOS

REU: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO serão
REMARCADAS como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS,
porém seguindo a ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Fernanda Matos Carnevali Gibson

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0825882-02.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOSE PEDRO


GUTIERREZ DE CARVALHO Participação: ADVOGADO Nome: MANUELA LAMEIRA DE SOUZA
GONCALVES OAB: 29356/PA Participação: REU Nome: MERCADOPAGO.COM REPRESENTACOES
LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO CHALFIN OAB: 23522/PA

Processo 0825882-02.2021.8.14.0301

AUTOR: JOSE PEDRO GUTIERREZ DE CARVALHO

REU: MERCADOPAGO.COM REPRESENTACOES LTDA.

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Marilia Mota de Oliveira Belini

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0820262-09.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: SIGMAR


LAURINDO CORDEIRO FARIAS Participação: ADVOGADO Nome: SIGMAR LAURINDO CORDEIRO
FARIAS OAB: 21926/PA Participação: RECLAMADO Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE
TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA
MOURAO OAB: 5627/PA

Processo 0820262-09.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: SIGMAR LAURINDO CORDEIRO FARIAS

RECLAMADO: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Marilia Mota de Oliveira Belini

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0829124-66.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BM PROMOCOES LTDA


- ME Participação: ADVOGADO Nome: JUSCELINO GOUVEIA FURTADO BELEM SEGUNDO OAB:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

25023/PA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO ARTHUR CAVALLEIRO DE MACEDO DE OLIVEIRA


OAB: 27205/PA Participação: ADVOGADO Nome: TATIANE FERREIRA MORAES OAB: 27215/PA
Participação: REU Nome: CDC EDUCACAO LTDA - ME

Processo 0829124-66.2021.8.14.0301

AUTOR: BM PROMOCOES LTDA - ME

REU: CDC EDUCACAO LTDA - ME

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Marilia Mota de Oliveira Belini

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0826022-36.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: PATRICK OLIVEIRA DA


CUNHA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE LUIZ MESSIAS SALES OAB: 6150-A/PA Participação:
ADVOGADO Nome: REBECA FONSECA DINIZ OAB: 23812/PA Participação: RECLAMADO Nome: CIN -
INCORPORADORA (CNPJ 32.708.852/0001-24)

Processo 0826022-36.2021.8.14.0301
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AUTOR: PATRICK OLIVEIRA DA CUNHA

RECLAMADO: CIN - INCORPORADORA (CNPJ 32.708.852/0001-24)

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Marilia Mota de Oliveira Belini

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0826747-25.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: INGRID BERGMAN


LEITE SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE LAVAREDA PINTO MARQUES OAB:
014061/PA Participação: RECLAMADO Nome: CACHO´S CLUB

PROCESSO NÚMERO:0826747-25.2021.8.14.0301

DESPACHO

Prefacialmente, acuso recebimento da emenda à inicial vinculada no Id nº. 28401394 dos autos, nos
moldes do artigo 321 do Código de Processo Civil.

Cancele-se a audiência designada automaticamente nos autos (07.10.2021 às 9h:30min), observando


757
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

a necessidade de readequação da pauta deste Juízo, bem como o atual cenário de pandemia.

Após, designe-se nova data para realização de audiência UNA entre os litigantes, devendo os reclamados
serem citados e intimados para comparecerem ao ato, com as advertências legais.

A ausência de um dos requeridos importará na presunção de veracidade dos fatos alegados pelo
reclamante na inicial - revelia – consoante ao artigo 20 da Lei nº. 9.099/1995.

Intime-se o reclamante para fins de comparecimento ao ato a ser designado, ciente de que o não
comparecimento acarretará a extinção do feito, nos termos do artigo 51, inciso I, da Lei dos Juizados
Especiais, com a condenação ao pagamento de custas processuais (artigo 51, § 2º, da Lei nº. 9099/1995).

Com efeito, imperioso destacar que as partes deverão comunicar a este Juízo a mudança de endereço,
ocorrida no curso do processo, sob pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao
endereço anterior, constante dos autos (artigo 19, § 2º, da Lei nº. 9.099/1995).

Ressalte-se ainda, que nas causas em que for atribuído valor econômico superior a vinte salários mínimos,
a assistência da parte por advogado será obrigatória (artigo 9º da Lei nº. 9.099/1995).

A opção da parte autora pelo procedimento da Lei nº. 9.099/1995 implica em renúncia ao crédito
excedente ao limite previsto no inciso primeiro do artigo 3º da citada lei (quarenta salários mínimos),
conforme previsão do parágrafo terceiro, do mencionado artigo.

Por fim, em se tratando de causa que versa a respeito de relação de consumo, defiro a inversão do ônus
da prova, nos termos do disposto no artigo 6°, VIII, do Código de Defesa do Consumidor.

Cite-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 06 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0879095-54.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ANDRE DA


CUNHA CASTRO Participação: ADVOGADO Nome: ANA CAROLINA EREIRO PEREIRA OAB: 28442/PA
Participação: RECLAMADO Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
Participação: ADVOGADO Nome: SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA MOURAO OAB: 5627/PA
Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO TAKEHIRO LOPES WATANABE OAB: 15796-B/PA

Processo 0879095-54.2020.8.14.0301

RECLAMANTE: ANDRE DA CUNHA CASTRO

RECLAMADO: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Marilia Mota de Oliveira Belini

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0800601-49.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: GABRIELLA


ODDENINO Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO ROMEU DE MORAES DANTAS OAB:
14931/PA Participação: REQUERIDO Nome: SURINAM AIRWAYS LTDA Participação: ADVOGADO
Nome: ANTONIO CARLOS SILVA PANTOJA OAB: 5441/PA

PROCESSO NÚMERO: 0800601-49.2018.8.14.0301

DESPACHO

Considerando que a parte executada se manteve inerte (Id nº. 31951993) quanto à contraproposta de
acordo apresentada pela parte exequente nos autos, determino o prosseguimento da execução, devendo
à Secretaria do Juízo providenciar, com a máxima brevidade, a atualização da dívida.

Após, retornem os autos imediatamente conclusos para providências junto ao sistema SISBAJUD.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0846880-88.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LUIZ FERNANDO RAYOL


LIMA Participação: ADVOGADO Nome: WALENA PEREIRA WANDERLEY OAB: 16179/PA Participação:
REQUERIDO Nome: SALL INCORPORADORA LTDA - ME

PROCESSO nº 0846880-88.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: LUIZ FERNANDO RAYOL LIMA

RECLAMADO(A): SALL INCORPORADORA LTDA - ME

DECISÃO

Trata-se de ação de rito sumaríssimo na qual a parte reclamante narra ter celebrado com a parte
reclamada, em 23/03/2017, contrato de promessa de compra e venda de cota de unidade imobiliária em
regime de multipropriedade, tendo efetuado, ao longo da vigência contratual, pagamentos que totalizam
R$ 21.315,23 (vinte e um mil, trezentos e quinze reais e vinte e três centavos).

Afirma que, por motivos pessoais, desistiu do negócio, tendo solicitado a rescisão à parte reclamada e
devolução dos valores pagos, abatido o percentual de 10% (dez por cento), contudo, a ré teria
apresentado simulação de distrato na qual consta que apenas R$ 11.405,65 (onze mil, quatrocentos e
cinco reais e sessenta e cinco centavos) seria restituído, e, ainda, em 38 (trinta e oito) prestações de R$
300,14 (trezentos reais e quatorze centavos), o que considera abusivo e, por isto, não concorda.

Requer tutela provisória de urgência para que a parte reclamada seja compelida a se abster de efetuar
cobranças e levar seu nome aos cadastros de inadimplentes com base no inadimplemento das parcelas
contratuais; bem como a depositar, em juízo, o equivalente a 90% (noventa por cento) dos valores pagos.

É o relatório. Decido.

O contrato de promessa de compra e venda entabulado entre as partes possui valor de R$ 34.900,00
(trinta e quatro mil e novecentos reais), estando dentro da competência deste Juízo, conforme art. 3º, I, da
Lei nº 9.099/95.

A cláusula de eleição do foro da Comarca de Salinópolis para demandas fundadas no contrato entabulado
entre as partes, ao menos na análise sumária admitida neste momento, se mostra abusiva, pois, sob a
desculpa de escolha do foro da situação do imóvel objeto do contrato, na prática, impõe à parte
reclamante, consumidor e, portanto, mais fraco na relação, demandar no foro do domicílio do fornecedor,
ainda que o art. 101, I, do CDC lhe garanta o direito de demandar no seu próprio domicílio.

Por tal razão, de ofício (art. 1º, CDC), declaro a abusividade da aludida disposição contratual e reconheço
a competência deste Juízo para conciliar, processar e julgar a presente demanda.

Passo à análise do pedido de tutela provisória de urgência.

Os requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência são descritos no artigo 300 do Código de
Processo Civil de 2015, que exige a conjugação da probabilidade do direito com a possibilidade de dano
ou risco ao resultado útil do processo; mantendo-se, para as tutelas de urgência de natureza antecipada, o
requisito negativo de que não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão (art. 300, §3º, do CPC/2015).

Neste tocante, destaque-se que a doutrina pátria é pacífica no sentido de que a vedação à concessão da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

tutela provisória de urgência de natureza antecipada por conta de perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão (art. 300, §3º, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto, quando configurar verdadeira
violação à garantia constitucional do acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da CF/88).

Neste sentido, o Enunciado nº 25 da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados –


ENFAM: “A vedação da concessão de tutela de urgência cujos efeitos possam ser irreversíveis (art. 300,
§3º, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto com base na garantia do acesso à Justiça (art. 5º,
XXXV, da CFRB.”

No presente caso, observo que a petição inicial PREENCHE os requisitos autorizadores da


concessão da tutela de urgência pretendida.

1 – Abstenção de cobranças:

Épreciso destacar que o documento de ID nº 31822120 aponta que a parte reclamante deixou de pagar as
prestações contratuais a partir da 38/66, vencida em 25/06/2020 e quitada em 03/07/2020.

Ainda assim, vislumbro a probabilidade do direito da parte reclamante à suspensão das cobranças
referentes ao contrato objeto da demanda, pois, tendo havido a solicitação do distrato e sendo o pedido
julgado procedente, a parte reclamada poderá requerer a compensação de eventuais débitos com o valor
a ser restituído à parte reclamante.

A possibilidade de dano à parte reclamante está configurada, pois, havendo possibilidade de


compensação entre eventuais débitos a serem comprovados nos autos, se mostram lesivos o
impedimento do acesso à rede creditícia causado pela inscrição em cadastros de inadimplentes, e retirada
da paz de espírito do consumidor, prejudicando a sua vida civil e profissional, com toda sorte de
cobranças.

Ressalte-se que a tutela de urgência concedida não se mostra irreversível, pois, caso a parte reclamada
logre êxito em demonstrar a existência de débitos e ser lícito o percentual de retenção, nada obstará que
torne a cobrar os débitos e inscrever o nome da parte autora em cadastros de devedores.

2 – Depósito do percentual a ser restituído:

Também vislumbro a probabilidade do direito da parte reclamante ao depósito judicial de 90% (noventa
por cento) dos valores pagos ao longo da vigência contratual, uma vez que encontra lastro no
entendimento do C. STJ no sentido de que, mesmo que configurado inadimplemento por parte do
promitente comprador, o percentual de retenção deve ficar entre 10% (dez por cento) e 25% (vinte e cinco)
por cento, conforme as circunstâncias do caso concreto.

Neste sentido:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL.


COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. INADIMPLEMENTO DO CONTRATO PELO COMPRADOR.
PERCENTUAL DE RETENÇÃO. PARÂMETROS DE RAZOABILIDADE. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULAS NºS 5 E 7/STJ. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL PREJUDICADA.

1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 2015
(Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ).

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça consolidou-se no sentido da razoabilidade de


retenção dos pagamentos realizados até a rescisão operada entre 10% (dez por cento) e 25% (vinte
e cinco por cento), conforme as circunstâncias do caso concreto.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

3. A modificação do percentual fixado na origem demanda interpretação de cláusula contratual e reexame


do acervo fático-probatório dos autos, procedimentos inviáveis em recurso especial (Súmulas nºs 5 e
7/STJ).

4. A necessidade do reexame da matéria fática impede a admissão do recurso especial tanto pela alínea
"a" quanto pela alínea "c" do permissivo constitucional.

5. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp 1778992/GO, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS
CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 22/06/2021, DJe 30/06/2021)

Portanto, em face do caráter pacífico do entendimento jurisprudencial, se mostra adequado o depósito


judicial do equivalente a 90% (noventa por cento) dos valores pagos e, por ocasião da sentença de mérito,
estabelecer o percentual adequado de retenção.

Quanto à devolução em forma única, a probabilidade do direito encontra lastro na Súmula nº 543, do C.
STJ:

Súmula nº 543/STJ: “Na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e venda de imóvel
submetido ao CDC, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador -
integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha
sido o comprador quem deu causa ao desfazimento.”

Presente o risco ao resultado útil do processo, uma vez que, como é de conhecimento comum, não são
poucas as construtoras e incorporadoras que acabam entrando em recuperação judicial ou, mesmo, em
estado falimentar, sem efetuar a devolução dos valores devidos aos consumidores.

A medida é plenamente reversível, pois, caso a parte reclamada se sagre vencedora na demanda, poderá
efetuar o levantamento do valor depositado.

Diante da presença dos requisitos necessários, DEFIRO o pedido de tutela provisória de urgência
DETERMINANDO que a parte reclamada:

a) promova, no prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis contados da intimação consumada da presente
decisão, o depósito judicial da quantia de R$ 19.183,70 (dezenove mil, cento e oitenta e três reais e
setenta centavos), equivalente a 90% (noventa por cento) dos valores pagos pela parte reclamante,
devendo, para tanto, a Secretaria do Juízo expedir guia de depósito judicial, que seguirá anexa ao
mandado de citação e intimação da presente decisão, sob pena de bloqueio via sistema SISBAJUD a
ser adotado em cumprimento provisório de decisão que a parte reclamante deverá manejar em autos
apartados;

b) se abstenha de efetuar cobranças e lançar o nome da parte reclamante nos registros de todos os
órgãos de proteção ao crédito, mormente SPC e SERASA, por conta das parcelas vencidas e/ou
vincendas do contrato entabulado entre as partes, ou caso já o tenha inscrito, proceda à exclusão, no
prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis, contados da intimação da presente decisão.

O descumprimento da determinação contida no item b acima exposto acarretará aplicação de multa à


parte reclamada, a ser revertida em prol da parte reclamante, no valor de:

a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por cada cobrança efetuada em descumprimento à presente decisão até o
limite de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), sem prejuízo da devolução de valores eventualmente
pagos por conta de tais cobranças;

b) R$ 8.000,00 (oito mil reais), de forma única, em caso inscrição ou não exclusão do nome da parte
reclamante nos cadastros de inadimplentes.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Intime-se as partes desta decisão.

Ciente a parte reclamante da audiência designada automaticamente pelo PJE.

Cite-se e intime-se a parte reclamada, com as advertências de praxe, para comparecer à audiência já
designada.

A Audiência Una será realizada na modalidade virtual, através da Plataforma de Comunicação Microsoft
Teams, devendo as partes observar o guia prático da plataforma de videoconferência, constante do
website do TJE/PA- http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=902890.

Manifestem-se nos autos as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação
consumada, informando os e-mails para envio do link de acesso à sala de audiência virtual.

Devem as partes e os advogados acessar a audiência no dia e horário designados, por computador,
celular (smartphone) ou tablet, sem necessidade de instalação do referido aplicativo (utilizando o
navegador Google Chrome), por meio do link que será enviado antecipadamente ou no momento da
realização do ato, para os e-mails informados pelos litigantes, ocasião em que estes poderão produzir as
provas admitidas em direito e que entenderem necessárias, inclusive testemunhais, e a parte reclamada
deverá apresentar defesa escrita ou oral, sob pena de revelia.

Partes e advogados podem estar presentes na data e hora agendadas no mesmo ponto de acesso
(computador, celular, tablet), ou, caso algum dos participantes prefira e possa participar da audiência
individualmente de outro ponto de acesso, deve informar antecipadamente no prazo acima informado, o e-
mail para envio de convite. Todos os participantes devem estar munidos de documento oficial de
identificação, com foto, para apresentação na audiência, sendo vedada em sede de Juizado Especial
representação de pessoa física (Enunciado 10 do FONAJE).

Solicitamos às partes que juntem antecipadamente no PJE os seguintes documentos: contestação,


manifestação à contestação, procuração, substabelecimento, demais documentos comprobatórios (em
PDF, vídeo, áudio, fotografias, etc.) e manifestação aos documentos.

Havendo necessidade de esclarecimentos, seguem os contatos desta Vara. Telefone: (91) 3211-0412 /
WhatsApp: (91) 98463-7746 / E-mail: 9jecivelbelem@tjpa.jus.br.

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamante ensejará a
aplicação da extinção da presente ação sem resolução do mérito, consoante art. 51, I, da Lei nº 9099/95
c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, bem como poderá ensejar a condenação
ao pagamento de custas, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos.

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamada ensejará a
aplicação da revelia, consoante arts. 20 e 23 da Lei 9.099/95 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor, devendo eventual
impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.

Com efeito, imperioso destacar que as partes deverão comunicar a este Juízo a mudança de endereço,
ocorrida no curso do processo, sob pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao
endereço anterior, constante dos autos (artigo 19, § 2º, da Lei nº 9.099/95).

Ressalte-se ainda que, nas causas em que for atribuído valor econômico superior a vinte salários mínimos,
a assistência da parte por advogado será obrigatória (artigo 9º da Lei nº. 9.099/95).

A opção da parte autora pelo procedimento da Lei nº. 9.099/95 implica em renúncia ao crédito excedente
ao limite previsto no inciso primeiro do artigo 3º da citada lei (quarenta salários mínimos), conforme
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

previsão do parágrafo terceiro, do mencionado artigo.

Em se tratando de causa que versa a respeito de relação de consumo, resta deferida a inversão do ônus
da prova, nos termos do disposto no artigo 6°, VIII, do Código de Defesa do Consumidor.

Intime-se a parte reclamada para que, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada
da presente decisão, promovam seu cadastro no Sistema PJE para recebimento de citações e intimações
por meio eletrônico, nos termos do § 1º do art. 246 do CPC/2015.

O descumprimento da determinação supra será punido, na forma do art. 77, §§ 1º e 2º, do CPC/2015,
como ato atentatório à dignidade da Justiça com aplicação de multa, que fixo em 5% (cinco por cento) do
valor da causa, a ser revertida em favor da Fazenda Pública Estadual, sem prejuízo de adoção de
medidas civis, processuais e penais cabíveis.

Caso as partes não tenham interesse em produzir provas em audiência, deverão informar nos
autos, dentro do referido prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada, sendo
que o silêncio implicará em preclusão no que concerne à produção de provas, o que autoriza o
julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, I, do CPC/2015.

Neste caso, a Audiência Una será de pronto cancelada e a parte reclamada será imediatamente intimada
a apresentar defesa nos autos no prazo improrrogável de 15 dias úteis.

Após apresentada contestação, havendo preliminares, pedido contraposto e documentos porventura


trazidos na lide pela parte reclamada, será concedido consecutivamente à parte autora prazo de 05 (cinco)
dias úteis, para fins de manifestação, e em seguida serão os autos remetidos conclusos para julgamento,
conforme ordem cronológica de conclusão dos processos.

Manifestando-se qualquer das partes pela necessidade de produção de provas em audiência, ficará
mantida por ora a data de Audiência Una a ser designada, devendo o manifestante, dentro do referido
prazo de 05 (cinco) dias úteis, fundamentar seu pedido, caso não pormenorizado, indicando inclusive as
provas que pretende produzir, ficando desde já os litigantes advertidos que o mero depoimento pessoal
não se presta a tal finalidade, pois apenas serve como via de reprodução dos fatos já deduzidos na inicial
e contestação, devendo após os autos ser remetidos conclusos para decisão.

De igual forma, esclareço às partes que, havendo manifestação para manutenção da audiência visando
exclusivamente o interesse na composição consensual, tal pedido resta indeferido de plano, pois tal fato
não impede que as partes, por seus patronos, cheguem a uma composição extrajudicial da lide, trazendo
eventual acordo para homologação deste Juízo.

Autorizo a expedição das cartas precatórias que se façam necessárias.

Cite-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0846962-22.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JORGE VICTOR


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

CAMPOS PINA Participação: ADVOGADO Nome: JORGE VICTOR CAMPOS PINA OAB: 18198/PA
Participação: REQUERIDO Nome: CREDIGY SOLUCOES FINANCEIRAS LTDA. Participação:
REQUERIDO Nome: QUERO QUITAR LTDA - ME

PROCESSO nº 0846962-22.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: JORGE VICTOR CAMPOS PINA

RECLAMADO(A): CREDIGY SOLUCOES FINANCEIRAS LTDA.

RECLAMADO(A): QUERO QUITAR LTDA - ME

DESPACHO

Intime-se a parte reclamante para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis contados da intimação
consumada do presente despacho, sob pena de extinção do processo, sem resolução do mérito, emende
a petição inicial juntando aos autos:

a) comprovante de residência ATUALIZADO, LEGÍVEL e EM NOME PRÓPRIO, comprovando ser


domiciliada na COMARCA DE BELÉM;

b) caso não possua, a parte reclamante poderá apresentar comprovante de residência ATUALIZADO EM
NOME TERCEIRO, acompanhado de DECLARAÇÃO firmada por este, atestando, sob as penas da lei,
que as partes autoras residem no endereço indicado;

c) adequando o valor da causa ao pedido indenizatório formulado.

Após, com ou sem manifestação, retornem os autos conclusos para análise do pedido de tutela provisória
de urgência.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0806623-21.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: FRANCIVALDA


POMPEU SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: TANAIARA SERRAO DIAS OAB: 018540/PA
Participação: ADVOGADO Nome: MARCELA RENATA CONCEICAO ROCHA GARCIA OAB: 29960/PA
Participação: RECLAMADO Nome: LABORATORIO DE PATOLOGIA CLINICA HELIO OLIVEIRA -
DANILO MENDONCA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE OAB:
011270/PA

Processo 0806623-21.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: FRANCIVALDA POMPEU SANTOS

RECLAMADO: LABORATORIO DE PATOLOGIA CLINICA HELIO OLIVEIRA - DANILO MENDONCA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

LTDA

Link para sala de audiência virtual - https://teams.microsoft.com/l/meetup-


join/19%3ameeting_NTJmMzEzMmItMTAyZS00NjRlLTk4YjItNWIxMTM2NTEzM2Qx%40thread.v2/0?conte
x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
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ATO ORDINATÓRIO

Com base no art. 1º, §2º, III do Provimento nº 006/2006 da CJRMB, em virtude do despacho de ID nº
xxxxxx, tendo em vista os termos da Portaria Conjunta nº 12/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-TJPA, fica
designada Audiência Una (Conciliação, Instrução e Julgamento) Virtual para o dia 05/10/2021 12:00
, a ser realizada pela 9ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém/PA, através da Plataforma de
Comunicação Microsoft Teams, devendo as partes observar o guia prático da plataforma de
v i d e o c o n f e r ê n c i a , c o n s t a n t e n o s i t e d o T J E / P A -
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=902890

FAVOR DESCONSIDERAR O LINK DISPONIBILIZADO ANTERIORMENTE FORNECIDO NO ATO


ORDINATÓRIO ID 30112226. CONSIDERAR APENAS O LINK FORNECIDO NO PRESENTE ATO.

Desta forma, o ato será realizado mediante utilização de recurso tecnológico de transmissão de som e
imagem, por videoconferência e em tempo real, devendo as partes e os advogados acessar a audiência
no dia e horário designados, por computador, celular (smartphome) ou tablet, sem necessidade de
instalação do referido aplicativo (utilizando o navegador Google Chrome), por meio do link acima, onde as
partes poderão produzir as provas admitidas em direito e que entenderem necessárias, inclusive
testemunhais, e a parte reclamada deverá apresentar defesa escrita ou oral, sob pena de revelia.

Partes e advogados podem estar presentes na data e hora agendadas no mesmo ponto de acesso
(computador, celular, tablet), ou, caso algum dos participantes prefira e possa participar da audiência
individualmente de outro ponto de acesso, deve informar antecipadamente o e-mail para envio de convite.
Todos os participantes devem estar munidos de documento oficial de identificação, com foto, para
apresentação na audiência, sendo vedada em sede de Juizado Especial representação de pessoa física
(Enunciado 10 do FONAJE).

Partes e advogados não devem comparecer presencialmente a este Juizado, pois a referida
audiência será realizada exclusivamente em ambiente virtual.

Solicitamos às partes que juntem antecipadamente no PJE os seguintes documentos: contestação,


manifestação à contestação, procuração, substabelecimento, demais documentos comprobatórios (em
PDF, vídeo, áudio, fotografias, etc) e manifestação aos documentos.

Havendo necessidade de esclarecimentos, seguem os contatos desta Vara. Telefone: (91) 3211-0412 /
WhatsApp: (91) 98463-7746 (somente mensagens) / E-mail: 9jecivelbelem@tjpa.jus.br

O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Carlos Hachem Chaves Júnior

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

ADVERTÊNCIAS:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

01. Sendo a parte reclamada PESSOA JURÍDICA, deverá juntar aos autos, até a abertura da audiência,
seus atos constitutivos e, caso seja representada por terceiro não constante nos atos constitutivos, carta
de preposição, sob pena de revelia.

02. A microempresa e a empresa de pequeno porte, quando reclamantes, devem ser representadas,
inclusive em audiência, pelo empresário individual ou pelo sócio dirigente, conforme Enunciado 141 do
FONAJE.

03. Sendo a parte reclamada CONDOMÍNIO, deverá ser representada na audiência pelo síndico ou
preposto com poderes de representação em juízo (art. 1.038 do Código Civil c/c Enunciado 111 do
FONAJE), bem como deverá ser apresentada a ata da assembleia que o elegeu síndico e, se for o caso, a
ata da assembléia ou convenção que autorizou a transferência dos poderes de representação.

04. O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamante ensejará
a aplicação da extinção da presente ação sem resolução do mérito, consoante art. 51, I, da Lei nº 9099/95
c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, bem como poderá ensejar a condenação
ao pagamento de custas, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos.

05. O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamada ensejará
a aplicação da revelia, consoante arts. 20 e 23 da Lei 9.099/95 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor, devendo eventual
impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.

06. Infrutífera a conciliação e declarando as partes que NÃO HÁ MAIS PROVAS A SEREM PRODUZIDAS
(juntada de documentos e oitiva de testemunhas), os autos seguirão para prolação de SENTENÇA.

07. Ocorrendo AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO, nela poderá ser oferecida defesa escrita
ou oral e produzidas as provas admitidas em direito e que entenderem necessárias, inclusive
testemunhais. A defesa escrita deverá ser inserida no sistema antes da audiência. A defesa oral deve ser
apresentada quando iniciada a audiência. Serão admitidas, no máximo, três testemunhas, que poderão ser
apresentadas no dia da audiência ou intimadas mediante requerimento a este Juízo formalizado, no
mínimo, 05 (cinco) dias antes da audiência de instrução e julgamento.

08. Sendo o valor da causa superior a 20 (vinte) salários mínimos, as partes devem comparecer
acompanhadas de advogado (art. 9º, Lei 9.099/95) e, neste caso, a ausência de contestação, escrita ou
oral, ainda que presente o reclamado, implicará em revelia. (Enunciado nº 11/FONAJE).

09. Tratando a ação de relação de consumo, a INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA restou promovida
desde o despacho inicial, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor.

10. As partes deverão comunicar ao Juízo a mudança de endereço, ocorrida no curso do processo, sob
pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao endereço anterior, constante dos
autos (art. 19, § 2º, da lei 9099/95).

Número do processo: 0810044-19.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ANTONIA


FERNANDES CRUZ Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE
ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS
NEVES OAB: 12358/PA

PROCESSO NÚMERO: 0810044-19.2021.8.14.0301


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DECISÃO

Prefacialmente, em petição de Id nº. 31788344, a Defensoria Pública do Estado do Pará requer a retirada
da representação nos presentes autos, alegando em resumo, que a Instrução Normativa nº. 02/2017
autoriza a recusa de atuação junto aos Juizados Especiais Cíveis, nas causas de valor até 20 (vinte)
salários mínimos, bem como que a Resolução nº. 180/2016 do Conselho Superior da Defensoria Pública,
que trata de critérios para atendimento extrajudicial e judicial de assistidos, informa sobre a necessidade
de avaliação do perfil do assistido.

No caso presente, verifico que não merece guarida a pretensão retro destacada, primeiramente porque
contradita o disposto no art. 5º, XXXII da CF, que ao tratar dos direitos e garantias fundamentais, assegura
que compete ao Estado promover a defesa do consumidor na forma da lei, o que por si só rechaça a
recusa da Defensoria Pública de prestar assistência jurídica integral e gratuita à população que não tenha
condições financeiras de pagar as despesas destes serviços, como é o caso da reclamante.

Afora isso, o fato da reclamante ter obtido acesso à justiça via jus postulandi não possui o condão de
afastar a assistência jurídica pleiteada por si nesta demanda, uma vez que tal pretensão é direito e
garantia fundamental de cidadania, inserido no art. 5° da Constituição da República, inciso LXXIV, e a
Constituição impõe à União, aos Estados e ao Distrito Federal o dever inafastável da sua prestação,
diretamente pelo Poder Público e através da Defensoria Pública, situação que inarredavelmente se
sobrepõe a qualquer ato administrativo de cunho normativo editado por qualquer órgão estatal.

Por conseguinte, destaco ainda que a necessidade de avaliação do perfil do assistido não guarda qualquer
relação com o valor atribuído à causa, inclusive nos processos submetidos à sistemática da Lei nº.
9.099/1995, já que por corolário lógico e exaustivamente repisado nesta decisão, tal fato se mostra
irrelevante diante do direito e garantia fundamental de todo e qualquer indivíduo, enquadrado como
hipossuficiente, de obter assistência judicial gratuita, sendo obrigação legal da Defensoria Pública atuar na
defesa dos interesses (individuais e coletivos) dos assistidos, de forma integral e sem expensas, e em
todas as esferas, judicial e extrajudicial.

Desta forma, indefiro o pedido manejado no Id nº. 31788344, devendo à Defensoria Pública promover a
assistência judicial necessária a parte reclamante nos presentes autos.

Considerando que a Defensoria Pública está devidamente cadastrada no sistema PJE e ciente da
determinação deste Juízo para patrocinar a parte autora no feito (em razão desta claramente não ter
condições de atuar em Juízo desassistida de advogado), conforme petição anexada no Id nº. 31788344,
determino o acautelamento dos autos em Secretaria para aguardar a realização da audiência designada
para o dia 31.08.2021, para a qual todos os litigantes já se encontram regularmente intimados.

Outrossim, deverá à Defensoria Pública providenciar os meios necessários para realização do ato por
videoconferência, podendo ajustar com a reclamante os procedimentos para tal fim, já que consta na
exordial o contato telefônico da referida parte.

Por fim, visando elidir qualquer impasse que acarrete óbice na realização da audiência já designada na
lide, tendo em vista os princípios que regem os Juizados Especiais Cíveis, particularmente, celeridade e
economia processual (artigo 2º da Lei nº. 9.099/1995), autorizo, de forma excepcional e havendo
necessidade, que à Secretaria do Juízo, no dia e horário designado para realização da audiência,
providencie em favor da reclamante os meios necessários para concretização do ato na modalidade
virtual, adotando ainda, todas as ações necessárias para prevenção de contágio pelo Coronavírus.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA


768
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0831027-39.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: LEONARDO


SANTOS DE MIRANDA Participação: ADVOGADO Nome: ALINE DE FATIMA MARTINS DA COSTA
OAB: 13372/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAYSSA GABRIELLE BAGLIOLI DAMMSKI OAB:
26955/PA Participação: ADVOGADO Nome: TAINAN COUTO MONTALVAO CERQUEIRA OAB:
20375/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAISSA RODRIGUES PEREIRA CARNEIRO OAB:
29779/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA CAROLINA PEREIRA SERRA OAB: 016247/PA
Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDA ALICE RAMOS MARQUES OAB: 19345/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE RICARDO DE ABREU SARQUIS OAB: 6173/PA Participação: RECLAMADO
Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome:
FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB: 12358/PA

Processo 0831027-39.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: LEONARDO SANTOS DE MIRANDA

RECLAMADO: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

CERTIDÃO

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei, que:

(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;

(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);

(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO serão
REMARCADAS como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS,
porém seguindo a ordem cronológica mencionada no item 2.

(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.

(5) As partes não devem comparecer para audiência que cancelada.

(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.

Éo que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

Belém, 18 de agosto de 2021 .

Fernanda Matos Carnevali Gibson


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 10ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0823859-83.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: RODRIGUES E


MAIA ADVOGADOS ASSOCIADOS Participação: ADVOGADO Nome: JOAO ROGERIO DA SILVA
RODRIGUES OAB: 15255/PA Participação: EXECUTADO Nome: COOPERATIVA DOS TAXISTAS DA
PRACA ENEIDA DE MORAES

Processo nº: 0823859-83.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc.

Dispensado o relatório nos termos do art. 38 da Lei Federal nº. 9.099/95.

Efetuando-se o Juízo de admissibilidade da pretensão formulada nestes autos, constata-se impedimento


legal para análise da causa perante a Jurisdição dos Juizados Especiais Cíveis.

Isto porque o autor, a Sociedade de Advogados, não se enquadra nas possibilidades restritas previstas no
art. 8º, §1º, da Lei Federal nº. 9.099/1995, dentre as pessoas físicas ou jurídicas admitidas a litigar no polo
ativo das demandas em trâmite dentro da Jurisdição dos Juizados Especiais Cíveis.

Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas
jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.

§ 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial:

I - as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas;

II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de


pequeno porte na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;

III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos
termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999;

IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos termos do art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de


fevereiro de 2001.

§ 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de
conciliação.

Nesse sentido trago o seguinte julgado:

RECURSO INOMINADO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE ATIVA RECONHECIDA DE OFÍCIO. SOCIEDADE DE ADVOGADOS.
SOCIEDADE CIVIL QUE NÃO SE ENQUADRA DENTRE AS HIPÓTESES LEGAIS PARA LITIGAR NO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. ARTIGO 8°, §1°, DA LEI 9.099/95. EXTINÇÃO DO FEITO SEM MÉRITO, DE
OFÍCIO, ANTE A INCAPACIDADE DO EXEQUENTE PARA PROPOR A AÇÃO NO RITO ELEITO.
RECURSO PREJUDICADO.(Recurso Cível, Nº 71007965585, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas
Recursais, Relator: Mara Lúcia Coccaro Martins Facchini, Julgado em: 18-09-2018)

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE DESCONSTITUIÇÃO DE DÉBITO. SOCIEDADE DE ADVOGADOS.


SOCIEDADE CIVIL. ARTIGO 8º, § 1º, DA LEI 9.099/95. POLO ATIVO DAS DEMANDAS. PERMISSIVA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

EXCLUSIVA DAS MICROEMPRESAS, EMPRESAS DE PEQUENO PORTE OU ORGANIZAÇÕES DE


SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO. AUSÊNCIA DE CAPACIDADE POSTULATÓRIA NO
ÂMBITO DOS JUIZADOS ESPECIAIS. ILEGITIMIDADE ATIVA. PRECEDENTES DAS TURMAS
RECURSAIS CÍVEIS. SENTENÇA QUE EXTINGUIU O FEITO MANTIDA. RECURSO
IMPROVIDO.(Recurso Cível, Nº 71009716713, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais,
Relator: José Ricardo de Bem Sanhudo, Julgado em: 24-11-2020)

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE DANOS MATERIAIS C/C DANOS MORAIS. RESIDUAL. SENTENÇA
DE IMPROCEDÊNCIA. RECURSO DO RECLAMANTE. SOCIEDADE SIMPLES DE ADVOGADOS.
ILEGITIMIDADE ATIVA VERIFICADA. PESSOA JURÍDICA QUE NÃO POSSUI PERMISSÃO LEGAL
PARA LITIGAR NOS JUIZADOS ESPECIAIS. AUSÊNCIA DE PERMISSÃO PELO ART. 8º DA LEI Nº
9.099/95. IMPOSSIBILIDADE DE EQUIPARAÇÃO AO CONCEITO DE MICROEMPRESA OU EMPRESA
DE PEQUENO PORTE. SENTENÇA CASSADA. RECURSO PREJUDICADO. (TJPR - 5ª Turma Recursal
dos Juizados Especiais - 0010353-63.2019.8.16.0018 - Maringá - Rel.: JUÍZA DE DIREITO SUBSTITUTO
JÚLIA BARRETO CAMPELO - J. 12.07.2021)

Ante o exposto, com fulcro nos arts. art. 8º, caput, §1º, e 51, inciso IV, da Lei Federal nº. 9.099/1995,
declaro a incompetência dos Juizados Especiais Cíveis para o processamento da presente demanda, que
deverá ser distribuída junto à Justiça comum e EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO
.

Sem custas.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos.

Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 do GP/VP. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito Respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

(Portaria nº 2619/2021-GP)

Número do processo: 0802159-27.2016.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: FERNANDA


AMORIM DE AMORIM Participação: ADVOGADO Nome: BRUNA RIBEIRO DAS NEVES SOUSA OAB:
19524/PA Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A
Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB:
12358/PA

Processo nº: 0802159-27.2016.8.14.0301

DECISÃO/MANDADO

Intime-se a parte reclamada para, no prazo de 10 (dez) dias, se manifestar acerca da petição da parte
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

autora postada no ID 28780093.

Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, retornem os autos conclusos.

Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 do GP/VP. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

(Portaria nº 2619/2021-GP)

Número do processo: 0839355-55.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANA REGINA


RODRIGUES DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: ROMULO RAPOSO SILVA OAB:
014423/PA Participação: REU Nome: JENIFER VELOZO MELO SILVA

Processo nº: 0839355-55.2021.8.14.0301

Polo Ativo: Nome: ANA REGINA RODRIGUES DOS SANTOS


Endereço: Avenida Conselheiro Furtado, 2312, torre genesis, Cremação, BELéM - PA - CEP: 66040-105

Polo Passivo: Nome: JENIFER VELOZO MELO SILVA


Endereço: Avenida Roberto Camelier, 855, apto 207 Bloco A, Jurunas, BELéM - PA - CEP: 66033-640

DESPACHO/MANDADO

Determino que a parte autora emende a exordial, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
indeferimento da inicial, nos termos do art. 321, parágrafo único, do Código de Processo Civil, juntando
aos autos comprovante de residência legível e recente.

Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, certifique-se e retornem conclusos.

Servirá a presente decisão como mandado, nos termos dos Provimentos nº 03/2009-CJRMB e nº 11/2009-
CJRMB.

Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito Respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

(Portaria nº 2619/2021-GP)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0800211-74.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: WHANDERLENE


ALVES DOS PASSOS SILVA Participação: ADVOGADO Nome: WALDEMIR CARVALHO DOS REIS
OAB: 16147/PA Participação: RECLAMADO Nome: BANCO PAN S/A. Participação: ADVOGADO Nome:
ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE

Processo nº: 0800211-74.2021.8.14.0301

TERMO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

Processo nº. 0800211-74.2021.8.14.0301

PARTE RECLAMANTE: WHANDERLENE ALVES DOS PASSOS SILVA - CPF: 237.246.092-72 RG nº: ,
órgão expedidor: e data de expedição: e Data de nascimento:

ADVOGADO (A) DA RECLAMANTE: WALDEMIR CARVALHO DOS REIS - OAB PA16147

PARTE RECLAMADA: BANCO PAN S/A. - CNPJ:59.285.411/0001-13

PREPOSTO(A) DA RECLAMADA: LORENA SENA FONTOURA – CPF: 021.979.892-35

ADVOGADO(A) DA RECLAMADA: EDIANA CRISIA SANTOS PERDIGÃO – OAB/PA:25763

Aos 13 dias do mês agosto de 2021, nesta cidade de Belém, Estado do Pará, na Sala de Audiência da
10º vara do Juizado Especial Cível de Belém para a realização da presente audiência Una de
Conciliação/Instrução, agendada para as 09h00min, nos autos da ação e entre as partes
supramencionadas, de acordo com as formalidades legais, foi aberta a AUDIÊNCIA na presença, por meio
de videoconferência, da MMa. Juíza ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO, e presencialmente, do
acadêmico de Direito e estagiário do juízo Miguel Penalber de Abreu.

Iniciada a AUDIÊNCIA UNA presencial, às 09h06min, ingressaram na sala, estando de forma presencial
a parte Reclamada, representada por sua Preposta, assistido pela advogada da empresa. Ausentes a
parte autora e o seu advogado. Feito o segundo pregão as 09h16min, a parte autor e nem o seu advogado
novamente não compareceram.

Compulsando os autos do processo, verifica-se no documento juntado no ID 23192042 que a parte


reclamante fora devidamente intimada para comparecer a esta audiência, sendo que não se fez presente e
nem apresentou, até o momento, qualquer justificativa escusável.

Diante da ausência da parte demandante, ficou prejudicada a fase de conciliação deste ato.

Neste momento, a parte reclamada requer o arquivamento do processo diante da ausência injustificável do
reclamante.

SENTENÇA: Relatório dispensado, nos termos do artigo 38, caput, da Lei 9.099/95. Analisando os autos,
verifica-se que a parte reclamante foi devidamente intimada e estava ciente do dia e horário da realização
da audiência (ID 23192042), contudo não se fez presente à realização desta sessão. A Lei Federal nº.
9.099/1995 é clara ao dizer em seu art. 51, inciso I, que o processo será extinto sem resolução do mérito
quando o autor deixar de comparecer a qualquer audiência do processo. Ante o exposto, com fundamento
no art. 51, inciso I, da Lei Federal nº. 9.099/95, EXTINGO O PROCESSO SEM JULGAMENTO DO
MÉRITO. Transitada em julgado a presente decisão, fica revogada os efeitos da tutela de urgência
exarado no ID.24350875. arquivem-se os autos. Sem o pagamento de custas, haja vista ter declarado ser
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

necessitado na forma da lei e requerido os benefícios da justiça gratuita. Publicado em audiência, estando
cientes desde já os presentes. P.R.I. Cumpra-se..

E para constar foi lavrado o presente termo assinado digitalmente pelo Juízo e incluído no PJE, sem
impressão e assinaturas físicas, servindo o mesmo como declaração de comparecimento perante este
juízo dos que abaixo seguem identificados para todos os fins de direito, em especial para comprovação de
justificativa de atraso ou falta ao trabalho, Tudo registrado conforme mídia a ser juntada aos autos
posteriormente. Eu, Miguel Penalber, o digitei. Termo encerrado às 09:35 horas

ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO

Juíza de Direito respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

PRESENTES:
PARTE RECLAMANTE: AUSENTE

ADVOGADO (A) DA RECLAMANTE: AUSENTE

PARTE RECLAMADA: BANCO PAN S/A. - CNPJ:59.285.411/0001-13

PREPOSTO(A) DA RECLAMADA: LORENA SENA FONTOURA – CPF: 021.979.892-35 . ASSINATURA


______________________

ADVOGADO(A) DA RECLAMADA: EDIANA CRISIA SANTOS PERDIGÃO – OAB/PA:25763.


ASSINATURA ______________________

Número do processo: 0817656-08.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ESPACO EDUCACIONAL


PRIMEIRA INFANCIA LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: ELINE WULFERTT DE QUEIROZ
OAB: 22894/PA Participação: REU Nome: PATRICIA ARNAUD DE ABREU

Processo nº: 0817656-08.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Analisando os autos, verifica-se que a parte autora requereu a desistência do pedido, e a extinção do
processo sem resolução do mérito.

ENUNCIADO 90 – A desistência do autor, mesmo sem a anuência do réu já citado, implicará na extinção
do processo sem julgamento do mérito, ainda que tal ato se dê em audiência de instrução e julgamento,
salvo quando houver indícios de litigância de má-fé ou lide temerária.

O Código de Processo Civil é utilizado subsidiariamente à Lei Federal nº. 9.099/1995 na jurisdição dos
Juizados Especiais, e estabelece em seu art. 485, inciso VIII, que o juiz não resolverá o mérito quando
homologar a desistência da ação, sendo que a desistência está prevista no art. 200, caput, e parágrafo
único, do mesmo diploma legal.

Ante o exposto, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTÊNCIA e EXTINGO O PROCESSO SEM


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RESOLUÇÃO DO MÉRITO, com base no art. 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos.

Sem custas (arts. 54 e 55, da Lei Federal nº. 9.099/1995).

Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORREA RIBEIRO

Juíza de Direito respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

Número do processo: 0853021-60.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: COLEGIO NOSSA


SENHORA DO PERPETUO SOCORRO LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: ELINE WULFERTT
DE QUEIROZ OAB: 22894/PA Participação: RECLAMADO Nome: LEIDE DAIANA CARNEIRO DAS
MERCES Participação: ADVOGADO Nome: NARA FURTADO SOTELO OAB: 24971/PA

Processo nº: 0853021-60.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Analisando os autos, verifica-se que a parte autora requereu a desistência do pedido, e a extinção do
processo sem resolução do mérito.

ENUNCIADO 90 – A desistência do autor, mesmo sem a anuência do réu já citado, implicará na extinção
do processo sem julgamento do mérito, ainda que tal ato se dê em audiência de instrução e julgamento,
salvo quando houver indícios de litigância de má-fé ou lide temerária.

O Código de Processo Civil é utilizado subsidiariamente à Lei Federal nº. 9.099/1995 na jurisdição dos
Juizados Especiais, e estabelece em seu art. 485, inciso VIII, que o juiz não resolverá o mérito quando
homologar a desistência da ação, sendo que a desistência está prevista no art. 200, caput, e parágrafo
único, do mesmo diploma legal.

Ante o exposto, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTÊNCIA e EXTINGO O PROCESSO SEM


RESOLUÇÃO DO MÉRITO, com base no art. 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil, devendo a
secretaria proceder o cancelamento da audiência designada.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos.

Sem custas (arts. 54 e 55, da Lei Federal nº. 9.099/1995).

Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORREA RIBEIRO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juíza de Direito respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

Número do processo: 0850950-85.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ADY CRAVO PINHEIRO


Participação: ADVOGADO Nome: FABIO LUIS FERREIRA MOURAO OAB: 7760/PA Participação:
RECLAMADO Nome: SABEMI SEGURADORA SA Participação: ADVOGADO Nome: JULIANO MARTINS
MANSUR OAB: 113786/RJ

Processo nº: 0850950-85.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Analisando os autos virtuais, verifico que a parte demandante peticionou no ID29667405, informando ao
Juízo que concorda com a proposta de acordo apresentada pela promovida no termo de audiência
postado no ID29142378.

A reclamada no ID30649500 informa que mantém a proposta formulada em audiência concernente


somente na obrigação de fazer de cancelamento dos contratos de plano nº 1487704 / 1487705 / 1522652/
1522653 / 2904061, objeto da lide, e requer a homologação do acordo.

As partes são civilmente capazes, representadas por procuradores com poderes para transigir, e o objeto
da ação é direito patrimonial de caráter privado para o qual a Lei Civil admite a transação, pelo que o
pedido de homologação encontra amparo legal para ser deferido.

Ante o exposto, HOMOLOGO O ACORDO entabulado entre as partes para que surta seus efeitos
jurídicos sem incidência de custas, despesas processuais, e honorários advocatícios de sucumbência
(LJE, arts. 54, caput, e 55, caput). Com fulcro no art. 487, inciso III, alínea b, do Código de Processo Civil,
DECLARO EXTINTO O PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.

Decorrido o prazo para cumprimento das obrigações avençadas, presumir-se-á terem sido integralmente
adimplidas, ficando autorizado o arquivamento dos autos.

Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito Respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

(Portaria nº 2619/2021-GP)

E
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0828424-61.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: JOSE MATEUS


ROCHA DA COSTA FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: ALISSON CUNHA GUIMARAES OAB:
22494/PA Participação: RECLAMADO Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome:
JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA OAB: 21078/PA Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO
TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA

Processo nº: 0828424-61.2019.8.14.0301

SENTENÇA/MANDADO

Vistos, etc.

Relatório dispensado pelo art. 38 da lei 9.099/95.

Analisando os autos virtuais, juntou aos autos um acordo resolutivo do objeto da demanda (ID 30415576),
firmada com o demandado, devidamente assinado por ambas as partes e seus advogados habilitados.

As partes são civilmente capazes e o objeto da ação é direito patrimonial de caráter privado para o qual a
Lei Civil admite a transação, razão pela qual o pedido de homologação encontra amparo legal para ser
deferido.

Ante o exposto, HOMOLOGO O ACORDO entabulado entre as partes para que surta seus efeitos
jurídicos sem incidência de custas, despesas processuais, e honorários advocatícios de sucumbência
(LJE, arts. 54, caput, e 55, caput). Com fulcro no art. 487, inciso III, alínea b, do Código de Processo Civil,
DECLARO EXTINTO O PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.

Decorrido o prazo para cumprimento das obrigações avençadas, presumir-se-á terem sido integralmente
adimplidas, ficando desde logo autorizado o arquivamento dos autos.

Servirá a presente decisão como mandado, nos termos dos Provimentos nº 03/2009-CJRMB e nº 11/2009-
CJRMB.

Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito Respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

(Portaria nº 2619/2021-GP)

Número do processo: 0835895-94.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CONDOMINIO VITTA


OFFICE Participação: ADVOGADO Nome: DENIS MACHADO MELO OAB: 10307/PA Participação: REU
Nome: IMPERIAL INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU
FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: REU Nome: CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo nº: 0835895-94.2020.8.14.0301

SENTENÇA/MANDADO

Vistos, etc.

Relatório dispensado pelo art. 38 da lei 9.099/95.

Analisando os autos virtuais, verifico que o autor CONDOMÍNIO VITTA OFFICE e a requerida IMPERIAL
INCORPORADORA LTDA, juntaram aos autos um acordo que resolve parcialmente do objeto da demanda
(ID 31304708), devidamente assinado por ambos.

Nos termos do acordo em questão, a requerida IMPERIAL INCORPORADORA LTDA realizaria o


pagamento dos encargos condominiais relativos a taxa condominial, taxa extra, fundo de reserva e
honorários advocatícios do mês de 01/2019, no valor total de R$ 660,77, em parcela única, a ser paga no
dia 31.08.2021.

A homologação da presente avença, a priori, poderia ensejar situação problemática ao processo, já que,
se o processo for extinto, com resolução do mérito, relação a apenas uma das rés, com o pagamento da
competência de 01/2019, prosseguiria o processo em relação à corré CONSTRUTORA LEAL MOREIRA,
abrangendo as demais parcelas, ainda que, na análise do mérito, eventualmente se concluísse pela
responsabilidade de ambas pela dívida total.

Contudo, verifico que ambas as rés contam com o mesmo procurador habilitado, o que, no entendimento
deste Juízo, torna prescindível a intimação da corré CONSTRUTORA LEAL MOREIRA para se manifestar
sobre os termos do acordo firmado entre o autor e a ré IMPERIAL INCORPORADORA LTDA.

As partes são civilmente capazes e o objeto da ação é direito patrimonial de caráter privado para o qual a
Lei Civil admite a transação, razão pela qual o pedido de homologação encontra amparo legal para ser
deferido.

Ante o exposto, HOMOLOGO O ACORDO entabulado entre as partes para que surta seus efeitos
jurídicos sem incidência de custas, despesas processuais, e honorários advocatícios de sucumbência
(LJE, arts. 54, caput, e 55, caput). Com fulcro no art. 487, inciso III, alínea b, do Código de Processo Civil,
DECLARO EXTINTO O PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, APENAS EM RELAÇÃO À RÉ
IMPERIAL INCORPORADORA LTDA.

Deve prosseguir o processo em relação ao segundo réu, CONSTRUTORA LEAL MOREIRA, relativamente
aos débitos remanescentes apontados na planilha de ID 29934926.

Mantenho a realização da audiência designada no feito, já que restam débitos pendentes de análise.

Servirá a presente decisão como mandado, nos termos dos Provimentos nº 03/2009-CJRMB e nº 11/2009-
CJRMB.

Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito Respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

(Portaria nº 2619/2021-GP)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0838927-44.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: JAILSON


MARQUES PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: WERNER NABICA COELHO OAB: 10117/PA
Participação: RECLAMADO Nome: MARIA ELIZABETH VIANA RODRIGUES Participação: ADVOGADO
Nome: ARIANE ALENCAR DE LEMOS OAB: 20484/PA

Processo nº: 0838927-44.2019.8.14.0301

TERMO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

Processo nº. 0838927-44.2019.8.14.0301

PARTE RECLAMANTE: JAILSON MARQUES PEREIRA - CPF:460.505.402-25 - CNH nº:02626594786 ,


órgão expedidor: DETRAN/PA e data de expedição:20/12/2017 e Data de nascimento: 13/05/1974

ADVOGADO (A) DA RECLAMANTE: WERNER NABICA COELHO - OAB PA10117

PARTE RECLAMADA: MARIA ELIZABETH VIANA RODRIGUES - CPF: 468.608.782-15

Aos 16 dias do mês agosto de 2021, nesta cidade de Belém, Estado do Pará, na Sala de Audiência da
10º vara do Juizado Especial Cível de Belém para a realização da presente audiência Una de
Conciliação/Instrução, agendada para as 11h00min, nos autos da ação e entre as partes
supramencionadas, de acordo com as formalidades legais, foi aberta a AUDIÊNCIA UNA na presença, por
meio de videoconferência, da MMa. Juíza ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO, e presencialmente,
do acadêmico de Direito e estagiário do juízo Miguel Penalber de Abreu.

Iniciada a AUDIÊNCIA UNA presencial, às 11h00min, não compareceram a parte reclamante e nem a
sua advogada, bem como não compareceu a parte reclamada.

Compulsando os autos do processo, verifica-se no termo de audiência juntado no ID 21180166 que a parte
reclamante fora devidamente intimada, e estava ciente da data e hora para comparecer a esta audiência,
sendo que não se fez presente e nem apresentou, até o momento, qualquer justificativa escusável.

Diante da ausência da parte demandante, ficou prejudicada a fase de conciliação deste ato.

SENTENÇA: Relatório dispensado, nos termos do artigo 38, caput, da Lei 9.099/95. Analisando os autos,
verifica-se que a parte reclamante foi devidamente intimada e estava ciente do dia e horário da realização
da audiência (ID 21180166 ), contudo não se fez presente à realização desta sessão. A Lei Federal nº.
9.099/1995 é clara ao dizer em seu art. 51, inciso I, que o processo será extinto sem resolução do mérito
quando o autor deixar de comparecer a qualquer audiência do processo. Ante o exposto, com fundamento
no art. 51, inciso I, da Lei Federal nº. 9.099/95, EXTINGO O PROCESSO SEM JULGAMENTO DO
MÉRITO. Transitada em julgado a presente decisão, fica revogada os efeitos da tutela de urgência
exarado no ID.12461172. Arquivem-se os autos. Sem o pagamento de custas, haja vista ter declarado ser
necessitado na forma da lei e requerido os benefícios da justiça gratuita. Publicado em audiência, estando
cientes desde já os presentes. P.R.I. Cumpra-se..

E para constar foi lavrado o presente termo assinado digitalmente pelo Juízo e incluído no PJE, sem
impressão e assinaturas físicas, servindo o mesmo como declaração de comparecimento perante este
juízo dos que abaixo seguem identificados para todos os fins de direito, em especial para comprovação de
justificativa de atraso ou falta ao trabalho, Tudo registrado conforme mídia a ser juntada aos autos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

posteriormente. Eu, Miguel Penalber, o digitei. Termo encerrado às 11:20 horas

ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO

Juíza de Direito respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

Número do processo: 0810527-49.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: CARLOS


ALBERTO DE BASTOS BORGES Participação: ADVOGADO Nome: ELIEZER DA CONCEICAO
BORGES OAB: 016102/PA Participação: RECLAMADO Nome: cosanpa Participação: ADVOGADO Nome:
LUIZ RONALDO ALVES CUNHA registrado(a) civilmente como LUIZ RONALDO ALVES CUNHA OAB:
12202/PA Participação: ADVOGADO Nome: ARNALDO HENRIQUE ANDRADE DA SILVA registrado(a)
civilmente como ARNALDO HENRIQUE ANDRADE DA SILVA OAB: 10176/PA

TERMO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

Processo nº. 0810527-49.2021.8.14.0301

PARTE RECLAMANTE: CARLOS ALBERTO DE BASTOS BORGES - CPF: 525.902.838-49 - RG nº:


3186980 , órgão expedidor:PC/PA e data de expedição:07/05/2012 e Data de nascimento: 11/06/1943

ADVOGADO (A) DA RECLAMANTE: ELIEZER DA CONCEIÇÃO BORGES - OAB PA016102

PARTE RECLAMADA: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ – CNPJ: 04.945.341/0001-90

PREPOSTO(A) DA RECLAMADA: JOSELENE MARIA REGO DA SILVA – CPF: 410.528.032-53

ADVOGADO(A) DA RECLAMADA: GIOVANNI DOS ANJOS PICKERELL – OAB/PA:11529

Aos 17 dias do mês agosto de 2021, nesta cidade de Belém, Estado do Pará, na Sala de Audiência da
10º vara do Juizado Especial Cível de Belém para a realização da presente audiência Una de
Conciliação/Instrução, agendada para as 09h00min, nos autos da ação e entre as partes
supramencionadas, de acordo com as formalidades legais, foi aberta a AUDIÊNCIA. Registre-se que a
Mma juíza titular desta vara encontra-se de licença, bem como que a magistrada que está respondendo
pelo juízo, Dra. ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO, informou que não pode comparecer para
realização da audiência em função de estar participando, no dia de hoje, das sessões de julgamento da
Turmas Recursais, onde é membro titular. Presente o acadêmico de Direito e estagiário do juízo Miguel
Penalber de Abreu e a acadêmica de Direito Lia Evangelista de Oliveira.

Iniciada a AUDIÊNCIA UNA presencial, às 09h10min, ingressaram na sala, estando de forma presencial
parte reclamante, assistido pelo seu advogado; e a parte reclamada, representada por sua preposta, e
assistido pelo advogado da empresa.

Tendo em vista que a Dra. ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO, informou que não pode comparecer
para realização da audiência em função de estar participando, no dia de hoje, das sessões de julgamento
da Turmas Recursais, e que o advogado da parte autora requereu o depoimento pessoal das partes, ficou
prejudicada esta fase da audiência de instrução, devendo ser redesignada.

ATO ORDINÁRIO: Tendo em vista que foi requerido a instrução de prova nova mediante depoimento
pessoal das partes, de ordem da Mma juíza que está respondendo por esta vara, Redesigno a presente
audiência para o dia 25/01/2022 às 09:30 horas, estando ambas as partes citadas/intimadas na presente
audiência. Faculta-se às partes participarem da audiência acima designada por meio de videoconferência,
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devendo informar nos autos o número de whatsapp e, obrigatoriamente, os e-mails para recebimento do
respectivo convite para participarem da sessão pelo modo remoto, em até cinco dias antes da data acima
referida, ou, então, acionar no dia e horário acima designados o seguinte link:
h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
join/19%3ameeting_NGYzZDRhMjAtMjFjYi00MTVjLTkwOGItZDlkYWM4MWE1OTJk%40thread.v2/0?conte
x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22c52b6ecf-4b2a-42f8-ab99-01bf56f6ae6f%22%7d , devendo,
em todo caso, observarem o determinado na Portaria Conjunta nº 12/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI de 22 de
maio de 2020, a qual regulamenta as audiências por videoconferência no âmbito da jurisdição dos juizados
especiais cíveis vinculados ao TJPA. A parte que não informar os seus dados acima mencionados para
participar virtualmente do ato, não entrar diretamente na sala virtual pelo link acima informado ou não
comparecer no fórum para participar presencialmente, sofrerá as penalidades processuais legais, caso
não apresente a tempo justificativa escusável. Ficam as partes também desde já notificadas do seguinte:
1) que caso requerem produção de prova oral, como testemunha ou informante, deverão orientar estas a
acessar a sala virtual com e-mail em seu próprio nome e em dispositivo de acesso à internet (celular,
computador, tablet, notebook, etc, ) privativo do seu uso para o ato, ou seja, não pode ser com o mesmo
e-mail e nem com o mesmo dispositivo das partes envolvidas no litígio e nem dos respectivos advogados
destas; 2) deverão juntar no dia da audiência, na aba “chat” da respectiva sala virtual, arquivo contendo
cópias legíveis dos documentos de identificação de quem for participar da audiência por videoconferência,
a fim de agilizar o processo de identificação por parte de quem estiver secretariando o ato. Publicado em
audiência, ficando desde logo cientes todos os presentes. P.R.I. Cumpra-se.

E para constar foi lavrado o presente termo assinado digitalmente pelo Juízo e incluído no PJE, sem
impressão e assinaturas físicas, servindo o mesmo como declaração de comparecimento perante este
juízo dos que abaixo seguem identificados para todos os fins de direito, em especial para comprovação de
justificativa de atraso ou falta ao trabalho, Tudo registrado conforme mídia a ser juntada aos autos
posteriormente. Eu, Mário Bronze, o digitei. Termo encerrado às 09:41 horas

PRESENTES:
RECLAMANTE:_________________________________________________

ADVOGADO (A) DA RECLAMANTE: _________________________________

PREPOSTO(A) DA RECLAMADA: ____________________________________

ADVOGADO(A) DA RECLAMADA: ____________________________________


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SECRETARIA DO 2 JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DE BELÉM

Número do processo: 0847134-61.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EMANUEL SILVA


CARVALHO Participação: ADVOGADO Nome: KARINA DE NAZARE VALENTE BARBOSA OAB:
13740/PA Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: REQUERIDO Nome:
INSTITUTO AOCP

PROCESSO N. 0847134-61.2021.8.14.0301

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de ação de ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de tutela, em que o autor
EMANUEL SILVA CARVALHO, move em face ESTADO DO PARÁ e INSTITUTO AOCP, alegando, em
síntese, que prestou concurso público destinado à admissão aos Cargos de nível superior das carreiras
policiais de Investigador de Policia Civil – IPC, Escrivão de Policia Civil – EPC e Papiloscopista – PAP.

Aduz que realizou a primeira fase do concurso e ficou aguardando o resultado da prova subjetiva, porém,
para sua surpresa, tomou conhecimento que foi desclassificado do certame por não entregar o material no
horário determinado.

Esclarece que a informação não procede, pois, sequer fora notificado ou interpelado pelo fiscal de prova
sobre o fato.

Informa, ainda, que por ter sido um dos últimos a finalizar a prova, assinou a ata de encerramento, a qual
não constava qualquer ocorrência em seu desfavor.

Alega que tais fatos podem ser comprovados pelos outros dois candidatos que assinaram a ata.

Aduz, por fim, que diante de sua desclassificação não terá sua prova discursiva corrigida, mesmo tendo
alcançado a pontuação para correção, motivo pelo qual, considerando que a correção se iniciará amanhã
(18/12/2021), requer que sua prova dissertativa seja corrigida pela requerida AOCP.

Éo breve relatório, por se tratar de plantão.

Decido.

Primeiramente, observo, que o resultado preliminar da prova objetiva foi divulgado no dia 02/08/2021.

Não há nos autos prova de que o autor apresentou recurso administrativo no período da 0h00min do dia
03/08/2021 até as 23h59min do dia 04/08/2021.

Ademais, verifico que o autor ajuizou a presente demanda em plantão judicial, ocorrido durante a semana,
às vésperas da correção da prova discursiva.

Por estas razões, não vislumbro o pleito como pedido de urgência a ser analisado em plantão.

Entretanto, ainda que se verifique a impossibilidade de se deferir a liminar, entendo prudente intimar as
requeridas, para que apresentem a ata de encerramento assinada pelo autor, bem como para que se
manifestem sobre o pedido liminar.

Ante o exposto, INDEFIRO o pleito, por hora, porém, DETERMINO a intimação das requeridas para que
apresentem a ata de encerramento que o autor assinou, quando do término de sua prova, bem como para
que se manifestem sobre o pedido liminar, tudo, no prazo de 48hs.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ato contínuo, determino sejam os autos redistribuídos ao juízo competente.

Serve a presente decisão como mandado.

Cumpra-se.

Intimem-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

Andréa Cristine Corrêa Ribeiro

Juíza de Direito de Plantão


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UPJ DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA CAPITAL - 4 JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL

Número do processo: 0803226-42.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA MARAMBAIA Participação: AUTOR DO FATO Nome: FERNANDO JORGE FERREIRA
DA COSTA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ
Participação: VÍTIMA Nome: SANDRA EMANUELE DE OLIVEIRA DAMASCENO

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0803226-42.2021.8.14.0401

Sentença:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a
contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.

Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de
ofício a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.

Considerando a certidão da secretaria (id. 30760590), que informa o não oferecimento da queixa-crime,
verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do ofendido, provocando a extinção
da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB.

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV, do
Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de FERNANDO JORGE FERREIRA DA COSTA, em
decorrência dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de
queixa.

Belém, 09 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0808264-35.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DO JURUNAS Participação: AUTOR DO FATO Nome: MARCO AURELIO FERREIRA
RIBEIRO Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0808264-35.2021.8.14.0401

Despacho:

Considerando a certidão de id. 31946757, oficie-se à Corregedoria da Polícia Civil para que proceda ao
requerido, encaminhando com urgência, no prazo de 30 dias, os documentos corretos em formato PDF
relacionados às partes referidas no ato ordinatório de id. 27724730.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Cumpra-se.

Belém, 18 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0800299-06.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: FABIO COUTINHO


AGUIAR Participação: AUTOR DO FATO Nome: MARILENE PINHEIRO UCHOA Participação: AUTOR
DO FATO Nome: OTAVIO AUGUSTO DOS SANTOS Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome: MARILENE PINHEIRO UCHOA
Participação: VÍTIMA Nome: OTÁVIO AUGUSTO DOS SANTOS

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0800299-06.2021.8.14.0401

Despacho:

Considerando a certidão de id. 30100415, verifica-se o instituto da prevenção referente aos autos de
queixa-crime de n° 0810407-94.2021.8.14.0401, oferecida em juízo distinto a este juizado. Pelo exposto,
constatada a prevenção, oficie-se à 2ª Vara do JECrim para que remeta o processo prevento referido a
esta Vara, a fim de que se possa tomar as providências cabíveis.

Cumpra-se.

Belém, 18 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0806922-86.2021.8.14.0401 Participação: AUTOR Nome: REGINALDO SILVA DOS


SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: MARCELA LITIANE TAVARES GOMES OAB: 22844/PA
Participação: ADVOGADO Nome: PAMELA ISADORA REIS FIGUEIREDO OAB: 28083/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ISABELA FONSECA MESQUITA OAB: 22283/PA Participação: REU Nome:
ANDRESSA CALDERARO SANTOS DA SILVA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0806922-86.2021.8.14.0401

Decisão:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Trata-se de queixa-crime oferecida por Reginaldo Silva dos Santos em desfavor de Andressa Calderaro
Santos da Silva, em que se imputa a esta a prática dos crimes de difamação e injúria. Ao final, o
querelante requereu os benefícios da justiça gratuita e a decretação de segredo de justiça.

Em despacho de id. 27034805, este juízo determinou que o querelante comprovasse sua hipossuficiência
ou que pagasse as custas devidas. Porém, conforme certidão de id. 31946738, embora devidamente
intimado, não apresentou nenhum tipo de manifestação.

Pelo exposto, indefiro o requerimento de gratuidade da justiça nos termos do art. 99, §2° do CPC, e
determino a intimação do querelante por meio de suas advogadas para pagar as custas em 15 (quinze)
dias, sob pena de extinção do feito. Decorrido o prazo, conclusos.

Belém, 18 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0801390-34.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: SECCIONAL DE


SÃO BRAS Participação: AUTOR DO FATO Nome: EMERSON ADRIAN MONTEIRO SOARES
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: JOAO BOSCO CANTUARIA MOUTINHO

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0801390-34.2021.8.14.0401

Sentença:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a
contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.

Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de
ofício a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.

Considerando a certidão da secretaria (id. 30924449), que informa o não oferecimento da queixa-crime,
verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do ofendido, provocando a extinção
da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB.

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV, do
Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de EMERSON ADRIAN MONTEIRO SOARES, em
decorrência dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de
queixa.

Belém, 09 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0810419-11.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA MARAMBAIA Participação: AUTOR DO FATO Nome: PAULO SERGIO DE OLIVEIRA
GOMES Participação: AUTOR DO FATO Nome: EVALDO BARROS DA SILVA Participação: AUTOR DO
FATO Nome: CARLOS HENRIQUE GAMA PIMENTA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0810419-11.2021.8.14.0401

Decisão:

Os presentes autos de TCO foram distribuídos para este Juizado Especial Criminal com o objetivo
de apurar a suposta ocorrência da conduta delituosa prevista no art. 28, da Lei 11.343/2006, qual seja,
porte de droga para consumo pessoal, em que figura como autor do fato PAULO SERGIO DE OLIVEIRA
GOMES. Ministério Público requereu o arquivamento do feito, por entender que o fato investigado é
materialmente atípico e que, em razão disso, não há justa causa para ação penal.

O princípio da lesividade dispõe que a conduta descrita como típica pela norma penal deve constituir em
ofensa ao bem jurídico alheio protegido pelo ordenamento jurídico. Portanto, não havendo a referida
violação, afasta-se a tipicidade material e, consequentemente, não há crime. Com efeito, no crime previsto
no art. 28, da Lei 11.343/2006, há ínfimo potencial ofensivo, uma vez que a autolesão não é punida, razão
pela qual o Estado não pode exercer o jus puniendi nesses casos.

A esse respeito, segue decisão do TJ/RS:

Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE. ART. 28 DA LEI Nº.


11.343/2006. ATIPICIDADE. DA CONDUTA. RESQUÍCIO. DECISÃO DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
MANTIDA. Não se verifica lesão ao bem jurídico na conduta de quem porta drogas para consumo
pessoal, pois esta não importa em lesionar, concretamente, direitos de terceiros e, tampouco, a
saúde pública, daí resultando a atipicidade conduta. Inexistência de dissenso acerca da atipicidade da
conduta quanto se trata de maconha e a quantidade é inferior a 0,5g. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso
Crime Nº 71007599368, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luiz Antônio Alves Capra,
Julgado em 25/06/2018. Publicação: Diário da Justiça do dia 17/07/2018)

Desse modo, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender
igualmente que a conduta investigada não é materialmente típica para o exercício de ação penal, razão
pela qual determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do art. 18 e 395, III, do CPP.

Após, proceda-se baixa na distribuição. Realizem-se as necessárias anotações e comunicações.


Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos. P.R.I.C. Sem custas.

Belém, 10 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0805304-09.2021.8.14.0401 Participação: AUTOR Nome: MARCELO JOSE ALVES


DE ARAUJO registrado(a) civilmente como MARCELO JOSE ALVES DE ARAUJO Participação:
INTERESSADO Nome: RONILSON DAS CHAGAS SILVA Participação: FISCAL DA LEI Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0805304-09.2021.8.14.0401

Sentença:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a
contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.

Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de
ofício a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.

Considerando a certidão da secretaria (id. 30414504), que informa o não oferecimento da queixa-crime,
verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do ofendido, provocando a extinção
da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB.

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV, do
Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de MARCELO JOSÉ ALVES DE ARAÚJO, em
decorrência dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de
queixa.

Belém, 09 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0811045-30.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: 1ª SECCIONAL


URBANA DA SACRAMENTA Participação: AUTOR DO FATO Nome: LUCAS IDIELSON DA SILVA LEAL
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital

Processo nº 0811045-30.2021.8.14.0401

Decisão:

Os presentes autos de TCO foram distribuídos para este Juizado Especial Criminal com o objetivo
de apurar a suposta ocorrência da conduta delituosa prevista no art. 28, da Lei 11.343/2006, qual seja,
porte de droga para consumo pessoal, em que figura como autor do fato LUCAS IDIELSON DA SILVA
LEAL. O Ministério Público requereu o arquivamento do feito, por entender que o fato investigado é
materialmente atípico e que, em razão disso, não há justa causa para ação penal.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

O princípio da lesividade dispõe que a conduta descrita como típica pela norma penal deve
constituir em ofensa ao bem jurídico alheio protegido pelo ordenamento jurídico. Portanto, não havendo a
referida violação, afasta-se a tipicidade material e, consequentemente, não há crime. Com efeito, no crime
previsto no art. 28, da Lei 11.343/2006, há ínfimo potencial ofensivo, uma vez que a autolesão não é
punida, razão pela qual o Estado não pode exercer o jus puniendi nesses casos.

A esse respeito, segue decisão do TJ/RS:

Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE. ART. 28 DA LEI Nº.


11.343/2006. ATIPICIDADE. DA CONDUTA. RESQUÍCIO. DECISÃO DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
MANTIDA. Não se verifica lesão ao bem jurídico na conduta de quem porta drogas para consumo
pessoal, pois esta não importa em lesionar, concretamente, direitos de terceiros e, tampouco, a
saúde pública, daí resultando a atipicidade conduta. Inexistência de dissenso acerca da atipicidade da
conduta quanto se trata de maconha e a quantidade é inferior a 0,5g. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso
Crime Nº 71007599368, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luiz Antônio Alves Capra,
Julgado em 25/06/2018. Publicação: Diário da Justiça do dia 17/07/2018)

Desse modo, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender
igualmente que a conduta investigada não é materialmente típica para o exercício de ação penal, razão
pela qual determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do art. 18 e 395, III, do CPP.

Após, proceda-se baixa na distribuição. Realizem-se as necessárias anotações e comunicações.


Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos. P.R.I.C. Sem custas.

Belém, 18 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim

Número do processo: 0000713-37.2021.8.14.0401 Participação: REPRESENTANTE Nome: MINISTERIO


PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: AUTOR DO FATO Nome: ANDERSON CONCEIÇÃO
MENDES Participação: ADVOGADO Nome: CAROLINA MAGALHAES GENTIL SOLYNO OAB: 20254/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO DE OLIVEIRA CORREA OAB: 018280/PA Participação:
ADVOGADO Nome: MICHELE ANDREA TAVARES BELEM OAB: 015873/PA Participação: ADVOGADO
Nome: DANILO CORREA BELEM OAB: 14469/PA Participação: ADVOGADO Nome: DORIVALDO DE
ALMEIDA BELEM OAB: 003555/PA Participação: VÍTIMA Nome: BRENDA THAYS BARROS PINTO
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0000713-37.2021.8.14.0401

Sentença:

Trata-se de Inquérito Policial instaurado para apurar possível ocorrência de conduta delituosa
prevista no art. 61, da LCP que teria como autor do fato Anderson Conceição Mendes e como vítima
Brenda Thays Barros Pinto. Os autos vieram redistribuídos da Vara Criminal Comum por conta
desclassificação do crime do art. 215-A do CPB para a referida contravenção penal.

Instado a se manifestar, o Ministério Público requereu o arquivamento do feito, pela incidência da


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prescrição da pretensão punitiva (id. 28202260).

Éo breve relatório. Passo a decidir.

A pena máxima cominada ao tipo penal em questão é de multa (art. 61, da LCP). Desse modo, o
CPB prevê que o prazo prescricional para delitos que envolvam somente a pena de multa é de 02 (dois)
anos, consoante dispõe em seu art. 114, I.

Compulsando os autos, verifica-se que o fato ocorreu dia 21/09/2017 (fl. 02). Com efeito, não
havendo nenhuma causa de interrupção (art. 117, do CPB), verifica-se que a prescrição ocorreu em
20/09/2019, nos termos dos arts. 114, I do CPB.

Pelo exposto, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE do crime em relação ao autor do fato


ANDERSON CONCEIÇÃO MENDES, ao qual foi imputado conduta tipificada no art. 61, da LCP, em razão
da incidência do instituto da prescrição, nos termos do art. 114, I do CPB.

P.R.I.C.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as anotações e comunicações necessárias.

Belém, 11 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0803133-79.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: Seccional Urbana


da Cremação Participação: AUTOR DO FATO Nome: PEDRINA NAZARÉ ALVES PEREIRA Participação:
VÍTIMA Nome: LENA CLAUDIA ALVES PEREIRA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n° 0803133-79.2021.8.14.0401

Decisão:

Considerando a certidão da Secretaria de id. 29224913, que informa que este processo consiste em
duplicidade com relação aos autos de nº 0800177-90.2021.8.14.0401, o qual se encontra com sentença de
extinção de punibilidade, determino o arquivamento deste TCO, com as devidas cautelas.

Belém, 09 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0805009-69.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA SACRAMENTA - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: DOUGLAS
JACKSON BARROS COSTA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO
DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome: KOJI SAKAIRI JUNIOR

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0805009-69.2021.8.14.0401

Despacho:

Considerando a certidão de id. 31946750, oficie-se à Corregedoria da Polícia Civil para que responda com
urgência, no prazo de 30 dias, acerca da diligência ordenada no despacho de id. 28036923, enviando
cópia dos autos, caso necessário.

Belém, 18 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.


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SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ICOARACI

Número do processo: 0005205-82.2013.8.14.0941 Participação: EXEQUENTE Nome: JOAO FERREIRA


DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: DOMINGAS FERREIRA VIEIRA OAB: 8897/PA Participação:
EXECUTADO Nome: BANCO ABN AMRO REAL SA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO THOMAZ
PRAZERES GONDIM OAB: 62192/RJ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DISTRITAL DE ICOARACI - COMARCA DE BELÉM

Endereço: Rua Manoel Barata nº 864. Cruzeiro - Icoaraci. Belém/PA

PROCESSO Nº 0005205-82.2013.8.14.0941

CLASSE PROCESSUAL: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: JOAO FERREIRA DA SILVA

Endereço: Nome: JOAO FERREIRA DA SILVA


Endereço: AUGUSTO MONTENEGRO, CAMPINA ICOARACI, BELéM - PA - CEP: 66813-000

EXECUTADO: BANCO ABN AMRO REAL SA

Endereço: Nome: BANCO ABN AMRO REAL SA


Endereço: SENADOR LEMOS , DO TELEGRAFO SEM FIO, BELéM - PA - CEP: 66113-000

DESPACHO

1. Intimar os advogados das partes para manifestação, no prazo de 05 (cinco) dias em relação à
divergência verificada entre o montante do valor depositado em Juízo, conforme comprovante de ID
29090468 e o valor executado, consoante última atualização constante no ID 23010980, requerendo o que
entenderem cabível.

2. Após a manifestação ou o decurso do prazo, venham os autos conclusos.

3. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado, ofício, notificação e carta precatória para as
comunicações necessárias (Provimento nº 003/2009-CJRMB-TJPA).

Intime-se.

Icoaraci-Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

EMERSON BENJAMIM PEREIRA DE CARVALHO

Juiz de Direito
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Número do processo: 0002887-29.2013.8.14.0941 Participação: REQUERENTE Nome: MARIA DO


SOCORRO FREIRE DE MENEZES Participação: ADVOGADO Nome: MARIA ALICE VIDAL GOMES
OAB: 27657/PA Participação: REQUERIDO Nome: MARCUS RODRIGO DA SILVA DUARTE
Participação: REQUERIDO Nome: PAULO ROGERIO DA SILVA DUARTE

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ICOARACI
RUA MANOEL BARATA, 864, DISTRITO DE ICOARACI, BELÉM-PA
Fone (91) 3227-8650
_____________________________________________________________________________________
________

PROCESSO Nº 0002887-29.2013.8.14.0941 (PJe).

REQUERENTE: MARIA DO SOCORRO FREIRE DE MENEZES.

REQUERIDOS: MARCUS RODRIGO DA SILVA DUARTE, PAULO ROGERIO DA SILVA DUARTE

ATO ORDINATÓRIO

Através deste ato, fica a reclamante intimada, via advogado habilitado, para se manifestar em 5 (cinco)
dias sobre a parte ré não ter sido localizada pelo Oficial de Justiça, conforme Certidões vinculadas aos
Id's-28993118 e 28993132, em cumprimento ao Art. 1º, § 2º, inc. I, do Provimento 006/2006-
CGJRMB/TJE-PA.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

ANGELO JOSE FERREIRA DE OLIVEIRA


Analista Judiciário/Auxiliar de Judiciário
Vara do Juizado Especial Cível de Icoaraci
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SECRETARIA DA VARA DO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

Número do processo: 0807116-44.2020.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: VANESSA


NOVAES BARROS Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA SOUSA MARQUES OAB: 27609/PA
Participação: RECLAMADO Nome: CONDOMINIO PARK ITALIA Participação: ADVOGADO Nome:
WILLAM AVIZ DE ASSIS OAB: 21554/PA

ATO ORDINATÓRIO

0807116-44.2020.8.14.0006 (PJe).

Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte RECLAMANTE: VANESSA
NOVAES BARROS, através de seus patronos, da Audiência de CONCILIAÇÃO redesignada para o
dia 01/02/2022 09:00, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.

Advertências:

- O não comparecimento da parte Reclamante à Audiência acima designada acarretará a extinção


do processo sem julgamento do mérito e serão devidas custas processuais, nos termos do
disposto no art. 51, I, da Lei 9.099/1995. Ciente ainda as partes de que na Audiência de Instrução e
Julgamento deverão apresentar todas as provas de que dispuserem, inclusive testemunhas até o
máximo de três. Sendo o valor da causa superior a 20 (vinte) salários mínimos, as partes devem
comparecer acompanhadas de advogado (art. 9º, Lei 9.099/95).

Ananindeua-PA, 18 de agosto de 2021.

ALAN BRABO DE OLIVEIRA

Diretor de Secretaria da 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.

Número do processo: 0807116-44.2020.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: VANESSA


NOVAES BARROS Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA SOUSA MARQUES OAB: 27609/PA
Participação: RECLAMADO Nome: CONDOMINIO PARK ITALIA Participação: ADVOGADO Nome:
WILLAM AVIZ DE ASSIS OAB: 21554/PA

ATO ORDINATÓRIO

0807116-44.2020.8.14.0006 (PJe).

Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte RECLAMADA:
CONDOMINIO PARK ITALIA, através de seus patronos, da Audiência de CONCILIAÇÃO
redesignada para o dia 01/02/2022 09:00, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.

Advertências:
795
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1. O NÃO COMPARECIMENTO A QUALQUER AUDIÊNCIA, e, no caso de pessoa jurídica, através de


preposto autorizado a transigir, bem como devidamente credenciado, art. 9, parágrafo 4º, implicará
na REVELIA (considerando-se verdadeiras as alegações iniciais, sendo proferido julgamento de
plano), arts. 18 e 20 da Lei nº 9.099/95. A parte reclamada fica ciente da possibilidade de inversão
do ônus da prova (art. 6º, VIII, Lei n.º 8.078/90).
2. NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO poderá ser oferecida defesa escrita ou oral e
produzidas provas admitidas em direito e que forem entendidas como necessárias, inclusive
testemunhais, no máximo de três. Sendo o valor da causa superior a 20 (vinte) salários mínimos, as
partes devem comparecer acompanhadas de advogado (art. 9º, Lei 9.099/95) e, neste caso, a
ausência de contestação, ainda que presente o reclamado, implicará em revelia. (Enunciado nº
11/FONAJE).
3. No caso da parte reclamada constituir advogado, este deverá efetivar seu CADASTRAMENTO e
HABILITAÇÃO no Sistema PJE, conforme art. 9º, §2º da Resolução n.º 005/2008-GP, sob pena de
seus atos serem havidos por inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e
danos (art. 37, parágrafo único do CPC). A íntegra dos presentes autos encontra-se no endereço
web http://pje.tjpa.jus.br/pje/login.seam.

Ananindeua-PA, 18 de
agosto de 2021.

ALAN BRABO DE OLIVEIRA

Diretor de Secretaria da 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.

Número do processo: 0800590-61.2020.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: BRASFONE


TELECOMUNICACOES E INFORMATICA LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: ALEX LIMA
SANTOS OAB: 18022/PA Participação: EXECUTADO Nome: SOCIEDADE CIVIL INTEGRADA MADRE
CELESTE LTDA

ATO ORDINATÓRIO

0800590-61.2020.8.14.0006 (PJe).

Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte EXEQUENTE: BRASFONE
TELECOMUNICACOES E INFORMATICA LTDA - EPP, através de seus patronos, que em razão de
realização de penhora pelo Sr. Oficial de Justiça, conforme ID nº 32006368, e em obediência ao § 1º
do art. 53 da Lei 9.099/95, esta Secretaria designa Audiência de Conciliação em Execução para o
dia 28/03/2022 12:00, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.

Ananindeua-PA, 18 de agosto de 2021.


796
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ALAN BRABO DE OLIVEIRA

Diretor de Secretaria da 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.

Número do processo: 0800471-66.2021.8.14.0006 Participação: REQUERENTE Nome: CONDOMINIO


MORADAS CLUB RIOS DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL
MONTEIRO OAB: 16941/PA Participação: REQUERIDO Nome: ANTONIO SERGIO OLIVEIRA DA SILVA

ATO ORDINATÓRIO

0800471-66.2021.8.14.0006 (PJe).

Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte REQUERENTE:
CONDOMINIO MORADAS CLUB RIOS DO PARA, através de seus patronos, da Audiência de
CONCILIAÇÃO designada para o dia 08/03/2022 10:30, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de
Ananindeua.

Advertências:

- O não comparecimento da parte Reclamante à Audiência acima designada acarretará a extinção


do processo sem julgamento do mérito e serão devidas custas processuais, nos termos do
disposto no art. 51, I, da Lei 9.099/1995. Ciente ainda as partes de que na Audiência de Instrução e
Julgamento deverão apresentar todas as provas de que dispuserem, inclusive testemunhas até o
máximo de três. Sendo o valor da causa superior a 20 (vinte) salários mínimos, as partes devem
comparecer acompanhadas de advogado (art. 9º, Lei 9.099/95).

Ananindeua-PA, 18 de agosto de 2021.

ALAN BRABO DE OLIVEIRA

Diretor de Secretaria da 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.

Número do processo: 0869950-71.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MILENE DE NAZARE


CRUZ MONTEIRO Participação: ADVOGADO Nome: JOAO AUGUSTO FERREIRA MIRANDA OAB:
24621/PA Participação: ADVOGADO Nome: GILCELY CARLA NASCIMENTO DE MORAES OAB:
30081/PA Participação: ADVOGADO Nome: ELICE OLIVEIRA LOBO FREITAS OAB: 29470/PA
Participação: REU Nome: EUDIRACY WILSON COSTA DA SILVA

ATO ORDINATÓRIO

0869950-71.2020.8.14.0301 (PJe).

Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte AUTORA: MILENE DE
NAZARE CRUZ MONTEIRO, através de seus patronos, da Audiência de CONCILIAÇÃO designada
para o dia 02/02/2022 12:00, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.
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Advertências:

- O não comparecimento da parte Reclamante à Audiência acima designada acarretará a extinção


do processo sem julgamento do mérito e serão devidas custas processuais, nos termos do
disposto no art. 51, I, da Lei 9.099/1995. Ciente ainda as partes de que na Audiência de Instrução e
Julgamento deverão apresentar todas as provas de que dispuserem, inclusive testemunhas até o
máximo de três. Sendo o valor da causa superior a 20 (vinte) salários mínimos, as partes devem
comparecer acompanhadas de advogado (art. 9º, Lei 9.099/95).

Ananindeua-PA, 18 de agosto de 2021.

ALAN BRABO DE OLIVEIRA

Diretor de Secretaria da 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.

Número do processo: 0803871-25.2020.8.14.0006 Participação: REQUERENTE Nome: CONDOMINIO


MORADAS CLUB RIOS DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL
MONTEIRO OAB: 16941/PA Participação: REQUERIDO Nome: VICTOR ANGELO ALVES DA CRUZ
SANTOS

ATO ORDINATÓRIO

0803871-25.2020.8.14.0006 (PJe).

Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte REQUERENTE:
CONDOMINIO MORADAS CLUB RIOS DO PARA, através de seus patronos, da Audiência de
CONCILIAÇÃO designada para o dia 01/02/2022 10:00, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de
Ananindeua.

Advertências:

- O não comparecimento da parte Reclamante à Audiência acima designada acarretará a extinção


do processo sem julgamento do mérito e serão devidas custas processuais, nos termos do
disposto no art. 51, I, da Lei 9.099/1995. Ciente ainda as partes de que na Audiência de Instrução e
Julgamento deverão apresentar todas as provas de que dispuserem, inclusive testemunhas até o
máximo de três. Sendo o valor da causa superior a 20 (vinte) salários mínimos, as partes devem
comparecer acompanhadas de advogado (art. 9º, Lei 9.099/95).

Ananindeua-PA, 18 de agosto de 2021.

ALAN BRABO DE OLIVEIRA

Diretor de Secretaria da 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.

Número do processo: 0803878-17.2020.8.14.0006 Participação: REQUERENTE Nome: CONDOMINIO


MORADAS CLUB RIOS DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

MONTEIRO OAB: 16941/PA Participação: REQUERIDO Nome: ANDREZZA KETTERINE JUCA DA


SILVA

ATO ORDINATÓRIO

0803878-17.2020.8.14.0006 (PJe).

Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte REQUERENTE:
CONDOMINIO MORADAS CLUB RIOS DO PARA, através de seus patronos, da Audiência de
CONCILIAÇÃO designada para o dia 01/02/2022 10:30, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de
Ananindeua.

Advertências:

- O não comparecimento da parte Reclamante à Audiência acima designada acarretará a extinção


do processo sem julgamento do mérito e serão devidas custas processuais, nos termos do
disposto no art. 51, I, da Lei 9.099/1995. Ciente ainda as partes de que na Audiência de Instrução e
Julgamento deverão apresentar todas as provas de que dispuserem, inclusive testemunhas até o
máximo de três. Sendo o valor da causa superior a 20 (vinte) salários mínimos, as partes devem
comparecer acompanhadas de advogado (art. 9º, Lei 9.099/95).

Ananindeua-PA, 18 de agosto de 2021.

ALAN BRABO DE OLIVEIRA

Diretor de Secretaria da 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.

Número do processo: 0810085-32.2020.8.14.0006 Participação: AUTOR Nome: ELVISLEY OLIVEIRA


SIQUEIRA Participação: ADVOGADO Nome: IVALDO CASTELO BRANCO SOARES JUNIOR OAB:
13561/PA Participação: REU Nome: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT
S.A. Participação: REU Nome: BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS

ATO ORDINATÓRIO

0810085-32.2020.8.14.0006 (PJe).

Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte AUTORA: ELVISLEY
OLIVEIRA SIQUEIRA, através de seus patronos, da Audiência de CONCILIAÇÃO designada para o
dia 03/02/2022 09:00, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.

Advertências:

- O não comparecimento da parte Reclamante à Audiência acima designada acarretará a extinção


do processo sem julgamento do mérito e serão devidas custas processuais, nos termos do
disposto no art. 51, I, da Lei 9.099/1995. Ciente ainda as partes de que na Audiência de Instrução e
Julgamento deverão apresentar todas as provas de que dispuserem, inclusive testemunhas até o
máximo de três. Sendo o valor da causa superior a 20 (vinte) salários mínimos, as partes devem
comparecer acompanhadas de advogado (art. 9º, Lei 9.099/95).
799
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ananindeua-PA, 18 de agosto de 2021.

ALAN BRABO DE OLIVEIRA

Diretor de Secretaria da 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.


800
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA VARA DO 3º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

Número do processo: 0834740-22.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANA LUCIA RIBEIRO


SARMENTO Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO DE SOUZA PAMPLONA OAB: 13926/PA
Participação: REU Nome: ARTENIO RODRIGUES PINTO Participação: REQUERIDO Nome:
FRANCELINA VIANA PINTO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ANANINDEUA

Rua Suely Cruz e Silva, 1989, esquina da Av. Cláudio Sanders (antiga estrada do Maguari)
CEP: 67.143.010/Telefone/Fax: (091) 3250.1082 - E-mail: 3vjecivelananindeua@tjpa.jus.br

Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais (Processo nº 0834740-22.2021.8.14.0301)

Requerente: Ana Lúcia Ribeiro Sarmento

Adv.: Dr. Thiago de Souza Pamplona - OAB/PA n. 13.926.

Requerido: Artenio Rodrigues Pinto

Endereço: Conjunto PAAR, Quadra Quinze, n. 13, Maguari, Ananindeua/PA, CEP: 67.145-175.

Requerida: Francelina Viana Pinto

Endereço: Conjunto PAAR, Quadra Quinze, n. 13, Maguari, Ananindeua/PA, CEP: 67.145-175.

Vistos, etc.,

Dispenso o relatório, com fundamento no art. 38 da Lei nº 9.099/95.

DECIDO.

Tratam os autos de AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER, CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS, com pedido de tutela de urgência antecipada, aforada por ANA LÚCIA RIBEIRO
SARMENTO contra ARTENIO RODRIGUES PINTO e FRANCELINA VIANA PINTO, já qualificados,
onde a requerente alega, em síntese, que celebrou com os acionados instrumento particular de cessão de
direitos sobre o imóvel situado na Travessa Mariz e Barros, nº 1.350, Edifício Ville Franche, Apartamento
nº 1402, no Município de Belém, pelo preço de R$ 320.000,00 (trezentos e vinte reais), no dia 14/02/2017,
acrescido das contribuições condominiais e do Imposto Predial e Territorial Urbano que estavam em
atraso, como também que os adquirentes foram imediatamente imitidos na posse do respectivo bem e,
ainda, que os litigantes, depois da integralização das prestações pactuadas, firmaram contrato de
ratificação da promessa de venda e compra, no qual se estabeleceu que os promitentes-compradores
deveriam regularizar a situação do apartamento, transferindo-o para os seus nomes, mediante a lavratura
de escritura pública e de seu registro no Cartório Imobiliário competente.

As ações sujeitas ao procedimento dos Juizados Especiais devem ser propostas, em regra, no domicílio
do réu, conforme se extrai do art. 4º, I, da Lei n. 9.099/1995.
801
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A regra geral de que a ação deve ser proposta no domicílio do réu é excepcionada pelo art. 4º, II, da Lei
9.099/95, que estabelece que a ação também pode ser proposta no local em que a obrigação deve ser
satisfeita.

Outra exceção à regra geral é a norma consubstanciada no art. 4º, III, da Lei n. 9.099/1995, que autoriza o
ajuizamento das ações de reparação de danos de qualquer natureza no domicílio do requerente ou no
local em que se deu o ato ou fato ensejador do evento danoso.

No caso vertente a requerente admite na parte expositiva da exordial que fixou residência e domicílio na
Cidade de Brasília, desde meados de 2018.

Os acionados, a despeito da qualificação contida na inicial, segundo se extrai da parte expositiva desta,
foram imitidos na posse do imóvel objeto do negócio jurídico firmado entre as partes, que se situa na
Travessa Mariz e Barros, nº 1.350, Edifício Ville Franche, Apartamento nº 1402, no Município de Belém,
desde a assinatura do respectivo contrato, sendo, assim, forçoso concluir-se ser essa a Cidade do
domicílio e residência de ambos.

A obrigação reclamada, que consiste na outorga de escritura pública e de seu registro no Cartório
competente deve ser cumprida na Comarca da Capital, já que o imóvel está matriculado sob o nº 06, às
fls. 06, do livro nº 2-G.C, do 2º Ofício de Imóveis do Município de Belém, que também foi eleito como foro
competente para dirimir qualquer controvérsia oriunda do contrato de venda e compra celebrado entre os
litigantes, conforme se depreende do documento cadastrado sob o Id nº 28656840.

Diante do esposado, é evidente que este Juízo sob o aspecto territorial não tem competência para apreciar
e julgar a presente causa, situação essa que, no Sistema dos Juizados, pode ser reconhecida de ofício
pelo Juiz, nos termos do Enunciado nº 89 do FONAJE.

Para além disso, a postulante atribuiu à causa o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), que equivale ao
quantum indenizatório por si pretendido, tendo, assim, desconsiderado o importe referente ao contrato de
venda e compra celebrado entre as partes.

Em se tratando de obrigação fazer de natureza pessoal, consistente na transferência de titularidade do


imóvel alienado, por meio de outorga de escritura pública definitiva e de seu registo no cartório imobiliário
competente, cumulada com reparação dos prejuízos decorrentes do inadimplemento contratual, o valor da
causa deve corresponder a somatória do montante da respectiva avença e dos danos morais pretendidos
(CPC, art. 292, II e VI).

Havendo descompasso entre o proveito econômico pretendido e o valor atribuído à causa, o Juiz pode
determinar de ofício a sua retificação com o recolhimento, se for o caso, das custas complementares,
conforme se extrai do art. 292, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil.

O valor da causa na espécie, nos termos do disposto no art. 292, VI, do Código de Processo Civil, deve
corresponder ao somatório do valor do contrato e da quantia pretendida a título de indenização por danos
morais, o que perfaz o montante de R$ 335.000,00 (trezentos e trinta e cinco mil reais), importe esse que
ultrapassa o patamar estabelecido no art. 3°, I, da Lei nº 9.099/95.

A presente causa, diante do domicílio e residência das partes, do local em que a obrigação deve ser
cumprida, do foro de eleição e de seu valor, não pode ser processada no âmbito do Juizado Especial Civil
devendo, assim, este processo ser extinto sem enfrentamento do mérito.

Ante ao exposto, julgo extinto o presente processo sem resolução do mérito, com fundamento no art. 51, II
e III, da Lei nº 9.099/95.

Sem custas, já que essa despesa é incabível nos julgamentos de primeiro grau realizados no âmbito dos
Juizados Especiais Cíveis (Lei nº 9.099/95, art. 55, caput, e parágrafo único).
802
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

P.R.I.

Ananindeua, 17/08/2021.

IACY SALGADO VIEIRA DOS SANTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de Ananindeua

Número do processo: 0809816-56.2021.8.14.0006 Participação: AUTOR Nome: SILVANA DOS SANTOS


NASCIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE MESQUITA DE MEDEIROS BRANCO
OAB: 005944/PA Participação: REU Nome: BANCO ITAÚ CONSIGNADO S/A

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ANANINDEUA

Rua Suely Cruz e Silva, 1989, esquina da Av. Cláudio Sanders (antiga estrada do Maguari)
CEP: 67.143.010/Telefone/Fax: (091) 3250.1082 - E-mail: 3vjecivelananindeua@tjpa.jus.br

Ação Declaratória de Inexistência de Débitos c/c Repetição do Indébito e Indenização por Danos Morais
(Processo nº 0809816-56.2021.8.14.0006)

Requerente: Silvana dos Santos Nascimento

Adv.: Dr. Alexandre Mesquita de Medeiros Branco - OAB/PA nº 5.944.

Requerido: Banco Itaú Consignado S.A.

Endereço: Centro Empresarial Itaú Conceição, Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, nº 100, Parque
Jabaquara, São Paulo/SP - CEP: 04.344-902.

1. Tutela de Urgência Antecipada: Denegada

2. Data da audiência por videoconferência: 23/03/2022, às 09h00min.

3. Link de acesso à audiência: será enviado para o e-mail cadastrado no processo.

Vistos, etc.,

O acesso ao Juizado Especial Cível, em primeiro grau, nos termos do disposto no art. 54 da Lei nº
9.099/95, independe do pagamento de custas iniciais devendo, assim, a presente causa ser processada
sem necessidade de realização de preparo.
803
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A sentença exarada em primeiro grau de jurisdição no microssistema dos Juizados Especiais Cíveis, por
sua vez, não condenará o vencido no pagamento de custas e honorários advocatícios, salvo nos casos de
litigância de má-fé (Lei n. 9.099/1995, art. 55, primeira parte).

A interposição de eventual recurso inominado contra a sentença que vier a ser exarada nos autos, no
entanto, dependerá da realização de preparo, salvo se a parte estiver sob os benefícios da assistência
judiciária gratuita, nos termos do art. 54, parágrafo único, da Lei nº 9.099/1995.

Haverá, ainda, condenação no pagamento de custas processuais se o recurso inominado eventualmente


interposto contra a sentença for improvido, desde que a parte não esteja acobertada pelos benefícios da
assistência judiciária gratuita (Lei nº 9.099/1995, art. 55, parte final).

Em face do esposado, o requerimento de concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita,


apresentado com a inicial, deve ser, desde logo, examinado.

A alegação de hipossuficiência apresentada por pessoa natural goza da presunção de veracidade, nos
termos do disposto no art. 99, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil.

Diante da presunção acima mencionada, defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita, já que a
requerente, segundo alega, não tem condições de arcar com as eventuais despesas vinculadas à causa
sem prejuízo do sustento próprio e de sua família.

Ultrapassada a questão vinculada à concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, deve-se
examinar se presentes estão na espécie os requisitos necessários à concessão da tutela de urgência
antecipada pretendida pela postulante.

SILVANA DOS SANTOS NASCIMENTO, já qualificada, intentou a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE DÉBITO, CUMULADA COM REPETIÇÃO DO INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS, com pedido de tutela de urgência antecipada, contra BANCO ITAÚ CONSIGNADO
S.A., já identificado, alegando, em síntese, que é titular de conta corrente n. 03123-9, agência 0040, da
instituição financeira acionada, bem como que o requerido realizou 02 (dois) descontos na conta de sua
titularidade, cada um no valor de R$ 164,80 (cento e sessenta e quatro reais e oito centavos), sob a
rubrica “parcela consignado”, nos dias 01/07/2021 e 05/07/2021, ambos não autorizados, uma vez que não
firmou qualquer contrato de empréstimo com o demandado, tampouco recebeu o importe proveniente da
suposta operação bancária.

A pleiteante, com base nas provas documentais que instruem a exordial, pugnou pela concessão de tutela
de urgência antecipada para alcançar a suspensão das cobranças, por quaisquer meios de comunicação,
inclusive SMS, e-mail o contato telefônico, bem como dos lançamentos ou descontos realizados em sua
conta bancária, que estão sendo contestados na presente ação.

A controvérsia existente entre as partes versa acerca de relação de consumo, já que de um lado se
tem a requerente assumindo a posição de consumidora e de outro o requerido ostentando a condição de
fornecedor de serviço, nos termos do disposto no art. 3º, parágrafo 2º, da Lei n. 8.078/1990, que possui a
seguinte dicção:

‘Art. 3º - Fornecedor é toda a pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem
como os entes despersonalizados que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
serviços’.

‘§2º - Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as
de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter
trabalhista’.
804
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A competência para apreciar e julgar as causas que versem acerca de relação de consumo deve ser
firmada pelo domicílio do consumidor.

A postulante, segundo se depreende da exordial, é residente e domiciliada neste Município, sendo,


portanto, este Juízo competente para apreciar e julgar a causa.

A concessão da tutela de urgência antecipada depende da demonstração da probabilidade do direito


postulado e da presença do risco de comprometimento da realização imediata ou futura deste em
decorrência da demora, nos termos do disposto no art. 300 da Lei de Regência.

Os documentos que instruem a exordial, no entanto, são insuficientes, pelo menos nessa fase de cognição
sumária, para evidenciar a presença dos requisitos necessários à concessão da tutela de urgência
antecipada pretendida, uma vez que o extrato bancário trazido aos autos com a inicial, emitido no dia
19/07/2021, demonstra que os descontos rivalizados foram de fato realizados, mas também revela ter
ocorrido dois depósitos de valores iguais aos debitados, efetivados nos dias 05/07/2021 e 07/07/2021,
gerando a compensação correspondente e descaracterizando o eventual prejuízo ou o dano alegado pela
requerente, além inexistirem nos autos qualquer indício de persistência das cobranças questionadas.

Desse modo, denego o pedido de tutela de urgência antecipada, nos termos da fundamentação.

Cite-se o requerido do inteiro teor da petição inicial, bem como para comparecer à audiência de
conciliação, que está pautada para o dia 23/03/2022 , às 09h00min, sob pena de revelia, com a
advertência de que o prazo para apresentação de contestação, que é de 15 (quinze) dias úteis, começará
a fluir da data daquela sessão, caso a tentativa de autocomposição da lide nela realizada resulte
infrutífera, sendo que em caso de inércia presumir-se-ão aceitos, como verdadeiros, os fatos articulados
por sua adversário (Lei nº 9.099/95, artigos 16 e 20, combinados com os artigos 334, 335, I, e 344, do
CPC).

O requerido fica, desde logo, advertido que poderá ser representado na audiência supracitada através de
preposto credenciado, munido de carta de preposição, com poderes para transigir, bem como fica
advertido de que a sua ausência injustificada à mencionada sessão ou a qualquer outra que vier a ser
designada importará na aplicação da pena de revelia, presumindo-se, assim, aceitos como verdadeiros, os
fatos contra si alegados pela parte contrária, o que ensejará o julgamento antecipado do mérito da lide (Lei
nº 9.099/1995, artigos 9º, parágrafo 4º, 18, parágrafo 1º, e 20).

A postulante, por sua vez, fica advertida de que a sua ausência injustificada na audiência de conciliação
ou a qualquer outra sessão importará na extinção do processo sem enfrentamento do mérito, com
condenação ao pagamento das custas processuais, tudo em conformidade com o art. 51, I, parágrafo 2º,
da Lei nº 9.099/1995.

Os litigantes devem cadastrar os seus e-mails na própria Secretaria Judicial ou através do Sistema PJE
para que possam receber o link de acesso à audiência de conciliação, que será realizada por meio de
videoconferência.

As partes, em prestígio ao princípio da cooperação, devem na própria audiência de conciliação se


manifestar se pretendem produzir prova pericial ou de natureza oral, consistente no depoimento pessoal
dos litigantes e na inquirição de testemunhas.

Havendo requerimento de prova pericial, o requerido deve apresentar os originais necessários à realização
do exame técnico, no prazo da contestação.

Em sendo requerido o depoimento pessoal das partes e a inquirição de testemunhas, o conciliador deve,
desde logo, marcar a data para a realização da audiência de instrução e julgamento.

Os litigantes, se for o caso, podem arrolar no máximo 03 (três) testemunhas para serem ouvidas na
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

audiência de instrução e julgamento, as quais devem comparecer em Juízo independentemente de


intimação (Lei n. 9.099/1995, art. 34).

Defiro o pedido de inversão do ônus da prova, já que na espécie caracterizada está a existência da
relação de consumo e a hipossuficiência econômica e técnica da pleiteante.

Esta decisão, por meio de cópia digitalizada, servirá como mandado.

Int.

Ananindeua, 13/08/2021.

IACY SALGADO VIEIRA DOS SANTOS


Juíza de Direito Titular da 3ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de Ananindeua

Número do processo: 0805358-93.2021.8.14.0006 Participação: AUTOR Nome: JOSE ALEX LEMOS


RAMOS Participação: ADVOGADO Nome: PAULO VITOR NEGRAO REIS OAB: 18417/PA Participação:
REQUERIDO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ANANINDEUA

Rua Suely Cruz e Silva, 1989, esquina da Av. Cláudio Sanders (antiga estrada do Maguari)
CEP: 67.143.010/Telefone/Fax: (091) 3250.1082 - E-mail: 3vjecivelananindeua@tjpa.jus.br

Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenização por Danos Morais (Processo nº 0805358-
93.2021.8.14.0006)

Requerente: José Alex Lemos Ramos

Adv.: Dr. Paulo Vitor Negrão Reis - OAB/PA nº 18.417

Requerida: Equatorial Pará Distribuidora de Energia S.A.

Vistos, etc.,

Dispenso o relatório, com fundamento no art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

DECIDO.

Tratam os autos de AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO, CUMULADA COM


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, com pedido de tutela de urgência antecipada, aforada
por JOSÉ ALEX LEMOS RAMOS contra EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A., já
identificados, onde o requerente alega, em síntese, que é titular da unidade consumidora nº 104350887,
bem como que esta permaneceu desligada por mais de 01 (um) ano e, ainda, que o respectivo imóvel foi
alugado em 2014, razão pela qual solicitou a religação de energia elétrica, mas nessa ocasião foi
surpreendido com a cobrança de várias faturas, totalizando a quantia de R$ 2.774,22 (dois mil, setecentos
e setenta e quatro reais e vinte e dois centavos), as quais foram contestadas administrativamente, além de
ser requerida inspeção no medidor, cujo laudo aponta defeito no equipamento, o que ocasionou a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

cessação da exigibilidade da dívida, mas esse suposto débito voltou a ser reclamado recentemente ao ser
novamente requerida a ativação da conta contrato.

Este Juízo, em decisão de saneamento, determinou que o requerente emendasse a inicial, declinando a
média de consumo da unidade consumidora, bem como promovendo a juntada de todas as faturas
contestadas e do histórico de consumo dos 12 (doze) meses anteriores ao período em discussão e, ainda,
do contrato de locação que teria sido celebrado à época da realização de inspeção do medidor e, por fim,
esclarecendo quem residia no imóvel nos interstícios de aferição de consumo rivalizados.

O requerente, em petição cadastrada sob o Id nº 27970150, não atendeu integralmente a decisão de


saneamento, uma vez que deixou de declinar a média de consumo da unidade consumidora, bem como
de apresentar o histórico de consumo e as faturas com vencimento nos dias 18/03/2021 e 26/02/2014,
como também de colacionar aos autos o contrato de locação celebrado à época da realização de inspeção
do medidor e, ainda, de informar quem residia no imóvel nos intervalos de aferição do consumo
questionados.

Não tendo o requerente, apesar de intimado, suprido integralmente a irregularidade apontada na decisão
de saneamento, a exordial deve ser indeferida.

Ante ao exposto, julgo extinto o presente processo sem resolução de mérito, com fundamento no art. 330,
IV, combinado com o art. 485, I, do Código de Processo Civil, nos termos da fundamentação.

Sem custas, já que essa despesa é incabível nos julgamentos de primeiro grau realizados no âmbito dos
Juizados Especiais Cíveis (Lei nº 9.099/95, art. 55).

Transitada em julgado a presente decisão, arquivem-se os autos.

P.R.I.

Ananindeua, 18/08/2021.

IACY SALGADO VIEIRA DOS SANTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de Ananindeua

Número do processo: 0805855-78.2019.8.14.0006 Participação: REQUERENTE Nome: MARIA HELENA


PEREIRA DE SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: NANCY EVELYN OVERAL OAB: 23483/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RANIER WILLIAM OVERAL OAB: 13942/PA Participação:
REQUERIDO Nome: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ Participação: ADVOGADO Nome:
BIANCA DE CASTRO BORDALO OAB: 26572/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ RONALDO
ALVES CUNHA registrado(a) civilmente como LUIZ RONALDO ALVES CUNHA OAB: 12202/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ANANINDEUA

Rua Suely Cruz e Silva, 1989, esquina da Av. Cláudio Sanders (antiga estrada do Maguari)
CEP: 67.143.010/Telefone/Fax: (091) 3250.1082 - E-mail: 3vjecivelananindeua@tjpa.jus.br
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais - Cumprimento de Sentença (Processo nº
0805855-78.2019.8.14.0006)

Requerente: Maria Helena Pereira de Sousa


Adv.: Dr. Ranier William Overal - OAB/PA n. 13.942
Adv.: Dra. Nancy Evelyn Overal - OAB/PA n. 23.483
Requerida: Companhia de Saneamento do Pará - COSANPA
Adv.: Dra. Bianca de Castro Bordalo - OAB/PA n. 26.572

Vistos, etc.,

Dispenso o relatório, com fundamento no art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

DECIDO.

Os litigantes conseguiram alcançar a pacificação do conflito que ensejou o ajuizamento da causa, já que
entabularam acordo na audiência de conciliação para encerrar a controvérsia aqui tratada.

A empresa requerida, usando da prerrogativa contida no art. 526 da Lei de Regência, depositou a quantia
acordada, isto é, a importância de R$ 3.000,00 (três mil reais), na subconta n. 2020022262.

A requerente, ciente da providência supracitada, requereu que o valor depositado seja transferido, através
de alvará judicial eletrônico, para a conta bancária de titularidade de sua patrona, mas silenciou se o
respectivo importe é suficiente para a satisfação da dívida reclamada.

Forçoso é concluir-se, diante do silêncio da requerente, que o valor depositado satisfaz integralmente o
débito vindicado.

Em face da quitação do débito reclamado, é de clareza solar que o presente incidente de cumprimento de
sentença, por força do adimplemento da obrigação, deve ser extinto.

Ante ao exposto, julgo extinto o presente incidente de cumprimento de sentença, com fundamento nos
artigos 523, 526, parágrafo 3º, e 924, II, da Lei de Regência.

Sem custas e arbitramento de verba honorária, já que essas despesas são incabíveis nos julgamentos de
primeiro grau realizados no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis (Lei nº 9.099/95, art. 55).

Expedido o alvará judicial, conforme autorizado no documento cadastrado sob o Id nº 27942132, e uma
vez transitada em julgado a presente decisão, arquivem-se os autos.

P.R.I.

Ananindeua, 17/08/2021.

IACY SALGADO VIEIRA DOS SANTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de Ananindeua

Número do processo: 0805855-78.2019.8.14.0006 Participação: REQUERENTE Nome: MARIA HELENA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PEREIRA DE SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: NANCY EVELYN OVERAL OAB: 23483/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RANIER WILLIAM OVERAL OAB: 13942/PA Participação:
REQUERIDO Nome: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ Participação: ADVOGADO Nome:
BIANCA DE CASTRO BORDALO OAB: 26572/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ RONALDO
ALVES CUNHA registrado(a) civilmente como LUIZ RONALDO ALVES CUNHA OAB: 12202/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ANANINDEUA

Rua Suely Cruz e Silva, 1989, esquina da Av. Cláudio Sanders (antiga estrada do Maguari)
CEP: 67.143.010/Telefone/Fax: (091) 3250.1082 - E-mail: 3vjecivelananindeua@tjpa.jus.br

Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais - Cumprimento de Sentença (Processo nº
0805855-78.2019.8.14.0006)

Requerente: Maria Helena Pereira de Sousa


Adv.: Dr. Ranier William Overal - OAB/PA n. 13.942
Adv.: Dra. Nancy Evelyn Overal - OAB/PA n. 23.483
Requerida: Companhia de Saneamento do Pará - COSANPA
Adv.: Dra. Bianca de Castro Bordalo - OAB/PA n. 26.572

Vistos, etc.,

Dispenso o relatório, com fundamento no art. 38 da Lei nº 9.099/1995.

DECIDO.

Os litigantes conseguiram alcançar a pacificação do conflito que ensejou o ajuizamento da causa, já que
entabularam acordo na audiência de conciliação para encerrar a controvérsia aqui tratada.

A empresa requerida, usando da prerrogativa contida no art. 526 da Lei de Regência, depositou a quantia
acordada, isto é, a importância de R$ 3.000,00 (três mil reais), na subconta n. 2020022262.

A requerente, ciente da providência supracitada, requereu que o valor depositado seja transferido, através
de alvará judicial eletrônico, para a conta bancária de titularidade de sua patrona, mas silenciou se o
respectivo importe é suficiente para a satisfação da dívida reclamada.

Forçoso é concluir-se, diante do silêncio da requerente, que o valor depositado satisfaz integralmente o
débito vindicado.

Em face da quitação do débito reclamado, é de clareza solar que o presente incidente de cumprimento de
sentença, por força do adimplemento da obrigação, deve ser extinto.

Ante ao exposto, julgo extinto o presente incidente de cumprimento de sentença, com fundamento nos
artigos 523, 526, parágrafo 3º, e 924, II, da Lei de Regência.

Sem custas e arbitramento de verba honorária, já que essas despesas são incabíveis nos julgamentos de
primeiro grau realizados no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis (Lei nº 9.099/95, art. 55).

Expedido o alvará judicial, conforme autorizado no documento cadastrado sob o Id nº 27942132, e uma
vez transitada em julgado a presente decisão, arquivem-se os autos.

P.R.I.
809
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ananindeua, 17/08/2021.

IACY SALGADO VIEIRA DOS SANTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de Ananindeua


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE ANANINDEUA

Número do processo: 0005527-25.2020.8.14.0952 Participação: REPRESENTANTE Nome: MINISTERIO


PUBLICO DO PARÁ Participação: AUTOR DO FATO Nome: JAQUELINE SOUZA DA SILVA Participação:
VÍTIMA Nome: EDUARDO SIDNEY FERREIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANA
CELIA PALHETA DE ANDRADE MAIA MONTEIRO OAB: 9594/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PROCESSO: 0005527-25.2020.8.14.0952

CLASSE: TERMO CIRCUNSTANCIADO (278)

AUTOR: Nome: MINISTERIO PUBLICO DO PARÁ


Endereço: desconhecido

RÉU: Nome: JAQUELINE SOUZA DA SILVA


Endereço: desconhecido

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002-DESPACHO.pdf Documento de Migração 21081111491300000000029374646

003-LAUDO.pdf Documento de Migração 21081111491400000000029374648

004-ENVIOAR-AR.pdf Documento de Migração 21081111491600000000029374649

005-PROCURACAO.pdf Documento de Migração 21081111491600000000029374651

006-CERTIDAO.pdf Documento de Migração 21081111491700000000029374652

Número do processo: 0809051-85.2021.8.14.0006 Participação: QUERELANTE Nome: KARLA


CRISTIANE FREIRE NEGREIROS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE BRUNO MODESTO ALVES
DE SOUSA OAB: 29268/PA Participação: QUERELADO Nome: MARIZETE MARTINS DA SILVA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
811
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PROCESSO: 0809051-85.2021.8.14.0006

CLASSE: CRIMES DE CALÚNIA, INJÚRIA E DIFAMAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO JUIZ SINGULAR


(288)

AUTOR: Nome: KARLA CRISTIANE FREIRE NEGREIROS


Endereço: Passagem Erasmo Braga, 52-B, Atalaia, ANANINDEUA - PA - CEP: 67013-889

RÉU: Nome: MARIZETE MARTINS DA SILVA


Endereço: Rua Mariano, 15, Bloco 1, Apto. 903, Castanheira, BELéM - PA - CEP: 66645-415

FINALIDADE:

Para ter acesso aos documentos do processo, basta acessar o link abaixo e informar a chave de acesso.

Link: http://pje-consultas.tjpa.jus.br/pje-1g-consultas/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?

CHAVES DE ACESSO:

Documentos associados ao processo

Título Tipo Chave de acesso**


Petição Inicial Petição Inicial 21070516254802200000027234782

01 - acao-penal-privada-calunia Petição 21070516254807000000027234786

04 - PROCURAÇÃO - KARLA NEGREIRO Procuração 21070516254854100000027234791

05 - Decisão 0825168-42.2021.8.14.0301 - GUARDA Documento de Comprovação 21070516254862400000027234795

06 - Sentença - acao cautelar - busca e apreesao Documento de Comprovação 21070516254868300000027234799

10 - DOCUMENTO DE INDENTIDADE MARIZETE Documento de Identificação 21070516254917100000027234807

Decisão Decisão 21070611595257600000027272395

Certidão Certidão 21070612341759300000027278866

Petição Petição 21071514460901400000027764830

pedido-prova-emprestada Petição 21071514460908000000027764831

Despacho Despacho 21071611444397200000027373694

Intimação Intimação 21071611444397200000027373694

Parecer Parecer 21072710575823700000028325644

Despacho Despacho 21081311240810200000028556966

MANDADO MANDADO 21081610183736200000029779549

Intimação Intimação 21081610183736200000029779549

MANDADO MANDADO 21081610342915700000029782606


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA VARA DO 2º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

Número do processo: 0805934-57.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


HORIZONTAL JARDINS MARSELHA Participação: ADVOGADO Nome: EDINALDO ARAUJO DA SILVA
JUNIOR OAB: 26246/PA Participação: EXECUTADO Nome: GERCIOLICIO ALVES BARBOSA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0805934-57.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO HORIZONTAL JARDINS MARSELHA


Endereço: Avenida Atheon Santana, 05, CONDOMÍNIO HORIZONTAL JARDINS MARSELHA,
Reserva Jardins, MARITUBA - PA - CEP: 67200-000

EXECUTADO: GERCIOLICIO ALVES BARBOSA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO HORIZONTAL JARDINS MARSELHA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: GERCIOLICIO ALVES BARBOSA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803014-13.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


VIVER ANANINDEUA Participação: ADVOGADO Nome: NOEBIA NASCIMENTO SILVA OAB: 20590-
B/PA Participação: EXECUTADO Nome: Roberta Alexandra Santos da Silva

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803014-13.2019.8.14.0006 (PJe).


814
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nome: CONDOMINIO VIVER ANANINDEUA


Endereço: Rua Cláudio Sanders, 727, CONDOMINIO VIVER ANANINDEUA, Centro, ANANINDEUA -
PA - CEP: 67030-325

EXECUTADO: ROBERTA ALEXANDRA SANTOS DA SILVA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO VIVER ANANINDEUA, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: ROBERTA ALEXANDRA SANTOS DA SILVA, para o
regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803846-46.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: SUELLEN CRISTINA GOMES DA SILVA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803846-46.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: SUELLEN CRISTINA GOMES DA SILVA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

atualizar o endereço da parte EXECUTADO: SUELLEN CRISTINA GOMES DA SILVA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0802919-80.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: DAIANE DA SILVA VIEIRA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0802919-80.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: DAIANE DA SILVA VIEIRA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: DAIANE DA SILVA VIEIRA, para o regular prosseguimento
do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803580-59.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

RESIDENCIAL JARDIM INDEPENDENCIA Participação: ADVOGADO Nome: EDERSON DA SILVA DOS


REIS OAB: 23277/PA Participação: EXECUTADO Nome: LIDIA MARIA FREIRE DE AMORIM

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803580-59.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO RESIDENCIAL JARDIM INDEPENDENCIA


Endereço: Avenida Governador Hélio da Mota Gueiros, 48, 48, Quarenta Horas (Coqueiro),
ANANINDEUA - PA - CEP: 67120-942

EXECUTADO: LIDIA MARIA FREIRE DE AMORIM

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO RESIDENCIAL JARDIM INDEPENDENCIA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: LIDIA MARIA FREIRE DE AMORIM, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0804117-89.2018.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: TADEU GOMES


DO ESPIRITO SANTO Participação: ADVOGADO Nome: ELVES DE FREITAS OAB: 7230/PA
Participação: EXECUTADO Nome: MIRANDA'S IMOVEIS & CONSTRUCAO CIVIL LTDA - ME

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0804117-89.2018.8.14.0006 (PJe).

Nome: TADEU GOMES DO ESPIRITO SANTO


Endereço: Travessa WE-68, 972, (Cidade Nova VI), Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP: 67140-
100
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

EXECUTADO: MIRANDA'S IMOVEIS & CONSTRUCAO CIVIL LTDA - ME

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: TADEU GOMES DO ESPIRITO SANTO, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: MIRANDA'S IMOVEIS & CONSTRUCAO CIVIL LTDA - ME,
para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803500-95.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: BRENDA LETICIA GONCALVES DOS SANTOS

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803500-95.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: BRENDA LETICIA GONCALVES DOS SANTOS

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: BRENDA LETICIA GONCALVES DOS SANTOS, para o
regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0804018-85.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


MORADAS CLUB ILHAS DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL
MONTEIRO OAB: 16941/PA Participação: EXECUTADO Nome: ALEX TRINDADE BARBOSA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0804018-85.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO MORADAS CLUB ILHAS DO PARA


Endereço: Avenida Ananin, S/N, Condomínio Moradas Club Ilhas do Pará, Centro, ANANINDEUA -
PA - CEP: 67030-900

EXECUTADO: ALEX TRINDADE BARBOSA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO MORADAS CLUB ILHAS DO PARA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: ALEX TRINDADE BARBOSA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803034-04.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: SAMARA SILVA DE MIRANDA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803034-04.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: SAMARA SILVA DE MIRANDA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: SAMARA SILVA DE MIRANDA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0802922-35.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: GENILCE ALEIXO FLEXA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0802922-35.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: GENILCE ALEIXO FLEXA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: GENILCE ALEIXO FLEXA, para o regular prosseguimento
do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0802008-39.2017.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


IDEAL SAMAMBAIA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ROBERTO SILVEIRA DA SILVA OAB:
17351/PA Participação: EXECUTADO Nome: MARIA RAIMUNDA DA SILVA BRITO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0802008-39.2017.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA


Endereço: Estrada do Quarenta Horas, 100, Quarenta Horas (Coqueiro), ANANINDEUA - PA - CEP:
67120-370

EXECUTADO: MARIA RAIMUNDA DA SILVA BRITO

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA, através de seu patrono legalmente constituído,
a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: MARIA RAIMUNDA DA SILVA BRITO, para o regular prosseguimento
do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria
821
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0803066-09.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


VIVER ANANINDEUA Participação: ADVOGADO Nome: NOEBIA NASCIMENTO SILVA OAB: 20590-
B/PA Participação: EXECUTADO Nome: JURANDIR SILVA DE SOUZA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803066-09.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO VIVER ANANINDEUA


Endereço: Rua Cláudio Sanders, 727, CONDOMINIO VIVER ANANINDEUA, Centro, ANANINDEUA -
PA - CEP: 67030-325

EXECUTADO: JURANDIR SILVA DE SOUZA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO VIVER ANANINDEUA, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: JURANDIR SILVA DE SOUZA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0814171-17.2018.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO FIT COQUEIRO II Participação: ADVOGADO Nome: ALLANA PATRICIA DE AZEVEDO
PEREIRA OAB: 26303/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CLAUDIO CARNEIRO ALVES
registrado(a) civilmente como JOSE CLAUDIO CARNEIRO ALVES OAB: 005819/PA Participação:
ADVOGADO Nome: FLAVIO KAIO RIBEIRO ARAGAO OAB: 22443/PA Participação: EXECUTADO
Nome: VALDECY DO SOCORRO DA SILVA TEIXEIRA Participação: EXECUTADO Nome:
CONSTRUTORA TENDA S/A

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
822
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0814171-17.2018.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO FIT COQUEIRO II


Endereço: Rodovia do Mário Covas, KM 2, FIT COQUEIRO II - TORRE A - 405, Coqueiro,
ANANINDEUA - PA - CEP: 67115-000

EXECUTADO: VALDECY DO SOCORRO DA SILVA TEIXEIRA, CONSTRUTORA TENDA S/A

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO DO EDIFICIO FIT COQUEIRO II, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: VALDECY DO SOCORRO DA SILVA TEIXEIRA,
CONSTRUTORA TENDA S/A, para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0800109-59.2015.8.14.0302 Participação: RECLAMANTE Nome: PAULO CORREA


FILGUEIRAS Participação: ADVOGADO Nome: FABIO FALCAO CHAVES OAB: 20.146/PA Participação:
RECLAMADO Nome: CENTAURO VIDA E PREVIDENCIA S/A Participação: ADVOGADO Nome: LUANA
SILVA SANTOS OAB: 16292/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARILIA DIAS ANDRADE
registrado(a) civilmente como MARILIA DIAS ANDRADE OAB: 14351/PA

Processo nº 0800109-59.2015.8.14.0302

DESPACHO

Vistos.

1. Verifico que o instrumento de procuração juntado no ID 4118 foi outorgado ao advogado, Agostinho
Monteiro Junior, e que, apesar do advogado que subscreve a petição de ID 31589244 ter acompanhado o
Autor na audiência Una(ID 26312), isso não lhe confere poderes especiais para receber e dar quitação
pelo Autor.

2. Em razão disso, INTIME-SE a parte Autora para, querendo, juntar aos autos procuração com aqueles
poderes especiais. Apresentada tal procuração, EXPEÇA-SE alvará, nos termos requeridos(ID 31589244).
Caso não seja apresentada, EXPEÇA-SE alvará em nome da parte Autora.

3. Após, ARQUIVE-SE com as devidas cautelas.


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4. Int. Dil.

Ananindeua, assinado digitalmente na data abaixo indicada.

VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ

Juíza de Direito

Número do processo: 0810505-42.2017.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: CARLOS


ALBERTO DIAS CHAGAS JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: REBECA ELLEN ARAUJO GENU
OAB: 24700/PA Participação: RECLAMADO Nome: BELLA CASA MODULARE LTDA - ME Participação:
RECLAMADO Nome: CARLOS EDUARDO DE JESUS CAETANO COSTA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0810505-42.2017.8.14.0006 (PJe).

Nome: CARLOS ALBERTO DIAS CHAGAS JUNIOR


Endereço: Travessa WE-39 A, 100, BLOCO B APTO 402, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67133-720

RECLAMADO: BELLA CASA MODULARE LTDA - ME, CARLOS EDUARDO DE JESUS CAETANO
COSTA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte RECLAMANTE: CARLOS ALBERTO DIAS CHAGAS JUNIOR, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre o Aviso de Recebimento de ID retro, devendo atualizar o endereço da
parte RECLAMADO: BELLA CASA MODULARE LTDA - ME, CARLOS EDUARDO DE JESUS
CAETANO COSTA, para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria
824
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0802824-50.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


IDEAL SAMAMBAIA Participação: ADVOGADO Nome: LUISA THAIS ROSA DE SOUZA OAB: 927/PA
Participação: ADVOGADO Nome: FABRICIO ROBERTO DE PAULA OAB: 21291/PA Participação:
EXECUTADO Nome: SURAMA RAYSSA COSTA DE QUEIROZ

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0802824-50.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA


Endereço: Estrada do Quarenta Horas, 100, Quarenta Horas (Coqueiro), ANANINDEUA - PA - CEP:
67120-370

EXECUTADO: SURAMA RAYSSA COSTA DE QUEIROZ

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA, através de seu patrono legalmente constituído,
a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: SURAMA RAYSSA COSTA DE QUEIROZ, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0805685-43.2018.8.14.0006 Participação: REQUERENTE Nome: CELINALDO


CORREA PUREZA Participação: ADVOGADO Nome: RAIMUNDO BESSA JUNIOR OAB: 11163/PA
Participação: REQUERIDO Nome: ANA CRISTINA ALBUQUERQUE

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0805685-43.2018.8.14.0006 (PJe).

Nome: CELINALDO CORREA PUREZA


Endereço: Avenida Arterial A-4, 74, (C Nova V), Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP: 67133-040
825
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REQUERIDO: ANA CRISTINA ALBUQUERQUE

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte REQUERENTE: CELINALDO CORREA PUREZA, através de seu patrono legalmente constituído, a
se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte REQUERIDO: ANA CRISTINA ALBUQUERQUE, para o regular prosseguimento do
feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0805902-52.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


HORIZONTAL JARDINS MARSELHA Participação: ADVOGADO Nome: EDINALDO ARAUJO DA SILVA
JUNIOR OAB: 26246/PA Participação: EXECUTADO Nome: CARLOS TARCIO ANDRE DA SILVA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0805902-52.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO HORIZONTAL JARDINS MARSELHA


Endereço: Avenida Atheon Santana, 05, CONDOMÍNIO HORIZONTAL JARDINS MARSELHA,
Reserva Jardins, MARITUBA - PA - CEP: 67200-000

EXECUTADO: CARLOS TARCIO ANDRE DA SILVA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO HORIZONTAL JARDINS MARSELHA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID
19214461, devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: CARLOS TARCIO ANDRE DA SILVA,
para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
826
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0802861-77.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


IDEAL SAMAMBAIA Participação: ADVOGADO Nome: LUISA THAIS ROSA DE SOUZA OAB: 927/PA
Participação: ADVOGADO Nome: FABRICIO ROBERTO DE PAULA OAB: 21291/PA Participação:
EXECUTADO Nome: GLEICE CRISTINA AMORAS DA SILVA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0802861-77.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA


Endereço: Estrada do Quarenta Horas, 100, Quarenta Horas (Coqueiro), ANANINDEUA - PA - CEP:
67120-370

EXECUTADO: GLEICE CRISTINA AMORAS DA SILVA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA, através de seu patrono legalmente constituído,
a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: GLEICE CRISTINA AMORAS DA SILVA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0802869-54.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


IDEAL SAMAMBAIA Participação: ADVOGADO Nome: LUISA THAIS ROSA DE SOUZA OAB: 927/PA
Participação: ADVOGADO Nome: FABRICIO ROBERTO DE PAULA OAB: 21291/PA Participação:
827
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EXECUTADO Nome: DOLORES ROSA DOS SANTOS

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0802869-54.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA


Endereço: Estrada do Quarenta Horas, 100, Quarenta Horas (Coqueiro), ANANINDEUA - PA - CEP:
67120-370

EXECUTADO: DOLORES ROSA DOS SANTOS

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA, através de seu patrono legalmente constituído,
a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: DOLORES ROSA DOS SANTOS, para o regular prosseguimento do
feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803824-85.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: QUEIROZ BESSA &


CIA LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: REGINA REIS DE OLIVEIRA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803824-85.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: QUEIROZ BESSA & CIA LTDA - ME


Endereço: Passagem Santa Inês, 03, BR-316, KM 01, Atalaia, ANANINDEUA - PA - CEP: 67013-550

EXECUTADO: REGINA REIS DE OLIVEIRA


828
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: QUEIROZ BESSA & CIA LTDA - ME, através de seu patrono legalmente constituído,
a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: REGINA REIS DE OLIVEIRA, para o regular prosseguimento do feito
no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0804007-56.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


MORADAS CLUB ILHAS DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL
MONTEIRO OAB: 16941/PA Participação: EXECUTADO Nome: OLIANO GONCALVES DA SILVA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0804007-56.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO MORADAS CLUB ILHAS DO PARA


Endereço: Avenida Ananin, S/N, Condomínio Moradas Club Ilhas do Pará, Centro, ANANINDEUA -
PA - CEP: 67030-900

EXECUTADO: OLIANO GONCALVES DA SILVA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO MORADAS CLUB ILHAS DO PARA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: OLIANO GONCALVES DA SILVA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria
829
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0802974-31.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: LUIS CLAUDIO MORAES GARCIA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0802974-31.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: LUIS CLAUDIO MORAES GARCIA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: LUIS CLAUDIO MORAES GARCIA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803585-81.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL JARDIM INDEPENDENCIA Participação: ADVOGADO Nome: EDERSON DA SILVA DOS
REIS OAB: 23277/PA Participação: EXECUTADO Nome: MARION GOMES DE MORAES MARTINS

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803585-81.2019.8.14.0006 (PJe).


830
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nome: CONDOMINIO RESIDENCIAL JARDIM INDEPENDENCIA


Endereço: Avenida Governador Hélio da Mota Gueiros, 48, 48, Quarenta Horas (Coqueiro),
ANANINDEUA - PA - CEP: 67120-942

EXECUTADO: MARION GOMES DE MORAES MARTINS

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO RESIDENCIAL JARDIM INDEPENDENCIA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0814184-16.2018.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO FIT COQUEIRO II Participação: ADVOGADO Nome: ALLANA PATRICIA DE AZEVEDO
PEREIRA OAB: 26303/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CLAUDIO CARNEIRO ALVES
registrado(a) civilmente como JOSE CLAUDIO CARNEIRO ALVES OAB: 005819/PA Participação:
ADVOGADO Nome: FLAVIO KAIO RIBEIRO ARAGAO OAB: 22443/PA Participação: EXECUTADO
Nome: ROSANGELA DA MOTA TAVARES

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0814184-16.2018.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO FIT COQUEIRO II


Endereço: Rodovia do Mário Covas, KM 2, FIT COQUEIRO II - TORRE A - 405, Coqueiro,
ANANINDEUA - PA - CEP: 67115-000

EXECUTADO: ROSANGELA DA MOTA TAVARES

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
831
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

parte EXEQUENTE: CONDOMINIO DO EDIFICIO FIT COQUEIRO II, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: ROSANGELA DA MOTA TAVARES, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803845-61.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: KESIA MILLENA DE SOUSA AMINTAS

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803845-61.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: KESIA MILLENA DE SOUSA AMINTAS

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: KESIA MILLENA DE SOUSA AMINTAS, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria
832
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0803395-21.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: RUDSON SOUZA CARVALHO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803395-21.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: RUDSON SOUZA CARVALHO

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: RUDSON SOUZA CARVALHO, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0801366-61.2020.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: LOJA DAS


MANGUEIRAS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ELTONIO ARAUJO GONCALVES OAB:
15540/PA Participação: RECLAMADO Nome: EDSON DO AMARAL MEDEIROS

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0801366-61.2020.8.14.0006 (PJe).

Nome: LOJA DAS MANGUEIRAS LTDA


Endereço: Travessa WE-72, 429, (Cidade Nova VI) ARTERIAL 18, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA -
CEP: 67140-000
833
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

RECLAMADO: EDSON DO AMARAL MEDEIROS

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte RECLAMANTE: LOJA DAS MANGUEIRAS LTDA, através de seu patrono legalmente constituído, a
se manifestar sobre o Aviso de Recebimento de ID retro, devendo atualizar o endereço da parte
RECLAMADO: EDSON DO AMARAL MEDEIROS, para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05
(cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0805918-06.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: SIMONE MOREIRA DA SILVA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0805918-06.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: SIMONE MOREIRA DA SILVA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: SIMONE MOREIRA DA SILVA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
834
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803844-76.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: CILENE BELEM BATISTA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803844-76.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: CILENE BELEM BATISTA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: CILENE BELEM BATISTA, para o regular prosseguimento
do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803329-41.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: MARILENE CRISTINA PINHEIRO FERREIRA

PODER JUDICIÁRIO
835
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803329-41.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: MARILENE CRISTINA PINHEIRO FERREIRA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: MARILENE CRISTINA PINHEIRO FERREIRA, para o
regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803496-58.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: JOSEMARY MIRANDA NOBRE

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803496-58.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: JOSEMARY MIRANDA NOBRE


836
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: JOSEMARY MIRANDA NOBRE, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0802865-17.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


IDEAL SAMAMBAIA Participação: ADVOGADO Nome: LUISA THAIS ROSA DE SOUZA OAB: 927/PA
Participação: ADVOGADO Nome: FABRICIO ROBERTO DE PAULA OAB: 21291/PA Participação:
EXECUTADO Nome: ANDRE RAIMUNDO BENTES FERREIRA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0802865-17.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA


Endereço: Estrada do Quarenta Horas, 100, Quarenta Horas (Coqueiro), ANANINDEUA - PA - CEP:
67120-370

EXECUTADO: ANDRE RAIMUNDO BENTES FERREIRA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA, através de seu patrono legalmente constituído,
a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: ANDRE RAIMUNDO BENTES FERREIRA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER


837
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0804499-48.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: EDSON ITAMAR


BARRADAS DA SILVA Participação: EXECUTADO Nome: JUREMA DE JESUS LIMA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0804499-48.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: EDSON ITAMAR BARRADAS DA SILVA


Endereço: Avenida Ananin, s/n, cs 49, Cond Ilhas do Pará, Centro, ANANINDEUA - PA - CEP: 67030-
900

EXECUTADO: JUREMA DE JESUS LIMA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: EDSON ITAMAR BARRADAS DA SILVA, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: JUREMA DE JESUS LIMA, para o regular prosseguimento
do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0809857-91.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL PAULO FONTELES II Participação: ADVOGADO Nome: LUISA THAIS ROSA DE SOUZA
OAB: 927/PA Participação: ADVOGADO Nome: FABRICIO ROBERTO DE PAULA OAB: 21291/PA
Participação: EXECUTADO Nome: FERNANDA LYSS DA COSTA LOPES MACIEL

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO
838
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo N° 0809857-91.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO RESIDENCIAL PAULO FONTELES II


Endereço: Rua Júlio Cordeiro, 589, Águas Brancas, ANANINDEUA - PA - CEP: 67033-210

EXECUTADO: FERNANDA LYSS DA COSTA LOPES MACIEL

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO RESIDENCIAL PAULO FONTELES II, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: FERNANDA LYSS DA COSTA LOPES MACIEL,
para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0000856-35.2010.8.14.0943 Participação: EXEQUENTE Nome: CARLOS ALBERTO


DA SILVA RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: SILVIA SANTOS DE LIMA OAB: 15741/PA
Participação: EXECUTADO Nome: UNIVERSO ON LINE S.A. Participação: ADVOGADO Nome: ALEX
BACELAR SALES OAB: 5867/PA

Processo nº 0000856-35.2010.8.14.0943

SENTENÇA

Vistos etc.

Sem relatório (art. 38, da LJECC).

DECIDO.

Havendo a anuência do Exequente quanto aos valores depositados conforme petição de ID – 29122341,
EXPEÇA-SE ALVARÁ, em nome do patrono, considerando os poderes para receber constantes da
procuração no ID 10013415. Autorizo desde logo a transferência para a conta informada, em virtude da
pandemia de COVID.

Assim sendo, com fulcro no art. 924, II, do CPC, JULGO EXTINTA, a presente execução, com resolução
de mérito.

Ao fim, arquivem-se os autos com as cautelas necessárias.


839
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Sem custas e honorários advocatícios (arts. 54 e 55, LJE).

P.R.I.C.

Ananindeua, assinado digitalmente na data abaixo indicada.

VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ

Juíza de Direito

Número do processo: 0803879-02.2020.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


MORADAS CLUB RIOS DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL
MONTEIRO OAB: 16941/PA Participação: EXECUTADO Nome: ANTONIO VITOR SOUZA DE OLIVEIRA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803879-02.2020.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO MORADAS CLUB RIOS DO PARA


Endereço: Avenida Ananin, 02, Rodovia BR 316 KM 07, Centro, ANANINDEUA - PA - CEP: 67030-900

EXECUTADO: ANTONIO VITOR SOUZA DE OLIVEIRA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO MORADAS CLUB RIOS DO PARA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo indicar bens da parte EXECUTADO: ANTONIO VITOR SOUZA DE OLIVEIRA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0812533-12.2019.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: CONDOMINIO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

MORADAS CLUB ILHAS DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL
MONTEIRO OAB: 16941/PA Participação: RECLAMADO Nome: ISMAEL FREITAS EVANGELISTA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0812533-12.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO MORADAS CLUB ILHAS DO PARA


Endereço: Avenida Ananin, S/N, Condomínio Moradas Club Ilhas do Pará, Centro, ANANINDEUA -
PA - CEP: 67030-900

RECLAMADO: ISMAEL FREITAS EVANGELISTA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte RECLAMANTE: CONDOMINIO MORADAS CLUB ILHAS DO PARA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre o Aviso de Recebimento de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte RECLAMADO: ISMAEL FREITAS EVANGELISTA, para o regular prosseguimento do
feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0801931-25.2020.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: LOJA DAS


MANGUEIRAS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ELTONIO ARAUJO GONCALVES OAB:
15540/PA Participação: RECLAMADO Nome: LUCIVALDO RODRIGUES DA COSTA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0801931-25.2020.8.14.0006 (PJe).

Nome: LOJA DAS MANGUEIRAS LTDA


Endereço: Travessa WE-72, 429, (Cidade Nova VI) ARTERIAL 18, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA -
CEP: 67140-000
841
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

RECLAMADO: LUCIVALDO RODRIGUES DA COSTA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte RECLAMANTE: LOJA DAS MANGUEIRAS LTDA, através de seu patrono legalmente constituído, a
se manifestar sobre o Aviso de Recebimento de ID retro, devendo atualizar o endereço da parte
RECLAMADO: LUCIVALDO RODRIGUES DA COSTA, para o regular prosseguimento do feito no prazo
de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0801730-33.2020.8.14.0006 Participação: AUTOR Nome: ANGELIM COMERCIO,


EXPORTACAO E SERVICOS DE MADEIRA LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: WILSON
ALCANTARA DE OLIVEIRA NETO OAB: 12019/PA Participação: REU Nome: MIGUEL ALVES DE
SOUZA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0801730-33.2020.8.14.0006 (PJe).

Nome: ANGELIM COMERCIO, EXPORTACAO E SERVICOS DE MADEIRA LTDA - ME


Endereço: Av. da Republica, 1544, Centro, SANTA ISABEL DO PARá - PA - CEP: 68790-000

REU: MIGUEL ALVES DE SOUZA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte AUTOR: ANGELIM COMERCIO, EXPORTACAO E SERVICOS DE MADEIRA LTDA - ME, através
de seu patrono legalmente constituído, a se manifestar sobre o Aviso de Recebimento de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte REU: MIGUEL ALVES DE SOUZA, para o regular prosseguimento
do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.


842
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803634-25.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


BOSQUE VILLE Participação: ADVOGADO Nome: INGRID SYADE OAB: 23450/PA Participação:
EXECUTADO Nome: ANA CLAUDIA PINHEIRO GONSAGA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803634-25.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO BOSQUE VILLE


Endereço: Passagem São Jorge, 49, (Rod do Coqueiro) - de 46/47 ao fim, Coqueiro, ANANINDEUA -
PA - CEP: 67113-355

EXECUTADO: ANA CLAUDIA PINHEIRO GONSAGA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO BOSQUE VILLE, através de seu patrono legalmente constituído, a se
manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o endereço
da parte EXECUTADO: ANA CLAUDIA PINHEIRO GONSAGA, para o regular prosseguimento do feito no
prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803567-60.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL JARDIM INDEPENDENCIA Participação: ADVOGADO Nome: EDERSON DA SILVA DOS
REIS OAB: 23277/PA Participação: EXECUTADO Nome: ALAN PINHO BARBOSA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
843
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803567-60.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO RESIDENCIAL JARDIM INDEPENDENCIA


Endereço: Avenida Governador Hélio da Mota Gueiros, 48, 48, Quarenta Horas (Coqueiro),
ANANINDEUA - PA - CEP: 67120-942

EXECUTADO: ALAN PINHO BARBOSA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO RESIDENCIAL JARDIM INDEPENDENCIA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: ALAN PINHO BARBOSA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0814980-70.2019.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: ANTONIA LILIANE


PIRES QUERIDO Participação: ADVOGADO Nome: JANIO SOUZA NASCIMENTO OAB: 5157/PA
Participação: RECLAMANTE Nome: RECIPLAST COMERCIO DE RESIDUOS PLASTICOS LTDA - EPP
Participação: ADVOGADO Nome: JANIO SOUZA NASCIMENTO OAB: 5157/PA Participação:
RECLAMADO Nome: YAH TELECOMUNICACOES LTDA.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0814980-70.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: ANTONIA LILIANE PIRES QUERIDO


Endereço: Estrada Santana do Aurá, 1301, Águas Lindas, ANANINDEUA - PA - CEP: 67020-590
Nome: RECIPLAST COMERCIO DE RESIDUOS PLASTICOS LTDA - EPP
Endereço: Estrada Santana do Aurá, 1301, Águas Lindas, ANANINDEUA - PA - CEP: 67020-590

RECLAMADO: YAH TELECOMUNICACOES LTDA.


844
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte RECLAMANTE: ANTONIA LILIANE PIRES QUERIDO, RECIPLAST COMERCIO DE RESIDUOS
PLASTICOS LTDA - EPP, através de seu patrono legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão
do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o endereço da parte RECLAMADO:
YAH TELECOMUNICACOES LTDA., para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0809057-97.2018.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


JARDINS COIMBRA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL NORONHA NOGUEIRA OAB: 27679/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RAISSA SOARES QUARESMA OAB: 25201/PA Participação:
ADVOGADO Nome: FABIO BASTOS MAGNO registrado(a) civilmente como FABIO BASTOS MAGNO
OAB: 21190/PA Participação: EXECUTADO Nome: ALOISIO PEDRO COELHO DE SANTANA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0809057-97.2018.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO JARDINS COIMBRA


Endereço: Avenida Atheon Santana, 05, Jardins Coimbra, MARITUBA - PA - CEP: 67200-000

EXECUTADO: ALOISIO PEDRO COELHO DE SANTANA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO JARDINS COIMBRA, através de seu patrono legalmente constituído,
a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: ALOISIO PEDRO COELHO DE SANTANA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER


845
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803235-93.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


CIDADE JARDIM Participação: ADVOGADO Nome: ELAINE ALBUQUERQUE FRANCO OAB: 9077/PA
Participação: EXECUTADO Nome: SULMERCO SERVICOS ESPECIAIS EIRELI - ME

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803235-93.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO CIDADE JARDIM


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, 5955, - do km 3,751 ao km 8,000, Parque Verde, BELéM -
PA - CEP: 66635-110

EXECUTADO: SULMERCO SERVICOS ESPECIAIS EIRELI - ME

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO CIDADE JARDIM, através de seu patrono legalmente constituído, a
se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: SULMERCO SERVICOS ESPECIAIS EIRELI - ME, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803497-43.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: FILIPE RAFAEL MATOS BARBOSA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO
846
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo N° 0803497-43.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: FILIPE RAFAEL MATOS BARBOSA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: FILIPE RAFAEL MATOS BARBOSA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803435-03.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


RESIDENCIAL ITAPERUNA Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO MARTINS MAIA OAB:
016818/PA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO KAIO RIBEIRO ARAGAO OAB: 22443/PA
Participação: EXECUTADO Nome: SIDNEI FLORES BRAGA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803435-03.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO DO RESIDENCIAL ITAPERUNA


Endereço: Estrada Santana do Aurá, 420, Águas Lindas, ANANINDEUA - PA - CEP: 67020-590

EXECUTADO: SIDNEI FLORES BRAGA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
847
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO DO RESIDENCIAL ITAPERUNA, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: SIDNEI FLORES BRAGA, para o regular prosseguimento do
feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803549-39.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: IZETY MAGALHAES MAGNO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803549-39.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: IZETY MAGALHAES MAGNO

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: IZETY MAGALHAES MAGNO, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria
848
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0802981-23.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: PATRICIA RIBEIRO ALBUQUERQUE

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0802981-23.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: PATRICIA RIBEIRO ALBUQUERQUE

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: PATRICIA RIBEIRO ALBUQUERQUE, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803222-94.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO NEO


FIORI Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO ALVES E SILVA OAB: 21455/PA Participação:
EXECUTADO Nome: LILIAN QUINTINO SALDANHA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803222-94.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO NEO FIORI


849
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Endereço: Rodovia do Mário Covas, 200, - do km 1,101 ao km 2,400, Coqueiro, ANANINDEUA - PA -


CEP: 67113-330

EXECUTADO: LILIAN QUINTINO SALDANHA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO NEO FIORI, através de seu patrono legalmente constituído, a se
manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o endereço
da parte EXECUTADO: LILIAN QUINTINO SALDANHA, para o regular prosseguimento do feito no prazo
de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0803498-28.2019.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: V. L. CAVALCANTE


QUEIROZ - EPP Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO
OAB: 27937/PA Participação: EXECUTADO Nome: EDNALDO TRINDADE BARATA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0803498-28.2019.8.14.0006 (PJe).

Nome: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP


Endereço: Artéria A-18, 712, salas 03, 04, 05, 06, 07, 08, Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP:
67140-490

EXECUTADO: EDNALDO TRINDADE BARATA

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: EDNALDO TRINDADE BARATA, para o regular
850
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria

Número do processo: 0814234-42.2018.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL SOLAR DO COQUEIRO Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ROBERTO
SILVEIRA DA SILVA OAB: 17351/PA Participação: ADVOGADO Nome: MONIQUE LIMA GUEDES OAB:
25179/PA Participação: EXECUTADO Nome: INGRID JANAINA MELO DA CRUZ

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Processo N° 0814234-42.2018.8.14.0006 (PJe).

Nome: CONDOMINIO RESIDENCIAL SOLAR DO COQUEIRO


Endereço: Estrada do Quarenta Horas, 385, Quarenta Horas (Coqueiro), ANANINDEUA - PA - CEP:
67120-370

EXECUTADO: INGRID JANAINA MELO DA CRUZ

De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO RESIDENCIAL SOLAR DO COQUEIRO, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: INGRID JANAINA MELO DA CRUZ, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.

Ananindeua/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLA FABIANA CORREA REUTER

Diretora de Secretaria
851
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE MARITUBA

Número do processo: 0801333-44.2021.8.14.0133 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


MIRITI INTERNACIONAL GOLFE MARINA Participação: ADVOGADO Nome: EVALDO PINTO OAB:
2816/PA Participação: EXECUTADO Nome: Armindo Luiz Baretta

PROCESSO 0801333-44.2021.8.14.0133

DESPACHO

R.H.

Defiro o pedido de execução.

Cite-se o executado para pagamento do débito no prazo de 03 dias, sob pena de penhora de
tantos bens quantos bastem para a satisfação do crédito, na forma do art. 829 e §§ do CPC/15.

Realizada a penhora, fica o executado intimado para, querendo, opor embargos no prazo de 15
dias, na forma do art. 915 e seguintes do CPC/15.

Cumpra-se.

Marituba, 17 de agosto de 2021.

AGENOR CÁSSIO NASCIMENTO CORREIA DE ANDRADE

JUIZ DE DIREITO

Número do processo: 0800967-05.2021.8.14.0133 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


MIRITI INTERNACIONAL GOLFE MARINA Participação: ADVOGADO Nome: EVALDO PINTO OAB:
2816/PA Participação: EXECUTADO Nome: M E M OLIVEIRA - ME

PROCESSO 0800967-05.2021.8.14.0133

DESPACHO

R.H.

Defiro o pedido de execução.

Cite-se o executado para pagamento do débito no prazo de 03 dias, sob pena de penhora de
tantos bens quantos bastem para a satisfação do crédito, na forma do art. 829 e §§ do CPC/15.

Realizada a penhora, fica o executado intimado para, querendo, opor embargos no prazo de 15
dias, na forma do art. 915 e seguintes do CPC/15.

Cumpra-se.
852
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Marituba, 17 de agosto de 2021.

AGENOR CÁSSIO NASCIMENTO CORREIA DE ANDRADE

JUIZ DE DIREITO

Número do processo: 0801332-59.2021.8.14.0133 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


MIRITI INTERNACIONAL GOLFE MARINA Participação: ADVOGADO Nome: EVALDO PINTO OAB:
2816/PA Participação: EXECUTADO Nome: Chen Yanggen

PROCESSO 0801332-59.2021.8.14.0133

DESPACHO

R.H.

Defiro o pedido de execução.

Cite-se o executado para pagamento do débito no prazo de 03 dias, sob pena de penhora de
tantos bens quantos bastem para a satisfação do crédito, na forma do art. 829 e §§ do CPC/15.

Realizada a penhora, fica o executado intimado para, querendo, opor embargos no prazo de 15
dias, na forma do art. 915 e seguintes do CPC/15.

Cumpra-se.

Marituba, 17 de agosto de 2021.

AGENOR CÁSSIO NASCIMENTO CORREIA DE ANDRADE

JUIZ DE DIREITO

Número do processo: 0801329-07.2021.8.14.0133 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


MIRITI INTERNACIONAL GOLFE MARINA Participação: ADVOGADO Nome: EVALDO PINTO OAB:
2816/PA Participação: EXECUTADO Nome: FERNANDO MANUEL DE NORONHA TAVARES

PROCESSO 0801329-07.2021.8.14.0133

DESPACHO

R.H.

Defiro o pedido de execução.

Cite-se o executado para pagamento do débito no prazo de 03 dias, sob pena de penhora de
tantos bens quantos bastem para a satisfação do crédito, na forma do art. 829 e §§ do CPC/15.
853
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Realizada a penhora, fica o executado intimado para, querendo, opor embargos no prazo de 15
dias, na forma do art. 915 e seguintes do CPC/15.

Cumpra-se.

Marituba, 17 de agosto de 2021.

AGENOR CÁSSIO NASCIMENTO CORREIA DE ANDRADE

JUIZ DE DIREITO

Número do processo: 0801325-67.2021.8.14.0133 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


MIRITI INTERNACIONAL GOLFE MARINA Participação: ADVOGADO Nome: EVALDO PINTO OAB:
2816/PA Participação: EXECUTADO Nome: MAIOI BEGOT DE SOUZA OLIVEIRA GENOVESI

PROCESSO 0801325-67.2021.8.14.0133

DESPACHO

R.H.

Defiro o pedido de execução.

Cite-se o executado para pagamento do débito no prazo de 03 dias, sob pena de penhora de
tantos bens quantos bastem para a satisfação do crédito, na forma do art. 829 e §§ do CPC/15.

Realizada a penhora, fica o executado intimado para, querendo, opor embargos no prazo de 15
dias, na forma do art. 915 e seguintes do CPC/15.

Cumpra-se.

Marituba, 17 de agosto de 2021.

AGENOR CÁSSIO NASCIMENTO CORREIA DE ANDRADE

JUIZ DE DIREITO
854
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE SANTA BÁRBARA

Número do processo: 0800068-12.2020.8.14.0951 Participação: RECLAMANTE Nome: RODRIGO


SOUZA CRUZ Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO SOUZA CRUZ OAB: 25886/PA Participação:
RECLAMANTE Nome: ANA DO CARMO DO VALE COSTA Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO
SOUZA CRUZ OAB: 25886/PA Participação: RECLAMADO Nome: SECURITY SERVICOS AUXILIARES
DE TRANSPORTE AEREO LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA DE FREITAS DIAS
registrado(a) civilmente como CAMILA DE FREITAS DIAS OAB: 62883/DF Participação: ADVOGADO
Nome: KAYRO YCARO ALENCAR SOARES registrado(a) civilmente como KAYRO YCARO ALENCAR
SOARES OAB: 50202/DF Participação: RECLAMADO Nome: INFRAMERICA CONCESSIONARIA DO
AEROPORTO DE BRASILIA S/A Participação: ADVOGADO Nome: MURILO DE OLIVEIRA ABDO
registrado(a) civilmente como MURILO DE OLIVEIRA ABDO OAB: 23996/DF Participação: RECLAMADO
Nome: Tam Linhas aereas Participação: ADVOGADO Nome: FABIO RIVELLI OAB: 297608/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

Juizado Especial Cível e Criminal de Santa Bárbara

DECISÃO/DESPACHO

R.H.

Analisando o volume processual deste juizado especial, que possui competência tanto cível quanto
criminal, denoto que o mesmo esta assoberbado quanto às suas tarefas, com centenas de processos
pendentes de análise, em face da elevada demanda de ações propostas pela população, que vê nesta
especializada o único meio de socorro contra as práticas abusivas dos fornecedores ou contra o
desrespeito e as lesões aos seus direitos.

Sendo assim, seria muito importante para celeridade e economia processual, além da economia do tempo
dos juízes, servidores e partes, a salutar adoção de meios de descentralização do iter processual, ou,
melhor dizendo, uma correta adequação ao CPC

O juiz possui liberdade quantos aos atos de presidência do processo, conforme previsão contida nos
artigos 139 do CPC, especialmente o inc. I, II e VI, bem como o art. 5º da Lei n. 9.099/95.

Não há nenhuma dificuldade em vislumbrar que determinados processos tratam apenas e tão somente de
matéria de direito, sem necessidade de instrução do feito mediante a inquirição das partes e/ou de
testigos, dispensáveis que são, conforme prevê o art. 355, inc. I do CPC, pois, atualmente, a grande
maioria das relações é de massa, de consumo, sob o contrato de adesão.

"Art. 355 - O juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença:

I - quando a questão de mérito for unicamente de direito, ou, sendo de direito e de fato, não houver
necessidade de produzir prova em audiência;

Desta forma entendo que não se pode impor às partes é a prática de, na data de audiência de conciliação,
designar outra data longínqua para instrução do feito, ou, no caso da audiência ser una, após também ter
sido designada para uma data distante, sem observância do art. 16 da Lei n. 9.099/95 (15 dias), constatar
que não há nenhuma proposta de acordo, como de regra ocorre, e nada a se provar além do que já consta
nos autos, para então levar os autos à conclusão e um longo tempo para ter ciência da decisão, quando a
lide e as pretensões já poderiam ter sido resolvidas há muito tempo.

No que diz respeito ao processamento das ações que versem sobre matéria de direito, ou de direito e de
fato, mas que cujos fatos não dependem de maiores dilações probatórias, pois a documentação ou relação
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

entre as partes não careceria de designação de audiência de instrução para interrogar partes e/ou
testemunhas, tal ato se mostra desnecessário e protelatório fulminando a tão buscada celeridade
processual.

Acrescente-se que a mudança do Código de Processo Civil, usado subsidiariamente no âmbito da Lei
9.099/95, já sinaliza a priorização pelo legislador de uso de todos os meios para se obter a celeridade
processual, sem prejuízo dos princípios constitucionais.

Nota-se que o legislador priorizou a principiologia estrutural das normas jurídicas para dar-lhe resultados e
fins úteis, esperados pelos seus destinatários: os jurisdicionados.

Não foi requerido no processo qualquer tipo de prova ou de alongamento instrutório. O juiz do sistema de
Juizados Especiais também tem ampla liberdade para determinar provas, apreciá-las e definir o
procedimento de acordo com as regras legais, podendo, inclusive, encurtar o trâmite do processo de rito
sumário. O art. 378 do CPC afirma que ninguém deve se eximir de colaborar com o Poder Judiciário para
a busca da verdade real. Porquanto, o que é vedado ao Juiz é atropelar o procedimento e cercear defesa
ou impedir a materialização do Princípio Contraditório, ou deixar de fundamentar sua decisão, como exige
o art. 93, IX, da CF. Mas, são os arts. 5º e 6º da Lei 9.099/95 que conferem ao Juiz a liberdade de agilizar
o processo em benefício das partes.

De mais a mais, os princípios que norteiam a Lei 9.099/95, economia processual, simplicidade, celeridade,
informalidade e oralidade, todos constitucionais, não são violados quando o Juiz, após dada a
oportunidade à parte de conciliar, na sessão de conciliação, não a obtém e determina a remessa do
processo a julgamento. Esta decisão não colide com o preconizado no art. 38 da própria Lei 9.099/95.

O que o processo ganha em condensação e celeridade, bem podem avaliar os que lidam no foro.
Suprime-se a audiência, porque nela nada há de particular a discutir. Assim, não se pratica ato inútil. De
outra parte, não sofre o processo paralisação, dormindo meses nas “estantes” dos cartórios, enquanto
aguarda uma audiência, cuja realização nenhum proveito trará ao conhecimento da causa, porque esta já
se acha amplamente discutida na inicial e na resposta do Réu.

Assim, determino intimação das partes desta decisão, facultando-as apresentarem e juntarem o que
entenderem pertinente para o julgamento, em 15 dias, preservando os Princípios Constitucionais e
os próprios princípios elencados na Lei 9.099/95, vindo os autos conclusos para sentença.

Friso as partes que poderão apresentar contra esta decisão pedido fundamentado de reconsideração
demonstrando e pugnando eventual realização de instrução e julgamento.

Intimem-se.

Após, decorrido os prazos, com ou sem as manifestações, voltem conclusos.

Data e hora do sistema.

Juiz de Direito

Documento assinado digitalmente

Número do processo: 0003741-17.2018.8.14.0951 Participação: RECLAMANTE Nome: MARIA DO


CARMO BRAGA DOS SANTOS Participação: RECLAMADO Nome: CELPA Participação: ADVOGADO
Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB: 12358/PA
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

Juizado Especial Cível e Criminal de Santa Bárbara

DECISÃO/DESPACHO

R.H.

Analisando o volume processual deste juizado especial, que possui competência tanto cível quanto
criminal, denoto que o mesmo esta assoberbado quanto às suas tarefas, com centenas de processos
pendentes de análise, em face da elevada demanda de ações propostas pela população, que vê nesta
especializada o único meio de socorro contra as práticas abusivas dos fornecedores ou contra o
desrespeito e as lesões aos seus direitos.

Sendo assim, seria muito importante para celeridade e economia processual, além da economia do tempo
dos juízes, servidores e partes, a salutar adoção de meios de descentralização do iter processual, ou,
melhor dizendo, uma correta adequação ao CPC

O juiz possui liberdade quantos aos atos de presidência do processo, conforme previsão contida nos
artigos 139 do CPC, especialmente o inc. I, II e VI, bem como o art. 5º da Lei n. 9.099/95.

Não há nenhuma dificuldade em vislumbrar que determinados processos tratam apenas e tão somente de
matéria de direito, sem necessidade de instrução do feito mediante a inquirição das partes e/ou de
testigos, dispensáveis que são, conforme prevê o art. 355, inc. I do CPC, pois, atualmente, a grande
maioria das relações é de massa, de consumo, sob o contrato de adesão.

"Art. 355 - O juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença:

I - quando a questão de mérito for unicamente de direito, ou, sendo de direito e de fato, não houver
necessidade de produzir prova em audiência

Desta forma entendo que não se pode impor às partes é a prática de, na data de audiência de conciliação,
designar outra data longínqua para instrução do feito, ou, no caso da audiência ser una, após também ter
sido designada para uma data distante, sem observância do art. 16 da Lei n. 9.099/95 (15 dias), constatar
que não há nenhuma proposta de acordo, como de regra ocorre, e nada a se provar além do que já consta
nos autos, para então levar os autos à conclusão e um longo tempo para ter ciência da decisão, quando a
lide e as pretensões já poderiam ter sido resolvidas há muito tempo.

No que diz respeito ao processamento das ações que versem sobre matéria de direito, ou de direito e de
fato, mas que cujos fatos não dependem de maiores dilações probatórias, pois a documentação ou relação
entre as partes não careceria de designação de audiência de instrução para interrogar partes e/ou
testemunhas, tal ato se mostra desnecessário e protelatório fulminando a tão buscada celeridade
processual.

Acrescente-se que a mudança do Código de Processo Civil, usado subsidiariamente no âmbito da Lei
9.099/95, já sinaliza a priorização pelo legislador de uso de todos os meios para se obter a celeridade
processual, sem prejuízo dos princípios constitucionais.

Nota-se que o legislador priorizou a principiologia estrutural das normas jurídicas para dar-lhe resultados e
fins úteis, esperados pelos seus destinatários: os jurisdicionados.

Não foi requerido no processo qualquer tipo de prova ou de alongamento instrutório. O juiz do sistema de
Juizados Especiais também tem ampla liberdade para determinar provas, apreciá-las e definir o
procedimento de acordo com as regras legais, podendo, inclusive, encurtar o trâmite do processo de rito
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sumário. O art. 378 do CPC afirma que ninguém deve se eximir de colaborar com o Poder Judiciário para
a busca da verdade real. Porquanto, o que é vedado ao Juiz é atropelar o procedimento e cercear defesa
ou impedir a materialização do Princípio Contraditório, ou deixar de fundamentar sua decisão, como exige
o art. 93, IX, da CF. Mas, são os arts. 5º e 6º da Lei 9.099/95 que conferem ao Juiz a liberdade de agilizar
o processo em benefício das partes.

De mais a mais, os princípios que norteiam a Lei 9.099/95, economia processual, simplicidade, celeridade,
informalidade e oralidade, todos constitucionais, não são violados quando o Juiz, após dada a
oportunidade à parte de conciliar, na sessão de conciliação, não a obtém e determina a remessa do
processo a julgamento. Esta decisão não colide com o preconizado no art. 38 da própria Lei 9.099/95.

O que o processo ganha em condensação e celeridade, bem podem avaliar os que lidam no foro.
Suprime-se a audiência, porque nela nada há de particular a discutir. Assim, não se pratica ato inútil. De
outra parte, não sofre o processo paralisação, dormindo meses nas “estantes” dos cartórios, enquanto
aguarda uma audiência, cuja realização nenhum proveito trará ao conhecimento da causa, porque esta já
se acha amplamente discutida na inicial e na resposta do Réu.

Assim, determino intimação das partes desta decisão, facultando-as apresentarem e juntarem o que
entenderem pertinente para o julgamento, em 15 dias, preservando os Princípios Constitucionais e
os próprios princípios elencados na Lei 9.099/95, vindo os autos conclusos para sentença.

Friso as partes que poderão apresentar contra esta decisão pedido fundamentado de reconsideração
demonstrando e pugnando eventual realização de instrução e julgamento.

Intimem-se.

Após, decorrido os prazos, com ou sem as manifestações, voltem conclusos.

Santa Bárbara, 2021-08-16

LUIZ GUSTAVO VIOLA CARDOSO

Juiz de Direito
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SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CIVEL DE CASTANHAL

Número do processo: 0802620-42.2020.8.14.0015 Participação: AUTOR Nome: ANDRE FELIPE SILVA


GUIMARAES Participação: ADVOGADO Nome: JEAN RAMIREZ DA SILVA OAB: 25948/PA Participação:
REQUERIDO Nome: AMAZON SERVICOS DE VAREJO DO BRASIL LTDA. Participação: ADVOGADO
Nome: GUILHERME KASCHNY BASTIAN OAB: 266795/SP Participação: REQUERIDO Nome: NS
COMERCIO DE ELETRONICOS EIRELI Participação: REQUERIDO Nome: SR7 ASSISTENCIA TECNICA

Audiência UNA designada para o dia 06-10-2022 às 10h:20min

A parte Autora e o Requerido Amazon Serviços de Varejo do Brasil, serão intimados via sistema PJE.

O Requerido NS Comércio de Eletrônicos Eireli será citado através de Whatsapp. Por fim, a parte
Requerida SR7 Assistência Técnica será citada mediante correios.
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COORDENAÇÃO GERAL DA UPJ DAS TURMAS RECURSAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DA CAPITAL -


UPJ TURMAS RECURSAIS

Número do processo: 0800648-41.2019.8.14.0025 Participação: RECORRENTE Nome: ODETE


BEZERRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: FABIO CARVALHO SILVA OAB: 22135/PA
Participação: RECORRIDO Nome: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB: 15674/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

Belém/PA, 17/08/2021

_______________________________________
CARLOS ANDRÉ NEVES DO VALE
Coordenador do Núcleo de Cumprimento e Sessões de Julgamento - UPJ Turmas Recursais
(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0003672-49.2019.8.14.0110 Participação: RECORRENTE Nome: LUCIENE ALVES


DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: HENRIQUE BONA BRANDAO MOUSINHO NETO OAB:
16131/PA Participação: RECORRIDO Nome: SABEMI SEGURADORA SA Participação: ADVOGADO
Nome: JULIANO MARTINS MANSUR OAB: 113786/RJ

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.
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OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

Belém/PA, 17/08/2021

_______________________________________
CARLOS ANDRÉ NEVES DO VALE
Coordenador do Núcleo de Cumprimento e Sessões de Julgamento - UPJ Turmas Recursais
(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0800190-70.2018.8.14.0021 Participação: RECORRENTE Nome: MANOEL


FIGUEREDO DE SOUZA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO BANRISUL Participação:
ADVOGADO Nome: PAULO ROBERTO VIGNA OAB: 173477/SP

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

Belém/PA, 17/08/2021

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CARLOS ANDRÉ NEVES DO VALE
Coordenador do Núcleo de Cumprimento e Sessões de Julgamento - UPJ Turmas Recursais
(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0800878-54.2019.8.14.0067 Participação: RECORRENTE Nome: IRAILDES


RIBEIRO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: TONY HEBER RIBEIRO NUNES OAB: 17571/PA
Participação: ADVOGADO Nome: EDSON DO CARMO ESTUMANO OAB: 23630/PA Participação:
RECORRIDO Nome: BANCO BMG SA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO DE MORAES
DOURADO NETO OAB: 23255/PE

PODER JUDICIÁRIO
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

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(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0003671-64.2019.8.14.0110 Participação: RECORRENTE Nome: GILSA DE LAIA


QUARESMA Participação: ADVOGADO Nome: HENRIQUE BONA BRANDAO MOUSINHO NETO OAB:
16131/PA Participação: RECORRIDO Nome: SABEMI SEGURADORA SA Participação: ADVOGADO
Nome: JULIANO MARTINS MANSUR OAB: 113786/RJ

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

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Número do processo: 0800186-49.2020.8.14.0090 Participação: RECORRENTE Nome: SEBASTIAO


BORGES CALDEIRA Participação: ADVOGADO Nome: DUFRAY ANTONIO LINHARES DOS SANTOS
OAB: 20609/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO
Nome: WILSON SALES BELCHIOR OAB: 20601/PA

PODER JUDICIÁRIO
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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

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(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0800337-21.2019.8.14.0067 Participação: RECORRENTE Nome: MARIA JOANA


DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: TONY HEBER RIBEIRO NUNES OAB: 17571/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ISAAC WILLIANS MEDEIROS OAB: 26850/PA Participação:
RECORRIDO Nome: BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LUIS
CARLOS MONTEIRO LAURENCO OAB: 16780/BA Participação: ADVOGADO Nome: MARIANA
BARROS MENDONCA OAB: 121891/RJ

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

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Número do processo: 0800351-05.2019.8.14.0067 Participação: RECORRENTE Nome: ADEMAR


PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: ANA LUIZA CUNHA DE PAIVA E SILVA OAB: 26267/PA
Participação: ADVOGADO Nome: TONY HEBER RIBEIRO NUNES OAB: 17571/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ISAAC WILLIANS MEDEIROS OAB: 26850/PA Participação: RECORRIDO Nome:
BANCO PAN S.A. Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB:
23255/PE

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

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(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0800447-20.2019.8.14.0067 Participação: RECORRENTE Nome: RAIMUNDA DE


MORAIS RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome: CAROLINE CRISTINE DE SOUSA BRAGA
CARDOSO OAB: 21780/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO PAN S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE
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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

Belém/PA, 17/08/2021

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(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0036877-27.2015.8.14.0040 Participação: RECORRENTE Nome: ANGELINA


CORTEZ MIRANDA Participação: RECORRIDO Nome: CENTRAL DAS COOPERATIVAS DE
TRANSPORTE DE PARAUAPEBAS Participação: ADVOGADO Nome: HENRYETH MUNIZ DE MELLO
FERNANDES OAB: 30487/GO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

Belém/PA, 17/08/2021

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Número do processo: 0849436-34.2019.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: Estado do Pará


Participação: RECORRENTE Nome: INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO
PARA Participação: RECORRIDO Nome: MARIA JOSE COSTA DA SILVA Participação: ADVOGADO
Nome: MARCELO FARIAS GONCALVES NEGRAO OAB: 25054/PA Participação: ADVOGADO Nome:
DIEGO QUEIROZ GOMES OAB: 18555/PA Participação: ADVOGADO Nome: LEANDRO NEY NEGRAO
DO AMARAL OAB: 22171/PA Participação: ADVOGADO Nome: KARLA OLIVEIRA LOUREIRO OAB:
28880/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

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(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0800804-84.2019.8.14.0039 Participação: RECORRENTE Nome: PAULO


ROBERTO DE BARROS Participação: ADVOGADO Nome: OTAVIO SOCORRO ALVES SANTA ROSA
OAB: 26338/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO
Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB: 15674/PA

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Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
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Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.
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Número do processo: 0800726-06.2019.8.14.0067 Participação: RECORRENTE Nome: ANDRELINA


LOPES DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: CINDY MARY MIRALHA RODRIGUES OAB:
28781/PA Participação: ADVOGADO Nome: TONY HEBER RIBEIRO NUNES OAB: 17571/PA
Participação: RECORRIDO Nome: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: FELIPE GAZOLA VIEIRA MARQUES OAB: 76696/MG

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Número do processo: 0801415-46.2019.8.14.0133 Participação: RECORRENTE Nome: JOUBERT DA


SILVA RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL TERENCIO MARTINS SANTANA OAB:
28882/PA Participação: RECORRIDO Nome: FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS
NAO-PADRONIZADOS NPL I Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANO DA SILVA BURATTO OAB:
179235/SP
867
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Número do processo: 0801497-36.2017.8.14.0040 Participação: RECORRENTE Nome: ELIZANGELA


MESSIAS CARVALHO Participação: ADVOGADO Nome: WESLEY RODRIGUES COSTA BARRETO
OAB: 12036/MA Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDISON RODRIGUES OAB: 1/MT Participação:
RECORRIDO Nome: VIVO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: WILKER BAUHER VIEIRA LOPES
OAB: 29320/GO

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Número do processo: 0829266-75.2018.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: ROSELI DA


SILVA PINTO Participação: ADVOGADO Nome: NEYDSON REIS FERREIRA OAB: 936/PA Participação:
RECORRENTE Nome: CARLOS RONALDO DA SILVA PINTO Participação: ADVOGADO Nome:
NEYDSON REIS FERREIRA OAB: 936/PA Participação: RECORRENTE Nome: PETRONILA DA SILVA
PINTO Participação: ADVOGADO Nome: NEYDSON REIS FERREIRA OAB: 936/PA Participação:
RECORRIDO Nome: MUNICIPIO DE BELEM

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Número do processo: 0005571-45.2018.8.14.0069 Participação: RECORRENTE Nome: ANTONIO


ALBINO DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO DA SILVA VIEIRA OAB: 18261/PA
Participação: RECORRIDO Nome: BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A. Participação: ADVOGADO
Nome: LARISSA SENTO SE ROSSI OAB: 16330/BA

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Número do processo: 0836061-97.2018.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: Estado do Pará


Participação: RECORRIDO Nome: MARIA SUELI CARVALHO DA SILVA Participação: ADVOGADO
Nome: PEDRO PAULO DA MOTA GUERRA CHERMONT JUNIOR OAB: 4441/AP

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Número do processo: 0003685-04.2012.8.14.0010 Participação: RECORRENTE Nome: HELYTON


FEITOSA PINTO Participação: ADVOGADO Nome: MAURILO TRINDADE DA ROCHA JUNIOR OAB:
9273/PA Participação: RECORRIDO Nome: VIVO S/A. Participação: ADVOGADO Nome: WILKER
BAUHER VIEIRA LOPES OAB: 29320/GO
870
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Número do processo: 0002602-72.2017.8.14.0140 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO PAN S.A.


Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE
Participação: RECORRIDO Nome: OTILIA CARDOSO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome:
CEZAR AUGUSTO REZENDE RODRIGUES OAB: 18060/PA

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Número do processo: 0001428-62.2015.8.14.0701 Participação: RECORRENTE Nome: CAROLINA


SEQUEIRA ZURITA GAMA MALCHER Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO DOS SANTOS
ANTUNES OAB: 10551/PA Participação: ADVOGADO Nome: ARMANDO ZURITA LEAO OAB: 13589/PA
Participação: RECORRIDO Nome: CLARO S/A (NET SERVICOS DE COMUNICACAO S/A) Participação:
ADVOGADO Nome: RAFAEL GONCALVES ROCHA OAB: 16538/PA

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Número do processo: 0873979-38.2018.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: LOJAS


RIACHUELO SA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação:
RECORRIDO Nome: JOAO RICARDO NUNES PASTANA Participação: ADVOGADO Nome: ANA
CELESTE FIGUEIREDO LEITAO DA SILVA OAB: 24644/PA Participação: ADVOGADO Nome: IGOR DA
SILVA PINHEIRO OAB: 19979/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAQUEL GARCIA CUNHA OAB:
24468/PA

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Número do processo: 0007482-80.2015.8.14.0107 Participação: RECORRENTE Nome: HIPERCARD


BANCO MULTIPLO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: MARIANA BARROS MENDONCA OAB:
121891/RJ Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNY MICHAEL VIEIRA NAVARRO OAB: 12479/PA
Participação: ADVOGADO Nome: SERGIO ANTONIO FERREIRA GALVAO OAB: 3672/PA Participação:
RECORRIDO Nome: NATALIA BORGES DE SANTANA Participação: ADVOGADO Nome: ANDREZA
REGO BARBOSA RICHART OAB: 17409/PA

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Número do processo: 0818310-34.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: Banco do Brasil


S/A Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente
873
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como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação: RECORRIDO Nome:
ALESSANDRA NATASHA ALCANTARA BARREIROS BAGANHA Participação: ADVOGADO Nome:
KELMA SOUSA DE OLIVEIRA REUTER COUTINHO OAB: 5875/PA

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Número do processo: 0808665-14.2019.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: MANUEL ALBINO


RIBEIRO DE AZEVEDO Participação: ADVOGADO Nome: MANUEL ALBINO RIBEIRO DE AZEVEDO
JUNIOR OAB: 23221/PA Participação: RECORRIDO Nome: FUNDACAO PUBLICA ESTADUAL
HOSPITAL DE CLNICAS GASPAR VIANNA

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Número do processo: 0800105-60.2018.8.14.0029 Participação: RECORRENTE Nome: NESTOR


MONTEIRO DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO CARDOSO DA MOTTA OAB:
19547/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: WILSON SALES BELCHIOR OAB: 20601/PA Participação: ADVOGADO Nome:
NEUZA GLAUCE SUGIMOTO OAB: 25128/PA

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Número do processo: 0800305-52.2020.8.14.9000 Participação: AGRAVANTE Nome: DIVARLENE


SANCHES DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ GUILHERME DA SILVA SACRAMENTO
JUNIOR OAB: 25200/PA Participação: AGRAVADO Nome: INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA
DO ESTADO DO PARA

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Número do processo: 0853946-90.2019.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: TEREZINHA DE


JESUS LIMA DE LIMA Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE LAVAREDA PINTO MARQUES OAB:
14061/PA Participação: ADVOGADO Nome: SIANY MIRANDA BATISTA OAB: 15851/PA Participação:
RECORRIDO Nome: BANCO CETELEM S.A. Participação: ADVOGADO Nome: DENNER DE BARROS E
MASCARENHAS BARBOSA OAB: 24532/PA

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Número do processo: 0009158-67.2018.8.14.0104 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO


876
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BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA COSTA


FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA Participação: RECORRIDO Nome: ATAIDE COSTA TEIXEIRA
Participação: ADVOGADO Nome: EDER SILVA RIBEIRO OAB: 22610/PA

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Número do processo: 0802083-06.2018.8.14.0051 Participação: RECORRENTE Nome: TELEFONICA


BRASIL Participação: ADVOGADO Nome: WILKER BAUHER VIEIRA LOPES OAB: 29320/GO
Participação: RECORRIDO Nome: MARIA IVANETE DE SOUSA FREITAS Participação: ADVOGADO
Nome: GRACILENE MARIA SOUZA AMORIM PONTES OAB: 45/PA

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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.


877
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

CARLOS ANDRÉ NEVES DO VALE


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Número do processo: 0000606-79.2019.8.14.0104 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO OLE


BONSUCESSO CONSIGNADO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: FLAIDA BEATRIZ NUNES DE
CARVALHO OAB: 96864/MG Participação: RECORRIDO Nome: JOAO PEREIRA DA SILVA Participação:
ADVOGADO Nome: ALYSSON VINICIUS MELLO SLONGO OAB: 14033/PA

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INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Número do processo: 0007221-88.2017.8.14.0061 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO ITAU


BMG CONSIGNADO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA SENTO SE ROSSI OAB: 16330/BA
Participação: RECORRIDO Nome: DOMINGAS VIANA DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome:
AMANDA VIEIRA MARTINS OAB: 758/PA

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INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

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Número do processo: 0002523-07.2017.8.14.0007 Participação: RECORRENTE Nome: BV FINANCEIRA


SA CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA
COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA Participação: RECORRIDO Nome: LOURIVAL ALVES
CARDOSO Participação: ADVOGADO Nome: MIZAEL VIRGILINO LOBO DIAS OAB: 8312/PA

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Número do processo: 0806628-19.2016.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: MARIA DA


CONCEICAO MONTEIRO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: DIANA GUEDES KOBAYASHI
879
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

OAB: 17234/PA Participação: RECORRIDO Nome: ITAU UNIBANCO S.A. Participação: ADVOGADO
Nome: LUIS CARLOS MONTEIRO LAURENCO OAB: 16780/BA

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Número do processo: 0840556-87.2018.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: TARSO


GLAIDSON SARRAF RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELLA MORAES DOS
SANTOS OAB: 25106/PA Participação: ADVOGADO Nome: ISABELA DE SOUZA PIMENTEL OAB:
24904/PA Participação: ADVOGADO Nome: EMERSON ALMEIDA LIMA JUNIOR OAB: 18608/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE LUIZ SERRAO PINHEIRO OAB: 11960/PA Participação:
RECORRIDO Nome: GLOBO COMUNICACAO E PARTICIPACOES S/A Participação: ADVOGADO
Nome: BRUNO BEZERRA DE SOUZA OAB: 19352/PE

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Número do processo: 0008370-72.2017.8.14.0012 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO ITAU


BMG Participação: ADVOGADO Nome: LUIS CARLOS MONTEIRO LAURENCO OAB: 16780/BA
Participação: ADVOGADO Nome: MARIANA BARROS MENDONCA OAB: 121891/RJ Participação:
RECORRIDO Nome: DOMINGOS NEVES DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: LUIS
FERNANDO FRANCEZ SASSIM OAB: 17100/PA

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Número do processo: 0000474-52.2015.8.14.0107 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO


BRADESCO Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a)
civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação: RECORRIDO
Nome: MARLENE SILVA CHAGAS Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO RAIMUNDO CORREA
OAB: 5415/MA

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Número do processo: 0818945-15.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: LEONAM


GONDIM DA CRUZ JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: JULIANA PINTO DO CARMO OAB:
22395/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO FINASA S/A. Participação: ADVOGADO Nome:
KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB: 15674/PA Participação: ADVOGADO Nome: MURILO RICARDO
SILVA RIBEIRO OAB: 25387/PA

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Número do processo: 0804339-19.2018.8.14.0051 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO


SANTANDER (BRASIL) S.A. Participação: ADVOGADO Nome: WILSON SALES BELCHIOR OAB:
20601/PA Participação: RECORRIDO Nome: THIAGO ALEF SIMOES DA SILVA Participação:
ADVOGADO Nome: CAMILA CAMPOS DE ANDRADE MOTA OAB: 23064/PA Participação: ADVOGADO
Nome: LUANA BRELAZ NEVES OAB: 17131/PA

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Número do processo: 0800063-73.2018.8.14.0073 Participação: RECORRENTE Nome: MARIA ELISIA DE


LIMA DO NASCIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: RENATO FERREIRA DE BARROS NETO
OAB: 24141/PA Participação: ADVOGADO Nome: VANIA CRISTINA WENTZ OAB: 774/PA Participação:
RECORRIDO Nome: BANCO MERCANTIL DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE
GAZOLA VIEIRA MARQUES OAB: 76696/MG

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Número do processo: 0000783-56.2018.8.14.0014 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO


BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA COSTA
FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA Participação: RECORRIDO Nome: ANGELITA CASTRO DA
CONCEICAO Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO SINIMBU DE LIMA MONTEIRO OAB:
14745/PA

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Número do processo: 0862139-94.2019.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: ANTONIO


CARLOS DA SILVA OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO AUGUSTO MOURA DE
MORAES OAB: 13209/PA Participação: ADVOGADO Nome: JONAS HENRIQUE BAIMA PINHEIRO OAB:
20936/PA Participação: RECORRIDO Nome: ESTADO DO PARA

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Número do processo: 0840823-93.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: CLEVERSON


GOMES SILVA Participação: ADVOGADO Nome: FABIELY RAYANA DE AZEVEDO FERREIRA OAB:
18116/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAMILLE SOARES MONTEIRO OAB: 19850/PA
Participação: RECORRIDO Nome: J COLARES LOPES FILHO SERVICOS EIRELI - EPP Participação:
ADVOGADO Nome: FABIELY RAYANA DE AZEVEDO FERREIRA OAB: 18116/PA

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Número do processo: 0800500-19.2018.8.14.0040 Participação: RECORRENTE Nome: ITAU UNIBANCO


S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA SENTO SE ROSSI OAB: 16330/BA Participação:
RECORRIDO Nome: JOSE TUIRA MACEDO FILHO Participação: ADVOGADO Nome: HELDER IGOR
SOUSA GONCALVES OAB: 16834/PA

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Número do processo: 0850065-42.2018.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: RICARDO ALEX


PIRES FRANCO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO ALEX PIRES FRANCO DA
SILVA OAB: 22968/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANPARÁ Participação: ADVOGADO Nome:
PAULO ROBERTO AREVALO BARROS FILHO OAB: 10676/PA

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Número do processo: 0811656-31.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: ANA MARIA


TEJADA DA CUNHA Participação: ADVOGADO Nome: REGINA CELIA TENORIO DOS SANTOS OAB:
24473/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO BMG SA Participação: ADVOGADO Nome:
ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE

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Número do processo: 0856457-61.2019.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: JORGE EDISIO DE


CASTRO TEIXEIRA Participação: ADVOGADO Nome: DELCINEY D OLIVEIRA CAPUCHO JUNIOR OAB:
20053/PA Participação: ADVOGADO Nome: BARBARA MARCELA ALMEIDA AMORIM FELIZARDO OAB:
24567/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUIS CARLOS DO NASCIMENTO RODRIGUES OAB:
10579/PA Participação: APELADO Nome: ESTADO DO PARA Participação: TERCEIRO INTERESSADO
Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

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GABINETE DA DESA. ELVINA GEMAQUE TAVEIRA

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Preenchidos os requisitos de admissibilidade, bem como as formalidades do art. 1.010 do Código

de Processo Civil/2015, recebo a apelação em duplo efeito, nos termos do caput do artigo 1.012 e

1.013 do diploma supramencionado.

Remetam-se os autos eletrônicos (Processo nº 0856457-61.2019.8.14.0301 – PJE) ao órgão

ministerial nesta instância superior para manifestar-se como fiscal da ordem jurídica.

ÀSecretaria, para os devidos fins.

P.R.I.C

Belém/PA.

ELVINA GEMAQUE TAVEIRA

Desembargadora relatora

Número do processo: 0809341-67.2018.8.14.0051 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO PAN S.A.


Participação: ADVOGADO Nome: JOAO VITOR CHAVES MARQUES DIAS OAB: 30348/CE Participação:
RECORRIDO Nome: SUZY DE ABREU RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome: LUANA BRELAZ
NEVES OAB: 17131/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA CAMPOS DE ANDRADE MOTA OAB:
23064/PA
888
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Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Número do processo: 0007469-31.2017.8.14.0004 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO


SANTANDER (BRASIL) S.A. Participação: ADVOGADO Nome: MICHELE ANDREA DA ROCHA
OLIVEIRA OAB: 15403/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO THOMAZ PRAZERES GONDIM OAB:
62192/RJ Participação: RECORRIDO Nome: REGINALDO CHAAR JUNIOR Participação: ADVOGADO
Nome: ADAILSON JOSE DE SANTANA OAB: 11487/PA

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Número do processo: 0018284-49.2015.8.14.0007 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO DO


BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: LOUISE RAINER PEREIRA GIONEDIS OAB: 8123/PR
Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA OAB: 21078/PA Participação: RECORRIDO
Nome: IVANILDE DE SOUZA DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: TALES MIRANDA
CORREA OAB: 6995/PA

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Número do processo: 0827540-32.2019.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: CAIQUE LEAO


Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO COSTA NORAT OAB: 28576/PA Participação:
RECORRIDO Nome: AUTO VIACAO MONTE CRISTO LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
ALEXANDRE PEREIRA BONNA OAB: 18939/PA

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Número do processo: 0803464-49.2018.8.14.0051 Participação: RECORRENTE Nome: AYMORE


CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: JOAO THOMAZ
PRAZERES GONDIM OAB: 62192/RJ Participação: RECORRIDO Nome: ABDENEGO PEREIRA DOS
SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: RAULNILO FONSECA SANTOS NETO OAB: 599/PA

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Número do processo: 0848545-13.2019.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: INSTITUTO DE


GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA Participação: RECORRIDO Nome: EUGENIA
MEIRELES GONCALVES Participação: ADVOGADO Nome: MAURICIO LIMA BUENO OAB: 25044/PA
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Número do processo: 0802619-72.2020.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: EMILIA OLIVEIRA


FRAZAO Participação: ADVOGADO Nome: RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ADRIELY ALESSANDRA ALVES DE LIMA OAB: 29510/PA
Participação: RECORRIDO Nome: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARA

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Número do processo: 0800747-79.2019.8.14.0067 Participação: RECORRENTE Nome: ADELIA


OLIVEIRA SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: TONY HEBER RIBEIRO NUNES OAB: 17571/PA
Participação: RECORRIDO Nome: BANCO BMG SA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO DE
MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE

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Número do processo: 0801360-56.2019.8.14.0049 Participação: RECORRENTE Nome: RODRIGO


CORREA DE NAZARE Participação: ADVOGADO Nome: DOMINGOS BRUNO GONCALVES MARQUES
OAB: 20366/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO
Nome: GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA

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Número do processo: 0808400-19.2019.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: SONIA MARIA


PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: RONEY FERREIRA DE OLIVEIRA OAB: 12442/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GLEISON JUNIOR VANINI registrado(a) civilmente como GLEISON
JUNIOR VANINI OAB: 18617/PA Participação: ADVOGADO Nome: RUBENS MOTTA DE AZEVEDO
MORAES JUNIOR registrado(a) civilmente como RUBENS MOTTA DE AZEVEDO MORAES JUNIOR
OAB: 10213/PA Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO DE SOUSA PEREIRA JUNIOR OAB:
21006/PA Participação: ADVOGADO Nome: LAFAYETTE BENTES DA COSTA NUNES OAB: 7784/PA
Participação: ADVOGADO Nome: JHONATAN PEREIRA RODRIGUES OAB: 22109/PA Participação:
APELADO Nome: MUNICIPIO DE PARAUAPEBAS

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

0808400-19.2019.8.14.0040

No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das Turmas de
Direito Público e Privado intima a parte interessada de que foi opostos Recurso de Embargos de
Declaração, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.023, §2º, do
CPC/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0001358-77.2016.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: DEIVISON


HENRIQUE FORTUNATO MOREIRA Participação: ADVOGADO Nome: LUNA LIMA ELMESCANY OAB:
27728/PA Participação: ADVOGADO Nome: IVANA BRUNA NABOR TAMASAUSKAS OAB: 20970/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ELENICE DOS PRAZERES SILVA OAB: 16753/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ALINE DE FATIMA MARTINS DA COSTA OAB: 13372/PA Participação: AGRAVADO
Nome: BANPARÁ

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO PROCESSO Nº 0001358-77.2016.8.14.0000

AGRAVANTE: DEIVISON HENRIQUE FORTUNATO MOREIRA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AGRAVADO: BANCO DO ESTADO DO PARÁ

RELATORA: DESA. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de recurso de Agravo de Instrumento interposto por DEIVISON HENRIQUE FORTUNATO


MOREIRA, manifestando seu inconformismo com a decisão proferida pelo MM. Juízo da 4ª Vara Cível e
Empresarial da Capital, nos autos de uma Ação Ordinária de Obrigação de Fazer ajuizada em face do
Banco do Estado do Pará, em que pretendeu limitação de descontos ao patamar máximo de 30%.

Distribuído o recurso, os advogados habilitados renunciaram ao mandato outorgado, tendo sido


determinada a intimação pessoal do agravante para regularização da representação.

Expedido o mandado de intimação por AR, ele retornou sem cumprimento, com informação de mudança
de endereço, conforme certidão identificada sob o nº 5773626.

Éo sucinto relatório.

Pois bem.

Com a renúncia dos poderes dos advogados do agravante, foi determinada a intimação pessoal deste
para regularização da representação processual. Entretanto, a intimação retornou sem cumprimento,
conforme se observa na certidão identificada sob o nº 5773626. Por conseguinte, constata-se que o
agravante não manteve seu endereço atualizado, nos termos do art. 274, parágrafo único do NCPC.

A jurisprudência pátria firmou entendimento no sentido de que é dever da parte e de seu advogado
manterem atualizado o Juízo em relação à mudança de endereço, seja temporária ou definitiva, sob pena
de inviabilização da prestação jurisdicional. Em reforço dessa assertiva, transcrevo os seguintes arestos
do colendo Superior Tribunal de Justiça:

“RECURSO ESPECIAL Nº 1932282 - AM (2021/0107396-1) DECISÃO Trata-se de recurso especial,


interposto por ADRIANA AGUILA DA SILVA E SILVA com fundamento no art. 105, III, c, da Constituição
Federal, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, assim sintetizado:
"Apelação. Seguro DPVAT. Exame pericial. Não comparecimento. Intimação Pessoal. Atualização
cadastral. Não ocorrência. Conjunto Probatório. Insuficiente. 1. Presumem-se válidas as intimações
dirigidas ao endereço indicado nos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pela parte. 2. Diante da
inércia da parte autora, bem como do seu patrono, resta comprovada a ausência de interesse, cabível a
improcedência dos pedidos. 3. Apelação conhecida e desprovida." (fl. 149) Os embargos de declaração
foram rejeitados (fls. 262-265). Nas razões do recurso especial, a parte recorrente alega divergência
jurisprudencial, sustentando, em síntese, o cerceamento do seu direito de defesa, tendo em vista a
necessidade de ser intimada pessoalmente para comparecer à perícia médica designada. Apresentadas
contrarrazões ao apelo nobre (fls. 226-231). É o relatório. O eg. Tribunal a quo consigna a inexistência de
cerceamento de defesa, pois a recorrente foi intimada pessoalmente no endereço indicado nos autos, para
comparecer à produção da prova pericial, todavia, o AR retornou com a informação de que o endereço era
inexistente. Dentro nesses lindes, presume-se válida a intimação da parte no endereço indicado nos autos,
sendo responsabilidade desta a comunicação ao juízo a respeito das alterações de seus dados cadastrais.
A propósito, colhe-se do acórdão estadual: "Portanto, no caso dos autos, observando a necessidade de
produção de prova pericial, o juízo singular por meio de decisão interlocutória presente à fl. 27, agendou a
data, qual seja o dia 17/05/2017, a fim de realizar o necessário exame. Devidamente expedida carta de
intimação à fl. 28, com o consecutivo retorno de AR à fl. 31, com a indicação de número de endereço
inexistente, impossível portanto, a localização da autora. De igual forma, fora expedida nova carta de
intimação à fl. 36, com nova data de perícia agendada para quase um ano após a primeira data, qual seja,
o dia 10/05/2018, novamente, o endereço da autora não foi localizado. Destaco ter constado
expressamente nos atos intimatórios e na decisão interlocutória designatória da perícia (às fls. 28/36), a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

advertência à autora de que a sua ausência à perícia marcada, implicaria na desistência implícita da
produção da prova, com as consequências inerentes à apreciação dos pedidos formulados. Após tal
informação constar nos autos, o magistrado de origem proferiu novo despacho, determinando a intimação
do advogado da parte autora para manifestar interesse na produção de prova pericial. Mais uma vez, não
desincumbindo-se de tal ônus. A parte autora, no entanto, mesmo intimada por seu advogado à fl. 99,
apenas requereu prazo de 30 (trinta) dias a fim de retomar contato com a sua cliente, pedindo indeferido à
fl. 101, sob a prisma de que a atualização cadastral das partes é de responsabilidade destas. Mantendo-se
inerte o patrono da parte autora. A esse respeito, o Código de Processo Civil prevê presumirem-se válidas
as intimações dirigidas ao endereço indicado nos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pela
parte. (...) O MM. Juiz prolator da sentença agiu com devido acerto, ao firmar o entendimento de que a
atualização cadastral é ônus das partes interessadas, sob pena de presumirem-se válidas as intimações
enviadas ao endereço constante dos autos, ainda que não recebida pessoalmente pelo interessado." (fls.
152, g.n.). Verifica-se que o acórdão recorrido está em consonância com o posicionamento desta Corte de
Justiça acerca da validade da intimação quando a parte processual não informa a sua alteração de
endereço nos autos. É o que se extrai das ementas a seguir:

"AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 290 DO CPC/2015


NÃO CONFIGURADA. INTIMAÇÃO REALIZADA. ENDEREÇO INCORRETO. DEVER DE MANTER
ATUALIZADO O ENDEREÇO ONDE RECEBE INTIMAÇÕES. ART. 77, V, DO CPC/2015. ACÓRDÃO
RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. SÚMULA 83/STJ. 1. Hipótese em
que o ora insurgente alegou violação do art. 290 do CPC/2015, sob o argumento de que,"...para extinção
do processo por abandono, faz-se imprescindível a intimação pessoal da parte para cumprir a diligência".
2. Ocorre que o Sodalício estadual foi categórico ao afirmar que, ao contrário do alegado em recurso
especial, houve a devida intimação do ora insurgente para complementação das custas, a qual não se
concretizou diante da ausência do correto endereço para recebimento de comunicações do juízo. 3. De
acordo com o entendimento do STJ, seguindo o que preconiza a norma dos arts. 77, V, e 274, parágrafo
único, do CPC/2015,"É dever da parte e do seu advogado manter atualizado o endereço onde receberão
intimações (art. 77, V, do CPC/2015), sendo considerada válida a intimação dirigida ao endereçamento
declinado na petição inicial, mesmo que não recebida pessoalmente pelo interessado a correspondência,
se houver alteração temporária ou definitiva nessa localização (art. 274, parágrafo único, do
CPC/2015)"(AgInt no REsp 1800035/SC, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 21/10/2019, DJe 28/10/2019). 4. Estando o acórdão recorrido em consonância com a
jurisprudência firmada nesta Corte Superior, o recurso especial não merece ser conhecido, ante a
incidência da Súmula 83/STJ: "Não se conhece do recurso especial pela divergência, quando a orientação
do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida". 5. Agravo Interno não provido." (AgInt nos
EDcl no AREsp 1546657/RJ, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
24/08/2020, DJe 31/08/2020)

"AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. EXTINÇÃO DO


PROCESSO POR ABANDONO. PARTE AUTORA QUE, MESMO INSTADA A SE MANIFESTAR,
PERMANECEU INERTE. INTIMAÇÃO PELOS CORREIOS E OFICIAL DE JUSTIÇA INFRUTÍFERA.
DEVER DAS PARTES DE MANTER ATUALIZADO O ENDEREÇO INFORMADO NA PETIÇÃO INICIAL.
EXTINÇÃO DO FEITO QUE SE IMPUNHA. CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE.
SÚMULA 83/STJ. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. 1. É dever da parte e do seu advogado manter
atualizado o endereço onde receberão intimações (art. 77, V, do CPC/2015), sendo considerada válida a
intimação dirigida ao endereçamento declinado na petição inicial, mesmo que não recebida pessoalmente
pelo interessado a correspondência, se houver alteração temporária ou definitiva nessa localização (art.
274, parágrafo único, do CPC/2015). 2. No caso, a intimação pessoal da exequente foi inviabilizada por
falta do endereço correto, motivo pelo qual foi extinto o processo sem resolução de mérito. 3. Agravo
interno improvido."

(AgInt no REsp 1800035/SC, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em
21/10/2019, DJe 28/10/2019)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXTINÇÃO DO PROCESSO. ABANDONO DE


CAUSA. 1. VALIDADE DA INTIMAÇÃO PESSOAL. ENDEREÇO FORNECIDO PELA AUTORA NA
INICIAL. AUSÊNCIA DE INFORMAÇÃO AO JUÍZO DE EVENTUAL MUDANÇA. 2. DESNECESSIDADE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DE REQUERIMENTO DO EXECUTADO PARA EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA


83/STJ. 3. ASSERTIVA DE QUE NÃO HOUVE DE DE EFETIVA INTIMAÇÃO. REEXAME DE FATOS E
PROVA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. 4. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. É válida a
intimação da autora promovida no endereço declinado por ela nos autos, a fim extinguir o processo por
abandono de causa, porquanto a parte e seu patrono são responsáveis pela atualização do endereço para
o qual sejam dirigidas as intimações necessárias, devendo suportar os efeitos decorrentes de sua desídia.
2, 3 e 4’. Omissis. (AgRg no Resp 1495046/MG; Terceira Turma; Rel. Min. Marcos Aurélio Bellizze; j. em
01/09/2016; p. DJe 12/09/2016)

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO.


REEXAME DE PROVAS. INVIABILIDADE. SÚMULA Nº 7/STJ. ENDEREÇO. MUDANÇA. NÃO
COMUNICAÇAO AO JUÍZO. SÚMULA 83/STJ. FUNDAMENTO NÃO ATACADO. SÚMULA Nº 283/STF.
3. É dever da parte e de seu advogado manter atualizado o juízo em relação à mudança de endereço,
seja temporária ou definitiva, sob pena de inviabilização da prestação jurisdicional, nos termos do
disposto nos arts. 39, II, 238, parágrafo único, e 282, II, do CPC. Precedentes. 1, 2, 4 e 5. Omissis. (AgRg
no AREsp 825862/PR; Terceira Turma; Rel. Min. Ricardo Villas Boas Cueva; j. em 05/04/2016; p. DJe
13/04/2016)”

Em face do exposto, não tendo o agravante mantido seu endereço atualizado para intimações, como lhe
competia, constato a ausência de interesse processual no julgamento do feito, de modo que NÃO
CONHEÇO DO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO, nos termos do art. 932, inciso III do Código
de Processo Civil c/c o art. 274, parágrafo único do CPC.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Belém(PA), 17 de agosto de 2021.

ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA


Desembargadora Relatora

Número do processo: 0020451-39.2015.8.14.0104 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO BMG SA


Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE
Participação: RECORRIDO Nome: FRANCISCA IZABEL DA COSTA SOUSA Participação: ADVOGADO
Nome: MAURICIO DE ALENCAR BATISTELLA OAB: 13886/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.


897
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

CARLOS ANDRÉ NEVES DO VALE


Coordenador do Núcleo de Cumprimento e Sessões de Julgamento - UPJ Turmas Recursais
(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0834899-04.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: ALBERTO JOSE


REBELO NEVES Participação: ADVOGADO Nome: JONAS HENRIQUE BAIMA PINHEIRO OAB:
20936/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO AUGUSTO MOURA DE MORAES OAB: 13209/PA
Participação: RECORRENTE Nome: ERICA MICHELE GOMES DOS SANTOS Participação: ADVOGADO
Nome: JONAS HENRIQUE BAIMA PINHEIRO OAB: 20936/PA Participação: ADVOGADO Nome:
MARCIO AUGUSTO MOURA DE MORAES OAB: 13209/PA Participação: RECORRIDO Nome: Estado do
Pará Participação: RECORRIDO Nome: INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO
PARA

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Número do processo: 0800129-93.2019.8.14.0016 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO


BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI
OAB: 28178/PA Participação: RECORRIDO Nome: ANTONIO ALVES QUARESMA Participação:
ADVOGADO Nome: MARCOS SOARES BARROSO OAB: 15847/PA

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898
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS


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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Número do processo: 0802209-53.2016.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: ESTADO DO


PARA Participação: RECORRENTE Nome: ESTADO DO PARA Participação: RECORRIDO Nome:
GLANDERSON FRANK SOUZA LIMA Participação: ADVOGADO Nome: ANGELICA DE FATIMA
JENNINGS DA COSTA SILVA OAB: 21394/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANNA KARLA NACIF
JENNINGS SILVA OAB: 25064/PA

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Lei 11.419/06.

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Número do processo: 0803061-43.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: EMERSON LUIS


NE DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIO DE SOUZA MIRALHA PINGARILHO OAB:
12123/PA Participação: RECORRIDO Nome: CLARO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL
GONCALVES ROCHA OAB: 16538/PA Participação: RECORRIDO Nome: NET SERVICOS DE
COMUNICACAO S/A Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL GONCALVES ROCHA OAB: 16538/PA

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Número do processo: 0007342-40.2015.8.14.0303 Participação: RECORRENTE Nome: RAIMUNDO


NONATO DOS SANTOS VERA CRUZ Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL RODRIGUES
CAETANO OAB: 21301/PA Participação: RECORRIDO Nome: EMPRESA BRASILEIRA DE
TELECOMUNICAÇÕES S/A - EMBRATEL Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL GONCALVES
ROCHA OAB: 16538/PA

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Número do processo: 0000870-77.2014.8.14.0943 Participação: RECORRENTE Nome: ANDRE LUIZ


MORAES DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE LUIZ MORAES DA COSTA OAB:
15413/PA Participação: RECORRIDO Nome: OI- TELEMAR NORTE LESTE S/A Participação:
ADVOGADO Nome: ELADIO MIRANDA LIMA OAB: 86235/RJ

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INTIMAÇÃO

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Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLOS ANDRÉ NEVES DO VALE


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Número do processo: 0808230-40.2019.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: ALDA MARIA DOS


SANTOS LEONIDAS Participação: ADVOGADO Nome: ALVARO AUGUSTO DE PAULA VILHENA OAB:
4771/PA Participação: APELANTE Nome: INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO
PARA Participação: APELADO Nome: INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO
PARA Participação: APELADO Nome: ALDA MARIA DOS SANTOS LEONIDAS Participação:
ADVOGADO Nome: ALVARO AUGUSTO DE PAULA VILHENA OAB: 4771/PA Participação: TERCEIRO
INTERESSADO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR
901
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nome: NELSON PEREIRA MEDRADO OAB: null

EMENTA: APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO REVISIONAL DE PROVENTOS. APOSENTADORIA POR


INVALIDEZ. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. NULIDADE DA SENTENÇA MONOCRÁTICA.
PRELIMINAR NÃO ACOLHIDA. PRETENSÃO DE PERCEPÇÃO DE PROVENTOS INTEGRAIS.
IMPOSSIBILIDADE. DOENÇAS NÃO PREVISTAS NO ROL TAXATIVO DA LEI 8.112/1990. MAJORAÇÃO
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS. NÃO ACOLHIMENTO. VERBA HONORÁRIA
CORRETAMENTE FIXADA. RECURSOS CONHECIDOS E IMPROVIDOS.

I - Não há cerceamento de defesa pelo julgamento antecipado da lide quando a matéria de mérito é
unicamente de direito ou quando as provas produzidas nos autos são suficientes para o julgamento do
processo. Preliminar não acolhida;

II – In casu, Alda Maria dos Santos Leônidas, servidora pública estadual aposentada por invalidez com
proventos proporcionais, ajuizou uma Ação Ordinária pugnando pela revisão de sua aposentadoria, bem
como pelo pagamento de valores retroativos;

III – Compulsando a documentação acostada ao processo, se constata que a autora da ação possui
enfermidades que não estão inseridas entre as doenças consideradas graves no art. 186, inciso I, §1º, da
Lei 8.112/1990, motivo pelo qual, não faz jus a concessão da aposentadoria na integralidade;

IV - O Magistrado, ao fixar os honorários advocatícios de um processo, embora não esteja adstrito aos
limites indicados no art. 85 do NCPC, podendo fixar a verba honorária além ou aquém dos parâmetros
percentuais referidos, ou adotar como base de cálculo o valor dado à causa ou à condenação, deve fazê-
lo com a máxima equidade, atendendo ao grau de zelo do profissional, ao grau de complexidade da causa,
ao trabalho realizado e ao tempo gasto pelo advogado e, em especial, fixá-la de tal forma que não se torne
irrisória ou exorbitante;

V – No caso dos autos, trata-se de uma demanda de baixa complexidade, que não exigiu instrução
probatória ou labor maior do advogado, o que justifica a fixação dos honorários advocatícios
sucumbenciais no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), se mostrando o quantum, portanto, razoável e
proporcional à atuação dos patronos do recorrente;

VI – Recursos de apelação interpostos por Alda Maria dos Santos Leônidas e pelo Instituto de Gestão
Previdenciária do Estado do Pará – IGEPREV conhecidos e julgados improvidos.

Número do processo: 0802610-09.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ESTADO DO PARA


Participação: AGRAVADO Nome: V. N. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: PAULLO ROBERTTO
SILVA PEDROSA OAB: 15760/MA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

0802610-09.2021.8.14.0000

No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das turmas de
Direito Público e Privado intima AGRAVANTE: ESTADO DO PARA AGRAVADO: V. N. D. S. de que foi
interposto Recurso de Agravo Interno, nos autos do presente processo, para apresentação de
contrarrazões, em respeito ao disposto no §2º do artigo 1021 do novo Código de Processo Civil.

Belém, 18 de agosto de 2021.


902
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0805816-02.2019.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ASSOCIACAO


FEIRA DO PRODUTOR RURAL EM CASTANHAL Participação: ADVOGADO Nome: HILDEBRANDO
SABA GUIMARAES JUNIOR OAB: 24538/PA Participação: AGRAVADO Nome: MINISTERIO PUBLICO
DO ESTADO DO PARA

Compulsando os autos de 1º grau, verifica-se que na audiência de conciliação realizada no dia


01/08/2019, o Juízo de 1º grau suspendeu a liminar proferida naqueles autos. Ademais, no id. 18356401, o
Ministério Público se manifestou solicitando que fosse expedido oficio ao Corpo de Bombeiros Militar, bem
como ao Centro de Pericias Cientificas “Renato Chaves”, a fim de que realizassem vistoria in loco, com
emissão de laudos sobre as condições físicas, estruturais e sanitárias do imóvel visando a ratificação do
cumprimento das obrigações.

Dessa forma, considerando o lapso temporal entre a interposição do presente agravo de instrumento e os
acontecimentos processuais posteriores, determino a intimação da parte agravante, para que manifeste,
no prazo de 15 dias, se ainda possui interesse na apreciação do recurso.

Em sendo positiva a manifestação da agravante, oficie-se ao Juízo de 1º grau solicitando informações


acerca do cumprimento da diligência requerida pelo Ministério Público Estadual no id 18356401.

Após, voltem conclusos.

ÀSecretaria Única de Direito Público e Privado, para as providências cabíveis.

Belém, 17 de agosto de 2021.

Desa. Rosileide Maria da Costa Cunha

Relatora

Número do processo: 0806341-13.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ESTADO DO PARA


Participação: AGRAVADO Nome: ROSARIA LANA DE OLIVEIRA LIMA Participação: ADVOGADO Nome:
JOSE DIOGO DE OLIVEIRA LIMA OAB: 16448/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, intima o Recorrente, para no prazo de 05 (cinco) dias, recolher as custas em dobro, sob
pena de deserção, conforme determina o art. 1.007, §4º do CPC, referente ao processo do recurso de
Agravo Interno, em cumprimento à determinação contida no art. 33, § 10 da Lei Ordinária Estadual nº
8.583/17.

Belém, 18 de agosto de 2021.


903
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0055374-53.2013.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: MUNICIPIO DE


BELEM Participação: APELADO Nome: WASHINGTON NAZARENO DA COSTA FERREIRA Participação:
ADVOGADO Nome: JADER NILSON DA LUZ DIAS OAB: 5273/PA Participação: AUTORIDADE Nome:
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIO NONATO
FALANGOLA OAB: null

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça,
intima a parte WASHINGTON NAZARENO DA COSTA FERREIRA de que foi interposto Recurso
Extraordinário, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.030 do
CPC/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0809366-79.2019.8.14.0040 Participação: RECORRENTE Nome: ALBA DA SILVA


RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome: TARCIO DA SILVA BARBIERI OAB: 23055/PA Participação:
ADVOGADO Nome: WILSON HUIDA JUNIOR OAB: 26476/PA Participação: RECORRIDO Nome:
ZURICH MINAS BRASIL SEGUROS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO DE ASSIS
LELIS DE MOURA JUNIOR OAB: 23289/PE Participação: ADVOGADO Nome: MANUELA MOTTA
MOURA DA FONTE OAB: 20397/PE

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Belém/PA, 17/08/2021

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904
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Número do processo: 0800283-55.2019.8.14.0067 Participação: RECORRENTE Nome: ROSALINA


GONCALVES CALDAS Participação: ADVOGADO Nome: TONY HEBER RIBEIRO NUNES OAB:
17571/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: MARIANA BARROS MENDONCA OAB: 121891/RJ Participação: ADVOGADO
Nome: LUIS CARLOS MONTEIRO LAURENCO OAB: 16780/BA

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

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Lei 11.419/06.

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Belém/PA, 17/08/2021

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(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0806416-90.2019.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: AUREA DE


NAZARETH BULHOES WESCHE Participação: ADVOGADO Nome: BRUNA PAIVA JASSÉ OAB:
22912/PA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON MAURICIO DE ARAUJO JASSE OAB: 18898/PA
Participação: RECORRIDO Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
Participação: ADVOGADO Nome: SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA MOURAO OAB: 5627/PA

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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

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Lei 11.419/06.
905
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OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Número do processo: 0801745-18.2019.8.14.0012 Participação: RECORRENTE Nome: MARIA


RAIMUNDA PINTO PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: FREDERICK FIALHO KLITZKE OAB:
20469/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOCELINDO FRANCES MEDEIROS OAB: 3630/PA
Participação: RECORRIDO Nome: BANCO PAN S.A. Participação: ADVOGADO Nome: JOAO VITOR
CHAVES MARQUES DIAS OAB: 30348/CE

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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

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Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Coordenador do Núcleo de Cumprimento e Sessões de Julgamento - UPJ Turmas Recursais
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Número do processo: 0823220-07.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: TARSO


GLAIDSON SARRAF RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: ISABELA DE SOUZA PIMENTEL
OAB: 24904/PA Participação: ADVOGADO Nome: EMERSON ALMEIDA LIMA JUNIOR OAB: 18608/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE LUIZ SERRAO PINHEIRO OAB: 11960/PA Participação:
RECORRIDO Nome: OUTER SPACE MEDIA LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO
906
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DE AQUINO LEONARDO LOPES OAB: 75883/MG

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Belém/PA, 17/08/2021

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Número do processo: 0804759-35.2018.8.14.0015 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO PAN S.A.


Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE
Participação: RECORRIDO Nome: ANA MARIA DA COSTA SOARES Participação: ADVOGADO Nome:
KLEBER CICERO FARIAS SANTOS OAB: 14889/PA

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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

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CARLOS ANDRÉ NEVES DO VALE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Coordenador do Núcleo de Cumprimento e Sessões de Julgamento - UPJ Turmas Recursais


(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0837097-77.2018.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: LILIANE


RODRIGUES MARTINS Participação: ADVOGADO Nome: GLAUCILENE SANTOS CABRAL OAB:
12595/PA Participação: RECORRIDO Nome: AVON COSMETICOS LTDA. Participação: ADVOGADO
Nome: HORACIO PERDIZ PINHEIRO NETO OAB: 157407/SP

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INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Número do processo: 0006715-65.2017.8.14.0012 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO BMG SA


Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO SCOPEL OAB: 40004/RS Participação: RECORRIDO Nome:
NINA XAVIER LOBATO Participação: ADVOGADO Nome: JOSE DIEGO WANZELER GONCALVES OAB:
21633/PA

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Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
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Número do processo: 0807142-10.2019.8.14.0028 Participação: RECORRENTE Nome: MANOEL DUTRA


Participação: ADVOGADO Nome: JOZENILDA NASCIMENTO SANTANA OAB: 18441/PA Participação:
RECORRIDO Nome: OI MOVEL S.A. Participação: ADVOGADO Nome: VERA LUCIA LIMA LARANJEIRA
OAB: 17196/PA Participação: ADVOGADO Nome: ELADIO MIRANDA LIMA OAB: 86235/RJ

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Número do processo: 0860796-97.2018.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: Estado do Pará


Participação: RECORRIDO Nome: RENATA SILVA DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome:
LARISSA DE AZEVEDO MOORE OAB: 22707/PA
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Lei 11.419/06.

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Número do processo: 0800064-39.2020.8.14.0089 Participação: APELANTE Nome: JOSE MARIA LIMA


NOGUEIRA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE MARIA DE OLIVEIRA FILHO OAB: 24284/PA
Participação: ADVOGADO Nome: Alex da Silva Brandão OAB: 13741/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ELSON TENORIO BRAGA OAB: 28496/PA Participação: APELADO Nome: MUNICÍPIO DE
MELGAÇO Participação: APELADO Nome: SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO DO MUNICIPIO DE
MELGAÇO Participação: AUTORIDADE Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DA DESA. ELVINA GEMAQUE TAVEIRA

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Preenchidos os requisitos legais, bem como as formalidades do art.1.010 do Código de Processo Civil,
recebo a Apelação Cível em ambos os efeitos, nos termos do caput do artigo 1.012 e 1.013 do diploma
supramencionado.

Remetam-se os autos ao Órgão Ministerial nesta Superior Instância, para manifestar-se como fiscal da
ordem jurídica.

ÀSecretaria, para os devidos fins.

P.R.I.C.

Belém/PA,

ELVINA GEMAQUE TAVEIRA


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Desembargadora Relatora

Número do processo: 0867554-58.2019.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: COMPANHIA DE


TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL OLIVEIRA LIMA OAB:
59/PA Participação: APELANTE Nome: MUNICIPIO DE BELEM Participação: APELANTE Nome:
Presidente João Bosco Vasconcelos de Miranda Júnior Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL
OLIVEIRA LIMA OAB: 59/PA Participação: ADVOGADO Nome: GLEUCE DE SOUZA LINO OAB:
10194/PA Participação: APELADO Nome: Presidente João Bosco Vasconcelos de Miranda Júnior
Participação: ADVOGADO Nome: GLEUCE DE SOUZA LINO OAB: 10194/PA Participação: ADVOGADO
Nome: RAFAEL OLIVEIRA LIMA OAB: 59/PA Participação: APELADO Nome: MUNICIPIO DE BELEM
Participação: APELADO Nome: COMPANHIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Participação:
ADVOGADO Nome: RAFAEL OLIVEIRA LIMA OAB: 59/PA Participação: APELADO Nome: ALEXANDRE
XAVIER SILVA DE ARAUJO Participação: ADVOGADO Nome: WILLIBALD QUINTANILHA BIBAS NETTO
OAB: 17699/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ
Participação: PROCURADOR Nome: MARIA TERCIA AVILA BASTOS DOS SANTOS OAB: null

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça,
intima a parte APELANTE: COMPANHIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, PRESIDENTE JOÃO
BOSCO VASCONCELOS DE MIRANDA JÚNIOR
ALEXANDRE XAVIER SILVA DE ARAUJO de que foi interposto Recurso Especial, estando facultada a
apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.030 do CPC/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0812325-12.2020.8.14.0000 Participação: AUTORIDADE Nome: MUNICIPIO DE


ANANINDEUA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO LUIS BRASIL BATISTA ROLIM DE CASTRO
OAB: 14045/PA Participação: AGRAVADO Nome: EMPRESA DE PESQUISAS TECNICAS - EIRELI
Participação: ADVOGADO Nome: REBEKA GOMES MONTEIRO DO NASCIMENTO OAB: 31906/PE
Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
PROCURADOR Nome: MARIZA MACHADO DA SILVA LIMA OAB: null

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

0812325-12.2020.8.14.0000

No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das Turmas de
Direito Público e Privado intima a parte interessada de que foi opostos Recurso de Embargos de
Declaração, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.023, §2º, do
CPC/2015.
911
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0001785-59.2016.8.14.0005 Participação: APELANTE Nome: NORTE ENERGIA


S/A Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE DOS SANTOS PEREIRA VECCHIO OAB: 49/CE
Participação: APELADO Nome: DIORLANDO JOSE PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: NILTON
RICARDO EBRAHIM DE LIMA OAB: 128/PA Participação: ADVOGADO Nome: ELAINE CRISTINA
BRAGA SOUZA OAB: 10450/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIZA MACHADO DA SILVA LIMA OAB: null

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

0001785-59.2016.8.14.0005

No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das Turmas de
Direito Público e Privado intima a parte interessada de que foi opostos Recurso de Embargos de
Declaração, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.023, §2º, do
CPC/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0804830-77.2021.8.14.0000 Participação: REPRESENTANTE Nome: MUNICIPIO


DE BELEM Participação: AUTORIDADE Nome: RITA FONSECA DA SILVA Participação: ADVOGADO
Nome: VICTOR RENATO SILVA DE SOUZA OAB: 15015/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

0804830-77.2021.8.14.0000

No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das turmas de
Direito Público e Privado intima RITA FONSECA DA SILVA de que foi interposto Recurso de Agravo
Interno, nos autos do presente processo, para apresentação de contrarrazões, em respeito ao disposto no
§2º do artigo 1021 do novo Código de Processo Civil.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0802711-76.2019.8.14.0045 Participação: APELANTE Nome: ALEXANDRE JULIO


DE ALBUQUERQUE MARANHAO Participação: ADVOGADO Nome: PAULA ANDRADE GOES SODRE
OAB: 015745/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO CARMELENGO BARBOZA OAB: 25/SP
Participação: APELADO Nome: COORDENADOR DO CERAT/SEFA EM REDENÇÃO/PA Participação:
APELADO Nome: ESTADO DO PARA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: ESTEVAM ALVES SAMPAIO FILHO OAB: null
912
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. SENTENÇA DE INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO


INICIAL. IMPOSSIBILIDADE. PRESENÇA DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. DESNECESSIDADE DE
DILAÇÃO PROBATÓRIA. ICMS. TRANSPORTE DE BOVINOS ENTRE FAZENDAS DO MESMO
PROPRIETÁRIO. INEXISTÊNCIA DE MUDANÇA DE TITULARIDADE. RETORNO AO PRIMEIRO GRAU
PARA O REGULAR PROCESSAMENTO DO FEITO. JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO.

1. Depreende-se dos autos que a sentença indeferiu a petição inicial do Mandado de Segurança diante do
entendimento de que o Impetrante não teria demonstrado a existência de direito líquido e certo a justificar
a concessão da segurança e assim julgou extinto o processo com fulcro no art. 6º, § 5º da Lei 12.016/2009
c/c art. 485, I do Código de Processo Civil;

2. Considerando que a questão posta aos autos se restringe à matéria de direito, cujos fatos necessários
ao deslinde da controvérsia podem ser demonstrados por meio dos documentos juntados, quais sejam,
sua inscrição no Estado do Pará, informando que a sua atividade principal é a criação de gado bovino para
o corte; certidão de Matrícula, a qual demonstra ser o agravado proprietário da Fazenda Eldorado, com
endereço na Estrada da Joncon Km 10, s/nº, Zona Rural, Município de Arapoema, também informando
que sua atividade principal é a criação de gado bovino para o corte; escritura do imóvel denominado
Fazenda Eldorado, localizado no Município de Arapoema – TO, por meio da qual demonstra ser o
proprietário deste imóvel; certificados de matrícula de ambas as propriedades no nome do Apelante, e guia
de trânsito animal entre as propriedades do agravado;

4. Deste modo, tenho como presente o direito líquido e certo do Apelante, eis que de acordo com os
documentos colacionados aos autos, é evidente que possui a propriedade das duas Fazendas localizadas
nos estados do Pará e de Tocantins, de modo que verifico que não se faz necessária dilação probatória
para a análise do feito, ainda que na via estreita do mandamus;

5. Demonstrada a presença de prova pré-constituida, tendo sido, para tanto, juntados os documentos que
permitem a análise do alegado direito líquido e certo, deve ser reformada a sentença que indeferiu a
petição inicial. Jurisprudência do TJPA;

6. Recurso de Apelação conhecido e provido para determinar o retorno dos autos ao primeiro grau
a fim de que, instaurado o contraditório, haja o regular processamento do feito. À unanimidade.

Número do processo: 0815491-90.2018.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: WIVIANY


MADEIRA MACHADO Participação: ADVOGADO Nome: ISABELA DE SOUZA PIMENTEL OAB:
24904/PA Participação: ADVOGADO Nome: EMERSON ALMEIDA LIMA JUNIOR OAB: 18608/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELLA MORAES DOS SANTOS OAB: 25106/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ANDRE LUIZ SERRAO PINHEIRO OAB: 11960/PA Participação: RECORRIDO
Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA
Participação: RECORRIDO Nome: ATIVOS S.A. SECURITIZADORA DE CREDITOS FINANCEIROS
Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL FURTADO AYRES OAB: 17380/DF

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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.
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INTIMAÇÃO

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Número do processo: 0851751-35.2019.8.14.0301 Participação: AUTORIDADE Nome: NORMA REGINA


SETUBAL MOREIRA Participação: ADVOGADO Nome: LINDALVA NAZARE VASCONCELOS
MAGALHAES OAB: 2073/PA Participação: AUTORIDADE Nome: INSTITUTO DE GESTAO
PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA

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Número do processo: 0801534-11.2015.8.14.0953 Participação: RECORRENTE Nome: DAVID OLIVEIRA


FELIX Participação: ADVOGADO Nome: JORGE WILSON SOUZA DA SILVA OAB: 10393/PA
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Participação: RECORRIDO Nome: TELEFONICA BRASIL Participação: ADVOGADO Nome: WILKER


BAUHER VIEIRA LOPES OAB: 29320/GO Participação: RECORRIDO Nome: SERASA S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: EDSON ANTONIO SOUSA PINTO OAB: 4643/RO Participação: ADVOGADO Nome:
GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA

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Número do processo: 0823012-86.2018.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: ANTONIO


CARLOS BARBOSA CAVALCANTE Participação: ADVOGADO Nome: CLEBIA DE SOUSA COSTA OAB:
13915/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANA CAVALCANTE NOBREGA DA CRUZ OAB: 17842/PA
Participação: RECORRIDO Nome: Estado do Pará

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Belém/PA, 18 de agosto de 2021.


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(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0007094-94.2013.8.14.0028 Participação: RECORRENTE Nome: MARIA DOS REIS


SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: FELIX SILVEIRA GAZEL OAB: 7987/PA Participação:
RECORRIDO Nome: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A.
Participação: ADVOGADO Nome: MARILIA DIAS ANDRADE OAB: 14351/PA Participação: ADVOGADO
Nome: LUANA SILVA SANTOS OAB: 16292/PA

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Número do processo: 0810649-04.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: JONAS PAIVA


BOTELHO Participação: ADVOGADO Nome: MARIA DE NAZARE DA SILVA PEREIRA OAB: 4198/PA
Participação: RECORRIDO Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO ONDAS DO SAL I Participação:
ADVOGADO Nome: ALBYNO FRANCISCO ARRAIS CRUZ OAB: 12600/PA

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Número do processo: 0827272-41.2020.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: DANIEL AMORAS


DE MIRANDA Participação: ADVOGADO Nome: JADER NILSON DA LUZ DIAS OAB: 5273/PA
Participação: RECORRIDO Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM

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CARLOS ANDRÉ NEVES DO VALE


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(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0853058-24.2019.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: ESTADO DO


PARA Participação: RECORRIDO Nome: SANDRA REGINA DA FONSECA PAES Participação:
917
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ADVOGADO Nome: RUBEM DE SOUZA MEIRELES NETO OAB: 22252/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

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Número do processo: 0004265-08.2018.8.14.0080 Participação: RECORRENTE Nome: SEGURADORA


LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A. Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTA
MENEZES COELHO DE SOUZA OAB: 11307/PA Participação: RECORRIDO Nome: MARIA DAIANE
GUIMARAES BARBOSA Participação: ADVOGADO Nome: LORENA CRISTINA GOMES DE SOUSA
OAB: 21081/PA

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.


918
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Número do processo: 0800694-87.2016.8.14.0040 Participação: RECORRENTE Nome: MARIA EDNA DA


SILVA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAELLA MONTEIRO DA SILVA OAB: 23122/PA
Participação: ADVOGADO Nome: FABIO LEMOS DA SILVA OAB: 13794/PA Participação: RECORRIDO
Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Número do processo: 0002768-74.2013.8.14.0066 Participação: RECORRENTE Nome: VIVO


Participação: ADVOGADO Nome: JACKELAYDY DE OLIVEIRA FREIRE OAB: 8508/PA Participação:
RECORRIDO Nome: IRIS RODRIGUES CHAVES Participação: ADVOGADO Nome: MAURICIO
TRAMUJAS ASSAD OAB: 15737/PA

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
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919
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INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

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Número do processo: 0801195-41.2016.8.14.0040 Participação: RECORRENTE Nome: QUESIA DE


MOURA BARROS Participação: ADVOGADO Nome: QUESIA DE MOURA BARROS OAB: 22091/PA
Participação: RECORRIDO Nome: TELEFONICA BRASIL Participação: ADVOGADO Nome: WILKER
BAUHER VIEIRA LOPES OAB: 29320/GO Participação: ADVOGADO Nome: JACKELAYDY DE
OLIVEIRA FREIRE OAB: 8508/PA

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Número do processo: 0012092-69.2013.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: VALE S.A.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Participação: ADVOGADO Nome: LUISA MENDES FRANCES OAB: 30240/PA Participação: ADVOGADO
Nome: SERGIO FIUZA DE MELLO MENDES FILHO OAB: 13339/PA Participação: ADVOGADO Nome:
ALEXANDRE COUTINHO DA SILVEIRA OAB: 13303/PA Participação: ADVOGADO Nome: AFONSO
MARCIUS VAZ LOBATO OAB: 8265/PA Participação: APELADO Nome: Estado do Pará Participação:
AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR
Nome: MANOEL SANTINO NASCIMENTO JUNIOR OAB: null

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

0012092-69.2013.8.14.0040

No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das Turmas de
Direito Público e Privado intima a parte interessada de que foi opostos Recurso de Embargos de
Declaração, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.023, §2º, do
CPC/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Número do processo: 0838869-12.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: CLAUDIONOR


NASCIMENTO MELO Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE MESQUITA DE MEDEIROS
BRANCO OAB: 5944/PA Participação: ADVOGADO Nome: ADMIR SOARES DA SILVA OAB: 10276/PA
Participação: RECORRIDO Nome: MARIA DE NAZARE DA COSTA BARBOSA Participação: ADVOGADO
Nome: DAVID ALEXANDRE DE SOUZA KESTERING OAB: 22812/PA Participação: ADVOGADO Nome:
PAULA ROBERTA BATISTA PINHEIRO OAB: 20625/PA

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0800812-19.2018.8.14.0032 Participação: RECORRENTE Nome: IVONE MOTA


BATISTA Participação: ADVOGADO Nome: AFONSO OTAVIO LINS BRASIL OAB: 10628/PA
Participação: RECORRIDO Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO
TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA

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Número do processo: 0002773-96.2013.8.14.0066 Participação: RECORRENTE Nome: VIVO


Participação: ADVOGADO Nome: JACKELAYDY DE OLIVEIRA FREIRE OAB: 8508/PA Participação:
RECORRIDO Nome: LIDIANE ALVES CACHIADO Participação: ADVOGADO Nome: MAURICIO
TRAMUJAS ASSAD OAB: 15737/PA

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Número do processo: 0800479-67.2018.8.14.0032 Participação: RECORRENTE Nome: ADRIELE


RODRIGUES MAIA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO BOAVENTURA MAIA MEDEIROS OAB:
8409/PA Participação: ADVOGADO Nome: CARIM JORGE MELEM NETO OAB: 13789/PA Participação:
RECORRIDO Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE
BARCELOS OAB: 21148/PA

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Número do processo: 0801408-54.2019.8.14.0133 Participação: RECORRENTE Nome: LUCIANA


FONSECA FELIPE Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL TERENCIO MARTINS SANTANA OAB:
28882/PA Participação: RECORRIDO Nome: FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS
NAO-PADRONIZADOS NPL I Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANO DA SILVA BURATTO OAB:
179235/SP
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Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Número do processo: 0800732-55.2018.8.14.0032 Participação: RECORRENTE Nome: JOSEFA BRITO


BEZERRA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO BOAVENTURA MAIA MEDEIROS OAB: 8409/PA
Participação: ADVOGADO Nome: CARIM JORGE MELEM NETO OAB: 13789/PA Participação:
RECORRIDO Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE
BARCELOS OAB: 21148/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA
OAB: 21078/PA

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

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Número do processo: 0800785-36.2018.8.14.0032 Participação: RECORRENTE Nome: JOCIANE


SALDANHA SOLTO Participação: ADVOGADO Nome: PAULO BOAVENTURA MAIA MEDEIROS OAB:
8409/PA Participação: ADVOGADO Nome: CARIM JORGE MELEM NETO OAB: 13789/PA Participação:
RECORRIDO Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ARNALDO
JANSSEN NOGUEIRA OAB: 21078/PA

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

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(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0049315-83.2012.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: Estado do Pará


Participação: APELADO Nome: JANAINA SETUBAL GUEDES Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE
GARCIA LISBOA BORGES OAB: 16465/PA

PODER JUDICIÁRIO
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GABINETE DA DESA. ELVINA GEMAQUE TAVEIRA

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Preenchidos os requisitos de admissibilidade, bem como as formalidades do art. 1.010 do Código

de Processo Civil/2015, recebo a apelação em duplo efeito, nos termos do caput do artigo 1.012 e
925
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

1.013 do diploma supramencionado.

Remetam-se os autos eletrônicos (Processo nº 0049315-83.2012.8.14.0301 – PJE) ao órgão

ministerial nesta instância superior para manifestar-se como fiscal da ordem jurídica.

ÀSecretaria, para os devidos fins.

P.R.I.C

Belém/PA.

ELVINA GEMAQUE TAVEIRA

Desembargadora relatora

Número do processo: 0004585-60.2016.8.14.0005 Participação: APELANTE Nome: ERIVANDO


OLIVEIRA AMARAL Participação: ADVOGADO Nome: WEVERTON CARDOSO OAB: 13721/PA
Participação: ADVOGADO Nome: EDINALDO CARDOSO REIS OAB: 014474/PA Participação: APELADO
Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: PREFEITURA
MUNICIPAL DE VITORIA DO XINGU

Vistos.

Determino que seja reiterada a intimação do apelante, com preenchimento do endereço correto, porquanto
o documento de fls. 328 (Id. nº 5813036) possui endereço totalmente estranho aos informados na petição
inicial e no próprio recurso de apelação.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA


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Desembargadora

Número do processo: 0829957-89.2018.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: EASA-


ESTALEIROS AMAZONIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: PERLLA DE ALMEIDA BARBOSA
PEREIRA OAB: 24899/PA Participação: RECORRIDO Nome: PALMAS COMERCIAL LTDA - ME
Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANA MARTINS PINTO OAB: 21599/PA

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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

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Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Número do processo: 0800245-68.2016.8.14.0028 Participação: RECORRENTE Nome: EDILTON


CARDOSO LUZ Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA MENDONCA DE ABREU OAB: 2051/TO
Participação: RECORRIDO Nome: ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: JULIANO JOSE HIPOLITI OAB: 11513/MS Participação: RECORRIDO
Nome: R MOTOS LIMITADA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO MENEZES COELHO DE SOUZA
OAB: 8770/PA Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL DE MEIRA LEITE OAB: 12969/PA

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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

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Lei 11.419/06.

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Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

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(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0816921-14.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: ELDA DE AVIS


SOUSA BARRETO 59633182204 Participação: ADVOGADO Nome: WELLINGTON FARIAS MACHADO
OAB: 6945/PA Participação: ADVOGADO Nome: THAYARA CORREA FERREIRA OAB: 20434/PA
Participação: RECORRIDO Nome: REDECARD S/A Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO
AUGUSTO PENTEADO OAB: 88737/RJ Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA SENTO SE ROSSI
OAB: 16330/BA

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Número do processo: 0826296-39.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: EDSON SANTOS


DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO EDUARDO CARDOSO DA COSTA OAB:
928
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9083/PA Participação: RECORRIDO Nome: NORTE REFRIGERACAO LTDA Participação: ADVOGADO


Nome: NELSON ADSON ALMEIDA DO AMARAL OAB: 7203/PA Participação: ADVOGADO Nome:
LUCAS GOMES BOMBONATO OAB: 19067/PA Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL LACERDA
FARIAS OAB: 9933/PA

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLOS ANDRÉ NEVES DO VALE


Coordenador do Núcleo de Cumprimento e Sessões de Julgamento - UPJ Turmas Recursais
(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0800051-40.2020.8.14.0089 Participação: APELANTE Nome: SILVANO CORREA


VILAR Participação: ADVOGADO Nome: JOSE MARIA DE OLIVEIRA FILHO OAB: 24284/PA
Participação: ADVOGADO Nome: Alex da Silva Brandão OAB: 13741/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ELSON TENORIO BRAGA OAB: 28496/PA Participação: APELADO Nome: MUNICÍPIO DE
MELGAÇO Participação: APELADO Nome: SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO DO MUNICIPIO DE
MELGAÇO

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GABINETE DA DESA. ELVINA GEMAQUE TAVEIRA

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Preenchidos os requisitos legais, bem como as formalidades do art.1.010 do Código de Processo Civil,
recebo a Apelação Cível em ambos os efeitos, nos termos do caput do artigo 1.012 e 1.013 do diploma
supramencionado.

Remetam-se os autos ao Órgão Ministerial nesta Superior Instância, para manifestar-se como fiscal da
ordem jurídica.

ÀSecretaria, para os devidos fins.


929
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

P.R.I.C.

Belém/PA,

ELVINA GEMAQUE TAVEIRA

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0800904-46.2016.8.14.0006 Participação: RECORRENTE Nome: SAMUEL


OLIVEIRA CRUZ Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO DE MELO ALVES OAB: 19561/PA
Participação: RECORRIDO Nome: LAGO VERDE IMOVEIS LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome:
JOSE DE SOUZA PINTO FILHO OAB: 13974/PA Participação: RECORRIDO Nome: URUTAIMBÉ
GUARANI DOS SANTOS AGUIAR Participação: ADVOGADO Nome: JOSE DE SOUZA PINTO FILHO
OAB: 13974/PA

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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

Belém/PA, 17/08/2021

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(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0800129-44.2017.8.14.0055 Participação: RECORRENTE Nome: MARIA VITORIA


DE MOURA Participação: ADVOGADO Nome: RAUL CASTRO E SILVA OAB: 872/PA Participação:
RECORRIDO Nome: BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA
SENTO SE ROSSI OAB: 16330/BA

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930
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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Número do processo: 0831459-29.2019.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: CLARA DAMOUS


PACHECO Participação: ADVOGADO Nome: ELKE DA PENHA GONCALVES DA SILVA OAB: 17833/PA
Participação: RECORRIDO Nome: BANCO BRADESCO S/A Participação: ADVOGADO Nome: NELSON
WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES OAB: 15201/PA

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Lei 11.419/06.

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Número do processo: 0001288-68.2018.8.14.0007 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO ITAU


BMG CONSIGNADO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LUIS CARLOS MONTEIRO LAURENCO
OAB: 16780/BA Participação: RECORRIDO Nome: JOSE DEURIVAL MACHADO Participação:
ADVOGADO Nome: GUSTAVO LIMA BUENO OAB: 21306/PA

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Número do processo: 0800260-80.2019.8.14.0012 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO BMG SA


Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE
Participação: RECORRIDO Nome: JOSE DE SOUZA SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE
DIEGO WANZELER GONCALVES OAB: 21633/PA

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Número do processo: 0800090-58.2019.8.14.0061 Participação: RECORRENTE Nome: LUCIMAR DA


LUZ MONTEIRO Participação: ADVOGADO Nome: ALYSSON VINICIUS MELLO SLONGO OAB:
14033/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO CETELEM S.A. Participação: ADVOGADO Nome:
MARIA DO PERPETUO SOCORRO MAIA GOMES OAB: 24039/PA

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Número do processo: 0800309-58.2018.8.14.0012 Participação: RECORRENTE Nome: MARIA ELISIA DA


CRUZ BARRA Participação: ADVOGADO Nome: FREDERICK FIALHO KLITZKE OAB: 20469/PA
Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANA BARROS DE MEDEIROS OAB: 19482/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOCELINDO FRANCES MEDEIROS OAB: 3630/PA Participação: RECORRIDO
Nome: BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: NELSON MONTEIRO
DE CARVALHO NETO OAB: 60359/RJ

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Número do processo: 0800559-91.2018.8.14.0012 Participação: RECORRENTE Nome: LUIS FERREIRA


Participação: ADVOGADO Nome: FREDERICK FIALHO KLITZKE OAB: 20469/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOCELINDO FRANCES MEDEIROS OAB: 3630/PA Participação: RECORRIDO
Nome: BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA SENTO SE
ROSSI OAB: 16330/BA

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Número do processo: 0800573-75.2018.8.14.0012 Participação: RECORRENTE Nome: RODRIGO


RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: FREDERICK FIALHO KLITZKE OAB: 20469/PA
Participação: ADVOGADO Nome: JOCELINDO FRANCES MEDEIROS OAB: 3630/PA Participação:
RECORRIDO Nome: BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: NELSON
MONTEIRO DE CARVALHO NETO OAB: 60359/RJ

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Número do processo: 0013555-91.2017.8.14.0012 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO ITAU


BMG CONSIGNADO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: NELSON MONTEIRO DE CARVALHO NETO
OAB: 60359/RJ Participação: RECORRIDO Nome: ANA LUCIA GARCIA DOS SANTOS Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE DIEGO WANZELER GONCALVES OAB: 21633/PA

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Lei 11.419/06.

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Número do processo: 0800111-67.2018.8.14.0029 Participação: RECORRENTE Nome: NESTOR


MONTEIRO DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO CARDOSO DA MOTTA OAB:
19547/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: NELSON MONTEIRO DE CARVALHO NETO OAB: 60359/RJ

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Número do processo: 0800934-58.2019.8.14.0109 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO PAN S.A.


Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE
Participação: RECORRIDO Nome: ARMIRO SOARES DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome:
IGOR CRUZ DE AQUINO OAB: 26637/PA

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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

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Número do processo: 0804628-75.2018.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: TEREZINHA


PEREIRA NERY Participação: RECORRIDO Nome: MUNICIPIO DE BELEM

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Número do processo: 0800280-08.2018.8.14.0012 Participação: RECORRENTE Nome: ALVARO


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PIMENTEL Participação: ADVOGADO Nome: JOCELINDO FRANCES MEDEIROS OAB: 3630/PA


Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANA BARROS DE MEDEIROS OAB: 19482/PA Participação:
ADVOGADO Nome: FREDERICK FIALHO KLITZKE OAB: 20469/PA Participação: RECORRIDO Nome:
BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA SENTO SE ROSSI
OAB: 16330/BA

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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

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Número do processo: 0003155-21.2018.8.14.0032 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO DA


AMAZONIA SA [BASA DIRECAO GERAL] Participação: ADVOGADO Nome: ELAINE AYRES BARROS
OAB: 2402/TO Participação: RECORRIDO Nome: JOSE MARIA BARBOSA DE LIMA Participação:
ADVOGADO Nome: CARIM JORGE MELEM NETO OAB: 13789/PA

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Número do processo: 0845545-73.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: MARCO


ANTONIO DIAS DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA ELIANE CUNHA DIAS OAB:
24352/PA Participação: ADVOGADO Nome: STEPHANIE CAROLINE DA SILVA COELHO OAB:
24304/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAELA CARVALHO DOS SANTOS LEITE OAB:
16194/PA Participação: RECORRIDO Nome: JOSE CARLOS QUEIROZ DA SILVA Participação:
ADVOGADO Nome: JORGE ANDRADE DE SOUZA OAB: 7773/PA Participação: RECORRIDO Nome:
HELAINE DO SOCORRO LIMA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: JORGE ANDRADE DE
SOUZA OAB: 7773/PA

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Número do processo: 0800866-43.2017.8.14.0024 Participação: RECORRENTE Nome: MARIA SUELI


PANTOJA DE VASCONCELOS Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO ROBERTO PEREIRA DE
SOUZA OAB: 13025/PA Participação: RECORRENTE Nome: MARIA DA CONCEICAO DOS SANTOS
BELEM Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO ROBERTO PEREIRA DE SOUZA OAB: 13025/PA
Participação: RECORRENTE Nome: PABLO VINICIUS MARQUES NUNEZ Participação: ADVOGADO
Nome: BRUNO ROBERTO PEREIRA DE SOUZA OAB: 13025/PA Participação: RECORRENTE Nome:
SIRLEY MARLISSON DE SOUSA MAIA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO ROBERTO PEREIRA
DE SOUZA OAB: 13025/PA Participação: RECORRENTE Nome: LORENISE HAESER Participação:
ADVOGADO Nome: BRUNO ROBERTO PEREIRA DE SOUZA OAB: 13025/PA Participação:
939
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RECORRENTE Nome: JOSEMAR SOUSA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO


ROBERTO PEREIRA DE SOUZA OAB: 13025/PA Participação: RECORRENTE Nome: FABBIO DE
OLIVEIRA RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO ROBERTO PEREIRA DE SOUZA
OAB: 13025/PA Participação: RECORRENTE Nome: RAIMUNDO CELSO PIMENTEL BORGES
Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO ROBERTO PEREIRA DE SOUZA OAB: 13025/PA
Participação: RECORRIDO Nome: TATIELI BETIOL YANES Participação: ADVOGADO Nome: JESSICA
BUENO DE AGUIAR OAB: 14532/PA

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Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Coordenador do Núcleo de Cumprimento e Sessões de Julgamento - UPJ Turmas Recursais
(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0824764-30.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: AMANDA


MAGNO DE PARIJOS Participação: ADVOGADO Nome: MARLY DO SOCORRO MAGNO DE PARIJOS
OAB: 17988/PA Participação: ADVOGADO Nome: DANYELLY MAGNO DE PARIJOS OAB: 19748/PA
Participação: RECORRIDO Nome: GOL TRANSPORTES AEREOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome:
TIAGO LUIZ RODRIGUES NEVES OAB: 10042/MA

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Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Número do processo: 0003034-25.2017.8.14.0065 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO


BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome: RUBENS GASPAR SERRA OAB: 43367/SC
Participação: RECORRIDO Nome: A S CASTRO TURISMO - ME Participação: ADVOGADO Nome:
LUCENILDA DE ABREU ALMEIDA OAB: 8858/PA

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Número do processo: 0010186-52.2018.8.14.0110 Participação: RECORRENTE Nome: MARIA LINA DE


SENA Participação: ADVOGADO Nome: HENRIQUE BONA BRANDAO MOUSINHO NETO OAB:
16131/PA Participação: RECORRIDO Nome: SUDAMERICA CLUBE DE SERVICOS Participação:
ADVOGADO Nome: ANDRE LUIZ LUNARDON OAB: 23304/PR

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Número do processo: 0005448-52.2017.8.14.0014 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO BMG SA


Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA OAB: 109730/MG Participação:
RECORRIDO Nome: MARIA JOSE RODRIGUES DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome:
RICARDO SINIMBU DE LIMA MONTEIRO OAB: 14745/PA

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Número do processo: 0003667-98.2017.8.14.0012 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO BMG SA


Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE
Participação: RECORRIDO Nome: RAIMUNDA NUNES DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: LUIS
FERNANDO FRANCEZ SASSIM OAB: 17100/PA

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Número do processo: 0807985-34.2016.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: SANDRA LUCIA


GOES CARDOSO Participação: ADVOGADO Nome: JOSANDRA MAUES LONDRES SANTOS OAB:
22151/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO RODRIGUES BASTOS OAB: 15022/PA
Participação: RECORRIDO Nome: IEFAP - INSTITUTO DE ENSINO, FORMACAO E
APERFEICOAMENTO LTDA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO MARQUES GUILHON OAB:
6845/PA

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Número do processo: 0802098-42.2017.8.14.0040 Participação: RECORRENTE Nome: F. V. OLIVEIRA


SARAIVA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO HENRIQUE CASALE OAB: 20673/PA Participação:
RECORRIDO Nome: ARMAZEM MATEUS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE JANSEN
CUTRIM OAB: 16998/MA

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Número do processo: 0800063-48.2017.8.14.0028 Participação: RECORRENTE Nome: FABIANO REIS


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: KARINA FURMAN OAB: 16048/PA Participação: RECORRIDO
Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA

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Número do processo: 0001478-63.2014.8.14.0074 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO DO


ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA
Participação: RECORRIDO Nome: MARIA DE LOURDES ALEXANDRE MARTINS Participação:
ADVOGADO Nome: NAOKI DE QUEIROZ SAKAGUCHI OAB: 13620/PA

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Número do processo: 0800911-17.2019.8.14.9000 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO BMG


Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO SCOPEL OAB: 40004/RS Participação: ADVOGADO Nome:
CARLOS EDUARDO PEREIRA TEIXEIRA OAB: 100945/RJ Participação: ADVOGADO Nome: CARLA DA
PRATO CAMPOS OAB: 156844/SP Participação: RECORRIDO Nome: MARIA DO CARMO PEREIRA
Participação: ADVOGADO Nome: SERGIO SILVA LIMA OAB: 7051/PA

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Número do processo: 0005722-11.2012.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: EQUATORIAL PARA


DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: JIMMY SOUZA DO CARMO OAB:
18329/PA Participação: ADVOGADO Nome: AFONSO MARCIUS VAZ LOBATO OAB: 8265/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE COUTINHO DA SILVEIRA OAB: 13303/PA Participação:
ADVOGADO Nome: SERGIO FIUZA DE MELLO MENDES FILHO OAB: 13339/PA Participação:
APELADO Nome: MUNICIPIO DE PARAUAPEBAS

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO EM


APELAÇÃO CÍVEL. ALEGAÇÃO DE EXISTÊNCIA DE OMISSÃO E OBSCURIDADE NO JULGADO
IMPUGNADO. VÍCIOS NÃO VERIFICADOS. REDISCUSSÃO DE PONTO DEVIDAMENTE ANALISADO.
MEDIDA INCABÍVEL EM SEDE DE ACLARATÓRIOS. EMBARGOS REJEITADOS. DECISÃO UNÂNIME.

1. Tendo a decisão embargada sido proferida de forma fundamentada, não se observa qualquer dos vícios
do art. 1.022 do CPC/15 a ensejar a oposição dos embargos de declaração.

2. Os aclaratórios visam o saneamento de omissão, contradição, obscuridade ou erro material não


podendo ser utilizado ao reexame de matéria já apreciada no julgado diante do inconformismo com a
decisão proferida.

3. No que tange à postulação da embargante quanto ao prequestionamento, resta registrar que o novo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Diploma processual inovou ao consagrar o denominado prequestionamento ficto ao considerar


prequestionado os elementos apontados pela parte embargante, ainda que inadmitidos ou rejeitados.
Inteligência do artigo 1.025 do CPC/2015.

4. Embargos de declaração desprovidos. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público


do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de embargos de
declaração e lhe negar provimento, tudo nos termos do voto do Desembargador Relator.

Plenário da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, aos nove dias do
mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma julgadora: Desembargadores Ricardo Ferreira Nunes (Convocado), Maria de Nazaré Saavedra
Guimarães (Convocada) e Roberto Gonçalves de Moura (Relator).

Julgamento presidido pela Desembargadora Ezilda Pastana Mutran.

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0002221-86.2005.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: Estado do Pará


Participação: APELADO Nome: CONDOMINIO DO CASTANHEIRA SHOPPING CENTER Participação:
ADVOGADO Nome: BRUNO REGIS BANDEIRA FERREIRA MACEDO OAB: 51609/SC

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

Processo nº 0002221-86.2005.8.14.0301

No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das turmas de
Direito Público e Privado intima APELANTE: ESTADO DO PARÁ
APELADO: CONDOMINIO DO CASTANHEIRA SHOPPING CENTER
de que foi proferido(a) Acórdão/Decisão (ID nº 6016643), nos autos do presente processo, para os devidos
fins de direito.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 18 de agosto de 2021

Número do processo: 0827714-41.2019.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: ELTON RABELO


PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: AMALIA BETANIA AMORAS CONTREIRA OAB: 21342/PA
Participação: RECORRIDO Nome: ENA LEAL PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: LANNA
PATRICIA JENNINGS PEREIRA E SILVA OAB: 10857/PA

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Número do processo: 0007145-32.2017.8.14.0007 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO


VOTORANTIM S.A. Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA VANDERLEI
OAB: 21678/PE Participação: RECORRIDO Nome: RAIMUNDA DAS GRACAS MAGALHAES BARROSO
Participação: ADVOGADO Nome: TONY HEBER RIBEIRO NUNES OAB: 17571/PA

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Número do processo: 0007888-42.2017.8.14.0007 Participação: RECORRENTE Nome: BV FINANCEIRA


SA CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA
COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA Participação: RECORRIDO Nome: GUIOMAR RAMOS
DIAS GONCALVES Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL FELIPE GAIA DANIN OAB: 27032/PA
Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANO LOPES MAUES OAB: 580/PA

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Número do processo: 0801356-69.2018.8.14.9000 Participação: RECLAMANTE Nome: ROZARIA MARIA


DA CONCEICAO Participação: RECLAMADO Nome: CENTRAIS ELETRICAS DO PARA S.A. - CELPA
Participação: ADVOGADO Nome: EUGENIO COUTINHO DE OLIVEIRA JUNIOR OAB: 19470/PA
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Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO LOBATO PAES NETO OAB: 17277/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ANDRE LUIZ MONTEIRO DE OLIVEIRA OAB: 17515/PA

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Número do processo: 0800583-59.2018.8.14.0032 Participação: RECORRENTE Nome: DARLISSON


SOUZA PACHECO Participação: ADVOGADO Nome: AFONSO OTAVIO LINS BRASIL OAB: 10628/PA
Participação: RECORRIDO Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE
ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA OAB: 21078/PA

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

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CARLOS ANDRÉ NEVES DO VALE


Coordenador do Núcleo de Cumprimento e Sessões de Julgamento - UPJ Turmas Recursais
(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0800662-38.2018.8.14.0032 Participação: RECORRENTE Nome: MISSULAN


RICHELLY DE CASTRO KZAN Participação: ADVOGADO Nome: AFONSO OTAVIO LINS BRASIL OAB:
10628/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO DO BRASIL SA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
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Lei 11.419/06.

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CARLOS ANDRÉ NEVES DO VALE


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(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)

Número do processo: 0800557-61.2018.8.14.0032 Participação: RECORRENTE Nome: PAULO TAVORA


GOMES Participação: ADVOGADO Nome: AFONSO OTAVIO LINS BRASIL OAB: 10628/PA Participação:
RECORRIDO Nome: BANCO DO BRASIL SA

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INTIMAÇÃO

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Número do processo: 0800601-80.2018.8.14.0032 Participação: RECORRENTE Nome: DEMETRIO


ASSUNCAO DE MACEDO Participação: ADVOGADO Nome: AFONSO OTAVIO LINS BRASIL OAB:
10628/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome:
NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES OAB: 15201/PA

PODER JUDICIÁRIO
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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

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Lei 11.419/06.

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Número do processo: 0801483-45.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: MARLUCE


CORREA BRONZE Participação: ADVOGADO Nome: FABIO LOPES DE SOUZA NETO OAB: 10508/PA
Participação: RECORRIDO Nome: BANCO GMAC S.A. Participação: ADVOGADO Nome: ADAHILTON
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DE OLIVEIRA PINHO OAB: 23123/PA

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Número do processo: 0817723-12.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: RAIMUNDA DA


SILVA E SILVA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELLA DA SILVA MACHADO OAB: 23141/PA
Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO DE ALMEIDA OLIVEIRA OAB: 23557/PA Participação:
RECORRIDO Nome: CENTRAIS ELETRICAS DO PARA S.A. - CELPA Participação: ADVOGADO Nome:
FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB: 12358/PA

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Número do processo: 0823396-83.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: SILAS ANDRADE


CONCEICAO - EPP Participação: ADVOGADO Nome: KARINE MOURA PINHEIRO OAB: 3930/PA
Participação: ADVOGADO Nome: JULIANA DO SOCORRO DE ARAUJO CRUZ CHAVES OAB: 21700/PA
Participação: RECORRIDO Nome: MARIA DO SOCORRO BARROS Participação: ADVOGADO Nome:
WALDER PATRICIO CARVALHO FLORENZANO OAB: 11495/PA Participação: RECORRIDO Nome:
CAROLINE DO SOCORRO BARROS MELO Participação: ADVOGADO Nome: EDGAR LIMA
FLORENTINO OAB: 18546/PA Participação: ADVOGADO Nome: WALDER PATRICIO CARVALHO
FLORENZANO OAB: 11495/PA

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Número do processo: 0802845-87.2020.8.14.0039 Participação: RECORRENTE Nome: MARIA EUNICE


VAZ SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: WANDREW CARVALHO DANTAS OAB: 30579/PA
Participação: RECORRIDO Nome: ITAU UNIBANCO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: NELSON
MONTEIRO DE CARVALHO NETO OAB: 60359/RJ Participação: RECORRIDO Nome: MASTERCARD
BRASIL SOLUCOES DE PAGAMENTO LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: TARCISO SANTIAGO
JUNIOR OAB: 101313/MG Participação: ADVOGADO Nome: DECIO FLAVIO GONCALVES TORRES
FREIRE OAB: 2255/RJ
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Número do processo: 0006209-78.2018.8.14.0069 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO PAN S.A.


Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE
Participação: RECORRIDO Nome: TEREZA PEREIRA COSTA Participação: ADVOGADO Nome:
GUSTAVO DA SILVA VIEIRA OAB: 18261/PA

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Número do processo: 0001149-85.2013.8.14.0947 Participação: AUTORIDADE Nome: UNIMED BELEM


COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: SILVIA MARINA RIBEIRO
DE MIRANDA MOURAO OAB: 5627/PA Participação: AUTORIDADE Nome: SEBASTIANA ARAUJO
FERNANDES Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO DE FARIAS FIGUEIRA OAB: 16489/PA

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Número do processo: 0009306-37.2017.8.14.0032 Participação: REPRESENTANTE Nome: ELIDIANE DA


SILVA MOURA Participação: ADVOGADO Nome: ANA JAQUELINE DA SILVA OAB: 16359/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: MUNICIPIO DE MONTE ALEGRE Participação: ADVOGADO Nome:
AFONSO OTAVIO LINS BRASIL OAB: 10628/PA

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

APELAÇÃO CÍVEL PROCESSO Nº 0009306-37.2017.8.14.0032

APELANTE: ELIDIANE DA SILVA MOURA

APELADO: MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE

RELATORA: DESA. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA


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DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Apelação Cível interposta por ELIDIANE DA SILVA MOURA, manifestando seu inconformismo
com a decisão proferida pelo MM. Juízo da Vara Única da Comarca de Monte Alegre/PA, nos autos de um
Mandado de Segurança impetrado em face do Prefeito do Município de Monte Alegre, cuja sentença
denegou a segurança.

O recurso interposto foi regularmente instruído, tendo sido distribuído à minha relatoria.

Em análise das contrarrazões, se verificou a alegação de perda superveniente do objeto, em razão da


nomeação da impetrante, o que gerou o despacho identificado sob o nº 4709799, que determinou a
intimação pessoal da impetrante e, também, da advogada da impetrante, para que manifestasse o
interesse processual.

Expedido o mandado de intimação por AR, bem como publicado o despacho em Diário de Justiça, o
advogado deixou transcorrer o prazo de manifestação e o AR retornou sem cumprimento, com informação
de que o endereço era desconhecido, conforme certificado nas certidões identificadas sob os números
5450830 e 5790081.

Éo sucinto relatório.

Pois bem.

Em análise dos autos, tendo sido observada a alegação de perda superveniente do objeto em razão da
nomeação da impetrante, foi determinada a intimação pessoal da impetrante/apelante para se manifestar
acerca do interesse no feito, inclusive do advogado habilitado nos autos.

Entretanto, a intimação retornou sem cumprimento, conforme se observa na certidão identificada sob o nº
5450830. Por conseguinte, a impetrante/apelante não manteve seu endereço atualizado, nos termos do
art. 274, parágrafo único do NCPC.

A advogada, por sua vez, devidamente intimada, deixou transcorrer in albis o prazo para manifestar, de
modo que, ainda que se prosseguisse no julgamento, não haveria como intimar a parte e sua advogada.

Ademais, a jurisprudência pátria firmou entendimento no sentido de que é dever da parte e de seu
advogado manterem atualizado o Juízo em relação à mudança de endereço, seja temporária ou definitiva,
sob pena de inviabilização da prestação jurisdicional. Em reforço dessa assertiva, transcrevo os seguintes
arestos do colendo Superior Tribunal de Justiça:

“RECURSO ESPECIAL Nº 1932282 - AM (2021/0107396-1) DECISÃO Trata-se de recurso especial,


interposto por ADRIANA AGUILA DA SILVA E SILVA com fundamento no art. 105, III, c, da Constituição
Federal, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, assim sintetizado:
"Apelação. Seguro DPVAT. Exame pericial. Não comparecimento. Intimação Pessoal. Atualização
cadastral. Não ocorrência. Conjunto Probatório. Insuficiente. 1. Presumem-se válidas as intimações
dirigidas ao endereço indicado nos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pela parte. 2. Diante da
inércia da parte autora, bem como do seu patrono, resta comprovada a ausência de interesse, cabível a
improcedência dos pedidos. 3. Apelação conhecida e desprovida." (fl. 149) Os embargos de declaração
foram rejeitados (fls. 262-265). Nas razões do recurso especial, a parte recorrente alega divergência
jurisprudencial, sustentando, em síntese, o cerceamento do seu direito de defesa, tendo em vista a
necessidade de ser intimada pessoalmente para comparecer à perícia médica designada. Apresentadas
contrarrazões ao apelo nobre (fls. 226-231). É o relatório. O eg. Tribunal a quo consigna a inexistência de
cerceamento de defesa, pois a recorrente foi intimada pessoalmente no endereço indicado nos autos, para
comparecer à produção da prova pericial, todavia, o AR retornou com a informação de que o endereço era
inexistente. Dentro nesses lindes, presume-se válida a intimação da parte no endereço indicado nos autos,
sendo responsabilidade desta a comunicação ao juízo a respeito das alterações de seus dados cadastrais.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A propósito, colhe-se do acórdão estadual: "Portanto, no caso dos autos, observando a necessidade de
produção de prova pericial, o juízo singular por meio de decisão interlocutória presente à fl. 27, agendou a
data, qual seja o dia 17/05/2017, a fim de realizar o necessário exame. Devidamente expedida carta de
intimação à fl. 28, com o consecutivo retorno de AR à fl. 31, com a indicação de número de endereço
inexistente, impossível portanto, a localização da autora. De igual forma, fora expedida nova carta de
intimação à fl. 36, com nova data de perícia agendada para quase um ano após a primeira data, qual seja,
o dia 10/05/2018, novamente, o endereço da autora não foi localizado. Destaco ter constado
expressamente nos atos intimatórios e na decisão interlocutória designatória da perícia (às fls. 28/36), a
advertência à autora de que a sua ausência à perícia marcada, implicaria na desistência implícita da
produção da prova, com as consequências inerentes à apreciação dos pedidos formulados. Após tal
informação constar nos autos, o magistrado de origem proferiu novo despacho, determinando a intimação
do advogado da parte autora para manifestar interesse na produção de prova pericial. Mais uma vez, não
desincumbindo-se de tal ônus. A parte autora, no entanto, mesmo intimada por seu advogado à fl. 99,
apenas requereu prazo de 30 (trinta) dias a fim de retomar contato com a sua cliente, pedindo indeferido à
fl. 101, sob a prisma de que a atualização cadastral das partes é de responsabilidade destas. Mantendo-se
inerte o patrono da parte autora. A esse respeito, o Código de Processo Civil prevê presumirem-se válidas
as intimações dirigidas ao endereço indicado nos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pela
parte. (...) O MM. Juiz prolator da sentença agiu com devido acerto, ao firmar o entendimento de que a
atualização cadastral é ônus das partes interessadas, sob pena de presumirem-se válidas as intimações
enviadas ao endereço constante dos autos, ainda que não recebida pessoalmente pelo interessado." (fls.
152, g.n.). Verifica-se que o acórdão recorrido está em consonância com o posicionamento desta Corte de
Justiça acerca da validade da intimação quando a parte processual não informa a sua alteração de
endereço nos autos. É o que se extrai das ementas a seguir:

"AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 290 DO CPC/2015


NÃO CONFIGURADA. INTIMAÇÃO REALIZADA. ENDEREÇO INCORRETO. DEVER DE MANTER
ATUALIZADO O ENDEREÇO ONDE RECEBE INTIMAÇÕES. ART. 77, V, DO CPC/2015. ACÓRDÃO
RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. SÚMULA 83/STJ. 1. Hipótese em
que o ora insurgente alegou violação do art. 290 do CPC/2015, sob o argumento de que,"...para extinção
do processo por abandono, faz-se imprescindível a intimação pessoal da parte para cumprir a diligência".
2. Ocorre que o Sodalício estadual foi categórico ao afirmar que, ao contrário do alegado em recurso
especial, houve a devida intimação do ora insurgente para complementação das custas, a qual não se
concretizou diante da ausência do correto endereço para recebimento de comunicações do juízo. 3. De
acordo com o entendimento do STJ, seguindo o que preconiza a norma dos arts. 77, V, e 274, parágrafo
único, do CPC/2015,"É dever da parte e do seu advogado manter atualizado o endereço onde receberão
intimações (art. 77, V, do CPC/2015), sendo considerada válida a intimação dirigida ao endereçamento
declinado na petição inicial, mesmo que não recebida pessoalmente pelo interessado a correspondência,
se houver alteração temporária ou definitiva nessa localização (art. 274, parágrafo único, do
CPC/2015)"(AgInt no REsp 1800035/SC, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 21/10/2019, DJe 28/10/2019). 4. Estando o acórdão recorrido em consonância com a
jurisprudência firmada nesta Corte Superior, o recurso especial não merece ser conhecido, ante a
incidência da Súmula 83/STJ: "Não se conhece do recurso especial pela divergência, quando a orientação
do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida". 5. Agravo Interno não provido." (AgInt nos
EDcl no AREsp 1546657/RJ, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
24/08/2020, DJe 31/08/2020)

"AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. EXTINÇÃO DO


PROCESSO POR ABANDONO. PARTE AUTORA QUE, MESMO INSTADA A SE MANIFESTAR,
PERMANECEU INERTE. INTIMAÇÃO PELOS CORREIOS E OFICIAL DE JUSTIÇA INFRUTÍFERA.
DEVER DAS PARTES DE MANTER ATUALIZADO O ENDEREÇO INFORMADO NA PETIÇÃO INICIAL.
EXTINÇÃO DO FEITO QUE SE IMPUNHA. CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE.
SÚMULA 83/STJ. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. 1. É dever da parte e do seu advogado manter
atualizado o endereço onde receberão intimações (art. 77, V, do CPC/2015), sendo considerada válida a
intimação dirigida ao endereçamento declinado na petição inicial, mesmo que não recebida pessoalmente
pelo interessado a correspondência, se houver alteração temporária ou definitiva nessa localização (art.
274, parágrafo único, do CPC/2015). 2. No caso, a intimação pessoal da exequente foi inviabilizada por
falta do endereço correto, motivo pelo qual foi extinto o processo sem resolução de mérito. 3. Agravo
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interno improvido."

(AgInt no REsp 1800035/SC, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em
21/10/2019, DJe 28/10/2019)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXTINÇÃO DO PROCESSO. ABANDONO DE


CAUSA. 1. VALIDADE DA INTIMAÇÃO PESSOAL. ENDEREÇO FORNECIDO PELA AUTORA NA
INICIAL. AUSÊNCIA DE INFORMAÇÃO AO JUÍZO DE EVENTUAL MUDANÇA. 2. DESNECESSIDADE
DE REQUERIMENTO DO EXECUTADO PARA EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
83/STJ. 3. ASSERTIVA DE QUE NÃO HOUVE DE DE EFETIVA INTIMAÇÃO. REEXAME DE FATOS E
PROVA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. 4. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. É válida a
intimação da autora promovida no endereço declinado por ela nos autos, a fim extinguir o processo por
abandono de causa, porquanto a parte e seu patrono são responsáveis pela atualização do endereço para
o qual sejam dirigidas as intimações necessárias, devendo suportar os efeitos decorrentes de sua desídia.
2, 3 e 4’. Omissis. (AgRg no Resp 1495046/MG; Terceira Turma; Rel. Min. Marcos Aurélio Bellizze; j. em
01/09/2016; p. DJe 12/09/2016)

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO.


REEXAME DE PROVAS. INVIABILIDADE. SÚMULA Nº 7/STJ. ENDEREÇO. MUDANÇA. NÃO
COMUNICAÇAO AO JUÍZO. SÚMULA 83/STJ. FUNDAMENTO NÃO ATACADO. SÚMULA Nº 283/STF.
3. É dever da parte e de seu advogado manter atualizado o juízo em relação à mudança de endereço,
seja temporária ou definitiva, sob pena de inviabilização da prestação jurisdicional, nos termos do
disposto nos arts. 39, II, 238, parágrafo único, e 282, II, do CPC. Precedentes. 1, 2, 4 e 5. Omissis. (AgRg
no AREsp 825862/PR; Terceira Turma; Rel. Min. Ricardo Villas Boas Cueva; j. em 05/04/2016; p. DJe
13/04/2016)”

Em face do exposto, não tendo a impetrante/apelante mantido seu endereço atualizado para intimações,
como lhe competia, constato a ausência de interesse processual no julgamento do feito, de modo que
NÃO CONHEÇO DO RECURSO DE APELAÇÃO, nos termos do art. 932, inciso III do Código de
Processo Civil c/c o art. 274, parágrafo único do CPC.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Belém(PA), 16 de agosto de 2021.

ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA


Desembargadora Relatora

Número do processo: 0804112-55.2018.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: Presidente do Instituto


de Gestão Previdenciária do Estado do Pará Participação: APELANTE Nome: IGEPREV Participação:
APELADO Nome: ROSA IZABEL DE SOUZA MARQUES Participação: ADVOGADO Nome: CARMEN
SOCORRO BARBOSA DO NASCIMENTO OAB: 74/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação: PROCURADOR Nome: MANOEL SANTINO
NASCIMENTO JUNIOR OAB: null

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. PENSÃO POR MORTE. LEGISLAÇÃO


APLICÁVEL. TEMPUS REGIT ACTUM. UNIÃO ESTÁVEL. DOCUMENTAÇÃO QUE COMPROVA A
RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE O DE CUJUS E A APELADA. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA.
SENTENÇA MONOCRÁTICA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

I - A pensão por morte, benefício previdenciário, consiste no pagamento efetuado pelo Estado à família do
servidor, tendo como fato gerador a morte do servidor em atividade ou aposentado;
959
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

II – A jurisprudência pátria pacificou o entendimento de que a lei aplicável à concessão de pensão


previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do segurado, expressando, dessa maneira, o
que preceitua o princípio do tempus regit actum. Inteligência da Súmula nº 340 do colendo STJ;

III – In casu, a apelada impetrou um writ, arguindo que mantinha uma relação de união estável com o
servidor público estadual Geraldo José da Silva Tavarez, falecido no dia 07 de junho de 2016, e pleiteando
o recebimento do benefício da pensão por morte de seu companheiro, tendo o Juízo a quo concedido
parcialmente a segurança, com a determinação que o recorrente concedesse à apelada o mencionado
benefício;

IV – Compulsando o processo, se constata que existem documentos que comprovam a relação de união
estável entre a apelada e o Sr. Geraldo José da Silva Tavarez, motivo pelo qual, a sentença monocrática
não merece reparos, visto que a recorrida possui o direito ao recebimento do benefício previdenciário
pleiteado;

V - Recurso de apelação conhecido e improvido.

Número do processo: 0816864-93.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: JOEL ARNOUD


SAMPAIO Participação: ADVOGADO Nome: JOSE RICARDO PINTO BENTES OAB: 21632/PA
Participação: RECORRIDO Nome: Estado do Pará

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TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

Belém/PA, 17/08/2021

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Número do processo: 0803655-66.2018.8.14.0028 Participação: RECORRENTE Nome: JAIRO LINO DA


COSTA Participação: ADVOGADO Nome: ANILTON SAMPAIO REIS OAB: 734/PA Participação:
960
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RECORRIDO Nome: GM AUTO POSTO COMERCIO DE COMBUSTIVEIS LTDA - ME Participação:


ADVOGADO Nome: ANTONIO QUARESMA DE SOUSA FILHO OAB: 63/PA

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Número do processo: 0834740-56.2020.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: ESTADO DO


PARÁ Participação: RECORRIDO Nome: FRANCISCO LUCIANO CARVALHO DE SOUZA Participação:
ADVOGADO Nome: GEORGES AUGUSTO CORREA DA SILVA OAB: 28405/PA Participação:
ADVOGADO Nome: NELSON MAURICIO DE ARAUJO JASSE OAB: 18898/PA Participação:
ADVOGADO Nome: GIOVANNI MESQUITA PANTOJA OAB: 12673/PA

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Número do processo: 0827160-77.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: CELIA MARIA


BRAGA CALANDRINI DE AZEVEDO Participação: ADVOGADO Nome: HUGO PINTO BARROSO OAB:
12727/PA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS FELIPE BAIDEK OAB: 12728/PA Participação:
ADVOGADO Nome: RHAYZA CARLOTA DA SILVA DE OLIVEIRA OAB: 22955/PA Participação:
RECORRIDO Nome: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. Participação: ADVOGADO Nome: JOAO
THOMAZ PRAZERES GONDIM OAB: 62192/RJ

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Número do processo: 0067998-73.2015.8.14.0040 Participação: RECORRENTE Nome: MARCIA


QUARESMA PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: TATHIANA ASSUNCAO PRADO OAB:
14531/PA Participação: ADVOGADO Nome: NICOLAU MURAD PRADO OAB: 14774/PA Participação:
RECORRIDO Nome: BANCO DO BRASIL S.A. Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS
FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB:
15201/PA

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Número do processo: 0804039-57.2018.8.14.0051 Participação: RECORRENTE Nome: EDP ESPIRITO


SANTO DISTRIBUICAO DE ENERGIA S.A. Participação: ADVOGADO Nome: TIAGO LUIZ RODRIGUES
NEVES OAB: 10042/MA Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO ANTONIO FERES PAIXAO OAB:
28020/PA Participação: RECORRIDO Nome: ELIANE FERREIRA PEDROSA Participação: ADVOGADO
Nome: ROGERIO CORREA BORGES OAB: 13795/PA

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Número do processo: 0001299-05.2015.8.14.0007 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO DO


BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA
Participação: RECORRIDO Nome: JHONE LOBO VIEIRA Participação: ADVOGADO Nome: TALES
MIRANDA CORREA OAB: 6995/PA

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Número do processo: 0800792-76.2018.8.14.0501 Participação: RECORRENTE Nome: IVAN NAZARENO


DE ALMEIDA PANTOJA Participação: ADVOGADO Nome: VALERIA DE NAZARE ALCANTARA PINA
OAB: 7903/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANPARÁ Participação: ADVOGADO Nome: PAULO
ROBERTO AREVALO BARROS FILHO OAB: 10676/PA

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Número do processo: 0800533-88.2019.8.14.0067 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO ITAU


BMG CONSIGNADO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: NELSON MONTEIRO DE CARVALHO NETO
OAB: 60359/RJ Participação: RECORRIDO Nome: RAIMUNDA SERAFIM PANTOJA Participação:
ADVOGADO Nome: THYAGO BENEDITO BRAGA SABBA OAB: 17456/PA

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Número do processo: 0800651-64.2019.8.14.0067 Participação: RECORRENTE Nome: MARIA DE


NAZARE CALDAS Participação: ADVOGADO Nome: TONY HEBER RIBEIRO NUNES OAB: 17571/PA
Participação: RECORRIDO Nome: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA

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Número do processo: 0820441-79.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: JOSAFA DE


NORONHA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO FERNANDO CARVALHO DOS SANTOS NETO
OAB: 16968/PA Participação: RECORRIDO Nome: BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO
Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB: 15674/PA

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Número do processo: 0800252-93.2016.8.14.0017 Participação: RECORRENTE Nome: MARIA DA


CONCEICAO PEREIRA DE SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO HENRIQUE SOUSA
VIEIRA OAB: 23072/PA Participação: RECORRIDO Nome: NEGUINHO DA AMBULÂNCIA ou NEGUINHO
DA VAN Participação: RECORRIDO Nome: FRANCISCO ALESSANDRO MOREIRA DA SILVA
Participação: ADVOGADO Nome: OTAVIO MIRANDA CUNHA OAB: 22028/PA Participação: ADVOGADO
Nome: CLEMILDA RODRIGUES DOS SANTOS OAB: 27663/PA Participação: TERCEIRO
INTERESSADO Nome: SULINO FERNANDES CUNHA

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Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

CARLOS ANDRÉ NEVES DO VALE


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Número do processo: 0805231-81.2018.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANPARÁ


Participação: ADVOGADO Nome: ALYSSON LOPES DA COSTA OAB: 20552/PA Participação:
AGRAVADO Nome: ANNE CHARLOTE DE SOUZA GONCALVES Participação: PROCURADOR Nome:
ALCINDO VOGADO NETO OAB: 6266/PA

Tendo em vista a redistribuição do presente agravo de instrumento, em razão da Emenda Regimental nº


05/2016, intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar contrarrazões ao recurso, no prazo legal.

Em seguida, com ou sem manifestação, que deverá ser certificada, remeta os autos ao Ministério Público
para exame e parecer.

Após, retornem conclusos para ulteriores de direito.

ÀSecretaria para as providências legais.

Belém, 17 de agosto de 2021.

Desa. Rosileide Maria da Costa Cunha


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Relatora
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SECRETARIA DO 1 JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DE BELÉM

Número do processo: 0861219-86.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ANA MARIA


MONTEIRO DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELA DA SILVA RODRIGUES OAB:
17918/PA Participação: ADVOGADO Nome: TATIANE PINHEIRO CHAGAS OAB: 17280/PA Participação:
ADVOGADO Nome: HUMBERTO SOUZA DA COSTA OAB: 17041/PA Participação: RECLAMADO Nome:
INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ - IGEPREV Participação:
AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0861219-86.2020.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: ANA MARIA MONTEIRO DE OLIVEIRA

REU: INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ - IGEPREV

DECISÃO

Cuida-se de AÇÃO DE CONHECIMENTO, sob o rito comum, ajuizada por ANA MARIA MONTEIRO DE
OLIVEIRA em face do REU: INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ -
IGEPREV, partes qualificadas.

Da leitura da inicial, verifico que o valor dado à causa é inferior ao limite de 60 (sessenta) salários mínimos
[1]
que a Lei nº 12.153, de 22 de dezembro de 2009 fixou como limite para a competência dos Juizados
Especiais da Fazenda Pública.

Verifico, ademais, que a matéria retratada nos autos não se insere em nenhuma das exceções fixadas
pelo art. 2º, § 1º, da Lei nº 12.153/09.

Dessa forma, considerando que a competência para o processo e julgamento das causas afetas ao
Juizado da Fazenda Pública de Belém é absoluta, conforme art. 2º, § 4º, da Lei nº 12.153/09 e Resolução
nº 018/2014-GP/TJPA, DECLARO A INCOMPETÊNCIA deste Juízo da 1ª Vara de Fazenda para
processar e julgar o feito, determinando a sua imediata redistribuição a Vara do Juizado Especial da
Fazenda Pública.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda da Capital.

(DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

[1] Partindo da premissa de que o valor vigente do salário mínimo de 2020, a partir de 01/02/2020, é de R$
1.045,00 (um mil e quarenta e cinco reais), o valor limite da causa para processamento perante os
Juizados da Fazenda corresponde R$ 62.700,00 (sessenta e dois mil e setecentos reais).
970
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DIVISÃO DE REGISTRO DE ACÓRDÃOS E JURISPRUDÊNCIA

ACÓRDÃO: 218721 COMARCA: MARABÁ DATA DE JULGAMENTO: -- PROCESSO:


0 0 0 8 5 5 2 7 3 2 0 1 8 8 1 4 0 0 2 8 P R O C E S S O A N T I G O : n u l l
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE CÂMARA:
2ª TURMA DE DIREITO PENAL Ação: Apelação Criminal em: APELANTE:BRENO MORENO
MONTEIRO Representante(s): OAB 13126 - ELOIZIO CORDEIRO TAVEIRA DE SOUZA (DEFENSOR)
APELADO:JUSTIÇA PÚBLICA PROCURADOR(A) DE JUSTICA:ADELIO MENDES DOS SANTOS
EMENTA: . EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. ART. 180, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL. ABSOLVIÇÃO
POR INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA. IMPROCEDÊNCIA. MODIFICAÇÃO DO REGIME INICIAL
FECHADO PARA O SEMIABERTO. PREJUDICIALIDADE. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1.
Não procede a pretensão absolutória quando o acervo probatório produzido é suficiente a evidenciar não
só a procedência ilícita do veículo apreendido em poder do apelante, como também, o seu conhecimento
acerca de tal fato. 2. Mostra-se prejudicado, por perda superveniente do objeto, o pedido de modificação
do regime inicial de cumprimento, pois constatado que o pleito foi acolhido em sede do Habeas Corpus nº
0807215-66.2019.8.14.0000, julgado em 09/09/2019. 3. Recurso conhecido e improvido.

ACÓRDÃO: 218722 COMARCA: BELÉM DATA DE JULGAMENTO: -- PROCESSO:


0 0 1 2 8 0 2 2 9 2 0 2 0 8 1 4 0 4 0 1 P R O C E S S O A N T I G O : n u l l
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): LEONAM GONDIM DA CRUZ JUNIOR CÂMARA:
3ª TURMA DE DIREITO PENAL Ação: Recurso em Sentido Estrito em: RECORRENTE:MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA Representante(s): VALERIA PORPINO NUNES (PROMOTOR(A))
RECORRIDO:EDITO RODRIGO SERRAO SOUZA Representante(s): OAB 25059 - RONALDO
MASAKAZU HAMAGUCHI JUNIOR (ADVOGADO) RECORRIDO:SERGIO MOREIRA DA SILVA
Representante(s): ALEXANDRE MARTINS BASTOS (DEFENSOR) PROCURADOR(A) DE
JUSTICA:MARCOS ANTONIO FERREIRA DAS NEVES ASSISTENTE DE ACUSACAO:VINICIUS
MARTINS RIBEIRO Representante(s): OAB 14519 - JULIANE FONTENELE ZAMPIETRO
(ADVOGADO) EMENTA: . EMENTA: PROCESSO PENAL ¿ RECURSO EM SENTIDO ESTRITO ¿
TENTATIVA DE LATROCÍNIO ¿ REVOGAÇÃO DA LIBERDADE PROVISÓRIA DOS RÉUS ¿
IMPOSSIBILIDADE ¿ DECISÃO DATADA DE 16.12.2019; PORTANTO, HÁ MAIS DE UM (01) ANO E
SETE (07) MESES - A LIBERDADE PROVISÓRIA QUE FOI CONCEDIDA AOS RECORRIDOS E
PERDURA POR CONSIDERÁVEL INTERVALO DE TEMPO, NÃO PODE SER REVOGADA PELO
TRIBUNAL SEM A INDICAÇÃO DE FATO NOVO APTO A EVIDENCIAR A NECESSIDADE E A
URGÊNCIA DA PRISÃO PREVENTIVA POR OCASIÃO DO JULGAMENTO DO RECURSO EM SENTIDO
ESTRITO, QUANDO ESTE É REALIZADO MUITO TEMPO DEPOIS DA SOLTURA, COMO NO CASO
DESTES AUTOS. PRECEDENTE DO STJ - A SUPERIOR CORTE DE JUSTIÇA JÁ SE PRONUNCIOU
NO SENTIDO DE QUE A IMPOSIÇÃO DE NOVA CUSTÓDIA, TRANSCORRIDO ALGUM TEMPO DA
SOLTURA DO ACUSADO, EXIGIRIA O APONTAMENTO DE FATOS NOVOS QUE EVIDENCIASSEM A
NECESSIDADE DE IMPOSIÇÃO DA MEDIDA ¿ NÃO CABE MAIS REPORTAR-SE APENAS A
ELEMENTOS JÁ CONHECIDOS E MENCIONADOS DESDE O INÍCIO DA PERSECUÇÃO PENAL, OS
QUAIS NÃO OBSTARAM A REVOGAÇÃO DA CUSTÓDIA DOS AGENTES ¿ RECURSO DESPROVIDO
¿ UNÂNIME.

ACÓRDÃO: 218723 COMARCA: BELÉM DATA DE JULGAMENTO: -- PROCESSO:


0 0 1 6 0 7 6 1 1 2 0 1 4 8 1 4 0 4 0 1 P R O C E S S O A N T I G O : n u l l
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): LEONAM GONDIM DA CRUZ JUNIOR CÂMARA:
3ª TURMA DE DIREITO PENAL Ação: Apelação Criminal em: APELANTE:AGUINALDO FERREIRA
FRAZAO Representante(s): ALEXANDRE MARTINS BASTOS (DEFENSOR) APELADO:JUSTIÇA
PÚBLICA PROCURADOR(A) DE JUSTICA:DULCELINDA LOBATO PANTOJA EMENTA: . EMENTA:
APELAÇÃO CRIMINAL ¿ PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO ¿ ERRO SOBRE
OS ELEMENTOS DO TIPO ¿ DÚVIDAS DIANTE DAS CIRCUNSTÂNCIAS DOS FATOS ¿
INSUFICIÊNCIA DE PROVAS ¿ INCIDÊNCIA DO PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REO ¿ ABSOLVIÇÃO ¿
PRUDENTE É A ABSOLVIÇÃO EM OBSERVÂNCIA AO PRINCÍPIO DO IN DUBIO POR REO QUANDO A
PROVA SE ENCONTRA INSUFICIENTE PARA DEMONSTRAR A CERTEZA DA AUTORIA ¿ APELO
PROVIDO - UNÂNIME.
971
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ACÓRDÃO: 218724 COMARCA: null DATA DE JULGAMENTO: -- PROCESSO: 00032212920208140000


PROCESSO ANTIGO: null MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE NAZARE
SILVA GOUVEIA DOS SANTOS CÂMARA: TRIBUNAL PLENO DE DIREITO PRIVADO Ação: Processo
Administrativo Disciplinar em face de Magistra em: REQUERIDO:JULIANA LIMA SOUTO AUGUSTO
Representante(s): OAB 23230 - FELIPE JALES RODRIGUES (ADVOGADO) OAB 20739 - BRENDA
LUANA VIANA RIBEIRO (ADVOGADO) OAB 26576 - RAISSA PONTES GUIMARAES (ADVOGADO)
OAB 20167 - RODRIGO COSTA LOBATO (ADVOGADO) REQUERENTE:TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DO PARÁ EMENTA: . EMENTA: PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR EM FACE DE
MAGISTRADO. ACUSAÇÃO DE SUPOSTA VIOLAÇÃO DOS DEVERES FUNCIONAIS DESCRITOS NOS
ARTIGOS 35, 1 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 35/79 C/C O ARTIGO 203, I, DO CÓDIGO JUDICIÁRIO DO
ESTADO DO PARÁ ¿CUMPRIR E FAZER CUMPRIR, COM INDEPENDÊNCIA, SERENIDADE E
EXATIDÃO AS DISPOSIÇÕES LEGAIS E OS ATOS DE OFÍCIO¿ E ARTIGOS 5º, 10 E 11 DO CÓDIGO
DE ÉTICA DA MAGISTRATURA NACIONAL. Não se vislumbra na conduta da Magistrada requerida
incompatibilidade com a dignidade do cargo. Conforme se depreende dos autos, a requerida sustenta que
recebeu a referida Ação de Improbidade Administrativa sem que fosse procedida a sua distribuição por
sorteio em razão de sua Vara - 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Canaã dos Carajás - ter a
competência exclusiva para processar os feitos da Fazenda Pública, bem como, que a adoção de medida
sigilosa ocorreu visando salvaguardar o processo e a efetividade da decisão cautelar proferida, para não
obstaculizar o seu cumprimento e a recuperação dos recursos públicos tidos como desviados. Dos autos,
conforme também mencionado pelo relator em seu voto e verificado no processo, a decisão da Magistrada
foi parcialmente mantida por este Egrégio Tribunal, em decisão proferida nos autos de Agravo de
instrumento nº 0805703-48.2019.8.14.0000, apenas reduzindo-se o valor os bens bloqueados. Destarte, a
despeito de eventual irregularidade quanto as normas de distribuição e registro no Sistema, não configura,
no entendimento desta Desembargadora, ilícito apto a ensejar penalidade administrativa, não se
vislumbrando dolo em sua conduta para prejudicar o réu, má-fé ou culpa. Não se vislumbrando também
parcialidade, vez que deferiu em parte as medidas pleiteadas pelo Parquet. Ademais, verifica-se que a
intenção da requerida foi salvaguardar o interesse público, o que entendo que deve ser sopesado. Do
exposto, em consonância com o parecer do Procurador Geral de Justiça, com fulcro no artigo 20 da
Resolução nº 135/2011-CNJ, julgo pela improcedência do presente Procedimento Administrativo
Disciplinar, com o seu consequente arquivamento. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
JULGADO IMPROCEDENTE POR MAIORIA DE VOTOS.
972
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DE GESTÃO DE PESSOAS

A Ilustríssima Senhora MARIA DE LOURDES CARNEIRO LOBATO, Secretária de Gestão de Pessoas


deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no uso de suas atribuições delegadas pela Portaria
nº 5903/2019-GP, RESOLVE:

PORTARIA Nº PA-PGP-2021/01194. Belém, 17 de agosto de 2021.

Considerando o disposto no art. 26 da Lei Estadual n° 5.810/1994;

Considerando o disposto na Resolução n° 002/2016- GP, que dispõe sobre a concessão de licença para
estudo aos servidores no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará;

Considerando a realização do processo seletivo relativo à concessão para licença para estudo aberto
pelo Edital n° 01/2019-TJPA, cujo resultado foi publicado pelo Edital n° 02/2019;

Considerando os Processos n° PA-REQ-2019/07147-C e PA-MEM-2021/30353.

Art.1º. Alterar a licença para estudo para a servidora ANA DA SILVA MELO ZOPPE BRANDÃO, Analista
Judiciário ¿ Área Judiciária, matrícula 90476, para o novo período de 01 de setembro de 2021 a 19 de
agosto de 2022.

Parágrafo único: Após o término da licença, a servidora deverá reassumir sua função no prazo máximo
de 15 (quinze) dias, conforme disposto no art. 26, I da Resolução n° 002/2016-GP.

Art.2º. A servidora deverá observar os deveres previstos no art. 11 da Resolução n° 002/2016-GP.


973
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

FÓRUM CÍVEL

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 2 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

RESENHA: 17/08/2021 A 17/08/2021 - SECRETARIA 1ª UPJ VARAS


CIVEL,EMPRES,ORFÃO,INTERDITO, AUSENTE,RESIDUO,ACID DO TRABALHO,REG PUBLICO -
VARA: 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM PROCESSO: 00051616220068140301
PROCESSO ANTIGO: 200610172104 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO
LOURENCO MAIA DA SILVA A??o: Alvará Judicial em: 17/08/2021 REQUERENTE:PEDRO
GONCALVES DA SILVA Representante(s): MARIA DO P. S. DA S. P. AMORIM - DEFENSORA PUBLICA
(ADVOGADO) REQUERENTE:ANTONIA DIAS DA SILVA. Processo CÃ-vel nº 0005602-
82.2017.8.14.0301 - Sentença - Vistos etc. Tratam os presentes autos de AÃÃO DE BUSCA E
APREENSÃO, ajuizada por BANCO BRADESCO ADMINISTRADORA DE CONSÃRCIOS LTDA, em face
de LHAMAS SERVIÃOS DE CONSTRUÃÃO E LOCAÃÃO EIRELI, estando todos qualificados nos autos.
Constam dos autos à fl. 67, pedido de desistência da ação, pelo autor, por não ter mais interesse no
prosseguimento do feito. O réu não foi citado. Consta dos autos à fl. 69, certidão da UNAJ de que
não há custas finais pendentes de recolhimento. à o sucinto relatório. Decido. Posto isto, homologo a
desistência da ação, a pedido do autor. Julgo, em consequência, extinto o processo sem
resolução de mérito, com fundamento no artigo 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil do
Brasil. Expeça-se certidão de baixa e arquivamento da ação. Determino ao Sr. Diretor de Secretaria
que, havendo originais de documentos instruindo a inicial, os devolva ao exequente, por meio de seu
advogado, ficando nos autos as respectivas cópias, certificando-se a respeito de tudo nestes autos. Com
o trânsito em julgado da sentença e, havendo registro de restrição judicial sobre o veÃ-culo descrito
na inicial realizado por este juÃ-zo, proceda-se à imediata baixa da restrição. Sem honorários. Custas
pelo autor. Após, arquive-se, observadas as formalidades legais. P.R.I. Belém, 14 de julho de 2021
JOÃO LOURENÃO MAIA DA SILVA Juiz de Direito Titula da 2ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Comarca
da Capital PROCESSO: 00056028220178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO LOURENCO MAIA DA SILVA A??o: Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária em: 17/08/2021 REQUERENTE:BANCO BRADESCO
ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA Representante(s): OAB 192649 - ROBERTA BEATRIZ DO
NASCIMENTO (ADVOGADO) OAB 156187 - JOSE LIDIO ALVES DOS SANTOS (ADVOGADO)
REQUERIDO:LHAMAS SERV DE CONST E LOCACAO EIRELI. Processo CÃ-vel nº 0005602-
82.2017.8.14.0301 - Sentença - Vistos etc. Tratam os presentes autos de AÃÃO DE BUSCA E
APREENSÃO, ajuizada por BANCO BRADESCO ADMINISTRADORA DE CONSÃRCIOS LTDA, em face
de LHAMAS SERVIÃOS DE CONSTRUÃÃO E LOCAÃÃO EIRELI, estando todos qualificados nos autos.
Constam dos autos à fl. 67, pedido de desistência da ação, pelo autor, por não ter mais interesse no
prosseguimento do feito. O réu não foi citado. Consta dos autos à fl. 69, certidão da UNAJ de que
não há custas finais pendentes de recolhimento. à o sucinto relatório. Decido. Posto isto, homologo a
desistência da ação, a pedido do autor. Julgo, em consequência, extinto o processo sem
resolução de mérito, com fundamento no artigo 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil do
Brasil. Expeça-se certidão de baixa e arquivamento da ação. Determino ao Sr. Diretor de Secretaria
que, havendo originais de documentos instruindo a inicial, os devolva ao exequente, por meio de seu
advogado, ficando nos autos as respectivas cópias, certificando-se a respeito de tudo nestes autos. Com
o trânsito em julgado da sentença e, havendo registro de restrição judicial sobre o veÃ-culo descrito
na inicial realizado por este juÃ-zo, proceda-se à imediata baixa da restrição. Sem honorários. Custas
pelo autor. Após, arquive-se, observadas as formalidades legais. P.R.I. Belém, 14 de julho de 2021
JOÃO LOURENÃO MAIA DA SILVA Juiz de Direito Titula da 2ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Comarca
da Capital PROCESSO: 00222187420138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:FERNANDO SERGIO PANTOJA PAUXIS
Representante(s): OAB 12231 - MARTA INES ANTUNES LIMA (ADVOGADO) REU:UNIMED BELEM
Representante(s): OAB 11270 - DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE (ADVOGADO) OAB 14782 - JOSE
MILTON DE LIMA SAMPAIO NETO (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0022218-74.2013.8.14.0301   Â
      SENTENÃA                    Vistos.          Trata-se de
AÃÃO DE OBRIGAÃÃO DE FAEZR C/C INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS ajuizada por FERNANDO
974
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SERGIO PANTOJA PAUXISÂ em face de UNIMEDÂ BELÃM - COOPERATIVA DE TRABALHO MÃDICO,


todos devidamente qualificados nos autos.          Aduziu o autor, em sÃ-ntese, que é
portador de SÃ-ndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e que, por ter sido detectado em exame de
ressonância a existência de linfonodo na região pélvica, foi requerido pelo médico que o
acompanha o exame tipo PET-SCAN ONTOLÃGICO, cuja realização foi indevidamente negada pela
ré, razão pela qual requereu, em sede de liminar, a realização do exame e, no mérito, a
reparação dos danos morais decorrer do ilÃ-cito contratual.          Concedida a tutela de
urgência antecipada (fls. 33/34).          A requerida apresentou contestação aos autos
alegando, em sÃ-ntese, que a negativa de cobertura se deu no regular exercÃ-cio de direito apoiado na lei
n. 9.656/1998 e nas Resoluções normativas da ANS e que inexiste dever de indenizar, bem como
pugna pela impossibilidade de inversão do ônus da prova. Requer ao final, a improcedência da
ação.          O autor não apresentou réplica (fls. 110-v).          A parte ré
informa que o exame foi realizado, tendo sido cumprida a liminar (fls. 122/125). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Termo
de audiência acostada às fls. 133.          Anunciado o julgamento antecipado do feito por se
tratar de questão apenas de direito (fls. 150), não houve impugnação válida por meio de recurso
pertinente.          à o Relatório. DECIDO.          Inicialmente, observo que o
pedido da requerida de juntada de Parecer Técnico da ANS (fls. 151/153) não deve prosperar, vez que
já constam nos autos todos os elementos de prova, inclusive a negativa da ré, em que detalha os
procedimentos regulamentados pela ANS, pelo que indefiro o pedido.           Assim, o
processo comporta julgamento antecipado, nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de Processo
Civil, pois, sendo a questão controvertida de fato e de direito, suficiente a prova documental já produzida
nos autos          DA OBRIGAÃÃO DE FAZER - ILÃCITO CONTRATUAL          Â
Nesse contexto, e considerando os laudos médicos juntados aos autos (fls. 25/26) que retratam o
histórico e a indicação pelo profissional da saúde que acompanha o autor do exame PET-SCAN,
ainda que a contratação ou o rol da ANS indique sua utilização apenas para outras espécies de
câncer, presente o dever de cobertura, sob pena de desatendimento da finalidade do contrato.     Â
    Relativamente aos exames solicitados pelo médico do autor, estando comprovada a
necessidade de realização do PET-CT Oncológico, não havendo cláusula especÃ-fica a negar sua
cobertura e cuidando-se, ademais, de exame necessário diante do quadro clÃ-nico do paciente, a plano
de saúde não pode negar a cobertura.          O Anexo da Resolução Normativa n.
338/2013 da ANS, atualizado em 25/02/2014, elenca, dentre outros, o PET-SCAN Oncológico (PET-
CT), ainda que com diretriz de utilização, como referência básica para cobertura assistencial mÃ-nima
nos planos de saúde privados.           Entende-se abusiva a negativa de cobertura ora
discutida, já que o médico responsável solicitou tais exames para devida investigação do
diagnóstico, o que impõe a obrigação de cobertura.          Nesse sentido: AGRAVO
INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PLANO DE SAÃDE.OBRIGAÃÃO DE FAZER.
CÃNCER DE OVÃRIO. NEGATIVA INJUSTIFICADA DE TRATAMENTO COM EXAME PET-SCAN.
ACÃRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÃNCIA DESTA CORTE SUPERIOR.
DANO MORAL DEVIDO. INCIDÃNCIA DA SÃMULA 7/STJ. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1.
Conforme entendimento desta Corte de Justiça, "o plano de saúde pode estabelecer as doenças que
terão cobertura, mas não o tipo de terapêutica indicada por profissional habilitado na busca da
cura.Desse modo, entende-se ser abusiva a cláusula contratual que exclui tratamento, medicamento ou
procedimento imprescindÃ-vel, prescrito para garantir a saúde ou a vida do beneficiário" (AgInt no REsp
1.453.763/ES, Rel. Ministro Raul Araújo, Quarta Turma, julgado em 1º/6/2020, DJe 15/6/2020). 2. De
acordo com a jurisprudência desta Corte Superior, o descumprimento contratual por parte da operadora
de saúde, que culmina em negativa de cobertura para procedimento de saúde, somente enseja
reparação a tÃ-tulo de danos morais quando houver agravamento da condição de dor, abalo
psicológico ou prejuÃ-zos à saúde já debilitada do paciente, o que foi constatado pela Corte de origem
no caso concreto. Incidência da Súmula 7/STJ. 3. Agravo interno desprovido. (AgInt no AREsp
1781959/MG, Rel. Ministro MARCO AURÃLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 03/05/2021,
DJe 05/05/2021) APELAÃÃES CIVEIS. SEGUROS. PLANO DE SAÃDE. LITISPENDÃNCIA NÃO
VERIFICADA. COBERTURA DE EXAMEÂ PETÂ CT (PETÂ SCAN) DEVIDA. REPETIÃÃO DOS
VALORES GASTOS NA FORMA SIMPLES. DANOS MORAIS INOCORRENTES. 1. Tendo em vista que
as causas de pedir da presente demanda e da citada pela parte ré são diversas, não há que se falar
em litispendência entre as ações. 2. Incide o Código de Defesa do Consumidor nos contratos de
plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão, consoante disposição do artigo
3º, §2º, bem como pelo que dispõe a Súmula nº 608 do Superior Tribunal de Justiça e o artigo
35 da Lei nº 9.656/1998. 3. As coberturas de procedimentos médicos por planos de saúde se sujeitam
975
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

a um rol mÃ-nimo editado pela ANS, o qual não pode prever as hipóteses do art. 10 da Lei 9.656/98 e
não pode excluir ou mitigar as hipóteses do art. 12 da mesma Lei. Não obstante, evidentemente que
os contratos firmados podem alargar o espectro mÃ-nimo de cobertura, inclusive cobrindo as hipóteses do
citado art. 10. 4. No presente caso, a negativa se deu em razão do câncer que acomete a parte autora
não se adequar às diretrizes de utilização impostas pela ANS. Entretanto, a simples localização
no corpo humano do tumor não pode afastar o dever de cobertura, eis que tal tipo de procedimento
ofende a boa-fé objetiva e o direito à saúde. Ademais, pela análise da própria diretriz de utilização,
falta força probatória aos argumentos da parte ré de que o caso não se enquadra nas possibilidades
estabelecidas. 5. Não vislumbrada a má-fé na negativa, devida a repetição dos valores na forma
simples. 6. Inocorrente, o dano extrapatrimonial, eis que o descumprimento contratual, por si só, não
dá ensejo à indenização por danos morais, não restando comprovada excepcionalidade no sentido
de que os direitos da personalidade da autora tenham sido afrontados. 7. Sucumbência mantida e
honorários majorados em atenção ao art. 85, §11, do CPC. APELO DA PARTE AUTORA
DESPROVIDO. APELO DA PARTE Rà PROVIDO EM PARTE. (Apelação CÃ-vel Nº 70077157097,
Quinta Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em
26/06/2018)          Ademais, havendo previsão de cobertura para a doença que
acomete o autor, também não prospera a negativa da ré quanto à cobertura do exame PET CT
Oncológico, porquanto este é imprescindÃ-vel para o acompanhamento clÃ-nico da evolução da
enfermidade, sob pena de não existir uma efetiva cobertura da doença.          Desta feita,
impende reconhecer que ocorrência de ato ilÃ-cito decorrente da negativa da requerida em adimplir
obrigação contratual, pelo que deve ser reconhecido a pretensão autoral e conformada a tutela de
urgência.          DO DANO MORAL          Reconhecido o ato ilÃ-cito, deve ser
apurado o dever de reparação civil da ré pelos danos morais suportados pelo autor.        Â
 A jurisprudência mais recente da Corte Cidadã, em casos idênticos ao presente, tem entendido que
o dever de indenizar da ré não decorre da negativa, mas de que esta tenha importado no ¿
agravamento da condição de dor, abalo psicológico ou prejuÃ-zos à saúde já debilitada do
paciente¿. Senão vejamos: ¿AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
DECISÃO DA PRESIDÃNCIA. RECONSIDERAÃÃO. PLANO DE SAÃDE. TRATAMENTO DE CÃNCER.
DOENÃA COBERTA PELO CONTRATO. AGRAVAMENTO DA SAÃDE DO PACIENTE. DANO MORAL
RECONHECIDO PELAS INSTÃNCIAS ORDINÃRIAS. AGRAVO INTERNO PROVIDO PARA CONHECER
DO AGRAVO E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. 1. Agravo interno contra decisão da
Presidência que não conheceu do agravo. Reconsideração, diante da existência de impugnação,
na petição de agravo, da decisão que não admitiu o recurso especial na origem. 2. à ilegal a
negativa de custeio, pelo plano de saúde, dos meios e materiais necessários ao melhor desempenho do
tratamento clÃ-nico ou do procedimento cirúrgico ou de internação hospitalar relativos a doença
coberta pelo plano contratado. Precedentes. 3. De acordo com a jurisprudência desta Corte Superior, o
descumprimento contratual por parte da operadora de saúde, que culmina em negativa de cobertura para
procedimento de saúde, somente enseja reparação a tÃ-tulo de danos morais quando houver
agravamento da condição de dor, abalo psicológico ou prejuÃ-zos à saúde já debilitada do paciente,
o que foi constatado pela Corte de origem no caso concreto. 4. A modificação de tal entendimento
demandaria o revolvimento de suporte fático-probatório dos autos, o que é inviável em sede de
recurso especial, a teor do que dispõe a Súmula 7 deste Pretório. 5. Agravo interno provido para,
reconsiderando a decisão agravada, conhecer do agravo e negar provimento ao recurso especial. (AgInt
no AREsp 1705242/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÃJO, QUARTA TURMA, julgado em 30/11/2020, DJe
18/12/2020) Â Â Â Â Â Â Â Â Â NO CASO DOS AUTOS, os documentos de fls. 25/26 mostram que a
solicitação e o laudo para realização do exame PET-SCAN datam de janeiro de 2013, enquanto o
exame somente foi realizado em junho de 2013, conforme doc. de fls. 125, transcorrendo 05 (cinco) meses
de espera desde a data em que diagnosticado o paciente com ¿linfonodos proeminentes no
retroperitônio e pelve¿.          Evidente, portanto, que o decurso de tal significativo
espaço de tempo impacta sobremaneira no quadro de saúde do paciente, especialmente ao se
considerar que o autor sofre de SÃ-ndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS), doença que
sabidamente afeta o sistema imunológico, de forma que a demora apontada importa em inegável
agravamento da condição de saúde e abalo psicológico do paciente, em prejuÃ-zo à sua saúde já
debilitada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Desta feita, balizada pelos precedentes do STJ, entendo que no caso
concreto estão demonstrados os fatos jurÃ-dicos ensejadores do dano moral que, considerando o
substrato fático constante nos autos, reclama a reparação civil no montante de R$ 8.000,00 (oito mil
reais).      Diante de todo o exposto, com fundamento no art. 487, I do CPC, JULGO
PROCEDENTES os pedidos formulados, ratificando os termos da tutela antecipada deferida no que se
976
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

refere a condenação da ré a realização do exame, bem como para CONDENAR a parte ré ao
pagamento, a tÃ-tulo de DANO MORAL, do valor de R$-8.000,00 (oito mil reais), devidamente corrigido
pelo INPC, e acrescido dos juros de mora simples de 1% ao mês (CC, art. 406), ambos a contar a partir
da publicação desta decisão (Súmula 362 do STJ e Súmula 54 do STJ). Em consequência,
DECLARO EXTINTO O PROCESSO, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do CPC.  Â
        Condeno a ré ao pagamento das custas, das despesas processuais e dos honorários
advocatÃ-cios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do artigo 85,
§ 2º do CPC.          PROCEDA AO NECESSÃRIO PARA COBRANÃA DAS CUSTAS
PROCESSUAIS. Caso não recolhidas no prazo legal, o que deve ser certificado, EXPEÃA-SE o
necessário para a inscrição do débito em dÃ-vida ativa, remetendo-se ao Setor de Arrecadação do
E. TJPA e à Procuradoria Geral do Estado para as providências cabÃ-veis, de tudo se certificando nos
autos.          Havendo interposição de recurso de Apelação, INTIME-SE a parte
Apelada para apresentar contrarrazões, caso queira, no prazo legal. Após, estando o feito digitalizado,
ao E. TJE/PA, com as homenagens de estilo.          Com o trânsito em julgado, pagas as
custas, se houver, arquivem-se os autos, observadas as formalidades legais, dando-se baixa junto ao
sistema processual pertinente.       Belém/PA, 09 de julho de 2021.      VALDEISE
MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital HM PROCESSO:
00264685320138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Reintegração / Manutenção de Posse em: 17/08/2021
AUTOR:LUCIENE PEREIRA DE ALCANTARA AUTOR:JULIANA DE ALCANTARA SOARES
AUTOR:IRACI BRITO SARMENTO AUTOR:JOSIANE DA SILVA FERREIRA Representante(s): OAB 7646
- ARINOS NORONHA DO NASCIMENTO (ADVOGADO) REU:GAFISA SPE 73 EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS LTDA Representante(s): OAB 11847 - ALESSANDRO PUGET OLIVA (ADVOGADO) OAB
19809 - FABRICIO GOMES CRISTINO (ADVOGADO) OAB 214918 - DANIEL BATTIPAGLIA SGAI
(ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0026468-53.2013.8.14.0301      SENTENÃA     Â
VISTOS.                      Trata-se de AÃÃO DE MANUTENÃÃO DE POSSE
ajuizada por LUCIENE PEREIRA DE ALCANTARA e outros em face de GAFISA SPE 73
EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA.      Após o ajuizamento da ação, ocorrido em
2014, a parte autora não adotou mais qualquer providência a fim de propiciar o escorreito
prosseguimento do feito.      à o relatório. PASSO A DECIDIR.       No caso vertente,
constata-se que a parte autora não mais teve qualquer interesse no andamento do processo, deixando
de cumprir as diligências que lhe incumbiam, tendo em vista que, inobstante a existência de mais de 03
(três) litisconsortes, nenhum dos interessados diligenciou a fim de assegurar o andamento processual. Â
    Exalce-se que, é dever do autor adotar as providências e diligencias que lhe competem,
viabilizando o prosseguimento do feito, evitando que os autos fiquem paralisados por tempo demasiado,
protocolando as petições necessárias a assegurar o impulso processual.      InadmissÃ-vel a
intenção de atribuir ao Judiciário mais atividades do que já possui, causando assim, acúmulo de
trabalho, mais processos se arrastando por longo decurso tempo em razão de feitos abandonados,
sendo certo que, não se justifica que pretenda transferir INTEGRALMENTE ao Judiciário o ônus pela
sua paralisação.      A própria paralisação dos autos, que distribuÃ-do em 2013 e até a
presente data não teve mais nenhuma manifestação, demonstra o descaso do autor em diligenciar e
cumprir com o dever processual que lhe compete. Â Â Â Â Â ANTE O EXPOSTO, pelos fatos e
fundamentos ao norte alinhavados, considerando que verificada a ausência de pressupostos de
constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, DECLARO EXTINTO O PROCESSO,
sem resolução de mérito, nos termos do art. 485, inciso IV do CPC.      CONDENO A PARTE
AUTORA AO PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATICIOS, estes fixados em 10%
sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015, os quais, entretanto, encontram-se
suspensos, em razão da parte autora tratar-se de beneficiária da justiça gratuita, nos termos do art.
98, § 3º do CPC.      Havendo interposição de RECURSO DE APELAÃÃO, considerando o
485, § 7º1 do CPC, retornem os autos conclusos para apreciação.      P.R.I.C. Após,
transitado em julgado, estando o feito devidamente certificado e observadas as cautelas de praxe,
ARQUIVE-SE, dando-se a respectiva baixa no sistema LIBRA.      Belém/PA, 05 de agosto de
2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da
Capital      RP 1 Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste
artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. PROCESSO: 00284414320138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO LOURENCO MAIA DA SILVA
A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:DIVINO MENDES DE CASTRO
Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SOARES DA COSTA (ADVOGADO) REU:BANCO DO ESTADO DO PARA SA Representante(s): OAB


12501 - CARLOS ANDRE DA FONSECA GOMES (ADVOGADO) . Processo CÃ-vel Nº 0028441-
43.2013.8.14.0301. - Sentença - Vistos, etc. Tratam-se os presentes autos de AÃÃO REVISIONAL C/C
REPARAÃÃO, proposta por DIVINO MENDES DE CASTRO, contra BANCO DO ESTADO DO PARÃ, já
qualificados nos autos. Informa a parte autora, em sÃ-ntese: que é correntista da requerida, tendo
contraÃ-do diverso empréstimos, sendo o último no valor de R$ 33.097,65, com desconto em conta
corrente; que pelo referido empréstimo o autor pagará o montante de R$ 72.194,80, somando-se todas
as parcelas; que o contrato é abusivo. Requer revisão contratual com declaração de nulidade de
cláusulas abusivas, bem como revisão das taxas de juros cobrada e expurgos, pede repetição de
indébito e indenização por danos morais. Com a inicial vieram documentos. Justiça gratuita deferida
(fl. 30). Contestação da demandada pela improcedência dos pedidos da exordial. Arguiu preliminares
de carência da ação por falta de interesse de agir e inépcia da inicial por infringência à Súmula
nº 381 do STJ. Termo de audiência de tentativa de conciliação nos autos. A parte autora apresentou
réplica. Breve o relatório. DECIDO. A lide comporta julgamento antecipado. Tratando-se de relação
de consumo, considerando a hipossuficiência do consumidor, concedo a inversão do ônus probante.
Acolho parcialmente a preliminar de falta de interesse processual. Com efeito, houve perda superveniente
parcial em relação ao objeto, máxime o autor realizou novo negócio jurÃ-dico com a ré, restando
quitado o contrato objeto da presente demanda, cf. fls. 79 e 80. Tal situação evidencia o desinteresse
do autor em revisionar o contrato objeto da demanda, sendo que este está extinto em razão da
quitação. Entretanto, considerando que há pedido de indenização por dano moral, cabÃ-vel a sua
apreciação. A matéria objeto da alegação de inépcia da inicial confunde-se com o mérito,
entretanto resta prejudicada em virtude da falta de interesse superveniente.  Passo a análise do
mérito. Versa a presente demanda acerca de alegados descontos ilÃ-citos efetuados pela ré. Os juros
contratados devem prevalecer quando não verificada abusividade ou excessiva onerosidade, tendo como
parâmetro a taxa média de mercado, máxime inexistir limitação constitucional dos juros e nem
admite a sua limitação com base na Lei da Usura. Em consulta ao sÃ-tio eletrônico do Banco Central
do Brasil, constata-se que a taxa de juros praticada na data do contrato estava de acordo com as taxas
praticadas pelo mercado, não havendo exorbitância em relação a taxa média praticada à época.
(https://www.bcb.gov.br/estatisticas/reporttxjuros?path=conteudo%2Ftxcred%2FReports%2FTaxasCredito-
C o n s o l i d a d a s - p o r T a x a s A n u a i s -
Historico.rdl&nome=Hist%C3%B3rico%20Posterior%20a%2001%2F01%2F2012&exibeparametros=true).
Inexiste vedação jurÃ-dica quanto a capitalização de juros, máxime porque compatÃ-vel com a Carta
PolÃ-tica de 1988, que prevê em seu art. 170 a ordem econômica fundada na livre iniciativa. Por outro
lado, invoca a parte demandante a aplicação da Súmula n. 121 do Supremo Tribunal Federal. Com
efeito, essa própria Corte editou a Súmula n. 596, admitindo a cobrança de juros e outros encargos
nas operações de crédito realizadas por instituições integrantes do sistema financeiro nacional.
Outrossim, tal entendimento reforça o reconhecimento do dinamismo que envolve as atividades
econômicas, sendo as taxas de juros estipuladas consoante as flutuações de mercado.
Concretamente, nos dias atuais, a capitalização de juros não é proibida no ordenamento jurÃ-dico
brasileiro, inclusive este vem sendo o entendimento sufragado nos tribunais superiores. Além disso, o
ajuste entre as partes foi celebrado com a plena e consciente aquiescência da parte autora. A realidade
dos autos informa que os juros cobrados pela ré estão consoantes com o que foi pactuado no contrato,
não havendo prova em sentido contrário pela parte demandante. Código Civil, Art. 422. ¿Os
contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os
princÃ-pios de probidade e boa-fé.¿ Assim, in casu, não havendo a ocorrência de desequilÃ-brio
contratual que tenha afetado supervenientemente o contrato, ou ainda qualquer ilegalidade na cobrança,
inexiste ilÃ-cito praticado pela ré, não havendo danos provocados por ela à personalidade da parte
autora, motivo pelo qual incabÃ-vel a responsabilidade indenizatória. Isto posto, julgo IMPROCEDENTE o
pedido de indenização por dano moral da parte autora (CPC, art. 487, I). Deixo de apreciar os demais
pedidos em razão da perda superveniente do objeto, caracterizando perda superveniente de interesse
processual. Condeno a parte autora a pagar as custas processuais e honorários sucumbenciais fixados
em R$ 500,00. Entrementes, ficam suspensas as suas exigibilidades em face da demandante ser
beneficiária da justiça gratuita. Transitado em julgada a presente decisão, arquivem-se os autos.
P.R.I.C. Belém, 13 de julho de 2021.            JOÃO LOURENÃO MAIA DA SILVA   Â
        Juiz de Direito Titular da            2ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Comarca da Capital r PROCESSO: 00599866820128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOÃO LOURENÇO MAIA DA SILVA A??o: Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária em: 17/08/2021 AUTOR:BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS SA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Representante(s): OAB 38534 - ANTONIO BRAZ DA SILVA (ADVOGADO) OAB 12306 - ANA PAULA
BARBOSA DA ROCHA GOMES (ADVOGADO) REU:FRANCISCO JUCELIO PEREIRA PAULA. Processo
CÃ-vel nº 0059986-68.2012.8.14.0301 Sentença - Vistos etc. Tratam os presentes autos de AÃÃO DE
BUSCA E APREENSÃO EM ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA, ajuizada por BANCO BRADESCO
FINANCIAMENTOS S/A, em face de FRANCISCO JUCELIO PEREIRA PAULA, estando todos
qualificados nos autos. Constam dos autos à fl. 55, pedido de desistência da ação, pelo autor, por
não ter mais interesse no prosseguimento do feito. O réu não foi citado. Consta dos autos, certidão
da UNAJ de que não há custas finais pendentes de recolhimento. à o sucinto relatório. Decido. Posto
isto, homologo a desistência da ação, a pedido do autor. Julgo, em consequência, extinto o processo
sem resolução de mérito, com fundamento no artigo 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil do
Brasil. Expeça-se certidão de baixa e arquivamento da ação. Determino ao Sr. Diretor de Secretaria
que, havendo originais de documentos instruindo a inicial, os devolva ao exequente, por meio de seu
advogado, ficando nos autos as respectivas cópias, certificando-se a respeito de tudo nestes autos. Com
o trânsito em julgado da sentença e, havendo registro de restrição judicial sobre o veÃ-culo descrito
na inicial realizado por este juÃ-zo, proceda-se à imediata baixa da restrição. Sem honorários. Custas
pelo autor. Após, arquive-se, observadas as formalidades legais. P.R.I. Belém, 8 de maio de 2021
JOÃO LOURENÃO MAIA DA SILVA Juiz de Direito Titular da 2ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Comarca
da Capital PROCESSO: 00637055320158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Reintegração / Manutenção de Posse em: 17/08/2021 REQUERENTE:COMPANHIA DE SANEAMENTO
DO PARA COSANPA Representante(s): OAB 6099 - SALIM BRITO ZAHLUTH JUNIOR (ADVOGADO)
OAB 17079 - FELIPE KAUFFMANN CARMONA DE ALMEIDA (ADVOGADO) REQUERIDO:JOSÉ
RIBAMAR Representante(s): OAB 8414 - PEDRO PAULO CAVALERO DOS SANTOS (ADVOGADO)
REQUERIDO:ANTÔNIO SILVA NEY DA S. MARÇAL REQUERIDO:ROSIVAN MELO GUIMARÃES
REQUERIDO:MARCOS ROBERTO DE SOUSA REQUERIDO:EDILSON SOUZA DOS SANTOS
REQUERIDO:RENATA KELLY DE FREITAS CARVALHO REQUERIDO:ALESSANDRA ANDRADE
PIMENTA REQUERIDO:SARA DE JESUS ARAÚJO GOMES REQUERIDO:FABRICIO RODRIGUES
REQUERIDO:ELIEZER REQUERIDO:JACINEIRA SOUSA ROCHA REQUERIDO:ROSANA MELO
TERCEIRO:ELAINE CRISTINA DOS SANTOS COSTA TERCEIRO:LUANA DE LIMA NASCIMENTO
TERCEIRO:JULIA NUNES DA SILVA DE ALMEIDA TERCEIRO:LUANA DE LIMA NASCIMENTO.
PROCESSO Nº 0063705-53.2015.8.14.0301      DECIS¿O      VISTOS.     Â
Considerando a decis¿o proferida em sede de agravo de instrumento; considerando o disposto no art.
565, §1º do CPC1; considerando a possibilidade de, a qualquer momento, o JuÃ-zo tentar efetuar a
conciliaç¿o/mediaç¿o entre as partes, DESIGNO AUDIÃNCIA A SER REALIZADA DIA 09/11/2021,
ÃS 9H30MIN, a ser realizada presencialmente neste Fórum CÃ-vel da Capital.      Saliente-se que
deverá a parte ré eleger 01 (um) único representante para comparecer em JuÃ-zo, considerando a
necessidade de observância de medidas necessárias ao resguardo dos protocolos de segurança
sanitária e a, ainda, vivenciada, pandemia da COVID-19, devidamente acompanhado por meio de
advogado.      Advirto ainda, que deverá ser a Defensoria Pública devidamente intimada para fins
de comparecimento, considerando sua habilitaç¿o aos autos.      INT. DIL. E CUMPRA-SE,
intimando-se todas as partes acerca da presente decis¿o.      Belém/Pa., 17 de agosto de 2021.
     VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital 1
§ 1º Concedida a liminar, se essa n¿o for executada no prazo de 1 (um) ano, a contar da data de
distribuiç¿o, caberá ao juiz designar audiência de mediaç¿o, nos termos dos §§ 2º a 4º
deste artigo. PROCESSO: 01440930620168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO LOURENCO MAIA DA SILVA A??o: Busca e
Apreensão em: 17/08/2021 REQUERENTE:AYMORE CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
SA Representante(s): OAB 7248 - ALLAN RODRIGUES FERREIRA (ADVOGADO) OAB 21573 - SYDNEY
SOUSA SILVA (ADVOGADO) OAB 22991-A - MARCO ANTONIO CRESPO BARBOSA (ADVOGADO)
REQUERIDO:EDNUBIA COSTA DE SOUZA. Processo CÃ-vel nº 00144093-06.2016.8.14.0301
Sentença - Vistos etc. Tratam os presentes autos de AÃÃO DE BUSCA E APREENSÃO EM
ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA, ajuizada por AYMORÃ CRÃITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A.,
em face de EDNUBIA COSTA DE SOUZA, estando todos qualificados nos autos. Constam dos autos à fl.
49, pedido de desistência da ação, pelo autor, por não ter mais interesse no prosseguimento do feito.
O réu não foi citado. Consta dos autos, certidão da UNAJ de que não há custas finais pendentes de
recolhimento. à o sucinto relatório. Decido. Posto isto, homologo a desistência da ação, a pedido do
autor. Julgo, em consequência, extinto o processo sem resolução de mérito, com fundamento no
artigo 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil do Brasil. Expeça-se certidão de baixa e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

arquivamento da ação. Determino ao Sr. Diretor de Secretaria que, havendo originais de documentos
instruindo a inicial, os devolva ao exequente, por meio de seu advogado, ficando nos autos as respectivas
cópias, certificando-se a respeito de tudo nestes autos. Com o trânsito em julgado da sentença e,
havendo registro de restrição judicial sobre o veÃ-culo descrito na inicial realizado por este juÃ-zo,
proceda-se à imediata baixa da restrição. Sem honorários. Custas pelo autor. Após, arquive-se,
observadas as formalidades legais. P.R.I. Belém, 8 de maio de 2021 JOÃO LOURENÃO MAIA DA
SILVA Juiz de Direito Titular da 2ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Comarca da Capital PROCESSO:
02832811420168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JOÃO LOURENÇO MAIA DA SILVA A??o: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 17/08/2021
REQUERENTE:YAMAHA ADMINISTRADORA DE CONSORCIO LTDA Representante(s): OAB 231747 -
EDEMILSON KOJI MOTODA (ADVOGADO) REQUERIDO:MARCOS PAULO DA CONCEICAO
FERREIRA. Processo CÃ-vel nº 0283281-14.2016.8.14.0301 Sentença - Vistos etc. Tratam os
presentes autos de AÃÃO DE BUSCA E APREENSÃO, ajuizada por YAMAHA ADMINISTRADORA DE
CONSÃRCIO LTDA, em face de MARCOS PAULO DA CONCEIÃÃO FERREIRA, estando todos
qualificados nos autos. Constam dos autos à fl. 45, pedido de desistência da ação, pelo autor, por
não ter mais interesse no prosseguimento do feito. O réu não foi citado. Consta dos autos à fl. 49,
certidão da UNAJ de que não há custas finais pendentes de recolhimento. à o sucinto relatório.
Decido. Posto isto, homologo a desistência da ação, a pedido do autor. Julgo, em consequência,
extinto o processo sem resolução de mérito, com fundamento no artigo 485, inciso VIII, do Código de
Processo Civil do Brasil. Expeça-se certidão de baixa e arquivamento da ação. Determino ao Sr.
Diretor de Secretaria que, havendo originais de documentos instruindo a inicial, os devolva ao exequente,
por meio de seu advogado, ficando nos autos as respectivas cópias, certificando-se a respeito de tudo
nestes autos. Com o trânsito em julgado da sentença e, havendo registro de restrição judicial sobre
o veÃ-culo descrito na inicial realizado por este juÃ-zo, proceda-se à imediata baixa da restrição. Sem
honorários. Custas pelo autor. Após, arquive-se, observadas as formalidades legais. P.R.I. Belém, 14
de julho de 2021 JOÃO LOURENÃO MAIA DA SILVA Juiz de Direito Titula da 2ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Comarca da Capital

Número do processo: 0832513-59.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MARCELO


CARDOSO FARO Participação: ADVOGADO Nome: DANIELA DE SA SALVIANO OAB: 15304/PA
Participação: REQUERENTE Nome: VANESSA YURI DE ARAUJO NAKAYAMA Participação:
ADVOGADO Nome: DANIELA DE SA SALVIANO OAB: 15304/PA Participação: REQUERIDO Nome:
TERESINHA DE JESUS CARDOSO FARO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo n.º 0832513-59.2021.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas iniciais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
cancelamento da distribuição do feito (Art. 290 CPC/2015). Após, juntar o comprovante de pagamento, o
boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei
8328/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

NATHALIE MAGALHAES MENESES


Analista/Auxiliar Judiciário da 1ª UPJ Cível e Empresarial de Belém
980
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0826063-03.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CESAR LUIZ


VIEIRA Participação: ADVOGADO Nome: ALAN CAMILO GARCIA OAB: 43116/SC Participação:
ADVOGADO Nome: RENATA FRANCO MUNIZ OAB: 655/PA Participação: REQUERENTE Nome:
CINTRA DE OLIVEIRA CINTRA Participação: ADVOGADO Nome: ALAN CAMILO GARCIA OAB:
43116/SC Participação: ADVOGADO Nome: RENATA FRANCO MUNIZ OAB: 655/PA Participação:
REQUERIDO Nome: FEDERACAO PARAENSE DE JUDO Participação: ADVOGADO Nome: NEY
GABRIEL DE SOUSA FARIAS OAB: 13315/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DA CAPITAL

PROCESSO: 0826063-03.2021.8.14.0301
TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE (12134)
REQUERENTE: CESAR LUIZ VIEIRA, CINTRA DE OLIVEIRA CINTRA
Nome: CESAR LUIZ VIEIRA
Endereço: Avenida Gentil Bittencourt, 378, ed village apto 604, Batista Campos, BELéM - PA - CEP:
66035-340
Nome: CINTRA DE OLIVEIRA CINTRA
Endereço: Rua Aleutas, 19 A, (Cj Tapajós), Tapanã (Icoaraci), BELéM - PA - CEP: 66833-350

REQUERIDO: FEDERACAO PARAENSE DE JUDO


Nome: FEDERACAO PARAENSE DE JUDO
Endereço: Rua Santo Antônio, 432, ed antonio velho sala 709, centro, BELéM - PA - CEP: 66010-105
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

VISTOS.

Trata-se de PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA EM CARÁTER ANTECEDENTE DE ACORDO ART.303


DO CPC ajuizada por César Luiz Vieira e Cintra de Oliveira Cintra em face de Federação Paraense de
Judô e Comissão Eleitoral da Federação Paraense de Judô, tendo sido deferida a tutela antecipada
conforme decisão de id. Num. 26473632, nos seguintes termos:

- Apresentem a ATA da Assembleia das Eleições realizadas em 01/05/2021 que culminou coma eleição da
chapa DISCIPLINA E UNIFORMIDADE;

- A apresentação da regularidade das diligencias que decretou a impugnação da chapa dos autores,
quando da apresentação da contestação.

- Determino igualmente a SUSPENSÃO dos efeitos da eleição realizada em 01 de maio de 2021 que
culminou com a eleição da chapa DISCIPLINA E UNIFORMIDADE, até o julgamento do mérito;

Apresentada Contestação e Reconvenção pela parte ré, conforme id. Num. 28823424, a parte ré pleiteou,
dentre outros, a nomeação do sr. ALCINDO RABELO CAMPOS como administrador temporário se dará
até a resolução da lide, para que a FEDERAÇÃO PARAENSE DE JUDÔ possa cumprir com suas
obrigações e deveres orçamentarias, bem como, cumprir com o cronograma do calendário anual de 2021,
O QUE PASSO A DECIDIR.

De imediato, cabível pontuar que ao apreciar o pedido de tutela antecipada, suspendendo os efeitos da
eleição realizada em 01/05/2021, o Juízo originário ocupou-se em sustar o alcance da eleição ocorrida,
tornando sobrestada as consequências da sua ocorrência, isto é, os candidatos ali eleitos ficaram
impedidos, por ora, de exercer o cargo para o qual foram eleitos.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Corolário deste raciocínio é concluir que, a suspensão da chapa vencedora, mantém os ‘antigos’ eleitos
em seus cargos, até posterior decisão a ser proferida nos autos do processo, tendo em vista que, em
momento algum, o Poder Judiciário manifestou-se quanto à necessidade de colocar terceiro para ocupar o
posto de presidente, conselheiro e etc.

Neste cenário, aplica-se a ideia derivada do ‘efeito repristinatório’ isto é, a reentrada em vigor de norma
aparentemente revogada, ocorrendo quando uma norma que revogou outra é declarada inconstitucional
(FERREIRA, Olavo Augusto Vianna Alves. O efeito repristinatório e a declaração de inconstitucionalidade
in Leituras complementares de Direito Constitucional - Controle de Constitucionalidade. Salvador: Editora
JusPODVIM. 2007. p.151).

NO CASO EM APREÇO, certamente, não pode ficar a associação destituída de presidente, vice
presidente e conselheiros fiscais (cargos objeto da eleição ora objeto de discussão), justificando a
necessidade de manutenção, nos referidos cargos, daqueles anteriormente eleitos para tal
finalidade.

Exalce-se que a presente decisão apenas tem o condão de ‘esclarecer’ a decisão proferida pelo Juízo,
MANTENDO-A EM SUA INTEGRALIDADE, no entanto, tornando precisos os limites de sua extensão, a
fim de resguardar os interesses da própria federação e de seus associados.

Registra-se que os ocupantes dos cargos deverão atuar com lisura e probidade, respeitando os
regramentos do estatuto e as normas legais, sob pena de virem a ser responsabilidade – através de ações
próprias – quanto aos atos praticados, inclusive, enquanto durarem os efeitos da presente decisão.

2. Por certo, o fato de tratar-se de processo eletrônico não retira a necessidade de cautela e atenção dos
patronos em anexar documentos de forma a propiciar a efetiva apreciação pelo Judiciário, devendo
observar os procedimentos legais e as fases processuais, previstas no CPC.

Reiterados são os pedidos da parte autora que peticiona e depois requer o desentranhamento da petição,
acrescida dos pleitos formulados em duplicidade, o que, certamente, dificulta a própria compreensão dos
autos, devendo atentar-se nas próximas vezes, quando for realizar qualquer peticionamento em
Juízo.

De toda forma, a fim de evitar tumulto e confusão processual, DEFIRO o pedido de desentranhamento
formulado através do id. Num. 26355334 e Num. 26591775, as quais requerem, respectivamente, a
retirada das petições de id. 26347603 e id. 26547009 dos autos.

Deverá, para tanto, a UPJ adotar as providências necessárias, em tudo certificado nos autos.

3. Através da decisão proferida por meio do id. Num. 26473632, este Juízo determinou: ‘Efetivada a tutela
cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias nos termos do art.
308 do CPC.’.

Em contrapartida, nomeando como ADITAMENTO DA INICIAL, a parte autora peticiona através do id.
Num. 26547009 (que será desentranhada conforme item 2 da presente decisão); através do id. Num.
26592895; e, através id. Num. 28715842 – tendo, nesta última oportunidade, inclusive, majorado o valor
da causa – sem fazer quaisquer tipos de esclarecimentos, ora apenas repetindo o pedido; ora trazendo
‘pedidos’ novos.

Desta forma, a fim de evitar tumulto e confusão processual, deverá a UPJ certificar quanto à
tempestividade das respectivas petições, nos termos fixados por este Juízo.

4. Considerando que apresentada RECONVENÇÃO pela parte ré, tendo em vista o disposto no art. 343,
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§1] do CPC, INTIME-SE a parte autora/reconvinda, para, apresentar resposta no prazo de 15 (quinze)
dias.

No mesmo prazo, deverá, desde logo, apresentar réplica à contestação, observados os termos da
legislação.

Após, estando o feito devidamente certificado e cumprida integralmente a presente decisão, RETORNEM
OS AUTOS CONCLUSOS PARA APRECIAÇÃO.

Int. dil. e cumpra-se.

Belém/PA.,

VALDEISE MARIA REIS BASTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª VCE da Capital

RP

Número do processo: 0827354-72.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: FUNDACAO


ASSISTENCIAL DOS SERVIDORES DO MINISTERIO DA FAZENDA Participação: ADVOGADO Nome:
TAYANN FELIPE SOUSA CARVALHO OAB: 47883/DF Participação: ADVOGADO Nome: POLIANA
LOBO E LEITE OAB: 29801/PA Participação: REU Nome: MARIA DO SOCORRO MIRANDA PEREIRA
ALVES

Processo nº.0827354-72.2020.8.14.0301.

- DESPACHO -

Defiro o pedido de pesquisa de endereço do réu, nos sítios eletrônicos disponíveis à Justiça para este fim,
mediante o recolhimento das respectivas custas.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 27 de julho de 2021.

VALDEISE MARIA REIS BASTOS


Juiz de Direito Titular da 2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém

Número do processo: 0833303-43.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: WTC MANAUS


S/A Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO CHECHE PINA OAB: 266661/SP Participação:
REQUERIDO Nome: BANCO DA AMAZONIA SA [BASA DIRECAO GERAL]

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
983
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo n.º 0833303-43.2021.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas iniciais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
cancelamento da distribuição do feito (Art. 290 CPC/2015). Após, juntar o comprovante de pagamento, o
boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei
8328/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

NATHALIE MAGALHAES MENESES


Analista/Auxiliar Judiciário da 1ª UPJ Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0832990-82.2021.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: CLEAN GESTAO


AMBIENTAL SERVICOS GERAIS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: LIANDRO MOREIRA DA
CUNHA FARO OAB: 611-A/AP Participação: ADVOGADO Nome: LUANA MOREIRA DA CUNHA FARO
OAB: 349PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO JOSE MARTINS FERNANDES OAB:
26632/PA Participação: EMBARGADO Nome: UNIMED SUL DO PARA COOPERATIVA DE TRABALHO
MEDICO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo n.º 0832990-82.2021.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas iniciais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
cancelamento da distribuição do feito (Art. 290 CPC/2015). Após, juntar o comprovante de pagamento, o
boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei
8328/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

NATHALIE MAGALHAES MENESES


Analista/Auxiliar Judiciário da 1ª UPJ Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0845402-45.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BRENDA PENEDO


TAVARES DE SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: BEATRIZ PENEDO TAVARES DE SOUSA OAB:
21239/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO RAFAEL VIANA OLIVEIRA OAB: 7025/PA
Participação: REU Nome: 123 VIAGENS E TURISMO LTDA. Participação: REU Nome: Tam Linhas aereas
Participação: ADVOGADO Nome: FABIO RIVELLI OAB: 297608/PA
984
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Processo nº 0845402-45.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [DIREITO DO CONSUMIDOR, Cancelamento de vôo, COVID-19]
Nome: BRENDA PENEDO TAVARES DE SOUSA
Endereço: Travessa Timbó, 1293, Ed. Maria & Maria, apartamento n 1802, Pedreira, BELéM - PA - CEP:
66083-049

Nome: 123 VIAGENS E TURISMO LTDA.


Endereço: Rua dos Aimorés, 1017, Boa Viagem, BELO HORIZONTE - MG - CEP: 30140-071
Nome: Tam Linhas aereas
Endereço: Rua Verbo Divino, 2001, andares 3 ao 6 Chácara Santo Antônio, Chácara Santo Antônio (Zona
Sul), SãO PAULO - SP - CEP: 04719-002

DECISÃO-MANDADO

Ao analisar os eventos vinculados ao presente feito, observo que possui identidade de partes, pedido e
causa do processo nº 0845376-47.2021.8.14.0301, distribuído em 09/08/2021 às 09h32m, que tramitou
perante o Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial de Belém, e foi extinto sem resolução do mérito por
desistência da reclamante.

Sobre o tema dispõe o artigo 286, II do Código de Processo Cível:

Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza:

(...)

II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em
litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;

Ainda, dispõe o artigo 59 do Código de Processo Cível:

Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

Desta feita, declaro a incompetência deste Juízo para conciliar, processar e julgar o feito e determino a
redistribuição dos autos à 2ª Vara Cível e Empresarial de Belém.

Cumpra-se e dê-se baixa necessária.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do


Provimento nº 003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.

Belém, data e assinatura infra por certificado digital.

Número do processo: 0833385-74.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ELITE SERVICOS DE


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SEGURANCA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: LEANDRO JOSE PEREIRA MACEDO OAB:
10160/PA Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR LOBATO DA SILVA registrado(a) civilmente como
VICTOR LOBATO DA SILVA OAB: 25223/PA Participação: REU Nome: OBERDAN LIRA DA SILVA
JUNIOR

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo n.º 0833385-74.2021.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas iniciais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
cancelamento da distribuição do feito (Art. 290 CPC/2015). Após, juntar o comprovante de pagamento, o
boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei
8328/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

NATHALIE MAGALHAES MENESES


Analista/Auxiliar Judiciário da 1ª UPJ Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0847261-96.2021.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: LORENA


CAROLINA BARRADAS LISBOA DA ROSA Participação: ADVOGADO Nome: KARLA CRISTINA
FURTADO MARTINS OAB: 23132/PA Participação: REQUERIDO Nome: AZUL LINHAS AEREAS
BRASILEIRAS S.A.

Processo nº: 0847261-96.2021.8.14.0301

DECISÃO

Trata-se de AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM TUTELA DE URGÊNCIA E INDENIZAÇÃO POR


DANOS MATERIAIS E MORAIS ajuizada por LORENA CAROLINA BARRADAS LISBOA DA ROSA em
face de AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S.A.

Alega que autora e seu esposo adquiriram passagens aéreas com destino a Portugal, confirmada no voo
AIRBUS A320, gerando o código de reserva OBEKU2, que sairia de Belém no horário de 7:55 da manhã
do dia 17 de agosto de 2021.

Aduz que realizaram o check-in um dia antes na própria loja da azul, localizada no aeroporto.

Informa que foram para o aeroporto às 4:30 da manhã, para aguardar o embarque. Ocorre que, no dia do
embarque (17/08/2021) e apesar de estar com todos os documentos exigidos e conferidos pela requerida,
a requerente não conseguiu embarcar, visto que a gerente MONIQUE da equipe de Belém da azul linhas
aéreas, impediu a sua entrada na aeronave.

Aduz que a motivação da negativa foi a ausência de comprovação de residência em Portugal, mesmo
tendo comprovado que seu marido tem emprego e residência naquele país.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Afirma que, mesmo argumentando perante a equipe da requerida, não conseguiu embarcar, motivo pelo
qual apenas seu marido viajou.

Informa que, quando seu marido chegou em Campinas-SP, procurou a requerida Azul, que admitiu
verbalmente o equívoco no procedimento da equipe Azul de Belém, e remarcou gratuitamente a passagem
da autora para o dia 19/08/2021, no mesmo horário, com saída de Belém, escala em Campinas e destino
final Portugal.

Ocorre que a autora será recebida pela mesma equipe, que não lhe permitiu embarcar no dia 17/08/2021,
motivo pelo qual teme ser novamente impedida pela ré.

Requer, neste sentido, a concessão de tutela antecipada para garantir o embarque da autora no dia
19/08/2021.

Éo breve relatório por se tratar de plantão.

Passo à análise.

Primeiramente, esclareço que a relação trazida aos autos se trata de relação de consumo, entre a autora e
a prestadora de serviços aéreos, de modo que a decisão se limita às competências e atribuições deste
juízo para análise da matéria.

Analisando os autos, verifico tratar-se de medida urgente, onde a autora pretende ter garantido o seu
direito de embarque no voo AD2640, Airbus 320, no dia 19/08/2021 às 07:55hs com destino a Portugal,
conforme localizador OBEKU2.

A parte autora comprovou que sua passagem foi remarcada para referida data, comprovou que seu marido
(união estável por escritura pública) possui visto de residente em Portugal, bem como comprovou que ele
possui declaração de residência naquele país, além de trabalho fixo no pais de destino, bem como a
autora já tem passagem de volta e fez exame de covid e ainda preencheu todos os formulários exigidos
pela imigração portuguesa.

Assim, entendo que restou comprovado o direito da autora embarcar no voo contratado, de modo que
qualquer outro requisito necessário a entrada e permanência naquele país deve ser realizada pelo órgão
imigratório competente português.

Isto posto, diante da presença dos requisitos necessários para a concessão de tutela antecipada, a saber,
fundado receio de dano irreparável e verossimilhança das alegações, em uma análise prima facie,
DEFIRO o pedido de tutela antecipada, no sentido de que a ré AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S.A
preste o serviço de traslado da autora LORENA CAROLINA BARRADAS LISBOA DA ROSA no voo
AD2640, Airbus 320, no dia 19/08/2021 às 07:55hs com destino a Portugal, conforme localizador
OBEKU2, sob pena de não cumprindo esta decisão, incidir em multa única de R$ 5.000,00 por dia.

CUMPRA-SE.

Cite-se e intime-se o réu através do Sr. Oficial de Justiça de plantão.

Após, remeta-se à livre distribuição, nos termos do artigo 3º, parágrafo único, da Resolução n. 013/2009.

ESTA DECISÃO SERVIRÁ COMO MANDADO.

P.R.I.C

Belém, 18 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Andréa Cristine Corrêa Ribeiro

Juíza de Direito de Plantão


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 3 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

RESENHA: 17/08/2021 A 17/08/2021 - SECRETARIA 1ª UPJ VARAS


CIVEL,EMPRES,ORFÃO,INTERDITO, AUSENTE,RESIDUO,ACID DO TRABALHO,REG PUBLICO -
VARA: 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM PROCESSO: 00014710620138140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS
BASTOS A??o: Procedimento Sumário em: 17/08/2021 AUTOR:EUZALINO MIRANDA DA SILVA
Representante(s): OAB 13370 - ALESSANDRO DOS SANTOS COSTA (ADVOGADO) REU:BANCO
BRADESCO SEGUROS SA Representante(s): OAB 14351 - MARILIA DIAS ANDRADE (ADVOGADO)
OAB 16292 - LUANA SILVA SANTOS (ADVOGADO) OAB 17214 - INGRID DE LIMA RABELO MENDES
(ADVOGADO) REU:SEGURADORA LIDER SA Representante(s): OAB 14351 - MARILIA DIAS ANDRADE
(ADVOGADO) OAB 16292 - LUANA SILVA SANTOS (ADVOGADO) OAB 17214 - INGRID DE LIMA
RABELO MENDES (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0001471-06.2013.8.14.0301      DECISÃO Â
    VISTOS.      1. Considerando a manifestação de fls. 180, ACOLHO as escusas da
expert e, com fulcro no art. 467, parágrafo único do CPC, NOMEIO como perita, a médica Filomena
Brandão Barroso Rebello (CRM 842), telefone (091) 99987-3965, para cumprimento do encargo, com
honorários periciais fixados em R$-300,00 (trezentos reais), na forma do ACORDO DE COOPERAÃÃO
TÃCNICA Nº 021/2016, firmado entre esse Tribunal de Justiça e a Seguradora LÃ-der de Consórcios
DPVAT, a cargo da parte requerida, a qual requereu a produção da prova.      Assim, INTIME-
SE a perita nomeada para, no prazo de 05 (cinco) dias, informar se aceita a nomeação e, em caso
afirmativo i) apresentar currÃ-culo, com comprovação de especialização; ii) contatos profissionais. Â
    FICA DESDE Jà ADVERTIDA A EXPERT que eventual escusa deverá ser apresentada no prazo
acima assinalado, sob pena de que a inércia seja punÃ-vel com as sanções decorrentes de
descumprimento de ordem judicial. Â Â Â Â Â 2. Havendo o aceite, INTIME-SE a Parte Requerida, para no
prazo de 15 (quinze) dias, efetuar o pagamento das custas referentes aos honorários periciais,
observados os termos fixados por este JuÃ-zo. Â Â Â Â Â Saliente-se que, o decurso do prazo sem o
cumprimento da obrigação, quer por culpa do requerido (ao não recolher os valores devidos a tÃ-tulo
de honorários periciais) quer por culpa do requerente (ao não comparecer a perÃ-cia designada)
ensejará a PRECLUSÃO QUANTO AO DIREITO DE PRODUÃÃO PROBATÃRIA, de sorte que, tal parte,
arcará com os ônus de seu descumprimento.      3. Desde logo, AUTORIZO a liberação de
50% (cinquenta por cento) dos valores devido a tÃ-tulo de honorários periciais, com fulcro no art. 465,
§4º do CPC.      4. Efetuado o depósito, considerando que as partes já apresentaram quesitos
e/ou assistentes técnicos (fls. 170/171 e 174), nos termos do art. 465, §1º do CPC, INTIME-SE o
perito nomeado para dar inÃ-cio à perÃ-cia, a qual deve ser concluÃ-da no prazo de 30 (trinta) dias, no qual
deverão ser respondido os quesitos das partes e o do JuÃ-zo (fls. 169/169v), devendo o profissional
técnico combinar com a parte autora, local, data e hora para elaboração da diligência, atentando-se
ao disposto no art. 466 do CPC, acaso se faça necessário, devendo      5. Apresentado o laudo
pericial, INTIMEM-SE as partes para, no prazo comum de 15 (quinze) dias, primeiro autor e depois réu,
apresentar manifestação, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo,
apresentar seu respectivo parecer, nos termos do art. 477, §1º do CPC.      Uma vez
apresentado laudo pericial, resta autorizada a liberação do restante da quantia, observadas as cautelas
de praxe e em tudo certificado nos autos. Â Â Â Â Â 6. Por fim, observada integralmente a presente
decisão, retornem conclusos para apreciação, devendo, em sendo o caso, a UPJ adotar as
providências necessárias ao recolhimento das custas processuais pendentes de pagamento.     Â
INT. DIL. E CUMPRA-SE.      Belém/PA, 12 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA
REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital      HM PROCESSO:
00015634220178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Reintegração / Manutenção de Posse em: 17/08/2021
AUTOR:EDIELSON CAMBRAIA DOS SANTOS Representante(s): OAB 23205 - TONI SOLANGE
BERNARDES DOS SANTOS TEOFILO (ADVOGADO) AUTOR:VERA MARCIA DE LIMA E SILVA
Representante(s): OAB 23205 - TONI SOLANGE BERNARDES DOS SANTOS TEOFILO (ADVOGADO)
REU:ANCORA INCORPORADORA LTDA ME Representante(s): OAB 21095 - CINTHIA DANTAS
VALENTE (ADVOGADO) REU:CONDOMINIO COSTA FORTUNA Representante(s): OAB 25098 - CLEA
SOUZA DA CUNHA (ADVOGADO) REU:KATIA MARAVILHA Representante(s): OAB 25098 - CLEA
SOUZA DA CUNHA (ADVOGADO) TERCEIRO:THIAGO PEREIRA DOS SANTONS. PROCESSO N.
0001563-42.2017.8.14.0301 DECISÃO INTERLOCUTÃRIA VISTOS. 1.DESENTRANHEM-SE dos autos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

os documentos de fls. 185/194, devolvendo-os ao patrono signatário, vez que inteiramente intempestivo e
inoportuno, estando precluso aos réus a apresentação de contestação e de especificação de
provas. 2.Observo que o feito foi saneado através da decisão prolatada à s fls. 171/172, tendo o JuÃ-zo
na oportunidade FIXADO COMO CONTROVERTIDO os seguintes pontos: a) Legitimidade do esbulho
praticado pela requerida ANCORA; b) A manutenção da posse dos autores sobre o imóvel no
momento em que o esbulho foi praticado; c) Extensão dos danos suportados pelos autores.
Oportunizando às partes prazo para especificarem as provas que pretendem produzir, apenas os autores
se manifestaram, conforme certidão de fls. 184, requerendo a produção de prova testemunhal e
documental para a prova dos fatos apontados nos itens ¿b¿ e ¿c¿, restando reclusa a
manifestação dos réus. No que se refere ao item ¿c¿, importa salientar que se refere apenas ao
dano moral, uma vez que não há pedido relativo a danos materiais na petição inicial e, ainda que
houvesse, estes teriam que ter sido provados documentalmente junto a exordial. Desta sorte,
considerando que os danos morais tratados nos autos, se reconhecidos, serão considerados in re ipsa,
prescinde-se da produção de prova, razão pela qual INDEFIRO o pedido relativo ao item ¿c¿. No
mais, em relação ao item ¿b¿, tem-se que a decisão de fls. 171/172 consignou como
INCONTROVERSO o fato de que, por ocasião do esbulho, o imóvel não estava habitado mas haviam
bens particulares dos autores. Desta sorte, não restam fatos a serem provados, cingindo-se a
controvérsia apenas ao campo do direito, de modo a concluir se tais fatos configuram legalmente a
manutenção da posse ou o abandono do imóvel, razão pela qual INDEFIRO a produção de prova
testemunhal neste ponto. No que se refere a prova documental, resta precluso, na forma do art. 434 do
CPC, uma vez que deveriam ter sido produzidas pelo autor no momento da exordial ou da réplica. 3. Isto
posto, estando o feito em ordem, nos termos do art. 355, I do CPC, ANUNCIO O JULGAMENTO DO
FEITO. Tratando-se de feito com concessão de gratuita, desnecessária a remessa dos autos à UNAJ,
para fins de cálculo de custas finais. Logo, não havendo impugnação no prazo legal e transcorridos
os prazos, certifique-se o ocorrido e retornem os autos conclusos para SENTENÃA. INT., DIL. E
CUMPRA-SE.      Belém/PA, 13 de agosto de 2021.      VALDEÃSE MARIA REIS
BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital      HM PROCESSO:
00016243920138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VAL DEISE M ARIA RE IS B A S TOS A ? ? o : P ro c e d ime n t o Co mu m Cí v e l e m: 1 7 /0 8 / 2 0 2 1
REQUERENTE:CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO LILLE Representante(s): OAB 7961 - MICHEL FERRO E
SILVA (ADVOGADO) REQUERIDO:PORTE ENGENHARIA LTDA Representante(s): OAB 8770 - BRUNO
MENEZES COELHO DE SOUZA (ADVOGADO) OAB 11307-A - ROBERTA MENEZES COELHO DE
SOUZA (ADVOGADO) OAB 25065 - FELIPE ALMEIDA GONÇALVES (ADVOGADO) . PROCESSO Nº
0001624-39.2013.8.14.0301 DECISÃO INTERLOCUTÃRIA Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Ab initio, deve
ser primeiramente enfatizado que assumi esta Vara em 21/09/2020 com mais de DOIS MIL PROCESSOS
FÃSICOS (LIBRA), conclusos desde 2016 (DOIS MIL E DEZESSEIS), ou seja, cerca de 04 (quatro) anos
em Gabinete, além dos processos eletrônicos do PJE.      Exalce-se que os processos fÃ-sicos
tem sido prioridade desta Magistrada, especialmente pela ordem cronológica, portanto, em sendo
demandas de urgência, devem os advogados requererem atendimento no JuÃ-zo e informar o número do
processo para análise, posto que ficam aguardando a ordem cronológica ou PRIORIDADES LEGAIS,
onde este processo não se encontra enquadrado.      Ademais, em que pese o feito tenha sido
ajuizamento sob a égide do CPC, desde a entrada em vigor do CPC/15 suas determinações serão
observadas para a resolução da lide, por força da regra de transição inserta em seu art. 1.046
(Teoria do Isolamento dos Atos Processuais), respeitados os atos processuais já praticados sob a e
vigência da norma revogada.      DA DISTRIBUIÃÃO DO ÃNUS DA PROVA.     Â
Esclarecido tal ponto, passo a apreciação da questão processual pendentes de apreciação.   Â
  Cuida-se de ação de obrigação de fazer c/c indenizatória por perdas e danos decorrente da
suposta má prestação dos serviços e dos produtos relativos a construção do condomÃ-nio por
culpa da ré, em cujo bojo, em sede de decisão saneadora prolatada às fls. 262/263, foram fixados os
pontos controvertidos.      Urge pontuar que, no compasso da jurisprudência do STJ (REsp
1560728/MG), a matéria tratada nestes autos é de natureza consumeirista e, portanto, observa as
normas de direito material e processual previstas no Código de Defesa do Consumidor.      Dito
isso, no que tange a distribuição do ônus da prova, denota-se que a inversão é exceção, não
regra, desde que presentes os requisitos legais, sem se descuidar das provas impossÃ-veis de serem
produzidas pelo réu ou daquelas, cuja natureza personalÃ-ssima, impõe a prova ao consumidor.   Â
  De inÃ-cio, observo que há entre as partes evidente desigualdade, tanto técnica quanto econômica,
seja porque a ré é a própria construtora e, portanto, detém todo o conhecimento técnico relativo a
obra que construiu, seja porque o autor não tem fins lucrativos e sua renda serve apenas para rateio das
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

despesas comuns, razão pela qual presentes os requisitos autorizadores da inversão do ônus da
prova (art. 6º, VIII do CDC).      Contudo, na forma do §1º do art. 373 c/c art. III do art. 357 do
CPC, torna-se imperioso definir a distribuição do ônus da prova.      Quanto aos fatos relativos
ao pedido de obrigação de fazer decorrente dos defeitos e anomalias de natureza estrutural e elétrica
(itens ¿a¿ e ¿d¿ dos pedidos da exordial - fl. 35), o ônus probatório incumbe à construtora ré,
que detém toda a capacidade técnica bem como as informações e os documentos referentes aos
produtos e serviços utilizados na construção, notadamente ao se considerar que o autor se
desincumbiu do ônus ao apresentar documentos importantes para a prova dos fatos constitutivos de seu
direito.      Quanto aos danos materiais e morais, é cediço que a ocorrência e o quantum
devem ser indicados e provados pela parte que os alega, ante a impossibilidade de produção pelo réu
de prova negativa. Desta feita, no que tange aos fatos relativos aos pedidos especificados nos itens
¿e¿ e ¿f¿ da exordial (fl. 36), o ônus probatório recairá sobre a parte autora.      DAS
PROVAS REQUERIDAS PELAS PARTES. Â Â Â Â Â Incumbe ao Juiz dirigir o processo de forma a velar
pela sua razoável duração, bem como a adequar a produção de prova a necessidade do conflito e
sanear outros vÃ-cios processuais, nos termos do art. 139, incisos II, VI e IX do CPC. Â Â Â Â Â Na mesma
senda, a norma inserta no art. 370 do CPC dispõe que o Juiz indeferirá as diligências que foram
inúteis ao julgamento do mérito.      A parte autora requereu a realização de inspeção
judicial, depoimento de testemunhas e depoimento pessoal do representante legal da ré, enquanto a ré
requereu perÃ-cia judicial, sem, contudo, esclarecer quais os fatos seriam esclarecidos através de cada
uma dessas provas (fls. 264/265).      A ré, por sua vez, requereu a realização de perÃ-cia
judicial, bem como de inspeção judicial e coleta de depoimento pessoal e de testemunha, sem
esclarecer, contudo, quais fatos se pretende provar por meio da prova oral (fls. 266/269). Â Â Â Â Â NO
QUE TANGE ÃS PROVAS ORAIS, tem-se que nenhuma das partes esclareceu sobre quais fatos se daria
a produção de prova oral, o que, por si só, impõe o indeferimento do pleito. Ademais, os fatos a
serem esclarecido na instrução demandam (sejam relativos aos danos estruturais, ou à s
obrigações pactuadas e não cumprida pela ré e os valores despendidos pelo condomÃ-nio)
evidentemente, não podem ser elucidados através de testemunha ou depoimento pessoal, mas, tão
somente, por meio documental, a qual já está preclusa, como se verá a seguir, razão pela qual
INDEFIRO os pedidos relativos à prova oral.      NO QUE SE REFERE A PROVA DOCUMENTAL,
dispunha o CPC/73, em vigor à época (correspondente ao art. 434 do CPC/15), que o momento
processual para sua produção é a fase postulatória (petição inicial e contestação). Desta feita,
não tendo nenhuma das partes alegado ou justificado a existência de documentos novos, na forma do
art. 397 do CPC/73, resta PRECLUSA a produção deste meio de prova.      NO QUE SE
REFERE A INSPEÃÃO JUDICIAL, entendo que a prova é impertinente, uma vez que carece o JuÃ-zo de
expertise para aferição dos danos estruturais alegados, especialmente a considerar o decurso do
tempo, razão pela qual a INDEFIRO.      NO QUE SE REFERE A PROVA PERICIAL para
avaliação de preço de mercado do mobiliário relativo aos danos materiais, é evidente que o
decurso de quase dez anos desde a compra prejudica a realização do mesmo, sendo impossÃ-vel aferir
qual o preço de mercado à época da aquisição.      Ademais, estando listado os itens
adquiridos e seu respectivo valor junto a inicial, caberia ao réu, em sede de contestação, impugnar
especificamente cada um dos valores, comprovando que destoam da média do mercado, através de
documentos hábeis para tanto, não se justificando a pretensão de transferir ao Judiciário ônus que
lhe incumbe, através de meras suposições, razão pela qual INDEFIRO a produção desta prova.
     Por fim, QUANTO A PROVA PERICIAL de engenharia civil e elétrica (itens 1 e 2 - fls. 269),
observo que o réu pretende provar: a) a inexistência de vÃ-cio dos produtos utilizados na obra; e b) que
se existir vÃ-cio, não pode ser atribuÃ-do a ré, mas desgaste natural ou ausência de manutenção. Â
    Contudo, os supostos danos estruturais e elétricos remontam ao ano de 2011/2012, de forma
que, decorrido uma década, a realização de perÃ-cia neste momento seria inútil a resolução da
lide, na medida em que seria impossÃ-vel ao expert aferir quais os danos de fato existentes à época ou,
ainda, se decorrentes da má prestação do serviço/produto ou de ausência de manutenção ou
desgaste natural.      Trata-se, portanto, de situação processual em que incumbiria ao
interessado diligenciar pela produção de prova antecipada, a ser realizada em 2013, quando tomou
conhecimento da pretensão movida contra si e docs documentos relativos a perÃ-cia e ao Corpo de
Bombeiros, a fim de que pudesse ser aferido, naquele momento, se a conduta do autor teria provocado os
vÃ-cios apontados. Â Â Â Â Â Ademais, importa pontuar que o laudo pericial e demais documentos
apresentados pelo autor, inclusive expedido pelo Corpo de Bombeiros, demonstram que os vÃ-cios
alegados foram constatados no ano de 2011/2012, portanto, pouquÃ-ssimo tempo após a entregue da
obra pela construtora ré (ocorrida em 2011), de forma que a alegação de ausência de
991
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

manutenção ou desgaste por culpa da autora se mostra desconexa com a realidade dos autos, de
forma que seu pedido se reveste de caráter protelatório.      Desta forma, resta demonstrado que
a atuação do expert é inteiramente inócua, ante o decurso do tempo, e sua manutenção
culminará apenas no retardamento da ação que, frise-se, já tramita há oito anos sem julgamento do
mérito, razão pela qual INDEFIRO a produção de prova pericial com fulcro no art. 370, parágrafo
único do CPC.      Isto posto, estando o feito em ordem e preclusa ou prejudicada a produção e
outras provas, nos termos do art. 355, I do CPC, ANUNCIO O JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO.
     Considerando o disposto na Lei nº. 8.328/2015, especialmente o art. 271 que determina a
necessidade de recolhimento prévio das custas, para fins de prolação de sentença de mérito,
REMETAM-SE OS AUTOS à UNAJ, para cálculo de custas finais, devendo, em seguida, ser intimada a
parte embargante para fins de recolhimento em 15 (quinze) dias, SOB PENA DE EXTINÃÃO DO FEITO
SEM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, salvo se militar sob o pálio da justiça gratuita, o que eu deverá ser
certificado.      Não havendo impugnação esta decisão no prazo legal, certifique-se e
retornem os autos conclusos para SENTENÃA. Â Â Â Â Â INT., DIL. E CUMPRA-SE. Â Â Â Â Â
Belém/PA, 16 de agosto de 2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de
Direito Titular da 3ª VCE da Capital      HM 1 Art. 27. No momento da prolação da sentença
ou do acórdão as custas processuais devem estar devidamente quitadas, sob pena de responsabilidade
do(s) magistrado(s), salvo os casos de assistência judiciária gratuita ou isenções legais.
PROCESSO: 00021029119958140301 PROCESSO ANTIGO: 199010036776
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REU:MARIA DE FATIMA BDE ALMEIDA E SILVA
Representante(s): OAB 8697 - FABRIZIO SANTOS BORDALLO (ADVOGADO) REU:MANOEL ACACIO O
DE ALMEIDA E SILVA Representante(s): OAB 8697 - FABRIZIO SANTOS BORDALLO (ADVOGADO)
AUTOR:CONDOMINIO DO EDIFICO STRAUSS Representante(s): OAB 2469 - ANGELA SERRA SALES
(ADVOGADO) JOSE RUBENS BARREIROS DE LEAO (ADVOGADO) OAB 1416 - EGIDIO MACHADO
SALES FILHO (ADVOGADO) OAB 15580 - LUCAS MARTINS SALES (ADVOGADO) TERCEIRO:MILTON
AUGUSTO DE BRITO NOBRE Representante(s): OAB 580 - EUDIRACY ALVES DA SILVA (ADVOGADO)
OAB 9316 - CARLOS AUGUSTO TEIXEIRA DE B.NOBRE (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0002102-
91.1995.8.14.0301 Â Â Â Â Â DECISÃO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Trata-se de feito em fase de
CUMPRIMENTO DE SENTENÃA com despacho inicial proferido em 2014, ocasião em que a parte
devedora foi devidamente intimada para o cumprimento da obrigação, vide fl. 343.      Houve
apresentação de EXCEÃÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ocasião em que foi decidido o seguinte: [...]
No momento do cumprimento da obrigação o juÃ-zo fará o controle da dÃ-vida, que será limitado ao
contido na sentença, ou seja, devolução dos valores pagos pelo credor descontados 20%. (o que
inclui a correção monetária), sem juros posto que não previstos na sentença, salvo os de mora a
partir do transito em julgado da sentença, porque estes são consectários legais, (grifou-se)     Â
Da mesma forma, desde agosto/2015 se pretende a penhora de 25% das taxas condominiais recolhidas
pelo condomÃ-nio, considerando o não cumprimento voluntário da obrigação.      Constata-se,
portanto, que há mais de 05 (cinco) anos o condomÃ-nio executado se exime da obrigação, deixando
de cumprir a comando judiciais EXPRESSOS proferidos ao longo dos autos, inobstante a intimação
pessoal do SÃNDICO.      Não bastasse a intimação pessoal do próprio sÃ-ndico, os próprios
condôminos já foram individualmente intimados quanto à necessidade de cumprimento da obrigação,
não havendo, no entanto, adotado qualquer medida para tanto.      As tentativas de bloqueio de
valores através do sistema BACENJUD; a expedição de ofÃ-cio para instituições bancárias e para
própria empresa administradora de condomÃ-nio restaram todas infrutÃ-feras, o que causa estranheza a
este JuÃ-zo, considerando tratar-se de condomÃ-nio de apartamentos de elevado padrão.     Â
Após a declaração de suspeição dos JuÃ-zos da 1ª e 2ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital, os
autos vieram a este JuÃ-zo, razão pela qual, PASSO A DECIDIR.      1. DEIXO DE APRECIAR a
petição de fl. 626/631 tendo em vista que estranha à presente etapa processual, especialmente que,
inobstante a parte pleiteie a abertura de subconta para deposito de valores em JuÃ-zo, novamente, deixa
transcorrer o tempo e os prazos já fixados por este JuÃ-zo, demonstrando que apenas pretende o
alongamento do feito.      De toda sorte, a fim de evitar quaisquer dúvidas que pairem sobre a
matéria, atente-se a exequente que a fixação de valores aquando da prolação da decisão de fl.
383 levou em consideração apenas o marco temporal então fixado, discriminado os valores já
existentes nos autos, porém, em momento algum, limitou o montante da condenação, diferentemente
do afirmado pela parte ré.      O descaso com o Poder Judiciário é aviltante, pois sequer o
CondomÃ-nio comprova - documentalmente - quais os valores atualmente devidos a tÃ-tulo de taxa
condominial por cada um dos condomÃ-nios, inclusive o corresponde à cobertura, inviabilizando que haja a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

estimativa e discriminação dos valores devidos por cada morador.      Registre-se que, novas
petições iguais a esta e pedidos formulados pela própria devedora que, após deferimento do JuÃ-zo,
deixam de ser cumpridos sem qualquer justificativa, ENSEJARÃ A APLICAÃÃO DE MULTA POR ATO
ATENTATÃRIO A DIGNIDADE DA JUSTIÃA, CONFORME PLEITEADO PELA PARTE EXEQUENTE, A
SER IMPOSTA PESSOALMENTE NO SÃNDICO, REPRESENTANTE DO CONDOMÃNIO. Â Â Â Â Â
Oportuno ressaltar que incumbe às partes e a seus procuradores cumprir com exatidão as decisões
judiciais, sem criar embaraços para fazê-lo, sob pena de configurar ato atentatório à dignidade da
Justiça, nos termos do inciso IV, do art. 77, do CPC. Vejamos o que refere os parágrafos do referido
artigo: § 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no
caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. § 2o A
violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o
juiz, sem prejuÃ-zo das sanções criminais, civis e processuais cabÃ-veis, aplicar ao responsável multa
de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. § 3o Não sendo
paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como dÃ-vida ativa da União
ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o
procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97.      Além
disso, o PRINCÃPIO DA COOPERAÃÃO, previsto no art. 6º, do CPC, estabelece que cabe aos sujeitos
do processo cooperarem a fim de obter a efetivação da prestação jurisdicional.      2. Em
relação às petições protocoladas por proprietários de unidades condominiais (fl. 558/588; 612/615)
tem razão os interessados, havendo de ressaltar-se, no entanto, que em momento algum das etapas
processuais houve o redirecionamento da execução para os condôminos. O que se pretendeu, tão
somente, foi a `cessão¿ dos valores que seriam devidos em favor do condomÃ-nio, a tÃ-tulo de taxa
condominial, a serem revestidos no limite de 25% em favor dos credores da presente obrigação.   Â
  Nesta toada, são responsáveis pelo depósito em JuÃ-zo aqueles que exercem o papel de
condômino, quer na condição de ocupante quer na condição de proprietário do bem. Ante o
descaso do condomÃ-nio-réu em cumprir com a obrigação de pagar, tornam-se responsáveis pelo
pagamento aqueles condôminos mensalmente responsáveis por arcar com o custeio mensal do
condomÃ-nio, ficando os mesmos, desobrigados da obrigação de pagar, acaso efetuem o depósito em
JuÃ-zo, restando respaldados em razão da presente decisão judicial.      Nada obsta, no entanto,
que acaso haja a integralização à lide de todos os proprietários (por meio da realização de
citação e observados o contraditório e a ampla defesa) sejam os condôminos pessoalmente
responsabilizados pelo débito, na cota-parte que lhe compete, resguardado eventuais direito Ã
indenização pelos prejuÃ-zos causados por outrem (ex vi o sindico).      Desta forma,
considerando que os condôminos foram intimados pessoalmente quanto à obrigação de depositar em
juÃ-zo o valor correspondente à 25% da cota condominial mensal, porém, até a presente data não
efetuaram os pagamentos; considerando que inobstante reiteradamente determinado por este JuÃ-zo, o
condomÃ-nio-réu deixa de cumprir a obrigação; considerando a necessidade de garantir efetividade Ã
s decisões judiciais, INTIME-SE o condomÃ-nio-réu, na pessoa do SÃNDICO e VICE SÃNDICO, para,
no prazo de 15 (quinze) dias, cumprir a obrigação de pagar, efetuando a retenção de 25% do valor
individual pago mensalmente por cada uma das unidades condominiais, considerando que através da
petição de fl. 589, o réu informa que supostamente receberia em mãos os valores.      Em
atenção ao disposto no art. 139, IV do CPC, a intimação do SÃNDICO e VICE SÃNDICO, deverá
ser pessoal, efetuada pelo sr. Oficial de Justiça, podendo quaisquer deles vir a ser pessoalmente
responsabilizado, conforme alhures exposto, com MULTA POR ATO ATENTATÃRIO A DIGNIDADE DA
JUSTIÃA, SEM PREJUÃZO DAS SANÃÃES CRIMINAIS.      Int. dil. e cumpra-se. Após, estando o
feito devidamente certificado, havendo manifestação das partes, retornem conclusos para
apreciação.      Belém/PA, 16 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS
BASTOS      JuÃ-za Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO:
00025175620098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910059440
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Cumprimento de sentença em: 17/08/2021 AUTOR:VANDA LEMO ALENCAR Representante(s): OAB
14245-A - THAISA CRISTINA CANTONI MANHAS (ADVOGADO) AUTOR:NAZARE DE MELO SALES
AUTOR:RENATO VALERIO RODRIGUES CAL AUTOR:CLAUDIO ABEL AROUCA DE SOUZA JUNIOR
Representante(s): OAB 73904 - ISRAEL ROCKENBACK (ADVOGADO) AUTOR:MARIA LINA SANTOS
DE MELO AUTOR:HORACIO DE OLIVEIRA MELO Representante(s): OAB 14245-A - THAISA CRISTINA
CANTONI MANHAS (ADVOGADO) AUTOR:CECILIA TAVARES DE OLIVEIRA Representante(s): OAB
14245-A - THAISA CRISTINA CANTONI MANHAS (ADVOGADO) AUTOR:ANTONIO LUCIO MARTIN DE
MELLO Representante(s): OAB 3194 - ANTONIO LUCIO MARTIN DE MELLO (ADVOGADO)
993
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REU:BANCO BRADESCO SA Representante(s): OAB 19177-A - REINALDO LUIS TADEU RONDINA


MANDALITI (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0002517-56.2009.8.14.0301      DECISÃO    Â
 VISTOS.      1. O presente feito foi ajuizado por Claudio Abel Arouca de Souza Junior; Renato
Valeiro Rodrigues Cal; Antonio Lucio Martin de Mello; Espolio de Raimundo Nonato de Oliveiro e Espolio
de Hildemar Silva de Oliveira Melo. Â Â Â Â Â Da leitura dos autos constata-se que Claudio Abel Arouca
de Souza Junior; Antonio Lucio Martin de Mello; Espolio de Raimundo Nonato de Oliveiro e Espolio de
Hildemar Silva de Oliveira Melo firmaram acordo, tendo sido, todos homologados por este JuÃ-zo e já
objeto de cumprimento.      2. Especificamente em relação ao autor Antônio Lucio Martin de
Mello, conforme se infere da petição de fl. 268, o próprio requerente figurava em causa própria, de
sorte que, fixado honorários sucumbenciais em R$-6.211,64, conforme se infere de leitura dos autos,
quantia que foi depositada junto ao Banco do Brasil, conforme comprovante anexado à fl. 273, a qual,
entretanto, não se trata de instituição oficial.      Desta forma, OFICIE-SE ao Banco do Brasil
S.A, agência indicada no referido documento, para que transfira o montante lá existente para subconta
vinculada ao presente processo, a qual deverá ser criada junto ao BANPARÃ, em tudo certificado nos
autos. Ato contÃ-nuo, EXPEÃA-SE ALVARÃ EM FAVOR DO EXEQUENTE, devidamente corrigido e
atualizado, observadas as cautelas de praxe e em tudo certificado nos autos. Â Â Â Â Â 3. Considerando o
decurso do tempo, INTIME-SE pessoalmente a parte autora Renato Valeiro Rodrigues Cal, para, no prazo
de 05 (cinco) dias, manifestar-se acerca de seu interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que
lhe competir e, adotando, desde logo, as diligências que lhe competem, sob pena de extinção do
processo, com base no art. 485, III do CPC.      Da mesma forma, poderá o réu diligenciar a fim
de colacionar aos autos eventual acordo formalizado entre as partes, colocando fim ao presente feito. Â Â
   INT., DIL. E CUMPRA-SE.      Belém/PA, 13 agosto de 2021.      VALDEÃSE
MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital      RP
PROCESSO: 00055257820148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:MILTON BENEDITO OLIVEIRA LOPES
Representante(s): OAB 14245-A - THAISA CRISTINA CANTONI MANHAS (ADVOGADO) OAB 16021 -
LURLYNE HELENY FERNANDES GONCALVES ROCHA (ADVOGADO) OAB 53400 - ROBERTO CESAR
GOUVEIA MAJCHSZAK (ADVOGADO) REU:FEDERAL DE SEGUROS S/A Representante(s): OAB 8770 -
BRUNO MENEZES COELHO DE SOUZA (ADVOGADO) . DECISÃO      VISTOS. 1.    Â
Trata-se de AÃÃO DE COBRANÃA ajuizada por Milton Benedito Oliveira Lopes, em face de Federal
Seguros S/A, todos qualificados nos autos da ação em epÃ-grafe, na qual a parte pleiteia receber
suposta diferença devido a tÃ-tulo de indenização decorrente de acidente automobilÃ-stico, fruto do
seguro DPVAT, ocasião em que, houve o deferimento da prova pericial.      No entanto, da leitura
da inicial, sequer é possÃ-vel identificar os danos que dariam direito ao pleito formulado e justificariam o
pagamento de novos valores em favor da parte autora, uma vez que, da leitura da exordial e dos
documentos coligidos aos autos, não se pode, nem mesmo, identificar a extensão das lesões sofridas
pelo requerente.      Inobstante possa ser considerado que ao autor, não cabe especificar o valor
a ser percebido em razão das sequelas sofridas, CERTAMENTE, A ELE CABE DEMONSTRAR AS
CONSEQUÃNCIAS DECORRENTES DO ACIDENTE SOFRIDO E O GRAU DE INVALIDEZ/SEQUELAS
QUE LHE FORAM CAUSADAS, conforme ônus processual previsto no art. 373, I do CPC.     Â
Não se está exigindo da parte autora o esgotamento dos elementos probatórios e tampouco pretende-
se impedir eventual instrução do processo. No entanto, é dever do Juiz zelar pelo escorreito
prosseguimento do feito, de modo que, da leitura da inicial, a parte sequer narra qual seria a extensão
das sequelas que deixou de ser considerada pela seguradora, da mesma forma, que tampouco classifica
os danos sofridos, demonstrando que, por exemplo, ao invés de enquadrar-se no `parâmetro a, como
pretendido e pago pela seguradora¿ enquadrar-se-ia no `parâmetro b, conforme pleiteado em sede de
inicial¿.      Neste sentido, TORNO SEM EFEITO a perÃ-cia designada e em consequência,
ANUNCIO O JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO, nos termos do art. 355, I do CPC. Â Â Â Â Â Â 2.Â
    Desde logo, considerando o disposto na Lei nº. 8.328/2015, especialmente o art. 27 que
determina a necessidade de recolhimento prévio das custas, para fins de prolação de sentença de
mérito, REMETAM-SE OS AUTOS à UNAJ, para cálculo de custas finais, devendo, em seguida, ser
intimada a parte para fins de recolhimento, sob pena de imediata extinção do processo, com fulcro no
art. 485, IV do CPC, acaso se faça necessário; 3.     INT. DIL. E CUMPRA-SE. Após, decorrido
o prazo e estando o feito devidamente certificado, RETORNEM conclusos para sentença.     Â
Belém - Pará, 17 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de
Direito Titular da 3ª VCE da Capital      DAL PROCESSO: 00055839420118140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:ADRIANA MENDONCA DE ARAUJO


BELLESI Representante(s): OAB 16955 - MARCUS CHRYSTIAN DAMASCENO DE OLIVEIRA
(ADVOGADO) OAB 25430 - ALBERT DE PAULA CORREA (ADVOGADO) REU:FENIX AUTOMOVEIS
LTDA Representante(s): OAB 8770 - BRUNO MENEZES COELHO DE SOUZA (ADVOGADO) REU:FORD
MOTOR COMPANY BRASIL LTDA Representante(s): OAB 15956 - TAISE ARAUJO BARBALHO
(ADVOGADO) OAB 16096 - RODRIGO RISTER REIS RODRIGUES (ADVOGADO) OAB 21449 -
SOCORRO MAIA GOMES (ADVOGADO) OAB 24358-A - CELSO DE FARIA MONTEIRO (ADVOGADO) .
PROCESSO Nº 0005583-94.2011.8.14.0301 DECISÃO. VISTOS. 1.     Estando o feito em ordem
e tratando-se de matéria de direito que prescinde a produção de outras provas, nos termos do art.
355, I do CPC, ANUNCIO O JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO; 2.     Considerando o
disposto na Lei nº. 8.328/2015, especialmente o art. 27, que determina a necessidade de recolhimento
prévio das custas, para fins de prolação de sentença de mérito, REMETAM-SE OS AUTOS Ã
UNAJ, para cálculo de custas finais, acaso se faça necessário; 3.     Havendo custas a serem
recolhidas, INTIME-SE a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, efetuar o pagamento das custas
pendentes, juntando comprovante nos autos; 4.     Após, com ou sem manifestação, venham
os autos conclusos para SENTENÃA. Intime-se. Diligencie-se. Cumpra-se Belém-Pará, 17 de agosto de
2021. VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Capital DAL PROCESSO: 00068975720178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Interdição/Curatela em: 17/08/2021 REQUERENTE:AMELIA JOSEFINA FARIAS ALVES
Representante(s): OAB 23143 - LEILA GOMES GAYA (ADVOGADO) OAB 23509 - LEOMARA BARROS
RODRIGUES (ADVOGADO) INTERDITANDO:ALESANDRO LUIZ ALVES DA COSTA. Processo:
0006897-57.2017.8.14.0301      Vistos     I - Intime-se a (o) autor (a) pessoalmente para
manifestar, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre o interesse no prosseguimento do feito, sob pena de
extinção do processo, sem resolução do mérito; conforme Art. 485 § 1º NCPC.      II -
Em caso positivo, no prazo de 30 DIAS, JUNTE laudo médico do (a) interditando (a) atualizado,
devidamente instruÃ-do com CID em que o profissional de saúde consigne o diagnostico detalhado do(a)
paciente, indicando a natureza temporária ou permanente da patologia, a possibilidade de reversibilidade
e/ou tratamento e, ainda, se esta incapacidade é total ou parcial e se incapacita o(a) interditando(a) para
a práticas das atividades civis e para reger seus bens, nos termos do art. 750 do CPC; III - Após
devidamente certificado, VISTAS AO MP, para parecer. IV - Em seguida, CONCLUSOS para decisão  Â
   Cumpra-se. Belém/PA, 16 de Agosto de 2021.     VALDEISE MARIA REIS BASTOS    Â
JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital J.E.T.E. PROCESSO:
00072217820038140301 PROCESSO ANTIGO: 200310104613
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Cumprimento de sentença em: 17/08/2021 REU:BRITO E CHAVES LTDA. - ME Representante(s): OAB
8968 - AUGUSTO OTAVIANO DA COSTA MIRANDA (ADVOGADO) AUTOR:YASUDA SEGUROS S/A
Representante(s): OAB 3442 - SERGIO GUIMARAES MARTINS (ADVOGADO) OAB 20397 - MANUELA
MOTTA MOURA DA FONTE (ADVOGADO) . DECISÃO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â 1. DETERMINO O
PROSSEGUIMENTO DO FEITO, tendo em vista que a parte executada não pagou nem garantiu a
execução.      Assim, este JuÃ-zo efetuou a tentativa de bloqueio `online¿ dos ativos
financeiros em nome do(a) executado(a), por meio do sistema SISBAJUD, com fulcro no art. 854 do CPC,
conforme espelho ora anexado. Â Â Â Â Â Em contrapartida, obtida a resposta, o bloqueio restou
INFRUTÃFERO em razão de o CNPJ/CPF da executada não possuir relacionamento com as
instituições financeiras. Junte-se o relatório.      2. Assim, INTIME-SE o exequente para, no
prazo de 30 (trinta) dias, NOMEAR bens a serem penhorados devendo envidar esforços na sua
localização, sob pena de aplicação do art. 921 do CPC.      Ressalte-se, desde logo ao
Exequente que não é permitido por este JuÃ-zo a expedição de livre mandado de penhora e
avaliação para constrição de bens que eventualmente sejam localizados em nome do executado. Â
    Int., dil. e cumpra-se.      Belém/PA, 18/08/2021.      VALDEISE MARIA REIS
BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO:
00103356720128140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REU:BV
FINANCEIRA SA CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Representante(s): OAB 28178-A -
GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI (ADVOGADO) AUTOR:MARIO SERGIO DA COSTA
OLIVEIRA Representante(s): OAB 12105 - ANDERSON SERRAO PINTO (DEFENSOR) . PROCESSO
Nº 0010335-67.2012.8.14.0301 SENTENÃA          VISTOS.          Trata-se de
AÃÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO C/C CONSIGNAÃÃO EM PAGAMENTO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA ajuizada por MARIO SÃRGIO DA COSTA OLIVEIRA em face
de BV FINANCEIRA S/A.          Aduz a parte autora que firmou contrato de alienação
fiduciária para aquisição de veÃ-culo, a ser pago em 36 parcelas mensais. Requer a revisão do
contrato, alegando que o mesmo prevê capitalização de juros, além de cobrar de forma indevida
valores a tÃ-tulo de taxas administrativas. Requereu a inversão do ônus da prova e os benefÃ-cios da
justiça gratuita, além de tutela antecipada. No mérito, pleiteou pela revisão contratual e a
procedência dos pedidos. Juntou documentos para comprovar o alegado.          Não houve
a apreciação do pedido de tutela antecipada, tendo havido, tão somente, o deferimento dos
benefÃ-cios da justiça gratuita (fl. 28).      Contestação e documentos apresentados pela ré
(fls. 31), suscitando a improcedência dos pedidos, considerando a inexistência de onerosidade
excessiva e a legalidade do contrato firmado entre as partes. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Oportunizado que as
partes apresentassem as provas que pretendem produzir, ambas requereram o julgamento antecipado da
lide (fls. 94 e 95).          à o relatório. PASSO A DECIDIR.          A princÃ-pio,
observo que, a partir da entrada em vigor do Novo Código de Processo Civil, suas disposições
aplicam-se imediatamente aos procedimentos pendentes, aplicando-se a Teoria do Isolamento dos Atos
Processuais (NCPC, art. 1.046, caput), como no caso em apreço, respeitando-se o ato jurÃ-dico perfeito
frente aos quais observar-se-ão as normas vigentes à época, conforme ao art. 14 do NCPC (tempus
regit actum).          No mais, considerando o desinteresse das partes na produção de
outras provas e ausência de questões processuais ou preliminares pendentes de apreciação,
especialmente que, as próprias partes concordaram com o julgamento antecipado, anunciado por este
JuÃ-zo em sede de audiência, PASSO AO JULGAMENTO DO FEITO NO ESTADO EM QUE SE
ENCONTRA, NOS TERMOS DO ART. 355 DO CPC. Â Â Â Â Â Â Â Â Â CINGE-SE A CONTROVÃRSIA
ACERCA DA SUPOSTA EXISTÃNCIA DE CLÃUSULAS ABUSIVAS EM CONTRATO DE EMPRÃSTIMO
CONSIGNADO FIRMADO ENTRE AS PARTES. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Pontua-se, desde logo, que o pleito de
CONSIGNAÃÃO EM PAGAMENTO sequer será objeto de apreciação por este JuÃ-zo, considerando
que, apesar de fazer alusão à necessidade de depósito de valores que entende incontroversos, a parte
não diligenciou, em momento algum, a fim de desincumbir-se do ônus que lhe compete, de modo que,
ante a própria natureza da ação, entendo pela perda de objeto do pedido.          NO
CASO EM APREÃO, constata-se que a parte autora alega, de forma genérica e sem indicação das
respectivas cláusulas contratuais, a existência de anatocismo e encargos administrativos abusivos no
contrato objeto da ação. Considerando que parte dos pedidos já foram objeto de desistência, restou
pendente a apreciação do pedido de declaração de ilegalidade dos juros aplicados ao contrato.  Â
   De imediato, saliente-se que a obrigação de trazer o contrato aos autos incumbe à parte autora.
Excepcionalmente, caso não consiga trazer aos autos o contrato bancário, a parte autora deve
comprovar cabalmente que tentou obter o referido documento pela via administrativa, conforme
posicionamento firmado pelo STJ, a saber: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
CONTRATO DE PARTICIPAÿO FINANCEIRA. AÿO CAUTELAR DE EXIBIÿO DE DOCUMENTO.
INTERESSE DE AGIR. AUSÃNCIA DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. CARÃNCIA DE AÿO
POR FALTA DE INTERESSE DE AGIR. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Nos termos do acórdão proferido
por ocasião do julgamento do REsp 1.349.453/MS (Relator o eminente Ministro LUIS FELIPE
SALOM¿O, DJe de 02/02/2015), submetido ao rito do art. 543-C do CPC/73, a caracterização do
interesse de agir, em ações objetivando a exibição de documentos bancários, exige o pagamento
do custo do serviço conforme previsão contratual e normatização da autoridade monetária e a
comprovação de prévio pedido à instituição financeira não atendido em prazo razoável, o que
não ficou demonstrado no caso dos autos. 2. Concluindo o Tribunal de origem que não houve pedido
administrativo válido, a questão é imune ao crivo do recurso especial, ante as disposições da
Súmula n. 7 da Súmula desta Corte. 3. Agravo interno a que se nega provimento. (STJ - AgInt no
AREsp: 1276515 MG 2018/0081911-9, Relator: Ministro LÃZARO GUIMAR¿ES (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TRF 5ª REGI¿O), Data de Julgamento: 26/06/2018, T4 - QUARTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 29/06/2018) (grifos apostos)      Desta forma, da leitura dos autos, constata-se
que a parte não se desincumbiu do ônus que lhe compete, inclusive, quedando-se inerte mesmo
quando lhe oportunizado a especificação de provas, demonstrando o pouco interesse e o descaso com
o feito processual.      Não fosse apenas isto, o Superior Tribunal de Justiça sumulou o
entendimento de que não basta o ajuizamento da ação revisional para descaracterizar a mora,
conforme Súmula nº 380 do STJ: ¿ A simples propositura da ação de revisão de contrato não
inibe a caracterização da mora do autor ¿, de sorte que cabia a parte autora continuar efetuando o
respectivo pagamento das parcelas mensais acordadas entre partes, tendo em vista que não concedida
a tutela antecipada, o que não resta demonstrado nos autos.      No tocante a discussão atinente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

aos juros remuneratórios, insta salientar que as instituições financeiras, regidas pela Lei nº 4.595/64,
não se subordinam à limitação da taxa legal de juros prevista no Dec. 22.626/33, tendo o Supremo
Tribunal Federal consagrado entendimento pela não auto aplicabilidade do art. 192, § 3º da
Constituição Federal (hodiernamente já revogado pela Emenda nº 40/03), atraindo a aplicação
das Súmulas 5961 e 6482, de modo que perfeitamente cabÃ-vel a cobrança de juros superiores a 12%
ao ano para remuneração do capital, consubstanciado no crédito usufruÃ-do pelo cliente.      O
Superior Tribunal de Justiça também tem entendido que não se aplica o art. 591 c/c art. 406 do
Código Civil aos contratos bancários, não estando submetidos à limitação de juros remuneratórios,
de forma que, apenas os juros moratórios ficam circunscritos ao teto de 1% ao mês para os contratos
bancários não regidos por legislação especÃ-fica.      Assim, é possÃ-vel que seja pactuado
juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, sem que essa cláusula, por si só, seja inválida, sendo
necessário analisar se os Ã-ndices aplicáveis desfavoravelmente ao consumidor se encontram
flagrantemente exorbitantes, para que, somente então, se possa falar em revisão por parte do
Judiciário do que fora aventado pelas partes.      No tocante à prática de eventual
capitalização, tem-se que a referida metodologia de cálculo passou a ser admitida, quando pactuada,
desde o advento da MP nº 1.963-17, de 31/03/00, posteriormente reeditada como MP nº 2.170-36, de
23/08/01, que passaram a permitir a capitalização de juros em periodicidade inferior a um ano,
afastando assim a aplicabilidade da Súmula nº 121 do STF à espécie, posto que o contrato em
apreço foi firmado já sob a égide do diploma sobredito, tornando devido o valor cobrado pelo réu. Â
    Quanto a controvérsia acerca da expressa pactuação, através da edição do Enunciado
de Súmula n. 541, a Corte Cidadã firmou entendimento que ¿a previsão no contrato bancário de
taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa
efetiva anual contratada¿. Logo, caberia a parte demonstrar eventual inobservância das condições
alhures mencionadas, o que, repise-se, deixou de fazê-lo.      Quanto a previsão de incidência
de comissão de permanência cabÃ-vel sua cobrança em casos de mora, porém, sua cumulação
reputa-se inadmissÃ-vel, conforme entendimento firmado pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, em
sede recurso repetitivo, REsp 863.887-SP, que definiu: à admitida a incidência de comissão de
permanência após o vencimento da dÃ-vida, desde que não cumulada com juros remuneratórios, juros
moratórios, correção monetária e ou multa contratual.      Neste viés, não tendo o autor
comprovado a cumulatividade das cobranças de forma ilÃ-cita, deixando de desincumbir-se do ônus
probatório previsto no art. 373, I do CPC, hei, por bem, julgar IMPROCEDENTE o pedido formulado.  Â
   No mais, verifica-se que o autor se limitou a alegar genericamente a cobrança de taxas
administrativas, TAC, taxa de avaliação de bem, deixando injustificadamente de indicar quais seriam
estes juros ou mesmo em quais cláusulas contratuais estariam previstos estas cobranças, o que impede
a apreciação deste ponto pelo JuÃ-zo na medida em que os pedidos devem ser certos e determinados
(art. 322 e 324 do CPC), sob pena de grave ofensa ao contraditório, vez que não delimitada a matéria
sobre o qual deve defender-se o réu.      Com efeito, ao apenas citar de passagem e brevemente
a existência de diversas abusividades contratuais, sem demonstrar de modo concreto a sua existência,
conclui-se que a requerente busca, em realidade, o reconhecimento de ofÃ-cio da nulidade das
condições do negócio jurÃ-dico, o que encontra óbice na Súmula n. 381 do STJ.      Esta
situação ganha contornos ainda mais nÃ-tidos quando se observa que, mesmo com a juntada do
instrumento negocial aos autos, a parte demandante não especificou de modo concreto quais seriam as
cláusulas ilegais, mantendo a postura genérica de seu pedido.      Em vista de todo o
apresentado, contata-se, sem maiores dúvidas, que a parte tinha plena consciência, ao assinar o
contrato, dos valores do débito que assumiu, especialmente por serem parcelas fixas. Cediço que tinha
a possibilidade de contratar com diversas instituições bancárias, contudo, optou livremente por
contratar com o banco réu, de sorte que se há de presumir que o fez por ter encontrado junto a ré
melhores condições, não sendo crÃ-vel, portanto, que estas sejam excessivas em relação as
postas no mercado.      Condição abusiva, inÃ-qua, excessiva, é aquela que no contrato
bilateral e oneroso acarreta para uma das partes vantagem muito desproporcional em relação ao
proveito almejado ou obtido pela outra, o que não resultou demonstrado nos autos, razão pela qual
insustentável a alegação da ocorrência de vÃ-cio de lesão previsto no art. 157 do CC.      Por
fim, urge pontuar que, embora não reste dúvida acerca da aplicação da norma consumerista ao caso
concreto (súmula n. 297/STJ), não cabe a inversão do ônus da prova uma vez que só é realizada
quando plausÃ-vel o direito alegado e impossÃ-vel ou difÃ-cil a comprovação por parte do consumidor, o
que não se verifica na medida em que as matérias alegadas são de direito e advém do contrato
firmado entre as partes. Â Â Â Â Â ANTE O EXPOSTO, pelos fatos e fundamentos ao norte alinhavados e
por tudo mais que dos autos consta, JULGO IMPROCEDENTE os pedidos exordiais e, em consequência,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DECLARO EXTINTO O PROCESSO, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do CPC.  Â
   CONDENO A PARTE AUTORA AO PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÃRIOS
ADVOCATÃCIOS, estes fixados em 10% sobre o valor da causa, com fulcro no art. 85, §2º, do
CPC/2015, os quais, entretanto, encontram-se com a exigibilidade suspensa, nos termos do art. 98, §
3º do CPC.      P.R.I.C. Após o trânsito em julgado, estando o feito devidamente certificado,
ARQUIVEM-SE, observadas as cautelas de praxe, dando-se a respectiva baixa no sistema LIBRA. Â Â Â
  Belém/PA, 17 de agosto de 2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za
Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital      SS 1 Súmula 596: As disposições do
Decreto 22.626/1933 não se aplicam às taxas de juros e aos outros encargos cobrados nas
operações realizadas por instituições públicas ou privadas, que integram o Sistema Financeiro
Nacional. 2 Súmula 648: A norma do § 3º do art. 192 da Constituição, revogada pela Emenda
Constitucional 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicabilidade
condicionada à edição de Lei Complementar. PROCESSO: 00107229620068140301 PROCESSO
ANTIGO: 200610357780 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS
BASTOS A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REU:ATIVOS SA SECURITIZADORA DE
CREDITOS FINANCEIROS Representante(s): OAB 18629-A - ROSANGELA DA ROSA CORREA
(ADVOGADO) OAB 19964-A - MARIANE CARDOSO MACAREVICH (ADVOGADO) OAB 17860 -
VANESSA HOLANDA DE ARAUJO (ADVOGADO) OAB 24346-A - DAVID SOMBRA PEIXOTO
(ADVOGADO) REU:BANCO DO BRASIL SA Representante(s): OAB 4777 - EDUARDO AUGUSTO
FERREIRA SOARES (ADVOGADO) OAB 11529 - GIOVANNI DOS ANJOS PICKERELL (ADVOGADO)
OAB 14317 - PALOMA MACIEL LINS (ADVOGADO) OAB 15300 - ARTHUR PEREIRA SOUZA
(ADVOGADO) OAB 14725 - CHRISTIANA SARAIVA DE SOUZA PERIN (ADVOGADO) OAB 10859 -
ELLEYSON CORREA SANDRES (ADVOGADO) OAB 18629-A - ROSANGELA DA ROSA CORREA
(ADVOGADO) OAB 19964-A - MARIANE CARDOSO MACAREVICH (ADVOGADO) OAB 5176 - MARIA
DEUSA ANDRADE DA SILVA (ADVOGADO) AUTOR:EMERSON MESSIAS RAMOS NUNES
Representante(s): OAB 11546 - PABLO TIAGO SANTOS GONCALVES (ADVOGADO) . PROCESSO N.
0010722-96.2006.8.14.0301 DECISÃO VISTOS. 1. Denota-se do compulso dos autos que através da
decisão de fls. 286, a qual se encontra preclusa por não ter sido atacada por recurso, o JuÃ-zo decidiu
como prejudicada a realização das provas orais requerida pelas partes, haja vista a inércia no
cumprimento da ordem judicial prolatada em audiência (fls. 246/247. No que diz respeito as provas
documentais, sua produção resta preclusa, uma vez que o momento processual pertinente é a fase
postulatória (inicial/contestação), não tendo qualquer das partes se desincumbido do ônus de
demonstrar que se trata de prova nova. Por fim, no que tange a produção a prova pericial, observo que
se encontra igualmente prejudicada, conforme se denota da manifestação do Centro de PerÃ-cias
Renato Chaves (282/283), a um, pelo decurso do tempo, cuja responsabilidade recai sobre as partes que
se mantiveram inertes diante do comando judicial de fls. 243/247, abandonando o processo por 07 (sete)
anos, sem qualquer manifestação ou impulso efetivo; a dois, pela ausência dos documentos originais
para realização do exame, os quais deveriam ter sido apresentados junto à contestação pelo Banco
réu, que estava de posse destes e que foi quem requereu a perÃ-cia, o que se mostra impossÃ-vel após
15 (quinze) anos de trâmite processual. Não fosse isso suficiente, da simples análise dos documentos
que instruem os autos é possÃ-vel aferir que as assinaturas apostas nos documentos de fls. 30, 50/60 e
168/170 não guardam qualquer semelhança com a assinatura do autor (fls. 23), o que é reforçado
pelos diversos documentos que demonstram que o requerente foi vÃ-tima de fraude ante a utilização
ilegal de seus documentos, o que, de plano, já demandaria o indeferimento da perÃ-cia grafotécnica. 2.
Isto posto, reconheço por PREJUDICADA a realização da perÃ-cia grafotécnica e, estando o feito
em ordem e preclusa a produção de outras provas, nos termos do art. 355, I do CPC, ANUNCIO O
JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO. 3. Considerando o disposto na Lei nº. 8.328/2015,
especialmente o art. 271 que determina a necessidade de recolhimento prévio das custas, para fins de
prolação de sentença de mérito, REMETAM-SE OS AUTOS à UNAJ, para cálculo de custas finais,
devendo, em seguida, ser intimada a parte embargante para fins de recolhimento em 15 (quinze) dias, sob
as penas legais, salvo se militar sob o pálio da justiça gratuita, o que eu deverá ser certificado. 4. Não
havendo impugnação no prazo legal e transcorridos os prazos, certifique-se o ocorrido e retornem os
autos conclusos para SENTENÃA. INT., DIL. E CUMPRA-SE.      Belém/PA, 16 de agosto de
2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da
Capital      HM 1 Art. 27. No momento da prolação da sentença ou do acórdão as custas
processuais devem estar devidamente quitadas, sob pena de responsabilidade do(s) magistrado(s), salvo
os casos de assistência judiciária gratuita ou isenções legais. PROCESSO: 00123166320148140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

BASTOS A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REQUERENTE:BANCO DO BRASIL


SOCIEDADE ANONIMA Representante(s): OAB 15763-A - GUSTAVO AMATO PISSINI (ADVOGADO)
OAB 211648 - RAFAEL SGANZERLA DURAND (ADVOGADO) OAB 15201-A - NELSON WILIANS
FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO) REQUERIDO:C E C IMPORTACAO E EXPORTACAO DE
OCULOS LTDA REQUERIDO:IZOMARA DA CRUZ CARDOSO. PROCESSO Nº 0012316-
63.2014.8.14.0301 Â Â Â Â Â DESPACHO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â IncabÃ-vel, por ora, a
apreciação do pedido formulado pela parte autora, considerando que a existência de litisconsortes no
polo passivo da lide, acrescido da informação prestada na petição de fl. retro, IMPOSSIBILITA o
próprio cumprimento da diligência, tendo em vista que, sequer esclarecer a parte interessada a qual dos
réus pertencem cada um dos endereços listados; ou, ainda, se pretende que todos sejam citados em
todos os endereços, demonstrando a pouca cautela com que atua no feito.      Em verdade, em
mais de uma oportunidade o feito restou paralisado por culpa da própria requerente que deixa de adotar
os procedimentos necessários e observar as regras processuais necessárias ao escorreito
prosseguimento do feito, permitindo a paralisação do feito por tempo superior ao razoável.     Â
Ademais, nota-se que o presente feito foi ajuizado em 2014 e que, decorridos aproximadamente 07 (sete)
anos desde o ajuizamento, ainda não houve a citação dos réus.      Desta forma, INTIME-SE
a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestar-se acerca de eventual ocorrência da
prescrição intercorrente, ante o decurso do tempo, nos termos do art. 9º e 10 do CPC; bem como,
esclarecer os fatos alhures mencionados, no tocante ao endereço dos requeridos, ficando, desde logo,
autorizada a realização da diligência de citação, acaso oferecidas informações suficientes ao
seu cumprimento bem como, recolhidas as custas processuais.      IND., DIL E CUMPRA-SE.
Após, estando o feito devidamente certificado, observadas as cautelas de praxe, CONCLUSOS PARA
APRECIAÃÃO.      Belém/PA., 13 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS
BASTOS      JuÃ-za Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO:
00124924220148140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VAL DEISE M ARIA RE IS B A S TOS A ? ? o : P ro c e d ime n t o Co mu m Cí v e l e m: 1 7 /0 8 / 2 0 2 1
REQUERENTE:IPIRANGA PRODUTOS DE PETROLEO SA Representante(s): OAB 16767 - KAFFA
GIGLIO (ADVOGADO) OAB 128341 - NELSON WILLIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO)
REQUERIDO:J REZENDE & CIA LTDA REQUERIDO:MARCIO ANDRÉ BRAÚNA REZENDE
REQUERIDO:ALESSANDRO BRAÚNA REZENDE REQUERIDO:ANA CRISTINA SOUZA DOS REIS
REZENDE REQUERIDO:FLÁVIO ROGÉRIO BRAÚNA REZENDE. PROCESSO Nº 0012492-
42.2014.8.14.0301 Â Â Â Â Â DESPACHO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â IncabÃ-vel, por ora, a
apreciação do pedido formulado pela parte autora, considerando que a existência de litisconsortes no
polo passivo da lide, acrescido das inúmeras informações de endereço prestadas na petição de fl.
retro, IMPOSSIBILITA o próprio cumprimento da diligência, tendo em vista que sequer esclarece a parte
interessada a qual dos réus pertencem cada um dos endereços listados; ou, ainda, se pretende que
todos sejam citados em todos os endereços, demonstrando a pouca cautela com que atua no feito.   Â
  Desta feita, INTIME-SE a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias, sane a falta relativa a
ausência de citação, apontando especificamente qual o endereço que cada um dos réus deverá
ser citado, devendo, no mesmo prazo, recolher as custas processuais pertinentes, sob pena de
extinção do feito pela ausência de pressupostos de desenvolvimento válido do processo (CPC, art.
485, IV), sem prejuÃ-zo do reconhecimento de prescrição ante a não interrupção do prazo legal, na
forma do art. 240, caput c/c §2º do CPC,.      Após, sanada a falta, o que deverá ser
certificado, RENOVE-SE a diligência citatória, independente de nova conclusão.      Lado outro,
vencido in albis o prazo ou sobrevindo manifestação em que não tenha sido especificado o
endereço de cada um dos réus, individualmente, certifique-se e retornem os autos conclusos para
sentença.      INT., DIL. E CUMPRA-SE. Após, retornem os autos conclusos para SENTENÃA. Â
    Belém/PA, 13 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS     Â
JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital      HM PROCESSO: 00135066120148140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS
BASTOS A??o: Exibição de Documento ou Coisa Cível em: 17/08/2021 AUTOR:ESPOLIO DE NICOLAU
RAIMUNDO BIA VIANA REPRESENTANTE:ANA BEATRIZ MARQUES VIANA Representante(s): OAB
19166 - DIMITRI NICOLAU MARQUES BIA VIANA (ADVOGADO) OAB 19164 - YURI ALEXANDRE
BARROS DO NASCIMENTO (ADVOGADO) REU:BANCO ITAU UNIBANCO S/A Representante(s): OAB
3672 - SERGIO ANTONIO FERREIRA GALVAO (ADVOGADO) OAB 25254 - GUSTAVO GERBASI
GOMES DIAS (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0013506-61.2014.8.14.0301      SENTENÃA  Â
   VISTOS.      Assumi esta Vara em 21/09/2020, nos termos da Portaria nº 2106/20 -
GP/TJPA, de 17/09/2020, ocasião em que encontrei mais de 2000 processos fÃ-sicos conclusos, com
999
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

data de conclusão a contar do ano de 2016, além daqueles existentes no sistema eletrônico (PJE). Â
    Trata-se de AÃÃO CAUTELAR DE EXIBIÃÃO DE DOCUMENTOS E PEDIDO DE LIMINAR C/C
OBRIGAÃÃO DE FAZER E INDENIZAÃÃO POR PERDAS E DANOS ajuizada por Espolio de Nicolau
Raimundo Biá Viana em face de Itau Unibanco SA.      Aduz, em sÃ-ntese, após o falecimento do
de cujus Nicolau Raimundo Biá Viana, os herdeiros tomaram conhecimento acerca da existência de
ações preferenciais escriturais em nome do falecido, as quais sequer constituÃ-ram o espólio do morto.
Pontuam que ao diligenciarem administrativamente a fim de obter esclarecimentos acerca da quantidade e
valores que cada ação representava, inicialmente, foram informados quanto à existência de 343
ações, as quais, inclusive, foram listadas na sobrepartilha, servindo como base de cálculo do imposto.
Esclarecem que ao diligenciarem junto ao banco, tomaram conhecimento que houve a venda de parte das
ações e que, atualmente, só existiriam 300 ações em nome do falecido, além dos valores
correspondentes à venda das 43 ações, acrescido dos dividendos. Ao tentarem obter informações
atualizadas quanto ao valor de cada ação e o total a ser `repassado¿ aos herdeiros, houve a negativa
do banco, justificando a necessidade de ajuizamento da presente ação. Liminarmente, requerem a
exibição de documentos pelo réu no tocante ao extrato detalhado da posição acionário atualizada
as ações preferenciais escriturais de propriedade do de cujus, incluindo grupamentos, desdobramentos,
proventos, bonificações, subscrição, extrato de dividendos a disposição e cotação.     Â
No mérito, requerem i) que o réu transmita, imediatamente, todas as ações preferenciais escriturais
de propriedade do falecido, bem como, os direitos dela decorrentes, para a inventariante do espólio; ii)
indenização por danos materiais, tendo em vista que a mora do réu em regularizar os bens deixados
pelo falecido, resultaram em prejuÃ-zo aos herdeiros, totalizando o valor de R$-12.289,69, correspondente
à desvalorização das ações durante o perÃ-odo de setembro/2011 a março/2014; iii)
indenização por danos materiais, decorrentes do deslocamento e estadia da inventariante na cidade de
São Paulo/SP, ante a inexistência de agencia responsável por gerir ações neste municÃ-pio,
correspondente ao valor de R$-14.989,69; iv) indenização por danos morais, antes os prejuÃ-zos
causados aos herdeiros, que, dentre outros, se viram impedidos de usufruir e gozar de direito assegurado
por lei. Juntou documentos para comprovar o alegado.      Deferida a liminar para exibição de
documentos, conforme decisão de fl. 111.      Constatação apresentada à fl. 113/116, na qual
a parte ré informa o cumprimento da decisão antecipatória e indica a inexistência de pretensão
resistida, além de fundamentar de forma genérica, a ausência de dano material e moral, requerendo a
improcedência dos pedidos.      Réplica apresentada à fl. 134/143 ratificando os termos da
inicial e rechaçando os argumentos trazidos em contestação.      Conforme petições
trazidas por ambas as partes, a tentativa de acordo restou infrutÃ-fera, conforme se infere de leitura dos
autos.      Através da petição de fl. 150/158, ITAU UNIBANCO HOLDING SA apresentou
manifestação `ingressando voluntariamente na lide¿ a fim de arguir a ilegitimidade passiva da ré,
tendo em vista tratarem-se de pessoas jurÃ-dicas distintas, bem como, suscitando questões de mérito a
serem apreciadas por este JuÃ-zo, que resultariam na improcedência parcial dos pedidos.     Â
Anunciado o julgamento antecipado da lide, conforme decisão de fl. 172.      Regularizada a
representação processual das partes, conforme petição de fl. 177/179.      à o relatório.
PASSO A DECIDIR.      CHAMO A ORDEM:      Cuida-se de ação de conhecimento, de
obrigação de fazer com pedido de tutela de urgência, sendo equivocada a nomenclatura da ação. Â
    De imediato, determino o DESENTRANHAMENTO da petição protocolada sob o nº
2015.02534814-79 tendo em vista ter sido protocolada por terceiro estranho à lide, o qual, pretende a
arguição de ilegitimidade passiva da ré e `ingresso espontâneo¿ aos autos, em feito no qual
sequer figura como parte.      Exalce-se que, não tendo sido indicado como litisconsorte passivo
em sede de inicial e tampouco pretendeu o peticionante enquadrar-se em alguma das hipóteses de
intervenção de terceiros previstas no código processual, sequer há de ser apreciado o pedido
formulado por Itaú Unibanco Holding S/A, especialmente que, o próprio réu assumiu a legitimidade
para figurar na lide, conforme se infere da leitura da contestação.      Inexistindo preliminares a
serem objeto de apreciação, PASSO A ANÃLISE DO MÃRITO.      CINGE-SE A
CONTROVERSIA QUANTO AO DIREITO DOS AUTORES/ESPOLIO DO FALECIDO EM TER ACESSO
ÃS AÃÃES ESCRITURAIS PREFERENCIAIS EXISTENTES EM NOME DO FALECIDO, ACRESCIDO DE
EVENTUAL DIREITO Ã PARTILHA E INDENIZAÃÃO PELOS PREJUÃZOS SOFRIDOS. Â Â Â Â Â Da
leitura dos autos constata-se ser fato incontroverso que Nicolau Raimundo Biá Viana possuÃ-am ações
junto à instituição financeira requerida, bem como, que estas integravam o seu patrimônio aquando do
seu falecimento (04/05/2006), devendo, pois, serem reconhecidas como direitos a serem partilhados entre
os herdeiros.      Dentre os documentos coligidos à inicial, constata-se o seguinte: a)    Â
SET/2011: o espólio teve conhecimento quanto à existência de 343 ações em nome do falecido,
1000
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

tendo sido, inclusive, notificado a diligenciar administrativamente para ter acesso ao bem, vide fl. 22; b)Â Â
   NOV/2011: o espólio teve conhecimento quanto à existência de 300 ações em nome do
falecido, considerando as polÃ-ticas internas praticadas pelo banco, vide fl. 66; c)Â Â Â Â Â AGO/2012: o
espólio realizou a sobrepartilha dos bens, discriminado a existência de 343 ações, vide fl. 29/31; d)Â
    JUL/2013: efetua novo protocolo administrativo, ocasião em que obtém a negativa do banco,
vide fl. 67/68. e)     MAR/2014: ajuizamento da ação.      Note-se que, o protocolo
administrativo de JUL/2013, anexado pela própria parte autora aos autos (13206/0079-000-1) consta a
informação de que a parte pleiteava `pesquisa / outros serviços¿ - `posição acionaria / extrato de
dividendos / cotação na data do óbito¿, tendo a negativa ocorrido em razão da necessidade de
apresentação de outros documentos, com o seguinte registro: `Devolvo nesta data o processo via
malote e fico no aguardo do mesmo, com a documentação conforme sinalizado, para inÃ-cio de
pesquisa¿.      Constata-se, em contrapartida, que apesar do inconformismo da parte autora com
a negativa, a qual, demonstraria desarrazoada exigência bancária, não houve comprovação de que
tenha apresentado os documentos exigidos administrativamente, deixando de desincumbir-se do ônus
probatório que lhe compete, nos termos do art. 373, I do CPC.      Exalce-se que, poderia ter a
parte, ao menos, diligenciado a fim de esclarecer que já adotara - a seu ver, todas as medidas
necessárias à obtenção da informação, no entanto, conforme alhures mencionado, deixou de
fazê-lo, deixando de comprovar que levou adiante qualquer tratativa com o banco.      Não há
dúvidas, no entanto, acerca do direito das partes em ter resguardada a pretensão formulada nos autos,
considerando que, acaso tivesse interesse em regularizar a situação fática vivenciada pelos autores,
poderia a parte ré (quando tomou conhecimento do ajuizamento da ação) ter regularizado a
titularidade das ações bancárias existentes, transferindo-as para o nome dos herdeiros, o que deixou
de fazê-lo, demonstrando a existência de pretensão resistida.      Por certo, as documentais
coligidas a inicial, comprovam que houve uma variação no total de ação existentes em nome do
falecido, demonstrando que, eventuais mudanças - fruto da própria natureza do investimento - deverão
ser suportadas pelo espólio, cabendo ao banco réu comprovar que eventuais valores / dividendos /
lucros e etc., computados da data do óbito até a data de publicação da presente decisão - foram
devidamente observados e encontram-se depositados em conta vinculada ao de cujus, devendo, da
mesma forma, ser repassado aos herdeiros. Â Â Â Â Â Assim, especificamente QUANTO AO PEDIDO DE
QUE O RÃU TRANSMITA, IMEDIATAMENTE, TODAS AS AÃÃES PREFERENCIAIS ESCRITURAIS DE
PROPRIEDADE DO FALECIDO, BEM COMO, OS DIREITOS DELA DECORRENTES, PARA A
INVENTARIANTE DO ESPÃLIO, entendo que este JuÃ-zo não tem competência para apreciar eventual
quantidade ou quota-parte correspondente ao quinhão que caberia aos herdeiros, havendo vara
especÃ-ficas com tal competência. No entanto, hão de ser observados os termos fixados na
sobrepartilha extrajudicial realizada nos termos da Escritura Pública acostada à fl. 29/32, que resguardou
a meação da viúva-meeira e a divisão igualitária entre os demais herdeiros, na proporção de
25% para cada um. Â Â Â Â Â Quanto a INDENIZAÃÃO POR DANOS MATERIAIS, TENDO EM VISTA
QUE A MORA DO RÃU EM REGULARIZAR OS BENS DEIXADOS PELO FALECIDO, RESULTARAM EM
PREJUÃZO AOS HERDEIROS, TOTALIZANDO O VALOR DE R$-12.289,69, CORRESPONDENTE Ã
DESVALORIZAÃÃO DAS AÃÃES DURANTE O PERÃODO DE SETEMBRO/2011 A MARÃO/2014, resta
incabÃ-vel.      Há de se atentar a parte autora que dentre as documentais coligidas aos autos,
não há qualquer conduta a ser imputada à requerida, tendo em vista que, conforme alhures
mencionado, após os autores terem conhecimento da existência das ações em 2011, passaram a
diligenciar administrativamente, adotando as providências necessárias - dentre elas, a realização da
sobrepartilha - ônus e mora que sequer pode ser imputada à requerida. Neste sentido, entre o perÃ-odo
de set/2011 a jul/2013 nenhum ato era esperado da parte ré, não havendo como ser imputada à parte
qualquer responsabilidade pela desvalorização e/ou valorização das ações.      Da mesma
forma, após a negativa administrativa - ainda que devidamente reconhecido o direito da parte em obter as
informações e consequente partilha das ações - a parte autora não se desincumbiu do ônus
probatório a fim de demonstrar que apresentou todas as documentais exigidas administrativamente pela
instituição financeira (conforme alhures mencionado) tampouco, quanto valiam as ações em 2013,
por exemplo, a fim de justificar eventual procedência do pedido, havendo, pois, de ser julgado
improcedente o pedido formulado. Â Â Â Â Â Quanto ao PEDIDO DE INDENIZAÃÃO POR DANOS
MATERIAIS, DECORRENTES DO DESLOCAMENTO E ESTADIA DA INVENTARIANTE NA CIDADE DE
SÃO PAULO/SP, ANTE A INEXISTÃNCIA DE AGENCIA RESPONSÃVEL POR GERIR AÃÃES NESTE
MUNICÃPIO, CORRESPONDENTE AO VALOR DE R$-14.989,69, da mesma forma, há de ser julgado
improcedente, considerando da ausência de provas quanto aos fatos alegados.      Isto porque,
cabÃ-vel pontuar que a parte autora sequer esclarece quais custos efetivamente teve no local, não
1001
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demonstrou a compra de passagens aéreas, a realização de reservas de hospedagem e etc.,


deixando, pois, de colacionar aos autos documentos mÃ-nimos comprovando os efetivos gastos descritos
na inicial, olvidando quanto ao ônus probatório que lhe compete, previsto no art. 373, I do CPC.    Â
 Existe uma máxima romana perfeitamente aplicável ao caso em comento que dita: "allegare nihil et
alegatum non probare sunt", ou seja, "alegar e não provar o alegado importa em nada alegar¿, pois o
que não está nos autos não está no mundo jurÃ-dico.      Assim, não tendo, da mesma forma,
trazido elementos suficientes a comprovar os prejuÃ-zos elencados ao longo da inicial, os pedidos hão de
ser julgados improcedentes, havendo de salientar-se, desde logo, que as provas documentais
necessariamente deveriam ser coligidas à inicial - sequer cabendo ao JuÃ-zo eventual dilação
probatória, considerando que referem-se à documentos pré-existentes ao ajuizamento da ação, nos
termos do art. 434 e 435 do CPC (vide art. 396 e 397 do CPC/73), sendo, portanto, VEDADA a juntada de
documentos em momento posterior à petição inicial e/ou contestação, quando já conhecidos
anteriormente ao ajuizamento da ação, tal como ocorre no caso em apreço, restando, pois, precluso o
direito da parte.      QUANTO AO PEDIDO DE DANOS MORAIS, melhor sorte não assiste Ã
autora, tendo em vista que também formulado de forma genérica na inicial, sem maiores
esclarecimentos acerca dos danos sofridos. Acresça-se a isto o já EXAUSTIVAMENTE afirmado por
este JuÃ-zo quanto ao fato de a parte autora não ter comprovado que adotou todas as providências
administrativas e necessárias ao deferimento do pleito, caracterizada com a entrega da documentação
integral exigida pela ré, havendo, pois, de ser julgado improcedente o pedido formulado.     Â
ANTE O EXPOSTO, pelos fatos e fundamentos ao norte alinhavados, e, por tudo mais que dos autos
consta, ratifico a decisão de fl. 111 e JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES para condenar a parte
ré à obrigação de fazer, no tocante a transmitir aos herdeiros as ações existentes em nome do
falecido, acrescidos dos direitos delas derivados, inclusive reparações financeira pela eventual venda
das mesmas, observados os termos da fundamentação, e, em consequência, DECLARO EXTINTO O
PROCESSO, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC.     Â
CONDENO AMBAS AS PARTES AO PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS,
estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, com fundamento, no art. 85,
§2º, do CPC/2015, atentando-se que a parte autora trata-se de beneficiaria da justiça gratuita,
devendo, portanto, ser observado o art. 98, § 3º do CPC.      Havendo interposição de
recurso de Apelação, INTIME-SE a parte Apelada para apresentar contrarrazões, caso queira, no
prazo legal. Após, estando o feito digitalizado, ao E. TJE/PA, com as homenagens de estilo.     Â
Ficam as partes advertidas de que em caso de não pagamento das custas processuais, no prazo de 15
(quinze) dias, o crédito delas decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos demais
encargos legais e será encaminhado para inscrição em dÃ-vida ativa.      P. R. I. C. Na
hipótese de trânsito em julgado, observadas as cautelas de praxe e, estando o feito devidamente
certificado, ARQUIVEM-SE, dando-se a respectiva baixa no sistema processual.      Belém/PA.,
16 de agosto de 2021. Â Â Â Â Â VALDEISE MARIA REIS BASTOS Â Â Â Â Â JuÃ-za de Direito Titular da
3ª VCE da Capital      RP PROCESSO: 00149982520138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Execução
de Título Judicial em: 17/08/2021 EXEQUENTE:ANTONIA REGINA DA PAIXAO RODRIGUES
Representante(s): OAB 12719 - RODOLFO MEIRA ROESSING (ADVOGADO) OAB 27571 - JOAO LUIZ
VIDAL BARATA FILHO (ADVOGADO) OAB 28219 - SHEILA DE NAZARE SANTOS BARATA
(ADVOGADO) EXECUTADO:DIAGNOLIS CENTRO DE DIAGNOSTICO LTDA Representante(s): OAB
6778 - MARLUCE ALMEIDA DE MEDEIROS (ADVOGADO) OAB 11809 - RAFAELA CRISTINA BERGH
PEREIRA (ADVOGADO) OAB 3574 - THALES EDUARDO RODRIGUES PEREIRA (ADVOGADO) .
PROCESSO Nº 0014998-25.2013.8.14.0301 SENTENÃA          VISTOS.         Â
Cuidam-se os autos de EMBARGOS DE DECLARAÃÃO, com efeitos modificativos, manejados pela
liquidante em face da sentença de fls. 280/280v, alegando suposta contradição.          Ãs
fls. 287/288, contrarrazões do embargado.          à o relatório. PASSO A DECIDIR.    Â
     Tendo em vista a certidão de fls.284, conheço dos presentes aclaratórios, porquanto
presentes os pressupostos de admissibilidade.          Sem maiores delongas, não se
vislumbra o vÃ-cio alegado, uma vez que a presente liquidação foi extinta pela ausência de interesse
processual (necessidade), em vista da pendência de recurso de apelação da fase de conhecimento,
de forma que não subsiste qualquer contradição que autorize o manejo dos aclaratórios.      Â
   Diferentemente do que sustentou o embargante, a jurisprudência assente na Corte Cidadã é no
sentido de que a contradição capaz de autorizar a reforma pela via dos embargos de declaração é
somente aquela que ocorre entre as proposições e conclusões do próprio julgado, ou seja, interna ao
próprio teor da sentença, e não entre esta e outros atos ocorridos no processo (EDcl no AgInt no REsp
1002
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1.737.151/RS, REsp 1180835/GO e EDcl no AgRg no AREsp 575.844/GO). Â Â Â Â Â Â Â Â Â O que se


verifica, em verdade, é o inconformismo do embargante quanto a solução dada ao caso pelo JuÃ-zo, o
que deverá ser veiculado mediante a proposição do meio recursal pertinente, não podendo servir os
aclaratórios de supedâneo para o nÃ-tido propósito de reforma do julgado, impondo-se rejeitar os
embargos que visam somente os efeitos infringentes (EDcl no AgRg no Ag 1161963/SP, do EDcl no REsp
1116460/SP e do EDcl no AgRg no AREsp 37136/SC). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Isto posto, CONHEÃO dos
embargos de declaração, contudo, NEGO-LHES PROVIMENTO, mantendo a sentença nos termos
em que foi proferida.          Havendo interposição de recurso de Apelação, INTIME-SE
a parte Apelada para apresentar contrarrazões, caso queira, no prazo legal. Após, estando o feito
digitalizado, ao E. TJE/PA, com as homenagens de estilo.          P. R. I. C. Belém/PA, 12 de
agosto de 2021. VALDEISE MARIA REIS BASTOS JuÃ-za Titular da 3ª VCE da Capital HM PROCESSO:
00159494820158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VAL DEISE M ARIA RE IS B A S TOS A ? ? o : P ro c e d ime n t o Co mu m Cí v e l e m: 1 7 /0 8 / 2 0 2 1
REQUERENTE:ROSELY MARCONDES SOARES REQUERENTE:JEOVANI SILVA SOARES
Representante(s): OAB 15867 - ALEX BACELAR SALES (ADVOGADO) REQUERIDO:DIRECIONAL
AMETISTA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA Representante(s): OAB 9880 - ANDERSON
COSTA RODRIGUES (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0015949-48.2015.8.14.0301     Â
SENTENÃA Â Â Â Â Â VISTOS, ETC. Â Â Â Â Â Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÃÃO opostos em
face da sentença de fl. 315/319 que julgou parcialmente procedente os pedidos formulados pelos
autores, em sede de inicial.      Alegam os embargantes que a decisão foi omissa, considerando
que não houve fixação do marco final da correção monetária para a data de 30/09/2013 - data de
conclusão da obra e tampouco a condenação da parte ré à devolução em dobro do saldo
residual abusivo. Da mesma forma, a sentença conteria erro material, ante a contradição na parte da
fundamentação e do dispositivo no tocante ao valor fixado a tÃ-tulo de danos morais.      Instado
a manifestar-se, a embagada não apresentou contrarrazões, conforme certificado nos autos.     Â
à o sucinto relatório. PASSO A DECIDIR.      O art. 1.022, I do NCPC estabelece o cabimento de
embargos de declaração para esclarecer omissão, obscuridade ou eliminar contradição em
decisão judicial, bem como para corrigir erro material e suprir omissão.      Ocorre a omissão,
quando a sentença deixa de pronunciar-se sobre questão concernente ao litÃ-gio, que deveria ser
decidida ao passo que a contradição ocorre, quando colidem proposições constantes da
fundamentação do julgado, ou entre esta e o seu dispositivo. A obscuridade se dá, por sua vez, na
existência de argumentos não aclarados pelo JuÃ-zo que norteiam a decisão proferida e resultam em
uma fundamentação inconclusiva      NO CASO EM APREÃO, o embargante sustenta a
ocorrência de omissão em razão deste JuÃ-zo não ter se manifestado acerca do marco final da
correção estipulada contratualmente para a data de 30/09/2013, prazo de conclusão da obra e
consequentemente a condenação da Embargada à devolução em dobro de saldo residual abusivo
no valor de R$-23.866,34.      Note-se que, a sentença esclareceu que os marcos foram
devidamente fixados, conforme trecho extraÃ-do da sentença proferida por este JuÃ-zo: Nessa senda,
acompanho o entendimento jurisprudencial sedimentado e mantenho hÃ-gida a cláusula contratual de
extensão do prazo por 180 (cento e oitenta) dias, definido como termo final para a entrega do imóvel o
dia 01/04/2014, por ser o primeiro dia útil seguinte ao término da prorrogação. (grifou-se)     Â
Mantida hÃ-gida a clausula de tolerância, conforme pontuado em sentença, este deverá ser
considerado o marco temporal, em detrimento do requerido pela parte autora/embargante, que apenas
demonstra seu inconformismo com o decidido por este JuÃ-zo, ensejando, portanto, a improcedência do
pedido.      Nesta senda, eventual direito a devolução à devolução do saldo residual pago
pela parte autora deverá considerar como marco final a data de 01/04/2014, devendo, pois, ser objeto de
liquidação em fase especÃ-fica, para melhor individualização dos valores efetivamente passiveis de
devolução.      Exalce-se que, conforme já pontuado por este JuÃ-zo, não há o que se falar
em devolução em dobro, conforme fundamentação constante na SENTENÃA proferida: No entanto,
entendo que essa reparação deverá ser realizada de modo simples, e não de forma dobrada, tendo
em vista que a previsão contida no art. 42, parágrafo único, do CDC, exige que reste comprovada a
má-fé por parte do fornecedor, conforme entendimento firmado pelo STJ (AgInt no REsp 1815281/SP,
SEGUNDA TURMA, julgado em 03/03/2020, DJe 10/03/2020)      Em relação à contradição
correspondente à fixação em danos morais, tem razão a parte embargante, tendo em vista que,
claramente a sentença proferida indica valores diversos, ora fazendo alusão a uma quantia no
momento da fundamentação; ora fazendo alusão a outra quantia, aquando do dispositivo. Neste
cenário: Diante dos limites da questão posta e de sua dimensão na esfera particular e geral dos
autores, visando não apenas o conforto da reparação, mas também limitar a prática de atos
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análogos, entendo como justa a fixação da indenização do dano moral, no valor de R$-4.500,00
(quatro mil e quinhentos reais) por autor, totalizando o montante de R$-9.000,00 (nove mil reais), em tudo
acrescido de juros de 1% (um por cento) ao mês., a contar da citação (art. 405 do CC/02), e
correção monetária pelo IPCA, a partir da presente decisão (Súmula 362 do STJ).     Â
Saliente-se que a rediscussão da matéria fática e jurÃ-dica é inviável por meio dos embargos de
declaração distantes da ora objeto de decisão se mostram inadequadas na presente via,
considerando que a natureza e função dos aclaratórios é apenas de integralizar o julgado.     Â
ANTE O EXPOSTO, pelos fatos e fundamentos ao norte alinhavados, conheço dos embargos, e, no
mérito, ACOLHO-OS PARCIALMENTE, com fulcro no art. 1.022 do CPC, fazendo a presente decisão,
parte integrante da sentença de fl. 315/319, mantendo os demais termos da sentença.      2. Em
relação aos valores depositados em subconta vinculada ao processo, este JuÃ-zo encaminhou e-mail
ao setor competente, tendo o SDJ indicado a subconta (2020018790) na qual se encontra depositada a
quantia proveniente dos autos. Junte-se. Â Â Â Â Â Desta forma, tendo sido individualizada a quantia, fica
AUTORIZADA A EXPEDIÃÃO DE ALVARÃ EM FAVOR DA PARTE AUTORA, da quantia devidamente
corrigida e atualizada, observadas as cautelas de praxe e em tudo certificado nos autos. Â Â Â Â Â INT.
DIL. E CUMPRA-SE.      Belém/PA, 13 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS
BASTOS      JuÃ-za Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO:
00188023520108140301 PROCESSO ANTIGO: 201010281511
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REU:UNIMED BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO
MEDICO Representante(s): OAB 9752 - ALEXANDRE SALES SANTOS (ADVOGADO) AUTOR:AKIKO DA
COSTA MIGIYAMA GONÇALVES Representante(s): OAB 5555 - FERNANDO AUGUSTO BRAGA DE
OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 3609 - IONE ARRAIS DE CASTRO OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 14828 -
LUISE ARRAIS PAIVA RODRIGUES (ADVOGADO) OAB 25318 - BEATRIZ MOTA BERTOCCHI
(ADVOGADO) OAB 27349 - PABLO MORYSON MASTOP DO REGO (ADVOGADO) . PROCESSO Nº
0018802-35.2010.8.14.0301 Â Â Â Â Â DECISÃO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Da leitura dos autos
constata-se que desde 2012, isto é, há aproximadamente 10 anos (!) se pretende a realização de
prova pericial, a qual, inobstante a nomeação de diversos perÃ-cias, nunca foi realizada.     Â
Note-se que, a autora pretende indenização pelos prejuÃ-zos sofridos em razão de cirurgia realizada,
a qual, entretanto, mostrou-se desnecessária, considerando que o diagnóstico da ré, que indicava a
presença de corpo estranho no ovário da autora, foi equivocado.      Ora, constata-se que
desnecessária a realização de perÃ-cia médica para apuração de tais fatos, considerando que
independem de conhecimento técnico especializado, podendo, a priori, ser comprovados por
documentais que deveriam ter sido anexadas aos autos no momento processual oportuno, quer pela parte
autora quer pela parte ré, tornando, inócua eventual dilação processual. Ademais, o próprio decurso
do tempo inviabiliza a realização da prova, pois, certamente, o expert não terá como verificar o
`antes¿ e o `depois¿ dos fatos ocorridos, que não, baseado nas mesmas provas documentais a que
este JuÃ-zo já tem acesso.      Neste sentido, nos termos do art. 355, I do CPC, ANUNCIO O
JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO, considerando a desnecessidade de produção de outras
provas além daquelas constantes nos autos.      Remetam-se os autos à UNAJ, para fins de
cálculo de custas finais, devendo a parte autora ser devidamente intimada para fins de recolhimento,
acaso se faça necessário.      INT., DIL. E CUMPRA-SE. Após, retornem os autos conclusos
para SENTENÃA.      Belém/PA, 13 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS
BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO:
00194050620158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VAL DEISE M ARIA RE IS B A S TOS A ? ? o : P ro c e d ime n t o Co mu m Cí v e l e m: 1 7 /0 8 / 2 0 2 1
AUTOR:HELEODORO DE VASCONCELOS DA SILVA Representante(s): MARIA DO SOCORRO
GUIMARAES (ADVOGADO) OAB 26004 - MANOEL GIONOVALDO FREIRE LOURENÇO (ADVOGADO)
OAB 29576 - FRANKLIN JOSE BARROS FELIZARDO (ADVOGADO) REU:BANCO DO BRASIL S/A
Representante(s): OAB 15763-A - GUSTAVO AMATO PISSINI (ADVOGADO) OAB 44698 - SERVIO
TULIO DE BARCELOS (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0019405-06.2015.8.14.0301 SENTENÃA   Â
  VISTOS.       Os presentes autos versam sobre AÃÃO DE COBRANÃA ajuizada por
HELEODORO DE VASCONCELOS DA SILVA em face de BANCO DO BRASIL S/A. Â Â Â Â Â Â A parte
autora sustenta que é titular da conta individualizada do PASEP desde antes da Constituição Federal
de 1988, perante o Banco do Brasil e que por ocasião de sua passagem para a reserva remunerada, eis
que militar vinculado ao Comando da Marinha, verificou que o réu apesar de receber os depósitos não
repassou para a conta individual do autor. Requer a procedência da ação para condenar o Banco do
Brasil, ao pagamento da importância depositada em seu benefÃ-cio, pelos valores subtraÃ-dos e/ou não
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repassados em seu benefÃ-cio. Juntou documentos para comprovar o alegado. Â Â Â Â Â Â Em sede de


contestação (fls. 31/41), a parte demandada teria pugnado pela total improcedência da lide,
sustentando que houve o pagamento do valor.       Réplica apresentada, na qual a parte autora
ratificou os termos da inicial e rechaçou os argumentos trazidos em sede de contestação.      Â
Anunciado o julgamento antecipado da lide, conforme termo de audiência de fl. 75.       à o
relatório. PASSO A DECIDIR.       A legitimidade, seja ela ativa ou passiva, deve ser analisada
através da narrativa dos fatos descritos na petição inicial e dos documentos trazidos aos autos. Trata-
se de matéria de ordem pública que não está subordinada à fase probatória, por isso, pode ser
analisada em qualquer fase do processo, não importando isso em cerceamento de defesa, nem se
sujeita a preclusão.      Com efeito, o Banco do Brasil S/A, assim como a Caixa Econômica
Federal, não podem responder pelos valores depositados a tÃ-tulo de PASEP E PIS,
respectivamente, pois constituem meros gestores dos valores depositados.      Veja-se, a
respeito, o disposto nos arts. 3º a 5º do Decreto 9.978/2019: Art. 3º Fica instituÃ-do o Conselho
Diretor do Fundo PIS-PASEP, órgão colegiado responsável por gerir o Fundo. Art. 4º Compete ao
Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP: (...)  b) calcular a atualização monetária do saldo credor
das contas individuais dos participantes;  c) calcular a incidência de juros sobre o saldo credor
atualizado das contas individuais dos participantes; e  (...)  VI - requisitar ao Banco do Brasil S.A., Ã
Caixa Econômica Federal e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social as
informações sobre as aplicações realizadas, os recursos repassados e outras que julgar
necessárias ao exercÃ-cio da sua gestão;  VII - fornecer informações, dados e documentação e
emitir parecer relacionados com o Fundo PIS-PASEP, o PIS e o PASEP, por solicitação do
Conselho Monetário Nacional e do Ministro de Estado da Economia;  VIII - autorizar e fixar, nos
perÃ-odos estabelecidos, o processamento das solicitações de saque e de retirada e seus
pagamentos;  (...)  XII - definir as tarifas de remuneração da Caixa Econômica Federal e do
Banco do Brasil S.A., na qualidade de administradores do PIS e do PASEP, respectivamente; e Â
Art. 5º O Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP é composto pelos seguintes representantes:  I -
cinco do Ministério da Economia, um dos quais representante da Secretaria do Tesouro Nacional da
Secretaria Especial de Fazenda, que o coordenará;  II - um dos participantes do PIS; e  III - um
dos participantes do PASEP.  (...)      Com a presente demanda, pretende o autor, ao fim e ao
cabo, informações sobre a correção monetária e os juros aplicados sobre os valores doÂ
PIS/PASEPÂ depositados em conta aberta junto ao Banco do Brasil, com o efetivo pagamento dos valores
que lhe seriam devidos.      De acordo com o art. 3º do Decreto 9.978/2019, no entanto, não
é o Banco do Brasil o responsável pelo fundo, mas o Conselho Diretor instituÃ-do na forma do art. 5º
do mesmo Decreto.      A instituição demandada, na verdade, apenas autoriza a abertura de
uma conta para o depósito dos valores do PIS/PASEP, recebendo, por conta disso, uma
contraprestação do governo. Não tem, contudo, qualquer ingerência sobre esses valores, assim
como aos Ã-ndices de correção monetária e percentuais de juros a eles aplicáveis.      A este
respeito, inclusive, foi editada a súmula 77 do STJ que, apesar de dirigida à CEF, tem aplicação
também ao Banco do Brasil: Súmula 77: A Caixa Econômica Federal é parte ilegÃ-tima para figurar
no polo passivo das ações relativas à s contribuições para o Fundo do PIS/PASEP.      Â
Aliás, ao discorrer sobre situação idêntica a versada nos autos, assinalou o Ministro Castro Meira, no
voto proferido no Recurso Especial 747628: ¿O Banco do Brasil apresenta-se, na verdade, como um
prestador de serviços, para o qual recebe uma contraprestação pecuniária chamada comissão. O
Gestor do PASEP é um Conselho-Diretor, órgão colegiado constituÃ-do de oito membros, com
mandatos de 1 (um) ano, designados através de portaria pelo Ministro de Estado da Fazenda. à este
Conselho responsável pela representação judicial e extrajudicial do programa, sendo realizada a
defesa através da Procuradoria da Fazenda Nacional, a teor do que preceitua o artigo 9º, § 8º, do
Decreto nº 78.276/76, que assim dispõe:  ¿O conselho-Diretor ficará investido de
representação ativa e passiva do Fundo de Participação PIS/PASEP, que será representado e
definido, em juÃ-zo, por Procurador da Fazenda Nacional¿      O cálculo da correção
monetária do saldo credor das contas vinculadas dos participantes, bem como o percentual dos juros
incidentes, nos perÃ-odos reclamados pelo demandante, eram determinados pelo Conselho-Diretor do
Fundo, sem qualquer interferência do Banco do Brasil, que apenas operava o sistema.      O
STJ, analisando questão semelhante relativa à Caixa Econômica Federal-CEF, responsável pela
operacionalização do Programa de Integração Social - PIS, fez editar a Súmula nº 77/STJ,
segundo a qual ¿a Caixa Econômica Federal é parte ilegÃ-tima para figurar no polo passivo das
ações relativas à s contribuições para o fundo PIS/PASEP¿.      Esse raciocÃ-nio é
extensivo ao Banco do Brasil. Se a Caixa detinha a administração do PIS e o Banco do Brasil a doÂ
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PASEP, com a unificação do Fundo, perderam tais estabelecimentos a respectiva gestão, que passou
a um Conselho-Diretor, designado pelo Ministério da Fazenda, com atribuição de representar judicial
e extrajudicialmente o programa.      Assim, como a CEF é parte ilegÃ-tima para figurar no polo
passivo das ações relativas ao PIS (Súmula nº 77/STJ), também é ilegÃ-timo o Banco do
Brasil para figurar no polo passivo das ações relativas ao PIS/PASEP.¿      Nesse sentido a
jurisprudência deste E. TJPA está igualmente consolidada: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E
ADMINISTRATIVO. APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO DE COBRANÃA. PEDIDO DE LEVANTAMENTO DE
VALORES DO PROGRAMA DE FORMAÃÃO DE PATRIMÃNIO DE SERVIDOR PÃBLICO-PASEP.
DEMANDA AJUIZADA CONTRA O BANCO DO BRASIL. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM.
ATUAÃÃO COMO MERO INTERMEDIÃRIO. APLICAÃÃO EXTENSIVA DA SÃMULA 77 DO STJ.
PRECEDENTES DO STJ E DESTA CORTE. SENTENÃA MANTIDA. APELAÃÃO CONHECIDA E NÃO
PROVIDA. à UNANIMIDADE. 1- A questão cinge-se em verificar a legitimidade passiva do Banco do
Brasil para a presente demanda, em que pretende o Apelante o levantamento de depósitos do Programa
de Formação do Patrimônio do Servidor Público-PASEP em conta de sua titularidade, acrescidos de
juros de mora de correção monetária. 2-O STJ já reconheceu que a aplicação do enunciado da
Súmula nº 77 se estende ao Banco do Brasil, sendo entendimento pacÃ-fico de que o Banco do Brasil
é parte ilegÃ-tima para figurar no polo passivo das ações relativas as contribuições para o fundo
PIS-PASEP. 3- Apelo conhecido e não provido. à unanimidade. Acórdão Vistos, relatados e
discutidos estes autos, acordam os ExcelentÃ-ssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª
(3895701, 3895701, Rel. MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA, Ãrgão Julgador 1ª Turma de Direito
Público, Julgado em 2020-10-19, Publicado em 2020-11-06)      De rigor, portanto, a extinção
do processo sem resolução de mérito, ante o reconhecimento da ilegitimidade passiva do Banco do
Brasil. Â Â Â Â Â ANTE O EXPOSTO, pelos fundamentos fatos ao norte alinhavados, e por tudo mais que
dos autos consta, considerando a ilegitimidade passiva do Banco do Brasil para figurar na lide, JULGO
EXTINTO O PROCESSO, sem resolução de mérito, com base no art. 485, VI, do CPC.    Â
 CONDENO A PARTE AUTORA AO PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATICIOS,
estes fixados em 10% sobre o valor da causa, cuja exigibilidade se encontra suspensa em razão da
gratuidade de justiça concedida, nos termos do art. 98, § 3º do CPC.      Havendo
interposição de RECURSO DE APELAÃÃO, considerando o 485, § 7º1 do CPC, retornem os autos
conclusos para apreciação.      Ficam as partes advertidas de que em caso de não pagamento
das custas processuais, no prazo de 15 (quinze) dias, o crédito delas decorrente sofrerá atualização
monetária e incidência dos demais encargos legais e será encaminhado para inscrição em dÃ-vida
ativa.      P.R.I.C. Após, transitado em julgado, estando o feito devidamente certificado e
observadas as cautelas de praxe, ARQUIVE-SE, dando-se a respectiva baixa no sistema LIBRA. Â Â Â Â
 Belém/PA, 17 de agosto de 2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de
Direito Titular da 3ª VCE da Capital      RP 1 Interposta a apelação em qualquer dos casos de
que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. PROCESSO:
00203902820098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910442801
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Cumprimento de sentença em: 17/08/2021 REU:GABRIELA GOMES DA SILVA Representante(s): OAB
11941 - LINDINEA FURTADO VIDINHA (ADVOGADO) REU:ANA FLORENCA GOMES DA SILVA
Representante(s): OAB 11941 - LINDINEA FURTADO VIDINHA (ADVOGADO) REU:ELIDIO RUY DE
ATHAIDE CABRAL NETO Representante(s): OAB 11941 - LINDINEA FURTADO VIDINHA (ADVOGADO)
AUTOR:PEDRO PAULO DA SILVA BAETAS Representante(s): OAB 11003 - SAVIO BARRETO
LACERDA LIMA (ADVOGADO) OAB 13152 - LEONARDO NASCIMENTO RODRIGUES (ADVOGADO)
REU:SONIA MARIA GOMES Representante(s): OAB 3117 - RICARDO PAULO DE LIMA SAMPAIO
(ADVOGADO) OAB 11941 - LINDINEA FURTADO VIDINHA (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0020390-
82.2009.8.14.0301 Â Â Â Â Â DESPACHO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â 1. DETERMINO O
PROSSEGUIMENTO DO FEITO, tendo em vista que a parte executada não pagou nem garantiu a
execução.      Assim, este JuÃ-zo efetuou a tentativa de bloqueio `online¿ dos ativos
financeiros em nome do(a) executado(a), por meio do sistema SISBAJUD, com fulcro no art. 854 do CPC,
conforme espelho ora anexado. Â Â Â Â Â Em contrapartida, obtida a resposta, constata-se que houve
tão somente a PENHORA PARCIAL DO DÃBITO, tendo em vista que constrito apenas parte do valor
devido. Junte-se o relatório.      Exalce-se que, aqueles valores irrisórios para a satisfação do
valor do débito foram imediatamente desbloqueado, em atenção ao disposto no art. 8361 do CPC. Â
    Assim, INTIME-SE a Exequente para, no prazo de 20 (vinte) dias, manifestar-se sobre o seu
interesse no feito, indicando por qual das medidas executivas pretende que o feito prossiga, bem como,
indicando novos bens passÃ-veis de penhora, ocasião em que deverá informar o valor atualizado do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

débito e recolher eventuais custas pendentes de pagamento, sob pena de aplicação do art. 921 do
CPC.      Considerando que já realizada a transferência do montante para conta única deste E
TJPA, deverá desde logo, a UPJ proceder a abertura de subconta vinculada ao processo, viabilizando a
imediata vinculação da quantia constrita aos presentes autos.      2. Da mesma forma, INTIME-
SE a parte executada, acerca da penhora realizada por meio eletrônico, para, querendo, arguir no prazo
de 05 (cinco) dias, quaisquer das matérias listadas no art. 854, §3º do CPC, bem como, apresentar
eventual impugnação, nos próprios autos, quanto à penhora realizada, nos termos do art. 917, §1º2
do CPC, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da intimação.      Int. dil. e cumpra-se. Após,
havendo ou não manifestação, venham os autos conclusos para APRECIAÃÃO. Belém/PA, 18 de
agosto de 2021. VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS JuÃ-za Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Capital RP 1 Art. 836. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da
execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da
execução. 2 § 1º A incorreção da penhora ou da avaliação poderá ser impugnada por
simples petição, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da ciência do ato. PROCESSO:
00206828620178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:PAULO
CEZAR DE SOUSA CARVALHO Representante(s): OAB 3944 - JOAQUIM DIAS DE CARVALHO
(ADVOGADO) REU:CELPA CENTRAIS ELETRICAS DO PARA SA Representante(s): OAB 12358 -
FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ DAS NEVES (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0020682-
86.2017.8.14.0301 SENTENÃA Â Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE INDENIZAÃÃO
POR DANOS MORAIS CO TUTELA DE EMERGIA em face de Paulo Cezar de Sousa Carvalho em face
de Centrais Elétricas do Pará - CELPA.      Aduz a parte autora que a ré praticou conduta
abusiva ao promover em 22/10/2016, o corte no fornecimento de energia para conta contrato nº
103985765, sob a justificativa de que não houve o pagamento. Relata inexistirem pendências
relacionadas à referida unidade consumidora, não havendo razão para suspensão dos serviços da
ré, especialmente que, as cobranças abusivas que estavam sendo perpetradas, foram todas objeto de
contestação administrativa, e, há época do desligamento, se encontravam pendentes de
apreciação pela requerida, o que impediria o corte no fornecimento. Afirma que, inobstante isto,
permaneceu 112 (cento e doze) dias sem energia elétrica, o que lhe causou prejuÃ-zos diversos, razão
pela qual, requer indenização por danos morais equivalente a 60 (sessenta) salários mÃ-nimos. Juntou
documentos para comprovar o alegado.      Indeferida a tutela antecipada, conforme decisão de fl.
40/41.      Contestação apresentada à fl. 71/77v, sustentando, preliminarmente, a necessidade
de revogação dos benefÃ-cios da justiça gratuita e, no mérito, inobstante reconheça que houve a
cobrança indevida, sustenta a improcedência do pedido, justificando que a ré agiu no exercÃ-cio
regular de direito uma vez que a autora se encontrava inadimplente no momento da interrupção no
fornecimento de energia elétrica. Juntou documentos para comprovar o alegado.      Réplica
apresentada à fl. 88/91 ratificando os termos da contestação e rechaçando os argumentos trazidos
em sede de contestação.      Em resposta ao despacho de fl. 92, apenas a parte autora
apresentou manifestação, conforme certificado nos autos.      à o relatório. PASSO A DECIDIR.
     VERIFICA-SE SER HIPÃTESE DE JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE, COM FULCRO NO
ART. 355, I DO CPC, UMA VEZ QUE NÃO HÃ NECESSIDADE DE PRODUÃÃO DE OUTRAS PROVAS,
TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE MATÃRIA DE DIREITO.      Quanto à preliminar de
IMPUGNAÃÃO Ã JUSTIÃA GRATUITA deferida em favor do autor, cabe ao impugnante comprovar a
ausência de preenchimento dos requisitos essenciais à sua concessão (ou o seu desaparecimento),
ônus do qual não se desincumbiu a parte ré, considerando que sequer colacionou quaisquer
documentos aos autos, ocupando-se em alegar, porém, não provar os fatos articulados, razão pela
qual, hei, por INDEFEIR a preliminar suscitada. Â Â Â Â Â CINGE-SE A CONTROVÃRSIA QUANTO AO
DIREITO DA PARTE AUTORA EM OBTER INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS EM RAZÃO DO
CORTE INDEVIDO DE ENERGIA ELÃTRICA OCORRIDO NA CONTA CONTRATO 103985765. Â Â Â Â
 Depreende-se que o litÃ-gio versa sobre RELAÃÃO CONSUMERISTA, tendo no polo ativo um
consumidor, pois a matéria discutida nos autos não se refere à atividade fim da pessoa jurÃ-dica, ora
reclamante e no polo passivo um fornecedor de serviços, preenchendo os requisitos do art. 2º e 3º do
Código de Defesa do Consumidor, sendo aplicável, portanto, o disposto no artigo 14, do CDC:  Art. 14.
O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos
danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. § 1° O serviço é
defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em
consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - o modo de seu fornecimento; II - o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi fornecido. § 2º O
serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas. § 3° O fornecedor de
serviços só não será responsabilizado quando provar: I - que, tendo prestado o serviço, o defeito
inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. § 4° A responsabilidade pessoal dos
profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.       Certo é que a
responsabilidade objetiva, prevista no Estatuto Consumerista, somente é elidida quando provar o
fornecedor que o dano ocorreu por culpa exclusiva do consumidor ou que inexiste defeito no serviço
prestado, o que não se verifica no caso sub examine.       NO CASO EM APREÃO, a partir dos
documentos coligidos aos autos e da própria contestação apresentada, a parte ré confirma a
veracidade dos fatos trazidos em sede de inicial, inclusive, reconhecendo a abusividade da cobrança
perpetrada, tendo em vista que efetuou a `devolução espontânea¿ do valor cobrado a maior,
oportunizando o desconto do `crédito¿ existente em favor do autor nas faturas seguintes.      A
contestação apresentada sequer esclarece por quais razoes ocorreram o desligamento da energia
elétrica, demonstrando a arbitrariedade da conduta praticada, especialmente que, conforme documentos
colacionados pela própria requerida, restou comprovado que o autor adotou as providências
administrativas cabÃ-veis para regularizar sua situação e esclarecer o porquê da abusividade das
cobranças - posteriormente reconhecida.      Ademais, resta incontroverso o fato de que a parte
autora permaneceu 112 dias sem energia elétrica, conforme pontuado em sede de inicial, tendo em vista
que, através da contestação apresentada, a parte requerida sequer impugnou os fatos arguidos e
tampouco juntou quaisquer documentos que demonstrasse a ausência de veracidade nos fatos trazidos
pela parte autora, deixando de desincumbir-se do ônus probatório previsto no art. 373, II do CPC, já
não bastasse a inversa do ônus probatório caracterÃ-stica dos feitos consumeristas.      Ora,
sabe-se que a boa-fé deve permear as relações contratuais. Se condutas como essa, claramente
abusivas, não forem punidas, estar-se-á chancelando a própria torpeza, o que não se admite.    Â
 Desta forma, quanto ao PEDIDO DE INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS, constata-se que houve
falha na prestação do serviço ofertado pela ré ao proceder ao corte da energia elétrica e faltar
com os deveres éticos a serem atendidos no trato com o consumidor, não havendo outro caminho
senão o reconhecimento do dano ocasionado a direito da personalidade da reclamante/ consumidora. Â
    A falha no serviço em casos como esse, por si só, já configura dano moral, entendido como a
lesão a direito da personalidade. No caso presente, o direito à integridade psÃ-quica de ter a energia
cortada sem qualquer débito com a concessionária de energia.       O fato de ser efetivado o
corte em total desacordo com a Resolução 414 da ANEEL, somado ao fato da demora em proceder o
restabelecimento dos serviços de energia elétrica, SERVIÃO ESSENCIAL EM NOSSA SOCIEDADE
ATUAL, por si só, já configura dano moral, entendido como a lesão a direito da personalidade,
impondo, portanto, o reconhecimento de dano in re ipsa, tornando desnecessária a apresentação de
provas que demonstrem a ofensa moral da pessoa, tendo em vista que, o próprio fato já configura o
dano.       Assim, configurado ato ilÃ-cito por parte da empresa requerida, encontra-se também
demonstrado o nexo de causalidade entre tal ato e os danos sofridos pela requerente. Demonstrados tais
elementos, nasce o dever de indenizar.       Considerando esses parâmetros, quanto Ã
capacidade econômica da ré, possui perfeitas condições para cumprir o pagamento da
indenização; quanto ao status social da requerente, não há informação a respeito do status
profissional da requerente; quanto à potencialidade do dano, verifico que é alta, pois a autora foi
obrigada a permanecer sem energia elétrica por corte indevido da ré, o que trouxe prejuÃ-zo
emocionais e materiais; quanto à repercussão do evento danoso, restringiu-se às partes. Destarte,
reputo como JUSTA A INDENIZAÃÃO, o importe de R$-8.000,00 (oito mil reais), considerando a
temporalidade que perdurou a interrupção do fornecimento.       ANTE O EXPOSTO, pelos
fatos e fundamentos ao norte alinhavados, e por tudo mais que dos autos consta, JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTE, para condenar a ré ao pagamento de indenização por danos
morais, equivalente a R$-8.000,00 (oito mil reais), devidamente corrigido e atualizado, pelo INPC/IBGE e
acrescida de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, a partir da data do arbitramento (Súmula 362
do STJ), em consequência, DECLARO EXTINTO O PROCESSO, com resolução de mérito, nos
termos do art. 487, inciso I, do CPC. Â Â Â Â Â CONDENO AMBAS AS PARTES AO PAGAMENTO DE
CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação, com fundamento, no art. 85, §2º, do CPC/2015, atentando-se que a parte autora trata-
se de beneficiaria da justiça gratuita, devendo, portanto, ser observado o art. 98, § 3º do CPC.   Â
  Havendo interposição de recurso de Apelação, INTIME-SE a parte Apelada para apresentar
contrarrazões, caso queira, no prazo legal. Após, estando o feito digitalizado, ao E. TJE/PA, com as
homenagens de estilo.      Ficam as partes advertidas de que em caso de não pagamento das
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

custas processuais, no prazo de 15 (quinze) dias, o crédito delas decorrente sofrerá atualização
monetária e incidência dos demais encargos legais e será encaminhado para inscrição em dÃ-vida
ativa.      P. R. I. C. Na hipótese de trânsito em julgado, observadas as cautelas de praxe e,
estando o feito devidamente certificado, ARQUIVEM-SE, dando-se a respectiva baixa no sistema
processual.      Belém/PA., 17 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS Â
    JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO:
00216069720178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Arrolamento Sumário em: 17/08/2021
INVENTARIANTE:SOLANGE NAZARE DE SOUZA OLIVEIRA Representante(s): OAB 5643 - JOSE
FERREIRA DAS NEVES (ADVOGADO) INVENTARIADO:SEBASTIAO VALERIO DE SOUZA
INVENTARIADO:NATALINA FERREIRA DE SOUZA. PROCESSO Nº 0021606-97.2017.8.14.0301
DESPACHO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE INVENTÃRIO em cujo bojo a
inventariante requereu a autorização para venda do bem imóvel sito no MunicÃ-pio de Bragança/PA
pelo risco de invasão e perecimento.      Em que pese a decisão de suspensão acostada à fls.
151, há de se reconhecer que o pedido de fls. 152 demanda imediata apreciação do JuÃ-zo, uma vez
que visa a resguardar direito do inventário.      Contudo, analisando cuidadosamente os autos,
verificou-se que, até o momento, não constam os documentos legais de propriedade dos bens
imóveis, os quais, frise-se, são os únicos bens inventariados.      Desta sorte, a ausência de
documentos relativos a propriedade demandaria, de plano, o indeferimento do inventário e a extinção
da ação, visto que eventuais direitos meramente possessórios são insuscetÃ-veis de transmissão
causa mortis. Â Â Â Â Â Pontue-se que os documentos de fls. 14/17 e 18/22 NÃO se prestam a prova da
propriedade sobre os bens, mas apenas de posse, direito este que não demanda abertura de inventário
e nem tampouco depende de autorização do juÃ-zo sucessório para disposição de qualquer
natureza.      Isto posto, em que pese este JuÃ-zo especializado não se reconheça como
competente para processar e julgar o feito - uma vez que inexiste interesse de órfão menor, interdito ou
ausente -, no escopo de viabilizar a apreciação do pedido de fls. 152, de caráter urgente, INTIME-SE a
inventariante para que, no prazo de 15 (quinze) dias, apresente o tÃ-tulo de propriedade dos bens imóveis
inventariados, na forma do art. 108 c/c art. 1.245 do Código Civil, devidamente registrado no Livro nº 02
do Cartório de Registro de Imóveis competente, conforme art. 176 da Lei 6.015/73, sob as penas legais.
Vencido o prazo assinalado, certifique-se o ocorrido e retornem os autos conclusos. Â Â Â Â Â Int., Dil.,
Cumpra-se.      Belém/PA, 13 de agosto de 2021.       VALDEISE MARIA REIS BASTOS
     JuÃ-za Titular da 3ª VCE da Capital      HM  Parte inferior do formulário Parte
superior do formulário Parte inferior do formulário PROCESSO: 00223659420028140301 PROCESSO
ANTIGO: 200210264406 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS
BASTOS A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REU:BANCO BRADESCO S A
Representante(s): OAB 9297 - DIRCEU RIKER FRANCO (ADVOGADO) OAB 11291 - CAMILE SILVA
FERREIRA OLIVIA (ADVOGADO) OAB 13372 - ALINE DE FATIMA MARTINS DA COSTA (ADVOGADO)
OAB 18843 - KARLA THAMIRIS NORONHA TOMAZ (ADVOGADO) OAB 16753 - ELENICE DOS
PRAZERES SILVA (ADVOGADO) AUTOR:ALMEIDA GOMES E CIA LTDA Representante(s): OAB 14045
- JOAO LUIS BRASIL BATISTA ROLIM DE CASTRO (ADVOGADO) . DECISÃO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â
  CHAMO A ORDEM: Cadastre-se a presente decisão como SENTENÃA, tão somente para fins de
regularização processual no sistema LIBRA, não havendo o que se falar em eventual recontagem de
prazo recursal, tendo em vista que já satisfeita a obrigação, conforme decisão fundamentada
proferida por este JuÃ-zo.            No mais, inobstante não tenha havido a concessão de
efeito suspensivo ao agravo de instrumento interposto, constata-se que a parte adversa não formulou
qualquer pedido nos autos no tocante à execução do item 14 da decisão de fl. 394/394v, desta forma,
não havendo qualquer providência judicial pendente de decisão por este JuÃ-zo, DETERMINO O
IMEDIATO ARQUIVAMENTO do feito, observadas as cautelas de praxe e adotadas as diligências
cabÃ-veis, especialmente a respectiva baixa no sistema LIBRA. Â Â Â Â Â Int., dil. e cumpra-se. Â Â Â Â Â
Belém/PA, 17 de agosto de 2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de
Direito Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO: 00227850820138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS
A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:NADIA CAROLINA CRUZ DE
ALBUQUERQUE Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB
15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO) REU:AYMORE CREDITO FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTO SA. PROCESSO Nº 0022785-08.2013.8.14.0301 SENTENÃA         Â
VISTOS ETC. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Cuidam os autos de AÃÃO REVISIONAL ajuizada por NADIA
CAROLINA CRUZ ALBUQUERQUE em face de AYMORÃ FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO, todos
1009
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

qualificados nos autos, na qual a parte autora descumpriu injustificadamente à determinação de


emenda à exordial (fls. 45), nos termos do art. 321 do CPC, deixando de apresentar documentos
essenciais à propositura da ação, mesmo diante da advertência de indeferimento da exordial,
atravessando petição somente 06 (seis) anos após o ajuizamento da ação, o que não se presta a
sanar a falta apontada.          à o relatório. PASSO A DECIDIR.          Nos
termos do art. 321 do CPC, quando a petição inicial não preencher os requisitos legais insertos nos
art. 319 e 320 no mesmo Código, será oportunizado ao autor a realização de emenda para sanar a
falta, a qual, não cumprida, importará em indeferimento da peça pórtica (§1º).         Â
No mesmo sentido, o art. 320 do CPC dispõe que a petição inicial será instruÃ-da com os
documentos indispensáveis a propositura da ação.          NO CASO DOS AUTOS,
através do despacho de fls. 45, o JuÃ-zo oportunizou a emenda a essencial para que o autor trouxesse
aos autos tanto o contrato no qual se funda o direito perseguido, quanto a contrafé para fins de
viabilização da citação, documentos esses essenciais a propositura da ação revisional, o que, a
despeito das advertências, não foi atendido pela parte autora, que deixou correr in albis o prazo que lhe
fora conferido, conforme certificado às fls. 46, abandonando o feito por 06 (seis) anos sem qualquer
impulso processual eficaz.          Dito isso, impõe-se reconhecer a preclusão do ato
processual de emenda decorrente da desÃ-dia da parte requerente, insuscetÃ-vel de convalescimento, nos
termos do art. 183 do CPC/72, vigente à época, de forma que os atos praticados às fls. 51 não se
prestam a sanar as faltas.          Nesta linha de intelecção, já operada a preclusão
quanto a emenda, faz-se imperioso a revogação do despacho de fls. 47, o indeferimento da peça
pórtica e a extinção do feito.          A inércia da parte diante dos deveres e ônus
processuais, acarretando a paralisação do processo, faz presumir desistência da pretensão à tutela
jurisdicional. Equivale ao desaparecimento do interesse de agir, condição para o regular exercÃ-cio do
direito de ação.          à cediço que a imensa demanda que avança sobre os tribunais
pátrios supera, em muito, o capital humano disponÃ-vel. Diante de tal cenário, é imperioso reconhecer-
se que o comportamento patentemente desidioso do autor causa nefastos defeitos danosos para além
da esfera patrimonial, atingindo direitos transindividuais da sociedade como um todo, notadamente pela
perpetuação de ações que superlotam o Poder Judiciário, impedindo que seja entregue uma
prestação jurisdicional eficiente àqueles que dela realmente necessitam.          Olvidou o
autor que o princÃ-pio da cooperação não se impõe somente ao Judiciário, mas a todos os
operadores do direito.          ANTE O EXPOSTO, pelos fatos e fundamentos ao norte
alinhavados e por tudo mais que dos autos consta, REVOGO o despacho de fls. 47 e, com esteio no
parágrafo único do art. 321 do CPC (art. 284, CPC/73), INDEFIRO A PETIÃÃO INICIA.
Consequentemente, JULGO EXTINTO O PROCESSO, sem resolução de mérito, com fundamento no
artigo 485, I, do Código de Processo Civil.          Condeno a parte autora ao pagamento das
custas judiciais, ficando a exigibilidade em condição suspensiva de exigibilidade devido aos benefÃ-cios
da justiça gratuita que DEFIRO nesta oportunidade, em vista dos documentos que instruem a exordial,
nos termos do art. 98 e ss do CPC.          Sem honorários advocatÃ-cios ante a ausência de
triangularização da lide.          P.R.I.C. Após o trânsito em julgado, estando o feito
devidamente certificado e observadas as cautelas de praxe, ARQUIVEM-SE os autos, dando-se a
respectiva baixa no sistema processual pertinente. Belém/PA., 12 de agosto de 2021.     Â
VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital     Â
HM PROCESSO: 00237025620158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 17/08/2021 REQUERENTE:BANCO SANTANDER BRASIL SA
Representante(s): OAB 22654-A - WILLIAM CARMONA MAYA (ADVOGADO) OAB 23837 - LORENA
CEREJA BRABO (ADVOGADO) REQUERIDO:SEMASA INDUSTRIA COMERCIO E EXPORTAÇÃO DE
MADEIRAS LTDA REQUERIDO:JOAO CARLOS MALINSKI. PROC. 0023702-56.2015.8.14.0301
DESPACHO Â Vistos etc. 1Â Â Â Â Â - CERTIFIQUE-SE a UPJ, acerca do cumprimento integral do
despacho de fls. 90.   02 - Após, voltem os autos CONCLUSOS, Cumpra-se.       Belém/PA,
17 de Agosto de 2021. Â Â Â Â Â VALDEISE MARIA REIS BASTOS Â Â Â Â Â JuÃ-za de Direito Titular da
3ª VCE da Capital J.E.T.E.                                     Â
                       Página de 1 Fórum de: BELÃM  Email:
1upjcivelbelem@tjpa.jus.br   Endereço: Praça Felipe Patroni, s/n - 1º andar - FÃRUM CÃVEL DE
BELÃM CEP: 66.015-260  Bairro: Cidade Velha  Fone: (91)3205-2233 PROCESSO:
00244563220148140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Despejo em: 17/08/2021 REQUERENTE:ESPÓLIO DE ADAUTO
RIBEIRO SOARES E MARIA EROTILDES SOARES REPRESENTANTE:MARIA DA GRAÇA SOARES DA
1010
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

COSTA Representante(s): OAB 3163 - LUIZ FERNANDO GUARACIO DA LUZ (ADVOGADO) OAB 20084
- TIAGO MEGALE DE LIMA (ADVOGADO) REQUERIDO:JAIRO DE SOUSA Representante(s): OAB
21950 - SHIRLANE DE SOUZA SARAIVA (ADVOGADO) . PROCESSO N° 0024456-32.2014.8.14.0301
     SENTENÃA.      VISTOS.      Tratam os presentes autos de AÃÃO DE
DESPEJO, proposta por Espólio de Adauto Ribeiro Soares e Maria Erotildes Soares em face de Jairo de
Sousa, todos devidamente qualificados nos autos da ação em epÃ-grafe.      Devidamente
citados/intimados, as partes compareceram na audiência de conciliação, na qual restou frutÃ-fera, com
o acordo celebrado nos termos acostados à s fls. 37/37v, objetivando pôr fim a presente demanda.   Â
  Ãs fls. 38/65, o requerido peticiona requerendo a juntada dos recibos de pagamentos efetuados,
cumprindo o item 5 do acordo celebrado em audiência.      Instada a se manifestar quanto ao
despacho de fl. 66, qual seja a petição e documentos apresentados pele réu, os requerentes
esclareceram que não tem interesse em discutir os presentes autos e requer HOMOLOGAÃÃO DE
ACORDO, vide fls. 67/68. Â Â Â Â Â Nada mais sendo requerido, os autos vieram conclusos para
julgamento.      à o breve relatório. DECIDO.       Indefiro pedido de expedição de
alvará à fl. 68, tendo em vista que o processo mencionado (0844667-17.2018.8.14.0301) encontra-se
arquivado, tendo inclusive sido expedido os respectivos alvarás judiciais, conforme pesquisa realizada por
este juÃ-zo junto ao PJe.      Analisando os autos, verifica-se que à s fls. 37/37v as partes
celebraram acordo extrajudicial com o objetivo encerrar à presente ação.      Considerando que
o acordo firmado entre as partes se encontra em consonância com as exigências legais, deve ser
homologado, impondo-se extinção do processo, a teor do que dispõe o Código Processual Civil.  Â
   O artigo 200, caput, do Código de Processo Civil determina: Os atos das partes consistentes em
declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição,
modificação ou extinção de direitos processuais.      Posto isso, HOMOLOGO POR
SENTENÃA o presente acordo, para que produza seus efeitos jurÃ-dicos e legais entre as partes
subscritoras, em tudo observadas as cautelas da lei e, consequentemente, EXTINGO O PRESENTE
PROCESSO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento no artigo 487, inciso III, alÃ-nea ¿b¿,
do CPC/2015. Â Â Â Â Â DEVERÃO SER OBSERVADAS AS CONDIÃÃES ESTIPULADAS NO ACORDO,
NO TOCANTE AS CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. Â Â Â Â Â Em contrapartida, havendo
transação e nada tendo as partes disposto quanto às despesas, estas serão divididas igualmente
(art. 90, §2º do CPC), salientando-se que, se a transação ocorrer antes da sentença, as partes
ficam dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver. (art. 90, §3º do
CPC).      Por fim, atente-se que sendo a parte beneficiária da justiça gratuita, as obrigações
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade, nos termos do
art. 98, §3º do CPC.      Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.      Após,
transitado em julgado, estando o feito devidamente certificado e observadas as cautelas de praxe,
ARQUIVE-SE, dando-se a respectiva baixa no sistema LIBRA.      Belém-Pará, 17 de agosto de
2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara CÃ-vel
e Empresarial da Capital      DAL PROCESSO: 00254790820178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Embargos
em: 17/08/2021 EMBARGANTE:THIAGO PEREIRA DOS SANTONS Representante(s): OAB 22022 - ANA
CAROLINE CHAVES OLEARI (ADVOGADO) OAB 24395 - DEBORA DO NASCIMENTO PAIER
(ADVOGADO) EMBARGADO:VERA MARCIA DE LIMA E SILVA Representante(s): OAB 12038 - CARIMI
HABER CEZARINO (ADVOGADO) OAB 18888 - CELYCE DE CARVALHO CARNEIRO (ADVOGADO)
OAB 23205 - TONI SOLANGE BERNARDES DOS SANTOS TEOFILO (ADVOGADO)
EMBARGADO:EDIELSON CAMBRAIA DOS SANTOS Representante(s): OAB 12038 - CARIMI HABER
CEZARINO (ADVOGADO) OAB 18888 - CELYCE DE CARVALHO CARNEIRO (ADVOGADO) OAB 23205
- TONI SOLANGE BERNARDES DOS SANTOS TEOFILO (ADVOGADO) EMBARGADO:CONDOMINIO
COSTA FORTUNA Representante(s): OAB 24941 - BARBARA MOREIRA DIAS BRABO (ADVOGADO)
OAB 25098 - CLEA SOUZA DA CUNHA (ADVOGADO) EMBARGADO:ANCORA INCORPORADORA
LTDA ME Representante(s): OAB 21095 - CINTHIA DANTAS VALENTE (ADVOGADO)
EMBARGADO:KÁTIA REGINA MARAVILHA DA SILVA Representante(s): OAB 24941 - BARBARA
MOREIRA DIAS BRABO (ADVOGADO) OAB 25098 - CLEA SOUZA DA CUNHA (ADVOGADO) .
PROCESSO Nº 0025479-08.2017.8.14.0301 DESPACHO VISTOS, ETC. 1. INTIME-SE as partes para
que especifiquem as partes as provas que pretendem produzir, bem como, os pontos controversos para
saneador, no prazo de 05 (cinco) dias, justificando, desde logo, o pedido formulado. 2. Não sendo
requerida a produção de outras provas além das já constante nos autos, nos termos do art. 355, I do
CPC, ANUNCIO O JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO. 3. Considerando o disposto na Lei nº.
8.328/2015, especialmente o art. 271 que determina a necessidade de recolhimento prévio das custas,
1011
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

para fins de prolação de sentença de mérito, REMETAM-SE OS AUTOS à UNAJ, para cálculo de
custas finais, devendo, em seguida, ser intimada a parte embargante para fins de recolhimento em 15
(quinze) dias, SOB PENA DE EXTINÃÃO DO FEITO, salvo se militar sob o pálio da justiça gratuita, o
que deverá ser certificado. 4. Não havendo impugnação e transcorridos os prazos, certifique-se o
ocorrido e retornem os autos conclusos para SENTENÃA. Int. dil. e cumpra-se. Belém/PA, 12 de agosto
de 2021. VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital HM 1 Art. 27.
No momento da prolação da sentença ou do acórdão as custas processuais devem estar
devidamente quitadas, sob pena de responsabilidade do(s) magistrado(s), salvo os casos de assistência
judiciária gratuita ou isenções legais. PROCESSO: 00266689420128140301 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária em: 17/08/2021 AUTOR:BANCO BRADESCO SA Representante(s):
OAB 24872-A - JOSE LIDIO ALVES DOS SANTOS (ADVOGADO) OAB 24871-A - ROBERTA BEATRIZ
DO NASCIMENTO (ADVOGADO) REU:WESCLEY SENA DE SOUZA. PROCESSO Nº0026668-
94.2012.8.14.0301      SENTENÃA      Vistos.                     Â
Os presentes autos versam sobre Ação de Busca e Apreensão de VeÃ-culo convertida em Ação de
Execução por Quantia Certa ajuizada por BANCO BRADESCO S/A em face de WESCLEY SENA DE
SOUZA.      à fl. 27, foi exarada certidão por oficial de justiça atestando a não localização
da parte demandada. Â Â Â Â Â Ã fl. 44, a parte autora requereu o arquivamento dos autos e a
suspensão do andamento do feito.      à fl. 52, foi prolatada decisão indeferindo o pleito de
suspensão dos autos. à ocasião, restou determinado igualmente a intimação pessoal da parte
requerente para a mesma indicasse novo endereço do réu, sob pena de extinção.      à fls.
53/54, a parte autora requereu novamente a suspensão do feito com fulcro no art. 921, inciso III do CPC
     à sÃ-ntese do necessário. DECIDO.      De inÃ-cio é oportuno pontuar, que cabe Ã
parte autora a promoção do andamento do processo, fornecendo meios para que possa ser feita aÂ
citação do réu, sob pena de extinção por ausência de pressupostos de constituição e
de desenvolvimento válido e regular do processo.      Não se pode limitar este juÃ-zo a aguardar
movimentação da parte ad aeternun , visto que, diante da falta de citação (apesar de
oportunizado a parte autora o fornecimento de endereço válido e correto), fica configurada a
ausência de pressuposto de constituição de desenvolvimento válido e regular do processo,
ensejando sua extinção sem resolução do mérito, hipótese que independe de prévia
intimação pessoal do autor.      Ressalta-se que a intimação pessoal da parte autora, é
necessária nas hipóteses de abandono ou quando o (a) autor (a) não promove os atos que lhe
compete, nos exatos termos do § 1º, do art. 485, do CPC, não aplicando-se ao caso de ausência
de endereço válido para citação.      Nesse sentido: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO DE
BUSCA E APREENSÃO -EXTINÃÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÃÃO DE MÃRITO - FALTA DE
INDICAÃÃO DO ENDEREÃO ATUALIZADO PARA VIABILIZAR A CITAÃÃO VÃLIDA DO RÃU -
SITUAÃÃO CARACTERIZADORA DE AUSÃNCIA DE PRESSUPOSTO DE CONSTITUIÃÃO DE
DESENVOLVIMENTO VÃLIDO E REGULAR DO PROCESSO - DESNECESSIDADE DE INTIMAÃÃO
PESSOAL DO AUTOR - HIPÃTESE EM QUE SE MOSTRA SUFICIENTE A INTIMAÃÃO DO ADVOGADO
PARA INDICAÃÃO DO ENDEREÃO DO RÃU - SÃMULA 170 DO TJPE - SENTENÃA MANTIDA -
RECURSO QUE SE NEGA PROVIMENTO à UNANIMIDADE. 1. Súmula 170 do TJPE: A falta de
citação do réu, pela não indicação de endereço correto após a intimação, configura
ausência de pressuposto de constituição de desenvolvimento válido e regular do processo,
ensejando sua extinção sem resolução do mérito, hipótese que independe de prévia
intimação pessoal do autor, bastando a intimação do seu advogado, nos termos do art. 485, IV do
CPC, de 2015.2. Sentença mantida. Recurso que se nega provimento à unanimidade. (TJ-PE - AC:
4980925 PE, Relator: Agenor Ferreira de Lima Filho, Data de Julgamento: 30/10/2019, 5ª Câmara
CÃ-vel, Data de Publicação: 11/11/2019) (grifos apostos).      Desse modo, a citação, como
ato processual de comunicação indispensável à formação do contraditório, enquadra-se no
conceito de pressuposto processual, devendo ser promovida pelo autor, conforme o artigo 240, § 2º,
do Código de Processo Civil.      Pelo exposto, declaro extinto o processo sem resolução de
mérito, nos termos do art. 485, IV, do CPC, por ausência de pressupostos de constituição e
de desenvolvimento válido e regular do processo, consubstanciada na falta citação.      Â
Eventuais custas e despesas processuais, pela parte autora.       P.R.I.C. Após, transitado em
julgado, estando o feito devidamente certificado e observadas as cautelas de praxe, ARQUIVE-SE, dando-
se a respectiva baixa no sistema LIBRA.       Belém/PA, 13 de Agosto de 2021.     Â
VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za Auxiliar da Capital      SS PROCESSO:
00271635020068140301 PROCESSO ANTIGO: 200610794932
1012
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Tutela e


Curatela - Nomeação em: 17/08/2021 AUTOR:JORGE LUIZ BASTOS DE OLIVEIRA Representante(s):
REGINA MARIA DE SOUZA BRAGA (ADVOGADO) INTERDITANDO:JORGE DARIO BASTOS DE
OLIVEIRA. Processo: 0027163-50.2006.8.14.0301 Vistos      I - Ante o aumento expressivo do
acervo processual desta Vara, indefiro o desarquivamento dos presentes autos, bem como o
desentranhamento dos documentos que os acompanham. Porém autorizo ao patrono do autor a obter
carga rápida dos autos, a fim de que possa tirar fotos e/ou cópia do presente processo. II - Após,
determino a remessa ao arquivo dos presentes autos. Cumpra-se. Belém/PA, 16 de Agosto de 2021.  Â
  VALDEISE MARIA REIS BASTOS     JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial
da Capital J.E.T.E. PROCESSO: 00272690320128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:VANESSA DE ASSUNCAO CAMPOS
Representante(s): OAB 13443 - BRENDA FERNANDES BARRA (ADVOGADO) OAB 24797 - EDUARDO
MARCELO AIRES VIANA (ADVOGADO) REU:BANCO BV FINANCEIRA Representante(s): OAB 13846-A
- CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES (ADVOGADO) OAB 28178-A - GUILHERME DA COSTA
FERREIRA PIGNANELI (ADVOGADO) . Processo nº0027269-03.2012.8.14.0301         Â
SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Vistos e etc... Â Â Â Â Â Â Â Â Â Os presentes autos versam sobre AÃÃO
REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO C/C TUTELA ANTECIPADA ajuizada por VANESSA
DE ASSUNÃÃO CAMPOS em face de BANCO BV FINANCEIRA S/A. Â Â Â Â Â Â Â Â Â A parte autora
alega que contraiu contrato de financiamento de veÃ-culo e acusou a presença de cláusulas abusivas
referentes à capitalização mensal dos juros cobrados pela instituição bancária, bem como alegou a
onerosidade excessiva do empréstimo firmado. Em suma, apontou a abusividade das seguintes
cláusulas: a) taxas de juros superiores a 12%; b) comissão de permanência; c) cobrança de juros
sobre juros; d) taxa de emissão de boletos; e) taxa de abertura de crédito. Juntou documentação. Â
        Foi concedida a justiça gratuita à parte autora à fls. 49 dos autos. Na ocasião, foi
indeferida a tutela antecipada requerida.          Em sede de contestação (fls. 59/76), o
banco demandado pugnou pela legalidade das cláusulas contratualmente estipuladas e pela total
improcedência da demanda.          Houve apresentação de réplica às fls. 59/96, na
qual a parte autora ratificou os termos da petitória inicial.          Ãs fls. 136, restou
determinado em audiência o julgamento antecipado da lide.          Nada mais sendo
requerido, os autos vieram conclusos para sentença.          à sÃ-ntese do necessário.
DECIDO.          Nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil/2015, é
cabÃ-vel o julgamento antecipado da lide, pois a controvérsia em debate comporta julgamento
independentemente da produção de outras provas, porquanto suficientes para a solução da lide a
prova documental já produzida.          No mérito, o pedido é improcedente.      Â
   à fato que a parte autora contratou financiamento e utilizou o crédito (dinheiro) fornecido pela
instituição financeira requerida a fim de adquirir veÃ-culo (que foi dado em garantia de pagamento),
sendo de conhecimento geral que o tomador de empréstimo bancário se submete a encargos (que
variam de acordo com a instituição financeira e a natureza do empréstimo).         Â
Importante consignar que conquanto estejamos diante de contrato por adesão e ser aplicável aqui a lei
consumerista, há de se convir também que não está afastada pura e simplesmente a incidência de
princÃ-pios que norteiam a teoria geral dos contratos, com destaque para aquele segundo o qual o contrato
faz lei entre as partes (desde que o pactuado não se mostre ilegal ou abusivo).          A
parte autora não se inclui no rol das pessoas de parcos conhecimentos, tem capacidade econômica
para contratar financiamento. Também não se pode perder de vista que foi a parte autora quem
procurou e optou por captar dinheiro por esta via para adquirir veÃ-culo automotor, não sendo
minimamente verossÃ-mil que não tivesse razoável compreensão do contrato que firmava e das
consequências decorrentes da mora, tudo contratualmente pactuado.          Indubitável,
assim, que a adesão ao contrato pela parte autora se deu de forma esclarecida, livre e consciente, não
se cogitando acerca de qualquer desrespeito ao princÃ-pio da boa-fé contratual, ou infringência a
qualquer outro princÃ-pio aplicável à matéria, não se evidenciando, sob esse aspecto, inobservância
aos pressupostos traçados no Livro III da Parte Geral do Código Civil, determinantes da validade do ato
jurÃ-dico. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Importante ressaltar, ainda, por relevante, que as parcelas foram contratadas
em valores fixos, não podendo a parte demandante alegar em seu favor a teoria da imprevisão, o
desequilÃ-brio contratual ou onerosidade excessiva.          à cediço que a Lei de Usura não
se aplica às instituições financeiras. Ademais, é reiterada a orientação do STJ no sentido de que
as instituições financeiras têm liberdade de pactuar taxas de juros acima do limite legal, independente
de autorização do CMN (art. 4º, IX, da Lei nº 4.595/64), não havendo a aplicação do limite de
1013
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

12% ao ano estabelecido na Lei de Usura (Decreto nº 22.626/33), incidindo, ainda, a Súmula nº
596/STF.          Oportuno frisar que o STJ, em 22/10/2008, definiu a questão legal sub
examine, ao julgar o REsp nº 1.061.530/RS, de Relatoria da Ministra Nancy Andrigui, apelo processado
pela sistemática prevista no artigo 543- C, do CPC/ 73, correspondente ao 1.036 do CPC/15, sendo
firmada a seguinte orientação: [...]. ORIENTAÃÃO 1 - JUROS REMUNERATÃRIOS: As instituições
financeiras não se sujeitam à limitação dos juros remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto
22.626/33), Súmula 596/STF; A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si
só, não indica abusividade; São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo
bancário as disposições do art. 591 c/c o art. 406 do CC/02; à admitida a revisão das taxas de juros
remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e que a
abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada - art. 51, § 1º, do CDC) fique
cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades do julgamento em concreto [...]¿ (2ª Seção, j.
22/10/2008, DJe de 10/03/2009). (grifos apostos) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesta linha intelectiva, o STJ decidiu
que os juros remuneratórios pactuados acima de 12% ao ano não representam, por si só, abusividade
(súmula 382). Logo, a abusividade da taxa de juros remuneratórios requer comprovação nos autos,
encargo processual que deve recair sobre o autor. Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso presente, verifica-se que
foram previstas taxas de juros mensal de 1,44% a.m. e de 18,72 ao ano (fl. 104), não restando
demonstrada abusividade capaz de colocar o autor em desvantagem exagerada e não se desincumbindo
o mesmo de seu ônus probatório (artigo 373, inciso I, do CPC).          Impende observar
que a taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central, para cada tipo especÃ-fico de contrato, é
apenas um referencial a ser considerado, e não um limite a ser observado de forma obrigatória pelos
bancos.          Ademais, as taxas contratadas estão expressas e podem ser visualizadas no
referido contrato (fl. 104), não podendo o autor alegar desconhecimento dos valores contratados.
Também não há nenhum vÃ-cio de consentimento hábil a ensejar nulidade.          Não
se pode olvidar que a Emenda Constitucional nº 40, publicada já no longÃ-nquo ano de 2003, revogou o
§ 3º do artigo 192, aniquilando a antiga discussão sobre o limite constitucional de juros, já superada
pela Súmula Vinculante nº 7 do STF.          Não obstante, é permitida a
capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano em contratos BANCÃRIOS celebrados após
31 de março de 2000, data da publicação da MP 1.963-17/2000 (atual MP 2.170-36/2001), desde que
expressamente pactuada. (súmula 539 STJ).          E, finalmente, é usual no mercado de
financiamentos a discussão da taxa de juros no perÃ-odo das tratativas do negócio, inclusive, sendo
possÃ-vel a comparação com outros agentes financeiros.          Também não há a
pretendida ilegalidade na capitalização mensal de juros remuneratórios (e aqui se trata disso, pois o
banco capta dinheiro no mercado para a autora comprar o seu carro, e pode cobrar por isto). Â Â Â Â Â Â
   O STJ já decidiu pela possibilidade de capitalização mensal de juros em contratos firmados por
instituição financeira após 31/03/2000, haja vista a permissão legal (AgRg no REsp 655858 - 3ªT,
18/11/2004).          Não por menos, pode-se afirmar que o valor da prestação calculado
pelo sistema Price não implica necessariamente em capitalização de juros, uma vez que o valor do
juro mensal é calculado sempre sobre o saldo devedor anterior. Nesse sistema, os juros incorridos no
mês são liquidados mensalmente, não se apropriam ao saldo devedor, daÃ- decorrendo a
impossibilidade técnica de caracterização do anatocismo, ainda que, na concepção da
sistemática, seja aplicado o conceito de juros compostos. Considerando que as parcelas são pagas
mensalmente, não é correto afirmar-se que exista parcela de juros embutidos no saldo devedor, o que
afasta, por completo, a figura do anatocismo. Nesse sentido, já se decidiu: ¿(...) Convém ressaltar que
a tabela price é método de amortização de financiamento nos contratos de mútuo e sua simples
utilização para a apuração do cálculo das parcelas do financiamento não denota a existência de
anatocismo. De acordo com o aludido sistema de amortização, o valor das prestações é
invariável, mas sua composição pode ser diferenciada no decorrer dos pagamentos, pois pode haver,
inicialmente, amortização maior dos juros em relação ao saldo devedor. Assim, não pode ser
declarada a nulidade da cláusula contratual que o aludido método de amortização, salvo nas
hipóteses em que houver distorções em sua aplicação, que devem ser devidamente comprovadas
pela parte interessada. No entanto, essa abusividade não foi demonstrada no caso concreto em exame.
Acórdão 1198413, 07177224120178070001, Relator: ALVARO CIARLINI, 3ª Turma CÃ-vel, data de
julgamento: 4/9/2019, publicado no DJE: 12/9/2019. ¿ (grifos apostos)          No que tange
ainda ao tema, é imperioso observar igualmente o Tema 572, o qual possui a seguinte redação - "A
análise acerca da legalidade da utilização da Tabela Price - mesmo que em abstrato - passa,
necessariamente, pela constatação da eventual capitalização de juros (ou incidência de juros
compostos, juros sobre juros ou anatocismo), que é questão de fato e não de direito, motivo pelo qual
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

não cabe ao Superior Tribunal de Justiça tal apreciação, em razão dos óbices contidos nas
Súmulas 5 e 7 do STJ¿.          Por conseguinte, a abusividade do emprego da tabela
PRICE, conforme a tese acima fixada, depende da análise no caso em concreto dos juros compostos
aplicados, e não se faz presumir a sua abusividade pela simples utilização do método. Assim, o
cálculo contábil apresentado pela parte autora não implica o reconhecimento da abusividade
automática do método PRICE (fl. 26).          Por sua vez, a taxa de juros cobrada não é
maior que a apontada no Custo Efetivo Total Anual no contrato. O Custo Efetivo Total (CET) corresponde
a todos os encargos e despesas incidentes nas operações de crédito e de arrendamento mercantil
financeiro, e deve ser expresso na forma de taxa percentual anual, incluindo todos os encargos e
despesas das operações. Isto é, o CET engloba não apenas a taxa de juros, mas também tarifas,
tributos, seguros e outras despesas cobradas do cliente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Tal custo foi regulado pelo
BANCO CENTRAL DO BRASIL pela Resolução nº 3.517, de 6.12.2007, alterada pela Resolução
n.º 003909 de 30/09/10 que dispuseram que as Instituições financeiras e sociedades de
arrendamento mercantil deveriam informar o CET previamente à contratação e, no caso em tela, a
parte autora na data da contratação, ficou ciente dos fluxos considerados no cálculo do CET.    Â
     Já nos termos do REsp 1.251.331-RS, a partir da vigência da Resolução CMN 3.518/2007,
em 30.4.2008, não mais tem respaldo legal a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e
da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou outra denominação para o mesmo fato gerador.     Â
    Porém, permanece válida a Tarifa de Cadastro expressamente tipificada em ato normativo
padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento
entre o consumidor e a instituição financeira, que é o caso dos autos.          O mesmo
recurso de repercussão geral (REsp 1.251.331-RS) igualmente estabeleceu ser lÃ-cito aos contratantes
convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito (IOF) por meio
financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos contratuais.     Â
    Com o intuito de proteger seu patrimônio, não há abusividade na previsão de vencimento
antecipado da avença quando as hipóteses estão previstas em contrato.          Tampouco
comprovou-se qualquer cobrança bancária na emissão de boleto.          Contudo, da
análise dos autos, consoante se verifica do contrato juntado aos às fls. 104, VERIFICA-SE QUE EXISTE
COBRANÃA DE COMISSÃO DE PERMANÃNCIA DE 12% CUMULADA COM MULTA DE MORA NO
IMPORTE DE 2%.          Em relação à cobrança da comissão de permanência, sabe-
se que o encargo é permitido, desde que não haja cobrança cumulada com outros encargos,
especialmente juros moratórios, multa e correção monetária, conforme o entendimento contido na
Súmula 30 do STJ: ¿A comissão de permanência e a correção monetária são inacumuláveis".
         A composição do valor da comissão de permanência também foi objeto da
Súmula 472 do STJ que enuncia: " A cobrança de comissão de permanência - cujo valor não pode
ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato - exclui a
exigibilidade dos juros remuneratórios, moratórios e da multa contratual. "          Conclui-se,
portanto, que é permitida a cobrança de comissão de permanência no perÃ-odo de inadimplência,
desde que não esteja cumulada com outros encargos moratórios, porém, seu valor está limitado Ã
soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato. Neste quesito, o pleito autoral é
PROCEDENTE, devendo ser excluÃ-da a cobrança da comissão de permanência do contrato firmado.
         Por fim, a parte requerente alegou, ainda, que, diante da irregularidade de encargos
aplicados no perÃ-odo de normalidade do contrato, não se encontra em mora, pedindo a exclusão de
todos os encargos do perÃ-odo de inadimplemento. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ora, como
exposto anteriormente, restou incontroverso que o débito não foi pago em sua integralidade, dessa
forma, evidente a mora da contratante, não havendo que se falar em exclusão de quaisquer encargos
incidentes sobre a inadimplência.          Ademais, conforme o julgamento do Recurso
Especial nº 1.639.320/SP afetado para repetitivo, Tema 972 do STJ, fixou-se a seguinte tese: ¿a
abusividade de encargos acessórios do contrato não descaracteriza a mora.¿          Ante
o exposto, com fulcro no art. 487, I, do CPC, JULGOÂ PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido
formulado na inicial, devendo a parte requerida RECALCULAR o saldo devedor objeto da presente
demanda, EXCLUINDO-SE A COBRANÃA DA COMISSÃO DE PERMANÃNCIA NO PERÃODO DE
MORA, COBRANDO APENAS OS JUROS MORATÃRIOS DE 1% AO MÃS E MULTA CONTRATUAL DE
2%. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Tendo a parte requerida decaÃ-do em parte mÃ-nima, condeno a parte autora a
arcar com as custas e despesas processuais e honorários do patrono do réu, que fixo em 10% do valor
atualizado da causa, com a exequibilidade suspensa apenas em caso de gratuidade de justiça,
eventualmente, já deferida nos autos.          Havendo apelação, intime-se o apelado para
apresentar, caso queira, contrarrazões, no prazo legal. Após, certifique-se e encaminhem-se os autos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ao E. Tribunal de Justiça do Estado do para Pará para os devidos fins.          Na hipótese


de trânsito em julgado, ARQUIVE-SE.          Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.     Â
    Belém, 17 de Agosto de 2021.        VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS       Â
JuÃ-za de Direito da 3ª VCE da Capital SS PROCESSO: 00298672720128140301 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Busca
e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 17/08/2021 REU:NADIA CAROLINA CRUZ DE
ALBUQUERQUE Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB
15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO) REQUERENTE:FIDC FUNDO DE INVESTIMENTO
EM DIREITOS CREDITORIOS Representante(s): OAB 43885 - GUSTAVO RODRIGUES GOES
NICOLADELLI (ADVOGADO) OAB 23024 - RODRIGO FRASSETO GOES (ADVOGADO) . PROCESSO
N. 0029867-27.2012.8.14.0301 DECISÃO VISTOS. 1. DESAPENSE-SE estes autos dos de nº 0022785-
08.2013.8.14.0301, ante a ausência de conexão entre os feitos, conforme exegese que se extrai do
enunciado de súmula nº 380 do STJ, de tudo certificando. 2. INDEFIRO o pedido de fls. 99 haja vista
que a petição de fls. 76 faz referência à ¿proposta de acordo¿, não podendo ser tida como
pedido de desistência. 3. Verifica-se do compulso dos autos que o feito tramita por tempo
demasiadamente extenso sem que tenha sido possÃ-vel realizar a apreensão do(s) veÃ-culo(s) que, frise-
se, encontra(m)-se em circulação por mais de uma década. Em que pese seja a razoável duração
do processo premissa e princÃ-pio basilar do direito processual, é comezinho que a imensa demanda que
avança sobre os tribunais pátrios supera, em muito, os recursos humanos disponÃ-veis, sendo dever
não só do Estado, mas especialmente da parte interessada, em face desse cenário, movimentar e
impulsionar o processo no qual persegue seu direito. Logo, considerando que o(s) bem(ns) móvel(is) em
litÃ-gio é(são) perecÃ-vel(is) e que, pelo significativo lapso temporal transcorrido, seja mais do que
provável que tenha(m) entrado em estado de perda, impende concluir que o prosseguimento da ação
de busca e apreensão poderá não ter efetividade no que tange a pretensão almejada pelo autor, na
medida em que, provavelmente, não será possÃ-vel a consolidação da propriedade e posse plena em
seu patrimônio vez que, para tanto, faz-se imperiosa a prévia apreensão do veÃ-culo, o que não
ocorreu (art. 3º, §1º do DL nº 911/69). 4. Portanto, em face da possibilidade de perda superveniente
do objeto da demanda ou do risco de prescrição da pretensão autoral, INTIME-SE o autor para que,
no prazo de 05 (cinco) dias, apresente manifestação completa e satisfativa do que entender de direito
para o correto e útil prosseguimento do feito, sob pena de extinção, devendo abordar os seguintes
pontos: a) Interesse na Conversão da Busca e Apreensão em Ação Executiva, caso em que deverá
apresentar tÃ-tulo executivo em via original, caso não o tenha feito e endereço atualizado do executado;
b) Atualização dos débitos nos percentuais legais e/ou contratuais estipulados; c) Renovação da
medida de apreensão do veÃ-culo, caso entenda que o mesmo ainda esteja em posse do requerido
indicando desde já atualização do endereço do mesmo para deferir o pleito e realizar a
citação/intimação; d) Desistência da Ação ou apresentação de Acordo Extrajudicial para
homologação; e) Outros pedidos que entender de direito e que não se enquadre em manifestação
meramente vazia e abstrata. Int. Dil. Cumpra-se. Belém/PA, 12 de agosto de 2021. VALDEÃSE MARIA
REIS BASTOS JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital HM PROCESSO: 00309622920118140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS
BASTOS A??o: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 17/08/2021 REU:SIDENEZ MONTEIRO
DE MOURA SILVA AUTOR:FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS NAO
PADRONIZADOS NPL I Representante(s): OAB 20953-A - RODRIGO FRASSETTO GOES (ADVOGADO)
OAB 20951-A - GUSTAVO RODRIGO GOES NICOLADELLI (ADVOGADO) OAB 18728-A - CRISTIANE
BELLINATI GARCIA LOPES (ADVOGADO) OAB 168016 - DANIEL NUNES ROMERO (ADVOGADO)
OAB 232751 - ARIOSMAR NERIS (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0030962-29.2011.8.14.0301
SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â VISTOS Â Â Â Â Â Â Â Â Â Versam os autos sobre BUSCA E
APREENSÃO interposta por AYMORÃ CRÃDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A, sucedida
pela cessionária FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITO CREDITÃRIO NÃO PADRONIZADOS NPL1
em face de MARCIO DIAS DA COSTA, baseada em Contrato Financiamento, em cujo bojo o autor, após
10 (dez) anos de processamento do feito, não providenciou a citação da parte ré, abandonando o
feito desde 2014 (fls. 41) sem impulso eficaz para saneamento da triangularização, a despeito da
intimação para tanto (fls. 41).          à o relatório. PASSO A DECIDIR.         Â
JULGO O FEITO NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRA, NOS TERMOS DO ART. 355 DO NCPC. Â Â Â
      Trata-se de ação que, injustificadamente, encontra-se ainda em fase inicial, sem a devida
triangularização e instalação do contraditório POR CULPA ÃNICA E EXCLUSIVA DA PARTE
AUTORA, permanecendo desde 2014 sem qualquer impulso do autor tendente a promover a citação do
réu.          Frise-se que incumbe ao autor viabilizar a citação da parte ré,
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impulsionando o feito neste propósito (CPC, art. 240, §2º), o que não ocorreu no presente caso visto
que, uma vez infrutÃ-fera a diligência, o autor abandonou o feito à própria sorte, desde 2014, ignorando o
chamado exarado ás fls. 41 e deixando de apresentar qualquer novo endereço para citação até o
momento.          Urge pontuar que a petição de fls. 42, protocolizada após 02 (dois) anos
de paralização completa do processo, não se prestou as sanar as faltas e a viabilizar a citação,
perpetuando a desÃ-dia já demonstrada desde 2014. Ademais, nenhuma das manifestações
posteriores do autor visou à sanear o feito, provocando a tramitação por uma década de feito
integralmente inócuo.          Gravosa é a total desÃ-dia do autor quanto a adoção das
diligências pertinentes, provocando a paralisação do processo por tempo muito superior ao razoável,
perÃ-odo no qual não adotou qualquer postura positiva para formação integral da lide, em clara
demonstração de desinteresse em impulsionar o feito após a frustração na localização do bem.Â
         O que se reconhece, portanto, é que, devendo a parte adotar providência
necessária, esta deixou de fazê-lo, ensejando a ocorrência da prescrição da pretensão, uma vez
que, após 10 (dez) anos de trâmite processual, a citação não foi realizada, impedindo a
interrupção do prazo prescricional, conforme art. 219, §4º do CPC/73 (art. 240, §2º, CPC/15),
POR CULPA ÃNICA E ESCLUSIVA DO AUTOR.          Nesta linha de intelecção, pela
norma inserta nos arts. 202 e 203 do Código Civil Brasileiro, a ausência de citação do executado no
processo impõe a NÃO INTERRUPÃÃO DA PRESCRIÃÃO.          No mesmo sentido, o
§4º do art. 219 do CPC/73, vigente à época do ajuizamento da ação (correspondente a norma do
art. 240, §2º, do NCPC), dispõe que a prescrição não será interrompida quando não efetuada a
citação por falta imputável ao autor, a quem pertine viabilizá-la, como é o caso sob exame.    Â
     Portanto, considerando-se como prazo prescricional aplicável ao caso aquele previsto no art.
206, §5º, I do CC/02, a saber de 05 (cinco) anos, conforme jurisprudência do STJ (AgInt no AREsp
1766711 / RO), tem-se que incontestavelmente se operou a PRESCRIÃÃO DA PRETENSÃO EXORDIAL
pela não interrupção do prazo prescricional ante a ausência de citação por culpa exclusiva do
autor. Â Â Â Â Â Â Â Â Â ANTE O EXPOSTO, pelos fatos e fundamentos ao norte alinhavados e por tudo
mais que dos autos consta, DECLARO A PRESCRIÿO DA PRETENSÃO EXORDIAL e, em
consequência, DECRETO EXTINTO O PROCESSO, com resolução do mérito, nos termos do art.
487, II do CPC.          CUSTAS PELO AUTOR.          Deixo de condenar
qualquer das partes ao pagamento de honorários advocatÃ-cios, tendo em vista tratar-se de matéria
reconhecida de ofÃ-cio por este JuÃ-zo e pela não triangularização da lide.          P. R. I.
Certificado o trânsito em julgado, observadas as cautelas de praxe, ARQUIVEM-SE, dando-se a
respectiva baixa no sistema LIBRA. Belém/PA, 13 de Agosto de 2021. VALDEISE MARIA REIS BASTOS
JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital HM PROCESSO: 00362421020138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS
A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REQUERENTE:KATUCHA THAINARA MORAES
VELASCO Representante(s): OAB 17802-A - SHERLANNE RAQUEL COSTA CAMPOS (ADVOGADO)
OAB 19479 - SUELEN KARINE CABECA BAKER (ADVOGADO) REQUERIDO:KEYLA AMORIM SILVA
Representante(s): DEFENSOR PUBLICO (DEFENSOR) . p.0036242-10.2013.8.14.0301. SENTENÃA Â Â
       VISTOS.      Trata-se de AÿO DE INDENIZAÿO POR DANOS MORAIS
ajuizada por KATUCHA THAINARA MORAES VELASCO em face de KEYLA AMORIM SILVA. Â Â Â Â Â
Aduz a parte autora que a requerida teria lhe perseguido com ligaç¿es, acusando-a sem causa de ter
um caso extraconjugal com seu marido. Sustenta que tal situaç¿o vexatória teria culminado com um
episódio em que a requerida teria agredido verbalmente e fisicamente em local público.       Por
fim, requereu indenizaç¿o extrapatrimonial em raz¿o das agress¿es sofridas pela requerida.    Â
  Em sede de contestaç¿o (fls. 34/42), a parte demandada pugnou pela total improcedência da lide,
alegando que os fatos teriam sido distorcidos pela parte requerente, e que o referido incidente n¿o teria
passado de mera agress¿o verbal recÃ-proca trocada entre as partes.       à fl. 69, foi registrada
a audiência de instruç¿o e julgamento, na qual a parte demandada apresentou testemunhas, as quais
foram devidamente ouvidas. à ocasi¿o, a prova testemunhal apresentada pela parte autora foi
considerada preclusa. Â Â Â Â Â Â Nada mais sendo requerido, os autos vieram conclusos para
julgamento.      à a sÃ-ntese do necessário. DECIDO.       O cerne da quest¿o centra-se
na ocorrência de agress¿es fÃ-sicas e verbais praticadas pela requerida em desfavor da parte autora, as
quais seriam passÃ-veis de indenizaç¿o na esfera extrapatrimonial.       Pois bem.     Â
Conforme consta nos autos, a parte autora imputa a prática de ato ilÃ-cito à parte ré, consistente em
ofensas verbais, insultos e agress¿es fÃ-sicas, o que teria lhe causado danos morais passÃ-veis de serem
indenizados. Logo, o fato em tela deve ser examinado a partir do artigo 186 do Código Civil, segundo o
qual: Art. 186. Aquele que, por aç¿o ou omiss¿o voluntária, negligência ou imprudência, violar
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direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilÃ-cito. Â Â Â Â Â Â O
dispositivo trata da chamada responsabilidade aquiliana e situa-se dentro da órbita da responsabilidade
civil, fundada na culpa, isto é, para que haja o dever de indenizar é necessária a existência do dano,
do nexo de causalidade entre o fato e o dano e a culpa do agente. Â Â Â Â Â Com efeito, importa verificar
no caso em exame se houve violaç¿o de dever legal por parte da requerida, consistente em ato positivo
que tenha causado um dano à parte autora, nos termos do artigo 927 do Código Civil: ¿Art. 927. Aquele
que, por ato ilÃ-cito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.¿      Â
Sobre o tema da responsabilidade civil em virtude da prática de ofensas (fÃ-sicas ou verbais), existe a
necessidade de comprovaç¿o da conduta ilÃ-cita.      Desta forma, para que obtenha a tutela
jurÃ-dica em aç¿o indenizatória, ao autor imp¿e-se carrear aos autos elementos que comprovassem
os pressupostos caracterizadores da responsabilidade civil subjetiva: aç¿o/omiss¿o do agente, a
culpa, o nexo causal e o resultado danoso. Â Â Â Â Â Aplicam-se, pois, as regras do artigo 373, I, do
Código de Processo Civil: Art. 373. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de
seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do
autor.      Contudo, a parte autora, no caso dos autos n¿o logrou êxito em comprovar ter sofrido
os danos morais aludidos na exordial, em decorrência de conduta atribuÃ-vel à demandada.      No
caso, a petiç¿o inicial da aç¿o de indenizaç¿o promovida pela autora foi deficientemente
instruÃ-da, destituÃ-da de documentos que pudessem, ao menos inicialmente, demonstrar a conduta lesiva
imputada à parte demandada e da qual teriam advindos os supostos danos morais mencionados. Juntou
boletim de ocorrência, termo circunstanciado e supostas mensagens trocadas pelo ¿whatssap¿
contudo são consideradas provas unilaterais, sem que tenham sido confirmadas por outro meio de
provas.      De outro lado, na prova produzida em audiência, foram ouvidas somente as
testemunhas apresentadas pela parte demandada, as quais corroboraram com o alegado em
contestação.      Por conseguinte, não se pode precisar qual conduta eclodiu o conflito havido
entre as partes, permeado por ofensas verbais, insultos e agressões fÃ-sicas, ao que tudo indica
recÃ-procas, considerando que as testemunhas da requerida asseveraram existência de animosidade. Â
    Neste passo, o conjunto probatório acostado aos autos induz à conclusão de que houve troca
de agressões verbais e fÃ-sicas recÃ-procas, não podendo identificar-se de quem teria partido a conduta
lesiva responsável por instaurar a beligerância deflagrada entre as partes litigantes.      Logo,
não havendo prova que esclareça os fatos narrados é improcedente o pedido.      Neste
sentido, colaciona-se a seguinte jurisprudência: APELAÿO CÃVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL.
DANOS MORAIS. PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA. OFENSAS VERBAIS
E AGRESS¿ES FÃSICAS RECÃPROCAS VERBAIS. AUSÃNCIA DE COMPROVAÿO. ÃNUS DA
PROVA. ART. 333, I, DO CPC. FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DO AUTOR N¿O COMPROVADO.
IMPROCEDÃNCIA DO PEDIDO DE INDENIZAÿO. RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA
APELAÿO CÃVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA (...) -O
dever de reparar o dano advindo da prática de ato ilÃ-cito, tratando-se de aç¿o baseada na
responsabilidade civil subjetiva, regrada pelo artigo 927 do Código Civil, exige o exame da quest¿o com
base nos pressupostos da matéria, quais sejam, a aç¿o/omiss¿o, a culpa, o nexo causal e o
resultado danoso. Para que obtenha êxito na sua aç¿o indenizatória, ao autor imp¿e-se juntar aos
autos elementos que comprovem a presença de tais elementos caracterizadores da responsabilidade
civil subjetiva.- ÃNUS DA PROVA DO AUTOR - FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO -N¿o tendo o autor
logrado êxito em desincumbir-se do encargo de comprovar o fato constitutivo do seu direito alegado na
inicial, deixa de atender ao imposto pelo art. 333, I, do CPC, restando imperativa a improcedência do
pedido formulado em aç¿o de indenizaç¿o por danos morais. Caso em que as ofensas verbais e
fÃ-sicas supostamente proferidas pelo demandado contra o autor n¿o foram esclarecidas pela prova dos
autos, que na verdade demonstrou estado de beligerância entre os litigantes, permeado por agress¿es
recÃ-procas, sem precisar quem teria iniciado a animosidade ocorrida.APELO DESPROVIDO. (TJ-RS - AC:
70042283044 RS, Relator: Leonel Pires Ohlweiler, Data de Julgamento: 10/08/2011, Nona Câmara
CÃ-vel, Data de Publicaç¿o: 15/08/2011) (grifos apostos).      Ante o exposto, com fulcro no art.
487, I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial, porquanto a parte autora não
comprovou o fato constitutivo do direito alegado. Â Â Â Â Â CONDENO A PARTE AUTORA AO
PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS, estes fixados em 10% sobre o valor da
causa, com fulcro no art. 85, §2º, do CPC/2015, os quais, entretanto, encontram-se com a exigibilidade
suspensa, nos termos do art. 98, § 3º do CPC.      P.R.I.C. Após o trânsito em julgado,
estando o feito devidamente certificado, ARQUIVEM-SE, observadas as cautelas de praxe, dando-se a
respectiva baixa no sistema LIBRA. Belém/PA, 16 de agosto de 2021,. VALDEÃSE MARIA REIS
BASTOS JuÃ-za Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital SS                Â
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

                                            Página de
6 Fórum de: BELÃM  Email: 1upjcivelbelem@tjpa.jus.br   Endereço: Praça Felipe Patroni, s/n
- 1º andar - FÃRUM CÃVEL DE BELÃM CEP: 66.015-260  Bairro: Cidade Velha  Fone: (91)3205-
2233 PROCESSO: 00365310620088140301 PROCESSO ANTIGO: 200811019494
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Cumprimento de sentença em: 17/08/2021 AUTOR:SONIA MARIA DA CONCEICAO Representante(s):
OAB 6894 - JOAO SOUSA DE BRITO (ADVOGADO) REU:CELPA CENTRAIS ELETRICAS DO PARA SA
Representante(s): OAB 12436 - ANDREZA NAZARE CORREA RIBEIRO (ADVOGADO) OAB 4670 - LUIS
OTAVIO LOBO PAIVA RODRIGUES (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0036531-06.2008.8.14.0301   Â
  DECISÃO      VISTOS, ETC.      Considerando a decisão proferida por este JuÃ-zo à fl.
147/148, tendo sido constatada a existência de erro material na referida decisão, ONDE SE LÃ:    Â
 Noutro sentido, EXPEÃA-SE, desde logo, ALVARà EM FAVOR DA PARTE EXECUTADA, quanto aos
valores depositados em JuÃ-zo, referente à parcela incontroversa da execução, recolhidas as custas
eventualmente pendentes de pagamento. Â Â Â Â Â Â LEIA-SE: Â Â Â Â Â Noutro sentido, EXPEÃA-SE,
desde logo, ALVARÃ EM FAVOR DA PARTE EXEQUENTE, quanto aos valores depositados em JuÃ-zo,
referente à parcela incontroversa da execução, recolhidas as custas eventualmente pendentes de
pagamento.       Mantido os demais termos da decisão.       Belém/PA, 17 de agosto
de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za Titular da 3ª VCE da Capital  Â
   RP PROCESSO: 00372173220138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Cumprimento de sentença em: 17/08/2021 AUTOR:JAIR ALVES NEVES Representante(s): OAB 18004 -
HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO)
REU:B V FINANCEIRA S A CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Representante(s): OAB
28178-A - GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI (ADVOGADO) . DECISÃO Â Â Â Â Â A parte
demandante requereu a produção de prova pericial com o intuito de aferir a validade da cobrança do
contrato bancário.      Analiso.       A questão a ser decidida é meramente de direito,
não havendo a necessidade da produção de outras provas além das já existentes nos autos, pelo
que passo a julgar a lide, na forma do artigo 330, inciso I, do Código de Processo Civil.      Â
Cuida-se de mais um processo com pretensão de limitação de juros e alegação de anatocismo,
sob o fundamento de que o contrato de financiamento de veÃ-culo celebrado com o réu não observa
preceitos legais e possui cláusulas abusivas.       Desta forma, considerando-se que se cuida de
contrato de financiamento com valores de parcelas fixas e pré-determinadas, resta despicienda a
produção da prova pericial requerida pelo autor em sua réplica, sendo a matéria unicamente de
direito. Nesse sentido, a jurisprudência pátria tem decidido: APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO REVISIONAL.
CONTRATO BANCÃRIO. FINANCIAMENTO DE VEÃCULO AUTOMOTOR. DESNECESSIDADE DE
PERÃCIA CONTÃBIL. AUSÃNCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÃRIA EXCLUSIVAMENTE DE
DIREITO. CAPITALIZAÃÃO DE JUROS EM CONTRATOS BANCÃRIOS. PACTUAÃÃO EXPRESSA.
POSSIBILIDADE. PERMANÃNCIA DA MORA CONTRATUAL DO DEVEDOR. RECURSO APELATÃRIO
CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. A situação apresentada no processo diz respeito à matéria
preponderantemente de direito, pois o que está em questão são cláusulas contratuais que, regra
geral, têm a elucidação de sua legalidade pela subsunção do seu teor às normas vigentes.
Portanto, não há que se falar em cerceamento do direito de defesa e nem em consequente nulidade da
Sentença. 2. A legislação consumerista confere ao julgador a prerrogativa de intervir no contrato
celebrado com o objetivo de restabelecer o equilÃ-brio das prestações entre as partes, em atenção Ã
proteção e à vulnerabilidade do consumidor. 3. Considerando o instrumento acostado aos autos do
juÃ-zo ordinário, é imprescindÃ-vel salientar que a celebração do contrato foi realizada após a MP
nº 2.170-36/2001, que consagrou a possibilidade de cobrança de juros capitalizados em periodicidade
inferior a um ano, ou seja, o anatocismo neste contrato poderia ser cobrado. Isto posto, para comprovar a
validação da cobrança, há a descrição expressa da taxa mensal de 2,33% (dois vÃ-rgula trinta e
três por cento) e da taxa anual de 31,79% (trinta e um vÃ-rgula setenta e nove por cento). 4. Ausente
abusividade dos encargos no perÃ-odo de normalidade contratual, continua caracterizada a mora do
autor/apelante. 5. Recurso de Apelação conhecido e desprovido. ACÃRDÃO Vistos, relatados e
discutidos estes autos, acorda a 3ª Câmara Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do
Ceará, em conhecer e negar provimento ao Recurso de Apelação do autor, mantida a Sentença
vergastada, tudo nos termos do voto condutor da Relatora. DESEMBARGADORA MARIA VILAUBA
FAUSTO LOPES Relatora (TJ-CE - AC: 01501225320188060001 CE 0150122-53.2018.8.06.0001,
Relator: MARIA VILAUBA FAUSTO LOPES, Data de Julgamento: 02/12/2020, 3ª Câmara Direito
Privado, Data de Publicação: 02/12/2020) (grifos apostos) APELAÃÃO CÃVEL. EMBARGOS Ã
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EXECUÃÃO. CÃDULA DE CRÃDITO BANCÃRIO. OBSERVÃNCIA DOS REQUISITOS DO ART. 514 DO


CPC/73. CONTRATOS ANTERIORES FIRMADOS PELAS PARTES. JUNTADA. DESNECESSIDADE.
PERÃCIA CONTÃBIL. IMPRESCINDIBILIDADE. MATÃRIA DE DIREITO. CERCEAMENTO DE DEFESA.
INEXISTÃNCIA. CÃDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. APLICAÃÃO. JUROS REMUNERATÃRIOS.
LIMITAÃÃO A 12% AO ANO. IMPOSSIBILIDADE. CAPITALIZAÃÃO MENSAL DE JUROS OU
ANATOCISMO. POSSIBILIDADE. - Verificado que há pedido especÃ-fico de reforma do entendimento
exarado pelo magistrado singular, não configura, assim, ofensa ao inciso II do art. 514, do CPC/73. -
Torna-se dispensável a apresentação pelo Banco dos contratos anteriores firmados pelas partes,
quando o tÃ-tulo executivo extrajudicial que ensejou a execução em face dos embargantes possui
certeza, liquidez e exigibilidade. - Não há que se falar em cerceamento de defesa por ausência de
perÃ-cia contábil se existem elementos de prova suficientes para que se tire uma conclusão segura
acerca da controvérsia. - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável as instituições
financeiras. Inteligência da Súmula 297, do Superior Tribunal de Justiça. - A estipulação de juros
remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade, sendo admitida a revisão
das taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação
de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada - art. 51,
§ 1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante as peculiaridades do julgamento em concreto (REsp
1061530/RS, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Segunda Seção, julgado em 22/10/2008, DJe de
10/03/2009). - Nos termos do artigo 28, § 1º, inciso I, da Lei n. 10.931/2004, a capitalização de juros
é permitida na cédula de crédito bancário. - O Superior Tribunal de Justiça, por meio do
julgamento do REsp nº 973.827/RS, consolidou tese de pacificação jurisprudencia l, no sentido de que
"é permitida a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano em contratos celebrados
após 31.03.2000, data da publicação da Medida Provisória n. 1.963-17/2000 (em vigor como MP
2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada." - A previsão no contrato bancário de taxa de
juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva
anual contratada. (TJ-MG - AC: 10084140023346001 MG, Relator: Antônio Sérvulo, Data de
Julgamento: 27/10/2016, Câmaras CÃ-veis / 17ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 08/11/2016)
(grifos apostos)       Nesta toada, não configura cerceamento de defesa o julgamento antecipado
da lide, devidamente fundamentado, quando a questão é essencialmente de direito, cuja apreciação
pode ser pautada apenas na análise dos documentos acostados à petição inicial, sobretudo quando
consta dos autos a cópia do contrato objeto da lide (fls. 50/52), sendo este suficiente para a análise da
matéria controvertida.       Ante o exposto, INDEFIRO a produção da prova pericial por
entender que a mesma se mostra desnecessária, nos termos do art. 370, parágrafo único do CPC.  Â
   Por conseguinte, determino o julgamento antecipado da lide, na forma do art. 355, I, do CPC/2015.
     Após o decurso do prazo recursal, CERTIFIQUE-SE e retornem os autos conclusos para
julgamento.      Publique-se. Cumpra-se. Belém, 12 de Agosto de 2021. VALDEÃSE MARIA REIS
BASTOS JuÃ-za de Direito da 3ª VCE da Capital SS PROCESSO: 00375577320138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS
A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REQUERENTE:BRADESCO SEGUROS SA
Representante(s): OAB 19639-A - JOAO ALVES BARBOSA FILHO (ADVOGADO)
REQUERIDO:CENTRAIS ELETRICAS DO PARA SA CELPA Representante(s): OAB 18329 - JIMMY
SOUZA DO CARMO (ADVOGADO) . DECISÃO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â 1. Estando o feito em
ordem e tratando-se de matéria de direito que prescinde da produção de outras provas, ANUNCIO O
JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO, nos termos do art. 355, I do CPC. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 2.
Desde logo, considerando o disposto na Lei nº. 8.328/2015, especialmente o art. 27 que determina a
necessidade de recolhimento prévio das custas, para fins de prolação de sentença de mérito,
REMETAM-SE OS AUTOS à UNAJ, para cálculo de custas finais, devendo, em seguida, ser intimada a
parte para fins de recolhimento, sob pena de imediata extinção do processo, com fulcro no art. 485, IV
do CPC.      INT. DIL. E CUMPRA-SE. Após, decorrido o prazo e estando o feito devidamente
certificado, RETORNEM conclusos para SENTENÃA. Belém/PA, 17 de agosto de 2021.     Â
VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito resp. 3ª VCE da Capital      RP
PROCESSO: 00414261720108140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Agravo de
Instrumento em: 17/08/2021 AUTOR:DIMITRI PANTOJA TAVARES Representante(s): OAB 5637 -
FERNANDO AUGUSTO SIQUEIRA BASTOS (ADVOGADO) OAB 13429 - MICHELLE DE OLIVEIRA
BASTOS (ADVOGADO) REU:HELIO DE BARROS FAVACHO ALVES Representante(s): OAB 6556 -
FRANCISCO ANTONIO DOS SANTOS MOYA (ADVOGADO) OAB 2203 - MANOEL JOSE MONTEIRO
SIQUEIRA (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0041426-17.2010.8.14.0301 DECISÃO INTERLOCUTÃRIA
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     VISTOS.      Ab initio, deve ser primeiramente enfatizado que assumi esta Vara em
21/09/2020 com mais de DOIS MIL PROCESSOS FÃSICOS (LIBRA), conclusos desde 2016 (DOIS MIL E
DEZESSEIS), ou seja, cerca de 04 (quatro) anos em Gabinete, além dos processos eletrônicos do PJE.
     Exalce-se que os processos fÃ-sicos tem sido prioridade desta Magistrada, especialmente pela
ordem cronológica, portanto, em sendo demandas de urgência, devem os advogados requererem
atendimento no JuÃ-zo e informar o número do processo para análise, posto que ficam aguardando a
ordem cronológica ou PRIORIDADES LEGAIS, onde este processo não se encontra enquadrado.   Â
  Ademais, em que pese o feito tenha sido ajuizamento sob a égide do CPC, desde a entrada em
vigor do CPC/15 suas determinações serão observadas para a resolução da lide, por força da
regra de transição inserta em seu art. 1.046 (Teoria do Isolamento dos Atos Processuais), respeitados
os atos processuais já praticados sob a e vigência da norma revogada.      DA NULIDADE DA
PERÃCIA.      Esclarecido tal ponto, passo a apreciação da impugnação ao laudo pericial
apresentado pela parte requerida (fls. 290/293).      Sustentou o réu que a perÃ-cia realizada pelo
expert do JuÃ-zo é nula por: a) ofensa ao contraditório e ampla defesa, ante a ausência de
intimação do réu acerca da data, local e hora de realização da perÃ-cia; b) equÃ-vocos e
contradições do laudo.      NO QUE SE REFERE A AUSÃNCIA DE INTIMAÃÃO DO RÃU
acerca da data, hora e local de realização do exame pericial, calcada no art. 474 do NCPC, entendo
que a impugnação não merece acolhida.      Na forma do art. 188 do CPC, os atos processuais
serão considerados válidos ainda que cumpridos sem a estrita observação de forma determinada em
lei, desde que preenchida a finalidade essencial. Desta feita, vigora em matéria processual cÃ-vel o
princÃ-pio ¿pas de nullité sans grief¿, pelo qual o reconhecimento da nulidade estará adstrito a
demonstração do prejuÃ-zo.      A intimação estimulada pela norma inserta no art. 474 do
CPC dirige-se, em verdade, ao profissional indicado pelas partes para atuar como assistente técnico, de
forma a possibilitar seu comparecimento, contudo, o réu optou pela NÃO indicação deste expert, uma
vez que deixou correr in albis o prazo que lhe foi ofertado em audiência (fls. 247/248).     Â
Ademais, ainda que houvesse indicação de assistente, o que não ocorreu, entende a jurisprudência
do STJ que a ausência da intimação prevista no art. 474 do CPC não se trata de nulidade absoluta,
devendo a parte demonstrar a existência de prejuÃ-zo.      Portanto, considerando que o réu
sequer indicou assistente técnico, resta evidente a não demonstração do prejuÃ-zo à sua defesa
apenas por não ter sido intimado acerca da perÃ-cia, notadamente porque esta foi realizada por perito de
confiança do JuÃ-zo, cuja atuação, nesta condição, está amparada pela fé pública e pela
presunção de boa-fé, o que é reforçado pelo documento de fls. 274, pelo qual o perito informa nos
autos a data, local e hora em que seria realizada a perÃ-cia, com meses de antecedência (fls. 274).   Â
  Neste sentido, vejamos: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
CUMPRIMENTO DE SENTENÃA. HOMOLOGAÃÃO DO RESULTADO DA PERÃCIA JUDICIAL. AGRAVO
DE INSTRUMENTO. AUSÃNCIA DE INTIMAÃÃO PARA ACOMPANHAMENTO DAS DILIGÃNCIAS.
PREJUÃZO NÃO DEMONSTRADO. DECISÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. O Tribunal de
origem observou que, embora intimadas, as partes não indicaram assistentes técnicos ou mesmo
formularam quesitos e, quanto à ausência de comunicação às partes da data e local para
produção da prova, não se demonstrou prejuÃ-zo concreto ocasionado pela falta de acompanhamento
das diligências. 2. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a inobservância da
intimação referida no art. 431-A do CPC/73 (atual art. 474 do NCPC) não ocasiona nulidade absoluta,
devendo a parte demonstrar a existência de prejuÃ-zo, o que não ocorreu no caso dos autos, em que a
perÃ-cia estava destinada apenas à apuração de valores locatÃ-cios e de venda de imóvel. 3. As
alegações relacionadas ao equÃ-voco nas conclusões apresentadas pelo perito judicial, quanto ao
valor final de locação ou de venda, relativamente à inadequação da "tipologia" e "caracterÃ-sticas"
dos imóveis objeto da perÃ-cia, demandariam incursão na seara fático-probatória dos autos, o que é
vedado em sede de recurso especial, nos termos da Súmula 7 do STJ. 4. Agravo interno não provido.
(AgInt no AREsp 1274421/SC, Rel. Ministro LÃZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO
DO TRF 5ª REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em 05/06/2018, DJe 12/06/2018)      Desta feita,
há de admitir que o réu não se desincumbiu do ônus de demonstrar qual o prejuÃ-zo sofrido por não
ter comparecido pessoalmente à perÃ-cia, limitando-se apenas a arguir que a simples ausência de
intimação tornaria anula perÃ-cia, sem, contudo, esclarecer concretamente como sua defesa teria sido
prejudicada, razão pela qual REJEITO a impugnação da perÃ-cia neste ponto.      NO QUE
TANGE AOS EQUÃVOCOS E CONTRADIÃÃES do laudo pericial alegados pelo réu, entendo que os
argumentos exarados não se prestam a provocar a nulidade do laudo, mas, na verdade, a veicular a
irresignação do réu com o resultado que entende lhe ser desfavorável.      Isto posto,
considerando que o laudo apresentado pelo perito do JuÃ-zo está em estreita consonância com os
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documentos carreados aos autos, não se vislumbra a contradição e os equÃ-vocos apontados, razão
pela qual rejeito a impugnação ao laudo pericial.      DA PRODUÃÃO DAS PROVAS ORAIS. Â
    Em vista da decisão de fls. 147/148 (parte final), DESIGNO audiência de Instrução e
Julgamento para o dia 10 DE NOVEMBRO DE 2021, ÃS 09H30MIN, ocasião em que, finda a
instrução, as partes deverão apresentar alegações finais orais, na forma do art. 364 do CPC,
permanecendo o processo concluso para SENTENÃA. Â Â Â Â Â INTIMEM-SE as partes para que
compareçam à audiência na data e hora designada, acompanhadas de seus advogados, sob as penas
legais, ADVERTIDO-LHES que a intimação das suas testemunhas incumbe aos advogados e deverá
ser realizada nos termos do art. 455 c/c §1º do CPC, independentemente de intimação do JuÃ-zo,
salvo se exarar o compromisso de leva-las à audiência sem intimação, na forma do §2º, caso em
que ficará dispensado de comprovar o preenchimento dos requisitos do §1º, sob pena de desistência
tácita de sua inquirição.      INTIMEM-SE autor e réu pessoalmente para prestarem
depoimento pessoal na audiência designada, advertindo-lhes acerca da pena de confesso em caso de
ausência injustificada à audiência ou recusa ao depoimento, nos termos do art. 385, §1º do CPC.  Â
   INT., DIL. E CUMPRA-SE. SERVE A PRESENTE COMO MANDADO.      Belém/PA, 17 de
agosto de 2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª
VCE da Capital      HM PROCESSO: 00420648320088140301 PROCESSO ANTIGO:
200811136751 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS
A??o: Imissão na Posse em: 17/08/2021 REU:EVERTON NURAYED GUERREIRO Representante(s):
OAB 24703 - IRAN JORGE CAMPOS DE OLIVEIRA (ADVOGADO) AUTOR:MANOEL SOARES DE
ALMEIDA Representante(s): OAB 11099 - WILSON LINDBERGH SILVA (ADVOGADO) OAB 15871 -
MARINA DA CONCEICAO ALMEIDA SANTOS (ADVOGADO) LUANA DE BARROS AQUINO
ALCANTARA (ADVOGADO) JEFFERSON ALCANTARA VEIGA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) .
PROCESSO Nº 0042064-83.2008.8.14.0301      SENTENÃA      VISTOS.     Â
Trata-se de AÃÃO ORDINARIA DE OBRIGAÃÃO DE ENTREGA DE COISA COM PEDIDO DE
ANTECIPAÃÃO DOS EFEITOS DA TUTELA ESPECIFICA ajuizado por MANOEL SOARES DE ALMEIDA
em face de EVERTON NUAYED GUERREIRO.      Sustenta que é proprietário do imóvel
localizado à Rua Aristides Lobo, nº 114, antigo nº 56, tendo adquirido o imóvel registrado sob o nº
114-A, bairro Campina, através de contrato de compra e venda firmado com a sra Joana Moraes,
proprietária do bem. Pontua que quando tentou ingressar no imóvel, tomou conhecimento de que o
requerido residia no local, de modo que, ajuizou a presente ação para ingressar no bem, considerando
que a parte ré se recusa a sair do local. Requer antecipação de tutela e no mérito, a confirmação
de seus efeitos. Juntou documentos para comprovar o alegado. Â Â Â Â Â Deferida a tutela antecipada,
conforme decisão de fl. 34/37.      Contestação apresentada, acrescida de documentos,
questionando os fatos alegados pelo autor e sustentando a improcedência dos pedidos, pontuando ainda,
tratar-se de único bem de moradia familiar, razão pela qual, requer a improcedência dos pedidos.  Â
   Réplica apresentada à fl. 44/57 ratificando os termos da inicial e rechaçado os argumentos
trazidos em sede de contestação.      Realizada inclusive audiência de instrução e
julgamento, após, o que, oportunizado que as partes apresentassem memoriais, conforme se infere de
leitura dos autos, tendo sido, inclusive, efetuado o recolhimento das custas finais.      Após nova
decisão, o sr. Oficial de Justiça certificou que o imóvel estava desocupado, conforme certidão de fl.
338.      à o relatório. PASSO A DECIDIR.      A ação de imissão de posse é
proposta tão só pelo titular da propriedade que nunca teve posse do bem, não havendo confundir-se
com as ações possessórias baseadas no direito DE POSSE, posto, esta ação busca assegurar o
direito à POSSE adquirida por transmissão do bem imóvel.      NO CASO EM APREÃO, as
informações trazidas na certidão de lavra do sr. Oficial de Justiça, que indicam que o bem encontra-
se desocupado é motivo suficiente para o esvaziamento do pleito, de modo que, a ausência de uma
das condições da ação aponta para a carência de ação e, via de consequência, a extinção
do feito sem resolução do mérito.      Isto porque, restou incontroverso que a parte requerida
abandonou o imóvel, tornando possÃ-vel o ingresso do autor no imóvel de sua propriedade.     Â
Não obstante o atendimento ao apelo do autor ter ocorrido posteriormente ao ajuizamento da ação, tal
conduta é motivo suficiente para esvaziar o seu interesse no provimento judicial, ensejando a
consequente perda de objeto. Nesse liame, lecionam Luiz Rodrigues Wambier, Flávio Renato Correia de
Almeida e Eduardo Talamini, in verbis: `O interesse processual nasce, portanto, da necessidade da tutela
jurisdicional do Estado, invocado pelo meio adequado que determinará o resultado útil pretendido. Ã
importante esclarecer que a presença do direito processual não determina a procedência do pedido,
mas viabiliza a apreciação de mérito, permitindo que o resultado seja útil, tanto nesse sentido quanto
no sentido oposto, de improcedência. A utilidade do resultado se afere diante do tipo de providência
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requerida¿. (In, Curso Avançado de Processo Civil, Vol. I, 3ª ed., RT, p. 137).      Ainda sobre
isso, deve-se salientar que a perda de objeto é configurada por conta de uma decorrência logica: o fato
de o autor possuir a pretensão de retirar as pessoas que se encontravam ocupando o imóvel pleiteado,
medida que já foi efetivada, caracterizando, a PERDA DO OBJETO do presente feito.      ANTE O
EXPOSTO, pelos fatos e fundamentos ao norte alinhavados, e por tudo mais que dos autos consta,
considerando que não mais subsiste o interesse na tutela estatal, ante a imperiosa perda de objeto da
lide, DECLARO EXTINTO O PROCESSO, sem resolução de mérito, nos termos do art. 485, VI do
Código de Processo Civil/2015.      CONDENO A PARTE AUTORA AO PAGAMENTO DE
CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da
causa.      Havendo interposição de RECURSO DE APELAÃÃO, considerando o 485, §7º do
CPC, retornem os autos conclusos para apreciação.      Ficam as partes advertidas de que em
caso de não pagamento das custas processuais, no prazo de 15 (quinze) dias, o crédito delas
decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos demais encargos legais e será
encaminhado para inscrição em dÃ-vida ativa.      P.R.I.C. Após, transitado em julgado, estando
o feito devidamente certificado e observadas as cautelas de praxe, ARQUIVE-SE, dando-se a respectiva
baixa no sistema LIBRA.      Belém/PA, 17 de agosto de 2021.      VALDEÃSE MARIA
REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO:
00523614620138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:CARLOS
PINHEIRO DE ALMEIDA Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO)
OAB 15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 21459 - JOSE VINCENZO PROCOPIO
FILHO (ADVOGADO) REU:BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A Representante(s): OAB 9117-A
- FLAVIO GERALDO FERREIRA DA SILVA (ADVOGADO) . Processo nº0052361-46.2013.8.14.0301  Â
       SENTENÃA          Vistos e etc...          Os presentes autos
versam sobre AÃÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO C/C REPETIÃÃO DE
INDÃBITO ajuizada por CARLOS PINHEIRO DE ALMEIDA em face de BANCO BRADESCO
FINANCIAMENTOS S/A. Â Â Â Â Â Â Â Â Â A parte autora alega que contraiu contrato de financiamento
de veÃ-culo e acusou a presença de cláusulas abusivas referentes à capitalização mensal dos juros
cobrados pela instituição bancária, bem como alegou a onerosidade excessiva do empréstimo
firmado. Em suma, requereu a revisão integral do contrato a fim de afastar as cláusulas abusivas
impugnadas e alegou o adimplemento substancial do contrato. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juntou
documentação, bem como perÃ-cia particular contábil (fls. 22/34).          Foi concedida a
justiça gratuita à parte autora à fls. 35 dos autos. Na ocasião, foi indeferida a tutela antecipada
requerida.          Em sede de contestação (fls. 40/72), o banco demandado pugnou pela
legalidade das cláusulas contratualmente estipuladas e pela total improcedência da demanda.     Â
    Houve apresentação de réplica às fls. 112/117, na qual a parte autora ratificou os termos da
petitória inicial.          Ãs fls. 187, a partes requereram em audiência de conciliação o
julgamento antecipado da lide. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada mais sendo requerido, os autos vieram conclusos
para sentença.          à sÃ-ntese do necessário. DECIDO.          Nos termos
do artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil/2015, é cabÃ-vel o julgamento antecipado da lide,
pois a controvérsia em debate comporta julgamento independentemente da produção de outras
provas, porquanto suficientes para a solução da lide a prova documental já produzida.       Â
  No mérito, o pedido é improcedente.          à fato que a parte autora contratou
financiamento e utilizou o crédito (dinheiro) fornecido pela instituição financeira requerida a fim de
adquirir veÃ-culo (que foi dado em garantia de pagamento), sendo de conhecimento geral que o tomador
de empréstimo bancário se submete a encargos (que variam de acordo com a instituição financeira e
a natureza do empréstimo).          Importante consignar que conquanto estejamos diante de
contrato por adesão e ser aplicável aqui a lei consumerista, há de se convir também que não está
afastada pura e simplesmente a incidência de princÃ-pios que norteiam a teoria geral dos contratos, com
destaque para aquele segundo o qual o contrato faz lei entre as partes (desde que o pactuado não se
mostre ilegal ou abusivo).          A parte autora não se inclui no rol das pessoas de parcos
conhecimentos, tem capacidade econômica para contratar financiamento. Também não se pode
perder de vista que foi a parte autora quem procurou e optou por captar dinheiro por esta via para adquirir
veÃ-culo automotor, não sendo minimamente verossÃ-mil que não tivesse razoável compreensão do
contrato que firmava e das consequências decorrentes da mora, tudo contratualmente pactuado.    Â
     Indubitável, assim, que a adesão ao contrato pela parte autora se deu de forma esclarecida,
livre e consciente, não se cogitando acerca de qualquer desrespeito ao princÃ-pio da boa-fé contratual,
ou infringência a qualquer outro princÃ-pio aplicável à matéria, não se evidenciando, sob esse
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

aspecto, inobservância aos pressupostos traçados no Livro III da Parte Geral do Código Civil,
determinantes da validade do ato jurÃ-dico. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Importante ressaltar, ainda, por relevante,
que as parcelas foram contratadas em valores fixos, não podendo a parte demandante alegar em seu
favor a teoria da imprevisão, o desequilÃ-brio contratual ou onerosidade excessiva.          Ã
cediço que a Lei de Usura não se aplica às instituições financeiras. Ademais, é reiterada a
orientação do STJ no sentido de que as instituições financeiras têm liberdade de pactuar taxas de
juros acima do limite legal, independente de autorização do CMN (art. 4º, IX, da Lei nº 4.595/64),
não havendo a aplicação do limite de 12% ao ano estabelecido na Lei de Usura (Decreto nº
22.626/33), incidindo, ainda, a Súmula nº 596/STF.          Oportuno frisar que o STJ, em
22/10/2008, definiu a questão legal sub examine, ao julgar o REsp nº 1.061.530/RS, de Relatoria da
Ministra Nancy Andrigui, apelo processado pela sistemática prevista no artigo 543- C, do CPC/ 73,
correspondente ao 1.036 do CPC/15, sendo firmada a seguinte orientação: [...]. ORIENTAÃÃO 1 -
JUROS REMUNERATÃRIOS: As instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros
remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF; A estipulação de
juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade; São inaplicáveis
aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as disposições do art. 591 c/c o art. 406
do CC/02; à admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde
que caracterizada a relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em
desvantagem exagerada - art. 51, § 1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante à s
peculiaridades do julgamento em concreto [...]¿ (2ª Seção, j. 22/10/2008, DJe de 10/03/2009). (grifos
apostos)          Nesta linha intelectiva, o STJ decidiu que os juros remuneratórios pactuados
acima de 12% ao ano não representam, por si só, abusividade (súmula 382). Logo, a abusividade da
taxa de juros remuneratórios requer comprovação nos autos, encargo processual que deve recair
sobre o autor. Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso presente, verifica-se que foram previstas taxas de juros mensal
de 1,96% a.m. e de 26,26 ao ano(fl. 121), não restando demonstrada abusividade capaz de colocar o
autor em desvantagem exagerada e não se desincumbindo o mesmo de seu ônus probatório (artigo
373, inciso I, do CPC).          Impende observar que a taxa média de mercado divulgada
pelo Banco Central, para cada tipo especÃ-fico de contrato, é apenas um referencial a ser considerado, e
não um limite a ser observado de forma obrigatória pelos bancos.          Ademais, as taxas
contratadas estão expressas e podem ser visualizadas no referido contrato (fl. 121), não podendo o
autor alegar desconhecimento dos valores contratados. Também não há nenhum vÃ-cio de
consentimento hábil a ensejar nulidade.          Não se pode olvidar que a Emenda
Constitucional nº 40, publicada já no longÃ-nquo ano de 2003, revogou o § 3º do artigo 192,
aniquilando a antiga discussão sobre o limite constitucional de juros, já superada pela Súmula
Vinculante nº 7 do STF.          Não obstante, é permitida a capitalização de juros com
periodicidade inferior a um ano em contratos BANCÃRIOS celebrados após 31 de março de 2000, data
da publicação da MP 1.963-17/2000 (atual MP 2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada.
(súmula 539 STJ).          E, finalmente, é usual no mercado de financiamentos a
discussão da taxa de juros no perÃ-odo das tratativas do negócio, inclusive, sendo possÃ-vel a
comparação com outros agentes financeiros.          Também não há a pretendida
ilegalidade na capitalização mensal de juros remuneratórios (e aqui se trata disso, pois o banco capta
dinheiro no mercado para a autora comprar o seu carro, e pode cobrar por isto). Â Â Â Â Â Â Â Â Â O STJ
já decidiu pela possibilidade de capitalização mensal de juros em contratos firmados por instituição
financeira após 31/03/2000, haja vista a permissão legal (AgRg no REsp 655858 - 3ªT, 18/11/2004). Â
        Não por menos, pode-se afirmar que o valor da prestação calculado pelo sistema
Price não implica necessariamente em capitalização de juros, uma vez que o valor do juro mensal é
calculado sempre sobre o saldo devedor anterior. Nesse sistema, os juros incorridos no mês são
liquidados mensalmente, não se apropriam ao saldo devedor, daÃ- decorrendo a impossibilidade
técnica de caracterização do anatocismo, ainda que, na concepção da sistemática, seja aplicado
o conceito de juros compostos. Considerando que as parcelas são pagas mensalmente, não é correto
afirmar-se que exista parcela de juros embutidos no saldo devedor, o que afasta, por completo, a figura do
anatocismo. Nesse sentido, já se decidiu: ¿(...) Convém ressaltar que a tabela price é método de
amortização de financiamento nos contratos de mútuo e sua simples utilização para a apuração
do cálculo das parcelas do financiamento não denota a existência de anatocismo. De acordo com o
aludido sistema de amortização, o valor das prestações é invariável, mas sua composição
pode ser diferenciada no decorrer dos pagamentos, pois pode haver, inicialmente, amortização maior
dos juros em relação ao saldo devedor. Assim, não pode ser declarada a nulidade da cláusula
contratual que o aludido método de amortização, salvo nas hipóteses em que houver distorções
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em sua aplicação, que devem ser devidamente comprovadas pela parte interessada. No entanto, essa
abusividade não foi demonstrada no caso concreto em exame. Acórdão 1198413,
07177224120178070001, Relator: ALVARO CIARLINI, 3ª Turma CÃ-vel, data de julgamento: 4/9/2019,
publicado no DJE: 12/9/2019. ¿ (grifos apostos)          No que tange ainda ao tema, é
imperioso observar igualmente o Tema 572, o qual possui a seguinte redação - "A análise acerca da
legalidade da utilização da Tabela Price - mesmo que em abstrato - passa, necessariamente, pela
constatação da eventual capitalização de juros (ou incidência de juros compostos, juros sobre juros
ou anatocismo), que é questão de fato e não de direito, motivo pelo qual não cabe ao Superior
Tribunal de Justiça tal apreciação, em razão dos óbices contidos nas Súmulas 5 e 7 do STJ¿. Â
        Por conseguinte, a abusividade do emprego da tabela PRICE, conforme a tese acima
fixada, depende da análise no caso em concreto dos juros compostos aplicados, e não se faz presumir
a sua abusividade pela simples utilização do método. Assim, o cálculo contábil apresentado pela
parte autora sob o método GAUSS não implica o reconhecimento da abusividade automática do
método PRICE (fl. 25).          Por sua vez, a taxa de juros cobrada não é maior que a
apontada no Custo Efetivo Total Anual no contrato. O Custo Efetivo Total (CET) corresponde a todos os
encargos e despesas incidentes nas operações de crédito e de arrendamento mercantil financeiro, e
deve ser expresso na forma de taxa percentual anual, incluindo todos os encargos e despesas das
operações. Isto é, o CET engloba não apenas a taxa de juros, mas também tarifas, tributos,
seguros e outras despesas cobradas do cliente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Tal custo foi regulado pelo BANCO
CENTRAL DO BRASIL pela Resolução nº 3.517, de 6.12.2007, alterada pela Resolução n.º
003909 de 30/09/10 que dispuseram que as Instituições financeiras e sociedades de arrendamento
mercantil deveriam informar o CET previamente à contratação e, no caso em tela, a parte autora na
data da contratação, ficou ciente dos fluxos considerados no cálculo do CET.          Já
nos termos do REsp 1.251.331-RS, a partir da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em
30.4.2008, não mais tem respaldo legal a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da
Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou outra denominação para o mesmo fato gerador.      Â
   Porém, permanece válida a Tarifa de Cadastro expressamente tipificada em ato normativo
padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento
entre o consumidor e a instituição financeira, que é o caso dos autos.          O mesmo
recurso de repercussão geral (REsp 1.251.331-RS) igualmente estabeleceu ser lÃ-cito aos contratantes
convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito (IOF) por meio
financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos contratuais.     Â
    Com o intuito de proteger seu patrimônio, não há abusividade na previsão de vencimento
antecipado da avença quando as hipóteses estão previstas em contrato.          Da
mesma forma, as chamadas "cobrança de serviços de terceiros", "tarifa de registro de contrato", "tarifa
de avaliação de bem" e "inclusão de gravame", não são abusivas, tampouco ilegais, pois, entre
outras destinações, constituem despesas decorrentes da complexa relação contratual que é o
financiamento de veÃ-culos (REsp 1578553-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em
28/11/2018 (recurso repetitivo) (Info 639).          Da análise dos autos, consoante se verifica
do contrato juntado aos autos às fls. 121, não há previsão da cobrança de comissão de
permanência, isolada ou cumulativamente com outros encargos moratórios.         Â
Tampouco comprovou-se qualquer cobrança bancária na emissão de boleto.          Por
fim, não se aplica a teoria do adimplemento substancial aos contratos de alienação fiduciária em
garantia regidos pelo Decreto-Lei 911/69. (STJ. 2ª Seção. REsp 1622555-MG, Rel. Min. Marco Buzzi,
Rel. para acórdão Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 22/2/2017 -Info 599).         Â
Portanto, nenhuma ilegalidade há na composição das parcelas.          Enfim, diante das
alegações da parte autora não há que se falar em afronta à lei e nem a Constituição da
República, devendo prevalecer, neste caso, a máxima pacta sunt servanda, não se cogitando de
onerosidade excessiva e nem de infringência a qualquer princÃ-pio contratual.          Ante o
exposto, com fulcro no art. 487, I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial,
porquanto se verificou do contrato acostado aos autos a legalidade dos encargos estipulados. Â Â Â Â Â Â
    Condeno a parte autora a arcar com as custas e despesas processuais e honorários do patrono
do réu, que fixo em 10% do valor atualizado da causa, com a exequibilidade suspensa apenas em caso
de gratuidade de justiça, eventualmente, já deferida nos autos.          Havendo
apelação, intime-se o apelado para apresentar, caso queira, contrarrazões, no prazo legal. Após,
certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça do Estado do para Pará para os
devidos fins.          Na hipótese de trânsito em julgado, ARQUIVE-SE.         Â
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.          Belém, 17 de Agosto de 2021.       Â
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VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS        JuÃ-za de Direito da 3ª VCE da Capital SS


PROCESSO: 00526925720158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:AMELIA DAS GRACAS CANTAO SIMOES
Representante(s): OAB 11554 - ROSSANA PARENTE SOUZA (DEFENSOR) REU:BRUXELAS
INCORPORADORA LTDA Representante(s): OAB 13871-A - FABIO RIVELLI (ADVOGADO) REU:PDG
REALTY SA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACOES Representante(s): OAB 13871-A - FABIO
RIVELLI (ADVOGADO) . p.0052692-57.2015.8.14.0301. SENTENÃA Vistos e etc. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
 Trata-se de AÃÃO DE INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS C/C LUCROS CESSANTES ajuizada por
AMÃLIA DAS GRAÃAS CANTÃO SIMÃES em face de BRUXELAS INCORPORADORA LTDA e PDG
REALTY AS EMPREENDIMENTOS E PARTS. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â A parte demandante alega que
firmou contrato de compra e venda da unidade autônoma no empreendimento imobiliário residencial
JARDIM INDEPENDÃNCIA- BRUXELAS localizado na Rodovia 40 horas, com as empresas requeridas,
cuja entrega deveria ocorrer em 30.06.2013, considerando ainda a prorrogação da cláusula de
tolerância de 180 dias. Sustenta que não teria sido respeitada a previsão de entrega do imóvel, fato
este que lhe teria causado inúmeros prejuÃ-zos.             Por fim, pleiteia: a) a
condenação em lucros cessantes; b) danos morais, c) danos materiais decorrentes do pagamento de
alugueis. Juntou documentação.             à fl. 82, deferiu-se a gratuidade de justiça Ã
parte autora.             Em sede de contestação (fl. 104/131), as partes demandadas
pugnaram pela total improcedência da demanda, alegando a não comprovação do dano material e a
ausência de responsabilidade das requeridas, havendo o respeito de todas as cláusulas estipuladas
contratualmente. Sustentou ainda a ilegitimidade passiva da requerida PDG REALTYÂ S/A
EMPREENDIMENTOS, impugnando igualmente a gratuidade de justiça concedida à parte autora.   Â
         à fl. 243, indeferiu-se a suspensão processual decorrente de recuperação judicial,
tendo sido anunciado o julgamento antecipado da lide. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada mais sendo
requerido, os autos vieram conclusos para sentença.             à a sÃ-ntese do
necessário. DECIDO. 1.     Da impugnação à gratuidade de justiça.      Â
Considerando os termos do art.5º, LXXIV, da Constituição Federal, que dispõe do dever do Estado
de prestar assistência jurÃ-dica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos,
conclui-se que no pedido de concessão da gratuidade não se exige o estado de miséria absoluta,
razão pela qual decido pela concessão da justiça gratuita à parte autora e rejeito a presente
impugnação, uma vez que se presume ser verdadeira a alegação de insuficiência deduzida
exclusivamente por pessoa natural, nos termos do §3º do art. 99 do CPC.      Ademais, a parte
requerente não apresentou qualquer prova idônea capaz de afastar a presunção legalmente
estabelecida. 2.     Do reconhecimento de legitimidade passiva e da responsabilidade solidária. Â
     Compulsando os autos, verifico, conforme consta no rol de documentos colacionado aos autos,
que a parte autora se associou à s empresas com intuito de adquirir apartamento.           Â
 Outrossim, tratando-se de relação de consumo, são solidariamente responsáveis todos os que
concorrem para o prejuÃ-zo causado ao consumidor (parágrafo único do art. 7º e §1º do art. 25,
ambos do CDC). Â Â Â Â Â Â Nesse sentido, colaciono o seguinte julgado: O incorporador e o construtor
são solidariamente responsáveis por eventuais vÃ-cios e defeitos de construção surgidos no
empreendimento imobiliário, sendo que o incorporador responde mesmo que não tenha assumido
diretamente a execução da obra. (STJ. 4ª Turma. REsp 884367-DF, Rel. Min Raul Araújo, julgado
em 6/3/2012)             Desta forma, diante da farta documentação constante nos
autos, resta comprovada a existência de relação jurÃ-dica havida entre as partes, portanto,
reconheço a legitimidade passiva das partes requeridas, por entender que existe responsabilidade
solidária entre ambas perante os danos causados aos consumidores. 3.     Da validade da
cláusula de tolerância. Fixação da mora. Da não comprovação de caso fortuito/força maior. Â
           O contrato celebrado entre as partes estipulou na ITEM 5 (fl. 23), que a data
prevista para a entrega das chaves da unidade autônoma seria em 30.06.2013. Desta forma, a entrega
deveria ocorrer na referida data, havendo ainda o prazo de prorrogação, ou seja, o prazo de
carência/tolerância de 180 (CENTO E OITENTA) dias, consoante estipulação prevista
contratualmente na CLÃUSULA SEXTA, INCISO VII (fl. 30). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â De acordo com a
documentação acostada aos autos, verifica-se que adimplência da parte autora quanto ao pagamento
das parcelas contratuais constitui MATÃRIA INCONTROVERSA, tendo a mesma recebido as chaves do
imóvel em 03.08.2015 (fl. 133/verso)             Com efeito, os contratos são celebrados
pelas partes buscando a satisfação de seus interesses. Geram, para cada um dos contratantes, direitos
e obrigações. Deste modo, cada uma das partes deve, necessariamente, cumprir com seus deveres,
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segundo o pactuado.             No que se refere à incidência do prazo de tolerância


regular, é sabido que sua aplicação é possÃ-vel, desde que estabelecido no contrato, com prazo
determinado e razoável, não podendo ultrapassar o lapso temporal de 180 (cento e oitenta) dias,
correspondendo imprevistos que possam ocorrer, tais como chuvas, escassez de insumos, greves, falta de
mão de obra, entre outros.             Nesse passo, o entendimento atual dos Tribunais
Superiores é o da licitude da previsão de estipulação de cláusula de tolerância nos contratos de
promessa de compra e venda de imóvel em construção, com previsão expressa de prorrogação
do prazo inicial para a entrega da obra em no máximo 180 (cento e oitenta) dias, a teor da jurisprudência
pacÃ-fica do STJ, segundo a qual: ¿não é abusiva a cláusula de tolerância nos contratos de
promessa de compra e venda de imóvel em construção que prevê prorrogação do prazo inicial
para a entrega da obra pelo lapso máximo de 180 (cento e oitenta) dias. STJ. 3ª Turma. REsp
1.582.318-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 12/9/2017 (Info 612) (grifos apostos)  Â
          Assim, o prazo de tolerância, para ser reputado como válido, deve estar previsto
expressamente em cláusula contratual, que deve ser clara e inteligÃ-vel.             Com
efeito, a previsão contratual deve ser lida com base na função social e na boa-fé objetiva, e é
certo que conceder à ré prazo indeterminado para conclusão de obras é manifestamente abusivo,
seja pelo direito do consumidor, seja pelo próprio sistema contratual civilista. Logo, não é possÃ-vel
considerar como razoável atraso superior a 180 dias.             Nesse diapasão, quem
deve suportar os riscos da atividade econômica desenvolvida para a consecução do lucro é a parte
demandada, e não a parte autora, pois se trata de risco Ã-nsito à sua atividade empresarial voltada Ã
construção civil, à toda evidência, as oscilações climáticas ordinárias, a observância das
posturas urbanÃ-sticas e as oscilações do mercado, ou mesmo eventuais problemas na liberação de
financiamentos com os bancos não podem implicar em prejuÃ-zo aos consumidores, já que estes fatores
guardam estreita relação com a própria atividade por ela exercida, não consistindo surpresa ou fato
imprevisÃ-vel.             Ademais, caso fortuito e força maior não configuram justificativa
para estipulação de prorrogação exacerbada de prazo na entrega de imóvel, não devendo estar
diretamente ligado à atividade desenvolvida por construtoras/incorporadoras, assim como o atraso de
fornecedores ou greves do setor da construção civil, pois, a meu ver, tais situações são
previsÃ-veis e já estão abarcadas pelo prazo de prorrogação de 180 (cento e oitenta) dias, previsto
justamente para salvaguardá-las de possÃ-veis intercorrências.             Nesse sentido:
(...) 5. Somente o fortuito externo, ou seja, aquele evento que não tenha ligação direta com a atividade
desempenhada pela empresa, afigura-se apto a romper o nexo de causalidade. (Acórdão 1220013,
07113443520188070001, Relator: SANDOVAL OLIVEIRA, 2ª Turma CÃ-vel, data de julgamento:
4/12/2019, publicado no DJE: 9/12/2019). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Sendo assim, observo que a parte
demandada não apresentou qualquer fundamento concreto para a extrapolação do prazo de
tolerância, não restando demonstrado qualquer fato excludente de sua responsabilidade, não
incidindo, no presente caso, ocorrência de caso fortuito ou de força maior, porquanto ausente qualquer
comprovação nos autos, cabendo invocar jurisprudência do STJ:       Não constitui hipótese
de caso fortuito ou de força maior, a ocorrência de chuvas em excesso, falta de mão de obra,
aquecimento do mercado, embargo do empreendimento ou, ainda, entraves administrativos. Essas
justificativas encerram ¿res inter alios acta¿ em relação ao compromissário adquirente. (Superior
Tribunal de Justiça STJ - RECURSO ESPECIAL: REsp 1749047 SP 2018/0148735-2) (grifos apostos) Â
           à vista disso, não resta configurada qualquer hipótese de caso fortuito/força
maior capaz de excluir a responsabilidade da demandada ou permitir a prorrogação exacerbada de
prazo na entrega de imóvel, eis que a demandada tem como antever as dificuldades ou atrasos ante a
experiência no ramo.             Destarte, em consequência do injustificável
inadimplemento contratual, o ato ilÃ-cito revela-se patente e os danos são inequÃ-vocos, havendo efetiva
relação de causa e efeito entre as ações da demandada e os prejuÃ-zos causados à parte autora. Â
           Por conseguinte, considerando que o prazo final para a entrega do
empreendimento previsto no contrato, na ITEM 5 (fl. 23), seria em 30.06.2013 respeitado o prazo de
carência/tolerância de 180 (cento e oitenta) dias, a mora da parte demandada resta comprovada a partir
de 01.01.2014 (primeiro dia útil posterior ao término do prazo contratual ampliado pela cláusula de
tolerância), finalizando a obrigação indenizatória no dia 03.08.2015 (data da entrega das chaves- fl.
133/verso). 4.     Dos lucros cessantes.             Firmou-se no STJ o entendimento
de que, em caso de contrato de aquisição de imóvel, o descumprimento do cronograma contratual da
obrigação de fazer pelas fornecedoras gera no consumidor um prejuÃ-zo patrimonial pela
impossibilidade de uso e fruição do bem. Logo, ao contrário do que alega a requerida, é
dispensável a prova do dano material, reconhecendo-se a redução patrimonial em razão da simples
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mora da fornecedora.       à guisa de ilustração do entendimento adotado pelo Superior


Tribunal de Justiça, transcrevo recente decisão emanada da Corte Superior: [...] ¿Ademais, quanto Ã
alegação de inexistência de lucros cessantes, observa-se que o entendimento esposado pelo Tribunal
de origem está em consonância com a jurisprudência desta Corte Superior no sentido de que
"descumprido o prazo para a entrega do imóvel objeto do compromisso de compra e venda, é cabÃ-vel
a condenação da vendedora por lucros cessantes, havendo a presunção de prejuÃ-zo do adquirente,
ainda que não demonstrada a finalidade negocial da transação" (EREsp 1341138/SP, Rel. Ministra
Maria Isabel Gallotti, Segunda Seção, Dje 22/05/2018).             Nesse sentido: CIVIL.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÃMULA N. 282/STF. REEXAME DO CONJUNTO FÃTICO-PROBATÃRIO
DOS AUTOS. INADMISSIBILIDADE. INCIDÃNCIA DA SÃMULA N. 7/STJ. ATRASO NA ENTREGA DA
OBRA. LUCROS CESSANTES. CABIMENTO. DECISÃO MANTIDA. 1. A simples indicação dos
dispositivos legais tidos por violados, sem que o tema tenha sido enfrentado pelo acórdão recorrido,
obsta o conhecimento do recurso especial, por falta de prequestionamento (Súmula n. 282/STF). 2. O
recurso especial não comporta exame de questões que impliquem revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos (Súmula n. 7 do STJ). 3. No caso concreto, o Tribunal de origem concluiu pela
ausência de caso fortuito ou força maior a justificar o atraso na entrega da obra. Alterar esse
entendimento demandaria reexame das provas produzidas nos autos, vedado em recurso especial. 4. De
acordo com a jurisprudência desta Corte, o atraso na entrega de imóvel enseja pagamento de lucros
cessantes, sendo presumÃ-vel o prejuÃ-zo experimentado pelo promitente comprador. Precedentes. 5.
Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no AREsp 1189236/SP, Rel. Ministro Antonio Carlos
Ferreira, Quarta Turma, julgado em 20/03/2018, DJe 27/03/2018 - grifou-se) AGRAVO INTERNO NO
RECURSO ESPECIAL. AÃÃO DE INDENIZAÃÃO. COMPRA E VENDA. ATRASO NA ENTREGA DE
IMÃVEL. VIOLAÃÃO Ã COISA JULGADA NÃO RECONHECIDA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM.
DECISÃO FUNDAMENTADA NOS ELEMENTOS DE CONVICÃÃO DOS AUTOS. INVERSÃO DO
JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. SÃMULA 7/STJ. DISSÃDIO PREJUDICADO. VIOLAÃÃO A
DISPOSITIVO DE LEI. AUSÃNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÃMULA 211 DO STJ. OFENSA AO
ART. 1.022 DO CPC/2015 NÃO SUSCITADA. INVIABILIDADE DE PREQUESTIONAMENTO FICTO.
INDENIZAÃÃO A TÃTULO DE LUCROS CESSANTES DEVIDA. PREJUÃZO PRESUMIDO. ACÃRDÃO
EM HARMONIA COM A JURISPRUDÃNCIA DESTA CORTE. SÃMULA 83/STJ. AUSÃNCIA DE
INDICAÃÃO DOS ARTIGOS SUPOSTAMENTE VIOLADOS. INCIDÃNCIA DA SÃMULA 284/STF.
AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. (...) 3. A jurisprudência desta Corte Superior já consolidou
entendimento de que os lucros cessantes são presumÃ-veis na hipótese de descumprimento contratual
derivado de atraso de entrega do imóvel. Somente haverá isenção da obrigação de indenizar do
promitente vendedor caso configure uma das hipóteses de excludente de responsabilidade, o que não
ocorreu na espécie. (...) 6. Agravo interno desprovido. (AgInt no REsp 1.698.513/SP, Rel. Ministro Marco
Aurélio Bellizze, Terceira Turma, julgado em 27/02/2018, DJe 08/03/2018 - grifou-se). (Trecho do voto do
Ministro Relator Paulo de Tarso Sanseverino. AgInt no AREsp 1428166/SP. Ãrgão Julgador: Terceira
Turma. Julgado em 13/05/2019. Publicado em 17/05/2019) [¿]             Destarte,
estando comprovada a mora exclusiva da fornecedora, entendo que assiste razão à autora neste
particular, de modo que deve a requerida indenizar a requerente durante a mora contratual, iniciando-se
em 01.01.2014 (primeiro dia útil posterior ao término do prazo contratual ampliado pela cláusula de
tolerância), finalizando a obrigação indenizatória em 03.08.2015 (data da entrega das chaves).   Â
         Quanto aos parâmetros da compensação financeira, entendo como proporcional a
fixação dos lucros cessantes no percentual de 0,5% (meio por cento) ao mês, sobre o preço do valor
do imóvel atualizado. Adotando posicionamento análogo, cito julgado desse Tribunal de Justiça: [...]
¿Tais precedentes são baseados na premissa de que a inexecução do contrato pelo promitente
vendedor, que não entrega o imóvel na data estipulada, enseja lucros cessantes a tÃ-tulo dos alugueis
do que poderia ter o imóvel rendido se tivesse sido entregue na data contratada e esta situação
advém da experiência comum e não necessita de prova. Nesse sentido, é prática comum do
mercado imobiliário a fixação do aluguel com base em percentual sobre o valor do imóvel, pois tal
parâmetro propicia a comparação da rentabilidade obtida com a aplicação do valor gasto na
aquisição do imóvel alugado em relação à aplicação do mesmo valor em outros investimentos
de mercado. O valor do aluguel aceito pelos especialistas vária em média entre 0,5% (zero virgula,
cinco por cento) a 1% (um por cento) do valor do imóvel, conforme fatores como localização, tipo do
imóvel e suas condições gerais. No caso concreto, o percentual fixado a tÃ-tulo de aluguel na
importância de R$ 1.350,00 (um mil, trezentos e cinquenta reais) corresponde a 0,5% (zero virgula cinco
por cento) do valor histórico do imóvel, considerando o valor estabelecido no item ¿D¿ do quadro
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

resumo do contrato de promessa de compra e venda, Num. 828853 - Pág. 2, na importância de R$


283.715,19 (duzentos e oitenta e três mil, novecentos e trinta e um reais). Neste diapasão, entendo que
o valor arbitrado se encontra dentro dos parâmetros de mercado, configurando valor razoável e
proporcional, pelo o que não merece reforma¿ (Trecho do voto do Desembargador Relator José
Roberto Pinheiro Maia Bezerra Junior. AP. 0088983-27.2013.8.14.0301, Ãrgão Julgador: 1ª Turma de
Direito Privado. Julgado em 27/01/2020) [¿]             Saliento ainda que a utilização
do valor efetivamente pago como parâmetro para a fixação dos lucros cessantes - conforme requerido
pela demandante - não encontra amparo jurÃ-dico.             Não se pode perder de
vista que o escopo dos lucros cessantes é o de permitir que o contratante inocente seja indenizado pelas
perdas patrimoniais sofridas pelo ato ilÃ-cito do contratante ofensor. Logo, para alcançar a importância
que deverá servir de compensação financeira, deve-se considerar qual o proveito econômico que o
ofendido obteria se a obrigação se desenvolvesse regularmente.            Â
Transportando essas premissas para o caso em comento, deduz-se que, se não houvesse o atraso, a
autora poderia explorar comercialmente o bem desde 01.01.2014. Como consequência, utilizar o valor
efetivamente pago pela autora até a data da entrega para fins de cálculo da indenização
desnaturaria por completo o instituto dos lucros cessantes, porquanto não corresponderia a perda
experimentada pela promitente compradora.             Desta forma, condeno as rés a
indenizarem a autora em lucros cessantes de 0,5% (meio por cento) ao mês, sobre o valor atualizado do
imóvel, desde 01.01.2014 até 03.08.2015. 5.     Dos danos materiais/emergentes.
Impossibilidade de cumulação com lucros cessantes.      Com relação aos danos emergentes
pretensamente devidos como forma de recompensar a requerente pelos gastos com aluguel, reputo-o
incabÃ-vel, tanto por fundamento jurÃ-dico, quanto por fundamento fático.      No aspecto jurÃ-dico,
impende sublinhar que a indenização pelos lucros cessantes já é vocacionada para recompensar o
adquirente pela impossibilidade de ter acesso ao imóvel na data prevista, partindo de uma presunção
de que o imóvel possibilitaria um acréscimo patrimonial ao consumidor lesado, seja de modo direto
(exploração comercial), seja de forma indireta (desnecessidade de manter o pagamento de aluguel). Â
    Deste modo, cumular as duas indenizações implicaria na conclusão de que o consumidor
deixou de utilizar o imóvel, simultaneamente, para residir e para alugar para terceiros - inferência essa
demasiadamente absurda e que prescinde de maior atenção.      Nesse sentido, a
jurisprudência pátria assim discorre: APELAÃÃO. CONSUMIDOR E PROCESSO CIVIL.
COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL. ATRASO NA OBRA. CULPA DA
CONSTRUTORA. RESCISÃO CONTRATUAL. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. VERIFICADO.
LUCROS CESSANTES. TERMO FINAL. DATA DA ANTECIPAÃÃO DA TUTELA. CUMULAÃÃO. LUCROS
CESSANTES E DANOS EMERGENTES. IMPOSSIBILIDADE. INVERSÃO DA MULTA MORATÃRIA.
DESCABIDA. CASO FORTUITO. INEXISTENTE. LUCROS CESSANTES. DEVIDOS. HONORÃRIOS.
COMPENSAÃÃO. IMPOSSIBILIDADE. ÃNUS SUCUMBENCIAIS. MANUTENÃÃO. 1. Configura
inadimplemento contratual o fato da construtora descumprir com o prazo de entrega do imóvel que,
conquanto seja válida a estipulação de prorrogação para conclusão da obra pelo prazo de 180
dias, expirado esse prazo a construtora incorrerá em mora. 2. O termo final dos lucros cessantes deve ser
a data da decisão que antecipa os efeitos da tutela, na ação de rescisão contratual, momento em
que o adquirente se libera da obrigação de pagamento de eventuais parcelas do financiamento
imobiliário. 3. Não se permite cumular a indenização por lucros cessantes (aluguel que deixou de
receber) com os danos emergentes (valores que despendeu com locação de outro imóvel para
moradia) por caracterizar dupla penalidade à construtora. 4. Inviável se estender à construtora ré uma
obrigação contratual (multa moratória) atribuÃ-da ao consumidor e plenamente admitida pela
legislação consumerista. 5. Não se enquadra nas hipóteses a serem justificadas por caso fortuito a
alegação de escassez de mão de obra, pois os eventos previsÃ-veis estão integrados aos riscos do
próprio empreendimento, fazendo parte da atividade empresarial. 6. Em decorrência da mora da
construtora, devidamente demonstrada nos autos, o adquirente ficou impossibilitado de exercer os
atributos da propriedade, fazendo jus à indenização pelos lucros cessantes referentes aos aluguéis
que poderia ter recebido. 7. Não se permite a compensação dos honorários quando não existe
confusão entre credor e devedor. Além disso, as verbas sucumbenciais pertencem ao próprio
advogado, não podendo compensar com eventuais débitos da causa. 8. RECURSO DA RÃ
PARCIALMENTE CONHECIDO E NA PARTE CONHECIDA IMPROVIDO. RECURSO DO AUTOR
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (TJ-DF 20150710014492 0001431-57.2015.8.07.0007,
Relator: ANA CANTARINO, Data de Julgamento: 13/07/2016, 3ª TURMA CÃVEL, Data de Publicação:
Publicado no DJE : 03/08/2016 . Pág.: 189/203) (grifos apostos)       Cabe ressaltar ainda que a
matéria já se encontra pacificada pelo STJ, conforme colacionado abaixo: AGRAVO INTERNO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL. ATRASO NA


ENTREGA. COMPROVAÃÃO DE GASTOS DESPENDIDOS PARA MORADIA. DANOS EMERGENTES.
CONCESSÃO. LUCROS CESSANTES. IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAÃÃO. 1. O dano material
decorrente do atraso na entrega de imóvel residencial pode ser classificado como dano emergente ou
lucros cessantes, sendo ambos as duas faces da mesma moeda. O dano, seja em qual dessas rubricas for
classificado, será o mesmo: a privação da fruição do imóvel. 2. A concessão de indenização
pelos danos emergentes decorrentes da demora na entrega do imóvel, com o pagamento dos gastos de
moradia despendidos pelo autor no perÃ-odo da mora, exclui a possibilidade de percepção de lucros
cessantes pelo mesmo fato, pois o bem estaria lhe servindo de moradia. 3. Agravo interno a que se nega
provimento. (STJ - AgInt no AgRg no AREsp: 795125 RJ 2015/0254229-0, Relator: Ministra MARIA
ISABEL GALLOTTI, Data de Julgamento: 12/11/2018, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe
19/11/2018)      Por conseguinte, refuto o pedido reparatório relativo aos danos positivos. 6.  Â
  Dos danos morais.             Em matéria de danos morais melhor sorte não
acompanha as requeridas atentando-se ao teor do Enunciado 411 da V Jornada de Direito Civil promovida
pelo Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal: ¿Art. 186: O descumprimento de
contrato pode gerar dano moral quando envolver valor fundamental protegido pela Constituição Federal
de 1988¿.       Também devem ser consideradas as ponderações de Cássio Ranzini
Olmos em obra dedicada a contratos de aquisição imobiliária, afirmando o referido autor que: (...) é
cabÃ-vel a indenização do dano moral, quando o atraso na entrega do imóvel acaba por frustrar a
realização do direito social à moradia que, aliás, mantém visceral ligação com outros princÃ-pios,
direitos e garantias fundamentais protegidos pela Constituição Federal, tais como a dignidade da
pessoa humana (artigo 1º, inciso III), a intimidade e a vida privada, e a função social da propriedade
(artigo 5º, X e XXXIII). (In Práticas e Cláusulas Abusivas nas Relações de Consumo de
Aquisição Imobiliária, Ed. Almedina, 2015, p. 179).       Evidente, no caso concreto, a
frustração de legÃ-tima expectativa imposta à demandante em contrato existencial voltado Ã
aquisição de bem imóvel, contrato este solenemente descumprido pelas requeridas, em muito
superado o contexto de mero aborrecimento.       Definido, então, o dano moral, se busca um
valor que sirva de bálsamo para a situação anÃ-mica da parte ofendida e que sirva também de
simultânea punição à parte ofensora, desestimulando-a a ter comportamento idêntico.      Â
No caso dos autos, depois de analisadas as circunstâncias em que os fatos ocorreram entendo que o
arbitramento do valor indenizatório em montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais), se revela adequado
para compensar os transtornos e a vulneração do equilÃ-brio emocional imposto a parte autora por
culpa da postura de desprezo das requeridas às obrigações contratuais assumidas, de acordo com os
critérios adotados pela jurisprudência (Apelação nº 4018620-87.2013.8.26.0114, Relator: James
Siano, 5ª Câmara de Direito Privado, 23/04/2014).       Tal valor se mostra compatÃ-vel com os
princÃ-pios da razoabilidade e da proporcionalidade, atingido, ainda, o escopo punitivo da sanção
imposta, por outro lado, sem enriquecer de maneira desmedida aqueles lesados pelo ilÃ-cito contratual. Â
     Destaco que o valor principal da indenização por danos morais deve contar com a
incidência de atualização monetária pelo IGP-M, a partir desta data de arbitramento (Súmula 362
STJ), devendo também contar com a incidência de juros de mora, em patamar de 1% ao mês,
computando-se a partir da data de citação das requeridas para os termos da ação, até o efetivo
pagamento.             Destaco que os demais argumentos deduzidos no processo não
são capazes, em tese, de infirmar a conclusão adotada neste julgamento (CPC, art. 489, §1º, inciso
IV). 7.     Do dispositivo.             Ante o exposto, e com apoio na
fundamentação apresentada, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTES OS PEDIDOS FORMULADOS
PELA PARTE AUTORA, e condenando solidariamente as partes rés:       a) ao pagamento de
indenização por lucros cessantes de 0,5% (meio por cento) ao mês, sobre o preço do valor
contratual atualizado do imóvel, a partir de 01.01.2014 até o dia 03.08.2015 (data do recebimento das
chaves da unidade imobiliária- FL. 133/verso), com juros de mora de 1% (um por cento), a contar da
citação, e correção monetária pelo IPCA, desde o vencimento de cada prestação;       Â
     b) a compensá-la pelos danos morais sofridos, mediante o pagamento do valor de R$
10.000,00 (dez mil reais), em tudo acrescido de juros de 1% (um por cento) ao mês, a contar da
citação, e correção monetária pelo IPCA, a partir da presente decisão.         Â
Considerando que a parte requerente sucumbiu em parcela mÃ-nima de seus pedidos, condeno as
requeridas solidariamente em custas processuais e honorários advocatÃ-cios, fixando a verba honorária
em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação.          Ficam as partes advertidas
de que, em caso de não pagamento das custas processuais, no prazo de 15 (quinze) dias, o crédito
delas decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos demais encargos legais e será
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

encaminhado para inscrição em dÃ-vida ativa, nos termos do art. 46 da Lei nº. 8.328/2015, que
dispõe sobre o Regimento de Custas e outras despesas processuais no âmbito do Poder Judiciário do
Estado do Pará.          Com trânsito em julgado desta sentença, arquivem-se os
presentes autos, mediante as cautelas legais.             Cumprimento de sentença:
Certificado o trânsito em julgado, nos termos do art. 513, § 1º do CPC, aguarde-se em arquivo
requerimento da parte interessada, que deverá ser peticionado digitalmente (PJE), por dependência ao
presente feito, na forma incidental de cumprimento de sentença, observando o disposto no inciso II do
art. 509 do CPC, e, por conseguinte, intimando a parte executada para pagar o débito, no prazo de 15
(quinze) dias, acrescido das custas, se houver (Código de Processo Civil, artigo 523 c/c artigo 513, §§
1º, 2º e incisos, e §§ 3º e 5º).             Quando do requerimento previsto no
artigo 523, o exequente deverá instruÃ--lo com os requisitos do artigo 524 do Código de Processo Civil,
em especial: I - o nome completo, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas FÃ-sicas ou no
Cadastro Nacional da Pessoa JurÃ-dica do exequente e do executado, observado o disposto no art. 319,
§§ 1.º a 3.º; II - o Ã-ndice de correção monetária adotado; III - os juros aplicados e as respectivas
taxas; IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados; V - a
periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso; VI - especificação dos eventuais descontos
obrigatórios realizados; VII - indicação dos bens passÃ-veis de penhora, sempre que possÃ-vel. P.R.I.C.
Belém/PA, 13 de agosto de 2021. VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS  JuÃ-za de Direito da 3ª VCE da
Capital SS PROCESSO: 00559671920128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:JORGE CLETO NUNES FERREIRA JUNIOR
Representante(s): OAB 00005 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) REU:PORTO SEGURO SA
CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Representante(s): OAB 5.546 - GUILHERME DA COSTA
FERREIRA PIGNANELI (ADVOGADO) OAB 25289 - FELIPE SOUSA ESTEVES (ADVOGADO) . p.
0055967-19.2012.8.14.0301. SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE
DECLARAÃÃO DE INEXISTÃNCIA DE DÃVIDA ajuizada por JORGE CLETO NUNES FERREIRA em face
de PORTO SEGURO S/A CRÃDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO. Â Â Â Â Â Aduz a parte
autora que no dia 17.11.2009 fez um empréstimo consignado em folha de pagamento com a requerida.
Alega que efetuou o pagamento de 02 (duas) parcelas antes de sair da empresa em que trabalhava, fato
este que ocorreu na data de 01.03.2010.      Sustenta que aceitou a opção de quitação total
do empréstimo, sendo descontada a quantia de R$ 1.403,57 de sua verba rescisória. Relata que após
cinco meses após a rescisão contratual teria recebido correspondência informando o débito de
parcelas em aberto do referido empréstimo.      Por fim pleiteou o seguinte: a) declaração de
inexistência do débito; b) indenização por danos morais.      à fl. 22, foi proferida decisão
concedendo a gratuidade de justiça à parte autora.      Em sede de contestação (fls. 37/44), a
parte demandada pugnou pela total improcedência da lide, alegando que a o desconto realizada por
ocasião das verbas rescisórias não contemplou a integralidade do débito. Sustenta que informou Ã
parte autora por meio de correspondência enviada à residência da parte autora a existência de
parcelas do débito em aberto.      Em réplica (fls. 70/72), a parte autora ratificou os termos da
exordial. Â Â Â Â Â Ã fl. 73, foi anunciado o julgamento antecipado da lide. Â Â Â Â Â Nada mais sendo
requerido, os autos vieram conclusos para sentença.      à a sÃ-ntese do necessário. DECIDO. Â
    Nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil/2015, é cabÃ-vel o julgamento
antecipado da lide, pois a controvérsia em debate comporta julgamento independentemente da
produção de outras provas, porquanto suficientes para a solução da lide a prova documental já
produzida. 1.     Da existência do débito. Saldo remanescente não quitado. Improcedência. Â
    Cumpre frisar que a controvérsia dos autos não é a limitação dos descontos efetuados ou
a impossibilidade de retenção integral de valores por ocasião da rescisão laboral, mas sim a
desconstituição do débito em si. Afirma a parte autora que acreditou quitação integral do débito,
ao passo que, a demandada arguiu a existência de parcelas em aberto.      De imediato, cabÃ-vel
pontuar que contrato é o fato jurÃ-dico consistente em uma declaração de vontade, a que o
ordenamento jurÃ-dico atribui os efeitos queridos pelas partes, respeitados os pressupostos de existência,
validade e eficácia impostos pelo sistema jurÃ-dico.      Desta forma, os contratos regem-se pelo
princÃ-pio do ¿pacta sunt servanda¿, o que quer dizer ¿os pactos devem ser cumpridos¿, motivo
pelo qual o princÃ-pio também é conhecido por ¿força obrigatória dos contratos¿.      Em
outros termos, o princÃ-pio do pacta sunt servanda é consequência imediata da autonomia da vontade.
Isto porque, desde que as partes estejam de acordo e queiram se submeter a regras por elas próprias
estabelecidas, o contrato obriga os contratantes como se fosse lei. Â Â Â Â Â Nesse contexto, cabe
ressaltar que, conforme documento juntado à fl. 49 dos autos, as partes acordaram em estabelecer
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

contrato de empréstimo consignado, cujo valor total seria de R$ 2.109,12, a serem pagos em 24
parcelas mensais. Â Â Â Â Â Em verdade, resta como fato incontroverso, porquanto expressamente
declarado por ambas as partes, que houve o pagamento inicial das duas primeiras parcelas iniciais do
empréstimo. Por ocasião da rescisão contratual, igualmente restou demonstrado o pagamento de R$
1.403,57 (fl. 07).      Contudo, conforme planilha de pagamentos acostada pelo próprio autor (fl.
12), percebe-se que os valores descontados no termo de rescisão de contrato de trabalho foram
utilizados para liquidação de 20 (vinte) parcelas contratuais, e tendo em vista o pagamento inicial das
duas primeiras parcelas do empréstimo, conclui-se que ainda restavam pendentes duas parcelas,
totalizando-se, assim, as 24 (vinte e quatro) parcelas previstas contratualmente. Â Â Â Â Â Nesta seara,
considerando que o referido contrato foi assinado pela autora, conclui-se que havia saldo devedor em
aberto, e, conforme cláusula expressa no contrato firmado entre as partes (cláusula 2.5.2- fl.49), a
mutuária tinha a obrigação de pagamento diretamente ao Banco demandado na hipótese de
rescisão do contrato de trabalho, por meio de boleto bancário, quando os descontos sobre as verbas
rescisórias fossem insuficientes para a liquidação total do empréstimo.      à exigÃ-vel ainda
da parte requerida uma conduta compatÃ-vel com os deveres que emanam da cláusula geral da boa-fé
objetiva (art. 51, inciso IV, do Código de Defesa do Consumidor e 422 do Código Civil de 2002), vale
dizer, de cumprimento dos deveres acessórios de conduta (do fornecedor): dever de informação;
dever de colaboração e cooperação; dever de proteção e cuidado com a pessoa e o patrimônio
da contraparte.      Nesta senda, nos termos da cláusula 2.5.1, a parte demandada deveria
informar por escrito ou por meio eletrônico a existência do saldo devedor lÃ-quido para quitação. Tal
dever contratual foi devidamente cumprido, tanto que a parte autora colaciona aos autos as
correspondências enviadas à sua residência informando acerca do débito (fls. 07 e 11).     Â
Acrescente-se que a autora não negou a contratação e a existência do saldo devedor, afirmando
apenas que acreditava que o contrato estivesse quitado, o que de fato não ocorreu.      A
demandante, assim, não se desincumbiu do ônus que lhe competia, forte no art. 373, I, do CPC, pois,
mesmo com a aplicação do CDC (inversão do ônus da prova), o autor tem o dever de comprovar
minimamente os fatos alegados. Sequer a parte autora teve a cúria de exigir qualquer termo ou recibo de
quitação da parte demandada a fim de comprovar o adimplemento do débito.      Neste sentido
a jurisprudência pátria assim tem se manifestado acerca do tema: APELAÃÃO CÃVEL. NEGÃCIOS
JURÃDICOS BANCÃRIOS. EMPRÃSTIMO CONSIGNADO. RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.
DESCONTO NO TERMO DE RESCISÃO INSUFICIENTE PARA A LIQUIDAÃÃO DO EMPRÃSTIMO.
DÃBITO REGULAR. DANO MORAL INOCORRENTE. Caso em que a autora não nega a contratação
e a existência do saldo devedor, apenas afirma que acreditava na quitação, o que de fato não
ocorreu. Desconto sobre verbas rescisórias insuficiente para a liquidação do empréstimo. Saldo
devedor não quitado, o que torna regular a dÃ-vida e a inscrição em cadastro restritivo de
crédito.Dano moral inocorrente.Honorários. Art. 85, § 11, do CPC.APELAÃÃO
IMPROVIDA.(Apelação CÃ-vel, Nº 70082816828, Décima Primeira Câmara CÃ-vel, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Guinther Spode, Julgado em: 23-10-2019) (TJ-RS - AC: 70082816828 RS,
Relator: Guinther Spode, Data de Julgamento: 23/10/2019, Décima Primeira Câmara CÃ-vel, Data de
Publicação: 25/10/2019) (grifos apostos)      Por conseguinte, não merece prosperar a o pleito
de declaração de inexistência débito, porquanto, consoante restou comprovado nos autos, o valor do
saldo remanescente da dÃ-vida contraÃ-da mediante empréstimo consignado não era do total
desconhecimento da parte autora, sendo-lhe plenamente possÃ-vel aferir a não quitação do contrato.
2.     Dos danos morais. Não cabimento.      Pontuo, de pórtico, que "não é todo
sofrimento moral que pode ou deve ser reparado pecuniariamente. Ã preciso que a dor tenha maior
expressão, que a reparação seja socialmente recomendável e que não conduza a distorções do
nobre instituto" (TJSP 4ª Câm., ap. civ. n° 41.580-4/0-SP, Rel. Des. José Osório, j. 06.08.98, v.u.).
      Nessa direção, portanto, cabe ao julgador a tarefa de extrair de cada caso concreto
elementos hábeis a desclassificar o dissabor sofrido pela parte como mero aborrecimento, inserindo-o no
campo do dano moral. Â Â Â Â Â Â No caso dos autos restou devidamente comprovado, conforme
discorrido em tópico anterior, que houve a legÃ-tima cobrança de débito estipulado contratualmente.
Nesse sentido, a jurisprudência assim se manifesta: APELAÃÃO CÃVEL. NEGÃCIOS JURÃDICOS
BANCÃRIOS. EMPRÃSTIMO CONSIGNADO. RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. DESCONTO
NO TERMO DE RESCISÃO INSUFICIENTE PARA A LIQUIDAÃÃO DO EMPRÃSTIMO. SALDO
DEVEDOR. DÃBITO REGULAR. DANO MORAL INOCORRENTE. A Lei 10.820/2003, em seu art. 1º, §
1º, prevê a possibilidade de descontos de empréstimos consignados sobre as verbas rescisórias,
limitadas em 30%.Desconto sobre verbas rescisórias insuficiente para a liquidação do empréstimo.
Saldo devedor não quitado, que torna regular a dÃ-vida e a inscrição negativa.Dano moral
1032
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

inocorrente.APELAÃÃO PROVIDA (TJ-RS - AC: 70081923195 RS, Relator: Bayard Ney de Freitas
Barcellos, Data de Julgamento: 30/07/2019, Vigésima Terceira Câmara CÃ-vel, Data de Publicação:
06/08/2019) (grifos apostos).      Portanto, tem-se por incabÃ-veis os danos morais pleiteados. 3. Â
   Do dispositivo.          Ante o exposto, com fulcro no art. 487, I, do CPC, JULGO
IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial, ante a comprovação do saldo remanescente devido
pela parte autora e a regularidade da cobrança efetuada pelo banco demandado.      CONDENO
A PARTE AUTORA AO PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS, estes fixados em
10% sobre o valor da causa, com fulcro no art. 85, §2º, do CPC/2015, os quais, entretanto, encontram-
se com a exigibilidade suspensa, nos termos do art. 98, § 3º do CPC.      P.R.I.C. Após o
trânsito em julgado, estando o feito devidamente certificado, ARQUIVEM-SE, observadas as cautelas de
praxe, dando-se a respectiva baixa no sistema LIBRA. Belém/PA, 13 de agosto de 2021,. VALDEÃSE
MARIA REIS BASTOS JuÃ-za Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital SS PROCESSO:
00646299020098140301 PROCESSO ANTIGO: 200911449757
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Apelação
Cível em: 17/08/2021 AUTOR:J. D. S. S. REPRESENTANTE:M. S. B. Representante(s): OAB 21342 -
AMALIA BETANIA AMORAS CONTREIRA (ADVOGADO) OAB 9837 - RAFAEL OLIVEIRA LAURIA
(ADVOGADO) ANDRE LUIS AMORAS CONTREIRAS (ADVOGADO) REU:BRADESCO AUTORE
COMPANHIA DE SEGUROS Representante(s): OAB 11307-A - ROBERTA MENEZES COELHO DE
SOUZA (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0064629-90.2009.8.14.0301      DECISÃO VISTOS. 1.
Considerando que o autor atingiu a maioridade, faz-se imprescindÃ-vel a regularização da capacidade
postulatória. Isto posto, INTIME-SE PESSOALMENTE O JOSà DENILSON SILVA DA SILVA, via AR,
para que, no prazo de 15 (quinze) dias, manifeste interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que
lhe competir, oportunidade em que deverá habilitar advogado(s), com a juntada de procuração
assinada pelo próprio autor, sob pena de extinção do feito pela ausência de pressuposto válido de
desenvolvimento do processo, na forma do art. 485, IV do CPC. Não cumprido o determinado, certifique-
se e retornem conclusos para sentença. 2. Cumprida tempestivamente a determinação retro, o que
deverá ser certificado, em vista das escusas apresentadas às fls. 230, NOMEIO como perita a médica
FILOMENA BRANDÃO BARROSO REBELLO (CRM 842), telefone (091) 99987-3965), para cumprimento
do encargo, com honorários periciais fixados em R$-300,00 (trezentos reais), na forma do ACORDO DE
COOPERAÃÃO TÃCNICA Nº 021/2016 firmado entre esse Tribunal de Justiça e a Seguradora LÃ-der
de Consórcios DPVAT, os quais já se encontram depositados, conforme doc. de fls. 221/225.     Â
Assim, INTIME-SE a perita nomeada para, no prazo de 05 (cinco) dias, informar se aceita a nomeação,
e, em caso afirmativo i) apresentar currÃ-culo, com comprovação de especialização; e, ii) contatos
profissionais.      FICA DESDE Jà ADVERTIDA A EXPERT que eventual escusa deverá ser
apresentada no prazo acima assinalado, sob pena de que a inércia seja punÃ-vel com as sanções
decorrentes de descumprimento de ordem judicial. Â Â Â Â Â 2. Havendo o aceite, desde logo, AUTORIZO
a liberação de 50% (cinquenta por cento) dos valores devido a tÃ-tulo de honorários periciais, com
fulcro no art. 465, §4º do CPC.      3. Efetuado o depósito, considerando que as partes já
foram intimadas para apresentação de quesitos e assistente técnico (fls. 209), nos termos do art. 465,
§1º do CPC, INTIME-SE o perito nomeado para dar inÃ-cio à perÃ-cia, a qual deve ser concluÃ-da no
prazo de 30 (trinta) dias, no qual deverão ser respondidos os quesitos das partes, se houver, e os do
JuÃ-zo (que seguem abaixo), devendo o profissional técnico combinar com a parte autora e ré, local,
data e hora para elaboração da diligência, atentando-se ao disposto no art. 466 do CPC, acaso se
faça necessário.      Saliente-se que o decurso do prazo sem o cumprimento da obrigação,
quer por culpa do requerido, quer por culpa do requerente (ao não comparecer a perÃ-cia designada)
ensejará a PRECLUSÃO QUANTO AO DIREITO DE PRODUÃÃO PROBATÃRIA, de sorte que, tal parte,
arcará com os ônus de seu descumprimento.      4. Apresentado o laudo pericial, INTIMEM-SE as
partes para, no prazo comum de 15 (quinze) dias, primeiro autor e depois réu, apresentar
manifestação, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu
respectivo parecer, nos termos do art. 477, §1º do CPC.      Uma vez apresentado laudo pericial,
resta autorizada a liberação do restante da quantia, observadas as cautelas de praxe e em tudo
certificado nos autos.      5. Por fim, observada integralmente a presente decisão, retornem
conclusos para apreciação, devendo, em sendo o caso, a UPJ adotar as providências necessárias ao
recolhimento das custas processuais pendentes de pagamento. Â Â Â Â Â INT. DIL. E CUMPRA-SE. Â Â
   Belém/PA, 17 de Agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za
de Direito Titular da 3ª VCE da Capital      HM QUESITO DO JUÃZO: Nos termos do acórdão
acostado às fls. 197/198, INDIQUE qual o grau de lesão suportado pelo autor e QUANTIFIQUE
conforme a Tabela adicionada à Lei nº 6.194/74 pela Medida Provisória nº 451/2008. PROCESSO:
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00745995920138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):


VAL DEISE M ARIA RE IS B A S TOS A ? ? o : P ro c e d ime n t o Co mu m Cí v e l e m: 1 7 /0 8 / 2 0 2 1
AUTOR:ANDERSON MENEZES CORREA Representante(s): OAB 16021 - LURLYNE HELENY
FERNANDES GONCALVES ROCHA (ADVOGADO) REU:FEDERAL SEGUROS S/A Representante(s):
OAB 14351 - MARILIA DIAS ANDRADE (ADVOGADO) OAB 16292 - LUANA SILVA SANTOS
(ADVOGADO) . PROCESSO N. 0074599-59.2013.8.14.0301 DECISÃO VISTOS. 1. Denota-se do
documento de fls. 67/69 que o Instituto Médico Legal já realizou exame de corpo de delito no autor (sob
o nº 36763/2013), ocasião em que foi indicado pelo expert a necessidade de realização de exame
complementar, de forma que o autor, a fim de demonstrar minimamente a sua pretensão, teria que ter
instruÃ-do a exordial tanto com o exame já realizado no IML quanto com os exames complementares que
lhe fora requerido para conclusão do exame, o que não ocorreu, não podendo transferir
indistintamente ao Judiciário a incumbência para realização destes.  Não fosse isso suficiente, no
mesmo ofÃ-cio, desde 2016, o IML informou quais os procedimentos e documentos necessários para
agendamento e submissão do periciando ao exame de corpo de delito, não havendo informações
nos autos de que o autor tenha providenciado o que lhe incumbia, mesmo já tendo comparecido aos
autos posteriormente, de forma que a desÃ-dia do autor inviabilizou a realização do ato. Desta forma,
considerando que o Instituto Médico Legal já realizou perÃ-cia no autor cuja conclusão restou
prejudicada por falta oponÃ-vel ao próprio periciando, INDEFIRO A REALIZAÃÃO DE NOVA PERÃCIA,
uma vez que já realizado o exame pelo IML, haja vista que é ônus do autor instruir a ação com a
prova dos fatos constitutivos do seu direito (CPC, art. 373, I), o qual não demonstrou nenhuma causa
plausÃ-vel a justificar a necessidade de repetição do ato pericial. 2. Estando o feito em ordem e preclusa
a juntada de outras provas documentais, nos termos do art. 355, I do CPC, ANUNCIO O JULGAMENTO
ANTECIPADO DO FEITO. 3. Considerando o disposto na Lei nº. 8.328/2015, especialmente o art. 271
que determina a necessidade de recolhimento prévio das custas, para fins de prolação de sentença
de mérito, REMETAM-SE OS AUTOS à UNAJ, para cálculo de custas finais, devendo, em seguida, ser
intimada a parte embargante para fins de recolhimento em 15 (quinze) dias, sob as penas legais, salvo se
militar sob o pálio da justiça gratuita, o que eu deverá ser certificado. INT., DIL. E CUMPRA-SE. Adotas
as providências cabÃ-veis, conclusos para SENTENÃA.      Belém/PA, 12 de agosto de 2021. Â
    VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito da 3ª VCE da Capital     Â
HM 1 Art. 27. No momento da prolação da sentença ou do acórdão as custas processuais devem
estar devidamente quitadas, sob pena de responsabilidade do(s) magistrado(s), salvo os casos de
assistência judiciária gratuita ou isenções legais. PROCESSO: 00820650220168140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS
A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:CARLOS MONTEIRO FERREIRA
Representante(s): OAB 53400 - ROBERTO CESAR GOUVEIA MAJCHSZAK (ADVOGADO)
REU:SEGURADORA LIDER CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT SA Representante(s): OAB 14351 -
MARILIA DIAS ANDRADE (ADVOGADO) OAB 16292 - LUANA SILVA SANTOS (ADVOGADO) OAB
23256 - ERICK PINHEIRO MAGALHÃES (ADVOGADO) OAB 16292 - LUANA SILVA SANTOS
(ADVOGADO) OAB 14351 - MARILIA DIAS ANDRADE (ADVOGADO) . DECISÃO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â
   Trata-se de AÃÃO DE COBRANÃA ajuizada por Carlos Monteiro Ferreira em face de Seguradora
LÃ-der dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A, todos qualificados nos autos da ação em epÃ-grafe, na
qual a parte pleiteia receber suposta diferença devido a tÃ-tulo de indenização decorrente de acidente
automobilÃ-stico, fruto do seguro DPVAT, ocasião em que, houve o deferimento da prova pericial.   Â
  No entanto, da leitura da inicial, sequer é possÃ-vel identificar os danos que dariam direito ao pleito
formulado e justificariam o pagamento de novos valores em favor da parte autora, uma vez que, da leitura
da exordial e dos documentos coligidos aos autos, não se pode, nem mesmo, identificar a extensão das
lesões sofridas pelo requerente.      Inobstante possa ser considerado que ao autor, não cabe
especificar o valor a ser percebido em razão das sequelas sofridas, CERTAMENTE, A ELE CABE
DEMONSTRAR AS CONSEQUÃNCIAS DECORRENTES DO ACIDENTE SOFRIDO E O GRAU DE
INVALIDEZ/SEQUELAS QUE LHE FORAM CAUSADAS, conforme ônus processual previsto no art. 373,
I do CPC.      Não se está exigindo da parte autora o esgotamento dos elementos probatórios e
tampouco pretende-se impedir eventual instrução do processo. No entanto, é dever do Juiz zelar pelo
escorreito prosseguimento do feito, de modo que, da leitura da inicial, a parte sequer narra qual seria a
extensão das sequelas que deixou de ser considerada pela seguradora, da mesma forma, que tampouco
classifica os danos sofridos, demonstrando que, por exemplo, ao invés de enquadrar-se no `parâmetro
a, como pretendido e pago pela seguradora¿ enquadrar-se-ia no `parâmetro b, conforme pleiteado em
sede de inicial¿.      Neste sentido, TORNO SEM EFEITO a perÃ-cia designada e em
consequência, ANUNCIO O JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO, nos termos do art. 355, I do CPC.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

           Desde logo, considerando o disposto na Lei nº. 8.328/2015, especialmente o art.


27 que determina a necessidade de recolhimento prévio das custas, para fins de prolação de
sentença de mérito, REMETAM-SE OS AUTOS à UNAJ, para cálculo de custas finais, devendo, em
seguida, ser intimada a parte para fins de recolhimento, sob pena de imediata extinção do processo,
com fulcro no art. 485, IV do CPC, acaso se faça necessário;      Ãs fls. 86/89, a requerida
Seguradora LÃ-der dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A, peticiona informando o deposito judicial no
valor de 300,00 (trezentos reais), conforme decisão à fl. 85, a qual determina pagamento de honorário
pericial. Assim, CERTIFIQUE-SE à UPJ, quanto a existência do depósito indicado (fl. 88/89), bem como,
se o mesmo foi efetuado em subconta vinculada a este processo. Â Â Â Â Â Caso tenha sido depositado
em instituição financeira diversa (Banco do Brasil), OFICIE-SE a mesma, para informar, no prazo de 15
(quinze) dias, os valores atualizados, bem como efetuar transferência para subconta vinculada ao
processo.      Cumpridas as determinações, fica desde já autorizada a EXPEDIÿO DO
ALVARà do que há depositado em conta judicial com as devidas correções monetárias, em favor da
requerida, uma vez que não realizada a perÃ-cia judicial.      INT. DIL. E CUMPRA-SE. Após,
decorrido o prazo e estando o feito devidamente certificado, RETORNEM conclusos para sentença.  Â
   Belém-Pará, 16 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS     Â
JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital      DAL PROCESSO:
00864292220138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 17/08/2021
EXEQUENTE:BANCO BRADESCO SA Representante(s): OAB 14011 - CAMILO CASSIANO RANGEL
CANTO (ADVOGADO) OAB 3056 - MAURO PAULO GALERA MARI (ADVOGADO)
EXECUTADO:GIOVANI MARTINS DE CASTRO EXECUTADO:GILMARA FERREIRA ANDRADE DE
CASTRO. SENTENÃA. Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE EXECUÃÃO ajuizada por
Banco Bradesco S/A em face de Giovani Martins de Castro e Gilmara Ferreira Andrade de Castro, todos
qualificados nos autos. Â Â Â Â Â Ã fl. 29, em 21/10/2015, este JuÃ-zo determinou o arquivamento
provisório do feito, tendo em vista a não localização dos executados, oportunizando ao exequente o
desarquivamento face a localização dos executados.      Ãs fls. 38/46, o exequente requereu o
desarquivamento do feito, bem como vista dos autos. Â Â Â Â Â Ã fl. 48, deferido o pedido de vista dos
autos e determinada a intimação do a parte autora para apresentação do endereço dos
executados, sob pena de extinção do processo.      Ãs fls. 49/50, o exequente peticiona
informando a não      localização dos réus e requereu pesquisas eletrônicas via INFOJUD e
BACENJUD.        à o relatório. PASSO A DECIDIR.      Dispõe o art. 485, inciso IV do
Código de Processo Civil, que o juiz não resolverá o mérito quando verificar a ausência de
pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo.      No caso
vertente, verifica-se que a parte autora foi, em mais de oportunidade, instada a manifestar-se acerca da
apresentação do endereço atualizado dos réus, de sorte que, ainda que apresentada
manifestação, esta foi formulada de forma genérica, não anexando aos autos, qualquer documento
que comprovasse a tentativa da referida diligencia, conforme determinado por este JuÃ-zo. Â Â Â Â Â
Saliente-se que o art. 77, V do CPC prevê que é DEVER das partes `declinar, no primeiro momento que
lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações,
atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva¿.
     Assim, conclui-se que parte não teve mais qualquer interesse no andamento do feito,
considerando que deixou de cumprir diligência que lhe incumbia, ao não indicar o endereço
atualizado, inviabilizando a realização da citação e o escorreito prosseguimento do feito.     Â
Olvidou a parte autora que o princÃ-pio da cooperação não se impõe somente ao Judiciário, mas a
todos os operadores do direito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â ANTE O EXPOSTO, pelos fundamentos ao norte
alinhavados, DECLARO EXTINTO O PROCESSO, sem resolução de mérito, com fundamento no
artigo 485, inciso IV, do Código de Processo Civil.      CONDENO A PARTE AUTORA ao
pagamento de custas processuais, eventualmente pendentes de recolhimento, salientando que, sendo a
parte beneficiária da justiça gratuita, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob
condição suspensiva de exigibilidade, nos termos do art. 98, §3º do CPC.      DEIXO DE
CONDENAR A PARTE AUTORA ao pagamento de honorários advocatÃ-cios, tendo em vista que sequer
efetuada a triangulação processual.      Havendo interposição de RECURSO DE APELAÃÃO,
considerando o 485, § 7º[1] do CPC, retornem os autos conclusos para apreciação.     Â
Atente-se a Secretaria deste JuÃ-zo quanto a atualização das procurações e substabelecimentos de
modo que as publicações e intimações recaiam em nome dos advogados com poderes legÃ-timos de
representação das partes.      Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.      Após,
transitado em julgado, estando o feito devidamente certificado e observadas as cautelas de praxe,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ARQUIVE-SE, dando-se a respectiva baixa no sistema LIBRA.       Belém-Pará, 16 de agosto


de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital      DAL      [1] Interposta a apelação em qualquer dos
casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. PROCESSO:
00927518720158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Interdição/Curatela em: 17/08/2021 REQUERENTE:AFFONSO
RODRIGUES VIANNA NETO Representante(s): OAB 17454 - MATHEUS VIANNA DIAS SANTOS
(ADVOGADO) INTERDITANDO:AFFONSO CHAVES LIMA VIANNA INTERDITANDO:PAULO CHAVES
LIMA VIANNA. Processo: 00927518720158140301 R.H. CHAMO A ORDEM O PROCESSO: Â Â Â Â Â
Trata-se de ação de interdição judicial, transitada em julgado. Observa-se o irregular
prosseguimento da ação com pedido de Alvará Judicial para venda de imóvel do (s) Interditado (s), o
que deverá ser realizado em ação autônoma, com preenchimento dos requisitos legais, observados
os seus pressupostos processuais, especialmente no que se refere ao Valor da Causa. Desta forma,
determino o arquivamento imediato dos presentes autos.  Int. e Cumpra-se. Belém/PA, 16 de Agosto
de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS     JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara CÃ-vel
e Empresarial da Capital   J.E.T.E. PROCESSO: 01276172420158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REQUERENTE:D. K. S. D. Representante(s): OAB 53400 -
ROBERTO CESAR GOUVEIA MAJCHSZAK (ADVOGADO) REPRESENTANTE:ROSE ARIANA SANTOS
SIMOES Representante(s): OAB 53400 - ROBERTO CESAR GOUVEIA MAJCHSZAK (ADVOGADO)
REQUERIDO:A SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT Representante(s):
OAB 11307-A - ROBERTA MENEZES COELHO DE SOUZA (ADVOGADO) . DECISÃO Â Â Â Â Â
VISTOS. 1. Trata-se de AÃÃO DE COBRANÃA ajuizada por Deborah Karol Simoes Duarte, representada
por sua genitora Rose Ariana Santos Simoes em face de Seguradora LÃ-der dos Consórcios do Seguro
DPVAT S/A, todos qualificados nos autos da ação em epÃ-grafe, na qual a parte pleiteia receber
suposta diferença devido a tÃ-tulo de indenização decorrente de acidente automobilÃ-stico, fruto do
seguro DPVAT, ocasião em que, houve o deferimento da prova pericial.      No entanto, da leitura
da inicial, sequer é possÃ-vel identificar os danos que dariam direito ao pleito formulado e justificariam o
pagamento de novos valores em favor da parte autora, uma vez que, da leitura da exordial e dos
documentos coligidos aos autos, não se pode, nem mesmo, identificar a extensão das lesões sofridas
pelo requerente.      Inobstante possa ser considerado que ao autor, não cabe especificar o valor
a ser percebido em razão das sequelas sofridas, CERTAMENTE, A ELE CABE DEMONSTRAR AS
CONSEQUÃNCIAS DECORRENTES DO ACIDENTE SOFRIDO E O GRAU DE INVALIDEZ/SEQUELAS
QUE LHE FORAM CAUSADAS, conforme ônus processual previsto no art. 373, I do CPC.     Â
Não se está exigindo da parte autora o esgotamento dos elementos probatórios e tampouco pretende-
se impedir eventual instrução do processo. No entanto, é dever do Juiz zelar pelo escorreito
prosseguimento do feito, de modo que, da leitura da inicial, a parte sequer narra qual seria a extensão
das sequelas que deixou de ser considerada pela seguradora, da mesma forma, que tampouco classifica
os danos sofridos, demonstrando que, por exemplo, ao invés de enquadrar-se no `parâmetro a, como
pretendido e pago pela seguradora¿ enquadrar-se-ia no `parâmetro b, conforme pleiteado em sede de
inicial¿.      Neste sentido, TORNO SEM EFEITO a perÃ-cia designada à s fls. 140. 2. Em
observância ao disposto no art. 76 do CPC, SUSPENDO o presente feito por 30 (trinta) dias, tendo em
vista que a parte autora Deborah Karol Simoes Duarte, atingiu a maioridade; Â Â Â Â Â Assim, INTIME-SE
pessoalmente a parte autora Deborah Karol Simoes Duarte, no endereço constante na inicial, para, no
prazo de 15 (quinze) dias, proceder com a regularização da sua representação processual,
viabilizando o regular andamento processual, sob pena de extinção do processo sem resolução do
mérito; 3. Cumprido o item 2, estando o feito em ordem e tratando-se de matéria de direito que
prescinde a produção de outras provas, nos termos do art. 355, I do CPC, ANUNCIO O JULGAMENTO
ANTECIPADO DO FEITO;       4. Considerando o disposto na Lei nº. 8.328/2015, especialmente
o art. 27 que determina a necessidade de recolhimento prévio das custas, para fins de prolação de
sentença de mérito, REMETAM-SE OS AUTOS à UNAJ, para cálculo de custas finais, devendo, em
seguida, ser intimada a parte para fins de recolhimento, sob pena de imediata extinção do processo,
com fulcro no art. 485, IV do CPC, acaso se faça necessário; 5. Ãs fls. 141/145, a requerida Seguradora
LÃ-der dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A, peticiona informando o deposito judicial no valor de 300,00
(trezentos reais), conforme decisão à fl. 140, a qual determina pagamento de honorários periciais do
valor encimado. Assim, CERTIFIQUE-SE à UPJ, quanto a existência do depósito indicado (fl. 144), bem
como, se o mesmo foi efetuado em subconta vinculada a este processo. 6. Caso tenha sido depositado em
instituição financeira diversa (Banco do Brasil), OFICIE-SE a mesma, para informar, no prazo de 15
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(quinze) dias, os valores atualizados, bem como efetuar transferência para subconta vinculada ao
processo. 7. Cumpridas as determinações, fica desde já autorizada a EXPEDIÃÃO DO ALVARà do
que há depositado em conta judicial com as devidas correções monetárias, em favor da requerida,
uma vez que não realizada a perÃ-cia judicial.      INT. DIL. E CUMPRA-SE. Após, decorrido o
prazo e estando o feito devidamente certificado, RETORNEM conclusos para sentença.     Â
Belém-Pará, 16 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de
Direito Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital      DAL PROCESSO:
01276389720158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VAL DEISE M ARIA RE IS B A S TOS A ? ? o : P ro c e d ime n t o Co mu m Cí v e l e m: 1 7 /0 8 / 2 0 2 1
REQUERENTE:DENNYS FREITAS DA SILVA Representante(s): OAB 53400 - ROBERTO CESAR
GOUVEIA MAJCHSZAK (ADVOGADO) REQUERIDO:SEGURADORA LIDER CONSORCIOS DO
SEGURO DPVAT LTDA Representante(s): OAB 14351 - MARILIA DIAS ANDRADE (ADVOGADO) OAB
16292 - LUANA SILVA SANTOS (ADVOGADO) . DECIS¿O      VISTOS.      Trata-se de
AÃÃO DE COBRANÃA ajuizada por Dennys Freitas da Silva em face de Seguradora LÃ-der dos
Consórcios do Seguro DPVAT S/A, todos qualificados nos autos da ação em epÃ-grafe, na qual a parte
pleiteia receber suposta diferença devido a tÃ-tulo de indenização decorrente de acidente
automobilÃ-stico, fruto do seguro DPVAT, ocasião em que, houve o deferimento da prova pericial.   Â
  No entanto, da leitura da inicial, sequer é possÃ-vel identificar os danos que dariam direito ao pleito
formulado e justificariam o pagamento de novos valores em favor da parte autora, uma vez que, da leitura
da exordial e dos documentos coligidos aos autos, n¿o se pode, nem mesmo, identificar a extensão das
lesões sofridas pelo requerente.      Inobstante possa ser considerado que ao autor, não cabe
especificar o valor a ser percebido em razão das sequelas sofridas, CERTAMENTE, A ELE CABE
DEMONSTRAR AS CONSEQUÃNCIAS DECORRENTES DO ACIDENTE SOFRIDO E O GRAU DE
INVALIDEZ/SEQUELAS QUE LHE FORAM CAUSADAS, conforme ônus processual previsto no art. 373,
I do CPC.      N¿o se está exigindo da parte autora o esgotamento dos elementos probatórios e
tampouco pretende-se impedir eventual instrução do processo. No entanto, é dever do Juiz zelar pelo
escorreito prosseguimento do feito, de modo que, da leitura da inicial, a parte sequer narra qual seria a
extensão das sequelas que deixou de ser considerada pela seguradora, da mesma forma, que tampouco
classifica os danos sofridos, demonstrando que, por exemplo, ao invés de enquadrar-se no `parâmetro
a, como pretendido e pago pela seguradora¿ enquadrar-se-ia no `parâmetro b, conforme pleiteado em
sede de inicial¿.      Neste sentido, TORNO SEM EFEITO a perÃ-cia designada e em
consequência, ANUNCIO O JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO, nos termos do art. 355, I do CPC.
           Desde logo, considerando o disposto na Lei nº. 8.328/2015, especialmente o art.
27 que determina a necessidade de recolhimento prévio das custas, para fins de prolação de
sentença de mérito, REMETAM-SE OS AUTOS à UNAJ, para cálculo de custas finais, devendo, em
seguida, ser intimada a parte para fins de recolhimento, sob pena de imediata extinção do processo,
com fulcro no art. 485, IV do CPC, acaso se faça necessário;      Ãs fls. 92/95, a requerida
Seguradora LÃ-der dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A, peticiona informando o deposito judicial no
valor de 300,00 (trezentos reais), conforme decisão à fl. 91, a qual determina pagamento de honorários
periciais do valor encimado. Assim, CERTIFIQUE-SE à UPJ, quanto a existência do depósito indicado
(fl. 95), bem como, se o mesmo foi efetuado em subconta vinculada a este processo. Â Â Â Â Â Caso
tenha sido depositado em instituição financeira diversa (Banco do Brasil), OFICIE-SE a mesma, para
informar, no prazo de 15 (quinze) dias, os valores atualizados, bem como efetuar transferência para
subconta vinculada ao processo.      Cumpridas as determinações, fica desde já autorizada a
EXPEDIÿO DO ALVARà do que há depositado em conta judicial com as devidas correções
monetárias, em favor da requerida, uma vez que não realizada a perÃ-cia judicial.      INT. DIL. E
CUMPRA-SE. Após, decorrido o prazo e estando o feito devidamente certificado, RETORNEM conclusos
para sentença.      Belém-Pará, 16 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS
BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital      DAL
PROCESSO: 01380938720168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:ANTONIA RODRIGUES PINTO Representante(s):
OAB 53400 - ROBERTO CESAR GOUVEIA MAJCHSZAK (ADVOGADO) REU:SEGURADORA LIDER
CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT SA Representante(s): OAB 8770 - BRUNO MENEZES COELHO DE
SOUZA (ADVOGADO) OAB 20710 - LAURA EMANNUELA GUIMARAES DE PINHO NOGUEIRA
(ADVOGADO) . DECISÃO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE COBRANÃA ajuizada por
Antonia Rodrigues Pinto, em face de Seguradora LÃ-der dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A, todos
qualificados nos autos da ação em epÃ-grafe, na qual a parte pleiteia receber suposta diferença
1037
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

devido a tÃ-tulo de indenização decorrente de acidente automobilÃ-stico, fruto do seguro DPVAT,


ocasião em que, houve o deferimento da prova pericial.      No entanto, da leitura da inicial,
sequer é possÃ-vel identificar os danos que dariam direito ao pleito formulado e justificariam o pagamento
de novos valores em favor da parte autora, uma vez que, da leitura da exordial e dos documentos coligidos
aos autos, não se pode, nem mesmo, identificar a extensão das lesões sofridas pelo requerente.  Â
   Inobstante possa ser considerado que ao autor, não cabe especificar o valor a ser percebido em
razão das sequelas sofridas, CERTAMENTE, A ELE CABE DEMONSTRAR AS CONSEQUÃNCIAS
DECORRENTES DO ACIDENTE SOFRIDO E O GRAU DE INVALIDEZ/SEQUELAS QUE LHE FORAM
CAUSADAS, conforme ônus processual previsto no art. 373, I do CPC.      Não se está exigindo
da parte autora o esgotamento dos elementos probatórios e tampouco pretende-se impedir eventual
instrução do processo. No entanto, é dever do Juiz zelar pelo escorreito prosseguimento do feito, de
modo que, da leitura da inicial, a parte sequer narra qual seria a extensão das sequelas que deixou de
ser considerada pela seguradora, da mesma forma, que tampouco classifica os danos sofridos,
demonstrando que, por exemplo, ao invés de enquadrar-se no `parâmetro a, como pretendido e pago
pela seguradora¿ enquadrar-se-ia no `parâmetro b, conforme pleiteado em sede de inicial¿.     Â
Neste sentido, TORNO SEM EFEITO a perÃ-cia designada e em consequência, ANUNCIO O
JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO, nos termos do art. 355, I do CPC. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Desde logo, considerando o disposto na Lei nº. 8.328/2015, especialmente o art. 27 que determina a
necessidade de recolhimento prévio das custas, para fins de prolação de sentença de mérito,
REMETAM-SE OS AUTOS à UNAJ, para cálculo de custas finais, devendo, em seguida, ser intimada a
parte para fins de recolhimento, sob pena de imediata extinção do processo, com fulcro no art. 485, IV
do CPC, acaso se faça necessário;      INT. DIL. E CUMPRA-SE. Após, decorrido o prazo e
estando o feito devidamente certificado, RETORNEM conclusos para sentença.      Belém -
Pará, 16 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito
Titular da 3ª VCE da Capital      DAL PROCESSO: 02102782620168140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS
A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REQUERENTE:ELIAS ALVES DE SOUZA
Representante(s): OAB 23144 - ANDERSON RODRIGO MENDES CARDOSO (ADVOGADO) OAB 24251
- REGILSON CARNEIRO PINHEIRO (ADVOGADO) REQUERIDO:FEDERACAO DOS SINDICATOS DO
COMERCIO DO PARA E AMAPA FETRACO Representante(s): OAB 12387 - RONE MIRANDA PIRES
(ADVOGADO) OAB 17918 - GABRIELA DA SILVA RODRIGUES (ADVOGADO) OAB 12374 - DAVI
COSTA LIMA (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0210278-26.2016.8.14.0301      DECISÃO    Â
 VISTOS.      CHAMO A ORDEM: Adote a UPJ as providências necessárias ao
DESENTRANHAMENTO da decisão de fl. 156/158 considerando que não se refere aos presentes
autos, a fim de evitar tumulto e confusão processual. Após, certifique-se, observadas as cautelas de
praxe e renumerando-se os presentes autos. Â Â Â Â Â 2. No tocante ao pedido de prova pericial
formulado por ambas as partes, hei, por bem, INDEFERI-LO, tendo em vista que, conforme pontos
controversos fixados por este JuÃ-zo na decisão de fl. 159/160 independem de conhecimento técnico
especializado, podendo, a priori, ser comprovados por documentais que deveriam ter sido anexadas aos
autos no momento processual oportuno.      Exalce-se que, não fosse apenas isto, o próprio
decurso do tempo inviabilizará a realização da prova e a obtenção de conclusão apta a subsidiar
o convencimento desta Magistrada, tendo em vista que, certamente, o expert não terá como verificar o
`antes¿ e o `depois¿ do imóvel da parte autora, por exemplo.      2. Em relação ao pedido
de realização de prova testemunhal e oitiva de depoimento pessoal do autor, formuladas pelas partes,
hei, por bem, INDEFERI-LAS, tendo em vista, no entender deste JuÃ-zo, a sua fragilidade, porquanto a
natureza da matéria ora objeto de discussão.      Sobre o assunto, o Colendo Superior Tribunal
de Justiça já se manifestou a respeito: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. ALEGAÃÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA. PRODUÃÃO DE PROVA TESTEMUNHAL
INDEFERIDA. NÃO CONFIGURAÃÃO. SÃMULA 7/STJ. DISSÃDIO JURISPRUDENCIAL. FALTA DE
COTEJO. 1. Não configura o cerceamento de defesa o julgamento da causa sem a produção de prova
testemunhal, quando o tribunal de origem entender que o feito foi corretamente instruÃ-do, declarando a
existência de provas suficientes para o seu convencimento. 2. O princÃ-pio da livre admissibilidade da
prova e do livre convencimento do juiz, que, nos termos do art. 130 do Código de Processo Civil,
permitem ao julgador determinar as provas que entende necessárias à instrução do processo, bem
como o indeferimento daquelas que considerar inúteis ou protelatórias. Rever os fundamentos que
levaram a conclusão a esse respeito, demandaria o exame do conjunto probatório, vedado pela
Súmula 7/STJ. 3. Para a admissibilidade do recurso especial, na hipótese da alÃ-nea "c" do permissivo
constitucional, é imprescindÃ-vel a indicação das circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

casos confrontados, mediante o cotejo dos fundamentos da decisão recorrida com o acórdão
paradigma, a fim de demonstrar a divergência jurisprudencial existente (arts. 541 do CPC e 255 do
RISTJ). 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (AGRG No Agravo Em Recurso Especial Nº
434.929 - Pr (2013/0383158-2) Relator: Ministro Luis Felipe Salomão Agravante: Amauri De Mello
Gomes Advogados: Carolina Reis Magalhães E Mansano Eduardo Reis Magalhães Vicente
Magalhães Filho Agravado: Selma Barbosa Bernini Advogado: Andreia Da Rosa Rache) (grifou-se)   Â
  Saliente-se, de pronto, que prevalece o PRINCÃPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO (art.
371 do CPC), por meio da leitura conjunta com o disposto no art. 479 do CPC, através do qual, infere-se,
que o juiz não fica adstrito as provas provas requeridas pelas partes, desde que seu convencimento seja
devidamente motivado.      Desta forma, infere-se que a determinação de prova testemunhal no
caso em apreço, se mostra desarrazoada, conforme alhures exposto, sendo certo que, acaso deferida,
serviria tão somente para macular a observância aos PrincÃ-pios da Economia e Celeridade Processual.
     Desta forma, estando o feito em ordem e tratando-se de matéria de direito que prescinde da
produção de outras provas, nos termos do art. 355, I do CPC, ANUNCIO O JULGAMENTO
ANTECIPADO DO FEITO.      Remetam-se os autos à UNAJ, para fins de cálculo de custas finais,
devendo a parte autora ser devidamente intimada para fins de recolhimento, acaso se faça necessário.Â
     INT., DIL. E CUMPRA-SE. Após, retornem os autos conclusos para SENTENÃA.     Â
Belém/PA, 13 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de
Direito Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO: 02913027620168140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS
A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:FRANCISCO DAS CHAGAS DE FREITAS
CAMPOS Representante(s): MARIA DO SOCORRO GUIMARAES (ADVOGADO) REU:BANCO DO
BRASIL Representante(s): OAB 24046 - MONIQUE PRISCILA MAGNO DOS SANTOS (ADVOGADO)
OAB 15201-A - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO) . PROCESSO:
02913027620168140301 SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Os presentes autos versam sobre AÃÃO DE
COBRANÃA POR APROPRIAÃÃO INDEBITA DE COTAS DO PASEP ajuizada por FRANCISCO DAS
CHAGAS DE FREITAS CAMPOS em face de BANCO DO BRASIL S/A. Â Â Â Â Â Â A parte autora
sustenta ter ajuizado a presente demanda com o objetivo de compelir a instituição financeira
demandada a exibir as contas atinentes aos depósitos do PIS/PASEP. Salienta que, na condição de
militar reformado, foram depositados valores ao longo dos anos em uma conta junto ao Banco do Brasil,
contudo, ao fazer o levantamento do saldo de sua conta PASEP, verificou que o réu apesar de receber
os depósitos não repassou valores recebidos para a conta do réu no perÃ-odo de 1985 a 1999,
tampouco à correção dos referidos valores.      Destaca que, comprovada a relação jurÃ-dica,
nasce o dever de prestar contas. Discorre sobre o princÃ-pio da inafastabilidade da jurisdição.    Â
 Por fim, requereu a procedência da ação de COBRANÃA POR APROPRIAÃÃO INDEBITA DE
COTAS DO PASEP.      As fls. 119/135, o requerido apresentou contestação, pugnando pela
total improcedência da demanda, alegando preliminarmente ilegitimidade passiva, e no mérito a
inexistência do ato ilÃ-cito e a inexistência da culpa.      As fls. 158, o autor apresentou as
contrarrazões, reiterando os termos da inicial, alegando a legitimidade passiva da ré e a inocorrência
do prazo prescricional      Nada mais sendo requerido os autos vieram conclusos.      à a
sÃ-ntese do necessário. DECIDO.       O feito comporta julgamento antecipado, nos termos do
artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil, já que a matéria nele debatida independe da
produção de outras provas, sendo suficiente a documental existente nos autos.       Aliás,
conforme já decidiu o Excelso Supremo Tribunal Federal, ¿a necessidade de produção de prova há
de ficar evidenciada para que o julgamento antecipado da lide implique em cerceamento de defesa. A
antecipação é legÃ-tima se os aspectos decisivos estão suficientemente lÃ-quidos para embasar o
convencimento do Magistrado.¿ (RE 101171, Rel. Min. Francisco Rezek,Segunda Turma, j. em
05/10/1984). 1.     Da ilegitimidade passiva do Banco do Brasil.      O cerne da questão
centra-se na legitimidade do Banco do Brasil para figurar no polo passivo na ação de prestação de
contas relativas ao saldo de PIS/PASEP.      Pois bem.      Há um óbice ao conhecimento
da presente ação, consistente na ausência de legitimidade do Banco do Brasil para figurar no polo
passivo da demanda.      Com efeito, o Banco do Brasil S/A, assim como a Caixa Econômica
Federal, não podem responder pelos valores depositados a tÃ-tulo de PASEP E PIS, respectivamente,
pois constituem meros gestores dos valores depositados. Â Â Â Â Â Veja-se, a respeito, o disposto nos
arts. 3º a 5º do Decreto 9.978/2019: Art. 3º Fica instituÃ-do o Conselho Diretor do Fundo PIS-
PASEP, órgão colegiado responsável por gerir o Fundo. Art. 4º Compete ao Conselho Diretor do
Fundo PIS-PASEP: (...) b) calcular a atualização monetária do saldo credor das contas individuais
dos participantes; c) calcular a incidência de juros sobre o saldo credor atualizado das contas individuais
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

dos participantes; e (...) VI - requisitar ao Banco do Brasil S.A., à Caixa Econômica Federal e ao Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social as informações sobre as aplicações realizadas,
os recursos repassados e outras que julgar necessárias ao exercÃ-cio da sua gestão; VII - fornecer
informações, dados e documentação e emitir parecer relacionados com o Fundo PIS-PASEP, oÂ
PIS e o PASEP, por solicitação do Conselho Monetário Nacional e do Ministro de Estado da
Economia; VIII - autorizar e fixar, nos perÃ-odos estabelecidos, o processamento das solicitações de
saque e de retirada e seus pagamentos; (...) XII - definir as tarifas de remuneração da Caixa
Econômica Federal e do Banco do Brasil S.A., na qualidade de administradores do PIS e do PASEP,
respectivamente; e Art. 5º O Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP é composto pelos seguintes
representantes: I - cinco do Ministério da Economia, um dos quais representante da Secretaria do
Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda, que o coordenará; II - um dos participantes doÂ
PIS; e III - um dos participantes do PASEP. (...)      Com a presente demanda, pretende o autor,
ao fim e ao cabo, informações sobre a correção monetária e os juros aplicados sobre os valores do
PIS/PASEP depositados em conta aberta junto ao Banco do Brasil.      De acordo com o art. 3º do
Decreto 9.978/2019, no entanto, não é o Banco do Brasil o responsável pelo fundo, mas o Conselho
Diretor instituÃ-do na forma do art. 5º do mesmo Decreto.      A instituição demandada, na
verdade, apenas autoriza a abertura de uma conta para o depósito dos valores do PIS/PASEP,
recebendo, por conta disso, uma contraprestação do governo. Não tem, contudo, qualquer
ingerência sobre esses valores, assim como aos Ã-ndices de correção monetária e percentuais de
juros a eles aplicáveis.      A este respeito, inclusive, foi editada a súmula 77 do STJ que, apesar
de dirigida à CEF, tem aplicação também ao Banco do Brasil: Súmula 77: A Caixa Econômica
Federal é parte ilegÃ-tima para figurar no polo passivo das ações relativas à s contribuições para o
Fundo do PIS/PASEP.      Aliás, ao discorrer sobre situação idêntica a versada nos autos,
assinalou o Ministro Castro Meira, no voto proferido no Recurso Especial 747628: ¿O Banco do Brasil
apresenta-se, na verdade, como um prestador de serviços, para o qual recebe uma contraprestação
pecuniária chamada comissão. O Gestor do PASEP é um Conselho-Diretor, órgão colegiado
constituÃ-do de oito membros, com mandatos de 1 (um) ano, designados através de portaria pelo
Ministro de Estado da Fazenda. à este Conselho responsável pela representação judicial e
extrajudicial do programa, sendo realizada a defesa através da Procuradoria da Fazenda Nacional, a
teor do que preceitua o artigo 9º, § 8º, do Decreto nº 78.276/76, que assim dispõe:  ¿O
conselho-Diretor ficará investido de representação ativa e passiva do Fundo de ParticipaçãoÂ
PIS/PASEP, que será representado e definido, em juÃ-zo, por Procurador da Fazenda Nacional¿   Â
  O cálculo da correção monetária do saldo credor das contas vinculadas dos participantes, bem
como o percentual dos juros incidentes, nos perÃ-odos reclamados pelo demandante, eram determinados
pelo Conselho-Diretor do Fundo, sem qualquer interferência do Banco do Brasil, que apenas operava o
sistema.      O STJ, analisando questão semelhante relativa à Caixa Econômica Federal-CEF,
responsável pela operacionalização do Programa de Integração Social - PIS, fez editar a
Súmula nº 77/STJ, segundo a qual ¿a Caixa Econômica Federal é parte ilegÃ-tima para figurar no
polo passivo das ações relativas às contribuições para o fundo PIS/PASEP¿.      Esse
raciocÃ-nio é extensivo ao Banco do Brasil. Se a Caixa detinha a administração do PIS e o Banco
do Brasil a do PASEP, com a unificação do Fundo, perderam tais estabelecimentos a respectiva
gestão, que passou a um Conselho-Diretor, designado pelo Ministério da Fazenda, com atribuição
de representar judicial e extrajudicialmente o programa.      Assim, como a CEF é parte ilegÃ-tima
para figurar no polo passivo das ações relativas ao PIS (Súmula nº 77/STJ), também é
ilegÃ-timo o Banco do Brasil para figurar no polo passivo das ações relativas ao PIS/PASEP.¿    Â
 Nesse sentido a jurisprudência igualmente está consolidada:      RECURSO ESPECIAL Nº
1.480.250 - RS (2014/0230786-5) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN RECORRENTE : UNIÃO
RECORRIDO : MINISTÃRIO PÃBLICO FEDERAL DECISÃO Trata-se de Recurso Especial (art. 105, III, a
da CF) interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, cuja ementa é a
seguinte: AÃÃO CIVIL PÃBLICA. LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÃRIO PÃBLICO FEDERAL.
PIS/PASEP. FINALIDADE SOCIAL. EXTENSÃO DAS HIPÃTESES ELENCADAS NO ART. 40, § 1O, DA
LC Nº 75/96. INTERPRETAÃÃO CONFORME A CONSTITUIÃÃO. 1. O § único, do artigo 1o, da Lei
nº Lei nº 7.347/85 é inconstitucional, no tocante a vedação do cabimento da ação civil pública
para veicular pretensões que envolvam o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS quando a
questão se referir aos direitos dos empregados, por ofensa aos artigos 127 e 129, III, da Constituição
Federal. (TRF4, ARGUIÃÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 5017624-08.2012.404.0000, Corte
Especial, Des. Federal MARIA LÃCIA LUZ LEIRIA, POR MAIORIA, JUNTADO AOS AUTOS EM
08/01/2013). 2. O Ministério Público está legitimado a promover ação civil pública ou coletiva na
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

defesa de direitos individuais homogêneos (CF, art. 127 e 129, III e CDC, arts. 81 e 82, I). 3. A
legitimidade passiva da União para esta causa decorre de seu poder regulamentar sobre o Fundo
PIS/PASEP. 4. As hipóteses de saque previstas na Lei nº 8.036/90 e no art. 4o, § Io, da Lei
Complementar nº 75/96 não são exaustivas, mas meramente exemplificativas, devendo ser dada
prevalência ao caráter social da norma quando em jogo o direito individual à vida, à saúde e Ã
dignidade humana. Precedentes TRF 4a Região. 5. Mantida a sentença de procedência que
determinou à União a liberação do saldo das contas PIS/PASEP na hipótese de invalidez do titular
independentemente da obtenção de aposentadoria por invalidez ou benefÃ-cio assistencial ou, ainda, a
liberação do saldo das contas PIS/PASEP ao titular quando ele próprio ou qualquer de seus
dependentes for acometido de doença ou afecção listada na Portaria Interministerial MPAS/MS nº
2998/2001. 6. (...) Também a legitimidade da União para figurar no pólo passivo da presente ação
é patente. Como bem referido pela própria demandada, os estabelecimentos bancários (CEF e Banco
do Brasil) são administradores do PIS/PASEP, cujas normas são de competência da União, a quem
cabe regulamentar o Fundo em questão. Portanto, é a União parte legÃ-tima para figurar no pólo
passivo da presente ação. Assim, inexiste violação ao art. 535, II, do CPC, porquanto o Tribunal de
origem apreciou fundamentadamente a controvérsia, não padecendo o acórdão recorrido de
qualquer omissão. Quanto à alegada ilegitimidade da União para figurar no polo passivo da demanda,
também não assiste razão à recorrente, senão vejamos: ADMINISTRATIVO. PASEP. EXPURGOS
INFLACIONÃRIOS. ILEGITIMIDADE DO BANCO DO BRASIL S.A. SÃMULA 77/STJ. LEGITIMAÃÃO DA
UNIÃO. SÃMULA 77/STJ. 1. A Lei Complementar nº 8 de 3/70, que instituiu o Programa de Formacao do
Patrimonio do Servidor Público - PASEP, em seu art. 5º, delega ao Banco do Brasil competência para
operacionalizar o Programa, devendo manter contas individualizadas para cada servidor. Por essa
atividade, estabelece a lei em favor do Banco uma comissão de serviço a ser fixada pelo Conselho
Monetário Nacional. 2. Como a CEF é parte ilegÃ-tima para figurar no pólo passivo das ações
relativas ao PIS (Súmula nº 77/STJ), também se deve reconhecer a ilegitimidade do Banco do Brasil
para figurar no pólo passivo das ações relativas ao PASEP. 3. Recurso especial provido. PASEP.
CORREÃÃO MONETÃRIA. SIMILITUDE COM O FGTS. EXPURGOS INFLACIONÃRIOS DOS PLANOS
GOVERNAMENTAIS. IPC. INCIDÃNCIA. LEGITIMIDADE DA UNIÃO. PRESCRIÃÃO. MATÃRIA
APRECIADA PELO COLENDO STF. 1. A União tem legitimidade para figurar no pólo passivo das
ações em que se pleiteia a correção dos saldos do PASEP, tendo em vista que àquela compete a
gestão desta contribuição. 2. A analogia funda-se no princÃ-pio da igualdade jurÃ-dica, encerando
aplicação justa da lei. Tratando-se de espécies semelhantes aplicam-se normas semelhantes. 3.
Similitude de finalidades entre o PASEP e o FGTS (...) Diante do exposto, nos termos do art. 557, § 1º-
A, do CPC, dou parcial provimento ao Recurso Especial para anular o acórdão hostilizado. Publique-se.
Intimem-se. BrasÃ-lia (DF), 14 de outubro de 2014. MINISTRO HERMAN BENJAMIN Relator. (STJ - REsp:
1480250 RS 2014/0230786-5, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Publicação: DJ
29/10/2014) (grifos apostos) Â Â Â Â Â PROCESSUAL CIVIL. AÃÃO DE CONHECIMENTO DE
RESTITUIÃÃO DE VALORES PAGOS AO PASEP. LEGITIMIDADE PASSIVA DA UNIÃO.
COMPETÃNCIA DA JUSTIÃA FEDERAL. 1. A União possui legitimidade passiva para as ações em
que se pleiteia a restituição de pagamentos efetuados ao PASEP. A Caixa Econômica Federal e o
Banco do Brasil são meras instituições bancárias arrecadadoras. Precedentes do STJ: REsp
1.480.250/RS; REsp 622.319/PA; REsp 9.603/CE. 2. Agravo de instrumento do autor provido. Não
conhecido o agravo interno da União por estar prejudicado,(TRF-1 - AGTAG: 10073716620194010000,
Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL NOVÃLY VILANOVA, Data de Julgamento: 05/10/2020, OITAVA
TURMA, Data de Publicação: 07/10/2020) (grifos apostos)      EMBARGOS DE DECLARAÃÃO
CONVERTIDOS EM AGRAVO INTERNO. PIS/PASEP. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCOÂ
DO BRASIL. INCIDÃNCIA DA SÃMULA Nº.: 77 DO STJ. PRECEDENTES. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO.      1 - Em análise acurada da decisão monocrática ora embargada, constato que
o julgado não apresenta qualquer vÃ-cio que justifique a interposição do presente recurso, sendo
notória a pretensão do agravante de rediscutir matéria que foi plenamente analisada por esta relatora
a quando do julgamento do recurso de Apelação, hipótese que se mostra inviável na via recursal
eleita.      2 - Isto porque, o julgamento monocrático destacou de forma clara e fundamentada que
o Superior Tribunal de Justiça já reconheceu que o enunciado da Sumula nº.: 77 , se estende aoÂ
Banco do Brasil, restando firmado o entendimento de que a instituição financeira agravada é parte
ilegÃ-tima para figurar no polo passivo das ações relativas as contribuições para o fundoÂ
PIS/PASEP. Processo APL 0030068-53.2011.8.14.0301 BELÃM, 5ª CAMARA CIVEL, ISOLADA,
08/07/2016, 30 de Junho de 2016, DIRACY NUNES ALVES) (grifos apostos) Â Â Â Â Â APELAÃÃO
CÃVEL. NEGÃCIOS JURÃDICOS BANCÃRIOS. AÃÃO DE EXIGIR CONTAS. PRIMEIRA FASE. CONTA
1041
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ABERTA PARA DEPÃSITO DOS VALORES ORIUNDOS DO PASEP. BENEFÃCIO DA GRATUIDADE DE


JUSTIÃA. A declaração de pobreza prevista no art. 99, § 3º, do CPC implica presunção relativa,
motivo pelo qual o pedido de assistência judiciária gratuita pode ser indeferido se houver nos autos
elementos capazes de afastá-la. No caso, a conclusão é no sentido de a parte autora comprovou
situação que justifica a concessão do benefÃ-cio, razão pela qual defere-se o
pedido.ILEGITIMIDADE PASSIVA. \tCONFIGURADA. Tendo em vista o entendimento do STJ, no sentido
de que o Banco do Brasil não tem legitimidade para figurar no pólo passivo das ações relativas à s
contribuições para o PIS/PASEP e, considerando que a legitimidade é uma das condições da
ação, cabe a extinção do feito, de ofÃ-cio, sem resolução de mérito. ASSISTÃNCIA JUDICIÃRIA
GRATUITA DEFERIDA.POR MAIORIA, DE OFÃCIO, EXTINTO O FEITO, SEM RESOLUÃÃO DE
MÃRITO. APELAÃÃO CÃVEL PREJUDICADA.(Apelação CÃ-vel, Nº 70082437195, Vigésima Quarta
Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Altair de Lemos Junior, Julgado em: 30-10-2019)
(TJ-RS - AC: 70082437195 RS, Relator: Altair de Lemos Junior, Data de Julgamento: 30/10/2019,
Vigésima Quarta Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: 04/11/2019) (grifos apostos).      De
rigor, portanto, a extinção do processo sem resolução de mérito, ante o reconhecimento, de
ofÃ-cio, da ilegitimidade passiva do Banco do Brasil. Â Â Â Â Â Ante o exposto, pelos fundamentos fatos ao
norte alinhavados, reconheço a ilegitimidade passiva do Banco do Brasil para responder pela presente
demanda e julgo extinto o processo, sem resolução de mérito, com base no art. 485, VI, do CPC.
     CONDENO A PARTE AUTORA AO PAGAMENTO DE HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS, estes
fixados em 10% sobre o valor da causa, com fulcro no art. 85, §2º, do CPC/2015.      Havendo
custas, estas deverão ser pagas pela parte autora, cuja exigibilidade se encontra suspensa em razão
da gratuidade de justiça concedida.       Havendo apelação, intime-se o apelado para
apresentar, caso queira, contrarrazões, no prazo legal. Após, certifique-se e encaminhem-se os autos
ao E. Tribunal de Justiça do Estado do para Pará para os devidos fins.       Na hipótese de
trânsito em julgado, ARQUIVE-SE.       Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.      Belém,
28 de Junho de 2021. Â Â Â Â Â VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS Â Â Â Â Â JuÃ-za de Direito Titular da
3ª VCE da Capital      J.E.T.E. PROCESSO: 03362804120168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:MARCIO QUEIROZ RODRIGUES Representante(s):
OAB 22351 - LEILIANE BARBOSA DE SOUZA (ADVOGADO) OAB 22542 - ELON FERREIRA DE PAIVA
(ADVOGADO) REU:FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS Representante(s): OAB 10988 - MONICA ARAUJO
MIRANDA (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0336280-41.2016.8.14.0301 DESPACHO MANDADO DE
INTIMAÃÃO PAGAMENTO VOLUNTÃRIO VISTOS.      Nos termos do artigo 523 do Código de
Processo Civil, pagas as custas pertinentes, se for o caso, INTIME(M)-SE o(s) DEVEDORE(S) para pagar
voluntariamente o valor total da dÃ-vida, no prazo de 15 (quinze) dias (através de seu advogado), sob
pena de incidência de multa de 10% sobre o valor e de imediata PENHORA DE TANTOS BENS
QUANTOS BASTEM PARA GARANTIR A EXECUÃÃO. Â Â Â Â Â FICA ADVERTIDO E CIENTE O
EXECUTADO, que transcorrido o prazo acima, terá o prazo de 15 dias, independentemente de nova
intimação ou formalização de penhora conforme art. 525 CPC do CPC, para oferecer
IMPUGNAÃÃO, limitando-se a defesa ao disposto no § 1º do artigo 525 do CPC.      ¿    Â
 Intime-se. Diligencie-se. Cumpra-se.      Belém-Pará, 13 de agosto de 2021.     Â
VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Capital      DAL      SERVE A PRESENTE COMO MANDADO NOS TERMOS DO
PROVIMENTO DA CJRMB. PROCESSO: 04016644820168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REQUERENTE:JORGE DA COSTA VALENTE JUNIOR
Representante(s): OAB 8910 - CARLOS MAIA DE MELLO PORTO (ADVOGADO) OAB 18453 -
ELDONCLEI LIRA DE ABREU PASSOS (ADVOGADO) REQUERIDO:CONSTRUTORA TENDA
Representante(s): OAB 21313 - GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA (ADVOGADO) OAB
22237-A - RODRIGO MATTAR COSTA ALVES DA SILVA (ADVOGADO) REQUERIDO:FIT
EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA Representante(s): OAB 21313 - GUSTAVO DE CARVALHO
AMAZONAS COTTA (ADVOGADO) OAB 22237-A - RODRIGO MATTAR COSTA ALVES DA SILVA
(ADVOGADO) REQUERIDO:F B CORREA LTDA -ME. PROCESSO Nº 0401664-48.2016.8.14.0301
DECISÃO INTERLOCUTÃRIA VISTOS. 1. INDEFIRO o pedido de fls. 371/381, haja vista que não há
identidade entre as partes, inexistindo a continência apontada, conforme art. 56 do CPC. 2.
PREJUDICADA a apreciação do pedido de tutela de evidência e de tutela de urgência, ante a
INÃPCIA da petição de fls. 390/392, uma vez que o autor não consignou pedido certo e determinado,
sendo impossÃ-vel se determinar qual a tutela jurisdicional efetivamente pretendida. 3. Caso estejam
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recolhidas as custas pertinentes, CUMPRA-SE a decisão de fls. 363, na forma da lei, de tudo certificando
nos autos e, caso sobrevenha contestação tempestiva, cumpra-se na forma do item 6 deste decisum. 4.
Lado outro, realizada a citação por edital e não apresentada contestação no prazo legal, o que
deverá ser certificado, FICA DECRETADA A REVELIA DO RÃU F.B. CORRÃA LTDA (IMÃBILE), não
produzindo os efeitos por força da exceção prevista no inciso I do art. 345 do CPC. 5. No caso retro,
fica NOMEADA A DEFENSORIA PÃBLICA para atuar como CURADOR ESPECIAL do réu revel, na
forma do art. 72, II c/c parágrafo único, do CPC, instalada nesta Urbe, por Defensor não impedido de
atuar no feito, devendo os autos serem remetidos para apresentação de defesa, no prazo legal. 6.
Sobrevindo contestação, certifique-se e INTIME-SE o autor para, no prazo de 15 (quinze) dias,
apresentar réplica às peças de defesa dos réus, sob as penas legais.      INT., DIL. E
CUMPRA-SE. SERVE A PRESENTE COMO MANDADO.      Belém/PA, 17 de agosto de 2021. Â
    VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital  Â
   HM PROCESSO: 05946710520168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REQUERENTE:ALDA CLEIA DE QUEIROZ CORREA
Representante(s): OAB 4896 - NILZA MARIA PAES DA CRUZ (DEFENSOR) REQUERIDO:CONSORCIO
MARCOS MARCELINO Representante(s): OAB 25103 - LIVIA DA SILVA DAMASCENO (ADVOGADO) .
PROCESSO Nº0594671-05.2016.8.14.0301      SENTENÃA      Vistos.        Â
             Os presentes autos versam sobre AÃÃO DE RESTITUIÃÃO DE PARCELAS
C/C INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS ajuizada por ALDA CLÃIA DE QUEIROZ CORREA em face de
CONSÃRCIO MARCOS MARCELINO. Â Â Â Â Â A autora alega que as partes formalizaram contrato de
adesão de consórcio, em janeiro de 2007, mediante o pagamento de 142 cotas mensais com valor
inicial de R$ 397,86 corrigidas pelo INCC. Sustenta que se credenciou a obter uma carta de crédito no
valor de R$ 25.000,00.      Narra que, após tomar conhecimento da liquidação da empresa,
suspendeu o pagamento das cotas mensais, motivo pelo qual requereu a devolução do valor pago
até então na monta de R$14.243,48.      Aduz que a empresa requerida se recusou a proceder
à imediata restituição dos valores e que procedeu à habilitação da parte autora no concurso de
credores em processo de falência instaurado perante a 2ª Vara CÃ-vel de Ananindeua.      Por
fim, requereu o seguinte: a) o ressarcimento integral das parcelas pagas na monta de R$ 16.414,89; b)
indenização por danos morais no importe de R$ 8.880,00.      à fl. 37, foi deferida a gratuidade
de justiça à parte autora.      Em sede contestação (fls. 47/59), a parte demandada pugnou
pela total improcedência da lide, alegando que, preliminarmente a incompetência absoluta do juÃ-zo ante
o juÃ-zo universal de falência, e, no mérito, sustentou que a legalidade da retenção das taxas de
administração e de seguro de vida. Aduziu, em suma, que a parte autora deveria pleitear a
restituição das parcelas na monta de R$ 11.936,84, perante o concurso de credores habilitados em
juÃ-zo falimentar.      à fls. 65/78, a parte autora reiterou em réplica os argumentos deduzidos em
exordial.      Ãs fls. 79, foi proferida decisão de saneamento, na qual restou indeferida a preliminar
de incompetência absoluta do presente juÃ-zo em razão da iliquidez do débito. Definiu-se igualmente
como pontos controvertidos o dano moral e a retenção das taxas de administração e seguro de vida.
     Nada mais sendo requerido, os autos retornaram conclusos para sentença.      à a
sÃ-ntese do necessário. DECIDO.      Nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de Processo
Civil/2015, é cabÃ-vel o julgamento antecipado da lide, pois a controvérsia em debate comporta
julgamento independentemente da produção de outras provas, porquanto suficientes para a solução
da lide a prova documental já produzida.      Imperioso ressaltar, de inÃ-cio, que a presente
controvérsia reside no direito de restituição imediato das parcelas pagas por consumidor a consórcio
ante à decretação de falência do mesmo. Discute-se igualmente a possibilidade de retenção das
taxas referente ao custeio da administração e do seguro de vida, bem como a ocorrência de danos
morais decorrentes do descumprimento contratual. 1.     Da não submissão da devolução dos
valores à habilitação de falência. Lei especial. Devolução imediata.      Incialmente, cumpre
ressaltar a previsão legal no art. 85 da Lei de Falências: Art. 85. O proprietário de bem arrecadado no
processo de falência ou que se encontre em poder do devedor na data da decretação da falência
poderá pedir sua restituição.      O Supremo Tribunal Federal, através da Súmula 417,
convalidou a possibilidade de restituição de valores em dinheiro em poder do falido por ocasião da
falência, conforme transcrito a seguir: ¿Pode ser objeto de restituição, na falência, dinheiro em
poder do falido, recebido em nome de outrem, ou do qual, por lei ou contrato, não tivesse ele a
disponibilidade.¿      Decretada a falência, procede-se ao denominado CONCURSO DE
CREDORES, no qual existem créditos que guardam preferência em relação a outros, observada a
redação no art. 83 da Lei de Falências (créditos trabalhistas, créditos com privilégios, créditos
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quirografários, entre outros)      Cumpre frisar a existência de legislação especÃ-fica sobre o


assunto, a qual estabelece que os valores a serem devolvidos não fazem parte da universalidade de
bens que compõem a massa falida, tal como se verifica pela leitura do art. 3º, § 3º, bem como, art.
5º, § 5º, III da Lei 11.795/08 (Lei dos Consórcios):      Art. 3º. (...)      § 3º O grupo
de consórcio é autônomo em relação aos demais e possui patrimônio próprio, que não se
confunde com o de outro grupo, nem com o da própria administradora. (grifei)      Art. 5º. (¿) Â
    § 5º. Os bens e direitos adquiridos pela administradora em nome do grupo de consórcio,
inclusive os decorrentes de garantia, bem como seus frutos e rendimentos, não se comunicam com o seu
patrimônio, observado que: (...)      III - não compõem o elenco de bens e direitos da
administradora, para efeito de liquidação judicial ou extrajudicial; (grifei)      Neste Ã-nterim, não
integram o patrimônio da administradora os valores pagos pelos consorciados, que continuam titulares de
todo capital empregado. Sendo assim, as prestações não podem ser arrecadadas pela massa falida
da administradora, com a finalidade de pagar os credores da massa falida, devendo ser restituÃ-das aos
consorciados.      Não se trata de afastar a aplicação da Lei de Falências, norma que que
regula o tratamento dado aos credores da pessoa jurÃ-dica falida. Contudo, no que tange Ã
ADMINISTRADORA DE CONSÃRCIOS, que gerencia recursos patrimoniais alheios, tem-se que a melhor
solução é a aplicação da lei especÃ-fica atinente à matéria (Lei dos Consórcios) em detrimento
da geral (Lei de Falências).      Assim,, não deve haver confusão patrimonial entre a massa
falida da empresa e o patrimônio dos consorciados, que, no caso em concreto, tem o direito legal de
receber seus créditos de maneira diversa do concurso universal dos demais credores.      Nesta
seara, este Egrégio Tribunal segue o mesmo entendimento a respeito da referida incomunicabilidade e
da não incidência das disposições relativas à lei de falências quanto ao concurso de credores,
como se observa abaixo: APELAÃÃO CÃVEL. EMPRESARIAL. RESTITUIÃÃO DE PARCELAS DE
CONSÃRCIO. FALÃNCIA DA ADMINISTRADORA. RESTITUIÃÃO DEVIDA. CONFLITO APARENTE
ENTRE NORMAS. CONTROVÃRSIA DIRIMIDA PELA APLICAÃÃO DO PRINCÃPIO DA
ESPECIALIDADE. PREVALÃNCIA DO ART. 3º, § 3º E ART. 5º, § 5º DA LEI 11.795/08 (LEI DOS
CONSÃRCIOS). INAPLICABILIDADE DO ART. 151 DA LEI DE FALENCIAS. VALOR DAS PARCELAS
PAGAS NÃO INTEGRA O PATRIMÃNIO DA EMPRESA. PRECEDENTE DO STJ. RATEIO DE
RECURSOS FINANCEIROS ARRECADADOS APENAS ENTRE OS CONSORCIADOS DO MESMO
GRUPO. CABIMENTO. TAXA DE ADMINISTRAÃÃO. SENTENÃA QUE DETERMINOU A REDUÃÃO DA
TAXA PELA METADE E SUA APLICAÃÃO SOMENTE ÃS PARCELAS EFETIVAMENTE PAGAS.
NULIDADE PARCIAL DA SENTENÃA RECONHECIDO EX-OFFICIO. SENTENÃA EXTRA PETITA NA
MEDIDA EM QUE TRATOU DE MATÃRIA NÃO REQUERIDA NA INICIAL. SUSPENSÃO DA
DISPONIBILIDADE DO MONTANTE E EXPEDIÃÃO DO MANDADO DE RESTITUIÃÃO SOMENTE
QUANTO AOS VALORES DE PROPRIEDADE DOS CONSORCIADOS. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. à possÃ-vel a restituição em dinheiro ao consorciado dos valores que
provou ter efetivamente pago à administradora do consórcio que teve a falência decretada. 2. O conflito
aparente de normas de mesma hierarquia deve ser resolvido pela aplicação do PrincÃ-pio da
Especialidade, pelo qual norma especial (Lei dos Consórcios) afasta norma geral (Lei das Falências)
quando tratar mais especificamente sobre o assunto em discussão. Aplicação dos artigos 3º, § 3º
e 5º, § 5º da Lei dos Consórcios em detrimento da aplicação da condicionante prevista na regra
do art. 151 da Lei de Falência. 3. Não integram o patrimônio da administradora os valores pagos pelos
consorciados, que continuam donos do capital empregado. Por essa razão, tais prestações não
podem ser arrecadadas pela massa falida da administradora, com a finalidade de pagar os credores. 4.
Havendo diversos consorciados a serem restituÃ-dos e não existindo saldo suficiente para o pagamento
integral, far-se-á rateio proporcional entre eles, de modo que nenhum receba mais que outros. 5. A
sentença a quo determinou a redução da taxa de administração e sua incidência somente quanto
às parcelas efetivamente pagas do consórcio. Sentença extra petita, uma vez que não houve pedido
neste sentido na peça de ingresso. 6. Determinada a restituição, deve o magistrado ordenar a
suspensão da disponibilidade da coisa até o trânsito em julgado, bem como, a expedição do
mandado para entrega em 48 horas. Reforma do dispositivo sentencial que não observou os artigos 88 e
91 da Lei 11.101/05. 7. Apelação Conhecida e Parcialmente Provida TJ-PA - AC:
00061497620138140006 BELÃM, Relator: CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO, Data de
Julgamento: 25/02/2019, 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Data de Publicação: 27/02/2019) (grifos
apostos)      Neste sentido, é importante colacionar trecho de acórdão proferido por este E.
Tribunal, cuja relatoria competiu ao Exº. Constantino Guerreiro, o qual exarou o seguinte voto: (...)Pelo
visto, considerando que a Lei de Falências determina a observância de uma ordem preferencial de
recebimento dos créditos, e, por outro lado, a Lei dos Consórcios exclui os valores das cotas do
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patrimônio da empresa falida, há um aparente conflito entre normas de mesma hierarquia. Apesar da Lei
11.101/05 tratar especificamente da matéria ¿Falência¿, não se pode negar que, no caso em
exame, a matéria ¿Consórcio¿, regulamentada por LEI POSTERIOR E ESPECÃFICA, também
guarda relação direta com o deslinde da causa, eis que o pedido de restituição dos valores é,
justamente, o objeto principal da demanda. (...) (grifos apostos) (TJ-PA - AC: 00061497620138140006
BELÃM, Relator: CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO, Data de Julgamento: 25/02/2019, 1ª
TURMA DE DIREITO PRIVADO, Data de Publicação: 27/02/2019)      Portanto, quando se trata
de falência de administradora de consórcio não deve haver confusão entre HABILITAÃÃO DE
CRÃDITOS e RESTITUIÃÃO DE VALORES, porquanto, na primeira situação, o credor concorre com os
demais pelo patrimônio da Pessoa JurÃ-dica FALIDA, e, no segundo caso, busca-se tão somente a
devolução da quantia pertencente ao próprio consorciado. Portanto, é cabÃ-vel a restituição
imediata das quantias pagas pela parte autora. 2.     Dos descontos da taxa de administração e
seguro de vida. Do ¿quantum¿ devido na restituição.      Pleiteia a parte autora restituição
integral das parcelas pagas ao consórcio, sustentando a ilegalidade da retenção da taxa de
administração e do seguro de vida.      O referido argumento não merece prosperar. Explico. Â
    Não é viável a devolução integral dos valores pagos, pois necessário o desconto da taxa
de administração, cuja regularidade já foi assentada pelo STJ em Recurso Repetitivo (2ª Seção,
REsp 1.114.606/PR, rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cuevas, DJe 20/06/2012).      No que se refere
à taxa de administração, o entendimento atual do STJ é no sentido de não limitá-la ao percentual
de 10%. Nos termos da Súmula 538 do STJ: ¿As administradoras de consórcio têm liberdade para
estabelecer a respectiva taxa de administração, ainda que fixada em percentual superior a dez por
cento.¿      No que se refere ao seguro de vida cobrado, este encargo decorreu dos serviços
prestados pela administradora do consórcio, cuja exigibilidade está autorizada, conforme o artigo 5o, §
3o, da Lei 11.795/08. Neste sentido: APELAÃÃO CÃVEL." AÃÃO DE RETIRADA DE CONSORCIADO C/C
RESTITUIÃÃO DE PARCELAS PAGAS ". SENTENÃA DE PARCIAL PROCEDÃNCIA DO PEDIDO.
IRRESIGNAÃÃO DA AUTORA. SUSTENTADA INVIABILIDADE DE SE DESCONTAR DO VALOR A SER
RESTITUÃDO Ã REQUERENTE AS PRESTAÃÃES ADIMPLIDAS A TÃTULO DE SEGURO DE VIDA
VINCULADO A CONSÃRCIO. IMPROCEDÃNCIA. UTILIZAÃÃO DO REFERIDO BENEFÃCIO DURANTE
O INTERREGNO EM QUE A CONSORCIADA FAZIA PARTE DO GRUPO. RESTITUIÃÃO QUE
CONFIGURARIA ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA DA AUTORA, EM CONTRARIEDADE AO ART. 884
DO CÃDIGO CIVIL. IMPOSSIBILIDADE, ADEMAIS, DE SE RECONHECER EVENTUAL ABUSIVIDADE
NO PACTO DE SEGURO, POIS TAL MATÃRIA NÃO FAZ PARTE DOS LIMITES DA MATÃRIA
DEDUZIDA EM JUÃZO [...] RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. Â Â Â Â Â [...] durante o perÃ-odo
abrangido pelas prestações pagas pela Demandante, houve a efetiva utilização do referido seguro,
cuja contratação não se discute, de maneira que, caso algum infortúnio tivesse ocorrido Ã
Consorciada durante o interregno em que fez parte do Grupo, tal seguro cobriria o saldo devedor em
aberto (Apelação CÃ-vel n. 2011.050393-3, de São José, rel. Des. José Carlos Carstens Köhler, j.
em 16.8.2011) (grifos apostos)      Assim, considerando que a autora contratou esses serviços e
deles beneficiou-se durante a vigência do contrato, indevida, pois, a restituição das respectivas
parcelas. 3.     Dos danos morais. Não cabimento.      Busca a autora a condenação a
tÃ-tulo de reparação por danos extrapatrimoniais.      Pois bem.      Desta forma, a
rescisão contratual causada pela falência da administradora de consórcios pode acarretar
aborrecimento, descontentamento, desprazer. Mas, essa circunstância não afeta a esfera subjetiva de
valores, reconhecidos em sociedade, como, por exemplo, a honra, a honestidade, a dignidade, a
probidade, o decoro; tampouco tem força de provocar, na pessoa comum, abalo psicológico.     Â
Cumpre ressaltar a inexistência de comprovação nos autos acerca da implicação de um abalo
moral grave, além de um mero aborrecimento comum à s situações de inadimplemento contratual. Â
    Oportuno destacar o princÃ-pio da tolerância na convivência social. Sobre o assunto, extrai-se
trecho da obra de Antônio Jeová dos Santos: O dano moral somente ingressará no mundo jurÃ-dico,
com a subsequente obrigação de indenizar, em havendo alguma grandeza no ato considerado ofensivo
a direito personalÃ-ssimo. Se o ato tido como gerador do dano extrapatrimonial não possui virtualidade
para lesionar sentimento ou causar dor e padecimento Ã-ntimo, não existiu o dano moral passÃ-vel de
ressarcimento. Para evitar a abundância de ações que tratam de danos morais presentes no foro,
havendo uma autêntica confusão do que seja lesão que atinge a pessoa e do que é mero
desconforto, convém repetir que não é qualquer sensação de desagrado, de molestamento ou de
contrariedade que merecerá indenização. O reconhecimento do dano moral exige determinada
envergadura. Necessário, também, que o dano se prolongue durante algum tempo e que seja a justa
medida do ultraje às afeições sentimentais. [...] As sensações desagradáveis, por si sós, que
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não trazem em seu bojo lesividade a algum direito personalÃ-ssimo, não merecerão ser indenizadas.
Existe um piso de inconvenientes que o ser humano tem de tolerar, sem que exista o autêntico dano
moral (grifou-se) (Dano moral indenizável. 3ª ed. São Paulo: Método, 2001. p. 122).      O que
se quer afirmar é que existe um mÃ-nimo de incômodos, inconvenientes ou desgostos que, pelo dever
de convivência social, sobretudo nas grandes cidades, em que os problemas fazem com que todos
estejam mal-humorados, há um dever geral de suportá-los.      O sentimento de desconforto,
desgosto e aborrecimento ocasional são próprios à convivência social e não ensejam, como é
óbvio, reparação por dano moral, cumprindo ao cidadão, mediante razoabilidade, distinguir
dissabores do dia a dia de situações mais graves.      Aplicáveis à espécie: AÃÃO
INDENIZATÃRIA [...] DANOS MORAIS - O descumprimento contratual pode ensejar a rescisão do
contrato e a reparação pelos prejuÃ-zos materiais advindos do inadimplemento da outra parte; todavia,
os danos materiais não geram automaticamente danos morais. Logo, não é qualquer descumprimento
contratual que enseja o direito à indenização por danos morais - No caso em tela, a indenização foi
pleiteada com base no descumprimento contratual da ré, discutida em ação autônoma, que culminou
com a rescisão do contrato de consórcio e a restituição dos valores pagos pelo autor - Danos morais
não configurados - Sentença de improcedência mantida - RECURSO DESPROVIDO. (TJSP,
Apelação CÃ-vel n. 0010351-46.2011.8.26.0099, de Bragança Paulista, rel. Des. Sérgio Shimura,
Décima Sexta Câmara Extraordinária de Direito Privado, j 15.05.2015); APELAÃÃES CÃVEIS. AÃÃO
ORDINÃRIA DE RESCISÃO DE CONTRATO C/C INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS. CONTRATO
DE CONSÃRCIO. [...] DANO MORAL. ALEGOU A CONSORCIADA A OCORRÃNCIA DE DANO
EXTRAPATRIMONIAL PELA APROPRIAÃÃO INDEVIDA DE VALORES. INADIMPLEMENTO
CONTRATUAL. MERO DISSABOR. DANO NÃO CONFIGURADO. [...] (TJSC, Apelação CÃ-vel n.
2012.028038-2, de Orleans, rel. Des. Subst. Guilherme Nunes Born, Quinta Câmara de Direito
Comercial, j. 20.02.2014);      Por conseguinte, não há que se falar em danos morais, por quanto
não houve qualquer ato ilÃ-cito indenizável. 4.     Do dispositivo.      Ante o exposto, e
diante dos fundamentos alinhavados, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE a ação, nos termos do art.
487, inciso I do CPC, e CONDENO a parte demanda a restituir ao autor os valores pagos no importe de
R11.936,84 (onze mil e novecentos e trinta e seis reais e oitenta e quatro centavos), que devem ser
corrigidos monetariamente pelo INPC, a contar de cada desembolso, e acrescidas de juros de 1% (um por
cento) ao mês, estes a contar da citação (art. 405 do CC).      Ante sucumbência mÃ-nima do
pleito autoral, condeno ainda o réu ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários
advocatÃ-cios, que fixo, com base no artigo 85, § 2º do CPC, em 10% sobre o valor da condenação.
     HAVENDO APELAÿO, intime-se o apelado para apresentar contrarrazões, no prazo legal,
caso queira. Decorrido o prazo, encaminhem-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do
para Pará, para os devidos fins.      Estando o feito devidamente certificado, transitado em julgado
e observadas as cautelas de praxe, ARQUIVE-SE, dando-se a respetiva baixa no sistema LIBRA. Â Â Â Â
 Cumprimento de sentença: Certificado o trânsito em julgado, nos termos do art. 513, § 1º do CPC,
aguarde-se em arquivo requerimento da parte interessada, que deverá ser peticionado digitalmente
(PJE), por dependência ao presente feito, na forma incidental de cumprimento de sentença, observando
o disposto no inciso II do art. 509 do CPC, e, por conseguinte, intimando a parte executada para pagar o
débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido das custas, se houver (Código de Processo Civil, artigo
523 c/c artigo 513, §§ 1º, 2º e incisos, e §§ 3º e 5º).      Quando do requerimento
previsto no artigo 523, o exequente deverá instruÃ--lo com os requisitos do artigo 524 do Código de
Processo Civil, em especial: I - o nome completo, o número de inscriç¿o no Cadastro de Pessoas
FÃ-sicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa JurÃ-dica do exequente e do executado, observado o disposto
no art. 319, §§ 1.º a 3.º; II - o Ã-ndice de correç¿o monetária adotado; III - os juros aplicados e as
respectivas taxas; IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correç¿o monetária utilizados; V - a
periodicidade da capitalizaç¿o dos juros, se for o caso; VI - especificaç¿o dos eventuais descontos
obrigatórios realizados; VII - indicaç¿o dos bens passÃ-veis de penhora, sempre que possÃ-vel.
P.R.I.C. Belém/PA, 16 de agosto de 2021. VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS JuÃ-za de Direito da 3ª
VCE da Capital SS PROCESSO: 06156810820168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:NILZILENE CRISTO DO VALE Representante(s):
OAB 4896 - NILZA MARIA PAES DA CRUZ (DEFENSOR) REU:VITALLIS SAUDE SA Representante(s):
OAB 20216 - THANYELE DE MESQUITA FARIA (ADVOGADO) OAB 113987 - GISELLE ARARECIDA
ALVES VASCONCELOS (ADVOGADO) OAB 113249 - ANA CECILIA FRANCO BATISTA (ADVOGADO)
REU:HOSPITAL SANTA TEREZINHA Representante(s): OAB 12808-A - FABIO SABINO DE OLIVEIRA
RODRIGUES (ADVOGADO) REU:LUIZ FLAVIO MONTE MARQUES Representante(s): OAB 19302-A -
1046
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

FLAVIO DE OLIVEIRA RODRIGUES (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0615681-08.2016.8.14.0301


DESPACHO VISTOS, ETC. 1. Ab initio, deve ser primeiramente enfatizado que assumi esta Vara em
21/09/2020 com mais de DOIS MIL PROCESSOS FÃSICOS (LIBRA), conclusos desde 2016 (DOIS MIL E
DEZESSEIS), ou seja, cerca de 04 (quatro) anos em Gabinete, além dos processos eletrônicos do PJE.
Exalce-se que os processos fÃ-sicos tem sido prioridade desta Magistrada, especialmente pela ordem
cronológica, portanto, em sendo demandas de urgência, devem os advogados requererem atendimento
no JuÃ-zo e informar o número do processo para análise, posto que ficam aguardando a ordem
cronológica ou PRIORIDADES LEGAIS, onde este processo não se encontra enquadrado. 2. INTIME-
SE as partes para que especifiquem as provas que pretendem produzir, bem como os pontos controversos
para saneador, no prazo de 05 (cinco) dias, justificando, desde logo, o pedido formulado, apontando de
forma clara quais fatos serão provados por meio de cada uma das provas requeridas, sob pena de
indeferimento do pedido. 3. Sobrevindo manifestação das partes pela produção de provas,
certifique-se e retornem conclusos para saneamento do feito. 4. Lado outro, caso não seja requerida a
produção de outras provas além das já constante nos autos, nos termos do art. 355, I do CPC,
ANUNCIO O JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO. Neste caso, tratando-se de feito com concessão
de gratuita, desnecessária a remessa dos autos à UNAJ, para fins de cálculo de custas finais. Logo,
não havendo impugnação no prazo legal e transcorridos os prazos, certifique-se o ocorrido e retornem
os autos conclusos para SENTENÃA. 5. ATENTE-SE a UPJ acerca da alteração de patronos no
último petitório, devendo promover as retificações pertinentes na capa dos autos e juntos ao Sistema
LIBRA. Int. dil. e cumpra-se. Belém/PA, 17 de agosto de 2021. VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS
JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital HM PROCESSO: 06366582120168140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS
A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:MANUEL VALENTE DE ALMEIDA
REPRESENTANTE:DIEGO DE ALMEIDA MAIA Representante(s): OAB 21540 - DIEGO DE ALMEIDA
MAIA (ADVOGADO) OAB 23756 - ANA DO SOCORRO SOUSA FONTE (ADVOGADO) REU:CELPA
CENTRAIS ELETRICAS DO PARA Representante(s): OAB 18329 - JIMMY SOUZA DO CARMO
(ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0636658-21.2016.8.14.0301      DESPACHO.     Â
VISTOS.      CHAMO A ORDEM O PROCESSO: Tratando-se de incompetência ABSOLUTA em
razão da matéria, que pode ser suscitada a qualquer tempo, passo a decidir:      Verifica-se
equivocada a decisão de fls.44, que declinou da competência para a Vara de órfãos ausentes e
interditos.            O Código Judiciário do Estado do Pará, ao dispor acerca da
competência dos JuÃ-zes de Ãrfãos, Interditos e Ausentes, assim estabelece: ¿Art. 105. Como Juiz de
Ãrfãos, Interditos e Ausentes, compete aos JuÃ-zes de Direito: I- Processar e Julgar: a) os inventários e
arrolamentos em que forem interessados, por qualquer modo, órfãos menores e interditos; b) as contas
de tutores e curadores, bem como, as dos curadores "Ad-bona" nos casos estabelecidos em lei; c) as
causas que, direta ou indiretamente, nasceram ou dependeram dos inventários e arrolamentos a que se
refere a alÃ-nea "a" deste inciso; d) as habilitações à sucessão dos bens dos defuntos e ausentes. II-
Proceder à arrecadação dos bens de defuntos e ausentes, vagos e de eventos, e pô-los sob a
administração de um Curador. III- Abrir a sucessão provisória e definitiva, nos termos da
Legislação em vigor. IV- Dar e remover tutor e curador de órfãos e interditos. V- Praticar todos os
atos acauteladores da pessoa, bens e direitos dos órfãos, interditos e ausentes. VI- Conceder
emancipação, nos termos do artigo nº9, parágrafo único, nº1, do Código Civil. VII- Suprir o
consentimento dos tutores para órfãos contraÃ-rem casamento.¿ (destaquei).         Como
se observa da norma acima citada, compete ao JuÃ-zo de Ãrfãos, Interditos e Ausentes processar e julgar
OS INVENTÃRIOS E ARROLAMENTOS em que forem interessados, por qualquer modo, órfãos (DE
PAI E MÃE) menores e INTERDITOS.        No CASO VERTENTE, está patente que o
INTERDITO, não é condição suficiente para atrair a competência desta Vara Privativa,
considerando se tratar ação CÃVEL, de natureza eminentemente patrimonial de competência de todas
as varas cÃ-veis por distribuição.      Exalce-se que a questão está pacificada, existindo
inúmeros precedentes do E. TJPA, onde decidindo caso de CONFLITO DE COMPETÃNCIA, onde havia
interesse de incapaz interditado, resolveu por declarar a competência da Vara CÃ-vel, por se tratar de
direito unicamente patrimonial, observe-se:  DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO
DEÂ COMPETÃNCIAÂ ENTRE JUÃZES. AÃÃO DE INDENIZAÃÃO. AUTORÂ INCAPAZÂ E
INTERDITADO. AUSENCIA DEÂ COMPETÃNCIAÂ DO JUÃZO DE INTERDITOS PARA JULGAMENTO
DE DEMANDA INDENIZATÃRIA, MAS TÃO SOMENTE O ESTADO DA PESSOA. INCIDENTE
SUSCITADO EM RAZÃO DA MATÃRIA. HIPÃTESE PREVISTA NO ART. 115, INCISO II DO CPC. I ?
Tendo a causa natureza eminentemente cÃ-vel, mostra-se correta o processamento e julgamento do feito
pela vara cÃ-vel, inexistindo via atrativa do JuÃ-zo de Interditos, eis que não contemplada no art. 115,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

inciso II do CPC. III- A mera condição de interditado, não impõe necessariamente a competênciaÂ
da vara de interditos para julgamento de ações em que se discute indenização por danos morais,
cuja natureza é eminentemente cÃ-vel. IV ? O feito distribuÃ-do originariamente a 1ª Vara CÃ-vel de
Castanhal, tendo inclusive sido realizada audiência de instrução e julgamento, sendo este o JuÃ-zo o
competente para o julgamento da causa. III -Â Conflito Negativo conhecido e provido para declarar aÂ
competência do juÃ-zo da 1ª vara cÃ-vel da comarca de Castanhal. Número do processo CNJ:
0001453-70.2006.8.14.0015 Número do documento: 2015.02827435-66 Número do acórdão: 149.350
Tipo de Processo: Conflito de competência cÃ-vel Ãrgão Julgador: TRIBUNAL PLENO Decisão:
ACÃRDÃO Relator: EDINEA OLIVEIRA TAVARES Seção: CÃVEL Data de Julgamento:Â
05/08/2015 Data de Publicação: 07/08/2015         Assim, não se tratando de nenhuma
matéria prevista no art. 105 do Código Judiciário do Estado do Pará, e em sendo matéria
eminentemente individual de direito patrimonial, é competente qualquer juÃ-zo cÃ-vel por distribuição.
     Desta forma, contatando-se que houve patente equÃ-voco do JuÃ-zo da 13ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital ao determinar a remessa dos autos a esta Vara privativa de órfãos, ausentes e
interditos, razão pela qual, EM RESPEITO AOS INÃMEROS PRECEDENTES DO E. TJPA. DEVOLVO
os autos ao MM. JuÃ-zo da 13ª Vara CÃ-vel, por ser o competente por distribuição originária para
julgamento da presente demanda.      CUMPRA-SE COM URGÃNCIA.      Belém-Pará,
18 de agosto de 2021. Â Â Â Â Â VALDEISE MARIA REIS BASTOS Â Â Â Â Â JuÃ-za de Direito Titular da
3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 07616851420168140301 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:ELIANE DELMIRO DE REZENDE Representante(s):
OAB 16878 - GUILHERME AUGUSTO DE ALMEIDA CARPEGGIANI (ADVOGADO) REU:BANCO DO
BRASIL SA Representante(s): OAB 15201-A - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO)
. PROCESSO Nº 0761685-14.2016.8.14.0301 SENTENÃA          VISTOS.        Â
 Trata-se de AÃÃO DECLARATÃRIA DE INEXISTÃNCIA DE DÃBITO C/C ANULAÃÃO DE CÃDULA DE
CRÃDITO BANCÃRIO C/C INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS ajuizada por ELIANE DELMIRO DE
REZENDE em face de BANCO DO BRASIL S/A. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Aduz a parte autora que contratou
três empréstimos junto ao Banco do Brasil e que vinha pagando regularmente a avenças contratuais.
         Alega que em dezembro de 2015 a sua conta corrente, cartão de crédito e cheque
especial foram bloqueados sob o argumento de que a autora estaria em débito no montante de R$
26.518,00.          Narra que em fevereiro de 2016 contratou cédula de empréstimo
bancário no valor de R$ 27.218,69 a ser paga em 71 parcelas. Sustenta que o valor cobrado pelo Banco
do Brasil é excessivo e que o valor devido não passaria de R$12.000,00.          Por fim,
pleiteou: a) indenização por danos morais; b) a declaração de inexistência do débito.      Â
   Foi deferida a justiça gratuita à parte autora, porém não foi concedida a tutela antecipada.  Â
         Contestação e documentos apresentados pela ré (fls. 110/119), suscitando a
improcedência dos pedidos, considerando a inexistência de onerosidade excessiva e a legalidade do
contrato firmado entre as partes. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Oportunizado que as partes apresentassem as provas
que pretendem produzir, ambas se quedaram inertes, conforme certidão exarada (fls. 159.       Â
  à o relatório. PASSO A DECIDIR.          A princÃ-pio, observo que, a partir da entrada
em vigor do Novo Código de Processo Civil, suas disposições aplicam-se imediatamente aos
procedimentos pendentes, aplicando-se a Teoria do Isolamento dos Atos Processuais (NCPC, art. 1.046,
caput), como no caso em apreço, respeitando-se o ato jurÃ-dico perfeito frente aos quais observar-se-ão
as normas vigentes à época, conforme ao art. 14 do NCPC (tempus regit actum).          No
mais, considerando o desinteresse das partes na produção de outras provas e ausência de questões
processuais ou preliminares pendentes de apreciação, especialmente que, as próprias partes
concordaram com o julgamento antecipado, anunciado por este JuÃ-zo em sede de audiência, PASSO
AO JULGAMENTO DO FEITO NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRA, NOS TERMOS DO ART. 355 DO
CPC. Â Â Â Â Â Â Â Â Â CINGE-SE A CONTROVÃRSIA ACERCA DA SUPOSTA EXISTÃNCIA DE
CLÃUSULAS ABUSIVAS EM CONTRATO DE CÃDULA DE CRÃDITO BANCÃRIO FIRMADO ENTRE AS
PARTES.          Cumpre destacar primeiramente que, na petição inicial, é
imprescindÃ-vel que as alegações de ordem fática e jurÃ-dica trazidas pela parte autora sirvam de
referência para dimensionar a extensão das questões controversas que serão objeto da sentença
judicial e para determinar a profundidade com a qual serão examinadas (PrincÃ-pio da congruência ou
adstrição). Ou seja, existe a necessidade do magistrado decidir a lide dentro dos limites objetivados
pelas partes, não podendo proferir sentença de forma extra , ultra ou infra petita.         Â
Contudo, constata-se que a parte autora se limitou a trazer alegações genéricas segundo as quais
haveria abusividade do contrato de empréstimo bancário e demais encargos aplicados. Não
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especifica, pois, em momento algum quais seriam os juros e encargos abusivos e quais seriam as taxas
que entende corretas, apenas tecendo considerações vazias.          Não se duvida que
existam contratos com cláusulas abusivas, no entanto, deveria a parte autora apontar quais os encargos
que, no caso especÃ-fico da cédula de crédito bancário que lastreia a ação, se caracterizam como
tal. A petição, em si, diga-se de passagem, além de inespecÃ-fica, é deveras confusa, não
sabendo a parte autora demonstrar em que consistiria a abusividade praticada pelo banco. Nem ao
menos, prova-se qualquer vÃ-cio de vontade na contratação do empréstimo em análise      Â
   De certo, a relação jurÃ-dica amparada pelo contrato bancário demonstra uma relação de
consumo, firmada mediante simples adesão, de modo a incidirem os comandos protetivos do Código de
Defesa do Consumidor e a benevolência da interpretação das disposições contratuais em favor do
consumidor aderente. Todavia, tal fato não conduz à conclusão de que toda e qualquer disposição
contratual esteja eivada de ilegalidade. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Portanto, o que se pode aferir no caso em tela
é que o pedido se traduziu em verdadeira indução ao JuÃ-zo para que procedesse ao cancelamento
do débito contratual de ofÃ-cio, apuração judicial essa inviável, consoante entendimento sumulado
pelo Superior Tribunal de Justiça na Súmula 381: ¿Nos contratos bancários, é vedado ao julgador
conhecer, de ofÃ-cio, da abusividade das cláusulas.¿          Ora, incumbe à parte autora o
ônus de fazer prova dos fatos alegados em inicial, conforme dispõe o art. 373, inciso I do CPC. Nesse
sentido, a jurisprudência pátria assim discorre, com fulcro na orientação dada pelo STJ: APELAÃÃO
CÃVEL. NEGÃCIOS JURÃDICOS BANCÃRIOS. EMBARGOS DO DEVEDOR. CÃDULA DE CRÃDITO
BANCÃRIA. ALEGAÃÃO DE ABUSIVIDADE DOS JUROS E DEMAIS ENCARGOS. AUSÃNCIA DE
FUNDAMENTAÃÃO ANALÃTICA. RAZÃES GENÃRICAS. O dever de fundamentação analÃ-tica não
se limita a orientar a prestação jurisdicional realizada pelo Magistrado, estendendo-se também à s
partes. A simples apresentação de alegações genéricas, segundo as quais os juros e demais
encargos seriam abusivos, sem nem ao menos apontarem especificadamente qual seriam estes encargos
e quais taxas que entendem corretos, traduz-se em verdadeira indução ao JuÃ-zo para que proceda Ã
revisão contratual de ofÃ-cio, apuração essa inviável, consoante entendimento firmado no âmbito da
súmula 381 do Superior Tribunal de Justiça. Ademais, ao trazerem razões genéricas, não
atenderam os apelantes o princÃ-pio da dialeticidade, deixando de combater, modo expresso, as razões
esposadas na sentença vergastada. Assim, não há como ser conhecido o apelo interposto.RECURSO
NÃO CONHECIDO (TJ-RS - AC: 70082427824 RS, Relator: Deborah Coleto Assumpção de Moraes,
Data de Julgamento: 21/11/2019, Décima Sexta Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: 26/11/2019)
(grifos apostos).      Apenas a tÃ-tulo de preleção, é imprescindÃ-vel observar que, no que
tange à abusividade de cláusulas contratuais, deve-se adotar as orientações consolidadas pelo
Superior Tribunal de Justiça acerca dos juros remuneratórios, quando realizado o julgamento do recurso
especial n.º 1061530 / RS, sob a sistemática dos recursos repetitivos:      ORIENTAÃÃO 1 -
JUROS REMUNERATÃRIOS      a) As instituições financeiras não se sujeitam à limitação
dos juros remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF;     Â
b) A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica
abusividade;      c) São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo
bancário as disposições do art. 591 c/c o art. 406 do CC/02.      d) à admitida a revisão das
taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de
consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada) art. 51, §
1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante à s peculiaridades do julgamento em concreto. (...)Â
(REsp 1061530 / RS, Rel.ª Min.ª Nancy Andrighi, Segunda Seção, Julgamento em 22/10/2008, DJe
de 10/03/2009).      De toda forma, como dito, não resta demonstrada, nem minimamente, a
abusividade alegada, na medida em que sequer foi trazido aos autos informação imprescindÃ-vel para
tal análise, a saber, qual seria a taxa média de juros praticada pelo mercado na época da
contratação, de sorte que a improcedência da demanda é medida que se impõe.      ANTE
O EXPOSTO, pelos fatos e fundamentos ao norte alinhavados e por tudo mais que dos autos consta,
JULGO IMPROCEDENTE os pedidos exordiais e, em consequência, DECLARO EXTINTO O
PROCESSO, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do CPC.      CONDENO A
PARTE AUTORA AO PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS, estes fixados em
10% sobre o valor da causa, com fulcro no art. 85, §2º, do CPC/2015, os quais, entretanto, encontram-
se com a exigibilidade suspensa, nos termos do art. 98, § 3º do CPC.      P.R.I.C. Após o
trânsito em julgado, estando o feito devidamente certificado, ARQUIVEM-SE, observadas as cautelas de
praxe, dando-se a respectiva baixa no sistema LIBRA.      Belém/PA, 17 de agosto de 2021.  Â
   VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Capital      SS PROCESSO: 07846326220168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Processo


de Conhecimento em: 17/08/2021 RECLAMANTE:ANA PAULA FARIAS PORTAL Representante(s): OAB
17561 - ANDERSON MAIA ALMEIDA (ADVOGADO) RECLAMADO:CELPA Representante(s): OAB 14976
- LARISSA LUTIANA FRIZA DE VASCONCELOS (ADVOGADO) OAB 25399 - VERENA VERISSIMO
BARROSO GOMES (ADVOGADO) OAB 20103-A - LUCIMARY GALVAO LEONARDO GARCES
(ADVOGADO) . PROCESSO N. 0784632-62.2016.8.14.0301 DECISÃO INTERLOCUTÃRIA VISTOS. 1.
Considerando que proferido julgamento de mérito nos autos do Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas - IRDR nº 04/2019, entendo que desnecessária a produção de outras provas, razão
pela qual INDEFIRO o pedido de depoimento pessoal do autor requerido pela ré às fls.84/85. Ademais,
os fatos a serem esclarecido nos autos (pendência de débito, corte irregular de energia, entre outros),
evidentemente, não podem ser elucidados através de testemunha ou depoimento pessoal, mas, tão
somente, por meio documental. 2. Estando o feito em ordem e tratando-se de matéria de direito que
prescinde da produção de outras provas, nos termos do art. 355, I do CPC, ANUNCIO O
JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO. 3. Tratando-se de feito com concessão de justiça gratuita,
desnecessária a remessa dos autos à UNAJ, para fins de cálculo de custas finais. 4. Não havendo
impugnação, retornem os autos conclusos para SENTENÃA. INT., DIL. E CUMPRA-SE. Belém/PA,
16 de agosto de 2021. VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital
SS PROCESSO: 00180586920108140301 PROCESSO ANTIGO: 201010270564
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Execução de Título Extrajudicial em:
EXECUTADO: F. F. M. Representante(s): OAB 10188 - ADALBERTO SILVA (ADVOGADO) OAB 8289 -
LUIZ CLAUDIO AFFONSO MIRANDA (ADVOGADO) OAB 24472 - THIAGO LUIZ DO AMARAL SILVA
(ADVOGADO) OAB 25611-B - DIEGO MARINHO MARTINS (ADVOGADO) OAB 26246 - EDINALDO
ARAUJO DA SILVA JUNIOR (ADVOGADO) EXEQUENTE: M. D. G. Representante(s): OAB 868 -
ALBERTO DA SILVA CAMPOS (ADVOGADO) OAB 9720 - MARIA STELA CAMPOS DA SILVA
(ADVOGADO) OAB 12775 - SABRINA DO CARMO OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 17300 - CARLOS
ALBERTO DE ALMEIDA CAMPOS (ADVOGADO) OAB 18896 - JULIANA RODRIGUES DE SOUZA
(ADVOGADO) OAB 20269 - ADRIANA DANTAS NERY (ADVOGADO) OAB 26949 - CAROLINA DE
SOUZA RICARDINO (ADVOGADO) OAB 27835-A - RODRIGO CAMPOS AFLALO PEREIRA
(ADVOGADO) EXECUTADO: V. S. F. M. Representante(s): OAB 10188 - ADALBERTO SILVA
(ADVOGADO) OAB 24472 - THIAGO LUIZ DO AMARAL SILVA (ADVOGADO)

Número do processo: 0826556-77.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO DO BRASIL SA


Participação: ADVOGADO Nome: MARCOS DE ALBUQUERQUE RODRIGUES NASCIMENTO OAB:
9692/AL Participação: REU Nome: TERRAFORTE ADMINISTRACAO IMOBILIARIA S/A

Vistos, etc.

BANCO DO BRASIL S/A ajuizou a presente Ação Renovatória de Locação em desfavor de TERRAFORTE
ADMINISTRAÇÃO IMOBILIÁRIA S/A, requerendo sua distribuição por dependência aos autos do processo
nº 0298308-37.2016.814.0301 vinculado a esta vara cível, uma vez que a renovação do contrato para o
período de 29/11/2016 a 28/11/2021 foi concedida judicialmente na referida demanda.

Dispõe o Código de Processo Civil:

Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza:

I – quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada;

II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em
litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;

III – quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, §3º, ao juízo prevento.

Todavia, entendo que a situação não se amolda a qualquer hipótese legal de distribuição por dependência
1050
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

que possibilite a reunião dos feitos porque não se trata de reiteração de pedido nem há conexão ou
continência entre as demandas em razão da ausência de identidade do período de renovação da locação.

Aliás, sequer há perigo de decisões conflitantes e contraditórias, na medida que a ação de nº 0298308-
37.2016.814.0301 já foi julgada e a conexão não determina a reunião dos processos quando um deles já
foi julgado, conforme Súmula 235 do STJ.

Neste sentido:

AGRAVO REGIMENTAL EM CONFLITO DE COMPETÊNCIA. PEDIDO LIMINAR INDEFERIDO.

1. Na linha da jurisprudência desta Corte, somente se instaura o conflito de competência quando dois
Juízos se declarem competentes ou incompetentes para processamento e julgamento de uma mesma
demanda ou quando, por regra de conexão, houver controvérsia entre eles acerca da reunião ou
separação dos processos.

2. Segundo a Súmula nº 235/STJ, a conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já
foi julgado.

3. Ausentes os requisitos para a concessão do pedido liminar, imperioso o seu indeferimento.

4. Agravo regimental não provido.

(AgRg no CC 144.591/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado
em 25/05/2016, DJe 02/06/2016)

CONFLITO DE COMPETÊNCIA. 7ª E 4ª VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL. AÇÃO REVISIONAL DE


ALIMENTOS C/C PEDIDO DE READEQUAÇÃO DO DIREITO DE CONVIVÊNCIA BUSCANDO
MODIFICAÇÃO DOS TERMOS de ACORDO JUDICIAL HOMOLOGADO. CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA NÃO CONFIGURADO. INEXISTÊNCIA DE CONEXÃO. PROCESSO SENTENCIADO.
DECLARADA A COMPETÊNCIA DA 4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL. 1. Na hipótese, verifica-se que
os pedidos deduzidos na ação originária não tem por objetivo fazer valer o acordo firmado com a genitora
da criança na Ação de Guarda que tramitou no Juízo da 7ª Vara de Família da Comarca da Capital, mas
sim modificar aquilo que anteriormente concordou no que diz respeito ao pagamento de pensão e direito
de convivência, não se tratando, portanto, de cumprimento de sentença. Inaplicabilidade do art. 516, CPC.
2. Não há que se falar em conexão entre a Ação Revisional de Alimentos e a Ação de Guarda
porque esta última já foi sentenciada, tendo inclusive transitado em julgado, e, nos termos da
Súmula 235 do STJ, “a conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado
”. 3. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo da 4ª Vara de Família da Capital, em
consonância com o parecer do Ministério Público, à unanimidade.

(TJPA, 2597931, Rel. RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão Julgador Seção de Direito Privado, Julgado
em 2019-12-19, Publicado em 2019-12-19)

CONFLITO DE COMPETÊNCIA. AÇÕES CONEXAS. FEITO JÁ JULGADO. SÚMULA Nº 235/STJ.


IMPOSSIBILIDADE DE REUNIÃO DOS PROCESSOS. PRECEDENTES. 1 - Nota-se que as ações são
conexas, pois apesar de possuírem autores diversos, têm como ponto comum a causa de pedir - o
pagamento de diferença de aumento concedidos aos servidores da Polícia Militar. 2 - Fica claro a
impossibilidade de se reunir a ação originaria deste Conflito de Competência (processo nº
0803976.29.2016.814.0301), com a ação que se encontra em fase de execução (Ação Ordinária nº
0008829-05.1999.8.14.0301), em perfeita sintonia com a tese disposta na Súmula 235 do Superior
Tribunal de Justiça que preceitua: A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já
foi julgado. 3 - Conflito Negativo conhecido para declarar a competência do Juízo de Direito da 1ª Vara de
Fazenda da Comarca da Capital.
1051
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(TJPA, 2018.05037793-56, 199.387, Rel. CELIA REGINA DE LIMA PINHEIRO, Órgão Julgador SEÇÃO
DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-18)

Assim sendo, remetam-se os autos à 3ª Vara Cível e Empresarial de Belém por prevenção, na forma do
art. 59 do CPC, pois a indevida distribuição ofende o princípio do juiz natural.

Intime-se.

Belém, 10 de agosto de 2021

Marielma Ferreira Bonfim Tavares

Juíza de Direito

Número do processo: 0810344-15.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MARILENE DE


AGUIAR QUEIROZ Participação: ADVOGADO Nome: EMANUEL DE SOUZA LIMA OAB: 12780/PA
Participação: REQUERIDO Nome: JOSE MARECO DE QUEIROZ Participação: FISCAL DA LEI Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

Em cumprimento ao disposto no artigo 1º, § 2º, inciso I, do Provimento nº 006/2006-CJRMB, de


05/10/2006, alterado pelo Provimento nº 008/2014-CJRMB, de 05/12/2014, fica intimada a parte
AUTORA para que, no prazo de 05(cinco) dias, se manifestar sobre a certidão do Sr. Oficial de Justiça ID
30076002. Belém-PA, 18/08/2021. Eu, Hiêda Chagas, Analista Judiciário, 1ª UPJ das Varas Cíveis e
Empresarial da Capital, digitei e subscrevo-o.

Número do processo: 0824439-16.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: REGINA MARIA CHAVES


DOS SANTOS AMARAL Participação: ADVOGADO Nome: JAMILLE SARATY MALVEIRA OAB:
19518/PA Participação: REU Nome: XERXES LOWELL ULIANA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo n.º 0824439-16.2021.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas iniciais conforme boleto juntado pela UNAJ.

Belém, 18 de agosto de 2021.

NATHALIE MAGALHAES MENESES


1052
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Analista/Auxiliar Judiciário da 1ª UPJ Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0833113-80.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: B. B. S. Participação:


ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON
WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação: REU Nome: J. M. P. L. -. M.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo n.º 0833113-80.2021.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas iniciais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
cancelamento da distribuição do feito (Art. 290 CPC/2015). Após, juntar o comprovante de pagamento, o
boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei
8328/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.

NATHALIE MAGALHAES MENESES


Analista/Auxiliar Judiciário da 1ª UPJ Cível e Empresarial de Belém
1053
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 4 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0846636-62.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: S. M. C. Participação:


ADVOGADO Nome: SOLIMAR MACHADO CORREA OAB: 014428/PA Participação: AUTOR Nome: J. P.
M. C. L. Participação: REU Nome: M. D. C. L.

ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DE BELÉM

PROCESSO Nº. 0846636-62.2021.8.14.0301

CLASSE: EXECUÇÃO DE ALIMENTOS INFÂNCIA E JUVENTUDE (1432)

EXEQUENTE: SOLIMAR MACHADO CORREA

MENOR INFRATOR: MARCOS DIOGENES COSTA LINDOSO

DESPACHO

I - Verifica-se que os autos foram distribuídos a este Juízo por erro na Classificação do Processo Judicial
Eletrônico – PJE.

II – Assim, considerando tratar-se de Ação de Cumprimento de Sentença pelo Rito da Penhora, bem como
a petição inicial endereçada ao Juízo Cível de Belém, determino a redistribuição do presente feito a 4ª
Vara Cível da capital, conforme endereçamento, por ser o Juízo competente para análise e
prosseguimento da ação.

Diligencie-se.

Belém (PA)

Este ato judicial foi assinado e datado digitalmente.

O nome do (a) Magistrado (a) subscritor (a) e a data da assinatura estão informados no rodapé
deste documento.

Endereço: Rua Dona Tomázia Perdigão, 240 (ANEXO II do Fórum Cível) - 1º Andar, Sala 11.

CEP: 66.015-260 - Cidade Velha.


1054
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 5 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0022654-72.2009.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ZELIA MARIA DA COSTA


BARRAL Participação: ADVOGADO Nome: VIVIANNE SARAIVA SANTOS OAB: 017440/PA Participação:
REU Nome: JOSE MARIA BOULHOSA TAVARES FILHO

Despacho

Com relação ao pedido de ID - 29541961, indefiro o pleito, por entender que: A uma, a determinação da
superior instância determina a citação de todos os herdeiros e não apenas um deles como requerido pela
autora; a duas, por ser ônus da parte autora a exata qualificação dos requeridos, não podendo transferi-la
ao próprio réu, tudo conforme o art. 319, II do CPC[1].

Assim, intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, proceder a qualificação completa de
todos os herdeiros do de cujus, promovendo a citação destes, sob pena de extinção do processo sem
julgamento do mérito.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 23 de julho de 2021.

CÉLIO PETRONIO D’ ANUNCIACÃO

Juiz de Direito

[1] Art. 319. A petição inicial indicará:

II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de


inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço
eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;

Número do processo: 0859022-61.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MANOEL RODRIGUES


DO CARMO Participação: ADVOGADO Nome: ELLEN CAROLINA DE SENA HOLANDA OAB: 017388/PA
Participação: INTERESSADO Nome: José Ricardo Macedo de Carvalho Participação: INTERESSADO
Nome: João José da Costa

Processo: 0859022-61.2020.8.14.0301

Despacho

INDEFIRO, por ora, a citação por edital da parte requerida, uma vez que antes da citação ficta devem-se
esgotar os meios disponíveis para descobrir o paradeiro do citando, conforme já decidiu o Superior
Tribunal de Justiça:

“Processo Civil. Execução fiscal. Citação editalíssima. Possibilidade após esgotamento de todos os meios
possíveis para localizar o executado. Divergência jurisprudencial superada. Precedentes STJ. 1. É pacífica
a jurisprudência desta Corte quanto à necessidade de a Exequente esgotar todos os meios disponíveis
para localização do devedor, a fim de que seja deferida a citação por edital. 2. Superada a divergência
1055
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

jurisprudencial apontada pelo entendimento atual do STJ. Súmula83/STJ. 3. Recurso especial não
provido.” (recurso especial 927.999/PE, relatora Ministra Eliana Calmon).

No caso dos autos, não restou comprovado o esgotamento dos meios para encontrar o embargado, uma
vez que em petição 20956995 a parte autora não comprova a realização de diligências para localização do
requerido.

Diante disso, intime-se a parte requerente para, no prazo de 05 (cinco) dias, comprovar as diligências já
realizadas para localização do embargado ou requerer o que entender de direito, sob pena de extinção do
feito conforme já advertido em despacho ID 21091809

Intime-se. Cumpra-se.

Belém-PA, 23 de julho de 2021

CÉLIO PETRONIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0866398-98.2020.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: LUCIA HELENA


GOMES MOURA Participação: ADVOGADO Nome: MAYCON VALENTE PANTOJA OAB: 17309/PA
Participação: EMBARGADO Nome: VERA SIMONE SILVA PINHEIRO Participação: ADVOGADO Nome:
WALTER JORGE DIAS OAB: 013459/PA

PROCESSO: 0866398-98.2020.8.14.0301

DESPACHO

O artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal preconiza que o “o Estado prestará assistência judiciária
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos” (grifei).

E na legislação infraconstitucional, o artigo 98, caput, do Código de Processo Civil define que “a pessoa
natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as
despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.”
(grifei).

Desta feita, em uma análise preliminar verifico que o autor não atende os requisitos para o deferimento da
gratuidade da justiça a fim de ingressar com a demanda perante a Justiça Comum, eis que não
apresentou documentos que comprovem a sua hipossuficiência econômica. Portanto, no meu sentir, há
um conjunto de fatores que conduzem ao indeferimento da gratuidade da justiça.

Dessa arte, havendo nos autos elementos que evidenciam a falta dos pressupostos legais para a
gratuidade, com fulcro no artigo 99, § 2º, do Código de Processo Civil, assino o prazo de 10 dias para que
os requerentes apresentem, sob pena de indeferimento do benefício:

a) cópia das últimas folhas da carteira do trabalho, ou comprovante de renda mensal, e de eventual
cônjuge;

b) cópia dos extratos bancários de contas de titularidade, e de eventual cônjuge, dos últimos três meses;
1056
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

c) cópia dos extratos de cartão de crédito, dos últimos três meses;


d) cópia da última declaração do imposto de renda apresentada à Secretaria da Receita Federal;

Ou, no mesmo prazo, deverá recolher as custas judiciais e despesas processuais, sob pena de extinção,
sem nova intimação.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém (PA), 23 de julho de 2021

CELIO PETRONIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0809319-98.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DE FATIMA


CARDOSO OHASHI Participação: REU Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO
MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE OAB: 011270/PA

Processo: 0809319-98.2019.8.14.0301

Despacho

Defiro a prova requerida em ID 17193431. Conforme despacho ID 22936749 e petição ID 23325896,


expeçam-se os ofícios aos órgãos da ANS indicados no referido ID.

Intime-se. Cumpra-se

Belém, 21 de junho de 2021

CÉLIO PETRÔNIO D'ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0810545-07.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BV FINANCEIRA SA


CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: MOISES BATISTA DE
SOUZA OAB: 11433/PA Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO LUZ PEREIRA OAB: 11432/PA
Participação: REU Nome: NAZARENO DE JESUS LOBATO DE CASTRO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo n.º 0810545-07.2020.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Em cumprimento ao disposto no art. 1º, § 2º, inciso XI, dos Provimentos 006/2006-CJRMB e 008/2014-
CJRMB, fica intimada a parte Requerente, por meio de seus advogados, a efetuar o pagamento das
custas referentes à expedição de mandado, bem como as respectivas diligências de citação por oficial de
justiça, no prazo de 30 (trinta) dias. Após, juntar o comprovante de pagamento, o boleto bancário
correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei 8328/2015.

Belém, 17 de agosto de 2021.

DEBORAH RONI HERINGER BAVARESCO


Analista/Auxiliar Judiciário da 1ª UPJ Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0803955-77.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ELISANGELA


CABRAL RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: MARIA GESSICA GOMES MONTEIRO OAB:
27420/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo n.º 0803955-77.2021.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a comparecer na Secretaria da 1UPJ das Varas Cíveis e Empresariais de Belém, no prazo
de 05 (cinco) dias, a fim de receber os documentos para lavratura do registro determinado na sentença
judicial.

Belém, 18 de agosto de 2021.

DEBORAH RONI HERINGER BAVARESCO


Analista/Auxiliar Judiciário da 1ª UPJ Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0819587-46.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARTINHO RODRIGUES


MONTEIRO Participação: REU Nome: BANCO OLÉ CONSIGNADO Participação: ADVOGADO Nome:
FLAIDA BEATRIZ NUNES DE CARVALHO OAB: 96.864/MG

juntada termo de audiencia

Número do processo: 0875804-46.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: WANILDO ISMAEL DE


OLIVEIRA TORRES FILHO Participação: ADVOGADO Nome: WANILDO ISMAEL DE OLIVEIRA TORRES
NETO OAB: 014277/PA Participação: REU Nome: CAIXA DE ASSISTENCIA DOS FUNCIONARIOS DO
BANCO DO BRASIL
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo: 0875804-46.2020.8.14.0301

Despacho

Intime-se a parte autora, pessoalmente, por oficial de justiça, para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar
se ainda tem interesse no prosseguimento do feito, advertindo que acaso permaneça inerte, o processo
será extinto sem resolução do mérito.

Em caso positivo, e por economia e celeridade processual, deve a parte requerente, em igual prazo, dar
cumprimento ao despacho ID 21970971.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO DA ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0806465-97.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ELIETE DE SOUZA


COLARES Participação: ADVOGADO Nome: ELIETE DE SOUZA COLARES OAB: 3847/PA Participação:
AUTOR Nome: JOSE COLARES LOPES FILHO Participação: ADVOGADO Nome: ELIETE DE SOUZA
COLARES OAB: 3847/PA Participação: REU Nome: BANCO DA AMAZONIA SA [BASA DIRECAO
GERAL] Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO FERREIRA DA SILVA OAB: 1120/AP

Despacho

Nada a deliberar quanto a petição ID 26165812.

Cumpra a secretaria com a decisão constate no ID 25741696.

Belém, 30 de julho de 2021.

CÉLIO PETRONIO D’ ANUNCIACÃO

Juiz de Direito Titular da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0826282-16.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: IVONETE DE ALMEIDA


BORDALO Participação: ADVOGADO Nome: ANA MANUELA SILVA JOAO OAB: 20214/PA Participação:
REU Nome: CASF-CAIXA DE ASSIST DOS FUNCIONARIOS DO BANCO AMAZONIA

Processo: 0826282-16.2021.8.14.0301

Requerente: IVONETE DE ALMEIDA BORDALO

Requeridas: CASF – CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DA AMAZÔNIA,


1059
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

localizada na Av. Generalíssimo Deodoro, nº 1340, bairro Nazaré, entre Av. Nazaré e Av. Brás de Aguiar,
CEP 66035-090, Belém-PA

Despacho

Defiro o pedido ID 29159068, pois a autora, já na petição inicial, demonstrou desinteresse em conciliar.
Além disso, em razão da pandemia da COVID-19, não é recomendável a designação de audiência, exceto
as imprescindíveis. No entanto, as partes podem apresentar propostas de conciliação se assim o
desejarem

Fica cancelada, portanto, a audiência de conciliação designada em ID 28921075.

Cite-se a parte ré para, nos termos do artigo 335 do CPC, oferecer contestação no prazo de 15 (quinze)
dias, cujo termo inicial será a data prevista no artigo 231, de acordo com o modo como foi feita a citação
(CPC, artigo 335, III).

Escoado o prazo legal, certifique a Secretaria o ocorrido e retornem conclusos os autos para decisão.

Expeça-se o necessário.

Intime-se. Cumpra-se.

Serve a presente por cópia digitada como mandado, na forma do Provimento nº 003/2009, da
Corregedoria de Justiça da Regio Metropolitana de Belém.

Belém/PA, 03 de agosto de 2021

CELIO PETRONIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial de Belém-PA

Número do processo: 0045393-97.2013.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: TEOFILA DO


NASCIMENTO MONTEIRO Participação: ADVOGADO Nome: JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO OAB:
007261/PA Participação: REQUERIDO Nome: BANCO CIFRA S.A.

Processo: 0045393-97.2013.8.14.0301

Despacho

Considerando que a decisão de ID 25322844, declarou nula a sentença, e determinou o retorno dos autos
a origem, dou prosseguimento ao feito.

Acolho o pedido ID 25367063, e determino a substituição do polo passivo para BANCO CIFRA S.A.

Proceda com as alterações pertinentes no Sistema PJE, de tudo certificado.


1060
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Após, proceda com a citação do requerido, no endereço informado no ID 25367063, para, nos termos do
artigo 335 do CPC, oferecer contestação no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data
prevista no artigo 231, de acordo com o modo como foi feita a citação (CPC, artigo 335, III).

Apresentada contestação, intime- se a parte autora, por ato ordinatório, para, querendo, apresentar em 15
(quinze) dias a réplica da contestação, nos termos do art. 350, do CPC.

Após, de tudo certificado, voltem os autos conclusos.

Intime-se.

Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Cumprida a diligência acima, retornem os autos ao representante do Ministério Público para manifestação.

Após, conclusos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 30 de julho de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0823828-63.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: FLAVIO HELENO


PEREIRA DE SOUSA Participação: INTERESSADO Nome: WALFREDO ANTONIO DOS SANTOS
DANTAS Participação: ADVOGADO Nome: ULISSES CATULLO PEREIRA CHAGAS OAB: 15112/PA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PROCESSO: 0823828-63.2021.8.14.0301

DESPACHO

Encaminhem os autos ao Representante do Ministério Público.

Após, conclusos.
1061
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 06 de agosto de 2021

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0826351-87.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CLAUDIA CARVALHO


PINHEIRO Participação: ADVOGADO Nome: ANA PAULA CAVALCANTE NICOLAU DA COSTA OAB:
14886/PA Participação: ADVOGADO Nome: BIANCA VAZ PINHEIRO DOS SANTOS OAB: 380617/SP
Participação: REU Nome: LEONARDO DE ARAUJO MOURA Participação: ADVOGADO Nome: ADEMIR
ANTONIO SILVEIRA JUNIOR OAB: 14581/PA Participação: ADVOGADO Nome: MAURO DE ARAUJO
MOURA OAB: 008997/PA

Processo: 0826351-87.2017.8.14.0301

DECISÃO

Tendo em vista o trânsito em julgado da sentença, conforme certidão de ID 28205544, com fundamento no
art. 513 e 515, II, do Código de Processo Civil, dou início à fase de cumprimento da sentença.

INTIME-SE o devedor LEONARDO DE ARAUJO MOURA, na pessoa de seu advogado habilitado nos
autos, mediante publicação no Diário da Justiça (CPC, artigo 513, § 2º, I), para no prazo de 15 (quinze)
dias úteis (CPC, artigo 219, caput) realizar o adimplemento voluntário da obrigação, conforme memorial de
cálculos apresentado pela parte autora.

Fica advertidO o devedor que, não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do artigo 523 do CPC, o
débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento
(CPC, artigo 85, § 1º e § 13), tudo na forma do artigo 523, § 1º, do Código de Processo Civil.

Fica advertidO o devedor, outrossim, de que, transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento
voluntário, ini-cia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que, independentemente de penhora ou nova
intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação, observando-se que “será considerado
tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo” (CPC, artigo 218, § 4º).

Ademais, não efetuado o pagamento voluntário no prazo de 15 (quinze) dias, independentemente de nova
intimação da parte credora, poderá a parte exequente efetuar pedido de pesquisas junto aos sistemas
informatizados à disposição do juí-zo ou indicar outros bens penhoráveis, observada a ordem prevista no
artigo 835 do Código de Processo Civil.

FICA advErtidO o devedor, que também é seu dever apontar quais são e onde se encontram os bens
sujeitos à penhora e seus respectivos valores, e, acaso intimado, se mantenha inerte sem justificativa, este
Juízo poderá considerar sua omissão, ato atentatório à dignidade da Justiça (artigo 772, II E 774, V,
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NCPC), com a consequente aplicação da multa.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 12 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito da 5ª vara Cível da Capital

Número do processo: 0849325-50.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: UBIRAJARA FERREIRA


E SILVA Participação: ADVOGADO Nome: JORGE FACIOLA DE SOUZA NETO OAB: 18232/PA
Participação: REQUERIDO Nome: ATIVA CONTACT CENTER E ADMINISTRADORA DE CREDITOS
FINANCEIROS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ANA LAURA BARBOSA NUNES OAB: 29613/PA
Participação: REU Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS
FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB:
15201/PA

Despacho

Intime-se as partes, para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, digam se pretendem produzir outras
provas, ou se concordam com o julgamento antecipado da lide.

Caso haja requerimento de produção de provas, a parte deverá esclarecer a finalidade de cada prova
requerida com o intuito de evitar a produção de prova desnecessária e protelatória a solução do litígio.

Outrossim, esclareço as partes que as provas anteriormente indicadas devem ser ratificadas na
oportunidade ora concedida.

Com as manifestações, voltem os autos conclusos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 05 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRONIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0816773-03.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: IRENEIDE


ANDRADE MONTEIRO Participação: ADVOGADO Nome: MARCELA MONTEIRO MARTINS OAB:
11325/AM Participação: REQUERIDO Nome: ESTER SILVA DA CÂMARA Participação: REQUERIDO
Nome: JOÃO CARNEIRO DA CÂMARA Participação: INTERESSADO Nome: JOSE CARLOS ARAUJO
DA SILVA Participação: INTERESSADO Nome: MARIA HELENA NASCIMENTO RODRIGUES
Participação: INTERESSADO Nome: ROSA MARIA SOUZA COUTINHO Participação: AUTORIDADE
Nome: ADVOCACIA GERAL DA UNIAO Participação: AUTORIDADE Nome: ESTADO DO PARÁ
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Participação: AUTORIDADE Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM Participação: AUTORIDADE Nome:


MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação: INTERESSADO Nome: CURADOR DE
AUSENTES Participação: INTERESSADO Nome: CIA DE DESEMVOLV E ADM DA AREA
METROPOLITANA DE BELEM

Processo nº: 0816773-03.2017.8.14.0301

DESPACHO

Tendo em vista a decisão monocrática ID 25879819 bem como a certidão de transito em julgado ID
25879820, intime-se a autora para, no prazo de 5 (cinco) dias, manifestar interesse no feito, cumprindo o
despacho 16498484 ou requerendo o que entender de direito, sob pena de extinção por falta de interesse
de agir.

Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, nesse último caso devidamente certificado pela Secretaria
Judicial, voltem os autos conclusos.

Intime-se. Cumpra-se

Belém (PA), 09 de agosto de 2021

CÉLIO PETRONIO D’ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito Titular da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0849370-20.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: NOEMI DE LIMA


RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: ROMULO AUGUSTO DE SALES AMORAS OAB:
23552/PA Participação: ADVOGADO Nome: HENRIQUE MATOS CHRISTO ALVES DE CAMPOS OAB:
21583/PA Participação: REQUERIDO Nome: MEMORIAL PARQUE DAS PALMEIRAS LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: RUI GUILHERME TRINDADE TOCANTINS OAB: 5132/PA

PROCESSO: 0849370-20.2020.8.14.0301

DESPACHO

Determino a intimação das partes para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, digam se pretendem
produzir provas ou se concordam com o julgamento antecipado da lide.

Caso haja requerimento de produção de provas, a parte deverá esclarecer a finalidade de cada prova
requerida com o intuito de evitar a produção de prova desnecessária e protelatória a solução do litígio.

Com as manifestações, voltem os autos conclusos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 12 de agosto de 2021


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

CÉLIO PETRONIO D’ ANUNCIACÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0861197-96.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: VIRGINIA DA COSTA


OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: ROSELY OLIVEIRA NEVES OAB: 25708/PA Participação:
REU Nome: MIGUEL MARQUES FOLHA registrado(a) civilmente como MIGUEL MARQUES FOLHA
Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO CESAR SALDANHA CEI OAB: 28737/PA Participação: REU
Nome: ESPÓLIO DE LUIS ALMEIDA DE OLIVEIRA FOLHA registrado(a) civilmente como Luis Almeida de
Oliveira Folha Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO CESAR SALDANHA CEI OAB: 28737/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: Defensoria Pública do Estado do Pará

Processo: 0861197-96.2018.8.14.0301

DESPACHO

Tendo em vista que o réu ESPÓLIO DE LUIZ ALMEIDA DE OLIVEIRA, a despeito de ainda não
regularmente citado, já apresentou contestação, intime-se a parte autora para apresentar réplica no prazo
legal.

Sem prejuízo, e considerando que a parte autora informa não mais haverem confinantes do lado esquerdo
e do lado direito em razão de desapropriação promovida pela União, cite-se por edital, com prazo de 30
(trinta) dias, os confinantes desconhecidos, os réus em lugar incerto e os eventuais interessados, para
que, se quiserem, ofertem contestação (CPC 259, I).

Por via postal, intimem-se para manifestar interesse na causa, os representantes da Fazenda Pública da
União, do Estado e do Município.

Nomeio, desde já, como curador especial a Defensoria Pública, em favor dos que foram citados por edital
e não apresentaram defesa, devendo ser intimada para apresentar contestação.

Belém (PA), 13 de agosto de 2021

CELIO PETRONIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0046534-93.2009.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SIDNEY ANTONIO CRUZ


Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO MARQUES GUILHON OAB: 006845/PA Participação:
ADVOGADO Nome: FERNANDO VASCONCELOS MOREIRA DE CASTRO NETO OAB: 6255/PA
Participação: AUTOR Nome: MARCIA BERNADETE ZOGHBI CRUZ Participação: ADVOGADO Nome:
MARCIO MARQUES GUILHON OAB: 006845/PA Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO
VASCONCELOS MOREIRA DE CASTRO NETO OAB: 6255/PA Participação: REU Nome: CHAO E TETO
CONSULTORIA IMOBILIARIA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO AUGUSTO OLIVEIRA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DE MESQUITA OAB: 14106/PA Participação: REU Nome: GAFISA SPE-37 EMPREENDIMENTOS


IMOBILIARIOS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: WALTER JOSE DE BRITO MARINI OAB:
195920/SP Participação: ADVOGADO Nome: LUIS PAULO GERMANOS OAB: 154056/SP

Despacho

Ante o retorno dos autos das instâncias superiores, tendo o trânsito em julgado sido certificado no ID
23722595, intime-se as partes para que procedam com os requerimentos pertinentes.

Após conclusos.

Belém/PA, 23 de julho de 2021.

CÉLIO PETRONIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito da 5ª vara Cível da Capital

Número do processo: 0813602-96.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOSIEL LOPES


BELMIRO Participação: ADVOGADO Nome: KENIA SOARES DA COSTA OAB: 15650/PA Participação:
REU Nome: BANCO HONDA S/A.

PROCESSO nº 0813602-96.2021.814.0301

DECISÃO

Vistos

Recebo a emenda a inicial.

Consistem os autos em AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO C/C REPETIÇÃO DO INDÉBITO C/C


TUTELA DE URGÊNCIA, proposta por JOSIEL LOPES BELMIRO, em desfavor da BANCO HONDA S/A,
com o fito de promover a revisão de cláusulas contratuais que entende abusivas em contrato bancário de
alienação fiduciária e pleiteando medida liminar de antecipação de tutela.

O demandante compõe o seu pleito de antecipação dos efeitos da tutela em pedidos que são
consequentes entre si e fundamentados, precipuamente, na abusividade de cláusulas contratuais,
consistindo os pedidos em: I – Consignar em juízo os valores que entende corretos; II – Obstar o requerido
de inscrever o autor nos serviços de proteção ao crédito e III – Manter a posse do veículo.

Segundo a nova sistemática processual a tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou


evidência; a tutela provisória de urgência pode ser de natureza cautelar ou satisfativa, a qual pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental (CPC, artigo 294), in verbis:

Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar--se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela
provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.

No caso em apreço, trata-se de tutela provisória antecipada e pleiteada de forma incidental.

Tal espécie de tutela provisória tem como escopo a salvaguarda da eficácia de um provimento jurisdicional
definitivo, evitando-se assim que os efeitos maléficos do transcurso do tempo fulminem o fundo de direito
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em debate.

O regime geral das tutelas de urgência está preconizado no artigo 300 do Código de Processo Civil que
unificou os pressupostos fundamentais para a sua concessão: “A tutela de urgência será concedida
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo”. Acresce-se, ainda, a reversibilidade do provimento antecipado, prevista no
parágrafo 3º do artigo 300 do Código de Processo Civil. Vejamos:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 1o Para a concessão da tutela de
urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos
que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la. § 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após
justificação prévia. § 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Além do mais, o Superior Tribunal de Justiça tem orientação dando conta que para o deferimento do
pedido de cancelamento ou de abstenção da inscrição do nome do contratante nos cadastros de proteção
depende da comprovação do direito com a PRESENÇA CONCOMITANTE DE TRÊS ELEMENTOS: a)
ação proposta pelo contratante contestando a existência integral ou parcial do débito; b)
DEMONSTRAÇÃO EFETIVA DA COBRANÇA INDEVIDA, amparada em jurisprudência consolidada do
Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; c) sendo parcial a contestação, que haja o
depósito da parte incontroversa ou a prestação de caução idônea, a critério do magistrado.

Em suma: nas ações revisionais de contrato, para que se possa deferir medida a fim de impedir a inscrição
do devedor em órgãos de proteção do crédito, a incidência de outros efeitos da mora e a suspensão do
contrato, é necessária a presença da probabilidade do direito nas alegações autorais acerca da
abusividade dos termos da avença.

Antes de lançar qualquer decreto positivo à pretensão do Requerente, passo a explicar cada ponto dito na
prefacial como abusivo, a fim de revelar que já existe jurisprudência sobre a matéria posta nos autos, de
modo a se verificar até onde o Requerente tem a seu favor os pedidos formulados na Prefacial.

Ressalta-se, de início, à capitalização de juros, em nossas cortes superiores já se firmou o posicionamento


uníssono sobre a impossibilidade de limitar os juros remuneratórios decorrentes de contrato com
instituições financeiras a 12% aa (doze por cento ao ano), devido, dentre outros fatores, ao advento da
Emenda Constitucional n.º 40, de 29 de maio de 2003, que pacificou a discussão quanto à
autoaplicabilidade do art.192, §3º, da CF, uma vez que o aludido dispositivo foi revogado.

Além disso, pacífico é o entendimento de que as operações financeiras não estão vinculadas às
disposições do Decreto 22.626/33, inclusive, existindo entendimento sumulado pelo EXCELSO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL.

De igual sorte, o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA se pronunciou a respeito da questão, no REsp.


1.061.530-RS e no REsp 1112880/PR, julgados segundo o rito dos recursos repetitivos, posicionando-se
no sentido de que os juros remuneratórios cobrados pelas instituições financeiras não se submetem às
limitações da Lei de Usura, e que não há abusividade na sua cobrança, se eles se encontram dentro da
taxa média do mercado financeiro.

O STF, por sua vez, com o efetivo propósito de afastar, de vez, a polêmica criada em torno da norma do §
3º do art. 192, da Constituição Federal, e colocar um ponto final à questão, culminou por editar a Súmula
Vinculante nº 07, a qual salienta que a “norma do § 3º do art. 192 da Constituição, revogada pela Emenda
Constitucional nº 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação
condicionada à edição de lei complementar."
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Não há ilicitude, portanto, nem abusividade na cobrança de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano
nos contratos bancários, pois conforme explicitado, é cediço que a Lei de Usura não se aplica às
instituições financeiras, ficando a fixação de juros a cargo do Conselho Monetário Nacional através de seu
órgão executivo, o Banco Central, sendo somente possível a comprovação de abusividade desde que
superior à taxa média de mercado. Questão que deverá ser objeto de instrução processual.

Assim, parte-se do pressuposto que o contrato foi firmado de boa-fé entre as partes e que, no momento da
pactuação, o requerente conhecia ao menos o valor que necessitaria adimplir mensalmente para não
quedar em débito.

Desse modo, não vislumbro motivos para ordenar o impedimento de cobrança dos valores por outro meio,
de modo a manter a harmonia e coesão ao entendimento aqui esposado.

Diante de todo o exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA


JURISDICIONAL.

Deixo de designar a audiência de conciliação a que alude o artigo 334 do Código de Processual Civil por
não vislumbrar na espécie a possibilidade de composição consensual.

Cite-se o réu, para, nos termos do artigo 335 do CPC, oferecer contestação no prazo de 15 (quinze) dias,
cujo termo inicial será a data prevista no artigo 231, de acordo com o modo como foi feita a citação (CPC,
artigo 335, III).

Escoado o prazo legal, certifique a Secretaria o ocorrido e retornem conclusos os autos para decisão.

Expeça-se o necessário.

Cumpra-se.

Serve a presente por cópia digitada como mandado, na forma do Provimento nº 003/2009, da
Corregedoria de Justiça da Região Metropolitana de Belém.

Belém (PA), 12 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRONIO D’ ANUNCIACÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0851466-08.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: F. L. F. M.


Participação: ADVOGADO Nome: FABIO LUIS FERREIRA MOURAO OAB: 7760/PA Participação:
EXECUTADO Nome: B. D. A. S. [. D. G. Participação: ADVOGADO Nome: MILTON SOUZA FIGUEIREDO
JUNIOR OAB: 12610/PA

Processo: 0851466-08.2020.8.14.0301

DESPACHO

1 – Ante a documentação apresentada, defiro a gratuidade judicial bem como decreto o sigilo do
processo, tendo acesso aos autos somente as partes envolvidas e advogados habilitados, e
devidamente identificado na capa dos autos.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

2 - Trata-se de pedido de cumprimento provisório de sentença, a qual constitui título executivo judicial, na
forma do art. 515, I, c/c art. 537, § 3º, do Código de Processo Civil. Dessa arte:

3 - INTIME-SE o devedor, pessoalmente, por meio de carta com aviso de recebimento (CPC, artigo 513, §
4º), para no prazo de 15 (quinze) dias, realizar o adimplemento voluntário da obrigação corporificada na
decisão, conforme demonstrativo discriminado e atualizado apresentado pelo credor.

3.1 - FICA ADVERTIDO o devedor que, não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do artigo 523 do
CPC (item 01), O DÉBITO SERÁ ACRESCIDO de multa de dez por cento e, também, de honorários de
advogado de dez por cento (CPC, artigo 85, § 1º e § 13), tudo na forma do artigo 523, § 1º, do Código de
Processo Civil.

3.2 - FICA ADVERTIDO o devedor, outrossim, de que, transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o
pagamento voluntário, INICIA-SE o prazo de 15 (quinze) dias para que, independentemente de penhora ou
nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação, observando-se que “será considerado
tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo” (CPC, artigo 218, § 4º).

3.3 - Ademais, não efetuado o pagamento voluntário no prazo de 15 (quinze) dias, independentemente de
nova intimação do credor, PODERÁ a parte exequente efetuar pedido de pesquisas junto aos sistemas
informatizados à disposição do juízo ou indicar outros bens penhoráveis, observada a ordem prevista no
artigo 835 do Código de Processo Civil.

3.4 - FICA ADVERTIDO o devedor, que também é seu dever apontar quais são e onde se encontram os
bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores, e, acaso intimado, se mantenha inerte sem
justificativa, este Juízo poderá considerar sua omissão, ato atentatório à dignidade da Justiça (artigo 772,
II E 774, V, NCPC), com a consequente aplicação da multa.

3.5 – FICAM AS PARTES ADVERTIDAS que o levantamento de valores será permitido somente após
o trânsito em julgado da sentença favorável à parte, na forma do art. 537, § 3º, do Código de
Processo Civil.

4 – Intime-se.

5 – Cumpra-se.

Belém, 10 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0024440-73.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ELMIRO DA MOTA


PIMENTA Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO LINDOLFO COELHO DOS SANTOS OAB:
8419/PA Participação: REU Nome: BANCO ITAÚ CONSIGNADO S/A Participação: ADVOGADO Nome:
ENY ANGE SOLEDADE BITTENCOURT DE ARAUJO OAB: 29442/BA

Processo: 0024440-73.2017.8.14.0301

DESPACHO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Encaminhem-se os autos à UNAJ para apuração das custas. Se as houver, intime-se a parte autora a
recolhê-las

Em seguida, certificado o necessário, voltem os autos conclusos para sentença.

Intime-se. Cumpra-se

Belém/PA, 21 de julho de 2021

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0876900-96.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ADMINISTRADORA DE


CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA LUCILIA GOMES
OAB: 10968/ES Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA TERESO JUNIOR OAB:
16837/PA Participação: REU Nome: ALINE CRISTINA DE CARVALHO PINHEIRO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo n.º 0876900-96.2020.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas referentes à diligência de citação por oficial de justiça, no
prazo de 30 (trinta) dias. Após, juntar o comprovante de pagamento, o boleto bancário correspondente e o
relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei 8328/2015.

Belém, 17 de agosto de 2021.

DEBORAH RONI HERINGER BAVARESCO


Analista/Auxiliar Judiciário da 1ª UPJ Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0828631-89.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: PETRAGLIA -


ADVOGADOS ASSOCIADOS Participação: ADVOGADO Nome: VIVIANE RESENDE DUTRA SILVA OAB:
30818/DF Participação: EXECUTADO Nome: FEIRAO DISCOS E FITAS LTDA - ME Participação:
EXECUTADO Nome: EMISSORAS RADIO MARAJOARA LTDA - EPP

Processo: 0828631-89.2021.8.14.0301
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Decisão

Trata-se de embargos de declaração opostos por PETRAGLIA ADVOGADOS ASSOCIADOS contra a


sentença ID 30319996.

Alega a embargante que existe contradição na sentença, pugnando, ao final, pela modificação da
sentença.

Éo relatório. Decido.

Depreende-se do disposto no art. 1022 do Código de Processo Civil de 2015 que cabem embargos de
declaração quando a decisão for obscura, contraditória, omissa ou demandar correção de erro material.

Compulsando os autos, observo que não assiste razão à embargante ao opor embargos de declaração, na
medida em que, na sentença, inexistem quaisquer dos vícios apontados na lei.

Isso porque o vício de contradição deve ser analisado na decisão em si mesma, e não com o
entendimento da parte, o que desafia o manejo de recurso próprio, diverso dos embargos, no caso
concreto, a apelação.

De igual forma, o C. STJ e o TJ/SP já se manifestaram sobre o tema:

“Modificação da substância do julgado embargado. Inexistindo na decisão embargada omissão a ser


suprida, nem dúvida, obscuridade ou contradição a serem aclaradas, rejeitam-se os embargos de
declaração. Afiguram-se manifestamente incabíveis os embargos de declaração à modificação da
substância do julgado embargado. Admissível, excepcionalmente, a infringência do decisum quando se
tratar de equívoco material e o ordenamento jurídico não contemplar outro recurso para a correção do erro
fático perpetrado, o que não é o caso. Impossível, via embargos declaratórios, o reexame de matéria de
direito já decidida ou estranha ao acórdão embargado (STJ, edCL 13845,rel. Min. César Rocha, j.
26.6.1992, DJU 31.8.1992, P. 13632)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – Apelação – Cumprimento de Sentença nos autos da Ação Coletiva nº


0002361-16.2009.8.26.0053 – Alegação de que o v. acórdão padece de omissão – Inocorrência – Mero
inconformismo com o julgado – Os embargos não se prestam para veicular inconformismo da parte com o
decidido, não podendo ser considerada omissa, obscura ou contraditória a decisão, apenas porque reflete
entendimento contrário ao defendido pela embargante – Prequestionamento ficto, nos termos do artigo
1.025 do CPC/2015 – Embargos de declaração com nítido caráter infringente ao julgado – Embargos
rejeitados.

(TJSP. Embargos de Declaração Cível 1000318-76.2020.8.26.0547; Relator (a): Rebouças de Carvalho;


Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Público; Foro de Santa Rita do Passa Quatro - 2ª Vara; Data do
Julgamento: 14/01/2021; Data de Registro: 14/01/2021)

Resta evidenciado, assim, que a embargante pretende ver reformada a sentença de forma que não se
admite em sede de embargos de declaração, ante a ausência de omissão, contradição ou obscuridade na
sentença combatida.

Com efeito, devem ser rejeitados os embargos de declaração opostos pela embargante.

Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração opostos pela embargante com arrimo no art. 1.022 do
CPC/2015.

P.R.I.C.
1071
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Transitada em julgado, arquivem-se os autos, observadas as anotações e baixas necessárias.

Belém, 13 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0855999-78.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: A M MACHADO ME


Participação: ADVOGADO Nome: MAURO JOAO MACEDO DA SILVA OAB: 6659/PA Participação: REU
Nome: SOTERRA CONSTRUTORA E IMOBILIARIA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: WILSON
NEVES MONTEIRO OAB: 7368/PA

Despacho

Determino a intimação das partes para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, digam se pretendem
produzir provas ou se concordam com o julgamento antecipado da lide.

Caso haja requerimento de produção de provas, a parte deverá esclarecer a finalidade de cada prova
requerida com o intuito de evitar a produção de prova desnecessária e protelatória a solução do litígio.

Com as manifestações, voltem os autos conclusos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 13 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRONIO D’ ANUNCIACÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0828752-59.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MATISSE


PARTICIPACOES S.A Participação: ADVOGADO Nome: TADEU ALVES SENA GOMES OAB: 15188/PA
Participação: REQUERIDO Nome: SWISS COMERCIO DE JOIAS EM GERAL LTDA - ME Participação:
ADVOGADO Nome: MAURO PINTO BARBALHO OAB: 20829/PA Participação: ADVOGADO Nome:
BIANCA ROSAS MARTINS BELTRAO OAB: 26661/PA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO
ALEXANDRE FERREIRA FRANCA OAB: 20165/PA Participação: REQUERIDO Nome: JACOB ABEN
ATHAR Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO ALEXANDRE FERREIRA FRANCA OAB: 20165/PA
Participação: REQUERIDO Nome: COTA NAHON ABEN ATHAR Participação: ADVOGADO Nome:
EDUARDO ALEXANDRE FERREIRA FRANCA OAB: 20165/PA

DECISÃO

Trata-se de EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO interposta por SWISS COMERCIO DE JOIAS EM GERAL LTDA
, (fls. 395-417), em desfavor deste Magistrado signatário.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Alega que o autor em conversa com outros lojistas que ainda tem operação no Shopping Boulevard e
possuem disputas judiciais parecidas com as do peticionante (Vide processos: 0829765-25.2019,
0826717-58.2019, 0823472-24.2019, 0875327-91.2019, 0872486-26.2018 e 0866173-49.2018), teve
conhecimento de que com o magistrado que é titular da sua causa dificilmente decidiria em favor do réu.

Aduz que há várias condutas deste magistrado signatário em benefício da parte ex-adversa e que o
incidente está pautada no desrespeito por parte do magistrado do instituto da coisa julgado, assim como
os seus limites, violação do princípio da legalidade, haja vista que desconsiderou absolutamente a
previsão exposta pela Lei do Inquilinato, situação clara de cláusulas leoninas em nítido favorecimento à
parte autora; e por último, um terceiro momento também de cunho processual, pois houve flagrante
ausência de Fundamentação diante da incidência do art. 489, §1ª inciso IV em todos os atos decididos.

Éo relatório. DECIDO.

A simples leitura da peça exceção permite concluir que nenhuma razão assiste à excipiente.

Alega que o autor em conversa com outros lojistas que ainda tem operação no Shopping Boulevard e
possuem disputas judiciais parecidas com as do peticionante citando os processos referente as Ações
Renovatórias 0829765-25.2019, 0826717-58.2019, 0823472-24.2019, 0875327-91.2019, 0872486-
26.2018 e 0866173-49.2018), teve conhecimento de que com o magistrado que é titular da sua causa
dificilmente decidiria em favor do réu.

Pois bem, de entrada cabe ressaltar que nenhum dos referidos processos tramitam nesta Unidade
judiciária da qual sou titular. Pela simples consulta ao sistema PJE, verifica-se que o feito 0829765-
25.2019 tramita pela 10ª Vara Cível e Empresarial de Belém, os autos 0826717-58.2019 tramitam pela 2ª
Vara Cível e Empresarial de Belém; os autos 0872486-26.2018 e 086617-49.2018, ambos tramitam pela
8ª Vara Cível e Empresarial da Capital, todos ainda em tramitação, sem decisão final.

No que se refere a alegação de violação da legalidade, coisa julgada e ausência de fundamentação, o que
segundo o excipiente, indicaria a parcialidade deste magistrado signatário, imperativo realizar um histórico
dos autos processuais praticados no presente feito.

Após o ajuizamento da ação de despejo por falta de pagamento dos alugueres c/c cobrança, as partes
juntaram aos autos um termo de acordo, com previsão de pagamento do débito em nove parcelas mensais
e sucessivas, sendo a primeira de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) e as oito seguintes no valor de R$
10.437,50, a começar em 30/01/2018. O acordo foi homologado por sentença por este magistrado
signatário, conforme id. 4771781.

Posteriormente a sentença homologatória, a exequente requereu o despejo com fundamento em cláusula


do ajuste por inadimplência da quarta e quinta parcela previstas no acordo. Em sua manifestação, o
executado, ora excipiente, no id. 5973329, confirmou a inadimplência ao alegar que pagou mais de 50%
da dívida e que “o referido acordo foi realizado dentro de uma expectativa econômica que não se
materializou”, requerendo a realização de audiência de conciliação.

Este magistrado signatário, conforme requerido pelo excipiente, designou audiência de conciliação
(despacho - id. 5988043). Ocorre que, no dia e hora designado para o ato processual, o excipiente não
compareceu ou justificou sua ausência, estando presente apenas o exequente, o qual confirmou a
inadimplência das parcelas constantes do acordo, bem como a ausência de pagamento do aluguel com
vencimento no dia 01.11.2018.

No id. 7231915, durante a fase de cumprimento da sentença, foi apresentado novo acordo firmado pelas
partes, requerendo-se a homologação do ajuste e a suspensão da cobrança e do despejo até efetivo
pagamento das sete novas parcelas mensais e sucessivas, a primeira com vencimento em 30/08/2018 e
última em 25 de fevereiro de 2019, não sendo tal pedido apreciado de imediato pelo Juízo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

No ID 7298840 a exequente informou que a parte ré havia realizado o pagamento dos valores em aberto,
pleiteando a homologação do termo de acordo apresentado e a permanência dos autos em cartório, nos
termos da cláusula 7ª do termo de acordo, tendo em vista se tratar de obrigação de trato sucessivo.

Em janeiro de 2019, requereu a exequente o prosseguimento do cumprimento da sentença, com o despejo


do executado (03 dias foi o prazo estabelecido pelas partes no acordo para desocupação do imóvel),
diante da inadimplência do executado, conforme petição id. 8038680. Por seu turno, o excipiente
confirmou novamente no id. 8304239 que apenas 70% (setenta por cento) do novo acordo havia sido
adimplindo, requerendo que fosse designada nova audiência de conciliação e que não fosse realizado o
despejo.

No id. 8902707, veio excipiente informar que mais duas parcelas do acordo haviam sido quitadas e que
restaria apenas a parcela de dezembro/2018 em aberta.

O exequente requereu no id. 8973922 a expedição de mandado de despejo por descumprimento do novo
acordo, enquanto o executado/excipiente pugnou pelo parcelamento do débito pendente (id 11235265).

No id. 11468618, a juíza auxiliar, dra. KARISE ASSAD CECCAGNO, indeferiu o prosseguimento do feito
referente a novos débitos não abrangidos pelo acordo realizado entre as partes e homologado no ID
4771781, em razão do trânsito em julgado e que não era mais possível discutir fatos novos nestes autos,
diante da coisa julgada operada, devendo ser intentado através de ação própria. Determinou ainda a
magistrada a expedição do competente mandado desocupação do imóvel, com prazo de quinze (15) dias
para a desocupação voluntária do imóvel pelo executado, sob pena de desocupação compulsória.

Interpôs a excipiente Embargos de Declaração no id. 11666145 contra a referida decisão, sendo ainda
apresentada contrarrazões no id. 11981708.

Antes da análise do recurso, no Id. 12015452, informou o executado/excipiente que a parte exequente, em
completa má-fé, tentava ludibriar o juízo ao imputar novo descumprimento, quando na verdade o que
existe é a negativa e resistência por parte do credor em receber o valor do débito, solicitando a expedição
de guia de depósito com a consequente abertura de conta judicial para possa depositar a última parcela do
acordo supracitado, requerendo também que o Magistrado reformasse a decisão que determinou o
despejo e intimasse o excipiente para pagar o valor faltante para que este continuasse no imóvel até o fim
do contrato.

Considerando que o segundo acordo ainda não havia sido homologado, e que “mesmo após a prolação da
sentença ou do acórdão que decide a lide – como no caso dos autos –, podem as partes transacionar o
objeto do litígio e submetê-lo à homologação judicial” (STJ, REsp 1267525), mormente considerando que
o despejo referente ao descumprimento do primeiro acordo não fora efetuado em virtude de nova
transação com pedido de suspensão do cumprimento, foi prolatada nova decisão homologatória por este
magistrado signatário.

Na supracitada decisão homologatória também foram analisados os Embargos de Declaração opostos


pelo excipiente, os quais não foram acolhidos em razão da previsão contratual das cláusulas 2 e 3 e das
consequências jurídicas previstas no próprio ajuste em caso de simples atraso no pagamento do aluguel.
Da decisão proferida em Embargos de Declaração interposto Agravo de Instrumento, o qual fora indeferido
o efeito suspensivo (id. 12340060) e, posteriormente, negado provimento ao recurso conforme id.
2899212, tendo sido afastada as teses do excipiente de violação ao princípio da fundamentação das
decisões judiciais, nulidade do ato decisório e inadimplemento substancial, reconhecendo ainda o douto
relator que “não vislumbro a ocorrência de qualquer teratologia na decisão proferida pelo juízo a quo no
sentido de determinar a desocupação do imóvel no prazo de 3 (três) dias, pois este prazo foi
expressamente acordado entre os litigantes nos dois acordos celebrados nos autos da origem.

No id. 12805441, veio o excipiente informa que houve reforma da decisão da juíza auxiliar pelo juiz titular,
o qual nesta decisão determinou a saída do imóvel não mais em 15 (quinze) dias, mas sim em 03 dias, e
que ficaria a ré no aguardando da intimação e a manifestação do autor, ora exequente, com o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

preenchimento dos requisitos legais para início da fase de cumprimento de sentença.

No id. 13227317, veio o BOULEVARD SHOPPING BELÉM S.A informa que o excipiente não honrou com
os pagamentos nos prazos acertados, estando em débito com a 5ª parcela do acordo (vencida em
25/12/2018), bem como com as obrigações decorrentes dos alugueis e encargos da locação desde o
vencimento de 01/02/2019 até a entrega do espaço, ocorrida em 02/09/2019, violando as cláusulas 2ª e 6ª
do termo de acordo a que se comprometeram em manifestação livre e autônoma das suas vontades,
requerendo o prosseguimento da execução com a imediata constrição patrimonial dos Demandados, isto
é, sem a necessidade de nova intimação para pagar, conforme acordado na cláusula 3ª e 5ª do acordo
homologada, no valor de R$ 167.289,26 (cento e sessenta e sete mil, duzentos e oitenta e nove reais e
vinte e seis centavos), referente aos valores do acordo e aluguéis pós-acordo não pagos, atualizados até
01/10/2019, devendo ser realizado bloqueio online via BACENJUD

No id. 15276752, foi determinado a intimação da executada, ora excipiente, para fins de pagamento do
débito, no prazo de 15 dias.

Em seguida, veio o pedido de suspeição deste magistrado.

Pois bem, este magistrado sequer conhece qualquer das partes do presente processo, nem tão pouco os
procuradores habilitados que atuam ou atuaram no feito, bem como não possuo qualquer tipo de amizade
ou inimizade com os causídicos representantes da autora e do réu, e não possuo interesse na causa,
inexistindo qualquer razão jurídica ou motivo plausível para que seja acolhida a alegada suspeição,
mormente considerando que todas as decisões foram fundamentadas.

Trata-se, em verdade, de pedido sem qualquer fundamentação fática ou jurídica, pois o patrono da
requerente sequer aponta a razão ou a motivação da alegada suspeição, fazendo apenas uma alegação
genérica, sem qualquer indício de comprovação, apenas porque as decisões não lhe foram favoráveis ou
atenderam à sua vontade.

Com efeito, não cabe a este magistrado modificar as cláusulas de acordo firmado de livre e espontânea
vontade entre as partes, como deseja o excipiente, mas assegurar o cumprimento de ambos os ajustes
pactuados, principalmente quando as condições estabelecidas nestes não se encontram em oposição à
lei.

Ademais, no que se refere a alegação de recusa de pagamento pelo excipiente, é cediço que ante a
negativa de recebimento de qualquer valor pelo exequente, caberia ao excipiente ajuizar a ação de
consignação, o que não ocorreu, não esperar que o juízo adote providência que cabe à parte.

A alegação de violação a coisa julgada por ter este magistrado homologado por sentença o primeiro
acordo, que segundo a visão do excipiente, impediria a homologação de outros acordos no curso do
cumprimento da sentença homologada, não tem respaldo legal. Como é cediço, tratando-se de direitos
disponíveis, as partes podem compor, quantas vezes for de interesse, sem que haja afronta à coisa
julgada, mesmo após a prolação de sentença (STJ, REsp 1267525). Nesse sentido:

COISA JULGADA. ACORDO. MATÉRIA DISPONÍVEL. Versando o acordo sobre matéria disponível,
podem as partes transacionar até mesmo de modo diverso ao disposto na decisão transita em julgado,
sem que com isto haja afronta a res iudicata. Isso porque, tratando-se de tema sobre cuja regulamentação
reina liberdade jurídica, a sentença é subsidiária e disponível, podendo as partes, sem arranhão à coisa
julgada, convencionar solução diversa. Ademais, a transação, como declaração bilateral de vontade, é
negócio jurídico que pode ser formalizado até mesmo fora do juízo, produzindo efeito imediato entre as
partes, independente de homologação judicial, sendo, pois, um contrassenso a sua não homologação.
PROVERAM. UNÂNIME”. (TJRS, Agravo de instrumento nº 70003104114, Sétima Câmara Cível, Rel. Luiz
Felipe Brasil Santos, j. 03/10/2.001).

Por fim, forçoso ainda reconhecer que por convenção voluntária das partes no acordo, o prazo de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

desocupação em caso de inadimplência ficou estabelecido em 03 dias, motivo pela qual foi determinado a
expedição de mandado de desocupação voluntaria, sob pena de desocupação compulsória, afastando-se
o prazo de 15 dias determinada pela magistrada auxiliar, que não se atentou a esse dispositivo do acordo.
Ademais, a determinação deste magistrado signatário, inclusive, foi tida como acertada no recurso de
Agravo de Instrumento.

Ante o exposto, NÃO RECONHEÇO A SUSPEIÇÃO e, nos termos do art. 146, parágrafo primeiro, do
Código de Processo Civil, apresento esta decisão como razões e determino a imediata remessa ao
egrégio Tribunal de Justiça.

Desentranhe-se a petição de arguição de suspeição com todos os seus anexos, autue-se em apartado,
com cópia desta decisão e remeta-se o incidente ao e. TJPA.

Preserve-se nos autos cópia da petição que arguiu a suspeição. Observem as partes que, enquanto não
for declarado o efeito em que é recebido o incidente (art.146, §3º, do CPC), eventual pedido de tutela de
urgência dever ser encaminhado ao Juiz auxiliar ou substituto legal.

Cumpra-se de imediato.

Assim, nos termos do art. 146, parágrafo 1º do CPC, determino o encaminhamento dos presentes autos
ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará.

Belém, 16 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D’ ANUNCIAÇO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0874804-79.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ANA PRATA DA


CRUZ Participação: ADVOGADO Nome: LUIZETE LACERDA SCHER DOS SANTOS OAB: 9292/PA
Participação: REQUERIDO Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO VICTOR V Participação: ADVOGADO
Nome: JOAO PAULO GAZEL MENEZES OAB: 28820/PA

Processo: 0874804-79.2018.8.14.0301

DESPACHO

Tendo em vista a certidão ID 20217780, certifique a Secretaria Judicial se o réu regularmente citado
apresentou defesa no prazo legal.

Em seguida, voltem os autos conclusos

Belém (PA), 21 de julho de 2020.

CÉLIO PETRÔNIO D’ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0840642-87.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO VOLKSWAGEN


S.A. Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA TERESO JUNIOR OAB: 16837/PA
Participação: REU Nome: CARMEN LUCIA ROSA NONATO Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANA
ARAUJO FURTADO registrado(a) civilmente como ADRIANA ARAUJO FURTADO OAB: 59400/DF

DESPACHO

Vistos.

Considerando que o processo se encontra suficientemente instruído, não havendo necessidade da


produção de outras provas, haja vista que as provas documentais existentes nos autos são o bastante
para o julgamento da ação, bem como que a causa não apresenta questões complexas de fato e de
direito, dou por encerrada a instrução processual.

Remetam-se os autos à UNAJ para cálculo de custas finais, em havendo custas pendentes, intime-se a
parte devedora para o recolhimento, em 15 (quinze) dias.

Após o decurso do prazo, com ou sem manifestação, voltem os autos conclusos para sentença.

Cumpra-se.

Belém, 12 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRONIO D’ANUNCIAÇO

Juiz de Direito Titular da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0842126-40.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EDNA LEA BENZECRY


SOARES Participação: ADVOGADO Nome: RENAN SANTOS MIRANDA OAB: 17253/PA Participação:
ADVOGADO Nome: SOLON DA SILVEIRA BEZERRA NETO OAB: 335/PA Participação: REU Nome:
CONSTRUTORA VILLAGE EIRELI Participação: ADVOGADO Nome: TIAGO NASSER SEFER OAB:
16420/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE MARIA RODRIGUES ALVES JUNIOR OAB: 11710/PA

R.h.

Considerando o pedido de liquidação por arbitramento, intimem-se as partes para a apresentação de


pareceres ou documentos elucidativos no prazo de quinze dias.

Decorrido o prazo e certificado o ocorrido, retornem os autos conclusos para decisão nos termos do art.
510 do CPC.

Belém, 23/07/21. Fabiola Urbinati Maroja Pinheiro Juíza de Direito Auxiliar da 5ª Vara Cível e Empresarial
de Belém

Número do processo: 0836471-53.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ROBERTO JORGE


CAVALCANTE Participação: ADVOGADO Nome: MANOEL MIRANDA RODRIGUES OAB: 006707/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Participação: REU Nome: Afonso Ugarte Hidalgo

PROCESSO: 0836471-53.2021.8.14.0301

DESPACHO

Compulsando os autos, verifico que existem algumas irregularidades na exordial que impedem seu
recebimento e regular desenvolvimento do processo.

Inicialmente, o autor postula os benefícios da justiça gratuita. O Novo Código de Processo Civil passou a
dispor sobre a gratuidade da justiça nos artigos 98 e seguintes. O artigo 99, § 2º discorre que caso o juiz
entenda que faltam pressupostos legais para a concessão de gratuidade, deve, antes de indeferir o
pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos

O requerente não acosta com a inicial declaração de hipossuficiência, nem outros documentos capazes de
comprovar a hipossuficiência alegada, como a declaração de imposto de renda, contracheque ou extratos
bancários, por exemplo.

Além disso, a parte autora não junta da Planta do Imóvel e não indica endereço do réu nem o logradouro
completo onde os confinantes (direita, esquerda, fundos) possam ser citados.

Diante disso, INTIME-SE a Autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, e sob pena de indeferimento da
petição inicial, emendar a exordial, nos termos do art. 246, § 3º, e 319, II e V, do CPC, trazendo aos autos
documentos que comprovem sua hipossuficiência de recursos, sob pena de indeferimento do pedido de
justiça gratuita e consequente cancelamento da distribuição (art 290 do CPC), indicando o endereço dos
confinantes e da parte requerida, com vias a permitir a citação ou demonstre o esgotamento de diligências
para buscar encontrá-los e juntando planta/memorial descritivo do imóvel usucapindo, com a devida
caracterização dos imóveis e logradouros confrontantes e suas coordenadas geodésicas.

CUMPRA-SE e INTIME-SE, sob as formalidades legais.

Belém, 22 de abril de 2021.

CÉLIO PETRONIO D’ ANUNCIACÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0867088-98.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ROBERTO PEREIRA


DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: LEANDRO JOSE PEREIRA MACEDO OAB: 10160/PA
Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR LOBATO DA SILVA registrado(a) civilmente como VICTOR
LOBATO DA SILVA OAB: 25223/PA Participação: REU Nome: CARLOS EDUARDO OLIVEIRA MORAES
Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO ISAKSON NOGUEIRA OAB: 19411/PA Participação: REU
Nome: L C IMOVEIS LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO ISAKSON NOGUEIRA
OAB: 19411/PA

PROCESSO: 0867088-98.2018.8.14.0301

DESPACHO
1078
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Determino a intimação das partes para que, no prazo comum de 15 (quinze) dias, digam se pretendem
produzir provas ou se concordam com o julgamento antecipado da lide.

Caso haja requerimento de produção de provas, a parte deverá esclarecer a finalidade de cada prova
requerida com o intuito de evitar a produção de prova desnecessária e protelatória a solução do litígio.

Além disso, os requeridos postulam os benefícios da justiça gratuita. O Novo Código de Processo Civil
passou a dispor sobre a gratuidade da justiça nos artigos 98 e seguintes. O artigo 99, § 2º discorre que
caso o juiz entenda que faltam pressupostos legais para a concessão de gratuidade, deve, antes de
indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.

Os réus não acostam com a contestação declaração de hipossuficiência, nem outros documentos capazes
de comprovar a hipossuficiência alegada, como a declaração de imposto de renda, contracheque ou
extratos bancários, por exemplo.

Diante disso, deve a parte requerida, no mesmo prazo de 15 (quinze) dias acima assinalado, trazer aos
autos documentos que comprovem sua hipossuficiência de recursos, sob pena de indeferimento do pedido
de justiça gratuita

Com as manifestações, voltem os autos conclusos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 22 de julho de 2021

CÉLIO PETRONIO D’ ANUNCIACÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0809165-12.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MARIA OLINDA


VANZELER TAVARES Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA VANZELER TAVARES OAB: 29866/PA
Participação: REQUERIDO Nome: NOVA TERRA - CONSORCIO DE BENS S/C LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: WILSON JOSE DE SOUZA registrado(a) civilmente como WILSON JOSE DE SOUZA
OAB: 11238/PA

Processo: 0809165-12.2021.8.14.0301

DESPACHO

Determino a intimação das partes para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, digam se pretendem
produzir provas ou se concordam com o julgamento antecipado da lide.

Caso haja requerimento de produção de provas, a parte deverá esclarecer a finalidade de cada prova
requerida com o intuito de evitar a produção de prova desnecessária e protelatória a solução do litígio.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Sem prejuízo, considerando que é permitido ao Juiz tentar a qualquer tempo a conciliação entre as partes
(Art. 139, V, NCPC), a fim de dar uma solução mais célere e de natureza conciliatória à demanda e tendo
em vista a proposta de acordo formulada pela autora na inicial, manifeste-se o réu sobre a possibilidade de
acordo no mesmo prazo de 5 (cinco) dias acima assinalado, sob pena de seu silêncio ser considerado
como recusa.

Após, certificado o necessário, voltem os autos conclusos.

Belém/PA, 23 de julho de 2021

CÉLIO PETRONIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0859635-18.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: AYMORE CREDITO,


FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: MARCO ANTONIO
CRESPO BARBOSA OAB: 22991/PA Participação: REU Nome: CARLOS FELIPE MODESTO GOMES

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo n.º 0859635-18.2019.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Em cumprimento ao disposto no art. 1º, § 2º, inciso XI, dos Provimentos 006/2006-CJRMB e 008/2014-
CJRMB, fica intimada a parte Requerente, por meio de seus advogados, a efetuar o pagamento das
custas referentes à expedição de mandado, bem como as respectivas diligências do oficial de justiça
(diligência de citação e diligência de busca e apreensão de veículos), no prazo de 30 (trinta) dias. Após,
juntar o comprovante de pagamento, o boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo,
nos termos do art. 9º, § 1º da Lei 8328/2015.

Belém, 17 de agosto de 2021.

DEBORAH RONI HERINGER BAVARESCO


Analista/Auxiliar Judiciário da 1ª UPJ Cível e Empresarial de Belém
1080
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0807332-90.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CLINICA DE


MEDICINA PREVENTIVA DO PARA S/S LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTO
TAMER XERFAN JUNIOR OAB: 009117/PA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO BARBOSA
BASTOS REZENDE OAB: 21442/PA Participação: REQUERIDO Nome: UNIMED DE BELEM
COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE AZEVEDO
TRINDADE OAB: 011270/PA

Processo: 0807332-90.2020.8.14.0301

Despacho

Indefiro o pedido de segredo de justiça, tendo em vista que o processo não se enquadra nos termos do art.
189 do CPC, e determino a retirada do segredo de justiça, caso o processo tenha sido cadastrado
como sigiloso.

Após, intime-se a parte requerida UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, para,
querendo, apresentar, no prazo de 15 (quinze) dias, contestação.

Apresentada contestação, intime-se a parte autora para a réplica, no prazo legal.

Após, conclusos para decisão.

Belém, 27 de julho de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0028071-64.2013.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ANA JULIA


MAGALHAES DE ALMEIDA Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO JOSE GUALBERTO
ALMEIDA OAB: 25717/PA Participação: REQUERIDO Nome: FRANCISCA JEAN PAZ DOMINGUES
Participação: ADVOGADO Nome: MARIANA BRANDAO PAIVA OAB: 29525/PA Participação:
ADVOGADO Nome: CAMILO RAMOS CAVALCANTE OAB: 21486/PA

Processo: 0028071-64.2013.8.14.0301

Decisão

Considerando o trânsito em julgado da sentença, conforme certificado no ID 25817106), e considerando a


petição ID 25861456 da parte exequente, expeça-se o MANDADO DE IMISSO NA POSSE, conforme já
determinado em sentença, ficando autorizado desde já, a expedição de mandado de desocupação
compulsória, a ser cumprido por Oficial de Justiça, com o emprego de força policial e arrombamento, se
necessários, com remoção dos móveis e utensílios que porventura se encontrem no interior do imóvel
objeto do feito, ficando o Requerido como depositário fiel dos bens.

Não sendo aceito o encargo pelo Réu, sejam os bens encaminhados ao depósito público, em tudo
observadas as cautelas legais, devendo o Oficial de Justiça confeccionar Auto Circunstanciado na ocasião
1081
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

do cumprimento desta decisão.

Deve o meirinho adotar cautela na desocupação, informando previamente este Juízo qualquer
embaraçado causado pelo réu.

CUMPRA-SE.

Belém, 02 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito, titular da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0829538-06.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JURANDIR


MARTINS CUNHA Participação: ADVOGADO Nome: RAI LUAN OLIVEIRA DA SILVA OAB: 23020/PA
Participação: REQUERIDO Nome: T & C INDUSTRIA E COMERCIO DE CABOS E VASSOURAS EIRELI -
EPP Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELLA MORAES DOS SANTOS OAB: 25106/PA
Participação: REQUERIDO Nome: CARLOS ALBERTO DIAS Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE
LUIZ SERRAO PINHEIRO OAB: 11960/PA

Processo: 0276229-64.2016.8.14.0943

DESPACHO

Àsecretaria para certificar o trânsito em julgado da decisão de id nº 22812519.

Em seguida, façam-me os autos conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 06 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D'ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0806034-63.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SILVIA CELIA DA SILVA


SANTIAGO Participação: ADVOGADO Nome: GEDIELSON SOUZA DE OLIVEIRA OAB: 29341/PA
Participação: REU Nome: TRANSPORTADORA ARSENAL LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
DANIEL DE MEIRA LEITE OAB: 12969/PA

Despacho

Intime-se as partes, para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, digam se pretendem produzir outras
provas, ou se concordam com o julgamento antecipado da lide.
1082
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Caso haja requerimento de produção de provas, a parte deverá esclarecer a finalidade de cada prova
requerida com o intuito de evitar a produção de prova desnecessária e protelatória a solução do litígio.

Outrossim, esclareço as partes que as provas anteriormente indicadas devem ser ratificadas na
oportunidade ora concedida.

Com as manifestações, voltem os autos conclusos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 05 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRONIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0854061-14.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: GUILHERME CARVALHO


OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO OAB: 007261/PA
Participação: REU Nome: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A.
Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTA MENEZES COELHO DE SOUZA registrado(a) civilmente
como ROBERTA MENEZES COELHO DE SOUZA OAB: 11307/PA

Processo: 0854061-14.2019.8.14.0301

DESPACHO

Considerando o pedido de prova pericial formulado pela requerida, com o objetivo de elucidar melhor os
fatos, nomeio como perita para atuar no processo a Dra. Filomena Brandão Barroso Rebello – CRM 842 -
telefone: 98278-0034 e 99987-3965, e na impossibilidade desta o Dr. Hinton Barros Cardoso Júnior – CRM
4134 - Telefone: 98227-7174.

Intime-se a senhora perita da referida nomeação. Em havendo concordância, a Secretaria deve adotar
todas as providências necessárias e expedir todos os atos ordinatórios de praxe.

Arbitro os honorários periciais em R$300,00 (trezentos reais) que devem ser suportados pela requerida,
conforme Acordo de Cooperação Técnica nº 021/2016 celebrado entre o Tribunal de Justiça do
Estado do Pará e a Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT.

Intime-se a parte ré para efetuar o pagamento dos honorários periciais e das custas relativas à intimação
pessoal do autor, em até 15 (quinze) dias a contar da intimação.

Indicada a data, horário e local da perícia, autorizo a intimação dos litigantes, observada a intimação
pessoal do autor/periciando para comparecimento à perícia a ser realizada nos autos, conforme requerido
as fls 108/109, bem como entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça1

Intime-se a parte autora para, no prazo de 15 dias, indicar assistente técnico e apresentar quesitos (art.
465, § 1º, II e III, do CPC), uma vez que a parte requerida em ID 25690081 dispensou seu assistente
técnico e já apresentou quesitos.

Com a apresentação do laudo pericial deve a Secretaria, por ato ordinatório, intimar as partes a fim de que
1083
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

se manifestem sobre o laudo pericial, em 10 (dez) dias.

Em seguida, certificado o necessário, voltem os autos conclusos.

Por fim, indefiro o pedido ID 27068136 pois, além de a prova pericial ter sido produzida em outro processo
sem oportunizar o contraditório ao réu, o laudo apresentado (ID 27068137) não apresenta o grau de
incapacidade do requerente nos termos do anexo da Lei nº 619474/, com as alterações promovidas pela
Lei 11.945/2009

Intime-se. Cumpra-se

Belém, 09 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D'ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

1 RECURSO ESPECIAL Nº 1.484.310 - RR (2014/0249588-4) RELATOR : MINISTRO ANTONIO


CARLOS FERREIRA (...) De acordo com a Corte local, "a parte Apelante foi devidamente intimada quanto
à realização da perícia médica, conforme certidão constante às fls. 57, contudo, não compareceu ao
exame pericial, tampouco justificou sua ausência, não havendo que se falar em intimação pessoal vez que
devidamente constituída por advogado" (e-STJ fl. 112). Acontece que tal entendimento está em confronto
com a jurisprudência do STJ de que, recaindo a perícia sobre a própria parte, é necessária sua intimação
pessoal, uma vez que se trata de ato personalíssimo, não podendo a referida prova técnica ser feita por
meio do seu advogado. A propósito: (...) RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO. PERÍCIA MÉDICA. EXAME PESSOAL DA PARTE. ATO PERSONALÍSSIMO.
NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PESSOAL. INTIMAÇÃO DIRIGIDA AO ADVOGADO. INVALIDADE. 1.
Em regra, a intimação será encaminhada à pessoa a quem cabe desempenhar o ato comunicado.
Tratando-se da prática de atos postulatórios, a intimação deve ser dirigida ao advogado; tratando-se da
prática de ato personalíssimo da parte, ela deve ser intimada pessoalmente. 2. Deve-se distinguir a
intimação meramente comunicativa, que cria ônus ou faz fluir prazos, da intimação que ordena condutas e
gera deveres para o intimado, como é o caso daquela para a parte se submeter a perícia médica, cujo não
comparecimento "supre a prova que se pretendia obter com o exame" (CC, art. 232). 3. Recaindo a perícia
sobre a própria parte, é necessária a intimação pessoal, não por meio do seu advogado, uma vez que se
trata de ato personalíssimo. 4. Tratando-se de controvérsia acerca da inexistência de ruptura de próteses
que já foram retiradas do corpo da parte, seria necessário informá-la de eventual inspeção corporal a ser
realizada na perícia e da consequente necessidade de comparecimento pessoal ao ato. 5. Recurso
especial provido. (REsp 1.309.276/SP, Relator Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA
TURMA, julgado em 26/4/2016, DJe 29/4/2016.) Dessa maneira, a sentença e o acórdão recorrido devem
ser anulados, a fim de que o recorrente seja intimado pessoalmente para o comparecimento à perícia
médica designada. Por fim, fica prejudicada a análise das questões remanescentes. Ante o exposto, DOU
PROVIMENTO ao recurso especial para anular o feito e reabrir a fase instrutória, determinando a
intimação pessoal do recorrente para comparecer à perícia médica a ser realizada. Publique-se e intimem-
se. Brasília-DF, 1º de agosto de 2019. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA Relator (Ministro
ANTONIO CARLOS FERREIRA, 02/08/2019)

Número do processo: 0820902-12.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA SACRAMENTA


MAGALHAES DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: MAGNO EDSON ROXO DE SOUZA OAB:
27639/PA Participação: REU Nome: FUNDACAO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL PETROS
Participação: REQUERIDO Nome: OSCARINA DA SILVA CASTRO

PROCESSO: 0820902-12.2021.8.14.0301
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DESPACHO

Creio que há irregularidades na exordial que impedem seu recebimento e regular desenvolvimento do
processo.

Inicialmente, verifica-se que o requerente postula os benefícios da justiça gratuita. O Novo Código de
Processo Civil passou a dispor sobre a gratuidade da justiça nos artigos 98 e seguintes. O artigo 99, § 2º
discorre que caso o juiz entenda que faltam pressupostos legais para a concessão de gratuidade, deve,
antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos
pressupostos

A autora não acosta com a inicial declaração de hipossuficiência, nem outros documentos capazes de
comprovar a hipossuficiência alegada, como a declaração de imposto de renda, contracheque ou extratos
bancários, por exemplo.

Além disso, alguns pontos da narrativa precisam ser mais bem elucidados e comprovados, como o
documento ID 24702041 que foi acostado aos autos de forma incompleta. Por fim, a requerente, alegando
ter realizado junto à primeira ré requerimento por pensão por morte de seu convivente, não traz aos autos
qualquer comprovação a respeito: nem de que foi realizado tal pedido junto a primeira requerida, nem de
que, de fato, a segunda requerida está recebendo a integralidade da pensão por morte pago pela
fundação ré. Em outras palavras, creio que a autora não trouxe aos autos prova mínima do direito alegado.

Diante disso, nos termos do art. 321 do CPC, intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias
emendar a petição inicial, trazendo aos autos documentos que comprovem sua hipossuficiência de
recursos, sob pena de indeferimento do pedido de justiça gratuita e consequente cancelamento da
distribuição (art 290 do CPC) e esclarecendo a narrativa da inicial, acostando documentos, se for o caso,
sob pena de indeferimento da petição inicial.

Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, neste último caso devidamente certificado pela Secretaria,
voltem os autos conclusos.

Intime-se e Cumpra-se.

Belém, 06 de agosto de 2021

CELIO PETRONIO D’ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0829209-57.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CARLOS


EVANDRO GOMES PAES Participação: ADVOGADO Nome: SOTER OLIVEIRA SARQUIS OAB: 1428/PA
Participação: REQUERIDO Nome: CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO
BRASIL - PREVI Participação: ADVOGADO Nome: MIZZI GOMES GEDEON OAB: 371MA/MA
Participação: REQUERIDO Nome: pelo BANCO DO BRASIL S/A, AGENCIA CENTRO BELÉM (PA)
Participação: ADVOGADO Nome: THAMMY CHRISPIM CONDURU FERNANDES DE ALMEIDA OAB:
015693/PA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELA DE CARVALHO FUNES OAB: 17808-B/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: CURADOR DE AUSENTES Participação: AUTOR Nome: REGINA
LUCIA SANTOS PAES Participação: AUTORIDADE Nome: ADVOCACIA GERAL DA UNIAO Participação:
AUTORIDADE Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: AUTORIDADE Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM
Participação: AUTORIDADE Nome: CARTORIO DE REGISTRO DE IMOVEIS 1 OFICIO Participação:
AUTORIDADE Nome: CARTORIO DE REGISTRO DE IMOVEIS 2 OFICIO Participação: INTERESSADO
1085
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nome: CIA DE DESEMVOLV E ADM DA AREA METROPOLITANA DE BELEM Participação:


INTERESSADO Nome: ALONSINEI WELLINGTON PAULO QUEIROZ Participação: INTERESSADO
Nome: NEWTON OLIVEIRA BRITO Participação: INTERESSADO Nome: ODALÉA SELMA VINAGRE
SOUSA

PROCESSO: 0829209-57.2018.8.14.0301

DESPACHO

Indefiro os pedidos ID 10584523, uma vez que, nos termos do artigo 246, §3º do CPC, é obrigatória a
citação pessoal de todos os confinantes do imóvel. Cite-se o atual ocupante do imóvel indicado no referido
petitório como confinante da frente a fim apresentar contestação no prazo legal.

Além disso, certifique a Secretaria Judicial se houve manifestação de interesse da Fazenda Municipal.

Cumprida a diligência acima, e certificado o necessário, retornem os autos conclusos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 12 de agosto de 2021

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0806465-97.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ELIETE DE SOUZA


COLARES Participação: ADVOGADO Nome: ELIETE DE SOUZA COLARES OAB: 3847/PA Participação:
AUTOR Nome: JOSE COLARES LOPES FILHO Participação: ADVOGADO Nome: ELIETE DE SOUZA
COLARES OAB: 3847/PA Participação: REU Nome: BANCO DA AMAZONIA SA [BASA DIRECAO
GERAL] Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO FERREIRA DA SILVA OAB: 1120/AP

Processo: 0806465-97.2020.8.14.0301

DESPACHO

Os autores ingressaram com ação de exoneração de fiança em desfavor de BANCO DA AMAZONIA.

Em sua contestação, a parte requerida informa a existência de ação de execução de cobrança por dívida
inadimplida pelos autores, processo nº 0359264-19.2016.8.14.0301, em trâmite perante a 10ª Vara Cível e
Empresarial de Belém, distribuída em 28/06/2016.

Assim, para que não haja risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias, remetam os autos a
10ª Vara Cível e Empresarial de Belém.

Cumpra-se.

Belém, 20 de abril de 2021.

Célio Petrônio D Anunciação


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0819698-30.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ROBERTO MARQUES


DE SOUZA RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: MARIA TITO FERNANDES OAB: 30839/PA
Participação: AUTOR Nome: MARCIA MARIA ANDRADE RODRIGUES Participação: REPRESENTANTE
Nome: STEFANE ANDRADE RODRIGUES Participação: REPRESENTANTE Nome: ROBERTO
MARQUES ANDRADE RODRIGUES JUNIOR Participação: REU Nome: EDSON RAYMUNDO PINHEIRO
DE SOUZA FRANCO Participação: REU Nome: MARIA NAZARE SILVA DE SOUZA FRANCO

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 5ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL

Processo: 0819698-30.2021.8.14.0301

Requerente: ROBERTO MARQUES DE SOUZA RODRIGUES e Outros

Requerido: ÉDSON RAYMUNDO PINHEIRO DE SOUZA FRANCO (endereço: Rua Osvaldo Cruz, n. 299,
apto. 1.100, CEP: 66.017-090, Bairro: Campina, Belém/PA)

Requerido: MARIA DE NAZARÉ SILVA DE SOUZA FRANCO (endereço: Rua Osvaldo Cruz, n. 299, apto.
1.100, CEP: 66.017-090, Bairro: Campina, Belém/PA).

DESPACHO

Levando em conta que o direito pleiteado na exordial é transacionável, com base no artigo 334 do Novo
Código de Processo Civil, DESIGNO audiência de conciliação ou mediação para o dia 13.10.2021, às
09:00 horas, esclarecendo que este é o primeiro dia desimpedido da pauta.

INTIME-SE os autores, devendo fazer-se presente obrigatoriamente acompanhado do advogado


legalmente constituído (parágrafo 3º artigo 334 do Novo Código de Processo Civil).

CITE-SE[1] os requeridos, para comparecer na audiência designada, acompanhado obrigatoriamente de


advogado particular ou de defensor público, advertindo-as que, a partir da desta data, começará a escoar
o prazo de 15 dias para apresentação de contestação. Ficam as rés também advertidas que é seu dever
informar o desinteresse na autocomposição no prazo de até 10 dias de antecedência da audiência
designada (artigo 334, parágrafo 5, NCPC) e que, nessa hipótese, o prazo para contestar começará a
escoar da data em que foi protocolizado o pedido de cancelamento da audiência (artigo 335, inciso II,
NCPC). A ausência de contestação implicará revelia e presunção de veracidade da matéria fática
apresentada na petição inicial.

Ficam as partes advertidas que o não comparecimento à audiência é considerado ato atentatório à
dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica
pretendida ou do valor da causa (artigo 334, parágrafo 8º, NCPC).

Acaso os requeridos informem desinteresse na conciliação, deve a secretaria deste Juízo retirar,
imediatamente, a audiência da pauta, aguardando o prazo para oferecimento de contestação.[2]
1087
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Decorrido o prazo para contestação, intime-se os autores para que no prazo de quinze dias úteis
apresentem manifestação (oportunidade em que: I – havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o
julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em réplica, inclusive com
contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões incidentais; III – em sendo
formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte autora apresentar resposta à
reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofício.

CUMPRA-SE.

Belém/PA, 02 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juíza de Direito

[1] A secretaria deste Juízo deve observar que o requerido deve ser citado com pelo menos 20 dias de
antecedência.

[2] Este Juízo poderá promover, a qualquer tempo, a autocomposição, entre as partes, nos termos do
artigo 139, inciso V, do Código de Processo Civil.

Número do processo: 0815800-09.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: PRISCILLA DE


CASTRO RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome: HUGO LEONARDO PADUA MERCES OAB:
17835/PA Participação: REQUERENTE Nome: SHEILA DIANA DE CASTRO RIBEIRO Participação:
ADVOGADO Nome: HUGO LEONARDO PADUA MERCES OAB: 17835/PA Participação: REQUERENTE
Nome: THELMA REGINA DE CASTRO RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome: HUGO LEONARDO
PADUA MERCES OAB: 17835/PA Participação: REQUERENTE Nome: MADALENA MARIA DE CASTRO
RIBEIRO Participação: REQUERIDO Nome: CAPEMI

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 5ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA.

Processo: 0815800-09.2021.8.14.0301

Autores: PRISCILLA DE CASTRO RIBEIRO; SHEILA DIANA DE CASTRO RIBEIRO; THELMA REGINA
DE CASTRO RIBEIRO e MADALENA MARIA DE CASTRO RIBEIRO

Nada a deliberar quanto a petição ID 25356277.

Ademais, como se pode perceber, o polo ativo é composto por 04 (quatro) requerentes, logo a
possibilidade de divisão das custas entre os mesmos implica em na mitigação do referido ônus, bem como
que já houve decisão no ID 24147493.

Ao autor caberia manejar os recursos disponíveis a quando do indeferimento da justiça gratuita.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Providencie as requerentes o recolhimento das custas judiciais iniciais, em 15 (quinze) dias, sob pena de
extinção do processo

Após, com o sem manifestação, neste caso devidamente certificado, voltem conclusos;

Belém, 04 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0805776-19.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DE NAZARE


MIRANDA DA CONCEICAO Participação: ADVOGADO Nome: EDILENE SANDRA DE SOUSA LUZ
SILVA OAB: 7568/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO RIBEIRO LIMA NETO OAB: 28545/PA
Participação: REU Nome: José Ferreira Bastos

Processo: 0805776-19.2021.8.14.0301

DESPACHO

INDEFIRO, por ora, o pedido de citação por edital do réu JOSÉ FERREIRA BASTOS, uma vez que a
Autora não comprovou ter esgotado todas as tentativas visando a localização de seu endereço, conforme
disposto no § 3º do art. 256 do CPC. Consoante o disposto no artigo 256, § 3º, do Código de Processo
Civil “o réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização,
inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos
públicos ou de concessionárias de serviços públicos.

Assim, autorizo a utilização dos sistemas BACENJUD, RENAJUD e INFOJUD para verificação do
endereço do réu JOSÉ FERREIRA BASTOS. Para tanto, intime-se a parte autora para, no prazo de 5
(cinco) dias, informar documentos que qualifiquem requerido ou demonstre as diligências para encontrar
seu endereço, sob pena de extinção do feito.

Após, certificado o necessário, voltem os autos conclusos

Belém (PA), 06 de agosto de 2021

CELIO PETRONIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0021541-10.2014.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CINTHIA COSTA DE


CASTRO Participação: ADVOGADO Nome: KENIA SOARES DA COSTA OAB: 15650/PA Participação:
REU Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ARNALDO JANSSEN
NOGUEIRA OAB: 21078/PA Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE BARCELOS OAB:
21148/PA

Processo nº: 0021541-10.2014.8.14.0301


1089
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Despacho

Tendo em vista a decisão proferida no acórdão 25817112, intime-se a parte requerida para, no prazo de
15 (quinze) dias, apresentar em juízo o contrato de empréstimo que embasa a presente demanda.

Cumprida a diligência, intime-se a parte autora para, no prazo sucessivo de 15 (quinze) dias, manifestar
interesse no prosseguimento do feito, sob pena de extinção.

Em seguida, certificado o necessário, voltem os autos conclusos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém (PA), 06 de agosto de 2021

CÉLIO PETRONIO D’ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito Titular da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0837495-58.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MARIA DA


GLORIA FERREIRA Participação: REQUERIDO Nome: VALERIANA ELISA XAVIER DE OLIVEIRA
Participação: REQUERIDO Nome: VIDAL DE JESUS CORREA Participação: REQUERIDO Nome: MARIA
DE NAZARE ALMEIDA SEABRA Participação: ADVOGADO Nome: GRACO IVO ALVES ROCHA
COELHO OAB: 7730/PA Participação: REQUERIDO Nome: Nazaré Seabra Participação: INTERESSADO
Nome: CURADORIA DE AUSENTES

Processo nº 0837495-58.2017.8.14.0301

DESPACHO

Certifique a Secretaria Judicial se já foram citados todos os confinantes indicados na inicial. Caso
negativo, citem-se, pessoalmente, com prazo de 15 (quinze) dias, para que, se quiserem, ofertem
contestação (CPC 259, I).

Além disso, intimem-se para manifestar interesse na causa, os representantes da Fazenda Pública da
União, do Estado e do Município.

Decorridos os prazos e certificado o necessário, voltem os autos conclusos.

Belém-PA, 13 de agosto de 2021

CELIO PETRONIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial da Capital.


1090
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0835281-26.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: MAXXCARD


ADMINISTRADORA DE CARTOES LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: MURILLO GUERREIRO
SOUZA OAB: 20720/PA Participação: ADVOGADO Nome: KASSIA RIQUE DE OLIVEIRA SHERRING
OAB: 31470/PA Participação: ADVOGADO Nome: ARTHUR SISO PINHEIRO OAB: 17657/PA
Participação: EXECUTADO Nome: PANIFICADORA E CONFEITARIA SOUZA & SILVA LTDA - ME
Participação: EXECUTADO Nome: FERNANDO SILVA DE SOUZA

Processo: 0835281-26.2019.8.14.0301

Despacho

Considerando que a única planilha do débito juntada aos autos data da propositura da ação, intime-se a
parte exequente para que junte, em 15 (quinze) dias, planilha atualizada do débito, bem como para que
recolha as custas relativas ao envio de documentos eletrônicos aos sistemas BACENJUD e RENAJUD
nos termos do artigo 3º,§8º da da Lei 8328/2015 (Regimento de Custas e outras despesas processuais no
âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará).

Cumprida a diligência acima e, tendo em vista a inércia da parte executada, em realizar o pagamento ou
garantir a execução, procedo à consulta nos sistemas BACENJUD e RENAJUD, em desfavor da
executada, conforme planilha de débitos a ser apresentada nos autos.

Acautelem-se os autos em gabinete pelo prazo de 05 (cinco) dias aguardando resposta das instituições
financeiras.

Tendo sido encontrados ativos financeiros, converto, desde já, o bloqueio em penhora e determino a
intimação das partes para que se manifestem no prazo de 05 (cinco) dias.

Não havendo bens, intime-se a parte Exequente para que indique bens no prazo de 01 (um) ano, findo os
quais e não havendo indicação, certifique-se e voltem-se os autos conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 12 de agosto de 2021

CÉLIO PETRÔNIO D'ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0846562-13.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ELENY MOURA


MENDONCA Participação: ADVOGADO Nome: NOZOR JOSE DE SOUZA NASCIMENTO OAB:
006688/PA Participação: EXECUTADO Nome: RAIMUNDO NONATO DO AMARAL PARENTE
Participação: ADVOGADO Nome: JOAO BOSCO DO NASCIMENTO JUNIOR OAB: 19720/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ALBERTO JOSE MACHADO DE PINHO OAB: 24303/PA Participação:
ADVOGADO Nome: PEDRO DALTRO CUNHA OAB: 000665/PA

R.h.

Providencie a Secretaria a juntada aos autos dos resultados das consultas nos sistemas BACENJUD e
RENAJUD a que se refere a decisão de ID 23799181 - Pág. 1 ou a indicação dos números dos protocolos
das pesquisas para consulta.

Providencie o exequente a atualização do débito.

Após, conclusos.

Belém, 23/07/21. Fabiola Urbinati Maroja Pinheiro Juíza de Direito Auxiliar da 5ª Vara Cível e Empresarial
de Belém

Número do processo: 0841414-21.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BRADESCO


ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA
TERESO JUNIOR OAB: 16837/PA Participação: REQUERIDO Nome: DEYVISON KLLEBER
GUIMARAES TEIXEIRA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo n.º 0841414-21.2018.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas de diligência de citação por oficial de justiça, no prazo de 30
(trinta) dias. Após, juntar o comprovante de pagamento, o boleto bancário correspondente e o relatório de
conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei 8328/2015.

Belém, 17 de agosto de 2021.

DEBORAH RONI HERINGER BAVARESCO


Analista/Auxiliar Judiciário da 1ª UPJ Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0842886-86.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: NEW MED


COMERCIO E REPRESENTACAO DE PRODUTOS HOSPITALARES EIRELI - EPP Participação:
ADVOGADO Nome: LUCAS BELLARD PEREIRA MARIUBA OAB: 30596/PA Participação: ADVOGADO
Nome: VALESKA DAYANNE PINTO FERREIRA OAB: 30314/PA Participação: ADVOGADO Nome:
RENATA DE CASSIA BRITO FIGUEIREDO OAB: 30235/PA Participação: EXECUTADO Nome: SAMIRA
ABDON FARAH DAMOUS PANTOJA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Decisão

Ante a petição de ID 26010288, nos termos do art. 313, II, ambos do CPC, determino a suspensão do
curso do processo de execução pelo prazo de estipulado no acordo, devendo o presente feito ficar
acautelado em secretaria pelo prazo de 20 (vinte meses), durante o qual se suspenderá a fluência do
lapso prescricional.

Decorrido o prazo, com ou sem manifestação das partes, retornem os autos conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0835643-91.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CONDOMINIO DO


CASTANHEIRA SHOPPING CENTER Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS LEITE RODRIGUES
OAB: 31180/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE LUIS BASTOS FREIRE OAB: 13997/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE BRANDAO BASTOS FREIRE OAB: 20812/PA
Participação: REU Nome: ECEL - ELETRON COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: FELIPE REGIS DE SOUZA PONTES OAB: 31670/PE

Processo: 0802900-91.2021.814.0301

Decisão

Defiro o requerido no ID 26228249.

Expeça-se ofício à CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, CNPJ 03.034.433/0001-56,


localizada na Avenida Paulista,2064, 13º andar, Bela Vista, São Paulo – SP, CEP 01310-200, para que
apresente e o histórico de medição da Autora nos últimos 5 (cinco) anos e o histórico de contratação de
energia no mercado livre pela Autora desde a sua adesão.

Em seguida expeça-se ofício a Rede Celpa para que apresente o histórico de consumo da autora nos
últimos 05 anos em favor da unidade em nome da autora (CONDOMÍNIO DO CASTANHEIRA SHOPPING
CENTER, CNPJ sob o nº 02.287.538/0001-54).

Com as respostas e de tudo certificado, façam-me os autos conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0802200-86.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DOMINGAS


RODRIGUES DE SOUZA Participação: REU Nome: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ
Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ RONALDO ALVES CUNHA registrado(a) civilmente como LUIZ
RONALDO ALVES CUNHA OAB: 12202/PA Participação: ADVOGADO Nome: ARNALDO HENRIQUE
ANDRADE DA SILVA registrado(a) civilmente como ARNALDO HENRIQUE ANDRADE DA SILVA OAB:
10176/PA

DESPACHO

Defiro os pedidos de produção de provas requeridas por ambas as partes.

Porém, reservo-me a designar audiência de instrução e julgamento após a juntada do laudo pericial
pertinente.

Dito isto, determino que a parte autora, no prazo de 05 dias, indique a especialidade do perito.

Em seguida, façam-me os autos conclusos.

Intime. Cumpra-se.

Belém, 22 de julho de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇO

Juiz de Direito

Número do processo: 0037850-77.2012.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MAURO JOSE


CAMPOS BESSA Participação: REQUERENTE Nome: MARIA RUTH SANTOS CAMPOS Participação:
REQUERIDO Nome: REALIZA ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA Participação: ADVOGADO
Nome: DENISE CRISTINE DE GOES OAB: 417303/SP Participação: ADVOGADO Nome: MARCELA
MEDEIROS ALCOFORADO registrado(a) civilmente como MARCELA MEDEIROS ALCOFORADO OAB:
340968/SP Participação: ADVOGADO Nome: JOSE MANOEL DE ARRUDA ALVIM NETTO OAB:
363SP/SP Participação: ADVOGADO Nome: LEANDRO ANDRADE COELHO RODRIGUES OAB:
237733/SP

Processo: 0037850-77.2012.8.14.0301

Despacho

Providencie a expedição de ofício ao Banco do Brasil, a fim de promover a transferência, para a Conta
Judicial do Banpará, dos valores depositados e vinculados ao processo, conforme ID 17681023.

Em seguida, intime-se a parte autora para se manifestar, no prazo de 10 (dez) dias, quanto ao valor
depositado, devendo os autos serem remetidos a defensoria pública.

Em seguida, conclusos.

Belém, 30 de julho de 2021.


1094
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

CÉLIO PETRÔNIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0849146-53.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARY AGUIAR


Participação: ADVOGADO Nome: CRISTYANE BASTOS DE CARVALHO OAB: 14642/PA Participação:
ADVOGADO Nome: MATEUS GABRIEL DE LIMA FERNANDES OAB: 24999/PA Participação:
ADVOGADO Nome: DANIEL LIMA DE SOUZA OAB: 014139/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO
JORGE DE OLIVEIRA SILVA OAB: 16662/PA Participação: REU Nome: ARCOR DO BRASIL LTDA.
Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO PAULO FAVERY DE ANDRADE RIBEIRO OAB: 117626/SP

Despacho

Certifique quanto ao pagamento das custas finais.

Após, conclusos para sentença.

Belém, 04 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0825708-90.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DE NAZARE


SILVA SIQUEIRA Participação: ADVOGADO Nome: SANDRO JOSE CABRAL ALVES OAB: 6955/PA
Participação: REQUERIDO Nome: ENEIDA CARMEN SIQUEIRA PANTOJA Participação: FISCAL DA LEI
Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Processo: 0825708-90.2021.8.14.0301

Decisão

Acolho o parecer ministerial constante no ID 27584724, e determino a imediata redistribuição dos autos a
uma das Varas de Família da Capital, Juízo competente para o julgamento do feito, com as devidas baixas
em nossos sistemas.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 04 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRONIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0800479-02.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DAS GRACAS


TAVARES SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: MARCUS NASCIMENTO DO COUTO OAB:
14069/PA Participação: REU Nome: JOSE FONSECA DA SILVA FILHO Participação: ADVOGADO Nome:
SERGIO PAULO NASCIMENTO DA SILVA OAB: 5654/PA Participação: REU Nome: ROMULO MULLER
DOS SANTOS MELO Participação: REU Nome: HOSPITAL PORTO DIAS LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA

PROCESSO: 0800479-02.2019.8.14.0301

DESPACHO

Intime-se a parte a autora a se manifestar sobre a certidão 18684970 no prazo de 15 (quinze) dias,
requerendo o que entender de direito.

Sem prejuízo, deve a parte autora apresentar réplica às contestações ID 19237697 e 22764377, no
mesmo prazo acima assinalado, conforme já determinado em ID 25171799

Decorrido o prazo com ou sem manifestação, nesse último caso devidamente certificado pela Secretaria
Judicial, voltem os autos conclusos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém (PA), 06 de agosto de 2021

CELIO PETRONIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0834911-81.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: BRADESCO


ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: MARIA LUCILIA
GOMES OAB: 10968/ES Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA TERESO JUNIOR
OAB: 16837/PA Participação: EXECUTADO Nome: ETHIANNY MONTEIRO TEIXEIRA Participação:
EXECUTADO Nome: TEIXEIRA & SCARPARO LTDA - EPP

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo n.º 0834911-81.2018.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas referentes às diligências do oficial de justiça de penhora e
avaliação, bem como à expedição de mandado, no prazo de 30 (trinta) dias. Após, juntar o comprovante
de pagamento, o boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º,
§ 1º da Lei 8328/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DEBORAH RONI HERINGER BAVARESCO


Analista/Auxiliar Judiciário da 1ª UPJ Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0807255-81.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ZENEIDA DA SILVA


UCHOA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA BRENDA SILVA SOUSA OLIVEIRA OAB: 29766/PA
Participação: REU Nome: IVANILDA DA SILVA UCHOA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

JUÍZO DA 5ª VARA CÍVEL, COMÉRCIO E REGISTRO PÚBLICO

TERMO DE AUDIÊNCIA- PROC. Nº 0807255-81.2020.8.14.0301

Aos 16.08.2021, nesta cidade de Belém, Capital do Estado do Pará, às 10:00 horas, na sala de audiências
do Juízo de Direito da 5ª Vara Cível, onde estavam presentes o Dr. CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO,
Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Capital, juntamente comigo, assessora, adiante nomeada, para
Audiência de Justificação.

Feito o pregão, ausente as partes.

DELIBERAÇÃO: acautelem os autos em secretaria até o escoamento do prazo para apresentar


contestação.

Após, conclusos. Nada mais havendo, encerra-se o presente termo.

JUIZ DE DIREITO:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

RESENHA: 13/08/2021 A 17/08/2021 - SECRETARIA DA 6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM -


VARA: 6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM PROCESSO: 00454337920138140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDMILTON PINTO
SAMPAIO A??o: Cumprimento de sentença em: 13/08/2021 AUTOR:RODRIGO SANTOS DE FARIA
Representante(s): OAB 16397 - DANIELLE FATIMA PEREIRA DA COSTA (ADVOGADO) OAB 19682 -
GISELE CRISTINA DA SILVA (ADVOGADO) REU:LUNA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA
Representante(s): OAB 9117 - ROBERTO TAMER XERFAN JUNIOR (ADVOGADO) OAB 17387 -
ARTHUR CRUZ NOBRE (ADVOGADO) REU:CONSTRUTORA VILA DEL REY LTDA Representante(s):
OAB 9117 - ROBERTO TAMER XERFAN JUNIOR (ADVOGADO) OAB 17387 - ARTHUR CRUZ NOBRE
(ADVOGADO) REU:BANCO BRADESCO SA Representante(s): OAB 9354 - GEORGE SILVA VIANA DE
ARAUJO (ADVOGADO) OAB 14291 - BRENO FERNANDES BLASBERG (ADVOGADO) OAB 18405 -
ANDREA OLIVEIRA DA SILVA (ADVOGADO) OAB 21483 - CLAYTON MOLLER (ADVOGADO) OAB
22189 - OSIRIS ANTINOLFI FILHO (ADVOGADO) OAB 25812 - ANA LUCIA ANTINOLFI (ADVOGADO) .
0045433-79.2013.8.14.0301  ATO ORDINATÃRIO                     Através
do ato ordinatório disciplinado no Provimento 006/2006 - CRMB, §2, inciso II, que delega poderes a este
Diretor de Secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório: Fica
intimado patrono do autor para se manifestar sobre o Aviso de Recebimento de fls. 210, no prazo de cinco
dias.                                      Belém, 13 de agosto
de 2021.                     ¿ ¿ ¿ ¿ ¿ ¿                Â
¿ ¿ ¿ ¿ ¿ ¿ ¿ ¿ ¿ ¿DIRETOR DE SECRETARIA PROCESSO: 00608036420148140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA
LUZ CAVALCANTE A??o: Embargos de Terceiro Cível em: 13/08/2021 EMBARGANTE:VERA LÚCIA
MORELLI ACATAUASSÚ Representante(s): OAB 3476 - MARCIO OLIVAR BRANDAO DA COSTA
(ADVOGADO) EMBARGADO:IZALINO TODESCATO Representante(s): OAB 72419 - ABRAAO DOS
SANTOS (ADVOGADO) . R. H. Arquivem-se os autos, desapensando-os do processo principal. Â
Belém, 09 de agosto de 2021. AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 00003000419968140301 PROCESSO ANTIGO:
199610004287 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ
CAVALCANTE A??o: Execução de Título Judicial em: 16/08/2021 AUTOR:FRANCISCO ALBERTO
CAVALCANTE ROCHA Representante(s): OAB 868 - ALBERTO DA SILVA CAMPOS (ADVOGADO)
REU:LOURIVAL KNAL REU:WILIAN PEREIRA KNAL. Processo nº: 0000300-04.1996.8.14.0301 Autor:
 FRANCISCO ALBERTO CAVALCANTE ROCHA Réu:  LOURIVAL KNAL DESPACHO      Â
Decisão nos autos em apenso.       Cumpra-se.       Belém, 16 de agosto de 2021.
Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém
PROCESSO: 00014441020108140301 PROCESSO ANTIGO: 201010020563
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Cumprimento de sentença em: 16/08/2021 AUTOR:LIDER SUPERMERCADOS E MAGAZINE LTDA
Representante(s): ISIS KRISHINA REZENDE SADECK (ADVOGADO) REU:MARIA DO PERPETUO
SOCORRO CASTRO GOMES. Processo nº:  0001444-10.2010.8.14.0301 Autor:  LIDER
SUPERMERCADOS E MAGAZINE LTDA Réu:   MARIA DO PERPETUO SOCORRO CASTRO
GOMES DECISÃO       Vistos, etc.       Foi certificado o trânsito em julgado da
sentença que homologou o acordo firmado entre as partes (fl. 67).       A parte autora requereu o
cumprimento de sentença no valor de R$ 6.165,04 (seis mil, cento e sessenta e cinco reais e quatro
centavos) (fls. 75/82).       Tendo em vista que o pedido de cumprimento de sentença atendeu
aos requisitos previstos no art. 524 do CPC, intime-se a executada, pessoalmente por carta com aviso de
recebimento, uma vez que o requerimento de cumprimento de sentença foi formulado após 1 (um) ano
do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 513, § 4º do CPC, para o pagamento do
débito no valor de R$ 6.165,04 (seis mil, cento e sessenta e cinco reais e quatro centavos), no prazo de
15 (quinze) dias úteis, sob pena de multa de 10% e, também, de honorários advocatÃ-cios de 10%
sobre o valor do débito, na forma do § 1º do artigo 523 do Código de Processo Civil.      Â
Advirta-se, ainda, que o pagamento no prazo assinalado a isenta da multa e dos honorários advocatÃ-cios
da fase de cumprimento de sentença.       Caso ocorra pagamento, intime-se o exequente para,
no prazo de 5 (cinco) dias, dizer se dá quitação do débito, possibilitando a resolução da fase de
cumprimento de sentença. Ressalto de que seu silêncio importará em anuência em relação Ã
1098
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

satisfação integral do débito.       Caso a quantia não seja suficiente para a quitação,
caberá ao credor trazer, no mesmo prazo, planilha discriminada e atualizada do débito, já abatido o
valor depositado, acrescida da multa e dos honorários sobre o remanescente, na forma do artigo 523, §
2º, do Código de Processo Civil, ratificando o pedido de penhora já apresentado, para decisão.   Â
   Cientifico o executado de que, transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, iniciam-se os 15
(quinze) dias para que, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios
autos, sua impugnação, na forma do artigo 525 do Código de Processo Civil, que somente poderá
versar sobre as hipóteses elencadas em seu parágrafo primeiro, observando-se em relação aos
cálculos os parágrafos 4º e 5º.       Recolha, o exequente, custas intermediárias para a
prática das diligências determinadas bem como as que eventualmente encontrarem-se pendentes, no
prazo de 15 (quinze) dias.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 12 de agosto de 2021.
Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém
PROCESSO: 00015137119978140301 PROCESSO ANTIGO: 199710022248
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDMILTON PINTO SAMPAIO A??o: Procedimento
Comum Cível em: 16/08/2021 AUTOR:SERRARIA MARAJOARA INDUSTRIA COMERCIO E
EXPORTACAO Representante(s): ORLANDO WALLACE DA SILVA E MOTA (ADVOGADO) AUGUSTO
OTAVIANO DA COSTA MIRANDA (ADVOGADO) HIPOLITO DA LUZ GARCIA (ADVOGADO)
REU:INDUSTRIA E COMERCIO DE LAMINAS NOSSA SENHORA APARECIDA LTDA Representante(s):
IVONETE ORIO (ADVOGADO) . Processo n° 0001513-71.1997.814.0301 ATO ORDINATÃRIO    Â
 Com fulcro no artigo 203 § 4º do CPC, ficam intimadas as partes, para requererem o que lhes
compete, no prazo de 15 dias, tendo em vista que os autos já foram desarquivados.          Â
 Belém, 16 de agosto de 2021. DIRETOR DE SECRETARIA. EDMILTON SAMPAIO PROCESSO:
00068213320178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o: Procedimento Comum Cível em: 16/08/2021
REQUERENTE:KELVE ARAUJO COSTA Representante(s): OAB 23793 - LILIANA BARBOSA SEABRA
(ADVOGADO) REQUERIDO:POLIENGE ENGENHARIA LTDA Representante(s): OAB 10660 - MARCELO
AUGUSTO SEIXAS DE OLIVEIRA (ADVOGADO) REQUERIDO:MILENA AZEVEDO IMOVEIS
Representante(s): OAB 19675 - MARIA IDALUCIA DE OLIVEIRA REIS (ADVOGADO)
REQUERIDO:INSERT CONSULTORIA. Processo: 0006821-33.2017.8.14.0301 Autor: KELVE ARAÃJO
COSTA Réus: POLIENGE ENGENHARIA LTDA e MILENA AZEVEDO IMÃVEIS DESPACHO     Â
Compulsando os autos, verifico que, em cumprimento da decisão de fls. 321/323, juntou a requerida
POLIENGE ENGENHARIA LTDA instrumento particular de compra e venda, Ã s fls. 326/346 dos autos. Â
    Devidamente intimada, a parte autora, não se manifestou acerca da mencionada
documentação (fls.349).      Diante do exposto, concedo para as partes o prazo de 15 (quinze)
dias para especificarem as provas que pretendem produzir, justificando a necessidade destas para o
resultado útil do processo.       Caso as partes não possuam provas a serem produzidas ou na
hipótese de indeferimento destas com fundamento no art. 370, parágrafo único, CPC, será realizado o
julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, inciso I, do CPC.       Acerca das
custas finais, antes da conclusão dos autos para sentença, dispõe o Regimento de Custas e outras
despesas processuais no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará (Lei nº. 8.328/2015): ¿Art.
26. O Diretor de Secretaria, antes da conclusão dos autos para sentença, ou o Secretário de
Câmara, antes da publicação da pauta de julgamento, sob pena de responsabilidade, ressalvadas as
hipóteses de assistência judiciária e isenções legais, deverá tramitar o processo à unidade de
arrecadação competente para que esta elabore a conta de custas finais ou certifique a regularidade do
recolhimento das custas processuais relativas aos atos até então praticados. (...) § 3º. Na hipótese
de pendência de pagamento das custas processuais, após a realização da conta de custas finais, o
Diretor de Secretaria ou o Secretário de Câmara do TJPA providenciará a intimação do autor para
pagamento do respectivo boleto. (...) Art. 27. No momento da prolação da sentença ou do acórdão
as custas processuais devem estar devidamente quitadas, sob pena de responsabilidade do(s)
magistrado(s), salvo os casos de assistência judiciária gratuita ou isenções legais.¿.      Â
Assim, após manifestação das partes, remetam-se os autos à UNAJ para que esta elabore a conta de
custas finais ou certifique a regularidade do recolhimento das custas processuais relativas aos atos até
então praticados, nos termos do art. 26 da Lei Estadual nº. 8.328/2015.       Na hipótese de
custas finais em aberto, intime-se a parte autora, por ato ordinatório, a fim de que efetue o pagamento
das respectivas custas processuais, no prazo de 10 (dez) dias. Â Â Â Â Â Â Intime-se. Cumpra-se. Â Â Â Â
 Belém/PA, 06 de agosto de 2021. AUGUSTO CÃSAR DA LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª
Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 00074639520068140301 PROCESSO ANTIGO:
200610246537 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDMILTON PINTO SAMPAIO A??o:
1099
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Procedimento Comum Cível em: 16/08/2021 AUTOR:INTELIG TELECOMUNICACOES LTDA


Representante(s): OAB 255427 - GUSTAVO BARBOSA VINHAS (ADVOGADO) ALESSANDRO ELISIO
CHALITA DE SOUZA (ADVOGADO) REU:PELC SERVICOS DE INFORMATICA LTDA Representante(s):
OAB 14543 - THAIS SOUZA LOPES (ADVOGADO) ADVOGADO:EMERSON DE SOUZA RUFINO E
OUTROS ADVOGADO:JOSE NAZARENO NOGUEIRA LIMA ADVOGADO:PAULO OLIVEIRA. Processo
n° 0007463-95.2006.814.0301 ATO ORDINATÃRIO      Com fulcro no artigo 203 § 4º do CPC,
ficam intimadas as partes, para requererem o que lhes compete, no prazo de 15 dias, tendo em vista que
os autos já foram desarquivados.            Belém, 16 de agosto de 2021. DIRETOR DE
SECRETARIA. EDMILTON SAMPAIO PROCESSO: 00100630420118140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Cumprimento de sentença em: 16/08/2021 AUTOR:MARLEY LINS DE SOUZA MAIA Representante(s):
OAB 19327 - YANA FIGUEIREDO RIBEIRO (ADVOGADO) AUTOR:ROMEU SOUSA MAIA JUNIOR
Representante(s): OAB 19327 - YANA FIGUEIREDO RIBEIRO (ADVOGADO) REU:VIOLANTE FREIRE
SA MONTEIRO Representante(s): OAB 12564 - ALEX AUGUSTO DE SOUZA E SOUZA (ADVOGADO)
REU:LORALBERT ESTEVES MONTEIRO. ãProcesso: 00100630420118140301 Autores: MARLEY LINS
DE SOUZA MAIA e ROMEU SOUSA MAIA JUNIOR Réus: VIOLANTE FREIRE Sà MONTEIRO e
LORALBERT ESTEVES MONTEIRO SENTENÃA I ¿ Relatório       Vistos etc.      Â
MARLEY LINS DE SOUZA MAIA e ROMEU SOUSA MAIA JUNIOR ajuizaram Ação de Imissão na
Posse em face de VIOLANTE FREIRE SÃ MONTEIRO e LORALBERT ESTEVES MONTEIRO, igualmente
qualificados, pelos motivos indicados na inicial.       Após proferida sentença (fls. 178/183), as
partes peticionaram requerendo homologação de acordo com a extinção do processo (fls. 200/201).
      Era o que tinha a relatar. Passo a decidir. II - Fundamentação       Sobre a
transação, esta consiste em um negócio jurÃ-dico pelo qual os sujeitos litigantes resolvem pôr fim ao
pleito mediante concessões mútuas (art. 840 do Código Civil): Art. 840. à lÃ-cito aos interessados
prevenirem ou terminarem o litÃ-gio mediante concessões mútuas.       Ademais, dispõe o art.
200 do CPC: Art. 200. Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de
vontade, produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos
processuais.       O presente feito deve o processo ser extinto com resolução do mérito,
tendo em vista a transação realizada pelas partes (fls. 200/201), nos termos do art.487, III, b doÂ
CPC. Vejamos: Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: (...) III - homologar: b) a
transação;       Dessa forma, somente cabe a esse JuÃ-zo acolher o pedido das partes,
restando extinguir o feito através da homologação da transação. III - Dispositivo      Isto
posto, homologo a transação celebrada pelos litigantes (fls. 200/201) para que esta produza seus
efeitos jurÃ-dicos e legais. Consequentemente, julgo extinto o processo, com resolução do mérito, nos
termos do art. 487, III, b do Código de Processo Civil.      Atentem-se as partes que a presente
homologação confere ao acordo firmado entre as partes, força de tÃ-tulo executivo extrajudicial,
razão pela qual seu descumprimento enseja execução, nos termos do art. 515 do CPC.     Â
Custas judiciais, se houver, a cargo da Requerida, conforme preceituado pelas partes em sede do acordo
ora homologado. Em não havendo o recolhimento das custas, extrai-se a secretaria judicial certidão
para fins de inscrição em dÃ-vida ativa da Fazenda Estadual.       Transitado em julgado, baixe-
se o registro de distribuição e arquivem-se os autos.       P.R.I. Cumpra-se.      Â
Belém, 11 de agosto de 2021. AUGUSTO CÃSAR DA LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara
CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 00106038720138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Procedimento Comum Cível em: 16/08/2021 AUTOR:JONAS DA SILVA Representante(s): OAB 18004 -
HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO)
REU:BANCO SAFRA Representante(s): OAB 38534 - ANTONIO BRAZ DA SILVA (ADVOGADO) OAB
21678 - BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA VANDERLEI (ADVOGADO) OAB 12306 - ANA PAULA
BARBOSA DA ROCHA GOMES (ADVOGADO) OAB 18076 - DANIELLE FERREIRA SANTOS
(ADVOGADO) . ãProcesso: 0010603-87.2013.8.14.0301 Autor: JONAS DA SILVA Réu:  BANCO
SAFRA SENTENÃA I ¿ Relatório       Vistos etc.       JONAS DA SILVA ajuizou
Ação Revisional de Contrato de Financiamento c/c Repetição de Indébito c/c Pedido de Tutela
Antecipada em face de  BANCO SAFRA, igualmente qualificado, pelos motivos indicados na inicial.  Â
    Após proferida sentença (fls. 129/139), as partes, em sede de cumprimento de sentença,
peticionaram requerendo homologação de acordo com a extinção do processo (fls. 347/350).   Â
   Era o que tinha a relatar. Passo a decidir. II - Fundamentação       Sobre a transação,
esta consiste em um negócio jurÃ-dico pelo qual os sujeitos litigantes resolvem pôr fim ao pleito mediante
concessões mútuas (art. 840 do Código Civil): Art. 840. à lÃ-cito aos interessados prevenirem ou
1100
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

terminarem o litÃ-gio mediante concessões mútuas.       Ademais, dispõe o art. 200 do CPC:
Art. 200. Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade,
produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais.  Â
    O presente feito deve o processo ser extinto com resolução do mérito, tendo em vista a
transação realizada pelas partes (fls. 347/350), nos termos do art.487, III, b do CPC. Vejamos:
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: (...) III - homologar: b) a transação;     Â
 Dessa forma, somente cabe a esse JuÃ-zo acolher o pedido das partes, restando extinguir o feito
através da homologação da transação. III - Dispositivo      Isto posto, homologo a
transação celebrada pelos litigantes (fls. 347/350) para que esta produza seus efeitos jurÃ-dicos e
legais. Consequentemente, julgo extinto o processo, com resolução do mérito, nos termos do art. 487,
III, b do Código de Processo Civil.      Atentem-se as partes que a presente homologação
confere ao acordo firmado entre as partes, força de tÃ-tulo executivo extrajudicial, razão pela qual seu
descumprimento enseja execução, nos termos do art. 515 do CPC.      Custas judiciais, se
houver, a cargo da Requerida, conforme preceituado pelas partes em sede do acordo ora homologado.
Em não havendo o recolhimento das custas, extrai-se a secretaria judicial certidão para fins de
inscrição em dÃ-vida ativa da Fazenda Estadual.       Transitado em julgado, baixe-se o registro
de distribuição e arquivem-se os autos.       P.R.I. Cumpra-se.       Belém, 11 de
agosto de 2021. AUGUSTO CÃSAR DA LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém PROCESSO: 00143720620138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 16/08/2021 EXEQUENTE:FERNANDO ANTONIO CAVALEIRO DE
MACEDO Representante(s): OAB 16953 - CARLOS FRANCISCO DE SOUSA MAIA (ADVOGADO) OAB
16886 - ANTONIO MAURO SANTANA DE SOUZA (ADVOGADO) OAB 6146-B - PAULO SERGIO WEYL
ALBUQUERQUE COSTA (ADVOGADO) EXECUTADO:LUIZ CARLOS CAVALEIRO DE MACEDO
EXECUTADO:PEDRO PAULO CARDOSO DA CUNHA COIMBRA Representante(s): OAB 3275 - ION
ELOI DE RAUJO VIDIGAL (ADVOGADO) EXECUTADO:SUELY NAZARE ARAUJO CAVALCANTE DE
MACEDO EXECUTADO:MARISBELA ARRUDA COIMBRA. Processo nº 0014372-06.2013.8.14.0301
Exequente: FERNANDO ANTONIO CAVALEIRO DE MACEDO Executado: LUIZ CARLOS CAVALEIRO
DE MACEDO e outro DECISÃO       Vistos, etc.       Trata-se de execução de tÃ-tulo
extrajudicial. Â Â Â Â Â Â A parte exequente peticionou requerendo o bloqueio via SISBAJUD do valor de
R$ 3.212.233,92 (três milhões, duzentos e doze mil, duzentos e trinta e três reais, noventa e dois
centavos); a penhora de valor consignado no processo nº 0843194-59.2019.8.14.0301; a designação
de hasta pública para alienação do apt. 606 - Ed. Ana Teresa, Gov. José Malcher 1.836, MatrÃ-cula,
408, Cartório 2º OfÃ-cio; a penhora e alienação de três imóveis (fls. 297/301). Do imóvel dado em
garantia       Pois bem, verifica-se que a decisão de fls. 244/247 determinou que fosse realizada
a avaliação e lavrado o auto de penhora sobre do apartamento nº 606, do EdifÃ-cio Ana Tereza,
localizado na Avenida Governador José Malcher, nº 836, BelémPA, nos termos do art. 838 do CPC,
todavia, não houve o cumprimento pela Secretaria.       Diante disso, cumpra-se integralmente a
decisão de fls. 244/247.       Saliente-se que apenas poderá ser realizada a hasta pública do
referido imóvel apenas após a sua avaliação. Da penhora de valor consignado       A parte
exequente requereu a penhora de valor consignado no processo nº 0843194-59.2019.8.14.0301 em
trâmite na 9ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém.       No entanto, verifica-se que a parte
exequente não apresentou comprovante de que houve a consignação do valor de R$ 131.298,11
(cento e trinta e um mil, duzentos e noventa e oito reais e onze centavos) no processo nº 0843194-
59.2019.8.14.0301, tampouco decisão judicial referente a esse depósito, o que impossibilita nesse
momento a determinação de penhora.       Diante disso, intime-se a parte exequente para que
comprove que houve a realização da referida consignação, bem como que o referido valor foi
consignado em favor do executado, à luz do princÃ-pio da cooperação, art. 6º do CPC, no prazo de 15
(quinze) dias. Do pedido de SISBAJUD      No que concerne ao pedido de penhora eletrônica,
assim dispõe o Código de Processo Civil: ¿Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em
depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia
do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido
pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponÃ-veis ativos financeiros
existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução¿.
(grifo nosso).       Nessa lógica, verificado o débito, impõe-se o deferimento do pedido e a
consulta aos sistemas disponibilizados ao Poder Judiciário a fim de proceder à penhora eletrônica.
Destaca-se, ainda, que o bloqueio prescinde, inclusive, de esgotamento de meio extrajudiciais, conforme
se verifica de entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Tema/Repetitivo nº
1101
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

425, o qual dispõe: A utilização do Sistema BACEN-JUD, no perÃ-odo posterior à vacatio legis da Lei
11.382/2006 (21.01.2007), prescinde do exaurimento de diligências extrajudiciais, por parte do
exequente, a fim de se autorizar o bloqueio eletrônico de depósitos ou aplicações financeiras.   Â
  Desse modo e em observância aos princÃ-pios da economia processual, efetividade da prestação
jurisdicional, duração razoável do processo, bem como considerando o que dispõe o Código de
Processo Civil sobre a matéria e, notadamente, a ordem preferencial de penhora exarada no art. 835 do
diploma processual, procedo a tentativa de constrição de valores em desfavor da parte executada LUIZ
CARLOS CAVALEIRO DE MACEDO (CPF nº 012.497.702-20), PEDRO CARDOSO DA CUNHA
COIMBRA (CPF nº 149.333.737-87), SUELY NAZARà ARAUJO CAVALEIRO DE MACEDO (CPF nº
118.794.082-87), e MARISBELA ARRUDA COIMBRA (CPF nº 143.600.392-04) no valor de R$
3.212.233,92 (três milhões, duzentos e doze mil, duzentos e trinta e três reais, noventa e dois
centavos), conforme planilha de cálculos de fls. 302.       Logrando êxito as medidas
constritivas, intime-se imediatamente a parte executada, por meio de seu procurador devidamente
habilitado, na forma do art. 854, §2º, do Código de Processo Civil, ficando desde já ciente de que o
silêncio importará em anuência em relação a constrição.       No que concerne à s
custas processuais, determino o seu recolhimento após a prática dos atos, tendo em vista que o próprio
Código de Processo Civil, no caput do art. 854, admite que as tentativas de constrição sejam
realizadas sem a ciência prévia do executado - o que inevitavelmente se daria, caso houvesse
intimação para o pagamento de despesas. Trata-se, tão somente, de medida que visa conferir
efetividade às medidas.       Não obstante a prática dos atos antes do recolhimento das
despesas processuais, fica a parte exequente intimada para o pagamento das custas processuais
referentes às diligências deferidas, bem como as eventualmente pendentes, no prazo de 10 (dez) dias,
ficando desde já advertido de que o pagamento é condição de eficácia das medidas e análise de
novos pedidos. Da penhora de imóvel       A parte exequente requereu a penhora dos seguintes
imóveis: a) Apartamento n. 1101, integrante do EdifÃ-cio ¿Maison Debret¿, situado na Av.
GeneralÃ-ssimo, nº 1101, Livro 2-IH, MatrÃ-cula 219, Cartório 2º OfÃ-cio; b) Sala Comercial nº 1303,
integrante do empreendimento imobiliário denominado EdifÃ-cio Evolution, situado a Travessa Dom
Romualdo Seixas, 1476, Livro 2-kz, MatrÃ-cula 20.760, Cartório do 2º OfÃ-cio; c) Apto 406, Ed. Apolo, Tv.
Manoel Evaristo, MatrÃ-cula 43.906, Cartório 1º OfÃ-cio.       Pois bem, verifica-se que conforme
documentos de fls. 306/308, os referidos imóveis são de propriedade dos executados LUIZ CARLOS
CAVALEIRO DE MACEDO e SUELY NAZARÃ ARAUJO CAVALEIRO DE MACEDO. Â Â Â Â Â Â Assim,
determino a expedição de mandado de penhora e avaliação dos referidos imóveis, obedecendo-se
ao disposto no art. 838 do CPC.       Após a efetivação da penhora, determino a avaliação
do referido imóvel, a qual deverá ser realizada, in loco, por Oficial de Justiça Avaliador, a fim de apurar
o real valor do imóvel, nos termos do art. 870 do CPC. Terá o Sr. Oficial o prazo de 20 (vinte) dias, a
contar do inÃ-cio dos trabalhos, para apresentar o auto de avaliação.       Para o fiel
desempenho de suas funções, poderá valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas,
obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte contrária, de terceiros
ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos,
fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da avaliação.      Â
Fica, desde já, autorizada a sua entrada em locais cujo acesso lhe seja obstado, inclusive com reforço
policial, desde que necessário ao cumprimento da diligência ora posta.       Realizada a
avaliação, terão as partes o prazo sucessivo de 10 (dez) dias para, querendo, se manifestarem
quanto ao seu teor.       Saliente-se que para presunção absoluta de conhecimento por
terceiros, cabe ao exequente providenciar a averbação da penhora no registro competente, mediante
apresentação de cópia do auto ou do termo, independentemente de mandado judicial, nos termos do
art. 844 do CPC.       Recolham-se as custas intermediárias para prática das diligências
determinadas, sob pena de invalidade do ato.       Formalizada a penhora do imóvel, intime-se o
executado, nos termos do art. 841 do CPC.      Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 16 de
agosto de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de
Belém PROCESSO: 00169671220128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDMILTON PINTO SAMPAIO A??o: Procedimento
Comum Cível em: 16/08/2021 AUTOR:DUCIOMAR GOMES DA COSTA Representante(s): OAB 10582 -
LEONARDO DO AMARAL MAROJA (ADVOGADO) REU:JEFFERSON LIMA Representante(s): OAB 3442
- SERGIO GUIMARAES MARTINS (ADVOGADO) OAB 15042 - ALEX PINHEIRO CENTENO
(ADVOGADO) OAB 18950 - PAULA ANDREA MESSEDER ZAHLUTH (ADVOGADO) OAB 20722 -
AMANDA HOUAT MARTINS (ADVOGADO) REU:RADIO RAULAND BELEM SOM LTDA
Representante(s): OAB 12480 - FILIPE CHARONE TAVARES LOPES (ADVOGADO) OAB 15232 - FABIO
1102
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

BRITO GUIMARAES (ADVOGADO) OAB 13312 - MARCUS LIVIO QUINTAIROS GALVAO (ADVOGADO)
OAB 17304 - TAMARA FAGURY VIDEIRA SECCO (ADVOGADO) OAB 19295 - NAYARA ARAUJO
CURVELO (ADVOGADO) . ATO ORDINATÃRIO - proc. 0016967122012.814-0301. Â Â Â Â Â Ficam
intimada a parte apelada para apresentar as contrarrazões ao recurso de apelação interposto nos
autos no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do disposto no art. 1.003, § 5º e artigo 1.010, § 1º,
ambos do CPC/2015. (Ato Ordinatório - Provimento n° 006/2006 - CJRM, art. 1°, § 2º, XXII e
Manual de Rotinas Atualizado/2016, item 8.10.2). Int.       Belém, 16 de AGOSTO de 2021. Â
Diretor de Secretaria. PROCESSO: 00170058720138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Cumprimento de sentença em: 16/08/2021 EMBARGANTE:PESQUEIRA MAGUARY LTDA
Representante(s): OAB 7820 - MONICA DOS SANTOS STORINO (ADVOGADO) OAB 2616 - HAROLDO
ALVES DOS SANTOS (ADVOGADO) EMBARGADO:SIGACORP SERVIÇOS TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO LTDA Representante(s): OAB 12614 - DIORGEO DIOVANNY S M DA ROCHA L DA
SILVA (ADVOGADO) . Processo nº:  0017005-87.2013.8.14.0301 Embargante:  PESQUEIRA
MAGUARY LTDA Embargado: Â SIGACORP SERVIÃOS TECNOLOGIA DA INFORMAÃÃO LTDA
DECISÃO       Vistos, etc.       Foi certificado o trânsito em julgado da sentença (fl.
429).       A parte embargante requereu o cumprimento de sentença no valor de R$ 9.160,74
(nove mil, cento e sessenta reais e setenta e quatro centavos) (fls. 430/435). Â Â Â Â Â Â Tendo em vista
que o pedido de cumprimento de sentença atendeu aos requisitos previstos no art. 524 do CPC, intime-
se a executada, pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituÃ-do nos autos, nos termos
do art. 513, § 2º, inciso I, do CPC, para o pagamento do débito no valor de 9.160,74 (nove mil, cento
e sessenta reais e setenta e quatro centavos), no prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob pena de multa de
10% e, também, de honorários advocatÃ-cios de 10% sobre o valor do débito, na forma do § 1º do
artigo 523 do Código de Processo Civil.       Advirta-se, ainda, que o pagamento no prazo
assinalado a isenta da multa e dos honorários advocatÃ-cios da fase de cumprimento de sentença.  Â
    Caso ocorra pagamento, intime-se o exequente para, no prazo de 5 (cinco) dias, dizer se dá
quitação do débito, possibilitando a resolução da fase de cumprimento de sentença. Ressalto de
que seu silêncio importará em anuência em relação à satisfação integral do débito.     Â
 Caso a quantia não seja suficiente para a quitação, caberá ao credor trazer, no mesmo prazo,
planilha discriminada e atualizada do débito, já abatido o valor depositado, acrescida da multa e dos
honorários sobre o remanescente, na forma do artigo 523, § 2º, do Código de Processo Civil,
ratificando o pedido de penhora já apresentado, para decisão.       Cientifico o executado de
que, transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, iniciam-se os 15 (quinze) dias para que,
independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua
impugnação, na forma do artigo 525 do Código de Processo Civil, que somente poderá versar sobre
as hipóteses elencadas em seu parágrafo primeiro, observando-se em relação aos cálculos os
parágrafos 4º e 5º.       Recolha, o exequente, custas intermediárias para a prática das
diligências determinadas bem como as que eventualmente encontrarem-se pendentes, no prazo de 15
(quinze) dias.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 11 de agosto de 2021. Augusto
César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO:
00240031820058140301 PROCESSO ANTIGO: 200510774191
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Procedimento Comum Cível em: 16/08/2021 REQUERIDO:BASA - BANCO DA AMAZONIA S/A
Representante(s): OAB 11471 - FABRICIO DOS REIS BRANDAO (ADVOGADO) OAB 13179 - EDUARDO
TADEU FRANCEZ BRASIL (ADVOGADO) JOSIANE M MAUES COSTA FRANCO (ADVOGADO)
KATARINA ROBERTA MOUSINHO BRANDAO (ADVOGADO) DIMITRI MAIA PINHEIRO (ADVOGADO)
CESAR AUGUSTO CARNEIRO LOPES JUNIOR (ADVOGADO) REQUERENTE:OSVALDO RODRIGUES
BRAZ Representante(s): DENNIS VERBICARO SOARES (ADVOGADO) . Processo nº:  0024003-
18.2005.8.14.0301 Exequente: Â OSVALDO RODRIGUES BRAZ Executado: Â BANCO DA AMAZONIA
S/A DECISÃO      Vistos, etc.      Em cumprimento à decisão de fl. 668, o contador judicial
apresentou os cálculos (fls. 670/673).      A parte exequente apresentou manifestação
concordando com os cálculos apresentados, pugnando pela expedição de alvará judicial (fl. 679).  Â
   A parte executada peticionou requerendo a dilação do prazo para apresentar manifestação
(fls. 680/681). Â Â Â Â Â Pois bem, importante destacar que apesar da parte executada requerer a
dilação do prazo, houve tempo juridicamente razoável até a data da presente decisão para que a
parte apresentasse a sua manifestação.      Diante disso, verifica-se não houve prejuÃ-zo para
parte executada.      Ademais, analisando-se os cálculos apresentados pelo contador judicial,
verifica-se o valor total existente na subconta judicial o valor de R$ 116.835,09, e que estava pendente de
1103
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

liberação em 10/07/2018, o valor de R$ 48.452,95 em favor da parte OSVALDO RODRIGUES BRAZ e


R$ 3.976,91 em favor do patrono da parte autora, de modo que deve ser devolvido à parte executada o
valor de R$ 64.406,05.      Assim, tendo em vista a concordância das partes com os cálculos
apresentados pelo contador judicial, homologo os cálculos de fls. 670/673.      Na hipótese de
trânsito em julgado da presente, o que deverá ser certificado pelo Sr. Diretor de Secretaria, autorizo a
expedição de alvará judicial de transferência em favor:      a) da parte exequente OSVALDO
RODRIGUES BRAZ, para levantamento da quantia de R$ 48.452,95 (quarenta e oito mil, quatrocentos e
cinquenta e dois reais e noventa e cinco centavos), conforme cálculo apresentado pelo contador judicial,
acrescida de eventuais rendimentos, ou seja 41,47%. Â Â Â Â Â b) do patrono da parte exequente,
DENNIS VERBICARO SOARES, OAB/PA nº 9.685, para levantamento da quantia de R$ 3.976,91 (três
mil, novecentos e setenta e seis reais e noventa e um centavos), conforme cálculo apresentado pelo
contador judicial, acrescida de eventuais rendimentos, ou seja 3,4%. Â Â Â Â Â c) da parte executada
BANCO DA AMAZONIA S/A, para levantamento da quantia de R$ 64.405,23 (sessenta e quatro mil,
quatrocentos e cinco reais e vinte e três centavos), conforme cálculo apresentado pelo contador judicial,
acrescida de eventuais rendimentos, ou seja 55,12%.       Autorizo, desde já, a transferência
dos referidos montantes para conta bancária de titularidade do beneficiário do alvará, desde que assim
o requeira por meio de petição nos autos onde informem os dados bancários para transferência.  Â
   Instrua-se o alvará com o extrato atualizado da subconta judicial.      Por fim, haja vista que
o valor total da execução ainda não foi satisfeito, intime-se a parte exequente para requerer o que
entender de direito, no prazo de 15 (quinze) dias.       Cumpridas todas as diligências, arquivem-
se os autos e dê-se baixa na distribuição.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 16
de agosto de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial
de Belém PROCESSO: 00276678620038140301 PROCESSO ANTIGO: 200310654353
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Execução de Título Judicial em: 16/08/2021 AUTOR:BANCO DA AMAZONIA S/A Representante(s): OAB
2412 - KEYLA MARCIA GOMES ROSAL (ADVOGADO) OAB 2402 - ELAINE AYRES BARROS
(ADVOGADO) OAB 2943 - JOSE FREDERICO FLEURY CURADO BROM (ADVOGADO) OAB 25386-A -
LUIZ GUSTAVO FLEURY CURADO BROM (ADVOGADO) REU:LAURA DO CARMO GONCALVES
FURTADO REU:ANA MARIA MIRANDA MEDEIROS REU:MARIA MARCIZA PONTES DE CARVALHO.
Processo nº 00276678620038140301 Exequentes: Banco da Amazônia S/A Executadas: Maria Narciza
Pontes de Carvalho, Ana Maria Miranda Medeiros e Laura do Carmo Gonçalves. Decisão      Â
   Trata-se de Ação de Execução.          Foram realizadas penhoras Sisbajud em
nome das Executadas. Â Â Â Â Â Â Â Â Â a) No dia 02 de outubro de 2014, no importe de R$ 1.177,99
(um mil, cento e setenta e sete reais e noventa e nove centavos), fls. 227 e ss., em nome de Laura do
Carmo Gonçalves Furtado. Na ocasião, determinou-se a expedição de alvará em favor do
Exequente, após a certificação do trânsito em julgado (fls. 341/342).          b) No dia
27/05/2021 (fls. 341/342), no valor de R$ 3.287,75 (três mil, duzentos e oitenta e sete reais e setenta e
cinco centavos), em nome de Maria Narciza Pontes Carvalho. A ordem de bloqueio foi revogada (com o
desbloqueio) considerando que a penhora recaiu em face de conta salário (decisão de fls.352).    Â
     Contra a decisão de desbloqueio, a parte exequente interpôs embargos de declaração (fls.
364 e ss.), pendentes de análise.          c) Em 31/05/2021 (fls.353 e ss.), no quantum de R$
2.194,34 (dois mil, cento e noventa e quatro reais e trinta e quatro centavos), em nome de Ana Maria
Miranda Medeiros. Â Â Â Â Â Â Â Â Â A parte Executada impugnou o bloqueio de valores, sob a
alegação de que se trata de penhora em sua conta salário, o eu estaria inviabilizando sua
sustentabilidade mÃ-nima.          à o que se tem a relatar. Passa-se a decisão:      Â
    1- Quanto ao bloqueio realizado às fls. 227 e ss., no importe de R$ 1.177,99 (um mil, cento e
setenta e sete reais e noventa e nove centavos), em nome de Laura do Carmo Gonçalves Furtado,
cumpra, a Secretaria do JuÃ-zo, o disposto no último parágrafo da decisão de fls. 282, certificando se
ocorreu o trânsito em julgado da decisão 226/229.          2- No que diz respeito aos
Embargos de Declaração de fls. 364 e ss., que objetiva presquestionar a constitucionalidade da
decisão de fls. 352 (ordem de desbloqueio de valores em conta salário), sob a alegação de
possibilidade de constrição de pelo menos 30% do salário do executado.          Quanto a
alegação e omissão, vejamos:          Consta dos autos a constrição de valores e a
juntada de extrato da conta comprovando a natureza salarial, logo resta provado a origem do valor
Bloqueado no Banco Santander S/A. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em sede de embargos, a parte executada
demonstrou inconformismo face a determinação de desbloqueio do valor encontrado, alegando a
possibilidade da constrição mÃ-nima de 30% do salário do executado.          Nesse mister,
elucida-se que o Código de Processo Civil é enfático quanto a impenhorabilidade de salários: ¿Art.
1104
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

833. São impenhoráveis: (...) IV - os vencimentos, os subsÃ-dios, os soldos, os salários, as


remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como
as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua famÃ-lia,
os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º ;¿  Â
       O STJ, nos Resp. 1.740.082/SP e Resp. 1.550.228/MG ratificam o texto da norma do art.
833, IV do CPC, considerando, assim, a impenhorabilidade de percentual em conta salário: STJ-1045691)
RECURSO ESPECIAL. EXECUÃÃO DE SENTENÃA. PENHORA DE PERCENTUAL SOBRE CONTA-
SALÃRIO. IMPOSSIBILIDADE. ART. 833, IV, DO NCPC. PRECEDENTES. RECURSO ESPECIAL
IMPROVIDO. (Recurso Especial nº 1.740.082/SP (2018/0108829-1), STJ, Rel. Marco Aurélio Bellizze.
DJe 29.06.2018). STJ-1025968) PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO DE EXECUÃÃO
POR TÃTULO EXTRAJUDICIAL. EMBARGOS DE DECLARAÃÃO. OMISSÃO, CONTRADIÃÃO OU
OBSCURIDADE. NÃO OCORRÃNCIA. SÃMULA 284/STF. PENHORA SOBRE CONTA SALÃRIO.
IMPOSSIBILIDADE. 1. Ausentes os vÃ-cios do art. 535 do CPC/73, rejeitam-se os embargos de
declaração. 2. São impenhoráveis os valores depositados em conta destinada ao recebimento de
vencimentos, salários ou proventos de aposentadoria do devedor. Precedentes. 3. Recurso especial
parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. (Recurso Especial nº 1.550.228/MG (2015/0200970-4),
STJ, Rel. Nancy Andrighi. DJe 29.05.2018). STJ-1120153) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. EXECUÃÃO DE TÃTULO EXTRAJUDICIAL. PENHORA DE VERBA ALIMENTAR.
PERCENTUAL DE 30%. IMPOSSIBILIDADE. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INADMISSIBILIDADE.
1. Execução de tÃ-tulo extrajudicial. 2. Consoante jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é
incabÃ-vel a incidência de penhora sobre percentual de valores recebidos a tÃ-tulo de salário, a teor do
que prescreve o art. 833, IV, do CPC/15. Exceção: pagamento de prestação alimentÃ-cia, art. 833,
§ 2º do CPC/15. 3. O reexame de fatos e provas em recurso especial é inadmissÃ-vel. 4. Agravo
conhecido. Recurso especial parcialmente conhecido e não provido. (Agravo em Recurso Especial nº
1.326.075/SP (2018/0173791-3), STJ, Rel. Nancy Andrighi. DJe 29.11.2018). (grifos acrescidos) STJ-
1077373) PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 3/STJ. SERVIDOR PÃBLICO. EXECUÃÃO. SALÃRIO.
IMPENHORABILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. A Corte de origem, no
julgamento do agravo de instrumento, mantendo a decisão de primeiro grau, que consignou a
impenhorabilidade do salário e que a penhora dos rendimentos não encontra respaldo legal. 2. Deste
modo, não merece reparo o acórdão recorrido, porquanto reflete o entendimento firmado no âmbito
deste e. STJ acerca da matéria, segundo o qual o salário, soldo ou remuneração são
impenhoráveis, nos termos do art. 649, IV, do CPC/1973, sendo essa regra excepcionada unicamente
quando se tratar de penhora para pagamento de prestação alimentÃ-cia. 3. Agravo interno não
provido. (AgInt no Agravo em Recurso Especial nº 1.327.341/DF (2018/0176057-5), 2ª Turma do STJ,
Rel. Mauro Campbell Marques. DJe 13.09.2018). (grifos acrescidos) STJ-1042999) RECURSO
ESPECIAL. AÃÃO DE EXECUÃÃO DE TÃTULO EXTRAJUDICIAL. PENHORA DE SALÃRIO EM FOLHA
DE PAGAMENTO, NO LIMITE DE 30% (TRINTA POR CENTO). IMPOSSIBILIDADE. ART. 649, IV, DO
CPC DE 1973. PRECEDENTES. 1. Esta Corte Superior já assentou que o ordenamento jurÃ-dico vigente
não admite a penhora de salário do devedor em folha de pagamento, salvo quando se tratar de penhora
para pagamento de prestação alimentÃ-cia. 2. "Penhora, ato de constrição patrimonial forçado,
não se confunde com o ato voluntário de contrair empréstimo, com taxa de juros mais favorecida,
mediante a consignação em folha de pagamento de desconto no limite admitido em lei" (RMS
37.990/DF, Rel. Ministra Maria Isabel Gallotti, Quarta Turma, julgado em 03.12.2013, DJe de 03.02.2014).
3. Recurso especial provido. (Recurso Especial nº 1.490.622/RS (2014/0273855-6), STJ, Rel. Luis Felipe
Salomão. DJe 27.06.2018) (grifos acrescidos)          Saliente-se que a única ressalva feita
pelo legislador, diz respeito ao pagamento de prestação alimentÃ-cia, o que não é o caso dos autos.
         Desta forma, a decisão de fls.352 não resta omissa, tampouco contraria a
Constituição Federal de 1988, pelo que nego provimento ao recurso, nos termos do art.1022 do CPC,
confirmando a decisão de fls. 352 em seus termos.          3- Contra o bloqueio de
31/05/2021, nas fls.353 e ss. (R$ 2.194,34 - Dois mil, cento e noventa e quatro reais e trinta e quatro
centavos), em nome de Ana Maria Miranda Medeiros, a parte Executada impugnou sob alegação de
que se trata de penhora em sua conta salário.          Compulsando os autos, verifica-se que
os proventos da Executada Ana Maria Miranda Medeiros (fls.379) são depositados na conta corrente nº
07645597, agência 35, banco 001, conforme consta no contracheque.          Nesse mister,
nada obstante a conta bancária não se classificada como conta salário, a natureza dos valores ali
depositados é salarial: TRF2-0135590) PROCESSUAL CIVIL - EXECUÃÃO - PENHORA ON-LINE -
DEPÃSITOS EM CONTA-CORRENTE - SALÃRIO - IMPENHORABILIDADE - DEMONSTRAÃÃO DA
1105
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

NATUREZA ALIMENTAR. I - As Cortes superiores têm-se manifestado predominantemente no sentido de


inadmitir a penhora sobre verba salarial, mormente quando o exequente persegue, por meio de
execução de tÃ-tulo executivo extrajudicial, crédito por ele titulado em face de devedor que não
possua bens bastantes à satisfação do crédito. II - O art. 833 do CPC estabelecera o rol de bens e
direitos impenhoráveis, dentre os quais, vencimentos, subsÃ-dios, soldos, salários, remunerações,
proventos de aposentadoria etc., do que concluir que a constrição não pode, de regra, recair sobre
vencimentos do executado (consoante § 2º, daquele artigo). III - O desbloqueio de valores
impenhoráveis exige a demonstração de que o dinheiro objeto da constrição se enquadrava nas
hipóteses do art. 833, do CPC. IV - Agravo de Instrumento desprovido. (Agravo de Instrumento nº
0000975-34.2017.4.02.0000, 7ª Turma Especializada do TRF da 2ª Região, Rel. Sérgio Schwaitzer.
j. 31.03.2017). TJDFT-0481298) PROCESSO CIVIL. CONTA-CORRENTE. PENHORA SALÃRIO.
IMPENHORABILIDADE ABSOLUTA. PROVA. I - São absolutamente impenhoráveis os valores de
natureza alimentar, até 40 salários mÃ-nimos, depositados em poupança ou conta-corrente, nos
termos do art. 833, IV e X, do CPC/2015. II - Demonstrado que as importâncias depositadas na conta-
corrente do devedor decorrem exclusivamente do recebimento de salário, os valores devem ser
desbloqueados. III - Negou-se provimento ao recurso. (Processo nº 07146415320188070000 (1128416),
6ª Turma CÃ-vel do TJDFT, Rel. José Divino. j. 03.10.2018, DJe 18.10.2018).          Assim,
conclui-se que a constrição incidiu na conta em que a Executada recebe seu salário, o que de pronto
enseja a ordem de desbloqueio, como desbloqueada seguirá, conforme fundamentação apresentada
no item 2 desta decisão (jurisprudência do STJ e art. 833, IV do CPC).          Intime-se.
Cumpra-se.      Belém, 09 de agosto de 2021. Augusto Cesar da Luz Cavalcante Juiz de Direito,
Titular da 6ª vara CÃ-vel da Capital. PROCESSO: 00312019620128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Cumprimento de sentença em: 16/08/2021 AUTOR:JONAS DA CONCEIÇÃO SILVA Representante(s):
OAB 15849 - ANA CLAUDIA PEREIRA LIMA (ADVOGADO) REU:LUNA - EMPREENDIMENTOS
IMOBILIARIOS LTDA Representante(s): OAB 9117 - ROBERTO TAMER XERFAN JUNIOR (ADVOGADO)
REU:CONSTRUTORA VILLA DEL REY S/A Representante(s): OAB 9117 - ROBERTO TAMER XERFAN
JUNIOR (ADVOGADO) REU:BANCO BRADESCO S/A Representante(s): OAB 19383-A - NELSON
PASCHOALOTTO (ADVOGADO) OAB 192649 - ROBERTA BEATRIZ DO NASCIMENTO (ADVOGADO) .
Considerando o teor do OfÃ-cio 1648/2021 da lavra da Oficiala Substituta do 3º Registro de Imóveis de
Belém-PA, determino o envio de OfÃ-cio ao juÃ-zo da 9ª Vara CÃ-vel de Belém, para que esclareça
as informações relativas ao imóvel objeto da presente demanda.      Determino que seja
encaminhado ao juÃ-zo da 9ª Vara CÃ-vel de Belém, cópia do OfÃ-cio 1648/2021.      Publique-
se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.       Belém, 16 de agosto de 2021. Augusto Cesar da
Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO:
00346422220118140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o: Cumprimento de sentença em: 16/08/2021
AUTOR:JOSE JORGE OLIVEIRA DE ALMEIDA Representante(s): OAB 3560 - NELSON RIBEIRO DE
MAGALHAES E SOUZA (ADVOGADO) OAB 7016 - MARCIA HELENA DE OLIVEIRA ALVES SERIQUE
(ADVOGADO) OAB 14540 - RAIMUNDO NONATO DA TRINDADE SOUZA (ADVOGADO) OAB 15285 -
REJANE MOURA DE SA BASTOS E SILVA (ADVOGADO) REU:NORTELPA ENGENHARIA LTDA
Representante(s): OAB 9933 - DANIEL LACERDA FARIAS (ADVOGADO) OAB 11454-B - MICHEL
RODRIGUES VIANA (ADVOGADO) . Processo nº:  0034642-22.2011.8.14.0301 Autor:  JOSE JORGE
OLIVEIRA DE ALMEIDA Réu:   NORTELPA ENGENHARIA LTDA DECISÃO       Vistos, etc.
      Foi certificado o trânsito em julgado do acórdão (fl. 875).       A parte autora
requereu o cumprimento de sentença no valor de R$ 1.192.832,22 (um milhão, cento e noventa e dois
mil, oitocentos e trinta e dois reais e vinte e dois centavos) (fls. 877/880). Â Â Â Â Â Â A priori, defiro a
prioridade de tramitação do presente feito, haja vista que a parte autora possui idade superior a 60
(sessenta) anos, nos termos do art. 1.048, inciso I, do CPC. Â Â Â Â Â Â Deve a Secretaria colocar nos
autos identificação própria que evidencie o regime de tramitação prioritária, nos termos do art.
1.048, § 2º, do CPC.       Ademais, tendo em vista que o pedido de cumprimento de sentença
atendeu aos requisitos previstos no art. 524 do CPC, intime-se a executada, pelo Diário da Justiça, na
pessoa de seu advogado constituÃ-do nos autos, nos termos do art. 513, § 2º, inciso I, do CPC, para o
pagamento do débito no valor de R$ 1.192.832,22 (um milhão, cento e noventa e dois mil, oitocentos e
trinta e dois reais e vinte e dois centavos), no prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob pena de multa de 10%
e, também, de honorários advocatÃ-cios de 10% sobre o valor do débito, na forma do § 1º do artigo
523 do Código de Processo Civil.       Advirta-se, ainda, que o pagamento no prazo assinalado a
isenta da multa e dos honorários advocatÃ-cios da fase de cumprimento de sentença.       Caso
1106
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ocorra pagamento, intime-se o exequente para, no prazo de 5 (cinco) dias, dizer se dá quitação do
débito, possibilitando a resolução da fase de cumprimento de sentença. Ressalto de que seu
silêncio importará em anuência em relação à satisfação integral do débito.       Caso a
quantia não seja suficiente para a quitação, caberá ao credor trazer, no mesmo prazo, planilha
discriminada e atualizada do débito, já abatido o valor depositado, acrescida da multa e dos honorários
sobre o remanescente, na forma do artigo 523, § 2º, do Código de Processo Civil, ratificando o pedido
de penhora já apresentado, para decisão.       Cientifico o executado de que, transcorrido o
prazo sem o pagamento voluntário, iniciam-se os 15 (quinze) dias para que, independentemente de
penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação, na forma do artigo
525 do Código de Processo Civil, que somente poderá versar sobre as hipóteses elencadas em seu
parágrafo primeiro, observando-se em relação aos cálculos os parágrafos 4º e 5º.      Â
Recolha, o exequente, custas intermediárias para a prática das diligências determinadas bem como as
que eventualmente encontrarem-se pendentes, no prazo de 15 (quinze) dias. Â Â Â Â Â Â Intime-se.
Cumpra-se.       Belém, 11 de agosto de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de
Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 00361260420138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ
CAVALCANTE A??o: Embargos à Execução em: 16/08/2021 EMBARGADO:BANCO SAFRA S.A
Representante(s): OAB 8525 - IVANILDO RODRIGUES DA GAMA JUNIOR (ADVOGADO) OAB 19595 -
IAN MAC DOWELL DE FIGUEIREDO (ADVOGADO) EMBARGANTE:CLEIDE MARIA COSTA ALVES
Representante(s): OAB 14723 - SABRINA DOS SANTOS FREIRE (ADVOGADO)
EMBARGANTE:COMPUTER STORE COMERCIO LTDA Representante(s): OAB 14723 - SABRINA DOS
SANTOS FREIRE (ADVOGADO) OAB 17482 - ANA CAROLINA AGUIAR MACHADO (ADVOGADO) OAB
18022 - ALEX LIMA SANTOS (ADVOGADO) EMBARGANTE:RAIMUNDO CESAR DA SILVA ALVES
Representante(s): OAB 14723 - SABRINA DOS SANTOS FREIRE (ADVOGADO) . Processo nº:Â
0036126-04.2013.8.14.0301 Embargante: Â COMPUTER STORE COMERCIO LTDA e outros
Embargado:Â BANCO SAFRA S.A DESPACHO Â Â Â Â Â Â Cumpra-se integralmente o despacho de fl.
133, certificando a Secretaria se houve o trânsito em julgado da sentença.      Ocorrendo o
trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa no registro e na distribuição.      Â
Cumpra-se.       Belém, 11 de agosto de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de
Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 00372473320148140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDMILTON PINTO SAMPAIO A??o:
Agravo de Instrumento em: 16/08/2021 EXEQUENTE:ONEIDE DE PAULA BASTOS Representante(s):
OAB 10662 - JAQUELINE NORONHA DE M FILOMENO KITAMURA (ADVOGADO)
EXECUTADO:BANCO DO BRASIL SA Representante(s): OAB 15.201-A - NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES (ADVOGADO) OAB 16637-A - RAFAEL SGANZERLA DURAND (ADVOGADO) . ATO
ORDINATÃRIO - PROC. 0037247-33.2014.814.0301      Através do provimento 006/2006, artigo
1º § 2º, inciso X oriundo da Corregedoria Geral de Justiça da Região Metropolitana de Belém:
fica intimada a parte requerente para se manifestar sobre a proposta de acordo de fls. 106/108, no prazo
de 15 dias. Â Â Â Â Â BELÃM-PA, 16 DE AGOSTO DE 2021. DIRETOR DE SECRETARIA. PROCESSO:
00471749120128140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 16/08/2021
EXEQUENTE:SIGACORP SERVICOS TECNOLOGIA DA INFORMACAO LTDA Representante(s): OAB
12614 - DIORGEO DIOVANNY S M DA ROCHA L DA SILVA (ADVOGADO) EXECUTADO:PESQUEIRA
MAGUARY LTDA Representante(s): OAB 1746 - REYNALDO ANDRADE DA SILVEIRA (ADVOGADO)
OAB 7359 - TELMA LUCIA BORBA PINHEIRO (ADVOGADO) OAB 7820 - MONICA DOS SANTOS
STORINO (ADVOGADO) OAB 2616 - HAROLDO ALVES DOS SANTOS (ADVOGADO) . Processo nº: Â
0047174-91.2012.8.14.0301 Exequente: Â SIGACORP SERVICOS TECNOLOGIA DA INFORMACAO
LTDA Executado: Â PESQUEIRA MAGUARY LTDA DESPACHO Â Â Â Â Â Â A parte executada requereu
o desarquivamento dos autos a fim de que sejam executadas as custas, despesas processuais e
honorários advocatÃ-cios (fl. 333).       No entanto, o referido pedido não veio acompanhado do
demonstrativo discriminado e atualizado do crédito.       Diante disso, intime-se a parte
executada a fim de que efetue a juntada do demonstrativo discriminado e atualizado do crédito,
conforme estabelecido na sentença transitada em julgado, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do
art. 524, do CPC.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 11 de agosto de 2021.
Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém
PROCESSO: 00489607320128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Procedimento Comum Cível em: 16/08/2021 AUTOR:ELOY VALENTIM SANGALLI Representante(s):
1107
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

OAB 12542 - DAVI JOSE DE SOUZA DA SILVA (ADVOGADO) OAB 8203 - NESTOR FERREIRA FILHO
(ADVOGADO) OAB 16181 - RAFAEL LIMA GONCALVES (ADVOGADO) OAB 12580-B - LUCIANO
CAVALCANTE DE SOUZA FERREIRA (ADVOGADO) OAB 3321 - RUI GUILHERME CARVALHO
AQUINO (ADVOGADO) OAB 26150 - ARTUR DA SILVA RIBEIRO (ADVOGADO) REU:SERGIO
CRISTIANO DE FREITAS LEÃO Representante(s): OAB 21028 - MARCUS VINICIUS BOTELHO BRITO
(ADVOGADO) OAB 21014 - MARCO ANTONIO COSTA DE LIMA (ADVOGADO) OAB 24719 -
DACILVANIA DA ROCHA PORTELA (ADVOGADO) . Processo nº  0048960-73.2012.814.0301 Autor: Â
ELOY VALENTIM SANGALLI Réu:   SÃRGIO CRISTIANO DE FREITAS LEÃO DECISÃO     Â
 Vistos etc.       Trata-se de cumprimento de sentença.       Foi determinada a remessa
dos autos ao contador judicial para que apurasse o valor devido a tÃ-tulo de honorários advocatÃ-cios (fl.
227).       O contador judicial apresentou planilha de cálculos (fls. 234/237).       A parte
exequente apresentou impugnação aos cálculos aduzindo que não foi aplicado o termo inicial da
correção monetária dos honorários de sucumbência (fls. 240/243).       A parte executada
se manifestou no sentido de concordar com os cálculos apresentados pelo contador (fls. 247/248).   Â
   Pois bem, é cediço que a correção monetária dos honorários sucumbenciais tem como
termo inicial a data do ajuizamento da ação, conforme entendimento sumulado do Superior Tribunal de
Justiça, in verbis: ¿Súmula 14 do STJ - Arbitrados os honorários advocatÃ-cios em percentual sobre o
valor da causa, a correção monetária incide a partir do respectivo ajuizamento¿.      Â
Todavia, no caso dos autos, o contador judicial utilizou como termo inicial da correção monetária a
data da publicação sentença, devendo ser corrigido o referido termo inicial, a fim que incida a partir da
data do ajuizamento da ação.       Com relação ao termo inicial da incidência dos juros de
mora nos honorários sucumbenciais, o termo inicial não é a data do trânsito em julgado, tampouco a
data da sentença, e sim a data da intimação do executado para efetuar o pagamento no cumprimento
de sentença.       à esse o entendimento do Superior Tribunal de Justiça acerca do tema: STJ-
0982590) AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DECLARATÃRIOS NO RECURSO ESPECIAL.
CUMPRIMENTO DE SENTENÃA. HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. JUROS DE MORA. TERMO
INICIAL. APRECIAÃÃO EM SEPARADO DE RECURSOS DISTRIBUÃDOS POR PREVENÃÃO.
AUSÃNCIA DE PREJUÃZO. RECURSO INTERPOSTO ANTES DO JULGAMENTO DOS
ACLARATÃRIOS. DESNECESSIDADE DE RATIFICAÃÃO. 1. A apreciação em separado de recursos
reunidos em razão da prevenção não induz, automaticamente, à ocorrência de nulidade da
decisão, especialmente em razão da ausência de indicação de prejuÃ-zo. 2. A Corte Especial do
STJ, no julgamento da Questão de Ordem no REsp 1.129.215/DF, firmou entendimento de que a única
interpretação possÃ-vel para a Súmula 418 é de se exigir a ratificação do recurso anteriormente
interposto somente na hipótese de alteração do julgado recorrido em razão do acolhimento dos
embargos de declaração. 3. Segundo a jurisprudência deste Tribunal, o termo inicial da incidência
dos juros moratórios na cobrança de honorários advocatÃ-cios sucumbenciais é a data da citação
do devedor no processo de execução, e não a data do ajuizamento da ação em que foi fixada a
verba honorária, assim como entendeu o acórdão recorrido. 4. Agravo interno não provido. (AgInt nos
EDcl no Recurso Especial nº 1.357.383/BA (2012/0259735-0), 4ª Turma do STJ, Rel. Lázaro
Guimarães. DJe 16.03.2018). (grifos acrescidos) AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE
DIVERGÃNCIA. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÃÃO DE HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. TERMO
INICIAL DOS JUROS MORATÃRIOS. DATA DA CITAÃÃO DO PROCESSO DE EXECUÃÃO. AGRAVO
INTERNO DOS PARTICULARES DESPROVIDO. 1. Conforme entendimento deste STJ, o termo inicial
dos juros de mora incidentes na execução de honorários advocatÃ-cios sucumbenciais se dá na data
da citação da Ação de Execução. Precedentes: AgRg no REsp. 1.432.692/RJ, Rel. Min. MARCO
AURÃLIO BELLIZZE, DJe 1o.4.2016; EDcl no AgRg nos EDcl no REsp 1.147.442/PR, Rel. Min. GURGEL
DE FARIA, DJe 1.6.2015; AgRg no REsp. 1.530.786/RS, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, DJe 5.2.2016. 2.
Agravo Interno dos Particulares desprovido. (AgInt nos EREsp 1208670/MG, Rel. Ministro NAPOLEÃO
NUNES MAIA FILHO, CORTE ESPECIAL, julgado em 07/11/2018, DJe 27/11/2018) (grifos acrescidos)
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA SOBRE
OS HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. DATA DA INTIMAÃÃO DO DEVEDOR PARA CUMPRIMENTO DA
SENTENÃA. ACÃRDÃO LOCAL ALINHADO Ã JURISPRUDÃNCIA DO STJ. APLICAÃÃO DA SÃMULA 83
DESTA CORTE. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 1. Nos termos da jurisprudência reiterada desta
Corte, o termo inicial dos juros moratórios incidentes sobre os honorários advocatÃ-cios decorrentes da
sucumbência é a data da intimação para o adimplemento da obrigação, e não o trânsito em
julgado do tÃ-tulo executivo. 2. Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp 1432692/RJ, Rel. Ministro
MARCO AURÃLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/03/2016, DJe 01/04/2016)Â Â Â Â Â Â
 Desse modo, o termo inicial dos juros moratórios é a data da intimação do executado para efetuar
1108
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

o pagamento dos honorários sucumbenciais.       Diante disso, remetam-se os autos ao


contador, a fim de que seja apurado o valor referente aos honorários de sucumbência (objeto deste
cumprimento de sentença), fixados no valor de 15% do valor da causa, com correção monetária a
partir da data do ajuizamento da ação, e juros moratórios de 1% a partir da data da intimação do
executado para o adimplemento da obrigação.       Apresentados os novos cálculos, intimem-
se as partes para apresentaram manifestação, caso entendem necessária, no prazo de 15 (quinze)
dias.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém-PA, 12 de agosto de 2021. Augusto César
da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO:
00504184920008140301 PROCESSO ANTIGO: 200010260733
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 16/08/2021 ADVOGADO:FERNANDO DA SILVA GONCALVES
ADVOGADO:ALBERTO ANTONIO CAMPOS REU:LOURIVAL KNAL AUTOR:LUIS ALBERTO GURJAO
S. DE C. ROCHA Representante(s): ALBERTO ANTONIO CAMPOS (ADVOGADO) MARIA STELA
CAMPOS (ADVOGADO) VLADIMIR LOBO KOENIG (ADVOGADO) . Processo nº:  0050418-
48.2000.8.14.0301 Exequente: Â LUIS ALBERTO GURJAO S. DE C. ROCHA Executado: Â LOURIVAL
KNAL e outro       DECISÃO       Vistos, etc.       Trata-se de cumprimento de
sentença.       Foi deferida a instauração do Incidente de Desconsideração Inversa da
Personalidade JurÃ-dica, em face de W P KNAUL - ME, Empresa Individual de Responsabilidade Limitada
- EIRELI, cujo titular é o Executado WILLIAM PEREIRA KNAUL (fl. 209).       A parte exequente
requereu novamente o bloqueio via SISBAJUD em face do executado (fls. 277/279). Â Â Â Â Â Â Era o
que tinha a relatar. Passo a decidir.      Tendo em vista o lapso temporal desde a última tentativa
de penhora online, passo a analisar o pedido de bloqueio via SISBAJUD, requerido na petição de fls.
277/279.      No que concerne a penhora eletrônica, assim dispõe o Código de Processo Civil:
¿Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a
requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará à s
instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema
financeiro nacional, que torne indisponÃ-veis ativos financeiros existentes em nome do executado,
limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução¿. (grifo nosso).       Nessa
lógica, verificado o débito, impõe-se o deferimento do pedido e a consulta aos sistemas
disponibilizados ao Poder Judiciário a fim de proceder à penhora eletrônica. Destaca-se, ainda, que o
bloqueio prescinde, inclusive, de esgotamento de meio extrajudiciais, conforme se verifica de
entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Tema/Repetitivo nº 425, o qual
dispõe: A utilização do Sistema BACEN-JUD, no perÃ-odo posterior à vacatio legis da Lei 11.382/2006
(21.01.2007), prescinde do exaurimento de diligências extrajudiciais, por parte do exequente, a fim de se
autorizar o bloqueio eletrônico de depósitos ou aplicações financeiras.      Desse modo e em
observância aos princÃ-pios da economia processual, efetividade da prestação jurisdicional,
duração razoável do processo, bem como considerando o que dispõe o Código de Processo Civil
sobre a matéria e, notadamente, a ordem preferencial de penhora exarada no art. 835 do diploma
processual, procedo a tentativa de constrição de valores em desfavor da parte executada WILLIAM
PEREIRA KNAUL (CPF nº 592.291.792.72) e LOURIVAL KNAL (CPF nº 048.421.119-68), no valor de
R$ 1.370.391,85 (um milhão, trezentos e setenta mil, trezentos e noventa e um reais e oitenta e cinco
centavos), conforme planilha de cálculos de fls. 280/281.       Logrando êxito as medidas
constritivas, intime-se imediatamente a parte executada, por meio de seu procurador devidamente
habilitado, na forma do art. 854, §2º, do Código de Processo Civil, ficando desde já ciente de que o
silêncio importará em anuência em relação a constrição.       No que concerne à s
custas processuais, determino o seu recolhimento após a prática dos atos, tendo em vista que o próprio
Código de Processo Civil, no caput do art. 854, admite que as tentativas de constrição sejam
realizadas sem a ciência prévia do executado - o que inevitavelmente se daria, caso houvesse
intimação para o pagamento de despesas. Trata-se, tão somente, de medida que visa conferir
efetividade às medidas.       Não obstante a prática dos atos antes do recolhimento das
despesas processuais, fica a parte exequente intimada para o pagamento das custas processuais
referentes às diligências deferidas, bem como as eventualmente pendentes, no prazo de 10 (dez) dias,
ficando desde já advertido de que o pagamento é condição de eficácia das medidas e análise de
novos pedidos.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 16 de agosto de 2021. Augusto
César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO:
00528955320148140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com
Cobrança em: 16/08/2021 REQUERENTE:DECIO VAHIA Representante(s): OAB 10739 - MARIA DA
1109
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

GLORIA CARVALHO CASTRO (ADVOGADO) REQUERIDO:LELIO ELPIDIO DA SILVA FERREIRA


Representante(s): OAB 12904 - MARIA IZABEL DE OLIVEIRA BENONE (ADVOGADO) . Processo nº Â
0052895-53.2014.8.14.0301 Autor:  DELCIO VAHIA Réu:   LÃLIO ELIPÃDIO DA SILVA FERREIRA
      DECISÃO       Vistos, etc.       Trata-se de cumprimento de sentença.  Â
    Foi certificado que a parte executada foi intimada, todavia não efetuou o pagamento do débito
no prazo legal, tampouco apresentou impugnação ao cumprimento de sentença (fl. 79).       A
parte exequente peticionou requerendo penhora via SISBAJUD e consulta ao sistema RENAJUD, além
de expedição de ofÃ-cio aos Cartórios de registros de imóveis (fl. 82).       Era o que tinha a
relatar. Passo a decidir.      Tendo em vista que o executado não efetuou o pagamento voluntário
no prazo legal, tampouco apresentou impugnação ao cumprimento de sentença, passo a analisar o
pedido de bloqueio via SISBAJUD, requerido na petição de fl. 82.      No que concerne a
penhora eletrônica, assim dispõe o Código de Processo Civil: ¿Art. 854. Para possibilitar a penhora
de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar
ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema
eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponÃ-veis
ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na
execução¿. (grifo nosso).       Nessa lógica, verificado o débito, impõe-se o deferimento
do pedido e a consulta aos sistemas disponibilizados ao Poder Judiciário a fim de proceder à penhora
eletrônica. Destaca-se, ainda, que o bloqueio prescinde, inclusive, de esgotamento de meio extrajudiciais,
conforme se verifica de entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no
Tema/Repetitivo nº 425, o qual dispõe: A utilização do Sistema BACEN-JUD, no perÃ-odo posterior Ã
vacatio legis da Lei 11.382/2006 (21.01.2007), prescinde do exaurimento de diligências extrajudiciais, por
parte do exequente, a fim de se autorizar o bloqueio eletrônico de depósitos ou aplicações
financeiras.      Desse modo e em observância aos princÃ-pios da economia processual,
efetividade da prestação jurisdicional, duração razoável do processo, bem como considerando o
que dispõe o Código de Processo Civil sobre a matéria e, notadamente, a ordem preferencial de
penhora exarada no art. 835 do diploma processual, procedo a tentativa de constrição de valores em
desfavor LÃLIO ELIPÃDIO DA SILVA FERREIRA (CPF nº 094.966.702-10) no valor de R$ 2.915,52 (dois
mil, novecentos e quinze reais e cinquenta e dois centavos). Â Â Â Â Â Considerando a possibilidade de a
penhora online não lograr êxito ou ser insuficiente para adimplir o débito, procedo a tentativa de
bloqueio via sistema RENAJUD, destacando que essa medida é perfeitamente possÃ-vel para adimplir o
débito. De fato, nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO
RECURSO ESPECIAL. EXECUÃÃO FISCAL. RESTRIÃÃO DE CIRCULAÃÃO DE VEÃCULO. RENAJUD.
POSSIBILIDADE. 1. O Superior Tribunal de Justiça possui precedentes favoráveis à possibilidade de
restrição de circulação de veÃ-culo, por via do sistema RENAJUD, para viabilizar a localização e
apreensão do bem, a fim de que seja realizada a penhora e a consequente satisfação do crédito
exequendo. Nesse sentido, as seguintes decisões monocráticas: REsp 1.669.427/RS, Rel. Ministro
Mauro Campbell Marques, DJe 9/6/2017; AREsp 1.165.070/MG, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze,
DJe 7/11/2017; AREsp 1.076.857/MG, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, DJe 5/5/2017; AREsp
1.071.742/MG, Rel. Ministra Isabel Gallotti, DJe 18/4/2017; AREsp 1.062.167/MG, Rel. Ministro Antonio
Carlos Ferreira, DJe 5/9/2017; e AREsp 1.155.900/MG, Rel. Ministro Moura Ribeiro, DJe 2/10/2017. 2.
Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1678675/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 06/03/2018, DJe 13/03/2018) (grifo nosso). PROCESSUAL CIVIL.
ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÃÃO FISCAL. RESTRIÃÃO
DE CIRCULAÃÃO DE VEÃCULO. RENAJUD. POSSIBILIDADE. 1. O Superior Tribunal de Justiça possui
precedentes favoráveis à possibilidade de restrição de circulação de veÃ-culo, por via do sistema
Renajud, para viabilizar a localização e apreensão do bem, a fim de que seja realizada a penhora e a
consequente satisfação do crédito exequendo. 2. Agravo Interno não provido. (AgInt no REsp
1820182/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/10/2019, DJe
18/10/2019) (grifo nosso).       Fica a parte exequente advertida, desde já, que não sofrerão
constrição veÃ-culos alienados fiduciariamente ou já gravados com créditos preferenciais.     Â
 Logrando êxito as medidas constritivas, intime-se imediatamente a parte executada, por meio de seu
procurador devidamente habilitado, na forma do art. 854, §2º, do Código de Processo Civil, ficando
desde já ciente de que o silêncio importará em anuência em relação a constrição.      Â
No que concerne às custas processuais, determino o seu recolhimento após a prática dos atos, tendo
em vista que o próprio Código de Processo Civil, no caput do art. 854, admite que as tentativas de
constrição sejam realizadas sem a ciência prévia do executado - o que inevitavelmente se daria,
caso houvesse intimação para o pagamento de despesas. Trata-se, tão somente, de medida que visa
1110
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

conferir efetividade às medidas.       Não obstante a prática dos atos antes do recolhimento
das despesas processuais, fica a parte exequente intimada para o pagamento das custas processuais
referentes às diligências deferidas, bem como as eventualmente pendentes, no prazo de 10 (dez) dias,
ficando desde já advertido de que o pagamento é condição de eficácia das medidas e análise de
novos pedidos.       Por fim, indefiro o pedido de expedição de ofÃ-cio aos Cartórios de
registros de imóveis, uma vez que é ônus da parte exequente indicar bens penhoráveis da parte
executada, não podendo transferir esse ônus ao Poder Judiciário.       Caso as tentativas
anteriores restem infrutÃ-feras, aplico os efeitos do art. 921, §2º, do Código de Processo Civil,
suspendendo a execução pelo prazo de 1 (um) ano para que a parte exequente indique bens do
executado à penhora, sob pena de arquivamento do feito.       Intime-se. Cumpra-se.      Â
Belém, 26 de julho de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém PROCESSO: 00567642920118140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Cumprimento de sentença em: 16/08/2021 AUTOR:SAID MUNIZ MUSTAFA Representante(s): OAB 9658
- FUAD DA SILVA PEREIRA (ADVOGADO) OAB 396531 - SAAMARA DE MENDONCA MUSTAFA
(ADVOGADO) REU:MARKO ENGENHARIA E COMERCIO IMOBILIARIO LTDA Representante(s): OAB
6324 - ALBANO HENRIQUES MARTINS JUNIOR (ADVOGADO) OAB 14810 - THEO SALES REDIG
(ADVOGADO) OAB 18073 - GABRIEL PEREIRA DE CARVALHO CRUZ (ADVOGADO) . Processo:
0056764-29.2011.814.0301 Autor: SAID MUNIZ MUSTAFà Réu: MARKO ENGENHARIA E COMÃRCIO
IMOBILIÃRIO LTDA DECISÃO Â Â Â Â Â Â Compulsando os autos, verifico que, em conformidade com a
decisão de fls. 219/220, foram os autos remetidos à Contadoria do JuÃ-zo (fls. 224), bem como foi
oficiado o Cartório de Registro de Imóveis de Benevides/PA para que seja efetivado o cancelamento do
registro de imóvel objeto da presente demanda (fls. 232/233).       Devidamente intimadas as
partes, manifestou-se tão somente o Autor acerca do laudo do contador deste juÃ-zo, informando que
nada tem a opor, além de requerer o cumprimento de sentença (fls. 237).        Assim, diante
do exposto, intime-se o executado para o pagamento do débito no valor de R$67.587,67 (sessenta e
sete mil, quinhentos e oitenta e sete reais e sessenta e sete centavos), no prazo de 15 (quinze) dias
úteis, sob pena de multa de 10% e, também, de honorários advocatÃ-cios de 10% sobre o valor do
débito, na forma do § 1º do artigo 523 do Código de Processo Civil.       Advirta-se, ainda,
que o pagamento no prazo assinalado os isenta da multa e dos honorários advocatÃ-cios da fase de
cumprimento de sentença.       Caso ocorra pagamento, intime-se o exequente para, no prazo
de 5 (cinco) dias, dizer se dá quitação do débito, possibilitando a resolução da fase de
cumprimento de sentença. Ressalto de que seu silêncio importará em anuência em relação Ã
satisfação integral do débito.       Caso a quantia não seja suficiente para a quitação,
caberá ao credor trazer, no mesmo prazo, planilha discriminada e atualizada do débito, já abatido o
valor depositado, acrescida da multa e dos honorários sobre o remanescente, na forma do artigo 523, §
2º, do Código de Processo Civil, ratificando o pedido de penhora já apresentado, para decisão.   Â
   Cientifico o executado de que, transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, iniciam-se os 15
(quinze) dias para que, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios
autos, sua impugnação, na forma do artigo 525 do Código de Processo Civil, que somente poderá
versar sobre as hipóteses elencadas em seu parágrafo primeiro, observando-se em relação aos
cálculos os parágrafos 4º e 5º.       Recolha, a exequente, custas intermediárias para a
prática das diligências determinadas bem como as que eventualmente encontrarem-se pendentes, no
prazo de 15 (quinze) dias.       Ademais, certifique a Secretaria acerca do cumprimento ou não
do ofÃ-cio de fls. 232/233.       Por fim, cumpra-se a determinação exarada na sentença de fls.
82/87, a fim de que seja o Autor imediatamente reintegrado no imóvel objeto da demanda.      Â
Após, retornem os autos conclusos.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 11 de
agosto de 2021. AUGUSTO CÃSAR DA LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém/PA. PROCESSO: 00575970820158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 16/08/2021 EXECUTADO:I U DA SILVA CIA LTDA
EXECUTADO:IRATAN ULISSES DA SILVA AUTOR:ATIVOS SA SECURITIZADORA DE CREDITOS
FINANCEIROS Representante(s): OAB 25867 - MARIZZE FERNANDA LIMA MARTINEZ DE SOUZA
(ADVOGADO) OAB 27403-A - MAGDA LUIZA RIGODANZO EGGER DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB
20366-D - HAROLDO WILSON MARTINEZ DE SOUZA JUNIOR (ADVOGADO) OAB 711-B - MARITZZA
FABIANE MARTINEZ (ADVOGADO) . Processo nº  0057597-08.2015.8.14.0301 Exequente:  ATIVOS
S/A SECURITIZADORA DE CRÃDITOS FINANCEIROS Executado: Â I U DA SILVA CIA LTDA e outro Â
     DECISÃO       Vistos, etc.       Trata-se de execução de tÃ-tulo extrajudicial.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

      Foi determinada pesquisa e constrição de bens por meio dos sistemas SISBAJUD,
RENAJUD e INFOJUD (fls. 62/77). Â Â Â Â Â Â A parte exequente peticionou requerendo penhora via
SISBAJUD e consulta aos sistemas RENAJUD e INFOJUD, além de expedição de ofÃ-cio aos
Cartórios de registros de imóveis (fl. 102).       Foi certificado que a parte executada não se
manifestou acerca dos cálculos realizados pelo contador (fl. 201).       Era o que tinha a relatar.
Passo a decidir.      Assim, tendo em vista o lapso temporal desde a última consulta aos sistemas,
passo a analisar o pedido de bloqueio via SISBAJUD e consulta aos sistemas RENAJUD e INFOJUD,
requerido na petição de fl. 102.      No que concerne a penhora eletrônica, assim dispõe o
Código de Processo Civil: ¿Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em
aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao
executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela
autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponÃ-veis ativos financeiros
existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução¿.
(grifo nosso).       Nessa lógica, verificado o débito, impõe-se o deferimento do pedido e a
consulta aos sistemas disponibilizados ao Poder Judiciário a fim de proceder à penhora eletrônica.
Destaca-se, ainda, que o bloqueio prescinde, inclusive, de esgotamento de meio extrajudiciais, conforme
se verifica de entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Tema/Repetitivo nº
425, o qual dispõe: A utilização do Sistema BACEN-JUD, no perÃ-odo posterior à vacatio legis da Lei
11.382/2006 (21.01.2007), prescinde do exaurimento de diligências extrajudiciais, por parte do
exequente, a fim de se autorizar o bloqueio eletrônico de depósitos ou aplicações financeiras.   Â
  Desse modo e em observância aos princÃ-pios da economia processual, efetividade da prestação
jurisdicional, duração razoável do processo, bem como considerando o que dispõe o Código de
Processo Civil sobre a matéria e, notadamente, a ordem preferencial de penhora exarada no art. 835 do
diploma processual, procedo a tentativa de constrição de valores em desfavor de I U DA SILVA CIA
LTDA (CNPJ nº 15.473.968/0001-02) e IRATAN ULISSES DA SILVA (CPF nº 159.236.812-34) no valor
de R$ 254.382,46 (duzentos e cinquenta e quatro mil, trezentos e oitenta e dois reais e quarenta e seis
centavos).      Considerando a possibilidade de a penhora online não lograr êxito ou ser
insuficiente para adimplir o débito, procedo a tentativa de bloqueio via sistema RENAJUD, destacando
que essa medida é perfeitamente possÃ-vel para adimplir o débito. De fato, nesse sentido:
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÃÃO
FISCAL. RESTRIÃÃO DE CIRCULAÃÃO DE VEÃCULO. RENAJUD. POSSIBILIDADE. 1. O Superior
Tribunal de Justiça possui precedentes favoráveis à possibilidade de restrição de circulação de
veÃ-culo, por via do sistema RENAJUD, para viabilizar a localização e apreensão do bem, a fim de
que seja realizada a penhora e a consequente satisfação do crédito exequendo. Nesse sentido, as
seguintes decisões monocráticas: REsp 1.669.427/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, DJe
9/6/2017; AREsp 1.165.070/MG, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, DJe 7/11/2017; AREsp
1.076.857/MG, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, DJe 5/5/2017; AREsp 1.071.742/MG, Rel. Ministra
Isabel Gallotti, DJe 18/4/2017; AREsp 1.062.167/MG, Rel. Ministro Antonio Carlos Ferreira, DJe 5/9/2017;
e AREsp 1.155.900/MG, Rel. Ministro Moura Ribeiro, DJe 2/10/2017. 2. Agravo interno a que se nega
provimento. (AgInt no REsp 1678675/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em
06/03/2018, DJe 13/03/2018) (grifo nosso). PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO
INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÃÃO FISCAL. RESTRIÃÃO DE CIRCULAÃÃO DE
VEÃCULO. RENAJUD. POSSIBILIDADE. 1. O Superior Tribunal de Justiça possui precedentes
favoráveis à possibilidade de restrição de circulação de veÃ-culo, por via do sistema Renajud, para
viabilizar a localização e apreensão do bem, a fim de que seja realizada a penhora e a consequente
satisfação do crédito exequendo. 2. Agravo Interno não provido. (AgInt no REsp 1820182/PR, Rel.
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/10/2019, DJe 18/10/2019) (grifo
nosso).       Fica a parte exequente advertida, desde já, que não sofrerão constrição
veÃ-culos alienados fiduciariamente ou já gravados com créditos preferenciais.       Ademais,
verifica-se que a parte exequente pleiteou, também, a consulta de bens indicados no sistema INFOJUD,
no entanto, já houve a referida consulta, conforme documentos de fls. 64/73.       Logrando êxito
as medidas constritivas, intime-se imediatamente a parte executada, por meio de seu procurador
devidamente habilitado, na forma do art. 854, §2º, do Código de Processo Civil, ficando desde já
ciente de que o silêncio importará em anuência em relação a constrição.       No que
concerne às custas processuais, determino o seu recolhimento após a prática dos atos, tendo em vista
que o próprio Código de Processo Civil, no caput do art. 854, admite que as tentativas de constrição
sejam realizadas sem a ciência prévia do executado - o que inevitavelmente se daria, caso houvesse
intimação para o pagamento de despesas. Trata-se, tão somente, de medida que visa conferir
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efetividade às medidas.       Não obstante a prática dos atos antes do recolhimento das
despesas processuais, fica a parte exequente intimada para o pagamento das custas processuais
referentes às diligências deferidas, bem como as eventualmente pendentes, no prazo de 10 (dez) dias,
ficando desde já advertido de que o pagamento é condição de eficácia das medidas e análise de
novos pedidos.       Por fim, indefiro o pedido de expedição de ofÃ-cio aos Cartórios de
registros de imóveis, uma vez que é ônus da parte exequente indicar bens penhoráveis da parte
executada, não podendo transferir esse ônus ao Poder Judiciário.       Intime-se. Cumpra-se. Â
     Belém, 22 de julho de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara
CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 06497368220168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 16/08/2021 REQUERENTE:FERRAZ E FERRAZ EIRELLI EPP E
OUTROS Representante(s): OAB 12809-B - PABLO COIMBRA DE ARAUJO (ADVOGADO)
REQUERIDO:GIOVANNA GURGEL FELICIO DA FONSECA. Processo nº:  0649736-
82.2016.8.14.0301 Exequente: Â FERRAZ E FERRAZ EIRELLI EPP Executado: Â GIOVANNA GURGEL
FELICIO DA FONSECA Â Â Â Â Â Â DECISÃO Â Â Â Â Â Â Vistos, etc. Â Â Â Â Â Â Trata-se de
execução de tÃ-tulo extrajudicial.       A parte executada foi citada por hora certa (fl. 49), e
tornou-se revel, motivo pelo qual os autos foram remetidos à curadoria especial, a qual apresentou
manifestação (fls. 101/104).       Foi realizado arresto via SISBAJUD, tendo sido bloqueado
apenas o valor de R$ 434,56 (quatrocentos e trinta e quatro reais e cinquenta e seis centavos) (fl. 73). Â Â
    A parte exequente requereu novamente o bloqueio via SISBAJUD em face da executada, bem
como a liberação do valor bloqueado (fls. 107/109).       Era o que tinha a relatar. Passo a
decidir.      Tendo em vista o lapso temporal desde a última tentativa de penhora online, passo a
analisar o pedido de bloqueio via SISBAJUD, requerido na petição de fls. 107/109.      No que
concerne a penhora eletrônica, assim dispõe o Código de Processo Civil: ¿Art. 854. Para possibilitar
a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente,
sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de
sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne
indisponÃ-veis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao
valor indicado na execução¿. (grifo nosso).       Nessa lógica, verificado o débito, impõe-
se o deferimento do pedido e a consulta aos sistemas disponibilizados ao Poder Judiciário a fim de
proceder à penhora eletrônica. Destaca-se, ainda, que o bloqueio prescinde, inclusive, de esgotamento
de meio extrajudiciais, conforme se verifica de entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de
Justiça (STJ) no Tema/Repetitivo nº 425, o qual dispõe: A utilização do Sistema BACEN-JUD, no
perÃ-odo posterior à vacatio legis da Lei 11.382/2006 (21.01.2007), prescinde do exaurimento de
diligências extrajudiciais, por parte do exequente, a fim de se autorizar o bloqueio eletrônico de
depósitos ou aplicações financeiras.      Desse modo e em observância aos princÃ-pios da
economia processual, efetividade da prestação jurisdicional, duração razoável do processo, bem
como considerando o que dispõe o Código de Processo Civil sobre a matéria e, notadamente, a
ordem preferencial de penhora exarada no art. 835 do diploma processual, procedo a tentativa de
constrição de valores em desfavor da parte executada GIOVANNA GURGEL FELICIO DA FONSECA
(CPF nº 707.462.142-00), no valor de R$ 111.036,45 (cento e onze mil, trinta e seis reais e quarenta e
cinco centavos.       Logrando êxito as medidas constritivas, intime-se imediatamente a parte
executada, por meio de seu procurador devidamente habilitado, na forma do art. 854, §2º, do Código
de Processo Civil, ficando desde já ciente de que o silêncio importará em anuência em relação a
constrição.       No que concerne às custas processuais, determino o seu recolhimento após
a prática dos atos, tendo em vista que o próprio Código de Processo Civil, no caput do art. 854, admite
que as tentativas de constrição sejam realizadas sem a ciência prévia do executado - o que
inevitavelmente se daria, caso houvesse intimação para o pagamento de despesas. Trata-se, tão
somente, de medida que visa conferir efetividade às medidas.       Não obstante a prática dos
atos antes do recolhimento das despesas processuais, fica a parte exequente intimada para o pagamento
das custas processuais referentes às diligências deferidas, bem como as eventualmente pendentes, no
prazo de 10 (dez) dias, ficando desde já advertido de que o pagamento é condição de eficácia das
medidas e análise de novos pedidos.      Por fim, tendo em vista que a parte executada foi
devidamente intimada do bloqueio via SISBAJUD, por meio da curadoria especial, defiro a expedição
de alvará em favor da parte exequente.      Assim, na hipótese de trânsito em julgado da
presente, o que deverá ser certificado pelo Sr. Diretor de Secretaria, autorizo a expedição de alvará
judicial, em benefÃ-cio da parte exequente FERRAZ E FERRAZ EIRELLI EPP, para levantamento da
quantia de R$ 434,56 (quatrocentos e trinta e quatro reais e cinquenta e seis centavos), equivalente ao
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bloqueio SISBAJUD de fl. 73, acrescida de eventuais rendimentos.       Autorizo, desde já, a
transferência dos referidos montantes para conta bancária de titularidade do beneficiário do alvará,
desde que assim o requeira por meio de petição nos autos onde informem os dados bancários para
transferência.      Instrua-se o alvará com o extrato atualizado da subconta judicial.      Â
Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 22 de julho de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz
de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 06826596420168140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA
LUZ CAVALCANTE A??o: Cumprimento de sentença em: 16/08/2021 REQUERENTE:DENYSE DE LIMA
FARAH Representante(s): OAB 9685 - DENNIS VERBICARO SOARES (ADVOGADO) OAB 20198 -
FELIPE GUIMARAES DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 23198 - GISANY PANTOJA QUARESMA
(ADVOGADO) REQUERIDO:GAFISA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A Representante(s): OAB
19809 - FABRICIO GOMES CRISTINO (ADVOGADO) OAB 21114-A - THIAGO MAHFUZ VEZZI
(ADVOGADO) REQUERIDO:CONSTRUTORA GAFISA - EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA
Representante(s): OAB 17352 - ALESSANDRA APARECIDA SALES DE OLIVEIRA (ADVOGADO) .
Processo nº:  0682659-64.2016.8.14.0301 Autor:  DENYSE DE LIMA FARAH Réu:   GAFISA
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÃRIOS S.A e outro DECISÃO Â Â Â Â Â Â Vistos, etc. Â Â Â Â Â Â Foi
certificado o trânsito em julgado da sentença (fl. 452).       A parte autora requereu o
cumprimento de sentença no valor de R$ 138.955,58 (cento e trinta e oito mil, novecentos e cinquenta e
cinco reais e cinquenta e oito centavos) (fls. 469/472). Â Â Â Â Â Â Tendo em vista que o pedido de
cumprimento de sentença atendeu aos requisitos previstos no art. 524 do CPC, intime-se a executada,
pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituÃ-do nos autos, nos termos do art. 513, §
2º, inciso I, do CPC, para o pagamento do débito no valor de R$ 138.955,58 (cento e trinta e oito mil,
novecentos e cinquenta e cinco reais e cinquenta e oito centavos), no prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob
pena de multa de 10% e, também, de honorários advocatÃ-cios de 10% sobre o valor do débito, na
forma do § 1º do artigo 523 do Código de Processo Civil.       Advirta-se, ainda, que o
pagamento no prazo assinalado a isenta da multa e dos honorários advocatÃ-cios da fase de cumprimento
de sentença.       Caso ocorra pagamento, intime-se o exequente para, no prazo de 5 (cinco)
dias, dizer se dá quitação do débito, possibilitando a resolução da fase de cumprimento de
sentença. Ressalto de que seu silêncio importará em anuência em relação à satisfação integral
do débito.       Caso a quantia não seja suficiente para a quitação, caberá ao credor trazer,
no mesmo prazo, planilha discriminada e atualizada do débito, já abatido o valor depositado, acrescida
da multa e dos honorários sobre o remanescente, na forma do artigo 523, § 2º, do Código de
Processo Civil, ratificando o pedido de penhora já apresentado, para decisão.       Cientifico o
executado de que, transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, iniciam-se os 15 (quinze) dias para
que, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua
impugnação, na forma do artigo 525 do Código de Processo Civil, que somente poderá versar sobre
as hipóteses elencadas em seu parágrafo primeiro, observando-se em relação aos cálculos os
parágrafos 4º e 5º.       Recolha, o exequente, custas intermediárias para a prática das
diligências determinadas bem como as que eventualmente encontrarem-se pendentes, no prazo de 15
(quinze) dias.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 11 de agosto de 2021. Augusto
César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO:
00009208420178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
EDMILTON PINTO SAMPAIO A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:SILANA ALINE
DE LIMA FERREIRA Representante(s): OAB 22221-B - MARCIO KISIOLAR VAZ FERREIRA
(ADVOGADO) REU:PRIME SPE OITO CONSTRUCAO LTDA Representante(s): OAB 11270 - DIOGO DE
AZEVEDO TRINDADE (ADVOGADO) OAB 17619 - RICARDO CALDERARO ROCHA (ADVOGADO)
REU:HBR GESTAO IMOBILIARIA E PROJETOS EIRELI ME. Processo nº 0000920-84.2017.8.14.0301
ATO ORDINATÃRIO Â Â Â Â Â Fica intimada a parte autora, na pessoa de seu patrono, para se
manifestar acerca da certidão do Oficial de Justiça de fls.99, no prazo de 15 (quinze) dias. Belém-PA,
17 de agosto de 2021.   ______________________________ DIRETOR DE SECRETARIA
PROCESSO: 00010012820208140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Regularização de Registro Civil em: 17/08/2021 JUIZO DEPRECANTE:JUIZO DA PRIMEIRA VARA ESP
DE FAMILIA E SUCESSOES DE RONDONOPOLIS MT REQUERENTE:S. S. R. REQUERIDO:NURIA
SORIANO SOUZA RODRIGUES. Processo: 0001001-28.2020.8.14.0301 Requerente: S.S.R. Deprecante:
JUÃZO DA 1ª VARA ESPECIALIZADA DE FAMÃLIA E SUCESSÃES DA COMARCA DE
RONDONÃPOLIS - MT DECISÃO 1.     Considerando os documentos apresentados, CUMPRA-SE
o Mandado de Averbação do JuÃ-zo Deprecante. 2.     Encaminhe, o Sr. Oficial de Justiça,
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certidão ao JuÃ-zo Deprecante. 3.     Cumprida a determinação do JuÃ-zo Deprecante,


arquivem-se os autos. 4.     Procedo ao cadastro da presente como ¿Sentença¿ tão somente
para fins de baixa no acervo processual, tendo em vista a distribuição do requerimento como processo
autônomo. 5.     Cumpra-se.      Servirá a presente, por cópia digitalizada, como
mandado, carta e ofÃ-cio.      Belém-PA, 17 de agosto de 2021. AUGUSTO CESAR DA LUZ
CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém/PA PROCESSO:
00117129819978140301 PROCESSO ANTIGO: 199710237794
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDMILTON PINTO SAMPAIO A??o: Cumprimento
de sentença em: 17/08/2021 REU:BANCO ITAU Representante(s): OAB 12008 - MAURA POLIANA SILVA
RIBEIRO (ADVOGADO) OAB 19177-A - REINALDO LUIS TADEU RONDINA MANDALITI (ADVOGADO)
OAB 31186 - ANA BEATRIZ MONTEIRO DE ALMEIDA (ADVOGADO) NATALIA FIGUEIREDO SILVA
CAMPOS (ADVOGADO) OAB 0977 - ROSOMIRO ARRAIS (ADVOGADO) FERNANDO AUGUSTO
BRAGA OLIVEIRA (ADVOGADO) HEITOR BARBOSA HATERLY FILHO (ADVOGADO) ALMERIO
BAHURY DE OLIVEIRA (ADVOGADO) ALESSANDRA CRISTINA MOURO (ADVOGADO) FABIO LUIS
FERREIRA MOURAO (ADVOGADO) JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO (ADVOGADO)
REU:AGANOR GASES E EQUIPAMENTOS S/A ADVOGADO:LIVIA C. CHERMONT
ADVOGADO:RICHARD SANTIAGO PEREIRA AUTOR:ETN EMPRESA TECNICA NACIONAL SA
Representante(s): OAB 11138 - EVANDRO ANTUNES COSTA (ADVOGADO) INTERESSADO:SILVEIRA
ATHIAS SORIANO DE MELLO GUIMARAES E SCAFF Representante(s): OAB 3210 - PEDRO BENTES
PINHEIRO FILHO (ADVOGADO) OAB 7359 - TELMA LUCIA BORBA PINHEIRO (ADVOGADO) . ATO
ORDINATÃRIO - PROC. 0011712981997.8.14.0301                     Através
do ato ordinatório disciplinado no Provimento 006/2006 - CRMB, que delega poderes a este Diretor de
Secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório: Fica intimada a
parte embargada, para se manifestar acerca do embargo de declaração constante às fls. 278/281, no
prazo legal.                                      Belém, 17 de
AGOSTO de 2021. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DIRETOR DE SECRETARIA. PROCESSO:
00591211120138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
EDMILTON PINTO SAMPAIO A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 17/08/2021
EXEQUENTE:BANCO DAYCOVAL SA Representante(s): OAB 207407 - LIA DAMO DEDECCA
(ADVOGADO) OAB 8659 - ALCIDES NEY JOSE GOMES (ADVOGADO) OAB 8125 - LAZARO JOSE
GOMES JUNIOR (ADVOGADO) EXECUTADO:MARIA LUCIMAR FELIX. Processo nº 0059121-
11.2013.8.14.0301 ATO ORDINATÃRIO Â Â Â Â Â Fica intimada a parte autora, na pessoa de seu
patrono, para se manifestar acerca da certidão do Oficial de Justiça de fls.102, no prazo de 15 (quinze)
dias. Belém-PA, 17 de agosto de 2021.   ______________________________ DIRETOR DE
SECRETARIA PROCESSO: 00756451520158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDMILTON PINTO SAMPAIO A??o: Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária em: 17/08/2021 REQUERENTE:BANCO HONDA SA
Representante(s): OAB 10219 - MAURICIO PEREIRA DE LIMA (ADVOGADO) REQUERIDO:ROBINSON
ADAMOR ANDRADE DO NASCIMENTO. Processo nº 0075645-15.2015.8.14.0301  ATO
ORDINATÃRIO      Fica intimada a parte Exequente para se manifestar acerca da certidão de fls.
63, no prazo de 15 (quinze) dias.  Belém/PA, 17 de agosto de 2021. Â
______________________________ DIRETOR DE SECRETARIA

Número do processo: 0833475-87.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BIG FOMENTO


MERCANTIL LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: RENATA COSTA CABRAL DE CASTRO OAB:
017906/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL COUTO FORTES DE SOUZA OAB: 14615/PA
Participação: REQUERIDO Nome: B. M COMERCIO E DISTRIBUICAO DE EQUIPAMENTOS
ELETRONICOS EIRELI - ME Participação: ADVOGADO Nome: MAURO DE ARAUJO MOURA OAB:
008997/PA Participação: REQUERIDO Nome: BRUNO DE ARAUJO MOURA Participação: ADVOGADO
Nome: MAURO DE ARAUJO MOURA OAB: 008997/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0833475-87.2018.8.14.0301
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Requerente: Big Fomento Mercantil LTDA.

Requeridos: B M Comércio E Distribuição De Equipamentos Eletronico EIRELI-ME (CNPJ sob n°


23.547.594/0001-50).

Despacho

Trata-se de Ação Monitória, em fase de cumprimento de sentença.

A Sentença, de provimento parcial, transitou em julgado (ID 24689760 - Pág. 1). Foi exarado despacho
para que a Empresa Executada cumprisse a sentença ID 21271081 - Pág.1 a 2, porém ate a presente
data, não houve o deposito do valor executado.

Éo que se tem para relatar. Passa-se a Decisão.

1-Na certidão Id 25697323 - Pág. 1, foi informado que a parte Executada foi intimada para pagar o valor
apontado nos cálculos, porém não pagou e nem apresentou impugnação.

A parte exequente requereu penhora Sisbajud (ID 25865744 - Pág. 1 e 2).

No que concerne a penhora eletrônica, assim dispõe o Código de Processo Civil:

“Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a
requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições
financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro
nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a
indisponibilidade ao valor indicado na execução”. (grifo nosso).

Comentando acerca do dispositivo que trata da penhora eletrônica, MARINONI, ARENHART e MITIDIERO
prelecionam:

[...] O direito à penhora eletrônica é corolário do direito fundamental à tutela jurisdicional adequada e
efetiva, na medida em que esse tem como consequência imediata o direito ao meio executivo adequado à
tutela do direito material. Não há dúvida de que a penhora eletrônica é a principal modalidade executiva
destinada à execução pecuniária, razão pela qual não se pode negá-la ao exequente. (MARINONI, Luiz
Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo Civil comentado. 2ª
ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 915).

Nessa lógica, verificado o débito, impõe-se o deferimento do pedido e a consulta aos sistemas
disponibilizados ao Poder Judiciário a fim de proceder à penhora eletrônica. Destaca-se, ainda, que o
bloqueio prescinde, inclusive, de esgotamento de meio extrajudiciais, conforme se verifica de
entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Tema/Repetitivo nº 425, o qual
dispõe:

“A utilização do Sistema BACEN-JUD, no período posterior à vacatio legis da Lei 11.382/2006


(21.01.2007), prescinde do exaurimento de diligências extrajudiciais, por parte do exequente, a fim de se
autorizar o bloqueio eletrônico de depósitos ou aplicações financeiras.”

Desse modo e em observância aos princípios da economia processual, efetividade da prestação


jurisdicional, duração razoável do processo, bem como considerando o que dispõe o Código de Processo
Civil sobre a matéria e, notadamente, a ordem preferencial de penhora exarada no art. 835 do diploma
processual, procedo a tentativa de constrição de valores em desfavor de B M Comércio E Distribuição
De Equipamentos Eletronico EIRELI-ME (CNPJ sob n° 23.547.594/0001-50), no valor atualizado de
R$ 184.225,39 (cento e oitenta e quatro mil duzentos e vinte e cinco reais e trinta e nove centavos).
1116
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Logrando êxito a medida, intime-se, pessoalmente, a Executada, na forma do art. 854, §2º, do Código de
Processo Civil, ficando desde já ciente de que o silêncio importará em anuência em relação a constrição.

“Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a
requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições
financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro
nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a
indisponibilidade ao valor indicado na execução.

§2º Tornados indisponíveis os ativos financeiros do executado, este será intimado na pessoa de seu
advogado ou, não o tendo, pessoalmente.”

Nada obstante a prática dos atos antes do recolhimento das despesas processuais, fica a parte exequente
intimada para o pagamento das custas processuais referentes às diligências deferidas, bem como as
eventualmente pendentes, no prazo de 10 (dez) dias, ficando desde já advertido de que o pagamento é
condição de eficácia das medidas e análise de novos pedidos.

3- Constata-se que o despacho ID 21271081 - Pág. 1 e 2 intimou apenas a Empresa Executada, restando
pendente a intimação, pelo Diário Eletrônico de BRUNO DE ARAÚJO MOURA (CPF nº 378.569.952-20).

Assim, na forma do artigo 513, §2º, II do CPC, intime-se o executado BRUNO DE ARAÚJO MOURA (CPF
nº 378.569.952-20) para que, no prazo de 15 (quinze) dias, pague o valor indicado, qual seja, R$
134.607,19 (cento e trinta e quatro mil seiscentos e sete reais e dezenove centavos), acrescido de custas,
se houver.

4-Fica a parte executada advertida de que, transcorrido o prazo previsto no art. 523 do CPC, sem o
pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que, independentemente de penhora ou
nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.

5- Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do artigo 523 do CPC, o débito será acrescido de multa
de dez por cento e, também, de honorários de advogado de 10% (dez por cento). Ademais, não efetuado o
pagamento voluntário no prazo de 15 (quinze) dias, independentemente de nova intimação do credor,
poderá a parte exeqüente efetuar pedido de pesquisas junto aos sistemas informatizados à disposição do
juízo, devendo comprovar o prévio recolhimento das taxas, calculadas por cada diligência a ser efetuada.

Serve, a Presente, como Carta, Mandado ou Ofício.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, data registrada no Sistema.

Augusto Cesar da Luz Cavalcante

Juiz de Direito, Titular da 6ª vara Cível da Capital.

Número do processo: 0011776-79.1995.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ALUIZIO


PEREIRA DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: ANGELA DA CONCEICAO SOCORRO
MOURAO PALHETA OAB: 3887/PA Participação: ADVOGADO Nome: JADER NILSON DA LUZ DIAS
OAB: 5273/PA Participação: REQUERIDO Nome: FRANCISCO DAS CHAGAS AMARAL Participação:
ADVOGADO Nome: SILVESTRE FONSECA FILHO OAB: 4707/PA Participação: REQUERIDO Nome:
1117
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

VIACAO PERPETUO SOCORRO LIMITADA Participação: ADVOGADO Nome: KALLYD DA SILVA


MARTINS OAB: 5246/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


FÓRUM CÍVEL DE BELÉM
SECRETARIA DA 6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
Horário de funcionamento de 08h às 14h

CERTIDÃO

PROCESSO Nº 0011776-79.1995.8.14.0301

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

REQUERENTE: ALUIZIO PEREIRA DE SOUZA

REQUERIDO: FRANCISCO DAS CHAGAS AMARAL, VIACAO PERPETUO SOCORRO LIMITADA

PODER JUDICIARIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ CERTIDÃO DE


ENCERRAMENTO DE TRÂMITE FISICO DE PROCESSO O referido processo foi devidamente convertido
do suporte físico para eletrônico, migrado e registrado no Sistema de Processo Judicial Eletrônico (PJE),
em conformidade com o disposto na Portaria Conjunta n° 1/2018-GP-VP, que implementa o processo
eletrônico no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, mantendo o número 0011776-
79.1995.8.14.0301 para o meio eletrônico e protocolização de recurso. Fica encerrada a tramitação do
processo em suporte físico para então, ter continuidade à sua instrução e tramitação somente por meio do
sistema eletrônico PJE. Devendo os advogados, Defensores e Membros do Ministério Público
providenciarem o credenciamento e habilitação no PJE, de acordo com § 5º e § 6º do artigo 9 da Portaria
aduzida acima.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

CESAR AUGUSTO RODRIGUES SAMPAIO

Número do processo: 0846565-60.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DE JESUS


TRINDADE Participação: ADVOGADO Nome: WALLACE LIRA FERREIRA OAB: 22402/PA Participação:
REU Nome: CODEM

R.H.

Trata-se de Ação de USUCAPIÃO, cuja competência é, em verdade, das varas do registro público, na
conformidade do art.113, I, "b", do Código Judiciário do Estado - Lei nº.5.008/1981.

Redistribua-se, pois, a uma das varas do registro público dessa Capital, competentes para analisar e julgar
o pedido.

Int.

Belém, 16 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0839068-97.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ILCA DE SOUZA


BELICH Participação: ADVOGADO Nome: RUTH HELENA ARBAGE DE MELLO OAB: 18110/PA
Participação: EXECUTADO Nome: GAFISA S/A. Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO MOURA
FARIA VERDINI OAB: 107477/RJ Participação: ADVOGADO Nome: FABRICIO GOMES CRISTINO OAB:
19809/PA

DESPACHO:

Acolho a manifestação da exequente, devendo a executada, acerca do requerimento de liberação dos


valores depositados em juízo, se manifeste no prazo de 5 (cinco) dias.

Conclusos, após.

Intimem-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

Juiz AUGUSTO CÉSAR DA LUZ CAVALCANTE

Titular da 6ª Vara Cível e empresarial da capital

Número do processo: 0836816-58.2017.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: BIG FOMENTO


MERCANTIL LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: RENATA COSTA CABRAL DE CASTRO OAB:
017906/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL COUTO FORTES DE SOUZA OAB: 14615/PA
Participação: EXECUTADO Nome: MULTIMERC INDUSTRIA E COMERCIO NUTRACEUTICO - EIRELI -
ME Participação: ADVOGADO Nome: IVANETE SOCORRO FREIRE DAS CHAGAS MACEDO OAB:
4587/PA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO MAURICIO DOS SANTOS MACEDO OAB: 4110/PA
Participação: EXECUTADO Nome: ARIOVALDO ARAUJO FILHO Participação: ADVOGADO Nome:
IVANETE SOCORRO FREIRE DAS CHAGAS MACEDO OAB: 4587/PA Participação: ADVOGADO Nome:
PAULO MAURICIO DOS SANTOS MACEDO OAB: 4110/PA Participação: EXECUTADO Nome: DORACI
NAUAR DE ARAUJO Participação: ADVOGADO Nome: IVANETE SOCORRO FREIRE DAS CHAGAS
MACEDO OAB: 4587/PA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO MAURICIO DOS SANTOS MACEDO
OAB: 4110/PA

Processo nº: 0836816-58.2017.8.14.0301

Exequente: BIG FOMENTO MERCANTIL LTDA.

Executado: MULTIMERC INDUSTRIA E COMERCIO NUTRACEUTICO - EIRELI - ME

DECISÃO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Vistos, etc.

Trata-se de cumprimento de sentença do acordo homologado nos autos.

Foi julgado parcialmente procedente a impugnação ao cumprimento de sentença, reconhecendo o


excesso na execução, bem como determinou que a parte Exequente, efetuasse a juntada a planilha
atualizada com o valor a ser executado, repetindo-se a adoção de juros de 1% ao mês e correção
monetária pelo INPC (ID 22332069).

Foi interposto agravo de instrumento em face da referida decisão (ID 23264974), o qual foi negado
provimento (ID 28461516).

A parte exequente apresentou planilha atualizada, pugnando pela intimação dos executados a fim de que
efetue o pagamento do valor de R$ 638.744,30 (seiscentos e trinta e oito mil setecentos e quarenta e
quatro reais e trinta centavos) (ID 28461513).

Diante disso, intimem-se os executados, por advogado habilitado nos autos, para o pagamento do débito
no valor de R$ 638.744,30 (seiscentos e trinta e oito mil setecentos e quarenta e quatro reais e trinta
centavos), no prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob pena de multa de 10% e, também, de honorários
advocatícios de 10% sobre o valor do débito, na forma do § 1º do artigo 523 do Código de Processo Civil.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 06 de agosto de 2021.

Augusto César da Luz Cavalcante

Juiz de Direito da 6ª Vara Cível e Empresarial de Belém

0837223-93.2019.8.14.0301

EDITAL DE CITAÇÃO

(PRAZO DE 30 DIAS)

Augusto Cesar da Luz Cavalcante, Juiz de Direito, Titular da 6ª Vara


Cível de Belém, na forma da lei.

FAZ SABER a todos quantos o presente edital de Citação virem, ou dele conhecimento tiverem, que
tramita por este Juízo e secretaria, a Ação de USUCAPIÃO , movida por ROSILENE BRAGA DA
CONCEICAO, contra requerido(a) ALZIRA MARIA JUNIOR RAMOS, JULIO GUERREIRO DA COSTA,
ROSEMARY DA CRUZ RODRIGUES, - tendo como objeto o seguinte bem: IMOVEL LOCALIZADO NA TV
MONTE ALEGRE N° 86 FRENTE BAIRRO CIDADE VELHA CEP 66020700 BELÉM PA , fica(m) desde
logo, CITADOS os eventuais interessado(s) ausente(s), incerto(s) e desconhecido(s), que se encontra(m)
em lugar incerto e não sabido, para apresentar(em) contestação no prazo de 60 dias, contado a partir do
término do prazo deste edital(30 dias), sob pena de revelia e de serem aceitos como verdadeiros os fatos
narrados pelo autor na Exordial (art. 285 e 319, do CPC), observando-se os requisitos exigidos pelo artigo
256,I, do novo código civil e seus incisos do mesmo Diploma legal. E para que ninguém possa alegar
ignorância, mandou expedir o presente, que será publicado na forma da lei afixado no local público de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

costume. Dado e passado nesta cidade de Belém, aos 18 de agosto de 2021. Eu EDMILTON PINTO
SAMPAIO, Diretor de Secretaria, digitei e assinei (PROV. 006/2006-CJRMB).

EDMILTON PINTO SAMPAIO

DIRETOR DE SECRETARIA
1121
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 7 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0834535-27.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: FRANCISCA


BALTAZAR DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CLAUDIO DE LIMA PINHEIRO OAB:
005345/PA Participação: REQUERENTE Nome: ANA KESIA BALTAZAR DOS SANTOS Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE CLAUDIO DE LIMA PINHEIRO OAB: 005345/PA Participação: REQUERENTE
Nome: CARLOS MIGUEL BALTAZAR DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CLAUDIO
DE LIMA PINHEIRO OAB: 005345/PA Participação: REQUERENTE Nome: FRANCINETE BALTAZAR
DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CLAUDIO DE LIMA PINHEIRO OAB: 005345/PA
Participação: REQUERENTE Nome: ISRAEL BALTAZAR DOS SANTOS Participação: ADVOGADO
Nome: JOSE CLAUDIO DE LIMA PINHEIRO OAB: 005345/PA Participação: REQUERENTE Nome:
MARLUCE BALTAZAR DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CLAUDIO DE LIMA
PINHEIRO OAB: 005345/PA Participação: REQUERENTE Nome: MIGUEL CARLOS BALTAZAR DOS
SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CLAUDIO DE LIMA PINHEIRO OAB: 005345/PA
Participação: REQUERENTE Nome: OTONIEL BALTAZAR DOS SANTOS Participação: ADVOGADO
Nome: JOSE CLAUDIO DE LIMA PINHEIRO OAB: 005345/PA Participação: REQUERENTE Nome:
OZEIAS BALTAZAR DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CLAUDIO DE LIMA
PINHEIRO OAB: 005345/PA Participação: REQUERENTE Nome: OZIEL BALTAZAR DOS SANTOS
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CLAUDIO DE LIMA PINHEIRO OAB: 005345/PA Participação:
REQUERENTE Nome: RAQUEL BALTAZAR DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE
CLAUDIO DE LIMA PINHEIRO OAB: 005345/PA Participação: REQUERENTE Nome: ROSEMARY
BALTAZAR DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CLAUDIO DE LIMA PINHEIRO OAB:
005345/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DE BELÉM

SECRETARIA DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO: 0834535-27.2020.8.14.0301

ASSUNTO: [Agêncie e Distribuição]

CLASSE: ALVARÁ JUDICIAL - LEI 6858/80 (74)

REQUERENTE: FRANCISCA BALTAZAR DOS SANTOS, ANA KESIA BALTAZAR DOS SANTOS,
CARLOS MIGUEL BALTAZAR DOS SANTOS, FRANCINETE BALTAZAR DOS SANTOS, ISRAEL
BALTAZAR DOS SANTOS, MARLUCE BALTAZAR DOS SANTOS, MIGUEL CARLOS BALTAZAR DOS
SANTOS, OTONIEL BALTAZAR DOS SANTOS, OZEIAS BALTAZAR DOS SANTOS, OZIEL BALTAZAR
DOS SANTOS, RAQUEL BALTAZAR DOS SANTOS, ROSEMARY BALTAZAR DOS SANTOS

Manifeste-se a parte INTERESSADA no prazo de 5 (cinco) dias acerca do alvará juntado em evento de ID
31584903, requerendo o que entender pertinente. (Prov.06/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

ALYSSON NUNES SANTOS


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SERVIDOR DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

Número do processo: 0824281-58.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: DIRCE LUZIA


LOBATO SANTANA Participação: ADVOGADO Nome: LUIZE ALESSANDRA SILVA VALENTE OAB:
021884/PA Participação: REQUERENTE Nome: SANDRA HELENA SANTANA MORGADO Participação:
ADVOGADO Nome: LUIZE ALESSANDRA SILVA VALENTE OAB: 021884/PA Participação:
REQUERENTE Nome: SELMA JOANA LOBATO SANTANA Participação: ADVOGADO Nome: LUIZE
ALESSANDRA SILVA VALENTE OAB: 021884/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0824281-58.2021.8.14.0301
REQUERENTE: DIRCE LUZIA LOBATO SANTANA, SANDRA HELENA SANTANA MORGADO, SELMA
JOANA LOBATO SANTANA

DESPACHO
Vistos.
Defiro o pedido de ID. 30470378 quanto à expedição de ofício ao INSS.
A 2ª UPJ para as providências necessárias.
ÀAssessoria do Juízo para que proceda à juntada aos autos da resposta da pesquisa online via
SISBAJUD de valores.
Somente após, conclusos.
Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0835437-43.2021.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: MARIA


SERRAT BARROS DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ONEIDE MARIA BARROS DA SILVA
OAB: 3024/PA Participação: REQUERIDO Nome: MARIA SERRAT BARROS DA SILVA Participação:
REQUERIDO Nome: MILTON BARROS DA SILVA Participação: REQUERIDO Nome: MARIA DE FATIMA
DA SILVA BARBOSA Participação: REQUERIDO Nome: AUGUSTO BARROS DA SILVA Participação:
REQUERIDO Nome: IZAVIA BARROS DA SILVA Participação: REQUERIDO Nome: SEBASTIAO
BARROS DA SILVA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL
1123
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

.
.
PROCESSO nº 0835437-43.2021.8.14.0301
REPRESENTANTE: MARIA SERRAT BARROS DA SILVA
REQUERIDO: MARIA SERRAT BARROS DA SILVA, MILTON BARROS DA SILVA, MARIA DE FATIMA
DA SILVA BARBOSA, AUGUSTO BARROS DA SILVA, IZAVIA BARROS DA SILVA, SEBASTIAO
BARROS DA SILVA

SENTENÇA

Vistos.

Trata-se de Ação de Nulidade e Anulação de Testamento proposta por MARIA SERRAT BARROS DA
SILVA em face de MARIA SERRAT BARROS DA SILVA, MILTON BARROS DA SILVA, MARIA DE
FATIMA DA SILVA BARBOSA, AUGUSTO BARROS DA SILVA, IZAVIA BARROS DA SILVA,
SEBASTIAO BARROS DA SILVA
, ambos qualificados nos autos.

Petição do autor (ID29571332), requerendo a desistência da ação.

Éo sucinto relatório.

DECIDO.

A desistência da ação tem como consequência a extinção do processo.

Isto posto, considerando que a parte autora resolveu desistir da ação, HOMOLOGO por sentença para que
produza seus jurídicos e legais efeitos a manifestação de vontade (ID29571332) e, consequentemente,
EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, na forma do art. 485, VIII do CPC.

Custas finais, caso existam, pelo autor. Sem honorários advocatícios.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Transitado em julgado, arquive-se.

Belém, 18 de agosto de 2021

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSA

Juíza de Direito em exercício pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0872119-31.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: VERA CRISTINA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

HENRIQUES LAIUN Participação: ADVOGADO Nome: BRAHIM BITAR DE SOUSA OAB: 16381/PA
Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação:
REU Nome: ARMANDO JOSE LAIUN FILHO Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO MARCIO
BOTELHO OAB: 95117/MG Participação: REU Nome: MARIA DO SOCORRO HENRIQUES LAIUN
Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO MARCIO BOTELHO OAB: 95117/MG Participação: REU
Nome: MARIA DE NAZARE LAIUN VALERIO Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO MARCIO
BOTELHO OAB: 95117/MG Participação: REU Nome: RUTE HELENA LAIUN DOS SANTOS Participação:
ADVOGADO Nome: ANTONIO MARCIO BOTELHO OAB: 95117/MG Participação: REU Nome: ONESIMA
MARIA HENRIQUES LAIUN

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Fórum Cível de Belém

Secretaria da 2.ª UPJ Cível e Empresarial

[Cobrança de Aluguéis - Sem despejo, Caução]

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: VERA CRISTINA HENRIQUES LAIUN

Tendo em vista a CONTESTAÇÃO TEMPESTIVA com documentos apresentados e juntados aos


presentes autos, diga a parte autora em réplica através de seu advogado(a) no prazo de 15 (quinze) dias.
(Prov. 006/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

JANETE DE CARVALHO FERREIRA

SERVIDORA 2.ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0845998-29.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: RAIMUNDO


NONATO SIQUEIRA FERNANDES Participação: REQUERENTE Nome: ANA MARIA SIQUEIRA
FERNANDES Participação: REQUERENTE Nome: ANA CELIA SIQUEIRA FERNANDES Participação:
REQUERENTE Nome: ELIZETE SIQUEIRA FERNANDES Participação: REQUERENTE Nome: ELMANO
CARLOS FERNANDOS Participação: REQUERIDO Nome: JOAO NAZARETH FERNANDEZ

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0845998-29.2021.8.14.0301

REQUERENTE: RAIMUNDO NONATO SIQUEIRA FERNANDES, ANA MARIA SIQUEIRA FERNANDES,


ANA CELIA SIQUEIRA FERNANDES, ELIZETE SIQUEIRA FERNANDES, ELMANO CARLOS
FERNANDOS
1125
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REQUERIDO: JOAO NAZARETH FERNANDEZ

DESPACHO

Vistos.

Defiro o pedido de justiça gratuita.

Nomeio inventariante o requerente RAIMUNDO NONATO SIQUEIRA FERNANDES, independentemente


de assinatura de termo de compromisso nos autos.

Deixo de determinar a realização da consulta perante à Central Notarial de Serviços Compartilhados -


CENSEC, uma vez que o Estado do Pará ainda não está habilitado no referido sistema.

Intime-se o inventariante para que, no prazo de 15 (quinze) dias, apresente certidão atualizada do imóvel
arrolado nos presentes autos.

Após, conclusos para sentença.

INTIME-SE. Cumpra-se.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0843874-44.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MARIA LUCILEIA


PEREIRA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: MARCO JOSE ANDRADE CRUZ OAB: 296/PA
Participação: INTERESSADO Nome: IGEPREV - INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO
ESTADO DO PARÁ Participação: REQUERIDO Nome: BANPARA Participação: INTERESSADO Nome:
FRANCISCO DE ASSIS FONSECA DA SILVA Participação: INTERESSADO Nome: PAULO GERSON DA
COSTA SILVA Participação: INTERESSADO Nome: ANTONIO CARLOS FONSECA DA SILVA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL
.
.
PROCESSO nº 0843874-44.2019.8.14.0301
REQUERENTE: MARIA LUCILEIA PEREIRA SILVA
REQUERIDO: BANPARA
INTERESSADO: IGEPREV - INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ

SENTENÇA
1126
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Vistos.

MARIA LUCILEIA PEREIRA SILVA ajuizou AÇÃO DE ALVARÁ para levantamento de valores deixados
por falecimento de PEDRO DA COSTA SILVA.

Que a requerente é viúva de PEDRO DA COSTA SILVA.

Que o falecido não deixou testamento ou bens a inventariar, deixando somente valores em conta no
BANPARÁ referentes a pensão por morte.

Desta forma, requereu a expedição de ALVARÁ JUDICIAL para saque dos valores em nome do
falecido.

Juntaram documentos.

Contestação de ID 14973603, afirmando que os herdeiros fariam jus aos valores depositados em conta,
em virtude de não se tratar apenas de valores retroativos de pensão da viúva.

Decido.

Nos termos da Lei 6858/80 os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das
contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP,
não recebidos em vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em quotas iguais, aos dependentes
habilitados perante a Previdência Social ou na forma da legislação específica dos servidores civis e
militares, e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial,
independentemente de inventário ou arrolamento.

Considerando a contestação com divergência sobre os direitos sucessórios em relação aos valores em
conta de titularidade do de cujus, verifico que a presente ação de alvará, por ser de jurisdição voluntária,
não deverá prosperar.

Desta forma, entendo que as requerentes deverão interpor a Ação Ordinária adequada , nos termos da
legislação vigente.

A par dessas considerações, a meu ver, falta interesse de agir às requerentes, uma vez que a presente
Ação de Alvará Judicial é de jurisdição voluntária , sendo meio inadequado para o que se pretende.

O interesse de agir é condição da ação caracterizada tanto pela necessidade do ingresso em juízo para a
obtenção do bem da vida pretendido, como pela utilidade do provimento jurisdicional invocado. Em outras
palavras, está relacionado com a necessidade da providência jurisdicional invocada e na utilidade que o
provimento poderá proporcionar ao autor.

Cumpre destacar que o interesse de agir (processual, instrumental e secundário) não se confunde com o
interesse substancial (material ou primário). A prestação jurisdicional tem que ser necessária e adequada.
No que diz respeito ao interesse-adequação, a situação lamentada pelo autor ao vir a juízo tem que ser
adequada ao provimento jurisdicional concretamente solicitado.

Entendo, portanto, que inexiste interesse processual no caso em análise.

Isto posto, JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, com supedâneo nos arts.
330, III, 485, I, e 17, todos do CPC.

Condeno as requerentes ao pagamento de custas e despesas processuais, dos quais ficam isentas em
razão do deferimento da gratuidade processual.
1127
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Sem honorários advocatícios.

Transitado em julgado, arquivem-se os autos.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito em exercício pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0852343-45.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA GORETTI SOUZA


MENDONCA FAILACHE Participação: ADVOGADO Nome: RAIMUNDO RUBENS FAGUNDES LOPES
OAB: 4305/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRENO RUBENS SANTOS LOPES OAB: 020197/PA
Participação: REQUERIDO Nome: BANCO PAN S/A.

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0852343-45.2020.8.14.0301

AUTOR: MARIA GORETTI SOUZA MENDONCA FAILACHE

REQUERIDO: BANCO PAN S/A.

DESPACHO

Vistos.

Após análise dos autos verifiquei que não fora expedido mandado de citação ao requerido.

Assim, redesigno a audiência de conciliação para o dia 02.09.2021 às 9h.

Ressalto que a audiência ocorrerá de forma remota na sala de audiências virtuais desta 7ª Vara Cível, cujo
endereço eletrônico è:

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Intime-se. Cite-se.

Cumpra-se.
1128
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 28 de junho de 2021.

Belém, 28 de junho de 2021.

ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO

Juiz de Direito da 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0857316-14.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: HONORATO MAURICIO


OLIVEIRA SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: KENIA SOARES DA COSTA OAB: 15650/PA
Participação: REU Nome: BANCO ITAUCARD S/A

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0857316-14.2018.8.14.0301

AUTOR: HONORATO MAURICIO OLIVEIRA SANTOS

REU: BANCO ITAUCARD S/A

DESPACHO

Vistos.

Considerando que o requerido não fora citado, conforme se observa em documento ID 22764988,
CANCELO a audiência de conciliação designada nos autos.

Deixo ainda de designar nova data para audiência de conciliação em face do desinteresse manifestado
pelo autor na petição inicial e, ainda, tendo em vista a pandemia do COVID-19, o que não impede que, a
qualquer momento, as partes apresentem propostas de acordo nos autos.

Cite-se o réu para oferecerem contestação no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data
prevista no art. 231 do CPC, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. Se não
contestarem, presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pela parte autora (art. 344,
CPC).Em face dos indícios de patrimônio ou renda incompatíveis com o benefício da justiça gratuita,
intime-se a parte autora para, no prazo de 10 (dez) dias, comprovar o preenchimento dos pressupostos
legais para a concessão da gratuidade, sob pena de indeferimento, na forma do art. 99, § 2º do Código de
Processo Civil – CPC.

Após, conclusos.

Cumpra-se.
1129
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 23 de fevereiro de 2021.

ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO

Juiz de Direito da 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0846733-96.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: WALDEMIR


GONCALVES DO ESPIRITO SANTO Participação: ADVOGADO Nome: MARIA SOLANGE SEIXAS
LOPES OAB: 7441 Participação: REU Nome: BANCO DO BRASIL SA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0846733-96.2020.8.14.0301

AUTOR: WALDEMIR GONCALVES DO ESPIRITO SANTO

REU: BANCO DO BRASIL SA

DESPACHO

Vistos.

Indefiro o pedido de ID. 20173491, nos termos do art. 334, § 4º, inciso I do CPC.

Por outro lado, determino que a audiência de conciliação, caso haja interesse da parte ré quanto à sua
realização, deverá ocorrer de forma virtual, em virtude da pandemia, devendo as partes informar seu e-
mail para envio do link de acesso.

Expeça-se mandado de citação.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 30 de novembro de 2020.

ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO

Juiz de Direito da 7ª Vara Cível e Empresarial de Belém


1130
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0824173-29.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: Em segredo de justiça


Participação: ADVOGADO Nome: PATRICIA MILENA TORRES RAIOL OAB: 7612/PA Participação: REU
Nome: Em segredo de justiça

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
0824173-29.2021.8.14.0301
AUTOR: EDUARDO LEITAO MAIA DA SILVA
Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO N0SSA SENHORA DE NAZARE
Endereço: Avenida Nazaré, 969, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66035-145

DECISÃO/MANDADO

Vistos.

Certifique-se nos autos da Ação Monitória nº. 0805115-74.2020.8.14.0301 quanto à existência da presente
Ação de Consignação, as quais deverão ser associadas no sistema PJE.

Defiro o pedido.

Consigne-se o valor através de depósito em 05 (cinco) dias, sob pena de extinção do processo (art. 542,
parágrafo único do CPC).

Cite-se a parte requerida para levantar o depósito ou oferecer resposta em 15 (quinze) dias (art. 335,
CPC).

Comparecendo o requerido e recebendo, os honorários advocatícios em 10% do depósito e custas e


despesas processuais deverão ser retidos no ato, descontando-se do montante do pagamento.

Havendo prestações periódicas, uma vez consignada a primeira, poderá o requerente continuar a
consignar as que se forem vencendo sucessivamente, sem mais formalidades que o termo, desde que o
faça até 05 (cinco) dias contado da data do vencimento de cada uma (art. 541 do CPC).

Não sendo contestada a ação, presumir-se-ão aceitos pelo requerido como verdadeiros os fatos alegados
pelo requerente e será aplicada a pena de revelia (art. 344, CPC).

Servirá o presente por cópia digitada como mandado, na forma do Provimento nº 003/2009 da
Corregedoria da Região Metropolitana de Belém.

Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

Intime-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.


LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO
1131
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje/login.seam.

Número do processo: 0808007-53.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: INSTITUTO EURO


AMERICANO DE EDUCACAO CIENCIA TECNOLOGIA Participação: ADVOGADO Nome: MIRELLA
PARADA NOGUEIRA SANTOS OAB: 4915/MA Participação: REU Nome: ANNA ELIZABETH REIS
PIMENTEL

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0808007-53.2020.8.14.0301

AUTOR: INSTITUTO EURO AMERICANO DE EDUCACAO CIENCIA TECNOLOGIA

REU: ANNA ELIZABETH REIS PIMENTEL

DESPACHO

Vistos.

Redesigno audiência de conciliação para o dia 11.11.2021 às 9h.

Ressalto que a audiência ocorrerá por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais desta 7ª
Vara Cível, cujo endereço eletrônico é:

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Intime-se a parte autora por meio de seu advogado.

Cite-se e intime-se a parte ré no endereço indicado em petição ID 22526608.

Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0846733-96.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: WALDEMIR


GONCALVES DO ESPIRITO SANTO Participação: ADVOGADO Nome: MARIA SOLANGE SEIXAS
LOPES OAB: 7441 Participação: REU Nome: BANCO DO BRASIL SA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo nº0846733-96.2020.8.14.0301

Autor: WALDEMIR GONCALVES DO ESPIRITO SANTO

Endereço: Nome: BANCO DO BRASIL SA


Endereço: Banco do Brasil S/A, 248, Avenida Presidente Vargas 248, Campina, BELéM - PA - CEP:
66010-900

DESPACHO

Vistos.

Defiro a Gratuidade de Justiça.

Defiro o pedido de inversão da prova, nos termos do art. 373, § 1º do CPC c/c art. 6º, inciso VIII do CDC.

Designo o dia 04.02.2021, às 11h para audiência de conciliação.

Intime-se a parte autora na pessoa de seu advogado (CPC, art. 334, § 3º).

Cite-se e intime-se a parte ré para comparecer à audiência, alertando-a de que se não houver
autocomposição ou qualquer parte não comparecer, o prazo para oferecer contestação é de 15 (quinze)
dias, e terá início a partir da audiência ou, se o caso, da última sessão de conciliação (art. 335, I, CPC). Se
não contestar, presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pela parte autora (art. 344,
CPC).

O réu poderá ainda informar seu desinteresse na realização do ato acima designado, caso em que seu
prazo para contestar será contado na forma do art. 335, II, do CPC.

Ficam as partes cientes de que o comparecimento em audiência acompanhadas de advogado é


obrigatório, e que a ausência injustificada caracteriza ato atentatório à dignidade da justiça a ser
sancionado com multa de até 2% (dois por cento) da vantagem econômica pretendida ou do valor da
causa (art. 334, § 8º, CPC). As partes, no entanto, podem constituir representantes por meio de
procuração específica, com poderes para negociar e transigir (art. 334, § 10, CPC).

A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-
1133
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

CJRMB, de 22.01.2009.

Cumpra-se, expedindo-se o necessário.

Belém, 10 de setembro de 2020

ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO

Juiz de Direito da 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0807131-35.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOSE IVANDIR DA SILVA


COSTA Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE DA SILVA DIAS OAB: 17427/PA Participação: AUTOR
Nome: ANGELA MIZUNUMA Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE DA SILVA DIAS OAB: 17427/PA
Participação: REU Nome: IMPERIAL INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0807131-35.2019.8.14.0301

AUTOR: JOSE IVANDIR DA SILVA COSTA, ANGELA MIZUNUMA

REU: IMPERIAL INCORPORADORA LTDA

DESPACHO

Vistos.

Diante da expressa manifestação das partes, designo audiência de conciliação para o dia 11.11.2021 às
9h30.

Ressalto que a referida audiência se dará por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais
desta 7ª Vara Cível, cujo endereço eletrônico é:

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Intimem-se as partes.

Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.


1134
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0803165-64.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO BRADESCO S.A


Participação: ADVOGADO Nome: LUCIA CRISTINA PINHO ROSAS registrado(a) civilmente como LUCIA
CRISTINA PINHO ROSAS OAB: 25.197/PA Participação: ADVOGADO Nome: EDSON ROSAS JUNIOR
OAB: 25196/PA Participação: REU Nome: A F ROCHA TURISMO LTDA - ME Participação: REU Nome:
CARLOS ALEXANDRE JORGE DA ROCHA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0803165-64.2019.8.14.0301

AUTOR: BANCO BRADESCO S.A

REU: A F ROCHA TURISMO LTDA - ME, CARLOS ALEXANDRE JORGE DA ROCHA

DESPACHO

Vistos.

Verifico que em despacho ID 20611182 deixou de constar a data para a realização da audiência de
conciliação.

Assim, designo para o dia 10.11.2021 às 9h.

Ressalto que a referida audiência ocorrerá por meio de videoconferência ma Sala de Audiências virtuais
desta 7ª Vara Cível, cujo endereço eletrônico é:

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Intime-se. Cite-se.

Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0826896-26.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO DA AMAZONIA


SA [BASA DIRECAO GERAL] Participação: ADVOGADO Nome: ELAINE AYRES BARROS OAB: 2402/TO
Participação: REU Nome: COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO NOVA OLINDA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0826896-26.2018.8.14.0301

AUTOR: BANCO DA AMAZONIA SA [BASA DIRECAO GERAL]

REU: COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO NOVA OLINDA

DESPACHO

Vistos.

Considerando a petição ID 24663280 e considerando ainda que a pandemia de COVID-19 exige a


constante necessidade de readequação do ambiente físico e rotina de trabalho, cancelo a audiência de
conciliação designada nos autos, o que não impede que, a qualquer momento, as partes apresentem
propostas de acordo nos autos.

Cite-se a ré para oferecer contestação no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data prevista
no art. 231 do CPC, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. Se não contestar,
presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pela parte autora (art. 344, CPC).

Após, conclusos.

Cumpra-se, expedindo o necessário.

Belém, 12 de abril de 2021.

ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO

Juiz de Direito da 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital


1136
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0841563-12.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LUIZ MARIANO DOS


SANTOS PINHEIRO Participação: ADVOGADO Nome: TIAGO AMARO DE SOUZA OAB: 63105/DF
Participação: REU Nome: BANCO DO BRASIL SA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL
.
.
PROCESSO nº 0841563-12.2021.8.14.0301
AUTOR: LUIZ MARIANO DOS SANTOS PINHEIRO
REU: BANCO DO BRASIL SA

SENTENÇA

Vistos.

Defiro a gratuidade de justiça.

Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer c/c danos morais e materiais proposta por LUIZ MARIANO DOS
SANTOS PINHEIRO em face de BANCO DO BRASIL S.A, ambos qualificados nos autos.

Petição do autor ID 31655835, requerendo a desistência da ação.

Éo sucinto relatório.

DECIDO.

A desistência da ação tem como consequência a extinção do processo.

Isto posto, considerando que a parte autora resolveu desistir da ação, HOMOLOGO por sentença para que
produza seus jurídicos e legais efeitos a manifestação de vontade ID 31655835 e, consequentemente,
EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, na forma do art. 485, VIII do CPC.

Sem custas em razão de gratuidade. Sem honorários advocatícios.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Transitado em julgado, arquive-se.

Belém, 16 de agosto de 2021

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital


1137
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0875405-85.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: LUCICLEIA


MARGARIDA MARTINS RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL AIRES DA SILVA
COSTA OAB: 25751/PA Participação: ADVOGADO Nome: GISLAINE SALES DO NASCIMENTO OAB:
24799/PA Participação: REQUERIDO Nome: CAIXA ECONOMICA FEDERAL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DE BELÉM

SECRETARIA DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO: 0875405-85.2018.8.14.0301

ASSUNTO: [Petição de Herança]

CLASSE: ALVARÁ JUDICIAL (1295)

REQUERENTE: LUCICLEIA MARGARIDA MARTINS RODRIGUES

Manifeste-se a parte INTERESSADA no prazo de 5 (cinco) dias acerca do alvará juntado em evento de ID
31580367, requerendo o que entender pertinente. (Prov.06/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

ALYSSON NUNES SANTOS

SERVIDOR DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

Número do processo: 0862349-82.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: VERA LUCIA


PINHEIRO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: WALMIGLISSON RIBEIRO DA SILVA OAB:
23070/PA Participação: ADVOGADO Nome: SONIA BRAGA SADALA DA SILVA OAB: 3341/PA
Participação: REQUERENTE Nome: WALCIR PINHEIRO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome:
SONIA BRAGA SADALA DA SILVA OAB: 3341/PA Participação: REQUERENTE Nome: WALDENEY
PINHEIRO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: SONIA BRAGA SADALA DA SILVA OAB:
3341/PA Participação: REQUERENTE Nome: WALDIR PINHEIRO DA SILVA Participação: ADVOGADO
Nome: SONIA BRAGA SADALA DA SILVA OAB: 3341/PA Participação: REQUERENTE Nome: WALMIR
ANTONIO PINHEIRO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: WALMIGLISSON RIBEIRO DA SILVA
OAB: 23070/PA Participação: ADVOGADO Nome: SONIA BRAGA SADALA DA SILVA OAB: 3341/PA
Participação: REQUERENTE Nome: WANIA DE FATIMA PINHEIRO AVILA Participação: ADVOGADO
Nome: SONIA BRAGA SADALA DA SILVA OAB: 3341/PA Participação: REQUERENTE Nome: WARLEI
1138
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

JOSE PINHEIRO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: SONIA BRAGA SADALA DA SILVA OAB:
3341/PA Participação: REQUERENTE Nome: WILMA LUCIA PINHEIRO DA SILVA Participação:
ADVOGADO Nome: WALMIGLISSON RIBEIRO DA SILVA OAB: 23070/PA Participação: ADVOGADO
Nome: SONIA BRAGA SADALA DA SILVA OAB: 3341/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DE BELÉM

SECRETARIA DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO: 0862349-82.2018.8.14.0301

ASSUNTO: [Contratos Bancários]

CLASSE: ALVARÁ JUDICIAL - LEI 6858/80 (74)

REQUERENTE: VERA LUCIA PINHEIRO DA SILVA, WALCIR PINHEIRO DA SILVA, WALDENEY


PINHEIRO DA SILVA, WALDIR PINHEIRO DA SILVA, WALMIR ANTONIO PINHEIRO DA SILVA, WANIA
DE FATIMA PINHEIRO AVILA, WARLEI JOSE PINHEIRO DA SILVA, WILMA LUCIA PINHEIRO DA
SILVA

Manifeste-se a parte INTERESSADA no prazo de 5 (cinco) dias sobre o alvará juntado em evento de ID
31583343, requerendo o que entender pertinente. (Prov.06/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

ALYSSON NUNES SANTOS

SERVIDOR DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

Número do processo: 0840377-90.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CYBELLE SILVA DO


COUTO COELHO Participação: REU Nome: FACULDADE MAURICIO DE NASSAU DE BELEM LTDA -
ME Participação: REU Nome: SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR ESTACIO DE SA LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: MARCIO RAFAEL GAZZINEO OAB: 23495/CE

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0840377-90.2017.8.14.0301
AUTOR: CYBELLE SILVA DO COUTO COELHO
REU: FACULDADE MAURICIO DE NASSAU DE BELEM LTDA - ME, SOCIEDADE DE ENSINO
SUPERIOR ESTACIO DE SA LTDA
1139
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DESPACHO
Vistos.

I. Intimem-se as partes para que especifiquem as provas que ainda pretendem produzir em eventual
audiência de instrução e julgamento. E ainda, caso requeiram prova pericial, tal pedido deve ser
específico, esclarecendo ao Juízo o tipo e o objeto da perícia, apresentando, também, os quesitos a serem
respondidos pela perícia técnica;

II. Após, voltem-me os autos conclusos para fixação de pontos controvertidos, saneamento e designação
de audiência de instrução e julgamento, ou ainda, julgamento antecipado da lide;

III. Concedo o prazo comum de 10 (dez) dias para a manifestação das partes.

Cumpra-se.

Belém, 18 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0840414-15.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CORINA FERNANDES


DE LIMA Participação: ADVOGADO Nome: MARCO ANTONIO CORREA PEREIRA OAB: 23383/PA
Participação: REPRESENTANTE Nome: CARMEN DE FATIMA FERNANDES DE LIMA Participação:
ADVOGADO Nome: MARCO ANTONIO CORREA PEREIRA OAB: 23383/PA Participação: REU Nome:
CELSO ROBERTO FERNANDES DE LIMA Participação: ADVOGADO Nome: Harrison Sarraff
registrado(a) civilmente como HARRISON SAVIO SARRAFF ALMEIDA OAB: 29944/PA Participação: REU
Nome: CLAUDIO SERGIO FERNANDES DE LIMA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0840414-15.2020.8.14.0301

AUTOR: CORINA FERNANDES DE LIMA


REPRESENTANTE: CARMEN DE FATIMA FERNANDES DE LIMA

REU: CELSO ROBERTO FERNANDES DE LIMA, CLAUDIO SERGIO FERNANDES DE LIMA

DESPACHO

Vistos.
1140
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Diante das razões expostas em petição ID 30925367, acolho o requerimento da parte autora e redesigno a
audiência de conciliação para o dia 09.11.2021 às 9h.

Ressalto que a audiência ocorrerá excepcionalmente de forma presencial.

Intimem-se as partes.

Cumpra-se, expedindo o necessário.

Belém, 9 de agosto de 2021.

ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO

Juiz de Direito da 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0842604-82.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: BANCO DO


BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a)
civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação: EXECUTADO
Nome: CARLOS AUGUSTO GOMES MONTEIRO

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0842604-82.2019.8.14.0301

EXEQUENTE: BANCO DO BRASIL SA

EXECUTADO: CARLOS AUGUSTO GOMES MONTEIRO

DESPACHO

Vistos.

Cumpra-se o despacho ID 16709946, no endereço indicado em petição ID 26645474.

Após, conclusos.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital


1141
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0841901-20.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: RAIMUNDA


JACIRA DE OLIVEIRA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: JONAS HENRIQUE BAIMA DA SILVA
OAB: 20936/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO AUGUSTO MOURA DE MORAES OAB:
013209/PA Participação: REQUERENTE Nome: ROSAMILENE DA SILVA SANTANA Participação:
ADVOGADO Nome: JONAS HENRIQUE BAIMA DA SILVA OAB: 20936/PA Participação: REQUERENTE
Nome: ROSANGELA DO SOCORRO DA SILVA SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JONAS
HENRIQUE BAIMA DA SILVA OAB: 20936/PA Participação: REQUERENTE Nome: ROSEANE SILVA DE
LIMA Participação: ADVOGADO Nome: JONAS HENRIQUE BAIMA DA SILVA OAB: 20936/PA
Participação: REQUERENTE Nome: RONALDO ROSSI OLIVEIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO
Nome: JONAS HENRIQUE BAIMA DA SILVA OAB: 20936/PA Participação: REQUERENTE Nome:
ROSELENE OLIVEIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: JONAS HENRIQUE BAIMA DA
SILVA OAB: 20936/PA Participação: REQUERENTE Nome: RUI GUILHERME OLIVEIRA DA SILVA
Participação: ADVOGADO Nome: JONAS HENRIQUE BAIMA DA SILVA OAB: 20936/PA Participação:
REQUERIDO Nome: GUILHERME LIRA DA SILVA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL
.
.
PROCESSO nº 0841901-20.2020.8.14.0301
REQUERENTE: RAIMUNDA JACIRA DE OLIVEIRA SILVA, ROSAMILENE DA SILVA SANTANA,
ROSANGELA DO SOCORRO DA SILVA SANTOS, ROSEANE SILVA DE LIMA, RONALDO ROSSI
OLIVEIRA DA SILVA, ROSELENE OLIVEIRA DA SILVA, RUI GUILHERME OLIVEIRA DA SILVA
REQUERIDO: GUILHERME LIRA DA SILVA

Vistos.

Após sentença proferida nestes autos de AÇÃO DE ALVARÁ JUDICIAL proposta por RAIMUNDA
JACIRA DE OLIVEIRA SILVA e OUTROS, relativamente aos valores deixados em razão do
falecimento de GUILHERME LIRA DA SILVA, foram opostos Embargos de Declaração de ID.
25147375, visando a sua modificação sob a alegação de que estou omissa e contraditória.

Os embargantes alegam em suas razões que, ao contrário do que restou consignado nos termos da
sentença, não pretendem litigar com o BANCO DO ESTADO DO PARÁ, mas sim obter autorização judicial
para levantamento dos valores remanescentes depositados em conta bancária de titularidade do falecido.

Assim, requereram o conhecimento e acolhimento dos presentes Embargos, a fim de que a


sentença de ID. 24662212 seja totalmente modificada.

Relatados.

Decido.

Os Embargos de Declaração têm a finalidade de completar a decisão omissa, ou ainda, dissipar


1142
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

obscuridades ou contradições, sendo um meio idôneo a ensejar o esclarecimento da obscuridade, a


solução da contradição ou o suprimento da omissão verificada na decisão embargada.

O art. 1.022 do CPC, elenca os defeitos do ato judicial que ensejam o cabimento dos Embargos de
Declaração. Caberá ao Juízo, ao julgar o recurso, a análise das hipóteses de omissão, contradição e
obscuridade, caso estejam presentes na decisão judicial. Confira-se:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III - corrigir erro material.”

Analisando a sentença e as razões dos Embargos de Declaração , entendo que assiste razão aos
embargantes.

Isso porque, em resposta ao ofício enviado pelo BANCO DO ESTADO DO PARÁ de ID. 21801071,
os embargantes afirmaram que o BANCO DO ESTADO DO PARÁ não deveria continuar amortizando
dívidas do falecido diretamente de sua conta bancária, por entenderem que com o seu falecimento, ficaria
extinto o débito (ID. 23007086).

Por via de consequência, requereram o prosseguimento do feito mediante o levantamento de valores.

Nesse sentido, restou patente, naquele momento, que os embargantes não concordavam com a postura
da instituição financeira, razão pela qual o processo foi extinto pela falta de interesse processual, uma vez
que a Ação de Alvará não seria o meio adequado para os fins pretendidos pelos herdeiros.

Ocorre que, após melhor apreciação dos autos, especialmente após a leitura das razões recursais,
constato que, em que pese os embargantes terem contestado a conduta da instituição financeira,
requereram apenas o levantamento dos valores remanescentes depositados na conta bancária do
falecido, o que é possível, haja vista que o banco deixou claro em sua resposta que "o valor da parcela
continuará sendo amortizado no vencimento enquanto houver saldo disponível em conta corrente."

Destarte, por um lado, não há resistência por parte do banco quanto ao levantamento de valores e, por
outro lado, não há pedido de devolução/restituição de valores para a conta bancária do de cujus por parte
dos embargantes, afastando-se, portanto, a existência de eventual litígio na presente ação.

Isto posto, CONHEÇO E ACOLHO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO para reformar integralmente a


sentença de ID. 23007086 e passo a proferir nova sentença abaixo:

SENTENÇA

Vistos.

RAIMUNDA JACIARA DE OLIVEIRA SILVA e outros ajuizaram AÇÃO DE ALVARÁ para levantamento
de valores deixados por falecimento de GUILHERME DA SILVA LIRA.

Que os requerentes são esposa e filhos de GUILHERME DA SILVA LIRA, falecido em 08 de julho de
2019.

Que o falecido não deixou testamento ou bens a inventariar, deixando somente valores junto ao BANCO
BANPARÁ.
1143
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Desta forma, requereram a expedição de ALVARÁ JUDICIAL para saque dos valores em nome
do falecido.

Juntaram documentos.

Declaração de únicos herdeiros ID 20194258.

Declaração de inexistência de bens a inventariar de ID 18882286.

Ofício de ID 21801071 do BANPARÁ indicando a existência de valores em conta de titularidade do de


cujus.

Decido.

Nos termos da Lei 6858/80 os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os
montantes das contas individuais não recebidos em vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em
quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na forma da legislação
específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados
em alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento.

Assim sendo, JULGO PROCEDENTE A AÇÃO e determino que se expeça Alvará Judicial em
favor dos requerentes RAIMUNDA JACIARA DE OLIVEIRA SILVA e outros, para receber os valores
existentes e disponíveis em nome de GUILHERME DA SILVA LIRA junto ao BANPARÁ.

Transitado em julgado, arquivem-se os autos.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juiz de Direito em exercício pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0840651-15.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CIBELI DA SILVA


ARAUJO Participação: ADVOGADO Nome: TARIK ZAMIR SARATY OAB: 29583/PA Participação:
ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO RAMOS DE OLIVEIRA OAB: 23498/PA Participação: EXECUTADO
Nome: IMPERIAL INCORPORADORA LTDA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
0840651-15.2021.8.14.0301
EXEQUENTE: CIBELI DA SILVA ARAUJO
Nome: IMPERIAL INCORPORADORA LTDA
Endereço: Rua João Balbi, 167, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66055-280

DESPACHO/MANDADO
1144
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Vistos.
01- Cite-se o executado para pagar a dívida no prazo de 03 (três) dias (art. 829, CPC), facultando-lhe
oferecer embargos à execução, independentemente de penhora, no prazo de 15 (quinze) dias;

02- Fixo os honorários advocatícios em 10% (dez por cento) do valor da dívida, reduzindo-os à metade se
houver pagamento integral no prazo de 03 (três) dias (art. 827, §1º, CPC);

03- Frustradas as tentativas de citação, proceda-se ao arresto executivo dos bens do devedor (art. 830,
CPC), a recair preferencialmente sobre a garantia real (art. 835, §3º, CPC) ou, nos demais casos,
mediante minuta de bloqueio no BACENJUD (art. 854, CPC) e no RENAJUD (art. 845, §1º, CPC);

04- Em seguida, intime-se o credor a requerer a citação editalícia ou a indicar o paradeiro do réu, no prazo
de cinco dias (art. 830, §2º, CPC);

05- Citado o devedor e decorrido o prazo de 03 (três) dias sem pagamento, proceda-se à penhora, a recair
preferencialmente sobre a garantia hipotecária ou pignoratícia da dívida (art. 835, §3º, CPC) ou, nos
demais casos, mediante minuta de bloqueio no BACENJUD (art. 854, CPC) e no RENAJUD (art. 845, §1º,
CPC), após o devido recolhimento das custas;

06- Fica dispensada a constrição de veículos no sistema RENAJUD quando tiverem mais de dez anos de
fabricação ou se encontrarem gravados de ônus (art. 7º-A, DL n. 911/69);

07- Expeça-se certidão comprobatória do ajuizamento da presente execução, a teor do artigo 828 do
Novo Código de Processo Civil.

Servirá o presente por cópia digitada como mandado, na forma do Provimento nº 003/2009 da
Corregedoria da Regio Metropolitana de Belém.

INTIME-SE. Cumpra-se.

Belém, 18 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje/login.seam.

Número do processo: 0023921-40.2013.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: WALDELENE


SAMPAIO LOUREIRO Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO
DAS NEVES OAB: 12358/PA Participação: INVENTARIADO Nome: CARIVALDO DE ARAUJO
LOUREIRO JUNIOR Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: DALVA BESSONI NOGUEIRA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1145
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0023921-40.2013.8.14.0301
REQUERENTE: WALDELENE SAMPAIO LOUREIRO
INVENTARIADO: CARIVALDO DE ARAUJO LOUREIRO JUNIOR

DESPACHO
Vistos.
Intime-se a inventariante para que, no prazo de 30 (trinta) dias, apresente as últimas declarações e esboço
de partilha.
No mesmo prazo acima, deverá comprovar a desalienação fiduciária/gravame dos veículos arrolados nos
presentes autos junto à empresa Rodobens Administradora de Consórcios LTDA, bem como a realização
do distrato referente ao imóvel localizado no Estado do Ceará.
Após, conclusos.
Cumpra-se.
Belém, 18 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0840402-64.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: REGINA CELIA


DA COSTA AREAS Participação: ADVOGADO Nome: SYDNEY SOUSA SILVA OAB: 21573/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE BENDELACK SANTOS OAB: 8655/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE WAGNER CAVALCANTE MUNIZ OAB: 25335/PA Participação:
INVENTARIADO Nome: ANTONIO JOSE DA COSTA AREAS

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0840402-64.2021.8.14.0301
REQUERENTE: REGINA CELIA DA COSTA AREAS
INVENTARIADO: ANTONIO JOSE DA COSTA AREAS

DECISÃO
Vistos.
Trata-se de Ação de Inventário ajuizada por REGINA CELIA DA COSTA AREAS em razão do falecimento
de seu filho ANTONIO JOSE DA COSTA AREAS.

Defiro o pedido de tramitação prioritária, na forma do art. 1.048, inciso I do CPC.

Em relação ao pedido de justiça gratuita, resta prejudicado em face do recolhimento das custas iniciais
pela requerente.

Em petição de ID. 30224856, MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO CARDOSO LIMA, companheira do


1146
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

falecido, apresenta impugnação contra o pedido de nomeação de inventariante de REGINA CELIA DA


COSTA AREAS.

Manifestação de REGINA CELIA DA COSTA AREAS de ID. 30384017.

Pois bem.

Os arts. 615 e 616 do CPC assim dispõem:

"Art. 615. O requerimento de inventário e de partilha incumbe a quem estiver na posse e na


administração do espólio, no prazo estabelecido no art. 611.

Parágrafo único. O requerimento será instruído com a certidão de óbito do autor da herança.

Art. 616. Têm, contudo, legitimidade concorrente:

I - o cônjuge ou companheiro supérstite;

II - o herdeiro;

III - o legatário;

IV - o testamenteiro;

V - o cessionário do herdeiro ou do legatário;

VI - o credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança;

VII - o Ministério Público, havendo herdeiros incapazes;

VIII - a Fazenda Pública, quando tiver interesse;

IX - o administrador judicial da falência do herdeiro, do legatário, do autor da herança ou do cônjuge ou


companheiro supérstite."

Assim, considerando que a própria genitora do falecido apontou na inicial que o mesmo vivia em união
estável com MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO CARDOSO LIMA, com base nos dispositivos
supracitados nomeio inventariante a companheira do de cujus, Sra. MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO
CARDOSO LIMA, que deverá prestar compromisso no prazo de 05 (cinco) dias e apresentar as primeiras
declarações, por termo, nos 20 (vinte) dias subseqüentes (art. 620 do CPC).

No mesmo prazo para apresentação das primeiras declarações, deverá comprovar os requisitos para
concessão da gratuidade processual.

Vindo as primeiras declarações e não havendo testamento deixado pelo de cujus, citem-se os
interessados, inclusive as Fazendas Públicas (art. 626 do CPC).

Concluídas as citações, as partes terão vistas dos autos, em cartório e pelo prazo comum de 15 (quinze)
dias, para se manifestarem sobre as primeiras declarações (art. 627 do CPC).
1147
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Servirá o presente por cópia digitada como mandado, na forma do Provimento nº 003/2009 da
Corregedoria da Região Metropolitana de Belém.

Somente após, conclusos.

INTIME-SE. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0843030-26.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: V. B. R. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: MURILO AMARAL FEITOSA OAB: 016700/PA Participação:
REPRESENTANTE Nome: MARCIA CAROLINE BAHIA RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome:
MURILO AMARAL FEITOSA OAB: 016700/PA Participação: REU Nome: UNIMED DE BELEM
COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
0843030-26.2021.8.14.0301
AUTOR: V. B. R. D. S.
REPRESENTANTE: MARCIA CAROLINE BAHIA RODRIGUES
Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
Endereço: Travessa Curuzu, 2212, Marco, BELéM - PA - CEP: 66085-823

DECISÃO/MANDADO

Vistos.

Defiro o pedido de justiça gratuita.

Defiro o pedido de inversão do ônus da prova, na forma do art. 6º, inciso VIII do CDC.

Analisando os autos, verifico que a parte autora requereu a concessão de tutela de urgência antecipada
para: 01- determinar ao Plano de Saúde réu que, no prazo de 05 (cinco) dias, autorize/forneça sessões de
fisioterapia com método THERASUIT de forma ininterrupta e todas no quantitativo solicitado pela médica
que acompanha a autora, sob pena de pagamento de multa diária (astreinte) no montante de R$ 3.000,00
(três mil reais), pelo descumprimento, sem prejuízo de outras medidas que julgar adequadas, como
medidas necessárias à preservação da vida e restabelecimento de sua saúde, independentemente da
exigência de quaisquer garantias; 2 – determinar ao Plano de saúde réu que preste o serviço
fisioterapêutico exigido na clinica INCLUIR ESPAÇO TERAPÊUTICO LTDA, chefiado pelas Staffs Dra.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Adriana Amaral Feitosa e Dra. Larissa Thais de Oliveira Rosa.

Éo breve relatório.

DECIDO.

Nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil - CPC, a tutela de urgência será concedida quando
houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo.

Compulsando os autos, entendo que a autora logrou êxito em demonstrar a presença da probabilidade do
direito, bem como do perigo de dano, a fim de autorizar a concessão da tutela antecipada pleiteada.

De fato, a autora comprova que é paciente diagnosticada com encefalopatia crônica não evoluta da
infância (Paralisia Cerebral (CID 10 – G80.0) e G40 (Epilepsia), que é beneficiária do plano de saúde réu,
bem como que há indicação médica para realização do tratamento específico conhecido na medicina
como Fisioterapia Neurológica Intensiva pelo Método Therasuit (documentos de ID. 30293125, 30293126,
30293127 e 30293128). Ademais, a autora anexou aos autos a negativas de cobertura do plano de saúde
pela ré, conforme documento de ID. 30293124, na qual se fez constar que o tratamento em comento não
está previsto no contrato, tampouco elencado no rol da ANS.

Ocorre que, em que pese a justificativa apresentada pela ré, não se pode negar a abusividade da
condutada adotada, uma vez que restringe obrigações inerentes à natureza do contrato, além de frustrar a
expectativa do contratante de ter plena assistência à sua saúde.

Destaco que a falta de previsão do procedimento médico solicitado no rol da ANS não representa exclusão
tácita da cobertura contratual.

Destaco, outrossim, que a RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 428/2017 atualiza o Rol de Procedimentos


e Eventos em Saúde, “que constitui a referência básica para cobertura assistencial mínima nos planos
privados de assistência à saúde, contratados a partir de 1º de janeiro de 1999”, ou seja, serve tão somente
de referência básica para cobertura assistencial mínima nos planos privados de assistência à saúde, não
podendo o seu rol ser interpretado de forma exaustiva e restritiva, especialmente quando há indicação do
tratamento/procedimento pelo médico responsável.

A jurisprudência é pacífica quanto ao tema, senão vejamos:

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO ORDINÁRIA - CONTRATO DE PLANO DE SAÚDE - CÓDIGO DE


DEFESA DO CONSUMIDOR - APLICABILIDADE - EQUOTERAPIA E THERASUIT - PROCEDIMENTO
RECOMENDADO PARA TRATAMENTO DA AUTORA PORTADORA DE PARALISIA CEREBRAL -
NEGATIVA DE COBERTURA INDEVIDA - DANO MORAL CONFIGURADO -QUANTUM INDENIZATÓRIO
- RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE.É abusiva a negativa de cobertura de procedimento
recomendado e utilizado para o tratamento da doença da parte autora, uma vez que restringe obrigações
inerentes à natureza do contrato, além de frustrar a expectativa da contratante, que é a de ter plena
assistência à sua saúde quando dela precisar. A falta de previsão de procedimento médico solicitado no
rol da ANS não representa a exclusão tácita da cobertura contratual. (...)” (Apelação Cível n°.
10000150777449003. Relator José de Carvalho Barbosa. Data de julgamento: 17.04.2018)

“TJRS-0918770) AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEGUROS. PLANO DE SAÚDE. ANTECIPAÇÃO DE


TUTELA. FISIOTERAPIA. TRATAMENTO COM O MÉTODO PEDIASUIT. NEGATIVA DE COBERTURA.
DESCABIMENTO. Trata-se de agravo de instrumento interposto em face da decisão proferida pela
magistrada "a quo", que elencou que havia verossimilhança nas alegações da parte ora recorrida e, de
conseguinte, determinou o dever de o agravante custear o tratamento pelo Protocolo de Terapia Intensiva
1149
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PediaSuit, segundo o orçamento colacionado à fl. 79. O Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos
contratos de seguro, na medida em que se trata de relação de consumo, consoante traduz o artigo 3º, § 2º
do CDC e inteligência da Súmula 469 do STJ. No caso em comento, o agravante sustentou que a decisão
agravada não merece ser mantida, uma vez que o tratamento pleiteado possui custo elevado, contínuo,
sem qualquer comprovação científica de sua efetividade, bem como em virtude do contrato entabulado
entre os litigantes não estipular a cobertura contratual pretendida, pelo que, pugnou pela reforma da
decisão. Contudo, resta incontroversa a vigência do contrato de plano de saúde entretido pela partes, bem
como o inafastável perigo de dano irreparável ao paciente, uma vez que a ora agravada é portadora da
denominada "Síndrome da Duplicação 22q11.2", sob o CID nº Q92.8 e possui atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor. Ademais, o laudo médico (fl. 28) comprovou que é imprescindível que a recorrida receba
o tratamento objeto da demanda. A jurisprudência Superior se consolidou no sentido de que 'a exclusão de
cobertura de determinado procedimento médico ou hospitalar, quando essencial para garantir a saúde e,
em algumas vezes, a vida do segurado, vulnera a finalidade básica do contrato' (REsp 183.719/SP). Esse
entendimento deve ser conectado com o de que: a recusa do plano de saúde em autorizar o tratamento
solicitado por médico especializado para fins de tratamento de doença abrangida pelo contrato é conduta
abusiva. (AREsp 885907/PR). Por último, deve ficar claro que o plano de saúde pode estabelecer as
doenças que terão cobertura, mas não pode limitar o tipo de tratamento a ser utilizado pelo paciente.
Dessa forma, imperiosa a manutenção da decisão agravada, uma vez que a Juíza singular agiu com
irretocável acerto ao conceder o tratamento fisioterápico requerido. AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO.” (Agravo de Instrumento nº 70075713339, 6ª Câmara Cível do TJRS, Rel. Niwton Carpes
da Silva. j. 14.12.2017, DJe 18.12.2017).

Isto posto, DEFIRO O PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA, com base no art. 300 do CPC,
para determinar à ré que autorize, no prazo de 05 (cinco) dias, sessões de fisioterapia com método
THERASUIT de forma ininterrupta e todas no quantitativo solicitado pela médica que acompanha a autora.

Determino à ré, outrossim, que o serviço seja prestado junto à clínica INCLUIR ESPAÇO TERAPÊUTICO
LTDA.

Deixo de designar audiência de conciliação, tendo em vista a pandemia da COVID-19, o que não impede
que, a qualquer momento, as partes apresentem proposta de acordo nos autos.

Cite-se a ré para oferecer contestação no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data prevista
no art. 231 do CPC, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. Se não contestar,
presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pela parte autora (art. 344, CPC).

Intime-se o Ministério Público para se manifestar no prazo de 15 (quinze) dias (art. 178, inciso II do CPC).

A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-
CJRMB, de 22.01.2009.

Cumpra-se, expedindo-se o necessário.

Belém, 18 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje/login.seam.
1150
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0836801-89.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ALDO HENRIQUE


RISUENHO GARCIA Participação: ADVOGADO Nome: ELIAS EDMILSON DA SILVA COSTA OAB:
4747/PA Participação: REU Nome: DOC BRASIL COMERCIO E SERVICOS DE INFORMATICA LTDA -
ME Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE DE ALMEIDA BARROS OAB: 22668/PA Participação: REU
Nome: JOAO DE JESUS ANTUNES MORAES Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE DE ALMEIDA
BARROS OAB: 22668/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0836801-89.2017.8.14.0301
AUTOR: ALDO HENRIQUE RISUENHO GARCIA
REU: DOC BRASIL COMERCIO E SERVICOS DE INFORMATICA LTDA - ME, JOAO DE JESUS
ANTUNES MORAES

DESPACHO
Vistos.
Indefiro o pedido de tutela provisória de urgência de itens "e", "f" e "g" da petição de ID. 22296612 - Pág.
18, por ausência dos requisitos legais.
Indefiro, outrossim, o pedido de decretação de sigilo processual da petição de ID. 22296612, haja vista o
indeferimento dos pedidos acima e, ainda, porque o caso não se enquadra em nenhuma das hipóteses
legais que o autorizam.
Cumpra-se integralmente o despacho de ID. 24765069.
Intime-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0808007-53.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: INSTITUTO EURO


AMERICANO DE EDUCACAO CIENCIA TECNOLOGIA Participação: ADVOGADO Nome: MIRELLA
PARADA NOGUEIRA SANTOS OAB: 4915/MA Participação: REU Nome: ANNA ELIZABETH REIS
PIMENTEL

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL


1151
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo nº 0808007-53.2020.8.14.0301

AUTOR: INSTITUTO EURO AMERICANO DE EDUCACAO CIENCIA TECNOLOGIA

REU: ANNA ELIZABETH REIS PIMENTEL

DESPACHO

Vistos.

Redesigno audiência de conciliação para o dia 11.11.2021 às 9h.

Ressalto que a audiência ocorrerá por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais desta 7ª
Vara Cível, cujo endereço eletrônico é:

h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
join/19%3ameeting_YTMyMzVjZTQtM2Q3NC00YjMyLWExNDQtMTkzMmNmYjVjMmI5%40thread.v2/0?co
n t e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%2276c5313c-2846-4b7b-8658-8a6da41f8708%22%7d

Intime-se a parte autora por meio de seu advogado.

Cite-se e intime-se a parte ré no endereço indicado em petição ID 22526608.

Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0847536-16.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: FRANCISCO


RAFAEL GOMES PLACIDO Participação: ADVOGADO Nome: VIRGILIO ALBERTO AZEVEDO MOURA
OAB: 017308/PA Participação: ADVOGADO Nome: ZARAH EMANUELLE MARTINHO TRINDADE OAB:
18107/PA Participação: REQUERIDO Nome: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ Participação:
ADVOGADO Nome: DIEGO SIQUEIRA REBELO VALE OAB: 22999/PA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo nº 0847536-16.2019.8.14.0301
1152
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REQUERENTE: FRANCISCO RAFAEL GOMES PLACIDO

REQUERIDO: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ

DESPACHO

Vistos.

INTIME-SE a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestar-se sobre a contestação, nos
termos do art. 350 do CPC.

Somente após, conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0809449-20.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: DIVA BATISTA COSTA


Participação: ADVOGADO Nome: BRENO RUBENS SANTOS LOPES OAB: 020197/PA Participação:
ADVOGADO Nome: RAIMUNDO RUBENS FAGUNDES LOPES OAB: 4305/PA Participação: ADVOGADO
Nome: AMALIA XAVIER DOS SANTOS OAB: 11011/PA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Vistos.

Defiro a Gratuidade da Justiça.

Concedo à autora o prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento das seguintes diligências:

01- Junte aos autos declaração de inexistência de bens a inventariar em nome do falecido, nos termos do
art. 4º do Decreto nº 85.845/81, exarando expressamente que tal declaração é feita sob as penas da lei,
ciente de que em caso de falsidade, o declarante ficará sujeito às sanções legais previstas no Código
Penal;

02- A certidão de óbito do falecido aponta a existência de filhos. Deverá, portanto, a parte autora juntar
termo de renúncia dos demais herdeiros ou deverá indicar e qualificar os demais herdeiros para fins de
citação;

03- Junte aos autos Certidão do Órgão Previdenciário, ao qual o falecido era vinculado, contendo a
relação dos dependentes habilitados à pensão por morte daquele, ou certidão negativa, se inexiste tais
1153
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

dependentes;

A 2ª UPJ para expedir ofício à CAIXA ECONÔMICA FEDERAL a fim de que informe, no prazo de 15
(quinze) dias, sobre a existência de valores de titularidade do falecido a título de PIS/FGTS.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0846632-25.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: PEDRO PAULO


PINHEIRO DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO OAB:
007261/PA Participação: REU Nome: MAPFRE SEGUROS GERAIS S.A.

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo nº0846632-25.2021.8.14.0301

Autor: PEDRO PAULO PINHEIRO DOS SANTOS

Endereço: Nome: MAPFRE SEGUROS GERAIS S.A.


Endereço: Travessa Quatorze de Março, 1173, - de 582/583 a 1790/1791, Umarizal, BELéM - PA -
CEP: 66055-490

DESPACHO/MANDADO

Vistos.

Defiro a Gratuidade de Justiça.

Defiro o pedido de tramitação prioritária.

Deixo de designar audiência de conciliação, tendo em vista a pandemia da COVID-19, o que não impede
que, a qualquer momento, as partes apresentem proposta de acordo nos autos.

Cite-se o réu para oferecer contestação no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data
prevista no art. 231 do CPC, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. Se não
contestar, presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pela parte autora (art. 344, CPC).

No mesmo prazo acima, deverá a parte ré exibir em Juízo os seguintes documentos: 1. a cópia da apólice
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

securitária do seguro pessoal contratado pelo autor ; 2. a cópia do contrato securitário; 3. a cópia do
processo administrativo de pagamento das indenizações securitárias , tudo sob pena de serem admitidos
como verdadeiros os fatos alegados na inicial, nos termos do art. 400, inciso I do CPC.

A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-
CJRMB, de 22.01.2009.

Cumpra-se, expedindo-se o necessário.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0809131-37.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LAURINDA DA PAIXAO


FERREIRA CHAGAS Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO MACEDO ESTACIO OAB:
30261/PA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL DE QUEIROZ COLARES OAB: 30066/PA
Participação: AUTOR Nome: SILVANEY DA PAIXAO FERREIRA CHAGAS Participação: ADVOGADO
Nome: SERVIO TULIO MACEDO ESTACIO OAB: 30261/PA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL
DE QUEIROZ COLARES OAB: 30066/PA Participação: AUTOR Nome: LOURDINEY FERREIRA
CHAGAS TORRES Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO MACEDO ESTACIO OAB:
30261/PA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL DE QUEIROZ COLARES OAB: 30066/PA
Participação: AUTOR Nome: SINVAL DA PAIXAO FERREIRA CHAGAS Participação: ADVOGADO Nome:
SERVIO TULIO MACEDO ESTACIO OAB: 30261/PA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL DE
QUEIROZ COLARES OAB: 30066/PA Participação: AUTOR Nome: LUCIVAL DA PAIXAO FERREIRA
CHAGAS Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO MACEDO ESTACIO OAB: 30261/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL DE QUEIROZ COLARES OAB: 30066/PA Participação:
AUTOR Nome: ELCIMARA DA PAIXAO FERREIRA CHAGAS Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO
TULIO MACEDO ESTACIO OAB: 30261/PA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL DE QUEIROZ
COLARES OAB: 30066/PA Participação: AUTOR Nome: SIDILENE DA PAIXAO FERREIRA CHAGAS
Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO MACEDO ESTACIO OAB: 30261/PA Participação:
ADVOGADO Nome: GABRIEL DE QUEIROZ COLARES OAB: 30066/PA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0809131-37.2021.8.14.0301

AUTOR: LAURINDA DA PAIXAO FERREIRA CHAGAS, SILVANEY DA PAIXAO FERREIRA CHAGAS,


LOURDINEY FERREIRA CHAGAS TORRES, SINVAL DA PAIXAO FERREIRA CHAGAS, LUCIVAL DA
PAIXAO FERREIRA CHAGAS, ELCIMARA DA PAIXAO FERREIRA CHAGAS, SIDILENE DA PAIXAO
FERREIRA CHAGAS

DESPACHO

Vistos.
1155
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Defiro em parte o pedido de ID. 29468625.

Expeça-se ofício ao BANPARÁ para que, no prazo de 15 (quinze) dias, informe quanto à existência de
valores em contas bancárias de titularidade do falecido.

Após, intimem-se os requerentes para que se manifestem sobre a resposta do ofício no prazo de 15
(quinze) dias.

Somente após, conclusos para sentença.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0846733-96.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: WALDEMIR


GONCALVES DO ESPIRITO SANTO Participação: ADVOGADO Nome: MARIA SOLANGE SEIXAS
LOPES OAB: 7441 Participação: REU Nome: BANCO DO BRASIL SA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0846733-96.2020.8.14.0301

AUTOR: WALDEMIR GONCALVES DO ESPIRITO SANTO

REU: BANCO DO BRASIL SA

DESPACHO

Vistos.

Tendo em vista as novas determinações dispostas no Decreto Estadual nº 800/2020 e a necessidade de


readequações a fim de que se cumpram as normas sanitárias vigentes em razão da pandemia de COVID-
19, cancelo a audiência de conciliação designada nos autos.

Assim, uma vez cancelada a audiência de conciliação, por conta do princípio da razoável duração do
processo e a fim de que não haja prejuízo às partes, deve a parte ré apresentar contestação no prazo de
15 (quinze) dias, ressalvando que, conforme dispõe o art. 139, V/CPC, poderão as partes a qualquer
1156
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

tempo manifestar seus interesses na autocomposição.

Cumpra-se, expedindo-se o necessário.

Belém, 29 de janeiro de 2021.

ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO

Juiz de Direito da 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0803982-60.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EDNA DO SOCORRO


OLIVEIRA BARRIGA Participação: ADVOGADO Nome: MARCELA RENATA CONCEICAO ROCHA
GARCIA OAB: 29960/PA Participação: REU Nome: EDERSON OLIVEIRA BARRIGA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DE BELÉM

SECRETARIA DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO: 0803982-60.2021.8.14.0301

ASSUNTO: [Inventário e Partilha]

CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: EDNA DO SOCORRO OLIVEIRA BARRIGA

Manifeste-se a parte INTERESSADA no prazo de 5 (cinco) dias sobre o alvará juntado em evento de ID
31583357, requerendo o que entender pertinente. (Prov.06/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

ALYSSON NUNES SANTOS

SERVIDOR DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

Número do processo: 0840241-88.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ROSANGELA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PINHEIRO SILVA DOS REIS Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI HEINRIKUS REIS PANATTO
OAB: 24313/PA Participação: REQUERENTE Nome: RAUL PINHEIRO SILVA Participação: ADVOGADO
Nome: GIOVANNI HEINRIKUS REIS PANATTO OAB: 24313/PA Participação: REQUERENTE Nome:
REGINALDO PINHEIRO SILVA Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI HEINRIKUS REIS
PANATTO OAB: 24313/PA Participação: REQUERENTE Nome: ROBERTO PINHEIRO SILVA
Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI HEINRIKUS REIS PANATTO OAB: 24313/PA Participação:
REQUERENTE Nome: RONALDO PINHEIRO SILVA Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI
HEINRIKUS REIS PANATTO OAB: 24313/PA Participação: REQUERENTE Nome: ROSALIA SILVA
RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI HEINRIKUS REIS PANATTO OAB: 24313/PA
Participação: REQUERENTE Nome: RUI PINHEIRO SILVA Participação: REQUERIDO Nome: BANCO
DO ESTADO DO PARÁ - SA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DE BELÉM

SECRETARIA DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO: 0840241-88.2020.8.14.0301

ASSUNTO: [Inventário e Partilha, Transmissão]

CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

REQUERENTE: ROSANGELA PINHEIRO SILVA DOS REIS, RAUL PINHEIRO SILVA, REGINALDO
PINHEIRO SILVA, ROBERTO PINHEIRO SILVA, RONALDO PINHEIRO SILVA, ROSALIA SILVA
RIBEIRO, RUI PINHEIRO SILVA

Manifeste-se a parte INTERESSADA no prazo de 5 (cinco) dias acerca do alvará juntado em evento de ID
31584935, requerendo o que entender pertinente. (Prov.06/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

ALYSSON NUNES SANTOS

SERVIDOR DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

Número do processo: 0810576-90.2021.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: ANALIA


MARIA DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO GARCIA OLIVEIRA MEIRA OAB:
30076/PA Participação: REQUERIDO Nome: BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome:
KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB: 15674/PA Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE GAZOLA
VIEIRA MARQUES OAB: 76696/MG

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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0810576-90.2021.8.14.0301
REPRESENTANTE: ANALIA MARIA DE OLIVEIRA
REQUERIDO: BANCO BRADESCO SA

DECISÃO
Vistos.
Defiro o pedido de inversão do ônus da prova, com base no art. 6º, inciso VIII do CDC.
Rejeito de plano a IMPUGNAÇÃO À EXECUÇÃO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO de ID.
29533922, uma vez que os valores bloqueados via SISBAJUD de ID. 28622065 não correspondem à
aplicação de astreintes, mas sim do próprio valor descrito na exordial e que é objeto de discussão na
presente ação.
Proceda-se à transferência do valor em comento para conta judicial, devendo permanecer depositado em
Juízo até decisão ulterior.
Intimem-se as partes para que especifiquem as provas que ainda pretendem produzir em eventual
audiência de instrução e julgamento. E ainda, caso requeiram prova pericial, tal pedido deve ser
específico, esclarecendo ao Juízo o tipo e o objeto da perícia, apresentando, também, os quesitos a serem
respondidos pela perícia técnica.
Após, voltem-me os autos conclusos para fixação de pontos controvertidos, saneamento e designação de
audiência de instrução e julgamento, ou ainda, julgamento antecipado da lide.
Concedo o prazo comum de 10 (dez) dias para a manifestação das partes.
Cumpra-se.
Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0836397-96.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA CELIA CONDURU


FIGUEIREDO Participação: ADVOGADO Nome: MARIA DANIELLE OLIVEIRA DE SOUSA OAB:
20837/PA Participação: AUTOR Nome: FABRICIO CONDURU FIGUEIREDO Participação: ADVOGADO
Nome: MARIA DANIELLE OLIVEIRA DE SOUSA OAB: 20837/PA Participação: AUTOR Nome: THIAGO
CONDURU FIGUEIREDO Participação: ADVOGADO Nome: MARIA DANIELLE OLIVEIRA DE SOUSA
OAB: 20837/PA Participação: REU Nome: EMPORIUM BELEM COMERCIO DE ALIMENTOS E
SERVICOS LTDA Participação: REU Nome: PEDRO VICTOR DE MENEZES NASCIMENTO Participação:
REU Nome: RUY PEREIRA GOUVEA JUNIOR Participação: REU Nome: DANUZIO FERREIRA NETO
Participação: REU Nome: DENISE CARDOSO DIAS

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
0836397-96.2021.8.14.0301
AUTOR: MARIA CELIA CONDURU FIGUEIREDO, FABRICIO CONDURU FIGUEIREDO, THIAGO
CONDURU FIGUEIREDO
Nome: EMPORIUM BELEM COMERCIO DE ALIMENTOS E SERVICOS LTDA
Endereço: Rua Bernal do Couto, 38-A, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66055-080
Nome: PEDRO VICTOR DE MENEZES NASCIMENTO
1159
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Endereço: Travessa Vileta, 2198, Apto.801, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-345


Nome: RUY PEREIRA GOUVEA JUNIOR
Endereço: Passagem Metropolitana, 20, Jibóia Branca, ANANINDEUA - PA - CEP: 67120-678
Nome: DANUZIO FERREIRA NETO
Endereço: Rua Bernal do Couto, 106, Apto.1902, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66055-080
Nome: DENISE CARDOSO DIAS
Endereço: Rua Bernal do Couto, 106, Apto.1902, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66055-080

DESPACHO/MANDADO

Vistos.
Defiro o pedido de tramitação prioritária, na forma do art. 1.048, inciso I do CPC.
01- Intimem-se as partes executadas, pessoalmente, via diário de justiça, para pagarem o valor
discriminado na planilha de débito apresentada, no prazo de 15 (quinze) dias, na forma do art. 523 do
CPC;

02- Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo de 15 (quinze) dias, o valor será acrescido de multa de
10% (dez por cento), bem como de honorários advocatícios de 10% (dez por cento);

03- Ocorrendo o pagamento parcial no prazo, a multa e os honorários advocatícios incidirão sobre o
restante não pago;

04- Transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, ficam desde logo cientes as partes executadas do
início do prazo de 15 (quinze) dias para, independentemente de penhora ou nova intimação,
apresentarem, nos próprios autos, sua impugnação, querendo;

05- Expeça-se certidão de ajuizamento da presente execução para inscrição de penhoras no Cartório de
Registro de Imóveis, veículos ou outros bens ( CPC, art. 828);

06- Cumpra-se.

Servirá o presente por cópia digitada como mandado, na forma do Provimento nº 003/2009 da
Corregedoria da Região Metropolitana de Belém.
Belém, 18 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje/login.seam.

Número do processo: 0810918-72.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JOSE DA SILVA


NEVES Participação: ADVOGADO Nome: DANUSA SILVA LADEIRA OAB: 16018/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE OTAVIO TEIXEIRA DA FONSECA OAB: 4375/PA Participação: REQUERIDO
Nome: URBANA ENGENHARIA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE AZEVEDO
1160
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

TRINDADE OAB: 011270/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0810918-72.2019.8.14.0301
REQUERENTE: JOSE DA SILVA NEVES
REQUERIDO: URBANA ENGENHARIA LTDA

DECISÃO

Vistos.

Trata-se de pedido em que a executada informou a interposição de Agravo de Instrumento e requereu


retratação da decisão de ID. 26080855.

Analisados, verifico que a agravante não apresentou qualquer novo argumento capaz de alterar a
convicção do Juízo quanto às razões expendidas na decisão agravada, motivo pelo qual mantenho a
decisão em todos os seus termos.

Antes de apreciar os pedidos de ID. 28481713 e 30776925, relativamente à penhora online via SISBAJUD,
intime-se o exequente para se manifestar, no prazo de 15 (quinze) dias, sobre a petição de ID. 27914409,
especificamente sobre a indicação de bens à penhora.

No mesmo prazo acima, deverá a executada apresentar manifestação sobre os cálculos do contador do
Juízo de ID. 30703798.

Após, conclusos paras as decisões necessárias.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0816677-51.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: DIONE DE NAZARE DOS


SANTOS SOARES Participação: ADVOGADO Nome: MIGUEL KARTON CAMBRAIA DOS SANTOS OAB:
10800/PA Participação: REU Nome: WILFREDO QUARESMA SOARES

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


1161
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0816677-51.2018.8.14.0301

AUTOR: DIONE DE NAZARE DOS SANTOS SOARES

REU: WILFREDO QUARESMA SOARES

DESPACHO

Vistos.

Cumpra-se o despacho ID 8164084 no endereço indicado em petição ID 29192426.

Após, conclusos.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0828225-68.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: AYMORE


CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTA
BEATRIZ DO NASCIMENTO OAB: 24871/PA Participação: REQUERIDO Nome: JOAO AUGUSTO
BANDEIRA THOMAZ

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo nº 0828225-68.2021.8.14.0301

REQUERENTE: AYMORE CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A.

REQUERIDO: JOAO AUGUSTO BANDEIRA THOMAZ

ENDEREÇO: Nome: JOAO AUGUSTO BANDEIRA THOMAZ


Endereço: Passagem Coaraci Nunes, 90, Fátima, BELéM - PA - CEP: 66060-090

DECISÃO / MANDADO

Vistos.
1162
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AYMORE CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A., por intermédio de seu advogado,


ajuizou pedido de busca e apreensão contra JOAO AUGUSTO BANDEIRA THOMAZ, objetivando a
constrição do bem móvel descrito na inicial. Alegou o requerente a inadimplência contratual do requerido,
frisando que este firmou contrato com a garantia de alienação fiduciária. Reclama o requerente.

Juntou os documentos necessários aos autos.

A Súmula nº 72 do STJ prescreve: "A comprovação da mora é imprescindível à busca e apreensão


do bem alienado fiduciariamente".

Nos termos do art. 3º do Decreto-Lei nº 911/69, o autor comprovou a mora do devedor, conforme
documento ID. 26866446, constante nos autos.

Isto posto, DEFIRO liminarmente a medida de busca e apreensão do seguinte bem e de seus
respectivos documentos: automóvel MARCA/MODELO CHEVROLET, modelo CLASSIC/ CLASSIC LS,
chassi nº8AGSU1920GR134955, ano de fabricação 2015 e modelo 2016, cor BRANCA, placa
QEA6621,renavam 1077176659, como descrito na petição inicial.

Por ora, nomeio depositária fiel do bem o Banco Autor ou seu representante indicado na inicial.
Lavre-se o termo de compromisso de depositário fiel dos bens.

Cite-se o réu para, querendo, em 05 (cinco) dias, pagar a INTEGRALIDADE da dívida, segundo os
valores apresentados pelo credor fiduciário, hipótese em que o bem lhe será restituído livre de ônus.
Decorrido o mencionado prazo sem prova do pagamento, a propriedade do bem será consolidada em
nome do credor.

Independentemente da providência acima descrita, cientifique-se o réu que dispõe do prazo de 15


(quinze) dias úteis para apresentar a sua defesa, contado a partir da apreensão do bem (Decreto-Lei nº
911/69, art. 3º, § 2º e § 3º).

No caso de pagamento, condeno o réu ao pagamento das custas e honorários advocatícios que
arbitro em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa.

Caso frustradas as tentativas de localização do bem alienado em garantia, intime-se a parte autora,
para querendo, requerer a conversão do feito em ação executiva, no prazo de 05 (cinco) dias.

Servirá o presente por cópia digitada como mandado, na forma do Provimento nº 003/2009 da
Corregedoria da Região Metropolitana de Belém.

Retire-se o segredo de justiça, uma vez que o caso não se enquadra em nenhuma das hipóteses legais.

Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

Intime-se.

Belém, 18 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital


1163
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0807131-35.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOSE IVANDIR DA SILVA


COSTA Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE DA SILVA DIAS OAB: 17427/PA Participação: AUTOR
Nome: ANGELA MIZUNUMA Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE DA SILVA DIAS OAB: 17427/PA
Participação: REU Nome: IMPERIAL INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0807131-35.2019.8.14.0301

AUTOR: JOSE IVANDIR DA SILVA COSTA, ANGELA MIZUNUMA

REU: IMPERIAL INCORPORADORA LTDA

DESPACHO

Vistos.

Diante da expressa manifestação das partes, designo audiência de conciliação para o dia 11.11.2021 às
9h30.

Ressalto que a referida audiência se dará por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais
desta 7ª Vara Cível, cujo endereço eletrônico é:

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Intimem-se as partes.

Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0825129-45.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BANCO TOYOTA


DO BRASIL S.A. Participação: ADVOGADO Nome: DENIS ARANHA FERREIRA OAB: 200330/SP
Participação: ADVOGADO Nome: GRAZIELA CARDOSO DE ARAUJO FERRI OAB: 184989/SP
1164
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Participação: REQUERIDO Nome: MARIA DE NAZARE RIBEIRO PIO

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0825129-45.2021.8.14.0301
REQUERENTE: BANCO TOYOTA DO BRASIL S.A.
REQUERIDO: MARIA DE NAZARE RIBEIRO PIO

DESPACHO
Vistos.

Defiro o pedido da parte autora, convertendo o feito em Execução de Título Extrajudicial.

INTIME-SE a parte exequente para que emende a inicial no prazo de 15 (quinze) dias, devendo depositar
em Secretaria o original do título que embasa a presente execução, sob pena de indeferimento da inicial,
nos termos do art. 321, parágrafo único do CPC.

Com o referido depósito, certifique-se, devendo o título executivo permanecer arquivado em pasta própria
até decisão ulterior.

Somente após, conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 18 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0830555-72.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SINDIFISCO NACIONAL -


SIND. NAC. DOS AUD. FISCAIS DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL Participação: ADVOGADO Nome:
LUDMILA MACEDO DE OLIVEIRA OAB: 409234/SP Participação: REU Nome: ANA CELIA AZEVEDO DA
SILVA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Fórum Cível de Belém

Secretaria da 2.ª UPJ Cível e Empresarial

[Rescisão / Resolução]

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)


1165
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AUTOR: SINDIFISCO NACIONAL - SIND. NAC. DOS AUD. FISCAIS DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

Tendo em vista a pesquisa de ID 22488260, manifeste-se o autor sobre o endereço a ser realizada a
citação. (Prov. 006/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

TALES WILHAME GOMES DA SILVA

SERVIDOR 2.ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0852164-48.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BRADESCO


ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA
TERESO JUNIOR OAB: 16837/PA Participação: REU Nome: ANA PAULA PINHEIRO PISMEL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DE BELÉM

SECRETARIA DA 2.ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL

ATO ORDINATÓRIO

(PROVIMENTO N º 006/2006 – CJRMB, alterado pelo PROVIMENTO Nº 008/2014 – CJRMB)

Intime-se o autor para que proceda o recolhimento das custas referentes à diligência do Oficial de Justiça
– Busca e Apreensão de veículos, tendo em vista que as custas recolhidas até a presente data não
correspondem a referida diligência.

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

SAMANTHA CUNHA SZEKACS

SERVIDOR 2.ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0105817-37.2015.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ELIZABETH SUMI


YAMADA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS FELIPE ROCHA LIMA OAB: 26695/PA
Participação: ADVOGADO Nome: REYNALDO ANDRADE DA SILVEIRA OAB: 1746 Participação: REU
Nome: CYRELA MOINHO EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
FELIPE ALMEIDA GONÇALVES OAB: 25065/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO MENEZES
1166
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

COELHO DE SOUZA OAB: 8770/PA

Para ciência do advogado acerca do alvará juntado.

Número do processo: 0838950-58.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SEMASA INDUSTRIA


COMERCIO E EXPORTACAO DE MADEIRAS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: HUGO PINTO
BARROSO OAB: 012727/PA Participação: REU Nome: KELLY HORRANA ASSIS DA ROCHA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0838950-58.2017.8.14.0301

AUTOR: SEMASA INDUSTRIA COMERCIO E EXPORTACAO DE MADEIRAS LTDA

REU: KELLY HORRANA ASSIS DA ROCHA

DESPACHO

Vistos.

Tendo em vista a não realização da audiência de conciliação agendada nestes autos para o dia
17.03.2021, redesigno a mesma para o dia 10.11.2021 às 9h30.

Ressalto que a mesma se dará por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais desta 7ª Vara
Cível, cujo endereço eletrônico é:

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Intimem-se as partes.

Cumpra-se, expedindo o necessário.

Belém, 16 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital


1167
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0821675-28.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CLAUDETE CAMPOS DE


OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: DANIELEN SUELI GUERREIRO RODRIGUES OAB:
21163/PA Participação: REU Nome: ITAU UNIBANCO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA
SENTO SE ROSSI OAB: 16330/BA Participação: REU Nome: BANCO CETELEM S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: DENNER DE BARROS E MASCARENHAS BARBOSA OAB: 24532/PA Participação:
REU Nome: BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SA Participação: ADVOGADO Nome:
NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação: REU Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação:
ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA Participação: REU Nome: BANCO
BMG SA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA OAB: 109730/MG

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0821675-28.2019.8.14.0301

AUTOR: CLAUDETE CAMPOS DE OLIVEIRA

REU: ITAU UNIBANCO S.A., BANCO CETELEM S.A., BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SA, BANCO DO BRASIL SA, BANCO BMG SA

DESPACHO

Vistos.

Diante das razões expostas pela parte autora em petição ID 31141981, acolho o requerimento formulado e
redesigno a audiência de instrução para o dia 09.11.2021 às 10h.

Ressalto que a audiência ocorrerá por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais desta 7ª
Vara Cível e Empresarial, cujo endereço eletrônico é:

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Advirto as partes de que, com exceção destas e dos seus respectivos advogados, as testemunhas
deverão comparecer presencialmente em juízo, independentemente de intimação.

Cumpra-se.

Belém, 9 de agosto de 2021.

ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO

Juiz de Direito da 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital


1168
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0826267-47.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: VERA LUCIA


MAFRA RUIZ Participação: ADVOGADO Nome: TAIZE MENDES DA SILVA OAB: 27630/PA Participação:
REQUERIDO Nome: SOCORRO

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0826267-47.2021.8.14.0301

REQUERENTE: VERA LUCIA MAFRA RUIZ

REQUERIDO: SOCORRO

DESPACHO

Vistos.

Após a análise dos autos, verifiquei que a parte ré não fora devidamente citada, e, por esta razão,
redesigno a audiência de justificação prévia para o dia 21.09.2021 às 10h.

Ressalto que a referida audiência ocorrerá por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais
desta 7ª Vara Cível e Empresarial, cujo endereço eletrônico é:

h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
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Quanto às testemunhas arroladas em petição ID 27077344, deverão estas participar do ato


independentemente de intimação e também por meio da sala de audiências virtuais.

Intimem-se e cite-se.

Cumpra-se.

Belém, 3 de agosto de 2021.

ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO

Juiz de Direito da 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital


1169
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0822710-23.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CAROLINA SOARES


ROSSY Participação: ADVOGADO Nome: RUBENS ANTONIO ALVES OAB: 181294/SP Participação:
REU Nome: Tam Linhas aereas

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0822710-23.2019.8.14.0301

AUTOR: CAROLINA SOARES ROSSY

REU: TAM LINHAS AEREAS

DESPACHO

Vistos.

Analisando os autos, verifico que a empresa ré foi devidamente citada, conforme AR de ID. 20622241.

Assim sendo, intime-se a ré para que ofereça contestação, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
revelia.

Após, conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 15 de dezembro de 2020.

DANIELLE KAREN DA SILVEIRA ARAÚJO LEITE

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital


1170
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 8 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0834646-74.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO BRADESCO S.A


Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ALBERTO MIRO DA SILVA FILHO OAB: 108504/MG
Participação: REU Nome: LUIZ GUILHERME DA SILVA CASTRO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DE BELÉM

SECRETARIA DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO: 0834646-74.2021.8.14.0301

ASSUNTO: [Cédula de Crédito Bancário]

CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: BANCO BRADESCO S.A

Sirvo-me do presente para intimar a parte requerente para que, no prazo de 5 (cinco) dias, efetue o
recolhimento das custas iniciais, conforme certidão juntada pela UNAJ em evento de ID 30035787.
(Prov.06/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

ALYSSON NUNES SANTOS

SERVIDOR DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

Número do processo: 0825297-18.2019.8.14.0301 Participação: INTERESSADO Nome: KAY DIONE


CARRILHO BENTES DONIS ROMERO Participação: REQUERENTE Nome: MARIA AMELIA BATISTA
BERBARY Participação: ADVOGADO Nome: IGOR COSME QUEIROZ MARTINS OAB: 016124/PA
Participação: ADVOGADO Nome: CAMILY ANNE TRINDADE DOS SANTOS OAB: 012725/PA
Participação: INVENTARIADO Nome: ERNANI AUGUSTO ANDRADE BERBARY Participação:
TERCEIRO INTERESSADO Nome: JULIO PEREIRA BARROS Participação: ADVOGADO Nome:
SILVANIA CRISTINA SILVA DE SOUSA BARROS OAB: 021902/PA Participação: TERCEIRO
INTERESSADO Nome: SILVANIA CRISTINA SILVA DE SOUSA BARROS Participação: ADVOGADO
Nome: SILVANIA CRISTINA SILVA DE SOUSA BARROS OAB: 021902/PA Participação: INTERESSADO
Nome: SILVANA CRISTINA BATISTA BERBARY Participação: ADVOGADO Nome: IGOR COSME
QUEIROZ MARTINS OAB: 016124/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAMILY ANNE TRINDADE DOS
SANTOS OAB: 012725/PA Participação: INTERESSADO Nome: MIGUEL AUGUSTO BATISTA
BERBARY Participação: ADVOGADO Nome: SIMONE CRISTINA AZEVEDO DOS SANTOS OAB:
6048/PA Participação: INTERESSADO Nome: HERNAN JOSE BATISTA BERBARY Participação:
1171
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ADVOGADO Nome: IGOR COSME QUEIROZ MARTINS OAB: 016124/PA Participação: ADVOGADO
Nome: CAMILY ANNE TRINDADE DOS SANTOS OAB: 012725/PA Participação: AUTORIDADE Nome:
FAZENDA NACIONAL NO ESTADO DO PARÁ Participação: AUTORIDADE Nome: ESTADO DO PARA
Participação: AUTORIDADE Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM

ALVARÁ JUDICIAL

PROC. nº 0825297-18.2019.814.0301

Ação: Ação de Inventário

Autora: MARIA AMELIA BATISTA BERBARY

Inventariado: ERNANI AUGUSTO ANDRADE BERBARY

FINALIDADE: AUTORIZAÇÃO em favor de Kay Dione Carrilho Bentes Donis Romero, Perita
Contadora, legalmente habilitada (CRC/PA nº 6.324), INVENTARIANTE JUDICIAL, para VENDA
em relação ao imóvel localizado na Rua Jerônimo Pimentel, nº 674, cidade de Belém, Estado do Pará.

ADVERTÊNCIA: Validade de 180 dias a contar da data de expedição.

Belém, 18 de agosto de 2021.

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito Titular da 8º Vara Cível de Belém

Número do processo: 0847161-44.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: IMPERIAL


INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL
OAB: 13179/PA Participação: EXECUTADO Nome: KATIA MORAES DE SOUZA registrado(a) civilmente
como KATIA MORAES DE SOUZA

ATO ORDINATÓRIO

Assunto: [Obrigação de Fazer / Não Fazer]

Classe: EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL (159)

Autor: EXEQUENTE: IMPERIAL INCORPORADORA LTDA

Nos termos do §3 do art. 10 da lei 8328/2015, intimo a parte autora para que proceda, no prazo de 15
(quinze) dias (Art. 290 NCPC), o recolhimento de custas iniciais, o fazendo nos moldes do §1º do art. 9º
da referida lei (Relatório+Boleto+Comprovante pagamento), sob pena de cancelamento da distribuição.
(Art. 1º, § 2º, I do Prov.06/2006 da CJRMB)

Belém, (Pa), 18 de agosto de 2021.

_______________________________________________

SERVIDOR DA 2º UPJ CÍVEL DE BELÉM


1172
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0826955-09.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MOACIR DA CRUZ


ROCHA Participação: ADVOGADO Nome: HELENA CLAUDIA MIRALHA PINGARILHO OAB: 46PA/PA
Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIO DE SOUZA MIRALHA PINGARILHO OAB: 12123/PA
Participação: AUTOR Nome: IEDA SALOMAO DA CRUZ ROCHA Participação: ADVOGADO Nome:
HELENA CLAUDIA MIRALHA PINGARILHO OAB: 46PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIO
DE SOUZA MIRALHA PINGARILHO OAB: 12123/PA Participação: REU Nome: CARMEN ISABEL
RIBEIRO CUNHA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0826955-09.2021.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: Nome: MOACIR DA CRUZ ROCHA


Endereço: Travessa Nove de Janeiro, 1974, 1302, São Brás, BELéM - PA - CEP: 66060-585
Nome: IEDA SALOMAO DA CRUZ ROCHA
Endereço: Travessa Nove de Janeiro, 1974, 1302, São Brás, BELéM - PA - CEP: 66060-585

RÉU: Nome: CARMEN ISABEL RIBEIRO CUNHA


Endereço: Rua Tiradentes, 590, 1101, Reduto, BELéM - PA - CEP: 66053-330

Indefiro o pedido de petição retro, pois o requerente não indica/informa especificamente sobre quais
veículos deve recair o pedido para ofício do DETRAN para suspensão do gravame para se proceder o
referido licenciamento.

Ademais, cumpra-se com o determinado em ID. 30318935.

Após realizada a diligência acima informada, retornem os autos para análise do pedido do ofício de ID.
28873899, quando o requerente acostar informações detalhadas dos veículos.

Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0867628-15.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ZUILA PEREIRA


1173
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

FEIO GAMA Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANA SERRAO PANTOJA OAB: 24366/PA
Participação: ADVOGADO Nome: MARIA DEMIA FROTA DE AGUIAR OAB: 23214/PA Participação:
INVENTARIADO Nome: MANOEL GAMA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

PROCESSO: 0867628-15.2019.8.14.0301

CLASSE: INVENTÁRIO (39)

AUTOR: Nome: ZUILA PEREIRA FEIO GAMA


Endereço: Passagem Santa Cruz, 103, CASA B, Telégrafo Sem Fio, BELéM - PA - CEP: 66115-080

RÉU: Nome: MANOEL GAMA


Endereço: Passagem Santa Cruz, 103, casa B, Telégrafo Sem Fio, BELéM - PA - CEP: 66115-080

Homologo para que produza seus efeitos jurídicos e legais o plano de partilha amigável apresentado às fls.
retro, uma vez que todas as exigências foram cumpridas.

Assim, homologo, por sentença, o referido plano, conforme o artigo 487, inciso III c/c art. 657, ambos
do Código de Processo Civil, e julgo extinto o processo com resolução de mérito, nos termos dos
artigos previamente mencionados.

Honorários como convencionado no termo.

Expeça-se o necessário para o cumprimento do formal de partilha.

Transitada em julgado, arquivando-se os autos em seguida.

Belém, 30 de março de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0855132-51.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: RAYSSA


GABRIELLE BAGLIOLI DAMMSKI Participação: ADVOGADO Nome: MAIARA LINHARES RUAS OAB:
295PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ WANDERLEY OLIVEIRA DE SOUZA JUNIOR OAB:
28572/PA Participação: ADVOGADO Nome: WENDERSON CARLOS PINTO MELO OAB: 23664/PA
Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANO SILVA MONTEIRO OAB: 27467/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ELENICE DOS PRAZERES SILVA OAB: 016753/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ALINE DE FATIMA MARTINS DA COSTA OAB: 13372/PA Participação: ADVOGADO Nome:
IVANA BRUNA NABOR TAMASAUSKAS OAB: 20970/PA Participação: REQUERIDO Nome: ATUAIS
1174
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

OCUPANTES DO IMÓVEL

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0855132-51.2019.8.14.0301

Classe: REINTEGRAÇÃO / MANUTENÇÃO DE POSSE (1707)

AUTOR: RAYSSA GABRIELLE BAGLIOLI DAMMSKI

RÉU: REQUERIDO: ATUAIS OCUPANTES DO IMÓVEL

Vistos etc.

Trata-se de Ação de Reintegração de Posse de bem imóvel proposta por RAYSSA GABRIELLE
BAGLIOLI DAMMSKI em desfavor dos ATUAIS OCUPANTES DO IMÓVEL objeto da presente demanda.

Alega a autora que adquiriu a propriedade do imóvel unidade Rua Rodolfo Chermont, nº 236, entre a
Avenida Tavares Bastos e o canal São Joaquim, Edifício, “Coaraci”, integrante do empreendimento
denominado “Reserva Ibiapaba”, apartamento nº 805, Bairro Marambaia, Belém/PA, mediante compra
feita através de leilão público realizado pelo BANCO SANTANDER BRASIL S.A, que inclusive outorgou a
competente escritura em favor da peticionante a qual foi devidamente registrada matricula nº 54.410, ficha
02 do 1º Registro de Imóveis de Belém.

Citado o réu não contestou no prazo, conforme certidão em ID. 22498666.

Autos conclusos.

É o relatório.

Decido.

A ausência de contestação faz nascer a presunção de veracidade dos fatos alegados pela autora. Assim,
faz nascer à presunção de veracidade dos fatos alegados pela autora, nos termos 344 do CPC. Por
consequência, o feito comporta julgamento antecipado nos termos do art. 355, II, do CPC. Demandado
para contestar a parte requerido quedou-se inerte, assim, decreto a revelia nos fundamentos aqui
informados.

Com efeito, a autora trouxe documento idôneo comprovando a propriedade, mais especificamente a
escritura acostada em ID. 13425667 e o inteiro teor da certidão cartorária acostada em ID. 13425666.

A reintegração de posse é o remédio processual adequado à restituição da posse àquele que a tenha
perdido em razão de um esbulho, sendo privado de seu poder físico sobre a coisa. Não é suficiente o
incômodo; essencial é que a agressão provoque a perda da possibilidade de controle e atuação material
no bem antes possuído, uma vez que nos termos do art. 926 do CPC: “o possuidor tem o direito de ser
mantido na posse em caso de turbação e reintegrado no caso de esbulho.”

O direito do possuidor de defender a sua posse contra terceiros é uma consequência jurídico produzida
pela necessidade geral de respeito a uma situação fática consolidada.
1175
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

O esbulho se caracteriza em situações em que a posse é subtraída por qualquer dos vícios objetivos,
enumerados no art. 1200 do Código Civil, quais sejam: a violência, precariedade e clandestinidade.

No caso em análise entendo que há precariedade na posse do réu, o que justifica legitimidade do autor
para intentar pedido de reintegração de posse, já que a ação se quer foi contestada em face da revelia da
parte ré.

ANTE O EXPOSTO, julgo PROCEDENTE o pedido de reintegração de posse, extinguindo o feito com
resolução do mérito, devendo o bem ser restituído definitivamente à requerente, nos termos da inicial.

Considerando o caráter dúplice das ações possessórias, expeça-se mandado de reintegração definitiva de
posse do bem objeto da presente lide em favor dos demandantes.

Fique desde já autorizada, se necessário, o arrombamento do imóvel bem como o uso da força policial,
expedindo-se ofício para o Comando da Polícia Militar.

Condeno ainda os réus o pagamento dos impostos, taxas e quaisquer outros encargos que recaiam ou
venham a recair sobre o imóvel durante a ocupação precária, cuja posse tenha sido transferida para o
fiduciário, ,até a data em que o fiduciário vier a ser imitido na posse; bem como da taxa de ocupação no
valor de R$ 3.200,00 (três mil e duzentos reais) por mês de ocupação, adotando-se como base o valor
indicado na matrícula do imóvel, a incidir desde do mês de ocupação indevido da propriedade
(setembro/2019), considerando que o autor é sub-rogatório de todos os direitos do BANCO SANTANDER
BRASIL S.A sobre o imóvel.

Por fim, condeno o réu no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que, com amparo
no art. 82 §2 e 85, do CPC, arbitro em 10% do valor líquido da condenação.

Quitadas as custas e certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa na


distribuição.

P.R.I.C.

Belém, 17 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0841517-23.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: B. I. S. Participação:


ADVOGADO Nome: JOSE CARLOS SKRZYSZOWSKI JUNIOR OAB: 45445/PR Participação: REU
Nome: R. L. B. D. S.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL
1176
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo: 0841517-23.2021.8.14.0301

Classe: BUSCA E APREENSÃO EM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA (81)

AUTOR: Nome: BANCO ITAUCARD S/A


Endereço: Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100, Torre Olavo Setubal 7 Andar, Parque Jabaquara,
SãO PAULO - SP - CEP: 04344-902

RÉU: Nome: REGINA LUCIA BRITO DOS SANTOS


Endereço: Passagem Oliveira, 58, Marambaia, BELéM - PA - CEP: 66615-040

Vistos etc.

Trata-se de AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO de veículo automotor ajuizado com fundamento no


Decreto-Lei 911, de 01/10/1969.

As partes estão devidamente identificadas na inicial.

O autor sustenta que concedeu o requerido financiamento para aquisição do veículo descrito da inicial,
que deveria ser pago na forma e condições contratualmente estabelecidas, as quais não estão sendo
cumpridas pela ré, tendo sido notificada extrajudicialmente.

Requereu a concessão da liminar a procedência do pedido.

É o relatório. Decido.

O art. 3º do DL 911/69 impõe a concessão da liminar diante da mora, cuja prova se faz pela notificação
(art. 2º § 2º), juntada aos autos pelo requerente e enviada para o endereço da parte requerida, o que se
mostra suficiente (RECURSO ESPECIAL Nº 897.593 – SP e AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 752.529
– RS).

No sentido da firmação acima, reproduzo a menta do AgRg no Resp. 752.529 – MS:

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. BUSCA E APREENSÃO. VENCIMENTO DO


PRAZO. CARACTERIZAÇÃO DA MORA. NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL. OCORRÊNCIA. AGRAVO
REGIMENTAL NÃO PROVIDO. APLICAÇÃO DE MULTA. 1. Constituído em mora o devedor, seja por
meio de notificação extrajudicial ou protesto de título, é de rigor a concessão da liminar na ação de
busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente. 2. Agravo regimental não-provido.

Assim defiro a liminar e determino a busca e apreensão do veículo, que deve ser depositado com o
representante legal do requerente ou quem por ele for indicado por escrito.

No prazo de 5 (cinco) dias depois de executada a liminar a requerida “poderá pagar a integralidade da
dívida pendente, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na
qual o bem lhe será restituído livre do ônus”.

A requerida poderá apresentar resposta, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do cumprimento da


liminar, ficando ciente que não o fazendo serão presumidos como verdadeiros os fatos alegados na
petição inicial (art. 344, CPC), permitindo o julgamento antecipado, nos termos do art. 355 do Código de
Processo Civil.

A cópia desta decisão servirá como mandado de citação e intimação, nos termos do Provimento
n.º03/2009-CJRMB, de 22.01.2009.
1177
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Cite-se. Intime-se. Cumpra-se.

Expeça-se o necessário.

Belém, 17 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0852719-31.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EDMIR CLAUDIO


NASCIMENTO FURTADO Participação: ADVOGADO Nome: MARLON TAVARES DANTAS OAB:
1832/RR Participação: REU Nome: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT
S.A. Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTA MENEZES COELHO DE SOUZA registrado(a)
civilmente como ROBERTA MENEZES COELHO DE SOUZA OAB: 11307/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0852719-31.2020.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: Nome: EDMIR CLAUDIO NASCIMENTO FURTADO


Endereço: Passagem Santa Maria, 423, Sacramenta, BELéM - PA - CEP: 66120-300

RÉU: Nome: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A.


Endereço: Rua Senador Dantas, 74, 5 andar, Centro, RIO DE JANEIRO - RJ - CEP: 20031-205

Nomeio para realizar a perícia o Doutor Manoel Gionovaldo Freire Lourenço, Fisioterapeuta,
CREFITO/nº 8205, com endereço à Av. Visconde de Ihaúma, nº 1847, Pedreira, CEP 66.087-640,
Belém/Pará, com telefones para contato com números 3355-0798 e 98819-7519, seguindo as
determinações abaixo:

a) a) Intime-se o perito, para informar, no prazo de 5 (cinco) dias, se aceita do encargo. Considerando que
a autora é beneficiária da assistência judiciária gratuita, na forma da Lei 1.060/1950, a presente diligência
será paga pelo Tribunal de Justiça nos termos do Art. 3º do Provimento Conjunto nº.
010/2016/CJRMB/CJCI.

b) Após o aceite do perito, intimem as partes, para, querendo, indicar assistentes técnicos e formular os
quesitos, em 15 (quinze) dias consoante o art. 465, §1º, II e III, do CPC;

d) O Sr. Perito deverá realizar o exame pericial atentando-se aos quesitos a serem especificados pelas
partes e cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de
compromisso;
1178
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

e) Fixo o prazo de 30 (trinta) dias para que a Sr. Perito apresente o laudo pericial;

f) Autorizo o pagamento dos 50% honorários em favor do Sr. Perito no início dos trabalhos, a serem
liberados por alvará judicial, tendo em vista as despesas iniciais para a confecção do laudo, devendo o
remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos
necessários conforme art. 465, §4º, do CPC;

f) Após a apresentação do laudo, intimem-se as partes para, querendo, se manifestarem no prazo comum
de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu
respectivo parecer nos termos do art. 477, §1º do CPC.

Expeça-se o necessário.

Intimar e cumprir.

Belém, 17 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0846716-26.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: WLADIMIR BRITO


DO NASCIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: CAROLINE SILVA VARGAS OAB: 5943/PA
Participação: REQUERENTE Nome: WALDECIR BRITO DO NASCIMENTO Participação: ADVOGADO
Nome: CAROLINE SILVA VARGAS OAB: 5943/PA Participação: REQUERENTE Nome: VALDINEI BRITO
DO NASCIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: CAROLINE SILVA VARGAS OAB: 5943/PA
Participação: REQUERENTE Nome: VANIA DO SOCORRO BRITO DO NASCIMENTO Participação:
ADVOGADO Nome: CAROLINE SILVA VARGAS OAB: 5943/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0846716-26.2021.8.14.0301

Classe: OUTROS PROCEDIMENTOS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA (1294)

AUTOR: Nome: WLADIMIR BRITO DO NASCIMENTO


Endereço: Rua Rio Japurá, 369, Vila D-2, Porto Trombetas, Centro, PORTO TROMBETAS (ORIXIMINÁ) -
PA - CEP: 68275-000
Nome: WALDECIR BRITO DO NASCIMENTO
Endereço: Passagem Vila Nova, 21, Sacramenta, BELéM - PA - CEP: 66120-510
Nome: VALDINEI BRITO DO NASCIMENTO
Endereço: Rua Padre João, 256, Sacramenta, BELéM - PA - CEP: 66123-320
Nome: VANIA DO SOCORRO BRITO DO NASCIMENTO
Endereço: Passagem Vila Nova, 20, Sacramenta, BELéM - PA - CEP: 66120-510
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

RÉU:

Antes de apreciar o feito, intime-se a autora para emendar a inicial, no prazo de 15 (quinze) dias, juntando
aos autos os documentos necessários para instruir a demanda, como a certidão de óbito do de cujus, bem
como Certidão de Inexistência de Dependentes do de cujus habilitados junto à Previdência Social e
declaração de Inexistência de Bens a inventariar em nome do falecido; sob pena do indeferimento da
inicial e consequente extinção do feito sem resolução do mérito.

Intime-se, cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0827191-97.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: THAISSA SILVA ROCHA


Participação: ADVOGADO Nome: ROSSIVALDO FERREIRA MAIA OAB: 21368/PA Participação: REU
Nome: UNILANCE ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
BARBARA MARTINS DE OLIVEIRA OAB: 407519/SP

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0827191-97.2017.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: THAISSA SILVA ROCHA

RÉU: REU: UNILANCE ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA

AÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO C/C RESTITUIÇÃO DE VALORES C/C INDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS movida por THAISSA SILVA ROCHA em face de UNILANCE ADMINISTRADORA DE
CONSÓRCIO LTDA.

Cuida-se de pedido que objetiva a devolução imediata das prestações pagas, com correção monetária,
alegando a autora que firmou com a requerida uma proposta de adesão de nº 187982, na qual adquiriu
uma Carta Crédito no valor de R$ 170.000,00 (cento e setenta mil) reais para compra um caminhão dando
uma entrada via depósito no valor de R$ 7.400,00 (sete mil e quatrocentos) reais. Informa que um dos
funcionários da empresa lhe garantiu que a carta de crédito seria liberada. Alega que lhe informaram que
iria ser restituído todos os valores caso não recebesse a carta de crédito e, como não saiu, o autor pleiteou
a rescisão do contrato com a restituição dos valores.

Devidamente citado, o réu contestou conforme. Em resposta, a Administradora reclamada veio noticiar que
1180
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

a requerente celebrou por meio de adesão contrato de consórcio e pagou R$ 7.444,47 (sete mil
quatrocentos e quarenta e quatro reais e quarenta e sete centavos), alega que a mesma adquiriu uma cota
de consórcio registrada sob o nº 499, do grupo 1115, que previa taxa de administração de 15% e multa.
Informa ainda que o grupo ao qual foi alocada encerrará suas atividades em 24 de fevereiro de 2022,
quando efetivamente terá direito ao reembolso acaso não seja sorteada até esta data, como determina a
lei.

O processo, conforme depreende-se, está completamente instruído e como a matéria é eminentemente de


direito, vieram conclusos para julgamento.

É o relatório.

DECIDO.

Primeiramente, ratifico a concessão da gratuidade da justiça em favor da autora conforme legislação


processual civil em seu art. 98 e seguintes.

Da Relação de Consumo

A relação entre as partes é de consumo. Para que não paire dúvidas sobre a relação jurídica entabulada
entre as partes, assim é necessária a inversão do ônus da prova, nos termos do inciso VIII do artigo 6° do
Código de Proteção e Defesa do Consumidor. Assim sendo, estamos diante de um caso típico do Direito
do Consumidor, imputando-se, pelos documentos acostados aos autos, a referida inversão.

Estamos diante de uma possível falha na prestação do serviço que gerou um dano ao consumidor. Assim,
há de perseguir a questão da responsabilidade civil na seara consumerista. Inescusável que o quadro
fático traz à tona falha na prestação do serviço de consórcio. E, como já esclarecido que a relação jurídica
entabulada entre as partes é de consumo, o Código de Defesa do Consumidor é aplicável à espécie,
abrindo-se, no caso, também por esse ângulo, a responsabilidade objetiva da ré.

Do Mérito

A natureza da ação já se encontra com entendimento pacificado por este juízo. Do que se depreende da
leitura dos autos, o autor desistiu unilateralmente do contrato e quer sua restituição do investimento inicial
suportado. Importante observar as alterações trazidas ao sistema de consórcios pela Lei nº 11.795/2008,
tendo sido instituída pelo art. 30 da referida norma a obrigação de a Administradora de Consórcio efetuar a
contemplação por sorteio do saldo relativo às quantias pagas pelo consorciado que se retira do grupo ao
Fundo Comum e ao Fundo de Reserva, apuradas na data da respectiva Assembleia Geral Ordinária de
Contemplação, corrigido pelo rendimento da aplicação financeira a que estão sujeitos os recursos dos
consorciados. O grupo de consórcio que o reclamante integrou já está sob a vigência da nova lei, razão
pela qual a devolução dos valores pagos ao Fundo Comum e ao Fundo de Reserva não poderá ser
antecipada, mas somente através dos sorteios mensais, já que os demais consorciados não poderão arcar
com os prejuízos causados ao grupo pela desistência e exclusão do Reclamante.

O Reclamante aderiu, segundo documento acostado em ID. 7484248 pela requerida, ao Grupo 115 em 21
de dezembro de 2015, quando já em vigor a lei nº 11.795/2008, ou seja, submetendo-se, portanto, a ela a
conclusão a ser prolatada nestes autos. Importante frisar que sendo um contrato tipicamente de adesão,
há de se levar em conta a livre e espontânea vontade do aderente em aceitar o pactuado, só podendo ser
afastado o pacto em caso de vício de vontade, em casos de nulidade contratual e flagrante abusividade de
suas cláusulas, o que não é o caso aqui analisado.

Pela nova lei dos consórcios, somente se dará por sorteio a devolução ao consorciado desistente dos
valores pagos ao Fundo Comum e ao Fundo de Reserva, combinando-se o art. 30 com o art. 22 e seu
parágrafo 2º, que dizem:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Artigo 30 - O consorciado excluído não contemplado terá direito à restituição da importância paga ao
fundo comum do grupo, cujo valor deve ser calculado com base no percentual amortizado do valor do bem
ou serviço vigente na data da assembleia de contemplação, acrescido dos rendimentos da aplicação
financeira a que estão sujeitos os recursos dos consorciados enquanto não utilizados pelo participante, na
forma do artigo 24, §1º.

Art. 22. A contemplação é a atribuição a consorciado do crédito para a aquisição de bem ou serviço, bem
como, para a restituição das parcelas pagas, no caso dos consorciados excluídos, nos termos do art. 30.

(...)

§ 2º. Somente concorrerá à contemplação o consorciado ativo, de que trata o art. 21, e os excluídos, para
efeito de restituição dos valores pagos, na forma do art. 30.

Temos que, no domínio da lei anterior, algumas decisões divergentes diziam que a cláusula
contratual que contivesse a previsão de devolução das prestações pagas pelo consorciado
somente após o término do grupo colocaria o consumidor em desvantagem exagerada, afigurando-
se nula de pleno direito, nos termos do art. 51, IV, e § 1º, do CDC, vez que o seu cumprimento
causaria enriquecimento sem causa da administradora.

E até existente a esse respeito o Enunciado FONAJE nº 109, assim:

Enunciado 109 - É absurda a cláusula que prevê a devolução das parcelas pagas à administradora
de consórcio somente após o encerramento do grupo. A devolução deve ser imediata, os valores
atualizados desde os respectivos desembolsos e os juros de mora computados desde a citação
(aprovado no XIX Encontro Aracaju/SE).

No entanto, para os grupos formados até 05/02/2009, o STJ pacificou a questão, dizendo ser
entendimento assente na Corte que, em caso de desistência do plano de consórcio, a restituição
das parcelas pagas pelo participante far-se-á de forma corrigida, porém não de imediato, e sim em
até 30 dias a contar do prazo previsto contratualmente para o encerramento do grupo
correspondente.

Em conclusão, tendo a reclamante aderido ao grupo de consorciados somente a partir de


21/12/2015, aplica-se à sua situação, então, a lei nº 11.795/2008, regulamentando que somente se
dará por sorteio a devolução ao consorciado desistente dos valores pagos ao Fundo Comum e ao
Fundo de Reserva, combinando-se o art. 30 com o art. 22 e seu parágrafo 2º.

Por força do exposto, nenhum pedido do autor merece prosperar, nem a tentativa dos danos
morais, uma vez que, por força de lei, não há abusividade e nem ilegalidade diante do pactuado
entre as partes e da postura da ré em ter que devolver de imediato as parcelas pagas somente após
o respectivo sorteio como já fundamentado alhures.

Do Dispositivo

PELO EXPOSTO e pelo mais que dos autos consta, JULGO IMPROCEDENTE o pedido, extinguindo
o processo com resolução do mérito com base no art. 487, I, do CPC/2015.

Por fim, condeno o autor a pagar as custas processuais e aos advogados dos réus honorários
advocatícios que fixo em 10% sobre o valor da causa, tudo concernente à Seção III do Código de
Processo Civil. No entanto, tais obrigações ficarão sob condição suspensiva da exigibilidade e somente
poderão ser executadas, se nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão, ambos
demonstrarem que deixou de existir, em relação a parte contrária, a situação de insuficiência de recursos,
conforme o §3º do art. 98, do CPC.
1182
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Transitado em julgado, se sem recurso, arquivem-se os autos.

P. R. I. C

Belém, 18 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0819478-32.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JOAO DE SOUZA


MESQUITA NETO Participação: ADVOGADO Nome: JOYCE FRANCISCA ARAUJO BEZERRA
MESQUITA OAB: 47170/PE Participação: ADVOGADO Nome: HERICA BEATRIZ UCHOA DA SILVA
OAB: 11237/MA Participação: REQUERENTE Nome: MARIA DO SOCORRO ARAUJO BEZERRA
Participação: ADVOGADO Nome: JOYCE FRANCISCA ARAUJO BEZERRA MESQUITA OAB: 47170/PE
Participação: ADVOGADO Nome: HERICA BEATRIZ UCHOA DA SILVA OAB: 11237/MA Participação:
INVENTARIADO Nome: JESSICA ARAUJO BEZERRA MESQUITA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0819478-32.2021.8.14.0301

Classe: INVENTÁRIO (39)

AUTOR: Nome: JOAO DE SOUZA MESQUITA NETO


Endereço: praça getulio vargas, 44, CENTRO, IPOJUCA - PE - CEP: 55590-000
Nome: MARIA DO SOCORRO ARAUJO BEZERRA
Endereço: praça getulio vargas, 44, CENTRO, IPOJUCA - PE - CEP: 55590-000

RÉU: Nome: JESSICA ARAUJO BEZERRA MESQUITA


Endereço: Travessa Barão de Mamoré, 306, ED JOAO PAULO I, Guamá, BELéM - PA - CEP: 66073-070

Compulsando os autos, verifica-se que a inventariante informa impossibilidade de comparecer em


juízo para assinatura do Termo de Inventariante, quando da apresentação das Primeiras Declarações, ID.
25391673 (fls. 01/02).

Os presentes autos não se coadunam com o rito do Arrolamento que é regulado a partir do art.
1031 do CPC e a dispensa do compromisso está contida no art. 1036 do mesmo estatuto processual.
Assim, sendo uma Ação de Inventário pelo rito ordinário, não há como se dispensar o compromisso afeto
ao regular andamento do feito.

Neste sentido, tendo em vista que a inventariante está impossibilitada de assinar pessoalmente o
termo de compromisso pela sua condição de risco frente à pandemia de Covid-19 que assola o país e/ou
por estar residindo município distante desta Comarca, determino que o referido termo possa ser assinado
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

pelo patrono com poderes especiais para tanto, isso porque o inventariante tem 05 (cinco) dias para
prestar esse compromisso quando convocado pelo juiz, podendo ser assinado pelo advogado do
inventariante desde que exista procuração com poderes específicos para isso.

Intimar e cumprir.

Belém, 17 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0846946-05.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EDER SANTOS AMARAL


Participação: ADVOGADO Nome: HERMENEGILDO ANTONIO CRISPINO OAB: 1643/PA Participação:
REU Nome: BANCO DO BRASIL SA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0846946-05.2020.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: Nome: EDER SANTOS AMARAL


Endereço: Travessa Pirajá, 2350, APTO 501-A, Marco, BELéM - PA - CEP: 66095-631

RÉU: Nome: BANCO DO BRASIL SA


Endereço: RUA CAMILO VIANA, 665, CENTRO, RONDON DO PARá - PA - CEP: 68638-000

Trata-se de AÇÃO ORDINÁRIA DE COMPOSIÇÃO CONTRATUAL COM PEDIDO DE DAÇÃO EM


PAGAMENTO OU COMPENSAÇÃO DE DÍVIDA C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA movida por
EDER SANTOS AMARAL em face de BANCO DO BRASIL S.A.

O autor alega que firmou com o requerido três cédulas rurais pignoratícias e hipotecárias, juntas,
totalizando R$ 521.003,74 (quinhentos e vinte e um mil, três reais e setenta e quatro centavos). Alega que
garantia do Penhor e Hipoteca Cedular das três Cédulas Rurais Pignoratícias e Hipotecárias é o imóvel
registrado sob o nº R-02, matrícula 6.967 no livro 2 Registro Geral e sob o nº R-1/2.567, no livro 3,
Registro Auxiliar, no Cartório do Único Ofício de Rondon do Pará/PA. Por fim, informa que pela situação
pandêmica, teve diminuição de sua força econômica.

Além de outras arguições, pleiteou tutela antecipada para sustar a cobrança e a execução das garantias
afetas às cédulas, oferecendo dação em pagamento.

Juntou documentos.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

É o relatório.

DECIDO.

O pedido de tutela de urgência e a consequente concessão da tutela, se fundamenta em dois requisitos


basilares: um, a probabilidade do direito e outro o risco de dano ou a utilidade a processo, nos termos do
art. 300 do CPC.

Assim, pode o magistrado, conceder a tutela requerida, nos termos do art. 300, §2º do CPC, quando
encontra os requisitos ensejadores e justificadores para a concessão da medida pleiteada.

No caso em tela, os elementos acima citados parecem estar presentes, de forma a ser alcançado em juízo
sumário e preliminar, de modo que este juízo se convença da necessidade e utilidade da medida de
urgência. O pedido da autora demonstra um risco de grave dano de difícil reparação, pois pede sustação
de protesto da cédula hipotecária indicada na exordial que, se feita, poderá trazer prejuízos comerciais
imensuráveis ao autor. Como o mesmo está oferecendo dação em pagamento e assume o débito perante
a requerida, por uma questão de humanidade em face do período pandêmico que enfrentamos, entendo
prudente deferir a medida de urgência, pelo menos até o requerido aceitar ou não a dação oferecida.

O pedido que justifica a tutela de urgência, salvo melhor juízo, deveria vir demonstrando a existência dos
requisitos para concessão da medida, aqueles definidos nos artigos acima mencionado. Nesse sentido,
quer o autor nesta sede de tutela de urgência, uma obrigação de fazer que entendo ser, a priori, inofensiva
para ambas as partes. O direito alegado, embora só possa ser apreciado após a instrução processual,
garantido o devido processo legal, com a ampla defesa e o contraditório, pode ter seus efeitos antecipados
em face da natureza prestacional da demanda.

Não se trata, como sabido de antecipação de julgamento de mérito, mas de mera concessão da tutela,
podendo ser revogada a qualquer tempo se, o requerido, entender não aceitar a proposta do requerente
de dação em pagamento.

Assim sendo, defiro, a priori, o pedido de tutela de urgência requerida para determinar que a
demandada não realize o protesto da Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária de nº 40/01243-3, bem
como não realize a inscrição do nome do Requerente nos cadastros de proteção ao crédito (SERASE,
SPC, CADIN), enquanto durar a presente demanda ou até que seja analisada a sua resposta.

Ademais, cite-se o réu para apresentar suas manifestações, inclusive sobre a proposta de dação, nos
termos da inicial no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de revelia nos termos da legislação processual.

Por fim, ainda que a autora já tenha se mostrado favorável ou não neste sentido, para evitar uma
infrutífera audiência conciliatória, protelando o processo, ainda mais tendo em conta a situação
excepcional de Pandemia de COVID-19 que assola o mundo e o Estado, informem as requeridas desde já
se possuem interesse na conciliação no prazo de 05 (cinco) dias, se assim ambas optarem, fiquem
cientes de que o prazo da contestação será aberto da data da realização da respectiva audiência.

A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-
CJRMB, de 22.01.2009.

Belém, 17 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
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Número do processo: 0856604-53.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JORGE AMORAS


CASTRO Participação: ADVOGADO Nome: KENIA SOARES DA COSTA OAB: 15650/PA Participação:
REU Nome: BANCO BRADESCO S.A

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0856604-53.2020.8.14.0301

Classe: EMBARGOS À EXECUÇÃO (172)

AUTOR: Nome: JORGE AMORAS CASTRO


Endereço: Passagem Três Irmãos, 14, Marco, BELéM - PA - CEP: 66095-612

RÉU: Nome: BANCO BRADESCO S.A


Endereço: Banco Bradesco S.A., Rua Benedito Américo de Oliveira, s/n, Vila Yara, OSASCO - SP - CEP:
06029-900

Vistos.

Inicialmente, ante a declaração de hipossuficiência firmada pela parte autora e por não haver nos autos,
até então, elementos que a contrarie, CONCEDO-LHE OS BENEFÍCIOS DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
, conforme artigo 98 e seguintes do CPC, e, desde já, a ADVIRTO da penalidade prevista no parágrafo
único do artigo 100 do referido diploma legal.

Assim sendo:

1. Recebo os embargos, devendo os autos correrem em dependência aos de n° 0837640-


12.2020.8.14.0301 pelo sistema PJE.

2. Recebo os presentes embargos, a priori, sem efeito suspensivo, por não vislumbrar perigo de dano
premente ou de difícil reparação ao embargante neste momento.

3. Abra-se vista destes autos à parte Embargada para manifestação no prazo de 15 (quinze) dias, ex vi
do disposto no artigo 920, I, do Código de Processo Civil.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0852475-05.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: GISLANIA PONTE


FRANCES BRITO Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANO SILVA MONTEIRO OAB: 27467/PA
Participação: ADVOGADO Nome: KATHLEEN VASCONCELOS LIMA OAB: 29054/PA Participação:
ADVOGADO Nome: LUIZ WANDERLEY OLIVEIRA DE SOUZA JUNIOR OAB: 28572/PA Participação:
ADVOGADO Nome: RAYSSA GABRIELLE BAGLIOLI DAMMSKI OAB: 26955/PA Participação:
ADVOGADO Nome: IVANA BRUNA NABOR TAMASAUSKAS OAB: 20970/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ALINE DE FATIMA MARTINS DA COSTA OAB: 13372/PA Participação: ADVOGADO Nome:
WENDERSON CARLOS PINTO MELO OAB: 23664/PA Participação: REQUERIDO Nome: ANGELO
OLIVEIRA NUNES Participação: REQUERIDO Nome: MARILIA GABRIELA DE FATIMA DO AMARAL
MACHADO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0852475-05.2020.8.14.0301

Classe: DESPEJO (92)

AUTOR: Nome: GISLANIA PONTE FRANCES BRITO


Endereço: Travessa Angustura, 2932, 1702, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66087-710

RÉU: Nome: ANGELO OLIVEIRA NUNES


Endereço: Avenida Conselheiro Furtado, 2438, apartamento 702, Cremação, BELéM - PA - CEP: 66040-
100
Nome: MARILIA GABRIELA DE FATIMA DO AMARAL MACHADO
Endereço: Avenida Conselheiro Furtado, 2438, apartamento 702, Cremação, BELéM - PA - CEP: 66040-
100

Vistos etc.

Trata-se de AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO C/C COBRANÇA DE ALUGUÉIS COM
PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA EM CARÁTER LIMINAR com pedido LIMINAR movida por
GISLANCIA PONTE FRANCES BRITO em face de ANGELO OLIVEIRA NUNES e MARILIA GABRIELA
DE FÁTIMA DO AMARAL MACHADO.

Afirma a parte autora na peça inicial que alugou para os requeridos o imóvel em discussão, por meio de
contrato escrito. Ocorre que, de acordo com o requerente, os locatários deixaram de pagar os aluguéis, no
que fundamentou seu pedido de antecipação dos efeitos da tutela. Informa ainda que o contrato de
locação tinha vigência pelo período de 24 (vinte a quatro) meses, com termo inicial em 24/10/2019 e
término em 23/10/2021, com o valor do aluguel no importe de R$ 1.400,00 (hum mil e quatrocentos reais),
pagos todo o dia 20 (vinte) de cada mês, depositados na conta indicada na cláusula 2ª do contrato, com
garantia de caução no importe de R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos reais).

Diante do inadimplemento contratual locatício há mais de 08 (oito) meses (atraso dos aluguéis referentes
aos meses com vencimento a partir do mês de janeiro de 2020, até ao menos a data da propositura da
presente demanda) que gerou o débito em face da requerida na monta de mais de R$ 15.529,13 (quinze
mil, quinhentos e vinte e nove reais e treze centavos), a parte autora pleiteia por meio desta demanda a
concessão da tutela antecipada para imediata desocupação do imóvel locado aos réus e no mérito sejam
os mesmos condenados ao pagamento do respectivo valor referente aos aluguéis em atraso.

A matéria é de entendimento pacificado por este juízo que, ao analisar os autos da inicial e de tudo o que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

mais neles consta, digna-se a apreciar a demanda de forma justa frente ao descumprimento contratual.

Juntou documentos.

É BREVE O RELATÓRIO.

DECIDO.

Primeiramente, indefiro o benefício da Justiça Gratuita posto este juízo não ter se convencido da
hipossuficiência da demandante em face dos documentos colacionados em ID. retro.

A Lei de Locações – Lei nº 8.245/91 prevê, em seu art. 59, §1º, inciso IX, que a liminar “inaudita altera
parte” para desocupação do imóvel alugado poderá ser concedida, mediante caução do locador, nos
casos de falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação no vencimento, nos casos em que o
contrato não esteja garantido por nenhuma das modalidades previstas no art. 37 da mesma norma.

Compulsando os autos e analisando o contrato de locação e, ID. 19896321, o mesmo encontra-se provido
de caução. Em que pese à caução seja uma das modalidades admitidas pela Lei n. 8.245/1991 (art. 37, I),
o que se verifica no caso sob análise é que o montante devido pelo locatário ultrapassa ao valor da
garantia prestada.

Nessas circunstâncias, é forçoso reconhecer a extinção da garantia prestada, ou seja, que o


contrato se encontra desprovido de garantias. Logo, perfeitamente cabível a aplicação do dispositivo
acima mencionado, o qual admite a concessão do despejo liminar, prestada caução, pelo locador, no valor
equivalente a três meses de aluguel.

Nesse sentido:

LIMINAR - DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO - LOCAÇÃO DE IMÓVEL - CONTRATO VERBAL


SEM GARANTIA LOCATÍCIA - PEDIDO DE LIMINAR FUNDADO NO ART. 59, § 1º, IX DA LEI N. 8.245/91
- CAUÇÃO - ADMISSIBILIDADE. Evidenciada a mora do locatário, e estando o contrato de locação,
porque verbal, desprovido de garantia locatícia, e prestada a caução de três alugueres, tem-se por
autorizada a concessão da liminar para desocupação em quinze dias, vez que presentes os
requisitos legais exigidos pelo art. 59, § 1º, IX da Lei n. 8.245/91, incluído pela Lei 12.112/2009. O
"termo de confissão de dívida com penhor mercantil", não configura espécie de garantia locatícia prevista
no art. 37 da lei de locações, em especial por referir-se apenas aos locativos em atraso no período de
janeiro a setembro de 2006. (TJ-SP, 35ª Câmara de Direito Privado, AI: 990103418751 SP, Relator: Clóvis
Castelo, Julgado em 16/08/2010 e Publicado em 25/08/2010). (Grifei)

No entanto, de acordo com a jurisprudência é cabível a dispensa de caução pelo locador, para
considerá-la incidente sobre os créditos decorrentes da própria locação, vez que o alegado
inadimplemento dos locativos ultrapassou o valor equivalente a três meses de aluguel.

Confira-se:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. LOCAÇÃO. AÇÃO DE DESPEJO. falta de pagamento. LIMINAR.


CAUÇÃO. Possibilidade de dispensa da caução prevista no art. 59, IX, da Lei n.º 8.245/91, pelo
locador, no sentido de que recaia sobre os créditos decorrentes da locação, em razão de o
inadimplemento ser superior ao valor equivalente a três meses de aluguel. PRECEDENTES.
AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (TJRS, RAI Nº 70068583442, 16ª Câmara Cível, Relator Desa.
Catarina Rita Krieger Martins, Julgado em 09/03/2016).

Por tais motivos, concedo a liminar requerida, com a dispensa da caução, para determinar que a
requerida desocupe voluntariamente o imóvel no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de despejo
compulsório, sem a necessidade de expedição de novo mandado.
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Cite-se as requeridas para no prazo de 15 dias, requerer a purgação da mora ou defender-se, ficando
cientes que a falta de defesa implicará em revelia e confissão quanto a matéria de fato nos termos do art.
344 do Código de Processo Civil.

Cientifique-se eventuais sublocatários e ocupantes.

Arbitro os honorários advocatícios, para o caso de purgação da mora, em 10% do débito no dia do efetivo
pagamento.

A presente medida de liminar com a consequente expedição de Mandado ficará condicionada ao


pagamento das custas iniciais pela autora, não o fazendo no prazo de 72 horas, certifique a
Secretaria e retornem os autos conclusos para análise.

A cópia desde despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB,
de 22.01.2009.

Intimar e cumprir.

Belém, 17 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0848423-63.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: VANESSA DA


PAIXAO ALVES Participação: ADVOGADO Nome: MANOEL FRANCISCO PASCOAL JUNIOR OAB:
10778/PA Participação: ADVOGADO Nome: VANESSA COMESANHA PEREIRA OAB: 26952/PA
Participação: REQUERENTE Nome: FERNANDA HELENA DA PAIXAO ALVES Participação:
ADVOGADO Nome: MANOEL FRANCISCO PASCOAL JUNIOR OAB: 10778/PA Participação:
ADVOGADO Nome: VANESSA COMESANHA PEREIRA OAB: 26952/PA Participação: REQUERIDO
Nome: ALTEMIR CIRINO PEREIRA JUNIOR

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0848423-63.2020.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: Nome: VANESSA DA PAIXAO ALVES


Endereço: Rua Rodolfo Chermont,, 74, Passagem São José, Marambaia, BELéM - PA - CEP: 66615-170
Nome: FERNANDA HELENA DA PAIXAO ALVES
Endereço: Rua Rodolfo Chermont, 74, Passagem São José, Marambaia, BELéM - PA - CEP: 66615-170

RÉU: Nome: ALTEMIR CIRINO PEREIRA JUNIOR


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Endereço: Rua Revolução Cubana, 22, (Res Olga Benário), Águas Lindas, BELéM - PA - CEP: 66690-250

Tratam-se dos autos da AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL C/C TUTELA DE BUSCA E APREENSÃO
movida por VANESSA DA PAIXÃO ALVES e FERNANDA HELENA DA PAIXÃO ALVES em face de
ALTEMIR CIRINO PEREIRA JUNIOR.

Defiro, a priori, os benefícios da Justiça Gratuita nos termos do art. 98 e seguintes.

O pedido de tutela de urgência e a consequente concessão da tutela, se fundamenta em dois requisitos


basilares: um, a probabilidade do direito e outro o risco de dano ou a utilidade a processo, nos termos do
art. 300 do CPC.

Assim, pode o magistrado, conceder a tutela requerida, nos termos do art. 300, §2º do CPC, quando
encontra os requisitos ensejadores e justificadores para a concessão da medida pleiteada.

No caso em tela, os elementos acima citados não estão presentes, de forma a ser alcançado em juízo
sumário e preliminar, de modo que este juízo se convença da necessidade e utilidade da medida de
urgência. O pedido da autora depende de dilação probatória maior, pois o pedido da tutela acaba se
confundindo com o próprio mérito, uma vez que pleiteia que lhe seja deferido provisoriamente a busca e
apreensão de bem que é objeto do contrato estipulado entre as partes e que será analisado no momento
oportuno. Ou seja, pedido que se confunde com o próprio mérito, posto que a busca e apreensão/
obrigação de fazer, poderá ser concedido quando da análise do mérito. Assim, por cautela, deve-se
aguardar o estabelecimento do contraditório.

De fato, os documentos acostados aos autos com a inicial, ainda que possam ser considerados
suficientes, em um primeiro momento, carecem de uma análise mais acurada para erigir qualquer
conclusão sobre a existência da possibilidade do direito alegado, nesta sede de tutela de urgência.
Contudo, tal precaução, a priori, não significa dizer que, a posteriori, não se possa inclinar favoravelmente
neste sentido.

O pedido que justifica a tutela de urgência, salvo melhor juízo, deveria vir demonstrando a existência dos
requisitos para concessão da medida, aqueles definidos nos artigos acima mencionado. Nesse sentido,
quer o autor nesta sede de tutela de urgência, uma obrigação, sem que haja fortes indícios de
possibilidade do direito, nos seus argumentos e nos elementos probatórios. O direito alegado só poderá
ser apreciado após a instrução processual, garantido o devido processo legal, com a ampla defesa e o
contraditório.

Não se trata, como sabido de antecipação de julgamento de mérito, mas de mera ausência de condições
de concessão da tutela, porém os fundamentos e provas serão apreciadas na análise e julgamento do
mérito.

Assim sendo, indefiro, a priori, o pedido de tutela de urgência requerida.

Ademais, cite-se o réu para contestar os termos da inicial no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
revelia nos termos da legislação processual.

Por fim, ainda que a autora já tenha se mostrado favorável ou não neste sentido, para evitar uma
infrutífera audiência conciliatória, protelando o processo, ainda mais tendo em conta a situação
excepcional de Pandemia de COVID-19 que assola o mundo e o Estado, informem as requeridas desde já
se possuem interesse na conciliação no prazo de 05 (cinco) dias, se assim ambas optarem, fiquem
cientes de que o prazo da contestação será aberto da data da realização da respectiva audiência.

A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-
CJRMB, de 22.01.2009.
1190
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 17 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0817434-45.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EMPRESA DE


PRATICAGEM DO RIO PARA E PORTOS DA REGIAO S/S LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
KAROANE BEATRIZ LOPES CARDOSO OAB: 15461/PA Participação: REU Nome: PETROLEO
BRASILEIRO S A PETROBRAS Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTA MARIA CAPELA LOPES
SIROTHEAU OAB: 14049/PA Participação: ADVOGADO Nome: DANIELLE NUNES VALLE OAB:
11542/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0817434-45.2018.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: Nome: EMPRESA DE PRATICAGEM DO RIO PARA E PORTOS DA REGIAO S/S LTDA
Endereço: Travessa Dom Romualdo de Seixas - de 1560/1561 ao fim, 1560, 11 andar, Nazaré, BELéM -
PA - CEP: 66055-028

RÉU: Nome: PETROLEO BRASILEIRO S A PETROBRAS


Endereço: Petrobrás - Petróleo Brasileiro S/A, Avenida República do Chile 65, Centro, RIO DE JANEIRO -
RJ - CEP: 20031-912

DEFIRO o pedido de produção de provas formulados pelas partes, em especial e realização de perícia
técnica por economista, conforme requerido em ID 21081648, e para tanto:

Nomeio para realizar a perícia o Sr. Luciano Gonçalves de Castro e Silva, Perito Atuário, CPF nº
047.920-457-89, com endereço eletrônico peritoatuarial01@gmail.com, seguindo as determinações
abaixo:

a) Intime-se o perito, para informar, no prazo de 5 (cinco) dias, se aceita do encargo, apresentar a
proposta dos honorários periciais, compatíveis com o trabalho a ser realizado, currículo, com comprovação
da especialização, bem como deverá indicar data, hora e local para a realização da perícia, com prazo
suficiente para intimar as partes e seus assistentes técnicos;

b) Após o aceite do perito, intime-se a parte ré para dar ciência do valor apresentado pelo perito,
efetuando o depósito do valor dos honorários periciais no prazo de 10 (dez) dias.

c) Intimem as partes, para, querendo, indicar assistentes técnicos e formular os quesitos, em 15 (quinze)
dias consoante o art. 465, §1º, II e III, do CPC;
1191
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

d) O Sr. Perito deverá realizar a perícia atentando-se aos quesitos a serem especificados pelas partes e
cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de
compromisso;

e) Fixo o prazo de 30 (trinta) dias para que o Sr. Perito apresente o laudo pericial;

f) Autorizo o pagamento de 50% dos honorários depositados a favor do Sr. Perito no início dos trabalhos,
a serem liberados por alvará judicial, tendo em vista as despesas iniciais para a confecção do laudo,
devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os
esclarecimentos necessários conforme art. 465, §4º, do CPC;

f) Após a apresentação do laudo, intimem-se as partes para, querendo, se manifestarem no prazo comum
de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu
respectivo parecer nos termos do art. 477, §1º do CPC.

Expeça-se o necessário.

Intimar e cumprir.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0844631-67.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: B. T. D. B. S.


Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA TERESO JUNIOR OAB: 16837/PA Participação:
REU Nome: A. C. D. C. R.

PODER JUDICIÁRIO
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FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0844631-67.2021.8.14.0301

Classe: BUSCA E APREENSÃO EM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA (81)

AUTOR: Nome: BANCO TOYOTA DO BRASIL S.A.


Endereço: Avenida Jornalista Roberto Marinho, 85, 3 Andar, Cidade Monções, SãO PAULO - SP - CEP:
04576-010

RÉU: Nome: AUREA CELESTE DA COSTA RIBEIRO


Endereço: RUA A , 16 CJ FIGUEIREDO, (Cj Euclides Figueiredo), MARAMBAIA, BELéM - PA - CEP:
66620-720

Vistos etc.
1192
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Trata-se de AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO de veículo automotor ajuizado com fundamento no


Decreto-Lei 911, de 01/10/1969.

As partes estão devidamente identificadas na inicial.

O autor sustenta que concedeu o requerido financiamento para aquisição do veículo descrito da inicial,
que deveria ser pago na forma e condições contratualmente estabelecidas, as quais não estão sendo
cumpridas pela ré, tendo sido notificada extrajudicialmente.

Requereu a concessão da liminar a procedência do pedido.

É o relatório. Decido.

O art. 3º do DL 911/69 impõe a concessão da liminar diante da mora, cuja prova se faz pela notificação
(art. 2º § 2º), juntada aos autos pelo requerente e enviada para o endereço da parte requerida, o que se
mostra suficiente (RECURSO ESPECIAL Nº 897.593 – SP e AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 752.529
– RS).

No sentido da firmação acima, reproduzo a menta do AgRg no Resp. 752.529 – MS:

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. BUSCA E APREENSÃO. VENCIMENTO DO


PRAZO. CARACTERIZAÇÃO DA MORA. NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL. OCORRÊNCIA. AGRAVO
REGIMENTAL NÃO PROVIDO. APLICAÇÃO DE MULTA. 1. Constituído em mora o devedor, seja por
meio de notificação extrajudicial ou protesto de título, é de rigor a concessão da liminar na ação de
busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente. 2. Agravo regimental não-provido.

Assim defiro a liminar e determino a busca e apreensão do veículo, que deve ser depositado com o
representante legal do requerente ou quem por ele for indicado por escrito.

No prazo de 5 (cinco) dias depois de executada a liminar a requerida “poderá pagar a integralidade da
dívida pendente, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na
qual o bem lhe será restituído livre do ônus”.

A requerida poderá apresentar resposta, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do cumprimento da


liminar, ficando ciente que não o fazendo serão presumidos como verdadeiros os fatos alegados na
petição inicial (art. 344, CPC), permitindo o julgamento antecipado, nos termos do art. 355 do Código de
Processo Civil.

A cópia desta decisão servirá como mandado de citação e intimação, nos termos do Provimento
n.º03/2009-CJRMB, de 22.01.2009.

Cite-se. Intime-se. Cumpra-se.

Expeça-se o necessário.

Belém, 17 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

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Número do processo: 0806464-49.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: C. J. C. F. A. F.


Participação: ADVOGADO Nome: CONCEICAO AIDA PEREIRA BARBOSA OAB: 008263/PA
Participação: REQUERIDO Nome: M. P. Participação: AUTOR Nome: M. D. C. A. D. S. Participação:
AUTOR Nome: M. I. A. Participação: AUTOR Nome: M. D. N. A. L. Participação: AUTOR Nome: M. C. A.
F. Participação: AUTOR Nome: J. H. A. Participação: AUTOR Nome: J. C. A. Participação: AUTORIDADE
Nome: F. N. N. E. D. P. Participação: AUTORIDADE Nome: E. D. P. Participação: AUTORIDADE Nome:
M. D. B.

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GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0806464-49.2019.8.14.0301

Classe: ARROLAMENTO SUMÁRIO (31)

AUTOR: Nome: CANDIDO JOSE COSTA FERREIRA ARAUJO FILHO


Endereço: Rua Oito de Maio, 771, Agulha (Icoaraci), BELéM - PA - CEP: 66811-130

RÉU: Nome: MINISTERIO PÚBLICO


Endereço: desconhecido

Em petição de ID. 27755484 a parte informa que houve erro em alguns pontos do formal de partilha no
que diz respeito a expedição do mesmo.

Assim, levando em consideração informação trazidas na referida petição, defiro o pedido para que retire
do formal de partilha presente em ID. 27165644, a figura do testamento e a expressão honorários como
convencionado no termo, assim passo a decidir:

“Vistos.

Homologo para que produza seus efeitos jurídicos e legais o plano de partilha amigável apresentado em
ID. 24447534 nesta Ação de Inventário por Arrolamento, uma vez que todas as exigências foram
cumpridas.

Assim, homologo, por sentença, o referido plano conforme apresentado na inicial, conforme o artigo
487, inciso III c/c art. 659, do Código de Processo Civil, e julgo extinto o processo com resolução de
mérito, nos termos dos artigos previamente mencionados.

Custas nos termos do convencionados, caso não haja convenção sobre as custas, as mesmas são
devidas pro rata.

Expeça-se o necessário para o cumprimento do formal de partilha nos termos descritos na partilha
amigável apresentada em ID. 24447534, considerando o levantamento de honorários advocatícios, caso
ali constem.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos em seguida.”


1194
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Assim, proceda a secretaria a retificação do formal com as ressalvas acima informadas, mantendo na
íntegra os demais termos.

Expeça-se o necessário.

Intime-se. Cumpra-se.

Após, arquive-se.

Belém, 17 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

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Número do processo: 0823779-90.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: FELIPE MARCAL


PINHEIRO Participação: ADVOGADO Nome: MAURO PINTO BARBALHO OAB: 20829/PA Participação:
REU Nome: GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES S.A. Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO
ANTONIO FERES PAIXAO OAB: 28020-A/PA Participação: REPRESENTANTE Nome: EMERSON REIS
PEREIRA

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FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0823779-90.2019.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: FELIPE MARCAL PINHEIRO

RÉU: REU: GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES S.A.

Trata-se de AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS proposta por


FELIPE MARÇAL PINHEIRO em face de GOL – LINHA AÉREAS S/A.

Alega o autor que foi impedido de embarcar no dia 26/05/2016 pela companhia requerida
sob a alegação de que seu nome estaria incorreto. O que lhe gerou diversos transtornos, levando o
mesmo a ter que adquirir nova passagem para embarque no dia 28/05/2016, despendendo o valor de R$-
2.425,31. Assim, requereu a inversão do ônus da prova, indenização por danos morais no valor de R$-
10.000,00 e indenização por danos materiais

Devidamente citada, a parte requerida apresentou contestação em ID 12212268, alegando


preliminarmente pela necessidade de retificação do polo passivo, para fazer constar GOL LINHAS
AÉREAS S/A, inscrita no CNPJ nº 07.575.651/0001-59, empresa do grupo responsável pela realização de
transporte aéreo; além, da ilegitimidade passiva da companhia aérea, ilegitimidade ativa do autor; e no
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mérito, ausência de falha na prestação dos serviços.

Réplica em ID 13496951.

As partes não requereram produção de provas.

É o relatório

DECIDO.

Determino a alteração do polo passivo para fazer constar GOL LINHAS AÉREAS S/A, inscrita no CNPJ nº
07.575.651/0001-59, empresa do grupo responsável pelo transporte aéreo.

Outrossim, rejeito as preliminares suscitadas, tendo em vista que o consumidor tem o direito
de optar, contra quais dos agentes responsáveis ingressará com a ação. Pelos fatos, o mesmo entende
ser responsabilidade da companhia e não da agência de turismo, e se a mesma teve ou não
responsabilidade será adiante no mérito analisado.

Em relação a preliminar de ilegitimidade ativa, também deve ser rejeitada, tendo em vista
que a passagem foi comprada em nome e para o requerente, que dela iria usufruir, não importando em
nome de quem é o cartão de crédito. No caso dos autos, observa-se que o cartão está no nome da mãe
do requerente, perfeitamente possível que a mesma compre para seu filho.

Passo ao mérito.

Inicialmente, cabe ressaltar que nas relações de consumo, a responsabilidade do


fornecedor do produto ou do serviço é objetiva, assentada no risco da atividade econômica ou comercial,
abraçada pelo Código de Defesa do Consumidor.

Neste caso em apreço, e pela própria natureza da responsabilidade civil, o fornecedor


somente se exonera do dever de reparar o dano em caso de culpa exclusiva do consumidor, o que não
vislumbro no caso concreto.

A agência nacional de aviação civil (ANAC) se posicionou através da (Resolução nº


138/2010 e nº 400 de 13/12/2016) a respeito de erro cometido pelo consumidor no preenchimento do
formulário de compra da passagem aérea, esclarecendo que fica proibida as companhias aéreas cobrar
multa ou taxa para fazer a alteração ou correção do nome do passageiro no bilhete aéreo e, ainda, que a
correção de eventuais erros na grafia do nome ou sobrenome, ou subtração ou alteração de sobrenome
do passageiro pode ser solicitada às empresas aéreas, sem ônus para o passageiro, desde que mantida a
titularidade do passageiro.

No caso dos autos, não vislumbro nem sequer a existência de erro no preenchimento,
apenas fora colocado o nome e último sobrenome do requerente, e diga-se, ambos de forma correta.

Outrossim, tal norma é de conhecimento das companhias aéreas, tanto que a mesma trouxe
a referida norma em contestação.

A divergência, que na verdade nem vislumbro, caso houvesse, entre o nome na passagem
adquirida e o nome constante na identidade seria facilmente resolvida pela empresa requerida, de forma
gratuita, bastando a apresentação do bilhete e o documento de identidade, onde se acrescentaria o
primeiro sobrenome.

Evidenciada, portanto, a má-fé da Empresa de Transporte Aéreo quando impôs ao


consumidor a obrigação de adquirir outra passagem aérea durante o "check in", como condição para
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

embarque do requerente, sob a alegação de irregularidade no preenchimento do nome no bilhete de


embarque.

Com relação ao dano moral, os transtornos advindos com a negativa de embarque são
suficientes para caracterizar o abalo moral suportado.

Observa-se que o requerente, iria para outro país, com compromisso de trabalho, obrigando
assim, após dois dias para resolver o problema, obrigando o autor a desembolsar uma nova quantia para
que pudesse seguir viagem.

Os fatos ocorridos não se revelam como mero aborrecimento, mas transtornos suficientes
para abalar os direitos da personalidade do consumidor, razão pela qual faz jus à indenização por dano
moral.

O valor de R$-5.000,00 (cinco mil reais) é razoável e adequado para o caso concreto, tendo
em vista que, que o requerente só conseguiu viajar dois dias depois.

Diante do exposto, julgo procedente os pedidos, para determinar a devolução de R$-


2.425,31 (dois mil quatrocentos e vinte e cinco reais e trinta e um centavos) pelo novo bilhete adquiro, cuja
correção se dará com base no INPC a partir do desembolso, mais juros de mora de 1 % a partir da
citação. Condenada a parte ré ao pagamento de R$-5.000,00 (cinco mil reais) a título de dano moral, cuja
correção se dará com base no INPC, mais juros de mora de 2 % a partir do arbitramento.

Ainda, condeno o réu, ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatícios do


advogado do autor, que fixo em 10% sobre o valor da condenação.

Quitadas as custas e certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa na


distribuição.

Expeçam-se os mandados necessários.

P.R.I.C.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0834113-52.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: KELLY RIBEIRO SILVA


Participação: ADVOGADO Nome: VALERIA LEAL GARCIA OAB: 30077/PA Participação: ADVOGADO
Nome: CANDIDA ALICE PAULO GOMES OAB: 25219/PA Participação: ADVOGADO Nome: LYLIAN
LEAL GARCIA OAB: 21044/PA Participação: REU Nome: VALCIR GOMES DA SILVA Participação:
ADVOGADO Nome: FRANCISCO DE ASSIS REIS MIRANDA JUNIOR OAB: 8278/PA

PODER JUDICIÁRIO
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FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0834113-52.2020.8.14.0301

Classe: REINTEGRAÇÃO / MANUTENÇÃO DE POSSE (1707)

AUTOR: Nome: KELLY RIBEIRO SILVA


Endereço: Travessa Manoel Evaristo, 377, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66050-290

RÉU: Nome: VALCIR GOMES DA SILVA


Endereço: desconhecido

Em atenção à decisão agravada prolatada pela 1ª Turma de Direito Privado nos autos do Agravo de
Instrumento N° 0806288-66.2020.814.0000, que CASSOU a liminar de reintegração de posse concedida
por este juízo a quo.

Ademais, segundo consta em ID. 17660317 (fls. 03), o requerido foi devidamente citado, apresentando
suas manifestações em ID. 17662158, acarretando o declínio de competência conforme decisão em ID.
17674678, posto os autos estarem conexos ao Processo Nº 0003086-45.2010.8.14.0301 que neste juízo
tramita.

Tendo em vista o intuito conciliatório que a demanda clama, sigo a decisão colenda mantendo cassada a
liminar anteriormente deferida, e por ocasião deste decisum deixo marcada audiência de conciliação.

Designo audiência para o dia 27/10/2021, às 10h00 entre as partes, conforme art. 319, VII, do CPC e
expressa manifestação do autor neste sentido.

Ficam as partes cientes de que o comparecimento, acompanhadas de advogados, é obrigatório e que a


ausência injustificada caracteriza ato atentatório à dignidade da justiça a ser sancionado com multa de até
2% (dois por cento) da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa (art. 334, § 8º, CPC). As
partes, no entanto, podem constituir representantes por meio de procuração específica, como poderes
para negociar e transigir (art. 334, § 10, CPC).

Ademais, sabe-se que a audiência de conciliação só não será realizada se ambas as partes manifestarem
desinteresse por meio de petição, com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência (art.
334, §5º e §6º, do CPC). Desse modo, caso ambas as partes peticionem nesse sentindo venham os autos
conclusos com esta devida observação antes da data marcada, para deliberação.

Cumpra-se, expedindo o necessário.

Após, conclusos.

Intimar e cumprir.

Belém, 17 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
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UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 9 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0828200-94.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: RENATA VIEGAS


PAULO Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS VERBICARO SOARES OAB: 9685/PA Participação:
ADVOGADO Nome: FELIPE GUIMARAES DE OLIVEIRA OAB: 20198/PA Participação: REQUERIDO
Nome: CKOM ENGENHARIA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO NASSER SEFER OAB:
14800/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAISSA PONTES GUIMARAES OAB: 26576/PA
Participação: REQUERIDO Nome: PROJETO IMOBILIARIO PORTO LUBECK SPE LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: RICARDO NASSER SEFER OAB: 14800/PA Participação: ADVOGADO Nome:
RAISSA PONTES GUIMARAES OAB: 26576/PA

0828200-94.2017.8.14.0301

Vistos, etc.

Intimem-se as executadas CKOM ENGENHARIA LTDA.– CNPJ nº 05.190.475/0001-01 e PROJETO


IMOBILIÁRIO PORTO LUBECK SPE LTDA. – CNPJ nº 21.755.151/0001-20, na forma do art. 513, §2º,
inciso I do CPC, para oferecer adimplemento voluntário do valor de R$ 206.139,57 (duzentos e seis mil,
cento e trinta e nove reais e cinquenta e sete centavos) indicado no demonstrativo de evento 27912588
no prazo de 15 (quinze) dias (art. 523, caput, do CPC), sob pena de multa e da incidência de honorários
no percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor objeto da obrigação, cada, nos termos do art. 523, §1º,
do CPC.

Deve constar da intimação que o executado pode, alternativamente, querendo, oferecer bens à penhora,
juntando prova da propriedade, se for bem imóvel, ou efetivar o depósito judicial em conta deste Juízo,
vinculada ao presente feito, junto ao Banco do Estado do Pará.

Não ocorrendo o pagamento tempestivo, expeça-se desde logo mandado de penhora e avaliação,
seguindo-se os atos de expropriação (§3º, do art. 523, do CPC/15), dando prioridade ao bloqueio online
das contas do executado, caso tenha sido requerido pelo exequente (art. 854, do CPC/15).

Realizada tal penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, intime-se o executado,


conforme determina o art. 854, §2º, do CPC/15.

Intime-se igualmente o exequente para se manifestar sobre o depósito.

A cópia desta decisão servirá como mandado.

Belém, 18 de agosto de 2021

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza Titular da 9ª Vara Cível e Empresarial de Belém

assinado digitalmente

Número do processo: 0868021-37.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: COMERCIO E


TRANSPORTES BOA ESPERANCA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA CARMO VIANA
OAB: 26740/PA Participação: EXECUTADO Nome: NOVA NORTE LOGISTICA EIRELI - EPP
Participação: EXECUTADO Nome: JOSIVANE FERREIRA DA SILVA
1200
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

0868021-37.2019.8.14.0301

Vistos, etc.

Diante do teor da certidão de evento 21698496 considero que a parte executada foi citada por hora certa,
diante das informações de endereço constantes nos espelhos do INFOJUD e da JUCEPA em anexo.

À2ª UPJ para cumprimento do disposto no art. 254 do CPC.

Belém, 18 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0877061-09.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ASSOCIACAO DE


EDUCACAO, CULTURA, PROTECAO E DEFESA DO CONSUMIDOR, CONTRIBUINTE E MEIO
AMBIENTE DO BRASIL Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA VASCONCELOS DE OLIVEIRA OAB:
19029/PA Participação: REU Nome: CLINICA ONCOLOGICA DO PARA - EIRELI Participação:
ADVOGADO Nome: BRUNO NATAN ABRAHAM BENCHIMOL OAB: 12998/PA Participação: FISCAL DA
LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Fórum Cível de Belém

Secretaria da 9ª Vara Cível e Empresarial

[Direito de Imagem, Dever de Informação]

AÇÃO CIVIL PÚBLICA CÍVEL (65)

AUTOR: ASSOCIACAO DE EDUCACAO, CULTURA, PROTECAO E DEFESA DO CONSUMIDOR,


CONTRIBUINTE E MEIO AMBIENTE DO BRASIL

Tendo em vista a CONTESTAÇÃO TEMPESTIVA com documentos apresentados e juntados aos


presentes autos, diga a parte autora em réplica através de seu advogado(a) no prazo de 15 (quinze) dias.
(Prov. 006/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

JANETE DE CARVALHO FERREIRA

SERVIDORA 2ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0822030-67.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: TATIANA GENEROSO


1201
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

CAMPOS PINHO BARROSO Participação: ADVOGADO Nome: JEFFERSON MAXIMIANO RODRIGUES


OAB: 17160/PA Participação: AUTOR Nome: DEOMAR ALEXANDRE DE PINHO BARROSO
Participação: ADVOGADO Nome: JEFFERSON MAXIMIANO RODRIGUES OAB: 17160/PA Participação:
REQUERIDO Nome: JOSE AUGUSTO CORREIA MOREIRA Participação: ADVOGADO Nome:
RODOLFO MEIRA ROESSING OAB: 12719/PA Participação: REQUERENTE Nome: LUCICLEIA
OLIVEIRA ALVARES MOREIRA Participação: ADVOGADO Nome: RODOLFO MEIRA ROESSING OAB:
12719/PA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

[Rescisão / Resolução]

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: TATIANA GENEROSO CAMPOS PINHO BARROSO, DEOMAR ALEXANDRE DE PINHO


BARROSO

Tendo em vista a CONTESTAÇÃO TEMPESTIVA com documentos apresentados e juntados aos


presentes autos, diga a parte autora em réplica através de seu advogado(a) no prazo de 15 (quinze) dias.
(Prov. 006/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

ANGELINA MOURA DA ROCHA

2ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0859352-29.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO SANTANDER


(BRASIL) S.A. Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA
Participação: REU Nome: LUIZ GUILHERME SOUZA DA SILVA

Processo: 0859352-29.2018.8.14.0301

Vistos, etc.

Suspendo a presente ação por 30 (trinta) dias.

Belém, 18 de agosto de 2021

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza Titular da 9ª Vara Cível e Empresarial de Belém

assinado digitalmente
1202
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0822777-85.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BANCO


BONSUCESSO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO NEVES COSTA OAB: 153447/SP
Participação: ADVOGADO Nome: CRISTIANA VASCONCELOS BORGES MARTINS OAB: 28125/PA
Participação: REQUERIDO Nome: JOEL LIMA BARBOSA DOS PASSOS

0822777-85.2019.8.14.0301

Vistos, etc.

Defiro o pedido de evento 22460736 de busca do endereço junto aos sistemas disponíveis.

Seguem espelhos do SIEL e INFOJUD.

Renovem-se as diligência no endereço informado.

Belém, 18 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0867420-31.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO VOLKSWAGEN


S.A. Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA VANDERLEI OAB: 21678/PE
Participação: ADVOGADO Nome: ALBERTO IVAN ZAKIDALSKI OAB: 39274/PR Participação:
ADVOGADO Nome: RAFAEL CORDEIRO DO REGO OAB: 45335/PR Participação: REU Nome: BIANCA
MELISSA CONCEICAO COSTA

0867420-31.2019.8.14.0301

Vistos, etc.

Defiro o pedido de busca de endereço de evento 24589093.

Renovem-se as diligências no endereço constante no espelho do SIEL em anexo.

Belém, 18 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0874428-25.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MENDANHA


COMERCIAL DE PECAS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIO FERNANDO DE SOUZA
SANTOS JUNIOR OAB: 16306/PA Participação: REQUERIDO Nome: JRL TRANSPORTES LTDA - ME

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


1203
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

9ª Vara Cível e Empresarial de Belém

0874428-25.2020.8.14.0301

EXECUÇÃO FISCAL

EXEQUENTE: REQUERENTE: MENDANHA COMERCIAL DE PECAS LTDA

EXECUTADO: REQUERIDO: JRL TRANSPORTES LTDA - ME

ATO ORDINATÓRIO

Nos termos do art. 1º, §2º, inciso XX, do Provimento nº 006/2006 da Corregedoria de Justiça da Região
Metropolitana de Belém, e considerando a devolução do AVISO DE RECEBIMENTO (AR), sem
cumprimento, manifeste-se o autor, no prazo de 05 (cinco) dias, para requerer o que entender de direito.

BELéM, 18 de agosto de 2021.

______________________________________

Diretor de Secretaria da 9ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0820497-78.2018.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: A C GOMES DOS


SANTOS - EPP Participação: EMBARGANTE Nome: FRANCISCO PINHEIRO PANTOJA Participação:
EMBARGANTE Nome: TEOFILO JOSE FERNANDES PANTOJA Participação: EMBARGADO Nome:
BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome: MAURO PAULO GALERA MARI OAB: 20455-
A/PA Participação: ADVOGADO Nome: ACACIO FERNANDES ROBOREDO OAB: 13904/PA
Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: WANDERLEY LOPES DE ANDRADE JUNIOR

0820497-78.2018.8.14.0301

Vistos, etc.

Fica o banco embargado intimado a apresentar ao Sr. Perito os documentos indicados por este último no
evento 29920241, no prazo de 05 (cinco) dias.

Belém, 18 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0847267-06.2021.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: MAURO


RAIMUNDO SANTOS SANTANA Participação: ADVOGADO Nome: VERONICA ARAUJO PACHECO
VIANA OAB: 26408/PA Participação: REQUERIDO Nome: ARLETE FERREIRA DE SOUSA

PROCESSO N. 0847267-06.2021.8.14.0301
1204
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DESPACHO

Trata-se de AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO DE DOCUMENTOS E TELEFONE CELULARC/C PEDIDO


DE LIMINAR ajuizada por MAURO RAIMUNDO SANTOS SANTANA em desfavor de ARLETE FERREIRA
DE SOUSA.

Alega que desde o dia 02/08/2021 foi preso acusado de estupro de vulnerável.

Afirma que na denúncia consta que o autor dopou a requerida (sua ex-esposa) e uma moça de 18 anos
que estava residindo em sua casa para praticar o ato criminoso.

Alega que no momento da prisão seus pertences como documento pessoais, celular e chave de carro
foram entregues a requerida, que desde então se recusa a entregar os seus pertences.

Ocorre que os fatos narrados ocorreram em 02/08/2021, motivo pelo qual, não vislumbro o pleito como
pedido de urgência a ser analisado em plantão.

Ante o exposto, determino sejam os autos redistribuídos ao juízo competente para as diligências cabíveis.

Serve a presente decisão como mandado.

Cumpra-se.

Intimem-se.

Belém, 18 de agosto de 2021.

Andréa Cristine Corrêa Ribeiro

Juíza de Direito de Plantão


1205
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA VARA DE CARTA PRECATÓRIA CÍVEL DA CAPITAL

Número do processo: 0847111-18.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: COMARCA DE


CODAJÁS Participação: DEPRECADO Nome: JUIZO DA VARA DE CARTAS PRECATORIAS DE BELEM
Participação: REQUERENTE Nome: A UNIÃO Participação: REQUERIDO Nome: FRANCISCO
MACHADO MOURA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS
PROCESSO: 0847111-18.2021.8.14.0301

DESPACHO

Considerando o artigo 7º do Provimento Conjunto nº 002/2017 - CJRMB/CJCI, determino a redistribuição


da carta precatória para a Vara Execução Fiscal da Capital.
Intime-se. Cumpra-se.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO

Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

________________________________________________
Art 7º. Na Comarca da Capital as Cartas Precatórias recebidas pelos correios serão imediatamente
distribuídas e encaminhadas ao Juízo Privativo de Cartas Precatórias, excetuadas as que versarem
sobre Infância e Juventude e Execuções Fiscais, que serão remetidas aos Juízos de suas
competências, os quais farão a comunicação ao Juízo deprecante acerca da distribuição da carta
precatória, informando todos os elementos necessários para a identificação do processo, incluindo
inclusive possíveis valores devidos como despesas de preparo.

Número do processo: 0844224-61.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUÍZO DE


DIREITO DO 6º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE JOÃO PESSOA - PB Participação:
DEPRECADO Nome: JUIZO DA VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DE BELÉM Participação:
EXEQUENTE Nome: NATALIA MIRANDA BESSA Participação: EXEQUENTE Nome: NARDA ESTRELA
RENOVATO Participação: EXECUTADO Nome: I9LIFEGLOBAL.COM

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0844224-61.2021.8.14.0301

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31803973.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
1206
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0828726-22.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: 3ª VARA CÍVEL E


EMPRESARIAL DE ANANINDEUA Participação: DEPRECADO Nome: VARA DE CARTAS
PRECATÓRIAS CÍVEIS DA COMARCA DE BELÉM Participação: EXEQUENTE Nome: R D I
REPRESENTACOES E DISTRIBUICAO INDUSTRIAL LTDA Participação: ADVOGADO Nome: NATALIA
DOZZI TEZZA CRUZ OAB: 406131/SP Participação: ADVOGADO Nome: JESSICA DE BARROS SOUZA
TEBAR OAB: 331843/SP Participação: EXECUTADO Nome: SANECON - SANEAMENTO E
CONSTRUCAO CIVIL LTDA - EPP

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0828726-22.2021.8.14.0301


Requerente: R D I REPRESENTACOES E DISTRIBUICAO INDUSTRIAL LTDA

Requerido: SANECON SANEAMENTO E CONSTRUÇÃO CIVIL LTDA – EPP (“SANECON”)


Endereço 2: Passagem Mary Lucy, nº 21, Bairro Souza, Belém/PA - CEP 66.613-710.

DESPACHO

1) Verifique a secretaria se as custas foram devidamente recolhidas.


2) Estando as custas devidamente quitadas, cumpra-se, servindo esta de Mandado.
3) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0876046-05.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: RAFAEL COSTA


DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: DILSON PAULO OLIVEIRA PERES JUNIOR OAB:
62485/RS Participação: REQUERENTE Nome: EMANUEL BOTELHO DOS SANTOS Participação:
ADVOGADO Nome: DILSON PAULO OLIVEIRA PERES JUNIOR OAB: 62485/RS Participação:
REQUERIDO Nome: AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
1207
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Carta Precatória: 0876046-05.2020.8.14.0301

DESPACHO

Em face da certidão de ID 31917991, determino:

1) Intime-se o advogado da parte autora para, no prazo de 5 (cinco) dias, promover o pagamento da custa
faltante, já especificada na Certidão ID. 31225124 - Pág. 1 e determinado em Despacho ID. 31228129 -
Pág. 1.
2) Aguarde-se o devido pagamento.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0854802-54.2019.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: IPIRANGA


PRODUTOS DE PETROLEO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO NOVAES BEZERRA
CAVALCANTI OAB: 19353/PE Participação: ADVOGADO Nome: CAIO HENRIQUE VILELA COSTA OAB:
46516/PE Participação: ADVOGADO Nome: LETICIA DO NASCIMENTO SILVA OAB: 49401/PE
Participação: ADVOGADO Nome: CATARINA BEZERRA ALVES OAB: 29373/PE Participação:
DEPRECADO Nome: AUTO POSTO DESTERRO ITAJAI LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
JADERSON LUIS SCHMIDT OAB: 44181/RS Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: BANCO
BRADESCO S.A Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação:
ADVOGADO Nome: LARISSA SENTO SE ROSSI OAB: 16330/BA Participação: EXECUTADO Nome:
AUTO POSTO DESTERRO LTDA Participação: EXECUTADO Nome: BIG IMAGI COMBUSTIVEIS E
SERVICOS LTDA Participação: EXECUTADO Nome: AUTO POSTO BIGBOSS LTDA - ME Participação:
EXECUTADO Nome: CLAUDIO LUIZ PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: ROLF DITTRICH
VIGGIANO OAB: 19155/SC Participação: ADVOGADO Nome: PAULO RENE LENZ DA SILVA OAB:
14787/SC Participação: EXECUTADO Nome: MARIA DO ROCIO RODRIGUES RUTHES

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0854802-54.2019.8.14.0301

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31934826.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital
1208
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0847100-86.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: C. D. L. D. R. V.


Participação: DEPRECADO Nome: J. D. V. D. C. P. D. B. Participação: REQUERENTE Nome: O. N. D. S.
P. D. Participação: REQUERIDO Nome: L. R. D.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0847100-86.2021.8.14.0301


Requerente: ODIVALDO NONATO DOS SANTOS PEREIRA DRAGO

Requerido: LINDALVA RODRIGUES DIAS


Endereço: Alameda Mambo, 310, Cutijuba, Belém/PA, CEP: 66846-420.

DESPACHO

Carta Precatória SEM CUSTAS, visto o deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita pelo Juízo
Deprecante. Assim sendo, determino:

1) Cumpra-se, servindo esta de Mandado.


2) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0817877-88.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: IPIRANGA


PRODUTOS DE PETROLEO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO NOVAES BEZERRA
CAVALCANTI OAB: 19353/PE Participação: ADVOGADO Nome: CATARINA BEZERRA ALVES OAB:
29373/PE Participação: EXECUTADO Nome: CLAUDIO LUIZ PEREIRA Participação: EXECUTADO
Nome: MARIA DO ROCIO RODRIGUES RUTHES Participação: EXECUTADO Nome: AUTO POSTO
DESTERRO ITAJAI LTDA Participação: ADVOGADO Nome: JADERSON LUIS SCHMIDT OAB: 44181/RS
Participação: EXECUTADO Nome: AUTO POSTO BIGBOSS LTDA - ME Participação: EXECUTADO
Nome: BIG IMAGI COMBUSTIVEIS E SERVICOS LTDA Participação: INTERESSADO Nome: BANCO
BRADESCO S.A

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0817877-88.2021.8.14.0301


1209
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31919199.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846976-06.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: COMARCA DE


SANTA IZABEL DO PARÁ Participação: DEPRECADO Nome: ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0846976-06.2021.8.14.0301

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 32012188.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0845650-11.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: comarca de


cachoeira do arari Participação: DEPRECADO Nome: VARA DE CARTA PRECATORIA DE BELEM
Participação: REQUERIDO Nome: EDUARDO JOSÉ DE FREITAS MOREIRA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0845650-11.2021.8.14.0301


Requerido: EDUARDO JOSÉ DE FREITAS MOREIRA

Endereço: Rua Boa Ventura da Silva, n° 322, ED. Silvio Meira, AP.301,CEP: 66060-147,Belém/PA.

DESPACHO
1210
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Carta Precatória SEM CUSTAS, visto o deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita pelo Juízo
Deprecante. Assim sendo, determino:

1) Cumpra-se, servindo esta de Mandado.


2) Tendo em vista que se trata de busca e apreensão de autos de processo, autorizo o cumprimento como
MEDIDA DE URGÊNCIA.
3) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0854779-74.2020.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUÍZO DE


DIREITO DO 2º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES
Participação: DEPRECADO Nome: JUIZO DA VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DE BELÉM
Participação: EXEQUENTE Nome: ISIS CLER DEPOLLI Participação: ADVOGADO Nome: IRWIN ALVES
DE CASTRO MARTINS OAB: 206778/RJ Participação: EXECUTADO Nome: INAZ DO PARA SERVICOS
DE CONCURSOS PUBLICOS LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: MARCUS CESAR SILVA
DO NASCIMENTO JUNIOR OAB: 22851/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: KATIA
PATRICIA BRASIL DA CUNHA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0854779-74.2020.8.14.0301

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31930256.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0839625-79.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ALLIANZ SEGUROS S/A


Participação: ADVOGADO Nome: LEMMON VEIGA GUZZO OAB: 187799/SP Participação: REU Nome:
JOAO BATISTA PEREIRA Participação: REU Nome: JB DE BONSUCESSO MUDANCAS E SERVICOS
LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: LUANE DE SANTANA DA COSTA OAB: 224379/RJ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


1211
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

PROCESSO:0839625-79.2021.8.14.0301
REQUERENTE: ALLIANZ SEGUROS S/A
REQUERIDO: JOÃO BATISTA PEREIRA

PESSOA(S) A SER(EM) INTIMADA(S)


1) ADRIANA MARTA DA SILVA PAUXIS
Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, 5955, Parque Verde, CEP: 66823-060, Coqueiro.
Belém/PA.
2) LUANDA PEREIRA FURTADO
Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, 5955, Parque Verde, CEP: 66823-060, Coqueiro.
Belém/PA.

DESPACHO-MANDADO

1 – Designo o dia 07/10/2021, às 11:00 horas, para proceder a oitiva das testemunhas.
2 – Oficie-se ao Juízo Deprecante, comunicando a data designada, para os devidos fins.

3 – Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei
(Provimentos nº 003 e 011/2009 – CJRMB).

BELÉM/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

Gabriel Costa Ribeiro


Juiz de Direito respondendo pela vara de Cartas Precatórias Cíveis da capital

Número do processo: 0838123-08.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MARIA DO


SOCORRO PLACIDO TORRES Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO RASO OAB: 343582/SP
Participação: REQUERIDO Nome: ANA PATRICIA DE OLIVEIRA FERNANDEZ Participação:
REQUERIDO Nome: EDUARDO TAVARES PAES

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0838123-08.2021.8.14.0301


1212
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31908927.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0810904-20.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: 7ª UNIDADE


JURISDICIONAL CÍVEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE - MG Participação: DEPRECADO Nome:
JUÍZO DA VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA COMARCA DE BELÉM Participação:
EXEQUENTE Nome: INCO - INDUSTRIA COSMETICA LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome:
NILMA COELHO OAB: 115431/MG Participação: ADVOGADO Nome: ROGERIO GOMES SANTOS OAB:
116288/MG Participação: EXECUTADO Nome: HELLENSON BRUNO PINTO DOS PASSOS

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0810904-20.2021.8.14.0301

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31919231.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0847199-56.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO BRADESCO S.A


Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ALBERTO MIRO DA SILVA FILHO OAB: 108504/MG
Participação: REU Nome: GEORGE WILLIAMS FERREIRA BARROS

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0847199-56.2021.8.14.0301


Requerente: BANCO BRADESCO CARTÕES S/A
1213
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Requerido: WILLIAMS FERREIRA BARROS


Endereço: Travessa Perebebuí, 461, Pedreira, CEP: 66083-772, Belém/PA.

DESPACHO

Tendo em vista a certidão de ID 32023749, informando que as custas foram devidamente quitadas,
determino:
1) Cumpra-se, servindo esta de Mandado.
2) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846947-53.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: L. D. O. C. L.


Participação: ADVOGADO Nome: MARINA GOMES CAVALCANTI OAB: 353690/SP Participação: REU
Nome: A. C. E. S.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
PROCESSO:0846947-53.2021.8.14.0301
REQUERENTE: Luis de Oliveira Coringa Lemos
REQUERIDO: ALDECINEIDE CRUZ E SILVA
Endereço: Travessa Um, 03, Conjunto Xavante III, Bloco F, casa 06, Mangueirão, CEP 66640-260, Belem
- PA
DESPACHO

Carta Precatória COM CUSTAS. Assim sendo, determino:

1) Verifique a Secretaria o comprovante de recolhimento de custas constante dos autos.


2) Estando as custas emitidas em desacordo com a Lei 8.328/2015, o que deverá ser certificado pela
Secretaria, encaminhem se os autos à Unaj/Belém para verificação e emissão do relatório e boleto de
pagamento das custas necessárias ao cumprimento da ordem deprecada, para envio ao Juízo
Deprecante, conforme artigo 30 da referida Lei.
3) Constatado o correto recolhimento das custas necessárias ao cumprimento da carta precatória, o que
deverá ser certificado, CUMPRA-SE, servindo esta de Mandado.
4) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO

Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital


1214
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0846640-02.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: VARA DE


PLANTÃO DE CASTANHAL Participação: DEPRECADO Nome: PLANTÃO CÍVEL DE BELÉM
Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0846640-02.2021.8.14.0301

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 32010924.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0847112-03.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: J. D. D. D. 2. V. C.


F. E. D. Ó. E. S. D. S. S. -. D. Participação: DEPRECADO Nome: J. D. V. D. C. P. C. D. B. Participação:
REQUERENTE Nome: E. D. A. D. S. Participação: REQUERIDO Nome: L. A. S. C. S.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0847112-03.2021.8.14.0301


Requerente: EDINALDO DE ALMEIDA DA SILVA

Requerido: LÚCIA AURORA SANTOS CRUZ SILVA


Endereço: Perímetro quinta linha do Tenoné, Passagem São Lucas, 51, Passagem Três Marias,
Distrito de Icoaraci, Belém/PA, CEP: 66820-135, próximo à Igreja Católica São Pedro.

DESPACHO

Carta Precatória SEM CUSTAS, visto o deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita pelo Juízo
Deprecante. Assim sendo, determino:

1) Cumpra-se, servindo esta de Mandado.


2) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.
1215
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0845804-29.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CLAUDIO


SCHLINDWEIN Participação: ADVOGADO Nome: ISABELA VALERIO CABRAL E SILVA OAB: 57922/SC
Participação: EXECUTADO Nome: NAYARA OLINDA ARAGAO DE OLIVEIRA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0845804-29.2021.8.14.0301


Requerente: CLÁUDIO SCHLIINDWEIN

Requerido: NAYARA OLINDA ARAGÃO DE OLIVEIRA


Endereço: Rua Alameda Seis, Conjunto Maguari, 77, Coqueiro, Belém/PA, CEP: 66823-066.

DESPACHO

Carta Precatória SEM CUSTAS, nos termos da Lei. Assim sendo, determino:

1) Cumpra-se, servindo esta de Mandado.


2) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846645-24.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: VARA DE


PLANTÃO DE CASTANHAL Participação: DEPRECADO Nome: VARA DE PLANTÃO CÍVEL DE BELÉM
Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: INTERESSADO Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0846645-24.2021.8.14.0301

DESPACHO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

1) Em face da certidão de ID 32010912.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0828252-22.2019.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUÍZO DE


DIREITO DA COMARCA DE CRICIÚMA SC Participação: DEPRECADO Nome: JUIZO DA VARA DE
CARTAS PRECATORIAS DE BELEM Participação: REQUERENTE Nome: DAGOSTIM - TRANSPORTE
E LOGISTICA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO GREGORINI OAB: 50487/SC
Participação: ADVOGADO Nome: OSCAR URRUZOLA NETO OAB: 45772/SC Participação: REQUERIDO
Nome: TALENTO NEGOCIOS IMOBILIARIOS LTDA - EPP

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0828252-22.2019.8.14.0301

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31932422.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0847045-38.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: 5ª VARA DO


JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE MACAPÁ AP Participação: DEPRECADO Nome: VARA DE CARTAS
PRECATORIAS DA COMARCA DE BELEM Participação: REQUERENTE Nome: CYNTHIA LOBATO
BARBOSA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO FARIAS VALENTE OAB: 4441/AP Participação:
REQUERIDO Nome: EVANILDO BRAGANÇA MENDES

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
MEDIDA DE URGÊNCIA
PROCESSO:0847045-38.2021.8.14.0301
REQUERENTE: CYNTHIA LOBATO BARBOSA
REQUERIDO: EVANILDO BRAGANÇA MENDES
Endereço: AVENIDA SEBASTIÃO SÃO,813,SACRAMENTA,BELÉM,PA,66120340
1217
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Audiência: 30/09/2021 às 10:15:00, a ser realizada por vídeo conferência, na Comarca de Macapá/AP.

DESPACHO

1 – Cumpra-se, servindo esta de Mandado.

2 – Considerando a proximidade da data designada pelo Juízo Deprecante para a realização da audiência;

3 – Autorizo o cumprimento do mandado com MEDIDA DE URGÊNCIA (Art. 2º, §1º, Provimento nº
02/2010-CJRMB c/c Art. 6º, §1º, Provimento Conjunto nº 002/2015-CJRMB/CJCI).

4 – Após, devolva-se a Carta Precatória com as nossas homenagens.

Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO

Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0841585-70.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: FOUAD SAID


ABOU DAHER Participação: ADVOGADO Nome: MICHELE DE OLIVEIRA SILVA OAB: 284702/SP
Participação: DEPRECADO Nome: IVONE AIRES BATISTA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0841585-70.2021.8.14.0301

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31842867.


2) Renovem-se as diligências para cumprimento da finalidade da presente carta.
3) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0850629-84.2019.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUIZADO


ESPECIAL CIVEL, CRIMINAL E DA FAZENDA PÚBLICA DE PINHAIS PR Participação: DEPRECADO
1218
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nome: JUIZO DA VARA DE CARTAS PRECATORIAS DE BELEM Participação: EXEQUENTE Nome:


LEANDRO LOPES LOIOLA Participação: EXECUTADO Nome: GILSON DE LIMA SOARES

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0850629-84.2019.8.14.0301

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31928381.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital
1219
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA CAPITAL

Número do processo: 0827904-33.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: D. R. D. O.


Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS FONSECA CUNHA OAB: 29438/PA Participação:
REPRESENTANTE Nome: K. R. D. O. Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS FONSECA CUNHA
OAB: 29438/PA Participação: REQUERIDO Nome: U. D. B. C. D. T. M. Participação: ADVOGADO Nome:
DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE OAB: 011270/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DE BELÉM

PROCESSO Nº. 0827904-33.2021.8.14.0301

CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM INFÂNCIA E JUVENTUDE (1706)

REQUERENTE: D. R. D. O.
REPRESENTANTE: KELLY ROSA DE OLIVEIRA

REQUERIDO: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO

DECISÃO/MANDADO

Trata-se de AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE C/C PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA


ANTECIPADA proposta pela criança DANIEL ROSA DE OLIVEIRA, neste ato representada por sua
genitora KELLY ROSA DE OLIVEIRA, em face de UNIMED BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO
MÉDICO. Pleiteia, em sede de tutela antecipada, que a Requerida custeie as seguintes terapias:
Acompanhamento Psicológico (Terapia Comportamental de Intervenção ABA); Fonoaudiologia Intensiva
com Habilitação em Neuropediatria/ABA; Terapia Ocupacional Intensiva com habilitação em
ABA/Integração Sensorial; Equoterapia; Hidroterapia e Musicoterapia, na clínica especialista em pacientes
com déficit cognitivo Therasuit Studio Belém, no quantitativo solicitado através do laudo médico anexado a
exordial.

Consta na inicial que o autor possui diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) (CID 10 – F84), o
que acarreta disfunções comportamentais que lhe impossibilitam de desenvolver habilidades essenciais do
dia-a-dia, culminando numa grande dificuldade de aprendizado e de socialização. Diante disso, conforme
avaliação médica (ID 26749021), foi indicado o tratamento com as referidas terapias de forma
multidisciplinar e intensiva.

Contudo, ao contactar a Requerida, esta negou administrativamente os pedidos de Hidroterapia,


Equoterapia e Musicoterapia (ID’s 28617755, 28617756 e 28617757), sob o argumento de que os
tratamentos requeridos não estão elencados no Rol de Procedimento da Resolução Normativa nº.
428/2017 – ANS. Quanto as demais terapias, a Requerida indicou clínicas credenciadas para realização
dos tratamentos, porém sem indicar disponibilidade para atendimento da carga horária prescrita nos
exatos termos do laudo médico.

Por tal razão, o autor requer a concessão da tutela de urgência para determinar que a parte requerida
forneça imediatamente os tratamentos médicos supracitados.

Os autos foram instruídos com documentos de identificação pessoal, Laudos Médicos, entre outros.

Em despacho de ID 27668253, foi determinado a intimação do Requerente para emendar a inicial, fazendo
1220
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

juntada aos autos da negativa formal da Requerida, UNIMED BELÉM, pelo não fornecimento das terapias
à criança.

Em petição de ID 28617754, a parte autora relata que não consegue a negativa formal da demandada
quanto a algumas das terapias requeridas, visto que esta encaminha o infante para clínica que
supostamente realizaria o atendimento na forma prescrita, mas que efetivamente não possui
disponibilidade/capacidade para realizar os tratamentos prescritos no laudo médico.

Em despacho de ID 29995449, foi determinado justificação prévia, intimando-se a requerida para se


manifestar quanto aos pedidos da exordial, no prazo de 48h.

Em petição de ID 30233927, a requerida, UNIMED, informou que há na rede credenciada profissionais e


clínicas que realizem os procedimentos requeridos.

Em derradeira manifestação (ID 30543397), o autor reafirma de que não há dúvidas de que a Requerida
possui dentro da sua rede credenciada profissionais aptos para realizar as terapias ABA prescritas,
entretanto não possuem disponibilidade de horário para realizar os atendimentos conforme a carga horária
prescrita no laudo médico.

Vieram os autos conclusos.

É o relatório. Decido.

Com efeito, a demanda busca a concretização do direito à vida e à saúde, constitucionalmente


assegurados (art. 5º, caput, e art. 6º, CRFB), cabendo, destacar que não se trata de pedido em face do
poder público para disponibilização de tratamento médico, mas sim de determinação para que o plano de
saúde forneça o tratamento médico apontado pelo Relatório médico.

Para análise da Tutela de Urgência ora pleiteada, faz-se necessário a análise dos requisitos do artigo 300
do Código Processo Civil, quais sejam, elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou risco ao resultado útil do processo.

No que concerne à probabilidade do direito, verifico que assiste razão à parte acionante, uma vez que os
laudos médicos juntados aos dos autos, de fato, evidenciam o diagnóstico descrito na peça de ingresso,
bem como assinalam a necessidade dos tratamentos indicados.

Em que pese a Requerida não contemplar algumas das terapias requeridas (Hidroterapia, Equoterapia e
Musicoterapia), é importante salientar que não é cabível a negativa de tratamento indicado pelo
profissional de saúde como necessário à saúde e à cura de doença efetivamente coberta pelo contrato de
plano de saúde. A negativa da requerida em fornecer o tratamento médico, sob a alegação de que a
operadora não possui a cobertura não tem o condão de desautorizar a cobertura do procedimento
recomendado por profissional médico.

Cumpre salientar, que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem sedimentado o
entendimento que o rol de procedimentos da ANS é meramente exemplificativo e que a interpretação deve
ser mais favorável ao consumidor, sendo que a lista de procedimentos prevê apenas a cobertura mínima
obrigatória.

Nesse sentido:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MATERIAIS E MORAIS. PLANO DE SAÚDE. 1. NEGATIVA DE COBERTURA A PROCEDIMENTO
CIRÚRGICO SUBSCRITO PELO MÉDICO. EXCLUSÃO CONTRATUAL EXPRESSA E AUSÊNCIA DE
PREVISÃO NO ROL DA ANS. CIRCUNSTÂNCIAS QUE NÃO SE MOSTRAM SUFICIENTES A
AFASTAR A OBRIGAÇÃO DE COBERTURA DO PROCEDIMENTO PELO PROFISSIONAL DE SAÚDE.
1221
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

2. ROL EXEMPLIFICATIVO DA ANS E URGÊNCIA EVIDENCIADA. SÚMULAS 7 E 83/STJ. 3. AGRAVO


IMPROVIDO. 1. Segundo a jurisprudência desta Corte Superior, ainda que admitida a possibilidade
de o contrato de plano de saúde conter cláusulas limitativas dos direitos do consumidor, revela-se
abusiva a que exclui o custeio dos meios e materiais necessários ao melhor desempenho do
tratamento de doença coberta pelo plano. 1.1. Ademais, é inadmissível a recusa do plano de saúde
em cobrir tratamento médico voltado à cura de doença coberta pelo contrato sob o argumento de
não constar da lista de procedimentos da ANS, pois este rol é exemplificativo, impondo-se uma
interpretação mais favorável ao consumidor. 2. Por derradeiro, que a recusa indevida pela operadora
de plano de saúde à cobertura de tratamento médico emergencial ou de urgência constitui dano moral
presumido, como na hipótese em apreço, não havendo que se falar em mero inadimplemento contratual.
Súmula 83/STJ. 3. Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no AREsp 1553980/MS, Rel. Ministro
MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 09/12/2019, DJe 12/12/2019).

Em situação similar, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no Agravo de Instrumento nº. 0841232-
69.2017.814.0000, já decidiu, liminarmente, quanto a obrigatoriedade do plano privado de assistência à
saúde em garantir terapias que não constem em seu rol de atendimentos, quando estes forem
indispensáveis para completude do processo terapêutico da criança.

Insta consignar que o plano de saúde tem o dever de custear o tratamento prescrito pelo médico, desde
que a doença esteja coberta na apólice, não lhe competindo decidir quanto ao tratamento mais adequado
ao paciente. As operadoras de plano de saúde podem, assim, restringir contratualmente o rol de doenças
cobertas, mas não podem limitar os tratamentos a serem realizados, inclusive mediante a utilização de
medicamentos experimentais ou procedimentos fora do rol da ANS, porquanto cabe apenas ao médico
decidir quanto ao melhor tratamento para o paciente.

Nesse sentido, o Egrégio STJ em voto condutor da Ministra Nancy Andrighi emanou o seguinte
entendimento:

Somente ao médico que acompanha o caso é dado estabelecer qual o tratamento adequado para alcançar
a cura ou amenizar os efeitos da enfermidade que acometeu o paciente; a seguradora não está habilitada,
tampouco autorizada a limitar as alternativas possíveis para o restabelecimento da saúde do segurado,
sob pena de colocar em risco a vida do consumidor. (.)- A negativa de cobertura de transplante - apontado
pelos médicos como essencial para salvar a vida do paciente -, sob alegação de estar previamente
excluído do contrato, deixa o segurado à mercê da onerosidade excessiva perpetrada pela seguradora,
por meio de abusividade em cláusula contratual. (REsp 1053810/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
TERCEIRA TURMA, julgado em 17/12/2009, DJe 15/03/2010). (grifou-se).

Em relação as terapias Acompanhamento Psicológico (Terapia Comportamental de Intervenção ABA),


Fonoaudiologia Intensiva com Habilitação em Neuropediatria/ABA e Terapia Ocupacional Intensiva com
habilitação em ABA/Integração Sensorial, depreende-se dos autos que a parte Ré possui em sua rede
credenciada clínicas habilitadas, porém sem disponibilidade de horário para atendimento de toda a carga
horária prescrita ao Requerente.

Fato é que a eficácia na atenção a saúde das pessoas com TEA é diretamente proporcional à precocidade
e intensidade do tratamento bem como ao envolvimento multiprofissional.

Em conformidade com o que estabelece a lei que instituiu a política nacional de proteção dos direitos da
pessoa com TEA (a Lei nº 12.764/12), garantindo atenção integral às suas necessidades, o Ministério da
Saúde (MS) identifica duas questões fundamentais nas diretrizes de atenção às pessoas com TEA: o
diagnóstico precoce e o atendimento multiprofissional. Trata-se, portanto, de política de atenção à saúde
que demanda intervenções necessárias nos primeiros anos de vida da criança e envolvimento de
profissionais da saúde de diferentes áreas.

Assim, o número de consultas e sessões não deve estar sujeito a limite preestabelecido pelo plano de
saúde, devendo ser observada a indicação feita pelos profissionais da saúde responsáveis pelo
tratamento.
1222
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nesse sentido, colacionamos a seguinte jurisprudência:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO COMINATÓRIA. PLANO


DE SAÚDE. CIRURGIA. ROL DA ANS. ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE DA ANS.
NATUREZA EXEMPLIFICATIVA. DOENÇA COBERTA. RECUSA INDEVIDA. TRATAMENTO DE
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA. LIMITAÇÃO DE SESSÕES DE TERAPIAS
ESPECIALIZADAS. RECUSA DE COBERTURA INDEVIDA. 1. Ação cominatória. 2. A natureza do rol da
ANS é meramente exemplificativa, reputando, no particular, abusiva a recusa de cobertura de
procedimento prescrito para o tratamento de doença coberta pelo plano de saúde. 3. Consoante
jurisprudência desta Corte “é o médico ou o profissional habilitado - e não o plano de saúde - quem
estabelece, na busca da cura, a orientação terapêutica a ser dada ao usuário acometido de doença
coberta” (REsp 1.679.190/SP, 3ª Turma, DJe de 02/10/2017). 4. Agravo interno desprovido. (AgInt no
REsp 1905033/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/05/2021, DJe
12/05/2021).

Quanto ao perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, está assentado no fato de que a
demora poderá acarretar agravamento na saúde do assistido, comprometendo o seu pleno
desenvolvimento, na medida em que comprovadamente as terapias tradicionais não trouxeram
desenvolvimento considerável a criança.

Assim, pelos fatos e fundamentos apresentados, DEFIRO O PEDIDO DE TUTELA URGÊNCIA, a fim de
DETERMINAR que a Requerida, UNIMED BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, custeie as
terapias Acompanhamento Psicológico (Terapia Comportamental de Intervenção ABA); Fonoaudiologia
Intensiva com Habilitação em Neuropediatria/ABA; Terapia Ocupacional Intensiva com habilitação em
ABA/Integração Sensorial; Equoterapia; Hidroterapia; e Musicoterapia, na clínica especialista em pacientes
com déficit cognitivo Therasuit Studio Belém, no quantitativo solicitado através do laudo médico anexado a
exordial (ID 26749021), em favor da criança DANIEL ROSA DE OLIVEIRA, NO PRAZO DE 20 (VINTE)
DIAS, A CONTAR DA INTIMAÇÃO DA PRESENTE DECISÃO, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00
(hum mil reais) até o limite de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).

INTIME-SE a Ré, por meio de Seu Representante Legal, para ciência e cumprimento da presente Decisão,
bem como CITE-A, para querendo, no prazo legal, apresentar defesa sob pena de revelia e presunção de
veracidade das alegações de fato formuladas pela parte autora.

Na defesa, em se configurando as hipóteses dos arts. 338 e 350 do Código de Processo Civil, intime-se o
Requerente, para querendo, se manifestar sobre a Contestação no prazo de 15 (quinze) dias.

Ciente as Partes e o Ministério Público.

Diligencie-se.

Servirá o presente, por cópia digitada, como MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da
CJRMB – TJ/PA, com a redação que lhe deu o Provimento nº 011/2009 daquele Órgão Correcional.
Intimem-se.

Belém (PA)

Este ato judicial foi assinado e datado digitalmente.

O nome do (a) Magistrado (a) subscritor (a) e a data da assinatura estão informados no rodapé
deste documento.

Endereço: Rua Dona Tomázia Perdigão, 240 (ANEXO II do Fórum Cível) - 1º Andar, Sala 11.

CEP: 66.015-260 - Cidade Velha.


1223
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0830488-44.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: I. D. S. A.


Participação: ADVOGADO Nome: EDSON FERNANDO MONTEIRO REZENDE JUNIOR OAB: 19560/PA
Participação: REQUERIDO Nome: C. C. L. G. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.
Participação: MENOR Nome: Y. C. L. G.

ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DE BELÉM

PROCESSO N. 0830488-44.2019.8.14.0301 (PJe)

GUARDA (1420)

REQUERENTE: IRACI DE SOUZA ALVES

REQUERIDO: CRISTIANE CRISTINA LOPES GOMES

ATO ORDINATÓRIO - REDESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

Fundamento legal: Provimento n. 006/2006-CJRMB (art.1º, §2º), alterado pelo Provimento n. 008/2014-
CJRMB (art. 1º, §3º).

Finalidade:

1. Redesignação de audiência de Instrução e Julgamento (decisão - ID - 11683693).

1.1. Data da audiência: 30 de setembro de 2021, às 10 horas.

2. Intimação das partes e do(a) promotor(a) de Justiça.

Local: Sala de audiências da 1ª Vara da Infância e Juventude de Belém.

BELÉM/PA

Assinado e datado digitalmente.

O nome do(a) servidor(a) subscritor(a) e a data da assinatura estão informados no rodapé deste
documento.

Número do processo: 0809868-40.2021.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: RENATA


CRISTINA ALVES E SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ROMULO ACACIO DE ARAUJO JATENE
OAB: 24221/PA Participação: REQUERENTE Nome: O. S. C. M. Participação: REQUERIDO Nome:
UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome:
STELLA FERREIRA DA SILVA OAB: 17618PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUDMILLA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

OLIVEIRA DE LIMA OAB: 30926/PA Participação: ADVOGADO Nome: ADONAY JUNIOR CUNHA
CARDOSO OAB: 23628/PA Participação: ADVOGADO Nome: WALLACI PANTOJA DE OLIVEIRA OAB:
4410/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANA CELIA DE JESUS TEIXEIRA OAB: 724PA/PA
Participação: REQUERIDO Nome: CLINICA INFANTIL DO PARA S/S LTDA Participação: ADVOGADO
Nome: EUGEN BARBOSA ERICHSEN OAB: 18938/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO PAULO
DE KOS MIRANDA SIQUEIRA OAB: 19044/PA Participação: ADVOGADO Nome: MANUEL ALBINO
RIBEIRO DE AZEVEDO JUNIOR OAB: 23221/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DE BELÉM

PROCESSO N. 0809868-40.2021.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM - INFÂNCIA E JUVENTUDE (1706)

REQUERENTE: O. S. C. M.

REPRESENTANTE: RENATA CRISTINA ALVES E SILVA

REQUERIDOS: UNIMED DE BELÉM - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO e CLÍNICA INFANTIL


DO PARÁ S/S LTDA

ATO ORDINATÓRIO - DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

Fundamento legal: Provimento n. 006/2006-CJRMB (art.1º, §2º), alterado pelo Provimento n. 008/2014-
CJRMB (art. 1º, §3º).

Finalidade:

1. Designação de audiência de Conciliação (despacho - ID - 29200666).

1.1. Data da audiência: 05 de outubro de 2021, às 9h30.

2. Intimação das partes e do(a) promotor(a) de Justiça.

Local: Sala de audiências da 1ª Vara da Infância e Juventude de Belém.

BELÉM/PA

Assinado e datado digitalmente.

O nome do(a) servidor(a) subscritor(a) e a data da assinatura estão informados no rodapé deste
documento.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0851658-72.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: G. T. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: MAGALI DA SILVA SANTA ROSA OAB: 4677/PA Participação:
REQUERIDO Nome: I. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DE BELÉM

PROCESSO N. 0851658-72.2019.8.14.0301 (PJe)

TUTELA - INFÂNCIA E JUVENTUDE (1396)

REQUERENTE: GESSIANE TEIXEIRA DA SILVA

ATO ORDINATÓRIO - REDESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

Fundamento legal: Provimento n. 006/2006-CJRMB (art.1º, §2º), alterado pelo Provimento n. 008/2014-
CJRMB (art. 1º, §3º).

Finalidade:

1. Redesignação de audiência de Instrução e Julgamento (decisão - ID - 13294792).

1.1. Data da audiência: 30 de setembro de 2021, às 11 horas.

2. Intimação das partes e do(a) promotor(a) de Justiça.

Local: Sala de audiências da 1ª Vara da Infância e Juventude de Belém.

BELÉM/PA

Assinado e datado digitalmente.

O nome do(a) servidor(a) subscritor(a) e a data da assinatura estão informados no rodapé deste
documento.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 1 VARA DE FAMÍLIA

Número do processo: 0840576-10.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. C. R.


Participação: ADVOGADO Nome: KAYO CESAR ARAUJO DA SILVA OAB: 22627/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ALISSON CUNHA GUIMARAES OAB: 22494/PA Participação: REQUERENTE
Nome: E. L. R. M. Participação: REQUERENTE Nome: E. G. R. M. Participação: REQUERIDO Nome: E.
B. M.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO DIVLIT 0840576-10.2020.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) É preciso aguardar a decisão do 2º Grau para prosseguirmos no feito, uma vez não mudar a dita
decisão porque entendo que a Autora detém plenas condições econômico processuais para pagar as
despesas da demanda.

(ii) Após, conclusos.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0831370-35.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: M. M. F. Participação:


ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO MACEDO ESTACIO OAB: 30261/PA Participação:
REPRESENTANTE DA PARTE Nome: SIBELY PIMENTEL MONTEIRO OAB: null Participação:
ADVOGADO Nome: GABRIEL DE QUEIROZ COLARES OAB: 30066/PA Participação: REU Nome: O. M.
F. Participação: ADVOGADO Nome: DIONE DA COSTA MOTA OAB: 35757/GO Participação:
ADVOGADO Nome: RENAN CALDAS MARTINS OAB: 28356/O/MT Participação: FISCAL DA LEI Nome:
M. P. D. E. D. P.

TERMO DE AUDIÊNCIA- PJE

Parte inferior do formulário

AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE C/C AÇÃO DE ALIMENTOS E GUARDA COM


PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

PROCESSO PJE Nº AAlim 0831370-35.2021.8.14.0301

Requerente: M. M. F. e M.P.M. rep por s.p.m.

Adv.: GABRIEL DE QUEIROZ COLARES - OAB PA30066 e SERVIO TULIO MACEDO ESTACIO - OAB
PA30261

Requerido: O.M.F.

Adv.: RENAN CALDAS MARTINS - OAB MT28356/O DIONE DA COSTA MOTA - OAB GO35757

Aos 17 (dezessete) dia(s) do mês de agosto do ano de 2021, às 11h30m, na sala de audiências da 1ª
Vara de Família da Comarca de Belém-Pará, onde presente se achava a Dra. MARGUI GASPAR
BITTENCOURT, Juíza titular da Vara, foi ABERTA A AUDIÊNCIA, com a presença do Ministério Público
via teams, representado pela Dra. SUMAYA SAADY MORHY PEREIRA, Promotora de Justiça e feito o
pregão de praxe, verificou-se a presença da representante legal dos autores com seus patronos
presencialmente. Presentes via teams o requerido e seus patronos. Iniciada a audiência a tentativa de
conciliação restou frutífera nos seguintes termos: Acordam que o requerido OLIVALDO MACHADO
FREITAS - CPF: 606.043.952-72 (REU) pagará pensão alimentícia ao fruto do casal o valor
correspondente a 22% (vinte e dois por cento) dos vencimentos e vantagens do Paterno, incluindo-se
férias, FGTS, 13º salário, aviso prévio, horas extras, salário família, auxílio alimentação, verbas
rescisórias, participação nos lucros e rendimentos, prêmios, subsídios e demais gratificações, com
exclusão, apenas e tão somente, dos descontos obrigatórios(INSS e IR), cujo valor será depositado na
conta bancária da materna SIBELY PIMENTEL MONTEIRO, brasileira, solteira, operadora de caixa, RG nº
6317509 PC/PA, CPF n° 006.489.612-90, ( Caixa Econômica Federal (104), Operação 01315, Agência
1288, Conta 000837990092-6 ), respeitando-se a data limite do recebimento dos rendimentos do paterno.
2. Do universo alimentar delineado, destinar-se-á para cada autora sua metade percentual, a saber: 11%
da base de cálculo acima descrita. 3. As partes resolvem acordar ainda quanto Guarda e convivência das
filhas nos seguintes termos: Acordam pela guarda unilateral materna e garantida a convivência paterno
filial nos seguintes termos: finais de semanas alternados; Dia dos pais e aniversario do pai, assim como
dia das mães e aniversario da mãe, com o respectivo homenageado; No dia do aniversário das crianças, a
combinar. Festas de final de ano alternadas. Metade de cada período das férias escolares, a ser decidido
entre os pais. 4. O senhor OLIVALDO MACHADO FREITAS - reconhece a paternidade de Mayra
Pimentel Monteiro, cujo o nome ficará como MAYRA PIMENTEL MONTEIRO FREITAS. 5. Não haverá
cobrança de alimentos anteriores à propositura da acao. 6.As partes abrem mão do prazo recursal. Em
seguida, a Promotora de Justiça deu o seguinte parecer: MM. Juíza, trata-se de pedido de de
reconhecimento de paternidade c/c ação de alimentos e regulamentação de guarda, ajuizado por MAYRA
PIMENTEL MONTEIRO e MANUELE MONTEIRO FREITAS representadas por sua genitora em face do
senhor OLIVALDO MACHADO FREITAS. Na presente audiência as partes firmaram acordo em relação
1228
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

aos Alimentos , A Guarda e convivência familiar das autoras com o requerido. O requerido expressamente
reconheceu a paternidade de MAYRA PIMENTEL MONTEIRO. O Ministério Publico opina pela
homologação do reconhecimento da paternidade , nos termos do artigo 1.609, IV do CC, ressaltando que
se trata de ato irrevogável e irretratável, consequentemente opina pela expedição do competente mandado
para incluir o nome do pai e os nomes dos avós paterno no registro civil de nascimento, cuja a certidão se
encontra nos autos, documento de id 27720046. Por fim, considerando que o acordo envolvendo guarda,
convivência familiar e alimentos resguarda os interesses das autoras menores de idade, o Ministério
Publico opina para homologação para que produza seus efeitos legais a partir da presente data. É o
parecer. Ato contínuo a MM. Juíza prolatou a Sentença. Vistos etc. Cuida-se de ação de ALIMENTOS, na
qual, nesta data, foi ajustado avença para encerrar o litígio, conforme os termos acima pactuados.
Considerando que as cláusulas da transação, hoje levada a efeito não ferem quaisquer princípios de
ordem pública, homologo, para que produza seus jurídicos efeitos à transação ora realizada, extinguindo o
processo, com resolução do mérito, fundamentada no artigo 487, III, “b”, do Código de Processo Civil.
Estendo os benefícios da justiça gratuito ao requerido. Sem Custas, face às partes estarem sob o manto
da Justiça Gratuita. Expeça-se mandado de averbação de registro civil para que conste o nome do paterno
no registro de nascimento da filha reconhecida, a qual passara a se chamar MAYRA PIMENTEL
MONTEIRO FREITA. HOMOLOGO POR SENTENÇA A DESISTÊNCIA DO PRAZO RECURSAL.
Publicada em audiência. Cumpra-se. Transitada em julgado e após a formalidades legais, arquivem-se os
autos. Esta sentença serve como ofício nº 045/2021 à fonte pagadora do requerido: MOJONAVE, a fim de
que possam ser efetuados os descontos relativos à pensão alimentícia definitiva, nos termos da presente
sentença. O advogado do requerido se compromete a imprimir a presente sentença com força de oficio e
se compromete a entregar na fonte pagadora para os devidos descontos. Cumpra-se, servindo o
presente como oficio nº 045/2021/GAB/mandado, nos termos do Prov. 003/2009 – CJCI. Ciente os
presentes. Nada mais havendo, para constar, mandou a MM. Juíza lavrar o presente termo, que, lido e
achado conforme, vai devidamente assinado.

MM. Juíza:

Ministério Público

Autora:

Advogado:

Requerido:

Advogado:

Advogado:

Número do processo: 0024810-62.2011.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: S. M. D. S. A.


Participação: ADVOGADO Nome: JULIO CESAR TELES NETO OAB: 009259/PA Participação:
REQUERIDO Nome: E. M. S. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: DAVI LIRA DA SILVA OAB:
016206/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO CUMSEN 0024810-62.2011.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Serei direta. A verba honorária pertence ao Advogado e não à Exequente. Então, não vou processar o
pedido do modo como está eis que a Exequente é claramente parte ilegítima para figurar no campo ativo
exequendo. Mais. Se quer executar a verba honorária, que o faça em outra Ação Judicial, segundo
orientação da Corregedoria de Justiça para fins devidos.

(ii) Quanto ao presente, arquivem-se com as cautelas legais.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Número do processo: 0811760-86.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: R. B. N. C.


Participação: ADVOGADO Nome: HELENA CLAUDIA MIRALHA PINGARILHO OAB: 46PA/PA
Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIO DE SOUZA MIRALHA PINGARILHO OAB: 12123/PA
Participação: REQUERIDO Nome: C. M. A. C. Participação: ADVOGADO Nome: MARIA DE NAZARE
CUNHA DE ARAUJO OAB: 13906-B/PA Participação: REPRESENTANTE/NOTICIANTE Nome: R. J. B. N.
Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PROCESSO: 0811760-86.2018.8.14.0301

RAFAEL BORGES NAVEGANTES CORDEIRO propôs Ação Judicial em face de CESAR


MARTINHO AZADINHO CORDEIRO, ambos qualificados, argumentando, em síntese, ser devido a
medida para revisionar o quantum da obrigação alimentar em função de suas necessidades, motivo pelo
qual almeja o acolhimento integral do pedido ora eleito.

Acostou documentos de ID: 3643532 - Pág. 1 e seguintes.


1230
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

No ID: 3677293 - Pág. 1 consta despacho determinando a citação do requerido.

No ID: 4280194 - Pág. 1 consta certidão de citação do requerido;

No ID: 6586311 - Pág. 1 e seguintes consta decisão interlocutória que decretou a revelia do requerido.

No ID: 17627973 - Pág. 1 consta pedido de exclusão da lide feito pelo Ministério Público.

No ID: 17642592 - Pág. 1 consta pedido de exclusão da lide feito pela Defensoria Pública.

No ID: 21609164 - Pág. 1 consta termo de audiência datado de 01/12/2020 onde não houve a realização
do referido ato.

No ID: 23535110 - Pág. 1/2 consta termo de audiência datado de 22/01/2021 onde fora colhido o
depoimento do autor.

No ID: 29273191 - Pág. 1 consta despacho determinado abertura de prazo para apresentação de
memoriais finais.

RELATADO EM APERTADA SÍNTESE

DECIDO

De início e nos termos do artigo 178 e 698 do Código de Processo Civil fica excluído do feito o
Ministério Público.

DOS ALIMENTOS E SUA REVISÃO

Ésabido que a ação revisional de alimentos visa adequar as necessidades tanto de quem paga
(alimentante) e de quem recebe (alimentando), onde serão analisadas as mudanças na situação
econômico-financeira dos envolvidos (na possibilidade ou na necessidade), sendo tal pleito instruído com
provas hábeis a comprovar as modificações financeiras tanto do devedor em caso de pedido de minoração
quanto pelo alimentando no caso o pedido seja para majoração dos alimentos.

Neste sentido dispõe o Código Civil:

Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de
quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução
ou majoração do encargo.

Prossigo.

Devemos entender a obrigação alimentar como um múnus familiar regulado pela lei, cujos fundamentos
são os vínculos diretos (consanguíneo) e também na solidariedade familiar, onde, através deste encargo,
estão os parentes obrigados a prestarem-se assistência mútua, de forma a viverem de modo compatível
com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação, desde que não
tenham bens suficientes, nem possam prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem
se reclamam, possa fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.

O código Civil Preceitua em seu artigo 1.694:

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que
necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

necessidades de sua educação.

Vejamos que o dispositivo acima colacionado carrega em seu bojo a possibilidade de pleito alimentar em
virtude da necessidade, o que, por sua vez deve ser entendido como uma real precisão, não
caracterizando-se como um abuso no pedir, uma vingança entre genitores separados e entre estes e seus
filhos, e também um não fomento à prática do ócio de quem recebe e até mesmo o enriquecimento ilícito,
pois o mais comum, ético e justo é que cada pessoa seja responsável por seu próprio sustento.

O substrato fundamental das pensões alimentícias é a existência de vínculo consanguíneo, seja por
afinidade ou, ainda, decorrente do término da união estável ou enlace matrimonial, e ainda com a
aplicabilidade do trinômio necessidade/possibilidade/proporcionalidade, ou seja, comprova-se a
necessidade de quem as recebe, a possibilidade de quem as paga dentro de um juízo de
proporcionalidade.

Os alimentos devem se destinar estritamente à subsistência digna daquele(s) que(s) depende(m) de


recursos alheios para viver. Ou seja, servem para as despesas com alimentação, saúde, moradia e
vestuário.

A presente contenda tem como cerne a revisão do quantum alimentar, de um lado o alimentando, já maior
de idade, requerendo a majoração dos valores, e, de outra banda o paterno, revel, porém apresentando
argumentos e provas para não haver aumento no referido quantum alimentar, seguindo-se do pedido de
permanência dos valores que já vem sendo repassados cada um deles com suas respectivas
fundamentações nos autos do processo supramencionados.

É sabido ainda que a obrigação alimentar, com o advento da maioridade dos alimentandos,
transmuta-se do caráter presumido para o assistencial, ou seja, o que antes era um dever, passa a ser
exercício de solidariedade. A obrigação alimentar devida aos filhos “transmuda-se do dever de sustento
inerente ao poder familiar, com previsão legal no artigo 1.566, inciso IV, do Código Civil (CC), para o dever
de solidariedade resultante da relação de parentesco, que tem como causa jurídica o vínculo ascendente-
descendente e previsão expressa no artigo 1.696 do CC”, vejamos:

Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:

I - fidelidade recíproca;

II - vida em comum, no domicílio conjugal;

III - mútua assistência;

IV - sustento, guarda e educação dos filhos;

Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os
ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.

De acordo com jurisprudência pacificada no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o advento da maioridade
não extingue automaticamente o direito ao recebimento de pensão alimentícia. Nesta linha, a Súmula 358
do STJ dispõe:

“o cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial,
mediante contraditório, ainda que nos próprios autos”.

Em outras falas, é admitido o pedido alimentar revisional, seja ele de majoração ou minoração (uma
vez que a ação de alimentos já que não faz coisa julgada material), deve ser analisado sob o prisma do
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campo assistencial. É o dever de assistência mútua entre os envolvidos, preconizada no artigo 1.694 do
Código Civil Pátrio:

Art. 1.694. (...)

§1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da
pessoa obrigada.

§2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de necessidade


resultar de culpa de quem os pleiteia.

Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção
de seus recursos.”

Devemos entender que o que cessa com a maioridade é o poder familiar e consequentemente o dever de
sustento da obrigação presumida, o que, de outra banda, não se confunde com o dever prestar alimentos
por força da relação de parentesco, baseando-se na solidariedade, o que por sua vez não cessa com a
maioridade.

Nos ensinamentos de VENOSA: in Direito Civil - Direito de Família -VI. 5 ed., São Paulo: Atlas, 2005, p.
406

“(...) com relação ao direito de os filhos maiores pedirem alimentos aos pais, não é o pátrio poder que o
determina, mas a relação de parentesco, que predomina e acarreta a responsabilidade alimentícia.
Entende-se, porém que a pensão poderá distender-se por mais algum tempo, até que o filho complete os
estudos superiores ou profissionalizantes, com idade razoável, e possa prover a própria subsistência.
Outras situações excepcionais, como condição de saúde, poderão fazer com que os alimentos possam ir
além da maioridade, o que deverá ser examinado no caso concreto."(grifos nossos)

Atentem-se muito bem: A Ação de Alimentos (no caso em tela revisional), como dito alhures, objetiva a
definição do quantum alimentar cuja causa mediata se localiza na melhoria de condições na esfera de a
possibilidade do Alimentante, seguindo-se da necessidade do Alimentando. O certo é que, provadas as
circunstâncias argumentativas, compete o emprego da porção mais justa e atinente aos interesses
envolvidos, claro, sempre se validando o princípio trino do direito alimentar, a saber, necessidade x
possibilidade x proporcionalidade, eis ser sua fonte basilar de definição.

Vejamos como Maria Berenice Dias, em sua obra Manual de Direito das Famílias, 4ª Edição,
Revista, Atualizada e Ampliada, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007,p.482 assim discorreu
acerca deste vetor imprescindível à fixação do valor dos alimentos:

________

Tradicionalmente, invoca-se o binômio necessidade-possibilidade, ou seja, perquirem-se as necessidades


do alimentando e as possibilidades do alimentante para estabelecer o valor da pensão. No entanto, essa
mensuração é feita para que se respeite a diretriz da proporcionalidade. Por isso se começa a falar, com
mais propriedade, em trinômio: proporcionalidade-necessidade-possibilidade.

O pedido revisional não pode ser deferido de plano sem que haja uma situação fática capaz de provar que
tal pleito deva ser acolhido (para mais ou para menos), onde tal situação deve ser sim exaustivamente
provada pelos litigantes onde a majoração ou minoração do importe não se torne excessivo ou diminuto
em demasia não mais correspondendo à realidade dos termos do pacto anteriormente firmado.

A jurisprudência sobre o trema assim se põe:


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AÇÃO DE ALIMENTOS. REVELIA. FIXAÇÃO DOS ALIMENTOS. ADEQUAÇÃO DO QUANTUM.


BINÔMIO POSSIBILIDADE E NECESSIDADE. (...) 2. Cabe a ambos os genitores a obrigação de prover o
sustento dos filhos menores, devendo cada qual concorrer na medida da própria disponibilidade, e,
enquanto a mãe, que é guardiã presta o sustento in natura, cabe ao pai, não guardião, prestar alimentos in
pecunia. 3. O valor dos alimentos deve ser suficiente para atender o sustento dos filhos, mas dentro das
condições econômicas do genitor, não merecendo reparo a fixação posta na sentença que se mostra
bastante razoável e afeiçoada ao binômio possibilidade e necessidade. (...) (Apelação Cível Nº
70065392771, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos
Chaves, Julgado em 29/07/2015). (Grifo nosso)

A doutrinadora Maria Helena Diniz, em anotação ao atual tema, assim nos ensina:

“MUTABILIDADE DO “QUANTUM” DA PENSÃO ALIMENTÍCIA. O VALOR DA PENSÃO ALIMENTÍCIA


PODE SOFRER VARIAÇÕES QUANTITATIVAS OU QUALITATIVAS, uma vez que é fixada após a
verificação das necessidades do alimentando e DAS CONDIÇÕES FINANCEIRAS DO
ALIMENTANTE; assim, SE SOBREVIER MUDANÇA NA FORTUNA DE QUEM A PAGA OU NA DE
QUEM A RECEBE, PODERÁ O INTERESSADO RECLAMAR DO MAGISTRADO, PROVANDO OS
MOTIVOS DE SEU PEDIDO, CONFORME AS CIRCUNSTÂNCIAS, exoneração, REDUÇÃO ou
agravação do encargo.” (Adcoas, n. 87.808, 1982, TJMG, 72.073, 1980, e 91.331, 1983, TJRJ; RT, 526:
195, 620: 166, 530: 241; Ciência Jurídica, 39: 173 e 18: 92; JB, 167: 292)

Nelson Nery Júnior assim se posiciona:

“PROPOSITURA DE NOVA AÇÃO. NOVA CAUSA DE PEDIR. MODIFICADAS AS CIRCUNSTÂNCIAS


DE FATO OU DE DIREITO SOB AS QUAIS FOI PROFERIDA A SENTENÇA DE ALIMENTOS JÁ
TRANSITADA EM JULGADO, PODE SER AJUIZADA OUTRA AÇÃO, VISANDO A DIMINUIÇÃO, a
elevação ou a exoneração da pensão alimentícia. TRATA-SE DE OUTRA AÇÃO, COMPLETAMENTE
DIFERENTE DA PRIMEIRA, PORQUE FUNDADA EM OUTRA CAUSA DE PEDIR REMOTA. ALTERADO
UM DOS ELEMENTOS DA AÇÃO (CAUSA DE PEDIR) E PROVAVELMENTE OUTRO ELEMENTO
(PEDIDO), JÁ NÃO SE PODE FALAR EM AÇÕES IDÊNTICAS (CPC 301, §§ 1º e 3º). A COISA JULGADA
PROFERIDA NA PRIMEIRA AÇÃO FOI TOTALMENTE RESPEITADA E CONTINUA APARELHANDO A
SENTENÇA COM O ATRIBUTO DA IMUTABILIDADE. OUTRA AÇÃO FOI MOVIDA, COM OUTRO
FUNDAMENTO E OUTRO PEDIDO.”

“ALTERAÇÃO DA SENTENÇA DE ALMENTOS. A AÇÃO ADEQUADA PARA ESSA PROVIDÊNCIA É A


REVISIONAL DE ALIMENTOS. PELA PRÓPRIA NATUREZA DO DIREITO A ALIMENTOS, A SENTENÇA
PROFERIDA NA AÇÃO DE ALIMENTOS OU REVISIONAL DE ALIMENTOS CONTÉM ÍNSITA A
CLÁUSULA REBUS SIC STANTIBUS: enquanto permanecerem as circunstâncias de fato e de direito da
forma como afirmadas na sentença, esta permanece com sua eficácia inalterável, MODIFICADAS AS
CIRCUNSTÂNCIAS SOB AS QUAIS FOI PROFERIDA A SENTENÇA, É POSSÍVEL O AJUIZAMENTO DE
NOVA AÇÃO DE ALIMENTOS (REVISÃO ou exoneração).”

Digo novamente, apesar de não fazer coisa julgada a ação de alimentos só pode ser alterada caso haja
elementos fáticos capazes de subsidiar uma possível alteração no quantum anteriormente acordado ou
sentenciado, aplicando-se neste caso, ainda que por analogia os ensinamentos do professor Basílio de
Oliveira, abaixo colacionado:

“Doutrinariamente, A FIXAÇÃO DOS ALIMENTOS, TANTO OS ARBITRADOS JUDICIALMENTE COMO


OS LIVRE CONVENCIONADOS, TRAZ ÍNSITA A CLÁUSULA REBUS SIC STANTIBUS, SIGNIFICANDO
A PERMANÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS DA POSSIBILIDADE DE QUEM OS MINISTRA E A
NECESSIDADE DE QUEM OS RECEBE, ENQUANTO INOCORRERAM CAUSAS DE MUTAÇÃO
DO STATUS.”

Logo, entendo que a regra “rebus sic stantibus” é sim um fundamento a ser utilizado na seara de fixação
dos alimentos dispondo que situações ou obrigações permanecerão válidas enquanto a situação que deu
origem a elas se mantiver.
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Devemos atentar que o julgamento dos alimentos deve, como se obriga para tanto, a gravitar em torno do
princípio acima discorrido, eis ser o vetor justo e definidor de um encargo tão importante e nobre quanto
esse. É meu entendimento!

Digo ainda que a viabilização da procedência do almejo só será frutífera se desde o Demandante
cumprir seu mister probatório agendado no artigo 373 do Código de Processo Civil:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.

Vejamos.

DO ÔNUS DA PROVA

Veja, em sede alimentar, o ônus da prova compete ao Autor eis compor fatos constitutivos do direito
ora alegado. É seu encargo probatório!

A título de conhecimento, colaciono a jurisprudência advinda do Tribunal de Justiça do Distrito


Federal e Territórios:

ALIMENTOS - EX-COMPANHEIRA - NECESSIDADE DA ALIMENTANDA - PROVAS - COMPROVAÇÃO


CAPACIDADE DO ALIMENTANTE DEMONSTRADA - APELO CONHECIDO E PROVIDO.
1. O dever de mútua assistência existente entre os cônjuges se materializa no encargo alimentar, quando
existente a necessidade.
2. Provada a capacidade econômica do alimentante, deve este arcar com o ônus dos alimentos.
3. O fato do Recorrido ter constituído nova família e ainda pagar alimentos ao filho que teve com a
Apelante não o desonera do dever de prestar alimentos à ex-esposa que deles necessite.
4. É razoável a fixação dos alimentos no mesmo percentual que vem sendo pago ao filho que possuem em
comum, qual seja, 5% (cinco por cento) dos rendimentos do Recorrido, abatidos os descontos
compulsórios.
5. Recurso parcialmente provido. Unânime.
(20060610053686APC, Relator ROMEU GONZAGA NEIVA, 5ª Turma Cível, julgado em 07/05/2008, DJ
12/06/2008 p. 62)

PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE ALIMENTOS - EX-MULHER -


NECESSIDADE NÃO COMPROVADA - DILAÇÃO PROBATÓRIA - IMPOSSIBILIDADE NA VIA ELEITA -
DECISÃO REFORMADA.
1. Para a fixação de alimentos provisórios, deve ser demonstrada de plano a necessidade da requerente.
O binômio necessidade versus possibilidade, sob o qual deve o Juiz pautar-se para definir os alimentos
provisórios, deve estar suficientemente provado, sob pena de, por prudência, não se deferir a pensão
alimentícia até que uma instrução mais completa seja realizada.
2. Na hipótese, as informações e documentos apresentados demonstram a inexistência de incapacidade
laboral da autora/agravada e as dificuldades financeiras que atravessa o requerido/agravante,
circunstâncias que desconstituem anterior juízo de existência de plausibilidade do direito e autoriza a
reforma da decisão que fixou os alimentos provisórios.
3. Esclarece-se que a manifestação preliminar deste entendimento não importa na antecipação do
julgamento da causa, que deverá enfrentar as alegações e as evidências das provas a serem produzidas
no curso do processo. Inviável decidir-se o mérito da ação nos lindes estreitos do Agravo de Instrumento,
sob pena de supressão de instância. É dizer, as diferenças serão afastadas com o julgamento da ação
principal, oportunidade em que a questão será definitivamente elucidada pela instância "a quo", na qual o
juiz avaliará toda a prova produzida e formará sua convicção.
3. Agravo de Instrumento conhecido e provido.
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(20110020118908AGI, Relator HUMBERTO ADJUTO ULHÔA, 3ª Turma Cível, julgado em 17/08/2011, DJ


19/08/2011 p. 122)

Então, caso demonstre indiferença ao teor processual, o pedido deverá ser inacolhido, como ocorre
no caso em comento.

Vejamos.

Remonto que o pedido de revisão majorativa deu-se em função de o requerente alegar aumento
(possibilidade) nos ganhos do paterno, bem como o aumento de suas necessidades destacadas, de forma
genérica, no ID: 3643528 - Pág. 3.

Em uma análise bem simples, não há de se falar, atualmente, em aumento das necessidades realmente
essenciais do autor, uma vez que este não apresentou comprovantes de seus gastos reais, apenas os
apresentou de forma genérica, aliando-se ao fato de que atualmente o referido encargo agora é de cunho
assistencial.

Relembro, os valores a serem repassados aos alimentandos devem ser arbitrados de acordo com o
trinômio Necessidade-Possibilidade-Proporcionalidade.

NECESSIDADE-POSSIBILIDADE-PROPORCIONALIDADE

DA POSSIBILIDADE DO ALIMENTANTE

A possibilidade gira em torno da condição econômico financeira do Alimentante, seguindo-se de


sua estabilidade laboral, emprego ou outra atividade autônoma ou empresarial inclusive, pois é um vetor
possível e eficaz de definição do quantum alimentar.

Atente-se muito bem: A quantificação dos alimentos deve ser analisada sopesando as
necessidades do beneficiado, seguindo-se da possibilidade de adimplemento da obrigação alimentar do
provedor, dentro da esfera da proporcionalidade, vez o respeito aos direitos ora envolvido como, por
exemplo, o da dignidade da pessoa humana aplicável aos litigantes.

A título de conhecimento, vejamos o que discorreu o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e


Territórios:

_________

REVISÃO DE ALIMENTOS. REDUÇÃO DO ENCARGO. SITUAÇÃO FÁTICA QUE COMPROVA A


ALTERAÇÃO DO BINÔMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA.
A revisional de alimentos reclama a apreciação das provas que demonstrem a modificação do estado
econômico para pior daquele que presta os alimentos ou da situação fática de quem os recebe e deles
necessita.
Se ficou comprovada a alteração fática no tocante ao binômio necessidade-possibilidade, não há razão
para a reforma da sentença que acertou em reduzir o percentual dos alimentos originalmente
estabelecido.(20080310010913APC, Relator NATANAEL CAETANO, 1ª Turma Cível, julgado em
04/03/2009, DJ 16/03/2009 p. 86).

FAMÍLIA, CIVIL E PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. ALIMENTOS. FIXAÇÃO. REQUISITOS.


RESPONSABILIDADE NA CRIAÇÃO DA PROLE. IGUALDADE ENTRE OS GENITORES. REVELIA.
EFEITOS. DIREITOS INDISPONÍVEIS.
1.As necessidades do alimentando e as possibilidades do alimentante compõem as duas variáveis na
fixação dos alimentos e, também, em sua revisão. Inteligência do artigo 1.694, § 1º, do Código Civil.
2.O dever de sustento da prole compete igualmente a ambos os pais, com rateio equilibrado das
despesas.
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3.Tem-se entendido em ações de alimentos que a ausência de contestação não induz aos efeitos da
revelia, porquanto se trata de direito indisponível (artigo 320, inciso II CPC) e para a fixação da verba
alimentar deve-se atentar para o regramento do § 1º do artigo 1.694 do Código Civil, o qual reza que os
alimentos devem ser fixados de acordo com o binômio necessidade-possibilidade.
4.Recurso parcialmente provido.
(20080710126295APC, Relator MARIO-ZAM BELMIRO, 3ª Turma Cível, julgado em 04/03/2009, DJ
12/03/2009 p. 88)

________________________

Em reforço, leiamos as decisões advindas e mais recentes do Tribunal de Justiça do Rio Grande do
Sul:

________________________

EMENTA: APELAÇÃO. AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS. INEXISTÊNCIA DE ALTERAÇÃO NO


BINÔMIO ALIMENTAR. CONSTITUIÇÃO DE NOVA FAMÍLIA. Os alimentos devem ser fixados
observando-se o binômio necessidade/possibilidade, sendo imperiosa, em ação revisional, além de prova
das necessidades do alimentado, a demonstração da alteração da capacidade financeira do alimentante.
Embora sejam evidentes os gastos com a constituição de nova família, para que haja redução da pensão
alimentícia, imprescindível a comprovação da impossibilidade de manter o pensionamento ou
desnecessidade da alimentada. Inteligência do art. 1.699 do código civil. RECURSO IMPROVIDO.
(Apelação Cível Nº 70034004390, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Claudir Fidelis
Faccenda, Julgado em 04/02/2010)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS. BINOMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE.


MAJORAÇÃO. Se o alimentante não demonstrou sua impossibilidade de arcar com verba alimentar
superior àquela fixada em sentença, e as necessidades do alimentado se presumem, os alimentos fixados
merecem ser moderadamente majorados, buscando melhor suprir as carências do infante. DERAM
PARCIAL PROVIMENTO AO APELO. (Apelação Cível Nº 70033573510, Oitava Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 28/01/2010).

Como se vê, mesmo que o Alimentante constitua nova família, inclusive com frutos do novo enlace
matrimonial ou união estável, ou, ainda, que sustente outro rebento, não restam dúvidas que tal
circunstância jamais será, individualmente, causa excludente ou diminutiva da obrigação alimentar, não,
pois mesmo insurgindo novidade no campo fático do provedor, porém, não havendo provas substanciais
de sua queda econômico financeira, os alimentos inicialmente arbitrados, a meu ver, podem ser majorados
e tornados definitivos. É meu entendimento!

De outro norte afirmo que não será qualquer necessidade ou até mesmo desejo ou vaidade da parte
contrária (autor) que será CONDIÇÃO SINE QUA NON para a majoração do pleito que já vem sendo
pago.

E, pelo caso em tela, restou comprovado que não ocorreram mudanças drásticas, nas necessidades do
autor, pois não houve apresentação de gastos reais e aumento de suas necessidades que de fato
implicassem na majoração solicitada, aliando-se ainda ao fato da alegada possibilidade do requerido, a
qual mostrou-se apta a dar ensejo a não possibilidade de majoração dos alimentos assistenciais ora
demandados.

Como já assinalado é imprescindível esclarecer ainda acerca do dever mútuo de ambos os genitores
quanto à manutenção alimentar dos seus filhos, pois, somente assim, será seu quantum definido com a
mais plena e correta justiça.

DO DEVER MÚTUO DE MANUTENÇO ALIMENTAR


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O dever dos alimentos destinada aos beneficiários pertence a ambos os pais, sempre na medida de suas
respectivas disponibilidades, eis que, os dois, sem distinção, obrigam-se na desenvoltura dos cuidados
com a criança, pois esta é a regra do artigo 1.703 do Código Civil a ser aplicada, analogicamente, ao caso:

_________

Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção de seus
recursos

Em apoio, aduz a recente jurisprudência advinda do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e
Distrito Federal e Territórios:

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. INVESTIGAÇO DE PATERNIDADE. QUANTUM ALIMENTAR.


DEVER DE AMBOS OS PAIS. Cabe a ambos os genitores concorrer para com o sustento dos filhos
menores, devendo cada qual contribuir na medida da própria disponibilidade, por se tratar de obrigaço
divisível. Penso reduzida para 15% dos rendimentos líquidos do alimentante, a fim de atender ao binômio
necessidade/possibilidade. Possibilidade de alteraço dos alimentos fixados em caráter provisório, a
qualquer tempo no curso do feito. AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO.
(SEGREDO DE JUSTIÇA) (Agravo de Instrumento Nº 70027728633, Sétima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: André Luiz Planella Villarinho, Julgado em 18/02/2009)

EMENTA: APELAÇO. DISSOLUÇO DE SOCIEDADE DE FATO C/C GUARDA E ALIMENTOS. PEDIDO


DE ALTERAÇO DE GUARDA INDEFERIDO. ALIMENTOS. DEVER DE AMBOS OS PAIS PROVER O
SUSTENTO DOS FILHOS, DENTRO DE SUAS POSSIBILIDADES. Demonstrado no contexto probatório
dos autos que o pai dos menores detém melhores condições para exercer a guarda dos filhos, os quais
estão consigo desde que a genitora se ausentou do lar, não há porque modificar-se diante de pretensão
da mãe, que não se encontra respaldada em fundamento que evidencie ser medida de melhor interesse
dos menores. Compete a ambos os genitores o dever de sustento dos filhos e, enquanto o guardião presta
alimentos in natura aos filhos que com ele residem, cabe a genitora prestar-lhes pensão in pecúnia, em
valor de acordo com suas possibilidades, visando atender as necessidades do alimentados. APELAÇO
DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70026954354, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: André Luiz Planella Villarinho, Julgado em 18/02/2009)

FAMÍLIA, CIVIL E PROCESSO CIVIL. APELAÇO CÍVEL. ALIMENTOS. FIXAÇO. REQUISITOS.


RESPONSABILIDADE NA CRIAÇO DA PROLE. IGUALDADE ENTRE OS GENITORES. REVELIA.
EFEITOS. DIREITOS INDISPONÍVEIS.
1.As necessidades do alimentando e as possibilidades do alimentante compõem as duas variáveis na
fixação dos alimentos e, também, em sua revisão. Inteligência do artigo 1.694, § 1º, do Código Civil.
2.O dever de sustento da prole compete igualmente a ambos os pais, com rateio equilibrado das
despesas.
3.Tem-se entendido em ações de alimentos que a ausência de contestação não induz aos efeitos da
revelia, porquanto se trata de direito indisponível (artigo 320, inciso II CPC) e para a fixação da verba
alimentar deve-se atentar para o regramento do § 1º do artigo 1.694 do Código Civil, o qual reza que os
alimentos devem ser fixados de acordo com o binômio necessidade-possibilidade.
4.Recurso parcialmente provido.
(20080710126295APC, Relator MARIO-ZAM BELMIRO, 3ª Turma Cível, julgado em 04/03/2009, DJ
12/03/2009 p. 88 – TJDFT).

CIVIL - REVISO ALIMENTOS - BINÔMIO NECESSIDADE X POSSIBILIDADE - ALTERAÇO SITUAÇO


FINANCEIRA - IGUALDADE - GENITORES - RECURSO NO PROVIDO.
I - Autorizada está a reviso de alimentos fixados, quando comprovada modificaço superveniente das
necessidades/despesas de quem os recebe ou na situaço financeira de quem os paga. Na hipótese
vertente, efetivamente comprovada a alteraço da situaço financeira do alimentante.
II - Demais disso, no se discute que o dever de sustento da prole compete a ambos os pais, conforme
disciplina inserta no artigo 1566, inciso IV, do Código Civil e, assim, a contribuiço do pai para a criaço e
educaço da filha deverá ser distribuída igualmente com a genitora.
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III - Negou-se provimento aos recursos.


(20070310329175APC, Relator LECIR MANOEL DA LUZ, 5ª Turma Cível, julgado em 26/11/2008, DJ
29/01/2009 p. 62-TJDFT).

Como se
vê, é inequívoco e patente que o dever de alimentar e sustentar os requeridos pertence a ambos os pais,
ainda que hodiernamente os alimentos sejam de cunho assistencial, frisa-se, sempre na medida de suas
respectivas disponibilidades, não se justificando a ausência de comprometimento com os alimentos do
requerente, eis que a obrigação é mútua.

Grave-se, ainda, muito bem: O dever de prestar alimentos é mútuo, é de responsabilidade de ambos
os pais, portanto, a fixação ou quantum alimentar será arbitrado de acordo com as reais necessidades dos
alimentandos, sempre de acordo com a patente possibilidade do Alimentante. É o meu entendimento!

Por tanto, face o exposto, se a Requerente não demonstrar sua real capacidade em majorar os alimentos,
sendo indiferente ao seu encargo probatório, não haverá como atender ao pleito deste para com a
obrigação alimentar pleiteada. É meu entendimento!

Ora, no caso em discussão, após a análise geral e profunda das circunstâncias tangencias e
envolventes do almejo, o Autor, a meu ver, NÃO conseguiu demonstrar sua real necessidade em majorar
a referida pensão, pois não houve comprovação de mudanças drásticas em suas necessidades, e as
necessidades apontadas em sua inicial foram colocadas de maneira superficial/genérica.

Neste Interim, os documentos acostados aos autos, bem como o depoimento do autor serão
fundamentais para fundamentar a decisão quanto à necessidade de revisão da verba alimentar.

Os documentos acostados aos autos apenas corroboram com a situação atual vivida pelos litigantes.

Colaciono abaixo trechos da audiência de instrução e julgamento com depoimento do autor:

(...) Iniciada a audiência, e tendo em vista o despacho de ID , a MM. Juíza passou a ouvir a parte autora,
Senhor(a) RAFAEL BORGES NAVEGANTES CORDEIRO, parte já qualificada nos autos, a qual às
perguntas da MM. Juíza, respondeu: Que alega que seu genitor possui uma empresa de ônibus de 2
andares; que não sabe dizer o nome da empresa; que há cerca de 6 anos não mantem contato com seu
genitor; que não sabe dizer se o requerido viaja a lazer; que o requerido possui outra família e outros 2
filhos, além do autor; Que seu genitor se afastou após se desentender com a genitora do autor; que sua
genitora presta serviços para empresa cujo o nome não sabe dizer; que sua genitora ganha cerca de
R$800,00 a R$900,00 mensais; que atualmente não se encontra trabalhando; que concluiu o ensino médio
e prestou vestibular para os cursos de Nutrição e Educação Física, na UFPA e UEPA; Que seu genitor
encontra-se pagando R$330,00 mensais como alimentos para o autor; que residem em imóvel alugado
pelo valor de R$1.500,00 mensais; que sua avó materna ajuda financeiramente sua genitora; que não
possui plano de saúde; Que não possui nenhum problema de saúde; que não sabe dizer se seu genitor
possui algum problema de saúde; que à época em que o requerido visitava sua genitora ; que não sabe o
nome da mulher que mora com seu pai; que não sabe se a mulher trabalha e ajuda o requerido; que acha
que seus irmãos paternos são da mesma idade do depoente; que não sabe dizer se os mesmos trabalham
e ajudam o genitor; que mesmo após o processo o requerido não se comunicou com a genitora do autor.
Nada mais foi perguntado. Às perguntas do(a) advogado (a) do(a)autor (a), o(a)depoente respondeu: que
não chegou a passear com seu genitor, o qual teria prometido uma viagem para a ilha do Marajó como
férias, mas o mesmo não ocorreu; que se encontra sem trabalhar desde 2018. Nada mais foi perguntado.
Dada a palavra à advogado (a) do(a) requerido (a), esta nada perguntou.

Pelo acima colacionado vejo que o importe repassado ao autor pode até não ser o ideal para a
manutenção de suas despesas, contudo não foram comprovados os seus gastos reais, aliando-se ao fato
da atual condição de saúde do alimentante, comprovada pelos documentos de ID: 24278277 - Pág. 1 e
seguintes, torna-se inviável, no presente momento a majoração dos alimentos em comento.
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Ante o exposto e por tudo o que nos autos consta, com base e fundamento nos artigos 373, inciso I,
e 487, inciso I, todos do Estatuto Processual Civil, c/c os artigos 1.566, 1.596, 1.694, 1.696 e 1.703 do
Código Civil Pátrio, JULGO INTEGRALMENTE IMPROCEDENTE O PEDIDO INICIAL e, por
consequência, permanece inalterada a obrigação alimentar em comento, conforme decisão oriunda dos
autos: 2004.1.074.280-0 (ID: 3643536 - Pág. 7).

Esta decisão vale como OFICIO / MANDADO, caso necessários.

ÀSecretaria Única das Varas da Família Da Capital/UPJ e as partes adotarem as medidas legais cabíveis
ao feito.

Sem custas e demais despesas processuais, nesta, compreendidos honorários advocatícios, eis as
partes estarem sob o manto da gratuidade processual. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após as
formalidades legais arquivem-se os autos. Cumpra-se.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021.

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

Número do processo: 0637658-56.2016.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: C. K. P. S.


Participação: ADVOGADO Nome: JHONNIELCY KOPEGYNSKI OAB: 20040/PA Participação:
REPRESENTANTE Nome: R. P. D. O. Participação: ADVOGADO Nome: JHONNIELCY KOPEGYNSKI
OAB: 20040/PA Participação: REQUERENTE Nome: C. A. P. S. Participação: ADVOGADO Nome:
JHONNIELCY KOPEGYNSKI OAB: 20040/PA Participação: REQUERIDO Nome: A. C. P. S. Participação:
ADVOGADO Nome: CESAR AUGUSTO ASSAD FILHO OAB: 10672/PA Participação: AUTORIDADE
Nome: P. M. P. -. C. 0. (. D. L.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DA UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL AIESP 0637658-56.2016.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

C.A.P.S E C.K.P.S., ambos representados por ROSANA PEREIRA DE OLIVEIRA, nos autos
da Ação Judicial em curso, apresentaram pedido de Cumprimento de Sentença em desfavor de
1240
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ANTÔNIO CARLOS PEDREIRA SOARES, todos qualificados, expondo argumentos devidos, além de
acostar documentos correspondentes.

O processo seguiu seu trâmite normal.

No ID 24560779, consta ordem de intimação pessoal dos Autores para que, dentro do prazo legal,
cumprissem com os termos do texto nele inserido e , simultaneamente, demonstrassem seu interesse
quanto ao prosseguimento da questão, sob pena de extinção.

No ID 31946087, consta a certeza da intimação e o desinteresse dos Requerentes para tanto, eis o
teor em comento: Não cumpriram com a determinação judicial, porque, muito embora cientes da medida,
optaram pelo silêncio em atender as ordens judiciais, repito, o que demonstra total indiferença aos termos
da demanda.

RELATADO EM APERTADA SÍNTESE

DECIDO

O artigo 485, inciso III, CPC., prescreve:

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

I – Omissis

II - Omissis

III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30
(trinta) dias;

Ora, os autos do processo se encontram paralisados sem que os Autores tenham atendido, de
forma correta, a determinação judicial em comento. Diante disso, clara a demonstração de desinteresse
pela causa, o que acarreta a extinção do processo sem resolução de mérito por abandono de causa.
Trilhando igual entendimento, prescreve a recente jurisprudência:

PROCESSUAL CIVIL - EXTINO DO FEITO - FALTA DE PRESSUPOSTO PROCESSUAL - INTIMAO


PESSOAL - DESNECESSIDADE - INTIMAO PELO CORREIO - RECEBIMENTO NO ENDEREÇO DO
AUTOR - CONSUMAÇÃO DO ATO - SENTENçA MANTIDA.
1. A extinção do feito por falta de pressuposto processual (ausência de citação), com fulcro no art. 267,
inc. IV do CPC, prescinde de intimação pessoal da parte.
2. Por outro lado, no presente caso, o autor foi intimado pessoalmente, eis que válida a intimação quando
a correspondência recebida no endereço constante nos autos.
3. Recurso conhecido e improvido. (20070150053069APC, Relator ANA CANTARINO, 1j Turma Cível,
julgado em 08/10/2007, DJ 29/11/2007 p. 89 TJDFT).(grifei)

Ora, a postura adotada pelos Autores , a meu ver, anunciam seu completo desinteresse no pedido, o
que faz quedar a continuidade da questão diante de seu claro desinteresse na lide que elegeu, repito.

Isto posto, com fundamento no artigo 485, inciso III e §1º, c/c o artigo 486, ambos do Código de
Processo Civil, extingo o processo sem resolução de mérito, vez o real abandono de causa, eis que, se
assim quisesse, tinha cumprido uma simples diligência: A que constava no ID 24560779, o que me
permite determinar o arquivamento dos autos do processo com as cautelas devidas, desconstituindo-se
todos os atos em tela.

À Secretaria da UPJ das Varas de Família expedir ofício ao Detran-Pará a fim de que, assim que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

receber o expediente, retire a ordem de suspensão na carteira de habilitação do Executado,SE


TIVER SIDO DADA À ORDEM.

ÀSecretaria da UPJ das Varas de Família oficiar à Caixa Econômica Federal para que, assim que receber
o expediente, retire a ordem de bloqueio nas contas de FGTS do Executado, SE TIVER SIDO DADA
À ORDEM.

ÀSecretaria da UPJ das Varas de Família oficiar aos Órgãos de Proteção ao Crédito a fim de que retire
de seus respectivos cadastros os dados do Executado, SE TIVER SIDO DADA À ORDEM.

Retiro bloqueio de valores, se houver, em nome do Executado, junto ao Sistema Bacen Jud, SE
TIVER SIDO DADA À ORDEM

Retire o nome do Executado do Sistema BNMP 2.0 CNJ, SE TIVER SIDO DADA À ORDEM

Se expedido, recolha-se o mandado de prisão, por força desta decisão.

Sem custas e verba honorária, eis os Autores estarem com a gratuidade processual, nesta
compreendida a verba honorária.

P.R.I e certificado o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura digital)

Número do processo: 0818369-51.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: B. D. L. B. D. C. G.


Participação: ADVOGADO Nome: YANA FIGUEIREDO RIBEIRO OAB: 19327/PA Participação: REU
Nome: S. R. P. D. B. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO PROCECOMCIV 0818369-51.2019.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Supra a Autora as exigências ministeriais, segundo ID 24534269.

(ii) Após, conclusos.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb

Número do processo: 0839898-58.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: S. J. F. V.


Participação: ADVOGADO Nome: ALEXCEIA DO NASCIMENTO FERREIRA OAB: 687PA/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ARILENA DE JESUS AZEVEDO MARTINS OAB: 23964/PA
Participação: REQUERIDO Nome: V. J. S. V. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DA UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL AIESP 0839898-58.2021.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SILVIO JOSE FERREIRA VASCONCELOS propôs Ação Judicial em desfavor de VICTOR JOSE
SANTOS VASCONCELOS, ambos qualificados, expondo argumentos devidos e acostando documentos
suficientes.

O processo seguiu seu trâmite normal.

No ID 29566476 consta determinação quanto à emenda da inicial.

No ID 31946059, consta em diante, consta a desconsideração do Autor quanto ao moldes


determinado, o que permite a aplicabilidade da sanção emanada no artigo 485 e seguintes do Código de
Processo Civil.

RELATADO EM APERTADA SÍNTESE

DECIDO-

Os requisitos de admissão da inicial se encontram anunciados no artigo 319 do Código de Processo Civil.
Quando ausentes um dos pressupostos de admissibilidade, é direito subjetivo e processual do
Demandante corrigir ou completar a exordial, sob pena de pleno indeferimento. Prescreve o artigo 321, do
Estatuto Processual Civil:

Art.321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que
apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento do mérito, determinará que o autor,
no prazo de 15(quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado.

Parágrafo único: Se o .autor não cumprir a diligência, o. .juiz indeferirá a petição inicial.

Ora, a determinação para o Autor aplicar o dispositivo acima mencionado ocorreu na data de 14 de
julho de 2021, sem que, até a presente data, irregularidade tenha sido satisfeita ou sanada, o que, sem
sombra de dúvida, permite o indeferimento da exordial. .Trilhando igual entendimento, prescreve a recente
jurisprudência:

EMENTA: DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO ANULATÓRIA DE TÍTULO DE CRÉDITO E


AÇÃO CAUTELAR. EMENDA DA INICIAL. ART. 284, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. INDEFERIMENTO DA INICIAL. De acordo com o disposto no art. 284, caput e
parágrafo único, do Código de Processo Civil, quando a petição inicial não preencher aos requisitos
estabelecidos pelos artigos 282 e 283, o juiz determinará a emenda da inicial, no prazo de 10 dias, sob
pena de indeferimento. Caso concreto em que, mesmo tendo sido intimada por duas vezes para emendar
a petição inicial, a autora não atendeu às determinações judiciais, justificando, assim, o indeferimento da
petição inicial. APELAÇÕES Nº 70020639530 E Nº 70020639605 DESPROVIDAS. (Apelação Cível Nº
70020639605, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Roberto Lessa Franz,
Julgado em 30/08/2007)

Isto posto, com fundamentos nos artigos 321 do Código de Processo Civil, indefiro a inicial eis o
desinteresse do Autor em suprir a omissão em comento, ensejando a rejeição da inicial em todos os
seus termos.

Sem custas e honorários advocatícios.

P.R.I. e certificado o trânsito em julgado e em seguida, determino o arquivamento dos autos com as
cautelas legais.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021


1244
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

Número do processo: 0823095-97.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: S. A. F.


Participação: ADVOGADO Nome: JOAO JORGE DE OLIVEIRA SILVA OAB: 16662/PA Participação:
REQUERIDO Nome: E. K. S. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELA DE JESUS RAMOS
OAB: 31059/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0823095-97.2021.8.14.0301

DIVÓRCIO LITIGIOSO (12541)

AÇÃO:[Casamento]

REQUERENTE: STANLEY ASSUNCAO FREITAS

Advogado(s) do reclamante: JOAO JORGE DE OLIVEIRA SILVA

REQUERIDO: ELAINE KELLY SOUZA DOS SANTOS

Advogado(s) do reclamado: GABRIELA DE JESUS RAMOS

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Conforme petição da parte requerida presente no ID 30789310 e em consulta ao sistema PJE, verifico que
os autos de Nº 0861979-35.2020.814.0301, que trataram sobre pedido de homologação de acordo de
divórcio, guarda, direito de convívio e alimentos, que tramitou perante a 1ª Vara de Família da Capital, foi
sentenciado sem resolução do mérito, envolvendo as mesmas partes, causa de pedir e pedido.

Em consulta ao sistema PJE ainda foram identificados mais um processo de divórcio consensual das
partes, sob o No 0833277-45.2021.814.0301, em trâmite perante a 3ª Vara de Família da Capital, ajuizado
em junho de 2021, havendo assim proliferação de demandas das partes.

Assim, nos termos do inciso II do art. 286 do CPC, remetam-se os autos à 1ª Vara de Família da Capital.

ISTO POSTO, determino que os presentes autos sejam redistribuídos para a 1ª Vara de Família da
Capital, desde logo, uma vez que segundo a nova regra contida no art. 1.015 do CPC, das decisões que
declinam a competência, não cabe Agravo de Instrumento, a fim de que sejam redistribuídos com a
urgência necessária, procedendo-se, consequentemente, à necessária baixa no registro, dando-se baixa e
compensando-se na distribuição.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Intimem-se. Ciência ao Ministério Público.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0810691-48.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. O. B. P.


Participação: REQUERIDO Nome: R. V. C. Participação: ADVOGADO Nome: VANDRE BARBOSA
COLARES OAB: 26679/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P. Participação: MENOR
Nome: E. P. C.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO GUARDA 0810691-48.2020.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Bom, a habilitação do Requerido nesta demanda me permite anunciar o comparecimento espontâneo
na lide. Então, a partir de agora, abro o prazo de defesa(15 dias úteis), sob pena de revelia.

(ii) Após, conclusos.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb

Número do processo: 0859332-04.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: T. D. R. S.


Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANO FIUZA DA CRUZ OAB: 23764/PA Participação: REQUERIDO
Nome: R. G. P. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DA UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL AIESP 0859332-04.2019.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

INTIMAÇÃO PESSOAL: AUTORIZO O SENHOR OFICIAL DE JUSTIÇA A CUMPRIR A MEDIDA APÓS


O HORÁRIO REGULAR, FERIADOS E FINAIS DE SEMANA.

R. Hoje

10 Por mandado, intime(m)-se pessoalmente o(a) Autor(a) THAIS DO ROSARIO SOUZA, para
que, em CINCO úteis, manifeste(m) seu(s) respectivo(s) interesse(s) , dizendo se ainda tem interesse
quanto ao prosseguimento do feito, UMA VEZ SUA AUSÊNCIA AO ESTUDO PSICOSSOCIAL, COM
ATUALIZAÇÕES DE AMBOS OS ENDEREÇOS E TELEFONES , SOB PENA DE DESISTÊNCIA/
EXTINÇÃO/ARQUIVAMENTO. O expediente ser cumprido à luz do artigo 212 do CPC.(cumprimento,
também, fora do expediente forense, inclusive nos dias de domingo e feriados).

20 Observe o senhor oficial de justiça que a diligência NÃO SERÁ CUMPRIDA se deixar o
mandado com terceiro, mesmo que este seja próxima ao(s) Autor(es) , porque a intimação SE OBRIGA A
SER PESSOAL.

30 Acostado o expediente, voltem-me conclusos.

40 Belém-Pará,18 de agosto de 2021


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(ASSINATURA ELETRÔNICA)

Número do processo: 0810983-11.2021.8.14.0006 Participação: REQUERENTE Nome: ANTONIO


ALDEMIR LOBATO CRUZ Participação: ADVOGADO Nome: ANDREZA FERREIRA RODRIGUES OAB:
22551/PA Participação: ADVOGADO Nome: DORIVALDO DE ALMEIDA BELEM OAB: 003555/PA
Participação: REQUERENTE Nome: LUKAS QUADROS LOBATO CRUZ Participação: ADVOGADO
Nome: ANDREZA FERREIRA RODRIGUES OAB: 22551/PA Participação: ADVOGADO Nome:
DORIVALDO DE ALMEIDA BELEM OAB: 003555/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


2ª VARA DE FAMÍLIA - COMARCA DE ANANINDEUA

PROCESSO N° 0810983-11.2021.8.14.0006. EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS.

REQUERENTE: ANTONIO ALDEMIR LOBATO CRUZ.

REQUERIDO: LUKAS QUADROS LOBATO CRUZ.

DECISÃO

Vistos, etc..

Verifico que o REQUERIDO ALIMENTANDO reside na Comarca de Belém/PA.

Com o fito de se evitar futuras e eventuais alegações de nulidade processual, com fulcro no art. 53,
II do CPC, que determina que é competente o foro de domicílio ou residência do alimentando para ação
em que se pede alimentos, entendo que o juízo competente para o processamento e julgamento do
presente feito é o da Comarca de Belém, devendo esta matéria (a competência para o processamento do
feito) ser conhecida de ofício pelo juízo, não sendo admitida a prorrogação.

Ante o exposto, declino da competência para o processamento e julgamento do presente feito


para uma das Varas de Família da Comarca de Belém/PA, para onde os autos deverão ser remetidos
após o trânsito em julgado da presente decisão.

Preclusas as vias impugnatórias, certifique-se o que houver e remetam-se os autos à Comarca de


Belém/PA, após a baixa devida.

P.R.I.C.

Data da Assinatura Eletrônica.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ALESSANDRA ISADORA VIEIRA MARQUES

Juíza de Direito Titular da 2ª Vara de Família de Ananindeua

Número do processo: 0847234-16.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: E. M. S. D. C.


Participação: ADVOGADO Nome: THAMIRIS DE PINHO MORAES MAGALHAES OAB: 1638PA/PA
Participação: REQUERIDO Nome: L. K. R. C. Participação: REQUERIDO Nome: M. M. C. D. C.
Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO AALIM 0847234-16.2021.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Concedo aos Autores os benefícios da gratuidade processual, nesta compreendida a verba honorária.

(ii) Ao Ministério Público para fins devidos.

(iii) Após, conclusos para sentença.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)
1249
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Bb

Número do processo: 0857416-66.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: A. P. S. D. O.


Participação: ADVOGADO Nome: CAMILLA ELIZABETH SILVA CAMPOS GONCALVES OAB: 21688/PA
Participação: REU Nome: A. H. P. R. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DA UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO DIVLIT 0844689-12.2017.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2147.

E-MAIL: 1familiabelem@tjpa.jus.br

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA DE SANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO-MANDADO DE


INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o presente, por cópia digitada, como
mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009 – CJRMB.
Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Declaro a estabilidade da Decisão de Organização e Saneamento em todos os seus moldes,


seguindo-se a estruturação da produção dos meios de prova. Pois bem:

DA DEFINIÇÃO DOS DEMAIS DE PROVA ALMEJADOS

PELA AUTORA:
1250
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

a) Meio de Prova Testemunhal: Defiro em todos os seus moldes. Então, como apresentou o rol de
testemunhas a ser ouvidas( Maria do Socorro Dias Rebouças e Danilo Gustavo Silveira Asp), dispensado
está a concessão do prazo quinzenal para tanto. Bom, as mesmas serão apresentadas em Juízo sem que
haja expedição de intimação pela Secretaria da UPJ das Varas de Família , cuja ausência importará em
desistência, sem perder de vista os casos legais de substituição processual.

PELO PATERNO:

a) Meio de Prova relativo ao Depoimento Pessoal: Defiro, eis a importância ao desfecho da lide, pelo
menos por enquanto.

b) Meio de Prova Testemunhal: Defiro em todos os seus moldes. Então, como apresentou o rol de
testemunhas a ser ouvidas( DIANDRA MAYANE DE OLIVEIRA e WATERLOO NAZARENO DA SILVA
PINHEIRO), dispensado está a concessão do prazo quinzenal para tanto. Bom, as mesmas serão
apresentadas em Juízo sem que haja expedição de intimação pela Secretaria da UPJ das Varas de
Família, cuja ausência importará em desistência, sem perder de vista os casos legais de substituição
processual.

c) Meio de Prova Documental: Defiro, sem perder de vista o respeito ao princípio do contraditório.

d) Meio de Prova Pericial: Abro o prazo de 15(quinze) dias, úteis e comum, a fim de que as partes
apresentem quesitos ao estudo psicossocial. ( O Ministério Público já os apresentou). Em seguida,
encaminhem-se ao Setor Social à confecção em 90(noventa) dias. Entregue o laudo(Este deverá estar em
sigilo, cujo levantamento far-se-á pelo Gabinete) , conclusos para prosseguimento.

PELO MINISTÉRIO PÚBLICO :

a) Meio de Prova relativo ao Depoimento Pessoal: Defiro, eis a importância ao desfecho da lide, pelo
menos por enquanto.

b) Meio de Prova Pericial: Defiro, cujos parâmetros já se encontram definidos no item "d", do campo de
provas do Demandado.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Número do processo: 0847585-86.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: H. C. D. S. Participação:


REPRESENTANTE DA PARTE Nome: CINTIA BORGES CARDOSO OAB: null Participação: AUTOR
Nome: D. C. D. S. Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: CINTIA BORGES CARDOSO
OAB: null Participação: REU Nome: F. C. L. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.
1251
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO AIESP 0847585-86.2021.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE


AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO
Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

· Concedo aos Autores os benefícios da gratuidade processual, nesta compreendida honorários


advocatícios.

· Tenho a dizer que, por agora, os alimentos continuam arbitrados em termos de salário mínimo, eis a
ausência de comprovação da fonte pagadora do paterno, algo que, se ao longo da questão for
evidenciado, será alterado segundo os interesses dos menores. Noutras falas. Por enquanto, o quantum
alimentar está firmado na base de 80%(oitenta por cento) do salário mínimo vigente, reajustado de
acordo com a política governamental, cujo valor será depositado na conta bancária( Caixa Econômica
Federal na conta Social Digital da Caixa Tem Ag. 3880 1288 Conta Poupança 975790074-0)
respeitando-se a data limite do dia 05(cinco) mensal. Do universo alimentar em comento, destinar-se-á
para cada Autor o valor de 40%(quarenta por cento) da base de cálculo acima declinado.

SE ATRASAR, MULTA DE 2%(DOIS POR CENTO) POR CADA MÊS E JUROS DE 0,3%(ZERO
VÍRGULA TRÊS POR CENTO) AO DIA, COM APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO PELO IGP-
M/FGV.

· Se estiver com exercendo labor formal ou, se for comprovado os rendimentos/ganhos do paterno com
sua atividade empresarial, a verba alimentar será estipulada em 30% (trinta por cento) de seus
vencimentos e vantagens do PATERNO, incluindo-se férias, FGTS, 13º salário, aviso prévio, horas extras,
salário família, seguro desemprego auxílio alimentação, verbas rescisórias, prêmios, subsídios,
participação nos lucros e rendimentos e demais gratificações, com exclusão, apenas e tão somente, dos
descontos obrigatórios(INSS e IR)do paterno, mantendo-se a mesma forma de pagamento(depósito
bancário ), respeitando-se a data limite do recebimento dos rendimentos correspondente. Do universo
alimentar em comento, destinar-se-á para cada Autor o percentual de 15%(QUINZE por cento) da
base de cálculo acima declinado.

· Quando conhecida a fonte pagadora, cuja informação será fornecida pelos Autores, deverá a
Secretaria da UPJ das Varas de Família oficiar à fonte pagadora para que, assim que receber o
expediente, descontar logo os alimentos e, no prazo de 10(dez) dias, informar os ganhos reais DO
PATERNO , em detalhes.
1252
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

· Se estiver recebendo benefício previdenciário ou seguro – desemprego, desde que comprovado pela
materna, o quantum acima incidirá sobre o importe mensal recebido, na conta bancária a ser fornecida
posteriormente, respeitando-se os ganhos do paterno.

· Designo o dia 07 de OUTUBRO de 2021, às 11:30 horas para a audiência de conciliação,


instrução e julgamento.

· Por mandado/carta precatória(30 dias) cite-se FRANCISCO CYLDERLAN LIMA DA SILVA,


brasileiro, casado, autônomo, inscrito no CPF sob n° 512.951.302-97, telefone: (93) 99130-2291, demais
dados desconhecidos, residente e domiciliado na cidade de Santarém-PA, sito na Rua José do Patrocínio,
n° 276, bairro: Diamantino CEP 68020-110 Santarém-PA e Intime-se PESSOALMENTE o (a) autores(a)
HADRYEL CARDOSO DA SILVA, CPF nº 041.184.412-17 e DANIEL CARDOSO DA SILVA, CPF n°
040.939.712-18 neste ato representados por sua genitora CINTIA BORGES CARDOSO, brasileira,
casada, autônoma, portadora da cédula de identidade RG nº 526606-8 Marinha do Brasil e CPF nº
685.759.472-49, residente e domiciliada no município de Belém-PA, sito no Conjunto Benjamin Sodré, Rua
Sanhaço, n° 01, Quadra 09, Bairro: Parque Verde CEP: 66635-270 telefone: (91) 99968-3185, endereço
eletrônico: hadaci832@gmail.com, para comparecerem à sobredita audiência, advertindo-os de que
deverão comparecer acompanhados de seus advogados e testemunhas (art. 8º da Lei n.º 5.478/68) e de
que a ausência do (a) autor (a) importará em arquivamento do processo e a do(a) réu(é) em revelia, além
de confissão quanto à matéria de fato (art. 7º da Lei n.º 5.478/68), anotando-se, ainda, no mandado que
caso não haja acordo o(a) réu(é) poderá apresentar contestação, desde que o faça por meio de advogado
ou defensor público.

· Expeçam-se os mandados/carta precatória(30 dias) e demais expedientes correspondentes, à


luz do artigo 212 do CPC. (As diligências ocorrerão, também, fora do horário de expediente forense –
06:00 às 20:00 horas , inclusive nos dias de domingo e feriados).

· Cientes Ministério Público e Defensoria Pública.

· Processe-se em segredo de justiça.

· Alerto o senhor oficial de justiça que o mandado de citação e o de intimação não deve ser deixado
com terceiros, mesmo que tais sejam parentes dos litigantes(mãe, irmã, tio, dentre outros), uma vez que a
citação e intimação se obriga a ser PESSOAL. A desatenção ao tema, certamente, provocará a
declaração de nulidade de a certidão, provocando-se a emissão de novo mandado citatório e o de
intimação.

· Autorizo o senhor Diretor de Secretaria ou outro servidor por ele indicado a assinar digitalmente os
expedientes ao objetivo desejado.

Belém-Pará, 18 de AGOSTO de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

ARTIGOS DA LEI 5.478/68 ACIMA MENCIONADOS

Art. 7º O não comparecimento do autor determina o arquivamento do pedido, e a ausência do réu


importa em revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

Art. 8º Autor e Réu comparecerão à audiência acompanhados de suas testemunhas, 3 (três no


1253
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

máximo, apresentando, nessa ocasião, as demais provas.

Número do processo: 0847624-83.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. V. S. D. C.


Participação: REPRESENTANTE Nome: S. S. D. B. Participação: REQUERIDO Nome: L. J. S. D. C.
Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO AALIM 0847624-83.2021.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE


AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO
Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

· Concedo à Autora os benefícios da gratuidade processual, nesta compreendida honorários


advocatícios.

· Tenho a dizer que, por agora, os alimentos continuam arbitrados em termos de salário mínimo, eis a
ausência de comprovação da fonte pagadora do paterno, algo que, se ao longo da questão for
evidenciado, será alterado segundo os interesses do menor. Noutras falas. Por enquanto, o quantum
alimentar está firmado na base de 30%(trinta por cento)do salário mínimo vigente, reajustado de acordo
com a política governamental, cujo valor será depositado na conta bancária da materna( Caixa
Econômica Federal, agência 1578, operação 013, conta bancária 37247-0) respeitando-se a data limite do
dia 10(dez) mensal.

SE ATRASAR, MULTA DE 2%(DOIS POR CENTO) POR CADA MÊS E JUROS DE 0,3%(ZERO
VÍRGULA TRÊS POR CENTO) AO DIA, COM APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO PELO IGP-
M/FGV.

· Se estiver com exercendo labor formal ou, se for comprovado os rendimentos/ganhos do paterno com
sua atividade empresarial, a verba alimentar será estipulada em 30% (trinta por cento) de seus
vencimentos e vantagens do PATERNO, incluindo-se férias, FGTS, 13º salário, aviso prévio, horas extras,
salário família, seguro desemprego auxílio alimentação, verbas rescisórias, prêmios, subsídios,
participação nos lucros e rendimentos e demais gratificações, com exclusão, apenas e tão somente, dos
1254
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

descontos obrigatórios(INSS e IR)do paterno, mantendo-se a mesma forma de pagamento(depósito


bancário ), respeitando-se a data limite do recebimento dos rendimentos correspondente.

· Quando conhecida a fonte pagadora, cuja informação será fornecida pelo Autor, deverá a Secretaria
da UPJ das Varas de Família oficiar à fonte pagadora para que, assim que receber o expediente,
descontar logo os alimentos e, no prazo de 10(dez) dias, informar os ganhos reais do paterno , em
detalhes.

· Se estiver recebendo benefício previdenciário ou seguro – desemprego, desde que comprovado pela
materna, o quantum acima incidirá sobre o importe mensal recebido, na conta bancária a ser fornecida
posteriormente, respeitando-se os ganhos do paterno.

· Designo o dia 22 de SETEMBRO de 2021, às 11:30 horas para a audiência de conciliação,


instrução e julgamento.

· Por mandado, cite-se LUCIANO JUNIOR SOUZA DA CRUZ e Intime-se PESSOALMENTE


M.V.S.C., representada por sua materna SAMARA SANTANA DE BRITO para comparecerem à sobredita
audiência, advertindo-os de que deverão comparecer acompanhados de seus advogados e testemunhas
(art. 8º da Lei n.º 5.478/68) e de que a ausência do (a) autor (a) importará em arquivamento do processo e
a do(a) réu(é) em revelia, além de confissão quanto à matéria de fato (art. 7º da Lei n.º 5.478/68),
anotando-se, ainda, no mandado que caso não haja acordo o(a) réu(é) poderá apresentar contestação,
desde que o faça por meio de advogado ou defensor público.

· Expeçam-se os mandados e demais expedientes correspondentes, à luz do artigo 212 do CPC.


(As diligências ocorrerão, também, fora do horário de expediente forense – 06:00 às 20:00 horas ,
inclusive nos dias de domingo e feriados).

· Cientes Ministério Público e Defensoria Pública.

· Processe-se em segredo de justiça.

· Alerto o senhor oficial de justiça que o mandado de citação e o de intimação não deve ser deixado
com terceiros, mesmo que tais sejam parentes dos litigantes(mãe, irmã, tio, dentre outros), uma vez que a
citação e intimação se obriga a ser PESSOAL. A desatenção ao tema, certamente, provocará a
declaração de nulidade de a certidão, provocando-se a emissão de novo mandado citatório e o de
intimação.

· Autorizo o senhor Diretor de Secretaria ou outro servidor por ele indicado a assinar digitalmente os
expedientes ao objetivo desejado.

· Belém-Pará, 18 de AGOSTO de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

ARTIGOS DA LEI 5.478/68 ACIMA MENCIONADOS

Art. 7º O não comparecimento do autor determina o arquivamento do pedido, e a ausência do réu


importa em revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

Art. 8º Autor e Réu comparecerão à audiência acompanhados de suas testemunhas, 3 (três no


máximo, apresentando, nessa ocasião, as demais provas.
1255
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0027558-57.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: Y. D. A. D. S.


Participação: AUTOR Nome: Y. D. A. D. S. Participação: AUTOR Nome: D. R. S. A. Participação: REU
Nome: I. D. C. D. S. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO AIESP 0027558-57.2017.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Creio que os autos do processo deverão ser encaminhados à Secretaria da UPJ das Varas de Família
no aguardo da juntada do mandado e fluxo do prazo.

(ii) Após, conclusos.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb
bB
1256
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0813155-79.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: E. V. D. S. B.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: IVANICE DO SOCORRO SILVA SANTOS OAB: null
Participação: REQUERIDO Nome: E. L. B. Participação: ADVOGADO Nome: ALEX LOBATO POTIGUAR
OAB: 013570/PA Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME HENRIQUE ROCHA LOBATO
registrado(a) civilmente como GUILHERME HENRIQUE ROCHA LOBATO OAB: 7302/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DA UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL AIESP 0813155-79.2019.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

CONSTRIÇÃO PESSOAL: PRISÃO CIVIL: JULHO/2020 ATÉ O MOMENTO DA SOLTURA, CASO


HAJA O DECRETO DE PRISÃO

1. O Executado já se habilitou na demanda, na fase de Cumprimento de


Sentença, com total acesso aos termos iniciais de tal fase, o que me permite declarar o comparecimento
espontâneo do mesmo para fins devidos, com dispensa do mandado de intimação.

Então, a partir de agora, abro o prazo de defesa de a


execução pessoal ao Executado EDILAERCIO LOPES BARRETO, brasileiro, solteiro, garçom,
portador da carteira de identidade nº 3112431 PC/PA e inscrito no CPF sob nº 689.448.962-91, para que,
no tríduo legal, efetuar o pagamento das três últimas vencidas, provar que o fez ou justificar a
impossibilidade de efetuá-lo, cujo débito que permite a prisão civil perfaz o montante cobrado até
setembro/2020 em R$ 941,88 (novecentos e quarenta e um reais e oitenta e oito centavos) sem perder
de vista os meses vincendos, dívida que aumenta, mês a mês, até o pagamento integral do débito
exequendo, em atenção ao texto do artigo 528, §1º., do CPC.

2. Caso permaneça na inadimplência, bem como não se escusando ao pagamento, ser-lhe-á decretada a
prisão civil pelo prazo de 01(um) a 03(três) meses, observando-se o teor da súmula 04 deste Tribunal:

A PRISÃO CIVIL DE INADIMPLENTE DE PENSÃO ALIMENTÍCIA SOMENTE PODE SER DECRETADA


TOMANDO COMO BASE AS TRÊS PRESTAÇÕES EM ATRASO ANTERIORES AO AJUIZAMENTO DA
EXECUÇÃO E AS QUE FOREM DEVIDAS NO DECORRER DO PROCESSO INSTAURADO PARA ESSE
FIM.

3. Deve restar claro que, se preso, o cumprimento da medida será


efetivada em regime fechado, devendo ser o Alimentante(quando preso) separado dos presos comuns.
1257
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

CONSTRIÇÃO PATRIMONIAL: PENHORA DE BENS: PERÍODO EXEQUENDO:

JANEIRO-JUNHO/2020.

4. Quanto à constrição patrimonial(com adequação do pedido


com base nos artigos 523 e seguintes do CPC), abro o prazo de defesa ao Executado, a partir de agora,
para que, no prazo de 15(quinze) dias, pagar voluntariamente a dívida de R$ 1.882,13 (um mil e oitocentos
e oitenta e dois reais e treze centavos), sob pena de acrescer multa de 10%(dez por cento) e honorários
advocatícios de igual monte, o qual será revertido em prol da Defensoria Pública do Estado do
Pará( FUNDO ESTADUAL DA DEFENSORIA PÚBLICA * conta corrente n° 182900-9, Banco 037, Agência
015, instituído pela Lei Estadual n° 6.717/05)

5. Ultrapassado o prazo quinzenal, sem que tenha havido o prazo voluntário da


obrigação alimentar, iniciar-se-á o prazo de 15(quinze) dias para que o Executado, independentemente de
penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação. Ainda, ultrapassado o
primeiro prazo quinzenal, expeça-se mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de
expropriação, após a apresentação de a planilha de a dívida atualizada pelo Exequente.

6.O(s) Exequente(s) litiga(m) sob o manto da gratuidade processual.

7. Desde já, autorizo, se assim desejar, que a representante legal do


Exequente acompanhe o senhor oficial de justiça na diligência correspondente à finalidade de direito, se
assim desejar.

8. Quando ultrapassado o prazo para pagamento da dívida exequenda, deve


a Secretaria da Vara oficiar aos Órgãos de Proteção de Crédito( SPC e SERASA) no sentido de inserir os
dados do Executado em seus respectivos banco de dados( deve, para tanto, inserir nos expedientes o
CPF/MF do Executado e os últimos valores atualizados dos débitos exequendos), bem como havendo o
protesto do pronunciamento judicial.

9. Por medida de cautela, autorizo o bloqueio online do valor exequendo,


vindo-me os autos do processo conclusos, após o prazo de 72(setenta e duas) horas, contados da ordem
de protocolamento, para verificação da medida.

10. Mais, vou tentar conciliar as partes e assim designo a data de 08 de


setembro de 2021, às 09:00 horas, para audiência de tentativa de acordo. A Autora, aqui presente, desde
já, está intimada do ato processual em comento, sendo-lhe entregue uma cópia deste despacho para fins
devidos. Por outro lado, o Executado será apresentado em Juízo por seus advogados, sem que haja
necessidade de emitir intimação pessoal, ante os poderes que seus Advogados detêm, dentre tais, o de
transigir.

Se houver acordo, homologamos por sentença. Caso contrário,


os autos do processo voltarão ao Gabinete, se decorrido o prazo das duas defesas, para fins devidos.

Ciência ao Ministério Público, Defensoria Pública e


Advogado.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)
1258
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0853863-74.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: A. D. S. M. Participação:


REU Nome: I. M. M.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DA UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL PROCECOMCIV 0853863-74.2019.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

ADIVALDO DOS SANTOS MOURA propôs Ação Judicial em desfavor de IZETE MARTINS MOURA,
ambos qualificados, expondo argumentos devidos, além de acostar documentos correspondentes.

O processo seguiu seu trâmite normal.

No ID 26610755, consta ordem de intimação pessoal do Autor para que, dentro do prazo legal,
cumprisse com os termos do texto nele inserido e , simultaneamente, demonstrasse seu interesse quanto
ao prosseguimento da questão, sob pena de extinção.

No ID 31946076, consta a certeza da intimação e o desinteresse do Requerente para tanto, eis o teor
em comento: Não cumpriu com a determinação judicial, porque, muito embora cientes da medida,
optou pelo silêncio em atender as ordens judiciais, repito, o que demonstra total indiferença aos termos da
demanda.

RELATADO EM APERTADA SÍNTESE

DECIDO

O artigo 485, inciso III, CPC., prescreve:

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

I – Omissis

II - Omissis

III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30
1259
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(trinta) dias;

Ora, os autos do processo se encontram paralisados sem que o Autor tenha atendido, de forma
correta, a determinação judicial em comento. Diante disso, clara a demonstração de desinteresse pela
causa, o que acarreta a extinção do processo sem resolução de mérito por abandono de causa. Trilhando
igual entendimento, prescreve a recente jurisprudência:

PROCESSUAL CIVIL - EXTINO DO FEITO - FALTA DE PRESSUPOSTO PROCESSUAL - INTIMAO


PESSOAL - DESNECESSIDADE - INTIMAO PELO CORREIO - RECEBIMENTO NO ENDEREÇO DO
AUTOR - CONSUMAÇÃO DO ATO - SENTENçA MANTIDA.
1. A extinção do feito por falta de pressuposto processual (ausência de citação), com fulcro no art. 267,
inc. IV do CPC, prescinde de intimação pessoal da parte.
2. Por outro lado, no presente caso, o autor foi intimado pessoalmente, eis que válida a intimação quando
a correspondência recebida no endereço constante nos autos.
3. Recurso conhecido e improvido. (20070150053069APC, Relator ANA CANTARINO, 1j Turma Cível,
julgado em 08/10/2007, DJ 29/11/2007 p. 89 TJDFT).(grifei)

Ora, a postura adotada pelo Autor , a meu ver, anuncia seu completo desinteresse no pedido, o que faz
quedar a continuidade da questão diante de seu claro desinteresse na lide que elegeu, repito.

Isto posto, com fundamento no artigo 485, inciso III e §1º, c/c o artigo 486, ambos do Código de
Processo Civil, extingo o processo sem resolução de mérito, vez o real abandono de causa, eis que, se
assim quisesse, tinha cumprido uma simples diligência: A que constava no ID 26610755, o que me
permite determinar o arquivamento dos autos do processo com as cautelas devidas, MANTENDO-SE
INTACTA A SENTENÇA DIVORCISTA.

Sem custas e verba honorária, eis o Autor estar com a gratuidade processual, nesta
compreendida a verba honorária.

P.R.I e certificado o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura digital)

Número do processo: 0805077-62.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: E. D. S. A. Participação:


ADVOGADO Nome: PEDRO BRAGA GOMES OAB: 25826/PA Participação: REQUERIDO Nome: J. P. A.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO 0805077-62.2020.814.0301


1260
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Emenda da inicial(15 dias úteis, sob pena de indeferimento). Em qual endereço a Requerida deve ser
citada?

(ii) Após, conclusos.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb
bB

Número do processo: 0831891-14.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: E. P. S. C.


Participação: ADVOGADO Nome: CARIMI HABER CEZARINO CANUTO OAB: 012038/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ANNA CLAUDIA COUTO CARNEIRO OAB: 018739/PA Participação: REQUERIDO
Nome: M. G. D. F. Participação: ADVOGADO Nome: JOAO PAULO BENTES MARTINS OAB: 17250/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RUTH SABOIA PEREIRA OAB: 21168/CE Participação: ADVOGADO
Nome: ANA CARLA SERENI GESTER OAB: 69584/PR Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D.
P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO EXEALI 0831891-14.2020.814.0301


1261
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Ao Ministério Público para parecer.

(ii) Após, conclusos, de forma urgente,para sentença.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb

Número do processo: 0845730-72.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. R. B. C.


Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO AMARAL PINHEIRO DA SILVA OAB: 8699/PA
Participação: REQUERENTE Nome: J. B. C. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO AIESP 0845730-72.2021.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.


1262
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

JOSE ROBERTO BARBOSA CORREA E JULIA BELTRÃO CORREA, nos autos da Ação Judicial
correspondente, apresentaram pedido de homologação de acordo argumentando, em síntese, ser devido a
medida a fim de que haja decisão quanto ao tema: Exoneração de Alimentos, diante da postura
consensual ora havida, motivo pelo qual almejam o acolhimento integral do pedido ora eleito.

Acostaram documentos .

O processo seguiu seu trâmite normal.

RELATADO EM APERTADA SÍNTESE

DECIDO

Excluo a participação do Ministério Público na questão, eis não estarem presentes os termos do
artigo 698 do Código de Processo Civil.

Pois bem.

A transação efetivada entre os envolvidos anuncia convergência de vontades, limitando-se a


sentença apenas a consagrar tal manifestação volitiva, desde que presentes os requisitos delineados no
artigo 104 do CC, a saber, capacidade legal, licitude e disponibilidade do bem, além de não ser prescrito
em lei.

No caso em epígrafe, os litigantes formularam suas vontades nos seguintes termos:

1) Exoneração de a Obrigação Alimentar do senhor JOSE ROBERTO BARBOSA CORREA em face


de sua filha JULIA BELTRÃO CORREA na base de 20%(vinte por cento) de seus ganhos junto ao INSS
e PETROS, por força desta sentença.

Como se vê, não há óbice ao acolhimento do pedido, eis cingir-se de legalidade, restando ao Juízo
homologá-lo, em nível integral.

Isto posto, com base e fundamento no artigo 487, inciso III, alínea b, do Código de Processo Civil,
homologo por sentença os termos do acordo em comento e de forma integral, ante as considerações
acima elencadas, cujo teor tenho por reiterar diante de sua importância:

1) Exoneração de a Obrigação Alimentar do senhor JOSE ROBERTO BARBOSA CORREA em face


de sua filha JULIA BELTRÃO CORREA na base de 20%(vinte por cento) de seus ganhos junto ao INSS
e PETROS, por força desta sentença.

Não obstante, ainda resta igual valor remanescente(20%) da mesma base de cálculo e das
mesmas Fontes Pagadoras, a qual destinada à senhora JANETE FELIPE BELTRÃO. Bom, a mesma,
hoje, consta como falecida, conforme ID 31266595, óbito datado de 14 de março de 2021.

Portanto, o Alimentante, pior obviedade, tem sua obrigação alimentar com a falecida extinta e assim
devem ser adotadas as seguintes diligências, após o pagamento das despesas processuais
correspondentes, a saber:
1263
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(i) À Secretaria da UPJ das Varas de Família oficiar às duas Fontes Pagadoras para que, assim que
receberem cada expediente, cessem o desconto alimentar na ordem acima(20%) para a filha JULIA
BELTRÃO CORREA, por força desta sentença, bem como ao importe de igual valor(20%) destinado à ex-
esposa JANETE FELIPE BELTRÃO, esta última por força do óbito ocorrido em 4 de março de 2021,
conforme ID 31266595.

(ii) À Secretaria da UPJ das Varas de Família expedir o competente alvará judicial destinado ao Autor
para que o mesmo possa receber os valores depositados na conta bancária da falecida, desde a data de
05 de março de 2021, eis lhe pertencer.

À Secretaria da UPJ das Varas de Família e as partes adotarem as medidas legais


cabíveis ao feito, observando-se que os mesmos NÃO estão com o manto da gratuidade processual,
nesta compreendida custas, despesas, taxas e emolumentos, bem como honorários advocatícios.

Custas finais, faltantes e remanescentes pelos Autores, os quais serão pagos dentro do
prazo recursal , sob pena de terem seus dados inseridos no campo da dívida ativa estatal.

A verba honorária se posta como convencional.

P.R.I e pagas as custas, expeçam-se ofício, mandado e/ou carta precatória, ou outro
expediente almejado pelos Interessados(tais não são cumulativos, serão calculados conforme pedido dos
Interessados, frisa-se) à finalidade de direito.

Em seguida, determino que os autos sejam arquivados com todas as cautelas legais após o decurso de
o prazo recursal.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

Número do processo: 0853517-89.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: S. D. S. D. S.


Participação: REQUERIDO Nome: A. T. D. O. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO GUARDA 0853517-89.2020.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.


1264
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

1. Cite(m)-se, PESSOALMENTE, ALDERINO TAVARES DE OLIVEIRA, brasileiro, autônomo,


solteiro, portador da cédula de identidade RG: 2298286 5aVIA PC/PA e CPF: 574.035.462-53, telefone
(91) 98107-7895, sem endereço eletrônico, domiciliado e residente nesta cidade na Rua Ceará, n° 159
altos, Bairro: Águas Lindas, CEP: 66.690-730(CUMPRIMENTO por oficial de justiça: mandado) à luz
do art. 212 do CPC, com as advertências dos artigos 344 e 345 todos do CPC. (O expediente será
cumprido, também, fora do horário forense, 06:00 às 20:00 horas, com cumprimento da diligência nos dias
de domingo e feriados).

2. O prazo para apresentação de defesa será de 15(quinze) dias, sob pena de decreto de revelia, ante
as advertências expostas no respectivo mandado.

3. No mais, digo ao oficial de justiça que, caso haja suspeita fundada de ocultação, em último caso, a
citação ocorrerá por hora certa, detalhando-se as diligências correspondentes.(A diligência quanto à
citação por hora certa deve ser bem detalhada, com anúncio dos dias e horários de cumprimento e com
que se falou acerca da diligência).

4. Alerto ao senhor oficial de justiça que o mandado de citação não deve ser deixados com terceiros,
mesmo que tais sejam parentes dos litigantes(mãe, irmã, tio, dentre outros), uma vez que as diligências
em comento se obrigam a ser PESSOAL. A desatenção ao tema, certamente, provocará a declaração de
nulidade de a certidão, permitindo-se a emissão de novos expedientes.

5. Ultrapassado o prazo da defesa, conclusos para prosseguimento, observando-se que o(a)


Autor(a) se encontra com a gratuidade processual.

6. Não vou designar audiência de conciliação/mediação diante da desnecessidade no feito, porque vejo
a imprescindibilidade de estabilização objetiva da demanda, em seu início, sem prejuízo de haver
mediação/conciliação ao longo da demanda

7. Autorizo o senhor Diretor de Secretaria ou outro servidor por ele indicado a assinar digital o
expediente para fins necessários.

8. Após, conclusos para prosseguimento, observando o empreendimento da cognição


exauriente ante a pretensão em comento assim exigir, BEM COMO PARA DECIDIR O PEDIDO DE
TUTELA DE URGÊNCIA ORA FORMULADO.

9. Belém-Pará, 18 de AGOSTO de 2021

DRA. MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

ARTIGOS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL INSERTOS ACIMA


1265
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(I)Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.

(II)Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:

I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;

II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;

III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do
ato;

IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com
prova constante dos autos.

(III) Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a
mediação e conciliação.

Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo enquanto
os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar.

(IV)Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694.

§1 o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar


desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a
qualquer tempo.

§2o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência.

§3o A citação será feita na pessoa do réu.

§4o Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos.

(V)Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões quantas sejam
necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de providências jurisdicionais para evitar o
perecimento do direito.

(VI)Art. 697. Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do procedimento
comum, observado o art. 335.

(VII)Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse de
incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo.

Número do processo: 0847057-52.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: E. S. D. J.


Participação: ADVOGADO Nome: LINDALVA MARIA DA CRUZ FERREIRA OAB: 26301/PA Participação:
REQUERIDO Nome: F. D. P. S.
1266
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO DIVLIT 0847057-52.2021.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

RAÍSSA DESYRÉE DUARTE PEREIRA SAMPAIO propôs Ação Judicial em desfavor de


FABIO DANIEL PEREIRA SAMPAIO, ambos qualificados, argumentando, em síntese, ser devido a
medida para haver o decreto divorcista diante da impossibilidade de retorno à vida conjugal, razão pela
qual requer a procedência integral da pretensão eleita.

Acostou documentos.

O processo seguiu seu trâmite normal.

RELATADO EM APERTADA SÍNTESE

DECIDO

DO DIVÓRCIO

Excluo a participação do Ministério Público na questão, eis não estarem presentes os termos do
artigo 698 do Código de Processo Civil.(NÃO HÁ FILHOS)

Mais. Entendo que o pedido em comento aduz direito potestativo, unicamente, o qual dispensa a
estabilização objetiva da lide. Posicionamento tal agendado conforme atual conceito adotado pelo
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, cuja ementa assim colaciono:

__________

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIVÓRCIO. CITAÇÃO POR EDITAL VÁLIDA. 1. CITAÇÃO EDITALÍCIA.
Comprovado nos autos as diversas diligências para localizar e citar pessoalmente a demandada, porém
sem sucesso. Neste contexto, foi regular e válida a citação editalícia. 2. DECRETO DE DIVÓRCIO. Sem
razão a apelante quando sustenta que o autor não provou fato constitutivo de seu direito. Tendo ele
comprovado o casamento, o divórcio é um direito potestativo que pode ser exercido exclusivamente
por uma das partes, prescindindo de contestação. 3. NOME DE SOLTEIRA. Manter o nome de casada
ou voltar ao nome de solteira é uma prerrogativa da mulher, pois diz com seu patrimônio pessoal, um
1267
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

direito de personalidade seu, como consta do § 2º do art. 1.571 do CCB. DERAM PROVIMENTO EM
PARTE. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70072128259, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Julgado em 09/03/2017)

____________

Por outro lado, a Desembargadora Relatora Sandra Brisolara Medeiros, assim decidiu:

_____________

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DIVÓRCIO. CITAÇÃO EDITALÍCIA DO VARÃO. VALIDADE.


DEFESA PATROCINADA POR PROCURADOR DATIVO. PRECEDENTES. SENTENÇA CONFIRMADA.
Esgotadas as possibilidades de localização do varão para a citação pessoal, não há falar em nulidade da
citação editalícia, vez que observados todos os requisitos legais, sendo-lhe nomeada procuradora dativa
que atuou na defesa dos seus direitos. Ademais, o divórcio é direito potestativo, ou seja, que não
admite contestação, dependendo exclusivamente da vontade de uma das partes. Portanto, in casu,
não há qualquer óbice ao deferimento do pedido. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº
70069369874, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sandra Brisolara Medeiros,
Julgado em 30/11/2016)

____________

Mas bem. Na qualidade de direito, não vejo motivos par delongar a demanda com citação e decisão de
uma tutela de evidência, até por que, a alegação material em comento é livre e desvinculada da vontade
da outra parte, repito, cuja tramitação regular vai afrontar o princípio de a efetividade processual.

Portanto, dispenso a citação para, assim, prolatar imediata sentença.

Vamos à decisão.

O divórcio propõe o término da sociedade conjugal, permitindo um novo enlace matrimonial entre os
divorciandos, vez a impossibilidade de retorno à vida conjugal, não havendo mais falar em requisito
temporal. Diz o artigo 226, §6º, da Carta Magna:

A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado

§6.O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.

Ora, em análise aos termos constantes nos autos, verifica-se a satisfação dos moldes emanados
pela Autora, permitindo-se a objetividade em julgar.

DA INICIAL

A Requerente afirma estar separado faticamente, não havendo sentimentos firmes à mantença
do lar, permitindo-se a dissolução da sociedade conjugal.

DOS ALIMENTOS, GUARDA E DIREITO DE VISITAÇÃO

Não há discussão(não há filhos em comum).

DA VERBA ASSISTENCIAL ALIMENTAR

Há pedido nesse sentido.


1268
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DA PARTILHA DE BENS

Em discussão.

DO NOME

A Divorcianda voltará ao uso de seu nome de solteira, eis ser a alteração uma faculdade sua.

Como se vê, não havendo nenhum óbice ao decreto divorcista, resta ao Juízo acolher o pedido
inicial em seus termos integrais.

Ante o exposto e por tudo o que nos autos consta, com base no artigo 1.571 e seguintes do Código
Civil , c/c o artigo 226, §6º, da Carta Magna e todos c/c o artigo 487, inciso I do Estatuto Processual Civil,
JULGO INTEGRALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO INICIAL para decretar o divórcio entre RAÍSSA
DESYRÉE DUARTE PEREIRA SAMPAIO e FABIO DANIEL PEREIRA SAMPAIO diante de sua
admissibilidade legal, extinguindo-se o processo com resolução de mérito, REPITO, APENAS E TÃO
SOMENTE, QUANTO AO TEMA: DIVÓRCIO.

Repito. A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira( RAÍSSA DESYRÉE DUARTE PEREIRA
) eis a alteração ser uma opção sua. Por outro lado, o Requerido permanecerá com o uso de seu nome de
solteiro(FABIO DANIEL PEREIRA SAMPAIO) pois, a quando do casamento, não o alterou.

Não há falar em guarda, direito de visitação e alimentos, por ausência de discussão no presente.

Há divisão de bens.

Quanto aos alimentos de cunho assistencial, há discussão.

A sentença serve como mandado de averbação/carta precatória de cunho averbatório, observando-


se os seguintes dados: Cartório Santiago Teixeira, certidão de assento de casamento de matrícula
de número 066951 01 55 2019 2 00035 234 0002843 94..

À Secretaria da UPJ das Varas de Família e a Autora adotarem as medidas legais cabíveis ao feito,
observando-se que a mesma está com o manto da gratuidade processual.

Esta sentença serve como mandado de averbação e ofício, este último se necessário for.

Sem custas e honorários advocatícios, observando-se que a gratuidade processual atingirá a


emissão da segunda via do documento em questão(uma para a Autora, somente), além da
anotação/averbação da medida.

P.R.I e cumpra-se e expeça-se logo o mandado de averbação(Não há esperar o trânsito em julgado


desta sentença para o Requerido, eis estarmos lidando com direito potestativo, portanto, o trânsito em
julgado deverá contar, apenas e tão somente, à Autora) o que necessário, após o decurso
do prazo
recursal, repito, contado, apenas e tão somente, à Autora. Em seguida, seguida a demanda quanto aos
temas eleitos.

Muito bem.

1. Cite(m)-se, PESSOALMENTE, FABIO DANIEL PEREIRA SAMPAIO, brasileiro, casado,


Médico e 2º Tenente do Exército, lotado no Hospital Geral do Exército, em Belém, Residente de
Clínica Médica da Fundação Santa Casa de Misericórdia, Médico Plantonista/Regulador, atualmente
com vínculo no Hospital Dom Zico, Hospital de Campanha Hangar e Hospital de Pronto Socorro
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Municipal Mário Pinotti, RG nº 6313977-SSP/PA, CPF nº 005.606.672-48, podendo ser citado e


intimado por Oficial de Justiça na Fundação Santa Casa de Misercórdia, em Belém, de segunda-
feira à sexta-feira, entre 8:00 às 12:00, preferencialmente no horário de 10:00, na Enfermaria de
Clínica Médica, situado na R. Bernal do Couto, 988, Umarizal, Belém, Pará, 66055-080, telefone
pessoal nº (91) 98102-2236 (CUMPRIMENTO por oficial de justiça: mandado/carta precatória: prazo
de cumprimento de 30 dias: endereço às fls. 67) à luz do art. 212 do CPC, com as advertências dos
artigos 344 e 345 todos do CPC. (O expediente será cumprido, também, fora do horário forense, 06:00 às
20:00 horas, com cumprimento da diligência nos dias de domingo e feriados).

2. O prazo para apresentação de defesa será de 15(quinze) dias, sob pena de decreto de revelia, ante
as advertências expostas no respectivo mandado.

3. No mais, digo ao oficial de justiça que, caso haja suspeita fundada de ocultação, em último caso, a
citação ocorrerá por hora certa, detalhando-se as diligências correspondentes.(A diligência quanto à
citação por hora certa deve ser bem detalhada, com anúncio dos dias e horários de cumprimento e com
que se falou acerca da diligência).

4. Alerto ao senhor oficial de justiça que o mandado de citação não deve ser deixados com terceiros,
mesmo que tais sejam parentes dos litigantes(mãe, irmã, tio, dentre outros), uma vez que as diligências
em comento se obrigam a ser PESSOAL. A desatenção ao tema, certamente, provocará a declaração de
nulidade de a certidão, permitindo-se a emissão de novos expedientes.

5. Ultrapassado o prazo da defesa, conclusos para prosseguimento, observando-se que o(a)


Autor(a) se encontra com a gratuidade processual.

6. Não vou designar audiência de conciliação/mediação diante da desnecessidade no feito, porque vejo
a imprescindibilidade de estabilização objetiva da demanda, em seu início, sem prejuízo de haver
mediação/conciliação ao longo da demanda

7. Autorizo o senhor Diretor de Secretaria ou outro servidor por ele indicado a assinar
digitalmente o expediente para fins necessários.

8. Após, conclusos para prosseguimento.

9. Belém-Pará, 18 de AGOSTO de 2021

DRA. MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

ARTIGOS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL INSERTOS ACIMA

(I)Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.

(II)Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:

I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;

II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;

III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do
ato;
1270
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com
prova constante dos autos.

(III) Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a
mediação e conciliação.

Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo enquanto
os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar.

(IV)Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694.

§1 o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar


desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a
qualquer tempo.

§2o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência.

§3o A citação será feita na pessoa do réu.

§4o Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos.

(V)Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões quantas sejam
necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de providências jurisdicionais para evitar o
perecimento do direito.

(VI)Art. 697. Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do procedimento
comum, observado o art. 335.

(VII)Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse de
incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo.

Número do processo: 0861397-35.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: R. B. R. D. Participação:


ADVOGADO Nome: JOSIAS FERREIRA BOTELHO OAB: 010333/PA Participação: REU Nome: H. L. F.
D. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DA UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO AIEsp 0861397-35.2020.8.14.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N (PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3205-2765.


1271
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

R. Hoje.

(i) Não, a citação editalícia pode ocorrer sim, desde que exauridas todas as etapas de localização da parte
adversa. Bom, nova emenda da inicial(15 dias úteis, sob pena de indeferimento), quero saber o CPF/MF
da Requerida e os dados da materna a fim de que possamos localizar o endereço da mesma para fins
devidos.

(ii) Após, conclusos.

Belém - Pará, 18 de AGOSTO de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Número do processo: 0826915-61.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: S. O. S.


Participação: ADVOGADO Nome: NAYZE SABA CASTELO BRANCO OAB: 22830/PA Participação:
REQUERENTE Nome: E. S. C. Participação: REQUERIDO Nome: H. H. A. C. Participação: FISCAL DA
LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO GUARDA 0826915-61.2020.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Declaro precluso o direito das partes em produzir provas ante o silêncio aos moldes da decisão
1272
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

emanada no ID 22126048.

(ii) Ao Ministério Público para fins devidos.

(iii) Após, conclusos.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb
bB

Número do processo: 0845456-16.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: S. C. Participação:


ADVOGADO Nome: ALINE DI PAULA SERENI VIANNA OAB: 016692/PA Participação: ADVOGADO
Nome: WILTON DE QUEIROZ MOREIRA FILHO OAB: 3951/PA Participação: REQUERIDO Nome: D. I. B.
C. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO GUARDA 0845456-16.2018.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Concedo à Executada os benefícios da gratuidade processual, nesta compreendida a verba honorária.
1273
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(ii) Diga o Exequente quanto aos argumentos das duas defesas(15 dias úteis).

(iii) Mais, vou designar a data de 22 de setembro de 2021, às 12:00 horas, para audiência de tentativa de
acordo. Bom, somente a Executada será intimada pessoalmente, por mandado, eis estar sob o patrocínio
da Defensoria Pública. Por outro lado, o Exequente será apresentado por seu Advogado em Juízo, uma
vez o profissional deter poderes especiais, dentre tais, o de transigir.

Se houver acordo, homologamos por sentença. Caso contrário, os autos do processo, findo o prazo
indicado no item (ii) serão encaminhados ao Ministério Público para parecer.

(iv) Cientes Ministério Público, Advogado e Defensoria Pública.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb

Número do processo: 0874553-61.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. L. F. T.


Participação: ADVOGADO Nome: STEFFANI DA SILVA CARVALHO OAB: 22763/PA Participação:
REQUERENTE Nome: P. C. F. T. Participação: ADVOGADO Nome: STEFFANI DA SILVA CARVALHO
OAB: 22763/PA Participação: REQUERIDO Nome: M. F. P. D. S. Participação: ADVOGADO Nome:
KATRINA DIAS DE SOUZA OAB: 23591/PA Participação: ADVOGADO Nome: PABLO LEONARDO LIRA
DA COSTA OAB: 24181/PA Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR RAFAEL SANTOS DE MORAES
OAB: 25425/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PROCESSO: 0874553-61.2018.8.14.0301

J.L.F.T. (ID: 7615919 - Pág. 1), menor representado por PATRICIA CRISTINA FARIAS
TEIXEIRA, propôs Ação de Investigação de Paternidade c/c Alimentos em desfavor de MAX FRANK
PINHEIRO DOS SANTOS, ambos qualificados, argumentando, em síntese, ser devido a medida eis a
certeza de vínculo consanguíneo com a parte adversa, seguindo-se da delimitação quanto a respectiva
responsabilidade alimentar, razão pela qual requer a procedência integral da pretensão eleita em todos os
seus termos.

Acostou documentos de ID: 7615919 - Pág. 1 e seguintes.

No ID: 7618637 - Pág. 1 consta despacho determinando a emenda da inicial.

No ID: 7726379 - Pág. 1/2 consta emenda da inicial.

No ID: 8499213 - Pág. 1/3 consta despacho determinando a citação do requerido.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

No ID: 10737193 - Pág. 1 consta certidão de citação do requerido.

No ID: 11178232 - Pág. 1 e seguintes consta contestação.

Acostou documentos de ID: 11178234 - Pág. 1 e seguintes.

No ID: 14129983 - Pág. 1 e seguintes consta réplica.

No ID: 19866266 - Pág. 1 consta termo de audiência datado de 23/09/2020 onde fora colhido o material
genético das partes para realização de exame de DNA.

No ID: 24720486 - Pág. 1 e seguintes consta prova pericial consistente em exame de DNA.

No ID: 31544195 - Pág. 1 consta Manifestação do Ministério Público.

RELATADO EM APERTADA SÍNTESE

DECIDO

Rege o princípio da filiação o direito do Autor em se ver reconhecida seja registralmente, seja sócio
afetivamente seus genitores ou um de seus formadores, haja vista a necessidade de se impor a
estabilidade familiar e a proteção de seus efeitos. Daí a previsão legal quanto ao uso da via comum
ordinária à definição da paternidade na eleição da verdade real, concretizada mediante prova pericial
conhecida como DNA.

Logo, quando consegue fazer bom manejo de seu corpo de provas, intercalando e associando os
fundamentos legais e fáticos com os meios probatórios, há falar em acolhimento do pedido inicial ante a
sustentação forte dos argumentos sustentados pelos meios de prova, em especial, o DNA. Nesse sentido,
aduz a jurisprudência advinda do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. AGRAVO RETIDO.


PEDIDO DE NULIDADE EM VIRTUDE DA SUA NÃO APRECIAÇÃO PELO MAGISTRADO ¿A QUO¿.
AFASTAMENTO. O exame de DNA é o meio mais preciso e seguro para se verificar a paternidade
biológica. Diante da probabilidade de 99,99999%, alcançada pelo exame técnico, a procedência da
investigatória de paternidade se impõe. FIXAÇÃO DOS ALIMENTOS. BINÔMIO ALIMENTAR DAS
PARTES. Os alimentos devem ser fixados observando-se o binômio necessidade/possibilidade, isto é, de
acordo com as necessidades do alimentando e as possibilidades do alimentante. AGRAVO RETIDO E
APELO NÃO PROVIDOS. (Apelação Cível Nº 70025145640, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do
RS, Relator: Claudir Fidelis Faccenda, Julgado em 04/09/2008)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE CUMULADA COM


ALIMENTOS. EXAME DNA CONFIRMATÓRIO DA PATERNIDADE. O exame de DNA realizado pelo
Hospital de Clínicas em convênio com o Departamento Médico Judiciário concluiu pela probabilidade
superior a 99,999% da paternidade. Assim, não apontada nenhuma irregularidade na perícia, impõe-se
manter a procedência do pedido. PEDIDO DE REDUÇÃO DOS ALIMENTOS FIXADOS NA SENTENÇA.
ART. 1.694 CCB. ATENDIMENTO DO BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. A fixação dos
alimentos resulta da análise das possibilidades do alimentante e das necessidades de quem pede os
alimentos. A possibilidade de redução dos alimentos exige a demonstração cabal da impossibilidade
financeira daquele que os presta. Hipótese inocorrente nos autos, pois não demonstrada a incapacidade
do autor em pagar os alimentos fixados na sentença. Recurso desprovido. (Apelação Cível Nº
70023864358, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Raupp Ruschel, Julgado
em 25/06/2008)

Vejamos, o direcionamento dado à paternidade do Demandante em relação ao demandado se concretizou


quando do resultado técnico da prova pericial acostada no ID: 24720486 - Pág. 1, cujo teor conclusivo
1275
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

assim exarou:

4. CONCLUSÃO

(...) De acordo com a tabela contendo 15 regiões alélicas o (a) filho (a) investigante JOSE LUCAS
FARIAS TEIXEIRA, apresenta uma identidade de 50% de suas bandas com a Mãe do (a) filho (a)
investigante PATRICIA CRISTINA FARIAS TEIXEIRA e 50% com o Suposto Pai MAX FRANK
PINHEIRO DOS SANTOS, podendo-se calcular um índice de paternidade combinado de 5.679.791.

Tendo como verdade as informações de identificação de todos os envolvidos e a procedência das


amostras analisadas, pode-se considerar que o Suposto Pai MAX FRANK PINHEIRO DOS SANTOS
É O PAI BIOLÓGICO do (a) filho (a) investigante JOSE LUCAS FARIAS TEIXEIRA com índice de
probabilidade paterna de 99,99998239% (tendo-se como probabilidade a priori de paternidade 0,5).

Como se vê, como o exame de DNA foi conclusivo à lide.

DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR

É dizer, o encargo quanto à obrigação alimentar pressupõe a existência de vínculo consanguíneo


entre os envolvidos, em primeiro nível, seguindo-se da relação de parentesco natural ou por afinidade,
limitando-se à regra da ordem de vocação hereditária delineada no artigo 1.829 do Código Civil Pátrio.

Todavia, para haver a obrigação, imprescindível e necessário é que haja prova do parentesco
consanguíneo ou afim, eis ser este pressuposto de admissibilidade e validador do pedido exordial,
imposição tal muita mais exigida quando o pleiteante anuncia vínculo familiar em primeiro grau. Note os
termos do artigo 1.696, Código Civil:

O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes,
recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.

Ora, pai é aquele inequivocamente revelado na Certidão de Assento de Nascimento do investigado,


documento este imprescindível à prova da filiação, logo, se não consta seu nome no registro,
evidentemente não se poderá jamais obrigar o polo passivo a assunção de um encargo sem, frisa-se,
prova de sua relação consanguínea com o fruto.

Atente-se: A prova da filiação em Ações de Investigação de Paternidade exige seu seguimento no


rito comum ordinário, com a submissão do Demandado ao exame pericial de DNA. Se negativo, inexigível
será, logicamente, a fixação dos alimentos, se positivo, insurge a obrigação ante a prova da filiação.
(grifei).

Pois bem.

Os alimentos são devidos em favor do Alimentando eis a prova inequívoca da paternidade da parte
adversa, a qual, nesse momento, coloca-se na posição de Alimentante.

De forma direta, digo que após a confirmação da paternidade, nos termos do laudo acostado,
deverá o paterno arcar com os alimentos presumidos, que pelo menos por enquanto serão arbitrados
provisoriamente.

Como se vê, o pedido de alimentos em face do menor: J.L.F.T. (ID: 7615919 - Pág. 1) deve ser
acolhido uma vez que todos os requisitos a tal pretensão foram preenchidos.

Digo que os alimentos, por agora, serão arbitrados provisoriamente, uma vez que o autor não fez
1276
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

prova de suas reais necessidades (ainda que esta seja presumida) quanto ao valor a ser definitivamente
arbitrado.

Cumpre dizer que há confronto entre o pedido inicial e o ofertado pelo paterno a título de alimentos, o que
será bem delineado quando apresentados os princípios que regem tal encargo, e assim poderemos ajustar
o quantum alimentar.

O julgamento dos alimentos deve, como se obriga para tanto, a gravitar em torno do princípio abaixo
declinado, eis ser o vetor justo e definidor de um encargo tão importante e nobre quanto esse. É meu
entendimento!

NECESSIDADE-POSSIBILIDADE-PROPORCIONALIDADE

DA POSSIBILIDADE DO ALIMENTANTE

A possibilidade gira em torno da condição econômico financeira do Alimentante, seguindo-se de sua


estabilidade laboral, inclusive, pois é um vetor possível e eficaz de definição do quantum alimentar.

Atentem-se muito bem: A quantificação dos alimentos deve ser analisada sopesando as necessidades do
beneficiado, seguindo-se da possibilidade de adimplemento da obrigação alimentar do provedor, dentro da
esfera da proporcionalidade, vez o respeito aos direitos ora envolvido como, por exemplo, o da dignidade
da pessoa humana aplicável aos litigantes.

A título de conhecimento, vejamos o que discorreu o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios:

_________

REVISÃO DE ALIMENTOS. REDUÇÃO DO ENCARGO. SITUAÇÃO FÁTICA QUE COMPROVA A


ALTERAÇÃO DO BINÔMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA.
A revisional de alimentos reclama a apreciação das provas que demonstrem a modificação do estado
econômico para pior daquele que presta os alimentos ou da situação fática de quem os recebe e deles
necessita.
Se ficou comprovada a alteração fática no tocante ao binômio necessidade-possibilidade, não há razão
para a reforma da sentença que acertou em reduzir o percentual dos alimentos originalmente
estabelecido.(20080310010913APC, Relator NATANAEL CAETANO, 1ª Turma Cível, julgado em
04/03/2009, DJ 16/03/2009 p. 86)

FAMÍLIA, CIVIL E PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. ALIMENTOS. FIXAÇÃO. REQUISITOS.


RESPONSABILIDADE NA CRIAÇÃO DA PROLE. IGUALDADE ENTRE OS GENITORES. REVELIA.
EFEITOS. DIREITOS INDISPONÍVEIS.
1.As necessidades do alimentando e as possibilidades do alimentante compõem as duas variáveis na
fixação dos alimentos e, também, em sua revisão. Inteligência do artigo 1.694, § 1º, do Código Civil.
2.O dever de sustento da prole compete igualmente a ambos os pais, com rateio equilibrado das
despesas.
3.Tem-se entendido em ações de alimentos que a ausência de contestação não induz aos efeitos da
revelia, porquanto se trata de direito indisponível (artigo 320, inciso II CPC) e para a fixação da verba
alimentar deve-se atentar para o regramento do § 1º do artigo 1.694 do Código Civil, o qual reza que os
alimentos devem ser fixados de acordo com o binômio necessidade-possibilidade.
4.Recurso parcialmente provido.
(20080710126295APC, Relator MARIO-ZAM BELMIRO, 3ª Turma Cível, julgado em 04/03/2009, DJ
12/03/2009 p. 88)

_____

Em reforço, leiamos as decisões advindas e mais recentes do Tribunal de Justiça do Rio Grande do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Sul:

___________

EMENTA: APELAÇÃO. AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS. INEXISTÊNCIA DE ALTERAÇÃO NO


BINÔMIO ALIMENTAR. CONSTITUIÇÃO DE NOVA FAMÍLIA. Os alimentos devem ser fixados
observando-se o binômio necessidade/possibilidade, sendo imperiosa, em ação revisional, além de prova
das necessidades do alimentado, a demonstração da alteração da capacidade financeira do alimentante.
Embora sejam evidentes os gastos com a constituição de nova família, para que haja redução da pensão
alimentícia, imprescindível a comprovação da impossibilidade de manter o pensionamento ou
desnecessidade da alimentada. Inteligência do art. 1.699 do código civil. RECURSO IMPROVIDO.
(Apelação Cível Nº 70034004390, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Claudir Fidelis
Faccenda, Julgado em 04/02/2010)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS. BINOMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE.


MAJORAÇÃO. Se o alimentante não demonstrou sua impossibilidade de arcar com verba alimentar
superior àquela fixada em sentença, e as necessidades do alimentado se presumem, os alimentos fixados
merecem ser moderadamente majorados, buscando melhor suprir as carências do infante. DERAM
PARCIAL PROVIMENTO AO APELO. (Apelação Cível Nº 70033573510, Oitava Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 28/01/2010)

_______

Faz-se necessário relembrar que, ao longo da presente demanda NÃO foram arbitrados alimentos em prol
do menor, em virtude da ausência da prova da filiação ensejadora da obrigação alimentar, contudo restou
clarividente no documento de ID: 24720486 - Pág. 1 e seguintes, que a responsabilidade insurgirá a partir
da concretude da paternidade, repisa-se muito bem, em sede apropriada.

Ainda com relação a possibilidade de custeio dos alimentos do paterno a seu filho restou demonstrada nos
termos dos documentos de ID: 11178236 - Pág. 1/2.

Pelo discorrido o quantum a ser arbitrado deve estar em consonância tanto com as necessidades do autor,
as possibilidades do requerido havendo uma proporcionalidade entre eles.

Digo que merecerá acolhida o pleito alimentar, uma vez que restou comprovada a relação paterno-filial,
contudo tal encargo não será nos termos requeridos pela materna, face a comprovação dos gastos do
menor onde tais valores fogem do texto acima discorrido. É O MEU ENTENDIMENTO!!!

Continuo.

A Investigação de Paternidade em questão versa somente sobre questão de direito e, a meu ver,
encontra-se em plenas condições de julgamento imediato, ou seja, não há mais necessidade em produção
de outras provas além das que já constam nos autos, em especial o laudo pericial constante no exame de
DNA.

Logo, pelo acima explanado, aplicando a Teoria da Causa Madura e com a observância dos Princípios da
Razoável Duração do Processo; Celeridade e da Boa-Fé, não há porque não decidir o mérito da presente
lide.

Ante o exposto e por tudo o que nos autos consta, com base e fundamento no artigo 1.696 e
seguintes do Código Civil Pátrio e todos c/c o artigo 487, inciso I do Estatuto Processual Civil JULGO
INTEGRALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO INICIAL, quanto à paternidade indicada, por declarar
JOSÉ LUCAS FARIAS TEIXEIRA, filho de MAX FRANK PINHEIRO DOS SANTOS, eis o vínculo
consanguíneo que os envolve, inequivocamente comprovado pelo meio de prova pericial em anexo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Assim sendo, determino que seja expedido o competente mandado de averbação ao Cartório de
Registro Civil do 2º Ofício, sob o Livro 881-A, Folhas 0253, Registro de nascimento nº 516.300, a fim de
que seja providenciado as seguintes alterações:

De:

Nome do autor: JOSÉ LUCAS FARIAS TEIXEIRA

Para:

Nome do autor: JOSE LUCAS FARIAS TEIXEIRA DOS SANTOS

Nome do paterno: MAX FRANK PINHEIRO DOS SANTOS

Nome dos avós paternos: MILTON TAVEIRA DOS SANTOS e MARGARIDA PINHEIRO DOS SANTOS.

Em
seguida, suprida a omisso, expeça-se o competente mandado de averbaço à materna à finalidade de
direito.

Por
outro lado, torno definitiva a obrigação alimentar paterna na seguinte forma:

Por outro lado, quanto aos alimentos provisórios torno a obrigação alimentar do paterno, nos seguintes
moldes:

1 - Caso exerça o labor formal, a verba será fixada em 20% (vinte por cento) dos vencimentos e vantagens
do Paterno, incluindo-se férias, FGTS, 13º salário, aviso prévio, horas extras, salário família, auxílio
alimentação, verbas rescisórias, participação nos lucros e rendimentos e demais gratificações, com
exclusão, apenas e tão somente, dos descontos obrigatórios (INSS e IR).

2 - Quando o paterno não estiver laborando formalmente, firmo o quantum alimentar em 30% (trinta por
cento) do salário mínimo vigente, reajustados de acordo com a política governamental, cujo valor será
entregue diretamente a autora, através de recibo, até que a mesma indique conta bancária para os
sucessivos depósitos, respeitando-se a data limite do dia 05(cinco) mensal.

3 – Face o laudo pericial constante no ID: 24720486 - Pág. 1 e nos termos do artigo 13, § 2º. da Lei
5.478/68 os alimentos são devidos a partir da citação.

Em 10 (dez) dias contados da publicação deste ato deve a representante legal do autor apresentar conta
bancária para efetivação dos respectivos depósitos.

No mesmo prazo acima determinado (prazo comum) devem as partes informar se desejam que os
alimentos ora arbitrados (provisórios) sejam tornados definitivos, em tudo atentado para o principio trino
dissertado e o melhor interesse do menor.

Em caso positivo (concordância em tornar os alimentos provisórios em definitivos) e sem nova conclusão,
ao Ministério Público para parecer.

ÀSecretaria Única das Varas da Família Da Capital/UPJ e as partes adotarem as medidas legais para a
eficácia dos termos sentenciais.

ESTA SENTENÇA SERVE COMO MANDADO E OFÍCIO, detendo cunho averbatório/ carta precatória
averbatória à finalidade de direito.
1279
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A gratuidade processual atinge a emissão de até a segunda via documental.

Sem custas e demais despesas processuais, eis conceder ao Requerido os benefícios da gratuidade
processual, nesta, compreendidos honorários advocatícios.

Decorrido o prazo determinado, conclusos.

Belém-Pará, 17 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

Número do processo: 0831227-51.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. A. P.


Participação: ADVOGADO Nome: NELSON TOURINHO TUPINAMBA OAB: 17432/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JESSICA FERNANDA MARTINS ABDON OAB: 29983/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ERICA SIMONE DA COSTA RODRIGUES OAB: 14066/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANA
PAULA BARBOSA DE CARVALHO OAB: 14717/PA Participação: ADVOGADO Nome: MAIRA COLARES
CORREA DA COSTA OAB: 27249/PA Participação: ADVOGADO Nome: FABIANE SISO LEMOS OAB:
14861PA/PA Participação: REQUERIDO Nome: D. B. M. Participação: ADVOGADO Nome: FABIOLA
MONTEIRO PIMENTEL OAB: 28986/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO AIESP 0831227-51.2018.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) À réplica(15 dias úteis).

(ii) Designo a data de 30 de agosto de 2021, às 12:00 horas, para audiência de acordo. As partes serão
trazidas em Juízo por seus Advogados, sem que haja necessidade de expedir intimação pessoal, ante os
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

poderes que os profissionais detêm, dentre tais, o de transigir.

Se houver acordo, homologamos por sentença. Caso contrário, os autos do processo, findo o prazo
indicado no item (i) voltarão ao Gabinete para Decisão de Organização e Saneamento.

(iii) Cientes os Advogados e Ministério Público.

Belém-Pará, 18 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb
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UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 2 VARA DE FAMÍLIA

Número do processo: 0808061-19.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: H. S. D. S. D. S.


Participação: REPRESENTANTE Nome: D. H. S. D. S. Participação: REU Nome: P. N. O. D. S.
Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO: 0808061-19.2020.8.14.0301

REQUERIDO: PAULO NAZARENO OLIVEIRA DA SILVA

I. Em razão da condenação em custas processuais atribuída pela sentença exarada nos autos acima
epigrafados, e ainda, ao §4º do art. 46 da Lei Estadual nº 8.328/2015, INTIMO a parte acima, através
deste para que, no prazo de 15 (quinze) dias, proceda ao recolhimento das custas finais constantes no
boleto disponivel na Secretaria da UPJ das Varas de Família de Belém ou pela internet no endereço
eletrônico: https://apps.tjpa.jus.br/custas/ (REIMPRESSÃO E VALIDAÇÃO 2ª Via da Conta do Processo e
Boleto Bancário), digitar o numero do processo acima e seguir os demais passos.

II. Ressalte-se que uma vez não paga as referidas custas, será encaminhada certidão circunstanciada à
Procuradoria Geral do Estado do Pará, a fim de que a mesma promova a inscrição do débito na Dívida
Ativa, assim como sua consequente cobrança judicial.

Datado conforme assinatura

BRIAN ALMEIDA

Analista Judiciário da UPJ de Família de Belém


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UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 3 VARA DE FAMÍLIA

Número do processo: 0818076-13.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: F. Y. S. M.


Participação: ADVOGADO Nome: ROSELLE AUREA DE BRITO TESHIMA OAB: 017904/PA Participação:
REQUERENTE Nome: A. P. M. L. Participação: ADVOGADO Nome: ROSELLE AUREA DE BRITO
TESHIMA OAB: 017904/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Vistos etc.,

Tratam-se os presentes autos de DIVÓRCIO CONSENSUAL, com termo de acordo e pedido de


homologação de acordo por sentença movido conjuntamente por FÁBIO YUMI SILVA MENDES e
ALINE PATRÍCIA MONTEIRO LINO MENDES, ambos devidamente qualificados na inicial.

As partes contraíram matrimônio em 28 de dezembro de 2007, sob o regime de comunhão parcial


de bens, consoante certidão de casamento anexa. Não obstante o empenho de ambos pela
manutenção do enlace matrimonial, não foi possível a continuação do relacionamento, estando
separados de fato atualmente, sem possibilidades de reconciliação.

Tiveram um filho: Heitor Lino Mendes, nascido na data de 05 de outubro de 2008, menor em idade.

A guarda e responsabilidade será exercida na forma compartilhada, tendo como domicílio de referência a
residência materna. O direito de convivência do genitor com o menor será exercido da seguinte forma: o
menor ficará 2 (dois) dias com cada genitor, nos horários que forem convenientes ao interesse da criança,
levando em consideração os horários escolares e finais de semana; as férias escolares serão divididos em
15 (quinze) dias para cada genitor; as festas de final de ano serão de forma alternada; dia dos pais, dia
das mães e aniversários serão com os respectivos homenageados.

O genitor pagará pensão alimentícia ao filho menor no valor de R$ 8050,00 (oitocentos e cinquenta reais),
reajustado anualmente pelo índice geral de preço de mercado – IGP-M, mais o plano de saúde em seu
benefício, já descontado em folha de pagamento, mais o vale alimentação pago pela empresa.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Não adquiriram bens durante a relação conjugal.

A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira. O Divorciando não alterou seu nome quando do
casamento.

Os autos foram remetidos ao RMP que em parecer de num.30849000 opinou pela decretação do divórcio
do casal e pela homologação dos termos do acordo por sentença.

É o relatório. Decido.

A Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser dissolvido
pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que dispõe: “A
sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”

Considerando o atual estágio de constitucionalização do direito privado, em especial, o direito de


família, o princípio da Dignidade da Pessoa Humana faz surgir o direito de não permanecer casado.

Trata-se, segundo Cristiano Chaves de Farias (Redesenhando os Contornos da Dissolução do


Casamento, Ed. Del Rey, 2004), de um direito potestativo extintivo, que deriva do direito de se
casar, de constituir família. Conforme explica Luiz Edson Fachin, in Direito de Família: Elementos
Críticos à Luz do Novo Código Civil Brasileiro. Renovar, 2003: a liberdade de casar convive com o
espelho invertido da mesma liberdade, a de não permanecer casado.

Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de FÁBIO YUMI SILVA MENDES e ALINE PATRÍCIA MONTEIRO LINO
MENDES, e HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art. 487, inciso
III, alínea “b”, c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código de
Processo Civil, e, por consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do art.
487, inciso I, do CPC.

A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira: ALINE PATRÍCIA MONTEIRO LINO.

Cópia desta decisão servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO, advertindo o respectivo Cartório de
registro civil competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária
independentemente de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça
gratuita deferida.

Custas pelos requerentes. Porém, face a gratuidade da justiça deferida, é devida a suspensão da
exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das custas processuais, conforme
previsão do art. 98, § 3º, do CPC. Sem honorários advocatícios eis que se trata de divórcio consensual.

ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.

Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Belém-Pa, 17 de agosto de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0816546-08.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: O. S. S.


Participação: ADVOGADO Nome: VERA LUCIA FARACO MACIEL OAB: 5087/PA Participação:
REQUERIDO Nome: A. D. S. V. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AUTOR: OZEAS SANTOS SOUSA

ENDEREÇO: Av. João Paulo II, Passagem Jáder Barbalho II, nº 03, Bairro: Souza, CEP: 66.133-55,
Belém/PA

RÉ: ANGELINA DE SOUSA VASCONCELOS

ENDEREÇO: Rua Ajáx de Oliveira, Passagem São Sebastião nº 90B, Bairro: Bengui, CEP: 66.630-535,
Belém/PA

DESPACHO-MANDADO

R.H.

Considerando as medidas de enfrentamento, em especial o isolamento social, recomendado pela


Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate à pandemia do coronavirus (COVID-19), máxime face
à identificação de nova variante do vírus que tem maior transmissibilidade, podendo torná-lo mais
contagioso;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.

Belém, 28 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito, Titular da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0826457-44.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: E. C. B.


Participação: ADVOGADO Nome: PABLO LEONARDO LIRA DA COSTA OAB: 24181/PA Participação:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REQUERIDO Nome: M. D. C. S. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE REVISIONAL DE ALIMENTOS

AUTOS N.º 0826457-44.2020.8.14.0301

AUTOR: ELIEZER CORREA BAIA, residente e domiciliado na Avenida Rio Amazonas, Quadra: 13, nº 23,
Ananindeua-PA, CEP: 67145-335, Belém/PA

RÉU: MARIA EDUARDA SENA BAIA, REPRESENTANTE LEGAL, MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA
SENA Residente e domiciliada na Passagem São José, número 17, Bairro: Marambaia, Belém-PA, CEP:
66620-752

DESPACHO-MANDADO

R.H.

Considerando as medidas de enfrentamento, em especial o isolamento social, recomendado pela


Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate à pandemia do coronavirus (COVID-19), máxime face
à identificação de nova variante do vírus que tem maior transmissibilidade, podendo torná-lo mais
contagioso;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.

Belém, 29 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juiz de Direito, Titular da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0848606-68.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. S. C.


Participação: ADVOGADO Nome: ROGERIO JORGE PEREIRA OAB: 26914/PA Participação:
REQUERIDO Nome: R. P. S. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: LUENE OHANA COSTA VASQUES
OAB: 637PA/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

R.H.

Tendo em vista o parecer ministerial, intimem-se genitor, ora requerido, para de manifestar. Após,
conclusos.

Belém, 11 de dezembro de 2020.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito, titular da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0836515-77.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: R. D. S. F.


Participação: REQUERIDO Nome: A. R. D. R. Participação: ADVOGADO Nome: CARLA THAIS SILVA DO
ROSARIO OAB: 28444/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE GUARDA UNILATERAL C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

AUTOS N.º 0836515-77.2018.8.14.0301

AUTORA: ROSIANI DA SILVA FERNANDES, telefone: (91) 9.98369-6501, domiciliada e residente na


Passagem Napoleão Lauriano, n.º 222, bairro: Guamá, CEP: 66.073-640, Belém/PA.

RÉU: ANDERSON RODRIGUES DOS REMÉDIOS, residente e domiciliado na Rua Alvino Boldt, n.º 538,
casa dos fundos, bairro: Aventureiro, CEP: 89.225-640, Joinville/SC.

DECISÃO-MANDADO

Torno sem efeito, o despacho ID n.º 17542612; considerando a suspensão das audiências em virtude da
pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ressalvando que, após normalização das atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a
conciliação poderá ser obtida a qualquer momento;

Cite-se o requerido, intimando-o por carta precatória para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a
ação. Sob pena de revelia (art.344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 24 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0851954-94.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. L. D. A. T.


Participação: ADVOGADO Nome: KATIA REGINA PEREIRA AMERICO OAB: 7682/PA Participação:
REQUERIDO Nome: C. P. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA E VISITAS

AUTOS N.º 0851954-94.2019.8.14.0301

AUTOR: ANDRÉ LUIS DOS ANJOS TORRES, domiciliada e residente na Travessa Humaitá, n.º 1966,
Altos, Bairro: Marco, CEP 66.083-340, Belém-Pa.

RÉ: CLEONICE PINHEIRO DOS SANTOS, domiciliada e residente Travessa São Sebastião, n. 98, Bairro:
Marco, CEP: 66.095-590, Belém/Pa.

DESPACHO -MANDADO

R.H.

Considerando a publicação da Portaria Conjunta n.º 1/2021-GP/VP/CGJ, de 15 de março de 2021, que


determinou a suspensão do expediente presencial e dos prazos processuais no Poder Judiciário Estadual
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

em razão do agravamento da pandemia do coronavírus (COVID 19);

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma
determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de
outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da celeridade e economia
processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o
prosseguimento do feito com essas modificações:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.

Belém, 08 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Famílias da Capital

Número do processo: 0828766-09.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: D. D. N. L.


Participação: REQUERIDO Nome: T. R. D. S. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

GUARDA CC CO ALIMENTOS

PROCESSO: 0828766-09.2018.8.14.0301

AUTOR: DANIEL DO NASCIMENTO LOUZEIRO

ENDEREÇO: Rua Primeiro de Abril, n° 14, Residencial 1 de Abril. Bairro: Paracuri. CEP: 66.814-420. -
TELEFONES: 98053-5294

RÉ: THAMIRES ROCHA DA SILVA

ENDEREÇO: na Rua Chico Mendes, n° 66, Bairro Paracuri (Icoaraci), CEP 66814-005
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DECISÃO-MANDADO

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando os princípios da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:

Cite-se a requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação da
contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte
autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente
com o mandado de citação, cópia da exordial;

Havendo juntada de peça de defesa, intime-se a autora para apresentar réplica;

Se ao cumprir a diligência de citação, o Oficial de Justiça certificar que o requerido não reside no endereço
constante na exordial, a Secretaria da Vara fica, desde já, autorizada a expedir ofício ao TRE, Equatorial e
COSANPA, de modo que este Juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço atual da
parte adversa em seus respectivos cadastros (art. 256, §3º do CPC);

Cópia do presente servirá como mandado. Cumpra-se.

Belém-PA, 14 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0866880-46.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: J. H. V. R. Participação:


ADVOGADO Nome: GABRIELA RENATA SILVA DE CARVALHO registrado(a) civilmente como
GABRIELA RENATA SILVA DE CARVALHO OAB: 22841/PA Participação: REPRESENTANTE Nome: C.
N. V. Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELA RENATA SILVA DE CARVALHO registrado(a)
civilmente como GABRIELA RENATA SILVA DE CARVALHO OAB: 22841/PA Participação: REU Nome: L.
H. M. R. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE ALIMENTOS

Autos: 0866880-46.2020.8.14.0301

REQUERENTE: JOÃO HENRIQUE VELOSO RAMOS, menor impúbere, neste ato representado por sua
genitora CARLIANE NUNES VELOSO RAMOS, residente e domiciliada no Conjunto Xingu, quadra 18,
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casa 104, CEP: 666.50-487, Bairro: Coqueiro, Belém-Pa.

REQUERIDO: LEANDRO HENRIQUE MACEDO RAMOS, residente e domiciliado na Cidade Nova 6, WE


75, nº 941, CEP: 67140-645, Bairro: Cidade Nova, Ananindeua-Pa

DECISÃO-MANDADO

Tendo em vista expedição da Portaria n.º 1003/2021-GP, de 3 de março de 2021, c/c a Portaria n.º
1400/2021-GP, de 8 de abril de 2021, da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, que
determinou a suspensão do expediente externo do Poder Judiciário Estadual, no período em que deveria
ter sido realizada a audiência ID n.º 21131166, consequência do agravamento da pandemia do novo
Coronavírus (COVID 19), que assola o planeta;

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando os princípios da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:

Cite-se o requerido para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação da
contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte
autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente
com o mandado de citação, cópia da exordial;

Havendo juntada de peça de defesa, intime-se a autora para apresentar réplica;

Se ao cumprir a diligência de citação, o Oficial de Justiça certificar que o requerido não reside no endereço
constante na exordial, a Secretaria da Vara fica, desde já, autorizada a expedir ofício ao TRE, Equatorial e
COSANPA, de modo que este Juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço atual da
parte adversa em seus respectivos cadastros (art. 256, §3º do CPC);

Cópia do presente servirá como mandado. Cumpra-se.

Belém-PA, 14 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0851073-20.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: J. D. A. P.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: JULIA GRAZIELA DOS SANTOS DOS ANJOS OAB:
null Participação: EXECUTADO Nome: J. C. D. A. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará


1292
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS EM CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

AUTOS N.º 0851073-20.2019.8.14.0301

EXEQUENTE: JULIANA DOS ANJOS PESSOA

REPRESENTANTE LEGAL: JULIA GRAZIELA DOS ANJOS, domiciliada e residente na Avenida


Perimetral, n.º 618, casa B, fundos, Bairro: Guamá, CEP: 66.075-750, Belém-Pa.

RÉU: JOSÉ CARLOS DE ALMEIDA PESSOA, domiciliado e residente na PA 318, Praia do Crispim,
Bairro: Bacuruteua, cidade de Marapanim/Pa.

R.H.

Intime-se o executado pessoalmente e por hora certa, para, em 3 (três) dias, pagar o débito que
compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no
curso do processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;

Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);

Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);

Transcorrido o interregno, cls.

Cópia desta decisão servirá como mandado.

Int. Cumpra-se.

Belém/PA, 24 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara da Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0853862-55.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: C. D. A. C.


Participação: REQUERIDO Nome: C. M. V. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará


1293
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C GUARDA, ALIMENTOS E VISITAS

AUTOS 0853862-55.2020.8.14.030

REQUERENTE: CLÉCIO DE AZEVEDO COSTA, telefone (91) 9 80620577, residente e domiciliado à Rua
Doutor Brito, nº 76, bairro Jurunas, CEP 66.030-020, Belém-PA.

REQUERIDA: CLEIDE VALE COSTA, telefone (91) 9 8062-0577, residente e domiciliada na Passagem
Cabo Leão, nº 7, entre Santa Terezinha e Santa Clara, bairro Condor, CEP 66.0300-200, Belém-PA.

DECISÃO-MANDADO

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Cite-se a requerida, intimando-a para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de
revelia (art.344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 29 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0843566-42.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: K. R. O. D. S.


Participação: REU Nome: M. A. O. D. S. Participação: REU Nome: K. R. O. D. S. Participação: REU Nome:
M. D. N. D. A. F. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL


1294
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AÇÃO RECONHECIMENTO DE MATERNIDADE SOCIOAFETIVA

NÚMERO 0843566-42.2018.8.14.0301

AUTOR: KÁTIA REGINA OLIVEIRA DA SILVA

REQUERIDA: MARIA DE NAZARÉ DE ALMEIDA FRANÇA, domiciliada e residente na Travessa do


Aeroporto, n.º 125, casa 05, Bairro: Aeroporto, CEP: 68.695-000, Tailândia/Pa.

Rh.

Acolho a emenda à inicial id. 7751226.

Tendo em vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
consequência da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) que assola o planeta; considerando que o art.
188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
preencham a finalidade essencial”; considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo
em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o prosseguimento do
feito observando o seguinte rito:

Intime-se a requerida por carta precatória para que querendo apresente contestação no prazo de 15
(quinze) dias; a não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se
como verdadeiras as alegações da autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do
CPC. Encaminhe-se, juntamente com o mandado de citação, cópia da inicial.

Havendo juntada de peça de defesa, a parte autora deverá ser intimada para apresentar réplica.

Se ao cumprir a diligência de citação, o Oficial de Justiça certificar que a requerida não reside no endereço
constante na exordial, a Secretaria da Vara fica, desde já, autorizada a expedir ofício ao TRE, Equatorial
Energia e Cosanpa, de modo que este juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço
atual da parte adversa em seus respectivos cadastros (art. 256, §3º do CPC).

Cumpra-se.

Belém, 10 de julho de 2020.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família

Número do processo: 0850195-95.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: C. M. A. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: HORTENCIA DO SOCORRO DE MELO MENEZES OAB: 28313/PA
Participação: EXECUTADO Nome: Z. A. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: GILCILEIA DE NAZARE
BRITO MONTE SANTO OAB: 8592/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


1295
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Rh.

Ciente sobre a decisão monocrática proferida em sede de Agravo de Instrumento n. 0809955-


60.2020.8.14.0000 (id.21930781 - Pág. 3 a 4).

Acautelem-se os autos na UPJ até a decisão final a ser proferida no referido recurso.

Cientifiquem-se as partes.

Cumpra-se.

Belém, 15 de dezembro de 2020.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família

Número do processo: 0841245-63.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: D. M. A. C.


Participação: REQUERIDO Nome: S. K. A. C. Participação: REQUERIDO Nome: M. G. M. Participação:
FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA E VISITAS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

AUTOS N.º 0841245-63.2020.8.14.0301

AUTOR: DÊNIS MESSIAS AZEVEDO CARVALHO, telefone: (91) 9.8272-0578, domiciliada e residente na
Rua Dois, n.º 01, Conjunto Park Verde, bairro: Parque Verde, CEP: 66.635-070, Belém-PA.

RÉU: SABRINA KELLY AZEVEDO CARVALHO, domiciliado e residente na Passagem Ubeirabinha, n.º
94, entre Pedro Álvares Cabral e Gonçalves Ferreira, bairro: Telégrafo, CEP: 66.113-400, Belém/PA.

e MAX GUIMARÃES MONTEIRO, domiciliado e residente na Passagem Nossa Senhora de Belém, n.º 86,
bairro: Telégrafo, CEP: 66.113-380, Belém/PA.

R.H.

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;

Reservo-me para apreciar o pedido de tutela de urgência após formação do contraditório e realização do
estudo social do caso; oficie-se ao Setor Social do Fórum Cível para que proceda a feitura do estudo, com
a advertência de que deverá apresentar o laudo no prazo mais exíguo possível;
1296
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Citem-se os requeridos, intimando-os para que, no prazo de 15 (quinze) dias, contestem a ação. Sob pena
de revelia (art.344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.

Belém-Pa, 17 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0807340-33.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: E. F. L. D. S.


Participação: REQUERIDO Nome: L. B. D. S.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

R.H.

1 – Defiro a gratuidade processual à parte requerente nos termos do art. 99 do CPC, §§ 2º a 4º, do CPC.

2 – Oficie-se a Caixa Econômica Federal - CEF, para que informe se existe saldo retido na conta vinculada
em nome de LEANDRO BARBOSA DE SOUSA, informando o CPF e PIS/PASEP do referido, constantes
em id. 23585874 - Pág. 1 e id. 23585876 - Pág. 1.

3 - Após, vistas ao MP para parecer.

Belém, 15 de março de 2021.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família


1297
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0831227-80.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. B. D. O.


Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA ARAUJO TRINDADE OAB: 24179/PA Participação:
ADVOGADO Nome: PAULO HENRIQUE PIMENTA COSTA OAB: 018477/PA Participação: REQUERIDO
Nome: I. G. D. O. Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: PATRICIA DO ROSARIO
GONCALVES OAB: null Participação: REQUERIDO Nome: I. G. D. O. Participação: REPRESENTANTE
DA PARTE Nome: PATRICIA DO ROSARIO GONCALVES OAB: null Participação: REQUERIDO Nome:
P. D. R. G. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AUTOR: JOSEMAR BICHARA DE OLIVEIRA

ENDEREÇO: Travessa Guerra Passos, nº 640-Altos, Bairro: Canudos, CEP 66.070-210, Belém-Pará

REQUERIDOS: ISABELA GONÇALVES DE OLIVEIRA

e ISAQUE GONÇALVES DE OLIVEIRA

REPRESETANTE LEGAL: PATRÍCIA DO ROSÁRIO GONÇALVES

Endereço: Passagem Imirema, nº 5, entre Passagem Leal e Rua Roso Danin, Bairro Terra Firme, CEP
66070-230, Belém-Pa

DESPACHO-MANDADO

R.H.

Considerando as medidas de enfrentamento, em especial o isolamento social, recomendado pela


Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate à pandemia do coronavirus (COVID-19), máxime face
à identificação de nova variante do vírus que tem maior transmissibilidade, podendo torná-lo mais
contagioso;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;
1298
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da
Lei. Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.

Belém, 26 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito, Titular da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0876933-86.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: J. S. D. M. Participação:


ADVOGADO Nome: LEONARDO LIMA DA CRUZ OAB: 26163/PA Participação: REQUERIDO Nome: T.
H. S. D. M. Participação: REQUERIDO Nome: H. G. S. D. M. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D.
E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS

Requerente: JALDERIR SILVA DE MATOS

ENDEREÇO: Rua Antônio Bezerra Falcão, nº 1579, Mirizal, Marituba – PA,.

Requeridos: THIAGO HENRIQUE SILVA DE MATOS e HIAGO GUILHERME SILVA DE MATOS

ENDEREÇO: Rodovia Augusto Monte Negro, Alameda São Sebastião, nº 167, Castanheira, Belém – PA,
Residencial Silva Bragança, CEP: 66.623-010.

DESPACHO-MANDADO

R.H.
1299
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Considerando as medidas de enfrentamento, em especial o isolamento social, recomendado pela


Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate à pandemia do coronavirus (COVID-19), máxime face
à identificação de nova variante do vírus que tem maior transmissibilidade, podendo torná-lo mais
contagioso;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.

Belém, 27 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito, Titular da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0856937-73.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: C. A. D. O. Participação:


ADVOGADO Nome: ANDRE LUIS CALANDRINI PINHEIRO OAB: 22838/PA Participação: ADVOGADO
Nome: RICARDO WASHINGTON MORAES DE MELO OAB: 13856/PA Participação: AUTOR Nome: A. B.
D. O. Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO WASHINGTON MORAES DE MELO OAB: 13856/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE LUIS CALANDRINI PINHEIRO OAB: 22838/PA Participação:
REU Nome: C. S. N. Participação: ADVOGADO Nome: ISABEL MARIA MOREIRA GUSMAO OAB:
22919/PA Participação: ADVOGADO Nome: DIEGO MAUES DA COSTA DO VALE OAB: 23344/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ROMULO RAPOSO SILVA OAB: 014423/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ANDRE BECKMANN DE CASTRO MENEZES OAB: 10367/PA Participação: ADVOGADO Nome:
WANESSA OLIVEIRA SILVA OAB: 23411/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE GUARDA COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

AUTOR: CARLOS AUGUSTO DE OLIVEIRA e ADALGISA BRAGA DE OLIVEIRA, residentes e


domiciliados na WE-60, n.º 26-C, Conjunto Cidade Nova 5, Bairro: Coqueiro, CEP: 67133-125,
1300
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ananindeua – PA

RÉU: CAMILA SILVA NEVES , residente e domiciliada sito à Travessa Curuzu, n.º 1475, Apto 803, Bairro:
Marco, CEP: 66093-801, Belém-PA

DESPACHO-MANDADO

R.H.

Considerando as medidas de enfrentamento, em especial o isolamento social, recomendado pela


Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate à pandemia do coronavirus (COVID-19), máxime face
à identificação de nova variante do vírus que tem maior transmissibilidade, podendo torná-lo mais
contagioso;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.

Belém, 28 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito, Titular da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0826847-14.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: E. G. D. M. C. J.


Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA PINTO ESQUERDO OAB: 26587/PA Participação:
ADVOGADO Nome: BRENNO MORAIS MIRANDA OAB: 7445/PA Participação: REQUERIDO Nome: E.
M. C. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


1301
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

R.H

Dispõe o art. 256, § 3º, do Código de Processo Civil que declara “O réu será considerado em local
ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo
de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços
públicos”.

Oficie-se o TRE/Pa para que informe se há registro do endereço do réu no Cadastro Nacional de
Eleitores.

Endereço constatado, cite-se a parte requerida por precatória, caso contrário, por edital, com prazo de 20
(vinte) dias, cientificando-o de que o prazo para contestar passará a fluir findo esse prazo, consignando-se
as advertências dos artigos 344 e 257, inciso IV, ambos do Código de Processo Civil – CPC.

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Cumpra-se.

P.R.I.

Belém, 16 de março de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0860203-34.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. S. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: VERA LUCIA FARACO MACIEL OAB: 5087/PA Participação:
REQUERIDO Nome: E. R. D. S. K. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C GUARDA, REGULAMENTAÇÃO DE VISITA E ALIMENTOS

Autos n.º 0860203-34.2019.8.14.0301

AUTORA: MAIZA DE SOUZA KZAN

RÉU: ERICK RODRIGO DOS SANTOS KZAN, DOMICILIADO E RESIDENTE NA RUA DOS
MUNDURUCUS, ENTRE PASSAGEM MARIA E PASSAGEM ALEGRE, Nº 2937, BAIRRO: JURUNAS,
1302
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

CEP: 66040-033, BELÉM/PA.

Rh.

Compulsando os autos, observo que embora tenho sido designada audiência (id. 14202258), a assentada
deixou de ocorrer em virtude da Pandemia de COVID-19 (certidão id. 17289975)

Tendo vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), consequência
da pandemia supramencionada que assola o planeta; considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os
atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a
exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”;
considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é
essencial e não deve ser interrompido, determino o prosseguimento do feito observando o seguinte rito:

Intime-se o requerido para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação da
contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte
autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente
com o mandado de intimação, cópia da inicial.

Havendo juntada de peça de defesa, a autora deverá ser intimada para apresentar réplica.

Cópia do presente servirá como mandado. Cumpra-se.

Belém, 21 de maio de 2020.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família

Número do processo: 0866438-17.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. K. D. S. T.


Participação: ADVOGADO Nome: MARILIA GABRIELA DE FATIMA DO AMARAL MACHADO OAB:
13117/PA Participação: REQUERIDO Nome: M. R. F. T. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D.
P. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P. Participação: REPRESENTANTE Nome: K. E. A.
D. S. T.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE ALIMENTOS, GUARDA E DIREITO DE VISITAS

AUTOS N.º 0866438-17.2019.8.14.0301


1303
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REPRESENTANTE LEGAL: KELY ELENICE AZEVEDO DA SILVA TAVARES

Menor: LAURA KYAHARA DA SILVA TAVARES

REQUERIDO: MADSON ROBERTO FARIAS TAVARES ENDEREÇO RESIDENCIAL: Loteamento Airton


Sena, Rua Deus tem poder, nº 30, Icuí Guajará, Ananindeua/PA, CEP: 67.125-094.

ENDEREÇO PROFISSIONAL: V A CABRAL REBELO VIANNA (VIANNA GÁS), localizada na Rodovia


Arthur Bernandes, nº 545, Belém/PA.

Rh.

Compulsando os autos, observo que embora tenho sido designada audiência de conciliação (id.
14847675), a assentada deixou de ocorrer em virtude da Pandemia de COVID-19 (certidão id. 17429601).

Tendo em vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
consequência da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) que assola o planeta; considerando que o art.
188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
preencham a finalidade essencial”; considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo
em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o prosseguimento do
feito observando o seguinte rito:

Intime-se o requerido para que querendo apresente contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não
apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as
alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-
se, juntamente com o mandado de intimação, cópia da inicial.

Havendo juntada de peça de defesa, a parte autora deverá ser intimada para apresentar réplica.

Cópia do presente servirá como mandado. Cumpra-se.

Belém, 29 de maio de 2020.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família

Número do processo: 0827264-64.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: P. H. D. S. S.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: PRISCILA LOPES DE SOUSA OAB: null
Participação: REU Nome: M. B. G. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE ALIMENTOS

Número 0827264-64.2020.8.14.0301
1304
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REQUERENTE: PEDRO HENRICK DE SOUSA SARMENTO, menor, representado por sua genitora,
PRISCILA LOPES DE SOUSA, residente e domiciliaria no Município de Belém-PA, na Estrada CDP, n°12,
Próximo ao ponto de venda de gas, Bairro: Sacramenta, CEP: 66123-030

REQUERIDO: MICHELSON BRUNO GARCIA SARMENTO, residente e domiciliado no Município de


Belém-PA, na Passagem São José, n°249, próximo a Pedro Alvares Cabral, Bairro: Sacramenta, CEP:
66120-270.

DECISÃO-MANDADO

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Cite-se o requerido, intimando-o pessoalmente, inclusive por hora certa, para que, no prazo de 15 (quinze)
dias, conteste a ação. Sob pena de revelia (art.344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 29 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0865901-21.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. A. M. X.


Participação: ADVOGADO Nome: IVY PINHEIRO RUFINO NEVES OAB: 017073/PA Participação:
REQUERIDO Nome: L. M. P. X. Participação: REQUERIDO Nome: L. V. P. X. Participação: FISCAL DA
LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

Autos n° 0865901-21.2019.8.14.0301
1305
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AUTOR: MARIANO ABDIAS MENDES XAVIER

RÉUS: LUCAS MARIANO PINHEIRO XAVIER, domiciliado e residente na Travessa WE-86, n.º 891,
Bairro: Cidade Nova, CEP: 67.140-270, Ananindeua/Pa e LUANA VITÓRIA PINHEIRO XAVIER,
domiciliado e residente na Avenida Marques de Herval, n.º 163, entre Antônio Baena e Curuzu, Bairro:
Pedreira, CEP: 66.085-309, Belém-Pa.

Rh.

Compulsando os autos, observo que embora tenho sido designada audiência de conciliação, instrução e
julgamento (id. 14872253), a assentada deixou de ocorrer em virtude da Pandemia de COVID-19 (certidão
id. 17482632).

Tendo em vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
consequência da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) que assola o planeta; considerando que o art.
188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
preencham a finalidade essencial”; considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo
em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino que o feito prossiga
observando o seguinte procedimento:

Intimem-se os requeridos para que querendo apresentem contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não
apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as
alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-
se, juntamente com o mandado de citação, cópia da inicial.

Havendo juntada de peça de defesa, a parte autora deverá ser intimada para apresentar réplica.

Cópia do presente servirá como mandado. Cumpra-se.

Belém, 01 de junho de 2020.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz Titular da 3ª Vara de Família

Número do processo: 0842309-79.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. C. B. D. S.


Participação: REQUERIDO Nome: J. R. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

DIVÓRCIO LITIGIOSO
1306
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Autos n° 0842309-79.2018.8.14.0301

AUTORA:MARIA CREUZA BARBOSA DOS SANTOS

ENDEREÇO: Rua WF6, Jardim Bom Futuro, n. 33, Cabanagem, CEP 66633-610, Belém-PA.

REQUERIDO: JOSE RIBAMAR DOS SANTOS

ENDEREÇO: Travessa Santa Maria, n° 83, entre Benfica e São José, Bairro Bengui, Belém - PA, Cep.
66.630-120.

DESPACHO -MANDADO

R.H.

Considerando a publicação da Portaria Conjunta n.º 1/2021-GP/VP/CGJ, de 15 de março de 2021, que


determinou a suspensão do expediente presencial e dos prazos processuais no Poder Judiciário Estadual
em razão do agravamento da pandemia do coronavírus (COVID 19);

Considerando o teor da portaria Nº 1161/2021-GP, DE 18 DE MARÇO DE 2021, a seguir transcrita :

“(...)

Art. 1º Prorrogar, no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, os termos da Portaria nº 1003/2021-
GP, de 03 de março de 2021, que atualiza o Anexo I da Portaria Conjunta nº 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020, que regulamenta procedimentos e institui protocolos, no
âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e disciplina a retomada gradual dos serviços de forma
presencial, observadas as ações necessárias para a prevenção de contágio pelo novo coronavírus
(COVID-19), e dá outras providências.

Art. 2º Permanece suspenso, em caráter excepcional, o atendimento ao público externo, realizado de


forma presencial, no período de 19 a 25 de março de 2021, em virtude da previsão de elevação do risco
epidemiológico para o novo coronavírus (COVID-19).

Art. 3º Ficam suspensos, em caráter excepcional, no período de 19 a 25 de março de 2021, os prazos


processuais, administrativos e jurisdicionais, de 1º e 2º graus, em todo o Poder Judiciário do Estado do
Pará, sem prejuízo de cumprimento de medidas para a preservação de direitos.

(...)”

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
1307
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

apresente manifestação

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.

Belém, 25 de março de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Famílias da Capital

Número do processo: 0871805-85.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: T. S. B.


Participação: ADVOGADO Nome: JOAO JORGE DE OLIVEIRA SILVA OAB: 16662/PA Participação:
REQUERIDO Nome: R. J. F. D. S.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
AUTOS N. 0871805-85.2020.8.14.0301
EXEQUENTE: THAIS SOARES BESSA
EXECUTADO: RÔMULO JOSÉ FERREIRA DE SOUZA

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Intime-se o executado para, no prazo de 30 (trinta) dias, cumprir a obrigação de fazer imposta na
sentença. Para caso de descumprimento do preceito, fixo multa diária no valor de R$ 500,00 (quinhentos
reais), que somente será exigível depois do decurso do prazo acima estipulado e durante o período de
mora (art. 536, parágrafos 1 e 2, CPC);
Cópia do presente servirá como mandado. Int. e Cumpra-se.

Belém/PA, 28 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA


Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0811453-64.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: V. C. C. D. O.


Participação: ADVOGADO Nome: SAMARA SOBRINHA DOS SANTOS ALVES OAB: 21140/PA
Participação: ADVOGADO Nome: JULIA FERREIRA BASTOS SILVA OAB: 18291/PA Participação:
EXECUTADO Nome: D. S. S.
1308
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

[CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

EXEQUENTE: WINY CRISTINA CRUZ SANTOS, menor impúbere


REPRESENTANTE LEGAL: VIVIA CRISTINA CRUZ DE OLIVEIRA

ENDEREÇO: Conjunto Abelardo Condurú, Quadra 23, nº. 11ª, bairro Coqueiro, CEP 67015-240,
Ananindeua/PA, telefone: (91) 98299-5068

EXECUTADO: DORISMAR SOARES SANTOS


email dorismar177colina@gmail.com,

ENDEREÇO; Rua Principal, Folha 33, Quadra D, Lotes 02 e 03, bairro Nova Marabá, CEP 68507-010,
Marabá/PA, fone (94) 99178-6220

ENDEREÇO LABORAL: COLINA DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS EIRELI, cnpj


07.436.513/0002-70, localizada na Folha 29, s/n, Quadra 01, Lote 14-B, bairro Nova Marabá, CEP 68506-
015, Marabá/PA

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Defiro o pedido da parte autora, ID n. 26542595; intime-se o executado para pagar o débito, no prazo de
15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver. Não ocorrendo pagamento voluntário no interregno
supra, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez
por cento (art. 523, §1º do CPC).

Advirta-se ao executado que uma vez efetuado o pagamento parcial no prazo previsto acima, a multa e os
honorários previstos incidirão sobre o restante (art. 523, §2º do CPC).

Certificado o trânsito em julgado da decisão e transcorrido o prazo do art. 523, mediante o recolhimento
das respectivas taxas, se for o caso, a parte exequente poderá requerer diretamente à serventia a
expedição de certidão, nos termos do art. 517 do CPC, que servirá também para os fins previstos no art.
782, §3º, do mesmo Codex.

Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, expeça-se desde logo, mandado de penhora e
avaliação, seguindo-se os atos de expropriação (art. 523, §3º do CPC).

Do resultado do mandado de penhora e avaliação, intime-se a exequente para manifestação.

Havendo impugnação por parte do devedor na forma do art. 525, IV do CPC, intime-se a exequente par
manifestação.

Cópia desta decisão servirá como mandado. Faculto à exequente ou pessoa por ela indicada acompanhar
o Sr. oficial de justiça quando do cumprimento do presente mandado.
P.RI. Cumpra-se.
Belém/PA, 28 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA


Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.
1309
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0838191-55.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: R. I. C. S. N.


Participação: REQUERENTE Nome: E. B. N. J. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL

Vistos etc.,

Tratam-se os presentes autos de DIVÓRCIO CONSENSUAL, movido conjuntamente por RAFAELA


ISABELE CABRAL SOUZA NONATO e EDIVALDO BAIA NONATO JÚNIOR, ambos devidamente
qualificados na inicial.

As partes contraíram matrimônio em 28/10/2009, sob o regime de comunhão parcial de bens,


consoante certidão de casamento anexa. Não obstante o empenho de ambos pela manutenção do
enlace matrimonial, não foi possível a continuação do relacionamento, estando separados de fato
atualmente, sem possibilidades de reconciliação.

Tiveram uma filha: Rebeca Emanuelle Souza Nonato, nascida na data de 21/01/2012, atualmente com 9
(nove) anos de idade.

Não adquiriram bens durante o casamento.

A guarda da filha menor de idade será exercida da forma compartilhada, com domicílio de referência o da
genitora, sendo as visitações exercidas de forma livre pelo genitor.

Dispuseram que o genitor pagará pensão alimentícia à filha no valor correspondente a 20% (vinte por
cento) do valor do salário mínimo vigente, a serem depositados na conta corrente bancária de titularidade
1310
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

da genitora da menor.

Dispensam o pagamento de pensão alimentícia entre si.

A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira. O Divorciando não alterou seu nome quando do
casamento.

Os autos foram encaminhados ao RMP que, em parecer doc.num.30367869 opinou pela decretação do
divórcio do casal e pela homologação do acordo por sentença.

É o relatório. Decido.

Preliminarmente, defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam
ressalvadas as disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC.

A Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser dissolvido
pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que dispõe: “A
sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”

Considerando o atual estágio de constitucionalização do direito privado, em especial, o direito de


família, o princípio da Dignidade da Pessoa Humana faz surgir o direito de não permanecer casado.

Trata-se, segundo Cristiano Chaves de Farias (Redesenhando os Contornos da Dissolução do


Casamento, Ed. Del Rey, 2004), de um direito potestativo extintivo, que deriva do direito de se
casar, de constituir família. Conforme explica Luiz Edson Fachin, in Direito de Família: Elementos
Críticos à Luz do Novo Código Civil Brasileiro. Renovar, 2003: a liberdade de casar convive com o
espelho invertido da mesma liberdade, a de não permanecer casado.
1311
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.

ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de EDIVALDO BAIA NONATO JÚNIOR e RAFAELA ISABELE CABRAL
SOUZA NONATO, e HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art. 487,
inciso III, alínea “b”, c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código de
Processo Civil, e, por consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do art.
487, inciso I, do CPC.

A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira: RAFAELA ISABELE CABRAL SOUZA.

Cópia desta decisão servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO, advertindo o respectivo Cartório de
registro civil competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária
independentemente de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça
gratuita.

Custas pelos requerentes. Porém, face a gratuidade da justiça deferida ao autor e que defiro também à
requerida, é devida a suspensão da exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das
custas processuais, conforme previsão do art. 98, § 3º, do CPC. Sem honorários advocatícios eis que se
trata de divórcio consensual.

ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.

Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Belém-PA, 17 de agosto de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0835712-89.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. D. S. M.


Participação: ADVOGADO Nome: ANA CLARA CONTENTE PAES OAB: 31121/PA Participação:
ADVOGADO Nome: MELLINA ATAIDE MERGULHAO OAB: 31008/PA Participação: ADVOGADO Nome:
LUIZ GUILHERME DE OLIVEIRA PEREIRA OAB: 31334/PA Participação: REQUERIDO Nome: C. D. F.
D. S. A. Participação: REQUERIDO Nome: E. C. R. D. S. Participação: REQUERIDO Nome: N. D. G. R. D.
S.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
AÇÃO DECLARATÓRIA DE FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA “POST MORTEM”

AUTOS N.º: 0835712-89.2021.8.14.0301

REQUERENTE: JOSIANE DA SILVA MELO, domiciliada e residente no Conjunto Pedro Teixeira, Rua A,
n.º 89, Bairro Coqueiro, CEP: 66400-000, Belém-PA;

REQUERIDOS: 1) CRISTINA DE FÁTIMA DOS SANTOS AZEVEDO, domiciliada e residente no Conjunto


Cidade Nova I, WE1, casa n.º 136, Bairro do Coqueiro, CEP 67130-010, Ananindeua-PA;

2) EDSON CARLOS RODRIGUES DOS SANTOS, domiciliada e residente na Rua da Providência,


Passagem Freitas Loiola, n.º 42, Bairro do Coqueiro, CEP 67015-440, Ananindeua-PA;

3) NAZARÉ DAS GRAÇAS RODRIGUES DOS SANTOS, domiciliada e residente na Rua da


Providência, Passagem Frederico de Sousa, n.º 25-B, Bairro Coqueiro, CEP 67015-340, Ananindeua-PA.

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;

Citem-se os requeridos para comparecimento à audiência de conciliação designada para o dia 21 de


outubro de 2021 (quinta-feira), às 10h00min; o prazo de 15 (quinze) dias para contestar a ação será
contado do ato, se não obtida a autocomposição. A não apresentação da contestação implicará em
decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte autora constantes da
inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Advirta-se os requeridos que, muito embora o mandado de citação esteja desacompanhado de cópia da
petição inicial, está assegurado seu direito de examinar seu conteúdo a qualquer tempo (art. 695, § 1º, do
CPC);

Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos (art.
695, § 4º, do CPC);

Expeça-se ofício ao Juízo da 8.ª Vara Cível e Empresarial da Capital, para que informe em que fase
processual se encontra os autos do processo n.º 0828062-88.2021.8.14.0301, e tome as providências que
julgar cabíveis;

P.R.I.C. Cumpra-se.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém-PA, 17 de agosto de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara da Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0606666-15.2016.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: A. C. L. O.


Participação: REPRESENTANTE Nome: L. D. S. S. L. Participação: EXECUTADO Nome: E. R. D. O.
Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

AUTOS N.º 0606666-15.2016.8.14.0301

EXEQUENTE: ANA CLARA LOPES OLIVEIRA.

REPRESENTANTE LEGAL: LILIANE DO SOCORRO SANTOS LOPES, domiciliada e residente na


Passagem Lago Grande, n.º 26, bairro: Tapanã, CEP: 66.823-620, Belém-PA.

RÉU: EDSON RODRIGUES DE OLIVEIRA, domiciliado e residente na Conjunto Maguari, Passagem


Quinta Linha, Rua do Pau Grande, n.º 12, bairro: Coqueiro, CEP: 66.823-620, Belém/PA.

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA
E SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Intime-se o executado pessoalmente e por hora certa, para, em 3 (três) dias, pagar o débito que
compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no
curso do processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;

Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);

Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);

Transcorrido o interregno, cls.

Cópia desta decisão servirá como mandado.

Int. Cumpra-se.
1314
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém/PA, 30 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA

Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0853588-28.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: R. M. D. S.


Participação: EXECUTADO Nome: R. S. R. D. S. Participação: REPRESENTANTE Nome: S. M. F. D. M.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

AUTOS N.º 0853588-28.2019.8.14.0301

AUTOR: RUAN MOURA DA SILVA

REPRESENTANTE LEGAL: SHIRLEY MARIA FERREIRA DE MOURA, telefone: (91) 9.8861-4550,


domiciliada e residente na Passagem Elias Guedes, n. 60, entre Rodovia Augusto Montenegro e
Passagem Cajuí, próximo à DEMA, Bairro: Marambaia, CEP 66.623-580, Belém/Pa.

RÉU: RAIMUNDO SÉRGIO RODRIGUES DA SILVA, domiciliado e residente na Rua André Abade, s/n,
Bairro: Pantanal, no local conhecido como “Casa do Seu Minhoca”, próximo ao Rio, CEP: 68.640-000,
cidade de Ourém- PA.

RH.

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições do art. 98, parágrafos 2º a 4º do Código de Processo Civil;

Intime-se o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito que compreende até as 3 (três)
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo, provar
que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;

Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, a parte exequente poderá requerer diretamente à serventia a
expedição de certidão, nos termos do art. 517 do CPC, que servirá também para os fins previstos no art.
782, §3º, do mesmo Codex;

Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, além do protesto, será
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

decretada sua prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do CPC);

Transcorrido o interregno, cls.

Cópia do presente servirá como mandado.

Int. Cumpra-se.

Belém-Pa, 14 de julho de 2020.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Famílias da Comarca da Capital.

Número do processo: 0808213-04.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: M. P. D. E. D. P.


Participação: EXECUTADO Nome: A. G. D. S. F.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DE BELÉM

AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS

AUTOS N.º 0808213-04.2019.8.14.0301

SUBSTITUTO PROCESSUAL: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

MENOR: ESTHER ÁGATHA VALENTE DOS SANTOS

GENITORA: JULIETE VALENTE DOS SANTOS

EXECUTADO: AGENOR GONÇALVES DOS SANTOS FILHO, domiciliado e residente na Rua da Pirelli,
Conjunto Beija-Flor, Quadra 11, n.º 18, Bairro: Beija-Flor, Cidade de Marituba -Pa.

Rh.

Intime-se o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito que compreende até as 3 (três)
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo, provar
que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.

Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC).

Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

O meirinho poderá lançar mão do disposto no art. 252 do CPC, caso necessário.

Cópia do presente servirá como mandado. Int. Cumpra-se.

Belém, 07 de janeiro de 2021.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito da 3ª Vara de Família

Número do processo: 0820695-13.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. C. D. S. T.


Participação: ADVOGADO Nome: ANA CRISTINA CAMPOS E SILVA CALDERARO OAB: 007510/PA
Participação: REQUERIDO Nome: M. A. R. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS

AUTOS N.º 0820695-13.2021.8.14.0301

EXEQUENTE: MARCO VINÍCIUS TEIXEIRA PEREIRA

REPRESENTANTE LEGAL: LAILA CRISTINA DA SILVA TEIXEIRA

ENDEREÇO : RUA NOVA N.º882 - FUNDOS CASA 02. PEDREIRA. CEP: 66.083-441

EXECUTADO: MARCO ANTÔNIO ROLDÃO PEREIRA

ENDEREÇO : TRAVESSA ANTÔNIO BAENA N.º 512. PEDREIRA. CEP: 66085-050

DESPACHO-MANDADO

Rh.

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;

Intime-se o executado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.

Não ocorrendo pagamento voluntário no interregno supra, o débito será acrescido de multa de dez por
cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento (art. 523, §1º do CPC).

Advirta-se ao executado que uma vez efetuado o pagamento parcial no prazo previsto acima, a multa e os
honorários supramencionados incidirão sobre o restante (art. 523, §2º do CPC).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, expeça-se desde logo, mandado de penhora e
avaliação, seguindo-se os atos de expropriação (art. 523, §3º do CPC).

Certificado o trânsito e julgado da decisão e transcorrido o prazo do art. 523, mediante o recolhimento das
respectivas taxa, se for o caso, a parte exequente poderá requerer diretamente à serventia a expedição de
certidão, nos termos do art. 517 do CPC, que servirá também para os fins previstos no art. 782, §3º, do
mesmo Codex.

Havendo impugnação por parte do devedor na forma do art. 525 do CPC, retornem os autos conclusos
para apreciação da peça de irresignação.

P.R.I. Cumpra-se.

Cópia do presente servirá como mandado.

Belém, 06 de abril de 2021.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família

Número do processo: 0831055-75.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: L. T. D. P.


Participação: ADVOGADO Nome: JOAO MARIO COSTA DE CASTRO OAB: 22465/PA Participação:
EXECUTADO Nome: M. M. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: NILVIA MARILIA DE ANDRADE GAIA
OAB: 25206/PA Participação: ADVOGADO Nome: SIMONE DO SOCORRO PESSOA VILAS BOAS OAB:
008104/PA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO ANDRE CORDOVIL PANTOJA OAB: 9087/PA
Participação: ADVOGADO Nome: SANDRO MAURO COSTA DA SILVEIRA OAB: 8707/PA Participação:
PROCURADOR Nome: ANANDA NASSAR MAIA OAB: 19088 Participação: AUTORIDADE Nome: M. P.
D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

R.H.

1. Defiro o pedido do parecer do RMP; intime-se o executado para que se manifeste sobre a petição do
exequente, ID n.º 19787502, prazo de 5 (cinco) dias;
2. Após, conclusos.

Belém-Pa, 24 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0847069-03.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. S. M.


Participação: REQUERENTE Nome: L. A. P. D. M. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE GUARDA C/C ALIMENTOS E REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS

AUTOS N. 0847069-03.2020.8.14.0301

REQUERENTE: LILIAN SOARES MORAES, por si e na qualidade de representante legal de CLARA


BEATRIZ SOARES MORAES, ambas residentes e domiciliadas na Travessa Padre Eutiquio, nº 3.749,
bairro Condor, CEP 66.065- 165, Belém–PA.

REQUERIDO:LUIZ AGENOR PANTOJA DE MORAES, domiciliado e residente na Passagem São


Raimundo, n. 10, Bairro: Guamá, CEP: 66.065-400, Belém/PA.

R.H

Considerando a existência da AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE C/C ANULAÇÃO DE REGISTRO


CIVIL DE NASCIMENTO, Número 0853440-80.2020.8.14.0301, cujo autor é LUIZ AGENOR PANTOJA
DE MORAES e a requerida CLARA BEATRIZ SOARES MORAES, representada por sua genitora LILIAN
SOARES MORAES; onde fora procedida à coleta de material de genético para realização de exame de
DNA, DETERMINO a suspensão dos presentes autos até seja verificada a prejudicial de paternidade.

P.R.I. Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Famílias da Capital

Número do processo: 0837750-45.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: N. A. D. A.


Participação: EXECUTADO Nome: A. D. S. M.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Execução de Alimentos n 0837750-45.2019.8.14.0301

processo principal sentenciado : 0840095-18.2018.8.14.0301


1319
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AUTOR: NADIA ANDREISSY DIB ALVARENGA

ENDEREÇO: Trav. Dom Romualdo de Seixas, Ed. Vouga, 1038, apt. 201, entre Bernal do Couto e
Oliveira Belo, Umarizal, CEP 66.055-200.

RÉU: ABELARDO DA SILVA MACIEL - EMPRESÁRIO

ENDEREÇO: RUA DA REPÚBLICA, Nº 1715. BAIRRO: CENTRO. CEP: 68.330-000. PORTO DE

MOZ.

ENDEREÇO 2: Rua da República, s/n, Bairro Praião, CEP 68.330-000, Porto de Moz - PA

TELEFONES: (93) 99901-2257 / 98412-1090 / (91) 98195-0707

DESPACHO

R.H.

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial, ressalvadas as
disposições do art. 98, parágrafos 2º a 4º do Código de Processo Civil;

Apensem-se este autos ao processo principal já sentenciado (0840095-18.2018.8.14.0301), onde foi


protocolado cumprimento e ordenada citação para pagamento do débito em 3 (três dias).

P.R.I CUMPRA-SE.

Belém, 02 de abril de 2020.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara da Família da Capital.

Número do processo: 0843408-50.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: R. C. F.


Participação: REQUERIDO Nome: J. M. R. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.
Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P. Participação: INTERESSADO Nome: R. P. C. R.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE GUARDA C/C ALIMENTOS

Autos n.º 084340850-2019.8.14.0301


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AUTORA: RAILDA CORDOVIL FURTADO

ENDEREÇO: Rua Turqueza, n.º 1071-N, Bairro: Luis Carlos Tessele Júnior, CEP: 78.455-000, Lucas do
Rio Verde-MT.

RÉU: JAMESON MACIEL REIS

ENDEREÇO: Passagem Nossa Senhora de Belém, n.º 33, Bairro: Castanheira, CEP: 66.645-003, Belém-
Pa.

DESPACHO -MANDADO

R.H.

Considerando a publicação da Portaria Conjunta n.º 1/2021-GP/VP/CGJ, de 15 de março de 2021, que


determinou a suspensão do expediente presencial e dos prazos processuais no Poder Judiciário Estadual
em razão do agravamento da pandemia do coronavírus (COVID 19);

Considerando o teor da portaria Nº 1161/2021-GP, DE 18 DE MARÇO DE 2021, a seguir transcrita :

“(...)

Art. 1º Prorrogar, no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, os termos da Portaria nº 1003/2021-
GP, de 03 de março de 2021, que atualiza o Anexo I da Portaria Conjunta nº 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020, que regulamenta procedimentos e institui protocolos, no
âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e disciplina a retomada gradual dos serviços de forma
presencial, observadas as ações necessárias para a prevenção de contágio pelo novo coronavírus
(COVID-19), e dá outras providências.

Art. 2º Permanece suspenso, em caráter excepcional, o atendimento ao público externo, realizado de


forma presencial, no período de 19 a 25 de março de 2021, em virtude da previsão de elevação do risco
epidemiológico para o novo coronavírus (COVID-19).

Art. 3º Ficam suspensos, em caráter excepcional, no período de 19 a 25 de março de 2021, os prazos


processuais, administrativos e jurisdicionais, de 1º e 2º graus, em todo o Poder Judiciário do Estado do
Pará, sem prejuízo de cumprimento de medidas para a preservação de direitos.

(...)”

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação
1321
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.

Belém, 24 de março de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Famílias da Capital

Número do processo: 0861396-50.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: R. D. S. A.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: REGIANE NEVES DA SILVA OAB: null Participação:
REQUERIDO Nome: R. S. D. A. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS

Numero: 0861396-50.2020.8.14.0301

REQUERENTE: RUAN DA SILVA ALBUQUERQUE, menor assistido por sua genitora REGIANE NEVES
DA SILVA, domiciliada e residente nesta cidade na Rua Maravalho Velho, n°55, Fundos, Bairro
Marambaia, CEP 666223-240, Belém/Pa.

REQUERIDO: ROBSON SANTOS DE ALBUQUERQUE, residente e domiciliado na cidade de Belém/PA,


sito à Passagem Dalva, n° 1.598, Casa 3, Bairro: Marambaia, Belém-PA.

DESPACHO-MANDADO

Rh.

Considerando a publicação da Portaria Conjunta n.º 1/2021-GP/VP/CGJ, de 15 de março de 2021, que


determinou a suspensão do expediente presencial e dos prazos processuais no Poder Judiciário Estadual
em razão do agravamento da pandemia do coronavírus (COVID 19);

Considerando a PORTARIA Nº 1400/2021-GP, DE 8 DE ABRIL DE 2021, TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA -


Edição nº 7117/2021 - Sexta-feira, 9 de Abril de 2021, abaixo transcrita:

“(...)

Art. 1º Prorrogar, no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, em parte, os termos da Portaria nº
1003/2021-GP, de 03 de março de 2021, que atualiza o Anexo I da Portaria Conjunta nº 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020, a qual regulamenta procedimentos e institui protocolos, no
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e disciplina a retomada gradual dos serviços de forma
presencial, observadas as ações necessárias para a prevenção de contágio pelo novo coronavírus
(COVID-19), e dá outras providências.

Parágrafo único. A prorrogação de que trata este artigo aplica-se às unidades administrativas e judiciárias
em bandeiramento vermelho, exceto aquelas cujos municípios tiveram a decretação de lockdown, que
possuem suspensão de atividades regulada em ato próprio.

Art. 2º Permanece suspenso, em caráter excepcional, o atendimento ao público externo, realizado de


forma presencial, nas unidades administrativas e judiciárias enquanto perdurar o bandeiramento vermelho
nas respectivas Comarcas, em virtude da previsão de elevação do risco epidemiológico para o novo
coronavírus (COVID-19).

Art. 3º Continuam suspensos, em caráter excepcional, os prazos processuais dos processos,


administrativos e jurisdicionais, de 1º e 2º graus, que tramitem em meio físico, enquanto perdurar o
bandeiramento vermelho nas respectivas Comarcas.

(...)”

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma
determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de
outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da celeridade e economia
processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o
prosseguimento do feito com essas modificações:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 13 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Famílias da Capital

Número do processo: 0867470-57.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: N. B. D. A. C.


Participação: ADVOGADO Nome: MARCELE BARILE MONTEIRO MACHADO OAB: 016371/PA
Participação: ADVOGADO Nome: EDISSANDRA PEREIRA ALVES OAB: 19264/PA Participação:
REQUERIDO Nome: C. C. C. Participação: ADVOGADO Nome: MICHELE CASTELO BRANCO MARTINS
OAB: 21039/PA Participação: ADVOGADO Nome: JESSICA RAIRA DE JESUS CAMPOS OAB: 20971/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GIULIA GABRIELA ABREU DA COSTA DIAS OAB: 22341/PA
Participação: ADVOGADO Nome: CRISTIANE DO SOCORRO CUNHA DE OLIVEIRA OAB: 013558/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Rh.

Considerando a petição id. 20952205 - Pág. 1, expeça-se ofício à fonte pagadora do requerido, a fim de
que seja cientificada sobre a nova conta de titularidade da representante legal informada nos autos para
fins de depósito dos alimentos provisórios.

Diligencie a UPJ junto à Central de Mandados para que seja esclarecida, no prazo de cinco dias, a
questão relativa à citação do demandado, já mencionada em despacho id. 18422158 - Pág. 1, sob pena
de serem tomadas as medidas cabíveis junto à Corregedoria de Justiça.

Cumpra-se.

Belém, 15 de dezembro de 2020.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz Titular da 3ª Vara de Família


1324
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0860998-40.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: P. G. G.


Participação: ADVOGADO Nome: MARILIA SERIQUE DA COSTA OAB: 9401/PA Participação:
EXEQUENTE Nome: R. C. D. S. G. Participação: ADVOGADO Nome: MARILIA SERIQUE DA COSTA
OAB: 9401/PA Participação: EXECUTADO Nome: F. G. D. S.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

AUTOS N.º 0860998-40.2019.8.14.0301

EXEQUENTES: PATRICK GOUVEIA GOMES e MARIA EDUARDA KAMILLY GOUVEIA GOMES.


REPRESENTANTE LEGAL: RUTE CLEIDE DE SOUZA GOUVEIA, domiciliada e residente na Travessa
Nina Ribeiro, n.º 194, entre 1ª de Queiroz e Guerras Passos, bairro: Canudos, CEP: 66.070-350, Belém-
Pa.

RÉU: FRANCISCO GOMES DA SILVA, domiciliado e residente na Rua Senador Manoel Barata, Edifício
Infante de Sagres, n.º 718, 8º andar, sala 801, bairro: Campina, CEP: 66.019-000, Belém/Pa.

R.H.

Intime-se o executado pessoalmente e por hora certa, para, em 3 (três) dias, pagar o débito que
compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no
curso do processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;

Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);

Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);

Transcorrido o interregno, cls.

Cópia desta decisão servirá como mandado.

Int. Cumpra-se.

Belém/PA, 24 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara da Família da Comarca da Capital.


1325
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0880379-97.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: R. D. F. B. A.


Participação: ADVOGADO Nome: NOZOR JOSE DE SOUZA NASCIMENTO OAB: 006688/PA
Participação: EXECUTADO Nome: W. D. S. A.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

PROCESSO N.º 0880379-97.2020.8.14.0301

EXEQUENTE: REGINA DE FÁTIMA CABRAL BORGES, domiciliada e residente na Avenida Almirante


Barroso, Conjunto Amapá, Alameda A, casa n.º 547, pe´rimetro: entre o Centro Universitário do Pará –
CESUPA e a Secretaria de Estado de Transportes – SETRAN, CEP: 66.613-030, Belém/PA.

EXECUTADO: WASHINGTON DA SILVA ALBANO, domiciliada e residente na Travessa Bento Manoel de


Oliveira, Quadra n.º 274, Lotes 1ª e 2ª Vila dos Cabanos, CEP: 68.447-000, Município de Barcarena/PA.

R.H.

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;

Intime-se o executado WASHINGTON DA SILVA ALBANO, pessoalmente, para que contrate uma
imobiliária para avaliar os imóveis a serem partilhados, sob pena de aplicação de multa no valor de R$
1.000,00 (um mil reais), até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais) por descumprimento da ordem;

Deverá a imobiliária divulgar a venda do imóvel em mídia de ampla circulação, devendo o produto da
alienação ser repartido meio a meio entre as partes;

Intimada a parte e passado o prazo sem manifestação, conclusos.

Int. e Cumpra-se.

Belém/PA, 8 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA

Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0834466-92.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: S. F. D. S. Participação:


ADVOGADO Nome: VIVIANE MARQUES DE OLIVEIRA OAB: 022208/PA Participação: REU Nome: A. D.
C. G. Participação: ADVOGADO Nome: MURILO TADEU FERNANDES DE MORAES OAB: 018435/PA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.
1326
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE BELÉM

Analisando os autos, observo que o mandado de citação foi acostado em 21.09.20 (id. 19790799 - Pág. 1)
e a contestação juntada em 27.10.20 (id. 20694716 - Pág. 1 a 21).

Consta alegação do advogado da parte ré (id. 20079549 - Pág. 1) no sentido de que não estava tendo
acesso ao caderno processual (visibilidade).

Sendo assim, para fins de verificação sobre a tempestividade da peça de defesa, determino que seja
expedida a devida certidão pela UPJ, esclarecendo a questão.

Com relação ao contido no item 2 do petitório id. 21300944 - Pág. 1, cumpre frisar que a cobrança de
alimentos provisórios em atraso deve se dar na forma disposta no art. 531, §1º do CPC.

Int. Cumpra-se.

Belém, 19 de fevereiro de 2021.

Francisco Roberto Macedo de Souza

Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da comarca da Capital

Número do processo: 0847494-64.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: D. M. D. S. C.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: JESSICA MARIA SEABRA DE SOUZA OAB: null
Participação: REQUERENTE Nome: R. R. D. S. C. Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome:
JESSICA MARIA SEABRA DE SOUZA OAB: null Participação: REQUERIDO Nome: J. M. G. C.
Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

R.H.

Defiro o pedido da Oficial de Justiça, ID n.º 18866220;

Renovem-se as diligências para citação do requerido.

Cumpra-se.

Belém, 22 de junho de 2021

Pedro Pinheiro Sotero


Juiz de Direito, titular da 3ª Vara de Família
1327
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0818058-26.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: C. H. A. S. Participação:


REPRESENTANTE Nome: S. C. M. A. Participação: REU Nome: A. H. D. S. E. S. Participação: FISCAL
DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE ALIMENTOS

AUTOS N.º 0818058-26.2020.8.14.0301

AUTOR: CLAUDIO HENRIQUE AMORIM SILVA, representado pela sua genitora, SURIELLE CLAUDIA
MENEZES AMORIM, residente e domiciliada na cidade de Belém/PA sito à Travessa Antônio Baena, n°
554 Bairro: Pedreira, CEP: 66085-051.

RÉU: ADRIEL HENRIQUE DA SILVA E SILVA, com endereço laboral na Empresa Dunlop/Pará Pneus
Fortes, Avenida Duque de Caxias, esquina com Travessa Mauriti, n 937, Bairro: Marco, CEP: 66093-027.

DECISÃO-MANDADO

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Cite-se o requerido, intimando-o para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de
revelia (art.344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 24 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0835089-93.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: R. D. S. D. S.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: MARIA DAIANA MELO DE SOUZA OAB: null
Participação: EXEQUENTE Nome: K. R. S. D. S. Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome:
1328
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

MARIA DAIANA MELO DE SOUZA OAB: null Participação: EXECUTADO Nome: R. B. D. S. Participação:
AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

AUTOS N.º 0835089-93.2019.8.14.0301

AUTORES: REBECA DAIANE SOUZA DA SILVA e KAUÊ RAPHAEL SOUZA DA SILVA

REPRESENTANTE LEGAL: MARIA BAIANA MELO DÉ SOUZA, residente e domiciliada na Passagem


Marajoara, n.º 122, Bairro: Maracangalha, CEP 66110-270, Belém-PA.

RÉU: RAFAEL BARBOSA DA SILVA, residente e domiciliando na Passagem Maria dos Anjos, n° 371,
Bairro: Maracangalha, CEP 66110-220, Belém-PA.

DECISÃO-MANDADO

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2.º, 3.º e 4.º, do CPC;

Intime-se o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito que compreende até as 3 (três)
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo, provar
que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;

Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);

Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);

Ciente o MP;

Transcorrido o interregno, cls.

Cópia desta decisão servirá como mandado.

Int. Cumpra-se.

Belém-PA, 16 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACEDO DE SOUZA

Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0824218-04.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: E. C. Participação: REU


Nome: L. S. O.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

[
Defiro o pedido da petição ID N. 14139648; intime-se o requerido informando-o que deverá depositar os
alimentos a que se obrigara na conta corrente apresentada.

Cumpra-se.

Verifique a Direção se ainda existe algum expediente a ser realizado no feito. Após, arquive-se os autos.

Belém, 21 de julho de 2021

Pedro Pinheiro Sotero


Juiz de Direito, titular da 3ª Vara de Família

Número do processo: 0876026-82.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: C. F. C. Participação:


ADVOGADO Nome: NILVIA MARILIA DE ANDRADE GAIA OAB: 25206/PA Participação: ADVOGADO
Nome: PAULO ANDRE CORDOVIL PANTOJA OAB: 9087/PA Participação: ADVOGADO Nome: SIMONE
DO SOCORRO PESSOA VILAS BOAS OAB: 008104/PA Participação: ADVOGADO Nome: SANDRO
MAURO COSTA DA SILVEIRA OAB: 8707/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANANDA NASSAR
MAIA OAB: 19088 Participação: REU Nome: M. A. B. C. Participação: REU Nome: L. C. B. Participação:
AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Ação Negatória de Paternidade

Autos nº 0876026-82.2018.8.14.0301

REQUERENTE: CLEDSON FERREIRA COSTA

REQUERIDA: MARIA ALICIA BARROS COSTA, neste ato representada por sua genitora, LARISSA
CAVALCANTE BARROS, residente e domiciliada na Vila L, n° 77, bairro da Pedreira, CEP: 66.083-135,
Belém/PA.

Rh.

Compulsando os autos, observo que embora tenho sido designada audiência de conciliação (id.
15663644), a assentada deixou de ocorrer em virtude da Pandemia de COVID-19 (certidão id. 17483453).

Tendo em vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
consequência da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) que assola o planeta; considerando que o art.
1330
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
preencham a finalidade essencial”; considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo
em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino que o feito prossiga
observando o seguinte procedimento:

Intime-se a requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação da
contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte
autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente com
o mandado de citação, cópia da inicial.

Havendo juntada de peça de defesa, a parte autora deverá ser intimada para apresentar réplica.

Cópia do presente servirá como mandado. Cumpra-se.

Belém, 01 de junho de 2020.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz Titular da 3ª Vara de Família

Número do processo: 0873378-61.2020.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: D. M. D. C.


Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO VICTOR BARREIROS PINTO OAB: 14817/PA Participação:
EXECUTADO Nome: R. C. D. O. Participação: MENOR Nome: E. M. D. C. C. D. O.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

Cumprimento de Sentença
Autos n. 0873378-61.2020.8.14.0301
Exequente: ENZO MARCONDES DELLA CASA COELHO DE OLIVEIRA, menor púbere assistido por sua
genitora DANIELA MARCONDES DELLA CASA.
Executado: REGINALDO COELHO DE OLIVEIRA, residente e domiciliado no Conjunto Maguary, Alameda
3, Casa nº 60, Coqueiro, Belém/PA, CEP: 66823-062 contato telefônico (91) 98238-2100 e (91)
996018382.

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Oficie-se às prestadoras de serviço público EQUATORIAL e COSANPA e proceda-se à pesquisa no


Sistema SIEL (Cadastro Nacional de Eleitores) visando obter o endereço atualizado do requerido. Obtido
o endereço, intime-se o executado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas,
se houver. Não ocorrendo pagamento voluntário no interregno supra, o débito será acrescido de multa de
dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento (art. 523, §1º do CPC);

Advirta-se ao executado que uma vez efetuado o pagamento parcial no prazo previsto acima, a multa e os
honorários previstos incidirão sobre o restante (art. 523, §2º do CPC);
1331
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Certificado o trânsito em julgado da decisão e transcorrido o prazo do art. 523, mediante o recolhimento
das respectivas taxas, se for o caso, a parte exequente poderá requerer diretamente à serventia a
expedição de certidão, nos termos do art. 517 do CPC, que servirá também para os fins previstos no art.
782, §3º, do mesmo Codex;

Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, expeça-se desde logo, mandado de penhora e
avaliação, seguindo-se os atos de expropriação (art. 523, §3º do CPC);

Do resultado do mandado de penhora e avaliação, intime-se a exequente para manifestação;

Havendo impugnação por parte do devedor na forma do art. 525, IV do CPC, intime-se a exequente par
manifestação;

Cópia desta decisão servirá como mandado. Faculto à exequente ou pessoa por ela indicada acompanhar
o Sr. oficial de justiça quando do cumprimento do presente mandado;

Caso não seja localizado, cite-se por edital, com prazo de 20 (vinte) dias, cientificando-o de que o prazo
para pagar, provar que o fez ou justificar passará a fluir findo esse prazo, consignando-se as advertências
dos artigos 344 e 257, inciso IV, ambos do Código de Processo Civil – CPC;

P.RI. Cumpra-se.

Belém/PA, 26 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA


Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0865248-19.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. C. M.


Participação: ADVOGADO Nome: RAYNA CALDERARO CRISTO OAB: 28639/PA Participação:
REQUERENTE Nome: R. C. C. Participação: ADVOGADO Nome: RAYNA CALDERARO CRISTO OAB:
28639/PA Participação: REQUERIDO Nome: R. A. V. M. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E.
D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE GUARDA, REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS E ALIMENTOS

AUTOS N.º 0865248-19.2019. 8.14.0301

MENOR: ARTHUR CRISTO MEDEIROS

REPRESENTANTE LEGAL: RAYNA CALDERARO CRISTO

RÉU: RENAN ANDRADE VILHENA MEDEIROS, domiciliado e residente na Rua Benjamin Constant, n.º
889 C, CEP: 66.053-040, Belém /Pa.
1332
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Rh.

Compulsando os autos, observo que embora tenho sido designada audiência (id. 14831128), a assentada
deixou de ocorrer em virtude da Pandemia de COVID-19 (certidão id. 17482605).

Tendo em vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
consequência da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) que assola o planeta; considerando que o art.
188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
preencham a finalidade essencial”; considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo
em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o prosseguimento do
feito observando o seguinte rito:

Intime-se o requerido para que querendo apresente contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não
apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as
alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC.
Encaminhe-se, juntamente com o mandado de intimação, cópia da inicial.

Havendo juntada de peça de defesa, a parte requerente deverá ser intimada para apresentar réplica.

Cópia do presente servirá como mandado.

Cumpra-se.

Belém, 02 de junho de 2020.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família

Número do processo: 0830248-89.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: E. M. B.


Participação: REQUERIDO Nome: G. C. V. B. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C PEDIDO DE TUTELA DE EVIDÊNCIA

AUTOS N.º 0830248-89.2018.8.14.0301

AUTOR: EMERSON MARINHO BRITO

E-mail: hb31@hotmail.com

Telefone: (91) 98274-9441


1333
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Endereço: Rua Deodoro de Mendonça, n.º 294, kit net 207, Bairro: São Braz, CEP: 66.090-150, Belém/Pa.

RÉ: GLÁUCIA CÁRITA VIANA BRITO

Endereco: Passagem Libertação, n.º 11, Bairro: Terra Firme, CEP: 66.077-320, Belém-Pa.

DESPACHO-MANDADO

R.H.

Considerando as medidas de enfrentamento, em especial o isolamento social, recomendado pela


Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate à pandemia do coronavirus (COVID-19), máxime face
à identificação de nova variante do vírus que tem maior transmissibilidade, podendo torná-lo mais
contagioso;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da
Lei. Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.

Belém, 26 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito, Titular da 3ª Vara de Família da Capital


1334
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0876105-90.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. H. D. S. P.


Participação: REQUERIDO Nome: F. K. R. P. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE ALIMENTOS

Número: 0876105-90.2020.8.14.0301

Requerente: MARIA HELOISA DA SILVA PAIVA, residente e domiciliada na Avenida Doutor Freitas, nº
1496, entre Marquês e Visconde de Inhaúma, Pedreira, Belém/PA, CEP 66087- 810 (telefone 98300-
3442)

Requerido: FRANCISCO KERGINALDO RIBEIRO PAIVA, residente e domiciliado na Travessa Humaitá,


nº 1301, apto 1604, entre Marquês e canal da Visconde, Pedreira, Belém/PA, CEP 66085-148.

DESPACHO-MANDADO

R.H.

Considerando as medidas de enfrentamento, em especial o isolamento social, recomendado pela


Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate à pandemia do coronavirus (COVID-19), máxime face
à identificação de nova variante do vírus que tem maior transmissibilidade, podendo torná-lo mais
contagioso;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora, para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Havendo possibilidade de celebração de acordo, devem as partes acostar a avença realizada.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.

Belém, 29 de abril de 2021.


1335
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito, Titular da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0850032-52.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: P. G. C. P.


Participação: REQUERIDO Nome: D. F. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.
Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE ALIMENTOS

PROCESSO Nº 0850032-52.2018.8.14.0301

AUTOR: SHOPIA PINHEIRO DOS SANTOS REPRESENTANTE LEGAL: PAULA GIULIANA CECYM
PI N HEIRO TELE FONE : 98260-4835 E NDE RE ÇO : P A S S A G E M B O M J E S US I I , N º 7 0 .
GUAMÁ.BELÉM/PA. CEP:66.073-155

RÉU: DIEGO FREITAS DOS SANTOS ENDEREÇO PROFISSIONAL: Av. Doutor Freitas, nº 860, UPA
Sacramenta, Bairro da Sacramenta, Belém/PA. TELEFONE: 99397-7282.

DECISÃO-MANDADO

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando os princípios da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:

Tendo em vista que o requerido já foi citado, intime-o para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze)
dias; a não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como
verdadeiras as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do
CPC. Encaminhe-se, juntamente com o mandado de citação, cópia da exordial;

Havendo juntada de peça de defesa, intime-se a autora para apresentar réplica;

Se ao cumprir a diligência de citação, o Oficial de Justiça certificar que o requerido não reside no endereço
constante na exordial, a Secretaria da Vara fica, desde já, autorizada a expedir ofício ao TRE, Equatorial e
COSANPA, de modo que este Juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço atual da
parte adversa em seus respectivos cadastros (art. 256, §3º do CPC);

Cópia do presente servirá como mandado. Cumpra-se.


1336
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém-PA, 14 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0858649-30.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: V. B. D. O.


Participação: ADVOGADO Nome: JESSICA SANTOS MALCHER GILLET OAB: 20385/PA Participação:
ADVOGADO Nome: GUILHERME HENRIQUE ROCHA LOBATO registrado(a) civilmente como
GUILHERME HENRIQUE ROCHA LOBATO OAB: 7302/PA Participação: EXCUTADO Nome: C. B. M. D.
O.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS

AUTOS N.º 0858649-30.2020.8.14.0301

AUTOR: ISAAC BECCARIA BORGES DE OLIVEIRA

REPRESENTANTE LEGAL: VALÉRIA BORGES DE OLIVEIRA, residente e domiciliada na Tv. Dom


Romualdo de Seixas, nº 799 – Edifício Rio Nilo, Umarizal, CEP 66.050-110, Belém-PA.

RÉU: CESARE BECCARIA MOREIRA DE OLIVEIRA, residente e domiciliado na Tv. Dom Romualdo de
Seixas, nº 799 – Edifício Rio Nilo, Umarizal, CEP 66.050-110, com intimação junto ao Comando Militar do
Norte - 8ª Região Militar, Quartel do exército em Belém/Pará, localizado à Rua João Diogo, nº 458, bairro
da Campina, CEP 66.015-175.

DECISÃO-MANDADO

R.H.

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2.º, 3.º e 4.º, do CPC;

Intime-se o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a
impossibilidade de efetuá-lo;

Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);

Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);

Ciente o MP;
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Transcorrido o interregno, cls.

Cópia desta decisão servirá como mandado.

Int. Cumpra-se.

Belém-PA, 28 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0806899-52.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: I. H. F. B.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: ILENICE DO SOCORRO GOMES FERREIRA OAB:
null Participação: REQUERIDO Nome: J. A. D. S. B. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE ALIMENTOS

AUTOS 0806899-52.2021.8.14.0301

REQUERENTE: ISAAC HENRIQUE FERREIRA BARBOSA, menor, representado por sua mãe, ILENICE
DO SOCORRO FERREIRA NEVES, residente e domiciliada na Passagem Ana Dantas, nº 780, Bairro:
Sacramenta, CEP: 66110-000, Belém/PA.

TELEFONE: 81670133 (whatsapp)

REQUERIDO: JOSE AUGUSTO DE SOUZA BARBOSA, residente e domiciliado na Ceilândia Norte, QNP,
25, Conjunto D, Casa 14, P. Norte, CEP 72242-109, Distrito Federal.

Telefones: (61) 83040980 (whatsapp mãe do requerido) (61)94550794 (whatsapp do requerido)

DESPACHO-MANDADO

Considerando as medidas de enfrentamento, em especial o isolamento social, recomendado pela


Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate à pandemia do coronavirus (COVID-19), máxime face
à identificação de nova variante do vírus que tem maior transmissibilidade, podendo torná-lo mais
contagioso;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Considerando o não comparecimento do requerido à audiência, embora tenha sido informado da data e
horário, via whatsapp, pela assessoria do gabinete, que inclusive disponibilizou link para acesso, cite-se o
réu para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser realizada por meio
eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do inteiro teor do objeto
da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente identificada com
documento de identificação oficial.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora, para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado/ofício. Cumpra-se na forma e sob as penas da
Lei. Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.

Belém, 05 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO DE SOUZA

Juiz de Direito, no exercício da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0830565-53.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: C. R. D. C. C.


Participação: REQUERIDO Nome: H. L. C. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.
Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Rh.

Expeça-se ofício à fonte pagadora do requerido para fins de desconto dos alimentos provisórios e,
considerando a certidão id. 12233873 - Pág. 1, solicite-se que seja informado pela SUSIPE, no prazo de
cinco dias, o lugar em que o requerido exerce permanentemente suas funções.

Decorrido o prazo, cls.

Belém, 17 de março de 2021.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz Titular da 3ª Vara de Família


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0866517-59.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. D. G. D. D. C.


B. Participação: REQUERIDO Nome: M. A. O. B.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO.

AUTOS N.º 0866517-59.2020.8.14.0301

AUTORA: MARIA DA GLÓRIA DUARTE DO COUTO BOTELHO, telefone: (91) 9.9206-6717, domiciliada e
residente no Conjunto Maguari, Alameda 24, n.º 64-B, entre Principal e Secundária, bairro: Coqueiro, CEP:
66.823-091, Belém/PA.

RÉU: MARCO ANTÔNIO OLIVEIRA BOTELHO, residente e domiciliado na Passagem Rosa Lemos, n.º
217, acesso pela Passagem Brotinho e Pedro Álvares Cabral, bairro: Telégrafo, CEP: 66.113-520,
Belém/PA.

DECISÃO-MANDADO

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Cite-se o requerido, intimando-o para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de
revelia (art.344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 24 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0857086-98.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: S. M. D. C. F.


Participação: REQUERIDO Nome: E. M. F.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Rh.

Defiro a gratuidade processual à parte requerente nos termos do art. 99 do CPC, §§ 2º a 4º, do CPC.

Considerando os termos do art. 256, §3º do CPC, expeça-se ofício ao TRE, Equatorial Energia e Cosanpa,
de modo que este juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço atual da parte
adversa em seus respectivos cadastros.

Cumpra-se.

Belém, 09 de março de 2021.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz Titular da 3ª Vara de Família

Número do processo: 0804831-49.2018.8.14.0006 Participação: REQUERENTE Nome: J. M. A. D. L.


Participação: ADVOGADO Nome: HENRIQUETA ARANHA SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA
registrado(a) civilmente como HENRIQUETA PENA ARANHA OAB: 470PA/PA Participação: REQUERIDO
Nome: A. S. D. L. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P. Participação: AUTOR Nome: J. K.
A. D. S.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE ALIMENTOS

AUTOS 0804831-49.2018.8.14.0006

REQUERENTE: Jhullya Maria Araujo de Lima, menor impúbere, neste ato representada por sua genitora,
Joice Kethlen Araujo de Souza, residentes e domiciliadas na Passagem São Benedito n. 20, bairro Parque
Verde, Belém-PA, cep 66635-070.

REQUERIDO: Alex Silva de Lima, residente e domiciliado Psg Parnaiba 1, Ps Parnaíba, Lt Águas Lindas,
Casa C, Rua Recife, Bairro: Águas Linda, Belém/PA.
1341
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DESPACHO-MANDADO

R.H.

Considerando as medidas de enfrentamento, em especial o isolamento social, recomendado pela


Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate à pandemia do coronavirus (COVID-19), máxime face
à identificação de nova variante do vírus que tem maior transmissibilidade, podendo torná-lo mais
contagioso;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.

Belém, 29 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito, Titular da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0803258-36.2019.8.14.0201 Participação: REQUERENTE Nome: D. C. F. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DA SILVA CARDOSO OAB: 250PA/PA Participação:
REQUERENTE Nome: D. R. S. E. Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DA SILVA CARDOSO OAB:
250PA/PA Participação: REQUERIDO Nome: R. V. S. E. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E.
D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE ALIMENTOS C/C PEDIDO ALIMENTOS PROVISÓRIOS

AUTOS N.º 0803258-36.2019.8.14.0301


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AUTORA: DEYVISSON RUAN SANTOS EVANGELISTA.

REPRESENTANTE LEGAL: DELMA CRISTINA FRANCO DOS SANTOS, domiciliada e residente na


Profeta Isaías, n. 25, Bairro: Pratinha, CEP: 66.816-250, Belém/Pa.

RÉU: ROSIVALDO VICTOR SILVA EVANGELISTA, domiciliado e residente na Rua Paulo Santos, n.º 02,
Loteamento Cristo Rei III (Lot Tucano), Bairro: Icuí-Guajará, CEP: 67.125-450, Município de
Ananindeua/PA.

DECISÃO-MANDADO

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Intime-se o requerido para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de revelia
(art.344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 22 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0865685-60.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: K. J. P. R.


Participação: ADVOGADO Nome: NATALIA NAZARE LOPES LIMA OAB: 25259/PA Participação:
ADVOGADO Nome: GILSON ANDRE SILVA DA COSTA OAB: 021166PA/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ISABELLA CASANOVA DE CARVALHO OAB: 23604/PA Participação: ADVOGADO Nome:
FERNANDA DA COSTA SILVA OAB: 23416/PA Participação: ADVOGADO Nome: CARLA LORENA
NASCIMENTO DA SILVA OAB: 016998/PA Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: KENIA
SUELEN MONTEIRO PEREIRA OAB: null Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO DE FIGUEIREDO
BRANDAO OAB: 018275/PA Participação: EXECUTADO Nome: J. F. B. R. Participação: AUTORIDADE
Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém


1343
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS

AUTOS N.º 0865685-60.2019.8.14.0301

EXEQUENTE: KAUANY JAMILLE PEREIRA RODRIGUES

REPRESENTANTE LEGAL: KENIA SUELLEN PEREIRA CASTRO

EXECUTADO: JAN FRANCISCO BARBOSA RODRIGUES, telefone: (91) 9.9221-4411, domiciliado e


residente na Passagem Cosampa I, n.º 27-A, entre Conjunto- Satélite e Rodovia Mário Covas, Bairro:
Coqueiro, CEP: 66.670-270, Belém/Pa.

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA
E SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Intime-se o executado, inclusive por hora certa para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias,
acrescido de custas, se houver.

Não ocorrendo pagamento voluntário no interregno supra, o débito será acrescido de multa de dez por
cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento (art. 523, §1º do CPC).

Advirta-se ao executado que uma vez efetuado o pagamento parcial no prazo previsto acima, a multa e os
honorários supramencionados incidirão sobre o restante (art. 523, §2º do CPC).

Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, expeça-se desde logo, mandado de penhora e
avaliação, seguindo-se os atos de expropriação (art. 523, §3º do CPC).

Certificado o trânsito e julgado da decisão e transcorrido o prazo do art. 523, mediante o recolhimento das
respectivas taxa, se for o caso, a parte exequente poderá requerer diretamente à serventia a expedição de
certidão, nos termos do art. 517 do CPC, que servirá também para os fins previstos no art. 782, §3º, do
mesmo Codex.

Havendo impugnação por parte do devedor na forma do art. 525 do CPC, retornem os autos conclusos
para apreciação da peça de irresignação.

Int. Cumpra-se.

Cópia do presente servirá como mandado.

Belém/PA, 30 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA

Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.


1344
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0870134-95.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: W. E. O. T.


Participação: ADVOGADO Nome: NELSON MAURICIO DE ARAUJO JASSE OAB: 18898/PA
Participação: ADVOGADO Nome: BRUNA PAIVA JASSÉ OAB: 22912/PA Participação: EXECUTADO
Nome: J. C. D. F.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Execução de Alimentos

Processo n° 0870134-95.2018.8.14.0301

EXEQUENTE: NICOLAS HENRIQUE TOTA DE FARIAS

EXECUTADO: JURACILDO CARDOSO DE FARIAS

ENDEREÇO: Av. José Bonifácio, Vila Esperança, n. 85, bairro Guamá, CEP: 66065-270, Belém/Pa.

DESPACHO-MANDANDO

Intime-se o executado para no prazo de 03 (três) dias pagar o débito que compreende até as 3 (três)
prestações alimentares anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do
processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.

Caso o executado, no prazo referido, não realize o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC).

Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, além de protestar o
pronunciamento judicial, será decretada sua prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC).

Cópia do presente servirá como mandado.

Cumpra-se.

Belém, 05 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO DE SOUZA

Juiz de Direito, no exercício da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0846401-32.2020.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: C. F. L.


1345
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Participação: ADVOGADO Nome: ANDREZA FERREIRA RODRIGUES OAB: 22551/PA Participação:


ADVOGADO Nome: DORIVALDO DE ALMEIDA BELEM OAB: 003555/PA Participação: REU Nome: J. D.
L. Q. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE C/C ALIMENTOS.

AUTOS N.º 0846401-32.2020.8.14.0301

AUTORA: CAROLINE FERREIRA LOPES

REPRESENTANTE LEGAL: CARLENE FERREIRA LOPES, carlenelopes31@gmail.com, telefone: (91)


9.8970-7201, domiciliada e residente na Rua Areia Branca, n.º 02 – altos, bairro: Marambaia, CEP:
66.623-550, Belém/PA.

RÉU: JOEL DE LIMA QUINTINO, telefone: (91) 9.8722-7880, residente e domiciliado na Rodovia Mário
Covas, Passagem Santo Antônio, Vila Soares, n.º 09, bairro: Levilândia, CEP: 67.045-000, Belém/PA com
endereço profissional na Equatorial Energia, localizado na Avenida Augusto Montenegro, s/n, Km 08,
nesta Capital.

DECISÃO-MANDADO

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Cite-se o requerido, intimando-o para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de
revelia (art.344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 25 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.


1346
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0872116-76.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: N. C. B. D. S.


Participação: REQUERIDO Nome: D. S. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.
Participação: MENOR Nome: M. C. D. S. S.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AUTORA: NATALIA CRISTINA BRAGA DA SILVA

ENDEREÇO: Passagem Francisca Damião, nº 40, Bairro Mangueirão, CEP: 66.640-385, Belém-PA, e-
mail: nat.cris.86@hotmail.com, telefone (91) 98122-0210

RÉU: DAVID SILVA DA SILVA

Telefone (91) 98483-0254

ENDEREÇO: Av. Marques de Herval, Passagem D’hiotel, nº 48, Bairro Pedreira, CEP: 66080-2109,
Belém/Pa.

DESPACHO-MANDADO

R.H

Considerando a petição 23462946; considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos
processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-
se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o
principio da celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não
deve ser interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da
Lei. Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.
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Belém, 28 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito, Titular da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0805890-89.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: E. C. D. V. C. M.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: BRENDA CAROLINA DA VERA CRUZ OAB: null
Participação: REQUERIDO Nome: E. M. A. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS EM CUMPRIMENTO DE SENTENÇAAUTOS N.º 0805890-


89.2020.8.14.0301

EXEQUENTE: ELOAH CAROLINA DA VERA CRUZ MIRANDA.REPRESENTANTE LEGAL: BRENDA


CARTOLINA DA VERA CRUZ MIRANDA, telefone: (91) 9.9618-7215, domiciliada e residente na Rua
Ranário, s/n, referência: próximo ao final da linha do Tapanã, Residencial Viver Primavera, bloco 05,
apartamento 103, Bairro: Tapanã, CEP: 66.825-440, Belém-Pa.

EXECUTADO: ÉDIPO MIRANDA ALVES, telefone: (91) 9.8853-7390, com domicilio profissional na
empresa BUGIO AGROPECUÁRIA LTDA., localizada na Rodovia SC 283, Km 08, s/n, interior, CEP:
89.801-971, Chapecó/SC.

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Intime-se o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito que compreende até as 3 (três)
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo, provar
que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;

Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);

Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);

Transcorrido o interregno, cls.


Cópia desta decisão servirá como mandado.
Int. Cumpra-se.

Belém/PA, 26 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA


Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.
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Número do processo: 0841173-42.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: C. D. S. D. L. S.


Participação: REQUERENTE Nome: R. T. D. L. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL

Vistos etc.,

Tratam-se os presentes autos de DIVÓRCIO CONSENSUAL, movido conjuntamente por CHRISLEY


DO SOCORRO SIQUEIRA DE LIMA e RIVANILDO TEIXEIRA DE LIMA, ambos devidamente
qualificados na inicial.

As partes contraíram matrimônio em 14 de junho de 2017, sob o regime de comunhão parcial de


bens, consoante certidão de casamento anexa. Não obstante o empenho de ambos pela
manutenção do enlace matrimonial, não foi possível a continuação do relacionamento, estando
separados de fato atualmente, sem possibilidades de reconciliação.

Tiveram 3 (três) filhos: Laura Siqueira de Lima, nascida na data de 19 de março de 2008; Ivo Siqueira de
Lima, 28 de março de 2013, e; Lis Siqueira de Lima, nascida na data de 11 de janeiro de 2016.

Não adquiriram bens durante o casamento.

A guarda dos filhos menores será exercida da forma compartilhada, com domicílio de referência o da
genitora, sendo as visitações exercidas de forma livre pelo genitor.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Dispuseram que o genitor pagará pensão alimentícia aos filhos no valor correspondente a 45% (quarenta e
cinco por cento) do valor do salário mínimo vigente, sendo 15% (quinze por cento) a cada filho, a serem
depositados na conta corrente bancária de titularidade da genitora da menor.

Dispensam o pagamento de pensão alimentícia entre si.

A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira. O Divorciando não alterou seu nome quando do
casamento.

Os autos foram encaminhados ao RMP que, em parecer doc.num.30561129 opinou pela decretação do
divórcio do casal e pela homologação do acordo por sentença.

É o relatório. Decido.

Preliminarmente, defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam
ressalvadas as disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC.

A Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser dissolvido
pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que dispõe: “A
sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”

Considerando o atual estágio de constitucionalização do direito privado, em especial, o direito de


família, o princípio da Dignidade da Pessoa Humana faz surgir o direito de não permanecer casado.

Trata-se, segundo Cristiano Chaves de Farias (Redesenhando os Contornos da Dissolução do


Casamento, Ed. Del Rey, 2004), de um direito potestativo extintivo, que deriva do direito de se
casar, de constituir família. Conforme explica Luiz Edson Fachin, in Direito de Família: Elementos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Críticos à Luz do Novo Código Civil Brasileiro. Renovar, 2003: a liberdade de casar convive com o
espelho invertido da mesma liberdade, a de não permanecer casado.

Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.

ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de RIVALDO TEIXEIRA DE LIMA e CHRISLEY DO SOCORRO SIQUEIRA DE
LIMA, e HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art. 487, inciso III,
alínea “b”, c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código de Processo
Civil, e, por consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do art. 487,
inciso I, do CPC.

A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira: CHRISLEY DO SOCORRO DA LUZ SIQUEIRA.

Cópia desta decisão servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO, advertindo o respectivo Cartório de
registro civil competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária
independentemente de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça
gratuita.

Custas pelos requerentes. Porém, face a gratuidade da justiça deferida ao autor e que defiro também à
requerida, é devida a suspensão da exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das
custas processuais, conforme previsão do art. 98, § 3º, do CPC. Sem honorários advocatícios eis que se
trata de divórcio consensual.

ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.

Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Belém-PA, 17 de agosto de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0845362-68.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. F. F. D. C.


Participação: REQUERIDO Nome: D. F. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS

NÚMERO Nº 0845362-68.2018.8.14.0301

REQUERENTE: Nome: LUIZ FERNANDO FERREIRA DE CASTRO

REQUERIDA: VITORIA CAROLINE DA SILVA DE CASTRO, representada por sua genitora Sra. DEUZELI
FERREIRA DA SILVA, residente e domiciliada, à Passagem NS Vinte e Quatro (Conjunto Maguari) n° 10-
A, bairro Coqueiro, CEP 66823-091

Rh.

Compulsando os autos, observo que embora tenho sido designada audiência de conciliação, instrução e
julgamento (id. 15505135), a assentada deixou de ocorrer em virtude da Pandemia de COVID-19 (certidão
id. 17305940).

Tendo vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), consequência
da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) que assola o planeta; considerando que o art. 188, do CPC
dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a
finalidade essencial”; considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo em vista que
o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o prosseguimento do feito
observando o seguinte rito:

Intime-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação
da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações do
autor constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente com
o mandado de intimação, cópia da inicial.

Havendo juntada de peça de defesa, o demandante deverá ser intimado para apresentar réplica.

Cópia do presente servirá como mandado. Cumpra-se.

Belém, 21 de maio de 2020.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0865875-23.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: R. M. E. S.


Participação: ADVOGADO Nome: JOLBE ANDRES PIRES MENDES OAB: 23207/PA Participação:
EXECUTADO Nome: L. N. S. D. C.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

R.H.

Cumpra-se o terceiro parágrafo do despacho id. 16720708 - Pág. 1.

Belém, 06 de outubro de 2020.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara Família

Número do processo: 0827886-46.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: G. M. A. Participação:


ADVOGADO Nome: RAFAELA CRISTINA BERGH PEREIRA OAB: 011809/PA Participação: ADVOGADO
Nome: RAFAELA DA SILVA OLIVEIRA OAB: 28148/PA Participação: ADVOGADO Nome: INGRID DE
LIMA RABELO MENDES OAB: 17214/PA Participação: REQUERIDO Nome: Z. V. M. Participação:
FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS

AUTOS N.º 0827886-46.2020.8.14.0301

AUTORA: ANA KAROLINA AMARAL MOREIRA

Representante legal: GERALDA MIRANDA AMARAL

ENDEREÇO: Rua Barbosa L. Sobrinho II, Residencial Rômulo Mayorana, casa n° 22, Bairro: Tapanã,
CEP: 66.800- 000, Belém/PA.

REU: ZAQUEU VIEIRA MOREIRA

Endereço comercial: empresa, Moreira Refrigeração Automotiva, CNPJ: 30.882.595/0001-17, Com Razão
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social: ZM Comercio De Pecas E Acessórios Novos E Usados Para Veículos, E Serviços De Instalação,
Manutenção. E Reparação De Acessórios Para Veículos Eireli localizada à Q Folha 21, Quadra 09, Lote
20, S/N. Bairro: Nova Marabá. Marabá/PA. CEP 68505 -210 Telefone de contato: (94) 98124-8922.

DESPACHO -MANDADO

R.H.

Considerando a publicação da Portaria Conjunta n.º 1/2021-GP/VP/CGJ, de 15 de março de 2021, que


determinou a suspensão do expediente presencial e dos prazos processuais no Poder Judiciário Estadual
em razão do agravamento da pandemia do coronavírus (COVID 19);

Considerando a PORTARIA Nº 1400/2021-GP, DE 8 DE ABRIL DE 2021, TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA -


Edição nº 7117/2021 - Sexta-feira, 9 de Abril de 2021, abaixo transcrita:

“(...)

Art. 1º Prorrogar, no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, em parte, os termos da Portaria nº
1003/2021-GP, de 03 de março de 2021, que atualiza o Anexo I da Portaria Conjunta nº 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020, a qual regulamenta procedimentos e institui protocolos, no
âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e disciplina a retomada gradual dos serviços de forma
presencial, observadas as ações necessárias para a prevenção de contágio pelo novo coronavírus
(COVID-19), e dá outras providências.

Parágrafo único. A prorrogação de que trata este artigo aplica-se às unidades administrativas e judiciárias
em bandeiramento vermelho, exceto aquelas cujos municípios tiveram a decretação de lockdown, que
possuem suspensão de atividades regulada em ato próprio.

Art. 2º Permanece suspenso, em caráter excepcional, o atendimento ao público externo, realizado de


forma presencial, nas unidades administrativas e judiciárias enquanto perdurar o bandeiramento vermelho
nas respectivas Comarcas, em virtude da previsão de elevação do risco epidemiológico para o novo
coronavírus (COVID-19).

Art. 3º Continuam suspensos, em caráter excepcional, os prazos processuais dos processos,


administrativos e jurisdicionais, de 1º e 2º graus, que tramitem em meio físico, enquanto perdurar o
bandeiramento vermelho nas respectivas Comarcas.

(...)”

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma
determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de
outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da celeridade e economia
processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o
prosseguimento do feito com essas modificações:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


1354
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.

Belém, 14 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Famílias da Capital

Número do processo: 0809161-72.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: S. C. D. S. L. D.


C. Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA DE ALMEIDA SILVA OAB: 26049/PA Participação:
ADVOGADO Nome: Katia Almeida registrado(a) civilmente como KATIA CILENA OLIVEIRA DE ALMEIDA
OAB: 12094/PA Participação: REQUERIDO Nome: J. C. L. D. C.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

DIVÓRCIO LITIGIOSO

AUTOS 0809161-72.2021.8.14.0301

REQUERENTE: SUYANNE CRISTINA DOS SANTOS LOPES DA CUNHA, residente e domiciliada na


Trav. Timbó Vila L, nº 81, Bairro: Marco, CEP: 66.085-341 – Belém/PA.

REQUERIDO: JOSÉ CLÁUDIO LOPES DA CUNHA, residente e domiciliado na Rod. Mario Covas, nº
4901, Resid. Adelia Hachen, Bloco nº 13, APT nº 202, Bairro: Coqueiro, CEP: 66670-000, Belém/PA.

DECISÃO-MANDADO

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Cite-se o requerido, intimando-o para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de
revelia (art.344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
1355
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 25 de maio de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0824206-19.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. B. G.


Participação: ADVOGADO Nome: RAPHAELA JACOB RUFINO OAB: 018429/PA Participação:
REQUERENTE Nome: E. P. G. Participação: ADVOGADO Nome: RAPHAELA JACOB RUFINO OAB:
018429/PA Participação: REQUERENTE Nome: I. P. G. Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO
DE ASSIS SANTOS GONCALVES OAB: 4378/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL

Vistos etc.,

Tratam-se os presentes autos de DIVÓRCIO CONSENSUAL, com termo de acordo e pedido de


homologação de acordo por sentença movido conjuntamente por MÁRCIO BASTOS GUERRA e
EDILENA PINHEIRO GUERRA, ambos devidamente qualificados na inicial.

As partes contraíram matrimônio em 9 de setembro de 2006, sob o regime de comunhão parcial de


bens, consoante certidão de casamento anexa. Não obstante o empenho de ambos pela
manutenção do enlace matrimonial, não foi possível a continuação do relacionamento, estando
separados de fato atualmente, sem possibilidades de reconciliação.

Tiveram 2 (dois) filhos: Ian Pinheiro Guerra, nascido na data de 21/02/2002 e Iza Pinheiro Geurra,
nascido na data de 30/11/2007, menor em idade.
1356
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A guarda e responsabilidade será exercida na forma compartilhada, tendo como domicílio de referência a
residência materna. O direito de convivência do genitor com o menor será exercido da forma livre.

O genitor pagará pensão alimentícia ao filho menor no valor de 10% (dez por cento) dos seus vencimentos
e vantagens, excluídos os descontos obrigatórios, mediante depósito em conta bancária de titularidade da
genitora. Consignaram que o genitor arcará com o plano de saúde e as despesas escolares de sua filha,
incluindo matrícula, mensalidade e material.

Não adquiriram bens durante a relação conjugal.

A Divorcianda manterá seu nome de casado. O Divorciando não alterou seu nome quando do casamento.

Os autos foram remetidos ao RMP que em parecer de num.30848988opinou pela decretação do divórcio
do casal e pela homologação dos termos do acordo por sentença.

É o relatório. Decido.

A Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser dissolvido
pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que dispõe: “A
sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”

Considerando o atual estágio de constitucionalização do direito privado, em especial, o direito de


família, o princípio da Dignidade da Pessoa Humana faz surgir o direito de não permanecer casado.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Trata-se, segundo Cristiano Chaves de Farias (Redesenhando os Contornos da Dissolução do


Casamento, Ed. Del Rey, 2004), de um direito potestativo extintivo, que deriva do direito de se
casar, de constituir família. Conforme explica Luiz Edson Fachin, in Direito de Família: Elementos
Críticos à Luz do Novo Código Civil Brasileiro. Renovar, 2003: a liberdade de casar convive com o
espelho invertido da mesma liberdade, a de não permanecer casado.

Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.

ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de MÁRCIO BASTOS GUERRA e EDILENA PINHEIRO GUERRA, e
HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art. 487, inciso III, alínea “b”,
c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código de Processo Civil, e, por
consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do art. 487, inciso I, do CPC.

Cópia desta decisão servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO, advertindo o respectivo Cartório de
registro civil competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária
independentemente de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça
gratuita deferida.

Custas pelos requerentes. Porém, face a gratuidade da justiça deferida, é devida a suspensão da
exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das custas processuais, conforme
previsão do art. 98, § 3º, do CPC. Sem honorários advocatícios eis que se trata de divórcio consensual.

ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.

Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Belém-Pa, 17 de agosto de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO


1358
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0099909-96.2015.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: E. V. C. D. S.


Participação: REPRESENTANTE Nome: S. D. S. C. Participação: EXECUTADO Nome: D. C. D. S.
Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

AUTOS N.º 0099909-96.2015.8.14.0301

EXEQUENTE: ESTEFANE VITÓRIA CORREIA DA SILVA.

REPRESENTANTE LEGAL: SAMARA DE SOUZA CORREIA, domiciliada e residente na Passagem


União, n.º 72, ao final da Miramar, bairro: Telégrafo, CEP: 66.115-160, Belém-PA.

RÉU: DAVI CONCEIÇÃO DA SILVA, domiciliado e residente na Travessa Guerra Passos, n.º 1133, entre
Mundurucus e Rua Deodoro de Mendonça, bairro: Guamá, CEP: 66.073-250, Belém/PA.

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA
E SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Intime-se o executado pessoalmente e por hora certa, para, em 3 (três) dias, pagar o débito que
compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no
curso do processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;

Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);

Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);

Transcorrido o interregno, cls.

Cópia desta decisão servirá como mandado.

Int. Cumpra-se.

Belém/PA, 30 de julho de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA

Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0845407-38.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: H. A. C. R.


Participação: ADVOGADO Nome: GILSON ANDRE SILVA DA COSTA OAB: 021166PA/PA Participação:
ADVOGADO Nome: FERNANDA DA COSTA SILVA OAB: 23416/PA Participação: ADVOGADO Nome:
NATALIA NAZARE LOPES LIMA OAB: 25259/PA Participação: ADVOGADO Nome: CARLA LORENA
NASCIMENTO DA SILVA OAB: 016998/PA Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO DE
FIGUEIREDO BRANDAO OAB: 018275/PA Participação: ADVOGADO Nome: ISABELLA CASANOVA DE
CARVALHO OAB: 23604/PA Participação: REQUERIDO Nome: G. C. G. R. Participação: FISCAL DA LEI
Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Vistos etc.,

Tratam-se os presentes autos de DIVÓRCIO LITIGIOSO convertido em CONSENSUAL, movido


conjuntamente por HUDSON ALBERTO CONCEIÇÃO REZENDE e GLEISSE CARDOSO GURJÃO
REZENDE, ambos devidamente qualificados na inicial.

As partes contraíram matrimônio em 19 de setembro de 2007, sob o regime de comunhão parcial de


bens, consoante certidão de casamento anexa. Não obstante o empenho de ambos pela
manutenção do enlace matrimonial, não foi possível a continuação do relacionamento, estando
separados de fato atualmente, sem possibilidades de reconciliação.

Tiveram uma filha: Heloyse Isabella Gurjão Rezende, nascido na data de 01/02/2008, atualmente com 13
(treze) anos de idade.

Na constância do casamento o casal adquiriu um bem: uma casa localizada na rua 7 de Setembro, quadra
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

3, n.º 7, Conjunto Parque Vitória, bairro: Coqueiro, CEP: 67.120-015, avaliada em R$ 140.000,00 (cento e
quarenta mil reais), a qual ficará com a acordante Gleisse Cardoso Gurjão Rezende.

A guarda da filha menor de idade será exercida da forma compartilhada, com domicílio de referência o da
genitora, sendo as visitações exercidas de forma livre pelo genitor.

Dispuseram que o genitor pagará pensão alimentícia à filha no valor correspondente a 15% (quinze por
cento) dos seus vencimentos e vencimentos, excluídos os descontos legais, descontados diretamente na
fonte e depositados em conta bancária de titularidade da genitora.

Dispensam o pagamento de pensão alimentícia entre si.

A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira. O Divorciando não alterou seu nome quando do
casamento.

Os autos foram encaminhados ao RMP que, em parecer doc.num.30940502 opinou pela decretação do
divórcio do casal e pela homologação do acordo por sentença.

É o relatório. Decido.

Preliminarmente, defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam
ressalvadas as disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC.

A Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser dissolvido
pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que dispõe: “A
sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Considerando o atual estágio de constitucionalização do direito privado, em especial, o direito de


família, o princípio da Dignidade da Pessoa Humana faz surgir o direito de não permanecer casado.

Trata-se, segundo Cristiano Chaves de Farias (Redesenhando os Contornos da Dissolução do


Casamento, Ed. Del Rey, 2004), de um direito potestativo extintivo, que deriva do direito de se
casar, de constituir família. Conforme explica Luiz Edson Fachin, in Direito de Família: Elementos
Críticos à Luz do Novo Código Civil Brasileiro. Renovar, 2003: a liberdade de casar convive com o
espelho invertido da mesma liberdade, a de não permanecer casado.

Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.

ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de HUDSON ALBERTO CONCEIÇÃO REZENZE e GLEISSE CARDOSO
GURJÃO REZENDE, e HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art.
487, inciso III, alínea “b”, c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código
de Processo Civil, e, por consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do
art. 487, inciso I, do CPC.

A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira: GLEISSE CARDOSO GURJÃO.

Cópia desta decisão servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO, advertindo o respectivo Cartório de
registro civil competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária
independentemente de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça
gratuita.

Custas pelos requerentes. Porém, face a gratuidade da justiça deferida ao autor e que defiro também à
requerida, é devida a suspensão da exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das
custas processuais, conforme previsão do art. 98, § 3º, do CPC. Sem honorários advocatícios eis que se
trata de divórcio consensual.

ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.

Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém-PA, 17 de agosto de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0842663-36.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: T. M. C. R. C. C. T. M. C.


Participação: ADVOGADO Nome: KATIA ELIANE DE LIMA FREITAS OAB: 25084/PA Participação: REU
Nome: A. D. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AUTORA: THIFFANY ADRIELY CAMPOS DIAS

REPRESENTANTE LEGAL: TATIANA MOURA CAMPOS

ENDEREÇO: conjunto Paraíso dos Pássaros, rua Canário do do Reino, quadra; 66, Nº 18B, Bairro: Val de
Cães, Belém-PA, CEP: 66.110-010

RÉU: ADRIANO DIAS

ENDEREÇO: conjunto PROVIDÊNCIA , Rua 10, quadra; 10, Nº 151, bairro: Val de Cães, Belém-PA, CEP:
66.110-010

ENDEREÇO LABORAL: Empresa Cidade Transportes LTDA, Av. Eduardo Ribeiro nº 520 no Bairro Centro
- Manaus/AM

DESPACHO-MANDADO

R.H.

Intime-se o requerido, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida mais as que se vencerem no curso
do processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.

Caso a parte executada, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não
apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento
judicial (art. 528, §1º do CPC).

Se a parte executada não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar
protestar o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528,
§3º do CPC).

Verificada a suspeita fundada de ocultação, deve o Sr. oficial de justiça proceder à citação por hora certa,
detalhando-se as diligências correspondentes (anúncio dos locais, dias e horários de cumprimento, bem
como com quem falou acerca da diligência).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ressalte-se que, após identificado o oficial de justiça, o porteiro, síndico, empregado ou familiar tem o
dever de prestar todas as informações que lhe forem solicitadas.

Tentar retardar ou obstar a entrada do oficial de justiça portador de ordem judicial, negando-lhe
informações, prestando informações falsas, ou mediante exigência de informações sigilosas como
condicionante para ingresso, ou condicionando o ingresso do oficial a determinados dias ou horários, ou à
autorização de morador, são condutas que podem configurar os crimes previstos nos artigos 330 e 331 do
Código Penal.

OFICIE-SE à fonte pagadora informada para que proceda ao desconto dos alimentos fixados, bem como
informe sobre os vencimentos e vantagens recebidos pelo réu.

Servirá o presente como mandado

P.R.I.C. Cumpra-se.

Belém, 27 de janeiro de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito, Titular da 3ª Vara da Família da Capital.

Número do processo: 0838918-48.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: M. F. B. C. Participação:


REPRESENTANTE Nome: I. K. D. S. B. Participação: REQUERIDO Nome: J. I. S. C. Participação:
FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE ALIMENTOS C/C PEDIDO ALIMENTOS PROVISÓRIOS

AUTOS N.º 0838918-48.2020.8.14.0301

AUTORA: MARIA FLOR BRITO CORREA.

REPRESENTANTE LEGAL: IEDA KAROLINE DA SILVA BRITO, telefone: (91) 9.8533-5072, e-mail:
iedacarolinebrito@gmail.com, domiciliada e residente na Rua Olavo Nunes, n.52, Bairro: Benguí, CEP:
66.633-260, Belém/Pa.

RÉU: JOSÉ IVALDO SOUSA CORREA, domiciliado e residente na Rua Otávio Correa, n.º 592, CEP:
65.295-000, Município de Carutapera/Maranhão.

DECISÃO-MANDADO

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando os princípios da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:

Cite-se o requerido, por carta precatória à Comarca de Carutapera/MA para apresentar contestação no
prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia,
presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as
hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente com o mandado de citação, cópia da exordial;

Havendo juntada de peça de defesa, intime-se a autora para apresentar réplica;

Se ao cumprir a diligência de citação, o Oficial de Justiça certificar que o requerido não reside no endereço
constante na exordial, a Secretaria da Vara fica, desde já, autorizada a expedir ofício ao TRE, Equatorial e
COSANPA, de modo que este Juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço atual da
parte adversa em seus respectivos cadastros (art. 256, §3º do CPC);

Cópia do presente servirá como mandado. Cumpra-se.

Belém-PA, 14 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0501627-29.2016.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: S. A. M. P.


Participação: REPRESENTANTE Nome: C. D. S. M. Participação: EXECUTADO Nome: A. P. P.
Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

AUTOS N.º 0501627-29.2016.8.14.0301

EXEQUENTE: SOFIA ANDREZA MARQUES PINHEIRO.

REPRESENTANTE LEGAL: CARLA DA SILVA MARQUES, domiciliada e residente na Travessa 29 de


Outubro, n. 47, bairro: Tapanã, CEP: 66.833-326, Belém-PA.

RÉU: ADRIELIO PALHETA PINHEIRO, domiciliado e residente na Rua Santa Odília, Passagem Parque
Bom Futuro, n. 166, bairro: Atalaia, CEP: 67.010-440, Ananindeua/PA.

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA
E SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Intime-se o executado pessoalmente e por hora certa, para, em 3 (três) dias, pagar o débito que
compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no
curso do processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;

Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);

Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);

Transcorrido o interregno, cls.

Cópia desta decisão servirá como mandado.

Int. Cumpra-se.

Belém/PA, 30 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA

Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0830755-45.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: D. M. D. L.


Participação: ADVOGADO Nome: THAIS DA CRUZ ALMEIDA OAB: 440192/SP Participação:
REQUERENTE Nome: D. M. N. O. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL

Vistos etc.,

Tratam-se os presentes autos de DIVÓRCIO CONSENSUAL, com termo de acordo e pedido de


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

homologação de acordo por sentença movido conjuntamente por DIEGO MELO DA LUZ e DÉBORA
MERIANY NASCIMENTO DA LUZ, ambos devidamente qualificados na inicial.

As partes contraíram matrimônio em 15 de junho de 2016, sob o regime da comunhão parcial de


bens, consoante certidão de casamento anexa. Não obstante o empenho de ambos pela
manutenção do enlace matrimonial, não foi possível a continuação do relacionamento, estando
separados de fato atualmente, sem possibilidades de reconciliação.

Não tiveram filhos.

Não adquiriram bens durante o casamento.

Dispensam o pagamento de pensão alimentícia entre si.

A Divorcianda pretende voltar a usar seu nome de solteira. O Divorciando não alterou seu nome quando
do casamento.

É o relatório. Decido.

Preliminarmente, defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam
ressalvadas as disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC.

No mérito, a Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser
dissolvido pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que
dispõe: “A sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Considerando o atual estágio de constitucionalização do direito privado, em especial, o direito de


família, o princípio da Dignidade da Pessoa Humana faz surgir o direito de não permanecer casado.

Trata-se, segundo Cristiano Chaves de Farias (Redesenhando os Contornos da Dissolução do


Casamento, Ed. Del Rey, 2004), de um direito potestativo extintivo, que deriva do direito de se
casar, de constituir família. Conforme explica Luiz Edson Fachin, in Direito de Família: Elementos
Críticos à Luz do Novo Código Civil Brasileiro. Renovar, 2003: a liberdade de casar convive com o
espelho invertido da mesma liberdade, a de não permanecer casado.

Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.

ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de DIOGO MELO DA LUZ e DÉBORA MERIANY NASCIMENTO DA LUZ, e
HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art. 487, inciso III, alínea “b”,
c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código de Processo Civil, e, por
consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do art. 487, inciso I, do CPC.

A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira: DÉBORA MERIANY NASCIMENTO DE OLIVEIRA.

Expeça-se mandado de averbação ao Cartório competente, conforme documento, junto com cópia da
inicial, desta decisão e da certidão de casamento, advertindo o respectivo Cartório de registro civil
competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária independentemente
de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça gratuita.

Custas pelos requerentes. Porém, face a gratuidade da justiça deferida, é devida a suspensão da
exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das custas processuais, conforme
previsão do art. 98, § 3º, do CPC. Sem honorários advocatícios eis que se trata de divórcio consensual.

ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.

Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Belém-Pa, 17 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0849225-95.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: B. C. B. V.


Participação: ADVOGADO Nome: GISLAINE SALES DO NASCIMENTO OAB: 24799/PA Participação:
ADVOGADO Nome: RAFAEL AIRES DA SILVA COSTA OAB: 25751/PA Participação: REQUERIDO
Nome: M. V. V. M. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P. Participação: FISCAL DA LEI
Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

REVISIONAL DE ALIMENTOS

Processo n° 0849225-95.2019.8.14.0301

AUTORES: MIGUEL VIANA MACHADO E VINÍCIOS VIANA MACHADO REPRESENTANTE LEGAL:


BRUNA CRISTINA BELEZA VIANA

RÉU: MÁRCIO VINÍCIOS VELASCO ENDEREÇO: Rua são João, n°214- Altos, Bairro: São João.
Belém/PA Contato: (91)98131-4207. ENDEREÇO LABORAL: ATACADÃO BR, RODOVIA BR 316, KM 9,
ÁREA 1 – CENTRO-ANANINDEUA/PA. CEP: 67.030-007

Rh.

Compulsando os autos, observo que embora tenho sido designada audiência de conciliação, instrução e
julgamento (id. 14909102), a assentada deixou de ocorrer em virtude da Pandemia de COVID-19 (certidão
id. 17429608).

Tendo em vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
consequência da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) que assola o planeta; considerando que o art.
188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
preencham a finalidade essencial”; considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo
em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o prosseguimento do
feito observando o seguinte rito:

Intime-se o requerido para que querendo apresente contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não
apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as
alegações dos autores constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se,
1369
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

juntamente com o mandado de intimação, cópia da inicial.

Havendo juntada de peça de defesa, a parte autora deverá ser intimada para apresentar réplica.

Oficie-se à fonte pagadora conforme determinado em decisão id. 14909102.

Cópia do presente servirá como mandado. Cumpra-se.

Belém, 29 de maio de 2020.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família

Número do processo: 0809007-25.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. S. D. C.


Participação: ADVOGADO Nome: AGATHA LORRANE MACHADO E SILVA OAB: 29250/PA Participação:
ADVOGADO Nome: CAROLINA DO SOCORRO RODRIGUES ALVES OAB: 23620/PA Participação:
ADVOGADO Nome: CLAYTON DAWSON DE MELO FERREIRA OAB: 014840/PA Participação:
REQUERIDO Nome: A. R. D. C. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P. Participação:
AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Rh.

Após consulta ao Sistema Libra, observo que segue em tramitação a Ação de Execução de Alimentos,
Proc. nº 00253599120088140301, junto à 5ª Vara de Família de Belém, proposta pelo requerido em face
do ora requerente.

Considerando que nos autos da presente Ação de Exoneração de Alimentos o requerente vem atuando
regularmente, ao passo que o demandado, até o momento, não foi localizado e, atentando-se à
necessidade de salvaguarda do devido processo legal e da ampla defesa, determino a expedição de ofício
à 5ª Vara de Família de Belém para que em cinco dias informe sobre o último endereço do ora demandado
constante nos autos da ação de execução de alimentos supramencionada.

Com a resposta nos autos, cls.

Belém, 09 de setembro de 2020.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família


1370
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0857007-22.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. R. L. T.


Participação: ADVOGADO Nome: JOSE PACHECO CONDURU NETO OAB: 22616/PA Participação:
REQUERIDO Nome: R. T. L. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

AUTOS N.º 0857007-22.2020.8.14.0301

AUTORA: ALICE RAFAELA LIMA TADAIESKY

REPRESENTANTE LEGAL: LARINA GABRIELA LIMA DOS REIS FEITOSA, e-mail:


larina.reis@gmail.com, domiciliada e residente na Avenida Augusto Montenegro, n.º 200, Residencial
Verano, Torre 5, apartamento 202, Bairro: Coqueiro, CEP: 66.823-010, Belém-PA.

RÉU: RAPHAEL TADAIESKY LIMA, e-mail: rtadaiesky@gmail.com, domiciliado e residente no Conjunto


Panorama XXI, quadra 15, n.º 9, casa B, Bairro: Mangueirão, CEP: 66.640-075, Belém-PA.

DECISÃO-MANDADO

RH

Tendo em vista expedição da Portaria n.º 1003/2021-GP, de 3 de março de 2021, c/c a Portaria n.º
1400/2021-GP, de 8 de abril de 2021, da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, que
determinaram a suspensão do expediente externo do Poder Judiciário Estadual, consequência do
agravamento da pandemia do novo Coronavírus (COVID 19), que assola o planeta;

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando os princípios da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:

Cite-se o requerido para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação da
contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte
autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente
com o mandado de citação, cópia da exordial;

Havendo juntada de peça de defesa, intime-se a autora para apresentar réplica;

Se ao cumprir a diligência de citação, o Oficial de Justiça certificar que o requerido não reside no endereço
constante na exordial, a Secretaria da Vara fica, desde já, autorizada a expedir ofício ao TRE, Equatorial e
CoOSANPA, de modo que este Juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço atual
da parte adversa em seus respectivos cadastros (art. 256, §3º do CPC);
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Cópia do presente servirá como mandado. Cumpra-se.

Belém-PA, 7 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0810687-11.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: I. M. D. M. F.


Participação: ADVOGADO Nome: ÁLVARO COELHO registrado(a) civilmente como ALVARO JOSE
PICANCO COELHO OAB: 5544/PA Participação: REQUERIDO Nome: A. C. A. M. Participação: FISCAL
DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA


Autos n° 0810687-11-.2020.8.14.0301
AUTOR: ITAMAR MALIUK DA MOTTA FREITAS, domiciliado e residente na Rua Toneleiro, n. 09,
Conjunto Marex, Bairro: Val-de-Cãns, CEP: 66.617-450, Belém/Pa.
RÉU: ANA CAROLINA ARAÚJO MALIUK, domiciliada e residente na Rua Recanto Geraldo Pinheiro, n. 27
FDS, Vila Amélia, Nova Friburgo, CEP: 28.625-540, Belém-Pa.

DECISÃO-MANDADO

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Cite-se a requerida, pessoalmente por carta precatória, intimando-a para que, no prazo de 15 (quinze)
dias, conteste a ação. Sob pena de revelia (art.344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 22 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO


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Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0867865-83.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: F. F. D. S. R.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: LIDIANE CRISTINA FARIAS DOS SANTOS OAB:
null Participação: REQUERIDO Nome: F. D. S. R. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.
Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS

AUTOS N.º 0867865-83.2018.8.14.0301

AUTOR: FABIANO FARIAS DOS SANTOS RODRIGUES

REPRESENTANTE LEGAL: LIDIANE CRISTINA FARIAS DOS SANTOS, telefone: (91) 9.8922-9553,
domiciliada e residente na Avenida Fernando Guilhon, n.º 1.924, entre Travessa Quintino Bocaiúva e
Avenida Generalíssimo Deodoro, Bairro: Batista Campos, CEP: 66.033-454, Belém/Pa.

RÉU: FÁBIO DA SILVA RODRIGUES, telefone: (91) 9.8288-5624, domiciliado e residente no Condomínio
Viver Melhor, Quadra 12, Lote 45, apartamento 402, CEP: 67.200-000, Marituba/PA.

DECISÃO-MANDADO

Compulsando os autos, verifico que a defesa peticionou informando que tem interesse no prosseguimento
do feito (ID n.º 22973635), não obstante certidão da Serventia do Juízo informando que a parte não se
manifestou (ID n.º 28205221);

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Cite-se o requerido, intimando-o para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de
revelia (art.344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém-PA, 28 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0852354-11.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: K. S. A. C.


Participação: REQUERIDO Nome: R. M. D. B.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

AUTOS N.º 0852354-11.2019.8.14.0301

AUTORES: KEYTHY STEPHANIE ARRUDA CORRÊA, por si e representando RICHARD GABRIEL


CORRÊA DE BRITO, domiciliados e residentes na Passagem Mucajás, n.º 199, Bairro: Guamá, CEP
66.065-203, Belém-PA.

RÉU: RAFAEL MARTINS DE BRITO, domiciliado e residente na Passagem Rui Barbosa, n.º 480, casa 02,
Bairro: Guamá, CEP: 66.075-737, Belém-Pa.

DESPACHO-MANDADO

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;

No que diz respeito à execução forçada relativa aos meses de MAIO, JUNHO E JULHO DE 2020,
correspondentes aos débitos atuais, totalizando o valor de R$ 791,59 (setecentos e noventa e um reais e
cinquenta e nove centavos), intime-se o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, efetuar o
pagamento da dívida mais as que se vencerem no curso do processo, provar que o fez ou justificar a
impossibilidade de efetuá-lo;

Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);

Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);

No que diz respeito à execução da dívida alimentar correspondente aos meses de DEZEMBRO DE
2019 A ABRIL DE 2020, correspondem aos débitos pretéritos, os quais totalizam o valor de R$ 1.310,49
(hum mil, trezentos e dez reais e quarenta e nove centavos), intime-se o executado para pagar o débito,
no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver;

Não ocorrendo pagamento voluntário no interregno supra, o débito será acrescido de multa de dez por
cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento (art. 523, §1º do CPC);
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Advirta-se ao executado que uma vez efetuado o pagamento parcial no prazo previsto acima, a multa e os
honorários previstos no item 3 incidirão sobre o restante (art. 523, §2º do CPC);

Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, expeça-se desde logo, mandado de penhora e
avaliação, seguindo-se os atos de expropriação (art. 523, §3º do CPC);

Certificado o trânsito em julgado da decisão e transcorrido o prazo do art. 523, mediante o recolhimento
das respectivas taxas, se for o caso, a parte exequente poderá requerer diretamente à serventia a
expedição de certidão, nos termos do art. 517 do CPC, que servirá também para os fins previstos no art.
782, §3º, do mesmo Codex;

Havendo impugnação por parte do devedor na forma do art. 525 do CPC, retornem os autos conclusos
para apreciação da peça de irresignação;

Cópia desta decisão servirá como mandado, devendo o Sr. oficial de justiça atentar ao disposto no
art. 252 e seguintes do CPC, atentando-se a Sra. Diretora de Secretaria às disposições 254 do CPC;

P.R.I. Cumpra-se.

Belém/PA, 12 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA

Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0833595-96.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: F. G. D. C. G.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: GILMARA GOMES DE CARVALHO OAB: null
Participação: REQUERENTE Nome: R. G. D. C. G. Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome:
GILMARA GOMES DE CARVALHO OAB: null Participação: REQUERENTE Nome: P. C. G. D. C. G.
Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: GILMARA GOMES DE CARVALHO OAB: null
Participação: REQUERIDO Nome: D. M. G. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.
Participação: REPRESENTANTE Nome: G. G. D. C.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Defiro o pedido da parte autora, ID n. 23676248; oficie-se o Comando Geral do Corpo de Bombeiros do
Pará para que informe o endereço do requerido DORIVALDO MARTINS GONÇALVES, prazo de 15
(quinze) dias;
Cumpra-se;

Belém/PA, 28 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA


Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0873381-16.2020.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: D. M. D. C.


Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO VICTOR BARREIROS PINTO OAB: 14817/PA Participação:
EXECUTADO Nome: R. C. D. O. Participação: MENOR Nome: E. M. D. C. C. D. O.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

[Cumprimento de Sentença
Autos n. 0873381-16.2020.8.14.0301
Exequente: ENZO MARCONDES DELLA CASA COELHO DE OLIVEIRA, menor púbere assistido por sua
genitora DANIELA MARCONDES DELLA CASA.
Executado: REGINALDO COELHO DE OLIVEIRA, residente e domiciliado em lugar incerto e não sabido.

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Defiro o pedido da parte autora, ID n. 27329374; oficie-se ao TRE/PA, bem como as prestadoras de
serviço público EQUATORIAL e COSANPA para que informem o endereço atualizado do executado
constante do Cadastro Nacional de Eleitores. Endereço Constatado, intime-se o executado pessoalmente
para, em 3 (três) dias, pagar o débito que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao
ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo, provar que o fez ou justificar a
impossibilidade de efetuá-lo;

Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);
Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC).
Cópia desta decisão servirá como mandado. Int. Cumpra-se.
Belém/PA, 28 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA


Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capita

Número do processo: 0842189-36.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. S. M.


Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANO FARIAS MACEDO OAB: 21462/PA Participação:
ADVOGADO Nome: WEIZZI ALBUQUERQUE GOUVEA OAB: 22398/PA Participação: REQUERIDO
Nome: R. A. M. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS


AUTOS N.º 0842189-36.2018.8.140301
AUTOR: ALEXANDRE SANTIAGO MORAES, domiciliado e residente na Avenida Pedro Alvares Cabral, n.
1376
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

71, altos, Bairro: Souza, CEP: 66.613-150, Belém/Pa.


RÉU: RÔMULO ARAÚJO MORAES, domiciliado e residente na Rua Emílio Moreira, n. 74, Bairro: Centro,
CEP: 69.020-245, cidade de Manaus/AM.

R.H.

Considerando as medidas de enfrentamento, em especial o isolamento social, recomendado pela


Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate à pandemia do coronavirus (COVID-19) que assola o
planeta;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma
determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de
outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da celeridade e economia
processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o
prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:

Cite-se o requerido para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação da
contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte
autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente
com o mandado de citação, cópia da exordial.

Havendo juntada de peça de defesa, intimem-se a parte autora, por sua representante legal para
apresentar réplica.

Se ao cumprir a diligência de citação, o Oficial de Justiça certificar que o requerido não reside no endereço
constante na exordial, a Secretaria da Vara fica, desde já, autorizada a expedir ofício ao TRE, Celpa e
Cosanpa, de modo que este juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço atual da
parte adversa em seus respectivos cadastros (art. 256, §3º do CPC);

Cópia do presente servirá como mandado. Cumpra-se.

Belém, 2 de junho de 2020.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0858058-68.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. L. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: UIRA SILVA registrado(a) civilmente como UIRA SILVA OAB: 21923/PA
Participação: REQUERENTE Nome: L. L. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: UIRA SILVA
registrado(a) civilmente como UIRA SILVA OAB: 21923/PA Participação: REPRESENTANTE Nome: A. L.
D. S. Participação: ADVOGADO Nome: UIRA SILVA registrado(a) civilmente como UIRA SILVA OAB:
21923/PA Participação: REQUERIDO Nome: I. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Numero: 0858058-68.2020.8.14.0301

REQUERENTES: LEONARDO LOURINHO DE SOUZA e LUAN LOURINHO DE SOUZA, menor púbere,


neste ato assistido por sua genitora a senhora; ALESSANDRA DA COSTA LOURINHO residentes e
domiciliados no Conj. Jardim Sevilha, 6650, apt. 204, B 25ª, Parque Verde cep: 66635-210 Belém- Pa.

REQUERIDO: IVANHOÉ DE SOUZA, residente e domiciliado na Rua Terceira Rural, n° 11, bairro Distrito
Industrial, CEP: 67035-580, Ananindeua-PA.

DESPACHO-MANDADO

R.H.

Considerando as medidas de enfrentamento, em especial o isolamento social, recomendado pela


Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate à pandemia do coronavirus (COVID-19), máxime face
à identificação de nova variante do vírus que tem maior transmissibilidade, podendo torná-lo mais
contagioso;

Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:

Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora, para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

Havendo possibilidade de celebração de acordo, devem as partes juntar aos autos a avença realizada.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

P.R.I.C. e Cumpra-se.

Belém, 29 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito, Titular da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0872138-37.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. B. F. E. S.


1378
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Participação: REQUERIDO Nome: M. F. E. S.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO c/c GUARDA E ALIMENTOS

AUTORA: MIRIAN BENTO FIGUEIREDO E SILVA

Celular: (91) 98592-7842

ENDEREÇO: no Conjunto Xingu, Quadra 22, nº 140, Bairro: Coqueiro, CEP: 66650-487,

RÉU: MAYCON FARIAS E SILVA

Telefone (41) 99716-1702

ENDEREÇO: Rua Artur, nº 37, Bairro: CEP: 83709-835, na cidade de Araucária/PR.

DECISÃO-MANDADO

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Cite-se o requerido, por carta precatória, intimando-o para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a
ação. Sob pena de revelia (art.344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 11 de maio de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0879138-88.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: R. J. D. R. M.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Participação: ADVOGADO Nome: VANESSA GERALDINNE DA ROCHA RAIOL registrado(a) civilmente


como VANESSA GERALDINNE DA ROCHA RAIOL OAB: 11898/PA Participação: ADVOGADO Nome:
WELLINGTON SILVA DOS SANTOS registrado(a) civilmente como WELLINGTON SILVA DOS SANTOS
OAB: 24541/PA Participação: REU Nome: C. D. C. B. Participação: ADVOGADO Nome: ANA CRISTINA
CAMPOS E SILVA CALDERARO OAB: 007510/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

ATO ORDINATÓRIO

Amparada pelo Provimento 006/2006 da CRJMB:

- Intimo a parte autora para que, querendo, apresente réplica à contestação no prazo de 15 dias. O
referido é verdade e dou fé. Belém, 18 de agosto de 2021.

NATASHA COSTA FAVACHO

ANALISTA JUDICIÁRIA – UPJ DE FAMÍLIA DE BELÉM


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 4 VARA DE FAMÍLIA

Número do processo: 0875852-05.2020.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: J. S. A.


Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO PAULO SILVA MELO OAB: 76PA/PA Participação:
REQUERIDO Nome: J. M. B. Participação: ADVOGADO Nome: ANDREA GONCALVES DE SANTA
BRIGIDA OAB: 29800/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANGELICA DE NAZARE ALEIXO FIDELLIS
OAB: 29919/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0875852-05.2020.8.14.0301

R.H.

Intime-se a parte autora, para que no prazo de 15 (quinze) dias,informe se tem interesse no
prosseguimento do feito e caso positivo, no mesmo prazo manifeste-se sobre o documento id 31608422 e
contestação id 29374692 . Advertida que a omissão implicará arquivamento do feito.

Após conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0834048-28.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: MARIA DO


SOCORRO SILVA Participação: ADVOGADO Nome: JOLBE ANDRES PIRES MENDES OAB: 23207/PA
Participação: EXECUTADO Nome: WALDNER SERGIO GOMES LISBOA Participação: ADVOGADO
Nome: VALTER SILVA SANTOS OAB: 2815PA/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0834048-28.2018.8.14.0301

R.H.

Considerando o documento de id 31110068 . Intime-se a parte autora, para que no prazo de 15 (quinze)
dias,informe se tem interesse no prosseguimento do feito e caso positivo, no mesmo prazo manifeste-se
sobre o documentoid 31110063 . Advertida que a omissão implicará arquivamento do feito.

Após conclusos.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0061674-31.2013.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: P. V. F.


Participação: ADVOGADO Nome: JULIANA BORGES NUNES OAB: 26447/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ELVA MARIA SALES COELHO OAB: 17318/PA Participação: REQUERIDO Nome: I. L. F.
Participação: ADVOGADO Nome: GLEIDSON ALVES PANTOJA OAB: 017723/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Processo nº: 0061674-31.2013.8.14.0301
DECISÃO

O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três)
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo, a teor do
art. 528, § 7º, do CPC. Dessa feita, deve a parte esclarecer, no prazo de quinze (15) dias, o rito da
execução do débito alimentar escolhido e o valor deste, considerando que em petição de
id 28873324 manifestou-se pelo rito prisional, sendo que a execução iniciou-se pelo rito patrimonial, e a
planilha apresentada refere-se às parcelas que extrapolam tres pretações e a atualização das mesmas.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0839313-06.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: J. G. D. L. Participação:


ADVOGADO Nome: ANDRE LUIZ MORAES DA COSTA OAB: 015413/PA Participação: ADVOGADO
Nome: EVA TAMIRES FERREIRA FURTADO OAB: 26819/PA Participação: REU Nome: K. S. D. O.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Processo nº: 0839313-06.2021.8.14.0301
Decisão

R.h.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

À Secretaria para cumprimento da decisão id 29649162 no endereço informado em id 30289925

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0848572-93.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: J. Z. P.


Participação: ADVOGADO Nome: RAFAELA PAULO DE OLIVEIRA OAB: 011733/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ERIANE FERNANDES CORREA OAB: 28879/PA Participação: ADVOGADO Nome:
PAULO BOSCO MILEO GOMES VILAR OAB: 9348/PA Participação: ADVOGADO Nome: ROSE
CRISTINE QUEIROZ CHAVES OAB: 20905/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO MILEO
GOMES JUNIOR OAB: 20900/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO MILEO GOMES OAB:
1366/PA Participação: EXECUTADO Nome: J. P. J. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Processo nº: 0848572-93.2019.8.14.0301
Decisão

Trata-se de AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS proposta por JAMILLY ZANI PANCIERI, por
intermédio de advogado regularmente constituído, em face de JALDECY PANCIÉRI JUNIOR, pelos fatos e
fundamentos esposados na exordial de ID nº 12594572

A credora pretende executar os alimentos deferidos nos autos do Processo nº 0851657-


24.2018.8.14.0301, que deixaram de ser adimplidos pelo devedor no período de julho/2019 a
fevereiro/2020, perfazendo uma dívida alimentar atual no importe de R$-48.244,16 (quarenta e oito mil,
duzentos e quarenta e quatro reais e dezesseis centavos).

Apesar de regularmente intimado (ID nº 16169687 – Pág. 5), o executado quedou-se inerte (ID nº
17558302 – Pág. 1).

Em parecer id 30237527, o Ministério Público manifestou-se pela prisão do executado.

Brevemente relatados. Decido.

Considerando que a obrigação alimentar exequenda tem caráter emergencial, uma vez destinada à
subsistência da parte Exequente, e o Executado, apesar de regularmente intimado, não adimpliu com o
débito alimentar. Vislumbra-se que este possui conhecimento de sua obrigação e não a cumpre
voluntariamente, demonstrando dessa forma que não tem interesse em resolver a lide, apenas se
limitando em apresentar propostas de acordo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Pois bem, reza o art. 227 da Constituição Federal que é dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, dentre outros direitos, o direito à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura e à dignidade. Logo, quando o
Requerido não cumpre com a sua obrigação alimentar está indo frontalmente contra a disposição
constitucional, eis que está negando o exercício de tais direitos de sua filha menor. Assim, é cabível a
imediata decretação da sua prisão, como preconiza o § 3º do art. 528 do Código de Ritos.

A decretação de prisão civil ao devedor de alimentos é o meio coercitivo permitido pela Constituição
Federal, consoante o art. 5º, inciso LXVII. Com efeito, a prisão civil por falta de pagamento dos alimentos
não é sanção penal nem tem condão punitivo; possui caráter intimidativo, coercitivo, com o objetivo de
compelir o devedor dos alimentos ao cumprimento de determinação judicial ou de acordo realizado,
reprimindo a inadimplência a fim de assegurar a sobrevivência do alimentado

A pandemia decorrente da Covid-19 levou os governos a adotarem uma série de medidas de isolamento
social para tentar conter a transmissão da doença. Uma das preocupações era com a transmissão da
doença entre as pessoas presas. Como as unidades prisionais são superlotadas, o receio era o de que,
estando um dos presos infectado, ele transmitisse a doença para todos os demais de sua cela ou ala.

O CNJ editou a Recomendação nº 62/2020 recomendando aos Tribunais e magistrados a adoção de


medidas preventivas à propagação da infecção pelo novo coronavírus – Covid-19 no âmbito dos sistemas
de justiça penal e socioeducativo.

Durante a pandemia de Covid-19, deve-se assegurar prisão domiciliar aos presos em decorrência de
dívidas alimentícias. O contexto atual de gravíssima pandemia devido ao chamado coronavírus
desaconselha a manutenção do devedor em ambiente fechado, insalubre e potencialmente perigoso.
Assim, diante do iminente risco de contágio pelo Covid-19, bem como em razão dos esforços expendidos
pelas autoridades públicas em reduzir o avanço da pandemia, é recomendável o cumprimento da prisão
civil por dívida alimentar em prisão domiciliar. STJ. 4ª Turma. HC 561257-SP, Rel. Min. Raul Araújo,
julgado em 05/05/2020 (Info 671).

Importante destacar que, em atenção aos termos da decisão do STJ em sede de Habeas Corpus
nº645.640/, julgado em 23.03.2021, a parte requerente indicou que seja de logo decretada a prisão civil do
executado e que o cumprimento da pena se dê pelo regime da prisão domiciliar

Posto isso, considerando o longo descaso do Executado e o não pagamento injustificado, com fulcro no
§3º do art. 528 do CPC/2015, decreto a prisão civil do Executado JALDECY PANCIÉRI JUNIOR, pelo
prazo de 30 dias, ou até o efetivo pagamento do débito, caso isto ocorra antes do referido prazo, o
qual, está na ordem de R$-48.244,16 (quarenta e oito mil, duzentos e quarenta e quatro reais e dezesseis
centavos).

Expeça-se o competente mandado de prisão, devendo constar que a autoridade que efetuar a referida
prisão deve dar cumprimento ao art. 5º, LXII da CF, com imediata comunicação da família do preso ou a
pessoa por ele indicada e ainda a Defensoria Pública.

Observe-se ainda que levando em consideração a Recomendação nº 62/2020 do Conselho Nacional de


Justiça (CNJ), bem como o princípio da efetividade das decisões judiciais a prisão será domiciliar com
monitoramento eletrônico nos processos referentes a dívida alimentícia.

Outrossim, determino o protesto do pronunciamento judicial que fixou os alimentos, nos termos do §1º do
art. 528 do CPC/2015. Oficie-se ao Cartório competente.

Oficie-se à Delegacia Especial.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Publique-se, Registre-se, Intime-se

Ciente o Ministério Público.

Cumpra-se.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0016136-66.2009.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: I. S. D. L. J.


Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO AUGUSTO BRAGA OLIVEIRA OAB: 5555/PA
Participação: ADVOGADO Nome: LUANA THIERE DE ALBUQUERQUE PAMPLONA registrado(a)
civilmente como LUANA THIERE DE ALBUQUERQUE PAMPLONA OAB: 27550/PA Participação:
ADVOGADO Nome: IONE ARRAIS DE CASTRO OLIVEIRA OAB: 3609/PA Participação: REQUERIDO
Nome: A. L. P. D. L. Participação: ADVOGADO Nome: PAVEL FERNANDES OAB: 018342/PA
Participação: ADVOGADO Nome: CHILDERICO JOSE FERNANDES OAB: 6013/PA Participação:
ADVOGADO Nome: HAROLDO FERNANDES OAB: 1286/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Processo nº: 0016136-66.2009.8.14.0301
Considerando os termos da certidão ID 31797617 e em atenção ao cumprimento do item 2 da decisão de
ID 24320910, dando conta de que já foi aberta subconta e encaminhada mensagem à SDJ para depósito
dos valores bloqueados nos autos (ID 27897540 e ID 27897591), determino as providências necessárias
visando a transferência do valor bloqueado (ID 24320913) para e referida subconta, para o efetivo
cumprimento da decisão de ID 30207604.
Cumpra-se.
Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0846647-91.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. L. D. S. C.


Participação: ADVOGADO Nome: ALINE JANEY VIEIRA DE MELO OAB: 31115/PA Participação:
REQUERIDO Nome: E. C. D. S. F. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Recebi hoje.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

I. Concedo ao requerente os benefícios da gratuidade da justiça (artigo 98 do CPC).

II. Processe o feito em segredo de justiça (artigo 189, II, do CPC).

III. Apreciando o pedido formulado pelo requerente, quanto à guarda dos filhos, dada a condição do autor
de pai dos menores MARIA EDUARDA DA SILVA FEIO CORREIA e JOSÉ HENRIQUE DA SILVA FEIO
CORREIA, comprovada pelas certidões de nascimento juntadas aos autos, e diante das prescrições
contidas no § 2º do artigo 1.584 do Código Civil e, em especial, na Lei nº 13.058/2014 que impõem, como
regra, a guarda compartilhada dos filhos, defiro o pedido de antecipação da tutela de urgência, com o
estabelecimento da guarda nesta modalidade, uma vez que é a mais benéfica e que melhor atende aos
interesses dos menores envolvidos, não havendo, no momento, elementos nos autos que possam
convencer este juízo do contrário, fixando como residência dos infantes a materna.

Ante as supracitadas razões, considerando que os menores fixarão residência no lar materno, asseguro ao
pai/requerente o direito de visitar e ter os filhos em sua companhia nos seguintes moldes:

1) Nos finais de semana em que estiver em Belém, poderá apanhá-las na sexta-feira, a partir das 18h e
devolvê-las à mãe/requerida, na residência desta, no domingo até as 18h, a começar no final de semana
posterior a intimação desta decisão. Se o final de semana for prolongado em razão de feriado, essa
devolução ocorrerá até as 19h do feriado que encerrar o fim de semana;

2) Nas férias escolares nos meses de dezembro, janeiro e julho, os menores desfrutarão uma metade com
um dos pais e a subsequente com o outro, com início alternado de ano a ano, sendo os primeiros 15
(quinze) dias com o pai/requerente, ou mediante entendimento direto entre os genitores;

3) O Dia dos Pais e o Dia das Mães serão passados com os respectivos genitores;

4) Os menores passarão as festas de final de ano com ambos os pais, alternadamente, iniciando-se no
Natal/2021 com o pai/requerente e Ano Novo 2021/2022, com a mãe/requerida, podendo ser alterado,
mediante entendimento direto entre os genitores;

5) As datas natalícias dos menores serão festejadas, de comum acordo com ambos os pais, atendidos,
sempre, o interesse do aniversariante, podendo o pai/requerente visitá-lo se o aniversário for passado com
a mãe/requerida e vice-versa;

6) As datas natalícias dos genitores dos menores e seus respectivos avós serão desfrutadas na
companhia dos mesmos;

Arbitro, desde logo, com fulcro nos artigos 536, § 1º, e 537 do CPC, para o caso de descumprimento do
direito à visita por parte da mãe/requerida, multa diária no valor de ½ (meio) salário mínimo que será
revertida em favor do pai/requerente.

IV. Em virtude da relação paterno-filial existente entre o requerente e os menores, e que o dever de
sustento da prole incumbe a ambos os pais (artigo 1.566 do Código Civil), entendo, por justo e razoável,
considerando o trinômio necessidade x possibilidade x proporcionalidade e os elementos de prova que ora
se apresentam, em arbitrar os alimentos provisórios ofertados em 64% (sessenta e quatro por cento) do
salário mínimo, além do pagamento das mensalidades escolares dos infantes, cujo valor em pecúnia
deverá ser depositado, até o dia 05 (cinco) de cada mês subsequente ao vencido, na conta bancária da
representante legal dos menores, a ser indicada.

V. Designo audiência de conciliação para o dia 19/04/2022, às 11:30hs, na sala de audiência da 4ª Vara
de Família de Belém, podendo as partes e seus patronos comparecerem pessoalmente ou por
videoconferência, pelo aplicativo Teams, sendo que aquele que optar pela segunda modalidade deverá
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

informar por petição o seu e-mail com pelo menos 05 (cinco) dias antes da data da realização do ato, a fim
de que lhe seja enviado o link da audiência.

VI. Intimem o requerente e a requerida, pessoalmente, da presente decisão.

VII. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado.

VIII. Expeça-se Carta Precatória para intimação do requerente.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juiz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0845811-21.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: N. R. D. L.


Participação: ADVOGADO Nome: LUANA PINHEIRO DE SOUSA OAB: 28371/PA Participação:
REQUERENTE Nome: J. K. C. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: LUANA PINHEIRO DE SOUSA
OAB: 28371/PA Participação: REQUERIDO Nome: J. R. C. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M.
P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
R. hoje.

I. Processe o feito em segredo de justiça (artigo 189, II, do CPC).

II. Verifico que os requerentes postularam, por meio de seu patrono, a concessão dos benefícios da
gratuidade da justiça, contudo sem que tenham juntado aos autos a respectiva declaração de
hipossuficiência econômica.

Ocorre que seria necessário que constasse da procuração cláusula específica dando poderes ao
advogado para assinar a referida declaração, o que não ocorreu.

Assim, determino a intimação dos requerentes para, em 15 (quinze) dias, emendar a inicial, a fim de juntar
aos autos o instrumento de procuração com poderes específicos ou, então, a declaração de
hipossuficiência por eles assinada, sob pena de indeferimento do pedido (artigos 105, 320 e 321 do CPC).

III. Uma vez intimados e decorrido o referido prazo, com ou sem manifestação, voltem-me conclusos os
autos.

Belém, data registrada no sistema.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juiz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0839453-40.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EUGENIO COUTINHO


DE OLIVEIRA JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: EUGENIO COUTINHO DE OLIVEIRA JUNIOR
OAB: 19470/PA Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA OAB:
21313/PA Participação: REU Nome: ELENIZE DAS MERCES MESQUITA Participação: REU Nome:
SOPHIA LOUISE MESQUITA COUTINHO DE OLIVEIRA Participação: AUTORIDADE Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Processo nº: 0839453-40.2021.8.14.0301
R.H.

Em observância ao artigo 698 do CPC, vistas ao Ministério Público para manifestação.

Após, conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. José Antônio Ferreira Cavalcante

Juiz da 4ª Vara de Família da Capital, em exercício

Número do processo: 0840642-53.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. V. C. M.


Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO AMARAL PINHEIRO DA SILVA OAB: 9742/PA Participação:
REQUERIDO Nome: M. D. A. M. Participação: REQUERIDO Nome: M. M. P. Participação: REQUERIDO
Nome: M. D. A. M. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Processo: 0840642-53.2021.8.14.0301

SENTENÇA
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Tratam os autos de AÇÃO DE EXONERAÇÃO ALIMENTOS movida por MANOEL VIÉGAS CAMPBELL
MOUTINHO em face de MARCELO DE ARAÚJO MOUTINHO, MÁRCIA MOUTINHO PARRY e
MAURÍCIO DE ARAÚJO MOUTINHO, todos devidamente qualificados na inicial.

Narra o autor na exordial, que os requeridos são seus filhos, e que ficou obrigado ao pagamento de
pensão alimentícia em favor dos mesmos no percentual de 12% (doze por cento) de seus vencimentos e
vantagens, sendo 4% (quatro por cento) para cada alimentante. Contudo, os alimentantes já atingiram a
maioridade civil, são capazes, estão inseridos no mercado de trabalho, sem mais necessidade da
manutenção do pagamento de alimentos.

Informa que os requeridos concordam em suspender o pagamento da pensão alimentícia, tendo feito
declarações nesse sentido, devidamente assinadas e reconhecidas, as quais estão acostadas aos autos.

Requer, seja a presente AÇÃO – de suporte CONSENSUAL - recebida e processada na forma da


legislação civil e processual civil vigentes, para o fim nela colimado; seja-lhe concedida, em
ANTECIPAÇÃO de TUTELA de URGÊNCIA, abinitio e inaudita altera parte, a EXONERAÇÃO provisória
dos ALIMENTOS até SENTENÇA, que VEM, até hoje, PRESTANDO aos três FILHOS, nomeados e
qualificados ao norte – todos, repita-se, maiores, capazes e autossustentáveis - até sentença final; seu o
PROCESSAMENTO deste feito em SEGREDO de JUSTIÇA; a INTIMAÇÃO dos RÉUS quanto a TUTELA
de URGÊNCIA concedida, e, ao mesmo tempo, a sua CITAÇÃO para, querendo, oferecer RESPOSTA,
sob modalidade de CONTESTAÇÃO, aos termos desta CAUSA - no caso da demandada MÁRCIA
MOUTINHO PARRY, por Carta Precatória ou e-mail pessoal, ao Juízo da Comarca de CURITIBA / PR; a
PRODUÇÃO de PROVAS em direito admitidas, notadamente as três DECLARAÇÕES de caráter
RENUNCIATIVO, desde já anexadas a este PETITÓRIO, emitidas pelos três FILHOS alimentários; seja,
por fim, JULGADO, por SENTENÇA, a final, PROCEDENTE o PEDIDO desta CAUSA, para o fim nela
colimado – ratificando a TUTELA ANTECIPADA de URGÊNCIA concedida - qual seja, a decretação da
sua EXONERAÇÃO dos ALIMENTOS que vem prestando, mensalmente, até hoje, em prol dos três
FILHOS beneficiários, sem efeitos sucumbenciais para estes; em tudo observadas as formalidades de
direito.

Com o fito de provar suas alegações, juntou documentos aos autos.

Relatados. Decido.

Verifica-se, in casu, desnecessária a instrução, com arrimo no art. 355, inciso I, do CPC, razão pela qual,
passo a julgar antecipadamente o pedido.

Impende destacar que os presentes autos não foram remetidos ao Ministério Público, tendo em
vista que a causa não envolve interesse público ou social, de incapaz ou litígio coletivo pela posse de terra
rural ou urbana, que justifiquem a intervenção do Parquet.

Verifica-se que todos os requeridos concordaram com o pedido, conforme as Declarações firmadas de
livre e espontânea vontade pelos alimentantes, constantes em ID 29737554 - Pág. 1/2/3, quais sejam,
MAURICIO DE ARAÚJO MOUTINHO, MÁRCIA MOUTINHO PARRY e MARCELO DE ARAÚJO
MOUTINHO, respectivamente, nas quais concordam plenamente com a exoneração do autor do
pagamento da pensão alimentícia.

Observa-se que o direito aos alimentos surge com o princípio da preservação da dignidade humana (art.
1º, inc. III, da CR/88), em que os parentes mais próximos têm o dever de prestar assistência aos que não
tem condições de subsistir por seus próprios meios.

A ilustrada doutrinadora Maria Berenice Dias, in Manual de Direito das Famílias, Ed. RT, pág. 451, 4ª
Edição, conceitua o dever de alimentar:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Para o direito, alimento não significa somente o que assegura a vida. A obrigação alimentar tem um fim
precípuo: atender as necessidades de uma pessoa que não pode prover a sua própria subsistência.

Com efeito, alcançada a maioridade pelo alimentado, cessa o poder familiar, mas este fato não gera
automaticamente a extinção do encargo alimentar, que somente pode ser pleiteada em ação própria de
exoneração que comprove o descabimento dos alimentos, conforme leciona Maria Berenice Dias na obra
anteriormente citada na pág. 470:

A jurisprudência, atentando as dificuldades atuais da sociedade. Em que há necessidade cada vez maior
de qualificação para a inserção no mercado de trabalho, vem dilatando o período de vigência dos
alimentos. Exige tão-só que o filho esteja estudando. Aliás, a própria lei estende o pensionamento às
necessidades da educação (CC 1.694).

A obrigação alimentar dos pais vai além dos deveres decorrentes do poder familiar, prosseguindo até
depois de o filho atingir a maioridade. Enquanto estiver estudando, persiste a obrigação.

No caso em análise, o autor pugna pela exoneração do encargo alimentar em face dos requeridos, posto
que, os mesmos já atingiram a maioridade civil, não necessitam mais dos alimentos para seus sustentos,
tendo os mesmos firmado declaração anuindo a exoneração do alimentante.

Ademais, quando o filho completa a maioridade, cabe a ele demonstrar a necessidade de


continuar recebendo a pensão, o que não se verifica no processo em análise.

Ressalta-se, que o alimentante maior de idade, com curso de graduação superior completo e
que possua renda para prover o próprio sustento, não preenche os requisitos que o habilitem a
permanecer recebendo pensão alimentícia.

Entendimento jurisprudencial nesse sentido:

EMENTA:APELAÇÃO. EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. FILHO MAIOR DE IDADE, QUE TRABALHA E


ESTUDA. POSSIBILIDADE DE EXONERAÇÃO. O poder familiar cessa quando o filho atinge a maioridade
civil, justificando-se o recebimento de pensão alimentícia apenas quando comprovada a condição de
necessidade do alimentado. Se o alimentando é maior e desenvolve atividade laboral, cabe a ele prover a
sua própria subsistência, justificando-se a exoneração do encargo alimentar paterno. RECURSO
PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70078486628, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 29/08/2018). (TJ-RS - AC: 70078486628 RS, Relator:
Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data de Julgamento: 29/08/2018, Sétima Câmara Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 31/08/2018)

EMENTA:DIREITO CIVIL AGRAVO DE INSTRUMENTO EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS


ANTECIPAÇÃO DE TUTELA - FILHO MAIOR CURSO DE NÍVEL SUPERIOR CONCLUÍDO. 1. Presente
a verossimilhança da alegação apta a subsidiar a antecipação dos efeitos da tutela, exonerando-se o
genitor da obrigação alimentar, na hipótese em que a filha maior possui 28 (vinte e oito) anos e ostenta
diploma de bacharel em direito. 2. Não se mostra razoável a manutenção da obrigação do genitor em
prestar alimentos à filha maior até a prolação da sentença, quando se verifica que a alimentanda encontra-
se apta ao exercício de atividade laboral. 3. Recurso desprovido.(TJ-DF - AGI: 20150020202684, Relator:
JOSAPHÁ FRANCISCO DOS SANTOS, Data de Julgamento: 16/09/2015, 5ª Turma Cível, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 28/09/2015 . Pág.: 251)

EMENTA:AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. FILHO MAIOR.


OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS ATÉ 24 ANOS DE IDADE. LIMITE ULTRAPASSADO.
AUSÊNCIA DE ELEMENTOS NOS AUTOS QUE JUSTIFIQUEM A EXCEPCIONAL PRORROGAÇÃO DO
PRAZO. UNIVERSITÁRIO ESTUDA EM FACULDADE PÚBLICA E RECEBE BOLSA ESTUDANTIL
ARCADA PELO GOVERNO FEDERAL. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. A
1390
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

obrigação alimentar decorrente do pátrio poder ou poder familiar cessa, em regra, com a maioridade civil
do alimentário. Entretanto, o dever dos genitores de sustento da prole sofre prorrogação até que o filho
complete 24 anos de idade, se estiver ele cursando ensino superior.(TJ-AL - AI: 08002674920168020000
AL 0800267-49.2016.8.02.0000, Relator: Juiz Conv. Maurício César Brêda Filho, Data de Julgamento:
17/03/2016, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: 22/03/2016)

In casu, como os requeridos já atingiram a maioridade civil, concluíram curso superior e se encontram
inseridos no mercado de trabalho, possuindo condições de prover seu próprio sustento, não se enquadram
nas hipóteses excepcionais admitidas pela lei e jurisprudência pátria, não lhes assiste mais o direito de
serem pensionados pelo requerente. Dessa feita, verifica-se que merece prosperar o pleito autoral.

Entendimento jurisprudencial nesse sentido:

EMENTA:EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS.ALIMENTADA


QUE ATINGIU A MAIORIDADE CIVIL. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE QUE AINDA NECESSITA
DOS ALIMENTOS PRESTADOS PELO GENITOR. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. I- Embora
a maioridade civil não afaste, por si só, o direito de perceber alimentos, as necessidades deixam de ser
presumidas, cabendo à parte alimentada comprová-las. II- O apelado trouxe aos autos comprovação de
existência clara e notória de que a apelante vive em união estável. Além disso, a recorrente conta com 27
(vinte e sete anos de idade), não havendo comprovação concreta de que de fato ainda está cursando nivel
superior, já que junta aos autos apenas comprovante de pagamento do ano de 2013. III- Assim, sabendo
que a apelante não se desincumbiu de demonstrar que ainda necessita dos alimentos, CONHEÇO DO
RECURSO E NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo in totum a decisão atacada - TJ-PA - Apelação : APL
00442087520108140301 BELÉM - Data de publicação: 09/06/2016

EMENTA:AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. ALIMENTADA QUE ATINGIU


A MAIORIDADE CIVIL. AUSÊNCIA DE PROVA DAS NECESSIDADES, QUE NÃO MAIS SÃO
PRESUMIDAS. SUSPENSÃO DA OBRIGAÇÃO. CABIMENTO. Embora a maioridade civil, por si apenas,
não seja motivo determinante à exoneração de alimentos, a agravante deixou de comprovar que precisa
continuar recebendo alimentos, já que conta 24 anos de vida, exerce atividade remunerada e, embora seja
mestranda, é bolsista com isenção de mensalidade, o que autoriza a suspensão da obrigação alimentar.
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70070312293, Oitava Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Julgado em 29/09/2016). TJ-RS -
Agravo de Instrumento : AI 70070312293 RS - Data de publicação: 05/10/2016

Pois bem, ante o conjunto probatório produzido nos autos, vislumbra-se que faz jus o autor à exoneração
pretendida. Dispõe o art. 1.699 do CC: “Se fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira
de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as
circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo”.

Isto posto, nos termos da fundamentação JULGO TOTALMENTE PROCEDENTE a Ação de Exoneração
de Alimentos com fulcro nos arts. 1.695 e 1.699 do CC, para exonerar o autor MANOEL VIÉGAS
CAMPBELL MOUTINHO da obrigação de alimentar seus filhos MARCELO DE ARAÚJO MOUTINHO,
MÁRCIA MOUTINHO PARRY e MAURÍCIO DE ARAÚJO MOUTINHO. Por fim, julgo extinto o processo
com resolução de mérito, ex vi do art. 487, inciso I, do CPC. Oficie-se à fonte pagadora do autor,
informando o teor da sentença.

Após o trânsito em julgado da sentença, arquivem-se os autos.

Custas de lei.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Servirá o presente por cópia digitada como mandado.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, data registrada no sistema.

Dr. José Antônio Ferreira Cavalcante

Juiz da 4ª Vara de Família da Capital, em exercício

Número do processo: 0840642-53.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. V. C. M.


Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO AMARAL PINHEIRO DA SILVA OAB: 9742/PA Participação:
REQUERIDO Nome: M. D. A. M. Participação: REQUERIDO Nome: M. M. P. Participação: REQUERIDO
Nome: M. D. A. M. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Processo: 0840642-53.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Tratam os autos de AÇÃO DE EXONERAÇÃO ALIMENTOS movida por MANOEL VIÉGAS CAMPBELL
MOUTINHO em face de MARCELO DE ARAÚJO MOUTINHO, MÁRCIA MOUTINHO PARRY e
MAURÍCIO DE ARAÚJO MOUTINHO, todos devidamente qualificados na inicial.

Narra o autor na exordial, que os requeridos são seus filhos, e que ficou obrigado ao pagamento de
pensão alimentícia em favor dos mesmos no percentual de 12% (doze por cento) de seus vencimentos e
vantagens, sendo 4% (quatro por cento) para cada alimentante. Contudo, os alimentantes já atingiram a
maioridade civil, são capazes, estão inseridos no mercado de trabalho, sem mais necessidade da
manutenção do pagamento de alimentos.

Informa que os requeridos concordam em suspender o pagamento da pensão alimentícia, tendo feito
declarações nesse sentido, devidamente assinadas e reconhecidas, as quais estão acostadas aos autos.

Requer, seja a presente AÇÃO – de suporte CONSENSUAL - recebida e processada na forma da


legislação civil e processual civil vigentes, para o fim nela colimado; seja-lhe concedida, em
ANTECIPAÇÃO de TUTELA de URGÊNCIA, abinitio e inaudita altera parte, a EXONERAÇÃO provisória
dos ALIMENTOS até SENTENÇA, que VEM, até hoje, PRESTANDO aos três FILHOS, nomeados e
qualificados ao norte – todos, repita-se, maiores, capazes e autossustentáveis - até sentença final; seu o
PROCESSAMENTO deste feito em SEGREDO de JUSTIÇA; a INTIMAÇÃO dos RÉUS quanto a TUTELA
de URGÊNCIA concedida, e, ao mesmo tempo, a sua CITAÇÃO para, querendo, oferecer RESPOSTA,
sob modalidade de CONTESTAÇÃO, aos termos desta CAUSA - no caso da demandada MÁRCIA
MOUTINHO PARRY, por Carta Precatória ou e-mail pessoal, ao Juízo da Comarca de CURITIBA / PR; a
PRODUÇÃO de PROVAS em direito admitidas, notadamente as três DECLARAÇÕES de caráter
RENUNCIATIVO, desde já anexadas a este PETITÓRIO, emitidas pelos três FILHOS alimentários; seja,
por fim, JULGADO, por SENTENÇA, a final, PROCEDENTE o PEDIDO desta CAUSA, para o fim nela
colimado – ratificando a TUTELA ANTECIPADA de URGÊNCIA concedida - qual seja, a decretação da
sua EXONERAÇÃO dos ALIMENTOS que vem prestando, mensalmente, até hoje, em prol dos três
FILHOS beneficiários, sem efeitos sucumbenciais para estes; em tudo observadas as formalidades de
direito.

Com o fito de provar suas alegações, juntou documentos aos autos.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Relatados. Decido.

Verifica-se, in casu, desnecessária a instrução, com arrimo no art. 355, inciso I, do CPC, razão pela qual,
passo a julgar antecipadamente o pedido.

Impende destacar que os presentes autos não foram remetidos ao Ministério Público, tendo em
vista que a causa não envolve interesse público ou social, de incapaz ou litígio coletivo pela posse de terra
rural ou urbana, que justifiquem a intervenção do Parquet.

Verifica-se que todos os requeridos concordaram com o pedido, conforme as Declarações firmadas de
livre e espontânea vontade pelos alimentantes, constantes em ID 29737554 - Pág. 1/2/3, quais sejam,
MAURICIO DE ARAÚJO MOUTINHO, MÁRCIA MOUTINHO PARRY e MARCELO DE ARAÚJO
MOUTINHO, respectivamente, nas quais concordam plenamente com a exoneração do autor do
pagamento da pensão alimentícia.

Observa-se que o direito aos alimentos surge com o princípio da preservação da dignidade humana (art.
1º, inc. III, da CR/88), em que os parentes mais próximos têm o dever de prestar assistência aos que não
tem condições de subsistir por seus próprios meios.

A ilustrada doutrinadora Maria Berenice Dias, in Manual de Direito das Famílias, Ed. RT, pág. 451, 4ª
Edição, conceitua o dever de alimentar:

Para o direito, alimento não significa somente o que assegura a vida. A obrigação alimentar tem um fim
precípuo: atender as necessidades de uma pessoa que não pode prover a sua própria subsistência.

Com efeito, alcançada a maioridade pelo alimentado, cessa o poder familiar, mas este fato não gera
automaticamente a extinção do encargo alimentar, que somente pode ser pleiteada em ação própria de
exoneração que comprove o descabimento dos alimentos, conforme leciona Maria Berenice Dias na obra
anteriormente citada na pág. 470:

A jurisprudência, atentando as dificuldades atuais da sociedade. Em que há necessidade cada vez maior
de qualificação para a inserção no mercado de trabalho, vem dilatando o período de vigência dos
alimentos. Exige tão-só que o filho esteja estudando. Aliás, a própria lei estende o pensionamento às
necessidades da educação (CC 1.694).

A obrigação alimentar dos pais vai além dos deveres decorrentes do poder familiar, prosseguindo até
depois de o filho atingir a maioridade. Enquanto estiver estudando, persiste a obrigação.

No caso em análise, o autor pugna pela exoneração do encargo alimentar em face dos requeridos, posto
que, os mesmos já atingiram a maioridade civil, não necessitam mais dos alimentos para seus sustentos,
tendo os mesmos firmado declaração anuindo a exoneração do alimentante.

Ademais, quando o filho completa a maioridade, cabe a ele demonstrar a necessidade de


continuar recebendo a pensão, o que não se verifica no processo em análise.

Ressalta-se, que o alimentante maior de idade, com curso de graduação superior completo e
que possua renda para prover o próprio sustento, não preenche os requisitos que o habilitem a
permanecer recebendo pensão alimentícia.

Entendimento jurisprudencial nesse sentido:

EMENTA:APELAÇÃO. EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. FILHO MAIOR DE IDADE, QUE TRABALHA E


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ESTUDA. POSSIBILIDADE DE EXONERAÇÃO. O poder familiar cessa quando o filho atinge a maioridade
civil, justificando-se o recebimento de pensão alimentícia apenas quando comprovada a condição de
necessidade do alimentado. Se o alimentando é maior e desenvolve atividade laboral, cabe a ele prover a
sua própria subsistência, justificando-se a exoneração do encargo alimentar paterno. RECURSO
PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70078486628, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 29/08/2018). (TJ-RS - AC: 70078486628 RS, Relator:
Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data de Julgamento: 29/08/2018, Sétima Câmara Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 31/08/2018)

EMENTA:DIREITO CIVIL AGRAVO DE INSTRUMENTO EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS


ANTECIPAÇÃO DE TUTELA - FILHO MAIOR CURSO DE NÍVEL SUPERIOR CONCLUÍDO. 1. Presente
a verossimilhança da alegação apta a subsidiar a antecipação dos efeitos da tutela, exonerando-se o
genitor da obrigação alimentar, na hipótese em que a filha maior possui 28 (vinte e oito) anos e ostenta
diploma de bacharel em direito. 2. Não se mostra razoável a manutenção da obrigação do genitor em
prestar alimentos à filha maior até a prolação da sentença, quando se verifica que a alimentanda encontra-
se apta ao exercício de atividade laboral. 3. Recurso desprovido.(TJ-DF - AGI: 20150020202684, Relator:
JOSAPHÁ FRANCISCO DOS SANTOS, Data de Julgamento: 16/09/2015, 5ª Turma Cível, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 28/09/2015 . Pág.: 251)

EMENTA:AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. FILHO MAIOR.


OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS ATÉ 24 ANOS DE IDADE. LIMITE ULTRAPASSADO.
AUSÊNCIA DE ELEMENTOS NOS AUTOS QUE JUSTIFIQUEM A EXCEPCIONAL PRORROGAÇÃO DO
PRAZO. UNIVERSITÁRIO ESTUDA EM FACULDADE PÚBLICA E RECEBE BOLSA ESTUDANTIL
ARCADA PELO GOVERNO FEDERAL. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. A
obrigação alimentar decorrente do pátrio poder ou poder familiar cessa, em regra, com a maioridade civil
do alimentário. Entretanto, o dever dos genitores de sustento da prole sofre prorrogação até que o filho
complete 24 anos de idade, se estiver ele cursando ensino superior.(TJ-AL - AI: 08002674920168020000
AL 0800267-49.2016.8.02.0000, Relator: Juiz Conv. Maurício César Brêda Filho, Data de Julgamento:
17/03/2016, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: 22/03/2016)

In casu, como os requeridos já atingiram a maioridade civil, concluíram curso superior e se encontram
inseridos no mercado de trabalho, possuindo condições de prover seu próprio sustento, não se enquadram
nas hipóteses excepcionais admitidas pela lei e jurisprudência pátria, não lhes assiste mais o direito de
serem pensionados pelo requerente. Dessa feita, verifica-se que merece prosperar o pleito autoral.

Entendimento jurisprudencial nesse sentido:

EMENTA:EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS.ALIMENTADA


QUE ATINGIU A MAIORIDADE CIVIL. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE QUE AINDA NECESSITA
DOS ALIMENTOS PRESTADOS PELO GENITOR. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. I- Embora
a maioridade civil não afaste, por si só, o direito de perceber alimentos, as necessidades deixam de ser
presumidas, cabendo à parte alimentada comprová-las. II- O apelado trouxe aos autos comprovação de
existência clara e notória de que a apelante vive em união estável. Além disso, a recorrente conta com 27
(vinte e sete anos de idade), não havendo comprovação concreta de que de fato ainda está cursando nivel
superior, já que junta aos autos apenas comprovante de pagamento do ano de 2013. III- Assim, sabendo
que a apelante não se desincumbiu de demonstrar que ainda necessita dos alimentos, CONHEÇO DO
RECURSO E NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo in totum a decisão atacada - TJ-PA - Apelação : APL
00442087520108140301 BELÉM - Data de publicação: 09/06/2016

EMENTA:AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. ALIMENTADA QUE ATINGIU


A MAIORIDADE CIVIL. AUSÊNCIA DE PROVA DAS NECESSIDADES, QUE NÃO MAIS SÃO
PRESUMIDAS. SUSPENSÃO DA OBRIGAÇÃO. CABIMENTO. Embora a maioridade civil, por si apenas,
não seja motivo determinante à exoneração de alimentos, a agravante deixou de comprovar que precisa
continuar recebendo alimentos, já que conta 24 anos de vida, exerce atividade remunerada e, embora seja
mestranda, é bolsista com isenção de mensalidade, o que autoriza a suspensão da obrigação alimentar.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70070312293, Oitava Câmara


Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Julgado em 29/09/2016). TJ-RS -
Agravo de Instrumento : AI 70070312293 RS - Data de publicação: 05/10/2016

Pois bem, ante o conjunto probatório produzido nos autos, vislumbra-se que faz jus o autor à exoneração
pretendida. Dispõe o art. 1.699 do CC: “Se fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira
de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as
circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo”.

Isto posto, nos termos da fundamentação JULGO TOTALMENTE PROCEDENTE a Ação de Exoneração
de Alimentos com fulcro nos arts. 1.695 e 1.699 do CC, para exonerar o autor MANOEL VIÉGAS
CAMPBELL MOUTINHO da obrigação de alimentar seus filhos MARCELO DE ARAÚJO MOUTINHO,
MÁRCIA MOUTINHO PARRY e MAURÍCIO DE ARAÚJO MOUTINHO. Por fim, julgo extinto o processo
com resolução de mérito, ex vi do art. 487, inciso I, do CPC. Oficie-se à fonte pagadora do autor,
informando o teor da sentença.

Após o trânsito em julgado da sentença, arquivem-se os autos.

Custas de lei.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Servirá o presente por cópia digitada como mandado.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. José Antônio Ferreira Cavalcante

Juiz da 4ª Vara de Família da Capital, em exercício

Número do processo: 0010777-67.2011.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: V. L. E. D. L. R.


Participação: ADVOGADO Nome: VANESSA DOS SANTOS BORGES OAB: 7012/PA Participação:
REQUERIDO Nome: B. P. F. Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANA EUGENIA DE SOUZA E SILVA
OAB: 7642/PA Participação: REQUERIDO Nome: G. E. D. S. E. S. Participação: ADVOGADO Nome:
GIOVANA EUGENIA DE SOUZA E SILVA OAB: 7642/PA Participação: REQUERIDO Nome: R. P. D. J. R.
E. S. Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO MONTEIRO BARATA OAB: 14377/PA Participação:
REQUERIDO Nome: H. D. J. F. E. S. Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANA EUGENIA DE SOUZA
E SILVA OAB: 7642/PA Participação: REQUERIDO Nome: C. R. D. S. E. S. Participação: REQUERIDO
Nome: J. D. J. F. E. S. Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANA EUGENIA DE SOUZA E SILVA OAB:
7642/PA Participação: REQUERIDO Nome: P. D. J. R. E. S. Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO
MONTEIRO BARATA OAB: 14377/PA Participação: REQUERIDO Nome: M. D. J. R. E. S. Participação:
ADVOGADO Nome: RODRIGO MONTEIRO BARATA OAB: 14377/PA Participação: REQUERIDO Nome:
I. R. D. S. E. S. Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANA EUGENIA DE SOUZA E SILVA OAB:
7642/PA Participação: REQUERIDO Nome: A. C. D. J. R. E. S. Participação: ADVOGADO Nome:
RODRIGO MONTEIRO BARATA OAB: 14377/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
1395
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo: 0010777-67.2011.8.14.0301

SENTENÇA

Tratam os autos de AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO


ESTÁVEL POST MORTEM, movida por VERA LÚCIA ESTEVES DE LIMA RIBEIRO em face de
INNOCÊNCIO RICARDO DE SOUZA E SILVA, CLÁUDIO ROBERTO DE SOUZA E SILVA, GIOVANA
EUGÊNIA DE SOUZA E SILVA, PATRÍCIA DE JESUS RIBEIRO E SILVA, MAURÍCIO DE JESUS
RIBEIRO E SILVA, RAQUEL PRISCILA DE JESUS RIBEIRO E SILVA, ANDRÉIA CRISTINA DE JESUS
RIBEIRO E SILVA, HELCIMARA DE JESUS FERREIRA E SILVA e JOICE DE JESUS FERREIRA E
SILVA, todos qualificados nos autos.

A autora narrou na exordial, em síntese, que viveu maritalmente com o Sr. Innocêncio de
Jesus e Silva desde 1981, por dezessete anos, até o seu falecimento em 20/06/1998. Informou que o
falecido era casado com Teresa Eugênia (in memorian), aquando do início de seu relacionamento em
1978, e com quem teve três filhos, INNOCÊNCIO RICARDO DE SOUZA E SILVA, CLÁUDIO ROBERTO
DE SOUZA E SILVA, GIOVANA EUGÊNIA DE SOUZA E SILVA, e se divorciaram formalmente em 1990.
Informou, que a partir de 10/05/81, passou a se relacionar com o falecido, coabitando sob o mesmo teto,
dando assim notoriedade, estabilidade e unicidade ao vínculo marital. Durante a constância da união
estável tiveram quatro filhos, quais sejam, MAURÍCIO DE JESUS RIBEIRO E SILVA, RAQUEL PRISCILA
DE JESUS RIBEIRO E SILVA, ANDRÉIA CRISTINA DE JESUS RIBEIRO E SILVA e PATRÍCIA DE
JESUS RIBEIRO E SILVA .

A Afirmou que, diante de toda a documentação acostada aos autos, resta evidente a
existência da união estável mantida com o falecido.

Requereu a concessão dos benefícios da justiça gratuita; o reconhecimento da união


estável estabelecida com o Sr. Inocêncio de 10/05/1981 a 20/06/1998; a citação dos requeridos para
responderem aos termos da presente ação. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em
direito admitidos.

Com o fito de comprovar suas alegações, acostou documentos aos autos.

Despacho inicial de ID 43, deferiu a justiça gratuita e determinou a citação dos requeridos para
apresentar contestação.

Certidão de ID 19860625, informou a citação de Joice de Jesus Ferreira de Lima Ribeiro.

Certidão de ID 19860626 - Pág. 2, informou a citação de Helcimara de Jesus Ferreira e Silva.

Certidão de ID 19860626 - Pág. 2, informou a citação de Raquel Priscila de Jesus Ribeiro e


Silva.

Certidão de ID 19860626 - Pág. 18, informou a citação de Patrícia de Jesus Ribeiro e Silva.

Certidão de ID 19860626 - Pág. 21, informou a citação de Maurício de Jesus Ribeiro e Silva.

Certidão de ID 19860626 - Pág. 24, informou a citação de Giovana Eugênia de Souza Ribeiro.
1396
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A parte requerida Giovana Eugenia de Souza e Silva, apresentou contestação (ID 19860627 -
Pág. 1), alegando preliminarmente a inépcia da petição inicial e a impossibilidade jurídica do pedido em
razão de anterior reconhecimento judicial de outra união estável. No mérito alegou que o falecido já
possuía reconhecimento de união estável com Berenice Pereira Ferreira, requerendo a extinção do
processo sem resolução de mérito e, no caso de rejeitado tal pleito, fosse a ação julgada totalmente
improcedente por ser contrária aos fatos e aos dispositivos jurídicos em que se fundamentavam o próprio
pedido. Juntou documentos aos autos.

Por meio de petição de ID 19860627 - Pág. 13, a requerida Giovana Eugenia de Souza e Silva
apresentou impugnação a justiça gratuita concedida à autora, em face de a mesma possuir condições de
arcar com as despesas processuais, não sendo merecedora dos benefícios da assistência judiciária.

Despacho de ID 19860627 - Pág. 19, determinou fossem certificados nos autos se todos os
suplicados citados apresentaram contestação.

Certidão de ID 19860627 - Pág. 22, informou a citação da requerida Andréia Cristina de Jesus
Ribeiro e Silva.

Certidão de ID 19860627 - Pág. 23, informou que dos requeridos citados, Giovana Eugênia
Silva, apresentou contestação.

Certidão de ID 19860627 - Pág. 31, informou que o requerido Cláudio Roberto de Souza e
Silva não foi citado.

Despacho Ordinatório de ID 19860628 - Pág. 11, intimou a autora para se manifestar sobre a
certidão do Oficial de Justiça.

Em ID 19860628 - Pág. 13, as requeridas Patrícia de Jesus Ribeiro e Silva e Andréia Cristina de
Jesus Ribeiro e Silva, apresentaram contestação, informando nada ter a opor ao reconhecimento da união
estável de sua genitora com o genitor (de cujus). Juntaram documentos aos autos.

A autora, por meio de petição de ID 19860628 - Pág. 18, requereu fosse oficiado ao TRE e
Receita Federal com vistas a obtenção do endereço do requerido Cláudio Roberto.

Em ID 19860628 - Pág. 26, resposta por meio de ofício da Receita Federal informando o endereço do
requerido Cláudio Roberto.

Em resposta a Carta Precatória enviada, Certidão de ID 19860629 - Pág. 3, informou que o


requerido Cláudio Roberto não foi citado.

Ato Ordinatório intimou a autora para se manifestar acerca do teor das Certidão do Oficial de
Justiça (ID 19860629 - Pág. 4).

Certidão de ID 19860629 - Pág. 5, informou que a requerente não apresentou manifestação.

Por meio de petição de ID 19860629 - Pág. 7, a requerida Giovana Eugênia de Souza e Silva,
requereu a extinção do feito sem resolução do mérito, em razão da falta de manifestação da autora.

Despacho de ID 19860629 - Pág. 10, determinou a intimação pessoal da autora para se manifestar
sobre a não localização do requerido Cláudio Roberto, sob pena de extinção do feito.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Certidão de ID 19860629 - Pág. 16, informou a intimação da autora.

A autora, por meio de petição de ID 19860629 - Pág. 16, requereu a citação por Edital do
requerido Cláudio Roberto.

Despacho de ID 19860629 - Pág. 28, determinou a citação por Edital de Cláudio Roberto;
determinou a intimação da autora para informar o endereço do requerido Innocêncio Ricardo. Caso não se
manifestasse, fosse intimada pessoalmente sobre o interesse no prosseguimento do feito.

Edital de citação de Cláudio Roberto em ID 19860629 - Pág. 30.

Certidão de ID 19860629 - Pág. 37, informou que o requerido Cláudio Roberto foi citado por Edital e
não apresentou defesa no prazo de lei, bem como que, a autora intimada pessoalmente não se
manifestou.

Despacho de ID 19860629 - Pág. 38, determinou a intimação do patrono da autora para informar
interesse no prosseguimento do feito.

Por meio de petição de ID 19860629 - Pág. 40, a autora requereu a citação por Edital do
requerido Innocêncio Ricardo.

Despacho de ID 19860629 - Pág. 42, nomeou Curador Especial para funcionar no feito, e determinou
a citação por Edital do requerido Innocêncio Ricardo.

Em ID 19860629 - Pág. 44, Edital de citação de Innocêncio Ricardo.

A Defensoria Pública, na qualidade de Curadora Especial de Cláudio Roberto de Souza e Silva,


apresentou contestação por negação geral dos fatos, requerendo a improcedência do feito (ID 19860630 -
Pág. 1/3).

O requerido Innocêncio Ricardo, em petição de ID 19860631 - Pág. 1/5, apresentou contestação,


arguindo preliminar de nulidade da citação do Oficial de Justiça por não ser expressão da verdade; inépcia
da inicial ante a impossibilidade jurídica do pedido em razão de o falecido já ter união estável reconhecida
com Berenice Pereira Ferreira, advindo dessa união as filhas Helcimara de Jesus Ferreira e Silva e Joice
de Jesus Ferreira e Silva. Requereu a extinção do feito sem julgamento de mérito.

Por meio de petição acostada em ID 19860632 - Pág. 1/5, as requeridas Helcimara de Jesus
Ferreira e Silva e Joice de Jesus Ferreira e Silva apresentaram contestação nos autos, alegando a inépcia
da inicial, posto que no período da união informada pela autora, o falecido vivia maritalmente com
Berenice Pereira Ferreira, sua mãe. Alegaram a impossibilidade jurídica do pedido, requerendo a extinção
do feito sem resolução de mérito. No mérito alegaram que o falecido constituiu nova união com sua
genitora em 1988, convivência que só foi interrompida com o óbito do mesmo em 1998. Requereram a
improcedência da ação. Juntaram documentos.

Despacho de ID 19860632 - Pág. 21, determinou a intimação da autora para se manifestar acerca
das contestações.

Em manifestação de ID 19860633 - Pág. 1/14, a autora rechaçou as alegações das


contestantes, informando que: a ação que os demandados afirmaram declarar a união estável do de cujus
e Berenice no período de 1988 a 1988, tratou-se de Ação de Justificação, a qual ocorreu sem o
conhecimento de todos os herdeiros necessários do falecido, eis que não foram citados, mesmo sendo
Geovana Eugênia (uma das herdeiras necessárias), a advogada que patrocinou a referida ação de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

justificação, portanto, era conhecedora da existência de outros filhos do de cujus e da necessidade de


citação de todos os interessados, e de má-fé, com o intuito de ocultar a verdade dos fatos, já que é notória
a desavença da advogada consigo. Afirmou que será ajuizada ação de anulação para tornar sem efeito a
decisão outrora proferida. Ressaltou, que só a Ação Declaratória de União Estável tem a finalidade de
declarar o alegado pelos demandados, sendo que na Ação de Justificação não há pronúncia sobre o
mérito, mas sim verificação com a observância das formalidades legais, não tendo força de ação
declaratória.

Acrescentou que o falecido teve sim um relacionamento furtivo com Berenice em meados de
1989 e 1990, contudo, ao descobrir o caso, o falecido afirmou que não teria mais relações com Berenice, e
que somente arcaria com as despesas das filhas, o que ocorreria com o seu consentimento. Acrescentou
que as filhas do de cujus com Berenice haviam frequentado sua casa com a finalidade de estreitar os
laços com seus filhos, posto que Berenice tinha relações com outros homens, o que era de seu
conhecimento e do falecido.

Afirmou, restar evidenciado em todos os documentos acostados na inicial, que o de cujus tinha
sim intenção de conviver maritalmente consigo, já que o próprio, em ação revisional de alimentos
promovida pelo mesmo em face da primeira esposa Teresa, em diversos momentos do processo
mencionou a união consigo. Afirmou ainda, que se as alegações dos demandados fossem verdadeiras,
não teria razão para que o falecido a declarasse como sua dependente e não declarasse Berenice.

Enfatizou, que a aventada preliminar de impossibilidade jurídica do pedido, novamente sob o


argumento de que o de cujus supostamente vivia maritalmente com Berenice no período de 1988 a 1998,
não merece prosperar, visto que a prova do alegado é a Ação de Justificação, a qual fora ajuizada
irregularmente, não estando apta a comprovar as alegações. Enfatizou também, que jamais, por medida
lídima de justiça, seria plausível sequer admitir que a mera apresentação de uma sentença em Ação de
Justificação, cuja validade é questionável, e, sobretudo, que não tem condão de se pronunciar sobre o
mérito, pudesse impedir o regular andamento de uma Ação Declaratória como pretendem os demandados.
Requereu a condenação em litigância de má-fé dos requeridos Helcimara, Joice, Giovana e Innocêncio.

Afirmou que as notas fiscais de compra de um fogão em 1996, juntadas aos autos pelas
requeridas Joice e Helcimara, não tem assinatura do de cujus e tampouco comprovam qualquer vínculo do
mesmo com Berenice, apenas pode-se deduzir, pelo princípio da eventualidade, que como bom pai que
era, o de cujus se preocupava em dar uma condição de vida digna as filhas adquiridas fora da união
consigo. O documento do Banco do Brasil de 1992, para a inclusão das filhas Helcimara e Joice como
beneficiárias do falecido, também não faz qualquer menção a Berenice, ratificando suas alegações.
Ademais, o de cujus a incluiu juntamente com os filhos advindo da união mantida entre eles, como seus
beneficiários. Com relação ao extrato do Sistema Único de Beneficiários DATAPREV informando a
inclusão de Berenice, apenas ratificam sua tese, posto que Berenice somente recebe o referido benefício
por conta da Ação de Justificação promovida na Comarca de Ananindeua, não foi o próprio de cujus que a
inseriu como beneficiária. Com relação a foto, trata-se de única foto tirada em aniversário das filhas
Helcimara e Joice, onde o suposto casal aparece na foto, não lhe restando outra alternativa a não ser
impugnar todas as provas apresentadas em contestação por Giovana, Innocêncio, Cláudio, Joice e
Helcimara, por serem unilaterais e não terem força de provar o alegado em contestação.

Requereu fossem rechaçadas todas as preliminares aventadas nas contestações, com o consequente
acolhimento de todos os pedidos elencados na exordial e na presente peça, bem como o regular
andamento do feito, com fins de ser declarada sua união estável com o falecido. Juntou documentos aos
autos.

A autora por meio de petição de ID 19860633 - Pág. 39, se manifestou acerca da


impugnação ao pedido de assistência judiciária gratuita, afirmando não reunir condições de suportar as
despesas processuais e os honorários advocatícios, sendo que a advogada que a ampara é sua amiga de
muitos anos, razão pela qual a patrocinava de forma gratuita. Com relação aos valores auferidos, oriundos
do seguro de vida de seu companheiro, foram empregados na aquisição do imóvel da família, onde reside
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com seus 4 filhos e 2 netos, sendo o único patrimônio da família, sendo a única provedora do lar. O fato de
ser pensionista não é óbice à concessão da justiça gratuita, tendo em vista que a receita que recebe
destina-se unicamente ao sustento da família, pois seus filhos são autônomos e recebem renda variável,
além de possuir alta despesa com medicamentos de uso contínuo. Assim, não assiste razão a
impugnante, a qual nada provou, limitou-se apenas a fazer ilações, conjecturas e suposições que em nada
refletem a sua realidade.

Requereu a rejeição da impugnação para manter o deferimento da justiça gratuita, nos


termos requeridos na inicial. Juntou documentos aos autos.

Despacho de ID 19860636 - Pág. 1, designou audiência de tentativa de conciliação.

Consta do Termo de Audiência de ID 19860637 - Pág. 1, que a autora e requeridos


compareceram à audiência, com exceção de Cláudio Roberto (revel). O juízo determinou a inclusão no
polo passivo de Berenice Pereira Ferreira.

Os requeridos Patrícia, Maurício, Raquel e Andréia, por petição de ID 19860988 - Pág. 1,


requereram a concessão de justiça gratuita por serem pessoas de parcos recursos financeiros. Juntaram
documentos aos autos.

Certidão de ID 19860988 - Pág. 42, informou a citação de Berenice Pereira Ferreira.

Por meio da contestação em ID 19860989 - Pág. 1, a requerida Berenice, requereu a


concessão da justiça gratuita. Em preliminar alegou a inépcia da inicial em razão de ter vivido em união
estável com o falecido no período de 1988 a 1998, data do óbito do companheiro, sendo o reconhecimento
da união estável da autora com o requerido no período de 10/05/1981 a 20/06/1998 juridicamente
impossível. Alegou ainda a preliminar de impossibilidade jurídica do pedido em razão do pedido da autora
ser incabível, requerendo a extinção do feito sem resolução de mérito. No mérito alegou, ter mantido união
estável com o falecido por longos 10 anos, união que só foi interrompida com a sua morte em 20/06/1998.
Ressaltou que referida união estável foi pública e contínua, com vistas a constituição de sociedade típica
familiar, imperando entre os mesmos uma reciprocidade de afeição e respeito. Ressaltou ainda, que o
falecido mantinha contato com a autora pois tinha quatro filhos com ela, obrigando-se a prestação da
assistência material, educacional e moradia aos menores. Requereu a improcedência da ação. Juntou
documentos aos autos.

A autora, em manifestação à contestação de Berenice (ID 19860990 - Pág. 1), rechaçou todas
as alegações apresentadas. Requereu fossem rechaçadas também as preliminares aventadas, bem como
os argumentos apresentados na contestação; a condenação da requerida em litigância de má-fé e fosse
julgada procedente a ação.

Despacho de ID 19860990 - Pág. 18, determinou a intimação da autora para se manifestar


acerca da Impugnação à Justiça Gratuita deferida, bem como designou data para a realização da
audiência de saneamento em cooperação com as partes.

A autora em petição de ID 19860991 - Pág. 2/12, se manifestou acerca da impugnação ao


pedido de assistência judiciária gratuita, afirmando não reunir condições de suportar as despesas
processuais e os honorários advocatícios, sendo que a advogada que a ampara é sua amiga de muitos
anos, razão pela qual a patrocinava de forma gratuita. Com relação aos valores auferidos, oriundos do
seguro de vida por seu companheiro, foram empregados na aquisição do imóvel da família, onde reside
com seus 4 filhos e 2 netos, sendo o único patrimônio da família, sendo a única provedora do lar. O fato de
ser pensionista não é óbice à concessão da justiça gratuita, tendo em vista que a receita que recebe
destina-se unicamente ao sustento da família, pois seus filhos são autônomos e recebem renda variável,
além de possuir alta despesa com medicamentos de uso contínuo. Assim, não assiste razão a
impugnante, a qual nada provou, limitou-se apenas a fazer ilações, conjecturas e suposições que em nada
1400
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

refletem a sua realidade. Requereu a rejeição da impugnação para manter o deferimento da justiça
gratuita, nos termos requeridos na inicial. Juntou documentos aos autos.

Consta do Termo de Audiência de ID 19860993 - Pág. 11, que a proposta de conciliação restou
infrutífera, tendo sido elencados os pontos controvertidos pela autora; pontos controvertidos pelos
requeridos e os meios de provas a serem produzidos. O juízo fixou os pontos controvertidos, deferiu as
provas requeridas e designou datas para o depoimento pessoal das partes e inquirição de testemunhas,
respectivamente.

Termo de Audiência de ID 19860993 - Pág. 27/35, na qual foi ouvida a autora, os


requeridos Maurício, Berenice, Joice e Helcimara.

Termo de Audiência em ID 19860993 - Pág. 36/40, na qual foram ouvidas as testemunhas, Adelson
Alves da Silva; Eliana Franco França, Dinair Augusta Souza de Souza (informante).

Despacho de ID 19860993 - Pág. 52, determinou a expedição de Carta Precatória ao juízo


do Fórum Distrital de Mosqueiro/PA, para proceder a oitiva da testemunha Ênio Erasmo da Costa Alves.

Em ID 19860994 - Pág. 35, Termo de Audiência para a oitiva da testemunha Ênio Erasmo
da Costa Alves.

Alegações Finais da autora em ID 19860995 - Pág. 1/6, ratificando todos os termos da


exordial.

Em Alegações Finais de ID 19860996 - Pág. 1/7, os requeridos Patrícia, Maurício, Raquel e Andréia
requereram o recebimento dos memoriais, culminando no indeferimento das razões apresentadas nas
contestações dos demais requeridos e na total procedência dos pedidos formulados na exordial; a
manutenção dos benefícios da justiça gratuita e a declaração da união estável da autora com o de cujus.

Certidão de ID 30747964 - Pág. 1, informou que as partes não apresentaram manifestação


ao Ato Ordinatório (digitalização dos autos).

Relatados. Decido.

No caso em análise, a autora requer a declaração de reconhecimento da união estável que alega ter
mantido com o Sr. Innocêncio de Jesus e Silva, falecido em 22/06/1998.

DAS PRELIMINARES

1) DA INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL

Os requeridos Giovana Eugenia de Souza e Silva, Innocêncio Ricardo de Souza e Silva,


Joice de Jesus Ferreira e Silva, Helcimara de Jesus Ferreira e Silva e Berenice Pereira Ferreira, aduziram
a inépcia da inicial, sob a alegação de ausência de pressupostos de constituição e desenvolvimento válido
e regular do processo e a falta das condições da ação, por não ter a autora legitimidade para proposição
da ação, a teor da previsão contida no art. 267, IV e VI CPC/73, atual art. 485, IV e VI, CPC/15

Não assiste razão aos requeridos, uma vez que o pedido da autora em nenhum momento se
revela ilógico em face das razões fáticas trazidas no bojo da peça vestibular, descrevendo os fatos e
fundamentando seu direito a ter declarada a união estável, bem como ao final, fazendo os requerimentos
que entendeu pertinentes.
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Em assim sendo, não merece prosperar a preliminar arguida.

2) DA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO EM RAZÃO DE ANTERIOR


RECONHECIMENTO JUDICIAL DE OUTRA UNIÃO ESTÁVEL

Os requeridos Giovana Eugenia de Souza e Silva, Innocêncio Ricardo de Souza e Silva, Joice de Jesus
Ferreira e Silva, Helcimara de Jesus Ferreira e Silva e Berenice Pereira Ferreira, aduziram a presente
preliminar, sob o argumento de que a autora é carecedora da ação em face da impossibilidade jurídica do
pedido, em face de o de cujus já ter outra união estável reconhecida com a Sra. Berenice Pereira Ferreira,
junto ao juízo da 2ª Vara Cível da Comarca de Ananindeua.

Contudo, a Ação de Justificação Judicial proposta pela Sra. Berenice, não está apta a declarar
e reconhecer a união estável pretendida, posto que não houve o chamamento a lide de nenhum dos
herdeiros do de cujus, Sr. Innocêncio, ainda que a autora tivesse conhecimento da existência de outros
filhos, além das filhas que com ele teve (Helcimara e Joice).

Entendimento jurisprudencial nesse sentido:

EMENTA: RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE INTERDITO PROIBITÓRIO -


LIMINAR DEFERIDA - EXPEDIÇÃO DE MANDADO PROIBITÓRIO - AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO
REALIZADA SEM A PARTICIPAÇÃO DO RÉU - AUSÊNCIA DE CITAÇÃO - VÍCIO INSANÁVEL -
NULIDADE DECLARADA - RECURSO PROVIDO. Realizada audiência de justificação, sem a prévia
citação do réu, que, por isso, não compareceu, o ato é nulo, em razão do disposto no artigo 562, caput,
segunda parte, do CPC. Decisão agravada cassada para determinar, ante a nulidade da audiência
realizada, a renovação de tal ato com a intimação do réu para o exercício do contraditório e da ampla
defesa.(TJ-MT - AI: 10049880620198110000 MT, Relator: JOSE ZUQUIM NOGUEIRA, Data de
Julgamento: 03/07/2019, Terceira Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 26/07/2019)

EMENTA:AGRAVO DE INSTRUMENTO. POSSE. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. LIMINAR


DEFERIDA EM AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO REALIZADA SEM A PARTICIPAÇÃO DAS RÉS.
AUSÊNCIA DE CITAÇÃO DO RÉU. VÍCIO INSANÁVEL. NULIDADE DECLARADA. LIMINAR CASSADA.
Realizada audiência de justificação, sem a prévia citação das rés, que, por isso, não compareceram, o ato
é nulo, em razão do disposto no artigo 562, caput, segunda parte, do Novo CPC. Decisão agravada
cassada para determinar, ante a nulidade da audiência realizada, a renovação de tal ato com a intimação
das rés para o exercício do contraditório e da ampla defesa.AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.
UNÂNIME.(TJ-RS - AI: 70071551808 RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Data de Julgamento: 23/03/2017,
Décima Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: 03/04/2017)

Desse modo, não acolho a preliminar arguida e passo a analisar o mérito:

DO MÉRITO

A União Estável equipara-se à entidade familiar e recebe a proteção do Estado ex vi do


art. 226, § 3º da Lei Maior, aí residindo o legítimo interesse da Autora, em ver assegurados direitos dela
resultantes.

Art. 226 - A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

§3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento (CF/88).

O art. 1.723 do CC dispõe que: “É reconhecida como entidade familiar a união estável entre homem e a
mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de
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constituição de família”.

Insta ressaltar que, em que pese o dispositivo legal supracitado faça menção à
expressão “entre homem e mulher”, não se pode olvidar que o Direito Brasileiro consagra a possibilidade
do reconhecimento de união estável homoafetiva. O referido artigo deve ser interpretado analogicamente,
a teor do art. 4º da LINDB, de modo que as uniões mantidas por casais do mesmo sexo como entidade
familiar tenham o mesmo tratamento das uniões estáveis heterossexuais, em observância aos Princípios
Constitucionais da Dignidade da pessoa Humana (art. 1º, inciso III) e da Igualdade (art. 3º, inciso IV).

Sobre a caracterização do instituto da união estável, a ilustre jurista Maria Berenice


Dias leciona:

“A publicidade denota a notoriedade da relação no meio social frequentado pelos companheiros,


objetivando afastar de definição de entidade familiar as relações menos compromissadas, nas quais os
envolvidos não assumem perante a sociedade a condição de como se casados fossem. Ainda que não
exigido decurso de lapso temporal mínimo para a caracterização da união estável, a relação não deve ser
efêmera, circunstancial, mas sim prolongada no tempo e sem solução de continuidade do vínculo. A
unicidade do enlace afetivo é detectada sopesando-se todos os requisitos legais de forma conjunta e, ao
mesmo tempo, maleável. (Manual de Direito das Famílias, 9ª ed. , Editora RT, 2013, pág. 180.)

Portanto, uma vez presentes os requisitos caracterizadores da união estável seja ela mantida
por casais heterossexuais ou do mesmo sexo, merece proteção mediante tutela jurisdicional.

A união estável, em conformidade com a legislação que rege o tema, só não pode ocorrer quando
estiverem presentes as causas que geram o impedimento para o casamento, estando essas descritas nos
incisos do artigo 1.521 do Código Civil.

Ressalte-se que cabe ao autor o ônus probante quanto ao fato constitutivo de seu direito; e
ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor nos termos do
art. 373 do CPC.

Nessa esteira caminha a Jurisprudência pátria:

EMENTA:CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. DECLARAÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL POST MORTEM. NÃO


COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS CONFIGURADORES. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO.
SENTENÇA MANTIDA. 1 - INCUMBE À PARTE QUE PLEITEIA EM JUÍZO O RECONHECIMENTO DE
UNIÃO ESTÁVEL COMPROVAR A CONVIVÊNCIA DO CASAL DE FORMA PÚBLICA, CONTÍNUA,
DURADOURA E ESTABELECIDA COM O OBJETIVO DE CONSTITUIÇÃO DE FAMÍLIA, OBSERVADOS
OS DEVERES DE RESPEITO, FIDELIDADE/LEALDADE E MÚTUA ASSISTÊNCIA ENTRE OS
COMPANHEIROS (INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 1.723 E 1.724 DO CÓDIGO CIVIL). 2 - NÃO SE
DESINCUMBINDO A P ARTE AUTORA DO ÔNUS DA PROVA QUE LHE COMPETIA (ART. 333, I, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL), A IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO É MEDIDA QUE SE IMPÕE.
APELAÇÃO CÍVEL DESPROVIDA.(TJ-DF - APL: 64186020068070005 DF 0006418-60.2006.807.0005,
Relator: ANGELO PASSARELI, Data de Julgamento: 09/12/2010, 5ª Turma Cível, Data de Publicação:
14/12/2010, DJ-e Pág. 121)

In casu, observamos que os requisitos caracterizadores da União Estável, quais sejam: a


convivência more uxorio, affectio maritalis, continuidade e notoriedade encontram-se robustamente
provados no caso concreto, tendo a parte autora se desincumbido de seu ônus probante. Comprovou-se
que o casal mantinha união estável, conforme se vislumbra pelos documentos acostados em ID 19860612
- Pág. 18/19/32/36; 19860620 - Pág. 3/26/34/36/38/53/56 e 19860622 - Pág. 2/4, dentre eles, o seguro
Quero – Vida tendo como dependente a autora; extrato de proposta Brasilseg Seguradora, figurando a
autora como beneficiária na totalidade do seguro; Certificado Individual de Seguro de Vida em Grupo -
AABB – Porto Alegre/RS, na qual a companheira(autora) do falecido seria a beneficiária; documento feito
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de próprio punho pelo falecido à AABB, informando a autora para beneficiária do seguro de vida;
documento do Banco do Brasil S.A., onde consta a autora como dependente econômica do de cujus, na
qualidade de companheira; Extrato de Conta da loja Y. Yamada S/A, constando a autora como
dependente do falecido; Contrato de Concessão de Uso do Lote Jazigo celebrado pela autora para uso
como 1º óbito do falecido; recibo em nome da autora referente ao preparo da lápide no falecimento do Sr.
Innocêncio; documento da Caixa de previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, constando a
requerente como beneficiária da pensão por morte do falecido; Certidão PIS/PASEP/FGTS em nome do
falecido, constando a autora na condição de companheira como dependente; documento da Previdência
Social tendo como segurado o falecido e na qualidade de companheira a autora e cheque do Banco do
Brasil possuindo a autora conta conjunta com o falecido.

Impende destacar que os depoimentos das testemunhas arroladas pela autora


coadunam-se com as informações trazidas na exordial de que o casal vivia em união estável a qual
perdurou até o falecimento do Sr. Innocêncio de Jesus e Silva em 20/06/1998. Eis trechos dos
depoimentos:

Sr. Adelson Alves da Silva (ID 19860993 - Pág. 36/37):

“Que prestou serviços para o de cujus entre os anos de 1990 a 1995; que eram pequenos serviços de
reparos na residência do mesmo, localizada na Mariz e Barros, antiga estrela, não se recorda o número da
casa; Que o de cujus residia com mulher e filhos; Que o nome da mulher do de cujus era Vera Lúcia; Que
desde que conheceu o de cujus o mesmo lhe apresentou uma autora como sua mulher; Que quando o de
cujus lhe orientava sobre o que queria acerca dos serviços dizia que qualquer dúvida era para o
requerente perguntar para Dona Vera; Que nessa última ligação o serviço a ser realizado era na casa da
Mariz e Barros; Que todas as vezes que esteve na residência do de cujus para fazer reparos chegava
cedo, entre 6:30hrs e 07:00hrs e o de cujus sempre estava no local; Que o de cujus e a autora se
comportavam como marido e mulher...”.

Sra. Eliana Franco França (19860993 - Pág. 37/38):

“Que conhece a autora que é sua vizinha, conheceu o de cujus, conhece os requeridos Patrícia, Maurício,
Raquel e Andréia; Não conhece os demais requeridos; Que conheceu a autora e o de cujus e os filhos do
casal quando foram residir na Tv. Mariz e Barros; Que ocorreu no ano de 1990; Que nunca teve muito
contato com os vizinhos, que cumprimentava com “bom dia” “boa tarde”, mas tem conhecimento que os
mesmos se apresentavam como casal e os filhos eram comuns; Que a autora, o de cujus e os filhos
residiam na Mariz e Barros até 1998 quando o de cujus faleceu; Que costumava ver o de cujus na
residência em horários variados, pela manhã, a tarde, pela noitinha; Que pode afirmar que o de cujus
residia na casa da Mariz e Barros; Que o de cujus e a autora se apresentavam como marido e mulher;
Que não compareceu no velório e nem no sepultamento mas participou do terço após o falecimento...”.

A autora em seu depoimento foi firme, precisa e inflexível quanto as afirmações,


corroborando as alegações contidas na exordial, não deixando qualquer dúvida acerca da existência da
união estável havida entre ela e o de cujus pelo período assinalado.

Assim, vislumbro que o caso em tela se enquadra na hipótese prevista no art. §1º do art.
1.723, do CC, não existindo qualquer óbice ao reconhecimento da união estável havida entre a autora e o
falecido, os demais elementos de prova, sobretudo os documentos carreados junto à inicial, demonstram
fortemente que a autora viveu em regime de união estável com o de cujus até a data do seu falecimento.

Isto posto, por tudo que dos autos constam e com fulcro no art. 226, §3º da CF/88, art. 1.723 do CC
e Lei 9.278/96, julgo PROCEDENTE A PRESENTE AÇÃO, para declarar como de fato declaro a
existência da União Estável entre VERA LÚCIA ESTEVES DE LIMA RIBEIRO INNOCÊNCIO DE
JESUS E SILVA pelo período compreendido de 10/05/1981 até 20/06/1998, data do falecimento
deste.
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Por fim, julgo extinto o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I do CPC.

Deixo de condenar os requeridos Giovana Eugenia de Souza e Silva, Innocêncio Ricardo


de Souza e Silva, Joice de Jesus Ferreira e Silva e Helcimara de Jesus Ferreira e Silva em litigância de
má-fé, por entender que os mesmos apenas buscam o reconhecimento do que entendem de direito.

Sem custas em razão do deferimento da justiça gratuita, a qual estendo aos requeridos.

Expeça-se o que for necessário em conformidade com a lei.

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Servirá o presente por cópia digitada como mandado.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. José Antônio Ferreira Cavalcante

Juiz da 4ª Vara de Família da Capital, em exercício

Número do processo: 0876032-21.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: M. S. M. F. M.


Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL RAMOS DA SILVA YOUSSEF AROUS OAB: 25574/PA
Participação: REQUERIDO Nome: J. R. M. R. C. C. J. R. M. Participação: ADVOGADO Nome: DANILO
CORREA BELEM OAB: 14469/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Processo nº: 0876032-21.2020.8.14.0301

R.H.

Com fulcro no art. 10 do CPC, intime-se a parte requerida para se manifestar acerca do teor das
petições de ID 30660059, 29795476 e 27658928, no prazo de 05 (cinco) dias.

Após, com ou sem manifestação, voltem-me os autos imediatamente conclusos para decisão.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. José Antônio Ferreira Cavalcante

Juiz da 4ª Vara de Família da Capital, em exercício


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UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 5 VARA DE FAMÍLIA

Número do processo: 0859160-62.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. S. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: ITA CAVALEIRO DE MACEDO MENDONCA OAB: 10159PA/PA
Participação: REQUERIDO Nome: T. D. L. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: NEY GONCALVES DE
MENDONCA JUNIOR OAB: 007829/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

Sentença/2021 (c/ mérito)

I. RELATÓRIO

Trata-se de AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO cumulada com ALIMENTOS, proposta por ERICA SALES
BRITO, em face de RAFAEL AUGUSTO MONTEIRO DE LIMA, com fundamento no § 6º do artigo 226 da
Constituição Federal (com nova redação dada pela EC nº 66/2010), artigo 40 da Lei nº 6.515/77, Leis nº
5.478/68 e 13.058/2014 e artigos 1.583, 1.589 e 1.696 do Código Civil.

Narra a exordial que a autora é casada com o requerido sob o regime de comunhão parcial de bens,
advindo da união o menor DANILO RAFAEL BRITO DE LIMA, menor impúbere. A autora informa que
durante a constância do casamento não foram adquiridos bens e manifesta vontade de retornar a utilizar o
nome de solteira. Ressalta que o filho possui despesas mensais no valor de R$ 1.330,00 (um mil e
trezentos e trinta reais), contudo o demandado se recusa a rateá-las e pretende contribuir apenas com a
quantia de R$ 300,00 (trezentos reais) e mais plano de saúde que é descontado em folha de pagamento.
Informa que o requerido possui mais 02 (dois) filhos cuja a pensão é descontada de seus rendimentos.
Requer, ao final, a guarda unilateral do menor com direito de visita paterno-filial livre e fixação de
alimentos no valor correspondente a 30% (trinta por cento) dos vencimentos e vantagens do alimentante.

Em decisão interlocutória ID. 9348162 foi decretado o divórcio do casal, bem como foi estabelecida,
provisoriamente, a guarda compartilhada do menor, com domicílio de referência no lar materno e
regulamentada a convivência paterno-filial. Foram fixados alimentos provisórios no valor de 15% (quinze
por cento) dos vencimentos e vantagens auferidos pelo genitor e remessa dos autos ao CEJUSC a fim de
promover audiência de tentativa de conciliação entre as partes (ID. 9348162).

Encaminhados os autos ao CEJUSC, a tentativa de conciliação restou prejudicada vez que compareceu
somente a parte requerida (ID. 12430429).

Em sede de contestação, consta que o requerido é Policial Militar e possui mais 02 (dois) outros filhos, a
quem paga 25% (vinte e cinco por cento) de seus vencimentos, sendo 12,5% (doze e meio por cento) para
cada filho. Alega que mora na casa de sua mãe e vem sendo impedido de visitar o menor. Informa que
contribui para o sustento do menor com a quantia mensal de R$ 400,00 (quatrocentos reais). Em razão da
jornada de trabalho, o requerido pleiteia pela concessão da guarda compartilhada, com domicílio de
referência no lar materno e convivência paterno-filial duas vezes por semana, a depender de sua escala
de trabalho, bem como requer que os alimentos sejam estabelecidos em 12,5% de seus proventos
mensais (ID. 12713064) em paridade com os outros filhos.

A autora apresentou réplica à contestação, concordando com os pedidos de guarda e convivência


propostos pelo requerido, porém pleiteia que os alimentos sejam fixados em 15% (quinze por cento) dos
rendimentos do genitor (ID. 14354258).

Em decisão interlocutória de mérito foi regulamentada a guarda compartilhada do menor, com domicílio de
referência no lar materno, bem como o direito de convivência paterno-filial durante 02 (dois) dias da
semana, devendo ser previamente acordado com a genitora. O processo prosseguiu somente com relação
ao pedido de Alimentos, foi saneado e fixado como ponto controvertido apenas o valor dos alimentos a
serem fixados em definitivo em favor do menor (ID. 16683964).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Em audiência de instrução e julgamento realizada no dia 19/11/2020, foram colhidos os depoimentos das
partes (ID. 21411916).

As partes apresentaram alegações finais, a autora, conforme ID. 21470824 e o requerido no ID.
21607027.

Instado a se manifestar, o Ministério Público, por intermédio de seu representante legal, opinou pela
procedência parcial do pedido, com fixação de alimentos no valor correspondente a 12,5% dos
vencimentos do alimentante, mais o pagamento do plano de saúde do menor (ID. 29022468).

II. FUNDAMENTAÇÃO

Analisando os autos, verifico que o processo se encontra instruído e pronto para sentença, inclusive com a
manifestação prévia do Ministério Público.

No que diz respeito aos alimentos, assim prescrevem os artigos 1.694, 1.696, 1.697, 1.698, 1.699 e 1.703
do Código Civil, verbis:

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que
necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação.

§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da
pessoa obrigada.

§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de necessidade


resultar de culpa de quem os pleiteia.

Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os
ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.

Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de sucessão
e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.

Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar
totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas
obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada
ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.

Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de
quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução
ou majoração do encargo.

Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção
de seus recursos.

Dessa forma, encontram-se presentes os pressupostos de admissibilidade do julgamento do mérito (artigo


485 do CPC), permitindo, assim, prosseguir no exame da demanda.

Em se tratando do filho, DANILO RAFAEL BRITO DE LIMA, menor impúbere, com 04 (quatro) anos de
idade, conforme se constata pela cópia de sua certidão de nascimento de ID. 8624415, suas necessidades
são presumidas, cabendo então ater-se mais em verificar as possibilidades do requerido de prestar os
alimentos no patamar pleiteado, de modo a suprir as necessidades básicas do filho em termos de
alimentação, saúde, educação, vestuário, lazer, dentre outras.
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Com relação ao requerido, o contracheque de ID. 12713071 confirma que ele, realmente, possui vínculo
de trabalho com a Polícia Militar do Estado do Pará, bem como presta alimentos no valor de 25% (vinte e
cinco por cento) de seus vencimentos e vantagens para seus 02 (dois) outros filhos, sendo 12,5% para
cada um.

Ésabido que para a fixação dos alimentos deve ser observado o que a doutrina designou do chamado
binômio possibilidade/necessidade e que a nova hermenêutica acrescentou o da proporcionalidade ou
razoabilidade como mais um critério a ser analisado, motivo pelo qual o valor deve se equacionar na
proporção dos rendimentos do alimentante, de modo que também não fique impossibilitado em sua
subsistência e que, finalmente, sejam eles razoáveis considerando toda a questão que envolve a situação
fática e familiar.

Assim, uma vez comprovado que o autor possui outros filhos sob sua dependência econômica, entendo
por justo e razoável em fixar em definitivo os alimentos em favor do requerente em 12,5% (doze e meio
por cento) dos vencimentos e demais vantagens auferidos pelo requerido, excluídos, apenas, os
descontos obrigatórios (imposto de renda e contribuição previdenciária), mais o pagamento do plano de
saúde que já vem sendo descontando em seu contracheque, ante o princípio da igualdade entre os filhos.

III. DISPOSITIVO

Isto posto, considerando tudo o mais que dos autos consta e o parecer do nobre representante do
Ministério Público, JULGO PROCEDENTE, em parte, o pedido, arbitrando, em definitivo, alimentos em
favor do menor requerente, na ordem de 12,5% (doze e meio por cento) dos vencimentos e demais
vantagens auferidos pelo requerido, excluídos, apenas, os descontos obrigatórios (imposto de renda e
contribuição previdenciária), mais o pagamento do plano de saúde do infante, que já vem sendo
descontado em folha de pagamento. Torno definitivas as decisões interlocutórias ID. 9348162 e ID.
16683964, referentes ao Divórcio, Guarda e Direito de convivência, decisão esta que prolato com
fundamento no artigo 487, I, do Código de Processo Civil.

Expeça-se ofício à fonte pagadora do alimentante comunicando acerca dos alimentos definitivos para que
sejam descontados e depositados em conta bancaria da Representante Legal do menor.

Custas na forma do art. 98, § 3º do CPC. Transitada em julgado, arquive-se os autos com as cautelas
legais, dando-se baixa no registro.

P. R. I.

Belém/PA, data registrada eletronicamente.

JOSÉ ANTONIO CAVALCANTE

Juiz de Direito Titular da 5ª Vara de Família

Número do processo: 0810194-97.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: R. H. C. D. D.


Participação: ADVOGADO Nome: PAMELA FALCAO CONCEICAO OAB: 20237/PA Participação:
ADVOGADO Nome: GUSTAVO COELHO CAVALEIRO DE MACEDO PEREIRA OAB: 14816/PA
Participação: REQUERIDO Nome: J. D. C. D. Participação: ADVOGADO Nome: EMMANOEL ILKO
CARVALHO OLIVEIRA OAB: 013742/PA Participação: ADVOGADO Nome: INAE OLIVEIRA BENTES
OAB: 018322/PA

Processo: 0810194-97.2021.8.14.0301
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Ação: DIVÓRCIO LITIGIOSO cumulada com PARTILHA DE BENS

Requerente: RITA HELENA CREÃO DUARTE DANIN

Requerido: JORGE DA CONCEIÇÃO DANIN

DECISÃO – MANDADO

R. hoje.

Com a decretação, liminar, do divórcio (ID 23537523), vê-se que a única questão que ainda remanesce
para o deslinde do feito é a atinente à partilha de bens, sobre a qual passo assim a deliberar:

1. Dos bens arrolados para partilha, apenas com relação ao veículo marca Chevrolet, modelo Cobalt LTZ
1.4, ano 2015/2015 e aos valores depositados na conta corrente 01078228-1, agência 3835 do Banco
Santander, de titularidade do Sr. YUJI KAWAMURA BARCELLOS DE ALBUQUERQUE, esposo da filha
mais nova do ex-casal, Sra. NATHÁLIA DUARTE DANIN BARCELLOS DE ALBUQUERQUE, sendo esta
que os administra, no montante de R$-61.000,00 (sessenta e um mil reais), é que há consenso acerca de
sua divisão de forma igualitária. Desde modo, a fim de permitir o julgamento antecipado do mérito quanto a
estes bens, determino a intimação das partes para que façam a juntada aos autos do necessário
documento comprobatório de sua existência e propriedade (CRLV).

2. No que diz respeito à partilha dos bens móveis que guarnecem o imóvel em que as partes residiam, o
requerido, por ocasião da audiência de tentativa de conciliação (ID 25973924), disse não se opor ao
pedido da requerente, desde que seja previamente agendado entre os advogados das partes, dia e hora
para sua retirada, e assim deverão fazê-lo primando pela equidade na divisão.

3. Já no que se refere à partilha do imóvel localizado no Conjunto Mendara I, Rua K nº 23 – Marambaia,


deverá ser objeto de avaliação por oficial de justiça, com o fim de apurar o atual valor de mercado tanto
para fim de sua alienação como locação, tendo em vista que a requerente pleiteia a fixação de aluguel em
seu favor, enquanto o divorciado permanecer residindo no imóvel e até que seja realizada sua venda, em
virtude do que, por ora, indefiro o referido pedido, vez que não existe nos autos nenhuma avaliação
técnica do imóvel que possa subsidiar decisão do juízo neste sentido. Por consequência, expeça-se
mandado a ser cumprido por oficial de justiça, no prazo de 30 (trinta) dias, com tal desiderato.

4. No que tange ao imóvel situado na Rua Bernal do Couto nº 683, Vila Danin, casa nº 49 – Umarizal, não
deverá integrar a partilha de bens, haja vista que a própria requerente declarou na inicial que foi objeto de
doação de uma irmã de criação do requerido, Sra. Hilda Danin Vale, haja vista que pelo regime de bens
adotado pelas partes, in casu, comunhão parcial de bens (certidão de casamento juntada sob o ID
23201459), não comunica para fim de partilha.

5. Intime ainda a requerente para fazer juntada aos autos dos extratos de suas contas bancárias junto ao
Banpará e Caixa Econômica Federal, no período compreendido entre novembro/2019 e novembro/2020.

6. Tão logo juntado aos autos o laudo de avaliação do imóvel, intime as partes para sobre ele se
manifestar.

7. Após, voltem-me conclusos os autos.

8. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

Belém/PA, data registrada eletronicamente.

JOSÉ ANTONIO CAVALCANTE


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Juiz de Direito Titular da 5ª Vara de Família

Número do processo: 0808445-45.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: R. C. F. D. C. R. C. C. R.


C. F. D. C. Participação: ADVOGADO Nome: JOSE AUGUSTO COLARES BARATA OAB: 16932/PA
Participação: REU Nome: W. A. V.

DESPACHO

R. hoje.

Ante o tempo decorrido desde o ajuizamento da inicial, manifeste-se a autora, no prazo de 10 (dez) dias,
se a menor ainda se encontra em poder do pai e por consequência, se ainda tem interesse na medida
pleiteada

Int.

Belém/PA, data registrada no sistema.

JOSÉ ANTÔNIO CAVALCANTE

Juiz de Direito

Número do processo: 0833499-13.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JOAO


FRANCISCO MARTINS DA ROCHA JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: EDILBERTO AFONSO
OLIVEIRA DA SILVA OAB: 24140/PA Participação: REQUERIDO Nome: MARIA CLAUDIA FERREIRA DA
NATIVIDADE Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Sentença/2021 (Homologatória de Acordo)

I. RELATÓRIO

Cuida-se de AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL, proposta por JOÃO


FRANCISCO MARTINS DA ROCHA JÚNIOR e MARIA CLÁUDIA FERREIRA DA NATIVIDADE.

Em conformidade ao termo acordo de ID. 29258928, as partes resolveram conciliar nos seguintes termos:

1- Período da União Estável: os acordantes viveram em união estável no período de 20 de julho de 2006
a julho de 2020;

2- Partilha de bens: não há bens a partilhar;

3- Guarda de filho (s): da união não nasceram filhos;

4- Pensão entre os requerentes: dispensa;

Despicienda a intervenção do Ministério Público, pois não caracterizadas as hipóteses do artigo 178 do
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CPC.

II. FUNDAMENTAÇÃO

Diz o caput do artigo 200 do Código de Processo Civil:

Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem
imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.

Dispõe o art. 840 do Código Civil/2002 que:

Art. 840. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas.

O artigo 487 do Código de Processo Civil determina:

Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:

III - homologar:

b) a transação.

Trata-se de pedido de homologação de acordo formulado por pessoas capazes e devidamente


representadas, sendo o objeto lícito. Os documentos necessários foram juntados. As formalidades legais
na lavratura da avença e no aspecto processual foram observadas. Os interesses existentes nos autos
foram preservados.

Logo, considerando que o acordo se encontra em consonância com as exigências legais, deve ser
homologado, impondo-se a extinção do processo, com resolução de mérito, a teor do que dispõe o Código
Processual Civil.

III. DISPOSITIVO

Isto posto, homologo, por sentença, o acordo celebrado pelas partes, materializado na manifestação de
vontades constantes no termo acordo de ID. 29258928, para que produza seus jurídicos e legais efeitos,
com fundamento no artigo 200 do CPC cumulado com o artigo 840 do CC.

Em consequência, tendo a transação efeito de sentença entre os interessados, extingo o processo, com
resolução de mérito, a teor do disposto no artigo 487, inciso III, alínea b, do CPC.

Custas pelos requerentes.

Certifique-se o trânsito em julgado e, arquivem-se os autos com as cautelas legais, dando-se baixa no
registro.

P. R. I.

Belém, data registrada eletronicamente.

JOSÉ ANTONIO CAVALCANTE

Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0839672-53.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: E. P. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: DALIANA SUANNE SILVA CASTRO OAB: 20234/PA Participação:
REQUERIDO Nome: J. V. P. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PROCESSO: 0839672-53.2021.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Intimem-se as partes sobre a expedição da precatória, nos termos do § 1º do Art. 261 do CPC (Art. 1º, §
2º, VIII do Prov. 006/20006 da CJRMB). De ordem, data da assinatura registrada pelo sistema.

Kátia Cilene Silva de Lima

Analista Judiciário da UJP-Família de Belém-PA

Número do processo: 0845643-19.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: G. S. R. B.


Participação: ADVOGADO Nome: CARMEN MANUELA LOPES GONCALVES OAB: 27573/PA
Participação: REQUERIDO Nome: R. F. S. Participação: ADVOGADO Nome: CARMELITA PINTO FARIA
OAB: 17828/PA

Processo: 0845643-19.2021.8.14.0301

Ação: DIVÓRCIO LITIGIOSO cumulada com PARTILHA DE BENS, GUARDA DE MENOR,


REGULAMENTAÇÃO DE DIREITO À CONVIVÊNCIA e ALIMENTOS, com pedido tutela antecipada de
evidência e urgência

Requerente: GILVANA SUELY RIBEIRO BERNARDES SANCHES

Requerido: RAFAEL FERREIRA SANCHES

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA DE MÉRITO – MANDADO

R. hoje.

Uma vez efetivada a emenda da inicial (ID 31882345), passo assim a deliberar sobre os pedidos:

1. Apreciando o pedido formulado pela requerente, quanto à decretação do divórcio do casal antes da
conclusão do presente feito, entendo que o mesmo é pertinente e deve ser deferido.

A Emenda Constitucional nº 66/2010 veio a dar uma nova dimensão a questão do divórcio, ao extirpar do
ordenamento jurídico o debate sobre a culpa pelo rompimento. Assim, o divórcio é, hoje, apenas um direito
potestativo das partes, isto é, trata-se de um direito de interferência. Vale dizer, cuida-se de um direito que,
ao ser exercido, interfere na esfera jurídica de terceiro, sem que esta pessoa nada possa fazer.

Nos dias atuais, o divórcio não se encontra submetido a qualquer tipo de questionamento. É, portanto, um
pleito incontroverso. E no caso do presente feito, a autora alega que não convive mais com o requerido
desde o mês de novembro/2020.
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O casal já está separado de fato, de modo que não há mais sentido manter o vínculo matrimonial vigente,
prolongando, desnecessariamente, a situação de casados das partes.

Vê-se, portanto, que não há óbice para a concessão do divórcio do casal, porque, como já referido
alhures, trata-se de uma questão incontroversa.

Ante o exposto, com fundamento no artigo 311, IV, do CPC, concedo a tutela provisória satisfativa de
evidência, para decretar, liminarmente, o divórcio do casal RAFAEL FERREIRA SANCHES e GILVANA
SUELY RIBEIRO BERNARDES SANCHES.

Expeça-se, desde logo, o respectivo mandado ao cartório de registro civil competente, para proceder à
averbação do divórcio ora concedido, voltando a requerente a usar o nome de solteira, qual seja, ERICA
VILHENA DA SILVA.

2. Quanto ao pedido de guarda, provisória, unilateral, indefiro-o, por ora, tendo em vista que a partir da
edição da Lei nº 13.058/2014 se estabeleceu que a guarda dos filhos deva, em regra, ser estabelecida de
forma compartilhada, uma vez que esta modalidade de guarda é a mais benéfica e que melhor atende aos
interesses do menor envolvido, não havendo, no momento, elementos nos autos que possam convencer
este juízo do contrário.

Ante as supracitadas razões, determino que a guarda do menor JOÃO RAFAEL DE NAZARÉ
BERNARDES SANCHES seja exercida de forma compartilhada, com domicílio de referência na casa da
mãe/requerente, ficando regulamentado o correlato direito à convivência do pai/requerido nos moldes,
usualmente, adotados por este Juízo em casos análogos, quais sejam:

a) Finais de semanas alternados, podendo apanhá-lo às sextas-feiras, a partir das 18h, e entregá-lo na
segunda-feira na escola;

b) Poderá apanhar o menor todas as quartas-feiras na saída da escola, devendo-o quinta-feira também na
escola;

c) Nas férias escolares, o menor as desfrutará uma metade com um dos pais e a subsequente com o
outro, com início alternado de ano a ano, sendo os primeiros 15 (quinze) dias com o pai/requerido, ou
mediante entendimento direto entre os genitores;

d) O Dia dos Pais e o Dia das Mães serão passados com os respectivos genitores; se coincidirem com o
final de semana reservado ao genitor do evento, haverá compensação em favor do outro, no fim de
semana seguinte;

e) O menor passará as festas de final de ano com os pais, alternadamente, iniciando-se no Natal/2021
com a mãe/requerente e Ano Novo 2021/2022, com o pai/requerido, podendo ser alterado, mediante
entendimento direto entre os genitores;

f) A data natalícia do menor será festejada de comum acordo com ambos os pais, atendidos, sempre, o
interesse do aniversariante, podendo o pai/requerido visitá-lo se o aniversário for passado com a
mãe/requerente e vice-versa;

g) As datas natalícias dos genitores do menor e seus respectivos avós serão desfrutadas na companhia
dos mesmos; se coincidirem com o final de semana reservado ao genitor do evento, haverá compensação
em favor do outro, no fim de semana seguinte;

h) Os feriados prolongados serão passados, alternadamente, na companhia de um dos pais, sendo que o
próximo (07/09 – Proclamação da Independência), o menor passará com a mãe/requerente, podendo ser
alterado, mediante entendimento direito entre os genitores;
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i) Arbitro, desde logo, com fulcro nos artigos 536, § 1º, e 537 do CPC, para o caso de descumprimento do
direito à visita por parte da mãe/requerente, multa diária no valor de ½ (meio) salário mínimo que será
revertida em favor do pai/requerido.

3. Em virtude da relação matrimonial existente entre a requerente e o requerido e dada a condição dele de
pai do supracitado menor, comprovada, respectivamente, pelas certidões de casamento e de nascimento
juntadas sob o ID 31209152 e 31209153; o dever de mútua assistência que incumbe aos cônjuges (artigo
1.694 do Código Civil) e que o dever de sustento da prole incumbe a ambos os pais (artigo 1.566 do
Código Civil), entendo, por justo e razoável, considerando o trinômio necessidade x possibilidade x
proporcionalidade e os elementos de prova que ora se apresentam, em arbitrar os alimentos provisórios in
natura em favor da divorcianda, consistente no pagamento do plano saúde UNIMED pelo período de 24
(vinte e quatro) meses, haja vista o caráter transitório da obrigação alimentar entre cônjuges, e em favor
dos filho do casal na ordem de 05 (cinco) salários mínimos, que deverão ser depositados, até o dia 05
(cinco) de cada mês subsequente ao vencido, na conta bancária da representante legal do menor.

4. Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a
mediação e conciliação.

Assim, com fundamento no artigo 695, §§ 1º a § 4º, do CPC, determino a citação/intimação da parte
requerida e a intimação da requerente, por meio eletrônico, via aplicativo WhatsApp, nos números de
celular informados na inicial, devendo ser solicitado documento de identificação da parte no ato da
citação/intimação, com o fim de participarem da audiência de tentativa de conciliação/mediação no dia
04/10/2021 às 9h, que ocorrerá de forma virtual, via plataforma Microsoft Teams, cujo link para ingresso
na sala de audiência virtual deverá ser enviado para os e-mails indicados na inicial. Se houver acordo,
lavrar-se-á o respectivo termo, que será homologado pelo juízo e finalizado o processo. Ficando, desde
logo, as partes advertidas de que, o não comparecimento injustificado à audiência é considerado ato
atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até 2% (dois por cento) da vantagem
econômica pretendida ou do valor da causa (artigo 334 § 8º do CPC).

5. Não havendo acordo, a parte requerida deverá apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias a
contar da data da audiência, desde que o faça por intermédio de advogado/defensor.

6. Uma vez requerido a tramitação dos presentes autos pelo “Juízo 100% Digital”, deverá a parte
demandada até a contestação se manifestar pela concordância ou não. Cientes as partes que poderão se
retratar uma única vez pela forma de tramitação pelo “Juízo 100% Digital”.

7. Para a audiência, intimem o MP e a Defensoria Pública (nos processos em que atuar), e/ou o Advogado
da parte, na forma legal.

8. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

Belém/PA, data registrada eletronicamente.

JOSÉ ANTONIO CAVALCANTE

Juiz de Direito Titular da 5ª Vara de Família

Número do processo: 0847119-92.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: E. D. S. R.


Participação: REQUERIDO Nome: M. R. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.
1415
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo: 0847119-92.2021.8.14.0301

Ação: GUARDA DE MENOR cumulada com REGULAMENTAÇÃO DE DIREITO À CONVIVÊNCIA e


ALIMENTOS, com pedido de tutela antecipada de urgência

Requerentes: ELZA DA SILVA RAIOL FARIAS, por si e na qualidade de representante legal de sua neta, a
menor impúbere JENNIFER BEATRIZ RAIOL DA SILVA

Requerida: MICHELY RAIOL DA SILVA

DECISÃO – MANDADO

R. hoje.

1. Concedo às requerentes os benefícios da gratuidade da justiça (artigo 98, § 3º, do CPC).

2. Processe o feito em segredo de justiça e com prioridade (artigos 189, II e 1.048, II, § 2º, do CPC).

3. Considerando as circunstâncias, os fatos expostos no pedido e a documentação carreada aos autos,


nos termos do artigo 33 e seguintes da Lei nº 8.069/90 - ECA, CONCEDO, LIMINARMENTE, A GUARDA
PROVISÓRIA da menor JENNIFER BEATRIZ RAIOL DA SILVA à requerente, em virtude de se encontrar
na posse de fato da adolescente, sem prejuízo de eventual revogação consoante preceitua o artigo 153 do
referido estatuto, devendo, consequentemente, ser lavrado o respectivo termo.

4. Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a
mediação e conciliação.

Assim, com fundamento no artigo 695, §§ 1º a § 4º, do CPC, determino a citação/intimação da parte
requerida e a intimação da parte autora, pessoalmente e pelo presente mandado, para comparecerem no
dia 07/12/2021 às 10h, acompanhadas de seus respectivos advogados/defensores, a Sala de Audiências
da 5ª Vara de Família, no 1º andar do Prédio Anexo do Fórum Cível desta capital, situado na Rua Coronel
Fontoura s/n (Praça Felipe Patroni) - Cidade Velha, Belém-PA, com o fim de participar de audiências de
tentativa de conciliação/mediação. Se houver acordo, lavrar-se-á o respectivo termo, que será homologado
pelo juízo e finalizado o processo.

5. Não havendo acordo, a parte requerida deverá apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias a
contar da data da audiência, desde que o faça por intermédio de advogado/defensor

6. A ausência injustificada da parte autora em qualquer audiência designada no processo, implica na


extinção da ação e arquivamento. A ausência injustificada da parte requerida poderá implicar em revelia e
confissão quanto à matéria de fato.

7. Para a audiência, intimem o MP e a Defensoria Pública (nos processos em que atuar), e/ou o Advogado
da parte, na forma legal.

8. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

Belém/PA, data registrada eletronicamente.

JOSÉ ANTONIO CAVALCANTE

Juiz de Direito Titular da 5ª Vara de Família


1416
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0847099-04.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: B. D. O. M.


Participação: ADVOGADO Nome: EDVAN NEGREIROS MENEZES OAB: 27741/PA Participação:
REQUERENTE Nome: E. S. D. J. Participação: ADVOGADO Nome: EDVAN NEGREIROS MENEZES
OAB: 27741/PA Participação: REQUERENTE Nome: E. G. D. O.

R. hoje.

I. Concedo aos requerentes os benefícios da gratuidade da justiça (artigo 99, § 3º, do CPC).

II. Processe o feito em segredo de justiça (artigo 189, II, do CPC).

III. Dê-se vista ao Ministério Público para ofertar sua necessária manifestação.

IV. Com o parecer, voltem-me conclusos.

Int.

Belém, 17 de agosto de 2021

JOSÉ ANTÔNIO CAVALCANTE

Juiz de Direito

Número do processo: 0809277-78.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: P. P. D. N.


Participação: ADVOGADO Nome: WALTER JOSE DE SOUZA PINHEIRO OAB: 009017/PA Participação:
REQUERIDO Nome: F. N. S. A. L. Participação: ADVOGADO Nome: VALMERI VIEIRA DE AQUINO
FILHO OAB: 31529/PA Participação: ADVOGADO Nome: MICHAEL DOS REIS SANTOS OAB: 30931/PA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

DESPACHO

R. hoje.

Ante o interesse do menor envolvido, dê-se vista ao MP. Após, conclusos para decisão.

Int.

Belém/PA, data registrada no sistema.

JOSÉ ANTÔNIO CAVALCANTE

Juiz de Direito
1417
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 6 VARA DE FAMÍLIA

Número do processo: 0817706-39.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. L. V. G. D. O.


Participação: ADVOGADO Nome: GISELLE MEDEIROS DE PARIJOS OAB: 18456/PA Participação:
ADVOGADO Nome: NATALIA VELOSO SOUZA MORAES OAB: 25539/PA Participação: ADVOGADO
Nome: JOAO JORGE HAGE NETO OAB: 005916/PA Participação: REQUERIDO Nome: C. C. F. R. D. O.
Participação: ADVOGADO Nome: LUIS ANTONIO CUNHA DA SILVA OAB: 007756/PA Participação:
ADVOGADO Nome: HILDEMAN ANTONIO ROMERO COLMENARES JUNIOR OAB: 7960/PA

ATO ORDINATÓRIO – PROCEDIMENTO DEVOLUÇÃO DE CUSTAS

A Coordenadora do Núcleo de Movimentação da UPJ de Família da Capital, no uso das atribuições legais
conferidas por Lei, no intuito de atribuir maior celeridade ao presente processo, informa à parte
interessada que para fins de restituição de custas é necessário o preenchimento do formulário de
requerimento anexo e juntada dos documentos listados no referido documento - o que é feito pela própria
parte, por meio de seu advogado -, CONFORME ORIENTAÇÃO DA UNIDADE GERAL DE
ARRECADAÇÃO, e posteriormente protocolado junto ao Protocolo Administrativo do Tribunal endereçado
à Coordenadoria Geral de Arrecadação – Secretaria de Planejamento. Outrossim, informo que os
documentos necessários ao pedido de restituição in casu encontram-se acessíveis nos autos digitais,
podendo ser impressos pela parte para instrução do pedido.

Belém, 18 de agosto de 2021.

THAYANNE VIANNA DA SILVA BORGES

Coordenadora do Núcleo de Movimentação – UPJ/FAM

Número do processo: 0877133-93.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. B. C.


Participação: ADVOGADO Nome: PAULO AUGUSTO RAMOS MOREIRA LEITE OAB: 25990/PA
Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIO MENDES PINHEIRO FILHO OAB: 28122/PA Participação:
REQUERIDO Nome: B. M. D. S. C. Participação: ADVOGADO Nome: BENILSON MAURO DE SOUZA
COSTA OAB: 8242PA/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

ATO ORDINATÓRIO

Eu, no uso das atribuições legais a mim atribuídas por Lei, intimo a parte autora, nos termos do art. 1º, §2º,
inciso II do Provimento nº 006/2006 - CJRMB, na pessoa de seu(a) Advogado para, no prazo de 15
(quinze) dias, manifestar-se sobre a Contestação e documentos colacionados a mesma, afim de ser dado
prosseguimento ao feito.

Belém, 18/08/2021.

Núbia Souza

Analista Judiciário da UPJ das Varas de Família de Belém


1418
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0847247-15.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: G. C. D. O.


Participação: ADVOGADO Nome: GISELLE RODRIGUES FONTOURA OAB: 25800/PA Participação:
REQUERIDO Nome: A. V. B. R. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PROCESSO Nº: 0847247-15.2021.8.14.0301

DECISÃO

Trata-se de AÇÃO DE GUARDAE ALIMENTOSC/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA DE GUARDA


PROVISÓRIA. Ajuizada por GISELE COSTA DE OLIVEIRA em desfavor de ALLAN VINÍCIUS BRITO
RODRIGUÊS.

Alega a autora que é companheira do requerido há mais de 02 anos, nascendo dessa relação o menor
impúbere A.V.C.R em 05/12/2020.

Afirma que quando seu filho tinha apenas 03 meses foi vítima de violência doméstica, porém, mesmo após
a violência tentou se reconciliar com o genitor de seu filho.

Aduz que, no dia 15/08/2021, tomou conhecimento de que seu companheiro estava com outra mulher em
uma festa, e que ao questioná-lo, o mesmo afirmou que não lhe devia satisfação.

Alega que no dia 16/08/2021, ao retornar para o local onde residia com seu companheiro, seu filho e seus
sogros, verificou que suas coisas estavam jogadas na rua, sendo expulsa da residência e impedida de
levar o filho.

Afirma que foi ao Conselho Tutelar da Pedreira, porém não conseguiu resolver seu problema.

Assim, requer a guarda provisória de imediato e a responsabilidade do menor A.V.C.R.

Éo breve relatório, considerando o regime de plantão.

Passo a Decidir:

Analisando os autos verifico que os fatos narrados tiveram início em 16/08/2021, quando o genitor
expulsou a autora da residência e a impediu de levar o filho.

Não obstante, verifico ser necessária melhor instrução processual para análise dos autos, de modo que
temerária a concessão de guarda provisória em sede de plantão judicial.

Isto posto, INDEFIRO o pedido de guarda provisória.

Ato contínuo, considerando, a existência de interesse de menor de idade, remeta-se para oitiva do
Ministério Público.

CUMPRA-SE E INTIME-SE.

INTIME-SE O PROMOTOR DE JUSTIÇA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE.

ESTA DECISÃO SERVIRÁ COMO MANDADO.

P.R.I.C.
1419
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 18 de agosto de 2021.

Andréa Cristine Corrêa Ribeiro

Juíza de Direito Plantonista Cível

Número do processo: 0839158-03.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. A. S. F.


Participação: ADVOGADO Nome: IVONE SILVA DA COSTA LEITAO OAB: 6769/PA Participação:
REQUERIDO Nome: A. B. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PROCESSO: 0839158-03.2021.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Intimem-se as partes sobre a expedição da precatória, nos termos do § 1º do Art. 261 do CPC (Art. 1º, §
2º, VIII do Prov. 006/20006 da CJRMB). De ordem, data da assinatura registrada pelo sistema.

Kátia Cilene Silva de Lima

Analista Judiciário da UJP-Família de Belém-PA

Número do processo: 0831542-74.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: S. C. D. S. Participação:


ADVOGADO Nome: RILDIANNY SUELLEN LIMA DE OLIVEIRA OAB: 30256/PA Participação:
REQUERIDO Nome: W. J. X. D. A. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

ATO ORDINATÓRIO

Pelo presente, intimo a parte autora, nos termos do art. 1º, §2º, inciso II do Provimento nº 006/2006 -
CJRMB, na pessoa de seu(a) Advogado(a)/Defensor(a) para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se
acerca da Certidão de ID 30810434.

Belém, 18/08/2021

NÚBIA SOUZA

Analista Judiciário da UPJ das Varas de Família de Belém.


1420
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 7 VARA DE FAMÍLIA

Número do processo: 0077063-51.2016.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: D. O. B.


Participação: ADVOGADO Nome: REYNALDO NAZARENO SANTOS BARATA OAB: 020207/PA
Participação: ADVOGADO Nome: TAYSSA BERNARDO ALVES OAB: 20514/PA Participação:
REQUERENTE Nome: D. C. O. B. Participação: REQUERIDO Nome: L. D. V. P. Participação:
AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0077063-51.2016.8.14.0301

AVERIGUAÇÃO DE PATERNIDADE (123)

AÇÃO:[Investigação de Paternidade]

REQUERENTE: DEYSEDULCE OLIVEIRA BARBOSA, DANILO CAUE OLIVEIRA BARBOSA

Advogado(s) do reclamante: TAYSSA BERNARDO ALVES, REYNALDO NAZARENO SANTOS BARATA

REQUERIDO: LAUDINEI DE VARGAS PEREIRA

DESPACHO

Ante à petição de ID 31934068, determino a renovação das diligências para citação da parte requerida
LAUDINEI DE VARGAS PEREIRA, observada a atualização do endereço constante no ID 31813334.

Independentemente de autorização judicial, o Sr. Oficial de Justiça deve cumprir o determinado no §2º do
art. 212 do CPC, e também advertindo-se o mesmo, para que cumpra o disposto nos artigos 252 e 253 do
CPC, devendo realizar a intimação por Hora Certa, caso haja necessidade.

Intimem-se. Cumpra-se.

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL


1421
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0848131-15.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: F. N. D. O.


Participação: ADVOGADO Nome: DAYANE COSTA ASSIS OAB: 21833/PA Participação: REQUERIDO
Nome: A. C. S. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: TYENAY DE SOUSA TAVARES OAB: 9393/PA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0848131-15.2019.8.14.0301

ALIMENTOS - LEI ESPECIAL Nº 5.478/68 (69)

AÇÃO:[Exoneração]

REQUERENTE: FERNANDO NOBRE DE OLIVEIRA

Advogado(s) do reclamante: DAYANE COSTA ASSIS

REQUERIDO: ANNA CAROLINA SACRAMENTO DE SOUZA

Advogado(s) do reclamado: TYENAY DE SOUSA TAVARES

DESPACHO

1-Tendo em vista que as partes não firmaram acordo perante a audiência ocorrida no CEJUSC, conforme
se verifica pelo Termo de Audiência presente no ID 31904407 ante a ausência da parte autora, intime-se a
parte requerida, através de seu Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art. 186 do CPC),
para que, no prazo de 10 (dez) dias, se manifeste sobre a petição presente no ID 30070104, bem como
informe se está matriculada em escola da rede pública ou particular de ensino e/ou curso pré-vestibular ou
se foi aprovada em Instituição de nível superior, juntando a devida documentação comprobatória, com
data recente, devendo se manifestar ainda sobre a possibilidade de julgamento antecipado da lide, ou o
interesse em produzir provas.

2- Intime-se a parte autora, através de seu Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art. 186
do CPC), para que, no prazo de 05 (cinco) dias, se manifeste sobre o interesse em produzir provas ou pelo
julgamento antecipado da lide.

Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, voltem os autos conclusos.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL


1422
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0023033-32.2017.8.14.0301 Participação: INTERESSADO Nome: J. R. S. R.


Participação: INTERESSADO Nome: G. R. S. R. Participação: REQUERENTE Nome: S. D. N. R.
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CRISTIANO CORREA DE OLIVEIRA OAB: 019523/PA
Participação: REQUERIDO Nome: R. S. S. Participação: ADVOGADO Nome: ELLEN CAROLINA DE
SENA HOLANDA OAB: 017388/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0023033-32.2017.8.14.0301

GUARDA (1420)

AÇÃO:[Guarda]

INTERESSADO: J. R. S. R., G. R. S. R.
REQUERENTE: SEBASTIAO DE NAZARE RIBEIRO

Advogado(s) do reclamante: JOSE CRISTIANO CORREA DE OLIVEIRA

REQUERIDO: RAYANNE SANTOS SOUSA

Advogado(s) do reclamado: ELLEN CAROLINA DE SENA HOLANDA

DESPACHO

1- Intimem-se as partes, através de seus Advogados (art. 272, CPC) ou Defensores Públicos (§1º do art.
186 do CPC), para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, forneçam seus endereços de e-mail para seja
tentada a conciliação entre as partes.

2- Cumprida a providência acima, remetam-se os autos ao CEJUSC.

Belém, dia, mês e ano registrados no PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL


1423
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0242235-45.2016.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. A. F. L.


Participação: ADVOGADO Nome: MARIA AMELIA FERREIRA LOPES OAB: 7430/PA Participação:
REQUERIDO Nome: M. D. C. R. M. Participação: REQUERIDO Nome: J. C. V. M. Participação:
REQUERIDO Nome: P. P. R. M. Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTO ZAHLUTH DE CARVALHO
OAB: 001469/PA Participação: REQUERIDO Nome: A. C. P. M. Participação: REQUERIDO Nome: M. L.
M. D. C. Participação: REQUERIDO Nome: J. L. V. M. Participação: REQUERIDO Nome: M. A. R. M. C.
Participação: REQUERIDO Nome: M. D. F. M. G. Participação: REQUERIDO Nome: J. S. V. M.

MERO

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0242235-45.2016.8.14.0301

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

AÇÃO:[Reconhecimento / Dissolução]

REQUERENTE: MARIA AMELIA FERREIRA LOPES

Advogado(s) do reclamante: MARIA AMELIA FERREIRA LOPES

REQUERIDO: MARIA DA CONCEICAO RIBEIRO MAIA, JEAN CHARLES VILHENA MAIA, PEDRO
PAULO RIBEIRO MAIA, ANTONIO CARLOS PIRES MAIA, MARIA LEONOR MAIA DA COSTA,
JESSICA LUA VILHENA MAIA, MARIA ANASTACIA RIBEIRO MAIA CARBONESI, MARIA DE FATIMA
MAIA GOMES, JACKELINE STEPHANY VILHENA MAIA

Advogado(s) do reclamado: ROBERTO ZAHLUTH DE CARVALHO

DESPACHO

ÀUPJ/FAM para certificar o pagamento das custas finais pelo requerido, conforme sentença de ID
20255482.

Após, voltem conclusos.

Intimem-se.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA


1424
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0043863-19.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: P. R. F. A. D. O.


Participação: ADVOGADO Nome: LYLIAN LEAL GARCIA OAB: 21044/PA Participação: ADVOGADO
Nome: EVELINE ELIZABETH RODRIGUES CAVALCANTE OAB: 009390/PA Participação: AUTOR Nome:
J. A. D. O. Participação: ADVOGADO Nome: CANDIDA ALICE PAULO GOMES OAB: 25219/PA
Participação: REU Nome: J. L. A. D. O. Participação: ADVOGADO Nome: WALLACE LIRA FERREIRA
OAB: 22402/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0043863-19.2017.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AÇÃO:[Obrigação de Fazer / Não Fazer]

AUTOR: PAULA RENATA FERREIRA AMORIM DE OLIVEIRA, JULIANA AMORIM DE OLIVEIRA

Advogado(s) do reclamante: EVELINE ELIZABETH RODRIGUES CAVALCANTE, CANDIDA ALICE


PAULO GOMES, LYLIAN LEAL GARCIA

REU: JORGE LUIZ AMORIM DE OLIVEIRA

Advogado(s) do reclamado: WALLACE LIRA FERREIRA

DESPACHO

Ante o termo de audiência do CEJUSC presente no ID 32032119, tendo em vista que as partes
atualizaram seus endereços de e-mail nos autos, petições PRESENTES NOS IDS 27613689 e ID
28409221, nos termos do art. 694 do CPC e do que dispõe o artigo 14 da resolução nº 015/2016-GP, de
01/06/2016, determino a remessa dos presentes autos ao CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de
Conflitos das Varas de Família deste Fórum, a fim de que seja tentada a CONCILIAÇÃO entre as partes
no presente feito, DE FORMA VIRTUAL.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL


1425
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0838135-22.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: D. D. S. A. Participação:


ADVOGADO Nome: GILSON ALISSON SOUSA DE ARAUJO OAB: 28701/PA Participação: ADVOGADO
Nome: JAQUELINE DAMASCENO CARDOSO OAB: 28715/PA Participação: REU Nome: J. A. D. R.
Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0838135-22.2021.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AÇÃO:[Fixação, Reconhecimento / Dissolução, Guarda]

AUTOR: DALVA DA SILVA ALMEIDA

Nome: DALVA DA SILVA ALMEIDA


Endereço: Passagem Adriano, 111, Guamá, BELéM - PA - CEP: 66075-060

Advogado(s) do reclamante: JAQUELINE DAMASCENO CARDOSO, GILSON ALISSON SOUSA DE


ARAUJO

REU: JOSE ANDERSON DOS REIS

Nome: JOSE ANDERSON DOS REIS


Endereço: Passagem São Marcos, 16, Guamá, BELéM - PA - CEP: 66075-160

DESPACHO-MANDADO

SERVIRÁ O PRESENTE, POR CÓPIA, COMO MANDADO, NA FORMA DO PROVIMENTO Nº 003/2009,


alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E SOB AS PENAS DA LEI.
INTIMEM-SE.

PROCESSO EM VISUALIZAÇÃO CRESCENTE

Processe-se em segredo de justiça (art. 189 do Código de Processo Civil e com gratuidade processual.

1-Defiro a emenda da inicial feita na petição presente no ID 30454068, para que passe a constar como
valor da causa a importância de R$ 39.886,00 (trinta e nove mil, oitocentos e oitenta e seis reais), devendo
à Secretaria proceder a correção no Sistema PJE.

2-Trata-se de AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL C/C GUARDA,


DIREITO DE CONVÍVIO, ALIMENTOS E PARTILHA DE BENS, ajuizada por DALVA DA SILVA
ALMEIDA, através de advogada habilitada, em face de JOSÉ ANDERSON DOS REIS, todos
qualificados nos autos.

Narra a autora que as partes conviveram maritalmente de 2005 a 2019.


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Da união, foi concebida uma filha, VITÓRIA ALMEIDA DOS REIS, menor impúbere, absolutamente
incapaz, nascido em 06/01/2007.

Disse que na constância da união entre o casal foram adquiridos alguns bem, quais sejam: um terreno e
um carro e que por motivo de foro íntimo, o casal não tem mais condições de conciliação e manutenção da
união conjugal.

Mencionou que durante a união adquiriram os seguintes bens:

-Um veículo Fiat Siena 2008 azul flex, Placa JVG3395, Renavam: 978795733.

-Um terreno localizado na Rua Ezeriel Monico de Matos, nº 247, CEP: 66075-220, Bairro: Guamá, Cidade
de Belém/PA.

Requereu a guarda compartilhada da filha menor, tendo a sua residência como base, bem como a
estipulação do direito de convívio do pai, ora requerido, tendo ainda requerido alimentos no importe de
30% (trinta por cento) do salário mínimo vigente, petição presente no ID 31918618.

A requerente não solicitou alimentos em face do requerido

Éo breve relatório.

DECIDO.

2- Ante o requerimento contido na petição inicial, entendo ser prudente a fixação da guarda compartilhada
da menor VITÓRIA ALMEIDA DOS REIS, nascida em 06/01/2007, na residência materna, e ainda, regulo
o direito de convívio do pai, ora requerido, a ser realizado em finais de semana alternados, iniciando as
08h da manhã do sábado no domicilio do genitor, devendo devolvê-lo até as 17h do domingo, feriados
prolongados e festas de final de ano alternados, iniciando e terminando no mesmo horário dos finais de
semana, e metade das férias escolares; o dia dos pais a menor passará com o genitor e o dia das mães
com a genitora, devendo haver comunicação e acordo prévio com a mãe da menor, sempre respeitados os
interesses da mesma.

3-Ante o deferimento da guarda mencionado no item “2”, em razão da prova da relação de parentesco (art.
2º da LA), cópia da certidão de nascimento da menor presente no ID 30549202, e diante da necessidade
presumida da mesma, DEFIRO os alimentos provisórios em 30% (trinta por cento) do salário mínimo
vigente, os valores serem depositados em conta bancária da requerente, qual seja: Banco Santander,
Agência 4394, Conta Corrente 01015149-3, pagos até o quinto dia útil de cada mês, devidos a partir da
citação, segundo artigo 13, §2º da Lei de Alimentos.

OS PAIS DEVEM SE ATENTAR SEMPRE PELO MELHOR INTERESSE DOS FILHOS, INCLUÍDA AÍ
SEU DIREITO A SAÚDE A VIDA, EDUCAÇÃO, ASSISTÊNCIA MATERIAL E PSICOLÓGICA.

4-Tendo em vista, o art. 18 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, que determina que
as audiências devem ser realizadas através de meios tecnológicos por meio de videoconferência,
em razão da Pandemia da COVID-19, e ainda, havendo a necessidade de medidas de
distanciamento controlado, com a observância dos protocolos de segurança sanitária e o espaço
reduzido da sala de audiências deste Juízo, que não comporta a presença de todos os
participantes, respeitado o distanciamento social de 1,5m de cada um, conforme parâmetro
indicativo da OMS, Ministério da Saúde e Anvisa, nos termos do art., 139 do CPC, DEIXO DE
DESIGNAR, por ora, data para a realização de audiência de conciliação, ANTE A PANDEMIA DA
COVID-19.

5-Assim, também diante do art., 139 do CPC, diante das especificidades da causa e de modo a adequar o
rito processual às necessidades do conflito, ante as razões expostas acima, CITE-SE a parte requerida,
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para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis, no endereço fornecido nos autos.

A ausência de contestação implicará revelia e presunção de veracidade da matéria fática apresentada na


petição inicial, nos termos do art. 344 c/c 345 do NCPC.

6-Ante o disposto no inciso I do art., 247 c/c §3º do art., 695 do CPC, a citação da parte requerida
deve ser feita pessoalmente, através de Oficial de Justiça.

7-A intimação da parte autora poderá ser feita através dos correios, por carta registrada, com aviso
de recebimento, por analogia ao inciso I do art., 246 c/c art., 22 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI.

8-Após a apresentação da contestação, DETERMINO que os presentes autos sejam remetidos ao Setor
Social para a realização do estudo psicossocial do caso, com prazo de conclusão de 45 (quarenta e cinco)
dias, pela equipe multidisciplinar, devendo serem ouvidas as partes no referido estudo;

Com o retorno dos autos do Setor Social, intimem-se as partes, através de seu Advogado (CPC, art. 272)
ou Defensor Público (§1º do art. 186 do CPC), para que, no prazo de 05 (cinco) dias, se manifestem sobre
o laudo social.

Após a manifestação das partes, devidamente certificada, abra-se vista ao Ministério Público, para que
também se manifeste sobre o referido laudo.

9-Nos termos do art. 694 do CPC e do que dispõe o artigo 14 da resolução nº 015/2016-GP, de
01/06/2016, determino a remessa dos presentes autos ao CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de
Conflitos das Varas de Família deste Fórum, a fim de que seja tentada a conciliação entre as partes no
presente feito, nos termos da Portaria Conjunta No 12/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI.

Lavre-se o termo de guarda, consignando-se o direito de convívio.

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Intimem-se. Ciência ao Ministério Público.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0023463-86.2014.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: T. M. A.


Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS AUGUSTO VASCONCELOS OAB: 9360/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ADRIANA DE OLIVEIRA SILVA CASTRO OAB: 10153/PA Participação:
EXEQUENTE Nome: M. A. D. O. Participação: EXECUTADO Nome: M. T. D. O. Participação:
ADVOGADO Nome: RHAYZA CARLOTA DA SILVA DE OLIVEIRA OAB: 22955/PA Participação:
AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.
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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0023463-86.2014.8.14.0301

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

AÇÃO:[Fixação]

REPRESENTANTE: TEREZINHA MACEDO ALVES


EXEQUENTE: M. A. D. O.

Advogado(s) do reclamante: ADRIANA DE OLIVEIRA SILVA CASTRO, CARLOS AUGUSTO


VASCONCELOS

EXECUTADO: MARCELO TRINDADE DE OLIVEIRA

Advogado(s) do reclamado: RHAYZA CARLOTA DA SILVA DE OLIVEIRA

DESPACHO

1 - À UPJ/FAM para certificar a manifestação das partes em relação ao despacho presente no ID


25964193 e ID 25514988.

2 – Em seguida, encaminhem-se os autos ao Ministério Público.

Após, voltem conclusos.

Intimem-se.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0004702-02.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: R. O. P. P. F. G.


Participação: ADVOGADO Nome: ISABELA FRANCEZ SASSIM OAB: 28502/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ALESSA SALGADO MARTINS OAB: 30831/PA Participação: ADVOGADO Nome:
SAULO MATHEUS TAVARES DE OLIVEIRA OAB: 26109/PA Participação: ADVOGADO Nome:
VIVIANNE SARAIVA SANTOS OAB: 017440/PA Participação: REQUERENTE Nome: T. F. P.
Participação: REQUERENTE Nome: M. F. P. Participação: REQUERIDO Nome: L. M. F. P. Participação:
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ADVOGADO Nome: WILCINELY NAZARE SANTOS DE OLIVEIRA OAB: 10249/PA Participação:


ADVOGADO Nome: MIGUEL BRASIL CUNHA OAB: 001132/PA Participação: AUTORIDADE Nome: P. M.
P. -. C. 0. (. D. L.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0004702-02.2017.8.14.0301

DIVÓRCIO LITIGIOSO (12541)

AÇÃO:[Dissolução]

REQUERENTE: RODRIGO OSWALDO PADILHA PENTEADO FRANCO GRILLO, T. F. P., M. F. P.

Advogado(s) do reclamante: VIVIANNE SARAIVA SANTOS, SAULO MATHEUS TAVARES DE OLIVEIRA,


ALESSA SALGADO MARTINS, ISABELA FRANCEZ SASSIM

REQUERIDO: LORENA MARTA FERREIRA PENTEADO

Advogado(s) do reclamado: MIGUEL BRASIL CUNHA, WILCINELY NAZARE SANTOS DE OLIVEIRA

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Por motivo de foro íntimo, julgo-me suspeita para atuar no presente feito, observado o disposto no §1º do
art. 145 do CPC.

Pertinente citação de Pontes de Miranda (Comentários ao Código de Processo Civil, tomo II/430, item n. 6,
3ª ed., 1997, Forense):

Suspeição por motivo íntimo - Ao juiz confere o artigo 135, parágrafo único do CPC/73 (art. 145, §1º
CPC/2015), o direito (não só a faculdade) de se declarar suspeito, ‘por motivo íntimo’. Motivo íntimo é
qualquer motivo que o juiz não quer revelar, talvez mesmo não deva revelar. A lei abriu brecha ao dever
de provar o alegado, porque se satisfez com a alegação e não exigiu a indicação do motivo. A intimidade
criou a excepcionalidade da permissão: alega-se haver motivo de suspeição, sem se precisar provar.

Conforme orientação fornecida pela Secretaria de Informática deste Tribunal, HABILITE-SE o substituto
automático da 1ª Vara de Família da Capital, para atuar no presente feito, conforme determinado na
PORTARIA Nº 2540/2020-GP.

Cumpra-se. Intimem-se.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0023624-91.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. L. N. M.


Participação: ADVOGADO Nome: JAMILLE SARATY MALVEIRA OAB: 19518/PA Participação:
REQUERIDO Nome: A. C. M. Participação: ADVOGADO Nome: HERCULES DA ROCHA PAIXAO OAB:
7862/PA Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: SANDRA MARIA PENA CORREA OAB:
008140/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0023624-91.2017.8.14.0301

ALIMENTOS - LEI ESPECIAL Nº 5.478/68 (69)

AÇÃO:[Revisão]

REQUERENTE: ANDRE LUIZ NASCIMENTO MARTINS

Advogado(s) do reclamante: JAMILLE SARATY MALVEIRA

REQUERIDO: A. C. M.
REPRESENTANTE DA PARTE: SANDRA MARIA PENA CORREA

Advogado(s) do reclamado: HERCULES DA ROCHA PAIXAO

DESPACHO

1-Tendo em vista que as partes não firmaram acordo perante a audiência ocorrida no CEJUSC, conforme
se verifica pelo Termo de Audiência presente no ID 31904393, intimem-se as partes, através de seu
Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art. 186 do CPC), para que, no prazo de 05 (cinco)
dias, se manifestem sobre a petição e documentos presente no ID 25582802.

2-À UPJ/FAM para certificar o cumprimento do determinado no ID 20780059, bem como sobre a
apresentação de memoriais finais pelas partes.

Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, voltem os autos conclusos.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0846865-22.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: D. C. P.


Participação: REQUERIDO Nome: L. C. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0846865-22.2021.8.14.0301

ALIMENTOS - LEI ESPECIAL Nº 5.478/68 (69)

AÇÃO:[Alimentos]

REQUERENTE: DANIELA COSTA PEREIRA

Nome: DANIELA COSTA PEREIRA


Endereço: Passagem Diniz da Paz, 3-B, São Clemente, BELéM - PA - CEP: 66643-220

REQUERIDO: LEANDRO CAVALCANTE DOS SANTOS

Nome: LEANDRO CAVALCANTE DOS SANTOS


Endereço: Rua Barão de Igarapé Miri, 815, Guamá, BELéM - PA - CEP: 66075-000

DESPACHO-MANDADO

SERVIRÁ O PRESENTE, POR CÓPIA, COMO MANDADO, NA FORMA DO PROVIMENTO Nº 003/2009,


alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E SOB AS PENAS DA LEI.
INTIME-SE.

PROCESSO EM VISUALIZAÇÃO CRESCENTE

Processe-se em segredo de justiça e com gratuidade processual.

Trata-se de AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS intentada por DANIELA COSTA PEREIRA, através
da Defensoria Pública do Estado do Pará em face de LEANDRO CAVALCANTE DOS SANTOS.

Sobre o pedido de alimentos gravídicos passo a me manifestar:

Narra a autora que manteve relacionamento com o Requerido, no período de 19 de novembro de 2019 a
06 de março de 2021. do qual adveio a gravidez, estando hoje no sétimo mês de gravidez.

Mencionou que assim que soube da gravidez informou tal fato ao Requerido, o qual não demonstrou
qualquer interesse, adotando postura omissa tanto afetiva quanto financeira.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Disse que tentou fazer acordo, mas foram todos infrutíferos, não restando alternativa, apenas a via judicial.

A requerente postula a fixação da verba alimentar no percentual de 30% (trinta por cento) do salário
mínimo vigente.

Éo breve relatório.

DECIDO.

A lei que regula os alimentos gravídicos é a Lei 11.804/08. A referida Lei reconheceu, a favor da mulher
gestante, o direito a alimentos em face do futuro pai, onde o fato gerador do direito subjetivo é a gravidez,
visando à proteção dos direitos do nascituro, desde a concepção, uma vez que segundo o art. 2º do
Código Civil, a personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida.

Ao referir-se a tal assunto Ferst (2011, p. 55) afirma que “embora a lei civil indique que a personalidade
civil da pessoa começa com o seu nascimento com vida, protege os direitos do nascituro desde a
concepção, daí o questionamento sobre o direito a alimentos do nascituro”.

A Lei ainda confere à futura mãe a legitimidade ativa para a propositura da ação de alimentos e, o que irá
proporcionar ao ente concebido um nascimento com dignidade.

Lima (2008) de forma sucinta, fala sobre os alimentos gravídicos:

“Com efeito, a grávida, no exercício do dever em face do nascituro e do direito perante o suposto pai, está
autorizada a pleitear alimentos mediante ação judicial. E este abrangerá os valores necessários para cobrir
despesas adicionais do período de gravidez, incluindo alimentação especial, assistência médica e
psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas
e terapêuticas, além de outras que venham a ser consideradas indispensáveis. ”

Desta forma a Lei serve como uma garantia de assistência ao nascituro, suprindo todos os gastos
adicionais decorrentes do tempo em que se desenvolve o embrião no útero materno, desde a concepção
até o nascimento.

De início é interessante ressaltar o art. 2º da Lei 11.804/08:

“Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para cobrir as despesas
adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as
referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares,
internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo
do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes.

Parágrafo único. Os alimentos de que trata este artigo referem-se à parte das despesas que deverá ser
custeada pelo futuro pai, considerando-se a contribuição que também deverá ser dada pela mulher
grávida, na proporção dos recursos de ambos.”

Como podemos observar no § único do art. 2º da Lei 11.804/08, ambos os genitores possuem
responsabilidade recíproca de prover alimentos ao nascituro, dependendo da possibilidade econômica de
ambos.

A Lei 11.804/08 confere em seu art. 1º à mulher gestante a titularidade para pleitear os alimentos
gravídicos. A legitimidade passiva foi atribuída exclusivamente ao suposto pai, não se estendendo a outros
parentes do nascituro. Diferente do que acontece quando se é pleiteado a pensão alimentícia, os
alimentos são devidos à gestante (em benefício do nascituro) e não diretamente a criança, pelo simples
convencimento do Juiz dos indícios da paternidade.
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Vejamos: “Art. 6º: Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos
que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as
possibilidades da parte ré”.

Trata-se de presunção iuris tantum da paternidade, a qual tem validade até que se prove o contrário

A despeito disso, afirma Donoso (2009) “que inicialmente titularidade, e por consequência a legitimidade
ativa, é da gestante, sendo que, após o nascimento com vida haveria a conversão da titularidade em
pensão alimentícia para o menor”.

Essa conversão está expressa no art. 6º, parágrafo único da Lei, vejamos: “Parágrafo único. Após o
nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor
até que uma das partes solicite a sua revisão.”

Donoso (2009) destaca em seu texto que os alimentos gravídicos são fixados desde a inicial, deferidos
pela antecipação de tutela, fazendo-se necessária a demonstração de dois pressupostos legais:
verossimilhança do direito, bem como o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação (art. 273, caput e
I do CPC).

Acerca do pedido de Tutela Antecipada, o artigo 303 do CPC, cujo deferimento depende, de forma
indispensável, da presença dos requisitos da prova inequívoca com a qual seja possível aferir a
verossimilhança das alegações.

A doutrina costuma classificar a tutela antecipada como espécie do gênero tutelas de urgências. As tutelas
de urgência, portanto, são divididas pela doutrina em tutelas cautelares e tutelas antecipadas.

O instituto da tutela antecipada tem como finalidade adimplir a um mandamento constitucional de


efetividade da prestação jurisdicional em homenagem ao princípio constitucional da inafastabilidade do
Poder Judiciário, cuja atividade de exercer a jurisdição deve ser célere, efetiva e eficaz.

Écomo medida satisfativa, embora não definitiva que tal instituto satisfaz o mencionado princípio
constitucional. Logo, a referida medida de cognição sumária visa à antecipação dos efeitos do provimento
final de mérito a que a parte pretende ver declarado em seu favor.

Outros requisitos também são apontados pelo artigo 303 do CPC para a concessão da tutela antecipada.
No entanto, segundo aponta a doutrina esses requisitos são variáveis, diferentemente do requisito da
verossimilhança das alegações como aduzimos acima, pois não seria razoável que se concedesse uma
tutela de natureza satisfativa cuja cognição é sumaria se não houvesse apenas uma aparência de que as
alegações feitas pelo autor estão devidamente respaldadas em lei.

Como nos referimos acima os requisitos variáveis que ensejam o deferimento de tutela antecipada são:
perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, manifesto intento protelatório do réu que dificulte a
celeridade processual, e reversibilidade da medida antecipatória.

Há que se acrescentar também que a tutela antecipada tem que conciliar a necessidade da celeridade na
prestação jurisdicional com o dever de uma correta e eficiente cognição processual.

Sendo que no caso de tutelas antecipatórias essa cognição é sumaria, o que não quer dizer que tal
medida deve ser concedida de maneira irresponsável pelo Magistrado. Há que se ponderar se os
requisitos que ensejam a medida estão latentes no caso concreto levando o juiz a uma certeza de que
antecipar os efeitos da tutela postulada não trará ao final prejuízos irreparáveis e até mesmo irreversíveis
a parte que a suportou.

Em brilhante esclarecimento acerca do tema assim esclarece Luiz Guilherme Marinoni (in DIDIER, Fred Jr.
BRAGA, Paula Sarno, OLIVEIRA, Rafael. CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL VOL. 2. 4ª ed. Jus
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Podivm, 2009.):

A rigor, o tempo é um mal necessário para a boa tutela dos direitos. É imprescindível um lapso temporal
considerável (e razoável) para que se realize o devido processo legal e todos os seus consectários em sua
pluralidade, produzindo-se resultados justos e predispostos à imutabilidade. É garantia de segurança
jurídica. Bem pensadas as coisas, o processo “demorado” é uma conquista da sociedade: os poderosos
de antanho poderiam decidir imediatamente.

A concessão da medida, é bom que se ressalte, não constitui faculdade nem discricionariedade do Juiz,
mas seu dever concedê-la se presentes seus pressupostos legais, desde que se convença da
verossimilhança da alegação, ainda que não requerida pela parte.

CANDIDO RANGEL DINAMARCO, afirma que:

Convencer-se da verossimilhança, ao contrário, não poderia significar mais do que imbuir-se do


sentimento de que a realidade fática pode ser como descreve o autor. (A reforma do código de processo
civil, 3ª Ed., Malheiros, SP, 1996, p.145).

Éimperioso, portanto, que o Juiz se persuada, senão definitivamente, ao menos para tranqüilizá-lo, para a
expedição de uma ordem que atinge a parte adversa, da existência de um direito violado e da
irreparabilidade dos interesses atingidos pelo possível dano.

O artigo 303 do CPC enuncia quais os requisitos que são necessários para o deferimento da tutela
antecipada. Tais requisitos devem ser rigorosamente observados pelo juiz no momento do julgamento da
mesma sob pena de se conceder os efeitos de uma tutela jurisdicional ao autor sem que este seja
merecedor de tal benefício colocando em cheque a segurança jurídica, princípio que deve estar presente
em todas as relações jurisdicionais.

Como até já aduzimos alhures dos requisitos que compõe a tutela antecipada um é fixo devendo respaldar
todos os pedidos de tutela antecipada qual seja: verossimilhança das alegações. Os demais requisitos
enumerados pelo artigo 303 do CPC são requisitos variáveis quais sejam: fundado receio de dano
irreparável ou de difícil reparação, abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu.

Verossimilhança das alegações seria uma prova suficiente com poder de levar o juiz em uma cognição
sumária a acreditar no direito material do autor. Ou seja, no momento da análise do pedido de antecipação
de tutela o juiz em um juízo provisório é levado a crer na veracidade das alegações do autor.

Pouco importa que após a instrução processual ou no momento da sentença definitiva outra seja a decisão
proferida pelo magistrado, pois para o deferimento de tutela antecipada basta tão somente que se constate
a aparência da verdade que guarda relação com o requisito da verossimilhança.

Ainda nesse sentido há de se ressaltar que a dogmática processual civil moderna se contenta com a
verdade formal não se exigindo a verdade real. As provas adotadas e produzidas nos autos do processo é
que vai apontar a quem pertence o direito, o bem da vida que se encontra em litígio. Há de se ressaltar
que um mesmo fato jurídico comporta várias interpretações, sem que se consiga determinar qual delas é a
correta eliminando-se as demais que delas se afastam.

A verossimilhança das alegações fica entre o fumus boni iuris, requisito para o deferimento de medidas
cautelares, e a certeza obtida pelo magistrado ao final da instrução processual.

O requisito do fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação como o próprio nome já
sugere trata-se do temor de que a demora na obtenção da tutela pretendida ao final do processo o objeto
do direito material postulado pelo autor não mais exista ou tenha se perdido não sendo mais eficaz ou
proveitosa a sentença que será entregue ao final do processo ao autor.
1435
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

No caso da ação de alimentos gravídicos, como nos indica Donoso (2009), para a concessão dos
alimentos provisionais não se faz necessária a prova direta da paternidade, mas sim fatos subjacentes,
conduzindo assim a uma “presunção de paternidade”, seja por meio de fotos, testemunhas, cartas, e-
mails, entre tantas outras provas lícitas que puder trazer aos autos, para o convencimento do juiz.

Na legislação em comento (Lei 11.804/08), em seu art. 6º, nos diz que basta que a requerente, no caso a
mãe, comprove os “indícios de paternidade”, para que o juiz possa fixar desde logo os alimentos
gravídicos.

Freitas (2008) assinala sobre o assunto que:

“Informada na lei através de fotos, testemunhas, cartas, e-mails, entre tantas outras provas lícitas que
puder trazer aos autos, lembrando que ao contrário do que pugnam alguns, o simples pedido da genitora,
por maior necessidade que há nesta delicada condição, não goza de presunção de veracidade ou há uma
inversão do ônus probatório ao pai, pois este teria que fazer (já que não possui o exame pericial como
meio probatório) prova negativa, o que é impossível e refutado pela jurisprudência.”

Acerca do tema, Douglas Phillips Freitas, em artigo publicado pelo Instituto Brasileiro de Direito de Família,
assinala: Salvo a presunção de paternidade dos casos de lei, como imposto no art. 1.597 e seguintes, o
ônus probatório é da mãe.

Mesmo o pai não podendo exercer o pedido de exame de DNA como matéria de defesa, cabe a genitora
apresentar os “indícios de paternidade” informada na lei através de fotos, testemunhas, cartas, e-mails,
entre tantas outras provas lícitas que puder trazer aos autos, lembrando que ao contrário do que pugnam
alguns, o simples pedido da genitora, por maior necessidade que há nesta delicada condição, não goza de
presunção de veracidade ou há uma inversão do ônus probatório ao pai, pois este teria que fazer (já que
não possui o exame pericial como meio probatório) prova negativa, o que é impossível e refutado pela
jurisprudência.

Nesse sentido, também se manifesta a jurisprudência:

Ementa:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS. AUSÊNCIA DE INDÍCIOS DA


PATERNIDADE ALEGADA. Não há como deferir liminar para fixar alimentos gravídicos quando inexiste
qualquer indício da paternidade alegada. NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. (Agravo de
Instrumento Nº 70058504671, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe
Schmitz, Julgado em 10/04/2014) (TJ-RS - AI: 70058504671 RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Data de
Julgamento: 10/04/2014, Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 16/04/2014).

Ementa:

AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS. FIXAÇÃO LIMINAR. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PROVA


MÍNIMA DA PATERNIDADE. Insurgência contra decisão que indeferiu pedido liminar. Decisão mantida.
Ausente prova mínima da paternidade, inviável a fixação liminar de alimentos gravídicos (art. 6º,
11.804/2008). Recurso desprovido. (TJ-SP - AI: 20330777820148260000 SP 2033077-78.2014.8.26.0000,
Relator: Carlos Alberto de Salles, Data de Julgamento: 29/04/2014, 3ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 01/05/2014).

Ementa:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS GRAVÍDICOS PROVISÓRIOS. A Lei n. 11.804/2008


regulamenta o direito de alimentos à gestante. Contudo, embora possível o deferimento liminar de
alimentos provisórios, em se tratando de ação de alimentos gravídicos, imperioso que a demanda esteja
instruída com elementos de prova que conduzam à reclamada paternidade. Na ausência de qualquer
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

prova acerca da paternidade, inviável a fixação de alimentos provisórios. Agravo de instrumento


desprovido. (Agravo de Instrumento Nº 70066253535, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Jorge Luís Dall'Agnol, Julgado em 30/09/2015). (TJ-RS - AI: 70066253535 RS, Relator: Jorge Luís
Dall'Agnol, Data de Julgamento: 30/09/2015, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça
do dia 05/10/2015).

Ementa:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS GRAVÍDICOS PROVISÓRIOS. A Lei n. 11.804/2008


regulamenta o direito de alimentos à gestante. Contudo, embora possível o deferimento liminar de
alimentos provisórios, em se tratando de ação de alimentos gravídicos, imperioso que a demanda esteja
instruída com elementos de prova que conduzam à reclamada paternidade. Na ausência de qualquer
prova acerca da paternidade, inviável a fixação de alimentos provisórios. Agravo de instrumento
desprovido. (Agravo de Instrumento Nº 70066253535, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Jorge Luís Dall'Agnol, Julgado em 30/09/2015). (TJ-RS - AI: 70066253535 RS, Relator: Jorge Luís
Dall'Agnol, Data de Julgamento: 30/09/2015, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça
do dia 05/10/2015).

Ementa:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS GRAVÍDICOS. FIXAÇÃO. POSSIBILIDADE. INDÍCIOS DE


PATERNIDADE. O requisito exigido para a concessão dos alimentos gravídicos é de que a parte
requerente demonstre "indícios de paternidade", nos termos do art. 6º da Lei n.º 11.804/08. O exame de tal
pedido, em sede de cognição sumária, sob pena de desvirtuamento do espírito da Lei, não deve ser
realizado com extremo rigor, tendo em vista a dificuldade em produzir prova escorreita do alegado vínculo
parental. Precedentes. Caso em que as fotos e as mensagens trocadas entre as partes conferem
verossimilhança à alegação de paternidade do réu, e autorizam o deferimento dos alimentos gravídicos,
em sede liminar. DERAM PROVIMENTO. (Agravo de Instrumento Nº 70076373224, Oitava Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui Portanova, Julgado em 08/03/2018). (TJ-RS - AI: 70076373224
RS, Relator: Rui Portanova, Data de Julgamento: 08/03/2018, Oitava Câmara Cível, Data de Publicação:
Diário da Justiça do dia 09/03/2018).

Ementa:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO AGRAVADA INDEFERIU O


PEDIDO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS. INDÍCIOS DE PATERNIDADE INSUFICIENTES. DECISÃO
MANTIDA. Para a concessão dos alimentos gravídicos não há necessidade de cognição definitiva a
respeito da paternidade, sendo aceitável existência de meros indícios. Contudo, entendo que tais indícios
devem ser suficientes, pelo menos em princípio, a convencer o magistrado de que o réu possa ser o pai do
nascituro. (TJ-DF 07151719120178070000 - Segredo de Justiça 0715171-91.2017.8.07.0000, Relator:
CARMELITA BRASIL, Data de Julgamento: 21/02/2018, 2ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no
DJE: 01/03/2018. Pág.: Sem Página Cadastrada.)

Ementa:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. ALIMENTOS


PROVISÓRIOS. TUTELA DE URGÊNCIA. NÃO CONCESSÃO. AUSÊNCIA DE PROVA OU MESMO
INDÍCIOS DA PATERNIDADE ALEGADA. Inexistindo elementos de convicção seguros a atestar a relação
de parentesco, necessária a instrução probatória para eventual fixação de alimentos provisórios. AGRAVO
DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70080090335, Sétima Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 07/12/2018). (TJ-RS - AI:
70080090335 RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data de Julgamento: 07/12/2018, Sétima
Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 10/12/2018).

Assim, no caso concreto, verifica-se pela análise dos documentos acostados da inicial, mesmo
tendo a requerente alegado, na inicial da ação proposta, que as partes mantiveram um
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

relacionamento amoroso, não apresentou qualquer elemento de prova a corroborar essa assertiva,
que demonstra tão somente a gravidez, conforme documentos presentes as fls., 16/24 (IDS
31815480 e 31815481), e não traz nenhum indício de paternidade.

Ademais, não trouxe qualquer prova sobre os indícios de paternidade do requerido, tendo juntado
somente as fls., 27 (ID 31815482) uma foto que apenas mostra as partes juntas, não podendo ser
tida apenas uma imagem como indício de paternidade do requerido.

Dessa forma, não restou comprovado o indício de paternidade necessário ao deferimento do pleito
alimentar, neste momento ante a dúvida exarada pelo requerido.

Nesse sentido:

Ementa:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS – INDÍCIOS DE PATERNIDADE -


FIXAÇÃO EM OBSERVÂNCIA AO TRINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE/PROPORCIONALIDADE
- DECISÃO MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO. A fixação dos alimentos gravídicos pressupõe a
existência de indícios convincentes para imputar a provável paternidade do suposto pai, em
observância ao trinômio necessidade/possibilidade/proporcionalidade, conforme a dicção do §1.º, do artigo
1.694, do Código Civil. Devidamente fundamentada a decisão e não havendo novos elementos nos autos
capazes de modificá-la, a manutenção da verba alimentar é medida que se impõe. (TJ-MT - AI:
10161916220198110000 MT, Relator: ANTONIA SIQUEIRA GONCALVES, Data de Julgamento:
27/05/2020, Terceira Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 01/06/2020).

Considerado tal tais entendimentos, compulsando os autos e analisando os documentos que acompanham
a inicial, não há neste momento como aferir os indícios de paternidade mencionados no art. 6º da Lei nº.
11.804/2008.

PELO EXPOSTO, diante da ausência de provas suficientes de indícios de paternidade, INDEFIRO a


liminar de alimentos gravídicos, devendo as partes serem intimadas da presente decisão.

Cite-se o requerido, no endereço constante dos autos, ficando advertido do prazo de 05 (cinco)
dias para apresentar defesa (art. 7º, da Lei nº. 11.804/2008), sob pena se presumirem aceitos os
fatos alegados pela autora na inicial nos termos do art. 285 e 319 do CPC.

Decorrido o prazo legal, com ou sem manifestação, neste último caso devidamente certificado, voltem-me
conclusos.

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Ciência ao Ministério Público.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL


1438
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0812738-63.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: H. L. A. D. P.


Participação: ADVOGADO Nome: ANA CARLA CORDEIRO DE JESUS MINDELLO OAB: 17227/PA
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE LUIZ DE ARAUJO MINDELLO NETO OAB: 18823/PA
Participação: REQUERIDO Nome: E. S. P. Participação: ADVOGADO Nome: DENIS DA SILVA FARIAS
OAB: 11207/PA Participação: ADVOGADO Nome: KEZIA CAVALCANTE GONCALVES FARIAS OAB:
014371/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0812738-63.2018.8.14.0301

DIVÓRCIO LITIGIOSO (99)

AÇÃO:[Dissolução]

REQUERENTE: HELTON LUIZ ANDRADE DE PAIVA

Advogado(s) do reclamante: ANA CARLA CORDEIRO DE JESUS MINDELLO, JOSE LUIZ DE ARAUJO
MINDELLO NETO

REQUERIDO: ELISABETH SILVA PEREIRA

Advogado(s) do reclamado: DENIS DA SILVA FARIAS, KEZIA CAVALCANTE GONCALVES FARIAS

DESPACHO

1 - À UPJ/FAM para certificar a manifestação das partes em relação ao despacho presente no ID


31354226.

2 – Em seguida, voltem conclusos.

Intimem-se.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL


1439
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0844420-65.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: K. N. P. F. Participação:


REQUERIDO Nome: V. H. N. F. Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: DANIELLY
PINHEIRO NOVAES OAB: null Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0844420-65.2020.8.14.0301

ALIMENTOS - LEI ESPECIAL Nº 5.478/68 (69)

AÇÃO:[Alimentos]

AUTOR: KLEBER NAZARENO PINTO FERREIRA

REQUERIDO: VITOR HUGO NOVAES FERREIRA


REPRESENTANTE DA PARTE: DANIELLY PINHEIRO NOVAES

DESPACHO

Encaminhem-se os autos ao Ministério Público.

Após, voltem conclusos.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0847024-62.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. F. D. A.


Participação: ADVOGADO Nome: MARIZE ANDREA MIRANDA SILVA OAB: 16218/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOANA DARC DA COSTA MIRANDA OAB: 19816/PA Participação: ADVOGADO
Nome: MAYARA THAIS RIBEIRO PINA OAB: 23202/PA Participação: REQUERIDO Nome: L. C. D. S.
Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


1440
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0847024-62.2021.8.14.0301

CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA (157)

AÇÃO:[Fixação]

EXEQUENTE: LORENA FERNANDES DE AZEVEDO

Advogado(s) do reclamante: MAYARA THAIS RIBEIRO PINA, JOANA DARC DA COSTA MIRANDA,
MARIZE ANDREA MIRANDA SILVA

EXECUTADO: LEANDRO CARVALHO DA SILVA

DESPACHO

1-Processe-se em segredo de justiça (art. 189 do Código de Processo Civil) e com gratuidade
processual.

2-Compulsando os autos, observa-se que na petição inicial, não foi respeitado o art. 319 do CPC quanto à
correta indicação de legitimidade para figurar no polo ativo da demanda, visto que se trata de ação na
qual, se cobram alimentos fixados em favor da filha menor, não devendo a mãe figurar no polo ativo como
autora, mas sim como representante da filha menor, devendo ainda fazer a devida juntada da procuração
em nome da menor, representada por sua genitora.

3- Ante o requerimento contido na petição inicial, na qual solicita que a parte executada seja citada por
meio do aplicativo de mensagens “WHATSAPP”, INDEFIRO desde logo o pedido, uma vez não haver
regramento para intimação pelo aplicativo “WhatsApp” no âmbito das Varas Cíveis e de Família, tendo a
resolução Nº 28/2018 – TJPA, que trata da intimação pelo referido aplicativo de mensagens, somente
disposto sobre tal modo de intimação no âmbito DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS, e de
forma voluntária pelas partes.

Ademais, cumpre ressaltar que o CPC expressamente nos seus arts., 693 c/c art., 695 c/c inciso I do art.,
272, determina que, PARA AS AÇÕES DE FAMÍLIA, A CITAÇÃO DA PARTE REQUERIDA SERÁ NA
PESSOA DO RÉU, verbis:

Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:

I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, §3º;

CAPÍTULO X

DAS AÇÕES DE FAMÍLIA

Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos contenciosos de divórcio, separação,
reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação.

Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

§1º O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar
desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a
qualquer tempo.

§2º A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência.

§3º A citação será feita na pessoa do réu.

Ademais, o CPC no inciso V do art., 246 menciona o seguinte:

Art. 246. A citação será feita:

I - pelo correio;

II - por oficial de justiça;

III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;

IV - por edital;

V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei.

Dessa forma, inexistindo lei no sentido de regulamentar a citação por aplicativo de mensagens ou
outro meio eletrônico, impossível a citação se dar por esses modos uma vez tal ato é a forma como
o réu toma conhecimento do processo e pode ser responsabilizado pelas consequências daquele
processo como um todo.

Por isso que um vício na citação é matéria de ordem pública e capaz de anular por completo um
processo.

Ademais, conforme consulta realizada à Corregedoria de Justiça deste Tribunal, através dos autos de No
0002291-82.2020.2.00.0814, restou consignado o seguinte:

(..)Ocorre que, a Portaria Conjunta nº 001/2018- GP/VP, que dispõe sobre a criação e a tramitação do
processo judicial eletrônico no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, esclarece que se
considera sistema de processo eletrônico todos os sistemas eletrônicos de tramitação de
processos judiciais, comunicação de atos e transmissão de peças processuais. Outrossim, os
sistemas de processos eletrônicos atualmente em uso no Tribunal de Justiça do Estado do Pará
(TJPA) são o Sistema Eletrônico de Execução Unificada (SEEU), o Processo Judicial Digital
(Projudi) e o Processo Judicial Eletrônico (PJe). (...)

Da leitura da referida decisão, verifica-se que o aplicativo “whatsapp” não pode ser utilizado para
citações/intimações, fora das hipóteses previstas na Resolução Nº 28/2018 – TJPA.

4-Dessa forma, intime-se a parte autora, através de seu Advogado (art. 272 do CPC) ou Defensor Público
(§1º do art. 186 do CPC), para que, no prazo de 15 (quinze) dias, emende a inicial, nos termos
mencionados acima, sob pena de, não o fazendo, haver o indeferimento da mesma e consequente
extinção do processo sem resolução de mérito.

Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, devidamente certificada, voltem os autos conclusos.
1442
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0812189-19.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. O. D. S. A.


Participação: REQUERENTE Nome: A. F. A. Participação: REQUERIDO Nome: T. G. D. S. B.
Participação: REQUERIDO Nome: A. D. S. Participação: REQUERIDO Nome: A. C. D. B. F. Participação:
FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

Processo: 0812189-19.2019.8.14.0301
AVERIGUAÇÃO DE PATERNIDADE (123)
Assunto: [Investigação de Paternidade, Retificação de Nome]
REQUERENTE: MARIA ORACI DOS SANTOS AMARAL, ARILTON FONSECA AMARAL
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ

REQUERIDO: TAMIRYS GABRIELI DOS SANTOS BARROSO, ADRIANA DOS SANTOS, ANTONIO
CARLOS DANTAS BARROSO FILHO

SENTENÇA

Trata-se de AÇÃO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE E MATERNIDADE SOCIOAFETIVA


ajuizada por MARIA ORACI DOS SANTOS AMARAL e ARILTON FONSECA AMARAL, através da
Defensoria Pública do Estado do Pará, em face de TAMIRYS GABRIELI DOS SANTOS BARROSO,
ADRIANA DOS SANTOS e ANTONIO CARLOS DANTAS BARROSO FILHO, todos devidamente
qualificados na exordial.

Narram os autores que a requerente MARIA ORACI DOS SANTOS AMARAL é tia materna da Requerida
ADRIANA DOS SANTOS, logo, tia avó-materna da filha socioafetiva TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS
BARROSO, ora também requerida no presente feito, sendo o requerente. Sr. AIULTON FONSECA
AMARAL, marido da Sra. MARIA ORACI DOS SANTOS AMARAI, desde junho de 1984.

Disseram que a filha socioafetiva, TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS BARROSO reside com os
requerentes desde que nasceu, em abril de 2000, motivo pelo qual vêm cuidando dela como se sua filha
fosse tratando com muito amor e carinho da mesma forma que dispensado a uni filho biológico.

Afirmaram que sempre houve o desejo, por parte dos requerentes, que pudessem ter seus nomes
registrados, como pai c mãe socioafetivos de TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS BARROSO na certidão
de nascimento.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Alegaram ainda que TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS BARROSO, ora filha socioafetiva, sempre nutriu
este sentimento de amor pelos requerentes, uma vez que foram eles que sempre lhe criaram, tendo sido
neles que ela viu a figura de pai e mãe. Tal relação de pais e filha fica muito bem caracterizada não só
pelo longo convívio, mas também pelo fato da Tamirys chamar os requerentes de pai e mãe.

Por fim, disseram que os requerentes não pretendem retirar o nome dos pais biológicos do registro de
nascimento da Tamirys, mas tão somente a inclusão do patronímico dos pais socioafetivos, passando a
chamar-se TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS BARROSO AMARAL.

As fls., 20/21 (ID 8949978) foi determinada a citação dos requeridos para contestarem o feito.

Devidamente citados, nenhum dos requeridos apresentou contestação ao presente feito, conforme
certidão presente as fls., 39 (ID 13430879), sendo decretada a revelia dos mesmos conforme decisão
presente as fls., 40 (ID 13432034).

As fls., 44 (ID 16053872) foi determinada a remessa dos autos do setor social para realização do estudo
de caso, cujo relatório consta as fls., 49/53 (ID 21932086).

As fls., 60 (ID 22102219) consta manifestação das partes autoras ao estudo de caso.

O Ministério Público deixou de se manifestar no feito, ante a ausência de menores ou incapazes, fls., 65
(ID 30827572).

Determinada a intimação dos autores para que se manifestassem sobre o julgamento antecipado da lide
ou interesse de produção de provas, as fls., 69/70 (ID 31459188) os autos requereram o julgamento
antecipado da lide.

Éo breve relatório.

Decido.

1- DO JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE

Tendo em vista a revelia das partes requeridas e as provas juntadas nos autos, entendo que não há
demais provas a serem produzidas nem controvérsias quanto às questões trazidas à apreciação,
ensejando, assim, o julgamento antecipado da lide nos termos do artigo 355, I do CPC.

2-DO RECONHECIMENTO DA FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA

Narram os autores que a Requerente MARIA ORACI DOS SANTOS AMARAL é tia materna da Requerida
ADRIANA DOS SANTOS, logo, tia avó-materna da filha socioafetiva TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS
BARROSO, ora também requerida no presente feito, sendo o requerente. Sr. AIULTON FONSECA
AMARAL, marido da Sra. MARIA ORACI DOS SANTOS AMARAI, desde junho de 1984.

Disseram que a filha socioafetiva, TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS BARROSO reside com os
requerentes desde que nasceu, em abril de 2000, motivo pelo qual vêm cuidando dela como se sua filha
fosse tratando com muito amor e carinho da mesma forma que dispensado a uni filho biológico.

Afirmaram que sempre houve o desejo, por parte dos requerentes, que pudessem ter seus nomes
registrados, como pai e mãe socioafetivos de TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS BARROSO na certidão
de nascimento.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Importante mencionar que filiação socioafetiva não está lastreada no nascimento, enquanto fato biológico,
mas sim decorre de ato de vontade, construída e reconstruída, cotidianamente, no tratamento e na
publicidade, colocando em destaque, concomitantemente, a verdade biológica e as presunções jurídicas.

A doutrina entende que, socioafetiva é aquela filiação que se constrói a partir de um respeito recíproco, de
um tratamento em mão-dupla como pai e filho, inabalável na certeza de que aquelas pessoas, de fato, são
pai e filho.

Desta sorte, o critério socioafetivo de determinação do estado de filho apresenta-se como um instrumento
que aquilata o império da genética, conferindo efetivação a um rompimento dos laços biológicos que
emolduram a filiação, possibilitando, via de consequência, que o vínculo paterno-filial não esteja estanque
à transmissão de genes.

Trata-se, com efeito, da possibilidade de cisão entre o genitor e o pai. Aliás, a valoração da
socioafetividade, em sede de liames familiares, já foi consagrada pelo entendimento jurisprudencial,
consoante se extrai do julgado paradigmático do STJ:

Ementa:

Direito de família. Recurso especial. Ação investigatória de paternidade e maternidade ajuizada pela filha.
Ocorrência da chamada "adoção à brasileira". Rompimento dos vínculos civis decorrentes da filiação
biológica. Não ocorrência. Paternidade e maternidade reconhecidos. 1. A tese segundo a qual a
paternidade socioafetiva sempre prevalece sobre a biológica deve ser analisada com bastante
ponderação, e depende sempre do exame do caso concreto. É que, em diversos precedentes desta Corte,
a prevalência da paternidade socioafetiva sobre a biológica foi proclamada em um contexto de ação
negatória de paternidade ajuizada pelo pai registral (ou por terceiros), situação bem diversa da que ocorre
quando o filho registral é quem busca sua paternidade biológica, sobretudo no cenário da chamada
"adoção à brasileira". 2. De fato, é de prevalecer a paternidade socioafetiva sobre a biológica para garantir
direitos aos filhos, na esteira do princípio do melhor interesse da prole, sem que, necessariamente, a
assertiva seja verdadeira quando é o filho que busca a paternidade biológica em detrimento da
socioafetiva. No caso de ser o filho - o maior interessado na manutenção do vínculo civil resultante do
liame socioafetivo - quem vindica estado contrário ao que consta no registro civil, socorre-lhe a existência
de "erro ou falsidade" (art. 1. 604 do CC/02) para os quais não contribuiu. Afastar a possibilidade de o filho
pleitear o reconhecimento da paternidade biológica, no caso de "adoção à brasileira", significa impor-lhe
que se conforme com essa situação criada à sua revelia e à margem da lei. 3. A paternidade biológica
gera, necessariamente, uma responsabilidade não evanescente e que não se desfaz com a prática ilícita
da chamada "adoção à brasileira", independentemente da nobreza dos desígnios que a motivaram. E, do
mesmo modo, a filiação socioafetiva desenvolvida com os pais registrais não afasta os direitos da filha
resultantes da filiação biológica, não podendo, no caso, haver equiparação entre a adoção regular e a
chamada "adoção à brasileira". 4. Recurso especial provido para julgar procedente o pedido deduzido pela
autora relativamente ao reconhecimento da paternidade e maternidade, com todos os consectários legais,
determinando-se também a anulação do registro de nascimento para que figurem os réus como pais da
requerente. (Superior Tribunal de Justiça – Quarta Turma/ REsp 1.167.993/RS/ Relator: Ministro Luis
Felipe Salomão/ Julgado em 18.12.2012/ Publicado no DJe em 15.03.2013).

Assim, a afetividade deve estar presente nos vínculos de filiação e de parentesco, variando tão somente
na sua intensidade e nas especificidades do caso concreto. Com efeito, os vínculos sanguíneos não têm o
condão de se sobrepor aos laços afetivos nutridos, podendo, inclusive, ser afirmada a prevalência desses
em relação àqueles.

Ora, não se pode duvidar que, corriqueiramente, se vislumbra a concreção da filiação socioafetiva
enquanto processo contínuo e diário, no qual a convivência e a responsabilidade são responsáveis por
nutrir e desenvolver laços que superam o biológico, estando pautados em uma identificação afetiva.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Assim, a filiação sócio-afetiva é aquela em que se desenvolvem durante o tempo do convívio, laços de
afeição e identidade pessoal, familiares e morais. A partir daí o afeto passou a merecer a tutela jurídica
tanto nas relações interpessoais como também nos vínculos de filiação.

Esta paternidade é aquela que se sobrepõe aos laços sanguíneos decorrentes das alterações familiares
da atualidade: desconstituição das famílias, pai que não assume a paternidade, adoção, entre outros.

Na verdade, é aquela em que o pai não biológico passa a tratar a criança, no âmbito de uma família, como
filha, criando-a e sendo responsável pela mesma. O afeto, enquanto constitutivo de dogma, se revela de
maciça importância, sendo, inclusive, um dos baldrames estruturantes dos argumentos que inspiraram o
reconhecimento da união homoafetiva pelo Supremo Tribunal Federal, explicitando a valoração dos
vínculos pautados no mútuo respeito, companheirismo e busca pela felicidade.

Em que pese o substancial destaque da afetividade, enquanto elemento estruturação de filiações, cuida
salientar que aquela não tem o condão de suplantar, cegamente, o critério biológico.

Desse modo, tão somente no caso concreto, consideradas as mais diversas e complexas circunstâncias,
tal como os elementos probatórios que instruem o apostilado processual, para que seja possível definir um
determinado critério para estabelecer o vínculo paterno-filial.

Importante salientar que a filiação socioafetiva decorre da convivência cotidiana, de uma edificação diária,
não encontrando explicação nos laços genéticos, mas sim no tratamento estabelecido entre pessoas que
ocupam, de maneira recíproca, o papel de pai e filho.

Não há que se falar, contudo, que a filiação socioafetiva decorre de um único ato; ao reverso,
imprescindível se faz um conjunto de atos de afeição e solidariedade, que, com clareza solar, tornam
explicitados a existência de uma relação entre pai/mãe e filho.

Ora, não se trata de qualquer dedicação afetiva que tem o condão de construir um liame paterno-filial,
promovendo, por consequência, a alteração do estado filiatório do indivíduo.

Desse modo, é preciso que o afeto existente na relação seja capaz de sobrepujar os vínculos biológicos,
em razão da sua robustez, sendo elemento decisivo na construção intelectual do indivíduo. É o afeto
substancializado, rotineiramente, por dividir diálogos e projetos de vida, repartir carinho, conquistas,
esperanças e preocupações, orientar os caminhos a ser seguido, ensinar e aprender, reciprocamente.

Há, neste aspecto, uma compreensão ética da filiação no critério socioafetivo, concedendo prestígio ao
comportamento das partes envolvidas ao longo de um lapso temporal. Nas situações em que se verifica no
caso de incidência do critério socioeducativo, a filiação está assentada no serviço e no amor dispensado e
não na procriação.

Por óbvio, o laço socioafetivo reclama de comprovação da convivência respeitosa, pautada na publicidade
e alicerçada firmemente. Entrementes, não é preciso que o afeto esteja presente no instante em que é
discutida a filiação em juízo, sendo comum, quando a demanda alcança as vias ordinárias judiciais, o afeto
ter cessado por diferentes motivos.

Importante faz-se provar a existência do afeto durante a convivência e que aquele era o liame que
entrelaçou os envolvidos durante suas existências, sendo possível sublinhar que a personalidade do filho
foi constituída sobre o vínculo afetivo, ainda que, naquele exato momento, não mais exista.

O exemplo mais corriqueiro é a “adoção à brasileira”, na qual o indivíduo registra como seu filho um
estranho e, depois de anos de uma relação pautada no afeto e de uma vivência como pai e filho, busca
negar a relação filiatória por algum motivo. Rememorar se faz imperioso que, mesmo cessado o afeto em
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

determinado momento, a filiação, in casu, se estabeleceu pelo critério afetivo, o qual deve ser reconhecido
pelo Poder Judiciário, nos casos concretos.

Ora, há de se reconhecer, neste painel, que as manifestações de afeto e de carinho por parte da pessoa
próxima à criança ou ao adolescente somente terão o condão de substancializarem uma relação de
filiação, por parte daquele que dedica o afeto, clara e inequívoca intenção de ser concebido como pai/mãe
daquela criança ou daquele adolescente.

Com a Constituição Federal de 1988, o conceito de família tornou-se plural, contemplando não somente
aquela surgida do matrimônio tradicional, entre homem e mulher, mas também a decorrente da união
estável, conforme artigo 226, §3º, e a monoparental, com fundamento no artigo 226, §4º.

Épacificado o entendimento de que esse rol constante no texto constitucional é apenas exemplificativo, e
não taxativo, sendo, portanto, admitidos outros arranjos familiares.

Nesse contexto, é comum a existência de famílias recompostas por casais divorciados, que acolhem os
filhos havidos da união anterior e com eles formam vínculos afetivos, instituindo-se assim uma nova
família.

Esse tipo familiar é tão comum no meio social que a Lei nº 11.924/2009 autoriza os enteados a adotarem o
patronímico da família do padrasto e madrasta.

Não se pode olvidar também que muitos casais homoafetivos buscam judicialmente a declaração de
filiação socioafetiva em relação aos filhos do parceiro, sem que haja o afastamento da filiação biológica.

Outra forma de família é a decorrente da prática da adoção à brasileira, que ocorre quando há o
reconhecimento em registro civil da filiação de pessoa sem que haja vínculo biológico.

Émuito comum as pessoas adotadas à brasileira baterem às portas do Poder Judiciário para exercer o
direito de buscar sua ascendência genética, por meio de ação de investigação de paternidade, e muitas
vezes o fazem sem o pedido de ruptura da filiação socioafetiva com aquele que efetuou o registro civil.

Portanto, é nesse ambiente de pluralidade familiar, que emerge o conceito de multiparentalidade,


admitindo-se a coexistência da filiação socioafetiva com a filiação biológica, trazendo efeitos na esfera
jurídica da pessoa.

A multiparentalidade, por exemplo, vem sendo reconhecida quando a madrasta ou o padrasto pretende
judicialmente o reconhecimento da filiação socioafetiva com o enteado sem a exclusão da filiação
biológica, como no presente caso dos autos.

Importante frisar que não se trata apenas da inclusão do patronímico dos padrastos pelos enteados, como
é permitido pela Lei n 11.924/2009.

A multiparentalidade vai além disso, permitindo que os padrastos sejam reconhecidos como pais dos
enteados, hipótese em que eles passarão a ter em seu registro civil o nome de dois pais ou duas mães,
mantendo-se assim o vínculo socioafetivo e o biológico.

Por sua vez, o conceito de família está atualmente atrelado ao afeto, e não mais somente ao aspecto
biológico, não sendo raras as decisões judiciais que reconhecem a multiparentalidade, aplicando-se o
princípio do afeto.

Outra situação muito comum em que a multiparentalidade está sendo reconhecida é quando a pessoa
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

adotada à brasileira, por meio de ação de investigação de paternidade, busca conhecer sua ascendência
genética, sendo que a jurisprudência, em alguns casos, já se manifestou pela coexistência da filiação
socioafetiva com a filiação biológica.

Emerge o conceito de multiparentalidade, caracterizado pela possibilidade da coexistência da filiação


socioafetiva com a filiação biológica, hipótese em que a pessoa passará a ter em seu registro civil o nome
de dois pais ou duas mães.

Vale destacar o entendimento doutrinário sobre o tema:

(...) Coexistindo vínculos parentais afetivos e biológicos, mais do que apenas um direito, é uma obrigação
constitucional reconhecê-los na medida em que preserva direitos fundamentais de todos os envolvidos,
sobretudo a dignidade e a afetividade da pessoa humana. (BERENICE, Maria Dias. Manual de Direito das
Famílias. 9ª ed. Revista dos Tribunais: 2013, p. 385).

(...) parte da doutrina nacional aponta para a possibilidade de reconhecimento da multiparentalidade, o que
conta com apoio do presente autor. O que se tem visto na jurisprudência é uma escolha de Sofia, entre o
vínculo biológico e o socioafetivo, o que não pode mais prosperar. Como interroga a doutrina consultada,
por que não seria possível a hipótese de ter a pessoa dois pais e duas mães no registro civil, para todos
os fins jurídicos, inclusive familiares e sucessórios? (TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. Volume
único. 4ª ed., São Paulo: Método, 2014, p. 936).

Por sua vez, o Superior Tribunal de Justiça já se manifestou pela possibilidade da multiparentalidade no
Recurso Especial nº 13.283.80/MS:

(...) 2.3. Em atenção às novas estruturas familiares, baseadas no princípio da afetividade jurídica (a
permitir, em última análise, a realização do indivíduo como consectário da dignidade da pessoa humana),
a coexistência de relações filiais ou a denominada multiplicidade parental, compreendida como expressão
da realidade social, não pode passar despercebida pelo direito. Desse modo, há que se conferir à parte o
direito de produzir as provas destinadas a comprovar o estabelecimento das alegadas relações
socioafetivas, que pressupõem, como assinalado, a observância dos requisitos acima referidos. 3.
Recurso especial provido, para anular a sentença, ante o reconhecimento de cerceamento de defesa,
determinando-se o retorno dos autos à instância de origem, de modo a viabilizar a instrução probatória, tal
como requerido oportunamente pelas partes. (REsp 1328380/MS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO
BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/10/2014, DJe 03/11/2014)

Na multiparentalidade, ao ser judicialmente reconhecida a coexistência desses dois tipos de filiação, a


pessoa passa a ter em seu registro civil o nome de dois pais ou duas mães, conforme o caso, produzindo
todo os efeitos legais decorrentes das relações de parentesco.

Temos então que, conforme as provas juntadas nos autos, mormente a constante as fls., 19 (ID 8948259 -
Pág. 6), onde consta que os autores já detinham a guarda judicial de TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS
BARROSO, já denota a relação de amor e cuidado entre as partes.

Importante ainda destacar, que no estudo de caso realizado, há inequívoca demonstração de vínculo de
paternidade socioafetiva entre os requerentes e a requerida.

Vejamos o que foi dito no referido estudo, fls., 49/53 (ID 21932086).

“(...) A partir do contato com o contexto familiar que envolve a jovem Tamirys Gabriele dos Santos Barroso,
20 anos, as informações levantadas sugerem que desde a sua tenra idade, ela encontra-se sob os
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

cuidados do casal requerente, Sra. Maria Oraci dos Santos Amaral e Sr. Arilton Fonseca Amaral os quais
exercem, ao longo desses anos, relevantes funções inerentes a condição parental, indicando
responsabilidade com o encargo que assumiram e sobre o qual demonstraram ter dedicado amor e zelo.

No núcleo familiar em questão, Tamirys indicou desfrutar, ao longo de sua trajetória de vida, de ambiente
afetuoso, onde sente-se amada e acolhida como filha. Nesta perspectiva, identificou-se que o casal
requerente e a jovem Tamirys estabeleceram entre si uma relação de amor, cuidado, carinho e afeto com
a formação de vínculos afetivos sólidos, oportunizados por uma convivência duradoura e regular.

Destaca-se que no contexto em questão, a relação entre Tamirys e os pais biológicos foi assegurada ao
longo dos anos. Das informações coligidas depreende-se que o vínculo paterno/filial foi mantido, havendo
convivência regular entre eles.

Os elementos assinalados revelam que a jovem identifica o casal requerente como seus pais, tal
como o casal requerido, manifestando o desejo de ter parentalidade socioafetiva reconhecida,
preservando-se a parentalidade biológica, uma vez que ambas sã significativas para a jovem.” (...)”.

Portanto, no caso concreto, coexistindo vínculos parentais afetivos e biológicos, mais do que apenas um
direito, é uma obrigação constitucional reconhecê-los, na medida em que preserva o direito fundamental
de todo ser humano de estar inserido no seio familiar e possuir filiação.

Dessa forma, compulsando os autos ante o reconhecimento do pedido por parte dos requeridos em
contestação, merece a procedência do pedido.

ISTO POSTO, com fulcro no art. 485, I do Código de Processo Civil, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO
DOS AUTORES para:

a) DECLARAR MARIA ORACI DOS SANTOS AMARAL e ARILTON FONSECA AMARAL mãe e pai
socioafetivos, respectivamente, de TAMIRYS GABRIELI DOS SANTOS BARROSO, passando ela a se
CHAMAR TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS BARROSO AMARAL, conforme requerido na petição
inicial, tendo como avós maternos JOANA DOS SANTOS (documento ID 8948257) e como avós
paternos ALUIZIO PEREIRA AMARAL e LIDIA FONSECA AMARAL (documento ID 8948257 - Pág. 2),
devendo ser expedido MANDADO DE AVERBAÇÃO ao competente cartório, fl. 13 (ID 8948257 - Pág. 4)
a fim de que proceda as devidas averbações no assento de nascimento da requerida, necessário à
inclusão de todos os dados referentes à filiação dos pais, ora declarada.

CONSTE NO MANDADO DE AVERBAÇÃO QUE O RECONHECIMENTO DA MATERNIDADE E


PATERNIDADE SOCIOAFETIVA DOS REQUERENTES EM RELAÇÃO À REQUERIDA É SEM
PREJUÍZO DA PATERNIDADE REGISTRAL E SEUS ASCENDENTES JÁ CONSTANTES DO
ASSENTO DE NASCIMENTO DA REQUERIDA, DEVENDO SER ACRESCENTADA AO REGISTRO DE
NASCIMENTO A PATERNIDADE E A MATERNIDADE AQUI RECONHECIDA.

CONDENO ainda os requeridos, solidariamente, ao pagamento das custas processuais e honorários


advocatícios, estes últimos que, com fulcro no artigo 85, §8º do CPC, que arbitro em R$ 1.100,00 (mil e
cem reais), ou seja, um salário mínimo vigente, acrescidos de juros de 1% (um por cento) ao mês,
devendo tal valor ser corrigido pelo índice INPC.

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Preclusa a via impugnativa, devidamente certificada, arquivem-se os autos.

Publique-se, registre-se e intimem-se.


1449
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0019878-89.2015.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: G. D. C. R.


Participação: ADVOGADO Nome: RAMON LISBOA MESQUITA OAB: 21678/PA Participação:
ADVOGADO Nome: RAQUEL MELINA REGO SOUSA OAB: 21383/PA Participação: REQUERIDO Nome:
M. D. J. M. R. Participação: REQUERIDO Nome: M. R. R. Participação: AUTORIDADE Nome: P. M. P. -.
C. 0. (. D. L.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0019878-89.2015.8.14.0301

AVERIGUAÇÃO DE PATERNIDADE (123)

AÇÃO:[Investigação de Paternidade]

REQUERENTE: GLEYWSON DA CONCEICAO RIBEIRO

Advogado(s) do reclamante: RAMON LISBOA MESQUITA, RAQUEL MELINA REGO SOUSA

REQUERIDO: MARIA DE JESUS MAIA ROCHA, MANUELA ROCHA RIBEIRO

DESPACHO

Ante o termo de acordo presente no ID 31903906 – Pag. 5/6, fica cancelada a audiência designada na
decisão ID 23720139.

Assim, encaminhem-se os autos ao Ministério Público.

Após, voltem conclusos.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO
1450
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0846563-95.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: T. D. S. L.


Participação: REQUERIDO Nome: I. S. F. L. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0846563-95.2018.8.14.0301

ALIMENTOS - LEI ESPECIAL Nº 5.478/68 (69)

AÇÃO:[Fixação]

REQUERENTE: THIAGO DE SOUZA LOPES

REQUERIDO: ITALO SANTANA FERREIRA LOPES

DESPACHO

Intime-se a parte autora, através de seu Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art. 186 do
CPC), para que, no prazo de 10 (dez) dias, atualize o endereço das partes.

Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, voltem os autos conclusos.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0810852-24.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: A. B. S. A.


Participação: ADVOGADO Nome: TAINA CORREA CUNHA OAB: 24158/PA Participação: EXECUTADO
Nome: E. D. V. A. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.
1451
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0810852-24.2021.8.14.0301

CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE DECISÃO (10980)

AÇÃO:[Valor da Execução / Cálculo / Atualização]

EXEQUENTE: ADRIANA BARATA SOARES ARAUJO

Advogado(s) do reclamante: TAINA CORREA CUNHA

EXECUTADO: ELTON DO VALE ARAUJO

DESPACHO

Intime-se a parte exequente, através de seu Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art.
186 do CPC), para que, no prazo de 05 (cinco) dias, se manifeste sobre a certidão presente no ID
31932307.

Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, abra-se vista ao Ministério
Público.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0819690-53.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. K. R. A.


Participação: ADVOGADO Nome: JULIANA CARDOSO PARAGUASSU OAB: 018716/PA Participação:
ADVOGADO Nome: MARIANA RODRIGUES PANTOJA OAB: 20453/PA Participação: REQUERIDO
Nome: D. C. S. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0819690-53.2021.8.14.0301
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DIVÓRCIO LITIGIOSO (12541)

AÇÃO:[Dissolução]

REQUERENTE: JOSIANE KARINA RIBEIRO ANDRADE

Nome: JOSIANE KARINA RIBEIRO ANDRADE


Endereço: Alameda Mendara, 03, Mangueirão, BELéM - PA - CEP: 66640-005

Advogado(s) do reclamante: MARIANA RODRIGUES PANTOJA, JULIANA CARDOSO


PARAGUASSU

REQUERIDO: DANIEL CARVALHO SANTANA

Nome: DANIEL CARVALHO SANTANA


Endereço: Passagem Marrocos, Rua Santa Maria, numero 14, Atalaia, ANANINDEUA - PA - CEP: 67013-
650

DESPACHO-MANDADO

SERVIRÁ O PRESENTE, POR CÓPIA, COMO MANDADO, NA FORMA DO PROVIMENTO Nº 003/2009,


alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E SOB AS PENAS DA LEI.
INTIMEM-SE.

PROCESSO EM VISUALIZAÇÃO CRESCENTE

processe-se em segredo de justiça (art. 189 do Código de Processo Civil e com gratuidade processual.

1-Defiro a emenda da inicial feita na petição presente no ID 31287210, para que passe a constar como
valor da causa a importância de R$ 9.680,00 (nove mil, seiscentos e oitenta reais)., devendo à Secretaria
proceder a correção no Sistema PJE.

2-Trata-se de AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C GUARDA, DIREITO DE CONVÍVIO, ALIMENTOS,


ajuizada por JOSIANE KARINA RIBEIRO SANTANA, através de advogada habilitada, em face de
DANIEL CARVALHO SANTANA, todos qualificados nos autos.

Narra a autora que contraiu núpcias com o requerido na data de 03/05/2013, adotando assim naquele
momento o regime de comunhão parcial de bens.

Disse que da união, nasceram dois filhos THÁRSIS DANIEL RIBEIRO SANTANA, nascido em 14/04/2014,
certidão de nascimento presente no ID 24398545 - Pág. 2 e THAYSE YASMIM RIBEIRO SANTANA,
nascida em 21/03/2018, certidão de nascimento presente no ID 24398545 - Pág. 3.

Mencionou que as partes não adquiriram bens durante o casamento.

Disse que a separação ocorreu por inúmeras descobertas de infidelidade por parte do requerido, por
diversas situações de abandono e ausências, pois o Requerido alegava que iria trabalhar em outra cidade
e desaparecia, estando separados de fato há um ano.

Requereu a guarda unilateral das filhas menores, bem como a estipulação do direito de convívio do pai,
ora requerido, bem como alimentos no importe de 40% (quarenta por cento) do salário mínimo vigente,
petição presente no ID 31287210, tendo informado que os gastos mensais dos menores giram em torno de
R$ 1.949,90 (mil e novecentos e quarenta e nove reais e noventa centavos), petição presente as fls., 27
(ID 25063810).
1453
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A requerente não solicitou alimentos em face do requerido

A divorciando requereu voltar a usar seu nome de solteira.

Não houve pedido de tutela de urgência para decretação do divórcio liminar.

Éo breve relatório.

DECIDO.

2- Ante o requerimento contido na petição inicial, entendo ser prudente a fixação da guarda unilateral das
menores THÁRSIS DANIEL RIBEIRO SANTANA de 07 anos e THAYSE YASMIM RIBEIRO SANTANA de
03 anos de idade, com a mãe, e ainda, regulo o direito de convívio do pai, ora requerido, a ser realizado
em finais de semana alternados, iniciando as 08h da manhã do sábado no domicilio do genitor, devendo
devolvê-lo até as 17h do domingo, feriados prolongados e festas de final de ano alternados, iniciando e
terminando no mesmo horário dos finais de semana, e metade das férias escolares; o dia dos pais as
menores passarão com o genitor e o dia das mães com a genitora, devendo haver comunicação e acordo
prévio com a mãe das menores, sempre respeitados os interesses das mesmas.

3-Ante o deferimento da guarda mencionado no item “2”, em razão da prova da relação de parentesco (art.
2º da LA), cópia da certidão de nascimento das menores presente no ID 24398545 - Pág. 2/3 e diante da
necessidade presumida das mesmas, DEFIRO os alimentos provisórios em 40% (quarenta por cento) do
salário mínimo vigente, sendo 20% (vinte por cento) para cada filha, os valores serem depositados em
conta bancária da requerente, qual seja: Banco Next – 37, conta corrente: 608874-0, agência: 7160,
pagos até o quinto dia útil de cada mês, devidos a partir da citação, segundo artigo 13, §2º da Lei de
Alimentos.

OS PAIS DEVEM SE ATENTAR SEMPRE PELO MELHOR INTERESSE DOS FILHOS, INCLUÍDA AÍ
SEU DIREITO A SAÚDE A VIDA, EDUCAÇÃO, ASSISTÊNCIA MATERIAL E PSICOLOGICA.

4-Tendo em vista, o art. 18 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, que determina que
as audiências devem ser realizadas através de meios tecnológicos por meio de videoconferência,
em razão da Pandemia da COVID-19, e ainda, havendo a necessidade de medidas de
distanciamento controlado, com a observância dos protocolos de segurança sanitária e o espaço
reduzido da sala de audiências deste Juízo, que não comporta a presença de todos os
participantes, respeitado o distanciamento social de 1,5m de cada um, conforme parâmetro
indicativo da OMS, Ministério da Saúde e Anvisa, nos termos do art., 139 do CPC, DEIXO DE
DESIGNAR, por ora, data para a realização de audiência de conciliação, ANTE A PANDEMIA DA
COVID-19.

5-Assim, também diante do art., 139 do CPC, diante das especificidades da causa e de modo a adequar o
rito processual às necessidades do conflito, ante as razões expostas acima, CITE-SE a parte requerida,
para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis, no endereço fornecido nos autos.

A ausência de contestação implicará revelia e presunção de veracidade da matéria fática apresentada na


petição inicial, nos termos do art. 344 c/c 345 do NCPC.

6-Ante o disposto no inciso I do art., 247 c/c §3º do art., 695 do CPC, a citação da parte requerida
deve ser feita pessoalmente, através de Oficial de Justiça.

7-A intimação da parte autora poderá ser feita através dos correios, por carta registrada, com aviso
de recebimento, por analogia ao inciso I do art., 246 c/c art., 22 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI.

8-Após a apresentação da contestação, DETERMINO que os presentes autos sejam remetidos ao Setor
1454
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Social para a realização do estudo psicossocial do caso, com prazo de conclusão de 45 (quarenta e cinco)
dias, pela equipe multidisciplinar, devendo serem ouvidas as partes no referido estudo;

Com o retorno dos autos do Setor Social, intimem-se as partes, através de seu Advogado (CPC, art. 272)
ou Defensor Público (§1º do art. 186 do CPC), para que, no prazo de 05 (cinco) dias, se manifestem sobre
o laudo social.

Após a manifestação das partes, devidamente certificada, abra-se vista ao Ministério Público, para que
também se manifeste sobre o referido laudo.

9-Nos termos do art. 694 do CPC e do que dispõe o artigo 14 da resolução nº 015/2016-GP, de
01/06/2016, determino a remessa dos presentes autos ao CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de
Conflitos das Varas de Família deste Fórum, a fim de que seja tentada a conciliação entre as partes no
presente feito, nos termos da Portaria Conjunta No 12/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI.

Lavre-se o termo de guarda, consignando-se o direito de convívio.

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Intimem-se. Ciência ao Ministério Público.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0422685-80.2016.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: H. D. V. P.


Participação: ADVOGADO Nome: ALINE BRAGA DE OLIVEIRA OAB: 019317/PA Participação:
REQUERIDO Nome: R. C. P. Participação: ADVOGADO Nome: CARLA DOMICIANO DE SOUZA
registrado(a) civilmente como CARLA DOMICIANO DE SOUZA OAB: 535PA/PA Participação:
AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0422685-80.2016.8.14.0301

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

AÇÃO:[Fixação]

REQUERENTE: HANA DE VASCONCELOS PINHEIRO

Advogado(s) do reclamante: ALINE BRAGA DE OLIVEIRA


1455
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REQUERIDO: RAPHAEL CARDOSO PINHEIRO

Advogado(s) do reclamado: CARLA DOMICIANO DE SOUZA REGISTRADO(A) CIVILMENTE COMO


CARLA DOMICIANO DE SOUZA

DESPACHO

Intime-se a parte exequente, através de seu Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art.
186 do CPC), para que, no prazo de 05 (cinco) dias, se manifeste sobre a petição presente no ID
31731223.

Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, voltem os autos conclusos.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0831980-03.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: G. A. P.


Participação: ADVOGADO Nome: ARIANE DE NAZARE CUNHA AMORAS OAB: 16966/PA Participação:
INTERESSADO Nome: J. D. S. P. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0831980-03.2021.8.14.0301

ALVARÁ JUDICIAL - LEI 6858/80 (74)

AÇÃO:[]

REQUERENTE: GISELE AVIZ PAIXAO

Advogado(s) do reclamante: ARIANE DE NAZARE CUNHA AMORAS

INTERESSADO: JACINTO DA SILVA PAIXAO

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
1456
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Deixo de apreciar a petição de ID 31183717, uma vez que não existe pedido de reconsideração de
sentença, exceto nos casos estritamente previstos no §7º do art. 485 do CPC, devendo a parte fazê-lo
através do meio devido de impugnação que é a apelação.

ÀUPJ/FAM para certificar o trânsito em julgado da sentença presente no ID 30686814.

Intimem-se. Ciência ao Ministério Público.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0003619-39.2003.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: A. A. G.


Participação: EXEQUENTE Nome: A. C. G. D. S. Participação: EXECUTADO Nome: A. C. D. S.
Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0003619-39.2003.8.14.0301

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

AÇÃO:[Fixação]

REPRESENTANTE: ANDREA ALVES GERHARDT


EXEQUENTE: ANA CAROLINA GERHARDT DOS SANTOS

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ

EXECUTADO: ALEXANDRE CHAVES DOS SANTOS

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

SERVIRÁ O PRESENTE, POR CÓPIA, COMO MANDADO, NA FORMA DO PROVIMENTO Nº 003/2009,


alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E SOB AS PENAS DA LEI.
INTIME-SE.

Tratam os presentes autos de AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS, decorrente de inadimplemento de


obrigação alimentar, ajuizada por ANA CAROLINA GERHARDT DOS SANTOS, menor representada por
1457
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

sua genitora ANDREA ALVES GERHARDT, através da Defensoria Pública do Estado do Pará, em
desfavor de ALEXANDRE CHAVES DOS SANTOS, portador do RG nº 00136694159 DETRAN/PA e
CPF nº 612.610.332-72.

A exequente aduz que o executado não vem cumprindo com o acordo, firmado nestes autos, ocasião em
que foram definidos alimentos no importe equivalente 20% (vinte por cento) do salário mínimo vigente.

A inicial veio acompanhada de procuração e documentos.

O juízo recebeu o pedido pelo rito prisional, fls. 64 (ID 20805171).

Devidamente citado (fls., 68 (ID 20805171 - Pág. 5), o executado não apresentou justificativa nem realizou
o pagamento, certidão presente as fls., 69 (ID 20805171 - Pág. 6).

Conforme parecer presente as fls., 79/80 (ID 20805173) o Ministério Público se manifestou pela prisão civil
do executado, tendo sido ratificado tal posicionamento pela parte exequente, na petição de fls., 96 (ID
20805175).

Após os autos serem migrados ao sistema PJE, as fls., 113/114 (ID 31625651), consta planilha atualizada
do débito no valor de R$ 8.857,81 (oito mil, oitocentos e cinquenta e sete reais e oitenta e um centavos).

É o breve relatório.

DECIDO.

Os alimentos reclamam necessidade de quem os pede, mormente porque se destinam à subsistência


básica relativa à alimentação, educação, vestuário e saúde, dentre outros.

Assim, ao propor o montante ora reclamado, o executado deveria cumprir com tal obrigação porque,
deduz-se, estava dentro de sua capacidade financeira, atendendo-se, assim, ao binômio: necessidade x
possibilidade.

Neste sentido, já tem se manifestado o Superior Tribunal de Justiça há algum tempo:

Ementa:

HABEAS CORPUS - PRISÃO CIVIL DECRETADA ANTE O INADIMPLEMENTO DEOBRIGAÇÃO


ALIMENTAR ATUAL - OBSERVÂNCIA AO ENUNCIADO SUMULAR N.309/STJ - LEGALIDADE DA
ORDEM. 1. O pagamento parcial do débito não afasta a regularidade da prisão civil, porquanto as quantias
inadimplidas caracterizam-se como débito atual, nos termos da Súmula 309/STJ. 2. Ademais, está
pacificado no âmbito da Segunda Seção desta Corte que o "descumprimento de acordo firmado entre o
alimentante e os alimentados, nos autos da ação de alimentos, pode ensejar o decreto de prisão civil do
devedor, porquanto a dívida pactuada constitui débito em atraso, e não dívida pretérita" (HC 221.331/SP,
Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 22/11/2011, DJe07/12/2011) 3. Alegada
redução da capacidade econômica do alimentante. Inviabilidade da análise de matéria fático-probatória em
sede de habeas corpus.4. Ordem denegada. (STJ - HC: 250587 MG 2012/0162535-3, Relator: Ministro
RAUL ARAÚJO, Data de Julgamento: 09/10/2012, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe
12/11/2012).

Ementa:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. INADIMPLEMENTO DE PENSÃO


ALIMENTÍCIA. DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO. PRISÃO CIVIL. DÍVIDA
ALIMENTAR. APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVA PELO EXECUTADO. 1. Não há falar em deficiência
1458
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

de fundamentação da decisão o não acolhimento das teses ventiladas pelo recorrente, mormente se o
aresto abordar todos os pontos relevantes da controvérsia, como na espécie. 2. A justificativa apresentada
pelo devedor, nos autos de ação de execução de alimentos, não constitui motivo para afastar a prisão civil,
nos termos do art. 733 do Código de Processo Civil. 3. Agravo regimental não provido. (STJ - AgRg no
AREsp: 46685 SC 2011/0217063-8, Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de
Julgamento: 10/09/2013, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 17/09/2013).

No tocante a prestação alimentar, caso o réu não possa realmente cumpri-la em sua totalidade, necessário
e que este ajuíze uma ação própria de revisão ao invés de se desobrigar unilateralmente do pagamento
integral da pensão alimentícia, ainda mais por ser em favor de 03 (três) filhos menores de idade.

Portanto, considerando o descaso do executado com sua obrigação, e tendo privado os exequentes do
direito indisponível de alimentos para sua sobrevivência, entende-se que estão presentes os motivos
autorizadores da prisão civil, consequência do inadimplemento. Seu desinteresse para com a sua
obrigação não deve ser minimizado ou abrandado, ao contrário, deve ser condenado e penalizado.

O posicionamento do executado significa confirmação dos termos exordiais, assim como da inexistência
de justificativa bastante para elidir as conseqüências do inadimplemento.

Significa, outrossim, descaso com as básicas necessidades alimentares, a exigir pronta e urgente medida
legal de parte do Poder Judiciário, consabidos os interesses prioritários de tais verbas.

A segregação tem o objetivo de compelir o executado ao cumprimento de seu dever alimentar, medida
extrema que deve ser tomada em derradeira solução, mas sem titubeios, haja vista sobrelevam os
urgentíssimos interesses. Trata-se, à evidência, de pleito referente à vida, à dignidade dos exequentes.

Consignamos, por oportuno, que o valor das pensões alimentícias vincendas estão naturalmente incluídas
na presente execução, entendimento esse, aliás, já sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, Súmula
309, bem como no §7º do art. 528 do CPC.

ISTO POSTO, FACE A NATUREZA EMERGENCIAL DOS ALIMENTOS, VINDO O EXECUTADO FICAR
INERTE QUANTO AO PAGAMENTO INTEGRAL DO DÉBITO; e não apresentou quaisquer justificativas
plausíveis por não ter cumprido a obrigação alimentar; e, ainda, a objetividade do art. 528 do CPC ao
expressar que o executado deve pagar o débito, provar o pagamento ou justificar a impossibilidade de
fazê-lo, assim:

DECRETO, com base no artigo 5º, LXVII da Carta Magna, no artigo 19, da Lei 5.478/68, no art. 528, § 3º,
do Código de Processo Civil e no art. 6º da Recomendação 62 do CNJ, a prisão civil DOMICILIAR de
ALEXANDRE CHAVES DOS SANTOS, portador do RG nº 00136694159 DETRAN/PA e CPF nº
612.610.332-72, por 01 (mês) mês, observando-se o §3º do art. 132 do Código Civil, quanto à
inadimplência relativa às parcelas alimentares devidas de AGOSTO DE 2018 ATÉ AGOSTO DE 2021 no
valor de R$ 8.857,81 (oito mil, oitocentos e cinquenta e sete reais e oitenta e um centavos), NO
ENDEREÇO INFORMADO NO ID 31784339.

A prisão civil por dívida alimentar, prevista no art. 528 §3º e ss da Lei n. 13.105/15 (CPC), deverá ser
cumprida exclusivamente em regime domiciliar, sem prejuízo da exigibilidade das respectivas obrigações,
conforme o art., 6º da Recomendação 62 do CNJ.

ASSIM, DETERMINO A PRISÃO DOMICILIAR COM MONITORAMENTO POR TORNOZELEIRA


ELETRÔNICA.

Ressalto que, enquanto o executado estiver sob a modalidade de prisão domiciliar, deverão ser cumpridas
as seguintes condições, sob pena de revogação da medida, sendo a prisão convertida para o regime
fechado:
1459
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

a) Não poderá o executado se afastar de sua residência no período compreendido entre 19h e 07h;

b) A zona de inclusão do monitoramento eletrônico será de 200 metros de raio ao redor da casa para
subsistência básica (padaria, farmácia, etc.), não podendo dela se desviar;

c) Rompimento ou danificação do equipamento (tornozeleira) ensejará a revogação do benefício;

Alternativamente, na hipótese de inviabilidade técnica para o uso de tornozeleira eletrônica, a medida será
convertida em recolhimento da CNH e do Passaporte, com comunicação ao DETRAN-PA e à Polícia
Federal.

Expeça-se ofício à Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará-SEGUP/PA, para que informe
sobre a viabilidade do monitoramento por tornozeleira eletrônica, devendo a resposta ser encaminhada no
prazo de 05 (cinco) dias.

Com a resposta sendo positiva, à Secretaria para proceder ao cumprimento da presente ordem de prisão
domiciliar com monitoramento.

Em caso negativo, oficie-se ao DETRAN/PA e Polícia Federal, para que procedam ao recolhimento da
CNH e do Passaporte do executado, respectivamente.

Caso o executado não possa realmente cumprir com a obrigação alimentar em sua totalidade, necessário
que este ajuíze ação própria de revisão, ao invés de desobrigar-se unilateralmente do pagamento integral.

O MANDADO JUDICIAL DE PRISÃO DOMICILIAR deve ser cumprido pelo Oficial de Justiça com auxílio
da força policial, devendo este observar que deverá cumprir a ordem judicial independentemente de
quaisquer documentos apresentados pelo executado no momento do cumprimento da diligência,
uma vez que somente cabe ao juízo decretar ou revogar a ordem de prisão, sob pena de
representação pelo descumprimento.

Oficie-se ao Comandante da Polícia Militar para que designe força policial, para acompanhar o Oficial de
Justiça no cumprimento da PRISÃO DOMICILIAR do alimentante.

Expeça-se Mandado de PRISÃO DOMICILIAR, devendo dele constar que a autoridade a qual efetuar a
detenção deve dar cumprimento ao inciso LXII, do artigo 5º, da Constituição Federal, com a imediata
comunicação da prisão à família do preso ou à pessoa por ele indicada.

Após, caso comprovado o pagamento integral do débito alimentar constante nesta decisão MAIS
AS PARCELAS que por ventura se vençam após a decretação da prisão, ou o decurso do prazo
aqui determinado, expeça-se de imediato o competente alvará de soltura/contra-mandado,
independentemente de nova decisão.

Por fim, nos termos do §1º do art. 528 do CPC, remeta-se cópia desta decisão interlocutória e da
planilha de débito atualizada, ao Cartório de Protesto de Títulos e Documentos, devendo ser
observado o art. 517 do cpc.

PROCEDA-SE AO CADASTRO DA PRESENTE DECISÃO NO BANCO NACIONAL DE MANDADOS DE


PRISAO CIVIL – BNMP/CNJ.

Cumpra-se. Intimem-se as partes e o Ministério Público.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA


1460
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0111877-26.2015.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: R. H. D. S.


Participação: REQUERENTE Nome: M. E. H. S. Participação: ADVOGADO Nome: JACQUELINE DE
SOUZA MOREIRA OAB: 7914/PA Participação: REQUERIDO Nome: J. C. D. S. S. Participação:
ADVOGADO Nome: WALMIR HUGO PONTES DOS SANTOS NETO OAB: 23444/PA Participação:
AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0111877-26.2015.8.14.0301

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

AÇÃO:[Fixação]

REQUERENTE: RAQUEL HACKENHAAR DA SILVA, M. E. H. S.

Advogado(s) do reclamante: JACQUELINE DE SOUZA MOREIRA

REQUERIDO: JOSE CRISTIANO DA SILVA SOUZA

Advogado(s) do reclamado: WALMIR HUGO PONTES DOS SANTOS NETO

DESPACHO

Intime-se a parte autora, através de seu Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art. 189 do
CPC) para que, no prazo de 05 (cinco) dias requeira o que entender de direito, sob pena de arquivamento.

Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, voltem os autos conclusos.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL


1461
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0001750-60.2011.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: A. F. R.


Participação: EXEQUENTE Nome: D. R. P. Participação: EXECUTADO Nome: J. A. A. P. Participação:
AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0001750-60.2011.8.14.0301

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

AÇÃO:[Fixação, Liquidação / Cumprimento / Execução]

REPRESENTANTE: ANDREIA FERREIRA REBELO


EXEQUENTE: D. R. P.

EXECUTADO: JORGE ALIPIO ALMEIDA PEREIRA

DESPACHO

Ante a petição presente no ID 28273576, à UPJ/FAM para cumprir o determinado no ID 26253867, no


endereço fornecido na referida petição, COM URGÊNCIA.

Intimem-se.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0862730-56.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: L. P. T. Participação:


ADVOGADO Nome: KARIME TREPTOW KHAYAT OAB: 9771/PA Participação: REU Nome: S. C.
Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO ARAUJO DE OLIVEIRA JUNIOR OAB: 14279PA/PA
Participação: ADVOGADO Nome: LAYNNA LIDIA LEITE NEIVA OAB: 24905/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JULIO MACHADO DOS SANTOS OAB: 015330/PA Participação: ADVOGADO
Nome: REYNALDO ANDRADE DA SILVEIRA OAB: 1746 Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E.
D. P.
1462
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0862730-56.2019.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AÇÃO:[Fixação, Reconhecimento / Dissolução, Regime de Bens Entre os Cônjuges, Usufruto e


Administração dos Bens de Filhos Menores, Bem de Família, Regulamentação de Visitas]

AUTOR: LUCYANA PEREIRA TOKUHASHI

Advogado(s) do reclamante: KARIME TREPTOW KHAYAT

REU: SILVINO CALIMAN

Advogado(s) do reclamado: REYNALDO ANDRADE DA SILVEIRA, JULIO MACHADO DOS SANTOS,


LAYNNA LIDIA LEITE NEIVA, ANTONIO ARAUJO DE OLIVEIRA JUNIOR

DESPACHO

1 -Tendo em vista que não houve tempo hábil para que a UPJ/FAM cumprisse a decisão presente no ID
22561603, CANCELO a Audiência designada na referida decisão, deixando, por ora, de designar nova
data em função das sucessivas readequações de pautas suportadas por esta Vara.

2 – Intimem-se as partes, através de seus Advogados (art. 272, CPC) ou Defensores Públicos (§1º do art.
186 do CPC), para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, forneça seu endereço de e-mail para seja
tentada a conciliação entre as partes.

3 - Cumprida a providência acima, remetam-se os autos ao CEJUSC.

4-Sem prejuízo do determinado acima, tendo em vista que o requerido já foi citado, conforme se verifica
pela certidão presente no ID 17173239, já tendo advogado constituído nos autos, também diante do art.,
139 do CPC, diante das especificidades da causa e de modo a adequar o rito processual às necessidades
do conflito, ante as razões expostas acima, INTIME-SE a parte requerida, para contestar o feito no prazo
de 15 (quinze) dias úteis, no endereço fornecido nos autos.

A ausência de contestação implicará revelia e presunção de veracidade da matéria fática apresentada na


petição inicial, nos termos do art. 344 c/c 345 do NCPC.

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Intimem-se. Ciência ao Ministério Público.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA


1463
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0844486-11.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. F. M. C.


Participação: REQUERENTE Nome: J. C. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

Processo: 0844486-11.2021.8.14.0301
DIVÓRCIO CONSENSUAL (12372)
Assunto: [Dissolução]
ACORDANTES: ANA FLÁVIA MORAES CARVALHO e JONH CARVALHO DE SOUZA

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ


SENTENÇA

PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA E COM GRATUIDADE PROCESSUAL

Tratam os autos de pedido de divórcio formulado pelas partes ANA FLÁVIA MORAES CARVALHO e
JONH CARVALHO DE SOUZA, através da Defensoria Pública do Estado do Pará, os quais são
casados desde 10/08/2001 sob o regime da Comunhão Parcial de Bens. Dessa união adveio o nascimento
de FLÁVIA THAMYRIS CARVALHO DE SOUZA, nascida em 16/08/1997, ANA CAROLINA CARVALHO
DE SOUZA, nascida em 04/10/2001 e JULYANA NAYARA CARVALHO DE SOUZA, nascida em
05/02/2004, que possuem 23 (vinte e três) anos, 19 (dezenove) anos e 17 (dezessete) anos de idade,
respectivamente.

O casal resolveu por fim ao enlace matrimonial e para tanto estabelecem cláusulas e condições, como
seguem:

Acordaram que a menor JULYANA NAYARA CARVALHO DE SOUZA ficará sob a guarda na modalidade
compartilhada, com sua residência fixada com a mãe.

Em atenção ao art. 1.589 do C.Civil o convívio paterno se dará de forma livre.

Quanto aos alimentos em favor da filha menor, o divorciando irá pensionar sua filha com o valor
correspondente a 12% (doze por cento) de seus vencimentos e vantagens, excluídos os descontos
obrigatórios, mas incluídos FGTS. Férias, 13° Salário seguro desemprego, valores relativos à rescisão de
contrato de trabalho, entre outras vantagens o que, totalizando ao mês o valor de R$ 287,44 (duzentos e
oitenta e sete reais e quarenta e quatro centavos), por meio de desconto em folha de pagamento, a ser
realizado pela fonte pagadora do Alimentante, qual seja, Prosegur Brasil S/A Transportadora de Valores e
Segurança, localizada na Avenida Senador Lemos, n295, Bairro Umarizal, na cidade de Belém PA, Cep.
66.050-000, a ser direcionado à Conta Corrente n 000158316-6, Agência n 0025-00, do Banco Banpará,
da qual a Sra. ANA FLÁVIA MORAES CARVALHO é titular.
1464
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Além do valor descontado em contracheque, o alimentante ainda concorrerá integralmente com o valor
recebido à título de auxílio alimentação, entregando, neste ato, o cartão do benefício à Sra. ANA FLÁVIA
MORAES CARVALHO, para que faça uso em prol da alimentada.

Em caso de perda do vínculo de emprego formal, o Sr. JONH CARVALHO DE SOUZA perder o vínculo de
emprego formal, o valor dos alimentos ora acordados passará automaticamente a ser 19% (dezenove por
cento) do salário mínimo, o que, atualmente equivale ao montante de R$ 209,00 (duzentos e nove reais), a
ser adimplido no dia 15 de cada mês, por meio depósito na Conta Bancária anteriormente mencionada, da
qual a Sra. ANA FLÁVIA MORAES CARVALHO é titular.

Dispensam o pagamento de alimentos entre si.

Informam que foram adquiridos pelo casal:

a) A posse de 01 (um) bem imóvel, localizado no Conjunto Ariri Bolonha, localizado na Rua T 13, Ouadra
23 Casa No 36, Bairro: Coqueiro, na cidade de Belém-PA, Cep. 66.650145 avaliado pelas partes em R$
200,000,00 (duzentos mil reais).

O Sr. JONH CARVALHO DE SOUZA permanecerá na posse exclusiva do pavimento superior da casa, e
para tal, no prazo de 12 meses, promoverá a individualização deste pavimento como unidade autônoma,
construindo inclusive escada externa para e fechamento da passagem interna para criação da unidade
independente.

A Sra. ANA FLÁVIA MORAES CARVALHO, permanecerá na posse exclusiva da unidade residencial
localizada no pavimento inferior do imóvel.

b) A propriedade de 01 (um) bem móvel, qual seja, um veículo automotor com Placa QD06907, na cor
Branca, de marca Renault/ Duster, Modelo 16 E 4X2, Ano 2015, Renavam No 0106364259-8 e Chassi
n293YHSRAF5GJ984878, pelo valor de R$ 40.428,00 (quarenta mil e quatrocentos e vinte e oito reais),
com débito de financiamento no valor de R$ 40.460.00 (quarenta mil, quatrocentos e sessenta reais e
quatro centavos) de acordo com a cópia do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV)
que está acostado. A Divorciando renuncia o seu direito à meação em relação ao citado bem e o Sr. JONH
CARVALHO DE SOUZA arcará exclusivamente com todos os débitos do bem móvel, inclusive o
financiamento.

A divorcianda voltará a usar seu nome de solteira.

O Ministério Público, em fls. 29/31 (ID 31404629), manifestou-se favoravelmente à homologação do


acordo.

ANTE O EXPOSTO, nos termos dos arts. 200, 487, III, b e 731 e seguintes do CPC, HOMOLOGO, para
todos os fins de direito, o acordo firmado entre as partes, julgando extinto o presente processo com
resolução do mérito e decreto o divórcio dos requerentes FLÁVIA MORAES CARVALHO e JONH
CARVALHO DE SOUZA, bem como para definir os termos da guarda, direito de convívio em favor
da filha menor do casal, JULYANA NAYARA CARVALHO DE SOUZA, com a conseqüente dissolução
da sociedade conjugal, conforme preceitua o inciso IV do art. 1.571, do CC.

Verifico que o imóvel localizado no Conjunto Ariri Bolonha, localizado na Rua T 13, Ouadra 23 Casa No
36, Bairro: Coqueiro, na cidade de Belém-PA, Cep. 66.650145, não está regularizado conforme determina
o art. 1.227 do Código Civil, em nome das partes, inviável a realização da partilha do mesmo nesta ação,
podendo, se for o caso, ser discutida tal questão perante as vias ordinárias, ficando homologado somente
as obrigações assumidas entre as partes.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Também inviável a realização da partilha do veículo automotor com Placa QD06907, na cor Branca, de
marca Renault/ Duster, Modelo 16 E 4X2, Ano 2015, Renavam No 0106364259-8 e Chassi No
293YHSRAF5GJ984878, uma vez que o mesmo se encontra grafado em Alienação Fiduciária, conforme
cópia do documento de fls. 21 (ID 30707245 - Pág. 10), ficando homologado somente a obrigação
assumida entre as partes, bem como em relação as dívidas assumidas pelas partes também ficam
homologadas somente as obrigações assumidas entre os acordantes, referente as mesmas.

Nesse sentido, não sendo as partes proprietárias do veículo, mas apenas exercendo a posse deste,
inviável a partilha, somente sendo admitida a divisão dos valores pagos ao credor fiduciário até a
data do desenlace conjugal.

A divorcianda voltará a utilizar seu nome de solteira, qual seja: ANA FLÁVIA MORAES CARVALHO.

Sem custas, extensivas ao Cartório Extrajudicial, nos termos do art., 2º do provimento n° 001/2010-
CJRMB.

Lavre-se o termo de guarda compartilhada, consignando-se o direito de convívio.

Esta sentença servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO que deverá ser encaminhado ao Cartório de
Registro Civil de Casamento, conforme indicado à fl. 16 (ID 30707245 - Pág. 5), devendo ser remetido
juntamente com a cópia referida certidão de trânsito em julgado desta sentença, conforme
Provimento 003/2011 - CJRMB e a petição de acordo, bem como demais documentos que se fizerem
necessários, em anexo a esta sentença, bem como o devido registro no Livro E, caso seja necessário.

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Publique-se, Registre-se e Intimem-se. Ciência ao Ministério Público.

Cumpridas as formalidades legais, certificada a regularidade das intimações e publicação, arquivem-se os


autos.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0851655-54.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: B. S. L.


Participação: ADVOGADO Nome: RENEIDA KELLY SERRA DO ROSARIO MENDONCA OAB: 14120/PA
Participação: EXECUTADO Nome: B. F. L. Participação: ADVOGADO Nome: GILBERTO ALVES DE
ARAUJO OAB: 4793/PA Participação: ADVOGADO Nome: TIAGO COIMBRA DE ARAUJO OAB:
14860/PA Participação: REPRESENTANTE Nome: C. C. D. S. S. Participação: AUTORIDADE Nome: M.
P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0851655-54.2018.8.14.0301

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

AÇÃO:[]

EXEQUENTE: B. S. L.

Advogado(s) do reclamante: RENEIDA KELLY SERRA DO ROSARIO MENDONCA

EXECUTADO: BRUNO FONSECA LELIS

Advogado(s) do reclamado: TIAGO COIMBRA DE ARAUJO, GILBERTO ALVES DE ARAUJO

DESPACHO

Tendo em vista que as partes não formularam termo de acordo perante o CEJUSC, conforme se verifica
pelo temo de audiência presente no ID 31903929 – Pag. 5, intime-se a parte exequente, através de seu
Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art. 189 do CPC) para que, no prazo de 05 (cinco)
dias, requeira o que entender de direito, sob pena de arquivamento.

Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, voltem os autos conclusos.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0843211-27.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. D. O. M. N.


Participação: REQUERENTE Nome: A. B. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

Processo: 0843211-27.2021.8.14.0301
DIVÓRCIO CONSENSUAL (12372)
Assunto: [Dissolução]
1467
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ACORDANTES: AILTON DE OLIVEIRA MATOS NETO e ARIANE SOUZA MATOS

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ

SENTENÇA

PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA E COM GRATUIDADE PROCESSUAL

Tratam os autos de pedido de divórcio formulado pelas partes AILTON DE OLIVEIRA MATOS NETO e
ARIANE SOUZA MATOS, através da Defensoria Pública do Estado do Pará, os quais são casados
desde 20/11/2015 sob o regime da Comunhão Parcial de Bens. Dessa união adveio o nascimento de
SINDEL ALLANES SOUZA MATOS, nascida em 30/12/2015, certidão de nascimento presente no ID
30366654 - Pág. 6.

O casal resolveu por fim ao enlace matrimonial e para tanto estabelecem cláusulas e condições, como
seguem:

Acordaram que a menor SINDEL ALLANES SOUZA MATOS ficará sob a guarda na modalidade unilateral
com a mãe.

Em atenção ao art. 1.589 do C.Civil o convívio paterno se dará da seguinte forma:

-Finais de semana e feriados alternados, iniciando às 18h30min da sexta e finalizando às 20 horas do


domingo;

-15 (quinze) dias do período de férias escolares da menor, sendo os primeiros 15 (quinze) dias gozados na
residência do Sr. AILTON DE OLIVEIRA MATOS NETO e a última quinzena passada em companhia da
Sra. ARIANE SOUZA MATOS, invertendo-se a mencionada ordem no ano seguinte, e assim
sucessivamente;

-Festas de Fim de Ano alternadas, iniciando-se com o NATAL em companhia da Sra. ARIANE SOUZA
MATOS e o ANO NOVO, do Sr. AILTON DE OLIVEIRA MATOS NETO, invertendo-se a ordem no ano
seguinte, e assim sucessivamente;

-Aniversários do pai e de sua família, além do dia dos pais, sempre em companhia do Sr. AILTON DE
OLIVEIRA MATOS NETO, enquanto, aniversários da mãe e de seus familiares, além do dia das mães,
sempre em companhia da Sra. ARIANE SOUZA MATOS;

-Aniversários da menor, as partes passarão juntos com a crianças.

Quanto aos alimentos em favor da filha menor, os requerentes não trataram dessa matéria no presente
acordo, tendo em vista que já existe uma Ação de Alimentos tramitando na 2ª Vara de Família da Comarca
de Belém-PA, Processo n° 0863549-56.2020.8.14.0301.

A divorcianda voltará a utilizar seu nome de solteira, ARIANE BENTES SOUZA.

As partes informaram não haver bens a serem partilhados e dispensam alimentos entre si.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

O Ministério Público, manifestou-se favoravelmente à homologação do acordo, parecer presente no ID


31963698.

ANTE O EXPOSTO, nos termos dos arts. 200, 487, III, b e 731 e seguintes do CPC, HOMOLOGO, para
todos os fins de direito, o acordo firmado entre as partes, julgando extinto o presente processo com
resolução do mérito e decreto o divórcio dos requerentes AILTON DE OLIVEIRA MATOS NETO e
ARIANE SOUZA MATOS, bem como para definir os termos da guarda, direito de convívio em favor
da filha menor do casal, SINDEL ALLANES SOUZA MATOS, com a conseqüente dissolução da
sociedade conjugal, conforme preceitua o inciso IV do art. 1.571, do CC.

A divorcianda voltará a usar o nome de solteira: ARIANE BENTES SOUZA.

Sem custas, extensivas ao Cartório Extrajudicial, nos termos do art., 2º do provimento n° 001/2010-
CJRMB.

Lavre-se o termo de guarda unilateral materno, consignando-se o direito de convívio.

Esta sentença servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO que deverá ser encaminhado ao Cartório de
Registro Civil de Casamento, conforme indicado à fl. 15 (ID 30366654 - Pág. 5), devendo ser remetido
juntamente com a cópia referida certidão de trânsito em julgado desta sentença, conforme
Provimento 003/2011 - CJRMB e a petição de acordo, bem como demais documentos que se fizerem
necessários, em anexo a esta sentença, bem como o devido registro no Livro E, caso seja necessário.

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Ante o parecer ministerial presente no ID 31963698, à UPJ/FAM para excluir o parecer presente no ID
31290269, por se tratar de partes estranhas aos presentes autos.

Publique-se, Registre-se e Intimem-se. Ciência ao Ministério Público.

Cumpridas as formalidades legais, certificada a regularidade das intimações e publicação, arquivem-se os


autos.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0091618-10.2015.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: W. A. R. D. O.


Participação: REQUERENTE Nome: L. A. R. D. O. Participação: REQUERIDO Nome: J. F. D. N. C.
Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P. M.

PODER JUDICIÁRIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0091618-10.2015.8.14.0301

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

AÇÃO:[Investigação de Paternidade]

REQUERENTE: WAELIFY ADRIANY RAIOL DE OLIVEIRA, LETICIA ADRIELLY RAIOL DE OLIVEIRA

REQUERIDO: JOSE FELIPE DO NASCIMENTO CUNHA

DECISÃO

Tendo em vista que a decisão que decretou a prisão civil do executado, presente no ID 20311359, é
datada de 24/01/2020, e ainda tendo em vista a atual situação pela qual o país e o Estado do Pará
atravessam de PANDEMIA do Novo Corona vírus COVID-19, e levando ainda em conta o art. 6º da
Recomendação 62 do CNJ, que dispõe:

Art. 6º Recomendar aos magistrados com competência cível que considerem a colocação em prisão
domiciliar das pessoas presas por dívida alimentícia, com vistas à redução dos riscos epidemiológicos e
em observância ao contexto local de disseminação do vírus.

Assim, determino a conversão da prisão civil do executado, decretada na decisão presente no ID


20311359, do regime fechado para o regime domiciliar.

A prisão civil por dívida alimentar, prevista no art. 528 §3º e ss da Lei n. 13.105/15 (CPC), deverá ser
cumprida exclusivamente em regime domiciliar, sem prejuízo da exigibilidade das respectivas obrigações,
conforme o art., 6º da Recomendação 62 do CNJ.

ASSIM, DETERMINO A PRISÃO DOMICILIAR COM MONITORAMENTO POR TORNOZELEIRA


ELETRÔNICA.

Ressalto que, enquanto o executado estiver sob a modalidade de prisão domiciliar, deverão ser cumpridas
as seguintes condições, sob pena de revogação da medida, sendo a prisão convertida para o regime
fechado:

a) Não poderá o executado se afastar de sua residência no período compreendido entre 19h e 07h;

b) A zona de inclusão do monitoramento eletrônico será de 200 metros de raio ao redor da casa para
subsistência básica (padaria, farmácia, etc.), não podendo dela se desviar;

c) Rompimento ou danificação do equipamento (tornozeleira) ensejará a revogação do benefício;

Alternativamente, na hipótese de inviabilidade técnica para o uso de tornozeleira eletrônica, a medida será
convertida em recolhimento da CNH e do Passaporte, com comunicação ao DETRAN-PA e à Polícia
Federal.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Expeça-se ofício à Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará-SEGUP/PA, para que informe
sobre a viabilidade do monitoramento por tornozeleira eletrônica, devendo a resposta ser encaminhada no
prazo de 05 (cinco) dias.

Com a resposta sendo positiva, à Secretaria para proceder ao cumprimento da presente ordem de prisão
domiciliar com monitoramento.

Em caso negativo, oficie-se ao DETRAN/PA e Polícia Federal, para que procedam ao recolhimento da
CNH e do Passaporte do executado, respectivamente.

Caso o executado não possa realmente cumprir com a obrigação alimentar em sua totalidade, necessário
que este ajuíze ação própria de revisão, ao invés de desobrigar-se unilateralmente do pagamento integral.

O MANDADO JUDICIAL DE PRISÃO DOMICILIAR deve ser cumprido pelo Oficial de Justiça com auxílio
da força policial, devendo este observar que deverá cumprir a ordem judicial independentemente de
quaisquer documentos apresentados pelo executado no momento do cumprimento da diligência,
uma vez que somente cabe ao juízo decretar ou revogar a ordem de prisão, sob pena de
representação pelo descumprimento.

Oficie-se ao Comandante da Polícia Militar para que designe força policial, para acompanhar o Oficial de
Justiça no cumprimento da PRISÃO DOMICILIAR do alimentante.

Expeça-se Mandado de PRISÃO DOMICILIAR, devendo dele constar que a autoridade a qual efetuar a
detenção deve dar cumprimento ao inciso LXII, do artigo 5º, da Constituição Federal, com a imediata
comunicação da prisão à família do preso ou à pessoa por ele indicada.

Após, caso comprovado o pagamento integral do débito alimentar constante nesta decisão MAIS
AS PARCELAS que por ventura se vençam após a decretação da prisão, ou o decurso do prazo
aqui determinado, expeça-se de imediato o competente alvará de soltura/contra-mandado,
independentemente de nova decisão.

Por fim, nos termos do §1º do art. 528 do CPC, remeta-se cópia desta decisão interlocutória e da
planilha de débito atualizada, ao Cartório de Protesto de Títulos e Documentos, devendo ser
observado o art. 517 do cpc.

PROCEDA-SE AO CADASTRO DA PRESENTE DECISÃO NO BANCO NACIONAL DE MANDADOS DE


PRISAO CIVIL – BNMP/CNJ.

Cumpra-se. Intimem-se as partes e o Ministério Público.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0846484-14.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: R. K. C. T. Participação:


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REQUERIDO Nome: R. K. C. Q. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0846484-14.2021.8.14.0301

CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA (157)

AÇÃO:[Valor da Execução / Cálculo / Atualização]

AUTOR: RENAN KLEBER CARDOSO TORRES

Nome: RENAN KLEBER CARDOSO TORRES


Endereço: Travessa Nina Ribeiro, 391, Canudos, BELéM - PA - CEP: 66070-350

REQUERIDO: RENATA KELLEN CASTRO QUEIROZ

Nome: RENATA KELLEN CASTRO QUEIROZ


Endereço: Rua Barão de Igarapé Miri, 1400, Guamá, BELéM - PA - CEP: 66075-048

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

7ª Vara de Família, sito no 1º Andar do Prédio Anexo I, Fórum Cível da Capital, Praça Felipe Patroni,
S/N – Cidade Velha

SERVIRÁ O PRESENTE, POR CÓPIA, NA FORMA DO PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo


Provimento nº 011/2009 -CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

PROCESSE-SE EM SEGREDO DE JUSTIÇA E COM GRATUIDADE PROCESSUAL.

Trata-se de pedido de CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE DECISÃO proferida nos autos de No 0827982-


27.2021.814.0301, interposta por RENAN KLEBER CARDOSO TORRES, através da Defensoria Pública
do Estado do Pará, em face de RENATA KELLEN CASTRO QUEIROZ.

Verifica-se que a parte exequente visa a discussão do cumprimento ou não da decisão proferida nos autos
de No 0827982-27.2021.814.0301, em trâmite neste juízo, por parte da executada, uma vez que alega que
a mesma não permite o exercício de seu direito de convívio com a sua filha menor REBECA QUEIROZ
TORRES, nascida em 22/10/2020, considerando, ainda, que há interesse de menor envolvido, qual seja o
direito de estar na companhia do pai.

O direito de convívio provisório do exequente com a menor, foi assim estabelecido nos autos de No
0827982-27.2021.814.0301, verbis:

2- Ante o requerimento contido na petição inicial, entendo ser prudente a fixação da guarda unilateral da
menor REBECA QUEIROZ TORRES, nascida em 22/10/2020, com a fixação da residência base da menor
na casa da requerente, e ainda, regulo o direito de convívio do pai, ora requerido, SEM PERNOITE, ante a
tenra idade da menor, a ser realizado em finais de semana alternados, iniciando as 11h da manhã do
sábado no domicilio da genitora, devendo devolvê-la até as 16h do mesmo dia, feriados prolongados e
festas de final de ano alternados, iniciando e terminando no mesmo horário dos finais de semana, e
1472
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

metade das férias escolares; o dia dos pais as crianças passarão com o genitor e o dia das mães com a
genitora, devendo haver comunicação e acordo prévio com a mãe do menor, sempre respeitados os
interesses do mesmo.

Assim, requereu a execução da decisão acima mencionada.

Éo breve relatório.

Decido.

Assim, em se tratando de execução de obrigação de fazer, fundada em título judicial aplicam-se as


disposições do art. 497 e do art. 536 e seus parágrafos do CPC.

Preceituam os dispositivos supracitados:

Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o
pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela
pelo resultado prático equivalente.

Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não
fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de
tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente.

§1º Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de
multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de
atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.

§3º O executado incidirá nas penas de litigância de má-fé quando injustificadamente descumprir a ordem
judicial, sem prejuízo de sua responsabilização por crime de desobediência.

§4º No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer,
aplica-se o art. 525, no que couber.

Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em
tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a
obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito.

Conforme se verificou pela decisão proferida nos autos de No 0827982-27.2021.814.0301, cópia da


decisão presente no ID 31625620, há determinação judicial para exercício do direito de convívio em
relação à menor REBECA QUEIROZ TORRES, nascida em 22/10/2020, que até o presente momento não
foi cumprido pela executada. Dessa forma, determino o cumprimento imediato da decisão proferida, em
todos os seus termos, a partir da intimação desta decisão.

Em caso de descumprimento por parte da executada, fica estipulada a multa diária de R$ 3.000,00 (três
mil) reais para cada dia de convívio não obedecido, bem como, também no caso de descumprimento do
direito de convívio, fica desde já autorizada a busca e apreensão da menor, a ser cumprida em regime de
plantão e independentemente de nova decisão.

Em caso de recusa da parte executada em cumprir a decisão judicial, fica desde já autorizado o Sr. Oficial
de Justiça que for cumprir a medida, a proceder a busca e apreensão da menor.

Desse modo, no caso de recusa, deverá ser cumprida a citação/intimação da executada, objeto da
medida, devendo ser cumprido com especial ponderação e calma pelo (a) Oficial (a) de Justiça, bem como
para que a executada ofereça impugnação, no prazo de 15 (quinze) dias.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A diligência deverá ser cumprida, sob acompanhamento de assistente social ou psicólogo (a) do Serviço
Social que esteja no plantão judicial, com vistas a não traumatizar os menores, lavrando-se termo
circunstanciado, firmado por 02 (duas) testemunhas.

ÀUPJ/FAM para oficiar o Setor Social para designar servidor (a) para o cumprimento da diligência
determinada pelo juízo, caso seja necessário.

Autorizo, desde logo, caso se faça necessário, o (a) Oficial (a) de Justiça à requisitar força policial, para
cumprimento da medida, bem como, sendo o caso, os oficiais poderão arrombar portas, caso se faça
necessário.

Concluída a diligência, proceda-se a entrega da menor ao exequente, mediante o auto circunstanciado de


busca e apreensão.

Intimem-se as partes. Ciência ao Ministério Público.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0050767-94.2013.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: S. R. C. F.


Participação: ADVOGADO Nome: SEBASTIAO HALIM SOARES HABR OAB: 3343/PA Participação:
INTERESSADO Nome: L. D. P. F. M. Participação: REQUERIDO Nome: P. D. M. D. J. Participação:
ADVOGADO Nome: MARCIO DE FARIAS FIGUEIRA OAB: 16489/PA Participação: AUTORIDADE Nome:
M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0050767-94.2013.8.14.0301

GUARDA (1420)

AÇÃO:[Guarda]

REQUERENTE: SANDRA REGINA CARDOSO FERREIRA


INTERESSADO: L. D. P. F. M.

Advogado(s) do reclamante: SEBASTIAO HALIM SOARES HABR

REQUERIDO: PABLO DOUGLAS MIRANDA DE JESUS


1474
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Advogado(s) do reclamado: MARCIO DE FARIAS FIGUEIRA

DESPACHO

1 - Tendo em vista que as partes não firmaram acordo perante a audiência ocorrida no CEJUSC, conforme
se verifica pelo Termo de Audiência presente no ID 31929952, à UPJ/FAM para certificar a manifestação
das partes em relação ao despacho presente no ID 21126437.

2 – Em seguida, encaminhem-se os autos ao Ministério Público.

Após, voltem conclusos.

Intimem-se.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0820898-72.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. L. D. S. C.


Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO GOMES DE SOUZA COELHO OAB: 26648/PA
Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA BRENA SOUZA DA COSTA OAB: 26633/PA Participação:
REQUERIDO Nome: M. D. P. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0820898-72.2021.8.14.0301

ALIMENTOS - LEI ESPECIAL Nº 5.478/68 (69)

AÇÃO:[Alimentos, Fixação, Liminar]

REQUERENTE: MARIA LUCIA DA SILVA CANTANHEDE

Advogado(s) do reclamante: AMANDA BRENA SOUZA DA COSTA, LEONARDO GOMES DE SOUZA


COELHO

REQUERIDO: MÁRIO DOS PRAZERES


1475
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DESPACHO

Ante à petição de ID 31596844, determino a renovação das diligências de ID 30382870, observada a


atualização do endereço naquela constante.

Independentemente de autorização judicial, o Sr. Oficial de Justiça deve cumprir o determinado no §2º do
art. 212 do CPC, e também advertindo-se o mesmo, para que cumpra o disposto nos artigos 252 e 253 do
CPC, devendo realizar a intimação por Hora Certa, caso haja necessidade.

Intimem-se. Cumpra-se.

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0818824-16.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: S. D. S. F.


Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO ALEXANDRE ALMEIDA ALVES OAB: 8748/PA Participação:
REQUERIDO Nome: A. M. Participação: ADVOGADO Nome: ERIKA IMBIRIBA HESKETH OAB:
175212/SP Participação: ADVOGADO Nome: MARIO VINICIUS IMBIRIBA HESKETH registrado(a)
civilmente como MARIO VINICIUS IMBIRIBA HESKETH OAB: 010000/PA Participação: ADVOGADO
Nome: MARIA AVELINA IMBIRIBA HESKETH OAB: 001108/PA Participação: ADVOGADO Nome:
VANILSON FERREIRA HESKETH OAB: 1180/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDREI
MANTOVANI OAB: 10223/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0818824-16.2019.8.14.0301

GUARDA (1420)

AÇÃO:[Guarda, Abandono Intelectual]

REQUERENTE: SILVANA DA SILVA FEITOSA

Advogado(s) do reclamante: RICARDO ALEXANDRE ALMEIDA ALVES


1476
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REQUERIDO: ANDREI MANTOVANI

Advogado(s) do reclamado: ANDREI MANTOVANI, LAURA DENIZE PINGARILHO DE ARAUJO,


VANILSON FERREIRA HESKETH, MARIA AVELINA IMBIRIBA HESKETH, MARIO VINICIUS IMBIRIBA
HESKETH REGISTRADO(A) CIVILMENTE COMO MARIO VINICIUS IMBIRIBA HESKETH, ERIKA
IMBIRIBA HESKETH

DESPACHO

Ante a petição da parte autor informando que não opõe a realização de conciliação, conforme consta no ID
32021818, tendo em vista que as partes atualizaram seus endereços de e-mail nos autos, petições
PRESENTES NOS IDS 32021818 e ID 30730362, nos termos do art. 694 do CPC e do que dispõe o artigo
14 da resolução nº 015/2016-GP, de 01/06/2016, determino a remessa dos presentes autos ao CEJUSC –
Centro Judiciário de Solução de Conflitos das Varas de Família deste Fórum, a fim de que seja tentada a
CONCILIAÇÃO entre as partes no presente feito, DE FORMA VIRTUAL.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0836716-98.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. E. N. S.


Participação: ADVOGADO Nome: EMERSON PEREIRA DE SOUSA OAB: 420901/SP Participação:
REQUERIDO Nome: F. E. S. A. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0836716-98.2020.8.14.0301

ALIMENTOS - LEI ESPECIAL Nº 5.478/68 (69)

AÇÃO:[Revisão, Fixação]

REQUERENTE: JOAO EDUARDO NOBRE SALES

Advogado(s) do reclamante: EMERSON PEREIRA DE SOUSA

REQUERIDO: FRANCISCO EVALDO SALES ALVES

DESPACHO
1477
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ÀUPJ/FAM para cumprir o determinado no ID 24097981.

Intimem-se.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0001864-96.2011.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. A. P. D. C.


Participação: REPRESENTANTE Nome: W. P. Participação: REQUERIDO Nome: A. J. S. D. C.
Participação: AUTORIDADE Nome: P. M. P. -. C. 0. (. D. L.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0001864-96.2011.8.14.0301

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

AÇÃO:[Levantamento de Valor]

REQUERENTE: ALISSANDRA ANDRELLY PIRES DA CRUZ


REPRESENTANTE: WALDENORA PIRES

REQUERIDO: ALEX JOSE SANTOS DA CRUZ

DESPACHO

Nos termos do art. 694 do CPC e do que dispõe o artigo 14 da resolução nº 015/2016-GP, de 01/06/2016,
determino a remessa dos presentes autos ao CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de Conflitos das
Varas de Família deste Fórum, a fim de que seja tentada a CONCILIAÇÃO entre as partes no presente
feito, com a audiência a ser realizada de forma presencial, por entender que as partes podem
melhor solucionar as questões processuais pendentes.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.


1478
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0846885-13.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: G. D. S. P. Participação:


REPRESENTANTE DA PARTE Nome: VERA LUCIA CARDOSO DOS SANTOS OAB: null Participação:
REU Nome: M. A. D. S. P. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0846885-13.2021.8.14.0301

ALIMENTOS - LEI ESPECIAL Nº 5.478/68 (69)

AÇÃO:[Revisão]

AUTOR: G. D. S. P.
REPRESENTANTE DA PARTE: VERA LUCIA CARDOSO DOS SANTOS

Nome: GUSTAVO DOS SANTOS PINHEIRO


Endereço: Travessa Vileta, 24, entre a Rua Antônio Everdosa e Passagem Almirante, Pedreira, BELéM -
PA - CEP: 66087-421
Nome: VERA LUCIA CARDOSO DOS SANTOS
Endereço: Travessa Vileta, 24, entre a Rua Antônio Everdosa e Passagem Almirante, Pedreira, BELéM -
PA - CEP: 66087-421

REU: MARCO ANTONIO DE SOUZA PINHEIRO

Nome: MARCO ANTONIO DE SOUZA PINHEIRO


Endereço: Rua do Fio, 773, próximo ao Supermercado Líder, Guanabara, ANANINDEUA - PA - CEP:
67010-550

DESPACHO-MANDADO

SERVIRÁ O PRESENTE, POR CÓPIA, COMO MANDADO, NA FORMA DO PROVIMENTO Nº 003/2009,


alterado pelo Provimento nº 011/2009 -CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E SOB AS PENAS DA LEI.
INTIMEM-SE.

Processe-se em segredo de justiça (art. 189, II do CPC.) e com gratuidade processual.

1-Tratam os presentes autos de AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE TUTELA


ANTECIPADA ajuizada por GUSTAVO DOS SANTOS PINHEIRO, menor relativamente incapaz, neste
1479
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ato representado por sua genitora VERA LUCIA CARDOSO DOS SANTOS, através da Defensoria Pública
do Estado do Pará, em face de MARCO ANTONIO DE SOUZA PINHEIRO, todos qualificados nos autos.

Alega o requerente que na data de 20 de maio de 2015, as partes entabularam acordo em audiência,
homologado perante o Juízo da 8ª Vara de Família da Capital, nos autos do processo nº 0031599-
72.2014.8.14.0301, no qual ficou estabelecido que o genitor pagaria a título de pensão alimentícia a seu
filho o valor correspondente a 23% (vinte e três por cento) sobre o salário-mínimo vigente.

Disse que que desde a data da fixação da obrigação ocorrida no ano de 2015, quando o filho GUSTAVO
DOS SANTOS PINHEIRO, nascido em 05/07/2005, ainda tinha 09 (nove) anos de idade, até o presente
momento, as necessidades e despesas do adolescente aumentaram significativamente, especialmente
com gastos voltados para alimentação, educação, transportes, aulas de reforço, vestuário, lazer e plano de
saúde. Ou seja, com o decurso dos anos, as necessidades do filho aumentaram e as possibilidades
econômicas do pai também, tornando-se indispensável à majoração do quantum da pensão alimentícia
paga pelo ora requerido.

Mencionou que as despesas do menor são as seguintes:

1) alimentação, no valor em torno de R$ 1.000,00 (mil reais) mensais; 2) plano de saúde, no valor de R$
156,00 (Cento e cinquenta e seis reais) mensais; 3) materiais de higiene do filho, no valor de R$ 100,00
(cem reais) mensais, que totalizam R$ 1.256,00 (mil duzentos e cinquenta e seis reais).

Aduz que o requerido atualmente é autônomo, trabalha realizando entregas e descarregamento de


mercadorias para a empresa Bras Express, no caminhão próprio de sua irmã, possuindo condições de
melhor contribuir com o sustento e com as despesas mensais de seu filho.

Requereu a majoração da pensão alimentícia para valor de 40% (quarenta por cento) do salário mínimo
vigente.

Era o que havia a ser relatado.

DECIDO.

A ação é de revisão de pensão alimentícia e rege-se pelo rito especial da Lei n° 5.478/68, em razão do
disposto em seu art. 13, com a peculiaridade, embora, de não-fixação de alimentos provisórios, visto que
já há valor anteriormente estabelecido, que vigorará durante o correr deste processo, até que nele seja
eventualmente alterado.

Acerca do pedido de Tutela Antecipada, o artigo 303 do CPC, cujo deferimento depende, de forma
indispensável, da presença dos requisitos da prova inequívoca com a qual seja possível aferir a
verossimilhança das alegações.

A concessão da medida, é bom que se ressalte, não constitui faculdade nem discricionariedade do Juiz,
mas seu dever concedê-la se presentes seus pressupostos legais, desde que se convença da
verossimilhança da alegação, ainda que não requerida pela parte.

CANDIDO RANGEL DINAMARCO, afirma que: “Convencer-se da verossimilhança, ao contrário, não


poderia significar mais do que imbuir-se do sentimento de que a realidade fática pode ser como descreve o
autor” (A reforma do código de processo civil, 3ª Ed., Malheiros, SP, 1996, p.145).

Éimperioso, portanto, que o Juiz se persuada, senão definitivamente, ao menos para tranqüilizá-lo, para a
expedição de uma ordem que atinge a parte adversa, da existência de um direito violado e da
irreparabilidade dos interesses atingidos pelo possível dano.
1480
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Compulsando os autos e analisando os documentos que acompanham a inicial, verifica-se que o


demandante requereu que a verba alimentar fosse aumentada em razão da manutenção de seus estudos.

Verifico que as alegações da parte autora são suficientes para o deferimento do pedido revisional
nesse momento, uma vez que a parte autora comprova que necessita da majoração dos alimentos
para manutenção do menor.

Desta forma, HOUVE demonstração de alteração no binômio possibilidade/necessidade capaz de ensejar,


por ora, a revisão dos alimentos, eis que restou demonstrado que o mesmo necessita continuar seus
estudos.

Portanto, DEFIRO a antecipação dos efeitos da tutela, para majorar o valor dos alimentos anteriormente
fixados para 40% (quarenta por cento) do salário mínimo vigente, devendo os valores serem depositados
em conta bancária previamente informada pela parte requerente, qual seja: Caixa Econômica Federal Ag.
3079 OP 013 Conta Poupança 00027727-5, pagos até o quinto dia útil de cada mês, devidos a partir da
citação, segundo artigo 13, §2º da Lei de Alimentos.

3-Tendo em vista, o art. 18 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, que determina que as
audiências devem ser realizadas através de meios tecnológicos por meio de videoconferência, em razão
da Pandemia da COVID-19, e ainda, havendo a necessidade de medidas de distanciamento
controlado, com a observância dos protocolos de segurança sanitária e o espaço reduzido da sala
de audiências deste Juízo, que não comporta a presença de todos os participantes, respeitado o
distanciamento social de 1,5m de cada um, conforme parâmetro indicativo da OMS, Ministério da
Saúde e Anvisa, diante do art., 139 do CPC, DEIXO DE DESIGNAR, POR ORA, DATA PARA
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO, ANTE A PANDEMIA DA COVID-19.

4-Assim, também diante do art., 139 do CPC, diante das especificidades da causa e de modo a adequar o
rito processual às necessidades do conflito, ante as razões expostas acima, CITE-SE a parte requerida,
para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis.

A ausência de contestação implicará revelia e presunção de veracidade da matéria fática apresentada na


petição inicial, nos termos do art. 344 c/c 345 do NCPC.

5-Ante o disposto no inciso I do art., 247 c/c §3º do art., 695 do CPC, a citação da parte requerida
deve ser feita pessoalmente, através de Oficial de Justiça.

6-A intimação da parte autora poderá ser feita através dos correios, por carta registrada, com aviso
de recebimento, por analogia ao inciso I do art., 246 c/c art., 22 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI.

7- Nos termos do art. 694 do CPC e do que dispõe o artigo 14 da resolução nº 015/2016-GP, de
01/06/2016, e considerando as disposições constantes na Portaria Conjunta nº. 12/2020 –
GP/VP/CJRMB/CJCI, que regulamenta a realização das audiências de conciliação por videoconferência,
determino a remessa dos presentes autos ao CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de Conflitos das
Varas de Família deste Fórum, a fim de que seja tentada a conciliação entre as partes no presente
feito, assim que as partes informarem seus e-mails nos autos.

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Intimem-se. Cumpra-se. Ciência ao Ministério Público.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA


1481
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0832719-73.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: R. D. S. C. C.


Participação: ADVOGADO Nome: DANIELA DE SA SALVIANO OAB: 15304/PA Participação: REU Nome:
C. G. C.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0832719-73.2021.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AÇÃO:[Dissolução]

AUTOR: ROSILVAN DE SOUSA CARVALHO CELEDONIO

Nome: ROSILVAN DE SOUSA CARVALHO CELEDONIO


Endereço: Travessa Quintino Bocaiúva, 436, APTO. 501, Reduto, BELéM - PA - CEP: 66053-240

Advogado(s) do reclamante: DANIELA DE SA SALVIANO

REU: CAITANO GILBERTOM CELEDONIO

Nome: CAITANO GILBERTOM CELEDONIO


Endereço: Avenida Gentil Bittencourt, 1226, apto. 405, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66040-172

DESPACHO-MANDADO

SERVIRÁ O PRESENTE, POR CÓPIA, COMO MANDADO, NA FORMA DO PROVIMENTO Nº 003/2009,


alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E SOB AS PENAS DA LEI.
INTIMEM-SE.

Processe-se em segredo de justiça (art. 189, II do CPC) e com gratuidade processual, em razão da
petição e documentos juntados no ID 31419258, nos termos do art. 98 do CPC.

1-Tratam os autos de AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C PARTILHA DE BENS ajuizada por
ROSILVAN DE SOUSA CARVALHO CELEDONIO, através de advogada habilitada, em face de CAITANO
GILBERTOM CELEDONIO.

Narra a requerente que as partes contraíram matrimônio em 1982, na comarca de Araguaína/GO.

Após anos de convivência marital, o vínculo de respeito e convivência tornou-se insuportável, o que
ocasionou práticas de violência doméstica vivenciada pela requerente, entre outros motivos. Este fato foi
catálogo pela Delegacia competente em 2017. Neste momento o requerido deixou o lar.
1482
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Esse comportamento violente do requerido está sendo apurado na esfera criminal, como conduta dolosa
tipificada na Lei Maria da Penha.

As partes tentaram conciliar previamente, não obstante, em razão do requerido quedar-se inerte, as
tratativas foram frustradas.

Durante o casamento, as partes adquiriram com esforço comum os seguintes bens:

A.1) Apartamento sito à Tv: Quintino Bocaiuva 436, Ed Abílio Velho, apto. 501, Bairro Reduto, Cep:
66.053-240, Belém/PA, certidão, em anexo, cujo valor venal corresponde a R$148.147,12 (cento e
quarenta e oito mil, cento e quarenta e sete reais e doze centavos);

A.2) Lote sito à Rua Bandeirantes, integrante do loteamento Jardim das Palmeiras, nº. 315, Quadra nº.
42.5.07.81, Araguaiana/TO, conforme documento, em anexo, no valor de R$ 10 MIL REAIS;

BENS MÓVEIS:

B.1.1) CARRO SORRENTO KIA PLACA JTU 9234, avaliado em R$ 2 mil reais;

B.1.2) FUSION, PLACA JVI 4596, avaliado em R$ 5 mil reais;

A requerente não solicitou alimentos em face do requerido.

Não houve requerimento de tutela de urgência.

Éo breve relatório.

DECIDO.

2-Tendo em vista, o art. 18 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, que determina que
as audiências devem ser realizadas através de meios tecnológicos por meio de videoconferência,
em razão da Pandemia da COVID-19, e ainda, havendo a necessidade de medidas de
distanciamento controlado, com a observância dos protocolos de segurança sanitária e o espaço
reduzido da sala de audiências deste Juízo, que não comporta a presença de todos os
participantes, respeitado o distanciamento social de 1,5m de cada um, conforme parâmetro
indicativo da OMS, Ministério da Saúde e Anvisa, nos termos do art., 139 do CPC, DEIXO DE
DESIGNAR, por ora, DATA PARA A REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO, ANTE A
PANDEMIA DA COVID-19.

3-Assim, também diante do art., 139 do CPC, diante das especificidades da causa e de modo a adequar o
rito processual às necessidades do conflito, ante as razões expostas acima, CITE-SE a parte requerida,
para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis.

A ausência de contestação implicará revelia e presunção de veracidade da matéria fática apresentada na


petição inicial, nos termos do art. 344 c/c 345 do NCPC.

4-Ante o disposto no inciso I do art., 247 c/c §3º do art., 695 do CPC, a citação da parte requerida
deve ser feita pessoalmente, através de Oficial de Justiça.

5-A intimação da parte autora poderá ser feita através dos correios, por carta registrada, com aviso
de recebimento, por analogia ao inciso I do art., 246 c/c art., 22 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI.

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
1483
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Ciência ao Ministério Público.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0043829-44.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: C. M. D. C.


Participação: REQUERIDO Nome: D. A. D. C.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0043829-44.2017.8.14.0301

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

AÇÃO:[Dissolução]

REQUERENTE: CLEIDE MOREIRA DA COSTA

REQUERIDO: DANIEL ARAUJO DA COSTA

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

considerando que as custas não foram pagas pela parte requerida, conforme certidão ID 20842000 - Pág.
11, determino que o débito referente às custas finais, seja inscrito em Dívida Ativa do Estado, nos termos
do art. 17 da Lei 5.738/93, devendo a Diretora de Secretaria emitir Certidão indicando o débito de custas, e
oficiando-se à Procuradoria do Estado do Pará solicitando a inscrição em dívida ativa. No ofício devem
constar os dados do processo, não sendo necessária a remessa do mesmo.

Proceda-se as anotações comunicações de estilo.

Cumprida a providência, arquivem-se os autos com as cautelas legais.

Cumpra-se. Intimem-se.
1484
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0873289-09.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. C. C. D. L.


Participação: ADVOGADO Nome: JULLIE ANA DI PAULA MATOS DE SOUSA OAB: 27469/PA
Participação: ADVOGADO Nome: DJULI BARBOSA SAMPAIO OAB: 017325/PA Participação:
REQUERENTE Nome: A. D. D. C. C. Participação: ADVOGADO Nome: JULLIE ANA DI PAULA MATOS
DE SOUSA OAB: 27469/PA Participação: ADVOGADO Nome: DJULI BARBOSA SAMPAIO OAB:
017325/PA Participação: REQUERIDO Nome: A. P. D. L. J. Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ
GUSTAVO DIAS FERREIRA OAB: 8466PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: CADMO BASTOS
MELO JUNIOR OAB: 4749PA/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

Processo: 0873289-09.2018.8.14.0301
GUARDA (1420)
Assunto: [Fixação, Regulamentação de Visitas]
REQUERENTE: M. C. C. D. L., ANA DEBORA DO CARMO CONTENTE

Advogado(s) do reclamante: DJULI BARBOSA SAMPAIO, JULLIE ANA DI PAULA MATOS DE SOUSA

REQUERIDO: ANTONIO PAULO DE LIMA JUNIOR

Advogado(s) do reclamado: CADMO BASTOS MELO JUNIOR, LUIZ GUSTAVO DIAS FERREIRA

SENTENÇA

PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA E COM GRATUIDADE PROCESSUAL

Trata-se de pedido de homologação de termo de acordo firmado entre as partes ANA DÉBORA DO
CARMO CONTENTE e ANTÔNIO PAULO DE LIMA JÚNIOR, já qualificados na inicial.

Trata-se de AÇÃO DE GUARDA, DIREITO DE CONVÍVIO, DECLARAÇÃO DE ALIENAÇÃO


PARENTAL e ALIMENTOS ajuizada por ANA DÉBORA DO CARMO CONTENTE, em face de ANTÔNIO
PAULO DE LIMA JÚNIOR, todos qualificados na inicial.

Narra a autora que a criança MARIA CECILIA CONTENTE DE LIMA, nascida em 08/11/2013 (certidão de
nascimento presente no ID 7496069), é fruto de um relacionamento de curta duração havida entre a ANA
DÉBORA DO CARMO CONTENTE e ANTÔNIO PAULO DE LIMA JÚNIOR, tendo sido a criança
devidamente reconhecida pelo pai e registrada em nome dele.
1485
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Disse que os genitores sempre tiveram um relacionamento razoável, todavia após ANA DÉBORA DO
CARMO CONTENTE, começar um novo relacionamento com sua atual companheira, o requerido mudou
totalmente seu comportamento.

Requereu a fixação da guarda da menor na modalidade unilateral, a fixação do direito de convívio do


requerido e alimentos em favor da menor.

As fls., 47/48 (ID 8112646), consta o despacho inicial do feito, onde a definição provisória da guarda da
menor foi deferida para momento após a realização de estudo do caso e audiência de conciliação, bem
como fixados alimentos provisórios em favor da menor no importe de 15% (quinze por cento), dos
vencimentos e vantagens do requerido, excluídos os descontos obrigatórios, bem como designada
audiência de conciliação.

Durante a referida audiência, em 04/06/2019, fls., 59 (ID 10851558), as partes não firmaram acordo, tendo
sido aberto prazo para o requerido apresentar sua contestação.

As fls., 65/71 (ID 11260688) consta a contestação do requerido.

As fls., 434/447 (ID 14569508), consta o estudo de caso.

As fls., 487/490 (ID 17118535), consta decisão do juízo, fixando a guarda da menor na modalidade
compartilhada, com a residência base da mãe, fixado o direito de convívio do requerido, bem como
designada audiência de instrução e julgamento, que não chegou a ser realizada, ante a Pandemia da
COVID-19.

Entretanto, durante a Semana Nacional de Conciliação, em 02/12/2020, as partes firmaram acordo sobre
os alimentos, termo de audiência presente as fls., 509 (ID 21645447).

Posteriormente as partes foram encaminhadas a CEJUSC, onde firmaram acordo sobre todos os pedidos
no presente processo, pondo fim a presente lide, termo de acordo presente as fls., 535/537 (ID 30345772).

As partes estabeleceram cláusulas e condições, como seguem:

I- DA GUARDA

A guarda da menor de idade MARIA CECILIA CONTENTE DE LIMA, será compartilhada entre os
genitores, com domicílio de referência da genitora ANA DÉBORA DO CARMO CONTENTE, e ficando o
genitor com o direito livre acesso a menor de idade.

II – DO DIREITO DE CONVIVÊNCIA:

a) A menor ficará com o genitor aos finais de semanas alternados, ficando o genitor responsável por
buscá-la às sextas-feiras às 18:00h e entregar aos domingos às 18:00h, com margem de tolerância sendo
comunicado entre as partes em casos eventuais, podendo ser feito ajuste de horários desde que
previamente acertado entre partes;

b) Os feriados prolongados ou folgas estabelecidas pelo órgão empregatício dos genitores (TJE/PA) no
decorrer do ano, que coincidam com finais de semanas antecedentes ou subsequentes, será exercido
alternadamente pelos genitores;

c) Dias das mães e dos pais, ficará a menor de idade com seu respectivo genitor;
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

d) Durante o período das férias escolares, a menor ficará com cada genitor em igual período, com
possibilidade de ajustes de datas e períodos, com consentimentos de ambos;

e) Durante os festejos de final de ano a menor de idade poderá ficar com seus genitores alternadamente,
podendo ser ajustado que passe ambas as datas com o mesmo genitor, havendo consentimento mútuo
para posterior compensação no próximo período;

f) O aniversário da criança, passará a menor de idade com um dos genitores alternadamente, podendo ser
ajustado com consentimento mútuo, que ficará a metade da parte do dia com um, e a outra metade com
outro;

g) Nos aniversários dos seus genitores, a criança passará com a aniversariante, caso tal data coincida
com final de semana em que ela estará com o não aniversariante, será feito ajuste para compensação do
período (de dia), no próximo final de semana. Havendo consentimento mútuo, pode ser feito permuta de
todo final de semana em questão;

h) Que além dos finais de semanas alternados, o genitor terá acesso a criança durante a semana para
encontros recreativos, devendo a menor dormir no domicílio da genitora, podendo ser alterado através de
mútuo consentimento;

i) Os termos do direito de convivência poderão ser revistos em comum acordo, a qualquer momento a
depender da necessidade da menor de idade.

CLÁUSULA III: DOS ALIMENTOS

O genitor compromete-se a pensionar sua filha menor com o valor correspondente a 20% (vinte por cento)
de seus vencimentos e vantagens, excluídos os descontos obrigatórios, montante que deverá ser
descontado diretamente de seu contracheque, pela sua fonte pagadora, conforme Termo de Audiência
presente as fls., 509 (ID 21645447).

Nos termos do §4º do art., 966 do CPC, as partes renunciam ao prazo dos embargos de declaração.

O Ministério Público se manifestou favoravelmente a homologação do acordo, ID 3126928.

ANTE O EXPOSTO, nos termos dos arts. 200 e alínea “b” do inciso III do art. 487 do CPC, HOMOLOGO,
para todos os fins de direito, o acordo firmado entre as partes, presente fls., 535/537 (ID 30345772) e as
fls., 509 (ID 21645447), referente a regular a guarda, direito de convívio e alimentos à menor MARIA
CECILIA CONTENTE DE LIMA, nascida em 08/11/2013, julgando extinto o presente processo com
resolução do mérito.

HOMOLOGO ainda a renúncia ao prazo dos embargos de declaração, julgando extinto o presente
processo com resolução do mérito.

Sem custas.

Lavre-se o Termo de Guarda, consignando-se o direito de convívio.

Expeça-se ofício à fonte pagadora do 2º acordante, para que proceda ao desconto da pensão alimentícia,
conforme acordado, devendo as partes, diante da Pandemia da COVID-19, fornecerem o endereço de
correio eletrônico (e-mail) da referida fonte pagadora, para a devida comunicação da presente decisão, no
prazo de 10 (dez) dias.
1487
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Publique-se, Registre-se e Intimem-se. Ciência ao Ministério Público.

Cumpridas as formalidades legais, certificada a regularidade das intimações e publicação, arquivem-se os


autos.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0857320-80.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: N. D. S. F. P.


Participação: REQUERIDO Nome: C. A. F. N. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0857320-80.2020.8.14.0301

GUARDA (1420)

AÇÃO:[Fixação, Guarda]

REQUERENTE: NAZARE DO SOCORRO FONSECA PAES

REQUERIDO: CLEO ANDERSON FELISBERTO NASCIMENTO

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

1- Ante o parecer ministerial de ID 31508883, consigne-se que tendo sido decretada a revelia da parte
requerida, conforme decisão ID 28957393 não há pontos controvertidos a serem fixados pelo juízo uma
vez que não contestação dos fatos por parte da requerida, havendo apenas a necessidade de saneamento
do processo.

2-Tendo em vista a decretação da revelia da parte requerida, conforme consta na decisão ID 28957393 e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

nos termos do art., 357 do CPC, JULGO SANEADO O FEITO, tendo como questões de fato e direito
relevantes para a decisão do mérito, a guarda, o direito de convivência, os alimentos em favor do filho
menor CLÉO ANDERSON PAES NASCIMENTO.

3-Remanescendo controversa as questões acima identificadas, deverão especificar as provas que


pretendem produzir para cada fato controvertido, justificando, objetiva e fundamentadamente, sua
relevância e pertinência.

4 - Caso requeiram prova pericial, deve ser específico o pedido, com a indicação do tipo e do objeto da
perícia, bem como, com a apresentação de quesitos para a perícia.

5 - O silêncio ou o protesto genérico por produção de provas serão interpretados como anuência ao
julgamento antecipado, indeferindo-se, ainda, os requerimentos de diligências inúteis ou meramente
protelatórias.

6 - Quanto às questões de direito, para que não se alegue prejuízo, deverão, desde logo, manifestar-se
sobre a matéria cognoscível de ofício pelo juízo, desde que interessem ao processo.

7-Fica desde já alertada a parte autora, para que apresente as provas que pretende produzir e as
testemunhas devidamente qualificadas, no prazo de 15 (quinze) dias, bem como o Ministério Público, caso
queira, conforme mencionado nos itens acima, devendo as testemunhas arroladas, comparecerem
independentemente de intimação, não ultrapassando o número previsto em lei, nos termos dos §1º do art.
455 do CPC e do §6º do art. 357 do CPC, verbis:

Art. 455. Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e
do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo.

§1º A intimação deverá ser realizada por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao advogado juntar
aos autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência
de intimação e do comprovante de recebimento.

Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento
e de organização do processo:

§6º O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo 3 (três), no
máximo, para a prova de cada fato.

8-DETERMINO que os presentes autos sejam remetidos ao Setor Social para a realização do estudo
psicossocial do caso, com prazo de conclusão de 45 (quarenta e cinco) dias, pela equipe multidisciplinar,
devendo serem ouvidas as partes no referido estudo;

Após a designação do cronograma do estudo de caso pelo Setor Social, intimem-se as partes sobre as
referidas datas, através de seus advogados ou defensores públicos constituídos, bem como para que
compareceram ao referido estudo, em caso de convocação pelo referido setor, e, em caso de
descumprimento desta ordem, com a ausência das mesmas à realização do estudo do caso pelo Setor
Social, fica estipulada a multa de R$ 3.000,00 (três mil) reais para cada dia agendado pela equipe
multidisciplinar que não for obedecido pelas partes, a serem revertidos para o Fundo de Reaparelhamento
do Judiciário.

Com o retorno dos autos do Setor Social, intimem-se as partes, através de seu Advogado (CPC, art. 272)
ou Defensor Público (§1º do art. 186 do CPC), para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, se
manifestem sobre o laudo social.

Após a manifestação das partes, devidamente certificada, abra-se vista ao Ministério Público, para que
também se manifeste sobre o referido laudo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Após a apresentação das provas pela parte autora, bem como do rol de testemunhas, devidamente
certificado, conforme determinado no item “7” desta decisão, voltem os autos conclusos.

Intimem-se. Ciência ao Ministério Público.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0820383-08.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: A. P. C. D. O.


Participação: ADVOGADO Nome: TRICIA FONSECA CARDOSO RODRIGUES E SOUZA OAB: 23478/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RAIMUNDO NONATO DA TRINDADE SOUZA OAB: 014540/PA
Participação: EXECUTADO Nome: M. T. N. Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO NAZARENO
LIMA ARRIFANO OAB: 269085/SP Participação: ADVOGADO Nome: DIRCEU RIKER FRANCO OAB:
9297 Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0820383-08.2019.8.14.0301

CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE DECISÃO (10980)

AÇÃO:[Fixação]

EXEQUENTE: ANA PERLLA CAMPOS DE OLIVEIRA

Advogado(s) do reclamante: NELSON RIBEIRO DE MAGALHAES E SOUZA REGISTRADO(A)


CIVILMENTE COMO NELSON RIBEIRO DE MAGALHAES E SOUZA, RAIMUNDO NONATO DA
TRINDADE SOUZA, TRICIA FONSECA CARDOSO RODRIGUES E SOUZA

EXECUTADO: MAURICIO TERZELLA NOGUEIRA

Advogado(s) do reclamado: DIRCEU RIKER FRANCO, MARCELO NAZARENO LIMA ARRIFANO

DESPACHO

1-Ante o parecer ministerial presente no ID 31964872, fica por ora, suspenso o cumprimento da decisão
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

presente no ID 29699232, até que sejam efetivamente esclarecido o valor do débito exequendo.

2 - Remetam-se os autos ao contador do juízo para que, no prazo de 30 (trinta) dias, atualize o débito
exequendo, CONFORME MENCIONADO NO PARECER MINISTERIAL PRESENTE NO ID 31964872,
nos termos do art., 528 do CPC, devendo fazer a atualização da correção monetária, nos termos do art.
1.710 do Código Civil, bem como atentando-se para os débitos eventualmente já adimplidos pelo
executado.

3 - Após, voltem os autos conclusos.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0020278-74.2013.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: A. C. B. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: JOAO SA OAB: 7183/PA Participação: REU Nome: V. O. D. S.
Participação: ADVOGADO Nome: BENEDITA PEREIRA COSTA OAB: 11225/PA Participação:
ADVOGADO Nome: MARIZETE MARIA DA COSTA OAB: 301881/SP Participação: AUTORIDADE Nome:
M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0020278-74.2013.8.14.0301

DIVÓRCIO LITIGIOSO (12541)

AÇÃO:[Dissolução]

AUTOR: ANA CINTHIA BAETAS DA SILVA

Advogado(s) do reclamante: JOAO SA

REU: VALFREDO OLIVEIRA DA SILVA

Advogado(s) do reclamado: MARIZETE MARIA DA COSTA, BENEDITA PEREIRA COSTA

DESPACHO

1 - À UPJ/FAM para certificar a manifestação das partes em relação ao despacho presente no ID


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

30939436.

2 – Em seguida, encaminhem-se os autos ao Ministério Público.

Após, voltem conclusos.

Intimem-se.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0843172-30.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. L. D. S.


Participação: REQUERENTE Nome: M. B. S. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

Processo: 0843172-30.2021.8.14.0301
DIVÓRCIO CONSENSUAL (12372)
Assunto: [Dissolução]
ACORDANTES: LEONIDAS LEANDRO DA SILVA e MARAIZA BAIA SOUZA DA SILVA

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ


SENTENÇA

PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA E COM GRATUIDADE PROCESSUAL

Tratam os autos de pedido de divórcio formulado pelas partes LEONIDAS LEANDRO DA SILVA e
MARAIZA BAIA SOUZA DA SILVA, através da Defensoria Pública do Estado do Pará, os quais são
casados desde 28/02/2012 sob o regime da Comunhão Parcial de Bens. Dessa união adveio o nascimento
de LAUANY SOUZA DA SILVA, LUANA SOUZA DA SILVA, LORENA KETLEN DE SOUZA DA SILVA e
MATHEUS SOUZA DA SILVA, respectivamente, em 17/04/2000, 10/02/2002, 13/06/2004 e 08/02/2007.

O casal resolveu por fim ao enlace matrimonial e para tanto estabelecem cláusulas e condições, como
seguem:

Acordaram que os menores LORENA KETLEN SOUZA DA SILVA e MATHEUS SOUZA DA SILVA ficarão
sob a guarda na modalidade compartilhada sendo fixado a residência paterna como base.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Em atenção ao art. 1.589 do C.Civil o convívio materno, este se dará de forma livre.

Quanto aos alimentos, A divorcianda pagará, mensalmente, aos menores LORENA KETLEN SOUZA DA
SILVA e MATHEUS SOUZA DA SILVA, pensão alimentícia no valor correspondente a 20% (vinte por
cento) de seus vencimentos e vantagens, excluídos os descontos obrigatórios, mas incluídos FGTS.
Férias, 13° Salário, seguro desemprego, valores relativos à rescisão de contrato de trabalho, entre outras
vantagens, o que, totalizaria no mês de junho de 2021, o valor de R$ 236,09(duzentos e trinta e seis reais
e nove centavos), por meio de desconto em folha de pagamento, a ser realizado pela fonte pagadora da
Alimentante, qual seja, Atacadão S/A — Unidade Portal, localizado na Rua do Arsenal, n° 380, Bairro:
Cidade Velha, na Cidade de Belém-PA, Cep. 66.023-110, a ser direcionado à Conta Poupança n°
00008530-9 Operação n° 013, Agência n° 4110, da Caixa Econômica Federal, da qual a Sr. LEONIDAS
LEANDRO DA SILVA é titular.

Por outro lado, se, por ventura, a Sra. MARAIZA BAIA SOUZA DA SILVA perder o vínculo de emprego
formal, o valor dos alimentos ora acordados passará automaticamente a ser 24% (vinte e quatro por cento)
do salário mínimo, o que, atualmente equivale ao montante de R$ 264,00 (duzentos e sessenta e quatro
reais), a ser adimplido até o dia 05 de cada mês, por meio depósito na Conta Bancária anteriormente
mencionada, da a Sr. LEONIDAS LEANDRO DA SILVA é titular.

Outrossim, a Sr. LEONIDAS LEANDRO DA SILVA concorrerá com os demais encargos necessários ao
sustento dos menores LORENA KETLEN SOUZA DA SILVA e MATHEUS SOUZA DA SILVA.

A divorcianda permanecerá usando seu nome de casada.

As partes informaram não haver bens a serem partilhados e dispensam alimentos entre si.

O Ministério Público, manifestou-se favoravelmente à homologação do acordo, parecer presente no ID


31962199.

ANTE O EXPOSTO, nos termos dos arts. 200, 487, III, b e 731 e seguintes do CPC, HOMOLOGO, para
todos os fins de direito, o acordo firmado entre as partes, julgando extinto o presente processo com
resolução do mérito e decreto o divórcio dos requerentes LEONIDAS LEANDRO DA SILVA e MARAIZA
BAIA SOUZA DA SILVA, bem como para definir os termos da guarda, direito de convívio em favor
dos filhos menores do casal, LORENA KETLEN SOUZA DA SILVA e MATHEUS SOUZA DA SILVA,
com a conseqüente dissolução da sociedade conjugal, conforme preceitua o inciso IV do art. 1.571, do CC.

A divorcianda permanecerá usando seu nome de casada.

Sem custas, extensivas ao Cartório Extrajudicial, nos termos do art., 2º do provimento n° 001/2010-
CJRMB.

Lavre-se o termo de guarda compartilhada, consignando-se o direito de convívio.

Esta sentença servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO que deverá ser encaminhado ao Cartório de
Registro Civil de Casamento, conforme indicado à fl. 14 (ID 30353568 - Pág. 5), devendo ser remetido
juntamente com a cópia referida certidão de trânsito em julgado desta sentença, conforme
Provimento 003/2011 - CJRMB e a petição de acordo, bem como demais documentos que se fizerem
necessários, em anexo a esta sentença, bem como o devido registro no Livro E, caso seja necessário.

Expeça-se ofício à fonte pagadora da acordante MARAIZA BAIA SOUZA DA SILVA, para que proceda ao
desconto da pensão alimentícia, conforme acordado, devendo as partes, diante da Pandemia da COVID-
19, fornecerem o endereço de correio eletrônico (e-mail) da referida fonte pagadora, para a devida
comunicação da presente decisão, no prazo de 10 (dez) dias.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Ante o parecer ministerial presente no ID 31962199, à UPJ/FAM para excluir o parecer presente no ID
31290286, por se tratar de partes estranhas aos presentes autos.

Publique-se, Registre-se e Intimem-se. Ciência ao Ministério Público.

Cumpridas as formalidades legais, certificada a regularidade das intimações e publicação, arquivem-se os


autos.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0851587-36.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: V. T. D. S. Participação:


ADVOGADO Nome: ISABELA ALICE ALMEIDA DE LIMA OAB: 31667/PA Participação: ADVOGADO
Nome: EUCLIDES DA CRUZ SIZO FILHO OAB: 18350/PA Participação: REU Nome: H. H. D. O. S.
Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0851587-36.2020.8.14.0301

ALIMENTOS - LEI ESPECIAL Nº 5.478/68 (69)

AÇÃO:[Exoneração]

AUTOR: VALDECI TAVARES DE SOUZA

Advogado(s) do reclamante: EUCLIDES DA CRUZ SIZO FILHO, ISABELA ALICE ALMEIDA DE LIMA

REU: HEWERTHON HUGO DE OLIVEIRA SANTOS

DESPACHO

1-À UPJ/FAM para retificar os dados do requerido, constantes no sistema PJE, com os dados fornecidos
na consulta feita ao sistema SIEL/TRE, presente no ID 30925607.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

2-Ante à petição de ID 31967761, determino a renovação das diligências de ID 29327441, observada a


atualização do endereço do requerido presente no ID 30925607.

Independentemente de autorização judicial, o Sr. Oficial de Justiça deve cumprir o determinado no §2º do
art. 212 do CPC, e também advertindo-se o mesmo, para que cumpra o disposto nos artigos 252 e 253 do
CPC, devendo realizar a intimação por Hora Certa, caso haja necessidade.

Intimem-se. Cumpra-se.

Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0036401-84.2012.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: M. H. D. S. B.


Participação: REQUERENTE Nome: J. E. B. C. Participação: REQUERIDO Nome: E. S. D. S. C.
Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0036401-84.2012.8.14.0301

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

AÇÃO:[Liquidação / Cumprimento / Execução]

REPRESENTANTE: MARIA HELENA DA SILVA BRITO


REQUERENTE: J. E. B. C.

REQUERIDO: ELIAS SILVA DE SOUZA CORREA

DESPACHO

Cumpra-se o determinado no ID 20731080 – Pag. 10 e encaminhem-se os autos ao Ministério Público.


1495
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Após, voltem conclusos.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0847178-80.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: KEDSON DOS


SANTOS CORREA Participação: ADVOGADO Nome: CARLA LORENA NASCIMENTO DA SILVA OAB:
016998/PA Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDA DA COSTA SILVA OAB: 23416/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO DE FIGUEIREDO BRANDAO OAB: 018275/PA Participação:
ADVOGADO Nome: NATALIA NAZARE LOPES LIMA OAB: 25259/PA Participação: REQUERENTE
Nome: JOYCE HELENA COSTA BARBOSA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0847178-80.2021.8.14.0301

HOMOLOGAÇÃO DA TRANSAÇÃO EXTRAJUDICIAL (12374)

AÇÃO:[Guarda]

REQUERENTE: KEDSON DOS SANTOS CORREA

Advogado(s) do reclamante: NATALIA NAZARE LOPES LIMA, RODRIGO DE FIGUEIREDO BRANDAO,


FERNANDA DA COSTA SILVA, CARLA LORENA NASCIMENTO DA SILVA

REQUERENTE: JOYCE HELENA COSTA BARBOSA

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Por motivo de foro íntimo, julgo-me suspeita para atuar no presente feito, observado o disposto no §1º do
art. 145 do CPC.

Pertinente citação de Pontes de Miranda (Comentários ao Código de Processo Civil, tomo II/430, item n. 6,
3ª ed., 1997, Forense):

Suspeição por motivo íntimo - Ao juiz confere o artigo 135, parágrafo único do CPC/73 (art. 145, §1º
CPC/2015), o direito (não só a faculdade) de se declarar suspeito, ‘por motivo íntimo’. Motivo íntimo é
qualquer motivo que o juiz não quer revelar, talvez mesmo não deva revelar. A lei abriu brecha ao dever
1496
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

de provar o alegado, porque se satisfez com a alegação e não exigiu a indicação do motivo. A intimidade
criou a excepcionalidade da permissão: alega-se haver motivo de suspeição, sem se precisar provar.

Conforme orientação fornecida pela Secretaria de Informática deste Tribunal, HABILITE-SE o substituto
automático da 1ª Vara de Família da Capital, para atuar no presente feito, conforme determinado na
PORTARIA Nº 2540/2020-GP.

Cumpra-se. Intimem-se.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0003639-54.2008.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: B. S. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: ALEX AUGUSTO DE SOUZA E SOUZA OAB: 12564/PA Participação:
REQUERIDO Nome: M. F. T. Participação: ADVOGADO Nome: MARCOS ANTONIO RIBEIRO DA CRUZ
OAB: 14810/AM Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0003639-54.2008.8.14.0301

AVERIGUAÇÃO DE PATERNIDADE (123)

AÇÃO:[Investigação de Paternidade]

REQUERENTE: BRUNO SOUZA DA SILVA

Advogado(s) do reclamante: ALEX AUGUSTO DE SOUZA E SOUZA

REQUERIDO: MOACIR FERREIRA TORRES

Advogado(s) do reclamado: MARCOS ANTONIO RIBEIRO DA CRUZ

DESPACHO

1 - À UPJ/FAM para certificar a manifestação das partes em relação ao despacho presente no ID


30067055.

2 – Em seguida, encaminhem-se os autos ao Ministério Público.


1497
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Após, voltem conclusos.

Intimem-se.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0843495-06.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. J. G. D. C.


Participação: ADVOGADO Nome: RITA DE CASSIA ROCHA VEIGA OAB: 68049/PR Participação:
REQUERIDO Nome: M. A. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: ESTER FRANCISCO DE PAULA OAB:
93636/PR Participação: ADVOGADO Nome: SILVANEI ALVES TEIXEIRA OAB: 81092/PR Participação:
FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0843495-06.2019.8.14.0301

GUARDA (1420)

AÇÃO:[Busca e Apreensão de Menores, Regulamentação de Visitas]

REQUERENTE: ANTONIO JOSE GUERREIRO DA CRUZ

Advogado(s) do reclamante: RITA DE CASSIA ROCHA VEIGA

REQUERIDO: MARIA APARECIDA DE SOUZA

Advogado(s) do reclamado: SILVANEI ALVES TEIXEIRA, ESTER FRANCISCO DE PAULA

DESPACHO

Ante os termos dos arts., 9º e 10 do CPC, intime-se a parte requerida, através de seu Advogado (art. 272,
CPC) ou Defensor Público (§1º do art. 186 do CPC), para que, no prazo de 10 (dez) dias, se manifeste
sobre a petição e documentos presentes no ID 31539442.

Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, abra-se vista ao Ministério
Público.
1498
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL


1499
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 1ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

ATO ORDINATÓRIO/INTIMAÇÃO

Nos termos do art. 1º, §2º, XX, do Provimento n. 006/2006-CJRMB, fica intimado o patrono FERNANDO
VASCONCELOS MOREIRA DE CASTRO NETO - OAB/PA 6.255 para no prazo de 03 (três) dias devolver
os autos nesta secretaria, sob pena das sanções do art. 234, §2º do CPC.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

HELDER AUGUSTO MARTINS VALENTE

Analista Judiciário (Mat. 173339)

Secretaria da 1ª Vara de Execução Fiscal de Belém

Processo N.º 0014624-43.2012.8.14.0301

EXEQUENTE: MUNICÍPIO DE BELÉM FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL

EXECUTADO: LILIA DUARTE COUTINHO

EXCIPIENTE: FERNANDO VASCONCELOS MOREIRA DE CASTRO NETO

ADVOGADO: FERNANDO VASCONCELOS MOREIRA DE CASTRO NETO OAB/PA 6255

ATO ORDINATÓRIO/INTIMAÇÃO

Nos termos do art. 1º, §2º, XX, do Provimento n. 006/2006-CJRMB, fica intimado o patrono FERNANDO
VASCONCELOS MOREIRA DE CASTRO NETO - OAB/PA 6.255 para no prazo de 03 (três) dias devolver
os autos nesta secretaria, sob pena das sanções do art. 234, §2º do CPC.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

HELDER AUGUSTO MARTINS VALENTE

Analista Judiciário (Mat. 173339)

Secretaria da 1ª Vara de Execução Fiscal de Belém

PROCESSO: 0031658-92.2002.814.0301
1500
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

EXEQUENTE: MUNICÍPIO DE BELEM

EXECUTADO: COMERCIAL AGRÍCOLA GOIANORTE LTDA

ADVOGADO: JOSE MARIA DE SOUSA GONCALVES - OAB/PA 10.692

ATO ORDINATÓRIO/INTIMAÇÃO

Nos termos do art. 1º, §2º, XX, do Provimento n. 006/2006-CJRMB, fica intimado o patrono JOSE MARIA
DE SOUSA GONCALVES - OAB/PA 10.692 para no prazo de 03 (três) dias devolver os autos nesta
secretaria, sob pena das sanções do art. 234, §2º do CPC.

Belém/PA, 18 de agosto de 2021.

HELDER AUGUSTO MARTINS VALENTE

Analista Judiciário (Mat. 173339)

Secretaria da 1ª Vara de Execução Fiscal de Belém


1501
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

Número do processo: 0845305-16.2019.8.14.0301 Participação: JUIZO RECORRENTE Nome: E.R.


SOLUCOES INFORMATICA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO HAMAMURA BIDURIN
OAB: 198301/SP Participação: RECORRIDO Nome: COORDENADOR EXECUTIVO DE MERCADORIAS
EM TRÂNSITO DA SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO PARÁ Participação: RECORRIDO
Nome: ESTADO DO PARA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO
PARÁ

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0845305-16.2019.8.14.0301
JUIZO RECORRENTE: E.R. SOLUCOES INFORMATICA LTDA
RECORRIDO: COORDENADOR EXECUTIVO DE MERCADORIAS EM TRÂNSITO DA SECRETARIA DA
FAZENDA DO ESTADO DO PARÁ, ESTADO DO PARA

Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes
intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.

Belém(PA), 17 de agosto de 2021.

GILBERTO BARBOSA DE SOUZA JÚNIOR


Diretor de Secretaria

Número do processo: 0851723-67.2019.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: CARGILL


AGRICOLA S A Participação: ADVOGADO Nome: DANILO ANDRADE MAIA OAB: 22554A/PA
Participação: IMPETRANTE Nome: CARGILL AGRICOLA S A Participação: ADVOGADO Nome: DANILO
ANDRADE MAIA OAB: 22554A/PA Participação: IMPETRANTE Nome: CARGILL AGRICOLA S A
Participação: ADVOGADO Nome: DANILO ANDRADE MAIA OAB: 22554A/PA Participação:
IMPETRANTE Nome: CARGILL AGRICOLA S A Participação: ADVOGADO Nome: DANILO ANDRADE
MAIA OAB: 22554A/PA Participação: IMPETRADO Nome: DIRETOR DE ARRECADAÇÃO DE
INFORMAÇÕES FAZENDÁRIAS Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO
ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0851723-67.2019.8.14.0301
IMPETRANTE: CARGILL AGRICOLA S A, CARGILL AGRICOLA S A, CARGILL AGRICOLA S A,
CARGILL AGRICOLA S A
IMPETRADO: DIRETOR DE ARRECADAÇÃO DE INFORMAÇÕES FAZENDÁRIAS

Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
1502
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes


intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.

Belém(PA), 17 de agosto de 2021.

GILBERTO BARBOSA DE SOUZA JÚNIOR


Diretor de Secretaria

Número do processo: 0027928-36.2017.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: DSR SOLUCOES


E INTELIGENCIA LOGISTICA LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO EDUARDO MORO
OAB: 41303/PR Participação: IMPETRADO Nome: ESTADO DO PARA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0027928-36.2017.8.14.0301
IMPETRANTE: DSR SOLUCOES E INTELIGENCIA LOGISTICA LTDA.
IMPETRADO: ESTADO DO PARA

Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes
intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.

Belém(PA), 17 de agosto de 2021.

GILBERTO BARBOSA DE SOUZA JÚNIOR


Diretor de Secretaria

Número do processo: 0453645-19.2016.8.14.0301 Participação: JUIZO RECORRENTE Nome:


AMAZONIA FLUVIAL NAVEGACAO E TURISMO EIRELLI ME Participação: ADVOGADO Nome: DANILO
LANOA COSENZA OAB: 15585/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO GABRIEL CASEMIRO
AGUILA OAB: 016093/PA Participação: RECORRIDO Nome: DIRETOR DE ARRECADACAO E
INFORMACAO FAZENDARIA DA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DO PARA- SEFA/PA
Participação: RECORRIDO Nome: ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0453645-19.2016.8.14.0301
JUIZO RECORRENTE: AMAZONIA FLUVIAL NAVEGACAO E TURISMO EIRELLI ME
RECORRIDO: DIRETOR DE ARRECADACAO E INFORMACAO FAZENDARIA DA SECRETARIA DE
ESTADO DA FAZENDA DO PARA- SEFA/PA, ESTADO DO PARÁ
1503
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes
intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.

Belém(PA), 17 de agosto de 2021.

GILBERTO BARBOSA DE SOUZA JÚNIOR


Diretor de Secretaria

Número do processo: 0111087-08.2016.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: O&L PANTOJA


LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: AFONSO ARINOS DE ALMEIDA LINS FILHO OAB:
6467/PA Participação: ADVOGADO Nome: CORACY MARIA MARTINS DE ALMEIDA LINS OAB: 656/PA
Participação: IMPETRADO Nome: COORDENADOR DE ADMINISTRACAO TRIBUTARIA DE MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS DA SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO PARA Participação:
IMPETRADO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: AUTORIDADE Nome: Ministério Público do Estado
do Pará

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0111087-08.2016.8.14.0301

MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: O&L PANTOJA LTDA - ME

IMPETRADO: COORDENADOR DE ADMINISTRACAO TRIBUTARIA DE MICRO E PEQUENAS


EMPRESAS DA SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO PARA, ESTADO DO PARÁ

DECISÃO

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C
1504
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 10 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0824742-69.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: PETROBRAS


DISTRIBUIDORA S A Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO NUNEZ CAMPOS OAB: 30972/BA
Participação: ADVOGADO Nome: FREDERICO COSME PEREZ MELHADO OAB: 131390/RJ
Participação: ADVOGADO Nome: TOYA DE CASTRO RODRIGUES DE MACEDO OAB: 15162/PA
Participação: ADVOGADO Nome: IURI RIBEIRO GONCALVES OAB: 23398/BA Participação:
ADVOGADO Nome: VINICIUS PEDROSO DE ALBUQUERQUE LIMA OAB: 66642/RS Participação:
REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: OPHIR FILGUEIRAS
CAVALCANTE JUNIOR OAB: 3259/PA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0824742-69.2017.8.14.0301

CAUTELAR INOMINADA (183)

REQUERENTE: PETROBRAS DISTRIBUIDORA S A

REQUERIDO: ESTADO DO PARÁ


PROCURADOR: OPHIR FILGUEIRAS CAVALCANTE JUNIOR

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.

Belém, 12 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital


1505
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0065814-45.2012.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LUIZ CARLOS SANTOS


LIMA Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ
Participação: PROCURADOR Nome: MARCUS VINICIUS NERY LOBATO OAB: 9124/PA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0065814-45.2012.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: LUIZ CARLOS SANTOS LIMA

REU: ESTADO DO PARÁ, ESTADO DO PARÁ


PROCURADOR: MARCUS VINICIUS NERY LOBATO

DECISÃO

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C

Belém, 12 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0766750-87.2016.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: COMPANHIA DE


SANEAMENTO DO TOCANTINS - SANEATINS- Participação: ADVOGADO Nome: JACKELAYDY DE
OLIVEIRA FREIRE registrado(a) civilmente como JACKELAYDY DE OLIVEIRA FREIRE OAB: 18508/PA
Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO AFONSO FABRI DEMARTINI OAB: 289131/SP Participação:
IMPETRADO Nome: DIRETOR DE TRIBUTACAO- DIRETOR DE ARRECADACAO E INFORMACOES
FAZENDARIAS- COORDENADOR DA CELULA DE CONTROLE E COBRANCA DA DIVIDA ATIVA E
DIRETOR DE FISCALIZACAO DA SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO PA Participação:
1506
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

IMPETRADO Nome: COORDENADOR DOS ORGAOS DE COORDENACAO EXECUTIVA DA


ADMINISTRACAO TRIBUTARIA E NAO-TRIBUTARIA Participação: IMPETRADO Nome: ESTADO DO
PARÁ Participação: AUTORIDADE Nome: Ministério Público do Estado do Pará

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0766750-87.2016.8.14.0301

MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO TOCANTINS - SANEATINS-

IMPETRADO: DIRETOR DE TRIBUTACAO- DIRETOR DE ARRECADACAO E INFORMACOES


FAZENDARIAS- COORDENADOR DA CELULA DE CONTROLE E COBRANCA DA DIVIDA ATIVA E
DIRETOR DE FISCALIZACAO DA SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO PA, COORDENADOR
DOS ORGAOS DE COORDENACAO EXECUTIVA DA ADMINISTRACAO TRIBUTARIA E NAO-
TRIBUTARIA, ESTADO DO PARÁ

DECISÃO

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C

Belém, 12 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0822695-83.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: COMPANHIA


REFINADORA DA AMAZONIA - CRA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE SENHORINHO OAB:
57514/PR Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ
1507
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo Judicial Eletrônico


Tribunal de Justiça do Estado do Pará
3ª Vara de Execução Fiscal

CERTIDÃO

Processo: 0822695-83.2021.8.14.0301

AUTOR: COMPANHIA REFINADORA DA AMAZONIA - CRA

REU: ESTADO DO PARÁ

CERTIFICO, em virtude das atribuições que me são conferidas por lei, que a CONTESTAÇÃO (ID
31563981) foi acostada TEMPESTIVAMENTE, pelo que, intimo a parte autora para RÉPLICA no prazo
legal, sobre a referida contestação. O referido é verdade e dou fé, Dado e passado na Secretaria da 3ª
Vara de Execução Fiscal, Comarca de Belém, Capital do Estado do Pará.

Belém, 18 de agosto de 2021

Gilberto Barbosa de Souza Junior


Diretor de Secretaria

Número do processo: 0021842-54.2014.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: ACAO


INFORMATICA DO BRASIL LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA RODRIGUES GUEDES
OAB: 282769/SP Participação: ADVOGADO Nome: GILSON JOSE RASADOR OAB: 129811/SP
Participação: IMPETRADO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO Nome:
COORDENADOR DE CONTROLE DE MARCADORIAS EM TRÂNSITO DA SECRETARIA DE ESTADO
DE FAZENDA DO PARÁ Participação: INTERESSADO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO
PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0021842-54.2014.8.14.0301

MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: ACAO INFORMATICA DO BRASIL LTDA.

IMPETRADO: ESTADO DO PARÁ, COORDENADOR DE CONTROLE DE MARCADORIAS EM


TRÂNSITO DA SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DO PARÁ

DECISÃO

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
1508
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C

Belém, 12 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0037624-38.2013.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: SOUZA CRUZ S A


Participação: ADVOGADO Nome: ARIEL DO PRADO MOLLER OAB: 205511/RJ Participação:
ADVOGADO Nome: RODRIGO FUX OAB: 154760/RJ Participação: ADVOGADO Nome: BERNARDO
JOSE MENDES DE LIMA OAB: 18913/PA Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO COELHO
CAVALEIRO DE MACEDO PEREIRA OAB: 14816/PA Participação: IMPETRADO Nome: CHEFE DA
COORDENACAO EXECUTIVA ESPECIAL DE ADMINISTRACAO TRIBUTARIA DE GRANDES
CONTRIBUINTES Participação: IMPETRADO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: INTERESSADO
Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0037624-38.2013.8.14.0301

MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: SOUZA CRUZ S A

IMPETRADO: CHEFE DA COORDENACAO EXECUTIVA ESPECIAL DE ADMINISTRACAO TRIBUTARIA


DE GRANDES CONTRIBUINTES, ESTADO DO PARÁ

DECISÃO

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
1509
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C

Belém, 10 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0407632-59.2016.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LIDER


SUPERMERCADOS E MAGAZINE LTDA Participação: ADVOGADO Nome: TIAGO BAGGIO LINS OAB:
44389/PR Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0407632-59.2016.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: LIDER SUPERMERCADOS E MAGAZINE LTDA

REU: ESTADO DO PARÁ

DECISÃO

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
1510
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

05.P.R.I.C

Belém, 10 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0038585-08.2015.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: REXAM AMAZONIA


LTDA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO DE ABREU FARIA OAB: 123070/RJ Participação: REU
Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0038585-08.2015.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: REXAM AMAZONIA LTDA

REU: ESTADO DO PARÁ

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0092683-40.2015.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: MOCELLIN


MODAS LTDA ME Participação: ADVOGADO Nome: MICHEL RODRIGUES VIANA OAB: 11454/PA
Participação: IMPETRADO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO Nome: DIRETOR(A)
DE ARRECADACAO E INFORMACOES FAZENDARIAS
1511
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0092683-40.2015.8.14.0301

MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: MOCELLIN MODAS LTDA ME

IMPETRADO: ESTADO DO PARÁ, DIRETOR(A) DE ARRECADACAO E INFORMACOES FAZENDARIAS

DECISÃO

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C

Belém, 10 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0374358-07.2016.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: S & L RESTAURANTES


LTDA. (LANCHONETE HABIBI S) Participação: ADVOGADO Nome: TIAGO BAGGIO LINS OAB:
44389/PR Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0374358-07.2016.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)


1512
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AUTOR: S & L RESTAURANTES LTDA. (LANCHONETE HABIBI S)

REU: ESTADO DO PARÁ

DECISÃO

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C

Belém, 12 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0012843-78.2015.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JOHNSON &


JOHNSON DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO DE PRODUTOS PARA SAUDE LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: ROBERTO GRECO DE SOUZA FERREIRA OAB: 162707/SP Participação:
ADVOGADO Nome: GRAZIELE PEREIRA OAB: 185242/SP Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO
DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0012843-78.2015.8.14.0301

CAUTELAR INOMINADA (183)

REQUERENTE: JOHNSON & JOHNSON DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO DE PRODUTOS PARA


SAUDE LTDA

REQUERIDO: ESTADO DO PARÁ


1513
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0012836-86.2015.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JOHNSON &


JOHNSON DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO DE PRODUTOS PARA SAUDE LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: ROBERTO GRECO DE SOUZA FERREIRA OAB: 162707/SP Participação:
ADVOGADO Nome: GRAZIELE PEREIRA OAB: 185242/SP Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO
DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0012836-86.2015.8.14.0301

CAUTELAR INOMINADA (183)

REQUERENTE: JOHNSON & JOHNSON DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO DE PRODUTOS PARA


SAUDE LTDA

REQUERIDO: ESTADO DO PARÁ

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021


1514
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0387351-82.2016.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BUNGE


ALIMENTOS S/A Participação: ADVOGADO Nome: ARNO SCHMIDT JUNIOR OAB: 6878/SC
Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: GUSTAVO
VAZ SALGADO OAB: 8843/PA Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0387351-82.2016.8.14.0301

CAUTELAR INOMINADA (183)

REQUERENTE: BUNGE ALIMENTOS S/A

REQUERIDO: ESTADO DO PARÁ, ESTADO DO PARÁ


PROCURADOR: GUSTAVO VAZ SALGADO

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0329359-66.2016.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: DELVAUX LTDA - EPP


Participação: ADVOGADO Nome: TIAGO BAGGIO LINS OAB: 44389/PR Participação: REU Nome:
ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL
1515
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

0329359-66.2016.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: DELVAUX LTDA - EPP

REU: ESTADO DO PARÁ

DECISÃO

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C

Belém, 13 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0456660-93.2016.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: PROMAX


PRODUTOS MAXIMOS S/A IND E COM Participação: ADVOGADO Nome: DANIELLE LINS HIPOLITO
OAB: 354001/SP Participação: ADVOGADO Nome: JOAO LUIS HAMILTON FERRAZ LEAO OAB:
2057/SP Participação: IMPETRADO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO Nome:
GERENTE DA SECRETARIA EXECUTIVA DA FAZENDA - COORDENADORIA EXECUTIVA DE
ADMINISTRACAO TRIBUTARIA DE SUBSTITUICAO TRIBUTARIA Participação: IMPETRADO Nome:
PROCURADOR CHEFE DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARA Participação:
AUTORIDADE Nome: Ministério Público do Estado do Pará

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0456660-93.2016.8.14.0301

MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)


1516
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

IMPETRANTE: PROMAX PRODUTOS MAXIMOS S/A IND E COM

IMPETRADO: GERENTE DA SECRETARIA EXECUTIVA DA FAZENDA - COORDENADORIA


EXECUTIVA DE ADMINISTRACAO TRIBUTARIA DE SUBSTITUICAO TRIBUTARIA, PROCURADOR
CHEFE DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARA, ESTADO DO PARÁ

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0045275-24.2013.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: ROMAGNOLE


PRODUTOS ELETRICOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: MARCELA VIRGINIA THOMAZ OAB:
18095/PR Participação: ADVOGADO Nome: JOAO JOAQUIM MARTINELLI OAB: 3210/SC Participação:
IMPETRANTE Nome: ROMAGNOLE PRODUTOS ELETRICOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome:
MARCELA VIRGINIA THOMAZ OAB: 18095/PR Participação: ADVOGADO Nome: JOAO JOAQUIM
MARTINELLI OAB: 3210/SC Participação: IMPETRANTE Nome: ONIX DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS
ELETRICOS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: MARCELA VIRGINIA THOMAZ OAB: 18095/PR
Participação: ADVOGADO Nome: JOAO JOAQUIM MARTINELLI OAB: 3210/SC Participação:
IMPETRADO Nome: DIRETORA DE FISCALIZACAO DA SEFAZ/PA Participação: IMPETRADO Nome:
COORDENADOR DE MERCADORIAS EM TRANSITO DA SEFAZ/PA Participação: IMPETRADO Nome:
ESTADO DO PARÁ Participação: AUTORIDADE Nome: Ministério Público do Estado do Pará

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0045275-24.2013.8.14.0301

MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: ROMAGNOLE PRODUTOS ELETRICOS S.A., ROMAGNOLE PRODUTOS ELETRICOS


S.A., ONIX DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS ELETRICOS LTDA.

IMPETRADO: DIRETORA DE FISCALIZACAO DA SEFAZ/PA, COORDENADOR DE MERCADORIAS EM


TRANSITO DA SEFAZ/PA, ESTADO DO PARÁ

DECISÃO
1517
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C

Belém, 16 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0026014-05.2015.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: AMBEV S/A


Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO NOVAES BEZERRA CAVALCANTI OAB: 19353/PE
Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0026014-05.2015.8.14.0301

CAUTELAR FISCAL (83)

REQUERENTE: AMBEV S/A

REQUERIDO: ESTADO DO PARÁ

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.


1518
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 17 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0037219-65.2014.8.14.0301 Participação: JUIZO RECORRENTE Nome: COM.


DIST. E IND. ESTRELA DO NORTE LTDA Participação: ADVOGADO Nome: HILTON JOSE SANTOS DA
SILVA OAB: 17501/PA Participação: RECORRIDO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: RECORRIDO
Nome: CHEFE DA CECOMT/SEFA COORDENACAO EXECUTIVA DE CONTROLE DE MERCADORIAS
EM TRANSITO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0037219-65.2014.8.14.0301
JUIZO RECORRENTE: COM. DIST. E IND. ESTRELA DO NORTE LTDA
RECORRIDO: CHEFE DA CECOMT/SEFA COORDENACAO EXECUTIVA DE CONTROLE DE
MERCADORIAS EM TRANSITO, ESTADO DO PARÁ

Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes
intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.

Belém(PA), 17 de agosto de 2021.

GILBERTO BARBOSA DE SOUZA JÚNIOR


Diretor de Secretaria

Número do processo: 0820866-09.2017.8.14.0301 Participação: JUIZO RECORRENTE Nome: BIOTECH


LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: ANDREW SANTOS FILGUEIRA OAB: 16822/PA
Participação: RECORRIDO Nome: DIRETOR DE FISCALIZAÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DA
FAZENDA - Célio Cal Monteiro Participação: RECORRIDO Nome: Chefe DA COORDENADORIA
EXECUTIVA DE CONTROLE DE MERCADORIAS EM TRÂNSITO DA SECRETARIA DA FAZENDA DO
ESTADO DO PARÁ Participação: RECORRIDO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR
Nome: OPHIR FILGUEIRAS CAVALCANTE JUNIOR OAB: 3259/PA Participação: RECORRIDO Nome:
AUDITORA FISCAL DE RENDAS ESTADUAIS Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0820866-09.2017.8.14.0301
1519
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

JUIZO RECORRENTE: BIOTECH LTDA - ME


RECORRIDO: DIRETOR DE FISCALIZAÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA - CÉLIO CAL
MONTEIRO, CHEFE DA COORDENADORIA EXECUTIVA DE CONTROLE DE MERCADORIAS EM
TRÂNSITO DA SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO PARÁ, ESTADO DO PARÁ, AUDITORA
FISCAL DE RENDAS ESTADUAIS
PROCURADOR: OPHIR FILGUEIRAS CAVALCANTE JUNIOR

Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes
intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.

Belém(PA), 17 de agosto de 2021.

GILBERTO BARBOSA DE SOUZA JÚNIOR


Diretor de Secretaria

Número do processo: 0061589-16.2011.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EDITORA SUPRA LTDA


Participação: ADVOGADO Nome: RENATA MILENE SILVA PANTOJA OAB: 7330/PA Participação: REU
Nome: ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0061589-16.2011.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: EDITORA SUPRA LTDA

REU: ESTADO DO PARÁ

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.

Belém, 10 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital


1520
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0053263-96.2013.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: PETROBRAS


DISTRIBUIDORA S. A. Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO MENDES CRUZ OAB: 25711/BA
Participação: ADVOGADO Nome: VINICIUS PEDROSO DE ALBUQUERQUE LIMA OAB: 66642/RS
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE GUILHERME FONTES DE AZEVEDO COSTA OAB: 126729/RJ
Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0053263-96.2013.8.14.0301

CAUTELAR INOMINADA (183)

REQUERENTE: PETROBRAS DISTRIBUIDORA S. A.

REQUERIDO: ESTADO DO PARÁ

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0876747-63.2020.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: TECNOR


INDUSTRIA E COMERCIO DE MAQUINAS E EQUIPAMENTOS LIMITADA - EPP Participação:
ADVOGADO Nome: HENRIQUE MALERBA CRAVO OAB: 346308/SP Participação: ADVOGADO Nome:
RAFAEL ROMERO SESSA OAB: 292649/SP Participação: EMBARGADO Nome: ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0876747-63.2020.8.14.0301
1521
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL (1118)

EMBARGANTE: TECNOR INDUSTRIA E COMERCIO DE MAQUINAS E EQUIPAMENTOS LIMITADA -


EPP

EMBARGADO: ESTADO DO PARÁ

DECISÃO

Vistos, etc.

I - Considerando a Decisão Monocrática nos autos de Agravo de Instrumento de nº 0806117-


75.2021.8.14.0000, juntada nos presentes autos, cumpra-se nos termos da decisão de teto, expeça-se o
necessário, atendidas as cautelas legais.

II- Conforme item I, certifique-se nos autos da ação principal a suspensão da Execução Fiscal em
apenso, até posterior decisão.

III- Cumpra-se.

Belém, 10 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0065271-47.2009.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ESTADO DO PARÁ


Participação: EXECUTADO Nome: COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS - AMBEV Participação:
ADVOGADO Nome: TADEU ALVES SENA GOMES OAB: 15188/PA Participação: ADVOGADO Nome:
FABIANA PORTELA ARAUJO OAB: 17917/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAUE ARAUJO LIMA
MONTEIRO OAB: 17994/PA

PROCESSO N.º0065271-47.2009.8.14.0301

EXEQUENTE: ESTADO DO PARÁ

EXECUTADO: COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS - AMBEV

Nos termos do artigo 1º, §2º, XI, do Provimento 006/2006 da CJRMB, intime-se o Requerente, para que
indique nos autos, conta bancaria de sua titularidade (nº do Banco/Agência/Conta) para expedição do
respectivo RPV, conforme determinado na decisão id-13890171. No prazo de 15 dias.

Belém, 18 de agosto de 2021

Gilberto Barbosa de Souza Junior


Diretor de Secretaria
1522
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0841664-20.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: IONE ARRAIS DE


CASTRO OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: LUAN ATA QUEIROZ ABADESSA DA SILVA OAB:
020115/PA Participação: ADVOGADO Nome: IONE ARRAIS DE CASTRO OLIVEIRA OAB: 3609/PA
Participação: REQUERIDO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE OBRAS PUBLICAS

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0841664-20.2019.8.14.0301

CAUTELAR INOMINADA (183)

REQUERENTE: IONE ARRAIS DE CASTRO OLIVEIRA

REQUERIDO: SECRETARIA DE ESTADO DE OBRAS PUBLICAS

DECISÃO

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C

Belém, 10 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0820967-46.2017.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: REDEFLEX


COMERCIO E SERVICO DE TELEFONIA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: DANIELLA ZAGARI
GONCALVES OAB: 116343/SP Participação: ADVOGADO Nome: MARIA EUGENIA DOIN VIEIRA OAB:
208425/SP Participação: IMPETRADO Nome: DIRETOR FAZENDÁRIO DA DIRETORIA DE
FISCALIZAÇÃO DA SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO
1523
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nome: COORDENADOR DA PROCURADORIA DA DÍVIDA ATIVA DO ESTADO Participação:


IMPETRADO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: OPHIR FILGUEIRAS
CAVALCANTE JUNIOR OAB: 3259/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO
ESTADO DO PARA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0820967-46.2017.8.14.0301

MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: REDEFLEX COMERCIO E SERVICO DE TELEFONIA LTDA

IMPETRADO: DIRETOR FAZENDÁRIO DA DIRETORIA DE FISCALIZAÇÃO DA SECRETARIA DA


FAZENDA DO ESTADO DO PARÁ, COORDENADOR DA PROCURADORIA DA DÍVIDA ATIVA DO
ESTADO, ESTADO DO PARÁ
PROCURADOR: OPHIR FILGUEIRAS CAVALCANTE JUNIOR

DECISÃO

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C

Belém, 12 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0026948-60.2015.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: AMBEV S/A


Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO NOVAES BEZERRA CAVALCANTI OAB: 19353/PE
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE RICARDO DO NASCIMENTO VAREJAO OAB: 22674/PE
Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ
1524
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0026948-60.2015.8.14.0301

CAUTELAR FISCAL (83)

REQUERENTE: AMBEV S/A

REQUERIDO: ESTADO DO PARÁ

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0037324-76.2013.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: RN COMERCIO


VAREJISTA S/A Participação: ADVOGADO Nome: DANILO ANDRADE MAIA OAB: 22554A/PA
Participação: IMPETRADO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO Nome: SR. GERENTE
DE RECEITA DA SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DO ESTADO DO PARA Participação:
AUTORIDADE Nome: Ministério Público do Estado do Pará

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0037324-76.2013.8.14.0301

MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: RN COMERCIO VAREJISTA S/A

IMPETRADO: ESTADO DO PARÁ, SR. GERENTE DE RECEITA DA SECRETARIA DE ESTADO DE


FAZENDA DO ESTADO DO PARA

DECISÃO
1525
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C

Belém, 10 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0039292-44.2013.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: GUERBET


PRODUTOS RADIOLOGICOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EZIL EDUARDO COSTA JUNIOR
OAB: 154008/RJ Participação: ADVOGADO Nome: DANNY WARCHAVSKY GUEDES OAB: 114558/RJ
Participação: IMPETRADO Nome: SENHOR DIRETOR DE FISCALIZACAO DA SECRETARIA DO
ESTADO DO PARA Participação: IMPETRADO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: AUTORIDADE
Nome: Ministério Público do Estado do Pará

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0039292-44.2013.8.14.0301

MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: GUERBET PRODUTOS RADIOLOGICOS LTDA

IMPETRADO: SENHOR DIRETOR DE FISCALIZACAO DA SECRETARIA DO ESTADO DO PARA,


ESTADO DO PARÁ

DECISÃO

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
1526
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C

Belém, 16 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0800190-98.2021.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: AGROPECUARIA


LILIANA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: JEAN CARLO STAVARENGO OAB: 21713/O/MT
Participação: ADVOGADO Nome: VALTER STAVARENGO OAB: 11665/O/MT Participação:
AUTORIDADE Nome: DIRETOR DE FISCALIZAÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DO
ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: FISCAL DA LEI
Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0800190-98.2021.8.14.0301

MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: AGROPECUARIA LILIANA LTDA

AUTORIDADE: DIRETOR DE FISCALIZAÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DO


ESTADO DO PARÁ
IMPETRADO: ESTADO DO PARÁ

DECISÃO

Vistos, etc.

Considerando a Decisão Monocrática nos autos de Agravo de Instrumento de nº 0802032-


46.2021.8.14.0000, juntada nos presentes autos, cumpra-se nos termos da decisão de teto, expeça-se o
necessário, atendidas as cautelas legais.

Cumpra-se .
1527
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 10 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0836445-55.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: PAULO ANGELO


GONCALVES Participação: ADVOGADO Nome: GASPAR FERREIRA DE SOUSA OAB: 2893/TO
Participação: ADVOGADO Nome: YASMIM LEITE DUTRA OAB: 10.014/TO Participação: REU Nome:
IGEPREV INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA

Poder Judiciário

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

3ª Vara de Execução Fiscal

Processo Judicial Eletrônico

PROCESSO: 0836445-55.2021.8.14.0301

Nos termos do artigo 22, § 1º e § 2º, e do artigo 55, § único, ambos da Portaria Conjunta GP/VP nº
001/2018-TJPA, c/c o disposto no artigo 290 do Código de Processo Civil, intime-se a parte AUTORA a
comprovar nos autos, no PRAZO de 15 (QUINZE) DIAS, o recolhimento das CUSTAS INICIAIS
vinculadas ao presente processo, cujo Boleto Bancário para pagamento e Relatório de Conta do Processo
deverão ser gerados diretamente no Sistema de Arrecadação Judicial, disponibilizado no site do TJPA, e
nos termos da TABELA vigente, conforme Lei Estadual nº 8.328/2015.

Belém, 18 de agosto de 2021

Gilberto Barbosa de Souza Junior


Diretor de Secretaria

Número do processo: 0049439-95.2014.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MAGALY RAMOS


CORDEIRO DA SILVA Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL - BELÉM

ATO ORDINATÓRIO - INTIMAÇÃO

PROCESSO Nº: 0049439-95.2014.8.14.0301

AUTOR: MAGALY RAMOS CORDEIRO DA SILVA


1528
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REU: ESTADO DO PARÁ

Considerando a Lei Estadual nº 8.328/2015, a Portaria Conjunta nº 001/2016-GP/CJRMB/CJCI,e a


Ordem de Serviço nº 001/2016, fica o ESTADO DO PARÁ - PGE, intimado da
Decisão/Despacho/Sentença (ID- 31619571), em conformidade com o Provimento 001/2018 da CJRMB.

Belém(PA), 18 de agosto de 2021.

Gilberto Barbosa de Souza Junior


Diretor de Secretaria

Número do processo: 0002344-06.2013.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: GILMARIO PINTO


RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome: LARA CASTANHEIRA IGLEZIAS DIAS OAB: 012721/PA
Participação: ADVOGADO Nome: SAMIR ABFADILL TOUTENGE JUNIOR OAB: 5432/PA Participação:
REU Nome: SECRETARIA DE FAZENDA DO ESTADO DO PARA Participação: REU Nome:
DEPARTAMENTO DE TRANSITO DO ESTADO DO PARA Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0002344-06.2013.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: GILMARIO PINTO RIBEIRO

REU: SECRETARIA DE FAZENDA DO ESTADO DO PARA, DEPARTAMENTO DE TRANSITO DO


ESTADO DO PARA, ESTADO DO PARÁ

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital


1529
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0456660-93.2016.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: PROMAX


PRODUTOS MAXIMOS S/A IND E COM Participação: ADVOGADO Nome: DANIELLE LINS HIPOLITO
OAB: 354001/SP Participação: ADVOGADO Nome: JOAO LUIS HAMILTON FERRAZ LEAO OAB:
2057/SP Participação: IMPETRADO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO Nome:
GERENTE DA SECRETARIA EXECUTIVA DA FAZENDA - COORDENADORIA EXECUTIVA DE
ADMINISTRACAO TRIBUTARIA DE SUBSTITUICAO TRIBUTARIA Participação: IMPETRADO Nome:
PROCURADOR CHEFE DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARA Participação:
AUTORIDADE Nome: Ministério Público do Estado do Pará

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0456660-93.2016.8.14.0301

MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: PROMAX PRODUTOS MAXIMOS S/A IND E COM

IMPETRADO: GERENTE DA SECRETARIA EXECUTIVA DA FAZENDA - COORDENADORIA


EXECUTIVA DE ADMINISTRACAO TRIBUTARIA DE SUBSTITUICAO TRIBUTARIA, PROCURADOR
CHEFE DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARA, ESTADO DO PARÁ

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0839358-78.2019.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: BRINK'S


SEGURANCA E TRANSPORTE DE VALORES LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ARLI PINTO DA
SILVA OAB: 20260/PR Participação: IMPETRADO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO
Nome: COORDENADOR DO CERAT - COORDENAÇÃO EXECUTIVA REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO
TRIBUTÁRIA - BELÉM Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO
PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL
1530
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

0839358-78.2019.8.14.0301

MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: BRINK'S SEGURANCA E TRANSPORTE DE VALORES LTDA

IMPETRADO: COORDENADOR DO CERAT - COORDENAÇÃO EXECUTIVA REGIONAL DE


ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA - BELÉM

DECISÃO

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C

Belém, 10 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0061576-17.2011.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CLEBER LUIZ ARAUJO


COSTA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ANIJAR FRAGOSO REI OAB: 11994/PA Participação:
REU Nome: ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0061576-17.2011.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: CLEBER LUIZ ARAUJO COSTA


1531
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REU: ESTADO DO PARÁ

DECISÃO

Vistos,

01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.

02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.

03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.

04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.

05.P.R.I.C

Belém, 13 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0017165-78.2014.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: PETROBRAS


DISTRIBUIDORA S. A. Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO NUNEZ CAMPOS OAB: 30972/BA
Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ

PROCESSO N.º0017165-78.2014.8.14.0301

REQUERENTE: PETROBRAS DISTRIBUIDORA S. A.

REQUERIDO: ESTADO DO PARÁ

Nos termos do artigo 1º, §2º, XI, do Provimento 006/2006 da CJRMB, intime-se a parte AUTORA, através
de seu patrono, a indicar nos autos Conta Bancária (n° do Banco/Agência/Conta) de titularidade do
Requerente, para Expedição do respectivo Alvará, conforme determinado na sentença proferida nos autos,
no prazo de 15 dias.

Belém, 18 de agosto de 2021

Gilberto Barbosa de Souza Junior


Diretor de Secretaria
1532
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0218270-38.2016.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EXATA NORTE


DISTRIBUIDORA HOSPITALAR LTDA Participação: ADVOGADO Nome: MICHEL RODRIGUES VIANA
OAB: 11454/PA Participação: ADVOGADO Nome: ARTHUR REYNALDO MAIA ALVES NETO
registrado(a) civilmente como ARTHUR REYNALDO MAIA ALVES NETO OAB: 00714/PE Participação:
ADVOGADO Nome: THIAGO NOBRE MAIA OAB: 20289/PA Participação: REU Nome: ESTADO DO
PARÁ FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0218270-38.2016.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: EXATA NORTE DISTRIBUIDORA HOSPITALAR LTDA

REU: ESTADO DO PARÁ FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.

Belém, 12 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0012375-17.2015.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JOHNSON &


JOHNSON DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO DE PRODUTOS PARA SAUDE LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: ROBERTO GRECO DE SOUZA FERREIRA OAB: 162707/SP Participação:
ADVOGADO Nome: GRAZIELE PEREIRA OAB: 185242/SP Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO
DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0012375-17.2015.8.14.0301

CAUTELAR INOMINADA (183)


1533
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

REQUERENTE: JOHNSON & JOHNSON DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO DE PRODUTOS PARA


SAUDE LTDA

REQUERIDO: ESTADO DO PARÁ

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

Número do processo: 0811645-02.2017.8.14.0301 Participação: JUIZO RECORRENTE Nome:


SOCIEDADE ANONIMA BITAR IRMAOS Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO TEIXEIRA
DALLAGNOL OAB: 11259/PA Participação: RECORRIDO Nome: DIRETORIA DE ARRECADAÇÃO E
INFORMAÇÕES FAZENDÁRIAS Participação: RECORRIDO Nome: COORDENADOR DE
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DE BELÉM DA SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DO PARÁ
Participação: RECORRIDO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: OPHIR
FILGUEIRAS CAVALCANTE JUNIOR OAB: 3259/PA Participação: PROCURADOR Nome: DIOGO DE
AZEVEDO TRINDADE OAB: 011270/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0811645-02.2017.8.14.0301
JUIZO RECORRENTE: SOCIEDADE ANONIMA BITAR IRMAOS
RECORRIDO: DIRETORIA DE ARRECADAÇÃO E INFORMAÇÕES FAZENDÁRIAS, COORDENADOR
DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DE BELÉM DA SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DO
PARÁ, ESTADO DO PARÁ
PROCURADOR: OPHIR FILGUEIRAS CAVALCANTE JUNIOR, DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE

Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes
intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.
1534
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém(PA), 17 de agosto de 2021.

GILBERTO BARBOSA DE SOUZA JÚNIOR


Diretor de Secretaria

Número do processo: 0087683-30.2013.8.14.0301 Participação: JUIZO RECORRENTE Nome: OLIVIA DE


NAZARE ABDON MUTO Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE DE PAULA RUY BARBOSA
OAB: 112286/RJ Participação: RECORRIDO Nome: COORDENADOR DE CONTROLE DE
MERCADORIAS EM TRÂNSITO DA SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DO PARÁ Participação:
RECORRIDO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: PARA
MINISTERIO PUBLICO - CNPJ: 05.054.960/0001-58 (FISCAL DA LEI)

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0087683-30.2013.8.14.0301
JUIZO RECORRENTE: OLIVIA DE NAZARE ABDON MUTO
RECORRIDO: COORDENADOR DE CONTROLE DE MERCADORIAS EM TRÂNSITO DA SECRETARIA
DE ESTADO DE FAZENDA DO PARÁ, ESTADO DO PARÁ

Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes
intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.

Belém(PA), 17 de agosto de 2021.

GILBERTO BARBOSA DE SOUZA JÚNIOR


Diretor de Secretaria

Número do processo: 0876144-58.2018.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: CONNECTPARTS


COMERCIO DE PECAS E ACESSORIOS AUTOMOTORES S/A Participação: ADVOGADO Nome:
DANILO ANDRADE MAIA OAB: 22554A/PA Participação: IMPETRADO Nome: DIRETOR DE
ARRECADAÇÃO DE RECEITAS DO ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO Nome: ESTADO DO
PARA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL

0876144-58.2018.8.14.0301

MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: CONNECTPARTS COMERCIO DE PECAS E ACESSORIOS AUTOMOTORES S/A

IMPETRADO: DIRETOR DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS DO ESTADO DO PARÁ, ESTADO DO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PARA

R. Hoje.

1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.

02. Após, retornem conclusos.

03. Certifique-se e cumpra-se.

Belém, 10 de agosto de 2021

Mônica Maués Naif Daibes

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital

RESENHA: 04/08/2021 A 04/08/2021 - SECRETARIA DA 3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DE BELÉM -


VARA: 3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DE BELÉM

PROCESSO: 00227653420028140301 PROCESSO ANTIGO: 199610124531


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o: Embargos
à Execução em: 04/08/2021---ADVOGADO:ANTONIO VILLAR PANTOJA EMBARGANTE:C. SANTOS
COMERCIO E COMUNICACAO LTDA. Representante(s): OAB 6858 - PAULO ANDRE VIEIRA SERRA
(ADVOGADO) OAB 10117 - WERNER NABICA COELHO (ADVOGADO) EMBARGADO:A FAZENDA
PUBLICA DO ESTADO DO PARA Representante(s): OAB 9780 - CAIO DE AZEVEDO TRINDADE
(PROCURADOR(A)) . Vistos, etc.      CARLOS SANTOS COMERCIO E COMUNICAÿÿO LTDA
ajuizou Embargos à Execução Fiscal em face do Estado do Pará.      Recebido os Embargos
à Execução, fls.17.      Citado, o Estado do Pará apresentou impugnação ao Embargos Ã
Execução.      Considerando a certidão de fls. 28, consta informação da prolação de
sentença de extinção nos autos da Ação de Execução Fiscal, fato que, indubitavelmente, leva
à perda de objeto da presente ação.            ÿ o breve relatório.          Â
 Decido.      ÿ consenso da doutrina que as condições da ação devem persistir durante
todo o andamento processo, devendo estar presente inclusive por ocasião da prolação da sentença.
E mais, o interesse de agir está fulcrado no trinômio: necessidade, utilidade e adequação.     Â
      No presente caso, considerando que a ação principal foi extinta e que, portanto, os
presentes embargos perderam seu objeto, JULGO extinta a presente ação sem resolução de
mérito nos termos do art. 485, IV e X do CPC.            Sem custas e honorários
advocatÃ-cios, face o deferimento da Justiça Gratuita, nos termos da Lei n. 1060/50.    P.R.I.C   Â
         Belém, 04 de agosto de 2021 Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito titular
da 3ª Vara de Execução Fiscal

RESENHA: 06/08/2021 A 06/08/2021 - SECRETARIA DA 3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DE BELÉM


- VARA: 3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DE BELÉM

PROCESSO: 00227662920028140301 PROCESSO ANTIGO: 199610124540


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o: Embargos
à Execução em: 06/08/2021---EMBARGADO:A FAZENDA PUBLICA DO ESTADO DO PARA
1536
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Representante(s): OAB 9780 - CAIO DE AZEVEDO TRINDADE (PROCURADOR(A))


ADVOGADO:ANTONIO VILLAR PANTOJA EMBARGANTE:C. SANTOS COMERCIO E COMUNICACAO
LTDA. Representante(s): OAB 10117 - WERNER NABICA COELHO (ADVOGADO) . Vistos, etc. Â Â Â Â
 CARLOS SANTOS COMERCIO E COMUNICAÿÿO LTDA ajuizou Embargos à Execução Fiscal
em face do Estado do Pará.      Recebido os Embargos à Execução, fls. 08.      Citado,
o Estado do Pará apresentou impugnação ao Embargos à Execução.      Considerando a
certidão de fls. 19, consta informação da prolação de sentença de extinção nos autos da
Ação de Execução Fiscal, fato que, indubitavelmente, leva à perda de objeto da presente ação.
           ÿ o breve relatório.            Decido.      ÿ consenso da
doutrina que as condições da ação devem persistir durante todo o andamento processo, devendo
estar presente inclusive por ocasião da prolação da sentença. E mais, o interesse de agir está
fulcrado no trinômio: necessidade, utilidade e adequação.            No presente caso,
considerando que a ação principal foi extinta e que, portanto, os presentes embargos perderam seu
objeto, JULGO extinta a presente ação sem resolução de mérito nos termos do art. 485, IV e X do
CPC.            Sem custas e honorários advocatÃ-cios, face o deferimento da Justiça
Gratuita, nos termos da Lei n. 1060/50.    P.R.I.C             Belém, 04 de agosto de
2021 Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito titular da 3ª Vara de Execução Fiscal

PROCESSO: 00228319220028140301 PROCESSO ANTIGO: 199510121222


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o: Processo
Cautelar em: 06/08/2021---AUTOR:A FAZENDA PUBLICA DO ESTADO DO PARA Representante(s):
PAULO DE TARSO DIAS KLAUTAU FILHO (PROCURADOR(A)) ANETE PENNA DE CARVALHO PINHO
(PROCURADOR(A)) ADVOGADO:LEONIDAS G. ALCANTARA ADVOGADO:RONALD BASTOS
ADVOGADO:ANTONIO VILLAR PANTOJA Representante(s): WERNER NABICA COELHO
(ADVOGADO) ADVOGADO:JOSE LOBATO MAIA REU:C. SANTOS COMERCIO E COMUNICACAO
LTDA. Representante(s): OAB 10117 - WERNER NABICA COELHO (ADVOGADO) REU:AGAZIL
RIBEIRO BAIA Representante(s): OAB 10117 - WERNER NABICA COELHO (ADVOGADO)
REU:CARLOS JOSÉ OLIVEIRA SANTOS Representante(s): OAB 10117 - WERNER NABICA COELHO
(ADVOGADO) OAB 11023 - CLAUDIA LOBO LEVY (ADVOGADO) . R.H. 1.     Determino a
remessa dos autos à UNAJ para o cálculo das custas pendentes, finais e recolhimento de eventual
diferença. 2.     Após, intime-se a parte para comprovar o recolhimento das custas
remanescentes no prazo de 30 dias, sob pena de inscrição em dÃ-vida ativa. 3.     Pagas as
custas, certificadas pela UNAJ, voltem conclusos para julgamento. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Belém- PA, 04 de agosto de 2021 Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara de
Execução Fiscal da Capital

PROCESSO: 00131443520078140301 PROCESSO ANTIGO: 200710408160


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o: Execução
Fiscal em: 06/08/2021---EXECUTADO:MT COMERCIAL LTDA - ME EXEQUENTE:ESTADO DO PARA
FAZENDA PUBLICA Representante(s): ANTONIO PAULO MORAES CHAGAS (ADVOGADO)
EXECUTADO:ANTONIO BONNA NETO Representante(s): OAB 9463 - NAWAL MARGALHO BANNA
(ADVOGADO) OAB 13767 - FABIO RODRIGO PAES CAMPOS (ADVOGADO) OAB 9232 - ARLEN
PINTO MOREIRA (ADVOGADO) EXECUTADO:MIRYAN BONNA MAURICIO DE ABREU.
         DECISÿO          Vistos, etc.          Trata-se de Exceção
de Pré-Executividade onde o executado, por meio de seu procurador, busca extinguir a presente ação
de Execução Fiscal ajuizada em seu desfavor pelo Estado do Pará.          ÿ o sucinto
relatório. Decido.          Cumpre, de inÃ-cio, esclarecer algumas questões quanto Ã
exceção de pré-executividade. A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princÃ-pio, nos casos em que o juÃ-zo, de
ofÃ-cio e a qualquer tempo, pode conhecer da matéria. Pressupõe-na, portanto, que o vÃ-cio seja
aferÃ-vel de plano e que se trate de matéria ligada à admissibilidade da execução.
         Ademais, as principais caracterÃ-sticas desta modalidade de defesa são: I) a
atipicidade: uma vez que não há previsão legal a respeito do tema; II) impossibilidade de dilação
probatória, ou seja, somente as questões que se podem provar documentalmente poderiam ser
alegadas; e III) informalidade: a alegação pode ser feita por simples petição.
         Assim, a chamada Exceção de Pré-Executividade só tem cabimento nos casos
em que o juiz pode conhecer da matéria de ofÃ-cio ou quando ocorrer evidente nulidade do tÃ-tulo que
1537
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

lastreia a execução, verificável sem que haja necessidade de dilação probatória ou de


contraditório.          Neste sentido é a jurisprudência pacÃ-fica: PROCESSUAL CIVIL.
RECURSO ESPECIAL. EXCEÿÿO DE PRÿ-EXECUTIVIDADE. REEXAME FÃTICO-PROBATÿRIO.
IMPOSSIBILIDADE. 1. "A exceção de pré-executividade é cabÃ-vel quando atendidos
simultaneamente dois requisitos, um de ordem material e outro de ordem formal, ou seja: (a) é
indispensável que a matéria invocada seja suscetÃ-vel de conhecimento de ofÃ-cio pelo juiz; e (b) é
indispensável que a decisão possa ser tomada sem necessidade de dilação probatória" (REsp
1110925/SP, repetitivo, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Seção, DJe 04/05/2009). 2.
Hipótese em que, por força da Súmula 7 do STJ, não há como verificar o cabimento da exceção
de pré-executividade, tendo em vista que o Tribunal Regional Federal a rejeitou uma vez que os
elementos de prova constantes nos autos davam conta de que a saÃ-da do sócio contra quem se
redireciona a execução se teria dado de forma fraudulenta, exigindo-se dilação probatória para se
provar o contrário. 3. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp 1264411/ES, Rel. Ministro GURGEL
DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/05/2019, DJe 24/05/2019) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Neste
diapasão, é pacÃ-fico o entendimento segundo o qual a exceção de pré-executividade não pode
ser manejada para discussão de matérias que demandem dilação probatória. Analisando os autos,
verifica-se que não há provas capazes de sustentar as alegações do excipiente com um juÃ-zo de
certeza.          Destaca-se que a Certidão de DÃ-vida Ativa, um tÃ-tulo executivo com efeito
de prova pré-constituÃ-da, que goza de presunção de liquidez e certeza, não pode ser
desconstituÃ-da por meio de uma impugnação genérica. Referida presunção só pode ser ilidida
por prova inequÃ-voca, conforme dispõe a LEF, em seu art. 3º, bem como o art. 204 do CTN. Sendo do
executado o ônus probatório quanto à possÃ-vel desconstituição da CDA, carece de efeito prático a
impugnação feita por meio de negativa geral. Neste sentido é a jurisprudência: AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DIREITO TRIBUTÃRIO. EXCEÿÿO DE PRÿ-EXECUTIVIDADE. CURADORIA
ESPECIAL. DEFENSORIA PÿBLICA. NEGATIVA GERAL. GRATUIDADE. 1. Descabida a oposição
de embargos à execução fiscal ou de exceção de pré-executividade com o intuito de buscar a
desconstituição de crédito tributário regularmente inscrito em dÃ-vida ativa, por meio de negativa
geral. A prerrogativa de impugnação por negativa geral pela Defensoria Pública, especialmente
quando atua em curadoria especial, prevista no artigo 341, parágrafo único, do Código de Processo
Civil vigente, não abrange os embargos à execução fiscal ou a exceção de pré-executividade.
Não se admite a desconstituição da presunção de certeza e liquidez do tÃ-tulo executivo por mera
negativa geral, quedando-se necessária a alegação e, no caso dos autos, pronto oferecimento de
prova inequÃ-voca e robusta. Inteligência dos arts. 341, § único, do Novo Código de Processo Civil e
204 do Código Tributário Nacional. Precedentes desta Corte. 2. A possibilidade de concessão do
benefÃ-cio da gratuidade de justiça em favor da pessoa jurÃ-dica vem disposta no art. 98 do Novo
Código de Processo Civil. Entretanto, o benefÃ-cio apenas deve ser concedido se houver comprovação
acerca da insuficiência de recursos, diante das dificuldades econômicas e... financeiras para arcar com
os diferentes ônus do processo, sem que isso cause prejuÃ-zo a suas atividades, visto que a
presunção de veracidade milita apenas em favor da pessoa natural, conforme prevê o art. 99, § 3º,
do Novo Diploma Processual Civil. A prova da insuficiência de recursos financeiros é o que determina o
enunciado da Súmula n. 481 do Superior Tribunal de Justiça. In casu, a empresa agravante não
comprovou minimamente sua insuficiência econômica. Em que pese assistida pela Defensoria Pública
nomeada curadora especial, não há presunção de hipossuficiência financeira, não se mostrando
suficiente para fins de comprovação a negativa geral arguida. 3. Manutenção da decisão agravada.
NEGADO PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO EM DECISÿO MONOCRÃTICA. (Agravo de
Instrumento Nº 70076910231, Segunda Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Laura
Louzada Jaccottet, Julgado em 12/03/2018).          Por fim, é de se ressaltar que as
alegações contidas em sede de objeção de pré-executividade devem ser de plano comprovadas
pela parte interessada, bem como que somente poderão ser discutidas matérias de ordem pública que
possam ser reconhecidas ex officio pelo juÃ-zo. Analisados os autos, verifica-se a ausência de provas
capazes de invalidar a Execução Fiscal em curso. Assim, mostra-se incabÃ-vel a presente Exceção
de Pré-Executividade.          Diante de todo o exposto, rejeito a presente Exceção de
Pré-Executividade, prosseguindo-se a execução em todos os seus termos.
         Intimem-se.                   Belém-PA, 22 de julho de 2021.
Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal

PROCESSO: 00197734320068140301 PROCESSO ANTIGO: 200610596643


1538
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o:


Execução Fiscal em: 06/08/2021---EXECUTADO:MIAMI COMERCIAL LTDA EXEQUENTE:ESTADO DE
PARA FAZENDA PUBLICA ESTADUAL Representante(s): HUBERTUS FERNANDES GUIMARAES
(ADVOGADO) EXECUTADO:VITOR EDSON KAPASSI JAMIELNIASKI EXECUTADO:FERNANDO
AUGUSTO GONCALVES. DECISÿO R.H. 1.     Tendo em vista o pedido de suspensão da
execução fiscal, nos termos do art. 40 da LEF, formulado em petição do exequente, suspendo o
curso da execução nos moldes do referido dispositivo legal. 2.     Acautelem-se os autos em
secretaria. Decorrido o prazo máximo legal, certifique-se e arquivem-se provisoriamente os autos, caso
não sejam localizados o devedor ou bens para o pagamento da dÃ-vida, intimando-se a Fazenda
Pública. 3.     Decorrido o prazo prescricional de 05 (cinco) anos, somado ao prazo de 01 (um)
ano da suspensão do curso do processo executivo, isto é, 06 (seis) anos contados da intimação da
Fazenda Pública, sem a localização do devedor ou de bens, retornem conclusos para apreciação
da possibilidade de prescrição intercorrente. 4.     Por fim, esclareça-se que a inclusão do
nome do devedor nos cadastros de inadimplentes prevista no art. 782, § 3º, CPC, constitui uma
faculdade do Julgador para situações especiais, assim, uma vez que ainda não houve a formação
da triangulação processual, bem como em observância aos temos do art. 782, §5º, CPC, indefiro o
pedido de inclusão do nome do executado nos cadastros de inadimplentes. 5.     Intimem-se as
partes e seus Procuradores na forma legal. 6.     P.R.I.C.             Belém- PA, 02
de agosto de 2021. Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara de Execução
Fiscal
PROCESSO: 00227662920028140301 PROCESSO ANTIGO: 199610124540 MAGISTRADO(
A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o: Embargos à Execução em:
06/08/2021---EMBARGADO:A FAZENDA PUBLICA DO ESTADO DO PARA Representante(s): OAB 9780
- CAIO DE AZEVEDO TRINDADE (PROCURADOR(A)) ADVOGADO:ANTONIO VILLAR PANTOJA
EMBARGANTE:C. SANTOS COMERCIO E COMUNICACAO LTDA. Representante(s): OAB 10117 -
WERNER NABICA COELHO (ADVOGADO) . Vistos, etc. Â Â Â Â Â CARLOS SANTOS COMERCIO E
COMUNICAÿÿO LTDA ajuizou Embargos à Execução Fiscal em face do Estado do Pará.
     Recebido os Embargos à Execução, fls. 08.      Citado, o Estado do Pará
apresentou impugnação ao Embargos à Execução.      Considerando a certidão de fls. 19,
consta informação da prolação de sentença de extinção nos autos da Ação de Execução
Fiscal, fato que, indubitavelmente, leva à perda de objeto da presente ação.            ÿ
o breve relatório.            Decido.      ÿ consenso da doutrina que as
condições da ação devem persistir durante todo o andamento processo, devendo estar presente
inclusive por ocasião da prolação da sentença. E mais, o interesse de agir está fulcrado no
trinômio: necessidade, utilidade e adequação.            No presente caso, considerando
que a ação principal foi extinta e que, portanto, os presentes embargos perderam seu objeto, JULGO
extinta a presente ação sem resolução de mérito nos termos do art. 485, IV e X do CPC.
           Sem custas e honorários advocatÃ-cios, face o deferimento da Justiça Gratuita,
nos termos da Lei n. 1060/50.    P.R.I.C             Belém, 04 de agosto de 2021
Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito titular da 3ª Vara de Execução Fiscal cabendo ao
Exequente, no prazo de 05 dias, indicar o processo principal. Belém, 25 de julho de 2021. Mônica
Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da CapitalÂ

RESENHA: 12/08/2021 A 12/08/2021 - SECRETARIA DA 3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DE BELÉM


- VARA: 3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DE BELÉM

PROCESSO: 00014258420098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910032967


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o:
Procedimento Comum Cível em: 12/08/2021---REU:SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO
PARA AUTOR:CONSTRUCOES E COMERCIO CAMARGO CORREA SA Representante(s): OAB 12268 -
CASSIO CHAVES CUNHA (ADVOGADO) OAB 11831 - VANESSA SANTOS LAMARAO (ADVOGADO)
OAB 142393 - MAUCIR FREGONESI JUNIOR (ADVOGADO) OAB 197310 - ANA CAROLINA MONTES
(ADVOGADO) OAB 324432 - KAROLINA PEREIRA RIBEIRO MAIER (ADVOGADO) OAB 13137-B -
ANA PAULA ALMEIDA LIMA (ADVOGADO) . R.H.      Considerando a petição de fls. 359, bem
como os documentos que comprovem a baixa do CNPJ da empresa requerente junto a Receita Federal do
1539
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Brasil.      Defiro a retificação da autuação, excluindo dos autos o CNPJ nº


61.522.512/0119-02 e inclusão do CNPJ de nº 61.522.512/0001-02, referente a matriz da Executada.
     Intimem-se as partes.      Após conclusos      Belém- PA, 10 de agosto de
2021 Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito Tiitular da 3ª Vara de Execução Fiscal
PROCESSO: 00056163920078140301 PROCESSO ANTIGO: 200710170222
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o:
Embargos à Execução em: 12/08/2021---EMBARGADO:FAZENDA PUBLICA ESTADUAL
Representante(s): MARCIA NAZARE RIBEIRO DOS SANTOS HANNA (PROCURADOR(A))
EMBARGANTE:ALCINO MAGALHAES TORRES EMBARGANTE:CARMEM TEREZA SILVA TORRES
Representante(s): PAULO EDUARDO SAMPAIO PEREIRA (ADVOGADO)
EMBARGANTE:DISTRIBUIDORA TORRES LTDA. SENTENÿA Vistos, etc.
1.     DISTRIBUIDORA TORRES LTDA., qualificado nos autos, ingressou com Embargos Ã
Execução Fiscal em face de Fazenda Pública Estadual. 2.     Recebida a ação e intimado o
embargado para contestação no às fls.33. 3.     Intimado, o embargado apresentou
impugnação às fls. 35. 4.     Diante do lapso temporal decorrido sem manifestação nos
autos, o juÃ-zo determinou a intimação pessoal da parte autora, sob pena de extinção dos autos (fls.
44). 5.     Em certidão às fls. 46V, o Sr. Diretor de Secretaria informa que a carta de intimação
foi devolvida sem cumprimento, diante da qual, observou-se que o embargante se mudou de endereço,
sem comunicar ao juÃ-zo, para fins de prosseguimento da ação. 6.     ÿ o Relatório.
7.     DECIDO. 8.     O interesse processual se verifica pela presença da utilidade do
provimento jurisdicional vindicado pelo demandante, utilidade esta aferida pela necessidade e
adequação da tutela pretendida. 9.     No caso dos autos o autor, se mudou de endereço, sem
comunicar ao juÃ-zo, para fins de prosseguimento da ação, conforme certidão. 10.     Desse
modo, fica evidente que o processo se encontra paralisado por mais de 1 (um) ano por negligência da
parte, ex vi do art. 485, II, do CPC, carecendo, portanto, de interesse processual, sendo estas causas que
ensejam a extinção do processo sem resolução do mérito. 11.     Assim, considerando que
os autos se encontram paralisados por um perÃ-odo superior a 1 (um) ano, não há como entender útil a
continuidade do presente feito. 12.     Pelo exposto, configurada a falta de interesse processual
superveniente nos autos nº 00056163920048140301, com fundamento no art. 485, II e VI do CPC,
declaro extinto o processo sem resolução do mérito. 13.     Condeno a parte autora em custas
processuais e honorários advocatÃ-cios que fixo em 10% sobre o valor da causa, em conformidade com o
artigo 85, § 8º do CPC. 14.     Quanto às custas, aplique-se o disposto no art. 46 da Lei
Estadual nº 8.328, de 29 de dezembro de 2015. 15.     Intimem-se as partes para que digam, no
prazo de 5 (cinco) dias, sobre a possibilidade de renúncia do prazo recursal, para fins de baixa
processual. 16.     P.R.I.C. - Arquive-se após o trânsito em julgado, registrando-se a baixa
processual, nos termos da Resolução nº46, de 18 de dezembro de 2007, do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ). Belém- PA, 10 de agosto de 2021.
ÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂ
             Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito titular da 3ª Vara de
Execução Fiscal
PROCESSO: 00120588020008140301 PROCESSO ANTIGO: 199910280575
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o:
Execução Fiscal em: 12/08/2021---AUTOR:FAZENDA PUBLICA DO ESTADO Representante(s):
ANTONIO MORAES DAS CHAGAS (ADVOGADO) REU:XERFAN E CIA. LTDA. SENTENÿA
     Vistos, etc. 1.     ESTADO DO PARÃ, qualificada nos autos, ingressou com Ação de
Execução Fiscal, com fundamento na Lei nº6830/1980, juntando certidão de DÃ-vida Ativa nos autos.
2.     Em petição o exequente requer a desistência da ação, e consequente extinção da
presente ação, sem resolução do mérito. 3.    ÿ o breve Relatório. 4.    DECIDO.
5.    A desistência consiste em faculdade processual conferida ao exequente e se atrela
intimamente à amplitude do exercÃ-cio do direito de ação. Com efeito, não se pode exigir, contra a
vontade da parte, o prosseguimento de um feito. 6.    No caso dos autos, a desistência é requeria
com fulcro no art. 1º, inciso IV, Lei Estadual nº 8870/2019. 7.    Assim, para efeito do art. 200 c/c
art. 485, Inciso VIII, do CPC, HOMOLOGO o pedido de desistência formulado pela autora
para DECLARAR extinto o processo sem resolução do mérito. 8.   Sem condenação em
custas e honorários. 9.    Caso existam bens penhorados ou com restrição judicial decorrentes
deste processo executório, determino que se proceda ao levantamento respectivo, expedindo-se o que se
fizer necessário para tanto. 10.  P.R.I.C. - Arquive-se após o trânsito em julgado, registrando-se a
baixa processual, nos termos da Resolução nº46, de 18 de dezembro de 2007, do Conselho Nacional
1540
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

de Justiça (CNJ).     Belém, 10 de agosto de 2021. Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de
Direito da 3ª Vara de Execução Fiscal de Belém
PROCESSO: 00162346320058140301 PROCESSO ANTIGO: 200510511379
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o:
Execução Fiscal em: 12/08/2021---EXEQUENTE:ESTADO DO PARA Representante(s): ANETE
M A R QUES PENA (A DV OGA DO) E XE CUT A DO : B I O CA S T RO L T DA . S E NT E NÃ ¿ A Â Â
         Vistos, etc.           Trata-se de AÿÿO DE EXECUÿÿO FISCAL
movida pelo ESTADO DO PARà - FAZENDA PÿBLICA ESTADUAL.          O exequente
peticionou requerendo a extinção da ação com fundamento na ocorrência de prescrição, com
base no art. 2 º da Lei Estadual nº 8870/2019.          ÿ o sucinto Relatório. Decido.
         Cuidam os presentes autos de Ação de Execução Fiscal ajuizada pelo Estado
do Pará em face do executado qualificado na inicial. O presente feito comporta julgamento neste
instante processual. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim refiro porque, no caso em tela, indiscutivelmente operou-se
a prescrição, sendo autorizado ao Poder Executivo a desistir das ações de execução fiscal
ajuizadas em que tenha ocorrido a prescrição, originária ou intercorrente, do crédito tributário, na
forma do. 2º da Lei Estadual nº 8870/2019.          Isto posto, tendo ocorrido a
prescrição, julgo extinta a presente execução, com resolução de mérito, na forma do art. 2º
da Lei Estadual nº 8870/2019 e art. 487, inciso II do Código de Processo Civil.         Sem
condenação em custas e honorários.                 Caso existam bens
penhorados ou com restrição judicial decorrentes deste processo executório, determino que se
proceda ao levantamento respectivo, expedindo-se o que se fizer necessário para tanto.
        P.R.I.C. - Arquive-se após o trânsito em julgado, registrando-se a baixa processual
nos moldes da resolução nº 46, de 18 dezembro de 2007, do Conselho Nacional de Justiça - CNJ.
         B e l à © m - P A , 1 0 d e a g o s t o d e
2021.                                              Â
    Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito da 3ª Vara de Execução Fiscal de Belém
PROCESSO: 00166483020058140301 PROCESSO ANTIGO: 200510525601
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o: Execução
Fiscal em: 12/08/2021---EXECUTADO:MARIO CEZAR BRASILEIRO EXECUTADO:MARIA JOSE LOPES
BRASILEIRO EXEQUENTE:ESTADO DO PARA Representante(s): MARCIA RIBEIRO VIDONHO
(ADVOGADO) EXECUTADO:ANANINDEUA DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS LTDA. DECISÿO R.H. 1 -
Considerando o disposto no art. 28 da Lei de Execução Fiscal, conjugada com a Súmula n. 515 do
STJ, determino a reunião dos processos contra o mesmo devedor, com vistas à celeridade e Ã
eficiência da prestação jurisdicional, cabendo ao Exequente, no prazo de 05 dias, indicar o processo
principal. Belém, 25 de julho de 2021. Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito Titular da 3ª
Vara de Execução Fiscal da CapitalÂ
PROCESSO: 00184397520048140301 PROCESSO ANTIGO: 200410622945
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o: Execução
Fiscal em: 12/08/2021---EXECUTADO:ACQUACENTER COMERCIAL LTDA Representante(s):
CRISTINA MAGRINI MADALENA (ADVOGADO) REQUERENTE:ESTADO DO PARA - FAZENDA
PUBLICA ESTADUAL Representante(s): ROLAND RAAD MASSOUD (ADVOGADO)
EXECUTADO:RODOLFO MAGRIN MADALENA EXECUTADO:CAROLINA MAGRIN MADALENA
Representante(s): OAB 25710 - LUCAS CONTREIRAS SILVA (ADVOGADO) . SENTENÿA
     Vistos, etc. 1.     ESTADO DO PARÃ, qualificada nos autos, ingressou com Ação de
Execução Fiscal, com fundamento na Lei nº6830/1980, juntando certidão de DÃ-vida Ativa nos autos.
2.     Em petição o exequente requer a desistência da ação, e consequente extinção da
presente ação, sem resolução do mérito. 3.    ÿ o breve Relatório. 4.    DECIDO.
5.    A desistência consiste em faculdade processual conferida ao exequente e se atrela
intimamente à amplitude do exercÃ-cio do direito de ação. Com efeito, não se pode exigir, contra a
vontade da parte, o prosseguimento de um feito. 6.    No caso dos autos, a desistência é requeria
com fulcro no art. 1º, inciso IV, Lei Estadual nº 8870/2019. 7.    Assim, para efeito do art. 200 c/c
art. 485, Inciso VIII, do CPC, HOMOLOGO o pedido de desistência formulado pela autora
para DECLARAR extinto o processo sem resolução do mérito. 8.   Sem condenação em
custas e honorários. 9.    Caso existam bens penhorados ou com restrição judicial decorrentes
deste processo executório, determino que se proceda ao levantamento respectivo, expedindo-se o que se
fizer necessário para tanto. 10.  P.R.I.C. - Arquive-se após o trânsito em julgado, registrando-se a
baixa processual, nos termos da Resolução nº46, de 18 de dezembro de 2007, do Conselho Nacional
de Justiça (CNJ).     Belém, 12 de agosto de 2021. Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de
1541
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Direito da 3ª Vara de Execução Fiscal de Belém


PROCESSO: 00271130920068140301 PROCESSO ANTIGO: 200610793421
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o:
Execução Fiscal em: 12/08/2021---EXECUTADO:TERMACO TERMINAIS MARITIMOS E CONTAINERS
E SERV ACES LTDA Representante(s): OAB 16080 - CESAR AUGUSTO DE SOUSA RODRIGUES
(ADVOGADO) OAB 15361 - FRANCISCO ALEXANDRE DOS SANTOS LINHARES (REP LEGAL) OAB
22128 - GUSTAVO BEVILAQUA VASCONCELOS (REP LEGAL) OAB 19055 - BERNARDO ARAUJO
DINIZ (ADVOGADO) OAB 27111 - BRUNA SERRAO SALES (ADVOGADO) EXEQUENTE:ESTADO DO
PARA FAZENDA PUBLICA Representante(s): MARCIA N. RIBEIRO DOS SANTOS (ADVOGADO) .
DESPACHO     R.H.     Considerando a petição do executado de fls. 166, que requer, entre
outros pedidos, a substituição da Carta Fiança, intime-se o Estado do Pará, para manifestação
sobre a mesma e o que entender de direito, no prazo de 10 (dez) dias. Â Â Â Â 02.Nos termos do
despacho de fls. 122 e considerando a petição do executado, fls. 166, fls. 143/144 e fls. 166 determino
que seja oficiado o DETRAN/CE para fazer constar restrição/substituição da penhora sobre os
veÃ-culos discriminados à s fls. 117.     03. Decorrido o prazo, certifique-se, retornando os autos
conclusos     Belém- PA, 10 de agosto de 2021 Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito
Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da capital
PROCESSO: 00316561320078140301 PROCESSO ANTIGO: 200710987685 MAGISTRADO
(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o: Execução Fiscal em:
12/08/2021---EXEQUENTE:ESTADO DO PARA FAZENDA PUBLICA Representante(s): ARY LIMA
CAVALCANTI (ADVOGADO) EXECUTADO:M R C FREITAS EXECUTADO:MARIA RAIMUNDA DA
CRUZ FREITAS. SENTENÿA      Vistos, etc. 1.     ESTADO DO PARÃ, qualificada nos
autos, ingressou com Ação de Execução Fiscal, com fundamento na Lei nº6830/1980, juntando
certidão de DÃ-vida Ativa nos autos. 2.     Em petição o exequente requer a desistência da
ação, e consequente extinção da presente ação, sem resolução do mérito. 3.    ÿ o
breve Relatório. 4.    DECIDO. 5.    A desistência consiste em faculdade processual
conferida ao exequente e se atrela intimamente à amplitude do exercÃ-cio do direito de ação. Com
efeito, não se pode exigir, contra a vontade da parte, o prosseguimento de um feito. 6.    No caso
dos autos, a desistência é requeria com fulcro no art. 1º, inciso IV, Lei Estadual nº 8870/2019.
7.    Assim, para efeito do art. 200 c/c art. 485, Inciso VIII, do CPC, HOMOLOGO o pedido de
desistência formulado pela autora para DECLARAR extinto o processo sem resolução do mérito.
8.   Sem condenação em custas e honorários. 9.    Caso existam bens penhorados ou com
restrição judicial decorrentes deste processo executório, determino que se proceda ao levantamento
respectivo, expedindo-se o que se fizer necessário para tanto. 10.  P.R.I.C. - Arquive-se após o
trânsito em julgado, registrando-se a baixa processual, nos termos da Resolução nº46, de 18 de
dezembro de 2007, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).     Belém, 10 de agosto de 2021.
Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito da 3ª Vara de Execução Fiscal de Belém
PROCESSO: 00370577120078140301 PROCESSO ANTIGO: 200711145589 MAGISTRADO(A)/
RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o: Execução Fiscal em:
12/08/2021---EXEQUENTE:ESTADO DO PARA FAZENDA PUBLICA Representante(s): MARCIA N
RIBEIRO DOS SANTOS (ADVOGADO) EXEQUENTE:RITIMO DA MODA LTDA. R. Hoje. 1.
Considerando que os presentes embargos de declaração, possuem efeito modificativo da sentença,
intime-se a parte recorrida para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no
prazo de 05 (cinco) dias, nos termos do art.1023, §2º do CPC. 02. Após, retornem conclusos. 03.
Certifique-se e cumpra-se.                Belém- PA, 11 de agosto de 2021. Mônica
Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital
1542
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 4 VARA DA FAZENDA

Número do processo: 0844998-91.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ODETE MARIALVA DE


MORAES CARDOSO Participação: ADVOGADO Nome: SOCRATES ALEIXO SILVA OAB: 20930/PA
Participação: REU Nome: IGEPREV INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 4 ª VARA DA FAZENDA DE BELÉM

Processo nº 0844998-91.2021.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: ODETE MARIALVA DE MORAES CARDOSO

REU: IGEPREV INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA, Nome: IGEPREV


INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA
Endereço: Avenida Alcindo Cacela, 1962, - de 1320/1321 a 2035/2036, Nazaré, BELéM - PA - CEP:
66040-020

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

ODETE MARIALVA DE MORAES CARDOSO, já qualificada na inicial, ajuizou AÇÃO ORDINÁRIA DE


CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO DE PENSÃO POR MORTE COM PEDIDO DE
TUTELA ANTECIPADA em face de INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO
PARÁ – IGEPREV, pelos fatos e fundamentos abaixo demonstrados.

Relata a demandante que, em 05/12/2008, pleiteou ao IGEPREV a concessão do benefício previdenciário


de pensão por morte em virtude do falecimento do seu cônjuge, Raimundo Miranda Cardoso, em
05/12/2008, conforme certidão de óbito em anexo à inicial, tendo sido negado o pedido sob o fundamento
de que o de cujus não possuía a qualidade de segurado.

Alega que o falecido foi admitido para o serviço público estadual, em 13/06/1986, lotado na Secretaria
Executiva de Saúde Pública, onde exercia o cargo estatutário e efetivo de agente de portaria, de acordo
com o contracheque juntado aos autos.

Ressalta que a contribuição previdenciária foi devidamente recolhida pelo Finanprev e não pelo INSS.

Aduz que, como o de cujus ingressou no serviço público antes da publicação da Emenda Constitucional nº
20/1998, tendo recolhido as contribuições previdenciárias desde o ingresso no serviço público para o
regime próprio de previdência do Estado, o requerido é o responsável pela concessão da pensão por
morte.

No mais, quanto à condição de dependente, afirma que é incontroversa, pois apresentou ao IGEPREV os
documentos necessários exigidos pela Lei complementar nº 039/2002.

Diante disso e da negativa do IGEPREV no tocante à concessão da pensão por morte, ajuíza a presente
demanda.
1543
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Requer a concessão de tutela antecipada para que seja determinado ao requerido a imediata
implementação do benefício.

Juntou documentos.

EXAMINO

Trata-se o feito de ação ordinária onde requer a demandante a concessão de pensão por morte decorrente
do falecimento do seu marido, em 05/12/2008.

Sustenta a autora que a negativa do IGEPREV quanto ao pleito administrativo não deve subsistir ante o
fato de que o de cujus, admitido no serviço público como temporário antes da EC 20/98, contribuiu para o
regime próprio de previdência do Estado do Pará, cabendo à autarquia, portanto, a concessão da pensão
por morte.

Requer a concessão de tutela de urgência para que o requerido seja compelido a implementar de imediato
o benefício.

Pois bem.

O art. 294 do CPC dispõe que a tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.

Verifica-se, portanto, que a tutela provisória é gênero das tutelas de urgência e evidência, aquela podendo
ser cautelar ou antecipada (parágrafo único).

A tutela de urgência, conforme dispõe o art. 300 do CPC, será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil ao processo (fumus
boni iuris e periculum in mora).

O art. 300 do CPC, assim, permite ao juiz, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os
efeitos da tutela pretendida na inicial, desde que se convença da verossimilhança da alegação e que haja
fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação em decorrência da demora na prestação
jurisdicional.

No caso em apreço, verifico os requisitos autorizados à concessão da medida de urgência pleiteada.


Vejamos.

Cinge-se a questão ao direito à concessão de pensão por morte pelo óbito do cônjuge da demandante, em
2008, que era servidor público estadual admitido, em 13/06/1986, cujo contrato de trabalho possuía caráter
temporário.

De acordo com os documentos juntados aos autos, o falecido ingressou no serviço público na condição de
servidor temporário, regido pela Lei 5.389/87 (art. 16), que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
temporários, e assim permaneceu até o óbito no ano de 2008, consoante o último contracheque recebido
(ID 30887756, pág. 5).

No tocante à previdência dos servidores temporários, ressalto que, com a edição da EC Nº 20/98, o
recebimento das contribuições sociais ficou sob o encargo do INSS (art. 40, §13, da CF), porém se
observa que, no caso desta demanda, o recolhimento foi feito ao FINANPREV, regime próprio de
previdência do Estado do Pará, durante todo o período trabalhado (ID 30887756, pág. 5)

Casos de situação irregular como a presente, de ausência de migração de regime previdenciário, de


acordo com as afirmações do requerido no bojo do processo administrativo juntado aos autos, não foram
solucionados a contento. Porém, os dependentes tais como a autora não podem ficar desamparados em
1544
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

razão de falha administrativa.

Tendo o falecido contribuído para o regime próprio de previdência do Estado do Pará durante todo o
período em que esteve no serviço público, não há como afastar a responsabilidade do IGEPREV pelo
pagamento do beneficio, tampouco deixar em desemparo a autora.

A questão não é inédita no TJEPA, vejamos:

DIREITO PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO. AÇÃO ORDINÁRIA.


PENSÃO POR MORTE. SERVIDOR TEMPORÁRIO. INGRESSO ANTES DA EMENDA
CONSTITUCIONAL Nº 20/98. SEGURADO QUE ESTEVE A SERVIÇO DO ESTADO POR CERCA DE 26
ANOS E CONTRIBUIU PARA O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES
ESTADUAIS. AUSÊNCIA DE ELEMENTOS QUE INDIQUEM QUE A ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL
REALIZOU A COMPENSAÇÃO COM O ÓRGÃO PREVIDENCIÁRIO FEDERAL. PRECEDENTES DESTE
TRIBUNAL. SENTENÇA MANTIDA. APELAÇÃO E REEXAME NECESSÁRIO CONHECIDOS E NÃO
PROVIDOS. À UNANIMIDADE. 1 - A questão em análise reside em verificar se os Apelados possuem
direito à pensão por morte do ex servidor, contratado como temporário, permanecendo no Estado ao longo
de mais de 26 anos, até advir seu falecimento. 2 - Os Apelados trouxeram Declaração da Coordenadoria
de Controle e Movimentação de pessoas, Portaria de nomeação, histórico funcional e protocolo de
requerimento de benefício previdenciário junto ao Apelante (Num. 2395846 - Pág. 38/46), documentos que
comprovam que o servidor, Antônio Carlos Coelho, exerceu serviços para o Estado do Pará, na função de
vigia, mediante contrato temporário, contratação que perdurou de 01.06.1989 a 13.03.2015, data do óbito
do servidor.

3 - A Constituição Federal em seu artigo 40, §13, incluído pela EC nº 20/98, estabelece que aos servidores
temporários é aplicado o regime geral de previdência social, de forma que com o advento da EC nº 20/98
o recebimento das contribuições sociais dos ocupantes de cargo temporário, ficou sob o encargo do INSS,
porém, observa-se que no caso desta demanda, o recolhimento foi feito ao Fundo de Previdência do
Estado do Pará), que por sua vez, não comprovou ter realizado qualquer repasse a outro Instituto de
Previdência, devendo assim, ser o responsabilizado pelo pagamento da pensão por morte aos Apelados.

4 - Observa-se que o falecido esteve a serviço do Estado por cerca de 26 anos e contribuiu para o fundo
previdenciário estadual, não havendo qualquer evidencia de que o de cujus possuía cadastro e
contribuições junto ao INSS para que pudesse permitir aos Apelados o requerimento da pensão por morte
à Autarquia Federal, muito ao contrário, a Apelante manifesta-se em suas razões recursais, informando
que os dependentes poderiam ser beneficiados com pensão pelo Instituto Nacional de Seguro Social,
quando houver a compensação entre os regimes previdenciários, deixando claro que referida
compensação não fora efetivada.

5 - Não havendo prova de contribuição junto ao INSS e não tendo havido qualquer tipo de repasse ou
compensação efetivada pelo Réu, não há como se atribuir a responsabilidade do pagamento a outra
previdência que não seja a estadual, tampouco deixar em desemparo os filhos de um servidor que
contribuiu para previdência local ao longo de anos de trabalho, de forma que sendo a boa-fé um princípio
consagrado no ordenamento jurídico brasileiro, bem como, o da segurança jurídica, não pode o Apelante
alegar não ter responsabilidade em arcar com o pagamento do benefício. Precedentes desta E. Corte.

6-Demonstrados os requisitos para a concessão do benefício pretendido pelos Apelados, contidos no art.
6º, I e II, e §5º da Lei Complementar da 39/2002, dentre eles a dependência econômica, provas estas
devidamente constantes dos autos, vislumbra-se escorreita a sentença que julgou procedente o pedido
dos Apelados.

7 - Apelação conhecida e não provida.

8 - Reexame Necessário conhecido e não provido pelos mesmos fundamentos.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(4062420, 4062420, Rel. MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Público, Julgado em 2020-11-09, Publicado em 2020-12-06)

Ementa: REEXAME NECESSÁRIO E APELAÇES CÍVEIS - SERVIDOR PÚBLICO TEMPORÁRIO -


PENSO POR MORTE - REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -CONTRIBUIÇO PARA O REGIME
PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA - VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM (COMPORTAMENTO
CONTRADITÓRIO) - PAGAMENTO ATÉ A DEVIDA COMPENSAÇO FINANCEIRA ENTRE OS REGIMES
PREVIDENCIÁRIOS - BENEFICIÁRIA CASADA COM O FALECIDO - PRESUNÇO DE DEPENDÊNCIA
ECONÔMICA - PROVA NOS AUTOS DE CONVIVÊNCIA MARITAL ATÉ O FALECIMENTO - BENEFÍCIO
PAGO DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE À ÉPOCA DO ÓBITO - OBSERVÂNCIA DA
SÚMULA N. 340 DO STJ.

I- Após mais de 20 (vinte) anos de contribuição para o Regime Próprio de Previdência Social, o que
ocorreu até o falecimento do servidor público temporário, o IGEPREV, ao negar a concessão da Pensão
por Morte, comporta-se de maneira contraditória (venire contra factum proprium), gerando, ainda,
expectativa a favor daquele a que se beneficiaria.

II- Por outro lado, existindo o instituto da compensação financeira entre os regimes de previdência, o
Instituto Previdenciário deverá arcar com o benefício da pensão por morte até a realização desse
procedimento.

III- Ademais, comprovada a condição de esposa da apelada, a sua dependência econômica é presumida,
bem como sua convivência marital até o falecimento do ex-segurado, não há que se afastar o direito à
pensão.

IV- De outra forma, a pensão por morte fora concedida na sentença com base na legislação vigente à
época do óbito do ex-segurado, a teor da Súmula n. 340 do STJ.

V- À unanimidade de votos, Recursos de Apelação conhecidos, todavia, desprovidos nos termos do voto
do Des. Relator. Em Reexame Necessário, sentença mantida, com o acréscimo de que seja concedida a
pensão por morte até que o Instituto Previdenciário promova a devida compensação financeira entre os
regimes previdenciários. (TJ-Pa - Ac. 152.269 - Rel. Leonardo de Noronha Tavares – Julgamento:
28/09/2015 – Pub. 16/10/15)

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE PEDIDO DE PENSO POR MORTE. SENTENÇA DE
EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO POR ILEGITIMIDADE PASSIVA DO
IGEPREV/PA. SERVIDORA PÚBLICA TEMPORÁRIA. CONTRIBUIÇÃO PARA O REGIME PRÓPRIO DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL POR QUASE 20 ANOS ATÉ A DATA DO ÓBITO. LEGITIMIDADE PASSIVA.
PAGAMENTO DO BENEFÍCIO PELO INSTITUTO ESTADUAL ATÉ A DEVIDA COMPENSAÇÃO
FINANCEIRA ENTRE OS INSTITUTOS PREVIDENCIÁRIOS DE SUA RESPONSABILIDADE.
SENTENÇA REFORMADA. JULGAMENTO DO MÉRITO. ARTIGO 1013, §3º, I, do CPC/2015.
APELANTES FILHOS MENORES DA SERVIDORA FALECIDA. COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO DE
CONTRIBUIÇÕES E DA CONDIÇÃO DE DEPENDENTES. BENEFÍCIO DEVIDO. RECURSO PROVIDO.
SENTENÇA REFORMADA. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO DO RÉU PLEITEANDO
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ANTE A REFORMA DA DECISO E INVERSO DA SUCUMBÊNCIA.
SENTENÇA REFORMADA À UNANIMIDADE.

1 – Constatado pelo suporte fático probatório dos autos que a servidora falecida já era vinculada e recolhia
contribuição ao regime previdenciário próprio do Estado do Pará, antes da Emenda Constitucional n° 20/98
na qualidade de servidora temporária, contribuindo para o FINANPREV por quase 20 anos até a data óbito
e que, não obstante o apelado ter conhecimento do vínculo precário da falecida em nenhum momento
providenciou a vinculação daquela ao Regime Geral da Previdência Social – RGPS após a alteração do
texto constitucional pela EC n. 20/98,tampouco existindo comprovação do repasse das contribuições ao
INSS, impõe-se o reconhecimento da legitimidade passiva do IGEPREV/PA para responder a demanda.
Precedente TJPA.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(TJE - Ac. 177.143 – Rel. Luiz Gonzaga da Costa Neto. Data do Julgamento 22/06/2017. Data da
Publicação 23/06/2017) – grifei.

No mais, quanto aos requisitos legais para a concessão do benefício, de acordo com a certidão de óbito
de ID 30887756 – pág. 3, verifico que o ex-segurado faleceu em 05/12/2008, devendo ser aplicada a lei
vigente à data do óbito (Súmula 340 do STJ), in casu, a Lei Complementar Estadual nº 039/02, que assim
dispõe:

Art. 6º Consideram-se dependentes dos Segurados, para fins do Regime de Previdência que trata a
presente Lei:

I - o cônjuge, a companheira ou companheiro, na constância do casamento ou da união estável,


respectivamente;

(…)

§5º A dependência econômica das pessoas indicadas nos incisos I e II é presumida e a das demais,
prevista nos incisos III, V, VI e VII, deve ser comprovada de acordo com o disposto em regulamento e
resolução do Conselho Estadual de Previdência. (Redação dada pela Lei Complementar nº 44, de 23 de
janeiro de 2003)

Art. 14. Perderá a qualidade de beneficiário:

VI- o (a) cônjuge pelo abandono do lar reconhecido por sentença judicial transitada em julgado, anulação
do casamento, separação judicial ou pelo divórcio, salvo se lhe tiver sido assegurada a percepção de
alimentos;

Em consonância com a norma acima, a autora comprova nos autos que era cônjuge do falecido na
oportunidade do óbito, inexistindo separação judicial ou divórcio a ensejar a perda da qualidade de
beneficiária do ex-segurado (ID 26645952).

Ademais, considerando a constância do casamento à época do falecimento do ex-servidor, a dependência


econômica da autora em relação ao de cujus é presumida, sendo prescindível a respectiva comprovação.

Dessa forma, verifico a probabilidade do direito da autora quanto à concessão da pensão por morte pelo
requerido, assim como o pericullum in mora em razão da natureza da verba ora pleiteada.

ISTO POSTO, DEFIRO A TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA para determinar ao IGEPREV que
conceda à autora, na próxima folha de pagamento, o benefício de pensão por morte decorrente do
falecimento de seu marido, nos termos da fundamentação.

O não cumprimento da determinação judicial implicará no pagamento de multa diária no valor de


R$1.000,00 (cem reais) até o montante de R$30.000,00 (trinta mil reais), a ser revertida em favor da
autora.

Diante das especificidades da causa e de modo a adequar o rito processual às necessidades do conflito,
deixo para momento oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação (NCPC, art. 139, VI e
Enunciado nº 35 da ENFAM).

Defiro o pedido de justiça gratuita.

CITE-SE o IGEPREV, nos termos do §1º, art. 9º, da Lei 11.419/2006, na pessoa de seu representante
legal (art. 242, §3º, do CPC) para, querendo, contestar a presente ação, no prazo legal de 30 (trinta) dias
(CPC, art. 183 c/c art. 335), ficando ciente de que a ausência de contestação implicará em revelia em seu
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

efeito processual, tal como preceituam os arts. 344 e 345 do CPC.

Cite-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, data registrada no sistema.

KÁTIA PARENTE SENA

Juíza de Direito da 4ª Vara de Fazenda de Belém AC

Número do processo: 0024454-19.2001.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: JOSIANE


PINHEIRO COSTA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA IZABEL ZEMERO OAB: 24610/PA
Participação: EXECUTADO Nome: IGEPREV

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 4 ª VARA DA FAZENDA DE BELÉM

Processo nº 0024454-19.2001.8.14.0301

Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: JOSIANE PINHEIRO COSTA

EXECUTADO: IGEPREV, Nome: IGEPREV


Endereço: Avenida Alcindo Cacela, 1962, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66040-020

DESPACHO

INTIME-SE o Exequente para manifestar-se, no prazo de 15 (quinze) dias, sobre a impugnação.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, CERTIFIQUE-SE e RETORNEM os autos conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

KÁTIA PARENTE SENA

Juíza de Direito da 4ª Vara da Fazenda de Belém

DL
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0047912-79.2012.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EDILSON DA SILVA


BARBOSA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS JOSE CORREA DE LIMA OAB: 234/PA
Participação: REU Nome: IGEPREV INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 4 ª VARA DA FAZENDA DE BELÉM

Processo nº 0047912-79.2012.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: EDILSON DA SILVA BARBOSA

REU: IGEPREV INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA, Nome: IGEPREV


INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA
Endereço: RUA SERZEDELO CORREA 122, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66035-400

DESPACHO

Intime-se o executado, por intermédio de seu advogado, para efetuar, voluntariamente, o pagamento do
valor da dívida de ID 30436150, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de incidir em multa de 10% (dez
por cento) e, também, de honorários de advogado de 10% (dez por cento), que serão acrescentados ao
valor do débito principal (art. 523, § 1º, CPC).

Transcorrido o prazo sem pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o
executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua
impugnação (art. 525, CPC), ciente de que a referida impugnação não suspende os atos de penhora e
expropriação de bens, salvo nas hipóteses previstas no art. 525, § 6º, CPC

Publique-se. Intime -se.

Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, CERTIFIQUE-SE e RETORNEM os autos conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

KÁTIA PARENTE SENA

Juíza de Direito da 4ª Vara da Fazenda de Belém

DL

Número do processo: 0846184-52.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOANA DA COSTA


JANAU Participação: PROCURADOR Nome: ODILSEANA DA COSTA JANAU OAB: null Participação:
REU Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: REU Nome: IGEPREV

PODER JUDICIÁRIO
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 4 ª VARA DA FAZENDA DE BELÉM

Processo nº 0846184-52.2021.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: JOANA DA COSTA JANAU

REU: ESTADO DO PARÁ e outros, Nome: ESTADO DO PARÁ


Endereço: Rua dos Tamoios, 1671, - até 548/549, Jurunas, BELéM - PA - CEP: 66025-540
Nome: IGEPREV
Endereço: Avenida Serzedelo Corrêa, 122, Batista Campos, BELéM - PA - CEP: 66033-265

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de Ação Ordinária ajuizada por JOANA COSTA JANAU, já qualificada nos autos, em face do
ESTADO DO PARÁ e INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ – IGEPREV
, pelos fatos e fundamentos abaixo.

Narra a demandante que é servidora estatutária da SEDUC, ocupante do cargo de agente de portaria,
admitida em 01/05/1995, e que se encontra pendente de conclusão processo administrativo referente ao
seu pedido de aposentadoria por invalidez.

Alega que desconhece as razões pela quais até o momento, após 14 anos de tramitação, o processo
ainda não fora concluído.

Afirma que desde o pedido de aposentadoria encontra-se recebendo seus vencimentos como se estivesse
no serviço ativo, incidindo inclusive as contribuições previdenciárias.

Diante disso, informa que, por meio da Defensoria Pública, fora expedido ofício a SEDUC requerendo
providências quanto ao caso.

Em 06/07/2021, relata que a Administração apresentou as informações requeridas.

Ressalta que a incapacidade definitiva para o trabalho/invalidez está atestada desde 2006, estando o
processo administrativo de aposentadoria na sua Unidade de lotação desde 2009 para a solicitação de
documentos, parado até então, sem andamento.

Refuta a alegada impossibilidade de contato arguida pela Administração, pois sempre teve seus dados
mantidos e vem buscando ao longo dos anos informações na SEDUC e na escola onde atuava, sem obter
êxito.

Aduz ainda que, por meio da Defensoria Pública, conseguiu ser atendida na SEDUC e entregar os
documentos faltantes à Coordenadoria de Controle e Movimentação de Pessoas, em 20/07/2021.

Em sendo assim, ajuíza a presente demanda para que seja determinada a conclusão do processo
administrativo e a concessão da aposentadoria especial, bem como a condenação dos requeridos ao
pagamento de indenização pela demora injustificada.

Requer o deferimento de tutela de urgência a fim de que os autores sejam impelidos a conceder a
aposentadoria com proventos integrais.
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Juntou documentos.

Relatei.

Decido.

Presentes os pressupostos legais de admissibilidade, recebo a inicial e passo a analisar o pedido de tutela
antecipada.

Cuida-se de Ação Ordinária na qual a demandante, servidora pública estadual, pleiteia a concessão de
medida de urgência para que os requeridos sejam compelidos a concluir o processo administrativo de
aposentadoria especial que se encontra pendente há mais de 14 anos na SEDUC, bem como a conceder
o respectivo benefício previdenciário.

Sustenta a autora que inexiste justificativa plausível para a mora administrativa e que preenche todos os
requisitos legais para a concessão da aposentadoria especial.

Pois bem.

O art. 294 do CPC dispõe que a tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.

Verifica-se, assim, que a tutela provisória é gênero das tutelas de urgência e evidência, aquela podendo
ser cautelar ou antecipada (parágrafo único).

A tutela de urgência, conforme dispõe o art. 300 do CPC, será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil ao processo (fumus
boni iuris e periculum in mora).

O art. 300 do CPC, desta forma, permite ao juiz, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente,
os efeitos da tutela pretendida na inicial, desde que se convença da verossimilhança da alegação e que
haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação em decorrência da demora na prestação
jurisdicional.

No caso sob apreciação, verifico a presença dos requisitos legais para o deferimento do pleito
antecipatório, visto que as provas nos autos acostadas são suficientes para demonstrar a probabilidade do
direito da autora e o perigo da demora caso aguarde o deslinde da demanda ao final. Vejamos.

Inicialmente, saliento que, conforme as informações prestadas pela SEDUC no bojo do


processo administrativo nº 2021/677885, instaurado para a apuração da ausência de conclusão do pedido
de aposentadoria da autora, não haveriam óbices legais para a concessão do benefício previdenciário.

O Estado do Pará, por meio da SEDUC, apenas informou que os dados cadastrais da autora não estariam
atualizados e que, portanto, o processo não poderia ser concluído ante a impossibilidade de contato

Ora, não obstante a alegada ausência de recadastramento da autora na SEDUC, é incontroverso que a
tramitação do processo administrativo de aposentadoria por mais de 14 anos é absolutamente
desarrazoada sob qualquer perspectiva.

Estando o processo administrativo nº 0000272566/2009 – 18300/2007 apto à conclusão, notadamente em


razão da entrega de documentos supostamente faltantes a SEDUC, em 20/07/2021, deve ser concedida a
aposentadoria especial à autora acaso preenchidos os requisitos legais para tanto.

Tal lapso temporal relatado na inicial fere o Princípio da Razoabilidade, que é uma diretriz de senso
comum aplicada ao Direito. Da mesma forma, a Magna Carta assegura a razoável duração do processo no
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âmbito administrativo e dos meios que garantam a celeridade na tramitação (LXXVIII, art. 5º, CF/88).

Nesse sentido:

MANDADO DE SEGURANÇA – Reexame necessário – Demora na análise do pedido de concessão da


aposentadoria – Inobservância da duração razoável do processo administrativo e do princípio da eficiência
– Sentença mantida – Recurso oficial desprovido.

(TJSP - REEX 10520633520148260053 SP 1052063-35.2014.8.26.0053, Relator: Cristina Cotrofe, Data


de Julgamento: 16/09/2015, 8ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: D.E. 17/09/2015).

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. ANÁLISE E CONCLUSÃO DE PROCESSO


ADMINISTRATIVO. PRAZO RAZOÁVEL. EXCESSO INJUSTIFICADO. ILEGALIDADE.

1. O prazo para análise e decisão em processo administrativo submete-se ao direito fundamental à


razoável duração do processo e à celeridade de sua tramitação, nos termos do art. 5º, LXXVII, da CF/88.

2. A demora no processamento e conclusão de pedido administrativo equipara-se a seu próprio


indeferimento, tendo em vista os prejuízos causados ao administrado, decorrentes do próprio decurso de
tempo.

3. Comprovado o excesso injustificado na conclusão do processo administrativo resta caracterizada a


ilegalidade a autorizar a concessão da segurança.

(TRF4 5006248-60.2015.404.7100, Sexta Turma, Relatora p/ Acórdão Vânia Hack de Almeida, juntado aos
autos em 24/09/2015)

Demonstrada, portanto, a verossimilhança das alegações da demandante, ensejando a concessão da


tutela antecipada.

Quanto ao periculum in mora é de fácil constatação a sua existência ante os fundamentos dispostos na
presente decisão, assim como diante da natureza da verba objeto do pedido administrativo.

Isto posto, DEFIRO A TUTELA ANTECIPADA requerida e determino ao ESTADO DO PARÁ que conclua
o processo administrativo de aposentadoria da autora, no prazo de 10 (dez) dias corridos, para que,
posteriormente, o IGEPREV proceda à concessão do benefício previdenciário, acaso presentes os
requisitos legais exigidos, nos termos da fundamentação.

O não cumprimento da determinação judicial implicará no pagamento de multa diária no valor de


R$1.000,00 (cem reais) até o montante de R$50.000,00 (cinquenta mil reais), a ser revertida em favor da
autora.

Diante das especificidades da causa e de modo a adequar o rito processual às necessidades do conflito,
deixo para momento oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação (NCPC, art. 139, VI e
Enunciado nº 35 da ENFAM).

Defiro o pedido de justiça gratuita.

CITE-SE o ESTADO DO PARÁ, nos termos do §1º, art. 9º, da Lei 11.419/2006, na pessoa de seu
representante legal (art. 242, §3º, do CPC) para, querendo, contestar a presente ação, no prazo legal de
30 (trinta) dias (CPC, art. 183 c/c art. 335), ficando ciente de que a ausência de contestação implicará em
revelia em seu efeito processual, tal como preceituam os arts. 344 e 345 do CPC.

CITE-SE o IGEPREV, nos termos do §1º, art. 9º, da Lei 11.419/2006, na pessoa de seu representante
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legal (art. 242, §3º, do CPC) para, querendo, contestar a presente ação, no prazo legal de 30 (trinta) dias
(CPC, art. 183 c/c art. 335), ficando ciente de que a ausência de contestação implicará em revelia em seu
efeito processual, tal como preceituam os arts. 344 e 345 do CPC.

Citem-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, data registrada no sistema.

KÁTIA PARENTE SENA

Juíza de Direito da 4ª Vara da Fazenda de Belém – AC


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 4ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA CAPITAL

Número do processo: 0847047-08.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: 3. V. C. E. E. D. B.


Participação: MENOR INFRATOR Nome: F. T. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PROCESSO N. 0847047-08.2021.8.14.0301

DESPACHO

Trata-se de carta precatória expedida pelo juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Benevides/PA nos autos do processo nº 0800074-25.2021.8.14.0097, para a citação do representado,
menor F.T.D.S., e realização da audiência de apresentação e recebimento da defesa prévia.

Ocorre que o despacho do juízo deprecante foi proferido no dia 20/07/2021, bem como o suposto ato
infracional foi cometido no dia 13/12/2020, motivo pelo qual, não vislumbro o pleito como pedido de
urgência a ser analisado em plantão.

Ante o exposto, determino sejam os autos redistribuídos ao juízo competente para as diligências cabíveis.

Serve a presente decisão como mandado.

Cumpra-se.

Intimem-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

Andréa Cristine Corrêa Ribeiro

Juíza de Direito de Plantão

Número do processo: 0847047-08.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: 3. V. C. E. E. D. B.


Participação: MENOR INFRATOR Nome: F. T. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PROCESSO N. 0847047-08.2021.8.14.0301

DESPACHO

Trata-se de carta precatória expedida pelo juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Benevides/PA nos autos do processo nº 0800074-25.2021.8.14.0097, para a citação do representado,
menor F.T.D.S., e realização da audiência de apresentação e recebimento da defesa prévia.

Ocorre que o despacho do juízo deprecante foi proferido no dia 20/07/2021, bem como o suposto ato
infracional foi cometido no dia 13/12/2020, motivo pelo qual, não vislumbro o pleito como pedido de
urgência a ser analisado em plantão.

Ante o exposto, determino sejam os autos redistribuídos ao juízo competente para as diligências cabíveis.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Serve a presente decisão como mandado.

Cumpra-se.

Intimem-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

Andréa Cristine Corrêa Ribeiro

Juíza de Direito de Plantão


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 1 VARA DA FAZENDA

Número do processo: 0851096-97.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: HELIANA DE FATIMA


SANTOS SIQUEIRA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO BENTES PINHEIRO FILHO OAB:
3210/PA Participação: ADVOGADO Nome: DEBORA MENDES DA SILVA OAB: 18997/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE JUCIMAR COSTA SANTOS JUNIOR OAB: 18349/PA Participação: REU
Nome: ESTADO DO PARA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO
ESTADO DO PARÁ

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0851096-97.2018.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: HELIANA DE FATIMA SANTOS SIQUEIRA

REU: ESTADO DO PARA

DECISÃO

Intime-se a parte autora para que, no prazo de 05 (cinco) dias, manifeste-se acerca da Certidão de ID
30684783, em observância ao disposto no §4°, inciso III, do art. 455 do CPC/2015.

Ato contínuo, cancelo a audiência designada para o dia 19.08.2021 (ID 29077882), a qual será
redesignada após o cumprimento da diligência retro.

Escoado o prazo assinalado, certifique-se e, após, voltem conclusos para os fins de direito.

Cumpra-se.

Servirá este como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº 03/2009-CJRMB TJE/PA,
com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.

Belém, 18 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda da Capital.

P9
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Número do processo: 0022284-93.2009.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ORIANA MARIA


BANDEIRA DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOAO FREDERICK MARCAL E MACIEL
OAB: 8875/PA Participação: ADVOGADO Nome: CELIO SIMOES DE SOUZA OAB: 21PA/PA
Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0022284-93.2009.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: ORIANA MARIA BANDEIRA DOS SANTOS

REU: ESTADO DO PARÁ

Nome: ESTADO DO PARÁ


Endereço: RUA DOS TAMOIOS 1671, Batista Campos, BELéM - PA - CEP: 66033-172

DECISÃO

Vistos, etc.

O pedido de cumprimento de sentença formulado preenche os requisitos do art. 534 do CPC, motivo pelo
qual determino seu processamento.

PROCEDA-SE às alterações cadastrais que se fizerem pertinentes junto ao PJe para identificação da fase
procedimental de cumprimento de sentença.

INTIME-SE a Fazenda Pú-blica na pessoa do seu representante judicial para, querendo, apresentar
impugnação no prazo de 30 (trinta) dias, como incidente a estes próprios autos, oportunidade em poderá
arguir qualquer das matérias listadas nos incisos do art. 535 do CPC/15.

Alegando o Executado que o Exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante
do título, DEVE declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de não conhecimento da
arguição.

Saliento, ainda, que, tratando-se de impugnação parcial, a parte não questionada pela executada será,
desde logo, objeto de cumprimento.

Intime-se. Cumpra-se.

Servirá esta, por cópia digitalizada, como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº
03/2009-CJRMB TJE/PA, com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda da Capital.

(DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE)


1557
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0833639-81.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARLY JARDIM DA


PENHA Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANA DE SOUZA DIAS OAB: 15888/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ANA CLARA BRASIL TEIXEIRA OAB: 016731/PA Participação: REU Nome:
IGEPREV Participação: REU Nome: IASEP - INSTITUTO DE ASSISTENCIA DOS SERVIDORES DO
ESTADO DO PARA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo n. 0833639-81.2020.8.14.0301

Classe: Embargos de Declaração

Embargante: INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DO PARÁ – IASEP.

SENTENÇA

Cuida-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO veiculando o inconformismo do INSTITUTO DE


ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DO PARÁ – IASEP em face da sentença de ID
28026782, que julgou procedentes os pedidos da requerente, determinando aos requeridos, que
procedessem à concessão do benefício de pensão por morte à autora e pagamento dos retroativos, ao
pagamento do auxílio-funeral devido, e à inclusão da requerente como beneficiária do plano de saúde
gerido pelo IASEP.

Diz o Embargante que a sentença embargada é obscura, vez que condenou os requeridos ao pagamento
de honorários sucumbenciais sobre o proveito econômico obtido, todavia somente o IGEPREV foi
condenado ao pagamento de valores, enquanto o IASEP foi condenado a obrigação de fazer, pelo que
este deve ser afastado da condenação ao pagamento de honorários sobre o proveito econômico obtido.

Pede o conhecimento e provimento do recurso para que a obscuridade seja sanada.

Relatei. Decido.

De acordo com os ensinamentos do respeitável doutrinador Alexandre Freitas Câmara em Lições de


Direito Processual Civil, os Embargos de Declaração buscam, de acordo com o disposto no art. 1.022 do
Código de Ritos Processuais, impugnar decisão judicial eivada de obscuridade, contradição, omissão e
erro material.

Nesse sentido:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III - corrigir erro material.

Nessa linha de raciocínio leciona SÔNIA MÁRCIA HASE DE ALMEIDA BAPTISTA:


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Para os embargos de declaração o recorrente deve indicar os motivos pelos quais impugna a decisão, ou,
em outras palavras, o vício ou os vícios que a seu ver contém. Fundamentar um recurso, diz Barbosa
Moreira, nada mais é, em regra, que criticar a decisão recorrida. Estabelece-se a distinção entre recursos
de “fundamentação livre” e recursos de “fundamentação vinculada”.

Os embargos de declaração, nessa classificação, são recursos de fundamentação vinculada, pois o


recorrente precisa invocar o vício da decisão (omissão, contradição e obscuridade), para que o recurso
caiba; e precisa demonstrar-lhe a efetiva ocorrência na espécie, para que o recurso proceda. Nesse
sentido, a tipicidade do vício é, pois, pressuposto do cabimento do recurso; se o vício for atípico, o juiz não
conhecerá daquele.

A existência real do vício é pressuposto de procedência do recurso, se o vício, típico embora, não existir, o
juiz ou o tribunal conhecerá do pedido, mas lhe negará provimento.

Nesse sentido, já concluiu o colendo Supremo Tribunal Federal:

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU


OMISSÃO - PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA - CARÁTER INFRINGENTE - INADMISSIBILIDADE -
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. - Não se revelam cabíveis os embargos de declaração,
quando a parte recorrente – a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou
contradição - vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido
reexame da causa. Precedentes. (Supremo Tribunal Federal, Embargos de Declaração no Agravo
Regimental no Agravo de Instrumento n°472.605, Relator Ministro Celso de Mello, DJ 19/02/2008).

Em princípio, cumpre esclarecer, que a existência de omissão, apenas se presta para integrar a decisão
embargada. Sobre o tema, a esclarecedora lição de JOSÉ FREDERICO MARQUES, ("Manual de Direito
Processual Civil, Saraiva, vol. III, p. 161):

O acórdão conterá obscuridade quando ambíguo e de entendimento impossível, ante os termos e


enunciados equívocos, que contém... A contradição se configura quando inconciliáveis entre si, no todo ou
em parte, proposições ou segmentos do acórdão. Por fim, ocorre a omissão, quando o acórdão deixa de
pronunciar-se sobre questão concernente ao litígio, que deveria ser decidida.

De tal modo, ao meu sentir não há existência de omissão, obscuridade ou contradição na decisão
guerreada, outrossim, toda a matéria foi devidamente analisada quando da prolação da decisão.

Ressalto que o acolhimento dos Embargos de declaração, inclusive para efeito de pré-questionamento,
está condicionado a demonstração de forma específica dos pontos omissos, obscuros ou contraditórios.
Destarte, o que se pretende nos presentes Embargos não é o provimento para modificação do decisum, e
sim, rediscutir a matéria apreciada, o que não cabe, havendo para tanto, recurso específico:

EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS - PRETENSÃO MODIFICATIVA - VÍCIOS INEXISTENTES -


REEXAME DA MATÉRIA - EFEITO INFRINGENCIAL - PREQUESTIONAMENTO IMPOSSIBILIDADE.- A
oposição de embargos declaratórios pressupõe a existência de obscuridade, contradição ou omissão, não
sendo o meio legal para reexaminar as questões decididas e o acerto do julgado. Inexistentes os vícios
apontados e, demonstrando a embargante, com as razões deduzidas, seu inconformismo com o desfecho
do julgado, impõe-se a rejeição dos embargos declaratórios, porquanto a via eleita não é a adequada para
rever o "decisum" ainda que para fins de prequestionamento.- O aresto embargado contém a devida
fundamentação, suficiente para afastar o vício apontado pela embargante, tanto em relação às razões que
levaram ao não provimento do agravo retido, quanto ao fato de ter havido a preclusão em relação à
produção da prova pericial, cujos pontos foram considerados omissos e são a razão do manejo dos
presentes embargos. (TJMG- Embargos de Declaração Cível n° 1.0024.00.128550-1/002 em apelação
cível - Comarca de Belo Horizonte - Embargante(S): NO NOISE - IMPORTAÇÃO, INDÚSTRIA,
COMÉRCIO, SERVIÇOS, PROMOÇÕES E EVENTOS LTDA. - Embargado(A)(S): OFF LIMITS
MOTORSPORTS LTDA - Relator: Exmo. Sr. Des. OSMANDO ALMEIDA, julgado em 30/06/2009).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - ACÓRDÃO - PREQUESTIONAMENTO - REQUISITOS DO ART. 535


DO CPC - INDISPENSABILIDADE - REJEIÇÃO. Ainda que voltados ao prequestionamento, para fins de
interposição de recurso especial ou extraordinário, devem os Embargos observar os requisitos traçados no
art. 535 do CPC. Embargos rejeitados. (TJMG - Embargos de Declaração n° 1.0024.02.853790-0/002 na
Apelação Cível de nº 1.0024.02.853790- 0/001, Rel. Des. Kildare Carvalho, julgado em 29/11/2007).

Os Embargos de declaração, como dito antes, têm a finalidade de esclarecer, tornar claro o
pronunciamento judicial, sem lhe modificar, em princípio, sua substância, por isso não se os admitem, por
serem impróprios, aqueles em que, ao invés de reclamar o deslinde de contradição, o preenchimento de
omissão ou explicação de parte obscura ou ambígua do julgado, se pretende rediscutir questão que nele
ficou claramente decidida, para modificá-lo em sua essência ou substância.

A irresignação recursal, portanto, da forma como ventilada, não merece ser acolhida.

Destarte, a decisão embargada não se ressente de qualquer dos vícios a que alude o art. 1.022 do CPC.
Nesse sentido: inocorrentes as hipóteses de omissão, contradição, contrariedade ou erro material, não há
como prosperar o inconformismo, cujo real objetivo é a pretensão de prequestionar matéria, o que resta
inviável em sede de embargos de declaração, mercê dos estreitos limites previstos no artigo 1.022 do
CPC.

Desta feita, indene de dúvidas, concluo.

Dispositivo.

Posto isto e por tudo o mais que dos autos consta, conheço dos EMBARGOS DECLARATÓRIOS
interpostos e, no mérito, NEGO-LHES PROVIMENTO, nos termos da fundamentação.

Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém, 12 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda Pública de Belém

(DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE)

P6

Número do processo: 0003648-16.2008.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOSE SALES DA COSTA


FILHO Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO ALBUQUERQUE POMPEU OAB: 996/PA
Participação: REU Nome: Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana - SEMOB

PROCESSO 0003648-16.2008.8.14.0301

AUTOR: JOSE SALES DA COSTA FILHO

REU: SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA DE MOBILIDADE URBANA - SEMOB

ATO ORDINATÓRIO
1560
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco)
dias úteis.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

FRANCIANNE SOUZA SILVA SILVA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0056259-33.2014.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JOANA HELENA


PEREIRA DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOSÉ MARIA SOARES DE ALBUQUERQUE
OAB: 19287/PA Participação: REQUERIDO Nome: INSTITUTO DE PREVIDENCIA E ASSISTENCIA DO
MUNICIPIO DE BELEM

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0056259-33.2014.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: JOANA HELENA PEREIRA DOS SANTOS

REU: INSTITUTO DE PREVIDENCIA E ASSISTENCIA DO MUNICIPIO DE BELEM

DECISÃO

Vistos etc.

Recebo a petição de fls. 236-247 como pedido de cumprimento de sentença, eis que preenche os
requisitos do art. 534 do CPC, motivo pelo qual determino seu processamento.

PROCEDA-SE às alterações cadastrais que se fizerem pertinentes junto ao PJe para identificação da fase
procedimental de cumprimento de sentença.

INTIME-SE a Fazenda Pú-blica na pessoa do seu representante judicial para, querendo, apresentar
impugnação no prazo de 30 (trinta) dias, como incidente a estes próprios autos, oportunidade em poderá
arguir qualquer das matérias listadas nos incisos do art. 535 do CPC/15.

Alegando o Executado que os Exequentes, em excesso de execução, pleiteiam quantia superior à


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

resultante do título, cumpre ao Executado declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de
não conhecimento da arguição.

Saliento, ainda, que, tratando-se de impugnação parcial, a parte não questionada pela executada será,
desde logo, objeto de cumprimento.

Intime-se. Cumpra-se.

Servirá esta como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº 03/2009-CJRMB TJE/PA,
com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda Pública de Belém

(DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE)

P3

Número do processo: 0806645-55.2016.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: OI MOVEL S.A.


Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE MIRANDA LIMA OAB: 13867/PA Participação:
ADVOGADO Nome: VERA LUCIA LIMA LARANJEIRA OAB: 17196/PA Participação: REU Nome:
AGENCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUARIA DO ESTADO DO PA Participação: ADVOGADO
Nome: PEDRO FERNANDO BALDEZ VASCONCELOS OAB: 014390/PA Participação: AUTORIDADE
Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0806645-55.2016.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: OI MOVEL S.A.

REU: AGENCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUARIA DO ESTADO DO PA

DECISÃO

Vistos etc.

Designo audiência de instrução e julgamento na modalidade ONLINE para o dia 25.11.2021 às 10h,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

oportunidade em que serão ouvidas as partes, caso tenha sido requerido, e as testemunhas cujo rol já
conste dos autos ou que venha a ser apresentado em até 15 (quinze) dias da intimação da presente
decisão, sob pena de preclusão.

Intimem-se as partes, que deverão estar ONLINE no horário designado ao ato acompanhadas de suas
testemunhas, na forma do art. 455 do CPC/15, segundo o qual “ Cabe ao advogado da parte informar ou
intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a
intimação do juízo”.

Em se tratando de testemunha arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, sua intimação
deverá ser judicial, mediante mandado regularmente expedido pelo Diretor de Secretaria (art. 455, § 4º, IV,
do CPC/15), no bojo do qual deverá ser consignado que o depoimento prestado em juízo é considerado
serviço público e que a testemunha, quando sujeita ao regime da legislação trabalhista, não sofre, por
comparecer à audiência, perda de salário nem desconto no tempo de serviço.

Defiro o depoimento pessoal que tenha sido requerido pelo autor em relação ao réu e vice-versa, caso em
que o depoente deverá ser pessoalmente intimado, via mandado, devendo o oficial de justiça, por ocasião
da diligência, adverti-lo da pena de confissão, caso não compareça, ou, comparecendo, se recuse a depor
(art. 385, § 1º, do CPC/15.

Tendo as partes formulado pedido de realização de prova pericial, deixo para momento oportuno a análise
de seu cabimento, na forma do art. 464, § 1º, do CPC/15.

Informo desde logo que a videoconferência será realizada por meio da plataforma Microsoft Teams,
onde será disponibilizado o link de acesso por este juízo em momento oportuno, devendo desde logo as
partes informarem seus respectivos emails para envio de convite para participação da sala de audiência.

Expeça-se o necessário. Cumpra-se.

Belém, 07 de maio de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda da Capital.

(DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE)

Número do processo: 0030919-87.2014.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: MARCELO DA


SILVA BAIA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO PINHEIRO COSTA DA SILVA OAB: 23258/PA
Participação: IMPETRADO Nome: SUPERINTENDENTE DA SEMOB Participação: IMPETRADO Nome:
SUPERINTENDENCIA EXECUTIVA DE MOBILIDADE URBANA DE BELEM Participação:
INTERESSADO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo nº 0030919-87.2014.8.14.0301

Classe: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: MARCELO DA SILVA BAIA

IMPETRADO: SUPERINTENDENTE DA SEMOB e outros

SENTENÇA

Vistos etc.

Autos eletrônicos analisados em ordem crescente de download.

Cuida-se de MANDADO DE SEGURANÇA impetrado por MARCELO DA SILVA BAIA em face de ato
que reputa ilegal e abusivo e atribui à DIRETORA DA SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA DE
MOBILIDADE URBANA DE BELÉM, partes qualificadas.

Narra a inicial que o Impetrante se inscreveu no Concurso Público 02/2011 para provimento de vagas de
provimento efetivo do cargo de Agente de Trânsito e cadastro reserva, tendo sido ofertadas de 95 vagas e
que foi aprovado na 206ª colocação.

Aduz que foram nomeados 104 aprovados, dos quais 95 tomaram posse.

Sustenta que, em 06/01/2011, foi editada a Portaria n° 002/2011, a qual designou 180 servidores da
Guarda Municipal para ocuparem vagas dos agentes de trânsito, o que constituiria preterição aos
aprovados no mencionado certame.

Assevera que a irregularidade no preenchimento das vagas é comprovada pela Recomendação


Administrativa de n° 001/2013-MP/2-PJ/DPP/MA do Ministério Público do Estado do Pará, bem como
através do procedimento instaurado pelo Ministério Público Trabalho 001803.2012.08.000/4.

Relata que a Lei n° 9.049/2013 criou mais de 318 (trezentos e dezoito) cargos de agente de trânsito, nos
termos de seu art. 92, parágrafo 2°, IV e que 05 (cinco) servidores efetivos deixaram seus respectivos
Cargos, gerando vacância dos mesmos e que, entretanto, a Impetrada passou a utilizar precariamente os
guardas municipais da GBEL, em proporção acima de sua ordem de classificação, caracterizando-se,
inequivocadamente, a preterição de vaga a que tem direito.

Requer assim a concessão de medida liminar para determinar a imediata nomeação do impetrante e, no
mérito, a concessão da segurança, confirmando a liminar requerida, para determinar a imediata nomeação
e posse do impetrante para o cargo de "Agente de Trânsito".

Juntou documentos de fls. 41-271.

O pedido liminar foi indeferido às fls. 361-362.

Notificada a autoridade coatora, a SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA DE MOBILIDADE URBANA DE


BELÉM - SEMOB, apresentou informações, sustentando a inexistência de direito à nomeação por não ter
o Impetrante sido classificado.

Afirmou que o Convênio firmado para que a Guarda Municipal atuasse no trânsito tem base constitucional
e legal e vigia desde 2009, tendo sido revogado em 15/02/2014.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Defendeu que a criação de novos cargos durante o prazo de validade do concurso não implica na
obrigatoriedade de nomeação e a ausência de disponibilidade orçamentária para o chamamento dos
candidatos aprovados no cadastro de reserva, bem como que o término do período de validade do
concurso implicaria na preclusão do direito à nomeação. Ao final, pugnou pela denegação da segurança.

Os autos foram encaminhados ao Ministério Público, que pugnou pela denegação da ordem.

Relatei. Decido.

Pretende o Impetrante ser nomeado e empossado no cargo de Agente de Trânsito ofertado pela
SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA DE MOBILIDADE URBANA DE BELÉM por meio do Edital n°
01/2011, retificado pelo Edital n° 02/2011.

De acordo com os fatos narrados na inicial e informações prestadas, o impetrante foi aprovado no
Concurso Público, porém fora do número de vagas disponibilizadas o cargo. Aprovação, todavia, não se
confunde com classificação. O Candidato classificado é aquele que, além de aprovado na seleção, tem o
direito de ocupar uma das vagas disponibilizadas na disputa. O candidato aprovado, por sua vez, é aquele
que apenas obteve a pontuação mínima exigida para permanecer no concurso, mas que não logrou êxito
em figurar dentro do número de vagas disponibilizadas no edital do certame. Esse foi o caso do
impetrante.

Ora, é entendimento pacífico no âmbito da jurisprudência de que a aprovação do candidato fora do


número de vagas disponibilizadas, como regra, não confere a ele o direito líquido e certo de ser nomeado,
salvo na situação excepcional em que se verificar o surgimento de novas vagas ou a abertura de novo
concurso no prazo de validade do certame anterior e ocorrer a preterição dos candidatos de forma
arbitrária e imotivada por parte da Administração.

Nesse sentido:

Ementa: AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO


ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CONSONÂNCIA DO ACÓRDÃO RECORRIDO COM
ENTENDIMENTO FIXADO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO JULGAMENTO DO RE 837.311-
RG (TEMA 784). REAPRECIAÇÃO DE PROVAS. INADMISSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF. 1. O
Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao resolver questão de ordem suscitada no RE 837.311-RG (TEMA
784), fixou a seguinte tese: O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo
cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação
dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição
arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do
Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de
validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, o direito subjetivo à
nomeação do candidato aprovado em concurso público exsurge nas seguintes hipóteses: I Quando a
aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital; II Quando houver preterição na nomeação
por não observância da ordem de classificação; III Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo
concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma
arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima. 2. A ausência de nomeação do
candidato nessas circunstâncias configura preterição arbitrária e imotivada por parte da Administração,
conforme assentado no julgamento da questão de ordem do RE 837.311 (Tema 784). 3. A reforma do
julgado recorrido impõe o revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, o que é estranho ao âmbito
de cognição do recurso extraordinário, conforme a Súmula 279/STF. 4. Agravo Interno a que se nega
provimento. Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, tendo em vista que não
houve fixação de honorários advocatícios nas instâncias de origem.

(ARE 1126884 AgR, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, julgado em
29/06/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-153 DIVULG 31-07-2018 PUBLIC 01-08-2018)

(grifei)
1565
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

No caso dos autos, entendo que o impetrante não logrou êxito em comprovar qualquer arbitrariedade por
parte da Administração. Saliento que a ausência de nomeação para cargo criado durante a validade do
concurso em que o impetrante foi aprovado não se presta, por si só, à constatação de qualquer
ilegalidade.

Nesse sentido:

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA.


ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 3/STJ. CONCURSO PÚBLICO. APROVAÇÃO EM CADASTRO DE
RESERVA. PRETENSÃO DE NOMEAÇÃO. PRETERIÇÃO POR CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA.
SURGIMENTO DE VAGAS. FALTA DE COMPROVAÇÃO. EXISTÊNCIA DE VAGAS. ILEGALIDADE DA
CONTRATAÇÃO.

1. A teor do RE 837.311/PI, julgado sob o regime da repercussão geral, como regra o candidato aprovado
em cadastro de reserva não é titular de direito público subjetivo à nomeação, não bastando para a
convolação da sua expectativa o simples surgimento de vagas ou a abertura de novo concurso, antes
exigindo-se ato imotivado e arbitrário da Administração Pública.

2. Para que a contratação temporária configure-se como ato imotivado e arbitrário, a sua celebração deve
deixar de observar os parâmetros estabelecidos no RE 658.026/MG, também julgado sob a sistemática da
repercussão geral, bem como há de haver a demonstração de que a contratação temporária não se
destina ao suprimento de vacância existente em razão do afastamento temporário do titular do cargo
efetivo e de que existem cargos vagos em número que alcance a classificação do candidato interessado.

3. Recurso ordinário em mandado de segurança não provido.

(RMS 56.178/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em
19/06/2018, DJe 27/06/2018)

ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO.


CANDIDATA APROVADA EM CADASTRO DE RESERVA. CRIAÇÃO DE VAGAS. DIREITO À
NOMEAÇÃO. EXCEPCIONALIDADE. PRETERIÇÃO POR CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. FALTA DE
COMPROVAÇÃO.

I - O Supremo Tribunal Federal, em julgamento submetido ao rito da repercussão geral, estabeleceu a tese
objetiva de que "[...] o surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo,
durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos
candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária
e imotivada por parte da administração, caracterizadas por comportamento tácito ou expresso do Poder
Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de
validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato". (RE n. 837.311/PI, Relator Min.
Luiz Fux, Tribunal Pleno, julgado em 9/12/2015, Repercussão Geral, DJe de 18/4/2016).

II - Ainda nesse julgado, o STF listou hipóteses excepcionais em o candidato passa a ter direito subjetivo à
nomeação, quais sejam: i) quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital (RE n.
598.099); ii) quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação
(Súmula n. 15 do STF);

iii) quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e
ocorrer a preterição de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e imotivada por parte da
administração nos termos acima.

III - De acordo com a jurisprudência do STJ, entende-se que, para que a contratação temporária seja
considerada como ato arbitrário e imotivado, faz-se necessária a comprovação de que não se destina ao
suprimento de vacância existente em razão do afastamento temporário do titular do cargo efetivo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Precedente: RMS 55.253/BA, Rel.

Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 24/10/2017, DJe 31/10/2017 e RMS
54.260/MG, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 26/9/2017, DJe 11/10/2017.

IV - A parte impetrante foi aprovada na 78ª (septuagésima oitava) colocação no concurso que previa 24
(vinte e quatro) vagas no cargo pleiteado. Apesar das contratações precárias, não há, nos autos,
comprovação da existência de cargos efetivos vagos, de modo a amparar o pretendido direito da
Recorrente à nomeação, não havendo que se falar em direito líquido e certo a ser amparado nesta via.

Tal verificação, quanto à existência de cargos vagos, demandaria necessária dilação probatória.

V - Agravo interno improvido.

(AgInt no RMS 54.104/RN, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em
05/12/2017, DJe 12/12/2017)

Ainda, observa-se que os candidatos aprovados em concurso para cadastro de reserva não possuem
direito líquido e certo à nomeação, mesmo que novas vagas surjam no período de validade do concurso
por criação em lei, uma vez que tal preenchimento está sujeito a juízo de conveniência e oportunidade da
administração pública, tendo o réu demonstrado atos visando a redução de gastos que se coadunam com
o não preenchimento total das criadas.

Assim decidiu o Superior tribunal de Justiça:

ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO APROVADO FORA DO NÚMERO DE VAGAS


PREVISTAS NO EDITAL. EXPECTATIVA DE DIREITO. NÃO COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE
CARGOS EFETIVOS VAGOS E/OU PRETERIÇÃO.

1. Tratam os presentes autos de Recurso Ordinário interposto contra decisão proferida em Mandado de
Segurança impetrado por Raimundo Monteiro Maia Filho contra ato imputado ao Prefeito Municipal de
Manaus, ao Secretário Municipal de Saúde de Manaus e ao Secretário de Administração, Planejamento e
Gestão de Manaus, visando sua nomeação e posse no cargo de Especialista em Saúde - Médio-Cirurgião,
em virtude de sua aprovação em concurso público, fora do número de vagas ofertadas em edital.

2. O Tribunal local, ao dirimir a controvérsia, consignou (fls. 322-323, e-STJ): "No caso em exame, verifico
que a Prefeitura Municipal de Manaus abriu concurso público (Edital n.° 007/2011), para o preenchimento,
dentre outras, 28 (vinte e oito) vagas para o cargo de Especialista em Saúde - Médico Cirurgião. O
Impetrante, entretanto, fora aprovado e classificado apenas na 48.ª colocação, ou seja, fora do número
das vagas ofertadas, contudo, alega que a Administração Pública nomeou os candidatos aprovados no
cargo de Especialista em Saúde - Médico Clínico Geral, para exercerem suas funções no SAMU - Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência, função que seria eminentemente de Médico Cirurgião".

3. O STJ tem jurisprudência firme e consolidada no sentido de que "candidatos aprovados fora do
número de vagas previstas no edital ou em concurso para cadastro de reserva não possuem direito
líquido e certo à nomeação, mesmo que novas vagas surjam no período de validade do concurso -
por criação de lei ou por força de vacância -, cujo preenchimento está sujeito a juízo de
conveniência e oportunidade da Administração" (RMS 47.861/MG, Rel. Ministro Herman Benjamin,
Segunda Turma, DJe 5.8.2015).

4. O posicionamento esboçado no Tribunal a quo de que "o fato de Médicos Clínicos Gerais aprovados no
certame, terem sido nomeados e lotados no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência não induz, por si
só, qualquer ilegalidade, muito menos evidencia hipótese de preterição do Impetrante, o qual, repita-se,
fora aprovado fora do número de vagas ofertadas" (fl. 323, e-STJ) não requer qualquer reparo. A
jurisprudência do STJ entende que a lotação de servidor traduz-se em mera mobilidade interna do cargo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

público, não configurando ilegalidade e tampouco enseja em favor do candidato aprovado em concurso
público o direito de ser nomeado, já que não há, nesse caso, preterição ilegal. Nesse sentido: RMS
54.500/MS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 15.9.2017.

5. Diante da ausência de prova pré-constituída suficiente à demonstração da liquidez e certeza do direito


invocado, a denegação da segurança é medida que se impõe, não merecendo reforma o acórdão
impugnado.

6. Recurso Ordinário não provido.

(RMS 56.182/AM, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/03/2018, DJe
13/11/2018)

O pleito, portanto, não há como ser acolhido.

Dispositivo.

Posto isso, DENEGO A SEGURANÇA pleiteada, JULGANDO EXTINTO O PROCESSO, com resolução
de mérito, com fundamento no art. 487, inciso I do CPC/15.

Custas pelo Impetrante.

Tratando-se de pessoa pobre na acepção jurídica do termo (CPC, artigo 98, caput), defiro a gratuidade da
justiça, conforme as isenções estabelecidas no artigo 98, § 1º, do Código de Processo Civil. Por ser o
Impetrante beneficiário do instituto da Justiça Gratuita, as obrigações decorrentes de sua sucumbência
ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco)
anos subsequentes ao trânsito em julgado desta decisão, o credor demonstrar que deixou de existir a
situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado
esse prazo, tais obrigações do beneficiário (CPC, artigo 98, §§ 2º e 3º).

Sem honorários (Súmulas nº 512 do STF e 105 do STJ).

Intimem-se as partes e, escoado o prazo de recurso sem manifestação, arquivem-se, observadas as


cautelas de praxe.

Servirá esta como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº 03/2009-CJRMB TJE/PA,
com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.

Belém, 13 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda da Capital.

(DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE)

P3

Número do processo: 0013261-55.2011.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JOSE MARIA


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MIRANDA OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: MONICA GABRIELA CAVALLERO PAMPLONA


OAB: 29049/PA Participação: REQUERIDO Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0013261-55.2011.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: JOSE MARIA MIRANDA OLIVEIRA

REU: MUNICÍPIO DE BELÉM

DECISÃO

Vistos etc.

O pedido de cumprimento de sentença formulado preenche os requisitos do art. 534 do CPC, motivo pelo
qual determino seu processamento.

PROCEDA-SE às alterações cadastrais que se fizerem pertinentes junto ao PJe para identificação da fase
procedimental de cumprimento de sentença.

INTIME-SE a Fazenda Pú-blica na pessoa do seu representante judicial para, querendo, apresentar
impugnação no prazo de 30 (trinta) dias, como incidente a estes próprios autos, oportunidade em poderá
arguir qualquer das matérias listadas nos incisos do art. 535 do CPC/15.

Alegando o Executado que os Exequentes, em excesso de execução, pleiteiam quantia superior à


resultante do título, cumpre ao Executado declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de
não conhecimento da arguição.

Saliento, ainda, que, tratando-se de impugnação parcial, a parte não questionada pela executada será,
desde logo, objeto de cumprimento.

Intime-se. Cumpra-se.

Servirá esta como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº 03/2009-CJRMB TJE/PA,
com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda Pública de Belém

(DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE)

P3
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0003914-32.2010.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LUCIVAL ARNALDO


OLIVEIRA VALENTE Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO SERGIO SARMANHO DE LIMA OAB:
25PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: ADELVAN OLIVERIO SILVA OAB: 15584/PA Participação:
REU Nome: INSTITUTO DE METROLOGIA DO ESTADO DO PARA Participação: REU Nome: ESTADO
DO PARÁ Participação: REU Nome: IGEPREV Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PROCESSO 0003914-32.2010.8.14.0301

AUTOR: LUCIVAL ARNALDO OLIVEIRA VALENTE

REU: INSTITUTO DE METROLOGIA DO ESTADO DO PARA, ESTADO DO PARÁ, IGEPREV

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato ficam os RÉUS e o MINISTÉRIO PÚBLICO intimadas acerca da sentença de ID
30530911.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

FRANCIANNE SOUZA SILVA SILVA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0876347-49.2020.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: DAYSA CATETE


RODRIGUES DA COSTA AZEVEDO Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO CATETE
RODRIGUES OAB: 16133/PA Participação: IMPETRADO Nome: DIRETOR DA ADEPARÁ - AGÊNCIA DE
DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARÁ Participação: INTERESSADO Nome: ADEPARÁ
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0876347-49.2020.8.14.0301

Classe: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

IMPETRANTE: DAYSA CATETE RODRIGUES DA COSTA AZEVEDO

IMPETRADO: DIRETOR DA ADEPARÁ - AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO


PARÁ e outros

SENTENÇA

Vistos, etc.

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, veiculado ao inconformismos de DAYSA CATETE


RODRIGUES DA COSTA AZEVEDO em face da sentença de Id 29690754, nos autos da ação
mandamental em epígrafe que move desfavor do DIRETOR DA ADEPARÁ - AGÊNCIA DE DEFESA
AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARÁ, sustentando, em síntese, que a sentença contém omissão
pelo fato do valor da multa arbitrada não ter força para impor o cumprimento.

Relatei. Decido.

De acordo com os ensinamentos do respeitável doutrinador Alexandre Freitas Câmara em Lições de


Direito Processual Civil, os Embargos de Declaração buscam, de acordo com o disposto no art. 1.022 do
Código de Ritos Processuais, impugnar decisão judicial eivada de obscuridade, contradição, omissão e
erro material.

Os embargos de declaração, nessa classificação, são recursos de fundamentação vinculada, pois o


recorrente precisa invocar o vício da decisão (omissão, contradição e obscuridade), para que o recurso
caiba; e precisa demonstrar-lhe a efetiva ocorrência na espécie, para que o recurso proceda. Nesse
sentido, a tipicidade do vício é, pois, pressuposto do cabimento do recurso; se o vício for atípico, o juiz não
conhecerá daquele.

A existência real do vício é pressuposto de procedência do recurso, se o vício, típico embora, não existir, o
juiz ou o tribunal conhecerá do pedido, mas lhe negará provimento.

No caso dos autos, não se faz presente qualquer vício capaz de legitimar a oposição do recurso em
epígrafe. Ver-se que a embargante usa de suposição (descumprimento da decisão) para afirmar o
descumprimento da decisão, vez que o impetrado nem mesmo foi intimado da sentença.

O direito não se firma em presunção, mas em fatos comprovados.

Ademais, a embargante nem mesmo foi intimada da sentença, sendo por isso extemporâneo o recurso ora
movido.

Dispositivo.

Posto isto e por tudo o mais que dos autos consta, NÃO CONHEÇO os EMBARGOS DECLARATÓRIOS
interpostos, por via de consequência, nego-lhes provimento, nos termos da fundamentação.

Publique-se. Intimem-se.

Belém, 28 de julho de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda Pública de Belém


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

P8

Número do processo: 0026622-76.2010.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JERRILANE


REGO ANDRADE Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE LAVAREDA PINTO MARQUES OAB:
014061/PA Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0026622-76.2010.8.14.0301

Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

REQUERENTE: JERRILANE REGO ANDRADE

REQUERIDO: ESTADO DO PARÁ

DESPACHO

R.h.

Sobre a proposta de acordo de ID 25901068, manifeste-se a parte autora no prazo de 15 (quinze) dias.

Após, retornem os autos conclusos.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda da Capital.

(DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE)

Número do processo: 0841662-79.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA LUCIDALVA


CRUZ DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO HENRIQUE MENDONCA MAIA
registrado(a) civilmente como FERNANDO HENRIQUE MENDONCA MAIA OAB: 18238/PA Participação:
REU Nome: ESTADO DO PARÁ

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Processo nº 0841662-79.2021.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: MARIA LUCIDALVA CRUZ DA SILVA

REU: ESTADO DO PARÁ

Nome: ESTADO DO PARÁ


Endereço: Rua dos Tamoios, 1671, Jurunas, BELéM - PA - CEP: 66025-540

DECISÃO

Vistos, etc.

I – Defiro os benefícios da gratuidade de justiça (art. 98 do CPC/15).

II – Recebo para processamento sob o rito comum.

III – INDEFIRO o pedido formulado em face de tutela de evidência, por entender que conduz ao
esgotamento parcial/total do objeto da ação, o que é vedado pela norma expressa do art. 1º, § 3º, da Lei
nº 8.347/92.

Art. 1° Não será cabível medida liminar contra atos do Poder Público, no procedimento cautelar ou em
quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, toda vez que providência semelhante não
puder ser concedida em ações de mandado de segurança, em virtude de vedação legal.

{...}

§ 3° Não será cabível medida liminar que esgote, no todo ou em qualquer parte, o objeto da ação.

Nesses termos, a jurisprudência:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM PEDIDO DE


PAGAMENTO RETROATIVO E PEDIDO DE TUTELA DE EVIDÊNCIA. REQUERIMENTO DE
CONCESSÃO DE TUTELA DE URGÊNCIA. ÓBICE LEGAL. INTELIGÊNCIA DO ART. 1º, § 3º, DA LEI N.º
8.437/92. ART. 1º, DA LEI N.º 9.494/97; § 3º DO ART. 300; E ART. 1.059 DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL. AUSÊNCIA DE PERIGO DE DANO OU O RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1. A tutela de urgência visa a
obtenção de decisão que determine ao agravado que efetue o recálculo dos vencimentos da agravante, de
modo a modificar o cômputo do tempo de serviço da recorrente enquanto servidora temporária perante o
Estado para fins de concessão de adicional de tempo de serviço, o que se verifica, esgota o objeto da
demanda, possuindo nítida conotação satisfativa, de maneira a encontrar, portanto, tanto vedação no § 3º,
do art. 1º, da Lei n.º 8.437/92, aplicada às antecipações de tutela contra Fazenda Pública por força do art.
1º, da Lei n.º 9.494/97, quanto no próprio § 3º do art. 300 e 1.059 do Código de Processo Civil. 2. In
casu, não se verifica a existência de perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, requisito
contido no caput do art. 300 do NCPC, se o pedido realizado em tutela de urgência for concedido tão
somente ao final da demanda, razão pela qual deve ser mantida hígida a decisão interlocutória agravada.
3. Recurso conhecido e desprovido, à unanimidade. (TJ-PA. 4214159, 4214159, Rel. EZILDA PASTANA
MUTRAN, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito Público, Julgado em 2020-12-09, Publicado em 2021-01-
12).

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. MEDIDA LIMINAR INDEFERIDA. TESE DE


NULIDADE REJEITADA. OBSERVÂNCIA DO ART. 1º, § 3º, DA LEI 8.437/92. DESNECESSIDADE DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ANÁLISE APROFUNDADA. 1- Merece ser mantida a decisão agravada, rejeitando a tese de nulidade,
quando verificado que foram expostos os fundamentos jurídicos que propiciaram o indeferimento da
medida liminar pleiteado no mandado de segurança, inexistindo a violação ao art. 93, IX, da CF e do art.
489, § 1º, incisos I a VI, do CPC. 2- Não se pode deferir a medida liminar contra ato do Poder Público,
quando será esgotado o objeto da ação, ainda que parcialmente, conforme orientação do art. 1º, §
3º, da Lei 8.437/92. 3- Não se exige a análise aprofundada de todos os fatos e circunstâncias da causa,
quando se tratar de exame de pedido de medida liminar em mandado de segurança, conforme orienta o
STJ e STF, sendo também desnecessário analisar todos os argumentos apresentados pela parte
recorrente, conforme orienta o STJ e STF. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. (TJ-GO - Mandado de
Segurança (CF; Lei 12016/2009): 07314036820198090000, Relator: CARLOS HIPOLITO ESCHER,
Data de Julgamento: 19/06/2020, 4ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 19/06/2020).

Compulsando os autos, nota-se que o pedido formulado em caráter antecipatório de evidência (pagamento
de adicional de tempo de serviço) se confunde com o mérito da ação, de modo que o seu indeferimento se
impõe.

IV – Considerando as normas fundamentais e também constitucionais do novo código de processo civil,


entre elas, a conciliação em qualquer fase do processo judicial (art. 3º, §3º), a razoável duração do
processo (art. 4º) e o dever de cooperação dos sujeitos do processo, na busca de uma tutela jurisdicional
justa e efetiva (art. 6º).

Considerando, também, que a realidade jurisdicional neste juízo de fazenda pública evidencia que
inexistem casos de conciliação envolvendo os entes públicos, face à natureza do direito discutido.

Considerando que o Poder Público possui restrição legal para a realização da autocomposição, tal como
ensina a melhor doutrina[1]:

Não se pode confundir “não admitir autocomposição”, situação que autoriza a dispensa da audiência, com
ser “indisponível o direito litigioso”. Em muitos casos, o direito litigioso é indisponível, mas é possível haver
autocomposição. Em ação de alimentos, é possível haver reconhecimento da procedência do pedido pelo
réu e acordo quanto ao valor e forma de pagamento; em processos coletivos, em que o direito litigioso
também é indisponível, é possível celebrar compromisso de ajustamento de conduta (art. 5º, §5º, Lei n.
7347/1985).

Na verdade, é rara a hipótese em que se veda peremptoriamente a autocomposição. O Poder Público,


por exemplo, somente pode resolver o conflito por autocomposição quando houver autorização
normativa para isso – fora dessas hipóteses, não há como realizar a autocomposição. Nesses
casos, o réu será citado para apresentar resposta, no prazo legal, sem a intimação para
comparecer a audiência, que não se realizará (art. 335, III, CPC).

Isso não quer dizer que não há possibilidade de autocomposição nos processos que faça parte ente
público. Há, ao contrário, forte tendência legislativa no sentido de permitir a solução consensual dos
conflitos envolvendo entes públicos. A criação de câmaras administrativas de conciliação e mediação é um
claro indicativo neste sentido (art. 174, CPC). Cada ente federado disciplinará, por lei própria, a forma e os
limites da autocomposição de que façam parte

Considerando que não há qualquer indicativo legislativo de que o Estado poderá realizar autocomposição
perante este juízo fazendário, deixo para momento oportuno a análise da conveniência da audiência de
conciliação, com fundamento no artigo 139, VI e Enunciado de n.º 35 da ENFAM [2] , face às
especificidades da causa e de modo a adequar o rito processual às necessidades do conflito.

V - Citem-se e intimem-se os réus para, querendo, contestar o feito no prazo de 30 (trinta) dias úteis,
conforme artigo 335 c/c o artigo 183, ambos do código de processo civil.

VI - A ausência de contestação implicará na revelia do ente público, somente em seu efeito processual, tal
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como preceituam os artigos 344 e 345 do Código de Processo Civil de 2015.

VII – Alegando o réu qualquer das matérias enumeradas no art. 337, deve a secretaria, mediante ato
ordinatório, proceder à intimação do autor para, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestar-se em réplica
(art. 351 do CPC/15).

VIII – Escoados os prazos ao norte fixados, certifique-se sobre o cumprimento e a tempestividade das
diligências determinadas.

IX – Após, voltem conclusos para impulso oficial.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 22 de julho de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda Pública de Belém

P8

[1] DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Volume 1. Editora Juspodivm. 17ª edição.
2015. Pág. 625.

[2] Além das situações em que a flexibilização do procedimento é autorizada pelo art. 139, VI, do
CPC/2015, pode o juiz, de ofício, preservada a previsibilidade do rito, adaptá-lo às especificidades
da causa, observadas as garantias fundamentais do processo.

Número do processo: 0029224-45.2007.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: IRINEU BATISTA DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: MAURO AUGUSTO RIOS BRITO OAB: 8286/PA Participação:
REU Nome: HEMOPA

PROCESSO 0029224-45.2007.8.14.0301

AUTOR: IRINEU BATISTA DA SILVA

REU: HEMOPA

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco)
dias úteis.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

FRANCIANNE SOUZA SILVA SILVA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0039743-74.2010.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ELIZETE VALE


MATOS Participação: ADVOGADO Nome: CILENE RAIMUNDA DE MELO SANTOS OAB: 15929/PA
Participação: EXECUTADO Nome: ESTADO DO PARÁ

PROCESSO 0039743-74.2010.8.14.0301

EXEQUENTE: ELIZETE VALE MATOS

EXECUTADO: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato ficam as partes intimadas acerca do despacho de ID 28991472 .

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

MARIA ELIZABETH SOUZA MUNIZ

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0833539-92.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DE NAZARE


VIEIRA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: GIORDANO BRUNO COSTA DA CRUZ OAB:
016441/PA Participação: REU Nome: IGEPREV INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO
ESTADO DO PARA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0833539-92.2021.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: MARIA DE NAZARE VIEIRA COSTA

REU: IGEPREV INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA

DECISÃO

Vistos etc.

Entendo a demanda em foco não reclama a produção de outras provas além da documental, já trazida aos
autos pelo autor e pelo réu por ocasião da propositura da ação e do oferecimento da defesa.

Por essa razão, anuncio o julgamento antecipado da lide, nos termos do art. 355, inciso I do
NCPC/2015, determinando a intimação das partes, em obediência ao que dispõem os artigos 9 e 10 do
CPC/2015.

Intimadas as partes, remetam-se os autos à Unidade de Arrecadação Judiciária – UNAJ para a


elaboração da conta de custas finais em dez (10) dias, conforme os termos do art. 26 da Lei Estadual n.
8.328/2015.

Na hipótese de custas pendentes, o Coordenador da UPJ intimará a parte interessada, através de ato
ordinatório, para realizar o pagamento do boleto de custas, em dez (10) dias.

Caso a parte esteja beneficiária pela gratuidade de justiça, ou mesmo que tenha formulado pedido de
gratuidade ainda não apreciado, fica a UPJ dispensada de remeter os autos à UNAJ.

Dando prosseguimento ao feito, determino a intimação das partes para manifestarem-se em


memoriais finais, no prazo comum de 15 (quinze) dias.

Escoado o prazo assinalado, certifique-se.

Após, remetam-se os autos ao Ministério Público para exame e parecer em 30 (trinta) dias.

Por fim, voltem conclusos para SENTENÇA.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda da Capital.

(DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE)


1577
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0834159-07.2021.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: PROTERES


PARTICIPACOES SA Participação: ADVOGADO Nome: RODOLFO MEIRA ROESSING OAB: 12719/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: SECRETÁRIO MUNICIPAL DE URBANISMO DO MUNICÍPIO DE
BELÉM Participação: INTERESSADO Nome: Município de Belém - SEMAJ Participação: INTERESSADO
Nome: ENVIMAX CONSULTORIA E SERVICOS AMBIENTAIS S.A. Participação: FISCAL DA LEI Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0834159-07.2021.8.14.0301

Classe: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: PROTERES PARTICIPACOES SA

AUTORIDADE: SECRETÁRIO MUNICIPAL DE URBANISMO DO MUNICÍPIO DE BELÉM e outros (2)

Nome: SECRETÁRIO MUNICIPAL DE URBANISMO DO MUNICÍPIO DE BELÉM


Endereço: Avenida Governador José Malcher, 1622, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66060-230
Nome: Município de Belém - SEMAJ
Endereço: Travessa Primeiro de Março, 424, Campina, BELéM - PA - CEP: 66015-052
Nome: ENVIMAX CONSULTORIA E SERVICOS AMBIENTAIS S.A.
Endereço: Avenida Almirante Barroso, 1133, Sala 01, São Brás, BELéM - PA - CEP: 66090-000

DECISÃO

Vistos, etc.

Vistos, etc.

No ID 28899650, o juízo proferiu, fundamentadamente, decisão deferindo o pedido liminar para determinar
a suspensão da Concorrência nº 05/2020 do Município de Belém, em qualquer fase que se encontre, até
ulterior decisão deste juízo.

No ID 29667606, a parte interessada peticionou requerendo a reconsideração da decisão.

Pois bem. O art. 1.015, I, do CPC/15, consigna o recurso cabível para impugnar a decisão que se busca a
reversão, não havendo qualquer fundamentação legal para tal requerimento.

Destarte, INDEFIRO o pedido de reconsideração.

Ato contínuo, considerando as informações da autoridade coatora no ID 30008608, NOTIFIQUE-SE a


Caixa Econômica Federal para, querendo, manifestar o interesse na lide.

Após, remetam-se os autos ao Ministério Público para exame e parecer em 30 (trinta) dias.

Intime-se. Cumpra-se.
1578
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Cumpridas as diligências determinadas, voltem conclusos para sentença.

Belém, 3 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda Pública de Belém

p9

Número do processo: 0875709-16.2020.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: ASPEB


ADMINISTRADORA E AGENCIADORA DE BENEFICIOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
ELTONIO ARAUJO GONCALVES OAB: 15540/PA Participação: IMPETRADO Nome: IGEPREV
INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA Participação: IMPETRADO Nome:
PRESIDENTE DO INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DOESTADO DO PARÁ Participação:
FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0875709-16.2020.8.14.0301

Classe: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: ASPEB ADMINISTRADORA E AGENCIADORA DE BENEFICIOS LTDA

IMPETRADO: IGEPREV INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA e outros

SENTENÇA

Vistos etc.

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA impetrado por ASPEB ADMINISTRADORA E AGENCIADORA


DE BENEFICIOS LTDA em face de IGEPREV INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO
DO PARA, partes qualificadas, objetivando anular atos que impediu a renovação de contrato de
consignação e excluiu os descontos dos inativados.

Narra a impetrante que exerce atividade profissional de intermediação técnica prevista pelo Decreto-Lei n.º
73/66, e entre suas atribuições, propõe a contratação de seguros no mercado em nome de seus
segurados e atua como mandatária destes, adquirindo e administrando apólices de seguro de vida em
grupo.

Aduz que mantinha contrato de consignação nº 12/2010 com o impetrado e que vinham sendo realizados
descontos na folha de pagamento do IGEPREV, com descontos sendo realizados para cerca de 700
segurados, contudo, o contrato expirou em 05/05/2015, sem manifestação do impetrado e sem a
suspenção das consignações.

Relata que em agosto de 2018, a empresa autora solicitou por e-mail documentos para a renovação, via
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

protocolo nº 2018/380235, e que foi recepcionado o ofício nº 027/2020, informando que a impetrante não
constava no rol de autorizados a promover consignações, conforme o art. 42 da Lei Complementar
Estadual nº 39/2002, promovendo o cancelamento dos descontos.

Sustenta que o ato coator determinou a supressão das consignações sem oportunizar a adaptação da
situação imposta aos próprios administrados, impôs por via difusa aos associados da impetrante o ônus da
perda de benefícios sociais há muito consolidados, além de ter ferido lei federal que limita o alcance de
atos administrativos consolidados.

Ao final, requer liminarmente o restabelecimento imediato dos descontos e sucessivamente o


restabelecimento retroativamente, bem como o reconhecimento da inconstitucionalidade de quaisquer atos
administrativos fundados no artigo 42 da Lei Complementar Estadual nº 39/2002, exclusivamente em
relação aos atos jurídicos consolidados e ao direito adquirido. No mérito, requer a confirmação da liminar.

A tutela antecipada foi indeferida no Id. 22033862.

O IGEPREV apresenta informações no Id. 22907368, alegando, em síntese a inviabilidade legal de


cadastramento da interessada como consignatária junto ao instituto de previdência.

Em manifestação (ID 23455971), o Ministério Público se posicionou pela concessão da ordem, sob o
fundamento que a proibição de realização de descontos consignados decorrentes de contratos de seguro
de vida administrados pela impetrante ofende a segurança jurídica das relações contratuais, que deve
prevalecer em detrimento da falta de lei que ampare as sociedades empresárias, bem como haveria vício
de inconstitucionalidade na Lei Complementar Estadual n° 39/2002, por ofender os preceitos legais e
constitucionais que possibilitam a liberdade do servidor público e interfere ilegalmente na relação
contratual estabelecida entre a impetrante e os segurados beneficiários do seguro de vida.

Após, vieram-me os autos conclusos.

Relatei. Decido.

Pretende o autor o restabelecimento dos descontos em folhas de pagamento vinculada ao IGEPREV, em


decorrência do contrato firmado com a Administração Pública, tendo em vista que não fora aceito o pedido
de renovação do credenciamento de consignação em razão da impetrante não figurar no rol de
autorizadas a promover consignações, segundo o art. 42 da Lei Complementar Estadual n° 39/2002, a
qual institui o regime de previdência estadual do Pará.

Vejamos o que dispõe o artigo 42, inciso VI, da LC 39/2002:

Art. 42. Serão descontados dos benefícios previdenciários:(Redação dada pela Lei Complementar nº 49,
de 21 de janeiro de 2005) [...]

VI - as contribuições facultativas devidas pelo segurado às respectivas representações sindicais ou


associações de servidores estaduais e a entidades sociais instituídas por militares estaduais,
independentemente de natureza classista, cujo desconto será efetuado desde que o segurado o
permita, mediante sua prévia e expressa solicitação; (Redação dada pela Lei Complementar nº 128, de 13
de janeiro de 2020) (grifou-se)

Da leitura do dispositivo, é possível identificar que as sociedades empresárias não possuem autorização
legislativa para promoverem consignações, de modo que a impetrante, como sociedade empresária
limitada, não possui o direito líquido e certo à renovação.

Cumpre elucidar que a atuação administrativa está pautada pelo princípio da legalidade. Assim, só pode
fazer o que determina a legislação vigente. Nesse sentido, dispõe os ensinamentos doutrinários que a
legalidade “é a garantia de que todos os conflitos sejam solucionados pela lei, não podendo o agente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

estatal praticar condutas que considere devidas, sem que haja embasamento legal específico”
(CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. Salvador: Juspodivm, 2018).

Ademais, não obstante a alegação da existência das consignações desde a constituição do IGEPREV,
cumpre esclarecer que uma vez identificada desconformidade com a legislação vigente, deve trazer
regularidade às suas condutas, observando o princípio da autotutela.

A propósito, esse é o entendimento da jurisprudência de nossos tribunais, conforme exemplo colacionado


a seguir:

MANDADO DE SEGURANÇA. IMPETRANTE CONTRATADO CONTRATO VIA PSS. ALEGADA


ILEGALIDADE NO ATO DE NÃO RENOVAÇÃO DO CONTRATO, POR VÍCIO DE MOTIVAÇÃO. PODER-
DEVER DE AUTOTUTELA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ATO RESPALDADO EM RELEVANTE
MOTIVO. PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO RESPEITADO. ILEGALIDADE NÃO VERIFICADA. AUSÊNCIA
DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO A SER AMPARADO. 1. Como meio constitucional posto à disposição de
toda pessoa física e jurídica, o mandado de segurança visa a proteção de direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer
pessoa física ou jurídica sofrer violação ou qualquer justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja
de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça (artigo 1º da Lei n. 12.016/2009). 2.
Conquanto seja defeso ao Poder Judiciário o exame do mérito do ato administrativo, cabe ao Judiciário o
controle de sua legalidade quando extrapolados os limites da discricionariedade administrativa. Nesta
senda, a observação do princípio da motivação do ato administração se faz obrigatória enquanto
possibilita a verificação da legalidade dos motivos do ato. 3. No caso, não se vislumbra ilegalidade no ato
impugnado, na medida em que se reconheceu pelo Judiciário não somente a nulidade apenas dos
contratos firmados entre as partes entre os anos de 2013 e 2017, mas a nulidade, como um todo, das
contratações temporárias recorrentes, de modo indiscriminado, utilizadas de modo a burlar o princípio
constitucional da indispensabilidade do concurso público, consagrado no inciso II do artigo 37 da
Constituição Federal. Reconheceu-se, pois, que as contratações através de Processos Seletivos
Simplificados recorrentes, que culminam no exercício do cargo pelo servidor temporário por tempo
superior aos 2 (dois) anos limites previstos no artigo 27, IX, b, da Constituição Estadual e art. 5º, § 1º A, da
Lei Complementar nº 108/2005,se afiguram nulas, nos termos do § 2º do artigo 37 da Constituição
Federal. 4. Constatado que as condições que ensejaram a declaração pelo Judiciário da nulidade de
contrato em momento anterior persistem no contrato atual, resta justificada sua anulação, tratando-se do
exercício de poder-dever de autotutela da Administração Pública, consagrado na Súmula 473 do E.
Supremo Tribunal Federal. 5. Não verificada ilegalidade no ato impugnado, resta ausente direito líquido e
certo a ser amparado pela presente via, cumprindo denegar a segurança pretendida. 6. Segurança
denegada. (TJPR - 2ª C.Cível - 0055063-91.2020.8.16.0000 - * Não definida - Rel.: Juíza Angela Maria
Machado Costa - J. 01.02.2021) (TJ-PR - INF: 00550639120208160000 PR 0055063-91.2020.8.16.0000
(Acórdão), Relator: Juíza Angela Maria Machado Costa, Data de Julgamento: 01/02/2021, 2ª Câmara
Cível, Data de Publicação: 02/02/2021)

No mesmo sentido, junto decisão do C. Superior Tribunal de Justiça, em que expressamente destacou não
haver direito subjetivo à renovação de contratos administrativos, haja vista a discricionariedade que a
Administração possui.

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 344.563 - RJ (2013/0135940-4) RELATOR : MINISTRO


BENEDITO GONÇALVES AGRAVANTE : TRANSPORTE E TURISMO REAL BRASIL LTDA
ADVOGADOS : JOSÉ MARCOS GOMES BRUNO DIAS DE PINHO GOMES E OUTRO (S) AGRAVADO :
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO REPR. POR : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CONTRATO
ADMINISTRATIVO. DESNECESSIDADE DA PRODUÇÃO DE PROVAS. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE
SÚMULA 7/STJ. INEXISTÊNCIA DE ATO ILÍCITO PERPETRADO PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CONTRATANTE. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE REEXAME DE PROVAS E FATOS.
SÚMULA 7/STJ. INEXISTÊNCIA DE DIREITO SUBJETIVO À RENOVAÇÃO DO CONTRATO
ADMINISTRATIVO E NOVO CONTRATO MAIS VANTAJOSO PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
FUNDAMENTOS AUTÔNOMOS INATACADOS. SÚMULA 283/STF. AGRAVO CONHECIDO PARA
NEGAR SEGUIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. DECISÃO Trata-se de agravo interposto contra
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

decisão que inadmitiu recurso especial que enfrenta acórdão, assim ementado: ADMINISTRATIVO.
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. PRORROGAÇÃO. DISCRICIONARIEDADE. O contratado
não tem direito subjetivo (e menos ainda potestativo) de prorrogar contrato administrativo, de
prestação de serviços de transporte, no caso celebrado com a Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFRJ. Com o advento do termo contratual, sem a manifestação expressa, não se pode concluir pela
renovação tácita ou automática do contrato. Artigo 57 da Lei nº 8.666/93. É faculdade da Administração
decidir sobre a conveniência e oportunidade de uma nova prorrogação. No caso, a administração de
pronto fez novo pregão, e obteve acerto mais vantajoso. Apelação desprovida. [...]. De acordo com o
preceito expressamente citado no ajuste e na linha constitucional da isonomia e do interesse público a
prorrogação do contrato é faculdade de Administração, nos termos do art. 57, II, da Lei nº 8.666/93, [...]
Assim, caem por terra as teses autorais relativas ao direito à renovação do contrato por prazo superior ao
pactuado, hipótese que, pela peculiaridade do regime administrativo, já seria discutível. Mas, diante do
caso concreto, não havia margem a essa interpretação. A faculdade, aqui, é inerente à discricionariedade
da UFRJ, no sentido de que decidir sobre a conveniência e oportunidade de uma nova prorrogação, pelo
prazo de até sessenta meses. Não significava que, silente esta, o contrato estaria automaticamente
prorrogado. [...]. Ainda que assim não fosse, a recorrente não atacou os fundamentos do acórdão recorrido
de que é faculdade da Administração Pública a renovação do contrato administrativo e de que "no
novo pregão realizado, o valor adjudicado e homologado ao vencedor foi de R$2,00 por quilômetro rodado,
muito mais vantajoso para a Administração", fundamentos estes que são capazes, por si só, de manter o
julgado, o que faz atrair, quanto ao ponto, o óbice de conhecimento estampado na Súmula 283/STF: É
inadmissível o recurso extraordinário quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento
suficiente, e o recurso não abrange todos eles. Ante o exposto, conheço do agravo para, desde logo,
negar seguimento ao recurso especial . Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 26 de abril de 2016.
MINISTRO BENEDITO GONÇALVES Relator (STJ - AREsp: 344563 RJ 2013/0135940-4, Relator: Ministro
BENEDITO GONÇALVES, Data de Publicação: DJ 02/05/2016) (grifou-se).

Portanto, motivada pelo princípio da legalidade e da autotutela, bem como pela inexistência de direito
subjetivo à prorrogação contratual, considero que a negativa administrativa não se caracteriza como ato
ilegal. Logo, não se vislumbra qualquer ilegalidade por parte da impetrante.

Dispositivo.

Posto isso, DENEGO a segurança pretendida, extinguindo o processo com resolução de mérito, na forma
do art. 487, I, CPC/2015.

Custas pela impetrante.

Sem honorários (Súmulas n° 512 do STF e n° 105 do STJ).

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Servirá esta como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº 03/2009-CJRMB TJE/PA,
com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda da Capital.

P9
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0013376-76.2011.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ESMERALDA


GOMES BRITO Participação: ADVOGADO Nome: GLAUCILENE SANTOS CABRAL OAB: 012595/PA
Participação: EXCUTADO Nome: ESTADO DO PARÁ

PROCESSO 0013376-76.2011.8.14.0301

EXEQUENTE: ESMERALDA GOMES BRITO

EXCUTADO: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato fica o EXECUTADO intimado acerca da decisão de ID 30857455 e do despacho ID
30857449.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

ALISON KLEBER BARROS DE MIRANDA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0000143-07.2014.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: COMERCIAL


CIRURGICA RIOCLARENSE LTDA Participação: ADVOGADO Nome: LUIS GUSTAVO SCATOLIN FELIX
BOMFIM OAB: 325284/SP Participação: ADVOGADO Nome: AUGUSTO BARBOSA OAB: 281394/SP
Participação: REU Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM

PROCESSO 0000143-07.2014.8.14.0301

AUTOR: COMERCIAL CIRURGICA RIOCLARENSE LTDA

REU: MUNICÍPIO DE BELÉM

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato ficam as partes intimadas acerca da decisão de ID 30856596.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

ALISON KLEBER BARROS DE MIRANDA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0074923-49.2013.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: KATULO GUTIERREZ


GUIMARAES Participação: ADVOGADO Nome: ALESSANDRA LIMA DOS SANTOS OAB: 14.268PA/PA
Participação: REU Nome: IGEPREV INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA
Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PROCESSO 0074923-49.2013.8.14.0301

AUTOR: KATULO GUTIERREZ GUIMARAES

REU: IGEPREV INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato ficam as partes e o representante do Ministério Público do Estado do Pará intimados
acerca da sentença de ID 30856757.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

ALISON KLEBER BARROS DE MIRANDA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)


1584
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0823564-46.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SARA MARIA DA COSTA


NEGRAO Participação: ADVOGADO Nome: LUAN DIMY RODRIGUES QUARESMA OAB: 24857/PA
Participação: REU Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0823564-46.2021.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: SARA MARIA DA COSTA NEGRAO

REU: MUNICÍPIO DE BELÉM

DESPACHO

R.h.

Intimem-se as partes para que se manifestem sobre a possibilidade de conciliação, devendo, em caso
positivo, apresentar os termos respectivos.

Sem prejuízo, em atenção ao Princípio da Cooperação, ficam as partes desde logo intimadas para indicar
a este juízo os pontos de fato e de direito que entendem importantes para o julgamento da causa,
destacando, primeiro, os pontos que entendem restar incontroversos e, em segundo, aqueles
controvertidos.

Quanto aos pontos de fato controvertidos, deverão as partes especificar as provas que pretendem
produzir para subsidiar a sua tese, justificando, objetiva e fundamentadamente, sua relevância e
pertinência.

Caso requeiram prova pericial, devem as partes fazer a indicação expressa do tipo de perícia e do objeto
sobre o qual ela deverá recair, além de apresentar os quesitos que entendem pertinentes para a
elucidação da controvérsia.

Observo, desde logo, que a prova pericial será INDEFERIDA caso a prova do fato não dependa do
conhecimento especial de técnico, for desnecessária em vista de outras já produzidas ou quando a
verificação for impraticável (art. 464, § 1º, do CPC/15).

Quanto às questões de direito, para que não se alegue prejuízo, deverão, desde logo, manifestar-se sobre
a matéria cognoscível de ofício pelo juízo, desde que interessem ao processo.

Registre-se, ainda, que não serão consideradas relevantes as questões não adequadamente delineadas e
fundamentadas nas peças processuais, além de todos os demais argumentos insubsistentes ou
ultrapassados pela jurisprudência reiterada.

Fixo o prazo comum de 10 (dez) dias para cumprimento da diligência.

Intimem-se as partes. Escoado o prazo assinalado, não havendo manifestação, CERTIFIQUE-SE.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Após, voltem-me os autos conclusos para despacho saneador e designação de audiência de instrução e
julgamento, nos termos do artigo 357, do Código de Processo Civil, ou ainda julgamento antecipado do
mérito, de acordo com o artigo 355, I, do Código de Processo Civil.

Intimem-se.

Servirá esta, por cópia digitalizada, como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº
03/2009-CJRMB TJE/PA, com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda da Capital.

(DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE)

Número do processo: 0010877-42.1999.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DE JESUS


SANTOS LINHARES Participação: ADVOGADO Nome: ELIA CATARINA NONATO FONSECA MARINHO
OAB: 14824/PA Participação: REU Nome: NILTON DA SILVA MAIA Participação: REU Nome: LUIZ
OTAVIO MELO MARIGLIANI Participação: REU Nome: JOSE ALBERTO RODRIGUES SOUZA SENA
Participação: REU Nome: A FAZENDA PUBLICA DO MUNICIPIO DE BELEM

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0010877-42.1999.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: MARIA DE JESUS SANTOS LINHARES

REU: NILTON DA SILVA MAIA e outros (3)

DECISÃO

Vistos etc.

Designo audiência de instrução e julgamento na modalidade ONLINE para o dia 30.11.2021 às 10h,
oportunidade em que serão ouvidas as partes, caso tenha sido requerido, e as testemunhas cujo rol já
conste dos autos ou que venha a ser apresentado em até 15 (quinze) dias da intimação da presente
decisão, sob pena de preclusão.

Intimem-se as partes, que deverão estar ONLINE no horário designado ao ato acompanhadas de suas
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

testemunhas, na forma do art. 455 do CPC/15, segundo o qual “ Cabe ao advogado da parte informar ou
intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a
intimação do juízo”.

Em se tratando de testemunha arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, sua intimação
deverá ser judicial, mediante mandado regularmente expedido pelo Diretor de Secretaria (art. 455, § 4º, IV,
do CPC/15), no bojo do qual deverá ser consignado que o depoimento prestado em juízo é considerado
serviço público e que a testemunha, quando sujeita ao regime da legislação trabalhista, não sofre, por
comparecer à audiência, perda de salário nem desconto no tempo de serviço.

Defiro o depoimento pessoal que tenha sido requerido pelo autor em relação ao réu e vice-versa, caso em
que o depoente deverá ser pessoalmente intimado, via mandado, devendo o oficial de justiça, por ocasião
da diligência, adverti-lo da pena de confissão, caso não compareça, ou, comparecendo, se recuse a depor
(art. 385, § 1º, do CPC/15.

Tendo as partes formulado pedido de realização de prova pericial, deixo para momento oportuno a análise
de seu cabimento, na forma do art. 464, § 1º, do CPC/15.

Informo desde logo que a videoconferência será realizada por meio da plataforma Microsoft Teams,
onde será disponibilizado o link de acesso por este juízo em momento oportuno, devendo desde logo as
partes informarem seus respectivos emails para envio de convite para participação da sala de audiência.

Expeça-se o necessário. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda da Capital.

(DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE)

Número do processo: 0067062-12.2013.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: MEIRE LEAL DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: GLAUCILENE SANTOS CABRAL OAB: 012595/PA Participação:
EXECUTADO Nome: ESTADO DO PARÁ

PROCESSO 0067062-12.2013.8.14.0301

EXEQUENTE: MEIRE LEAL DA SILVA

EXECUTADO: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

úteis.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

ALISON KLEBER BARROS DE MIRANDA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0016208-19.2010.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: REGINA SILVA DE


BARROS Participação: ADVOGADO Nome: GLAUCILENE SANTOS CABRAL OAB: 012595/PA
Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ

PROCESSO 0016208-19.2010.8.14.0301

AUTOR: REGINA SILVA DE BARROS

REU: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

ALISON KLEBER BARROS DE MIRANDA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0004373-97.2011.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: PAMELA DO


NASCIMENTO GOMES Participação: ADVOGADO Nome: TIAGO COIMBRA DE ARAUJO OAB:
14860/PA Participação: REU Nome: IPAMB - Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

do Pará,

PROCESSO 0004373-97.2011.8.14.0301

AUTOR: PAMELA DO NASCIMENTO GOMES

REU: IPAMB - INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA DO MUNICÍPIO DE BELÉM DO PARÁ,

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato ficam as partes intimadas acerca da sentença de ID 30980770.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

FRANCIANNE SOUZA SILVA SILVA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0845588-10.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SIQUEIRA LOCACOES


LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: HILTON JOSE SANTOS DA SILVA OAB: 17501/PA
Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ

PROC. 0845588-10.2017.8.14.0301

AUTOR: SIQUEIRA LOCACOES LTDA - EPP

REU: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do MM. Juiz desta Vara, fica intimada a parte autora a proceder ao recolhimento das custas
apuradas nos presentes autos, no prazo legal, conforme boleto de id. 29085054, juntado nos autos. (Ato
ordinatório - Provimento nº 006/2006, art. 1º, § 2º, XI -CJRMB). Int.

Belém - PA, 17 de agosto de 2021

LARISSA ZANELLA CELLA POTIGUAR


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SERVIDOR(A) DA UPJ

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL.


(Provimento 006/2006 – CRMB, art. 1º, §3º)

Número do processo: 0821167-14.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LETICIA BIANCA


PONTES DE LIMA Participação: ADVOGADO Nome: FABIO ROBERTO PONTES DE LMA OAB:
31135/PA Participação: REU Nome: IASEP - INSTITUTO DE ASSISTENCIA DOS SERVIDORES DO
ESTADO DO PARA Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0821167-14.2021.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: LETICIA BIANCA PONTES DE LIMA

REU: IASEP - INSTITUTO DE ASSISTENCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DO PARA e outros

DECISÃO

Vistos etc.

Instadas as partes a informarem se ainda pretendiam produzir provas, ambas requereram o julgamento
antecipado da lide.

Por essa razão, anuncio o julgamento antecipado da lide, nos termos do art. 355, inciso I do NCPC/2015,
determinando a intimação das partes, em obediência ao que dispõem os artigos 9 e 10 do CPC/2015.

Intimadas as partes, remetam-se os autos à Unidade de Arrecadação Judiciária – UNAJ para a elaboração
da conta de custas finais em dez (10) dias, conforme os termos do art. 26 da Lei Estadual n. 8.328/2015.

Na hipótese de custas pendentes, o Coordenador da UPJ intimará a parte interessada, através de ato
ordinatório, para realizar o pagamento do boleto de custas, em dez (10) dias.

Caso a parte esteja beneficiária pela gratuidade de justiça, ou mesmo que tenha formulado pedido de
gratuidade ainda não apreciado, fica a UPJ dispensada de remeter os autos à UNAJ.

Dando prosseguimento ao feito, determino a intimação das partes para manifestarem-se em memoriais
finais, no prazo comum de 15 (quinze) dias.

Escoado o prazo assinalado, certifique-se.

Após, remetam-se os autos ao Ministério Público para exame e parecer em 30 (trinta) dias.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Por fim, voltem conclusos para SENTENÇA.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda da Capital.

(DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE)

Número do processo: 0062300-89.2009.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: SALOMAO SILVA


LEAO Participação: ADVOGADO Nome: JOSE OTAVIO TEIXEIRA DA FONSECA OAB: 4375/PA
Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ MPPA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0062300-89.2009.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: SALOMAO SILVA LEAO

REU: ESTADO DO PARÁ

DECISÃO

Vistos etc.

O pedido de cumprimento de sentença formulado preenche os requisitos do art. 534 do CPC, motivo pelo
qual determino seu processamento.

PROCEDA-SE às alterações cadastrais que se fizerem pertinentes junto ao PJe para identificação da fase
procedimental de cumprimento de sentença.

INTIME-SE a Fazenda Pú-blica na pessoa do seu representante judicial para, querendo, apresentar
impugnação no prazo de 30 (trinta) dias, como incidente a estes próprios autos, oportunidade em poderá
arguir qualquer das matérias listadas nos incisos do art. 535 do CPC/15.

Alegando o Executado que os Exequentes, em excesso de execução, pleiteiam quantia superior à


resultante do título, cumpre ao Executado declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de
não conhecimento da arguição.

Saliento, ainda, que, tratando-se de impugnação parcial, a parte não questionada pela executada será,
desde logo, objeto de cumprimento.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Intime-se. Cumpra-se.

Servirá esta como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº 03/2009-CJRMB TJE/PA,
com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.

Belém, 17 de agosto de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda Pública de Belém

(DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE)

P3

Número do processo: 0831412-84.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ESTADO DO PARÁ


Participação: EXECUTADO Nome: WALTER VIEIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome:
LUCIANO DA SILVA FONTES OAB: 11537/PA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0831412-84.2021.8.14.0301

Classe: EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL (159)

EXEQUENTE: ESTADO DO PARÁ

EXECUTADO: WALTER VIEIRA DA SILVA

SENTENÇA

Vistos etc.

Trata-se de EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL promovida pelo ESTADO DO PARÁ em face de


WALTER VIEIRA DA SILVA, partes qualificadas.

Consta dos autos que, citado, o executado comprovou o pagamento do débito exequendo (ID 29994544).
pugnando pela extinção do feito, em razão da satisfação integral do débito.

É o relatório. Decido.

O artigo 924, inciso II do Código de Processo Civil estabelece que:

Art. 924. Extingue-se a execução quando:

II - a obrigação for satisfeita;


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Dessa forma, tendo o procedimento executório alcançado o seu desiderato, entregando ao exequente, de
forma efetiva, o bem da vida pretendido, concluo.

Dispositivo

Ante a satisfação do direito perseguido, JULGO EXTINTA a execução em trâmite, com fundamento no art.
924, inc. II, do Código de Processo Civil.

CONDENO o executado ao pagamento das despesas processuais e dos honorários advocatícios que fixo
em 10% sobre o valor atualizado da causa, observado o disposto no parágrafo 16 do artigo 85 do Código
de Processo Civil.

Tratando-se de pessoa pobre na acepção jurídica do termo (CPC, artigo 98, caput), DEFIRO a gratuidade
da justiça pleiteada, conforme as isenções estabelecidas no artigo 98, § 1º, do Código de Processo Civil.
Por ser o executado beneficiário do instituto da Justiça Gratuita, as obrigações decorrentes de sua
sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos
5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado desta decisão, o exequente demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se,
passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário (CPC, artigo 98, §§ 2º e 3º).

Decorridos os prazos legais, certifique-se o trânsito em julgado, arquivando-se oportunamente.

P.R.I.

Belém, 28 de julho de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda Pública de Belém

(DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE)

Número do processo: 0841503-39.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: RAIMUNDA DOS


SANTOS ROCHA Participação: ADVOGADO Nome: RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB:
6947/PA Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Gabinete da 1ª Vara de Fazenda da Capital

Processo nº 0841503-39.2021.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

REQUERENTE: RAIMUNDA DOS SANTOS ROCHA

REQUERIDO: ESTADO DO PARÁ

Nome: ESTADO DO PARÁ


Endereço: Rua dos Tamoios, 1671, Batista Campos, BELéM - PA - CEP: 66033-172
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

DECISÃO

Vistos, etc.

Trata-se de AÇÃO ORDINÁRIA, sob o rito comum, ajuizada por RAIMUNDA DOS SANTOS ROCHA em
face de ESTADO DO PARÁ, partes qualificadas.

Em apertada síntese, narra a requerente que é professora do Estado e não recebe seus vencimentos em
conformidade com o Piso Nacional do Magistério.

Em decorrência dos fatos, requer, já em sede de tutela de evidência, o imediato pagamento de seus
vencimentos em conformidade com o piso salarial.

É o breve relatório.

Decido.

Conforme narrado, pretende a parte autora a concessão de tutela de obrigação de fazer. O pedido, no
entanto, não merece ser atendido pois implica no esgotamento parcial/total do objeto da ação, o que é
vedado pela norma expressa do art. 1º, § 3º, da Lei nº 8.347/92.

Art. 1° Não será cabível medida liminar contra atos do Poder Público, no procedimento cautelar ou em
quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, toda vez que providência semelhante não
puder ser concedida em ações de mandado de segurança, em virtude de vedação legal.

(...)

§3° Não será cabível medida liminar que esgote, no todo ou em qualquer parte, o objeto da ação.

Nesses termos, a jurisprudência:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REVISÃO REMUNERATÓRIA. PRETENSÃO DE


EQUIPARAÇÃO DOS VENCIMENTOS AO PISO NACIONAL DOS PROFESSORES EM SEDE DE
TUTELA DE EVIDÊNCIA. NÃO CABIMENTO. DECISÃO LIMINAR QUE ESGOTA O OBJETO DA AÇÃO.
AUMENTO SALARIAL A SERVIDOR PÚBLICO VEDADO EM SEDE DE LIMINAR. ART. 7º, § 2º e 5º DA
LEI 12.016/2009. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO À UNANIMIDADE. 1. Cinge-se a
controvérsia recursal em definir se deve ser deferida a tutela provisória de evidência pretendida pela
Agravante, para que passe a receber vencimentos no valor que afirma ser adequado, por se tratar de piso
salarial nacional dos professores. 2. A pretensão recursal se confunde com mérito da demanda,
evidenciando o caráter satisfativo da medida, o que atrai, por consequência, a incidência da vedação
prevista nos art. 1º da Lei 9.494/97 e 1º, § 3º da Lei nº 8.437/92. Além disto, o caso em análise trata de
pedido de aumento a servidor público, cujo deferimento liminar é igualmente vedado pelo art. 7º, § 2º e 5º
da Lei 12.016/2009. 3. Em que pese o argumento da Agravante no sentido de que a vedação mencionada
pelo Juízo de origem não se aplica às verbas de natureza previdenciária, constata-se que constata-se que
a Recorrente não recebe verbas com tal natureza, eis que ainda se encontra em processo de
aposentadoria e não aposentada, o que é corroborado pelos contracheques carreados aos autos em que
consta o recebimento de vencimentos e não de proventos (3295671, 3295671, Rel. MARIA ELVINA
GEMAQUE TAVEIRA, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito Público, Julgado em 2020-06-29, Publicado em
2020-07-10).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. PISO SALARIAL DOS PROFESSORES.


DIFERENÇA NÃO PAGA. LEI 8.437/1992. LIMINAR QUE ESGOTE O OBJETO DA AÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PERIGO DE DANO OU DE RISCO AO RESULTADO ÚTILO DO
PROCESSO. 1. Segundo o STJ, somente para se proteger um bem maior é possível relativizar a Lei
8.437/1992, com relação à concessão de liminar contra a Fazenda Pública (artigo 1º, § 3º). 2. Em se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

tratando de matéria pretérita e não urgente, resta ausente o bem maior (perigo de dano ou de risco ao
resultado útil do processo), o que afasta a possibilidade de concessão de liminar que esgote no todo ou
em parte o objeto da ação. 3. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO. (TJ-GO - AI:
05029213120188090000, Relator: GUILHERME GUTEMBERG ISAC PINTO, Data de Julgamento:
15/03/2019, 5ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 15/03/2019).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. MUNICÍPIO DE SANTA MARIA. DECISÃO QUE DEFRIU LIMINAR PARA
IMPLANTAÇÃO DE PISO SALARIAL PROFISSIONAL. VEDAÇÃO DE LIMINARES DE TAL NATUREZA.
DECISÃO REFORMADA. A concessão de tutela antecipada com caráter satisfativo encontra óbice no
artigo 1º , § 3º da Lei nº 8.437/92 que veda o deferimento de liminar que esgote, no todo ou em parte o
objeto da ação, bem como a medida prolatada é irreversível, por tratar de deferir verba de caráter
alimentar de forma precária ao servidor, de forma que, na eventualidade de improcedência do feito, tais
valores não poderão ser reavidos pela Administração. Ademais, quanto à aplicabilidade e interpretação do
artigo 7º, § 2º da Lei nº 12.016/2009, denota-se que o caso em concreto encontra amparo neste
dispositivo, com a vedação da concessão pretendida, por se tratar de aumento de vantagem no
vencimento de servidor público. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.

(TJ-RS - AI: 71006937189 RS, Relator: Deborah Coleto Assumpção de Moraes, Data de Julgamento:
28/09/2017, Segunda Turma Recursal da Fazenda Pública, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
06/10/2017).

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.TUTELA DE URGÊNCIA. PAGAMENTO DO PISO


SALARIAL NACIONAL DO MAGISTÉRIO. LEI DO MANDADO DE SEGURANÇA. IMPOSSIBILIDADE DE
DECISÃO LIMINAR, EM FACE DA FAZENDA PÚBLICA, QUE ORDENE PAGAMENTO DE QUALQUER
NATUREZA. APLICABILIDADE À TUTELA ANTECIPADA. a) De acordo com o art. 7º, § 2º da Lei do
Mandado de Segurança, "não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de
créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do Agravo de Instrumento nº 1615925-8
exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão
de vantagens ou pagamento de qualquer natureza" b) Por sua vez, o § 5º do mesmo artigo estende tal
vedação aos casos de antecipação de tutela previstos no art. 273 do CPC/1973, atual artigo 300 do
CPC/2015.c) Dessa forma, encontra óbice na vedação legal o pedido de antecipação de tutela formulado
em ação civil pública, que objetiva compelir o Município ao pagamento de professores em acordo com o
piso salarial nacional do magistério. (TJ-PR - AI: 16159258 PR 1615925-8 (Acórdão), Relator: Leonel
Cunha, Data de Julgamento: 28/03/2017, 5ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 2011 18/04/2017).

Compulsando os autos, nota-se que o pedido formulado em caráter antecipatório de evidência, se


confunde com o mérito da ação, de modo que o seu indeferimento se impõe.

Nesses termos, concluo.

Dispositivo.

Desta feita, INDEFIRO o pedido de antecipação de tutela.

Em tempo, DEFIRO a gratuidade de justiça.

CITE-SE e INTIME-SE o requerido para contestar o feito no prazo legal (art. 335 c/c art. 183, ambos do
CPC/2015).

A ausência de contestação implicará na revelia do ente público, somente em seu efeito processual, tal
como preceituam os artigos 344 e 345 do código de processo civil de 2015.

Alegando o réu qualquer das matérias enumeradas no art. 337, deve a secretaria, mediante ato
ordinatório, proceder à intimação do autor para, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestar-se em réplica
(art. 351 do CPC/15).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Escoados os prazos ao norte fixados, certifique-se sobre o cumprimento e a tempestividade das


diligências determinadas.

Após, voltem conclusos para impulso oficial.

Intimem-se. Cumpra-se.

Servirá esta como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº 03/2009-CJRMB TJE/PA,
com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.

Belém, 22 de julho de 2021.

MAGNO GUEDES CHAGAS

Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda da Capital.

P8

Número do processo: 0036703-11.2015.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RAIMUNDO FERREIRA


SOARES Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTO CARLOTA DE VASCONCELOS OAB: 50PA/PA
Participação: REU Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM

PROCESSO 0036703-11.2015.8.14.0301

AUTOR: RAIMUNDO FERREIRA SOARES

REU: MUNICÍPIO DE BELÉM

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

ALISON KLEBER BARROS DE MIRANDA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0003854-64.2007.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DA PAIXAO


FERREIRA DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: EDILENE SANDRA DE SOUSA LUZ SILVA
OAB: 7568/PA Participação: REU Nome: IGEPREV Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PROCESSO 0003854-64.2007.8.14.0301

AUTOR: MARIA DA PAIXAO FERREIRA DA COSTA

REU: IGEPREV

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato ficam as partes intimadas acerca da sentença de ID 30230848.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

FRANCIANNE SOUZA SILVA SILVA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0867095-22.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA ASSUNCAO


GONCALVES MARTINS Participação: ADVOGADO Nome: ANDREZA DE LOURDES OLIVEIRA
CASSIANO OAB: 11237/PA Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação:
REQUERIDO Nome: IGEPREV

PROCESSO Nº: 0867095-22.2020.8.14.0301

AUTORA: MARIA ASSUNCAO GONCALVES MARTINS

RÉUS: ESTADO DO PARÁ, IGEPREV

ATO ORDINATÓRIO

Considerando que a Contestação de ID 28381211 foi apresentada TEMPESTIVAMENTE, INTIME-SE a


parte autora para, querendo, apresentar réplica no prazo legal, nos termos do art. 437, caput e §1º, do
Código de Processo Civil e do Provimento n° 006/2006-CJRM, art. 1°, § 2°,II. Int.
1597
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém - PA, 18 de agosto de 2021.

CINTHYA HELENA DE SOUSA SIQUEIRA

SERVIDORA DA UPJ DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL

Número do processo: 0029264-56.2009.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: IOLANDA ALVES DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: JORGEANA DANIELLY RIOS BRITO RIBEIRO FURTADO OAB:
17862/PA Participação: ADVOGADO Nome: MAURO AUGUSTO RIOS BRITO OAB: 8286/PA
Participação: REU Nome: HEMOPA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO
ESTADO DO PARA

PROCESSO 0029264-56.2009.8.14.0301

AUTOR: IOLANDA ALVES DA SILVA

REU: HEMOPA

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco)
dias úteis.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

FRANCIANNE SOUZA SILVA SILVA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0864186-07.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MANOEL LUIZ MENDES


DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: WALERIA MARIA ARAUJO DE ALBUQUERQUE OAB:
10314/PA Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL - UPJ DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PROCESSO Nº: 0864186-07.2020.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: MANOEL LUIZ MENDES DOS SANTOS

REU: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

Conforme o artigo 9°, §§ 3° e 4°, da Resolução n° 29/2016-TJPA, INTIME-SE o credor/exequente para que
se manifeste nos autos sobre a realização ou não do depósito referente ao Ofício RPV (Requisição de
Pequeno Valor) de ID 25598693, no prazo de 30 (trinta) dias.

Belém, 18 de agosto de 2021.

CINTHYA HELENA DE SOUSA SIQUEIRA

Servidor(a) da UPJ das Varas da Fazenda Pública da Capital


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 2 VARA DA FAZENDA

Número do processo: 0866304-53.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: romano santana


Participação: ADVOGADO Nome: JADER NILSON DA LUZ DIAS OAB: 5273/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ALLAN WELDER DUARTE DIAS OAB: 27625/PA Participação: REU Nome:
SECRETARIA DE ESTADO DE OBRAS PUBLICAS Participação: INTERESSADO Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

ASSUNTO: PISO SALARIAL

AUTOR: ROMANO SANTANA

RÉU: ESTADO DO PARÁ

SENTENÇA

ROMANO SANTANA ajuizou pedido de obrigação de fazer (reajuste do piso salarial do magistério) c/c
Cobrança contra ESTADO DO PARÁ, visando à majoração de seus vencimentos de acordo com o piso
salarial nacional da educação básica (sendo o vencimento-base de 2020 o valor de R$2.886,24), a que
alegou fazer jus, dado pertencer à carreira do magistério estadual, bem como à condenação do Réu ao
pagamento, em base retroativa quinquenal, das parcelas supostamente inadimplidas mais vincendas,
aduzindo que, desde 2016, não viria recebendo o piso previsto na Lei nº 11.738/2008.

O Autor juntou documentos e afirmou, em síntese, que é servidor público da Secretaria de Educação do
Estado do Pará, ocupante do cargo de Professor Classe II – Ref. 03H, exercendo há vários anos suas
funções na área de educação, vindo requerer o cumprimento da Lei nº 11.738/08 e consequentemente
retificar e majorar o seu vencimento-base e devidos reflexos para o valor legalmente previsto na referida
legislação, bem como o pagamento dos valores retroativos referentes às diferenças do piso salarial
devidas até a data do efetivo pagamento, tudo devidamente corrigido.

Entendeu, assim, que a diferença devida pelo Réu, com os seus devidos reflexos, contabilizada durante o
período dos fatos, equivaleria à quantia de R$189.338,69 (cento e oitenta e nove mil, trezentos e trinta e
oito reais e sessenta e nove centavos).

Requereu que fosse determinado ao Requerido que efetuasse, de imediato, a correção do valor do piso
salarial do magistério e seus reflexos nos seus vencimentos, em conformidade com as normas federais,
pagando o vencimento-base de acordo com o piso nacional, somada à sua condenação ao pagamento
das parcelas retroativas, na quantia acima declinada.

Juntou documentos nos IDs 20988583 a 20989907.

Foi indeferido o pedido de tutela de urgência, porém deferida a gratuidade em decisão de ID 21043523.

Citado, o Estado do Pará apresentou contestação (ID 21515905), alegando, no mérito, a improcedência
dos pedidos, eis que a pretensão da parte Autora seria contrária à decisão em sede cautelar tomada em
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

pedido de suspensão aviado perante o STF (SS 5.236), em que a Ministra Carmem Lúcia considerou
plausível o argumento do Estado no sentido de que o recebimento de gratificação permanente e uniforme
pelos professores torna sua remuneração superior ao patamar nacional, assim suspendendo decisões que
determinam ao Estado o pagamento do piso nacional ao vencimento-base dos professores da educação
básica, havendo, portanto, identidade entre a situação dos autos e a ratio contida em tal decisão
monocrática.

Argumentou, ainda, acerca da existência de ação de mandado de segurança coletivo com o mesmo
objeto, julgamento da ADI n° 4.167-DF e equiparação do conceito de piso salarial ao vencimento-base
mais gratificação de escolaridade (art. 30, V da Lei Estadual nº 5.351/86, c/c art. 50 da Lei Estadual n°
7.442/2010, e arts. 132, VII. 140, III, da Lei Estadual nº 5.810/94).

Por fim, suscitou existir Mandado de Segurança Coletivo aforado pelo Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública no Pará - SINTEPP tratando sobre o mesmo objeto.

Réplica no ID 21873918.

O feito foi, então, encaminhado ao MP, que se manifestou no sentido da procedência do pedido (ID
25857800).

Autos conclusos.

Éo relatório.

DECIDO.

Desnecessária a produção de outras provas, estando o presente feito apto ao julgamento (art. 355, I,
CPC).

O Autor manejou a presente ação de obrigação de fazer (reajuste do piso salarial do magistério) c/c
Cobrança, visando à majoração de seus vencimentos de acordo com o piso salarial nacional da educação
básica (sendo o vencimento-base de 2020 o valor de R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado pertencer
à carreira do magistério estadual, bem como à condenação do Réu ao pagamento, em base retroativa
quinquenal, das parcelas supostamente inadimplidas mais vincendas, aduzindo que, desde 2016, não viria
recebendo o piso previsto na Lei nº 11.738/2008.

O pedido deve ser julgado procedente, notadamente, com a limitação da prescrição quinquenal de trato
sucessivo.

Primeiramente, necessário trazer ao debate a questão da prescrição quinquenal contra a Fazenda Pública.

A prescrição das ações intentadas em face da Administração Pública regula-se pelo Decreto nº 20.910/32,
que, em seu artigo 1º, dispõe:

Art. 1º - As dividas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou
ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em
cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.

Portanto, depreende-se do dispositivo mencionado que o prazo prescricional que regula o caso em tela
seria de cinco anos.

Cabe aqui, no entanto, outra ponderação, já em relação às prestações de trato sucessivo. Em que pese a
determinação do prazo prescricional de 5 (cinco) anos para requerer qualquer direito contra a Fazenda
Pública, contida no art. 1º do Decreto nº 20.910/32, em casos que se referem à concessão de adicional
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

remuneratório, a relação sobre que versam é de trato sucessivo, pelo que não corre prazo prescricional ou
decadencial.

Nesse sentido, observe-se a Súmula nº 85, do STJ:

Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a fazenda pública figure como devedora, quando não
tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação.

Observe-se, ainda, o seguinte julgado:

ADMINISTRATIVO - ADICIONAL NOTURNO - DEVIDO AOS POLICIAIS CIVIS - PRELIMINAR -


PRESCRIÇÃO - PARCELAS - TRATO SUCESSIVO PRELIMINAR DE PRESCRIÇÃO DAS PARCELAS
REJEITADA, EIS QUE SENDO AS PARCELAS PLEITEADAS DE TRATO SUCESSIVO, A
PRESCRIÇÃO INCIDE APENAS SOBRE AQUELAS VENCIDAS NO QUINQUÊNIO ANTERIOR A
PROPOSITURA DA AÇÃO.

(20000110553819 DF, Relator: VALTER XAVIER, Data de Julgamento: 24/03/2003, 1ª Turma Cível, Data
de Publicação: DJU 30/04/2003 Pág. 23).

Logo, não haveria que se falar em prescrição da pretensão total da parte Autora, restringindo-se essa, a
bem da verdade, apenas à cobrança daquelas parcelas vencidas antes do quinquênio anterior ao
ajuizamento da ação, ocorrido, na hipótese, em 09/11/2020.

Feitas essas considerações, passo ao exame do mérito em si.

De início, cumpre-me rechaçar, de plano, os já habituais argumentos relativos à impossibilidade de


ajuizamento de ação individual concomitante ao processamento de ação coletiva. O raciocínio é antigo e
há muito ultrapassado. Não há “(...) litispendência entre ação individual e ação coletiva, assim como no
sentido de ser inaproveitável e inoponível a coisa julgada formada na ação coletiva para quem litiga
individualmente e não desistiu de sua ação.” (STJ - AgInt no REsp 1890827/PE, DJe 02/03/2021; REsp
1722626/RS, DJe 23/05/2018).

Também, melhor sorte não merece a também usual alegação de aplicação isonômica da decisão proferida
no Processo SS 5236-STF, haja vista que “a decisão em comento é clara em falar que não afeta ao mérito
dos Mandados de Segurança nº 0002367-74.2016.8.14.0000 e 0001621-75.2017.8.14.0000” (STF – Rcl.
42315/PA, DJe 10/02/2021), bem como que “não há que se falar na ocorrência de suspensão da
tramitação de processos nas instâncias ordinárias por força da decisão proferida na SS 5.236, não sendo
possível confundir a sustação de efeitos de decisão impugnada com ordem de suspensão nacional dos
processos” (STF – Rcl. 42430/PA, DJe 28/09/2020).

A toda evidência, os argumentos de resistência sustentados pelas entidades públicas, tanto do Estado do
Pará, quanto do Município de Belém, nos processos de integralização do piso salarial nacional da
categoria do Magistério, conforme parâmetros definidos na Lei Federal n° 11.738/2008, limitam-se a
questionar a possibilidade de cumulação de outras parcelas remuneratórias, a fim de justificar o
estabelecimento do vencimento-base em valor nominal menor do que aquele previsto na legislação
federal.

Assim, nasceu a tese de que o referido diploma legal teria, segundo a tese da Administração Pública,
regulamentado a “remuneração global” ou, ao menos, estabelecido o conceito de “vencimento inicial”
(vencimento-base mais gratificação de escolaridade), pelo exercício do magistério e, não, o vencimento-
base.

Essa tese não se sustenta, tampouco fora absorvida pela jurisprudência aplicada a espécie.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

O tema já foi exaustivamente debatido no âmbito de nossos Tribunais Superiores, destacando-se o


julgamento da ADI n° 4.167, pelo Supremo Tribunal Federal, cuja ementa transcrevo abaixo:

Ementa: CONSTITUCIONAL. FINANCEIRO. PACTO FEDERATIVO E REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA.


PISO NACIONAL PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. CONCEITO DE PISO:
VENCIMENTO OU REMUNERAÇÃO GLOBAL. RISCOS FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO. JORNADA
DE TRABALHO: FIXAÇÃO DO TEMPO MÍNIMO PARA DEDICAÇÃO A ATIVIDADES EXTRACLASSE EM
1/3 DA JORNADA. ARTS. 2º, §§ 1º E 4º, 3º, CAPUT, II E III E 8º, TODOS DA LEI 11.738/2008.
CONSTITUCIONALIDADE. PERDA PARCIAL DE OBJETO.

1. Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de
aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º
da Lei 11.738/2008).

2. É constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do ensino médio
com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre
normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo
como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como
instrumento de proteção mínima ao trabalhador.

3. É constitucional a norma geral federal que reserva o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos
docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse.

Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. Perda de objeto declarada em relação aos arts.
3º e 8º da Lei 11.738/2008.

(STF – ADI n° 4.167, DJe 24/08/2011).

No mesmo sentido: AgR no RE 1.187.534/SP; AgR no RE 859.994/SC; RG no RE 1.309.924/MG (Tema n°


1134); AgR no ARE 898.304/MG; AgR na Rcl 12.985/DF.

Vale destacar, também, que a Corte Suprema já se manifestou sobre o tema em controle difuso, ao
apreciar recurso próprio interposto pelo Estado do Pará no Processo n° 0002367-74.2016.8.14.0000
(TJPA) – em que se originou o Processo SS 5236-STF (suspensão de segurança) –, cuja ementa restou
assim consignada:

Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE


PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356/STF. DIREITO ADMINISTRATIVO.
PISO NACIONAL PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. LEI FEDERAL 11.738/2008.
CONSTITUCIONALIDADE. PAGAMENTO EM VALOR INFERIOR AO PISO PELO ESTADO.
INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICOPROBATÓRIO CONSTANTE DOS
AUTOS. SÚMULA 279/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Ausência de prequestionamento do art. 18 da Constituição Federal. Incidência da Súmula 282/STF.


Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir a omissão, é inviável
o recurso, nos termos da Súmula 356/STF.

II - A jurisprudência desta Corte, no julgamento da ADI 4.167/DF, de relatoria do Ministro Joaquim


Barbosa, reconheceu a constitucionalidade da Lei 11.738/2008, que fixou o piso salarial nacional
dos professores da educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global.

III – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica a revisão da interpretação de
normas infraconstitucionais que fundamentam o acórdão recorrido, dado que apenas ofensa direta à
Constituição Federal enseja a interposição do apelo extremo.
1603
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

IV – Conforme a Súmula 279/STF, é inviável, em recurso extraordinário, o reexame do conjunto fático-


probatório constante dos autos.

V – Agravo regimental a que se nega provimento.

(STF – AgR no ARE 1.292.388/PA, DJe 14/04/2021)

Como se vê, não há espaço para continuidade da discussão acerca do conceito de “piso salarial nacional”
regulamentado na Lei Federal n° 11.738/2008, eis que a última palavra sobre o tema já foi firmada e
reafirmada pelo STF, concluindo-se pela constitucionalidade do “piso salarial nacional dos professores da
educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global”.

Por oportuno, ressalto que a cumulação de outras parcelas remuneratórias, como forma de composição de
vencimento-base de categoria funcional, não pode ser adotada, sob pena de violação do princípio da
legalidade (art. 37, caput, da CF). Isto é, “(...) Em se tratando de remuneração de servidor público, tem-se
que as vantagens pecuniárias são parcelas acrescidas ao vencimento base em decorrência de uma
situação fática previamente estabelecida em lei, sendo que toda gratificação reclama a consumação de um
certo fato que proporciona o direito à sua percepção. É dizer que, presente a situação prevista na norma,
assegura-se ao servidor direito subjetivo à sua percepção. (...)” (TJPA – Acórdão n° 3.614.505, rel. Des.
Roberto Moura, DJe 10/09/2020).

Desse modo, importa dizer que é insustentável qualquer tentativa da Administração Pública em resistir à
necessidade e obrigatoriedade legal da integralização do vencimento-base da categoria do Magistério
público, até que, ao servidor, seja observada a referência financeira nominal estabelecida na legislação
federal – por óbvio, “referência financeira” (vencimento-base) alcançada sem a cumulação de outras
parcelas remuneratórias.

A Lei Federal n° 11.738/08 fixou, a partir do ano de 2008, os valores mínimos de composição do
vencimento base dos servidores públicos titulares de cargos do magistério público da educação básica
com carga horária mínima de “40h” (quarenta horas-aula) semanais ou “200h” (duzentas horas-aula)
mensais, conforme descrito no seu art. 2°, cito:

Art. 2o O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica
será de R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais) mensais, para a formação em nível médio, na
modalidade Normal, prevista no art. 62 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional.

§1o O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da educação
básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais.

§2o Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se aqueles que desempenham
as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração,
planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das
unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima
determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional.

§3o Os vencimentos iniciais referentes às demais jornadas de trabalho serão, no mínimo, proporcionais ao
valor mencionado no caput deste artigo.

§4o Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga
horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.

§5 o As disposições relativas ao piso salarial de que trata esta Lei serão aplicadas a todas as
aposentadorias e pensões dos profissionais do magistério público da educação básica alcançadas pelo
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art. 7o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, e pela Emenda Constitucional no


47, de 5 de julho de 2005.

Todos os entes da Federação deveriam, a contar de 1º/01/2010, garantir a integralização do piso salarial
nacional às carreiras públicas de magistério da educação básica dos seus servidores, conforme critérios
estabelecidos naquele diploma legal (art. 3º, III).

Nesse sentido, embora obrigada por lei, a Administração Pública não vem aplicando os parâmetros
salariais previstos na Lei Federal n° 11.738/2008, verificando, no presente caso que, de fato, o
vencimento-base devido à parte Autora não fora atualizado corretamente, causando-lhe prejuízos
financeiros.

Assim, conforme notícia publicada no sítio eletrônico do Ministério da Educação[1], “O piso salarial dos
profissionais da rede pública da educação básica em início de carreira foi reajustado em 12,84% para
2020, passando de R$ 2.557,74 para R$ 2.886,24” – o reajuste atual deve observar o valor fixado para o
ano de 2020, ante a constitucionalidade do art. 8°, I, da Lei Complementar Federal n° 173/2020 (STF –
ADI’s n° 6447, 6450, 6525 e 6442) – encerrada a condicionante da LC Federal n° 173/2020, o reajuste
deve seguir a forma prevista no art. 5°, da Lei Federal n° 11.738/2008.

Portanto, evidenciando que não houve a efetiva revisão/atualização da parcela relativa ao vencimento-
base, em violação frontal a Lei Federal n° 11.738/08, deve, tal ilegalidade, ser corrigida imediatamente,
com reflexo nas demais parcelas remuneratórias, obedecido, neste caso, o prazo prescricional quinquenal,
devendo, logo, ser deferido o pedido.

Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTE o pedido, para nos termos da fundamentação
retro, determinar ao ESTADO DO PARÁ que proceda à imediata correção do valor do piso salarial
do magistério e seus reflexos na remuneração do Autor, em conformidade com as normas federais,
majorando seu vencimento-base de acordo com o piso nacional, bem como ao pagamento, em
base retroativa limitada ao quinquênio que antecedeu o ajuizamento da presente ação, das
parcelas de vencimento-base e devidos reflexos que deixou de pagar à parte Autora, inclusive, as
vincendas no curso do processo, em total a ser apurado em procedimento específico de liquidação
de sentença.

Sobre o cálculo dos valores retroativos, observado o quinquênio anterior ao ajuizamento da ação (art. 1º,
do Decreto Federal nº 20.910/1932), devem incidir juros e correção monetária, cuja liquidação, por simples
cálculo aritmético, deve obedecer os seguintes comandos: os juros de mora deverão ser aplicados de
acordo com os “índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança” (art.
1°-F, da Lei n° 9.494/97, com redação dada pela Lei n° 11.960/09), a partir da citação (art. 405, do
CC/2002); já a correção monetária deverá incidir pelo IPCA-E (STF - RE nº 870.947/SE, Tema n° 810 –
Recurso Repetitivo), até a data de atualização do cálculo ou protocolização do pedido de cumprimento da
sentença.

Sem custas.

Fixo os honorários advocatícios, em favor do patrono da parte Autora, em 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação, com fulcro no art. 85, §3º, inciso I do CPC.

Sentença não sujeita à remessa necessária (art. 496, §4º, II, do CPC).

Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma do Código
de Processo Civil.

Ocorrendo o trânsito em julgado, sem interposição de recurso voluntário, certifique-se e arquive-se com as
cautelas legais, dando-se baixa definitiva no Sistema PJe.
1605
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

P.R.I.C.

Belém, 10 de agosto de 2021.

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A5

[1]http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/12-acoes-programas-e-projetos-637152388/84481-mec-divulga-
reajuste-do-piso-salarial-de-professores-da-educacao-basica-para-2020

Número do processo: 0835804-09.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA JOSE SOARES


RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: MARIO DAVID PRADO SA OAB: 6286/PA Participação:
REU Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: MINISTERIO PUBLICO
DO ESTADO DO PARA

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO / PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

ASSUNTOS: ENSINO ESPECIAL, SERVIDOR PÚBLICO CIVIL

EMBARGANTE: MARIA JOSÉ SOARES RODRIGUES

EMBARGADO: ESTADO DO PARÁ

SENTENÇA

Cuida-se de Embargos de Declaração (ID 17685703) opostos por MARIA JOSÉ SOARES RODRIGUES
contra ESTADO DO PARÁ, em face da sentença (ID 17532777) exarada nos autos de Ação de Revisão
de Vencimento-base c/ Implementação de Gratificação por Educação Especial c/ tutela de urgência
intentada pela ora Embargante contra o Embargado, em que o pedido foi julgado improcedente.

Aduz o Embargante, em suma, que a decisão guerreada padeceria de vício de obscuridade, eis que este
Juízo teria feito “vista grossa” ao Acórdão nº 150.0006, deste TJPA, transitado em julgado e constante nos
presentes autos, o qual, por presunção, teria declarado a constitucionalidade do art. 31, da Constituição do
Estado do Pará, bem como, teria este Juízo “levado os demais Ministros da Segunda Turma a erro”,
quanto à suposta inconstitucionalidade do art. 31, haja vista que essa jamais fora reconhecida e/ou
declarada no RE 745.811.
1606
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Contrarrazões no ID 18041478, intempestivas, com base na certidão de ID 18111131.

Decido.

Sem razão a Embargante.

Não prospera o argumento da recorrente em sede de aclaratórios.

A obscuridade passível de correção a que se refere o Código de Processo Civil, doutrinariamente, é a que
se detecta no texto da decisão, referente à falta de clareza, sem relação com a análise das provas dos
autos (STJ - REsp nº 928.075/PE – 2007/0035224-9) ou mesmo com o entendimento que o Embargante
adote em relação a determinado tema. Ou seja, obscuridade haveria se o teor da sentença não fosse claro
e compreensível. Não é o caso.

Veja-se que, na hipótese, o propósito da Embargante é debater a (in)constitucionalidade versada, por não
concordar com o decisum proferido, o que só poderá ser feito na instância revisora, dada a
imprestabilidade da via eleita.

Ora, os embargos de declaração não se prestam a rediscutir a decisão, como sabido, mormente quando
se acrescenta argumentos novos, isto é, em casos em que vício algum desponta da decisão recorrida,
para os fins do art. 1.022, do CPC, os aclaratórios não figuram como meio adequado para atacar o
julgado.

Diante das razões expostas, rejeito os embargos de declaração.

ÀUPJ, para as providências de estilo

Intimem-se e cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A5

Número do processo: 0028688-97.2008.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: NAZARENO LIMA


BORGES Participação: ADVOGADO Nome: INGRID THAINA LISBOA DA COSTA OAB: 27381/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO CARLOS AIDO MACIEL OAB: 7009/PA Participação: REU
Nome: FUNDACAO SANTA CASA DE MISERICORDIA DO PARA Participação: AUTORIDADE Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PROCESSO 0028688-97.2008.8.14.0301

AUTOR: NAZARENO LIMA BORGES

REU: FUNDACAO SANTA CASA DE MISERICORDIA DO PARA


1607
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco)
dias úteis.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

FRANCIANNE SOUZA SILVA SILVA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0420663-49.2016.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CLOTILDE REBELO


AMAZONAS Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA OAB:
21313/PA Participação: AUTOR Nome: MAURO SERGIO AMAZONAS COTTA Participação: ADVOGADO
Nome: GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA OAB: 21313/PA Participação: AUTOR Nome:
KATIA MYLENE AMAZONAS COTTA Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO DE CARVALHO
AMAZONAS COTTA OAB: 21313/PA Participação: AUTOR Nome: MARCELO AMAZONAS COTTA
Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA OAB: 21313/PA
Participação: AUTOR Nome: MICHEL AMAZONAS COTTA Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO
DE CARVALHO AMAZONAS COTTA OAB: 21313/PA Participação: REU Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM
Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE :CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA

ASSUNTO :EFEITO SUSPENSIVO/ IMPUGNAÇÃO/ EMBARGOS À EXECUÇÃO/ OBRIGAÇÃO DE


PAGAR QUANTIA CERTA

REQUERENT:GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA; MAURO SERGIO AMAZONAS COTTA;


ES KATIA MYLENE AMAZONAS COTTA; MARCELO AMAZONAS COTTA; MICHEL
AMAZONAS COTTA

REQUERIDO :MUNICÍPIO DE BELÉM

DECISÃO
1608
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Trata-se de pedido de sequestro de valores formalizado pelo Requerente Gustavo de Carvalho Amazonas
Cotta, visando a satisfação do seu crédito inscrito na requisição de pequeno valor objeto do Ofício n°
171/2021 (Id. n° 26018843).

Alega, em síntese, que o Requerido deixou de efetuar o pagamento de seu crédito no prazo legal,
incorrendo em inadimplemento injustificado.

Também, em cumprimento ao despacho ID 27896380, o Requerido apresentou manifestação sobre o


pedido de substituição processual da Sra. Clotilde Rebelo Amazonas (falecida).

Conclusos.

Decido.

I – Do Inadimplemento do Ofício n° 171/2021. Do Pedido de Sequestro de Valores.

O pedido de sequestro de valores merece acolhimento.

O não pagamento de ordem de pagar expedida contra a Fazenda Pública enseja a adoção de medidas
coercitivas excepcionais.

No âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, o tema é regulamentado pela Resolução nº 29/2016-
GP/TJPA que dispõe expressamente acerca do que se reputa como débito de pequeno valor para a
Fazenda Pública (art.1º).

No que alude à providência de bloqueio de valores do Ente Federado/devedor, nos casos de inadimplência
de RPV, o art. 10, daquele diploma dispõe, in verbis:

Resolução nº 29/2016-GP/TJPA

Art. 10. Havendo impugnação pelo credor, aduzindo que o valor depositado é inferior ao crédito devido
atualizado, deverá o juízo da execução, ou o Presidente do Tribunal de Justiça solicitar a realização de
cálculo, e, uma vez evidenciado pagamento inferior ao requisitado, providenciará o sequestro do
numerário, via BACENJUD, suficiente à satisfação do crédito.

Assim, uma vez constatada a inadimplência injustificada do Ente devedor, através de simples petição ao
Juízo da execução, o credor deverá informar o pagamento a menor e requerer o imediato sequestro das
contas públicas até o limite dos valores inadimplidos, ou, como no presente caso, informar puramente a
ausência de pagamento da ordem no prazo legal.

Neste sentido, tenho que a ordem de sequestro de valores expedida contra a Fazenda Pública em caso de
inadimplemento de precatório ou requisição de pequeno valor é amparada pela jurisprudência firme do
Superior Tribunal de Justiça, que colaciono a seguir:

AgInt no RMS 50386/DF, DJe de 25/08/2016

ADMINISTRATIVO. REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. PRAZO. DESATENDIMENTO. SEQUESTRO


DO NUMERÁRIO. CABIMENTO. EXEGESE DE ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.143.677/RS.

1. Descumprido o prazo legal estipulado na legislação de regência para adimplemento da Requisição de


Pequeno Valor, o sequestro de numerário é medida que se impõe, consoante entendimento jurisprudencial
já reiterado nesta Corte.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

2. "O prazo para pagamento de quantia certa encartada na sentença judicial transitada em julgado,
mediante a Requisição de Pequeno Valor, é de 60 (sessenta) dias contados da entrega da requisição, por
ordem do Juiz, à autoridade citada para a causa, sendo certo que, desatendida a requisição judicial, o Juiz
determinará o sequestro do numerário suficiente ao cumprimento da decisão (artigo 17, caput e § 2º, da
Lei 10.259/2001)" (REsp 1.143.677/RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, CORTE ESPECIAL, julgado em
02/12/2009, DJe 04/02/2010 - Recurso Especial submetido ao rito dos recurso repetitivos nos termos
do art. 543-C do CPC/73.).

3. "Se a requisição não é cumprida no prazo assinalado pela normatização específica (120 dias, no caso
do TJ-MT), deve ser determinado o sequestro, não havendo falar em emissão de precatório, nem,
portanto, em aplicação da EC 62/2009" (RMS 35.075/MT, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 16/02/2012, DJe 06/03/2012).

Agravo interno improvido.

AgRg no REsp nº 1.072.203/MS, DJe 01/10/2013

PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. REQUISIÇÃO DE PEQUENO


VALOR. PRAZO. DESATENDIMENTO. LEI N. 10.2592001. SEQUESTRO DO NUMERÁRIO. SÚMULA
83STJ.

1. “O prazo para pagamento de quantia certa encartada na sentença judicial transitada em julgado,
mediante a Requisição de Pequeno Valor, é de 60 (sessenta) dias contados da entrega da requisição, por
ordem do Juiz, à autoridade citada para a causa, sendo certo que, desatendida a requisição judicial, o Juiz
determinará o sequestro do numerário suficiente ao cumprimento da decisão (artigo 17, caput e § 2º, da
Lei 10.2592001) (...) Acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 082008”
(REsp 1.143.677RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, CORTE ESPECIAL, DJe 422010).

2. Incidência à espécie do disposto na Súmula 83STJ: “Não se conhece do recurso especial pela
divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida”.

3. Agravo regimental a que se nega provimento.

Destarte, resta evidenciado, no presente caso que o Requerido deixou de efetivar, no prazo de 60
(sessenta) dias, conforme determina o art. 5°, caput, da Res. n° 29/2016-GP/TJPA, c/c art. 535, II, do
CPC, a satisfação do crédito inscrito na requisição de pequeno valor expedida por meio do Ofício n°
171/2021 (Id. n° 26018843).

Por essas razões, defiro o pedido de sequestro de valores, via bloqueio eletrônico das contas do
Executado, até o limite dos débitos individualmente identificados na ordem de pagamento expedida em
benefício do Requerente.

Após transcurso do prazo recursal, certifique-se e expeçam-se os alvarás pertinentes.

II – Da Habilitação Dos Sucessores. Da Substituição Processual.

No que concerne ao pedido de habilitação dos sucessores da Requerente, não assiste a razão ao
Requerido.

Em primeiro lugar, os Interessados/Sucessores fizeram juntar, no ID 27020851, p. 1, Certidão de Óbito da


Requerente, documento que consigna que esses figuram, exclusivamente, como filhos deixados pela de
cujus, havendo ainda acostado a certidão de óbito de seu genitor, Sr. Manoel Maria de Vilhena Pinto
Cotta, ID 27020851, p. 3, e quem a Requerente já era separada judicialmente, na data do óbito, de
maneira que se é possível dessumir serem aqueles os únicos herdeiros, todos maiores, os quais também
declaram que: i) a falecida não deixou declarações de última vontade; e que ii) não existe inventário,
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judicial ou extrajudicial, em curso.

Veja-se, ainda, o teor dos arts. 110 e 313, §§1º e 2º, I e II, do CPC:

Art. 110. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio ou pelos seus
sucessores, observado o disposto no art. 313, §§ 1º e 2º.

(...)

Art. 313. Suspende-se o processo:

(...)

§1º Na hipótese do inciso I, o juiz suspenderá o processo, nos termos do art. 689 .

§2º Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte, o juiz determinará a suspensão
do processo e observará o seguinte:

I - falecido o réu, ordenará a intimação do autor para que promova a citação do respectivo espólio, de
quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo que designar, de no mínimo 2 (dois) e no
máximo 6 (seis) meses;

II - falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio, determinará a intimação de seu


espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, pelos meios de divulgação que
reputar mais adequados, para que manifestem interesse na sucessão processual e promovam a
respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de extinção do processo sem resolução de
mérito. (omissis) – g.n.

Com efeito, a abertura da sucessão causa mortis se opera no momento da morte, momento este em que a
herança é transmitida aos herdeiros.

Conforme o princípio da saisine, que dá sustentação ao art. 1.784, do Código Civil, com da morte do de
cujus, a propriedade e a posse da herança são transmitidas imediatamente aos herdeiros legítimos e
testamentários, independentemente da abertura do inventário - cabendo lembrar também que a herança é
um bem indivisível até a sentença da partilha, de modo que, enquanto esta não sobrevier, os herdeiros
serão coproprietários do todo.

Nesse sentido, pronuncia-se o Tribunal da Cidadania:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL. HABILITAÇÃO DOS HERDEIROS. ABERTURA DO INVENTÁRIO. DESNECESSIDADE.
AGRAVO INTERNO DA UNIÃO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

1. A questão controvertida cinge-se em definir se a substituição da parte que faleceu no âmbito da


execução deve ser feita pelo espólio, ou se o ingresso dos sucessores se mostra suficiente.

2. O entendimento do Tribunal a quo se alinha com a orientação desta Corte Superior de que os herdeiros
são legitimados para pleitearem direitos transmitidos pelo falecido, não se mostrando imprescindível a
abertura do inventário. Precedentes: AgRg no AREsp.669.686/RS, Rel. Min. SÉRGIO KUKINA, DJe
1.6.2015; REsp. 554.529/PR, Rel. Min. ELIANA CALMON, DJ 15.8.2005, p. 242. 3. Agravo Interno da
UNIÃO a que se nega provimento.” (AgInt no AREsp 1073844/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA
FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/09/2018, DJe 01/10/2018) – grifei.

Destarte, a despeito da oposição do ente municipal, a decretação da procedência do pedido de sucessão


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é medida que se impõe.

Lado outro, os Interessados deduzem pleito de expedição de requisição de pequeno valor (RPV) para
pagamento do crédito individual devido à cada um dos herdeiros, até o limite definido em lei para
pagamento de obrigação de pequeno valor pelo Município de Belém (R$33.000,00).

Nesse ponto específico, não assiste a razão aos Sucessores.

A divisão do valor homologado em sentença aos (quatro) herdeiros da Requerente falecida


(R$177.020,51), redundando em quatro frações de aproximadamente R$44.255,13, uma para cada
Interessado, mesmo com a renúncia de todos eles para o teto da RPV municipal (equivalente a
R$33.000,00), configura fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de
enquadramento de parcela do total, em relação às obrigações de pequeno valor, incorrendo em violação
do disposto no art. 100, §§3º e 8º, da CF.

Seguem precedentes nesse sentido:

AGRAVO DE INSTRUMENTO – Cumprimento de sentença – Falecimento da credora com habilitação


de herdeiros – Pretensão de reconhecimento de litisconsórcio entre os sucessores e o pagamento
fracionado para fins de expedição de requisição de pequeno valor – Inadmissibilidade – Título
formado em favor da falecida, cuja habilitação dos herdeiros não autoriza o fracionamento do
crédito – Formação de litisconsórcio necessário entre os sucessores – Unicidade do crédito –
Observância do artigo 100, parágrafo 8º, da Carta Magna – Precedentes desta Corte de Justiça. R.
Decisão mantida. Recurso improvido.

(TJ-SP – Agravo de Instrumento AI 22974797720208260000, Data de publicação: 11/05/2021; TJ-SP –


Agravo de Instrumento AI 22962161020208260000, Data de publicação: 08/02/2021; TJ-SP – Agravo de
Instrumento AI 22974173720208260000, Data de publicação: 08/02/2021) – destaquei.

Dessa forma, no intuito de evitar a ocorrência de fracionamento, indefiro o pedido de pagamento via
Requisições de Pequeno Valor aos Interessados, devendo o montante integral do crédito ser dividido
entre esses, à razão de 1/4 (um quarto) para cada, sendo cada porção paga mediante expedição de Ofício
Requisitório.

Diante das razões expostas, pois, julgo procedente o pedido de habilitação de MAURO SERGIO
AMAZONAS COTTA, KATIA MYLENE AMAZONAS COTTA, MARCELO AMAZONAS COTTA e
MICHEL AMAZONAS COTTA, em sucessão/substituição à Requerente CLOTILDE REBELO
AMAZONAS, no polo ativo da demanda, em razão do falecimento desta, nos termos do art. 692, do
CPC, promovendo o dessobrestamento do processo.

Ultimadas as devidas providências e transcorrido o prazo recursal, à UPJ para que expeça as ordens de
pagamento.

Intimem-se e cumpra-se.

Belém, 16 de julho de 2021

Marisa Belini de Oliveira

Juíza de Direito, respondendo pela 2ª Vara da Fazenda da Capital

A2
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Número do processo: 0806459-56.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CARMEM


ARAUJO DO CARMO Participação: ADVOGADO Nome: EMERSON MAURICIO CORREIA DIAS OAB:
27730/PA Participação: REQUERIDO Nome: IGEPREV INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO
ESTADO DO PARA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO
ESTADO DO PARA

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

ASSUNTOS: PISO SALARIAL

AUTORA: CARMEM ARAUJO DO CARMO

RÉU: IGEPREV

SENTENÇA

CARMEM ARAUJO DO CARMO ajuizou pedido de obrigação de fazer (reajuste do piso salarial do
magistério) c/c Cobrança e Indenização por Danos Morais c/ pedido de tutela de evidência contra
IGEPREV, visando à majoração de seus proventos de acordo com o piso salarial nacional da educação
básica (sendo o vencimento-base de 2021 o valor de R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado haver se
aposentado da carreira do magistério estadual, bem como à condenação do Réu ao pagamento, em base
retroativa quinquenal, das parcelas supostamente inadimplidas e ressarcimento de danos morais,
aduzindo que, desde 2016, não viria recebendo o piso previsto na Lei nº 11.738/2008, tendo, após Portaria
de Aposentadoria nº 0567, de 10.04.2013 (ID 22623276), passado a receber seus benefícios pelo ente
previdenciário estadual.

A Autora juntou documentos e afirmou, em síntese, que que exerceu o cargo de Professor Classe
Especial, Nível I (Classe/Referência: SEDUC MAGISTÉRIO : 20 HSE / 01I), lotada na Secretaria Executiva
de Educação, tendo exercido por vários anos suas funções na área de educação, vindo requerer o
cumprimento da Lei nº 11.738/08 e consequentemente retificar e majorar o seu vencimento-base e
devidos reflexos em seus proventos para o valor legalmente previsto na referida legislação, bem como o
pagamento dos valores retroativos referentes às diferenças do piso salarial devidas até a data do efetivo
pagamento, tudo devidamente corrigido.

Requereu que, em sentença, fosse determinado ao(s) Requerido(s) que efetuasse(m), de imediato, a
correção do valor do piso salarial do magistério e seus reflexos nos seus proventos, em conformidade com
as normas federais, pagando o vencimento-base de acordo com o piso nacional, somada à sua
condenação ao pagamento das parcelas retroativas, além do ressarcimento de indenização por danos
morais no valor de R$20.000,00.

Juntou documentos nos IDs 22623272 a 22624143.

Foi deferida a gratuidade em despacho de ID 22689032.

Citado, o IGEPREV apresentou contestação (ID 23684235), reconhecendo o direito da Autora à percepção
do piso nacional do magistério, destacando que tal reconhecimento ocorre em razão de se vislumbrar na
espécie a existência concomitante dos seguintes requisitos: 1) servidor aposentado no cargo de professor
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

com direito à paridade; 2) cargo de professor com formação em nível médio e sem a parcela de
Gratificação de Nível Superior na composição de seus proventos; e 3) valor do vencimento-base fixado em
quantia inferior ao disposto na Portaria MEC n.º 1.595 de 28/12/2017.

Opôs-se, no entanto, ao pedido indenizatório.

Por fim, ressaltou a necessidade de observância, no momento do proferimento da sentença, da


particularidade de cada caso, a saber, carga horária do professor (100, 150 ou 200 horas),
proporcionalidade do benefício, pensão previdenciária sem paridade, dentre outros, frisando que seu
reconhecimento se limitaria ao período posterior à passagem da servidora para a inatividade.

Réplica no ID 24500273.

O feito foi, então, encaminhado ao MP, que se manifestou no sentido da procedência do pedido quanto ao
piso salarial, com reflexos financeiros retroativos (ID 28600508).

Autos conclusos.

Éo relatório.

DECIDO.

O julgamento prescinde de outras provas, estando o presente feito apto ao julgamento (art. 355, I, CPC).

Tendo havido a concordância expressa do Réu quanto ao pagamento do piso salarial, porém tendo esse
apresentado objeção quanto à indenização por danos morais, hei por bem abordar o meritum causae.

I. Do pagamento do piso salarial nacional do magistério.

Apreciando o caso em testilha, observo que a Autora manejou a presente ação de obrigação de fazer (
reajuste do piso salarial do magistério) c/c Cobrança e Indenização por Danos Morais, visando à
majoração de seus proventos de acordo com o piso salarial nacional da educação básica (sendo o
vencimento-base de 2021 o valor de R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado ter se aposentado da
carreira do magistério estadual, bem como à condenação do(s) Réu(s) ao pagamento, em base retroativa,
das parcelas supostamente inadimplidas e ressarcimento de danos morais, aduzindo que, desde 2016,
não viria recebendo o piso previsto na Lei nº 11.738/2008.

O pedido deve ser julgado procedente em parte, com o acolhimento do pedido que remonta à obrigação
de fazer e à cobrança de retroativos, notadamente, com a limitação da prescrição quinquenal de trato
sucessivo, mas com o indeferimento do pedido indenizatório.

Primeiramente, necessário trazer ao debate a questão da prescrição quinquenal contra a Fazenda Pública.

A prescrição das ações intentadas em face da Administração Pública regula-se pelo Decreto nº 20.910/32,
que, em seu artigo 1º, dispõe:

Art. 1º - As dividas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou
ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em
cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.

Portanto, depreende-se do dispositivo mencionado que o prazo prescricional que regula o caso em tela
seria de cinco anos.

Cabe aqui, no entanto, outra ponderação, já em relação às prestações de trato sucessivo. Em que pese a
1614
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

determinação do prazo prescricional de 5 (cinco) anos para requerer qualquer direito contra a Fazenda
Pública, contida no art. 1º do Decreto nº 20.910/32, em casos que se referem à concessão de adicional
remuneratório, a relação sobre que versam é de trato sucessivo, pelo que não corre prazo prescricional ou
decadencial.

Nesse sentido, observe-se a Súmula nº 85, do STJ:

Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a fazenda pública figure como devedora, quando não
tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação.

Observe-se, ainda, o seguinte julgado:

ADMINISTRATIVO - ADICIONAL NOTURNO - DEVIDO AOS POLICIAIS CIVIS - PRELIMINAR -


PRESCRIÇÃO - PARCELAS - TRATO SUCESSIVO PRELIMINAR DE PRESCRIÇÃO DAS PARCELAS
REJEITADA, EIS QUE SENDO AS PARCELAS PLEITEADAS DE TRATO SUCESSIVO, A
PRESCRIÇÃO INCIDE APENAS SOBRE AQUELAS VENCIDAS NO QUINQUÊNIO ANTERIOR A
PROPOSITURA DA AÇÃO.

(20000110553819 DF, Relator: VALTER XAVIER, Data de Julgamento: 24/03/2003, 1ª Turma Cível, Data
de Publicação: DJU 30/04/2003 Pág. 23).

Logo, não haveria que se falar em prescrição, restringindo-se essa, apenas à cobrança daquelas parcelas
vencidas antes do quinquênio anterior ao ajuizamento da ação, ocorrido, na hipótese, em 21/01/2021.

II. Mérito.

De início, cumpre-me rechaçar, de plano, os já habituais argumentos relativos à impossibilidade de


ajuizamento de ação individual concomitante ao processamento de ação coletiva. O raciocínio é antigo e
há muito ultrapassado. Não há “(...) litispendência entre ação individual e ação coletiva, assim como no
sentido de ser inaproveitável e inoponível a coisa julgada formada na ação coletiva para quem litiga
individualmente e não desistiu de sua ação.” (STJ - AgInt no REsp 1890827/PE, DJe 02/03/2021; REsp
1722626/RS, DJe 23/05/2018).

Também, melhor sorte não merece a também usual alegação de aplicação isonômica da decisão proferida
no Processo SS 5236-STF, haja vista que “a decisão em comento é clara em falar que não afeta ao mérito
dos Mandados de Segurança nº 0002367-74.2016.8.14.0000 e 0001621-75.2017.8.14.0000” (STF – Rcl.
42315/PA, DJe 10/02/2021), bem como que “não há que se falar na ocorrência de suspensão da
tramitação de processos nas instâncias ordinárias por força da decisão proferida na SS 5.236, não sendo
possível confundir a sustação de efeitos de decisão impugnada com ordem de suspensão nacional dos
processos” (STF – Rcl. 42430/PA, DJe 28/09/2020).

A toda evidência, os argumentos de resistência sustentados pelas entidades públicas, tanto do Estado do
Pará, quanto do Município de Belém, nos processos de integralização do piso salarial nacional da
categoria do Magistério, conforme parâmetros definidos na Lei Federal n° 11.738/2008, limitam-se a
questionar a possibilidade de cumulação de outras parcelas remuneratórias, a fim de justificar o
estabelecimento do vencimento-base em valor nominal menor do que aquele previsto na legislação
federal.

Assim, nasceu a tese de que o referido diploma legal teria, segundo a tese da Administração Pública,
regulamentado a “remuneração global” ou, ao menos, estabelecido o conceito de “vencimento inicial”
(vencimento-base mais gratificação de escolaridade), pelo exercício do magistério e, não, o vencimento-
base.

Essa tese não se sustenta, tampouco fora absorvida pela jurisprudência aplicada a espécie.
1615
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

O tema já foi exaustivamente debatido no âmbito de nossos Tribunais Superiores, destacando-se o


julgamento da ADI n° 4.167, pelo Supremo Tribunal Federal, cuja ementa transcrevo abaixo:

Ementa: CONSTITUCIONAL. FINANCEIRO. PACTO FEDERATIVO E REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA.


PISO NACIONAL PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. CONCEITO DE PISO:
VENCIMENTO OU REMUNERAÇÃO GLOBAL. RISCOS FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO. JORNADA
DE TRABALHO: FIXAÇÃO DO TEMPO MÍNIMO PARA DEDICAÇÃO A ATIVIDADES EXTRACLASSE EM
1/3 DA JORNADA. ARTS. 2º, §§ 1º E 4º, 3º, CAPUT, II E III E 8º, TODOS DA LEI 11.738/2008.
CONSTITUCIONALIDADE. PERDA PARCIAL DE OBJETO.

1. Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de
aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º
da Lei 11.738/2008).

2. É constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do ensino médio
com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre
normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo
como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como
instrumento de proteção mínima ao trabalhador.

3. É constitucional a norma geral federal que reserva o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos
docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse.

Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. Perda de objeto declarada em relação aos arts.
3º e 8º da Lei 11.738/2008.

(STF – ADI n° 4.167, DJe 24/08/2011).

No mesmo sentido: AgR no RE 1.187.534/SP; AgR no RE 859.994/SC; RG no RE 1.309.924/MG (Tema n°


1134); AgR no ARE 898.304/MG; AgR na Rcl 12.985/DF.

Vale destacar, também, que a Corte Suprema já se manifestou sobre o tema em controle difuso, ao
apreciar recurso próprio interposto pelo Estado do Pará no Processo n° 0002367-74.2016.8.14.0000
(TJPA) – em que se originou o Processo SS 5.236-STF (suspensão de segurança) –, cuja ementa restou
assim consignada:

Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE


PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356/STF. DIREITO ADMINISTRATIVO.
PISO NACIONAL PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. LEI FEDERAL 11.738/2008.
CONSTITUCIONALIDADE. PAGAMENTO EM VALOR INFERIOR AO PISO PELO ESTADO.
INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICOPROBATÓRIO CONSTANTE DOS
AUTOS. SÚMULA 279/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Ausência de prequestionamento do art. 18 da Constituição Federal. Incidência da Súmula 282/STF.


Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir a omissão, é inviável
o recurso, nos termos da Súmula 356/STF.

II - A jurisprudência desta Corte, no julgamento da ADI 4.167/DF, de relatoria do Ministro Joaquim


Barbosa, reconheceu a constitucionalidade da Lei 11.738/2008, que fixou o piso salarial nacional
dos professores da educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global.

III – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica a revisão da interpretação de
normas infraconstitucionais que fundamentam o acórdão recorrido, dado que apenas ofensa direta à
Constituição Federal enseja a interposição do apelo extremo.
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IV – Conforme a Súmula 279/STF, é inviável, em recurso extraordinário, o reexame do conjunto fático-


probatório constante dos autos.

V – Agravo regimental a que se nega provimento.

(STF – AgR no ARE 1.292.388/PA, DJe 14/04/2021)

Como se vê, não há espaço para continuidade da discussão acerca do conceito de “piso salarial nacional”
regulamentado na Lei Federal n° 11.738/2008, eis que a última palavra sobre o tema já foi firmada e
reafirmada pelo STF, concluindo-se pela constitucionalidade do “piso salarial nacional dos professores da
educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global”.

Por oportuno, ressalto que a cumulação de outras parcelas remuneratórias, como forma de composição de
vencimento-base de categoria funcional, não pode ser adotada, sob pena de violação do princípio da
legalidade (art. 37, caput, da CF). Isto é, “(...) Em se tratando de remuneração de servidor público, tem-se
que as vantagens pecuniárias são parcelas acrescidas ao vencimento base em decorrência de uma
situação fática previamente estabelecida em lei, sendo que toda gratificação reclama a consumação de um
certo fato que proporciona o direito à sua percepção. É dizer que, presente a situação prevista na norma,
assegura-se ao servidor direito subjetivo à sua percepção. (...)” (TJPA – Acórdão n° 3.614.505, rel. Des.
Roberto Moura, DJe 10/09/2020).

Desse modo, importa dizer que é insustentável qualquer tentativa da Administração Pública em resistir à
necessidade e obrigatoriedade legal da integralização do vencimento-base da categoria do Magistério
público, até que, ao servidor, seja observada a referência financeira nominal estabelecida na legislação
federal – por óbvio, “referência financeira” (vencimento-base) alcançada sem a cumulação de outras
parcelas remuneratórias.

A Lei Federal n° 11.738/08 fixou, a partir do ano de 2008, os valores mínimos de composição do
vencimento base dos servidores públicos titulares de cargos do magistério público da educação básica
com carga horária mínima de “40h” (quarenta horas-aula) semanais ou “200h” (duzentas horas-aula)
mensais, conforme descrito no seu art. 2°, cito:

Art. 2o O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica
será de R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais) mensais, para a formação em nível médio, na
modalidade Normal, prevista no art. 62 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional.

§1o O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da educação
básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais.

§2o Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se aqueles que desempenham
as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração,
planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das
unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima
determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional.

§3o Os vencimentos iniciais referentes às demais jornadas de trabalho serão, no mínimo, proporcionais ao
valor mencionado no caput deste artigo.

§4o Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga
horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.

§5 o As disposições relativas ao piso salarial de que trata esta Lei serão aplicadas a todas as
aposentadorias e pensões dos profissionais do magistério público da educação básica alcançadas pelo
1617
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art. 7o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, e pela Emenda Constitucional no


47, de 5 de julho de 2005.

Todos os entes da Federação deveriam, a contar de 1º/01/2010, garantir a integralização do piso salarial
nacional às carreiras públicas de magistério da educação básica dos seus servidores, conforme critérios
estabelecidos naquele diploma legal (art. 3º, III).

Nesse sentido, embora obrigada por lei, a Administração Pública não vem aplicando os parâmetros
salariais previstos na Lei Federal n° 11.738/2008, verificando, no presente caso que, de fato, o
vencimento-base devido a parte Autora não fora atualizado corretamente, causando-lhe prejuízos
financeiros.

Assim, conforme notícia publicada no sítio eletrônico do Ministério da Educação[1], “O piso salarial dos
profissionais da rede pública da educação básica em início de carreira foi reajustado em 12,84% para
2020, passando de R$ 2.557,74 para R$ 2.886,24” – o reajuste atual deve observar o valor fixado para o
ano de 2020, ante a constitucionalidade do art. 8°, I, da Lei Complementar Federal n° 173/2020 (STF –
ADI’s n° 6447, 6450, 6525 e 6442) – encerrada a condicionante da LC Federal n° 173/2020, o reajuste
deve seguir a forma prevista no art. 5°, da Lei Federal n° 11.738/2008.

Portanto, evidenciando que não houve a efetiva revisão/atualização da parcela relativa ao vencimento-
base, em violação frontal a Lei Federal n° 11.738/08, deve, tal ilegalidade, ser corrigida imediatamente,
com reflexo nas demais parcelas remuneratórias, obedecido, neste caso, o prazo prescricional
quinquenal, devendo, logo, ser deferido o pedido nesse ponto.

II. Danos morais.

Quanto ao pedido de indenização por danos morais, não pode ser acolhido.

Aqui, o cerne da questão está em verificar a existência de responsabilidade civil do IGEPREV nos eventos
descritos na inicial.

O Direito Brasileiro adota a corrente da teoria do risco administrativo para a responsabilização do Estado (
lato sensu) pelos danos causados pelos seus agentes quando agem nessa qualidade (artigo 37, §6º, CF).
Sobre o risco administrativo, ensina o saudoso Hely Lopes Meirelles:

(...) O risco administrativo não significa que a Administração deva indenizar sempre e em qualquer
caso o dano suportado pelo particular; significa apenas e tão-somente, que a vítima fica dispensada da
prova da culpa da Administração, mas esta poderá demonstrar a culpa total ou parcial do lesado no evento
danoso, caso em que a Fazenda Pública se eximirá integral ou parcialmente da indenização. (in Direito
Administrativo Brasileiro. 33ª Ed. São Paulo: Malheiros Editores. 2007. p. 652). (grifo nosso)

Nesse sentido, a responsabilidade estatal respaldada no texto constitucional não é irrestrita, de forma que
não é todo e qualquer evento danoso suportado pelo particular que enseja o pagamento de indenização. É
dessa forma porque existem causas que excluem a responsabilidade do Estado, tais como o caso fortuito,
a força maior e a culpa exclusiva da vítima ou terceiro.

Assim, para pleitear indenização, seja por danos morais, seja por danos patrimoniais, a vítima precisa
provar o nexo de causalidade entre o evento danoso e atuação ou inação do ente público, além de ter que
comprovar que teve dano realmente.

Noutros termos, além de demonstrar que houve responsabilidade da Administração, deve o autor
comprovar o nexo causal entre a conduta da Administração e o dano suportado pela vítima, ainda que
moral, bem como demonstrar sua extensão e sua mensuração.

Feitas essas ponderações, não vislumbro patente, no caso dos autos, o direito à pretendida indenização
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por danos morais, por não restar sequer minimamente explicitada sua extensão e sua mensuração.

Corrobora com tal entendimento o seguinte excerto jurisprudencial:

Não merece prosperar pedido para imposição à parte ré de uma indenização por danos sofridos pela parte
autora, pois advindo o fato de ato em que não houve nenhuma prática de ilícito cometido pela
Administração capaz de gerar qualquer dano indenizável. (Apelação Cível n. rel. Des. Fernando Mauro
Moreira Marinho, 5ª Turma Cível, j. 20.7.2009).

É dizer: é necessário quedar demonstrada a existência de dano moral indenizável, o que não se
percebe de maneira patente na hipótese.

Logo, no que concerne à alegação de que o inadimplemento da extensão gerou prejuízos de ordem moral
à parte requerente, tal pedido não encontra fundamento, por não haver nenhuma prova nos autos de que o
IGEPREV tenha agido com ilicitude.

Sendo assim, a decretação da procedência em parte dos pedidos é medida que se impõe.

Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTE EM PARTE o pedido, para, nos termos da
fundamentação retro, determinar ao IGEPREV que proceda à imediata correção do valor do piso
salarial do magistério e seus reflexos nos seus proventos da Requerente, em conformidade com as
normas federais, majorando seu vencimento-base de acordo com o piso nacional, bem como ao
pagamento, em base retroativa limitada ao quinquênio que antecedeu o ajuizamento da presente
ação, das parcelas de vencimento-base e devidos reflexos que deixou de pagar à Autora, em total a
ser apurado em procedimento específico de liquidação de sentença.

Sobre o cálculo dos valores retroativos, observado o quinquênio anterior ao ajuizamento da ação (art. 1º,
do Decreto Federal nº 20.910/1932), devem incidir juros e correção monetária, cuja liquidação, por simples
cálculo aritmético, deve obedecer os seguintes comandos: os juros de mora deverão ser aplicados de
acordo com os “índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança” (art.
1°-F, da Lei n° 9.494/97, com redação dada pela Lei n° 11.960/09), a partir da citação (art. 405, do
CC/2002); já a correção monetária deverá incidir pelo IPCA-E (STF - RE nº 870.947/SE, Tema n° 810 –
Recurso Repetitivo), até a data de atualização do cálculo ou protocolização do pedido de cumprimento da
sentença.

Custas pelo(s) Réu(s), isento(s) na forma da lei (art. 40, I, da Lei Estadual n° 8.328/2015) cabendo, tão
somente o ressarcimento dos valores eventualmente pagos pela parte Autora, se houver.

Havendo sucumbência recíproca, porém tendo a parte Autora decaído em parte mínima, condeno o Réu
ao pagamento de honorários advocatícios, os quais fixo em 10% (dez por cento) do valor do proveito
econômico obtido pela Demandante com a ação, nos termos do art. 85, §3º, I c/c art. 86, parágrafo único,
ambos do CPC.

Sentença não sujeita à remessa necessária (art. 496, §4º, II, do CPC).

Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma do Código
de Processo Civil.

Ocorrendo o trânsito em julgado, sem interposição de recurso voluntário, certifique-se e arquive-se com as
cautelas legais, dando-se baixa definitiva.

P.R.I.C.

Belém, 11 de agosto de 2021.


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João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A5

[1]http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/12-acoes-programas-e-projetos-637152388/84481-mec-divulga-
reajuste-do-piso-salarial-de-professores-da-educacao-basica-para-2020

Número do processo: 0833362-31.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JONATHAS PINTO DE


OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: GIORDANO BRUNO COSTA DA CRUZ OAB: 016441/PA
Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO DO PARÁ MPPA

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

ASSUNTO: PISO SALARIAL

AUTOR: JONATHAS PINTO DE OLIVEIRA

RÉU: ESTADO DO PARÁ

SENTENÇA

JONATHAS PINTO DE OLIVEIRA ajuizou pedido de obrigação de fazer (reajuste do piso salarial do
magistério) c/c Cobrança contra ESTADO DO PARÁ, visando à majoração de seus vencimentos de
acordo com o piso salarial nacional da educação básica (sendo o vencimento-base de 2021 o valor de
R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado pertencer à carreira do magistério estadual, bem como à
condenação do Réu ao pagamento, em base retroativa quinquenal, das parcelas supostamente
inadimplidas, aduzindo que, desde 2016, não viria recebendo o piso previsto na Lei nº 11.738/2008.

A Autora juntou documentos e afirmou, em síntese, que é servidor público da Secretaria de Educação do
Estado do Pará, ocupante do cargo de Professor Classe I – Ref. 02A, exercendo há vários anos suas
funções na área de educação, vindo requerer o cumprimento da Lei nº 11.738/08 e consequentemente
retificar e majorar o seu vencimento-base e devidos reflexos para o valor legalmente previsto na referida
legislação, bem como o pagamento dos valores retroativos referentes às diferenças do piso salarial
devidas até a data do efetivo pagamento, tudo devidamente corrigido.

Entendeu, assim, que a diferença devida pelo Réu, com os seus devidos reflexos, contabilizada durante o
período dos fatos, equivaleria à quantia de R$80.219,41 (oitenta mil, duzentos e dezenove reais e
quarenta e um centavos), consoante cálculos acostados no ID 28593257.

Requereu que, em sentença, fosse determinado ao Requerido que efetuasse, de imediato, a correção do
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valor do piso salarial do magistério e seus reflexos nos seus vencimentos, em conformidade com as
normas federais, pagando o vencimento-base de acordo com o piso nacional, somada à sua condenação
ao pagamento das parcelas retroativas, na quantia acima declinada.

Juntou documentos nos IDs 28275721 a 28275727.

Foi deferida a gratuidade em despacho de ID 28278203.

Citado, o Estado do Pará apresentou contestação (ID 28677546), alegando, no mérito, a improcedência
dos pedidos, eis que a pretensão da parte Autora seria contrária à decisão em sede cautelar tomada em
pedido de suspensão aviado perante o STF (SS 5.236), em que a Ministra Carmem Lúcia considerou
plausível o argumento do Estado no sentido de que o recebimento de gratificação permanente e uniforme
pelos professores torna sua remuneração superior ao patamar nacional, assim suspendendo decisões que
determinam ao Estado o pagamento do piso nacional ao vencimento-base dos professores da educação
básica, havendo, portanto, identidade entre a situação dos autos e a ratio contida em tal decisão
monocrática.

Argumentou, ainda, acerca da existência de ação de mandado de segurança coletivo com o mesmo
objeto, julgamento da ADI n° 4.167-DF e equiparação do conceito de piso salarial ao vencimento-base
mais gratificação de escolaridade (art. 30, V da Lei Estadual nº 5.351/86, c/c art. 50 da Lei Estadual n°
7.442/2010, e arts. 132, VII. 140, III, da Lei Estadual nº 5.810/94).

Por fim, suscitou existir Mandado de Segurança Coletivo aforado pelo Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública no Pará - SINTEPP tratando sobre o mesmo objeto.

Réplica no ID 28751755.

O feito foi, então, encaminhado ao MP, que se manifestou no sentido da procedência do pedido, com os
valores devidos e seus consectários sendo apurados e pagos em fase própria (ID 29306625).

Autos conclusos.

Éo relatório.

Decido.

O julgamento prescinde de outras provas, estando o presente feito apto ao julgamento (art. 355, I, CPC).

Sigo à apreciação do mérito.

Apreciando o caso em testilha, observo que a parte Autora manejou a presente ação de obrigação de
fazer (reajuste do piso salarial do magistério) c/c Cobrança, visando à majoração de seus vencimentos
de acordo com o piso salarial nacional da educação básica (sendo o vencimento-base de 2021 o valor de
R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado pertencer à carreira do magistério estadual, bem como à
condenação do Réu ao pagamento, em base retroativa, das parcelas supostamente inadimplidas,
aduzindo que, desde 2016, não viria recebendo o piso previsto na Lei nº 11.738/2008.

Pois bem. Tenho que o pedido deve ser julgado procedente, notadamente, com a limitação da
prescrição quinquenal de trato sucessivo.

Primeiramente, necessário trazer ao debate a questão da prescrição quinquenal contra a Fazenda Pública.

A prescrição das ações intentadas em face da Administração Pública regula-se pelo Decreto nº 20.910/32,
que, em seu artigo 1º, dispõe:
1621
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Art. 1º - As dividas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou
ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em
cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.

Portanto, depreende-se do dispositivo mencionado que o prazo prescricional que regula o caso em tela
seria de cinco anos.

Cabe aqui, no entanto, outra ponderação, já em relação às prestações de trato sucessivo. Em que pese a
determinação do prazo prescricional de 5 (cinco) anos para requerer qualquer direito contra a Fazenda
Pública, contida no art. 1º do Decreto nº 20.910/32, em casos que se referem à concessão de adicional
remuneratório, a relação sobre que versam é de trato sucessivo, pelo que não corre prazo prescricional ou
decadencial.

Nesse sentido, observe-se a Súmula nº 85, do STJ:

Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a fazenda pública figure como devedora, quando não
tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação.

Observe-se, ainda, o seguinte julgado:

ADMINISTRATIVO - ADICIONAL NOTURNO - DEVIDO AOS POLICIAIS CIVIS - PRELIMINAR -


PRESCRIÇÃO - PARCELAS - TRATO SUCESSIVO PRELIMINAR DE PRESCRIÇÃO DAS PARCELAS
REJEITADA, EIS QUE SENDO AS PARCELAS PLEITEADAS DE TRATO SUCESSIVO, A
PRESCRIÇÃO INCIDE APENAS SOBRE AQUELAS VENCIDAS NO QUINQUÊNIO ANTERIOR A
PROPOSITURA DA AÇÃO.

(20000110553819 DF, Relator: VALTER XAVIER, Data de Julgamento: 24/03/2003, 1ª Turma Cível, Data
de Publicação: DJU 30/04/2003 Pág. 23).

Logo, não haveria que se falar em prescrição da pretensão total da parte Autora, restringindo-se
essa, a bem da verdade, apenas à cobrança daquelas parcelas vencidas antes do quinquênio
anterior ao ajuizamento da ação (ocorrido, na hipótese, em 18/06/2021).

Feitas essas considerações, passo ao exame do mérito em si.

De início, cumpre-me rechaçar, de plano, os já habituais argumentos relativos à impossibilidade de


ajuizamento de ação individual concomitante ao processamento de ação coletiva. O raciocínio é antigo e
há muito ultrapassado. Não há “(...) litispendência entre ação individual e ação coletiva, assim como no
sentido de ser inaproveitável e inoponível a coisa julgada formada na ação coletiva para quem litiga
individualmente e não desistiu de sua ação.” (STJ - AgInt no REsp 1890827/PE, DJe 02/03/2021; REsp
1722626/RS, DJe 23/05/2018).

Também, melhor sorte não merece a também usual alegação de aplicação isonômica da decisão proferida
no Processo SS 5236-STF, haja vista que “a decisão em comento é clara em falar que não afeta ao mérito
dos Mandados de Segurança nº 0002367-74.2016.8.14.0000 e 0001621-75.2017.8.14.0000” (STF – Rcl.
42315/PA, DJe 10/02/2021), bem como que “não há que se falar na ocorrência de suspensão da
tramitação de processos nas instâncias ordinárias por força da decisão proferida na SS 5.236, não sendo
possível confundir a sustação de efeitos de decisão impugnada com ordem de suspensão nacional dos
processos” (STF – Rcl. 42430/PA, DJe 28/09/2020).

A toda evidência, os argumentos de resistência sustentados pelas entidades públicas, tanto do Estado do
Pará, quanto do Município de Belém, nos processos de integralização do piso salarial nacional da
categoria do Magistério, conforme parâmetros definidos na Lei Federal n° 11.738/2008, limitam-se a
questionar a possibilidade de cumulação de outras parcelas remuneratórias, a fim de justificar o
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estabelecimento do vencimento-base em valor nominal menor do que aquele previsto na legislação


federal.

Assim, nasceu a tese de que o referido diploma legal teria, segundo a tese da Administração Pública,
regulamentado a “remuneração global” ou, ao menos, estabelecido o conceito de “vencimento inicial”
(vencimento-base mais gratificação de escolaridade), pelo exercício do magistério e, não, o vencimento-
base.

Essa tese não se sustenta, tampouco fora absorvida pela jurisprudência aplicada a espécie.

O tema já foi exaustivamente debatido no âmbito de nossos Tribunais Superiores, destacando-se o


julgamento da ADI n° 4.167, pelo Supremo Tribunal Federal, cuja ementa transcrevo abaixo:

Ementa: CONSTITUCIONAL. FINANCEIRO. PACTO FEDERATIVO E REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA.


PISO NACIONAL PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. CONCEITO DE PISO:
VENCIMENTO OU REMUNERAÇÃO GLOBAL. RISCOS FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO. JORNADA
DE TRABALHO: FIXAÇÃO DO TEMPO MÍNIMO PARA DEDICAÇÃO A ATIVIDADES EXTRACLASSE EM
1/3 DA JORNADA. ARTS. 2º, §§ 1º E 4º, 3º, CAPUT, II E III E 8º, TODOS DA LEI 11.738/2008.
CONSTITUCIONALIDADE. PERDA PARCIAL DE OBJETO.

1. Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de
aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º
da Lei 11.738/2008).

2. É constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do ensino médio
com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre
normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo
como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como
instrumento de proteção mínima ao trabalhador.

3. É constitucional a norma geral federal que reserva o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos
docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse.

Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. Perda de objeto declarada em relação aos arts.
3º e 8º da Lei 11.738/2008.

(STF – ADI n° 4.167, DJe 24/08/2011).

No mesmo sentido: AgR no RE 1.187.534/SP; AgR no RE 859.994/SC; RG no RE 1.309.924/MG (Tema n°


1134); AgR no ARE 898.304/MG; AgR na Rcl 12.985/DF.

Vale destacar, também, que a Corte Suprema já se manifestou sobre o tema em controle difuso, ao
apreciar recurso próprio interposto pelo Estado do Pará no Processo n° 0002367-74.2016.8.14.0000
(TJPA) – em que se originou o Processo SS 5236-STF (suspensão de segurança) –, cuja ementa restou
assim consignada:

Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE


PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356/STF. DIREITO ADMINISTRATIVO.
PISO NACIONAL PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. LEI FEDERAL 11.738/2008.
CONSTITUCIONALIDADE. PAGAMENTO EM VALOR INFERIOR AO PISO PELO ESTADO.
INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICOPROBATÓRIO CONSTANTE DOS
AUTOS. SÚMULA 279/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Ausência de prequestionamento do art. 18 da Constituição Federal. Incidência da Súmula 282/STF.


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Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir a omissão, é inviável
o recurso, nos termos da Súmula 356/STF.

II - A jurisprudência desta Corte, no julgamento da ADI 4.167/DF, de relatoria do Ministro Joaquim


Barbosa, reconheceu a constitucionalidade da Lei 11.738/2008, que fixou o piso salarial nacional
dos professores da educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global.

III – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica a revisão da interpretação de
normas infraconstitucionais que fundamentam o acórdão recorrido, dado que apenas ofensa direta à
Constituição Federal enseja a interposição do apelo extremo.

IV – Conforme a Súmula 279/STF, é inviável, em recurso extraordinário, o reexame do conjunto fático-


probatório constante dos autos.

V – Agravo regimental a que se nega provimento.

(STF – AgR no ARE 1.292.388/PA, DJe 14/04/2021)

Como se vê, não há espaço para continuidade da discussão acerca do conceito de “piso salarial nacional”
regulamentado na Lei Federal n° 11.738/2008, eis que a última palavra sobre o tema já foi firmada e
reafirmada pelo STF, concluindo-se pela constitucionalidade do “piso salarial nacional dos professores da
educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global”.

Por oportuno, ressalto que a cumulação de outras parcelas remuneratórias, como forma de composição de
vencimento-base de categoria funcional, não pode ser adotada, sob pena de violação do princípio da
legalidade (art. 37, caput, da CF). Isto é, “(...) Em se tratando de remuneração de servidor público, tem-se
que as vantagens pecuniárias são parcelas acrescidas ao vencimento base em decorrência de uma
situação fática previamente estabelecida em lei, sendo que toda gratificação reclama a consumação de um
certo fato que proporciona o direito à sua percepção. É dizer que, presente a situação prevista na norma,
assegura-se ao servidor direito subjetivo à sua percepção. (...)” (TJPA – Acórdão n° 3.614.505, rel. Des.
Roberto Moura, DJe 10/09/2020).

Desse modo, importa dizer que é insustentável qualquer tentativa da Administração Pública em resistir à
necessidade e obrigatoriedade legal da integralização do vencimento-base da categoria do Magistério
público, até que, ao servidor, seja observada a referência financeira nominal estabelecida na legislação
federal – por óbvio, “referência financeira” (vencimento-base) alcançada sem a cumulação de outras
parcelas remuneratórias.

A Lei Federal n° 11.738/08 fixou, a partir do ano de 2008, os valores mínimos de composição do
vencimento base dos servidores públicos titulares de cargos do magistério público da educação básica
com carga horária mínima de “40h” (quarenta horas-aula) semanais ou “200h” (duzentas horas-aula)
mensais, conforme descrito no seu art. 2°, cito:

Art. 2o O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica
será de R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais) mensais, para a formação em nível médio, na
modalidade Normal, prevista no art. 62 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional.

§1o O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da educação
básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais.

§2o Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se aqueles que desempenham
as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração,
planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das
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unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima
determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional.

§3o Os vencimentos iniciais referentes às demais jornadas de trabalho serão, no mínimo, proporcionais ao
valor mencionado no caput deste artigo.

§4o Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga
horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.

§5 o As disposições relativas ao piso salarial de que trata esta Lei serão aplicadas a todas as
aposentadorias e pensões dos profissionais do magistério público da educação básica alcançadas pelo
art. 7o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, e pela Emenda Constitucional no
47, de 5 de julho de 2005.

Todos os entes da Federação deveriam, a contar de 1º/01/2010, garantir a integralização do piso salarial
nacional às carreiras públicas de magistério da educação básica dos seus servidores, conforme critérios
estabelecidos naquele diploma legal (art. 3º, III).

Nesse sentido, embora obrigada por lei, a Administração Pública não vem aplicando os parâmetros
salariais previstos na Lei Federal n° 11.738/2008, verificando, no presente caso que, de fato, o
vencimento-base devido à parte Autora não fora atualizado corretamente, causando-lhe prejuízos
financeiros.

Assim, conforme notícia publicada no sítio eletrônico do Ministério da Educação[1], “O piso salarial dos
profissionais da rede pública da educação básica em início de carreira foi reajustado em 12,84% para
2020, passando de R$ 2.557,74 para R$ 2.886,24” – o reajuste atual deve observar o valor fixado para o
ano de 2020, ante a constitucionalidade do art. 8°, I, da Lei Complementar Federal n° 173/2020 (STF –
ADI’s n° 6447, 6450, 6525 e 6442) – encerrada a condicionante da LC Federal n° 173/2020, o reajuste
deve seguir a forma prevista no art. 5°, da Lei Federal n° 11.738/2008.

Portanto, evidenciando que não houve a efetiva revisão/atualização da parcela relativa ao vencimento-
base, em violação frontal a Lei Federal n° 11.738/08, deve, tal ilegalidade, ser corrigida imediatamente,
com reflexo nas demais parcelas remuneratórias, obedecido, neste caso, o prazo prescricional
quinquenal, devendo, logo, ser deferido o pedido.

Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTE o pedido, para nos termos da fundamentação
retro, determinar ao ESTADO DO PARÁ que proceda à imediata correção do valor do piso salarial
do magistério e seus reflexos nos seus vencimentos do Autor, em conformidade com as normas
federais, majorando seu vencimento-base de acordo com o piso nacional, bem como ao
pagamento, em base retroativa limitada ao quinquênio que antecedeu o ajuizamento da presente
ação, das parcelas de vencimento-base e devidos reflexos que deixou de pagar à parte Autora, em
total a ser apurado em procedimento específico de liquidação de sentença, pelo que extingo o
processo.

Para regular cumprimento da obrigação aqui determinada, fixo multa de R$5.000.00 (cinco mil reais) por
dia de descumprimento até o limite de R$100.000,00 (cem mil reais) ou efetivo implemento desta decisão
(art. 536, do CPC).

Advirto, a quem desta tiver conhecimento, que o descumprimento da presente decisão enseja a incidência
do agente infrator (público ou particular) no tipo penal previsto no art. 330, do CP, sem prejuízo de ação
por improbidade administrativa (Lei Federal n° 8.429/1992).

Sobre o cálculo dos valores retroativos, observado o quinquênio anterior ao ajuizamento da ação (art. 1º,
do Decreto Federal nº 20.910/1932), devem incidir juros e correção monetária, cuja liquidação, por simples
cálculo aritmético, deve obedecer os seguintes comandos: os juros de mora deverão ser aplicados de
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acordo com os “índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança” (art.
1°-F, da Lei n° 9.494/97, com redação dada pela Lei n° 11.960/09), a partir da citação (art. 405, do
CC/2002); já a correção monetária deverá incidir pelo IPCA-E (STF - RE nº 870.947/SE, Tema n° 810 –
Recurso Repetitivo), até a data de atualização do cálculo ou protocolização do pedido de cumprimento da
sentença.

Custas pelo Réu, isento na forma da lei (art. 40, I, da Lei Estadual n° 8.328/2015) cabendo, tão somente o
ressarcimento dos valores eventualmente pagos pela parte Autora, se houver.

Fixo os honorários advocatícios, em favor do patrono da parte Autora, em 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação, com fulcro no art. 85, §3º, inciso I do CPC.

Sentença não sujeita à remessa necessária (art. 496, §4º, II, do CPC).

Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma do Código
de Processo Civil.

Ocorrendo o trânsito em julgado, sem interposição de recurso voluntário, certifique-se e arquive-se com as
cautelas legais, dando-se baixa definitiva no Sistema PJe.

P.R.I.C.

Belém, 10 de agosto de 2021.

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A5

[1]http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/12-acoes-programas-e-projetos-637152388/84481-mec-divulga-
reajuste-do-piso-salarial-de-professores-da-educacao-basica-para-2020

Número do processo: 0843388-93.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ADAILTON VIEIRA


BEZERRA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO COSTA LOPES OAB: 11540/PA Participação:
AUTOR Nome: PAULO CEZAR FERREIRA DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO
COSTA LOPES OAB: 11540/PA Participação: AUTOR Nome: RAIMUNDO NONATO DE SOUSA
GONCALVES Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO COSTA LOPES OAB: 11540/PA Participação:
AUTOR Nome: JOAO HENRIQUE TEIXEIRA FLEXA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO COSTA
LOPES OAB: 11540/PA Participação: AUTOR Nome: JOAO DE DEUS BISPO SOBRAL Participação:
ADVOGADO Nome: THIAGO COSTA LOPES OAB: 11540/PA Participação: AUTOR Nome: JOSE
CLAUDIO RODRIGUES LEITE Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO COSTA LOPES OAB:
11540/PA Participação: AUTOR Nome: ANTONIO QUENTAL ARRUDA JUNIOR Participação:
ADVOGADO Nome: THIAGO COSTA LOPES OAB: 11540/PA Participação: AUTOR Nome: JOSE
AIRTON DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO CEZAR NAZARE DE FREITAS OAB:
11290/PA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO COSTA LOPES OAB: 11540/PA Participação: REU
Nome: ESTADO DO PARA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO
PARA

ESTADO DO PARÁ
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PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE : PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

ASSUNTO : DESVIO DE FUNÇÃO

AUTORES : ADAILTON VIEIRA BEZERRA E OUTROS

RÉU : ESTADO DO PARÁ

SENTENÇA

Trata-se de Ação de Obrigação de Pagar proposta por Adailton Vieira Bezerra, Paulo Cezar Ferreira de
Oliveira, Raimundo Nonato de Souza Gonçalves, João Henrique Teixeira Flexa, João de Deus Bispo
Sobral, José Cláudio Rodrigues Leite, Antônio Quantal Arruda Júnior e José Airton da Silva contra o
Estado do Pará, visando ao pagamento de valores remuneratórios em decorrência do exercício do cargo
de Fiscal da Receita Estadual, atuando em desvio de função, junto a Secretaria de Estado da Fazenda –
SEFA.

Juntam documentos e alegam, em síntese, que foram nomeados, para o exercício de cargos de
apoio/auxílio do quadro de pessoal da SEFA, porém, posteriormente foram redesignados irregularmente
para desenvolver atividade própria de fiscalização.

Aduzem que, mesmo após passarem a exercer atividades exclusivas de “Fiscal da Receita Estadual”,
contudo, sem alteração formal/legal, não houve readequação dos valores remuneratórios pertinentes ao
novo cargo.

Ainda, alegam que tal situação se perpetua até os dias atuais, tendo reclamado e reconhecido
judicialmente os desvios de função, conforme Processo n° 0021303-59.2012.8.14.0301, sem, no entanto,
terem formalizado pedido próprio de ressarcimento.

Por essa razão, concluem exercer atividade pública em desvio de função, reclamando o pagamento de
valores não percebidos, equivalentes ao cargo de Fiscal da Receita Estadual.

Citado regularmente, o Réu apresentou defesa com documentos (Id. n° 7146101, pugnando pela
improcedência dos pedidos, sob os seguintes argumentos: a) ocorrência de prescrição; b) coisa julgada; c)
ausência de comprovação do desvio de função; d) observância ao princípio da legalidade (arts. 5°, II, e
37, caput, da CF.

Os Autores se manifestaram em réplica.

O Ministério Público opinou pela procedência dos pedidos.

Conclusos.

Éo relatório.

DECIDO.
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I. Da Prescrição.

O Superior Tribunal de Justiça já uniformizou o entendimento de que o Decreto n° 20.910/32 é que “regula
a prescrição, seja qual for a sua natureza, das pretensões formuladas contra a Fazenda Pública, ao
contrário da disposição prevista no Código Civil, norma geral que regula o tema de maneira genérica, a
qual não altera o caráter especial da legislação, muito menos é capaz de determinar a sua revogação”
(Tema 553 - REsp. n° 1251993/PR – Recurso Repetitivo).

Além do mais, a pretensão aqui deduzida refere-se às verbas remuneratórias decorrentes do exercício de
cargo público efetivo de servidor ainda em atividade, caracterizando-se, pois, como relação jurídica de
trato sucessivo, cuja prescrição só alcança as “prestações vencidas antes do quinquênio anterior a
propositura da ação”, atraindo a incidência do enunciado n° 85, da Súmula de Jurisprudência dominante
do Superior Tribunal de Justiça, in verbis:

“NAS RELAÇÕES JURIDICAS DE TRATO SUCESSIVO EM QUE A FAZENDA PUBLICA FIGURE COMO
DEVEDORA, QUANDO NÃO TIVER SIDO NEGADO O PROPRIO DIREITO RECLAMADO, A
PRESCRIÇÃO ATINGE APENAS AS PRESTAÇÕES VENCIDAS ANTES DO QUINQUENIO ANTERIOR
A PROPOSITURA DA AÇÃO”.

Afasto, pois, a prescrição suscitada.

II. Mérito.

O pedido é procedente.

O cerne da questão está em verificar a efetiva ocorrência de desvio de função, ao cargo de “Fiscal da
Receita Estadual”, perpetrada em desfavor dos Autores, nomeados para o exercício dos seguintes cargos:

- Adailton Vieira Bezera: cargo efetivo de Motorista (Decreto de 04/05/1999 – Id. n° 5523812 – Págs. 44 e
63);

- José Airton da Silva: cargo efetivo de Escrevente Datilógrafo (Decreto de 11/05/1978 – Id. n° 5523812 –
Pág. 65);

- José Claudio Rodrigues Leite: cargo efetivo de Escrevente Datilógrafo (Decreto de 04/05/1990 – Id. n°
5523812 – Pág. 71);

- João de Deus Bispo Sobral: cargo efetivo de Motorista (Decreto de 30/09/1991 – Id. n° 5523812 – Pág.
79);

- João Batista de Lima: cargo de Motorista (Admissão em 14/03/1985 – Id. n° 5523812 – Pág. 82);

- João Henrique Teixeira Flexa: cargo efetivo de Escrevente Datilógrafo (Decreto de 04/05/1990 – Id. n°
5523812 – Pág. 84);

- Antonio Quental Arruda: cargo efetivo de Escrevente Datilógrafo (Decreto de 04/05/1990 – Id. n° 5523812
– Pág. 88);

- Raimundo Nonato de Souza Gonçalves: cargo efetivo de Motorista (Decreto de 13/03/1991 – Id. n°
5523812 – Pág. 92).

Em análise à documentação juntada à inicial, percebo que os Autores, ao longo dos anos de 1989 e 1990,
foram (re)designados para atuar como “Fiscal da Receita Estadual” junto a diversas localidades em que
órgão estadual de fiscalização tributária detém postos, tanto no interior, quanto na capital do Estado do
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Pará, bem como demonstram que em todo seu período laboral não sofreram alteração, em seus
contracheques, decorrentes de valores próprios devidos ao exercício de outras atividades funcionais, tal
como registrado nos documentos constantes dos Id´s. n° 5523812 – Págs. 93/102, e 5523814.

Os documentos colacionados pelo Réu não apontam qualquer situação fática diversa daqueles
comprovados nas alegações e documentos juntados pelos Autores. Por outro lado, corroboram a assertiva
de manutenção do estado de desvio de função anteriormente citado.

Assim, demonstrado claramente o desvio de função reclamado pelos Autores, é cabível o respectivo
ressarcimento de valores não percebidos nos períodos em que atuaram como “Fiscal da Receita Estadual”
sem a designação formal.

Acerca do tema, em razão de não haver dispositivo específico tipificado na Lei Estadual n.º 5.810/94 (RJU
dos Servidores Civis do Estado do Pará), transcrevo o disposto no art. 117, XVII da Lei n.º 8.112/90 (RJU
dos Servidores Públicos Civis da União, autarquias e fundações públicas federais):

“Art. 117. Ao servidor é proibido:

(...)

XVII – cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de
emergência e transitórias;”

Ainda, aplicável ao caso a Súmula 378 do STJ:

“Reconhecido o desvio de função, o servidor faz jus às diferenças salariais decorrentes”.

Nesse sentido, o posicionamento dos Tribunais Pátrios:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. DESVIO DE


FUNÇÃO. DIREITO À REMUNERAÇÃO. REENQUADRAMENTO FUNCIONAL. IMPOSSIBILIDADE.
Funcionário público. Atribuições. Desvio de função. Direito à percepção do valor da remuneração devida
como indenização. Reenquadramento funcional. Impossibilidade, dada a exigência de concurso público.
Agravo regimental não provido (STF, Segunda Turma, Agravo Regimental em Recurso Extraordinário
314973, Rel. Maurício Corrêa. Brasília, 24/03/2003. DJ, 25/04/2003)”.

(grifos nossos)

“ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL.


SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PROFESSOR. DESVIO DE FUNÇÃO. DIFERENÇAS
VENCIMENTAIS. PRECEDENTE DA TERCEIRA SEÇÃO EM RECURSO ESPECIAL REPETITIVO.
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.1. Nos casos de desvio de função, conquanto não tenha o
servidor direito à promoção para outra classe da carreira, mas apenas às diferenças vencimentais
decorrentes do exercício desviado, tem ele direito aos valores correspondentes aos padrões que, por força
de progressão funcional, gradativamente se enquadraria caso efetivamente fosse servidor daquela classe,
e não ao padrão inicial, sob pena de ofensa ao princípio constitucional da isonomia e de enriquecimento
sem causa do Estado” (STJ, Quinta Turma, Recurso Especial 1.091.539/AP, Rel.: Ministro Napoleão
Nunes Maia Filho. Brasília, 21/09/2010. DJe, 25/10/2010).

“ADMINISTRATIVO. SERVIDORA PÚBLICA. DESVIO DE FUNÇÃO. Comprovado o desvio de função, o


servidor tem direito à percepção das diferenças remuneratórias (TRF 4ª Região. Apelação 7101 RS
0001849- 17.2008.404.7101. Rel. Sérgio Renato Tejada Garcial. Curitiba, 26/01/2011. D.E., 04/02/2011).
Cuida-se de pedido de diferença salarial decorrente de desvio de função proveniente do cargo do autor
(técnico administrativo do MPF), pelo exercício efetivo das atribuições inerentes ao cargo de analista
processual, daquele mesmo órgão federal, no período compreendido entre os meses de janeiro a julho de
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2005, data em que o autor se licenciou para o exercício de mandato sindical. Alega que no referido
período exerceu atribuições pertinentes ao cargo de analista processual, minutando pareceres
administrativos e judiciais, além de peças processuais, em assessoramento ao Procurador-Chefe da
Procuradoria da República do Ministério Público Federal no Estado do Acre [...]. Examinando a portaria
descrita na inicial, observa-se que as atribuições conferidas ao cargo de técnico administrativo, em que
pese lhe impor a tarefa de prestar informações jurídicas, levantamento de dados, instrução de processos,
pesquisa de legislação, doutrina e jurisprudência, informações em processo, não especifica a natureza
destes, vale dizer, não faz qualquer referência se se tratam de processos administrativos ou judiciais, o
que não permite admitir, diante de tal omissão, entre tais atribuições, aquela pertinente ao alegado
assessoramento jurídico prestado pelo autor àquele membro do MPF. [...] Por outro lado, pelo teor daquela
mesma portaria, citadas atribuições enquadram-se perfeitamente àquelas destinadas aos analistas
processuais, aos quais incumbia a análise de processos administrativos e judiciais; o processamento de
legislação, doutrina e jurisprudência, bem como a execução de trabalhos de natureza técnica-
administrativa, tais como: elaboração de despachos, informações, relatórios, ofícios, petições, etc.
Conforme se pode ver, as principais atribuições acometidas ao autor no citado período se inserem
naquelas que deveriam ser desempenhadas por analista processual, embora o autor ocupasse o cargo de
técnico administrativo. Cumpre também observar, que referidas atribuições eram por ele desempenhadas
sem o exercício de qualquer função comissionada, o que permite concluir que a contraprestação por tais
serviços se limitavam à sua remuneração ordinária. Assim, constata-se que, nos termos da citada súmula
378 do STJ e da jurisprudência aplicável à espécie (precedentes deste Juizado: processos n.
2007.30.00.906512-0 e 2008.30.00.903209-8, além da Apelação Cível do TRF5 de n. 445998/PB), não
poderia a União deixar de remunerar o autor nos termos do cargo correspondente às funções efetivamente
desempenhadas pelo autor, sob pena de indevido enriquecimento da Administração em decorrência
desse desvio de função. [...] Isso posto, julgo procedente o pedido inicial para condenar a ré a pagar ao
autor a diferença da remuneração por ele percebida como técnico administrativo e aquela paga aos
ocupantes do cargo de analista processual do MPF, no nível correspondente àquele por ele ocupado à
época, no período de janeiro a julho de 2005 […]” (4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Acre,
Sentença proferida nos Autos n. 2010.30.00.900380-0, Juiz Federal Waldemar Cláudio de Carvalho. Rio
Branco, 21/05/2010).

“APELAÇÃO – Desvio de função – Servidor público municipal – Leiturista – Pretendido o reconhecimento


do desvio de função para o cargo de Encanador – Reconhecido o desvio de função – Procedência da
Ação – Irresignação – Descabimento – Reconhecido o desvio de função – Procedência da Ação –
Irresignação – Descabimento – Reconhecido o desvio de função – Impossibilidade de reenquadramento
(art. 37, II da CF), mas pertinente o pagamento das diferenças respectivas no período efetivamente
laborado em função diversa à original – Observância dos princípios da boa-fé objetiva e do enriquecimento
sem causa – Inteligência da Súmula 378 do STJ. Decisão mantida. Recurso desprovido” (TJ-SP
10059596420178260510 SP 1005959-64.2017.8.26.0510, Relator: Danilo Panizza, Data de Julgamento:
16/07/2018, 1ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 16/07/2018).

“RECURSO INOMINADO. SEGUNDA TURMA RECURSAL DA FAZENDA PÚBLICA. SERVIDOR


PÚBLICO. MUNICÍPIO DE SANTO ROSA. AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS. DESVIO DE FUNÇÃO
COMPROVADO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA MANTIDA. 1. Trata-se de Recurso Inominado
interposto em face da sentença de parcial procedência proferida nos autos da ação em que a parte autora,
servidor público municipal, postula a condenação do ente público demandado ao pagamento de diferenças
salariais decorrentes de desvio de função, observada a prescrição qüinqüenal. 2. O prova testemunhal
demonstra flagrante inversão e conseqüente desvio de funções no cotidiano de trabalho da autora, tendo
em vista que a própria testemunha ouvida mencionou que deveria ser a titular da cozinha, porém, na
realidade, a demandante era quem comanda o trabalho na área de alimentação dos alunos. 3. Assim, a
sentença bem analisou o direito aplicável ao caso da autora e deve ser mantida por seus fundamentos.
RECURSO INOMINADO DESPROVIDO”. (TJRS - Recurso Cível, Nº 71007588809, Segunda Turma
Recursal da Fazenda Pública, Turmas Recursais, Relator: Luciane Marcon Tomazelli, Julgado em: 28-11-
2018)

“SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS – DIFERENÇAS SALARIAIS/DESVIO DE FUNÇÃO – Município


de Sorocaba – Guarda Civil Municipal Segunda Classe – exercício de funções idênticas às de Guarda Civil
Municipal de Primeira Classe – Desvio de função caracterizado – Diferenças remuneratórias devidas a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

título de indenização – Inteligência da Súmula nº 378 do STJ – Prova emprestada que evidencia não haver
distinção entre as duas funções – Desvio de função configurado – Aplicação da Súmula n.º 378 do STJ –
Pagamento de diferenças devido para que a Administração não se locuplete ilicitamente – Precedentes –
Honorários advocatícios – Critério que merece alteração – Verba honorária devida pelo réu que deve ser
fixada no momento da liquidação do julgado e de acordo com a porcentagem sobre o valor da condenação
ou do proveito econômico obtido, nos termos do art. 85, §§2º, incisos I a IV, 3º, inciso I, e §4º, inciso II, do
Código de Processo Civil (sentença ilíquida). Reexame necessário provido em parte e recurso voluntário
desprovido, com observação”. (TJ-SP – APL: 10017073320178260602 SP 1001707-33.2017.8.26.0602,
Relator: Oscild de Lima Júnior, Data de Julgamento: 18/12/2018, 11ª. Câmara de Direito Público, Data de
Publicação: 18/12/2018).

Desse modo, conforme acima narrado, ante as contundentes provas que relacionam a narrativa dos
Autores e a atividade da Administração fora dos deveres aos quais deveria estar adstrita, evitando a
conduta acima descrita ou, por outro lado, remunerando devidamente o período laborado por aqueles,
que, como visto, exercem função própria do cargo de “Fiscal da Receita Estadual”, deve, o Réu, ser
compelido ao respectivo ressarcimento financeiro.

Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTES OS PEDIDOS, condenando o Estado do Pará à
restituição, dos valores que não foram pagos pelo exercício, em desvio de função, do cargo de Fiscal da
Receita Estadual, junto a SEFA/PA, de forma retroativa, observado o quinquênio anterior ao ajuizamento
da ação.

Sobre tais valores, devem ser obedecidos os seguintes parâmetros: os juros de mora deverão ser
aplicados de acordo com os “índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de
poupança” (art. 1°-F, da Lei n° 9.494/97, com redação dada pela Lei n° 11.960/09), a partir da citação (art.
405, do CC/2002); já a correção monetária deverá incidir pelo INPC, desde quando as verbas deveriam ter
sido pagas, até junho/2009 (TJPA – Ac. n° 150.259, 2ªCCI) e, a partir de julho/2009, pelo IPCA-E (STF -
RE nº 870.947/SE, Tema n° 810 – Recurso Repetitivo), até a data de atualização do cálculo ou
protocolização do pedido de cumprimento da sentença.

Condeno o Réu, ainda, ao pagamento de honorários advocatícios, os quais fixo em 20% (vinte por cento)
sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §3º, I e II, do CPC.

Custas pelo Réu, isento na forma da lei.

Sentença sujeita a remessa necessária.

Oportunamente, com ou sem recursos voluntários, remeta-se ao Tribunal de Justiça.

P.R.I.C.

Belém, 11 de agosto de 2021

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A2

Número do processo: 0019518-28.2013.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: RAIMUNDO


1631
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

RODRIGUES DE MELO Participação: ADVOGADO Nome: REBECA DO SOCORRO PAMPOLHA DE


AZEVEDO OAB: 21265/PA Participação: EXECUTADO Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM

PROCESSO 0019518-28.2013.8.14.0301

EXEQUENTE: RAIMUNDO RODRIGUES DE MELO

EXECUTADO: MUNICÍPIO DE BELÉM

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato fica o EXECUTADO intimado acerca da sentença de ID 30841097.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

ALISON KLEBER BARROS DE MIRANDA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0006163-24.2008.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARCELO OLIVEIRA


BRITO Participação: ADVOGADO Nome: LILIAN MIRANDA DA SILVA OAB: 017447/PA Participação:
REU Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: REU Nome: CENTRO DE PERICIAS CIENTIFICAS
RENATO CHAVES Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE : PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

ASSUNTO : CONCURSO PARA SERVIDOR

AUTOR : MARCELO OLIVEIRA BRITO

RÉU : ESTADO DO PARÁ; E, CENTRO DE PERÍCIAS CIENTÍFICAS “RENATO


CHAVES”
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SENTENÇA

MARCELO OLIVEIRA BRITO ajuizou Pedido de Obrigação de Fazer contra o Estado do Pará e Centro de
Perícias Científicas RENATO CHAVES, visando a nulidade do ato que o declarou “não recomendado” e o
excluiu do CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS EM CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR
E DE NÍVEL MÉDIO – Concurso Público C-120 – Edital nº 6 – SEAD/CPC, de 15.10.2007.

Juntou documento e alegou, em síntese, que, ao ser submetido ao exame psicológico (4ª Fase, da 1ª
Etapa), obteve o resultado de “não recomendado”, sendo, por essa razão, excluído do certame.

Relatou que, em sessão própria, prevista no item 3.6.1, do edital regulamentar, não houve apresentação
da motivação de sua exclusão, “este apenas recebeu um laudo síntese acompanhado apenas dos
resultados finais dos exames (...), estabelecido que o requerente não fazia parte do perfil exigido para o
bom desempenho do cargo de perito criminal por ter apresentado resultados inadequados nos testes”.

Por fim, afirmou que o edital regulamentar não informou os critérios objetivos que seriam utilizados na
avaliação psicológica, concluindo que sua eliminação se deu de forma ilegal, requerendo a anulação e
refazimento da etapa impugnada ou garantia de nomeação e posse ao cargo concorrido.

Juntou documentos.

A tutela de urgência foi deferida (ID 24849442).

O Estado do Pará informou a interposição de recurso de agravo de instrumento – posteriormente negado


seguimento.

Distribuído originalmente ao Juízo da 1ª Vara da Fazenda da Capital, houve o declínio de competência,


conforme decisão ID 24849445 – Pág. 10.

Citado regularmente, o Estado do Pará apresentou defesa, pugnando pela improcedência dos pedidos,
sob os argumentos de observância do princípio da legalidade – aplicação das regras do edital (item 10) e
das Leis Estaduais n° 6.829/2006 e 5.810/1994, bem como da regular realização de “sessão de
conhecimento” onde ao Autor foi oportunizado ter conhecimento dos motivos de sua exclusão, aplicação
de testes aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia (ICFP-r, TRAD C3, CPS, TACOM-A, TADIM e
BPR5-RE) e, impossibilidade de revisão do ato administrativo pelo Poder Judiciário.

Há registro da oposição de embargos de declaração em face da decisão de declínio de competência, não


conhecidos, pois intempestivos, conforme decisão ID 24849450.

O Autor se manifestou em réplica.

O Ministério Público opinou pela procedência da ação.

Conclusos.

Éo relatório.

Decido.

O julgamento prescinde de provas.

As preliminares suscitadas pelo Réu se confundem com o mérito da demanda e assim serão julgadas.
1633
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

O pleito autoral não merece amparo.

Por certo, o litígio deve ser resolvido sob o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do Tema n° 338, das teses de repercussão geral (AI n° 758.533/MG QO-RG), abaixo
reproduzida:

Tese:

A exigência do exame psicotécnico em concurso depende de previsão em lei e no edital, e deve seguir
critérios objetivos.

Ementa:

Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e
4°). 2. Exame psicotécnico. Previsão em lei em sentido material. Indispensabilidade. Critérios objetivos.
Obrigatoriedade. 3. Jurisprudência pacificada na Corte. Repercussão Geral. Aplicabilidade. 4. Questão de
ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar
provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.

Como se vê, a aplicação do exame psicológico em concursos públicos somente se mostra em


conformidade a Constituição Federal, quando previsto em legislação específica e aplicação mediante
critérios objetivos.

A etapa da avaliação psicológica aplicada aos candidatos em concursos públicos de ingresso ao quadro
de pessoal do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” é prevista e regulamentada pelo art. 7º, “e”,
da Lei Estadual n° 6.829/2006:

Art. 7º Os concursos públicos do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” para provimento de
cargos serão realizados em duas etapas, com suas respectivas subfases:

I – integram a primeira etapa dos concursos públicos as seguintes subfases:

a) provas escritas de conhecimentos gerais;

b) provas escritas de conhecimentos específicos;

c) exames médicos;

d) prova de capacitação física;

e) exame psicológico, para aferição do perfil profissiográfico adequado ao exercício das atividades
inerentes ao cargo a que concorrer; e

f) investigação criminal e social, para aferição da conduta social irrepreensível e da idoneidade moral
compatível com a função pericial;

Some-se a isto, o fato de que o exame psicológico se encontra previsto no edital regulamentar, em seu
item 10, não havendo razão, posterior, para que os concorrentes inscritos venham a alegar irregularidade
ou desconhecimento dos critérios de julgamento.

Destarte, é consabido que todos os atos administrativos devem conter motivação clara e adequada,
conforme preceituam os arts. 2°, I, e 50, I e §1°, da Lei Federal n° 9.784/99. A Administração Pública deve
observar o requisito da motivação, inclusive como forma de controle de legalidade (STJ - MS 19449/DF,
DJe 04/09/2014).
1634
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Neste sentido, considerando que o ato administrativo atacado se mostra adequadamente fundamentado,
permitindo, em tese, o exercício do direito de defesa, observando-se os princípios do contraditório e ampla
defesa, corolários do princípio do devido processo legal (art. 5°, LIV e LV, da CF), não há nulidade a ser
declarada.

Portanto, entendo que, no caso concreto, a atuação da Administração Pública não se afastou das normas
de regência.

Diante das razões expostas, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos.

Custas e honorários advocatícios, que fixo, estes, em 10% sobre o valor atualizado da causa (art. 85, § 4°,
III, do CPC), a serem suportados pela parte Autora, ambos corrigidos monetariamente a partir do
ajuizamento da ação (Súmula 14, do STJ), aplicando-se os fatores de atualização monetária, conforme
regulamento estabelecido na Portaria Conjunta n° 004/2013-GP/CRMB/CCI.

Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma do Código
de Processo Civil.

Ocorrendo o trânsito em julgado, sem interposição de recurso voluntário, certifique-se e arquive-se com as
cautelas legais, dando-se baixa definitiva no sistema de processo judicial eletrônico – PJe.

P. R. I. C.

Belém, 13 de agosto de 2021

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A2

Número do processo: 0832247-72.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ADAMITEC COMERCIO


DE EQUIPAMENTOS ELETRONICOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNA OLIVEIRA OAB:
42633/SC Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE : PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

ASSUNTO : CONTRATOS ADMINISTRATIVOS/ RESCISÃO

AUTORA : ADAMITEC COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS LTDA

RÉU : ESTADO DO PARÁ


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SENTENÇA

Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer c/c pedido de tutela de urgência ajuizada por Adamitec Comércio
de Equipamentos Eletrônicos Ltda em face de Estado do Pará, visando a devolução de 20 (vinte)
computadores desktop, em razão do não pagamento da nota de empenho n° 2019NE00667.

Junta documentos e sustenta, em síntese, que após participar do Pregão Eletrônico n° 01/2019, promovido
pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, na modalidade de registro de
preços, tendo ofertado o melhor preço, a Auditoria Geral do Estado do Pará – AGE/PA formalizou adesão
a ata, bem como pedido de aquisição de equipamentos de informática em epígrafe, totalizando o montante
de R$118.520,00 (cento e dezoito mil, quinhentos e vinte reais).

Contudo, após a entrega do material solicitado e ultrapassada a data de vencimento da contraprestação, a


saber, dia 06/05/2020, a entidade se manteve, incidindo em inadimplemento contratual.

Por isso, requer, em sede de tutela de urgência: “a devolução dos equipamentos entregues e referidos na
Nota Fiscal nº 315, visando minimizar os prejuízos”.

Determinada a manifestação do Réu, em sede de justificação prévia, este apresentou pedido de dilação de
prazo, conforme ID 28633725.

No ID 29484666, o Réu apresentou informação, confirmando os fatos relatados na inicial, destacando,


ainda, ter interesse na devolução dos referidos objetos, que o procedimento de compra dos equipamentos
de informática adquiridos pela AGE estão sendo alvo de investigação interna, bem como que a Nota Fiscal
n° 315 foi anulada em 31/12/2019.

Por sua vez, a Autora formalizou petição reiterando o pedido de concessão de tutela de urgência, para
efetivação da devolução pretendida.

Conclusos.

Éo relatório.

Decido.

O julgamento prescinde de provas.

A Autora visa obtenção de tutela judicial, a fim de garantir a restituição de 20 (vinte) computadores desktop
, em razão do não pagamento da nota de empenho n° 2019NE00667.

O Réu não mostrou resistência ao pleito deduzido pela Autora, pelo contrário, reforçou a desídia praticada
pela Administração Pública quando da formalização do procedimento de aquisição do referido material,
ressaltando a revogação/anulação da nota de empenho em epígrafe e instauração de procedimento
investigativo interno, junto a Auditoria-Geral do Estado do Pará, para apuração de eventuais ilícitos e
responsabilização pessoal dos envolvidos.

Neste panorama, incide a hipótese prevista no art. 487, III, a, do CPC, vejamos:

Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:

(...)
1636
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

III - homologar:

a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção

Destarte, a obrigação de fazer, qual seja, a entrega/restituição dos 20 (vinte) computadores desktop,
referenciados na nota de empenho n° 2019NE00667, devem ser providenciados em transação direta entre
as partes.

Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTE, homologando o reconhecimento do pedido pelo Réu,
e determino, a este, que proceda, em obrigação de fazer, a entrega/restituição dos 20 (vinte)
computadores desktop objeto da nota de empenho n° 2019NE00667.

Custas pelo(s) Réu(s), isento(s) na forma da lei (art. 40, I, da Lei Estadual n° 8.328/2015) cabendo, tão
somente o ressarcimento dos valores eventualmente pagos pela parte Autora, se houver.

Fixo os honorários advocatícios, em favor da(o) patrona(o) da parte Autora, em 15% (quinze por cento)
sobre o valor da condenação, com fulcro no art. 85, §3º, I, e §4°, III do CPC – caso haja o cumprimento
voluntário e integral da prestação homologada, os honorários serão reduzidos pela metade (art. 90, §4°, do
CPC).

Sentença não sujeita a remessa necessária (art. 496, §3º, II, do CPC).

Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma do Código
de Processo Civil.

Ocorrendo o trânsito em julgado, sem interposição de recurso voluntário, certifique-se e arquive-se com as
cautelas legais, dando-se baixa definitiva no Sistema PJe.

P. R. I. C.

Belém, 17 de agosto de 2021

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A2

Número do processo: 0837970-72.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANTONINO DA SILVA


REIS FILHO Participação: ADVOGADO Nome: ANGELA DA CONCEICAO SOCORRO MOURAO
PALHETA OAB: 3887/PA Participação: ADVOGADO Nome: EDILSON DA COSTA SOUZA OAB:
30611/PA Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ

PROC. 0837970-72.2021.8.14.0301

AUTOR: ANTONINO DA SILVA REIS FILHO

REU: ESTADO DO PARÁ


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista a apresentação de contestação TEMPESTIVAMENTE, INTIME-SE o autor para, querendo,


apresentar réplica no prazo legal, nos termos do art. 437, caput e §1º, do Novo Código de Processo Civil e
do Provimento n° 006/2006-CJRM, art. 1°, § 2°,II. Int.

Belém - PA, 18 de agosto de 2021

SHIRLEY DE SOUSA SILVA

SERVIDOR DA UPJ

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL.

(Provimento 006/2006 – CRMB, art. 1º, §3º)

Número do processo: 0863555-63.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: DENILDE FREITAS DOS


REIS Participação: ADVOGADO Nome: GIORDANO BRUNO COSTA DA CRUZ OAB: 016441/PA
Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: INTERESSADO Nome: Ministério Público do
Estado do Pará

PROC. 0863555-63.2020.8.14.0301

AUTOR: DENILDE FREITAS DOS REIS

REU: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

Consoante o Provimento 006/2006-CJRMB e Ordem de Serviço 001/2016, CITAR/INTIMAR a parte


embargada para que, no prazo legal, apresente contrarrazões aos embargos declaratórios interpostos
tempestivamente.

Belém - PA, 18 de agosto de 2021

ALLAN DIEGO COSTA MONTEIRO

SERVIDOR(A) DA UPJ

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL.


(Provimento 006/2006 – CRMB, art. 1º, §3º)

Número do processo: 0040220-68.2008.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANAJARINO MARTINS


FILHO Participação: ADVOGADO Nome: RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA
Participação: AUTOR Nome: ANTONIO JOSE NOGUEIRA LEAO Participação: ADVOGADO Nome:
1638
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA Participação: AUTOR Nome: EDMILSON
GONCALVES DE ASSUNCAO Participação: ADVOGADO Nome: RENATO JOAO BRITO SANTA
BRIGIDA OAB: 6947/PA Participação: AUTOR Nome: EDSON SOUZA DA SILVA Participação:
ADVOGADO Nome: RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA Participação: AUTOR
Nome: ELENIR DO SOCORRO CASTANHEIRA DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome:
RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA Participação: AUTOR Nome: INACIO ILAIOLA
MONTEIRO Participação: ADVOGADO Nome: RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA
Participação: AUTOR Nome: JOSE FERREIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: RENATO
JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA Participação: AUTOR Nome: MARCELO PRESENTINO
SILVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA
Participação: AUTOR Nome: JOSE AMANCIO DOS REMEDIOS Participação: ADVOGADO Nome:
RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA Participação: AUTOR Nome: JOSE EVERALDO
SANTIAGO DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA
OAB: 6947/PA Participação: REU Nome: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARA

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE : PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

ASSUNTOS : ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO, PAGAMENTO ATRASADO


/ CORREÇÃO MONETÁRIA

AUTORES : ANAJARINO MARTINS FILHO E OUTROS

RÉ : UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ - UEPA

SENTENÇA

Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer c/c Cobrança de Interstícios proposta por ANAJARINO
MARTINS FILHO e OUTROS, contra UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ - UEPA.

Aduziram os Autores serem servidores públicos estaduais pertencentes ao quadro de pessoal da


Requerida, ocupando variados cargos no órgão, e que, nessa condição, estão submetidos ao Plano
Especial de Cargos e Salários da UEPA, Lei nº 6.065/97, a qual trata, em seu art. 47, parágrafo único,
sobre a diferença (interstício) de 5% (cinco por cento) de ganho de um nível para outro da mesma classe,
constando a tabela salarial do Anexo VII do dito P.E.C.S.

Sustentaram que, para fins de enquadramento dos servidores nesse Plano, o inciso II do art. 49
determinou a criação de Comissão Permanente para Assuntos Técnico-Administrativos (COPTEC) e o art.
50 previu que os servidores já lotados na UEPA teriam seus cargos transformados em cargos correlatos.

Alegaram que o §5º, por sua vez, estipulou prazo para que isso ocorresse e que o art. 56 preconizou que a
lei entraria em vigor na data de sua publicação.

Informaram que, não obstante, os servidores somente foram enquadrados no Plano Especial a partir de
julho de 1998.

Referiram que, todavia, em abril de 1999, quando o salário do trabalhador em geral foi estabelecido no
valor de R$136,00 (cento e trinta e seis reais), a Ré deixou cumprir com o interstício salarial previsto no
citado art. 47, ocasionando o achatamento e o nivelamento salarial dos servidores.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Salientaram que, à época da inicial, a UEPA contava com um quadro Técnico-Administrativo composto
por, aproximadamente, 390 servidores, distribuídos nos Grupos Técnicos Intermediários, Apoio
Administrativo e Apoio Operacional, todos recebendo em desacordo com o estabelecido em lei até outubro
de 2005.

Argumentaram que a matéria, inicialmente, foi objeto de requerimento do Conselho Universitário –


CONSUN, no Processo Administrativo nº 2005/250807, instaurado no âmbito da SEAD (desrespeitando
assim a autonomia da Ré), pois, na prática, todas as questões referentes a pessoal seriam analisadas e
decididas por tal secretaria, processo em que constou o Ofício nº 122/2002, da lavra do então Reitor da
UEPA, Sr. Fernando Palácios, não apenas reconhecendo o direito dos servidores à vantagem em questão,
mas afirmando que a universidade estaria preparada para suportar o impacto orçamentário e financeiro de
tal reconhecimento.

Aludiram que, a partir de outubro de 2005 (retroativo a setembro de 2005), os servidores da UEPA
obtiveram a incorporação do interstício, conforme contracheques apensos à inicial.

Requereram a condenação da Ré ao pagamento das diferenças salariais decorrentes do inadimplemento


do interstício, observada a prescrição quinquenal, mais juros de mora e correção monetária.

Juntaram documentos.

Deferido o pedido de gratuidade em despacho de ID 24991802, p. 1.

A parte Ré apresentou contestação (ID 24991808), alegando preliminares de inépcia da inicial e de


preclusão do direito dos Autores de juntar novos documentos, bem como prejudicial de mérito de
prescrição bienal.

No mérito, alegou a impossibilidade de concessão de gratuidade aos Autores e a improcedência do pedido


com base no Decreto Estadual nº 1.618/2009 (prorrogado pela Resolução nº 001/2009), que robusteceria
a tese de que o atendimento ao apelo dos Requerentes esbarraria em vedações constitucionais e na
própria Lei de Responsabilidade Fiscal.

Juntou documentos.

Não houve réplica.

O Ministério Público se manifestou pela procedência do pedido (ID 24991812).

Autos conclusos.

Éo relatório.

DECIDO.

O feito está pronto para julgamento, não havendo necessidade de produção de outras provas.

Passemos à análise das preliminares e da prejudicial suscitadas.

I. Inépcia da inicial.

Quanto à preliminar de inépcia da inicial, não merece prosperar, eis que, da leitura da peça vestibular e
de seus anexos, depreende-se claramente o pretendido pela parte Autora, cujo pedido se coaduna com as
alegações formuladas, fazendo-se presente o fato constitutivo do direito postulado, ao menos, de acordo
com a tese autoral esposada.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Por tal motivo, rejeito a preliminar.

II. Preclusão para a juntada de documentos novos.

Não prospera, tendo em vista que o CPC faculta, em seu art. 435, do CPC/2015 (art. 397, do CPC/1973),
a juntada de documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos
articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos, caso em que, pelo teor do art. 437,
§1º, do CPC/2015 (art. 398, do CPC/1973), será dada à outra parte a oportunidade de sobre eles se
manifestar.

Daí, não caber acolhimento à argumentação.

III. Prescrição bienal.

Nesse momento, pois, necessário averiguar a questão da prescrição do direito dos Autores.

As ações judiciais intentadas em face da Administração Pública prescrevem em 5 (cinco) anos, como
estabelece o art. 1º, do Decreto nº 20.910/32, sendo inaplicável o Código Civil, portando o prazo é de
cinco anos, que, em seu artigo 1º, dispõe:

Art. 1º - As dividas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou
ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco
anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.

Essa questão há muito foi tratada no âmbito do STJ. A comprovação se dá por meio das decisões que
seguem, relativas aos anos de 2008, 2013 e 2018.

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. ART. 535, INCISO II, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. ADICIONAL NOTURNO.
PRESCRIÇÃO TRIENAL. INAPLICABILIDADE.

DÍVIDAS DA FAZENDA PÚBLICA. INCIDÊNCIA DO DECRETO 20.910/32.

PRECEDENTES. APRECIAÇÃO DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE.

1. A alegada ofensa ao art. 535, inciso II, do Código de Processo Civil não subsiste, tendo em vista que o
acórdão hostilizado solucionou a quaestio juris de maneira clara e coerente, apresentando todas as razões
que firmaram o seu convencimento.

2. É pacífica jurisprudência desta Corte no sentido de que deve ser aplicada a prescrição quinquenal,
prevista no Decreto 20.910/32, a todo qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou
municipal, seja qual for a natureza.

3. A via do apelo nobre, destinada à uniformização da interpretação do direito federal, não se presta à
análise de matéria constitucional, ainda que para fins de prequestionamento.

4. Agravo regimental desprovido. (AgRg no REsp 1027259/AC, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA
TURMA, julgado em 15/04/2008, DJe 12/05/2008)

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.


RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. DESAPROPRIAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS. DANOS
MORAIS. PRESCRIÇÃO TRIENAL. INAPLICABILIDADE. NÃO INCIDÊNCIA DO ART. 206, § 3o., IV DO
CC/2002. APLICAÇÃO DO DECRETO 20.910/32. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. ENTENDIMENTO
FIRMADO EM RECURSO REPETITIVO. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

1. A Primeira Seção dessa Corte Superior de Justiça, no julgamento do REsp. 1.251.993/PR, sob o rito do
art. 543-C do CPC, firmou o entendimento de que deve ser aplicado o prazo prescricional quinquenal -
previsto do Decreto 20.910/32 - nas ações indenizatórias ajuizadas contra a Fazenda Pública, em
detrimento do prazo trienal contido no Código Civil de 2002.

2. Agravo Regimental desprovido. (AgRg no Ag 1429133/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA
FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/03/2013, DJe 03/04/2013)

ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS CONTRA A FAZENDA


PÚBLICA. PRESCRIÇÃO. QUINQUENAL. TESE REPETITIVA. APLICAÇÃO.

1. "Aplica-se o prazo prescricional quinquenal - previsto do Decreto 20.910/32 - nas ações indenizatórias
ajuizadas contra a Fazenda Pública, em detrimento do prazo trienal contido do Código Civil de 2002" (Tese
Repetitiva 553 / REsp 1.251.993/PR, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
12/12/2012, DJe 19/12/2012).

2. Recurso especial a que se dá provimento. (REsp 1267108/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES,


SEGUNDA TURMA, julgado em 06/03/2018, DJe 13/03/2018)

Cabe aqui, no entanto, mensurar a prescrição em relação às prestações de trato sucessivo.

Em que pese a determinação do prazo prescricional de 5 (cinco) anos para requerer qualquer direito
contra a Fazenda Pública, contida no art. 1º do Decreto nº 20.910/32, em casos que se referem à
concessão de adicional remuneratório, a relação sobre que versam é de trato sucessivo, pelo que não
corre prazo prescricional ou decadencial.

Nesse sentido, observe-se a Súmula nº 85, do STJ:

Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a fazenda pública figure como devedora, quando não
tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação.

Observe-se, ainda, o seguinte julgado:

ADMINISTRATIVO - ADICIONAL NOTURNO - DEVIDO AOS POLICIAIS CIVIS - PRELIMINAR -


PRESCRIÇÃO - PARCELAS - TRATO SUCESSIVO PRELIMINAR DE PRESCRIÇÃO DAS PARCELAS
REJEITADA, EIS QUE SENDO AS PARCELAS PLEITEADAS DE TRATO SUCESSIVO, A PRESCRIÇÃO
INCIDE APENAS SOBRE AQUELAS VENCIDAS NO QÜINQÜÊNIO ANTERIOR A PROPOSITURA DA
AÇÃO. (20000110553819 DF, Relator: VALTER XAVIER, Data de Julgamento: 24/03/2003, 1ª Turma
Cível, Data de Publicação: DJU 30/04/2003 Pág. 23)

Logo, a prescrição incidiria, em tese, apenas, em relação à pretensão das parcelas vencidas antes do
quinquênio anterior ao ajuizamento da ação, ocorrido em 21.11.2008, alcançando, portanto, as parcelas
anteriores a 21.11.2003.

Assim, afasto a prejudicial de prescrição bienal suscitada.

Vencidas as questões preliminares e a prejudicial, passo ao exame do mérito.

IV. Mérito.

O mérito, de acordo com a inicial, se relaciona ao pagamento das verbas remuneratórias (interstício
salarial) que os Autores afirma terem sido inadimplidas pela parte Ré, direito que já teria sido reconhecido
pela Ré em outras situações que mencionam.
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O pedido de fundamenta no art. 47, da Lei Estadual nº 6.065/1997, que reproduzo a seguir:

Art. 47 - A estrutura salarial do Quadro Efetivo dos Servidores Técnico-Administrativos da Universidade do


Estado do Pará está hierarquizada em classes e estas, em níveis crescentes de valores salariais,
conforme Anexo VII desta Lei.

Parágrafo único - A diferença de um nível para outro da mesma classe é de 5% (cinco por cento).

Com amparo no citado dispositivo legal e nas manifestações de ambas as partes, vejo que os Autores
preenchem as condições necessárias para o deferimento do interstício salarial em seu benefício, não
havendo justificativa para o arrastamento do feito por mais tempo, sendo necessária sua extinção com a
análise de seu mérito.

Ressalte-se novamente que a UEPA reconheceu em setembro de 2005 o direito dos servidores aos efeitos
da Lei nº 6.065/97, porém deixou de pagar as parcelas vencidas desde a sua promulgação.

Além do mais, em contestação, o Réu deixou de impugnar os documentos colacionados pela parte autora,
limitando-se a sustentar, no mérito, teses de impacto na dotação orçamentária não previsto anteriormente.

Dessa forma, despiciendo se falar, na presente via processual, acerca da legalidade ou não do
recebimento de valores pelo Autor, eis que tal direito já foi reconhecido pela parte Ré em relação a outros
servidores públicos de mesma classe da universidade.

Portanto, sobre o direito alegado, a UEPA nada demonstrou, nos termos do art. 373, II, do CPC,
incumbindo a esta o ônus de comprovar a não ocorrência do fato que respalda o direito pleiteado, não
trazendo a lume nenhum fato extintivo, impeditivo ou modificativo ao pedido inicial, mas tão somente fatos
de somenos importância supostamente ensejadores da impossibilidade de pagamento à parte Autora,
deixando de suscitar argumentos que, de fato, pudessem amparar seu inadimplemento.

Assim, faz-se imperioso o reconhecimento da procedência em parte do pedido.

Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTE EM PARTE O PLEITO INICIAL para determinar à
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ – UEPA que pague aos AUTORES as parcelas de interstício
salarial inadimplidas e não atingidas pela prescrição quinquenal a ele devidas, a contar, pois, de
21.11.2003 a agosto de 2005 (eis que passaram tais parcelas a ser pagas a partir de outubro de 2005,
retroativamente a setembro de 2005, conforme alegado pelos próprios Autores), nos termos do pedido na
inicial, em montante total a ser apurado em sede de procedimento de liquidação de sentença.

Sobre tais valores, deverão incidir retroativamente juros de mora, que deverão ser aplicados de acordo
com os “índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança” (art. 1°-F, da
Lei n° 9.494/97, com redação dada pela Lei n° 11.960/09), a partir da citação; e correção monetária, que
deverá incidir pelo INPC, desde quando as verbas deveriam ter sido pagas, até junho/2009 (TJPA – Ac. n°
150.259, 2ªCCI) e, a partir de julho/2009, pelo IPCA-E (STF - RE nº 870.947/SE, Tema n° 810 – Recurso
Repetitivo).

Havendo sucumbência recíproca, porém tendo a parte Autora decaído em parte mínima, condeno a UEPA
ao pagamento de honorários advocatícios, os quais fixo em 10% (dez por cento) do valor do proveito
econômico obtido pelos Demandantes com a ação, nos termos do art. 85, §3º, II c/c art. 86, parágrafo
único, ambos do CPC.

Deixo de condenar as partes ao pagamento de custas processuais, eis que a parte autora é beneficiária de
justiça gratuita (art. 98, §1º, I, do CPC), cfe. pedido deferido em despacho de ID 24991802, p. 1, bem
como a parte ré é beneficiária de isenção, nos termos do art. 40, I e IV, da Lei Estadual nº 8.328, de
29.12.2015 c/c a Lei Federal, nº 9.289/1996, artigo 4º, inciso I.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Sem reexame necessário (art. 496, §3º, II, do CPC).

Decorridos os prazos legais, certifique-se o trânsito em julgado, arquivando-se oportunamente.

P.R.I.C.

Belém, 11 de agosto de 2021.

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A5

Número do processo: 0801003-13.2021.8.14.0015 Participação: IMPETRANTE Nome: ORLANDINA


MONTEIRO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO RICARDO FONSECA DE FREITAS
OAB: 475PA/PA Participação: IMPETRADO Nome: IGEPREV INSTITUTO DE GESTAO
PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA Participação: IMPETRADO Nome: PRESIDENTE DO
INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ Participação: ADVOGADO Nome:
HELENO MASCARENHAS D OLIVEIRA OAB: 009762/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE :MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL

ASSUNTO :OBRIGAÇÃO DE FAZER

IMPETRANTE :ORLANDINA MONTEIRO DA SILVA

IMPETRADO :PRESIDENTE DO INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ

DESPACHO

Manifeste-se o Impetrado sobre a desistência.

Intimem-se e cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0862609-91.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DE NAZARE


OLIVEIRA SANTA BRIGIDA Participação: ADVOGADO Nome: GIORDANO BRUNO COSTA DA CRUZ
OAB: 016441/PA Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: TERCEIRO INTERESSADO
Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSES: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

ASSUNTO: PISO SALARIAL

EMBARGANTES: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ / ESTADO DO PARÁ

EMBARGADOS: ESTADO DO PARÁ E MARIA DE NAZARÉ OLIVEIRA SANTA BRIGIDA /


MARIA DE NAZARÉ SANTA BRIGIDA

SENTENÇA

Cuida-se de duplos Embargos de Declaração opostos, primeiramente pelo MINISTÉRIO PÚBLICO (ID
27171796) contra ESTADO DO PARÁ e MARIA DE NAZARÉ OLIVEIRA SANTA BRIGIDA, em face da
sentença (ID 27063853) que julgou procedentes os pedidos deduzidos em Ação de Obrigação de Fazer
(reajuste do piso salarial do magistério) c/c Cobrança intentada por esta última contra o Estado, em
seguida, pelo ESTADO DO PARÁ contra a Autora (ID 27741111).

Alega o primeiro Embargante, em suma, que o decisum teria padecido de vício de omissão, tendo em vista
que não haveria feito alusão a dois pedidos realizados pela Autora na exordial, quais sejam, o pagamento
retroativo, em base quinquenal, de gratificação de escolaridade, nos termos do art. 140, III, do RJU, e a
abstenção de impedir a progressão funcional vertical da Autora, uma vez atendidos os requisitos do art. 15
e ss. da Lei Estadual nº 7.440/2010.

Contrarrazões da Embargada no ID 27374561, em que se opõe aos argumentos do Embargante.

Já nos Embargos seguintes, opostos pelo Estado, se argumenta ter havido vício de omissão no julgado,
uma vez que este não teria se pronunciado sobre o argumento manejado em sede de contestação, quanto
à decisão em sede cautelar tomada em pedido de suspensão aviado perante o STF (SS 5.236), em que a
Ministra Carmem Lúcia considerou plausível o argumento do Estado no sentido de que o recebimento de
gratificação permanente e uniforme pelos professores torna sua remuneração superior ao patamar
nacional, assim suspendendo decisões que determinam ao Estado o pagamento do piso nacional ao
vencimento-base dos professores da educação básica, havendo, portanto, identidade entre a situação dos
autos e a ratio contida em tal decisão monocrática, bem como sobre o entendimento que possuiria a
Presidência do TJE/PA, seguindo o mesmo entendimento do STF, manifestada por meio de decisão nos
autos da Suspensão de Liminar nº 0805097-54.2018.8.14.0000.

Contrarrazões da Embargada no ID 27904277, em que se opõe aos argumentos do Estado.

Éo relatório.

DECIDO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Os embargos de declaração servem para suprir omissão, esclarecer obscuridade, eliminar contradição
ou corrigir erro material em qualquer decisão judicial, conforme entendimento dos artigos 1.022 e 1.023, do
Código de Processo Civil:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III - corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de


assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.

Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com
indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.

Na esteira desse raciocínio, in casu, a razão assiste ao Ministério Público .

A bem da verdade, quanto a tal recurso em particular, impende suprir as omissões presentes no ato
decisório.

Nos termos da sentença proferida, este Juízo entendeu que os pedidos contidos na preambular seriam
procedentes, determinando ao Estado que procedesse à imediata correção do valor do piso salarial do
magistério e seus reflexos nos seus vencimentos da Requerente, majorando seu vencimento-base de
acordo com o piso nacional, bem como ao pagamento, em base retroativa limitada ao quinquênio que
antecedeu o ajuizamento da presente ação, das parcelas de vencimento-base e devidos reflexos que
deixou de pagar à Autora, no valor total de R$82.142,98 (oitenta e dois mil cento e quarenta e dois reais e
noventa e oito centavos).

No entanto, de fato, não houve a análise dos pedidos (contidos na inicial) relativos ao pagamento
retroativo, em base quinquenal, de gratificação de escolaridade, nos termos do art. 140, III, do RJU, e à
abstenção, pelo Estado, de impedir a progressão funcional vertical da Autora, uma vez atendidos os
requisitos do art. 15 e ss. da Lei Estadual nº 7.440/2010, limitando-se o julgado ora atacado a abordar a
questão referente ao pagamento do piso salarial do magistério.

Devem, pois, ser supridas as omissões aduzidas, com a integração do ato decisório, sendo analisados os
argumentos tecido pela Demandante, na peça isagógica, e pelo próprio Embargante, em sede de parecer
de ID 21893132.

Dessa forma, necessário o acolhimento dos embargos declaratórios opostos pelo Ministério
Público.

Lado outro, quanto aos embargos opostos pelo Estado, não merecem prosperar.

Em relação às supostas omissões contidas na sentença, sob a ótica do Embargante, verifico, a bem da
verdade, que esse pretende, por meio dos presentes embargos, o reexame de questão processual já
decidida, culminando na reforma da sentença, o que somente pode ser efetuado pela instância superior,
porém não por esta via dos aclaratórios.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Quanto aos pontos que alega, a sentença foi indene de vícios, não havendo o que falar em omissão no
julgado, pela pretensa ausência de pronunciamento judicial acerca dos pontos ao norte alegados pela
parte recorrente, eis que o teor da decisão não apresenta laconismo no que concerne a tais aspectos,
havendo, além do mais, o Juízo prolator assim decidido com supedâneo em suas convicções ante o que
resta historiado nos autos, restando explicitado no ato decisório o motivo para a procedência do pedido,
pelo que se depreende não haver nele equívocos a ensejarem o recurso de embargos declaratórios, nos
termos do art. 1.022, do CPC.

Quanto aos argumentos utilizados pelo recorrente, não merecem acolhimento. Vejamos excerto do
decisum vergastado que elucida de maneira suficiente a conclusão do Juízo quanto à situação em testilha:

Desse modo, embora obrigado por lei (art. 6°), verifico que o Município de Belém, a título de exemplo,
jamais adequou a legislação que rege o plano de carreiras dos cargos de magistério público da educação
básica de sua competência, haja vista que as Leis Municipais nos 7.507/91 (Plano de Carreira do Quadro
de Pessoal do Município de Belém), 7.528/91 (Estatuto do Magistério do Município de Belém) e 7.673/93
(Promoção do Grupo Magistério da Secretaria Municipal de Educação) jamais sofreram alteração nesse
sentido, o que também se deu na esfera estadual, caso dos autos.

Vejamos o que restou assentado na jurisprudência deste Tribunal de Justiça do Estado do Pará acerca do
tema:

MANDADO DE SEGURANÇA PISO SALARIAL NACIONAL DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO


PÚBLICO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARÁ. LEI Nº 11.738/2008. DESCUMPRIMENTO
DA LEGISLAÇÃO POR PARTE DO GOVERNO DO ESTADO. OBRIGATORIEDADE DE REAJUSTE
ANUAL DO PISO. NÃO OBSERVÂNCIA. PAGAMENTO INFERIOR AO VALOR ESTIPULADO PELO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PARA O ANO DE 2016. ILEGALIDADE DEMONSTRADA NECESSIDADE
DE APLICAÇÃO INTEGRAL DA LEI DO PISO SALARIAL COM O FIM DE VALORIZAÇÃO DA CLASSE
DOS EDUCADORES. CONCESSÃO DA SEGURANÇA. 1- Mandado de Segurança: 1.1-Mérito: regular
pagamento do piso salarial profissional nacional aos profissionais do Magistério Público da Educação
Básica do Estado do Pará, estabelecido pela Lei nº. 11.738/2008, com atualização realizada pelo
Ministério da Educação, a partir do mês de Janeiro de 2016. 1.2- O piso salarial definido pela Lei nº.
11.738/2008 deve ser observado na fixação do VENCIMENTO BÁSICO dos cargos dos profissionais do
Magistério Público, ressaltando-se que o referido normativo foi editado para regulamentar o art. 60, inciso
III, alínea .e. do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e efetivou o direito à percepção de um
valor remuneratório mínimo para todos os profissionais que integram o Magistério Público da Educação
Básica, atualizado anualmente, impondo ao Poder Público de todos os níveis a necessidade de efetivá-lo.
1.3- In casu, em análise aos comprovantes de pagamento dos profissionais da educação básica, juntados
às fls. 49-67, bem como à pesquisa realizada no sítio do Ministério da Educação, onde se verificou que o
valor do piso para o ano de 2016 corresponde à importância de R$ 2.135, 64 (dois mil reais, cento e trinta
e cinco reais e sessenta e quatro centavos) sobre o vencimento básico, facilmente se conclui, de fato, o
não cumprimento do que estabelece a referida lei. A autoridade coatora deixou de fazer a atualização
devida e indicada pelo MEC, efetuando o pagamento da remuneração daqueles profissionais, em valor
inferior ao piso acima citado. Importante salientar que o reajuste anual do piso salarial é medida prevista
no art. 5º da Lei nº. 11.738/2008, tendo a referida atualização considerado a variação do valor anual
mínimo nacional por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido
nacionalmente na Lei nº. 11.494/2007. A metodologia para o cálculo considera os dois exercícios
imediatamente anteriores ao ano em que a atualização deve ocorrer, tendo o Ministério da Educação
chegado ao percentual de reajuste de 11,36% (onze vírgula trinta e seis por cento) para o ano de 2016.
1.4-Reforça-se, por oportuno, a importância da aplicação integral da Lei do Piso Salarial, que segundo
dados do próprio MEC, tem permitido um crescimento significativo do valor pago aos professores,
restando cristalino que seu regular implemento, além de evitar a paralisação da classe dos educadores,
contribui imensamente para a valorização de uma profissão de extrema relevância nacional. 1.5- Ademais,
o art. 206, inciso VIII da Constituição Federal, segundo o qual prevê a criação do Piso Salarial, afasta
qualquer alegação de ruptura do Pacto Federativo, não havendo espaço para os demais entes federados
dispor sobre a matéria, considerando que se encontra em vigor Lei Federal de natureza cogente a todos
os demais entes que compõem a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil.
1.6- Quanto a alegação de vedação da vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

observa-se que a Lei do Piso Salarial Nacional apenas instituiu um valor remuneratório mínimo para todos
os profissionais que integram o Magistério Público da Educação Básica, exatamente para atender a esse
grande escopo de valorizar de maneira uniforme, homogênea, isonômica, todos os profissionais da área
da educação, sendo necessário que o valor seja fixado de maneira cristalina para que não haja
divergência entre as regiões do País. 1.7- Em relação à alegação de ausência de previsão orçamentária
para fazer face ao pagamento pleiteado pelo impetrante, observa-se que o art. 5º da Lei nº 11.738/2008
previu que a atualização do valor do piso ocorreria desde o mês de janeiro/2009, o que se conclui que a
Administração Pública teve tempo suficiente para organizar-se diante desse impacto de natureza
orçamentária, sendo inaceitável que após a data do efetivo cumprimento da referida norma, o Estado
alegue ausência de condições financeiras para tal implemento. Ademais, o Ministério da Educação, por
meio da Resolução nº 7/2012, prevê o uso de recursos da complementação da União ao Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) para o pagamento integral do piso
salarial dos profissionais da educação básica pública. 1.8- Na mesma toada, a Jurisprudência Pátria firmou
entendimento de que a ausência de previsão orçamentária para a atualização do valor do piso salarial, não
consiste em justificativa idônea para o ente público se exonerar da obrigação, sob pena de condicionar o
cumprimento de disposições legais, que asseguram o direito aos profissionais do Magistério Público da
Educação Básica do Estado, à discricionariedade do gestor público, de modo que, o seu implemento, é
dever da autoridade coatora. 1.9- Portanto, conclui-se que nada escusa o descumprimento da norma que
tem a finalidade de valorizar o magistério e concorrer para a concretização da Educação Pública de
qualidade. 1.10- Concessão da segurança pleiteada para determinar que a autoridade tida como coatora
proceda o imediato pagamento do piso salarial nacional, regularmente previsto na Lei Federal nº.
11.738/2008, atualizado pelo Ministério da Educação para o ano de 2016 no valor de R$2.135,64 (dois mil,
cento e trinta e cinco reais e sessenta e quatro centavos), aos profissionais do Magistério Público da
Educação Básica do Estado do Pará (servidores ativos e inativos, nos termos do art. 2º, §1º e §5º da Lei
nº. 11.738/2008), devendo o mesmo ser calculado, proporcionalmente, com a jornada de trabalho exercida
e os efeitos patrimoniais incidirem a partir da data da impetração. (TJPA. Tribunal Pleno. Relatora: MARIA
DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES. Seção: CÍVEL. Julgamento: 24/08/2016. Publicação:
26/08/2016).

Nessa toada e voltando à análise dos autos, verifico que os comprovantes de pagamento dos
vencimentos da Autora de janeiro de 2016 a outubro de 2020 anexados aos autos (ID 20886907)
permitem denotar que ela, de fato, é servidora estatutária, recebendo seus rendimentos pela
ocupação do cargo de PROFESSOR CLASSE ESPECIAL - Ref. 01I, tendo sido lotada na SEDUC,
recebendo Adicional de Exercício de Função Gratificada na base de 100% do vencimento-base,
Gratificação de Magistério na base de 10%, Gratificação Progressiva de 50%, Gratificação por Aulas
Suplementares na base de 60% do vencimento-base (a partir de abril/2020), e Adicional por Tempo
de Serviço que variou de 45% a 55%.

Ademais, deve lhe ser assegurado o direito à percepção do piso nacional do magistério, tendo a
Demandante comprovado que o piso legal não está sendo observado, conforme os já mencionados
contracheques.

Dessa forma, tem razão a Autora quando alude que reiteradamente sofre ato ilegal em seu contracheque
ao não receber em seu vencimento o piso nacional salarial dos professores da educação pública, dado
que deveria receber como vencimento-base valor superior ao piso salarial.

Sendo assim, evidenciando-se que o Estado do Pará deixou de efetivar a equiparação da parcela
remuneratória relativa ao vencimento-base que compõe a remuneração da Demandante, a partir do
advento da Lei Federal n° 11.738/08, tal qual aplicado aos servidores em atividade do “grupo magistério
público” da rede de ensino básico estadual, entendo que o ato omissivo perpetrado pelo órgão requerido, o
qual deixa de pagar à Requerente, professora efetiva da rede pública estadual da ativa, em seu
vencimento-base, o valor correspondente ao piso salarial nacional do magistério, não detém substrato
jurídico válido, pois elaborado em contrariedade à legislação federal.

Some-se a isso que o STF, nos autos da ADI n. 4.167/DF, decidiu pela constitucionalidade da Lei Federal
11.738/2008, consignando que o piso se refere ao vencimento básico do cargo, sem adicionais,
gratificações ou verbas indenizatórias. Segue ementa do julgado:
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Pacto federativo e repartição de competência. Piso nacional para os professores da educação básica. (...).
Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de
aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º
da Lei 11.738/2008). É constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do
ensino médio com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor
sobre normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a
utilizá-lo como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas
como instrumento de proteção mínima ao trabalhador. É constitucional a norma geral federal que reserva o
percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos docentes da educação básica para dedicação às atividades
extraclasse.” (ADI 4.167, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 27-4-2011, Plenário, DJE de 24-8-
2011.) Vide: ADI 4.167-ED-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, julgamento em 27-2-2013, Plenário, DJE de 9-
10-2013).

Ademais, o Ministro Ricardo Lewandowski, em seu voto, pontuou que “equiparar o piso à remuneração,
que corresponde ao vencimento, acrescido de vantagens pecuniárias, esvaziaria não apenas o espírito da
lei, mas também tornaria inócuos os eventuais estímulos salariais conferidos pelos entes federados (...)”,
demonstrando, assim, que o piso salarial será fixado com base apenas no vencimento, sem adicional de
qualquer tipo de vantagem pecuniária.

No que se refere ao crédito que o Estado alega ter em razão da forma como é materializada a hora-aula,
cite-se o voto da eminente Desembargadora Diracy Nunes Alves, que enfrentou de modo preciso tais
alegações:

Alega o Estado do Pará que existe uma discrepância entre o sistema informatizado de lotação e o sistema
de aferição de frequência para geração de folha de pagamento dos professores da rede pública de ensino
no Estado. Salienta que o sistema é alimentado com duração das disciplinas em horas, porém a
frequência dos professores é contada em aulas de duração de 45 minutos nos turnos diurnos e 40 minutos
no turno noturno.

Segundo essa ótica, alega, por exemplo, que o professor lotado com 20 horas, deveria exercer 15 horas
de regência, porém acaba exercendo apenas 11h 15´, ou seja, há pagamentos indevidos na proporção de
25% para professores lotados nos turnos da manhã e tarde, e 33,33%, no turno da noite, de modo que o
valor do piso deve ser analisado professor por professor, pagando-se de forma proporcional às horas
efetivamente trabalhadas.

Portanto, defende o Estado que o Piso deve ser pago de acordo com a jornada efetiva em horas de cada
professor e, como trabalham efetivamente número de horas inferior, cabe receber o piso proporcional.

Pois bem, para analisar a questão se faz essencial beber das fontes normativas. De fato, não há como
acatar a tese do Estado porque violaria o art. 35 da Lei n. 7.442/2010 (PCCR) e o art. 2º, §4º da Lei n.
11.738/08. Sobre o assunto refere Hely Lopes Meirelles acerca da legalidade (In Direito Administrativo
Brasileiro, Editora Malheiros, 27ª ed., p. 86):

A legalidade, como princípio de administração (CF, art. 37, caput), significa que o administrador público
está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, e
deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se a responsabilidade
disciplinar, civil e criminal, conforme o caso.

A eficácia de toda atividade administrativa está condicionada ao atendimento da Lei e do Direito. É o que
diz o inc. I do parágrafo único do art. 2º da lei 9.784/99. Com isso, fica evidente que, além da atuação
conforme à lei, a legalidade significa, igualmente, a observância dos princípios administrativos.

Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na administração particular é
lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. A
lei para o particular significa “poder fazer assim”; para o administrador público significa. O art. 2º, §4º da
Lei n. 11.738/08, dita:
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Art. 2o. O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica
será de R$ 950,00 (novecentos e cinqüenta reais) mensais, para a formação em nível médio, na
modalidade Normal, prevista no art. 62 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional.

(...)

§4o. Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga
horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.

A lei é sábia. Ao estabelecer que na composição da jornada de trabalho apenas 2/3 fica determinado para
a as atividades de interação com os educandos é porque a arte de ministrar aulas não decorre apenas do
labor em sala de aula na frente de seus alunos. O professor necessita de jornada remunerada para
planejar suas aulas, corrigir provas, criar métodos e práticas educativas. A tese estatal parece esquecer
esse detalhe e quer apenas remunerar as horas dispensadas em sala de aula, atitude que vai na
contramão do espírito da lei 11.738/2008 que visou dar melhor condição de trabalho e incentivar a
realização de educação com qualidade em nosso país.

O art. 35 da Lei n. 7.442/2010 (PCCR) estabelece as jornadas de trabalho dos professores com regência
de classe, contemplando a existência de três tipos: a) a jornada parcial de 20 horas semanais, b) a jornada
parcial de 30 horas semanais e c) a jornada integral de 40 horas semanais. Esta lei deixa bem claro que a
remuneração do professor se baseia em horas semanais (60 minutos) e não em horas-aula, exatamente
porque contempla no labor deste profissional as atividades realizadas fora de sala de aula. (...).

Assim tem decidido o TJE/PA, em conformidade com o entendimento assentado em nossa Corte
Suprema:

MANDADO DE SEGURANÇA. PISO SALARIAL NACIONAL PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO


BÁSICA. DESCUMPRIMENTO DA LEI N.º 11.738/2008 POR PARTE DO ESTADO DO PARÁ. VIOLAÇÃO
EVIDENCIADA. NÃO OBSERVÂNCIA DA OBRIGATORIEDADE DE REAJUSTE ANUAL DO PISO
NACIONAL. ATO ADMINISTRATIVO QUE VAI DE ENCONTRO AO QUE RESTOU DECIDIDO PELO
COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SEGURANÇA CONCEDIDA. DECISÃO UNÂNIME. 1.
Conforme estabelece a Carta da República, é a lei federal que estabelecerá o piso salarial nacional para
os professores da educação básica, o que foi efetivado por meio da Lei n.º 11.738/2008, declarada
constitucional pelo C. Supremo Tribunal Federal por meio da ADI n.º 4.167/DF, portanto, não há que
falar em desrespeito ao pacto federativo ou à autonomia estadual, menos ainda à legalidade; 2.
Evidenciado que o ato administrativo questionado viola o que foi decidido pelo Colendo Supremo
Tribunal Federal no bojo da ADI n.º 4.167, resta indubitável a necessidade de concessão do writ, a fim
de sanar a violação do direito líquido e certo da impetrante. 3. Ordem concedida à unanimidade.
(2019.02155159-68, 204.573, Rel. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO, Órgão Julgador SEÇÃO DE
DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2019-05-28, Publicado em 2019- 05-31) – grifei.

Reconhecido, portanto, o direito da Demandante, faz-se mister que se determine ao Demandado o


reajuste (majoração) de seu vencimento-base e o pagamento das parcelas vencidas e não pagas,
concernentes a tal adicional, que lhe são devidas, nos termos acima expendidos, obedecido, neste caso,
o prazo prescricional quinquenal, devendo, logo, ser deferido o pedido. – grifos no original.

Resta nítido, portanto, que a sentença não teria apresentado vício em relação aos pontos arguídos nos
aclaratórios, sendo evidente a intenção dos recorrentes de rediscutir o mérito do julgado, ao levantar
pontos que em nada afetariam o destino do feito, conduzido ao veredito de procedência do pedido.

Ademais, melhor sorte não merece a também usual alegação de aplicação isonômica da decisão proferida
no Processo SS 5236-STF, haja vista que “a decisão em comento é clara em falar que não afeta ao mérito
dos Mandados de Segurança nº 0002367-74.2016.8.14.0000 e 0001621-75.2017.8.14.0000” (STF – Rcl.
42315/PA, DJe 10/02/2021), bem como que “não há que se falar na ocorrência de suspensão da
tramitação de processos nas instâncias ordinárias por força da decisão proferida na SS 5.236, não sendo
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possível confundir a sustação de efeitos de decisão impugnada com ordem de suspensão nacional dos
processos” (STF – Rcl. 42430/PA, DJe 28/09/2020).

A toda evidência, os argumentos de resistência sustentados pelas entidades públicas, tanto do Estado do
Pará, quanto do Município de Belém, nos processos de integralização do piso salarial nacional da
categoria do Magistério, conforme parâmetros definidos na Lei Federal n° 11.738/2008, limitam-se a
questionar a possibilidade de cumulação de outras parcelas remuneratórias, a fim de justificar o
estabelecimento do vencimento-base em valor nominal menor do que aquele previsto na legislação
federal.

Assim, nasceu a tese de que o referido diploma legal teria, segundo a tese da Administração Pública,
regulamentado a “remuneração global” ou, ao menos, estabelecido o conceito de “vencimento inicial”
(vencimento-base mais gratificação de escolaridade), pelo exercício do magistério e, não, o vencimento-
base.

Essa tese não se sustenta, tampouco fora absorvida pela jurisprudência aplicada a espécie.

Vale destacar, também, que a Corte Suprema já se manifestou sobre o tema em controle difuso, ao
apreciar recurso próprio interposto pelo Estado do Pará no Processo n° 0002367-74.2016.8.14.0000
(TJPA) – em que se originou o Processo SS 5.236-STF (suspensão de segurança) –, cuja ementa restou
assim consignada:

Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE


PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356/STF. DIREITO ADMINISTRATIVO.
PISO NACIONAL PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. LEI FEDERAL 11.738/2008.
CONSTITUCIONALIDADE. PAGAMENTO EM VALOR INFERIOR AO PISO PELO ESTADO.
INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICOPROBATÓRIO CONSTANTE DOS
AUTOS. SÚMULA 279/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Ausência de prequestionamento do art. 18 da Constituição Federal. Incidência da Súmula 282/STF.


Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir a omissão, é inviável
o recurso, nos termos da Súmula 356/STF.

II - A jurisprudência desta Corte, no julgamento da ADI 4.167/DF, de relatoria do Ministro Joaquim


Barbosa, reconheceu a constitucionalidade da Lei 11.738/2008, que fixou o piso salarial nacional
dos professores da educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global.

III – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica a revisão da interpretação de
normas infraconstitucionais que fundamentam o acórdão recorrido, dado que apenas ofensa direta à
Constituição Federal enseja a interposição do apelo extremo.

IV – Conforme a Súmula 279/STF, é inviável, em recurso extraordinário, o reexame do conjunto fático-


probatório constante dos autos.

V – Agravo regimental a que se nega provimento.

(STF – AgR no ARE 1.292.388/PA, DJe 14/04/2021)

Como se vê, não há espaço para continuidade da discussão acerca do conceito de “piso salarial nacional”
regulamentado na Lei Federal n° 11.738/2008, eis que a última palavra sobre o tema já foi firmada e
reafirmada pelo STF, concluindo-se pela constitucionalidade do “piso salarial nacional dos professores da
educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global”.

Por oportuno, ressalto que a cumulação de outras parcelas remuneratórias, como forma de composição de
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vencimento-base de categoria funcional, não pode ser adotada, sob pena de violação do princípio da
legalidade (art. 37, caput, da CF). Isto é, “(...) Em se tratando de remuneração de servidor público, tem-se
que as vantagens pecuniárias são parcelas acrescidas ao vencimento base em decorrência de uma
situação fática previamente estabelecida em lei, sendo que toda gratificação reclama a consumação de um
certo fato que proporciona o direito à sua percepção. É dizer que, presente a situação prevista na norma,
assegura-se ao servidor direito subjetivo à sua percepção. (...)” (TJPA – Acórdão n° 3.614.505, rel. Des.
Roberto Moura, DJe 10/09/2020).

Desse modo, importa dizer que é insustentável qualquer tentativa da Administração Pública em resistir à
necessidade e obrigatoriedade legal da integralização do vencimento-base da categoria do Magistério
público, até que, ao servidor, seja observada a referência financeira nominal estabelecida na legislação
federal – por óbvio, “referência financeira” (vencimento-base) alcançada sem a cumulação de outras
parcelas remuneratórias.

Bem, voltando-me aos presentes aclaratórios, resta mais que explicitado no ato decisório o motivo que
culminou com a parte dispositiva do julgado, inexistindo omissão na sentença (em relação aos pontos
ventilados pelo Estado do Pará), havendo todos os questionamentos sido suficientemente analisados,
tendo sido resolvidas as questões de fato e de direito necessárias ao decisum.

Além disso, como já dito ao norte, revolver tal matéria não seria cabível nesta sede, já que implicaria
rediscutir o mérito da demanda, o que só seria possível com o manejo do recurso adequado, redundando
em possível revisão do julgado.

Édizer: seria a omissão eventualmente existente, caso o Juízo não se pronunciasse a respeito da situação
exposta pelo recorrente, o que não ocorreu na sentença, em que foi manifesto o entendimento do
magistrado acerca da matéria. Em sendo configurada a hipótese de error in judicando, o julgado somente
poderia ser revisto pela instância superior.

Vale lembrar ainda que o juiz não está obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas partes,
quando já tenha encontrado motivo suficiente para proferir a decisão. O julgador possui o dever de
enfrentar apenas as questões capazes de infirmar (enfraquecer) a conclusão adotada na decisão
recorrida. Assim, mesmo após a vigência do CPC/2015, não cabem embargos de declaração contra a
decisão que não se pronunciou sobre determinado argumento que era incapaz de infirmar a conclusão
adotada (...) [(STJ. 1ª Seção. EDcl no MS 21.315-DF, Rel. Min. Diva Malerbi (Desembargadora convocada
do TRF da 3ª Região), julgado em 8/6/2016 (Info 585)].

Logo, insustentáveis os argumentos da parte Embargante.

Por fim, sobreleva ressaltar que não se deve, a pretexto de imprimir celeridade processual, usurpar
competência de instância superior, pois o inconformismo dos Embargantes não pode ser resolvido através
do recurso interno. Há remédio processual específico.

Portanto, como visto, não há omissão na sentença ora atacada, como quer o Embargante (Estado),
irresignado com o decisum. Trata-se, sobretudo, de divergência de entendimento em relação à matéria em
apreço, entre o que considera a parte recorrente e o que considera o Juízo, o que não merece acolhida em
sede de aclaratórios.

Impende ressaltar o entendimento do Tribunal de Justiça do Estado do Pará:

I - Os Embargos de Declaração têm por função primordial sanar algumas impropriedades das decisões do
Poder Judiciário, mormente quando o decisum trouxer alegações contraditórias entre si, argumentações
obscuras ou não se pronunciar sobre pontos relevantes da lide;

II - Entretanto, verifica-se que o recorrente apenas busca a rediscussão do mérito, sem demonstrar de
forma contundente a existência de pontos omissos, contraditórios ou obscuros. Dessa forma, torna-se
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impossível o provimento dos presentes aclaratórios.

III - Embargos de Declaração conhecidos e rejeitados.

IV - Decisão unânime. (REF.: APELAÇÃO CIVEL Nº 2010.3.004.250-5 / ACÓRDÃO 107.611)

Logo, não havendo motivo para se falar em equívoco no julgado, fica patente a intenção de rediscussão
do mérito, o que não deve prosperar em sede de embargos declaratórios.

Diante das razões expostas, entendo que a sentença combatida necessita de reforma, tão somente com o
suprimento das omissões reportadas pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ, razão pela
qual conheço e reputo PROCEDENTES os seus Embargos de Declaração, julgando IMPROCEDENTES
os Aclaratórios manejados pelo ESTADO DO PARÁ, por não ver configurada qualquer hipótese prevista
no art. 1.022, do CPC.

Com o fito de sanar os vícios contidos no antedito julgado, declaro que passa esse, doravante, a assim
dispor, em seu relatório, em sua fundamentação e em sua parte dispositiva:

“(...) MARIA DE NAZARÉ OLIVEIRA SANTA BRÍGIDA ajuizou pedido de obrigação de fazer (reajuste do
piso salarial do magistério) c/c Cobrança contra ESTADO DO PARÁ, visando à majoração de seus
vencimentos de acordo com o piso salarial nacional da educação básica (sendo o vencimento-base de
2020 o valor de R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado pertencer à carreira do magistério estadual,
bem como à condenação do Réu ao pagamento, em base retroativa quinquenal, das parcelas
supostamente inadimplidas, aduzindo que, desde janeiro/2016, não viria recebendo o piso previsto na Lei
nº 11.738/2008, bem como a gratificação de escolaridade, de acordo com o art. 140, III, do RJU, e que o
Réu viria impedindo sua regular progressão funcional vertical, considerando a Requerente já ter
preenchido os requisitos do art. 15 e ss., da Lei Estadual nº 7.440/2010.

(...)

Requereu que, em sentença, fosse determinado ao Requerido que efetuasse, de imediato, a correção do
valor do piso salarial do magistério e seus reflexos nos seus vencimentos, em conformidade com as
normas federais, pagando o vencimento-base de acordo com o piso nacional, além da gratificação de
escolaridade e da determinação para que o Estado se abstivesse de impedir sua progressão funcional
horizontal, somada à sua condenação ao pagamento das parcelas retroativas em base quinquenal, na
quantia acima declinada.

(...)

Reconhecido, portanto, o direito da Demandante quanto ao piso salarial do magistério, faz-se mister que
se determine ao Demandado o reajuste (majoração) de seu vencimento-base e o pagamento das parcelas
vencidas e não pagas, concernentes a tal adicional, que lhe são devidas, nos termos acima expendidos,
obedecido, neste caso, o prazo prescricional quinquenal, devendo, logo, ser deferido nesse ponto o
pedido.

Passo, doravante, a analisar os pedidos referentes à gratificação de escolaridade e à progressão funcional


vertical.

Apreciando o caso em testilha, verifico que, para os casos de Professor de Classe Especial, o TJPA já
decidiu acerca da aplicação do artigo 33, da Lei nº. 7.442/2010, in verbis:

(...) Este Egrégio Tribunal de Justiça assentou o entendimento no sentido de que é devido o pagamento de
gratificação de nível superior aos professores de nível médio que alcançassem a formação superior.
Porém, deve ser aplicado o disposto no PCCR (Lei 7.442/10), lei especial e específica do magistério, em
detrimento das disposições do RJU, lei geral (Lei 5.810/94). Assim, a gratificação é devida nos termos
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do art. 33 da Lei 7.442/10 (10% cumulativos por ano até o limite de 50%). 7. Segurança parcialmente
concedida aos Impetrantes para reconhecer o direito à gratificação progressiva de até 50% (cinquenta por
cento), na forma do art. 33 da Lei Estadual nº 7.442/2010 àqueles que ainda não a percebam.
(2019.04145318-38, 208.617, Rel. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Órgão Julgador TRIBUNAL
PLENO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 02-10-2019, publicado em 08-10-2019) – g.n.

Entendo correta a interpretação conferida por este Tribunal, haja vista que não se pode aplicar ao caso o
princípio da isonomia, juridicamente conceituado, haja vista que o cargo de professor de classe especial,
na origem, exigia tão somente o nível médio para ser provido.

Com efeito, deixar de conceder o adicional de escolaridade a todos que se igualam na mesma
situação, fere sobremaneira, o princípio da isonomia.

A Constituição da República de 1988 consagra o referido princípio, expressamente, no caput do artigo 5º


“todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Desta feita, o diploma magno labuta
em prol da igualdade dos desiguais criando desigualdades, ou seja, por meio de alguns dispositivos
promove uma aparente injustiça/desigualdade para administrar o princípio da isonomia. Por outras
palavras, a Constituição da República trata desigualmente os desiguais com o fito de torná-los iguais de
fato.

Sobre o princípio supracitado, o mestre e doutor, Prof. Pedro Lenza, em sua obra “Direito Constitucional
Esquematizado” preceitua:

(...) Deve-se, contudo, buscar não somente essa aparente igualdade formal, mas principalmente, a
igualdade material, na medida em que a lei deverá tratar igualmente os iguais e desigualmente os
desiguais, na medida de suas desigualdades. Isso porque, no Estado Social ativo, efetivador dos direitos
humanos, imagina-se uma igualdade mais real perante os bens da vida, diversa daquela apenas
formalizada perante a lei. (...)

Ora, de fato, o princípio da isonomia exige uma completa similitude para ser considerado.

Todavia, no caso em apreço, inexiste a igualdade completa entre os cargos. A bem da verdade, a
Demandante continua exercendo um cargo de nível médio (de classe especial), de maneira que tal
circunstância lhe diferencia daqueles que ingressaram no serviço público sob a exigência de
graduação superior, isto é, em cargo de nível superior.

Seu pleito ainda queda obstado pela vedação, ao Poder Judiciário, que não detém função legislativa, de
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento da isonomia, de acordo com Súmula
Vinculante nº 37, do STF, entendimento já consagrado desde o Enunciado de Súmula nº 339, do Pretório
Excelso.

Assim, indefiro o pedido autoral nesse particular.

Já no que concerne à progressão funcional vertical, também entendo não merecer razão a Suplicante.

Observe-se que se questiona na presente ação a não aplicação da progressão funcional vertical aos
professores Classe Especial. Vejamos o que estabelece o PCCR do magistério estadual (Lei Estadual n.
7.442/2010):

Art. 13. A progressão funcional dos servidores de que trata esta Lei ocorrerá de forma horizontal e vertical.

Parágrafo único. O servidor ocupante do cargo de Professor, Classe Especial, somente concorrerá à
progressão horizontal.
1654
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(...)

Art. 15. A progressão funcional vertical dar-se-á pela passagem do servidor de uma classe para outra,
habilitando-se os candidatos à progressão de acordo com a titulação acadêmica obtida na área da
educação, na seguinte forma:

I - a progressão para a Classe II ocorrerá mediante a obtenção do título de pós-graduação lato sensu,
Especialização, com carga horária mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas, na área da educação;

II - a progressão para a Classe III ocorrerá mediante a obtenção do título de pós graduação stricto sensu,
Mestrado na área da educação;

III - a progressão para a Classe IV ocorrerá mediante a obtenção do título de pós graduação stricto sensu,
Doutorado na área da educação.

Parágrafo único. Será mantido o mesmo nível em que estiver situado o servidor, por ocasião de sua
progressão para outra Classe, conforme tratada neste artigo.

Vale notar que o cargo de Professor “Classe Especial” guarda referência com os anteriores cargos de
professor AD1 e AD2, que exigiam para seu provimento a formação de nível médio na modalidade normal:

Art. 5º Os cargos da carreira do Magistério são estruturados em classes, assim considerados:

I - Professor:

a) Classe Especial: formação de nível médio na modalidade normal; (...)

Para além disso, a análise acurada do PCCR dos Profissionais da Educação do Estado do Pará – Lei
7.442/2010 – evidencia um fato que merece a devida atenção: não mais se admite no Estado do Pará a
contratação de professores que não tenham formação de nível universitário; o que torna o cargo
“Professor Classe Especial” um cargo em extinção.

Isto se torna claro pela leitura do art. 8º c/c Anexo II, in verbis:

Art. 8º O ingresso no cargo de Professor ou Especialista em Educação da carreira do Magistério Público


de que trata esta Lei dar-se-á, obrigatoriamente, sempre na Classe I, Nível A, mediante aprovação em
concurso público de provas, ou de provas e títulos.

Parágrafo único. O servidor que ingressar na carreira com titulação correspondente às Classes II, III e IV,
somente poderá requerer progressão funcional após o cumprimento do estágio probatório, sendo-lhe
permitida, neste caso, a progressão imediata para a Classe correspondente à sua titulação, observadas as
regras de progressão dispostas nesta Lei.

(...)

ANEXO II

DESCRIÇÃO DO QUADRO PERMANENTE DO GRUPO OCUPACIONAL DO MAGISTÉRIO DA


EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO ESTADO DO PARÁ

CARGO: PROFESSOR

(...)
1655
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REQUISITO DE ESCOLARIDADE

Graduação em Licenciatura Plena para atuação nos diferentes níveis e modalidades de ensino.

Para atuação na Educação Especial será exigido curso de especialização.

Veja-se que, não obstante o cargo de Professor Classe Especial continue previsto no “quadro permanente
do grupo ocupacional do magistério da educação básica”, não é mais possível o ingresso no cargo de
Professor que não seja na Classe I, que, nos termos do citado art. 5º, inc. I, “b”, exige formação de nível
superior em curso de licenciatura, de graduação plena; da mesma maneira, como o Anexo II, que traz a
descrição do Quadro Permanente do Grupo Ocupacional do Magistério, explicita que a “Graduação em
Licenciatura Plena” é requisito de escolaridade para exercer o cargo de professor.

Assim, o cargo da Postulante – Professor Classe Especial – se distingue dos cargos de Professor que
exigem o nível superior para ingresso, como já visto acima, no fundamento referente à Gratificação de
Escolaridade, não havendo, a meu ver, fundamento legal para um professor Classe Especial pleitear a
progressão funcional vertical prevista no art. 15, do PCCR, a fortiori, considerando que a progressão para
as Classes II, III e IV pressupõe que o professor tenha sido inicialmente Professor Classe I, ou seja, que
tenha ingressado no magistério estadual em cargo que exige como requisito a habilitação em nível
superior.

Noutros termos, uma vez que a Lei 7.442/2010 elenca classes distintas, com requisitos diversos para
ingresso (nível médio para a Classe Especial e nível superior para a Classe I), não pode ser dada à
Requerente a progressão para cargo de escolaridade superior, tendo em vista se tratar de forma de
provimento derivado de ingresso na Administração, não sendo a ascensão funcional admitida pela
jurisprudência do STF, por violar disposição do art. 37, II, da CF (Súmula Vinculante nº 43).

Assim, também indefiro o pedido da Autora nesse particular.

Dessa forma, a decretação da procedência em parte dos pedidos é medida que se impõe.

Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTES EM PARTE os pedidos iniciais, para, nos
termos da fundamentação retro, determinar ao ESTADO DO PARÁ que proceda à imediata correção
do valor do piso salarial do magistério e seus reflexos nos seus vencimentos da Requerente, em
conformidade com as normas federais, majorando seu vencimento-base de acordo com o piso
nacional, bem como ao pagamento, em base retroativa limitada ao quinquênio que antecedeu o
ajuizamento da presente ação, das parcelas de vencimento-base e devidos reflexos que deixou de
pagar à Autora, no valor total de R$82.142,98 (oitenta e dois mil cento e quarenta e dois reais e
noventa e oito centavos), indeferindo os demais pedidos, pelo que extingo o processo. (...)

De resto, mantenho a sentença nos termos em que foi exarada.

ÀUPJ, para as providências de estilo.

P.R.I.C.

Belém, 11 de agosto de 2021.

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A5
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Número do processo: 0846809-23.2020.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: SILVIO AUGUSTO


FERNANDES DE MENEZES Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO PINTO OLIVEIRA OAB:
21369/PA Participação: IMPETRADO Nome: SECRETARIO MUNICIPAL DE SAUDE Participação:
IMPETRADO Nome: DIRETOR DO HOSPITAL E PRONTO SOCORRO MUNICIPAL MÁRIO PINOTTI
Participação: INTERESSADO Nome: MUNICIPIO DE BELEM Participação: FISCAL DA LEI Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

DESPACHO

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA C/ PEDIDO LIMINAR impetrado por SILVIO AUGUSTO


FERNANDES DE MENEZES contra ato coator atribuído ao SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE e ao
DIRETOR DO HOSPITAL E PRONTO SOCORRO MUNICIPAL MÁRIO PINOTTI, constando como
interessado o MUNICÍPIO DE BELÉM.

Recebida a inicial e notificada a Autoridade Coatora, oportunizando-se a apresentação de informações


(essas trazidas aos autos via manifestação do interessado), os autos seguiram à manifestação do
Ministério Público, respeitando o procedimento estabelecido na Lei Federal n° 12.016/2009.

Não existindo vícios formais no processo, estando as partes regularmente assistidas por procuradores
judiciais com habilitação, havendo sido a ritualística – o procedimento – do mandamus aplicado em sua
inteireza e considerando as argumentações tecidas pelas partes e os documentos por elas acostados,
bem como a manifestação ministerial, verifico que o feito já se encontra pronto para julgamento, razão pela
qual o anuncio.

À UPJ, para cumprimento e adoção das providências cabíveis quanto ao recolhimento de custas
finais, nos termos do art. 26, caput, da Lei Estadual n° 8.328/2015, se a parte Impetrante não gozar
dos benefícios de assistência judiciária ou isenção legal.

Ultimadas as providências acima, com observância do disposto no art. 26, §3°, do mesmo diploma legal,
retornem conclusos para sentença.

Intime-se e cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A5
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Número do processo: 0009332-53.2007.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MANOEL


TIBIRICA PORTUGAL Participação: ADVOGADO Nome: OSWALDO POJUCAN TAVARES JUNIOR OAB:
1392PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: PAOLA SUELI PINHEIRO TAVARES OAB: 10234/PA
Participação: REQUERIDO Nome: INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ -
IGEPREV

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE : CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

ASSUNTO : VALOR DA EXECUÇÃO / ATUALIZAÇÃO / CÁLCULO

EXEQUENTE : IGEPREV

EXECUTADO : MANOEL TIBIRIÇÁ PORTUGAL

DESPACHO

Não tendo sido quitado o débito e nem ofertado bens à penhora, expeça-se MANDADO DE
CITAÇÃO/PENHORA/AVALIAÇÃO, nos termos do art. 523 § 3º, do Código de Processo Civil.

Intimem-se e cumpra-se.

Belém, 18 de março de 2021.

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

Assinado digitalmente

Número do processo: 0003646-17.2006.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DE LOURDES


PALHETA AMOEDO Participação: ADVOGADO Nome: CLOVIS CUNHA DA GAMA MALCHER FILHO
OAB: 3312/PA Participação: REU Nome: IGEPREV Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL

SECRETARIA ÚNICA DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL

PROC. 0003646-17.2006.8.14.0301
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AUTOR: MARIA DE LOURDES PALHETA AMOEDO

REU: IGEPREV

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista a apresentação de apelação do Ministério Público ID-29133216 TEMPESTIVAMENTE,


INTIME-SE o autor para, querendo, apresentar contrarrazões no prazo legal, nos termos do §1º, do art.
1010, do Código de Processo Civil e do Provimento n° 006/2006-CJRM, art. 1°, § 2°,II. Int.

Belém, 18 de agosto de 2021

ALLAN DIEGO COSTA MONTEIRO

SERVIDOR(A) DA UPJ

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL.

((Provimento 006/2006 – CRMB, art. 1º, §3º c/c § 2º, II, int))

Número do processo: 0024454-62.2014.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: DIONARDO


DIOGO SABADO DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRESA SOUZA COSTA OAB:
8029/PA Participação: IMPETRADO Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM Participação: TERCEIRO
INTERESSADO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE :MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL

ASSUNTO :CLASSIFICAÇÃO E/OU PRETERIÇÃO/ CONCURSO PARA SERVIDOR

IMPETRANTE :DIONARDO DIOGO SABADO DE SOUZA

IMPETRADO :PREFEITO DO MUNICÍPIO DE BELÉM

SENTENÇA

Trata-se de recurso de embargos de declaração opostos por Município de Belém, com fulcro no art. 1.022,
I, do CPC, apontando a existência de contradição na sentença constante do Id. nº 23439774.

Em apertada síntese, a parte embargante afirma haver contradição na decisão embargada, “uma vez que,
não se encontra em conformidade com que prescreve a doutrina, jurisprudência e lei, a qual se recorre”.
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Intimado a contrarrazoar, o Impetrante não o fez, conforme certidão ID 24323530.

Conclusos.

Éo relatório.

Decido.

Não assiste razão ao Embargante.

Écediço que os embargos de declaração servem para suprir omissão, esclarecer obscuridade, eliminar
contradição ou corrigir erro material em qualquer decisão judicial, conforme inteligência dos arts. 1.022 e
1.023, do Código de Processo Civil:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III - corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de


assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, §1°.

Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com
indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.

Na esteira desse raciocínio, no presente caso, os embargantes não comprovaram a ocorrência dos
requisitos legais, para manejo dos aclaratórios.

Inicialmente, cabe frisar que a excessiva taxa de litigiosidade, a legislação processual quase sacramental,
a reduzido número de magistrados e servidores, que contribuem de forma decisiva para que a prestação
jurisdicional não seja outorgada dentro de um prazo razoável, conduzem à banalização de certos
institutos, como os embargos de declaração. Este, por exemplo, parece até ser fruto de um reflexo
condicionado.

Os embargos de declaração, como determina a norma procedimental, pressupõem obscuridade, erro


material, omissão ou dúvida, inocorrentes no caso concreto.

O Superior Tribunal de Justiça no REsp 928.075/PE, definiu com muita propriedade os conceitos que
ensejam embargos declaratórios, cuja ementa reproduzo integralmente abaixo:

RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ALEGADA VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC.


INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DAS HIPÓTESES DE CABIMENTO. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA.
PRESUNÇÃO DE CERTEZA E LIQUIDEZ NÃO ELIDIDA NA INSTRUÇÃO PROBATÓRIA. DECISÃO
FUNDAMENTADA NA PROVA DOS AUTOS.

1. A omissão que enseja o cabimento dos embargos de declaração é aquela existente em relação aos
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questionamentos aos quais o julgador deveria se pronunciar, e não em relação àqueles que a parte quer
ver julgados.

2. A contradição permissiva da oposição de embargos de declaração é a que se faz presente dentro da


própria decisão, e não quanto aos argumentos ou provas apresentadas pelas partes.

3. A obscuridade passível de correção é a que se detecta no texto da decisão, referente à falta de clareza,
sem relação com a análise das provas dos autos.

4. Ausência de violação do art. 535 do Código de Processo Civil. Decisões proferidas com base nas
provas dos autos.

5. Recurso especial não provido. (grifei)

Já no que tange à noção de erro material, para Tereza Arruda Alvim Wambier, em seus comentários sobre
o art. 1.022, do Novo CPC, in “Código de Processo Civil Anotado”, editado pela Associação dos
Advogados de São Paulo – AASP, em parceria com a OAB/PR (atualizado em 08.03.2016), consiste em:

(...) todo erro evidente, no sentido de ser facilmente verificável por qualquer homo medius, e que,
obviamente, não tenha correspondido à intenção do juiz. Em havendo qualquer dificuldade em demonstrar
a percepção do erro, este descaracteriza-se como erro material, e como tal não pode ser corrigido por
mera petição ou pela interposição de embargos de declaração.

Não se deve, a pretexto de imprimir celeridade processual, usurpar competência de instância superior,
pois o inconformismo do embargante não pode ser resolvido através do recurso interno. Há remédio
processual específico.

Quanto às alegações de existência de contradição na decisão embargada, sob a ótica do Embargante,


verifico, a bem da verdade, que esse pretende, por meio dos presentes embargos, o reexame de questão
de mérito já decidida, culminando na reforma da sentença, o que somente pode ser efetuado pela
instância superior, porém não por esta via dos aclaratórios.

Deste modo, havendo a regular prestação da tutela jurisdicional com a exposição clara dos motivos
inerentes ao julgamento da lide, “em atenção ao princípio do livre convencimento motivado, não está o
julgador adstrito aos argumentos suscitados pelas partes, sendo-lhe lícito aplicar o direito ao caso concreto
com base em fundamentos diversos” (STJ - AgInt no REsp 1819747/PR). Isto é, não pode, este órgão
julgador, ser compelido a reformar suas razões de decidir ou adequá-las as teses e argumentos de uma
das partes, sob pena de relativização do princípio do livre convencimento motivado (arts. 370 e 371, do
CPC).

Sobre o tema, segue o entendimento de nossos Tribunais Superiores:

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO


CRIMINAL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. INTUITO DE
REDISCUSSÃO DA CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. CARÁTER PROTELATÓRIO. EMBARGOS NÃO
CONHECIDOS.

1. Diante da inocorrência de omissão, contradição ou obscuridade, resta inviável a revisão do julgado em


sede de segundos embargos de declaração. Precedentes.

2. O embargante busca indevidamente a rediscussão da matéria, em manifesto intuito protelatório. Tendo


sido apreciado, no acórdão condenatório, o dolo na prática dos delitos e a correlação entre as condutas de
dispensa ilegal de licitação e da falsificação de lei, o embargante almeja inviável revaloração probatória.
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3. (...).

(STF – ED no ED na Pet. nº 6.341/RJ, DJe 05/06/2017)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. ART. 535 DO CPC/1973. VIOLAÇÃO. INEXISTÊNCIA.


APELAÇÃO. INÉPCIA. AUSÊNCIA. PRECLUSÃO. FUNDAMENTO INATACADO E DEFICIÊNCIA
RECURSAL. CONTRATO ADMINISTRATIVO. DESCUMPRIMENTO. PERDA SUPERVENIENTE DO
OBJETO RECURSAL. VERIFICAÇÃO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INVIABILIDADE. FATO
SUPERVENIENTE. CONSIDERAÇÃO PELO JULGADOR. JULGAMENTO EXTRA PETITA.
INOCORRÊNCIA. PRINCÍPIO DA PERSUASÃO RACIONAL. AFRONTA. SÚMULA 7 DO STJ.
INCIDÊNCIA.

(...)

12. Para o STJ, implica revolvimento fático-probatório "a apreciação de descumprimento do art. 131 do
CPC/73, correspondente ao art. 370, caput e parágrafo único, do CPC/15, porquanto mencionado
dispositivo legal consagra o princípio da persuasão racional, autorizando o juiz a valer-se do seu livre
convencimento motivado, à luz das provas constantes dos autos." (AgInt no AREsp 1468808/SC, Rel.
Ministro FRANCISCO FALCÃO, Segunda Turma, julgado em 17/10/2019, DJe 22/10/2019).
13. Na hipótese, acolher o argumento recursal de que há "grave nulidade", "consubstanciada na não
apreciação de elementos probatórios contundentes", reclama inevitável revolver de aspectos fático-
probatórios dos autos, providência sabidamente vedada na via especial nos termos da Súmula 7 do STJ.
14. Agravo interno desprovido.

(STJ - AgInt no AgInt no AREsp 790415/SP, DJe 27/11/2020)

No mesmo sentido, já se manifestou o Tribunal de Justiça do Estado do Pará:

I - Os Embargos de Declaração têm por função primordial sanar algumas impropriedades das decisões do
Poder Judiciário, mormente quando o decisum trouxer alegações contraditórias entre si, argumentações
obscuras ou não se pronunciar sobre pontos relevantes da lide;

II - Entretanto, verifica-se que o recorrente apenas busca a rediscussão do mérito, sem demonstrar de
forma contundente a existência de pontos omissos, contraditórios ou obscuros. Dessa forma, torna-se
impossível o provimento dos presentes aclaratórios.

III - Embargos de Declaração conhecidos e rejeitados.

IV - Decisão unânime.

(TJPA – Apelação Cível nº 2010.3.004250-5, Acórdão n° 107.611)

Portanto, ausentes quaisquer hipóteses de omissão, erro material, contradição ou obscuridade, rejeito o
recurso de embargos de declaração.

Diante das razões acima, conheço dos embargos, porém deixo de os acolher, mantendo a sentença nos
termos em que foi exarada.

Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma do Código
de Processo Civil.

Ocorrendo o trânsito em julgado, sem interposição de recurso voluntário, certifique-se e dê-se baixa
definitiva no sistema de Processo Judicial eletrônico – PJe.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

P. R. I. C.

Belém, 12 de agosto de 2021

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A2

Número do processo: 0828766-04.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JORGE HENRIQUE


GUIMARAES DE ANDRADE Participação: ADVOGADO Nome: FREDERICO GUTERRES FIGUEIREDO
OAB: 11320/PA Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: TERCEIRO INTERESSADO
Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

ASSUNTO: PISO SALARIAL

AUTOR: JORGE HENRIQUE GUIMARÃES DE ANDRADE

RÉU: ESTADO DO PARÁ

SENTENÇA

JORGE HENRIQUE GUIMARÃES DE ANDRADE ajuizou pedido de obrigação de fazer (reajuste do piso
salarial do magistério) c/c Cobrança contra ESTADO DO PARÁ, visando à majoração de seus
vencimentos de acordo com o piso salarial nacional da educação básica (sendo o vencimento-base de
2021 o valor de R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado pertencer à carreira do magistério estadual,
bem como à condenação do Réu ao pagamento, em base retroativa quinquenal, das parcelas
supostamente inadimplidas mais vincendas, aduzindo que, desde 2016, não viria recebendo o piso
previsto na Lei nº 11.738/2008.

A parte Autora juntou documentos e afirmou, em síntese, que é servidor público da Secretaria de
Educação do Estado do Pará, ocupante do cargo de Professor AD-4, Classe II – 200 horas (vencimento
integral) Ref. 03D, exercendo há vários anos suas funções na área de educação, vindo requerer o
cumprimento da Lei nº 11.738/08 e consequentemente retificar e majorar o seu vencimento-base e
devidos reflexos para o valor legalmente previsto na referida legislação, bem como o pagamento dos
valores retroativos referentes às diferenças do piso salarial devidas até a data do efetivo pagamento, tudo
devidamente corrigido.

Entendeu, assim, que a diferença devida pelo Réu, com os seus devidos reflexos, contabilizada durante o
período dos fatos, equivaleria à quantia de R$79.273,34 (setenta e nove mil, duzentos e setenta e três
reais e trinta e quatro centavos).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Requereu que fosse determinado ao Requerido que efetuasse, de imediato, a correção do valor do piso
salarial do magistério e seus reflexos nos seus vencimentos, em conformidade com as normas federais,
pagando o vencimento-base de acordo com o piso nacional, somada à sua condenação ao pagamento
das parcelas retroativas, na quantia acima declinada.

Juntou documentos nos IDs 27037124 a 27038093.

Foi indeferido o pedido de tutela de urgência, porém deferida a gratuidade em decisão de ID 27048360.

Citado, o Estado do Pará apresentou contestação (ID 27317570), alegando, no mérito, a improcedência
dos pedidos, eis que a pretensão da parte Autora seria contrária à decisão em sede cautelar tomada em
pedido de suspensão aviado perante o STF (SS 5.236), em que a Ministra Carmem Lúcia considerou
plausível o argumento do Estado no sentido de que o recebimento de gratificação permanente e uniforme
pelos professores torna sua remuneração superior ao patamar nacional, assim suspendendo decisões que
determinam ao Estado o pagamento do piso nacional ao vencimento-base dos professores da educação
básica, havendo, portanto, identidade entre a situação dos autos e a ratio contida em tal decisão
monocrática.

Argumentou, ainda, acerca da existência de ação de mandado de segurança coletivo com o mesmo
objeto, julgamento da ADI n° 4.167-DF e equiparação do conceito de piso salarial ao vencimento-base
mais gratificação de escolaridade (art. 30, V da Lei Estadual nº 5.351/86, c/c art. 50 da Lei Estadual n°
7.442/2010, e arts. 132, VII. 140, III, da Lei Estadual nº 5.810/94).

Por fim, suscitou existir Mandado de Segurança Coletivo aforado pelo Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública no Pará - SINTEPP tratando sobre o mesmo objeto.

Réplica no ID 28242839.

O feito foi, então, encaminhado ao MP, que se manifestou no sentido da procedência do pedido, com os
valores devidos e seus consectários sendo apurados e pagos em fases próprias (ID 28280904).

Autos conclusos.

Éo relatório.

Decido.

O julgamento prescinde de outras provas, estando o presente feito apto ao julgamento (art. 355, I, CPC).

A Autora manejou a presente ação de obrigação de fazer (reajuste do piso salarial do magistério) c/c
Cobrança, visando à majoração de seus vencimentos de acordo com o piso salarial nacional da educação
básica (sendo o vencimento-base de 2021 o valor de R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado pertencer
à carreira do magistério estadual, bem como à condenação do Réu ao pagamento, em base retroativa
quinquenal, das parcelas supostamente inadimplidas mais vincendas, aduzindo que, desde 2016, não viria
recebendo o piso previsto na Lei nº 11.738/2008.

Pois bem. Tenho que o pedido deve ser julgado procedente, notadamente, com a limitação da
prescrição quinquenal de trato sucessivo.

Primeiramente, necessário trazer ao debate a questão da prescrição quinquenal contra a Fazenda Pública.

A prescrição das ações intentadas em face da Administração Pública regula-se pelo Decreto nº 20.910/32,
que, em seu artigo 1º, dispõe:
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Art. 1º - As dividas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou
ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em
cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.

Portanto, depreende-se do dispositivo mencionado que o prazo prescricional que regula o caso em tela
seria de cinco anos.

Cabe aqui, no entanto, outra ponderação, já em relação às prestações de trato sucessivo. Em que pese a
determinação do prazo prescricional de 5 (cinco) anos para requerer qualquer direito contra a Fazenda
Pública, contida no art. 1º do Decreto nº 20.910/32, em casos que se referem à concessão de adicional
remuneratório, a relação sobre que versam é de trato sucessivo, pelo que não corre prazo prescricional ou
decadencial.

Nesse sentido, observe-se a Súmula nº 85, do STJ:

Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a fazenda pública figure como devedora, quando não
tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação.

Observe-se, ainda, o seguinte julgado:

ADMINISTRATIVO - ADICIONAL NOTURNO - DEVIDO AOS POLICIAIS CIVIS - PRELIMINAR -


PRESCRIÇÃO - PARCELAS - TRATO SUCESSIVO PRELIMINAR DE PRESCRIÇÃO DAS PARCELAS
REJEITADA, EIS QUE SENDO AS PARCELAS PLEITEADAS DE TRATO SUCESSIVO, A
PRESCRIÇÃO INCIDE APENAS SOBRE AQUELAS VENCIDAS NO QUINQUÊNIO ANTERIOR A
PROPOSITURA DA AÇÃO.

(20000110553819 DF, Relator: VALTER XAVIER, Data de Julgamento: 24/03/2003, 1ª Turma Cível, Data
de Publicação: DJU 30/04/2003 Pág. 23).

Logo, não haveria que se falar em prescrição da pretensão total da parte Autora, restringindo-se
essa, a bem da verdade, apenas à cobrança daquelas parcelas vencidas antes do quinquênio
anterior ao ajuizamento da ação (ocorrido, na hipótese, em 20/05/2021).

Feitas essas considerações, passo ao exame do mérito em si.

De início, cumpre-me rechaçar, de plano, os já habituais argumentos relativos à impossibilidade de


ajuizamento de ação individual concomitante ao processamento de ação coletiva. O raciocínio é antigo e
há muito ultrapassado. Não há “(...) litispendência entre ação individual e ação coletiva, assim como no
sentido de ser inaproveitável e inoponível a coisa julgada formada na ação coletiva para quem litiga
individualmente e não desistiu de sua ação.” (STJ - AgInt no REsp 1890827/PE, DJe 02/03/2021; REsp
1722626/RS, DJe 23/05/2018).

Também, melhor sorte não merece a também usual alegação de aplicação isonômica da decisão proferida
no Processo SS 5236-STF, haja vista que “a decisão em comento é clara em falar que não afeta ao mérito
dos Mandados de Segurança nº 0002367-74.2016.8.14.0000 e 0001621-75.2017.8.14.0000” (STF – Rcl.
42315/PA, DJe 10/02/2021), bem como que “não há que se falar na ocorrência de suspensão da
tramitação de processos nas instâncias ordinárias por força da decisão proferida na SS 5.236, não sendo
possível confundir a sustação de efeitos de decisão impugnada com ordem de suspensão nacional dos
processos” (STF – Rcl. 42430/PA, DJe 28/09/2020).

A toda evidência, os argumentos de resistência sustentados pelas entidades públicas, tanto do Estado do
Pará, quanto do Município de Belém, nos processos de integralização do piso salarial nacional da
categoria do Magistério, conforme parâmetros definidos na Lei Federal n° 11.738/2008, limitam-se a
questionar a possibilidade de cumulação de outras parcelas remuneratórias, a fim de justificar o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

estabelecimento do vencimento-base em valor nominal menor do que aquele previsto na legislação


federal.

Assim, nasceu a tese de que o referido diploma legal teria, segundo a tese da Administração Pública,
regulamentado a “remuneração global” ou, ao menos, estabelecido o conceito de “vencimento inicial”
(vencimento-base mais gratificação de escolaridade), pelo exercício do magistério e, não, o vencimento-
base.

Essa tese não se sustenta, tampouco fora absorvida pela jurisprudência aplicada a espécie.

O tema já foi exaustivamente debatido no âmbito de nossos Tribunais Superiores, destacando-se o


julgamento da ADI n° 4.167, pelo Supremo Tribunal Federal, cuja ementa transcrevo abaixo:

Ementa: CONSTITUCIONAL. FINANCEIRO. PACTO FEDERATIVO E REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA.


PISO NACIONAL PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. CONCEITO DE PISO:
VENCIMENTO OU REMUNERAÇÃO GLOBAL. RISCOS FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO. JORNADA
DE TRABALHO: FIXAÇÃO DO TEMPO MÍNIMO PARA DEDICAÇÃO A ATIVIDADES EXTRACLASSE EM
1/3 DA JORNADA. ARTS. 2º, §§ 1º E 4º, 3º, CAPUT, II E III E 8º, TODOS DA LEI 11.738/2008.
CONSTITUCIONALIDADE. PERDA PARCIAL DE OBJETO.

1. Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de
aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º
da Lei 11.738/2008).

2. É constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do ensino médio
com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre
normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo
como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como
instrumento de proteção mínima ao trabalhador.

3. É constitucional a norma geral federal que reserva o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos
docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse.

Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. Perda de objeto declarada em relação aos arts.
3º e 8º da Lei 11.738/2008.

(STF – ADI n° 4.167, DJe 24/08/2011).

No mesmo sentido: AgR no RE 1.187.534/SP; AgR no RE 859.994/SC; RG no RE 1.309.924/MG (Tema n°


1134); AgR no ARE 898.304/MG; AgR na Rcl 12.985/DF.

Vale destacar, também, que a Corte Suprema já se manifestou sobre o tema em controle difuso, ao
apreciar recurso próprio interposto pelo Estado do Pará no Processo n° 0002367-74.2016.8.14.0000
(TJPA) – em que se originou o Processo SS 5.236-STF (suspensão de segurança) –, cuja ementa restou
assim consignada:

Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE


PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356/STF. DIREITO ADMINISTRATIVO.
PISO NACIONAL PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. LEI FEDERAL 11.738/2008.
CONSTITUCIONALIDADE. PAGAMENTO EM VALOR INFERIOR AO PISO PELO ESTADO.
INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICOPROBATÓRIO CONSTANTE DOS
AUTOS. SÚMULA 279/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Ausência de prequestionamento do art. 18 da Constituição Federal. Incidência da Súmula 282/STF.


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Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir a omissão, é inviável
o recurso, nos termos da Súmula 356/STF.

II - A jurisprudência desta Corte, no julgamento da ADI 4.167/DF, de relatoria do Ministro Joaquim


Barbosa, reconheceu a constitucionalidade da Lei 11.738/2008, que fixou o piso salarial nacional
dos professores da educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global.

III – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica a revisão da interpretação de
normas infraconstitucionais que fundamentam o acórdão recorrido, dado que apenas ofensa direta à
Constituição Federal enseja a interposição do apelo extremo.

IV – Conforme a Súmula 279/STF, é inviável, em recurso extraordinário, o reexame do conjunto fático-


probatório constante dos autos.

V – Agravo regimental a que se nega provimento.

(STF – AgR no ARE 1.292.388/PA, DJe 14/04/2021)

Como se vê, não há espaço para continuidade da discussão acerca do conceito de “piso salarial nacional”
regulamentado na Lei Federal n° 11.738/2008, eis que a última palavra sobre o tema já foi firmada e
reafirmada pelo STF, concluindo-se pela constitucionalidade do “piso salarial nacional dos professores da
educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global”.

Por oportuno, ressalto que a cumulação de outras parcelas remuneratórias, como forma de composição de
vencimento-base de categoria funcional, não pode ser adotada, sob pena de violação do princípio da
legalidade (art. 37, caput, da CF). Isto é, “(...) Em se tratando de remuneração de servidor público, tem-se
que as vantagens pecuniárias são parcelas acrescidas ao vencimento base em decorrência de uma
situação fática previamente estabelecida em lei, sendo que toda gratificação reclama a consumação de um
certo fato que proporciona o direito à sua percepção. É dizer que, presente a situação prevista na norma,
assegura-se ao servidor direito subjetivo à sua percepção. (...)” (TJPA – Acórdão n° 3.614.505, rel. Des.
Roberto Moura, DJe 10/09/2020).

Desse modo, importa dizer que é insustentável qualquer tentativa da Administração Pública em resistir à
necessidade e obrigatoriedade legal da integralização do vencimento-base da categoria do Magistério
público, até que, ao servidor, seja observada a referência financeira nominal estabelecida na legislação
federal – por óbvio, “referência financeira” (vencimento-base) alcançada sem a cumulação de outras
parcelas remuneratórias.

A Lei Federal n° 11.738/08 fixou, a partir do ano de 2008, os valores mínimos de composição do
vencimento base dos servidores públicos titulares de cargos do magistério público da educação básica
com carga horária mínima de “40h” (quarenta horas-aula) semanais ou “200h” (duzentas horas-aula)
mensais, conforme descrito no seu art. 2°, cito:

Art. 2o O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica
será de R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais) mensais, para a formação em nível médio, na
modalidade Normal, prevista no art. 62 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional.

§1o O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da educação
básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais.

§2o Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se aqueles que desempenham
as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração,
planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das
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unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima
determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional.

§3o Os vencimentos iniciais referentes às demais jornadas de trabalho serão, no mínimo, proporcionais ao
valor mencionado no caput deste artigo.

§4o Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga
horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.

§5 o As disposições relativas ao piso salarial de que trata esta Lei serão aplicadas a todas as
aposentadorias e pensões dos profissionais do magistério público da educação básica alcançadas pelo
art. 7o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, e pela Emenda Constitucional no
47, de 5 de julho de 2005.

Todos os entes da Federação deveriam, a contar de 1º/01/2010, garantir a integralização do piso salarial
nacional às carreiras públicas de magistério da educação básica dos seus servidores, conforme critérios
estabelecidos naquele diploma legal (art. 3º, III).

Nesse sentido, embora obrigada por lei, a Administração Pública não vem aplicando os parâmetros
salariais previstos na Lei Federal n° 11.738/2008, verificando, no presente caso que, de fato, o
vencimento-base devido à parte Autora não fora atualizado corretamente, causando-lhe prejuízos
financeiros.

Assim, conforme notícia publicada no sítio eletrônico do Ministério da Educação[1], “O piso salarial dos
profissionais da rede pública da educação básica em início de carreira foi reajustado em 12,84% para
2020, passando de R$ 2.557,74 para R$ 2.886,24” – o reajuste atual deve observar o valor fixado para o
ano de 2020, ante a constitucionalidade do art. 8°, I, da Lei Complementar Federal n° 173/2020 (STF –
ADI’s n° 6447, 6450, 6525 e 6442) – encerrada a condicionante da LC Federal n° 173/2020, o reajuste
deve seguir a forma prevista no art. 5°, da Lei Federal n° 11.738/2008.

Portanto, evidenciando que não houve a efetiva revisão/atualização da parcela relativa ao vencimento-
base, em violação frontal a Lei Federal n° 11.738/08, deve, tal ilegalidade, ser corrigida imediatamente,
com reflexo nas demais parcelas remuneratórias, obedecido, neste caso, o prazo prescricional
quinquenal, devendo, logo, ser deferido o pedido.

Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTE o pedido, para nos termos da fundamentação
retro, determinar ao ESTADO DO PARÁ que proceda à imediata correção do valor do piso salarial
do magistério e seus reflexos nos seus vencimentos do Requerente, em conformidade com as
normas federais, majorando seu vencimento-base de acordo com o piso nacional, bem como ao
pagamento, em base retroativa limitada ao quinquênio que antecedeu o ajuizamento da presente
ação, das parcelas de vencimento-base e devidos reflexos que deixou de pagar à parte Autora,
inclusive, as vincendas no curso do processo, em total a ser apurado em procedimento específico
de liquidação de sentença.

Sobre o cálculo dos valores retroativos, observado o quinquênio anterior ao ajuizamento da ação (art. 1º,
do Decreto Federal nº 20.910/1932), devem incidir juros e correção monetária, cuja liquidação, por simples
cálculo aritmético, deve obedecer os seguintes comandos: os juros de mora deverão ser aplicados de
acordo com os “índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança” (art.
1°-F, da Lei n° 9.494/97, com redação dada pela Lei n° 11.960/09), a partir da citação (art. 405, do
CC/2002); já a correção monetária deverá incidir pelo IPCA-E (STF - RE nº 870.947/SE, Tema n° 810 –
Recurso Repetitivo), até a data de atualização do cálculo ou protocolização do pedido de cumprimento da
sentença.

Sem custas.
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Fixo os honorários advocatícios, em favor do patrono da parte Autora, em 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação, com fulcro no art. 85, §3º, inciso I do CPC.

Sentença não sujeita à remessa necessária (art. 496, §4º, II, do CPC).

Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma do Código
de Processo Civil.

Ocorrendo o trânsito em julgado, sem interposição de recurso voluntário, certifique-se e arquive-se com as
cautelas legais, dando-se baixa definitiva no Sistema PJe.

P.R.I.C.

Belém, 13 de agosto de 2021.

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A5

[1]http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/12-acoes-programas-e-projetos-637152388/84481-mec-divulga-
reajuste-do-piso-salarial-de-professores-da-educacao-basica-para-2020

Número do processo: 0102581-77.2015.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ESTADO DO


PARÁ Participação: REQUERIDO Nome: ALEXANDRE ALMASSY FILHO Participação: ADVOGADO
Nome: CARMELITA PINTO FARIA OAB: 17828/PA

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

ASSUNTOS: [LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO]

REQUERENTE: ALEXANDRE ALMASSY FILHO

REQUERIDO: ESTADO DO PARÁ

SENTENÇA

ALEXANDRE ALMASSY FILHO, já devidamente qualificado, propôs, contra o ESTADO DO PARÁ, o


presente pedido de Cumprimento de Sentença (à época, Execução de Título Judicial), já contando o feito
com sentença de homologação do incontroverso (ID 7543014), sendo determinada a expedição de RPV
em favor do Requerente no valor de RS2.530,54, ficando pendente a análise do montante controvertido,
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após cálculos da Contadoria Judicial.

Após análise de recursos e trânsito em julgado do decisum, foram ratificados os comandos da prefalada
sentença (despachos nos IDs 14464280, 15256479 e 18590622).

A Contadoria fez requerimento para subsidiar seus cálculos, o que restou acolhido em despacho de ID
19796040, requerendo novas diligências, as quais foram atendidas pelas partes, culminando no despacho
de ID 27876710.

Os cálculos do Contador do Juízo foram, então, apresentados em peça de ID 28962745, sendo apurado
um excesso de execução em desfavor do Requerente, na ordem de R$318,23 (saldo negativo), bem como
o crédito, a título de honorários sucumbenciais, em favor de sua patrona no feito, no total de R$376,53,
havendo o Requerido aquiescido expressamente (ID 29368757), não havendo se manifestado o
Exequente.

Autos conclusos.

Decido.

Para fins de liquidação de valores retroativos a serem executados em sede de Cumprimento de Sentença,
em que pese a ausência de oposição expressa do Requerido em relação aos cálculos apresentados pela
Contadoria, entendo ser sempre necessário, por medida de prudência, avaliar se devidos os cálculos,
observando os comandos do dispositivo da sentença/acórdão exequendo(s), inclusive, parâmetros de
atualização (cfe. sentença de ID 7543014 e despacho de ID 14464280, respeitados os termos do art. 524,
§2º, do CPC.

Nessa senda, verifico terem sido respeitados, pela Contadoria do Juízo, os parâmetros de cálculo de juros
de mora e correção monetária utilizados, os quais se encontram, em conformidade com a jurisprudência
da época, em consonância com a(s) decisão(ões) exequenda(s), com o art. 1°-F, da Lei Federal n°
9.494/97 (com a redação dada pela Lei 11.960/09), e com o assentado pelo STF (RE nº 870.947/SE e Rcl
19240 AgR/RS) e pelo STJ (AgRg no REsp nº 469.623 – MS), tendo havido a concordância expressa do
Requerido.

Dessa forma, ante a anuência da parte Requerida e a não oposição do Requerente – que entendo
consistir em concordância tácita - ao cálculo emitido pela Contadoria do Juízo, somada à
adequação dos cálculos que redundaram em tal montante, não há outra alternativa, que não a
determinação da ordem de expedição de Requisição de Pequeno Valor em favor da patrona do
Requerente, não havendo saldo remanescente em favor deste último, visto que há, em verdade,
crédito em favor da Fazenda Estadual.

Diante das razões expostas, dada a concordância expressa do Requerido e tácita do Requerente com o
valor apontado pela Contadoria, HOMOLOGO por sentença, para que produza seus jurídicos e legais
efeitos, o montante de R$376,53 (trezentos e setenta e seis reais e cinquenta e três centavos), em
favor da patrona do Requerente no feito, Drª CARMELITA PINTO FARIA (OAB/PA nº 17.828).

Após transcurso do prazo recursal, certifique-se o trânsito em julgado desta decisão e, com esteio no art.
535, §3º, I, do CPC, expeça-se REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR no importe de R$376,53 (trezentos
e setenta e seis reais e cinquenta e três centavos), em favor da dita advogada.

Quando da expedição da RPV (esta para pagamento no prazo de até dois meses, nos termos do art. 5°,
da Res. n° 29/2016-TJPA, c/c art. 535, §3°, II, do CPC), deverá tal valor sofrer atualização monetária (juros
de mora e correção) na data do efetivo pagamento (art. 5°, §7°, da Res. n° 29/2016-TJPA – ARE
638.195/RS-STF e RE 579.431/RS-STF).

Sendo procedente em parte a Impugnação, mas tendo o Requerido sucumbido em parte mínima, dada a
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maior proximidade de seus cálculos com os da Contadoria (ora homologados), condeno o Requerente ao
pagamento de honorários advocatícios em favor do Requerido, os quais fixo em 10% (dez por cento) do
valor atualizado do excesso da execução, em analogia aos termos do art. 85, §3º, II c/c art. 86, parágrafo
único, ambos do CPC, aplicando-se aqui a suspensão da exigibilidade, em face de o feito ser coberto pelo
manto da gratuidade judiciária, na forma do art. 98, §3º, do Código de Processo Civil.

Sem custas.

Após expedição da RPV devida, aguarde-se manifestação das partes, nos termos do art. 9°, §§3° e 4°, da
Res. n° 29/2016-TJPA, ficando autorizada, desde já, a intimação por ato ordinatório.

Em tempo, após o pagamento, em observância à Cláusula Segunda, Parágrafo Segundo, IV, do Acordo de
Cooperação Técnica nº 01/2017, celebrado entre o TJE/PA e a Superintendência Regional da Receita
Federal na 2ª Região Fiscal (DJ nº 6132/2017, de 03.02.2017), à UPJ para que proceda ao repasse à tal
Superintendência, até o décimo dia útil do mês subsequente, dos dados referentes à(s) antedita(s)
ordem(ns) de pagamento.

Ocorrido o trânsito em julgado, certifique-se e arquivem-se os presentes autos.

P. R. I. C.

Belém, 12 de agosto de 2021.

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A5

Número do processo: 0857185-39.2018.8.14.0301 Participação: IMPETRANTE Nome: UNIVERSAL


SERVICOS LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO AUGUSTO SEIXAS DE OLIVEIRA
OAB: 10660/PA Participação: IMPETRADO Nome: PREGOEIRA YASMHIN BERNARDES DE ALMEIDA
FRIANÇA Participação: IMPETRADO Nome: KAPA CAPITAL LTDA - ME Participação: ADVOGADO
Nome: FELIPE JALES RODRIGUES OAB: 23230/PA Participação: IMPETRADO Nome: ESTADO DO
PARÁ Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE : MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL

ASSUNTO : LICITAÇÕES/HOMOLOGAÇÃO

IMPETRANTE : UNIVERSAL SERVIÇOS LTDA

IMPETRADO : PREGOEIRA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ

L I T I S C O N S O R T E: KAPA CAPITAL LTDA - ME


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PASSIVO

INTERESSADO : ESTADO DO PARÁ

SENTENÇA

Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por UNIVERSAL SERVIÇOS LTDA contra ato atribuído
a Pregoeira da Secretaria de Educação do Estado do Pará, visando a suspensão e nulidade da decisão
que lhe excluiu do procedimento licitatório “PREGÃO ELETRÔNICO SRP Nº 011/2018 - PROCESSO Nº
1187661/2017 – SIIG/SEDUC”.

A liminar foi concedida (ID 6773975).

Nos ID´s. n° 7053542 e 7306883, há noticia da interposição de recurso de agravo de instrumento.

A empresa KAPA CAPITAL LTDA – ME prestou informações, pugnando pela denegação da segurança,
sustentando, em síntese, a regularidade do ato coator, preenchimento dos requisitos previsto no edital e
legalidade da adjudicação do objeto.

O Estado do Pará e a Autoridade Coatora prestaram informações no ID 7299665, pugnando pela


denegação da segurança, sob as alegações de legalidade da decisão de habilitação da empresa KAPA
CAPITAL LTDA – ME, possibilidade de revisão em sede de recurso administrativo, recusa das intenções
recursais, ausência de prova pré-constituída, observância do princípio da legalidade, vinculação as normas
do edital, ausência de direito líquido e certo e impossibilidade de revisão do mérito administrativo pelo
Poder Judiciário.

No ID 9036653, há registro da decisão que deferiu o efeito suspensivo recursal ao Agravo de Instrumento
n° 0808594-76.2018.814.0000, mediante decisão da Des. Rosileide Maria da Costa Cunha, datada de
29/11/2018.

O Ministério Público se pronunciou pela denegação da ordem.

Conclusos.

Éo relatório.

Decido.

A extinção do processo se impõe.

A causa de pedir remonta a nulidade do ato de inabilitação da Impetrante, após a fase de lances no
procedimento licitatório “PREGÃO ELETRÔNICO SRP Nº 011/2018 – PROCESSO Nº 1187661/2017 –
SIIG/SEDUC”.

Os Impetrados comprovam ter ocorrido, à época do encerramento da licitação e adjudicação do objeto, o


deferimento de liminar, concedida no Agravo de Instrumento n° 0808594-76.2018.814.0000, mediante
decisão da Des. Rosileide Maria da Costa Cunha, datada de 29/11/2018 (ID 9036653), permitindo a
publicação do extrato do contrato e início de sua execução.

Da simples leitura do instrumento contratual, verifico que sua vigência se encerrou em 04/11/2019 (ID
7299824) – embora, o referido recurso, tenha sido julgado desprovido, em sede de decisão final, datada
1672
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de 01/06/2021 (ID 5276038 – AI n° 0808594-76.2018.814.0000) –, ainda sob a eficácia da suspensão da


liminar anteriormente concedida.

Destarte, evidenciada a execução integral do objeto do contrato, entendo pelo esvaziamento do pleito
inicial.

Neste sentido, segue a iterativa jurisprudência de nosso Tribunal de Justiça, vejamos:

EMENTA.

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. LICITAÇÃO.


INDEFERIMENTO DA LIMINAR. PROSSEGUIMENTO DO CERTAME. TÉRMINO DA VIGÊNCIA DO
CONTRATO. PERDA DO OBJETO. DENEGAÇÃO DA SEGURANÇA E, PERDA DO INTERESSE DE
AGIR. DECISÃO UNÂNIME.

1. O objeto da demanda era questionar a inabilitação da empresa impetrante no certame. Entretanto, não
houve deferimento de liminar a socorrer o pleito autoral a impedir o natural avanço no procedimento
licitatório, de modo que o processo licitatório (Pregão n. 1372016) já teve seus objetos adjudicados e não
havendo sido demonstrada irregularidade da empresa vencedora, temos que o procedimento se ultimou,
ocorrendo perda do interesse de agir.

(TJPA – Acórdão n° 192.937, DJe 27/06/2018)

APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. PERDA DO OBJETO DA AÇÃO PELA EXECUÇÃO


DO CONTRATO PREGOADO. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO.

1. Homologado o certame licitatório, com a adjudicação do contrato e a sua integral execução, fica
afastado o interesse processual no prosseguimento da ação mandamental, cuja finalidade é a declaração
de nulidade do procedimento.

2. Na espécie em causa, a impetrante objetivava a anulação da homologação do pregão eletrônico


realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, referente a contratação dos serviços de vigilância e
segurança nos prédios do Tribunal de Justiça localizados na Capital e interior do Estado, pelo período de
12 meses.

3. O Resultado do Pregão foi homologado em 10 de setembro de 2014, com a Ata de Registro de Preços
nº 017/2014/TJPA, publicação nº 741902, com validade de 12 meses a contar da publicação.

4. Assim, transcorrido há muito o lapso de tempo da execução do objeto do contrato, não há como se
prosseguir com o writ, devendo ser extinto o processo, sem resolução de mérito, ante a superveniente
perda de seu objeto.

5. Processo extinto, sem resolução de mérito, por perda superveniente de seu objeto.

(TJPA – Acórdão n° 191.929)

Portanto, considerando não subsistir mais a controvérsia acerca da (ir)regular habilitação da Impetrante no
certame licitatório em epígrafe, impõe-se o reconhecimento da perda superveniente de interesse
processual (perda de objeto da ação), com a consequente extinção do processo, nos termos do art. 485,
VI, do CPC.

Diante das razões expostas, DENEGO A SEGURANÇA.

Custas pela Impetrante.


1673
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Sem honorários (S.T.F. – Súmula 512)

Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma


estabelecida no Código de Processo Civil.

Ocorrendo o trânsito em julgado, certifique-se e arquive-se com as cautelas legais, dando-se baixa
definitiva no Sistema PJe.

P. R. I. C.

Belém, 17 de agosto de 2021

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A2

Número do processo: 0000801-14.2013.8.14.0221 Participação: EXEQUENTE Nome: DIONISIO


MONTEIRO ALVES Participação: ADVOGADO Nome: WALDYR DE SOUZA BARRETO OAB: 012396/PA
Participação: EXCUTADO Nome: ESTADO DO PARÁ

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE : CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

ASSUNTO : VALOR DA EXECUÇÃO / CÁLCULO / ATUALIZAÇÃO

EXEQUENTE : DIONÍSIO MONTEIRO ALVES

EXECUTADO : ESTADO DO PARÁ

DECISÃO

Suspendo o processo até o trânsito em julgado da Ação Rescisória nº 0008829-05.1999.8.14.0301


(2012.03485587-95), por atingir o título em execução.

Intimem-se e cumpra-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz de Direito da Fazenda da Capital


1674
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0027782-83.2003.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JAIME ERMIDIO


SANTANA LOPES Participação: ADVOGADO Nome: SILVANA CORREA BORGES PINHEIRO OAB:
19209/PA Participação: ADVOGADO Nome: TIAGO LOPES PEREIRA OAB: 016755/PA Participação:
ADVOGADO Nome: WANAIA TOME DE NAZARE ALMEIDA OAB: 012339/PA Participação: ADVOGADO
Nome: SUZANY ELLEN RISUENHO BRASIL OAB: 016201/PA Participação: REQUERIDO Nome:
ESTADO DO PARÁ Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: FUNDACAO DA CRIANCA E DO
ADOLESCENTE DO PARA

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

CLASSE : CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

ASSUNTO : LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO

REQUERIDO : ESTADO DO PARÁ

REQUERENTE : JAIME EMIDIO SANTANA LOPES

SENTENÇA

Cuida-se de pedido de cumprimento de sentença em que é requerente Jaime Emídio Santana Lopes e
requerido o Estado do Pará.

Por meio do ID 27613344 é informado que as partes celebraram transação extrajudicial, requerendo, por
isso, a homologação do acordo.

O Estado do Pará também informa a renúncia ao prazo recursal.

Deste modo, homologo o acordo celebrado entre as partes, nos termos do documento juntado (ID
27613345).

Determino a expedição de RPV, no valor de R$44.000,00 (quarenta e quatro mil reais) em favor de
JAIME ERMINIO SANTANA LOPES e R$16.189,63 (dezesseis mil, cento e oitenta e nove mil e
sessenta e três centavos) em favor do advogado TIAGO LOPES PEREIRA – OAB/PA 16.755.

Após o trânsito em julgado, certifique-se o cumprimento desta decisão e arquive-se em definitivo, dando
baixa no Sistema de Processo Judicial – Libra.

Cumpra-se. Intime-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital


1675
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

A5

Número do processo: 0854217-65.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CLEA MARIA LEAL


COIMBRA Participação: ADVOGADO Nome: WALERIA MARIA ARAUJO DE ALBUQUERQUE OAB:
10314/PA Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL

SECRETARIA ÚNICA DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL

PROC. 0854217-65.2020.8.14.0301

AUTOR: CLEA MARIA LEAL COIMBRA

REU: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista a apresentação de apelação TEMPESTIVAMENTE, INTIME-SE o autor para, querendo,


apresentar contrarrazões no prazo legal, nos termos do §1º, do art. 1010, do Código de Processo Civil e
do Provimento n° 006/2006-CJRM, art. 1°, § 2°,II. Int.

Belém, 18 de agosto de 2021

ALLAN DIEGO COSTA MONTEIRO

SERVIDOR(A) DA UPJ

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL.

((Provimento 006/2006 – CRMB, art. 1º, §3º c/c § 2º, II, int))

Número do processo: 0837400-86.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CARLA DO


SOCORRO RAIOL BOGA Participação: ADVOGADO Nome: MARCO ANTONIO MIRANDA PINTO
MARQUES OAB: 26578/PA Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ

PROC. 0837400-86.2021.8.14.0301

REQUERENTE: CARLA DO SOCORRO RAIOL BOGA

REQUERIDO: ESTADO DO PARÁ


1676
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista a apresentação de contestação TEMPESTIVAMENTE, INTIME-SE o autor para, querendo,


apresentar réplica no prazo legal, nos termos do art. 437, caput e §1º, do Novo Código de Processo Civil e
do Provimento n° 006/2006-CJRM, art. 1°, § 2°,II. Int.

Belém - PA, 18 de agosto de 2021

SHIRLEY DE SOUSA SILVA

SERVIDOR DA UPJ

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL.

(Provimento 006/2006 – CRMB, art. 1º, §3º)

Número do processo: 0023204-67.2009.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: ESTADO DO


PARÁ Participação: EMBARGADO Nome: JOSE CARDOSO PAES Participação: ADVOGADO Nome:
MARCIA DE ARAUJO ASSUNCAO OAB: 10577/PA

PROCESSO 0023204-67.2009.8.14.0301

EMBARGANTE: ESTADO DO PARÁ

EMBARGADO: JOSE CARDOSO PAES

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

ALISON KLEBER BARROS DE MIRANDA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0837340-16.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CLAUBERSOM


OLEGARIO SOARES Participação: ADVOGADO Nome: JOAO VITOR PENNA E SILVA OAB: 23935/PA
Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR RUSSO FROES RODRIGUES OAB: 23863/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ANA LUIZA TAVARES FERNANDES OAB: 30246/PA Participação: REU Nome:
Estado do Pará

PROC. 0837340-16.2021.8.14.0301

AUTOR: CLAUBERSOM OLEGARIO SOARES

REU: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista a apresentação de contestação TEMPESTIVAMENTE, INTIME-SE o autor para, querendo,


apresentar réplica no prazo legal, nos termos do art. 437, caput e §1º, do Novo Código de Processo Civil e
do Provimento n° 006/2006-CJRM, art. 1°, § 2°,II. Int.

Belém - PA, 18 de agosto de 2021

SHIRLEY DE SOUSA SILVA

SERVIDOR DA UPJ

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL.

(Provimento 006/2006 – CRMB, art. 1º, §3º)

Número do processo: 0017049-87.2005.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: JOSE CARDOSO


PAES Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA DE ARAUJO ASSUNCAO OAB: 10577/PA Participação:
EXECUTADO Nome: ESTADO DO PARÁ

PROCESSO 0017049-87.2005.8.14.0301

EXEQUENTE: JOSE CARDOSO PAES

EXECUTADO: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
1678
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato fica o EXECUTADO intimado acerca do despacho de ID 30857016.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

ALISON KLEBER BARROS DE MIRANDA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0420663-49.2016.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CLOTILDE REBELO


AMAZONAS Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA OAB:
21313/PA Participação: AUTOR Nome: MAURO SERGIO AMAZONAS COTTA Participação: ADVOGADO
Nome: GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA OAB: 21313/PA Participação: AUTOR Nome:
KATIA MYLENE AMAZONAS COTTA Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO DE CARVALHO
AMAZONAS COTTA OAB: 21313/PA Participação: AUTOR Nome: MARCELO AMAZONAS COTTA
Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA OAB: 21313/PA
Participação: AUTOR Nome: MICHEL AMAZONAS COTTA Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO
DE CARVALHO AMAZONAS COTTA OAB: 21313/PA Participação: REU Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM
Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

DESPACHO

De acordo com Recibo de Protocolamento de Bloqueio de Valores datado de 19/07/2021, já anexado aos
presentes autos (ID 30009162), confirmo o bloqueio em conta bancária do executado.

Assim, à UPJ, para que dê cumprimento à decisão de ID 29654578, a qual ora mantenho, efetuando a
transferência do montante de R$33.000,00 (trinta e três mil reais) para subconta judicial vinculada a este
Juízo.

Por fim, renovo, desde já, a determinação de expedição de alvará em favor do patrono da Exequente, Dr.
GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA, no importe de R$33.000,00 (trinta e três mil reais), em
referência ao presente feito, de tudo certificando-se e dando-se baixa no Sistema PJe.

Intime-se e cumpra-se.

Belém, 22 de julho de 2021.

Marisa Belini de Oliveira


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juíza de Direito da 3ª Vara da Fazenda da Capital, respondendo pela 2ª Vara da Fazenda da Capital

A5

Número do processo: 0837319-40.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIZETE DO


SOCORRO RODRIGUES DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO HENRIQUE
MENDONCA MAIA registrado(a) civilmente como FERNANDO HENRIQUE MENDONCA MAIA OAB:
18238/PA Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ

PROC. 0837319-40.2021.8.14.0301

AUTOR: MARIZETE DO SOCORRO RODRIGUES DA SILVA

REU: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista a apresentação de contestação TEMPESTIVAMENTE, INTIME-SE o autor para, querendo,


apresentar réplica no prazo legal, nos termos do art. 437, caput e §1º, do Novo Código de Processo Civil e
do Provimento n° 006/2006-CJRM, art. 1°, § 2°,II. Int.

Belém - PA, 18 de agosto de 2021

SHIRLEY DE SOUSA SILVA

SERVIDOR DA UPJ

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL.

(Provimento 006/2006 – CRMB, art. 1º, §3º)

Número do processo: 0022560-03.2004.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: MILZA HAGE


CECIM Participação: ADVOGADO Nome: ROBERT SOUZA DA ENCARNACAO OAB: 15338/PA
Participação: EXECUTADO Nome: ESTADO DO PARÁ

PROCESSO 0022560-03.2004.8.14.0301

EXEQUENTE: MILZA HAGE CECIM

EXECUTADO: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,


em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato fica o EXECUTADO intimado acerca do despacho de ID 31663599.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

ALISON KLEBER BARROS DE MIRANDA

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)

Número do processo: 0000428-49.2004.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: TARCISIO DA CRUZ


MESQUITA Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO AMARAL PINHEIRO DA SILVA OAB: 9742/PA
Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO
DO ESTADO DO PARA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL

SECRETARIA ÚNICA DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL

PROC. 0000428-49.2004.8.14.0301

AUTOR: TARCISIO DA CRUZ MESQUITA

REU: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista a apresentação de apelação TEMPESTIVAMENTE, INTIME-SE o autor para, querendo,


apresentar contrarrazões no prazo legal, nos termos do §1º, do art. 1010, do Código de Processo Civil e
do Provimento n° 006/2006-CJRM, art. 1°, § 2°,II. Int.

Belém, 18 de agosto de 2021

ALLAN DIEGO COSTA MONTEIRO

SERVIDOR(A) DA UPJ

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL.


1681
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

((Provimento 006/2006 – CRMB, art. 1º, §3º c/c § 2º, II, int))

Número do processo: 0005211-31.1997.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONSTRUTORA


BETER SA MATRIZ Participação: ADVOGADO Nome: PAMELA FALCAO CONCEICAO OAB: 20237/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO COELHO CAVALEIRO DE MACEDO PEREIRA OAB:
14816/PA Participação: EXECUTADO Nome: ESTADO DO PARÁ

ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

2ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital

Classe: Cumprimento de Sentença

Assunto: Liquidação / Cumprimento / Execução

Requerentes: Construtora Beter S/A e outro

Requerido: Estado do Pará

SENTENÇA

Construtora Beter S/A e Freire Farias & Viana Advogados Associados S/S requereram o Cumprimento da
Sentença em face do Estado do Pará, através do qual aponta, como devido pelo Executado, o montante
de R$7.129.629,62, acrescido dos honorários contratuais de R$792.181,07, o que totaliza R$7.921.810,69
(id 28761253 e 28761254).

Aditamento à inicial apresentado no id 28761256, ressaltando que os honorários contratuais de êxito


(10%) correspondem a R$792.181,07, e os de sucumbência importam em R$696.444,84, cuja somatória
alcança o valor de R$1.488.625,91.

Por sua vez, o Requerido impugnou o pleito (id 28840938), indicando que o procedimento correto para
apurar o valor devido se dá mediante a aplicação dos parâmetros do acórdão sobre o valor de
R$550.188,31, a partir de setembro/1999, incidindo sobre tal montante a correção pela UFIR de
setembro/1999 até dezembro/2000, cumulada com o IPCA-E de janeiro/2001 a dezembro/2002, e com a
incidência de juros de 0,5% ao mês a partir da data da citação, ocorrida em 09.06.1997, até 31.12.2002.

Após, esclarece que a partir de janeiro/2003 até junho2009 o acórdão determinou que seja aplicada a
SELIC, que a partir de julho/2009 até a data da elaboração do cálculo da Requerente, em dezembro/2020,
a correção deve ser feita pelo IPCA-E, e os juros nos mesmos percentuais da caderneta de poupança,
logo, o total da condenação importa em R$5.514.985,28, enquanto que o valor cobrado pela Requerente
totaliza a quantia de R$8.555.555,55, havendo excesso de R$3.040.570,27.

Réplica no Id 30365111.

Autos conclusos.
1682
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Decido.

O feito está apto ao julgamento parcial de mérito.

A controvérsia recai sobre a forma adequada de realização dos cálculos dos Requerentes.

Em análise aos cálculos formulados pelas partes, verifico que os índices de atualização lá adotados
devem se adequar aos ditames fixados nos títulos exequendos, bem como aqueles afetos às condenações
contra a Fazenda Pública.

No que tange aos índices de correção monetária e juros de mora a serem considerados nos cálculos de
execução, neste ponto, passo a fixá-los.

Assim, na ausência de comando de liquidação nas decisões exequendas, devem ser obedecidos os
seguintes parâmetros: os juros de mora deverão ser aplicados de acordo com os “índices oficiais de
remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança” (art. 1°-F, da Lei n° 9.494/97, com
redação dada pela Lei n° 11.960/09); já a correção monetária deverá incidir pelo INPC, desde quando as
verbas deveriam ter sido pagas, até junho/2009 (TJPA – Ac. n° 150.259, 2ªCCI) e, a partir de
julho/2009, pelo IPCA-E (STF - RE nº 870.947/SE, Tema n° 810 – Recurso Repetitivo), até a data de
atualização do cálculo ou protocolização do pedido de cumprimento da sentença.

Por outro lado, caso a(s) decisão(ões) exequenda(s) tenha(m) sido expressa(s) quanto a
algum desses parâmetros de cálculo, obrigatório a ela(s) se reportar a Contadoria do Juízo, frisando-se
que, a partir de julho de 2009, o índice de correção monetária a ser utilizado deve ser o IPCA-E, em
obediência à multicitada decisão do STF.

Diante das razões expostas, HOMOLOGO OS CÁLCULOS DA PARTE INCONTROVERSA, no valor


de R$ R$5.514.985,28 (cinco milhões, quinhentos e catorze mil, novecentos e oitenta e cinco reais e
vinte e oito centavos).

Após transcurso do prazo recursal, certifique-se o trânsito em julgado desta decisão e expeça-se:

1) OFÍCIO REQUISITÓRIO no montante de R$4.963.486,75 (quatro milhões, novecentos e sessenta


e três mil, quatrocentos e oitenta e seis reais e setenta e cinco centavos), em favor da
Requerente/Impugnada Construtora Beter S.A., CNPJ n.º 61.192.373/0001-04.

2) OFÍCIO REQUISITÓRIO no montante de R$551.498,53 (quinhentos e cinquenta e um mil,


quatrocentos e noventa e oito reais e cinquenta e três centavos), em favor do escritório de advocacia
que representa a Requerente/Impugnada, Freire Farias & Viana Advogados Associados S/S, CNPJ n.º
06.145.864/0001-88.

Ocorrendo o trânsito em julgado, certifique-se e expeçam-se os Ofícios Requisitório em benefício dos


Requerentes, remetendo-se os autos ao Serviço de Contadoria e Partilha do Juízo para elaboração de
cálculos, de acordo com os índices e períodos aqui especificados

Ultimadas as providencias acima, com ou sem manifestação, certifique-se e, em seguida retornem


conclusos, para julgamento.
1683
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ÀUPJ, para cumprimento.

P.R.I.C.

Belém, 18 de agosto de 2021.

João Batista Lopes do Nascimento

Juiz da 2ª Vara da Fazenda da Capital

A3
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 3 VARA DA FAZENDA

Número do processo: 0032542-46.2001.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: TELMA


BARBOSA MONTEIRO Participação: ADVOGADO Nome: MARCO ANTONIO MIRANDA DOS SANTOS
OAB: 18478/PA Participação: REQUERIDO Nome: IGEPREV Participação: REQUERIDO Nome:
INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ - IGEPREV Participação:
AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ MPPA

PROCESSO 0032542-46.2001.8.14.0301

REQUERENTE: TELMA BARBOSA MONTEIRO

REQUERIDO: IGEPREV

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021.

GUARACI DOS PASSOS PORTUGAL JUNIOR

Servidor(a) da UPJ

Unidade de Processamento Judicial das Varas da Fazenda Pública da Capital

(Provimento 006/2006 - CRMB)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 5 VARA DA FAZENDA

Número do processo: 0828608-80.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SINDICATO DOS


FUNCIONARIOS DO PODER JUDICIARIO DA GRANDE BELEM & REGIAO NORDESTE DO PARA -
SINDJU-BRN Participação: ADVOGADO Nome: SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA MOURAO OAB:
5627/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE MARINHO GEMAQUE JUNIOR OAB: 8955/PA
Participação: REU Nome: ESTADO DO PARÁ

PROC. 0828608-80.2020.8.14.0301

AUTOR: SINDICATO DOS FUNCIONARIOS DO PODER JUDICIARIO DA GRANDE BELEM & REGIAO
NORDESTE DO PARA - SINDJU-BRN

REU: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

Tendo em vista a apresentação de contestação TEMPESTIVAMENTE, INTIME-SE o autor para, querendo,


apresentar réplica no prazo legal, nos termos do art. 437, caput e §1º, do Novo Código de Processo Civil e
do Provimento n° 006/2006-CJRM, art. 1°, § 2°,II. Int.

Belém - PA, 18 de agosto de 2021

PAULO FERREIRA DA GAMA

SERVIDOR DA UPJ

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL.

(Provimento 006/2006 – CRMB, art. 1º, §3º)

Número do processo: 0805899-17.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ASSOCIACAO DE


EDUCACAO, CULTURA, PROTECAO E DEFESA DO CONSUMIDOR, CONTRIBUINTE E MEIO
AMBIENTE DO BRASIL Participação: ADVOGADO Nome: MANOEL MARQUES DA SILVA NETO OAB:
4843PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA VASCONCELOS DE OLIVEIRA OAB: 19029/PA
Participação: REU Nome: MONACO MOTOCENTER COMERCIAL LTDA Participação: ADVOGADO
Nome: JOAO PAULO MORESCHI OAB: 11686/O/MT Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO
TURBINO NEVES OAB: 12454/O/MT Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO
ESTADO DO PARÁ

PROC. 0805899-17.2021.8.14.0301

AUTOR: ASSOCIACAO DE EDUCACAO, CULTURA, PROTECAO E DEFESA DO CONSUMIDOR,


CONTRIBUINTE E MEIO AMBIENTE DO BRASIL

REU: MONACO MOTOCENTER COMERCIAL LTDA

ATO ORDINATÓRIO
1686
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Tendo em vista a apresentação de contestação TEMPESTIVAMENTE, INTIME-SE o autor para, querendo,


apresentar réplica no prazo legal, nos termos do art. 437, caput e §1º, do Novo Código de Processo Civil e
do Provimento n° 006/2006-CJRM, art. 1°, § 2°,II. Int.

Belém - PA, 18 de agosto de 2021

PAULO FERREIRA DA GAMA

SERVIDOR DA UPJ

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL.

(Provimento 006/2006 – CRMB, art. 1º, §3º)

Número do processo: 0847211-07.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ESTADO DO PARÁ


Participação: PROCURADOR Nome: ARY LIMA CAVALCANTI OAB: 008757/PA Participação: REU
Nome: NATALINO DE JESUS CARDOSO MIRANDA Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO DE
ASSIS REIS MIRANDA JUNIOR OAB: 8278/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

COMARCA DA CAPITAL

5ª Vara da Fazenda Pública e Tutelas Coletivas

Processo nº 0847211-07.2020.8.14.0301

Autor: Estado do Pará

Réu: Natalino de Jesus Cardoso Miranda

DECISÃO

Vistos.

Trata-se de uma ação civil pública com pedido de tutela de urgência, ajuizada pelo Estado do Pará, o qual
deduziu pretensão em face de Natalino de Jesus Cardoso Miranda.

Aduziu o demandante, em suma, que recebeu informações da Fundação Cultural do Município de Belém -
Fumbel, acerca de uma obra irregular que estaria sendo realizada no imóvel localizado na Av. Governador
José Malcher, n° 738. Bairro de Nazaré. Em razão disso, disse que foi efetuada uma visita técnica no local,
sendo constatado que o imóvel está situado em uma área no entorno de bens imóveis tombados, tanto no
âmbito estadual quanto municipal.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Afirmou o demandante que foi detectado que, de fato, havia uma irregularidade na obra, já que não
possuía a autorização prévia do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Estado do
Pará DPHAC, fato que resultou na emissão da Notificação n°005/2015, em 12.11.2015, devidamente
recebida pelo proprietário do imóvel.

Segundo o demandante, em seguida, foi emitido o Auto de infração n° 002/2016, em 19.04.2016,


sendo facultado ao proprietário (ora réu) do imóvel apresentar defesa. Porém, expirado o prazo
assinalado, em 25.04.2016, o proprietário não apresentou manifestação, resultando na ordem de Embargo
da Obra, efetuada em 31.05.2016.

Diante disso, sendo infrutífera a tentativa de regularização da obra pela via administrativa, o demandante
requereu, liminarmente, que o réu seja obrigado a recuperar o bem histórico, preservando o seu valor
cultural, devendo apresentar projeto de restauração do imóvel para aprovação ao DPHAC e demais
órgãos ambientais afetados, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias e, após aprovado, que promova a
restauração no prazo máximo de 06 (seis) meses.

Requereu, ainda, que o réu seja condenado em danos morais coletivos, no montante mínimo de R$
100.000,00, considerando a falta de preservação do bem histórico e, cumulativamente, condenado à
recomposição do dano ambiental.

Com a petição inicial, juntou documentos.

O feito foi distribuído ao juízo da 3ª Vara da Fazenda Pública, o qual declinou da competência e o
processo foi distribuído para esta 5ª Vara de Fazenda (ID nº 19425583). Aqui recebido o processo, foi
determinada a manifestação preliminar do réu, antes da deliberação inicial (ID 20593415).

Instado ao debate, o réu apresentou a manifestação inserida no ID nº 23325260. Em síntese, alegou que a
obra não provocou qualquer irregularidade ou violação ao patrimônio histórico, fato que estaria
comprovado no Parecer nº131/2018, emitido pelo DEPH/FUMBEL. Ressaltou, ainda, que obteve alvará,
emitido pelo Departamento de Análise de Projetos e Fiscalização da Secretaria Municipal de Urbanismo -
SEURB. Desta forma, requereu a extinção do processo sem resolução do mérito.

A Secretaria Judicial certificou que a manifestação do réu foi apresentada intempestivamente (ID
25697581).

É o relato necessário. Decido sobre a tutela de urgência.

Vale dizer que, mesmo intempestiva, a manifestação do réu merece ser recepcionada, vez que se trata
apenas de uma peça preliminar, apresentada sem prejuízo de eventual futura contestação.

O art. 300 do CPC dispõe que a tutela de urgência poderá ser deferida quando estiverem presentes a
probabilidade do direito e, também, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. É nesse
sentido, aliás, que as medidas de urgência podem assumir uma função essencialmente instrumental, vez
que tendem a evitar o perecimento de um direito, cuja aparência seja razoavelmente aferida de plano.
Assim, acaso não seja analisada desde logo ao mesmo uma parte dos pedidos, o decurso do tempo
poderá desconstituir o próprio exercício tempestivo do alegado aparente direito.

No caso presente, ao menos para os fins da análise preambular, a pretensão imediata do autor esbarra
tanto no critério relativo à probabilidade do direito quanto no risco iminente de dano.

Conforme se depreende dos argumentos do demandante, a sua irresignação tem por fundamento o fato
de o réu ter iniciado uma obra civil, em área situada no entorno de bens imóveis tombados, sem antes
obter a devida autorização do órgão técnico responsável. Portanto, não há relato acerca da destruição ou
descaracterização de um bem tombado, propriamente dito.
1688
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Contudo, o pedido emergencial busca obter uma tutela de feitio obrigacional no sentido impor ao réu o
dever de “recuperar o bem histórico, preservando seu valor cultural, devendo apresentar projeto de
restauração do imóvel para aprovação ao DPHAC e demais órgãos ambientais afetados”.

Todavia, depreende-se dos documentos aditados aos autos que o imóvel não possui interesse
arquitetônico ou histórico por si, estando apenas situado próximo a outros imóveis que, estes sim, são
dotados daqueles atributos. Assim, sendo classificado como um imóvel passível de renovação, a
edificação poderá ser substituída por outra mais moderna, devendo apenas ser observada a harmonia
volumétrica com o seu entorno. É isso o que consta, expressamente, do parecer emitido pela Fumbel, em
22.01.2019 (ID nº 23325261). Aliás, com suporte nesse parecer é que o réu obteve o alvará que foi
emitido pelo Departamento de Análise de Projetos e Fiscalização da Secretaria Municipal de Urbanismo –
SEURB (ID nº 23325265, fl. 161).

Nesse panorama, denota-se que, em juízo preambular, não estão atendidos os requisitos para a
concessão da tutela antecipada de urgência e nem a tutela de evidência (art. 300 e 311 do CPC).

Consoante as razões precedentes, indefiro a tutela de urgência reclamada.

Em seguimento ao feito, considerando que já foi citado, determino seja o réu intimado para
apresentar contestação, observado o prazo legal.

Juntada a peça de defesa, vistas ao autor para replicar, no prazo da lei. Em seguida, vistas ao
Ministério Público para parecer, em 30 dias.

Cumpridas as tramitações antecedentes ou decorridos os prazos, o que primeiro suceder, à conclusão.

Publicar. Registrar. Intimar.

Belém, 16 de agosto de 2021.

RAIMUNDO SANTANA RODRIGUES

Juiz de Direito da 5ª Vara da Fazenda Pública e Tutelas Coletivas

Número do processo: 0827932-98.2021.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: CENTRO


COMUNITARIO DO FIDELIS Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO MARCELINO ABREU DE SOUZA
OAB: 006211/PA Participação: AUTOR Nome: GISLAURA VIEIRA FARIAS Participação: AUTOR Nome:
JOYCE SILENE SILVA TRINDADE Participação: AUTOR Nome: NATALIA SILVA DA SILVA Participação:
AUTOR Nome: THONICE CLEIBE DOS PRAZERES COSTA Participação: AUTOR Nome: ADIULESON
ARLEN COSTA DE SOUZA Participação: AUTOR Nome: DANIELE SILVA DA CUNHA Participação:
AUTOR Nome: GABRIELA DE SOUZA MARINHO Participação: AUTOR Nome: VANGELA IGREJA DE
OLIVEIRA Participação: AUTOR Nome: LAURA MICHELE SOARES PEREIRA Participação: AUTOR
Nome: EDIMILSON DE OLIVEIRA COSTA Participação: AUTOR Nome: ANA PAULA DE ASSIS DOS
SANTOS Participação: AUTOR Nome: HARLEN MARIA GOMES FARIAS Participação: AUTOR Nome:
EVANI DO NASCIMENTO MONTEIRO Participação: AUTOR Nome: AMARIUS FERREIRA DIAS
Participação: AUTOR Nome: FERNANDA NASCIMENTO DOS SANTOS Participação: AUTOR Nome:
VINICIO ALEXANDRE OLIVEIRA FILGUEIRA Participação: AUTOR Nome: MANOEL GOUVEIA DA
SILVA Participação: AUTORIDADE Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM Participação: AUTORIDADE Nome:
SECRETARIA MUNICIPAL DE HABITACAO / PREFEITURA MUNICIPAL DE BELEM Participação:
AUTOR Nome: JACILENE MAGALHAES GARCIA Participação: AUTOR Nome: SIMONE BRITO DA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SILVA Participação: AUTOR Nome: PATRICIA SENA MORAES Participação: AUTOR Nome: LAIS
TEREZINHA SENA MARQUES Participação: AUTOR Nome: VANIA IGREJA DE OLIVEIRA Participação:
AUTOR Nome: ANALIA BENTO DE LIMA Participação: AUTOR Nome: MARIA DALVINA CARVALHO
DOS SANTOS Participação: AUTOR Nome: JHENIFER KAROLINE MONTEIRO PIMENTEL Participação:
AUTOR Nome: LUIZ RICARDO DOS SANTOS ALEIXO Participação: AUTOR Nome: MARIA CLEIRES
PRAZERES COSTA Participação: AUTOR Nome: SHEILA FLAVIANE COELHO CASTELO BRANCO
Participação: AUTOR Nome: ERIKA KARINY NASCIMENTO DOS SANTOS Participação: AUTOR Nome:
ALBA DE JESUS RAMOS DE SOUZA Participação: AUTOR Nome: SANDRA MARIA COELHO CASTELO
BRANCO Participação: AUTOR Nome: MARIA DA CONCEICAO PINTO DOS SANTOS Participação:
AUTOR Nome: MARIA JOSE DA SILVA Participação: AUTOR Nome: ANA EMANUELLE CORREA SILVA
Participação: AUTOR Nome: RAYANE BIATRIZ MACHADO SANTOS Participação: AUTOR Nome:
MAIARA DA SILVA E SILVA Participação: AUTOR Nome: FRANCIDALVA ALVES DA SILVA Participação:
AUTOR Nome: ADRIANA MARQUES LEITE Participação: AUTOR Nome: BIANCA RAMILE DE OLIVEIRA
BARROSO Participação: AUTOR Nome: JOAO CARLOS DOS SANTOS SOUZA Participação: AUTOR
Nome: JOSE MARIA DE SOUSA Participação: AUTOR Nome: DEBORA DA SILVA LIMA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

COMARCA DA CAPITAL

5ª Vara da Fazenda Pública e Tutelas Coletivas

Proc. nº: 0827932-98.2021.8.14.0301

Autor: Centro Comunitário Fidelis

Réu: Município de Belém

DECISÃO

Vistos.

Trata-se de ação de obrigação de fazer, com pedido de tutela provisória de urgência, aforada pelo Centro
Comunitário Fidelis, na qualidade de substituto processual, o qual deduziu pretensão em face do
Município de Belém.

Em suma, alegou o demandante que os substituídos processuais (listados e identificados nos autos),
mesmo devidamente inscritos para participarem do programa “Viver Belém – Minha Casa Minha Vida”, não
foram convocados para serem beneficiados pelo projeto, não sendo incluídos no rol dos que foram
beneficiados com o empreendimento “Viver Outeiro”.

Aduziu que “... os critérios nacionais importam em famílias residentes em áreas de risco ou insalubres ou
que tenham sido desabrigadas, comprovado por declaração de ente público; famílias com mulheres
responsáveis pela unidade familiar, comprovado por autodeclaração; e famílias de que faça parte pessoa
com deficiência, comprovado com a apresentação de atestado médico. Os Critérios adicionais municipais
importariam em famílias que habitam ou trabalham no máximo 5 (cinco) km de distância do centro do
empreendimento; famílias residentes no município a no mínimo 3(três) anos, a ser confirmado com a
apresentação de comprovante de residência; famílias em situação de coabitação involuntária, a ser
comprovada por autodeclaração do candidato...” (sic, fl. 16).

Assim, alegou que os substituídos buscaram o órgão público e procederam às suas inscrições,
obedecendo aos diversos requisitos exigidos. Aduziu que “... apesar de sabedor que o ato cadastral não
significa aquisição de direito ao imóvel e, sim, mera expectativa deste direito, ficou no aguardo da
publicação de ato convocatório do Poder Público, o que aconteceu no final de dezembro de 2020...” (sic, fl.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

17). No entanto, apesar de inscritos, os moradores representados pelo autor não foram com
contemplados.

Disse o demandante que, em 2021, foi realizada nova convocação e mais uma vez, os moradores da área
não estavam dentre os contemplados no programa. Alegou, ainda, que a maioria dos pré-selecionados
são estranhos à abrangência do empreendimento “Viver Outeiro”.

Requereu, em sede de tutela liminar, que o réu seja compelido a incluir os substituídos processuais na
lista dos pré-selecionados para serem contemplados com o referido empreendimento. Alternativamente,
requereu que fossem suspensos os chamamentos realizados em 2020 e em 2021, sob pena de multa.

No mérito, pugnou pela confirmação da tutela liminar.

Com a petição inicial, juntou documentos.

O juízo de origem declinou da competência e determinou a redistribuição do feito para esta 5ª Vara de
Fazenda Pública e Tutelas Coletivas (ID nº 26760734).

O autor juntou aditamento à petição inicial (ID nº 27035702).

Recebido o feito, este juízo se reservou para apreciar a tutela liminar após a manifestação preliminar do
demandado (ID nº 27772917).

O Município de Belém apresentou manifestação inserida no ID nº 28825302. Inicialmente fez um esboço


do programa “Viver Belém – Minha Casa Minha Vida”. Em seguida, alegou a ilegitimidade ativa da autora,
afirmando que “enquanto pessoa jurídica, não está mais ativa e, portanto, não pode mais ser sujeito de
direito” (sic, fl. 477).

Em sede meritória, afirmou que “...o pedido inicial é improcedente pois, se deferido, implica em burla a
todo o sistema legal que dá contorno ao programa, de modo que será imposta uma obrigação ao
Município, cuja participação é restrita à triagem social das famílias...” (sic, fl. 478).

Sustentou, ademais, que “...a pretensão dos Autores viola o princípio da supremacia do interesse público
sobre o particular, e certamente comprometerá a consecução dos objetivos do Programa Minha Casa
Minha Vida, ao burlar todo o sistema de seleção e funcionamento do programa social para privilegiar um
determina grupo (ainda que necessitado) dentre os demais munícipes também necessitados...” (sic, fl.
479).

Asseverou, ainda, que tem recebido demandas que buscam “...legitimar imóveis que foram invadidos
irregularmente, o que também prejudica diretamente as famílias que cumpriram e buscam atender aos
critérios do programa...” (sic, fl. 480).

Pugnou, ao final, pela extinção precoce do feito ou, alternativamente, pelo indeferimento do pedido liminar.

É o relato necessário. Decido sobre a tutela de urgência.

Inicialmente, quanto à alegação de ilegitimidade da autora, trata-se de tema que poderá ser aferido com
maior rigor em momento posterior. Nesse ponto, o argumento veiculado pelo réu, por carecer de prova
pré-constituída, deverá ser dirimido após o devido contraditório e/ou com a adição de documentos mais
recentes. Por agora, interessa analisar o pedido de tutela liminar pendente de apreciação.

O art. 300 do CPC dispõe que a tutela de urgência poderá ser deferida quando estiverem presentes a
probabilidade do direito e, também, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. É nesse
sentido, aliás, que as medidas de urgência podem assumir uma função essencialmente instrumental, vez
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

que tendem a evitar o perecimento de um direito, cuja aparência seja razoavelmente aferida de plano.
Assim, acaso não seja analisada desde logo ao mesmo uma parte dos pedidos, o decurso do tempo
poderá desconstituir o próprio exercício tempestivo do alegado aparente direito.

No caso presente, entretanto, a pretensão imediata do autor esbarra no critério relativo à probabilidade do
direito - ao menos para os fins da análise preambular.

Éque, conforme se depreende dos argumentos do demandante, a sua irresignação tem por fundamento o
fato de que o réu não teria efetuado o chamamento dos substituídos para serem beneficiados pelo
programa “Viver Outeiro”, mesmo estando devidamente cadastrados. Segundo a ótica do demandante, a
circunstância antecedente desbordaria do razoável, configurando uma ilegalidade, vez que estariam sendo
beneficiadas pessoas que supostamente não cumprem os requisitos do programa.

Contudo, ao ter em conta que a Administração Pública pode estabelecer critérios para contemplar os
beneficiários dos programas habitacionais, em princípio, deve ser resguardado esse poder discricionário
que é conferido à Gestão Pública. Portanto, em tese, o Município poderá estipular os critérios que, em
juízo de conveniência e oportunidade, irão permear a organização do chamamento das pessoas que serão
contempladas pelos programas habitacionais. O que importa, em relação a esse aspecto, é que tais
critérios não impliquem em ferimentos aos princípios que regem a Administração Pública, tais como o da
Legalidade e o da Impessoalidade.

Assim, tendo o Município de Belém declarado que 157.012 pessoas estão cadastradas como pretendentes
dos programas habitacionais, é razoável acreditar que nem todas poderão ser contempladas em curto
espaço de tempo. Desse modo, a adoção de sorteio como método de seleção não ressoa um absurdo,
desde que as pessoas selecionáveis estejam nas mesmas condições, ou seja, desde que elas obedeçam
aos critérios pré-estabelecidos.

Até este momento, entretanto, não subsistem elementos fáticos que demonstrem o descumprimento dos
critérios estatuídos pela própria gestão. Por isso, não havendo indicativos de algum tipo de afetação
flagrante ao interesse público e/ou uma transgressão a direitos subjetivos das pessoas que participam dos
programas habitacionais, não convém obstruir as opções da Administração Pública, visto que as
alegações do demandante não permitem assegurar, de plano, que a Administração Pública esteja agindo
em desacordo com postulados constitucionais e/ou desbordando das regras do programa de habitação
social.

Nesse panorama, denota-se que, em juízo preambular, não estão atendidos os requisitos para a
concessão da tutela antecipada de urgência e nem a tutela de evidência (art. 300 e 311 do CPC).

Consoante as razões precedentes, indefiro os pedidos de tutela de urgência e determino o


seguimento do feito.

Intime-se o réu para, querendo, apresentar contestação, observado o prazo legal.

Juntada a peça de defesa, vistas ao autor para replicar, querendo, no prazo da lei. Em seguida,
vistas ao Ministério Público para parecer, em 30 dias.

Cumpridas as tramitações antecedentes ou decorridos os prazos, o que primeiro suceder, à


conclusão.

Publicar. Registrar. Intimar.

Belém, 12 de agosto de 2021.

RAIMUNDO RODRIGUES SANTANA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juiz de Direito da 5ª Vara da Fazenda Pública e Tutelas Coletivas


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - EDITAIS

EDITAL para Publicidade da Alteração de Regime de Bens de Casamento


PRAZO: 30 (TRINTA) DIAS

A Dra. MARGUI GASPAR BITTENCOURT, Juíza de Direito Titular da 1ª Vara de Família da Comarca da
Capital do Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais etc. FAZ SABER a todos quanto o presente
EDITAL virem ou dele notícia tiverem que pelo Juízo de Direito da 1ª Vara de Família de Belém/PA,
expediente da UPJ de Família desta Comarca, processam-se os termos da Ação de ALTERAÇÃO DE
REGIME DE BENS, Processo nº 0851213-20.2020.8.14.0301, entre os cônjuges MAURICIO LEAL
MOREIRA e KASSY VILHENA DE MEDEIROS MOREIRA, casados, brasileiros, ele engenheiro civil,
empresário, CPF xxx.xxx.202-97, filho de Carlos de Moraes Moreira e de Cassilda Leal Moreira, ela
empresária, CPF nº xxx.xxx.482-04, filha de José Bezerra de Medeiros e de Corina Vilhena Medeiros,
residentes na Rua João Balbi nº 200, Apto. 3200, Ed. Torre de Toledo, Nazaré, nesta cidade, cuja
demanda tem o condão de alterar o regime de bens do casal: de comunhão parcial de bens para
separação total de bens, motivado pelo ingresso da requerente (varoa) em atividade empresarial; e para
chegue ao conhecimento de todos e ninguém possa alegar ignorância e a fim de resguardando direitos de
terceiros, determinou a MMa. Juiz(a) expedir o presente EDITAL, que será afixado no local público de
costume e publicado no Diário da Justiça Eletrônico e alhures, conforme determina a lei (Art. 734 e § 1º do
CPC). Dado e passado nesta cidade de Belém, aos 18 dias do mês de agosto de dois mil e vinte e um. Eu,
Mário Oswaldo Silva de Mendonça, Diretor de Secretaria, Coordenador do Núcleo de Cumprimento da
UPJ de Família subscrevo eletronicamente o presente, autorizado pelo art. 1º, §2º, IX do Provimento nº
06/2006 da CJRMB.

(Assinado eletronicamente)
Mário Oswaldo Silva de Mendonça
Diretor de Secretaria - Matrícula 23388
Coordenador do Núcleo de Cumprimento da UPJ de Família

EDITAL DE CITAÇÃO
(com prazo de 30 dias)

PROCESSO: 0647665-10.2016.8.14.0301
Ação: DIVÓRCIO LITIGIOSO
Requerente: DILMA RIBEIRO DA SILVA FERREIRA
Requerido: CLAUBER COSTA FERREIRA

FINALIDADE

A Dra. MARGUI GASPAR BITTENCOURT, Juíza de Direito titular da 1ª Vara de Família da Comarca de
Belém, Estado do Pará, na forma da Lei e etc. FAZ SABER, a todos que o presente EDITAL virem ou dele
conhecimento tomarem, que por este Juízo, processam-se os autos da Ação de DIVÓRCIO LITIGIOSO
supra, tendo por finalidade o presente EDITAL a CITAÇÃO do Requerido CLAUBER COSTA FERREIRA
para contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias. A não apresentação de contestação implicará em
decretação de revelia. Fica também INTIMADO de que foi decretado o divórcio, deferida a guarda
provisória unilateral à materna com regulamentação de visita do paterno, e arbitrados alimentos
provisórios em 50% (cinquenta por cento) do salário mínimo vigente, reajustados de acordo com a política
governamental, cujo valor será entregue a materna, por recibo, até que a mesma indique conta bancária
para os sucessivos depósitos, respeitando-se a data limite do dia 05 (cinco) mensal; Se houver anúncio ou
comprovação de emprego formal, o quantum alimentar será estipulado em 30% (trinta por cento) de os
vencimentos e vantagens do Paterno, incluindo-se férias, FGTS, 13º salário, aviso prévio, horas extras,
salário família, auxílio alimentação, verbas rescisórias, participação nos lucros e rendimentos, prêmios,
subsídios e demais gratificações, com exclusão, apenas e tão somente, dos descontos obrigatórios(INSS
1694
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

e IR), cujo valor será depositado na conta bancária da materna(assim que a mesma fornecer),
respeitando-se a data limite do recebimento dos rendimentos do paterno. E para que não seja alegada
ignorância no presente e no futuro, expediu-se o presente EDITAL, sendo publicado na forma da Lei, que
será afixado no local público de costume e publicado no Diário da Justiça Eletrônico. Dado e passado
nesta cidade de Belém, Estado do Pará, aos 18 dias do mês de agosto de 2021. Eu, Kátia Cilene Silva de
Lima, Analista Judiciário da UPJ das Varas de Família da Capital, assino o presente, autorizada pelo art.
1º, §2º, IX do Provimento nº 06/2006 da CJRMB.

(assinado eletronicamente)
Kátia Cilene Silva de Lima
Analista Judiciário da UPJ das Varas de Família da Capital
1695
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 10 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0836691-85.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: G. C. D. C. L.


Participação: ADVOGADO Nome: PETRUS TANCREDO NAVES OAB: 79504/MG Participação:
ADVOGADO Nome: ANTONIO MARCIO BOTELHO OAB: 95117/MG Participação: AUTOR Nome: I. F. C.
D. C. E. S. L. -. E. Participação: ADVOGADO Nome: PETRUS TANCREDO NAVES OAB: 79504/MG
Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO MARCIO BOTELHO OAB: 95117/MG Participação: AUTOR
Nome: A. P. I. C. D. C. E. S. L. -. E. Participação: ADVOGADO Nome: PETRUS TANCREDO NAVES
OAB: 79504/MG Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO MARCIO BOTELHO OAB: 95117/MG
Participação: AUTOR Nome: A. P. C. C. D. C. E. S. L. Participação: ADVOGADO Nome: PETRUS
TANCREDO NAVES OAB: 79504/MG Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO MARCIO BOTELHO
OAB: 95117/MG Participação: AUTOR Nome: P. U. L. Participação: ADVOGADO Nome: PETRUS
TANCREDO NAVES OAB: 79504/MG Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO MARCIO BOTELHO
OAB: 95117/MG Participação: AUTOR Nome: N. P. M. F. -. E. Participação: ADVOGADO Nome: PETRUS
TANCREDO NAVES OAB: 79504/MG Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO MARCIO BOTELHO
OAB: 95117/MG Participação: REU Nome: R. S. Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA SENTO SE
ROSSI OAB: 16330/BA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Fórum Cível de Belém

Secretaria da 2.ª UPJ Cível e Empresarial

[Liminar]

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: G2F COMERCIO DE COMBUSTIVEIS LTDA, IRMAOS FERREIRA COMERCIO DE


COMBUSTIVEL E SERVICOS LTDA - EPP, AUTO POSTO INDEPENDENCIA COMERCIO DE
COMBUSTIVEL E SERVICOS LTDA - EPP, AUTO POSTO CONSELHEIRO COMERCIO DE
COMBUSTIVEL E SERVICOS LTDA., POSTO UMARIZAL LTDA, N. P. MURTA FILHO - EPP

CERTIFICO que faço a juntada da decisão proferida nos autos do AI 0806855-97.2020.8.14.0000. Tendo
em vista a CONTESTAÇÃO TEMPESTIVA com documentos apresentados e juntados aos presentes autos
(ID 31520084), diga a parte autora em réplica através de seu advogado(a) no prazo de 15 (quinze) dias.
(Prov. 006/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

ALYSSON NUNES SANTOS

SERVIDOR 2.ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0827860-48.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CARLOS


ALBERTO MORAIS Participação: ADVOGADO Nome: SANDRA MARIA TAVARES BORGES SOUSA DA
SILVA OAB: 25762/PA Participação: REQUERENTE Nome: MARIA ESTER PINTO MORAIS Participação:
ADVOGADO Nome: SANDRA MARIA TAVARES BORGES SOUSA DA SILVA OAB: 25762/PA
Participação: REQUERIDO Nome: TANIA SUELY PINTO MORAIS
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Vistos, etc.

CARLOS ALBERTO MORAIS, MARIA ESTER PINTO MORAIS devidamente qualificadas nos autos, por
intermédio de procurador judicial, ajuizou a presente Ação de Alvará Judicial, com vistas ao recebimento
de valores deixados pela falecida TANIA SUELY PINTO MORAIS.

Os requerentes anexaram certidão de inexistência de dependentes habilitados à pensão por morte (id.
16746568), bem como declaração de inexistência de bens a inventariar (id. 16340191).

A Caixa Econômica Federal informou a inexistência de saldo referente ao PIS deixado pelo de cujus,
entretanto, foi encontrado valores em relação ao FGTS e abono salarial.

Éo relatório.

Decido.

Trata-se de Ação de Alvará Judicial, com vistas ao levantamento dos saldos de FGTS/PIS e abano salarial
deixados pela falecida TANIA SUELY PINTO MORAIS junto à Caixa Econômica Federal.

Dispõe a lei n.º 6.858 de 24.11.80, regulamentada pelo Decreto n.º 85.845 de 26.03.81:

“Art. 1º - Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das contas individuais
do Fundo de Garantia do tempo de serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP, não recebidos em
vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em cotas iguais, aos dependentes habilitados perante a
Previdência Social ou na forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta,
aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou
arrolamento.

(...)

Art. 2º O disposto nesta lei se aplica às restituições relativas ao imposto de renda e outros tributos,
recolhidos por pessoa física, e, não existindo outros bens sujeitos a inventário, aos saldos bancários e de
contas de caderneta de poupança e fundos de investimento de valor até 500 (quinhentas) Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional”

No caso concreto, observa-se que o de cujus deixou valores referentes ao FGTS e abono salarial,
conforme respostas encaminhadas a este juízo, sendo que não há valores de PIS, haja vista as
informações prestadas pela Caixa Econômica Federal (id. 20685299)

Ademais, os requerentes são pais da falecida que era solteira e não deixou descendentes, inexistindo
dependentes habilitados à pensão por morte, de modo que não há óbice para a concessão dos seus
direitos sucessórios.

Ante o exposto, defiro parcialmente o pedido de alvará judicial, pois inexiste saldo de PIS. Expeça-se o
competente alvará em nome dos requerentes para levantamento do saldo de FGTS e abono salarial
deixado pela falecida TANIA SUELY PINTO MORAIS junto à Caixa Econômica Federal. Transitada em
julgado a sentença, arquivem-se os autos após as formalidades legais.

Deixo de condenar a requerente ao pagamento das custas e despesas processuais por serem
beneficiários da justiça gratuita.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, 06 de agosto de 2021.


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Marielma Ferreira Bonfim Tavares

Juíza de Direito

Número do processo: 0801861-30.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CEZAR LUIZ BARBOSA


VIEIRA Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO LUIZ MARTINS NAVEGANTES OAB: 27018
Participação: ADVOGADO Nome: PATRICIA LORENA ZEFERINO DE LIMA OAB: 18956/PA Participação:
ADVOGADO Nome: LAIZE MARINA DE OLIVEIRA TEIXEIRA OAB: 27189/PA Participação: ADVOGADO
Nome: EDILENE SANDRA DE SOUSA LUZ SILVA OAB: 7568/PA Participação: REU Nome: ESTER
BARBOSA VIEIRA NORONHA Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO AUGUSTO BASTOS SIQUEIRA
OAB: 29075/PA

Vistos etc.

ESPÓLIO DE ALCINDA BARBOSA DIAS E JOSÉ ANTONIO VIEIRA, neste ato representada pelo
inventariante CEZAR LUIZ BARBOSA VIEIRA, devidamente qualificado nos autos, por intermédio de
procurador judicial, ajuizou a presente Ação de Reintegração de Posse cumulado com pedido de
indenização em face de ESTER BARBOSA VIEIRA NORONHA, igualmente identificada, com fundamento
no art. 560 e seguintes do Código de Processo Civil.

O autor relatou que, com a morte de Alcinda Vieira e José Antônio Vieira, a ré (ssucessora) passou a
residir no imóvel situado na Rua Antônio Barreto, n. 1622, casa A, bairro de Fátima, nesta cidade, o qual
era propriedade do do casal. Neste ponto, alegou que a herdeira se recusa a partilhar o imóvel em
discussão.

Neste contexto, ajuizou a presente ação objetivando a reintegração do espólio na posse do imóvel de
propriedade do casal e a condenação do réu a pagar uma indenização no valor de R$120.000,00 (cento e
vinte mil reais), referente aos aluguéis mensais dos últimos cinco anos.

Determinada a emenda da petição inicial, o autor regularizou sua representação processual e este Juízo
indeferiu a medida liminar requerida, conforme decisão referente ao ID n. 15338038.

Em seguida, ocorreu a citação da ré, porém foi certificado que não houve a apresentação de contestação
no prazo legal, razão pela qual foi decretada a revelia da ré.

Por fim, o autor foi intimado para indicar as provas que pretendia produzir, porém nada requereu.

Éo relatório.

Decido.

Trata-se de Ação de Reintegração de Posse ajuizada pelo espólio de Alcinda Barbosa Dias e de José
Antonio Vieira em face de um dos herdeiros do casal, que ocupa o imóvel situado na Rua Antônio Barreto,
n. 1622, casa A, bairro de Fátima, nesta cidade.

Ressaltou que o imóvel era de propriedade do casal, que deixou para seus filhos com a morte. Em suma,
anotou que o bem foi transmitido aos herdeiros no momento do falecimento, mas a ré se recusa a
desocupar o bem e partilhá-lo.

De sua parte, o réu, apesar de regularmente citado, não apresentou resposta no prazo legal, conforme
certidão anexada aos autos, consequentemente, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor,
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nos termos do art. 344 do Código de Processo Civil.

Ora, “a falta de contestação faz presumir verdadeiros os fatos alegados pelo autor, desde que se trate de
direito disponível. Deixando de reconhecê-lo, contrariou o acórdão o disposto no art. 319 do CPC” (STJ –
3ª T, REsp 8.392, Min. Eduardo Ribeiro, j. 29.4.91, DJU 27.5.91).

Conclui-se, então, que se tratando de direito plenamente disponível a ausência de contestação acarreta a
presunção de veracidade dos fatos alegados, principalmente quando cabia ao réu provar qualquer fato
impeditivo ou modificativo do direito do autor (art. 373, inciso II do CPC).

O revogado Código de Processo Civil de 1973 enunciava:

Art. 927. Incumbe ao autor provar:

I – a sua posse;

II – a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;

III – a data da turbação ou do esbulho;

IV – a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção; a perda da posse, na ação


de reintegração.

A atual legislação dispõe:

Art. 561. Incumbe ao autor provar:

I – a sua posse;

II – a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;

III – a data da turbação ou do esbulho;

IV – a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção; ou a perda da posse, na


ação de reintegração.

Assim, são pressupostos da ação de reintegração de posse: - a posse anterior e - a perda da posse em
decorrência do esbulho. Aliás, esse também é o entendimento de nossos tribunais, senão vejamos:

APELAÇÃO CÍVEL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. REQUISITOS DO ART. 927 DO CPC. IMÓVEL


COMUM PENDENTE DE PARTILHA DECORRENTE DE SEPARAÇÃO DO CASAL. ESBULHO
POSSESSÓRIO CARACTERIZADO. Tratando-se de imóvel adquirido pela autora e pelo réu, na
constância do casamento, na ação de reintegração de posse, a discussão deve versar sobre essa e não
sobre a propriedade, que ainda é comum ante a pendência de partilha decorrente de separação do casal.
Ademais, todo o possuidor tem direito de recuperar a coisa, se da posse for privado por violência,
clandestinidade e precariedade. São pressupostos da ação de reintegração a posse da posse anterior e
sua perda em razão do esbulho. Presente a demonstração de que a autora permaneceu residindo no
imóvel, juntamente com suas filhas, depois da dissolução da sociedade conjugal, é imperativo o
reconhecimento do esbulho praticado pelo demandado, que invadiu a residência sem o consentimento da
ex-esposa, mesmo aproveitando-se de desuso temporário do imóvel. APELAÇÃO DESPROVIDA.
(Apelação Cível Nº 70010969384, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: André
Luiz Planella Villarinho, Julgado em 10/11/2005)

No caso concreto, é fato incontroverso que o imóvel em discussão foi deixado pelos falecidos Alcinda
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Barbosa Dias e José Antonio Vieira aos seus herdeiros, conforme documentos anexados aos autos,
observando-se que a posse do bem foi transferida aos herdeiros no momento da morte. Nesse viés, sabe-
se que, em caso de falecimento do possuidor, ocorre a imediata transmissão da posse aos seus herdeiros
– princípio da saisine.

Por outro lado, consta que a falecida deixou os seguintes filhos: Cesar, Estela e Ester, enquanto ele
deixou como sucessores apenas Cesar e Ester, portanto, com a morte do casal ocorreu a transmissão da
universalidade dos bens e direitos aos herdeiros, dentre eles, o imóvel sub judice, arrolado em ação de
inventário.

Nesse sentido:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. REQUISITOS LEGAIS PREENCHIDOS.


ART. 927 DO CC. CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS REALIZADA POR INSTRUMENTO
PARTICULAR. NULIDADE. DOAÇAO VERBAL DE IMÓVEL. VEDAÇÃO LEGAL. ARTS. 541 E 1.793 DO
CC. Cuidando-se de ação de reintegração de posse, é necessário, para a concessão da medida, que a
parte autora demonstre a posse anterior sobre o imóvel e a turbação ou o esbulho praticado pelo réu. Por
força da "saisine", à autora foi transmitida a posse indireta e a propriedade do imóvel, esta formalizada
com a adjudicação deferida em inventário judicial. Hipótese em que a prova dos autos revela o esbulho
praticado pela demandada, cuja permanência no imóvel, após o falecimento da usufrutuária, não logrou
justificar. Imóvel doado à genitora da demandante, reservando-se, a doadora, o usufruto do bem.
Falecimento da nua-proprietária e transmissão da posse indireta e da titularidade do imóvel à autora.
Posterior cessão de direitos hereditários, realizada pela autora à usufrutuária, inválida. Cessão realizada
por instrumento particular quando é da essência do ato a sua realização por escritura pública. Posterior
doação verbal de imóvel, realizada pela usufrutuária à ré, que também não subsiste, por infringência ao
disposto no art. 541 do CC. Preenchimento dos pressupostos do art. 927 do CPC que autoriza a
concessão da reintegração de posse pretendia pela parte autora. APELO DESPROVIDO.
UNÂNIME.(Apelação Cível, Nº 70060386786, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Dilso Domingos Pereira, Julgado em: 16-07-2014)

APELAÇÃO CÍVEL. POSSE (BENS IMÓVEIS). REINTEGRAÇÃO DE POSSE. REQUISITOS DO ARTIGO


927 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. FALECIMENTO DO POSSUIDOR. TRANSMISSÃO DE POSSE
AOS HERDEIROS. PRINCÍPIO DA SAISINE. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 1.784 DO CÓDIGO CIVIL.
SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA REFORMADA. Caso em que a prova carreada aos autos mostra-se
idônea a demonstrar o exercício da posse e a ocorrência do esbulho. Conforme disposto no artigo 1.784
do Código Civil, com o falecimento do possuidor do imóvel, transmite-se a posse aos herdeiros -
princípio da saisine. RECURSO PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70042382747, Décima Sétima Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Renato Alves da Silva, Julgado em 28/11/2013)

APELAÇÃO CÍVEL. POSSE (BENS IMÓVEIS). REINTEGRAÇÃO DE POSSE. REQUISITOS DO ARTIGO


927 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. FALECIMENTO DO PROPRIETÁRIO E POSSUIDOR.
TRANSMISSÃO DE POSSE AOS HERDEIROS. PRINCÍPIO DA SAISINE. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO
1.784 DO CÓDIGO CIVIL. Caso em que a prova carreada aos autos mostra-se idônea a demonstrar o
exercício da posse e a ocorrência do esbulho. Conforme disposto no artigo 1.784 do Código Civil, com o
falecimento do possuidor do imóvel, transmite-se a posse aos herdeiros - princípio da saisine. RECURSO
DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70045022357, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do
RS, Relator: Luiz Renato Alves da Silva, Julgado em 29/08/2013)

REINTEGRAÇÃO DE POSSE. PRESENÇA DOS REQUISITOS LEGAIS. ART. 927 CPC. 1. Preliminar de
ilegitimidade ativa afastada, pois a legitimação do autor/apelado para propor a presente demanda
decorre da saisine. 2. Deve ser confirmada a sentença que acolheu o pedido de reintegração de posse
deduzido pelo herdeiro da proprietária falecida, uma vez que demonstrou todos os requisitos legais do art.
927 CPC. Ficou bem delineado que a posse exercida pelo réu possui natureza precária, consoante
sentença produzida em prévia ação de usucapião. PRELIMINAR REJEITADA. RECURSO DESPROVIDO.
(Apelação Cível Nº 70057440208, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Elaine Harzheim Macedo, Julgado em 19/12/2013)
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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. AÇÃO DE USUCAPIÃO. COMODATO


VERBAL ESBULHO PRATICADO. LOCATIVOS. USUCAPIÃO IMPROCEDENTE. DA INADEQUAÇÃO DA
VIA ELEITA: Por força da saisine o domínio e a posse se transmitam aos herdeiros com a morte do
possuidor. Logo, vai rejeitada a preliminar argüida diante da circunstância que a posse foi
transmitada aos autores. DO ESBULHO: A prova dos autos dá conta que a posse da parte ré veio por
intermédio de comodato verbal, por mera tolerância da parte autora. Portanto, legítima a pretensão de
reintegração de posse, haja vista que a parte apelada demonstrou exercer validamente a posse indireta e
sua intenção de retomada via notificação extrajudicial. Denunciado o réu e não desocupado o imóvel, foi
este constituído em mora e a recusa em devolver o bem implica em reconhecer o esbulho, o que autoriza
a interposição de ação reintegratória. Apelo improvido. DOS LOCATIVOS: A permanência do comodatário
no imóvel emprestado mesmo após o vencimento de prazo estabelecido em notificação implica esbulho e
permite a cobrança de aluguel pelo comodante. Valor a ser arbitrado em liquidação de sentença. DA
USUCAPIÃO: No caso dos autos, ausente demonstração cabal de fatos e elementos que demonstrem que
a posse do réu seja justa e que permitem o reconhecimento da usucapião. Sentença mantida. NEGARAM
PROVIMENTO AO APELO. (Apelação Cível Nº 70068277110, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Eduardo João Lima Costa, Julgado em 07/04/2016)

APELAÇÃO CÍVEL REINTEGRAÇÃO DE POSSE. INÉPCIA DA INICIAL. REQUISITOS DO ART. 927 DO


CPC PREENCHIDOS. A herdeira e inventariante tem legitimidade para propor ação de reintegração de
posse em nome espólio para defesa de seus direitos, em decorrência do principio da saisine (art. 1572 do
Código Civil/1916, com dispositivo correspondente no art. 1784 do Código Civil vigente). Incontroverso o
exercício da posse da de cujus sobre o imóvel , bem como de seu espólio, por força do instituto da saisine.
Provados posse e esbulho, justifica-se a procedência da ação de reintegração de posse, com fundamento
no artigo 927, incisos I, II e IV do Código de Processo Civil. Apelo improvido. (Apelação Cível Nº
70012139515, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alexandre Mussoi
Moreira, Julgado em 19/07/2005)

TUTELA POSSESSÓRIA. LEGITIMIDADE ATIVA. PRESENTES OS PRESSUPOSTOS LEGAIS


NECESSÁRIOS. DEFERIMENTO DA TUTELA POSSESSÓRIA. 1. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE
ATIVA. Deve ser reconhecida a legitimidade ativa do apelante, pois o fato de exercer a inventariança da
sucessão de sua mãe, não lhe impede de postular a proteção possessória na posição de herdeiro.
Incidência dos efeitos da Saisine. 2. ANÁLISE DO MÉRITO. Nos termos do art. 515, §3º do CPC, o feito
foi instruído e está pronto para julgamento. 3. TUTELA POSSESSÓRIA. O pedido de reintegração de
posse deve ser acolhido porque presentes os pressupostos legais do art. 1.210 do CCB c/c art. 927 do
CPC. O autor é possuidor indireto do bem, restou caracterizada a posse injusta da ré com o recebimento
da notificação judicial de retomada, e a ré não se desincumbiu do ônus probatório que lhe competia na
forma do art. 333, inciso II do CPC. PRELIMINAR ACOLHIDA. RECURSO PROVIDO. (Apelação Cível Nº
70054253133, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Elaine Harzheim
Macedo, Julgado em 06/06/2013)

Desta forma, exsurge clara a posse anterior dos herdeiros, já que com a morte dos inventariados a posse
do bem foi transmitida aos seus herdeiros (princípio da saisine), além do que o esbulho caracterizou
quando a ré se recusa a devolver o imóvel.

Assim sendo, impõe-se a procedência do pedido da parte autora, de reintegração de posse, haja vista que
cumpriu com o ônus de provar sua posse anterior e a turbação ou esbulho praticado pela ré.

Enfim, a jurisprudência pátria também reconhece ser devida uma indenização pelo uso do imóvel em
situações dessa natureza, nos termos dos seguintes julgados:

APELAÇÃO CÍVEL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. AÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO.


COBRANÇA CUMULADA COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO E DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE.
Nulidade da citação por edital. Inocorrência. O não esgotamento das diligências necessárias para a
localização da empresa ré importa nulidade da citação por edital. Hipótese dos autos que mostra a
realização de diligências para tentativa de localização da ré e que restaram infrutíferas, autorizando o uso
da citação ficta. Nulidade não caracterizada. Prescrição. A situação dos autos diz respeito a direito
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pessoal, incidindo o prazo do art. 205 do CC, inocorrendo a prescrição alegada. Indenização pelo uso
do imóvel. Possibilidade, em razão da efetiva disponibilização do imóvel à demandada. Multa
contratual. A cobrança da multa no percentual de 10% sobre o saldo devedor não se afigura apropriada,
salvo em casos excepcionais, sob pena de enriquecimento sem causa do promitente vendedor, devendo
incidir sobre o valor pago pela promitente compradora, especialmente quando cumulada com a
indenização pela ocupação do imóvel. PRELIMINARES REJEITADAS. APELAÇÃO PARCIALMENTE
PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70071191217, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Heleno Tregnago Saraiva, Julgado em 27/10/2016)

APELAÇÃO CIVEL. RECURSO ADESIVO. POSSE. BENS IMOVEIS. REINTEGRAÇÃO DE POSSE.


ESBULHO COMPROVADO. EXTINÇÃO DE USUFRUTO EM RAZÃO DA MORTE DOS
USUFRUTUARIOS. CONSOLIDAÇÃO DOS DIREITOS DE PROPRIEDADE EM FAVOR DOS
SUCESSORES DA NUA-PROPRIETÁRIA. PRELIMINARES QUE SE CONFUNDEM COM O MÉRITO.
POSSE PRECÁRIA DO DEMANDADO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO REAL DE HABITAÇÃO.
PRECEDENTES. FIXAÇÃO DE INDENIZAÇÃO EM RAZÃO DA OCUPAÇÃO INDEVIDA.
POSSIBILIDADE. MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA. CABIMENTO ANTE AO RECONHECIMENTO
DOS DANOS MATERIAIS. DEMAIS QUESTÕES QUE DEVEM SER OBJETO DE DEMANDA PRÓPRIA.
Usufruto. Com a existência do usufruto, o nu-proprietário ostenta a posse indireta do bem, enquanto que o
usufrutuário a exerce diretamente. Caso. A parte autora logrou êxito em comprovar o exercício de posse
anterior e o esbulho praticado pela demandada. Descabida a alegação do apelante no sentido de que os
autores não ostentam o requisito da posse anterior para o manejo da ação, pois titulara a posse indireta
dos imóveis. Assim, demonstrada a extinção do usufruto e a não restituição voluntária dos imóveis, o réu
passou a ostentar a condição de precarista e, por isso, escorreito o decreto de procedência da presente
ação possessória. Direito real de habitação. Pretensão de reconhecimento do direito real de habitação
também descabida, uma vez que o imóvel sobre o qual defende aquela pretensão não integra o patrimônio
do cônjuge falecido. O apelante jamais exerceu posse sobre os imóveis, mas mera detenção, nos termos
do artigo 1.198 do Código Civil, em razão de ter sido casado com a usufrutuária, detenção essa que se
extinguiu juntamente com o usufruto. Doações e prescrição da partilha. As questões atinentes à nulidade
de doações e prescrição do direito de sobrepartilha devem ser solvidas com o manejo de ações próprias.
Danos materiais. O dano emerge da impossibilidade de uso, sendo no caso mensurado por aquilo
que os recorrentes deixaram de ganhar com a locação do imóvel residencial, bem como, com o
arrendamento dos demais imóveis, restando impedidos em face da ocupação indevida. Danos
materiais reconhecidos. Honorários advocatícios. Verba honorária majorada ante ao reconhecimento dos
danos materiais. APELO DESPROVIDO E RECURSO ADESIVO PROVIDO. UNÂNIME. (Apelação Cível
Nº 70068618263, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Giovanni Conti,
Julgado em 29/09/2016)

Assim sendo, a ré deve também ser condenada a pagar uma indenização mensal pelo uso do imóvel no
valor mensal correspondente R$2.000,00 (dois mil reais), considerando-se a avaliação anexada aos autos.

Ante o exposto, julgo totalmente procedente o pedido da parte autora, haja vista a existência de prova dos
requisitos previstos no art. 561 do atual Código de Processo (art. 927 do CPC 1973), ou seja, a posse do
antigo possuidor que lhes foi transmitida com a morte o esbulho, além do que condeno a ré a lhes pagar
uma indenização mensal pelo uso do imóvel no valor R$2.000,00 (dois mil reais), durante o período de
ocupação indevida, anotando-se que o termo final do pagamento é data efetiva desocupação do bem,
observo ainda que os referidos valores deverão ser acrescidos de correção monetária pelo IGPM e juros
de mora de 1% ao mês a partir do evento danoso. Por fim, julgo extinto o presente processo com
resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do Código de Processo Civil. Expeça-se o competente
mandado de reintegração de posse.

Condeno, ainda, o réu ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como, dos honorários
advocatícios que arbitro em 10% (dez por cento) do valor da condenação, com fundamento no art. 85
caput e seguintes do Código de Processo Civil.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 16 de agosto de 2021

Número do processo: 0843298-51.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BV FINANCEIRA SA


CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO LUZ
PEREIRA OAB: 11432/PA Participação: REU Nome: JOSE RAMON PAIM NOGUEIRA Participação:
ADVOGADO Nome: ARIADNE OLIVEIRA MOTA DURANS OAB: 017570/PA

Vistos etc.

B V FINANCEIRA S/A C.F.I., devidamente qualificado nos autos, por intermédio de procurador judicial,
ajuizou a presente Ação de Busca e Apreensão em face de JOSÉ RAMON PAIM NOGUEIRA, igualmente
identificado, com fundamento no decreto lei n. º 911/69.

Comprovada a mora do réu, este Juízo deferiu a medida liminar requerida, nos termos da decisão
correspondente ao ID n. 13682905.

Em seguida, o réu apresentou contestação e as partes anexaram o termo de acordo celebrado, pugnando
pela extinção do presente processo.

Éo relatório.

Decido.

Trata-se de Ação de Busca e Apreensão, em que a empresa cessionária do crédito afirmou que as partes
celebraram acordo para pagamento do débito, razão pela qual requereu a suspenção do presente
processo.

Ora, a celebração de acordo em ação de busca e apreensão faz desaparecer o interesse da demanda, na
medida em põe fim a mora do réu/devedor. Neste sentido:

PROCESSUAL CIVIL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. BUSCA E APREENSÃO. ACORDO EXTRAJUDICIAL.


PARCELAMENTO DO DÉBITO. EXTINÇÃO DO PROCESSO. PEDIDO DE SUSPENSÃO DO
PROCESSO. IMPOSSIBILIDADE. APELO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. A celebração
de acordo em ação de busca e apreensão faz desaparecer o interesse da demanda, uma vez que o
devedor não está mais em mora, não se aplicando a regra da suspensão sine die existente no processo de
execução (CC, art. 840; CPC, art. 487, III, b). 2. Se o juiz determina que a parte se manifeste quanto
ao interesse no prosseguimento da ação em razão de acordo efetivado e a parte permanece silente,
correta é a sentença que extingue o processe pela falta de interesse de agir. 3. Correta é a sentença
que extingue o processo em respeito ao princípio da razoável duração do processo elencado na
Constituição Federal, quando a parte não impulsiona o feito no momento que lhe é determinado.
4. Recurso conhecido. Apelo não provido. Unânime.
(00085006720168070020APC, Relator: ROMEU GONZAGA NEIVA 7ª Turma Cível TJDF, Data de
Julgamento: 12/07/2017, Publicado no DJE: 21/08/2017. Pág.: Sem Página Cadastrada.)

PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. BUSCA E APREENSÃO. EXTINÇÃO DO FEITO. SEM RESOLUÇÃO


DE MÉRITO. ART. 485, VI, DO CPC. POSSIBILIDADE. NÃO CITAÇÃO DO DEVEDOR. ACORDO
EXTRAJUDICIAL. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA MORA. FALTA DE INTERESSE DE AGIR.
SENTENÇA MANTIDA.
1. É possível a extinção do feito por falta de interesse processual, uma vez que se faz necessário para o
ajuizamento da ação de busca e apreensão a comprovação da mora do devedor, e o acordo firmado entre
os litigantes descaracteriza esse pressuposto processual, inclusive a relação processual não restou
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formada.
2. Recurso conhecido e desprovido.
(20170710010050APC, Relator: SEBASTIÃO COELHO 5ª TURMA CÍVEL TJDF, Data de Julgamento:
09/08/2017, Publicado no DJE: 18/08/2017. Pág.: 265/267

*AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. Contrato de financiamento mediante emissão de Cédula de Crédito


Bancário. Alienação fiduciária. Veículo automotor. Mora comprovada. Liminar deferida mas não cumprida
ante a não localização do veículo. Notícia de acordo extrajudicial firmado entre as partes, sem a juntada do
termo correspondente. SENTENÇA de extinção do processo por falta de interesse de agir superveniente,
mas antes da citação, nos termos do artigo 485, VI, do CPC de 2015. APELAÇÃO do autor que pede a
anulação da sentença, com determinação de suspensão do andamento do feito até o cumprimento integral
do acordo, argumentando que o demandado não foi citado e, portanto, não há necessidade de juntada do
termo. REJEIÇÃO. Confirmação do acordo extrajudicial pelo autor, antes da citação do demandado,
afastando a mora, condição indispensável para a Ação de Busca e Apreensão. Aplicação da Súmula 72 do
C. STJ. Extinção corretamente decretada. Sentença mantida. RECURSO NÃO PROVIDO.
(Apelação 0021261-87.2011.8.26.0114; Relator (a): Daise Fajardo Nogueira Jacot; Órgão Julgador: 37ª
Câmara Extraordinária de Direito Privado do TJSP; Foro de Campinas - 3ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 30/11/2017; Data de Registro: 19/12/2017)

APELAÇÃO CÍVEL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. ACORDO


EXTRAJUDICIAL. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO
MÉRITO. SENTENÇA MANTIDA.
1. A celebração de acordo extrajudicial antes de aperfeiçoada a relação processual na ação de busca e
apreensão não permite a suspensão do feito, sendo o caso de se extinguir o processo sem resolução do
mérito por perda superveniente de interesse processual.
2. Negou-se provimento ao apelo do autor (20160210046586APC, Relator: SÉRGIO ROCHA 4ª TURMA
CÍVEL, TJDF, Data de Julgamento: 29/11/2017, Publicado no DJE: 05/12/2017. Pág.: 337/340)

Nesse contexto, entendo que o acordo celebrado entre as partes acarretou o término da mora e, por
conseguinte, do interesse processual, devendo o processo ser extinto sem resolução de mérito.

Ante o exposto, julgo extinto o presente processo sem resolução de mérito, na forma do art. 485, inciso VI
do Novo Código de Processo Civil, tendo em vista que as partes transigiram, pondo fim a mora e ao
interesse processual do autor, que era vinculado ao inadimplemento inicial. Após as formalidades legais,
arquive-se, desentranhando-se os documentos.

Condeno as partes a pagarem as despesas e custas processuais, bem como, os honorários de


sucumbência na forma estabelecida no acordo, nos termos do art. 85 e seguintes do Código de Processo
Civil.

Enfim, anoto que a retirada da restrição depende da prévia comprovação do pagamento das custas
processuais devidas, assim encaminhem-se os autos a UNAJ.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, 10 de agosto de 2021

Número do processo: 0847454-14.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BRADESCO


ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO ROBERTO
ROMAO OAB: 209551/SP Participação: REU Nome: MICHELLY FARIAS NEGRAO

ATO ORDINATÓRIO
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Assunto: [Alienação Fiduciária]

Classe: BUSCA E APREENSÃO EM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA (81)

Autor: AUTOR: BRADESCO ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA.

De ordem, nos termos do §3 do art. 10 da lei 8328/2015, intimo a parte autora para que proceda, no prazo
legal (Art. 290 NCPC), o recolhimento de custas iniciais, o fazendo nos moldes do §1º do art. 9º da referida
lei (Relatório+Boleto+Comprovante pagamento). (Art. 1º, § 2º, I do Prov.06/2006 da CJRMB)

Belém, (Pa), 18 de agosto de 2021.

SERVIDOR

Número do processo: 0859793-10.2018.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: JORZIVALDO


BRITO HOLANDA Participação: ADVOGADO Nome: ABEL EXPEDITO TRINDADE DA CONCEICAO
OAB: 19319/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO NASCIMENTO DA SILVA OAB: 22618/PA
Participação: EMBARGANTE Nome: LUCIANA DA SILVA CRUZ CARDOSO HOLANDA Participação:
ADVOGADO Nome: ABEL EXPEDITO TRINDADE DA CONCEICAO OAB: 19319/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOAO NASCIMENTO DA SILVA OAB: 22618/PA Participação: EMBARGADO Nome:
ALAYNA CASTILO MONTEIRO CORTES Participação: ADVOGADO Nome: JOSE OTAVIO TEIXEIRA DA
FONSECA OAB: 4375/PA Participação: EMBARGADO Nome: LYGIA DEL CASTILLO CORTES
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE OTAVIO TEIXEIRA DA FONSECA OAB: 4375/PA Participação:
EMBARGADO Nome: LUZ MARINA DEL CASTILLO CORTES DA FONSECA Participação: ADVOGADO
Nome: JOSE OTAVIO TEIXEIRA DA FONSECA OAB: 4375/PA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Fórum Cível de Belém

Secretaria da 2.ª UPJ Cível e Empresarial

[Efeito Suspensivo / Impugnação / Embargos à Execução]

EMBARGOS À EXECUÇÃO (172)

EMBARGANTE: JORZIVALDO BRITO HOLANDA, LUCIANA DA SILVA CRUZ CARDOSO HOLANDA

Tendo em vista os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO TEMPESTIVOS com documentos apresentados e


juntados aos presentes autos (eventos ID 30977023 e 31655514), diga a parte embargada em
contrarrazões através de seu advogado(a) no prazo de 5(cinco) dias. (Prov. 006/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

ALYSSON NUNES SANTOS

SERVIDOR 2.ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL


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Número do processo: 0813408-96.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: FACON INDUSTRIA E


COMERCIO DE INSTRUMENTOS CIRURGICOS LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: EDNA
MARIA MARINHO TAVARES VILELA OAB: 4618/PA Participação: AUTOR Nome: ICL COMERCIO DE
PRODUTOS HOSPITALARES LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDNA MARIA MARINHO
TAVARES VILELA OAB: 4618/PA Participação: REU Nome: HOSPITAL DE REFERENCIA EM
OFTALMOLOGIA RODRIGUES LANDIM LTDA Participação: REU Nome: JANDERSON PEREIRA
LANDIM

ATO ORDINATÓRIO

De ordem, nos termos do art. 12 e art. 23, parágrafo único, da lei nº 8328/2015, intimo a parte autora para
que proceda o recolhimento das custas referentes aos serviços postais para o devido prosseguimento do
feito. (Art. 1º, § 2º, I do Prov.06/2006 da CJRMB)

Belém, (Pa), 18 de agosto de 2021.

SAMANTHA CUNHA SZEKACS

Servidor da 2ª UPJ Cível e Empresarial de Belém-PA

Número do processo: 0829074-40.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: PAULO SERGIO


ROFFE AZEVEDO Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE OAB: 011270/PA
Participação: REQUERENTE Nome: MONICA AZEVEDO ROLA Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO
DE AZEVEDO TRINDADE OAB: 011270/PA Participação: REQUERENTE Nome: LUIZ OTAVIO ROFFE
AZEVEDO Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE OAB: 011270/PA
Participação: REQUERENTE Nome: PATRICIA AZEVEDO BURLAMAQUI FREIRE Participação:
ADVOGADO Nome: DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE OAB: 011270/PA Participação: REQUERENTE
Nome: ELISA CHERMONT ROFFE Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE
OAB: 011270/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Trata-se de Ação de Abertura, Registro e Cumprimento de Testamento Público deixado por Elisa
Chermont Roffé.

Nomeio testamenteiro o Sr. Almerindo Augusto de Vasconcelos Trindade, qualificado nos autos, que
deverá ser intimado no endereço de ID 28218666 para assinar o termo de abertura, nos termos do art.
735, §1º do Código de Processo Civil.

Após a assinatura do termo de abertura, encaminhem-se os autos ao Ministério Público.

Intime-se.

Belém, 25 de junho de 2021

Marielma Ferreira Bonfim Tavares


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Juíza de Direito

Número do processo: 0847220-32.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JORGE MARTINS


PINA Participação: ADVOGADO Nome: GEZIEL GOES DO NASCIMENTO OAB: 28960/PA Participação:
REQUERENTE Nome: JOSE MARTINS PINA Participação: ADVOGADO Nome: GEZIEL GOES DO
NASCIMENTO OAB: 28960/PA Participação: REQUERENTE Nome: JULIO MARTINS PINA Participação:
ADVOGADO Nome: GEZIEL GOES DO NASCIMENTO OAB: 28960/PA Participação: REQUERIDO
Nome: VITORINO DE MOURA PINA Participação: REQUERIDO Nome: MARIA ERMELINDA MARTINS
DE PINA

ATO ORDINATÓRIO

Assunto: [Inventário e Partilha]

Classe: INVENTÁRIO (39)

Autor: REQUERENTE: JORGE MARTINS PINA e outros (2)

De ordem, nos termos do §3 do art. 10 da lei 8328/2015, intimo a parte autora para que proceda, no prazo
legal (Art. 290 NCPC), o recolhimento de custas iniciais, o fazendo nos moldes do §1º do art. 9º da referida
lei (Relatório+Boleto+Comprovante pagamento). (Art. 1º, § 2º, I do Prov.06/2006 da CJRMB)

Belém, (Pa), 18 de agosto de 2021.

SERVIDOR

Número do processo: 0837890-45.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ASSOCIACAO


CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: IGOR FONSECA DE
MORAES OAB: 26113/PA Participação: ADVOGADO Nome: LAYS SOARES DOS SANTOS RODRIGUES
OAB: 20288/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAROLINE FIGUEIREDO LIMA OAB: 24933/PA
Participação: REQUERIDO Nome: JULIANNE ESPIRITO SANTO MACEDO Participação: ADVOGADO
Nome: ANA LUIZA CUNHA DE PAIVA E SILVA OAB: 26267/PA

Vistos etc.

ASSOCIAÇÃO CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARÁ - ACEPA, devidamente qualificada nos autos,


por intermédio de procurador judicial, ajuizou a presente Ação Monitória em face de JULIANNE ESPÍRITO
SANTO MACEDO, igualmente identificado nos autos, com fundamento no art. 700 e seguintes do Código
de Processo Civil.

O autor alegou ser credor da ré no valor que totaliza R$13.350,99 (treze mil trezentos e cinquenta reais e
noventa e nove centavos), referente as parcelas referentes ao contrato de prestação de serviços
educacionais celebrado entre as partes.

Neste ponto, revelou ter a parte contrária cursado regularmente as disciplinas de Especialização em
Ciências Criminais, porém não ter efetuado o pagamento da quarta e nona mensalidade correspondente
ao segundo semestre de 2015, bem como, da décima a vigésima primeira do primeiro e segundo semestre
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de 2016.

A ré apresentou embargos, no qual arguiu, preliminarmente, a carência de ação, na medida em que o


contrato não apresenta liquidez, certeza e exigibilidade. No mérito, sustentou: - a ausência de prova do
saldo devedor; - excesso no valor da cobrança; - aplicação do Código de Defesa do Consumidor; -
impossibilidade de capitalização dos juros.

Em seguida, o autor apresentou réplica e os autos voltaram conclusos para decisão.

Éo relatório.

Decido.

Trata-se de Ação Monitória, com fundamento no art. 700 e seguintes do Código de Processo Civil, na qual
o autor afirmou ser credor do réu no valor de R$13.350,99 (treze mil trezentos e cinquenta reais e noventa
e nove centavos), referente a parcelas do contrato de prestação de serviços educacionais.

De sua parte, o réu não negou o negócio jurídico alegado pelo autor, nem a prestação do serviço, de
forma que a existência da dívida é fato incontroverso. Em sua defesa, apenas defendeu ser o
procedimento inadequado por ausência de prova escrita.

Ademais, sustentou: - a ausência de prova do saldo devedor; - excesso no valor da cobrança; - aplicação
do Código de Defesa do Consumidor; - impossibilidade de capitalização dos juros.

O Código de Processo Civil expressamente enuncia:

Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem
eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:

I – o pagamento de quantia em dinheiro;

II – a entrega de coisa fungível ou infungível ou bem móvel ou imóvel;

Nossos tribunais têm reiteradamente decidido que o documento hábil para embasar a ação monitória é
aquele que se reveste de um mínimo de literalidade a demonstrar a existência da dívida e seu quantum.
Nesse ponto, é pacífico o entendimento de que é cabível o ajuizamento de ação monitória com base em
contrato de prestação de serviço, senão vejamos:

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO MONITÓRIA. CONTRATO DE


PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EDUCACIONAIS. PRELIMINARES. INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL POR
AUSÊNCIA DE DOCUMENTOS ESSENCIAIS AO DESENVOLVIMENTO DA LIDE. REJEIÇÃO.
NULIDADE DA CITAÇÃO EDITALÍCIA. INOCORRÊNCIA. ESGOTAMENTO DAS POSSIBILIDADES DE
LOCALIZAÇÃO DA PARTE RÉ. DEFENSORIA PÚBLICA. MÉRITO. GRATUIDADE JUDICIÁRIA.
MANUTENÇÃO DO INDEFERIMENTO DO BENEFÍCIO À RECORRENTE ANTE A AUSÊNCIA DE
PROVA DA NECESSIDADE DA BENESSE. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EDUCACIONAIS. AUSÊNCIA
DE PROVA DO PAGAMENTO. APLICAÇÃO DO DISPOSTO PELO ART. 373, INCISO II, DO CPC/15.
MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. Inépcia da petição inicial. A petição inicial preencheu os requisitos
exigidos pelos arts. 319 e 700, ambos do CPC/2015. A prova escrita exigida para o ajuizamento da ação
monitória não significa que o documento deva ser líquido e certo, sendo suficiente que demonstre a
existência de probabilidade do direito alegado. Na hipótese dos autos, os documentos juntados na petição
inicial são aptos para comprovação da alegada dívida e são suficientes para embasar a presente ação
monitória. Preliminar rejeitada. Nulidade da citação por edital. A citação da parte apelante por edital
ocorreu depois de esgotadas as possibilidades de localização nos endereços informados nos autos.
Nomeação de curador especial para a defesa da parte, o que afasta a alegação de nulidade do processo.
Recurso apresentado pela Defensoria Pública (curadora especial) postulando a nulidade de citação, sem
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apresentar o endereço do curatelado, ônus que também lhe competia, uma vez que exerce função
essencial à justiça (art. 134 CF). Da gratuidade judiciária. A concessão do benefício é possibilitada às
pessoas que comprovem estar em dificuldades financeiras, nos termos do artigo 98, caput, do CPC/15. No
caso dos autos, não há elementos que indiquem de forma contundente e verossímil a situação econômica
do postulante devendo ser mantida a decisão que indeferiu o benefício da gratuidade judiciária. Ademais,
vale repisar que o réu, ora apelante, optou por estudar em uma instituição de ensino particular, o que de
plano já demonstra possuir condições financeiras aptas a custear o processo. Prestação de serviços
educacionais. Ausência de prova do pagamento. Comprovado o contrato de prestação de serviços
educacionais celebrado entre as partes e indicadas as parcelas inadimplidas, incumbe ao réu comprovar o
pagamento (art. 373, II, do CPC/2015), o que não ocorreu. Sentença de procedência mantida.
REJEITARAM AS PRELIMINARES E, NO MÉRITO, NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO DE
APELAÇÃO. UNÂNIME.(Apelação Cível, Nº 70083560607, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Giovanni Conti, Julgado em: 20-02-2020)

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO MONITÓRIA. CONTRATO DE


PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EDUCACIONAIS. PRELIMINAR DE INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL E
AUSÊNCIA DE DOCUMENTOS ESSENCIAIS AO DESENVOLVIMENTO DA LIDE. A petição inicial
preencheu os requisitos dos arts. 319 e 700 do CPC/2015. A prova escrita exigida para o ajuizamento da
ação monitória não significa que o documento deva ser líquido e certo, sendo suficiente que demonstre a
existência de probabilidade do direito alegado. Na hipótese dos autos, os documentos juntados na petição
inicial são aptos para comprovação da alegada dívida e são suficientes para embasar a presente ação
monitória. Preliminar rejeitada. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EDUCACIONAIS. AUSÊNCIA DE PROVA
DO PAGAMENTO. Comprovado o contrato de prestação de serviços educacionais celebrado entre as
partes e indicadas as parcelas inadimplidas, incumbe ao réu comprovar o pagamento (art. 373, II, do
CPC/2015), o que não ocorreu. Sentença de procedência mantida. APELAÇÃO DESPROVIDA.(Apelação
Cível, Nº 70081870719, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco Antonio
Angelo, Julgado em: 22-08-2019)

APELAÇÃO CIVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. ENSINO SUPERIOR. REQUERIMENTO


DE MATRÍCULA INCONTROVERSO. CANCELAMENTO NÃO COMPROVADO. 1. De acordo com o art.
700 do CPC, a ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem
eficácia de título executivo, ter direito de exigir o pagamento de quantia em dinheiro, a entrega de coisa ou
bem ou o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. Caso em que comprovada a matrícula
pelo estudante, por ele reconhecida em embargos monitórios, acompanhada de contrato de prestação de
serviços educacionais. 2. Ausência de comprovação, pelo embargante, de qualquer elemento impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito da parte adversa (art. 373, II, CPC/2015). Em que pese inequívoca a
relação de consumo entretida pelos litigantes, de prestação de serviços educacionais, com a consequente
aplicação do Código de Defesa do Consumidor, em especial a inversão do ônus da prova nos moldes de
seu art. 6º, VIII, não era possível exigir da embargada prova negativa, ou seja, de que não realizado o
cancelamento. 3. Honorários recursais devidos, nos termos do art. 85, §§ 1º e 11, do Código de Processo
Civil/2015. Majorada a verba honorária fixada na sentença. APELAÇÃO DESPROVIDA.(Apelação Cível,
Nº 70082196874, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Cláudia Maria
Hardt, Julgado em: 26-09-2019)

APELAÇÃO CIVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. ENSINO SUPERIOR. AÇÃO MONITÓRIA
. CANCELAMENTO DE MATRÍCULA. COBRANÇA DE MENSALIDADES. Comprovada a contratação da
prestação dos serviços educacionais, com a disponibilização dos créditos à discente, consti tui obrigação
desta cumprir o ajuste com a contraprestação pecuniária devida, inclusive decorrente do cancelamento da
matrícula. Honorários recursais devidos. Litigância de má-fé não verificada. APELAÇÃO
DESPROVIDA.(Apelação Cível, Nº 70082015181, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do
RS, Relator: Cláudia Maria Hardt, Julgado em: 30-01-2020)

No concreto, o autor relata que a dívida em questão é oriunda de contrato de prestação de serviços
educacionais correspondente a Curso de Especialização, observando-se que o negócio jurídico não foi
impugnado pelo réu.

Éoportuno salientar, ainda, que o documento referente ao ID n. 18226909, o histórico escolar do aluno e
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as listas de frequência acostadas aos autos comprovam plenamente o fato constitutivo do direito do autor,
portanto, cabia ao réu provar concretamente a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito, mas não o fez.

Cumpre ressaltar, também, que foi anexado cálculo atualizado do débito, o qual indica que a mensalidade
tinha como valor original R$550,00 (quinhentos e cinquenta reais), logo o valor da dívida restou
plenamente demonstrado, assim como, inexiste qualquer excesso no valor da cobrança, haja vista que os
valores foram acrescidos apenas dos encargos moratórios, ou seja, correção monetária, multa e juros de
mora. Neste viés, anoto que a multa de 2% foi prevista na cláusula sexta do contrato.

Enfim, não observo no cálculo a cobrança de capitalização dos juros, sendo que era do réu o ônus de
prova tal alegação, contestando o valor indicado na petição inicial, ocasião em que deveria apresentar o
valor que entendia devido, por conseguinte, impõe-se a procedência do pedido formulado na petição
inicial.

Ante o exposto, julgo procedente o pedido do autor, consequentemente, rejeito os embargos monitórios,
constituindo de pleno direito o título executivo judicial, devendo o presente processe prosseguir na forma
do Título II, Livro I da parte especial do atual CPC no que for cabível, nos termos do art. 702, parágrafo
oitavo do NCPC, consequentemente, julgo extinto o presente processo com resolução de mérito, na forma
do art. 487, inciso I do Código de Processo Civil.

Condeno, ainda, o réu a pagar as despesas e custas processuais, assim como os honorários advocatícios
que arbitro em 15% (quinze por cento) da condenação, com fundamento no art. 85 e seguintes do Código
de Processo Civil.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, 29 de julho de 2021

Número do processo: 0858838-08.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CLAUTERCY


PERAIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ANA CLAUDIA PASTANA DA CUNHA OAB:
21485/PA Participação: INTERESSADO Nome: VALDIR PEREIRA DA SILVA Participação: TERCEIRO
INTERESSADO Nome: INSS - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL

Vistos, etc.

CLAUTERCY PERAIRA DA SILVA, devidamente qualificado nos autos, por intermédio de procurador
judicial, ajuizou a presente Ação de Alvará Judicial, com vistas a receber valores deixados pelo de cujus
VALDIR PEREIRA DA SILVA.

O requerente anexou certidão de inexistência de dependentes habilitados à pensão por morte (ID
24248928), bem como declaração de que o falecido não deixou bens (ID 21459625).

Por outro lado, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS informou a existência de valores devidos aos
sucessores da falecida referente ao benefício previdenciário que recebia, conforme documento de ID
30216473.

Por fim, a Caixa Econômica Federal informou a inexistência de valores em relação ao PIS/ FGTS,
conforme documento (ID. 25450591).

Éo relatório.
1710
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Decido.

Trata-se de pedido de Alvará Judicial, com vistas ao levantamento de resíduo de benefício previdenciário
deixado pelo falecido VALDIR PEREIRA DA SILVA junto ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS,
bem como ao levantamento do saldo de PIS e FGTS junto à Caixa Econômica Federal.

Dispõe a lei nº 6.858 de 24.11.80, regulamentada pelo Decreto n.º 85.845 de 26.03.81:

“Art. 1º - Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das contas individuais
do Fundo de Garantia do tempo de serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP, não recebidos em
vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em cotas iguais, aos dependentes habilitados perante a
Previdência Social ou na forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta,
aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou
arrolamento.

(...)

Art. 2º O disposto nesta lei se aplica às restituições relativas ao imposto de renda e outros tributos,
recolhidos por pessoa física, e, não existindo outros bens sujeitos a inventário, aos saldos bancários e de
contas de caderneta de poupança e fundos de investimento de valor até 500 (quinhentas) Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional”

No caso em comento, o requerente é filho e único herdeiro do falecido, que era divorciado, e não deixou
dependentes habilitados à pensão por morte, de modo que não há óbice para a concessão de seus
direitos sucessórios.

Ante o exposto, defiro parcialmente pedido de alvará judicial, uma vez que inexiste valores referentes ao
PIS e FGTS. Expeça-se o competente alvará em nome do requerente, conforme requerimento na peça
inicial, para levantamento dos valores deixados pelo falecido junto ao Instituto Nacional do Seguro Social –
INSS. Após as formalidades legais, arquivem-se os autos.

Deixo de condenar os requerentes ao pagamento das custas e despesas processuais por serem
beneficiários da justiça gratuita.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Marielma Ferreira Bonfim Tavares

Juíza de Direito

Número do processo: 0873272-02.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: HELENICE CESAR


BRITO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: AVERALDO PEREIRA LIMA FILHO OAB: 15751/PA
Participação: REQUERIDO Nome: ENGTOWER ENGENHARIA LTDA. Participação: REQUERIDO Nome:
CIRCULO ENGENHARIA LTDA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


1711
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

10ª Vara Cível e Empresarial de Belém

0873272-02.2020.8.14.0301

EXECUÇÃO FISCAL

EXEQUENTE: AUTOR: HELENICE CESAR BRITO DA SILVA

EXECUTADO: REQUERIDO: ENGTOWER ENGENHARIA LTDA., CIRCULO ENGENHARIA LTDA

ATO ORDINATÓRIO

Nos termos do art. 1º, §2º, inciso XX, do Provimento nº 006/2006 da Corregedoria de Justiça da Região
Metropolitana de Belém, e considerando a devolução do AVISO DE RECEBIMENTO (AR), sem
cumprimento, manifeste-se o autor, no prazo de 05 (cinco) dias, para requerer o que entender de direito.

BELéM, 18 de agosto de 2021.

______________________________________

Diretor de Secretaria da 10ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0847143-23.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: B. V. S. Participação:


ADVOGADO Nome: BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA VANDERLEI OAB: 21678/PE Participação: REU
Nome: E. S. M. L.

ATO ORDINATÓRIO

Assunto: [Alienação Fiduciária]

Classe: BUSCA E APREENSÃO EM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA (81)

Autor: AUTOR: BANCO VOLKSWAGEN S.A.

De ordem, nos termos do §3 do art. 10 da lei 8328/2015, intimo a parte autora para que proceda, no prazo
legal (Art. 290 NCPC), o recolhimento de custas iniciais, o fazendo nos moldes do §1º do art. 9º da referida
lei (Relatório+Boleto+Comprovante pagamento). (Art. 1º, § 2º, I do Prov.06/2006 da CJRMB)

Belém, (Pa), 18 de agosto de 2021.

SERVIDOR

Número do processo: 0811067-97.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: HIPERPAN IND. E COM.


DE PANIFICACAO EIRELI - ME Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO VILLAR PANTOJA OAB:
001049/PA Participação: AUTOR Nome: FRANCISCO TAVEIRA ROCHA Participação: ADVOGADO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nome: ANTONIO VILLAR PANTOJA OAB: 001049/PA Participação: REU Nome: BANCO DO BRASIL SA
Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Fórum Cível de Belém

Secretaria da 2.ª UPJ Cível e Empresarial

[Contratos Bancários]

EMBARGOS À EXECUÇÃO (172)

AUTOR: HIPERPAN IND. E COM. DE PANIFICACAO EIRELI - ME, FRANCISCO TAVEIRA ROCHA

Tendo em vista os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO TEMPESTIVOS com documentos apresentados e


juntados aos presentes autos em evento de ID 30760249, diga a parte embargada em contrarrazões
através de seu advogado(a) no prazo de 5(cinco) dias. (Prov. 006/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

ALYSSON NUNES SANTOS

SERVIDOR 2.ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0875139-30.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SEBASTIAO DA SILVA


DO NASCIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: GEORGES AUGUSTO CORREA DA SILVA OAB:
28405/PA Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI MESQUITA PANTOJA OAB: 12673/PA
Participação: ADVOGADO Nome: NELSON MAURICIO DE ARAUJO JASSE OAB: 18898/PA
Participação: ADVOGADO Nome: BRUNA PAIVA JASSÉ OAB: 22912/PA Participação: REU Nome:
BANPARA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Fórum Cível de Belém

Secretaria da 2.ª UPJ Cível e Empresarial

[Empréstimo consignado]

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: SEBASTIAO DA SILVA DO NASCIMENTO

Tendo em vista a CONTESTAÇÃO TEMPESTIVA com documentos apresentados e juntados aos


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

presentes autos, diga a parte autora em réplica através de seu advogado(a) no prazo de 15 (quinze) dias.
(Prov. 006/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

JANETE DE CARVALHO FERREIRA

SERVIDORA 2.ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0825893-02.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: FRANCIS GUIDO


GUIMARAES HEIMANN Participação: ADVOGADO Nome: SERGIO GUIMARAES MARTINS OAB:
3442/PA Participação: REQUERENTE Nome: ISABEL LEA GUIMARAES HEIMANN Participação:
ADVOGADO Nome: SERGIO GUIMARAES MARTINS OAB: 3442/PA Participação: REQUERENTE Nome:
DEBORA JEANNE BORGES HEIMANN Participação: ADVOGADO Nome: SERGIO GUIMARAES
MARTINS OAB: 3442/PA Participação: INTERESSADO Nome: FREDERIC RODOLPHE DANIEL
HEIMANN

Vistos etc,

FRANCIS GUIDO GUIMARÃES HEIMANN, ISABEL LEA GUIMARÃES HEIMANN, JEANNE BORGES
HEIMANN e DEBORA JEANNE BORGES HEIMANN, devidamente qualificados nos autos, requereram a
expedição de Alvará Judicial com vistas ao levantamento dos valores deixados por FREDERIC Rodolphe
Daniel Heimann.

Determinada a emenda da petição inicial, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de indeferimento da
petição, nos termos do art. 321, parágrafo único do atual Código de Processo Civil, foi certificado o
transcurso do referido prazo sem que a parte houvesse corrigido o defeito (ID n. 30474525).

Éo relatório.

Decido.

Dispõe o Código de Processo Civil:

Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 319 e
320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com
precisão o que deve ser corrigido ou completado.

Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.

No caso concreto, foi determinada a emenda da inicial, para os requerentes anexarem documentos
comprovando a inexistência de dependentes habilitados à pensão por morte, porém a diligência não foi
cumprida até a presente data, conforme certidão anexada.

Enfim, em casos de emenda da inicial, é desnecessária a intimação pessoal da parte:

APELAÇÃO CÍVEL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. 1. Extinção do feito


1714
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

em razão do não atendimento da ordem de emenda à inicial. 2. Desnecessidade de intimação pessoal da


parte no caso concreto. Precedentes do STJ e desta Corte. RECURSO IMPROVIDO. (Apelação Cível Nº
70053134904, Décima Quarta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Judith dos Santos
Mottecy, Julgado em 18/04/2013)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. DETERMINADA EMENDA À INICIAL. NÃO HOUVE


MANIFESTAÇÃO. EXTINÇÃO DO FEITO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Determinada emeda à inicial, nos
termos do art. 284 do CPC, sem que houvesse manifestação do autor, é possível a extinção do feito sem
resolução do mérito. 2. Descabida a necessidade de intimação pessoal quando o feito for julgado extinto
porque indeferida a inicial. 3. Sentença mantida. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº
70044186229, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Victor Luiz Barcellos Lima,
Julgado em 09/04/2013)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO (DL. 911/69). EXTINÇÃO DO FEITO, COM
FUNDAMENTO NO ARTIGO 267, INC. I E VI DO CPC. INDEFERIMENTO DA INICIAL POR NÃO TER, A
PARTE AUTORA, ATENDIDO À DETERMINAÇÃO DE EMENDA DA INICIAL. DESNECESSIDADE DE
INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE PARA FINS DE EXTINÇÃO DO FEITO. É cabível o indeferimento da
inicial, quando a parte, devidamente intimada, através de seu procurador, deixa de atender a determinação
judicial de emenda à inicial. Para a extinção do feito, com fundamento no art. 267, inc. VI, do CPC, não é
necessária a intimação pessoal da parte. Apelação desprovida. (Apelação Cível Nº 70053111803, Décima
Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Lúcia de Castro Boller, Julgado em
28/03/2013)

Ante o exposto, julgo extinto o presente processo, sem resolução de mérito, haja vista que os requerentes,
regularmente intimados para emendarem a inicial, mantiveram-se inertes, na forma do art. 485, inciso I
combinado com o art. 321, parágrafo único do Código de Processo Civil. Após as formalidades legais,
arquivem-se.

Condeno a requerente ao pagamento das custas e despesas processuais, nos termos do art. 85 e
seguintes do CPC. Todavia, suspendo a exigibilidade.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, 02 de agosto de 2021

Número do processo: 0808528-61.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ANA LUCIA


PINHEIRO ALMEIDA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO SERGIO DE SOUZA BORGES FILHO
OAB: 19691/PA Participação: ADVOGADO Nome: LEONY RIBEIRO DA SILVA OAB: 20740/PA
Participação: ADVOGADO Nome: IAN PIMENTEL GAMEIRO OAB: 19603/PA Participação: REQUERIDO
Nome: COOPERATIVA HABITACIONAL DE BELEM Participação: ADVOGADO Nome: NELSON
FRANCISCO MARZULLO MAIA OAB: 007440/PA

Cuida-se de Ação de Obrigação de Fazer ajuizada por ANA LÚCIA PINHEIRO DE ALMEIDA em desfavor
de COOPERATIVA HABITACIONAL DE BELÉM que veio redistribuída da 15ª Vara Cível e Empresarial de
Belém, cujo juízo acolheu a alegação de conexão da presente ação com os autos do processo nº
0835511-34.2020.814.0301.

Assim sendo, encaminhe-se o feito à 6ª Vara Cível e Empresarial de Belém, uma vez que os autos nº
0835511-34.2020.814.0301 tramitam na referida vara.

Intime-se.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 18 de agosto de 2021

Número do processo: 0877044-70.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOELMA DA SILVA


NEGIDIO Participação: ADVOGADO Nome: LAIS BENITO CORTES DA SILVA OAB: 415467/SP
Participação: REU Nome: OI MOVEL S.A. - EM RECUPERACAO JUDICIAL Participação: ADVOGADO
Nome: GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Fórum Cível de Belém

Secretaria da 2.ª UPJ Cível e Empresarial

[Prescrição e Decadência]

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: JOELMA DA SILVA NEGIDIO

Tendo em vista a CONTESTAÇÃO TEMPESTIVA com documentos apresentados e juntados aos


presentes autos, diga a parte autora em réplica através de seu advogado(a) no prazo de 15 (quinze) dias.
(Prov. 006/2006 da CJRMB).

De ordem, em 18 de agosto de 2021

__________________________________________

JANETE DE CARVALHO FERREIRA

SERVIDORA 2.ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 11 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0847124-17.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARINEIA CARDOSO


CHAVES Participação: ADVOGADO Nome: CAREN BENTES BOUEZ PINHEIRO OAB: 19544/PA
Participação: REU Nome: BANCO BMG SA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELÉM-PA

PROCESSO Nº 0847124-17.2021.8.14.0301

AUTOR: MARINEIA CARDOSO CHAVES

Nome: MARINEIA CARDOSO CHAVES


Endereço: Travessa Doutor Moraes, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66035-080

REU: BANCO BMG SA

Nome: BANCO BMG SA


Endereço: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3477, 9 andar, Itaim Bibi, SãO PAULO - SP - CEP: 04538-133

Atualmente, o CPC/2015 contempla os pedidos de Gratuidade de Justiça nos arts. 98 e segs. do referido
diploma, estabelecendo em seu art. 99, §2º., do referido diploma que: “o juiz somente poderá indeferir o
pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta de pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos
referidos pressupostos”.

No caso concreto, em que pese a afirmação do autor de não ter como arcar com o pagamento das custas
judiciais, sem contudo, carrear aos autos nenhuma documentação que comprovem não ter condições de
pagar as custas processuais, afastando, em princípio, a presunção de que não possui condições de arcar
com o pagamento das custas.

Desta forma, determino que seja a parte autora intimada, por seu advogado, para, no prazo de 15 dias: a)
proceder a juntada de suas três últimas declarações de Imposto de Renda, as 3 últimas faturas de energia
elétrica, comprovante de eventual negativação do nome em cadastros de restrição ao crédito, certidão
positiva de protestos, ações contra si ajuizadas, entre outros ou, ainda, qualquer outro documento que
entender necessário para fins de comprovar a hipossuficiência alegada ou, caso contrário; b) pagar as
custas processuais, nos termos do art. 321, do CPC/2015.

Ultrapassado tal lapso, com ou sem manifestação, e devidamente certificado, conclusos.

Belém, 18 de agosto de 2021

FABIO ARAÚJO MARCAL

Juiz auxiliar de 3ª entrância

Número do processo: 0833464-87.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: VALMIR RODRIGUES DE


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

SOUSA - ME Participação: ADVOGADO Nome: DENISE PIEDADE DE SOUSA OAB: 26313/PA


Participação: REU Nome: MOTOBEL VEICULOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO
FERREIRA DE ALMEIDA OAB: 5950PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE PENNA SOUZA
OAB: 21092/PA

Número: 0833464-87.2020.8.14.0301

Requerente: VALMIR RODRIGUES DE SOUSA - ME

Requerida: MOTOBEL VEICULOS LTDA

Vistos, etc.

1 - Ante a decisão do evento Num. 30772145, nos termos do inciso II, art. 51, da Lei n. 9.099/95, extingo o
processo SEM a resolução do mérito.

SEM CUSTAS E HONORÁRIOS.

P.R.I.

Belém (Pa), 18/08/21.

FÁBIO ARAÚJO MARÇAL - Juiz de Direito Auxiliar de 3a Entrância

Número do processo: 0837769-22.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: PAULO SERGIO


CORREIA DA SILVA Participação: REU Nome: Banco do Brasil Participação: ADVOGADO Nome:
NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES OAB: 15201/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA.

PROC. Nº. 0837769-22.2017.8.14.0301


AUTOS DE AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS AUTOR: PAULO SÉRIO CORREIA DA
SILVA RÉU: BANCO DO BRASIL S/A
RELATÓRIO

PAULO SÉRGIO CORREIA DA SILVA, devidamente qualificado nos autos, propôs a presente AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em face de BANCO DO BRASIL S/A, também qualificado.

Em síntese, relatou o autor que, em 2009, teve seu pedido de recebimento do PIS negado pela Caixa
Econômica Federal, sob a alegação de que era funcionário público e deveria receber o PASEP, no Banco
do Brasil. Afirmou o autor que a referida informação lhe causou surpresa, dado que havia se desligado da
Polícia Militar em 1994 e não possuía vínculo com qualquer outro órgão ou entidade estatal.

Referiu ainda que, após pesquisar, descobriu que possuía dois cadastros no fundo PASEP e que uma das
inscrições foi realizada com os números errados do CPF e do RG do autor. Assim, como o requerido é o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

gestor do programa e como sofreu danos morais pela conduta irregular, pugnou pela condenação do
demandado em danos morais, no valor de R$ 9.370,00 (nove mil, trezentos e setenta reais).

Juntou documentos.

Devidamente citado, o requerido apresentou contestação (Id. 5344200), arguindo, preliminarmente, a sua
ilegitimidade passiva. No mérito, afirmou que o cadastramento no PASEP é feito pelo empregador e que
não possui responsabilidade pelos erros na inscrição.

Por fim, defendeu que, ainda que se conclua que fora o responsável pelo cadastro equivocado, não há
prova nos autos de que o autor sofreu danos em sua esfera íntima, o que deve resultar na improcedência
da pretensão.

Intimado para apresentar réplica (Id. 5404920), o demandante não apresentou manifestação sobre a
contestação.

Instados a especificarem as provas que desejavam produzir, ambos os litigantes manifestaram o


desinteresse na etapa probatória (Ids. 6802979 e 7035857).

Em decisão de Id. 15727289 foi anunciado o julgamento antecipado da lide.

É O RELATÓRIO. DECIDO.

I – DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA.

O réu sustenta a sua ilegitimidade sob o argumento de que “o responsável pelos depósitos, bem como das
devidas atualizações é o órgão empregador, a saber, Chesf, vinculado ao governo Federal, em virtude da
natureza tributária da aludida verba” (Id. 5344178, pág. 2).

Vê-se que as razões sustentadas pelo requerido são flagrantemente dissociadas do objeto da lide,
porquanto a demanda não versa sobre atualização ou ausência de depósito relativo ao PASEP, tampouco
há qualquer relação entre o autor e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco.

Portanto, rejeita-se a preliminar.

II – DO MÉRITO

Concisamente, sustenta o autor que verificou a existência de duas inscrições no PASEP em seu nome
(NIT 1230015321-3 e NIT 170473645-1), sendo que uma delas contém possui dados incorretos (CPF e
RG). Por conseguinte, como o réu é o gestor do programa governamental, pugna pela sua condenação na
obrigação de repará-lo pelos danos morais sofridos pela falha no cadastro.

Pois bem. A Lei Complementar 08/70, ao criar o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor
Público – PASEP, estabeleceu que ao Banco do Brasil competiria administrar o reportado programa (art.
5º, caput LC 08/70), sendo sua atribuição organizar o cadastro geral dos servidores beneficiários (art. 5º,
§6º da LC 08/70). Por óbvio, a previsão normativa é pouco esclarecedora quanto ao real papel da entidade
financeira pública na gestão do programa, na medida em que “organizar” é um termo que comporta
inúmeras acepções, das mais largas às mais restritivas.

Contudo, para regulamentar a supracitada lei, foi editado o Decreto 71.618/72, que trouxe a seguinte
previsão:

“Art. 23.
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(...)

§ 1º Para organização do cadastro dos beneficiários, todos os órgãos e entidades da administração


direta e indireta e fundações supervisionadas da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios ficam obrigados a prestar as necessárias informações, no decurso do
primeiro trimestre de cada ano, na forma que o Banco do Brasil S.A.

§ 2º O Banco do Brasil S.A. louvar-se-á, para os efeitos de organização de cadastro, nos dados que
receber dos órgãos mencionados neste artigo, não lhe cabendo responsabilidades por erros ou
omissões decorrentes das informações prestadas”.

Pelos dispositivos colacionados, a responsabilidade pela regularidade dos dados é integralmente do órgão
ou da entidade administrativa empregadora, e não do Banco do Brasil. E, após a reunião em um fundo
único dos programas PIS e PASEP (Lei Complementar 26/75), foi editado o Decreto-Lei 2.052/83,
reiterando a exclusão da responsabilidade da instituição financeira quanto às informações que lhe são
repassadas para cadastro. É o que se extrai do art. 5º da citada norma:

Art. 5 º A omissão do nome do empregado ou a declaração inexata ou falsa sobre o salário e o seu
tempo de serviço, bem assim sobre outros dados cadastrais, sujeitará o empregador ou aquele
legalmente responsável pela prestação dessas informações, aos seguintes encargos.

I - ressarcimento dos prejuízos causados aos participantes, por não terem sido creditadas, nas
respectivas contas individuais, as importâncias de que tratam o artigo 7 º da Lei Complementar n º
7, de 7 de setembro de 1970, e o artigo 4 º da Lei Complementar n º 8, de 3 de dezembro de 1970,
bem como as parcelas referidas no artigo 3 º da Lei Complementar n º 26, de 11 de setembro de
1975;

Por óbvio, nas hipóteses em que for comprovado que as informações foram prestadas regularmente pelo
empregador e ainda assim houve erro no cadastramento por falha da instituição financeira, deverá ser
reconhecida a responsabilidade da instituição financeira. Todavia, até onde se pode divisar, não há
qualquer informação no processo que permita se alcançar essa conclusão.

Em verdade, o único documento que apresenta um início de prova da responsabilidade pelo cadastro
equivocado se encontra acostado nos autos sob o título “processo na justiça militar” (Id. 2966630).
Conquanto o texto seja apócrifo e não conste outros elementos que permitam identificar com precisão do
que se trata o documento, o fato de se tratar de mero texto e de ter sido coligida aos autos pelo próprio
autor, sem qualquer ressalva ou impugnação quanto ao seu conteúdo, permite inferir que o requerente
reconhece a validade dos fatos nele reproduzidos. E no referido documento foram consignadas as
seguintes informações:

“A Policia Militar do Estado do Pará (PMPA) não informou para o Banco do Brasil, o Número de
Inscrição do Trabalhador (NIT): 1230015321-3, correto do Policial Militar, Paulo Sérgio Correia da
Silva (...) Nada justifica a abertura de um novo NIT: 170473645-1, pela Polícia Militar do Estado do
Pará (PMPA), com dados incorretos: (RG.CTPS), haja vistas que este órgão detinha todos os
documentos de Paulo Sérgio Correia da Silva” (Id. 2966630 – Pág. 2 - sic)

Ora, se há nos autos documento acostado pelo próprio autor que responsabiliza a Polícia Militar pelo erro
no fornecimento das informações necessárias para o cadastro, não há como se imputar a
responsabilidade ao réu.

Em casos análogos, esse é o entendimento da jurisprudência:

APELAÇÃO CÍVEL - DOIS RECURSOS - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA DO PASEP C/C


AÇÃO DE DANOS MORAIS - APELAÇÃO PRINCIPAL - PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA -
BANCO DO BRASIL S/A - MERO ADMINISTRADOR - SENTENÇA REFORMADA - RECURSO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ADESIVO - PREJUDICIALIDADE. É do empregador a obrigação de cadastro e manutenção das


informações dos seus empregados, mediante RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), sendo
que os dados coletados por meio das RAIS constituem insumos para a identificação do trabalhador
com direito ao abono salarial PIS/PASEP. Assim ao Banco do Brasil cabe somente administrar tais
cadastros, conforme disposição expressa contida nos artigos 1º e 2º do Decreto nº 76.900/1975.
(TJMG - Apelação Cível 1.0480.14.002791-7/001, Relator (a): Des.(a) Alberto Henrique , 13ª CÂMARA
CÍVEL, julgamento em 02/02/2017, publicação da sumula em 10/02/2017)

APELAÇÃO. PIS/PASEP. PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES EQUIVOCADAS PELA UNIÃO.


REJEIÇÃO DA PRELIINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVAAD CAUSAM. ATENDIMENTO AOS
PRESSUPOSTOS PREVISTOS NA LEI 7.859/1999. PERCEPÇÃO DO PIS/PASEP DOS ANOS DE 2011
E 2013. RECURSO IMPROVIDO.

1. Sobre a preliminar de ilegitimidade passiva ad causam aventada pela União, tem-se que ela não
mereça acolhimento uma vez que o erro administrativo (preenchimento de informações totalmente
equivocadas sobre o então soldado ANDERSON RODRIGUES ARAÚJO, que resultou na inscrição
do seu PIS no nome de um soldado do exército chamado ARTHUR ALVES DE SOUSA) decorreu da
ação de órgão federal, in casu, o Exército Brasileiro, não havendo que se imputar qualquer conduta
comissiva ou omissiva ao Banco do Brasil ou à Caixa Econômica Federal, esta centralizadora das
operações do PIS e aquele gestor dos valores pertinentes aos depósitos do PASEP.

(TRF-5 - AC: 08027375720134058100 CE, Relator: Desembargador Federal Manoel Erhardt, Data de
Julgamento: 20/02/2016, 1º Turma)

Sobremais, ainda que o equívoco no cadastro fosse atribuível ao réu, de melhor sorte não socorre o autor,
uma vez que o demandante não descreveu qualquer violação a sua esfera extrapatrimonial advinda da
falha na inscrição.

Ao se consultar a inicial, observa-se que ora foram utilizados argumentos genéricos (vide “a negligência da
Promovida gerou a ocorrência do incidente relatado e a humilhação, vexame e constrangimentos
profundos dele decorrentes”; “de se ressaltar a angústia e a situação de estresse prolongado a que a
autora foi submetido em razão da atitude desidiosa e irresponsável da Promovida” - – Id. 2966622, págs.
10/11), ora foram expostos fatos que não guardam relação com a lide (“a frustração de perder a
locomoção também contribuiu para o elenco dos danos morais suportados pelo Sr. PAULO SÉRGIO
CORREIA DA SILVA” – Id. 2966622, pág. 10. “tal regressão no tratamento adiou sensivelmente seu
retorno ao exercício pleno de suas atividades como policial em atividades e operações” – Id. 2966622,
pág. 3).

Logo, ausente a configuração de ato ilícito por parte do réu e de qualquer prejuízo moral ao demandante, a
improcedência da pretensão é o único caminho disponível.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com apoio na argumentação apresentada e com fundamento no art. 487, I, do CPC,
JULGO TOTALMENTE IMPROCEDENTE os pedidos formulados pelo autor.

Condeno ainda o requerente em custas processuais e honorários advocatícios, os quais fixo em 10% (dez
por cento) sobre o valor da causa. No entanto, em razão do réu ser beneficiário da gratuidade da justiça,
determino a suspensão da exigibilidade dos créditos até que se comprove a insubsistência da condição de
hipossuficiência financeira que autoriza o benefício.

Ultrapassados 5 (cinco) anos sem que tenha se verificado que o sucumbente possui suficiência de
recursos para assumir os ônus sucumbenciais, devem as referidas condenações serem extintas (art. 98,
§3º do CPC).
1721
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Com trânsito em julgado desta sentença, arquivem-se os presentes autos, mediante as cautelas legais.

P.R.I.C.

Belém-PA, 23 de março de 2021

FÁBIO ARAÚJO MARÇAL

Juiz de Direito Auxiliar de 3ª Entrância

Número do processo: 0828144-56.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BOULEVARD SHOPPING


BELEM S.A Participação: ADVOGADO Nome: TADEU ALVES SENA GOMES OAB: 15188/PA
Participação: REU Nome: M A CARVALHO DE BASTOS - EPP

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL DE BELÉM

[Despejo para Uso Próprio]

AUTOR: BOULEVARD SHOPPING BELEM S.A

Nome: BOULEVARD SHOPPING BELEM S.A


Endereço: Avenida Visconde de Souza Franco, 776, Reduto, BELéM - PA - CEP: 66053-000

REU: M A CARVALHO DE BASTOS - EPP

Nome: M A CARVALHO DE BASTOS - EPP


Endereço: Avenida Visconde de Souza Franco, 776, loja 409, Reduto, BELéM - PA - CEP: 66053-000

SENTENÇA

Vistos etc.,

Embora o art. 12 do novo CPC determine a ordem cronológica de conclusão para a prolação de
sentenças, o parágrafo 2º, I e IV do NCPC excepciona esta regra e dispõe que as sentenças terminativas
estão excluídas da regra prevista no caput do dispositivo, pelo que passo ao julgamento da presente
demanda.

Considerando-se que a parte autora veio aos autos requerendo a desistência do feito e que ainda não
ocorreu a citação do réu, homologo a desistência da ação para os fins do art. 200, parágrafo único, do
Código de Processo Civil/2015.

Em consequência, JULGO EXTINTO O PROCESSO, com fundamento no art. 485, VIII, do Código de
Processo Civil.

Custas pelo autor.


1722
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Na hipótese de existência de custas remanescente e não sendo realizado o seu pagamento, o crédito
delas decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos demais encargos legais e será
encaminhado para inscrição da Dívida Ativa.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos, com as cautelas legais.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

BELÉM,24 de março de 2021

FABIO ARAUJO MARÇAL

Juiz de Direito, auxiliar de 3ª entrância.

Número do processo: 0875054-44.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CELIA SIMOES


GUERRA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO FABRICIO SANTOS DA SILVA OAB: 901/PA
Participação: REQUERENTE Nome: EDUARDO CIRILO NEGREIROS GUERRA Participação:
ADVOGADO Nome: MARCIO FABRICIO SANTOS DA SILVA OAB: 901/PA Participação: REQUERENTE
Nome: RENATO NEGREIROS GUERRA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO FABRICIO SANTOS
DA SILVA OAB: 901/PA Participação: REQUERENTE Nome: NADIA PATRICIA GUERRA QUARESMA
Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO FABRICIO SANTOS DA SILVA OAB: 901/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA.

OUTROS PROCEDIMENTOS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA (1294)

PROCESSO Nº 0875054-44.2020.8.14.0301

REQUERENTE: CELIA SIMOES GUERRA, EDUARDO CIRILO NEGREIROS GUERRA, RENATO


NEGREIROS GUERRA, NADIA PATRICIA GUERRA QUARESMA

DECISÃO

Diante da certidão id Num. 31926162 - Pág. 1, chamo o feito a ordem para corrigir o dispositivo da
sentença, onde consta “Sem custas, em razão dos autores litigarem sob o benefício da justiça gratuita”
seja corrigido por “Custas na forma da lei. Na hipótese do não pagamento das custas processuais, o
crédito delas decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos demais encargos legais e
será encaminhado para inscrição da Dívida Ativa.”

Expeça-se o alvará, após a comprovação do pagamento das custas.

Cumpra-se.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021

FABIO ARAUJO MARCAL


1723
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juiz de Direito Auxilar de 3ª Entrância

Número do processo: 0824121-72.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CALILA


ADMINISTRACAO E COMERCIO S A Participação: ADVOGADO Nome: HELIO GUEIROS NETO OAB:
15265/PA Participação: REQUERIDO Nome: TAVEIRA & OLIVEIRA LTDA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA.

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

0824121-72.2017.8.14.0301

REQUERENTE: CALILA ADMINISTRACAO E COMERCIO S A

Nome: CALILA ADMINISTRACAO E COMERCIO S A


Endereço: Rodovia dos Trabalhadores, Parque Verde, BELéM - PA - CEP: 66635-894

REQUERIDO: TAVEIRA & OLIVEIRA LTDA

Nome: TAVEIRA & OLIVEIRA LTDA


Endereço: Travessa Padre Eutíquio, - de 674/675 a 1252/1253, Batista Campos, BELéM - PA - CEP:
66023-710

SENTENÇA

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO interpostos por CALILA ADMINISTRAÇÃO E COMÉRCIO


LTDA em face da sentença de ID. 170809331, alegando, em suma, que a decisão recorrida apresenta um
erro material ao ter condenado a parte promovida no pagamento dos aluguéis e acessórios vencidos no
valor de R$ 207.162,99 (duzentos e sete mil, cento e sessenta e dois reais e noventa e nove centavos),
sem que essa providência tivesse sido requerida na petição inicial.

Ao final, requer que os presentes embargos sejam conhecidos e providos para eliminar o erro material
apontado e, consequentemente, seja excluído da condenação o pagamento dos valores a título de
aluguéis inadimplidos.

Éo suscito relatório. Decido.

Inicialmente, verifica-se que os embargos apresentados são tempestivos, uma vez que interpostos no
prazo previsto no art. 1.023 do CPC.

Os embargos de declaração constituem recurso hábil a sanar eventual omissão, contradição ou


obscuridade no julgado ou ainda para corrigir erro material, segundo dispõe o art. 1.022, do NCPC.
1724
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

No caso em exame, reconhecida a legitimidade recursal da embargante, bem como o interesse de recorrer
e a via eleita.

Regularmente processados, não há qualquer fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer, estando
preenchidos os pressupostos extrínsecos da presente via recursal.

Sustenta o Embargante a ocorrência de mero erro material na decisão prolatada, vez que constou na parte
dispositiva a condenação da parte promovida no pagamento dos aluguéis e acessórios vencidos no valor
de R$ 207.162,99 (duzentos e sete mil, cento e sessenta e dois reais e noventa e nove centavos), sem
que essa providência tivesse requerida na petição inicial.

Analisando o teor dos pedidos constante na petição inicial, percebe-se que, de fato, não há qualquer
formulação de pretensão de condenação da parte promovida em aluguéis e assessórios vencidos, mas
apenas e tão somente de despejo da requerida do imóvel descrito na peça exordial.

Ademais, o art. 62, I, da Lei nº 8.245/91 faculta ao locador a possibilidade de ajuizar somente a ação de
despejo, sem que seja indispensável a sua cumulação com a cobrança de aluguéis e assessórios da
locação.

Dessa forma, em atenção ao princípio da congruência, e considerando que o deferimento de pedido não
requerido expressamente configura julgamento extra petita, merece prosperar a pretensão recursal da
embargante.

Como consectário lógico, deve ser modificada a referência da condenação em honorários sucumbenciais,
visto que não há mais condenação pecuniária, devendo, portanto, os honorários serem calculados com
base no valor atualizado da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC.

Diante do exposto, CONHEÇO dos Embargos de Declaração e LHES DOU PROVIMENTO para excluir o
item “2” do dispositivo da sentença embargada, devendo o dispositivo passar a vigorar com a seguinte
redação: “Ante o exposto, julgo TOTAMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados pela autora CALILA
ADMINISTRAÇÃO E COMÉRCIO LTDA em face do réu TAVEIRA & OLIVEIRA LTDA (ÓTICA ANA
MARIA), nos termos da fundamentação acima, para fins de: 1) declarar rescindido o contrato de locação
celebrado entre as partes e, consequentemente, decretar o despejo do locatário, devidamente qualificado
nos autos, ratificando-se a liminar concedida (Id Num. 5911879 - Pág. 1 a 2); E assim sendo, julgo extinto
o processo com resolução de mérito, a teor do Art. 487, I, do CPC/2015, condenando o requerido, ainda,
ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios que arbitro em 10% (dez por cento) do
valor atualizado da causa, nos termos do art. 85, §2º do CPC/2015, devidamente atualizada até o efetivo
pagamento”.

ÀSecretaria para cumprir a parte final da sentença de ID.170809331 quanto à expedição do Alvará
Judicial.

Tendo em vista que o requerido não possui patrono nos autos, o prazo para recurso deverá ser contado a
partir da data da publicação desta sentença, nos termos do art. 346, do NCPC.

Remetam-se os autos à UNAJ para cálculo das custas finais.

P.R.I

Após trânsito em julgado, arquive-se os autos, com baixa na distribuição.

Expedientes necessários.

Belém, 08 de março de 2021


1725
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

FRANCISCO WALTER RÊGO BATISTA

Juiz de Direito Substituto Auxiliar da 11ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0832437-35.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BENEDITA BAHIA DO


VALE SILVA Participação: ADVOGADO Nome: DANIELA DE SA SALVIANO OAB: 15304/PA Participação:
REU Nome: BANCO DO BRASIL SA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

PROCESSO Nº 0832437-35.2021.8.14.0301

AUTOR: BENEDITA BAHIA DO VALE SILVA

Nome: BENEDITA BAHIA DO VALE SILVA


Endereço: Rua dos Pariquis, 3276, Cremação, BELéM - PA - CEP: 66045-645

REU: BANCO DO BRASIL SA

Nome: BANCO DO BRASIL SA


Endereço: SAUN Quadra 5 Lote B Torre I, Asa Norte, BRASíLIA - DF - CEP: 70040-912

DESPACHO

I – Examinando os autos, observa-se que os valores deixados pela de cujus não se enquadram em
quaisquer das hipóteses elencadas pelo Decreto 85.845/81 e/ou pela Lei 6858/80, impedindo a utilização
do alvará judicial. Diante do exposto, intimem-se os requerentes para que, no prazo de 15 (quinze) dias,
emendem à inicial, adequando-a ao procedimento de arrolamento sumário.

II - A parte autora também deve emendar a inicial, sob pena de indeferimento, nos termos do artigo 321 do
CPC/2015, esclarecendo sobre a existência de bens em nome do falecido. Na oportunidade, deverá juntar
os seguintes documentos:

A) Declaração de inexistência de outros bens sujeitos a inventário, lembrando que a declaração deve se
referir ao “de cujus”, e não aos legitimados ao recebimento dos valores, com assinatura reconhecida pelo
notário público. Ciente de que na hipótese de falsidade, sujeitar-se-á às sanções previstas no Código
Penal e as demais cominações legais aplicáveis, nos termos do art. 4º, § 2º, do Decreto nº 85.845;

B) Certidão de inexistência de herdeiros habilitados na entidade previdenciária oficial a qual o falecido era
vinculado;

III – Caso cumprida tal determinação, expeça-se ofício ao Banco do Brasil a fim de que, no prazo de 15
(quinze) dias, informe a respeito da existência de ativos financeiros em nome do(a) falecido(a) em conta
corrente ou poupança. Anote-se no expediente que a falta de tal informação causa prejuízo à prestação
jurisdicional, ferindo o princípio da duração razoável do processo, incorrendo o funcionário ou servidor
1726
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

relapso nas sanções cabíveis. Após, conclusos

Após, retornem os autos conclusos.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021

FABIO ARAÚJO MARCAL

Juiz de Direito Auxiliar de 3ª Entrância

Número do processo: 0807144-63.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOAO DE MIRANDA


LEAO NETO Participação: ADVOGADO Nome: PARLENE RIBEIRO DIAS OAB: 017459/PA Participação:
REU Nome: Invasores Desconhecidos Participação: ADVOGADO Nome: ARACELY DOS SANTOS
EVANGELISTA OAB: 013325/PA Participação: REU Nome: Carliana

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

11ª Vara Cível e Empresarial de Belém

PROCESSO: 0807144-63.2021.8.14.0301

AÇÃO: Procedimento Comum Cível

Autor: JOAO DE MIRANDA LEAO NETO

Réu: INVASORES DESCONHECIDOS

EDITAL DE CITAÇÃO/REDESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA

Prazo: 20 dias

O Doutor FABIO ARAUJO MARÇAL, Juiz de Direito Auxiliar de 3ª Entrância, FAZ SABER a quem o
presente Edital virem ou dele tiverem conhecimento que por este Juízo e expediente do Cartório da 11ª
Vara Cível e Empresarial de Belém, tramitam os autos cíveis da AÇÃO DE PROCEDIMENTO COMUM
CÍVEL, proposta por JOAO DE MIRANDA LEAO NETO, CPF 858.477.982-53, contra INVASORES
DESCONHECIDOS, CARLIANA. Estando o réu INVASORES DESCONHECIDOS atualmente em lugar
incerto e não sabido, fica o mesmo CITADO através deste EDITAL, da ação contra si movida, para que,
querendo, conteste a presente ação no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de não o fazendo, serem tidos
como verdadeiros os fatos alegados pela parte autora na Inicial, conforme as advertências dos artigos 344
a 346 do Código de Processo Civil em vigor, bem como comparecer em audiência de justificação para o
dia 16 de setembro de 2021, às 9:30h. O acesso à audiência se dará por intermédio do seguinte link, que
foi encaminhado para o endereço eletrônico das partes e/ou por seus advogados, caso tenham sido
fornecidos nos autos: https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_NDJhYjUzMDMtYWJjOC00MGQ2LTgxM2YtZTkxYWMwODQ3ZWVh%40thread.v2/0?
c o n t e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%222b69d5e4-12dc-4598-84ff-b7802c3131ca%22%7d. Caso
desejem obter o acesso ao referido link, os interessados poderão solicitá-lo pelo contato
gab.11civelbelem@tjpa.jus.br, em até 5 (cinco) dias úteis antes da realização da audiência. Tudo
1727
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

conforme despacho de Id. 30681061 presente no s autos. E para que chegue ao conhecimento de todos e
o interessado não alegue ignorância, mandou a M.M. Juiz expedir o presente Edital, que será afixado no
átrio do Fórum local, lugar de costume e publicado conforme determina a Lei. Dado e Passado nesta
cidade de Belém do Pará, aos 17 dias do mês de agosto de 2021. Eu, Janete de Carvalho Ferreira,
Servidora da Secretaria da 11ª Vara Cível e Empresarial da Capital, o subscrevi e segue assinado
digitalmente pelo magistrado. FÁBIO ARAUJO MARÇAL, Juiz de Direito Auxiliar de 3ª Entrância.

Número do processo: 0806654-75.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ADMINISTRADORA DE


CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA
TERESO JUNIOR OAB: 16837/PA Participação: REU Nome: PRISCILA SILVA FERREIRA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA.

BUSCA E APREENSÃO EM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA (81)

0806654-75.2020.8.14.0301

AUTOR: ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA

Nome: ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA


Endereço: Avenida Doutor Augusto de Toledo, 493/495, Santa Paula, SãO CAETANO DO SUL - SP -
CEP: 09541-520

REU: PRISCILA SILVA FERREIRA

Nome: PRISCILA SILVA FERREIRA


Endereço: Passagem Dias Silva, 219, Telégrafo Sem Fio, BELéM - PA - CEP: 66113-410

SENTENÇA

ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA, já qualificado nos autos, ajuizou


AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO, em desfavor de PRISCILA SILVA FERREIRA, também qualificado
nos autos.

Afirmou a autora que o requerido integra o grupo de consórcio nº 4187958518, administrado pela autora,
tendo sido contemplado com uma cota consorcial, oportunidade em que adquiriu o veículo descrito na
peça inicial.

Assevera, ainda, que para garantir o grupo da dívida remanescente, a requerida assinou a parte autora
contrato com garantia de alienação fiduciária.

Informa que a requerida deixou de efetuar os pagamentos das parcelas do consórcio, razão pela qual
requereu a concessão de medida liminar de busca e apreensão e, ao final, que fosse julgada procedente a
demanda, com a consolidação definitiva da propriedade em seu nome.
1728
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juntou aos autos procuração e documentos.

Foi deferida a liminar de busca e apreensão, sendo regularmente cumprida, com o veículo entregue ao
responsável legal do requerente; o demandado foi devidamente citado em 16 de junho de 2020 (ID.
17807296), porém, quedou-se inerte (ID n. 18364787).

Vieram os autos conclusos.

É O RELATÓRIO. DECIDO.

Cumpre também destacar que, embora o art. 12 do novo CPC determine a ordem cronológica de
conclusão para a prolação de sentenças, parágrafo 2º, I e IV do NCPC dispõe que as sentenças proferidas
em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido e as sentenças
terminativas estão excluídas da regra prevista no caput do mesmo artigo.

Isso revela que o legislador optou por distinguir as situações em que, pelo grau de simplicidade e rapidez
com que uma sentença pode ser proferida, seria injustificável que se aguardasse a prolação de decisão
em outros casos, em que a elaboração do julgado tende a tomar mais tempo do juiz.

Conforme relado ao norte, o réu foi regularmente citado e deixou transcorrer in albis o prazo para se
manifestar nos autos. Por conseguinte, deve ser aplicada ao demandado a pena de revelia e confissão
ficta quanto a matéria de fato, a teor do disposto nos arts. 285 e 319 do CPC/73 (citação que se operou
ainda na vigência da antiga Lei Processual – aplicação do princípio do tempus regit actum).

Passo, então, ao julgamento antecipado da lide, conforme previsto no art. 355, II do NCPC.

O Decreto-Lei 911/69, alterado pela lei n°. 10.931/2004 dispõe em seu § 1° do art. 3°:

Art 3º O Proprietário Fiduciário ou credor, poderá requerer contra o devedor ou terceiro a busca e
apreensão do bem alienado fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, desde que comprovada
a mora ou o inadimplemento do devedor.

§1o Cinco dias após executada a liminar mencionada no caput, consolidar-se-ão a propriedade e a posse
plena e exclusiva do bem no patrimônio do credor fiduciário, cabendo às repartições competentes, quando
for o caso, expedir novo certificado de registro de propriedade em nome do credor, ou de terceiro por ele
indicado, livre do ônus da propriedade fiduciária.

No caso em exposição o autor trouxe aos autos a prova do contrato de financiamento, bem como a
notificação extrajudicial que constituiu o demandado em mora. Somado a estes elementos, a revelia do
requerido importa no entendimento de que o débito alegado existe. Em encadeamento lógico, inexiste
outro caminho salvo o de julgar procedente o pedido do requerente.

DO DISPOSITIVO

Ante o exposto, com apoio na argumentação apresentada e com fundamento no art. 487, I, do NCPC,
JULGO PROCEDENTE o pedido formulado pelo autor, declarando rescindido o contrato firmado entre as
partes e consolidando nas mãos do autor a propriedade e posse plena e exclusiva do bem descrito na
inicial, cuja apreensão liminar torno definitiva.

Julgo extinto o processo com resolução do mérito e condeno o demandado ao pagamento de encargos
processuais e honorários advocatícios em favor do causídico do demandante, que fixo em 10% (dez por
cento) sobre o valor da causa, devidamente atualizado até o efetivo pagamento.

Com trânsito em julgado desta sentença, decorrido o prazo de 6 (seis) meses sem qualquer providência
1729
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

por parte do autor, arquivem-se os presentes autos, mediante as cautelas legais.

P.R.I.C.

Belém, 11 de março de 2021

FRANCISCO WALTER REGO BATISTA

Juiz de Direito Substituto Auxiliar da 11ª. Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0823272-03.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: RAIMUNDA DA


CRUZ SANTIAGO Participação: ADVOGADO Nome: PAULO ROBERTO FRANCO PERDIGAO OAB:
26450/PA Participação: ADVOGADO Nome: ADALCINDA DA SILVA ELERES OAB: 6188/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ELIZABETH COSTA COUTINHO OAB: 6747PA/PA Participação:
REQUERIDO Nome: DERYK ERICSSON PINHEIRO DOS SANTOS Participação: REQUERIDO Nome:
DOMINGOS VALTER VIANA BASTOS Participação: REQUERIDO Nome: PHOENIX CONSTRUCOES
LTDA - EPP

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA

MONITÓRIA (40)

PROCESSO Nº 0823272-03.2017.8.14.0301

REQUERENTE: RAIMUNDA DA CRUZ SANTIAGO

Nome: RAIMUNDA DA CRUZ SANTIAGO


Endereço: Avenida Dalva, 238, - até 903/904, Marambaia, BELéM - PA - CEP: 66615-850

REQUERIDO: DERYK ERICSSON PINHEIRO DOS SANTOS, DOMINGOS VALTER VIANA BASTOS,
PHOENIX CONSTRUCOES LTDA - EPP

Nome: DERYK ERICSSON PINHEIRO DOS SANTOS


Endereço: Guerra Passos, 218, - até 322/323, Canudos, BELéM - PA - CEP: 66090-460
Nome: DOMINGOS VALTER VIANA BASTOS
Endereço: Avenida Ceará, 245, - até 322/323, São Brás, BELéM - PA - CEP: 66090-460
Nome: PHOENIX CONSTRUCOES LTDA - EPP
Endereço: Avenida Pedro Miranda, 782-A, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66085-022

DESPACHO

Considerando a certidão (ID Num. 30113512) intime-se o requerente pessoalmente, por meio de oficial de
justiça, para manifestar sobre o seu interesse no prosseguimento do feito, no prazo de 05 (cinco) dias, sob
pena de extinção, com base no art. 485, III, do Código de Processo Civil.

Ressalte-se que a mera declaração de existência de interesse desprovida de qualquer pedido concreto ou
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

de postulação que promova o desenvolvimento regular da demanda não será considerada hábil para
atender à determinação judicial supramencionada.

Decorrido o prazo assinalado, com ou sem manifestação, devidamente certificado, retornem os autos
conclusos.

A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB,
de 22.01.2009.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021

FABIO ARAÚJO MARCAL

Juiz de Direito Auxiliar de 3ª Entrância

Número do processo: 0832249-42.2021.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: CRISTINA DA


COSTA FRANCO PINGARILHO Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO LEMOS DA SILVA NETO
OAB: 5632PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: SONIA HAGE AMARO PINGARILHO OAB:
001601/PA Participação: EMBARGADO Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO PASSARGADA Participação:
REPRESENTANTE DA PARTE Nome: MARINA RAMOS NEVES DE CASTRO OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA

EMBARGOS À EXECUÇÃO (172)

PROCESSO Nº 0832249-42.2021.8.14.0301

EMBARGANTE: CRISTINA DA COSTA FRANCO PINGARILHO

Nome: CRISTINA DA COSTA FRANCO PINGARILHO


Endereço: Rua João Balbi, 138, apto 1101, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66055-280

EMBARGADO: CONDOMINIO DO EDIFICIO PASSARGADA


REPRESENTANTE DA PARTE: MARINA RAMOS NEVES DE CASTRO

Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO PASSARGADA


Endereço: Rua João Balbi, 138, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66055-280
Nome: MARINA RAMOS NEVES DE CASTRO
Endereço: Rua João Balbi, 138, apto 1001, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66055-280

DESPACHO

R.H.
Trata-se de embargos à execução opostos por CRISTINA DA COSTA FRANCO PINGARILHO , em
contraposição à execução de título extrajudicial ajuizada em seu desfavor de CONDOMINIO DO EDIFICIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

PASSARGADA. CITE-SE a parte embargada, na pessoa de seu advogado (a) habilitado nos autos
principais (Proc. nº 0820891-80.2021.8.14.0301), para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar
impugnação aos Embargos, nos termos do Art. 920, I, do CPC/2015. Após, com ou sem manifestação,
neste último caso devidamente certificado, retornem os autos conclusos.

Defiro a gratuidade

Cumpra-se.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021

FABIO ARAUJO MARCAL

Juiz de Direito Auxiliar de 3ª Entrância

Número do processo: 0854512-73.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ITAU UNIBANCO S.A.


Participação: ADVOGADO Nome: PAULO ROBERTO JOAQUIM DOS REIS OAB: 23134/SP Participação:
ADVOGADO Nome: CARLOS ALBERTO BAIAO OAB: 19728/RJ Participação: REU Nome: P0LO
PARTICIPACOES LTDA - EPP Participação: REU Nome: RICARDO MONTENEGRO GONDIM

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA.

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

0854512-73.2018.8.14.0301

AUTOR: ITAU UNIBANCO S.A.

Nome: ITAU UNIBANCO S.A.


Endereço: Centro Empresarial Itaú Conceição, 100, Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha 100,
Parque Jabaquara, SãO PAULO - SP - CEP: 04344-902

REU: P0LO PARTICIPACOES LTDA - EPP, RICARDO MONTENEGRO GONDIM

Nome: P0LO PARTICIPACOES LTDA - EPP


Endereço: Avenida Conselheiro Furtado, 3249, Sala A, Cremação, BELéM - PA - CEP: 66063-060
Nome: RICARDO MONTENEGRO GONDIM
Endereço: Avenida Conselheiro Furtado, 3536, Bloco A, Apartamento 104, Guamá, BELéM - PA -
CEP: 66073-160

[Contratos Bancários]

0854512-73.2018.8.14.0301
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AUTOR: ITAU UNIBANCO S.A.

Endereço: Centro Empresarial Itaú Conceição, 100, Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha 100, Parque
Jabaquara, SãO PAULO - SP - CEP: 04344-902

REU: P0LO PARTICIPACOES LTDA - EPP, RICARDO MONTENEGRO GONDIM

Endereço: Avenida Conselheiro Furtado, 3249, Sala A, Cremação, BELéM - PA - CEP: 66063-060

Nome: RICARDO MONTENEGRO GONDIM

Endereço: Avenida Conselheiro Furtado, 3536, Bloco A, Apartamento 104, Guamá, BELéM - PA - CEP:
66073-160

SENTENÇA

Vistos, etc.

Tratam-se os presentes de AÇÃO DE COBRANÇA, proposta por ITAU UNIBANCO S.A., já devidamente
qualificado nos autos, em face de P0LO PARTICIPACOES LTDA – EPP e outro, igualmente identificado.

Em petição (id. 20715541), os litigantes apresentaram transação realizada extrajudicialmente, com o


objetivo de resolver a lide. Assim, pleitearam a homologação do mencionado acordo e a consequente
arquivamento dos autos.

Éo que merece relato.

DECIDO

Embora o art. 12 do novo CPC determine a ordem cronológica de conclusão para a prolação de
sentenças, o §2º, I do NCPC excepciona esta regra ao dispor que as sentenças homologatórias de acordo
estão excluídas da regra prevista no caput do dispositivo, pelo que passo ao julgamento da presente
demanda

Pois bem. Tendo sido observadas as formalidades legais, sendo as partes capazes e adequadamente
representadas, não havendo qualquer indício de vício no consentimento e sendo o objeto transacionado
lícito e disponível, HOMOLOGO POR SENTENÇA o acordo apresentado pelas partes, para que produza
seus efeitos legais e jurídicos.

Por corolário, JULGO EXTINTO o processo com resolução do mérito, nos termos do art. 487, III, “b”, do
CPC.

Sem custas, em razão do previsto no art. 90, §3º do CPC.

Com o trânsito da presente decisão, que se dará mediante publicação no Diário de Justiça, arquivem-se os
autos.

P.R.I.C.

Belém, 10 de março de 2021

Francisco Walter Rego Batista


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juiz de Direito Auxiliar - Portaria 906/2021

Número do processo: 0866958-11.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LIDER COMERCIO E


INDUSTRIA LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: JOELSON ARAUJO RODRIGUES OAB: 11474/PA
Participação: ADVOGADO Nome: STEFANO RIBEIRO DE SOUSA COSTA OAB: 18717/PA Participação:
ADVOGADO Nome: MAX PINHEIRO MARTINS JUNIOR registrado(a) civilmente como MAX PINHEIRO
MARTINS JUNIOR OAB: 18711/PA Participação: ADVOGADO Nome: ISIS KRISHINA REZENDE
SADECK OAB: 9296/PA Participação: ADVOGADO Nome: PAULA AMANDA RIBEIRO TEIXEIRA
VASCONCELOS OAB: 22540/PA Participação: REU Nome: EDNA DAS GRACAS SILVA DOMINGUEZ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA.

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

0866958-11.2018.8.14.0301

AUTOR: LIDER COMERCIO E INDUSTRIA LTDA.

Nome: LIDER COMERCIO E INDUSTRIA LTDA.


Endereço: Rua dos Pariquis, 1056, - de 640/641 a 952/953, Jurunas, BELéM - PA - CEP: 66033-590

REU: EDNA DAS GRACAS SILVA DOMINGUEZ

Nome: EDNA DAS GRACAS SILVA DOMINGUEZ


Endereço: Passagem Alvino, 164, AVENIDA JOSE BONIFÁCIO, Condor, BELéM - PA - CEP: 66065-
178

SENTENÇA

LÍDER COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA, devidamente identificado na exordial, ajuizou AÇÃO DE


COBRANÇA em desfavor de EDNA DAS GRAÇAS DOMINGUEZ MARQUES, também devidamente
identificados.

Afirma o autor ser fornecedor de bens e serviços em varejo, tendo como principal atividade econômica a
venda de produtos alimentícios e produtos diversos de magazine, onde disponibiliza pagamento tanto à
vista quanto a prazo, e uma das facilidades da empresa é o pagamento a crédito através do cartão
Liderzan, que permite ao consumidor pagar a mercadoria com a fatura de cobrança que chega até sua
residência dentro do vencimento.

Aduz ser a requerida cliente da autora, sempre efetuando compras e pagando corretamente, sendo que
nos últimos meses a primeira teria faltado com suas obrigações, o que teria gerado cobrança amigável,
sem ter havido solução.

Informa, assim, que a requerida teria um débito no valor de R$ 1.506,07 (um mil, quinhentos e seis reais e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

sete centavos), e que acrescido de juros, correção monetária, custas e honorários advocatícios,
alcançaria o valor de R$ R$ R$ 4.217,82 (quatro mil, duzentos e dezessete reais e oitenta e dois
centavos), pedindo, ao fim, a condenação do requerido nestes termos.

Juntou procuração e documentos no ID 7187457.

Em despacho de ID. 8322237, foi determinada a citação da requerido, o que restou devidamente cumprida
no ID. 9161543.

Na audiência de conciliação de ID. 9523484, não foi possível a tentativa de composição amigável haja
vista o não comparecimento da requerida, restando a mesma condenada em multa de 2% (dois por cento)
sobre o valor da causa, que deverá ser revertida em favor do Estado.

No ID. 16462159 foi que não houve manifestação da parte requerida.

Os autos foram encaminhados à UNAJ e voltaram conclusos para fins de julgamento antecipado.

É O RELATÓRIO. DECIDO.

Verifico ainda que o presente feito está concluso desde 11.05.2020, encontrando-se assim na lista de
processos mais antigos para julgamento, nos termos do art. 12, do NCPC.

Cumpre também destacar que a presente sentença deve ser proferida à luz da Lei n. 13.105, de 16 de
Março de 2015, que instituiu o Novo Código de Processo Civil, sendo que a análise do direito probatório
deverá ser realizada com base no CPC/73, de acordo com o art. 1.047, do NCPC.

No mais, embora o art. 12 do novo CPC determine a ordem cronológica de conclusão para a prolação de
sentenças, parágrafo 2º, I e IV do NCPC dispõe que as sentenças proferidas em audiência,
homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido e as sentenças terminativas estão
excluídas da regra prevista no caput do mesmo artigo.

Isso revela que o legislador optou por distinguir as situações em que, pelo grau de simplicidade e rapidez
com que uma sentença pode ser proferida, seria injustificável que se aguardasse a prolação de decisão
em outros casos, em que a elaboração do julgado tende a tomar mais tempo do juiz.

E este é o caso dos autos, vez que se trata de demanda de fácil resolução, por se tratar de revelia.

Feitos tais comentários, passa-se à análise meritória.

Trata-se de processo de cobrança movido por LÍDER COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA em desfavor de
EDNA DAS GRAÇAS DOMINGUEZ MARQUES.

Feitas tais considerações, observa-se que o pedido está devidamente instruído. A parte requerida não
contestou a ação, impondo-se a decretação de sua revelia, o que o faço neste ato, assim como o
reconhecimento dos fatos afirmados pelo autor em sua inicial, conforme estatui o art. 344, do Novo Código
de Processo Civil, in verbis:

Art. 319. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.

Diante da revelia do requerido, o julgamento antecipado do mérito se impõe, por não haver necessidade
de se buscar outras provas, principalmente, quando estas estão robustecidas pelos documentos
ancorados na inicial.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Com efeito, nesse diapasão é o entendimento da Jurisprudência Pátria, abaixo transcrita:

“No caso de revelia do réu, existe a presunção legal de veracidade dos fatos alegados, de maneira que o
juiz não deve determinar de ofício a realização de prova, a menos que seja absolutamente necessária para
que profira a sentença”. (TRF. 1a. Turma, Ag. 47.562-RJ. Rel. Min. Carlos Thibau. Código de Processo
Civil – Theotônio Negrão – 26a. Edição, pa. 288).

Sobre o tema, dispõe o art. 389, do CC/02:

Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e
atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de
advogado.

Verifica-se que o autor comprovou a existência da dívida, ao juntar aos autos os documentos de ID.
7187493. Assim, diante da confissão ficta da requerida, decorrente da revelia decretada e com base ainda
nos documentos apresentados, entendo provada a existência da dívida no valor de R$ 1.506,07 (um mil,
quinhentos e seis reais e sete centavos), devendo ser acrescida de juros de 1% a.m. (art. 397, do NCCB),
a contar do vencimento de cada parcela, informado na inicial, e correção monetária, pelo INPC, a contar
do ajuizamento da presente ação (art. 1o., § 2o, da Lei 6.899/81).

Por outro lado, quanto à cobrança de honorários advocatícios contratuais, deve ser afastada tal cobrança,
vez que a obrigação contratual decorre de relação existente entre o cliente (autor) e seu advogado, e
obriga apenas estes, além de não se confundir com os honorários sucumbenciais, que são arbitrados pelo
juízo, nos termos do art. 85, §2º., do NCPC.

Veja-se que tal entendimento é bem explicitado no voto do Relator: Luiz Cezar Nicolau no APL: 13155365
PR 1315536-5 (TJ-PR, Data de Julgamento: 26/08/2015, 12ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 1645
10/09/2015), abaixo:

[...] Portanto, mesmo diante da revelia do réu/apelado, inexiste qualquer vício por afronta ao
princípio da congruência na decisão recorrida que, ao julgar o pleito pela condenação do réu ao
pagamento dos aluguéis, encargos, multa rescisória e honorários advocatícios, afastou a cobrança
de honorários advocatícios previamente estabelecidos no montante de 10% do valor do débito, por
considerá-la abusiva, sob o argumento de que “os honorários devem ser fixados judicialmente nos
termos do que dispõe o art. 20 do Código de Processo Civil” (mov. 49.1).

Não há que se falar, assim, em declaração de nulidade de cláusulas contratuais de ofício, mas, tão
somente, julgamento de parcial procedência do pedido inicial.

Inexiste, igualmente, contradição no pronunciamento singular, pois o que não foi acolhido foi a
incidência dos honorários convencionais previstos à cláusula 12º do contrato de locação e não a
incidência de honorários sucumbências, como determinado pela decisão de mov. 19, os quais não
se confundem.

Sobre o tema já se manifestou o Superior Tribunal de Justiça: “Os sucumbenciais relacionam-se


com o processo e constituem crédito autônomo do advogado (...). Assim os honorários atribuídos
a título de sucumbência não se confundem como os honorários ressarcitórios, convencionais ou
arbitrados. Os honorários ressarcitórios, convencionais ou arbitrados, representam dispêndio do
credor e, por essa razão, perdas e danos decorrentes do inadimplemento das obrigações,
notadamente em razão da necessidade de contratação de advogado para efetivar o direito de
receber o objeto da prestação da relação jurídica obrigacional” (REsp 1.027.797/MG, Terceira
Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 17/02/2011).

Todavia, malgrado não se confundirem, a orientação deste Tribunal é de que a cobrança de


honorários advocatícios previamente estabelecidos no contrato de locação é inadmissível,
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porquanto possuem a mesma natureza dos honorários sucumbenciais, o que representaria bis in
idem: “APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DO DEVEDOR. EXECUÇÃO DE CONTRATO DE LOCAÇÃO
(...) HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS PREVISTOS NO CONTRATO DE LOCAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE
DE COBRANÇA. FIXAÇÃO NA SENTENÇA. BIS IN IDEM. READEQUAÇÃO DOS ÔNUS DE
SUCUMBÊNCIA.1. “Não há como serem, os honorários advocatícios, previamente estabelecidos no
contrato, pelo menos para o processo judicial, porquanto incumbe ao magistrado arbitrá-los,
segundo as circunstâncias do caso concreto"(TJPR - 11ª C.Cível - AC 464332-9 - Rel.: Luiz Antônio
Barry - J. 30.04.2008) (...). Note-se que a possibilidade de cobrança dos honorários previstos no
contrato de locação, bem como a fixação de honorários advocatícios de sucumbência pelo Juízo a
quo, acarretaria em bis in idem, vez que possuem a mesma natureza. Ademais, o arbitramento de
honorários advocatícios na sentença não está vinculado à previsão contratual, pelo que o pedido
não merece ser acolhido (...)” (AP 950.552-2, 11ª CCív, Rel. Des. Ruy Muggiati, julgado em
14/11/2012).

E neste sentido, os honorários sucumbenciais devem ser arbitrados pelo juízo na forma prevista no art. 85,
§2º., do NCPC.

Assim, entendo provada a existência da dívida no valor de R$ 1.506,07 (um mil, quinhentos e seis reais e
sete centavos), devendo ser acrescida de juros de 1% a.m., a contar da citação (Art. 405, do CC/02), e
correção monetária, pelo INPC, a contar do vencimento da dívida (Súmula 43, STJ).

DO DISPOSITIVO

Pelo exposto, com a fundamentação, julgo TOTALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados pela
autora LÍDER COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA em desfavor de EDNA DAS GRAÇAS DOMINGUEZ
MARQUES e, por consequência, condeno os requeridos, de forma solidária, ao pagamento da
importância de R$ 1.506,07 (um mil, quinhentos e seis reais e sete centavos), acrescidos de juros e
correção monetária, nos termos da fundamentação.

Tendo em vista que a parte requerida não possui patrono nos autos, desnecessária a sua intimação
da sentença, sendo que o prazo deverá ser contado a partir da data da publicação da sentença, nos
termos do art. 346, do NCPC.

Condeno a parte requerida ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em
10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, § 2º do NCPC.

Em relação às custas porventura devidas, em caso de não pagamento, no prazo de 15 (quinze) dias, o
crédito delas decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos demais encargos e será
encaminhado para inscrição em dívida ativa.

Transitado em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas legais.

P.R.I.C.

Belém, 11 de Dezembro de 2018.

Belém, 08 de março de 2021

FRANCISCO WALTER RÊGO BATISTA

Juiz de Direito Substituto Auxiliar da 11ª Vara Cível e Empresarial de Belém


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Número do processo: 0845994-89.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CYNTIA DANIELLE


SILVA MENDES CABRAL Participação: REQUERIDO Nome: BRADESCO SAUDE S/A

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA.

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

PROCESSO Nº 0845994-89.2021.8.14.0301

AUTOR: CYNTIA DANIELLE SILVA MENDES CABRAL

Nome: CYNTIA DANIELLE SILVA MENDES CABRAL


Endereço: Residencial Mário Covas, Bloco 36, apto 03, Coqueiro, BELéM - PA - CEP: 66670-002

REQUERIDO: BRADESCO SAUDE S/A

Nome: BRADESCO SAUDE S/A


Endereço: Avenida Generalíssimo Deodoro, 1418, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66035-090

DECISÃO

R.H

Tratam-se os presentes autos de AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO


POR DANOS MORAIS E DE TUTELA DE URGÊNCIA proposta por CYNTIA DANIELLE SILVA MENDES
CABRAL, em face de BRADESCO SAÚDE S/A.

Em breve síntese, alegou a demandante que cliente do Plano de Saúde fornecido pela empresa requerida
sob o contrato/cartão nº 774 718 006920 014 e foi diagnosticada com DOENÇA DE PAGET (CID 10:
M88). Alega ainda que a doença que a aflige caracteriza-se por ser um transtorno crônico do esqueleto
adulto em que a renovação óssea é acelerada em áreas localizadas, o que pode afetar qualquer osso,
sendo os mais afetados os ossos da pelve, da coxa e do crânio. Como consequência, a matriz normal é
substituída por osso amolecido e expandido, ou seja, mais fracos do que o normal. Os sintomas podem
incluir dores ósseas, deformidade óssea, artrite e compressão nervosa dolorosa.

Juntou laudo médico onde a Reumatologista Dra. Fabíola Brasil (CRM-PA: 9461) prescreveu
tratamento com ACLASTA 5/mg, que deve ser utilizado a cada 12 meses, em caráter de urgência, uma
vez que a requerente encontra-se com quadro álgico importante e progressivo em região pélvica, o que a
incapacita de desempenhar suas atividades cotidianas elaborais.Afirma que a requerente buscou a
autorização do plano de saúde para dar continuidade ao tratamento e evitar os sintomas cotidianos, assim
como a progressão de sua doença e uma melhoria em sua qualidade de vida, contudo o pedido foi negado
administrativamente pelo plano, que sequer informou o motivo do indeferimento.

Por fim, requereu, em sede de tutela de urgência de natureza antecipada, que a demandada
seja compelida a fornecer o medicamento em tela, sob pena de multa diária.

É o que se fazia necessário relatar. Decido.

Pleiteia a autora, em sede de tutela de urgência antecipada inaudita altera parte, a determinação judicial
para que a ré seja obrigada a fornecer medicamento com o princípio ativo ACLASTA 5/mg. A respeito da
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tutela antecipada, dispõe o art. 300 do CPC:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

...

§2º. A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

Percebe-se, pois, que o Código de Processo Civil condiciona a concessão da tutela provisória de urgência,
em linhas gerais, ao preenchimento dos requisitos de fumus boni iuris e periculum in mora – não
descurando da possibilidade de existência de outros elementos acidentais específicos, como a
averiguação da reversibilidade da medida (art. 300, §3º do CPC) ou necessidade de fixação de caução
(art. 300, §1º do CPC).

Pois bem. A probabilidade do direito invocado reside no fato de que, em consulta ao site da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, verifica-se que há fármacos com o princípio ativo ACLASTA
5/mg registrados na autarquia de controle sanitário LIBBS FARMACÊUTICA LTDA SOLUÇÃO PARA
INFUSÃO 0,05 MG/ML data da inclusão 31/03/2019. Logo, a pretensão em comento não tem por objetivo
o fornecimento de medicamento não autorizado ou indisponível no mercado nacional.

Nessa senda, sendo o posicionamento pacífico do STJ de que deve ser reputada abusiva a negativa pelo
plano de saúde de fornecimento de medicamento necessários para o tratamento de doenças elencadas no
instrumento contratual (ex vi: AgInt no AREsp 1272554/RJ, julgado em 23/10/2018; AgInt no AREsp
1285474 / DF, julgado em 08/10/2018), bem como existindo firme posicionamento jurisprudencial acerca
da obrigatoriedade das empresas de seguro saúde assegurarem os medicamentos prescritos pelos
profissionais de saúde que acompanham o paciente, ainda que em uso off label (AgInt no AREsp
1423148/SP, julgado em 30/09/2019, AgInt no AREsp 1490311/SP, julgado em 17/09/2019), entendo que
há indícios relevantes de que assiste direito ao demandante em seu pleito.

No caso do perigo da demora, reconheço a sua existência no fato de que o litígio posto envolve o direito à
vida do requerente. Afinal, de acordo com o laudo do profissional de saúde que acompanha o tratamento
da autora (Id. Num. 31383460), a situação do demandante é grave e a utilização do fármaco em tela é
necessária para tentar melhorar o seu quadro clínico.

Por fim, ressalto que não verifico, em uma cognição não exauriente, a existência de irreversibilidade nesta
decisão liminar, visto que, na hipótese de a requerida sagrar-se vencedora ao fim do curso regular do
processo, poderá efetuar a cobrança dos valores gastos com o tratamento em questão.

Diante do exposto, e considerando o que mais consta dos autos, DEFIRO A TUTELA ANTECIPADA DE
URGÊNCIA pleiteada, determinando que a requerida forneça medicamento contendo o princípio ativo
ACLASTA 5/mg, que deve ser utilizado a cada 12 meses e no quantitativo solicitado pela médica que
acompanha a autora, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a contar da ciência desta decisão, sob pena
de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais) até o limite de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).

Cite-se a ré, intimando-a da presente decisão, advertindo-lhe que o descumprimento deste


pronunciamento poderá ser considerado ato atentatório a dignidade da justiça, com as aplicações das
penas da lei.

No mesmo ato, intime-se a requerida para que, querendo, apresente contestação no prazo de 15 (quinze)
dias. Faça-se constar no mandado a advertência de que a ausência de defesa implicará na decretação da
pena de revelia e poderá resultar na confissão quanto à matéria de fato, admitindo-se como verdadeiros os
fatos articulados na petição inicial.

Em razão da necessidade de prevenção ao contágio pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19),


1739
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

deixo, excepcionalmente, de designar audiência de conciliação, ficando, contudo, a secretaria autorizada a


agendá-la caso as partes manifestem, por meio de petição, o interesse na conciliação.

Defiro o benefício da justiça gratuita.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como carta de citação ou mandado, nos termos do
Provimento n. 003/2009-CJRMB.

Cumpra-se com urgência.

Autorizo o uso do plantão judicial para cumprimento da medida.

Belém-PA, 18 de agosto de 2021

FABIO ARAUJO MARCAL

Juiz de Direito Auxilar de 3ª Entrância

Número do processo: 0873331-58.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RUTH CAPELA LEAO


Participação: ADVOGADO Nome: JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO OAB: 007261/PA Participação:
REU Nome: FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS NAO PADRONIZADOS NPL II

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA.

PROC. Nº. 08732927-42.2018.814.0301 AUTOS DE AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE


RELAÇÃO JURÍDICA C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
AUTORA: RUTH CAPELA LEÃO

RÉ: FUNDO DE INVESTIMENTOS EM DIREITOS CREDITÓRIOS

RELATÓRIO

RUTH CAPELA LEÃO, devidamente qualificada nos autos, propôs a presente AÇÃO DECLARATÓRIA
DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
em face de FUNDO DE INVESTIMENTOS EM DIREITOS CREDITÓRIOS, também qualificada.

Relatou a autora que foi inscrita em órgão de restrição ao crédito pela ré; no entanto, afirmou que
desconhece a origem do débito e que jamais firmou o contrato que originou a dívida cobrada.

Pelo exposto, requereu a declaração de inexistência da relação jurídica questionada, bem como a
condenação da demanda em danos morais, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juntou documentos.

Em decisão de Id. 8456810 foi concedida a tutela antecipada, determinando a suspensão da inscrição do
débito contestado.

Devidamente citada (Id. 10194014), a requerida não apresentou contestação (Id. 16474750).

Em decisão de Id. 17425564, foi decretada a revelia da ré e anunciado o julgamento antecipado da lide.

É O RELATÓRIO. DECIDO.

I – Da aplicação do Código de Defesa do Consumidor

Antes do ingresso no exame de quaisquer fundamentos fáticos da lide, impende fixar que a presente
demanda deverá ser examinada sob o manto das regras e princípios que regem a legislação
consumerista.

Éevidente que a relação jurídica existente entre as partes se encontra submetida aos regramentos do
Código de Defesa do Consumidor, figurando a autora como consumidora, vez que destinatária final
econômica e fática do serviço prestado pela ré de modo habitual e profissional (artigos 2º e 3º do CDC).

Neste sentido, é claro o entendimento do Tribunal da Cidadania, inclusive manifestado através de súmula:

Súmula 297 - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.

Com efeito, estabelece o art. 14, do CDC, que:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela


reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços,
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

(...)

§ O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:

I – que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;

II – a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

Assim, deve o litígio em apreço ser analisado com apoio na responsabilidade do fornecedor pela
modalidade objetiva, ou seja, independentemente de comprovação de eventual culpa ou dolo para
reparação dos danos causados aos consumidores, conforme se depreende do disposto nos arts. 7º,
parágrafo único, 25, § 1º, e 34, todos do CDC.

II – DO MÉRITO

Superado este introito necessário, passa-se à análise dos fatos.

Apreciando os fundamentos fáticos e jurídicos apresentados, entendo que assiste razão à autora.

Ao menos um fato importante para o exame da lide é manifestamente incontroverso, qual seja: o de que a
requerida inscreveu o nome da requerente em cadastro de restrição ao crédito, consoante inclusive
provado nos autos com o documento de Id. 7499212.
1741
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Partindo-se da premissa desses fatos não contraditados, centraliza-se o debate acerca do ponto cardeal
da questão, a saber: a inscrição do nome da autora em banco de dados de consumidores inadimplentes
foi irregular ou se agitou de mero exercício regular de um direito da instituição financeira? A resposta a
essa pergunta, por certo, é imprescindível para determinar se existe ou não ato ilícito por parte da ré.

Sucede que, em razão da sua revelia, a ré confessou de forma ficta os fatos narrados, de modo que não
há outro caminho a percorrer salvo reconhecer que a relação jurídica objeto da lide é inválida, devendo ser
declarada inexistente. Em encadeamento lógico, como a dívida exigida pela demandada não possui
suporte jurídico, a inscrição da demandante em órgão de restrição ao crédito configura manifesto ato
ilícito.

Em encadeamento lógico, sendo a responsabilidade da ré objetiva, far-se-ia necessário apenas verificar se


o ato antijurídico provocou dano moral na autora para fazer eclodir o dever de reparação. Porém, em se
tratando de inscrição indevida em banco de dados de consumidores inadimplentes, esse dano tem
natureza in re ipsa, ou seja, prescinde de prova por derivar ordinariamente do fato defeso.

A título de ilustração, transcreve-se alguns julgados do STJ sinalizando este entendimento:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. 1. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO ART. 1.022 DO CPC/2015. 2.
CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO CONFIGURADO. NEXO DE CAUSALIDADE E VALOR DA
INDENIZAÇÃO. REEXAME. SÚMULA 7/STJ. 3. INSCRIÇÃO INDEVIDA NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO
AO CRÉDITO. DANO MORAL IN RE IPSA. SÚMULA 83/STJ. 4. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.

(...)

3. A jurisprudência sedimentada desta Casa firmou entendimento no sentido que a inscrição


indevida em cadastro negativo de crédito caracteriza, por si só, dano in re ipsa, o que implica
responsabilização por danos morais. Súmula n. 83/STJ.

4. Agravo interno a que se nega provimento.

(AgInt no AREsp 1755426/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 08/02/2021, DJe 12/02/2021)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO


INDENIZATÓRIA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NÃO CARACTERIZAÇÃO.
LEGITIMIDADE PASSIVA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA
N. 7 DO STJ. TÍTULO DE CRÉDITO.PROTESTO INDEVIDO. DANO MORAL IN RE IPSA. SÚMULA N.
83 DO STJ. DECISÃO MANTIDA.

(...)_

3. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que, na hipótese de protesto


indevido de título ou de inscrição irregular em cadastros de inadimplentes, o dano moral se
configura in re ipsa - independentemente de prova. Aplicação da Súmula n. 83 do STJ.

4. Agravo interno a que se nega provimento.

(AgInt no AREsp 1679481/MS, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA,
julgado em 28/09/2020, DJe 01/10/2020)

Definida a responsabilidade da requerida pela reparação, passa-se, adiante, ao arbitramento da


indenização devida.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

O dano moral, apesar de ter sido consagrado no art. 5º, incisos V e X, da Constituição Federal de l988, na
Doutrina e na Jurisprudência, é ainda muito discutido, principalmente em se tratando da quantificação –
dado o teor subjetivo da questão – que, frente à inexistência de “métodos exatos” para defini-lo, inexiste,
igualmente, a possibilidade de reunir uma certeza, deixando, ao arbítrio do magistrado.

Em análise recente, feita já à luz da Constituição de l998, o grande civilista contemporâneo CAIO MÁRIO
DA SILVA MARTINS (Responsabilidade Civil, 2ª ed., Rio, Forense, 1990, nº pg.67) faz o seguinte
balizamento para a fixação do ressarcimento no caso de dano moral, que, sem dúvida, correspondente à
melhor e mais justa lição sobre o penoso tema:

“A vitima de uma lesão a algum daqueles direitos sem cunho patrimonial efetivo, mas ofendida em
um bem jurídico que em certos casos pode ser mesmo mais valioso do que os integrantes de seu
patrimônio, deve receber uma soma que compense a dor ou o sofrimento, a ser arbitrada pelo juiz,
atendendo às circunstâncias de cada caso, e tendo em vista as posses do ofensor e a situação
pessoal do ofendido. Nem tão grande que se converta em fonte de enriquecimento, nem tão
pequena que se torne inexpressiva”.

Portanto, cabe ao juiz fixar o quantum referente ao dano moral sofrido pela pessoa ofendida, tendo em
contas as condições das partes, com equilíbrio, prudência e, sobretudo, bom senso. Assim, ad cautelam,
deve o juiz bem pesar ao auferir o quantum a ser atribuído a título de ressarcimento do dano moral sofrido,
pois, se a vítima pudesse exigir a indenização que bem quisesse e se o juiz pudesse impor a condenação
que lhe aprouvesse, cada demanda se transformaria num jogo lotérico, com soluções imprevisíveis e as
mais disparatadas.

Por conseguinte, na fixação do quantum debeatur da indenização, mormente tratando-se de dano moral,
deve o Juiz ter em mente o princípio de que o dano não pode ser fonte de lucro, e o princípio da lógica do
razoável deve ser a bússola norteadora do Julgador. Razoável é aquilo que é sensato, comedido,
moderado, que guarda uma certa proporcionalidade.

Diante dos limites da questão posta e de sua dimensão na esfera particular e geral da autora, visando
além do conforto da reparação, mas também limitar a prática de atos como o noticiado tenho, como justa,
a indenização como ressarcimento e reparação do dano moral, no valor equivalente a R$ 3.500,00 (três
mil e quinhentos reais) - acrescido de juros de 1% (um por cento) ao mês, a contar da citação, e correção
monetária, pelo INPC, a partir da presente decisão (Súmula 362 do STJ).

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com apoio na argumentação apresentada e com fundamento no art. 487, I, do CPC,
JULGO PROCEDENTE os pedidos formulados pela autora, e, por consequência: a) confirmo a tutela
antecipada de Id. 8456810 e declaro a inexistência da relação jurídica controvertida nos autos,
determinando a exclusão definitiva do apontamento negativo relativo ao contrato 0624260-0093715; b)
condeno a ré ao pagamento de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) - acrescido de juros de 1% (um
por cento) ao mês, a contar da citação, e correção monetária, pelo INPC, a partir da presente decisão
(Súmula 362 do STJ).

Condeno ainda a ré ao pagamento de custas e honorários advocatícios, os quais fixo em 10% (dez por
cento) sobre o valor da condenação.

Remetam-se os autos à UNAJ para apuração das custas processuais pendentes, incluindo a multa de 2%
(dois por cento) sobre o valor da causa aplicada à ré em razão da sua ausência injustificada na audiência
de conciliação (Id. 10298245). Em seguida, intime-se a requerida para efetuar o pagamento de da
condenação, advertindo-lhe de que, na hipótese de inadimplemento das custas processuais, o crédito
tributário sofrerá atualização pelos encargos legais e será encaminhado para inscrição da Dívida Ativa.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos, com as cautelas legais.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

P.R.I.C.

Belém-PA, 22 de março de 2021

FÁBIO ARAÚJO MARÇAL

Juiz de Direito Auxiliar de 3ª Entrância

Número do processo: 0847192-64.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: C. D. S. M. R. C. C. C. D.


S. M. Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS AUGUSTO VASCONCELOS OAB: 9360/PA
Participação: REU Nome: U. D. B. C. D. T. M.

PROCESSO Nº: 0847192-64.2021.8.14.0301

DECISÃO

Trata-se de OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA EM CARATER URGENTE C/C DANOS
MORAIS movida por CARLOS DA SILVA MARTINS em desfavor da UNIMED BELÉM – COOPERATIVA
DE TRABALHO MÉDICO.

Alega o autor que houve maio de 2021 foi diagnosticado com câncer, sendo prescrito por seu médico o
imediato tratamento com quimioterapia, com as seguintes medicações:

5FU 400MG/M2 EM BOLUS 728 MG

OXALIPLATINA 85 MG/M2 EM 2HS 155 MG

LEUCOVORIN 400 MG/M2 JUNTO COM OXALI 728 MG

5FU 2400 MG/M2 EM 46 HS 4368 MG

Entretanto, a requerida liberou apenas parte da medicação, tendo recusado os medicamentos


APREPTANTO (EMEND) e OXALIPLATINA 85 MG/M2 EM 2 HS 155MG (ELOXATIN 155MG), conforme
parecer conclusivo da UNIMED emitido em 23/07/2021.

Diante da recusa o médico do autor, em 16/08/2021, emitiu novo laudo justificando a necessidade das
referidas medicações.

Assim, pleiteia a realização dos tratamentos quimioterápicos, conforme as prescrições estabelecidas pelo
seu médico, inclusive no que diz respeito à dosagem da medicação OXALIPLATINA 85 MG/M2 EM 2 HS
155MG (ELOXATIN 155MG) calculada pelo médico do autor, pelo tempo que durar o tratamento.

Éo breve relatório, considerando o regime de plantão.

Passo a Decidir:

Analisando os autos, verifico que os fatos narrados tiveram início em 23/07/2021 com emissão de parecer
1744
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

desfavorável para as medicações APREPTANTO (EMEND) e OXALIPLATINA 85 MG/M2 EM 2 HS 155MG


(ELOXATIN 155MG).

Ocorre que diante da negativa, o médico do autor apresentou, em 16/08/2021, justificativa para
manutenção da medicação OXALIPLATINA 85 MG/M2 EM 2 HS 155MG (ELOXATIN 155MG) no
tratamento quimioterápico.

Portanto, trata-se de hipótese a ser apreciada no plantão.

Da simples narrativa autoral percebe-se a verossimilhança das alegações, bem como a da probabilidade
do seu direito em ver-se assistido pelo seu plano de saúde.

Destaco que a jurisprudência pátria é uníssona em entender que não cabe ao plano de saúde, determinar,
qual o tratamento médico a ser realizado pelo paciente, de modo que, havendo indicação do médico que o
assiste, se configura medida arbitrária e abusiva a recusa do plano em fornecer a medicação prescrita.

Neste sentido, segue jurisprudência:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM PRECEITO COMINATÓRIO E DANO MORAL.


PLANO DE SAÚDE. NEOPLASIA MALÍGNA DE PÂNCREAS. MEDICAMENTOS IRINOTECANO
E OXALIPLATINA. NEGATIVA DE COBERTURA. DESCABIMENTO. DANOS MORAIS. OCORRÊNCIA.
CASO CONCRETO. MAJORAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. HONORÁRIOS RECURSAIS. I. No
caso concreto, a parte autora foi diagnosticada com neoplasia maligna de pâncreas, necessitando ser
submetida ao tratamento com o protocolo Folfirinox, que combina os
medicamentos Fluoruracila, Folinato de Cálcio, Irinotecano e Oxaliplatina. A o plano de saúde negou a
cobertura para os medicamentos Irinotecano e Oxaliplatina, eis que não indicados para a doença da
autora. II. Os contratos de planos de saúde estão submetidos às normas do Código de Defesa do
Consumidor, na forma da Súmula 608, do STJ, devendo ser interpretados de maneira mais favorável à
parte mais fraca nesta relação. De outro lado, os planos de saúde apenas podem estabelecer para quais
doenças oferecerão cobertura, não lhes cabendo limitar o tipo de tratamento que será prescrito,
incumbência essa que pertence ao profissional da medicina que assiste o paciente. Além do mais, deve
ser priorizado o direito à saúde e à vida em relação ao direito contratual. Incidência dos arts. 47 e 51, IV, §
1°, II, do CDC. III. Outrossim, conforme se depreende das informações existentes no site da ANVISA,
quando um medicamento é aprovado para uma determinada indicação, não significa que esta seja a única
possível, pois, na maioria das vezes, o uso off label de um medicamento é essencialmente necessário e
correto para outras doenças. Ademais, o art. 35-C, I, da Lei n° 9.656/98, determina a obrigatoriedade de
cobertura em hipóteses de emergência. IV. Portanto, a luz do Estatuto Consumerista e da Lei n° 9.656/98,
mostra-se abusiva a cláusula contratual que embasou a negativa da cobertura dos medicamentos
prescritos à demandante. V. De outro lado, embora a negativa de cobertura pelo plano de saúde possa
caracterizar os danos morais, a questão deve ser examinada caso a caso. Na hipótese dos autos, é
cabível a indenização pretendida, uma vez que a situação narrada reflete o dano moral in re ipsa ou dano
moral puro, tendo em vista que o sofrimento, a angústia e o transtorno causados pela requerida são
presumidos, atingindo a parte autora em momento de induvidoso abalo psicológico por conta da doença e
da necessidade do tratamento médico, o que confere o direito à reparação sem a necessidade de
produção de outras provas. Ademais, foi necessário que a parte autora ajuizasse a presente compelir a
operadora do plano de saúde a custear o tratamento indicado, sendo deferida a tutela de urgência, o
que evidencia, de igual forma, os transtornos causados pela requerida. VI. Assim, reconhecida a conduta
ilícita da requerida e caracterizado o dano moral in re ipsa, cabível a majoração da indenização, tendo em
vista a condição social da autora, o potencial econômico da ré, a gravidade do fato, o caráter punitivo-
pedagógico da reparação e os parâmetros adotados por esta Câmara em casos semelhantes. A correção
monetária pelo IGP-M incide a partir do presente arbitramento, na forma da Súmula 362, do STJ. Os juros
moratórios de 1% ao mês contam-se a partir da citação, por se tratar de relação contratual. VII. De acordo
com o art. 85, § 11, do CPC, ao julgar recurso, o Tribunal deve majorar os honorários fixados
anteriormente ao advogado vencedor, observados os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º para a fase de
conhecimento. APELAÇÃO DESPROVIDA. RECURSO ADESIVO PARCIALMENTE PROVIDO.(Apelação
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Cível, Nº 70081931560, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge André
Pereira Gailhard, Julgado em: 28-08-2019)

Por esta razão presentes os requisitos autorizadores para a concessão do pleito liminarmente, DEFIRO O
PEDIDO liminar e determino a requerida UNIMED BELÉM que forneça ao autor a
medicação OXALIPLATINA 85 MG/M2 EM 2 HS 155MG (ELOXATIN 155MG), nos termos da prescrição
médica, no prazo de 05 dias, contados da intimação da presente decisão, sob pena de multa diária de R$
500,00, até o limite de R$ 5.000,00.

CUMPRA-SE E INTIME-SE.

Após, redistribua-se os presentes autos ao juízo competente.

ESTA DECISÃO SERVIRÁ COMO MANDADO.

P.R.I.C.

Belém, 17 de agosto de 2021.

Andréa Cristine Corrêa Ribeiro

Juíza de Direito Plantonista Cível

Número do processo: 0825375-46.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: INSTITUTO EURO


AMERICANO DE EDUCACAO CIENCIA TECNOLOGIA Participação: ADVOGADO Nome: MIRELLA
PARADA NOGUEIRA SANTOS OAB: 4915/MA Participação: REU Nome: PRISCILA GISELY DE
OLIVEIRA GONCALVES

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA.

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

0825375-46.2018.8.14.0301

AUTOR: INSTITUTO EURO AMERICANO DE EDUCACAO CIENCIA TECNOLOGIA

Nome: INSTITUTO EURO AMERICANO DE EDUCACAO CIENCIA TECNOLOGIA


Endereço: Avenida Visconde de Souza Franco, 72, Reduto, BELéM - PA - CEP: 66053-000

REU: PRISCILA GISELY DE OLIVEIRA GONCALVES

Nome: PRISCILA GISELY DE OLIVEIRA GONCALVES


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Endereço: Passagem Magalhães, 58, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66080-530

SENTENÇA

FAMAZ FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA, devidamente identificada na exordial, ajuizou


AÇÃO DE COBRANÇA em desfavor de PRISCILA GISELY DE OLIVEIRA GONÇALVES, também
devidamente identificada.

Afirma a autora ter celebrado com a requerida contrato de prestação de serviços Educacionais, que foram
prestados à requerida, no período de 2013 – 1º semestre, ficando esta comprometida ao pagamento do
valor semestral de R$ 4.174,48 (quatro mil, cento e setenta e quatro reais e quarenta e oito centavos),
sendo 2 de R$ 834,90 (oitocentos e trinta e quatro reais e noventa centavos) cada e 03 de R$ 626,17
(seiscentos e vinte e seis reais e dezessete centavos) cada.

Aduz ter a requerida deixado de pagar à autora 03 mensalidades, totalizando o valor principal, sem
acréscimos, de R$ 1.878,51 (um mil, oitocentos e setenta e oito reais e cinquenta e um centavos), e muito
embora tenha procurado solucionar o impasse de forma amigável, acabou tendo de judicializar a presente
demanda diante da falta de êxito.

Ao fim, pediu a condenação da requerida ao pagamento da quantia R$ 3.456,52 (três mil, quatrocentos e
cinquenta e seis reais e cinquenta e dois centavos), valor este acrescido de multa contratual de 2%, juros
de mora de 1% e correção monetária; pediu, ainda, a condenação da requerida nos ônus da sucumbência.

Juntou procuração e documentos constante no ID. 4302242/4302249.

Em despacho inicial de ID. 5945995, foi designada audiência de conciliação e determinada a citação do
requerido, tudo pelo antigo rito sumário.

Em audiência de ID. 7219131, requerente e requerido não compareceram, tendo a requerente, em ID.
13901899 justificado a sua ausência. Contudo, a parte requerida, não obstante intimada e citada, não
compareceu a audiência, muito menos apresentou contestação, razão pela qual teve decretada sua revelia
e confissão quanto à matéria de fato, conforme despacho de ID. 17846467

Em ID. 17927106 foi certificado pela UNAJ a inexistência de custas a recolher, vindo os autos conclusos
para decisão.

É O RELATÓRIO. DECIDO.

Verifico ainda que o presente feito não se submete à ordem cronológica prevista no art. 12, do NCPC,
porque não estava conclusos para sentença e apenas após análise do juízo, concluiu-se pelo seu
julgamento.

Cumpre também destacar que a presente sentença deve ser proferida à luz da Lei n. 13.105, de 16 de
Março de 2015, que instituiu o Novo Código de Processo Civil, sendo que a análise do direito probatório
deverá ser realizada com base no CPC/73, de acordo com o art. 1.047, do NCPC.

Feitos tais comentários, passa-se à análise meritória.

Trata-se de processo de cobrança movido por FAMAZ FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA,


em desfavor de PRISCILA GISELY DE OLIVEIRA GONÇALVES, pelo antigo rito sumário.

Feitas tais considerações, observa-se que o pedido está devidamente instruído. A parte requerida não
contestou a ação, impondo-se a decretação de sua revelia, o que o faço neste ato, assim como o
reconhecimento dos fatos afirmados pelo autor em sua inicial, conforme estatui o art. 344, do Novo Código
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de Processo Civil, in verbis:

Art. 319. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.

Diante da revelia da requerida, o julgamento antecipado do mérito se impõe, por não haver necessidade
de se buscar outras provas, principalmente, quando estas estão robustecidas pelos documentos
ancorados na inicial.

Com efeito, nesse diapasão é o entendimento da Jurisprudência Pátria, abaixo transcrita:

“No caso de revelia do réu, existe a presunção legal de veracidade dos fatos alegados, de maneira que o
juiz não deve determinar de ofício a realização de prova, a menos que seja absolutamente necessária para
que profira a sentença”. (TRF. 1a. Turma, Ag. 47.562-RJ. Rel. Min. Carlos Thibau. Código de Processo
Civil – Theotônio Negrão – 26a. Edição, pa. 288).

Sobre o tema, dispõe o art. 389, do CC/02:

Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e
atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de
advogado.

Verifica-se que o autor comprovou a existência da dívida, ao juntar aos autos os documentos no ID. no ID.
4302242, entre eles o contrato realizado entre as partes. Assim, diante da confissão ficta da requerida,
decorrente da revelia decretada e com base ainda nos documentos apresentados, entendo provada a
existência da dívida no valor de R$ 3.456,52 (três mil, quatrocentos e cinquenta e seis reais e cinquenta e
dois centavos), já acrescida de multa contratual e devidamente corrigida até o ajuizamento da presente
demanda, devendo assim ser acrescida de juros de 1% a.m., a incidir desde a citação (art. 405 do Código
Civil), e correção monetária pelo INPC, a contar do ajuizamento da presente demanda (art. 1o., § 2o, da
Lei 6.899/81).

DO DISPOSITIVO

Pelo exposto, com a fundamentação, julgo TOTALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados pela
autora FAMAZ FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA em desfavor de PRISCILA GISELY DE
OLIVEIRA GONÇALVES, e, por consequência, condeno a requerida ao pagamento da importância
de R$ 3.456,52 (três mil, quatrocentos e cinquenta e seis reais e cinquenta e dois centavos),
acrescidos de juros e correção monetária, nos termos da fundamentação.

Tendo em vista que a requerida não possui patrono nos autos, desnecessária a sua intimação da
sentença, sendo que o prazo deverá ser contado a partir da data da publicação da sentença, nos
termos do art. 346, do NCPC.

Condeno a requerida ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10%
(dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, § 2º do NCPC.

Em relação às custas, em caso de não pagamento, no prazo de 15 (quinze) dias, o crédito delas
decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos demais encargos e será encaminhado para
inscrição em dívida ativa.

Transitado em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas legais.

P.R.I.C.
1748
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 11 de março de 2021

FRANCISCO WALTER RÊGO BATISTA

Juiz de Direito Substituto Auxiliar da 11ª. Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0873040-58.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RUTH CAPELA LEAO


Participação: ADVOGADO Nome: JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO OAB: 007261/PA Participação:
REU Nome: FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS NAO PADRONIZADOS NPL II

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA.

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

0873040-58.2018.8.14.0301

AUTOR: RUTH CAPELA LEAO

Nome: RUTH CAPELA LEAO


Endereço: Avenida das Andorinhas, 402, (Cj Benjamim Sodré), Parque Verde, BELéM - PA - CEP:
66635-240

REU: FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS NAO PADRONIZADOS NPL II

Nome: FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS NAO PADRONIZADOS NPL II


Endereço: Rua Gomes de Carvalho, 1195, Andar 4, Vila Olímpia, SãO PAULO - SP - CEP: 04547-004

SENTENÇA

RUTH CAPELA LEÃO, já qualificada, ajuizou a presente demanda de ANULAÇÃO DE CONTRATO


FRAUDULENTO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, com pedido de tutela de urgência, em desfavor
do requerido FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS NÃO PADRONIZADOS NPL II,
igualmente qualificado.

Alega a autora que a demandada instituiu em seu desfavor uma cobrança referente ao Contrato nº
0323055-0093715, no valor originário de R$ 929,49, majorado para R$ 8.740,55, a ser pago em diversas
parcelas.

Contudo, a requerente afirma não reconhecer a cobrança em questão, já que não teria firmado qualquer
contrato com a instituição requerida.

Por esse motivo, sustenta que não pagou as faturas de cobrança emitidas pela ré, fato este que ensejou a
inscrição do seu nome no SERASA, por parte da demandada.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Com sua inicial, juntou procuração e documentos de ID. 7474728/7474746.

No ID. 8454995 consta decisão deferindo o pedido liminar.

Devidamente citada, a requerida não compareceu a audiência de conciliação designada para o dia
15/05/2019, conforme ID. 10293204, razão pela qual a requerida foi condenada em multa no percentual de
2% (dois por cento) sobre o valor da causa, que deverá ser revertida em favor do Estado.

Em ID. 16499786, a parte autora requereu a decretação da revelia da parte requerida, com o julgamento
antecipado do mérito.

Certidão de ID. 17287430 informando que a parte requerida não apresentou contestação.

Vieram os autos conclusos.

É O RELATÓRIO. DECIDO.

Inicialmente, verifica-se que a parte requerida, embora devidamente citada, conforme ID. 10193532, não
contestou a ação, impondo-se a decretação de sua revelia, o que o faço neste ato, assim como o
reconhecimento dos fatos afirmados pelo autor em sua inicial, conforme estatui o art. 344, do Novo Código
de Processo Civil, in verbis:

Art. 319. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.

Diante da revelia da requerida, o julgamento antecipado do mérito se impõe, por não haver necessidade
de se buscar outras provas, principalmente, quando estas estão robustecidas pelos documentos
ancorados na inicial.

Com efeito, nesse diapasão é o entendimento da Jurisprudência Pátria, abaixo transcrita:

“No caso de revelia do réu, existe a presunção legal de veracidade dos fatos alegados, de maneira que o
juiz não deve determinar de ofício a realização de prova, a menos que seja absolutamente necessária para
que profira a sentença”. (TRF. 1a. Turma, Ag. 47.562-RJ. Rel. Min. Carlos Thibau. Código de Processo
Civil – Theotônio Negrão – 26a. Edição, pa. 288).

Com feito, não havendo necessidade de produção de outras provas, entendo cabível o julgamento
antecipado do mérito, nos termos do art. 355, I, do NCPC.

Percebe-se, ainda, que o presente feito está concluso para julgamento desde 22.05.2020, encontrando-se
assim na lista de processos mais antigos para julgamento, nos termos do art. 12, do NCPC.

DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DO CONSUMIDOR

Antes do ingresso no exame de quaisquer fundamentos fáticos da lide, impende fixar que a presente
demanda deverá ser examinada sob o manto das regras e princípios que regem a legislação
consumerista.

Éevidente que a relação jurídica existente entre as partes encontra-se submetida aos regramentos do
Código de Defesa do Consumidor, figurando a autora como consumidora, vez que destinatária final
econômica e fática do serviço prestado pela requerida como fornecedora de modo habitual e profissional
(artigos 2º e 3º do CDC).

Neste sentido, é claro o entendimento do Tribunal da Cidadania, inclusive manifestado através de súmula:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Súmula 297 - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.

Com efeito, estabelece o art. 14, do CDC, que:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela


reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços,
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

...

§ O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:

I – que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;

II – a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

Assim, deve o litígio em apreço ser analisado com apoio na responsabilidade do fornecedor pela
modalidade objetiva, ou seja, independentemente de comprovação de eventual culpa ou dolo para
reparação dos danos causados aos consumidores, conforme se depreende do disposto nos arts. 7º,
parágrafo único, 25, § 1º, e 34, todos do CDC.

1. Da falha na prestação do serviço e da condenação em indenização por dano moral

Superado este introito necessário, passo a análise dos fatos.

Apreciando os fundamentos fáticos e jurídicos apresentados, entendo que assiste razão à autora.

Ao menos um fato importante para o exame da lide é manifestamente incontroverso, qual seja: o de que a
requerida inscreveu o nome da requerente em cadastro de restrição ao crédito, e consoante inclusive
provado nos autos com o documento de ID. 7474746.

Partindo-se da premissa destes fatos não contraditados, centraliza-se o debate acerca do ponto cardeal da
questão, a saber: a inscrição do nome da autora em banco de dados de consumidores inadimplentes foi
irregular ou se agitou de mero exercício regular de um direito da instituição financeira? A resposta a esta
pergunta, por certo, é imprescindível para determinar se existe ou não ato ilícito por parte da ré.

Registre-se, desde logo, que a parte requerida, apesar de devidamente citada, não apresentou nos autos
qualquer documento que revelasse a existência de uma relação contratual com a parte autora apta a
ensejar a inscrição do nome desta nos órgãos de restrição ao crédito.

Em encadeamento lógico, conclui-se que a demandada violou a boa-fé contratual e, ao inscrever a


demandante em órgão de restrição ao crédito, incorreu em ato ilícito. E, sendo a responsabilidade da ré
objetiva, faz-se necessário apenas verificar se o ato antijurídico provocou dano moral na autora para fazer
eclodir o dever de reparação.

Ocorre que, em se tratando de inscrição indevida em banco de dados de consumidores inadimplentes,


esse dano tem natureza in re ipsa, ou seja, prescinde de prova por derivar ordinariamente do fato defeso.

A título de ilustração, transcreve-se alguns julgados do STJ sinalizando este entendimento:

[...] Além disso, a jurisprudência do STJ é firme e consolidada no sentido de que o dano moral,
oriundo de inscrição ou manutenção indevida em cadastro de inadimplentes ou protesto indevido,
prescinde de prova, configurando-se in re ipsa, visto que é presumido e decorre da própria ilicitude
do fato. [...]
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

(REsp 1707577/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/12/2017, DJe
19/12/2017)

[...] Ademais, esta Corte firmou o entendimento de que, nos casos de protesto indevido de título ou
inscrição irregular em cadastros de inadimplentes, o dano moral configura-se in re ipsa, ou seja,
prescinde de prova. [...]

(AgRg no AREsp 521.894/RS, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 19/09/2017,
DJe 28/09/2017)

Definida a responsabilidade da requerida pela reparação, passa-se, adiante, ao arbitramento da


indenização devida.

O dano moral, apesar de ter sido consagrado no art. 5º, incisos V e X, da Constituição Federal de l988, na
Doutrina e na Jurisprudência, é ainda muito discutido, principalmente em se tratando da quantificação –
dado o teor subjetivo da questão – que, frente à inexistência de “métodos exatos” para defini-lo, inexiste,
igualmente, a possibilidade de reunir uma certeza, deixando, ao arbítrio do magistrado.

Em análise recente, feita já à luz da Constituição de l998, o grande civilista contemporâneo CAIO MÁRIO
DA SILVA MARTINS (Responsabilidade Civil, 2ª ed., Rio, Forense, 1990, nº pg.67) faz o seguinte
balizamento para a fixação do ressarcimento no caso de dano moral, que, sem dúvida, correspondente à
melhor e mais justa lição sobre o penoso tema:

(...) A vitima de uma lesão a algum daqueles direitos sem cunho patrimonial efetivo, mas ofendida
em um bem jurídico que em certos casos pode ser mesmo mais valioso do que os integrantes de
seu patrimônio, deve receber uma soma que compense a dor ou o sofrimento, a ser arbitrada pelo
juiz, atendendo às circunstâncias de cada caso, e tendo em vista as posses do ofensor e a situação
pessoal do ofendido. Nem tão grande que se converta em fonte de enriquecimento, nem tão
pequena que se torne inexpressiva. (...).

Sendo a dor moral insuscetível de uma equivalência com qualquer padrão financeiro, há uma universal
recomendação, nos ensinamentos dos doutos e nos arestos dos Tribunais, no sentido de que “o montante
da indenização será fixado eqüitativamente pelos magistrados”. Por isso, lembra R. LIMONGI FRANÇA a
advertência segundo a qual muito importante é o juiz na matéria, pois a equilibrada fixação do “quantum”
da indenização muito depende de sua ponderação e critério (reparação do dano moral RT 631/36)

Cabe ao juiz fixar “o quantum” referente ao dano moral sofrido pela pessoa ofendida, tendo em contas as
condições das partes, com equilíbrio, prudência e, sobretudo, bom senso, conforme aresto abaixo
colacionado:

(...) Para a fixação do quantum em indenização por danos morais, devem ser levados em conta à
capacidade econômica do agente, seu grau de dolo ou culpa, a posição social ou política do
ofendido, a prova da dor” (TAMG, Ap. 140.330-7, Rel. Juiz BRANDÃO TEIXEIRA, ac. 05.11.92, DJMG,
19.03.93, pág.09). (...)

Assim, “ad cautelam”, deve o juiz bem pesar ao auferir o quantum a ser atribuído a título de ressarcimento
do dano moral sofrido. Se a vítima pudesse exigir a indenização que bem quisesse e se o juiz pudesse
impor a condenação que lhe aprouvesse, sem condicionamento algum, cada caso que fosse ter à Justiça
se transformaria num jogo lotérico, com soluções imprevisíveis e as mais disparatadas.

Por conseguinte, na fixação do quantum debeatur da indenização, mormente tratando-se de dano moral,
deve o Juiz ter em mente o princípio de que o dano não pode ser fonte de lucro, e o princípio da lógica do
razoável deve ser a bússola norteadora do Julgador. Razoável é aquilo que é sensato, comedido,
moderado, que guarda uma certa proporcionalidade.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Diante dos limites da questão posta, e de sua dimensão na esfera particular e geral da autora, visando
além do conforto da reparação, mas também limitar a prática de atos como o noticiado tenho, como justa,
a indenização como ressarcimento e reparação do dano moral, no valor equivalente a R$ 5.000,00 (cinco
mil reais) - acrescido de juros, de 1% a.m., a contar da citação, e correção monetária, pelo INPC, a partir
da presente decisão (Súmula 362 do STJ).

DO DISPOSITIVO

Pelo exposto, julgo TOTALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados pela autora RUTH CAPELA
LEÃO e, por consequência: a) declaro a inexistência da relação contratual entre as partes quanto ao
contrato nº nº 0323055-0093715; b) condeno o requerido FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS
CREDITORIOS NÃO PADRONIZADOS NPL II, ao pagamento de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a título
de danos morais, acrescido de juros de mora de 1% ao mês a contar da citação e correção monetária a
incidir desde a sentença; c) confirmo a decisão liminar de ID. 8454995.

Condeno ainda a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 15%
(quinze por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º., do CPC.

À UNAJ para calcular as custas processuais pendentes e a multa imposta na decisão de ID. 10293204.

Fica a parte requerida advertida de que em caso de não pagamento das custas processuais, no prazo de
15 (quinze) dias, o crédito delas decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos demais
encargos legais e será encaminhado para inscrição em dívida ativa.

P.R.I.C.

Belém, 11 de março de 2021

FRANCISCO WALTER RÊGO BATISTA

Juiz de Direito Substituto Auxiliar da 11ª. Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0809083-78.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: B. B. F. S. Participação:


ADVOGADO Nome: CARLA PASSOS MELHADO OAB: 19431-A/PA Participação: REU Nome: J. F. D. S.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA.

BUSCA E APREENSÃO EM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA (81)

0809083-78.2021.8.14.0301

AUTOR: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A.


1753
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Nome: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A.


Endereço: Banco Bradesco S.A., Rua Benedito Américo de Oliveira, s/n, Vila Yara, OSASCO - SP -
CEP: 06029-900

REU: JANDERSON FERREIRA DA SILVA

Nome: JANDERSON FERREIRA DA SILVA


Endereço: Passagem São Francisco, 21, São Brás, BELéM - PA - CEP: 66090-050

SENTENÇA

Vistos, etc.

De início, DETERMINO à Secretaria a exclusão da movimentação segredo de justiça nos presentes autos,
uma vez que a causa de pedir e pedido não se enquadram em nenhum dos casos previstos no art. 189 do
CPC.

Trata-se de Ação de Busca e Apreensão ajuizada pelo BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A
contra JANDERSON FERREIRA DA SILVA, ambos devidamente qualificados nos autos, objetivando a
busca e a apreensão de um automóvel de passeio da marca Marca: CHEVROLET Modelo: ONIX HATCH
JOY 1.0 8V FLEX 5P MEC. Ano: 2017 Cor: CINZA Placa: QNL0544 RENAVAM: 1136474894 CHASSI:
9BGKL48U0JB199295, com fundamento no Decreto-Lei nº 911/69, com redação atual dada pelas Leis nº
10.931/2004 e 13.043/14.

Alega a parte requerente inadimplência contratual da parte requerida, frisando que esta firmou um contrato
de financiamento garantido por alienação fiduciária, dando como garantia o bem descrito acima e se
encontra em atraso no pagamento desde a prestação vencida em 03/10/2020.

Com a petição inicial vieram os documentos de ID 22951643 a 233317370, dentre estes o contrato com a
garantia de alienação fiduciária e o instrumento de notificação.

Éo relatório. Decido.

A ação de busca e apreensão em alienação fiduciária manejada pela autora mostra-se juridicamente
incabível, pois lhe falta um dos pressupostos para a constituição válida e regular do processo, qual seja, a
válida notificação prévia do devedor, de fito posto a constituí-lo em mora, e, por via de consequência
acarretar a busca e apreensão do veículo.

Para o ajuizamento da ação de busca e apreensão em alienação fiduciária é imprescindível a


comprovação da mora, consoante preconiza a Súmula nº 369 do Superior Tribunal de Justiça. Uma vez
ausente notificação extrajudicial não resta configurada a constituição em mora.

Repita-se, o STJ já reconheceu que na alienação fiduciária, comprova-se a mora do devedor pelo protesto
do título, se houver, ou pela notificação extrajudicial feita por intermédio do Cartório de Títulos e
Documentos, que é considerada válida se entregue no endereço do domicílio do devedor, ainda que não
seja entregue pessoalmente a ele.

Contudo, no presente caso, a notificação de ID 22951649 não tem validade, pois o devedor não foi
localizado, fato este que revela que não houve a devida notificação. Dessa forma, não houve a válida
notificação extrajudicial do requerido, de modo que não resta configurada a sua mora. Nesse sentido, é a
jurisprudência de nossos tribunais, senão veja-se:

APELAÇÃO CÍVEL. BUSCA E APREENSÃO. CONSTITUIÇÃO EM MORA DO DEVEDOR.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

NOTIFICAÇÃO. NECESSIDADE DA JUNTADA DO AVISO DE RECEBIMENTO. ART. 2º, §2º, DO


DECRETO-LEI Nº 911/69. AR DEVOLVIDO AO REMETENTE POR MOTIVO DE DESTINATÁRIO “NÃO
PROCURADO”. NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL NÃO CUMPRIDA. EXTINÇÃO DA AÇÃO.
DESNECESSIDADE DE INTAMAÇÃO DO AUTOR. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS DE
CONSTITUIÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO. RECURSO
IMPROVIDO. 1 - De acordo com pacífica jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é válida a
notificação extrajudicial, para a constituição em mora do devedor, desde que recebida no endereço
de seu domicílio por via postal e com aviso de recebimento. No entanto, nos caso em apreço, o AR
foi devolvido com a informação destinatário “NÃO PROCURADO”. Desta forma, não resta
comprovada a notificação judicial, pois não houve a efetiva entrega no destino. 2 – Sendo a
notificação extrajudicial inválida, não foi atendido o requisito da comprovação da constituição do
devedor em mora, indispensável para o prosseguimento da ação de busca e apreensão, correta a
extinção da referida ação. Desta forma, desnecessário a intimação pessoal do autor, pois ausente
pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo.

(TJBA - Quarta Câmara Cível - Apelação nº 0501823-50.2015.8.05.0150 - Relator : Des. Desª. Gardenia
Pereira Duarte – Data do Julgamento: 21/03/2018)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - BUSCA E APREENSÃO - CORRESPONDÊNCIA DEVOLVIDA "NÃO


PROCURADO" - IRREGULAR CONSTITUIÇÃO EM MORA - CARÊNCIA DE PRESSUPOSTOS DE
CONSTITUIÇÃO E DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO - EXTINÇÃO DO
PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. 1. - O art.2º, §2º, do Decreto-Lei 911/69 autoriza que a
comprovação da mora do devedor seja realizada por meio de notificação extrajudicial ou pelo
protesto do título, sendo suficiente para tal finalidade o protesto realizado de forma regular, desde
que comprovada a intimação do devedor. 2. Tendo em vista que a correspondência foi devolvida
com a informação "não procurado", não resta demonstrada, in casu, a regular constituição em
mora do devedor. 3. Se a parte autora, devidamente intimada para emendar a inicial, não
comprovou a regular constituição em mora do devedor, impõe-se a manutenção da extinção do
processo, por ausência de pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e regular do
processo.

(TJMG - 9ª CÂMARA CÍVEL - AC: 1.0708.16.002707-2/001, Relator: Relator: Des.(a) José Arthur Filho,
Data de Julgamento: 07/11/2017)

Prevê o Código Adjetivo Civil Pátrio em seu art. 485, inciso IV, configurar a ausência de "pressupostos de
constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo", causa para extinção do feito, sem
julgamento de mérito, podendo de acordo com a previsão de seu art. 3º, o juiz conhecer tal matéria de
ofício e em qualquer tempo e grau de jurisdição.

Por todo o exposto, com base no artigo 485, IV, do Código de Processo Civil, JULGO extinto o processo,
sem julgamento de mérito, face a ausência de pressuposto de constituição regular do processo –
notificação extrajudicial válida do devedor.

P. R e I, e certificado o trânsito em julgado, arquive-se.

Custas pela parte autora.

Expedientes necessários.

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como carta de citação ou mandado, nos termos do Provimento
n. 003/2009-CJRMB.

Belém, 5 de março de 2021


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

FRANCISCO WALTER RÊGO BATISTA

Juiz de Direito Substituto Auxiliar da 11ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0842869-55.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOCELIA NAZARE


CORREA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: LETICIA DONZA VASCONCELOS OAB: 24257/PA
Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ROBERTO SILVEIRA DA SILVA OAB: 17351/PA
Participação: REU Nome: PROGRESSO INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
FABIO RIVELLI OAB: 297608/PA Participação: REU Nome: PDG INCORPORADORA, CONSTRUTORA,
URBANIZADORA E CORRETORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: FABIO RIVELLI OAB:
297608/PA

Número: 0842869-55.2017.8.14.0301

Requerente: JOCÉLIA NAZARÉ CORREA DA SILVA

Requeridas: PROGRESSO INCORPORADORA LTDA e PDG INCORPORADORA, CONSTRUTORA,


URBANIZADORA E CORRETORA LTDA

Vistos, etc.

1 - Trata-se de AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAL E


MORAL (evento Num. 3210277). Juntou documentos.

2 – No evento Num. 6906541, as requeridas apresentaram CONTESTAÇÃO. Juntaram documentos.

3 – Foi realizada audiência de conciliação, sem acordo (evento Num. 6923360).

4 – No evento Num. 7247201, a autora se manifestou sobre a contestação, em forma de RÉPLICA.

5 – As partes não requereram a produção de outras provas (eventos Num. 16350321 e Num. 16461626).

Éo relatório. DECIDO:

Nos termos do inciso I, do art. 355, do CPC, passa o Juízo a julgar antecipadamente a lide:

DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DO CONSUMIDOR

Antes do ingresso no exame de quaisquer fundamentos fáticos da lide, impende fixar que a presente
deverá ser examinada sob o manto das regras e princípios que regem a legislação consumerista.

Éevidente que a relação jurídica existente entre as partes encontra-se submetida aos regramentos do
Código de Defesa do Consumidor, figurando a parte autora como consumidor, vez que destinatário final
econômico e fático do produto (unidade imobiliária) construído, incorporado e comercializado pela
requerida como fornecedora de modo habitual e profissional (artigos 2º e 3º do CDC).

Neste sentido, o voto condutor do acórdão APL 00312360220128260114 SP 0031236-02.2012.8.26.0114,


da lavra da Des. Rel. Maria Lúcia Pizzotti (TJ/SP, 30ª. Câm. de Direito Privado), a seguir transcrito:

Neste contexto, se insurgiram as ora apelantes quanto ao pleito inicial, nos mesmos termos da
1756
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

presente apelação, quais sejam, impossibilidade de restituição das quantias a título de corretagem,
inaplicabilidade do CDC, impossibilidade de inversão do ônus da prova, bem como, que a obra não foi
entregue no prazo avençado em virtude de embargo ocorrido na obra.

De plano, impõe-se a aplicação do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, vez que as
características do instrumento celebrado entre as partes (contrato de adesão), demonstram se tratar de
verdadeira relação de consumo, fazendo incidir a respectiva proteção contratual.

Acerca dessa temática, inclusive, já decidiu esta Corte:

“Inicialmente, cumpre destacar que se aplica ao contrato em exame o Código de Defesa do Consumidor
. Pouco importa a estrutura jurídica da empreendedora associação, clube de investimento, cooperativa ou
sociedade com o objetivo de alienação de unidades autônomas futuras, em construção ou a construir,
antes de instituído condomínio edilício. O que importa é a natureza da atividade, que sempre consiste,
com maior ou menor variação, em serviços remunerados de construção de unidade autônoma futura,
vinculada a fração ideal de terreno.

(...) -

Com efeito, estabelece o art. 14, do CDC, que:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela


reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços,
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

...

§ O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:

I – que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;

II – a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

Assim, deve a presente demanda ser analisada com apoio na responsabilidade do fornecedor de serviços
pela modalidade objetiva, ou seja, independentemente de comprovação de eventual culpa ou dolo para
reparação dos danos causados aos consumidores, conforme se depreende do disposto nos arts. 7º,
parágrafo único, 25, § 1º, e 34, todos do CDC.

Na contestação a ré alegou que o atraso na entrega do empreendimento deu-se por caso fortuito, por
conta da falta de mão de obra.

As justificativas não merecem prosperar. São alegações genéricas e que resultam do risco da própria
atividade explorada pelas rés. Certamente tais riscos foram incluídos no preço do bem quando da
contratação com a autora. Não podem agora as rés alegaram tais fatos para se eximirem de suas
obrigações contratuais.

No ponto, a não caracterização de força maior ou caso fortuito, trata-se de matéria pacífica no âmbito dos
Tribunais, inclusive do Superior Tribunal de Justiça e Tribunal de Justiça do Estado do Pará:

(...) A suposta falta de mão de obra, de insumos e a demora na instalação de energia elétrica pela CEB
não configura caso fortuito nem força maior, por se tratar de fatos previsíveis e inerentes aos riscos da
atividade da construtora. (...). Com efeito, tratando-se de empresa especializada no ramo de construção
civil, a qual se dispôs a comercializar imóveis a serem por elas construídos, competia-lhe organizar-se de
modo a saber e a programar as necessidades e demandas inerentes às construções que se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

comprometeram a realizar. Neste caso, cumpria-lhe realizar estudos acerca da possibilidade de, no
cenário fático em que se encontra seu empreendimento, ter à sua disposição recursos materiais e
humanos para cumprir com o compromisso assumido perante os consumidores, dos quais recebe quantias
vultosas a título de contraprestação. Ademais, a requerida não se desincumbiu do ônus de demonstrar
que, no curso do empreendimento, houve efetiva alteração da oferta de recursos de modo imprevisível e
inevitável, ou que as alegadas chuvas efetivamente atrapalharam o andamento das obras. (Decisão
Monocrática do Ministro RAUL ARAÚJO, de 08/03/2016, no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº
805.589 - DF (2015/0274117-0)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ORDINÁRIA REVISIONAL DE CONTRATO


DE COMPRA E VENDA C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
MATERIAIS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. ENTREGA DO HABITE-SE E TERMO DE
RECEBIMENTO DO IMÓVEL. ANÁLISE PREJUDICADA. EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE.
CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR. NÃO CONFIGURADOS PREJUÍZOS FINANCEIROS.
RESSARCIMENTO. PROVA INEQUÍVOCA, VEROSSIMILHANÇA DAS ALEGAÇÕES E FUNDADO
RECEIO DE DANO IRREPARÁVEL OU DE DIFÍCIL REPARAÇÃO. PRESENTES. CONGELAMENTO DO
SALDO DEVEDOR. DETERMINAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. ENTENDIMENTO DO STJ. (...) - A alegação
de ausência de mão de obra, greve e chuva não configuram força maior capaz de eximir a
responsabilidade da construtora pelo atraso na entrega do imóvel, haja vista sua previsibilidade, além de
que o risco do empreendido não pode ser compartilhado com o consumidor. (...) (Agravo de Instrumento nº
00105158320128140301 (145776), 2ª Câmara Cível Isolada do TJPA, Rel. Celia Regina de Lima Pinheiro.
j. 04.05.2015, DJe 11.05.2015).

Portanto, há uma conduta ilícita da ré em atrasar a entrega do um empreendimento, a qual se encontra


desprotegida de qualquer excludente.

Sobre a preliminar de ilegitimidade passiva “ad causam” tendo em vista a regra da responsabilidade
solidária dos fornecedores de bens e serviços, que norteia as relações de consumo, e prevista no art. 18
do CDC, o Juízo a afasta.

Decerto, conforme jurisprudência dominante, é válida a cláusula de 180 (cento e oitenta) dias:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C RESTITUIÇÃO DE VALORES.


ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DE UMA DA PARTES CONFIGURADA. PRAZO DE
TOLERÂNCIA PARA A ENTREGA DO IMÓVEL. ABUSIVIDADE AFASTADA. 1- Não tendo uma das
partes participado da transação com os promissários compradores, inviável a sua inclusão no polo passivo
da demanda. 2- Não se revela abusiva a cláusula que prevê a prorrogação do prazo de entrega da obra
para 180 dias úteis, tendo em vista a magnitude do empreendimento, não havendo que se falar em
desequilíbrio contratual. APELAÇÃO PROVIDA.

(TJ-GO - AC: 02543521720158090051, Relator: DES. CARLOS ESCHER, Data de Julgamento:


11/08/2016, 4A CAMARA CIVEL, Data de Publicação: DJ 2092 de 18/08/2016).

Dessa forma, o imóvel deveria ter sido entregue em 31/julho/2015, já contado o prazo de 180 (cento e
oitenta) dias.

Dano material é o prejuízo financeiro efetivamente sofrido pela vítima, causando diminuição do seu
patrimônio. Esse dano pode ser de duas naturezas: o que efetivamente o lesado perdeu, dano emergente,
e o que razoavelmente deixou de ganhar, lucro cessante.

Os lucros cessantes são, portanto, espécie de danos materiais, sofridos pela vítima que deixa de auferir
valores em razão do evento danoso. É imprescindível, portanto, que se comprove que os lucros eram
certos e que não foram alcançados em virtude de determinado fato.

O Código Civil brasileiro, assim dispõe sobre a reparação de danos:


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Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor
abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.

Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos
efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.

No âmbito dos contratos de compra e venda de imóveis, há entendimento de que o consumidor poderia ter
explorado o imóvel economicamente, arbitrando um valor de aluguel, mas se vê impedido, face o atraso na
entrega.

O atraso na entrega, segundo esse entendimento, configuraria um ato ilícito passível de ressarcimento, na
modalidade de lucros cessantes, pelo que os consumidores deixaram de ganhar.

No ponto, o Superior Tribunal de Justiça e Tribunal de Justiça do Estado do Pará têm entendimento
consolidado que se trata de um dano presumível. Bastaria ao consumidor comprovar a ação ilícita (atraso
na entrega) que o dano seria uma consequência necessária.

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - ATRASO NA ENTREGA DE IMÓVEL - DECISÃO


MONOCRÁTICA QUE CONHECEU DO AGRAVO PARA DAR PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO
ESPECIAL.1. A jurisprudência desta Corte Superior já consolidou entendimento que os lucros cessantes
são presumíveis na hipótese de descumprimento contratual derivado de atraso de entrega do imóvel.
Somente haverá isenção da obrigação de indenizar do promitente vendedor caso configure uma das
hipóteses de excludente de responsabilidade, o que não ocorreu na espécie(...).(AgRg no REsp
1523955/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 01/12/2015, DJe 11/12/2015)

Frisa-se que, no entendimento do Juízo, que o lucro cessante não é algo hipotético, pois originário de um
efeito danoso concreto (atraso na entrega do imóvel) e é plenamente possível presumir o prejuízo sofrido,
sendo exigível, apenas que o lesado consiga demonstrar, dentro da razoabilidade, o montante do dano
sofrido.

Destarte, entende-se no sentido que é necessário que o comprador apresente o valor médio da locação
por m² na região e outras situações que justifiquem o valor almejado. Não se comunga do entendimento
que o valor do aluguel deve ser fixado sobre o valor do imóvel, em determinado percentual. Tal critério, no
entender do Juízo, é arbitrário e não considera as peculiaridades do imóvel para efeito de locação
(tamanho total, nº cômodos, localização, etc.).

No mundo moderno, com o fácil acesso ao sistema de internet, é factível que o autor de uma ação possa
trazer à colação documentos que indiquem, para afeito de comparação, o valor de aluguel de um imóvel
na mesma região e com as mesmas características.

Em suma: verifica-se que, conforme a jurisprudência do Superior de Tribunal de Justiça, basta a


comprovação do atraso na entrega para que ocorra o dano. Reforça-se que, no caso em concreto, o
atraso injustificado é patente, consoante ao norte decidido. Todavia, fica a ressalva que a orientação do
Tribunal Superior, no que pertine à quantificação do dano, devendo a instrução processual revelar provas
para que este Juízo atribua um valor razoável e justo ao aluguel. Quando a instrução processual é vazia
nesse sentido, consoante ocorrera in casu, deve-se submeter o processo, neste ponto, à fase de
liquidação, a fim de apurar um valor justo e razoável para indenização por dano material na modalidade de
lucros cessantes. Assim: “(...). Não havendo nos autos elementos probatórios aptos a auxiliar na apuração
do valor mensal dos aluguéis devidos pela incorporadora imobiliária, a título de lucros cessantes, deve o
valor da indenização ser apurado em fase de liquidação de sentença (Apelação Cível nº 20130111352203
(872631), 1ª Turma Cível do TJDFT, Rel. Simone Lucindo. j. 28.05.2015, DJe 11.06.2015)” e “(...) No caso
do atraso não justificado na entrega do imóvel gera a mora para a construtora/incorporadora e
consequente dever de ressarcir o comprador em lucros cessantes, referente aos alugueres que os autores
deixaram de poder aferir por não estarem na posse do imóvel, valor este que deve ser estabelecido em
fase de liquidação de sentença por arbitramento.(...) (892886), 1ª Turma Cível do TJDFT, Rel. Romulo de
Araújo Mendes. j. 09.09.2015, DJe 21.09.2015)”.
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Coerente com a linha de entendimento do Superior Tribunal de Justiça, pouco importa o destino a ser
dado ao imóvel pelo consumidor: se para fins residenciais ou locatício. Exigir do consumidor, desde o
início da compra, uma posição estanque acerca da finalidade a ser dada ao imóvel, é onerá-lo em
demasia, desnecessariamente e, por via transversas, desnaturar a aplicação do entendimento consolidado
do Superior Tribunal de Justiça. Ora, a vontade do consumidor pode mudar ao longo da construção do
empreendimento, trata-se de algo transitório, que, nem por isso, afasta a responsabilidade da construtora
em ressarci-lo pelo que deixou de ganhar com o imóvel. Tal posicionamento se coaduna inclusive com os
princípios e vigas mestras da lei 8078, colocando o consumidor, parte hipossuficiente da relação, em
prestigiada posição de proteção, frente ao crescente desrespeito das construtoras no cumprimento de
prazos das obras. Até por isso que, nos julgados do Superior Tribunal de Justiça, não há qualquer tipo de
ressalva acerca da finalidade a ser dada ao imóvel: o simples atraso injustificado na entrega já gera o
dever de indenizar. Com esse entendimento, transcreve-se:

(...) A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins de moradia ou locação, se
auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o promitente vendedor compor lucros
cessantes, que são comprovados diante da própria mora. 4. A não entrega do imóvel prometido no prazo
ajustado no contrato impõe ao promitente vendedor a obrigação de indenizar o promitente comprador
pelos lucros cessantes (...) (Apelação Cível nº 20130111573979 (876042), 3ª Turma Cível do TJDFT, Rel.
Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe 26.06.2015).

(...)A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins de moradia ou locação, se
auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o promitente vendedor compor lucros
cessantes, que são comprovados diante da própria mora. (...) (Apelação Cível nº 20140310023959
(876032), 3ª Turma Cível do TJDFT, Rel. Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe 26.06.2015

(...) Em caso de atraso na entrega de imóvel adquirido, para fins residenciais ou comerciais, é presumido o
prejuízo sofrido pela privação do bem durante o período de mora, tendo em vista que não se cogita
alguém investir vultuosa quantia se não for para fazer do bem a sua moradia, local de trabalho ou obter
dele um retorno financeiro por meio da renda proveniente dos aluguéis(...) (Apelação Cível nº
2014.025964-4, 3ª Câmara Cível do TJRN, Rel. João Rebouças. j. 08.09.2015).

Em arremate, torna-se necessária a fixação do termo inicial e final de aplicação dos lucros cessantes. Para
tanto, em sintonia com o que foi decidido no item precedente, considerar-se-á como termo inicial, a data
prevista para a entrega do empreendimento (31/junho/2015), acrescida do prazo de tolerância de 180
dias. Após esse período inicial, as requeridas estariam obrigadas ressarcir a autora pelo que deixou de
ganhar com o imóvel até a entrega, ocorrido em de 18 de janeiro de 2017. O valor ser apurado em sede de
liquidação de sentença.

Por certo, segundo o STJ, "nos termos da jurisprudência desta Corte, não se aplica o INCC para correção
do saldo devedor após o transcurso da data limite para entrega da obra. Incidência da Súmula nº 83/STJ"
(AgInt no AREsp 1.126.802/RJ, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, julgado em
24/9/2018, DJe 27/9/2018).

Sendo assim, a chamada TAXA DE EVOLUÇÃO DE OBRA/INCC não poderia ser cobrada, no presente
caso, a partir de 31 de junho de 2015, salvo se o outro índice for mais prejudicial, devendo tal valor ser
restituído, na modalidade simples, haja vista não estar comprovado o dolo ou má-fé da demandada, onde
o quantum será fixado em sede de liquidação de sentença.

Conforme precedente o STJ, é vedada a cumulação de cláusula penal com lucros cessantes, em razão do
atraso da obra, motivo pelo não pode ser acolhido o pedido de inversão.

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR.


AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. PROMESSA DE COMPRA E VENDA
DE IMÓVEL. CUMULAÇÃO DE CLÁUSULA PENAL MORATÓRIA COM LUCROS CESSANTES.
IMPOSSIBILIDADE. TEMA REPETITIVO N. 970. 1. Tema Repetitivo n. 970: "A cláusula penal moratória
tem a finalidade de indenizar pelo adimplemento tardio da obrigação, e, em regra, estabelecida em valor
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equivalente ao locativo, afasta-se sua cumulação com lucros cessantes." 2. No caso, a decisão agravada
deve ser parcialmente reconsiderada para, em novo exame desta parte do recurso especial, afastar a
condenação da ora agravante ao pagamento dos lucros cessantes. 3. Agravo interno parcialmente provido
para reconsiderar em parte a decisão agravada, e, nessa extensão, dar provimento ao recurso especial.
(STJ - AgInt no AREsp: 1243220 GO 2018/0018675-3, Relator: Ministro RAUL ARAÚJO, Data de
Julgamento: 27/08/2019, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 12/09/2019)

Quanto ao pedido de indenização por dano moral, entendo também ter razão a autora.

Nota-se que as requeridas protelaram a entrega do imóvel por mais de ano, restando, assim, evidente a
falha na prestação de serviço ocorrida, o que gerou transtornos à parte autora, que se viu obrigada à longa
espera para receber o imóvel litigioso, mesmo já tendo cumprido suas obrigações contratuais.

Com efeito, o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) prevê o dever de reparação, posto que, ao
enunciar os direitos do consumidor, em seu art. 6º, traz, dentre outros, o direito "a efetiva prevenção e
reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos" (inc. VI) e "o acesso aos órgãos
judiciários e administrativos, com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos
necessitados" (inc. VII).

Vê-se, desde logo, que a própria lei já prevê a possibilidade de reparação de danos morais decorrentes do
sofrimento, do constrangimento, da situação vexatória, do desconforto em que se encontram os
consumidores.

A Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso V, assim preleciona:

É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral
ou à imagem.

Desta forma, o dano moral atinge a esfera íntima e valorativa do lesado, conforme ensina a melhor
doutrina, abaixo transcrita:

(...) Nos danos morais a esfera ética da pessoa é que é ofendida; o dano não patrimonial é o que, só
atingindo o devedor como ser humano, não lhe atinge o patrimônio” (PONTES DE MIRANDA) – (Rui
Stocco, “Responsabilidade Civil e sua Interpretação Jurisprudencial”, ed. RT, p. 395)

“O dano moral, no sentido jurídico não é a dor, a angústia, ou qualquer outro sentimento negativo
experimentado por uma pessoa, mas sim uma lesão que legitima a vítima e os interessados reclamarem
uma indenização pecuniária, no sentido de atenuar, em parte, as conseqüências da lesão jurídica por eles
sofridos (...) (Diniz, Maria Helena, Curso de Direito Civil Brasileiro, Editora Saraiva, SP, 1998, p. 81.)

Em situações como a narrada, vem entendendo a jurisprudência pátria pela desnecessidade de prova do
dano moral, bastando para tanto a prova do fato, conforme entendimento exposto no voto do Relator
Cesar Ciampolini (TJ/SP, 10ª Câm. de Direito Privado, APL 00132979120118260292 SP 0013297-
91.2011.8.26.0292, publ. em 26/05/2015), abaixo transcrito:

(...) Assim, sendo incontestável que houve atraso por parte da construtora, o dano moral configura-se in re
ipsa.

Nestes casos, “provado o fato, não há necessidade da prova do dano moral” (STJ, REsp 261.028,
MENEZES DIREITO). Ou, nas palavras de eminente Ministro paulista, “na indenização por dano moral,
não há necessidade de comprovar-se a ocorrência do dano. Resulta ela da situação de vexame,
transtorno e humilhação a que esteve exposta a vítima” (REsp 556.031, BARROS MONTEIRO; ambos os
precedentes coligidos por THEOTONIO NEGRÃO et alii , CPC, 46ª ed., pág. 480).
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Posto isso, de se reformar a r. sentença no tocante à indenização por danos morais, cabendo-me, então,
arbitrar o quantum indenizatório.

Isto se faz à consideração, nas palavras do emérito Desembargador LUIZ AMBRA, de que a verba deve
ser “fator de desestímulo, voltado a servir como corretivo, impedir que abusos dessa ordem tornem a
ocorrer” (Ap. 0012084.79-2012.8.26.0562; grifei).

Portanto, considerando elevado o pedido recursal feito pelo autor, fixo a indenização em R$ 20.000,00,
com correção monetária a partir do arbitramento (Súmula 362 do STJ) e juros de mora a contar do evento
danoso (data em que o imóvel deveria ser entregue; art. 398 do Código Civil).

Em casos análogos, esta Colenda 10ª Câmara de Direito Privado tem fixado indenização deste montante:
Ap. 0120512-86.2012.8.26.0100, ELCIO TRUJILLO; e Ap. 0027417-55.2008.8.26.0451, ARALDO
TELLES. (...)

Definida a responsabilidade da requerida, passa-se, adiante, ao arbitramento da indenização pelo dano


moral.

O dano moral, apesar de ter sido consagrado no art. 5º, incisos V e X, da Constituição Federal de l988, na
Doutrina e na Jurisprudência, é ainda muito discutido, principalmente em se tratando da quantificação –
dado o teor subjetivo da questão – que, frente à inexistência de “métodos exatos” para defini-lo, inexiste,
igualmente, a possibilidade de reunir uma certeza, deixando, ao arbítrio do magistrado.

Em análise recente, feita já à luz da Constituição de l998, o grande civilista contemporâneo CAIO MÁRIO
DA SILVA MARTINS (Responsabilidade Civil, 2ª ed., Rio, Forense, 1990, nº pg.67) faz o seguinte
balizamento para a fixação do ressarcimento no caso de dano moral, que, sem dúvida, correspondente à
melhor e mais justa lição sobre o penoso tema:

(...) A vitima de uma lesão a algum daqueles direitos sem cunho patrimonial efetivo, mas ofendida em um
bem jurídico que em certos casos pode ser mesmo mais valioso do que os integrantes de seu patrimônio,
deve receber uma soma que compense a dor ou o sofrimento, a ser arbitrada pelo juiz, atendendo às
circunstâncias de cada caso, e tendo em vista as posses do ofensor e a situação pessoal do ofendido.
Nem tão grande que se converta em fonte de enriquecimento, nem tão pequena que se torne inexpressiva.
(...)

Sendo a dor moral insuscetível de uma equivalência com qualquer padrão financeiro, há uma universal
recomendação, nos ensinamentos dos doutos e nos arestos dos Tribunais, no sentido de que “o montante
da indenização será fixado eqüitativamente pelos magistrados”. Por isso, lembra R. LIMONGI FRANÇA a
advertência segundo a qual muito importante é o juiz na matéria, pois a equilibrada fixação do “quantum”
da indenização muito depende de sua ponderação e critério (reparação do dano moral Rt 631/36)

Cabe ao juiz fixar “o quantum” referente ao dano moral sofrido pela pessoa ofendida, tendo em contas as
condições das partes, com equilíbrio, prudência e, sobretudo, bom senso, conforme aresto abaixo
colacionado:

(...) Para a fixação do quantum em indenização por danos morais, devem ser levados em conta à
capacidade econômica do agente, seu grau de dolo ou culpa, a posição social ou política do ofendido, a
prova da dor” (TAMG, Ap. 140.330-7, Rel. Juiz BRANDÃO TEIXEIRA, ac. 05.11.92, DJMG, 19.03.93,
pág.09). (...)

Assim, “ad cautelam”, deve o juiz bem pesar ao auferir o quantum a ser atribuído a título de ressarcimento
do dano moral sofrido. Se a vítima pudesse exigir a indenização que bem quisesse e se o juiz pudesse
impor a condenação que lhe aprouvesse, sem condicionamento algum, cada caso que fosse ter à Justiça
se transformaria num jogo lotérico, com soluções imprevisíveis e as mais disparatadas.
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Por conseguinte, na fixação do quantum debeatur da indenização, mormente tratando-se de dano moral,
deve o Juiz ter em mente o princípio de que o dano não pode ser fonte de lucro, e o princípio da lógica do
razoável deve ser a bússola norteadora do Julgador. Razoável é aquilo que é sensato, comedido,
moderado, que guarda uma certa proporcionalidade.

Diante dos limites da questão posta, e de sua dimensão na esfera particular e geral da autora, visando
além do conforto da reparação, mas também limitar a prática de atos como o noticiado tenho, como justa,
a indenização como ressarcimento e reparação do dano moral, no valor equivalente a R$ 5.000,00 (cinco
mil reais) - acrescido de juros, de 1% a.m., a contar da citação, e correção monetária, pelo INPC, a partir
da presente decisão (Súmula 362 do STJ), para cada um dos requerentes.

Acerca dos juros de mora, colho o voto abaixo colacionado:

(...) É o relatório.

...

O SENHOR MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES (Relator): Considerando que a pretensão


recursal do embargante é a reforma do julgado e, em atenção ao princípio da fungibilidade recursal,
recebo os presentes embargos de declaração como agravo regimental.

A insurgência não merece prosperar.

Verifica-se que a decisão agravada foi acertada e baseada na jurisprudência desta Corte, a qual entende
que, em se tratando responsabilidade contratual, os juros de mora sobre a indenização por danos morais
incidem a partir da data da citação.

Assim, não há razão para alterar os fundamentos do decisum impugnado, motivo pelo qual o mantenho na
íntegra, in verbis (e-STJ fls. 413414):

Por fim, Quanto aos juros de mora sobre o valor da indenização, a jurisprudência desta Corte entende que
em se tratando de responsabilidade contratual, como é o caso dos autos, estes devem incidir a partir da
citação. Nesse sentido: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. DANOS
MORAIS DECORRENTES DE SUSPENSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. TERMO INICIAL DOS JUROS DE
MORA. RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 54STJ. 1. Nos termos
dos arts. 105, I, f, da Constituição Federal e 187 do RISTJ, a reclamação é instrumento destinado a
preservar a competência deste Tribunal ou garantir a autoridade das suas decisões. 2. No caso, a
reclamação foi apresentada contra acórdão proferido pela 5ª Turma Recursal dos Juizados Especiais
Cíveis do Estado de Santa Catarina que, em demanda que visa à reparação de danos morais suportados
pelo consumidor em razão do indevido corte de energia elétrica, deixou de aplicar a Súmula 54STJ ("Os
juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual"). 3. A
responsabilidade contratual exsurge da violação de uma obrigação prevista no pacto celebrado entre as
partes, que, na hipótese, consiste no fornecimento de energia elétrica. 4. Não há violação à Súmula 54STJ
quando o dever de reparar decorre da responsabilidade contratual. 5. Agravo regimental a que se nega
provimento. (AgRg na Rcl 11.749SC, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
28082013, DJe 03092013) PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. RESPONSABILIDADE
CONTRATUAL. DANO MORAL. TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA. CITAÇÃO. 1. Em se tratando
de responsabilidade civil contratual, o termo inicial dos juros moratórios, consoante jurisprudência
sedimentada da Segunda Seção, é a data da citação. Precedentes. 2. Agravo regimental não provido.
(AgRg no REsp 1428807DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
22052014, DJe 02062014) Ante o exposto, CONHEÇO do agravo para, conhecer parcialmente do recurso
especial e, nessa parte, DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO. Publique-se. Intimem-se.

Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental.


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Écomo voto. (...) (STJ, 2ª. T., EDcl no AREsp 551471 PR 2014/0178702-9, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe 23/03/2015).

Pelo exposto, julgo PROCEDENTES, parte, os pedidos formulados pela autora e, por consequência,
condeno as requeridas, solidariamente, ao pagamento de: a) indenização por lucros cessantes, ressarcir a
autora pelo que deixou de ganhar com o imóvel entre 31/06/15 a 18/01/17, a ser apurado em sede de
liquidação de sentença; b) restituir, na modalidade simples, os valores pagos a título de taxa de evolução
de obra/INCC, a partir de 31/06/15, a ser apurado em sede de liquidação de sentença, salvo se outro
índice for mais favorável; c) indenização por danos morais, no valor equivalente a R$ 5.000,00 (cinco mil
reais) à autora, acrescido de juros de 1% (um por cento) ao mês, a contar da citação (art. 405 do CC/02), e
correção monetária, pelo INPC, a partir da presente decisão (Súmula 362 do STJ).

Considerando a sucumbência mínima da autora, condeno as demandadas, solidariamente, em custas


processuais e em honorários advocatícios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação,
nos termos do art. 85, do CPC.

Remetam-se os autos para UNAJ para apuração das custas pendentes, intimando-se em seguida a
demandada para efetuar o seu pagamento, no prazo de 15 (quinze) dias, advertindo-se a ré que, na
hipótese do não pagamento das custas processuais, o crédito delas decorrente sofrerá atualização
monetária e incidência dos demais encargos legais e será encaminhado para inscrição da Dívida Ativa.

Com trânsito em julgado desta sentença, arquivem-se os presentes autos, mediante as cautelas legais.

P.R.I.C.

Belém, 22 de março de 2021.

FÁBIO ARAÚJO MARÇAL - Juiz de Direito Auxiliar de 3a Entrância

Número do processo: 0843805-12.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MESSIAS SOUZA


RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome: JESSICA MARIA MARQUES ALVES OAB: 12945/RN
Participação: ADVOGADO Nome: VIVIANA MARILETI MENNA DIAS OAB: 3177/RN Participação: REU
Nome: FUNDACAO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL PETROS Participação: ADVOGADO Nome:
LEONARDO LIMA CLERIER OAB: 408PE/RJ

Número: 0843805-12.2019.8.14.0301

Requerente: MESSIAS SOUZA RIBEIRO

Requerida: FUNDACAO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL PETROS

Vistos, etc.

1 – Trata-se de AÇÃO ORDINÁRIA (evento Num. 4798155), requerendo isonomia entre aposentados e
ativos dos trabalhadores da PETROBRÁS pelo complemento de RMNR nos percentuais acordados nos
ACT’s 7,81% e de 10,71%, desde 1º de setembro de 2009, 1º de setembro de 2011. Juntou documentos.

2 – A contestação foi anexada no evento Num. 12188287.

3 – O autor se manifestou sobre a contestação, em forma de RÉPLICA, no evento Num. 12188591.


1764
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

4 – O Juízo de manifestou sobre o julgamento antecipado da lide (evento Num. 14574811).

Éo relatório. DECIDO:

Nos termos do art. 355, inciso I, do CPC, passo o Juízo a julgar a lide:

Inicialmente, rejeita-se a preliminar de ausência de interesse de agir, porquanto a presente demanda é útil,
necessária e adequada ao pleito formulado em Juízo, estando presentes, assim, todos os elementos
relativos à condição da ação questionada.

Afasta-se, outrossim, a alegação de impossibilidade jurídica do pedido, haja vista que a existência de
previsão legal em sentido contrário ao pretendido pelo demandante não basta, por si só, para embasar o
reconhecimento da preliminar suscitada, considerando-se as inúmeras interpretações que lhe podem ser
conferidas.

Quanto à prejudicial de prescrição, a mesma é acolhida, em parte, considerando tratar-se de relação de


trato sucessivo e que, portanto, nos moldes dos verbetes 85 e 291 da súmula de jurisprudência do STJ,
enseja a prescrição das parcelas postuladas vencidas no quinquênio anterior ao ajuizamento da presente
ação, no caso de procedência

No mérito, verifica-se que no ano de 2007, deu-se a implantação do PCAC-2007 (Plano de Cargos e
Salários), que estabeleceu a RMNR (Remuneração Mínima por Nível e Regime), plano este que constitui
instrumento de política remuneratória, pelo qual a PETROBRÁS instituiu parâmetros mínimos de
remuneração de seus empregados que se encontravam em atividade, de acordo com a região do país em
que atuavam, o nível salarial do cargo ou classe e regime de trabalho. Os aludidos percentuais de reajuste
foram objeto de acordo coletivo de trabalho. Assim, excluídos aqueles que, como o autor, já se
encontravam aposentados (evento Num. 12188283). Acrescente-se que os acordos coletivos firmados
com as entidades sindicais possuem ampla flexibilidade, admitindo inclusive a redução salarial, sem que
haja qualquer ofensa constitucional (artigo 7º, incisos VI e XXVI, da CR/88). Nesse raciocínio, o
requerente/aposentado não está atrelado ao Plano de Cargos. Saliento, também, que a RMNR constitui
um parâmetro. Caso a soma das parcelas pagas ao empregado fique abaixo do valor da RMNR, a
PETROBRÁS paga a complementação. Portanto, a RMNR não aproveita da todos os empregados
indistintamente, não podendo ser considerado reajuste geral da categoria. E, ainda que assim não o fosse,
até mesmo por uma questão atuarial, atinente à fonte de custeio de qualquer benefício previdenciário, em
não havendo uma formação de provisão para o custeio do benefício ou de sua majoração ou extensão,
não haverá fundos para o pagamento.

Dessa forma, a aposentadoria passa a ter reajustes atrelados ao IPCA, e se desvinculando do reajuste da
tabela salarial da patrocinadora:

Art. 41 - Os valores mensais dos benefícios de pagamento continuado concedidos pelo Plano Petros do
Sistema Petrobras serão reajustados de acordo com o Grupo a que pertence o Assistido, conforme
previsto no artigo 5º deste Regulamento, da seguinte forma: I. Grupo I: a) épocas de aplicação dos
reajustes: nos meses de reajustamento geral dos salários da Patrocinadora; b) índice de correção: o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo . IPCA - da Fundação IBGE; c) base de incidência da correção:
o Benefício Petros desvinculado do Benefício da Previdência Social. (...)"

Transcreve-se os seguintes precedentes judiciais:

APELAÇÃO. AÇÃO DE COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. PLANO DE PREVIDÊNCIA PRI-


VADA. PETROS E PETROBRAS. LEGITIMIDADE PASSIVA DE AMBAS. PRAZO Estado do Rio de
Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Comarca da Capital Cartório da 23ª Vara Cível Av. Presidente
Vargas, 2555 5º Pav. 503/512/521CEP: 20210-030 - Cidade Nova - Rio de Janeiro - RJ Tel.: 3133-2377 e-
mail: cap23vciv@tjrj.jus.br 110 MARIANNAVACCARI PRESCRICIONAL QUINQUENAL QUE NÃO
ATINGE O PRÓPRIO FUNDO DO DIREITO INVOCADO, MAS APENAS AS PARCELAS VENCIDAS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

ANTERIORMENTE AO QUINQUÊ-NIO QUE ANTECEDE O AJUIZAMENTO DA AÇÃO. PRECEDENTE


DO STJ. RMNR QUE NÃO CONSTITUI REAJUSTE GERAL DE CATEGORIA, LOGO, NÃO HÁ QUE SE
FALAR EM EXTENSÃO DE PAGAMENTO DE VALORES CORRESPONDENTES AO RMNR NAS
VERBAS DE COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA PAGAS AO AUTOR. INEXISTÊNCIA DE
VIOLAÇÃO AO ARTIGO 41 DO REGULAMENTO BÁSICO DA PETROS, AO DIREITO ADQUIRIDO E AO
PRINCÍPIO DA ISONOMIA ENTRE OS EMPREGADOS ATI-VOS E INATIVOS. PRECEDENTES DESTE
TRIBU-NAL. RECURSO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. (APELACAO 0211717-66.2013.8.19.0001
DES. MAR-CELO ANATOCLES - Julgamento: 07/01/2015 - VIGE-SIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL
CONSUMIDOR). PREVIDÊNCIA PRIVADA. SUPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. PETROS.
ISONOMIA ENTRE APOSENTADOS E EMPREGADOS EM ATIVIDADE. PROCESSO DE
REPACTUAÇÃO DO PLANO. MEDIDAS QUE NÃO REPRESENTARAM AUMENTO GERAL DOS
SALÁRIOS. ACORDO COLETIVO DE TRA-BALHO. NÃO INCLUSÃO DOS APOSENTADOS.
PRECEDENTES. NEGATIVA DE SEGUIMENTO. 1. Recurso contra sentença em demanda na qual
pretende a autora a condenação das rés, sociedade de economia mista e entidade de previdência
complementar, a reajustar a suplementação de aposentadoria de que é titular a partir do mês de setembro
de 2007, mediante aplicação dos mesmos índices dos reajustes concedidos aos empregados em
atividade. 2. Apelante que deixou de aderir ao processo de repactuação do plano, não fazendo jus, assim,
a receber o benefício com base na tabela implantada pelo plano de classificação de avaliação de cargos,
acrescido da remuneração mínima por nível e regime. 3. Medidas que não representaram aumento geral
dos salários, devendo o benefício ser calculado com base nos salários pagos ao pessoal da ativa,
posicionados no mesmo nível salarial em que se situava o empregado quando de sua aposentadoria. 4.
Percentuais de reajustes que foram objeto de acordo coletivo de trabalho, no qual se adotou parâmetro
remuneratório a ser observado de acordo com a região, regime de trabalho e nível salarial, o que exclui os
aposentados. 5. Precedentes desta Corte de Justiça. 6. Recurso ao qual nego seguimento.

(APELACAO 0417635-67.2013.8.19.0001 -DES. ADOLPHO AN-DRADE MELLO - Julgamento: 06/10/2014


- NONA CAMARA CIVEL). APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. PETROS. RENDA MÍNIMA POR
NÍVEL E REGIME (RMNR). AU-SÊNCIA DE CONFIGURAÇÃO DE REAJUSTE GERAL DA CATEGORIA.
IMPOSSIBILIDADE DE EXTENSÃO À PREVIDÊNCIA PRIVADA PERCEBIDA POR EM-PREGADO
INATIVO. - Questão controvertida que deve ser apreciada pela Justiça Estadual e não pela Justiça Federal
Trabalhista, estando, ainda, correta a distribuição do feito para uma das Câmaras Especializadas em
Direito do Consumidor deste Tribunal. Precedentes do STF e do STJ. - Existência de entendimento nesta
Corte no sentido de que a complementação denominada RMNR (Renda Mínima por Nível e Regime) não
se estende indistintamente a todos os empregados da Petrobras, mas apenas àqueles que recebam
remuneração inferior ao índice mínimo estipulado para determinada região do país em que atua. -
Impossibilidade de extensão de pagamento de valores correspondentes ao RMNR nas verbas de
complementação de aposentadoria pagas pela Petros. - Inexistência de violação ao princípio da isonomia
entre os empregados ativos e inativos. - Improcedência dos pedidos iniciais. PROVI-MENTO DO
RECURSO, NA FORMA DO ARTIGO 557, § 1º-A, DO CPC.

(APELACAO 0148422-55.2013.8.19.0001 - -DES. TEREZA C. S. BITTEN-COURT SAMPAIO -


Julgamento: 22/09/2014 - VIGE-SIMA SETIMA CAMARA CIVEL CONSUMIDOR). Ação ordinária.
Suplementação de aposentadoria. Pretensão autoral objetivando a revisão do cálculo de sua
suplementação de aposentadoria, a fim de ver garantida a paridade com o pessoal da ativa assegurada no
regulamento da PETROS. Alegação de ausência de repasse aos aposentados dos aumentos concedidos
ao pessoal da ativa, decorrentes de acordo coletivo de Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal
de Justiça Comarca da Capital Cartório da 23ª Vara Cível Av. Presidente Vargas, 2555 5º Pav.
503/512/521CEP: 20210-030 - Cidade Nova - Rio de Janeiro - RJ Tel.: 3133-2377 e-mail:
cap23vciv@tjrj.jus.br 110 MARIANNAVACCARI trabalho. Impossibilidade. Remuneração Mínima por Nível
e Regime (RMNR) instituída com a finalidade de complementar o salário dos empregados que se
encontram em atividade, levando em conta a região que atua e o regime de trabalho a que estão
submetidos. Superveniência do Plano de Classificação e Cargos ¿ PCAC-2007, garantidor de valor
mínimo, por nível e região, destinado apenas aos empregados em atividade. Impossibilidade de extensão
aos aposentados. Ausência de violação ao princípio constitucional da isonomia. Desprovimento do apelo.
Sentença mantida.( APELACAO 0253123-67.2013.8.19.0001 -DES. CELSO PERES - Julgamento:
24/07/2014 - DECIMA CAMARA CIVEL ).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Verifica-se, com base nas decisões mencionadas acima, que as mudanças introduzidas no art. 41
independe de adesão do beneficiado, ressaltando que nesta relação previdenciária, não são aplicadas as
regras do Código de Defesa do Consumidor.

Reforçando essa argumentação, transcreve-se novos precedentes judicias, agora, do próprio TJ-PA:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE REENQUADRAMENTO E EXTENSÃO DE REAJUSTE


SALARIAL A BENEFÍCIOS. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DA PETROBRAS ACOLHIDA.
NO MÉRITO. PEDIDO DE PARIDADE COM OS EMPREGADOS DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
AUSÊNCIA DE DIREITO AO REAJUSTE PRETENDIDO. DESPROVIMENTO DO RECURSO.

1. Preliminarmente rejeitei a Ilegitimidade passiva necessária, entendendo que a PETROBRAS é


ilegítima a atuar no feito, uma vez que, quando o empregado se aposenta, cessa qualquer vínculo
com a empresa empregadora, passando o aposentado a ter relação unicamente com a entidade
responsável pelo pagamento dos valores referentes à previdência privada, no presente caso, a
Fundação Petrobras de Seguridade Social - PETROS.

2. No mérito, entendo que não merece reforma a sentença atacada que entendeu que a apelante,
esposa de ex petroleiro, não tem direito a complementação da Renda Mínima por Nível e Regime
(RMNR), por não constituir reajuste salarial.

3. Visto que a Renda Mínima por Nível e Regime (RMNR) foi implementada em 2007 por acordo
coletivo entre a PETROBRAS e o sindicato da categoria, tem a finalidade de complementar o salário
dos empregados que se encontram em atividade quando o valor recebido por estes não alcança o
mínimo que deveria receber, de acordo com a região em que atua, o nível salarial do seu cargo ou a
classe e o regime de trabalho a que está submetido.

4. Sendo assim, a Renda Mínima por Nível e Regime que não é extensiva aos aposentados, mesmo
porque inviável aferir os parâmetros fixados para sua concessão no caso dos inativos, cuja renda
deve observar as regras estabelecidas no Regulamento Básico da PETROS.

5. Da mesma forma, entendo que carece de comprovação a alegação de conluio entre as apeladas,
considerando que os Acordos Coletivos de Trabalho são firmados entre o Sindicato da categoria e
as patrocinadoras, não podendo a entidade de previdência privada responder por acordos
celebrados sem sua participação ou conhecimento.

6. Apelação conhecida, mas desprovida, à unanimidade. (4213315, 4213315, Rel. EZILDA PASTANA
MUTRAN, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito Público, Julgado em 2020-12-09, Publicado em 2021-
01-14)

APELAÇÃO CÍVEL. REAJUSTE DE PREVIDÊNCIA SUPLEMENTAR PRIVADA DA PETROS.


ILEGITIMDADE DA PETROBRAS. RECONHECIDA EM ÂMBITO DE RECURSO REPETITIVO.
EXTENSÃO DO REAJUSTE DE ATIVOS PARA INATIVOS. IMPOSSIBILIDADE. PLANO DE
CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE CARGOS – PCAC – 2007 E REMUNERAÇÃO MÍNIMA POR NÍVEL
E REGIME - RMNR SÃO POLÍTICAS REMUNERATÓRIAS ESPECIFICAMENTE DESTINADAS AOS
ATIVOS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO, À UNANIMIDADE. 1. Preliminar de Legitimidade da
PETROBRAS S.A. Rejeitada. Previdência Complementar que envolvem os inativos e a FUNDAÇÃO
PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL – PETROS, o STJ se manifestou, em sede de recurso repetitivo
(Resp. n. 1.370.191-RJ) que a patrocinadora não possui legitimidade passiva para litígios que envolvam
participante/assistido e entidade fechada de previdência complementar, ligados estritamente ao plano
previdenciário. 2. Mérito: Inexiste base jurídica que ampare a alegada paridade entre ativos e inativos,
uma vez que os benefícios complementares são reajustados de forma autônoma dissociados da
remuneração dos funcionários da ativa. (Art. 202 da CF, Lei Complementar 108/2001 e art. 41 do
Regulamento de Planos e Benefícios da Petros). Incabível o pleito do recorrente, pois as normas
(2408334, 2408334, Rel. RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2019-10-29, Publicado em 2019-11-06)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido, extinguindo o processo COM a resolução do mérito,
nos termos do art. 487 do CPC.

Condeno o autor ao pagamento das custas e os honorários advocatícios fixados 10% (dez por cento)
sobre o valor da causa, cuja cobrança ficará suspensa em razão do mesmo ser beneficiário da A.J.G.

P.R.I.

Belém (Pa), 24/03/21.

FÁBIO ARAÚJO MARÇAL – Juiz de Direito Auxiliar de 3ª Entrância

Número do processo: 0842292-77.2017.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: BANCO DO


BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA
Participação: EXECUTADO Nome: K. DA SILVA SANTANA - ME Participação: EXECUTADO Nome:
JANILDA DA SILVA SANTANA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL DE BELÉM

[Contratos Bancários]

EXEQUENTE: BANCO DO BRASIL SA

Nome: BANCO DO BRASIL SA


Endereço: Banco do Brasil S/A, 248, 7 andar, Campina, BELéM - PA - CEP: 66010-900

EXECUTADO: K. DA SILVA SANTANA - ME, JANILDA DA SILVA SANTANA

Nome: K. DA SILVA SANTANA - ME


Endereço: Avenida Visconde de Souza Franco, 776, loja 228, Reduto, BELéM - PA - CEP: 66053-000
Nome: JANILDA DA SILVA SANTANA
Endereço: Conjunto Enéas Pinheiro, 16, Marco, BELéM - PA - CEP: 66095-130

SENTENÇA

Cuida-se de AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TITULO EXTRAJUDICIAL ajuizada por BANCO DO BRASIL


SA em desfavor de K. DA SILVA SANTANA - ME, JANILDA DA SILVA SANTANA, ambos qualificados na
inicial.

As partes litigantes informaram a realização de acordo firmado, juntado aos autos os referidos termos para
homologação, conforme consta no id. Num. 22146445.

Éo que merece relato. Decido.

Embora o art. 12 do novo CPC determine a ordem cronológica de conclusão para a prolação de
sentenças, parágrafo 2º, I e IV do NCPC dispõe que as sentenças proferidas em audiência,
homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido e as sentenças terminativas estão
1768
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

excluídas da regra prevista no caput do mesmo artigo.

Tendo sido observadas as formalidades legais, HOMOLOGO POR SENTENÇA o acordo formulado pelas
partes (fls.76/78) para que produza seus efeitos legais e jurídicos.

Por corolário, JULGO EXTINTO o processo com resolução do mérito, nos termos do art. 487, III, “b”, do
CPC.

Sem custas adicionais, nos termos do art. 90§3º NCPC.

Expeça-se o necessário.

Após as cautelas legais e de praxe, ARQUIVE-SE.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.


BELÉM,24 de março de 2021

FABIO ARAUJO MARÇAL

Juiz de Direito, auxiliar de 3ª entrância.


1769
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 12 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0050702-02.2013.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EDILSON DOURADO


CARNEIRO Participação: ADVOGADO Nome: KENIA SOARES DA COSTA OAB: 15650/PA Participação:
REU Nome: BANCO VOLKSWAGEN S.A. Participação: ADVOGADO Nome: MANUELA MOTTA MOURA
DA FONTE OAB: 20397/PE

Considerando que não houve nenhuma manifestação quanto ao despacho ordinatório retro, arquivem-se
os autos.

Belém, 16 de agosto de 2021.

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0047892-20.2014.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ZIODELMO ALVES DOS


SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: ZIODELMO ALVES DOS SANTOS OAB: 21499/PA
Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO ROMEU MONTEIRO ALENCAR FILHO OAB: 22419/PA
Participação: ADVOGADO Nome: KELY VILHENA DIB TAXI JACOB OAB: 018949/PA Participação: REU
Nome: IMPERIAL INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU
FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA AMARAL ESTEVES
OAB: 26798/PA Participação: REU Nome: CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: LARISSA AMARAL ESTEVES OAB: 26798/PA

1. O cerne da controvérsia entre as partes está no montante do débito, uma vez que o impugnante/réu
reconhece a dívida, entretanto não concorda com a atualização do débito realizada pela parte
autora/exequente.

2. Assim, dada a exorbitante divergência de valores apresentados por ambas as partes em seus cálculos,
encaminhem-se os autos a Contadoria do Juízo para que apure o valor devido.

3. Antes, porém, custas processuais pelo impugnante/réu, se houver, que deverão ser recolhidas no prazo
de 5 (cinco) dias, sob pena de ser aceito o valor inicialmente apontado pelo exequente no cumprimento de
sentença.

4. Dentro do prazo acima mencionado, fica facultado a parte ré/impugnante se manifestar sobre a petição
de ID:29521018.

Belém/PA, 13 de agosto de 2021.

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital


1770
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Número do processo: 0828352-06.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LIGIA DE


ALBUQUERQUE MATOS PAIVA DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: SERGIO PEDRO DA
SILVA OAB: 115300/RJ Participação: ADVOGADO Nome: MARCOS POLO BRASIL DOS SANTOS OAB:
062374/RJ Participação: ADVOGADO Nome: BARBARA ELISA DE ARAUJO CASTRO OAB: 203229/RJ
Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ ANTONIO SALGUEIRO DOS SANTOS OAB: 65286/RJ
Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIO HENRIQUES OAB: 79681/RJ Participação: REU Nome:
FRANCISCO LOBO DUARTE BATISTA

Intime-se a Requerente, por meio de seu procurador, para recolher as custas iniciais no prazo de 15
(quinze) dias, sob pena de cancelamento da distribuição do feito, como previsto no art. 290, CPC/15.

Belém, 12 de agosto de 2021

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0821332-61.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BANCO


BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO BRAZ DA SILVA
OAB: 20638/PA Participação: REQUERIDO Nome: MARIA DO CARMO DE FREITAS GONCALVES

Vistos etc.

Respaldado no que preceitua o art. 485, VIII do CPC, homologo por sentença, para que produza seus
jurídicos e legais efeitos o pedido de desistência formulado pelo Autor nos autos. Transitada esta em
julgado, proceda-se o arquivamento dos autos.

P.R.I.C

Belém, 12 de agosto de 2021

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0824908-67.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOSE ROBERTO


PINHEIRO MAUES Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS BENEDITO DOS SANTOS CARDOSO
OAB: 10312/PA Participação: REU Nome: BERTILLON SERVICOS ESPECIALIZADOS LTDA

R.H.

Em que pese a petição inicial não haver sido juntada de forma integral, estando seu texto em branco,
observa-se que trata-se de pedido de Habilitação de Crédito junto aos autos da Recuperação Judicial da
Empresa Bertillon Serviços Especializados LTDA.
1771
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Cumpre-nos mencionar que o pedido de Habilitação de Crédito é mero incidente processual, não
necessitando de distribuição autônoma. Logo, deve o referido pedido ser formulado junto à Ação de
Recuperação em curso, motivo pelo qual determino o arquivamento do presente feito.

P.R.I.C.

Belém, 16 de agosto de 2021

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0859368-46.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EDUARDO FAGURY


VIDEIRA MARCELIANO Participação: ADVOGADO Nome: RAPHAEL AUGUSTO CORREA OAB:
12815/PA Participação: AUTOR Nome: LUCIANA BARROS BARRAL DO NASCIMENTO Participação:
ADVOGADO Nome: RAPHAEL AUGUSTO CORREA OAB: 12815/PA Participação: REU Nome: CITING
SPE TIMBIRAS EMPREENDIMENTO LTDA Participação: REU Nome: CITY ENGENHARIA LTDA

Expeça-se o competente mandado de citação para o novo endereço informado na petição retro.

Int.

Belém, 12 de agosto de 2021

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0845966-24.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: SPTEX COMERCIO


DE TECIDOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: LIGIA ARMANI MICHALUART OAB: 138673/SP
Participação: EXECUTADO Nome: RENATO REPRESENTACAO LTDA - ME

ATO ORDINATÓRIO

COMPROVAÇÃO RECOLHIMENTO DE CUSTAS INICIAIS

Com fundamento no Artigo 93, inciso XIV da Constituição Federal de 1988; Artigo 152, inciso VI do Código
de Processo Civil vigente; art. 2º da PORTARIA CONJUNTA Nº 3/2017-GP/VP/CJRMB/CJCI e PORTARIA
CONJUNTA Nº 001/2018-GP/VP, tomo a seguinte providência: Fica intimada a parte autora a comprovar o
recolhimento das custas iniciais do feito, no prazo de 15 (quinze) dias, inclusive com a juntada de boleto,
comprovante de pagamento e relatório de conta do processo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Belém, 18 de agosto de 2021.

MARCELI MARA VIEIRA MONTEIRO GONCALVES

Número do processo: 0872680-55.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: WALDIR RAIMUNDO DE


OLIVEIRA BRITO JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: THAYSSA YUKARI ONUMA DA COSTA
OAB: 017453/PA Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE RADAMES SOUSA DA COSTA OAB:
017305/PA Participação: REU Nome: IGREJA EVANGELICA ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTERIO
VALE DA BENCAO Participação: REU Nome: JORGE SALGADO Participação: REU Nome: GABRIEL
FARIAS PEIXEIRA Participação: REU Nome: JOSE CLAUDIO PALHETA PIRES

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO nº 0872680-55.2020.8.14.0301

Com fundamento no provimento nº 006/2006, tomo a seguinte providência:

Considerando que a parte requerente/exequente não é beneficiária da Justiça Gratuita, fica a mesma
intimada a recolher as custas judiciais complementares relativas à expedição do mandado para fins de
cumprimento do ordenado no despacho ID 3152780, no prazo de 5 (cinco) dias.

Belém, 18 de agosto de 2021.

De ordem,

NEUDILENE DO SOCORRO LOUZADA CHAVES

Número do processo: 0835790-54.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA NIEDJA


ANDRADE MOURA CUNHA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO VITOR MENDONCA DE MOURA
OAB: 017711/PA Participação: ADVOGADO Nome: WILLIBALD QUINTANILHA BIBAS NETTO OAB:
017699/PA Participação: REU Nome: COSTA ATLANTICA INCORPORADORA LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: JOAO PAULO DE KOS MIRANDA SIQUEIRA OAB: 19044/PA Participação:
ADVOGADO Nome: MANUEL ALBINO RIBEIRO DE AZEVEDO JUNIOR OAB: 23221/PA

1- Analisando os autos, observa-se que a parte Ré já houvera comparecido aos, habilitando Procuradores,
bem como comunicando a interposição de gravo de Instrumento.

Contudo, deixou de apresentar Contestação, motivo pelo qual aplico-lhe a pena de revelia, reputando-se
como verdadeiros os fatos narrados pela Autora na inicial (art. 344 do CPC/2015);

2- Assim, respaldado no que preceitua o art. 355, II, do CPC/2015, procederei o julgamento antecipado da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

lide, devendo os autos retornarem-me conclusos após o pagamento das custas finais.

Int.

Belém, 11 de agosto de 2021.

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0846303-13.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RAPHAEL ANAISSI


CASTELO BRANCO DE MELO Participação: ADVOGADO Nome: DIEGO ANAISSI MOURA MATOS
OAB: 22250/PA Participação: ADVOGADO Nome: HASSEN SALES RAMOS FILHO OAB: 22311/PA
Participação: REU Nome: RIO ISAR EMPREENDIMENTO IMOBILIARIO LTDA Participação: REU Nome:
MARKO ENGENHARIA E COMERCIO IMOBILIARIO LTDA

R.H.

Atento aos autos, verifico que o Autor requereu a concessão do benefício da Justiça Gratuita, entretanto,
deixou de juntar qualquer comprovação da condição de sua insuficiência financeira, razão pela qual deve
este ser intimado, por meio de seu procurador, para emendar a inicial no prazo de 15 (quinze) dias,
devendo trazer à colação a comprovação do preenchimento dos pressupostos necessários à concessão
da gratuidade processual (cópia da declaração de imposto de renda, rendimentos e/ou outros), sob pena
de indeferimento (Art. 99, §2º, do CPC/2015).

Desde já mencionamos a impossibilidade de pagamento das custas ao final do processo, uma vez que
cabe ao Autor antecipá-las, na forma do art.82, §1º, do CPC.

Int.

Belém, 16 de agosto de 2021.

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0840769-88.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BRADESCO


ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO ROBERTO
ROMAO OAB: 209551/SP Participação: REU Nome: LEOPOLDINO ALVES DE MELO JUNIOR

Processo Judicial Eletrônico


Tribunal de Justiça do Pará

PROCESSO N. 0840769-88.2021.8.14.0301
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

AUTOS DE BUSCA E APREENSÃO EM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA (81)

AUTOR/ENDEREÇO: Nome: BRADESCO ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA.


Endereço: Banco Bradesco S.A., S/N, Rua Benedito Américo de Oliveira, s/n, Vila Yara, OSASCO - SP -
CEP: 06029-900

RÉU/ENDEREÇO: Nome: LEOPOLDINO ALVES DE MELO JUNIOR


Endereço: Travessa Almirante Wandenkolk, 898, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66055-045
:

DECISÃO/ MANDADO

BRADESCO ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA., por advogado constituído nos autos, ajuizou
Ação de Busca e Apreensão, com suporte no art. 3º, do DL n.º 911/69 e alterações previstas na Lei
10.931/04, deduzindo pedidos em face de LEOPOLDINO ALVES DE MELO JUNIOR, também qualificado.

Arguiu, em resumo, o descumprimento de contrato relativo ao pagamento das parcelas referentes ao pacto
firmado entre as partes, o qual contém cláusula de alienação fiduciária em garantia.

Colacionou documentos e poderes e recolheu custas.

É o relato. Decido sobre a liminar.

Quanto ao pedido de liminar, assimilo que merece prosperar.

Para efeito de cognição sumária, denoto que são latentes os pressupostos necessários ao deferimento da
tutela de urgência.

Subsistem tanto a comprovação da mora, mediante notificação extrajudicial entregue no endereço do


demandado, quanto à aparente regularidade do contrato entabulado entre as partes. Esses elementos
constituem-se em motivos suficientes a justificar a pronta intervenção judicial, nos termos do art. 3º do
Decreto-Lei nº. 911, que foi revigorado pelas alterações introduzidas pela Lei 10.931/2004.

Desta forma, estão assentados o perigo da demora e o indicativo do direito material alegado. O primeiro
ante a possibilidade real de dilapidação e depreciação do bem dado em garantia do valor financiado. O
segundo aspecto, em razão da documentação acostada à inicial, que evidencia a probabilidade do direito.

Ex positis, defiro a liminar pretendida, servindo cópia desta decisão como mandado de busca e
apreensão do veículo descrito na inicial.

Ainda que não apreendido o veículo o réu deverá ser citado, sendo advertido de que terá cinco (05)
dias para pagar o total do débito (o que inclui as parcelas vencidas e vincendas, além das custas e
honorários advocatícios).

Cinco dias após executada a liminar, consolidar-se-ão a propriedade e a posse plena e


exclusiva do bem no patrimônio do autor, cabendo às repartições competentes, quando for o caso, expedir
novo certificado de registro de propriedade em nome do credor, ou de terceiro por ele indicado, livre do
ônus da propriedade fiduciária;

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como carta de citação ou mandado, nos termos do
Provimento n. 003/2009-CJRMB e n.11/2009-CJRMB.

Expeça-se o necessário.
1775
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Int.

Belém, 12 de agosto de 2021.

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0820242-86.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BANCO


ITAUCARD S/A Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO SANTANA BATISTA OAB: 30181/PA
Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE ANDRES ACEVEDO IBANEZ registrado(a) civilmente como
FELIPE ANDRES ACEVEDO IBANEZ OAB: 49817/BA Participação: REQUERIDO Nome: RAIMUNDO
COSTA

R.H.

Intimem-se as partes, por meio de seus advogados, para, no prazo de 05 dias, dizerem sobre a
possibilidade de eventual julgamento antecipado do mérito, nos moldes do art. 355, do CPC/2015, ou se
têm provas a produzir, especificando-as desde logo a fim de que o juízo possa proceder ao saneamento
do feito, nos moldes do que preceitua o art. 357 do CPC.

Ao especificarem as provas que pretendem produzir, justificar de forma objetiva e clara o tipo de prova a
ser produzida e sua finalidade/necessidade/pertinência. O silêncio ou o protesto genérico por produção de
provas serão interpretados como anuência ao julgamento antecipado, indeferindo-se, ainda, os
requerimentos de diligências inúteis ou meramente protelatórias.

Intime-se.

Belém, 17 de agosto de 2021.

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0843714-19.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EUNICE NATALINA


FERNANDES CAMPOS Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS VERBICARO SOARES OAB:
9685/PA Participação: AUTOR Nome: LUIZ CARLOS BARRAL FIGUEIREDO CAMPOS Participação:
ADVOGADO Nome: DENNIS VERBICARO SOARES OAB: 9685/PA Participação: AUTOR Nome:
ROSILEIDE DE SOUZA TORRES Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS VERBICARO SOARES
OAB: 9685/PA Participação: AUTOR Nome: ADRIANE LILIAN DE OLIVEIRA LIBERAL SOUSA
Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS VERBICARO SOARES OAB: 9685/PA Participação: AUTOR
Nome: MARCUS VINICIUS PEREIRA DA CONCEICAO Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS
VERBICARO SOARES OAB: 9685/PA Participação: REU Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA OAB: 21078/PA Participação: ADVOGADO
Nome: SERVIO TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Manifeste-se a parte Ré sobre a petição de ID 23380577, no prazo de 05 (cinco) dias.

Após, conclusos.

Int.

Belém, 16 de agosto de 2021

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0823585-22.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO VILLAGE RITZ Participação: ADVOGADO Nome: DENIS MACHADO MELO OAB: 10307/PA
Participação: REU Nome: NICHOLAS ANDRE SILVA FREIRE

Vistos etc.

Respaldado no que preceitua o art. 485, VIII do CPC, homologo por sentença, para que produza seus
jurídicos e legais efeitos o pedido de desistência formulado pelo Autor nos autos. Transitada esta em
julgado, proceda-se o arquivamento dos autos.

P.R.I.C

Belém, 12 de agosto de 2021

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0843666-89.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO ITAUCARD S/A


Participação: ADVOGADO Nome: CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES OAB: 19937/PR Participação:
REU Nome: REINALDO JACINTO CARDOSO DELGADO

Vistos etc.

Respaldado no que preceitua o art. 485, VIII do CPC, homologo por sentença, para que produza seus
jurídicos e legais efeitos o pedido de desistência formulado pelo Autor nos autos. Transitada esta em
julgado, proceda-se o arquivamento dos autos.

P.R.I.C

Belém, 12 de agosto de 2021

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS


1777
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0842055-04.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: B. A. D. C. L.


Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA TERESO JUNIOR OAB: 16837/PA Participação:
REU Nome: D. R. F. B. D. A. -. M.

Considerando que até a presente data não foram pagas as custas processuais inerente ao feito, conforme
certificado nos autos é que respaldado no que preceitua o art. 290 do CPC/2015, determino o
cancelamento da distribuição.

Transitada esta em julgado, proceda-se o arquivamento dos autos.

P.R.I.C

Belém, 12 de agosto de 2021.

ALVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital.

Número do processo: 0839963-58.2018.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: DENISE


AUXILIADORA DE LIMA CORREA Participação: ADVOGADO Nome: YANNICK MIRANDA SANZ OAB:
10272/PA Participação: EMBARGADO Nome: JOSE GILBERTO AGUIAR DIAS Participação: ADVOGADO
Nome: CLAUDIA DAMARES RIBEIRO SOUSA OAB: 25221/PA

Considerando que não houve nenhuma manifestação quanto ao despacho ordinatório retro, arquivem-se
os autos.

Belém, 16 de agosto de 2021

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0388325-22.2016.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ZOLIMA DE


OLIVEIRA CARDOSO Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE SANTOS FERNANDES OAB:
28279/PA Participação: ADVOGADO Nome: OSCAR MARIA DE ALENCAR FERNANDES OAB: 4199/PA
Participação: REQUERIDO Nome: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON
WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA

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