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DESEMBARGADORES
MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE
RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO
LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR MAIRTON MARQUES CARNEIRO
VÂNIA VALENTE DO COUTO FORTES BITAR CUNHA DIRACY NUNES ALVES EZILDA PASTANA MUTRAN
RAIMUNDO HOLANDA REIS RONALDO MARQUES VALLE MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA
VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA GLEIDE PEREIRA DE MOURA ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR
MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO ROSI MARIA GOMES DE FARIAS
RICARDO FERREIRA NUNES MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO EVA DO AMARAL COELHO
LEONARDO DE NORONHA TAVARES ROBERTO GONÇALVES DE MOURA
PRESIDÊNCIA
Instaura Procedimento Geral de Gestão de Precatórios em face do Município de Santa Maria do Pará com
a finalidade de oportunizar o pagamento ou realizar o sequestro necessário à liquidação do precatório nº
034/2018.
CONSIDERANDO o que dispõe a Portaria nº 1881/2015-GP, que prevê o Procedimento Geral de Gestão
de Precatórios, processo administrativo para o sequestro em virtude do não pagamento de precatórios;
CONSIDERANDO o requerimento da parte credora no Precatório nº 034/2018, nos termos do §6º do art.
100 da Constituição Federal c/c o art. 19 e seguintes da Resolução nº 303/2019 do Conselho Nacional de
Justiça,
RESOLVE:
Art. 1º Instaurar Procedimento Geral de Gestão em face do Município de Santa Maria do Pará, em virtude
do não pagamento do precatório nº 034/2018, vencido em 31/12/2020, correspondente à quantia de R$
106.071,00 (cento e seis mil e setenta e um reais), atualizado até agosto/2021, em consonância com o
disposto nos §§6º e 12 do art. 100 da Constituição Federal.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, da Juíza de Direito Shérida Keila Pacheco
Teixeira Bauer,
DESIGNAR o Juiz de Direito Murilo Lemos Simão, Auxiliar de 3ª Entrância, para responder, sem prejuízo
de suas designações anteriores, pela Vara de Carta Precatória Criminal da Capital, no dia 20 de agosto do
ano de 2021.
CONSIDERANDO que a Resolução nº 195, de 3 de junho de 2014, do CNJ, que dispõe sobre a
distribuição de orçamento nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo graus e dá outras
providências, em seu art. 5º, prevê a obrigação "de os tribunais constituírem Comitê Orçamentário de
primeiro e Comitê Orçamentário de segundo grau";
CONSIDERANDO que o art. 6º da Resolução nº 195, de 3 de junho de 2014, do CNJ faculta aos tribunais
a instituição de um único comitê para as atribuições de Comitê Gestor Regional e Comitê Orçamentário de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
primeiro grau,
RESOLVE:
Art. 1º Constituir o Comitê Único, Gestor Regional e Orçamentário de Primeiro Grau, no âmbito do Poder
Judiciário do Estado do Pará, nos termos da composição definida no artigo 5º da Resolução nº 194/2014,
do Conselho Nacional de Justiça, com os seguintes membros:
Magistrado escolhido
T r i b u n a l P l e n o d o Cesar Leandro Pinto C e s a r A u g u s t o P u t y P a i v a
TJPA, a partir da lista Machado Rodrigues
de inscritos(as)
Magistrado indicado
Everaldo Pantoja e
Tribunal Pleno do Daniel Ribeiro Dacier Lobato
Silva
TJPA
Servidora escolhida
Tribunal Pleno doC l a u d i a S a d e c k
Samantha Nahon Bittencourt
TJPA, a partir da lista Burlamaqui
de inscritos(as)
Servidor escolhido
F r a n c i s c o O l a v o Michele da Silva Damasceno
Tribunal Pleno do
Damasceno Júnior Gouveia
TJPA
Art. 2º Assegurar a participação dos seguintes representantes de classe: Magistrado Carlos Márcio de
Melo Queiroz, indicado pela Associação de Magistrados do Estado do Pará (Amepa), Servidor Thiago
Ferreira Lacerda, indicado pelo Sindicato dos Funcionários do Poder Judiciário do Estado do Pará (Sindju),
Servidor Edvaldo dos Santos Lima Júnior, indicado pelo Sindicato dos Oficias de Justiça do Estado do
Pará (Sindojus) e Servidor Marcelo Sarraf Pinho, indicado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário
Estado do Pará (Sinjep), todos sem direito a voto.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Substituto Italo de Oliveira
Cardoso Boaventura,
DESIGNAR o Juiz de Direito Thiago Cendes Escórcio, titular da 1ª Vara Cível e Empresarial de Tucuruí,
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para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª Vara Cível e Empresarial de Tucuruí, no dia 27 de
agosto do ano de 2021.
Considerando o pedido de suspensão de férias, em caráter voluntário, da Juíza de Direito Kátia Parente
Sena,
Considerando o pedido de suspensão de férias, em caráter voluntário, do Juiz de Direito Gabriel Pinos
Sturtz,
Referência: PA-MEM-2021/29641
Assunto: Renúncia e Designação de interino para O Cartório do único ofício da Comarca de Bujaru
(CNS: 06.604-3)
DECISÃO/OFÍCIO Nº 968/2021-GP
Tratam os presentes autos de pedido de renúncia formulado pela Sra. Rosangelica Castelo Branco
Campos Noronha do Cartório do Único Ofício da Comarca de Bujaru-PA.
É consenso que o Cartório, tendo em vistas os relevantes serviços públicos prestados à comunidade, não
pode ficar com suas atividades paralisadas, em virtude de vacância do Delegatário, não podendo sofrer
solução de continuidade.
O art. 5º do Provimento 77/2018 do CNJ informa que, não havendo um substituto nos moldes do art. 2º e
do art. 3º, será designado de forma interina um delegatário em exercício no mesmo município ou no
município contíguo, conforme se infere do texto infracitado:
"Art. 5º Não havendo substituto que atenda aos requisitos do §2º do art. 2º e do art. 3º, a corregedoria de
justiça designará interinamente, como responsável pelo expediente, delegatário em exercício no mesmo
município ou no município contíguo que detenha uma das atribuições do serviço vago."
Do mesmo modo, o §3º do art. 8º da Lei no 6.881/2006 dispõe que a competência para a designação de
Cartorário Interino é do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, in verbis:
¿Art. 8º No prazo máximo de seis meses após a vacância ou criação do serviço notarial ou de registro será
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O Tribunal, por maioria, conheceu da ação direta e julgou parcialmente procedente o pedido formulado,
apenas para declarar inconstitucional a interpretação que extraia do art. 20 da Lei nº 8.935/94 a
possibilidade de que prepostos (não concursados), indicados pelo titular ou mesmo pelos tribunais de
justiça, possam exercer substituições ininterruptas por períodos maiores de que 6 (seis) meses. Declarou,
ainda, que, para essas longas substituições (maiores que 6 meses), a solução constitucionalmente válida
é a indicação, como "substituto", de outro notário ou registrador, observadas as leis locais de organização
do serviço notarial e registral, ressalvada a possibilidade de os tribunais de justiça indicarem substitutos
"ad hoc", quando não houver interessados, entre os titulares concursados, que aceitem a substituição,
sem prejuízo da imediata abertura de concurso público para preenchimento da(s) vaga(s). Por fim,
reconheceu a plena constitucionalidade dos arts. 39, II, e 48 da Lei nº 8.935/94. Tudo nos termos do voto
do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio, que julgava procedente, em parte, o pedido, para conferir
interpretação conforme à Constituição Federal ao artigo 20, cabeça e parágrafos 1º a 4º, da Lei nº
8.935/1994, a fim de assentar a substituição eventual, por preposto indicado pelo titular, do notário ou
registrador. Plenário, Sessão Virtual de 28.5.2021 a 7.6.2021.
Como se extrai da decisão, é incompatível com a Constituição Federal a interpretação de que prepostos,
indicados pelo titular de cartório, possam exercer substituições ininterruptas por períodos superiores a seis
meses, pois conforme se extrai da referida decisão, a substituição precária de um notário ou registrador
por agente ad hoc não pode superar esse período.
Destarte, impõe-se o atendimento à regra seguinte, definida no Provimento nº 77/2018/CNJ, qual seja, do
art. 5º, in verbis:
Art. 50 Não havendo substituto que atenda aos requisitos do § 2º do art. 2º e do art. 3º, a corregedoria de
justiça designará interinamente, como responsável pelo expediente, delegatário em exercício no mesmo
município ou no município contíguo que detenha uma das atribuições do serviço vago.
Pelo exposto, nos termos do artigo 39, inciso IV da Lei Federal nº 8.935/94, acato o pedido de renúncia da
Oficiala Rosangelica Castelo Branco Campos Noronha, declarando-o vago e, nos termos do artigo 5º do
Provimento 77/2018 do CNJ, acompanho a manifestação da Corregedoria Geral de Justiça, por
conseguinte, designo para responder interinamente pela Cartório do único ofício da Comarca de Bujaru
(CNS: 06.604-3) a Sra. Suzane Teixeira Braga Tourinho, Titular do Único Ofício - SEDE da Comarca de
Santo Antônio do Tauá (CNS: 06.649-8), até outorga de delegação a um concursado.
À Divisão de Apoio Técnico Jurídico da Presidência para cumprimento do decidido, devendo dar ciência
deste ato ao requerente; à Corregedoria Geral de Justiça; ao Juiz de Direito da Comarca e à Divisão de
Controle e Fiscalização de Arrecadação Extrajudicial da SEPLAN.
CONSIDERANDO tratar-se a renúncia decisão unilateral adotada pelo titular e insuscetível de apreciação
pela Presidência deste Poder,
Art. 1º DESIGNAR a Sra. Suzane Teixeira Braga Tourinho, Titular do Único Ofício ¿ SEDE da Comarca de
Santo Antônio do Tauá (CNS: 06.649-8), para responder interinamente pelo Cartório do Único Ofício da
Comarca
de Bujaru-PA (CNS: 06.6043), com fundamento no artigo 5º Provimento 77/2018 do Conselho Nacional de
Justiça, até seu regular preenchimento por concurso público.
PROCESSO Nº 0003057-04.2021.2.00.0814
REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO
REQUERENTE: RODRIGO CHERRI RIBAS
ADVOGADOS: CLEVERSON FERMINO - OAB/PA 16.632 e OUTROS
REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVO PROGRESSO
EMENTA: REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO. MOROSIDADE SANADA POR IMPULSO
PROCESSUAL. ARQUIVAMENTO.
DECISÃO: Cuida-se de Reclamação por Excesso de Prazo formulada por RODRIGO CHERRI RIBAS,
através de seu advogado legalmente constituído, perante esta Corregedoria de Justiça, em desfavor do
JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVO PROGRESSO /PA, expondo
morosidade na tramitação do Processo nº 0800257-39.2021.8.14.0115, destacando demora na apreciação
da tutela de urgência de Reintegração de Posse. Instado a se manifestar, o Juízo requerido, através da
Magistrada CAMILLA TEIXEIRA DE ASSUMPÇÃO, em resumo, respondeu: ¿(...) foi proferida a decisão
anexa, na qual foi recebida a petição inicial, indeferida a tutela de urgência, agendada audiência de
conciliação e deferida a habilitação da ré, de maneira a impulsionar o feito.¿
Em consulta atualizada ao Sistema PJE constatou-se que em 09/08/2021 fora prolatada Decisão
indeferindo a tutela de urgência e deliberando acerca da habilitação/citação da parte ré e designação de
audiência. É o Relatório. DECIDO. Analisando os fatos apresentados pelo requerente, percebe-se que a
sua real intenção é o prosseguimento do feito nº 0800257-39.2021.8.14.0115, com a entrega da prestação
jurisdicional. Ocorre que, consoante às informações colhidas por meio do Sistema PJE, conforme
ressaltado acima, a morosidade reclamada não mais subsiste, uma vez que os autos, objeto do presente
expediente, obtiveram impulso em 09/08/2021, com decisão interlocutória, satisfazendo, pois, a pretensão
do requerente. Diante do exposto, considerando não haver a princípio qualquer outra medida a ser tomada
por este Órgão Correcional, DETERMINO o ARQUIVAMENTO da presente representação, com fulcro no
art. 9º, § 2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça. Dê-se ciência às partes. Utilize-se
cópia do presente como ofício. À Secretaria para os devidos fins. Belém, 10/08/2021. Desembargadora
ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA - Corregedora Geral de Justiça
PROCESSO Nº 0002587-07.2020.2.00.0814
DECISÃO
Trata-se de representação por excesso de prazo formulada pelo Banco do Estado do Pará representado
pelo Advogado Thiago dos Santos Almeida (OAB/PA 17.337) em desfavor do Juízo de Direito da Vara
Única da Comarca de Santarém Novo/PA, expondo morosidade na tramitação do Processo nº 0004958-
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
05.2019.8.14.1875.
Instado a manifestar-se, o Exmo. Sr. Dr. Daniel Bezerra Montenegro Girão, Juiz de Direito da Comarca
de Santarém Novo/PA, em síntese, informou que os autos do processo n.º 0004958-05.2019.8.14.1875
estão recebendo tramitação regular e que proferiu decisão naqueles autos em 22/03/2021.
É o Relatório.
DECIDO.
Analisando os fatos apresentados pelo Advogado do requerente, percebe-se que a sua real intenção era
que fosse dado impulso aos autos do processo n.º 0004958-05.2019.8.14.1875.
Consoante às informações prestadas pelo Exmo. Sr. Dr. Daniel Bezerra Montenegro Girão, Juiz de Direito
da Comarca de Santarém Novo/PA, corroborada por consulta realizada ao sistema LIBRA em 01/08/2021,
verificou-se que em 22/03/2021, os autos do processo n.º 0004958-05.2019.8.14.1875 receberam decisão,
dando impulso ao feito em questão e satisfazendo a pretensão exposta pelo requerente junto a este Órgão
Correcional.
Diante do exposto, considerando não haver a princípio qualquer outra medida a ser adotada por esta
Corregedoria-Geral de Justiça, DETERMINO o ARQUIVAMENTO da presente representação por excesso
de prazo, com fulcro no art. 9º, § 2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça.
Após, arquive-se.
Corregedora-Geral de Justiça
PROCESSO Nº 0003165-33.2021.2.00.0814
RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR
55.2016.814.0041, o que culminou com a prisão do reclamante por determinação do Juízo de piso, tendo
em vista a confirmação da sentença condenatória. É o que basta relatar. Analisando os fatos
apresentados pelo reclamante percebe-se que a sua real intenção é a abertura de procedimento disciplinar
em face de servidora lotada na UPJ PENAL do TJ/PA, em decorrência de suposto erro grave ao elaborar
certidão de trânsito em julgado de acórdão prolatado em julgado de Apelação interposta nos autos do
Processo nº 0002761-55.2016.814.0041. Diante disso, examinando a íntegra dos presentes autos,
observa-se não ser da competência desta Corregedoria-Geral de Justiça a análise do pleito formulado pelo
requerente, senão vejamos: O Código Judiciário do Estado do Pará (Lei Estadual n.º 5.008/1981) alterado
pela Lei Estadual n.º 9.133/2020 e convalidado pelo Capítulo IV do
Regimento Interno deste Tribunal de Justiça Estadual, do art. 38 em diante ¿ dispositivos que tratam das
Corregedorias de Justiça - são de uma clareza solar ao dispor, que cabe aos Corregedores de Justiça a
correição permanente dos serviços judiciários de primeira instância, zelando pelo bom funcionamento e
aperfeiçoamento da Justiça, dentre outras atribuições. Ademais, as mencionadas normas expõem caber
aos Corregedores conhecer das representações e reclamações contra Juízes e serventuários do primeiro
grau acusados de atos atentatórios ao serviço judiciário, o que não se coaduna com o presente caso. A
presente reclamação versa a respeito de suposta falta disciplinar
cometida por servidora lotada na segunda instância do TJ/PA. Diante do exposto, considerando a
incompetência desta Corregedoria-Geral de Justiça para a apreciação do pleito, DETERMINO a remessa
dos presentes autos à D. Presidência do TJE/PA, para as providências que entender cabíveis. Dê-se
ciência às partes. Utilize-se cópia do presente como ofício. Por fim, arquive-se com baixa no PJeCor. À
Secretaria para os devidos fins. Belém(PA), 17/09/2021. Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA
COSTA CUNHA - Corregedora- Geral de Justiça
PROCESSO Nº 0004147-81.2020.2.00.0814
PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
DECISÃO
Cuida-se de Pedido de Providências da lavra de Ronaldo de Col, representado por seu Advogado André
Luiz Gonçalves Lisboa (OAB/PA 12.217), clamando pelo cumprimento da carta precatória extraída dos
autos do processo n.º 0006686-18.2019.8.14.0053 e expedida para a Comarca de São Félix do Xingu/PA.
Instado a manifestar-se, o Exmo. Sr. Dr. Pedro Enrico de Oliveira, Juiz de Direito Titular da Vara Única
da Comarca de Tucumã/PA, respondendo cumulativamente pela Vara Única da Comarca de São Félix do
Xingu/PA, em síntese, informou que a carta precatória extraída dos autos do processo n.º 0006686-
18.2019.8.14.0053 foi cumprida e devolvida ao Juízo Deprecante (1ª Vara do Cível e Empresarial da
Comarca de Santarém/PA), via malote digital com o código de rastreabilidade nº 81420211386349.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
É o relatório.
Decido.
Inicialmente, apura-se que a real pretensão do requerente era o cumprimento e devolução de carta
precatória extraída dos autos do processo n.º 0006686-18.2019.8.14.0053.
Da leitura das informações e dos documentos que integram estes autos, acrescida da consulta realizada
ao sistema LIBRA em 01/08/2021, verificou-se que a carta precatória em referência foi cumprida em
18/03/2021 e devolvida em 19/03/2021 ao Juízo Deprecante (1ª Vara do Cível e Empresarial da Comarca
de Santarém/PA).
Desse modo, diante do cumprimento e devolução da carta precatória extraída dos autos do processo
acima mencionado, verifica-se que estes autos de pedido de providências perderam o seu objeto junto a
esta Corregedoria-Geral de Justiça e tendo em vista que não há outra medida a ser adotada, DETERMINO
o seu ARQUIVAMENTO.
Corregedora-Geral de Justiça
PROCESSO Nº 0002905-53.2021.2.00.0814
ADVOGADOS: JOSÉ MARINHO GEMAQUE JÚNIOR (OAB/PA 8.955) E SILVIA MARINA RIBEIRO DE
MIRANDA MOURÃO (OAB/PA 5.627)
DESPACHO: (...) Dar ciência ao Processado e aos seus Advogados acerca da migração destes autos de
Processo Administrativo Disciplinar para o sistema PJeCor, informando-lhes a numeração recebida, a fim
de que o Servidor e os seus procuradores possam acompanhar a tramitação do feito no âmbito deste
Órgão Correcional (...) Sirva o presente despacho como Ofício. Cumpridas as diligências acima, volvam-
me conclusos. À Secretaria para os devidos fins. Belém (PA), 17/08/2021.
Corregedora-Geral de Justiça
DECISÃO
Ciente do arquivamento da decisão proferida pela Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Corregedora
Nacional de Justiça, na reclamação disciplinar nº 0005924-84.2021.2.00.0000, DETERMINO a
manutenção do arquivamento da presente reclamatória.
Corregedora-Geral de Justiça
PROCESSO Nº 0005160-18.2020.2.00.0814
DECISÃO
Cuida-se de representação por excesso de prazo formulada por Tiago Alves Monteiro Filho (OAB/PA
5.609) em desfavor do Juízo de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Xinguara/PA, expondo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Instado a manifestar-se, o Exmo. Sr. Dr. Haendel Moreira Ramos, Juiz de Direito Diretor do Fórum da
Comarca de Xinguara/PA, fez uma síntese da tramitação do referido processo, nos seguintes termos:
¿1) Em 09/09/2019 o autor requereu a expedição de RPV, haja vista que sentença transitou em julgado
livremente e não houve interposição de recurso, por parte do requerido, sendo que em 16/09/2019, o pleito
foi analisado por este juízo e determinado a intimação do autor para que o exequente emende a petição de
cumprimento de sentença, no prazo de 15 (quinze) dias, devendo se atentar a todo o disposto no art. 534
do CPC, sob pena de indeferimento do pedido.
2) Devidamente intimado o exequente promoveu a emenda a inicial em 24/09/2019, ocasião em que este
juízo determinou a intimação da fazenda pública executada com remessa dos autos para que no prazo de
30 (dias), apresentasse impugnação ao cumprimento de sentença.
5) Em 30/04/2020, este juízo antes de analisar os Embargos de Declaração, verificou que o executado não
havia recolhido as custas judiciais referentes ao Cumprimento de Sentença, devidamente intimado
promoveu o recolhimento das custas em 01/06/2020.
8) Diante disso, em 05 de fevereiro de 2021, o exequente requereu o Bloqueio dos Valores via SISBAJUD,
o que foi devidamente deferido por este juízo em 26/02/2021.
Por fim informo ainda a Vossa Excelência, que conforme exposto, o feito encontra-se aguardando resposta
do SISBAJUD, para que seja realizada a transferência do valor para a conta informada pelo o exequente,
estando assim tramitando dentro dos parâmetros legais.¿
É o relatório.
Decido.
Da leitura das informações que integram estes autos, acrescida de consulta ao sistema PJE, apurou-se
que o processo n.º 0009310-09.2016.814.0065, objeto de representação por excesso de prazo, está em
tramitação regular, tendo sido expedido Alvará Judicial em 28/05/2021.
Destarte, à luz do princípio da razoabilidade, não há que se falar em atraso processual decorrente de ato
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ou omissão do Juízo requerido, verificando-se que os intervalos entre os atos processuais se deram em
tempo razoável, não havendo paralisação do processo de modo a configurar morosidade.
Assim sendo, chama-se atenção ao fato de que o Princípio Constitucional da Duração Razoável do
Processo, por vezes, há de ser relativizado, posto que não significa imediatismo. Assim, a duração
razoável deve ser analisada caso a caso, de modo a não importar hiato temporal, mas sim, se durante
esse período, o processo tramitou regularmente.
Desse modo, ante a inexistência de qualquer infração administrativa a ser apurada, assim como diante da
ausência de constatação de morosidade processual, impõe-se o ARQUIVAMENTO destes autos, com
fulcro no art. 9º, § 2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça, por não haver a princípio
qualquer outra medida a ser adotada por este Órgão Correcional.
Corregedora-Geral de Justiça
PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
DECISÃO
Trata-se de pedido de providências formulado por Marcos Sousa (novo requerente) e encaminhado ao
TJ/PA pela Promotoria de Justiça de Altamira/PA após a decisão Id. 47942 proferida no âmbito da
Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior.
Diante do não cumprimento da determinação contida no despacho pela parte interessada, a Secretaria
desta Corregedoria-Geral lavrou a certidão Id. 549137.
É o sucinto relatório.
Decido.
§1º As notícias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o
endereço do noticiante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.¿ (grifo nosso)
Ante o exposto, com fulcro no art. 9º da Resolução CNJ nº 135/2011 c/c art. 91, §1º do Regimento Interno
deste TJE e os dispositivos contidos no Provimento nº 02/2017-CJCI, no Provimento n.º 02/2019-CJRMB e
no Provimento Conjunto nº 003/2020-CJRMB/CJCI, determino o ARQUIVAMENTO dos presentes autos
.
Corregedora-Geral de Justiça
PROCESSO Nº 0000555-92.2021.2.00.0814
DECISÃO
Trata-se de representação por excesso de prazo formulada pelo Advogado Allan Augusto Lemos Dias
(OAB/PA 12.089) em desfavor do Juízo de Direito da 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Canaã dos Carajás/PA, expondo morosidade na expedição de Requisições de Pequenos Valores ¿
RPV¿s nos autos do processo n.º 0000849-73.2009.8.14.0136.
Instado a manifestar-se, o Diretor de Secretaria Gustavo Silva Pacheco, de ordem da Exma. Sra. Dra.
Barbara Oliveira Moreira, Juíza de Direito titular da 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Canaã dos
Carajás/PA, à época, registrou que em 05/03/2021 foram expedidas as RPV¿s (Requisições de Pequenos
Valores) em questão.
É o Relatório.
DECIDO.
Analisando os fatos apresentados pelo Advogado requerente, percebe-se que a sua real intenção era que
fossem expedidas as RPV¿s (Requisições de Pequenos Valores) no processo nº 0000849-
73.2009.8.14.0136.
Consoante às informações prestadas pelo juízo requerido, corroboradas por consulta realizada no sistema
LIBRA em 03/08/2021, verifica-se que em 22/02/2021 foi expedido Ofício de RPV¿s (Requisições de
Pequenos Valores) no processo nº 0000849-73.2009.8.14.0136, objeto da representação por excesso de
prazo, satisfazendo, pois, a pretensão exposta pelo Advogado requerente junto ao Órgão Correcional.
Diante do exposto, considerando não haver a princípio qualquer outra medida a ser adotada por esta
Corregedoria-Geral de Justiça, DETERMINO o ARQUIVAMENTO da presente representação por excesso
de prazo, com fulcro no art. 9º, § 2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça.
Após, arquive-se.
Corregedora-Geral de Justiça
PROCESSO Nº 0003016-37.2021.2.00.0814
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PROCESSO Nº 0000928-26.2021.2.00.0814
DECISÃO
Cuida-se de Representação por Excesso de Prazo formulada pelo senhor MAURICIO TRAMUJAS
ASSAD, perante a Corregedoria-Geral de Justiça em desfavor do JUÍZO DA COMARCA DE NOVO
PROGRESSO, expondo morosidade na tramitação do Processo nº 0000721-48.2011.8.14.0115. Alega
que os autos seguiram conclusos em 15/12/2020 para apreciação de petitório requerendo a determinação
de expedição de alvará para liberação de valores incontroversos, encontrando-se paralisado desde então.
É o Relatório.
DECIDO.
Analisando os fatos apresentados pela reclamante, percebe-se que a sua real intenção é o
prosseguimento do feito nº 0000721-48.2011.8.14.0115.
Ocorre que, consoante às informações prestadas pelo magistrado, aliada às colhidas por meio de consulta
ao sistema PJE, observo que a morosidade reclamada não mais subsiste, uma vez que os autos, objeto
da presente reclamação, obtiveram impulso em 22/03/2021 com Decisão do Juízo.
Diante do exposto, considerando não haver a princípio qualquer outra medida a ser tomada por este
Órgão Correcional, DETERMINO o ARQUIVAMENTO da presente reclamatória, com fulcro no art. 9º, § 2º
da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça.
PROCESSO Nº 0002773-93.2021.2.00.0814
REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO
REQUERENTE: CINTHIA COSTA DE CASTRO
ADVOGADA: ISABELLA CASANOVA DE CARVALHO CORREA DE LIMA, OAB/PA 23.604
REQUERIDO: JUÍZO DA 6ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE BELÉM
EMENTA: REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA
RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO. ART. 5º, LXXVIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
MOROSIDADE SANADA POR IMPULSO PROCESSUAL. ARQUIVAMENTO.
DECISÃO: Cuida-se de Representação por Excesso de Prazo formulada pela advogada ISABELLA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Processo nº 0001985-79.2021.2.00.0814
Pedido de Providências
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DECISÃO. Retornam os presentes autos com as informações prestadas pelo Juízo da 1ª Vara Cível e
Criminal da Comarca de Cametá (ID 692127) acerca do cumprimento da diligência solicitada pela
Defensora Pública Úrsula Dini Mascarenhas, para que a SEAP informasse se o apenado Domingos
Cambraia dos Santo havia desempenhado atividades de estudo ou trabalho que possibilitassem a remição
da pena. Em sua resposta, o magistrado Márcio Campos Barroso Rebello informou que: ¿(...) Após análise
dos autos de execução acima mencionado constatou-se que houve o integral cumprimento do despacho
proferido pelo MM juiz desta Comarca em 01/10/2020, conforme ofício anexo encaminhado para a casa
penal via email. Ressalto que inicialmente não houve resposta por parte do Centro de Recuperação
Regional de Cametá, tendo este juízo reiterado o pedido de informação, que em 06/08/2021 foi respondido
pelo Diretor da casa penal desta Comarca através do ofício 456/2021 (cópia anexa), portanto o atestado
de trabalho prestado pelo interno já foi juntado aos autos de execução e em seguida encaminhado para a
Defensoria Pública em 09/08/2021, para manifestação.¿ Da análise das informações, depreende-se que
se encontra satisfeito o objeto do presente pedido de providências, não havendo outras diligências a
serem adotadas, pelo que, determino seu arquivamento. Dê-se ciência à requerente, devendo ser
encaminhada cópia da manifestação ID 692127 e documentos que a acompanham. À Secretaria para
providências. Belém-PA, data registrada no sistema. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA.
Desembargadora Corregedora-Geral de Justiça do Pará
PROCESSO Nº 0003081-32.2021.2.00.0814
PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
PRECATÓRIA CÍVEL DE BELÉM de Ids 694815 e 694816, para que adote as providências que entender
pertinentes, após, arquive-se. À secretaria para os devidos fins. Belém, data da assinatura eletrônica.
Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA. Corregedora Geral de Justiça
PROCESSO Nº 0002518-38.2021.2.00.0814
PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
DECISÃO: Cuida-se de Pedido de Providências realizado pelo CENTRO DE ENSINO PLENO LTDA.,
através de seus advogados legalmente constituídos, por meio do qual busca o auxílio da Corregedoria de
Justiça a fim de resolver pendência junto ao Banco do Estado do Pará - BANPARÁ, a qual o impede de
encerrar uma conta vinculada ao citado banco, em razão de suposto ato constritivo que teria sido oriundo
de Decisão proferida nos autos do Processo nº 2006.1.000327-6 (numeração antiga do sistema),
indicando-se estar atrelado à 3ª Vara do Juizado Especial Cível de Ananindeua. Discorre o requerente, in
verbis: ¿Para sua surpresa, o Banco negou o pedido informando haver uma ordem de bloqueio no valor de
R$ 160,10 (cento e sessenta reais e dez centavos) Doc. 03 anexo. Em descrição, consta se tratar de
ordem emanada no bojo do processo 2006.1.000327-6 (numeração antiga do sistema), indicando-se estar
atrelada à 3ª Vara do Juizado Especial Cível de Ananindeua.¿ Em suma, relata que por força de um ato
constritivo desconhecido, fica impossibilitado de exercer sua liberdade de encerrar a conta, uma vez que,
por certo, o Banco não poderia desconsiderar ordem judicial, e a empresa, por sua vez, não possui
condições de adimplir o suposto ônus, pois sequer pode fazê-lo sem saber de onde este vem, razão pela
qual requer que sejam oficiados a 1ª Vara Cível e Empresarial e as 1ª, 2ª e 3ª Varas dos Juizados
Especiais Cíveis, todas da Comarca de Ananindeua; bem como o Banco do Estado do Pará, para
prestarem esclarecimentos/informações sobre o presente caso. Em ID 581754, foram oficiadas a unidade
judiciárias acima destacadas, pelo que responderam: 1) JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL E
EMPRESARIAL DA COMARCA DE ANANINDEUA ¿ ID 594162: ¿(...) Nesta toada, não há qualquer
intervenção ou possibilidade de ordem de restrição de valores por este Juízo da parte
interessada/reclamante do Juizado Especial de Ananindeua. (...)¿. No mais, consoante documento
apresentado pela própria parte interessada ao ED 533292 ¿ Pág. 1, nota-se que a referida restrição se
deu por determinação da 3ª Vara 2) JUÍZO DE DIREITO DA 1a VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA
COMARCA DE ANANINDEUA ¿ ID 602918: ¿(...) informo que o único processo em nome da parte
interessada/reclamante encontrado nesta Vara é o de nº 080553-45.2016.8.14.0953, o qual foi autuado em
05/02/2016, portanto, em data bem posterior ao bloqueio questionado nesta Reclamação, e encontra-se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Processo nº 0001581-28.2021.2.0814
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Interessada: Larissa Prado Santana, tabeliã do 1º Ofício de Notas da Comarca de Belém- PA. Decisão:
Vistos, etc. Cuida o presente expediente, de consulta formulada pela tabeliã do 1º Ofício de Notas da
Comarca de Belém- PA, Dra. Larissa Prado Santana, informando a esta Corregedoria que seu cartório
possui acervo desde o ano 1884, e que contam parte da história de Belém, de grande valor cultural local.
Contudo, em razão do decurso do tempo, muitos encontram-se em estado precário, reclamando cuidados
profissionais e equipamentos para seu manuseio. Relata que livros anteriores a 1930, não são objeto de
buscas e pedidos de certidões, e assim consulta a esta corregedoria acercada possiblidade de realocar
tais livros anteriores a essa data, que são em torno de 500 (quinhentos), para o Museu Histórico do Estado
do Pará, ou para uma outra instituição de escolha desta Corregedoria de Justiça, em que tais livros
tenham o tratamento adequado para preservar seu conteúdo, visando propiciar sua utilização pelas
gerações vindouras e enriquecimento do conhecimento dos historiadores. Instada e se manifestar, a
Secretaria de Administração do Tribunal informou que o TJPA não possui Convênios firmados com
Serventias Extrajudiciais para o recebimento de documentos em doação, informando que há, entretanto,
Acordo de Cooperação Técnica com Universidades para o tratamento da documentação histórica judicial,
como o ACT nº 005/2007, firmado com a Universidade Federal do Pará, cuja coordenação é realizada pelo
Centro de Memória. Ademais ressalta que por força do disposto no art. 46 da Lei de dos notários (Lei nº
8.935/94) que estabelece a obrigação do tabelião em conservar os documentos, livros e fichas, que devem
permanecer sob guarda do titular. Foi requisitada a juntada do ACT nº 005/2007, o que foi feito pela
Secretaria de Administração (id. 562308). É o relatório. DECIDO. Analisando os autos, e, de acordo com a
manifestação da Secretaria de Administração, percebe-se que o Tribunal de Justiça não possui nenhum
convênio ou termo de cooperação com entidades para a transferência de acervo de serventias
extrajudiciais. O que existem são Acordos firmados com universidade para o tratamento do acervo
histórico judicial, não envolvendo serventia extrajudiciais. Por outro lado o art. 46 da Lei dos notários
atribui aos tabeliães a responsabilidade pela guarda e conservação dos livros que, de acordo com o
Provimento nº 50 da Corregedoria Nacional de Justiça, que fixou a ¿tabela de temporalidade¿, tais livros
são de guarda permanente da serventia, não podendo ser descartados. ¿Art. 46 - Os livros, fichas,
documentos, papéis, microfilmes e sistemas de computação deverão permanecer sempre sob a guarda e
responsabilidade do titular de serviço notarial ou de registro, que zelará por sua ordem, segurança e
conservação¿. Por outro lado o art. 26 da Lei de Registros Públicos (Lei nº 6.015/73), estabelece que os
livros deverão permanecer indefinidamente na serventia. ¿Art. 26. Os livros e papéis pertencentes ao
arquivo do cartório ali permanecerão indefinidamente¿. Assim, respondendo à consulta formulada pela
Tabeliã titular, esclareço que, de acordo com o art. 46 da Lei dos Notários, c/c art. 26 da Lei de Registros
Públicos, e ainda o Provimento nº 50 do CNJ, fica inviabilizada a formalização de convênios para a
realocação dos livros das serventias extrajudiciais para outros estabelecimentos ou entidades. Por fim,
recomenda-se à Tabeliã que envide esforços para a digitalização de todo o acervo, a fim de garantir a sua
conservação. À Secretaria para as providências de comunicação. Após arquive-se. Belém, 17 de agosto
de 2021. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Corregedora Geral de Justiça.
Processo 000029-28.2021.2.00.0814
DECISÃO: Trata-se de expediente por meio do qual o Conselho Nacional de Direitos Humanos - CNDH,
através de seu presidente Renan Vinicius Sotto Mayor de Oliveira, apresentou a Resolução 34/2020, que
dispõe sobre aprovação do Relatório Preliminar de Atividades da Frente de Trabalho para Proteção de
Direitos em Deslocamentos Compulsórios do Conselho Nacional de Direitos Humanos, bem como
conteúdo integral do relatório. O relatório mencionado descreve a situação das populações deslocadas por
grandes obras de infraestrutura no Estado do Pará, o CNDH recomenda ao Tribunal de Justiça do Estado
do Pará, como um todo, a "edição de instruções conjuntas das corregedorias da Região Metropolitana de
Belém e do Interior, que versem sobre a observação aspectos da Resolução nº 10/2018, do Conselho
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Nacional de Direitos Humanos". Ainda, a Resolução nº 10/2018 do CNDH, por sua vez, determina que os
agentes e instituições do Estado, inclusive do sistema de justiça, adotem medidas visando à proteção de
populações vulneráveis nos processos em que tais grupos sejam afetados, incluindo neste rol aqueles
deslocados por empreendimentos, obras de infraestrutura ou semelhantes. Recomenda também, à
Corregedoria do TJPA e ao ITERPA,"¿ a revisão completa, mediante o bloqueio cautelar das matrículas,
de todas as concessões de terras públicas estaduais objeto de Resgate de Aforamento ou de Resgate
Especial de Aforamento". Em resposta, este Tribunal de Justiça, por meio da presidente da Comissão de
Ações Judiciais de Direitos Humanos e Repercussões Sociais e vice-presidente à época, recebeu o
expediente e se manifestou no seguinte sentido: 1. Entende-se que as recomendações do CNDH não
podem ser impostas ao Judiciário; 2. Conclui-se que as regras previstas na Resolução nº 10/2018 acabam
por criar e alterar regras civis e processuais civis, ferindo a Constituição na medida em que a competência
para tanto é da União; 3. Estas normas ferem a independência dos magistrados; 3. Estas normas
estabelecem hierarquia entre diretos fundamentais, o que não possui previsão constitucional; 4.
Recomenda a adoção da Resolução nº 10/2018 naquilo em que não conflitar com a Constituição, com a
legislação infraconstitucional e com atos normativos do TJPA. A manifestação foi encaminhada à
Corregedoria de Justiça da Região Metropolitana e ao CNDH, para ciência. Após analisar o expediente, a
Corregedora-Geral de Justiça proferiu decisão em 10.04.2021 (Id 361354), na qual determinou o
encaminhamento para análise do Juiz Corregedor Lucio Barreto Guerreiro, para análise da questão do
bloqueio cautelar de matrículas e, ainda, determinou a expedição de oficio circular aos juízes do TJPA. É o
relatório. Da leitura dos autos, depreende-se que a parte que ficou pendente de análise, qual seja a
possibilidade de bloqueio das matrículas de imóveis com registro de aforamento, já fora objeto de análise
por esta Corregedoria de Justiça, nos autos do processo 0004626-74.2020.2.00.0814. Nele, foi decidido,
em 06.08.2021, pela impossibilidade de adoção da medida, tanto por já existirem outros atos normativos
disciplinando os registros de imóveis do Estado do Pará, como também por entender que eventuais
questões de irregularidades nos registros devem ser analisadas individualmente por esta CGJ e pelo Juiz
Agrário. Desta feita, por entender que não há mais providências a serem adotadas em relação a esta
matéria, determino o arquivamento deste feito. Dê-se ciência às partes. À Secretaria para providências.
Belém, 17 de agosto de 2021. Desembargadora Rosileide Maria da Costa Cunha, Corregedora-Geral de
Justiça.
consulta realizada ao sistema LIBRA em 17/08/2021, verificou-se que conforme certidão lavrada em
27/07/2021 no âmbito da UPJ Criminal de Parauapebas/PA a carta precatória em referência fora devolvida
em 08/01/2012 ao Juízo Deprecante (2ª Vara Criminal da Comarca de Gurupi/TO). Desse modo, diante do
cumprimento e devolução da carta precatória extraída dos autos do processo acima mencionado, verifica-
se que estes autos de pedido de providências perderam o seu objeto junto a esta Corregedoria-Geral de
Justiça e tendo em vista que não há outra medida a ser adotada, DETERMINO o
seu ARQUIVAMENTO. Dê-se ciência às partes. Sirva a presente decisão como ofício. À Secretaria para
as providências necessárias. Belém (PA), data registrada no sistema. ROSILEIDE MARIA DA COSTA
CUNHA. Corregedora-Geral de Justiça
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DESPACHO
Retifique-se o registro dos autos, alterando a parte credora do precatório, conforme sucessão processual
deferida pelo Juízo da Execução (fls.226/227).
Em seguida, calcule-se o rateio do valor provisionado entre os sucessores que satisfaçam os requisitos do
pagamento antecipado da parcela superpreferencial já deferida (fl.141), conforme despacho de fl.188,
atentando-se para o recolhimento e/ou devolução parcial das retenções fiscais e previdenciárias.
Na sequência, retornem-me os autos conclusos para intimar as partes requerentes e o ente devedor sobre
os cálculos do pagamento superprefeencial.
Publique-se.
SECRETARIA JUDICIÁRIA
ATA DE SESSÃO
29ª Sessão Ordinária do TRIBUNAL PLENO, realizada no dia 11 de agosto de 2021, por
videoconferência, sob a Presidência da Excelentíssima Senhora Desembargadora CÉLIA REGINA DE
LIMA PINHEIRO. Presentes os(as) Exmos.(as) Srs.(as) Desembargadores(as): MILTON AUGUSTO DE
BRITO NOBRE, RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES, LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO,
VANIA VALENTE DO COUTO FORTES BITAR CUNHA, RAIMUNDO HOLANDA REIS, VÂNIA LÚCIA
CARVALHO DA SILVEIRA, MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS, RICARDO
FERREIRA NUNES, LEONARDO DE NORONHA TAVARES, MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA
GUIMARÃES, DIRACY NUNES ALVES, RONALDO MARQUES VALLE, GLEIDE PEREIRA DE MOURA,
MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO, ROBERTO GONÇALVES DE MOURA, LUIZ GONZAGA DA
COSTA NETO, MAIRTON MARQUES CARNEIRO, EZILDA PASTANA MUTRAN, MARIA ELVINA
GEMAQUE TAVEIRA, ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA
BEZERRA JÚNIOR, ROSI MARIA GOMES DE FARIAS, EVA DO AMARAL COELHO e os Juízes
Convocados ALTEMAR DA SILVA PAES, AMÍLCAR ROBERTO BEZERRA GUIMARÃES e JOSÉ
TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR. Desembargadores justificadamente ausentes CONSTANTINO
AUGUSTO GUERREIRO, LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR, JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO
ROSÁRIO, MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO e MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE.
Presente, também, a Exma. Sra. Dra. Ubiragilda Silva Pimentel, Procuradora de Justiça. Lida e aprovada à
unanimidade, a Ata da Sessão anterior, foram iniciados os trabalhos na seguinte ordem, às 9h54min.
PALAVRA FACULTADA
A Exma. Sra. Desembargadora Presidente Célia Regina de Lima Pinheiro declarou aberta a sessão
registrando o dia alusivo à criação dos cursos jurídicos, ao dia do magistrado e ao dia do advogado,
celebrados nesta data de 11 de agosto. O Exmo. Sr. Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre pediu
a palavra para, de igual forma, fazer referência a tão importante data celebrada no dia 11 de agosto,
ressaltando a importância de magistrados e advogados na entrega da justiça. O Exmo. Sr.
Desembargador Luiz Gonzaga da Costa Neto também lembrou da importância da data comemorada no
dia 11 de agosto, fazendo uma saudação a todos os magistrados e advogados. O Exmo. Sr.
Desembargador Ronaldo Marques Valle informou ao Colegiado que, na última sexta-feira, ocorreu a 1ª
reunião da Comissão Gestora de Precedentes e Ações Coletivas, sendo bastante produtiva. Por fim, a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Presidente agradeceu a presença dos Exmos. Srs. Desembargadores Gleide Pereira de Moura, Mairton
Marques Carneiro e Eva do Amaral Coelho, que estando de férias, gentilmente aceitaram a convocação da
Presidência e compareceram à sessão plenária para colaborar com os trabalhos no Tribunal.
Decisão: eleitos os Juízes de Direito César Leandro Pinto Machado e Everaldo Pantoja e Silva, e os
servidores Cláudia Sadeck Burlamaqui e Francisco Olavo Damasceno Júnior para compor o Comitê Único,
Gestor Regional e Orçamentário de 1º Grau.
3 - MINUTA DE RESOLUÇÃO que institui a política de Gestão da Memória do Poder Judiciário do Estado
do Pará (SIGA-DOC PA-PRO-2021/01957).
5 - MINUTA DE RESOLUÇÃO que regulamenta a publicação dos atos através do Diário de Justiça
Eletrônico Nacional (DJEN), no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará (SIGA-DOC PA-PRO-
2021/02003).
PARTE ADMINISTRATIVA
84.2020.8.14.0000)
Requerente: Tribunal de Justiça do Estado do Pará
Requerida: Danielly Modesto de Lima Abreu (Advs. Rodrigo Costa Lobato ¿ OAB/PA 20167, Ricardo
Nasser Sefer ¿ OAB/PA 14800, Felipe Jales Rodrigues ¿ OAB/PA 23230, Brenda Luana Viana Ribeiro ¿
OAB/PA 20739, Raissa Pontes Guimarães ¿ OAB/PA 26576)
- Na 28ª Sessão Ordinária do Tribunal Pleno, ocorrida em 4/8/2021, adiado em razão da ausência de
quórum.
- Suspeições: Des. Constantino Augusto Guerreiro, Desa. Maria do Céo Maciel Coutinho, Desa.
Vânia Lúcia Carvalho da Silveira
Decisão: por maioria, o Pleno julgou procedente o Processo Administrativo Disciplinar, nos termos do voto
da Exma. Sra. Desembargadora Ezilda Pastana Mutran, Relatora, vencido o Exmo. Sr. Desembargador
Raimundo Holanda Reis. À unanimidade, foi aplicada à Magistrada a pena de censura, nos termos do voto
apresentado pela Relatora.
Requerente: Associação dos Magistrados do Estado do Pará ¿ AMEPA (Adv. Felipe Jales Rodrigues ¿
OAB/PA 23230)
PROCESSOS¿JUDICIAIS¿ELETRÔNICOS PAUTADOS¿(PJe)
Requerente: Carlos Augusto de Lima Gouvea ¿ Prefeito Municipal de Soure (Advs. Ely Benevides de
Sousa Neto ¿ OAB/PA 12502, Ely Benevides Sousa Filho ¿ OAB/PA 16740, Pollyanna Fernanda Mota de
Queiroz Benevides ¿ OAB/PA 16107)
Requerida: Câmara Municipal de Soure (Adv. Renato Cesar Sasaki Matos ¿ OAB/PA 21444)
- Sustentação oral realizada pelo Advogado Ely Benevides de Sousa Neto, patrono do Requerente.
- Na 27ª Sessão Ordinária do Tribunal Pleno, ocorrida em 28/7/2021, após a Relatora apresentar voto pelo
prosseguimento do julgamento da presente ação, considerando que a representação processual do
prefeito, em sede de processo objetivo, está assegurada quando, não obstante a ausência de assinatura
na petição inicial, existir nos autos instrumento de mandato outorgado pelo referido legitimado conferindo
poderes expressos e específicos ao advogado ou ao procurador municipal para o ajuizamento da ação,
julgamento suspenso em razão de pedido de vista formulado pelo Exmo. Sr. Desembargador Luiz
Gonzaga da Costa Neto.
- Na 28ª Sessão Ordinária do Tribunal Pleno, ocorrida em 4/8/2021, adiado em razão da ausência
justificada da Relatora.
Decisão: por maioria de votos, ação não conhecida com o seu consequente arquivamento, nos termos do
voto-vista proferido pelo Exmo. Sr. Desembargador Luiz Gonzaga da Costa Neto, ficando vencidos a
Exma. Sra. Desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Relatora, e os Exmos. Srs. Juízes
Convocados Amílcar Roberto Bezerra Guimarães e José Torquato Araújo de Alencar.
- Na 21ª Sessão Ordinária do Tribunal Pleno - Plenário Virtual, iniciada às 14h do dia 16/6/2021 e
encerrada às 14h do dia 23/6/2021, retirado de pauta de julgamento virtual para inclusão em pauta
convencional.
E como, nada mais houvesse, foi encerrada a Sessão, às 13h49min, lavrando eu, Jonas Pedroso Libório
Vieira, Secretário Judiciário, a presente Ata, que subscrevi.
TRIBUNAL PLENO
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DA DESA. ELVINA GEMAQUE TAVEIRA
R.H.
processos judiciais, declaro-me suspeita para relatar e julgar presente feito (processo nº
0807922-63.2021.8.14.0000 -PJE).
Encaminhem-se os autos à Secretaria para fins de redistribuição, nos termos do art. 224 do
P.R.I.C.
Belém/PA.
Desembargadora Relatora
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DECISÃO
Trata-se de recurso especial (Id 5472133), interposto por LUCAS TEIXEIRA DA SILVA, com fundamento
na alínea “a” do inciso III do artigo 105 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, assim ementado:
prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal instaurado para
apuração do fato”. O STF, em sede de repercussão geral, fixou a tese de que “o reconhecimento de falta
grave consistente na prática de fato definido como crime doloso no curso da execução penal dispensa o
trânsito em julgado da condenação criminal no juízo do conhecimento, desde que a apuração do ilícito
disciplinar ocorra com observância do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, podendo
a instrução em sede executiva ser suprida por sentença criminal condenatória que verse sobre a
materialidade, a autoria e as circunstâncias do crime correspondente à falta grave”. Precedentes; II.
Assiste razão ao órgão ministerial quando pugna pela regressão definitiva do apenado ao regime
semiaberto, em face de sua prisão em flagrante pelos crimes de tráfico e associação ao tráfico de drogas.
A legislação e a jurisprudência dos Tribunais Superiores não reconhecem violação ao princípio da
presunção de inocência na hipótese e tampouco condicionam a regressão de regime a existência de
sentença condenatória com trânsito em julgado pelo cometimento de novo crime. É igualmente irrelevante
o fato de o agravado estar respondendo em liberdade ao processo instaurado pelo cometimento do novo
crime. Decisão reformada, a fim de que o apenado seja recolocado em regime semiaberto, com alteração
da data-base para obtenção de novos benefícios, por força do disposto no art. 127 da LEP, sempre
respeitado o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. Precedentes; III. Agravo provido,
acompanhando o parecer ministerial. Unânime.”
Sustentou o recorrente, em síntese, violação aos artigos 59 e 118, da Lei de Execução Penal, apontando a
inexistência de sentença penal condenatória posterior à condenação capaz de sustentar a regressão do
apenado, o que ensejaria a nulidade do acórdão recorrido. Argumenta também que sequer houve
procedimento para apuração de falta grave, tampouco denúncia formalizada, sendo que o mero auto de
prisão em flagrante não seria apto a ensejar a regressão de regime.
É o relatório. Decido.
O caso se enquadra no disposto no art. 1.030, III, do Código de Processo Civil, haja vista que o recurso
versa sobre controvérsia de repercussão geral, ainda não decidida em caráter definitivo pelo Supremo
Tribunal Federal, cujo recurso representativo é o RE nº 776.823 (Tema 758), nestes termos delimitada:
"Necessidade de condenação com trânsito em julgado para se considerar como falta grave, no âmbito
administrativo carcerário, a prática de fato definido como crime doloso"
Ressalte-se que, não obstante já tenha sido fixada tese de repercussão geral, houve oposição de
embargos de declaração pela Defensoria Pública da União, ainda pendente de julgamento, onde requer-se
esclarecimento de ponto relevante para o correto juízo de conformidade pelos Tribunais.
Desta feita, entendo por bem sobrestar o presente recurso até que os aclaratórios sejam julgados pela
Suprema Corte.
Publique-se. Intimem-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E ESPECIAIS
ATO ORDINATÓRIO
RECURSO ESPECIAL
(Representantes: Roney Ferreira de Oliveira – Advogado - OAB/PA n.º 12.442 – e Rubens Motta de
Azevedo Moraes Júnior – Advogado – OAB/PA n.º 10.213)
DECISÃO
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Trata-se de recurso especial (ID n.º 5.237.878), interposto por Vanderly Moreira da Silva Oliveira, com
fundamento nas alíneas a e c do inciso III do art. 105 da Constituição da República, insurgindo-se contra
acórdão proferido pela 1.ª Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Pará, assim ementado:
2-Mérito. Nulidade da contratação temporária. No que diz respeito a nulidade da contratação, o inciso II do
art. 37 da Constituição Federal preceitua que a investidura em cargo ou emprego público depende de
prévia aprovação em concurso público, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo
em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Mais adiante, no inciso IX, do mesmo
dispositivo, a Carta Magna admite o recrutamento de servidores em exceção à regra do concurso público,
determinando que a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender
necessidade temporária de excepcional interesse público.
3-É claro no texto constitucional, que a admissão dessa categoria de servidores públicos sem o prévio
concurso é medida de exceção que deve, necessariamente, observar os requisitos legalmente
estabelecidos. Assim, toda e qualquer contratação realizada pela Administração que foge aos estritos
regramentos estabelecidos na Constituição deve ser veementemente rechaçada no âmbito dos poderes
públicos.
4-No caso dos autos, observa-se que a apelada foi contratada na condição de temporário
desde 11.05.2010 a 31.12.2012, portanto não restou descaracterizando o requisito da temporariedade,
uma vez que não ultrapassou o período de 24 meses previstos na lei municipal nº 4.249/2002 (Id 4261521
- Pág. 8 /12), pelo que assiste razão ao Município quanto ao ponto.
6- Apelação da autora. A questão cinge-se em analisar o direito da Apelante ao FGTS diante da nulidade
do contrato de serviço temporário, bem como à indenização por danos morais decorrentes das alegadas
situações vexatória a que era exposta em seu local de trabalho por sua superior hierárquica.
8-Dano moral. Da análise dos autos, observa-se a única testemunha apresentada trouxe fatos que
constituem meros dissabores ocorridos no desempenho da organização da escola, sem, contudo,
configurar a indenização por pretensos danos morais.
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9-Como se vê, os elementos probatórios não se mostram suficientes para a comprovação do assédio
moral alegado pela Autora. Precedente.
11- À unanimidade.
Sustentou a parte recorrente, em síntese, violação do disposto no art. 489, §1.º, IV, do Código de
Processo Civil, uma vez que a Turma Julgadora apreciou a legalidade da contratação apenas sob o
aspecto temporal, sendo certo que o município recorrido não logrou êxito em provar a real e efetiva
excepcionalidade da contratação temporária (art. 37, IX, da Constituição Federal), o que deveria ter
culminado com a nulidade do contrato firmado e a condenação ao pagamento das verbas requeridas na
exordial, conforme tese veiculada na apelação submetida. Acenou dissenso pretoriano, apontando
julgados de outros tribunais que concluíram pela nulidade de julgamento que não apreciou a questão
controvertida com profundidade.
É o relatório. Decido.
Na interposição do recurso, não foi observado o enunciado 7 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça,
dado que eventual desconstituição do acórdão impugnado demandaria o revolvimento do acervo fático-
probatório, providência sabidamente vedada na via processual eleita.
Exemplificativamente:
1. Não ficou configurada a violação dos arts. 489 e 1.022 do CPC/2015, uma vez que o Tribunal de
origem se manifestou de forma fundamentada sobre todas as questões necessárias para o
deslinde da controvérsia. O mero inconformismo da parte com o julgamento contrário à sua
pretensão não caracteriza falta de prestação jurisdicional.
2. Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça possui firme jurisprudência no sentido de que o
Magistrado não está obrigado a julgar a questão posta a seu exame de acordo com o entendimento
das partes, mas sim conforme sua orientação, utilizando-se de provas, fatos e aspectos pertinentes
ao tema. Nesse contexto, não configura violação aos arts. 9º, 10 e 492 do CPC/2015 quando o julgador,
entendendo substancialmente instruído o feito, motiva a sua decisão na existência de elementos
suficientes para formação da sua convicção, conforme o princípio do livre convencimento motivado ou da
persuasão racional, tal como feito na hipótese. Incidência, no ponto, da Súmula 83/STJ.
3. Na hipótese, constata-se que o TJPR concluiu que não foi possível elucidar de quem teria sido a culpa
pelo acidente levando em consideração não somente o boletim de ocorrência, mas também as demais
provas colacionadas nos autos. Da mesma forma, não se pôde precisar a causa primária do acidente para
então afirmar que o veículo conduzido pelo recorrido teria invadido a pista contrária, de maneira que,
embora o boletim de ocorrência tenha, a princípio, presunção juris tantum, constatou-se também ser
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inconclusivo. Sendo assim, não foi ele o fator determinante para a improcedência do pedido autoral, e a
revisão desses aspectos fáticos da lide atraem a incidência do enunciado n. 7 da Súmula do Superior
Tribunal de Justiça.
4. Além disso, a jurisprudência desta Corte possui entendimento no sentido de que, conquanto o boletim
de ocorrência possua presunção juris tantum, a veracidade precisa ser corroborada pelas demais provas
presentes nos autos, como na espécie.
(AgInt no AREsp 1751891/PR, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado
em 15/06/2021, DJe 21/06/2021) (negritei).
Sendo assim, não admito o recurso especial (art. 1.030, V, do Código de Processo Civil).
Publique-se. Intimem-se.
RECURSO ESPECIAL
Decisão
Trata-se de recurso especial (Id 5400090), interposto por EROMILDE OLIVEIRA DA SILVA, com
fundamento nas alíneas “a” e “c” do inciso III do art. 105 da Constituição Federal, insurgindo-se contra
acórdãos proferidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, cujas ementas têm o seguinte teor:
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I – O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais
de 15 (quinze) dias consecutivos. Inteligência do art. 59, da Lei n° 8.213/91;
III – In casu, o laudo da perícia oficial realizada concluiu que a apelante não apresenta impotência
funcional ou incapacidade para o trabalho, encontrando-se, por conseguinte, apta a exercer uma atividade
laboral;
I – In casu, o MM. Juízo de Direito da 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Marabá, nos autos da
Ação Previdenciária para Restabelecimento de Auxílio-Doença ou conversão em Aposentadoria por
Invalidez ajuizada pela ora embargante em desfavor do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, julgou
improcedente a mencionada ação;
II – - No julgamento do recurso de Apelação Cível interposto pela embargante, essa egrégia Turma, na
sessão realizada no dia 23/11/2020, à unanimidade, conheceu e negou provimento ao referido recurso;
III - Tendo a decisão embargada sido proferida de forma fundamentada, não se observa qualquer dos
vícios do art. 1.022 do CPC/15 a ensejar a oposição dos embargos de declaração;
V – A nova Lei Adjetiva Civil inovou ao considerar prequestionados os elementos apontados pela parte
embargante, ainda que inadmitidos ou rejeitados os embargos, consagrando o denominado
prequestionamento ficto. Por conseguinte, para fins de prequestionamento, consideram-se incluídos no
acórdão todos os dispositivos apontados pela parte embargante. Inteligência do art. 1.025, do NCPC;
A recorrente sustentou, em síntese, violação aos artigos 1022, incisos I e II, do CPC, e 59 e 62, §1º, da Lei
n. 8213/91, sob o argumento de que, a despeito de oposição de embargos de declaração, a corte
continuou a se posicionar de forma contraditória em relação ao laudo da perícia judicial constante nos
autos, pois, diferentemente do que afirmado nas decisões impugnadas, o documento técnico aludido
atestaria que a recorrente estaria incapacitada definitivamente para o exercício de atividades, que
exigissem esforço físico de moderado a severo, devendo, assim, permanecer de auxílio-doença até que
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fosse reabilitada para outra função, sob pena de violação expressa da lei.
É o relatório. Decido.
O recurso interposto está em desconformidade com o enunciado 7 da Súmula do STJ (“A pretensão de
simples reexame de prova não enseja recurso especial”), haja vista que a revisão do entendimento firmado
pela corte, de que inexiste nexo de causalidade entre a patologia da postulante ao benefício e a atividade
por ela desempenhada, amparada em laudo pericial (ID 1985288), demanda imersão no acervo fático-
probatório, providência vedada em recurso especial. Nesse sentido:
1. Omissis
(AREsp 727204/DF, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 21/01/2017,
DJe 07/03/2017).
Publique-se. Intimem-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
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Sustenta na inicial que a decisão impugnada violou literal disposição de lei, eis que baseou a procedência
de pleito indenizatório nos testemunhos do Sr. Raimundo Nonato Pinheiro, cunhado do autor da ação,
desrespeitando, assim, a disposição contida no art. 457, § 2° do CPC.
Desta forma, requer a rescisão do julgado para permitir novo julgamento da causa, com bases em critérios
legais. Requereu, ainda, a concessão de medida liminar para sobrestar todas e quaisquer ações que
possa levar o requerido a executado ao valor da condenação.
De antemão, considerando que a matéria sobre a competência antecede ao exame das condições da ação
– possibilidade jurídica do pedido de rescisão de sentença oriunda do JEC –, mostra-se imperioso declinar
da competência para uma das Turmas Recursais daquele juizado, de onde se origina a decisão
rescindenda.
Isso porque, conforme entendimento já pacificado, inclusive no âmbito da Corte Superior de Justiça,
ressalvadas as hipóteses que versam sobre competência, o Tribunal de Justiça não ostenta jurisdição para
resolver quaisquer questões provenientes de ações que transitam perante os Juizados Especiais. Ou seja,
não ostenta o Tribunal de Justiça competência para conhecer de recursos ou ações originárias em
face de decisões advindas de Juizados Especiais.
[...]
X - Já restou assentado no RMS 18.433/MA, julgado pela Eg. Quinta Turma, o entendimento de que os
Juizados Especiais foram instituídos no pressuposto de que as respectivas causas seriam
resolvidas no âmbito de sua jurisdição. Caso assim não fosse, não haveria sentido em sua criação e,
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menos ainda, na instituição das respectivas Turmas Recursais, pois a estas foi dada a competência de
revisar os julgados dos Juizados Especiais, recebam ou não estes julgados o nome de recurso.
(STJ. REsp 690.553/RS, Rel. Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA, julgado em 03/03/2005, DJ
25/04/2005, p. 361) (grifo nosso).
----------------------------------------------------------------------
1. Os Tribunais de Justiça estaduais não têm competência, originária ou recursal, para rever os
julgados proferidos pelas turmas recursais dos juizados especiais. Precedentes.
2. Recurso ordinário desprovido. (STJ. RMS 28.440/PB, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,
QUARTA TURMA, julgado em 20/04/2010, DJe 28/04/2010) (grifo nosso).
----------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------
[...]
-------------------------------------------------------------------------------------
AGRAVO. AÇÃO RESCISÓRIA. DECISÃO ATACADA. PROLAÇÃO POR JUIZADO ESPECIAL CÍVEL.
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DESTE TRIBUNAL. Segundo assentada jurisprudência, os Tribunais de
Justiça não têm competência para a apreciação de ações rescisórias que ataquem decisões
oriundas dos Juizados Especiais, até porque às Turmas Recursais fica reservada a competência
para os respectivos reexames, consoante Lei nº 9.099/95. (TJMG - Agravo Regimental-Cv
1.0000.11.057290-6/001, Relator(a): Des.(a) Antônio Sérvulo, 3º GRUPO DE CÂMARAS CÍVEIS,
julgamento em 16/11/2011, publicação da súmula em 02/12/2011) (grifo nosso).
Assim, considerando que não ostenta este E. Tribunal competência para processar e julgar recursos ou
quaisquer outras questões advindas de ações que transitam sob a tutela jurisdicional dos Juizados
Especiais, compete ao órgão recursal dos juizados especiais aferir o cabimento ou não da pretensão
rescisória formulada.
Do contrário, este órgão estaria absorvendo jurisdição reservada a órgão jurisdicional especializado no
processamento e na elucidação de todas as questões decorrentes dos juizados especiais.
Em razão do exposto, declaro a incompetência deste juízo, razão pela qual determino a devida baixa dos
autos no sistema PJE de 2º grau, e o seu envio à Turma Recursal, para regular processamento do feito.
Intime-se.
DESEMBARGADOR- RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E ESPECIAIS
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ATO ORDINATÓRIO
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E ESPECIAIS
ATO ORDINATÓRIO
NORTHON SERGIO LACERDA SILVA OAB: 2708/AC Participação: ADVOGADO Nome: EDER
AUGUSTO DOS SANTOS PICANCO OAB: 10396/PA Participação: ADVOGADO Nome: IZABELA
RIBEIRO RUSSO RODRIGUES OAB: 6983/PA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E ESPECIAIS
ATO ORDINATÓRIO
RECURSO ESPECIAL
DECISÃO
Trata-se de recurso especial (ID. 5691044), interposto por Auto Belém Comércio de Veículos LTDA,
com fundamento nas alíneas “a” e “c” do inciso III do art. 105 da Constituição Federal, contra acórdão de
embargos de declaração opostos contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará,
cujas ementas tem o seguinte teor:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIA PAGA C/C DANOS MORAIS. DIREITO DO
CONSUMIDOR. COMPRA DE CENTRAL MULTIMÍDIA VEICULAR COM DEFEITO. INVERSÃO DO
ÔNUS DA PROVA. FALTA DE COMPROVAÇÃO DO MAU USO. NEGATIVA DE DEVOLUÇÃO DO
DINHEIRO PAGO. DANOS MATERIAIS E MORAIS DEVIDOS. QUANTUM DE DANOS MORAIS
REDUZIDO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO À UNANIMIDADE.
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1. O defeito apresentado revela hipótese de vício do produto e, diante das várias tentativas de reparo,
sem solução, pela concessionária vendedora, o consumidor tem o direito legal de obter a restituição da
quantia paga. Artigo 18, §1°, inc. II do CDC.
2. In casu, o Apelante não provou que os defeitos do aparelho eram decorrentes de mau uso.
4. Recurso de Apelação conhecido e parcialmente provido, à unanimidade, tão somente para reduzir a
condenação em danos morais para R$ 2.000,00 (dois mil reais).
1. Nos termos do art. 1.022 do CPC, os Embargos de Declaração são espécie de recurso de
fundamentação vinculada, cabíveis apenas quando houver, na decisão embargada, omissão, obscuridade,
contradição ou erro material.
Sustentou a parte recorrente, em síntese, violação e interpretação divergente ao disposto no art. 93, IX, da
Constituição Federal e arts. 11 e 489, §1º, do Código de Processo Civil, em razão da negativa de
prestação jurisdicional, diante da ausência de manifestação sobre a inexistência de ato ilícito passível de
indenização, bem como do nexo causal entre o suposto dano e a conduta do recorrente.
É o relatório. Decido.
Com relação ao art. 93, IX, da Constituição Federal, a análise de suposta violação é reservada à
competência do Supremo Tribunal Federal (REsp 1417789/PR).
No que diz respeito à alegação de violação ao art. 489, §1º, do CPC, o Superior Tribunal de Justiça
entende que, tendo o Tribunal local, como no caso, se manifestado de forma fundamentada e suficiente ao
deslinde da causa, não há que se falar em ausência de prestação jurisdicional, pois o mero
descontentamento com o julgado, ainda que proferido em sentido contrário à pretensão do recorrente,
veicula simples inconformismo deste, não abrindo espaço para a interposição de recurso aos tribunais
superiores (AgInt no AREsp 1768300/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
julgado em 28/06/2021, DJe 01/07/2021).
que, para o acolhimento do apelo extremo, necessária seria a rediscussão da matéria fática-probatória,
atraindo o óbice da Súmula 7 do STJ. Nesse sentido:
“(...) 4. O acolhimento da tese recursal de que não houve comprovação de nenhum ato ilícito ou prova dos
vícios no veículo exigiria o reexame das circunstâncias fáticas, procedimento obstado pela Súmula nº
7/STJ (...)
(AgInt no AREsp 1485844/MA, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 22/06/2021, DJe 30/06/2021)”.
Além disso, o dissídio jurisprudencial não foi apresentado na forma exigida pelo 255, § 1º, do Regimento
Interno do Superior Tribunal de Justiça e pelo artigo 1.029, § 1º, do Código de Processo Civil, dado que
não foi realizado cotejo analítico entre o acórdão recorrido e o paradigma (AgRg no AREsp 484.371/SP).
Publique-se. Intimem-se.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
DECISÃO
Trata-se de recurso extraordinário (ID 5516932), interposto pela ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS
AGRICULTORES DO PROJETO SORORÓ ITACAIÚNAS - APAPSI, com fundamento na alínea “a” do
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inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado
do Pará, cuja ementa tem o seguinte teor:
I - Ação inicialmente de interdito proibitório que tem origem em desmatamento e preparação do imóvel
objeto da lide para fins de loteamento pelos associados da Associação ré, ora apelante, sob mera
alegação de concessão de posse pelo ITERPA/PA sem a devida comprovação. Ocorrida a concretização
da invasão da área pelos associados da ré no decorrer do trâmite processual. Área situada à margem
direita da Rodovia PA 150, no Município de Marabá/PA, desapropriada em favor da Apelada pelo Estado
do Pará para fins de construção de Distrito Industrial no Município de Marabá.
III – Preliminares levantadas pelo Ministério Público: Nulidade por ausência de intimação da defensoria
pública, nos termos do artigo 554, §1º do CPC/15. Não obstante a alegação de ocupação do imóvel por
mais de 60 (sessenta) famílias em situação de vulnerabilidade, desde o início do processo, além dos réus
estarem organizados e representados por meio da apelante, associação legalmente constituída, estão
assistidos por advogado particular habilitado nos autos. Reconhecimento da personalidade jurídica
levantado pela própria Associação recorrente quando da constituição precária de Cooperativa cujo
ingresso na lide foi repelido pela sentença apelada.
IV – Opção da ré pela constituição de advogado particular para atuação nos autos supre a necessidade de
atuação da defensoria pública no feito.
V – Não há que se falar em citação editalícia na medida em que os ocupantes da área estavam
devidamente representados pela Associação recorrente, cujas citações de seu Presidente e dos demais
ocupantes encontrados por ocasião de cumprimento dos mandados de manutenção e reintegração de
posse estão certificadas nos autos pelos oficiais de justiça. Citação ocorrida conforme a norma processual
civil anterior, sendo deferido o primeiro mandado de reintegração de posse no ano de 2011, nos moldes do
CPC/73 que não tinha a previsão específica do artigo 554, §1º do CPC/15. Réus representados por meio
da Associação recorrente com personalidade jurídica, conforme ID nº 1400637 - pág. 20, referente ao
comprovante do seu CNPJ nº 04.430.700/0001-77. Preliminar rejeitada.
que não ocasione às partes prejuízo" (REsp 847.365/PA, Rel. Ministro José Delgado, Primeira Turma,
julgado em 24/10/2006, DJ 20/11/2006). Preliminares levantadas pelo Ministério Público Estadual
rejeitadas.
VII – Preliminar de nulidade levantada no apelo de que o processo não foi regularmente
constituído, sob alegação de ausência de citação dos réus (primitivos invasores) ou dos atuais
ocupantes dos lotes que compõem a área primitiva invadida. Certidões expedidas pelos oficiais de
justiça constantes dos autos, de citação de todos os ocupantes encontrados na área por ocasião do
cumprimento dos primeiros mandados, bem como do Presidente da Associação apelante, Sr. José João
da Silva Brito. Não comprovação do cerceamento de defesa ante a apresentação de contestação, diversos
recursos de agravo de instrumento e, ainda, do recurso ora em julgamento. Preliminar rejeitada.
VIII – Mérito. Dada a fungibilidade das ações possessórias, não merece reforma a sentença pelo pedido
reivindicatório ter se transformado em pedido de reintegração de posse. Após longo trâmite processual,
havendo prova de que a área está sendo alvo de ocupação irregular do solo, configurando esbulho e não
simples ameaça, o que atrairia a ação de reintegração de posse e não a de interdito, há possibilidade de
conhecimento da lide, ante a incidência do princípio da fungibilidade, inscrito nos artigos 554 do CPC/15 e
920 do CPC/73. Comprovado, portanto, pela parte autora/apelada o esbulho praticado pelos associados
da ré, a reintegração de posse na área pretendida é medida que se impõe.
X – Não obstante a decretação de revelia, verifica-se do caderno processual que apesar dos esforços da
apelante em obter a doação da área para desenvolvimento de projeto hortifrutigranjeiro para famílias
associadas, não logrou êxito.
XI –Evidenciado pelas Certidões dos Oficiais de Justiça, o cumprimento de diversas ordens judiciais,
conforme os IDs nº 1400640 - pág. 6 (mandado de manutenção de posse), nº 1400642 - pág. 1 (mandado
de reintegração de posse), nº 1400642 - pág. 2 (auto circunstanciado de reintegração de posse), ainda no
ano de 2011. Novo mandado de reintegração de posse no ano de 2015, contra o qual a apelante interpôs
agravo de instrumento não conhecido e posteriormente novo agravo em 2017, constatando-se que a
realidade fática não é a delineada nas razões recursais de que desde o ano de 2002 as famílias estariam
ocupando o imóvel sem objeção. Contexto fático comprovado nos autos de que o Judiciário em reiteradas
oportunidades (até mesmo no processo anterior nº 20071003586-4) se manifestou em favor da posse da
apelada, tendo sido cumpridos vários mandados judiciais, até mesmo com uso de apoio policial.
XII - Situação em análise, em que, em que pese a alegação de que se encontram várias famílias no imóvel
há mais de 16 anos, tal fato não é oponível à apelada. In casu, a área denominada DISTRITO
INDUSTRIAL DE MARABÁ foi desapropriada e incorporada ao patrimônio da CDI/PA criada pela Lei
Estadual nº 4686/76, sendo área afetada ao interesse público voltado para o fomento da política de
industrialização do Estado do Pará, cuja Lei Estadual nº 8098/2015 alterou sua denominação para CODEC
e reconheceu o caráter público dos serviços por ela prestados, voltados pela definição legal para o
desenvolvimento econômico do Estado do Pará, com geração de emprego e renda e redução de
desigualdades sociais e regionais (registro de imóveis de ID nº 1400638).
XIII – Em virtude da destinação pública da área, deve ser considerada bem público, e como tal não admite
usucapião, nem retenção ou indenização por benfeitorias. Bens públicos somente são passíveis de mera
detenção, decorrente de tolerância do Poder Público com natureza precária da posse por expressa
proibição legal, não estando, assim, protegida juridicamente. Ainda que se compadeça da situação das
famílias associadas, não é possível conceder-lhes a posse da área por elas ocupada, de rigor, portanto, a
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manutenção da r. sentença, sendo certo que as benfeitorias introduzidas devem ser removidas pela
própria ré, às suas expensas.
XIV - Caso em que se revela no máximo mera detenção com posse precária como reconheceu a diretiva
apelada, não gerando efeitos. Impossibilidade de reforma da sentença pela alegação de necessidade de
ponderação entre o direito de moradia e o direito de propriedade, pois embora seja inegável a importância
da função social da propriedade e da posse na ordem jurídica atual, contando inclusive com proteção
constitucional a relativizar o direito de propriedade, a lei jamais exigiu a comprovação de seu cumprimento
para fins de proteção possessória. Mesmo que assim não fosse, o imóvel descrito na inicial tem
destinação pública específica voltada para implantação do parque industrial de Marabá, que por certo
cumpre sua função social no fomento da região e do Estado do Para como um todo.
Sustentou a parte recorrente, em síntese, violação ao art. 6º, da Constituição Federal e ao Princípio da
Dignidade da Pessoa Humana, por entender que a reintegração de posse concedida feriria os princípios
do direito à moradia e ao sustento das famílias envolvidas e, por consequência, à dignidade da pessoa
humana.
A parte recorrida juntou petição (ID 5815906) requerendo o cumprimento da reintegração de posse.
É o relatório. Decido.
Preliminarmente, indefiro a petição sob ID nº 5815906, posto que este juízo não tem competência para a
apreciação requerida.
Em relação ao recurso interposto, este não merece ascensão, pois a turma julgadora entendeu pela
natureza pública da área, baseada na análise de documentos e da legislação estadual (Lei Estadual nº
4686/76 e Lei Estadual nº 8098/2015), sendo que a ordem de desapropriação e de reintegração de posse
adveio deste entendimento. Portanto, modificar tal conclusão esbarraria na reanálise da legislação local,
providência vedada ante o óbice da súmula 280 do Supremo Tribunal Federal (“Por ofensa a direito local
não cabe recurso extraordinário”)
Nesse sentido:
ARE 964518 Relator(a): Min. GILMAR MENDES - Decisão aponta-se violação ao art. 6º do texto
constitucional. Nas razões recursais, alega-se que a demolição do imóvel do recorrente consubstancia
violação ao direito de moradia e à dignidade da pessoa humana. Sustenta-se, ademais, que o particular
faz jus ao instituto da concessão de uso especial para fins de moradia, previsto na MP 2.220/01. Decido.
O recurso não merece prosperar. O Tribunal de origem, ao examinar a legislação infraconstitucional
aplicável à espécie (Lei 6.766/79, Código Civil e MP 2.220/01), e o conjunto probatório constante dos
autos, consignou que o recorrente construiu o seu imóvel em área non aedificandi, que se consubstancia
em terreno público e, portanto, configura mera detenção. Concluiu, ademais, que o pleito de concessão de
uso especial para fins de moradia não merece prosperar, por ausência de amparo legal (...).
Publique-se. Intimem-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E ESPECIAIS
ATO ORDINATÓRIO
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E ESPECIAIS
ATO ORDINATÓRIO
PROCESSO N. º: 0841170-29.2017.8.14.0301
RECURSO ESPECIAL
DECISÃO
Trata-se de recurso especial (ID 5538658), interposto por INSTITUO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA
DO ESTADO DO PARÁ - IGEPREV, com fundamento na alínea a do inciso III do art. 105 da Constituição
Federal, insurgindo-se contra acórdãos proferidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, cujas
ementas têm o seguinte teor:
benefício em si, ante o seu reconhecimento na seara administrativa, conforme informado nos autos,
restando a questão quanto a data do início do benefício. 4-Com efeito, observa-se que a pretensão da
autarquia Apelante não merece prosperar, tendo em vista a condição de absolutamente incapazes dos
autores à época do óbito da segurada, a pensão é devida desde a data do óbito do segurado, uma vez
que contra o menor não corre a prescrição a teor do disposto no art. 198 do Código Civil, sendo este o
entendimento pacífico do STJ. Precedentes. 5- Apelação e Reexame Necessário conhecidos e não
providos. À unanimidade.
Sustentou a parte recorrente, em síntese, que o acórdão impugnado violou o disposto no art. 74, I, da Lei
de Benefícios da Previdência Social e art. 24 da Lei Complementar n. 101/2000, uma vez que ao invés de
considerar a data do requerimento do benefício para o pagamento da pensão pleiteada, levou em conta a
data do óbito da genitora dos beneficiários, o que gerou desequilíbrio financeiro, não podendo fazer frente
à despesa não orçamentada.
É o relatório. Decido.
O presente recurso não merece seguimento, uma vez que a decisão recorrida está em conformidade com
o entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça no sentido de que, em caso de pensão por morte
para beneficiário menor, milita em seu favor a cláusula impeditiva da prescrição, conforme previsto no art.
198, I, do Código Civil, devendo ser paga a pensão desde a data do óbito (REsp 1844247 / PE RECURSO
ESPECIAL 2017/0297605-8. Relator(a) Ministro SÉRGIO KUKINA. Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA
TURMA. Data do Julgamento 24/11/2020. Data da Publicação/Fonte DJe 30/11/2020; AgInt no REsp
1742593 / RS AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL 2018/0120482-6. Relator(a) Ministro
FRANCISCO FALCÃO. Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA. Data do Julgamento 24/08/2020. Data
da Publicação/Fonte DJe 28/08/2020).
Em face do exposto, deve ser aplicado o enunciado 83 da Súmula do STJ, que dispõe: “Não se conhece
do recurso especial pela divergência, quando a orientação do tribunal se firmou no mesmo sentido da
decisão recorrida”.
Publique-se. Intimem-se.
RECURSO ESPECIAL
REPRESENTANTES: LUANA SILVA SANTOS (OAB/PA 16.292), GERFISON SOARES SILVA (OAB/PA
22.615) E MARÍLIA DIAS ANDRADE (AOB/PA 14.351)
DECISÃO
Trata-se de recurso especial (ID. 5385397), interposto pela SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS
DO SEGURO DPVAT S.A., com fundamento na alínea “a” do inciso III do art. 105 da Constituição Federal,
contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, cuja ementa tem o seguinte teor:
1. A tentativa do apelante de justificar a tempestividade de seu recurso, sob o argumento de que o sistema
LIBRA estaria inoperante na data do protocolo, não foi acompanhada de provas robustas, capazes de
desconstituir o comprovante de protocolo datado de 09/07/2015 e a certidão emitida pelo Diretor de
Secretaria, a qual atesta a intempestividade do recurso.
Sustentou a parte recorrente, em síntese, violação ao disposto nos artigos 6º, 9º e 10, todos do Código de
Processo Civil, pelo fato de ter comprovado a tempestividade do recurso de apelação e também em razão
da ausência de intimação para manifestação prévia sobre o vício apontado na decisão.
É o relatório. Decido.
O recurso não merece seguimento, uma vez que a matéria contida nos artigos tidos como violados não foi
enfrentada no acórdão recorrido, devendo incidir, portanto, o enunciado 211 da Súmula do Superior
Tribunal de Justiça, segundo o qual é “inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da
63
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Publique-se. Intimem-se.
PROCESSO Nº 0807373-58.2018.8.14.0000
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
DECISÃO
Trata-se de recurso extraordinário (Id 4874936), interposto pelo MUNICÍPIO DE TAILÂNDIA, com
fundamento nas alíneas “c” e “d” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão proferido
pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, cuja ementa tem o seguinte teor:
Constituição Federal (arts. 37, II e V), estabelece a investidura em cargo público por meio de concurso
público, ressalvados os casos de cargos em comissão declarados em lei como de livre nomeação e
exoneração, os quais servem para as atividades de direção, chefia e assessoramento; 3- O Supremo
Tribunal Federal, no julgamento do RE1041210/SP, em sede de repercussão geral (tema 1010) consolida
o entendimento da Corte de que a criação de cargos em comissão, como exceção à regra do concurso
público, somente se justifica se presentes os pressupostos constitucionais para sua instituição; 4- A
inconstitucionalidade dos dispositivos atacados exsurge da ausência de especificação das atribuições dos
cargos criados, o que expõe a incerteza sobre a inexistência de independência funcional e qualificação
técnica, características as quais não comporta um cargo em comissão (Inteligência da alínea “d” da Tese
firmada no RE1041210/SP); 5- Com intuito de evitar tumulto e instabilidade nas relações jurídicas no
âmbito da Administração, a declaração de inconstitucionalidade produzirá efeitos a partir do trânsito em
julgado da presente decisão; 6- Ação direta de inconstitucionalidade procedente”.
É o relatório. Decido.
No caso dos autos, verifico que a parte recorrente foi intimada do acórdão que julgou a ação direta de
inconstitucionalidade em 19/02/2021 (Id 594997), não tendo juntado nenhuma portaria para a
comprovação da suspensão dos expedientes.
Com isso, tendo a parte recorrente sido intimada da decisão em 19/02/2021, seu prazo começou a fluir a
partir do dia 22/02/2021 e foi suspenso na seguinte data:
. 02/04/2021- Sexta-Feira Santa – feriado nacional, segundo entendimento do STJ (EDcl nos EDcl no
AgInt no REsp 1758204/MS), não sendo feriados nacionais os dias que a antecedem (AgInt no AREsp
1620254/SP);
Desta forma, na realização da contagem do prazo, considerados apenas os dias úteis e os feriados
nacionais, verifico que do dia 22/02/2021 até o dia 01/04/2021 transcorreram 29 (vinte e nove) dias,
ficando o prazo suspenso no dia 02/04/2021, em razão do feriado nacional, voltando a fluir e se encerrado
em 05/04/2021, último dia do prazo de 30 (trinta) dias de que dispunha a parte recorrente.
Como se observa, respeitada a contagem em dias úteis, o prazo em dobro, bem como os feriados
nacionais, o prazo final para a interposição do recurso extraordinário seria 05/04/2021; contudo, a parte
recorrente só interpôs seu recurso em 08/04/2021, portanto, de maneira intempestiva, nos termos dos arts.
183, 219, 224, §1º e 1.003, §§ 5º e 6º, todos do Código de Processo Civil.
Sendo assim, não admito o recurso extraordinário (arts. 1.003, §§ 5º e 6º, do CPC).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Publique-se. Intimem-se.
ATO ORDINATÓRIO
O Secretário da Seção de Direito Público e Privado do TJE/PA torna público que se encontram nesta
Secretaria os Embargos de Declaração opostos por SINDICATO DOSTRABALHADORES DE TRÂNSITO
DO ESTADODO PARÁ-SINDTRAN/PA, aguardando apresentação das contrarrazões.
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de Exceção de Suspeição oposta por CENTRAIS ELÉTRICAS DO PARÁ – CELPA nos autos da
AÇÃO SUMÁRIA DE INDENIZAÇÃO (PROC. 0007332-40.2010.814.0028) movida por MIRIAN DOS
SANTOS SOUSA.
Argui o excipiente, a suspeição da magistrada Maria Aldecy de Souza Piscolati, enquanto titular da 3ª Vara
Cível da Comarca de Marabá, em razão de atos praticados durante a Audiência de Instrução e Julgamento
realizada em 21/07/2011.
Em decisão contida no ID nº 5327123, este Desembargado Relator, que recebeu o feito por sorteio, em
05/06/2021, contatou que: a) já decorreram aproximadamente 10 (dez) anos da oposição da presente
exceção de suspeição; b) que foi declarada a suspeição pela magistrada excepta, por motivo de foro
íntimo; c) que o feito se encontra sentenciado e; d) que instado a apresentar cópia integral da decisão
exarada pela Corregedoria, referente à suspeição ora arguida, o excipiente se manteve inerte.
Devidamente intimada, a EQUATORIAL ENERGIA PARÁ, deixou o prazo transcorrer in albis, conforme
consta da certidão no ID nº 5728825.
Assim, ante a falta de interesse da parte, é de ser extinta sem resolução do mérito a presente exceção,
forte no artigo 485, inciso VI, do Código de Processo Civil.
Desembargador Relator
PROCESSO Nº 0807810-94.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
Vistos.
Reitero o despacho identificado sob o nº 5734427, concedendo novo prazo de 05 (cinco) dias.
Intime-se. Cumpra-se.
Desembargadora
71
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PROCESSO Nº 0808112-26.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0807827-33.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0807816-04.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
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PROCESSO Nº 0807940-84.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0807812-64.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0808116-63.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PROCESSO Nº 0807984-06.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0808085-43.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
95
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0808124-40.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
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PROCESSO Nº 0807667-08.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0808327-02.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
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DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
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adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0808166-89.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
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SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PROCESSO Nº 0808157-30.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0808250-90.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0807853-31.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PROCESSO Nº 0808363-44.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
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de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
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Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
regular andamento. (2015.02458485-49, Não Informado, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2015-07-10, Publicado em 2015-07-10)
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0808628-46.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
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vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0808438-83.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PROCESSO Nº 0808240-46.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0808450-97.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0808256-97.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PROCESSO Nº 0807600-43.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
PODER JUDICIÁRIO
DECISÃO
O embargante alega que a mesma causa de pedir já apreciada por outros membros do Tribunal Pleno e o
entendimento firmado foi no sentido de redistribuir o mandamus à Seção de Direito Público, indicando,
decisões de mandados de segurança n.º 0807473-08.2021.8.14.0000, relator Des Roberto Gonçalves
Moura; 0807090-30.2021.8.14.000, relatora Desa Elzida Mutran e 0806458-04.2021.8.14.0000, relator Des
José Maria Teixeira do Rosário.
Assim, entende que resta claro a divergência de tratamento em situação idêntica, do ponto acima
abordado, não tendo outro caminho senão opor os presentes Embargos Declaratórios, pelo que requer o
chamamento do feito, com a urgência devida, para tornar sem efeito a decisão retro, no sentido de
anular o encaminhamento dos autos a uma das varas da Fazenda Pública da Primeira Instância,
e, assim, modificar a decisão para dar prosseguimento do presente na Seção de Direito Público
para evitar prejuízos sem precedentes ao impetrante.
É o sucinto relatório.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Decido.
Como cediço, os embargos de declaração servem para sanar omissão, contradição ou obscuridade na
decisão recorrida, ou, ainda, corrigir erro material, consoante prescreve o art. 1.022, do CPC/2015, verbis:
“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
Analisando as razões recursais, observa-se que os argumentos expendidos sobre a decisão embargada
de incompetência do Tribunal de Justiça para julgar o feito, sob questionamento de a causa de pedir já foi
apreciada por outros membros do Tribunal Pleno, não merecem prosperar, tendo em mira que existência
de decisões apreciadas por membros deste Tribunal não implica na mudança de entendimento firmado na
decisão embargada.
Vale lembrar que se tratam de decisões precárias e que podem sofrer modificações no decorrer da
tramitação processual e, ainda, ressalto que nas decisões judiciais devem prevalecer o livre
convencimento motivado do relator, tal como proposto pelo artigo 131 do Código de Processo Civil, com a
observância do devido processo legal, capaz de assegurar a legitimidade das decisões, a imparcialidade
do juiz e o pleno exercício do contraditório.
Presente essa moldura, mantenho a diretiva de incompetência deste Tribunal para apreciação de
mandando de segurança contra ato, efetivamente, praticado pela Procuradora Geral Adjunta do Estado do
Pará e contra suposto ato da Secretária de Estado de Planejamento e Administração.
Releva pontuar que restou consignado na decisão embargada que a ilegitimidade da Secretária de Estado,
uma vez que não foi quem praticou o ato coator.
Além disso, foi evidenciado que Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul
Peracchi, autoridade que praticou o ato coator, não se encontra elencada no art. 161, I, “c”, da
Constituição do Estado do Pará.
Assim, não havendo qualquer vício a ser sanado na decisão embargada, conheço dos Embargos de
Declaração, porém lhes nego provimento, inclusive para fins de prequestionamento.
Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se o seu trânsito em julgado, dando-se baixa na distribuição
deste TJE/PA e posterior arquivamento.
Publique-se. Intime-se.
RELATOR
DECISÃO MONOCRÁTICA
Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO
Trata-se de EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO protocolizada perante este Egrégio Tribunal de Justiça por
FLORIANO MÁRIO SILVA, nos autos do Cumprimento de Sentença (proc. nº 0000646-
89.2001.8.14.0040) proposto em seu desfavor por VILMA DOS ANJOS, aduzindo que a juíza de direito
da 2º Vara Cível e Empresarial de Parauapebas, Exma. ELINE SALGADO VIEIRA, estaria conduzindo
o referido cumprimento de sentença em flagrante desrespeito às normas processuais contidas no Código
de Processo Civil, fato este que demonstraria, no seu entender, a atuação “em parceria” com a Autora.
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para
atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de
parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
§ 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas
razões.
Com efeito, para que haja o acolhimento da exceção de suspeição, deve o Excipiente demonstrar que o
magistrado incidiu em algumas das hipóteses previstas nos incisos do art. 145 do CPC/2015.
Pois bem. Analisando detidamente as razões do Requerente, verifico de forma incontroversa que a
fundamentação para a alegação de suspeição se funda, unicamente, em seu entendimento diverso ao do
juízo a quo no tocante a aplicação das normas procedimentais previstas no Código de Processo Civil. Isto
posto, se o Excipiente entende que a magistrada agiu com erro, deveria ele impugnar as decisões
proferidas por ela pelas vias recursais ou correcional cabíveis, mas não por meio da exceção de
suspeição, a qual não é admitida como sucedâneo recursal.
Por oportuno, saliento que o cumprimento de sentença foi ajuizado no ano de 2012. Isto posto, se o
Requerente não se conformou com atos praticados há bastante tempo pela Excepta, tais como o
recebimento e o processamento do cumprimento de sentença, deveria, pois, ter se insurgido no momento
oportuno e pela via adequada, e não somente agora, no ano de 2021, por meio da exceção de suspeição.
Com efeito, entendo que o fato de haver divergência de entendimento entre um litigante e o magistrado, no
tocante a aplicação da Lei, não leva a presunção de que o julgador está, pois, de conluio com a parte que
vem, até então, sendo beneficiada com as decisões prolatadas nos autos da origem.
1. A excipiente não apontou, de modo objetivo e articulado, em sua inicial, qual das situações
elencadas no art. 145 do CPC/15 evidenciaria a suspeição alegada.
(STJ - AgInt na ExSusp 218 / DF, Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI, publicado no DJe em
07/04/2021)
art. 145 do CPC/2015, não podendo se confundir com a divergência de posicionamento jurídico.
(STJ - EDcl no AgInt nos EDcl no REsp 1681785 / MG, Relator Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,
publicado no DJe em 24/05/2021)
Desembargador – Relator
PROCESSO Nº 0800139-53.2018.8.14.0023
DECISÃO
Compulsando os autos, verifico que, não obstante o presente processo tenha sido cadastrado,
equivocadamente, como “Conflito de Competência Cível” e redistribuído à minha relatoria, em verdade,
trata-se de uma Ação Declaratória de Ilegalidade e Abusividade de Greve, ajuizada no Juízo de
primeiro grau e, posteriormente, verificada a sua incompetência, foi encaminhada para este E. Tribunal,
conforme se verifica da decisão (ID Nº 5937558).
Diante desse quadro, determino a retificação da classe processual e a distribuição no órgão julgador
competente.
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RELATOR
PROCESSO Nº 0808138-24.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
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O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
PROCESSO Nº 0808588-64.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
I – Ato coator da lavra de autoridade diversa da apontada como coatora. Ato da Procuradora Geral Adjunta
não pode ser atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração. Reconhecimento da
ilegitimidade passiva da autoridade impetrada.
II – Resta inviável a apreciação de mandado de segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta, de
vez que esta autoridade não se encontra elencada no rol previsto no art. 161, I, c, da Constituição
Estadual, declinando-se a competência a uma das Varas da Fazenda Pública.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado contra ato dito abusivo
atribuído A EXMA. SRA. PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO – PGE, ANA
CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI e SECRETÁRIA GERAL DA SEPLAD, HANA SAMPAIO
GHASSAN.
O impetrante informa que é servidor militar, na classe dos militares da ativa e da reserva lotados no interior
do Estado, que vinha recebendo normalmente em seus contracheques a gratificação denominada de
“Adicional de interiorização”, obtida pela “via judicial ou administrativa”.
Refere que, em dezembro de 2020, houve julgamento da ADI 6321, a qual se questionava a
inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 5.652/1991 que versava, exclusivamente, sobre o Adicional
de Interiorização, tendo sido julgado parcialmente favorável ao Estado do Pará e, nos efeitos modulatórios,
restou fixada a eficácia “ex-nunc” para produzir efeitos a partir da data do julgamento relativamente
aos que já estevam recebendo o aludido adicional por decisão administrativa ou judicial.
Pontua que, apesar do entendimento firmado pelo STF na ADI 6321, os militares do Estado do Pará foram
surpreendidos pela retirada indevida do adicional de interiorização dos seus contracheques da folha
salarial do mês de junho de 2021
Ressalta que, o processo administrativo em comento versa sobre um caso específico e não abrange a
todos os militares, e, mesmo assim, a vantagem sequestrada é oriunda de matéria pacificada por
decisão do Supremo Tribunal Federal, caracterizada como coisa julgada e insuscetível de rediscussão
da matéria, o que torna o ato praticado pela PROCURADORA GERAL ADJUNTA DO CONTENCIOSO,
determinando ao COORDENADOR JURÍDICO DA SEPLAD e esse à SECRETÁRIA GERAL DA
SEPLAD, que o colocou em prática, um ato totalmente ilegal e arbitrário, contrariando os princípios
norteadores do direito.
Assim, requer liminar a concessão de liminar para determinar a anulação por completo do ato coator
(Oficio 729/2021-PGE/GAB/PCDM) e seus conexos, além de determinar o restabelecimento da
vantagem denominada “Adicional de Interiorização” junto ao contracheque do militar.
Éo relatório.
DECIDO.
Compulsando os autos, deparo-me, de plano, com um óbice processual para processamento do presente
mandamus nesta instância, face o reconhecimento da ilegitimidade passiva da Secretária de Estado de
Planejamento e Administração - SEPLAD, uma das autoridades indicadas como coatora na exordial.
Isso porque, observo que o ato apontado como coator, qual seja, a ordem de sustação do pagamento do
adicional de interiorização ao impetrante e a todos os militares que recebam em folha a verba a título de
concessão, não é da lavra da Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD,
mas sim da Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi,
conforme se verifica do documento juntado.
Nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei 12.016/2009, “considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Nesse contexto, imperioso, também, o reconhecimento da incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, haja vista que a
autoridade indicada como coatora que atrairia a competência deste Tribunal para processar e julgar a
demanda, no caso, a Secretária de Estado de Planejamento e Administração - SEPLAD, não possui
legitimidade passiva para o feito, restando inviabilizado o prosseguimento da ação nesta instância.
Ademais, tratando-se na realidade de Mandado de Segurança contra ato da Procuradora Geral Adjunta do
Contencioso, autoridade que deve ser processada e julgada perante o Juízo de 1.º grau, eis que não
constante no rol previsto no art. 161, I, “c” da Constituição Estadual como detentora da prerrogativa de foro
perante o TJPA, verifico a incompetência originária deste Tribunal para processamento e julgamento do
feito, na forma da regra de competência ratione personae, portanto, absoluta, que pode ser reconhecida
de ofício.
Assim, sendo o ato adstrito à Procuradora Geral Adjunta do Contencioso e tendo sido esta indicada no
polo passivo do presente mandamus, torna imperiosa a incompetência absoluta desta Corte de Justiça
para o julgamento da causa, por força do art. 161, I, “c”, da Constituição do Estado, restando inviabilizado
o prosseguimento da ação nesta instância.
Ilustrativamente:
Ante o exposto, declino, de ofício, da competência para processar e julgar o presente feito, determinando,
em consequência, o encaminhamento dos autos a uma das varas competentes da Fazenda Pública da
Primeira Instância.
Relator
MANDADO DE SEGURANÇA
PROCESSO N° 0877442-17.2020.8.14.0301
153
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR impetrado por LIMPAR LIMPEZA E
CONSERVAÇÃO LTDA, representado por seus procuradores, em que aponta como autoridade coatora a
SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARÁ e a PREGOEIRA DA SECRETARIA DE
ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARÁ.
Em breve exposição dos fatos, a impetrante aduz que é pessoa jurídica de direito privado atuante no ramo
de prestação de serviços terceirizados e interessou-se em participar do Pregão Eletrônico nº 006/2020 –
SEDUC que teve por objeto a contratação futura de empresa especializada para a prestação de serviços
de agente de portaria, a serem executados nos diversos postos localizados nas dependências das
unidades da Secretaria de Estado de Educação, no estado do Pará, cujo inteiro teor do edital encontra-se
acostado no documento anexo V.
Narra que por ocasião da condução do referido certame licitatório foram observadas diversas ilegalidades
que lesionaram seu direito líquido e certo, os quais, mesmo abordados na fase recursal, não foram objeto
de apreciação da Administração, que objetiva perpetuar a situação de ilegalidade imprimindo um
acelerado ritmo de formalização dos contratos decorrentes deste certame.
Assevera que por ocasião da sessão pública complementar (Ata Complementar nº 03), a empresa
LIMPAR LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA – outrora declarada vencedora – foi inabilitada pela
Pregoeira para os grupos 3 e 7 tendo como fundamento a apresentação de uma suposta certidão positiva
de falência expedida pelo distribuidor da sede do licitante.
Segue destacando que a certidão mencionada lista um procedimento comum cível, autuado sob o nº
0840163-02.2017.8.14.0301 em trâmite na 2ª Vara de Fazenda da Capital, que não trata-se de processo
de falência, e que a que tem a LIMPAR LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA apenas como terceira
interessada.
Afirma que não teve informações acerca do relatório de análise que embasou a decisão da administração
para os grupos 05; 06; 08; 09 e 10, haja vista que em diversas ocasiões, durante a fase recursal, os
relatórios técnicos de análise foram solicitados, de forma a permitir que o exercício regular do direito do
contraditório e da ampla defesa, todavia, a pregoeira somente enviou os relatórios para os itens 03 e 07
referentes a inabilitação por suposta certidão positiva de falência, sendo patente a violação do art. 4º, XVIII
da Lei Federal 10.520/2020, restringindo, assim, o direito ao contraditório e ampla defesa.
Aponta que tais irregularidades foram abordadas em recurso administrativo, contudo, a decisão da
pregoeira e da autoridade superior teriam deixado de pormenorizar as razões pelas quais se
convenceram, não indicando qual o descumprimento editalício que a impetrante cometeu, em contrário ao
instrumento convocatório que exige a fundamentação de todas as decisões que acarretarem a
desclassificação das empresas de acordo com item 6.4 do edital e Lei Estadual nº 8.972/2020.
Destaca que o certame deixou de observar o princípio da legalidade administrativa pois não atentou para
os artigos 3ª; 44 § 3º da Lei 8.666/93 e ao art. 37 da Constituição Federal, daí porque enseja-se a
necessidade de suspensão da licitação com o consequente ajuste das irregularidades.
154
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Argumenta estar presente na lide o fumus boni iuris e o periculum in mora o qual atendendo perfeitamente
a todos os requisitos esperados para a concessão da medida antecipatória. Ao final, requer o deferimento
da tutela antecipada de urgência para determinar a suspensão dos atos do Pregão Eletrônico nº 006/2020
– SEDUC realizado pela Secretaria de Estado de Educação do Pará, inclusive a eventual fase contratual.
É o Relatório. Decido.
Ressalto, inicialmente, que o inciso LXIX, do art. 5º da CF, dispõe que: “Conceder-se-á mandado de
segurança para proteger direito líquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas data,
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuição do Poder Público.”
A via célere do mandado de segurança pressupõe prova pré-constituída do direito líquido e certo
supostamente violado/ameaçado, nos termos do art. 1º da Lei 12.016/09.
Neste sentido, leciona o eminente jurista Hely Lopes Meirelles, na obra Mandado de Segurança. 31ª
edição. São Paulo: Malheiros, 2008, p. 38, o seguinte, in verbis.:
“Direito líquido e certo é o que se apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e
apto a ser exercitado no momento da impetração. Por outras palavras, o direito invocado, para ser
amparável por mandado de segurança, há de vir expresso em norma legal e trazer em si todos os
requisitos e condições de sua aplicação ao impetrante: se sua existência for duvidosa; se sua extensão
ainda não estiver delimitada; se seu exercício depender de situações e fatos ainda indeterminados, não
rende ensejo à segurança, embora possa ser defendido por outros meios judiciais.
Quando a lei alude a direito líquido e certo, está exigindo que esse direito se apresente com todos os
requisitos para o seu reconhecimento e exercício no momento da impetração. Em última análise, direito
líquido e certo é direito comprovado de plano. Se depender de comprovação posterior, não é líquido nem
certo, para fins de segurança.”
Para a concessão da liminar devem concorrer os dois pressupostos essenciais, ou seja, a relevância dos
motivos em que se assenta o pedido na inicial e a possibilidade da ocorrência de lesão irreparável ao
direito do impetrante, se vier a ser reconhecido na decisão de mérito, conforme se observa no art. 7º, III,
da Lei 12.016/2009.
O impetrante alega que foram observadas diversas ilegalidades que lesionaram direito líquido e certo da
impetrante, tais como: a) Da ilegalidade na decisão que inabilitou a impetrante por uma suposta certidão
negativa de falência positiva; b) Vedação de acesso ao relatório de análise que embasou a decisão da
administração para os grupos 05; 06; 08; 09 e 10; c) Da ausência de motivação da decisão da pregoeira e
da autoridade superior na decisão dos recursos administrativos.
Prima facie, cabe destacar que conforme informações prestadas pelo Estado do Pará os lotes/grupos 03,
04, 05, 06, 07, 09 e 10 em que a impetrante participou no Pregão Eletrônico SRP nº 006/2020 –
NLIC/SEDUC, processo nº 2020/79471-PAE/SEDUC --- fracassaram, conforme revela o TERMO DE
HOMOLOGAÇÃO publicado no DOE 34.438, de 17/12/2020, página 61, ocorrendo a perda parcial do
objeto do mandamus.
Ademais, cabe a análise quanto a legalidade da inabilitação da impetrante ao lote 08 remanescentes. Pois
bem.
De acordo com a decisão recursal do Pregão SRP Nº 006/2020 a Limpar Limpeza e Conservação Ltda
(Grupos 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10), não teria preenchido a todos os pré-requisitos do CHECK-LIST de
Habilitação, essencialmente o item 8.04 Qualificação Econômico-financeira. Subitem 8.4.1 certidão
Positiva de falência expedida pelo distribuidor da sede do licitante.
(...)
Das situações analisadas, o que se observa é a inabilitação/desclassificação de licitantes que não deram
cumprimento ao que previu o Instrumento Convocatório, com base em análise técnica detalhada pelo setor
competente CRA/DAFI desta Secretaria de Educação.
Por fim, em concordância com o Parecer Jurídico nº: 2414/2020 – ASJUR/SEDUC temos que todas as
análises relativas às desclassificações foram devidamente emitidas pelo setor técnico competente, o qual
se manifestou conclusivamente acerca da impossibilidade de retificação das propostas sem alteração
substancial das mesmas. E considerando os preceitos legais que regem a matéria, tais recursos não
merecem prosperar dando total IMPROVIMENTO para as empresas recorrentes: ADSERVI -
Administradora de Serviços LTDA (Grupos 1 ao 10); LÓGICA COMÉRCIO E LOCAÇÃO DE MÃO DE
OBRA EIRELI (Grupos 02, 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10); DIAMOND Serviços de Limpeza e mão de obra
Eireli (Grupos 02, 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10); AAJ LOURENÇO & CIA Ltda (Grupos 03, 05, 06, 07, 09 e
10); E B CARDOSO Eireli (Grupos 06, 09 e 10); LIMPAR Limpeza e Ltda (Grupos 03, 04, 05, 06, 07, 08,
09 e 10) e LIMP CAR Locação e Serviços Ltda (Grupos 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10), mantendo-se
inalterados os atos praticados por esta pregoeira no certame.
Resolve:
O edital do Pregão Eletrônico dispõe no item 8.4. Qualificação Econômico- Financeira- Subitem 8.4.1:
156
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Depreende-se dos autos que o Impetrante providenciou sua certidão de distribuição cível perante o TJPA
na comarca de Ananindeua (local de sua sede), tendo apresentado, no sistema COMPRASNET deste
Pregão, a certidão de código de controle 04071507342356 relativa à todos os feitos cíveis tramitados
perante a Justiça Estadual de 1º e 2º Grau e nos Juizados Especiais Cíveis do Pará, que tem efeito de
certidão negativa para processos de Falência, concordata (ainda remanescentes) ou recuperação judicial.
(constante no rodapé da certidão apresentada à Pregoeira).
Com efeito, verifico que há fundamento relevante pois há respaldo legal, eis que o art. 31, inciso II da Lei
Federal 8.666/93 restringe sua redação exclusivamente à processos falimentares, visto que estes podem
representar riscos à futura contratação, o que se diferencia do procedimento comum cível, autuado sob o
nº 0840163- 02.2017.8.14.0301 em trâmite na 2ª Vara de Fazenda da Capital, constante na certidão
aludida.
Por outro lado, é dever da administração motivar seus atos, explicitamente, com indicação dos fatos,
fundamentos e jurídicos e probatórios, conforme determina a Lei Estadual nº 8.972/2020, que regula o
processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, senão vejamos:
seguintes critérios:
(...)
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que fundamentarem a decisão, com a devida
comprovação dos motivos determinantes no ato ou no processo;
(...).
Art. 62. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos, dos fundamentos
jurídicos e atos probatórios, especialmente quando:
(...)
§1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância
com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão
parte integrante do ato.
Da análise das decisões proferidas ao recurso administrativo verifica-se que há tão somente a indicação
do item do edital que a empresa não teria cumprido, ausente fundamentação ao motivo pelo qual a
certidão não teria sido aceita, culminando com a sua inabilitação. Ainda, tais decisões se baseiam nos
termos do Parecer Jurídico nº: 2414/2020 – ASJUR/SEDUC, do qual a impetrante não teve acesso a
permitir o exercício regular do direito do contraditório e da ampla defesa.
Ante o exposto, em um exame perfunctório dos autos entendo presentes, ao menos, por ora, os
pressupostos do periculum in mora e fumus boni iuris, defiro a liminar pleiteada, para determinar a
suspensão atos do Pregão Eletrônico nº 006/2020 – SEDUC realizado pela Secretaria de Estado de
Educação do Pará, inclusive a eventual fase contratual.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Determino ainda:
A intimação da autoridade apontada como coatora para que tome ciência da referida decisão.
Relatora
Vistos.
Nos moldes do artigo 970 do Novo Código de Processo Civil, CITE-SE a requerida para, querendo,
responder aos termos da presente ação, no prazo de 15 (quinze) dias, com as advertências ali inferidas.
Cite-se. Cumpra-se.
Desembargadora
PROCESSO Nº 0807558-91.2021.8.14.0000
COMARCA: BELéM
PODER JUDICIÁRIO
DECISÃO
O embargante alega que a mesma causa de pedir já apreciada por outros membros do Tribunal Pleno e o
entendimento firmado foi no sentido de redistribuir o mandamus à Seção de Direito Público, indicando,
decisões de mandados de segurança n.º 0807473-08.2021.8.14.0000, relator Des Roberto Gonçalves
Moura; 0807090-30.2021.8.14.000, relatora Desa Elzida Mutran e 0806458-04.2021.8.14.0000, relator Des
José Maria Teixeira do Rosário.
Assim, entende que resta claro a divergência de tratamento em situação idêntica, do ponto acima
abordado, não tendo outro caminho senão opor os presentes Embargos Declaratórios, pelo que requer o
chamamento do feito, com a urgência devida, para tornar sem efeito a decisão retro, no sentido de
anular o encaminhamento dos autos a uma das varas da Fazenda Pública da Primeira Instância,
e, assim, modificar a decisão para dar prosseguimento do presente na Seção de Direito Público
para evitar prejuízos sem precedentes ao impetrante.
É o sucinto relatório.
Decido.
Como cediço, os embargos de declaração servem para sanar omissão, contradição ou obscuridade na
decisão recorrida, ou, ainda, corrigir erro material, consoante prescreve o art. 1.022, do CPC/2015, verbis:
“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
Analisando as razões recursais, observa-se que os argumentos expendidos sobre a decisão embargada
de incompetência do Tribunal de Justiça para julgar o feito, sob questionamento de a causa de pedir já foi
apreciada por outros membros do Tribunal Pleno, não merecem prosperar, tendo em mira que existência
de decisões apreciadas por membros deste Tribunal não implica na mudança de entendimento firmado na
decisão embargada.
Vale lembrar que se tratam de decisões precárias e que podem sofrer modificações no decorrer da
tramitação processual e, ainda, ressalto que nas decisões judiciais devem prevalecer o livre
convencimento motivado do relator, tal como proposto pelo artigo 131 do Código de Processo Civil, com a
observância do devido processo legal, capaz de assegurar a legitimidade das decisões, a imparcialidade
do juiz e o pleno exercício do contraditório.
Presente essa moldura, mantenho a diretiva de incompetência deste Tribunal para apreciação de
mandando de segurança contra ato, efetivamente, praticado pela Procuradora Geral Adjunta do Estado do
Pará e contra suposto ato da Secretária de Estado de Planejamento e Administração.
Releva pontuar que restou consignado na decisão embargada que a ilegitimidade da Secretária de Estado,
uma vez que não foi quem praticou o ato coator.
Além disso, foi evidenciado que Procuradora Geral Adjunta do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paul
Peracchi, autoridade que praticou o ato coator, não se encontra elencada no art. 161, I, “c”, da
Constituição do Estado do Pará.
Assim, não havendo qualquer vício a ser sanado na decisão embargada, conheço dos Embargos de
Declaração, porém lhes nego provimento, inclusive para fins de prequestionamento.
Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se o seu trânsito em julgado, dando-se baixa na distribuição
deste TJE/PA e posterior arquivamento.
Publique-se. Intime-se.
RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO
DESPACHO
Em juízo de admissibilidade recursal, verifica-se que o recorrente não juntou o comprovante do preparo,
reiterando pedido de gratuidade da justiça que já havia sido indeferido anteriormente pelo juízo singular,
conforme decisão de ID n.º 30174264 (dos autos originários), o motivou o parcelamento das custas iniciais
em 1ª Instância.
Compulsando os presentes autos, verifica-se que a parte agravante formulou pedido de concessão do
benefício da justiça gratuita nas razões recursais de Agravo de Instrumento (ID 5944866), tendo acostado
mera declaração de hipossuficiência (ID n. 5944876).
162
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Entretanto, considerando que o beneplácito foi indeferido pelo juízo a quo e houve o recolhimento
(parcelado) das custas processuais, entendo ainda ter restado dúvida acerca da hipossuficiência
econômica suscitada pela parte recorrente.
Desse modo, determino, com fundamento no artigo 99, § 2º, do Código de Processo Civil, a
intimação da recorrente, para no prazo de 5 (cinco) dias, comprovar a alegada hipossuficiência, já
que, conforme entendimento pacificado pelo Enunciado n.º 6 da Súmula deste Egrégio Tribunal de Justiça
do Estado do Pará, “a alegação de hipossuficiência econômica configura presunção meramente relativa
de que a pessoa natural goza do direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no artigo 98 e
seguintes do Código de Processo Civil (2015), podendo ser desconstituída de ofício pelo próprio
magistrado caso haja prova nos autos que indiquem a capacidade econômica do requerente”.
Assim, a exemplo do que determinou o juízo singular, com arrimo no princípio da cooperação (CPC, art.
6º), deve o agravante trazer aos autos os comprovantes de rendimentos, a última declaração de bens e
rendimentos entregue à Receita Federal (IRPF), bem como o extrato atualizado de conta corrente e de
aplicações financeiras, inclusive de poupança, anotando-se o sigilo dos documentos apresentados, sob
pena de indeferimento do beneplácito.
Relatora
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Em suas razões, os agravantes contam que, conforme restará comprovado durante a instrução
processual, no momento do acidente quem conduzia o veículo de propriedade do Autor/AGRAVADO era
sua irmã, a qual não possui CNH, e não o seu amigo, SR. Uellington Nunes, como declarado no Boletim
de ocorrência e na inicial desta demanda.
Aduz, por outro lado, que embora o Autor/agravado tenha faltado com a verdade durante toda a
argumentação inicial, no bojo da liminar requereu expressamente a concessão do carro reserva pelo
período de 30 (trinta) dias, conforme previsto em contrato, não sendo aceitável a decisão sumária que
determinara a concessão de carro reserva até ulterior decisão de mérito, sob pena de enriquecimento
ilícito do Autor e imposição de obrigação não prevista contratualmente, tampouco requerida pela parte, o
que configura julgamento extra petita, o que torna inviável a manutenção do decisum combatido.
Requerem a concessão da tutela recursal a fim de suspender os efeitos da tutela de urgência deferida,
determinando a imediata suspensão da concessão do carro reserva em favor do agravado, bem como a
aplicação da multa diária pelo descumprimento da referida tutela. Alternativamente, pleiteiam a imposição
de limite temporal para a concessão do benefício do carro reserva pelo período contratual de 30 (trinta)
dias.
RELATADOS. DECIDO.
Nos termos do artigo 1.015, inciso I, do CPC, cabe agravo de instrumento contra as decisões
interlocutórias que versarem sobre tutelas provisórias. E, ainda, o relator poderá, a requerimento do
agravante, atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente,
a pretensão recursal, como preconiza o art. 1.019, I, do mesmo diploma legal.
Segundo o art. 300, os requisitos legais para o deferimento da tutela de urgência são a existência de
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.
Verifico, em juízo de cognição sumária, não estarem presentes elementos que evidenciam a probabilidade
164
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
do direito alegado pelos agravantes quanto a suspensão total dos efeitos da tutela de urgência deferida
pelo juízo a quo, pois tem-se que, nesse momento processual, ainda não há prova robusta e cabal acerca
da alegada informação inverídica prestada no Boletim de ocorrência quanto ao real condutor do veículo e
sua respectiva habilitação no momento do sinistro, dependendo de plena instrução processual para tanto,
haja vista a necessidade do crivo do contraditório e da ampla defesa acerca dos fatos supostamente
apurados em sindicância unilateralmente promovida pelas agravantes.
Noutro passo, patente a probabilidade do direito e o perigo de dano em favor dos agravantes, caso
mantido os termos do deferimento da tutela determinando a concessão de carro reserva até ulterior
decisão de mérito sem imposição de limite temporal, uma vez que o contrato nº 1199 (ID 21000064, fl. 18
dos autos de origem) previu expressamente o direito a carro reserva por 30 dias, bem como o autor
requereu, em sua inicial, a sua concessão pelo mesmo prazo, conforme trecho a seguir transcrito: “E
conforme apólice anexa o Requerente tem direito de um carro reserva no período de 30 dias, caso no seja
cumprida a tutela seja estipulada uma multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais), pode descumprimento” (ID
4379057, fl. 100) . Dessa forma, faz-se necessária a imposição de limite temporal para a concessão do
benefício do carro reserva pelo período contratual de 30 (trinta) dias.
Pelo exposto, defiro o pedido de concessão da tutela recursal a fim de reformar, em parte a decisão
agravada, apenas para impor o limite temporal para a concessão do benefício do carro reserva pelo
período contratual de 30 (trinta) dias.
Intime-se a parte agravada para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias (art. 1.019, II, do
CPC).
Publique-se. Intime-se.
Desembargadora Relatora
EMENTA
5. MÉRITO
7. A questão principal volta-se à obrigação de fazer cumulada com danos morais ajuizada pelo
recorrido em face da recorrente e de FB Correa Ltda.-Me, envolvendo a negociação da unidade 401 do
empreendimento imobiliário Mirante do Lago.
9. Analisados os autos, bem como em consulta ao Sistema LIBRA denota-se a existência da Ação
Civil Pública n.º 0664673-97.2016.8.14.0301 ajuizada pelo Ministério Público Estadual em face da
recorrente e da corré, em trâmite pela 13ª Vara Cível e Empresarial de Belém, na qual, em que pese a
pendência do julgamento de Embargos de Declaração, aquele Juízo reconheceu a responsabilidade
solidária da recorrente em relação aos atos perpetrados pela FB Correa Ltda.-ME, mormente porque
credenciada e identificada como agente da apelante, inclusive com uso de uniformes.
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10. No decisum exarado pelo MM. Juízo da 13ª Vara Cível e Empresarial da Capital também restou
assentada a configuração de relação de consumo e responsabilidade solidária entre a imobiliária e a
construtora, bem como que assentou-se a aplicabilidade da Teoria da Aparência.
11. Especificamente no caso concreto, observa-se que o apelado efetuou o pagamento da 1ª parcela
do contrato no valor de R$ 140.000,00 (cento e quarenta mil) por intermédio de transferência bancária,
depositada na Conta 00130001378, Agência 1679 do Banco Santander, cuja titularidade se encontra em
nome de F B CORREA LTDA-ME, sendo os R$ 10.000,00 (dez mil reais) remanescentes parcelados em
mais 20 (vinte) parcelas de 500,00 (quinhentos reais), com o vencimento da primeira em 15/11/2015, o
que contrasta com alegação da recorrente, a qual descredenciou a Imobiliária apenas em meados de
2016.
14. Para erigir a obrigatoriedade de pagamento de lucros cessantes na forma de dano emergente,
resta suficiente a comprovação do efetivo prejuízo sofrido pela parte, de sorte que, no caso em comento, a
entrega das chaves do empreendimento foi prevista para 30 dias após a celebração do pacto, o que não
ocorreu e gerou-lhe o direito de perquirir tal verba, uma vez que a conduta que impediu a fruição do bem
restou atribuída de forma solidária às rés.
19. Por força de decisão judicial, o apelado já se encontra na posse do bem desde o ano de 2017,
tendo esta tutela provisória sido confirmada em sede de sentença, devendo, outrossim, a regularização do
imóvel ser atribuída à recorrente, coma individualização da matrícula e consectários.
21. A demanda fora ajuizada no ano de 2017, perdurando, portanto, há mais de 04 (quatro) anos,
com a apresentação de Agravo de Instrumento, realização de audiências, manifestações das partes,
estando, portanto, os honorários advocatícios consentâneos com o que dispõe o art. 85 do Código de
Processo Civil, especialmente quanto ao grau de complexidade da demanda, zelo do profissional e local
da prestação do serviço, não merecendo, assim, qualquer alteração.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO, tendo como apelante F. B. CORREA
LTDA.–ME e CONSTRUTORA TENDA S. A. e apelado JOSÉ LISANDRO PEREIRA DE SIQUEIRA.
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Desembargadora-Relatora
RELATÓRIO
O ora apelado aforou a ação acima mencionada, afirmando que entabulou, junto à ré F. B. Correa Ltda.-
ME contrato para a aquisição da unidade 301, Torre 9, do empreendimento Mirante do Lago, cuja primeira
parcela venceria em 15/11/2015, o qual lhe seria entregue em 30 (trinta) dias após a negociação, tendo o
referido prazo se exaurido sem o cumprimento da promessa pela requerida.
Acrescentou que, após contato com as rés, fora informado que a unidade avençada estaria sob hipoteca,
razão pela qual as requeridas lhe ofereceram a unidade 401 do mesmo empreendimento com o acréscimo
do valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), o qual fora aceito, sem concretização, mais uma vez, da entrega.
Afirmou ter recebido as chaves do imóvel em 05/01/2016 e tentado para lá se mudar em 07/01/2017,
sendo informado que havia comunicação por parte da construtora ao condomínio quanto a não
autorização da mudança e ocupação do bem, no qual adentrou à força, ante o pagamento realizado e para
garantir a sua posse.
Considerando presentes os requisitos, o MM. Juízo ad quo deferiu o pedido de justiça gratuita e a liminar
para garantir a posse do autor na posse do bem (ID 3842280).
O feito seguiu tramitação, culminando com a prolatação da sentença (ID 3842354), que julgou
parcialmente procedente a pretensão esposada na inicial no sentido de: 1. Confirmar a tutela de urgência
antes deferida; 2. Determinar que as rés, solidariamente, realizem a regularização do imóvel, com a
entrega do contrato de compra e venda firmado com o requerente, além da transferência de titularidade
junto ao cartório de imóveis competente; 3. Condenar as rés, solidariamente, ao pagamento da
indenização por danos materiais na importância de R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais) por mês de
atraso na entrega do imóvel, a contar de setembro de 2015, até a data de recebimento do bem pelo autor,
em janeiro de 2016, perfazendo o total de R$ 3.750,00 (três mil setecentos e cinquenta reais), corrigido
pelo IGPM da Fundação Getúlio Vargas, a contar dos efetivos descontos, acrescidos de juros de 1% ao
mês, com capitalização anual, a contar da data da citação; 4. Condenar solidariamente as requeridas a
indenizar os danos morais suportados pelo autor na quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais), cujo valor
deve ser corrigido pelo IGPM da Fundação Getúlio Vargas, acrescido de juros de 1% ao mês, com
capitalização anual, a contar da data desta sentença.
Consta ainda da decisão, a condenação das rés ao pagamento das custas processuais e honorários ao
advogado do autor em 20% (vinte por cento) do valor da condenação.
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Na Decisão ID 3842370, o MM. Juízo ad quo não conheceu dos Embargos de Declaração e determinou a
expedição de Mandado de Pagamento.
Prima facie, requer o deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita, aduzindo não estar mais atuando no
mercado.
Pugna pela declaração da nulidade da sentença que não conheceu dos embargos de declaração,
aduzindo, com base na jurisprudência do STJ, na hipótese de rejeição apenas, deve ser considerado o
seu efeito interruptivo do referido recurso.
Defende a sua exclusão do bojo da obrigação de fazer sob o argumento de que, por ser mera imobiliária,
não detém qualquer legitimidade e capacidade para realizar a regularização do imóvel, imputando esta
responsabilidade à Tenda S. A.
Suscita a exclusão de sua condenação em lucros cessantes, refutando ter praticado qualquer ato ilícito no
sentido de impedir que o Recorrido de tomasse posse do imóvel objeto da lide, razão pela qual, com base
no art. 14, §3º, I do CDC, somente a Tenda S. A. poderia sofrer condenação.
Alternativamente, pugna: 1. Pela exclusão de qualquer condenação à título de danos morais devida por
ausência de comprovação de qualquer ato ilícito praticado pela recorrente ou lesão de direitos de
personalidade do recorrido; 2. Ou que qualquer nesta condenação ordem seja atribuída à Construtora
Tenda S. A., por força do art. 13, I do CDC; 3. Pela Manutenção da condenação solidária da Rés a
ressarcir a Recorrida pelos danos morais requeridos.
Esclarece ser sociedade empresária voltada ao ramo da construção civil há mais de 60 (sessenta) anos,
afirmando que a corré FB Correa Ltda.-ME (Imóbile) presta serviços para a comercialização das unidades
habitacionais por si construídas sem qualquer exclusividade, por intermédio de contrato de corretagem de
imóveis.
Completa que, em meados de 2016, fora pessoalmente procurada por terceiros sob a alegação de que
eles teriam contratado com a Corré Imóbile e a ela efetuados pagamentos que deveriam ser destinados à
Apelante, ressalvando que as unidades não teriam sido entregues.
Ressalva que não autorizou o recebimento de nenhum valor em seu nome, além de não ter ciência do
alegado interesse nas suas unidades ou mesmo recebido qualquer pagamento, passando a apurar os
fatos, vindo a descobrir conduta irregular da Corré Imóbile, oportunidade que em que fora instaurada a
Ação Civil Pública n.º 0664673-97.2016.8.14.0301, em trâmite pela 13ª Vara Cível e Empresarial de
Belém, em que restou apurado que a corré se apropriava dos valores que deveriam ser-lhe destinados
pela aquisição das unidades sem, outrossim, lhe informar acerca de qualquer negociação.
Aduz que efetivou todos os atos a si competentes para sanar a situação, com o escopo de preservar a sua
imagem, ressaltando que, em julho de 2016, descredenciou a corré FB Correa do corpo de seus
prestadores de serviço, inclusive publicando Comunicado em jornais de grande circulação e, assim, não
pode ser responsabilizada pelos atos da Corré.
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Afirma que a relação contratual alegada envolve apenas o autor, ora apelado, e a Corré F. B. Correa Ltda.-
Me (Imóbile), aduzindo não reconhecer quaisquer dos pagamentos computados pelo recorrido à primeira
demandada, ante a autonomia da relação jurídica, sem a sua mínima participação.
Ressalva que: 1. O apelado procurou a Imóbile para aquisição do apartamento; 2. ficou avençado entre
estes o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); 3.Os recibos firmados em 15/11/2015 foram
emitidos pela corré sem a realização do Compromisso de Compra e Venda; 4. a declaração do
recebimento de R$ 140.000,00 (cento e quarenta mil reais) fora emitido por corretor de imóveis da corré,
sem qualquer repasse à construtora-apelante ou ciência de quaisquer dos atos.
Suscita a necessidade de afastamento da responsabilidade solidária, nos termos do art. 265 do Código
Civil, uma vez que eventual ato lesivo somente pode ser imputado à primeira demandada em culpa
exclusiva.
Refuta a possibilidade de lucros cessantes in re ipsa à vista da não demonstração de expectativa de renda
com o imóvel, conforme o art. 402 do Código de Processo Civil cumulado com art. 373, I do Código de
Processo Civil, bem como danos morais, ante a ausência de qualquer conduta ilícita de sua parte e/ou
ocorrência de mero aborrecimento.
Sucessivamente, pugna pela minoração do quantum indenizatório, afirmando que o valor de R$ 10.000,00
(dez mil reais) encontra-se excessivo e induz enriquecimento sem causa.
Aduz violação às provas dos autos, suscitando impossibilidade de entrega do imóvel e inexistência de
contrato, fatos que resultam em óbice ao cumprimento da ordem de regularização do imóvel.
Defende a redução do ônus da sucumbência, afirmando que a fixação dos honorários advocatícios em
20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação afigura-se injustificável e exorbitante, além de
inobservar o art. 85 do Código de Processo Civil.
O apelado apresentou contrarrazões (ID 3842388), pugnando, preliminarmente, pelo não conhecimento do
recurso por ofensa ao princípio da Dialeticidade e, no mérito, pelo improvimento do recurso da Tenda S. A.
Distribuído, coube-me a relatoria do feito à Desembargadora Maria Filomena de Almeida Buarque, que
suscitou prevenção desta Magistrada, porquanto relatora do Agravo de Instrumento n.° 0009817-
34.2017.814.0000 (ID 3843257).
Considerando a matéria versada, determinei a intimação das partes para se manifestarem acerca da
possibilidade de acordo (ID 3854636), tendo, em que pese a petição ID 4043809, a conciliação restado
infrutífera.
Nos termos do art. 10 do Código de Processo Civil, determinei a intimação da apelante Tenda S. A. para
que se manifestasse acerca da arguição de ofensa ao Princípio da Dialeticidade (ID 4823277),
oportunidade em que ratificou a sua pretensão recursal (ID 4641787).
Àvista do pedido de Justiça Gratuita formulado pela FB Correa Ltda.-ME, determinei a sua intimação, nos
termos do art. 98 do Código de Processo Civil (ID 5040001), a qual deixou decorrer o prazo in albis (ID
5119939), tendo o benefício sido indeferido, consoante a Decisão ID 5123564.
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A Apelação da FB Correa Ltda.-ME teve seu seguimento negado, à vista da Deserção (ID 5210336), não
havendo a interposição de qualquer recurso (ID 5428945).
É o relatório, que fora apresentado para inclusão do feito em pauta para julgamento, nos termos do
art. 12 do Código de Processo Civil.
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Recurso julgado a teor do Código de Processo Civil vigente, ante a prolatação da sentença ter sido
efetivada em 21 de abril de 2016.
Prima facie, ressalvo que o recurso da FB Correa Ltda.-ME teve seu seguimento negado, restando,
outrossim, a análise da Apelação da Construtora Tenda S. A., conforme consta da Decisão ID 5210336.
QUESTÕES PRELIMINARES
O apelado suscitou em suas contrarrazões ofensa ao Princípio da Dialeticidade, devendo esta ser
analisada, preliminarmente, ao recurso interposto pela Tenda S. A. em razão do seu caráter de ordem
pública.
Suscita o apelado, em suas contrarrazões, ofensa ao Princípio da Dialeticidade, aduzindo que a apelante
Tenda S. A. deixou de infirmar os termos da Sentença em suas razões recursais.
Analisados os autos, em que pese a argumentação amealhada pelo recorrido, não se verifica ofensa ao
Princípio da Dialeticidade, o qual informa acerca da necessidade indicação das razões de fato e de direito
pelas quais sustenta o recorrente deva ser anulada ou reformada a decisão hostilizada, por força do art.
1010, II e III do Código de Processo Civil, uma vez que a matéria versada no presente recurso cinge-se à
obrigação de fazer cumulada com danos morais.
Nesse sentido, insta esclarecer que não se pode exigir do recorrente a dissociação completa das razões
expostas na contestação no ato de ataque à sentença que lhe fora desfavorável, porquanto encontra
sustentáculo naquela peça e nas demais peças processuais, tendo, outrossim, logrado êxito em
demonstrar as razões de sua irresignação e de seu pedido de reforma.
Desta feita, considerando a demonstração pela recorrente acerca das razões de sua irresignação com a
sentença, o recurso deve ser conhecido.
DISPOSITIVO
MÉRITO
Feitas essas considerações iniciais, insta esclarecer que a questão principal volta-se à obrigação de fazer
cumulada com danos morais ajuizada pelo recorrido em face da recorrente e de FB Correa Ltda.-Me,
envolvendo a negociação da unidade 401 do empreendimento imobiliário Mirante do Lago.
Em suas razões recursais, aduz a recorrente que não possui relação jurídica com os fatos lesivos narrados
pelo recorrido e que, ao tomar conhecimento, efetivou medidas para a proteção de seus interesses e de
terceiros, com a ressalva de não ter firmado documentos ou recebido valores
Completa que, em meados de 2016, fora pessoalmente procurada por terceiros sob a alegação de que
eles teriam contratado com a Corré Imóbile e a ela efetuados pagamentos que deveriam ser destinados à
Apelante, ressalvando que as unidades não teriam sido entregues, fatos que afastariam a sua
responsabilidade civil por culpa exclusiva da corré FB Correa, bem como por responsabilidade solidária.
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Analisados os autos, bem como em consulta ao Sistema LIBRA denota-se a existência da Ação Civil
Pública n.º 0664673-97.2016.8.14.0301 ajuizada pelo Ministério Público Estadual em face da recorrente e
da corré, em trâmite pela 13ª Vara Cível e Empresarial de Belém, na qual, em que pese a pendência do
julgamento de Embargos de Declaração, aquele Juízo reconheceu a responsabilidade solidária da
recorrente em relação aos atos perpetrados pela FB Correa Ltda.-ME, mormente porque credenciada e
identificada como agente da apelante, inclusive com uso de uniformes.
No decisum exarado pelo MM. Juízo da 13ª Vara Cível e Empresarial da Capital também restou assentada
a configuração de relação de consumo e responsabilidade solidária entre a imobiliária e a construtora, bem
como que assentou-se a aplicabilidade da Teoria da Aparência.
Para ilustrar o acima expendido, transcrevo integralmente a referida sentença, com destaque os trechos
principais, ipisis litteris:
SENTENÇA
Trata-se de pedido de tutela de urgência formulado em Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público
do Estado do Pará em face de IMOBILE CONSULTORIAI MOBILIÁRIA e CONSTRUTORA TENDA S/A,
visando obter a entrega imediata dos imóveis adquiridos por diversos consumidores através de contratos
firmados com as referidas empresas, sob pena de multa.
Narra o autor que em 22 de agosto de 2016 instaurou o Inquérito Civil nº 000144-11/2016em razão de
várias denúncias formuladas por consumidores que haviam adquirido um imóvel da Construtora Tenda
S/A, por intermédio da Imobile Consultoria Imobiliária, no entanto, não tiveram o negócio reconhecido pela
primeira, sob a alegação de que a corretora não havia repassado os respectivos valores à construtora.
Narra ainda que durante as oitivas dos consumidores restou apurado que a ré Imobile comercializava os
imóveis da ré Tenda S/A e recebia o valor referente ao sinal do negócio, todavia, quando os consumidores
procuravam a construtora para assinar o contrato de compra e venda eram informados que a Imobile não
repassara valor algum à construtora e por isso o imóvel negociado estava disponível para venda à
terceiros.
Em outros casos, o consumidor chegava a pagar à vista a totalidade do valor da unidade para a Imobile,
assinava o contrato de compra e venda, mas não conseguia receber as chaves da construtora sob a
mesma alegação de que a Imobile não havia repassado o valor para a Construtora. Assevera que nos
estandes de comercialização dos empreendimentos da Construtora Tenda havia publicidade ostentando
tanto a logomarca desta quanto da Imobile.
Diz que ao ser realizada a oitiva do Sr. Fabrício Buarque, sócio administrador da ré Imobile, na Delegacia
do Consumidor, este confirmou que não havia repassado determinados valores à Tenda, porém, explicou
que isso deu por orientação da própria construtora, uma vez que esta tinha débitos para com a Imobile e a
retenção de tais valores serviria como pagamento.
Acrescentou ainda que atualmente a dívida da Tenda junto à Imobile supera os três milhões de reais.
Por fim, o autor acrescenta que foi instaurado inquérito policial para apurar as várias denúncias
envolvendo as ora rés.
Assim, o Ministério Público conclui que a conduta das rés lesa o direito dos consumidores que com elas
contrataram e desrespeita a legislação específica, direitos esses considerados individuais homogêneos.
A construtora Tenda, por sua vez, alegou em sede de contestação que a Imobile era apenas uma
credenciada a exercer a atividade de corretagem, porém, nunca foi sua representante, tampouco tinha o
poder de agir em seu nome. Pugna, por fim, pela improcedência da demanda ante a responsabilidade
exclusiva da Imóbile.
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A empresa Imóbile, por sua vez, contestou a demanda alegando a inexistência de responsabilidade
solidária nos moldes do art. 13 CDC, imputando a responsabilidade pelo inadimplemento contratual à
construtora Tenda.
Éo relatório.
DECIDO.
O feito comporta julgamento antecipado, nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil, já
que a matéria nele debatida independe da produção de outras provas, sendo suficiente a documental
existente nos autos. Aliás, conforme já decidiu o Excelso Supremo Tribunal Federal, a necessidade de
produção de prova há de ficar evidenciada para que o julgamento antecipado da lide implique em
cerceamento de defesa. A antecipação é legítima se os aspectos decisivos estão suficientemente líquidos
para embasar o convencimento do Magistrado. (RE 101171, Rel.Min. Francisco Rezek, Segunda Turma, j.
em 05/10/1984).
Com efeito, não há dúvida que a hipótese tratada nestes autos consiste em evidente relação consumo, eis
que nos termos do artigo 3º da Lei nº 8.078/90, as rés, de um lado, enquadram-se na definição legal de
fornecedor, uma vez que atuam no ramo de engenharia civil e/ou se organizaram empresarialmente para a
construção e comercialização de bens.
De outro lado, as partes representadas pelo Ministério Público enquadram-se na de consumidor (artigo
2ºda citada Lei), porquanto destinatária final do bem. E o contrato é mesmo de adesão, pois ou se adere,
de plano, às cláusulas oferecidas ou não se assina o documento.
Desse modo, estando presentes os requisitos do artigo 6°, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, a
inversão do ônus da prova, em decorrência da vulnerabilidade e hipossuficiência do consumidor frente à
capacidade técnica e econômica do fornecedor, é de rigor.
Os consumidores que se dirigiam aos estandes de venda eram levados a crer que a Imobile de fato
representava a Tenda, eis que estava autorizada a intermediar a venda de unidades habitacionais em
nome desta.
O documento de fls. 220-226 indica inclusive que os corretores da Imobile usavam camisetas com a
logomarca da Tenda nos estandes de venda, fato capaz de gerar para o consumidor a confiança de que
os negócios ali entabulados tinham a anuência da construtora.
Constato ainda que, além de revelar a relação entre as duas empresas, a documentação também revela
que diversos consumidores que pagaram parte ou a integralidade do valor dos imóveis não conseguiram
receber sua unidade, ou ao menos concretizar a compra e venda através da assinatura do respectivo
contrato. Isso porque a ré Tenda alegava que a ré Imobile não havia repassado os valores que recebera
dos clientes.
Observo ainda que, à luz do princípio da boa-fé objetiva que informa o Código de Defesa do Consumidor,
a oposição da Tenda em relação aos consumidores não se revela legítima. Em outras palavras, o
consumidor não pode ser penalizado por problemas havidos entre a construtora contratante e a imobiliária
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contratada.
Ademais, a teoria da aparência tem como pressuposto uma situação de fato que, embora inverídica ou
irreal, se apresenta como verídica ou real. Uma pessoa considerada como titular de um direito, embora
não o seja, leva a efeito um ato jurídico perante terceiro de boa-fé.
De acordo com a teoria da aparência, como uma necessidade de se conferir segurança às operações
jurídicas, amparando os que procedem de boa-fé, o ato praticado por aquele que aparenta ser titular do
direito ou ter os necessários poderes é reputado válido.
Por conseguinte, sob a ótica do consumidor e com base na teoria da aparência, a construtora e a corretora
representam um todo unitário, uma vez que, conforme exposto alhures, houve claramente a participação
ativa da construtora no marketing para a comercialização das unidades juntamente com a corretora.
Desse modo, tendo em vista o inadimplemento da obrigação assumida contratualmente, e que inclusive foi
admitida por ambas as rés, a pretensão inicial merece prosperar nesse aspecto, devendo a obrigação de
fazer (entrega das unidades imobiliárias aos respectivos consumidores) ser acolhida por este juízo.
Os danos morais estão configurados, uma vez que o consumidor não pode ficar à mercê do fornecedor e,
na hipótese vertente, o atraso foi considerável, pois ultrapassou em muito a data prevista para a entrega
do bem, computado o prazo de tolerância, originando aflição psicológica, diante da angústia em ver seus
planos frustrados e investimentos prejudicados, ultrapassando o mero aborrecimento e dissabores do
cotidiano.
Nesse sentido:
Compra e venda. Indenização por perdas e danos. Inadimplemento contratual obra não entregue.
(...)Danos morais. Ocorrência. Atraso na entrega da obra configurado. Admissão por parte da ré em
diversos documentos encartados no processo. Irregularidade na atuação da apelada que causou
frustração e angústia ao adquirente. Necessário desestimular a reiteração de tais práticas pelos
empreendedores que atuam nesse ramo de negócios. Danos morais. Montante. Fixação que deve terem
conta o princípio da razoabilidade e proporcionalidade. Caráter sancionatório e compensatório dador
moral. (Apelação Cível n.º9.121.629-41.2007.8.26.0000. Relator Desembargador João Batista Vilhena.
Décima Câmara de Direito Privado. J. 11-09-2012)
Torna-se necessário, pois, apenas quantificar a indenização pelos prejuízos extrapatrimoniais, para
atender à sua dupla função: a) reparar o dano moral, buscando minimizar a dor da vítima; e b) punir o
ofensor, para que não reincida. Consoante jurisprudência majoritária, para fixar o quantum, é necessário
considerar que a indenização não visa reparar, no sentido literal, a dor, mas aquilatar um valor
compensatório para amenizá-la.
Deve, pois, representar para a vítima uma satisfação, igualmente moral, psicológica, capaz de neutralizar
o sofrimento impingido. Ao mesmo tempo, tem de surtir um efeito pedagógico, desestimulador, a fim de
evitar que o responsável reincida no comportamento lesivo. Como o objetivo é compensar o mal causado,
mas sem provocar enriquecimento indevido, a indenização não pode ser arbitrada em valores exagerados.
No caso vertente, afigura-se razoável a fixação da indenização em valor equivalente aR$10.000,00 (dez
mil reais) para cada consumidor, de acordo com os critérios adotados pela jurisprudência (Apelação nº
4018620-87.2013.8.26.0114, Relator: James Siano, 5ª Câmarade Direito Privado, 23/04/2014). No tocante
ao termo inicial dos juros de mora na indenização por danos morais, entendo que os danos são derivados
de relação contratual pré-existente entre as partes (contrato de promessa de compra e venda de imóvel),
sendo inaplicável a Súmula nº 54 do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, devendo os juros de mora
incidir apenas a partir da citação. Nesse sentido o julgado:
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido, extinguindo o processo com resolução do mérito, com
base no art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil, para tornar definitiva a tutela antecipada e
condenar as rés, solidariamente, na obrigação de fazer pleiteada, qual seja, na entrega dos imóveis
objetos do contrato.
Condeno as rés a indenizar solidariamente, a título de danos morais, pelas razões já assentadas, no
importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a cada consumidor, valor este que deverá ser corrigido
monetariamente pelo índice do IGPM, a partir da data desta sentença, e, juros moratórios de 1% (um por
cento) ao mês, a contar da citação (art. 405, CC).Sem condenação em honorários advocatícios, custas e
despesas processuais ante o que dispõe o art. 18 da Lei n.º 7.347/85.De acordo com o Art. 1.010, § 3º, do
CPC, o juízo de admissibilidade recursal deve ser feito apenas pela instância superior. Assim,
eventualmente apresentado recurso pela parte, dê-se vista para contrarrazões, no prazo de 15 dias.
Publique-se. Cumpra-se.
PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIA PAGA C/C REPARAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS E MORAIS E PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE NATUREZA CAUTELAR – SENTENÇA
DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO DE APELAÇÃO
DO AUTOR SUSCITADA EM CONTRARRAZÕES: ACOLHIMENTO – AUSENCIA DE INTERESSE
MANIFESTA. RECURSO DE APELAÇÃO APRESENTADO PELA EMPRESA RÉ: PRELIMINAR:
CERCEAMENTO DE DEFESA, REJEITADA – PRELIMINAR: AUSÊNCIA DE APRECIAÇÃO DAS
PRELIMINARES LEVANTADAS EM CONTESTAÇAO, AFASTADA – MÉRITO: RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA ENTRE AS EMPRESAS REQUERIDAS – DANOS MATERIAIS – CARACTERIZAÇÃO –
DANOS EMERGENTES DEVIDOS – DANOS MORAIS – CABIMENTO – MINORAÇÃO –
IMPOSSIBILIDADE – RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Recurso conhecido e desprovido.
Manutenção da sentença em todos os seus termos. (Acórdão ID 4960137, Rel. MARIA DE NAZARE
SAAVEDRA GUIMARAES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado, Julgado em 2021-04-13,
Publicado em 2021-04-21)
Como é cediço, para erigir a obrigatoriedade de pagamento de lucros cessantes na forma de dano
emergente, resta suficiente a comprovação do efetivo prejuízo sofrido pela parte, de sorte que, no caso em
comento, a entrega das chaves do empreendimento foi prevista para 30 dias após a celebração do pacto,
o que não ocorreu e gerou-lhe o direito de perquirir tal verba, uma vez que a conduta que impediu a fruição
do bem restou atribuída de forma solidária às rés.
(Grifo nosso)
Quanto aos danos morais, suscita a recorrente a ausência de qualquer conduta ilícita de sua parte e/ou
ocorrência de mero aborrecimento.
Sucessivamente, pugna pela minoração do quantum indenizatório, afirmando que o valor de R$ 10.000,00
(dez mil reais) encontra-se excessivo e induz enriquecimento sem causa.
No que concerne a alegação da apelante de que inexistiria lesão ao estado emocional, psíquico ou a
personalidade do apelado, que justifique a fixação de indenização a título de dano moral, impõe-se tecer
algumas considerações.
Noutras palavras, a indenização a título de dano extrapatrimonial, pressupõe a existência de três aspectos
indispensáveis: a ilicitude do ato praticado, visto que os atos regulares de direito não ensejam reparação; o
dano, ou seja, a efetiva lesão suportada pela vítima e o nexo causal, sendo este a relação entre os dois
primeiros, o ato praticado e a lesão experimentada.
"Consiste a responsabilidade civil na obrigação que tem uma pessoa - devedora - de reparar os danos
causados a outra - credora - dentro das forças de seu patrimônio, em decorrência de um ato ilícito ou de
uma infração contratual. Visa ela, pois, a recompor o patrimônio do lesado ou compensá-lo pelos danos
sofridos, desde que comprovado o nexo causal entre o ato praticado e o prejuízo da vítima". (FELIPE,
Jorge Franklin Alves. Indenização nas Obrigações por Ato Ilícito. 2. Ed. Belo Horizonte: Del Rey, p. 13).
O dano moral, portanto, é lesão que integra os direitos da personalidade, tal como o direito à vida, à
liberdade, à intimidade, à privacidade, à honra (reputação), à imagem, à intelectualidade, à integridade
física e psíquica, de forma mais ampla a dignidade da pessoa humana.
Nessa esteira, tem-se que configura dano moral aquela lesão que, excedendo à normalidade, interfere
intensamente no comportamento psicológico do indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e desequilíbrio
em seu bem-estar.
O diploma cível pátrio estabelece expressamente em seu art. 186, a possibilidade de reparação civil
decorrente de ato ilícito, inclusive nas hipóteses em que o dano seja de caráter especificamente moral.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
DEVENDO SER REAJUSTADO PELO INCC (índice nacional de custo de construção). RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (TJ/PA – AP 2017.01736900-54, 174.323, Rel. GLEIDE
PEREIRA DE MOURA, Órgão Julgador 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2017-04-24,
Publicado em 2017-05-04). (Grifei).
Revela-se, portanto, assente o prejuízo suportado pelo apelado, sendo evidente a sua frustração, que
investiu seus recursos e sonhos para adquirir um imóvel residencial, de modo que o descumprimento do
contrato ocasionou frustração substancial a este, sendo fato gerador de danos morais os sofrimentos que
transcendem meros aborrecimentos cotidianos.
Desse modo, entendo que ficou configurada a existência do abalo moral que ultrapassa o mero dissabor e
simples aborrecimento, ensejando o dever de indenizar, nos termos dos artigos 186 e 927, ambos do
Código Civil, não merecendo reparo a decisão atacada nesse ponto.
Noutra ponta, a justa definição do importe indenizatório a ser estabelecido em sede de dano
extrapatrimonial, é sempre uma questão de significativa complexidade, uma vez que inexiste critério
objetivo para determinação exata do valor adequado a compensar a dor, o constrangimento, e as demais
correlatas lesões a personalidade da pessoa atingida.
"A ofensa derivada de lesão a um direito da personalidade não pode ficar impune e, dentro do campo da
responsabilidade civil, a sua reparação tem que ser a mais integral possível para que, caso não possam as
coisas voltar ao estado em que se encontravam antes, tenha a vítima do dano, pelo menos alguma
satisfação ou compensação e, dessa forma, possa ver minorado o seu padecimento".
(MAGALHÃES, Teresa Ancona Lopez de. O Dano Estético. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais).
Na verdade, o objetivo da indenização pecuniária decorrente de dano moral, não é repor um desfalque
patrimonial, mas representar para o lesionado uma satisfação igualmente moral ou, que seja,
psicologicamente capaz de neutralizar ou mitigar em parte o sofrimento impingido.
Assim, inexistindo fundamento para a mensuração objetiva do quantum, deve o julgador arbitrá-lo
mediante estimativa que considere a necessidade de, com a quantia, minorar a lesão imposta ao ofendido,
sem, contudo, assentar-se em elementos unicamente subjetivos.
in verbis:
Destarte, tem-se que o valor fixado em sentença, no importe total de R$ 10.000,00 (dez mil reais), mostra-
se suficiente para compensar adequadamente os danos extrapatrimoniais sofridos pelo apelado, não
sendo exacerbado ao ponto de ensejar a sua minoração.
Aduz também a apelante violação às provas dos autos, suscitando impossibilidade de entrega do imóvel e
inexistência de contrato, fatos que resultam em óbice ao cumprimento da ordem de regularização do
imóvel.
Nesse sentido, importante assentar que por força de decisão judicial, o apelado já se encontra na posse
do bem desde o ano de 2017, tendo esta tutela provisória sido confirmada em sede de sentença, devendo,
outrossim, a regularização do imóvel ser atribuída à recorrente, coma individualização da matrícula e
consectários.
Defende, por fim, a recorrente a redução do ônus da sucumbência, afirmando que a fixação dos
honorários advocatícios em 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação afigura-se injustificável e
exorbitante, além de inobservar o art. 85 do Código de Processo Civil.
A demanda fora ajuizada no ano de 2017, perdurando, portanto, há mais de 04 (quatro) anos, com a
apresentação de Agravo de Instrumento, realização de audiências, manifestações das partes, estando,
portanto, os honorários advocatícios consentâneos com o que dispõe o art. 85 do Código de Processo
Civil, especialmente quanto ao grau de complexidade da demanda, zelo do profissional e local da
prestação do serviço, não merecendo, assim, qualquer alteração.
CONCLUSÃO
Àvista do acima expendido, a sentença atacada não merece qualquer reparo, devendo ser mantida em
sua integralidade.
DISPOSITIVO
É como voto.
Belém, 17/08/2021
APELADO: BANCO VOTORANTIM S.A., BANCO BMG SA, BANCO BONSUCESSO S.A.
REPRESENTANTE: BANCO VOTORANTIM S.A., BANCO BMG S.A.
EMENTA
EMENTA
1 – Em que pese as alegações da recorrente, a discussão acerca dos juros incidentes nos contratos de
empréstimos consignados, firmado entre as partes, tem natureza unicamente de direito. Preliminar
rejeitada.
Mérito
2 – Cinge-se a controvérsia recursal a suposto error in judiciando do juízo “ad quo”, quanto a abusividade
de eventuais cobranças de juros capitalizados.
3 – Alegação de abusividade das Cláusulas e exasperação do percentual de 12% (doze por cento) de
juros não restou comprovada, incidência da orientação das Súmulas 596 do STF e, 382 e 379 do Superior
Tribunal de Justiça.
4 – O Superior Tribunal de Justiça passou a decidir no sentido de ser admitida a revisão das taxas de juros
remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e a
abusividade capaz de colocar o consumidor em desvantagem, o que não foi evidenciado no caso concreto.
5 – As instituições bancárias estão autorizadas a capitalizar juros, desde que o pacto seja firmado a partir
de 31/03/2000, como in casu, entendimento perfilhado no RE 592.377 do STJ.
6 – No caso em exame, a alegada abusividade das taxas de juros não restou evidenciada, por
encontrarem-se dentro das taxas médias de juros apontados pelo Banco Central do Brasil – BACEN para
o período.
ACÓRDÂO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, onde figuram como partes as acima identificadas, acordam os
Excelentíssimos Senhores Desembargadores membros da Colenda 2ª Turma de Direito Privado do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em plenário virtual, à unanimidade, em CONHECER e
NEGAR PROVIMENTO ao recurso de Apelação, nos termos do voto da Exma. Desembargadora
Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.
Desembargadora Relatora
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de recurso de APELAÇÃO interposto por IRANEIDE DO CARMO DE JESUS
TEIXEIRA inconformada com a Sentença prolatada pelo MM. Juízo da 9ª Vara Cível de Belém/PA que,
nos autos da AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULA CONTRATUAL E REDEFINIÇÃO DE DESCONTO DE
MARGEM CONSIGNÁVEL C/C REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E DANOS REFLEXOS C/C
REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, ajuizada por si contra BANCO BMG
S/A e BANCO VOTORANTIM S/A, julgou improcedente a pretensão esposada na inicial.
Em sua exordial, narra a autora/apelante ter contraído 15 (quinze) empréstimos consignados em folha de
pagamento, sendo 07 (dois) no Banco BMG, 05 (cinco) com o Banco Votorantim e 03 (três) com o Banco
Bonsucesso, que somados corresponderiam a 335% da sua remuneração, destacando que a incidência de
juros capitalizados no ajuste, tornam a relação contratual excessivamente onerosa, bem como que a
aludida cobrança seria abusiva, razão pela qual, deveria ser reduzida ao patamar legal as prestações
consignadas.
Pleiteou, assim, a aplicação do CDC; a declaração de abusividade das taxas de juros por ultrapassarem
12% (doze por cento) ao ano; o reconhecimento da ilegalidade dos juros capitalizados; a condenação dos
bancos em danos morais; a devolução em dobro dos valores pagos a mais.
Em Decisão Interlocutória (ID 5458524), deferiu o juízo “a quo” o pedido de gratuidade de justiça e
indeferiu o pedido de antecipação de tutela requerido na exordial.
A autora e o requerido Banco Bonsucesso firmaram acordo (ID 5458555), o qual foi devidamente
homologado (ID 5458557).
A requerente apresentou embargos de declaração (ID 5458558), a fim de esclarecer que entabulou pacto
tão somente com o Banco Bonsucesso, devendo prosseguir o feito em relação ao Banco Bmg e Banco
Votorantim, os quais foram conhecidos e acolhidos (ID 5458559).
O feito seguiu seu trâmite regular em relação as demais instituições financeiras acima mencionadas, até a
prolação da sentença (ID 5458560), que julgou totalmente improcedente os pedidos elencados na exordial,
declarando legal os contratos celebrados entre as partes, bem como indevida a pretensão de danos
morais.
Condenou ainda a parte requerente ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios
fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa que restaram suspensos, entretanto, em razão do
demandante ser beneficiário da gratuidade de justiça.
Aduz, preliminarmente, a nulidade da sentença por cerceamento de defesa, face o julgamento da lide, sem
a realização de perícia, conforme solicitado na exordial, para se delimitar a existência ou não de cobrança
de encargos abusivos na relação contratual.
Alega ter restado incontroverso a cobrança de juros capitalizados, por não ter sido enfrentada de forma
específica e precisa a matéria pelas instituições financeiras apeladas.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Argui que a simples menção a capitalização mensal não seria suficiente para caracterizar a aquiescência
da apelante a cobrança dos juros capitalizados, sendo indispensável à expressa estipulação do encargo
face o dever legal de informação que recai sobre o fornecedor, nos termos da legislação
consumerista.
Pleiteou assim pelo provimento do recurso em análise, para que desconstituída a sentença objurgada seja
determinado o regular processamento do feito ou alternativamente seja reformada a sentença julgando
procedente a ação revisional originária.
Considerando a natureza da lide, determinei a intimação das partes acerca da possibilidade de conciliação
(ID 5474920), a qual restou infrutífera, conforme petição ID 5544194.
Éo relatório.
VOTO
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Preliminarmente, aduz a autora, ora apelante, a nulidade da sentença por cerceamento de defesa
decorrente da prolação do decisum sem que lhe tenha sido oportunizado a realização de prova pericial.
(Apelação Cível Nº 70062702386, Décima Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Lúcia de Castro Boller, Julgado em 18/12/2014). (Grifei).
Dessa forma, evidencia-se que o juízo singular exerceu corretamente a faculdade estabelecida no
art. 355, inciso I, do CPC, razão pela qual rejeito a preliminar suscitada.
DISPOSITIVO
MÉRITO
Cinge-se a controvérsia recursal a suposto error in judiciando do magistrado “ad quo”, quanto a eventual
abusividade na cobrança de juros capitalizados nos ajustes em epígrafe.
Consta das razões deduzidas pela ora apelante ter restado incontroverso a cobrança de juros
capitalizados, por não ter sido rebatido de forma precisa a matéria pelas instituições financeiras apeladas;
bem como que a simples menção a capitalização mensal não seria suficiente para caracterizar a
aquiescência da apelante a cobrança dos juros capitalizados, sendo indispensável à expressa estipulação
do encargo face o dever legal de informação que recai sobre o fornecedor nos termos da legislação
consumerista.
Atesta-se, portanto, que o cerne da presente lide diz respeito à alegação de nulidade das cláusulas do
contrato de financiamento entabulado entre os litigantes, sob o argumento de abusividade e ilegalidade,
mormente quanto aos juros fixados.
Com efeito, acerca dos juros remuneratórios, cumpre registrar que os Tribunais Superiores do país
pacificaram o entendimento no sentido de que, mesmo sendo aplicável a legislação consumerista, o ajuste
185
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
referente à taxa de juros somente pode ser alterado se reconhecida sua abusividade em cada caso
específico, sendo inócuo para tal fim a estabilidade inflacionária no período, não se limitando, por
conseguinte, ao patamar de 12% (doze por cento) ao ano.
Ressalta-se que a disposição constitucional que fixou em 12% (doze por cento) ao ano o máximo de juros
reais (art. 192, § 3º, CF/1988) não afetou o tratamento legislativo conferido anteriormente a matéria, visto
que consoante decidiu o Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI n. 04/1991, tal regra
constitucional não seria autoaplicável, posto que sua vigência dependeria de legislação complementar
destinada a reorganizar o sistema financeiro nacional.
Nessa senda, no que concerne a alegada abusividade das Cláusulas Contratuais e à exasperação do
percentual de 12% (doze por cento) de juros ao ano, firmo entendimento, conforme orientação do verbete
sumular n. 596 do Supremo Tribunal Federal que:
“As instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros remuneratórios estipulada na Lei de
Usura (Decreto 22.626/1933)”.
Ressalva-se que a estipulação de juros remuneratórios no referido percentual por si só não indica
abusividade e pode ser pactuada em patamar superior a 12% (doze por cento), conforme a orientação do
Superior Tribunal de Justiça, in verbis:
Súmula 379/STJ - "Nos contratos bancários não regidos por legislação específica, os juros moratórios
poderão ser convencionados até o limite de 1% ao mês."
Súmula 382/STJ - "A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica
abusividade."
Ademais, a Súmula 380 do STJ orienta que: "A simples propositura da ação de revisão de contrato não
inibe a caracterização da mora do autor", destacando, ainda, que a temática ora em apreciação foi decida
à luz de Recursos Repetitivos, estando ementado da seguinte forma, na esteira do voto da Ministra Nancy
Andrighi, proferido em sede do Recurso Especial n. 1.061.530:
Para os efeitos do § 7º do art. 543-C do CPC, a questão de direito idêntica, além de estar selecionada na
decisão que instaurou o incidente de processo repetitivo, deve ter sido expressamente debatida no
acórdão recorrido e nas razões do recurso especial, preenchendo todos os requisitos de admissibilidade.
Neste julgamento, os requisitos específicos do incidente foram verificados quanto às seguintes questões: i)
juros remuneratórios;
ii) configuração da mora; iii) juros moratórios; iv) inscrição/manutenção em cadastro de inadimplentes e v)
disposições de ofício.
PRELIMINAR O Parecer do MPF opinou pela suspensão do recurso até o julgamento definitivo da ADI
2.316/DF. Preliminar rejeitada ante a presunção de constitucionalidade do art. 5º da MP n.º 1.963-17/00,
reeditada sob o n.º 2.170-36/01.
186
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
b) A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade;
c) São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as disposições do art. 591
c/c o art. 406 do CC/02;
d) É admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde que
caracterizada a relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em
desvantagem exagerada art. 51, §1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades do
julgamento em concreto.
b) Não descaracteriza a mora o ajuizamento isolado de ação revisional, nem mesmo quando o
reconhecimento de abusividade incidir sobre os encargos inerentes ao período de inadimplência
contratual.
O recurso especial não constitui via adequada para o exame de temas constitucionais, sob pena de
usurpação da competência do STF.
Os juros remuneratórios contratados encontram-se no limite que esta Corte tem considerado razoável e,
sob a ótica do Direito do Consumidor, não merecem ser revistos, porquanto não demonstrada a
onerosidade excessiva na hipótese.
mora do devedor.
Afastada a mora: I) é ilegal o envio de dados do consumidor para quaisquer cadastros de inadimplência; II)
deve o consumidor permanecer na posse do bem alienado fiduciariamente e III) não se admite o protesto
do título representativo da dívida.
Não há qualquer vedação legal à efetivação de depósitos parciais, segundo o que a parte entende devido.
Não se conhece do recurso quanto à comissão de permanência, pois deficiente o fundamento no tocante à
alínea "a" do permissivo constitucional e também pelo fato de o dissídio jurisprudencial não ter sido
comprovado, mediante a realização do cotejo entre os julgados tidos como divergentes. Vencidos quanto
ao conhecimento do recurso a Min. Relatora e o Min. Carlos Fernando Mathias.
Recurso especial parcialmente conhecido e, nesta parte, provido, para declarar a legalidade da cobrança
dos juros remuneratórios, como pactuados, e ainda decotar do julgamento as disposições de ofício. Ônus
sucumbenciais redistribuídos.
(REsp 1061530/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 22/10/2008, DJe
10/03/2009).
Ato contínuo, o Superior Tribunal de Justiça passou a decidir no sentido de ser admitida a revisão das
taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo
e a abusividade, capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada, conforme dispõe o art. 51,
§1° do Código de Defesa do Consumidor, o que não se verifica no presente feito, in verbis:
1. A Segunda Seção deste STJ, ao julgar o REsp 1.061.530/RS, Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI,
DJe de 10.3.2009), submetido ao rito do art. 543-C do CPC, consolidou o entendimento de que "é admitida
a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a
relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada -
art. 51, §1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades do julgamento em concreto".
2. No presente caso, o Tribunal de origem afirmou expressamente que os juros remuneratórios não são
abusivos, uma vez que o percentual pactuado não está muito acima da taxa média de mercado praticada à
época da contratação, de modo que rever tal posicionamento somente se faz possível com o reexame das
cláusulas do contrato e dos elementos fáticos da demanda, o que encontra óbice nas Súmulas 5 e 7 do
STJ.
(AgRg no AREsp 548.764/MS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em
18/11/2014, DJe 26/11/2014). (Grifei).
Nesse sentido, insta consignar que as instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional estão
autorizadas a capitalizar juros com periodicidade inferior a um ano, desde que o pacto seja firmado após
31/03/2000 e haja previsão contratual nesse sentido:
provisórias se exponham ao controle judicial, o escrutínio a ser feito neste particular tem domínio estrito,
justificando-se a invalidação da iniciativa presidencial apenas quando atestada a inexistência cabal de
relevância e de urgência. 2. Não se pode negar que o tema tratado pelo art. 5º da MP 2.170/01 é
relevante, porquanto o tratamento normativo dos juros é matéria extremamente sensível para a
estruturação do sistema bancário, e, consequentemente, para assegurar estabilidade à dinâmica da vida
econômica do país. 3. Por outro lado, a urgência para a edição do ato também não pode ser rechaçada,
ainda mais em se considerando que, para tal, seria indispensável fazer juízo sobre a realidade econômica
existente à época, ou seja, há quinze anos passados. 4. Recurso extraordinário provido. (RE 592377,
Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno,
julgado em 04/02/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-055 DIVULG
19-03-2015 PUBLIC 20-03-2015). (Grifei).
Ademais, diluindo-se qualquer dubiedade, destaca-se que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a
constitucionalidade da MP 2.170/2001, com a ressalva de que as instituições integrantes do Sistema
Financeiro Nacional estão autorizadas a capitalizar juros com periodicidade inferior a um ano, desde que o
ajuste tenha sido firmado após 31/03/2000 e, exista previsão contratual nesse sentido:
(RE 592377, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 04/02/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-055
DIVULG 19-03-2015 PUBLIC 20-03-2015). (Grifei).
No caso em exame, entendo que a alegada abusividade das taxas de juros, não restou evidenciada, por
encontrarem-se dentro das taxas médias de juros apontados pelo Banco Central do Brasil – BACEN para
o período.
Assim, irrepreensíveis me afiguram os fundamentos invocados pelo MM. Juízo “ad quo” para julgar
improcedente a pretensão de revisão contratual, devendo a sentença vergastada ser mantida em sua
integralidade.
DISPOSITIVO
É como voto.
Desembargadora – Relatora
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Belém, 17/08/2021
EMENTA
EMENTA
2 – Não obstante seja o magistrado o destinatário das provas, a teor dos arts. 130 e 131, do CPC,
percebe-se no presente caso que a produção das provas testemunhal e documental, bem como o
depoimento pessoal dos prepostos da recorrida, revelam-se relevante, na hipótese, ao deslinde do feito.
4 – Destarte, entendo que o julgamento antecipado do feito, no caso em tela, se revelou precipitado,
constituído verdadeiro cerceamento de defesa, motivo pelo qual se impõe a anulação da sentença
testilhada com o retorno dos autos a juízo “ad quo”, para que produzida as provas requeridas pelas
autoras/apelantes, seja dado regular prosseguimento a demanda.
5 – Recurso de Apelação Conhecido e Provido para determinar o retorno dos autos ao juízo de origem
para regular processamento do feito.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, onde figuram como partes as acima identificadas, acordam os
Excelentíssimos Senhores Desembargadores membros da Colenda 2ª Turma de Direito Privado do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará na Sessão Ordinária realizada em 10 de agosto de 2021
(Plenário Virtual), na presença do Exmo. Representante da Douta Procuradoria de Justiça, por
unanimidade de votos, em CONHECER e DAR PROVIMENTO ao Recurso de Apelação, nos termos do
voto da Exma. Desembargadora Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.
Desembargadora Relatora
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de Recurso de APELAÇÃO CÍVEL interposto GEANE RANGEL DE SOUZA,
MAYRA APARECIDA DE SOUZA FERREIRA e MÁRCIA NUNES DE ALMEIDA inconformadas com a
Sentença prolatada pelo MM. Juízo da 13ª Vara Cível e Empresarial de Belém/PA que, nos autos da
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS ajuizada por si em face de DISTRIBUIDORA BIG BEN
S/A, julgou improcedente o pleito formulado na exordial.
Em sua inicial (ID. 5402466), narraram as autoras/apelantes que em 22/07/2015, encontravam-se nas
dependências da drogaria pertencente a requerida, quando teriam sido abordadas por funcionários da loja
e submetidas a tratamento vexatório com a falsa acusação de que estariam tentando furtar
objetos/produtos do local, sendo inclusive submetidas a revista, oportunidade em que nada teria sido
encontrado.
Pleitearam, assim, inicialmente pela concessão da gratuidade de justiça e pela inversão do ônus da prova
e, em decisão definitiva pela procedência da exordial para fosse a requerida condenada ao pagamento de
indenização à título de danos morais no importe de 300 (trezentos) salários mínimos ou de R$ 236.400,00
(duzentos e trinta e seis mil e quatrocentos reais).
Em decisão de ID. 5402466, deferiu o juízo primevo, o benefício da gratuidade de justiça as autoras.
O feito seguiu seu tramite regular até a prolação da sentença (ID. 5402471), que julgou improcedente a
pretensão exordial, extinguindo o feito com resolução de mérito com fulcro no art. 487, inciso I, do Código
de Processo Civil.
Condenou, ainda, as autoras ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios fixados
em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, que, restaram suspensos em razão dessas serem
beneficiárias da gratuidade de justiça.
Pleiteiam, assim, pelo provimento do recurso de apelação para que seja anulada a sentença vergastada,
determinando o retorno dos autos ao juízo de origem para se efetivem as provas requeridas dando regular
prosseguimento a demanda.
192
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
É o relatório.
Desembargadora – Relatora
VOTO
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
QUESTÕES PRELIMINARES
Considerando que a questão preliminar suscitada pelas autoras/apelantes, confundem-se com o próprio
mérito do recurso, analiso em sede deste a matéria relativa ao alegado cerceamento de defesa.
MÉRITO
Consta das razões deduzidas pelas ora apelantes a nulidade da sentença por cerceamento de defesa, em
razão do julgamento antecipado da lide, sem a realização das provas pugnadas pelas recorrentes em sede
de audiência, relativas à oitiva da gerente e do segurança da loja, bem assim, da exibição das filmagens
do circuito interno do local.
Analisando detidamente os autos, verifica-se que as autoras, ora apelantes, ajuizaram a ação originária
objetivando a condenação da requerida/apelada ao pagamento de indenização por danos morais, em
razão de alegado tratamento vexatório a que teriam, as recorrentes, sido submetidas por prepostos da
193
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
recorrida.
Infere-se, ainda, que as autoras/apelantes pugnaram na petição inicial (ID. 5402466), pela realização de
prova, consistente na exibição das filmagens do sistema de segurança da loja, bem assim, em sede de
audiência (ID. 5402469) pela oitiva da gerente e do segurança do estabelecimento, com escopo de
elucidar os fatos que supostamente lhe causaram abalo moral.
Ato contínuo, o juízo primevo procedeu o julgamento antecipadamente do feito, julgando improcedente a
exordial por entender que as autoras não conseguiram comprovar os fatos constitutivos do seu direito, nos
termos do art. 330, inciso I do CPC.
Com efeito, não obstante seja o magistrado o destinatário das provas, a teor dos arts. 130 e 131, do CPC,
podendo indeferir aquelas que entender inúteis ou meramente protelatórias, percebe-se no presente caso
que a produção das provas testemunhal e documental, bem como o depoimento pessoal dos prepostos da
recorrida, revelam-se relevante, na hipótese, ao deslinde do feito.
Isso porque, considerando os fatos narrados na exordial, a produção das provas testemunhal e
documental pugnadas pelas autoras/apelantes seriam os únicos meios efetivos de elucidar a ocorrência ou
não da aludida lesão extrapatrimonial, uma vez que, dependendo do que for dito ou visto, poderá o
magistrado primevo apreciar com maior precisão os contornos fáticos da lide.
“Não é porque o magistrado já se convenceu a respeito dos fatos que deve indeferir as provas e julgar
antecipadamente. Nem porque a tese jurídica é adversa. Somente não se permitirá a prova se esta for,
como se disse, irrelevante e impertinente. Dois erros o juiz deve evitar, porque não é ele o único órgão
julgador, cabendo-lhe instruir adequadamente o processo a fim de que possa ser julgado, também, em
grau de apelação: indeferir provas pertinentes porque já se convenceu em sentido contrário e, igualmente,
indeferir provas porque, em seu entender, a interpretação do direito não favorece o autor. Em ambos os
casos, o indeferimento de provas ou o julgamento antecipado seria precipitado, com cerceamento da
atividade da parte, caracterizador de nulidade”.
(In Direito Processual Civil Brasileiro. v. II. 16. ed. São Paulo: Saraiva, p. 172)
Salienta-se, aliás, que esse tem sido o posicionamento perfilhado pelos Tribunais pátrios em casos
similares, consoante precedente in verbis:
(TJ-SC - AC: 20110387504 Lages 2011.038750-4, Relator: Gerson Cherem II, Primeira Câmara de Direito
194
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
A supressão do depoimento pessoal dos funcionários da recorrida e das gravações do circuito interno de
segurança, portanto, implicaram em inegável prejuízo às recorrentes, a qual almejam corroborar suas
teses iniciais, sobretudo, considerando que a exibição das filmagens e os testemunhos seriam
necessários para comprovar suas assertivas, bem como que a forma de abordagem dos funcionários
erige-se, na hipótese, como circunstância relevante, visto que podem tanto revelar exercício regular de
direito quanto ato ilícito indenizável.
Outrossim, entendo ser incoerente afirmar a ausência de comprovação dos fatos alegados na inicial pelas
autoras, ao mesmo tempo em que se obsta a produção por estas, de provas aptas a corroborar suas
alegações.
Destarte, tenho que o julgamento antecipado do feito, no caso em tela, se revelou precipitado, constituído
verdadeiro cerceamento de defesa, motivo pelo qual se impõe a anulação da sentença testilhada com o
retorno dos autos a juízo “ad quo”, para que produzida as provas requeridas pelas autoras/apelantes, seja
dado regular prosseguimento a demanda.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, CONHEÇO do Recurso de Apelação e DOU-LHE PROVIMENTO para anular a sentença
vergastada, determinando o retorno dos autos ao juízo de origem para regular processamento do feito, nos
termos da fundamentação.
É como voto.
Desembargadora – Relatora
Belém, 17/08/2021
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
ATO ORDINATÓRIO
A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará intima a parte interessada para providenciar o recolhimento de custas referentes ao
processamento do recurso de Agravo Interno, em atendimento à determinação contida no art. 33, § 10 da
Lei Ordinária Estadual nº 8.583/17.
195
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
18 de agosto de 2021
PROCESSO Nº 0246247-05.2016.814.0301
APELADO: CARLOS ALBERTO ANTUNES LIMA (ADVOGADA: ISIS KRISHINA REZENDE SADECK –
OAB/PA Nº 9.296)
1 - Quanto ao termo inicial, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é uníssona no sentido de que
a contagem da prescrição quinquenal relativa à conversão em pecúnia de licença-prêmio não gozada e
nem utilizada como lapso temporal para a aposentadoria, tem como termo a quo a data em que ocorreu a
aposentadoria do servidor público. Decisão em sintonia com a tese fixada no julgamento do Tema 516 do
STJ (RESP 1254456). Ademais, aplicável ao caso a tese fixada pelo Tribunal da Cidadania no julgamento
da Tema 553 de que: “Aplica-se o prazo prescricional quinquenal - previsto do Decreto 20.910/32 - nas
ações indenizatórias ajuizadas contra a Fazenda Pública, em detrimento do prazo trienal contido do
Código Civil de 2002". (REsp 1251993). Prejudicial rejeitada.
2- MÉRITO. Razões recursais contrárias à jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça firme
no sentido de ser possível a conversão em pecúnia da licença-prêmio não gozada ou não contada em
dobro para aposentadoria, sob pena de enriquecimento ilícito da administração pública.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
3 - Aplicação ao caso da tese fixada no julgamento do Tema 635 pelo STF (ARE nº 721001/RG/RJ), no
qual reconheceu a existência de repercussão geral da matéria e reafirmou a sua jurisprudência, no sentido
de que, à luz da proibição do enriquecimento sem causa, é devida a conversão de férias não usufruídas,
bem assim de outros direitos de natureza remuneratória, como a licença prêmio, em indenização
pecuniária por aqueles que não mais podem delas usufruir, quer pela inatividade, quer pelo rompimento do
vínculo com a Administração Pública.
4 - O tempo de trabalho incompleto de 2 anos (2010-2012, ano da aposentadoria do apelado) gera direito
à conversão em pecúnia ante a previsão expressa do artigo 99, II do RJU, em que estabelece o tempo
mínimo de um ano para remuneração.
5 - Em remessa necessária, alterada a verba honorária fixada em 10% sobre o proveito econômico para
que seja fixada por ocasião da liquidação da sentença, nos termos art. 85, § 4º, II, do CPC/2015.
6 - Recurso conhecido e parcialmente provido apenas para conhecer a remessa necessária. Sentença
parcialmente modificada em remessa necessária.
DECISAO MONOCRÁTICA
Trata-se de recurso de apelação interposto pelo ESTADO DO PARÁ, nos autos da ação de
cobrança de licenças-prêmio ajuizada por CARLOS ALBERTO ANTUNES LIMA, contra decisão do juízo
da 1º Vara da Fazenda da Capital que julgou procedente o pedido, nos termos do seguinte dispositivo:
"Dispositivo.
Sobre o valor da condenação, deverão incidir juros desde a citação e correção monetária desde a data da
sentença, observados os parâmetros fixados pelo STF no RE 870.947.
Sem custas, em razão da isenção legal, CONDENO o ESTADO DO PARÁ ao pagamento de honorários
advocatícios, que arbitro em 10% do valor do proveito econômico obtido.
Narra a inicial que o autor é servidor público aposentado do cargo de delegado da Polícia Civil,
pelo Estado do Pará, conforme publicação (n° 32.288) do Diário Oficial do Estado do Pará, de 09 de
outubro de 2012 e que nunca gozou as licenças-prêmio que tinha direito por lei correspondente ao período
compreendido entre os anos de 2001 a 2012.
Destacou que as licenças-prêmio relativas aos triênios 1989/1992, 1992/1995 e 1995/1998 foram
contadas em dobro para efeito de aposentadoria e que a partir de 2001 até sua Portaria de aposentadoria,
por absoluta necessidade de serviço, não usufruiu das licenças que tem direito, tendo usufruído tão
somente a relativa ao triênio 1998/2001, gozadas em 01.11.09 a 31.12.09, razão pela qual ajuizou a
presente demanda, objetivando o recebimento de indenização no valor correspondente ao valor das
referidas licenças.
Determinada inicialmente a emenda da inicial para que fosse o polo passivo composto pelo
IGEPREV que, por sua vez apresentou contestação, requerendo sua exclusão da lide por ilegitimidade
passiva, o que foi reconhecido pelo juízo na decisão de ID nº5405653, sendo excluído da relação
processual e determinada a citação do Estado do Pará para apresentar contestação, réu indicado
originariamente pelo autor.
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Estado do Pará opôs embargos de declaração dessa decisão (ID nº 5405653 – págs. 11/13) e
apresentou contestação (ID nº 5405653 – págs. 15/22).
Aduz que o direito ao gozo da licença-prêmio nasce com o cômputo de três anos ininterruptos sem
faltas, quando tem o servidor aberta a possibilidade de requerer seu gozo e que para os triênios
compreendidos pelo pedido, o fato de sequer ter havido requerimento para gozo, abate a pretensão, pois
dispondo de 5 anos para pleiteá-las ficou inerte.
No mérito, defende que o direito estabelecido pelo legislador é o do gozo do tempo adquirido a
título de licença por assiduidade; não o direito de converter tal tempo em pecúnia, sendo este direito de
conversão em indenização exceção no sistema que somente se impõe em caso de morte ou
aposentadoria e nesta última, se a aposentadoria sobreveio com a impossibilidade comprovada de gozo
da licença, o que somente se dá em caso de apresentação de requerimento e indeferimento administrativo
do pedido, merecendo reforma a sentença.
Por fim, aduz ser inadequado o afastamento da remessa necessária por violação ao disposto na
Súmula nº 490 STJ e artigo 496, caput, Inciso I e artigo 489, § 1º, inciso do CPC e artigo 93, IX, da CF/88.
Assim, requer seja conhecido e provido o recurso para reforma da sentença, improcedência do
pedido e afastamento da verba honorária.
Encaminhados a esta Egrégia Corte de Justiça, coube-me a relatoria do feito quando recebi o
apelo no duplo efeito e determinei a remessa ao Parquet (ID nº 5411242).
Éo relatório. DECIDO.
De início, não obstante o entendimento do juízo de primeiro grau, conforme sustentado no apelo e na
manifestação ministerial, em observância ao disposto no artigo 496, inciso I, do CPC/15, segundo o qual a
sentença está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo
tribunal, em virtude da iliquidez de que se reveste o decisum, conheço da remessa necessária.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Acolho, portanto, as razões recursais nesse aspecto, eis que entendo que a decisão recorrida se
apresenta contrária ao Enunciado da Súmula nº 490 do STJ.
Como bem delineado pelo parecer ministerial "(...) considerando que o apelado se aposentou em
outubro de 2012 e ajuizou a ação em 2016, não resta configurada a prescrição quinquenal".
Com efeito, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo nº 1.254.456/PE (Tema 516), a Primeira
Seção do Superior Tribunal de Justiça firmou o entendimento de que a contagem da prescrição quinquenal
relativa à conversão em pecúnia de licença-prêmio não gozada nem contada em dobro para a
aposentadoria, tem como termo inicial a data em que ocorrida a
inativação do servidor público, nos termos da seguinte ementa:
1. A discussão dos autos visa definir o termo a quo da prescrição do direito de pleitear indenização
referente a licença-prêmio não gozada por servidor público federal, ex-celetista, alçado à condição
de estatutário por força da implantação do Regime Jurídico Único.
2.(...)
3. Quanto ao termo inicial, a jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a contagem
da prescrição quinquenal relativa à conversão em pecúnia de licença-prêmio não gozada e nem
utilizada como lapso temporal para a aposentadoria, tem como termo a quo a data em que ocorreu
a aposentadoria do servidor público. Precedentes: RMS 32.102/DF, Rel. Min. Castro Meira, Segunda
Turma, DJe 8/9/10; AgRg no Ag 1.253.294/RJ, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, Primeira Turma, DJe 4/6/10;
AgRg no REsp 810.617/SP, Rel. Min. Og Fernandes, Sexta Turma, DJe 1/3/10; MS 12.291/DF, Rel. Min.
Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE), Terceira Seção, DJe 13/11/09; AgRg no RMS
27.796/DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Quinta Turma, DJe 2/3/09; AgRg no Ag 734.153/PE,
Rel. Min.
4. Considerando que somente com a aposentadoria do servidor tem inicio o prazo prescricional do
seu direito de pleitear a indenização referente à licença-prêmio não gozada, não há que falar em
ocorrência da prescrição quinquenal no caso em análise, uma vez que entre a aposentadoria,
ocorrida em 6/11/02, e a propositura da presente ação em 29/6/07, não houve o decurso do lapso de
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cinco anos.
5. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, submetido a regime do artigo 543-C
do CPC e da Resolução 8/STJ.
6. Recurso especial não provido. (REsp 1254456/PE, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 25/04/2012, DJe 02/05/2012)
1. Esta Corte, ao julgar o Recurso Especial n. 1.254.456/PE, submetido ao rito dos recursos
repetitivos, firmou entendimento segundo o qual a contagem da prescrição quinquenal relativa à
conversão em pecúnia de licença-prêmio não gozada e nem utilizada como lapso temporal para a
aposentadoria, tem como termo inicial a data em que ocorreu a aposentadoria do servidor público
(...)
(AgInt no REsp 1829391/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 05/10/2020, DJe 09/10/2020)
1. Conforme estabelecido pelo Plenário do STJ, "aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973
(relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de
admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações dadas até então pela jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça" (Enunciado Administrativo n. 2).
2. Esta Corte tem o entendimento de que a contagem da prescrição quinquenal para conversão em
pecúnia da licença-prêmio adquirida e não gozada se inicia na data em que ocorreu a
aposentadoria do servidor público. Precedentes.
3. Hipótese em que a revisão do julgado depende de reexame dos elementos de convicção postos no
processo, em especial da data de aposentadoria do servidor, dado que não consta no acórdão recorrido
nem na sentença de primeiro grau. Incidência da Súmula 7 do STJ.
(AgInt no AREsp 1686426/PB, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
19/04/2021, DJe 06/05/2021)
STJ), no momento do ato de aposentadoria, isto é, quando o servidor passou à inatividade e ficou
impossibilitado de goza-las.
Por outro lado, ainda que se considere ser o caso de indenização, também não há como ser
acolhida a alegação de reconhecimento da prescrição trienal, eis que aplicável o prazo prescricional
quinquenal, consoante a tese fixada pelo C. STJ no julgamento da Tema 553 de que:
“Aplica-se o prazo prescricional quinquenal - previsto do Decreto 20.910/32 - nas ações indenizatórias
ajuizadas contra a Fazenda Pública, em detrimento do prazo trienal contido do Código Civil de 2002". (
REsp 1251993/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
12/12/2012, DJe 19/12/2012)
No mérito, também não verifico condições de seguimento ao recurso, merecendo ser mantida a
sentença proferida, inclusive, com amparo em tese vinculante fixada pela Suprema Corte.
I - a requerimento do servidor:
c) VETADO.
Parágrafo Único - Decorridos 30 (trinta) dias do pedido de licença, não havendo manifestação expressa do
Poder Público, é permitido ao servidor iniciar o gozo de sua licença."
Extrai-se, portanto, da norma de regência que a licença prêmio só pode ser convertida em pecúnia,
quando ocorrer o óbito do servidor ou na sua aposentadoria. No caso se encontra uma das situações
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acima previstas, haja vista que o autor/apelado se encontra aposentado, razão pela qual se revela correta
a conversão do benefício em indenização.
O Recorrido anexou Histórico Funcional financeiro (ID nº 5405651 – págs. 15/18, atestando a
existência de 480 dias de licenças não gozadas com o fito de instruir a ação.
Diante de tal contexto, certo o fundamento do magistrado sentenciante de que "(...) tendo o
servidor adquirido o direito à licença-prêmio, deve o mesmo ser indenizado pelo valor equivalente a
quando de sua exoneração ou de sua aposentadoria. Entendimento contrário acabaria por colocar o
servidor em excessiva desvantagem, principalmente diante das dificuldades que a administração lhe
impõe ao gozo efetivo do direito durante o período de atividade, como a falta de mão de obra substituta e a
ausência de recursos financeiros para suprir essa falta."
Impende destacar que a questão trazida à apreciação por meio do presente apelo já se encontra
pacificada na jurisprudência nos Tribunais Superiores. Aplica-se ao caso em comento, a tese fixada no
julgamento do Tema 635 pelo STF (ARE nº 721001/RG/RJ), no qual reconheceu a existência de
repercussão geral da matéria e reafirmou a sua jurisprudência, no sentido de que, à luz da proibição do
enriquecimento sem causa, é devida a conversão de férias não usufruídas, bem assim de outros direitos
de natureza remuneratória, como a licença prêmio, em indenização pecuniária por aqueles que não mais
podem delas usufruir, quer pela inatividade, quer pelo rompimento do vínculo com a Administração
Pública, conforme a seguinte ementa:
5. Recurso especial conhecido em parte e, nessa extensão, não provido. (REsp 1622539/RS, Rel. Ministro
OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/11/2019, DJe 07/11/2019)
1. O acórdão recorrido não se afastou da jurisprudência deste Superior Tribunal, firme no sentido
de ser possível a conversão em pecúnia da licença-prêmio não gozada ou não contada em dobro
para aposentadoria, sob pena de enriquecimento ilícito da administração pública.
2. No mais, a revisão das conclusões adotadas pelo acórdão recorrido, a fim de verificar se o período de
licença especial não gozada gerou ou não benefício ao recorrido, demandaria, necessariamente, novo
exame do acervo fático-probatório constante dos autos, providência vedada em recurso especial,
conforme o óbice previsto na Súmula 7/STJ.
3. Agravo interno não provido. (AgInt no REsp 1664026/RS, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 18/11/2019, DJe 21/11/2019)
Assim sendo, observo que assiste direito ao autor/apelado ao pagamento de indenização pelas
licenças-prêmio não gozadas por necessidade de serviço, sendo incontroverso o não usufruto, conforme
documento de ID nº 5405651 e a própria defesa do apelante.
Outrossim, quanto ao argumento de que não assiste direito ao recorrido à conversão do período
incompleto de licença prêmio por ausência de fundamento legal, entendo que também não merece
prosperar, eis que, nos termos da lei de estadual que trata da matéria e do parecer do douto Procurador
de Justiça que peço vênia para transcrever: “Data vênia, novamente sem respaldo os argumentos, posto
que o próprio artigo 99, inciso II da lei 5810/94 traz a regulamentação do tempo mínimo de trabalho para a
conversão em pecúnia, verbis: “Art. 99 –A licença será:(...) II-convertida, obrigatoriamente, em
remuneração adicional, na aposentadoria ou falecimento, sempre que a fração de tempo for igual ou
superior a 1/3 (um terço) do período exigido para o gozo da licença-prêmio.” (Lei Estadual5.810/94)”
Desse modo, diante da norma acima transcrita, resta evidente a percepção do direito à indenização
referente ao período incompleto, eis que observado o tempo mínimo de trabalho para conversão em
pecúnia previsto no artigo 99, II da Lei Estadual nº 5810/94, na medida em que correspondente ao período
de 2010 a 2012, ano da aposentadoria do apelado.
Por fim, em remessa necessária, constato que os honorários advocatícios estipulados em sentença
de 10% sobre o proveito econômico obtido estão em desconformidade com a previsão legal sobre o tema.
Isso porque cumpre observar que a definição do percentual relativo a honorários de sucumbência deve ser
fixada quando da liquidação da sentença, já considerada a sucumbência recursal, nos exatos termos do
artigo 85, §4º, inciso II, do novo Código de Processo Civil, merecendo alteração a sentença nesse
aspecto.
Nesse sentido:
Ante o exposto, na linha do parecer ministerial e com fulcro no que dispõem o artigo 932, IV, b, do
CPC/15 e artigo 133, XI, b e d, do RITJPA conheço do recurso e DOU-LHE PARCIAL PROVIMENTO
apenas para conhecer a remessa necessária.
Em remessa necessária, reformo em parte a sentença, tão somente para determinar a fixação
de honorários advocatícios na fase de liquidação do julgado, nos termos da fundamentação.
Após o decurso do prazo recursal sem qualquer manifestação, certifique-se o trânsito em julgado e
dê-se a baixa na distribuição, com a consequente remessa dos autos ao juízo de origem.
RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202):0808300-19.2021.8.14.0000
AGRAVANTE: ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA
204
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Trata-se de Agravo de Instrumento com pedido de Antecipação da Tutela Recursal interposto por
ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO NACIONAL HONDA - LTDA em face da decisão proferida pelo
Juízo da 7ª Vara Cível e Empresarial de Belém/PA nos autos da Ação de Busca e Apreensão com
Alienação Fiduciária (processo eletrônico nº 0835123-97.2021.8.14.0301) movida pela agravante em face
de ANA CARLA SILVA FERREIRA, que determinou a intimação da parte autora da ação para que, no
prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 321, parágrafo único do CPC, procedesse a emenda da
petição inicial, apresentando o original do título que embasa a ação, para depósito em secretaria, sob pena
de indeferimento da inicial.
Aduz a parte agravante que a juntada do contrato original não é requisito de constituição e
desenvolvimento válido da ação de busca e apreensão, não se encontrando entre os requisitos previstos
no Decreto Lei 911/69.
Assevera, ainda, que o contrato em análise não se trata de um título de crédito, mas sim de título
executivo extrajudicial, cuja circulação se opera por força de cessão de crédito, isto é, exige a
comunicação ao devedor para que surta efeitos.
Por fim, sustenta que nos termos do artigo 408 do CPC, as declarações constantes de documento
particular, escrito e assinado, como no caso, presumem-se verdadeiras em relação ao signatário, cabendo
à parte contra quem foi produzido o documento alegar se lhe admite ou não a autenticidade e veracidade,
sob pena de restarem inabaladas.
Sendo assim, defende que a emenda à inicial é desnecessária, uma vez que não se exige a via original do
contrato para o processamento da busca a apreensão, aduzindo, ainda, que a exigência se encontra
suprida com a autenticação da cópia em cartório, vez que a reprodução autenticada tem o mesmo valor
probante do original, por força do disposto no art. 161 da Lei de Registros Públicos.
Requer, nesse sentido, a concessão do efeito suspensivo para que seja suspensa a eficácia da decisão
que determinou a apresentação do contrato original, considerando que o que consta nos autos é
suficiente. No mérito, requer o total provimento do recurso para reformar integralmente a decisão
agravada, sendo concedida a liminar de busca e apreensão.
Éo breve relatório.
DECIDO.
Da análise dos autos originais, verifica-se que as partes realizaram Contrato de Alienação Fiduciária em
Garantia com Pacto Adjeto de Fiança (Num. 28761993 – Pág. 1/4 – processo de referência), tendo como
objeto uma motocicleta da marca HONDA, modelo POP 110I, cor VERMELHA, ano 2018, no valor de R$
6.732,75 (seis mil setecentos e trinta e dois reais e setenta e cinco centavos).
205
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
No entanto, após o suposto atraso no pagamento das parcelas referentes ao contrato, o banco agravante
teria notificado extrajudicialmente (Num. 28761996 – Pág. 1 – processo referência) a parte agravada para
quitar o débito em atraso, porém, essa teria permanecido inerte, conforme consta em Aviso de
Recebimento (Num. 28761996 – Pág. 1/3 – processo referência).
Ajuizada a ação de busca e apreensão do veículo, o juízo singular entendeu pela necessidade de depósito
do contrato original firmado entre as partes na Secretaria, determinando a emenda a inicial, sob pena de
seu indeferimento, decisão ora agravada.
Não obstante este entendimento, analisando a cópia do contrato juntado aos autos (Num. 28761993 –
Pág. 1/4 – processo de referência), verifico, ao menos nesse momento processual, o equívoco do juízo de
1° grau quanto ao contrato firmado pelas partes e objeto da ação principal.
Isso porque, em análise liminar, constata-se que o documento em que se baseia a ação de busca e
apreensão se trata de um contrato simples de alienação fiduciária em garantia, e não de uma Cédula de
Crédito Bancário, como entendeu o magistrado na decisão agravada. Logo, entendo haver indícios nos
autos da desnecessidade de apresentação do original firmado entre as partes.
Diante do exposto, em sede de cognição sumária, vislumbro a presença dos requisitos ensejadores à
concessão de efeito suspensivo pretendido, previsto no art. 995, parágrafo único do CPC, motivo pelo qual
concedo efeito suspensivo à eficácia da decisão agravada.
Intime-se a agravada, na forma prescrita no inciso II do art. 1.019 do CPC para que responda no prazo de
15 (quinze) dias, sendo-lhe facultado juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do
recurso.
DESEMBARGADOR- RELATOR
DECISÃO MONOCRÁTICA
1. Relatório
Em suas razões recursais (ID 5691825), a parte agravante alegou que o Juízo a quo não observou que o
agravado deixou de juntar aos autos a via original da cédula de crédito bancário original que embasou a
aludida ação originária.
É o breve relatório.
Decido.
2. Análise de Admissibilidade
3. Efeito Suspensivo
Primeiramente, é importante ressaltar que, com fundamento no artigo 1.019, I, do Código de Processo
Civil, pode o relator, em sede de cognição sumária, deferir a antecipação da tutela recursal ou conceder
efeito suspensivo ao recurso, quando a parte agravante conseguir demonstrar a probabilidade de
provimento de seu recurso, bem como que a decisão agravada possa causar pode causar risco de lesão
grave e de difícil reparação.
Isso porque, conforme previsão contida no artigo 1.019, caput, do Código de Processo Civil, a regra é que
o recurso de Agravo de Instrumento seja recebido somente em seu efeito devolutivo, entretanto, podendo
ser atribuído efeito suspensivo ao recurso de forma excepcional, entretanto, desde que demonstrados os
requisitos cumulativos supramencionados, situação não evidenciada no caso em análise, haja vista que,
conforme já esclarecido, a parte agravante não conseguiu demonstrar o risco de lesão grave e de difícil
reparação que a manutenção da decisão agravada lhe acarretaria.
Outrossim, intime-se a parte agravada para, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, responder aos
termos do recurso de Agravo de Instrumento, facultando-lhe juntar a documentação que entender
necessária ao julgamento do recurso, conforme previsão do artigo 1.019, II, do Código de Processo Civil.
Relatora
ADVOGADOS: VICTOR HUGO RAMOS REIS - OAB/PA 23.195 E PEDRO JOSÉ MARINHO
BITTENCOURT - OAB/PA 28.747
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
O agravante questiona a decisão de 1.º grau que deferiu a tutela de urgência pleiteada, para determinar a
imediata suspensão dos itens 1, 3, 4, 6, 7, 9, 12, 13, 14, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 32, 33, 34, 36, 37 e
38 do Pregão Eletrônico nº 9/2021-00022-PE-SRP-PMT (Processo Administrativo nº 2021/030105-PMT) e
do posterior contrato administrativo dele decorrente, inclusive, sob pena de responsabilidade e
improbidade administrativa.
De início, ressalta que não estão presentes na ação mandamental os requisitos do fumus boni iuris e do
periculum in mora para sustentar a concessão de medida liminar sem oitiva da parte coatora, o que enseja
a reforma da decisão e a concessão monocrática do efeito suspensivo postulado.
Esclarece que ainda na fase inicial, quando é realizada a análise da proposta de preço das empresas
participantes, a CPL identificou diversas falhas na proposta da empresa MP Locadora EIRELI, ora
Agravada, discriminadas a seguir: a) Número de processo licitatório errado; b) Ausência de menção ao
objeto licitado; c) Ausência de prazo para início da prestação dos serviços; d) Ausência de valor por
extenso das propostas; e) Ausência de documento obrigatório previsto no subitem 7.6.4 do Edital –
Declaração de fidelidade e veracidade dos documentos apresentados.
Em suas razões, alega que é patente a constatação de que a desclassificação da agravada se deu de
forma escorreita e dentro dos parâmetros legais, uma vez que é cristalina a percepção de que se trata de
falhas vultosas e que inviabilizam a classificação da empresa participante.
Assevera que a comissão identificou uma série de inconsistências que fariam com que a empresa
agravada fosse inabilitada para participar do certame, ou seja, ainda que fosse classificada com os
diversos erros já discriminados na fase de análise das propostas, a agravada seria inabilitada na fase
seguinte do certame, em razão dos inúmeros inconformidades com o Edital em comento.
Alega que a suspensão da maioria dos itens do procedimento licitatório, representaria um verdadeiro
periculum in mora inverso, pois causaria danos não apenas à Administração, mas à coletividade, na figura
dos Munícipes de Tracuateua, uma vez que o serviço de transporte escolar é serviço público essencial que
afeta aos interesses de todos os munícipes, especialmente aos alunos da rede pública estadual e
municipal, que já foram tão prejudicados durante o período pandêmico.
Ao final, ratifica que a proposta apresentada pela empresa Agravante foi realizada em desconformidade
com as exigências do Edital, não se tratando apenas de vícios sanáveis, como tenta alegar à impetrante,
mas, sim, de diversos erros significativos que a inviabilizaram a classificação da empresa para seguir no
certame.
Ante esses argumentos, requer, liminarmente, a concessão de efeito suspensivo e, ao final, o provimento
do agravo de instrumento com a reforma da decisão agradada.
Éo sucinto relatório.
DECIDO.
Para a análise do pedido de efeito suspensivo formulado pelo agravante, necessário se faz observar o que
preceituam os artigos 995, parágrafo único e 1.019, I, do NCPC.
209
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Assim, conclui-se do texto legal a existência de dois requisitos, os quais devem estar presentes
concomitantemente, para a concessão do efeito suspensivo, quais sejam: probabilidade do direito, de
modo que deve o agravante demonstrar, através das alegações deduzidas em conjunto com os
documentos acostados, a possibilidade de que o direito pleiteado exista no caso concreto; e perigo de
dano ou risco ao resultado útil do processo, consubstanciado no reconhecimento de que a demora na
definição do direito poderá causar dano grave e de difícil reparação ao demandante com um suposto
direito violado ou ameaçado de lesão.
Ressalte-se, por oportuno, que o exame da matéria, para o fim da concessão do efeito suspensivo, pela
celeridade que lhe é peculiar, dispensa digressão acerca de toda a temática que envolve os fatos, a qual
merecerá o devido exame por ocasião do julgamento do mérito recursal.
Da análise prefacial dos autos, não constato que há plausibilidade na argumentação exposta pelo
agravante, de forma a caracterizar o fumus boni juris, bem como não emerge a presença do risco de lesão
grave e de difícil reparação (periculum in mora).
Vale nesse passo acrescentar que restou consignado na decisão agravada que a impetrante, ora
agravada, foi desclassificada por motivos meramente formais, os quais poderiam ser corrigidos sem se
alterar o conteúdo da proposta (leia-se melhor preço), o que se vislumbra a plausibilidade do direito
invocado pela parte agravada, tendo em mira evidências de violação às normas legais.
Nesse sentido, colaciono o que preleciona os dispositivos do Decreto Federal nº 10.024/19, norma
aplicável ao processo licitatório, in verbis:
(...)
VI - sanear erros ou falhas que não alterem a substância das propostas, dos documentos de habilitação e
sua validade jurídica;”
Art. 47. O pregoeiro poderá, no julgamento da habilitação e das propostas, sanar erros ou falhas que não
alterem a substância das propostas, dos documentos e sua validade jurídica, mediante decisão
fundamentada, registrada em ata e acessível aos licitantes, e lhes atribuirá validade e eficácia para fins de
habilitação e classificação, observado o disposto na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
Nesse cenário, não constatando, de pronto, a presença dos requisitos necessários à concessão da medida
pleiteada, tenho como certo ser prudente o estabelecimento do contraditório para a eventual provimento
do pedido.
Ante o exposto, com fulcro nos artigos 995, § único e 1.019, I, ambos do NCPC, em atenção ao restrito
âmbito de cognição sumária, indefiro o pedido de efeito suspensivo ao recurso, até ulterior
deliberação deste Egrégio Tribunal de Justiça.
Esclareça-se que a presente decisão tem caráter precário, cujo deferimento do efeito suspensivo ao
recurso não configura antecipação do julgamento do mérito da ação, não constitui e nem consolida direito,
podendo, perfeitamente, ser alterado posteriormente por decisão colegiada ou mesmo monocrática do
relator.
Intime-se a parte agravada, para que, caso queira, apresente contrarrazões ao presente recurso, também
no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 1019, II, do NCPC.
Publique-se. Intime-se.
Relator
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Vistos os autos
1. Em sede de juízo de admissibilidade recursal único (art. 1.010, § 3º do CPC), verifico, a priori, a
presença dos pressupostos recursais intrínsecos e extrínsecos, razão pela qual recebo o apelo nos efeitos
devolutivo e suspensivo (art. 1.012, caput CPC[1]);
2. Transcorrido o prazo para interposição de eventual recurso, retornem os autos conclusos, uma vez que
a parte apelada já apresentou contrarrazões (Id. 5868077);
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3. Intimem-se;
4. Após, conclusos.
Relatora
[1] Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. § 1o Além de outras hipóteses previstas em lei,
começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: I - homologa divisão ou
demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga
improcedentes os embargos do executado; IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V -
confirma, concede ou revoga tutela provisória; VI - decreta a interdição. (Destaquei)
AGRAVANTE: J. DE J. DE S. B.
AGRAVADA: G. F. M.
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto contra decisão da Vara do Juizado da Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher de Santarém-PA, nos autos da Medida Protetiva (Processo n º 0006882-
57.2020.814.0051), movida por G. F. M. contra J. de J. de S. B.
Em consulta ao sistema PJE, verifico que em 08 de julho de 2021 foi prolatada sentença, julgando
procedente a demanda, extinguindo o feito com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I do CPC.
Logo, deve ser reconhecida a perda do objeto do presente recurso, na forma do art. 932, III do CPC.
Intimem-se.
Desembargador Relator
DESPACHO
A presente Apelação Cível se insurge contra sentença do Juízo da Vara Agrária de Castanhal, nos autos
da Ação de Indenização por Servidão Administrativa, com Pedido de Tutela Antecedente, em trâmite
perante o Juízo da Vara Agrária da Comarca de Castanhal, em que é requerente Pedro Smith do Amaral,
e requeridas Centrais Elétricas do Pará S/A – CELPA, representada por seu presidente Raimundo Nonato
Alencar de Castro, e Equatorial Transmissora7 SPE S/A, representada por seu presidente Augusto
Miranda da Paz Junior.
Não foi efetuado o preparo recursal, tendo o recorrente pleiteado a concessão de justiça gratuita sob a
alegação de não ter condições, neste momento, de arcar com as custas do recurso sem, contudo,
apresentar documentos que demonstrassem a alteração de suas condições financeiras.
Considerando que pelas circunstâncias dos autos, em princípio, a parte não atenderia aos requisitos para
o deferimento da gratuidade da justiça, tendo em vista que o Apelante, muito embora declare ser
hipossuficiente, não apresentou comprovação satisfatória da condição alegada, principalmente
considerando a alegação de que o imóvel em debate é produtivo, existindo exploração de açaí e cacau, e
que mantém contratos de parceria agrícola com o objetivo de extração das respectivas culturas, determinei
que apresentasse justificativa para o pedido, juntando aos autos a documentação que entendesse
necessária, especialmente cópia da última declaração de imposto de renda apresentada à Secretaria da
Receita Federal.
Não obstante, o prazo transcorreu in albis sem que houvesse manifestação da parte apelante, conforme
certidão de ID 4095295.
Assim, ante a falta de comprovação de que o Apelante faz jus ao benefício, indefiro o pedido de
concessão de gratuidade de justiça e determino que o recorrente seja intimado para que, no prazo de 5
(cinco) dias, efetue o recolhimento do preparo do recurso, sob pena de não conhecimento do apelo.
Relator
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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202): 0811127-37.2020.8.14.0000
AGRAVANTE: M.M.D.A.
Nome: M.M.D.A.
Endereço: Avenida Gentil Bittencourt, 1450, Conj. Ajuricaba, Bloco C, apto. 302, Nazaré, BELéM - PA -
CEP: 66040-172
Advogado: HILTON CESAR REIS DA SILVA OAB: PA684-A Endereço: desconhecido
AGRAVADO: H.S.D.N.
Nome: H.S.D.N.
Endereço: Tv Djalma Dutra, 946, Ed. San Diego, apto 1102, Telégrafo Sem Fio, BELéM - PA - CEP:
66113-260
Advogado: GILSON ALISSON SOUSA DE ARAUJO OAB: PA28701-A Endereço: Rodovia BR-316, - do
km 5,601 ao km 8,001 - lado ímpar, Centro, ANANINDEUA - PA - CEP: 67030-000 Advogado:
JAQUELINE DAMASCENO CARDOSO OAB: PA28715-A Endereço: WE 84, 602, (Cidade Nova VI), WE
84, ANANINDEUA - PA - CEP: 67140-250
DESPACHO
Considerando a interposição do Agravo Interno no ID Num. 5745877 , intime-se a parte interessada para,
querendo, oferecer contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, a teor do que estabelece o § 2º do art.
1.021 do Código de Processo Civil de 2015.
DESEMBARGADOR - RELATOR
DECISÃO
Vistos, etc.
Trata-se de Agravo de Instrumento contra decisão do Juízo da 8ª Vara Cível da Comarca de Belém, nos
autos da Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Consignação em Pagamento (Proc. nº 0824025-
18-18.2021.814.0301) proposta por Sandra Maria Lemos da Silva contra Banco C6 Consignado S/A.
Em sua exordial, a Autora afirma ser aposentada, e recebe benefício previdenciário no importe de um
salário mínimo. Aduz ter sido surpreendida com descontos indevidos, tomando conhecimento de
empréstimo consignado, no importe de R$8.062,32 (contrato: 807359777), para ser pago em 84 parcelas
de R$190,00. Após defender jamais ter celebrou nenhum com o banco requerido, requereu a concessão
de tutela de urgência, determinando que a Instituição Financeira suspenda os descontos referentes ao
contrato mencionado. (ID nº 25594201 dos autos principais).
“... Ante o exposto, defiro o pedido de tutela de urgência para determinar que a requerida proceda com a
suspensão dos efeitos do contrato nº: 807359777 e que o banco requerido seja impedido de realizar
quaisquer descontos nos rendimentos da autora, sob pena de multa diária no valor de R$ 500,00
(quinhentos reais) até o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Entretanto, os efeitos dessa decisão ficarão
condicionados ao depósito em juízo pela autora do valor controvertido referente ao empréstimo que foi
depositado em sua conta no valor de R$ 7.815,71(sete mil oitocentos e quinze reais e setenta e um
centavos). Proceda a Secretaria abertura de conta judicial. Os demais pedidos serão analisados em tempo
oportuno, quando do julgamento do mérito. Preenchidos os requisitos essenciais e não sendo o caso de
improcedência liminar do pedido, em observância ao artigo 334 do CPC, ainda que haja ou não pedido
expresso do autor em não realizar audiência conciliativa na exordial, pugnando pela autocomposição e a
resolução pacífica dos conflitos, informem as partes no prazo de 05 (cinco) dias se possuem interesse na
composição amigável do conflito...” (ID nº 28007895 dos autos principais)
O Banco Recorrente alega, em suas razões (petição de nº. ID nº 5595068), que deverá ser ajustada a
multa quanto à periodicidade da sua incidência, isto é, por mês de atraso e não por dia, posto que a
permanência de tal parâmetro acarreta eventual enriquecimento ilícito da parte autora, sendo necessária a
readequação ao caso concreto.
Ao final, pugna pela concessão de efeito suspensivo ao presente recurso. É o que passo a analisar.
Preleciona o artigo 1.019, inciso I do Código de Processo Civil que o relator poderá atribuir efeito
suspensivo ao recurso de agravo de instrumento, ou deferir, em antecipação de tutela, total ou
parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão.
Pois bem, para que isto ocorra, é necessário que, nos termos do parágrafo único do artigo 995 do Código
de Processo Civil, o agravante demonstre a probabilidade de provimento do recurso e que o efeito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
imediato da decisão recorrida cause risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação.
Compulsando os autos, entendo haver probabilidade do direito do agravante, no que tange a excessiva
onerosidade, ante a imposição de multa diária pelo descumprimento, no montante de R$ 500,00
(quinhentos reais), até o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Da mesma forma, há nos autos indícios de
prova suficientes a demonstrar que a imposição da multa nos termos em que efetuada, seria capaz de
causar dano de difícil ou impossível reparação. Vejamos.
Com relação às astreintes, sabe-se que as mesmas devem ser fixadas em valor relevante e sempre de
forma razoável e proporcional, considerando o contexto fático do processo, de modo a compelir a parte
destinatária do comando judicial a cumprir o que lhe foi determinado, porém, sem exacerbar os limites do
razoável.
No caso concreto, a meu ver, os valores fixados pelo juízo de primeiro grau a título de multa se mostram
elevados e em desconformidade com os parâmetros legais, sendo capazes de ensejar enriquecimento
ilícito da parte eventualmente beneficiada, de forma que demonstrado que o efeito imediato da decisão
recorrida pode causar dano grave de difícil ou impossível reparação. Isto, principalmente considerando a
desproporção entre os valores dos descontos (R$190,00) e o da penalidade imposta com periodicidade
diária quando eventual descumprimento ocorreria a cada mês de desconto.
Assim, pelo acima exposto, decido conceder parcialmente o efeito suspensivo ativo pleiteado,
apenas no que tange a multa fixada, para que incida para cada desconto indevido referente ao contrato
discutido nos presentes autos e não de forma diária, arbitrando as astreintes no montante de R$ 3.000,00
(três mil reais), comunicando-se o juízo prolator da decisão guerreada.
Intime-se o Agravado para, querendo, no prazo legal, responder aos termos do recurso, nos termos do
inciso II do art. 1.019 do CPC.
Relator
1. Exame de admissibilidade:
Da leitura dos autos, observa-se que o recurso em tela se insurge contra decisão proferida na “ação de
obrigação de fazer com pedido de antecipação de tutela (fornecimento de medicamento) c/c danos morais”
(proc. nº 0812735-06.2021.8.14.0301), que tramita na 13ª Vara Cível e Empresarial da Comarca da
Capital, em que o juízo monocrático deferiu o pedido de tutela de urgência formulado pelo agravado, nos
seguintes termos:
Tendo em vista a decisão em epígrafe, norteado pelos ditames dos princípios da celeridade e efetividade
da prestação jurisdicional, e igualmente alicerçado nos princípios da cooperação, da duração razoável do
processo, e da eficiência, passo a discriminar, detalhadamente, o procedimento adotado no caso dos
autos, a ser cumprido de forma SEQUENCIAL, ficando, portanto, cientes todas as partes acerca deste.
Para os autos que tramitam com prioridade processual, com ou sem requerimento das partes, deverá a
secretaria certificar o tipo de prioridade (art. 1.048, CPC), observando inclusive o disposto na Lei
10.741/2003 (Estatuto do Idoso), no que tange a distinção em dois grupos, sendo eles: pessoas com idade
igual ou superior a 60 (sessenta) anos (art. 1º, lei 10.741) e prioridade especial das pessoas maiores de
oitenta anos (art. 1º, Lei 13.466/2017).
Para cumprimento do tópico em comento, a secretaria deste juízo deverá inserir Lembrete permanente nos
autos, com a seguinte observação: PRIORIDADE PROCESSUAL. (PREENCHER O TIPO DA
PRIORIDADE).
O(s) requerente(s) postula(m) genericamente a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita,
no entanto, não apresenta(m) nenhum indicativo que permita a este juízo verificar a necessidade da parte
fazer jus ao benefício, aliás, percebe-se a cada dia que os pedidos costumam ser absolutamente
genéricos.
Para a concessão do benefício, não mais se considera tão somente a mera alegação na petição inicial,
sendo necessário o mínimo de demonstração de indícios da capacidade do requerente, na forma da
Súmula do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (Súmula 06), in verbis:
natural goza do direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no artigo 98 e seguintes do Código
de Processo Civil (2015), podendo ser desconstituída de ofício pelo próprio magistrado caso haja prova
nos autos que indiquem a capacidade econômica do requerente.
Preconiza o artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal de 1988 que o “o Estado prestará assistência
judiciária integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos” (grifos apostos).
E, na legislação infraconstitucional, o artigo 98, caput, do Código de Processo Civil define que “a pessoa
natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as
despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.”
(grifei).
Logo, com fulcro no artigo 99, § 2º, do CPC/2015, assino o prazo de 15 dias para que a parte traga aos
autos os comprovantes de rendimentos, a última declaração de bens e rendimentos entregue à
Receita Federal, bem como o extrato atualizado de conta corrente e de aplicações financeiras,
inclusive de poupança, ou qualquer documento capaz de comprovar a hipossuficiência declarada,
anotando-se o sigilo dos documentos apresentados.
Desde já, por economia processual, em cumprimento ao artigo 1° da Portaria Conjunta nº 3/2017-
GP/VP/CJRMB/CJCI, defiro o parcelamento das custas processuais, em 4 (quatro) parcelas mensais,
devendo a parte beneficiária do deferimento comprovar mensalmente o pagamento, sob pena de
indeferimento, na forma do art. 98, §6º, do CPC, conforme orientação encaminhada à UNAJ pela
administração do Tribunal de Justiça do Estado do Pará. (Prazo: 15 dias).
Compulsando os autos, verifico que, o comprovante de residência juntado, está em nome alheio a uma
das partes da presente demanda, além do que, na petição inicial não há qualquer alegação e
comprovação de alguma relação de parentesco ou similar que leve a crer que residem no mesmo local.
Assim, intime-se o Requerente para proceder a correção da inconsistência supracitada, no prazo do item 3
(15 dias).
Sem prejuízo do decurso do prazo dos itens anteriores, passo a analisar o pedido de tutela de urgência.
Nos termos do art. 300, do CPC/2015, a tutela provisória de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.
No caso dos autos, verifico que a parte requerente pleiteia que a requerida seja compelida a providenciar e
custear os medicamentos necessários ao paciente (KISQALI RIBOCICLIBE 200MG).
Neste sentido, observo que, além dos argumentos aduzidos na peça exordial, há a prescrição de
profissional da saúde em relação aos tratamentos retromencionado e a negativa em custear o tratamento
alegada pela operadora de saúde.
Ressalto ainda que, é o profissional da área da saúde (e não a operadora do plano de saúde) o
responsável pela orientação terapêutica adequada ao paciente, logo, é este quem decide o medicamento
ou tratamento adequado para a enfermidade do paciente.
1. É firme a jurisprudência do STJ no sentido de que: "O plano de saúde pode estabelecer as
doenças que terão cobertura, mas não o tipo de tratamento utilizado, sendo abusiva a negativa de
cobertura do procedimento, tratamento, medicamento ou material considerado essencial para sua
realização de acordo com o proposto pelo médico.". Incidência da Súmula 83/STJ.
2. A conclusão do acórdão recorrido de que houve injusta e abusiva negativa de cobertura a tratamento
essencial para a recorrida, de acordo com seu médico, demandaria, necessariamente, reexame do
conjunto fático - probatório dos autos, o que é vedado em razão do óbice da Súmula 7 do STJ.
Além disso, no julgamento da apelação 1000612-60.2019.8.26.0581 (na data de 22 de abril de 2020), pelo
Tribunal de Justiça de São Paulo, com voto condutor da Relatora Mary Grün, o colegiado decidiu que:
"É abusiva a recusa da ré porque é de competência do médico, e não da operadora do plano, a escolha da
terapia relativa à patologia da paciente, patologia esta coberta pelo plano, sendo irrelevante se tratar de
medicamento não previsto no rol da ANS ou de uso domiciliar."
"não é necessário que o contrato de prestação de serviços à saúde ou a Agência Reguladora relacionem
expressamente cada um dos procedimentos a que os beneficiários terão direito nem o procedimento
adequado ao tratamento de cada moléstia, lembrando que o plano de saúde pode estabelecer quais
doenças estão sendo cobertas, mas não que tipo de tratamento está alcançado para a respectiva cura".
No mesmo sentido, o acórdão do Tribunal Bandeirante (TJSP), datado de 16 de abril de 2020, que
determinou o fornecimento além do medicamento Kisqali (Ribociclibe), do fármaco Femara (Letrozol),
afirmando o relator Edson Luiz de Queiroz, na apelação 1001795-30.2019.8.26.0011 que: "o objetivo
contratual da assistência médica comunica-se, necessariamente, com a obrigação de restabelecer ou
procurar restabelecer, através dos meios técnicos possíveis, a saúde do paciente".
Ademais, verifico que os direitos fundamentais relacionados a vida e a dignidade da pessoa humana estão
situados, no ordenamento jurídico, em patamar superior em relação às decisões econômicas de
operadoras de saúde.
Assim, a prescrição do profissional de saúde é suficiente para que a operadora de saúde providencia e
forneça o tratamento adequado para a patologia do requerente, estando, portanto preenchidos os
requisitos da verossimilhança do direito alegado e do perigo da demora, DEFIRO O PEDIDO, para que a
parte requerida proceda o custeio do medicamento adequado prescrito pelo profissional as saúde
(KISQALI RIBOCICLIBE 200MG).
O não cumprimento desta determinação implicará o pagamento de multa no valor de R$2.000,00 (dois mil
reais) por dia, limitado a R$100.000,00 (cem mil reais).
Intime-se a parte requerida, na pessoa de seu representante jurídico, para que cumpra a presente decisão
imediatamente. Ressalto que, em caso de descumprimento da decisão liminar, fixo o prazo de 24 horas
para a incidência da multa estipulada no parágrafo anterior.
6. Da citação.
6.1. Cite-se a requerida para que apresente defesa no prazo de 15 (quinze) dias, conforme o disposto no
inciso III do art. 335 do CPC, bem como indique as provas que pretendem produzir.
6.2. Apresentada contestação, se pelo menos uma das partes requeridas alegar quaisquer das matérias
enumeradas no art. 337, do CPC, ouça-se o autor no prazo de 15 (quinze) dias (arts. 351 e 437, CPC).
6.3. Deixo de designar, neste momento, a audiência de conciliação prevista no art. 334, do CPC, tendo em
vista que esta vara carece de conciliadores, mediadores e quantitativo de servidores para desempenhar a
tarefa.
6.4. A medida visa dar celeridade ao andamento processual, otimizando os procedimentos na vara, não
sendo impeditivo para que, a qualquer tempo, ex officio ou a requerimento de quaisquer das partes, seja
designada audiência com esta finalidade, sendo incluída na pauta com prioridade.
6.5. Em ocorrendo requerimento neste sentido, fica autorizada a Secretaria a designar audiência de
conciliação, por ato ordinatório, intimando as partes para comparecerem em dia e hora previamente
designado, imbuídas do espírito da conciliação, haja vista o poder que possuem de se moverem rumo a
solução amigável do conflito, como alternativa para o desfecho deste processo.
7. Do saneamento do feito.
7.1. Cumpridos os itens 6.1 e 6.2, com ou sem manifestação, intime-se via ato ordinatório para que, no
prazo de 5 dias, as partes especifiquem, de forma objetiva, precisa e fundamentada, as provas que ainda
pretendem produzir, a fim de que este juízo examine sua validade.
7.2. Sem prejuízo, determino que a requerida, quando da apresentação de sua defesa, proceda a juntada
de planilha descritiva contendo a integralidade dos (1) procedimentos autorizados e já realizados, bem
como (2) autorizados e pendentes de realização, caso haja, para o tratamento médico retromencionado,
devendo ainda informar (3) sobre a regularidade de pagamento no tocante ao contrato de prestação de
serviços entabulado entre as partes.
8.1.1. Não havendo requerimento no tocante à produção de provas, determino o julgamento antecipado da
lide, na forma do art. 355, I, do CPC/2015.
8.1.2. Proceda-se a remessa dos autos à UNAJ para apuração das custas finais, caso necessário.
8.1.3. Após o decurso do prazo recursal, CERTIFIQUE-SE e retornem os autos conclusos para
julgamento.
ii) cumpridos os itens contidos na presente decisão, inclusive os comandos judiciais eventualmente já
proferidos nesses autos, expeça-se certidão de cumprimento ou cumprimento parcial, com a devida
justificação, após, voltem-me os autos conclusos para saneamento; e
iii) a orientação para a secretaria em relação a tramitação externa no sistema PJE: para cumprimento do
tópico 8.2., a secretaria deste juízo deverá encaminhar os autos para a pasta “Minutar ato de decisão”,
devendo ainda inserir Lembrete nos autos, com a seguinte observação: “Analisar pedido de produção de
provas”.
Em suas razões recursais, a agravante defende, preliminarmente, a sua ilegitimidade pois o vínculo
contratual da autora da ação, ora agravada, é com a Central Nacional Unimed – Cooperativa Central. No
mérito, aduz que a negativa de fornecimento do medicamento se deu no exercício regular do direito, uma
vez que o que o medicamento Ribociclibe (Kisqali), não está incluído entre os medicamentos dispostos na
DUT 54 e 64, do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS, de modo que não há
obrigatoriedade de cobertura ao tratamento; afirma “a presença do periculum in mora inverso e a
necessidade de evitar o ‘efeito multiplicador’ em pedidos de igual natureza”
Com base nessas argumentações, postulou concessão de efeito suspensivo que será apreciado adiante e,
ao final, o provimento do recurso para reformar a decisão interlocutória.
Éo relato do necessário.
Nos exatos termos dos artigos 995, parágrafo único e 1.019, I do CPC/15, infere-se que para concessão
do efeito suspensivo ao agravo de instrumento deve estar demonstrada, além da probabilidade de
provimento do recurso, a existência de risco de lesão grave e de difícil reparação, devendo haver uma
fundamentação consistente nesse sentido, já que necessário demonstrar o caráter de urgência da medida
requerida.
Destaca-se que os requisitos em tela são concorrentes, de modo que a ausência de um deles acaba por
inviabilizar a pretensão do recorrente.
No que diz respeito a preliminar de ilegitimidade passiva da agravante parece-me prematuro o juízo de
valor sobre o tema. Isso porque, em que pese a parte autora ter vínculo com a outra parte ré, qual seja, a
Central Nacional Unimed – Cooperativa Central, pessoa jurídica diversa da agravante, existem nos autos
guias de solicitação para prescrição de medicamentos oncológicos e guias de serviço profissional
pertencentes à agravante, além da alegação da autora de que requisitava os exames e medicamentos à
UNIMED Belém. Tais fatos indicam uma relação entre as partes que só ficará esclarecida com a instrução
processual, afastando, nesse momento, à probabilidade do provimento do recurso.
Sobre o mérito da decisão agravada, a Lei 9.656/98 prevê a possibilidade das operadores do plano de
saúde excluírem da cobertura o fornecimento de determinados medicamentoa.
No entanto, não é isso que orienta a jurisprudência, especialmente a do Superior Tribunal de Justiça que
se firmou no sentido de que "ainda que admitida a possibilidade de o contrato de plano de saúde
conter cláusulas limitativas dos direitos do consumidor (desde que escritas com destaque,
permitindo imediata e fácil compreensão, nos termos do § 4º do artigo 54 do Código
Consumerista), revela-se abusivo o preceito excludente do custeio do medicamento prescrito pelo
221
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
médico responsável pelo tratamento do beneficiário, ainda que ministrado em ambiente domiciliar"
(AgRg no AREsp n. 624.402/RJ, Relator o Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma, julgado em 19/3/2015,
DJe 26/3/2015). Dessa forma, tenho, por ora, que o agravado conseguiu preencher o requisito da
probabilidade do direito, haja vista ter sido demonstrado existência de recusa no fornecimento de
medicamento prescrito pelo médico assistente do beneficiário do plano de saúde, conforme se verifica dos
documentos acostados com a inicial da ação originária.
Ademais, cediço que o plano de saúde não pode se recusar a custear tratamento prescrito pelo médico,
pois cabe a este definir qual é o melhor tratamento para o segurado. Além disso, o que importa é se a
doença apresentada pelo agravado se encontra prevista em contrato, não importando a forma como
tratamento será ministrado.
Dessa forma, em análise perfunctória das alegações não encontro evidências capazes de me convencer
da probabilidade do direito invocado, sendo de rigor negar o efeito suspensivo pretendido.
4. Dispositivo
Ante tais considerações e não preenchidos os requisitos previstos no parágrafo único do art. 995 do
CPC/15, indefiro o pedido de efeito suspensivo pleiteado pelo agravante.
Intime-se o agravado para, querendo, no prazo legal, responder aos termos do recurso, nos termos do
inciso II do art. 1.019 do CPC.
Desembargador Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO INTERNO (202):0804901-50.2019.8.14.0000
AGRAVANTE: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
Endereço: Travessa Curuzu, 2212, - de 2008/2009 ao fim, Marco, BELéM - PA - CEP: 66085-823
Advogado: DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE OAB: PA11270-A Endereço: QUINTINO BOCAIUVA, 1249,
APTO. 202, NAZARE, BELéM - PA - CEP: 66053-240
AGRAVADO: OLGARINA DE JESUS SILVA
Nome: OLGARINA DE JESUS SILVA
Endereço: Travessa Campos Sales, 618, - de 621/622 ao fim, Campina, BELéM - PA - CEP: 66015-090
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de Agravo Interno interposto por UNIMED BELÉM – COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO,
em face de decisão monocrática deste relator, nos autos do Agravo de Instrumento em Ação Revisional
c/c Danos Morais e Tutela de Urgência (processo eletrônico n° 0875077-58.2018.8.14.0301), movida por
222
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
OLGARINA DE JESUS SILVA, que conheceu e deu provimento ao agravo de instrumento, confirmando a
tutela antes deferida e fixando provisoriamente, até que seja prolatada decisão fundamentada em
cognição exauriente, as mensalidades da agravante em R$ 835,54 (oitocentos trinta e cinco reais e
cinquenta e quatro centavos), ressalvadas futuras aplicações do índice de reajuste anual que forem
autorizadas pela ANS, nas datas de reajuste do plano de saúde.
Houve oferta de contrarrazões pela agravada (Num. 3789403 – Pág. 1/12), requerendo o improvimento do
recurso.
DECIDO.
Sem adentrar no mérito do presente recurso, importa destacar que, em consulta ao Sistema do PJe,
verifiquei que foi proferida sentença no processo principal (autos n° 0875077-58.2018.8.14.0301), no dia
21/03/2021, nos seguintes termos:
Por conta da sucumbência mínima, condeno a ré ao pagamento das custas e honorários que arbitro em
10% (dez por cento) sobre o valor das condenações.
P.R.I.
Cumpra-se.
Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do presente Agravo Interno, com fulcro no art. 932, III, do CPC, por se
encontrar prejudicado, em face da perda superveniente de seu objeto, diante da sentença proferida, nos
autos originais.
Após o trânsito em julgado, associem-se os autos ao processo de origem, dando-se baixa na distribuição
deste relator.
Desembargador – Relator
MATINHA S/A Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO AUGUSTO DE SOUSA OAB: 42140/PR
Participação: AGRAVADO Nome: CREDIVAL PARTICIPACOES, ADMINISTRACAO E ASSESSORIA
LTDA Participação: ADVOGADO Nome: FABIO GUY LUCAS MOREIRA OAB: 9792/PA Participação:
ADVOGADO Nome: FABRICIO BENTES CARVALHO OAB: 11215/PA Participação: ADVOGADO Nome:
ANDERSON MARCIO DE BARROS OAB: 31952/PR Participação: ADVOGADO Nome: DANIELE
JUSTEN DE FREITAS YAMANE OAB: 30075/PR Participação: ADVOGADO Nome: VANILDO DE SOUZA
LEAO FILHO OAB: 12599/PA
Cuida-se de agravo de instrumento interposto contra decisão do juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial de
Paragominas que indeferiu pedido de revogação da ordem e penhora, proferida nos autos da ação de
execução (Processo n.º 0002830-69.2007.8.14.0039).
Ocorre que o agravante, em 26.07.2021, informou que as partes entabularam acordo na ação de origem,
requerendo, ao final, que o presente recurso fosse julgado prejudicado (ID 5757643), o qual recebo como
pedido de desistência.
Desembargador Relator
DECISÃO MONOCRÁTICA
Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.
Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta perante este Egrégio Tribunal de Justiça por ANA VIRGINIA
PARAENSE DA PAIXÃO, nos autos da Ação de Busca e Apreensão movida em seu desfavor pelo
BANCO VOLKSWAGEN S/A, diante de seu inconformismo com a sentença proferida pelo juízo da 1ª
Vara Cível de Ananindeua, que julgou procedente a ação de busca e apreensão.
Razões às fls. ID 5950924 - Pág. 01/14, onde a Recorrente sustenta, em síntese, que teria alegado desde
a contestação a ausência da via original da cédula de crédito bancário, fato este que obsta o
prosseguimento da ação de busca e apreensão. Outrossim, alegou matérias atinentes ao intento de
revisar a cédula de crédito bancário apresentada pelo Autor, tendo se limitado a impugnar os encargos
previstos para incidir no período de inadimplência (anormalidade) do contrato.
Contrarrazões apresentada às fls. ID 5950929 - Pág. 01/11, tendo o Apelado aduzido, em suma, pela
improcedência do apelo interposto.
Sem delongas, consigno que é do conhecimento deste Relator o inteiro teor do precedente do STJ da
lavra do Ministro Marco Buzzi, no REsp 1277394 / SC, DJe 28/03/2016, no qual estabeleceu-se que, via
de regra, não se admite, para fins de obtenção da liminar de busca e apreensão, que seja juntada cópia
do contrato bancário.
Todavia, compulsando os autos, verifico que o Autor (ora Apelado) juntou aos autos a 1ª Via Negociável
(via original) da cédula de crédito bancário (fls. ID 5950714 - Pág. 01/04), motivo pelo qual não foi
desobedecido o referido precedente do Tribunal da Cidadania.
Por conseguinte, ainda que tenha se tratado na origem de processo judicial eletrônico, destaco que a
providência relativa a juntada da via original da cédula de crédito bancário na secretaria não é exigida pela
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Lei do Processo Eletrônico (nº 11.419/2006), eis que assim dispõe o art. 11, §3º, da referida Lei: “os
originais dos documentos digitalizados, mencionados no § 2o deste artigo, deverão ser preservados pelo
seu detentor até o trânsito em julgado da sentença ou, quando admitida, até o final do prazo para
interposição de ação rescisória.”
Outrossim, saliento que o juízo a quo não determinou ao Autor que procedesse com a juntada da via
original do contrato em secretaria, tal como faculta o art. 425, §2º, do CPC/2015.
Em arremate ao assunto, consigno não ser verdadeira a alegação da Apelante de que desde a
contestação teria provocado o juízo de 1º grau acerca da ausência de apresentação da via original da
cédula de crédito bancário, eis que na contestação de fls. ID 5950894 - Pág. 01/15, não consta qualquer
referência sobre a temática.
No tocante as irresignações sobre a abusividade dos encargos previstos para incidir durante o período de
anormalidade do contrato, entendo que assiste razão à Apelante, senão vejamos.
Nos termos da cláusula nº 5 da cédula de crédito bancário (fls. ID 5950714 - Pág. 3), caso houvesse
qualquer atraso no pagamento das prestações, o consumidor estaria sujeito a incidência de comissão de
permanência acrescidos de juros de mora de 12% ao ano e multa contratual de 2%. Fato curioso é que a
referida cláusula faz menção expressa a súmula nº 472/STJ, a qual dispõe pela inadmissibilidade de
cobrança cumulada da comissão de permanência com os demais encargos moratórios, todavia, mesmo
assim, a referida cláusula dispõe acerca da incidência cumulada de comissão de permanência com os
demais encargos moratórios (juros de mora de 12% ao ano e multa de 2%). Sobre o assunto, assim já
dispôs o C. STJ:
4. É válida a cláusula contratual que prevê a cobrança da comissão de permanência, calculada pela taxa
média de mercado apurada pelo Banco Central do Brasil, de acordo com a espécie da operação, tendo
como limite máximo o percentual contratado, sendo admitida apenas no período de inadimplência, desde
que pactuada e não cumulada com os encargos da normalidade (juros remuneratórios e correção
monetária) e/ou com os encargos moratórios (juros moratórios e multa contratual).
(REsp 1217057 / TO, Relator Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, publicado no DJe em
26/04/2016)
(AgRg no AREsp 765304 / RS, Relator Ministro MOURA RIBEIRO, publicado no DJe 15/02/2016)
Isso posto, considerando os termos da súmula e precedentes acima referidos, impõe-se a exclusão da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
incidência de juros de mora de 12% ao ano e da multa contratual de 2%, devendo permanecer,
unicamente, a comissão de permanência como encargo previsto para incidir no período de inadimplência.
Por sua vez, saliento que o reconhecimento de encargos abusivos durante o período de anormalidade do
contrato não permite o afastamento da mora do consumidor. Neste sentido:
(STJ - REsp 1061530 / RS, Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI - S2 - SEGUNDA SEÇÃO – publicado
no DJe em 10/03/2009)
ASSIM, ante todo o exposto, CONHEÇO E DOU PARCIAL PROVIMENTO ao apelo interposto, tão
somente para:
a) declarar abusiva a cobrança de juros de mora de 12% ao ano e multa contratual de 2%, as
quais estão contidas na cláusula nº 5 (fls. ID 5950714 - Pág. 3);
PROCESSO Nº 0852762-02.2019.8.14.0301
COMARCA: BELéM
DECISÃO
Preenchidos os requisitos de admissibilidade, recebo o apelo no duplo efeito com fundamento no artigo
1012 do CPC/15.
Remetam-se os autos ao Ministério Público de Segundo Grau, para exame e parecer, na condição de
custos legis.
RELATOR
PROCESSO Nº 0824611-55.2021.8.14.0301
COMARCA: BELéM
APELADO: DETRAN/PA
REPRESENTANTE: PROCURADORIA JURÍDICA DO DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO ESTADO
DO PARÁ
DECISÃO
Preenchidos os requisitos de admissibilidade, recebo o apelo no duplo efeito com fundamento no artigo
1012 do CPC/15.
Remetam-se os autos ao Ministério Público de Segundo Grau, para exame e parecer, na condição de
custos legis.
RELATOR
DECISÃO MONOCRÁTICA
Por meio da decisão ora apelada e reexaminada, o juízo sentenciante julgou parcialmente procedente o
pedido formulado na petição inicial, declarando a nulidade do contrato administrativo e condenando o
Município ao pagamento dos últimos 05 (cinco) anos devidos a título de FGTS, contados a partir do
ajuizamento da ação.
Inconformado, o apelante argui, preliminarmente, em suas razões recursais, que o Supremo Tribunal
Federal, no bojo da ADI n.º 5090/DF, determinou a suspensão dos feitos que discutem a incidência da
Taxa Referencial -TR como índice de correção monetária dos depósitos do FGTS.
No mérito, em suma, sustentou a inexistência do direito ao FGTS, bem como que, em caso de
condenação, deve ser aplicada TR para fins de atualização monetária e juros moratórios de 0,5% ao mês.
Não foram apresentadas contrarrazões pela apelada, conforme certidão de Id. 5866361 - Pág. 1.
O recurso foi recebido em seu duplo efeito e os autos foram remetidos ao Ministério Público de Segundo
Grau para exame e parecer (Id. 5899672), que se manifestou pela ausência de interesse público em
opinar (Id. 5981171).
Compulsando os autos, entendo que comportam julgamento monocrático, consoante o art. 932, III, do
CPC/2015, eis que a decisão recorrida é manifestamente contrária à jurisprudência sedimentada do C.
Supremo Tribunal Federal acerca da prescrição, senão vejamos.
A contratação temporária em tela ocorreu no período compreendido entre maio de 2011 a março de 2018,
tendo trabalhado na função de merendeira, conforme narrado na petição inicial, todavia, a presente ação
foi ajuizada somente em 20/10/2020 (Id. 5866326).
Assim, de início e sem delongas, verifica-se que o suposto crédito relativo ao FGTS está fulminado pelo
transcurso do prazo prescricional, como passo a demonstrar.
No que concerne a prescrição relativa ao FGTS, estava sedimentado pelo Colendo Supremo Tribunal
Federal, diante da consideração de sua natureza jurídica híbrida, ora de caráter tributário, ora de caráter
previdenciário, o prazo trintenário estabelecido no artigo 144 da Lei da Previdência Social que prevê:
“Art. 144. O direito de receber ou cobrar as importâncias que lhes sejam devidas, prescreverá, para as
instituições de previdência social, em trinta anos.”
Posteriormente, o próprio Supremo Tribunal Federal passou a elidir a tese de que o FGTS teria natureza
de contribuição previdenciária, reconhecendo o seu status de direito social de proteção ao trabalhador,
funcionando como alternativa à estabilidade, entretanto manteve o entendimento de que incidiria a regra
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
prevista no artigo 144 supramencionado, ou seja, de que o prazo prescricional seria de trinta anos.
A título de ilustração, cito o seguinte julgado do Supremo Tribunal Federal que, embora antigo, reflete
perfeitamente como, por décadas, vinha se posicionando nossa Colenda Corte:
Ocorre que, revendo seu posicionamento, o Plenário do STF, em 13/11/2014, no bojo do ARE 709212/DF,
decidindo o tema 608 da Repercussão Geral, julgou inconstitucional os artigos 23, § 5º, da Lei
8.036/1990 e 55 do Decreto 99.684/1990, superando, desse modo, o entendimento anterior sobre
prescrição trintenária, conforme se extrai da ementa que encimou o referido acórdão:
“Recurso extraordinário. Direito do Trabalho. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Cobrança
de valores não pagos. Prazo prescricional. Prescrição quinquenal. Art. 7º, XXIX, da Constituição.
Superação de entendimento anterior sobre prescrição trintenária. Inconstitucionalidade dos arts.
23, § 5º, da Lei 8.036/1990 e 55 do Regulamento do FGTS aprovado pelo Decreto 99.684/1990.
Segurança jurídica. Necessidade de modulação dos efeitos da decisão. Art. 27 da Lei 9.868/1999.
Declaração de inconstitucionalidade com efeitos ex nunc. Recurso extraordinário a que se nega
provimento.” (STF – ARE 709212/DF, Rel. Ministro Gilmar Mendes, DJe 18/02/2015)
No julgamento desse último Recurso Extraordinário, restou assinalado que, diante do que expressamente
prevê a Carta da República, especificamente no artigo 7º, XXIX, não há como se sustentar o prazo
trintenário amplamente reconhecido na jurisprudência e na doutrina pátria, vez que a regra constitucional
em tela possui eficácia plena.
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
(...)
(...)
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;”
Desse modo, ficou suplantada qualquer discussão quanto ao prazo prescricional relacionado ao Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço, pois o STF já deliberou que deve ser observado o que expressamente
estabelece o texto constitucional, ou seja, é quinquenal e não trintenária.
Entretanto, ainda no julgamento do ARE 709212/DF, o STF modulou os efeitos da decisão, com
fundamento no artigo 27 da Lei n.º 9.868/1999, atribuindo efeitos prospectivos à diretiva, isto é, aos casos
em que o início do prazo prescricional ocorra após a data do referido julgamento, aplicar-se-á
imediatamente o prazo de 05 anos, porém, às hipóteses em que o prazo prescricional tenha iniciado seu
curso antes, aplica-se o que ocorrer primeiro – 30 anos, contados do termo inicial, ou 05, a partir da
231
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Coisa diversa, contudo, é o prazo para a propositura da ação de cobrança de créditos resultantes das
relações de trabalho que, conforme estabelece a parte final do artigo 7º, XXIX, da CF/88, deve ser
ajuizada no biênio imediatamente posterior ao término da relação de trabalho, o que não ocorreu
in casu, pois o ajuizamento da ação ocorreu em 20/10/2020 (Id. 5866326), isto é, após o prazo bienal
acima referido, uma vez que o contrato temporário se encerrou em março de 2018, conforme relatado na
petição inicial.
Logo, em observância ao entendimento pacificado pelo Colendo Supremo Tribunal Federal, refletido no
julgamento do ARE 709212/DF antes reproduzido, entendo necessário observar o art. 932, III, do
CPC/2015, eis que a decisão recorrida é manifestamente contrária à jurisprudência sedimentada do
Supremo Tribunal Federal acerca da prescrição.
Ante o exposto, com base nos art. 932, III, do CPC/2015, reconheço a prescrição bienal dos pedidos
formulados na petição inicial, nos termos da fundamentação e, por conseguinte, não conheço do
apelo, pois prejudicada a apreciação do recurso.
Invertido o ônus da sucumbência, porém, suspensa sua exigibilidade em relação à autora, por ser
beneficiária da justiça gratuita.
Após o decurso do prazo recursal sem qualquer manifestação, certifique-se o trânsito em julgado e dê-se a
baixa na distribuição.
Publique-se. Intimem-se.
Relator
DESPACHO
Preenchidos os requisitos legais de admissibilidade, recebo o apelo apenas no efeito devolutivo, nos
termos do artigo 198, caput, do ECA c/c artigo 1.012, inciso V, do CPC/2015.
Remetam-se os autos ao Ministério Público de Segundo Grau, para exame e parecer, na condição de
custos legis.
232
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
RELATOR
ADVOGADOS: VICTOR HUGO RAMOS REIS - OAB/PA 23.195 E PEDRO JOSÉ MARINHO
BITTENCOURT - OAB/PA 28.747
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
a reforma da decisão proferida pelo MM Juízo da 1ª Vara Cível e Empresarial de Bragança, nos autos do
Mandado de Segurança (n. 0802142-18.2021.8.14.0009), impetrado por MP LOCADORA EIRELI.
O agravante questiona a decisão de 1.º grau que deferiu a tutela de urgência pleiteada, para determinar a
imediata suspensão dos itens 1, 3, 4, 6, 7, 9, 12, 13, 14, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 32, 33, 34, 36, 37 e
38 do Pregão Eletrônico nº 9/2021-00022-PE-SRP-PMT (Processo Administrativo nº 2021/030105-PMT) e
do posterior contrato administrativo dele decorrente, inclusive, sob pena de responsabilidade e
improbidade administrativa.
De início, ressalta que não estão presentes na ação mandamental os requisitos do fumus boni iuris e do
periculum in mora para sustentar a concessão de medida liminar sem oitiva da parte coatora, o que enseja
a reforma da decisão e a concessão monocrática do efeito suspensivo postulado.
Esclarece que ainda na fase inicial, quando é realizada a análise da proposta de preço das empresas
participantes, a CPL identificou diversas falhas na proposta da empresa MP Locadora EIRELI, ora
Agravada, discriminadas a seguir: a) Número de processo licitatório errado; b) Ausência de menção ao
objeto licitado; c) Ausência de prazo para início da prestação dos serviços; d) Ausência de valor por
extenso das propostas; e) Ausência de documento obrigatório previsto no subitem 7.6.4 do Edital –
Declaração de fidelidade e veracidade dos documentos apresentados.
Em suas razões, alega que é patente a constatação de que a desclassificação da agravada se deu de
forma escorreita e dentro dos parâmetros legais, uma vez que é cristalina a percepção de que se trata de
falhas vultosas e que inviabilizam a classificação da empresa participante.
Assevera que a comissão identificou uma série de inconsistências que fariam com que a empresa
agravada fosse inabilitada para participar do certame, ou seja, ainda que fosse classificada com os
diversos erros já discriminados na fase de análise das propostas, a agravada seria inabilitada na fase
seguinte do certame, em razão dos inúmeros inconformidades com o Edital em comento.
Alega que a suspensão da maioria dos itens do procedimento licitatório, representaria um verdadeiro
periculum in mora inverso, pois causaria danos não apenas à Administração, mas à coletividade, na figura
dos Munícipes de Tracuateua, uma vez que o serviço de transporte escolar é serviço público essencial que
afeta aos interesses de todos os munícipes, especialmente aos alunos da rede pública estadual e
municipal, que já foram tão prejudicados durante o período pandêmico.
Ao final, ratifica que a proposta apresentada pela empresa Agravante foi realizada em desconformidade
com as exigências do Edital, não se tratando apenas de vícios sanáveis, como tenta alegar à impetrante,
mas, sim, de diversos erros significativos que a inviabilizaram a classificação da empresa para seguir no
certame.
Ante esses argumentos, requer, liminarmente, a concessão de efeito suspensivo e, ao final, o provimento
do agravo de instrumento com a reforma da decisão agradada.
Éo sucinto relatório.
DECIDO.
Para a análise do pedido de efeito suspensivo formulado pelo agravante, necessário se faz observar o que
preceituam os artigos 995, parágrafo único e 1.019, I, do NCPC.
Assim, conclui-se do texto legal a existência de dois requisitos, os quais devem estar presentes
concomitantemente, para a concessão do efeito suspensivo, quais sejam: probabilidade do direito, de
modo que deve o agravante demonstrar, através das alegações deduzidas em conjunto com os
documentos acostados, a possibilidade de que o direito pleiteado exista no caso concreto; e perigo de
dano ou risco ao resultado útil do processo, consubstanciado no reconhecimento de que a demora na
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
definição do direito poderá causar dano grave e de difícil reparação ao demandante com um suposto
direito violado ou ameaçado de lesão.
Ressalte-se, por oportuno, que o exame da matéria, para o fim da concessão do efeito suspensivo, pela
celeridade que lhe é peculiar, dispensa digressão acerca de toda a temática que envolve os fatos, a qual
merecerá o devido exame por ocasião do julgamento do mérito recursal.
Da análise prefacial dos autos, não constato que há plausibilidade na argumentação exposta pelo
agravante, de forma a caracterizar o fumus boni juris, bem como não emerge a presença do risco de lesão
grave e de difícil reparação (periculum in mora).
Vale nesse passo acrescentar que restou consignado na decisão agravada que a impetrante, ora
agravada, foi desclassificada por motivos meramente formais, os quais poderiam ser corrigidos sem se
alterar o conteúdo da proposta (leia-se melhor preço), o que se vislumbra a plausibilidade do direito
invocado pela parte agravada, tendo em mira evidências de violação às normas legais.
Nesse sentido, colaciono o que preleciona os dispositivos do Decreto Federal nº 10.024/19, norma
aplicável ao processo licitatório, in verbis:
(...)
VI - sanear erros ou falhas que não alterem a substância das propostas, dos documentos de habilitação e
sua validade jurídica;”
Art. 47. O pregoeiro poderá, no julgamento da habilitação e das propostas, sanar erros ou falhas que não
alterem a substância das propostas, dos documentos e sua validade jurídica, mediante decisão
fundamentada, registrada em ata e acessível aos licitantes, e lhes atribuirá validade e eficácia para fins de
habilitação e classificação, observado o disposto na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
Nesse cenário, não constatando, de pronto, a presença dos requisitos necessários à concessão da medida
pleiteada, tenho como certo ser prudente o estabelecimento do contraditório para a eventual provimento
do pedido.
Ante o exposto, com fulcro nos artigos 995, § único e 1.019, I, ambos do NCPC, em atenção ao restrito
âmbito de cognição sumária, indefiro o pedido de efeito suspensivo ao recurso, até ulterior
deliberação deste Egrégio Tribunal de Justiça.
Esclareça-se que a presente decisão tem caráter precário, cujo deferimento do efeito suspensivo ao
recurso não configura antecipação do julgamento do mérito da ação, não constitui e nem consolida direito,
podendo, perfeitamente, ser alterado posteriormente por decisão colegiada ou mesmo monocrática do
relator.
Intime-se a parte agravada, para que, caso queira, apresente contrarrazões ao presente recurso, também
no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 1019, II, do NCPC.
235
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Publique-se. Intime-se.
Relator
PROCESSO Nº 0802048-34.2020.8.14.0000
DECISÃO MONOCRÁTICA
2. 2. Portanto, é condição sine quanon para revogação do aludido benefício, prova da modificação no
estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada à forma de atuação da parte no processo.
3. 3. Recurso conhecido e provido.
Consta dos autos que o Juízo de Piso revogou o benefício da justiça gratuita, considerando que a autora
atuou em exercício abusivo ao direito de peticionar, ao argumento de que seu patrono ajuizou mais de 200
ações com a mesma causa de pedir quando poderia ter ajuizado uma única ação coletiva.
Irresignada, a recorrente alega, em suma, que o ordenamento jurídico, em especial o Código de Defesa do
Consumidor, admite a coexistência de ações individuais e coletivas sobre a mesma matéria.
Sustenta que a tese jurídica de dolo processual na qual se fundamentou o julgador, qual seja “sham
litigation”, corresponde a conduta por meio da qual a parte demandante objetiva valer-se da tutela
jurisdicional sem qualquer perspectiva de sucesso na ação, com nítido propósito de trazer qualquer tipo de
dano para a parte contrária, o que não se vislumbra no caso concreto, pois a recorrida não possui ação
dolosa com o intuito de prejudicar o recorrido, pelo contrário, o seu pedido encontra amparo na Lei de n.
11.738/2008.
Salienta que o Juízo prolator da decisão recorrida não pautou sua decisão na falta de pressupostos legais
para a concessão do benefício, estabelecidos no artigo 99, § 2º, do Código de Processo Civil e que “na
suposta falta ainda dos elementos que evidenciassem a hipossuficiência da Agravante, deveria ainda o
magistrado a quo ter oportunizado aquela o direito de apresentá-los em prazo determinado, o que também
não aconteceu”.
Junta aos autos documentos comprobatórios de que aufere renda mensal de R$ 2.361,25, que a
impossibilita arcar com os custos do processo, sem que acarrete prejuízo a sua subsistência.
Por fim, requer a concessão da antecipação da tutela recursal, para que lhe seja restabelecido o benefício
da justiça gratuita e, ao final, seu provimento definitivo.
O Município de Santana do Araguaia apresentou contrarrazões (ID 5129468) aduzindo, em suma, que o
benefício da justiça gratuita é direito que deve socorrer tão-somente aqueles que realmente necessitam,
isto é, aqueles que, de fato, não têm condições de arcar com as despesas processuais sem a necessária
mantença de sua família.
Pontua que existe a possibilidade de parcelamento de custas processuais, nos termos do artigo 98, §6º,
do Código de Processo Civil, pelo que pugna pela não concessão do benefício.
Éo sucinto relatório.
DECIDO
237
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Em sentença proferida, o Juízo de 1.º grau extinguiu o processo sem julgamento de mérito, bem como,
indeferiu a gratuidade de justiça requerida pela parte autora.
Como é de sabença geral, a revogação da gratuidade, ou mesmo seu indeferimento, só cabe nas
situações elencadas no artigo 99 do CPC, o que não se verifica no caso ora examinado.
Neste sentido, incumbe à parte contrária o ônus da prova capaz de desconstituir o direito postulado
(Theotonio Negrão, 33ª edição, nota 1c ao art. 4º da Lei de Assistência Judiciária, p. 1151).
Não se perca de vista que, uma vez deferida a gratuidade de justiça, não cabe ao Juízo agir de ofício, sem
que houvesse impugnação e comprovação da parte adversa, para revogação do benefício.
Outrossim, não restou demonstrado nenhuma modificação da situação fática entre o deferimento da
gratuidade de justiça e a sua revogação.
Ademais, o Egrégio Superior Tribunal de Justiça entende que, a condenação da parte às penas da
litigância de má-fé, por si só, não tem o condão de autorizar a revogação do benefício da assistência
judiciária gratuita anteriormente concedido.
Com efeito, a jurisprudência daquela Corte Superior entende que é condição sine quanon para revogação
do aludido benefício, prova da modificação no estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada
à forma de atuação da parte no processo.
4. Analisando os autos, verifica-se que a justiça gratuita foi deferida em momento anterior, não
cabendo ao Juízo agir de ofício, sem qualquer impugnação e comprovação da parte adversa, para a
revogação de tal direito. Igualmente, nota-se que não há nos autos demonstração de que houve
modificação da situação fática entre o deferimento da gratuidade de justiça e a sua revogação;
(4808693, 4808693, Rel. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Público, Julgado em 2021-03-22, Publicado em 2021-04-21)
Ante o exposto, com fulcro no art. 932, V, b, CPC e art. 133 XII, b, do Regimento Interno do TJE/PA, dou
provimento ao recurso, por se encontrar em acordo com jurisprudência dominante dos Tribunais
Superiores e deste Tribunal.
Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se o seu trânsito em julgado, dando-se baixa na distribuição
deste TJE/PA e posterior arquivamento.
Publique-se. Intime-se.
RELATOR
OLIVEIRA HERINGER Participação: ADVOGADO Nome: MARCOS VINICIUS COROA SOUZA OAB:
15875/PA Participação: APELADO Nome: BRADESCO LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL
Participação: ADVOGADO Nome: MAURO PAULO GALERA MARI OAB: 20455/PA
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
I. À (ID. 2360793), com fundamento no art. 99, §2º, do CPC, determinei a intimação do apelante para, no
prazo de 05 (cinco) dias, trazer aos autos documentos aptos a comprovar sua alegação de
hipossuficiência financeira;
II. À (ID. 2440531), certidão da UPJ que decorreu o prazo legal e não houve manifestação do recorrente;
III. Assim, uma vez que o apelante, mesmo intimado, não trouxe aos autos documentos que façam prova
da hipossuficiência, o que induz à ausência dos pressupostos legais para a concessão da gratuidade
requerida, INDEFIRO o pedido de gratuidade judicial e determino a intimação do mesmo para realizar o
pagamento das custas recursais em 05 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do recurso por
deserção;
Desembargador – Relator
PROCESSO Nº 0808485-57.2021.8.14.0000
ENDEREÇO: TV. DJALMA DUTRA, 350 - TELÉGRAFO SEM FIO, BELÉM - PA, CEP 66113-
010,TELEFONE: (91) 4009-9547
1. Os Tribunais de Justiça não têm competência para julgar, em grau de recurso, as causas decididas
pelos Juizados Especiais. Tal exame deverá ser atribuído às Turmas Recursais, a quem cabe
exclusivamente conhecer e julgar os recursos.
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo, interposto por GEOVANE MOTA
FERREIRA, contra decisão proferida pelo MM. Juízo de Direito do 2º Juizado Especial da Fazenda Pública
da Capital, que deferiu pedido de tutela antecipada, nos autos da Ação Ordinária (nº. 0835374-
18.2021.8.14.0301) ajuizada por UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ.
Consta dos autos que o agravante é formado em Medicina pela Universidade Cristiana da Bolívia –
UCEBOL, conforme diploma em anexo, e, que a instituição estrangeira na qual em que a parte autora
obteve formação superior, é reconhecida pela agência de seu país de origem, integrante do sistema
ARCUSUL/MERCOSUL, do qual o Brasil é parte integrante. Além do mais, cumpre o disposto do art. 11 da
Resolução n. 3 CNE, sendo que seus diplomas são objeto de revalidação nos últimos 10 (dez) anos.
Em suma, requer a concessão da tutela recursal de urgência, como autoriza o art. 1.019, I do CPC/2015,
no sentido de que seja concedida a medida liminar, inaudita altera pars, em caráter de urgência,
determinando-se que UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ - UEPA, proceda a revalidação do diploma
da agravante pela tramitação simplificada de acordo com as normas de regência Resolução 03/2016 da
Câmara Superior do Conselho Nacional de Educação e da Portaria Normativa 22/2016 do Ministério da
Educação e, ao final o provimento do recurso com a reforma definitiva da decisão agravada.
É o relatório.
DECIDO.
De início, constato que carece o presente recurso de pressuposto essencial para seu conhecimento, qual
seja o cabimento (recorribilidade da decisão).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Isso porque, o agravo de instrumento ataca decisão proferida pelo Juizado Especial da Fazenda Pública e
o Tribunal de Justiça não tem competência para apreciar e julgar, em grau de recurso, as causas
decididas pelos Juizados Especiais.
Com efeito, o art. 99 da Constituição Federal assegurou ao Poder Judiciário autonomia administrativa e
financeira. A despeito da unicidade de jurisdição, a Carta Política assegurou a cada órgão do Poder
Judiciário autonomia administrativa, ou seja, capacidade de autogerência.
Nessa ordem, o art. 98, I, CF/88, autorizou à lei federal dispor sobre a criação de Juizados Especiais
Cíveis e Criminais, instituídos no pressuposto de que as respectivas causas seriam resolvidas no âmbito
de sua jurisdição. De outro modo, sua criação não teria sentido.
Todavia, não foi previsto na Lei nº 9.099/95 nenhum meio de impugnação às decisões interlocutórias, no
entanto, nos anos seguintes as leis que complementaram o sistema, Lei dos Juizados Especiais Federais
e Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, previram expressamente ser cabível o agravo de
instrumento contra decisões interlocutórias em determinadas hipóteses.
A Lei nº 12.153/2009, que dispõe sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados,
do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, no seu art. 3º, assim estabelece: Art. 3o - O juiz
poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer providências cautelares e antecipatórias
no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação. E prevê o cabimento de recurso
contra as decisões interlocutórias em seu art. 4º, assim redigido: Art. 4o - Exceto nos casos do art. 3o,
somente será admitido recurso contra a sentença.
Dessa forma, estabelece o art. 4° da Lei n° 12.153/2009, o cabimento de recurso em relação às decisões
mencionadas no art. 3° do mesmo diploma, o qual permite expressamente ao juiz a prolação de decisões
cautelares ou antecipatórias de tutela.
Contudo, não havendo na Lei dos Juizados Especiais Cíveis qualquer dispositivo específico a respeito do
agravo de instrumento, o recurso será, aqui, inteiramente regido pelo sistema processual comum, devendo
ser diretamente encaminhado à Turma Recursal, preenchidas as exigências formais estabelecidas no
Código de Processo Civil.
Além disso, salutar observar que nos termos do art. 2º, §4º, no foro onde estiver instalado Juizado
Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta.
Desse modo, os Tribunais de Justiça não têm competência para julgar, em grau de recurso, as causas
decididas pelos Juizados Especiais. Tal exame deverá ser atribuído às Turmas Recursais, a quem cabe
exclusivamente conhecer e julgar os recursos, por turmas de Juízes de primeiro grau.
Ademais, a função das Turmas Recursais, por expressa disposição legal, é a de examinar recursos
oriundos dos Juizados Especiais Cíveis do primeiro grau (arts. 41, 42 e 43 da Lei nº 9.099/953).
por MAÍRA LEITE DIAS. Narram os autos, que o Juízo a quo deferiu o pedido de antecipação de
tutela. Irresignado, o agravante interpôs o presente agravo, pleiteando a concessão do efeito
suspensivo e o provimento ao recurso, para que seja revogada a decisão ora guerreada. Éo
breve relatório. Decido. O art. 99 da Constituição Federal de 19981, assegurou ao
Poder Judiciário autonomia administrativa e financeira. A despeito da unicidade de jurisdição, a Carta
Política assegurou a cada órgão do Poder Judiciário autonomia administrativa, ou seja, capacidade de
auto-gerência. Nessa ordem, o art. 98, I, CF/882, autorizou à lei federal dispor sobre a criação
de Juizados Especiais Cíveis e Criminais, instituídos no pressuposto de que as respectivas causas seriam
resolvidas no âmbito de sua jurisdição. De outro modo, sua criação não teria sentido. Todavia,
não foi previsto na Lei 9.099/95 nenhum meio de impugnação às decisões interlocutórias, no entanto, nos
anos seguintes as leis que complementaram o sistema, Lei dos Juizados Especiais Federais e Lei dos
Juizados Especiais da Fazenda Pública, previram expressamente ser cabível o agravo de instrumento
contra decisões interlocutórias em determinadas hipóteses. Importante ressaltar o
posicionamento do multicitado Alexandre Freitas Câmara (2010, p. 241) quando afirma que: ¿Abre-se,
assim, exceção ao postulado da irrecorribilidade das decisões interlocutórias, inerente ao princípio da
oralidade¿. A Lei nº 12.153/2009, que dispõe sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública
no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, no seu art. 3º, assim
estabelece: Art. 3o - O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer
providências cautelares e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta
reparação. E prevê o cabimento de recurso contra as decisões interlocutórias em seu art. 4º,
assim redigido: Art. 4o - Exceto nos casos do art. 3o, somente será admitido recurso contra a
sentença. Dessa forma, estabelece o art. 4° da Lei n° 12.153/2009, o cabimento de recurso em
relação às decisões mencionadas no art. 3° do mesmo diploma, o qual permite expressamente ao juiz a
prolação de decisões cautelares ou antecipatórias de tutela. Contudo, não havendo na Lei dos
Juizados Especiais Cíveis qualquer dispositivo específico a respeito do agravo de instrumento, o recurso
será, aqui, inteiramente regido pelo sistema processual comum, devendo ser diretamente encaminhado à
Turma Recursal, preenchidas as exigências formais estabelecidas no Código de Processo Civil.
Assim, os Tribunais de Justiça não têm competência para julgar, em grau de recurso, as causas decididas
pelos Juizados Especiais. Tal exame deverá ser atribuído às Turmas Recursais, a quem cabe
exclusivamente conhecer e julgar os recursos, por turmas de Juízes de primeiro grau. Ademais,
a função das Turmas Recursais, por expressa disposição legal, é a de examinar recursos oriundos dos
Juizados Especiais Cíveis do primeiro grau (arts. 41, 42 e 43 da Lei nº 9.099/953). Ante o
exposto, RECONHEÇO A INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA
PROCESSAR E JULGAR O PRESENTE FEITO, nos termos do § 1º do art. 64 do CPC/20154, e, por
consequência, determino a remessa dos autos à Egrégia Turma Recursal dos Juizados Especiais, a quem
compete processar e julgar o presente recurso. Belém, ____ de setembro de 2016.
ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA Desembargadora (2016.03795267-22, Não Informado, Rel.
ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Órgão Julgador 2ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Julgado em
2016-09-27, Publicado em 2016-09-27)
Ante o exposto, não conheço o recurso de agravo de instrumento, diante da incompetência absoluta deste
Tribunal de Justiça para processar e julgar o presente feito, nos termos do §1º do art. 64 do CPC, e, por
consequência, determino a remessa dos autos à Egrégia Turma Recursal dos Juizados Especiais, a quem
compete processar e julgar o presente recurso.
RELATOR
COMARCA: BELÉM/PA
DESPACHO
Consoante o disposto no §1º, do art. 9º, da Lei Estadual nº 8.328/2015, intime-se o Apelante para, no
prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de deserção:
a) juntar aos autos o competente relatório de conta do processo, com a finalidade de regular
comprovação do pagamento do preparo recursal; OU
b) proceder ao recolhimento em dobro do preparo, nos termos do art. 1.007, §4º, do CPC/2015.
Após, conclusos.
Desembargador-Relator
COMARCA: BELÉM/PA
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por MARIO ANTONIO LOBATO DE PAIVA em face
de GREMIO LITERARIO E RECREATIVO PORTUGUES, diante do inconformismo com a decisão
interlocutória proferida pelo Juízo de Primeiro Grau.
Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema PJe, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 16/01/2020. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.
ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.
AGRAVADO: M. C. L.
DECISÃO MONOCRÁTICA
EMENTA: Agravo de Instrumento. Superveniência de sentença que julgou o feito principal. Perda
do objeto recursal. Recurso prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO CPC/2015. Recurso
não conhecido.
Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema PJe, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 05/07/2021. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.
ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
0011384-75.2014.8.14.0301
No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das Turmas de
Direito Público e Privado intima a parte interessada de que foi oposto Recurso de Embargos de
Declaração, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.023, §2º, do
CPC/2015.
COMARCA: BELÉM/PA.
DECISÃO MONOCRÁTICA
EMENTA: Agravo de Instrumento. Superveniência de sentença que julgou o feito principal. Perda
do objeto recursal. Recurso prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO CPC/2015. Recurso
não conhecido.
Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema Libra, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 02/06/2021. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.
ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.
COMARCA: PARAUAPEBAS/PA.
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposto por JOSÉ CLEUDO DA SILVA em face de BANCO
BRADESCO FINANCIAMENTO S/A, diante de seu inconformismo com sentença proferida pelo Juízo de
primeiro grau.
Sem delongas, o presente recurso não comporta conhecimento, posto que intempestivo, uma vez que o
mandado de intimação do apelante foi juntado aos autos em 18/06/2018 (Id 1321921), daí porque o prazo
legal de 15 dias úteis iniciou-se em 19/06/2018, conforme a portaria 1161/2021 – GP, de 18 de março de
2021 esgotando-se, portanto, em 09/07/2018, Conforme art. 231, § 3º do CPC. Todavia, o presente
recurso fora protocolizado apenas em 10/07/2018, quando, notadamente, já havia esgotado o prazo
recursal.
ASSIM, nos termos da fundamentação e consoante o disposto no art. 932, III, do CPC, NÃO CONHEÇO
do presente recurso, porquanto resta manifestamente inadmissível, face a interposição intempestiva.
Desembargador – Relator
DECISÃO MONOCRÁTICA
EMENTA: Agravo de Instrumento. Superveniência de sentença que julgou o feito principal. Perda
do objeto recursal. Recurso prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO CPC/2015. Recurso
não conhecido.
Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por VALE S/A em face de ESTRELA DO SUL
PARTICIPAÇÕES LTDA, diante do inconformismo com a decisão interlocutória proferida pelo Juízo de
Primeiro Grau.
Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema Libra, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 09/08/2021. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.
ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
250
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de recurso de APELAÇÃO (ID 5492170) interposto por SINVAL BENTES LOBO, contra
sentença (ID 5492169) mediante a qual o Juízo da Vara Única da Comarca de São Domingos do Capim,
indeferiu a exordial e julgou extinta sem resolução de mérito a Ação Anulatória em epígrafe, ajuizada em
desfavor de BV FINANCEIRA S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO.
Insatisfeito com a sentença proferida pelo Juízo a quo, o apelante protocolou recurso de apelação
requerendo o provimento do recurso e a consequente reforma da sentença.
É o breve relato.
Decido.
Da análise detida dos autos, sobressai manifesta a existência de óbice intransponível ao conhecimento do
recurso em tela, por ausência de requisito extrínseco de admissibilidade, atinente à tempestividade, razão
pela qual passo a analisá-lo monocraticamente, nos termos permissivos do art. 932, inciso III, do
CPC/2015.
Acerca do prazo para a interposição do recurso de apelação e da respectiva contagem do prazo recursal,
assim disciplina o Código Processual Civil Brasileiro:
Art. 1.003, § 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para
responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os
dias úteis.
Compulsando os autos do recurso, verifica-se que a sentença foi publicada em 12/03/2020 (quinta-feira)
(DJE - Edição nº 6854/2020), iniciando-se a contagem do prazo em 13/03/2020 (sexta-feira), e de acordo
com a regra dos dispositivos retrocitados, o prazo final seria em 02/04/2020. No entanto, em virtude da
suspensão dos prazos processuais ocorridos nesse interregno temporal, o último dia para o protocolo do
251
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Portanto, considerando a suspensão dos prazos processuais nas datas supracitadas, o prazo final para a
interposição do recurso foi em 16/06/2020 (terça-feira). Porém, o recurso só foi protocolizado em
11/08/2020 (ID 5492170-Pág.01), muito tempo após transcorrido o prazo fatal e, desse modo,
flagrantemente intempestivo.
Ressalta-se que o próprio recorrente sustenta em suas razões recursais que o prazo para manejo do
recurso findou antes, em data anterior ao protocolo, afirmando, porém, que o prazo foi encerrado em
13/05/2020 (ID 5492170-Pág.02).
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente
os fundamentos da decisão recorrida;
Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do presente recurso de apelação, considerando a sua manifesta
intempestividade.
P.R.I.C.
Relatora
252
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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO
APELANTE: E. O.
APELADO: A. A. C.
DECISÃO
1- Em juízo de admissibilidade recursal único (CPC, art. 1.010, § 3º), verifico a priori a presença dos
pressupostos recursais intrínsecos e extrínsecos, existindo contrarrazões tempestivas nos autos;
2- Recebo o recurso em seu duplo efeito legal (CPC, art. 1.012, caput);
Publique-se e intimem-se.
Relatora
DECISÃO MONOCRÁTICA
Vistos os autos.
SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S/A interpôs o presente RECURSO
DE APELAÇÃO em face da sentença de Id. 5660546, proferida pelo Juízo de Direito da Vara Única da
Comarca de Almerim, que julgou parcialmente procedentes os pedidos formulados nos autos da Ação de
Cobrança de Seguro DPVAT nº 0004630-96.2018.814.0004, ajuizada por PATRICK ASSUNÇÃO MAIA,
no sentido de condenar a seguradora ao pagamento da indenização no valor de R$ 337,50 (trezentos e
trinta e sete reais e cinquenta centavos) a título de seguro DPVAT.
Em suas razões (Id. 5660549-págs. 02/05 e Id. 5660550-págs. 01/03), sustenta que o recurso deve ser
provido para que seja reformada a sentença alvejada, ao argumento de que a pretensão indenizatória
formalizada na origem teria sido atingida pela prescrição trienal, pois a negativa do requerimento
administrativo teria ocorrido em 06/07/2015 e o ajuizamento da ação originária somente em 18/06/2018.
A não apresentação de contrarrazões pela parte apelada foi certificada na origem (Id. 5660551-pág.
08).
Brevemente Relatados.
Decido.
Prefacialmente, com fundamento no art. 133, XII, “d” do Regimento Interno deste Sodalício, tenho que o
feito em análise comporta julgamento monocrático, pois conforme será demonstrado a seguir, a presente
decisão será pautada em entendimento firmado em jurisprudência assente do Superior Tribunal de Justiça.
Quanto ao Juízo de admissibilidade, vejo que o recurso é tempestivo, adequados à espécie e conta com
preparo regular (Id. 5961563). Portanto, preenchidos os pressupostos extrínsecos (tempestividade,
regularidade formal, inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer e preparo) e
intrínsecos (cabimento, legitimidade e interesse para recorrer); SOU PELO SEU CONHECIMENTO.
Vislumbro, prima facie, que ao revés do que defendido pela parte apelante, o triênio prescricional para a
pretensão indenizatória de seguro DPVAT determinado no Enunciado da Súmula nº 405[1] do Superior
Tribunal de Justiça não é deflagrado pela negativa do requerimento administrativo junto à seguradora,
porém, pela data da ciência inequívoca da invalidez pelo segurado, na esteira da remansosa
jurisprudência daquela mesma Corte Superior, litteris:
Àluz dessa premissa, considerando que a ciência inequívoca da invalidez pelo segurado na espécie se
deu em 04/03/2015, conforme fazem prova o laudo médico (Id. 5660541-pág. 01) e a declaração (Id.
5660541-pág. 03) que instruem a exordial, o triênio para a pretensão indenizatória em testilha se exauriu
em 03/03/2018 e, no entanto, somente foi formalizada em 18/06/2018 (Id. 5660539-pág. 01), restando, à
toda evidência, fagocitada pelo instituo jurídico da prescrição.
Àvista do exposto, com lastro no art. 133, XII, “d” do RITJE/PA[2], CONHEÇO e DOU PROVIMENTO ao
recurso, a fim de, reconhecendo a prescrição da pretensão indenizatória na origem, reformar a sentença
alvejada para, lançando mão do efeito translativo recursal, extinguir a ação originária, com a resolução do
mérito, nos moldes do art. 487, II do CPC/2015[3], ao tempo que delibero:
1. Intimem-se as partes;
4. Cumpra-se, podendo servir a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da Portaria nº
3.731/2015 – GP.
Relatora
[1] Súmula nº 405. A ação de cobrança do seguro obrigatório (DPVAT) prescreve em três anos.
[2] Art. 133. Compete ao relator: (...) XII - dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária:
(...) d) à jurisprudência dominante desta e. Corte ou de Cortes Superiores.
[3] Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: (...) II - decidir, de ofício ou a requerimento,
sobre a ocorrência de decadência ou prescrição.
ROMEU DE MORAES DANTAS OAB: 14931/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARILETE CABRAL
SANCHES OAB: 13390/PA Participação: ADVOGADO Nome: ISMAEL ANTONIO COELHO DE MORAES
OAB: 6942/PA Participação: AGRAVADO Nome: CENTRAIS ELETRICAS DO NORTE DO BRASIL S/A
Participação: ADVOGADO Nome: DANIELLE SERRUYA SORIANO DE MELLO OAB: 17830/PA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
ATO ORDINATÓRIO
A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará intima a parte interessada para que, querendo, apresente contrarrazões ao Agravo Interno
interposto nos autos.
18 de agosto de 2021
EMENTA
EMENTA
1 – Hipótese em que a decisão que reconheceu como incontroverso o valor depositado pela construtora,
foi proferida em feito conexo (Processo n. 0014900-24.1995.8.14.0301), já sentenciado e, cuja decisão
extintiva, que, aliás, já transitou em julgado, não modificou ou revogou as disposições da referida decisão
interlocutória.
2 – Decisão que constitui situação jurídica cuja resolução encontra-se estabilizada naquela demanda, não
podendo ser revista em sede de demanda diversa.
3 – Ainda que fosse possível a modificação do decisum, contata-se que em sede de embargos à execução
(Processo n. 0027851-26.2007.8.14.0301), foi prolatada sentença de mérito, reconhecendo o crédito de
R$ 62.153,54 (sessenta e dois mil cento e cinquenta e três reais e cinquenta e quatro centavos), em favor
da ora agravante, com complemento de correção monetária a serem apuradas, exatamente, em sede da
demanda de origem, reforçando, assim, ser incontroverso o valor depositado.
5 – Constatado que a questão relativa à intervenção de terceiros, não foi objeto de apreciação pelo juízo
primevo na decisão interlocutória vergastada (ID. 2836533), o que, considerando a natureza secundum
eventum litis do agravo de instrumento, impede a análise da matéria nesta sede.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, onde figuram como partes as acima identificadas, acordam os
Excelentíssimos Senhores Desembargadores membros da Colenda 2ª Turma de Direito Privado do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará na Sessão Ordinária realizada em 10 de agosto de 2021
(Plenário Virtual), na presença do Exmo. Representante da Douta Procuradoria de Justiça, por
unanimidade de votos, em CONHECER e DAR PARCIAL PROVIMENTO ao Recurso de Agravo de
Instrumento, nos termos do voto da Exma. Desembargadora Relatora Maria de Nazaré Saavedra
Guimarães.
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Desembargadora Relatora
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de Recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, interposto por ANTÔNIA MESQUITA DE ALMEIDA, contra Decisão
Interlocutória proferida pelo MM. Juízo da 7ª Vara Civil e Empresarial de Belém/PA que, nos autos de
AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL CONVERTIDA EM CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
(Processo n. 0027847-46.2007.8.14.0301), ajuizado por si em face de MODULO ENGENHARIA E
COMERCIO LTDA – ME e OUTROS, determinou o levantamento de penhora incidente sobre bens da
executada agravada.
Na decisão agravada (ID. 2836533), entendeu o juízo primevo que o depósito no importe de R$ 70.000,00
(setenta mil reais) efetuado pelo executado teve por escopo apenas substituir o bem penhorado, não
tornando-se incontroverso, razão pala qual, determinou o levantamento da respectiva penhora.
Dessa decisão, interpôs a exequente ANTÔNIA MESQUITA DE ALMEIDA o presente Recurso de Agravo
de Instrumento.
Alega que o montante de R$ 70.000,00 (setenta mil reais) depositados pela construtora agravada teria
sido declarado incontroverso ainda na demanda originária e mantido em agravo de instrumento transitado
em julgado, razão pela qual não poderia ser tal entendimento modificado em sede de cumprimento de
sentença.
Aduz que mesmo levantando o montante de R$ 70.000,00, existiria crédito remanescente no importe de
R$ 61.425,12, o que tornaria indispensável a manutenção da penhora.
Arrazoa não ser possível a intervenção dos terceiros interessados no âmbito do cumprimento de sentença,
visto que sua atuação se restringiria aos embargos de terceiros.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Pleiteia, assim, a concessão de efeito suspensivo ativo ao recurso para sustar a decisão agravada
determinando a manutenção da constrição sobre o bem penhorado.
O feito foi originalmente distribuído a relatoria do Exma. Desa. Maria do Ceo Maciel Coutinho e, ainda,
posteriormente, ao Exmo. Des. Ricardo Ferreira Nunes.
Em decisão de ID. 2893238, foi deferido o efeito suspensivo para sustar a decisão agravada.
Em contrarrazões (ID. 3352902), o agravado Fernando Sérgio Trindade Tocantins alega que a decisão
agravada seria escorreita, razão pela qual deveria ser mantida na integra, pugnando, assim, pelo
desprovimento do recurso de agravo de instrumento.
Instada a se manifestar, a Douta Procuradoria de Justiça emitiu parecer pelo conhecimento e provimento
do recurso (ID. 5592305).
É o relatório.
Desembargadora – Relatora
VOTO
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
QUESTÕES PRELIMINARES
MÉRITO
Consta das razões apresentadas pela agravante que o montante de R$ 70.000,00 (setenta mil reais)
depositados pela construtora agravada teria sido declarado incontroverso ainda na demanda originária e
mantido em agravo de instrumento transitado em julgado, razão pela qual não poderia ser tal
entendimento modificado em sede de cumprimento de sentença; que mesmo que levantado o montante de
R$ 70.000,00, existiria crédito remanescente no importe de R$ 61.425,12, o que tornaria indispensável a
manutenção da penhora; bem como não ser possível a intervenção dos terceiros interessados no âmbito
do cumprimento da ação executória, visto que sua atuação se restringiria aos embargos de terceiros.
Analisando os autos, verifica-se que o juízo “ad quo”, em sede do Processo n. 0014900-
24.1995.8.14.0301, conexo a ação originária, preferiu decisão perfilhando como incontroverso o montante
de R$ 70.000,00 (setenta mil reais), depositado pela construtora executada/agravada, senão vejamos:
“Está devidamente caracterizado nos autos que a quantia de R$ 70.000,00 (setenta mil reais) é
incontroversa.
Expeça-se o alvará”.
“[...] Entendo que de fato, o depósito de fls. 103 não foi à título de incontroverso, mas para substituição do
bem penhorado, razão pela qual entendo que a constrição sobre o bem às fls. 95 deve ser levantada, até
porque o dinheiro depositado foi levantado, pela exequente e hoje existem outros meios eficazes para se
adotar no processo de execução [...]”.
Dessa forma, alega a parte agravante que a decisão agravada teria incorrido em violação a coisa julgada,
bem assim inobservado o princípio da hierarquia ao modificar a decisão proferido por este Egrégio
Tribunal no citado agravo de instrumento.
Nessa senda, insta esclarecer primeiramente, que o Acórdão n. 72.361 não se pronunciou quanto ao
mérito do agravo de instrumento, visto que reconheceu a perda de objeto do recurso, julgando-o
prejudicado, não examinando, portanto, o mérito do agravo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
No que concerne a modificação da decisão que reconheceu como incontroverso o valor depositado, tem-
se, a priori, que, tratando-se de decisão interlocutória não há que se falar em coisa julgada, visto que esta
poderia ser modificada posteriormente pelo julgador na demanda.
Não obstante, verifica-se que o aludido decisum foi proferido em feito conexo (Processo n. 0014900-
24.1995.8.14.0301), já sentenciado e, cuja decisão extintiva, que, aliás, já transitou em julgado, não
modificou ou revogou as disposições da referida decisão interlocutória.
Desse modo, entendo que a aludida decisão que reconheceu como incontroverso o valor depositado pela
construtora, ora agravada, constitui situação jurídica cuja resolução encontra-se estabilizada naquela
demanda, não podendo ser revista em sede de demanda diversa.
Outrossim, ainda que fosse possível a modificação do decisum, contata-se que em sede de embargos à
execução (Processo n. 0027851-26.2007.8.14.0301), foi prolatada sentença de mérito, reconhecendo o
crédito de R$ 62.153,54 (sessenta e dois mil cento e cinquenta e três reais e cinquenta e quatro centavos),
em favor da ora agravante, com complemento de correção monetária a serem apuradas, exatamente, em
sede da demanda de origem, reforçando, assim, ser incontroverso o valor depositado.
(TJ-BA - AI: 00216449120178050000, Relator: João Augusto Alves de Oliveira Pinto, Quarta Câmara
Cível, Data de Publicação: 08/05/2018). (Grifei).
Na hipótese, verifica-se que a questão relativa à intervenção de terceiros, não foi objeto de apreciação
pelo juízo primevo na decisão interlocutória vergastada (ID. 2836533), o que, considerando a natureza
secundum eventum litis do agravo de instrumento, impede a análise da matéria nesta sede.
DISPOSITIVO
É como voto.
Desembargadora – Relatora
Belém, 17/08/2021
EMENTA
EMENTA
1. Acórdão recorrido que conheceu e Negou Provimento ao Recurso de Apelação interposto pelo ora
embargante, mantendo integralmente a sentença que julgou parcialmente procedente os pedidos
formulados na inicial.
3. Tentativa de rediscussão da matéria. Ausência dos vícios constantes do art. 1.022 do CPC.
Desembargadora Relatora
RELATÓRIO
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RELATÓRIO
EMENTA
Sustenta o embargante que o Acórdão recorrido teria sido omisso e contraditório, sob o argumento de
descabe a cumulação de multa compensatória e danos morais, face a ocorrência de bis in idem, bem
assim que o julgado deixou de mencionar o termo inicial para incidência de juros sobre o montante a ser
devolvido à título de rescisão contratual.
É o relatório.
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VOTO
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Avaliados os pressupostos processuais, tenho-os como regularmente constituídos, razão pela qual
conheço dos embargos, passando a proferir voto.
Analisando os autos e à luz das razões expendidas nos presentes aclaratórios, verifico que o Acórdão
embargado conheceu e Negou Provimento aos recursos de apelação interpostos, tanto pela empresa ora
embargante, como pelos embargados, mantendo integralmente a sentença que julgou parcialmente
procedente os pedidos autorais.
Insurge-se o embargante contra o julgado desta Turma, argumentando que o mesmo teria sido
contraditório em relação a impossibilidade de cumulação de multa compensatória e danos morais, face a
ocorrência de bis in idem, bem assim que o julgado deixou de mencionar o termo inicial para incidência de
juros sobre o montante a ser devolvido à título de rescisão contratual.
Da apreciação acurada do Acórdão recorrido, observa-se que toda a matéria trazida em sede de recurso
de apelação fora analisada de forma detida.
Pelo que se observa do julgado recorrido, todas as questões levantadas pelos apelantes, especialmente
aquelas relativas à cumulação da multa compensatória com danos morais, foram devidamente apreciadas
e refutadas, considerando a natureza distinta das condenações, senão vejamos:
(...) Por fim, ressalta a ora recorrente o descabimento da cumulação da multa compensatória com danos
morais. Na espécie dos autos, conforme já apontado, a cláusula penal do contrato de promessa de compra
e venda de imóvel está muito mais relacionado com o atraso da entrega do imóvel, ou seja, com o
retardamento da prestação para além do prazo de conclusão fixado no próprio contrato. Já os danos
morais, como se sabe, é assente na jurisprudência o entendimento de que o injustificado e exagerado
atraso na entrega do imóvel, como no caso dos autos, enseja abalos na esfera psíquica do comprador.
Nesse contexto, verificando que se trata de natureza moratória da cláusula penal contratual, resta
perfeitamente adequada a cumulação desta com pedido de indenização por danos morais, na medida em
estes tem natureza diversa daquele.
No que tange os juros de mora, observa-se que a sentença já os fixou, bem assim esse capítulo da
sentença não fora sequer recorrido, razão por que a matéria não foi tratada a quando do julgamento dos
recursos de apelação.
Assim, não se observa qualquer omissão ou sequer contradição capaz de ensejar a reforma do Acórdão
vergastado, sendo notória a pretensão do embargante em rediscutir as matérias analisadas em sede de
recurso de apelação.
aqueles contidos em outra demanda coletiva ajuizada anteriormente, com a finalidade se verificar a
ocorrência ou não da coisa julgada, atrai o óbice constante da Súmula 7/STJ. 4. Não se admitem os
aclaratórios com o exclusivo propósito de rediscutir o mérito das questões já decididas anteriormente. 5.
Embargos de declaração rejeitados. (STJ - EDcl no REsp: 1183633 MS 2010/0039702-0, Relator: Ministro
OG FERNANDES, Data de Julgamento: 03/04/2018, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe
09/04/2018)
Desse modo, e com base em toda a fundamentação acima expendida, o Acórdão recorrido merece ser
mantido em sua integralidade, dada a ausência de qualquer omissão capaz de macular os fundamentos
elencados.
DISPOSITIVO
É como voto.
Desembargadora-Relatora.
Belém, 17/08/2021
EMENTA
EMENTA
1-No caso em tela, verifica-se que o banco requerido se desincumbiu do ônus de provar a
regularidade da contratação, não havendo dúvidas de que a parte autora celebrou o empréstimo,
considerando a juntada não só da cédula de crédito firmada entre as partes, devidamente assinada
pela requerente, mas também o comprovante de transferência dos valores para a conta bancária da
autora (ID Nº. 5190586), restando, demonstrado, portanto, a licitude da operação bancária, bem
como a cobrança realizada pela instituição bancária apelada.
2-Assim, verifica-se a regular contratação dos empréstimos, tendo em vista que dos pactos consta
a assinatura da requerente, que oportunamente anuiu à contratação e à forma de pagamento, não
havendo nenhum vício, ao menos do que se denota das provas juntadas aos autos.
3-Oportuno salientar, que a parte autora se manteve inerte ao ser intimada para se manifestar a
respeito da juntada do contrato de empréstimo assinado e do comprovante de transferência dos
valores contratados, não tendo se desincumbido de ao menos alegar qualquer vício que maculasse
o negócio jurídico, como por exemplo, falsificação da sua assinatura.
4- Ressalta-se também, não se tratar de pessoa analfabeta, além do fato da autora ter pleno
discernimento a quando da contratação, considerando igualmente não ter juntado qualquer documento
que demonstrasse vício de consentimento.
5-Desta feita, restou devidamente comprovado que a autora firmou o referido contrato com a banco
réu, o que afasta a pretensão de declaração de inexistência de débito, bem como a pretensão de
indenização por dano moral e restituição em dobro de valores.
6-No que concerne à condenação da parte autora, ora apelante, em litigância de má-fé, verifica-se a
necessidade de afastar tal sanção, uma vez inexistir provas robustas acerca da intenção
fraudulenta e maliciosa da litigante. Ademais, o simples exercício do direito de petição não pode
ser penalizado pelo Judiciário.
7-Recurso conhecido e parcialmente provido, tão somente para afastar a condenação da parte
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autora por litigância de má-fé, tornando ainda suspensa sua condenação em custas e honorários
advocatícios, nos termos do art. 98, §3º do CPC, mantendo a sentença ora vergastada nos seus
demais termos.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recursos de APELAÇO CÍVEL, tendo como ora
apelante SOLANGE MARIA LIMA PEREIRA e ora apelado BANCO BRADESCO S/A.
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de recurso de APELAÇÃO interposto por SOLANGE MARIA LIMA PEREIRA
inconformada com a sentença proferida pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Dom Eliseu/Pa, que nos
autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO CONTRATUAL CUMULADA COM
REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, julgou improcedente o pedido
inicial, condenando a parte autora em litigância de má-fé, fixando multa de 5% (cinco por cento) do valor
corrigido da causa, bem como ao pagamento de honorários advocatícios no percentual de 10% (dez por
cento) do valor da causa, tendo como ora apelado BANCO BRADESCO S/A.
A autora, ora apelante, ajuizou a ação acima mencionada, aduzindo ser pensionista do Instituto Nacional
de Seguridade Social – INSS, recebendo mensalmente benefício no montante de 01 (um) salário-mínimo.
Afirmou que vem sofrendo descontos mensais referente a um suposto empréstimo contratado junto à
instituição financeira requerida, ressaltando que jamais firmou tal avença, razão pela qual pleiteou a
declaração de inexistência do negócio jurídico, a restituição dos valores descontados e indenização por
danos morais.
O feito seguiu seu trâmite regular até a prolatação de sentença (ID Nº. 5190596), que julgou improcedente
a ação.
Inconformada, SOLANGE MARIA LIMA PEREIRA interpôs o presente recurso de apelação (ID Nº.
5190597), reiterando o desconhecimento de qualquer contrato de empréstimo junto à instituição bancária,
salientando que nunca contratou qualquer empréstimo ou recebeu qualquer valor referente ao contrato.
Sustenta que ficou comprovado o dano moral a partir da irresponsabilidade e desrespeito do Banco Réu,
para com a parte demandante e com nossa legislação quando descumpriu preceitos legais, até mesmo
constitucionais, valendo-se de sua superioridade técnica e financeira, fazendo com que a parte
Requerente sofresse sérios prejuízos de cunho, material e moral.
Ressalta também que a apelante é beneficiária da Justiça Gratuita, dessa forma não poderá arcar com as
custas processuais, honorários advocatícios e a condenação em litigância de má-fé.
Por fim, requer a reforma integral da sentença, com a condenação do banco ao pagamento de indenização
por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), requerendo também que seja afastada a
condenação do pagamento de custas, honorários e a condenação por litigância de má-fé.
Em sede de contrarrazões (ID Nº. 5555803), o banco apelado refuta todos os argumentos trazidos pela
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
apelante, pugnando pela manutenção da sentença, requerendo ainda a majoração da multa para 10%
(dez por cento) por litigância de má-fé.
Instado a se manifestar, a Douta Procuradoria de Justiça a firmou não possuindo interesse que justifique
sua intervenção (ID Nº. 5734860)
É o Relatório.
VOTO
VOTO
MÉRITO
Alega a autora, ora apelante, que não firmou qualquer contrato de empréstimo com o banco requerido,
salientando, portanto, que os descontos efetuados em seu benefício previdenciário são indevidos, fazendo
o nascer o dever do banco apelado de indenizar os prejuízos sofridos pelo ora recorrente.
Ademais, o Superior Tribunal de Justiça, visando dirimir qualquer dúvida, editou a Súmula nº. 297, que
dispõe: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”.
Dessa forma, ainda que persista o princípio da liberdade de contratação e pactuação das taxas e encargos
incidentes, os contratos bancários não contam com força absoluta e obrigatória, principalmente se houver
disposições que contrariam o ordenamento jurídico, como os princípios da boa-fé e equilíbrio das
prestações.
Os pactos, então, podem ser objeto de revisão sempre que verificada alguma abusividade que coloque o
consumidor em situação de extrema desvantagem.
Assim, passo a análise do caso concreto, observando os aspectos trazidos em sede recursal.
A demanda foi proposta sob a alegação de desconto indevido nos proventos de aposentadoria da
requerente, sem a existência de qualquer autorização de empréstimo ou similar. Já o banco apelante
sustenta a tese de validade do citado negócio jurídico, aduzindo para tanto que o contrato de empréstimo
foi regularmente assinado pela autora.
No caso em tela, verifica-se que o banco requerido se desincumbiu do ônus de provar a regularidade da
contratação, não havendo dúvidas de que a parte autora celebrou o empréstimo, considerando a juntada
não só da cédula de crédito firmada entre as partes, devidamente assinada pela requerente, mas também
o comprovante de transferência dos valores para a conta bancária da autora (ID Nº. 5190586), restando,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
demonstrado, portanto, a licitude da operação bancária, bem como a cobrança realizada pela instituição
bancária apelada.
Assim, verifica-se a regular contratação dos empréstimos, tendo em vista que dos pactos consta a
assinatura da requerente, que oportunamente anuiu à contratação e à forma de pagamento, não havendo
nenhum vício, ao menos do que se denota das provas juntadas aos autos.
Oportuno salientar, que a parte autora se manteve inerte ao ser intimada para se manifestar a respeito da
juntada do contrato de empréstimo assinado e do comprovante de transferência dos valores contratados,
não tendo se desincumbido de ao menos alegar qualquer vício que maculasse o negócio jurídico, como
por exemplo, falsificação da sua assinatura.
Ressalta-se também, não se tratar de pessoa analfabeta, além do fato da autora ter pleno discernimento a
quando da contratação, considerando igualmente não ter juntado qualquer documento que demonstrasse
vício de consentimento.
Desta feita, restou devidamente comprovado que a autora firmou o referido contrato com a banco réu, o
que afasta a pretensão de declaração de inexistência de débito, bem como a pretensão de indenização
por dano moral e restituição em dobro de valores.
No que concerne à condenação da parte autora, ora apelante, em litigância de má-fé, verifica-se a
necessidade de afastar tal sanção, uma vez inexistir provas robustas acerca da intenção fraudulenta e
maliciosa da litigante. Ademais, o simples exercício do direito de petição não pode ser penalizado pelo
Judiciário.
APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO FISCAL - EXTINÇÃO - ART. 924, II, CPC/15 - AUSENTE A QUITAÇÃO
DAS CUSTAS - PAGAMENTO PARCIAL DO DÉBITO - EXTINÇÃO PREMATURA DO FEITO -
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - NÃO CONFIGURADA. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO FISCAL -
EXTINÇÃO - ART. 924, II, CPC/15 - AUSENTE A QUITAÇÃO DAS CUSTAS - PAGAMENTO PARCIAL
DO DÉBITO - EXTINÇÃO PREMATURA DO FEITO - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - NÃO CONFIGURADA
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO FISCAL - EXTINÇÃO - ART. 924, II, CPC/15 - AUSENTE A
QUITAÇÃO DAS CUSTAS - PAGAMENTO PARCIAL DO DÉBITO - EXTINÇÃO PREMATURA DO FEITO
- LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - NÃO CONFIGURADA. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO FISCAL -
EXTINÇÃO - ART. 924, II, CPC/15 -- AUSENTE A QUITAÇÃO DAS CUSTAS - PAGAMENTO PARCIAL
DO DÉBITO - EXTINÇÃO PREMATURA DO FEITO - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - NÃO CONFIGURADA -
Ausente a comprovação de quitação das custas processuais, conclui-se que a execução em epígrafe foi
extinta de forma prematura e, por conseguinte, deve ser provido recurso a fim de anular a sentença e
determinar o prosseguimento da execução até a satisfação total do crédito executado -Não restando
caracterizada a deslealdade processual, incabível a condenação da parte por litigância de má-fé,
quando o apelante utilizou do processo como meio legítimo para defender seus interesses. (TJ-MG
- AC: 10079100278450001 MG, Relator: Yeda Athias, Data de Julgamento: 11/09/2018, Data de
Publicação: 21/09/2018)
“Art. 98, §3º- Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob
condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos
subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou
de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade,
extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.”
Nessa esteira de raciocínio, a condenação ao pagamento do ônus sucumbencial também deve ser
afastada.
DISPOSITIVO:
Ante o exposto, CONHEÇO DO RECURSO E DOU-LHE PARCIAL PROVIMENTO, tão somente para
afastar a condenação da parte autora por litigância de má-fé, tornando ainda suspensa sua condenação
em custas e honorários advocatícios, nos termos do art. 98, §3º do CPC, mantendo a sentença ora
vergastada nos seus demais termos.
É COMO VOTO.
Belém, 17/08/2021
SA OAB: 12989/PA Participação: ADVOGADO Nome: OCTAVIO CASCAES DOURADO JUNIOR OAB:
649/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUKAS BATISTA SARMANHO OAB: 28673/PA Participação:
APELADO Nome: BANCO CETELEM S.A. Participação: ADVOGADO Nome: DENNER DE BARROS E
MASCARENHAS BARBOSA OAB: 24532/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIA TERCIA AVILA BASTOS DOS
SANTOS OAB: null
EMENTA
EMENTA
1-No caso em tela, verifica-se que o banco requerido se desincumbiu do ônus de provar a
regularidade da contratação, não havendo dúvidas de que a parte autora celebrou o empréstimo,
considerando a juntada não só da cédula de crédito firmada entre as partes (ID Nº. 5182969 – FLS.
59-62), devidamente assinada pela requerente, mas também o comprovante de transferência dos
valores para a conta bancária da autora (ID Nº. 5182969 – FLS. 67), restando, demonstrado,
portanto, a licitude da operação bancária, bem como a cobrança realizada pela instituição bancária
apelada.
2-Assim, verifica-se a regular contratação dos empréstimos, tendo em vista que dos pactos consta
a assinatura da requerente, que oportunamente anuiu à contratação e à forma de pagamento, não
havendo nenhum vício, ao menos do que se denota das provas juntadas aos autos.
3-Oportuno salientar, que a parte autora se manteve inerte ao ser intimada para se manifestar a
respeito da juntada do contrato de empréstimo assinado e do comprovante de transferência dos
valores contratados, não tendo se desincumbido de ao menos alegar qualquer vício que maculasse
o negócio jurídico, como por exemplo, falsificação da sua assinatura.
4-Ressalta-se também, não se tratar de pessoa analfabeta, e apesar de idosa, tinha pleno
discernimento a quando da contratação, considerando igualmente não ter juntado qualquer
documento que demonstrasse vício de consentimento.
5-Desta feita, restou devidamente comprovado que a autora firmou o referido contrato com a banco
réu, o que afasta a pretensão de declaração de inexistência de débito, bem como a pretensão de
indenização por dano moral e restituição em dobro de valores.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recursos de APELAÇO CÍVEL, tendo como ora
apelante VICENTINA MARINHO DA MOTA e ora apelado BANCO CETELEM S/A.
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de recurso de APELAÇÃO interposto por VICENTINA MARINHO DA MOTA
inconformada com a sentença proferida pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Inhangapi/Pa, que nos
autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO,
julgou improcedente o pedido inicial, condenando a parte autora ao pagamento de custas processuais e
honorários advocatícios no mínimo legal, tornando, entretanto, sua exigibilidade suspensa em razão da
gratuidade processual deferida, tendo como ora apelado BANCO CETELEM S/A.
A autora, ora apelante, ajuizou a ação acima mencionada, questionando a cobrança de parcela
consignada de financiamento efetuada junto ao INSS, fonte pagadora de seus proventos de previdência,
não reconhecendo, portanto, a relação contratual que sustenta a cobrança, pelo que requereu a
declaração de inexistência da obrigação, devolução em dobro das parcelas consignadas indevidamente e
indenização por dano moral.
O feito seguiu seu trâmite regular até a prolatação de sentença (ID Nº. 5182972), que julgou improcedente
a ação.
Inconformada, VICENTINA MARINHO DA MOTA interpôs o presente recurso de apelação (ID Nº.
5182973), reiterando o desconhecimento de qualquer contrato de empréstimo junto à instituição bancária,
salientando que nunca contratou qualquer empréstimo ou recebeu qualquer valor referente aos contratos,
tendo, inclusive, registrado Boletim de Ocorrência.
Esclarece que um dos supostos contratos teria sido firmado junto ao banco apelado (Contrato nº. 51-
817303431/16), possuindo 72 parcelas de R$ 26,00 (vinte e seis reais), totalizando o valor de R$ 841,74
(oitocentos e quarenta e um reais e setenta e quatro centavos).
Sustenta que já vinha vendo seu sustento prejudicado por estar recebendo o seu benefício em valor menor
do que deveria receber, tendo se deparado com a informação de que os descontos perdurariam por anos,
sem sequer ter realizado ou aceitado qualquer contratação junto à instituição financeira.
Ressalta que a mera existência de assinatura em uma folha de papel, que sequer foi reconhecida em
cartório, não é suficiente para comprovar que de fato a autora contratou o empréstimo.
Em sede de contrarrazões (ID Nº. 5182974), o apelado refuta todos os argumentos trazidos pela
recorrente, pugnando pela manutenção da sentença em todos os seus termos.
É o Relatório.
VOTO
VOTO
MÉRITO
Alega a autora, ora apelante, que não firmou qualquer contrato de empréstimo com o banco requerido,
salientando, portanto, que os descontos efetuados em seu benefício previdenciário são indevidos, fazendo
o nascer o dever do banco apelado de indenizar os prejuízos sofridos pelo ora recorrente.
Ademais, o Superior Tribunal de Justiça, visando dirimir qualquer dúvida, editou a Súmula nº. 297, que
dispõe: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”.
Dessa forma, ainda que persista o princípio da liberdade de contratação e pactuação das taxas e encargos
incidentes, os contratos bancários não contam com força absoluta e obrigatória, principalmente se houver
disposições que contrariam o ordenamento jurídico, como os princípios da boa-fé e equilíbrio das
prestações.
Os pactos, então, podem ser objeto de revisão sempre que verificada alguma abusividade que coloque o
consumidor em situação de extrema desvantagem.
Assim, passo a análise do caso concreto, observando os aspectos trazidos em sede recursal.
A demanda foi proposta sob a alegação de desconto indevido nos proventos de aposentadoria da
requerente, sem a existência de qualquer autorização de empréstimo ou similar. Já o banco apelante
sustenta a tese de validade do citado negócio jurídico, aduzindo para tanto que o contrato de empréstimo
foi regularmente assinado pela autora.
No caso em tela, verifica-se que o banco requerido se desincumbiu do ônus de provar a regularidade da
contratação, não havendo dúvidas de que a parte autora celebrou o empréstimo, considerando a juntada
não só da cédula de crédito firmada entre as partes (ID Nº. 5182969 – FLS. 59-62), devidamente assinada
pela requerente, mas também o comprovante de transferência dos valores para a conta bancária da autora
(ID Nº. 5182969 – FLS. 67), restando, demonstrado, portanto, a licitude da operação bancária, bem como
a cobrança realizada pela instituição bancária apelada.
Assim, verifica-se a regular contratação dos empréstimos, tendo em vista que dos pactos consta a
assinatura da requerente, que oportunamente anuiu à contratação e à forma de pagamento, não havendo
nenhum vício, ao menos do que se denota das provas juntadas aos autos.
Oportuno salientar, que a parte autora se manteve inerte ao ser intimada para se manifestar a respeito da
juntada do contrato de empréstimo assinado e do comprovante de transferência dos valores contratados,
não tendo se desincumbido de ao menos alegar qualquer vício que maculasse o negócio jurídico, como
por exemplo, falsificação da sua assinatura.
Ressalta-se também, não se tratar de pessoa analfabeta, e apesar de idosa, tinha pleno discernimento a
quando da contratação, considerando igualmente não ter juntado qualquer documento que demonstrasse
vício de consentimento.
Desta feita, restou devidamente comprovado que a autora firmou o referido contrato com a banco réu, o
que afasta a pretensão de declaração de inexistência de débito, bem como a pretensão de indenização
por dano moral e restituição em dobro de valores.
DISPOSITIVO:
É COMO VOTO.
Belém, 17/08/2021
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
EMENTA
EMENTA
1- A demanda foi proposta sob a alegação de desconto indevido nos proventos de aposentadoria
da requerente, sem a existência de qualquer autorização de empréstimo ou similar. Já o banco
apelante sustenta a tese de validade do citado negócio jurídico, aduzindo para tanto que o contrato
de empréstimo foi regularmente assinado pela autora.
2-No caso em tela, verifica-se que o contrato de empréstimo e a autorização para desconto
apresentados pelo Banco réu (Id. 4976204), que contém a suposta assinatura da autora, não se
mostra apto a demonstrar a veracidade do documento, considerando o fato da autora ser pessoa
analfabeta (ID Nº. 4976177).
3-Ademais, o banco não juntou qualquer procuração a fim de demonstrar que a requerente
outorgara poderes para que qualquer pessoa procedesse com a assinatura em seu lugar, restando
o contrato juntado nulo de pleno de direito.
4-Assim, verificado o vício no negócio jurídico entabulado entre as partes, não tendo o banco
apelado logrado êxito em provar, por meios idôneos, a validade das contratações, deve esta arcar
com os prejuízos sofridos pela autora.
5-No caso vertente, constata-se a existência do dano moral, posto que é completamente
inadmissível o desconto de valores da conta corrente da autora pelo Banco sem que tal ação esteja
amparada na lei ou por contrato. A surpresa de privação de verbas de caráter alimentar,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
6-Quanto à repetição do indébito, restou comprovado que a autora sofreu desconto em seu
benefício por empréstimo não realizado, o que acarreta a restituição, conforme previsto no art. 42,
parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor.
4-No tocante ao quantum indenizatório, referente ao dano moral, observa-se que o valor arbitrado
atende aos padrões da razoabilidade e proporcionalidade, não merecendo reparos a sentença ora
vergastada nesta parte.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de APELAÇO CÍVEL, tendo como ora
apelante BANCO ITAU CONSIGNADO S/A e ora apelada ROSELITA MONTERIO DA SILVA E SILVA.
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de recurso de APELAÇÃO interposto por BANCO ITAU CONSIGNADO S/A
inconformado com a sentença proferida pelo Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Benevides/Pa, que nos autos da AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO
POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, julgou procedente o pedido inicial, para declarar a nulidade do
Contrato nº. 551619634, condenando o banco requerido à devolução dos valores descontados
indevidamente, com correção monetária a partir de cada desconto e com juros de mora de 1% (hum por
cento) ao mês a partir da citação, bem como ao pagamento de danos morais no valor de R$ 10.000,00
(dez mil reais), devidamente corrigido a partir da data do arbitramento e juros de mora a contar da citação,
condenando ainda, o requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios na
proporção de 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, tendo como ora apelada ROSELITA
MONTEIRO DA SILVA E SILVA.
A autora, ora apelada, ajuizou a ação acima mencionada, aduzindo que jamais celebrou qualquer
empréstimo com a instituição Ré, contudo, tomou conhecimento da abertura de empréstimos consignados
em seu nome, bem como de reserva de margem consignável através do extrato do INSS no dia
12/11/2018.
Alegou que o empréstimo foi realizado indevidamente sob o número de contrato 551619634 no valor total
de R$ 3.288,01 (três mil, duzentos e oitenta e oito reais e um centavo) a ser descontado em 72 (setenta e
duas) parcelas no valor de R$ 94,30 (noventa e quatro reais e trinta centavos) por mês, já tendo sido
descontadas 44 (quarenta e quatro) parcelas até o presente momento, perfazendo o quantum de R$
4.149,20 (quatro mil, cento e quarenta e nove reais e vinte centavos)
Ressaltou que possui pouca instrução e que sofreu consequências gravíssimas em decorrência da fraude,
afirmando ser necessária a presente demanda, a fim de declarar a inexistência do contrato, bem como
condenar o banco réu ao pagamento de indenização por danos morais e a restituir os valores
indevidamente descontados em dobro.
O feito seguiu seu trâmite regular até a prolatação de sentença (ID Nº. 4976882), que julgou procedente a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ação.
Inconformado, BANCO ITAU CONSIGNADO S/A interpôs o presente recurso de apelação (ID Nº.
4976893), que a contratação fora regular, existindo contrato de empréstimo entre as partes, e que,
portanto, o desconto referente ao empréstimo questionado é legítimo.
Aduz que a condição de analfabetismo da parte autora não a torna incapaz para os atos da vida civil,
afirmando inexistir solenidade para a validade do negócio jurídico firmado por pessoas nessa condição.
Sustenta má-fé por parte da autora ao tentar induzir a erro o Juízo de 1º grau, salientando que as provas
juntadas ao processo demonstram a alteração da verdade pela requerente, bem como o objetivo ilegal de
usar o processo para buscar o enriquecimento ilícito.
Alega o não cabimento de indenização por danos materiais, ressaltando que a condenação do recorrente
ao pagamento dos valores que foram desfrutados pela parte recorrida, restaria configurado como
enriquecimento sem causa, visto que estaria recebendo duas vezes pelo dano supostamente suportado.
No que concerne aos danos morais, aduz que não há qualquer ilegalidade na conduta praticada pela
instituição bancária, afirmando que o recorrido deseja locupletar-se indevidamente às custas do banco
apelante, ressaltando que a situação gera apenas um mero aborrecimento, que inviabiliza qualquer
deferimento de pleito indenizatório.
Instada a se manifestar, a Douta Procuradoria de Justiça afirmou não possuir interesse que justifique sua
intervenção (ID Nº. 5699406).
É o Relatório.
VOTO
VOTO
MÉRITO
Alega o apelante que não praticou nenhum ato contrário a lei e que tenha provocado um prejuízo ao autor,
pelo que não há que se falar em indenização por danos morais e materiais, em razão dos descontos
realizados na conta do requerente, relativos ao contrato de empréstimo, bem como em restituição em
dobro do valor descontado.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ademais, o Superior Tribunal de Justiça, visando dirimir qualquer dúvida, editou a Súmula nº. 297, que
dispõe: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”.
Dessa forma, ainda que persista o princípio da liberdade de contratação e pactuação das taxas e encargos
incidentes, os contratos bancários não contam com força absoluta e obrigatória, principalmente se houver
disposições que contrariem o ordenamento jurídico, como os princípios da boa-fé e equilíbrio das
prestações.
Os pactos, então, podem ser objeto de revisão sempre que verificada alguma abusividade que coloque o
consumidor em situação de extrema desvantagem.
Assim, passo a análise do caso concreto, observando os aspectos trazidos em sede recursal.
A demanda foi proposta sob a alegação de desconto indevido nos proventos de aposentadoria do
requerente, sem a existência de qualquer autorização de empréstimo ou similar. Já o banco apelante
sustenta a tese de validade do citado negócio jurídico, aduzindo para tanto que o contrato de empréstimo
foi regularmente assinado pelo autor.
A demanda foi proposta sob a alegação de desconto indevido nos proventos de aposentadoria da
requerente, sem a existência de qualquer autorização de empréstimo ou similar. Já o banco apelante
sustenta a tese de validade do citado negócio jurídico, aduzindo para tanto que o contrato de empréstimo
foi regularmente assinado pela autora.
No caso em tela, verifica-se que o contrato de empréstimo e a autorização para desconto apresentados
pelo Banco réu (Id. 4976204), que contém a suposta assinatura da autora, não se mostra apto a
demonstrar a veracidade do documento, considerando o fato da autora ser pessoa analfabeta (ID Nº.
4976177).
Ademais, o banco não juntou qualquer procuração a fim de demonstrar que a requerente outorgara
poderes para que qualquer pessoa procedesse com a assinatura em seu lugar, restando o contrato
juntado nulo de pleno de direito.
Assim, verificado o vício no negócio jurídico entabulado entre as partes, não tendo o banco apelado
logrado êxito em provar, por meios idôneos, a validade das contratações, deve esta arcar com os prejuízos
sofridos pela autora.
De todo modo, independentemente do fato que gerou a incidência dos descontos indevidos, a legislação
consumerista, em seu art. 14, estabelece a responsabilidade objetiva do prestador de serviços,
independentemente da existência de culpa, conforme abaixo transcrito:
Nesse sentido, é notório na jurisprudência que diante da responsabilidade objetiva do fornecedor, este
responderá pelos danos ocasionados, conforme o julgado abaixo do Egrégio Superior Tribunal de Justiça:
Ressalta-se, por oportuno, que diante das peculiaridades do caso concreto, resta inaplicável quaisquer das
hipóteses previstas no art. 14, §3º do CDC, segundo as quais afastariam a responsabilidade do prestador
de serviço, uma vez que o banco apelante não logrou êxito em demonstrar a inexistência de defeito na
prestação do serviço oferecido, bem como a culpa exclusiva do autor ou de terceiros.
Desta feita, no caso em comento, resta claro que o recorrente não obteve sucesso em suscitar fato
impeditivo, modificativo ou impeditivo do direito do autor, com fulcro no art. 373, inciso II do CPC, o que
demonstra o acerto da sentença atacada.
Assim sendo, uma vez verificada a ocorrência de ato ilícito consubstanciado no desconto indevido
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
referente ao contrato de empréstimo, cumpre analisar, se é devido o pleito indenizatório relativo aos danos
morais e materiais.
In casu, é fato que a instituição financeira recorrente atentou contra o recorrido ao realizar cobranças
indevidas oriundas de contrato de empréstimo, privando-a de parte de seus proventos, os quais possuem
claramente natureza alimentar.
Épreciso destacar que “o dano moral é a privação ou diminuição daqueles bens que têm valor
precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranquilidade de espírito, a liberdade individual, a
integridade individual, a integridade física, a honra e os demais sagrados afetos; classificando-se,
desse modo, em dano que afeta a parte social do patrimônio moral (honra, reputação, etc) e dano
que molesta a parte afetiva do patrimônio moral (dor, tristeza, saudade etc)” (CAHALI, Yussef Said.
Dano Moral, 2 ª Edição. Editora RT: So Paulo, 1998)
Sabe-se que o dano moral repercute na esfera íntima da vítima, e é revestido de um caráter subjetivo,
caracterizado pelo que a doutrina chama de dor na alma, no âmago do ser humano, consistente em
sofrimento, dor, constrangimento, vexame, tanto perante o meio social em que vive, tanto em relação a si
próprio.
Sendo assim, “a prova do dano moral, por se tratar de aspecto imaterial, deve lastrear-se em
pressupostos diversos do dano material. Não há, como regra geral, avaliar por testemunhas ou
mensurar em pericia a dor pela morte, pela agressão moral, pelo desconforto anormal ou pelo
desprestígio social. Valer-se-á o juiz, sem dúvida, de máximas experiências.” (VENOSA, Sílvio de
Salvo. Direito Civil IV 4ª Edição. Editora Atlas: São Paulo, 2004)
Por conseguinte, é cediço que são três as finalidades da indenização por dano moral: I) compensar a
vítima pelo dano sofrido; II) punir o causador do dano; e III) motivá-lo a não mais praticar conduta
incompatível com a lei ou que provoque danos, seja na esfera contratual ou extracontratual.
constituem fatos aptos a ensejar a configuração de danos morais. III- Em face da relação de consumo
existente entre as partes, a instituição financeira deve responder independente de culpa pelo defeito na
prestação de serviço que venha a causar dano ao consumidor (Art. 14 do CDC), salvo se restar
caracterizada a culpa exclusiva da vítima ou de terceiro. IV O Bancos réu tinha o ônus de comprovar
que o empréstimo foi efetivamente firmado pelo autor, apresentando cópia do contrato assinado
pelo mesmo, mas permaneceu inerte quanto a sua juntada. (TJCE - APL 0011105-03.2012.8.06.0101,
Relator Des. FRANCISCO BEZERRA CAVALCANTE, publicado em 23/02/2016)
Desta feita, no caso vertente, constata-se a existência do dano moral, posto que é completamente
inadmissível o desconto de valores da conta corrente do autor pelo Banco sem que tal ação esteja
amparada na lei ou por contrato. A surpresa de privação de verbas de caráter alimentar, transcendem os
limites do mero aborrecimento, devendo, pois, a sentença ora vergastada ser mantida nesta parte.
Ademais, quanto à repetição do indébito, restou comprovado que o apelado sofreu desconto em seu
benefício por empréstimo não realizado, o que acarreta a restituição, conforme previsto no art. 42,
parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor, estando correto o arbitrado na sentença.
Compete ao julgador, segundo o seu prudente arbítrio, estipular equitativamente os valores devidos,
analisando as circunstâncias do caso concreto e obedecendo aos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade.
Em realidade, para a fixação do valor a ser indenizado, deve-se ter em mente que não pode a indenização
servir-se para o enriquecimento ilícito do beneficiado, muito menos pode ser insignificante a ponto de não
recompor os prejuízos sofridos, nem deixar de atender ao seu caráter eminentemente pedagógico,
essencial para balizar as condutas sociais.
Esclarece-nos Caio Mário da Silva Pereira, in Responsabilidade Civil, Forense, 1990, p. 61, as funções da
indenização por danos morais: “O fulcro do conceito ressarcitório acha-se deslocado para a
convergência de duas forças: caráter punitivo para que o causador do dano, pelo fato da
condenação, veja-se castigado pela ofensa praticada e o caráter compensatório para a vítima que
receberá uma soma que lhe proporcione prazer em contrapartida do mal.”
Sendo assim, verifica-se nos autos que embora a capacidade financeira da autora não seja expressiva,
não se pode dizer o mesmo sobre a do réu. Outrossim, deve ser assegurado o direito indenizatório aos
consumidores que foram comprovadamente prejudicados por condutas como esta. Percebe-se ainda o
descaso das instituições bancárias, eis que dificilmente adotam procedimentos de investigação da conduta
fraudulenta, limitando-se apenas a aduzir a regularidade da contratação, sem ao menos comprovar o
alegado.
“A pena civil ingressa no direito privado como uma sanção punitiva de finalidade preventiva de ilícitos
sociais. Agrega efetividade ao direito civil, sobremaneira na tutela de direitos da personalidade e conflitos
metaindividuais. O desprezo do agressor para com valores mínimos de convivência social, seu
pouco apreço à pessoa humana, ou, mesmo, o potencial danoso para a sociedade consistente na
multiplicação de condutas como a causadora do dano, são circunstâncias que podem ensejar a
imposição da sanção punitiva no direito privado. As estatísticas demonstram que o Poder Judiciário e,
especialmente, os juizados especiais, converteram-se em repositórios de demandas de responsabilidade
civil. Assombra a reiteração de demandas contra os mesmos réus, pelas mesmas práticas
reveladoras de um profundo descaso com os seus clientes e a sociedade. Há uma subversão
axiológica, haja vista que a lógica puramente patrimonialista e individualista – de uma racionalidade
282
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Por conseguinte, o referido professor enfatiza que a condição patrimonial do autor do ilícito deve sim ser
considerada como requisito para a quantificação da pena civil, pois quando se trata desta, vem à tona a
ideia de desestímulo, dissuasão e prevenção, como traços predominantes dessa sanção. Quando o
causador do dano é uma pessoa jurídica dotada de amplos recursos econômicos, a desconsideração
quanto a este fato privará a sanção de seu principal impacto: a coerção indireta.
Além disso, grandes empresas possuem mecanismos mais sofisticados e precisos para optar por
intencionalmente praticar ilícitos tendo o conhecimento de que os danos patrimoniais e morais que
repercutirão contra si serão menores que o lucro que obterá ao praticar comportamentos reprováveis.
Certamente, se maior o potencial econômico da empresa, maiores as possibilidades de obter grandes
lucros à custa de violações de direitos de um considerável público de “anônimos”.
DISPOSITIVO:
É COMO VOTO.
Belém, 17/08/2021
EMENTA
EMENTA
1-No caso vertente, restou devidamente comprovado a ocorrência de ato ilícito perpetrado pela
parte apelante, consubstanciado no desconto indevido referente ao contrato de empréstimo.
3-Ademais, quanto à repetição do indébito, restou comprovado que o apelado sofreu desconto em
seu benefício por empréstimo não realizado, o que acarreta a restituição, em dobro, conforme
previsto no art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor, estando correto o
arbitrado na sentença.
4-No tocante ao quantum indenizatório, referente ao dano moral, observa-se que o valor arbitrado
atende aos padrões da razoabilidade e proporcionalidade, não merecendo reparos a sentença ora
vergastada nesta parte.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de APELAÇO CÍVEL, tendo como ora
apelante BANCO BRADESCO S/A e ora apelado RAIMUNDO FERREIRA TERRA.
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de recurso de APELAÇÃO interposto por BANCO BRADESCO S/A
inconformado com a sentença proferida pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Inhangapi/Pa, que nos
autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO
POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, julgou procedente o pedido inicial, para declarar a inexistência da
relação obrigacional em questão, condenando o banco requerido à devolução em dobro dos valores
descontados indevidamente, com correção monetária e juros de mora de 1% (hum por cento) ao mês a
partir do evento danoso, bem como ao pagamento de danos morais no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais), devidamente corrigido a partir da data da citação, condenando ainda, o requerido ao pagamento
das despesas processuais e honorários advocatícios na proporção de 15% (quinze por cento) sobre o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
proveito econômico do autor, tendo como ora apelado RAIMUNDO FERREIRA TERRA.
O autor, ora apelado, ajuizou a ação acima mencionada, aduzindo que não reconhece a relação contratual
que sustenta a cobrança de parcela consignada de financiamento efetuada junto ao INSS, referente ao
Contrato nº. 0123358067353, no valor total de R$ 3.695,24 (três mil, seiscentos e noventa e cinco reais e
vinte e quatro centavos), parcelado de 54 (cinquenta e quatro) vezes, no valor de R$ 111,00 (cento e onze
reais), tendo salientado que nunca contratou o referido empréstimo, desconhecendo assim a origem da
dívida.
O feito seguiu seu trâmite regular até a prolatação de sentença (ID Nº. 4992126), que julgou procedente a
ação.
Inconformado, BANCO BRADESCO FINANCIAMENTO S/A interpôs o presente recurso de apelação (ID
Nº. 4992128), que a contratação fora regular, existindo contrato de empréstimo entre as partes, e que,
portanto, o desconto referente ao empréstimo questionado é legítimo.
Aduz que não há que se falar em condenação à restituição do valor em dobro, considerando a não
demonstração de que a instituição financeira apelante agiu de má-fé.
No que concerne aos danos morais, aduz que não há qualquer ilegalidade na conduta praticada pela
instituição bancária, afirmando que o recorrido deseja locupletar-se indevidamente às custas do banco
apelante, ressaltando que a situação gera apenas um mero aborrecimento, que inviabiliza qualquer
deferimento de pleito indenizatório.
É o Relatório.
VOTO
VOTO
MÉRITO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Alega o apelante que não praticou nenhum ato contrário a lei e que tenha provocado um prejuízo ao autor,
pelo que não há que se falar em indenização por danos morais e materiais, em razão dos descontos
realizados na conta do requerente, relativos ao contrato de empréstimo, bem como em restituição em
dobro do valor descontado.
Ademais, o Superior Tribunal de Justiça, visando dirimir qualquer dúvida, editou a Súmula nº. 297, que
dispõe: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”.
Dessa forma, ainda que persista o princípio da liberdade de contratação e pactuação das taxas e encargos
incidentes, os contratos bancários não contam com força absoluta e obrigatória, principalmente se houver
disposições que contrariem o ordenamento jurídico, como os princípios da boa-fé e equilíbrio das
prestações.
Os pactos, então, podem ser objeto de revisão sempre que verificada alguma abusividade que coloque o
consumidor em situação de extrema desvantagem.
Assim, passo a análise do caso concreto, observando os aspectos trazidos em sede recursal.
A demanda foi proposta sob a alegação de desconto indevido nos proventos de aposentadoria do
requerente, sem a existência de qualquer autorização de empréstimo ou similar. Já o banco apelante
sustenta a tese de validade do citado negócio jurídico, aduzindo para tanto que o contrato de empréstimo
foi regularmente assinado pelo autor.
No caso em tela, entendo que a parte autora logrou êxito em demonstrar a existência de transferência
indevida de seus ativos financeiros. Digo isso porque a relação detalhada de créditos, fornecida pela
Previdência Social (ID Nº 4992109), comprova o desconto realizado.
Já o banco recorrente, não se desincumbiu de provar o contrário, não tendo juntado qualquer prova a
respeito da regularidade da contratação do empréstimo.
De todo modo, independentemente do fato que gerou a incidência dos descontos indevidos, a legislação
consumerista, em seu art. 14, estabelece a responsabilidade objetiva do prestador de serviços,
independentemente da existência de culpa, conforme abaixo transcrito:
Nesse sentido, é notório na jurisprudência que diante da responsabilidade objetiva do fornecedor, este
responderá pelos danos ocasionados, conforme o julgado abaixo do Egrégio Superior Tribunal de Justiça:
danos morais, arbitrado em R$ 10.000,00 (dez mil reais) e mantido pelo Tribunal de origem, não se
encontra desarrazoado frente aos patamares estabelecidos por esta Corte Superior, estando em perfeita
consonância com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Descabida, portanto, a intervenção
do STJ no que toca ao valor anteriormentefixado.Precedentes. 5. Agravo regimental não provido" (Quarta
Turma, AgRg no AREsp 602968/SP, rel. Min. Luís Felipe Salomão, j. 02/12/2014, DJe 10/12/2014). ”
Ressalta-se, por oportuno, que diante das peculiaridades do caso concreto, resta inaplicável quaisquer das
hipóteses previstas no art. 14, §3º do CDC, segundo as quais afastariam a responsabilidade do prestador
de serviço, uma vez que o banco apelante não logrou êxito em demonstrar a inexistência de defeito na
prestação do serviço oferecido, bem como a culpa exclusiva do autor ou de terceiros.
Desta feita, no caso em comento, resta claro que o recorrente não obteve sucesso em suscitar fato
impeditivo, modificativo ou impeditivo do direito do autor, com fulcro no art. 373, inciso II do CPC, o que
demonstra o acerto da sentença atacada.
Assim sendo, uma vez verificada a ocorrência de ato ilícito consubstanciado no desconto indevido
referente ao contrato de empréstimo, cumpre analisar, se é devido o pleito indenizatório relativo aos danos
morais e materiais.
In casu, é fato que a instituição financeira recorrente atentou contra o recorrido ao realizar cobranças
indevidas oriundas de contrato de empréstimo, privando-a de parte de seus proventos, os quais possuem
claramente natureza alimentar.
Épreciso destacar que “o dano moral é a privação ou diminuição daqueles bens que têm valor
precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranquilidade de espírito, a liberdade individual, a
integridade individual, a integridade física, a honra e os demais sagrados afetos; classificando-se,
desse modo, em dano que afeta a parte social do patrimônio moral (honra, reputação, etc) e dano
que molesta a parte afetiva do patrimônio moral (dor, tristeza, saudade etc)” (CAHALI, Yussef Said.
Dano Moral, 2 ª Edição. Editora RT: So Paulo, 1998)
Sabe-se que o dano moral repercute na esfera íntima da vítima, e é revestido de um caráter subjetivo,
caracterizado pelo que a doutrina chama de dor na alma, no âmago do ser humano, consistente em
sofrimento, dor, constrangimento, vexame, tanto perante o meio social em que vive, tanto em relação a si
próprio.
Sendo assim, “a prova do dano moral, por se tratar de aspecto imaterial, deve lastrear-se em
pressupostos diversos do dano material. Não há, como regra geral, avaliar por testemunhas ou
mensurar em pericia a dor pela morte, pela agressão moral, pelo desconforto anormal ou pelo
desprestígio social. Valer-se-á o juiz, sem dúvida, de máximas experiências.” (VENOSA, Sílvio de
Salvo. Direito Civil IV 4ª Edição. Editora Atlas: São Paulo, 2004)
Por conseguinte, é cediço que são três as finalidades da indenização por dano moral: I) compensar a
vítima pelo dano sofrido; II) punir o causador do dano; e III) motivá-lo a não mais praticar conduta
incompatível com a lei ou que provoque danos, seja na esfera contratual ou extracontratual.
por terceiros no âmbito de operações bancárias.4. Mais do que um mero aborrecimento, patente o
constrangimento e angústia do apelante, ante os descontos ilegais em seus proventos. 5. Apelação
Cível conhecida e provida.(TJPI - AC 00004907020128180116, Relator Des. FERNANDO CARVALHO
MENDES, publicado no DJe em 21/03/2016)
Desta feita, no caso vertente, constata-se a existência do dano moral, posto que é completamente
inadmissível o desconto de valores da conta corrente do autor pelo Banco sem que tal ação esteja
amparada na lei ou por contrato. A surpresa de privação de verbas de caráter alimentar, transcendem os
limites do mero aborrecimento, devendo, pois, a sentença ora vergastada ser mantida nesta parte.
Ademais, quanto à repetição do indébito, restou comprovado que o apelado sofreu desconto em seu
benefício por empréstimo não realizado, o que acarreta a restituição, em dobro, conforme previsto no art.
42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor, estando correto o arbitrado na sentença.
Compete ao julgador, segundo o seu prudente arbítrio, estipular equitativamente os valores devidos,
analisando as circunstâncias do caso concreto e obedecendo aos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade.
Em realidade, para a fixação do valor a ser indenizado, deve-se ter em mente que não pode a indenização
servir-se para o enriquecimento ilícito do beneficiado, muito menos pode ser insignificante a ponto de não
recompor os prejuízos sofridos, nem deixar de atender ao seu caráter eminentemente pedagógico,
essencial para balizar as condutas sociais.
Esclarece-nos Caio Mário da Silva Pereira, in Responsabilidade Civil, Forense, 1990, p. 61, as funções da
indenização por danos morais: “O fulcro do conceito ressarcitório acha-se deslocado para a
convergência de duas forças: caráter punitivo para que o causador do dano, pelo fato da
condenação, veja-se castigado pela ofensa praticada e o caráter compensatório para a vítima que
receberá uma soma que lhe proporcione prazer em contrapartida do mal.”
Sendo assim, verifica-se nos autos que embora a capacidade financeira da autora não seja expressiva,
não se pode dizer o mesmo sobre a do réu. Outrossim, deve ser assegurado o direito indenizatório aos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
consumidores que foram comprovadamente prejudicados por condutas como esta. Percebe-se ainda o
descaso das instituições bancárias, eis que dificilmente adotam procedimentos de investigação da conduta
fraudulenta, limitando-se apenas a aduzir a regularidade da contratação, sem ao menos comprovar o
alegado.
“A pena civil ingressa no direito privado como uma sanção punitiva de finalidade preventiva de ilícitos
sociais. Agrega efetividade ao direito civil, sobremaneira na tutela de direitos da personalidade e conflitos
metaindividuais. O desprezo do agressor para com valores mínimos de convivência social, seu
pouco apreço à pessoa humana, ou, mesmo, o potencial danoso para a sociedade consistente na
multiplicação de condutas como a causadora do dano, são circunstâncias que podem ensejar a
imposição da sanção punitiva no direito privado. As estatísticas demonstram que o Poder Judiciário e,
especialmente, os juizados especiais, converteram-se em repositórios de demandas de responsabilidade
civil. Assombra a reiteração de demandas contra os mesmos réus, pelas mesmas práticas
reveladoras de um profundo descaso com os seus clientes e a sociedade. Há uma subversão
axiológica, haja vista que a lógica puramente patrimonialista e individualista – de uma racionalidade
estritamente econômica – paira sobre situações jurídicas existenciais e metaindividuais. A eventual
reparação de danos será previamente conhecida e contabilizada pelo lesante.” (ROSENVALD, Nelson. Et
al. Novo Tratado de Responsabilidade Civil. Atlas: So Paulo, 2015)
Por conseguinte, o referido professor enfatiza que a condição patrimonial do autor do ilícito deve sim ser
considerada como requisito para a quantificação da pena civil, pois quando se trata desta, vem à tona a
ideia de desestímulo, dissuasão e prevenção, como traços predominantes dessa sanção. Quando o
causador do dano é uma pessoa jurídica dotada de amplos recursos econômicos, a desconsideração
quanto a este fato privará a sanção de seu principal impacto: a coerção indireta.
Além disso, grandes empresas possuem mecanismos mais sofisticados e precisos para optar por
intencionalmente praticar ilícitos tendo o conhecimento de que os danos patrimoniais e morais que
repercutirão contra si serão menores que o lucro que obterá ao praticar comportamentos reprováveis.
Certamente, se maior o potencial econômico da empresa, maiores as possibilidades de obter grandes
lucros à custa de violações de direitos de um considerável público de “anônimos”.
DISPOSITIVO:
É COMO VOTO.
Belém, 17/08/2021
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EMENTA
EMENTA
1 – Hipótese em que a parte autora/apelante impugnou a Cédula de Crédito Bancário juntada pela
instituição financeira, abjurando a assinatura nela aposta.
2 – Não obstante a regra geral da distribuição do ônus da prova atribua ao autor a prova do fato
constitutivo do seu direito, expressa no art. 373, do CPC/2015, o mesmo Diploma Processual Civil dispõe,
em seu art. 429, inciso II, que, uma vez contestada a assinatura, o ônus de provar a sua autenticidade é
da parte que produziu o documento.
3 – Tal distribuição excepcional do múnus probatório se justifica pela perda de fé do documento particular,
até que seja comprovada a sua veracidade, conforme preconizado pelo art. 428, inciso I, do citado CPC.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, onde figuram como partes as acima identificadas, acordam os
Excelentíssimos Senhores Desembargadores membros da Colenda 2ª Turma de Direito Privado do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará na Sessão Ordinária realizada em 10 de agosto de 2021
(Plenário Virtual), na presença do Exmo. Representante da Douta Procuradoria de Justiça, por
unanimidade de votos, em CONHECER e DAR PROVIMENTO ao Recurso de Apelação, nos termos do
voto da Exma. Desembargadora Relatora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.
Desembargadora Relatora
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de Recurso de APELAÇÃO CÍVEL interposto por ARMANDO SANTOS DA
SILVA inconformado com a Sentença prolatada pelo MM. Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial de
Paragominas/PA que, nos autos de AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE NEGÓCIO
JURÍDICO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, ajuizada por si em
face de BANCO BMG S/A, julgou improcedente a pretensão exordial.
Em sua exordial (ID. 5241320), narrou o autor/apelante ter sofrido descontos indevidos em seu benefício
previdenciário, que, já totalizariam o importe de R$ 1.394,73 (um mil, trezentos e noventa e quatro reais e
setenta e três centavos), relativos a empréstimo consignado que não teria tido sua aquiescência.
Pleiteou, assim, liminarmente a suspensão dos descontos e, no mérito a nulidade dos contratos de
empréstimo, restituição dos valores indevidamente descontados e a condenação da requerida ao
pagamento de indenização à título de dano moral.
291
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Em decisão de ID. 5241323, foi deferida a gratuidade de justiça ao autor e indeferido o pedido de tutela de
urgência formulado na exordial.
O feito seguiu seu tramite regular até a prolação da sentença (ID. 5241352), que julgou improcedente a
pretensão autoral, extinguindo o feito com resolução de mérito com fulcro no art. 487, inciso I, do Código
de Processo Civil.
Condenou, ainda, a parte autora ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios
fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, que, restaram suspensos em razão do autor ser
beneficiário da gratuidade de justiça.
Inconformado, o autor ARMANDO SANTOS DA SILVA interpôs Recurso de Apelação (ID. 5241355).
Argui que a instituição financeira não teria comprovado através de documento hábil, o depósito dos valores
supostamente contratados na conta bancária da apelante, o que, seria indispensável para demonstrar a
regularidade da contratação.
Aduz que com a inversão do ônus probatório, recairia à apelada comprovar a existência de relação jurídica
entre as partes, juntando os originais do contrato em evidência e produzindo prova pericial, o que não teria
ocorrido na hipótese.
Pleiteia, assim, pelo provimento do recurso para que seja desconstituída a sentença vergastada, ou,
alternativamente, que seja reformada para julgar totalmente procedente a pretensão exordial declarando a
inexistência do negócio jurídico e, condenando a instituição financeira requerida/apelada a restituir os
valores descontados e ao pagamento de indenização por danos morais.
Em contrarrazões (ID. 5241359), arrazoa a instituição financeira apelada, ser irrepreensível a sentença
recorrida, razão pela qual defende sua manutenção integral e, por conseguinte, o desprovimento do
recurso.
É o relatório.
Desembargadora – Relatora
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
VOTO
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
QUESTÕES PRELIMINARES
Consta das razões preliminares arguidas pelo apelante, a ocorrência de cerceamento de defesa face a
não realização da perícia grafotécnica no contrato colacionada aos autos pela instituição financeira.
Analisando os autos, verifica-se que o autor/apelante aforou ação indenizatória aduzindo que embora não
possuísse qualquer relação contratual com a instituição financeira requerida, esta teria indevidamente
realizado descontos em seus proventos de aposentadoria.
Por sua vez, a instituição financeira requerida, ora apelada, sustentou em suma, a existência do negócio
jurídico e a regularidade dos descontos, colacionando para subsidiar tal afirmação, Cédula de Crédito
Bancário (ID. 5241335), com assinatura que seria da parte autora.
Em manifestação a contestação (ID. 5241342), o autor, ora apelante, impugnou o Cédula de Crédito
Bancário, impugnando a assinatura nela aposta, bem como os documentos colacionados pelo banco
apelado.
Ato contínuo, o juízo de piso prolatou sentença que consubstanciada nos documentos trazidos aos autos
pela instituição financeira requerida/apelada, entendendo ser existente o negócio jurídico e, por
conseguinte, regular os descontos e a negativação do autor.
Com efeito, é cediço que a regra geral da distribuição do ônus da prova é aquela expressa no art. 373, do
CPC/2015, que atribui ao autor o ônus de provar o fato constitutivo do seu direito e ao réu o de provar a
existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do autor.
Não obstante, o mesmo Diploma Processual Civil dispõe, em seu art. 429, inciso II, que, uma vez
contestada a assinatura, o ônus de provar a sua autenticidade é da parte que produziu o documento,
senão vejamos:
[...]
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Tal distribuição excepcional do múnus probatório se justifica pela perda de fé do documento particular, até
que seja comprovada a sua veracidade, conforme preconizado pelo art. 428, inciso I, do Código de
Processo Civil, a propósito:
[...]
Desse modo, tratando-se de alegação de falsidade de assinatura, cabe àquele que apresentou o
documento em juízo comprovar sua veracidade, conforme previsão expressa no ordenamento jurídico.
(TJ-MG - AC: 10000191040799001 MG, Relator: Juliana Campos Horta, Data de Julgamento: 13/07/0020,
Data de Publicação: 20/07/2020). (Grifei).
(TJ-RS - AC: 70079060018 RS, Relator: Giovanni Conti, Data de Julgamento: 29/11/2018, Décima Sétima
Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 12/12/2018). (Grifei).
(TJ-RJ - AI: 00645767020188190000, Relator: Des(a). Cesar Felipe Cury, Décima Primeira Câmara Cível,
Data de Julgamento: 26/06/2019). (Grifei).
Outrossim, não há na hipótese, contrariamente, presunção de falsidade dos documentos, visto que tendo
sido o feito sentenciado seguidamente a arguição de falsidade das assinaturas, não fora o banco
requerido/apelado sequer instado para comprova sua validade.
Destarte, alegada a falsidade da assinatura lançada no instrumento contratual, restou cessada a fé deste,
recaindo à instituição financeira o ônus da demonstração de sua autenticidade, razão pela se impõe na
hipótese a desconstituição do decisum vergastado com o retorno dos autos ao juízo “ad quo” para que,
declarada a inversão do múnus probatório nos termos do citado art. 429, inciso II do CPC, seja dado
regular prosseguimento ao feito.
Por fim, ressalta-se que ante o acolhimento da questão preliminar em epígrafe, resta prejudicado o exame
do mérito do recurso de apelação.
DISPOSITIVO
É como voto.
Desembargadora – Relatora
Belém, 17/08/2021
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
EMENTA
EMENTA
2- Ademais, não teria sentido suspender a decisão proferida por esta Desembargadora nos
presentes autos, ou ainda, sustar o andamento processual dos recursos acima mencionados,
considerando que o próprio objetivo central dos mesmos é justamente atacar a decisão proferida
pelo Juízo de 1º grau.
3- Imperioso ressaltar também, que se está em sede de agravo de instrumento, em que o limite
de atuação se restringe tão somente à decisão proferida pelo Juízo de 1º grau, sob pena de
supressão de instância, razão pela qual se mostra inviável a confecção do laudo pericial perante
este Juízo ad quem.
4- Por fim, deixo de aplicar a multa prevista no art. 1026, §2º do CPC, por não vislumbrar o
caráter protelatório dos declaratórios.
RELATÓRIO
RELATÓRIO
BANCO DA AMAZÔNIA S/A opôs EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (ID Nº. 5428381), com fundamento
no art. 1.022 do CPC, em face do v. Acórdão (ID Nº. 5297949), cuja ementa é a seguinte, in verbis:
1-Analisando detidamente os autos, observa-se que esta Relatora, ao analisar a pedido de tutela de
urgência pretendido pelo banco ora agravante, acabou por indeferir a liminar (ID Nº 3652940).
3-Nesse sentido, a fim de se evitar decisão conflitante e, sob o mesmo fundamento exposto nos
autos do recurso de agravo de instrumento nº. 0808076-18.2020.8.14.0000, necessário se faz a
reforma da decisão ora vergastada.
4-Recurso conhecido e provido, reformando a decisão por mim proferida, a fim de deferir o pedido
de efeito suspensivo pleiteado, com a sustação da eficácia da decisão objeto do presente agravo,
até a realização de nova perícia judicial pelo Juízo de 1º grau.”
Alega o embargante que o v. acórdão ora embargado contraria a decisão do processo de Agravo de
Instrumento nº. 0808076-18.2020.8.14.0000, processo conexo ao presente feito, que por sua vez deferiu
os efeitos pretendido no agravo determinando a suspensão da decisão em todos os seus termos até a
realização de nova perícia judicial nesta instância de 2º grau e não no Juízo de 1º grau.
Requer o provimento dos embargos de declaração para suprimento da contradição apontada com o fim de
reformar a decisão, no sentido de que os novos cálculos do processo sejam realizados pelo contador
judicial desta instância (2º grau), conforme determinado na decisão do agravo de instrumento N° 0808076-
18.2020.814.0000, haja vista que não há razão para que o cálculo seja feito pelo contador judicial do Juízo
do primeiro, tendo em vista que o cálculo foi realizado por duas vezes e mantido de forma errônea,
conforme todas argumentações dispostas pelo embargante nestes autos e nos demais autos conexos.
Em sede de contrarrazões (ID Nº. 5631114), o embargado refuta todos os argumentos trazidos pelo
recorrente, pugnando pela manutenção do v. acórdão, bem como pela aplicação de multa por recurso
protelatório.
É o Relatório.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
VOTO
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
MÉRITO
Da simples leitura do v. acórdão atacado, não se observa qualquer contradição, restando cristalino que a
decisão guerreada suspendeu tão somente a decisum proferido pelo Juízo de 1º grau, objeto dos recursos
de agravo de instrumento nº. 0808077-03.2020.8.14.0000 e nº. 0808076-18.2020.8.14.0000, senão
vejamos:
Ademais, não teria sentido suspender a decisão proferida por esta Desembargadora nos presentes autos,
ou ainda, sustar o andamento processual dos recursos acima mencionados, considerando que o próprio
objetivo central dos mesmos é justamente atacar a decisão proferida pelo Juízo de 1º grau.
Imperioso ressaltar também, que se está em sede de agravo de instrumento, em que o limite de atuação
se restringe tão somente à decisão proferida pelo Juízo de 1º grau, sob pena de supressão de instância,
razão pela qual se mostra inviável a confecção do laudo pericial perante este Juízo ad quem.
Por fim, deixo de aplicar a multa prevista no art. 1026, §2º do CPC, por não vislumbrar o caráter
protelatório dos declaratórios.
Ante o exposto, não tendo sido observados os limites traçados pelo art. 1022 do CPC/2015, CONHEÇO
dos Embargos de Declaração e NEGO-LHES PROVIMENTO, prequestionando, entretanto, toda a
matéria suscitada pelo embargante, nos termos do art. 1.025 do CPC.
É COMO VOTO.
Belém, 17/08/2021
EMENTA
2. No Acórdão atacado, é possível constatar que a Turma Julgadora tanto no início do julgado como na
parte dispositiva, entendeu que a decisão ad quo não se enquadrava entre aquelas descritas no rol
taxativo do art. 1.015 do CPC, por se tratar de emenda a inicial, razão pela qual, mantiveram a decisão
monocrática que não conheceu do Agravo de Instrumento.
4. Outrossim, destaca-se, em que pese a embargante ter defendido a tese de cabimento de recurso de
Agravo de Instrumento com base na interpretação mitigada do artigo 1.015, I, do CPC, mencionado
entendimento constante no Recurso Repetitivo Resp. nº 1.704.520-MT, tal entendimento se reporta a
mitigação aos casos de declinação de competência do Juízo, não se aplicando ao caso sob análise, pois
trata-se de despacho que determinou a juntada da via Original de Crédito Bancário.
5. Ademais, observa-se que a ora embargante tão somente afirma da desnecessidade de juntada da via
Original de Cédula de Crédito Bancário para o ajuizamento da ação de busca e apreensão, entretanto, não
se desincumbiu em demonstrar qual o prejuízo de difícil reparação; em cumprir o comando judicial imposto
pelo Juízo de origem. O fato é que se trata de título de crédito circulável mediante endosso, e a sua não
apresentação pode acarretar sérios prejuízos a embargada, por ser de simples circulação no mercado
mediante o respectivo endosso.
6. Dessa forma, previno as partes de que a interposição de recurso contra esta decisão, se declarado
manifestamente protelatório, poderá acarretar condenação às penalidades fixadas nos termos do 1.026, §
299
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
2º, do CPC.
7. No que tange ao pedido de prequestionamento, insta esclarecer que o Código de Processo Civil
consagrou a possibilidade de pré-questionamento implícito no art. 1025.
8. Não demonstração dos requisitos do art. 1022 do Código de Processo Civil. Manutenção do Acórdão
embargado.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, tendo como ora
embargante ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA e ora embargados JULIA
CRISTIANE DA COSTA PAIVA, e do V. ACÓRDÃO ID Nº 5458130.
Desembargadora – Relatora.
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Aduz não restarem dúvidas de que a decisão que a embargante pretende a reforma é plenamente
oponível através de Agravo de Instrumento, se mostrando contraditório o v. Acórdão, que considerou o
recurso inadmissível.
Alega a ocorrência de contradição no acórdão proferido, pois contraria o artigo 1015, inciso I, do CPC e o
entendimento do próprio STJ, que defende o cabimento de recurso de Agravo de Instrumento com base na
interpretação mitigada ao mencionado dispositivo legal, entendimento constante no Recurso Repetitivo
Resp. nº 1.704.520-MT.
Por fim, pugna pelo acolhimento e provimento dos presentes embargos, para que seja sanada a
contradição apontada, reformando-se o acórdão proferido, para que seja admitido o Recurso de Agravo de
Instrumento, interposto contra a decisão que deixou de conceder a liminar de busca e apreensão e
determinou a juntada do contrato original, bem como requer a manifestação acerca da aplicabilidade do
artigo 1.015, I, do CPC para fins prequestionamento.
O prazo para apresentação de contrarrazões decorreu “in albis”, conforme certidão de Id. 5772029.
É o relatório.
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
MÉRITO
Prima face, é oportuno ressaltar a natureza específica deste recurso de fundamentação vinculada, qual
seja: a de propiciar a correção, integração e complementação da decisão judicial, na hipótese desta
apresentar obscuridade, contradição, omissão ou erro material, sendo vedado o reexame de matéria
meritória já decidida, nos termos do art. 1.022 do NCPC.
Tem, pois, os Embargos Declaratórios finalidade específica, qual seja, a de tornar claro o que é obscuro,
de desfazer a contradição e de suprir a omissão. Por eles não se pode pretender buscar a reforma do
julgado, mas apenas o seu esclarecimento ou a sua complementação, tendo-se admitido, ainda, a
utilização destes para correção de erro material.
Em análise acurada do v. Acórdão ora embargado, constata-se que o julgado não apresenta qualquer
contradição que justifique a interposição dos presentes Embargos de Declaração, sendo notória a
pretensão da embargante de rediscutir matéria que foi plenamente analisada, discutida e decidida pelo
Colegiado da 2ª Turma de Direito Privado aquando do julgamento do recurso de Agravo Interno, o que é
inviável na via recursal eleita.
O v. Acórdão embargado destacou de forma clara e fundamentada, que a decisão proferida pelo
Magistrado Singular para que a autora, ora embargante complementasse os autos com a juntada da via
original de documento (Título Executivo Extrajudicial), não se inserindo em nenhuma das hipóteses do art.
1.015 do CPC.
Ainda na esteira do Acórdão atacado, é possível constatar que a Turma Julgadora tanto no início do
julgado, como na parte dispositiva, entendeu que a decisão que não conheceu do Agravo de Instrumento,
há de ser mantida, por ser o Agravo de Instrumento inadmissível, tendo em vista que a decisão ad quo, se
tratava de emenda a inicial, qual seja: juntada de via original de Cédula de Crédito Bancaria, portanto, não
consta entre aquelas prevista no rol taxativo do art. 1.015 do CPC/215, não havendo que se falar em
contradição e omissão, como quer fazer crer o embargante.
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Ressalte-se, por oportuno, que a alegação de que o Acórdão fora contraditório e omisso, não merece
qualquer acolhimento, isto porque, basta uma simples verificação do referido julgado para se constatar que
o julgado apreciou todos os pontos levantados pela agravante.
Destarte, não se observa qualquer vício previsto no art. 1.022 do CPC, que justifique a interposição do
presente recurso, hipótese que acarreta a rejeição dos presentes embargos.
(...) II - Doutrina e jurisprudência admitem a modificação do julgado por meio dos Embargos de
Declaração, não obstante eles produzam, em regra, tão somente, efeito integrativo. Essa
possibilidade de atribuição de efeitos infringentes sobrevém como resultado da presença de um ou
mais vícios que ensejam sua oposição e, por conseguinte, provoquem alteração substancial do
pronunciamento (...)”. (EDcl no AgRg no AREsp 794.359/RS, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/05/2016, DJe 27/05/2016). (Negritou-se).
3. Embargos de declaração rejeitados.”. (EDcl no AgRg no AREsp 767.430/SP, Rel. Ministro MARCO
AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 17/05/2016, DJe 27/05/2016). (Negritou-se).
Desse modo, conclui-se que a embargante pretende a rediscussão da matéria já devidamente analisada, o
que não pode ser feito nesta via, conforme entendimento do Egrégio Superior Tribunal de Justiça.
Outrossim, destaca-se, em que pese a embargante ter defendido a tese de cabimento de recurso de
Agravo de Instrumento com base na interpretação mitigada do artigo 1.015, I, do CPC, mencionado
entendimento constante no Recurso Repetitivo Resp. nº 1.704.520-MT, tal entendimento se reporta a
mitigação aos casos de declinação de competência do Juízo, não se aplicando ao caso sob análise, pois
trata-se de despacho que determinou a juntada da via Original de Crédito Bancário.
Ademais, observa-se que a ora embargante tão somente afirma da desnecessidade de juntada da via
Original de Cédula de Crédito Bancário para o ajuizamento da ação de busca e apreensão, entretanto, não
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se desincumbiu em demonstrar qual o prejuízo de difícil reparação; em cumprir o comando judicial imposto
pelo Juízo de origem. O fato é que se trata de título de crédito circulável mediante endosso, e a sua não
apresentação pode acarretar sérios prejuízos a embargada, por ser de simples circulação no mercado
mediante o respectivo endosso.
Nesse sentido:
Dessa forma, previno as partes de que a interposição de recurso contra esta decisão, se declarado
manifestamente protelatório, poderá acarretar condenação às penalidades fixadas nos termos do artigo
1.026, § 2º, do CPC.
Apesar de, haver nos Embargos de Declaração pedido para que esta Relatora se manifeste de forma
expressa, quanto ao artigo 1,015, I, do CPC, verifica-se do julgado monocrático que não conheceu do
recurso de Agravo de Instrumento que tal dispositivo já houve a devida manifestação, o que demonstra
sua intenção de pré-questionar a matéria de forma genérica.
Ainda assim, é possível o pedido de prequestionamento constante do presente recurso, vejamos o que
preceitua o art. 1025 do CPC/2015, in verbis:
Art. 1025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o Tribunal
Superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
Assim, vale dizer que, de acordo com o NCPC, a simples interposição dos embargos de declaração já é
suficiente para pré-questionar a matéria, consagrando a tese do STF do prequestionamento ficto,
independentemente do êxito desses embargos.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, não tendo sido observados os limites traçados pelo artigo 1.022 do CPC, CONHEÇO dos
Embargos de Declaração, porém NEGO-LHES PROVIMENTO, mantendo o Acórdão em sua totalidade,
considerando-se a matéria como pré-questionada, nos termos do que dispõe o art. 1025 do NCPC/2015.
É como voto.
Desembargadora-Relatora.
Belém, 17/08/2021
EMENTA
1 – Nos presentes aclaratórios, aduz o embargante ser omisso o Acórdão embargado quanto a apreciação
da incidência do art. 12, I, “b”, da Lei n. 9.656/1998, no caso em exame, ressaltando a necessidade de
prequestionamento da matéria; bem como ao não se manifestar acerca do posicionamento do STJ acerca
do rol dos procedimentos da ANS.
2. Acerca do disposto no art. 12, I, “b”, da Lei n. 9.656/1998, destaca-se que o aludido dispositivo
estabelece a faculdade e oferta, contratação e a vigência dos produtos ofertados pelo plano de saúde,
bem como a cobertura de serviços de apoio diagnostico de seus usuários.
tratamento sob o argumento de que o procedimento não estaria previsto no rol de procedimentos e
eventos em saúde definido pela ANS.
4. Na mesma decisão embargada, salientou-se, ainda, que pelo fato de o procedimento não constar no rol
dos procedimentos da ANS, não significa que sua prestação não possa ser exigida pelo segurado, uma
vez que o referido rol é meramente exemplificativo.
5. Quanto a alegação de omissão pela não manifestação acerca do posicionamento do STJ dos julgados
por si colacionados no recurso de Agravo de Instrumento acerca do Rol da ANS, também não existe
qualquer omissão a ser sanada, tendo em vista que a Turma Julgadora se manifestou de forma clara e
objetiva quanto ao referido posicionamento, destacando que “o aludido entendimento é majoritário na
jurisprudência pátria, inclusive no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, não obstante exista
posicionamento dissonante na referida Corte, como no julgado destacado na peça recursal pela agravante,
que, entretanto, não possui efeito vinculativo.”
6. Destarte, inexiste omissão, contradição ou qualquer das hipóteses insculpidas no art. 1.022 do Novo
Diploma Processual Civil no decisum embargado a ensejar o acolhimento do intentado Embargos de
Declaração.
7. Por fim, no que tange ao pedido de prequestionamento, insta esclarecer que o Código de Processo Civil
consagrou a possibilidade de prequestionamento implícito do recurso, nos termos do art. 1.025 do CPC.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, tendo como ora
embargante UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO e ora embargados MILENA
DE MELO ALMEIDA, e do V. ACÓRDÃO ID Nº 5458131.
Desembargadora – Relatora.
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Sustenta que o Superior Tribunal de Justiça, em decisão recente, apreciou questão idêntica a dos autos,
em que o beneficiário do Plano de Saúde UNIMED SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, pleiteou a chancela do
Poder Judiciário para realização do Procedimento denominado TheraSuit, o qual se encontra no chamado
“Rol de Procedimentos da ANS”, e tampouco possui eficácia comprovada.
Assevera não existir dúvida de que o posicionamento do STJ, manifestado por ocasião do julgamento do
AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 1.627.735 - SP (2019/0353905-0), deveria ter sido
observado pela turma julgadora, uma vez que se trata de decisão recente capaz de mudar o entendimento
do Poder Judiciário do Estado do Pará sobre a aplicabilidade do chamado “Rol da ANS” e, principalmente,
sobre a obrigatoriedade de cobertura, pelo Plano de Saúde, do procedimento fisioterápico denominado
“TheraSuit”, como é o caso versado nos presentes autos.
Assevera que, apesar dos fatos e fundamentos terem sido expressamente suscitados no Agravo de
Instrumento, o Acórdão embargado, incorreu em omissão, ao deixar de analisar a alegação de ofensa aos
dispositivos transcritos, vícios esse que necessita ser sanando, sob pena de restar configurada violação ao
direito à ampla defesa.
Por fim, pugna pelo acolhimento e provimento dos presentes embargos, para que seja sanada a
contradição apontada, reformando-se o acórdão proferido, para que seja admitido o Recurso de Agravo de
Instrumento, interposto contra a decisão que deixou de conceder a liminar de busca e apreensão e
determinou a juntada do contrato original, bem como requer o prequestionamento dos dispositivos citados.
É o relatório.
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
MÉRITO
Consta das razões deduzidas pelo ora embargante ser omisso o Acórdão embargado quanto a apreciação
da incidência do art. 12, I, “b”, da Lei n. 9.656/1998, no caso em exame, ressaltando a necessidade de
prequestionamento da matéria, bem como ao não se manifestar acerca do posicionamento do STJ acerca
do rol dos procedimentos da ANS e, principalmente, sobre a obrigatoriedade de cobertura, pelo Plano de
Saúde, do procedimento fisioterápico denominado “TheraSuit”.
Precipuamente, cumpre destacar que o art. 1.022 do Novo Código de Processo Civil, prescreve que os
Embargos de Declaração serão cabíveis nas hipóteses em que houver obscuridade ou contradição ou
ainda, quando o Magistrado se omitir com relação a algum dos apontamentos levantados pelas partes:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
Neste contexto, urge trazer à colação o magistério de Luiz Orione Neto, in verbis:
“O recurso de embargos de declaração é um remédio jurídico que a lei coloca à disposição das partes, do
Ministério Público e de terceiro, a viabilizar, dentro da mesma relação jurídica processual, a impugnação
de qualquer decisão judicial que contenha o vício da obscuridade, contradição ou omissão, objetivando
novo pronunciamento perante o mesmo juízo prolator da decisão embargada, a fim de completá-las ou
esclarece-la”.
(ORIONE NETO, Luiz. Recursos Cíveis. 2ª ed., ver. Atual. e ampliada, Saraiva, São Paulo, 2006, p. 385).
No caso sub examine, depreende-se dos autos, mais precisamente do V. Acórdão embargado (Id.
5365446 - Pág. 6), inexistir qualquer omissão ou contradição quanto a sua fundamentação, senão
vejamos:
Primeiramente, acerca do disposto no art. 12, I, “b”, da Lei n. 9.656/1998, destaca-se que o aludido
dispositivo estabelece a faculdade e oferta, contratação e a vigência dos produtos ofertados pelo plano de
saúde, bem como a cobertura de serviços de apoio diagnostico de seus usuários.
Nessa senda, consoante destacado no decisum colegiado embargado, “a alegação de que o procedimento
requisitado pela agravada/embargada não se encontraria no rol da ANS não poderia prosperar, visto que
estando o beneficiário de plano de saúde acometido de grave doença, e tendo seu médico solicitado
tratamento Fisioterapêutico, no método Therasuit, de forma contínua e associada, sob o risco de piora
grave do quadro de saúde da paciente, descabe à seguradora negar a cobertura do tratamento sob o
argumento de que o procedimento não estaria previsto no rol de procedimentos e eventos em saúde
definido pela ANS.”
Na mesma decisão embargada, salientou-se, ainda, que pelo fato de o procedimento não constar no rol
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dos procedimentos da ANS, não significa que sua prestação não possa ser exigida pelo segurado, uma
vez que o referido rol é meramente exemplificativo, conforme trecho destacado, in verbis:
“Ressalta-se por oportuno que, o fato de o procedimento não constar no rol dos procedimentos previstos
da ANS, não significa que sua prestação não possa ser exigida pelo segurado, uma vez que o referido rol
é meramente exemplificativo.
Nesta lógica, já há entendimento fixado pelo STJ acerca da impossibilidade de o plano de saúde limitar o
tratamento que deve ser realizado pelo paciente.”
Ademias, ressalta-se, ainda, tratar-se o recurso em questão de Agravo de Instrumento, onde a via estreita,
permite a análise apenas dos requisitos ensejadores da concessão da tutela de urgência na hipótese de
fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, quais sejam, o próprio risco do dano que pode
ser enquadrado como periculum in mora, e a probabilidade do direito alegado, ou seja, o fumus bonis iuris.
Sendo, obstado, por conseguinte, a apreciação atinente ao mérito da demanda que será apreciado pelo
julgador “a quo” no âmbito do processo de conhecimento, sob pena de supressão de instância.
Desse modo, atesta-se, que as questões aventadas nos autos foram devidamente apreciadas por esse
juízo “ad quem”, tratando-se as alegações formuladas pela empresa embargante de tentativa de rediscutir
matéria já apreciada por esse órgão colegiado, finalidade a qual não se presta o instrumento intentado,
senão vejamos:
(STJ - EDcl no AgInt no AREsp: 1032676 AM 2016/0329015-1, Relator: Ministro OG FERNANDES, Data
de Julgamento: 17/10/2017, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 20/10/2017).” (Negritou-
se).
(TJ-RS - ED: 71005153481 RS, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Data de Julgamento: 17/10/2014, Quarta
Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 21/10/2014).” (Negritou-se).
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Destarte, inexiste omissão, contradição ou qualquer das hipóteses insculpidas no art. 1.022 do Novo
Diploma Processual Civil no decisum embargado a ensejar o acolhimento do intentado recurso aclaratório.
Por fim, no que tange ao pedido de prequestionamento, insta esclarecer que o Código de Processo Civil
consagrou a possibilidade de prequestionamento implícito no art. 1.025, in verbis:
“Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de
pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o
tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.”
Desta feita, à mingua da necessidade de integração do julgado, o recurso aclaratório deve se improvido.
DISPOSITIVO
É como voto.
Desembargadora – Relatora.
Belém, 17/08/2021
EMENTA
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AGRAVO DE INSTRUMENTO EM DECISÃO INTERLOCUTÓRIA EM AÇÃO
ORDINÁRIA DE REVISÃO CONTRATUAL: DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ID
5020775, PREJUDICADO – MÉRITO: RELAÇÃO DE CONSUMO - REAJUSTE DE
PLANO DE SAÚDE POR FAIXA ETÁRIA – NECESSIDADE DE DILAÇÃO
PROBATÓRIA – CÁLCULO EFETIVADO PELO MM. JUÍZO AD QUO QUE ATENTA
ÀS PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO – MANUTENÇÃO DA DECISÃO
AGRAVADA – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
4. DO MÉRITO
6. Feitas essas considerações e demonstrado o cabimento recursal a teor do art. 1015, I do Código de
Processo Civil, aprofundo-me na questão posta ao exame desta Turma:
7. A questão principal gravita em torno do contrato de prestação de serviços de Plano de Saúde firmado
entre as partes, em 09/05/2008, sob a denominação UNIMAX, de segmentação enfermaria, o qual fora
regularmente reajustado à vista do implemento da idade de 59 (cinquenta e nove) anos pela agravada no
patamar de 92,92% (noventa e dois vírgula noventa e dois avos por cento).
8. O recurso, por sua vez, lastreia-se no pedido de manutenção do valor cobrado pela agravante à título
de contraprestação do contrato de prestação de serviços de plano de saúde firmado com a agravada, o
qual fora minorado na forma da decisão agravada.
10. O contrato de prestação de serviços de Plano de Saúde, firmado entre as partes em 10 de junho de
2009, sob a denominação UNIMAX, de segmentação ambulatorial, hospitalar e obstetrícia inclusas, pelo
valor de mensalidade inicial de R$181,87 (cento e oitenta e um reais e oitenta e sete centavos),
permaneceu adimplente até o momento em que o valor da mensalidade fora reajustada do valor de R$
668,42 (seiscentos e sessenta e oito reais e quarenta e dois centavos), com vencimento em 10/02/2021,
para R$1.263,44 (um mil, duzentos e sessenta e três reais e quarenta e quatro centavos), com vencimento
em 10/03/2021.
11. O cerne da irresignação importa em avaliar a necessidade de suspender decisão que afastou aumento
da mensalidade de plano de saúde e recalculou o quatum debeatur para R$1.021,67 (um mil e vinte e um
reais e sessenta e sete centavos).
12. A Lei nº. 10.741/2003, em seu artigo 15, § 3º, vedou "a discriminação do idoso nos planos de saúde
pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade", sendo pela Agência Nacional de Saúde que
estabaleceu 10 (dez) faixas etárias, sendo a última para quem completar 59 (cinquenta e nove) anos,
como forma de obedecer aos ditames previstos no Estatuto do Idoso. Conjugação com os artigos 2º e 3º
da Resolução Normativa nº. 63/2003 da ANS.
13. A variação entre as faixas etárias fica sob a responsabilidade da operadora de plano de saúde, que
tem liberdade para impor os preços no produto oferecido, com amparo em estudos atuariais.
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14. O entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, em sede de Recurso Repetitivo (REsp nº.
1568244/RJ), é o de que, para contratos firmados a partir de 1º de janeiro de 2004, como in casu, incidem
as regras da Resolução Normativa nº. 63/2003 da ANS, que prescreve, como acima transcrito, a
observância (i) de 10 (dez) faixas etárias, a última aos 59 (cinquenta e nove) anos; (ii) do valor fixado para
última faixa etária não poder ser superior a 6 (seis) vezes o previsto para a primeira; e (iii) da variação
acumulada entre a sétima e a décima faixas não pode ser superior à variação cumulada entre a primeira e
a sétima faixa.
15. Em que pese seja admissível a majoração razoável dos planos de saúde dividido em dez faixas
etárias, não é permitido às operadoras que o aumento supere seis vezes ao valor cobrado no primeiro
grupo, sendo vedado, também, que esse reajuste implique numa diferença maior do que aqueles
integrantes da classe inicial e a sétima para os enquadrados da sétima à última seção.
16. Na hipótese dos autos, observa-se que ao alcançar o agrupamento final por idade, a agravada fora
compelida a arcar com uma mensalidade quase em dobro, passando de R$ 668,42 (seiscentos e sessenta
e oito reais e quarenta e dois centavos), com vencimento em 10/02/2021, para R$1.263,44 (um mil,
duzentos e sessenta e três reais e quarenta e quatro centavos).
17. À vista das premissas acima, resta evidente a ilegalidade da majoração objurgada, porquanto em
frontal desacordo com o art. 3º, inciso II, da RN nº. 63/2003 da ANS, uma vez se traduz em aumento de
cerca de 92% (noventa e dois por cento) da última parcela paga, devendo prevalecer, neste momento
processual, o cálculo efetivado pelo MM. Juízo ad quo, que firmou entendimento de que, in casu, “o
reajuste previsto em contrato é maior nas faixas 7-10, do que nas faixas 1-7, sendo, portanto, indevido,
devendo ser limitado a até 100%. Desta forma, o valor a ser reajustado para a faixa 10, onde atualmente
se insere o Autor, deveria ser de no máximo 52,85% do valor anterior (diferença entre o total de reajustes
da faixa 7-10 e o reajuste da faixa 10)”, à vista da necessidade de dilação probatória.
18. Quanto à irreversibilidade observa-se, como já acima destacado que os efeitos patrimoniais e seus
termos serão declarados pelo MM. Juízo ad quo, que inclusive poderá, ao final da demanda, determinar
que a agravada arque com o pagamento integral do reajuste ora objurgado.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO, tendo como agravante
UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO e agravada MARIA DEUZIMAR DA
SILVA SOUZA.
Desembargadora – Relatora
RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de Agravo de Instrumento com pedido de Efeito Suspensivo interposto por
UNIMED DE BELÉM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, inconformada com a decisão proferida
pelo MM. Juízo de Direito da 12ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém que deferiu tutela
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provisória, nos autos da AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO CONTRATUAL (Processo n.° 0819157-
94.2021.8.14.0301) ajuizada contra si por MARIA DEUZIMAR DA SILVA SOUZA, ora agravada.
Em síntese fática, expõe que as partes firmaram contrato de prestação de serviços de Plano de Saúde, em
09/05/2008, sob a denominação UNIMAX, de segmentação enfermaria, o qual fora regularmente
reajustado à vista do implemento da idade de 59 (cinquenta e nove) anos pela agravada no patamar de
92,92% (noventa e dois vírgula noventa e dois avos por cento).
Sustenta que os reajustes por variação anual de custos nas contraprestações pecuniárias passaram a ser
aplicados no mês de aniversário contratual, dos anos subsequentes ao da assinatura de acordo com o
índice publicado e autorizado pela ANS para o reajuste das contraprestações pecuniárias dos contratos de
planos de saúde, salientando que o reajuste por mudança de faixa etária, decorre de cláusulas
preestabelecidas e em consonância com o disposto na a Resolução Normativa (RN nº 63), publicada pela
ANS em dezembro de 2003, e das quais a agravada tomou ciência no ato da contratação.
Refuta a probabilidade do direito, afirmando ser impossível a concessão da tutela provisória in casu à vista
do estrito cumprimento do disposto na Lei n.° 9.656/1998, Resolução Normativa nº 63/2003-ans e
Resolução Normativa nº 171/2008-anssendo, outrossim, subsidiária a aplicação do Código de Defesa do
Consumidor.
Acrescenta que a necessidade de aplicação do reajuste anual por variação de custo em contrato de
prestação de serviço médico hospitalar, aduzindo a legalidade no reajuste aplicado, assim como do
reajuste em razão da mudança de faixa etária, o qual segue os percentuais divulgados pela ANS (Agência
Nacional de Saúde).
Afirma que o STJ (Resp nº 1568244/RJ) reconheceu à vista da Resolução Normativa nº 63/2003 da ANS a
legalidade do reajuste por faixa etária, desde que cumpridos os requisitos legais, quais sejam: 1. Expressa
previsão contratual; 2. Não aplicação de índices de reajuste desarrazoados ou aleatórios; 3. Respeito às
normas expedidas pelos órgãos governamentais, que foram pela operadora agravante.
Junta documentos.
A agravada apresentou contrarrazões aos Embargos de Declaração, pugnando pelo seu improvimento (ID
5238563).
Instada a se manifestar (ID 5242060), a Procuradoria de Justiça deixou de exarar parecer no feito,
refutando a configuração de interesse público capaz de ensejar a sua intervenção (ID 5289012).
É o relatório, que ora apresento para inclusão do feito em Pauta para Julgamento, nos termos do
art. 12, do Código de Processo Civil.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Recurso julgado a teor do art. 14 do Código de Processo Civil, por força da aplicação do Direito
Intertemporal à espécie, com a ressalva de que a Decisão recorrida fora proferida na vigência da atual
Legislação Processual (31/08/2017).
DA DECISÃO AGRAVADA
Prima facie, vejamos a Decisão Agravada (ID 24541446 dos autos originários), in verbis:
2- MARIA DEUZIMAR DA SILVA SOUZA, devidamente identificada nos autos, vem perante este juízo, por
meio de procurador legalmente habilitado, intentar AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO C/C REPETIÇÃO
DO INDÉBITO com pedido de TUTELA ANTECIPADA, em face da UNIMED BELEM – COOPERATIVA DE
TRABALHO MEDICO, também identificada nos autos, narrando, em síntese, o seguinte:
Que possui plano de saúde da requerida desde o ano de 2009 e ao completar 59 anos sua mensalidade
passou de R$ 668,42 (seiscentos e sessenta e oito reais e quarenta e dois centavos), para R$1.263,44
(um mil, duzentos e sessenta e três reais e quarenta e quatro centavos), de forma abusiva, motivo pelo
qual requer a concessão de provimento antecipado, a fim de que a ré se abstenha de realizar o reajuste da
mensalidade do seu plano no valor equivalente a 92,92%, e garanta a sua permanência na condição de
beneficiária do plano de saúde, mediante pagamento da mensalidade sem o acréscimo do reajuste por
faixa etária ou com a incidência deste em percentuais razoáveis que garantam a continuidade da relação
contratual.
Éo breve relato.
Decido.
Trata-se de pedido de tutela de urgência para vedar reajuste de mensalidade de plano de saúde
considerado abusivo pela autora.
A Resolução Normativa 63/2003 – ANS é o instrumento normativo vigente que regula os reajustes de
planos de saúde. Tal resolução institui dez faixas de idade em que poderão ocorrer tais reajustes, e impõe
limitações, sendo relevante para o caso em análise a vedação de reajuste, entre as faixas 7 e 10, superior
à soma dos reajustes realizados entre as faixas 1 a 7. É como se vê:
Art. 2º Deverão ser adotadas dez faixas etárias, observando-se a seguinte tabela:
Art. 3º Os percentuais de variação em cada mudança de faixa etária deverão ser fixados pela operadora,
observadas as seguintes condições:
I - o valor fixado para a última faixa etária não poderá ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa
etária;
II - a variação acumulada entre a sétima e a décima faixas não poderá ser superior à variação acumulada
entre a primeira e a sétima faixas.
Vale frisar que a aplicação das normas acima anotadas é o entendimento até então aplicado pelo STJ
quanto ao assunto, como se vê no RESP nº 1.568.244-RJ (STJ -
Min. Rel. RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de Julgamento: 14/12/2016, S2 – Segunda Seção, Data
de Publicação: DJe 19/12/2016).
Com efeito, aplicam-se tais critérios aos percentuais de reajuste previstos no contrato firmado entre as
partes, abaixo:
Como se vê, o reajuste previsto em contrato é maior nas faixas 7-10, do que nas faixas 1-7, sendo,
portanto, indevido, devendo ser limitado a até 100%. Desta forma, o valor a ser reajustado para a faixa 10,
onde atualmente se insere o Autor, deveria ser de no máximo 52,85% do valor anterior (diferença entre o
total de reajustes da faixa 7-10 e o reajuste da faixa 10).
1 0-18 0%
2 19-23 30%
3 24-28 14,67%
4 29-33 7,34%
5 34-38 2,60%
6 39-43 11%
7 44-48 34,43%
314
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TOTAL 100,6%
7 44-48 34,43%
8 49-53 8,50%
9 54-58 17%
10 59+ 92,92%
TOTAL 152.85%
Destarte, se a mensalidade cobrada na faixa 9 era de R$ 668,42 (seiscentos e sessenta e oito reais e
quarenta e dois centavos), o máximo que poderia ser cobrado na faixa 10 é R$1.021,67 (um mil e vinte e
um reais e sessenta e sete centavos), ou seja, um acréscimo de somente R$ 353,25 (trezentos e
cinquenta e três reais e vinte e cinco centavos).
Quanto ao perigo de dano, considero-o evidente, uma vez que a falta de condições financeiras para
pagamento de um reajuste indevido poderá acarretar não apenas na suspensão, mas no distrato,
conforme regulamento vigente.
Considerando a evidente hipossuficiência da parte autora, determino desde já a inversão do ônus da prova
com base no art. 6º inciso VIII do CDC.
Cite-se a Ré para contestar a Ação, no prazo de 15 (quinze) dias, com a advertência do art. 344 do CPC.
Servirá o presente por cópia digitada, como CARTA DE CITAÇÃO e, não sendo possível a citação nessa
modalidade, como MANDADO, na forma do
Int.
(Grifo nosso)
QUESTÕES PRELIMINARES
DO MÉRITO
Feitas essas considerações e demonstrado o cabimento recursal a teor do art. 1015, I do Código de
Processo Civil, aprofundo-me na questão posta ao exame desta Turma:
A questão principal gravita em torno do contrato de prestação de serviços de Plano de Saúde firmado
entre as partes, em 09/05/2008, sob a denominação UNIMAX, de segmentação enfermaria, o qual fora
regularmente reajustado à vista do implemento da idade de 59 (cinquenta e nove) anos pela agravada no
patamar de 92,92% (noventa e dois vírgula noventa e dois avos por cento).
O recurso, por sua vez, lastreia-se no pedido de manutenção do valor cobrado pela agravante à título de
contraprestação do contrato de prestação de serviços de plano de saúde firmado com a agravada, o qual
fora minorado na forma da decisão agravada.
Prima facie, ressalvo, por oportuno, que o presente feito se desenvolve à luz do Código de Defesa do
Consumidor, consoante a orientação contida no verbete sumular n.° 608, STJ.
Como é cediço, para a concessão da tutela de urgência, faz-se necessário a presença dos requisitos
estabelecidos no art. 300, caput e § 3º, do CPC/15, in verbis:
"Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão."
"Dá-se o nome de tutela provisória ao provimento jurisdicional que visa adiantar os efeitos da decisão final
no processo ou assegurar o seu resultado prático. A tutela provisória (cautelar ou antecipada) exige dois
requisitos: a probabilidade do direito substancial (o chamado fumus boni iuris) e o perigo de dano ou risco
do resultado útil do processo (periculum in mora). A soma desses dois requisitos deve ser igual a 100%,
de forma que um compensa o outro. Se a urgência é muito acentuada (perigo de dano ao direito
substancial ou risco de resultado útil do processo), a exigência quanto à probabilidade diminui. Ao revés,
se a probabilidade do direito substancial é proeminente, diminui-se o grau da urgência.
(...)
A probabilidade do direito deve estar evidenciada por prova suficiente, de forma que possa levar o juiz a
acreditar que a parte é titular do direito material disputado. Trata-se de um juízo provisório. Basta que, no
momento da análise do pedido, todos os elementos convirjam no sentido de aparentar a probabilidade das
alegações. Essa análise pode ser feita liminarmente (antes da citação) ou em qualquer outro momento do
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processo. Pode ser que no limiar da ação os elementos constantes nos autos ainda não permitam formar
um juízo de probabilidade suficiente para o deferimento da tutela provisória. Contudo, depois da instrução,
a probabilidade pode restar evidenciada, enseja a concessão da tutela antecipada.
Pouco importa se, posteriormente, no julgamento final, após o contraditório, a convicção do magistrado
seja diferente daquela que se embasou para conceder a tutela. Para a concessão da tutela de urgência
não se exige que da prova surja a certeza das alegações, contentando-se a lei com demonstração de ser
provável a existência do direito alegado pela parte que pleiteou a medida.
Quanto ao perigo na demora da prestação jurisdicional (periculim in mora), ou seja, o perigo de dano ou
risco de que a não concessão da medida acarretará à utilidade do processo, trata-se de requisito que pode
ser definido como o fundado receio de que o direito afirmado pela parte, cuja existência é apenas provável,
sofra dano irreparável ou de difícil reparação. Esse dano pode se referir ao objeto das ações ressarcitórias
ou inibitórias. O dano ao direito substancial em si ou ao resultado útil do processo acaba por ter como
referibilidade o direito material, uma vez que o processo tem como escopo principal a certificação e/ou
realização desse direito. Saliente-se que não basta a mera alegação, sendo indispensável que o autor
aponte fato concreto e objetivo que leve o juiz a concluir pelo perigo de lesão. O fato de um devedor estar
dilapidando seu patrimônio pode caracterizar esse requisito e ensejar a concessão de uma tutela de
urgência que será efetivada mediante o arresto de bens. Por outro lado, a iminência de vir a público uma
publicidade enganosa, com alta potencialidade de dano ao consumidor, pode caracterizar o requisito
exigido para o deferimento da tutela provisória de urgência." (DONIZETTI, Elpídio; Curso Didático de
Direito Processual Civil; 19ª ed. São Paulo: Atlas, 2016. p.456 e pp. 469/470).
Quanto à necessidade de reversibilidade dos efeitos da decisão, vejamos também o seguinte excerto de
Doutrina:
"O § 3º do art. 300 veda a concessão da tutela de urgência de natureza antecipada quando houver perigo
de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Embora a urgência sirva para qualificar essa modalidade de
tutela, o legislador supervaloriza a probabilidade. Porque na tutela de urgência, a probabilidade é menos
acentuada - vez que os requisitos referentes ao fumus boni iuris e ao periculum in mora se somam - do
que na tutela da evidência, exige-se que os efeitos sejam reversíveis." (DONIZETTI, Elpídio; Curso
Didático de Direito Processual Civil; 19ª ed. São Paulo: Atlas, 2016. pp.471/472).
Especificamente, quanto ao reajuste objurgado na Ação ad quo, observo que a Decisão Agravada deferiu
parcialmente a tutela provisória pretendida pela agravada (ID 24314553 – autos originários), nos seguintes
termos:
2- MARIA DEUZIMAR DA SILVA SOUZA, devidamente identificada nos autos, vem perante este juízo, por
meio de procurador legalmente habilitado, intentar AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO C/C REPETIÇÃO
DO INDÉBITO com pedido de TUTELA ANTECIPADA, em face da UNIMED BELEM – COOPERATIVA DE
TRABALHO MEDICO, também identificada nos autos, narrando, em síntese, o seguinte:
Que possui plano de saúde da requerida desde o ano de 2009 e ao completar 59 anos sua mensalidade
passou de R$ 668,42 (seiscentos e sessenta e oito reais e quarenta e dois centavos), para R$1.263,44
(um mil, duzentos e sessenta e três reais e quarenta e quatro centavos), de forma abusiva, motivo pelo
qual requer a concessão de provimento antecipado, a fim de que a ré se abstenha de realizar o reajuste da
mensalidade do seu plano no valor equivalente a 92,92%, e garanta a sua permanência na condição de
beneficiária do plano de saúde, mediante pagamento da mensalidade sem o acréscimo do reajuste por
faixa etária ou com a incidência deste em percentuais razoáveis que garantam a continuidade da relação
contratual.
Éo breve relato.
Decido.
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Trata-se de pedido de tutela de urgência para vedar reajuste de mensalidade de plano de saúde
considerado abusivo pela autora.
A Resolução Normativa 63/2003 – ANS é o instrumento normativo vigente que regula os reajustes de
planos de saúde. Tal resolução institui dez faixas de idade em que poderão ocorrer tais reajustes, e impõe
limitações, sendo relevante para o caso em análise a vedação de reajuste, entre as faixas 7 e 10, superior
à soma dos reajustes realizados entre as faixas 1 a 7. É como se vê:
Art. 2º Deverão ser adotadas dez faixas etárias, observando-se a seguinte tabela:
Art. 3º Os percentuais de variação em cada mudança de faixa etária deverão ser fixados pela operadora,
observadas as seguintes condições:
I - o valor fixado para a última faixa etária não poderá ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa
etária;
II - a variação acumulada entre a sétima e a décima faixas não poderá ser superior à variação acumulada
entre a primeira e a sétima faixas.
Vale frisar que a aplicação das normas acima anotadas é o entendimento até então aplicado pelo STJ
quanto ao assunto, como se vê no RESP nº 1.568.244-RJ (STJ - Min. Rel. RICARDO VILLAS BÔAS
CUEVA, Data de Julgamento: 14/12/2016, S2 – Segunda Seção, Data de Publicação: DJe 19/12/2016).
Com efeito, aplicam-se tais critérios aos percentuais de reajuste previstos no contrato firmado entre as
partes, abaixo:
Como se vê, o reajuste previsto em contrato é maior nas faixas 7-10, do que nas faixas 1-7, sendo,
portanto, indevido, devendo ser limitado a até 100%. Desta forma, o valor a ser reajustado para a faixa 10,
onde atualmente se insere o Autor, deveria ser de no máximo 52,85% do valor anterior (diferença entre o
total de reajustes da faixa 7-10 e o reajuste da faixa 10).
1 0-18 0%
2 19-23 30%
3 24-28 14,67%
4 29-33 7,34%
5 34-38 2,60%
6 39-43 11%
7 44-48 34,43%
TOTAL 100,6%
7 44-48 34,43%
8 49-53 8,50%
9 54-58 17%
10 59+ 92,92%
TOTAL 152.85%
Destarte, se a mensalidade cobrada na faixa 9 era de R$ 668,42 (seiscentos e sessenta e oito reais e
quarenta e dois centavos), o máximo que poderia ser cobrado na faixa 10 é R$1.021,67 (um mil e vinte e
um reais e sessenta e sete centavos), ou seja, um acréscimo de somente R$ 353,25 (trezentos e
cinquenta e três reais e vinte e cinco centavos).
Quanto ao perigo de dano, considero-o evidente, uma vez que a falta de condições financeiras para
pagamento de um reajuste indevido poderá acarretar não apenas na suspensão, mas no distrato,
conforme regulamento vigente.
Considerando a evidente hipossuficiência da parte autora, determino desde já a inversão do ônus da prova
com base no art. 6º inciso VIII do CDC.
Cite-se a Ré para contestar a Ação, no prazo de 15 (quinze) dias, com a advertência do art. 344 do CPC.
Servirá o presente por cópia digitada, como CARTA DE CITAÇÃO e, não sendo possível a citação nessa
modalidade, como MANDADO, na forma do
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Int.
(Grifo nosso)
Como é cediço, tratando-se de relação de consumo, em que se suscita defeito na prestação de serviços, o
ônus da prova decorre da lei, portanto, é ope legis e regra ordinária que recai sobre as partes conforme se
lê no art. 14, §§1º, I e 3º do Código de Defesa do Consumidor, sendo este entendimento sumulado pelo
STJ, nos termos do verbete n.° 469:
Nesse sentido, importante destacar que o contrato de prestação de serviços de Plano de Saúde, firmando
entre as partes em 10 de junho de 2009, sob a denominação UNIMAX, de segmentação ambulatorial,
hospitalar e obstetrícia inclusas, pelo valor de mensalidade inicial de R$181,87 (cento e oitenta e um reais
e oitenta e sete centavos), permaneceu adimplente até o momento em que o valor da mensalidade fora
reajustada do valor de R$ 668,42 (seiscentos e sessenta e oito reais e quarenta e dois centavos), com
vencimento em 10/02/2021, para R$1.263,44 (um mil, duzentos e sessenta e três reais e quarenta e
quatro centavos), com vencimento em 10/03/2021.
O cerne da irresignação importa em avaliar a necessidade de suspender decisão que afastou aumento da
mensalidade de plano de saúde e recalculou o quatum debeatur para R$1.021,67 (um mil e vinte e um
reais e sessenta e sete centavos).
Com efeito, a Lei nº. 10.741/2003, em seu artigo 15, § 3º, vedou "a discriminação do idoso nos planos de
saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade", sendo pela Agência Nacional de Saúde
que estabaleceu 10 (dez) faixas etárias, sendo a última para quem completar 59 (cinquenta e nove) anos,
como forma de obedecer aos ditames previstos no Estatuto do Idoso.
Por sua vez, os artigos 2º e 3º da Resolução Normativa nº. 63/2003 da ANS, dispõe que, in verbis:
art. 2º Deverão ser adotadas dez faixas etárias, observando-se a seguinte tabela:
Art. 3º Os percentuais de variação em cada mudança de faixa etária deverão ser fixados pela operadora,
observadas as seguintes condições:
I - o valor fixado para a última faixa etária não poderá ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa
etária;
II - a variação acumulada entre a sétima e a décima faixas não poderá ser superior à variação acumulada
entre a primeira e a sétima faixas
Deflui dos dispositivos acima transcritos que os percentuais de variação entre as faixas etárias ficaram sob
a responsabilidade da operadora de plano de saúde, que tem liberdade para impor os preços no produto
oferecido, com amparo em estudos atuariais.
Nesse contexto, é importante destacar que o entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, em
sede de Recurso Repetitivo (REsp nº. 1568244/RJ), é o de que, para contratos firmados a partir de 1º de
janeiro de 2004, como in casu, incidem as regras da Resolução Normativa nº. 63/2003 da ANS, que
prescreve, como acima transcrito, a observância (i) de 10 (dez) faixas etárias, a última aos 59 (cinquenta e
nove) anos; (ii) do valor fixado para última faixa etária não poder ser superior a 6 (seis) vezes o previsto
para a primeira; e (iii) da variação acumulada entre a sétima e a décima faixas não pode ser superior à
variação cumulada entre a primeira e a sétima faixa.
Assim, em que pese seja admissível a majoração razoável dos planos de saúde dividido em dez faixas
etárias, não é permitido às operadoras que o aumento supere seis vezes ao valor cobrado no primeiro
grupo, sendo vedado, também, que esse reajuste implique numa diferença maior do que aqueles
integrantes da classe inicial e a sétima para os enquadrados da sétima à última seção.
Na hipótese dos autos, observa-se que ao alcançar o agrupamento final por idade, a agravada fora
compelida a arcar com uma mensalidade quase em dobro, passando de R$ 668,42 (seiscentos e sessenta
e oito reais e quarenta e dois centavos), com vencimento em 10/02/2021, para R$1.263,44 (um mil,
duzentos e sessenta e três reais e quarenta e quatro centavos).
Àvista das premissas acima, resta evidente a ilegalidade da majoração objurgada, porquanto em frontal
desacordo com o art. 3º, inciso II, da RN nº. 63/2003 da ANS, uma vez que se traduz em aumento de
cerca de 92% (noventa e dois por cento) da última parcela paga, devendo prevalecer, neste momento
processual, o cálculo efetivado pelo MM. Juízo ad quo, que firmou entendimento de que, in casu, “o
reajuste previsto em contrato é maior nas faixas 7-10, do que nas faixas 1-7, sendo, portanto, indevido,
devendo ser limitado a até 100%. Desta forma, o valor a ser reajustado para a faixa 10, onde atualmente
se insere o Autor, deveria ser de no máximo 52,85% do valor anterior (diferença entre o total de reajustes
da faixa 7-10 e o reajuste da faixa 10)”, à vista da necessidade de dilação probatória.
Corroborando o entendimento acima esposado, vejamos os seguintes julgados desta Corte em casos
análogos com destaque ao julgamento de relatoria da saudosa Desembargadora Edinea Oliveira Tavares,
então componente desta Turma:
Por fim, quanto à irreversibilidade observa-se, como já acima destacado que os efeitos patrimoniais e seus
termos serão declarados pelo MM. Juízo ad quo, que inclusive poderá, ao final da demanda, determinar
que a agravada arque com o pagamento integral do reajuste ora objurgado.
CONCLUSÃO
Assim, reafirmo, não obstante o pedido de majoração da mensalidade no percentual defendido pela
agravante, a não configuração do fumus boni iuris, mormente ante a necessidade de prova pericial,
conforme declinado na Petição Inicial ad quo, bem como à vista da concessão de tutela provisória, à luz do
RESP nº 1.568.244-RJ, que reduziu o valor a ser pago para R$1.021,67 (um mil e vinte e um reais e
sessenta e sete centavos), além da cláusula contratual que prevê reajuste no patamar de 92,92% (noventa
e dois vírgula noventa e dois por cento) na mudança de faixa etária.
Somado a isso, observa-se ainda o periculum in mora na modalidade inversa, ante a necessidade de
manutenção de custos do Plano de Saúde com a continuidade dos pagamentos da agravada.
DISPOSITIVO
É como voto.
Belém, 17/08/2021
CARTONILHO
EMENTA
1. Decisão ora agravada que revogou a liminar de reintegração de posse anteriormente deferida em favor
dos ora recorrentes, aplicando multa na ordem de 20% (vinte por cento) sob o valor da causa, nos termos
do artigo 77, IV e VI, e § 2º do CPC, bem como fixou o pagamento de aluguéis em favor da ora agravada,
no valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) pelo período de 12 (doze) meses.
2. Pretendem os recorrentes com o presente recurso, a reforma da decisão ora recorrida sob o
fundamento de que, mesmo não tendo a agravada juntado aos autos qualquer fato novo em sua
contestação, o Juízo de origem revogou a liminar ante deferida.
3. Com efeito, a legislação processual civil consagra a possibilidade de concessão antecipada, parcial ou
integral, de provimento provisório a parte demandante, antes do exaurimento cognitivo do feito, que se
consolidará com a sua devida instrução processual.
4. Observa-se que a mencionada revogação da medida liminar se deu frente a apresentação da peça
contestatória pela demandada, ora agravada, bem como com a documentação juntada, em especial os
depoimentos coligidos, sendo os mesmos subscritados por diversos moradores, os quais, não deixaram de
ser levados em conta pelo Juízo de origem.
5. Dessa forma, evidencia-se que os documentos juntados acarretaram dúvidas aos fundamentos
acostados na peça inicial. Além do fato de não estar claramente definido o lapso temporal de ocupação do
imóvel pela requerida, ora agravada, tendo em vista que, na peça inicial indicou os autores a existência de
esbulho, mas sem delimitar o tempo em que a agravada residia no local, informação que tão somente foi
trazida quando da apresentação da contestação.
6. Outrossim, verifica-se que no caso em tela a revogação teve como sustentação fatos relevantes
apresentados pela parte requerida, calcados em provas que propiciam a autorização de revogação da
medida liminar.
7. Assim, considerando que os fatos e documentos posteriormente acostados acarretam a fragilidade para
a manutenção da medida liminar inicialmente concedida, a suspensão da tutela pode ocasionar o mal
maior a pessoa que está exercendo a posse, limpando o terreno e construindo a pequena casa, além do
fato da real dúvida acerca da prática do suposto esbulho.
8. Por tais fundamentos, de acordo com a análise perfunctória compatível com este momento processual,
tenho certo de que os fatos aqui articulados necessitam de maiores elucidações, em cognição exauriente,
a desenvolver-se no curso do devido processo legal, situação esta que deverá ser mais bem analisada
com a devida dilação probatória, o que me faz concluir que a decisão ora combatida não merece ser
reformada.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Vistos, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO tendo como ora agravantes
ANTÔNIO JOSÉ ALVES DE SOUZA CARTONILHO e VITÓRIA RÉGIA MENDONÇA CARTONILHO e
ora agravada CLEIDE DUARTE DOS SANTOS.
Desembargadora – Relatora.
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo interposto por
ANTÔNIO JOSÉ ALVES DE SOUZA CARTONILHO e VITÓRIA RÉGIA MENDONÇA CARTONILHO,
inconformados com a decisão proferida pelo Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial da comarca de
Tucuruí/PA que, nos autos da AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE C/C REIVINDICATÓRIA, C/C
CAUTELAR ANTECEDENTE DE EMBARGOS À CONSTRUÇÃO (processo nº 0801117-
08.2021.8.14.0061), revogou a liminar de reintegração de posse anteriormente deferida em favor dos ora
recorrentes, aplicando multa na ordem de 20% (vinte por cento) sob o valor da causa, nos termos do artigo
77, IV e VI, e § 2º do CPC, bem como fixou o pagamento de aluguéis em favor da ora agravada, no valor
de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) pelo período de 12 (doze) meses, tendo como ora agravada
CLEIDE DUARTE DOS SANTOS.
Aduzem que cederam o imóvel, objeto do litigio, que se encontrava desabitado, a ora agravada, em
comodato, tendo esta se comprometido a cuidar e manter o bem como se seu o fosse, mas que, em
determinado momento, não sabendo precisar quando, a agravada abandonou o Imóvel, retornando entre
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
novembro de 2020 e fevereiro de 2021 para o local que estava sob a posse direta dos ora recorrentes, e
iniciou, a partir 14 de março de 2021, a construção ilegal de 01 (uma) casa de alvenaria.
Destacam que, ao tomarem conhecimento da construção, tentaram contato com a ora agravada, para que
ela parasse com a referida obra e devolvesse o Imóvel, tendo-lhe inclusive proposto o ressarcimento pelos
gastos com o material utilizado na construção, salientando que a agravada em ato de extrema má-fé, além
de avançar com sua empreita a passos largos, ainda demoliu a antiga casa de madeira, cedida
verbalmente pelos ora recorrentes em forma de comodato.
Asseveram que, diante de tal situação, ingressaram com Ação Possessória, requerendo a liminar de
reintegração na posse, tendo em vista a recenticidade do esbulho que, se não caraterizado quando a
agravada retornou ao imóvel após abandoná-lo, restou claramente demonstrado com o início da
construção irregular de uma casa de alvenaria, que além de ser levantada sem a autorização dos
recorrentes, ainda destruiu por completo a casa de madeira que lhe foi cedida para morar, bem como, com
a negativa de devolução do imóvel, após expressamente solicitado, finalizando o contrato de comodato
havido entre as partes, demonstrando a partir de então querer assenhorar-se do imóvel.
Afirmam que, a principal alegação trazida pela requerida, ora agravada, em sua contestação, para
convencimento do Juízo primevo, com o fim de revogação da liminar de reintegração de posse, era a de
que residia de forma pública, mansa, pacífica e ininterruptamente no Imóvel, objeto da presente lide, por
mais de 15 anos, fatos que teriam levado o Juízo a revogar a medida deferida anteriormente.
Alegam que, mesmo não tendo a agravada juntado aos autos qualquer fato novo em sua contestação, o
Juízo de origem revogou a liminar ante deferida e, tendo em vista o fato de que a obra inacabada fora
demolida pelos ora recorrentes, determinou que estes pagassem aluguel mensal no valor de R$ 350,00
(trezentos e cinquenta reais) à ora agravada, bem como os condenou a pagarem multa de 20% sobre o
valor da causa, por considerar a demolição da obra, um ato atentatório à dignidade da Justiça.
Por fim, requereram a concessão de efeito suspensivo ativo, nos termos do artigo 995, parágrafo único, do
CPC, com o fim de determinar a suspensão da multa por ato atentatório à dignidade da justiça, bem como
o pagamento de aluguéis no valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) em favor da ora agravada e,
no mérito, provimento ao presente recurso, ratificando a liminar ora requerida.
Instada a se manifestar, a Douta Procuradoria de Justiça deixou de exarar parecer, ante a ausência de
interesse público (Id nº 5749789).
É o relatório.
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE.
Avaliados os pressupostos processuais tenho-os como regularmente constituídos, razão pela qual
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Cumpre salientar que a análise do presente recurso deve cingir-se tão somente aos limites do
indeferimento da tutela antecipada requerida pelos autores/ora agravantes, sendo vedado a este Juízo “
ad quem”, sob pena de supressão de instância, pronunciar-se a respeito de matéria ainda não enfrentada
pelo Juízo “a quo”.
DA DECISÃO AGRAVADA
Concedo a Justiça Gratuita, tendo em vistas a presunção de hipossuficiência que milita em face da pessoa
física.
Em contestação, dentre outras questões, afirma que a ré ocupa o imóvel ininterruptamente há mais de 15
anos. Ademais, informa que a casa de alvenaria que foi construída no terreno foi demolida pelos autores
da ação após o cumprimento da liminar.
Juntou documentação.
Verifico, que foi concedida a reintegração de posse (ID 25483194) do imóvel objeto do litígio, todavia não
foi autorizado por este juízo a destruição ou desfazimento da obra. A decisão não contemplou a demolição
da obra.
Como se sabe, as tutelas antecipadas detêm caráter provisório, não autorizando a parte a praticar atos
que revistam de irreversibilidade.
Ademais, o princípio da boa fé processual é um norte a ser seguido em toda a marcha processual, o que
não foi observado pelos autores da ação.
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
No tocante à conduta de demolição da obra, não autorizada na decisão acima citada, o artigo 77 do CPC
assim dispõe:
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos
aqueles que de qualquer forma participem do processo I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento;
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional
onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação
temporária ou definitiva;
§1º Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas
mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça.
§2º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o
juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até
vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.
Deste modo, por violar deveres insculpidos no CPC e sendo ato atentatório à dignidade da Justiça,
APLICO MULTA aos autores da ação no valor de 20% (vinte por cento) do valor da causa a ser paga em
15 (quinze) dias, nos termos do artigo 77, IV e VI, e § 2º do CPC, sob pena de inscrição em dívida ativa.
Todavia, tendo em vistas a modificação no estado de fato do bem litigioso, converto a revogação
da liminar em aluguéis mensais em favor da ré, uma vez que a casa foi demolida indevidamente
pelos autores, a serem fixados no valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) mensais, por
doze meses, a serem pagos à CLEIDE DUARTE DOS SANTOS até o 5º dia útil de cada mês, a partir
da intimação.
Intimem-se os autores da ação, através de seus advogados, sobre o pagamento da multa e o pagamento
do aluguel mensal acima fixado. Ademais, ficam intimados a não realizarem outras obras/demolições no
citado imóvel.
(Negritou-se).
QUESTÕES PRELIMINARES
MÉRITO
A controvérsia a ser solucionada nesta instância revisora consiste em verificar o acerto ou o suposto
desacerto da decisão do Juízo primevo que revogou a liminar de reintegração de posse anteriormente
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deferida em favor dos ora recorrentes, aplicando multa na ordem de 20% (vinte por cento) sob o valor da
causa, nos termos do artigo 77, IV e VI, e § 2º do CPC, bem como fixou o pagamento de aluguéis em favor
da ora agravada, no valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) pelo período de 12 (doze) meses
Pretendem a recorrente com o presente recurso, a reforma da decisão ora recorrida sob o fundamento de
que, mesmo não tendo a agravada juntado aos autos qualquer fato novo em sua contestação, o Juízo de
origem revogou a liminar ante deferida.
Com efeito, a legislação processual civil consagra a possibilidade de concessão antecipada, parcial ou
integral, de provimento provisório a parte demandante, antes do exaurimento cognitivo do feito, que se
consolidará com a sua devida instrução processual.
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§3 o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão”.
Da leitura do dispositivo supra, depreende-se que a concessão da antecipação dos efeitos da tutela,
pressupõe a existência do pedido da parte; a prova inequívoca dos fatos alegados; o fundado receio de
dano irreparável ou de difícil reparação ou de risco ao resultado útil ao processo; a fundamentação da
decisão antecipatória e a possibilidade de reversão do ato concessivo.
Ésabido que, para a concessão da tutela antecipada, exige-se a prova inequívoca, ou seja, aquela capaz
de persuadir o julgador da verossimilhança das alegações, onde tal exigência se deve ao fato de que se
trata de medida de caráter excepcional, uma vez antecipatória do provimento final.
Observa-se que, a mencionada revogação da medida liminar deu-se frente a apresentação da peça
contestatória pela demandada, ora agravada, bem com documentação juntada, em especial os
depoimentos coligidos, sendo os mesmos subscritados por diversos moradores, os quais, não deixaram de
ser levados em conta pelo Juízo de origem.
Deste modo, evidencia-se que os documentos juntados acarretaram dúvidas aos fundamentos acostados
na peça inicial, além do fato de não estar claramente definido o lapso temporal de ocupação do imóvel
pela requerida, ora agravada, tendo em vista que na peça inicial indicou os autores a existência de
esbulho, mas sem delimitar o tempo em que a agravada residia no local, informação que tão somente foi
trazida quando da apresentação da contestação.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Outrossim, verifica-se que no caso em tela a revogação teve como sustentação fatos relevantes
apresentados pela parte requerida, calcados em provas que propiciam a autorização de revogação da
medida liminar.
Salienta-se, o fato de a jurisprudência ser firme no sentido de que é possível a revogação da liminar inicial,
se foi trazido à colação fato novo.
Nesse sentido:
(STJ - AgInt no AREsp: 788500 PE 2015/0240905-2, Relator: Ministro MOURA RIBEIRO, Data de
Julgamento: 13/03/2018, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 16/03/2018).” (Negritou-se).
(TJ-PR - AI: 4330934 PR 0433093-4, Relator: Astrid Maranhão de Carvalho Ruthes, Data de Julgamento:
17/10/2007, 18ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 7483).” (negritou-se).
Assim, considerando que os fatos e documentos posteriormente acostados acarretam a fragilidade para a
manutenção da medida liminar inicialmente concedida, a suspensão da tutela pode ocasionar o mal maior
a pessoa que está exercendo a posse, limpando o terreno e construindo a pequena casa, além do fato da
real dúvida acerca da prática do suposto esbulho.
Por tais fundamentos, de acordo com a análise perfunctória compatível com este momento processual,
tenho certo de que os fatos aqui articulados necessitam de maiores elucidações, em cognição exauriente,
a desenvolver-se no curso do devido processo legal, situação esta que deverá ser mais bem analisada
com a devida dilação probatória, o que me faz concluir que a decisão ora combatida não merece ser
reformada.
DISPOSITIVO
É como voto.
Desembargadora – Relatora.
Belém, 17/08/2021
EMENTA
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1. Decisão agravada que determinou a requerida, ora recorrente que no prazo de 48 horas, autorizasse o
custeio do exame “PET-CT” oncológico para o tratamento de neoplasia maligna da autora, ora agravada,
conforme prescrito no laudo médico, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais), até o limite de R$
40.000,00 (quarenta mil reais) em caso de descumprimento.
2. Pretende a recorrente com o presente recurso, a reforma da decisão sob o fundamento de que o
procedimento requerido pela parte adversa, qual seja, exame “PET-CT” oncológico para o tratamento de
neoplasia maligna, não consta no rol de procedimentos e eventos em saúde definido pela ANS, não
havendo, portanto, obrigatoriedade de cobertura ao tratamento, uma vez não se enquadrar nas hipóteses
descritas nas Diretrizes de Utilização – DUT.
3. In casu, verifica-se que a autora/ora agravada encontra-se acometida com câncer no colo do útero,
estágio III, tendo solicitado junto ao plano de saúde, ora agravante, a realização de exame do tipo “PET-
CT”, procedimento recomendado pelo médico Dr. José Augusto Palheta (Id. 25367819 – Autos de primeiro
grau.), pedido este negado pela agravante sob o argumento de falta de cobertura, pois mencionado exame
não consta no rol elencado na Resolução Normativa nº 387/2015 da Agência Nacional de Saúde
Suplementar – ANS, fatos que se depreendem dos documentos juntados a Id. 25367820 – Autos
originários.
5. Assim, a alegação de que o procedimento sobredito não se encontra no rol da ANS não deve prosperar,
visto que a Agência Nacional de Saúde – ANS, acerca do tratamento em questão, apresenta na Resolução
Normativa nº 387/2015 apenas Diretrizes de Utilização – DUT, dos procedimentos nela relacionados, o
que não obsta a cobertura, pois a jurisprudência pátria vem sedimentando entendimento de que o referido
rol não é taxativo, servindo apenas como referência para os planos de saúde privados.
7. Ademais, as limitações à cobertura pelo Planos de Saúde, mesmo nas hipóteses previstas na Lei, não
se eximem da observância às normas impostas pelo Código de Defesa do Consumidor, portanto, a
negativa da agravante frustra o próprio objetivo da contratação levada a efeito pela agravada e, mais, viola
as regras protetivas do CDC.
8. Dessa forma, tratando-se de medida destinada à preservação da saúde da agravada, é certo que o
plano de saúde deve prover os meios necessários para o efetivo tratamento da segurada, arcando com os
custos do tratamento de forma a possibilitar o pleno restabelecimento da paciente, fazendo cumprir seu
direito constitucional à saúde, em observância ainda ao princípio da dignidade da pessoa humana e a
expectativa que teve a agravada, quando da contratação, de ter a cobertura dos tratamentos necessários
para a cura de eventual enfermidade.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO tendo como ora agravante
UNIMED DE BELÉM - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO e ora agravada GISELE HELENA DAS
NEVES MARTINEZ.
Desembargadora – Relatora.
RELATÓRIO
RELATÓRIO
“Ante o exposto, defiro o pedido de concessão da tutela antecipada de urgência, com fundamento no art.
300, do CPC/15, determinando que a requerida UNIMED DE BELÉM COOPERATIVA DE TRABALHO
MÉDICO, no prazo de 48 horas, autorize e custei integralmente o exame PETCT oncológico para o
tratamento de neoplasia maligna que acomete a Requerente, conforme prescrito no laudo médico, sob
pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais), até o limite de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).”
Alega a agravante que a saúde suplementar tem na Lei n. 9.656/1998 a regulamentação do setor, pois, em
que pese a aplicação subsidiária do Código de Defesa do Consumidor, prevista expressamente no art. 35-
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G da Lei dos Planos de Saúde, é sob a ótica da lei especial que a presente demanda deve ser analisada.
Esclarece que a agravada é beneficiária do contrato Plano de Saúde administrado pela ora recorrente,
cuja segmentação contempla a assistência ambulatorial e hospitalar e, que, o referido plano é
regulamentado pela Lei nº 9.656/1998 e submetido às regras estabelecidas pela Agência Nacional de
Saúde Suplementar – ANS.
Sustenta que o art. 4º, inciso III, da Lei nº 9.961/2000, determina que a competência é da ANS para
elaborar o rol de procedimentos e eventos em saúde, que constituirão referência básica para os fins do
disposto na referida Lei e suas excepcionalidades e, que tal rol estabelece as coberturas mínimas
obrigatórias a serem asseguradas pelos planos privados de assistência à saúde que foram
comercializados a partir de 2/1/1999 e pelos planos adquiridos antes de 2/1/1999, sendo ajustados aos
regramentos legais, conforme o art. 35, da Lei nº 9.656, de 1998, respeitando-se, em todos os casos, as
segmentações assistenciais contratadas.
Esclarece que, apesar de a legislação facultar às Operadoras a oferta de cobertura além da definida no
Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde definido pela ANS, resta claro que o contrato firmado entre as
partes define que a cobertura contratada é a definida pela ANS no referido rol.
Assevera que a Quarta Turma do STJ, ao julgar o REsp. nº 1733013/PR, fixou entendimento no sentido de
que não há obrigatoriedade de cobertura pelas Operadoras de saúde, no custeio de procedimentos não
listados no rol de procedimentos e eventos em saúde publicado a cada biênio pela Agência Nacional de
Saúde Suplementar – ANS.
Destaca que a exclusão de cobertura do procedimento pleiteado está contida na norma regulamentadora,
disposta explicitamente, não cabendo ao MM. Juízo inovar na ordem jurídica, pelo que merece reforma a
decisão, por atentar contra o princípio da legalidade, inscrito no artigo 5º, II, da Constituição Federal.
Diz que agiu em total consonância com o disposto no art. 12, inciso I, alínea b, da Lei nº 9.656/1998, e
arts. 2º e 15, caput, da RN 428/2017/ANS de forma que manter a decisão agravada significaria contrariar o
disposto na lei e na jurisprudência.
Ressalta que o procedimento requerido pela parte adversa, qual seja, exame ”PET-CT” oncológico para o
tratamento de neoplasia maligna, não consta no rol de procedimentos e eventos em saúde definido pela
ANS, não havendo, portanto, obrigatoriedade de cobertura ao tratamento, uma vez não se enquadrar nas
hipóteses descritas nas Diretrizes de Utilização – DUT.
Alega a presença do periculum in mora inverso, bem assim a necessidade de se evitar o efeito
multiplicador em pedidos de igual natureza, ressaltando a necessidade de se atribuir efeito suspensivo ao
presente recurso, considerando a presença de todos os requisitos autorizadores para o deferimento do
referido pedido.
Por fim, requer a concessão de efeito suspensivo ao presente recurso, para suspender os efeitos da
decisão guerreada, desobrigando a ora recorrente do custeio do procedimento pretendido e, no mérito,
provimento ao presente recurso para reformar a decisão ora combatida, uma vez que se encontra em
dissonância com que dispõe a Lei nº 9.656/1998 c/c RN 428/2017/ANS.
Em sede contrarrazões (Id nº 5275221), pugna a agravada pelo conhecimento e desprovimento do recurso
de Agravo de Instrumento.
Instada a se manifestar a Douta Procuradoria de justiça, exarou parecer opinando pelo conhecimento e
improvimento do presente recuso (Id nº 5767002).
É o relatório.
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE.
Avaliados os pressupostos processuais tenho-os como regularmente constituídos, razão pela qual
conheço do recurso, passando a proferir voto.
Cumpre salientar que a análise do presente recurso deve cingir-se tão somente aos limites do
indeferimento da tutela antecipada requerida pela autora/ora agravante, sendo vedado a este Juízo “ad
quem”, sob pena de supressão de instância, pronunciar-se a respeito de matéria ainda não enfrentada
pelo Juízo “a quo”.
DA DECISÃO AGRAVADA
Prima facie, vejamos a Decisão Agravada (Id nº 2544311– autos originários), in verbis:
“GISELE HELENA DAS NEVES MARTINEZ ajuizou a presente AÇÃO ORDINÁRIA em face de UNIMED
BELÉM – COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, ambos já qualificados na inicial.
Alega a requerente que em 06.04.2021 foi diagnosticada com câncer no colo do útero, estágio III, e em
razão da suspeita de metástase o médico assistente solicitou o exame PET oncológico dedicado.
Afirma que plano de saúde não autorizou o exame, sob o argumento de que o mencionado procedimento
não se encontra no rol de procedimentos previstos na Resolução Normativa 428/2017 – ANS (Id.
25367820).
Com base nesses fatos, a autora pleiteia tutela de urgência para que o plano de saúde autorize a
realização do exame PET oncológico dedicado, sob pena de multa diária.
É o relatório. Decido.
Pleiteia a autora, em sede de tutela de urgência inaudita altera pars, a concessão de liminar para autorizar
a realização do exame PET-CT oncológico. Com efeito, a respeito da tutela de urgência, dispõe o art. 300,
do NCPC:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. ... §2º. A tutela
de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
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Registre-se que o art. 300, do NCPC unificou os requisitos tanto para fins de concessão de antecipação
dos efeitos da tutela, quanto para fins de concessão de medida cautelar. Destarte, e à luz do NCPC, para
a concessão da tutela específica, seriam necessárias a presença dos seguintes elementos que
evidenciem:
a) a Probabilidade do direito; e,
A probabilidade do direito resta configurada porquanto que é entendimento pacífico no Superior Tribunal
de Justiça que os planos de saúde não podem limitar os tratamentos das moléstias cobertas, pois tal
conduta se configura como abusiva (AgInt no AREsp 1328258 / AL, AgInt no AREsp 1.072.960/SP, AgInt
nos EDcl no REsp 1699205 / PR). Por conseguinte, ainda que não esteja prevista na Resolução Normativa
428/2017 – ANS a obrigação expressa da operadora do plano de saúde em custear o exame PET
oncológico (PET-CT) para os casos de diagnóstico de câncer colo de útero, há muito o Superior Tribunal
de Justiça consolidou o entendimento no sentido de que "somente ao médico que acompanha o caso é
dado estabelecer qual o tratamento adequado para alcançar a cura ou amenizar os efeitos da enfermidade
que acometeu o paciente; a seguradora não está habilitada, tampouco autorizada a limitar as alternativas
possíveis para o restabelecimento da saúde do segurado, sob pena de colocar em risco a vida do
consumidor." (REsp 1.053.810/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, DJe 15/03/2010). Posicionamento
prevalecente na Corte Superior: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
ESPECIAL. PLANO DE SAÚDE. TRATAMENTO ONCOLÓGICO. NEGATIVA DE COBERTURA DE
EXAME (PET SCAN). ABUSIVIDADE COMPROVADA. DANO MORAL IN RE IPSA. CONFIGURAÇÃO.
RECURSO MANEJADO SOB A ÉGIDE DO CPC/73. DECISÃO MANTIDA. 1. O Superior Tribunal de
Justiça entende que é abusiva a cláusula contratual que exclui tratamento prescrito para garantir a saúde
ou a vida do beneficiário, porque o plano de saúde pode estabelecer as doenças que terão cobertura, mas
não o tipo de terapêutica indicada por profissional habilitado na busca da cura. 2. A orientação desta Corte
Superior é de que a recusa indevida ou injustificada pela operadora de plano de saúde em autorizar a
cobertura financeira de tratamento médico a que esteja legal ou contratualmente obrigada, gera direito de
ressarcimento a título de dano moral, em razão de tal medida agravar a situação tanto física quanto
psicologicamente do beneficiário. Caracterização de dano moral in re ipsa. 3. Na espécie, não há que se
falar no afastamento da presunção de dano moral, porque o Tribunal de origem, soberano na análise de
matéria fático-probatória, destacou que não houve dúvida razoável na interpretação de cláusula contratual,
mas sim declaração de sua nulidade por restringir direitos e obrigações inerentes ao próprio contrato, nos
termos do Código de Defesa do Consumidor. 4. A operadora do plano de saúde não apresentou
argumento novo capaz de modificar a conclusão adotada, que se apoiou em entendimento aqui
consolidado para dar provimento ao recurso especial a fim de reconhecer o cabimento da indenização por
dano moral. Incidência das Súmulas nºs 7 e 83 do STJ. 5. Inaplicabilidade das disposições do NCPC ao
caso concreto ante os termos do Enunciado nº 1 aprovado pelo Plenário do STJ na sessão de 9/3/2016:
Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março
de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as
interpretações dadas até então pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. 6. Agravo regimental
não provido. (STJ - AgRg no REsp: 1546908 RS 2015/0193146-0, Relator: Ministro MOURA RIBEIRO,
Data de Julgamento: 26/04/2016, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 03/05/2016).
Ademais, a Lei nº 9.656/98 instituiu o plano-referência de assistência à saúde e estabeleceu, no art. 12,
as coberturas mínimas, nas quais estão inclusas, dentre outras, a cobertura de serviços de apoio
diagnóstico, tratamentos e demais procedimentos ambulatoriais, solicitados pelo médico assistente (inc. I,
item b), assim, a lei em epígrafe prevê, que a operadora deverá cobrir o tratamento necessário ao pleno e
integral restabelecimento do usuário. Ressalta-se que em uma análise preliminar, o exame PET-CT
oncológico não se amolda a qualquer das excludentes de tratamento permitidas pelo art. 10 da Lei
9656/98, portanto, verifico preenchido o requisito da probabilidade do direito invocado.
Outrossim, o perigo de dano decorre das possíveis consequências advindas da demora na prestação
jurisdicional, uma vez que a não realização do exame solicitado pelo médico, conforme verificado nos
documentos acostados (Id. 25367819), poderá acarretar a significativo prejuízo a saúde da requerente.
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Ante o exposto, defiro o pedido de concessão da tutela antecipada de urgência, com fundamento
no art. 300, do CPC/15, determinando que a requerida UNIMED DE BELÉM COOPERATIVA DE
TRABALHO MÉDICO, no prazo de 48 horas, autorize e custei integralmente o exame PET-CT
oncológico para o tratamento de neoplasia maligna que acomete a Requerente, conforme prescrito
no laudo médico, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais), até o limite de R$ 40.000,00
(quarenta mil reais).
Cite-se a requerida para, querendo, apresentar contestação, no prazo de 15 (quinze) dias. Ressalte-se
que a ausência de contestação implicará revelia e na presunção de veracidade da matéria fática
apresentada na petição inicial, nos termos do art. 344 c/c art. 345 do CPC.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como carta de citação ou mandado, nos termos do
Provimento n. 003/2009-CJRMB.
P.R.I.C.
Expeça-se o necessário.
(Negritou-se).
QUESTÕES PRELIMINARES
MÉRITO
A controvérsia a ser solucionada nesta instância revisora consiste em verificar o acerto ou o suposto
desacerto da decisão do Juízo primevo que determinou a requerida, ora recorrente, que no prazo de 48
horas, autorizasse o custeio do exame “PET-CT” oncológico para o tratamento de neoplasia maligna da
autora, ora agravada, conforme prescrito no laudo médico, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil
reais), até o limite de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) em caso de descumprimento.
Pretende a recorrente com o presente recurso, a reforma da decisão sob o fundamento de que o
procedimento requerido pela parte adversa, qual seja, exame “PET-CT” oncológico para o tratamento de
neoplasia maligna, não consta no rol de procedimentos e eventos em saúde definido pela ANS, não
havendo, portanto, obrigatoriedade de cobertura ao tratamento, uma vez não se enquadrar nas hipóteses
descritas nas Diretrizes de Utilização – DUT.
Com efeito, a legislação processual civil consagra a possibilidade de concessão antecipada, parcial ou
integral, de provimento provisório a parte demandante, antes do exaurimento cognitivo do feito, que se
consolidará com a sua devida instrução processual.
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“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§3 o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão”.
Da leitura do dispositivo supra, depreende-se que a concessão da antecipação dos efeitos da tutela,
pressupõe a existência do pedido da parte; a prova inequívoca dos fatos alegados; o fundado receio de
dano irreparável ou de difícil reparação ou de risco ao resultado útil ao processo; a fundamentação da
decisão antecipatória e a possibilidade de reversão do ato concessivo.
Ésabido que, para a concessão da tutela antecipada, exige-se a prova inequívoca, ou seja, aquela capaz
de persuadir o julgador da verossimilhança das alegações, onde tal exigência se deve ao fato de que se
trata de medida de caráter excepcional, uma vez antecipatória do provimento final.
In casu, verifica-se que a autora/ora agravada encontra-se acometida com câncer no colo do útero, estágio
III, tendo solicitado junto ao plano de saúde, ora agravante, a realização de exame do tipo “PET-CT”,
procedimento recomendado pelo médico Dr. José Augusto Palheta (Id. 25367819 – Autos de primeiro
grau.), pedido este negado pela agravante sob o argumento de falta de cobertura, pois mencionado exame
não consta no rol elencado na Resolução Normativa nº 387/2015 da Agência Nacional de Saúde
Suplementar – ANS, fatos que se depreendem dos documentos juntados a Id. 25367820 – Autos
originários.
Analisando os autos em epígrafe, evidencia-se restar demonstrado a existência do fundado receio de dano
irreparável ou de difícil reparação, face a orientação médica no sentido de que a realização do referido
exame tem como objetivo determinar a localização e a extensão do câncer na paciente.
No que concerne ao “fumus bonis iuris”, evidenciada da orientação médica quanto a necessidade de
realização do exame nos termos aludidos supra, por revelar-se necessário, tendo em vista que ora
agravada é portadora de neoplastia maligna de colo uterino – CID C-53 – EC: IIIb.
Nesta senda, sabe-se que os planos de saúde podem estabelecer, somente, para quais moléstias
oferecerão cobertura, não lhes cabendo limitar o tipo de tratamento que será prescrito, incumbência essa
que cabe ao profissional da medicina que assiste a paciente.
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Nesse sentido:
Assim, a alegação de que o procedimento sobredito não se encontra no rol da ANS não deve prosperar,
visto que a Agência Nacional de Saúde – ANS, acerca do tratamento em questão, apresenta na Resolução
Normativa nº 387/2015 apenas Diretrizes de Utilização – DUT dos procedimentos nela relacionados, o que
não obsta a cobertura, pois a jurisprudência pátria vem sedimentando entendimento de que o referido rol
não é taxativo, servindo apenas como referência para os planos de saúde privados.
Destarte, o exame solicitado pelo médico que assiste a ora agravada se mostra de suma importância, pois
somente após a realização deste poderá o médico decidir a qual tratamento será a paciente submetida, e
a não efetivação de tal providencia poderá ocasionar comprometimento ou agravamento de sua saúde
desta.
Ademias, as limitações à cobertura pelo Planos de Saúde, mesmo nas hipóteses previstas na Lei, não se
eximem da observância às normas impostas pelo Código de Defesa do Consumidor, portanto, a negativa
da agravante frustra o próprio objetivo da contratação levada a efeito pela agravada e, mais, viola as
regras protetivas do CDC.
tratamentos não previstos na referida norma. 18. Além de poder gerar o fenômeno psicológico que se
denomina "efeito da vítima identificável/individualizável" - quando, por exemplo, o Juiz se compadece com
a possível vulnerabilidade do autor e se convence de que o procedimento pleiteado é essencial para o
paciente, independente do preço; da forma de realização e da inexistência de provas ou evidências
científicas de sua eficácia - a decisão judicial repercutirá na esfera de outros contratantes do
plano/seguradora, ou até mesmo na sociedade em geral. 19. Vale lembrar que houve um aumento de
130% de ações judiciais envolvendo o tema "saúde" entre 2008 e 2017, com alto índice de êxito do autor,
conforme levantamento elaborado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) para o Conselho Nacional
de Justiça (https://www.cnj.jus. br/wpontent/uploads/2019/03/66361404dd5ceaf8c5f7049223bdc709.pdf).
20. É inegável que o fato de a operadora do plano/seguro de saúde ser obrigada judicialmente a custear
tratamentos não estipulados como obrigatórios pela ANS pode influenciar no seu equilíbrio
econômico/financeiro e em suas relações com os contratantes. 21. Em decorrência do indiscriminado
fornecimento de tratamentos, que a operadora/seguradora não se obrigou a custear, há um aumento do
prêmio/mensalidade pago pelo segurado/usuário, fazendo com que outros usuários paguem também
valores exorbitantes por procedimentos que nunca utilizariam. 22. A primeira consequência econômica
dessa ampliação seria a exclusão da cobertura de milhares de vidas, inviabilizada pela falta de condições
de pagamento do preço estratosférico que passaria a custar esses produtos, que já não são acessíveis a
muitos brasileiros exatamente pelo valor elevado. 23. Registre-se que os planos/seguros de saúde não
são planos de solidariedade, ao contrário do sistema previdenciário público; nem têm, por princípio, a
integralidade, como ocorre com o Sistema Único de Saúde (SUS). 24. Em razão disso, não são todas as
terapêuticas que devem ser autorizadas/custeadas pelo plano/seguro de saúde, somente porque
recomendadas pelo médico assistente, sob pena de sujeitar a entidade e o setor suplementar a um
verdadeiro caos econômico. 25. Em contrapartida, é evidente que o contratante, ao aderir aos contratos,
possui o principal interesse de ter um amparo, uma cobertura, caso necessite de serviços/tratamentos
médicos, e o ajuste assegura o direito ao tratamento de algumas mazelas. 26. Ademais, os contratos
devem observar a sua função social (art. 422 do Código Civil) e, nos termos do art. 170 da Constituição
Federal, a ordem econômica também tem por objetivo assegurar a todos a existência digna, conforme os
ditames da justiça social. 27. A negativa de terapêutica recomendada pelo profissional quanto à doença
coberta pelo contrato, pode, em alguns casos, afetar a dignidade da pessoa humana, pois a medida
poderia ser a única possibilidade de sobreviver ou de ter uma sobrevida. O tema alcança uma proporção
maior quando envolvem idosos ou crianças, que possuem especial proteção do Estado, com dispõem
seus respectivos Estatutos. 28. A problemática evidencia um relevante confronto como pano de fundo: o
direito à saúde do contratante, o que, ao fim e ao cabo, é o objeto central do ajuste e a livre iniciativa da
operadora/seguradora de saúde, independente se for entidade de autogestão (sem fins lucrativos), ambos
direitos constitucionais. 29. Esses direitos, como se sabe, não possuem natureza absoluta, de modo que
podem ser mitigados quando em conflito com outro direito de mesma grandeza. 30. É necessário
encontrar um meio termo, de modo que o paciente possa ter o seu direito à saúde resguardado, ao tempo
em que se busque preservar o equilíbrio/liberdade econômica do plano/seguro de saúde. Aplica-se o
princípio da proporcionalidade. 31. É preciso questionar se há razoabilidade na negativa pelo
plano/seguro de saúde de tratamento inovador de mazela coberta contratualmente - mais eficiente com
base em diversos estudos científicos, e fundamental para o restabelecimento da saúde do paciente -, mas
que não está previsto no índice estabelecido pela ANS na Resolução Normativa nº 428. 32. O rol e os
anexos da referida norma, feitos no exercício da competência legal da autarquia especial, nos termos do
art. 4º, II da Lei nº 9.961/2000, devem ser utilizados como parâmetro para oferecimento de
serviços/tratamentos pela operadora/seguradora. 33. Todavia, considerá-lo, de forma absoluta, e, por
conseguinte, preservar apenas a autonomia da entidade em detrimento à saúde do paciente, talvez à vida,
pode subverter a lógica do contrato de plano/seguro de saúde, violar a sua função social e negar ao
contratante o que foi objeto nuclear do referido ajuste. 34. De acordo com o Código de Ética Médica, o
médico assistente possui como princípio fundamental a responsabilidade de "aprimorar
continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do
paciente e da sociedade" (capítulo I, inciso V). Além disso, a medicina deve ser exercida com a
utilização dos meios técnicos e científicos que visem os melhores resultados (capítulo I, inciso
XXVI). [grifo na transcrição]. 35. Por isso, em determinados casos excepcionais, não é razoável que o
paciente aguarde sempre a previsão em norma para que tenha a autorização/custeio pela entidade
suplementar de saúde de procedimento comprovadamente essencial à sua saúde. A cura tem
pressa; "a dor tem pressa" (Ministra Carmen Lúcia). 36. Sobre esse aspecto, o eminente Relator do
RESP nº 1733013/PR, Ministro Luís Felipe Salomão, fundamentou em seu voto que a taxatividade
do rol da ANS não impede que o Juiz, em situações pontuais, conceda, de forma fundamentada,
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cobertura para tratamento comprovadamente imprescindível: "[...] Por óbvio, sob pena de violação do
próprio princípio do acesso à justiça e diante do risco do estabelecimento ilegal de presunção absoluta
(juris et de jure) de higidez dos atos da Administração Pública, não se está a dizer que não possam existir
situações pontuais em que o Juízo - munido de informações técnicas obtidas sob o crivo do contraditório,
ou mesmo se valendo de nota técnica dos Nat- jus, em decisão racionalmente fundamentada - venha
determinar o fornecimento de certa cobertura que constate ser efetivamente imprescindível, com
supedâneo em medicina baseada em evidência (clínica)". 37. Nesse sentido, embora a operadora não
tenha a obrigação de oferecer tratamentos não previstos no rol da ANS, deve custeá-los em favor
do contratante para o efetivo restabelecimento de sua saúde, em respeito à função social do
contrato, diante do caso concreto e em hipóteses excepcionais, apenas se houver elementos
mínimos ou for demonstrado: a) risco notório à sua integridade física e/ou psicológica, caso não
realizada a terapêutica; b) real necessidade do procedimento; c) sua eficácia; d) que é o melhor
tratamento para a mazela apresentada e e) a inadequação de eventual tratamento convencional
e/ou mais barato. 38. Com esse raciocínio, evita-se a concessão/autorização indiscriminada e/ou
desnecessária de tratamentos aos pacientes, resguardando a sua saúde e, ainda que de forma mitigada, a
autonomia das operadoras/seguradoras de saúde. 39. Nada obsta que a operadora/seguradora crie meios
internos, a exemplo de juntas médicas instituídas em diversos outros protocolos, para verificação desses
requisitos, ou até mesmo identifique a possibilidade de utilização de terapêutica alternativa, que, aliás,
pode ser uma boa opção para o paciente. 40. O relatório clínico do apelado consignou que (ID nº
20427635): "O paciente Clineu Lazaro Moreira é portador de adenocarcinoma de próstata em
tratamento hormonal, com metástases ósseas e linfonodais, com excelente resposta ao tratamento
hormonal, necessitando repetir o exame de PET-CT para verificar o benefício de tratamento local de
próstata, conforme estudo STAMPEDE. A não realização do exame pode implicar em uma avaliação
errônea da melhor opção terapêutica, e dessa forma, trazer uma redução das chances de sucesso
com o tratamento.". 41. Em 22/7/2020, o oncologista Dr. Paulo Sergio Moraes Lages, CRM-DF nº 21455,
solicitou autorização para realização "de PET-CT" (ID nº 20427636). 42. A apelante, contudo, recusou a
cobertura (ID nº 20427647), sob a justificativa de que o procedimento não atendia aos critérios constantes
nas Diretrizes de Utilização - DUT estabelecidas pela ANS. O exame foi novamente solicitado (ID nº
20427647) e mais uma vez negado pela apelante, com o mesmo motivo anterior. 43. A antecipação dos
efeitos da tutela para autorização e realização do exame foi deferida (ID nº 20427654). 44. O exame
denominado PET-CT ou PET-SCAN, tomografia por emissão de pósitrons, é uma nova técnica de
medicina nuclear que tem sido utilizada na oncologia como ferramenta de diagnóstico e estadiamento da
doença (classificação do nível de impacto), podendo registrar, também, a resposta de um determinado
tumor aos tratamentos cirúrgico ou quimio-radioterápico. [informação disponível no site da Sociedade
Brasileira de Medicina Nuclear: www.sbmn.org.br, acesso em 20/2/2019]. 45. A Resolução Normativa nº
428/2017, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu em seu Anexo I o exame PET-CT
Oncológico (com diretriz de utilização) como sendo de cobertura mínima obrigatória pelos planos de
saúde. 46. Embora a Diretriz de Utilização do PET-SCAN não preveja seu uso especificamente para a
neoplasia relatada na inicial, os estudos científicos mostram que essa é uma importante ferramenta para
determinar os rumos do tratamento da neoplasia. 47. Como a doença insere-se na cobertura do plano
de saúde, o procedimento pleiteado é necessário e eficaz para a definição do tratamento da
neoplasia maligna, consequentemente, para o restabelecimento da saúde do autor, que sofre de
doença gravíssima, a responsabilidade da ré de custear a terapêutica deve ser mantida, ainda que
não estabelecida no rol da Resolução nº 428/2017 da ANS, tampouco no contrato firmado entre as
partes. 48. Ademais, a apelante não propôs outra solução para o usuário do plano de saúde e nem
demonstrou que o exame seria dispensável para o tratamento da incontroversa enfermidade. 49.
Por essas razões, correta a sentença que condenou a apelante a custear a realização do exame
PET- SCAN necessário ao tratamento do paciente. Contudo, a sua necessidade deve ser avaliada a
cada novo pedido médico, por se tratar de excepcionalidade. (e-STJ, fls. 257/260, sem destaque no
original). Com efeito, a jurisprudência desta Terceira Turma já sedimentou entendimento no sentido
de que "não é cabível a negativa de tratamento indicado pelo profissional de saúde como
necessário à saúde e à cura de doença efetivamente coberta pelo contrato de plano de saúde".
Ademais, o "fato de eventual tratamento médico não constar do rol de procedimentos da ANS não
significa, per se, que a sua prestação não possa ser exigida pelo segurado, pois, tratando-se de rol
exemplificativo, a negativa de cobertura do procedimento médico cuja doença é prevista no
contrato firmado implicaria a adoção de interpretação menos favorável ao consumidor" (AgRg no
AREsp n. 708.082/DF, Relator Ministro João Otávio de Noronha, Terceira Turma, julgado em 16/2/2016,
DJe 26/2/2016). Sendo assim, observa-se que o acórdão recorrido está em consonância com o
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entendimento desta Corte, segundo o qual é abusiva a recusa da operadora do plano de saúde de arcar
com a cobertura de tratamento prescrito pelo médico para o beneficiário, ainda que de uso domiciliar,
quando necessário ao tratamento de enfermidade objeto de cobertura pelo contrato. Confiram-se os
seguintes precedentes: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. RECURSO MANEJADO SOB A ÉGIDE DO NCPC. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER.
VIOLAÇÃO DO ART. 1.022 DO NCPC. OMISSÃO NÃO VERIFICADA. COBERTURA DE EXAME.
NEGATIVA INJUSTIFICADA. FUNDAMENTO INATACADO. SÚMULA Nº 283 DO STF. ROL DA ANS.
EXEMPLIFICATIVO. DANOS MORAIS. CARACTERIZAÇÃO. REEXAME DE FATOS E PROVAS.
INVIABILIDADE. SÚMULA Nº 7 DO STJ. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. [...].
3. A ausência de impugnação dos fundamentos do acórdão recorrido quanto a obrigatoriedade da
cobertura do exame em atenção ao disposto no art. 35-C da Lei nº 9.656/98, com a alteração dada pela
Lei nº 11.935/09, bem como ser do médico assistente a competência para definir qual o tratamento mais
adequado para o paciente, atrai a incidência da Súmula nº 283 do STF. 4. Esta Terceira Turma tem
reiterado o entendimento de que o rol de procedimentos da ANS tem caráter exemplificativo, de
modo que a ausência de previsão no referido rol não afasta do plano de saúde a obrigação de
custear procedimento/medicamento necessário ao tratamento de moléstia contratualmente coberta
. [...]. 6. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp 1.707.988/DF, de minha relatoria, j. 29/03/2021, DJe
6/4/2021) AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. CIVIL. PLANO DE SAÚDE. TRATAMENTO
PRESCRITO PELO MÉDICO. DOENÇA ABRANGIDA PELO CONTRATO. LIMITAÇÕES DOS
TRATAMENTOS. CONDUTA ABUSIVA. INDEVIDA NEGATIVA DE COBERTURA. JURISPRUDÊNCIA
PACÍFICA DA TERCEIRA TURMA. PRECEDENTE EM SENTIDO CONTRÁRIO NA QUARTA TURMA.
RATIFICAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA DESTA TURMA. DANOS MORAIS. REEXAME. SÚMULA 7/STJ.
AGRAVO IMPROVIDO. 1. Com efeito, a jurisprudência desta Terceira Turma já sedimentou
entendimento no sentido de que "não é cabível a negativa de tratamento indicado pelo profissional
de saúde como necessário à saúde e à cura de doença efetivamente coberta pelo contrato de plano
de saúde". Ademais, o "fato de eventual tratamento médico não constar do rol de procedimentos
da ANS não significa, per se, que a sua prestação não possa ser exigida pelo segurado, pois,
tratando-se de rol exemplificativo, a negativa de cobertura do procedimento médico cuja doença é
prevista no contrato firmado implicaria a adoção de interpretação menos favorável ao consumidor"
(AgRg no AREsp n. 708.082/DF, Relator Ministro João Otávio de Noronha, Terceira Turma, julgado em
16/2/2016, DJe 26/2/2016). 2. Existência de precedente da Quarta Turma no sentido de que seria legítima
a recusa de cobertura com base no rol de procedimentos mínimos da ANS. 3. Ratificação do
entendimento firmado pela Terceira Turma quanto ao caráter exemplificativo do referido rol de
procedimentos. Precedente. [...]. 5. Agravo interno improvido. (AgInt no REsp 1.912.467/SP, Rel.
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, Terceira Turma, j. 29/3/2021, DJe 6/4/2021). Verificado, pois, o
caráter imotivado, abusivo e ilegítimo da recusa de tratamento declinada pela GEAP, e, ainda, que os
fundamentos adotados pelo acórdão recorrido estão em consonância com o entendimento firmado nesta
Corte, não há razão para modificá-lo, devendo, assim, ser mantido. Nessas condições, NEGO
PROVIMENTO ao recurso especial. MAJORO em 5% os honorários advocatícios anteriormente fixados
em desfavor da GEAP, nos termos do art. 85, § 11 do NCPC. Por oportuno, previno as partes de que a
interposição de recurso contra esta decisão, se declarado manifestamente inadmissível, protelatório ou
improcedente, poderá acarretar condenação às penalidades fixadas nos arts. 1.021, § 4º, ou 1.026, § 2º,
ambos do NCPC. Publique-se. Intime-se. Brasília, 05 de maio de 2021. Ministro MOURA RIBEIRO Relator
(STJ - REsp: 1935100 DF 2021/0125501-9, Relator: Ministro MOURA RIBEIRO, Data de Publicação: DJ
07/05/2021). (Negritou-se).
IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71003791738, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator:
Cleber Augusto Tonial, Julgado em 11/04/2013)
(TJ-RS - Recurso Cível: 71003791738 RS, Relator: Cleber Augusto Tonial, Data de Julgamento:
11/04/2013, Terceira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 15/04/2013).”
(2019.02366986-34, 205.208, Rel. JOSE ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR, Órgão
Julgador 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2019-06-03, Publicado em 2019-06-13).”
(Negritou-se).
Nesse caso, discute-se a proteção da saúde e da vida da pessoa humana, não podendo ser ceifada da
agravada a oportunidade de ser tratada adequadamente da doença que a atinge, razão pela qual é
descabida a negativa de realização do exame pela ausência deste na Resolução Normativa nº 387/2015,
da ANS, restando presente, portanto, a probabilidade do direito alegado (fumus bonis iuris).
Dessa forma, tratando-se de medida destinada à preservação da saúde da agravada, é certo que o plano
de saúde deve prover os meios necessários para o efetivo tratamento da segurada, arcando com os
custos do tratamento de forma a possibilitar o pleno restabelecimento da paciente, fazendo cumprir seu
direito constitucional à saúde, em observância ainda ao princípio da dignidade da pessoa humana e a
expectativa que teve a agravada, quando da contratação, de ter a cobertura dos tratamentos necessários
para a cura de eventual enfermidade.
DISPOSITIVO
É como voto.
Desembargadora – Relatora.
Belém, 17/08/2021
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EMENTA
6. A ação ad quo fora intentada pela agravada em 30/10/2020 (ID 20797687dos autos originários) e
instruída com Procuração (ID 20798138 - Pág. 1); Atos Constitutivos da Requerente (ID 20798664 - Pág.
1-6); CNPJ da Requerente (ID 20798139 - Pág. 1); Contrato de Locação (ID 20798140 - Pág. 1-15);
Aditivo ao Contrato de Locação (ID 20798141 - Pág. 1-4); Notificação – data 02.04.2020 (ID 20798142 -
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Pág. 1-2); Notificação Extrajudicial da Requerente – data 18.05.2020 (ID 20798143 - Pág. 1-2); Resposta
da notificação datada de 18.05.2020 (e-mail) (ID 20798144 - Pág. 1-2); Notificação Extrajudicial da
Requerente - 17.08.2020 (ID 20798145 - Pág. 1-2); Resposta da segunda notificação (e-mail) (ID
20798146 - Pág. 1).
8. Assim, não obstante a contradição existente entre o próprio Contrato de Locação, firmado em
01/01/2013 com vigência de 20 (vinte) anos em que a SB Comércio Ltda. figura como Locadora, a
agravada como Locatária e o agravante como procurador da primeira, resta assente o interesse jurídico do
recorrente, acerca do qual o MM. Juízo ad quo exarou o seguinte despacho com o escopo de elucidação
acerca da eventual existência de contrato simulado.
9. Neste momento processual, a condição da ação atinente à legitimidade deve ser aferida à luz do
Princípio da Asserção e, assim, queda-se inviável a extinção do presente recurso por este fundamento,
bem como à vista da ausência de manifestação do MM. Juízo ad quo acerca da matéria, que deve
inclusive aferir o grau de interesse jurídico do agravante na causa ad quo, razão pela qual referida
condição da ação nesta Instância poderia redundar em supressão de instância. O sistema jurídico pátrio
também garante o direito de recurso ao terceiro interessado, consoante prevê o art. 996 do Código de
Processo Civil.
11. Questão aferida à luz do que dispõe o art. 327, §1° e 2° do Código de Processo Civil.
12. A Decisão Agravada encontra-se fundamentada no art. 542, I do Código de Processo Civil, ou seja:
sob o rito comum.
13. Como é cediço, o procedimento especial da ação consignatória não é incompatível com o pedido
declaratório de extinção de relação contratual, ressaltando que, consoante o § 2º do artigo 327 do Código
de Processo Civil acima transcrito, quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento,
será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das
técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais
pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum, até
porque os pedidos de depósito de chaves e de extinção do contrato não podem, sem manifestação do
MM. Juízo ad quo, neste momento processual serem considerados incompatíveis entre si.
14. DO MÉRITO
15. Cinge-se a controvérsia recursal à alegação de fulminação do objeto da ação pelo depósito das
chaves, à existência de débitos de aluguéis, à configuração de prejuízos de ordem material e imaterial e à
não demonstração de regularidade nas obrigações contratuais da agravada.
16. A causa em trâmite perante o MM. Juízo ad quo desenvolve-se a partir do Contrato de Locação ID
20798664, firmado entre SB Comércio Ltda. e Faculdade Maurício de Nassau de Belém, cujo
representante é o Senhor Armando Grello Cabral, que, por sua vez, aduz sub-rogação nos direitos da
Locadora em razão da compra do imóvel objeto da lide.
17. O contrato em voga fora firmado em 21/01/2013 (ID 20798140 - Pág. 14 – autos originários) e aditado
com o escopo de atualização do valor do aluguel em 19/05/2017 (ID 20798141 - Pág. 4 – autos
originários), figurando como locadora SB Comércio Ltda., Locatária a Faculdade Maurício de Nassau de
Belém e representante da primeira o Senhor Armando Grello Cabral.
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18. Documentos que demonstram, a intenção de resolução contratual por parte da agravada e ciência
deste desiderato pelo agravante.
19. Em sua Contestação (ID 24946181), a SB Comércio Ltda. suscita a sua ilegitimidade passiva e refuta
os termos da Petição Inicial, especialmente quanto à ausência de outorga de poderes ao agravante para
agir em seu nome, fato que deve ser apreciado pelo MM. Juízo ad quo, com o escopo de detalhar a
relação locatícia que a agravada busca extinguir, com a ressalva de que a referida contestante junta à sua
peça de bloqueio um Contrato de Promessa de Compra e Venda firmado com o agravante, datado de
20/03/2004, cujo objeto circunscreve-se no imóvel objeto da lide, com transmissão de propriedade a partir
da assinatura do referido instrumento (ID 24946185 - Pág. 1 e 3). Inteligência do art. 1245 do Código Civil.
20. Com a Contestação do agravante (ID 25032432) fora juntada Procuração Pública, datada de
10/12/2020, em que a SB Comércio Ltda. outorga poderes ao agravante para que aliene para si ou para
terceiro o imóvel objeto da lide (25033802 - Pág. 1-3 –autos originários), tendo sido, outrossim, juntada
troca de e-mails iniciada em 18/05/2020 (data da primeira notificação para resilição contratual), o que
evidencia a ciência pelo agravante do desiderato de extinção contratual e entrega de chaves da agravada
(ID 25033789 - Pág. 1, 25033791 - Pág. 1).
21. O agravante também junta aos autos ad quo e-mail que denota ciência acerca da 2ª Notificação (ID
25033798), o que faz erigir o periculum in mora em favor da agravada, a qual ajuizou ação em 30/10/2020,
à vista do fracasso nas tratativas extrajudiciais.
22. Não obstante a alegação de fulminação do objeto da ação que esta versa acerca da entrega das
chaves na pendência de realização de vistoria e de alugueis em aberto, questões que estão afetas ao MM.
Juízo ad quo e demandam dilação probatória, com o escopo de delimitar os termos da quebra da avença e
seus sujeitos, considerando as alegações de ilegitimidade suscitadas pelas agravada e pela SB Comércio,
as quais não se coadunam em impedimento à extinção antecipada do contrato, conforme dispõe o art. 4°
da Lei de Locações, a qual, repita-se, deve ser as suas multas e termos iniciais e finais definidos pelo MM.
Juízo ad quo.
23. Ausência de impedimentos à resolução antecipada, considerando o direito potestativo das partes em
não permanecer em determinada relação jurídica, com a ressalva de que a resolução antecipada se
submete, entretanto, a multas e encargos que serão, oportunamente, fixados pelo MM. Juízo ad quo.
24. Quanto à irreversibilidade observa-se, como já acima destacado que os efeitos patrimoniais e seus
termos serão declarados pelo MM. Juízo ad quo.
25. Ausência do fumus boni iuris, ante a inequívoca demonstração de vontade de extinção do vínculo
contratual, conforme as Notificações Extrajudiciais ID 20798142, 20798143 e 20798145 e o item c da
Petição Inicial (ID 20797687), constantes dos autos originários, e configuração do periculum in mora, uma
vez que os prejuízos suscitados pelo agravante podem ser objeto de pedido deduzido nos autos
originários ou em ação própria, cabendo, outrossim, à instrução processual a apuração de eventuais
valores devidos.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO, tendo como agravante
ARMANDO GRELO CABRAL e agravada FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU DE BELÉM LTDA.-
ME.
Desembargadora – Relatora
RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de Agravo de Instrumento com pedido de Efeito Suspensivo interposto por
ARMANDO GRELO CABRAL, inconformado com a decisão proferida pelo MM. Juízo de Direito da 5ª
Vara Cível e Empresarial da Capital que deferiu Depósito das Chaves de Imóvel objeto de Contrato de
Locação, nos autos da AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO DE CHAVES DE IMÓVEL (Processo n.° 0861792-
27.2020.8.14.0301) ajuizada por FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU DE BELÉM, em face de SB
COMÉRCIO LTDA., ora agravada.
Em síntese fática, expõe que as partes firmaram Contrato de Locação para fins comerciais.
Ressalva não ter sido citado da ação, tampouco incluído pela agravada Faculdade Mauricio de Nassau no
polo passivo da demanda, afirmando que seu interesse jurídico decorre dos prejuízos a si impostos pelo
decisum ora atacado.
Sustenta a necessidade de suspensão dos efeitos da decisão recorrida, à vista da existência de valores a
receber e obrigações não cumpridas pela agravada Faculdade Mauricio de Nassau, salientando que o
depósito das chaves deferido na forma da Decisão Agravada fulmina o objeto da ação.
Acrescenta que o contrato firmado, em 01/01/2013, entre as partes tinha previsão de duração de 20 (vinte)
anos, o qual, entretanto, não perdurou nem a metade de seu tempo, aduzindo que atualmente, o valor de
aluguel estaria no patamar de R$ 89.294,00 (oitenta e nove mil duzentos e noventa e quatro reais) e que
as dívidas do contrato alcançam a cifra de R$ 772.694,00 (setecentos e setenta e dois mil seiscentos e
noventa e quatro reais), uma vez que a locadora entrou em mora a partir do mês de Julho de 2020.
Afirma que o depósito das chaves conduz à tentativa de esquiva da locadora em cumprir com suas
obrigações contratuais e denota prejuízos de ordem material e imaterial ao recorrente, fatos que
justificariam a concessão do efeito pretendido.
Esclarece deter legitimidade para figurar no polo passivo da demanda ad quo em razão de ter efetuado
todas as negociações do contrato de locação objeto da lide ad quo, além de ser proprietário do imóvel,
pendendo apenas o registro no Cartório competente.
Aduz que a ação ad quo padece de inépcia e encontra-se fadada à extinção, ante a impossibilidade de
cumulação do rito da consignação de chaves (art. 67, da Lei de Locação (Lei nº 8.245/1991) e da extinção
de relação contratual, refutando a possibilidade de aplicação do procedimento comum ao caso concreto.
Suscita cerceamento de defesa e nulidade absoluta decorrente da cumulação de ritos, afirmando que a
decisão agravada não lhe oportunizou o exercício do contraditório e da ampla defesa, aduzindo que, em
verdade, a dúvida sobre quem deveria receber as chaves ensejou o ajuizamento da ação e não a recusa
no referido recebimento.
Afirma que a autora, ora agravada, acumula débitos em aluguéis e obrigações acessórias, salientando que
esta se limita a requerer a consignação das chaves sem comprovar a regularidade de suas obrigações
contratuais.
347
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Junta documentos.
Intimada, a agravada também apresentou contrarrazões aos Embargos de Declaração também aduzindo a
ilegitimidade do embargante e pugnando pelo improvimento de seu recurso (ID 5052878).
Nos termos do art. 10 do Código de Processo Civil, determinei a intimação do agravante/embargante para
que se manifestasse acerca da alegação de ilegitimidade processual, arguida nas respectivas
contrarrazões (ID 5053788), oportunidade em que reafirmou seu pedido de efeito suspensivo ao recurso
principal e ratificou seu interesse processual (ID 5103090).
É o relatório, que ora apresento para inclusão do feito em Pauta para Julgamento, nos termos do
art. 12, do Código de Processo Civil.
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Recurso julgado a teor do art. 14 do Código de Processo Civil, por força da aplicação do Direito
Intertemporal à espécie, com a ressalva de que a Decisão recorrida fora proferida na vigência da atual
Legislação Processual (31/08/2017).
DA DECISÃO AGRAVADA
Prima facie, vejamos a Decisão Agravada (ID 24541446 dos autos originários), in verbis:
Defiro o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 05 (cinco) dias (artigo 542, I,
CPC), sendo que no presente caso, depósito judicial das chaves do imóvel na secretaria desta vara,
devendo ser lavrado certidão.
Cite-se o réu para que proceda com a retirada das chaves do imóvel, ou para oferecer contestação no
prazo de 15 (quinze) dias (artigo 542, II, CPC).
Cumpra-se.
(Grifo nosso)
QUESTÕES PRELIMINARES
Prima facie, analiso a questão preliminar e ilegitimidade processual do agravante arguida tanto nas
contrarrazões dos Embargos de Declaração quanto do Agravo de Instrumento, ressalvando que o
cerceamento de defesa suscitado pelo recorrente, em que pese arguido no bojo do mérito recursal
também deve ser apreciado nesta sede de mérito por se tratar de alegação de impossibilidade de
cumulação de ritos na ação ad quo e, assim, seu eventual acolhimento redundaria em reconhecimento de
nulidade processual.
Aduz a recorrida que o contrato de locação objeto da lide ad quo e o respectivo Aditivo Contratual foram
firmados com a SB Comércio, sendo o agravante sempre qualificado como procurador desta, salientando
que a contranotificação enviada pela referida sociedade empresária em 21/08/2020 a informação de que
fora outorgada em favor do recorrente procuração pública para legalização do imóvel em nome deste ou
por este indicado, com a ressalva de que não foram apresentados nos autos a procuração, tampouco o
instrumento de venda do imóvel.
Afirma que a procuração pública para transferência do imóvel fora outorgada em 10/12/2020, ou seja:
depois do ajuizamento da ação ad quo (30/10/2020), não obstante constar da contranotificação que esta
fora lavrada em 21/08/2020, fato que configuraria má-fé, salientando que trocou e-mails com o agravante,
o qual sempre se apresentou como procurador da locadora e forneceu conta para depósito em nome da
Pessoa Jurídica A GRELLO CABRAL, na qual todos os aluguéis foram depositados e que pertence ao
recorrente, conforme consulta ao Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica.
Em contrapartida, o agravante esclarece deter legitimidade para figurar no polo passivo da demanda ad
quo em razão de ter efetuado todas as negociações do contrato de locação objeto da lide ad quo, além de
ser proprietário do imóvel, pendendo apenas o registro no Cartório competente.
Analisados os autos, verifico que a alegação de legitimidade do agravante decorre de sua alegação de
domínio e de ter participado de todas as negociações atinentes ao contrato sub judice.
Nesse sentido, importante assentar que a ação ad quo fora intentada pela agravada em 30/10/2020 (ID
20797687dos autos originários) e instruída com Procuração (ID 20798138 - Pág. 1); Atos Constitutivos da
Requerente (ID 20798664 - Pág. 1-6); CNPJ da Requerente (ID 20798139 - Pág. 1); Contrato de Locação
(ID 20798140 - Pág. 1-15); Aditivo ao Contrato de Locação (ID 20798141 - Pág. 1-4); Notificação – data
02.04.2020 (ID 20798142 - Pág. 1-2); Notificação Extrajudicial da Requerente – data 18.05.2020 (ID
20798143 - Pág. 1-2); Resposta da notificação datada de 18.05.2020 (e-mail) (ID 20798144 - Pág. 1-2);
Notificação Extrajudicial da Requerente - 17.08.2020 (ID 20798145 - Pág. 1-2); Resposta da segunda
notificação (e-mail) (ID 20798146 - Pág. 1).
A/C Diretoria
21 de agosto de 2020
Servimo-nos da presente, em atenção à Notificação Extrajudicial recebida acerca do imóvel locado, para
expor e solicitar o que segue:
A notificação informa a existência de locação mantida com a Sb Comércio Ltda., referente ao imóvel sito à
Av. Magalhães Barata, 301 – Nazaré, Belém/PA. Ocorre que o referido imóvel não pertence à notificada,
tendo sido vendido ao Sr. Armando Grello Cabral, para quem foi outorgada procuração púbica para fins de
legalização posterior em seu nome, ou de quem indique.
Desta forma, cumpre esclarecer que não reconhecemos como válido o mencionado contrato de locação
com esta conceituada empresa educacional, uma vez que o sr. Armando Grello não possui poderes de
representação da SB Comércio Ltda., não podendo celebrar contrato de locação em nome desta, mas
apenas poderes para alienação do imóvel para seu nome ou para terceiros.
Aliás, referido procurador também não possui poderes para receber e da quitação em nome da SB
Comércio Ltda., de forma que nenhum valor pago/recebido pela SB Comércio Ltda.
Sugerimos, portanto, que o referido senhor seja chamado para regularização do que se fizer necessário,
até mesmo para evitar problemas contábil-fiscais, uma vez que a Sb Comércio Ltda. não declarou – nem
irá declarar – a receita de tais aluguéis, enquanto essa empresa provavelmente deve ter feito a declaração
de tais pagamentos.
Por fim, como não houve nenhum compromisso assumido pela SB Comércio Ltda., não há que se atender
aos termos da notificação recebida.
Ademais, cumpre alertar que em caso se sermos indevidamente acionados na justiça ou viermos a sofrer
qualquer dano resultante da alegada locação, iremos buscar a reparação das eventuais perdas e danos.
Certos de contar com sua compreensão, e de que serão adotadas as providências cabíveis para respaldo
de ambas as partes subscrevemos com as mais cordiais saudações.
SB COMÉRCIO LTDA.
Gerente Administrativo-Financeira
Assim, não obstante a contradição existente entre o próprio Contrato de Locação, firmado em 01/01/2013
com vigência de 20 (vinte) anos em que a SB Comércio Ltda. figura como Locadora, a agravada como
Locatária e o agravante como procurador da primeira, resta assente o interesse jurídico do recorrente,
acerca do qual o MM. Juízo ad quo exarou o seguinte despacho:
Sem prejuízo, à UNAJ para cálculo das custas devidas, considerando o valor do contrato cuja rescisão o
autor pretende obter e, no caso da reconvenção, procedendo-se à intimação do autor e do reconvinte para
recolhimento das custas devidas, observada a correção de ofício do valor da causa feita em relação à
inicial nos termos do art. 292, II, §3º, do CPC, retornando, a seguir, conclusos.
Belém, 12.05.2021.
Desta forma, neste momento processual a condição da ação atinente à legitimidade deve ser aferida à luz
do Princípio da Asserção e, assim, queda-se inviável a extinção do presente recurso por este fundamento,
bem como à vista da ausência de manifestação do MM. Juízo ad quo acerca da matéria, que deve
inclusive aferir o grau de interesse jurídico do agravante na causa ad quo, razão pela qual referida
condição da ação nesta Instância poderia redundar em supressão de instância.
Ademais, em última análise, o sistema jurídico pátrio garante o direito de recurso ao terceiro interessado,
consoante prevê o art. 996 do Código de Processo Civil, in verbis:
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério
Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
(Grifo nosso)
(TRT-1 - RO: 01008704620165010032 RJ, Relator: MARCIA LEITE NERY, Data de Julgamento:
29/01/2019, Quinta Turma, Data de Publicação: 05/02/2019)
(TJ-MG - AI: 10000180793705001 MG, Relator: Amauri Pinto Ferreira, Data de Julgamento: 25/10/2018,
Câmaras Cíveis / 17ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 26/10/2018)
Assim, demonstrado o interesse jurídico que pode ser reconhecido desde a figura de parte até intervenção
de terceiro, bem como a ausência de análise da matéria pelo MM. Juízo ad quo, a preliminar não merece
prosperar, mormente à vista do Princípio da Primazia do Mérito.
351
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DISPOSITIVO
Aduz também que a ação ad quo padece de inépcia e encontra-se fadada à extinção, ante a
impossibilidade de cumulação do rito da consignação de chaves (art. 67, da Lei de Locação (Lei nº
8.245/1991) e da extinção de relação contratual, refutando a possibilidade de aplicação do procedimento
comum ao caso concreto.
A questão deve ser aferida à luz do que dispõe o art. 327, §1° e 2° do Código de Processo Civil, in verbis:
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que
entre eles não haja conexão.
§2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se
o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais
diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados,
que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
Àguisa de esclarecimento, a ação ad quo cumula os seguintes pedidos, ipsis litteris (ID 20797687 - Pág. 4
– autos originários):
PEDIDO
b. A citação postal da Requerida, para que proceda a retirada das chaves do imóvel e apresente a defesa
que tiver;
c. Ao final, que seja julgada procedente a presente ação consignatória para declarar extinta a relação
contratual em apreço, a contar da tentativa de entrega das chaves do imóvel, em 20 de agosto de 2.020;
d. Alternativamente, não sendo este o entendimento de Vossa Excelência, que seja declarada extinta a
relação contratual a contar da data do ajuizamento da presente demanda; e
e. Por fim, a condenação da Requerida ao pagamento das custas e despesas processuais, além dos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
honorários de sucumbência.
Somado a isso, verifico que a Decisão Agravada encontra-se fundamentada no art. 542, I do Código de
Processo Civil, ou seja: sob o rito comum, in verbis:
I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do
deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539, § 3º ;
Como é cediço, o procedimento especial da ação consignatória não é incompatível com o pedido
declaratório de extinção de relação contratual, ressaltando que, consoante o § 2º do artigo 327 do Código
de Processo Civil acima transcrito, quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento,
será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das
técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais
pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum, até
porque os pedidos de depósito de chaves e de extinção do contrato não podem, sem manifestação do
MM. Juízo ad quo, neste momento processual serem considerados incompatíveis entre si, conforme se
infere da jurisprudência em casos análogos:
Possibilidade de cumulação de pedidos Observância do art. 292, § 2º do CPC Adoção do rito ordinário
Ausência de prejuízos Negado provimento. (TJSP; Agravo de Instrumento 2260537-22.2015.8.26.0000;
Rel. Hugo Crepaldi; 25ª Câmara de Direito Privado; j. 28/01/2016)
(Grifo nosso)
Assim, a presente preliminar de cerceamento de defesa por nulidade processual não merece prosperar.
DISPOSITIVO
DO MÉRITO
Cinge-se a controvérsia recursal à alegação de fulminação do objeto da ação pelo depósito das chaves, à
existência de débitos de aluguéis, à configuração de prejuízos de ordem material e imaterial e à não
demonstração de regularidade nas obrigações contratuais da agravada.
Feitas essas considerações e demonstrado o cabimento recursal a teor do art. 1015, I do Código de
Processo Civil, aprofundo-me na questão posta ao exame desta Turma:
Para a concessão da tutela de urgência, faz-se necessário a presença dos requisitos estabelecidos no art.
300, caput e § 3º, do CPC/15, in verbis:
"Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão."
"Dá-se o nome de tutela provisória ao provimento jurisdicional que visa adiantar os efeitos da decisão final
no processo ou assegurar o seu resultado prático. A tutela provisória (cautelar ou antecipada) exige dois
requisitos: a probabilidade do direito substancial (o chamado fumus boni iuris) e o perigo de dano ou risco
do resultado útil do processo (periculum in mora). A soma desses dois requisitos deve ser igual a 100%,
de forma que um compensa o outro. Se a urgência é muito acentuada (perigo de dano ao direito
substancial ou risco de resultado útil do processo), a exigência quanto à probabilidade diminui. Ao revés,
se a probabilidade do direito substancial é proeminente, diminui-se o grau da urgência.
(...)
A probabilidade do direito deve estar evidenciada por prova suficiente, de forma que possa levar o juiz a
acreditar que a parte é titular do direito material disputado. Trata-se de um juízo provisório. Basta que, no
momento da análise do pedido, todos os elementos convirjam no sentido de aparentar a probabilidade das
alegações. Essa análise pode ser feita liminarmente (antes da citação) ou em qualquer outro momento do
processo. Pode ser que no limiar da ação os elementos constantes nos autos ainda não permitam formar
um juízo de probabilidade suficiente para o deferimento da tutela provisória. Contudo, depois da instrução,
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Quanto à necessidade de reversibilidade dos efeitos da decisão, vejamos também o seguinte excerto de
Doutrina:
"O § 3º do art. 300 veda a concessão da tutela de urgência de natureza antecipada quando houver perigo
de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Embora a urgência sirva para qualificar essa modalidade de
tutela, o legislador supervaloriza a probabilidade. Porque na tutela de urgência, a probabilidade é menos
acentuada - vez que os requisitos referentes ao fumus boni iuris e ao periculum in mora se somam - do
que na tutela da evidência, exige-se que os efeitos sejam reversíveis." (DONIZETTI, Elpídio; Curso
Didático de Direito Processual Civil; 19ª ed. São Paulo: Atlas, 2016. pp.471/472).
Analisados os autos, verifico que a causa em trâmite perante o MM. Juízo ad quo desenvolve-se a partir
do Contrato de Locação ID 20798664, firmado entre SB Comércio Ltda. e Faculdade Maurício de Nassau
de Belém, cujo representante é o Senhor Armando Grello Cabral, que, por sua vez, aduz sub-rogação nos
direitos da Locadora em razão da compra do imóvel objeto da lide.
Consta das razões deduzidas na peça recursal a necessidade de suspensão dos efeitos da decisão
recorrida, à vista da existência de valores a receber e obrigações não cumpridas pela agravada Faculdade
Mauricio de Nassau, salientando que o depósito das chaves deferido na forma da Decisão Agravada
fulminaria o objeto da ação; que o contrato firmado, em 01/01/2013, entre as partes tinha previsão de
duração de 20 (vinte) anos, o qual, entretanto, não perdurou nem a metade de seu tempo; que atualmente,
o valor de aluguel estaria no patamar de R$ 89.294,00 (oitenta e nove mil duzentos e noventa e quatro
reais) e que as dívidas do contrato alcançam a cifra de R$ 772.694,00 (setecentos e setenta e dois mil
seiscentos e noventa e quatro reais), uma vez que a locadora entrou em mora a partir do mês de Julho de
2020; que o depósito das chaves conduz à tentativa de esquiva da locadora em cumprir com suas
obrigações contratuais e denota prejuízos de ordem material e imaterial ao recorrente, fatos que
justificariam a concessão do efeito pretendido; que a autora, ora agravada, se limita a requerer a
consignação das chaves sem comprovar a regularidade de suas obrigações contratuais.
Prima facie, importante esclarecer que o contrato em voga fora firmado em 21/01/2013 (ID 20798140 -
Pág. 14 – autos originários) e aditado com o escopo de atualização do valor do aluguel em 19/05/2017 (ID
20798141 - Pág. 4 – autos originários), figurando como locadora SB Comércio Ltda., Locatária a
Faculdade Maurício de Nassau de Belém e representante da primeira o Senhor Armando Grello Cabral.
Somado a isso, verifico que a primeira notificação, com Assunto “Resilição Contratual” efetivada pela
agravada com o escopo de resilição contratual remonta a 02/04/2020 (ID 20798142 - Pág. 2- autos
originários) e fora dirigida à SB Comércio Ltda.. no endereço constante no Contrato, contendo a
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informação de que a desocupação do imóvel objeto da locação ocorreria no dia 04/05/2020, sendo a
segunda Notificação intitulada “Entrega Definitiva do Imóvel” datada de 18/05/2020 e fora encaminhada ao
endereço de sede da então locadora descrito como Av. Djalma Batista, n° 4300, bairro Flores, cidade
Manaus/AM, CEP 69.058-807 (ID 20798143 - Pág. 1-2– autos originários), o qual se encontra na
Procuração que habilitou a SB Comércio nos autos ad quo (ID 24946176 - Pág. 1– autos originários).
Ainda instruindo a Petição Inicial ad quo, verifica-se troca de e-mails (ID 20798144 - Pág. 1 – autos
originários) iniciada em 17/08/2020, da qual o agravante participa cujo objeto se coaduna em pedidos de
informação acerca de respostas às Notificações Extrajudiciais acima destacadas, seguida da 3ª
Notificação, datada de 17/08/2020 (ID 20798145 - Pág. 1-2 – autos originários) em que a agravada pugna
pelo comparecimento da SB Comércio para entrega do imóvel e entrega das chaves com prorrogação até
20/08/2020, havendo resposta desta, em 21/08/2020, em que informa acerca da ausência de vínculo com
o imóvel e venda deste ao agravante, in verbis (ID 20798146 - Pág. 1 – autos originários):
A/C Diretoria
21 de agosto de 2020
Servimo-nos da presente, em atenção à Notificação Extrajudicial recebida acerca do imóvel locado, para
expor e solicitar o que segue:
A notificação informa a existência de locação mantida com a Sb Comércio Ltda., referente ao imóvel sito à
Av. Magalhães Barata, 301 – Nazaré, Belém/PA. Ocorre que o referido imóvel não pertence à notificada,
tendo sido vendido ao Sr. Armando Grello Cabral, para quem foi outorgada procuração pública para fins de
legalização posterior em seu nome, ou de quem indique.
Desta forma, cumpre esclarecer que não reconhecemos como válido o mencionado contrato de locação
com esta conceituada empresa educacional, uma vez que o sr. Armando Grello não possui poderes de
representação da SB Comércio Ltda., não podendo celebrar contrato de locação em nome desta, mas
apenas poderes para alienação do imóvel para seu nome ou para terceiros.
Aliás, referido procurador também não possui poderes para receber e da quitação em nome da SB
Comércio Ltda., de forma que nenhum valor pago/recebido pela SB Comércio Ltda.
Sugerimos, portanto, que o referido senhor seja chamado para regularização do que se fizer necessário,
até mesmo para evitar problemas contábil-fiscais, uma vez que a Sb Comércio Ltda. não declarou – nem
irá declarar – a receita de tais aluguéis, enquanto essa empresa provavelmente deve ter feito a declaração
de tais pagamentos.
Por fim, como não houve nenhum compromisso assumido pela SB Comércio Ltda., não há que se atender
aos termos da notificação recebida.
Ademais, cumpre alertar que em caso se sermos indevidamente acionados na justiça ou viermos a sofrer
qualquer dano resultante da alegada locação, iremos buscar a reparação das eventuais perdas e danos.
Certos de contar com sua compreensão, e de que serão adotadas as providências cabíveis para respaldo
de ambas as partes subscrevemos com as mais cordiais saudações.
SB COMÉRCIO LTDA.
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Gerente Administrativo-Financeira
(Grifo nosso)
Em sua Contestação (ID 24946181), a SB Comércio Ltda. suscita a sua ilegitimidade passiva e refuta os
termos da Petição Inicial, especialmente quanto à ausência de outorga de poderes ao agravante para agir
em seu nome, fato que deve ser apreciado pelo MM. Juízo ad quo, com o escopo de detalhar a relação
locatícia que a agravada busca extinguir, com a ressalva de que a referida contestante junta à sua peça de
bloqueio um Contrato de Promessa de Compra e Venda firmado com o agravante, datado de 20/03/2004,
cujo objeto circunscreve-se no imóvel objeto da lide, com transmissão de propriedade a partir da
assinatura do referido instrumento (ID 24946185 - Pág. 1 e 3).
Nesse sentido, importante destacar que a transmissão da propriedade, consoante o art. 1245 do Código
Civil, ocorre tão somente com o Registro translativo no respectivo Cartório, in verbis:
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de
Imóveis.
§1 o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
Ocorre que tão somente com a Contestação do agravante (ID 25032432) fora juntada Procuração Pública,
datada de 10/12/2020, em que a SB Comércio Ltda. outorga poderes ao agravante para que aliene para si
ou para terceiro o imóvel objeto da lide (25033802 - Pág. 1-3 –autos originários), tendo sido, outrossim,
juntada troca de e-mails iniciada em 18/05/2020 (data da primeira notificação para resilição contratual), o
que evidencia a ciência pelo agravante do desiderato de extinção contratual e entrega de chaves da
agravada (ID 25033789 - Pág. 1, 25033791 - Pág. 1), cujo teor do primeiro transcrevo:
COMÉRCIO)
Bom dia recebi a notificação mas preciso receber os aluguéis pois tenho o mês de abril que venceu dia 05
de
maio deste ano fico no aguardo de sua resposta para a referida quitação
Corroborando o intento da agravada em rescindir o contrato de locação junto ao agravante, o qual figurava
como representante da locadora fora enviado o seguinte e-mail, o qual fora respondido no seguintes
termos, que também instrui a Contestação do agravante:
357
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Para: armandogrello@hotmail.com
Cc: Mauro Roberto Barreto Vieira de Melo; Nathalie Regnier Cortes; Mirella Andrade Feitosa; Gilmara
Rosendo de Lima Nobrega; Felipe Augusto dos Anjos Guedes; Mirian Santos Rodrigues
COMÉRCIO)
Prioridade: Alta
Prezado Locador,
Cordialmente;
Boa tarde assim que puder favor entrar em contato por via telefone pelo número 91 99981.01.07 para
tratarmos sobre a notificação aqui enviada
Aliás, o agravante também junta aos autos ad quo e-mail que denota ciência acerca da 2ª Notificação (ID
25033798), o que faz erigir o periculum in mora em favor da agravada, a qual ajuizou ação em 30/10/2020,
à vista do fracasso nas tratativas extrajudiciais.
Com efeito, importante assentar, não obstante a alegação de fulminação do objeto da ação que esta versa
acerca da entrega das chaves na pendência de realização de vistoria e de alugueis em aberto, questões
que estão afetadas ao MM. Juízo ad quo e demandam dilação probatória, com o escopo de delimitar os
termos da quebra da avença e seus sujeitos, considerando as alegações de ilegitimidade suscitadas pelas
agravada e pela SB Comércio, as quais não se coadunam em impedimento à extinção antecipada do
contrato, conforme dispõe o art. 4° da Lei de Locações, a qual, repita-se, deve ser as suas multas e termos
iniciais e finais definidos pelo MM. Juízo ad quo:
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Art. 4o Durante o prazo estipulado para a duração do contrato, não poderá o locador reaver o imóvel
alugado. Com exceção ao que estipula o § 2 o do art. 54-A, o locatário, todavia, poderá devolvê-lo,
pagando a multa pactuada, proporcional ao período de cumprimento do contrato, ou, na sua falta, a que
for judicialmente estipulada. (Redação dada pela Lei nº 12.744, de 2012)
(Grifo nosso)
"O locatário que desejar abandonar o imóvel, antecipando-se com o pagamento da multa, também pode
fazê-lo, pois nâo se lhe tolhe a liberdade individual de não mais se utilizar do imóvel, em que pese o curso
de prazo determinado. Não conseguindo o recebimento por parte do tocador, pode-se valer da ação de
consignação para o pagamento da multa e depósito do imóvel. Só existe uma condição para a rescisão
unilateral do contrato pelo locatário: o pagamento da multa; não vale a cláusula que condiciona essa
rescisão a um aviso prévio com prazo determinado (RJTAMG 23/116, in Teothonio Negrão, 1991: nota 8
ao art. 3 o da lei anterior)."
Vale registrar, ainda, ausência de impedimentos à resolução antecipada, considerando o direito potestativo
das partes em não permanecer em determinada relação jurídica, com a ressalva de que a resolução
antecipada se submete, entretanto, a multas e encargos que serão, oportunamente, fixados pelo MM.
Juízo ad quo.
a devolução do próprio imóvel, representada pela entrega das chaves. 2. Eventual obtenção de
indenização pelos reparos que a locadora sustenta não terem sido realizados no imóvel deverá ser
buscada em ação própria, tendo em vista os inexcedíveis limites estabelecidos no artigo 67, VI da Lei n.
8245/91, que disciplina a matéria. 3. A procedência da ação de consignação em pagamento, com a
extinção da obrigação de entrega das chaves e o encerramento da relação contratual (artigo 67, V, alínea
b, da Lei nº 8.425/91), não exonera o locatário pelos eventuais danos causados ao imóvel, decorrentes de
sua má utilização, cuja indenização poderá ser exigida por meio da competente ação de perdas e danos
(STJ, Agravo Regimental no Agravo de Instrumento n. 853350, Quinta Turma, Ministro Arnaldo Esteves
Lima, DJE 17/03/08).
Por fim, quanto à irreversibilidade observa-se, como já acima destacado que os efeitos patrimoniais e seus
termos serão declarados pelo MM. Juízo ad quo.
CONCLUSÃO
Desta feita, prossigo no entendimento quanto à ausência do fumus boni iuris, ante a inequívoca
demonstração de vontade de extinção do vínculo contratual, conforme as Notificações Extrajudiciais ID
20798142, 20798143 e 20798145 e o item c da Petição Inicial (ID 20797687), constantes dos autos
originários, e configuração do periculum in mora, uma vez que os prejuízos suscitados pelo agravante
podem ser objeto de pedido deduzido nos autos originários ou em ação própria, cabendo, outrossim, à
instrução processual a apuração de eventuais valores devidos.
DISPOSITIVO
É como voto.
Belém, 17/08/2021
EMENTA
EMENTA
2. Mérito.
2.1. Juros remuneratórios e capitalização de juros. Possibilidade de aplicação dos juros acima de 12% ao
ano. Súmula 382 do STJ. Ausência de abusividade.
4. Recurso conhecido e improvido, mantendo a sentença de primeiro grau em todos os seus termos. É
como voto.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL DIREITO DA 3al ()a ental Presidente
Costa e Silva to do recurso para acartar-se as preliminares de in l22222222, tendo como e apelante
MARCIA CRISTINA POMPEU DE BARROS e apelado BANCO ITAUCARD S.A.
Desembargadora – Relatora
RELATÓRIO
361
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Relatório
Tratam os presentes autos de recurso de APELAÇÃO interposto por MARCIA CRISTINA POMPEU DE
BARROS, inconformada com a sentença proferida pelo MM. Juízo da 9ª Vara Cível e Empresarial de
Belém que, nos autos da AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO CUMULADO COM
REPETIÇÃO DE INDÉBITO E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, julgou improcedente as pretensões
esposadas na exordial.
A autora aforou a ação mencionada alhures, afirmando que adquiriu em 06/11/2011 um veículo marca VW
Voyage, financiando junto ao requerido cerca de R$ 35.660,00 (trinta e cinco mil seiscentos e sessenta e
seis reais) através de contrato de alienação fiduciária, em 61 (sessenta e uma) parcelas mensais no valor
de R$ 1.085,19 (hum mil e oitenta e cinco reais e dezenove centavos).
Asseverou que não fora oportunizada pela instituição financeira o direito de discutir as cláusulas do
contrato, acrescentando que procurou a empresa a fim de renegociar as alegadas ilegalidades presentes
no contrato, o que restou infrutífera, oportunidade em que ingressou com a presente demanda, a fim de
rever juros e encargos que entende abusivos.
Em sede de Decisão Interlocutória (ID 5343687) o magistrado a quo deferiu o pedido de justiça gratuita,
indeferiu os pedidos de antecipação de tutela, deferindo tão somente a exibição pelo requerido do contrato
de financiamento firmado entre as partes.
O feito seguiu tramitação até a prolação da sentença (ID 5343693) que, julgou improcedente os pedidos
autorais, condenando a autora ao pagamento de custas e honorários advocatícios fixados em 20% sobre o
valor da causa, com exigibilidade suspensa, face o deferimento dos benefícios da assistência judiciária
gratuita.
Pugna, preliminarmente, pela anulação do decisum face a ocorrência de erro in procedendo, sob o
argumento de que o magistrado de 1ª grau não poderia ter julgado antecipadamente a lide, considerando
a necessidade de produção de demais provas, especialmente quanto a realização de perícia e
depoimentos, a fim de se aferir a eventual abusividade de encargos moratórios.
No mérito, requer a reforma da sentença no que tange aos juros remuneratórios e a capitalização dos
juros, sob o argumento de que, embora pactuados em contratos bancários, não estariam adstritos aos
limites legais do Código Civil ou da Lei de Usura, devendo, para tanto, estar de acordo com a taxa média
de mercado, o que não teria sido observado no caso vertente.
362
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Em contrarrazões (ID 5343695), o ora apelado pugna pelo improvimento do recurso manejado.
Considerando a matéria versada nos presentes autos, determinei que as partes se manifestassem acerca
da possibilidade de conciliação (ID 5345909), o que restou infrutífera, conforme certidão ID 5507423.
É o relatório.
VOTO
VOTO
Avaliados os pressupostos processuais, tenho-os como regularmente constituídos, razão pela qual
conheço do recurso, passando a proferir voto.
Alega a apelante que a sentença merece ser cassada, por ter incorrido em cerceamento de defesa, ao
passo que deixou de designar perícia a fim de apurar a ilegalidade dos juros cobrados, e ainda, que não
se trata de matéria exclusivamente de direito.
Da análise dos autos, e não obstante as argumentações supra, importante ressaltar que a presente lide
gira em torno de alegadas abusividade das cláusulas contratuais, onde não se faz necessária a realização
de prova técnica e/ou testemunhal, posto que as questões levantadas se referem apenas a interpretação
de disposições legislativas e jurisprudenciais em confronto com o pacto firmado, representando questões
de direito quanto a legalidade ou não dos valores cobrados.
Com efeito, observa-se que a inicial veio instruída com todas as provas necessárias ao julgamento da lide,
asseverando ainda que o apelado, em sede de contestação trouxe aos autos o contrato a ser revisado e
outros documentos de fls. 78-88, os quais permitem extrair os elementos necessários ao julgamento do
pedido.
Desse modo, não há que se falar em nulidade da sentença por cerceamento de defesa, eis que as provas
dos autos são suficientes para o julgamento da ação, restando controvertida apenas matéria de direito.
Inteligência do artigo 285-A do CPC.
juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual
contratada. Recurso Especial n. 973.827/RS representativo de controvérsia. COMISSÃO DE
PERMANÊNCIA. CLÁUSULA INEXISTENTE. Não há possibilidade de revisão quando não há estipulação
contratual ou prova de cobrança do tópico impugnado. (...) “
(Apelação Cível Nº 70052371424, Vigésima Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
João Moreno Pomar, Julgado em 22/01/2013)
Assim, tem-se que o Juízo é o destinatário da prova, cabendo a este verificar a necessidade ou não de
sua produção, quando já se encontre nos autos provas suficientes para formar o seu convencimento a
respeito da questão em debate, ou determinar, ainda que de ofício, a realização das que entenda
indispensáveis para o deslinde da questão, conforme dispõe o art. 370 do CPC, evitando assim atos
desnecessários que possam comprometer os Princípios da Economia e Celeridade Processual.
DISPOSITIVO
MÉRITO
Observa-se das razões recursais deduzidas pela ora apelante o seu inconformismo em relação aos juros
remuneratórios e a capitalização dos juros, sob o argumento de que, embora pactuados em contratos
bancários não estejam adstritos aos limites legais do Código Civil ou da Lei de Usura, devem estar de
acordo com a taxa média de mercado, o que não teria ocorrido no caso vertente, requerendo ainda a
aplicabilidade do CDC.
Súmula nº. 382 – STJ: A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não
indica abusividade.
Na mesma direção:
1. A previsão, no contrato bancário, de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente
para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada.
2. Agravo regimental provido para se conhecer do agravo e dar provimento ao recurso especial. Processo
AgRg no AREsp 40562 PR 2011/0141018-2 Relator: Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
Julgamento: 20/06/2013 Órgão Julgador: 3ª Turma Publicação: 28/06/2013.
Os juros remuneratórios cobrados pelas instituições financeiras não sofrem as limitações da Lei da Usura.
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As disposições do Decreto 22.626/1933 não se aplicam às taxas de juros e aos outros encargos cobrados
nas operações realizadas por instituições públicas ou privadas, que integram o sistema financeiro
nacional.
Nesse sentido, tem-se que o Supremo Tribunal Federal decidiu pela não auto aplicabilidade ao art.192, §
3º, da Constituição Federal, condicionando sua efetividade à legislação infraconstitucional relativa ao
Sistema Financeiro Nacional, principalmente à Lei n.º4.595 de 1964, cujo art. 4º, inc. IX, atribui ao
Conselho Monetário Nacional a competência para limitar as taxas de juros e quaisquer outras
remunerações de operações e serviços bancários ou financeiros.
Não obstante, a norma prevista no artigo em comento encontrar-se revogada pela Emenda Constitucional
n.º 40, de 29 de maio de 2003 e, não mais havendo tal limitação, resulta inócua a discussão acerca da
eficácia limitada daquele dispositivo.
Somado a isso, a Súmula Vinculante n. 7 do STF fulminou a discussão da matéria ao decidir que a norma
do § 3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela Emenda Constitucional n.º 40/2003, que limitava a
taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação condicionada à edição de Lei Complementar.
Nesse contexto, extrai-se do Julgamento efetuado pela 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (Resp
1.061.530/RS – Relatora Nancy Andrighi – J. 22.10.2008 – DJE 10.03.2009):
a) As instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros remuneratórios estipulada na Lei de
Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF;
b) A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade;
c) São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as disposições do
art. 591 c/c o art. 406 do CC/02;
d) É admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde que
caracterizada a relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em
desvantagem exagerada – art. 51, § 1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades
do julgamento em concreto.
Assim, devem ser mantidos os juros remuneratórios contratados, pois em conformidade com o
ordenamento jurídico vigente.
Noutra ponta, no que tange a capitalização de juros, admite-se a mesma com periodicidade inferior à anual
em contratos celebrados após 31.3.2000, data da publicação da Medida Provisória n. 1.963-17/2000 (em
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vigor como MP 2.170-36/2001) e desde que expressa e claramente pactuada, incumbindo ao credor
demonstrar a sua existência.
Os contratos bancários são típicos contratos de consumo, devendo observar o disposto no art. 46 do CDC,
que veda a incidência de normas implícitas, de difícil compreensão.
No mais, importante salientar que os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os
consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se
os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance.
Outrossim, com relação a expressa contratação da capitalização mensal dos juros, faz-se mister
adotar atual entendimento do STJ, nos termos do Resp 973827/RS, no sentido de que “a previsão no
contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo mensal é suficiente para permitir a
cobrança da taxa efetiva anual contratada”, assim ementado:
(...);
3. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - "É permitida a capitalização de juros com periodicidade
inferior a um ano em contratos celebrados após 31.3.2000, data da publicação da Medida Provisória n.
1.963-17/2000 (em vigor como MP 2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada." - "A
capitalização dos juros em periodicidade inferior à anual deve vir pactuada de forma expressa e clara. A
previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para
permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada". (...)(REsp 973827/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, Rel. p/ Acórdão Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
08/08/2012, DJe 24/09/2012)
Sendo as parcelas fixas, entendo que os termos contratados são previamente acertados, tendo o
consumidor total liberdade para recusar o financiamento, adquirindo o veículo em qualquer outro momento
que julgue oportuno.
Nesse sentido, pode-se observar dos autos que a recorrente firmou contrato descrito na inicial em
06/11/2011, referente a um veículo marca VW Voyage, financiando junto ao requerido cerca de R$
35.660,00 (trinta e cinco mil seiscentos e sessenta e seis reais) através de contrato de alienação fiduciária,
em 61 (sessenta e uma) parcelas mensais no valor de R$ 1.085,19 (hum mil e oitenta e cinco reais e
dezenove centavos), entretanto, a mesma somente se insurgiu contra o que fora pactuado em setembro
de 2013, data da propositura da ação, ou seja, já vinha cumprindo o pacto por mais de 2 anos, não se
vislumbrando ter havido questionamento no momento da celebração do contrato.
Desse modo, têm-se que, sendo os juros contratados pré-fixados, sabe-se que a parte recorrente tomou
conhecimento dos valores que deveria pagar no momento em que firmou o contrato, não havendo,
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portanto, que se falar em revisão do pacto, vez que estamos diante de ato jurídico perfeito, fazendo-se
necessária a manutenção da sentença em todas as suas disposições.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, Conheço do Recurso e Nego-lhe Provimento, mantendo a sentença de primeiro grau em
todas as suas disposições.
É como voto.
Desembargadora – Relatora.
Belém, 17/08/2021
Nos termos do art. 10 do Código de Processo Civil, intimem-se o apelante para que se manifeste acerca
da arguição de caráter protelatório do recurso aduzida nas contrarrazões ID 363087, no prazo de 15
(quinze) dias úteis.
EMENTA
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EMENTA
1. Atraso na entrega. Culpa exclusiva da empresa recorrente. Inexistência de provas de que o atraso
decorreu da greve, ou do período de chuvas. Dano material devido.
2. Lucros cessantes devidos aos apelados, vez que comprovado o atraso injustificado da obra, presumido
o prejuízo do comprador que fica impossibilitado de usufruir do bem, no prazo estipulado.
4 Danos morais verificados no caso vertente. Atraso injustificado na conclusão da entrega do imóvel.
Conclusão da obra prevista para setembro de 2010 (Letra F-quadro de resumo), prazo prorrogável pelo
período de 180 dias, conforme cláusula 3.2 do referido contrato.
4.1. Considerando a cláusula de tolerância, as chaves do imóvel deveriam ser entregues até março de
2011, contudo, os apelados receberam a unidade tão somente em julho de 2012, ou seja, cerca de 1 ano e
4 meses após o prazo previsto em contrato ultrapassado o prazo de tolerância de 180 dias.
1. 5. Recurso Conhecido e Improvido. Manutenção da sentença em todos os seus termos. É como voto.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL, sendo apelante GAFISA SPE
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA. e apelados ANTONIO MARCIO DE SOUZA PELAES E
ADRIANA DE SOUZA BARBOSA PELAES.
Desembargadora – Relatora
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Aduzem os requerentes, ora apelados, que adquiram uma unidade imobiliária no empreendimento Parc
Paradiso, salientando que a requerida se comprometeu a proceder a conclusão da unidade até o mês de
setembro de 2010, o que não foi observado.
Acrescentam que, em que pese terem efetuado o pagamento de todos os compromissos assumidos a
empresa ré não conseguiu respeitar o prazo de entrega do bem, asseverando que o atraso perdurou por
cerca de 2 anos e que, a demora na entrega do bem teria causado diversos transtornos aos autores,
argumentando que o bem seria destinado a locação, razão porque ingressaram com a presente demanda.
O feito seguiu tramitação, até a prolação da sentença (ID 5371570) que julgou procedente a pretensão
esposada na inicial, para: a) Condenar o réu ao pagamento de lucros cessantes no valor correspondente a
0,5% do valor do contrato apresentado na inicial devido por cada mês de atraso, contados a partir do 181º
dia após a data prevista para a entrega da obra e até a data que efetivamente for à mesma entregue,
subtraída a quantia porventura já paga em sede de antecipação de tutela; b) Determinar a incidência de
juros de mora a contar da citação (art. 405 do CPC) e correção monetária a contar de cada mês de atraso
(art. 389 do CC). A correção monetária observará o INCC até o término do prazo de tolerância, momento
que será calculada juntamente com os juros de mora pelo IPCA ou por qual deles for mais favorável ao
consumidor. c) Condenar o réu a danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), com juros de
mora a contar da citação (art. 405 do CPC) e correção monetária desde a data do arbitramento nos termos
da Súmula n. 362 do STJ. Condeno a ré ao pagamento de custas e despesas processuais, bem como
honorários advocatícios que arbitro em 15% (quinze por cento) sobre o valor total da condenação, nos
termos do art. 85, § 2º c/c art. 86, parágrafo único, do CPC.
Irresignada, GAFISA SPE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA. interpôs recurso de apelação (ID
5371572).
Aduz a inexistência de responsabilidade civil, salientando que não teria restado caracterizado no caso em
comento o nexo de causalidade, ou caso assim não entenda, que seja considerado que não há
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comprovação de que o atraso se deu por culpa exclusiva da construtora apelante, mas por caso fortuito ou
força maior, e que seria necessária a comprovação de ato ilícito.
Sustenta a inexistência de lucros cessantes a indenizar, salientando que as despesas alegadas pelos
recorridos não teriam sido comprovadas, pugnando, em caso de entendimento diverso, que seja
considerada a taxa média de mercado para a sua fixação, e como marco final a data da expedição do
habite-se.
Afirma a inexistência de danos morais e materiais a indenizar, argumentando que o mero descumprimento
contratual não gera direito a indenização, bem assim que os recorridos não teriam demonstrado os
requisitos aptos a ensejar a referida condenação, e ainda que, em caso de manutenção, requer a sua
minoração.
O prazo para apresentação das contrarrazões decorreu in albis, conforme certidão ID 5371572.
Considerando a matéria versada nos presentes autos, determinei a intimação das partes para se
manifestarem acerca da possibilidade de conciliação (ID 5378336), o que restou infrutífera, conforme
petição ID 5476500.
É o Relatório.
VOTO
VOTO
MÉRITO
Afirma a empresa recorrente inexistência de responsabilidade objetiva em relação aos fatos narrados na
exordial, bem assim a necessidade de configuração do ato ilícito para o dever de indenizar, a inviabilidade
de condenação em lucros cessantes e danos morais, pugnando, em caso de manutenção da sentença,
pela minoração dos valores arbitrados.
Da análise do contrato firmado entre as partes, evidencia-se que a conclusão da obra foi prevista para
setembro de 2010 (Letra F- quadro de resumo), prazo prorrogável pelo período de 180 dias, conforme
prevê a cláusula 3.2 do referido contrato (ID 5371410).
Considerando a cláusula de tolerância, as chaves deveriam ter sido entregues até março de 2011,
contudo, os recorridos receberam a unidade tão somente em julho de 2012 (ID 5371412), ou seja, cerca
de 1 ano e 4 meses após o prazo previsto em contrato.
Não obstante haja previsão contratual de extensão do prazo por motivos de força maior, a alegada
escassez de mão-de-obra e materiais, não caracteriza circunstâncias imprevisíveis e inevitáveis, não
tendo o condão de romper o nexo de causalidade entre a conduta ilícita e o dano experimentado pelo
comprador, de modo a elidir a responsabilidade da construtora pelo atraso da obra.
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Quanto ao instituto da força maior, traz-se à baila a lição de de Sergio Cavalieri Filho (in Programa de
Responsabilidade Civil, 8ª ed., São Paulo: Atlas, 2008, p. 65/66):
“(...)
No que respeita ao caso fortuito e à força maior, o Código atual manteve a mesma disciplina do Código
anterior. Continuam previstos na parte relativa ao inadimplemento das obrigações – disposições gerais,
art. 393, reprodução fiel do antigo art. 1058: “O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso
fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
(…) se o evento for inevitável, ainda que previsível, por se tratar de fato superior às forças do agente,
como normalmente são os fatos da Natureza, como as tempestades, enchentes, etc., estaremos em face
da força maior, como o próprio nome diz. É o act of God, no dizer dos ingleses, em relação ao qual o
agente nada pode fazer para evitá-lo, ainda que previsível.
(…)
O caso fortuito e a força maior excluem o nexo causal por constituírem também causa estranha à conduta
do aparente agente, ensejadora direta do evento. (...)”
Conclui-se, pois, que não há falar em ausência de responsabilidade da recorrente pelo atraso ocorrido na
entrega do imóvel adquirido pelos apeladados, pois os suscitados percalços noticiados na contestação não
se coadunam aos conceitos de caso fortuito ou força maior. Outrossim, a necessidade de trabalhadores
para executar o projeto vendido e de materiais para executar a obra são eventos absolutamente
previsíveis, que devem ser considerados pela ré quando do anúncio do empreendimento e da efetivação
das vendas.
Ora, as construtoras vêm lançando inúmeros empreendimentos de forma concomitante, sem que tenham,
de fato, os meios para honrar o compromisso assumido perante os consumidores - os quais, por sua vez,
veem-se compelidos ao pagamento tempestivo das parcelas mensais e dos inúmeros e expressivos
reforços avençados.
A responsabilidade civil funda-se em três requisitos, quais sejam: conduta culposa do agente, dano e nexo
causal entre a primeira e o segundo, de acordo com a conjugação dos arts.186 e 927, ambos do Código
Civil. Ausente um só desses pressupostos, não há de se falar em indenização.
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Sergio Cavalieri Filho (in Programa de Responsabilidade Civil, 6ª edição, Editora Malheiros, 2005, fl. 41),
ensina:
“Sendo o ato ilícito, conforme já assinalado, o conjunto de pressupostos da responsabilidade, quais seriam
esses pressupostos na responsabilidade subjetiva? Há primeiramente um elemento formal, que é a
violação de um dever jurídico mediante conduta voluntária; um elemento subjetivo, que pode ser o dolo ou
a culpa; e, ainda, um elemento causal-material, que é o dano e a respectiva relação de causalidade. Esses
três elementos, apresentados pela doutrina francesa como pressupostos da responsabilidade civil
subjetiva, podem ser claramente identificados no art. 186 do Código Civil, mediante simples análise do seu
texto, a saber:
a) conduta culposa do agente, o que fica patente pela expressão “aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imperícia”;
Assim, a partir do momento em que alguém, mediante conduta culposa, viola direito de outrem e causa-lhe
dano, está-se diante de um ato ilícito, e deste ato deflui o inexorável dever de indenizar, consoante o
art. 927 do Código Civil”.
No caso em comento, a violação de um dever jurídico por parte da demandada restou consubstanciada no
abusivo descumprimento do prazo para a entrega da unidade imobiliária. A culpa ou dolo, no caso, é
dispensável, em razão da incidência da legislação consumerista.
3. De acordo com a jurisprudência desta Corte, a ausência de entrega do imóvel na data acordada
no contrato firmado entre as partes acarreta o pagamento de indenização por lucros cessantes,
tendo em vista a impossibilidade de fruição do imóvel durante o tempo da mora. Precedentes.
Incidência da Súmula n. 83/STJ.
4. Inviável alterar o valor de indenização decorrente de atraso na entrega de imóvel quando fixado pela
instância de origem com base na condição econômica dos litigantes, bem como na intensidade da culpa
do réu e suas consequências, concluindo o Tribunal a quo que o inadimplemento contratual causou
frustração, angústia e sofrimento à parte ante a impossibilidade de ter o imóvel que adquiriu para residir no
prazo contratado, pois, notadamente considerando que a quantia arbitrada não é exorbitante, seria
necessário o revolvimento do material probatório, o que encontra óbice na Súmula 7 do STJ.
5. Agravo regimental desprovido. (AgRg no AREsp 395.105/RJ, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO
BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 28/04/2015, DJe 01/06/2015)
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Por conseguinte, tratando-se de prejuízo presumível, deve ser mantida a sentença no tocante ao dever da
promitente vendedora de pagar indenização a título de lucros cessantes, na forma de aluguéis durante os
meses de atraso.
Com relação ao valor do aluguel mensal arbitrado, observa-se que tal importância aceita pelos
especialistas e pela jurisprudência Pátria varia em média entre 0,5% (zero vírgula cinco por cento) a 1%
(um por cento) do valor de compra do imóvel, conforme fatores como localização, tipo do imóvel e suas
condições gerais. De modo que, tendo os recorridos adquirido o apartamento em questão no valor de R$
404.441,00 (quatrocentos e quatro mil quatrocentos e quarenta e um reais), tem-se que o valor arbitrado
de 0,5% está dentro dos parâmetros, atendendo aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
Por outro lado, consta ainda as arguições da empresa recorrente que, em caso de manutenção da
condenação ao pagamento de aluguel, requer que o mesmo passe a viger somente a partir dos 180 dias
úteis previstos na cláusula 3.2 do contrato.
Voltando-nos a análise do feito, verifica-se que a sentença já determinou que o pagamento de lucros
cessantes em favor dos recorridos observasse o 181º dia após a data prevista para a obra e até a data
que a mesma fosse entregue, não havendo que se falar em reforma da sentença vergastada também
nesse capítulo ou sequer pleito a ser analisado.
Alega a empresa ré a ausência de danos morais a indenizar, salientando que os ora recorridos não
demonstraram o abalo a sua honra subjetiva, e que a jurisprudência é firme no sentido de que o atraso na
entrega do imóvel se trata de mero descumprimento contratual, gerando mero aborrecimento, juntando os
precedentes a fim de corroborar com as suas alegações.
Para que se possa falar em dano moral é preciso que a pessoa seja atingida em sua honra, sua
reputação, sua personalidade, seu sentimento de dignidade, passe por dor, humilhação,
constrangimentos, tenha os seus sentimentos violados, isso devidamente comprovado.
A responsabilidade civil é composta por pressupostos indissociáveis, quais sejam, o ato ilícito, o dano
efetivo e o nexo de causalidade, conforme ensina Caio Mário da Silva Pereira:
Na etiologia da responsabilidade civil, como visto, são presentes três elementos, ditos essenciais na
doutrina subjetivista, porque sem eles não se configura: a ofensa a uma norma preexistente ou erro de
conduta; um dano; e o nexo de causalidade entre uma e outro. Não basta que o agente haja procedido
contra o direito, isto é, não se define a responsabilidade pelo fato de cometer um 'erro de conduta'; não
basta que a vítima sofra um 'dano', que é o elemento objetivo do dever de indenizar, pois se não houver
um prejuízo a conduta antijurídica não gera obrigação ressarcitória. (Responsabilidade Civil, Rio de
Janeiro: Forense 1ª ed., 1989. p. 83).
Demonstrada a prática de ato ilícito, resta a verificação da existência de efetivo dano moral decorrente da
conduta da parte demandada.
Da análise do contrato firmado entre as partes, evidencia-se que a conclusão da obra prevista para
setembro de 2010 (Letra F-quadro de resumo), prazo prorrogável pelo período de 180 dias, conforme
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cláusula 3.2 do referido contrato, de modo que, considerando a cláusula de tolerância, as chaves do
imóvel deveriam ser entregues até março de 2011, contudo, os apelados receberam a unidade tão
somente em julho de 2012, como já mencionado alhures, ou seja, cerca de 1 ano e 4 meses após o prazo
previsto em contrato.
O atraso na conclusão e entrega da obra, por tempo superior ao razoável frustrou as expectativas dos
apelados, que adquiriram o imóvel possuindo “o sonho da casa própria”, nele depositando todas as suas
economias.
Nesse sentido, na espécie, não se tratou de um mero atraso tolerável na entrega do imóvel, mas, sim, de
um ilícito contratual, ensejador de dano moral.
Ademais, impende ressaltar que não se trata de mero aborrecimento ou simples insatisfação, mas de
relevante frustração decorrente de descumprimento contratual, pelo qual não contavam os demandantes.
Ou seja, é certo que o descumprimento contratual por parte da requerida/apelante deu azo à frustração
dos recorridos a ensejar a reparação por dano extrapatrimonial. Nesse sentido, segue entendimento
jurisprudencial:
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. ATRASO
NA ENTREGA DA OBRA POR PERÍODO SUPERIOR AO PRAZO DE TOLERÂNCIA.
DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. CASO FORTUITO AFASTADO.
SITUAÇÃO EXCEPCIONAL QUE ULTRAPASSA O MERO DISSABOR. DANO MORAL
CARACTERIZADO. DEVER DE INDENIZAR. QUANTUM INDENIZATÓRIO REDUZIDO EM
OBSERVÂNCIA EM AOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. LUCROS
CESSANTES DEVIDOS. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO À UNANIMIDADE. 1.
Inexistência de demonstração de caso fortuito que escuse a construtora/apelante do atraso na entrega do
imóvel. 2. Impõe-se a compensação do dano moral por meio de indenização, em razão de atraso
de obra injustificada que afeta a esfera extrapatrimonial do comprador/apelado. Contudo, em
observância em aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, revela-se, necessário a redução do
quantum indenizatório correspondente aos danos morais para o valor R$ 8.000,00 (oito mil reais). 3. É
cabível a condenação por lucros cessantes, havendo presunção de prejuízo do promitente-comprador a
partir do exaurimento do prazo de tolerância, diante ao descumprimento do prazo para entrega do imóvel
objeto do compromisso de compra e venda. 4. Recurso conhecido e parcialmente provido, à
unanimidade. (2017.02941600-77, 177.876, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão Julgador 2ª
TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2017-07-04, Publicado em 2017-07-12) (grifo nosso)
Dessa forma, demonstrados os requisitos da responsabilidade civil, patente o dever de indenizar pelos
danos morais suportados.
Noutra ponta, em que pese o pedido da empresa ré de minoração do quantum indenizatório, entendo que
não lhe assiste razão, senão vejamos:
Sobre o quantum indenizatório, há que se observar que o poderio econômico da ré não a induz em ruína
ou enriquecimento ilícito da parte autora, face as circunstâncias pessoais das partes, devendo, por
conseguinte, o valor ser arbitrado em conformidade com o princípio da razoabilidade, compatível com a
reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do sofrimento experimentado.
Desse modo, impõe-se a adoção de certos critérios de balizamento para o quantum indenizatório, pois não
há como mensurar, objetivamente, o valor em dinheiro dos direitos inerentes à personalidade humana,
tanto que o Supremo Tribunal Federal rechaça o arbitramento prévio das indenizações por dano moral:
"Toda limitação, prévia e abstrata, ao valor de indenização por dano moral, objeto de juízo de
equidade, é incompatível com o alcance da indenizabilidade irrestrita assegurada pela atual CR."
(Supremo Tribunal Federal, RE 447.584, Rel. Min. Cezar Peluso. DJ 16/03/2007)
Na hipótese dos autos, não há dúvida de que os autores adquiriram um apartamento, a fim de realizar o
sonho da casa própria, mas a construção do imóvel atrasou injustificadamente e até a presente data o
bem não fora entregue, frustrando os planos e as expectativas dos compradores.
Por essas razões, deve ser mantido o valor fixado a título de danos morais R$ 10.000,00 (dez mil reais),
quantia esta que bem os remunera pelos transtornos havidos, considerando ainda, o valor do imóvel
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adquirido.
Assim, irrepreensíveis me afiguram os elementos utilizados pelo magistrado a quo para julgar procedente
as pretensões deduzidas na inicial, merecendo, pois, prestígio em sua integralidade.
DISPOSITIVO
É como voto.
Desembargadora - Relatora
Belém, 17/08/2021
EMENTA
EMENTA
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1. Se mostra escorreita a sentença que extingue o feito pelo não cumprimento das diligências que cabia à
parte, qual seja, a juntada da cédula de crédito bancário, haja vista a possibilidade de circulação, com o
endosso do documento.
2. Nesse sentido, sendo a cédula de crédito bancário título de crédito circulável e sujeito ao princípio da
cartularidade, é imprescindível a apresentação do documento, para fins de ajuizamento da ação de busca
e apreensão.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL, sendo apelante ADMINISTRADORA DE
CONSÓRCIO NACIONAL HONDA LTDA e apelado MATHEUS TEIXEIRA CARDOSO.
Desembargadora – Relatora
RELATÓRIO
RELATÓRIO
O ora apelante ajuizou a ação mencionada alhures, alegando que celebrou com o réu contrato de
alienação fiduciária, sendo inserido no grupo/cota/RD 3933416517, mediante o qual o requerido obteve a
posse direta do veículo marca HONDA/CG 150 FAN ESDI PRETA, chassi 9C2KC1680FR583190, modelo
2015, ano 2015, placa QDB3114, tornando-se, em razão deste instrumento legal devedor da importância
de R$ 6.884,94
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(seis mil oitocentos e oitenta e quatro reais e noventa e quatro centavos), a ser pago em 36 parcelas
mensais, sendo a primeira em 07/03/2014.
Acrescentou que o réu encontra-se em mora no pagamento das parcelas correspondente ao percentual de
15,97% do referido grupo, importando também na exigibilidade das parcelas vincendas, totalizando a
importância de R$ 6.884,94 (seis mil oitocentos e oitenta e quatro reais e noventa e quatro centavos), que
deverá ser acrescido de custas judiciais e honorários de advogado, estes no montante de 20% (vinte por
cento), razão pela qual ingressou com a presente demanda.
O magistrado a quo determinou a emenda a petição inicial, para que o autor procedesse a juntada da
cópia completa do contrato de alienação fiduciária, em homenagem aos princípios da cartularidade, sob
pena de indeferimento da inicial, e também que indicasse o nome, o endereço e o contato de seu
representante na comarca, que funcionará como depositário do bem (ID n. 5390715, pág.22).
O feito seguiu tramitação até a prolação da sentença (ID n. 5390716) que indeferiu a petição inicial, com
fundamento no 321, parágrafo único, c/c art. 485, I ambos do CPC.
Afirma que há presunção relativa de autenticidade dos documentos juntados aos autos, cabendo à parte
contrária pugnar pela sua falsidade, salientando ainda que o contrato de financiamento, tratando-se de
Título Executivo Extrajudicial, não pode ser equiparado aos casos elencados no rol de títulos cambiais.
É o Relatório.
VOTO
VOTO
Avaliados os pressupostos, tenho-os como regularmente constituídos, razão pela qual conheço do
recurso, passando a proferir voto.
MÉRITO
Cinge-se a controvérsia recursal à possibilidade ou não de indeferimento da inicial face a ausência dos
originais da cédula de crédito bancário.
Em apreciação acurada do feito, observa-se que o banco recorrente foi regularmente intimado do
despacho proferido pelo magistrado a quo, para instruir a peça inaugural com o documento executivo
adequado, diga-se, a cópia integral do contrato, no entanto, não atendeu ao comando judicial,
atravessando petição para tão somente para indicar nome e endereço do fiel depositário (ID 5390715, pág.
24), o que culminou com a extinção do processo sem resolução de mérito.
Nesse sentido, insta observar que os documentos trazidos para instruir a ação não preenchem os
requisitos do referido título para que se implemente efetivamente a execução, especialmente porque
consta tão somente a primeira página do contrato firmado com o recorrido (ID 5390715, pág.13), o que,
por certo, levou o magistrado de piso a determinar a emenda (ID 5390715, pág. 22).
Art. 29. A Cédula de Crédito Bancário deve conter os seguintes requisitos essenciais: I - a denominação "
Cédula de Crédito Bancário"; II - a promessa do emitente de pagar a dívida em dinheiro, certa, líquida e
exigível no seu vencimento ou, no caso de dívida oriunda de contrato de abertura de crédito bancário, a
promessa do emitente de pagar a dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, correspondente ao crédito
utilizado; III - a data e o lugar do pagamento da dívida e, no caso de pagamento parcelado, as datas e os
valores de cada prestação, ou os critérios para essa determinação; IV - o nome da instituição credora,
podendo conter cláusula à ordem; V - a data e o lugar de sua emissão; e VI - a assinatura do emitente e,
se for o caso, do terceiro garantidor da obrigação, ou de seus respectivos mandatários.
Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de
instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em
dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade.
Na qualidade de título de crédito, a cédula bancária é regida pelas normas do direito cambiário, de
sorte que, como o crédito nela indicado pode ser transferido a outrem por endosso em preto, ao
endossatário é permitido exercer todos os direitos a ele conferidos, inclusive exigir o pagamento do
principal e dos demais encargos avençados no instrumento.
Desse modo, tem-se que a ação embasada por cédula de crédito bancário deve, necessariamente, ser
instruída com o documento original do instrumento, tendo em vista a natureza cambial e a possibilidade de
circulação do mencionado título. Aliás, esse é o posicionamento atual que prevalece na jurisprudência,
senão vejamos:
1 – Consoante o disposto no § 1º do artigo 29 da Lei 10.931/2004, a cédula de crédito bancária pode ser
transferida por endosso, razão pela qual torna-se imprescindível que a ação executiva seja instruída com o
documento original, diante da possibilidade de sua circulação. 2 – Descumprindo a determinação judicial
de emenda, para que fosse juntado aos autos o documento original da cédula de crédito bancário, mostra-
se acertada a r. sentença que indeferiu o processamento da petição inicial e extinguiu o processo sem
resolução do mérito. 3 - A Lei Processual não exige a intimação pessoal da parte para que ocorra a
extinção do feito pelo indeferimento da petição inicial. 4 – Apelo desprovido. Sentença mantida. (TJ-DF -
APC: 20130410097890, Relator: GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA, Data de Julgamento: 03/02/2016,
3ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 12/02/2016 . Pág.: 204).
Assim, sendo título de crédito, tem como uma das suas principais características a circularidade, de
modo que pode ser negociado com terceiros estranhos à relação original, transmitindo-se mediante
endosso em preto, como já mencionado.
No mais, é importante mencionar que não se está aqui a discutir qual seria o interesse do banco em
negociar o título cobrado em juízo, pois a lei é impessoal e genérica, sendo incabível analisar, no caso
concreto, se a instituição financeira irá ou não negociar a cártula. O fato é que a circulação do mesmo é
possível, e por esse motivo, se faz necessária a precaução de se exigir a juntada a via original nos autos.
Somado a isso, não merece prosperar a alegação de que tal impeditivo deva ser alegado pela parte
adversa, pois se está diante de pressuposto de constituição da demanda, necessário à aferição da
legitimidade ativa ad causam e possibilidade jurídica do pedido, segundo o princípio da cartularidade,
situação passível de reconhecimento ex ofício.
Conclui-se, assim, que, sendo a cédula de crédito bancário, título de crédito circulável e sujeito ao princípio
da cartularidade, é imprescindível a apresentação do documento original, para fins de ajuizamento da
presente demanda.
(STJ. Resp 1.292.234 - SC (2011/0274199-6), Rel. Min. Massami Uyeda, DJe 01/03/2012).
Em Decisão Monocrática no RespSC (2011/0012551-7), Rel. Min. Massami Uyeda, DJe 08/04/2011;
Desse modo, não merece qualquer reparo a r. sentença que extinguiu o processo sem resolução do
mérito.
DISPOSITIVO
É como voto.
Desembargadora - Relatora
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Belém, 17/08/2021
Decisão Monocrática
Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto por Anderson Moraes Martins contra a decisão proferida
nos autos da Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais que o Agravante ajuizou em
face do Banco do Estado do Pará – BANPARÁ.
Que firmou dois contratos de empréstimo consignado em folha de pagamento com o agravado e que à
época exercia um cargo que lhe garantia comissões e outras gratificações e, portanto, margem
consignável elevada.
Diz que pelo período de dois anos quitou os empréstimos, mas que perdeu o cargo e sofreu uma grande
baixa em sua renda.
Afirma que a agravada, em razão do ocorrido, passou a realizar o desconto do valor que ultrapassava os
30% da margem consignável em sua conta corrente.
Alega que o total de descontos passou a ser 40% de sua remuneração, todavia, não conseguiu negociar
com o banco, para redução das parcelas.
Diante disso, busca a adequação dos descontos mensais realizados pelo Banco Agravado de seu
contracheque e sua conta corrente aos termos da Lei nº 10.820/2003.
Alega que o juízo de primeiro grau indeferiu o seu pedido de tutela de urgência, contudo, segundo
entende, a decisão não merece prosperar, já que o argumento utilizado não está consolidado pelos
tribunais, os quais se inclinam pela tese levantada neste recurso.
Diante disso, interpôs o presente recurso, requerendo a antecipação dos efeitos da tutela recursal, no
sentido de determinar a limitação imediata dos descontos efetuados pelo Banco Agravado no
contracheque e conta corrente do Agravante, em 30% (trinta por cento) de seus vencimentos mensais.
Cediço que para que haja a antecipação dos efeitos da tutela em Agravo de Instrumento é necessário
demonstrar elementos que evidenciem o direito alegado, bem como comprovar a possibilidade de a
decisão agravada acarretar à parte grave dano ou de difícil reparação.
No presente caso, o agravante se insurge contra a decisão que indeferiu o pedido de tutela de urgência
formulado na Ação de obrigação de fazer que ajuizou em face do Banpará, que visava a limitação dos
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Este E. TJPA, julgando casos semelhantes, firmou entendimento no sentido de que a limitação de 30% da
remuneração se aplica apenas aos empréstimos consignados, não se aplicando aos empréstimos cujo
adimplemento ocorre mediante descontos em conta corrente.
No presente caso, o desconto efetuado pelo Banco referente ao empréstimo consignado está de acordo
com o patamar de 30% (trinta por cento) da remuneração do Agravante, conforme se verifica através da
folha de pagamento juntada aos autos.
Os demais valores descontados da conta corrente do Agravante, em que pese referente a consignado,
houve autorização para desconto em conta, por meio de uma renegociação de crédito realizada entre as
partes e, portanto, que não se submete à limitação legal.
Diante disso, não vislumbro, nesse momento, elementos que evidenciem o direito alegado.
Belém,
Desembargador Relator
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DESPACHO
Vistos os autos.
Trata-se de recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por MARIA INES SANTOS SOUSA, em
face de decisão interlocutória que indeferiu o pedido de tutela de urgência formulado pela parte autora, ora
agravante, nos autos da Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais e Materiais
(Processo n.º 0805533-82.2021.8.14.0040), que objetivava: 1) determinar à segunda requerida a imediata
substituição do veículo viciado por outro da mesma espécie, zero km, totalmente desembaraçado, para
que a requerente possa dele utilizar-se sem sobressaltos, sob pena de multa diária de R$ 1.500,00 (mil e
quinhentos reais) e indiciamento em crime de desobediência; 2) Na real impossibilidade de troca imediata,
determinar às requeridas a devolução do numerário pago pelo valor de compra e venda do veículo em lide,
ou seja, valor de compra, no prazo de cinco dias úteis, acrescidos de correção tendo por base o IGP-M e
com juros de mora de 1% ao mês, a contar da data da aquisição do bem, para que possibilite a autora
adquirir outro automóvel, sob pena de multa diária de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) e indiciamento
em crime de desobediência, utilizando-se, caso necessário, do
bloqueio de numerário depositado em instituição financeira, para fazer cumprir tal decisão.
Ocorre que, da leitura das razões do presente Agravo de Instrumento, verifica-se que a parte agravante
informou ter recebido veículo reserva, entretanto, sem deixar claro se o aludido automóvel já foi devolvido
ou se ainda dispõe deste.
Sendo assim, com fundamento no artigo 932, parágrafo único, do Código de Processo Civil, intime-se a
parte agravante para que, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, esclareça se ainda está utilizando
veículo reserva fornecido por uma das agravadas, bem como para que informe a atual situação e
localização do automóvel objeto do presente litígio, sob pena de não conhecimento do recurso por
manifesta inadmissibilidade.
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
ATO ORDINATÓRIO
Faço público a quem interessar possa que, nos autos do processo de nº 0002149-79.2014.8.14.0044
foram opostos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, estando intimada, através deste ato, a parte interessada
para a apresentação de contrarrazões, em respeito ao disposto no §2º do artigo 1023 do novo Código de
Processo Civil.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
APELAÇÃO CÍVEL (198):0064807-47.2014.8.14.0301
APELANTE: SAFIRA ENGENHARIA LTDA - EPP
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Trata-se de Apelação Cível interposta por SAFIRA ENGENHARIA LTDA., em face de sentença proferida
pelo Juízo da 9º Vara Cível da Comarca de Belém/PA, nos autos da Impugnação à Concessão dos
Benefícios da Justiça Gratuita (Processo Eletrônico n° 0064807-47.2014.8.14.0301), incidente movido em
face de JOÃO CARLOS CUNHA DERGAN, que julgou improcedente o pedido de impugnação à
concessão de gratuidade processual.
Em suas razões recursais (Num. 4424310 – Pág. 2/27), a apelante sustenta que o juízo ‘a quo’ julgou
improcedente sua impugnação sem levar em conta as provas acostadas nos autos, as quais entende
como lícitas.
Defende que a capacidade econômica do autor ficou demonstrada ao pagar antecipadamente 221
(duzentos e vinte e uma) parcelas do financiamento do seu imóvel, no montante de R$ 150.000,00 (cento
e cinquenta mil reais), conforme devidamente demonstrado na certidão do Cartório de Registro de Imóvel.
Ressalta que tal certidão não pode ser tida como prova ilícita, uma vez que se trata de documento de
consulta pública, bastando que o interessado pague os emolumentos e solicite a busca.
Além disso, alega que a capacidade financeira do autor ficou evidenciada pela compra de veículo 0km
(zero quilometro), este um Volkswagen Gol Trendline MB, ano 2014, modelo 2015, cuja placa foi
registrada na portaria do Residencial Safira Park.
Sustenta, ainda, que o RENAVAM do carro não se trata de número sigiloso, o que afasta o argumento de
que se trata de prova ilícita, ilegal ou temerária.
Por fim, aduz que o autor contratou dois advogados particulares diferentes e de escritórios diferentes, o
que também demonstra as condições financeiras positivas do autor.
Assim, entende que restou suficientemente demonstrada as condições financeiras do autor, devendo a
gratuidade processual ser afastada.
O recurso foi recebido nos efeitos devolutivos e suspensivos, em decisão de Num. 4424312 – Pág. 3.
Houve oferta de contrarrazões ao recurso, às Num. 4424313 – Pág. 2/12, requerendo improvimento do
recurso.
Éo relatório.
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DECIDO.
O presente Recurso comporta julgamento imediato com fulcro no art. 932, V, “a”, do CPC.
Dessa maneira, a questão deve ser resolvida à luz do enunciado da Súmula nº 06, deste E. Tribunal de
Justiça, a qual dispõe sobre a justiça gratuita que:
Súmula nº 06: A alegação de hipossuficiência econômica configura presunção meramente relativa de que
a pessoa natural goza do direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no artigo 98 e seguintes
do Código de Processo Civil (2015), podendo ser desconstituída de ofício pelo próprio magistrado caso
haja prova nos autos que indiquem a capacidade econômica do requerente.
Registra-se que a súmula em questão está em consonância com a Constituição Federal, que em seu art.
5º, LXXIV dispõe que: “o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos”.
Com efeito, apenas será concedida a justiça gratuita aos que não dispõem de recursos financeiros para
arcar com as custas, despesas processuais e honorários advocatícios, para que tais despesas não
importem em prejuízo para o seu próprio sustento e de sua família.
Consigna-se, primeiramente, que o patrocínio da causa por advogado particular não obsta a concessão do
benefício da justiça gratuita, em obediência ao entendimento jurisprudencial vigente à época, veja-se:
1. Trata-se de recurso especial cuja controvérsia orbita em torno da concessão do benefício da gratuidade
de justiça.
[...]
6. No caso dos autos, os elementos utilizados pelas instâncias de origem para indeferir o pedido de
justiça gratuita foram: a remuneração percebida e a contratação de advogado particular. Tais
elementos não são suficientes para se concluir que os recorrentes detêm condições de arcar com
as despesas processuais e honorários de sucumbência sem prejuízo dos próprios sustentos e os
de suas respectivas famílias.
7. Recurso especial provido, para cassar o acórdão de origem por falta de fundamentação, a fim de que
seja apreciado o pedido de gratuidade de justiça nos termos dos artigos 4º e 5º da Lei n. 1.060/50. (REsp
1196941/SP, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 15/03/2011, DJe
23/03/2011) (grifo nosso).
Entretanto, entendo que as provas acostadas pelo recorrente, quanto a comprovação de quitação da
dívida do imóvel constituída perante o credor fiduciário em data anterior à data final das parcelas, bem
como referente a aquisição de veículo, demonstram a capacidade econômica do apelado.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Veja-se que não se trata de provas ilícitas, pois constituem documentos públicos que podem ser
adquiridos por meio de consulta pública no cartório ou no serviços on-line do DETRAN.
Assim, ficou demonstrado nos autos que na data de 23/07/2014, o comprador quitou antecipadamente o
financiamento realizado com a Caixa Econômica Federal (Num. 4424304 – Pág. 16), cujo pagamento foi
acordado, no dia 01/02/2012, em 240 (duzentos e quarenta) parcelas mensais, isto é, em 20 (vinte) anos,
pelo o que só findar-se-ia em 01/02/2032 (Num. 4424304 – Pág. 15).
Além disso, também restou evidenciado que o apelado adquiriu um veículo, em 06/08/2014, entretanto,
nesse particular, verifico que consta restrição em alienação fiduciária com o Consócio Nacional
Volkswagen LTDA. (Num. 4424304 – Pág. 17).
Não obstante essas provas, entendo que a própria parte impugnada acabou por produzir provas nos autos
que consubstanciam sua capacidade econômica, as quais entendo necessárias ao deslinde desta
controvérsia, pelo o que passo a analisá-las:
In casu, tem-se que o impugnado, ora apelado, é servidor público da Universidade Federal do Pará, no
cargo de professor de ensino básico com dedicação exclusiva, percebendo vencimento líquido de R$
5.179,58 (cinco mil reais, cento e setenta e nove centavos e cinquenta e oito centavos), conforme se
depreende do portal da transparência juntado aos autos, referente ao mês de setembro de 2014 (Num.
4424305 – Pág. 2/3).
Não obstante o seu rendimento mensal, o apelado, ao apresentar defesa à impugnação (Num. 4424307 –
Pág. 2/20), alegou que possui gastos fixos mensais, além dos valores básicos à manutenção da vida
cotidiana que comprometem seu salário, não sobrando renda suficiente para arcar com as custas do
processo.
Juntou, o impugnado, comprovantes de pagamentos de dívidas mensais referentes à conta de luz (Num.
4424307 – Pág. 25), no valor de R$ 74,18 (setenta e quatro reais e dezoito centavos); plano de saúde
UNIMED Belém, seu e de sua mãe (Num. 4424307 – Pág. 26/27), nos montantes de R$ 1.003,16 (um mil
e três reais e dezesseis centavos) e R$ 314,67 (trezentos e quatorze reais e sessenta e sete centavos);
condomínio (Num. 4424307 – Pág. 28), no importe de R$ 200,55 (duzentos reais e cinquenta e cinco
centavos) e financiamento imobiliário (Num. 4424307 – Pág. 29) em parcela de R$ 1.173,18 (um mil, cento
e setenta e três reais e dezoito centavos); perfazendo o montante de R$ 2.765,74 (dois mil, setecentos e
sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos), pelo o que ainda lhe sobra R$ 2.413,84 (dois
mil, quatrocentos e treze reais e oitenta e quatro centavos).
Pois bem. A quitação antecipada do financiamento do imóvel e os gastos dispendiosos apresentados pela
parte impugnada na documentação juntada nos autos não são capazes de demonstrar que ela não possui
capacidade econômica para o pagamento das custas processuais, pelo que não se vislumbra o
cumprimento dos requisitos autorizadores ao deferimento do benefício de justiça gratuita.
Ante o exposto, com fulcro no art. 932, IV, “a”, do CPC, CONHEÇO e DOU PROVIMENTO à Apelação
Cível para revogar a concessão do benefício da justiça gratuita ao apelado, nos termos da fundamentação
supra.
Deixo de determinar o recolhimento das custas iniciais da Ação de Revisão Contratual autuada sob o n°
0017246-95.2012.8.14.0301, eis que esta já se encontra sentenciada, encontrando-se em grau de
apelação, distribuída neste E. Tribunal, cabendo à relatoria, em seu julgamento, determinar a quem caberá
os ônus sucumbenciais.
Após o trânsito em julgado desta decisão, certifique-se e associe-se aos autos principais, dando-se baixa
na distribuição.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DESEMBARGADOR – RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202):0803350-64.2021.8.14.0000
AGRAVANTE: GLEYCE MENDES PINHEIRO
Nome: GLEYCE MENDES PINHEIRO
Endereço: RUA E, 125, UNIAO, PARAUAPEBAS - PA - CEP: 68515-000
Advogado: HELDER IGOR SOUSA GONCALVES OAB: PA16834-A Endereço: desconhecido
AGRAVADO: COT - CLINICA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA LTDA - EPP
Nome: COT - CLINICA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA LTDA - EPP
Endereço: RUA 10, 261, UNIAO, PARAUAPEBAS - PA - CEP: 68515-000
DECISÃO MONOCRÁTICA
No que diz respeito à realização da perícia, a irresignação da ré mais uma vez não encontra fundamento.
O art. 58 da Resolução 2056/2013 do Conselho Federal de Medicina apenas propõe um roteiro de como o
relatório pericial deverá ser desenvolvido, não se tratando de uma exigência o manuseio dos exames
físicos, in verbis:(...)
Ainda que assim não o fosse, o próprio perito designado já manifestou a possibilidade de realização da
perícia de forma não presencial (petição ID 20634954), não se vislumbrando, desse modo, qualquer
ofensa à resolução apontada. Ademais, se a parte ré tem outros exames que auxiliariam no deslinde do
feito, deveria tê-los juntado com a contestação (art. 434, CPC).
Por fim, considerando que análise pericial se restringirá aos documentos do processo, e este é 100%
virtual, poderá o assistente técnico indicado pela parte ser habilitado nos autos como terceiro, a fim de que
possa emitir seu parecer dentro do prazo para manifestação das partes, de modo que não se verifica
afronta às normas processuais ou mesmo ao contraditório e ampla
defesa. Desse modo, deverá prosseguir a perícia na forma determinada na decisão de ID 17231580.
Em suas razões recursais, a parte agravante sustenta que a realização de perícia indireta, a
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ocorrer exclusivamente por meio virtual irá prejudicar a formação do livre convencimento técnico e
imparcial do perito, uma vez que não poderá manusear os exames radiológicos e submetê-los a um
negatoscópio, o que prejudicará o julgamento da causa.
Nesse sentido, defende que a realização da prova pericial deve ocorrer na forma presencial, na
qual a parte agravante poderá entregar os exames originais ao perito, pelo que manuseando os
documentos físicos poderá emitir parecer técnico congruente sobre a matéria objeto do litígio.
Aduz que a literalidade da Resolução nº 2.056/2013 – CFM, em seu art. 58, dispõe sobre as
circunstâncias do exame pericial, prevendo objetivamente que o perito deve descrever de forma objetiva o
procedimento realizado, sendo uma das etapas da perícia o manuseio dos documentos.
Isso posto, entende que não há dúvidas de que a avaliação dos exames radiográficos objeto da
prova pericial deve ocorrer de forma direta, física e presencial.
Requer, nesse sentido, a concessão de efeito suspensivo à eficácia da decisão guerreada com
relação à determinação de realização de prova pericial indireta (virtual) sem oportunizar que o perito
manuseie os exames radiológicos realizados pelo filho da requerente. No mérito, pugna pela total
procedência do recurso, de forma que seja reformada a decisão agravada para que a perícia seja
realizada de forma presencial.
Éo breve relatório.
DECIDO.
Da análise dos documentos juntados autos, concedo o benefício da justiça gratuita recursal.
O presente recurso comporta julgamento imediato, haja vista não ultrapassar o âmbito de admissibilidade
recursal.
Sabe-se que a todo recurso existem algumas condições de admissibilidade que necessitam estar
presentes para que o Juízo ad quem possa proferir o julgamento de mérito no recurso, as quais se
classificam em dois grupos: a) requisitos intrínsecos (concernentes à própria existência do poder de
recorrer): cabimento, legitimação, interesse e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de
recorrer; b) requisitos extrínsecos (relativos ao modo de exercício do direito de recorrer): preparo,
tempestividade e regularidade formal.
Da análise preliminar dos autos da ação principal, verifica-se que entre seus pedidos iniciais, a parte
autora da ação, CLÍNICA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA LTDA – EPP, requereu a realização de
prova pericial a fim de dirimir a questão objeto da ação, sem, no entanto, especificar de que forma se
daria.
Constata-se, ainda, que em 15/05/2020, após oportunizar o contraditório, o juízo a quo proferiu decisão
inicial deferindo o pedido de realização de perícia, momento em que determinou que esta fosse realizada
de forma indireta, para análise dos exames e demais documentos médicos constantes nos autos,
conforme veja-se:
(...)
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Diante da divergência e por ser a matéria de ordem técnica, revela-se imprescindível a realização
de perícia médica indireta (apenas nos referidos exames e demais documentos médicos nos autos), para
que um profissional imparcial auxilie o juízo na interpretação dos fatos.
(...)
Em face da decisão não fora interposto recurso pela parte requerida, ora agravante, tendo, inclusive,
apresentado assistente técnico e quesitos para realização da prova pericial determinada, conforme petição
de Id. Num. 18092017 – Pág. 1/3, datada de 02/07/2020.
Manifestando-se acerca do requerimento, o juízo a quo proferiu decisão indeferindo o pedido, ressaltando
que a realização de perícia indireta é possível, pelo que não haveria afronta às normas processuais ou
mesmo ao contraditório e à ampla defesa.
Pois bem.
Não se pode olvidar que o agravo é o recurso cabível para impugnar decisão interlocutória, que é o
pronunciamento do juiz que soluciona questão incidente, no curso do processo, sem pôr termo a ele.
§2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no §
1º.
§3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a
requerimento da parte.
No caso em tela, não se vislumbra que a decisão a que se pretende atacar tenha natureza interlocutória,
uma vez que se trata de mero despacho de impulso processual, uma vez que apenas se pronunciou
quanto à petição da parte requerida, ora agravante, que requereu que a perícia médica indireta deferida
anteriormente pelo juízo a quo fosse realizada de forma presencial.
Dessa maneira, inexiste cunho decisório que reveste as decisões interlocutórias no pronunciamento do
juízo a quo ora impugnado, o que poderia ensejar a recorribilidade por meio de agravo de instrumento.
Além disso, importa destacar que a perícia médica indireta, ora combatida, foi deferida em decisão
proferida em data muito anterior a esta que ora é agravada, pelo que, tem-se que restou operada a
preclusão temporal em relação à decisão que determinou a realização de perícia médica indireta, face a
não interposição tempestiva do recurso adequado, o agravo de instrumento.
Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do presente agravo de instrumento por ser manifestamente
inadmissível, a teor do disposto nos art. 1.001 c/c art. 1.015 do CPC, uma vez que não preenchido um dos
seus requisitos de admissibilidade, qual seja, o cabimento, ante a ausência de previsão legal para
interposição de agravo em face de despacho, bem como em razão da preclusão da matéria ora combatida.
Após o trânsito em julgado desta decisão, certifique-se e arquive-se, dando-se baixa na distribuição deste
relator.
DESEMBARGADOR- RELATOR
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COMARCA: BRAGANÇA
MONOCRÁTICA
1. Falecimento do réu no decorrer do processo. Legitimidade do espólio para figurar no polo passivo da
demanda no que diz respeito ao ressarcimento ao erário. Preliminar rejeitada.
2. Ausência de provas do ato improbo. Prestação de contas extemporânea. Contas aprovadas pelo órgão
competente. Ausência de dolo.
3. sentença que se encontra em consonância com a jurisprudência do STJ, no sentido de que a mera
apresentação extemporânea da prestação de contas, por si só, não caracteriza ato
de improbidade administrativa.
Trata-se de reexame necessário da sentença prolatada pelo juízo da comarca de Óbidos (integrante do
Grupo de Auxílio Remoto da Meta 4/CNJ), nos autos de ação ressarcimento de verba pública por ato de
improbidade administrativa interposta pelo município de Tracuateua contra Jonas Pereira Barros, ex-
prefeito, mandato exercido em 2000 a 2004.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
A ação de improbidade administrativa restou ajuizada ante a omissão referente a prestação de contas do
Convênio nº 01/2004, realizado entre o Município de Tracuateua e a COHAB- Companhia de Habitação do
Estado do Pará, conduta considerada ofensiva à probidade administrativa, na forma do inciso VI, do art. 11
da lei 8.429/1992 e objetiva aplicação das sanções do art. 1º, inciso II, da Lei de improbidade
hpadministrativa, bem como o ressarcimento do valor de R$ 142.716,10 (cento e quarenta e dois mil,
setecentos e dezesseis reais e dez centavos), acrescidos dos consectários legais.
Manifestou-se o requerido alegando que não houve qualquer violação às normas legais, bem como a
ausência de dolo (ID Num. 5135014, pág. 01/09).
O requerido veio a óbito em 02/05/2014, sendo juntada certidão de óbito (ID Num. 5135168, pág. 01/02).
A ação foi convertida em ação de ressarcimento ao erário, sendo determinada a inclusão do espolio do
falecido no polo passivo da demanda.
Espólio de Jonas Pereira Barros, representado pela inventariante Jhayanne Rodrigues Barros de Aguilar,
manifestou-se em contestação, aduziu a ilegitimidade para figurar no polo passivo da ação e a
ilegitimidade ad causam do Município. No mérito, alegou atraso na prestação de contas e a ausência de
provas do dano ao erário (ID Num 5135205, pág. 01/11).
Sentenciou o magistrado de primeiro grau pela improcedência dos pedidos, aduzindo a insuficiência de
provas, sem prejuízo de eventual ressarcimento ao erário em demanda própria imprescritível, acaso haja
subsídios suficientes que revelem o efetivo dano aos cofres públicos, nos termos do art. 16 da LACP e art.
103, I, do CDC (Id Num 5135243, pág. 01/04).
Opina o Órgão Ministerial pela manutenção da sentença (ID Num 5617816, pág. 01/10).
É o relatório, decido.
Realizo o reexame necessário, nos termos do artigo 475, I e súmula 490 do STJ.
Nos termos da súmula 253 do STJ que dispõe que: O art. 557 do CPC, que autoriza o relator a decidir o
recurso, alcança o reexame necessário “, assim realizo monocraticamente o julgamento.
Não obstante o falecimento do requerido no decorrer da ação, persiste o interesse no que se refere ao
ressarcimento ao erário.
Com feito, o espólio do Requerido, representado por Jhayanne Rodrigues Barros, é legitimo para figurar
no polo passivo da ação
Do mérito
No mérito o cerne da questão diz respeito ao cometimento de ato improbo pelo requerido falecido e o
consequente ressarcimento ao erário pelos herdeiros.
Como cediço, para a configuração do ato ímprobo previsto no art. 11, inc. VI, da Lei nº 8.429/92 com o
ressarcimento ao erário é necessário a atuação do Agente Público com desonestidade, implicando em
violação dos princípios éticos e morais que regem a Administração.
393
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Não basta a simples transgressão de qualquer norma administrativa, há de haver a violação à moralidade
por meio de conduta do agente que importe no seu enriquecimento ilícito (art. 9º), que acarrete prejuízo ao
Erário (art. 10) ou que atente contra os princípios da Administração Pública (art. 11).
No caso, a sentença entendeu pela improcedência da ação, ante a ausência ade provas, o que entendo
deva ser mantida. Vejamos.
Consta que notificada a se manifestar sobre o Convênio 01/2004 por meio do Ofício nº 1.313/2015, a
diretora presidente da COHAB - Companhia de Habitação do Estado do Pará prestou informações (Num.
5135168 - Pág. 10), de que no mês de setembro/2005, o engenheiro responsável pela obra realizou
vistoria “in loco” e constatou a execução, em total consonância com os parâmetros adotados pela COHAB.
Verifico, todavia, a informação de que não consta nos arquivos da COHAB cópia de prestação de contas
formulada pela prefeitura, uma vez que o original seria entregue ao Tribunal de Contas do Estado,
conforme determina a cláusula quatro do contrato.
Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça, em caso análogo, entende que a prestação de contas tardia,
por si só, não configura ato de improbidade administrativa, quando aprovadas pelo Tribunal de contas
posteriormente. Neste sentido:
Por outro lado, não consta nos autos que o município demandante tenha apontado o prejuízo patrimonial
concreto sofrido pelo erário, posto que se limitou a pedir ressarcimento do valor do convênio.
Assim, não estando provado o prejuízo ao erário, porquanto as obras objeto do Convenio nº 01/2004foram
realizadas de acordo com as normas técnicas exigidas e concluídas, entendo que a manutenção da
sentença de improcedência deve ser mantida.
Do dispositivo
Eis a decisão.
Relatora
VIEIRA)
DECISÃO MONOCRÁTICA
Por meio da decisão ora apelada e reexaminada, o juízo sentenciante julgou parcialmente procedente o
pedido formulado na petição inicial, declarando a nulidade do contrato administrativo firmado entre as
partes e condenando o Município ao pagamento dos últimos 05 (cinco) anos devidos a título de FGTS,
contados a partir do ajuizamento da ação. Julgou improcedentes os demais pedidos.
Inconformado, o apelante argui, preliminarmente, em suas razões recursais, a nulidade da sentença por
ausência de fundamentação adequada, alegando violação ao artigo 93, IX, da CF e artigo 489, §1°, II, do
CPC.
Aduz que o Supremo Tribunal Federal, no bojo da ADI n.º 5090/DF, determinou a suspensão dos feitos
que discutem a incidência da Taxa Referencial -TR como índice de correção monetária dos depósitos do
FGTS.
No mérito, sustenta a ausência de previsão legal para o pagamento da verba pleiteada em face do regime
estatutário que regeu a relação entre o apelado e o Município, diante da higidez jurídica do contrato
administrativo, defendendo também a impossibilidade de anulabilidade.
Acrescenta fundamentação acerca da violação ao art. 37, §2°, da CF/88 e da inaplicabilidade do art. 19-A
da Lei n° 8.036/90.
Por fim, em caso de condenação, almeja que seja aplicada TR para fins de atualização monetária e juros
moratórios de 0,5% ao mês.
O recurso foi recebido em seu duplo efeito e os autos foram remetidos ao Ministério Público de Segundo
Grau para exame e parecer (Id. 5783301), que se manifestou pela ausência de interesse público em
opinar (Id. 5892569).
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Compulsando os autos, entendo que comportam julgamento monocrático, consoante o art. 932, III, do
CPC/2015, eis que a decisão recorrida é manifestamente contrária à jurisprudência sedimentada do C.
Supremo Tribunal Federal acerca da prescrição, senão vejamos.
A contratação temporária em tela ocorreu no período compreendido entre 01/02/2017 e 31/03/2018, tendo
o autor trabalhado na função de motorista, conforme narrado na petição inicial, todavia, a presente ação foi
ajuizada somente em 17/11/2020 (Id. 5766640).
Assim, de início e sem delongas, verifica-se que o suposto crédito relativo ao FGTS está fulminado pelo
transcurso do prazo prescricional, como passo a demonstrar.
No que concerne a prescrição relativa ao FGTS, estava sedimentado pelo Colendo Supremo Tribunal
Federal, diante da consideração de sua natureza jurídica híbrida, ora de caráter tributário, ora de caráter
previdenciário, o prazo trintenário estabelecido no artigo 144 da Lei da Previdência Social que prevê:
“Art. 144. O direito de receber ou cobrar as importâncias que lhes sejam devidas, prescreverá, para as
instituições de previdência social, em trinta anos.”
Posteriormente, o próprio Supremo Tribunal Federal passou a elidir a tese de que o FGTS teria natureza
de contribuição previdenciária, reconhecendo o seu status de direito social de proteção ao trabalhador,
funcionando como alternativa à estabilidade, entretanto manteve o entendimento de que incidiria a regra
prevista no artigo 144 supramencionado, ou seja, de que o prazo prescricional seria de trinta anos.
A título de ilustração, cito o seguinte julgado do Supremo Tribunal Federal que, embora antigo, reflete
perfeitamente como, por décadas, vinha se posicionando nossa Colenda Corte:
Ocorre que, revendo seu posicionamento, o Plenário do STF, em 13/11/2014, no bojo do ARE 709212/DF,
decidindo o tema 608 da Repercussão Geral, julgou inconstitucional os artigos 23, § 5º, da Lei
8.036/1990 e 55 do Decreto 99.684/1990, superando, desse modo, o entendimento anterior sobre
prescrição trintenária, conforme se extrai da ementa que encimou o referido acórdão:
“Recurso extraordinário. Direito do Trabalho. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Cobrança
de valores não pagos. Prazo prescricional. Prescrição quinquenal. Art. 7º, XXIX, da Constituição.
Superação de entendimento anterior sobre prescrição trintenária. Inconstitucionalidade dos arts.
23, § 5º, da Lei 8.036/1990 e 55 do Regulamento do FGTS aprovado pelo Decreto 99.684/1990.
Segurança jurídica. Necessidade de modulação dos efeitos da decisão. Art. 27 da Lei 9.868/1999.
Declaração de inconstitucionalidade com efeitos ex nunc. Recurso extraordinário a que se nega
provimento.” (STF – ARE 709212/DF, Rel. Ministro Gilmar Mendes, DJe 18/02/2015)
No julgamento desse último Recurso Extraordinário, restou assinalado que, diante do que expressamente
prevê a Carta da República, especificamente no artigo 7º, XXIX, não há como se sustentar o prazo
trintenário amplamente reconhecido na jurisprudência e na doutrina pátria, vez que a regra constitucional
em tela possui eficácia plena.
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
(...)
(...)
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;”
Desse modo, ficou suplantada qualquer discussão quanto ao prazo prescricional relacionado ao Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço, pois o STF já deliberou que deve ser observado o que expressamente
estabelece o texto constitucional, ou seja, é quinquenal e não trintenária.
Entretanto, ainda no julgamento do ARE 709212/DF, o STF modulou os efeitos da decisão, com
fundamento no artigo 27 da Lei n.º 9.868/1999, atribuindo efeitos prospectivos à diretiva, isto é, aos casos
em que o início do prazo prescricional ocorra após a data do referido julgamento, aplicar-se-á
imediatamente o prazo de 05 anos, porém, às hipóteses em que o prazo prescricional tenha iniciado seu
curso antes, aplica-se o que ocorrer primeiro – 30 anos, contados do termo inicial, ou 05, a partir da
decisão da repercussão geral.
Coisa diversa, contudo, é o prazo para a propositura da ação de cobrança de créditos resultantes das
relações de trabalho que, conforme estabelece a parte final do artigo 7º, XXIX, da CF/88, deve ser
ajuizada no biênio imediatamente posterior ao término da relação de trabalho, o que não ocorreu
in casu, pois o ajuizamento da ação ocorreu em 17/11/2020 (Id. 5766640), isto é, após o prazo bienal
acima referido, uma vez que o contrato temporário se encerrou em 31/03/2018, conforme relatado na
petição inicial.
Logo, em observância ao entendimento pacificado pelo Colendo Supremo Tribunal Federal, refletido no
julgamento do ARE 709212/DF antes reproduzido, entendo necessário observar o art. 932, III, do
CPC/2015, eis que a decisão recorrida é manifestamente contrária à jurisprudência sedimentada do
Supremo Tribunal Federal acerca da prescrição.
Ante o exposto, com base nos art. 932, III, do CPC/2015, reconheço a prescrição bienal dos pedidos
formulados na petição inicial, nos termos da fundamentação e, por conseguinte, não conheço do
apelo, pois prejudicada a apreciação do recurso.
Invertido o ônus da sucumbência, porém, suspensa sua exigibilidade em relação ao autor, por ser
beneficiário da justiça gratuita.
Após o decurso do prazo recursal sem qualquer manifestação, certifique-se o trânsito em julgado e dê-se a
baixa na distribuição.
Publique-se. Intimem-se.
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
ATO ORDINATÓRIO
A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça,
intima a parte AGRAVANTE: BANCO DA AMAZONIA SA [BASA DIRECAO GERAL]
de que foi interposto Recurso Especial, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do
artigo 1.030 do CPC/2015.
PROCESSO Nº 0064530-31.2014.8.14.0301
APELANTE:ESTADO DO PARÁ
DECISÃO
Preenchidos os requisitos de admissibilidade, recebo o apelo no duplo efeito com fundamento no artigo
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1012 do CPC/15.
Remetam-se os autos ao Ministério Público de Segundo Grau, para exame e parecer, na condição de
custos legis.
RELATOR
DECISÃO MONOCRÁTICA.
COMARCA DE PARAUAPEBAS.
APELAÇÃO CÍVEL.
DECISÃO MONOCRÁTICA
RELATÓRIO
Cuida-se de apelação cível interposta pelo Município de Parauapebas em face da sentença prolatada pelo
juízo da vara da comarca de Parauapebas, nos autos da ação de cobrança contra si ajuizada por Iracimar
Silva Lima Andrade.
Posto isto, com base no inciso I, artigo 487 do CPC, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o
pedido formulado, razão pela qual declaro a nulidade do contrato administrativo e CONDENO a ré a
pagar ao autor os últimos 05 anos devidos a título de FGTS, contados do ajuizamento da ação, a
serem apurados em liquidação. JULGO IMPROCEDENTE os demais pedidos formulados.
O Juros de mora, nos termos a saber: a) no período anterior à vigência da Lei nº 11.960/2009
(30/06/09), no percentual de 0,5% a.m.; b) de 30/06/2009 a 25/03/2015, com base na Remuneração
Básica da Caderneta de Poupança (artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, na redação da Lei nº 11.960/09), e
[3] após 26/03/2015, no percentual de 0,5% a.m. (artigo 1º- F da Lei 9.494/97), com incidência a partir
da efetiva citação válida do requerido.
Tendo existido sucumbência recíproca, CONDENO a parte autora em 50% das custas processuais e
a parte ré em 50% das mesmas verbas. Ademais, CONDENO a ré a pagar ao advogado da parte
autora o valor de R$ 500,00 a título de honorários de sucumbência (parágrafo 2º artigo 85, NCPC) e,
por sua sorte, CONDENO a parte autora a pagar ao advogado da parte ré a quantia de R$ 500,00 a
título de honorários de sucumbência (parágrafo 2º artigo 85, NCPC).
Considerando que foi concedida a gratuidade à parte autora, suspendo-lhe, pelo prazo de 05 anos,
as verbas que lhe foram imputadas.
Decisão não sujeita ao duplo grau de jurisdição, eis que se trata de sentença com condenação
inferior a 100 (cem) salários-mínimos, nos termos do art. 496, §3º, inciso III, do CPC.
Decido.
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Preliminarmente, quanto à alegação de suspensão dos processos determinada pela na ADI n.º 5090/DF,
não há como prosperar, isto porque no julgamento da ADI 5.090/DF foi deferida medida cautelar para
suspender o trâmite de todos os processos que versem primariamente sobre a incidência da TR como
índice de correção monetária dos depósitos de FGTS, o que não é o caso dos autos. O objeto de
discussão aqui diz respeito ao direito ou não à parcela do FGTS ao trabalhador que celebrou um contrato
temporário sucessivas vezes prorrogado com a Municipalidade.
Assim sendo, inexiste motivo impeditivo para a regular continuidade do processo enquanto a controvérsia
não for definitivamente solucionada pelo STF.
Nesse sentido, esta Corte vem se posicionando conforme precedente abaixo colacionado:
1. Considerando as informações constantes nos autos, verifica-se que a contratação da recorrida foi
prorrogada sucessivamente, tornando-se um vínculo duradouro sem justificativa jurídica plausível.
2. Destarte, reconhecida a ilegalidade do ato, é devido pagamento dos valores correspondente ao FGTS.
3. Em preliminar, o recorrente alega que é devido o sobrestamento do feito em razão da ADI n.º 5.090/DF.
Todavia, a temática debatida na presente demanda relaciona-se ao vínculo precário e, consequentemente,
o dever de pagar o FGTS correspondente ao período laborado.
4. Desse modo, a discussão quanto à correção monetária incidente sobre o pedido principal (FGTS) tem
caráter acessório, não causando qualquer obstáculo à continuidade dos autos.
5. A preliminar de nulidade da sentença não tem fundamento, uma vez que a declaração de nulidade do
contrato é questão de ordem pública e, como tal, poderá ser realizada de ofício pelo julgador.
6. O cumprimento da obrigação deve seguir o comando do artigo 19-A da Lei n.º 8.036/90, todavia, no
aspecto do depósito dos valores de FGTS, concluo que o pagamento deve ser feito diretamente à
recorrida, correspondente à uma indenização, vez que nunca fora realizado depósito em conta vinculada.
Ademais, levantou nova preliminar de nulidade por ausência de fundamentação adequada, em violação ao
artigo 93, inciso IX, da CF e artigo 489, §1º, inciso II do CPC.
O juízo atacou os pontos levantados, versando sobre os motivos pelo qual entendeu não estar diante da
contratação temporária permitida no inc. IX do art. 37 da Constituição Federal de 1988.
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Dessa forma, inexiste nulidade causada por ausência de fundamentação, este é o posicionamento
jurisprudencial pátrio:
(TJ-RS - AI: 70060012184 RS, Relator: Armínio José Abreu Lima da Rosa, Data de Julgamento:
28/05/2014, Vigésima Primeira Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 09/06/2014)
grifamos.
Indene de dúvida quanto ao período que a recorrida trabalhou no serviço público municipal e quanto à
precariedade do vínculo mantido. Portanto, diante da nulidade da contratação, o apelado faz jus ao FGTS.
A Corte Suprema ao julgar a inconstitucionalidade suscitada do art. 19-A da Lei 8.036/90, acrescido pela
MP 2.164-41, que assegura direito ao FGTS à pessoa que tenha sido contratada sem concurso público,
por maioria de votos, inovou e alterou a jurisprudência daquela Casa de Justiça, pois reconheceu o direito
do trabalhador aos valores depositados a título de FGTS quando declarada a nulidade do contrato firmado
com a Administração Pública por força do art. 37, §2º da Constituição Federal.
Sobre a matéria, em reiterados julgados do STJ ficou consolidado pelo verbete da Súmula 466, daquele
sodalício, o seguinte: “O titular da conta vinculada ao FGTS tem o direito de sacar o saldo respectivo
quando declarado nulo seu contrato de trabalho por ausência de prévia aprovação em concurso
público.”
Desse modo, deve ser reconhecido o direito ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, diante da
nulidade da contratação sem concurso público.
O apelante aduz que não lhe deve ser aplicado o exposto na CLT, visto que o vinculo mantido com seus
servidores, ainda que temporarios, é o estatutário, e se encontra regido pela Lei Nº 4.249, de 17 de
dezembro de 2002, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do artigo 37 da Constituição Federal,
e dá outras providências.
As contratações com base nesta LEI serão feitas por tempo determinado observados os seguintes prazos
máximos:
I - até vinte e quatro meses, no caso dos incisos I, II, IV, V, VI e VII do artigo 2º;
§1º Nos casos do inciso I, os contratos poderão ser prorrogados pelo prazo de igual período.
§2º Nos casos do inciso II, os contratos poderão ser prorrogados pelo prazo de até 12 (doze) meses.
Verifica-se então que a municipalidade agiu em desconformidade a própria legislação local, visto que,
realizou contratos consecutivos ao arrepio da legislação supra e do seu tempo máximo estabelecido de
contrato temporário.
Tal violação decorre na nulidade do contrato firmado entre o apelante e a apelada, pelo qual essa passa a
fazer jus ao percebimento da verba referente ao FGTS.
No que tange aos consectários legais, em que pese o STJ ter firmado a tese de que a remuneração das
contas vinculadas ao FGTS tem disciplina própria, ditada por lei, que estabelece a TR como forma de
atualização monetária, sendo vedado, portanto, ao Poder Judiciário substituir o mencionado índice (TEMA
731), cuja decisão foi publicada em 15/05/2018, posteriormente, o Min. Roberto Barroso, na ADI 5090,
deferiu a cautelar, para determinar a suspensão de todos os feitos que versem sobre a matéria, até
julgamento do mérito pelo Supremo Tribunal Federal. (Decisão de 6/9/2019). Assim, entendo que a
medida mais prudente e acertada é deixar para a liquidação da condenação a aplicação dos juros e
correção monetária de acordo com os ditames legais e com o entendimento jurisprudencial que se
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Ante ao exposto, na forma autorizada pelo art. 932, IV, b do CPC, conheço e dou parcial provimento ao
recurso de apelação , modificando parcialmente a sentença apenas quanto aos consectários legais
, devendo ser apurados no momento da liquidação do julgado, conforme as disposições legais e
entendimento jurisprudencial firmado pelas Cortes Superiores.
Éa decisão.
Relatora
EMENTA
EMENTA
1 – Com efeito, os requisitos indispensáveis para amparar a proteção possessória, como na presente ação
de manutenção de posse, estão previstos no art. 561 do CPC/2015.
4 – Destarte, entendo que não assiste razão o requerido/apelante em seu pleito apelatório, revelando-se
irrepreensível a sentença objurgada proferida em sede da ação de reintegração de posse, razão pela qual
impõem-se sua manutenção in totum.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, onde figuram como partes as acima identificadas, acordam os
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Desembargadora Relatora
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de Recurso de APELAÇÃO CÍVEL interposto por ELIZEU DE LIMA LOPES
inconformado com a Sentença prolatada pelo MM. Juízo da Vara Única de São Miguel do Guamá/PA que,
nos autos da AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE, ajuizada contra si por SIGIFERIO ALVES DE
OLIVEIRA e KAMIRANGA INDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA., julgou procedente a pretensão esposada
na inicial.
Em sua exordial (ID. 4653227), narraram os autores/apelados serem, desde 1999, os legítimos
possuidores e proprietários do imóvel rural localizado no Km 04 da Estrada Santa Rita, zona rural do
Município de São Miguel do Guamá/PA.
Pleitearam, assim, pela procedência da exordial para que seja determinado que o requerido se abstenha
de praticar as atividades de extração no imóvel em litígio, bem como retire suas máquinas e veículos do
local.
Em decisão de ID. 4653228, determinou o juízo primevo a emenda da inicial para que os autores
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Em emenda à inicial (ID. 4653229), defenderam os autores a concessão liminar de reintegração de posse
e, pela confirmação da medida reintegratória em decisão definitiva.
Em decisão de ID. 4653230, foi deferida a liminar de reintegração de posse pugnada pelos autores.
Em contestação (ID. 4653231), arguiu, em síntese, o requerido que sua propriedade seria limítrofe ao
imóvel dos autores, destacando que a área em litígio teria sido adquirida pelo requerido em 2001 e, que,
desde exerceria atividade de extração de material do local, pugnando, assim, pela improcedência da
exordial.
Em audiência (ID. 4653238), restou infrutífera a tentativa de conciliação, sendo, ainda, realizada a oitiva
das partes e testemunhas.
O feito seguiu seu trâmite regular até a prolação da sentença (ID. 4653244), que julgou procedente a
exordial para determinar a reintegração de posse pugnada na petição de ingresso, sem custas e
honorários advocatícios em razão do requerido ser beneficiário da gratuidade de justiça.
Inconformado, o requerido ELISEU DE LIMA LOPES interpôs Recurso de Apelação (ID. 4653245).
Alega, em síntese, o requerido/apelante, não ter ocupado indevidamente o imóvel em litígio, tampouco,
cometido qualquer ilegalidade visto que seria o legitimo proprietário e possuidor da área, onde
desenvolveria atividade de extração de argila.
Pugna, assim, pelo provimento do recurso de apelação para que seja reformada integralmente a sentença
primeva, julgando totalmente improcedente a pretensão exordial, ou, alternativamente, seja reconhecido o
direito do apelante de realizar extração de matéria prima (argila) do local.
É o relatório.
Desembargadora – Relatora
VOTO
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VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
QUESTÕES PRELIMINARES
MÉRITO
Cinge-se a controvérsia recursal a definição do legitimo possuidor do imóvel em litígio, bem como aferição
da comprovação ou não dos requisitos insculpidos no art. 561 do CPC para efeito de concessão da
reintegração de posse.
Consta das razões recursais arguidos pela parte requerida, ora apelante, que este não teria ocupado
indevidamente o imóvel em litígio, tampouco, cometido qualquer ilegalidade, visto que seria o legitimo
proprietário e possuidor da área, onde desenvolveria atividade de extração de argila.
Da Proteção Possessória
Com efeito, os requisitos indispensáveis para amparar a proteção possessória, como na presente ação de
reintegração de posse, estão previstos no art. 561 do CPC/2015:
I - a sua posse;
Assim o aludido dispositivo processual, vincula as ações possessórias a três pressupostos, quais sejam: a
posse, o atentado a ela praticado pela parte demandada – o qual, no presente caso, refere-se a suposto
esbulho – e a data da prática deste, sendo que todos devem ser objeto de prova ao longo do feito.
"Confere a lei ao possuidor dupla linha de defesa possessória, pela autotutela, ou autodefesa, e pelas
ações possessórias. Ambas têm por objetivo resolver a situação originada de rompimento antijurídico da
relação estabelecida pelo poder sobre a coisa, a primeira (autodefesa) pelo esforço próprio do possuidor e
a segunda mediante interferência do Poder Judiciário, sem necessidade de debater a relação dominial".
(LOUREIRO, Francisco Eduardo. Código Civil Comentado. Coord. Cezar Peluso, Barueri/SP: Manole,
2011, p. 1.179).
Dessa forma, para que o possuidor injustamente esbulhado obtenha provimento jurisdicional de
reintegração de posse, deve comprovar em juízo o preenchimento dos requisitos insculpidos no citado art.
561 do CPC/2015, vigente à época do ajuizamento da ação.
Nesse sentido, vejamos o posicionamento adotado pela jurisprudência pátria acerca da matéria, conforme
vastos precedentes, in verbis:
(TJ-MG - AC: 10390130028702001 MG, Relator: Vicente de Oliveira Silva, Data de Julgamento:
07/03/2017, Câmaras Cíveis / 10ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 17/03/2017). (Grifei).
(TJ-DF - APC: 20130510105967, Relator: J.J. COSTA CARVALHO, Data de Julgamento: 08/07/2015, 2ª
Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE: 17/07/2015).
(TJ-RS - AC: 70060905908 RS, Relator: Nelson José Gonzaga, Data de Julgamento: 16/07/2015, Décima
Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 21/07/2015). (Grifei).
Na hipótese dos autos, verifica-se que os autores/apelados demonstraram nos autos, a prática do esbulho
através do Boletim de Ocorrência (ID. 4653227 – p.14), bem assim trouxeram aos autos, ainda, o título de
aforamento e a certidão do cartório de registro de imóveis em nome do promovente (ID. 4653227).
Por sua vez, a parte requerida/apelada, conforme destacado pelo juízo primevo, não logrou êxito de
desconstituir os fatos alegados pelos autores na exordial, visto que o documento de propriedade juntado
no ID. 4653231 – p. 09, além de estar em nome de terceiro, não indica com precisão sua localização e,
portanto, se abrangeria área em litigio, ocorrendo o mesmo ocorre com os contratos de compra e venda
colacionados no ID. 4653231 – p. 11-12.
De igual modo, as provas testemunhais produzidas pelo requerido/apelante (ID. 4653238), quais sejam,
antigos proprietários do imóvel adquirido, não conseguiram precisar de forma peremptória se a área em
litígio fazia efetivamente parte do imóvel alienado ao recorrente.
Assim, considerando que as provas documentais trazidas aos autos, referem-se a questões, basilarmente
pertinentes a propriedade do bem, a resolução da lide em exame, depende preponderantemente das
provas testemunhais produzidas no feito.
Acerca das provas testemunhais, consoante perfilhado na sentença de piso, e, demonstrado alhures,
tenho que as testemunhas dos autores/apelados conseguiram desincumbir o múnus deste, sobretudo,
pertinente a comprovação da posse do bem.
Destarte, entendo que não assiste razão o requerido/apelante em seu pleito apelatório, revelando-se
irrepreensível a sentença objurgada proferida em sede da ação de reintegração de posse, razão pela qual
impõem-se sua manutenção in totum.
DISPOSITIVO
É como voto.
Desembargadora – Relatora
Belém, 17/08/2021
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EMENTA
EMENTA
1-No que concerne a possibilidade de decretação liminar do divórcio, não vislumbro justificativa
plausível para o não acolhimento da pretensão autoral, com a consequente determinação de
expedição do competente mandado de averbação, permitindo-se que a extinção do vínculo
conjugal das partes ocorra antes da formação do contraditório, até mesmo porque o requerido, ora
agravado, neste caso, não oporá prova capaz de gerar dúvida razoável quanto ao direito
potestativo da agravante, inexistindo, ainda, qualquer prejuízo para as partes ora litigantes,
considerando o fato de inexistir bens a partilhar.
2-Ademais, para maximizar a celeridade buscada pelo legislador, o art. 1.581 do Código Civil e o
enunciado sumulado nº 197 do Superior Tribunal de Justiça, consagraram o entendimento da
possibilidade de decretação do divórcio sem a prévia partilha dos bens.
3-No que tange à fixação de alimentos devidos à ex-esposa, ora agravante, observa-se que a
obrigação alimentar em favor do cônjuge tem por fundamento o dever de mútua assistência,
conforme exegese do inciso III do art. 1.566 c/c art. 1.694, ambos do CC.
5-No presente caso, observa-se não restar demonstrado ao menos indícios da probabilidade do
direito material invocado, salientando que a própria recorrente afirma possuir trabalho e ganhar
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remuneração equivalente a um salário mínimo, limitando-se apenas em afirmar que está passando
por dificuldade financeira, sem, entretanto, a priori, demonstrar sua real necessidade em receber
alimentos do ex-cônjuge.
6-Ressalta-se, que a única filha do casal já é maior de idade, e a recorrente atualmente está com
apenas 50 (cinquenta) anos de idade, capaz, apta ao trabalho, fato que inviabiliza o deferimento de
alimentos pretendido.
7-Recurso conhecido e parcialmente provido, tão somente para decretar, liminarmente, o divórcio
das partes ora litigantes, com a regular expedição do competente mandado de averbação,
permitindo-se a extinção do vínculo conjugal das partes antes mesmo da formação do
contraditório, por tratar-se de direito potestativo, salvaguardado, inclusive, pela Súmula nº. 197 do
STJ, mantendo a decisão guerreada no que concerne ao indeferimento do pleito de alimentos
provisórios em favor da ex-cônjuge, ante a ausência de requisitos para seu deferimento.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO, tendo como agravante
DIANA DO SOCORRO QUARESMA TOURÃO e agravado WALTER AUGUSTO LEITE AZEVEDO.
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo ativo interposto por
DIANA DO SOCORRO QUARESMA TOURÃO contra decisão proferida pelo Juízo da 1ª Vara de Família
Comarca de Ananindeua/Pa que, nos autos da AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO CUMULADA COM
PENSÃO ALIMENTÍCIA (Proc. nº. 0802430-72.2021.8.14.0006), indeferiu o pedido de tutela antecipada
de decretação do divórcio do casal, bem como o de pedido de alimentos provisórios em favor da
requerente, tendo como ora agravado WALTER AUGUSTO LEITE AZEVEDO.
Alega a agravante que em relação a decretação imediata do divórcio, o posicionamento majoritário entre a
doutrina e Tribunais Pátrios é que não existe óbice para seu deferimento, em razão de ser direito
potestativo, isto é, que não enseja qualquer discussão ou contestação, podendo ocorrer até mesmo antes
da citação do Requerido, haja vista que, pela sua natureza pode ser exercido exclusivamente por uma das
partes.
Em relação aos alimentos provisórios em favor da ora recorrente, afirma que o entendimento do Superior
Tribunal de Justiça se dá no sentido de que os alimentos entre cônjuges possuem caráter excepcional e
transitório, os quais perduram até o momento em que o titular dos alimentos seja capaz de prover a sua
autonomia financeira e superar o desequilíbrio provocado devido à ruptura do vínculo conjugal.
Sustenta que o vínculo matrimonial entre agravante e agravado perdurou durante 26 (vinte e seis) anos,
extenso período no qual grande monta das despesas familiares foi suportada e administrada pelo
Agravado, que provia o sustento familiar com a remuneração de bombeiro militar da reserva.
Aduz que o ora recorrido agravado recebe atualmente o valor mensal de R$ 6.527,62 (seis mil, quinhentos
e vinte e sete reais e sessenta e dois centavos), e a Agravante, por sua vez, trabalha como secretária de
consultório médico, percebendo um 01 (hum) salário mínimo, correspondente atualmente ao valor de R$
1.100,00 (mil e cem reais).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ressalta que está passando por muitas dificuldades financeiras e não está conseguindo arcar com as
suas despesas e de sua filha, tais como referentes ao supermercado, custos com a saúde, transporte,
energia elétrica, educação e etc.
Por fim, requer, liminarmente, a concessão de efeito suspensivo ativo ao recurso, a fim de determinar que
o Agravado pague pensão alimentícia no valor de R$ 1.100,00 (mil e cem reais) em favor da Agravante, e
no mérito, o provimento integral do recurso, com a confirmação da tutela de urgência deferida, bem como
a decretação imediata do divórcio das partes ora litigantes.
Em decisão preliminar (ID Nº. 4930432), foi indeferido o pedido de efeito suspensivo ativo formulado pela
recorrente.
É o Relatório.
VOTO
VOTO
MÉRITO
Cinge-se a questão na decisão proferida pelo Juízo de 1º grau que indeferiu o pedido liminar de
decretação do divórcio do casal, bem como o de alimentos provisórios em favor da ex-cônjuge, ora
agravante.
No que concerne a decretação imediata do divórcio, observa-se que desde a edição da Emenda
Constitucional nº 66/2010 alterando o §6º do art. 226 da Constituição Federal, foi extinta a exigência de
prazo de separação de fato para dissolução do vínculo matrimonial pelo divórcio, podendo este ser
requerido por qualquer dos cônjuges, a qualquer momento, bastando a simples manifestação da vontade,
independente de aspectos outros relacionados à falência da vida conjugal.
Nesse sentido, o divórcio erigiu à categoria de direito potestativo, de modo que o legislador procurou dar
maior celeridade ao procedimento, buscando resolução menos gravosa, dolorosa e burocrática, evitando a
postergação de situação fática caracterizada pelo fim do afeto outrora predominante.
Assim sendo, o divórcio passou a ser imotivado e direto, podendo inclusive ser decretado liminarmente,
antes mesmo da citação da parte adversa, ou seja, independentemente de contraditório, em sede de tutela
de evidência, prevista no artigo 311, inciso IV, do Código de Processo Civil.
Ademais, para maximizar a celeridade buscada pelo legislador, o art. 1.581 do Código Civil e o enunciado
sumulado nº 197 do Superior Tribunal de Justiça, consagraram o entendimento da possibilidade de
decretação do divórcio sem a prévia partilha dos bens.
Assim sendo, não vislumbro justificativa plausível para o não acolhimento da pretensão autoral, com a
consequente determinação de expedição do competente mandado de averbação, permitindo-se que a
extinção do vínculo conjugal das partes ocorra antes da formação do contraditório, até mesmo porque o
requerido, ora agravado, neste caso, não oporá prova capaz de gerar dúvida razoável quanto ao direito
potestativo da agravante, inexistindo, ainda, qualquer prejuízo para as partes ora litigantes, considerando o
fato de inexistir bens a partilhar.
Salienta-se, por oportuno, que o artigo 669, do Código de Processo Civil, resguarda a possibilidade de
sobrepartilha de eventual bem sonegado. Assim, sendo inconteste a vontade da agravante de se divorciar
do recorrido, não vislumbro qualquer óbice para decretação do divórcio do casal.
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No que tange à fixação de alimentos devidos à ex-esposa, ora agravante, observa-se que a obrigação
alimentar em favor do cônjuge tem por fundamento o dever de mútua assistência, conforme exegese do
inciso III do art. 1.566 c/c art. 1.694, ambos do CC.
Nesse sentido, tais alimentos possuem traços peculiares, inexistindo dever/obrigação de um cônjuge em
manter o outro, como ocorre em relação aos filhos. Ressalta-se, por oportuno, que a assistência devida
entre cônjuges não deve favorecer a desocupação, a inatividade, sendo devida somente quando,
justificadamente, o ex-cônjuge não possa manter-se por seu próprio trabalho. A mera afirmação de
necessidade não tem o condão de demonstrar a necessidade da fixação da pensão alimentícia.
No presente caso, observa-se não restar demonstrado ao menos indícios da probabilidade do direito
material invocado, salientando que a própria recorrente afirma possuir trabalho e ganhar remuneração
equivalente a um salário mínimo, limitando-se apenas em afirmar que está passando por dificuldade
financeira, sem, entretanto, a priori, demonstrar sua real necessidade em receber alimentos do ex-cônjuge.
Ressalta-se, que a única filha do casal já é maior de idade, e a recorrente atualmente está com apenas 50
(cinquenta) anos de idade, capaz, apta ao trabalho, fato que inviabiliza o deferimento de alimentos
pretendido.
Desta feita, em relação a tal pleito, entendendo restarem ausentes os requisitos para a concessão dos
alimentos provisórios, devendo ser mantido o decisum ora vergastado nesta parte.
Ante o exposto, CONHEÇO DO RECURSO E DOU-LHE PARCIAL PROVIMENTO, tão somente para
decretar, liminarmente, o divórcio das partes ora litigantes, com a regular expedição do competente
mandado de averbação, permitindo-se a extinção do vínculo conjugal das partes antes mesmo da
formação do contraditório, por tratar-se de direito potestativo, salvaguardado, inclusive, pela Súmula nº.
197 do STJ, mantendo a decisão guerreada no que concerne ao indeferimento do pleito de alimentos
provisórios em favor da ex-cônjuge, ante a ausência de requisitos para seu deferimento.
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É COMO VOTO.
Belém, 17/08/2021
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202):0806300-46.2021.8.14.0000
AGRAVANTE: PEDRO HENRIQUE DE ARAUJO SILVA
Nome: PEDRO HENRIQUE DE ARAUJO SILVA
Endereço: Avenida Marquês de Herval, - de 1406/1407 a 1670/1671, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66085-
316
Advogado: VANESSA HOLANDA DE ARAUJO OAB: PA17860-A Endereço: desconhecido
AGRAVADO: IZABELLE CRISTINE MELO DE LIMA
Nome: IZABELLE CRISTINE MELO DE LIMA
Endereço: Travessa Monte Alegre, 1265, - de 986/987 a 1090/1091, Jurunas, BELéM - PA - CEP: 66025-
400
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de recurso de Agravo de Instrumento com pedido de tutela antecipada interposto por P. H. D. A.
S., em face de decisão prolatada pelo Juízo da 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher
de Belém-PA, nos autos da MEDIDA PROTETIVA (processo eletrônico nº 0809133-95.2021.8.14.0401),
requerida por I. C. M. D. L., ora agravada, que deferiu medidas protetivas em prol da agravada.
Éo relatório.
DECIDO
Em consulta ao sistema PJe, verifica-se que foi proferida sentença com resolução de mérito no processo
principal nº 0809133-95.2021.8.14.0401, (autos principais, Num. 31930728 - Pág. 1/2), que julgou
procedente o pedido inicial, mantendo as medidas protetivas de urgência deferidas em decisão liminar.
Assim, diante da sentença de mérito do Juízo ‘a quo’, resta prejudicado o exame da decisão recorrida, em
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
(...) A superveniência da sentença proferida no feito principal enseja a perda de objeto de recursos
anteriores que versem sobre questões resolvidas por decisão interlocutória combatida via agravo de
instrumento (AgRg no REsp 1.485.765/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Terceira
Turma, DJe 29/10/2015). 5. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1537636/SP, Rel. Ministro
MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/06/2016, DJe 29/06/2016).
Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do presente agravo instrumento, com fulcro no art. 932, III, do CPC, por
se encontrar prejudicado, em face da perda superveniente de seu objeto.
Após o trânsito em julgado, certifique-se, associando-se aos autos principais. Dê-se baixa na distribuição
deste relator.
Desembargador – Relator
DESPACHO
Vistos os autos.
Compulsando os autos, verifica-se que a parte recorrente, quando da interposição do presente recurso,
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acostou o boleto e o respectivo comprovante de pagamento referente ao preparo (Id. 5970625 e Id.
5970626), entretanto, não juntou o relatório de contas do processo, emitido pela Unidade de Arrecadação
Judiciária – UNAJ.
Como cediço, este Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, por meio da UNAJ, com fundamento no
que determina o Provimento n.º 5/2002, de 11 de setembro de 2002, da Corregedoria Geral de Justiça
deste Tribunal, em seus artigos 4º, inciso I, 5º e 6º, coloca à disposição dos interessados um
demonstrativo referente ao pagamento do recurso, identificando, de maneira clara, o número do processo
e a classe.
Épacífico entendimento deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará no sentido de que a ausência
do mencionado relatório de contas importa na deserção do recurso, conforme é possível citar,
exemplificativamente, o aresto abaixo:
Sucede que o Código de Processo Civil de 2015, aplicável na espécie, já que a decisão agravada foi
publicada após sua entrada em vigor, trouxe inovação processual, possibilitando a intimação do advogado
para suprir a falta referente a comprovação do recolhimento do preparo, nos termos do artigo 1.007, §§ 2º
e 4º do diploma processual vigente.
Outrossim, considerando que a parte recorrente não realizou a devida comprovação do preparo no ato de
interposição do recurso, torna-se imprescindível o recolhimento em dobro, conforme determina o artigo
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Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação
pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
(...)
§4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo,
inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o
recolhimento em dobro, sob pena de deserção. (Destaquei)
1. Emende, a parte recorrente, em 05 (cinco) dias, a peça recursal, com o relatório de contas capaz de
integralizar a documentação necessária para comprovar o respectivo preparo;
3. Fica advertida que a inobservância de qualquer dos itens acima implicará em deserção;
5. Intimem-se.
Relatora
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de RECURSO DE APELAÇÃO interposto por BANCO DO BRASIL S.A. (ID 4393015) contra a
sentença (ID 4393014) proferida pelo Juízo da vara única de Oriximiná que, nos autos da Ação de
Execução por quantia certa (Processo nº 0000057-48.1997.8.14.0037), ajuizada contra JOAO FERRARI E
OUTROS, declarou de ofício a prescrição com fundamento no art. 219,§5º do CPC/73, julgou extinta a
execução com resolução de mérito nos termos do art. 269, IV, do CPC/73.
As razões recursais foram apresentadas somente em duas laudas (ID 4393015, fls. 71-72), nas quais o
BANCO DO BRASIL S.A. faz um breve histórico dos fatos envolvidos na causa, afirmando que o apelado
por vontade própria optou por realizar contrato de crédito junto aquela instituição financeira, todavia,
tornou-se inadimplente e, apesar de o Banco ter empreendido as diligencias cabíveis para dar andamento
à execução, não conseguiu localizar o requerido.
Nesse contexto, defende que o juízo não deveria ter aplicado a prescrição, mas sim ter determinado a
suspensão da execução nos termos do art. 791, III, do CPC devido o devedor não possuir bens, sendo
que durante o período de suspensão o prazo prescricional não fluiria.
Apresentação de contrarrazões pelo apelado JOAO FERRARI no ID 4393017, fls. 88-96, sendo suscitada
preliminar de inexistência da apelação, uma vez que não foram cumpridos os requisitos do art. 514
CPC/73, já que as duas páginas apresentadas são totalmente incoerentes entre si, não há nomes e
qualificações das partes nem fundamentos de fato e de direito, muito menos o pedido de decisão nova.
Argui, em seguida, a existência de trânsito em julgado da sentença debatida conforme certidão datada de
6/12/2016.
E , por fim, defende a aplicação da prescrição intercorrente no caso em concreto devido a longa inercia
processual do exequente e, ainda, pelo princípio da eventualidade aduz que primeiramente a execução
deveria recair sobre o devedor e somente em caso de não pagamento /insolvência deve ser direcionada
ao primeiro avalista, isto é, ao apelado João.
Requer o recebimento das contrarrazões para negar seguimento a apelação ou, caso superada a matéria
preliminar, seja o recurso desprovido.
Encaminhados os autos ao segundo grau, esta Relatora despachou no ID 4393018, no seguinte sentido:
“Vistos os autos. Intime-se a parte apelante, a fim de que proceda, no prazo de 05 (cinco) dias, a emenda
da inicial recursal, no sentido de integralizá-la, uma vez que se encontra incompleta, a partir da fl. 50; bem
como para que junte comprovante legível do pagamento do preparo, cuja aferição está prejudicada através
do documento de fl. 57; sob pena de inadmissibilidade do presente recurso, nos moldes do art. 932,
parágrafo único do Código de Processo Civil de 2015”.
No ID 4393019, o Banco do Brasil S.A. apresentou, em MAIO/2017, uma emenda à inicial da apelação
que, na realidade, traduz-se num novo recurso de apelação com argumentação própria e nova em relação
ao Apelo interposto, em MARÇO/2015, quando do proferimento da sentença, sob a justificativa de
impossibilidade de serem trazidas apenas as páginas faltantes no Recurso outrora apresentado pelo
anterior patrono, já que houve mudança na banca de advogados que patrocina o Banco, a partir de
janeiro/2016 por conta de processo licitatório vencido.
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Dessa forma, requereu que fossem recebidas as presentes razões recursais no duplo efeito.
É o relatório. Decido.
Inicialmente, cabe esclarecer que sentença ora recorrida foi publicada em 4/3/2015 (ID 4393014), o que
atrai a aplicação do CPC/73 quanto aos requisitos de admissibilidade, conforme orienta o Enunciado
administrativo n. 2 do STJ:
Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março
de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as
interpretações dadas, até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
Nesse diapasão, dispunha o art. 514 do Código de Processo Civil/73 os requisitos formais do recurso de
apelação, dentre os quais constavam a exposição do fato e do direito e o pedido de nova decisão.
No presente caso, conforme relatado, a parte apelante apresentou apenas a peça de interposição do
recurso e duas páginas com as suas razões, sendo que, na primeira, alegou que apesar das diligencias
empreendidas não conseguiu localizar o requerido e, na segunda, afirmou de forma contraditória que não
deveria ter sido de imediato aplicada a prescrição intercorrente pelo magistrado e sim suspensa a
execução por ausência de bens do devedor, nos termos do art. 791,III, CPC/73, razão pela qual o prazo
prescricional não fluiria.
Pois bem, mesmo diante dos fatos processuais narrados, esta Relatora privilegiando o princípio da
primazia do julgamento de mérito, oportunizou ao recorrente que, no prazo de 05 (cinco) dias, emendasse
à inicial recursal, integralizando-a com as peças faltantes, haja vista o recurso está incompleto (vide
despacho ID 4393018).
Todavia, por sua vez, o apelante não deu cumprimento exato ao despacho exarado para integralizar as
peças faltantes, ao invés apresentou novo recurso com argumentação própria.
Não deixo de olvidar a existência de mudança na banca patrocinadora do Banco do Brasil ao longo do
processo, porém, não se pode sob essa justificativa conceder um privilégio a parte em elaborar novo
recurso de apelação e apresentá-lo, em MAIO/2017, sendo que a sentença debatida fora publicada em
MARÇO/2015 e naquela oportunidade já fora oferecido recurso pela mesma parte de forma incompleta e
ainda concedido prazo para integralizá-lo, sob pena de ferir o princípio da isonomia entre as partes.
Diante do exposto, não conheço do recurso por ausência de requisito de admissibilidade do art. 514 do
CPC/73.
Publique-se e intimem-se.
Relatora
DECISÃO MONOCRÁTICA
Vistos os autos.
KEILENE KIE BRYTO SARGES interpôs o presente RECURSO DE APELAÇÃO em face da sentença de
Id. 780584, Pág. 2 e 3, que julgou extinta, com resolução do mérito a Ação de Adjudicação Compulsória de
Imóvel ajuizada em desfavor de GUILHERMINA AZEVEDO CASTRO, em virtude da ausência de
manifestação da autora/apelante quanto ao despacho que determinava a juntada de documentos, não
tendo assim promovido as diligências que lhe competia.
Em suas razões (Id. 780591, pág. 2-17), sustenta que nem pessoalmente e nem na pessoa de seus
representantes legais à época foram devidamente intimados sobre a determinação judicial, sendo inclusive
certificado pela secretaria a ausência de intimação (Id. 780587, pág. 4), impossibilitando, assim, tomar
ciência do dever de cumprimento à ordem judicial.
Aduz que ficou comprovado o erro na intimação e a impossibilidade de se cumprir a determinação judicial
gerando contradição, mas ainda assim o juízo “a quo” rejeitou os Embargos de Declaração, não
vislumbrando hipótese de contradição na sentença, mesmo tendo sua fundamentação no cumprimento
das diligencias que lhe competia e tendo seu dispositivo formulado pela extinção do processo com
resolução de mérito. Termos que reafirma agora em apelação.
Ao cabo, requereu o provimento do presente recurso, a fim de que seja anulada, com o consequente
prosseguimento do feito.
Brevemente Relatados.
Decido.
Prefacialmente, com fundamento no art. 133, XII, “d”, do Regimento Interno desta Corte, tenho que o feito
em análise comporta julgamento monocrático, pois conforme será demonstrado a seguir, a presente
decisão será pautada em entendimento firmado em jurisprudência assente do Superior Tribunal de Justiça.
Não havendo questões preliminares a serem enfrentadas, passo diretamente à análise do mérito
recursal.
O Juízo Singular, ex offício, extinguiu o processo com resolução de mérito, por entender que a parte
autora/apelante deixou de promover ato ou diligência que lhe competia.
Pois bem, prima facie, afigura-se que o provimento jurisdicional recorrido se encontra viciado, pois deixou
de oportunizar à parte autora, mediante intimação pessoal no prazo de 05 (cinco) dias, a manifestação
acerca do seu interesse em conferir prosseguimento ao feito, nos moldes do que dispõe o § 1º do art. 267
do CPC/73, que é corroborado pela remansosa jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, litteris:
Nem se cogite, ademais, a inaplicabilidade do dispositivo legal mencionado ao norte à hipótese da qual
lançou mão a decisão recorrida para extinguir o processo, qual seja, com resolução de mérito sob a
justificativa de que a autora não provou o recolhimento das taxas e despesas administrativas junto à
CODEM referentes ao imóvel em litígio, pois não cumpriu o determinado pelo juízo, não comprovando
assim a possibilidade de adjudicar tal bem, isto porque o fez equivocadamente, senão vejamos.
Restou comprovado aos autos que a parte autora não foi intimada, nem pessoalmente e nem na pessoa
de seus representantes legais, conforme certidão da Secretária de Id. Id. 780587, pág. 4, para cumprir o
despacho de Id. 780583, pág. 2, portanto, não havia como existir o cumprimento da determinação.
Assim, escorreita seria a fundamentação da decisão atacada com lastro na resolução de mérito, pelo fato
de a autora não ter conseguido provar a melhor posse, por não comprovar nos autos a possibilidade de
adjudicar o bem em litígio, uma vez que, segundo a própria decisão recorrida (Id. 780584, Pág. 2 e 3) “não
cumpriu o despacho que determinou a juntada do recolhimento das taxas e despesas administrativas junto
à CODEM referentes ao imóvel em litígio”.
Ademais, igualmente não observou, a decisão recorrida, o que dispõe o verbete da Súmula nº 240 do
Superior Tribunal de Justiça, segundo o qual, “a extinção do processo, por abandono da causa pelo autor,
depende de requerimento do réu”, porquanto não houve requerimento, por parte do réu/apelado, de
extinção do feito na origem, por abandono da parte autora/apelante.
Àvista do exposto, com lastro no art. 133, XII, “d” do RITJE/PA[1], CONHEÇO e DOU PROVIMENTO AO
RECURSO, para anular o pronunciamento jurisdicional alvejado e determinar ao Juízo de origem que
proceda com a intimação pessoal da parte autora para promover os atos e diligências que lhe competir.
Dê-se ciência ao juízo de origem e intimem-se as partes, podendo servir a presente decisão como
mandado/ofício, nos termos da Portaria nº 3.731/2015 - GP.
Relatora
[1] Art. 133. Compete ao relator: (...) XII - dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária:
(...) d) à jurisprudência dominante desta e. Corte ou de Cortes Superiores.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO
DESPACHO
Vistos os autos.
Da análise dos autos, verifica-se que a parte recorrente BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A.,
quando da interposição da Apelação de ID 5240554, acostou um boleto e o respectivo comprovante de
pagamento referente ao preparo (ID 5240555 e ID 5240556). Todavia, os referidos documentos não
atendem integralmente as providências do art. 1.017, § 1º, do CPC e dos artigos 9º, §1º e art. 10º da Lei
Estadual n.º 8.328/2015, vez que não identificam o número do processo de origem, as partes e tampouco
o tipo de custas efetivamente pagas.
Para esse fim, o recorrente deve proceder a juntada do documento denominado: “relatório de conta do
processo”, o qual é ônus do recorrente, nos termos art. 9º, § 1º e art. 10, ambos da Lei Estadual nº 8.328
de 2015, que dispõe sobre o Regimento de Custas e outras despesas processuais no âmbito do Poder
Judiciário do Estado do Pará, in verbis:
Art. 9º. As custas processuais deverão ser discriminadas em relatório de conta do processo e recolhidas
mediante boleto bancário padrão FEBRABAN, que poderá ser quitado em qualquer banco ou
correspondente bancário, vedada qualquer outra forma de recolhimento.
Art. 10. Sem prejuízo da verificação e homologação definitiva do pagamento, a cargo do TJPA e que se
fará com base nas informações do arquivo eletrônico disponibilizado pelo Banco conveniado, o
interessado fará prova do recolhimento apresentando o relatório de conta do processo
e o respectivo boleto:
I – Autenticado mecanicamente; ou
Épacífico entendimento deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no sentido de que a
ausência do mencionado relatório de contas importa na deserção do recurso, conforme é possível citar,
exemplificativamente, o aresto abaixo:
Ante o exposto, INTIME-SE o recorrente, BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A., para que no
prazo de 05 (cinco) dias, com fulcro no art. 932, parágrafo único e art. 1.007, §4º, ambos do CPC,
acoste o relatório de contas capaz de integralizar a documentação necessária para comprovar o
preparo do recurso, bem como comprove o recolhimento do referido preparo em dobro, sob pena
de deserção.
P.R.I.C.
RELATORA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PODER JUDICÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
ATO ORDINATÓRIO
No uso de suas atribuições legais, a UPJ das Turmas de Direito Público e Privado intima o interessado a,
querendo, oferecer contrarrazões ao Agravo Interno interposto nos presentes autos no prazo de 15
(quinze) dias, a teor do que estabelece o § 2º do art. 1.021 do Código de Processo Civil de 2015.
DECISÃO MONOCRÁTICA
Vistos os autos.
Os apelantes ajuizaram a ação em epígrafe (Id. 1831087), narrando que firmaram com a ré um contrato
de trespasse empresarial, cujo valor estabelecido livremente entre as partes foi de R$ 644.458,28
(seiscentos e quarenta e quatro mil, quatrocentos e cinquenta e oito reais e vinte e oito centavos), a ser
pago parceladamente. Contudo a requerida, após efetuar o pagamento equivalente a R$ 444.458,28
(quatrocentos e quarenta e quatro mil, quatrocentos e cinquenta e oito reais e vinte e oito centavos),
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
passou a incorrer em mora. Assim, visando a solução do conflito, firmaram com a ré uma novação da
dívida, nos seguintes termos; receberiam desta um imóvel localizado na Alameda Moça Bonita, 42, nesta
cidade, ao passo que entregariam à demandada a quantia de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais),
sendo que a demandada não cumpriu sua parte do acordo, fazendo-se necessário a propositura da
demanda em apreço.
Em sentença (Id. 1831094), o juízo de origem houve por bem, antecipadamente, julgar improcedentes os
pedidos, ao argumento de que a parte autora não teria trazido qualquer elemento capaz de provar a
realização dos negócios jurídicos mencionados na exordial (trespasse do estabelecimento empresarial e
novação da dívida).
Em suas razões (Id. 1831095), tenciona o provimento do recurso e a consequente anulação da sentença
alvejada por cerceamento de defesa, eis que teria julgado improcedentes os pedidos formulados na ação
em epígrafe ao arrepio de instrução processual, especialmente oitiva das partes e testemunhas
pertinentes em audiência de instrução e julgamento, de importância fundamental para o embasamento da
decisão.
Brevemente Relatados.
Decido.
Prefacialmente, com fundamento no art. 133, XII, “d” do Regimento Interno desta Corte, tenho que o feito
em análise comporta julgamento monocrático, pois conforme será demonstrado a seguir, a presente
decisão será pautada em entendimento firmado em jurisprudência assente do Superior Tribunal de Justiça.
Quanto ao Juízo de admissibilidade, vejo que o recurso é tempestivo, adequado à espécie e conta
preparo regular. Portanto, preenchidos os pressupostos extrínsecos (tempestividade, regularidade formal,
inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer e preparo) e intrínsecos (cabimento,
legitimidade e interesse para recorrer); SOU PELO SEU CONHECIMENTO.
Pois bem, com efeito, compete ao julgador, na qualidade de destinatário das provas, o livre convencimento
e a prerrogativa de gerir as que reputa pertinentes à elucidação dos fatos e ao deslinde da demanda.
Possui, portanto, a autoridade de conduzir o processo, devendo valorá-las ou podendo indeferi-las, desde
que fundamentadamente, conforme previsão constitucional do art. 93, IX e infraconstitucional do art. 370
do CPC/2015, respectivamente:
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
(...)
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias
partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade
do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. (Destacou-se)
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao
julgamento do mérito.
Àluz dessa premissa, vislumbro que pecou pela contradição o togado singular, pois embora tivesse a parte
autora/apelante requerido a produção de todos os meios de prova, findou ele não apenas por ignorar o
referido pleito, como por julgar improcedentes os pedidos iniciais justamente por falta de provas.
Frise-se, não apenas o juízo de origem omitiu o pedido de produção de provas, como utilizou-se dessa
omissão para julgar improcedentes os pedidos formulados na inicial da ação em testilha, o que configura
indeferimento tácito e contraria a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, cujo teor ora merece
transcrição:
Nessa toada, à luz do princípio do pas de nunlité sens grief, a nulidade da sentença alvejada se impõe na
espécie, em virtude do flagrante prejuízo amargado pela parte ora apelante decorrente do julgamento
antecipado da lide em seu desfavor sem a oportunidade de fazer prova de suas alegações e ao arrepio da
devida instrução processual, a caracterizar o cerceamento de defesa.
Àvista do exposto, com lastro no art. 133, XII, “d” do RITJE/PA[1], CONHEÇO e DOU PROVIMENTO ao
recurso, a fim de anular a sentença alvejada e de determinar ao juízo de origem que retome o curso
regular do feito, observando a instrução processual e o inarredável princípio do contraditório e ampla
defesa.
Dê-se ciência imediata ao juízo de origem e intimem-se as partes, podendo servir a presente decisão
como mandado/ofício, nos termos da Portaria nº 3.731/2015 - GP.
Transitada em julgado, devolvam-se imediatamente os autos à origem, com a respectiva baixa no sistema.
Relatora
[1] Art. 133. Compete ao relator: (...) XII - dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária:
(...) d) à jurisprudência dominante desta e. Corte ou de Cortes Superiores.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO
DECISÃO MONOCRÁTICA
Vistos os autos.
Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por CONSTRUTORA VILLA DEL REY LTDA e LUNA
EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIOS LTDA contra sentença proferida nos autos da Ação de Alteração de
Contrato de Promessa de Compra e Venda de Imóvel c/c danos morais c/c Obrigação de Fazer Com
Pedido de Tutela Antecipada (Processo n.º 0021434-34.2012.8.14.0301), ajuizada por TELMA CRISTINA
DOS SANTOS NASCIMENTO.
Sobreveio a renúncia do patrono da parte apelante aos poderes outorgados, conforme se depreende do
petitório de Id. 4771106.
Brevemente Relatados.
Decido.
A petição de Id. 4771106 evidencia não apenas que o patrono da parte apelante renunciou aos poderes
por ela outorgados, como comunicou-lhe o fato em 2/3/2021 (Id. 4771107).
Sucede que até o presente momento, a parte apelante não regularizou a sua representação processual,
eis que não há notícia nos autos de que tenha constituído novos procuradores, fato que depõe contra o
seu interesse em prosseguir no feito, pois nessas hipóteses, é despicienda a intimação para que o faça, já
que é ônus que lhe compete, à luz do que preconiza a jurisprudência remansosa do Superior Tribunal de
Justiça:
AREsp 1259061/SP, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 24/09/2018, DJe
27/09/2018) 3. O recurso especial não é, em razão da Súmula 7/STJ, via processual adequada para
questionar julgado que se afirmou explicitamente em contexto fático-probatório próprio da causa. 4. Agravo
interno não provido. (AgInt no AREsp 1468610/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 21/11/2019, DJe 27/11/2019) (Destaquei)
Àvista do exposto, DEIXO DE CONHECER do presente recurso, por absoluta inadmissibilidade, nos
termos do art. 932, III do CPC/2015[1], ao tempo que INDEFIRO o pedido de fixação de honorários
advocatícios em favor do retirante, quer porque, em virtude do não conhecimento desta insurgência,
prevalecem os sucumbenciais fixados na origem em favor do patrono da parte ora apelada, quer porque é
incabível a sua reserva quando o causídico não mais represente a parte, conforme entendimento do
STJ[2].
Relatora
[1] Art. 932. Incumbe ao relator: (...) III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não
tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida. (Destaquei)
[2] AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL
E PROCESSUAL CIVIL. RESERVA DE HONORÁRIOS. ART. 22, § 4º, DA LEI Nº 8.906/94. ADVOGADO
COM MANDATO REVOGADO. DIVERGÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE MANEJO DESSE INSTITUTO.
PRECEDENTES DO STJ. 1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que,
uma vez concedida, a assistência judiciária gratuita prevalecerá em todas as instâncias e para todos os
atos do processo, nos expressos termos do art. 9º, da Lei 1.060/50. 2. Muito embora possível a reserva
dos honorários nos próprios autos - art. 22, § 4º, da Lei nº 8.906/94, tal medida é incabível na
hipótese de o advogado não mais representar a parte. Precedentes do STJ. 3. AGRAVO INTERNO
DESPROVIDO. (AgInt nos EDcl no REsp 1744530/RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO,
TERCEIRA TURMA, julgado em 17/06/2019, DJe 25/06/2019)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
CEJUSC
DIA 27/08/2021
HORÁRIO 09:00
4ª VARA
PROCESSO 0823668-38.2021.8.14.0301
AÇÃO DE ALIMENTOS
REQUERENTE: S C B
REQUERIDO: R O D M B
Trata-se de ordem de Habeas Corpus liberatório com pedido de liminar impetrado pelo advogado Evandro
Gonçalves de Souza em favor de JAIRO MIRANDA SILVEIRA, que responde a ação penal perante o
Juízo de Direito da Comarca de Portel/PA, pela suposta prática dos delitos tipificados no art. 33, caput, da
lei 11.343/2006 e art. 243 do ECA, em concurso material, nos termos do artigo 69, do Código Pena.
Os impetrantes alegam, nas razões da Ação Constitucional (Id. 5977357), que, ipsis literis:
Ademais, ante o exposto, demonstrada a ilegalidade do ato da autoridade coatora, requer seja
revogada a prisão preventiva.
Caso não entenda pela ilegalidade de fundamentos sobre a prisão preventiva, requer-se, diante da
insegurança probatória a aplicação do principio do in dubio pro reo, em favor do paciente,
revogando-se tal decisão que o privou de sua liberdade.
Subsidiariamente, entendendo pela manutenção da prisão preventiva, requer sejam impostas medidas
diversas da prisão, nos exatos termos do art. 319 e 321, ambos do CPP, ou que seja concedida prisão
domiciliar, mesmo que monitorada eletronicamente.
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Por fim, seja o presente pedido de habeas corpus julgado procedente ao final, por esta Câmara do
Tribunal de Justiça, confirmando-se a respeitável r.decisão liminar.”
Os autos foram distribuídos à relatoria do Desembargador Mairton Marques Carneiro. Contudo em função
do afastamento por motivo de gozo de férias regulamentares durante o período de 02 de agosto de 2021 a
31 de agosto de 2021, conforme o SIGA-DOC-PA-OFI-2020/06089, (Id. 5982253), os autos foram
novamente redistribuídos e recaíram sob minha relatoria. Assim, com base no art. 112, §2º do RITJE/PA e
em observância ao princípio da celeridade processual, passo à análise da medida liminar.
1. Os impetrantes requerem nas razões da Ação Mandamental a concessão da Medida Liminar, com a
finalidade de suspender a ação penal, substituir a prisão preventiva imposta ao paciente, com a aplicação
de medidas cautelares diversas da prisão.
O deferimento de medida liminar, resultante do concreto exercício do poder geral de cautela outorgado aos
Juízes e Tribunais, somente se justifica em face de situações que se ajustem aos pressupostos da
plausibilidade jurídica (fumus boni juris), de um lado, e a possibilidade de lesão irreparável ou de difícil
reparação (periculum in mora), de outro.
Em juízo prefacial, anoto que não há qualquer ilegalidade que justifique a antecipação da tutela, como
pretendido.
A autoridade inquinada coatora, na decisão que decretou a prisão cautelar do paciente, demonstrou a
materialidade e os indícios de autoria do fato criminoso, bem como justificou a necessidade da prisão
aplicada ao coacto (Id. nº 5977362).
Neste sentido, entendo não estar formada a convicção necessária para deferimento da medida liminar
pretendida, pois não concorrem os dois requisitos, os quais são necessários, essenciais e cumulativos,
sendo prudente que se oportunize a melhor instrução processual.
Por tal motivo não vejo como acolher ao pedido cautelar ora em exame, por vislumbrar aparentemente
descaracterizada a plausibilidade jurídica da pretensão mandamental. Sendo assim, em juízo de estrita
delibação, e sem prejuízo de ulterior reexame da pretensão mandamental deduzida na presente sede
processual, indefiro o pedido de medida liminar.
4. Considerando que os autos vieram a mim conclusos tão somente para análise do pedido de liminar,
em razão do afastamento do Relator originário de suas atividades judicantes, retornem os autos ao
Desembargador Mairton Marques Carneiro, conforme disposto no art. 112, §2º do RITJE/PA.
Relator
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA:
Prestadas as informações pelo Juízo tido por coator, passo a análise do pedido de liminar.
Pois bem. A possibilidade de concessão de liminar em HABEAS CORPUS, viabilizando a pronta cessação
de suposto constrangimento aventado, não se encontra prevista em lei.
Trata-se de mera criação jurisprudencial, hoje consagrada no âmbito de todos os tribunais brasileiros, se
justificando em situações que estejam presentes o fumus boni juris e periculum in mora, consubstanciado,
assim, na plausibilidade jurídica e a possibilidade de iminente lesão de dano irreparável ou de difícil
reparação.
No caso, ao menos em juízo perfunctório, ainda não é possível identificar, de plano, o constrangimento
ilegal aduzido que autorizem o deferimento da tutela de urgência, principalmente pelo que foi informado
pelo MM Juiz da causa no ID Num. 6016570, aqui a autoridade tida por coatora, daí que indefiro o pedido
de liminar.
Ademais, a pretensão confunde-se com o próprio mérito do writ, razão pela qual, deve ser submetida à
análise do órgão colegiado competente, in casu, a Seção de Direito Penal do TJE/PA, na qual será feito o
exame aprofundado das alegações relatadas, após regular manifestação do Parquet de 2º grau.
Relator
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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Gabinete do Desembargador Rômulo Nunes
DECISÃO/OFÍCIO
Trata-se de Habeas Corpus com pedido de liminar, impetrado em favor de JESSICA ANDRESSA
FERREIRA JARDIM, apontando como autoridade coatora o Juízo da 2ª Vara Criminal de Castanhal.
A paciente encontra-se presa preventivamente desde 06/08/2021, pela suposta prática do crime tipificado
no art.33 da Lei nº 11.343/06.
Afirma que a paciente está sofrendo constrangimento ilegal no seu status libertatis, alegando, em suma: a)
negativa de autoria e insuficiência de provas; b) ausência dos requisitos necessários da custódia
preventiva; c) suficiência das medidas cautelares do art.319 do CPP; d) que é mãe de uma criança menor
de 12 anos de idade, com deficiência visual, que necessita de seus cuidados, fazendo jus à substituição
da sua custódia por prisão domiciliar, nos termos do disposto no art.318, inciso V, do CPP e jurisprudência
pátria. Ressalta as qualidades pessoais favoráveis da paciente. Por fim, requer, em sede de liminar e no
mérito, a substituição da prisão preventiva por domiciliar ou por medidas cautelares previstas no art.319 do
CPP.
EXAMINO
In casu, em uma análise ainda primária do feito, não vislumbro preenchidos os requisitos necessários para
o deferimento da medida, sobretudo, ao considerar que a impetrante sequer juntou aos autos a cópia do
decreto preventivo ou de qualquer outro documento inerente ao procedimento criminal em epígrafe,
impossibilitando, dessa forma, a sua análise de plano.
Desse modo, em que pese constar dos autos a certidão de nascimento do filho da coacta, menor de 12
anos (10 anos na época do fato, os demais requisitos não foram demonstrados, razão pela qual não me
encontro apto a realizar qualquer juízo de valor acerca da sua custódia preventiva, diante da inexistência
de elementos suficientes para tanto, motivo pelo qual indefiro o pedido.
Outrossim, verifica-se que a Desembargadora Vânia Valente do Couto Fortes Bitar Cunha figura como
relatora originária do presente writ, todavia, em função de seu afastamento de suas atividades regulares, o
feito veio à minha relatoria para apreciação de liminar. Por essa razão, nos termos do artigo 119, do
Regimento Interno desta Corte, após a emissão do parecer ministerial, remetam-se os autos à relatora
preventa para julgar o mérito do presente writ.
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Relator
EMENTA
1. Fundada a revisão no art. 621, inciso I do CPP, verifica-se que, de fato, a sentença condenatória, na
parte atinente à dosimetria penal, foi prolatada em contrariedade à texto expresso de lei, de modo que a
ação merece ser conhecida, bem como, apreciado seu mérito.
2. Colhe-se do édito condenatório que o juiz a quo não observou o critério trifásico disposto no art. 68 do
Códex Penal, na elaboração da reprimenda, na medida em que, após a fixação da pena primária, deixou
de fazer qualquer menção às fases seguintes da dosimetria penal, não citando se o réu fazia jus à alguma
atenuante, agravante, causa de aumento e/ou diminuição. Tampouco fundamentou a imposição do regime
mais gravoso (inicialmente fechado).
3. Assim, tem-se que tal omissão não se trata de mero erro material passível de correção por esta via
revisional, mas sim, configura hipótese de nulidade absoluta, sendo o Juízo de 1º grau competente para o
refazimento da pena.
Acórdão
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Sessão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, iniciada aos dez dias e finalizada aos dezessete do mês
de agosto de 2021.
Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre.
Relatora
RELATÓRIO
PROCESSO N° 0800691-82.2021.8.14.0000
RELATÓRIO
Trata-se de Revisão Criminal interposta por JOELZO CAMARA DA SILVA, com fundamento no art. 621,
inciso I do Código de Processo Penal, objetivando reformar a r. decisão que a condenou à pena de 06
(seis) anos de reclusão em regime inicialmente fechado, pela prática da conduta tipificada no art. 33 da Lei
nº 11.343/06.
Narra a denúncia, em síntese, que no dia 29/07/2011, por volta das 22h30, o requerente, juntamente com
os dois corréus Alef Rangel Lobato Macedo e Maquesael de Freitas Pereira, foram presos em flagrante
delito, por ter sido encontrado, com eles, 21 (vinte e uma) petecas de pasta base de cocaína. Segundo a
exordial, uma guarnição da Polícia Militar recebeu informações, por meio do número 190, de que em frente
à casa da mulher de nome Cidolena, os indivíduos conhecidos por “Macaxeira”, “Nego Téo”, “Marquinho” e
“Piquiá” estariam comercializando entorpecentes. Em diligência, a polícia foi ao local indicado e viu os
quatro nacionais, os quais, ao perceberem a presença da Polícia, tentaram empreender fuga, tendo a
polícia logrado êxito em prendê-los na posse da droga descrita, com exceção de “Piquiá”, que conseguiu
fugir.
A defesa do requerente alega que a dosimetria da pena aplicada ao réu foi procedida em
contrariedade ao texto expresso da lei penal, visto que após a fixação da reprimenda-base, o juiz a
quo não faz qualquer referência às demais fases dosimétricas, silenciando acerca da aplicação ou
não de possíveis circunstâncias agravantes e/ou atenuantes e, principalmente, das causas de
aumento e/ou diminuição da pena, violando flagrantemente o critério trifásico de aplicação da pena,
assim como o art. 93, inciso IX da Constituição Federal.
Ressalta, aliás, que o requerente faz jus à causa de diminuição do art. 33, §4º da Lei nº 11.343/2006,
haja vista ser primário à época da sentença, pois, conforme resultado de consulta feita no Sistema
INFOPEN/PA, só registra cometimento de outro crime no ano de 2016.
Requer, assim, seja julgada procedente a presente Revisão Criminal, a fim de que seja feita a análise das
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segunda e terceira fases da dosimetria da pena, fazendo incidir, ainda, a minorante prevista no §4º
do art. 33 da Lei 11.343/2006, observada a proibição da reformatio in pejus.
Nesta Superior Instância, o então Procurador-Geral de Justiça Gilberto Valente Martins manifesta-se pelo
conhecimento e improcedência da presente ação revisional.
VOTO
A priori, mister ressaltar que apesar de não haver comprovante de pagamento das devidas custas
judiciais, conforme certidão da Secretaria da Seção de Direito Penal (ID nº 4968006), dispenso o
requerente do referido pagamento, por entender que resta comprovada a sua hipossuficiência econômica,
uma vez que ele é representado pela Defensoria Pública, tendo o próprio juiz a quo, por ocasião da
sentença condenatória, dispensado-o do pagamento das custas processuais.
Por ser essencial à segurança jurídica, a coisa julgada tem assento constitucional, exatamente porque a
relevância da imutabilidade e da indiscutibilidade das sentenças concretiza o anseio de segurança do
direito essencial à paz nas relações sociais.
No presente feito, fundada a revisão no art. 621, inciso I do CPP, verifica-se que, de fato, a sentença
condenatória, na parte atinente à dosimetria penal, foi prolatada em contrariedade à texto expresso
de lei, de modo que a ação merece ser conhecida, bem como, apreciado seu mérito.
tem incidência o óbice contido na Súmula 83/STJ - também empregado em recursos interpostos com
fulcro na alínea a do permissivo constitucional -, segundo a qual: "Não se conhece do recurso especial
pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida". 6.
Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento. (STJ - EDcl no
REsp 1880025/PR, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 15/09/2020, DJe
23/09/2020)
A defesa do requerente alega que a dosimetria da pena aplicada ao réu foi procedida em
contrariedade ao texto expresso da lei penal, visto que após a fixação da reprimenda-base, o juiz a
quo não faz qualquer referência às demais fases dosimétricas, silenciando acerca da aplicação ou
não de possíveis circunstâncias agravantes e/ou atenuantes e, principalmente, das causas de
aumento e/ou diminuição da pena.
Ressalta, aliás, que ele faz jus à causa de diminuição do art. 33, §4º da Lei nº 11.343/2006.
“(...) Ante o exposto, CONDENO o acusado JOELZON CÂMARA DA SILVA pela prática do crime descrito
no artigo 33, caput, da Lei 11.343/2006.
Passo, por conseguinte, à dosimetria da pena, conforme preceituado nos artigos 59 e 68 do Código Penal.
Com efeito, ele agiu com culpabilidade, porquanto tinha condições de saber que agia ilicitamente e lhe era
exigível conduta diversa.
Não registra bons antecedentes, pois tanto na esfera policial quanto perante este Juízo, em audiência,
confessou responder a delito de roubo na Comarca de Breves.
Incabível a substituição da pena privativa de liberdade, nos termos dos artigos 60, §2º, do CP e dos
favores da aplicação de pena restritiva de direitos e sursis penal, ante a ausência de seus requisitos.
Recomendo o acusado na prisão em que se encontra, tendo em vista subsistirem os requisitos de sua
custódia cautelar, urgindo resguardar a ordem pública, com acautelamento do meio social, uma vez que o
réu é confessadamente portador de maus antecedentes e solto, seguramente, voltará a delinquir,
representando, sua liberdade, mau incomensurável à sociedade portelense.
Quanto à pena de multa, sopesadas as circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal, fixo-a em
200 dias-multa, na razão de 1/30 do salário mínimo, dada a situação econômica do acusado, valor esse
que deverá ser corrigido monetariamente a partir da data do fato. (...)”
Da leitura do édito acima transcrito, e sem a necessidade de maiores delongas, vê-se que, além de a
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fixação da pena-base ter sido procedida com base em inidônea fundamentação das circunstâncias
judiciais, não foi observado pelo Juízo de 1º Grau, como asseverado pelo requerente, o critério
trifásico disposto no art. 68 do Códex Penal, na elaboração da reprimenda, na medida em que, após a
fixação da pena primária, ele deixou de fazer qualquer menção às fases seguintes da dosimetria penal,
não citando se o réu fazia jus à alguma atenuante, agravante, causa de aumento e/ou diminuição.
Tampouco fundamentou a imposição do regime mais gravoso (inicialmente fechado).
Assim, tem-se que tal omissão configura hipótese de nulidade absoluta. De certo, é nula a sentença
condenatória na qual o Julgador omite ou inverte uma etapa da aplicação da pena. Feridos, pois, os
princípios da individualização e da proporcionalidade da pena, o dever de fundamentação das decisões
judiciais, constante do art. 93, inciso IX, da CF, bem como, o critério trifásico adotado pelo CPB, em seu
art. 68, quando dispõe que a pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 daquele mesmo
Diploma; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as
causas de diminuição e de aumento.
Logo, apesar de ser cediço que a necessidade de correção da sentença em relação ao quantum da
pena fixada ou mesmo a reanálise da inidônea fundamentação das circunstâncias judiciais não
conduz, necessariamente, à nulidade da sentença, pois perfeitamente possível a sua adequação
neste segundo grau de jurisdição, verifica-se que o caso em tela não trata de mero erro material
passível de correção por esta via revisional, mas sim de nulidade insanável desta parte da
sentença, sendo o Juízo de 1º grau competente para o refazimento da pena.
Neste sentido:
Ante o exposto, CONHEÇO e JULGO PROCEDENTE a presente Revisão Criminal, para DECLARAR
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NULA a sentença condenatória exarada pelo MM. Juízo da Vara Única da Comarca de Portel/PA, TÃO
SOMENTE NA PARTE ATINENTE À DOSIMETRIA DA PENA, a fim de que nova dosimetria seja feita ao
réu, dessa vez em obediência aos princípios da individualização e proporcionalidade da pena, da
motivação das decisões judiciais, bem como ao critério trifásico de fixação da reprimenda, analisando-se
todas as possíveis atenuantes/agravantes, causas de aumento e/ou diminuição à que o requerente faz jus,
bem como, fixando o regime inicial de cumprimento de pena, de forma fundamentada, observando-se,
ainda, a proibição de reformatio in pejus indireta.
É o voto.
Relatora
Belém, 18/08/2021
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESA. MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS
HABEAS CORPUS CRIMINAL (307)
Processo nº 0808611-10.2021.8.14.0000
PACIENTE: EDILZA NASCIMENTO DA CONCEIÇÃO
AUTORIDADE COATORA: 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CASTANHAL
Tribunal Pleno
Desembargadora MARIA DE NAZARE SILVA GOUVEIA DOS SANTOS
DESPACHO
Relatora
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DECISÃO MONOCRÁTICA
A Defensora Pública Isabele Castro da Silva Lima impetrou ordem de habeas corpus liberatório com
pedido de liminar em favor do paciente Paulo dos Santos Souto, em face de ato do douto Juízo da Vara
Única da Comarca de Igarapé-Miri/PA, nos autos da Ação Penal nº 0000361-57.2018.8.14.0022 (LIBRA).
Consta da impetração (ID 5833082) que o paciente é acusado da prática do crime de roubo majorado
pelo uso de arma e concurso de pessoas, bem como por associação criminosa (art. 157, §2º, incisos
I e II c/c o art. 288, caput, todos do CPB). O requerente encontra-se preso preventivamente desde o dia
27/01/2018, estando, atualmente, à disposição da Justiça no Centro de Recuperação Regional de
Mocajuba – CRRMOC.
Alega a impetrante o constrangimento ilegal ao direito de locomoção do paciente, ante a ausência dos
requisitos legais para a decretação da custódia preventiva do paciente, uma vez que embasada em
meras suposições, já que as vítimas sequer o reconheceram em sede policial, de modo que, inexistem,
nos autos, elementos concretos a demonstrar que a soltura do coacto enseje riscos à ordem
pública, ao regular andamento da instrução criminal e à correta aplicação da lei penal.
Refere que o paciente é primário e possui bom comportamento carcerário, já tendo cumprido,
inclusive, período de internação provisória, tendo sido instaurado, nos autos em epígrafe, incidente de
insanidade mental (nº 0800286-14.2020.8.14.0022), pois pairam dúvidas sobre a sua higidez mental.
Aduz o excesso de prazo para o término da instrução criminal, de vez que, sua prisão já perfaz,
aproximadamente, 03 (três) anos e 07 (sete) meses, sendo que, até a data da presente impetração,
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Pugna, assim, pela concessão liminar da ordem, a fim de que seja expedido o alvará de soltura em favor
do paciente. No mérito, requer a concessão definitiva da ordem.
Em 05/08/2021 (decisão ID 5849778), indeferi o pedido de liminar formulado em seu favor e solicitei
as informações da autoridade coatora, as quais foram prestadas mediante Ofício nº 112/2021-GJ, datado
de 05/08/2021 (ID 5870591).
A autoridade coatora, após discorrer acerca do andamento processual, informa que o juízo deferiu o
pedido de revogação da prisão preventiva de Paulo dos Santos Souto no dia 05/08/2021,
substituindo-a por medidas cautelares diversas da prisão.
Nesta Superior Instância, o Procurador de Justiça Ricardo Albuquerque da Silva, na condição de Custos
Iuris, manifesta-se pela prejudicialidade do habeas corpus, em razão da perda superveniente do objeto
(parecer ID 5920539).
É o relatório.
Decido.
Conforme informações da autoridade coatora (ID 5870591), verifica-se que a prisão preventiva do
paciente Paulo dos Santos Souto foi revogada pelo juízo a quo no dia 05/08/2021, com a imposição
de medidas cautelares diversas da prisão, nos termos da decisão extraída do Sistema LIBRA do
TJE/PA (Documento nº 20210157141755).
Sendo assim, uma vez cessado o constrangimento ilegal alegado pela ilustre impetrante, tem-se que o writ
em tela perdeu seu objeto, motivo pelo qual julgo prejudicado o presente Habeas Corpus, com
fundamento no art. 133, inciso X, do Regimento Interno desta Corte de Justiça, determinando, por
consequência, seu arquivamento.
Relatora
EMENTA
EMENTA: HABEAS CORPUS, COM PEDIDO LIMINAR. ART. 157, §2º, II e § 2º-A, I, ART. 163,
PARÁGRAFO ÚNICO, I, II e III, AMBOS DO CÓDIGO PENAL, E ART. 2º, § 3º e § 4º, II, DA LEI Nº
12.850/2013. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA CAUTELAR.
REITERAÇÃO DE PEDIDO. NÃO CONHECIMENTO. EXCESSO DE PRAZO PARA FORMAÇÃO DA
CULPA. IMPROCEDÊNCIA. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESTA PARTE, DENEGADA.
1. O pedido contido na inicial do writ, de revogação da prisão preventiva por ausência dos requisitos,
configura mera reiteração do que já foi examinado e denegado no julgamento do Habeas Corpus nº
0809750-31.2020.8.14.0000, inexistindo fatos ou fundamentos novos capazes de modificar o
entendimento assentado anteriormente por esta e. Corte.
2. Não há como se acolher a alegação de excesso de prazo, quando, ao lado do magistrado estar
adotando as devidas providências para o regular andamento processual, é constatado que o paciente não
está preso, encontrando-se, em verdade, na condição de foragido da Justiça Criminal.
RELATÓRIO
Cuida-se da ordem de habeas corpus, com pedido liminar, impetrada pelo advogado Alexandre Augusto
de Pinho Pires, em benefício de Elielson de Moraes Barroso, denunciado – nos autos do processo nº
0001185-50.2019.8.14.0064 – pela prática dos crimes tipificados no art. 157, §2º, II e § 2º-A, I, art. 163,
parágrafo único, I, II e III, ambos do Código Penal, e art. 2º, § 3º e § 4º, II, da Lei nº 12.850/2013,
apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da Vara de Combate ao Crime Organizado da
Comarca de Belém/PA.
Informa o impetrante, inicialmente, que o paciente teve sua prisão preventiva decretada no dia 14/03/2019
pela Vara Única da Comarca de Viseu/PA, por fato supostamente praticado na data de 06/11/2018.
Esclarece que os pedidos defensivos de revogação da custódia cautelar foram indeferidos pelo Juízo tido
coator, sob o argumento de que permaneciam hígidos os seus requisitos autorizadores, todavia, defende
que a prisão preventiva carece de fundamentação idônea, não havendo, no seu entender, justificativa
idônea para sua manutenção.
Sustenta haver excesso de prazo para formação da culpa, salientando que “entender que uma prisão
provisória até então com duração de mais de 840 (oitocentos e quarenta) dias é mera alegação aritmética,
é no mínimo desumano”, mormente considerando que o coacto apresentou, por meio de seu advogado
constituído, sua defesa preliminar, porém, até o momento, sequer se realizou a audiência de instrução e
julgamento.
Reforça que, “mesmo após a apresentação de defesa preliminar, quase 02 (dois) anos e 05 (cinco) meses
após o recebimento da denúncia, até o presente momento não há a menor perspectiva do processo
avançar em direção da instrução processual, que já vinha engatinhando antes mesmo da pandemia,
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causando grave prejuízo ao paciente que até o presente encontra-se com mandado de prisão preventiva
em aberto, como foragido, mesmo respondendo pelos mesmos crimes dos réus que tiveram suas prisões
revogadas”.
Com força nessas considerações, postula, liminarmente e no mérito, a concessão da ordem, a fim de
revogar a prisão preventiva, com a expedição do respectivo Alvará de Soltura, comprometendo-se o
paciente, desde logo, a comparecer a todos os atos processuais a que for intimado, sob a pena de
revogação do benefício pleiteado.
Acostou documentação.
O feito foi distribuído, originalmente, à Desembargadora Vânia Valente do Couto Fortes Bitar Cunha, que,
diante do seu afastamento funcional temporário (folgas de plantão), determinou, por meio de sua
Coordenadora de Gabinete, a redistribuição, recaindo na relatoria do Desembargador Altemar da Silva
Paes (Juiz Convocado), que, por sua vez, enviou o feito ao meu gabinete, por força da prevenção gerada
pelo julgamento de diversos Habeas Corpus provenientes do mesmo processo de origem (nº 0001185-
50.2019.8.14.0064).
Após reconhecer a prevenção indicada, reservei-me, diante da falta de clareza na inicial acerca da
atual condição do paciente (preso ou foragido), para apreciar a medida liminar após os esclarecimentos
da autoridade inquinada coatora.
Prestadas as informações requisitadas (PJe ID nº 5.794.996), o Juízo tido coator destacou, dentre outras
coisas, que: “em consulta ao Sistema INFOPEN em anexo, o ora paciente se encontra solto, ou seja,
se encontra na condição de FORAGIDO” (grifei).
Conclusos os autos, indeferi a medida liminar, determinando o seu envio ao parecer do custos legis, que,
por intermédio do Procurador de Justiça Francisco Barbosa de Oliveira, opinou pelo conhecimento e
denegação.
Por último, o writ foi pautado para julgamento na 41º Sessão Ordinária do Plenário Virtual desta e. Seção
de Direito Penal, com início marcado para o dia 10/08/2021, todavia, posteriormente, o impetrante
protocolizou petição, pleiteando “a retirada do feito desta pauta e inclusão na pauta de julgamento por
videoconferência, pois pretende realizar sustentação oral”, o que foi deferido.
É o relatório do necessário.
VOTO
Inicialmente, registro que, a despeito do impetrante classificar esta impetração como “HABEAS CORPUS
LIBERATÓRIO”, pleiteando, ao final, a expedição de “Alvará de Soltura”, trata-se, em verdade, conforme
esclarecido nas informações prestadas pela autoridade inquinada coatora, de Habeas Corpus preventivo
, uma vez que o paciente não se encontra preso, mas sim na condição de foragido da Justiça.
Pois bem.
No que diz respeito à tese de inexistência dos requisitos autorizadores da custódia cautelar,
constato se tratar de mera reiteração de pedido, uma vez que no Habeas Corpus impetrado
anteriormente em favor do coacto (nº 0809750-31.2020.8.14.0000) esta e. Seção de Direito Penal, no dia
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
23/11/2020, enfrentou a matéria, concluindo, à unanimidade, que a prisão preventiva decretada estava
idoneamente fundamentada.
Aquele Juízo ainda ressaltou que não há registro acerca da prisão do paciente ELIELSON DE MORAES
BARROSO no Sistema INFOPEN, ou seja, este se encontra na condição de foragido, o que se comprova
pela Certidão contida no Id n. 3777474, restando evidenciado de forma cristalina seu propósito furtivo e de
não obediência às determinações judiciais.
Nessa esteira de raciocínio, entende-se que de forma alguma há o que se falar em extensão de benefício,
quando, repise-se, não existe semelhança entre a revogação da prisão dos corréus por excesso de prazo,
com a situação de foragido do paciente.
Considerando-se que o Juízo a quo não limitou-se à juntada de documentos dos autos a quando de suas
informações, procedeu-se verificação no Sistema Libra em relação ao processo de origem, restando
evidenciado que este segue seu trâmite regular, considerando a complexidade da causa, pois são 11
(onze) réus, tendo ocorrido a impetração de diversos habeas corpus, diversos pedidos de revogação de
prisão preventiva, expedição de cartas precatórias, reconcessão do prazo para respostas à acusação,
conflito de competência, etc.
Destarte, não restou configurando de forma alguma desídia da autoridade impetrada na condução do feito
que possa configurar constrangimento ilegal por excesso de prazo injustificado, pois o Juízo vem
envidando esforços para o bom andamento processual, restando aqui ser salientado que o paciente se
encontra foragido, não contribuindo com a justiça, e por consequência causando delongas no processo.
O fumus comissi delicti resta evidenciado no presente caso quando na fase investigativa existem
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Já o periculum libertatis (garantia da ordem pública) resta evidenciado pelo fato de que ao que indicam as
provas dos autos o paciente teria rendido reféns e atirado com arma de grosso calibre para o alto e em
direção ao interior da agência bancária durante o roubo, em 06/11/2019, logo, havendo, indicativos de que
o aludido grupo criminoso teria cometido crime de roubo à agência do Banpará de Viseu/PA, realizando
disparos de arma de fogo de grosso calibre, causando considerável terror à população local, indicando,
deste modo, extrema audácia, assim como a periculosidade real do ora requerente e a gravidade concreta
do crime.
Insta salientar que o decisum segregatório respeitou o mandamento constitucional insculpido no inciso IX,
do art. 93 da Constituição Federal/88, que relata o princípio da motivação das decisões judiciais.
Constata-se, por consequência, haver fundamentação idônea e apta a se manter o decreto cautelar, de
modo que a motivação firmada nas decisões constritoras, impondo-se a medida como garantia do próprio
prestígio e segurança da atividade jurisdicional, restando plenamente demonstrada a desnecessidade e
inadequação das medidas menos invasivas do art. 319 do CPP.
Ressalte-se, ainda, a dogmática do princípio da confiança no juiz da causa, o qual estabelece que o juiz
condutor do feito está em melhor condição de avaliar se a segregação social do paciente se revela
necessária.
Como se vê, repiso, esta e. Corte conheceu e denegou o pedido defensivo de revogação da prisão
preventiva do coacto, inexistindo fatos ou argumentos novos nesta impetração capazes de modificar
o entendimento anteriormente esposado por esta e. Corte.
Enfatizo, de qualquer maneira, a periculosidade concreta do paciente, revelada pela sua condição de
foragido há anos da Justiça, bem como, pelo modus operandi do ilícito perpetrado, sendo denunciado,
juntamente com outras 10 pessoas, sob acusação, em síntese, de integrar organização criminosa
voltada de forma concatenada ao cometimento de assaltos à bancos, tendo os denunciados
planejado e executado, no dia 06/11/2018, o roubo à agência do Banpará localizada no Município de
Viseu/PA, em plena luz do dia, com emprego de armas de calibre grosso e automóveis, uso de reféns
como escudo humano e isolamento da cidade por meio de queima de pontes, havendo, inclusive, menção
expressa na denúncia de que o coacto “rendeu reféns e atirou com arma de grosso calibre para o alto e
em direção ao interior da agencia bancária”.
Logo, para uma nova interpretação seria indispensável à apresentação de fatos ou argumentos jurídicos
inexistentes ao tempo da primeira impetração e capazes de modificar o entendimento exposto
anteriormente por este e. Tribunal, o que, como dito atrás, não ocorreu na espécie.
Nessa linha, cito, exempli gratia, julgados do c. Superior Tribunal de Justiça, exemplificativos do seu
entendimento:
------------------------------------------------------------------------------
Há mais a se considerar.
De fato, ao lado dos prazos processuais não serem peremptórios, devendo ser analisados caso a caso, o
Juízo a quo, na hipótese ora examinada, vem tomando as devidas providências para o regular andamento
do feito.
No ponto, oportuno reproduzir recente decisão (03/03/2021) de Sua Excelência, Ministro Gilmar Mendes,
que, discorrendo acerca da razoável duração do processo, em sede do Habeas Corpus nº 195.443/RS,
pontuou:
“É certo que a inserção do inciso LXXVIII no artigo 5º da CF refletiu o anseio de toda a sociedade de obter
resposta para solução dos conflitos de forma célere, pois a demora na prestação jurisdicional constitui
verdadeira negação de justiça.
Por outro lado, não se pode imaginar processo em que o provimento seja imediato. É característica
de todo processo durar, prolongar-se, não ser instantâneo ou momentâneo, porquanto implica
sempre um desenvolvimento sucessivo de atos no tempo.
Sobre o tema, registro, ainda, que é firme o entendimento deste Tribunal no sentido de que somente
o excesso indevido de prazo imputável ao aparelho judiciário traduz situação anômala que
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compromete a efetividade do processo, além de tornar evidente o desprezo estatal pela liberdade
(HC 85.237-DF, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJ 29.4.2005).
A EC 45/2004 introduziu norma que assegura a razoável duração do processo judicial e administrativo (art.
5º, LXXVIII). Positiva-se, assim, no direito constitucional, orientação há muito perfilhada nas convenções
internacionais sobre direitos humanos e que alguns autores já consideravam implícita na ideia de proteção
judicial efetiva, no postulado da dignidade da pessoa humana e na própria ideia de Estado de Direito
(CARVALHO, Luis Gustavo G. C. Processo Penal e Constituição. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014. p. 251-
252).
A duração indefinida ou ilimitada do processo judicial afeta não apenas e de forma direta a ideia de
proteção judicial efetiva, como compromete de modo decisivo a proteção da dignidade da pessoa humana
(GIACOMOLLI, Nereu José. O devido processo penal: abordagem conforme a Constituição Federal e o
Pacto de São José da Costa Rica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 321ss; PASTOR, Daniel R. El plazo
razonable en el processo del Estado de Derecho. Buenos Aires: AdHoc, 2002, p. 406ss.).
Considerando-se que o ordenamento brasileiro não define prazos específicos para a realização do
processo ou da investigação criminal, afirma-se que a adoção da doutrina do não prazo pressupõe
a definição judicial de critérios para aferição do excesso. Aponta-se que as Cortes Internacionais
(CIDH e TEDH) adotam três parâmetros: a) complexidade do caso; b) atividade processual do
interessado (imputado); c) a conduta das autoridades judiciárias (BADARÓ, Gustavo Henrique;
LOPES JÚNIOR, Aury. Direito ao processo penal no prazo razoável. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006. p.
127; FERNANDES, Antonio Scarance. Processo Penal Constitucional. 7ª ed. São Paulo: 2012. p. 127).
Dito isso, diante da complexidade do feito, não vislumbro atrasos injustificados na tramitação
processual que possam ser atribuídos às autoridades judiciárias ou à acusação.” (STF - HC: 195443
RS 0110665-96.2020.1.00.0000, Relator: Gilmar Mendes, Data de Julgamento: 30/03/2021, Data de
Publicação: 06/04/2021 - grifei).
Sob essas balizas teóricas, adotadas, inclusive, como visto, pelas Cortes Internacionais, não constato
excesso desarrazoável e imotivado no período temporal, pois está se tratando de feito complexo, com
11 denunciados, advindo de comarca do interior do Estado (Viseu/PA), com conflito negativo de
competência julgado por este e. Tribunal, aditamento à denúncia feito pelo Parquet, expedição de cartas
precatórias, citação sendo feita por edital e com diversos Habeas Corpus e pedidos de revogação da
custódia preventiva apresentados e examinados.
Nessa linha, aprofundando ainda mais o desenvolvimento regular do feito, extrai-se dos autos que:
a) a denúncia foi recebida pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Viseu/PA em 27/02/2019;
b) a competência foi declinada, no dia 25/03/2019, para a Vara Especializada de Combate ao Crime
Organizado;
d) o magistrado responsável, à época, pela Vara especializada suscitou conflito negativo de competência,
todavia, esta e. Corte entendeu pela competência do mencionado Juízo, remetendo os autos na data de
24/09/2019;
e) o Juízo tido coator ratificou os atos praticados pelo Juízo de Viseu/PA, recebendo o aditamento à
denúncia e concedendo novo prazo para os denunciados apresentarem suas respostas à acusação;
g) foi determinado, em decisão datada de 14/04/2021, a citação por edital do nacional Gessias Tavares
Nunes, com o consequente desmembramento do feito em relação ao mencionado acusado, e, por último,
vistas ao Ministério Público, a fim de que se manifestasse acerca das teses defensivas apresentadas.
h) foi dada vistas ao Parquet em 05/08/2021, com retorno ao Juízo de origem no dia 12/08/2021.
Assim, volto a insistir, o feito está tramitando dentro dos padrões de normalidade, inexistindo desídia
do Juízo processante.
Diante do exposto, divergindo, em parte do parecer do custos legis, conheço parcialmente da ordem e,
nesta extensão, sou pela denegação.
Éo voto.
Relator
Belém, 18/08/2021
COMARCA: BELÉM/PA
Vistos, etc.,
Trata-se de Habeas Corpus Liberatório com pedido de liminar impetrado em favor de DIEGO DIAS DE
SOUZA, em face de ato do Juízo de Direito da 4ª Vara do Tribunal do Juri da Comarca de Belém/Pa, nos
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Consta da impetração que o paciente foi preso, por decreto de prisão preventiva em 20/04/2021, pela
suposta prática do crime tipificado no art. 121, 2º, I e IV c/c Art. 29 do Código Penal Brasileiro.
Alega, inicialmente, que a pedido da autoridade Policial, foi decretada a prisão preventiva, do réu acima
citado, pelo Juiz da 4ª. Vara do tribunal do Júri, que entendeu que nesse tipo de situação, não cabe
nenhuma das medidas cautelares, diferentes da prisão, que surta qualquer efeito para garantir a
segurança pública e a impedir que o indiciado reitere na conduta criminosa.
Assevera que, o réu é cabo da Policia Militar há 08 anos, sem antecedentes, estando na condição de
primário. O que há contra o acusado, são suposições ou conjecturas, podemos claramente comprovar, em
uma breve análise do inquérito policial. O que se tem Senhores Julgadores é ausência de indícios de
autoria em relação à conduta imputada ao réu.
Aduz que o não há o que se falar sendo totalmente espancado e demonstrado anteriormente que não
existe, em hipótese alguma, indícios suficientes de que o paciente fora o autor da prática criminosa que lhe
é apontada. Dessa forma, diante do princípio da necessidade, a medida coativa, para que seja decretada,
deve revelar-se no caso concreto uma das três finalidades expressas pela lei: a conveniência da instrução
criminal, o asseguramento da ordem pública ou a garantia da ordem pública. Sendo que, sequer um de
tais pressupostos se encontra evidenciado.
Alega que não restam dúvidas acerca do acolhimento do presente remédio constitucional, pois vós,
Excelentíssimo Doutor, aplicador da mais bela justiça, cure o presente paciente deste ato injusto que lhe
retira seu direito constitucional e humano de liberdade de locomoção.
Afirma ainda que caso não seja o entendimento de vossa senhoria a liberdade provisória, que seja
concebida a prisão domiciliar do paciente, haja vista que, como já salientado, possui uma filha de 02 anos
de idade e 1 filho de 04 anos de idade, que dependem de sua presença física, ou seja, necessita da
proteção paterna, carinho, acompanhamento, educação, dentre muitas outras coisas que uma filha,
principalmente nesta fase da vida, necessidade de um pai, onde o atual estado em que se encontra o
paciente impossibilita-o de fornecer todas estas necessidades que seus filhos precisam, ainda mais
quando a mãe encontra-se ausente.
Conclui que não restam dúvidas acerca do relaxamento da prisão preventiva, pois carece de
fundamentação e não preenche os requisitos necessários previstos no nosso ordenamento jurídico, e
também que há excesso de prazo para a formação da culpa, uma vez que a audiência de instrução só
será realizada em 19.10.2021.
Dessa maneira, requer “que seja concedida a ordem de Habeas corpus, liminarmente, em favor do
paciente, uma vez que presentes a probabilidade de dano irreparável e a fumaça do bom direito, a fim de
que seja relaxada a prisão preventiva ou concedida a liberdade provisória com ou sem medidas cautelares
e com ou sem fiança, e no que for mais favorável ao paciente, inclusive a prisão domiciliar, caso entenda
que outras medidas não sejam suficientes, expedido o competente Alvará de Soltura. Requer ainda o
regular prosseguimento do feito com a ratificação da liminar concedida, decretando-se a Liberdade
Provisória ao paciente, expedindo-se o competente ALVARÁ DE SOLTURA.”
O feito veio a mim redistribuído, exclusivamente para análise da liminar, conforme Ato Ordinatório de ID
5965310.
É O RELATÓRIO.
DECIDO.
Écediço que a concessão da tutela emergencial em sede de habeas corpus é medida de caráter
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excepcional para corrigir flagrante violação ao direito de liberdade, de maneira que, o seu deferimento,
somente se justifica, em caso de efetivo constrangimento ilegal.
No caso em apreço, verifico que não foi juntada na impetração a decisão que decretou a medida
constritiva do paciente.
Ademais, quanto aos demais pedidos intentados, necessário melhores informações do Magistrado a quo,
sobre o alegado pelo impetrante.
De mais a mais, a motivação que dá suporte à pretensão liminar confunde-se com o mérito do writ,
devendo o caso concreto ser analisado mais detalhadamente quando da apreciação e do seu julgamento
definitivo pelo colegiado.
Assim, solicitem-se informações detalhadas à autoridade apontada como coatora, com o envio de
documentos que entender necessários para efeito de melhores esclarecimentos neste habeas corpus,
inclusive encaminhando a decisão que decretou a preventiva, nos termos da Resolução nº 004/2003
– GP e do Provimento Conjunto nº 008/2017 – CJRMB/CJCI.
Relatora
Vistos, etc.
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Tratam os presentes autos de HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO LIMINAR impetrado
pela DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ, em favor de ROSILDO FERREIRA DOS SANTOS
, contra ato do MM. JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE MARABÁ/PA.
Aduz que o Ministério Público do Estado do Pará denunciou o paciente em razão da suposta prática do
crime descrito no art. 217-A, caput, do CP, tendo o juízo, na data de 14 de abril de 2011, decretado a
prisão preventiva deste.
Assevera, ausência de contemporaneidade da prisão, uma vez que se transcorreu mais de 03 (três) anos
entre a prática do delito e a data da execução da medida cautelar e não foi comprovada a existência de
algum perigo em razão do estado de liberdade do paciente.
Aduz ainda, ausência dos requisitos do art. 312, do CPP; possibilidade de substituição da prisão
preventiva por medidas cautelares diversas da prisão; inviabilidade da prisão diante do cenário da
pandemia de Covid-19.
Por fim, requer-se, liminarmente, a concessão da ordem, com a expedição do competente Alvará de
Soltura.
Éo relatório.
Decido.
A concessão de medida liminar é possível e plenamente admitida em nosso ordenamento jurídico pátrio
para se evitar constrangimento à liberdade de locomoção irreparável do paciente que se pretende obter a
ordem, e nos termos do emérito constitucionalista Alexandre de Moraes, citando Julio Fabbrini Mirabete, “
embora desconhecida na legislação referente ao habeas corpus, foi introduzida nesse remédio jurídico,
pela jurisprudência, a figura da ‘liminar’, que visa atender casos em que a cassação da coação ilegal exige
pronta intervenção do Judiciário. Passou, assim, a ser mencionada nos regimentos internos dos tribunais a
possibilidade de concessão de liminar pelo relator, ou seja, a expedição do salvo conduto ou a liberdade
provisória antes do processamento do pedido, em caso de urgência”.
Com efeito, para que haja a concessão liminar da ordem de habeas corpus, em qualquer de suas
modalidades, devem estar preenchidos dois requisitos, que são o periculum in mora, consubstanciado na
probabilidade de dano irreparável, e o fumus boni iuris, retratado por meio de elementos da impetração
que indiquem a existência de ilegalidade no constrangimento alegado.
Noutros termos, o fumus boni iuris diz respeito à viabilidade concreta de ser concedida a ordem ao final,
no ato do julgamento do mérito. O periculum in mora se reporta à urgência da medida, que, caso não
concedida de imediata, não mais terá utilidade em momento posterior.
No presente caso, compulsando os autos, a prima facie, não vislumbro presentes os referidos requisitos
autorizadores da medida liminar, motivo pelo qual a INDEFIRO.
Oficie-se ao Juízo a quo, para que, sobre o habeas corpus, preste a este Relator, no prazo legal, as
informações de estilo, devendo o magistrado observar as diretrizes contidas na Portaria nº 0368/2009-GP
e na Resolução nº 04/2003.
Prestadas as informações pelo Juízo impetrado, encaminhem-se os autos à Douta Procuradoria de Justiça
para emissão de parecer.
Cumpra-se.
Relator
EMENTA
EMENTA: HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR. ART. 217-A C/C ART. 226 C/C ART. 13, §2º
C/C ART. 71, TODOS DO CPB. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE MATERIALIDADE DO DELITO.
NÃO CONHECIMENTO. REVOLVIMENTO FÁTICO-PROBATÓRIO INCABÍVEL NA VIA ESTREITA DO
WRIT. AUSENCIA DO PERICULUM LIBERTATIS E DOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA.
INOCORRÊNCIA. PEDIDO DE PRISÃO DOMICILIAR. INCABIMENTO. PREDICADOS PESSOAIS.
IRRELEVÂNCIA. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº 08 DO TJPA. APLICAÇÃO DE MEDIDAS
CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. IMPOSSIBILIDADE.ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E
NESTA PARTE DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.
1. Não cabe em sede restrita de habeas corpus exame aprofundado de prova, logo, qualquer decisão
envolvendo matéria de prova resta prejudicada. Dessa forma, a aferição da efetiva participação do
paciente no delito narrado na inicial acusatória exige dilação probatória, inviável em sede de habeas
corpus, onde a prova é sempre pré-constituída. Qualquer juízo valorativo deve ser feito no momento
oportuno, ou seja, na instrução probatória no processo de conhecimento;
2. Mais do que fundamentadas estão as decisões supra que, arrimadas em requisitos previstos no art. 312
do CPPB, decretaram e mantiveram a prisão preventiva do paciente, para garantia da ordem pública, uma
vez que utilizando-se da sua condição de padrasto, praticou atos libidinosos e conjunção carnal,
reiteradamente, em desfavor da vítima. Desse modo, incabível a assertiva de que a decretação da
custódia preventiva não está lastreada em fundamentos idôneos a sustentá-la, sendo latente sua
necessidade, não só em face da prova de existência do crime e de indícios suficientes de autoria, como
também em razão da natureza e da gravidade concreta do crime em epígrafe, os quais são indicadores da
necessidade da segregação cautelar, de sorte que a custódia preventiva visa também acautelar o meio
social. Há, portanto, que se preservar a ordem pública;
3. Já quanto ao pretendido recolhimento domiciliar, não há, neste momento, provas de que o paciente
seja imprescindível aos cuidados do infante, a teor do art. 318, inciso III, do CPP;
4. O fato de o paciente ser primário, ter ocupação lícita e residência fixa, não representam óbice para a
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5. Incabível, na hipótese em apreço, a conversão da prisão em outras medidas cautelares, eis que à
luz dos elementos contidos nos autos, sua aplicação é inadequada ao presente caso;
6. Ordem de Habeas Corpus parcialmente conhecida e nesta extensão denegada, nos termos do voto da
Desa. Relatora.
Sala do Plenário Virtual das Sessões do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, ocorrida em 16 de agosto
de 2021.
Relatora
RELATÓRIO
Trata-se de habeas corpus com pedido liminar em favor do paciente I. R. DA S., impugnando ato do juízo
da Vara Criminal da Comarca de Barcarena/PA, autoridade coatora, a qual decretou sua prisão preventiva.
O impetrante, inicialmente, aponta que o acusado se encontra preso preventivamente pela suposta prática
tipificado no Art. 217-A c/c Art.226 c/c Art.13, §2º c/c art. 71, todos do CPB, pois, segundo a
representação policial, o acusado teria cometidos crimes de cunho sexual em dia e hora não sabidos.
Assevera que a autoridade policial requisitou exame sexológico desde o dia 12/03/2021, todavia, a
suposta ofendida recusou-se em fazer o exame e quase 3 (três) meses depois do requerimento, o mesmo
ainda se encontra em aberto, ou seja, não foi realizado.
Esclarece que o paciente nunca ameaçou nenhuma testemunha, inclusive, não há nos autos relatos
descrevendo dia, hora, local e via pela qual o tenham ocorrido ameaças, nem presencialmente, nem
por meio telefônico, ou em redes sociais, nem mesmo nome das pessoas que teriam “ouvido” ou visto
ameaça alguma.
Alega que não há requisitos para a prisão do paciente, pois ele não representa perigo à ordem
pública haja vista que é primário e nunca cometeu qualquer crime, a única anotação em seus
antecedentes criminais é o presente caso, não bebe nem mesmo socialmente, e nem faz uso de
entorpecentes, não representa perigo a ordem econômica uma vez que é empresário e dedica-se
exclusivamente à atividade laboral lícita de empresário, conforme se extrai do CNPJ, de empregada
doméstica além de ocupar-se como os cuidados destinados aos filhos. E, quanto a conveniência da
instrução penal a e a aplicação da lei penal, destacou, que o paciente, possui a mesma residência fixa
nesta cidade, há 26 anos, assim como possui seu filho menor, matriculado em creche nesta comarca.
Por fim, conclui que diante da desconstrução do fundamento da decisão de indeferimento da liberdade
provisória do acusado, esta deve ser reformada, deve, como garantia da aplicação da lei, ser determinada
medidas nos moldes do art. 319 do CPP.
Assim, requer, a concessão da medida liminar, e, no mérito a sua confirmação, para que se consolide, em
favor do paciente I. R. DA S., a competente ordem de “habeas corpus”, para fazer impedir o
constrangimento ilegal que a mesma vem sofrendo, como medida da mais inteira Justiça, expedindo-se,
imediatamente, o competente ALVARÁ DE SOLTURA, a fim de que o paciente seja posto em liberdade.
O writ foi distribuído, para minha relatoria, porém em razão de meu afastamento por motivos de saúde, o
writ foi redistribuído para análise exclusiva da liminar, que foi indeferida, na data de 13/07/2021, pela
Excelentíssima Desembargadora Maria Edwiges de Miranda Lobato (ID 5649080), que após informações
da autoridade coatora, determinou o retorno dos autos a esta Relatora para julgamento do mérito.
“(...) Trata-se de Ação Penal intentada em face de I. R. DA S. e R. DOS A. A. pela prática, em tese, do
crime de estupro de vulnerável.
Consta nos autos que, R. mantém relação amorosa com I. há aproximadamente 03 (três) anos,
relacionamento do qual proveio um filho de 02 (dois) anos de idade. Entretanto, desde o início do enlace
amoroso, o casal reside em casa separadas. Desse modo, quando a acusada necessitava sair para
trabalhar, levava sua prole para a residência de seu companheiro, (...) , com quem as crianças ficavam até
o seu retorno. Neste sentido, I. em um desses momentos, aproveitando-se da situação, solicitou que sua
enteada Y. fosse até o quarto com este, ocasião em que a mandou deitar-se sobre a cama, ordem que foi
negada pela criança.
Ato contínuo, revoltado pela negativa da vítima, o acusado a empurrou, fazendo com que caísse em cima
do móvel utilizado para dormir, oportunidade em que se deitou sobre o corpo da filha de sua companheira,
em uma tentativa de estupra-la, porém, com muito esforço Y. conseguiu fugir das garras de seu algoz,
saindo do imóvel e correndo de volta para a residência de sua mãe, localizada na (...), neste município.
Ao chegar no endereço acima mencionado, a vítima relatou o ocorrido a sua genitora R. que não acreditou
na palavra de sua filha, se recusando a aceitar o que esta lhe falava, acusando-a de encontrar-se faltando
com a verdade.
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Diante disso, mesmo sem acreditar na palavra de sua primogênita, R. procurou seu companheiro e o
questionou sobre o relato de Y., obtendo como resposta uma negativa do agressor, o qual acusou a vítima
de encontrar-se mentindo.
Outrossim, após o padrasto da ofendia negar os fatos, a denunciada decidiu acreditar no pai de seu filho
mais novo, omitindo-se a denúncia realizada por Y.. Após o ocorrido, a vítima ficou 05 (cinco) meses sem
frequentar a residência daquele que tentou abusá-la. Entretanto, por motivos não relatados, precisou
retornar a frequentar o lugar que I. reside, ficando novamente sob sua “responsabilidade”.
Como qualquer agressor sexual, o acusado aproveitou-se da nova oportunidade e deu continuidade ao
que não conseguiu realizar na primeira vez que tentou abusar de sua enteada. Assim, utilizando-se do
mesmo modus operandi, puxou Y. para o interior do quarto, e trancou a porta do compartimento, a fim de
que a vítima não fugisse como da primeira vez. Em seguida, jogou a criança sobre a cama, retirou sua
roupa, e tapando sua boca, a estuprou. Ao acabar sua empreitada criminosa e perversa, I. ameaçou a
menor, conforme esta menciona em sua escuta especial, ora vejamos: “[...] disse que se eu contasse
alguma coisa ia ser pior, que ele ia me sequestrar pra bem longe, que só tinha feito isso comigo
porque eu fui contar pra minha mãe [...]” (fls. Num. 25299839 - Pág. 7/8) Com o corpo ainda dolorido, a
criança de apenas 11 (onze) anos de idade, retornou para sua residência e novamente contou a sua mãe
o que havia lhe acontecido, em uma tentativa de que aquilo não mais ocorresse, torcendo para que sua
genitora lhe salvasse daquele terror vivido, mas isto mais uma vez não ocorreu. R. mesmo ouvindo da
boca de sua filha que seu companheiro havia estuprando-a, preferiu omitir-se e acusar a ofendida de faltar
com a verdade.
Amedrontada, triste, violentada e sem o apoio de sua mãe, Y. procurou ajuda com a esposa do pastor, de
prenome Rafaela, a quem pediu ajuda uma vez que se encontrava com medo de ser sequestrada por
aquele que tirou a sua infância.
A prisão preventiva do paciente foi decretada em 21/05/2021, após representação da autoridade policial.
Foi apresentado pedido de revogação da prisão pela defesa constituída do réu, o qual foi indeferido, dada
a gravidade concreta da conduta do acusado e a necessidade de se assegurar que o réu compareça aos
atos processuais, dado o risco de evasão.
Foi designada audiência para realização de depoimento especial para o dia 05/10/2021, às 11h00.
Conforme certidão de antecedentes criminais, o paciente não possui outros registros criminais.
Quanto à fase processual, informa-se que será efetivada a citação dos réus para apresentarem resposta a
acusação, bem como aguarda-se a realização de audiência para a colheita de depoimento sem dano. (...)”
Nesta Superior Instância, o Douto Procurador de Justiça Luiz Cesar Tavares Bibas, opina pelo
conhecimento e denegação do writ.
Outrossim, considerando que o presente feito apura a suposta prática de crime contra a dignidade sexual,
DETERMINO que o mesmo tramite em segredo de justiça, conforme previsão expressa do art. 234-B, do
Código Penal Brasileiro.
É O RELATÓRIO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
VOTO
Cinge-se o presente mandamus ao argumento relativo à coação ilegal, pois alega que não há
materialidade, e o pedido e a manutenção da custódia, baseiam-se apenas na palavra da suposta
ofendida; não há nos autos relatos descrevendo dia, hora, local e via pela qual o tenham ocorrido
ameaças.
Alega que não há requisitos para a prisão do paciente, pois ele não representa perigo à ordem
pública, não representa perigo a ordem econômica, nem tampouco quanto a conveniência da
instrução penal a e a aplicação da lei penal, e consequente aplicação de medidas cautelares
diversas da prisão.
O objeto desta impetração é alegação de que o paciente sofre constrangimento ilegal em sua liberdade de
locomoção, pois em decisão datada de 21.05.2021, o Magistrado a quo determinou a prisão preventiva do
paciente.
Quanto à alegação de ausência de provas e qualquer indício de autoria delitiva, esta não merece
prosperar.
Como sabido, não cabe em sede restrita de habeas corpus exame aprofundado de prova, logo,
qualquer decisão envolvendo matéria de prova resta prejudicada.
Dessa forma, a aferição da efetiva participação do paciente no delito narrado na inicial acusatória exige
dilação probatória, inviável em sede de habeas corpus, onde a prova é sempre pré-constituída.
Qualquer juízo valorativo deve ser feito no momento oportuno, ou seja, na instrução probatória no
processo de conhecimento.
Passemos à análise da legalidade ou não da prisão preventiva, bem como pedido de aplicação de
medidas cautelares diversas e pedido de prisão domiciliar.
Pugna a Defesa pela revogação da prisão preventiva do paciente, sob a alegativa de que ausente o
periculum libertatis, bem como pela ausência dos requisitos da medida extrema, insculpidos no art. 312, do
CPP.
Com efeito, consoante se verifica da Decisão que decretou a prisão preventiva, conforme pesquisa por
mim realizada no Sistema PJe 1º grau, a ID 27049562, que acatou o pedido de representação da prisão
preventiva proposta pela autoridade policial em desfavor do paciente, e decretou a medida constritiva do
mesmo, a alegação do presente item não merece prosperar, já que a decisão ora atacada se encontra
suficientemente fundamentada, não só para garantia da ordem pública, mas, também, impõe-se a
assegurar a conveniência da instrução criminal, ambos requisitos autorizadores ao decreto cautelar.
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Assim sendo, vale a pena transcrever, na parte que interessa, a decisão supra, senão vejamos:
“(...) Decido.
Quanto aos requisitos autorizadores para a decretação da prisão preventiva disposto no caput do art. 312
do CPP, verificam-se presentes. A única medida cautelar passível de resguardar a ordem pública, ou
seja, impedir o cometimento de novos delitos, é a prisão. Tal se dá pela periculosidade em concreto do
Representado.
Aludida periculosidade em concreto é extraída da quantidade de delitos (dois), bem como da forma pela
qual foram praticados. O Representado teria se aproveitado da condição de padastro da vítima para a
pratica delitiva. Quando tinha o dever de proteção, provocou grave ofensa à direito fundamental,
utilizando-se de força física e ameaça. Pelo relato acostado aos autos, verifica-se que o delito gerou sérias
repercussões para a vítima, sendo certo que a prisão garantirá proteção psicofísica.
Cumpre destacar, ainda, que pedido de revogação de preventiva foi apreciado pelo Magistrado a quo, que
o indeferiu em 02.07.2021 (ID 28776455), por não vislumbrar mudança na situação fático-jurídica que
autorize o atendimento da pretensão, ocorrida em 06.06.2021 (ID 27657158) a qual foi juntada pelo
próprio impetrante, que reavaliou a custódia cautelar do paciente, mantendo-o encarcerado, quando assim
se manifestou:
A Defesa formulou pedido de revogação de prisão preventiva em favor do réu I. R. DA S.. Por sua vez, o
Ministério Público manifestou-se pelo indeferimento.
No que se refere a prisão de qualquer cidadão antes do trânsito em julgado de sentença condenatória, é
cediço que constitui providência absolutamente excepcional e de aplicação recomendada nas estritas
hipóteses reguladas em Lei.
Depreende-se do atual ordenamento jurídico que a prisão preventiva se reveste de caráter cautelar e
conforme disposição no art. 312 do CPP, sua necessidade deve ser pautada nas seguintes circunstâncias:
como forma de garantir a ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou
para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente
de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.
O decreto de prisão preventiva é uma medida cautelar que constitui na privação de liberdade do acusado,
podendo ser decretada pelo juiz durante o inquérito ou instrução criminal, ante a existência dos
pressupostos legais, para assegurar os interesses sociais de segurança.
Possui ainda a característica de rebus sic stantibus, podendo ser revogada conforme o estado da causa,
ou seja, quando desaparecerem as razões de sua decretação durante o processo. Estando presentes os
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Da análise detida aos autos, entendo que a prisão preventiva deve ser mantida em todos os seus termos,
pois não houve qualquer alteração fática a justificar a revogação ou eventual substituição por medidas
cautelares diversas.
Outrossim, considerando que o feito encontra-se em fase inicial e o réu sequer foi citado, eventual
concessão de liberdade provisória seria temerária, pois o acusado poderia evadir-se do seu distrito de
culpa e até mesmo comprometer a regular instrução processual.
Pelo vídeo juntado aos autos, sequer há possibilidade de atribuir a manifestação à vítima, pois, por óbvio,
esse juiz não a conhece e muito menos seria capaz de identificar a voz. No entanto, considerando que
seja da vítima, percebe-se que a ela foi ouvida extrajudicialmente, verbalizando receio do acusado vir a
óbito pela condição de preso e outros temores, tais como medo de represália da família do acusado. Além
disso, segundo nome do arquivo, o vídeo foi captado de aplicativo de conversas. Definitivamente não se
sabe em que condições a vítima se manifestou e nem por quais razões. Certo é que a ordem jurídica
impede a revitimização e é dever da família garantir a integridade psicofísica da vítima, cuidando ainda
para que não seja exposta, como parece ter ocorrido. Vale observar que o conteúdo do vídeo juntado pode
denotar coação no curso do processo, crime previsto no art. 344 do CP, o que precisa ser elucidado.
Assim, encaminhe-se cópia dos autos para o Ministério Público, de modo que esta possa avaliar se é o
caso de instaurar investigação sobre o vídeo, bem como adotar alguma medida em favor da vítima.
1- Em conformidade com o parecer ministerial, intime-se o responsável pela vítima, o senhor ROZIVALDO
DOS ANJOS ASSUNÇÃO, a comparecer ao Centro de Perícias Renato Chaves com urgência
acompanhado da infante Y.D.A.A para a realização da perícia, sob pena de incorrer no crime de
Desobediência (Art. 330, caput, CPB). (...)”
Dessa forma, mais do que fundamentadas estão as decisões supra que, arrimadas em requisitos previstos
no art. 312 do CPPB, decretaram e mantiveram a prisão preventiva do paciente, para garantia da ordem
pública, uma vez que utilizando-se da sua condição de padrasto, praticou atos libidinosos e conjunção
carnal, reiteradamente, em desfavor da vítima.
Nesse sentido, a jurisprudência vem entendendo que não há o que se falar em constrangimento ilegal
quando presente, pelo menos um, dos requisitos autorizadores à prisão preventiva, verbis:
Desse modo, incabível a assertiva de que a decretação da custódia preventiva não está lastreada em
fundamentos idôneos a sustentá-la, sendo latente sua necessidade, não só em face da prova de
existência do crime e de indícios suficientes de autoria, como também em razão da natureza e da
gravidade concreta do crime em epígrafe, os quais são indicadores da necessidade da segregação
cautelar, de sorte que a custódia preventiva visa também acautelar o meio social. Há, portanto, que se
preservar a ordem pública.
Ora, diante da motivação supra, não há o que se falar em inidoneidade e/ou falta dos requisitos a ensejar
a custódia preventiva do paciente, já que os mesmos restam sobejamente fundamentados nas decisões
ora guerreadas.
Assim, em razão de decisão pendente de julgamento, hei por bem não analisar o pedido intentado pelo
paciente a fim de não incorrer em indevida supressão de instância, porém, RECOMENDO que o
Magistrado a quo, realize com a máxima urgência a análise do pedido intentado à ID 27436086,
constante da Ação Penal nº 0801079-58.2021.8.14.0008.
Já quanto, a alegação de que o paciente possui predicados subjetivos favoráveis, não representam
óbice para a manutenção da prisão preventiva, quando identificados os requisitos para a manutenção da
cautelar.
De acordo com a Súmula n° 08, deste Egrégio Tribunal de Justiça, “As qualidades pessoais são
irrelevantes para a concessão da ordem de habeas corpus, mormente quando estiverem presentes
os requisitos da prisão preventiva.”
Por fim, quanto ao pedido de aplicação do art. 319, do CPP, resta incabível, na hipótese em apreço, a
conversão da prisão em outras medidas cautelares, eis que à luz dos elementos contidos nos autos,
sua aplicação é inadequada ao presente caso, conforme leciona Guilherme de Souza Nucci: “se tais
delitos atentarem diretamente contra a segurança pública (garantia da ordem pública), cabe a
prisão preventiva e não medidas cautelares alternativas.”(Prisão e Liberdade, São Paulo: RT, 2011.
28.p.).
Ante o exposto, conheço em parte da ordem impetrada, e nesta extensão DENEGO-A, nos termos da
fundamentação.
É O VOTO.
Relatora
Belém, 16/08/2021
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
EMENTA
não havendo que se falar em ilicitude das provas obtidas, tampouco em ilegalidade da prisão. A prisão não
deve ser relaxada, posto que já convertida em preventiva, não havendo qualquer irregularidade na prisão
do paciente;
2. A alegação de ausência dos requisitos autorizadores da prisão, é improcedente, visto que a prisão se
faz imprescindível para a garantia da ordem pública, em consequência da autoridade inquinada coatora
entender que a conduta do paciente no crime põe em risco a paz social, visto que o crime imputado ao
coacto é de elevada gravidade, sendo um dos grandes flagelos da atualidade, com consequências
desastrosas de dependência química de milhares de pessoas, gerando violência e criminalidade, o que
inviabiliza, inclusive, a sua substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares do artigo 319
do CPP;
3. Não há nos autos qualquer documento que comprove que o paciente é pai de filhos menores de 12
(doze) anos de idade, tampouco demonstrando que sua presença é imprescindível aos cuidados e
sustento das crianças;
4. As qualidades pessoais são insuficientes, por si só, para garantir aos pacientes o direito de aguardar o
julgamento em liberdade. Súmula nº 08 do TJPA;
ACORDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Desembargadores da Seção de Direito Penal, por
unanimidade, em conhecer e denegar o presente Habeas Corpus, tudo na conformidade do voto do
relator. Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Raimundo Holanda Reis.
Relator
RELATÓRIO
Cuida-se de Habeas Corpus Liberatório com Pedido de Liminar, impetrado em favor do paciente MAYCON
DOUGLAS NASCIMENTO PEREIRA, preso em flagrante delito no dia 12/03/2021 e sua prisão convertida
em preventiva durante realização de audiência de custódia no dia 13/03/2021, acusado da prática do crime
previsto no artigo 33 da Lei nº 11.343/2006, apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da 5ª
Vara Criminal da Comarca de Ananindeua.
O impetrante afirma que o coacto foi preso em flagrante delito por policiais militares, portando 06 (seis)
invólucros de maconha e que após revista em sua residência foi encontrado mais 60 (sessenta) papelotes
de oxi.
Aduz ainda que, o paciente se encontra constrangido ilegalmente no seu direito de ir e vir por: a)
ilegalidade do flagrante, uma vez que houve invasão ilegítima na residência do coacto, sem qualquer
mandado de busca e apreensão, apenas por uma denúncia anônima; b) ausência dos requisitos
autorizadores da prisão; c) pai de 02 (duas) crianças menores de 12 (doze) anos de idade, sendo provedor
do seu sustento; d) qualidades pessoais favoráveis. Por esses motivos, requer a concessão liminar da
Ordem, determinando a imediata expedição de alvará de soltura, para que o coacto possa responder ao
processo em liberdade, com aplicação das medidas cautelares diversas da prisão, previstas no artigo 319
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do CPP.
A medida liminar requerida foi indeferida, as informações foram prestadas e acostadas ao writ (Id. Doc. nº
30346509 - páginas 1 e 2), o Ministério Público opinou pela denegação da ordem.
Éo relatório.
VOTO
Consta dos autos que, no dia 12/03/2021, por volta de 11H40, na Passagem Santa Bárbara, Nº 10, Bairro
Icuí-Guajará, Município de Ananindeua, o coacto e a corré Thainara Caroline de Almeida Paz, foram
presos em flagrante delito com 87 (oitenta e sete) embalagens, confeccionadas em plástico incolor, todas
contendo substância petrificada amarela, pesando no total 26,4g (vinte e seis gramas e quatrocentos
miligramas), material vulgarmente conhecido como cocaína e 06 (seis) embalagens feitas em pedaços de
plástico incolor, todas contendo erva seca prensada, pesando no total 2,7g (dois gramas e setecentos
miligramas), substância pertencente ao grupo Cannabinóides, popularmente conhecida como maconha.
Fazer parte ainda dos autos que, Policiais Militares diligenciaram para averiguar uma denúncia, realizada
através do Disque Denúncia - 181, de que o paciente e a corré estariam comercializando drogas no imóvel
indicado anteriormente, chegando ao local os Militares observaram uma movimentação em frente
supracitado imóvel e identificaram o paciente e realizaram abordagem e revista pessoal, tendo sido
encontrado com o mesmo 06 (seis) papelotes de maconha, e em seguida realizaram revista em seu
imóvel, e dentro de uma gaveta no quarto do paciente, encontraram 60 (sessenta) papelotes de oxi, e
também a quantia de R$ 28,00 (vinte e oito reais).
Consignou a defesa, que a prisão em flagrante do coacto, foi efetuada de forma ilegal, sendo que houve
invasão ilegítima na residência do coacto, sem qualquer mandado de busca e apreensão, apenas por uma
denúncia anônima.
Tais argumentos não merecem prosperar, pois o juízo inquinado coator ao analisar o auto de prisão em
flagrante, mesmo que de forma sucinta, a presença inequívoca dos requisitos legais, previstos no artigo
302, inciso I, CPP, conforme se observa na decisão acostada ao writ.
Desta forma, constatada a legalidade da prisão em flagrante com a sua respectiva conversão em
constrição cautelar, em razão da presença dos requisitos da medida extrema (CPP, artigo 312). Ademais,
eventual ilegalidade resta superada, agora diante da superveniência de um novo título prisional, razão pela
qual, rejeito a presente alegação.
Restou configurado a presença do fumus comissi delicti pelas provas colhidas nos autos, por sua vez, a
necessidade da prisão cautelar do paciente encontra-se escorreitamente motivada em dados concretos,
visto que a prisão se faz imprescindível para a garantia da ordem pública, em consequência da autoridade
inquinada coatora entender que a conduta do paciente no crime põe em risco a paz social, visto que o
crime imputado ao coacto é de elevada gravidade, sendo um dos grandes flagelos da atualidade, com
consequências desastrosas de dependência química de milhares de pessoas, gerando violência e
criminalidade, conforme se lê da decisão in verbis:
[...]Pois bem, à vista do contexto fático dos autos, verifica-se presente a materialidade delitiva pertinente
ao crime do art. 33 da LA, por meio do incluso auto de apresentação, LAUDO de constatação de
substância entorpecente provisório (87 petecas de OXI, totalizando 26,4g; 06 embalagens de maconha,
totalizando 2,7g), onde obteve-se resultado POSITIVO para droga vulgarmente conhecida como COCAÍNA
e MACONHA, respectivamente. No que tange ao periculum libertatis, tem-se que a segregação cautelar do
indiciado se faz necessária, para garantia da ordem pública, não se podendo olvidar que a diligência de
prisão restou deflagrada após registro formal de notitia criminis, descrevendo os agentes e
pormenorizando os fatos, conforme incluso nos autos. Outrossim, é cediço que o crime imputado ao
flagranteado é de elevada gravidade, sendo um dos grandes flagelos da atualidade, com consequências
desastrosas de dependência química de milhares de pessoas, agudizando a violência e a criminalidade,
que traz a reboque. Assim, sem maiores delongas, DECRETO A PRISAO PREVENTIVA, por conversão,
de MAYCON DOUGLAS NASCIMENTO PEREIRA, com fulcro no art. 310, II do CPP.[...]
Assim, ao contrário do que tentam fazer crer o impetrante, a decisão ora hostilizada não acarreta
constrangimento ilegal, sendo necessária a manutenção da prisão do paciente, especialmente, para
garantia da ordem pública, o que inviabiliza, inclusive, a substituição da custódia extrema por outras
medidas cautelares do artigo 319 do CPP.
Não há nos autos qualquer documento que comprove que o paciente é pai de filhos menores de 12 (doze)
anos de idade, tampouco demonstrando que sua presença é imprescindível aos cuidados e sustento das
crianças.
No que diz respeito às qualidades pessoais do paciente elencadas no writ, verifica-se que as mesmas não
são suficientes para a devolução de sua liberdade, ante ao disposto no Enunciado Sumular nº 08 do
TJ/PA.
Ademais, mostra-se descabida a pretensão de substituição da custódia preventiva por medidas cautelares
diversas da prisão, tendo em vista que a prisão se faz imprescindível para a garantia da ordem pública,
visto que a autoridade inquinada coatora entendeu que a conduta do paciente põe em risco a paz social no
município onde reside, pois o crime imputado ao paciente é de elevada gravidade, sendo um dos grandes
flagelos da atualidade, com consequências desastrosas de dependência química de milhares de pessoas,
agudizando a violência e a criminalidade.
Ante o exposto, acompanho o parecer ministerial, conheço e denego o presente Habeas Corpus, tudo nos
termos da fundamentação.
Relator
Belém, 16/08/2021
EMENTA
EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME DO ARTIGO 121, § 2º, INCISOS I E IV, DO CPB. FALTA DE
JUSTA CAUSA PARA A MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA EXTREMA E AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA
PRISÃO. DESCABIMENTO. CUSTÓDIA JUSTIFICADA PELA EXISTÊNCIA DE INDÍCIOS DE AUTORIA
E MATERIALIDADE DELITIVA, ALIADA À GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E APLICAÇÃO DA LEI
PENAL, DECISÃO DE PRONÚNCIA RATIFICANDO O INTEIRO TEOR DA DECISÃO QUE DECRETOU A
PRISÃO PREVENTIVA DO COACTO, DIANTE DA GRAVIDADE EM CONCRETO DO CRIME. WRIT
RECHEADO DE MATERIALIDADE DO DELITO E INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA. PACIENTE
COM RISCO DE SER INFECTADA NO LOCAL ONDE SE ENCONTRA PRESO, POR SER PROPÍCIO AO
CONTÁGIO DE COVID-19. IMPERTINÊNCIA. NÃO HÁ NOS AUTOS COMPROVAÇÃO DE QUE O
COACTO PERTENÇA AO GRUPO DE RISCO DO CORONAVÍRUS, ASSIM COMO NÃO FOI
COMPROVADA A OCORRÊNCIA DE INFECTADOS E/OU PROPAGAÇÃO DO MENCIONADO VÍRUS
NO CÁRCERE ONDE O PACIENTE ESTÁ SEGREGADO. QUALIDADES PESSOAIS. INTELIGÊNCIA DA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
1. A alegação de ausência de justa causa para a manutenção da custódia extrema e ausência dos
requisitos autorizadores da prisão é descabida, em consequência de que a motivação da custódia cautelar
do paciente, é a existência de indícios de autoria e materialidade delitiva, aliada à garantia da ordem
pública e aplicação da lei penal, diante da gravidade em concreto do crime praticado, consta no presente
writ a materialidade do delito e indícios suficientes de autoria que são suficientes para a decisão
guerreada;
3. As qualidades pessoais são insuficientes, por si sós, para garantir ao paciente o direito de aguardar o
julgamento em liberdade. Súmula nº 08 do TJPA;
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Desembargadores da Seção de Direito Penal, por
unanimidade, em conhecer a ordem e denegar o Habeas Corpus, tudo na conformidade do voto do relator.
Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Raimundo Holanda Reis.
Relator
RELATÓRIO
Cuida-se de Habeas Corpus Liberatório com Pedido de Liminar, impetrado em favor de EDEMIVALDO
APARECIDA DE MORAIS, acusado da prática do crime tipificado no artigo 121, § 2º, incisos I e IV, do
CPB, apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de Novo
Repartimento.
Afirma a impetrante que o coacto está sofrendo constrangimento ilegal no seu status libertatis, alegando
em suma: a) ausência de justa causa para a manutenção da custódia extrema e ausência dos requisitos
autorizadores da prisão; b) situação de calamidade pública provocada pela pandemia do coronavírus, nas
casas penais; c) qualidades pessoais favoráveis. Por esses motivos, requereu a concessão liminar da
Ordem, para que seja concedida a liberdade do paciente, com imediata expedição do alvará de soltura,
para que o paciente aguarde em liberdade o desenrolar processual.
Inicialmente o feito foi impetrado sob a relatoria do Desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior, que
indeferiu o pedido de liminar e requereu informações à autoridade inquinada coatora, as informações
foram prestadas e acostadas ao writ (Id. Doc. nº 5757664 - página 1), o Ministério Público opinou pelo
conhecimento e denegação da ordem, após os autos vieram à minha relatoria por prevenção.
Éo relatório.
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VOTO
Colhe-se dos autos, que no dia 07/02/2021, por volta das 18H00, na Rua Pacajá, Casa nº 14, bairro
Aparecida, município de Novo Repartimento, a vítima ALESSANDRA VIERIA DOS SANTOS, foi
assassinada com 01 (um) disparo de arma de fogo, na região da cabeça, tendo como autor WALDEIR
SILVA DE CARVALHO e como partícipes EDEMIVALDO APARECIDO DE MORAIS, vulgo “Lorin” (coacto)
e CLEBSON DOS SANTOS RODRIGUES, vulgo “catinga”.
Primeiramente a Autoridade Policial representou pela prisão temporária de Cleberson Rodrigues e busca a
apreensão do seu aparelho celular. Após análise do referido aparelho celular, a Polícia Civil descobriu que,
ele teve participação material no homicídio, bem como elucidou que o homicídio também contou com a
participação material do paciente e que o executor foi Waldeir de Carvalho.
Quanto à decisão que justifica o cárcere do coacto, a autoridade coatora, em decisão de pronúncia,
justificou a necessidade da custódia, pela existência de indícios de autoria e materialidade delitiva, aliada à
garantia da ordem pública, aplicação da lei penal, diante da gravidade em concreto do crime, conforme se
lê in verbis:
[...]Os presentes autos versam sobre ação penal de competência do Tribunal do Júri, pois EDEMIVALDO
APARECIDO DE MORAIS, vulgo “Lorin” e CLEBSON DOS SANTOS RODRIGUES, vulgo “catinga”, são
acusados de participarem do homicídio perpetrado por matar WALDEIR SILVA DE CARVALHO, por
motivo torpe (mediante promessa de recompensa) e mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido
(pois teriam se valido de ardil simulando serem potenciais compradores de um imóvel, ocultando sua
intenção homicida).
Neste momento processual, mais do que a aplicação da máxima “in dubio pro societate”, deve o
Magistrado balizar-se pela competência Constitucional atribuída ao Tribunal do Júri para o julgamento do
crime doloso contra a vida.
Assim, somente excepcionalmente tal competência pode ser afastada, de forma que as circunstâncias que
implicam a absolvição sumária ou a desclassificação exigem afirmação judicial de absoluta certeza para
propiciarem o convencimento judicial pleno.
Com a observância das provas produzidas, reputo que a pronúncia é a decisão adequada ao caso
concreto.
A materialidade dos fatos estão satisfatoriamente comprovadas nos Autos, de todo arcabouço probatório,
nota-se que o óbito e falecimento da vítima ALESSANDRA VIERIA DOS SANTOS por disparo de arma de
fogo é incontroverso e inequívoco, consubstanciada inclusive no auto de remoção de cadáver e
encaminhamento ao IML.
Com efeito constam dos Autos extrações de dados dos celulares dos acusados e da vítima, demonstrando
a existência de prévio diálogo entre as partes.
Consta também Depoimento da Autoridade Policial, que relatou ter concluído a investigação que
demonstrou que WALDEIR SILVA DE CARVALHO seria o autor do disparo fatal e que EDEMIVALDO
APARECIDO DE MORAIS, vulgo “Lorin” e CLEBSON DOS SANTOS RODRIGUES, vulgo “catinga”,
seriam participantes do delito, conclusão das investigações com base na análise dos dados colhidos dos
celulares apreendidos.[...]
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[...]Como revelado pelos depoimentos das provas documentais e testemunhais nesta fase, existem
indícios de que EDEMIVALDO APARECIDO DE MORAIS, vulgo “Lorin” e CLEBSON DOS SANTOS
RODRIGUES, vulgo “catinga” possam ser participes do homicídio contra ALESSANDRA VIERIA DOS
SANTOS. Sabe-se que havendo duas ou mais versões no processo e existindo indícios razoáveis, como
os acima detalhados, cabível a pronúncia, possibilitando o julgamento pelo Tribunal do Júri.
As provas documentais e orais colhidas são suficientes para sustentara pronúncia do acusado, com a
consequente submissão do mesmo ao julgamento pelo Tribunal do Júri.
Pertence ao Júri, portanto, com maior amplitude, a apreciação das teses de acusação e defesa
apresentadas, pois os elementos dos autos não autorizam uma decisão diversa.[...]
[...]Diante do exposto e mais que dos autos consta, julgo procedente a denúncia para pronunciar
EDMIVALDO APARECIDO DE MORAES, vulgo “Lorin” e CLEBSON DOS SANTOS RODRIGUES, vulgo
“Catinga”, qualificado nos Autos, por infração ao artigo art. 121, § 2º, incisos I e IV, todos do Código Penal
Brasileiro, isto é, homicídio qualificado por motivo torpe (atuação mediante promessa de recompensa), e
mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido (pois teriam se valido de ardil simulando serem
potenciais compradores de um imóvel, ocultando sua intenção homicida) a fim de ser submetido a
julgamento pelo Tribunal do Júri, nos termos do artigo 413 do CPP.
Os acusados, responderam ao processo presos, inexistindo nos Autos informações novas sobre eventual
alteração da quadra fática que ensejou referido decreto prisional, por tais razões mantenho a prisão
preventiva decretada como forma de resguardar a ordem pública e a aplicação da lei penal, ratificando o
inteiro teor da decisão que decretou a preventiva dos Acusados, devendo aguardarem presos o desfecho
de seu processo.[...]
Estão preenchidos os requisitos da prisão para garantir à ordem pública, aplicação da lei penal, em razão
da gravidade do crime imputado ao paciente. Há também, presença de indícios de autoria e materialidade.
Assim, ao contrário do que tenta fazer crer a impetração, a decisão ora hostilizada não acarretou
constrangimento ilegal, sendo necessária a manutenção da prisão preventiva do paciente.
A impetrante aduz que, em razão da pandemia de coronavírus chegada nas casas penais, é possível
contágio do paciente pelo COVID-19.
Observa-se que não há nenhuma comprovação do paciente pertencer ao grupo de risco do COVID-19
para que ocorra a reavaliação da prisão, assim como a impetrante não comprovou ocorrência de
infectados e/ou propagação do mencionado vírus no cárcere onde o paciente está segregado.
No tocante o risco de contaminação pelo coronavírus, não cabe na espécie, revogação da prisão
preventiva, com base somente na questão humanitária e sanitária. Fazer parte do grupo de risco de
contaminação, por si só, não impede a permanência da segregação, tanto mais quando a população
carcerária conta com atendimento médico e fornecimento de medicamentos, além de imediato
encaminhamento à rede pública de saúde, que nem sempre estão ao alcance de boa parte dos cidadãos
comuns.
Ademais, medidas sanitárias têm sido adotadas com o fim de minimizar o risco de transmissão do
coronavírus nas casas penais. Embora já haja notícia de contaminação de encarcerados e servidores no
sistema penitenciário, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP, vem adotando
providências como a de separação dos grupos do risco do restante da massa carcerária, fornecimento de
alimentação apropriada, medicamento, atendimento médico por equipe especializada, etc.; destacando-se,
também, ação de desinfecção das casas penais.
No que diz respeito às qualidades pessoais do paciente elencadas no writ, verifica-se que as mesmas não
são suficientes para a devolução de sua liberdade, ante ao disposto no Enunciado Sumular nº 08 do
TJ/PA.
Ante o exposto, acompanhando o parecer ministerial, conheço a ordem e denego o Habeas Corpus, tudo
nos termos da fundamentação.
Éo meu voto.
Relator
Belém, 16/08/2021
EMENTA
1- É inviável a renovação de instância para análise dos mesmos pedidos, não se fazendo possível o
enfrentamento, neste writ, das questões analisadas em julgado anterior, daí que não conhece de tais
inconformismos.
2- Quanto ao excesso de prazo, observa-se que o paciente foi pronunciado, recorreu recentemente da
decisão; estando tão somente no aguardo do julgamento Recurso em Sentido Estrito interposto pela
defesa, para a designação do Tribunal do Júri, ou seja, a instrução criminal se encerrou, restando, dessa
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
forma, superado tal argumento, nos termos das Súmulas nº 21 e nº 52 do e. Superior Tribunal de Justiça.
3- Assim, não se visualiza nenhuma inércia ou desídia por parte da acusação ou da autoridade
apontada como coatora, evidenciando dessa forma, ausência de constrangimento ilegal, passível de
reparação nesta superior instância.
Acórdão
Plenário Virtual da Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, 30ª Sessão Ordinária
por videoconferência, aos dezesseis dias do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um.
Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre.
RELATÓRIO
Cuida-se de HABEAS CORPUS com pedido de liminar, impetrado em favor de ANTÔNIO CARLOS
ALVES DA SILVA LEAL, sendo a autoridade tida por coatora o Juiz de Direito da Vara Única da Comarca
de Cachoeira do Arari - Proc. nº 0000441-54.2018.8.14.0011 -, aduzindo, em resumo, o impetrante, que o
paciente, preso em flagrante sob a acusação da prática do crime do art. 121, c/c art. 14, II, do CP, sofre
constrangimento ilegal, em virtude de ausência de justa causa para mantê-lo encarcerado, inexistindo os
requisitos do art. 312 do CPP; além do excesso de prazo no confinamento que perdura há 48 meses, sem
o encerramento da instrução; incidindo a Recomendação nº 62/2020 do CNJ, que trata sobre o risco do
COVID-19, vez que já foi acometido de hipertensão, e possui filhos menores de 12 anos. Pede então, a
concessão da ordem.
A liminar foi indeferida pela Desembargadora Maria Edwiges de Miranda Lobato (fls. 58-ID Num.
5649619); prestadas as informações de praxe (fls. 69/74-ID Num. 5672459), constando parecer da
Procuradoria de Justiça pelo conhecimento parcial do writ, vez que constam teses defensivas já
apreciadas em habeas corpus anteriores, e, quanto as demais, opina pela denegação da ordem.
Constatada a minha prevenção, os autos vieram a minha relatoria, o que prontamente aceitei (Relator dos
Habeas Corpus nº 0810739-71.2019.8.14.0000 e n° 0803431-47.2020.8.14.0000), respectivamente.
VOTO
1) Preliminarmente, esclareço que assiste razão ao douto Procurador de Justiça Ricardo Albuquerque da
Silva, ao opinar pelo conhecimento parcial do writ, uma vez que, por ocasião do HABEAS CORPUS
registrado sob nº 0803431-47.2020.8.14.0000, julgado nos dias 02 a 04.06.2020, impetrado em prol do
paciente, de minha relatoria, as teses relacionadas à ausência de justa causa para a constrição; direito a
prisão domiciliar em razão de possuir filhos menores de 12 anos; risco de contaminação pelo Covid-19;
predicados pessoais; todos esses argumentos, de fato, já foram de objeto de análise por esta Colenda
Seção de Direito Penal na 12ª Sessão Ordinária/2020, constituindo, assim, mera reiteração de pedidos,
daí que, NÃO CONHEÇO de tais inconformismos, vez que inviável a renovação de instância para análise
dos mesmos pedidos.
Inicialmente deve ser ressaltado, que já pacífico o entendimento desta Seção de Direito Penal neste
particular, não há que se falar em reiteração, porquanto a questão não foi analisada de forma recente
(junho de 2020), e, como de conhecimento geral, na esfera temporal, tal situação pode redundar, em
momento futuro, constrangimento até então inocorrente, cabendo o exame da suposta ilegalidade,
acontecer considerando as informações de primeiro grau quanto ao andamento do processo, as quais
permitirão melhor aquilatar os motivos do alongamento alegado.
Pois bem. Extrai-se dos autos e dos informes do Juízo - fls. fls. 69/74-ID Num. 5672459 - que ANTONIO
CARLOS, vulgo “TIQUE”, foi devidamente pronunciado pelo delito de tentativa de homicídio duplamente
qualificado, estando tão somente no aguardo do julgamento do Recurso em Sentido Estrito, interposto
recentemente pela defesa do paciente, para a designação do Tribunal do Júri, ou seja, a instrução criminal
se encerrou, restando, dessa forma, superado o argumento de excesso de prazo, nos termos das Súmulas
nº 21 e nº 52 do e. Superior Tribunal de Justiça, verbis:
- Súmula 21 do STJ: “Pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão
por excesso de prazo na instrução.”
- Súmula 52 do STJ: "Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento ilegal
por excesso de prazo."
Lado outro, perfeitamente motivado pelo Juízo impetrado a manutenção do confinamento, revisto e
indeferido pedido de revogação no dia 20.07.2021 (Site de consulta do TJ/PA), vez que se trata de réu que
detém periculosidade acentuada, respondendo ainda, na comarca, pelos crimes de estupro (Proc.
0000923-02.2018.8.14.0011); desacato (Proc. 0002465-26.2016.8.14.0011); roubo majorado – julgado
(Proc. Nº 00003269-86.2019.8.140011.); e lesão corporal grave ( Proc. Nº 0031386-29.2015.8.14.0011), e
o fato de ainda não ter sido designada nova data do julgamento do paciente em plenário, se dá em razão
da interposição do RESE por sua própria defesa, dizendo o magistrado, corretamente, “que a custódia
cautelar, por ora, ainda se evidencia como a melhor medida para dissuadi-lo a não cometer mais delitos”.
Como visto, não se visualizou nenhuma inércia ou desídia por parte da acusação ou da autoridade
apontada como coatora, evidenciando regularidade na instrução, já encerrada, além do que o excesso de
prazo deve ser visto com cautela, sem rigores matemáticos, devendo ser analisado o caso concreto,
principalmente quando a ação penal apresenta as peculiaridades aqui narradas, com suspensão
necessária do expediente presencial, com a edição, nesse sentido, de Portarias pelo Tribunal, o que
acarretou um pequeno e justificável prolongamento da instrução criminal, em razão da pandemia do novo
coronavirus, somado ao fato, que o paciente chegou a está foragido do distrito da culpa (narrado pelo
Juízo na Pronúncia).
Assim, não se visualiza nenhuma inércia ou desídia por parte da acusação ou da autoridade apontada
como coatora, evidenciando dessa forma, ausência de constrangimento ilegal, passível de reparação
nesta superior instância.
Relator
Belém, 17/08/2021
EMENTA
1. Nos termos do inciso IV do artigo 117 do Código Penal, o Acórdão condenatório sempre interrompe a
prescrição, inclusive quando confirmatório da sentença de 1º grau, seja mantendo, reduzindo ou
aumentando a pena anteriormente imposta. (STF, publicado em 10/09/2020).
2. Deve ser mantido o cumprimento da pena privativa de liberdade em regime aberto, com monitoração
eletrônica, quando constatado que o Juízo a quo justificou, de modo adequado e em conformidade com o
entendimento dos Tribunais Superiores e desta e. Corte, a sua necessidade, diante da inexistência da
“Casa de Albergado” ou “estabelecimentos congêneres” no Estado do Pará.
3. Esta Corte de Justiça, seguindo orientação do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal
Federal, pacificou entendimento no sentido de que o habeas corpus (salvo quando constatada a existência
de flagrante ilegalidade no ato judicial impugnado), não se revela instrumento idôneo para impugnar
decreto condenatório transitado em julgado, quando cabível revisão criminal, situação que implica o não
conhecimento do pedido. Precedentes.
474
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ACÓRDÃO
Julgado por meio de videoconferência em Sessão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no dia 16 do
mês de agosto de 2021.
Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Rômulo José Ferreira Nunes.
RELATÓRIO
Trata-se de impetrado habeas Corpus com pedido de liminar em favor de FRANCISCO HOSANAN DE
OLIVEIRA, condenado ao cumprimento da pena de 03 (três) anos e 10 (dez) meses e 20 (vinte) dias de
reclusão e 155 (cento e cinquenta e cinco) dias multa, pela prática do crime previsto no artigo 168, §1º,
III, c/c art. 69, ambos do Código Penal, contra suposto ato ilegal do juízo de Direito da 10ª Vara Penal da
Capital, praticado nos autos do processo-crime nº 0012119-16.2007.8.14.0401.
Relata a defesa, em síntese, que o paciente foi condenado em primeira instância, à pena de 05 (cinco)
anos e 05 (cinco) meses e 10 (dez) dias de reclusão e 858 (oitocentos e cinquenta e oito) dias multa, pela
prática do crime previsto no art. 168, § 1º, III c/c art. 69 do Código Penal, decisão que foi parcialmente
reformada pela Colenda 2ª Câmara Criminal Isolada deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará,
redimensionando a pena para 03 (três) anos 10 (dez) meses e 20 (vinte) dias de reclusão e 155 (cento e
cinquenta e cinco) dias multa, em regime aberto.
Narra, ainda, que a decisão transitou em julgado em 27 de maio de 2021 e, em 06 de abril de 2021, foi
determinado o cumprimento da sentença onde, na data de 27 de maio de 2021, foi expedido Mandado de
Intimação para o apenado, determinando seu comparecimento na Casa de Albergado a fim de ser incluído
no programa de monitoramento eletrônico.
Enfatiza que, contrariando a jurisprudência do STJ, o juízo sentenciante deixou de acatar o pedido de
prescrição da sentença, já que, no seu entendimento, o acórdão que confirma ou minora a pena, não
constitui novo marco interruptivo.
Para tanto, pontua que a denúncia foi oferecida em 06/09/2007 e recebida em 10/09/2007, tendo o último
acórdão do Superior Tribunal de Justiça ocorrido em 05/08/2020 e transitado em julgado em 15/06/2020,
passando-se assim mais de 12 (doze) anos. E, uma vez que a decisão que reformou a sentença em sede
de apelação (acórdão nº 148.056, publicado em 30/06/2015), reduziu a pena para 03 (três) anos 10 (dez)
meses e 20 (vinte) dias, a prescrição se dá em 08 (oito) anos, logo, entende que o feito se encontra
prescrito.
Por outro lado, verbera que a decisão que condenou o apenado no regime aberto não impôs qualquer
condição para seu cumprimento, tampouco se manifestou sobre a possibilidade de substituição da pena
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
privativa de liberdade por restritiva de direitos, de onde a defesa afirma que o condenado faz jus a tal
substituição, vez que preenche os requisitos exigidos no art. 44 do Código Penal.
Pontua, que ao apresentar Questão de Ordem junto ao juízo sentenciante, este se limitou a dizer que a
decisão transitou em julgado, logo, não poderia o juízo de conhecimento promover qualquer alteração no
seu teor.
Desse modo, pugna pela substituição da pena aplicada para a restritiva de direitos, nos termos do artigo
43, V, do Código Penal.
De outra banda, argumenta que a determinação de monitoramento eletrônico vai contra os fundamentos
da própria pena restritiva de direitos, bem como, que o artigo 115, da Lei de Execuções Penais, impõe
regramentos ao regime aberto, dentre os quais não se encontra a monitoração eletrônica, o qual deverá
sempre ser motivado.
Diante disso, requereu, liminarmente, pelo sobrestamento do início do cumprimento da execução da pena
até o julgamento do presente writ, e, no mérito, pelo reconhecimento e declaração da extinção da
punibilidade pela prescrição, ou subsidiariamente, pela conversão da pena aplicada para a restritiva de
direitos, nos termos do artigo 43, V, do Código Penal.
Não sendo esse o entendimento, requer, ainda, o cumprimento da pena nos termos do artigo 115, da Lei
de Execuções Penais, que impõe condições gerais e obrigatórias ao cumprimento de pena em regime
aberto, descartando a possibilidade de monitoramento eletrônico.
Juntou documentos.
A defesa do paciente, de forma expressa, manifestou a intenção de efetuar sustentação oral no ato do
julgamento.
Em 29 de junho do corrente ano, indefiro a medida liminar pleiteada, solicitei informações de praxe para a
autoridade coatora, e determinei posterior envio ao Ministério Público de Segundo Grau para exame e
parecer.
A juíza titular da 10ª Vara Penal da Capital, em suas informações, enfatizou que:
O Ministério Público do Estado do Pará ofereceu denúncia contra FRANCISCO HOSANAN OLIVEIRA
imputando-lhe a prática do crime tipificado no art. 168, §1º, inciso III, c/c o art. 69, ambos do CP.
Narra a exordial acusatória que, FRANCISCO HOSANAN DE OLIVEIRA foi constituído como advogado
das vítimas Adelino Nogueira Cerqueira, Antônio Rosendo da Silva, Benedito Péricles de Moraes, José
Genuíno da Silveira, Carmelino Luiz Feio Salgado e Raimundo Justiniano do Carmo, para atual, com
poderes ad judicia, nos autos da reclamação trabalhista nº 01136/2002, ajuizada em agosto de 1992
contra a empresa Petrobrás S/A, visando a cobrança de diferenças salariais decorrentes de planos
econômicos implementados pelo Governo Federal.
Prossegue narrando, a denúncia, que a supracitada Reclamação Trabalhista foi julgada procedente e
passou para a fase executória, sendo que, desde dezembro de 2000, o acusado, na qualidade de
advogado das vítimas, passou a receber os valores depositados pela empresa reclamada, totalizando a
quantia de R$ 786.621,76 (setecentos e oitenta e seis mil e seiscentos e vinte e um reais e setenta e seis
centavos), dinheiro esse que nunca foi repassado às vítimas, as quais sequer ficaram sabendo do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ainda de acordo com a peça inicial, a conduta delitiva, consistente na apropriação indevida do valor acima
mencionado, somente foi descoberta no ano de 2007, quando a vítima Adelino Cerqueira recebeu
informações da empresa Petrobrás S/A para lançamento em sua declaração de Imposto de Renda
daquele ano, referente ao ano base de 2006, onde constava o recebimento de créditos trabalhista perante
a Justiça do Trabalho, sendo que, desconfiada, a citada vítima então procurou o denunciado
questionando-o sobre a Reclamação Trabalhista, ao que ele lhe informou que “não havia a menor
possibilidade de vitória na causa.”
O paciente respondeu o processo em liberdade e encontra-se nessa condição até a presente data.
3- Informações acerca dos antecedentes criminais e primariedade dos pacientes, e, sendo possível,
suas condutas sociais e personalidades.
O feito já se encontra sentenciado e com todos os recursos interpostos pelo réu analisados pelos Tribunais
Superiores a este juízo de 1º Grau, de modo que se trata de decisão já transitada em julgado, sendo que o
paciente tem interposto inúmeros pedidos tentando evitar o início da fase executória.
Ressalta-se que a pena imposta ao acusado, após análise do Recurso de Apelação por ele interposto
restou definitiva em 03 (três) anos, 10 (dez) meses e 20 (vinte) dias de reclusão, a serem cumpridos no
regime ABERTO, e 155 (cento e cinquenta e cinco) dias-multa, com valor do dia-multa fixado em 1/30 (um
trigésimo) do salário mínimo vigente à época do fato.”
O Procurador de Justiça Sergio Tiburcio dos Santos Silva pronuncia-se pelo “CONHECIMENTO PARCIAL
do Habeas Corpus, e na parte conhecida, pela DENEGAÇÃO por inexistência de constrangimento ilegal
ao paciente FRANCISCO HOSANAN DE OLIVEIRA.” (textuais).
Éo relatório.
VOTO
Primeiramente, requer a defesa que seja reconhecida e declarada a prescrição da pretensão punitiva.
Para tanto, sustenta que o acórdão confirmatório da condenação, ainda que modifique a pena fixada, não
interrompe o curso do prazo prescricional.
Ocorre que o Tribunal Pleno do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC 176473/RR, realizado
em Sessão Virtual de 17/04/2020 a 24/04/2020, firmou a seguinte tese:
“Nos termos do inciso IV do artigo 117 do Código Penal, o Acórdão condenatório sempre
interrompe a prescrição, inclusive quando confirmatório da sentença de 1º grau, seja mantendo,
reduzindo ou aumentando a pena anteriormente imposta.”
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
2. O Código Penal não faz distinção entre acórdão condenatório inicial ou confirmatório da decisão
para fins de interrupção da prescrição. O acórdão que confirma a sentença condenatória,
justamente por revelar pleno exercício da jurisdição penal, é marco interruptivo do prazo
prescricional, nos termos do art. 117, IV, do Código Penal.
3. Habeas Corpus indeferido, com a seguinte TESE: Nos termos do inciso IV do artigo 117 do Código
Penal, o Acórdão condenatório sempre interrompe a prescrição, inclusive quando confirmatório da
sentença de 1º grau, seja mantendo, reduzindo ou aumentando a pena anteriormente imposta. (STF,
publicado em 10/09/2020) destaquei
O próprio Superior Tribunal de Justiça, atento à tese firmada, proferiu recente julgamento nos seguintes
termos:
(...) 2. A tese firmada pelo STF no HC 176.473/RR é mera consolidação da jurisprudência prevalente
naquela Corte. Assim, havendo divergência jurisprudencial entre o entendimento firmado pelo STJ e pelo
STF, órgão de cúpula do Poder Judiciário, não há se falar em aplicação do entendimento anterior, uma vez
que a decisão que preservasse esse entendimento não estaria imune à tese consolidada pelo Pretório
Excelso, haja vista a possibilidade recurso àquela Corte.
3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no HC 665.379/SC, Rel. Ministro REYNALDO
SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 01/06/2021, DJe 08/06/2021) destaquei
9. Agravo regimental parcialmente conhecido e, nessa extensão, improvido.” (STJ, Sexta Turma, AgRg no
REsp 1863810/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, DJe 28/09/2020) destaquei
No presente caso, tenho que a denúncia foi recebida em 10/09/2007, a sentença condenatória foi
publicada em 18/02/2011, e o Acórdão que julgou o recurso de apelação e redimensionou a pena para 03
(três) anos, 10 (dez) meses e 20 (vinte) dias de reclusão e multa, foi publicado em 30/06/2015.
Assim, firmado o entendimento de que o acórdão do Tribunal interrompe o prazo prescricional e, ainda,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
considerando que, de acordo com a pena in concreto, qual seja, 03 (três) anos, 10 (dez) meses e 20
(vinte) dias de reclusão, e 155 (cento e cinquenta e cinco) dias-multa, não se deu o escoamento do
prazo prescricional de 08 (oito) anos (ex vi art. 109, IV, do CP), não havendo, assim, que se reconhecer
a extinção da punibilidade pela prescrição.
Por outro lado, questiona a defesa, a determinação do uso de monitoramento eletrônico por alegada
incompatibilidade ao regime de cumprimento da pena no qual o paciente foi condenado, no caso regime
aberto, já que “em caso de monitoramento eletrônico o Estado segue acompanhando todos os passos do
apenado. Esse não é o regime aberto previsto na LEP.” (textuais)
Antes de mais, cabe enfatizar que tal irresignação foi posta ao juízo de primeiro grau como “questão de
ordem”, tendo a magistrada decidido nos seguintes termos:
“Concretamente, o apenado foi condenado a cumprir pena em regime aberto, sentença transita em
julgado, contudo, na Comarca inexiste casa de Albergado, e nestes casos o procedimento adotado para o
início da execução de pena, é a intimação para comparecimento a central de monitoramento para inclusão
no sistema de monitoramento eletrônico, posteriormente, comunicado ao juízo para a expedição da guia,
dando assim início a execução da pena.
Este é o procedimento adotada neste Tribunal que foi estabelecido através do Provimento 006/2.014-
CJMB, publicado no Diário de Justiça nº 5514 de 04/06/2014, que disciplinou o procedimento a ser
adotado para o início de execução de pena em regime aberto no âmbito das comarcas de Belém,
Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Izabel. Pois, senão vejamos:
O art. 1º - Antes da guia de execução (provisória e definitiva) para o cumprimento da pena em regime
aberto no âmbito das comarcas de Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Izabel, deve o juiz do
conhecimento intimar o réu para comparecer no setor competente da SUSIPE para fins de inclusão no
programa de monitoramento eletrônico.
Parágrafo único. Uma vez comunicado pela SUSIPE sobre a inclusão do apenado no referido programa,
deve o juiz do conhecimento expedir a competente guia de execução, encaminhando-a eletronicamente
pelos Sistema do Libra para as respectivas varas de Execução Penal da região metropolitana.
Por outro lado, o art. 146-B da LEP, regulamenta que: O juiz poderá definir a fiscalização por meio da
monitoração eletrônica quando: (...) IV – determinar a prisão domiciliar; (....), que poderá ser perfeitamente
avaliada perante o juízo da execução da pena.
Logo, inexiste irregularidade a ser sanada, posto que, a iniciativa da intimação e apresentação do apenado
na central de monitoramento, é um mero procedimento formal para dar início da execução. (...).”
Deveras, como bem expressado pelo juízo a quo, o citado Provimento 006/2.014-CJMB, regulamentou o
procedimento a ser tomado pelo juiz de conhecimento, para que seja dado início ao processo de execução
da pena dos apenados em regime aberto na Comarca da Capital, logo, a decisão monocrática resta imune
de reformas, vez que proferida de acordo com os termos do Provimento.
Com efeito, a monitoração eletrônica, diferentemente do que afirma a defesa, não traz prejuízo ao
condenado, na medida em que se limita a fiscalizar o recolhimento noturno e os dias de folga, que são
condições do regime aberto previstas em lei. Nesse sentido, dispõem o art. 36, §1º, do CP c/c art. 115 da
LEP:
§1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou
exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das
seguintes condições gerais e obrigatórias:
I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga;
Portanto, entendo que o uso de tornozeleira eletrônica pelo apenado, em nada restringe o gozo de plena
liberdade de locomoção, ou mesmo limite as condições impostas no cumprimento da pena no regime
aberto, já que nenhum deslocamento dentro dos limites estabelecidos pelo juízo para o cumprimento da
pena será considerado para efeito de violação das regras do regime aberto.
Por outro lado, o Superior Tribunal de Justiça já afirmou que as limitações impostas pelo uso do
monitoramento eletrônico não são mais graves do que aquelas que o reeducando estaria submetido no
regime aberto, caso o sistema prisional apresentasse as adequadas condições – a medida não implica em
supressão de direito do apenado e garante a necessária vigilância estatal (HC 383.654/RS, Rel. Ministro
NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 03/10/2017, DJe 09/10/2017).
Este Egrégio Tribunal, em recente decisão de minha relatoria, já se manifestou sobre o tema:
Por derradeiro, requer a defesa que o acórdão transitado em julgado seja modificado para que a pena
privativa de liberdade seja substituída por restritiva de direitos.
Nesse ponto, tenho que o conhecimento e análise do pedido encontra óbice, já que, por se tratar de
matéria transitada em julgado, é certo que há ação própria para atacar os supostos vícios - no caso em
tela, Revisão Criminal, ex vi do artigo 621 e seguintes, do Código de Processo Penal - razão pela qual não
há que se conhecer do habeas corpus nessa parte, já que nitidamente impetrado como sucedâneo de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
revisão criminal.
O Supremo Tribunal Federal firmou posicionamento no sentido da não admissão do habeas corpus como
substitutivo de revisão criminal.
(...) 1. Diante da utilização crescente e sucessiva do habeas corpus, o Superior Tribunal de Justiça passou
a acompanhar a orientação do Supremo Tribunal Federal, no sentido de ser inadmissível o emprego do
writ como sucedâneo de recurso ou revisão criminal, a fim de que não se desvirtue a finalidade dessa
garantia constitucional, sem olvidar a possibilidade de concessão da ordem, de ofício, nos casos de
flagrante ilegalidade. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no HC 665.379/SC, Rel.
Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 01/06/2021, DJe 08/06/2021)
Portanto, perfilhando esse entendimento, o habeas corpus não se revela instrumento idôneo para
impugnar decreto condenatório transitado em julgado, quando cabível revisão criminal, situação que
implica o não conhecimento do pedido, até porque não vislumbro nenhuma teratologia apta ao
conhecimento e concessão, de ofício, do pedido, cabendo pontuar, ainda, que a matéria foi enfrentada em
sede de recuso de apelação.
Por todo o exposto, conheço em parte do presente mandamus, e nessa extensão, DENEGO A
ORDEM.
Éo meu voto.
Relator
Belém, 17/08/2021
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EMENTA
HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. CRIMES DO ART. 129, §9º C/C
ART.147, CAPUT, AMBOS DO CP. LESÃO CORPORAL E AMEAÇA, NO ÂMBITO DA VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA. PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA. CRIMES PUNIDOS COM
DETENÇÃO, CUJA SOMATÓRIA DA PENA MÁXIMA EM ABSTRATO NÃO ULTRAPASSA 4 ANOS.
ACUSADO PRIMÁRIO. INEXISTÊNCIA DE MEDIDA PROTETIVA ANTERIORMENTE DEFERIDA EM
FAVOR DA VÍTIMA. ÓBICE DO ARTIGO 313 DO CPP. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO.
ORDEM CONHECIDA E CONCEDIDA PARA SUBSTITUIR A CUSTÓDIA POR MEDIDAS CAUTELARES
PREVISTAS NO ART.319 DO CPP, COM EXCEÇÃO DA FIANÇA E MONITORAMENTO ELETRÔNICO,
E MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA EM FAVOR DA VÍTIMA, TODAS A SEREM IMPOSTAS PELO
JUÍZO A QUO. DECISÃO POR MAIORIA.
1. De acordo com o inciso I do artigo 313 do CPP, para a prisão preventiva ser admitida é necessário
que o crime atribuído ao agente seja punido com pena privativa de liberdade superior a 4 (quatro) anos ou,
que se enquadre em uma das hipóteses previstas nos seus incisos II (reincidente em crime doloso) e III
(para garantir o cumprimento de medida protetiva no caso de crime cometido em situação de violência
doméstica), assim como no seu parágrafo primeiro (identidade civil duvidosa).
4. Ordem conhecida e concedida para substituir a custódia preventiva do paciente por medidas
cautelares diversas da prisão, previstas no art.319 do CPP, com exceção da fiança e monitoramento
eletrônico, unanimemente, além de medidas protetivas de urgência em favor da vítima, todas a serem
impostas e fiscalizadas pelo juízo a quo. Decisão acolhida, nesta última parte, por maioria de votos,
vencidos os Desembargadores Raimundo Holanda Reis e Vânia Lúcia Silveira.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Desembargadores da Seção de Direito Penal, por
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maioria de votos, vencidos parcialmente os Exmos. Desembargadores Raimundo Holanda Reis e Vânia
Lúcia Carvalho da Silveira, em conhecer e conceder a Ordem, tudo nos exatos termos da fundamentação.
Julgamento presidido pelo Exmo. Desembargador Raimundo Holanda Reis.
Relator
RELATÓRIO
Cuida-se de Habeas Corpus Liberatório com Pedido de Liminar, impetrado em favor de GABRIEL
MOREIRA COSTA, denunciado pela prática dos crimes previstos nos artigos 129, § 9º e 147, caput, do
CP, no âmbito da violência doméstica, preso em flagrante delito no dia 20/06/2021, sendo sua custódia
convertida em preventiva em 21/06/2021, apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da
Comarca de Jacundá.
Afirma, o impetrante, que o paciente está sofrendo constrangimento ilegal no seu status libertatis, face os
seguintes motivos: a) ausência dos requisitos autorizadores da prisão preventiva; b) ilegalidade da
custódia cautelar em razão da inobservância ao disposto no art. 313, incisos I e III do CPP, uma vez que a
soma das penas dos crimes imputados ao coacto não ultrapassa 4 anos, sendo ambos punidos com
detenção, além de não ter sido imposto, em favor da vítima, qualquer medida protetiva; c) declaração de
próprio punho da ofendida, afirmando que o paciente nunca havia lhe agredido anteriormente e que não se
sente ameaçada; d) presença de qualidades pessoais favoráveis, por ser primário, apresentar bons
antecedentes e exercer trabalho lícito. Por esses motivos, requereu a concessão da Ordem, determinando
a imediata expedição de alvará de soltura, para que o coacto possa responder ao processo em liberdade
e, subsidiariamente, a aplicação das medidas cautelares diversas da prisão.
Éo relatório.
VOTO
Consta dos autos que no dia 20/06/2021, por volta das 00h, o paciente agrediu fisicamente e ameaçou de
causar mal injusto e grave sua companheira Istefani Costa Christino, fato ocorrido no lar conjugal,
localizado Rua Tocantis, nº 48, bairro Aparecida, no município de Jacundá. Na ocasião, o casal estava em
casa, quando o denunciado ficou alterado e começou a arrumar suas roupas, colocando-as numa mochila
e falando que iria embora. Ato contínuo, ateou fogo em uma de suas roupas, tendo a chama se alastrado e
atingido a vítima quando tentava retirar um pacote de fraudas de sua filha. Em seguida, o coacto empurrou
a ofendida e deu-lhe um soco no rosto. Vizinhos teriam acionado a Polícia Militar, que compareceu ao
local imediatamente e conduziram o acusado até a delegacia de polícia. Ao chegarem no local, os policiais
militares ouviram o ofensor ameaçar sua companheira, “falando que se fosse preso “pegaria a vítima e sua
mãe.” (textuais).
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O paciente foi preso em flagrante e teve a custódia convertida em preventiva, em 21/06/2021. O Órgão
Ministerial ofereceu denúncia em 02/07/2021, imputando-lhe a prática dos crimes do art. 129, § 9º e 147,
caput, do CP, a qual foi devidamente recebida. O pedido de revogação da prisão cautelar foi indeferido no
dia 07/07/2021. O juízo coator designou audiência de instrução e julgamento para o dia 17/08/2021.
No que concerne ao requisito autorizador da prisão preventiva disposto no inciso I do art. 313, do CPP,
segundo o qual será admitida “nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima
superior a 4 (quatro) anos”, sabe-se que seu atendimento “se perfaz pelo somatório das penas máximas
em abstrato dos crimes pelos quais foi o paciente denunciado, em se tratando de concurso de crimes”
(STJ: HC nº 380.427/SP, 6ª Turma, Relator: Min. NEFI CORDEIRO, DJe 29.5.2017.).
In casu, estão sendo imputados ao coacto os crimes de lesão corporal em contexto de violência doméstica
(art.129, §9º, do CP) e ameaça (art.147, caput, do CP), cujas reprimendas máximas previstas são de 03
(três) anos e de 06 (seis) meses, respectivamente, que se reunidas não excedem quatro anos.
De outra banda, verifica-se que a custódia do paciente também não se enquadra no requisito previsto no
inciso III do artigo 313 do mesmo diploma legal, o qual estabelece que a segregação cautelar, admitida
como mecanismo para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, exige prévio
descumprimento das medidas protetivas, considerando que tais providências, até o momento, não
foram estipuladas em desfavor do acusado.
Por fim, cumpre registrar que o coacto não ostenta condenação anterior por crime doloso, conforme consta
das informações prestadas pelo juízo coator (ID/DOC nº 29700617) estando ausente, igualmente, a
situação contemplada no inciso II do supramencionado artigo 313.
Ademais, vale ressaltar que o paciente também não se enquadra na hipótese prevista no §1º do
mencionado dispositivo legal, em que a prisão cautelar será admitida quando houver dúvida sobre a
identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la.
Desse modo, considerando que os requisitos insculpidos nos incisos I, II e III do art.313 do CPP não estão
presentes, uma vez que o agente é primário e as reprimendas máximas em abstrato previstas para
os ilícitos que lhe estão sendo imputados – lesão corporal no âmbito da violência doméstica (três
anos de detenção) e ameaça (seis meses de detenção) -, não ultrapassam 4 (quatro) anos, bem como
que não houve o descumprimento de medidas protetivas pelo acusado, as quais, inclusive, sequer
foram impostas nos autos do processo criminal, resta evidenciado o constrangimento ilegal apontado.
Assim sendo, no que concerne aos fatos alegados e documentos acostados, verifica-se que a custódia
preventiva do paciente se mostra atualmente excessiva e desarrazoada, considerando o seu caráter
excepcional, restando suficientes as medidas cautelares diversas da prisão para fins de se garantir a
ordem pública.
2. No caso, os delitos imputados ao ora recorrente - vias de fato e ameaça -, são incompatíveis com a
prisão processual, nos termos do inciso I, art. 313 do CPP, circunstância que, somada à sua condição de
réu primário e ao fato de que a ordem constritiva não decorreu de descumprimento de medidas protetivas
estabelecidas em momento anterior, constitui óbice à ordenação da preventiva, porquanto denota a
ausência de preenchimento das exigências constantes no mencionado dispositivo legal.
3. Recurso ordinário provido para revogar a custódia preventiva do acusado, salvo se por outro motivo
estiver preso.” (RHC 77.527/MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 14/03/2017,
DJe 27/03/2017) (grifo nosso).
1. Sabe-se que o ordenamento jurídico vigente traz a liberdade do indivíduo como regra. Desse modo,
antes da confirmação da condenação pelo Tribunal de segunda instância, a prisão revela-se cabível tão
somente quando estiver concretamente comprovada a existência do periculum libertatis, sendo impossível
o recolhimento de alguém ao cárcere caso se mostrem inexistentes os pressupostos autorizadores da
medida extrema, previstos na legislação processual penal.
2. Na espécie, muito embora reconhecida a validade formal do decreto de prisão, de modo a justificar a
cautela máxima no momento de sua emissão, para a garantia da ordem pública - ante as contundentes
ameaças de morte proferidas pelo recorrente à vítima -, entendo que a prisão se tornou excessiva.
Isso, porque o recorrente está sendo acusado da suposta prática do crime de ameaça, cuja pena
cominada em abstrato é de detenção, de 1 a 6 meses, ou multa. Destarte, considerando tratar-se de
delito que possui pena de pouca monta, passados mais de cinco meses do decreto da preventiva, e
à luz da provável imputação, mostra-se desproporcional a manutenção da custódia. Ademais, no
caso dos autos, não houve a prévia imposição de medidas protetivas ao recorrente, de maneira que
não há falar em incidência da hipótese prevista no art. 313, III, do CPP.
4. Recurso provido, a fim de revogar a custódia preventiva do recorrente.” (RHC 126.457/RJ, Rel.
Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 18/08/2020, DJe 26/08/2020).
“HABEAS CORPUS. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR. ARTS. 129, § 9º, E 147 DO CÓDIGO
PENAL. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS PREVISTOS NOS ART. 312 E 313 DO CÓDIGO DE
PROCESSO PENAL.
1. A liberdade, não se pode olvidar, é a regra em nosso ordenamento constitucional, somente sendo
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2. Na hipótese dos autos, não se verifica a presença dos requisitos previstos nos art. 312 e 313 do
Código de Processo Penal para a decretação da segregação preventiva, que a despeito de
preverem a possibilidade de prisão preventiva no caso dos crimes que envolvem violência
doméstica e familiar, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência, não é isso que
se verifica na espécie.
Ante o exposto, data vênia do parecer ministerial, conheço e concedo a Ordem de Habeas Corpus para
substituir a custódia preventiva do paciente por medidas cautelares diversas da prisão, previstas no
art.319 do CPP, com exceção da fiança e monitoramento eletrônico, além de medidas protetivas de
urgência em favor da vítima, todas a serem impostas e fiscalizadas pelo juízo a quo, tudo nos termos da
fundamentação.
Écomo voto.
Relator
Belém, 16/08/2021
OAB: 29339/PA Participação: ADVOGADO Nome: PABLO GOMES TAPAJOS OAB: 25996/PA
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DE BELEM
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO
EMENTA
HABEAS CORPUS PREVENTIVO. ART. 157, §2º, INCISOS I E II, DO CPB. SENTENÇA PENAL
CONDENATÓRIA. IMPOSIÇÃO DE REGIME SEMIABERTO. PACIENTE NÃO RECOLHIDO PARA
INÍCIO DO CUMPRIMENTO DA PENA, ATUALMENTE SOLTO EM CUMPRIMENTO DE MEDIDAS
CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. PROGRESSÃO PARA O REGIME ABERTO SUPOSTAMENTE
ALCANÇADA. SALVO-CONDUTO - IMINENTE COAÇÃO ILEGAL À LIBERDADE DE IR E VIR NÃO
DEMONSTRADA. NOVA DATA-BASE PARA PROJEÇÕES DE BENEFÍCIOS DA EXECUÇÃO PENAL.
ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.
1. A impetração merece ser conhecida, uma vez que, muito embora pendente a apreciação do benefício
de progressão de regime pelo Juízo primevo, a hipótese não enseja indevida supressão de instância, haja
vista que não requerida a referida benesse pela defesa, mas, sim, arguido o receio de o paciente vir a ser
recolhido ao regime semiaberto, consoante determinado em sentença, muito embora já satisfeito, em tese,
o requisito objetivo para a progressão a regime mais brando.
2.O deferimento do pedido de Habeas Corpus preventivo requer a demonstração da efetiva ameaça ao
direto de liberdade de locomoção, bem como da manifesta necessidade de sua concessão em virtude da
iminente ocorrência do constrangimento ilegal.
3. Ausentes, no caso, quaisquer indícios da iminência de constrangimento ilegal, uma vez que o réu deve
iniciar o cumprimento de sua condenação, oportunidade na qual, considerando a nova data-base, serão
refeitos os cálculos para os benefícios penais, como nova projeção para o alcance da progressão ao
regime aberto.
ACÓRDÃO
Sessão por videoconferência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, aos dezesseis dias do mês de
agosto de 2021.
Relatora
RELATÓRIO
Trata-se de habeas corpus preventivo com pedido de liminar impetrado em favor de Rodrigo Cássio
Gonçalves dos Santos, em face de ato do Juízo de Direito da Vara de Execução de Pena Privativa de
Liberdade em Meio Fechado e Semiaberto de Belém/PA, no que tange ao Processo de Origem n.º
0020685-27.2020.8.14.0401 (SEEU).
Consta da impetração que o paciente foi condenado, por decisão já transitada livremente em julgado (em
13/09/2019), nos autos do Processo Criminal de n.º 0002846-91.2017.8.14.0401, às penas de 06 (seis)
anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial semiaberto, e de 126 (cento e vinte e seis) dias-multa.
Alega que a guia de recolhimento para execução deixou de ser cumprida e, desde a data da realização da
Audiência de Instrução e Julgamento (28/06/2017), até a presente impetração, o paciente permanece na
condição de solto com monitoramento eletrônico. Deixou, portanto, de ser recolhido ao estabelecimento
prisional para início do cumprimento de sua reprimenda no regime semiaberto.
Salienta que, em 01/07/2021, o réu atingiu o requisito objetivo para progressão ao regime aberto. Em
23/06/2021, porém, o Juízo impetrado oficiou à SEAP, para que, no prazo de 10 (dez) dias, informasse a
razão do não cumprimento da pena no regime intermediário, mas em “prisão domiciliar” monitorada.
Aduz, entretanto, que não houve resposta da mencionada Secretaria de Estado, sendo o paciente
informado, pela central de monitoramento, que deveria comparecer, em 01/07/2021, na referida central,
munido de documentos e da sentença de progressão de regime para retirada da tornozeleira eletrônica.
Sustenta, assim, risco de prisão ilegal do paciente, já que não pode ser penalizado pelo flagrante equívoco
da SEAP, uma vez que não contribuiu para o não cumprimento da decisão que determinou o seu
recolhimento a estabelecimento compatível com o regime semiaberto.
Nestes termos, pugna pela concessão liminar da ordem, a fim de que seja expedido o competente SALVO-
CONDUTO em favor do apenado. Ao final, a concessão definitiva do writ.
Em virtude do afastamento funcional desta Relatora, o pleito liminar fora indeferido pelo Desembargador
Mairton Marques Carneiro, consoante decisão de ID 5662994.
“(...) Por meio do atestado de liquidação de pena observa-se que o apenado cumpre 06 anos de pena
privativa de liberdade, estando, atualmente, no regime semiaberto com previsão de alcance do requisito
objetivo para progressão ao aberto em 01.07.2021.
Este Juízo solicitou informações à SEAP sobre o porquê do apenado estar em regime domiciliar
monitorado quando o regime correto de pena seria o semiaberto, mas até o presente momento não
aportou neste Juízo as informações solicitadas.
Além disso, este Juízo solicitou informações sobre a regularidade do cumprimento das medidas cautelares
e da monitoração eletrônica do apenado.”
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Nesta Superior Instância, o Custos Legis, representado pelo Procurador de Justiça Luiz César Tavares
Bibas, manifesta-se pelo não conhecimento da ordem impetrada, em face de alegada supressão de
instância.
É o relatório.
VOTO
Ab initio, anoto que a impetração merece ser conhecida, uma vez que, muito embora pendente a
apreciação do benefício de progressão de regime pelo Juízo primevo, a hipótese não enseja indevida
supressão de instância, haja vista que não requerida a referida benesse pela defesa, mas, sim, arguido o
receio de o paciente vir a ser recolhido ao regime semiaberto, consoante determinado em sentença, muito
embora já satisfeito, em tese, o requisito objetivo para a progressão a regime mais brando.
Consoante Atestado de Pena (ID 5694831), o paciente alcançaria o requisito objetivo para progressão ao
regime aberto em 01/07/2021. Cálculo este, entretanto, produzido com referência à data de início do
cumprimento da condenação em 27/11/2020 (nova data-base), O QUE DEIXOU DE OCORRER, JÁ
QUE NÃO HOUVE CUMPRIMENTO DA GUIA DE RECOLHIMENTO DEFINITIVO, uma vez que o réu
não foi recolhido ao cárcere.
Em 15/07/2021, o mencionado Juízo reiterou a diligência supra e, ainda, solicitou informações acerca da
regularidade do cumprimento do monitoramento eletrônico pelo apenado.
Écediço que, somente é cabível o habeas corpus preventivo quando há fundado receio de ocorrência de
OFENSA ILEGAL à liberdade de locomoção iminente.
No caso em apreço, em que pese a situação de custódia do apenado, a clamar necessária resolução por
parte do Juízo impetrado, nada há nos autos que indique a iminência de o paciente vir a ter a sua
liberdade de locomoção RESTRINGIDA ILEGALMENTE.
O cálculo constante no Atestado de Pena do réu, que apresenta a previsão de alcance para
progressão ao regime aberto, em 01/07/2021, há de ser retificado pelo Juízo da Execução, uma vez
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que utiliza como última data-base o dia 27/11/2020, quando então, o paciente teria iniciado o
cumprimento de sua condenação, o que, como já fartamente destacado, NÃO OCORREU.
Assim, não há nos autos dados concretos a justificar o receio do paciente em uma provável determinação
ilegal de recolhimento a regime semiaberto. Ausentes, assim, no caso, quaisquer indícios da
iminência de constrangimento ilegal, uma vez que o réu deve iniciar o cumprimento de sua
condenação, oportunidade na qual, considerando a nova data-base, serão refeitos os cálculos para
os benefícios penais, como NOVA PROJEÇÃO para o alcance do regime aberto.
Ora, consoante o disposto no art. 5º, LXVIII, o Habeas Corpus deverá ser concedido "sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder".
Desse modo, inexistindo ameaça de constrangimento ilegal, por ato ilegal ou abuso de poder, não
há lugar para a expedição de salvo-conduto.
(...)
5. O habeas corpus preventivo visa a coibir constrangimento ilegal real e iminente à liberdade de
locomoção do indivíduo, não se prestando a impedir constrição supostamente ilegal, meramente intuitiva e
calcada em ilações e suposições desprovidas de base fática. No caso, não foi demonstrado pela defesa a
existência de ato ou ameaça real ou iminente contra a liberdade de ir e vir do paciente.
(...)
(STJ, AgRg no HC 533.821/PE, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA,
julgado em 12/11/2019, DJe 26/11/2019) (grifei)
Diante do exposto, não havendo constrangimento ilegal a ser sanado pela via do presente writ, a
denegação da ordem é medida que se impõe.
É o voto.
Relatora
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EMENTA
EMENTA
REVISÃO CRIMINAL. CRIME DO ART. 157, §2º, INCS. I E II, DO CP. PENA BASE QUE DEVE SER
APLICADA NO MÍNIMO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE. PRESENÇA DE VETOR JUDICIAL MILITANDO
CONTRA O POSTULANTE. TERATOLOGIA NA APLICAÇÃO DA PENA. PROCEDÊNCIA. PENA BASE
FIXADA EM 06 (SEIS) ANOS DE RECLUSÃO AINDA QUE UMA ÚNICA CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL
MILITASSE EM DESFAVOR DO REQUERENTE. DESPROPORCIONALIDADE MANIFESTA.
INCIDÊNCIA DAS CAUSAS DE AUMENTO NO PATAMAR MÁXIMO SEM QUALQUER
FUNDAMENTAÇÃO. ILEGALIDADE PATENTE. REVISÃO CONHECIDA E JULGADA PARCIALMENTE
PROCEDENTE. DECISÃO UNÂNIME.
1. A pena base não pode ser aplicada no mínimo legal, uma vez que milita em desfavor do requerente a
circunstância judicial da culpabilidade, valorada de forma adequada.
2. A fixação da pena base no quantum de 06 (seis) anos de reclusão e 60 (sessenta) dias multa, mostra-
se teratológica e desproporcional, tendo em vista que apenas um vetor judicial milita em desfavor do
suplicante, circunstância que exaspera a reprimenda em 09 (nove) meses de reclusão e 02 (dois) dias
multa, resultantes da diferença entre a pena máxima e mínima, dividida pela quantidade de 08 (oito)
vetores judiciais.
3. A incidência das causas de aumento referentes ao emprego de arma e concurso de pessoas em grau
máximo ocorreu sem qualquer fundamentação, indo de encontro ao entendimento constante da Súmula nº
443 do STJ.
4. Pena aplicada. Corrigidos os equívocos, o requerente fica condenado pela prática do crime do art.
157, §2º, incs. I e II, do CP às penas de 05 (cinco) anos e 04 (quatro) meses de reclusão, a ser cumprida
em regime semiaberto, mais 13 (treze) dias multa, calculados à razão de 1/30 (um trinta avos), do salário
mínimo vigente à época do fato.
ACÓRDÃO
Relator
RELATÓRIO
RELATÓRIO
WANDERSON ANTÔNIO DOS SANTOS MENDES, inconformado com a sentença, transitada em julgado,
que o condenou pela prática do crime do art. Art. 157, §2°, incs. I e II do CP às penas de 07 (sete) anos e
06 (seis) meses de reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto, mais 75 (setenta e cinco) dias multa,
calculados à razão de 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato, ajuizou a presente
REVISÃO CRIMINAL, pleiteando a sua reforma.
O requerente alega que a sentença foi contrária ao texto expresso da lei, uma vez que não há motivos
para se fixar a pena base em patamar superior ao mínimo legal porque todas as circunstâncias judiciais
militam em seu desfavor, a atenuante da confissão espontânea não foi reconhecida e o aumento de pena
decorrente das majorantes do emprego de arma e concurso de pessoas foi imposto em metade sem
qualquer fundamentação.
Requereu a concessão dos benefícios da justiça gratuita e a concessão de liminar a fim de suspender a
execução da pena, com sua confirmação quando do julgamento definitivo da ação.
A liminar foi indeferida (doc. Id nº 4799228) e a respectiva decisão foi mantida em julgamento de agravo
regimental (doc. Id nº 5115602)
Éo relatório.
Àrevisão.
VOTO
VOTO
DOS FATOS
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Consta dos autos, que no dia 09/06/2007, nesta Capital, o requerente, acompanhado de mais três
comparsas, se utilizando de armas de fogo, renderam o frentista Wilson da Cruz dos Santos Porto,
enquanto trabalhava em um posto de combustíveis, ocasião em que subtraíram a quantia de R$ 350,00
(trezentos e cinquenta reais) pertencentes ao estabelecimento. Ocorre que o requerente foi preso em
flagrante delito por populares e entregue a uma guarnição da Polícia Militar.
Encerrada a instrução processual, o requerente foi condenado às penas de 07 (sete) anos e de reclusão, a
ser cumprida em regime semiaberto, mais 75 (setenta e cinco) dias-multa, calculados à razão de 1/30 (um
trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato.
O requerente alega que a sentença foi contrária ao texto expresso da lei, uma vez que não há motivos
para se fixar a pena base em patamar superior ao mínimo legal porque todas as circunstâncias judiciais
militam em seu desfavor, a atenuante da confissão espontânea não foi reconhecida e o aumento de pena
decorrente das majorantes do emprego de arma e concurso de pessoas foi imposto em metade sem
qualquer fundamentação.
“Na análise das circunstâncias judiciais, verifico o seguinte: culpabilidade, exacerbada, uma vez que não
somente empreendeu fuga, como também efetuou disparos contra os policiais; denunciado não registra
antecedentes criminais, sendo que poucos elementos foram coletados a respeito de sua conduta social e
personalidade, não permitindo que se faça uma avaliação mais precisa e concreta a esse respeito; o
motivo do crime: integram a própria definição típica; as circunstâncias e consequências do crime: se
encontram relatadas nos autos, sendo levadas em consideração na fase da dosimetria, nada tendo a se
valorar neste momento; Comportamento da Vítima, não contribuiu e nem facilitou a ação do agente; Por
derradeiro, não existem elementos para se aferir a situação econômica do réu, entretanto, pelo quadro
delineado, pelos relatos dele, a conclusão é de que não é nada boa. À vista dessas circunstâncias
analisadas individualmente é que fixo a pena base em 06 (seis) anos de reclusão e pagamento de 60
(sessenta) dias-multa, cada um equivalente a um trigésimo do salário mínimo vigente ao tempo do fato
delituoso, observado o disposto pelo artigo 60, do Código Penal.
Por outro lado, havendo causa de aumento da pena, previsto no § 2º, incisos I e II, motivo pelo qual elevo
a pena pela metade, fixando-a em 07 (sete) anos e de reclusão e 75 (setenta e cinco) dias-multa, assim,
permanecendo, em vista da inexistência de quaisquer circunstâncias a ser avaliada, tornando-a em
definitiva.”
Como se observa, o único vetor judicial que militou em desfavor do requerente, com motivação adequada,
foi a culpabilidade. Dessa forma, a pena base deveria ser exasperada em 09 (nove) meses de reclusão,
resultantes da diferença entre a pena máxima e mínima, dividida pela quantidade de 08 (oito) vetores
judiciais apreciados.
Portanto, deve ser reconhecida a teratologia na aplicação das reprimendas uma vez que houve
desproporcionalidade na fixação da pena base e ausência de fundamentação na incidência das causas de
aumento no patamar de metade.
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Considerando que somente à culpabilidade milita em desfavor do apelante, fixa-se a pena base em 04
(quatro) anos e 09 (nove) meses de reclusão e 12 (doze) dias multa.
Presente a atenuante da confissão espontânea (art. 65. Inc. III, alínea “d”, do CP), reduzem-se as penas
em 1/6 (um sexto) equivalentes a 09 (nove) meses de reclusão e 02 (dois) dias multa, perfazendo o
quantum 04 (quatro) anos de reclusão e 10 (dez) dias multa.
Inexistem causas de diminuição de pena. Presentes as majorantes do art. 157, §2º, incs. I e II, do CP,
exasperam-se as penas em 1/3 (um terço), equivalentes a 01 (um) ano e 04 (quatro) meses de reclusão e
03 (três) dias multa, totalizando as reprimendas definitivas em 05 (cinco) anos e 04 (quatro) meses de
reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto, mais 13 (treze) dias multa, calculados à razão de 1/30
(um trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato.
Ante o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido de revisão criminal e condeno o requerente pela
prática do crime do art. 157, §2º, incs. I e II, do CP às penas de 05 (cinco) anos e 04 (quatro) meses de
reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto, mais 13 (treze) dias multa, calculados à razão de 1/30
(um trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato, nos termos da fundamentação.
Écomo voto.
Relator
Belém, 17/08/2021
EMENTA
EMENTA
494
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
REVISÃO CRIMINAL. CRIME DO ART. 121, §2º, INC. II, DO CP. TERATOLOGIA NA APLICAÇÃO DA
PENA. PROCEDÊNCIA. VETORES JUDICIAIS DA CULPABILIDADE, CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME
VALORADOS EM DESFAVOR DO REQUERENTE SEM FUNDAMENTAÇÃO. BIS IN IDEM NA
APRECIAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS DO CRIME. SANÇÃO MODIFICADA. REVISÃO CONHECIDA E
JULGADA PROCEDENTE. DECISÃO UNÂNIME.
1. O juiz sentenciante não declinou os motivos pelos quais a culpabilidade do requerente é reprovável,
bem como não demonstrou os fundamentos da valoração negativa dos motivos e das circunstâncias do
delito.
2. Outrossim, houve bis in idem na apreciação das consequências do crime, tendo em vista que a morte
da vítima constitui fato inerente ao tipo penal do homicídio consumado. Logo, há de se reconhecer a
teratologia na aplicação da reprimenda, motivo pelo qual deve ser realizada uma nova dosimetria.
3. Corrigidos os equívocos e considerando que nenhuma circunstância judicial milita em seu desfavor, o
requerente fica condenado à pena de 12 (doze) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial
fechado. Registre-se, por oportuno, que a redução da reprimenda decorrente do reconhecimento da
atenuante da confissão espontânea não pode ser aplicada, uma vez que a pena base foi imposta no
mínimo legal.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Desembargadores da Seção de Direito Penal, por
unanimidade, em conhecer e julgar procedente o pedido de revisão criminal para condenar o apelante às
penas de 12 (doze) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado pela prática do crime do
art.121, §2º, inc. II, do CP , tudo nos exatos termos da fundamentação. Julgamento presidido pelo
Excelentíssimo Desembargador Mairton Marques Carneiro.
Relator
RELATÓRIO
RELATÓRIO
MÁRIO FERDINANDO FERREIRA, inconformado com a sentença, transitada em julgado, que o condenou
à pena de 14 (catorze) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado, pela prática do crime
do art. 121, §2º, inc. II, do CP, ajuizou a presente ação de REVISÃO CRIMINAL, pleiteando a sua reforma.
O requerente alega que houve equívoco na valoração da culpabilidade, personalidade e conduta social.
Aduz ainda que as circunstâncias do delito não poderiam ser apreciadas com fundamento nas declarações
dos parentes das vítimas uma vez que têm interesse em ver o recorrente condenado e não foram ouvidas
na condição de informantes.
Éo relatório.
Àrevisão.
VOTO
VOTO
DOS FATOS
Consta dos autos, que no dia 23/06/2014, nesta Capital, o requerente, após discutir com o ofendido
Nelson Sousa de Sousa em face dos insistentes pedidos de cigarro que este lhe fazia, ceifou sua vida com
um disparo de arma de fogo.
DA REDUÇÃO DA PENA
O requerente alega que houve equívoco na valoração da culpabilidade, personalidade e conduta social.
Aduz ainda que as circunstâncias do delito não poderiam ser apreciadas com fundamento nas declarações
dos parentes das vítimas uma vez que têm interesse em ver o recorrente condenado e não foram ouvidas
na condição de informantes.
Com efeito, a pena do recorrente foi imposta com os seguintes fundamentos (doc. Id nº 4794126, pp
01/02):
Da leitura do decisum, percebe-se que quatro vetores judiciais militaram contra o recorrente: a
culpabilidade, os motivos e as consequências do crime.
No entanto, o juiz sentenciante não declinou os motivos pelos quais a culpabilidade do requerente é
reprovável, bem como não demonstrou os fundamentos da valoração negativa dos motivos e das
circunstâncias do delito.
Outrossim, houve bis in idem na apreciação das consequências do crime, tendo em vista que a morte da
vítima constitui fato inerente ao tipo penal do homicídio consumado.
Logo, há de se reconhecer a teratologia na aplicação da reprimenda, motivo pelo qual deve ser realizada
uma nova dosimetria.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Considerando que nenhuma circunstância judicial milita em desfavor do requente, fixa-se a pena base em
12 (doze) anos de reclusão.
Ante o exposto, conheço e julgo procedente o pedido de revisão criminal para condenar o requerente pela
prática do crime do art. 121, §2º, inc. II, do CP à pena de 12 (doze) anos de reclusão, a ser cumprida em
regime inicial fechado, nos termos da fundamentação.
Écomo voto.
Relator
Belém, 17/08/2021
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Gabinete do Desembargador Rômulo Nunes
DESPACHO
Considerando a existência de dúvida razoável acerca da autoridade que prolatou o ato impugnado, intime-
se o impetrante para que esclareça e aponte corretamente a autoridade inquinada coatora. Após,
conclusos. Int.
Relator
EMENTA
HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO, COM PEDIDO LIMINAR. ARTIGOS 157, §2º, II e §2º - A, I, C/C ART.
163, § ÚNICO, I, II e III, AMBOS DO CÓDIGO PENAL E, ART. 2º, §3º e §4º, II, DA LEI Nº 12.850/2013.
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA CAUTELAR. NÃO CONHECIMENTO
(REITERAÇÃO DE PEDIDO). EXCESSO DE PRAZO NA INSTRUÇÃO PROCESSUAL. NÃO
CONFIGURAÇÃO. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESTA EXTENSÃO, DENEGADA.
1. O writ não merece ser conhecido no ponto em que discute a ausência dos requisitos autorizadores da
segregação preventiva, pois, ao lado de se tratar de tese anteriormente enfrentada em mandamus
anterior, não foram apresentados fatos ou fundamentos novos capazes de modificar o entendimento
exposto por este e. Tribunal.
2. Afigura-se incabível o acolhimento da alegação de excesso de prazo para formação da culpa, porquanto
o magistrado a quo tem adotado medidas para imprimir celeridade na solução do caso, inexistindo desídia
ou serôdia injustificada de sua parte, mormente considerando que, ao lado de se tratar de ação penal
complexa – com pluralidade de denunciados (total de 11) – já houve o oferecimento e recebimento da
exordial acusatória, inclusive com julgamento de conflito negativo de competência por este e. Tribunal e,
consequente aditamento à denúncia, ocasião em que ocorreu a reabertura dos prazos para apresentação
de respostas à acusação, encontrando-se o feito, atualmente, no aguardo da apresentação da
manifestação do Parquet sobre as respectivas defesas.
RELATÓRIO
Trata-se da ordem de habeas corpus liberatório, com pedido liminar, impetrada pelo advogado Alexandre
Augusto de Pinho Pires, em favor de Benedito Filho Pereira Gomes, que responde à ação penal pela
suposta prática dos crimes tipificados nos artigos 157, §2º, II e §2º - A, I, c/c art. 163, § único, I, II e III,
498
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ambos do Código Penal e art. 2º, §3º e §4º, II, da Lei nº 12.850/2013, apontando como autoridade coatora
o Juízo da Vara de Combate ao Crime Organizado da Comarca de Belém/PA.
De acordo com a impetração, o paciente encontra-se custodiado cautelarmente desde o dia 05/08/2019
(data em que a prisão fora efetuada), em razão de preventiva decretada em 14/03/2019, por fatos,
supostamente, praticados em 06/11/2018, tendo requerido, mais de uma vez, a revogação da custódia,
contudo, seus pleitos foram indeferidos, sendo o mais recente em 14/04/2021.
Nessa linha, sustenta que o coacto sofre constrangimento ilegal por excesso de prazo para a formação da
culpa, sobretudo porque “até o presente momento não há a menor perspectiva do processo avançar em
direção da instrução processual, que já vinha engatinhando antes mesmo da pandemia, causando grave
prejuízo ao paciente que até o presente encontra-se preso, mesmo respondendo pelos mesmos crimes
dos réus que tiveram suas prisões revogadas. (...) não é peculiar, muito menos razoável, um processo
criminal com réu preso durar tanto tempo”.
Acrescenta, ao final, que “em que pese ter sido decretada sua prisão preventiva há mais de 840 dias, o ora
paciente, não transparece qualquer intenção de prejudicar a investigação criminal, a instrução processual,
ameaçar testemunhas ou sequer deixar de comparecer perante o judiciário, não podendo, desta forma, ser
mantida a sua custódia preventiva com base apenas em conjecturas incabíveis e num suposto descrédito
na justiça em caso de liberdade. (...) não há como se concluir, pelo que foi produzido em fase inquisitorial,
que existam elementos fáticos-probatórios suficientes para justificar a prisão preventiva, restando
completamente ilegal o decreto de exceção que já se estende por mais de 720 dias, assim como na
decisão de 1º grau que manteve a sua prisão”.
Por tais razões, pleiteia, liminarmente e no mérito, a concessão da ordem para revogar “a prisão decretada
ilegalmente para que permaneça solto, comprometendo-se, desde já, a comparecerem a todos os atos
processuais a que forem intimados, sob a pena de revogação do benefício pleiteado, conforme o CPP”.
Anexou documentos.
O writ foi distribuído à relatoria da Exma. Desembargadora Maria Edwiges de Miranda Lobato, que
indicou a minha prevenção, contudo, em razão de meu afastamento funcional para gozo de férias
(no período de 14 à 26/07/2021) e ante ao pedido de tutela de urgência, indeferiu a liminar, requisitou
informações à autoridade coatora e determinou que fossem encaminhados ao Ministério Público de 2º
grau para emissão de parecer.
Por último, o writ foi pautado para julgamento na 41º Sessão Ordinária do Plenário Virtual desta e. Seção
de Direito Penal, com início marcado para o dia 10/08/2021, todavia, posteriormente, o impetrante
protocolizou petição, pleiteando “a retirada do feito desta pauta e inclusão na pauta de julgamento por
videoconferência, pois pretende realizar sustentação oral”, o que foi deferido.
É o relatório.
VOTO
preciso enfatizar que a argumentação defensiva, no ponto, não é inovadora, tratando-se, na verdade, de
mera reiteração ao pleito formulado no writ nº 0805140-20.2020.8.14.0000, julgado na 17ª Sessão
Ordinária do Plenário Virtual (PJE) pela e. Seção de Direito Penal, conforme se depreende da ementa a
seguir transcrita:
2. Não há que se deferir ao coacto a extensão da liberdade provisória concedida aos corréus, sobretudo
porque não demonstrada a identidade da situação fática-processual entre os agentes, como, também, em
razão da competência pertencer ao juízo a quo que concedeu a benesse.
Acrescento que, segundo consta dos autos, o paciente Benedito Filho Pereira Gomes foi responsável por
dirigir o veículo Toyota Corola, prata, utilizado pelo grupo criminoso, assim como que portava arma de uso
restrito durante a empreitada delitiva, efetuando disparos contra a agência bancária, o que causou terror
na comunidade local, revelando a extrema audácia do grupo criminoso.
Rememoro ainda, como destacado no teor do julgado antes citado, que o coacto ostenta histórico criminal
desfavorável pela prática de delito contra o patrimônio (Processo nº 0071024-75.2015.8.14.0009,
capitulação: art. 157, §2º, incisos I e II do Código Penal), restando evidenciado o real risco de reiteração
delitiva.
Sendo assim, para uma nova interpretação seria indispensável à apresentação de fatos ou
argumentos jurídicos inexistentes ao tempo da primeira impetração e capazes de modificar o
entendimento exposto anteriormente por este e. Tribunal, o que não ocorreu na espécie.
Com relação ao suposto constrangimento ilegal sofrido como decorrência do excesso de prazo
para formação da culpa, devo anotar, que, não há que se falar em reiteração, neste particular, porquanto,
como de conhecimento geral, na linha do tempo, uma mesma situação pode desencadear, em momento
posterior, constrangimento até então inexistente.
Todavia, após exame dos autos, tenho para mim que a ordem não comporta concessão, uma vez que, ao
lado dos prazos processuais não serem peremptórios, devendo ser analisados caso a caso, o Juízo
a quo vem tomando as devidas providências para o regular andamento do feito.
500
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Sobre o assunto, a jurisprudência do c. Superior Tribunal de Justiça orienta que a questão não é singela e
que a soma aritmética dos prazos processuais é insuficiente para definir o excesso de prazo da prisão,
devendo o julgador analisar caso a caso a razoabilidade do pedido (v.g. STJ. AgRg no HC 646.100/SP,
Rel. Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 02/03/2021, DJe 08/03/2021 e HC
612.716/MA, Rel. Ministro Reynaldo Soares Da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 24/11/2020, DJe
27/11/2020).
Em verdade, o parâmetro fiel para se decidir sobre o excesso de prazo, à luz da jurisprudência, tanto do
Supremo Tribunal Federal, quanto do Superior Tribunal de Justiça, é a razoabilidade, que deve ser
ponderada em cada processo junto à complexidade da causa e à definição de a quem pode ser
atribuída a demora no processamento da ação.
Aliás, assim é, e só assim pode ser, como tenho reiterado, mas cabe repetir, vale dizer, adequada à dicção
da Constituição da República, que, no art. 5º, inciso LXXVIII, introduzido pela Emenda nº 45 de 2004,
assegura a todos (dirigindo-se, portanto, inclusive aos órgãos do Estado) a duração razoável do
processo, cláusula notoriamente diferente daquela garantida aos cidadãos americanos pela 6ª Emenda à
Constituição daquele país, ou seja, right to a speedy trial e sim ajustada ao disposto no art. 8º, 1, do
Pacto de São José da Costa Rica, subscrito pelo Brasil, que prefere dizer "prazo razoável", o que - é óbvio
- não significa speedy (rápido).
Com efeito, no caso em exame, impõe-se ressaltar que a complexidade da ação penal é evidente, uma
vez que o processo a que responde o paciente conta com 11 réus, todos acusados de, juntamente
com o coacto, terem praticado assalto a uma agência do banco Banpará, em Viseu, interior do
Estado do Pará, delito este de extrema e acentuada gravidade.
Ademais, não constato a ocorrência de excesso de prazo, pois, das informações prestadas pela
autoridade apontada como coatora, fica claro que a ação penal se encontra em regular andamento diante
das demandas surgidas pela complexidade intrínseca ao processo, uma vez que, v.g., fez-se necessária
a instauração de conflito de competência, com o consequente aditamento à denúncia e reabertura
dos prazos para apresentação de respostas à acusação, bem como a impetração de diversos
habeas corpus e pedidos de revogação das prisões, expedição de cartas precatórias e citações por
edital, somando-se, ainda, os entraves trazidos pela atual pandemia de COVID-19 que, como
amplamente sabido, produziu reflexos em todas as áreas, não estando o Judiciário alheio aos seus efeitos.
“(...) O douto juízo da Vara Única da Comarca de Viseu/PA, após o recebimento da denúncia, declinou a
competência para esta Vara Especializada, em 25/03/2019, (decisum em anexo).
O douto magistrado que substituiu este signatário durante as suas férias, Dr. Lucas do Carmo de Jesus,
utilizando de farta doutrina e jurisprudência, julgou incompetente a presente Vara especializada para o
processamento e julgamento do feito de nº 0001185-50.2019.8.14.0064, suscitando conflito negativo
de competência ao E. TJE/PA (decisão em anexo), no entanto o E. TJE/PA entendeu pela competência
deste juízo para processar e julgar o feito, tendo os autos sido remetidos a este juízo especializado
no dia 24/09/2019.
Este juízo, ao receber os autos, ratificou os atos anteriores praticados pelo juízo de Viseu/PA,
ressalvando eventual entendimento dissonante quanto à força probante das provas produzidas, tendo,
ainda, recebido o aditamento à denúncia que inclui o crime previsto no art. 2º, § 3º e §4º, II, da Lei nº
12.580/2013, assim como, em prol dos princípios da ampla defesa e do devido processo legal,
reconcedeu o prazo para apresentação das respostas à acusação.
501
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Os réus apresentaram respostas à acusação, sendo que alguns réus alegaram preliminares em suas
respostas, tendo sido determinado o encaminhamento do feito ao parquet para que se
manifestasse acerca das preliminares arguidas.
(...) gize-se que este juízo especializado vem imprimido a maior celeridade possível relativa ao feito,
anotando-se, de mais a mais, que o presente feito adveio do interior do Estado – comarca da vara
única de Viseu/PA, possui 11 réus, houve a impetração de diversos habeas corpus, diversos
pedidos de revogação de prisão preventiva, expedição de cartas precatórias, citação por edital etc.,
havendo que se aplicar o princípio da razoabilidade na espécie”. (Grifei).
Nesse contexto, à evidência, inexiste constrangimento neste particular atribuível aos órgãos jurisdicionais,
sobretudo considerando que o Juízo a quo vem tomando as devidas providências para o regular
andamento do feito, tendo, inclusive, sido determinada vistas ao Parquet para apresentar manifestação
acerca do alegado nas respostas à acusação das defesas dos réus, com a devolução dos autos à
Secretaria em 12/08/2021, não existindo, portanto, desídia ou serôdia injustificada de sua parte.
Por oportuno, rememoro que, aliado à complexidade e particularidades dos autos, não desconheço o
decisum a quo que substituiu a custódia por medidas alternativas à prisão para alguns corréus, contudo,
como destaquei em impetração anterior (HC nº 0805140-20.2020.8.14.0000) inexiste similitude nas
condições subjetivas, em especial considerando o lapso temporal em que o coacto ficou foragido -
prisão preventiva decretada em 14/03/2019, preso somente em 16/08/2019 – aliado ao fato de possuir
antecedentes criminais, pela prática de delito na mesma natureza – roubo qualificado (Processo nº
0071024-75.2015.8.14.0009 em trâmite na Comarca de Bragança).
Por fim, abro um parêntese para transcrever parte substancial do voto do Ministro Luiz Fux (Presidente do
Supremo Tribunal Federal), quando do Julgamento do Referendo na Medida Cautelar na Suspensão de
Liminar 1.395 – proferido em 14/10/2020 –, no ponto em que tratou sobre o excesso de prazo durante a
persecução penal, dando ênfase ao tempo de prisão:
Corte.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Nessa linha, o Superior Tribunal de Justiça, no enunciado 51 da Súmula de sua Jurisprudência, fixou a
compreensão de que ‘Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento por
excesso de prazo’.
Corroborando esse entendimento, enunciado 64 da mesma Corte consigna a interpretação de que ‘Não
constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução, provocado pela defesa’.
Por todo o exposto, acompanhando, em parte, o parecer do custos legis, conheço parcialmente da
ordem e, nesta extensão, sou pela denegação.
502
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Écomo voto.
Relator
Belém, 18/08/2021
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Para a concessão da medida liminar, torna-se indispensável que o constrangimento ilegal esteja
indiscutivelmente delineado nos autos (fumus boni juris e periculum in mora). Constitui medida excepcional
por sua própria natureza, justificada apenas quando se vislumbrar a ilegalidade flagrante e demonstrada
primo ictu oculi, o que não se verifica, por ora, no caso sub judice
Ademais, confundindo-se com o mérito, a pretensão liminar deve ser submetida à análise do órgão
colegiado, oportunidade na qual poderá ser feito exame aprofundado das alegações relatadas na exordial
após as informações do juízo a quo e a manifestação da Procuradoria de Justiça.
Ante o exposto, sem prejuízo de exame mais detido quando do julgamento de mérito, indefiro o pedido
de liminar.
Solicitem-se informações à autoridade coatora acerca das razões suscitadas na impetração, no prazo
máximo de 48 (quarenta e oito) horas, nos termos do artigo 3º, do Provimento Conjunto n° 008/2017 –
CJRMB/CJCI –.
Certifique a Secretaria o recebimento das informações pelo juízo a quo a fim de garantir maior celeridade
ao presente writ.
Em seguida, conclusos à desembargadora originária Vânia Valente do Couto Fortes Bitar Cunha (ex
vi da certidão inserta no ID nº 6013230), nos termos do §2º do artigo 112 do Regimento Interno deste
TJPA.
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Gabinete do Desembargador Rômulo Nunes
DECISÃO
Cuida-se de Habeas Corpus Liberatório com Pedido de Liminar, impetrado em favor de SUZANE
CRISTINA MARINHO SILVA, presa em flagrante delito no dia 03/08/2021 e sua custódia convertida em
preventiva no dia seguinte, acusada da prática do crime previsto no artigo 33 da Lei nº 11.343/2006,
apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da 1ª Vara Cível e Criminal da Comarca de
Cametá.
O impetrante aduz que foi localizado na residência da coacta 02 (duas) porções de maconha, pesando
aproximadamente 69g (sessenta e nove gramas); 02 (duas) porções de cocaína, com o peso de 47g
(quarenta e sete gramas); uma porção de oxi pensando aproximadamente 13g (treze gramas); além de
recortes de sacolas plásticas utilizada no preparo/embalo de porções pequenas de droga; a quantia de R$
53,65 (cinquenta e três) reais em cédulas fracionadas, e 03 (três) aparelhos celulares.
Relata ainda que a paciente se encontra constrangida ilegalmente no seu status libertatis por: a) ser mãe
de 02 (duas) crianças menores de 12 (doze) anos de idade, sendo a única provedora do sustento dos
filhos; b) fundamentação inidônea da decisão que decretou a prisão preventiva e ausência dos requisitos
autorizadores da custódia extrema; c) possuidora de qualidades pessoais favoráveis. Por esses motivos,
pretende a imposição de regime menos gravoso, qual seja, aplicação de medidas cautelares previstas no
artigo 319 do CPP, subsidiariamente, o benefício da prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico.
EXAMINO
Écediço que com o advento da Lei nº 13.257/2016, passou-se a admitir a substituição da prisão preventiva
504
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
por domiciliar quando a custodiada for mãe de crianças de até 12 (doze) anos de idade incompletos,
alterando a redação do artigo 318, inciso V, do Código de Processo Penal.
Em julgado datado de 20/02/2018, a colenda 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, nos autos do
Habeas Corpus Coletivo no 143.641/SP, de relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski, impetrado em
favor de todas as mulheres presas preventivamente que ostentem a condição de gestantes, de puérperas
ou de mães de crianças e deficientes sob sua responsabilidade, bem como em nome das próprias
crianças, à unanimidade, entendeu cabível a impetração coletiva e, por maioria, concedeu a Ordem, para
determinar a substituição da prisão preventiva pela domiciliar - sem prejuízo da aplicação concomitante
das medidas alternativas previstas no artigo 319 do CPP - de todas as mulheres relacionadas no
processo, excetuados os casos de crimes praticados por elas mediante violência ou grave ameaça, contra
seus descendentes ou, ainda, em situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente
fundamentadas pelos juízes que denegarem o benefício. Estendeu a Ordem, de ofício, às demais
mulheres presas, gestantes, puérperas ou mães de crianças e de pessoas com deficiência, assim como às
adolescentes sujeitas a medidas socioeducativas em idêntica situação no território nacional, observadas
as restrições impostas. Ressaltou, ainda, que quando se tratar de detida tecnicamente reincidente, o juiz
deverá proceder em atenção às circunstâncias do caso concreto, mas sempre tendo por norte os
princípios e regras enunciadas no acórdão, observando, ademais, a diretriz de excepcionalidade da prisão.
Constata-se que no caso dos autos, em que pese a paciente possuir 02 (duas) filhas menores de 12
(doze) anos de idade (Id. Doc. nº 6010040 - páginas 1 e 2), todavia a mesma não tem direito à prisão
domiciliar, tendo em vista que ela responde por outra ação penal nº 0005186-06.2020.8.14.0401, acusada
da prática do crime previsto no artigo 33 da Lei nº 11.343/2006 (mesma capitulação penal do presente
feito), quando foi presa em flagrante delito no dia 01/10/2020, sendo sua custódia posteriormente
convertida em preventiva e no dia 19/11/2020, foi concedido a coacta o benefício de prisão domiciliar,
portanto há reiteração delitiva, não preenchendo, assim, os requisitos elencados no mencionado Habeas
Corpus coletivo (HC nº 143.641/SP) para a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.
Ainda na análise do feito, percebe-se que não existem nos autos documentos que comprovem o peso total
das drogas apreendidas, pois foi informado pelo impetrante que seriam 02 (duas) porções de maconha,
pesando aproximadamente 69g (sessenta e nove gramas); 02 (duas) porções de cocaína, com o peso de
47g (quarenta e sete gramas); uma porção de oxi pensando aproximadamente 13g (treze gramas).
Portanto não vislumbro preenchidos os requisitos para a concessão da liminar requerida, razão pela qual
reservo-me para melhor apreciação durante o julgamento definitivo e mais aprofundado da matéria, em
razão do impetrante não afastar, prima facie, os requisitos da custódia cautelar, quais sejam, o fumus
comissi delicti, consubstanciado na justificativa adequada de que há indícios suficientes de autoria e prova
da existência do crime, tal como dispõe o artigo 312, segunda parte, do Código de Processo Penal, bem
como o periculum libertatis.
Assim sendo, indefiro o pedido de liminar, nada impedindo que esse entendimento seja revisto por ocasião
do julgamento definitivo do presente writ.
Outrossim, verifica-se que a Desembargadora Vânia Valente do Couto Fortes Bitar Cunha figura como
relatora deste Habeas Corpus, visto que inicialmente foi distribuído à sua relatoria (Id. Doc. nº 6010653 -
página 1), todavia em função de seu afastamento de suas atividades regulares, o writ veio à minha
relatoria para apreciação de liminar, por essa razão, nos termos do artigo 119, do Regimento Interno desta
Corte, após a emissão do parecer ministerial, remetam-se os autos à relatora preventa para julgar o
mérito.
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Gabinete do Desembargador Rômulo Nunes
DECISÃO
Trata-se de Habeas Corpus com Pedido de Liminar para Trancamento de Ação Penal, impetrado em favor
de VICTOR DA SILVA MOREIRA, acusado da prática do crime previsto no artigo 129, § 9º do CPB c/c Lei
nº 11.340/2006, no âmbito de violência doméstica, apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito
da 2ª Vara Criminal da Comarca de Altamira.
O impetrante aduz que durante a fase investigatória a fim de subsidiar a atuação do Ministério Público
para propositura de ação penal, a autoridade policial não indiciou o paciente, contudo foi oferecida a
denúncia, o coacto foi citado e apresentou resposta à acusação, a referida denúncia foi recebida e está
prevista para o dia 27/08/2021, a audiência de instrução e julgamento.
Alega ainda que o coacto se encontra constrangido ilegalmente em decorrência da denúncia ser inepta,
que a conduta é atípica, da ausência de indícios de autoria ou de prova da materialidade do delito ou
então da extinção da punibilidade. Por esses motivos, requereu a concessão liminar, determinando o
trancamento do processo criminal por ausência de justa causa e incompetência do Juízo de Direito da
Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar para a continuidade da presunção criminal.
EXAMINO
Na análise do feito, não vislumbro preenchidos os requisitos para a concessão da liminar requerida, visto
que o impetrante não trouxe aos autos elementos que demonstrem o referido constrangimento ilegal, pois
o alegado trata de alegações referentes à negativa de autoria, insuficiência de provas e ausência de
indícios da materialidade delitiva, matérias que não podem ser enfrentadas em Habeas Corpus, visto que
o writ tem rito célere e cognição sumária, destinado, apenas a corrigir ilegalidades patentes e perceptíveis
de pronto.
Assim sendo, ausentes os requisitos para a concessão da liminar, sobretudo, por considerar que o
deslinde da questão exige um exame mais acurado dos elementos de convicção, bem como o pleito se
confunde com o próprio mérito do Habeas Corpus, indefiro o pedido, nada impedindo que esse
entendimento seja revisto por ocasião do julgamento definitivo do presente writ.
Outrossim, verifica-se que a Desembargadora Maria Edwiges de Miranda Lobato figura como relatora
deste Habeas Corpus, visto que inicialmente foi distribuído a sua relatoria, todavia em função de seu
afastamento de suas atividades regulares, o feito veio à minha relatoria para apreciação de liminar, por
essa razão, nos termos do artigo 119, do Regimento Interno desta Corte, após a emissão do parecer
ministerial, remetam-se os autos à relatora preventa para julgar o presente feito.
Relator
Relator
Faço público a quem interessar possa que, para a 31ª SESSÃO ORDINÁRIA da Egrégia Seção de Direito
Penal, a realizar-se no dia 23 de agosto de 2021, às 09:00h, por meio de videoconferência, nos moldes da
Portaria Conjunta nº 01/2020-GP-VP-CGJ, de 29/04/2020, publicada no DJE de 04/05/2020, devendo ser
observado o que dispõe o art. 3º, caput e § 1º, do referido ato normativo (inclusive, quanto aos processo
adiados e/ou retirados de mesa), foi pautado o julgamento dos seguintes feitos:
Ordem: 001
507
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ordem: 002
Liminar concedida
Ordem: 003
Classe Judicial: HABEAS CORPUS PARA RETIRADA DE MONITORAÇÃO ELETRÔNICA COM PEDIDO
DE LIMINAR
Liminar concedida
Ordem: 004
PACIENTE: R. N. de A. L.
Ordem: 005
Ordem: 006
Classe Judicial: HABEAS CORPUS PARA RETIFICAÇÃO DO CÁLCULO DA PENA COM PEDIDO DE
LIMINAR
Ordem: 007
Ordem: 008
Ordem: 009
Ordem: 010
Ordem: 011
Ordem: 012
Ordem: 013
Liminar concedida
Ordem: 014
Liminar concedida
Ordem: 015
Ordem: 016
Ordem: 017
Ordem: 018
514
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Secretaria da Seção de Direito Penal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado Pará. Belém, 18 de agosto
de 2021. MARIA DE NAZARÉ CARVALHO FRANCO, Secretária da Seção de Direito Penal.
515
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DESPACHO
III - Por fim, encaminhe-se os autos à Procuradoria de Justiça para emissão de parecer.
IV- Cumpra-se.
Desembargador Relator
PROCESSO Nº 0805627-53.2021.8.14.0000
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de recurso de Agravo em Execução Penal interposto por FABIO RIBEIRO DOS SANTOS,
patrocinado por Advogado constituído, contra a v. decisão de lavra do MM. Juiz de Direito da Vara de
Execuções de Penas Privativas de Liberdade de Paragominas - SEEU, que negou o pedido de livramento
516
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
condicional, por considerar desfavorável o histórico carcerário do apenado, bem como por não restar
demonstrado quaisquer dos requisitos do art. 83, inciso III, tampouco do inciso IV e parágrafo único do
CPB.
Nas razões de sua irresignação (ID 5431911 – Págs. 487/492), a defesa pugnou, em síntese, pela reforma
da decisão que indeferiu o pleito, alegando que o apenado já preencheu os requisitos objetivos e
subjetivos, vez que já cumpriu metade de sua pena total.
Em contrarrazões (ID 5431911 – Págs. 505/508), o representante do Ministério Público em primeiro grau,
manifestando-se pelo desprovimento recursal.
Éo relatório.
DECIDO
Consoante relatado, o agravante insurge-se contra a decisão que indeferiu o pedido de concessão do
livramento condicional, ao argumento de que restam preenchidos os requisitos objetivo e subjetivos
relativos a tal benefício.
Analisandos os autos no SEEU - Sistema Eletrônico de Execução Unificado, constatei que no dia
03.08.2021, o magistrado a quo proferiu decisão em que foi concedida ao apenado a progressão ao
regime aberto. Senão vejamos:
“(...) O apenado foi beneficiado com a conversão do regime semiaberto em prisão domiciliar com
monitoração eletrônica. Dito isto, consta dos autos que o requerente cumpriu 1/6 da pena para o delito no
qual foi condenado, conforme cálculo de Pena constante nos autos, onde demonstra que o apenado
cumpriu o requisito objetivo para obtenção da Progressão do regime em 29/07/2021.
Estabelece ao artigo 112 da LEP, pois os requisitos autorizadores à concessão de regime de pena estão
perfeitamente demonstrados nos autos. A progressão de regime de pena consiste na mudança do
itinerário da execução, implicando a transferência do condenado de regime mais rigoroso para outro mais
brando.
Esse benefício deve ser uma conquista do sentenciado, pelo mérito e pressupõe o cumprimento mínimo
de 2/5 da pena no regime inicial ou anterior, nos casos crimes hediondos e o cumprimento mínimo de 1/6
da pena no regime inicial ou anterior, nos casos de crime comum.
POSTO ISTO, considerando o que dos autos constam, CONCEDO a Progressão do regime Semiaberto
para o regime ABERTO, em favor do apenado FÁBIO RIBEIRO DOS SANTOS, com os benefícios do novo
regime, se por outro motivo não deva permanecer preso no regime semiaberto.
Bem como, haja vista que inexiste nesta cidade casa de albergado, determino ao condenado o
cumprimento da pena no regime de PRISAO DOMICILIAR- sem o monitoramento eletrônico, consoante
reiterada jurisprudência do STJ:
1. Inexistindo vaga em estabelecimento compatível com o regime aberto é legítima a prisão domiciliar do
apenado, que não pode cumprir a reprimenda em local mais severo que o determinado na decisão
executória. 2. Habeas corpus concedido para permitir ao paciente aguardar em prisão domiciliar o
surgimento de vaga em estabelecimento prisional adequado ao regime aberto."(HC 96238/RS -
2007/0291726-3 - 5ª T. - Rel. Min. JORGE MUSSI - DJ de 14/04/2008).”
Imponho-lhe as seguintes obrigações (art. 115, Lei 7.210/1984), sob pena de revogação (§ 2º, art. 36,
C.P.B.):
Obter ocupação lícita, no prazo de 30 dias; Comunicar sua ocupação a juízo, mensalmente, informando
sua situação e assinando livro de comparecimento;
Não mudar do território da comarca do juízo da execução, sem prévia autorização deste; Não mudar de
residência sem comunicação ao juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar e de proteção;
Recolher-se à habitação particular até às 23:00 horas; Não frequentar bares e similares, casas de jogos e
boates; Não se envolver em procedimentos penais ou embriagar-se; Não portar armas. ATÉ A DATA
PROVÁVEL DO TÉRMINO DA PENA EM 20/03/2027.
Nos termos do art. 137 da LEP, deixo de designar audiência admonitória, no fórum de Paragominas-PA,
desta forma, deverá o responsável pelo Centro de Monitoração Eletrônica de Paragominas-PA-CMEP, ou
membro por ele designado, em data e hora por ele designada, ler a presente decisão ao apenado,
chamando a atenção do apenado para as condições impostas na decisão.
Deverá o apenado declarar se aceita as condições, o que deverá ser lavrado termo subscrito por quem
presidir a cerimônia e pelo apenado, ou alguém a seu rogo, se não souber ou não puder escrever.
Por fim, deverá ser encaminhada cópia deste termo ao Juiz da execução, devidamente assinado pelo
apenado e fornecida cópia da decisão ao apenado.
Aceitas as obrigações pelo apenado, esta decisão servirá como, ALVARÁ DE SOLTURA se por outro
motivo o apenado não deva permanecer preso, bem como deverá ser retirado o dispositivo de
monitoração eletrônica.
remetidos.
Assim, DECLARO A INCOMPETÊNCIA deste Juízo quanto ao presente feito, determinando a remessa
dos autos ao Juízo da Vara de Execução Penal de Buriticupu-MA, que é o competente para fiscalizar as
condições determinadas em decisão de progressão para o Regime Aberto.
O apenado deve comparecer no fórum do Município de sua residência para dar início ao cumprimento da
condição de número 2 (assinatura mensal).
Intime-se o apenado. Comunique-se à Direção do CRRP, servindo esta decisão de ofício. Cientifique-se o
Ministério Público e a defesa. Paragominas, 03 de agosto de 2021.
Diante das informações supracitadas, dando conta da concessão da concessão do regime semiaberto
para o regime aberto ao reeducando, resta prejudicada a análise do presente recurso de Agravo em
Execução Penal - que visava a reforma da decisão que havia negado o livramento condicional ao
agravante, ante a perda de seu objeto.
Destaco também, que o regime prisional aberto lhe é mais favorável em relação ao livramento condicional,
pois em caso de eventual revogação, o tempo de pena cumprido durante a liberdade condicional não se
desconta o tempo em que esteve solto, nos termos do artigo 88 do Código Penal.
A essa conclusão é possível chegar ao se realizar a análise comparativa das condições pertinentes a cada
benesse em sede de execução:
“O art. 132 da Lei de Execução Penal estabelece como condições obrigatórias para a manutenção do
livramento condicional:
1. a obtenção de ocupação lícita, dentro do prazo razoável se for o sentenciado apto ao trabalho;
3. a não permissão de mudança da Comarca sem prévia autorização do Juiz da Vara das Execuções
competente.
Enquanto que o art. 36 do Código Penal estabelece como condições obrigatórias que o condenado
submetido ao regime aberto de cumprimento da pena privativa de liberdade “deverá, fora do
estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer outra atividade autorizada,
permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga”.
Contudo, há que se ressaltar que, atualmente, não existem casas de albergados, locais que seriam os
adequados para o recolhimento do sentenciado no período noturno e nos dias de folga, razão pela qual o
regime aberto acaba sendo descontado como uma liberdade plena, em que, muitas vezes, o condenado
acaba apenas tendo que comparecer periodicamente em juízo para a comprovação de manutenção de
ocupação lícita.
Após tais ponderações, entendo que a situação atual em que se encontra o agravante (regime aberto)
mostra-se mais favorável, na medida em que, se por um fato ou outro, o livramento condicional for
revogado, voltará a descontar sua pena na fase anterior ao seu deferimento, sem que o tempo em que
esteve em liberdade seja considerado para o término de sua reprimenda.
Destarte, aquilo que fazia objeto do presente recurso manejado pelo sentenciado perdeu seu objeto; está
prejudicado, portanto, seu pedido.
Dispositivo
Diante disso, NÃO CONHEÇO do Recurso de Agravo em Execução, em razão de ter se operado a perda
do objeto do presente recurso, ficando prejudicada a sua análise.
Desembargador Relator
Apelação Penal
Processo:0001321-02.2016.8.14.050
DESPACHO
Analisando os autos, verifico que o veículo conduzido pelo (a) Reclamante está registrado em nome de
terceiro junto ao DETRAN, constando apenas orçamentos das peças e serviços necessários para o
conserto do veículo.
A jurisprudência é pacifica no sentido de que a legitimidade da ação de indenização por danos materiais
emergentes decorrente de acidente de trânsito é do proprietário do veículo ou de terceiro que tenha
suportado/custeado, efetivamente, os danos e reparos do veículo envolvido na colisão.
Deste modo, determino ao (a) Reclamante, que junte aos autos, no prazo de 15 (quinze) dias, a
comprovação de propriedade do veículo, através de contrato de compra e venda, com assinatura
reconhecida em cartório e com data tempestiva a ocorrência do sinistro e/ou aviso de venda junto ao
DETRAN e/ou cópia do D.U.T. (Documento Único de Transferência) com assinaturas reconhecidas em
cartório com datas tempestivas a ocorrência do sinistro e/ou recibo de pagamento ou nota fiscal dos
serviços necessários para o conserto do veículo e de compras de peças, devendo este ser formal e
tempestivo a data do sinistro.
Sendo juntada a referida documentação e sendo comprovada a propriedade ou o custeio dos reparos por
parte do Reclamante, cite-se o (a) Reclamado (a) com as advertências legais.
Juiz de Direito
DESPACHO
Analisando os autos, verifico que o veículo conduzido pelo (a) Reclamante está registrado em nome de
terceiro junto ao DETRAN, constando apenas orçamentos das peças e serviços necessários para o
conserto do veículo.
A jurisprudência é pacifica no sentido de que a legitimidade da ação de indenização por danos materiais
emergentes decorrente de acidente de trânsito é do proprietário do veículo ou de terceiro que tenha
suportado/custeado, efetivamente, os danos e reparos do veículo envolvido na colisão.
Deste modo, determino ao (a) Reclamante, que junte aos autos, no prazo de 15 (quinze) dias, a
comprovação de propriedade do veículo, através de contrato de compra e venda, com assinatura
reconhecida em cartório e com data tempestiva a ocorrência do sinistro e/ou aviso de venda junto ao
DETRAN e/ou cópia do D.U.T. (Documento Único de Transferência) com assinaturas reconhecidas em
cartório com datas tempestivas a ocorrência do sinistro e/ou recibo de pagamento ou nota fiscal dos
serviços necessários para o conserto do veículo e de compras de peças, devendo este ser formal e
tempestivo a data do sinistro.
Sendo juntada a referida documentação e sendo comprovada a propriedade ou o custeio dos reparos por
parte do Reclamante, cite-se o (a) Reclamado (a) com as advertências legais.
Juiz de Direito
DESPACHO
Intime-se a Reclamante, para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar comprovante de receita para fins
do enquadramento na condição de microempresa/empresa de pequeno porte, nos termos do disposto no
art. 8, § 1º, inciso II da Lei nº 9.099/1995 c/c art. 3º, inciso I da Lei Complementar nº 123/2006 c/c
Enunciado nº 135 do FONAJE, como visto a seguir:
Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas
jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno
porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o
empresário a que se refere o art. 966 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, desde que:
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a
R $ 3 6 0 . 0 0 0 , 0 0 ( t r e z e n t o s e s e s s e n t a m i l r e a i s ) e
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00(quatro milhões e oitocentos mil reais).
ENUNCIADO 135 (substitui o Enunciado 47) – O acesso da microempresa ou empresa de pequeno porte
no sistema dos juizados especiais depende da comprovação de sua qualificação tributária atualizada e
documento fiscal referente ao negócio jurídico objeto da demanda. (XXVII Encontro – Palmas/TO).
Ressalto que o requerido se trata de comprovante de receita e não declaração de opção pelo simples ou
de entrega de declaração de imposto de renda.
Certifique-se.
Intime-se e cumpra-se
Juiz de Direito
DESPACHO
Intime-se a Reclamante, para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar comprovante de receita para fins
do enquadramento na condição de microempresa/empresa de pequeno porte, nos termos do disposto no
art. 8, § 1º, inciso II da Lei nº 9.099/1995 c/c art. 3º, inciso I da Lei Complementar nº 123/2006 c/c
Enunciado nº 135 do FONAJE, como visto a seguir:
Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas
jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno
porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o
empresário a que se refere o art. 966 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, desde que:
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a
R $ 3 6 0 . 0 0 0 , 0 0 ( t r e z e n t o s e s e s s e n t a m i l r e a i s ) e
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00(quatro milhões e oitocentos mil reais).
ENUNCIADO 135 (substitui o Enunciado 47) – O acesso da microempresa ou empresa de pequeno porte
no sistema dos juizados especiais depende da comprovação de sua qualificação tributária atualizada e
documento fiscal referente ao negócio jurídico objeto da demanda. (XXVII Encontro – Palmas/TO).
Ressalto que o requerido se trata de comprovante de receita e não declaração de opção pelo simples ou
de entrega de declaração de imposto de renda.
Certifique-se.
Intime-se e cumpra-se
Juiz de Direito
SENTENÇA
Trata-se de Embargos de Terceiro, no qual a Embargante arguiu a impenhorabilidade dos bens e valores
525
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
constritos via mandado de penhora, posto que seriam de sua propriedade e não da Executada. Ressaltou
que apesar da identidade visual, do fato do funcionário presente no local estar trajado com uniforme da
Executada, tal fato se deu por acaso e pela estruturação da Embargante.
No mérito, decido:
A Embargante justifica tais fatos afirmando que utiliza a estrutura deixada pela Reclamada, por ainda estar
se organizando. Contudo, a mesma afirma que a Executada deixou de operar, formalmente, em 2019,
porém, em Novembro de 2020, data da penhora, a identidade visual da Executada ainda estava presente,
funcionários com uniforme desta, bilhetes emitidos em nome desta.
Um ano seria tempo mais do que suficiente para a Embargante expor a sua marca e regularizar a
identidade visual, emissão de bilhetes e uniformes dos seus funcionários. O que se evidencia é que a
Executada ainda continua em operação de fato, ainda que de modo informal, ao que tudo indica se
esgueirando através de outra pessoa jurídica, como forma de evitar a execução de atos de constrição
contra si.
Deste modo, diante do exposto, é possível notar que a Executada ainda continua em operação e os bens
e valores encontrados no momento da penhora tinham toda a aparência de serem utilizados em favor da
Executada, portanto, penhoráveis.
Cumpra-se..
Juiz de Direito
SENTENÇA
526
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Trata-se de Embargos de Terceiro, no qual a Embargante arguiu a impenhorabilidade dos bens e valores
constritos via mandado de penhora, posto que seriam de sua propriedade e não da Executada. Ressaltou
que apesar da identidade visual, do fato do funcionário presente no local estar trajado com uniforme da
Executada, tal fato se deu por acaso e pela estruturação da Embargante.
No mérito, decido:
A Embargante justifica tais fatos afirmando que utiliza a estrutura deixada pela Reclamada, por ainda estar
se organizando. Contudo, a mesma afirma que a Executada deixou de operar, formalmente, em 2019,
porém, em Novembro de 2020, data da penhora, a identidade visual da Executada ainda estava presente,
funcionários com uniforme desta, bilhetes emitidos em nome desta.
Um ano seria tempo mais do que suficiente para a Embargante expor a sua marca e regularizar a
identidade visual, emissão de bilhetes e uniformes dos seus funcionários. O que se evidencia é que a
Executada ainda continua em operação de fato, ainda que de modo informal, ao que tudo indica se
esgueirando através de outra pessoa jurídica, como forma de evitar a execução de atos de constrição
contra si.
Deste modo, diante do exposto, é possível notar que a Executada ainda continua em operação e os bens
e valores encontrados no momento da penhora tinham toda a aparência de serem utilizados em favor da
Executada, portanto, penhoráveis.
Cumpra-se..
Juiz de Direito
SENTENÇA
Trata-se de Embargos de Terceiro, no qual a Embargante arguiu a impenhorabilidade dos bens e valores
constritos via mandado de penhora, posto que seriam de sua propriedade e não da Executada. Ressaltou
que apesar da identidade visual, do fato do funcionário presente no local estar trajado com uniforme da
Executada, tal fato se deu por acaso e pela estruturação da Embargante.
No mérito, decido:
A Embargante justifica tais fatos afirmando que utiliza a estrutura deixada pela Reclamada, por ainda estar
se organizando. Contudo, a mesma afirma que a Executada deixou de operar, formalmente, em 2019,
porém, em Novembro de 2020, data da penhora, a identidade visual da Executada ainda estava presente,
funcionários com uniforme desta, bilhetes emitidos em nome desta.
Um ano seria tempo mais do que suficiente para a Embargante expor a sua marca e regularizar a
identidade visual, emissão de bilhetes e uniformes dos seus funcionários. O que se evidencia é que a
Executada ainda continua em operação de fato, ainda que de modo informal, ao que tudo indica se
esgueirando através de outra pessoa jurídica, como forma de evitar a execução de atos de constrição
contra si.
Deste modo, diante do exposto, é possível notar que a Executada ainda continua em operação e os bens
e valores encontrados no momento da penhora tinham toda a aparência de serem utilizados em favor da
Executada, portanto, penhoráveis.
Cumpra-se..
Juiz de Direito
ALEXANDRE BRANDAO BASTOS FREIRE OAB: 20812/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE
LUIS BASTOS FREIRE OAB: 13997/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: SOMURB
SOLUCOES LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ GUILHERME DE LA ROCQUE SILVA
PINHO OAB: 27800/PA
SENTENÇA
Trata-se de Embargos de Terceiro, no qual a Embargante arguiu a impenhorabilidade dos bens e valores
constritos via mandado de penhora, posto que seriam de sua propriedade e não da Executada. Ressaltou
que apesar da identidade visual, do fato do funcionário presente no local estar trajado com uniforme da
Executada, tal fato se deu por acaso e pela estruturação da Embargante.
No mérito, decido:
A Embargante justifica tais fatos afirmando que utiliza a estrutura deixada pela Reclamada, por ainda estar
se organizando. Contudo, a mesma afirma que a Executada deixou de operar, formalmente, em 2019,
porém, em Novembro de 2020, data da penhora, a identidade visual da Executada ainda estava presente,
funcionários com uniforme desta, bilhetes emitidos em nome desta.
Um ano seria tempo mais do que suficiente para a Embargante expor a sua marca e regularizar a
identidade visual, emissão de bilhetes e uniformes dos seus funcionários. O que se evidencia é que a
Executada ainda continua em operação de fato, ainda que de modo informal, ao que tudo indica se
esgueirando através de outra pessoa jurídica, como forma de evitar a execução de atos de constrição
contra si.
Deste modo, diante do exposto, é possível notar que a Executada ainda continua em operação e os bens
e valores encontrados no momento da penhora tinham toda a aparência de serem utilizados em favor da
Executada, portanto, penhoráveis.
Cumpra-se..
Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
SENTENÇA
O Reclamante relatou que no dia 04/06/2020, conduzia seu veículo pela estrada do município de
Barcarena/PA, conhecida como “trevo do peteca”, sentido Vila dos Cabanos, quando foi surpreendido pelo
condutor do veículo do Reclamado, que atingiu a parte lateral traseira do veículo do Reclamante, o qual
ficou imprensado em outro caminhão que estava parado no acostamento, causando-lhe danos de grande
monta. Em função de tal fato, ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos materiais no total
de R$ 18.930,00.
Analisando os autos, verifica-se que o reclamado juntou tardiamente, cerca de um mês após a data de
realização da audiência, apenas o resultado negativo do teste de covid-19, sem atestado médico ou outro
documento que comprovasse seu alegado estado de saúde, motivo pelo qual indefiro o pedido de
afastamento da revelia e os demais pedidos.
No caso sub examine, o Reclamado não esteve presente em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, deixando de apresentar defesa nos autos. Como a Lei dos Juizados Especiais (Lei nº
9.099/1995) adotou o critério da presença em audiência para a configuração do estado de revelia e o
comparecimento pessoal das partes ao referido ato processual é imperativo e obrigatório, DECRETO A
REVELIA do Reclamado, conforme preceituado pelos artigos 20 e 23 da Lei nº. 9.099/95 c/c Enunciado 20
do FONAJE, a saber:
De acordo com os relatos da parte, testemunha e especialmente as fotografias juntadas aos autos, nota-se
530
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
que o veículo do Reclamante foi atingido em seu setor lateral esquerdo traseiro pelo veículo do
Reclamado, quando este realizava manobra para adentrar a via em que o veículo do reclamante trafegava.
Constatada a colisão, infere-se que o condutor do caminhão da parte Reclamada agiu com imprudência,
ao não observar o veículo do reclamante já na via posicionado, afrontando as regras gerais de circulação
e conduta no trânsito:
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;
§2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos
não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
posição, sua direção e sua velocidade.
Diante de tais fatos e fundamentos, fica configurada a culpa in eligendo e a responsabilidade da parte
Reclamada, na condição de empregadora do condutor e de proprietária do veículo causador da colisão,
com o consequente surgimento do dever de indenizar os danos suportados pelo Reclamante, a teor dos
arts. 186, 927 e inciso III do art. 932 do Código Civil:
Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que
lhes competir, ou em razão dele;
Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a análise dos pedidos da inicial,
sua existência e possíveis quantificações, que devem observar as provas dos autos, onde foi juntada nota
fiscal das peças e serviços necessários para o conserto do seu automóvel, no importe de R$ 18.480,00,
bem como a quantia de R$ 450,00 pelo serviço de guincho do veículo. Portanto, é devida indenização por
danos materiais no valor total de R$ 18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais).
Posto isto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO inicial, para condenar o Reclamado ao pagamento de R$
18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais) a título de indenização por danos materiais em favor do
Reclamante, com correção monetária pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês, ambos com incidência a partir da data do evento danoso (04/06/2020), conforme estabelecido pelas
súmulas nº 43 e 54 do STJ. Extingue-se o processo com resolução do mérito, forte no inciso I do artigo
487 do CPC.
Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).
531
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
P.R.I.C.
Juiz de Direito
SENTENÇA
O Reclamante relatou que no dia 04/06/2020, conduzia seu veículo pela estrada do município de
Barcarena/PA, conhecida como “trevo do peteca”, sentido Vila dos Cabanos, quando foi surpreendido pelo
condutor do veículo do Reclamado, que atingiu a parte lateral traseira do veículo do Reclamante, o qual
ficou imprensado em outro caminhão que estava parado no acostamento, causando-lhe danos de grande
monta. Em função de tal fato, ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos materiais no total
de R$ 18.930,00.
Analisando os autos, verifica-se que o reclamado juntou tardiamente, cerca de um mês após a data de
realização da audiência, apenas o resultado negativo do teste de covid-19, sem atestado médico ou outro
documento que comprovasse seu alegado estado de saúde, motivo pelo qual indefiro o pedido de
afastamento da revelia e os demais pedidos.
No caso sub examine, o Reclamado não esteve presente em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, deixando de apresentar defesa nos autos. Como a Lei dos Juizados Especiais (Lei nº
9.099/1995) adotou o critério da presença em audiência para a configuração do estado de revelia e o
comparecimento pessoal das partes ao referido ato processual é imperativo e obrigatório, DECRETO A
REVELIA do Reclamado, conforme preceituado pelos artigos 20 e 23 da Lei nº. 9.099/95 c/c Enunciado 20
do FONAJE, a saber:
De acordo com os relatos da parte, testemunha e especialmente as fotografias juntadas aos autos, nota-se
que o veículo do Reclamante foi atingido em seu setor lateral esquerdo traseiro pelo veículo do
Reclamado, quando este realizava manobra para adentrar a via em que o veículo do reclamante trafegava.
Constatada a colisão, infere-se que o condutor do caminhão da parte Reclamada agiu com imprudência,
ao não observar o veículo do reclamante já na via posicionado, afrontando as regras gerais de circulação
e conduta no trânsito:
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;
§2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos
não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
posição, sua direção e sua velocidade.
Diante de tais fatos e fundamentos, fica configurada a culpa in eligendo e a responsabilidade da parte
Reclamada, na condição de empregadora do condutor e de proprietária do veículo causador da colisão,
com o consequente surgimento do dever de indenizar os danos suportados pelo Reclamante, a teor dos
arts. 186, 927 e inciso III do art. 932 do Código Civil:
Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que
lhes competir, ou em razão dele;
Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a análise dos pedidos da inicial,
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sua existência e possíveis quantificações, que devem observar as provas dos autos, onde foi juntada nota
fiscal das peças e serviços necessários para o conserto do seu automóvel, no importe de R$ 18.480,00,
bem como a quantia de R$ 450,00 pelo serviço de guincho do veículo. Portanto, é devida indenização por
danos materiais no valor total de R$ 18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais).
Posto isto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO inicial, para condenar o Reclamado ao pagamento de R$
18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais) a título de indenização por danos materiais em favor do
Reclamante, com correção monetária pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês, ambos com incidência a partir da data do evento danoso (04/06/2020), conforme estabelecido pelas
súmulas nº 43 e 54 do STJ. Extingue-se o processo com resolução do mérito, forte no inciso I do artigo
487 do CPC.
Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).
P.R.I.C.
Juiz de Direito
SENTENÇA
O Reclamante relatou que no dia 04/06/2020, conduzia seu veículo pela estrada do município de
Barcarena/PA, conhecida como “trevo do peteca”, sentido Vila dos Cabanos, quando foi surpreendido pelo
condutor do veículo do Reclamado, que atingiu a parte lateral traseira do veículo do Reclamante, o qual
ficou imprensado em outro caminhão que estava parado no acostamento, causando-lhe danos de grande
monta. Em função de tal fato, ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos materiais no total
de R$ 18.930,00.
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Analisando os autos, verifica-se que o reclamado juntou tardiamente, cerca de um mês após a data de
realização da audiência, apenas o resultado negativo do teste de covid-19, sem atestado médico ou outro
documento que comprovasse seu alegado estado de saúde, motivo pelo qual indefiro o pedido de
afastamento da revelia e os demais pedidos.
No caso sub examine, o Reclamado não esteve presente em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, deixando de apresentar defesa nos autos. Como a Lei dos Juizados Especiais (Lei nº
9.099/1995) adotou o critério da presença em audiência para a configuração do estado de revelia e o
comparecimento pessoal das partes ao referido ato processual é imperativo e obrigatório, DECRETO A
REVELIA do Reclamado, conforme preceituado pelos artigos 20 e 23 da Lei nº. 9.099/95 c/c Enunciado 20
do FONAJE, a saber:
De acordo com os relatos da parte, testemunha e especialmente as fotografias juntadas aos autos, nota-se
que o veículo do Reclamante foi atingido em seu setor lateral esquerdo traseiro pelo veículo do
Reclamado, quando este realizava manobra para adentrar a via em que o veículo do reclamante trafegava.
Constatada a colisão, infere-se que o condutor do caminhão da parte Reclamada agiu com imprudência,
ao não observar o veículo do reclamante já na via posicionado, afrontando as regras gerais de circulação
e conduta no trânsito:
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;
§2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos
não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
posição, sua direção e sua velocidade.
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Diante de tais fatos e fundamentos, fica configurada a culpa in eligendo e a responsabilidade da parte
Reclamada, na condição de empregadora do condutor e de proprietária do veículo causador da colisão,
com o consequente surgimento do dever de indenizar os danos suportados pelo Reclamante, a teor dos
arts. 186, 927 e inciso III do art. 932 do Código Civil:
Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que
lhes competir, ou em razão dele;
Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a análise dos pedidos da inicial,
sua existência e possíveis quantificações, que devem observar as provas dos autos, onde foi juntada nota
fiscal das peças e serviços necessários para o conserto do seu automóvel, no importe de R$ 18.480,00,
bem como a quantia de R$ 450,00 pelo serviço de guincho do veículo. Portanto, é devida indenização por
danos materiais no valor total de R$ 18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais).
Posto isto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO inicial, para condenar o Reclamado ao pagamento de R$
18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais) a título de indenização por danos materiais em favor do
Reclamante, com correção monetária pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês, ambos com incidência a partir da data do evento danoso (04/06/2020), conforme estabelecido pelas
súmulas nº 43 e 54 do STJ. Extingue-se o processo com resolução do mérito, forte no inciso I do artigo
487 do CPC.
Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).
P.R.I.C.
Juiz de Direito
SENTENÇA
O Reclamante relatou que no dia 04/06/2020, conduzia seu veículo pela estrada do município de
Barcarena/PA, conhecida como “trevo do peteca”, sentido Vila dos Cabanos, quando foi surpreendido pelo
condutor do veículo do Reclamado, que atingiu a parte lateral traseira do veículo do Reclamante, o qual
ficou imprensado em outro caminhão que estava parado no acostamento, causando-lhe danos de grande
monta. Em função de tal fato, ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos materiais no total
de R$ 18.930,00.
Analisando os autos, verifica-se que o reclamado juntou tardiamente, cerca de um mês após a data de
realização da audiência, apenas o resultado negativo do teste de covid-19, sem atestado médico ou outro
documento que comprovasse seu alegado estado de saúde, motivo pelo qual indefiro o pedido de
afastamento da revelia e os demais pedidos.
No caso sub examine, o Reclamado não esteve presente em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, deixando de apresentar defesa nos autos. Como a Lei dos Juizados Especiais (Lei nº
9.099/1995) adotou o critério da presença em audiência para a configuração do estado de revelia e o
comparecimento pessoal das partes ao referido ato processual é imperativo e obrigatório, DECRETO A
REVELIA do Reclamado, conforme preceituado pelos artigos 20 e 23 da Lei nº. 9.099/95 c/c Enunciado 20
do FONAJE, a saber:
De acordo com os relatos da parte, testemunha e especialmente as fotografias juntadas aos autos, nota-se
que o veículo do Reclamante foi atingido em seu setor lateral esquerdo traseiro pelo veículo do
Reclamado, quando este realizava manobra para adentrar a via em que o veículo do reclamante trafegava.
Constatada a colisão, infere-se que o condutor do caminhão da parte Reclamada agiu com imprudência,
ao não observar o veículo do reclamante já na via posicionado, afrontando as regras gerais de circulação
e conduta no trânsito:
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
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Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;
§2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos
não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
posição, sua direção e sua velocidade.
Diante de tais fatos e fundamentos, fica configurada a culpa in eligendo e a responsabilidade da parte
Reclamada, na condição de empregadora do condutor e de proprietária do veículo causador da colisão,
com o consequente surgimento do dever de indenizar os danos suportados pelo Reclamante, a teor dos
arts. 186, 927 e inciso III do art. 932 do Código Civil:
Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que
lhes competir, ou em razão dele;
Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a análise dos pedidos da inicial,
sua existência e possíveis quantificações, que devem observar as provas dos autos, onde foi juntada nota
fiscal das peças e serviços necessários para o conserto do seu automóvel, no importe de R$ 18.480,00,
bem como a quantia de R$ 450,00 pelo serviço de guincho do veículo. Portanto, é devida indenização por
danos materiais no valor total de R$ 18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais).
Posto isto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO inicial, para condenar o Reclamado ao pagamento de R$
18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais) a título de indenização por danos materiais em favor do
Reclamante, com correção monetária pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês, ambos com incidência a partir da data do evento danoso (04/06/2020), conforme estabelecido pelas
súmulas nº 43 e 54 do STJ. Extingue-se o processo com resolução do mérito, forte no inciso I do artigo
487 do CPC.
Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).
P.R.I.C.
Juiz de Direito
SENTENÇA
O Reclamante relatou que no dia 04/06/2020, conduzia seu veículo pela estrada do município de
Barcarena/PA, conhecida como “trevo do peteca”, sentido Vila dos Cabanos, quando foi surpreendido pelo
condutor do veículo do Reclamado, que atingiu a parte lateral traseira do veículo do Reclamante, o qual
ficou imprensado em outro caminhão que estava parado no acostamento, causando-lhe danos de grande
monta. Em função de tal fato, ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos materiais no total
de R$ 18.930,00.
Analisando os autos, verifica-se que o reclamado juntou tardiamente, cerca de um mês após a data de
realização da audiência, apenas o resultado negativo do teste de covid-19, sem atestado médico ou outro
documento que comprovasse seu alegado estado de saúde, motivo pelo qual indefiro o pedido de
afastamento da revelia e os demais pedidos.
No caso sub examine, o Reclamado não esteve presente em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, deixando de apresentar defesa nos autos. Como a Lei dos Juizados Especiais (Lei nº
9.099/1995) adotou o critério da presença em audiência para a configuração do estado de revelia e o
comparecimento pessoal das partes ao referido ato processual é imperativo e obrigatório, DECRETO A
REVELIA do Reclamado, conforme preceituado pelos artigos 20 e 23 da Lei nº. 9.099/95 c/c Enunciado 20
do FONAJE, a saber:
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De acordo com os relatos da parte, testemunha e especialmente as fotografias juntadas aos autos, nota-se
que o veículo do Reclamante foi atingido em seu setor lateral esquerdo traseiro pelo veículo do
Reclamado, quando este realizava manobra para adentrar a via em que o veículo do reclamante trafegava.
Constatada a colisão, infere-se que o condutor do caminhão da parte Reclamada agiu com imprudência,
ao não observar o veículo do reclamante já na via posicionado, afrontando as regras gerais de circulação
e conduta no trânsito:
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;
§2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos
não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
posição, sua direção e sua velocidade.
Diante de tais fatos e fundamentos, fica configurada a culpa in eligendo e a responsabilidade da parte
Reclamada, na condição de empregadora do condutor e de proprietária do veículo causador da colisão,
com o consequente surgimento do dever de indenizar os danos suportados pelo Reclamante, a teor dos
arts. 186, 927 e inciso III do art. 932 do Código Civil:
Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que
lhes competir, ou em razão dele;
Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a análise dos pedidos da inicial,
sua existência e possíveis quantificações, que devem observar as provas dos autos, onde foi juntada nota
fiscal das peças e serviços necessários para o conserto do seu automóvel, no importe de R$ 18.480,00,
bem como a quantia de R$ 450,00 pelo serviço de guincho do veículo. Portanto, é devida indenização por
danos materiais no valor total de R$ 18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais).
Posto isto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO inicial, para condenar o Reclamado ao pagamento de R$
18.930,00 (dezoito mil, novecentos e trinta reais) a título de indenização por danos materiais em favor do
Reclamante, com correção monetária pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês, ambos com incidência a partir da data do evento danoso (04/06/2020), conforme estabelecido pelas
súmulas nº 43 e 54 do STJ. Extingue-se o processo com resolução do mérito, forte no inciso I do artigo
487 do CPC.
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Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).
P.R.I.C.
Juiz de Direito
Processo nº 0810809-87.2021.8.14.0301
SENTENÇA
O Reclamante afirmou que no dia 08/02/2021, conduzia seu veículo pela Av. Júlio César, no elevado
Daniel Berg, quando o veículo que estava a sua frente freou, em decorrência da queda de um motociclista,
momento em que freou e em seguida foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. Diante
de tais fatos ajuizou a presente ação visando indenização por danos materiais na quantia de R$ 8.404,13
e indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00.
DECIDO:
Quato a preliminar de incompetência do juizado para julgar a causa, em decorrência da sua complexidade
e necessidade de perícia técnica, a mesma não pode ser acatada, haja vista que constam dos autos os
elementos e provas capazes de embasar o julgamento do mérito, tornando desnecessária a realização de
perícia técnica, o que conduz na rejeição da preliminar.
541
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
No mérito:
Analisando os relatos das partes e testemunhas, é possível notar que a dinâmica do sinistro ocorreu após
um veículo de terceiro parar na via, sendo atingido por uma motocicleta não identificada, obrigando outro
veículo e o Reclamante a pararem na via, possivelmente, ocorrendo uma primeira colisão neste instante,
momento em que o veículo do Reclamado atingiu o setor traseiro do veículo do Reclamante.
Desta feita, concluo que as colisões em cadeia se deram, exclusivamente, por culpa exclusiva de
terceiros, no caso, do motociclista que ocasionou a primeira colisão, obrigando os demais veículos a
frearem bruscamente.
A culpa se configura como um elemento indispensável na responsabilidade civil subjetiva, sendo um dos
requisitos caracterizadores do dever de indenizar. Nesta seara, deve se observar se a ação ou omissão de
terceiro deve constituir causa estranha ao aparente causador do dano, para que efetivamente o exonere
do dever de indenizar, portanto, não é imprescindível que o terceiro aja culposamente para que se possa
elidir a responsabilidade do causador aparente do dano, bastando que produza qualquer fato juridicamente
relevante para alterar a cadeia causal.
De igual modo, para que o fato de terceiro seja capaz de excluir a relação causal, deverá o mesmo ser
imprevisível e inevitável pelo agente, como o foi no presente caso.
O mesmo fundamento se aplica ao pedido contraposto, posto que a culpa também se atribui ao terceiro e
não ao Reclamante.
Posto isto, JULGO IMPROCEDENTES O PEDIDO INICIAL E O PEDIDO CONTRAPOSTO, nos termos da
fundamentação exposta, para em consequência, julgar extinto o processo com resolução do mérito, com
espeque no inciso I do artigo 487 do CPC.
Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).
P.R.I.C.
Processo nº 0810809-87.2021.8.14.0301
SENTENÇA
O Reclamante afirmou que no dia 08/02/2021, conduzia seu veículo pela Av. Júlio César, no elevado
Daniel Berg, quando o veículo que estava a sua frente freou, em decorrência da queda de um motociclista,
momento em que freou e em seguida foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. Diante
de tais fatos ajuizou a presente ação visando indenização por danos materiais na quantia de R$ 8.404,13
e indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00.
DECIDO:
Quato a preliminar de incompetência do juizado para julgar a causa, em decorrência da sua complexidade
e necessidade de perícia técnica, a mesma não pode ser acatada, haja vista que constam dos autos os
elementos e provas capazes de embasar o julgamento do mérito, tornando desnecessária a realização de
perícia técnica, o que conduz na rejeição da preliminar.
No mérito:
Analisando os relatos das partes e testemunhas, é possível notar que a dinâmica do sinistro ocorreu após
um veículo de terceiro parar na via, sendo atingido por uma motocicleta não identificada, obrigando outro
veículo e o Reclamante a pararem na via, possivelmente, ocorrendo uma primeira colisão neste instante,
momento em que o veículo do Reclamado atingiu o setor traseiro do veículo do Reclamante.
Desta feita, concluo que as colisões em cadeia se deram, exclusivamente, por culpa exclusiva de
terceiros, no caso, do motociclista que ocasionou a primeira colisão, obrigando os demais veículos a
frearem bruscamente.
A culpa se configura como um elemento indispensável na responsabilidade civil subjetiva, sendo um dos
requisitos caracterizadores do dever de indenizar. Nesta seara, deve se observar se a ação ou omissão de
terceiro deve constituir causa estranha ao aparente causador do dano, para que efetivamente o exonere
do dever de indenizar, portanto, não é imprescindível que o terceiro aja culposamente para que se possa
elidir a responsabilidade do causador aparente do dano, bastando que produza qualquer fato juridicamente
relevante para alterar a cadeia causal.
De igual modo, para que o fato de terceiro seja capaz de excluir a relação causal, deverá o mesmo ser
imprevisível e inevitável pelo agente, como o foi no presente caso.
O mesmo fundamento se aplica ao pedido contraposto, posto que a culpa também se atribui ao terceiro e
não ao Reclamante.
543
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Posto isto, JULGO IMPROCEDENTES O PEDIDO INICIAL E O PEDIDO CONTRAPOSTO, nos termos da
fundamentação exposta, para em consequência, julgar extinto o processo com resolução do mérito, com
espeque no inciso I do artigo 487 do CPC.
Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).
P.R.I.C.
Processo nº 0810809-87.2021.8.14.0301
SENTENÇA
O Reclamante afirmou que no dia 08/02/2021, conduzia seu veículo pela Av. Júlio César, no elevado
Daniel Berg, quando o veículo que estava a sua frente freou, em decorrência da queda de um motociclista,
momento em que freou e em seguida foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. Diante
de tais fatos ajuizou a presente ação visando indenização por danos materiais na quantia de R$ 8.404,13
e indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00.
DECIDO:
Quato a preliminar de incompetência do juizado para julgar a causa, em decorrência da sua complexidade
e necessidade de perícia técnica, a mesma não pode ser acatada, haja vista que constam dos autos os
elementos e provas capazes de embasar o julgamento do mérito, tornando desnecessária a realização de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
No mérito:
Analisando os relatos das partes e testemunhas, é possível notar que a dinâmica do sinistro ocorreu após
um veículo de terceiro parar na via, sendo atingido por uma motocicleta não identificada, obrigando outro
veículo e o Reclamante a pararem na via, possivelmente, ocorrendo uma primeira colisão neste instante,
momento em que o veículo do Reclamado atingiu o setor traseiro do veículo do Reclamante.
Desta feita, concluo que as colisões em cadeia se deram, exclusivamente, por culpa exclusiva de
terceiros, no caso, do motociclista que ocasionou a primeira colisão, obrigando os demais veículos a
frearem bruscamente.
A culpa se configura como um elemento indispensável na responsabilidade civil subjetiva, sendo um dos
requisitos caracterizadores do dever de indenizar. Nesta seara, deve se observar se a ação ou omissão de
terceiro deve constituir causa estranha ao aparente causador do dano, para que efetivamente o exonere
do dever de indenizar, portanto, não é imprescindível que o terceiro aja culposamente para que se possa
elidir a responsabilidade do causador aparente do dano, bastando que produza qualquer fato juridicamente
relevante para alterar a cadeia causal.
De igual modo, para que o fato de terceiro seja capaz de excluir a relação causal, deverá o mesmo ser
imprevisível e inevitável pelo agente, como o foi no presente caso.
O mesmo fundamento se aplica ao pedido contraposto, posto que a culpa também se atribui ao terceiro e
não ao Reclamante.
Posto isto, JULGO IMPROCEDENTES O PEDIDO INICIAL E O PEDIDO CONTRAPOSTO, nos termos da
fundamentação exposta, para em consequência, julgar extinto o processo com resolução do mérito, com
espeque no inciso I do artigo 487 do CPC.
Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).
P.R.I.C.
Processo nº 0810809-87.2021.8.14.0301
SENTENÇA
O Reclamante afirmou que no dia 08/02/2021, conduzia seu veículo pela Av. Júlio César, no elevado
Daniel Berg, quando o veículo que estava a sua frente freou, em decorrência da queda de um motociclista,
momento em que freou e em seguida foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. Diante
de tais fatos ajuizou a presente ação visando indenização por danos materiais na quantia de R$ 8.404,13
e indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00.
DECIDO:
Quato a preliminar de incompetência do juizado para julgar a causa, em decorrência da sua complexidade
e necessidade de perícia técnica, a mesma não pode ser acatada, haja vista que constam dos autos os
elementos e provas capazes de embasar o julgamento do mérito, tornando desnecessária a realização de
perícia técnica, o que conduz na rejeição da preliminar.
No mérito:
Analisando os relatos das partes e testemunhas, é possível notar que a dinâmica do sinistro ocorreu após
um veículo de terceiro parar na via, sendo atingido por uma motocicleta não identificada, obrigando outro
veículo e o Reclamante a pararem na via, possivelmente, ocorrendo uma primeira colisão neste instante,
momento em que o veículo do Reclamado atingiu o setor traseiro do veículo do Reclamante.
Desta feita, concluo que as colisões em cadeia se deram, exclusivamente, por culpa exclusiva de
terceiros, no caso, do motociclista que ocasionou a primeira colisão, obrigando os demais veículos a
frearem bruscamente.
A culpa se configura como um elemento indispensável na responsabilidade civil subjetiva, sendo um dos
requisitos caracterizadores do dever de indenizar. Nesta seara, deve se observar se a ação ou omissão de
terceiro deve constituir causa estranha ao aparente causador do dano, para que efetivamente o exonere
do dever de indenizar, portanto, não é imprescindível que o terceiro aja culposamente para que se possa
elidir a responsabilidade do causador aparente do dano, bastando que produza qualquer fato juridicamente
relevante para alterar a cadeia causal.
De igual modo, para que o fato de terceiro seja capaz de excluir a relação causal, deverá o mesmo ser
imprevisível e inevitável pelo agente, como o foi no presente caso.
O mesmo fundamento se aplica ao pedido contraposto, posto que a culpa também se atribui ao terceiro e
não ao Reclamante.
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Posto isto, JULGO IMPROCEDENTES O PEDIDO INICIAL E O PEDIDO CONTRAPOSTO, nos termos da
fundamentação exposta, para em consequência, julgar extinto o processo com resolução do mérito, com
espeque no inciso I do artigo 487 do CPC.
Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).
P.R.I.C.
Processo nº 0810809-87.2021.8.14.0301
SENTENÇA
O Reclamante afirmou que no dia 08/02/2021, conduzia seu veículo pela Av. Júlio César, no elevado
Daniel Berg, quando o veículo que estava a sua frente freou, em decorrência da queda de um motociclista,
momento em que freou e em seguida foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. Diante
de tais fatos ajuizou a presente ação visando indenização por danos materiais na quantia de R$ 8.404,13
e indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00.
DECIDO:
Quato a preliminar de incompetência do juizado para julgar a causa, em decorrência da sua complexidade
e necessidade de perícia técnica, a mesma não pode ser acatada, haja vista que constam dos autos os
elementos e provas capazes de embasar o julgamento do mérito, tornando desnecessária a realização de
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No mérito:
Analisando os relatos das partes e testemunhas, é possível notar que a dinâmica do sinistro ocorreu após
um veículo de terceiro parar na via, sendo atingido por uma motocicleta não identificada, obrigando outro
veículo e o Reclamante a pararem na via, possivelmente, ocorrendo uma primeira colisão neste instante,
momento em que o veículo do Reclamado atingiu o setor traseiro do veículo do Reclamante.
Desta feita, concluo que as colisões em cadeia se deram, exclusivamente, por culpa exclusiva de
terceiros, no caso, do motociclista que ocasionou a primeira colisão, obrigando os demais veículos a
frearem bruscamente.
A culpa se configura como um elemento indispensável na responsabilidade civil subjetiva, sendo um dos
requisitos caracterizadores do dever de indenizar. Nesta seara, deve se observar se a ação ou omissão de
terceiro deve constituir causa estranha ao aparente causador do dano, para que efetivamente o exonere
do dever de indenizar, portanto, não é imprescindível que o terceiro aja culposamente para que se possa
elidir a responsabilidade do causador aparente do dano, bastando que produza qualquer fato juridicamente
relevante para alterar a cadeia causal.
De igual modo, para que o fato de terceiro seja capaz de excluir a relação causal, deverá o mesmo ser
imprevisível e inevitável pelo agente, como o foi no presente caso.
O mesmo fundamento se aplica ao pedido contraposto, posto que a culpa também se atribui ao terceiro e
não ao Reclamante.
Posto isto, JULGO IMPROCEDENTES O PEDIDO INICIAL E O PEDIDO CONTRAPOSTO, nos termos da
fundamentação exposta, para em consequência, julgar extinto o processo com resolução do mérito, com
espeque no inciso I do artigo 487 do CPC.
Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).
P.R.I.C.
Processo nº 0810809-87.2021.8.14.0301
SENTENÇA
O Reclamante afirmou que no dia 08/02/2021, conduzia seu veículo pela Av. Júlio César, no elevado
Daniel Berg, quando o veículo que estava a sua frente freou, em decorrência da queda de um motociclista,
momento em que freou e em seguida foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. Diante
de tais fatos ajuizou a presente ação visando indenização por danos materiais na quantia de R$ 8.404,13
e indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00.
DECIDO:
Quato a preliminar de incompetência do juizado para julgar a causa, em decorrência da sua complexidade
e necessidade de perícia técnica, a mesma não pode ser acatada, haja vista que constam dos autos os
elementos e provas capazes de embasar o julgamento do mérito, tornando desnecessária a realização de
perícia técnica, o que conduz na rejeição da preliminar.
No mérito:
Analisando os relatos das partes e testemunhas, é possível notar que a dinâmica do sinistro ocorreu após
um veículo de terceiro parar na via, sendo atingido por uma motocicleta não identificada, obrigando outro
veículo e o Reclamante a pararem na via, possivelmente, ocorrendo uma primeira colisão neste instante,
momento em que o veículo do Reclamado atingiu o setor traseiro do veículo do Reclamante.
Desta feita, concluo que as colisões em cadeia se deram, exclusivamente, por culpa exclusiva de
terceiros, no caso, do motociclista que ocasionou a primeira colisão, obrigando os demais veículos a
frearem bruscamente.
A culpa se configura como um elemento indispensável na responsabilidade civil subjetiva, sendo um dos
requisitos caracterizadores do dever de indenizar. Nesta seara, deve se observar se a ação ou omissão de
terceiro deve constituir causa estranha ao aparente causador do dano, para que efetivamente o exonere
do dever de indenizar, portanto, não é imprescindível que o terceiro aja culposamente para que se possa
elidir a responsabilidade do causador aparente do dano, bastando que produza qualquer fato juridicamente
relevante para alterar a cadeia causal.
De igual modo, para que o fato de terceiro seja capaz de excluir a relação causal, deverá o mesmo ser
imprevisível e inevitável pelo agente, como o foi no presente caso.
O mesmo fundamento se aplica ao pedido contraposto, posto que a culpa também se atribui ao terceiro e
não ao Reclamante.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Posto isto, JULGO IMPROCEDENTES O PEDIDO INICIAL E O PEDIDO CONTRAPOSTO, nos termos da
fundamentação exposta, para em consequência, julgar extinto o processo com resolução do mérito, com
espeque no inciso I do artigo 487 do CPC.
Deixo de apreciar o pedido de gratuidade de justiça, eis que despido de interesse processual diante da
isenção legal nesta instância. Sem custas ou honorários nesta instância (arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).
P.R.I.C.
SENTENÇA
Vistos, etc …
O Reclamante relatou que no dia 15/09/2020, trafegava com seu veículo pela BR 316, sentido Marituba-
Pa, momento em que teve o seu automóvel atingido em seu setor traseiro pelo veículo conduzido pelo
Reclamado ocasionando diversos danos tanto na parte traseira como na dianteira, pois, devido ao
impacto, seu veiculo foi arremessado, vindo a chocar-se com a traseira do veículo que se encontrava a
sua frente. Após a colisão, o Reclamado teria se recusado a assumir a responsabilidade pelos danos
causados. Por tais fatos, ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos materiais na quantia
de R$ 1.970,00.
convicção do juiz.
No caso sub examine, o Reclamado não esteve presente em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, deixando de apresentar defesa nos autos. Como a Lei dos Juizados Especiais (Lei nº
9.099/1995) adotou o critério da presença em audiência para a configuração do estado de revelia e o
comparecimento pessoal das partes ao referido ato processual é imperativo e obrigatório, DECRETO A
REVELIA do Reclamado, conforme preceituado pelos artigos 20 e 23 da Lei nº. 9.099/95 c/c Enunciado 20
do FONAJE, a saber:
Analisando os aos autos, especialmente as fotografias juntadas aos autos, nota-se que o veículo do
Reclamante foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. As regras gerais de circulação e
conduta no trânsito determinam que o condutor deve manter uma distância de segurança com relação aos
demais veículos posicionados na via, com o objetivo de se resguardar de eventuais emergências que
possam ocorrer no curso do trajeto.
Constatada a colisão, infere-se que o Reclamado não respeitou a distância mínima de segurança, vindo a
atingir o veículo do Reclamante, afrontando o disposto nos arts. 28, 29, II e 34 do Código de Trânsito
Brasileiro:
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
II - O condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
posição, sua direção e sua velocidade.
Ao analisar o tema, a jurisprudência dos tribunais pátrios reconhece a presunção de culpa do condutor que
colide na parte traseira de veículo de terceiro:
E ainda:
colide na traseira de outrem, seja por não guardar a distância regulamentar, seja por não observar
a velocidade permitida para o local. 3. Ainda que tenha havido parada do autor para respeitar sinal a
sua frente, demonstra que ao réu era também era possível fazê-lo, caso estivesse observando a prudente
distância em relação aos veículos à sua frente, entre ele e o veículo do autor, e caso estivesse transitando
em velocidade compatível para o local. Boletins de Ocorrência (fls. 23 e 31/33) que não evidenciam lógica
capaz de elidir a culpa presumida. 4. Valor dos danos materiais comprovado nas notas fiscais de fls.18.
Danos morais decorrentes das lesões leves e ausência laboral (fl.13), devidos e arbitrados de forma
proporcional e razoável em R$ 1.500,00. Por estas razões, é de ser confirmada a decisão recorrida.
SENTENÇA MANTIDA PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº
71005233283, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em
24/04/2015).
Constatada a colisão, conclui-se pela culpa do Reclamado, na condição de condutor do veículo causador
do sinistro, configurando a sua responsabilidade com o consequente surgimento do dever de indenizar os
danos suportados pelo Reclamante, consoante os artigos 186 e 927 do Código Civil:
186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.
Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a análise dos pedidos da inicial,
sua existência e possíveis quantificações, de acordo com as provas dos autos.
Posto isto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO inicial, para condenar o Reclamado ao pagamento de R$
1.970,00 (mil, novecentos e setenta reais) a título de indenização por danos materiais em favor do
Reclamante, com correção monetária pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês, ambos com incidência a partir da data do evento danoso (15/09/2020), conforme estabelecido pelas
súmulas nº 43 e 54 do STJ. Extingue-se o processo com resolução do mérito, forte no inciso I do artigo
487 do CPC.
P.R.I.C.
Juiz de Direito
552
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
SENTENÇA
Vistos, etc …
O Reclamante relatou que no dia 15/09/2020, trafegava com seu veículo pela BR 316, sentido Marituba-
Pa, momento em que teve o seu automóvel atingido em seu setor traseiro pelo veículo conduzido pelo
Reclamado ocasionando diversos danos tanto na parte traseira como na dianteira, pois, devido ao
impacto, seu veiculo foi arremessado, vindo a chocar-se com a traseira do veículo que se encontrava a
sua frente. Após a colisão, o Reclamado teria se recusado a assumir a responsabilidade pelos danos
causados. Por tais fatos, ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos materiais na quantia
de R$ 1.970,00.
No caso sub examine, o Reclamado não esteve presente em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, deixando de apresentar defesa nos autos. Como a Lei dos Juizados Especiais (Lei nº
9.099/1995) adotou o critério da presença em audiência para a configuração do estado de revelia e o
comparecimento pessoal das partes ao referido ato processual é imperativo e obrigatório, DECRETO A
REVELIA do Reclamado, conforme preceituado pelos artigos 20 e 23 da Lei nº. 9.099/95 c/c Enunciado 20
do FONAJE, a saber:
Analisando os aos autos, especialmente as fotografias juntadas aos autos, nota-se que o veículo do
Reclamante foi atingido em seu setor traseiro pelo veículo do Reclamado. As regras gerais de circulação e
conduta no trânsito determinam que o condutor deve manter uma distância de segurança com relação aos
demais veículos posicionados na via, com o objetivo de se resguardar de eventuais emergências que
possam ocorrer no curso do trajeto.
Constatada a colisão, infere-se que o Reclamado não respeitou a distância mínima de segurança, vindo a
atingir o veículo do Reclamante, afrontando o disposto nos arts. 28, 29, II e 34 do Código de Trânsito
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Brasileiro:
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
II - O condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
posição, sua direção e sua velocidade.
Ao analisar o tema, a jurisprudência dos tribunais pátrios reconhece a presunção de culpa do condutor que
colide na parte traseira de veículo de terceiro:
E ainda:
Constatada a colisão, conclui-se pela culpa do Reclamado, na condição de condutor do veículo causador
do sinistro, configurando a sua responsabilidade com o consequente surgimento do dever de indenizar os
danos suportados pelo Reclamante, consoante os artigos 186 e 927 do Código Civil:
186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
927. Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.
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Reconhecida a responsabilidade do Reclamado, o debate se volta para a análise dos pedidos da inicial,
sua existência e possíveis quantificações, de acordo com as provas dos autos.
Posto isto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO inicial, para condenar o Reclamado ao pagamento de R$
1.970,00 (mil, novecentos e setenta reais) a título de indenização por danos materiais em favor do
Reclamante, com correção monetária pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês, ambos com incidência a partir da data do evento danoso (15/09/2020), conforme estabelecido pelas
súmulas nº 43 e 54 do STJ. Extingue-se o processo com resolução do mérito, forte no inciso I do artigo
487 do CPC.
P.R.I.C.
Juiz de Direito
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Processo: 0001343-04.2014.8.14.0801.
SENTENÇA
Vistos etc.
Trata-se de ação de existência de relação jurídica c/c com consignação em pagamento e obrigação de
fazer proposta por VERA LÚCIA RODRIGUES SEABRA em face de UNIMED BELÉM- COOPERATIVA
DE TRABALHO MÉDICO.
Alega a autora que é titular do plano de saúde da requerida desde 01/06/2009 e arcava com mensalidade
no valor de R$ 230,37. Aduz que em abril/2014, após completar 59 anos de idade, sua mensalidade sofreu
reajuste de 92,92%, passando a ser cobrada no valor de R$ 552,54, se vendo obrigada a parcelar o
reajuste em 05 anos.
Afirma que, após deixar de pagar uma mensalidade do plano por engano, teve seu contrato rescindindo
unilateralmente, motivo pelo qual se viu obrigada a firmar novo contrato com a requerida, no qual pagaria o
valor de R$ 805,84.
Aduz que a cláusula de reajuste de 92,92% é abusiva. Requereu: liminar para restabelecimento do plano
anterior com todas as carências cumpridas; consignação e pagamento dos valores das mensalidade; no
mérito a existência do contrato n.º 0880854539660006; exclusão dos reajustes abusivos e ressarcimento
dos valores pagos indevidamente.
A parte requerida contestou a ação, alegando a legalidade do reajuste e a previsão contratual dos índices
aplicados, e a legalidade da rescisão unilateral do contrato por inadimplência.
Mérito.
Inicialmente, destaco que o Código Civil, no art. 421 e seguintes, garantiu a autonomia privada,
concedendo às partes o direito de contratar com liberdade, impondo como limites a ordem pública e a
função social do contrato, nos termos dos arts. 113 e 442, do CPC.
Todos têm autonomia para declarar sua vontade e agir conforme esses preceitos. A autonomia privada,
como fonte normativa, está ligada à ideia de poder, isto é, da possibilidade de realizar, principalmente,
negócios jurídicos bilaterais.
Deste modo, verifica-se que os contratos têm uma função nas relações jurídicas e sociais, com o equilíbrio
entre a livre iniciativa e a justiça social, de onde redunda a compreensão de que os pactos têm o aspecto
interno relativo aos próprios contratantes e um aspecto externo, concernente àqueles que são atingidos
pelos seus efeitos, para os quais aflora o objetivo de impedir que eles possam sofrer qualquer prejuízo, em
razão daquilo disposto pelas partes, ou pela não observância por qualquer dos pactuantes do princípio da
boa-fé, devendo, ainda, a onerosidade ser pautada pela razoabilidade.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ésabido que o aumento do valor da mensalidade do plano, em decorrência da idade, é justificado pelo
aumento do risco assistencial e pelos tratamentos mais dispendiosos, geralmente, utilizados pelas
pessoas idosas, de modo a buscar um equilíbrio contratual. No entanto, a questão ganhou frequência nos
Tribunais e decisões diversas, o que levou a afetação do tema e pronunciamento pelo STJ.
Assim, atualmente, para a análise do pleito, é necessário o estudo do julgamento do RESP nº 1.568.244-
RJ e as teses ali firmadas.
Destaco que, em referido acórdão, restou firmado que: o reajuste de mensalidade de plano de saúde
individual ou familiar, fundado na mudança de faixa etária do beneficiário é válido, desde que (i) haja
previsão contratual, (ii) sejam observadas as normas expedidas pelos órgãos governamentais reguladores
e (iii) não sejam aplicados percentuais desarrazoados ou aleatórios que, concretamente e sem base
atuarial idônea, onerem excessivamente o consumidor ou discriminem o idoso.
Neste sentido, quanto ao reajuste aplicado restou, ainda, consignado naquele julgado que para os
contratos (novos) firmados a partir de 1º/1/2004, incidem as regras da RN nº 63/2003 da ANS, que
prescreve a observância (i) de 10 (dez) faixas etárias, a última aos 59 anos; (ii) do valor fixado para a
última faixa etária não poder ser superior a 6 (seis) vezes o previsto para a primeira; e (iii) da variação
acumulada entre a sétima e décima faixas não poder ser superior à variação cumulada entre a primeira e
sétima faixas.
Ainda, quanto ao reajuste, o primeiro item está obedecido pela concessionária reclamada, já que há
previsão contratual de reajuste para 10 (dez) faixas etárias, sendo o último reajuste com 59 anos. Quanto
ao segundo critério adotado - do valor fixado para a última faixa etária não poder ser superior a seis vezes
o previsto para a primeira –, verifico que tal critério só pode ser adotado para os casos em que o
consumidor goza do plano desde a 1ª faixa etária, onde se pode conhecer o valor da mensalidade
aplicada para cada faixa etária. Dessa forma, o segundo critério, citado no julgamento do STJ, não pode
ser aplicado ao caso dos autos, já que a autora contratou o plano, quando a beneficiária tinha 53 anos de
idade, ingressando na 8ª faixa etária, não havendo como realizar análise comparativa de valores.
Por fim, entendo que o último critério deve ser analisado no caso concreto, a fim de servir como parâmetro
para avaliação do reajuste aplicado. Estabeleceu a decisão do STJ que a variação acumulada entre a
sétima e décima faixas não poder ser superior à variação cumulada entre a primeira e sétima faixas.
No caso dos autos, verifico que o contrato estabeleceu índices variáveis de reajuste, em razão da
mudança de faixa etária. Somando os índices aplicados entre a 1ª e 7ª faixa etária, chegamos a um
reajuste total de 100,04%, enquanto os reajustes compreendidos entre a 7ª e a 10ª faixa, soma 118,42%.
Considerando as orientações atuais da ANS, de acordo com a Resolução Normativa (RN nº 63),
publicada pela ANS em dezembro de 2003, a qual determina que o valor fixado para a última faixa etária
(59 anos ou mais) não pode ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa (0 a 18), bem como a
variação acumulada entre a sétima e a décima faixas não pode ser superior à variação acumulada entre a
primeira e a sétima faixas, evidenciando que a concessionária requerida tem o limite legal de 100,04% e
como já aplicou os reajustes de 8,5% e 17% para as 8ª e 9ª faixas, poderá aplicar apenas o reajuste de
74,54% para última faixa de idade. Portanto, não vejo que seja o caso de se seguir o julgado trazido na
contestação que prevê reajuste mínimo.
Logo, é lícito à ré promover o reajuste da mensalidade no plano de saúde, com base na faixa etária da
autora, porém, no caso concreto, deverá este reajuste respeitar o percentual de 74,54%.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
No que tange à rescisão unilateral do contrato 0880854539660006, entendo que foi abusiva, levando em
consideração que a requerida não logrou êxito em comprovar que a autora foi de fato notificada para
efetuar o pagamento da mensalidade que estava em aberto. Outrossim, a autora demonstrou que pagou
faturas posteriores ao mês em atraso, evidenciando que não agiu de má-fé, portanto, deveria ser
oportunizado pela prestadora de serviços a oportunidade de sanar a dívida e permanecer com o contrato
ativo, já que se trata de plano de saúde, serviço essencialmente relevante para qualquer pessoa. Portanto,
a cláusula que prevê a rescisão unilateral, nesse caso, se mostrou abusiva, ferindo o CDC.
Quanto ao pedido de consignação dos valores das mensalidades, entendo por indeferi-lo, tendo em vista
que, conforme informado nos autos, a autora contratou novo plano de saúde, e, diante do lapso temporal
deste processo, não vejo utilidade no deferimento da consignação neste momento.
Dispositivo.
Por todo exposto, torno definitiva a tutela deferida nos autos e JULGO PROCEDENTES EM PARTE OS
PEDIDOS da parte autora, extinguindo o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do
CPC, declarando nulas as cláusulas de rescisão unilateral do contrato e de reajuste de 92,92%,
condenando a requerida a reativar o contrato de plano de saúde da autora, contrato n.º
0880854539660006, com todas as carências já cumpridas, bem como readequar o reajuste do plano de
saúde, em razão da mudança de faixa etária, a partir de 59 anos, para 74,54%, o qual deverá ser
divido em 05 anos, conforme prática utilizada pela própria requerida, devendo retirar o nome da
autora dos cadastros de restrição ao crédito, caso lá constem, passando a autora a pagar as
parcelas do plano com o referido reajuste, tudo a partir da data de intimação desta sentença.
Portaria n° 1892/2020-GP
DESPACHO
O autor relata na inicial, que foi realizado empréstimo em seu nome, contrato este que afirma não ter
celebrado. Entretanto, não esclarece o que foi feito do valor do empréstimo que, aparentemente, aportou
em sua conta.
Ante o exposto, EMENDE a parte autora a inicial, no prazo de 15 (quinze) dias, a fim de esclarecer se o
valor do empréstimo foi devolvido ao banco, se reverteu em seu favor, ou se teve outro destino, devendo
558
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incluir nos pedidos eventuais transações que tenham revertido o valor emprestado em benefício de
terceiros, sob pena de indeferimento da inicial, conforme o disposto no artigo 330, II, do CPC.
Rua Augusto Corrêa, nº 1, Cidade Universitária Prof. José da Silveira Neto. Guamá, Campus Profissional II
Endereço: Rod. Arthur Bernardes, nº 1.650,no Condomínio Altos de Pinheiros,Quadra 07, Casa 21,
Pratinha, Belém/ PA
OBSERVAÇÕES:
1) Este processo tramita através do sistema computacional E-CNJ (Pje), cujo endereço na web é
559
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www.tjpa.jus.br/.
JOÃO PEREIRA PAIXÃO Diretor de Secretário da 11ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém
560
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PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE BELÉM
Vistos etc.
Trata-se de Embargos de Declaração opostos pela parte requerida, alegando a existência de omissão na
sentença.
Sustenta o embargante, que a sentença contém omissão, uma vez que não deixou claro se a tutela
concedida em sede liminar foi revogada.
Requereu, ao final, o acolhimento dos Embargos de Declaração para sanar a omissão apontada.
Éo relatório.
Decido
No caso em exame, não há que se falar em omissão na sentença ora embargada. Explico.
Da análise dos autos, constato que em ID 28325308, este juízo ratificou a sentença de extinção e revogou
a tutela de urgência anteriormente concedida, vejamos:
Neste sentido, entendo que a sentença prolatada é suficientemente clara, pelo que não vislumbro qualquer
omissão na decisão ora atacada.
Ante o exposto, CONHEÇO dos embargos, porém os REJEITO, para manter integralmente a sentença
prolatada nos autos.
561
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Intimem-se.
Juíza de Direito
Processo: 0830270-45.2021.8.14.0301
DECISÃO- MANDADO
Requer o autor, em sede liminar, a retirada de negativação do seu nome dos cadastros de proteção ao
crédito, em virtude de débito que alega ser indevido, ao argumento de que foi contraído mediante fraude.
Éo relatório. Decido.
Convém frisar, de início, a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, uma
vez que as partes se enquadram nos conceitos de consumidor e fornecedor, previstos nos arts. 2º e 3º da
Lei n. 8.078/90.
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Sobre a tutela em questão, passo a analisar o cabimento da medida de urgência, com base na
identificação concreta nesses autos de seus pressupostos, na conformidade com o art. 300 do CPC.
No caso em exame, não vislumbro a presença dos requisitos autorizadores para a concessão da medida
pretendida como liminar, como doravante delineio.
A situação noticiada na exordial, bem como os documentos que a instruem não são suficientes para
convencer este juízo da probabilidade do direito da parte Autora, considerando, principalmente, que o
documento juntado em ID-27447662, não comprova a efetiva negativação, visto que se trata de notificação
do débito.
Assim, em sede de cognição sumária, numa análise prima facie, não me convenci da presença dos
pressupostos necessários à concessão da tutela, notadamente, com relação à probabilidade do direito,
o qual deve ser comprovado, como dito alhures, no decorrer da instrução processual.
Diante do exposto, INDEFIRO o pedido de Tutela Antecipada, uma vez ausentes os pressupostos
previstos no art. 300, do CPC.
Mantenho a data designada para realização de audiência de tentativa de conciliação, com o conciliador,
seguida, em caso de insucesso e na mesma data, de audiência de instrução e julgamento, presidida pelo
magistrado.
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE BELÉM
Trata-se de embargos de declaração opostos pela parte requerida, alegando a existência de omissão na
sentença.
No caso dos autos, não há que se falar em omissão na sentença ora embargada. Explico.
A omissão apta a correção por meio de embargos de declaração é aquela consistente na falta de
manifestação expressa sobre algum fundamento de fato ou de direito ventilado pela parte que não foi
devidamente examinado por ocasião da sentença, o que não é o caso dos autos.
Da leitura da petição de Embargos, verifico que, na realidade, o que a parte requerida pretende é a
reforma da sentença, no entanto, esclareço que os Embargos de Declaração não se prestam a invalidar
uma decisão mesmo que processualmente defeituosa e, tampouco, a reformar uma sentença que
contenha um erro de julgamento.
Deve o embargante, pois, buscar a via adequada para satisfação de sua pretensão, que é o reexame da
matéria.
Neste sentido, entendo que a sentença prolatada é suficientemente clara e explica de forma bastante
satisfatória as razões de decidir, pelo que não vislumbro qualquer contradição, obscuridade e/ou omissão
na decisão ora atacada.
Ante o exposto, CONHEÇO dos embargos, porém os REJEITO, para manter integralmente a sentença
prolatada nos autos.
Intimem-se.
Juíza de Direito
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
566
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Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
Belém-Pa, 13/08/2021.
ATO ORDINATÓRIO
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.
Camila Mendonça
Processo: 0835488-54.2021.8.14.0301
DECISÃO- MANDADO
Recebidos os autos conclusos para análise do pedido de tutela provisória de urgência, consistente em
ordem judicial para que a reclamada suspenda a cobrança de parcelamento em sua fatura de consumo de
energia, ao argumento de desconhecer a origem da dívida, relativa a conta contrato nº 10068932 de sua
titularidade.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Convém frisar, de início, a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, uma
vez que as partes se enquadram nos conceitos de consumidor e fornecedor, previstos nos arts. 2º e 3º da
Lei n. 8.078/90, respectivamente, além de a relação jurídica ser por ela encampada expressamente, como
se vê do art. 22, já que se trata disputa acerca da prestação de serviço público essencial.
Sob essa perspectiva e reputando por evidente a hipossuficiência da parte Autora no campo probante,
técnico, jurídico e informacional, inverto o ônus da prova, com fulcro no art. 6º, Inciso VIII, do Diploma
Legal retro citado, eis que a parte Ré possui melhores condições de provar que a dívida em questão é
legítima, haja vista que, em tese, é ela quem detém todo o controle sobre os mecanismos de aferição do
dispêndio de energia elétrica da unidade consumidora e é quem possuía a diretiva da execução do
contrato objeto da lide.
Segundo a diretriz do STJ[1[1][1]]acerca da temática e com a qual expressamente ora anui esse Juízo,
reputo ser a medida em questão, regra de instrução, oportunidade em que a parte Ré já está
devidamente cientificada de tal redistribuição desse ônus, que, muito embora possa ser postergada para o
momento do saneamento, não encontra óbice nessa análise precedente dada a maior dilação de tempo
para que o que dele se incumbe a partir de então possa litigar sem surpresas e melhor proceder
dialeticamente. Colaborando não só com a sua condição de produzir todas as provas necessárias à defesa
de seus interesses, mas e principalmente com os escopos do processo no sentido de seu mais acertado
deslinde, na forma do art. 6º do CPC.
Sobre a tutela em questão, passo a analisar o cabimento da medida de urgência, com base na
identificação concreta nesses autos de seus pressupostos, na conformidade com o art. 300 do CPC.
No caso em exame, não vislumbro a presença dos requisitos autorizadores para a concessão da medida
pretendida como liminar, notadamente o perigo da demora, considerando que as parcelas questionadas já
estão sendo lançadas há pelo menos 04 anos, não subsistindo qualquer urgência para a medida pleiteada
à título de tutela antecipada.
Convém frisar, por fim, que em sede de tutela antecipada a vista é sumária, limitando-se à análise dos
seus pressupostos, quais sejam, a probabilidade do direito e o perigo de dano, além da reversibilidade da
medida, os quais não se fazem presentes na situação em exame.
Diante do exposto, INDEFIRO a antecipação de tutela pleiteada, uma vez ausentes os pressupostos
previstos no art. 300, do CPC.
Mantenho a data designada para realização de audiência de tentativa de conciliação, com o conciliador,
seguida, em caso de insucesso e na mesma data, de audiência de instrução e julgamento, presidida pela
magistrada.
1[1][1] Segundo o STJ, trata-se de REGRA DE INSTRUÇÃO, devendo a decisão judicial que determiná-la
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ser proferida preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurar à parte a
quem não incumbia inicialmente o encargo a reabertura de oportunidade para manifestar-se nos
autos.(Segunda Seção. EREsp 422.778-SP, Rel. originário Min. João Otávio de Noronha, Rel. para o
acórdão Min. Maria Isabel Gallotti (art. 52, IV, b, do RISTJ), julgados em 29/2/2012).
Considerando que o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, através do IRDR n.º 4, determinou a
suspensão de todos os processos de conhecimento em curso no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis do
Estado do Pará, que versem sobre consumo não registrado, sendo este o objeto desta ação (CNR),
determino a suspensão deste feito, até o trânsito em julgado da decisão respectiva ou até ulterior
deliberação daquele Tribunal, mantendo, contudo, a tutela antecipada concedida nos presentes autos.
Intimem-se.
Belém-Pa, 13/08/2021.
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
571
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.
Camila Mendonça
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE BELÉM
DESPACHO
Expedida ordem de bloqueio de valores, conforme protocolo em anexo, aguarde-se em secretaria pelo
prazo de 3 (três) dias úteis.
JUIZA DE DIREITO
Belém-Pa, 13/08/2021.
DECISÃO
Trata-se de pedido formulado pelo autor para que os boletos relativos a parcela de seu plano de saúde
sejam emitidos em seu CPF e que seja aplicada a multa fixada pelo descumprimento da tutela, nos termos
da decisão de ID-2781376.
Considerando que o autor não tem patrono constituído nos autos e que a intimação dele acerca dos atos
do processo deve ser pessoal e por carta, o que demanda maior tempo, entendo que a diligência
requerida pela reclamada, se deferida, prejudicará o efetivo cumprimento da tutela.
Em assim sendo, tenho que a providência mais eficaz nesse caso, é a ré notificar o autor por meio dos
acessos que dispõe, como endereço eletrônico, por exemplo, assim como fez quando enviou-lhe os
boletos para pagamento, vide ID-30226269.
Quanto ao pedido de aplicação da multa, restou incontroverso que a tutela concedida em ID-29446478,
não foi cumprida pela ré no prazo assinalado, porque a própria reclamada admite o cumprimento tardio,
como se vê em ID-30226277.
Nesse contexto e por oportuno, revisando a ordem de urgência concedida, verifico que a cominação da
multa em caso de eventual descumprimento da decisão, deu-se por dia, quando deveria ser por cada
cobrança irregular.
Em assim sendo, chamo o processo à ordem para corrigir, de ofício, o erro supra citado, retificando a
cominação da multa no caso de descumprimento da tutela, para determinar que seja considerada a
penalidade por cada cobrança/emissão de boleto em desconformidade com a ordem concedida.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Por fim, verificando que as faturas dos meses de julho e julho foram emitidas sem observância da ordem
de desmembramento dos valores, DETERMINO que a Secretaria proceda ao cálculo da multa devida,
observando a retificação supra.
Intime-se e cumpra-se.
Juíza de Direito
Processo: 0833582-29.2021.8.14.0301
DECISÃO- MANDADO
Prefacialmente, determino a exclusão de HILDA RAQUEL MELO DA SILVA do polo ativo da demanda,
visto que além de não ter cumprido a ordem de emenda para juntar mandato judicial, ela não é parte
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
legítima para propor a presente ação, haja vista que não é titular da conta contrato em questão, devendo a
secretaria desta unidade proceder as devidas alterações no sistema.
Recebidos os autos conclusos para análise do pedido de tutela provisória de urgência, consistente em
ordem judicial para impedir a reclamada de suspender o fornecimento de energia elétrica da conta contrato
nº 1444263 de titularidade de RAIMUNDA DAS GRAÇAS ANDRADE MELO, bem como de inscrevê-la nos
cadastros restritivos de crédito.
Aduz a autora, que a partir de janeiro de 2019, as faturas de consumo de energia elétrica passaram a vir
com valores exorbitantes e não condizentes com seu consumo de energia, culminando com a cobrança do
valor de R$ 309,70 (trezentos e nove reais e setenta centavos), no mês de abril de 2020.
Convém frisar, de início, a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, uma
vez que as partes se enquadram nos conceitos de consumidor e fornecedor, previstos nos arts. 2º e 3º da
Lei n. 8.078/90, respectivamente, além de a relação jurídica ser por ela encampada expressamente, como
se vê do art. 22, já que se trata disputa acerca da prestação de serviço público essencial.
Sob essa perspectiva e reputando por evidente a hipossuficiência da parte Autora no campo probante,
técnico, jurídico e informacional, inverto o ônus da prova, com fulcro no art. 6º, Inciso VIII, do Diploma
Legal retro citado, eis que a parte Ré possui melhores condições de provar que a dívida em questão é
legítima, haja vista que, em tese, é ela quem detém todo o controle sobre os mecanismos de aferição do
dispêndio de energia elétrica da unidade consumidora e é quem possuía a diretiva da execução do
contrato objeto da lide.
Segundo a diretriz do STJ[1[1][1]]acerca da temática e com a qual expressamente ora anui esse Juízo,
reputo ser a medida em questão, regra de instrução, oportunidade em que a parte Ré já está
devidamente cientificada de tal redistribuição desse ônus, que, muito embora possa ser postergada para o
momento do saneamento, não encontra óbice nessa análise precedente dada a maior dilação de tempo
para que o que dele se incumbe a partir de então possa litigar sem surpresas e melhor proceder
dialeticamente. Colaborando não só com a sua condição de produzir todas as provas necessárias à defesa
de seus interesses, mas e principalmente com os escopos do processo no sentido de seu mais acertado
deslinde, na forma do art. 6º do CPC.
Sobre a tutela em questão, passo a analisar o cabimento da medida de urgência, com base na
identificação concreta nesses autos de seus pressupostos, na conformidade com o art. 300 do CPC.
No caso em exame, não vislumbro a presença dos requisitos autorizadores para a concessão da medida
pretendida como liminar, notadamente o perigo da demora, considerando o tempo decorrido desde
a emissão da fatura questionada, fato ocorrido em abril/2020, ou seja, há mais de um ano, não subsistindo
qualquer urgência para a medida pleiteada à título de tutela antecipada.
Convém frisar, por fim, que em sede de tutela antecipada a vista é sumária, limitando-se à análise dos
seus pressupostos, quais sejam, a probabilidade do direito e o perigo de dano, além da reversibilidade da
medida, os quais não se fazem presentes na situação em exame.
Diante do exposto, INDEFIRO a antecipação de tutela pleiteada, uma vez ausentes os pressupostos
previstos no art. 300, do CPC.
Mantenho a data designada para realização de audiência de tentativa de conciliação, com o conciliador,
seguida, em caso de insucesso e na mesma data, de audiência de instrução e julgamento, presidida pela
magistrada.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
1[1][1] Segundo o STJ, trata-se de REGRA DE INSTRUÇÃO, devendo a decisão judicial que determiná-la
ser proferida preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurar à parte a
quem não incumbia inicialmente o encargo a reabertura de oportunidade para manifestar-se nos
autos.(Segunda Seção. EREsp 422.778-SP, Rel. originário Min. João Otávio de Noronha, Rel. para o
acórdão Min. Maria Isabel Gallotti (art. 52, IV, b, do RISTJ), julgados em 29/2/2012).
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
DESPACHO
Intime-se a ré para que, no prazo de 10 dias, manifeste-se sobre o descumprimento de tutela alegado pela
autora.
Juíza de Direito
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
de realização por videoconferência, INTIME-SE as partes para, no prazo de 24h, informar se possuem
interesse em realizar a audiência una designada nos presentes autos por meio de videoconferência
(plataforma do Microsoft Teams), devendo indicar e-mail para recebimento do respectivo link, ficando
cientes de que a audiência poderá ocorrer tanto de forma virtual (se ambas as partes assim solicitarem),
como de forma híbrida (caso haja o comparecimento de pelo menos uma das partes no prédio desta
unidade judiciária) ou até mesmo presencial (caso todas as partes compareçam). Ficam cientes as partes
de que a ausência do autor implicará na extinção do feito sem resolução do mérito com a condenação em
custas processuais (art. 51, I, da Lei 9.99/95), bem como de que a ausência do réu importará na aplicação
dos efeitos da revelia (art. 20 da Lei 9.099/95). Ficam cientes, ainda, de que havendo requerimento para
oitiva de testemunhas, estas deverão comparecer presencialmente ao Juizado com o fim de se assegurar
a incomunicabilidade entre a testemunha e os demais participantes da sessão.
Camila Mendonça
ATO ORDINATÓRIO
Proc. Nº 0828740-74.2019.8.14.0301
Diante do retorno dos autos digitais da Turma Recursal, com o trânsito em julgado do acórdão, estamos
intimando o(s) patronos das partes habilitados nos presentes autos para que procedam aos requerimentos
necessários, bem como a parte vencedora para se manifestar a respeito do interesse em promover a
execução, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 2º, XXII, do Provimento nº 006/2006-CGJRMB.
O referido é verdade e dou fé. Belém(PA), 18 de agosto de 2021. Mariza Oliveira do Carmo, Analista
Judiciário.
Proc. n. 0808005-83.2020.814.0301
SENTENÇA
Observo que assiste razão ao embargante/requerido, na medida em que ocorreu o erro material.
Isso posto, CONHEÇO dos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO; dando-lhes PROVIMENTO para determinar
a correção da sentença para que passe a constar, no início da decisão: CONSUELO LIMA SKEETE
propôs, pelo rito especial da Lei 9.099/95, AÇÃO em face de TAM LINHAS AEREAS S/A, que é a real
demandada no processo.
586
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Juíza de Direito
ATO ORDINATÓRIO
Proc. Nº 0804547-63.2017.8.14.0301
Diante do retorno dos autos digitais da Turma Recursal, com o trânsito em julgado do acórdão, estamos
intimando o(s) patronos das partes habilitados nos presentes autos para que procedam aos requerimentos
necessários, bem como a parte vencedora para se manifestar a respeito do interesse em promover a
execução, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 2º, XXII, do Provimento nº 006/2006-CGJRMB.
O referido é verdade e dou fé. Belém(PA), 18 de agosto de 2021. Mariza Oliveira do Carmo, Analista
Judiciário.
ATO ORDINATÓRIO
Proc. Nº 0804524-20.2017.8.14.0301
587
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Diante do retorno dos autos digitais da Turma Recursal, com o trânsito em julgado do acórdão, estamos
intimando o(s) patronos das partes habilitados nos presentes autos para que procedam aos requerimentos
necessários, bem como a parte vencedora para se manifestar a respeito do interesse em promover a
execução, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 2º, XXII, do Provimento nº 006/2006-CGJRMB.
O referido é verdade e dou fé. Belém(PA), 18 de agosto de 2021. Mariza Oliveira do Carmo, Analista
Judiciário.
Trata-se de Execução de Título Extrajudicial, nos termos do art.784 e incisos do Código de Processo Civil.
Processe-se o feito nos termos determinados pelo art.829 do CPC, excetuando-se o que não for
compatível ao rito do Juizado Especial, conforme determinado pelo art.53 da Lei 9.099/1995.
Cite(m)-se o(s) executado(s) para pagar a dívida, no prazo de 3 (três) dias, a contar da citação, sob pena
de serem penhorados tantos bens quanto necessários para a satisfação do crédito.
Expeça-se mandado de citação e penhora do bem indicado pelo exequente. Após realização de penhora,
intime-se o devedor a comparecer à audiência de conciliação, oportunidade em que poderá oferecer
embargos, nos termos determinados pelo art.52 da lei 9.099/1995.
Juíza de Direito
ATO ORDINATÓRIO
Proc. Nº 0833937-73.2020.8.14.0301
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Diante do retorno dos autos digitais da Turma Recursal, com o trânsito em julgado do acórdão, estamos
intimando o(s) patronos das partes habilitados nos presentes autos para que procedam aos requerimentos
necessários, bem como a parte vencedora para se manifestar a respeito do interesse em promover a
execução, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 2º, XXII, do Provimento nº 006/2006-CGJRMB.
O referido é verdade e dou fé. Belém(PA), 18 de agosto de 2021. Mariza Oliveira do Carmo, Analista
Judiciário.
INTIMAÇÃO AUDIÊNCIA
Processo: 0800350-90.2016.8.14.0304
DESTINATÁRIO: RECLAMANTE: MARCO ANTONIO CABRAL E MORAIS
DESTINATÁRIO: RECLAMADO: MARIA DE LOURDES CABRAL DE MORAES
De ordem da MM. Juíza, ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES, estamos INTIMANDO as partes,
através de seus respectivos advogados, da audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento (UNA)
designada para 17/09/2021 11:00, a ser realizada de forma presencial na 1ª Vara do Juizado Especial
Cível, oportunidade em que poderão pôr fim ao conflito, ou, caso contrário, será instruído o processo na
mesma ocasião, motivo pelo qual deverão, desde já, comparecer munidos das provas que entenderem
cabíveis ao deslinde da questão, devendo a parte Reclamada ter apresentado, até este momento, defesa
escrita ou oral.
ADVERTÊNCIAS: Por esta intimação ficam as partes advertidas: o não comparecimento injustificado à
audiência, no dia e horário designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do processo
sem resolução do mérito, e, na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art. 20,
combinado com o art. 23 e o art. 51, inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995. ATENÇÃO: A parte deverá
comparecer pessoalmente, não sendo admitido, neste Juízo, o instituto da representação. Em se tratando
de pessoa jurídica, o preposto deverá apresentar até o ato da audiência respectiva os Atos Constitutivos e
Carta de Preposição, no caso de Condomínio, a Ata de Assembleia Geral de Eleição do Síndico. Qualquer
mudança de endereço ocorrida no curso do processo deverá ser comunicada, reputando-se eficazes as
intimações enviadas ao local anteriormente indicado na ausência da comunicação; A assistência de
advogado é obrigatória se o valor da causa for superior a 20 (vinte) salários mínimos; Nas causas que
tratam de relação de consumo há possibilidade de inversão do ônus da prova. As testemunhas até um
limite de três, comparecerá(ão) à audiência levadas pela parte que as indicar, independente de intimação.
OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.i.tj.pa.gov.br:8080/pje/login.seam. A contestação e documentos devem ser inseridos em meio
eletrônico no processo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
INTIMAÇÃO AUDIÊNCIA
Processo: 0808400-24.2019.8.14.0006
DESTINATÁRIO: RECLAMANTE: MARCO ANTONIO CABRAL E MORAIS
DESTINATÁRIO: RECLAMADO: MARIA DE LOURDES CABRAL MORAIS
De ordem da MM. Juíza, ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES, estamos INTIMANDO as partes,
através de seus respectivos advogados, da audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento (UNA)
designada para 17/09/2021 11:00, a ser realizada de forma presencial na 1ª Vara do Juizado Especial
Cível, oportunidade em que poderão pôr fim ao conflito, ou, caso contrário, será instruído o processo na
mesma ocasião, motivo pelo qual deverão, desde já, comparecer munidos das provas que entenderem
cabíveis ao deslinde da questão, devendo a parte Reclamada ter apresentado, até este momento, defesa
escrita ou oral.
ADVERTÊNCIAS: Por esta intimação ficam as partes advertidas: o não comparecimento injustificado à
audiência, no dia e horário designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do processo
sem resolução do mérito, e, na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art. 20,
combinado com o art. 23 e o art. 51, inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995. ATENÇÃO: A parte deverá
comparecer pessoalmente, não sendo admitido, neste Juízo, o instituto da representação. Em se tratando
de pessoa jurídica, o preposto deverá apresentar até o ato da audiência respectiva os Atos Constitutivos e
Carta de Preposição, no caso de Condomínio, a Ata de Assembleia Geral de Eleição do Síndico. Qualquer
mudança de endereço ocorrida no curso do processo deverá ser comunicada, reputando-se eficazes as
intimações enviadas ao local anteriormente indicado na ausência da comunicação; A assistência de
advogado é obrigatória se o valor da causa for superior a 20 (vinte) salários mínimos; Nas causas que
tratam de relação de consumo há possibilidade de inversão do ônus da prova. As testemunhas até um
limite de três, comparecerá(ão) à audiência levadas pela parte que as indicar, independente de intimação.
OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.i.tj.pa.gov.br:8080/pje/login.seam. A contestação e documentos devem ser inseridos em meio
eletrônico no processo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Após o prazo concedido para manifestação, voltem os autos conclusos. Intime-se. Cumpra-se.
Juíza de Direito
Trata-se de pedido de tutela de urgência em Ação de Obrigação de Fazer e Indenização por Danos
Morais.
O reclamante alega que efetuou compra de material de construção, porém embora pago pela integralidade
do material, o reclamado apenas entregou parte do mesmo, restando efetivar a entrega de 4.000 tijolos.
Aduz que quando da entrega da areia adquirida na mesma compra, o reclamado danificou o muro do local
da entrega causando "mal estar" entre o receptor do material e o proprietário da empresa, aduz que por
esta razão o reclamado não efetua a entrega do restante do material. Junta aos autos comprovante de
pagamento e troca de mensagens.
Decido.
Verifico, em análise perfunctória, a probabilidade do direito pretendido, vez que conforme o comprovante
de depósito feito pelo autor e mensagem enviada pelo reclamado que reconhece a compra, resta claro que
este não efetuou a entrega dos tijolos adquiridos.
A demora para o deslinde da demanda pode agravar a situação uma vez que já fora entregue parte do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
1 – Que o reclamado entregue no mesmo local já estabelecido pelas partes, ou seja, o mesmo local da
entrega da areia adquirida, o material referente a 4.000 tijolos adquiridos e já pagos pelo reclamante, nos
termos apresentados na nota de pagamento e nas mensagens trocadas com o reclamado.
1.2- Para que seja efetivada a entrega, esta deverá ser realizada dentro do prazo de até 3 dias, a contar
do recebimento desta decisão, devendo observar que a entrega deverá ser feita no local já ajustado e
dentro do horário comercial. Para tanto, deverá o reclamante estar presente ou nomear/determinar que
alguém de sua confiança receba o material, devendo informar nos autos o cumprimento da ordem.
Cumpra-se. Cite-se.
Juíza de Direito
CERTIDÃO
Proc. Nº 0857359-14.2019.8.14.0301
CERTIFICO que os embargos de declaração, opostos pela parte reclamada no ID 30637026, foram
apresentados dentro do prazo legal. Diante da possibilidade de efeito modificativo dos embargos opostos,
estamos intimando a parte contrária para que, querendo, se manifeste no prazo legal. O referido é verdade
e dou fé.
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Analista Judiciário
CERTIDÃO
Proc. Nº 0849287-04.2020.8.14.0301
CERTIFICO que o recurso inominado interposto pelo reclamante (ID 31230195), com pedido de
assistência judiciária gratuita, foi apresentado dentro do prazo legal. Diante disso, intimamos a parte
recorrida para, querendo, apresentar contrarrazões, no prazo legal. O referido é verdade e dou
fé. Belém(PA), 18 de agosto de 2021. Mariza Oliveira do Carmo, Analista Judiciário.
INTIMAÇÃO
Processo: 0832007-83.2021.8.14.0301
Destinatário: Nome: JOEL RIBEIRO ARMINIO
Destinatário: Nome: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
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As partes estão advertidas de que o não comparecimento injustificado à audiência, no dia e horário
designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do processo sem resolução do mérito, e,
na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art. 20, combinado com o art. 23 e o art. 51,
inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI. Em caso
de impossibilidade de acesso à audiência de forma virtual, deverá a parte comparecer
presencialmente ao 1º JEC, na data e hora acima designada.
Caso não haja acordo, será imediatamente realizada a Instrução do feito, devendo as partes terem
apresentado até este momento as provas admitidas em direito que entenderem necessárias, inclusive por
testemunhas, no máximo de três, a serem trazidas pela parte que as indicar. A parte Reclamada deverá,
até este momento, apresentar defesa escrita ou oral. Adverte-se, ainda, que as partes devem estar
munidas de documento original de identificação, com foto.
As partes podem manter contato diretamente com esta Secretaria pelos telefones n.º (91)3239-5450
e (91)98483-4571, inclusive para solicitar o link e a inclusão do e-mail na sala de audiência. A
consulta a este processo poderá ser realizada através do site do Processo Judicial Eletrônico:
http://pje.tjpa.jus.br/pje/ConsultaPublica/listView.seam.
Podem ocorrer atrasos no início da audiência em virtude do prolongamento da sessão anterior, devendo
as partes, prepostos e procuradores, estarem disponíveis a partir do horário designado. Em havendo
interrupção da audiência por motivo de força maior (queda de luz, de sinal de rede, entre outros) superior a
10min, a audiência será obrigatoriamente redesignada para data a combinar com as partes.
Processo: 0832007-83.2021.8.14.0301
RECLAMANTE: JOEL RIBEIRO ARMINIO
RECLAMADO: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A., J L COMERCIO DE AUTOS E SERVICOS LTDA -
ME
_______________________________________
CRISTIANI MACHADO GOMES
Servidor(a)
(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)
Trata-se de Execução de Título Extrajudicial, nos termos do art.784 e incisos do Código de Processo Civil.
Processe-se o feito nos termos determinados pelo art.829 do CPC, excetuando-se o que não for
compatível ao rito do Juizado Especial, conforme determinado pelo art.53 da Lei 9.099/1995.
Cite(m)-se o(s) executado(s) para pagar a dívida, no prazo de 3 (três) dias, a contar da citação, sob pena
de serem penhorados tantos bens quanto necessários para a satisfação do crédito.
Expeça-se mandado de citação e penhora do bem indicado pelo exequente. Após realização de penhora,
intime-se o devedor a comparecer à audiência de conciliação, oportunidade em que poderá oferecer
embargos, nos termos determinados pelo art.52 da lei 9.099/1995.
Juíza de Direito
De ordem da MM. Juíza, ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES, estamos INTIMANDO a parte ré,
através de seu advogado, por meio do sistema PJE, para CUMPRIMENTO VOLUNTÁRIO DA
SENTENÇA, no prazo de 15 dias a partir do recebimento deste, cujo boleto para pagamento poderá ser
solicitado junto à secretaria ou expedido através do endereço eletrônico
https://apps.tjpa.jus.br/DepositosJudiciaisOnline/EmitirGuiaDepositoJudicialOnline,, sob pena de ser
acrescida multa de 10% sob o valor da condenação, conforme preceitua o art. 523, §1º do CPC, bem
como a penhora de bens. CUMPRA-SE na forma da Lei. Dado e passado nesta cidade de Belém, eu,
Analista Judiciário da 1ª Vara do Juizado Especial Cível, o subscrevi.
Processo: 0830708-42.2019.8.14.0301
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 30879853, sem
que tenha sido possível a entrega do mandado de citação/intimação por falta de localização da(o)
promovida(o), passo a intimar o autor/exequente para se manifestar, indicando o atual endereço ou
requerer o que entender de direito, no prazo de 10 dias úteis. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho - Analista
do 2VJEC
ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 31157150, sem
que tenha sido possível a efetivação da penhora, passo a intimar o exequente para que se manifeste,
requerendo o que entender de direito, no prazo de 15 dias. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho - Analista
do 2VJEC
ATO ORDINATÓRIO: Passo a intimar o exequente para, querendo, se manifestar, no prazo de 10 dias,
sobre a certidão de ID 1193559. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho, 2ªVJEC.
ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 31205972, sem
que tenha sido possível a entrega do mandado de citação/intimação por falta de localização da(o)
promovida(o), passo a intimar o autor/exequente para se manifestar, indicando o atual endereço ou
requerer o que entender de direito, no prazo de 15 dias úteis. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho - Analista
do 2VJEC
597
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor das certidões do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 31195841 e ID
31195842, sem que tenha sido possível a entrega do mandado de citação/intimação por falta de
localização dos promovidos, passo a intimar o autor/exequente para se manifestar, indicando o atual
endereço ou requerer o que entender de direito, no prazo de 15 dias úteis. Belém, 18/08/2021, Danielle
Pinho - Analista do 2VJEC
R. Hoje,
Belém, 17/08/2021
Juiz de Direito
RG
R. Hoje,
Considerando a certidão retro, bem como o que consta na sentença de evento 27127057 - Sentença, não
há que se falar em pagamento em duplicidade, devendo, caso queira, o Banco apresentar as duas
transferências que alega ter ocorrido, considerando que possui capacidade técnica para tanto.
Dessa feita, não havendo qualquer comprovação nesse sentido, arquive-se em definitivo os autos.
Belém, 18/08/2021
Juiz de Direito
RG
Processo: 0867382-19.2019.8.14.0301
SENTENÇA
Relatório:
A reclamada, por seu turno, contestou a ação alegando que não cometeu ato ilícito, e que tampouco
houve falha na prestação do serviço. Pediu, ao final, o julgamento de improcedência da ação.
Rejeito as preliminares de ilegitimidade passiva, posto que a questão diz respeito, em parte, a serviço
de telefonia prestado pela reclamada, razão pela qual impõe-se o exame do mérito quanto à questão.
Passo ao mérito.
A relação jurídica entre as partes é de consumo, porquanto presentes os requisitos objetivos e subjetivos
de tal relação, nos termos dos artigos 2º e 3º da Lei n. 8078/90.
No caso em comento, não verifico qualquer ato ilícito ou falha na prestação do serviço pela reclamada,
que somente disponibilizou o serviço de telefonia que havia sido regularmente contratado pelo tio do
reclamante (ID 14660549 - Pág. 1).
Na verdade, a fraude ocorreu através de um aplicativo de mensagens, um software desenvolvido por outra
empresa diversa da reclamada, conhecido por Whatsapp. E o fraudador teve acesso ao aplicativo porque
furtou o celular do tio do reclamante, conforme narrado na própria inicial.
Cumpre esclarecer que a fraude junto ao reclamante ocorreu em 08 e 09/07/2019. Contudo, não consta
dos autos quando ocorreu o furto do celular, e se o tio do reclamante realizou alguma medida junto
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
à operadora, como pedido o bloqueio da linha telefônica, ou ainda que tenha realizado qualquer
dos procedimentos de segurança para desabilitação do Whatsapp no telefone furtado, disponíveis
no próprio aplicativo.
Desta forma, se houve alguma falha, essa falha não pode ser atribuída à empresa, que apenas continuou
a proporcionar o serviço para o qual havia sido contratado.
Importa destacar ainda que, após receber as mensagens, o reclamante realizou transferência de valores
consideráveis, mas não para seu tio. Ele realizou transferência para terceiros desconhecidos, sem sequer
perguntar quem seria o terceiro ou mesmo confirmar se estava conversando com o seu tio, conforme
conversas juntadas no ID 14660553 - Pág. 1
Considerando que a existência de fraudes por meio de aplicativos de mensagens não pode ser
considerada como fato incomum, especialmente quando envolve pedidos de transferência de dinheiro sem
razão plausível, e para a conta de terceiros desconhecidos, era razoável que o autor ao menos
desconfiasse e tivesse tomado a cautela de confirmar com seu tio a veracidade do que lhe estava sendo
pedido.
Desta forma, entendo que não houve falha por parte da reclamada, mas culpa exclusiva de terceiros, o
que afasta o dever da empresa em relação ao caso, conforme regra do art. 14, § 3°, I e II, a saber:
“Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação
dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
[...]
Nesse sentido:
(TJ-RS - Recurso Cível: 71010024198 RS, Relator: Cleber Augusto Tonial, Data de Julgamento:
24/06/2021, Terceira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: 30/06/2021)”
Dispositivo:
Em consequência, julgo extinto o processo com resolução do mérito, com fulcro no artigo 487, I, do Código
de Processo Civil de 2015.
Juiz de Direito
PODER JUDICIÁRIO
ATO ORDINATÓRIO
Em atenção ao 31822734 - Decisão através deste ato, intimo as partes e advogados constituídos, da
designação de AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO PARA O DIA 12
DE NOVEMBRO DE 2021, ÀS 10HS00MIN, que se realizará de forma presencial, no prédio da 2ª Vara do
Juizado Especial Cível localizado à Avenida Almirante Tamandaré, nº 873. Esquina com a Travessa São
Pedro. Bairro da Campina, Belém/PA, CEP: 66023-000. Cumpra-se na forma da Lei. Dado e passado
nesta cidade de Belém, 18 de agosto de 2021. Juliana R. Cavaleiro de Macedo Azevedo. Analista
Judiciário – TJ/PA.
601
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Através deste ATO ORDINATÓRIO, e visando a necessidade de adequação da pauta de audiências desta
2ª Vara, dou às partes e advogados habilitados nos autos a ciência de que a Audiência de Conciliação
em Execução de Título Extrajudicial se realizará no dia 12 DE NOVEMBRO DE 2121, SEXTA-FEIRA,
ÀS 11HS00MIN.
R. Hoje,
Proceda-se a adequação do cabeçalho do processo para que conste tão somente as pessoas envolvidas
na presente ação.
Belém, 17/08/2021
Juiz de Direito
RG
ATO ORDINATÓRIO: Passo a intimar o exequente para que se manifeste sobre a certidão de ID
31074006, no prazo de 15 dias. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho - 2ªVJEC.
SILVA COELHO Participação: ADVOGADO Nome: IZABELLA CRISTINA COSTA VIEIRA OAB: 22663/PA
Participação: EXEQUENTE Nome: ITLA LIMA DE FREITAS COELHO Participação: ADVOGADO Nome:
IZABELLA CRISTINA COSTA VIEIRA OAB: 22663/PA Participação: EXECUTADO Nome: LUCIANA
CARDOSO NASCIMENTO
ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 31171728, sem
que tenha sido possível a entrega do mandado de citação/intimação por falta de localização da(o)
promovida(o), passo a intimar o autor/exequente para se manifestar, indicando o atual endereço ou
requerer o que entender de direito, no prazo de 15 dias úteis. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho - Analista
do 2VJEC
ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 31236285, sem
que tenha sido possível a entrega do mandado de citação/intimação por falta de localização da(o)
promovida(o), passo a intimar o autor/exequente para se manifestar, indicando o atual endereço ou
requerer o que entender de direito, no prazo de 15 dias úteis.
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0853028-86.2019.8.14.0301
Nesta quarta-feira, 18 de agosto de 2021, às 09hs30min, nesta 2ª Vara do Juizado Especial Cível, pelo
qual está respondendo o Exmo. Juiz Eduardo Antônio Martins Teixeira.
Registra-se a PRESENÇA da parte promovida, por seu preposto 31949328 - Documento de Comprovação
(carta de preposto) e acompanhado de advogado.
Ausente a parte promovente. Registra-se petição vinculada ao ID: 32028531 - Petição (PEDIDO
ADIAMENTO AUDIENCIA ATESTADO MEDICO) em que a parte requer a remarcação da audiência e
junta documentos que justificam sua ausência.
Nada mais havendo e tendo as partes aqui presentes sido devidamente cientificadas do inteiro teor do
termo e manifestado plena concordância, o Exmo. Juiz determinou a imediata inclusão no sistema PJE e
encerrou a audiência. Eu, Juliana Cavaleiro de Macedo, digitei e encaminhei conclusos ao Juízo.
Juiz de Direito
Vistos, etc
Homologo por sentença o acordo celebrado entre as partes para que tenha força de título executivo
judicial, nos termos do art. 57 da lei 9099/95.
Oficie-se aos cartórios de registro de imóvel com o fim de ser dada baixa na restrição do bem quanto ao
débito da presente demanda.
Belém, 17/08/2021
Juiz de Direito
604
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
RG
R. Hoje,
Considerando que a parte executada é uma pessoa jurídica, intime-se o exequente para que esclareça o
endereço apresentado para fins de penhora.
Em caso de equívoco, deve apresentar endereço da empresa válido com o fim de realização do ato.
Belém, 17/08/2021
Juiz de Direito
RG
0878664-88.2018.8.14.0301
Vistos.
Alega o reclamante, em síntese, falta de liquidez do título. Sustenta que os valores cobrados não
condizem com o que seria devido, e que haveria cobrança de valores em duplicidade. Argumenta ainda
que o pedido inicial foi formulado de forma genérica. Alega ainda inépcia da inicial. Pediu, ao final, a
extinção da ação ou, alternativamente, a redução do valor da dívida.
Por liquidez, compreende-se a definição exata daquilo que é pretendido, com especificação clara de sua
605
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
No caso em comento não há que se falar em falta de liquidez, uma vez que o objeto da execução está
muito be definido: as taxas condominiais do imóvel cujo proprietário é o executado. O valor pretendido
também foi informado na inicial, e o demonstrativo de cálculos foi juntado no ID 21315774.
Assim, havendo clara definição do objeto e do quantum exequendo, a alegação de falta de liquidez deve
ser rejeitada.
Compulsando os autos, verifico que a parte exequente juntou planilha de cálculos no ID 21315774.
O executado, em que pese alegar que os valores exequendos estariam incorretos, asseverando acerca de
cobranças em duplicidade, não apresentou, ele, o valor que entende correto.
[...]
§3º Quando alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à do título,
o embargante declarará na petição inicial o valor que entende correto, apresentando demonstrativo
discriminado e atualizado de seu cálculo.
§4º Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos à execução:
I - serão liminarmente rejeitados, sem resolução de mérito, se o excesso de execução for o seu único
fundamento;
II - serão processados, se houver outro fundamento, mas o juiz não examinará a alegação de
excesso de execução."
(grifamos)
No caso em comento, em que pese alegar que o exequente cobra valores superiores ao título, e pedir ao
final dos embargos a possível redução do valor da dívida, fato é que o executado não declarou qual seria o
valor que entende como correto, tampouco apresentou seu demonstrativo de cálculos. Por esses motivos,
o pedido deve ser rejeitado neste ponto, reconhecendo-se como devido o valor veiculado pelo exequente
em seu demonstrativo.
Ressalvo que o executado é o real proprietário do imóvel, e, portanto, responsável pelas taxas
condominiais do imóvel, conforme já decidido no ID 22648573 - Pág. 3.
Alega, o embargante, que o exequente não teria delimitado o período do suposto débito.
Em que pese a inicial realente apresentar apenas o valor total da execução, verifico que o exequente
apresentou planilha no ID ID 21315774 com especificação do período e de todos os valores pretendidos
na execução, sendo essa petição anterior aos embargos do executado. Assim, o executado foi
efetivamente cientificado acerca daquilo que está sendo cobrado, não procedendo a alegação de que não
tem essa informação.
606
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Não há que se falar em inépcia da inicial, já que ela delimita claramente o objeto (taxas condominiais),
aponta a causa de pedir (falta de pagamento), indica corretamente as partes e especifica o valor
pretendido.
5. Dispositivo:
Intime-se.
R. Hoje,
Belém, 17/08/2021
Juiz de Direito
RG
607
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
R. Hoje,
Deve a parte reclamante apresentar os atos constitutivos da empresa com o fim de análise do pedido de
desconsideração da personalidade jurídica e consequente citação dos sócios.
Belém, 17/08/2021
Juiz de Direito
RG
PODER JUDICIÁRIO
ATO ORDINATÓRIO
Em atenção ao ID: 30545091 - Despacho através deste ato, intimo as partes e advogados constituídos, da
designação de AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO PARA O DIA 12
DE NOVEMBRO DE 2021, ÀS 12HS00MIN, que se realizará de forma presencial, no prédio da 2ª Vara do
Juizado Especial Cível localizado à Avenida Almirante Tamandaré, nº 873. Esquina com a Travessa São
Pedro. Bairro da Campina, Belém/PA, CEP: 66023-000. Cumpra-se na forma da Lei. Dado e passado
nesta cidade de Belém, 18 de agosto de 2021. Juliana R. Cavaleiro de Macedo Azevedo. Analista
Judiciário – TJ/PA.
R. Hoje,
Belém 17/08/2021
Juiz de Direito
RG
ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 30914809, sem
que tenha sido possível a efetivação da penhora, passo a intimar o exequente para que se manifeste,
requerendo o que entender de direito, no prazo de 15 dias. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho - Analista
do 2VJEC
ATO ORDINATÓRIO: Passo a intimar o exequente para se que manifeste sobre a certidão da Sra. Oficial
de Justiça, de ID 30944125, no prazo de 15 dias. Belém, 18/08/2021, Danielle Pinho, 2ªVJEC.
R. Hoje,
Intime-se as partes para que se manifestem quanto ao cumprimento da obrigação, considerando a decisão
de pagamento dos créditos extraconcursais até R$ 20.000,00 (vinte mil reais),
Belém, 17/08/2021
609
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Juiz de Direito
RG
ATO ORDINATÓRIO: Considerando a existência de custas com pendência de pagamento referentes aos
presentes autos, passo a intimar a parte para efetuar e/ ou comprovar nos autos o respectivo
recolhimento. Belém, 18 de agosto de 2021 CAMILLA CASTELO BRANCO FURTADO DA SILVA -
Analista Judiciário
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0811942-67.2021.8.14.0301
Realizado o pregão, registra-se a presença da parte promovida, representada por preposto – ID:
610
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
REGISTRA-SE A AUSÊNCIA DA PARTE RECLAMANTE. Registre-se ainda que consta nos autos petição
vinculada ao ID: 32056344 - Petição (Pedido de adiamento ARIVALDO DA SILVA PEREIRA) em que o
promovente justifica a ausência e requer a remarcação da audiência.
Deliberação: “Como requer o promovente, defiro o prazo para juntada do atestado médico.
REMARCO a audiência para o dia 09 de novembro de 2021 às 09hs30min. Intimados os presentes.
Intime-se a promovente.”.
Nada mais havendo e tendo as partes aqui presentes sido devidamente cientificadas do inteiro teor do
termo e manifestado plena concordância, o Exmo. Juiz determinou a imediata inclusão no sistema PJE e
encerrou a audiência. Eu, Juliana Cavaleiro de Macedo, digitei e encaminhei conclusos ao Juízo.
Juiz de Direito
Vistos, etc
Homologo por sentença o acordo celebrado entre as partes para que tenha força de título executivo
judicial, nos termos do art. 57 da lei 9099/95.
Oficie-se aos cartórios de registro de imóvel com o fim de ser dada baixa na restrição do bem quanto ao
débito da presente demanda.
Belém, 17/08/2021
Juiz de Direito
RG
Processo 0845065-56.2021.8.14.0301
Compulsando os autos, verifico que se trata de ação movida contra o Estado do Pará.
Prevê o art. 8º da lei 9099/95: “Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o
preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o
insolvente civil.” (grifamos)
ISTO POSTO, considerando que a reclamada se trata de pessoa jurídica de direito público, falece
competência a este juízo para processar e julgar o presente feito, motivo pelo qual declaro extinto o
processo, nos termos do artigo 51 da Lei n 9.099/95.
Intime-se.
Juiz de Direito
ATO ORDINATÓRIO
Em atenção ao despacho de ID 29049645 - Despacho , através deste ato, intimo as partes e advogados
constituídos, da designação de AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO EM EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL para o dia 08 DE FEVEREIRO DE 2021, ÀS 10HS30MIN, ocasião em que parte
executada poderá opor embargos, nos termos do art. 52, IX c/c art.53, §§ 1º e 2º da Lei 9.099/95. A
audiência será realizada preferencialmente de forma presencial, no prédio da 2ª Vara do Juizado Especial
Cível, localizado na Avenida Almirante Tamandaré, nº 873, 2º andar. Esquina com a Travessa São Pedro.
Cumpra-se na forma da Lei. Dado e passado nesta cidade de Belém, 18 de agosto de 2021. Juliana R.
Cavaleiro de Macedo Azevedo. Analista Judiciário – TJ/PA.
612
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
R. Hoje,
Belém 17/08/2021
Juiz de Direito
RG
613
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DECISÃO
Alega a autora ser credora da quantia atualizada de R$ 2.103,06, decorrente de duplicata emitida e não
paga.
Passo a Decidir:
Analisando os autos verifico que os fatos narrados não se configuram urgentes a fim de serem analisados
no plantão.
Isto posto, por não se tratar de matéria de plantão, determino a distribuição ao juízo competente.
CUMPRA-SE E INTIME-SE.
P.R.I.C.
ATO ORDINATÓRIO
Com base no disposto no art. 1º, §2º, inciso VI do Provimento n.º 006/2006 - CJRMB, manifeste-se a parte
Reclamante, no prazo de 05 (cinco) dias, sobre a petição de cumprimento de sentença juntada aos
autos no ID 30625733.
Em vista petição do ID 14997372 determino a redistribuição do processo para a 3ª Vara do Juizado Cível
da Capital prevento em razão de distribuição anterior do Processo 0844459-96.2019.814.0301.
Cumpra-se.
PROCESSO n° 0822739-05.2021.8.14.0301
Juíza de Direito
615
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
SENTENÇA
Vistos, etc.
Sem condenação em custas e honorários advocatícios (artigos 54, “caput”, e 55 da Lei 9.099/95).
Arquive-se o processo, sem prejuízo de posterior desarquivamento, acaso requerido pelo credor, em razão
de inadimplemento da parte contrária.
Juíza de Direito
Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br
Processo nº 0847423-91.2021.8.14.0301
DECISÃO/MANDADO
Vistos, etc.
Cuida-se de pedido de tutela provisória de urgência requerida pela parte autora, no sentido de que a ré
seja compelida proceder ao imediato reembolso dos valores pagos em razão de cancelamento do voo.
Decido.
A concessão de tutela provisória de urgência exige a conjugação de uma série de elementos, dada a
peculiaridade em que é concedida, qual seja, sem a oitiva prévia da outra parte, mitigando-se a
obrigatoriedade de observância do princípio do contraditório (art. 300, § 2º do CPC).
Assim, recomenda-se prudência no manejo deste instrumento, a fim de evitar a imposição de medidas que
venham a causar prejuízos à outra parte, que sequer foi citada nos autos.
Por outro lado, a antecipação de tutela configura-se como uma medida que reflete a necessidade imediata
de atuação do Poder Judiciário frente a uma situação de grave urgência, de modo a evitar a ocorrência de
maiores danos à parte que a requereu.
Os requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência encontram-se descritos no art. 300 do
Código de Processo Civil, o qual determina a conjugação dos seguintes elementos: a probabilidade do
direito (fumus boni iuris); e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora).
Há, ainda, o requisito negativo previsto no art. 300, § 3º, qual seja, a inexistência de perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.
No presente caso, observo que a petição inicial não preenche os requisitos autorizadores da concessão da
tutela antecipada pretendida.
Em que pese as alegações da parte reclamante, entendo que não restou preenchido requisito
indispensável a concessão da tutela (probabilidade do direito).
Isto porque a Lei 14.034/20, que fora publicada para regular o transporte aéreo durante a pandemia de
COVID-19 concede o prazo de 12 (doze) meses para que a requerida proceda ao reembolso dos valores
pagos, a partir da data da data do voo cancelado. Veja-se as opções dadas ao consumidor pela referida
lei:
Art. 3º O reembolso do valor da passagem aérea devido ao consumidor por cancelamento de voo
no período compreendido entre 19 de março de 2020 e 31 de outubro de 2021 será realizado pelo
transportador no prazo de 12 (doze) meses, contado da data do voo cancelado, observadas a
617
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
atualização monetária calculada com base no INPC e, quando cabível, a prestação de assistência
material, nos termos da regulamentação vigente.
§1º Em substituição ao reembolso na forma prevista no caput deste artigo, poderá ser concedida
ao consumidor a opção de receber crédito de valor maior ou igual ao da passagem aérea, a ser
utilizado, em nome próprio ou de terceiro, para a aquisição de produtos ou serviços oferecidos
pelo transportador, em até 18 (dezoito) meses, contados de seu recebimento.
§2º Se houver cancelamento de voo, o transportador deve oferecer ao consumidor, sempre que possível,
como alternativa ao reembolso, as opções de reacomodação em outro voo, próprio ou de terceiro, e de
remarcação da passagem aérea, sem ônus, mantidas as condições aplicáveis ao serviço contratado.
§3º O consumidor que desistir de voo com data de início no período entre 19 de março de 2020 e 31
de outubro de 2021 poderá optar por receber reembolso, na forma e no prazo previstos
no caput deste artigo, sujeito ao pagamento de eventuais penalidades contratuais, ou por obter
crédito de valor correspondente ao da passagem aérea, sem incidência de quaisquer penalidades
contratuais, o qual poderá ser utilizado na forma do § 1º deste artigo.
Assim, em uma análise preliminar dos fatos, entendo que não é possível o acolhimento do pedido
formulado pela autora em sede de liminar.
Diante do exposto, não concedo a TUTELA ANTECIPADA, por não estarem presentes os requisitos
legais.
Determino seja invertido o ônus de prova, dada a relação de consumo existente entre os litigantes (arts. 2º
e 3º, ambos do CDC), bem como a situação de hipossuficiência da demandante (art. 6º, VIII, do CDC),
ante à produção da prova, devendo a requerida provar no curso da demanda que oportunizou à autora as
opções trazidas pela legislação acima mencionada.
No mais, cite-se a (o) ré (u) supracitada (o), para responder aos atos e termos da ação proposta perante
esta 4ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, cuja cópia da inicial segue em anexo e deste fica
fazendo parte integrante.
2. A ausência do reclamado importará na presunção de veracidade dos fatos alegados pela reclamante na
inicial - revelia - conforme art. 20 da lei 9.099/95.
3. O não comparecimento do reclamante acarretará a extinção do feito, nos termos do art. 51, inc. I, da Lei
dos Juizados Especiais, com a sua condenação ao pagamento de custas processuais (art. 51, § 2º, da lei
9.099/95).
4. Não havendo acordo, a audiência de instrução e julgamento será designada, ocasião em que o
reclamado poderá apresentar defesa e/ou pedido contraposto, trazer prova e até três testemunhas (cuja
intimação, em caráter excepcional, poderá requerer até cinco dias antes da audiência), se quiser.
5. As partes deverão comunicar a este juízo a mudança de endereço, ocorrida no curso do processo, sob
pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao endereço anterior, constante dos
autos (art. 19, e § 2º, da lei 9.099/95).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
6. Nas causas em que for atribuído valor econômico superior a vinte salários mínimos, a assistência da
parte por advogado será obrigatória (art. 9º da Lei 9.099/95).
Em se tratando de causa que versa a respeito de relação de consumo, promovo a inversão do ônus da
prova, nos termos do disposto no artigo 6°, VIII, do CDC.
Serve a presente decisão como mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº 03/2009
da CJRMB – TJE/PA.
Juíza de Direito
Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br
Processo nº 0845146-05.2021.8.14.0301
DECISÃO/MANDADO
Vistos, etc.
O Requerente informa nos autos o não cumprimento da decisão concessiva da tutela provisória de
urgência por parte da Requerida.
Analisando os autos, observo que a ré fora citada no dia 12/08/2021, razão pela qual o prazo concedido à
ré para a reativação do serviço de energia elétrica no imóvel em questão, que era de 24 horas, já teria
transcorrido.
Diante desta recalcitrância da Reclamada não resta outra alternativa a este juízo senão a majoração da
multa já fixada (art. 537, caput, do CPC).
619
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Pelo exposto, intime-se a Reclamada para que promova a reativação do serviço de energia elétrica do
autor (Conta Contrato 3003898953) em até 24 (vinte horas), sob pena de multa diária que arbitro em
R$-1.000,00 (mil reais) que fica limitada a princípio a R$-10.000,00 (dez mil reais).
Advirto que as multas ora arbitradas em nada prejudicam a incidência daquelas anteriormente
estipuladas.
Indefiro o pedido de execução imediata da multa, vez que esta será ou não ratificada quando o julgamento
do mérito.
Serve a presente decisão como mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº 03/2009
da CJRMB – TJE/PA.
Juíza de Direito
Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br
Processo nº 0825120-25.2017.8.14.0301
DECISÃO/MANDADO
Vistos, etc.
A requerida comprovou o pagamento no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) antes de iniciada a fase do
cumprimento de sentença.
Intimado para se manifestar sobre o pagamento, o autor requer a liberação de alvará dos valores
incontroversos pagos pela ré e o prosseguimento da execução quantos aos valores residuais, quais sejam:
620
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
● O valor de R$ 279,02 (duzentos e setenta e nove reais e dois centavos) referente a atualização
monetária pelo índice INPC e juro de 1% ao mês, calculados da data da sentença (03/05/2019),
até a data (18/07/2019) em que foi efetuado o depósito do valor da condenação;
● O valor de R$ 2.204,76 (Dois mil, duzentos e quatro reais e setenta e seis centavos), referentes
aos honorários sucumbenciais;
Quanto aos valores já depositados, autorizo a liberação em favor do exequente, por meio de alvará
judicial.
1) Intime-se a executada para que efetue, no prazo de quinze dias, o pagamento dos valores acima
mencionados que restaram pendentes, sob pena de ser acrescido da multa de 10% (dez por
cento) por atraso (art. 523, §1º do CPC).
2) Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, certifique-se e, considerando a
preferência legal pela penhora de dinheiro em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição
financeira (art. 835, I, do CPC) e que a constrição eletrônica de bens e valores poderá ser determinada de
ofício pelo juiz (ENUNCIADO nº 147 do FONAJE), venham-me os autos conclusos para tentativa de
bloqueio de valores via SISBAJUD para integral segurança do juízo da execução - condição para a
oposição dos embargos ("É obrigatória a segurança do Juízo pela penhora para apresentação de
embargos à execução de título judicial ou extrajudicial perante o Juizado Especial" - Enunciado nº 117 do
FONAJE).
3) Ocorrendo o bloqueio do valor integral do débito, intime-se a executada para, querendo, apresentar
impugnação ao bloqueio (CPC, art. 854, §3º) e/ou embargos à execução (Lei 9099/95, art. 52, IX), no
prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da intimação (Enunciado nº 142 do FONAJE).
4) Caso a penhora via SISBAJUD se mostre infrutífera ou insuficiente e o crédito perseguido seja em
valor compatível com o bem a ser constrito, proceda-se à tentativa de bloqueio de veículos via sistema
RENAJUD (art. 835, IV), com anotação de vedação à transferência, caso seja de propriedade da parte
executada.
5) Havendo o bloqueio positivo desse bem, junte-se o comprovante nos autos (art. 845, §1º, do CPC).
Uma vez formalizado o bloqueio, expeça-se mandado de penhora e avaliação in loco do bem,
oportunidade em que deverá ser intimado o executado para, querendo, oferecer embargos à execução no
prazo legal.
6) Não sendo o caso de bloqueio via RENAJUD ou após realizada a diligência não sejam encontrados
veículos, expeça-se imediatamente mandado de penhora e avaliação de bens da executada (Lei 9.099/95,
art. 52, inciso IV, e CPC, art. 523, §3º), tantos quantos bastem para a garantia da dívida, intimando-se no
mesmo ato a executada para apresentar embargos à execução (Lei 9099/95, art. 52, IX), no prazo de 15
(quinze) dias, a contar da data da penhora.
Serve a presente decisão como mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº 03/2009
da CJRMB – TJE/PA.
Juíza de Direito
Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br
Processo nº 0845854-55.2021.8.14.0301
DECISÃO/MANDADO
Vistos, etc.
Trata-se de pedido de reconsideração da decisão que negou tutela antecipada para que a ré alugasse um
carro para o autor até a entrega da peça do veiculo.
Observo que não há elemento novo capaz de alterar os fundamentos que ensejaram o indeferimento do
pedido, razão pela qual mantenho o indeferimento, nos mesmos termos da decisão anterior.
A alegação das despesas que o autor vem arcando em razão do atraso na entrega da peça podem ser
objeto de emenda à inicial, com pedido de ressarcimento, o qual será analisado quando o julgamento do
mérito.
Serve a presente decisão como mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº 03/2009
da CJRMB – TJE/PA.
Juíza de Direito
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
Rua Roberto Camelier, n. 570 – Jurunas
ATO ORDINATÓRIO
Eu, Danilo Barros Pereira de Farias, Diretor de Secretaria da 4ª Vara do Juizado Especial Cível da Capital,
no uso de minhas atribuições legais, com fundamento no artigo 93, XIV, da Constituição Federal e no
artigo 162, §4º, do Código de Processo Civil, considerando que o presente caso se amolda ás hipóteses
de atos de administração e/ou de mero expediente, sem caráter decisório, que admitem delegação pelo
magistrado, nos termos do disposto no artigo 1º, §2º, inciso XV, do Provimento nº 06/2006, da
Corregedoria da Região Metropolitana de Belém, procedo a intimação da parte exeqüente, para que
manifeste seu interesse no prosseguimento da execução, mediante indicação do endereço do
executado correto e com referências, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de extinção (conforme
art. 53, § 4º, da Lei 9099/95).
Diretor de Secretaria
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
Rua Roberto Camelier, n. 570 – Jurunas
ATO ORDINATÓRIO
Eu, Assessora da 4ª Vara do Juizado Especial Cível da Capital, no uso de minhas atribuições legais, com
fundamento no artigo 93, XIV, da Constituição Federal e no artigo 203, §4º do Código de Processo Civil,
considerando que o presente caso se amolda às hipóteses de atos de administração e/ou de mero
expediente, sem caráter decisório, que admitem delegação pelo magistrado, nos termos do disposto no
artigo 1º, §2º, inciso XV, do Provimento nº 06/2006, da Corregedoria da Região Metropolitana de Belém,
cumprindo determinação de despacho anterior, procedo a intimação da parte executada para tomar
ciência do bloqueio realizado e para comprovar, no prazo de 5 (cinco) dias, que os valores
bloqueados são impenhoráveis ou que houve bloqueio de forma excessiva.
Assessora do Juízo
SENTENÇA
Vistos, etc.
Homologo o acordo firmado pelas partes para que produza seus efeitos jurídicos e legais, restando extinto
o processo com resolução do mérito (CPC, art. 487, III, “b”), autorizando desde já a expedição de alvará
624
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
judicial para levantamento dos valores depositados em juízo em cumprimento da avença, se for o caso.
Sem condenação em custas e honorários advocatícios (artigos 54, “caput”, e 55 da Lei 9.099/95).
Arquive-se o processo, sem prejuízo de posterior desarquivamento, acaso requerido pelo credor, em razão
de inadimplemento da parte contrária.
Juíza de Direito
625
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PODER JUDICIARIO
Telefone: 3229-0869/3229-5175
0807091-53.2019.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO/MANDADO
Certifico que a parte Reclamante não forneceu novo endereço da parte Reclamada, tendo em vista que o
endereço informado na petição do id 19782468 é o mesmo da Inicial; certifico, ainda, que este Juizado não
possui aparelho de celular compatível com a tecnologia do aplicativo Whattsapp no momento. Dessa
forma, com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no Provimento nº 08/2014-
CJRMB e em atenção à citação infrutífera do(a) Reclamado(a), conforme certidão retro inserido(a), intime-
se a Parte Autora/Exequente para manifestar-se no prazo de cinco dias, fornecendo novo endereço ou
requerendo o que entender de direito. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 18 de agosto de 2021.
LUANA HITOMI FEIO OKADA, Servidor Judiciário 5ª Vara do Juizado Especial Cível.
PODER JUDICIARIO
Telefone: 3229-0869/3229-5175
0848093-66.2020.8.14.0301
CERTIDÃO/ATO ORDINATÓRIO/MANDADO
Considerando a suspensão do curso dos prazos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, estabelecido pelo
art. 220 do CPC (Resolução nº. 33/2016 e n°. 01/2017 do TJPA; A suspensão dos prazos judicias nos
feriados e pontos facultativos estabelecidos pela Portaria n° 3047/2020-GP -
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=949018; A Portaria n° 3003/2021-GP
de suspensão dos prazos processuais, administrativos e jurisdicionais a partir do dia 04 de março,
devido ao agravamento da Pandemia da Covid-19, seguido da Portaria nº 1118/2021-GP, referente à
suspensão no período de lockdown, o qual finalizou em 29/03/2021, e ao §1º, art. 1ª da Portaria Conjunta
nº 1/2021-GP/VP/CGJ, que permitiu a retomada da contagem dos prazos a partir de 30/03/2021 -
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=967120,
CERTIFICO que a Parte Requerida foi intimada para realizar o cumprimento voluntário da sentença em
06/07/2021, e efetuou o pagamento da condenação em 16/07/2021, por meio de boleto online, conforme
extrato de subconta em anexo. Certifico que a parte Reclamada não apresentou impugnação no prazo
legal, que finalizou em 17/08/2021. Com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no
Provimento nº 08/2014-CJRMB, procedo à intimação da Parte Exequente para apresentar planilha do
débito atualizada (em 15 dias), conforme determinação judicial. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA,
18 de agosto de 2021.
PROCESSO Nº 0811899-67.2020.8.14.0301
SENTENÇA
Homologo, por sentença, o acordo firmado entre as partes para que produza seus jurídicos e legais efeitos
e julgo extinto o processo nos termos do art. 487, inciso III, b, do Código de Processo Civil. Em
consequência, determino arquivamento dos autos diante da informação de que foi integralmente cumprido,
observadas as formalidades legais.
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TANIA BATISTELLO
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SENTENÇA
Processo nº 0874113-65.2018.8.14.0301
1. Em 15 de agosto de 2017, o requerente estava em sua residência, quando recebeu uma ligação do call
center da requerida oferecendo-lhe uma bolsa de estudos na referida instituição.
2. Na oportunidade foi informado que a instituição estaria oferecendo um desconto no valor das
mensalidades, se houvesse a contratação e a abertura da matrícula ainda no mês de agosto, ao que o
autor informou à telefonista que passaria nas dependências da requerida para obter mais informações e
analisar melhor a possibilidade de matricular-se no curso oferecido.
Contudo, diante da insistência da atendente, repassou alguns de seus dados, dentre os quais seu CPF,
aduzindo a pessoa do atendimento que seria somente para guardar a vaga, mas que, caso o mesmo não
comparecesse, não haveria compromisso algum com a requerida.
3. Acontece Excelência, que por motivos foro íntimo, o autor não compareceu às dependências da
requerida, não realizando a matricula no curso oferecido.
4. Mesmo ciente de que nada devida, em janeiro de 2018, o autor recebeu em sua residência
correspondência com aviso de cobrança da requerida, informando 3 (três) mensalidades que
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Vencimento Valor Valor com Juros 15/09/2017 R$240,00 R$265,26 16/10/2017 R$240,00 R$259,99
15/11/2017 R$240,00 R$254,99
5. Diante disto, o autor entrou em contato com a requerida, aduzindo nada dever, contudo, obteve como
resposta única que a empresa jamais faria cobranças indevidas e que o autor deveria pagar as contas em
atraso.
6. Não obstante o contato do autor, em meados de fevereiro de 2018, este recebeu aviso do SERASA
informando a inserção de seu nome nos respectivos cadastros de inadimplentes, ao que entrou
novamente em contato com a parte demandada, obtendo resposta no mesmo tom, qual seja, de que
deveria pagar seu débito.
7. Assim, diante do relatado, tendo em vista que não houve a contratação dos serviços da requerida, e
autor não se matriculou no curso oferecido para que fosse dele cobrado as referidas mensalidades, não
resta outra iniciativa se não propor a presente ação.
...
Por tudo exposto, serve a presente Ação, para requerer a V. Exa., se digne:
a) Que seja deferido o pedido de Justiça gratuita em sede de recurso, conforme o que lhe foi exporto;
b) Ordene a CITAÇÃO da REQUERIDA nos endereços inicialmente indicados, quanto à presente ação,
para que compareçam a audiência UNA e, querendo, apresente a defesa que tiver, dentro do prazo legal,
sob pena de confissão quanto à matéria de fato ou pena de revelia, com designação de data para
audiência a critério do D. Juízo; devendo ao final, ser julgada PROCEDENTE a presente Ação, sendo as
mesmas condenadas nos mencionados termos;
c) A inversão do ônus da prova, nos termos do Código de Defesa do Consumidor. Devendo constar no
mandando citatório a referida concessão;
1 – Seja declarado a inexistência do débito no valor de R$780,24 (setecentos e oitante reais e vinte e
quatro centavos);
e) Protesta pela produção de todas as provas, dentre as quais, juntada de novos documentos, perícias de
todo gênero (se necessário), bem como pelo depoimento pessoal do representante legal da Ré, ou seu
preposto designado, sob pena de confissão, oitiva testemunhal, vistorias, laudos e perícias – se
necessidade houver, para todos os efeitos de direito.
Dá-se à presente causa, o valor de R$ 10.780,24 (dez mil, setecentos e oitenta e quatro reais e vinte e
quatro centavos), para todos os efeitos de direito e alçada, equivalente ao valor da pretensão econômica
almejada. São os termos em que
Pede deferimento.
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Em agosto de 2017, o Requerente entrou em contato com a Requerida via contato telefônico, requerendo
informações, e negociando a sua matricula junto a instituição.
Desde o primeiro contato telefônico, o Requerente informou que estava sem tempo de se dirigir até a
instituição, haja vista que seu tempo estaria todo tomado pelo seu trabalho, mas que gostaria de realizar a
sua matricula junto ao curso de idiomas.
Após realizar toda a negociação do valor das mensalidades via contato telefônico, o Requerente
manifestou interesse em se matricular, e repassou todos os seus dados para a matrícula por meio de
ligação telefônica, e informou que com o início das aulas, iria à instituição.
Com o aval do Requerente, o mesmo foi matriculado na turma A01SAM-A. Verificado a ausência do
Requerente nas primeiras aulas, na data de 30.09.2017, foi mantido contato telefônico para saber
informações acerca de suas faltas, sendo informado pelo mesmo que havia remarcado as aulas.
Em 28.11.2017, verificado que o Requerido não havia assistido nenhuma aula da sua turma, a Requerida
entrou em contato com o mesmo, onde, este veio a informar que teria viajado na semana seguinte a sua
matricula, o que o impossibilitou de frequentar as aulas, e ainda manifestou interesse em repor as aulas
perdidas ainda no mês de janeiro de 2018.
Em 08.02.2018, a Requerida voltou a entrar em contato com o Requerido, posto que o mesmo não tinha
frequentado nenhuma aula, e estava inadimplente.
O Requerente veio a informar que estaria sem tempo para frequentar as aulas, e manifestou-se pelo
encerramento de seu contrato.
Visto que o Requerente não havia assistido às aula, a Requerida optou por cancelar a sua matricula, bem
como a sua dívida na instituição, vindo a solicitar a retirada do seu nome do sistema de proteção ao
credito, e deixando de cobrar os valores.
Ressalta-se que até então o Requerente apenas havia recebido comunicado/carta de aviso do referido
sistema, não estando seu nome negativado.
Ainda, em 12.03.2018, a Requerida entrou em contato com o Requerido para informar que não havia mais
nenhuma negativação em seu nome, decorrente do contrato firmado entre as partes, e que a sua dívida
estava cancelada, vindo o Requerente a tomar total ciência da situação.
3 – DO DÉBITO
O Requerente alega está sendo cobrado por uma dívida no valor de R$ 780,24 (setecentos e oitenta reais
e vinte e quatro centavos).
O debito do Requerente passou a existir, no momento em que o mesmo confirmou a sua matricula, por
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
meio de contrato telefônico, e passou a ocupar uma vaga na turma A01SAM-A do curso de idiomas da
Requerida. Uma vez que o Requerente assumiu o compromisso de matricula, realizado de forma verbal,
passou a ser gerados em seu nome, os valores referentes à matrícula e mensalidades do curso.
Ocorre que, após a verificação de que o Requerente não assistiu as aula, e manifestar o seu interesse de
cancelar o seu contrato - fato este ocorrido em 08.02.2018, tanto o seu contrato, quando o seu debito,
foram cancelados pela Requerida, vindo, inclusive, excluir a solicitação de inclusão de seu nome junto aos
cadastros de proteção ao crédito.
No momento de ajuizamento da presente ação, inexistia qualquer debito ou dívida do Requerente com a
Requerida. O que de fato ocorreu foi, como o Requerido havia realizado a matricula por meio de contato
telefônico, foi gerado mensalidades em seu nome, e como o mesmo não pagou, lhe foi enviado, apenas,
uma carta de cobrança da instituição.
Somente após o recebimento do comunicado/carta de aviso emitida pelo Serasa, que o Requerente
manifestou seu interesse na não permanência no contrato de prestação de serviços, vindo a Requerida,
antes ao ocorrido, cancelar tanto o contrato, quanto a dívida, posto que o Requerente não havia
frequentado as aulas.
A partir desse momento, a dívida do Requerente foi totalmente extinguida, não vindo o mesmo a receber
nenhuma cobrança e, muito menos, vindo o seu nome a vir a ser negativado.
Diante disso, a dívida pelo qual o Requerente almeja a inexistência, já não mais existe desde fevereiro de
2018, de modo que o pedido do Requerente encontra-se prejudicado, ante a perda do objeto.
...
- Declarar inexistente o débito no valor de R$780,24 (setecentos e oitante reais e vinte e quatro centavos);
- Declarar indevida a condenação à Requerida no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de
Danos Morais.
b) Em caso de procedência do pedido de dano moral, que o valor arbitrado respeite os Princípios da
proporcionalidade e razoabilidade;
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admissíveis de direito, em especial, as provas
documentais, e depoimento pessoal do Requerente. Termos em que,
Em sua réplica à contestação o Reclamante reiterou seus pedidos iniciais. É o relatório. Decido.
Versam os autos sobre relação de consumo, restando caracterizada a condição de consumidora final da
parte Autora e de prestadora de serviços da Reclamada, nos termos dos art. 2º, 3º e 22 do Código de
Defesa do Consumidor. Deixo de inverter o ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do Código de
Defesa do Consumidor, uma vez que o fato que o Autor alega ter lhe gerados danos é incontroverso entre
as partes, não havendo necessidade de inversão do ônus.
631
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Inicialmente, ressalto que após o exposto nos autos durante as providências preliminares, constata-se que
a lide comporta julgamento antecipado da lide, o que passo a fazê-lo com fundamento no art. 355, I do
Código de Processo Civil.
Assim, considero que parte Reclamada não se desincumbiu do ônus que lhe competia no feito, pois a
documentação apresentada com a inicial e a própria afirmação de legalidade do contrato pela Reclamada,
o qual não chegou a ser firmado, havendo comprovação de que houve comunicado da SERASA, em
29/01/2018, para que fosse paga a parcela com vencimento em 16/10/2017 e cobranças relativas ao
período de setembro a novembro de 2017 (ids. 7571695 e 7571708), revelando que houve cobrança
indevida e que a Reclamada não se desincumbiu de provar os fatos impeditivos, modificativos ou
extintivos do direito da parte Autora, visto que as telas apresentas são unilaterais e não comprovam a
contratação tampouco a utilização do serviço pelo Autor, que rechaça ter concretizado o contrato, o qual
também não foi apresentado pela Reclamada.
Ressalte-se, ainda, que a Reclamada tem responsabilidade objetiva pela prestação de serviços, e ao
cobrar por serviços não reconhecidos pelo consumidor por ausência de contratação, a Reclamada deve
responder pelos danos causados, não conseguindo se desincumbir de apresentar provas capazes de
isentá-la, no que se refere às falhas na prestação dos serviços, tendo se limitado, em sua defesa, a
apresentar argumentos genéricos de que houve contratação, o que não afasta sua responsabilidade.
Ademais, o fornecimento de produto ou serviço sem a prévia solicitação do consumidor e/ou após seu
pedido de cancelamento, não gera obrigação de pagar faturas, o que restou comprovado nestes autos,
diante da falta de documentos aptos a constituir o direito da Reclamada a referida cobrança.
Oportuno, acrescentar, que após a análise minuciosa dos documentos inseridos aos autos pelas partes,
não é possível afirmar que a inscrição indevida do nome da parte Autora nos cadastros de restrição ao
crédito se efetivou, e o Reclamante não apresentou consulta comprovando a concretização da
negativação nos cadastros de inadimplentes, o que não afasta o dever de indenizar os danos causados
pela cobrança indevida.
No que se refere ao pedido de indenização por danos morais, entendo que assiste parcial razão ao
Reclamante, tendo em vista que apesar de não ter comprovado que a negativação foi concretizada e do
cancelamento administrativo das cobranças, conforme referido pela Reclamada, a cobrança indevida, por
si só, gera sentimento de angústia, impotência e desrespeito ao consumidor, pelo que entendo ser
razoável a condenação ao pagamento de indenização por danos morais para desestimular esse tipo de
prática abusiva de cobrança, sem a comprovação da contratação, diante da existência de cobrança
indevida e comprovada ameaça de negativação.
Quanto ao valor da indenização, entendo que deve compreender compensação à vítima pelos danos
suportados, sem transformar a indenização em fonte de enriquecimento ilícito, mas atendendo ao seu
caráter pedagógico, de modo a desestimular a reiteração de condutas semelhantes. Nesse sentido
decisões:
ser majorada, a fim de atender a finalidade punitiva e pedagógica do dano moral. (Apelação Cível nº
0806861-29.2018.8.12.0001, 1ª Câmara Cível do TJMS, Rel. Marcelo Câmara Rasslan. j. 26.09.2019).
Deve ser levada em conta também a capacidade econômica das partes, de modo a evitar, que a
compensação seja irrisória para a vítima, e impedir que o autor do ato ilícito seja reduzido à insolvência.
Amparada nos referidos critérios, entendo que o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), satisfaz as referidas
exigências, sem descuidar da proporcionalidade e razoabilidade em relação aos danos morais sofridos.
O valor da condenação por danos morais deverá ser atualizado monetariamente a contar do arbitramento
(Súmula 362 – STJ) e os juros de mora a partir do evento danoso (Súmula 54 – STJ), no presente caso,
por se tratar de relação extracontratual.
SÚMULA Nº 362 - A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do
arbitramento.
SÚMULA Nº 54 – STJ - Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade
extracontratual.
Posto isto, declaro a inexistência do débito, no valor de R$ 780,24 (setecentos e oitante reais e vinte e
quatro centavos), objeto desta lide, e condeno a Reclamada ao pagamento de R$ 3.000,00 (três mil
reais), atualizados monetariamente pelo INPC a partir desta decisão, e acrescidos de juros de mora de 1%
(um por cento), ao mês, a partir de 29/01/2018 (data do comunicado de negativação), por se tratar de
relação extracontratual, a título de indenização por danos morais, nos termos da fundamentação.
valor a ser recebido. Após, arquivem-se os autos, dando-se baixa nos registros.
TANIA BATISTELLO
PODER JUDICIARIO
Telefone: 3229-0869/3229-5175
0877871-81.2020.8.14.0301
CERTIDÃO
De ordem da Mma. Juíza de Direito Titular desta Vara, considerando a impossibilidade de realização de
audiências remotas e presenciais no momento, devido ao déficit no quadro de servidores, acentuado após
a Pandemia da Covid-19, CERTIFICO que a Audiência de Conciliação designada para o dia 04/10/2021 foi
cancelada. Informo-vos que, caso não haja saneamento para o julgamento antecipado, será redesignada
audiência de Instrução e Julgamento. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 2 de agosto de 2021.
Processo nº 0866774-21.2019.8.14.0301
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DESPACHO
Indefiro o pedido do Exequente de citação por edital da parte Executada, uma vez que no sistema dos
Juizados Especiais a citação somente far-se-á mediante as hipóteses estipuladas no art.18 da Lei nº.
9.099/1995, além do § 2º do referido dispositivo legal dispor expressamente ser defeso a referida
modalidade para realização do ato citatório, não havendo ressalvas, quanto à Execução.
Assim, determino a intimação do Exequente para que no prazo máximo de 15 dias úteis, informe o atual
endereço da parte Executada para fins de citação, sob pena de extinção do feito.
Intime-se. Cumpra-se.
TANIA BATISTELLO
Fones: 3229-0869/3229-5175
Processo nº 0835570-90.2018.8.14.0301
SENTENÇA
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao Mandado de Intimação retrodescrito, de ordem do(a) MM(a) Juiz(a) de
Direito da 5ª Vara do Juizado Especial Cível da Capital, extraído do processo acima, cujas partes são,
como reclamante JOSEFA DORNELES GOMES, e, como reclamada EQUATORIAL ENERGIA S/A, e em
conformidade com as orientaçoes do despacho, DEIXEI DE INTIMAR a demandante, porque nas várias
vezes que fiz contato telefônico com os números indicados na inicial, quais sejam: (91)99915-2728 e
(91)98917-2926, resultou que o primeiro não completava a chamada, dando a entender que estava inativo,
e, o segundo, não era de propriedade da mesma, pois quem atendeu foi uma senhora de prenome
SORAIA, que disse desconhecê-la. Diante do ocorrido, tive que diligenciar pessoalmente ao endereço
informado, porém não obtive êxito em localizar a numeração do imóvel, nos três logradouros com o
mesmo nome, RUA DA PAZ, na faia de CEP informada, sendo que o primeiro ficava dentro do CJ
Carmelândia, com entrada pela Rod. Augusto Montenegro, e os outros dois no final da Avenida
Mangueirão, próximo a Av. Centenário, com acesso pela Rua 13 de Dezembro. Diante disso, recolho o
mandado para as providências devidas. O Referido É Verdade E Dou Fé. Õficial de Justiça. Mat: 4156-
0. Belém-PA.
Dispõe o artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem
julgamento do mérito, quando a parte autora abandonar a causa por mais de trinta dias. A inércia das
partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo faz presumir
desistência da pretensão à tutela jurisdicional equivalente ao desaparecimento superveniente do interesse
de agir, condição para o regular exercício do direito de ação.
Assim e diante da determinação para que a parte Reclamante se manifestasse e da certidão do Oficial de
Justiça e verificando-se, ainda, que o processo tramita há mais de 03 (três) anos, revela o desinteresse no
prosseguimento do feito demonstrado pela Autora ao mudar de endereço sem comunicar nos autos, em
desacordo com o disposto no Código de Processo Civil, confira-se:
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos
aqueles que de qualquer forma participem do processo:
...
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional
onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação
temporária ou definitiva;
e 485, § 1º, do CPC. II - Reputa-se válida a intimação encaminhada para o endereço constante dos autos,
pois incumbe à parte manter seu endereço completo e atualizado, arts. 77, inc. V, e art. 274, parágrafo
único, ambos do CPC. III - Apelação desprovida. (Processo nº 20171010038206 (1124487), 6ª Turma
Cível do TJDFT, Rel. Vera Andrighi. j. 12.09.2018, DJe 25.09.2018).
Posto isto, revogo a tutela antecipada e julgo extinto o processo sem julgamento do mérito, determinando
seu arquivamento com a devida baixa processual.
TANIA BATISTELLO
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SENTENÇA
Processo nº 0849315-06.2019.8.14.0301
A parte Autora ajuizou AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E
TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA, alegando que em agosto de 2017, concluiu o curso de Direito, na
instituição de ensino Reclamada, porém, até o ajuizamento da presente ação, o diploma ainda não lhe fora
entregue, requerendo o seguinte:
Em face do exposto, pelos fatos e fundamentos jurídicos acima deduzidos, requer à Vossa Excelência:
a) O deferimento do pedido de justiça gratuita com fulcro na lei nº 1.060/50 e artigo 98 do CPC, visto que a
requerente não pode arcar com as custas e despesas processuais sem prejuízo ao seu sustento e de sua
família, conforme já alinhavado;
b) Seja determinada aplicação do Código de Defesa do Consumidor, face a patente relação de consumo
ora evidenciada, com a consequente inversão do ônus da prova, na forma do art. 6º, VIII, do Código de
Defesa do Consumidor;
c) Seja concedida liminar, inaudita altera parte, nos termos do art. 84, §3º, do Código de Processo Civil,
em consonância o artigo 311, IV do Código de Processo Civil, para o fim de emitir e entregar o Diploma de
Curso de Direito da requerida pela SOCIEDADE EDUCACIONAL IDEAL LTDA;
d) Seja a requerida citada no endereço acima indicado, para, querendo, apresentar defesa, sob pena de
aplicação da pena de revelia.
f) No mérito, sejam confirmados os efeitos da liminar deferida, bem como seja a reclamada condenada ao
pagamento de indenização por danos morais no importe de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais);
Requer que sejam deferidas as provas documentais, testemunhais, periciais, além de outras admitidas em
direito e todas as demais que se façam necessárias ao bom deslinde do feito.
Dá-se à causa, o valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), para efeitos meramente fiscais. ...”
“ ... Diante da presença dos requisitos necessários, defiro o pedido de tutela urgência determinando à
Reclamada que entregue à Autora, no prazo de 20 (vinte) dias úteis, contados da intimação consumada da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
presente decisão, o diploma de conclusão do curso de Direito, sob pena de multa diária de R$ 3.000,00
(três mil reais), limitada ao valor de alçada dos Juizados Especiais a ser revertida em prol da parte Autora.
Cite-se a parte Reclamada com as advertências de praxe e intimem-se para comparecerem à audiência já
designada. ...”
Em sua defesa a Reclamada requereu a improcedência da ação, alegando, em resumo, que não podia
expedir o Diploma por falta de documentação, a qual deveria ser apresentada pela Reclamante, confira-se:
“ ... Faz-se necessário esclarecer ainda, Douto Julgador, que o diploma da aluna foi devidamente
registrado em 11/11/2019, tendo sido a discente devidamente convocada para proceder com a retirada do
documento no dia 14/11/2019. ...”
Em sua réplica à contestação a Reclamante refutou os argumentos da Reclamada e reiterou seus pedidos
iniciais. É o relatório. Decido.
Versam os autos sobre relação de consumo, restando caracterizada a condição de consumidora final da
parte Autora e de prestadora de serviços da Reclamada, nos termos dos art. 2º, 3º e 22 do Código de
Defesa do Consumidor. Deixo de inverter o ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do Código de
Defesa do Consumidor, uma vez que, o fato alegado pela Reclamante e que lhe gerou danos é
incontroverso entre as partes, não havendo necessidade de inversão do ônus.
Inicialmente, ressalto que após o exposto nos autos durante as providências preliminares, constata-se que
a lide comporta julgamento antecipado da lide, o que passo a fazê-lo com fundamento no art. 355, I do
Código de Processo Civil.
Assim, considero que parte Reclamada não se desincumbiu do ônus que lhe competia no feito, pois a
documentação apresentada com a inicial e a não comprovação pela Reclamada de que a Reclamante não
tenha apresentado a documentação necessária, revela que houve descaso, não se desincumbindo da
Reclamada de provar os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito da parte Autora, visto que
não foi apenas uma vez que a Reclamante apresentou os documentos.
Ressalte-se, ainda, que a Reclamada tem responsabilidade objetiva pela prestação de serviços, não
sendo razoável a demora de mais de dois anos para emitir um diploma, portanto, a Reclamada deve
responder pelos danos causados, não conseguindo se desincumbir de apresentar provas capazes de
isentá-la, no que se refere às falhas na prestação dos serviços, tendo se limitado, em sua defesa a
apresentar argumentos que não condizem com a realidade dos autos, o que não afasta sua
responsabilidade.
No que se refere ao pedido de indenização por danos morais, entendo que assiste parcial razão à
Reclamante, tendo em vista que apesar a demora demasiada em fornecer o Diploma, por si só, gera
sentimento de angústia, impotência e desrespeito ao consumidor, pelo que entendo ser razoável a
condenação ao pagamento de indenização por danos morais para desestimular esse tipo de conduta.
Quanto ao valor da indenização, entendo que deve compreender compensação à vítima pelos danos
suportados, sem transformar a indenização em fonte de enriquecimento ilícito, mas atendendo ao seu
caráter pedagógico, de modo a desestimular a reiteração de condutas semelhantes. Nesse sentido
decisões:
Deve ser levada em conta também a capacidade econômica das partes, de modo a evitar, que a
compensação seja irrisória para a vítima, e impedir que o autor do ato ilícito seja reduzido à insolvência.
Amparada nos referidos critérios, entendo que o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), satisfaz as
referidas exigências, sem descuidar da proporcionalidade e razoabilidade em relação aos danos morais
sofridos.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
O valor da condenação por danos morais deverá ser atualizado monetariamente a contar do arbitramento
(Súmula 362 – STJ) e os juros de mora a partir da citação, no presente caso, por se tratar de relação
contratual.
SÚMULA Nº 362 - A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do
arbitramento.
Posto isto, ratifico a tutela antecipada e condeno a Reclamada ao pagamento de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais), atualizados monetariamente pelo INPC a partir desta decisão, e acrescidos de juros de mora de 1%
(um por cento), ao mês, a partir da citação, a título de indenização por danos morais, nos termos da
fundamentação.
TANIA BATISTELLO
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Processo nº 0876388-16.2020.8.14.0301
DESPACHO
Verificando-se que a parte Reclamada não apresentou contestação, apesar de intimada para tanto. E,
tendo em vista que o despacho anterior visava tão somente a aplicação do princípio da celeridade
processual, sem desvirtuar os procedimentos previstos pela Lei nº 9.099/95, esclareço que será
realizada audiência, preferencialmente, de forma virtual, conforme novas diretrizes fornecidas pelo
TJPA, diante do crescimento de novos casos de contaminação por COVID19.
Assim, as partes devem ser intimadas para que indiquem, no prazo de 15 (quinze) dias, os seus e-
mails ou/e de seus patronos ou, no mesmo prazo, justifiquem ao Juízo a impossibilidade de
participarem do ato de audiência virtual, requerendo o que entenderem de direito.
A indicação de e-mail da parte ou advogado se faz necessária para confirmar nos autos, que foi
oportunizada a participação na audiência. Entretanto, pode se indicar e-mail pessoal, de terceiro de sua
confiança, do advogado ou ainda corporativo do Escritório de Advocacia, não há necessidade de ser
exclusivo do advogado que participará do ato, uma vez que o link de acesso à audiência será
disponibilizado no PJe.
Indicados os e-mails, determino ao servidor responsável que designe a data da audiência no TEAMS,
encaminhe o link de acesso, e intime as partes no PJe constando na intimação o link da audiência,
tomando as demais providências necessárias.
Havendo dúvidas sobre a realização dos atos, as partes e seus advogados podem esclarecê-las por meio
dos telefones (91) 3229-0869; 3229-5175 e pelo e-mail 5jecivelbelem@tjpa.jus.br.
TANIA BATISTELLO
PROCESSO Nº 0839443-64.2019.8.14.0301
SENTENÇA
Homologo por sentença o pedido desistência para que produza seus efeitos legais e, em consequência,
julgo extinto o processo sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, VIII, do Código de
Processo Civil.
TANIA BATISTELLO
PODER JUDICIARIO
Telefone: 3229-0869/3229-5175
Processo nº 0811164-97.2021.8.14.0301
DECISÃO
Inicialmente, homologo o pedido de desistência da ação formulado pelo Autor em relação ao reclamado
EUDES S. DA SILVA, prosseguindo o feito apenas em relação à CARLOS S DA SILVA. Passo à
apreciação do pedido de tutela antecipada.
643
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
O Reclamante requer a concessão de tutela antecipada de urgência para que seja realizada diligência no
imóvel localizado na rua nova n°1042, entre passagem cidade jardim e travessa Barão do Triunfo, bairro
da Pedreira, Belém-PA, do qual o Autor é herdeiro, com a finalidade de localizar o proprietário do imóvel
vizinho para que este venha a responder a lide, assim como o engenheiro responsável pela obra que está
gerando transtornos, aborrecimentos e prejuízos patrimoniais ao Requerente, devendo ser cessado. É o
relatório. Decido.
A concessão de medida liminar de antecipação de tutela exige a conjugação de dois elementos, conforme
dispõe o art. 300, da Lei 13.105/2015 (CPC), quais sejam, elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, dada a peculiaridade em que é muitas
vezes concedida, qual seja, sem a oitiva prévia da parte contrária, mitigando-se a obrigatoriedade de
observância do princípio do contraditório (artigo 497, § único do Código de Processo Civil).
Por outro lado, a antecipação de tutela configura-se como uma medida que reflete a necessidade imediata
de atuação do Poder Judiciário frente a uma situação de grave urgência, de modo a evitar a ocorrência de
maiores danos à parte que a requereu.
A atividade judiciária, nos referidos casos, é a de buscar equilíbrio entre os interesses postos em Juízo, e
verificar, ainda que em uma análise perfunctória, os eventuais riscos, existentes diante da concessão ou
não da medida liminar.
Ressalta-se, que em análise prima facie não há nos autos, indícios suficientes que denotem sumariamente
a probabilidade dos direitos alegados, sendo necessário estabelecer o contraditório, uma vez que há
diversas nuances nos fatos narrados na inicial e a parte Autora não apresentou documentos suficientes
para a concessão de tutela antecipatória sem cognição exauriente.
Posto isto, pela ausência inicial de plausibilidade dos direitos alegados e a inexistência de comprovação
do perigo na demora, indefiro a tutela de urgência.
Verificando-se que a parte Reclamada não apresentou contestação, apesar de intimada para tanto. E,
tendo em vista que o despacho anterior visava tão somente a aplicação do princípio da celeridade
processual, sem desvirtuar os procedimentos previstos pela Lei nº 9.099/95, esclareço que será
realizada audiência de acordo com a pauta prioritária deste Juízo, preferencialmente, de forma
virtual, conforme novas diretrizes fornecidas pelo TJPA, diante do crescimento de novos casos de
contaminação por COVID19.
Assim, as partes devem ser intimadas para que indiquem, no prazo de 15 (quinze) dias, os seus e-
mails ou/e de seus patronos ou, no mesmo prazo, justifiquem ao Juízo a impossibilidade de
participarem do ato de audiência virtual, requerendo o que entenderem de direito.
A indicação de e-mail da parte ou advogado se faz necessária para confirmar nos autos, que foi
oportunizada a participação na audiência. Entretanto, pode se indicar e-mail pessoal, de terceiro de sua
confiança, do advogado ou ainda corporativo do Escritório de Advocacia, não há necessidade de ser
exclusivo do advogado que participará do ato, uma vez que o link de acesso à audiência será
disponibilizado no PJe.
Indicados os e-mails, determino ao servidor responsável que designe a data da audiência no TEAMS,
encaminhe o link de acesso, e intime as partes no PJe constando na intimação o link da audiência,
tomando as demais providências necessárias.
644
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Havendo dúvidas sobre a realização dos atos, as partes e seus advogados podem esclarecê-las por meio
dos telefones (91) 3229-0869; 3229-5175 e pelo e-mail 5jecivelbelem@tjpa.jus.br.
TANIA BATISTELLO
Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br
Processo nº 0848503-27.2020.8.14.0301
DESPACHO
Visando dar maior celeridade aos processos, especialmente, por terem sido suspensas diversas
audiências presenciais, em face da pandemia de COVID-19 e, verificando-se que se trata de matéria de
fato e de direito que demanda prova documental para a análise do direito buscado e, ainda, no sentido de
viabilizar o julgamento da lide, em princípio, sem realização de audiência, entendo que deve a parte Autora
se manifestar, no prazo de 15 (quinze) dias, sobre a(s) defesa(s) inserida(s) aos autos pela(s) parte(s)
Reclamada(s).
A manifestação deverá ser expressa quanto aos documentos que instruiu a(s) defesa(s), inclusive.
645
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ressalte-se que a referida medida não significa hipótese de prejulgamento da lide, mas visa apenas
materializar os princípios que regem as ações que tramitam nos Juizados Especiais, principalmente, no
que diz respeito à celeridade e economia processual, devido à restrição atual quanto à realização de
audiências, enquanto perdurar a pandemia e também devido ao acúmulo de serviço.
Posto isto, determino que a parte Autora seja intimada para se manifestar, no prazo de 15 (quinze dias),
contados da intimação desta, sobre a contestação, devendo declarar, expressamente, se ainda tem
outras provas a produzir, especificando-as, no sentido de se aferir a possibilidade de julgamento
antecipado da lide, sob pena de preclusão, inclusive, quanto à necessidade de realização da audiência,
remota ou presencial.
Caso as partes informem interesse relevante na realização do ato de audiência, por exemplo, a
necessidade de oitiva de testemunhas, esclareço que esta será realizada, preferencialmente, de
forma virtual, conforme diretrizes fornecidas pelo TJPA. Assim, as partes devem ser intimadas para
que indiquem, no mesmo prazo concedido acima, os seus e-mails ou/e de seus patronos ou, no
mesmo prazo, justifiquem ao Juízo a impossibilidade de participarem do ato de audiência virtual,
requerendo o que entenderem de direito.
A indicação de e mail da parte ou advogado se faz necessária para confirmar nos autos, que foi
oportunizada a participação na audiência. Entretanto, pode se indicar e-mail pessoal, de um terceiro de
sua confiança, do advogado ou ainda corporativo do Escritório de Advocacia, não há necessidade de ser
exclusivo do advogado que participará do ato, uma vez que o link de acesso à audiência será
disponibilizado no PJe.
Indicados os e-mails, determino ao servidor responsável que designe a data da audiência no TEAMS,
encaminhe o link de acesso, e intime as partes no PJe constando na intimação o link da audiência,
tomando as demais providências necessárias.
Não havendo indicação do e-mail no prazo, nem contestação; proposta de acordo ou manifestação à
contestação, certifique-se e voltem os autos conclusos.
Havendo dúvidas sobre a realização dos atos, as partes e seus advogados podem esclarecê-las por meio
dos telefones (91) 3229-0869; 3229-5175 e pelo e-mail 5jecivelbelem@tjpa.jus.br.
TANIA BATISTELLO
Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br
Processo nº 0857306-96.2020.8.14.0301
DESPACHO
Verificando-se que a parte Reclamada não apresentou contestação, apesar de intimada para tanto. E,
tendo em vista que o despacho anterior visava tão somente a aplicação do princípio da celeridade
processual, sem desvirtuar os procedimentos previstos pela Lei nº 9.099/95, esclareço que será
realizada audiência, preferencialmente, de forma virtual, conforme novas diretrizes fornecidas pelo
TJPA, diante do crescimento de novos casos de contaminação por COVID19.
Assim, as partes devem ser intimadas para que indiquem, no prazo de 15 (quinze) dias, os seus e-
mails ou/e de seus patronos ou, no mesmo prazo, justifiquem ao Juízo a impossibilidade de
participarem do ato de audiência virtual, requerendo o que entenderem de direito.
A indicação de e-mail da parte ou advogado se faz necessária para confirmar nos autos, que foi
oportunizada a participação na audiência. Entretanto, pode se indicar e-mail pessoal, de terceiro de sua
confiança, do advogado ou ainda corporativo do Escritório de Advocacia, não há necessidade de ser
exclusivo do advogado que participará do ato, uma vez que o link de acesso à audiência será
disponibilizado no PJe.
Indicados os e-mails, determino ao servidor responsável que designe a data da audiência no TEAMS,
encaminhe o link de acesso, e intime as partes no PJe constando na intimação o link da audiência,
tomando as demais providências necessárias.
Havendo dúvidas sobre a realização dos atos, as partes e seus advogados podem esclarecê-las por meio
dos telefones (91) 3229-0869; 3229-5175 e pelo e-mail 5jecivelbelem@tjpa.jus.br.
TANIA BATISTELLO
E-mail: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br
Whatsapp: 98116-3930
0827353-53.2021.8.14.0301
INTIMADO: Nome: FELIPE DANILO ALMEIDA PINTO, Nome: GUSTAVO DOS SANTOS FOGOLIN
CERTIDÃO/MANDADO
Eu, Luana Okada, Diretora de Secretaria da 5ª Vara do Juizado Especial Cível, por determinação legal,
etc.
Certifico que a audiência de Instrução e Julgamento foi (re)designada para o dia 10/05/2022 09:30 horas
e ocorrerá em sala virtual pelo aplicativo TEAMS, cujo link será disponibilizado nos autos e, nos casos de
parte sem advogado constituído, o link será enviado via e-mail, caso tenha sido fornecido pela respectiva
parte. Belém, PA, 18 de agosto de 2021.
DECISÃO
Alega a autora que em 12/01/2019 adquiriu parte de um terreno localizado na Travessa Mariz e Barros, n.
885, no bairro da pedreira.
Esclarece que seu terreno faz fundos com o terreno original, de modo que convive em um condomínio
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Informa que no dia 02/08/2021 protocolou pedido de ligação nova para a conta contrato nº 3018708166,
vinculada ao kitnet 885-B, entretanto, até a presente data sua unidade continua sem luz.
Aduz que o prazo fornecido pela requerida para verificação e ligação são de 05 dias úteis, sendo que já
passaram mais de 10 dias sem que a ré tenha providenciado o serviço.
Informa que a mesma situação ocorreu na kitnet de nº 885-A, porém, após reclamação na ANEEL seu
problema foi resolvido.
Por fim, aduz que a requerida se nega a proceder a ligação de sua energia em razão do terreno principal
(nº885) possuir um débito de R$ 8.000,00.
Assim, requer a troca da titularidade de UC 445029, que a ré se abstenha de interromper a energia de sua
residência, que não inscreve seu nome no cadastro de inadimplentes e que cessem as cobranças.
Passo a Decidir:
Primeiramente, analisando os autos verifico que os fatos narrados tiveram início em 02/08/2021, quando a
autora solicitou ligação nova para sua unidade.
A situação descrita ocorreu no início do mês de agosto, de modo que os fatos não são recentes, não
atraindo, portanto, a competência desta vara de plantão.
Não obstante, verifico que os fundamentos e os pedidos são contraditórios, eis que nos fundamentos a
autora informa a conta contrato de nº 3018708166, enquanto seu pedido se refere a troca da titularidade
da conta contrato nº 445029.
Ademais, verifico que a autora não juntou nenhum documento que comprove que o imóvel 885-B está
vinculado a conta contrato nº3018708166, tampouco, identificou qual a conta contrato do imóvel original
(885), a fim de se verificar a existência de débitos, e a possível negativa da ré em proceder a ligação de
seu imóvel.
Assim, ainda que superada a incompetência desta vara de plantão para apreciação do pedido liminar,
seria hipótese de indeferimento por ausência dos pressupostos legais para sua concessão.
Isto posto, por não se tratar de matéria de plantão, determino a imediata e urgente distribuição ao juízo
competente, a fim de analisar o pedido tutela antecipada em caráter antecedente.
CUMPRA-SE E INTIME-SE.
P.R.I.C.
PODER JUDICIARIO
Telefone: 3229-0869/3229-5175
0811164-97.2021.8.14.0301
CERTIDÃO
De ordem da Mma. Juíza de Direito Titular desta Vara, considerando a impossibilidade de realização de
audiências remotas e presenciais no momento, devido ao déficit no quadro de servidores, acentuado após
a Pandemia da Covid-19, CERTIFICO que a Audiência de Conciliação designada para o dia 19/08/2021 foi
cancelada. Informo-vos que, caso não haja saneamento para o julgamento antecipado, será redesignada
audiência de Instrução e Julgamento. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 18 de agosto de 2021.
Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br
Processo nº 0801526-11.2019.8.14.0301
DESPACHO
Intime-se. Cumpra-se.
TANIA BATISTELLO
E-mail: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br
Whatsapp: 98116-3930
PROCESSO: 0811164-97.2021.8.14.0301
CERTIDÃO/MANDADO
Eu, Luana Okada, Diretora de Secretaria da 5ª Vara do Juizado Especial Cível, por determinação legal,
etc.
Certifico que a audiência de Instrução e Julgamento foi (re) designada para o dia 07/10/2021 10:30 horas
e ocorrerá em sala virtual pelo aplicativo TEAMS, através do link: https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_MGJhNzI5ZjMtYTc0Zi00NGMxLWI3NWItZjE5Y2NhODlmMjc1%40thread.v2/0?context
= % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22bda6f1e3-2a47-4d97-ab86-e2ae4a7cc9a4%22%7d
651
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ressalte-se que esta audiência será VIRTUAL (aplicativo TEAMS), podendo ser acessada por qualquer
computador, notebook, tablet ou celular, para tanto deve a parte fornecer o e-mail nesta Secretaria
para envio do link da audiência, e caso a parte não tenha advogado e/ou aparelho eletrônico
(descritos acima) poderá se dirigir a esta na data da audiência Vara para participar virtualmente
através do computador disponibilizado, chegando com 20 minutos de antecedência. Belém, PA, 18
de agosto de 2021. LUANA HITOMI FEIO OKADA, Servidor Judiciário 5ª Vara do Juizado Especial Cível.
PROCESSO Nº 0847013-33.2021.8.14.0301
SENTENÇA
Homologo por sentença o pedido desistência para que produza seus efeitos legais e, em consequência,
julgo extinto o processo sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, VIII, do Código de
Processo Civil.
TANIA BATISTELLO
PROCESSO Nº 0852652-66.2020.8.14.0301
SENTENÇA
Homologo, por sentença, o acordo firmado entre as partes para que produza seus jurídicos e legais efeitos
e julgo extinto o processo nos termos do art. 487, inciso III, b, do Código de Processo Civil. Em
consequência, determino arquivamento dos autos, todavia, sem prejuízo de eventual necessidade de
desarquivamento do processo, em caso de não ser cumprido o acordo, observadas as formalidades legais.
TANIA BATISTELLO
Arquivem-se os autos.
Intime-se. Cumpra-se.
TANIA BATISTELLO
Juíza de Direito
Dados do processo
TRIBUNAL DE JUSTICA DO Comarca/Municípi
Ramo JUSTICA ESTADUAL Tribunal
PARA o
QDA472 P TRANSFERENCI
I/AUDI A4 LM 170CV LUAN LUZ PINHEIRO 10/06/202
0 A A
PODER JUDICIARIO
Telefone: 3229-0869/3229-5175
0853938-79.2020.8.14.0301
CERTIDÃO
De ordem da Mma. Juíza de Direito Titular desta Vara, considerando a impossibilidade de realização de
audiências remotas e presenciais no momento, devido ao déficit no quadro de servidores, acentuado após
a Pandemia da Covid-19, CERTIFICO que a Audiência de Conciliação designada para o dia 12/07/2021 foi
cancelada. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 12 de julho de 2021.
PROCESSO Nº 0846769-07.2021.8.14.0301
SENTENÇA
Trata-se de cumprimento de sentença proferida pelo Juízo da 9ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém,
nos autos do processo nº 0855575-36.2018.8.14.0301 - PJe. É o breve relatório. Decido.
A execução decorrente de crédito judicial, dar-se-á nos próprios autos da ação principal, não sendo
necessário o ajuizamento de ação própria para sua execução.
Por esta razão, deve o pedido de execução em tela processar-se perante o Juízo que decidiu a causa, o
qual tem competência funcional, nos termos do art. 516, II do Código de Processo Civil e art. 52, da Lei nº
9.099/95.
Pelo exposto, declaro este Juízo incompetente para processar e julgar o presente feito, devendo o
Processo ser extinto nos termos do art. 51, II, da Lei nº 9.099/95.
Sem condenação em custas processuais e honorários advocatícios (Lei nº. 9.099/1995, artigo 55, caput).
TANIA BATISTELLO
Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br
655
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Processo nº 0841583-42.2017.8.14.0301
DECISÃO
Posto isto, autorizo a transferência do valor bloqueado que se encontrar na subconta do processo, para a
conta bancária indicada pelo Advogado da parte Autora, conforme requerido.
Diante do pedido de complementação, deve ser a parte Reclamada ser intimada para manifestar-se, no
prazo de 15 (quinze) dias, sobre a existência de débito remanescente.
Intime-se. Cumpra-se.
TANIA BATISTELLO
Juíza de Direito
E-mail: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br
Whatsapp: 98116-3930
0829121-14.2021.8.14.0301
CERTIDÃO/MANDADO
Eu, Luana Okada, Diretora de Secretaria da 5ª Vara do Juizado Especial Cível, por determinação legal,
etc.
Certifico que a audiência de Instrução e Julgamento foi (re)designada para o dia 09/03/2022 08:30 horas
e ocorrerá em sala virtual pelo aplicativo TEAMS, cujo link será disponibilizado nos autos e, nos casos de
parte sem advogado constituído, o link será enviado via e-mail, caso tenha sido fornecido pela respectiva
parte. Belém, PA, 18 de agosto de 2021.
Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br
Processo nº 0809213-10.2017.8.14.0301
DECISÃO
O Exequente, por seu advogado, requerer que o valor bloqueado via SISBAJUD (R$ 1.202,88), seja
transferido para a conta bancária, a saber:
Agência 0820
Operação 003
CNPJ 22.645.382/0001-43
Posto isto, e diante da ausência de manifestação da parte Executada, autorizo a transferência do valor
bloqueado que se encontrar na subconta do processo, para a conta bancária indicada pelo Advogado da
Exequente, conforme requerido.
Diante da certidão do Oficial de Justiça, deve a parte Exequente ser intimada para atualizar o débito,
deduzindo-se o valor ora autorizado e indicar bens à penhora, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
extinção do processo, nos termos do art. 53, § 4º da Lei nº 9.099/95.
Intime-se. Cumpra-se.
TANIA BATISTELLO
Juíza de Direito
658
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Processo n. 0857353-70.2020.8.14.0301
SENTENÇA
1 – RELATÓRIO.
Trata-se de ação proposta por EDINHO BARBOSA BARBOSA em face de BANCO SANTANDER S/A,
pelo rito especial da lei 9.099/95.
Narra o autor que, desde Setembro de 2019, passou a receber cobranças referente a uma dívida junto ao
Banco réu e, após realizar consulta no SERASA, constatou que o seu nome estava negativado desde
20/08/2019 no valor de R$2.233,31, dívida esta vencida em 16/07/2019.
Afirma que desconhece esta dívida e que buscou informações junto ao banco réu tendo obtido como
resposta apenas que se tratava de uma dívida proveniente de um cartão de crédito o qual não possui.
Alega que a dívida, hoje, está no valor de R$5.394,40 e que, diante das tentativas frustradas em resolver o
problema de forma administrativa, busca a tutela jurisdicional.
O pedido de liminar foi indeferido em razão do autor não ter comprovado que utilizou o canal do
consumidor.gov para buscar a solução do problema.
Em pedido de reconsideração, o autor comprovou ter acionado o consumidor.gov através do qual o banco
réu informou que o autor deveria aguardar o andamento do processo.
Este juízo, em análise do pedido de reconsideração, deferiu o pedido liminar e determinou a suspensão da
inscrição do nome da parte autora em razão do débito questionado (id22503504).
A Ré, citada, apresentou contestação, alegando a licitude da cobrança e da negativação, já que a dívida é
proveniente do contrato 7097-660087397810 que originou o cartão de crédito de n. 5155900163131967.
2 – FUNDAMENTAÇÃO.
A relação jurídica entre as partes é de consumo, porquanto presentes os requisitos objetivos e subjetivos
de tal relação, nos termos dos artigos 2º e 3º da Lei n. 8078/90.
O ônus da prova, nas ações fundadas na alegação de fato negativo, não se distribui na forma prevista no
artigo 373 do Código de Processo Civil, pois o autor pode apenas negar o ato ou fato cuja inexistência
659
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
pretende ver declarada, cumprindo à parte adversa a comprovação de sua existência, como fato
constitutivo do direito atacado. Nestas ações, portanto, quem faz prova do fato constitutivo do direito é o
réu, e não o autor, como de praxe.
No presente caso o autor alega que não possui qualquer contrato com o banco réu, desconhecendo
totalmente a dívida pela qual foi negativado.
Invertido o ônus da prova, a ré alegou que a dívida é proveniente do não adimplemento do cartão de
crédito contratado no dia 09/02/2018 e ativado em 26/02/2018.
Em que pese o réu afirmar que a dívida é devida, não se desincumbiu de comprovar a contratação, ônus
que lhe incumbia por força do artigo 373, inciso II do CPC.
O banco réu não juntou o contrato de cartão de crédito devidamente assinado pelo autor, ou qualquer
formulário de solicitação de cartão no qual constem os dados do autor, ou até mesmo a gravação da
conversa telefônica em caso de contratação por telefone.
No caso o réu alega que a contratação foi realizada via internet, porém não junta qualquer formulário de
requisição do contrato, não informa o IP da máquina que originou o pedido de cartão de crédito, muito
menos apresenta os documentos pessoais do consumidor necessários para uma contratação bancária.
Apesar da contratação virtual ser permitida, a ré deve se cercar de todos os meios para evitar possíveis
fraudes, o que, de certo, não ocorreu no presente caso, haja vista que o banco réu não juntou nenhum
documento pessoal do autor utilizado para a contratação.
Saliente-se que a simples apresentação de faturas não comprovam a efetiva contratação pelo autor e que
fora ele quem utilizou o cartão, principalmente sendo o endereço constante nas faturas diverso do
endereço indicado pelo autor em sua exordial e não há nos autos qualquer comprovante de residência em
nome do autor no endereço indicado na fatura.
Portanto, não havendo nos autos provas que foi o autor quem celebrou o contrato, resta configurada a
falha na prestação dos serviços do banco réu, acrescentando que a falha da ré gerou uma cobrança
indevida e uma restrição creditícia do autor.
Para a configuração da responsabilidade civil no ordenamento jurídico brasileiro são três os elementos
imprescindíveis: a conduta, o dano e o nexo de causalidade entre a conduta e o dano.
No caso dos autos, se verifica o nexo de causalidade entre a conduta do réu e os danos alegados pelo
autor, que teve seu nome inscrito indevidamente nos cadastros de inadimplentes.
Frisa-se, por oportuno, que nos casos de inscrição indevida a jurisprudência dispensa a prova de
existência do dano, justificando-se a imposição de indenização por danos morais.
O dano moral no caso de inscrição indevida é in re ipsa, pois, presumidamente, afeta a dignidade da
pessoa humana, tanto na sua honra objetiva quanto na subjetiva.
Considerando esses parâmetros, reputo como justa a indenização no importe de R$6.000,00 (seis mil
reais).
3 - DISPOSITIVO.
1 - Declarar nulo o contrato objeto da ação (7097-660087397810), devendo o cartão de crédito de n.º
5155900163131967 ser cancelado;
3 – Condenar a ré a pagar ao autor, a título de danos morais sofridos, o valor de R$ 6.000,00 (seis mil
reais), com correção monetária pelo INPC e juros de 1% ao mês, a contar do arbitramento;
Com esta decisão, julgo extinto o processo com resolução do mérito, com arrimo no artigo 487, inciso I do
CPC.
P.R.I.
4 – DISPOSIÇÕES FINAIS.
4.1 – Passado o prazo recursal sem interposição de recurso, deve a secretaria certificar o trânsito em
julgado da sentença e, em ato contínuo, intimar a parte autora para, querendo, solicitar o cumprimento
voluntário da sentença pela ré conforme determina o art. 513 § 1º do CPC;
4.3 – Tratando-se de condenação em valores e vindo o pedido de cumprimento sem planilha de cálculo,
certifique-se e façam-se os autos conclusos;
4.4 – Havendo o cumprimento voluntário com depósito judicial no BANPARA, autorizo, desde já, a
expedição de alvará judicial em favor da parte autora ou de seu patrono, desde que este esteja
devidamente habilitado nos autos com poderes específicos para receber e dar quitação;
4.5 – Em caso do pagamento da condenação ser realizado no Banco do Brasil, determino que a secretaria
certifique e expeça ofício ao Banco do Brasil para a transferência dos valores para a conta judicial.
Cumprida a transferência, expeça-se o alvará judicial;
4.7 – Restringindo-se a condenação em obrigação de fazer, sendo a parte autora intimada quanto ao
trânsito em julgado da sentença e deixando de requerer o cumprimento no prazo de 30 dias, certifique-se
e arquivem-se os autos;
4.8 – A parte ré, intimada para cumprir a sentença e não comprovado o seu cumprimento, certifique-se e
façam-se os autos conclusos para realização de novos cálculos com a incidência da multa prevista no §1º
do art.523 do CPC e providências junto ao SISBAJUD;
661
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
P.R.I.
JT
PROCESSO N. 0853009-80.2019.8.14.0301
SENTENÇA
A segunda requerida interpôs Embargos de Declaração com fulcro no art.1.022 do CPC e art.49 da Lei
9.099/95, alegando contradição no julgado.
Aduz a embargante que em sentença a sentença fora extinta em relação a embargante sem a resolução
do mérito reconhecendo a inexistência de responsabilidade no cancelamento da viagem e, no mesmo
dispositivo, condenara solidariamente a embargante à indenização por danos morais à reclamante.
Apontada a contradição, requer o acolhimento dos embargos para suprir o erro em tal dispositivo.
Observa-se que os embargos foram protocolizados dentro do prazo legal a que se refere o artigo 49 da lei
9099/95.
Assiste razão à embargante posto que, conforme análise na fundamentação da sentença, o juízo concluíra
que esta não tiver responsabilidade no cancelamento da passagem adquirida pela parte reclamante
confirmando, posteriormente no dispositivo, a extinção do processo sem o julgamento do mérito em
relação à embargante, na forma do art. 485, VI do CPC.
Assim, a condenação à indenização pelos danos morais deverão ser assumidos integralmente pela
662
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
primeira reclamada constando, por evidente equívoco – tendo por base os argumentos acima apontados –
a condenação solidária da segunda reclamada – VISA DO BRASIL EMPREENDIMENTOS LTDA – ao
pagamento da indenização por danos morais em favor da reclamante.
Posto isto, conheço o recurso de Embargos de Declaração e Julgo-os procedente, para modificar o
dispositivo da sentença nos seguintes termos:
“Em relação à primeira demandada, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE A AÇÃO e determino sua
EXTINÇÃO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO na forma do art. 487 inciso I do CPC, para determinar que a
primeira reclamada, TAM LINHAS AEREAS, INDENIZE POR DANOS MORAIS a parte autora no valor de
R$ 3.000,00 (três mil reais), atualizados e acrescidos de juros de mora de 1% a.m. a partir da data da
sentença.”.
P.R.I.
ec
DESPACHO
Os autos vieram conclusos em razão da divergência dos valores solicitados pela advogada na petição de
id30868045.
Diante dos cálculos do juízo integrante da sentença constante no id30793370, o valor depositado pela
executada B2W Viagens e Turismo Ltda no importe de R$3.032,60 (três mil e trinta e dois reais e sessenta
centavos) deve ser levantado pelo exequente.
Do valor depositado pela executada GOL LINHAS AÉREAS no importe de R$5.140,39 (cinco mil cento e
quarenta reais e trinta e nove centavos), deve o valor de R$3.529,63 (três mil quinhentos e vinte e nove
reais e sessenta e três centavos) ser levantado pelo exequente e o valor de R$1.398,80 (mil trezentos e
noventa e oito reais e oitenta centavos) em favor da patrona do exequente, já que este valor se refere a
condenação em honorários sucumbenciais.
Considerando que a executada GOL LINHAS AÉREAS efetuou pagamento de valor maior que o devido
resta um crédito em seu favor de R$211,96 (duzentos e onze reais e noventa e seis centavos), valor este
que deve ser devolvido à executada GOL LINHA AÉREAS.
663
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Assim, determino a expedição de alvará judicial, para levantamento do valor de R$211,96, em favor da
executada GOL LINHA AÉREAS ou de seu patrono, desde que devidamente habilitado aos autos com
poderes específicos para receber e dar quitação.
Deve a secretaria proceder com a confecção dos alvarás judiciais para levantamento dos valores
depositados conforme ao norte explicitado.
Intime-se a executada GOL LINHAS AÉREAS para que forneça os dados bancários para confecção do
alvará judicial para levantamento do valor de R$211,96.
JT
DESPACHO
Considerando que a executada apesar de intimada não realizou o pagamento voluntário da condenação,
procedi à tentativa de bloqueio on line via SISBAJUD em contas de suas titularidades, conforme cálculos
abaixo:
DANO MORAL
Atualização de R$5.000,00 de 29-Junho-2018 e 11-Agosto-2021 pelo índice INPC - Índ. Nac. de Preços ao
Consumidor, com juros simples de 1,000% ao mês, pro-rata die.
Valor original: R$5.000,00
Memória do Cálculo Variação do índice INPC - Índ. Nac. de Preços ao Consumidor entre 29-Junho-2018 e
11-Agosto-2021
Em percentual: 18,3368%
Os valores do índice utilizados neste cálculo foram: Junho-2018 = 1,43%; Julho-2018 = 0,25%; Agosto-
2018 = 0,00%; Setembro-2018 = 0,30%; Outubro-2018 = 0,40%; Novembro-2018 = -0,25%; Dezembro-
2018 = 0,14%; Janeiro-2019 = 0,36%; Fevereiro-2019 = 0,54%; Março-2019 = 0,77%; Abril-2019 = 0,60%;
Maio-2019 = 0,15%; Junho-2019 = 0,01%; Julho-2019 = 0,10%; Agosto-2019 = 0,12%; Setembro-2019 = -
0,05%; Outubro-2019 = 0,04%; Novembro-2019 = 0,54%; Dezembro-2019 = 1,22%; Janeiro-2020 =
0,19%; Fevereiro-2020 = 0,17%; Março-2020 = 0,18%; Abril-2020 = -0,23%; Maio-2020 = -0,25%; Junho-
2020 = 0,30%; Julho-2020 = 0,44%; Agosto-2020 = 0,36%; Setembro-2020 = 0,87%; Outubro-2020 =
0,89%; Novembro-2020 = 0,95%; Dezembro-2020 = 1,46%; Janeiro-2021 = 0,27%; Fevereiro-2021 =
0,82%; Março-2021 = 0,86%; Abril-2021 = 0,38%; Maio-2021 = 0,96%; Junho-2021 = 0,60%; Julho-2021 =
1,02%.
Atualização
Valor atualizado = valor * fator = R$5.000,00 * 1,1834
Juros
Juros percentuais (JP) = 37,38920 %
períodos = 2/30 (prop. Junho-2018) + 37 (de Julho-2018 a Julho-2021) + 10/31 (prop. Agosto-2021) =
37.3892
Valor total a ser bloqueado: R$10.730,41 (dez mil setecentos e trinta reais e quarenta e um
centavos).
665
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Realizada a penhora online, conforme tela anexo, intime-se a parte Executada para, em querendo,
apresentar Embargos à Execução no prazo legal, sob pena de liberação do valor em favor do
exequente.Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, certifique-se e voltem conclusos para
decisão de liberação do valor.Cumpra-se.Belém, (data do registro no sistema) Patrícia de Oliveira
Sá MoreiraJuíza de Direito, respondendo pela 6ª Vara do JEC Belém JT
DESPACHO
Trata-se de ação de execução de título extrajudicial, sob o rito da Lei n.º 9.099/95.
DECIDO.
O presente feito trata-se de execução de título extrajudicial a qual somente será extinta pelas razões
dispostas no art.924 do CPC, vejamos:
III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida;
Desta feita, resta claro que a celebração de acordo para pagamento do débito não acarreta a extinção da
execução, devendo ser aplicado o previsto no art.922 do CPC, o qual dispõe:
“Art.922. Convindo as partes, o juiz declarará suspensa a execução durante o prazo concedido pelo
exequente para que o executado cumpra voluntariamente a obrigação.
Parágrafo único. Findo o prazo sem cumprimento da obrigação, o processo retomará o seu curso.”
Assim sendo, com fulcro no art. 922 do CPC, declaro suspensa a presente execução até 13/10/2022, data
esta prevista para o pagamento da última parcela do acordo.
666
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Findo o prazo, intime-se o exequente para que no prazo de 05 dias informe sobre o seu interesse no
prosseguimento do feito, sob pena de se entender que houve a quitação do débito.
JT
SENTENÇA
Trata-se de ação de execução de título extrajudicial, sob o rito da Lei n.º 9.099/95.
O executado citado, realizou o pagamento do valor integral da execução, requerendo imediata exclusão
das anotações nos órgãos de restrição creditícias e a extinção do feito por quitação (id28767118 e
31856943).
Desta feita, considerando que o executado quitou o débito exequendo e estando este valor depositado na
conta judicial, determino a expedição de alvará judicial, para levantamento do depositado, em favor do
exequente ou de seu patrono desde que devidamente habilitado com poderes específicos para receber e
dar quitação.
Intime-se o exequente para que forneça os dados bancários para expedição do alvará judicial.
Deve o exequente proceder com a imediata baixa da anotação nos órgãos de restrição ao crédito.
Considerando que a obrigação foi satisfeita, ante o pagamento integral do valor exequendo, conforme o
art. 924, inc. II, CPC, julgo extinta a presente execução.
P.R.I
JT
667
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Processo n. 0821098-79.2021.814.0301
SENTENÇA
1- RELATÓRIO:
Trata-se de ação proposta por AILTON DA SILVA DIAS, TELMA SUSI DA COSTA DIAS e BRENO
NAHUM LIMA PEREIRA em face de ALESSANDRA BACELAR DA CONCEIÇÃO COSTA,
HIDELBRANDO OLIVEIRA DA SILVA e ANDREIA LEAL RODRIGUES, pelo rito especial da Lei 9.099/95.
Aduz a parte autora que celebrou contrato de promessa de compra e venda com o segundo e terceiro
reclamados de um imóvel localizado no condomínio Cidade Jardim, no valor de R$830.000,00, cuja venda
seria intermediada pela primeira reclamada, corretora de imóveis e um outro corretor parceiro, senhor
Paulo Robson Lobato de Souza.
Afirmam que, no dia 22/02/2021, em cumprimento ao estabelecido no item VI.1, a), do referido contrato,
realizaram o pagamento de um sinal no valor de R$35.000,00, em favor dos promitentes vendedores e de
R$15.000,00 em favor da corretora, referente a 50% do valor da comissão de corretagem, sendo que
metade desse valor seria repassado ao segundo corretor.
Todavia, segundo informam os autores, o contrato foi rescindido por culpa exclusiva dos promitentes
vendedores, uma vez que a documentação do imóvel negociado não se encontrava completa.
Por ocasião do distrato, os autores receberam a devolução dos valores pagos aos reclamados à título de
sinal, no total de R$35.000,00, bem como o valor de R$7.000,00 pelo corretor Paulo Robson de Souza,
referentes à metade do valor da comissão de corretagem paga. No entanto, a primeira reclamada não
devolveu os valores pagos pelos autores referentes à sua parte da comissão de corretagem, no valor de
R$7.500,00.
668
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Diante disso, por considerar que o contrato foi rescindido por culpa exclusiva dos promitentes vendedores,
os autores propuseram a presente demanda para reaver os valores pagos e não devolvidos a título de
comissão de corretagem à primeira ré, bem como requerendo indenização por danos morais.
A presente preliminar se confunde com o mérito da causa, uma vez que apenas nesse momento
processual será apurada a existência ou não de responsabilidade da ré, sendo possível aplicar a teoria da
asserção, segundo a qual as condições da ação devem ser analisadas a partir dos fatos narrados na
inicial, ou seja, no momento em que se verifica a sua admissibilidade.
As condições da ação, portanto, deverão ser verificadas pelo juiz in status assertionis, à luz das alegações
feitas pelo autor na inicial, as quais deverão ser tidas como verdadeiras, a fim de se perquirir a presença
ou ausência dos requisitos do provimento final.
3 – FUNDAMENTAÇÃO:
Cinge-se a presente demanda na rescisão contratual por suposta culpa exclusiva dos promitentes
vendedores com a devolução integral dos valores pagos a título de comissão de corretagem e indenização
por danos morais.
Inicialmente, cumpre esclarecer que não se aplica o Código de Defesa do Consumidor ao presente caso,
como pretendem os autores na sua exordial, posto que as relações jurídicas estabelecidas entre as partes
não possuem os requisitos exigidos pelo Código de Defesa do Consumidor, não se enquadrando os
reclamados no conceito de fornecedor, nem os autores no de consumidor.
Ademais, é cediço que o contrato de corretagem ou intermediação é regulado pela Código Civil, em seus
artigos 722 a 729, não se tratando, portanto, de contrato de consumo.
Desta feita, acerca da distribuição dos ônus probatórios deverá ser utilizada a regra geral prevista no art.
373 do CPC, incumbindo ao autor provar os fatos constitutivos de seu direito e ao réu a existência de fato
impeditivo, extintivo ou modificativo do direito do autor.
Resta devidamente provado nos autos que as partes celebraram contrato de promessa de compra e
venda do imóvel localizado na Av. Augusto Montenegro, nº 6955, condomínio Cidade Jardim II, quadra 19,
lote 18, Rua Curió, Parque Verde, bem como o fato de que o negócio jurídico não se aperfeiçoou em razão
de os documentos do referido imóvel encontrarem-se incompletos, sem a devida regularização junto ao
Cartório de Registro de Imóveis.
Os segundos requeridos, promitentes vendedores, afirmam que a primeira ré, senhora Alessandra, ao
negociar os termos do contrato, informou que só cobraria pelos seus serviços se a venda fosse
efetivamente concluída.
Todavia, em que pensem as alegações dos reclamados, o contrato de compromisso de compra e venda
prevê expressamente que os valores devidos a título de comissão de corretagem seriam devidos, sem
condicioná-los à conclusão da venda. Necessário ainda ressaltar que a compra e venda não foi finalizada
em virtude da ausência de documentações do imóvel, de responsabilidade dos promitentes vendedores, e
não da corretora.
Sendo assim, por se tratar de um serviço efetivamente prestado, a contraprestação dada aos corretores, é
devida.
Inclusive, encontra-se pacificado na jurisprudência pátria, que a comissão de corretagem pode ser
imputada ao comprador, desde que respeitados os deveres de informação no contrato, como ocorreu nos
autos.
Por outro lado, como a rescisão do contrato foi efetivada por culpa dos promitentes vendedores, os
promitentes compradores possuem o direito de serem ressarcidos de todos os valores pagos com o
contrato, inclusive a comissão de corretagem.
No entanto, tendo em vista que a corretora prestou os serviços, não há que ser responsabilizada pela
devolução dos valores recebidos, os quais deverão ser restituídos pelos promitentes vendedores, a título
de dano material, pelos danos suportados pelos autores pela rescisão.
Ressalte-se que no presente caso já houve a devolução dos valores pagos aos reclamados a título de
sinal do contrato, sendo devida apenas a restituição em relação aos valores gastos com a comissão de
corretagem, ainda que pagos diretamente à corretora.
(TJ-RS - AC: 70078669025 RS, Relator: Gelson Rolim Stocker, Data de Julgamento: 21/02/2019, Décima
Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 07/03/2019)
(TJ-RS - AC: 70081164980 RS, Relator: Nelson José Gonzaga, Data de Julgamento: 30/11/2020, Décima
Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: 03/12/2020)
Assim, provado o pagamento total de R$15.000,00 pelos autores a título de comissão de corretagem
(id24749185), dos quais R$7.500,00 já foram devolvidos, diante da rescisão contratual, deve o valor
remanescente ser integralmente ressarcido aos autores pelos promitentes vendedores, ora réus, com
correção monetária pelo INPC a partir do desembolso e acrescido de juros de 1% a.m. a partir da citação.
DO DANO MORAL
Importante ressaltar que o simples inadimplemento contratual não gera dano moral. Além disso, os autores
não demonstraram nos autos que o ocorrido constituiu fator suficiente para causar abalo psíquico e à
personalidade superior a meros dissabores.
Assim, apesar do descumprimento contratual por parte dos réus ter gerado aborrecimentos, não gerou
maiores danos aos autores, não estando presentes nos autos os elementos que caracterizam a
indenização por danos morais.
DO PEDIDO CONTRAPOSTO
No que se refere ao pedido contraposto apresentado em contestação pela reclamada, dispõe o art.31 da
Lei 9.099/95 que: “Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu
favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da
controvérsia”.
No caso dos autos, os réus requerem a condenação dos autores ao pagamento de danos morais, em
decorrência de suposta alteração da realidade dos fatos ao propor a presente demanda, o que teria
671
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Todavia, em que pese suas alegações, em momento algum comprovou que houve alteração dos fatos,
bem como qualquer outra conduta que fosse suficiente para causar abalo psíquico e à personalidade
superior a meros dissabores.
4 – DISPOSITIVO:
Julgo improcedente o pedido de danos morais formulado pelos autores e o pedido contraposto dos
reclamados, nos termos da fundamentação aprazada.
Com esta decisão, extingo o processo com resolução do mérito, com fulcro no artigo 487, I do CPC.
P.R.I. Cumpra-se.
5 - DISPOSIÇÕES FINAIS:
5.1 – Passado o prazo recursal sem interposição de recurso, deve a secretaria certificar o trânsito em
julgado da sentença e, em ato contínuo, intimar a parte autora para, querendo, solicitar o cumprimento
voluntário da sentença pela ré conforme determina o art. 513 § 1º do CPC;
5.3 – Tratando-se de condenação em valores e vindo o pedido de cumprimento sem planilha de cálculo,
certifique-se e façam-se os autos conclusos;
5.4 – Havendo o cumprimento voluntário com depósito judicial no BANPARA, autorizo, desde já, a
expedição de alvará judicial em favor da parte autora ou de seu patrono, desde que este esteja
devidamente habilitado nos autos com poderes específicos para receber e dar quitação;
5.5 – Em caso de o pagamento da condenação ser realizado no Banco do Brasil, determino que a
secretaria certifique e expeça ofício ao Banco do Brasil para a transferência dos valores para a conta
judicial. Cumprida a transferência, expeça-se o alvará judicial;
P.R.I.
CERTIDÃO
Certifico para os devidos fins, considerando a petição de id 14078295 que não foram localizadas custas
finais para o presente processo, diante disso, os referidos autos serão arquivados. Dou fé.
Belém, 18/08/2021
CERTIDÃO
Certifico, de acordo com as atribuições que me são conferidas por lei, que os Embargos à
Execução foram opostos tempestivamente. Assim, a parte exequente/embargada será intimada para
apresentar contrarrazões, no prazo de 15 dias. Dou fé.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
CERTIDÃO
Processo nº 0856706-75.2020.8.14.0301
29/11/2021 10:00
h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
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Recomenda-se que as partes juntem aos autos, antes da audiência, foto da OAB e do RG.
Qualquer impossibilidade de acessar ou participar deverá ser justificada nos autos ou comunicada através
do telefone ou Whatsapp da vara, no número (91) 98405-1510.
R.H.
674
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Analisando os autos, observa-se que estes vieram redistribuídos a esse juízo, em razão de aqui haver
tramitado o processo nº 0822347-65.2021.8.14.0301, o qual foi extinto sem julgamento do mérito, o que
teria então tornado esse juízo prevento, na forma do art. 286, II, do CPC.
Em que pese o entendimento do juízo Declinante, observamos que novo pedido foi formulado no âmbito
dos Juizados Especiais, cujo procedimento detém especialidades regidas pela Lei 9099/95.
Dessa maneira, não vislumbramos a prevenção desse juízo já que nova Ação não foi direcionada às Varas
Cíveis, mas sim ao Juizado Especial.
Determino, pois, a devolução dos presentes autos à 6ª Vara do Juizado Especial Cível, competente para
analisar e julgar o pedido.
Int.
Processo n. 0846956-15.2021.814.0301
SENTENÇA
Compulsando os autos verifico que a parte autora reside em Chapadinha-MA e a parte ré em Ananindeua-
PA.
I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou
econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório;
III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer
natureza.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I deste
artigo.”
Conforme o disposto no inciso III do art.4º da Lei n.º 9.099/95 o domicílio do autor é o competente para
processar e julgar a presente ação.
Considerando que a parte autora reside em Chapadinha no Maranhão, sendo o Juizado do Maranhão o
competente para o processamento e julgamento da ação, não sendo este Juízo competente.
Assim, evidenciado que o caso concreto não preenche nenhum dos critérios de fixação da competência de
foro, forçoso é o reconhecimento da incompetência territorial deste Juízo, a qual é matéria passível de
cognição ex officio, nos termos do Enunciado n. 89 do FONAJE.
Isso posto, declaro a incompetência territorial deste juízo para o processamento e julgamento da presente
demanda e, em consequência, julgo extinto o processo, nos termos do art. 51, III da Lei 9.099/95.
JT
Processo n. 0830891-42.2021.814.0301
SENTENÇA
Trata-se de ação proposta por CONDOMÍNIO TOTAL LIFE CLUB HOME em face de CLESIO BAIA
LOPES, pelo rito especial da Lei 9.099/95.
De início, constato que o réu, apesar de devidamente citado, conforme certidão do oficial de justiça
(id30588139), não se fez presente na audiência designada (termo de audiência id31903180), razão pela
qual, com fulcro no art.20 da Lei n.º 9.099/95, decreto a sua revelia.
Cinge-se a demanda no não pagamento das taxas condominiais vencidas em Junho/2021, Julho/2021 e
Agosto/2021, no valor cada de R$397,15 (trezentos e noventa e sete reais e quinze centavos), conforme
demonstrativo de débito atualizado apresentado pela requerente no ID31816716.
676
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Inexiste nos autos qualquer prova de que as referidas taxas foram adimplidas pelo requerido, não tendo
este apresentado contestação.
Caberia ao réu comprovar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, com
fulcro no inciso II do art.373 do CPC, juntando os comprovantes de pagamento das taxas condominiais,
mas assim não procedeu.
Assim, diante das provas constantes nos autos e da ausência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo,
deve o requerido efetuar o pagamento do valor total de R$1.191,45, acrescida de correção, juros, multa de
2% e honorários de 20% conforme previsão do art.27 da Convenção Condominial.
Com esta decisão, julgo extinto o processo com resolução do mérito, com arrimo no artigo 487, inciso I do
CPC.
P.R.I. Cumpra-se.
Passado o prazo recursal sem interposição de recurso, deve a secretaria certificar o trânsito em julgado da
sentença e, em ato contínuo, intimar a parte autora para, querendo, solicitar o cumprimento voluntário da
sentença pela ré conforme determina o art. 513 § 1º do CPC;
Havendo o cumprimento voluntário com depósito judicial no BANPARA, autorizo, desde já, a expedição de
alvará judicial em favor da parte autora ou de seu patrono, desde que este esteja devidamente habilitado
nos autos com poderes específicos para receber e dar quitação;
Em caso do pagamento da condenação ser realizado no Banco do Brasil, determino que a secretaria
certifique e expeça ofício ao Banco do Brasil para a transferência dos valores para a conta judicial.
Cumprida a transferência, expeça-se o alvará judicial;
Restringindo-se a condenação em obrigação de fazer, sendo a parte autora intimada quanto ao trânsito
em julgado da sentença e deixando de requerer o cumprimento no prazo de 30 dias, certifique-se e
arquivem-se os autos;
A parte ré, intimada para cumprir a sentença e não comprovado o seu cumprimento, certifique-se e façam-
se os autos conclusos para realização de novos cálculos com a incidência da multa prevista no §1º do
art.523 do CPC e providências junto ao SISBAJUD;
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P.R.I.
JT
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PROCESSO: 0846981-28.2021.8.14.0301
AUTOR: MARCELO PEREIRA DOS SANTOS
REU: BANCO ITAUCARD S/A
DECISÃO
Para a concessão antecipada de tutela provisória de urgência, faz-se necessária a conjugação de dois
requisitos: a probabilidade do direito pleiteado, mediante a comprovação documental das alegações do
Autor (prova inequívoca), e que esteja caracterizado o perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo, conforme dispõe o art. 300, caput, e seu §2º, da Lei nº 13.105/2015 (CPC).
A probabilidade do direito pleiteado está presente através das provas documentais anexadas à petição
inicial, notadamente os documentos que comprovam que o nome do autor fora negativado por dívida não
reconhecida por ele.
O perigo de dano reside no fato de o Autor estar com o nome negativado por dívida, a princípio, indevida.
Não vislumbro perigo de irreversibilidade da medida que se pretende antecipar (art. 300, §3º, do CPC), eis
que, caso ao final do processo não seja dado provimento ao pleito do Demandante, o débito poderá vir a
ser cobrado.
POSTO ISSO, com fundamento nos dispositivos legais ao norte mencionado, concedo a tutela provisória
de urgência para determinar à Requerida que RETIRE O NOME DO AUTOR DOS SERVIÇOS DE
PROTEÇÃO AO CRÉDITO SPC/SERASA, no prazo máximo de 05 (Cinco) dias, a contar da intimação
desta decisão, mantendo-se assim até o trânsito em julgado da sentença de mérito ou deliberação em
sentido contrário.
Fixo multa diária no valor de R$ 200,00 (Duzentos reais) para o caso de atraso ou descumprimento desta
ordem antecipada, multa que fica limitada em R$ 10.000,00 (DEZ mil reais).
Processo: 0875741-21.2020.8.14.0301
Reclamante: ANDERLEI ROSARIO MARINHO
Reclamado: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A
ATO ORDINATÓRIO
Desta forma, o ato será realizado mediante utilização de recurso tecnológico de transmissão de som e
imagem, por videoconferência e em tempo real, devendo as partes e os advogados acessarem a
audiência no dia e horário designados, por computador, celular (smartphone) ou tablet, sem necessidade
de instalação do referido aplicativo (utilizando navegador Google Chrome), por meio do link acima.
As partes estão advertidas de que o não comparecimento injustificado à audiência por videoconferência,
no dia e horário designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do processo sem resolução do
mérito, e, na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art. 20, combinado com o art. 23 e o
art. 51, inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI,
devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.
Caso não haja acordo, será imediatamente realizada a Instrução do feito, devendo a parte Reclamada
ter apresentado, até este momento, defesa escrita ou oral e produzido as provas admitidas em
direito que entender necessárias, inclusive por testemunhas, no máximo de três. Adverte-se, ainda, que
as partes devem estar munidas de documento original de identificação, com foto. Esclarecimentos
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adicionais podem ser dirimidos pelo e-mail 7jecivelbelem@tjpa.jus.br ou pelo telefone celular da Vara
(91)99233-0746 (WhatsApp). O referido é verdade, do que dou fé.
SECRETARIA
- Intime-se, também, o autor para, no mesmo prazo, precisar o valor a ser executado, eis que o valor
constante do pedido de cumprimento (ID: 26403927) é menor que os valores apresentados nos memoriais
de cálculos de correção (ID: 26403528) e juros (ID: 26403529).
Juíza de Direito
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PROCESSO: 0841217-95.2020.8.14.0301
RECLAMANTE: WLADEMIR MAIA FERREIRA
RECLAMADO: BANCO BMG S.A
SENTENÇA
Trata-se de Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenização por Danos Morais interposta por
WLADEMIR MAIA FERREIRA em desfavor do BANCO BMG S/A. O autor questiona empréstimo efetuado
no ano de 2007 no valor de R$ 2.164,38, parcelado em 19 vezes de R$ 158,00.
Em que pese este juízo tentar esclarecer os fatos, no intuito de auxiliar o autor, oficiando ao INSS, a fim de
que informasse os empréstimos existentes em nome deste, o órgão não retornou resposta.
De nada adianta continuar buscando respostas junto ao INSS, visto que a ação fora claramente interposta
erroneamente, questionando empréstimo já quitado pelo autor.
O autor alegou em audiência que acionou o banco BMG devido ao Instituto Nacional de Seguro Social
aduzir que o problema era com este banco, mas, no entanto, não sabe dizer nada em relação ao
empréstimo indevido, nem o valor das parcelas que vem sendo descontadas.
Nos próprios extratos juntados pelo autor a fim de provar os descontos, não consta nenhum desconto em
sua conta no valor de R$ 158,00.
No documento de ID 18776178, página 9, constam empréstimos com parcelas nos valores de R$ 427,82,
R$ 195,95, R$ 71,73, R$ 371,27 e R$ 25,02, mas nenhuma parcela relativa ao empréstimo questionado na
inicial.
Éfato que nem poderia haver o desconto de tal parcela (R$ 158,00), uma vez que demonstrado nos autos
que o empréstimo está quitado há anos.
Assim, deve o autor buscar junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social verificar o número do
empréstimo indevido, valor contratado e das parcelas descontadas, ingressando com nova ação judicial,
visto que a presente ação será julgada improcedente, posto que o autor não produziu prova dos fatos
constitutivos de seu direito, já que o empréstimo citado na inicial se encontra devidamente quitado perante
o banco réu, não havendo que se falar em descontos relativos ao mesmo.
Diante do exposto, julgo improcedente a ação, com base nos fundamentos supra, revogando os termos
da tutela antecipada, e, em consequência, extingo o processo com resolução do mérito, com base no art.
487, I do Código de Processo Civil.
Intimem-se, servindo cópia digitalizada desta decisão como MANDADO, nos termos consignados no
Provimento nº 003/2009/CJRMB-TJE/PA, de 22.01.2009, com a redação que lhe deu o Provimento nº
011/2009, do mesmo Órgão correcional.
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0827998-15.2020.8.14.0301
AUTOR: ANA AMELIA DAMASCENO BARROS
CERTIDÃO
SECRETARIA
7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém
PROCESSO: 0868580-28.2018.8.14.0301
RECLAMANTE: SAMUEL LIMA DA SILVA
DESPACHO
Indefiro o pleito do autor por ausência de provas, bem como por estar representado por advogado, o que
demonstra condições financeiras para contratação.
Cumpra-se.
PROCESSO: 0822734-80.2021.8.14.0301
EXEQUENTE: CONVENÇÃO DO CONDOMINIO EDIFICIO ANGELINA MAIORANA
EXECUTADO: ROMA CONSTRUTORA LTDA
CERTIFICO e dou fé, em cumprimento ao despacho do (ID 31498135) e na forma do Art. 828, do
CPC, que tramita nesta 7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém o processo abaixo discriminado:
Processo: 0822734-80.2021.8.14.0301
Valor da Causa: R$ 31.526,02 (trinta e um mil, quinhentos e vinte e seis reais e dois centavos) Belém/PA,
17 de agosto de 2021
(Assinado Digitalmente)
Lorenna França
Diretora de Secretaria, em substituição – Matrícula PA96067
PROCESSO: 0844670-64.2021.8.14.0301
EXEQUENTE: MARCOS ANTONIO BARROS CAVALEIRO DE MACEDO
EXECUTADO: FABIO LUIZ MONTEIRO CAVALCANTE, LUCIANA OLIVEIRA PINTO DA SILVA TORRES,
JOSE LUIZ DOS SANTOS CAVALCANTE
CERTIFICO e dou fé, em cumprimento ao despacho do (ID 31718901) e na forma do Art. 828, do
CPC, que tramita nesta 7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém o processo abaixo discriminado:
Processo: 0844670-64.2021.8.14.0301
Valor da Causa: R$ 12.752,12 (Doze mil, setecentos e cinquenta e dois reais e doze centavos)
(Assinado Digitalmente)
Lorenna França
Diretor de Secretaria, em substituição – Matrícula PA96067
PROCESSO: 0813169-92.2021.8.14.0301
AUTOR: RONALDO DE JESUS BRASIL DA CUNHA
REU: OPERADORA CLARO
SENTENÇA
Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito c/c repetição de indébito, indenização por dano
moral e material ajuizada por RONALDO DE JESUS BRASIL DA CUNHA em desfavor de OPERADORA
CLARO.
Pois bem, o autor provou os fatos constitutivos de seu direito, ao juntar documentação que comprova que,
ainda que cancelado o contrato com a ré, ela continuou encaminhando faturas para o endereço do autor.
Observe-se que após o cancelamento a autora encaminhou 8 faturas indevidas, no período de setembro
de 2019 a fevereiro de 2020.
Após efetuar reclamação via CALL CENTER, cujo números de protocolo juntou na inicial, a ré ainda
encaminhou mais duas cobranças indevidas ao autor, nos meses de setembro e outubro de 2020.
Além de tudo, o documento juntado no ID 23706225 comprova que, após reclamação na plataforma
consumidor.gov.br, a ré reconheceu seu erro, pediu desculpas ao autor, informando que todos os débitos
em aberto seriam cancelados, mas, de forma totalmente irresponsável, encaminhou cobrança à residência
do autor nos meses de janeiro e fevereiro de 2021, conforme documentos de ID 23706222 e 23706223.
Pelo que ressoa dos autos, o réu, ao receber a resposta da ré, com suas escusas, jamais acreditaria que
seria cobrado no mês seguinte, razão pela qual pagou a fatura referente ao mês de janeiro de 2021.
Houve clara falha na prestação de serviço da empresa demandada, agindo de forma irresponsável e
afrontosa, pois continuou encaminhando cobranças indevidas ao autor, mesmo após o cancelamento dos
serviços, bem como após reclamação via call center e na plataforma consumidor.gov.br.
O autor comprovou nos autos que é pessoa idosa e com deficiência, tendo que se desdobrar para
solucionar a questão, pois não bastou o simples cancelamento dos serviços para que deixasse de ser
cobrado por um débito que não era devido.
Neste caso, especificamente, o autor conseguiu provar a perda de seu tempo útil através de todo o
transtorno sofrido para conseguir deixar de ser cobrado por débito indevido.
Vejamos jurisprudência:
Utilizando-se do arbítrio dado ao magistrado na fixação do quantum indenizatório, sem afastar-se das
considerações relativas à condição econômica e social das partes, gravidade, circunstância do fato, e,
visando punir o ofensor, sem causar o enriquecimento ilícito da vítima, hei por bem fixar a indenização
devida à vítima no montante de R$ 3.000,00 (três mil reais).
A ré deve restituir a quantia indevida paga pelo autor em dobro, em face do que dispõe o parágrafo único
do art. 42 do Código de Defesa do Consumidor.
Diante do exposto, julgo PROCEDENTE o pleito do autor para declarar a inexistência de quaisquer
débitos do mesmo perante a ré, condenando-a a indenizá-lo pelos danos morais sofridos no importe de R$
3.000,00 (três mil reais), atualizado monetariamente pelo INPC, da data da fixação e juros de mora de 1%
(um por cento) ao mês, contados da citação, bem como restituir a quantia de R$ 51,92 (cinquenta e um
reais e noventa e dois centavos) e, já em dobro, referente à fatura do mês de janeiro de 2021, paga
indevidamente pelo autor, quantia que deve ser atualizada monetariamente pelo INPC contados da fixação
e juros de mora de 1% ao mês da citação e, por conseguinte, resolvo o mérito do processo, com base art.
487, I do Código de Processo Civil.
P. R. I. Cumpra-se.
PROCESSO: 0001304-85.2010.8.14.0303
REQUERENTE: PAULO GUILHERME CARDOSO FERREIRA
INTIMAÇÃO
Pelo presente, V. Senhoria está INTIMADA, por meio do Sistema PJE e DJE, a indicar bens da
Executada, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de extinção do processo. Dou fé.
SECRETARIA
7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém
Destinatário:
REQUERENTE: PAULO GUILHERME CARDOSO FERREIRA
PROCESSO: 0847223-84.2021.8.14.0301
SENTENÇA
Vistos etc.,
A competência em razão da matéria é de ordem absoluta, devendo o Juiz conhecê-la de ofício (art. 64,
§1º, do NCPC).
A ação proposta objetiva a expedição de alvará judicial (art. 725, VII, NCPC). Ocorre que tal demanda
não é cabível em sede de Juizados Especiais, por se tratar de procedimento de jurisdição voluntária, que
deve ser processado de acordo com forma estabelecida no Código de Processo Civil Brasileiro, sendo
incompatível com o rito da Lei nº 9.099/95.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ISSO POSTO, sendo manifesta a incompetência, julgo extinto o processo sem apreciação do mérito,
na forma do art. 51, inciso II, da Lei nº 9.099/95 c/c art. 485, inciso IV, do NCPC.
P. R. I.
GISELE LEITE
Juíza de Direito
PROCESSO: 0800808-13.2016.8.14.0303
REQUERENTE: CLAUDIO ROBERTO MACHADO DA COSTA
REQUERIDO: TIM CELULAR S.A
DECISÃO
A impugnação à execução cinge-se a alegar excesso de execução, visto que as astreintes se tornaram o
ponto principal da questão, requerendo o impugnante a revisão pelo juízo.
Não merece prosperar o pleito do impugnante, posto que a sentença que fixou a multa em favor do autor
transitou em julgado, inclusive em segundo grau de jurisdição.
No entanto, observo que os cálculos apresentados pelo impugnado estão incorretos, cabendo ao
juízo corrigi-los de ofício.
Observe-se que este juízo não está alterando a sentença prolatada, mas apenas adequando os cálculos
efetuados pelo impugnado aos exatos termos da sentença.
No cálculo do dano moral, juntado no ID 22539925, o impugnante aplicou juros compostos, incabível nas
condenações judiciais, que são todas atualizadas com juros simples.
E ainda, atualizou a multa devida pelo descumprimento da tutela com juros compostos, fazendo incidir
honorários sucumbenciais sobre ela, o que também é incabível, pois, quanto à atualização dos valores das
astreintes, o entendimento pacificado do Superior Tribunal de Justiça é de que cabe apenas a atualização
monetária, não a incidência de juros e nem multa, sob pena de bis in idem.
Vejamos:
Quanto aos honorários sobre as astreintes, o entendimento do Superior Tribunal de Justiça é o seguinte:
Assim, o cálculo dos danos morais, deve ser efetuado com juros simples de 1% ao mês, multa de 1% pela
improcedência dos embargos de declaração perante as Turmas Recursais, multa de 10% pelo não
pagamento no prazo legal e honorários de sucumbência de 20% sobre o valor.
As astreintes devem ser atualizadas monetariamente pelo INPC tão somente, conforme entendimento
consolidado do Superior Tribunal de Justiça, alcançando o patamar de R$ 20.814,15.
Os cálculos têm termo final na data do bloqueio no SISBAJUD, quando garantido o juízo.
Diante do exposto, julgo improcedente os embargos à execução, com base nos fundamentos supra.
No entanto, reconheço de ofício erro de cálculo efetuado pelo exequente, determinando ao contador do
juízo, que os refizessem, conforme termos da sentença e fundamentação supra, bem como entendimento
do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, alcançando o VALOR TOTAL de R$ 30.265,66 (trinta mil e
duzentos e sessenta e cinco reais e sessenta e seis centavos), conforme documento em anexo.
Concordando as partes, em face do bloqueio efetuado via sistema SISBAJUD já encontrar-se à disposição
do juízo, defiro desde já o levantamento do valor de R$ 30.265,66 pelo exequente e a devolução do valor
de R$ 17.264,69 (dezessete mil e duzentos e sessenta e quatro reais e sessenta e nove centavos) à
executada.
Não interessa ao juízo a apólice juntada pela executada, visto que o juízo já se encontrava seguro pelo
bloqueio SISBAJUD.
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P. I. Cumpra-se.
PROCESSO: 0846856-60.2021.8.14.0301
RECLAMANTE: MARIA LEIA RODRIGUES DO AMARAL
RECLAMADO: BANCO BPN BRASIL S.A
DECISÃO
No entanto, para a concessão antecipada de tutela provisória de urgência, faz-se necessária a conjugação
de dois requisitos: a probabilidade do direito pleiteado, mediante a comprovação documental das
alegações do Autor (prova inequívoca), e que esteja caracterizado o perigo de dano ou risco ao resultado
útil do processo, conforme dispõe o art. 300, caput, e seu §2º, da Lei nº 13.105/2015 (CPC).
Em que pese vislumbrar alguma probabilidade do direito pleiteado, não vislumbro perigo de dano, posto
que, conforme documentos juntados aos autos, os últimos descontos ocorridos em conta da autora foram
no mês de janeiro deste ano, não havendo mais descontos.
Os demais descontos perpetrados, na sentença meritória, após apresentação de contestação pela ré,
serão analisados, declarando a legalidade ou não dos mesmos, conforme prova dos autos.
Diante do exposto, não concedo a tutela provisória de urgência, nos termos acima fundamentados.
PROCESSO: 0103348-12.2015.8.14.0303
REQUERENTE: MARIA DO SOCORRO RAMOS BRITO
REQUERIDO: AROUCHA ADVOGADOS ASSOCIADOS S/S - EPP, SALOMAO DOS SANTOS MATOS
DESPACHO
Intime-se a exequente para que informe o endereço do executado, em face do que consta nas certidões
de ID 30653967 e 29170062, no prazo de 30 dias, sob pena de extinção do processo, com base no §4º do
art. 53 da Lei 9099/95.
Cumpra-se.
PROCESSO: 0856089-86.2018.8.14.0301
REQUERENTE: DANIEL AZEVEDO FERREIRA
DESPACHO
Em que pese insuficiente para pagamento do débito, o valor bloqueado fora transferido para conta do
juízo.
Intime-se o exequente para indicar bens à penhora sob pena de extinção da execução, com base no §4º
do art. 53 da Lei 9099/95.
Cumpra-se.
PROCESSO: 0830112-24.2020.8.14.0301
AUTOR: ROSA IBIAPINA DOS SANTOS
REU: SERGIO RENATO FREITAS DE OLIVEIRA JUNIOR
SENTENÇA
Os embargos de declaração são previstos no art. 1022, incisos I a III do Código de Processo Civil, in
verbis: “Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer
obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material”.
A embargante alega obscuridade na sentença prolatada, posto que não considerou a ausência do
advogado e da autora pelo fato de o advogado está participando de audiência em outra vara.
Este juízo não aceitou a justificativa do advogado da autora, posto que a audiência designada nesta vara,
o foi anteriormente à designada na 12ª vara, cabendo ao advogado pleitear a remarcação da que ocorreria
na 12ª vara, posto que designada posteriormente.
Outro ponto a ressaltar é que em novembro de 2020 foi designada audiência pela 12ª vara no mesmo dia
da designada nesta vara, mas o advogado e a autora juntaram justificativa para ausência apenas na
véspera da audiência, o que acarretou prejuízos, tanto ao Poder Judiciário, que poderia ter encaixado
outra audiência no lugar, bem como ao réu, que compareceu com seu advogado.
Diante do exposto, acolho os embargos de declaração apresentados, posto que tempestivos, negando-
lhe provimento, com base na fundamentação supra.
Remetam-se os autos à Turma Recursal, uma vez que já interposto recurso inominado.
P. I. C.
Processo: 0875595-77.2020.8.14.0301
Reclamante: FABIA DE MELO FOURNIER
Reclamado: GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES S.A.
ATO ORDINATÓRIO
Desta forma, o ato será realizado mediante utilização de recurso tecnológico de transmissão de som e
imagem, por videoconferência e em tempo real, devendo as partes e os advogados acessarem a
audiência no dia e horário designados, por computador, celular (smartphone) ou tablet, sem necessidade
de instalação do referido aplicativo (utilizando navegador Google Chrome), por meio do link acima.
As partes estão advertidas de que o não comparecimento injustificado à audiência por videoconferência,
no dia e horário designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do processo sem resolução do
mérito, e, na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art. 20, combinado com o art. 23 e o
art. 51, inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI,
devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.
Caso não haja acordo, será imediatamente realizada a Instrução do feito, devendo a parte Reclamada
ter apresentado, até este momento, defesa escrita ou oral e produzido as provas admitidas em
direito que entender necessárias, inclusive por testemunhas, no máximo de três. Adverte-se, ainda, que
as partes devem estar munidas de documento original de identificação, com foto. Esclarecimentos
adicionais podem ser dirimidos pelo e-mail 7jecivelbelem@tjpa.jus.br ou pelo telefone celular da Vara
(91)99233-0746 (WhatsApp). O referido é verdade, do que dou fé.
SECRETARIA
PROCESSO: 0842935-35.2017.8.14.0301
REQUERENTE: JOAO BRASIL LOPES WANZELER JUNIOR
REQUERIDO: BANPARA
SENTENÇA
A fim de fundamentar seu pleito, junta uma gama de jurisprudência do Superior Tribunal de justiça, a fim
de demonstrar que não há limitação de descontos quando o contrato é efetuado para desconto em conta
696
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
corrente.
No entanto o banco réu esquece-se de que estamos em fase de cumprimento de sentença, tendo
transitado em julgado acórdão que o condenou em tal limitação de descontos.
Não há possibilidade deste juízo acatar tais precedentes do Superior Tribunal de Justiça após o trânsito
em julgado da sentença.
As matérias elencadas na impugnação são as que foram expostas a todo momento nestes autos e
rechaçada pela decisão da Turma Recursal, que revogou a sentença de improcedência do juízo e limitou o
desconto.
Se o réu não recorreu da decisão, não cabe em sede de impugnação aventá-las novamente.
Até porque, em se tratando de alegação e excesso de execução, os §§4º e 5º do art. 525 do Código de
Processo Civil dispõe: “§ 4º Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução,
pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que
entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo.” § 5º Na
hipótese do § 4º, não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, a impugnação
será liminarmente rejeitada, se o excesso de execução for o seu único fundamento, ou, se houver
outro, a impugnação será processada, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução.
Diante do exposto, rejeito liminarmente a impugnação, com base nos fundamentos supra.
P. I. C.
PROCESSO: 0858562-74.2020.8.14.0301
EXEQUENTE: CONDOMINIO DO EDIFICIO CATA VENTO
EXECUTADO: FRANCISCO SOARES NAPOLEAO
DESPACHO
- Os embargos de declaração opostos pelo reclamado (ID: 31640068) estão tempestivos. Assim, intime-se
o reclamante para oferecer as contrarrazões no prazo de lei se assim desejar.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
- O reclamado interpôs recurso inominado (ID: 31640079), tendo o reclamante oferecido as contrarrazões
(ID: 31826526), todavia, deixo para remeter à Turma Recursal após o julgamento dos referidos embargos
declaratórios.
SENTENÇA
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PROCESSO: 0849234-57.2019.8.14.0301
REQUERENTE: BENEDITO DOS SANTOS OLIVEIRA
INTIMAÇÃO
Pelo presente, V. Senhora está INTIMADA, via PJE e DJE, acerca da sentença do ID 31463592
para, querendo, apresentar recurso no prazo legal, bem como está INTIMADA para, querendo, apresentar
contrarrazões aos Embargos de Declaração opostos no ID 31868859, no prazo legal e por meio de
advogado habilitado. O referido é verdade e dou fé.
SECRETARIA
Av. Alcindo Cacela, 287, UNAMA, Bloco: "E", 1° andar, Umarizal, Belém/PA, CEP: 66060-902
PROCESSO: 0848206-54.2019.8.14.0301
RECLAMANTE: MAISSA ASSUNCAO DA COSTA
CERTIDÃO E INTIMAÇÃO
Certifico e dou fé, para os devidos fins de direito, que designei a Audiência Una de Conciliação,
Instrução e Julgamento para o dia 24/11/2021 10:30 horas, que se realizará nesta 7ª Vara do Juizado
Especial Cível de Belém, situada à Av. Alcindo Cacela, 287, UNAMA, Bloco: "E", 1° andar, Umarizal,
Belém/PA, CEP: 66060-902 e da qual as partes estão INTIMADAS neste ato (Via PJE e DJE).
Advertências:
- Na Audiência de Instrução e Julgamento poderá a parte compor acordo ou, caso contrário, na mesma
ocasião, apresentar defesa escrita ou oral e produzir as provas admitidas em direito que entender
necessárias, inclusive testemunhas, no máximo de 03 (três), as quais poderá apresentar no dia da
audiência ou requerer a este Juízo a sua intimação, no prazo de até 05 (cinco) dias da realização da
audiência. Se o valor da causa for superior a 20 (vinte) salários mínimos, deverá comparecer
acompanhado de advogado, sendo que neste caso, a ausência de contestação, escrita ou oral, ainda que
presente o réu, implicará em revelia (Enunciado nº 11 - FONAJE (RJ).
- O comparecimento pessoal da parte à audiência é obrigatório. A parte ré, tratando-se de pessoa jurídica,
deverá exibir na referida audiência os Atos Constitutivos da Empresa em cópia autenticada e fazendo-se
representar por preposto, com a devida carta de preposição em original, sob pena de revelia. Ciente,
ainda, da necessidade de apresentação da contestação na Audiência de Instrução e Julgamento.
- Nas causas que tratam de relação de consumo, há a possibilidade de inversão do ônus da prova
(ENUNCIADO 53 – FONAJE).
SECRETARIA
SENTENÇA
Processo nº 0829725-09.2020.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Despesas Condominiais]
Reclamante: Nome: CONDOMINIO VILLE LAGUNA
Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, 4310, Condomínio Ville Laguna, Parque Verde, BELéM - PA -
CEP: 66635-110
Vistos.
DECIDO.
DA REVELIA
Considerando que a Ré foi regularmente citada/intimada e mesmo assim não apresentou contestação (Id
31624034), aplico-lhe a pena de revelia, nos termos do art. 20, da Lei nº 9.099/95, presumindo-se
verdadeiros os fatos narrados na inicial.
PASSO AO MÉRITO.
Em razão do inadimplemento das quotas condominiais (dívida propter rem) dos meses de junho/17,
abril/18 a dezembro/18, janeiro/19 a dezembro/19 e janeiro/20 a fevereiro/20, referentes ao Apartamento
806, da Torre 3 do Condomínio Autor, na suposta quantia total de R$-11.624,11 (onze mil, seiscentos e
vinte e quatro reais e onze centavos - Id 16675737), ajuizou-se a presente demanda, cujo fundamento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Não obstante o art. 26, da Convenção Condominial (Id 16675718) preveja a incidência de honorários, a
cobrança desta verba vai de encontro ao entendimento firmado por este Juízo que, de ofício, os tem
afastado.
Isso porque, se opta o Condomínio Autor pelo procedimento dos Juizados Especiais, com todas as
facilidades a ele inerentes, notadamente a isenção de custas e a celeridade do rito, deve, de igual sorte,
adequar-se às restrições impostas pela Lei.
Feitas as considerações acima e diante da ausência de impugnação dos fatos narrados na inicial, a
condenação da Ré ao pagamento é medida que se impõe.
Apenas para facilitar a liquidação, adotar-se-á o valor singelo (principal) de cada parcela, ou seja,
aquele da data do seu vencimento (Id – 16675737).
Portanto, diante dos liames acima delineados, tem-se que a quantia principal e singela devida pala parte
Ré é de R$-8.052,73 (oito mil e cinquenta e dois reais e setenta e três centavos).
Sobre essa quantia deverá incidir correção monetária pelo IGPM, bem como juros de mora de 1% ao mês
e multa de 2%. Tudo a contar do vencimento de cada uma das quotas condominiais a serem consideradas
isoladamente (art. 26, da Convenção Condominial – Id 16675718).
DISPOSITIVO
ISSO POSTO, com fundamento no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido inicial para condenar a parte Ré a pagar à parte Autora a
quantia principal de R$-8.052,73 (oito mil e cinquenta e dois reais e setenta e três centavos), corrigida
monetariamente pelo IGPM, acrescida de juros de mora de 1% ao mês, bem como de multa de 2%.
Tudo a contar do vencimento de cada uma das quotas condominiais ordinárias consideradas isoladamente
(art. 26, da Convenção Condominial – Id 16675718).
Na hipótese de pagamento, inexistindo impugnação e caso não se tenha iniciado nova fase processual,
expeça-se alvará em benefício da parte credora e arquivem-se.
Em havendo interposição de Recurso Inominado, que desde já recebo apenas no efeito devolutivo (art. 43,
da LJE), abra-se prazo para a parte contrária, querendo, oferecer Contrarrazões e, após, remetam-se os
autos à Turma Recursal que tocar por distribuição.
P.R.I.C.
Processo nº 0807735-25.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Liminar]
Reclamante: Nome: JOCIONE DA SILVA MOURA
Endereço: Quadra 110 Norte Alameda 3, 41, Plano Diretor Norte, PALMAS - TO - CEP: 77006-128
SENTENÇA
Vistos, etc.
DECIDO.
No encontro nacional dos Juizados Especiais (FONAJE), realizado em Belo Horizonte/MG no período de
25 a 27 de novembro de 2015, foi aprovado o Enunciado nº 163, que dispõe in verbis:
Os procedimentos de tutela de urgência requeridos em caráter antecedente, na forma prevista nos arts.
303 a 310 do CPC/2015 são incompatíveis com o Sistema dos Juizados Especiais.
Corroborando o teor do Enunciado acima, ressalto que de acordo com o artigo 304 do CPC, a tutela
antecipada concedida nos termos do artigo 303 torna-se estável se da decisão que a conceder, não for
interposto o respectivo recurso, o que resta impossibilitado em sede de Juizados Especiais, já que contra
as decisões interlocutórias proferidas não cabe interposição de Agravo de Instrumento.
Diante dessa constatação, é de se impor a extinção do feito sem resolução do mérito, com base no artigo
51, II da LJE.
E ainda que assim não o fosse, observo que foi atribuído à causa o valor de R$1.000,00 (mil reais), porém
dos documentos carreados com o pedido de tutela de urgência em caráter antecedente, é possível notar
que esse valor não condiz com a real pretensão do reclamante, porquanto da tela vinculada ao ID
22745773, p. 3, verifica-se que consta um bloqueio na conta do reclamante no valor de R$59.951,45
(cinquenta e nove mil, novecentos e cinquenta e um reais e quarenta e cinco centavos). Logo, sendo certo
que ao final a pretensão do reclamante será o desbloqueio/restituição desse valor, tornar-se-á imperiosa a
adequação do valor da causa para R$59.951,45 (cinquenta e nove mil, novecentos e cinquenta e um reais
e quarenta e cinco centavos), o que, em consequência, ultrapassará o limite previsto no art. 3º, I da Lei nº
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Outrossim, destaco que no âmbito dos Juizados Especiais, a extinção do processo independerá, em
qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das partes (art. 51, §1º, da Lei nº 9.099/95).
Ante o exposto, nos termos da fundamentação, julgo extinto o processo sem resolução de mérito
com fundamento nos artigos 51, II da LJE e art. 485, IV, do CPC, ressalvando ao reclamante a
possibilidade de manejo das vias ordinárias para o exercício do seu direito.
Sem custas e honorários advocatícios, a teor do disposto nos artigos 54 e 55 da Lei 9.099/95.
P.R.I.
Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do Provimento nº
003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.
SENTENÇA
Processo nº 0839907-20.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Agêncie e Distribuição, Alienação Fiduciária, Obrigação de Fazer / Não Fazer]
Reclamante: Nome: BRUNO COSTA FREITAS
Endereço: Travessa Três de Maio, 754, São Brás, BELéM - PA - CEP: 66063-388
Vistos.
Homologo o pedido de desistência para que produza todos os seus efeitos legais, em consonância com o
disposto no Enunciado nº 90, do FONAJE.
ISSO POSTO, nos termos do art. 485, VIII, do CPC, JULGO EXTINTO O FEITO SEM O JULGAMENTO
DO MÉRITO.
704
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Sem custas e honorários neste grau de jurisdição (arts. 54 e 55, da Lei nº 9.099/95).
Após, arquive-se.
Processo nº 0873340-49.2020.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Cartão de Crédito, Indenização por Dano Moral, Inclusão Indevida em Cadastro de
Inadimplentes, Cartão de Crédito]
Reclamante: Nome: ROGELIO SANTANA FERNANDEZ
Endereço: Avenida Serzedelo Corrêa, 347, apto 1802, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66035-400
SENTENÇA
DECIDO.
Preliminar de retificação do polo passivo: Defiro o pedido e determino a correção no polo passivo da
demanda, para que conste a empresa BANCO BRADESCO CARTÕES S/A, CNPJ nº 59.438.325/0001-01.
Preliminar de impugnação à justiça gratuita: O reclamado defende que, além de não ter restado
comprovado o alegado estado de pobreza, o reclamante está assistido por causídico particular, o que
afirma demonstrar que tem possibilidade de arcar com os ônus de contenda judicial, motivo pelo qual
pugna pela não concessão do benefício da gratuidade pleiteado.
Não desconheço os argumentos expostos pelo reclamado, todavia, trata-se de processo de competência
dos Juizados Especiais, que no artigo 54 de sua legislação especial dispõe, verbis:
Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de
custas, taxas ou despesas.
Ademais, o simples fato de o reclamante estar assistido por advogado não obsta o deferimento da
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gratuidade da justiça.
Neste contexto, rejeito a impugnação apresentada, mantendo-se a gratuidade concedida neste grau de
jurisdição, ficando, contudo, a cargo da Turma Recursal, em caso de eventual interposição de recurso, a
análise sobre a manutenção ou não dos benefícios da justiça gratuita naquela instância.
As provas constantes nos autos são suficientes para provar os fatos alegados, não havendo necessidade
de produção de outras provas, motivo pelo qual, a despeito de a lide compreender controvérsia de fato,
reclama julgamento antecipado do mérito, forte no art. 355, inciso I, do CPC/2015.
Outrossim, a doutrina consumerista ensina que o direito do consumidor ingressa no sistema jurídico
fazendo um corte horizontal, alcançando toda e qualquer relação jurídica que possa ser considerada de
consumo, mesmo que regrada por outra fonte normativa. Assim, como regra de julgamento, e presentes
os requisitos autorizadores (verossimilhança e hipossuficiência), fica invertido o ônus da prova, nos termos
do art. 6º, VIII, do CDC. Importante consignar, entretanto, que tal deferimento não desonera a parte a
quem aproveita de produzir as provas que consubstanciem o direito que alega e para as quais não seja,
por qualquer razão, hipossuficiente para produzir (art. 373, I, do CPC).
Compulsando aos autos, verifica-se que a controvérsia posta cinge-se em verificar sobre a licitude ou não
dos débitos lançados no cartão de crédito do reclamante, relacionados a compras que ele não reconhece,
bem ainda sobre a legitimidade ou não das negativações do nome do reclamante levadas a efeito pelo
reclamado.
Desta feita, para melhor elucidação do caso posto, necessária a análise das faturas de cartão de crédito,
tanto as juntadas pelo reclamante, como pelo reclamado, dando ênfase àquelas que ensejaram a
negativação do nome do reclamante, também questionada, de modo a possibilitar um julgamento seguro
da demanda, sempre com base nos argumentos e documentos constantes dos autos.
Dito isto, observo que na fatura do mês de dezembro/2019 (ID 21584349, p. 3-5), consta cobrança
relacionada a 11 (onze) compras efetuadas no estabelecimento FUTBOL CLUB BARCELONA, cada uma
no valor de €105,00 (cento e cinco euros), que corresponde a R$533,52 (quinhentos e trinta e três reais e
cinquenta e dois centavos), além de custos de transferência exterior – IOF e de variação cambial,
decorrentes dessas compras não reconhecidas, tendo o reclamante realizado o pagamento dessa fatura,
cujo valor total era de R$14.984,11 (quatorze mil, novecentos e oitenta e quatro reais e onze centavos), no
montante de R$8.672,64 (oito mil, seiscentos e setenta e dois reais e sessenta e quatro centavos), já
abatendo a quantia de R$6.311,47 (seis mil, trezentos e onze reais e quarenta e sete centavos),
correspondente a valores que o reclamante entendeu serem cobrados indevidamente, conforme se vê no
comprovante de pagamento vinculado ao ID 21584349.
Na fatura do mês seguinte (01/2020), ainda por reflexo das compras realizadas e não reconhecidas, o
reclamante novamente realizou o pagamento da referida fatura no valor total de R$10.806,39 (dez mil,
oitocentos e seis reais e trinta e nove centavos), abatendo-se a quantia que entendia indevida no montante
de R$6.929,93 (seis mil, novecentos e vinte e nove reais e noventa e três centavos), restando o valor de
R$3.876,46 (três mil, oitocentos e setenta e seis reais e quarenta e seis centavos), devidamente pago
conforme comprovante vinculado ao ID 21584350.
No tocante à fatura do mês de fevereiro/2020, observo que foi juntada pelo reclamado no ID 23611371. E
da análise conjunta da mencionada fatura do mês de fevereiro no valor de R$4.439,15 (quatro mil,
quatrocentos e trinta e nove reais e quinze centavos), com a fatura do mês de março/2020 juntada pelo
reclamante no ID 21584351, p. 2, extrai-se que em fevereiro o reclamante realizou o pagamento no valor
de R$3.585,59 (três mil, quinhentos e oitenta e cinco reais e cinquenta e nove centavos), porquanto
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
excluiu os valores que entendia indevidos no montante de R$853,56 (oitocentos e cinquenta e três reais e
cinquenta e seis centavos), obtido através da soma dos valores de PARC. FACIL 01/18, encargos sobre
parcelado IOF sobre parcelado e IOF OPER. CRED ROTATIVO (R$866,34), subtraído o valor do estorno
encargo rotativo manual (R$12,78).
Em março/2020, conforme se vê no ID 21584351, p. 2, o valor total da fatura foi de R$3.738,15 (três mil,
setecentos e trinta e oito reais e quinze centavos), sendo que o reclamante realizou o pagamento no valor
de R$1.940,11 (mil, novecentos e quarenta reais e onze centavos) (comprovante vinculado ao ID
21584351), sendo excluídos os valores que entendia indevidos no montante R$1.798,04 (mil, setecentos e
noventa e oito reais e quatro centavos), obtido através da soma do valor do saldo da fatura anterior
(R$853,56), com os valores de PARC. FACIL 02/18, encargos sobre parcelado IOF sobre parcelado, IOF
OPER. CRED ROTATIVO e encargos de rotativo (R$944,48).
No mês de abril/2020, de acordo com o ID 21584352, p. 3-4, é possível identificar que o valor total da
fatura era de R$2.403,43 (dois mil, quatrocentos e três reais e quarenta e três centavos), tendo o
reclamante realizado o pagamento no valor de R$1.320,86 (mil, trezentos e vinte reais e oitenta e seis
centavos) (comprovante de pagamento vinculado ao ID 21584352), pois já excluídos os valores que afirma
serem indevidos na quantia de R$1.082,57 (mil, oitenta e dois reais e cinquenta e sete centavos),
correspondente à soma dos valores de IOF OPER. CRED ROTATIVO (R$1,11), PARC. FACIL 03/18
(R$858,66) e um novo PARC. FACIL 01/18 (R$222,80).
Na fatura de maio/2020 (ID 21584353, p. 2-3), cujo valor total era de R$2.816,84 (dois mil, oitocentos e
dezesseis reais e oitenta e quatro centavos), o reclamante realizou o pagamento da quantia de R$545,64
(quinhentos e quarenta e cinco reais e sessenta e quatro centavos) (comprovante de pagamento vinculado
ao ID 21584354), excluídos os valores supostamente indevidos na quantia de R$2.271,20 (dois mil,
duzentos e setenta e um reais e vinte centavos), decorrentes da soma do saldo da fatura anterior
(R$1.082,57), com os valores de encargo de rotativo (R$107,17), PARC. FACIL 04/18 (R$858,66) e
PARC. FACIL 02/18 (R$222,80).
Em junho/2020, na respectiva fatura vinculada ao ID 21584354, p. 3, verifica-se que esta era no valor total
de R$1.891,49 (mil, oitocentos e noventa e um reais e quarenta e nove centavos), tendo o reclamante
efetuado o pagamento no montante de R$545,64 (quinhentos e quarenta e cinco reais e sessenta e quatro
centavos) (comprovante de pagamento vinculado ao ID 21584354), tendo sido excluído o valor de
R$1.345,85 (mil, trezentos e quarenta e cinco reais e oitenta e cinco centavos), obtido através da
soma dos valores referentes a PARC. FACIL 05/18 (R$858,66), PARC. FACIL 03/18 (R$222,80) e um
novo PARC. FACIL 01/18 (R$273,39), subtraído o valor do estorno encargo rotativo manual (R$9,00).
Ressalto que, não obstante a prática desse procedimento pelo reclamante nos meses anteriores, o não
pagamento do valor de R$1.345,85 (mil, trezentos e quarenta e cinco reais e oitenta e cinco centavos)
da fatura de junho/2020, conforme se vê do comunicado vinculado ao ID 21584344, ensejou a
negativação do nome do reclamante pelo reclamado, o que motivou o ajuizamento da presente ação.
Ocorre que, em relação à fatura do mês de agosto/2020 no valor total de R$1.873,51 (mil, oitocentos e
setenta e três reais e cinquenta e um centavos), o reclamante igualmente realizou com o pagamento no
valor de R$225,03 (duzentos e vinte e cinco reais e três centavos) (comprovante de pagamento vinculado
ao ID 21584358), já excluídos os valores que entendia indevidos no montante de R$1.648,48 (mil,
seiscentos e quarenta e oito reais e quarenta e oito centavos), correspondente à soma dos seguintes
valores: PARC. FACIL 07/18 (R$858,66); PARC. FACIL 05/18 (R$222,80); PARC. FACIL 03/18
(R$273,39); e um novo PARC. FACIL 01/24 (R$293,63). Da mesma forma, em razão do não pagamento
do valor de R$1.648,48 (mil, seiscentos e quarenta e oito reais e quarenta e oito centavos) da fatura
de agosto/2020, conforme se vê do comunicado vinculado ao ID 21584345, ocorreu nova negativação do
nome do reclamante pelo reclamado, também questionado nesta demanda.
Ocorre que o comunicado vinculado ao ID 21584347, noticiando mais uma negativação no nome do
reclamante levada a efeito pelo reclamado, não obstante se referir ao mesmo cartão de crédito, observo
que o débito datado de 16/10/2020 foi no valor de R$334,73 (trezentos e trinta e quatro reais e setenta
e três centavos).
Diante do panorama acima, destaco que o reclamante, ao questionar a realização de compras em seu
cartão de crédito no mês de dezembro/2019, efetuou o pagamento apenas do que entendia devido. E em
sua defesa, o reclamado noticia que o valor não reconhecido fora devidamente estornado da fatura do
reclamante, portanto, não havendo que se falar em declaração de inexistência de débito.
Contudo, não há provas nem verossimilhança das alegações do reclamado, porquanto tendo em vista que
o reclamante deixou de efetuar o pagamento das parcelas questionadas, não haveria valor a ser
ressarcido, denotando-se ter ocorrido, em verdade, o financiamento automático do valor não pago, que
consiste no financiamento da diferença entre o valor total da fatura e o valor efetivamente quitado pelo
consumidor, ocorrendo quando o consumidor opta por realizar apenas o pagamento mínimo da sua
fatura de cartão de crédito, que não é o caso dos autos, já que o pagamento parcial de faturas se deu
em razão da existência de compras não reconhecidas e parcelamentos não autorizados pelo reclamante.
Ora, na Resolução nº 4.549 do Banco Central do Brasil, de 26 de janeiro de 2017, que dispõe sobre o
financiamento automático em questão, além de restar autorizada a realização do referido financiamento
quando o consumidor opta por realizar apenas o pagamento mínimo da sua fatura de cartão de crédito,
não sendo este o caso dos autos, também observo que consta no parágrafo único do art. 1º dessa
resolução, que tal financiamento pode ser concedido, a qualquer tempo, antes do vencimento da fatura
subsequente, por meio de outras modalidades de crédito, em condições mais vantajosas para o cliente,
o que entendo também não ter ocorrido no caso, pois conforme narrativa ao norte, o reclamante realizou o
pagamento da fatura a menor por não reconhecer compras nela lançadas, sendo que esta falha fora
reconhecida pelo reclamado, quando afirmou ter realizado o estorno do valor das compras questionadas.
Todavia, foi mantida a cobrança do parcelamento do valor subtraído da fatura pelo reclamante, gerando,
em consequência, parcelamento sobre parcelamento, conforme se vê na fatura vinculada ao ID 21584358,
p. 3-4, onde é possível constatar a existência de quatro parcelamentos.
Outrossim, tenho que nem os documentos juntados pelo reclamado, nem os argumentos constantes da
contestação e da manifestação em audiência, o desincumbem do ônus de provar fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do reclamante, a teor do disposto no art. 373, II do CPC, a uma, porque
afirma ter promovido o ressarcimento de valor que sequer fora pago pelo reclamante, decorrente das
compras não reconhecidas, lançadas na fatura de dezembro/2019; a duas, porque sequer se deu ao
trabalho de esclarecer a que se referem os parcelamentos lançados nas faturas do reclamante,
regularmente, mês a mês, a partir de fevereiro/2020, juntamente com cobranças de taxas relacionadas a
operações realizadas em moeda estrangeira, apesar de afirmar ter supostamente efetuado estorno do
valor das compras efetuadas no cartão do reclamante, em Euro, e não reconhecidas por ele.
Com efeito, à instituição financeira, na condição de fornecedora de serviços bancários, compete velar pela
higidez do fomento dos serviços convencionados, qualificando-se como falha na prestação a ausência de
instrumento de controle eficazes, que resultara na realização de compras por terceiros, culminando com
a imputação das obrigações correlatas ao correntista vitimado pelo ilícito, tornando a instituição financeira
responsável pelo havido, pois encerra fato fortuito inerente aos riscos das atividades lucrativas que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
desenvolve, tornando inviável que a fraude seja içada como fato excludente de suas responsabilidades
(art. 14 do CDC e Súmula nº 479 do STJ).
Desta feita, em sendo reconhecidamente indevida a cobrança das compras não reconhecidas pelo
reclamante, assim como dos parcelamentos delas decorrentes, consequentemente, hão de ser declaradas
indevidas as negativações no nome do reclamante levadas a efeito pelo reclamado, porquanto é certo que
os débitos constantes nos comunicados vinculados aos IDs 21584344; 21584345; 21584347,
respectivamente nas quantias de R$1.345,85, R$1.648,48 e R$334,73, se referem aos valores lançados
nas faturas de cartão de crédito que o reclamante entendia indevidos, sendo o reclamado responsável
pelos prejuízos causados ao reclamante, diante da sua responsabilidade objetiva, e do risco econômico
que o empreendedor deve suportar, não podendo pretender transmitir ao consumidora o risco de seu
negócio.
Por derradeiro, quanto ao pedido de condenação por danos morais, com base nos argumentos e
fundamentos acima expendidos, resta configurada a falha no serviço do reclamado, o que por si só, já
configura dano moral.
Outrossim, cediço que, como regra, para a caracterização do dano moral são necessários os seguintes
elementos: a) o ato, b) o dano, c) nexo de causalidade entre o ato e o dano, e d) o dolo ou a culpa do
agente causador do dano, todos devidamente comprovados nos autos, portanto, nascendo o dever de
indenizar.
Ante o exposto, rejeito a preliminar suscitada e, com base no art. 487, I do CPC, JULGO PARCIAMENTE
PROCEDENTES os pedidos contidos na exordial para, nos termos da fundamentação:
1) DETERMINAR a correção no polo passivo da demanda, para que conste a empresa BANCO
BRADESCO CARTÕES S/A, CNPJ nº 59.438.325/0001-01;
Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do Provimento nº
003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.
709
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
INTIMAÇÃO
Pelo presente, está Vossa Senhoria INTIMADA a, nos autos da Reclamatória nº 0832839-
24.2018.8.14.0301, em que REQUERENTE: MAIK MADSON ALBUQUERQUE TAVARES, move contra
REQUERIDO: C R DE MOURA COMERCIO - EPP, para se manifestar, no prazo de 15 (quinze) dias,
acerca da Contraproposta, cuja cópia encontra-se nos autos (ID 32057553)
Endereço da 8ª Vara do Juizado Especial Cível: Avenida Almirante Tamandaré, 873, Cidade Velha,
BELéM - PA - CEP: 66020-000
INTIMAÇÃO
Pelo presente, fica Vossa Senhoria INTIMADA, nos autos do processo nº 0830407-
61.2020.8.14.0301, que CENTRO EDUCACIONAL PARAISO DO ESTUDANTE LIMITADA - ME move
contra MARLESON DA SILVA PINHEIRO, a informar os dados bancários para transferência de valores
depositados através de alvará de transferência.
MARTINS TOSCANO Participação: RECLAMADO Nome: GOL LINHAS AÉREAS S/A Participação:
ADVOGADO Nome: GUSTAVO ANTONIO FERES PAIXAO OAB: 28020-A/PA
SENTENÇA
Processo nº 0865069-85.2019.8.14.0301
Autos de AÇÃO [DIREITO DO CONSUMIDOR]
Reclamante: Nome: MONICA MARTINS TOSCANO
Endereço: Travessa Dom Romualdo Coelho, 722, apto 1301, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66055-190
Vistos.
DECIDO.
Não tendo as partes requerido a produção de outras provas, vieram-me os autos conclusos para
sentença.
Na situação em exame, infere-se que a relação jurídica estabelecida entre as partes, e que gerou a
lide posta em juízo, tem natureza consumerista, uma vez que presentes os requisitos objetivos (produto e
serviço - §§ 1º e 2º, do art. 3º, da Lei nº 8.078/90) e subjetivos (consumidor e fornecedor – arts. 2º e 3º, da
Lei nº8.078/90) de tal relação. Assim, sujeita-se às prescrições normativas contidas na referida lei e atrai a
incidência das demais normas protetivas do estatuto consumerista.
Importa consignar, entretanto, que tal deferimento não desonera a parte a quem aproveita de produzir as
provas que consubstanciem o direito que alega e para as quais não seja, por qualquer razão,
hipossuficiente para produzir (art. 373, I, do CPC).
A Autora adquiriu junto à Ré, em 06.02.19, passagens aéreas para si, bem como para seu marido e seus
dois filhos, com itinerário BELÉM–SANTARÉM (14.08.19) e SANTARÉM-BELÉM (18.08.19 – saída às 04h
e chegada às 05h e 20min).
Alega que em 30.05.19 foi notificada pela Ré de que o voo SANTARÉM-BELÉM havia sido cancelado e
que teria, juntamente com sua família, sido realocada em voo com itinerário SANTARÉM-BRASÍLIA-
BELÉM (saída às 15h e 25min e chegada às 23h e 35min).
Dada a duração do novo voo, noticia que solicitou a mudança das reservas para outro voo direto, com
saída às 23h e 25min e chegada às 00h e 45min, o que foi atendido pela Ré.
Contudo, informa que em 07.08.19 foi novamente notificada pela Ré de que, por motivos operacionais, as
reservar teriam sido novamente transferidas para o voo com conexão em BRASÍLIA.
Em contato com a Ré, foi ofertado à Autora o reembolso das passagens ou a realocação em outro voo a
partir de 20.08.19, portanto, 02 dias após a data do retorno original.
Optou, então, a Autora pelo cancelamento das passagens, de modo que adquiriu novos bilhetes, de voo
direto, junto a companhia aérea terceira, porém, com data de embarque para 01 dia após a data do retorno
original, dado o alto valor das passagens caso pretendesse manter a programação.
Em virtude do ocorrido, informa que teve gastos extras com a aquisição das novas passagens, bem como
com a extensão da hospedagem, pelo que, requer a condenação da Ré ao pagamento de indenização por
danos materiais, bem como por danos morais.
Sobre o assunto, veja-se o disposto no art. 21, da Resolução nº. 400/16, da ANAC:
I - atraso de voo por mais de quatro horas em relação ao horário originalmente contratado;
IV - perda de voo subsequente pelo passageiro, nos voos com conexão, inclusive nos casos de troca de
aeroportos, quando a causa da perda for do transportador.
Parágrafo único. As alternativas previstas no caput deste artigo deverão ser imediatamente oferecidas aos
passageiros quando o transportador dispuser antecipadamente da informação de que o voo atrasará mais
de 4 (quatro) horas em relação ao horário originalmente contratado.
Muito embora tenha a Ré ofertado à Autora tanto a reacomodação em outro voo, como o reembolso do
valor total despendido, cumprindo, portanto, o disposto no art. 21 da norma acima transcrita, não há como
se negar que houve falha na prestação do serviço dando ensejo à causação de danos à Autora.
Registre-se que a doutrina consumerista ensina que o direito do consumidor ingressa no sistema jurídico
fazendo um corte horizontal, alcançando toda e qualquer relação jurídica que possa ser considerada de
consumo, mesmo que regrada por outra fonte normativa.
Logo, e a despeito de ter a Ré garantido o reembolso integral dos valores despendidos com as passagens,
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a sua reponsabilidade, que é objetiva (art. 14, do CDC), não pode ser afastada e não apenas pela
ausência de comprovação da presença de qualquer excludente (art. 14, § 3º, do CDC), mas também
porque os cancelamentos de voos constituem fortuito interno, sendo, portanto, inerentes à atividade
comercial que opera, de modo que se da prática lucrativa a Ré aufere bônus, deverá, de igual sorte, arcar
com os ônus dela decorrentes sem pretender transferi-los para o consumidor (Teoria do Risco do
Empreendimento).
Veja-se que tanto a oferta de realocação no voo com conexão em BRASÍLIA, quanto a oferta de
realocação em outro voo para 02 dias após o fim da estadia da Autora na cidade de SANTARÉM,
evidencia o transtorno causado à programação desta, agravado por ter ocorrido às vésperas da viagem, o
que, por óbvio, faz surgir o dever de indenizar, todavia não na integralidade pretendida pela Autora.
[...]
Art. 26. A assistência material ao passageiro deve ser oferecida nos seguintes casos:
I -atraso do voo;
II -cancelamento do voo;
IV -preterição de passageiro.
Art. 27. A assistência material consiste em satisfazer as necessidades do passageiro e deverá ser
oferecida gratuitamente pelo transportador, conforme o tempo de espera, ainda que os passageiros
estejam a bordo da aeronave com portas abertas, nos seguintes termos:
II-superior a 2 (duas)horas: alimentação, de acordo com o horário, por meio do fornecimento de refeição
ou de voucher individual; e
III -superior a 4 (quatro)horas: serviço de hospedagem, em caso de pernoite, e traslado de ida e volta.
Entretanto, tal regramento somente seria aplicável à hipótese dos autos se tivesse a Autora
aceitado embarcar no voo com conexão em BRASÍLIA, pois seria ônus da Ré minimizar os danos
decorrentes do cancelamento do voo originário e ocorridos durante o tempo de espera do novo voo, eis
que ambos seriam operados por ela.
Ocorre que a Autora optou pelo reembolso integral dos valores das passagens aéreas e, apenas
por comodidade, adquiriu novas passagens aéreas em outra companhia aérea, de modo que os gastos
extras já não mais podem ser imputados à Ré, não havendo, portanto, dano material a ser reparado.
Os danos morais, por sua vez, sobressaem de todo o episódio e pelas razões anteriormente explicitadas.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
A indenização, contudo, deve ser fixada com o fito de oferecer uma compensação pelo dano causado,
sem proporcionar enriquecimento sem causa, observando-se, ainda, a capacidade econômica das partes.
Assim, entendo razoável e proporcional o quantum de R$-5.000,00 (cinco mil reais).
DISPOSITIVO
Em havendo pagamento, inexistindo impugnação e caso não tenha sido iniciada nova fase
processual, expeça-se alvará e arquivem-se.
P.R.I.C.
SENTENÇA
Processo nº 0807009-90.2017.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Indenização por Dano Moral, Indenização por Dano Material]
Reclamante: Nome: EDUARDO CARLOS CAMPELO SAULNIER DE PIERRELEVEE
Endereço: Travessa Boa Vista, 79, (Cj Bela Vista), Val-de-Cães, BELéM - PA - CEP: 66617-240
Vistos.
Decido.
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Conforme certificado, já houve o levantamento integral, pela parte Exequente, dos valores
depositados pela parte Executada, pelo que, a declaração de satisfação da obrigação é medida que se
impõe.
ISSO POSTO, com fundamento nos arts. 924, II e 925, do CPC, DECLARO INTEGRALMENTE
SATISFEITAS AS OBRIGAÇÕES e JULGO EXTINTA A EXECUÇÃO.
Intimem-se.
Cumpra-se.
SENTENÇA
Processo nº 0840624-32.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Inclusão Indevida em Cadastro de Inadimplentes]
Reclamante: Nome: JOAO EWERTON SANTOS DE MELO
Endereço: Rua João Canuto, 114, (Res Vinte e Seis de Outubro), Parque Guajará (Icoaraci), BELéM - PA -
CEP: 66821-405
Vistos, etc.
Nos termos do art. 4º, da LJE, inexistem razões que justifiquem o processamento do feito por este
Juízo, haja vista que os fatos não ocorreram em Belém-PA e nem a parte Autora e nem a parte Ré estão
aqui domiciliadas.
Considerando que em sede de Juizados Especiais a incompetência pode ser reconhecida de ofício
(Enunciado nº 89, do FONAJE) e, uma vez declarada, implica na imediata extinção do processo (art. 51,
III, da LJE), esta é a medida que se impõe.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ISSO POSTO, com fundamento no art. 4º c/c art. 51, III, ambos da LJE, JULGO EXTINTO o feito
SEM O JULGAMENTO DO MÉRITO.
P. R. Intime-se.
Após, arquive-se.
SENTENÇA
Processo nº 0843243-32.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Cheque, Indenização por Dano Moral]
Reclamante: Nome: ADRIANA DA SILVA PONTES TAPAJOZ
Endereço: Passagem Alacid Nunes, 100, Condominio Safira Park, Bloco K, Apto 04, Tenoné, BELéM - PA
- CEP: 66820-020
Vistos, etc.
Nos termos do art. 4º, da LJE, inexistem razões que justifiquem o processamento do feito por este
Juízo, haja vista que os fatos não ocorreram em Belém-PA e nem a parte Autora e nem a parte Ré estão
aqui domiciliadas.
Considerando que em sede de Juizados Especiais a incompetência pode ser reconhecida de ofício
(Enunciado nº 89, do FONAJE) e, uma vez declarada, implica na imediata extinção do processo (art. 51,
III, da LJE), esta é a medida que se impõe.
ISSO POSTO, com fundamento no art. 4º c/c art. 51, III, ambos da LJE, JULGO EXTINTO o feito
SEM O JULGAMENTO DO MÉRITO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
P. R. Intime-se.
Após, arquive-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
ATO ORDINATÓRIO
Processo nº 0811044-88.2020.8.14.0301
Exequente: CONDOMINIO RESIDENCIAL JARDIM BELA VIDA II
Executada: AURILEIA CARDOSO BRAGA
Eu, Diretor de Secretaria da 8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, por determinação legal, etc.,
abaixo assinado.
CERTIFICO para os devidos fins de direito que o Mandado de Avaliação expedido em desfavor da
Executada retornou sem cumprimento, conforme Certidão da Oficial de Justiça (ID 31482951). É verdade
e dou fé.
Em cumprimento ao disposto no art. 1º, §2º, inciso I, do Provimento 006/2006 da CRMB, fica o
Exequente INTIMADO para proceder aos requerimentos que entenderem pertinentes, no prazo de 05
(cinco) dias.
ATO ORDINATÓRIO
Processo nº 0824279-88.2021.8.14.0301
Reclamante: IANE CRISTINE MARTINS DUARTE
Reclamadas: Multimarcas Administradora de Consorcios LTDA e KARINA FERREIRA GONCALVES
- EPP
SENTENÇA
Processo nº 0831683-30.2020.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Cobrança de Aluguéis - Sem despejo]
Reclamante: Nome: EDMAR DA COSTA MENDONCA
Endereço: Avenida Júlio César, 3204, Val-de-Cães, BELéM - PA - CEP: 66617-420
Endereço: Rua Trinta e Dois A, 101 Qd81, (Cj Promorar), Maracangalha, BELéM - PA - CEP: 66110-080
Nome: DERIELSON DA SILVA MONTEIRO
Endereço: Rua Trinta e Dois A, 101 Qd81, (Cj Promorar), Maracangalha, BELéM - PA - CEP: 66110-080
Vistos.
DECIDO.
Extrai-se da inicial que o Réu 02 foi incluído na lide tão somente pelo fato de o seu CPF ter constado no
contrato de locação firmado entre o Autor e a Ré 01, muito embora não seja nem o locador e nem o fiador
do imóvel.
Assim, não sendo possível presumir com isso a sua manifestação de vontade, elemento indispensável à
validade do negócio jurídico, importa reconhecer a sua ilegitimidade para figurar no polo passivo desta
ação.
DA REVELIA
Considerando que a Ré 01 foi regularmente citada/intimada e mesmo assim não ofereceu contestação,
aplico-lhe a pena de revelia, nos termos do art. 20, da Lei nº 9.099/95, presumindo-se verdadeiros os fatos
narrados na exordial.
Cediço que tal ato não desonera o Autor de provar o que alega, mediante a juntada das provas
necessárias à consubstanciação do direito reclamado, na forma do art. 373, I, do CPC/15.
PASSO AO MÉRITO.
O Autor celebrou, junto à Ré 01 – SIMARA VALE DE ALMEIDA MONTEIRO, contrato de locação (Id
17073598) de imóvel situado na Rua Júlio Cesar, 3204 B, Bairro Val de Cans, Belém-PA, pelo valor de R$-
1.200,00 mensais.
O contrato foi firmado pelo prazo de 36 (trinta e seis) meses, com início em 15.02.19 e término em
15.02.22.
Conforme noticiado na inicial, o imóvel permaneceu locado até abril/20, quando foi desocupado pela Ré
01, que deixou inadimplido os alugueres desde setembro/19.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
O não pagamento das contraprestações pecuniárias, bem como a rescisão antecipada do contrato implica,
por óbvio, no reconhecimento do inadimplemento contratual, pelo que, torna-se aplicável à hipótese a
penalidade prevista no “Parágrafo Primeiro”, da Cláusula II, do contrato de locação, porém, proporcional
aos meses faltantes para completar o período da locação (multa equivalente a 03 meses de aluguel).
Não obstante, do valor total devido, deve ser abatido o saldo remanesce equivalente às benfeitorias
realizadas pela Ré, o que havia sido pactuado entre as partes a quando da celebração do negócio jurídico,
o que totaliza como saldo devedor a quantia de R$-8.117,62.
Assim, constatada a previsão contratual, e sendo desnecessárias maiores digressões ante os efeitos da
revelia que agora operam, é forçoso concluir que a Ré 01 não honrou com a obrigação contratualmente
assumida nos limites acima descritos, inexistindo nos autos qualquer elemento que conduza à conclusão
diversa, pelo que, a sua condenação ao pagamento é medida que se impõe.
DISPOSITIVO
ISSO POSTO, com fundamento no artigo 487, inciso I, do CPC, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE
o pedido contido na inicial para condenar a Ré 01 – SIMARA VALE DE ALMEIDA MONTEIRO a pagar ao
Autor a quantia de R$-8.117,62 (oito mil, cento e dezessete reais e sessenta e dois centavos), referente
aos alugueres inadimplidos do período de setembro/19 a abril/20 e à multa proporcional por rescisão
antecipada do contrato. Tal valor deve ser corrigido monetariamente pelo INPC desde o ajuizamento e
acrescido de juros de mora de 1% ao mês a contar da citação.
Em relação ao Réu 02 – DERIELSON DA SILVA MONTEIRO, com fundamento no art. 485, VI, do CPC,
DECLARO a sua ilegitimidade para figurar no polo passivo desta ação e, via de consequência, JULGO
EXTINTO O FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
Na hipótese de pagamento, inexistindo impugnação e caso não se tenha iniciado nova fase processual,
expeça-se alvará em benefício da parte credora.
Em havendo interposição de Recurso Inominado, que desde já recebo apenas no efeito devolutivo (art. 43,
da LJE), abra-se prazo para a parte contrária, querendo, oferecer Contrarrazões e, após, remetam-se os
autos à Turma Recursal que tocar por distribuição.
P.R.I.C.
SENTENÇA
720
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Processo nº 0834929-97.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Duplicata]
Reclamante: Nome: DAGOSTIM - TRANSPORTE E LOGISTICA LTDA
Endereço: Rodovia Otávio Dassoler, 6105, Imigrantes, CRICIúMA - SC - CEP: 88813-762
Vistos.
DECIDO.
A parte Exequente, intimada a emendar a inicial, quedou-se inerte, deixando de colacionar aos
autos os documentos necessários à comprovação da sua qualificação tributária, pelo que, não há como se
dar prosseguimento ao feito, de modo que, com fundamento no art. 924, I, do CPC, INDEFIRO A INICIAL
e, via de consequência, JULGO EXTINTO O FEITO.
Arquive-se.
Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
CERTIDÃO
CERTIFICO para os devidos fins de direito, que face a notícia do falecimento da Reclamante, assim como,
os pedidos feitos nas petições dos IDs 30306032 e 31882475, envio os autos conclusos para deliberação.
Fica cancelada a Audiência previamente designada para o dia 30/08/2021. É verdade e dou fé.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
CERTIDÃO
CERTIFICO para os devidos fins de direito, que os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO foram interpostos no
prazo legal. Considerando que o Embargante visa a efeitos modificativos no recurso interposto, fica V.
Senhoria INTIMADA, a partir da leitura da presente Certidão, para se manifestar, no prazo de 05 (cinco)
dias, acerca do disposto no id 31250318. O referido é verdade e dou fé.
SENTENÇA
Processo nº 0819297-31.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Liquidação / Cumprimento / Execução]
Reclamante: Nome: VEROLINDA RODRIGUES BAIA
Endereço: Passagem D'hotel, 184, baixos, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66080-210
Vistos.
DECIDO.
A parte Exequente, pelas razões expostas na decisão Id 25757855, da qual foi intimada e nada
requereu, carece de interesse processual, pelo que, não há como se dar prosseguimento ao feito, de
modo que com fundamento no art. 330, III c/c art. 485, I, ambos do CPC, INDEFIRO A INICIAL e, via de
consequência, JULGO EXTINTO O FEITO.
Arquive-se.
Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
CERTIDÃO
CERTIFICO para os devidos fins de direito, que os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO foram interpostos no
prazo legal. Considerando que o Embargante visa a efeitos modificativos no recurso interposto, fica V.
Senhoria INTIMADA, a partir da leitura da presente Certidão, para se manifestar, no prazo de 05 (cinco)
dias, acerca do disposto no id 31317788. O referido é verdade e dou fé.
Processo 0802847-13.2021.8.14.0301
REU: OI S.A., EASYCOB CONSULTORIA TREIN E ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA - EPP, MALTA
ASSESSORIA DE COBRANCAS LTDA, ACORDO CERTO LTDA. - ME, SERVICES ASSESSORIA E
COBRANCAS - EIRELI
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
Processo 0829470-17.2021.8.14.0301
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
SENTENÇA
As partes celebraram acordo para por fim ao litígio, conforme minuta vinculada no Id nº. 27726310 dos
autos.
Pelo exposto, homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 57, da
Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.
Considerando que houve o cumprimento integral da avença celebrada na lide, conforme comprovante de
transferência bancária anexada no Id nº. 28991113, arquivem-se os autos.
P.R.I.C.
SENTENÇA
726
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Vistos e etc.
Em resumo, alega a parte exequente na exordial que é credora da quantia de R$1.000.000,00 (um milhão
de reais) decorrentes de doação realizada pelos seus genitores, conforme Escritura Pública de Doação
anexada nos autos, a qual constitui título executivo extrajudicial, nos termos do art. 784, II do CPC.
No entanto, resta incontroverso que o crédito representado pelo título objeto da presente ação ultrapassa o
teto previsto na Lei nº. 9.099/95, conforme art. 3º, § 1º, II, da Lei 9.099/95, impondo-se a extinção do feito
sem julgamento do mérito, nos termos do art. 51, inciso II, da lei em comento.
Isso posto, por ser inadmissível o rito do Juizado Especial, EXTINGO O PROCESSO sem resolução do
mérito, nos termos do art. 51, II, da Lei nº. 9.099/95.
P.R.I.C.
PROCESSO nº 0846561-23.2021.8.14.0301
SENTENÇA
Vistos, etc.
jurisdição voluntária cujo rito processual, previsto nos artigos 719 e seguintes do CPC/2015, com prazo de
15 (quinze) dias para manifestação de todos os interessados e quando, necessário, do Ministério Público
(art. 721, CPC/2015), se mostra incompatível com o procedimento estabelecido pela Lei nº 9.099/95,
pautado pela concentração dos atos processuais em audiência, razão pela qual a presente demanda deve
ser extinta sem julgamento do mérito, nos termos do art. 51, II, da Lei nº 9.099/95.
Assim, JULGO EXTINTO O PROCESSO sem resolução do mérito, na forma do art. 51, II, da Lei 9.099/95,
por não se coadunar com o procedimento previsto no referido diploma legal.
P.R.I.C.
SENTENÇA
Em petição vinculada no Id nº. 27759830, a parte executada ofereceu proposta de acordo nos seguintes
termos:
•Parcelamento da dívida no valor total de R$29.899,57 (vinte e nove mil, oitocentos e noventa e nove reais
e cinquenta e sete centavos), em 30 (trinta) parcelas, sendo 29 parcelas fixas mensais no valor de
R$1.000,00 (um mil reais) e a última no valor de R$899,57, a serem depositadas mensalmente todo dia 30
na conta do exequente, a partir de 30.06.2021.
A parte exequente, instada a manifestar-se na lide acerca da proposta de acordo retro mencionada, anuiu
com os termos, todavia, deixou de informar os dados de sua conta bancária para fins de realização da
operação, conforme petição vinculada no Id nº. 29708816 do feito.
Assim, considerando que as partes transigiram para por fim ao litígio, consoante manifestações retro
mencionadas, homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 57 da
Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
À Secretaria do Juízo para providenciar a intimação das partes acerca da aludida homologação,
advertindo a parte executada que o não cumprimento da avença ensejará multa de 10% (dez por
cento) sobre o valor do débito e o vencimento antecipado das demais parcelas.
De outro lado, considerando que o exequente não apresentou na lide seus dados bancários,
determino à Secretaria que providencie a intimação da referida parte para que informe nos autos,
no prazo máximo de 05 dias úteis, os dados necessários para fins de efetivação da avença.
Desta forma, considerando que somente nesta oportunidade foi homologado pelo Juízo o acordo
entabulado entre as partes, determino à Secretaria que providencie a intimação das partes dando-lhes
ciência de que o pagamento das prestações terá início em 30.09.2021, ficando facultado o depósito
em período anterior ao retro ordenado, devendo este Juízo ser comunicado de tal operação, tendo
em vista o Princípio da Cooperação.
Por fim, considerando que a presente sentença não é passível de recurso, conforme dicção do artigo 41
da Lei nº. 9.099/1995, determino o imediato arquivamento do feito, após intimação das partes e o
devido cumprimento das diligências retro ordenadas por este Juízo, restando ressalvado o direito
ao desarquivamento sem recolhimento das custas processuais, desde que requerido dentro do prazo
de 06 meses desta sentença.
P.R.I.C.
Processo 0802877-48.2021.8.14.0301
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO serão
REMARCADAS como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS,
porém seguindo a ordem cronológica mencionada no item 2.
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
Processo 0830311-12.2021.8.14.0301
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
730
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
PROCESSO nº 0847053-15.2021.8.14.0301
DESPACHO
Trata-se de reajuizamento de demanda que tramitou neste Juízo sob o número 0846537-
92.2021.8.14.0301 e que foi extinta, sem resolução do mérito em face de litispendência, em face da
existência mandado de segurança impetrado pela parte reclamante com as mesmas partes, causa de
pedir e pedido, processo PJE nº 0844320-76.2021.8.14.0301, que tramita na 10ª Vara Cível e Empresarial
de Belém.
O mandado de segurança tramita em Juízo Cível e se submete as regras do CPC/2015 que, ao contrário
do que ocorre no Sistema dos Juizados Especiais, expressamente prevê que a desistência da ação só
produz efeitos após a homologação judicial (art. 200, § único).
Não consta, dos autos, documento que comprove o domicílio da parte reclamante nesta Comarca.
Ante o exposto, intime-se a parte reclamante para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis contados da
intimação consumada do presente despacho, sob pena de extinção do processo, sem resolução do mérito,
emende a petição inicial juntando aos autos:
731
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
b) caso não possua, a parte reclamante poderá apresentar comprovante de residência ATUALIZADO EM
NOME TERCEIRO, acompanhado de DECLARAÇÃO firmada por este, atestando, sob as penas da lei,
que as partes autoras residem no endereço indicado;
Após, com ou sem manifestação, retornem os autos conclusos para análise do pedido de tutela provisória
de urgência.
Intime-se. Cumpra-se.
SENTENÇA
As partes celebraram acordo para por fim ao litígio, conforme minuta vinculada no Id nº. 25249951 dos
autos.
Pelo exposto, homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 57, da
Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.
Considerando que a presente sentença não é passível de recurso, conforme dicção do artigo 41 da Lei nº.
9.099/1995, determino o imediato arquivamento do feito, após intimação das partes, restando
ressalvado o direito ao desarquivamento sem recolhimento das custas processuais, desde que requerido
dentro do prazo de 06 meses desta sentença.
P.R.I.C.
Processo 0830400-35.2021.8.14.0301
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO serão
REMARCADAS como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS,
porém seguindo a ordem cronológica mencionada no item 2.
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
SENTENÇA
As partes celebraram acordo para por fim ao litígio, conforme minuta vinculada no Id nº. 27731832 dos
autos.
Pelo exposto, homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 57, da
Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.
Considerando que a presente sentença não é passível de recurso, conforme dicção do artigo 41 da Lei nº.
9.099/1995, determino o imediato arquivamento do feito, após intimação das partes, restando
ressalvado o direito ao desarquivamento sem recolhimento das custas processuais, desde que requerido
dentro do prazo de 06 meses desta sentença.
P.R.I.C.
Processo 0828923-74.2021.8.14.0301
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
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(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
Processo 0818145-45.2021.8.14.0301
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
Processo 0879361-41.2020.8.14.0301
SENTENÇA
Para fins de movimentação no sistema PJE, ratifico os termos da sentença de homologação de acordo
proferida em audiência, conforme ID nº. 31117774 dos autos.
Cumpra-se.
SENTENÇA
As partes celebraram acordo para por fim ao litígio, conforme minuta vinculada no Id nº. 29576572 dos
autos.
Pelo exposto, homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 57, da
Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.
Considerando que a presente sentença não é passível de recurso, conforme dicção do artigo 41 da Lei nº.
9.099/1995, determino o imediato arquivamento do feito, após intimação das partes, restando
ressalvado o direito ao desarquivamento sem recolhimento das custas processuais, desde que requerido
dentro do prazo de 06 meses desta sentença.
P.R.I.C.
SENTENÇA
Em petição vinculada no Id nº. 27759830, a parte executada ofereceu proposta de acordo nos seguintes
termos:
•Parcelamento da dívida no valor total de R$29.899,57 (vinte e nove mil, oitocentos e noventa e nove reais
737
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
e cinquenta e sete centavos), em 30 (trinta) parcelas, sendo 29 parcelas fixas mensais no valor de
R$1.000,00 (um mil reais) e a última no valor de R$899,57, a serem depositadas mensalmente todo dia 30
na conta do exequente, a partir de 30.06.2021.
A parte exequente, instada a manifestar-se na lide acerca da proposta de acordo retro mencionada, anuiu
com os termos, todavia, deixou de informar os dados de sua conta bancária para fins de realização da
operação, conforme petição vinculada no Id nº. 29708816 do feito.
Assim, considerando que as partes transigiram para por fim ao litígio, consoante manifestações retro
mencionadas, homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 57 da
Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.
À Secretaria do Juízo para providenciar a intimação das partes acerca da aludida homologação,
advertindo a parte executada que o não cumprimento da avença ensejará multa de 10% (dez por
cento) sobre o valor do débito e o vencimento antecipado das demais parcelas.
De outro lado, considerando que o exequente não apresentou na lide seus dados bancários,
determino à Secretaria que providencie a intimação da referida parte para que informe nos autos,
no prazo máximo de 05 dias úteis, os dados necessários para fins de efetivação da avença.
Desta forma, considerando que somente nesta oportunidade foi homologado pelo Juízo o acordo
entabulado entre as partes, determino à Secretaria que providencie a intimação das partes dando-lhes
ciência de que o pagamento das prestações terá início em 30.09.2021, ficando facultado o depósito
em período anterior ao retro ordenado, devendo este Juízo ser comunicado de tal operação, tendo
em vista o Princípio da Cooperação.
Por fim, considerando que a presente sentença não é passível de recurso, conforme dicção do artigo 41
da Lei nº. 9.099/1995, determino o imediato arquivamento do feito, após intimação das partes e o
devido cumprimento das diligências retro ordenadas por este Juízo, restando ressalvado o direito
ao desarquivamento sem recolhimento das custas processuais, desde que requerido dentro do prazo
de 06 meses desta sentença.
P.R.I.C.
SENTENÇA
Em suma, consta da inicial que, em razão de viagem ao exterior, no período de 28/09/2019 a 12/10/2019,
a reclamante Cecy Maia contratou junto à operadora Claro, da qual já era cliente, um pacote de serviço
denominado Passaporte Américas, bem ainda, um pacote adicional de internet e outro de roaming
internacional, que contemplava a linha da qual era titular (91)98412-8283 e a linha de seu marido, o
reclamante Paulo, de nº (91)99142-8283.
Todavia, os serviços de roaming e internet teriam ficado inoperantes por diversos momentos, o que
demandou inúmeras reclamações perante à empresa, consoante protocolos informados. Num dos
atendimentos teria havido inclusive confirmação de que o pacote de dados contratado não havia sido
utilizado, pois a internet estava indisponível durante toda a viagem.
Diante do fato, os autores alegam que houve falha na prestação do serviço que implicou em dano moral,
pois a família ficou incomunicável e passou por momentos de angustia, já que se separava para fazer
passeios e não conseguia se reencontrar.
DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE
A ré alega que como os serviços adicionais foram contratados apenas pela sra. Cecy, o autor Paulo seria
ilegítimo para estar na lide.
Contudo, como se observa das faturas juntadas ao feito, o aludido reclamante já fazia uso de linha móvel
operada pela Claro, além disso, teoricamente, também teria sofrido abalo moral em razão da alegada falha
na prestação do serviço por parte da empresa, o que a meu juízo o torna legítimo para figurar no polo ativo
desta ação.
DO MÉRITO
Dito e passando ao mérito propriamente, observo que as “telas” juntadas pelo reclamante, embora
demonstrem problemas com acesso à internet, não são suficientes para comprovar que o serviço ficou
“inoperante”, como se afirma na inicial, mormente quando a ré se desincumbiu de juntar aos autos faturas
demonstrando que tanto a linha de titularidade da reclamante quanto aquela utilizada por seu marido, cujo
número correto é (91)99142-3640, fizeram uso tanto do serviço de ligação telefônica quanto de dados
móveis no exterior (id. 19818409 - Pág. 3 e ss).
Nesse sentido, é possível inclusive observar no detalhamento da fatura que foram realizadas chamadas
internacionais entre os dias 30/09 e 12/10, período que coincide com o da viagem dos autores.
Assim, ainda que tenha havido indisponibilidade do serviço em determinados momentos, este juízo se dá
por convencido que, repita-se, não houve inoperância a ponto de deixar a família incomunicável, muito
menos de causar abalo extrapatrimonial.
A título de exemplo, é possível constatar pelas mensagens juntadas com a inicial, que um dos momentos
de “desencontro” do casal e das filhas em solo estrangeiro se deu porque o pai não atendia as ligações
destas e não porque o serviço prestado pela ré havia deixado de funcionar. Sendo assim, descabe falar
na hipótese em indenização por dano extrapatrimonial, em razão da ausência de comprovação da falha na
prestação do serviço da reclamada, sendo incabível a aplicação do art. 14, do CDC.
Resta extinto o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC/2015.
Juíza de Direito
740
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
SENTENÇA
Vistos, etc.
CINTIA DA SILVA DIAS ajuizou ação em face de OI MÓVEL S/A. afirmando que em 12/06/2020 solicitou,
via “Call Center” (protocolos de nº 202000089313246, 2020115262536 e 2020115152029.), o
cancelamento do contrato de prestação de serviço de telefonia e internet que mantinha com a ré, todavia,
recebeu duas faturas posteriores a tal pedido, uma referente ao mês 06/2020, no valor de R$44,36 e outra
ao mês 07/2020, no importe de R$140,88.
Refere que, em face das cobranças indevidas, chegou a se dirigir à sede da empresa, nesta Capital para
formular reclamação, porém, foi informada que a única forma de encerrar a relação contratual seria quitar
as faturas.
Diante dos fatos, requereu e obteve tutela de urgência para que a reclamada se abstivesse de promover a
negativação de seu nome com base nas faturas impugnadas ou caso já o tivesse feito, providenciasse a
exclusão do apontamento.
No mérito, pugna pela declaração de inexistência dos débitos e indenização por danos morais no importe
de R$25.000,00, além de inversão do ônus da prova e justiça gratuita.
A reclamada por sua vez impugna o pedido de gratuidade e quanto aos fatos afirma que a reclamante
solicitou apenas a mudança do endereço de instalação do serviço e não o cancelamento do contrato e
inclusive teria insistido na manutenção do contrato, mesmo sendo informado que no seu novo endereço
não havia fibra ótica disponível.
Diz ainda que a linha fixa habilitada em nome da autora permaneceu ativa e gerando cobranças. No mais,
destaca que a cobrança é lícita, que não há prova de que tenha promovida a negativação do nome da
reclamante e que esta possui anotação preexistente e por isso não faz jus à indenização por danos
morais.
741
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Alega a reclamada que a reclamante não teria feito prova de seus estado de hipossuficiência financeira,
motivo pelo qual o pedido de gratuidade deve ser indeferido.
Ocorre, porém, que a alegação da parte de que não possui condições financeiras de arcar com despesas
processuais sem prejuízo do próprio sustento goza de presunção relativa de veracidade, porém no caso
dos autos em que a reclamante é servidora pública, possuindo renda mensal fixa, entendo que o eventual
pagamento de custas não acarretará prejuízos ao seu sustento e de sua família, motivo pelo qual fica
indeferido o pedido.
DO MÉRITO
A presente demanda deve ser analisada à luz do CDC, tendo em vista que está delineada a relação de
consumo entre as partes, eis que reclamante e reclamada ostentam respectivamente a condição de
consumidor – destinatário final – e fornecedor de serviço, nos termos dos arts. 2º, 3º e 22 do CDC.
De outro lado, a parte reclamante, além de consumidora, é hipossuficiente no que tange à produção
probatória – uma vez que não detém os meios de prova necessários para comprovar que os protocolos
citados na inicial de fato se referem a um pedido de cancelamento do contrato –, razão pela qual é
imperioso inverter o ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do CDC.
Aponte-se que os requisitos para inversão do ônus da prova previstos no dispositivo supra –
verossimilhança das alegações formuladas e hipossuficiência do consumidor – são alternativos, bastando
a presença de um deles para deferimento da medida.
Além do mais, de acordo com a Teoria da Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova, é a parte reclamada
quem detém as melhores condições de provar que não houve solicitação de cancelamento, já que o áudio
das chamadas telefônicas realizadas pelos clientes ficam em seu poder.
Dito isso e passando ao mérito propriamente, observo que a reclamada nada mencionou sobre os
protocolos fornecidos pela reclamante, nem mesmo se dignou a esclarecer a que se referem. Do mesmo
modo, também não provou que os protocolos de atendimento citados na contestação de fato estariam
relacionados a pedido de mudança no endereço e de instalação dos serviços contratados pela autora.
Vale dizer, novamente, que o áudio das ligações telefônicas – que via de regra são gravadas pelos SACs
das empresas para “segurança” do consumidor – seria a única prova capaz de demonstrar o teor das
tratativas entre as partes e somente a requerida poderia juntá-los ao feito para esclarecer, afinal, o que de
fato foi solicitado pela reclamante.
Nesse passo, considerando que a requerida, a despeito do que dispõem os arts. 6º, VIII, do CDC e 373, II,
do CPC, não cuidou de produzir tal prova, diga-se de passagem de fácil alcance, e ainda juntou "tela" de
seu sistema demonstrando que o plano da reclamante encontra-se cancelado desde 13/06/2020
(id. 21400930 - Pág. 2), data posterior ao pedido citado na inicial, a única conclusão possível é que as
alegações autorais são verdadeiras.
Sendo assim, todas as faturas emitidas após a referida data são indevidas, com exceção daquela
referente ao mês 06/2020, que se refere ao período de 23/05/2020 e 23/06/2020 e, portanto, deve ser
adimplida em parte.
Em relação à anotação negativa do nome da reclamante, apesar de a reclamada negar sua existência, o
documento de id. 20927499 – Pág, aliado à prova produzida pela própria empresa sob o id. 21400930 -
Pág. 23 (que inclusive indica a data de inclusão e de exclusão do registro negativo), são suficientes para
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
comprovar não só a negativação em si, mas sua origem ilícita, já que se baseiam em débito vencido após
o pedido de cancelamento.
Por outro lado, havendo prova nos autos de que a reclamante possui anotação preexistente e não
havendo de sua parte sequer a alegação de que se trata de apontamento ilegítimo, não há que se falar em
dano moral, a teor da Súmula 385 do STJ. Senão vejamos:
Súmula 385 - Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano
moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento. (Negrito)
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados na inicial tão somente
para:
a) declarar inexistente o débito constante na fatura emitida pela ré em nome da autora CINTIA DA SILVA
DIAS, referente ao mês 06/2020, no que diz respeito ao período compreendido entre 13/06/2020 e
23/06/2020, bem ainda, totalmente inexistente o débito lançado na fatura relativa ao mês 07/2020, no valor
de R$140,88 assim como qualquer relativo ao contrato nº 401958125571 que diga respeito a serviço
faturado após 12/06/2020.
Resta extinto o processo com resolução do mérito (CPC, art. 487, I).
Sem condenação em custas ou honorários advocatícios, nos termos do art. 54, “caput” e 55 da Lei
9099/95.
Juíza de Direito
743
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
SENTENÇA
Vistos etc.
CLEIDIANE MELO DOS SANTOS, titular da CC nº 105820402, move ação em face de EQUATORIAL
PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A., na qual requer:
a) declaração de inexistência de débitos constantes nas faturas de consumo não registrado emitidas pela
ré nos valores de R$2.494,17, com vencimento para 28/08/2017, R$344,46, com vencimento para
03/02/2018 e R$507,83, com vencimento para 15/03/2018.
c) Confirmação dos efeitos da tutela de urgência que proibiu a cobrança, inclusão em cadastro negativo e
o corte de energia baseados nas faturas impugnadas.
A empresa requerida, por sua vez, sustenta a regularidade das cobranças e inexistência de dano moral,
ademais, formula pedido contraposto.
DO MÉRITO
Versam os autos sobre evidente relação de consumo, uma vez que a parte reclamante é pessoa física que
utiliza o serviço prestado pela parte reclamada como destinatária final, caracterizando-se como
consumidora, nos termos do art. 2º do CDC, enquanto a reclamada, concessionária de serviço público, é
744
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
pessoa jurídica que desenvolve atividade de prestação de serviço público de fornecimento de energia
elétrica, afigurando-se fornecedora no âmbito do mercado consumerista, nos termos dos arts. 3º e 22, do
CDC.
De outro lado, a parte reclamante, além de consumidora, é hipossuficiente no que tange à produção
probatória – uma vez que dela não se espera a detenção do conhecimento técnico e dos meios de prova
necessários à resolução da lide no que tange à inocorrência de irregularidade de consumo e da correção
do procedimento de recuperação da energia eventualmente consumida fora da medição –, razão pela qual
é imperioso inverter o ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do CDC.
Aponte-se que os requisitos para inversão do ônus da prova previstos no dispositivo supra –
verossimilhança das alegações formuladas e hipossuficiência do consumidor – são alternativos, bastando
a presença de um deles para deferimento da medida.
Além do mais, de acordo com a Teoria da Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova, é a parte reclamada
quem detém as melhores condições de provar as irregularidades de consumo que afirma ter encontrado
em vistorias realizada na UCe que realizou corretamente o procedimento de recuperação do consumo fora
da medição, uma vez que os documentos referentes a estes fatos estão em seu poder.
b) Para fins de comprovação de consumo não registrado (CNR) de energia elétrica e para validade da
cobrança daí decorrente a concessionária de energia está obrigada a realizar prévio procedimento
administrativo, conforme os arts. 115, 129, 130 e 133, da Resolução nº. 414/2010, da ANEEL,
assegurando ao consumidor usuário o efetivo contraditório e a ampla defesa;
c) Nas demandas relativas ao consumo não registrado (CNR) de energia elétrica, a prova da efetivação e
regularidade do procedimento administrativo disciplinado na Resolução nº. 414/2010, incumbirá à
concessionária de energia elétrica.
Note-se que nos termos do art. 985, I e II, do CPC/2015, uma vez julgado o IRDR, tais teses devem ser
aplicadas a todos os processos individuais e coletivos, pendentes e futuros, que versem sobre idêntica
questão, em face de sua eficácia vinculante, sem necessidade de trânsito em julgado do acórdão, como se
depreende do caput do citado dispositivo, mesmo porque na hipótese de não serem confirmadas pelos
Tribunais Superiores, os julgados que as tenham adotado serão suscetíveis de ajuste pelos modos
previstos no art. 1.040 do CPC/2015.
Sendo assim, considerando as teses firmadas no precedente acima citado, cabe à parte reclamada a
prova:
b) da regularidade do procedimento administrativo para apuração dos valores devidos, com observância
dos arts. 115, 129, 130 e 133, da Resolução nº. 414/2010, da ANEEL, e de que foi assegurado ao
consumidor o efetivo contraditório e a ampla defesa.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Dito isso, observo que a ré logrou êxito em provar o consumo não registrado (CNR) de energia elétrica. Tal
conclusão pode ser alcançada não só pelo TOI, como também pelo registro fotográfico das inspeções e
histórico da unidade que aponta consumo reduzido no período das irregularidades em comparação com
períodos anteriores e posteriores aos desvios de energia.
Outrossim, também constato pela documentação que acompanha a contestação que a empresa seguiu o
procedimento correto na formalização do TOI, assim como deu ciência à consumidora da inspeção e das
irregularidades e lhe apontou o critério utilizado para apurar o valor devido, que se encontra devidamente
previsto na Resolução 414 ANEEL que rege o setor. Também foi oportunizado à consumidora direito de
defesa, como bem demonstra a prova juntada com a própria inicial (id. 4806281 - Pág. 6).
Nesse passo, não há que se falar em cancelamento de débito ou do termo de confissão de dívida
impugnado, eis que não há quaisquer elementos de prova indicando que tenha sido fruto de coação, como
alega a reclamante, mesmo porque o débito nele encartado de fato existe e exigível.
De igual modo, não se verifica no caso concreto qualquer ato ilícito da ré a configurar ofensa aos diretos
da personalidade da autora, pelo que o pedido indenizatório deve ser rejeitado.
DO PEDIDO CONTRAPOSTO
Contudo, compreendo que se a empresa facultou à consumidora o parcelamento não só de uma, mas das
três contas de energia aqui discutidas, conforme alega na peça de defesa, não pode exigir, sob pena de
atentar contra a boa-fé objetiva, a satisfação do débito pela via judicial de uma só vez e na sua
integralidade e isso sem ao menos alegar que as prestações dos acordos deixaram de ser adimplidas e
sem sequer abater do total aquelas já quitadas.
Resta extinto o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC/2015.
Juíza de Direito
Processo 0831153-89.2021.8.14.0301
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO serão
REMARCADAS como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS,
porém seguindo a ordem cronológica mencionada no item 2.
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
PROCESSO nº 0835369-93.2021.8.14.0301
DECISÃO
Trata-se de ação de rito sumaríssimo com pedido de tutela provisória de urgência no sentido de que a
parte reclamada seja compelida a autorizar cobertura a procedimento cirúrgico para correção de hipertrofia
mamaria – bilateral, indicada por seu médico assistente.
A parte reclamante juntou aos autos a negativa de cobertura apresentada pela parte reclamada, cuja
fundamentação é o fato de que o procedimento não estaria previsto no rol da ANS.
É o relatório. Decido.
Os requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência são descritos no artigo 300 do Código de
Processo Civil de 2015, que exige a conjugação da probabilidade do direito com a possibilidade de dano
ou risco ao resultado útil do processo; mantendo-se, para as tutelas de urgência de natureza antecipada, o
requisito negativo de que não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão (art. 300, §3º, do CPC/2015).
Neste tocante, destaque-se que a doutrina pátria é pacífica no sentido de que a vedação à concessão de
tutela provisória de urgência de natureza antecipada por conta de perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão (art. 300, §3º, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto, quando configurar verdadeira
violação à garantia constitucional do acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da CF/88).
A presente demanda será analisada à luz da Lei Federal nº. 8.078/1990, visto que a relação jurídica
existente entre as partes litigantes é claramente consumerista (súmula 496, do STJ).
Os documentos juntados aos autos – em especial os laudos médicos fornecidos pelos médicos assistentes
da parte reclamante (IDs nº 31652371 e nº 31652372) – são suficientes para convencer o juízo da
probabilidade do direito da parte autora de ver a parte reclamada compelida à cobertura do procedimento
cirúrgico objeto da demanda, uma vez que amparado em entendimento sedimentado na jurisprudência
pátria no sentido de que “Ainda que admitida a possibilidade de o contrato de plano de saúde conter
cláusulas limitativas dos direitos do consumidor (desde que escritas com destaque, permitindo imediata e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Convém lembrar que o rol estabelecido pela ANS é meramente exemplificativo, não excluindo
outros procedimentos médicos nele não elencados, desde que necessários ao tratamento da
patologia que acomete o consumidor do plano de saúde.
Neste sentido:
O perigo de dano também resta configurado, pois, é inegável que a negativa da cobertura causará prejuízo
ao tratamento da enfermidade que acomete a parte reclamante, ocasionando o agravamento de seu
estado de saúde.
Ressalte-se que, em que pese a medida seja irreversível, deve ser afastada a vedação prevista no art.
300, § 3º, do CPC/2015, uma vez que o indeferimento da tutela provisória implicará flagrante violação à
garantia de acesso à Justiça assegurada pelo art. 5º, XXXV, da CF/88, à reclamante.
Caberá a parte reclamada manejar pedido contraposto para cobrar indenização pelas perdas e danos que
possam vir a lhe ser causados com o cumprimento da decisão.
Diante da presença dos requisitos necessários, DEFIRO o pedido de tutela provisória de urgência,
determinando que a parte reclamada, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada
da presente decisão, promova todos os atos necessários à autorização de cobertura do procedimento
cirúrgico para correção de hipertrofia mamaria – bilateral indicado pelo médico assistente da parte
reclamante, sob pena de multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia até o limite de 5.000,00 (cinco mil
reais) a ser revertida em prol da parte reclamante.
Cite-se e intime-se a parte reclamada, com as advertências de praxe, para comparecer à audiência já
designada.
A Audiência Una será realizada na modalidade virtual, através da Plataforma de Comunicação Microsoft
Teams, devendo as partes observar o guia prático da plataforma de videoconferência, constante do
website do TJE/PA- http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=902890.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Manifestem-se nos autos as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação
consumada, informando os e-mails para envio do link de acesso à sala de audiência virtual.
Devem as partes e os advogados acessar a audiência no dia e horário designados, por computador,
celular (smartphone) ou tablet, sem necessidade de instalação do referido aplicativo (utilizando o
navegador Google Chrome), por meio do link que será enviado antecipadamente ou no momento da
realização do ato, para os e-mails informados pelos litigantes, ocasião em que estes poderão produzir as
provas admitidas em direito e que entenderem necessárias, inclusive testemunhais, e a parte reclamada
deverá apresentar defesa escrita ou oral, sob pena de revelia.
Partes e advogados podem estar presentes na data e hora agendadas no mesmo ponto de acesso
(computador, celular, tablet), ou, caso algum dos participantes prefira e possa participar da audiência
individualmente de outro ponto de acesso, deve informar antecipadamente no prazo acima informado, o e-
mail para envio de convite. Todos os participantes devem estar munidos de documento oficial de
identificação, com foto, para apresentação na audiência, sendo vedada em sede de Juizado Especial
representação de pessoa física (Enunciado 10 do FONAJE).
Havendo necessidade de esclarecimentos, seguem os contatos desta Vara. Telefone: (91) 3211-0412 /
WhatsApp: (91) 98463-7746 / E-mail: 9jecivelbelem@tjpa.jus.br.
O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamante ensejará a
aplicação da extinção da presente ação sem resolução do mérito, consoante art. 51, I, da Lei nº 9099/95
c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, bem como poderá ensejar a condenação
ao pagamento de custas, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos.
O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamada ensejará a
aplicação da revelia, consoante arts. 20 e 23 da Lei 9.099/95 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor, devendo eventual
impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.
Com efeito, imperioso destacar que as partes deverão comunicar a este Juízo a mudança de endereço,
ocorrida no curso do processo, sob pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao
endereço anterior, constante dos autos (artigo 19, § 2º, da Lei nº 9.099/95).
Ressalte-se ainda que, nas causas em que for atribuído valor econômico superior a vinte salários mínimos,
a assistência da parte por advogado será obrigatória (artigo 9º da Lei nº. 9.099/95).
A opção da parte autora pelo procedimento da Lei nº. 9.099/95 implica em renúncia ao crédito excedente
ao limite previsto no inciso primeiro do artigo 3º da citada lei (quarenta salários mínimos), conforme
previsão do parágrafo terceiro, do mencionado artigo.
Em se tratando de causa que versa a respeito de relação de consumo, resta deferida a inversão do ônus
da prova, nos termos do disposto no artigo 6°, VIII, do Código de Defesa do Consumidor.
Intime-se a parte reclamada para que, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada
da presente decisão, promovam seu cadastro no Sistema PJE para recebimento de citações e intimações
por meio eletrônico, nos termos do § 1º do art. 246 do CPC/2015.
O descumprimento da determinação supra será punido, na forma do art. 77, §§ 1º e 2º, do CPC/2015,
como ato atentatório à dignidade da Justiça com aplicação de multa, que fixo em 5% (cinco por cento) do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
valor da causa, a ser revertida em favor da Fazenda Pública Estadual, sem prejuízo de adoção de
medidas civis, processuais e penais cabíveis.
Caso as partes não tenham interesse em produzir provas em audiência, deverão informar nos
autos, dentro do referido prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada, sendo
que o silêncio implicará em preclusão no que concerne à produção de provas, o que autoriza o
julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, I, do CPC/2015.
Neste caso, a Audiência Una será de pronto cancelada e a parte reclamada será imediatamente intimada
a apresentar defesa nos autos no prazo improrrogável de 15 dias úteis.
Manifestando-se qualquer das partes pela necessidade de produção de provas em audiência, ficará
mantida por ora a data de Audiência Una a ser designada, devendo o manifestante, dentro do referido
prazo de 05 (cinco) dias úteis, fundamentar seu pedido, caso não pormenorizado, indicando inclusive as
provas que pretende produzir, ficando desde já os litigantes advertidos que o mero depoimento pessoal
não se presta a tal finalidade, pois apenas serve como via de reprodução dos fatos já deduzidos na inicial
e contestação, devendo após os autos ser remetidos conclusos para decisão.
De igual forma, esclareço às partes que, havendo manifestação para manutenção da audiência visando
exclusivamente o interesse na composição consensual, tal pedido resta indeferido de plano, pois tal fato
não impede que as partes, por seus patronos, cheguem a uma composição extrajudicial da lide, trazendo
eventual acordo para homologação deste Juízo.
SENTENÇA
As partes celebraram acordo para por fim ao litígio, conforme minuta vinculada no Id nº. 27997086 dos
autos.
Pelo exposto, homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 57, da
Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.
Expeça-se alvará judicial em favor da parte exequente para liberação do valor bloqueado por este Juízo
via SISBAJUD junto ao Banco Santander no valor de R$4.396,84 e seus acréscimos legais (Id nº.
24263952), conforme requerido na petição de Id nº. 27997086, comprovando-se tal operação nos autos.
Quanto ao pedido do executado para liberação imediata de valores excedentes penhorados via
SISBAJUD, verifica-se que inexistem ações alusivas às referidas constrições, tendo em vista que todas as
contas da parte executada foram desbloqueadas em 12.03.2021, conforme detalhamento da ordem judicial
de bloqueio de valores em anexo, inexistindo, portanto, qualquer pendência a ser regularizada pelo Juízo
neste ponto.
P.R.I.C.
SENTENÇA
As partes transigiram para por fim ao litígio, conforme termo de audiência anexado no Id nº. 24625029,
razão pela qual homologo por sentença o acordo celebrado entre os litigantes, nos termos do artigo 22,
parágrafo único, da Lei nº. 9.099/1995, para que surta os seus efeitos jurídicos e extingo o processo com
resolução do mérito nos termos do artigo 487, III, b, do Código de Processo Civil.
Considerando que a presente sentença não é passível de recurso, conforme dicção do artigo 41 da Lei nº.
9.099/1995, determino o imediato arquivamento do feito, após intimação das partes, restando ressalvado o
direito ao desarquivamento sem recolhimento das custas processuais, desde que requerido dentro do
prazo de 06 meses desta sentença.
752
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
P.R.I.C.
Processo 0828125-16.2021.8.14.0301
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO serão
REMARCADAS como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS,
porém seguindo a ordem cronológica mencionada no item 2.
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
Processo 0825882-02.2021.8.14.0301
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
Processo 0820262-09.2021.8.14.0301
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
Processo 0829124-66.2021.8.14.0301
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
Processo 0826022-36.2021.8.14.0301
756
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
PROCESSO NÚMERO:0826747-25.2021.8.14.0301
DESPACHO
Prefacialmente, acuso recebimento da emenda à inicial vinculada no Id nº. 28401394 dos autos, nos
moldes do artigo 321 do Código de Processo Civil.
a necessidade de readequação da pauta deste Juízo, bem como o atual cenário de pandemia.
Após, designe-se nova data para realização de audiência UNA entre os litigantes, devendo os reclamados
serem citados e intimados para comparecerem ao ato, com as advertências legais.
A ausência de um dos requeridos importará na presunção de veracidade dos fatos alegados pelo
reclamante na inicial - revelia – consoante ao artigo 20 da Lei nº. 9.099/1995.
Intime-se o reclamante para fins de comparecimento ao ato a ser designado, ciente de que o não
comparecimento acarretará a extinção do feito, nos termos do artigo 51, inciso I, da Lei dos Juizados
Especiais, com a condenação ao pagamento de custas processuais (artigo 51, § 2º, da Lei nº. 9099/1995).
Com efeito, imperioso destacar que as partes deverão comunicar a este Juízo a mudança de endereço,
ocorrida no curso do processo, sob pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao
endereço anterior, constante dos autos (artigo 19, § 2º, da Lei nº. 9.099/1995).
Ressalte-se ainda, que nas causas em que for atribuído valor econômico superior a vinte salários mínimos,
a assistência da parte por advogado será obrigatória (artigo 9º da Lei nº. 9.099/1995).
A opção da parte autora pelo procedimento da Lei nº. 9.099/1995 implica em renúncia ao crédito
excedente ao limite previsto no inciso primeiro do artigo 3º da citada lei (quarenta salários mínimos),
conforme previsão do parágrafo terceiro, do mencionado artigo.
Por fim, em se tratando de causa que versa a respeito de relação de consumo, defiro a inversão do ônus
da prova, nos termos do disposto no artigo 6°, VIII, do Código de Defesa do Consumidor.
Processo 0879095-54.2020.8.14.0301
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÃO serão REMARCADAS
como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS, porém seguindo a
ordem cronológica mencionada no item 2.
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
DESPACHO
Considerando que a parte executada se manteve inerte (Id nº. 31951993) quanto à contraproposta de
acordo apresentada pela parte exequente nos autos, determino o prosseguimento da execução, devendo
à Secretaria do Juízo providenciar, com a máxima brevidade, a atualização da dívida.
Após, retornem os autos imediatamente conclusos para providências junto ao sistema SISBAJUD.
PROCESSO nº 0846880-88.2021.8.14.0301
DECISÃO
Trata-se de ação de rito sumaríssimo na qual a parte reclamante narra ter celebrado com a parte
reclamada, em 23/03/2017, contrato de promessa de compra e venda de cota de unidade imobiliária em
regime de multipropriedade, tendo efetuado, ao longo da vigência contratual, pagamentos que totalizam
R$ 21.315,23 (vinte e um mil, trezentos e quinze reais e vinte e três centavos).
Afirma que, por motivos pessoais, desistiu do negócio, tendo solicitado a rescisão à parte reclamada e
devolução dos valores pagos, abatido o percentual de 10% (dez por cento), contudo, a ré teria
apresentado simulação de distrato na qual consta que apenas R$ 11.405,65 (onze mil, quatrocentos e
cinco reais e sessenta e cinco centavos) seria restituído, e, ainda, em 38 (trinta e oito) prestações de R$
300,14 (trezentos reais e quatorze centavos), o que considera abusivo e, por isto, não concorda.
Requer tutela provisória de urgência para que a parte reclamada seja compelida a se abster de efetuar
cobranças e levar seu nome aos cadastros de inadimplentes com base no inadimplemento das parcelas
contratuais; bem como a depositar, em juízo, o equivalente a 90% (noventa por cento) dos valores pagos.
É o relatório. Decido.
O contrato de promessa de compra e venda entabulado entre as partes possui valor de R$ 34.900,00
(trinta e quatro mil e novecentos reais), estando dentro da competência deste Juízo, conforme art. 3º, I, da
Lei nº 9.099/95.
A cláusula de eleição do foro da Comarca de Salinópolis para demandas fundadas no contrato entabulado
entre as partes, ao menos na análise sumária admitida neste momento, se mostra abusiva, pois, sob a
desculpa de escolha do foro da situação do imóvel objeto do contrato, na prática, impõe à parte
reclamante, consumidor e, portanto, mais fraco na relação, demandar no foro do domicílio do fornecedor,
ainda que o art. 101, I, do CDC lhe garanta o direito de demandar no seu próprio domicílio.
Por tal razão, de ofício (art. 1º, CDC), declaro a abusividade da aludida disposição contratual e reconheço
a competência deste Juízo para conciliar, processar e julgar a presente demanda.
Os requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência são descritos no artigo 300 do Código de
Processo Civil de 2015, que exige a conjugação da probabilidade do direito com a possibilidade de dano
ou risco ao resultado útil do processo; mantendo-se, para as tutelas de urgência de natureza antecipada, o
requisito negativo de que não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão (art. 300, §3º, do CPC/2015).
Neste tocante, destaque-se que a doutrina pátria é pacífica no sentido de que a vedação à concessão da
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tutela provisória de urgência de natureza antecipada por conta de perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão (art. 300, §3º, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto, quando configurar verdadeira
violação à garantia constitucional do acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da CF/88).
1 – Abstenção de cobranças:
Épreciso destacar que o documento de ID nº 31822120 aponta que a parte reclamante deixou de pagar as
prestações contratuais a partir da 38/66, vencida em 25/06/2020 e quitada em 03/07/2020.
Ainda assim, vislumbro a probabilidade do direito da parte reclamante à suspensão das cobranças
referentes ao contrato objeto da demanda, pois, tendo havido a solicitação do distrato e sendo o pedido
julgado procedente, a parte reclamada poderá requerer a compensação de eventuais débitos com o valor
a ser restituído à parte reclamante.
Ressalte-se que a tutela de urgência concedida não se mostra irreversível, pois, caso a parte reclamada
logre êxito em demonstrar a existência de débitos e ser lícito o percentual de retenção, nada obstará que
torne a cobrar os débitos e inscrever o nome da parte autora em cadastros de devedores.
Também vislumbro a probabilidade do direito da parte reclamante ao depósito judicial de 90% (noventa
por cento) dos valores pagos ao longo da vigência contratual, uma vez que encontra lastro no
entendimento do C. STJ no sentido de que, mesmo que configurado inadimplemento por parte do
promitente comprador, o percentual de retenção deve ficar entre 10% (dez por cento) e 25% (vinte e cinco)
por cento, conforme as circunstâncias do caso concreto.
Neste sentido:
1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 2015
(Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ).
4. A necessidade do reexame da matéria fática impede a admissão do recurso especial tanto pela alínea
"a" quanto pela alínea "c" do permissivo constitucional.
5. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp 1778992/GO, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS
CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 22/06/2021, DJe 30/06/2021)
Quanto à devolução em forma única, a probabilidade do direito encontra lastro na Súmula nº 543, do C.
STJ:
Súmula nº 543/STJ: “Na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e venda de imóvel
submetido ao CDC, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador -
integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha
sido o comprador quem deu causa ao desfazimento.”
Presente o risco ao resultado útil do processo, uma vez que, como é de conhecimento comum, não são
poucas as construtoras e incorporadoras que acabam entrando em recuperação judicial ou, mesmo, em
estado falimentar, sem efetuar a devolução dos valores devidos aos consumidores.
A medida é plenamente reversível, pois, caso a parte reclamada se sagre vencedora na demanda, poderá
efetuar o levantamento do valor depositado.
Diante da presença dos requisitos necessários, DEFIRO o pedido de tutela provisória de urgência
DETERMINANDO que a parte reclamada:
a) promova, no prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis contados da intimação consumada da presente
decisão, o depósito judicial da quantia de R$ 19.183,70 (dezenove mil, cento e oitenta e três reais e
setenta centavos), equivalente a 90% (noventa por cento) dos valores pagos pela parte reclamante,
devendo, para tanto, a Secretaria do Juízo expedir guia de depósito judicial, que seguirá anexa ao
mandado de citação e intimação da presente decisão, sob pena de bloqueio via sistema SISBAJUD a
ser adotado em cumprimento provisório de decisão que a parte reclamante deverá manejar em autos
apartados;
b) se abstenha de efetuar cobranças e lançar o nome da parte reclamante nos registros de todos os
órgãos de proteção ao crédito, mormente SPC e SERASA, por conta das parcelas vencidas e/ou
vincendas do contrato entabulado entre as partes, ou caso já o tenha inscrito, proceda à exclusão, no
prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis, contados da intimação da presente decisão.
a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por cada cobrança efetuada em descumprimento à presente decisão até o
limite de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), sem prejuízo da devolução de valores eventualmente
pagos por conta de tais cobranças;
b) R$ 8.000,00 (oito mil reais), de forma única, em caso inscrição ou não exclusão do nome da parte
reclamante nos cadastros de inadimplentes.
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Cite-se e intime-se a parte reclamada, com as advertências de praxe, para comparecer à audiência já
designada.
A Audiência Una será realizada na modalidade virtual, através da Plataforma de Comunicação Microsoft
Teams, devendo as partes observar o guia prático da plataforma de videoconferência, constante do
website do TJE/PA- http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=902890.
Manifestem-se nos autos as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação
consumada, informando os e-mails para envio do link de acesso à sala de audiência virtual.
Devem as partes e os advogados acessar a audiência no dia e horário designados, por computador,
celular (smartphone) ou tablet, sem necessidade de instalação do referido aplicativo (utilizando o
navegador Google Chrome), por meio do link que será enviado antecipadamente ou no momento da
realização do ato, para os e-mails informados pelos litigantes, ocasião em que estes poderão produzir as
provas admitidas em direito e que entenderem necessárias, inclusive testemunhais, e a parte reclamada
deverá apresentar defesa escrita ou oral, sob pena de revelia.
Partes e advogados podem estar presentes na data e hora agendadas no mesmo ponto de acesso
(computador, celular, tablet), ou, caso algum dos participantes prefira e possa participar da audiência
individualmente de outro ponto de acesso, deve informar antecipadamente no prazo acima informado, o e-
mail para envio de convite. Todos os participantes devem estar munidos de documento oficial de
identificação, com foto, para apresentação na audiência, sendo vedada em sede de Juizado Especial
representação de pessoa física (Enunciado 10 do FONAJE).
Havendo necessidade de esclarecimentos, seguem os contatos desta Vara. Telefone: (91) 3211-0412 /
WhatsApp: (91) 98463-7746 / E-mail: 9jecivelbelem@tjpa.jus.br.
O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamante ensejará a
aplicação da extinção da presente ação sem resolução do mérito, consoante art. 51, I, da Lei nº 9099/95
c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, bem como poderá ensejar a condenação
ao pagamento de custas, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos.
O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamada ensejará a
aplicação da revelia, consoante arts. 20 e 23 da Lei 9.099/95 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor, devendo eventual
impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.
Com efeito, imperioso destacar que as partes deverão comunicar a este Juízo a mudança de endereço,
ocorrida no curso do processo, sob pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao
endereço anterior, constante dos autos (artigo 19, § 2º, da Lei nº 9.099/95).
Ressalte-se ainda que, nas causas em que for atribuído valor econômico superior a vinte salários mínimos,
a assistência da parte por advogado será obrigatória (artigo 9º da Lei nº. 9.099/95).
A opção da parte autora pelo procedimento da Lei nº. 9.099/95 implica em renúncia ao crédito excedente
ao limite previsto no inciso primeiro do artigo 3º da citada lei (quarenta salários mínimos), conforme
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Em se tratando de causa que versa a respeito de relação de consumo, resta deferida a inversão do ônus
da prova, nos termos do disposto no artigo 6°, VIII, do Código de Defesa do Consumidor.
Intime-se a parte reclamada para que, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada
da presente decisão, promovam seu cadastro no Sistema PJE para recebimento de citações e intimações
por meio eletrônico, nos termos do § 1º do art. 246 do CPC/2015.
O descumprimento da determinação supra será punido, na forma do art. 77, §§ 1º e 2º, do CPC/2015,
como ato atentatório à dignidade da Justiça com aplicação de multa, que fixo em 5% (cinco por cento) do
valor da causa, a ser revertida em favor da Fazenda Pública Estadual, sem prejuízo de adoção de
medidas civis, processuais e penais cabíveis.
Caso as partes não tenham interesse em produzir provas em audiência, deverão informar nos
autos, dentro do referido prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada, sendo
que o silêncio implicará em preclusão no que concerne à produção de provas, o que autoriza o
julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, I, do CPC/2015.
Neste caso, a Audiência Una será de pronto cancelada e a parte reclamada será imediatamente intimada
a apresentar defesa nos autos no prazo improrrogável de 15 dias úteis.
Manifestando-se qualquer das partes pela necessidade de produção de provas em audiência, ficará
mantida por ora a data de Audiência Una a ser designada, devendo o manifestante, dentro do referido
prazo de 05 (cinco) dias úteis, fundamentar seu pedido, caso não pormenorizado, indicando inclusive as
provas que pretende produzir, ficando desde já os litigantes advertidos que o mero depoimento pessoal
não se presta a tal finalidade, pois apenas serve como via de reprodução dos fatos já deduzidos na inicial
e contestação, devendo após os autos ser remetidos conclusos para decisão.
De igual forma, esclareço às partes que, havendo manifestação para manutenção da audiência visando
exclusivamente o interesse na composição consensual, tal pedido resta indeferido de plano, pois tal fato
não impede que as partes, por seus patronos, cheguem a uma composição extrajudicial da lide, trazendo
eventual acordo para homologação deste Juízo.
CAMPOS PINA Participação: ADVOGADO Nome: JORGE VICTOR CAMPOS PINA OAB: 18198/PA
Participação: REQUERIDO Nome: CREDIGY SOLUCOES FINANCEIRAS LTDA. Participação:
REQUERIDO Nome: QUERO QUITAR LTDA - ME
PROCESSO nº 0846962-22.2021.8.14.0301
DESPACHO
Intime-se a parte reclamante para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis contados da intimação
consumada do presente despacho, sob pena de extinção do processo, sem resolução do mérito, emende
a petição inicial juntando aos autos:
b) caso não possua, a parte reclamante poderá apresentar comprovante de residência ATUALIZADO EM
NOME TERCEIRO, acompanhado de DECLARAÇÃO firmada por este, atestando, sob as penas da lei,
que as partes autoras residem no endereço indicado;
Após, com ou sem manifestação, retornem os autos conclusos para análise do pedido de tutela provisória
de urgência.
Intime-se. Cumpra-se.
Processo 0806623-21.2021.8.14.0301
LTDA
ATO ORDINATÓRIO
Com base no art. 1º, §2º, III do Provimento nº 006/2006 da CJRMB, em virtude do despacho de ID nº
xxxxxx, tendo em vista os termos da Portaria Conjunta nº 12/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-TJPA, fica
designada Audiência Una (Conciliação, Instrução e Julgamento) Virtual para o dia 05/10/2021 12:00
, a ser realizada pela 9ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém/PA, através da Plataforma de
Comunicação Microsoft Teams, devendo as partes observar o guia prático da plataforma de
v i d e o c o n f e r ê n c i a , c o n s t a n t e n o s i t e d o T J E / P A -
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=902890
Desta forma, o ato será realizado mediante utilização de recurso tecnológico de transmissão de som e
imagem, por videoconferência e em tempo real, devendo as partes e os advogados acessar a audiência
no dia e horário designados, por computador, celular (smartphome) ou tablet, sem necessidade de
instalação do referido aplicativo (utilizando o navegador Google Chrome), por meio do link acima, onde as
partes poderão produzir as provas admitidas em direito e que entenderem necessárias, inclusive
testemunhais, e a parte reclamada deverá apresentar defesa escrita ou oral, sob pena de revelia.
Partes e advogados podem estar presentes na data e hora agendadas no mesmo ponto de acesso
(computador, celular, tablet), ou, caso algum dos participantes prefira e possa participar da audiência
individualmente de outro ponto de acesso, deve informar antecipadamente o e-mail para envio de convite.
Todos os participantes devem estar munidos de documento oficial de identificação, com foto, para
apresentação na audiência, sendo vedada em sede de Juizado Especial representação de pessoa física
(Enunciado 10 do FONAJE).
Partes e advogados não devem comparecer presencialmente a este Juizado, pois a referida
audiência será realizada exclusivamente em ambiente virtual.
Havendo necessidade de esclarecimentos, seguem os contatos desta Vara. Telefone: (91) 3211-0412 /
WhatsApp: (91) 98463-7746 (somente mensagens) / E-mail: 9jecivelbelem@tjpa.jus.br
ADVERTÊNCIAS:
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01. Sendo a parte reclamada PESSOA JURÍDICA, deverá juntar aos autos, até a abertura da audiência,
seus atos constitutivos e, caso seja representada por terceiro não constante nos atos constitutivos, carta
de preposição, sob pena de revelia.
02. A microempresa e a empresa de pequeno porte, quando reclamantes, devem ser representadas,
inclusive em audiência, pelo empresário individual ou pelo sócio dirigente, conforme Enunciado 141 do
FONAJE.
03. Sendo a parte reclamada CONDOMÍNIO, deverá ser representada na audiência pelo síndico ou
preposto com poderes de representação em juízo (art. 1.038 do Código Civil c/c Enunciado 111 do
FONAJE), bem como deverá ser apresentada a ata da assembleia que o elegeu síndico e, se for o caso, a
ata da assembléia ou convenção que autorizou a transferência dos poderes de representação.
04. O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamante ensejará
a aplicação da extinção da presente ação sem resolução do mérito, consoante art. 51, I, da Lei nº 9099/95
c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, bem como poderá ensejar a condenação
ao pagamento de custas, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos.
05. O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamada ensejará
a aplicação da revelia, consoante arts. 20 e 23 da Lei 9.099/95 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor, devendo eventual
impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.
06. Infrutífera a conciliação e declarando as partes que NÃO HÁ MAIS PROVAS A SEREM PRODUZIDAS
(juntada de documentos e oitiva de testemunhas), os autos seguirão para prolação de SENTENÇA.
07. Ocorrendo AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO, nela poderá ser oferecida defesa escrita
ou oral e produzidas as provas admitidas em direito e que entenderem necessárias, inclusive
testemunhais. A defesa escrita deverá ser inserida no sistema antes da audiência. A defesa oral deve ser
apresentada quando iniciada a audiência. Serão admitidas, no máximo, três testemunhas, que poderão ser
apresentadas no dia da audiência ou intimadas mediante requerimento a este Juízo formalizado, no
mínimo, 05 (cinco) dias antes da audiência de instrução e julgamento.
08. Sendo o valor da causa superior a 20 (vinte) salários mínimos, as partes devem comparecer
acompanhadas de advogado (art. 9º, Lei 9.099/95) e, neste caso, a ausência de contestação, escrita ou
oral, ainda que presente o reclamado, implicará em revelia. (Enunciado nº 11/FONAJE).
09. Tratando a ação de relação de consumo, a INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA restou promovida
desde o despacho inicial, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor.
10. As partes deverão comunicar ao Juízo a mudança de endereço, ocorrida no curso do processo, sob
pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao endereço anterior, constante dos
autos (art. 19, § 2º, da lei 9099/95).
DECISÃO
Prefacialmente, em petição de Id nº. 31788344, a Defensoria Pública do Estado do Pará requer a retirada
da representação nos presentes autos, alegando em resumo, que a Instrução Normativa nº. 02/2017
autoriza a recusa de atuação junto aos Juizados Especiais Cíveis, nas causas de valor até 20 (vinte)
salários mínimos, bem como que a Resolução nº. 180/2016 do Conselho Superior da Defensoria Pública,
que trata de critérios para atendimento extrajudicial e judicial de assistidos, informa sobre a necessidade
de avaliação do perfil do assistido.
No caso presente, verifico que não merece guarida a pretensão retro destacada, primeiramente porque
contradita o disposto no art. 5º, XXXII da CF, que ao tratar dos direitos e garantias fundamentais, assegura
que compete ao Estado promover a defesa do consumidor na forma da lei, o que por si só rechaça a
recusa da Defensoria Pública de prestar assistência jurídica integral e gratuita à população que não tenha
condições financeiras de pagar as despesas destes serviços, como é o caso da reclamante.
Afora isso, o fato da reclamante ter obtido acesso à justiça via jus postulandi não possui o condão de
afastar a assistência jurídica pleiteada por si nesta demanda, uma vez que tal pretensão é direito e
garantia fundamental de cidadania, inserido no art. 5° da Constituição da República, inciso LXXIV, e a
Constituição impõe à União, aos Estados e ao Distrito Federal o dever inafastável da sua prestação,
diretamente pelo Poder Público e através da Defensoria Pública, situação que inarredavelmente se
sobrepõe a qualquer ato administrativo de cunho normativo editado por qualquer órgão estatal.
Por conseguinte, destaco ainda que a necessidade de avaliação do perfil do assistido não guarda qualquer
relação com o valor atribuído à causa, inclusive nos processos submetidos à sistemática da Lei nº.
9.099/1995, já que por corolário lógico e exaustivamente repisado nesta decisão, tal fato se mostra
irrelevante diante do direito e garantia fundamental de todo e qualquer indivíduo, enquadrado como
hipossuficiente, de obter assistência judicial gratuita, sendo obrigação legal da Defensoria Pública atuar na
defesa dos interesses (individuais e coletivos) dos assistidos, de forma integral e sem expensas, e em
todas as esferas, judicial e extrajudicial.
Desta forma, indefiro o pedido manejado no Id nº. 31788344, devendo à Defensoria Pública promover a
assistência judicial necessária a parte reclamante nos presentes autos.
Considerando que a Defensoria Pública está devidamente cadastrada no sistema PJE e ciente da
determinação deste Juízo para patrocinar a parte autora no feito (em razão desta claramente não ter
condições de atuar em Juízo desassistida de advogado), conforme petição anexada no Id nº. 31788344,
determino o acautelamento dos autos em Secretaria para aguardar a realização da audiência designada
para o dia 31.08.2021, para a qual todos os litigantes já se encontram regularmente intimados.
Outrossim, deverá à Defensoria Pública providenciar os meios necessários para realização do ato por
videoconferência, podendo ajustar com a reclamante os procedimentos para tal fim, já que consta na
exordial o contato telefônico da referida parte.
Por fim, visando elidir qualquer impasse que acarrete óbice na realização da audiência já designada na
lide, tendo em vista os princípios que regem os Juizados Especiais Cíveis, particularmente, celeridade e
economia processual (artigo 2º da Lei nº. 9.099/1995), autorizo, de forma excepcional e havendo
necessidade, que à Secretaria do Juízo, no dia e horário designado para realização da audiência,
providencie em favor da reclamante os meios necessários para concretização do ato na modalidade
virtual, adotando ainda, todas as ações necessárias para prevenção de contágio pelo Coronavírus.
Intimem-se. Cumpra-se.
Processo 0831027-39.2021.8.14.0301
CERTIDÃO
(1) Em virtude das regras sanitárias decorrentes das Portarias que regem as atividades durante a
pandemia desde 2020, a grande maioria das audiências do primeiro semestre de 2021 foram canceladas,
algumas mais de uma vez, estando pendentes de redesignação;
(2) A fim de readequar a pauta de audiências, conforme determinado pela Juíza Titular desta Vara, por
questão de organização, todas as audiências de 2021 ainda não realizadas serão REMARCADAS
segundo a ORDEM CRONOLÓGICA das audiências não realizadas (canceladas ou a serem
redesignadas);
(3) Para evitar que as partes tenham que comparecer mais de uma vez em audiência, até que todo o
contexto sanitário se normalize integralmente, as AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO serão
REMARCADAS como audiências UNAS a as audiências UNAS serão REMARCADAS como UNAS,
porém seguindo a ordem cronológica mencionada no item 2.
(4) A audiência designada nos presentes autos será REMARCADA COMO UNA e, possivelmente,
VIRTUAL, e as partes, posteriormente, serão intimadas em tempo hábil para preparação para o ato.
(6) Partes com advogados serão intimadas imediatamente da presente certidão pelo PJE e as partes sem
advogados serão intimadas somente quando da redesignação, já com data e horário novos.
SENTENÇA
Vistos, etc.
Isto porque o autor, a Sociedade de Advogados, não se enquadra nas possibilidades restritas previstas no
art. 8º, §1º, da Lei Federal nº. 9.099/1995, dentre as pessoas físicas ou jurídicas admitidas a litigar no polo
ativo das demandas em trâmite dentro da Jurisdição dos Juizados Especiais Cíveis.
Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas
jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.
III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos
termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999;
§ 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de
conciliação.
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE DANOS MATERIAIS C/C DANOS MORAIS. RESIDUAL. SENTENÇA
DE IMPROCEDÊNCIA. RECURSO DO RECLAMANTE. SOCIEDADE SIMPLES DE ADVOGADOS.
ILEGITIMIDADE ATIVA VERIFICADA. PESSOA JURÍDICA QUE NÃO POSSUI PERMISSÃO LEGAL
PARA LITIGAR NOS JUIZADOS ESPECIAIS. AUSÊNCIA DE PERMISSÃO PELO ART. 8º DA LEI Nº
9.099/95. IMPOSSIBILIDADE DE EQUIPARAÇÃO AO CONCEITO DE MICROEMPRESA OU EMPRESA
DE PEQUENO PORTE. SENTENÇA CASSADA. RECURSO PREJUDICADO. (TJPR - 5ª Turma Recursal
dos Juizados Especiais - 0010353-63.2019.8.16.0018 - Maringá - Rel.: JUÍZA DE DIREITO SUBSTITUTO
JÚLIA BARRETO CAMPELO - J. 12.07.2021)
Ante o exposto, com fulcro nos arts. art. 8º, caput, §1º, e 51, inciso IV, da Lei Federal nº. 9.099/1995,
declaro a incompetência dos Juizados Especiais Cíveis para o processamento da presente demanda, que
deverá ser distribuída junto à Justiça comum e EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO
.
Sem custas.
Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 do GP/VP. Cumpra-se.
(Portaria nº 2619/2021-GP)
DECISÃO/MANDADO
Intime-se a parte reclamada para, no prazo de 10 (dez) dias, se manifestar acerca da petição da parte
772
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 do GP/VP. Cumpra-se.
(Portaria nº 2619/2021-GP)
DESPACHO/MANDADO
Determino que a parte autora emende a exordial, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
indeferimento da inicial, nos termos do art. 321, parágrafo único, do Código de Processo Civil, juntando
aos autos comprovante de residência legível e recente.
Servirá a presente decisão como mandado, nos termos dos Provimentos nº 03/2009-CJRMB e nº 11/2009-
CJRMB.
Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.
(Portaria nº 2619/2021-GP)
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PARTE RECLAMANTE: WHANDERLENE ALVES DOS PASSOS SILVA - CPF: 237.246.092-72 RG nº: ,
órgão expedidor: e data de expedição: e Data de nascimento:
Aos 13 dias do mês agosto de 2021, nesta cidade de Belém, Estado do Pará, na Sala de Audiência da
10º vara do Juizado Especial Cível de Belém para a realização da presente audiência Una de
Conciliação/Instrução, agendada para as 09h00min, nos autos da ação e entre as partes
supramencionadas, de acordo com as formalidades legais, foi aberta a AUDIÊNCIA na presença, por meio
de videoconferência, da MMa. Juíza ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO, e presencialmente, do
acadêmico de Direito e estagiário do juízo Miguel Penalber de Abreu.
Iniciada a AUDIÊNCIA UNA presencial, às 09h06min, ingressaram na sala, estando de forma presencial
a parte Reclamada, representada por sua Preposta, assistido pela advogada da empresa. Ausentes a
parte autora e o seu advogado. Feito o segundo pregão as 09h16min, a parte autor e nem o seu advogado
novamente não compareceram.
Diante da ausência da parte demandante, ficou prejudicada a fase de conciliação deste ato.
Neste momento, a parte reclamada requer o arquivamento do processo diante da ausência injustificável do
reclamante.
SENTENÇA: Relatório dispensado, nos termos do artigo 38, caput, da Lei 9.099/95. Analisando os autos,
verifica-se que a parte reclamante foi devidamente intimada e estava ciente do dia e horário da realização
da audiência (ID 23192042), contudo não se fez presente à realização desta sessão. A Lei Federal nº.
9.099/1995 é clara ao dizer em seu art. 51, inciso I, que o processo será extinto sem resolução do mérito
quando o autor deixar de comparecer a qualquer audiência do processo. Ante o exposto, com fundamento
no art. 51, inciso I, da Lei Federal nº. 9.099/95, EXTINGO O PROCESSO SEM JULGAMENTO DO
MÉRITO. Transitada em julgado a presente decisão, fica revogada os efeitos da tutela de urgência
exarado no ID.24350875. arquivem-se os autos. Sem o pagamento de custas, haja vista ter declarado ser
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necessitado na forma da lei e requerido os benefícios da justiça gratuita. Publicado em audiência, estando
cientes desde já os presentes. P.R.I. Cumpra-se..
E para constar foi lavrado o presente termo assinado digitalmente pelo Juízo e incluído no PJE, sem
impressão e assinaturas físicas, servindo o mesmo como declaração de comparecimento perante este
juízo dos que abaixo seguem identificados para todos os fins de direito, em especial para comprovação de
justificativa de atraso ou falta ao trabalho, Tudo registrado conforme mídia a ser juntada aos autos
posteriormente. Eu, Miguel Penalber, o digitei. Termo encerrado às 09:35 horas
PRESENTES:
PARTE RECLAMANTE: AUSENTE
SENTENÇA
Analisando os autos, verifica-se que a parte autora requereu a desistência do pedido, e a extinção do
processo sem resolução do mérito.
ENUNCIADO 90 – A desistência do autor, mesmo sem a anuência do réu já citado, implicará na extinção
do processo sem julgamento do mérito, ainda que tal ato se dê em audiência de instrução e julgamento,
salvo quando houver indícios de litigância de má-fé ou lide temerária.
O Código de Processo Civil é utilizado subsidiariamente à Lei Federal nº. 9.099/1995 na jurisdição dos
Juizados Especiais, e estabelece em seu art. 485, inciso VIII, que o juiz não resolverá o mérito quando
homologar a desistência da ação, sendo que a desistência está prevista no art. 200, caput, e parágrafo
único, do mesmo diploma legal.
RESOLUÇÃO DO MÉRITO, com base no art. 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil.
Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.
SENTENÇA
Analisando os autos, verifica-se que a parte autora requereu a desistência do pedido, e a extinção do
processo sem resolução do mérito.
ENUNCIADO 90 – A desistência do autor, mesmo sem a anuência do réu já citado, implicará na extinção
do processo sem julgamento do mérito, ainda que tal ato se dê em audiência de instrução e julgamento,
salvo quando houver indícios de litigância de má-fé ou lide temerária.
O Código de Processo Civil é utilizado subsidiariamente à Lei Federal nº. 9.099/1995 na jurisdição dos
Juizados Especiais, e estabelece em seu art. 485, inciso VIII, que o juiz não resolverá o mérito quando
homologar a desistência da ação, sendo que a desistência está prevista no art. 200, caput, e parágrafo
único, do mesmo diploma legal.
Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.
SENTENÇA
Analisando os autos virtuais, verifico que a parte demandante peticionou no ID29667405, informando ao
Juízo que concorda com a proposta de acordo apresentada pela promovida no termo de audiência
postado no ID29142378.
As partes são civilmente capazes, representadas por procuradores com poderes para transigir, e o objeto
da ação é direito patrimonial de caráter privado para o qual a Lei Civil admite a transação, pelo que o
pedido de homologação encontra amparo legal para ser deferido.
Ante o exposto, HOMOLOGO O ACORDO entabulado entre as partes para que surta seus efeitos
jurídicos sem incidência de custas, despesas processuais, e honorários advocatícios de sucumbência
(LJE, arts. 54, caput, e 55, caput). Com fulcro no art. 487, inciso III, alínea b, do Código de Processo Civil,
DECLARO EXTINTO O PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
Decorrido o prazo para cumprimento das obrigações avençadas, presumir-se-á terem sido integralmente
adimplidas, ficando autorizado o arquivamento dos autos.
Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.
(Portaria nº 2619/2021-GP)
E
777
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
SENTENÇA/MANDADO
Vistos, etc.
Analisando os autos virtuais, juntou aos autos um acordo resolutivo do objeto da demanda (ID 30415576),
firmada com o demandado, devidamente assinado por ambas as partes e seus advogados habilitados.
As partes são civilmente capazes e o objeto da ação é direito patrimonial de caráter privado para o qual a
Lei Civil admite a transação, razão pela qual o pedido de homologação encontra amparo legal para ser
deferido.
Ante o exposto, HOMOLOGO O ACORDO entabulado entre as partes para que surta seus efeitos
jurídicos sem incidência de custas, despesas processuais, e honorários advocatícios de sucumbência
(LJE, arts. 54, caput, e 55, caput). Com fulcro no art. 487, inciso III, alínea b, do Código de Processo Civil,
DECLARO EXTINTO O PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
Decorrido o prazo para cumprimento das obrigações avençadas, presumir-se-á terem sido integralmente
adimplidas, ficando desde logo autorizado o arquivamento dos autos.
Servirá a presente decisão como mandado, nos termos dos Provimentos nº 03/2009-CJRMB e nº 11/2009-
CJRMB.
Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.
(Portaria nº 2619/2021-GP)
SENTENÇA/MANDADO
Vistos, etc.
Analisando os autos virtuais, verifico que o autor CONDOMÍNIO VITTA OFFICE e a requerida IMPERIAL
INCORPORADORA LTDA, juntaram aos autos um acordo que resolve parcialmente do objeto da demanda
(ID 31304708), devidamente assinado por ambos.
A homologação da presente avença, a priori, poderia ensejar situação problemática ao processo, já que,
se o processo for extinto, com resolução do mérito, relação a apenas uma das rés, com o pagamento da
competência de 01/2019, prosseguiria o processo em relação à corré CONSTRUTORA LEAL MOREIRA,
abrangendo as demais parcelas, ainda que, na análise do mérito, eventualmente se concluísse pela
responsabilidade de ambas pela dívida total.
Contudo, verifico que ambas as rés contam com o mesmo procurador habilitado, o que, no entendimento
deste Juízo, torna prescindível a intimação da corré CONSTRUTORA LEAL MOREIRA para se manifestar
sobre os termos do acordo firmado entre o autor e a ré IMPERIAL INCORPORADORA LTDA.
As partes são civilmente capazes e o objeto da ação é direito patrimonial de caráter privado para o qual a
Lei Civil admite a transação, razão pela qual o pedido de homologação encontra amparo legal para ser
deferido.
Ante o exposto, HOMOLOGO O ACORDO entabulado entre as partes para que surta seus efeitos
jurídicos sem incidência de custas, despesas processuais, e honorários advocatícios de sucumbência
(LJE, arts. 54, caput, e 55, caput). Com fulcro no art. 487, inciso III, alínea b, do Código de Processo Civil,
DECLARO EXTINTO O PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, APENAS EM RELAÇÃO À RÉ
IMPERIAL INCORPORADORA LTDA.
Deve prosseguir o processo em relação ao segundo réu, CONSTRUTORA LEAL MOREIRA, relativamente
aos débitos remanescentes apontados na planilha de ID 29934926.
Mantenho a realização da audiência designada no feito, já que restam débitos pendentes de análise.
Servirá a presente decisão como mandado, nos termos dos Provimentos nº 03/2009-CJRMB e nº 11/2009-
CJRMB.
Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.
(Portaria nº 2619/2021-GP)
779
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Aos 16 dias do mês agosto de 2021, nesta cidade de Belém, Estado do Pará, na Sala de Audiência da
10º vara do Juizado Especial Cível de Belém para a realização da presente audiência Una de
Conciliação/Instrução, agendada para as 11h00min, nos autos da ação e entre as partes
supramencionadas, de acordo com as formalidades legais, foi aberta a AUDIÊNCIA UNA na presença, por
meio de videoconferência, da MMa. Juíza ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO, e presencialmente,
do acadêmico de Direito e estagiário do juízo Miguel Penalber de Abreu.
Iniciada a AUDIÊNCIA UNA presencial, às 11h00min, não compareceram a parte reclamante e nem a
sua advogada, bem como não compareceu a parte reclamada.
Compulsando os autos do processo, verifica-se no termo de audiência juntado no ID 21180166 que a parte
reclamante fora devidamente intimada, e estava ciente da data e hora para comparecer a esta audiência,
sendo que não se fez presente e nem apresentou, até o momento, qualquer justificativa escusável.
Diante da ausência da parte demandante, ficou prejudicada a fase de conciliação deste ato.
SENTENÇA: Relatório dispensado, nos termos do artigo 38, caput, da Lei 9.099/95. Analisando os autos,
verifica-se que a parte reclamante foi devidamente intimada e estava ciente do dia e horário da realização
da audiência (ID 21180166 ), contudo não se fez presente à realização desta sessão. A Lei Federal nº.
9.099/1995 é clara ao dizer em seu art. 51, inciso I, que o processo será extinto sem resolução do mérito
quando o autor deixar de comparecer a qualquer audiência do processo. Ante o exposto, com fundamento
no art. 51, inciso I, da Lei Federal nº. 9.099/95, EXTINGO O PROCESSO SEM JULGAMENTO DO
MÉRITO. Transitada em julgado a presente decisão, fica revogada os efeitos da tutela de urgência
exarado no ID.12461172. Arquivem-se os autos. Sem o pagamento de custas, haja vista ter declarado ser
necessitado na forma da lei e requerido os benefícios da justiça gratuita. Publicado em audiência, estando
cientes desde já os presentes. P.R.I. Cumpra-se..
E para constar foi lavrado o presente termo assinado digitalmente pelo Juízo e incluído no PJE, sem
impressão e assinaturas físicas, servindo o mesmo como declaração de comparecimento perante este
juízo dos que abaixo seguem identificados para todos os fins de direito, em especial para comprovação de
justificativa de atraso ou falta ao trabalho, Tudo registrado conforme mídia a ser juntada aos autos
780
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Aos 17 dias do mês agosto de 2021, nesta cidade de Belém, Estado do Pará, na Sala de Audiência da
10º vara do Juizado Especial Cível de Belém para a realização da presente audiência Una de
Conciliação/Instrução, agendada para as 09h00min, nos autos da ação e entre as partes
supramencionadas, de acordo com as formalidades legais, foi aberta a AUDIÊNCIA. Registre-se que a
Mma juíza titular desta vara encontra-se de licença, bem como que a magistrada que está respondendo
pelo juízo, Dra. ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO, informou que não pode comparecer para
realização da audiência em função de estar participando, no dia de hoje, das sessões de julgamento da
Turmas Recursais, onde é membro titular. Presente o acadêmico de Direito e estagiário do juízo Miguel
Penalber de Abreu e a acadêmica de Direito Lia Evangelista de Oliveira.
Iniciada a AUDIÊNCIA UNA presencial, às 09h10min, ingressaram na sala, estando de forma presencial
parte reclamante, assistido pelo seu advogado; e a parte reclamada, representada por sua preposta, e
assistido pelo advogado da empresa.
Tendo em vista que a Dra. ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO, informou que não pode comparecer
para realização da audiência em função de estar participando, no dia de hoje, das sessões de julgamento
da Turmas Recursais, e que o advogado da parte autora requereu o depoimento pessoal das partes, ficou
prejudicada esta fase da audiência de instrução, devendo ser redesignada.
ATO ORDINÁRIO: Tendo em vista que foi requerido a instrução de prova nova mediante depoimento
pessoal das partes, de ordem da Mma juíza que está respondendo por esta vara, Redesigno a presente
audiência para o dia 25/01/2022 às 09:30 horas, estando ambas as partes citadas/intimadas na presente
audiência. Faculta-se às partes participarem da audiência acima designada por meio de videoconferência,
781
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
devendo informar nos autos o número de whatsapp e, obrigatoriamente, os e-mails para recebimento do
respectivo convite para participarem da sessão pelo modo remoto, em até cinco dias antes da data acima
referida, ou, então, acionar no dia e horário acima designados o seguinte link:
h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
join/19%3ameeting_NGYzZDRhMjAtMjFjYi00MTVjLTkwOGItZDlkYWM4MWE1OTJk%40thread.v2/0?conte
x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22c52b6ecf-4b2a-42f8-ab99-01bf56f6ae6f%22%7d , devendo,
em todo caso, observarem o determinado na Portaria Conjunta nº 12/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI de 22 de
maio de 2020, a qual regulamenta as audiências por videoconferência no âmbito da jurisdição dos juizados
especiais cíveis vinculados ao TJPA. A parte que não informar os seus dados acima mencionados para
participar virtualmente do ato, não entrar diretamente na sala virtual pelo link acima informado ou não
comparecer no fórum para participar presencialmente, sofrerá as penalidades processuais legais, caso
não apresente a tempo justificativa escusável. Ficam as partes também desde já notificadas do seguinte:
1) que caso requerem produção de prova oral, como testemunha ou informante, deverão orientar estas a
acessar a sala virtual com e-mail em seu próprio nome e em dispositivo de acesso à internet (celular,
computador, tablet, notebook, etc, ) privativo do seu uso para o ato, ou seja, não pode ser com o mesmo
e-mail e nem com o mesmo dispositivo das partes envolvidas no litígio e nem dos respectivos advogados
destas; 2) deverão juntar no dia da audiência, na aba “chat” da respectiva sala virtual, arquivo contendo
cópias legíveis dos documentos de identificação de quem for participar da audiência por videoconferência,
a fim de agilizar o processo de identificação por parte de quem estiver secretariando o ato. Publicado em
audiência, ficando desde logo cientes todos os presentes. P.R.I. Cumpra-se.
E para constar foi lavrado o presente termo assinado digitalmente pelo Juízo e incluído no PJE, sem
impressão e assinaturas físicas, servindo o mesmo como declaração de comparecimento perante este
juízo dos que abaixo seguem identificados para todos os fins de direito, em especial para comprovação de
justificativa de atraso ou falta ao trabalho, Tudo registrado conforme mídia a ser juntada aos autos
posteriormente. Eu, Mário Bronze, o digitei. Termo encerrado às 09:41 horas
PRESENTES:
RECLAMANTE:_________________________________________________
PROCESSO N. 0847134-61.2021.8.14.0301
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de ação de ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de tutela, em que o autor
EMANUEL SILVA CARVALHO, move em face ESTADO DO PARÁ e INSTITUTO AOCP, alegando, em
síntese, que prestou concurso público destinado à admissão aos Cargos de nível superior das carreiras
policiais de Investigador de Policia Civil – IPC, Escrivão de Policia Civil – EPC e Papiloscopista – PAP.
Aduz que realizou a primeira fase do concurso e ficou aguardando o resultado da prova subjetiva, porém,
para sua surpresa, tomou conhecimento que foi desclassificado do certame por não entregar o material no
horário determinado.
Esclarece que a informação não procede, pois, sequer fora notificado ou interpelado pelo fiscal de prova
sobre o fato.
Informa, ainda, que por ter sido um dos últimos a finalizar a prova, assinou a ata de encerramento, a qual
não constava qualquer ocorrência em seu desfavor.
Alega que tais fatos podem ser comprovados pelos outros dois candidatos que assinaram a ata.
Aduz, por fim, que diante de sua desclassificação não terá sua prova discursiva corrigida, mesmo tendo
alcançado a pontuação para correção, motivo pelo qual, considerando que a correção se iniciará amanhã
(18/12/2021), requer que sua prova dissertativa seja corrigida pela requerida AOCP.
Decido.
Primeiramente, observo, que o resultado preliminar da prova objetiva foi divulgado no dia 02/08/2021.
Não há nos autos prova de que o autor apresentou recurso administrativo no período da 0h00min do dia
03/08/2021 até as 23h59min do dia 04/08/2021.
Ademais, verifico que o autor ajuizou a presente demanda em plantão judicial, ocorrido durante a semana,
às vésperas da correção da prova discursiva.
Por estas razões, não vislumbro o pleito como pedido de urgência a ser analisado em plantão.
Entretanto, ainda que se verifique a impossibilidade de se deferir a liminar, entendo prudente intimar as
requeridas, para que apresentem a ata de encerramento assinada pelo autor, bem como para que se
manifestem sobre o pedido liminar.
Ante o exposto, INDEFIRO o pleito, por hora, porém, DETERMINO a intimação das requeridas para que
apresentem a ata de encerramento que o autor assinou, quando do término de sua prova, bem como para
que se manifestem sobre o pedido liminar, tudo, no prazo de 48hs.
783
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Cumpra-se.
Intimem-se.
Processo n. 0803226-42.2021.8.14.0401
Sentença:
Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.
O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a
contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.
Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de
ofício a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.
Considerando a certidão da secretaria (id. 30760590), que informa o não oferecimento da queixa-crime,
verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do ofendido, provocando a extinção
da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB.
Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV, do
Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de FERNANDO JORGE FERREIRA DA COSTA, em
decorrência dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de
queixa.
Processo nº 0808264-35.2021.8.14.0401
Despacho:
Considerando a certidão de id. 31946757, oficie-se à Corregedoria da Polícia Civil para que proceda ao
requerido, encaminhando com urgência, no prazo de 30 dias, os documentos corretos em formato PDF
relacionados às partes referidas no ato ordinatório de id. 27724730.
785
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Cumpra-se.
Processo nº 0800299-06.2021.8.14.0401
Despacho:
Considerando a certidão de id. 30100415, verifica-se o instituto da prevenção referente aos autos de
queixa-crime de n° 0810407-94.2021.8.14.0401, oferecida em juízo distinto a este juizado. Pelo exposto,
constatada a prevenção, oficie-se à 2ª Vara do JECrim para que remeta o processo prevento referido a
esta Vara, a fim de que se possa tomar as providências cabíveis.
Cumpra-se.
Processo nº 0806922-86.2021.8.14.0401
Decisão:
786
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Trata-se de queixa-crime oferecida por Reginaldo Silva dos Santos em desfavor de Andressa Calderaro
Santos da Silva, em que se imputa a esta a prática dos crimes de difamação e injúria. Ao final, o
querelante requereu os benefícios da justiça gratuita e a decretação de segredo de justiça.
Em despacho de id. 27034805, este juízo determinou que o querelante comprovasse sua hipossuficiência
ou que pagasse as custas devidas. Porém, conforme certidão de id. 31946738, embora devidamente
intimado, não apresentou nenhum tipo de manifestação.
Pelo exposto, indefiro o requerimento de gratuidade da justiça nos termos do art. 99, §2° do CPC, e
determino a intimação do querelante por meio de suas advogadas para pagar as custas em 15 (quinze)
dias, sob pena de extinção do feito. Decorrido o prazo, conclusos.
Processo n. 0801390-34.2021.8.14.0401
Sentença:
Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.
O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a
contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.
Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de
ofício a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.
Considerando a certidão da secretaria (id. 30924449), que informa o não oferecimento da queixa-crime,
verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do ofendido, provocando a extinção
da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB.
Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV, do
Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de EMERSON ADRIAN MONTEIRO SOARES, em
decorrência dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de
queixa.
Processo nº 0810419-11.2021.8.14.0401
Decisão:
Os presentes autos de TCO foram distribuídos para este Juizado Especial Criminal com o objetivo
de apurar a suposta ocorrência da conduta delituosa prevista no art. 28, da Lei 11.343/2006, qual seja,
porte de droga para consumo pessoal, em que figura como autor do fato PAULO SERGIO DE OLIVEIRA
GOMES. Ministério Público requereu o arquivamento do feito, por entender que o fato investigado é
materialmente atípico e que, em razão disso, não há justa causa para ação penal.
O princípio da lesividade dispõe que a conduta descrita como típica pela norma penal deve constituir em
ofensa ao bem jurídico alheio protegido pelo ordenamento jurídico. Portanto, não havendo a referida
violação, afasta-se a tipicidade material e, consequentemente, não há crime. Com efeito, no crime previsto
no art. 28, da Lei 11.343/2006, há ínfimo potencial ofensivo, uma vez que a autolesão não é punida, razão
pela qual o Estado não pode exercer o jus puniendi nesses casos.
Desse modo, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender
igualmente que a conduta investigada não é materialmente típica para o exercício de ação penal, razão
pela qual determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do art. 18 e 395, III, do CPP.
Processo n. 0805304-09.2021.8.14.0401
Sentença:
Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.
O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a
contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.
Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de
ofício a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.
Considerando a certidão da secretaria (id. 30414504), que informa o não oferecimento da queixa-crime,
verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do ofendido, provocando a extinção
da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB.
Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV, do
Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de MARCELO JOSÉ ALVES DE ARAÚJO, em
decorrência dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de
queixa.
Processo nº 0811045-30.2021.8.14.0401
Decisão:
Os presentes autos de TCO foram distribuídos para este Juizado Especial Criminal com o objetivo
de apurar a suposta ocorrência da conduta delituosa prevista no art. 28, da Lei 11.343/2006, qual seja,
porte de droga para consumo pessoal, em que figura como autor do fato LUCAS IDIELSON DA SILVA
LEAL. O Ministério Público requereu o arquivamento do feito, por entender que o fato investigado é
materialmente atípico e que, em razão disso, não há justa causa para ação penal.
789
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
O princípio da lesividade dispõe que a conduta descrita como típica pela norma penal deve
constituir em ofensa ao bem jurídico alheio protegido pelo ordenamento jurídico. Portanto, não havendo a
referida violação, afasta-se a tipicidade material e, consequentemente, não há crime. Com efeito, no crime
previsto no art. 28, da Lei 11.343/2006, há ínfimo potencial ofensivo, uma vez que a autolesão não é
punida, razão pela qual o Estado não pode exercer o jus puniendi nesses casos.
Desse modo, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender
igualmente que a conduta investigada não é materialmente típica para o exercício de ação penal, razão
pela qual determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do art. 18 e 395, III, do CPP.
Processo nº 0000713-37.2021.8.14.0401
Sentença:
Trata-se de Inquérito Policial instaurado para apurar possível ocorrência de conduta delituosa
prevista no art. 61, da LCP que teria como autor do fato Anderson Conceição Mendes e como vítima
Brenda Thays Barros Pinto. Os autos vieram redistribuídos da Vara Criminal Comum por conta
desclassificação do crime do art. 215-A do CPB para a referida contravenção penal.
A pena máxima cominada ao tipo penal em questão é de multa (art. 61, da LCP). Desse modo, o
CPB prevê que o prazo prescricional para delitos que envolvam somente a pena de multa é de 02 (dois)
anos, consoante dispõe em seu art. 114, I.
Compulsando os autos, verifica-se que o fato ocorreu dia 21/09/2017 (fl. 02). Com efeito, não
havendo nenhuma causa de interrupção (art. 117, do CPB), verifica-se que a prescrição ocorreu em
20/09/2019, nos termos dos arts. 114, I do CPB.
P.R.I.C.
Processo n° 0803133-79.2021.8.14.0401
Decisão:
Considerando a certidão da Secretaria de id. 29224913, que informa que este processo consiste em
duplicidade com relação aos autos de nº 0800177-90.2021.8.14.0401, o qual se encontra com sentença de
extinção de punibilidade, determino o arquivamento deste TCO, com as devidas cautelas.
Processo nº 0805009-69.2021.8.14.0401
Despacho:
Considerando a certidão de id. 31946750, oficie-se à Corregedoria da Polícia Civil para que responda com
urgência, no prazo de 30 dias, acerca da diligência ordenada no despacho de id. 28036923, enviando
cópia dos autos, caso necessário.
PROCESSO Nº 0005205-82.2013.8.14.0941
DESPACHO
1. Intimar os advogados das partes para manifestação, no prazo de 05 (cinco) dias em relação à
divergência verificada entre o montante do valor depositado em Juízo, conforme comprovante de ID
29090468 e o valor executado, consoante última atualização constante no ID 23010980, requerendo o que
entenderem cabível.
3. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado, ofício, notificação e carta precatória para as
comunicações necessárias (Provimento nº 003/2009-CJRMB-TJPA).
Intime-se.
Juiz de Direito
793
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ATO ORDINATÓRIO
Através deste ato, fica a reclamante intimada, via advogado habilitado, para se manifestar em 5 (cinco)
dias sobre a parte ré não ter sido localizada pelo Oficial de Justiça, conforme Certidões vinculadas aos
Id's-28993118 e 28993132, em cumprimento ao Art. 1º, § 2º, inc. I, do Provimento 006/2006-
CGJRMB/TJE-PA.
ATO ORDINATÓRIO
0807116-44.2020.8.14.0006 (PJe).
Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte RECLAMANTE: VANESSA
NOVAES BARROS, através de seus patronos, da Audiência de CONCILIAÇÃO redesignada para o
dia 01/02/2022 09:00, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.
Advertências:
ATO ORDINATÓRIO
0807116-44.2020.8.14.0006 (PJe).
Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte RECLAMADA:
CONDOMINIO PARK ITALIA, através de seus patronos, da Audiência de CONCILIAÇÃO
redesignada para o dia 01/02/2022 09:00, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.
Advertências:
795
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ananindeua-PA, 18 de
agosto de 2021.
ATO ORDINATÓRIO
0800590-61.2020.8.14.0006 (PJe).
Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte EXEQUENTE: BRASFONE
TELECOMUNICACOES E INFORMATICA LTDA - EPP, através de seus patronos, que em razão de
realização de penhora pelo Sr. Oficial de Justiça, conforme ID nº 32006368, e em obediência ao § 1º
do art. 53 da Lei 9.099/95, esta Secretaria designa Audiência de Conciliação em Execução para o
dia 28/03/2022 12:00, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.
ATO ORDINATÓRIO
0800471-66.2021.8.14.0006 (PJe).
Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte REQUERENTE:
CONDOMINIO MORADAS CLUB RIOS DO PARA, através de seus patronos, da Audiência de
CONCILIAÇÃO designada para o dia 08/03/2022 10:30, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de
Ananindeua.
Advertências:
ATO ORDINATÓRIO
0869950-71.2020.8.14.0301 (PJe).
Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte AUTORA: MILENE DE
NAZARE CRUZ MONTEIRO, através de seus patronos, da Audiência de CONCILIAÇÃO designada
para o dia 02/02/2022 12:00, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.
797
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Advertências:
ATO ORDINATÓRIO
0803871-25.2020.8.14.0006 (PJe).
Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte REQUERENTE:
CONDOMINIO MORADAS CLUB RIOS DO PARA, através de seus patronos, da Audiência de
CONCILIAÇÃO designada para o dia 01/02/2022 10:00, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de
Ananindeua.
Advertências:
ATO ORDINATÓRIO
0803878-17.2020.8.14.0006 (PJe).
Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte REQUERENTE:
CONDOMINIO MORADAS CLUB RIOS DO PARA, através de seus patronos, da Audiência de
CONCILIAÇÃO designada para o dia 01/02/2022 10:30, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de
Ananindeua.
Advertências:
ATO ORDINATÓRIO
0810085-32.2020.8.14.0006 (PJe).
Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte AUTORA: ELVISLEY
OLIVEIRA SIQUEIRA, através de seus patronos, da Audiência de CONCILIAÇÃO designada para o
dia 03/02/2022 09:00, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.
Advertências:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ANANINDEUA
Rua Suely Cruz e Silva, 1989, esquina da Av. Cláudio Sanders (antiga estrada do Maguari)
CEP: 67.143.010/Telefone/Fax: (091) 3250.1082 - E-mail: 3vjecivelananindeua@tjpa.jus.br
Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais (Processo nº 0834740-22.2021.8.14.0301)
Endereço: Conjunto PAAR, Quadra Quinze, n. 13, Maguari, Ananindeua/PA, CEP: 67.145-175.
Endereço: Conjunto PAAR, Quadra Quinze, n. 13, Maguari, Ananindeua/PA, CEP: 67.145-175.
Vistos, etc.,
DECIDO.
Tratam os autos de AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER, CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS, com pedido de tutela de urgência antecipada, aforada por ANA LÚCIA RIBEIRO
SARMENTO contra ARTENIO RODRIGUES PINTO e FRANCELINA VIANA PINTO, já qualificados,
onde a requerente alega, em síntese, que celebrou com os acionados instrumento particular de cessão de
direitos sobre o imóvel situado na Travessa Mariz e Barros, nº 1.350, Edifício Ville Franche, Apartamento
nº 1402, no Município de Belém, pelo preço de R$ 320.000,00 (trezentos e vinte reais), no dia 14/02/2017,
acrescido das contribuições condominiais e do Imposto Predial e Territorial Urbano que estavam em
atraso, como também que os adquirentes foram imediatamente imitidos na posse do respectivo bem e,
ainda, que os litigantes, depois da integralização das prestações pactuadas, firmaram contrato de
ratificação da promessa de venda e compra, no qual se estabeleceu que os promitentes-compradores
deveriam regularizar a situação do apartamento, transferindo-o para os seus nomes, mediante a lavratura
de escritura pública e de seu registro no Cartório Imobiliário competente.
As ações sujeitas ao procedimento dos Juizados Especiais devem ser propostas, em regra, no domicílio
do réu, conforme se extrai do art. 4º, I, da Lei n. 9.099/1995.
801
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
A regra geral de que a ação deve ser proposta no domicílio do réu é excepcionada pelo art. 4º, II, da Lei
9.099/95, que estabelece que a ação também pode ser proposta no local em que a obrigação deve ser
satisfeita.
Outra exceção à regra geral é a norma consubstanciada no art. 4º, III, da Lei n. 9.099/1995, que autoriza o
ajuizamento das ações de reparação de danos de qualquer natureza no domicílio do requerente ou no
local em que se deu o ato ou fato ensejador do evento danoso.
No caso vertente a requerente admite na parte expositiva da exordial que fixou residência e domicílio na
Cidade de Brasília, desde meados de 2018.
Os acionados, a despeito da qualificação contida na inicial, segundo se extrai da parte expositiva desta,
foram imitidos na posse do imóvel objeto do negócio jurídico firmado entre as partes, que se situa na
Travessa Mariz e Barros, nº 1.350, Edifício Ville Franche, Apartamento nº 1402, no Município de Belém,
desde a assinatura do respectivo contrato, sendo, assim, forçoso concluir-se ser essa a Cidade do
domicílio e residência de ambos.
A obrigação reclamada, que consiste na outorga de escritura pública e de seu registro no Cartório
competente deve ser cumprida na Comarca da Capital, já que o imóvel está matriculado sob o nº 06, às
fls. 06, do livro nº 2-G.C, do 2º Ofício de Imóveis do Município de Belém, que também foi eleito como foro
competente para dirimir qualquer controvérsia oriunda do contrato de venda e compra celebrado entre os
litigantes, conforme se depreende do documento cadastrado sob o Id nº 28656840.
Diante do esposado, é evidente que este Juízo sob o aspecto territorial não tem competência para apreciar
e julgar a presente causa, situação essa que, no Sistema dos Juizados, pode ser reconhecida de ofício
pelo Juiz, nos termos do Enunciado nº 89 do FONAJE.
Para além disso, a postulante atribuiu à causa o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), que equivale ao
quantum indenizatório por si pretendido, tendo, assim, desconsiderado o importe referente ao contrato de
venda e compra celebrado entre as partes.
Havendo descompasso entre o proveito econômico pretendido e o valor atribuído à causa, o Juiz pode
determinar de ofício a sua retificação com o recolhimento, se for o caso, das custas complementares,
conforme se extrai do art. 292, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil.
O valor da causa na espécie, nos termos do disposto no art. 292, VI, do Código de Processo Civil, deve
corresponder ao somatório do valor do contrato e da quantia pretendida a título de indenização por danos
morais, o que perfaz o montante de R$ 335.000,00 (trezentos e trinta e cinco mil reais), importe esse que
ultrapassa o patamar estabelecido no art. 3°, I, da Lei nº 9.099/95.
A presente causa, diante do domicílio e residência das partes, do local em que a obrigação deve ser
cumprida, do foro de eleição e de seu valor, não pode ser processada no âmbito do Juizado Especial Civil
devendo, assim, este processo ser extinto sem enfrentamento do mérito.
Ante ao exposto, julgo extinto o presente processo sem resolução do mérito, com fundamento no art. 51, II
e III, da Lei nº 9.099/95.
Sem custas, já que essa despesa é incabível nos julgamentos de primeiro grau realizados no âmbito dos
Juizados Especiais Cíveis (Lei nº 9.099/95, art. 55, caput, e parágrafo único).
802
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
P.R.I.
Ananindeua, 17/08/2021.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ANANINDEUA
Rua Suely Cruz e Silva, 1989, esquina da Av. Cláudio Sanders (antiga estrada do Maguari)
CEP: 67.143.010/Telefone/Fax: (091) 3250.1082 - E-mail: 3vjecivelananindeua@tjpa.jus.br
Ação Declaratória de Inexistência de Débitos c/c Repetição do Indébito e Indenização por Danos Morais
(Processo nº 0809816-56.2021.8.14.0006)
Endereço: Centro Empresarial Itaú Conceição, Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, nº 100, Parque
Jabaquara, São Paulo/SP - CEP: 04.344-902.
Vistos, etc.,
O acesso ao Juizado Especial Cível, em primeiro grau, nos termos do disposto no art. 54 da Lei nº
9.099/95, independe do pagamento de custas iniciais devendo, assim, a presente causa ser processada
sem necessidade de realização de preparo.
803
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
A sentença exarada em primeiro grau de jurisdição no microssistema dos Juizados Especiais Cíveis, por
sua vez, não condenará o vencido no pagamento de custas e honorários advocatícios, salvo nos casos de
litigância de má-fé (Lei n. 9.099/1995, art. 55, primeira parte).
A interposição de eventual recurso inominado contra a sentença que vier a ser exarada nos autos, no
entanto, dependerá da realização de preparo, salvo se a parte estiver sob os benefícios da assistência
judiciária gratuita, nos termos do art. 54, parágrafo único, da Lei nº 9.099/1995.
A alegação de hipossuficiência apresentada por pessoa natural goza da presunção de veracidade, nos
termos do disposto no art. 99, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil.
Diante da presunção acima mencionada, defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita, já que a
requerente, segundo alega, não tem condições de arcar com as eventuais despesas vinculadas à causa
sem prejuízo do sustento próprio e de sua família.
Ultrapassada a questão vinculada à concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, deve-se
examinar se presentes estão na espécie os requisitos necessários à concessão da tutela de urgência
antecipada pretendida pela postulante.
A pleiteante, com base nas provas documentais que instruem a exordial, pugnou pela concessão de tutela
de urgência antecipada para alcançar a suspensão das cobranças, por quaisquer meios de comunicação,
inclusive SMS, e-mail o contato telefônico, bem como dos lançamentos ou descontos realizados em sua
conta bancária, que estão sendo contestados na presente ação.
A controvérsia existente entre as partes versa acerca de relação de consumo, já que de um lado se
tem a requerente assumindo a posição de consumidora e de outro o requerido ostentando a condição de
fornecedor de serviço, nos termos do disposto no art. 3º, parágrafo 2º, da Lei n. 8.078/1990, que possui a
seguinte dicção:
‘Art. 3º - Fornecedor é toda a pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem
como os entes despersonalizados que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
serviços’.
‘§2º - Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as
de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter
trabalhista’.
804
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
A competência para apreciar e julgar as causas que versem acerca de relação de consumo deve ser
firmada pelo domicílio do consumidor.
Os documentos que instruem a exordial, no entanto, são insuficientes, pelo menos nessa fase de cognição
sumária, para evidenciar a presença dos requisitos necessários à concessão da tutela de urgência
antecipada pretendida, uma vez que o extrato bancário trazido aos autos com a inicial, emitido no dia
19/07/2021, demonstra que os descontos rivalizados foram de fato realizados, mas também revela ter
ocorrido dois depósitos de valores iguais aos debitados, efetivados nos dias 05/07/2021 e 07/07/2021,
gerando a compensação correspondente e descaracterizando o eventual prejuízo ou o dano alegado pela
requerente, além inexistirem nos autos qualquer indício de persistência das cobranças questionadas.
Desse modo, denego o pedido de tutela de urgência antecipada, nos termos da fundamentação.
Cite-se o requerido do inteiro teor da petição inicial, bem como para comparecer à audiência de
conciliação, que está pautada para o dia 23/03/2022 , às 09h00min, sob pena de revelia, com a
advertência de que o prazo para apresentação de contestação, que é de 15 (quinze) dias úteis, começará
a fluir da data daquela sessão, caso a tentativa de autocomposição da lide nela realizada resulte
infrutífera, sendo que em caso de inércia presumir-se-ão aceitos, como verdadeiros, os fatos articulados
por sua adversário (Lei nº 9.099/95, artigos 16 e 20, combinados com os artigos 334, 335, I, e 344, do
CPC).
O requerido fica, desde logo, advertido que poderá ser representado na audiência supracitada através de
preposto credenciado, munido de carta de preposição, com poderes para transigir, bem como fica
advertido de que a sua ausência injustificada à mencionada sessão ou a qualquer outra que vier a ser
designada importará na aplicação da pena de revelia, presumindo-se, assim, aceitos como verdadeiros, os
fatos contra si alegados pela parte contrária, o que ensejará o julgamento antecipado do mérito da lide (Lei
nº 9.099/1995, artigos 9º, parágrafo 4º, 18, parágrafo 1º, e 20).
A postulante, por sua vez, fica advertida de que a sua ausência injustificada na audiência de conciliação
ou a qualquer outra sessão importará na extinção do processo sem enfrentamento do mérito, com
condenação ao pagamento das custas processuais, tudo em conformidade com o art. 51, I, parágrafo 2º,
da Lei nº 9.099/1995.
Os litigantes devem cadastrar os seus e-mails na própria Secretaria Judicial ou através do Sistema PJE
para que possam receber o link de acesso à audiência de conciliação, que será realizada por meio de
videoconferência.
Havendo requerimento de prova pericial, o requerido deve apresentar os originais necessários à realização
do exame técnico, no prazo da contestação.
Em sendo requerido o depoimento pessoal das partes e a inquirição de testemunhas, o conciliador deve,
desde logo, marcar a data para a realização da audiência de instrução e julgamento.
Os litigantes, se for o caso, podem arrolar no máximo 03 (três) testemunhas para serem ouvidas na
805
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Defiro o pedido de inversão do ônus da prova, já que na espécie caracterizada está a existência da
relação de consumo e a hipossuficiência econômica e técnica da pleiteante.
Int.
Ananindeua, 13/08/2021.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ANANINDEUA
Rua Suely Cruz e Silva, 1989, esquina da Av. Cláudio Sanders (antiga estrada do Maguari)
CEP: 67.143.010/Telefone/Fax: (091) 3250.1082 - E-mail: 3vjecivelananindeua@tjpa.jus.br
Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenização por Danos Morais (Processo nº 0805358-
93.2021.8.14.0006)
Vistos, etc.,
DECIDO.
cessação da exigibilidade da dívida, mas esse suposto débito voltou a ser reclamado recentemente ao ser
novamente requerida a ativação da conta contrato.
Este Juízo, em decisão de saneamento, determinou que o requerente emendasse a inicial, declinando a
média de consumo da unidade consumidora, bem como promovendo a juntada de todas as faturas
contestadas e do histórico de consumo dos 12 (doze) meses anteriores ao período em discussão e, ainda,
do contrato de locação que teria sido celebrado à época da realização de inspeção do medidor e, por fim,
esclarecendo quem residia no imóvel nos interstícios de aferição de consumo rivalizados.
Não tendo o requerente, apesar de intimado, suprido integralmente a irregularidade apontada na decisão
de saneamento, a exordial deve ser indeferida.
Ante ao exposto, julgo extinto o presente processo sem resolução de mérito, com fundamento no art. 330,
IV, combinado com o art. 485, I, do Código de Processo Civil, nos termos da fundamentação.
Sem custas, já que essa despesa é incabível nos julgamentos de primeiro grau realizados no âmbito dos
Juizados Especiais Cíveis (Lei nº 9.099/95, art. 55).
P.R.I.
Ananindeua, 18/08/2021.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
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807
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais - Cumprimento de Sentença (Processo nº
0805855-78.2019.8.14.0006)
Vistos, etc.,
DECIDO.
Os litigantes conseguiram alcançar a pacificação do conflito que ensejou o ajuizamento da causa, já que
entabularam acordo na audiência de conciliação para encerrar a controvérsia aqui tratada.
A empresa requerida, usando da prerrogativa contida no art. 526 da Lei de Regência, depositou a quantia
acordada, isto é, a importância de R$ 3.000,00 (três mil reais), na subconta n. 2020022262.
A requerente, ciente da providência supracitada, requereu que o valor depositado seja transferido, através
de alvará judicial eletrônico, para a conta bancária de titularidade de sua patrona, mas silenciou se o
respectivo importe é suficiente para a satisfação da dívida reclamada.
Forçoso é concluir-se, diante do silêncio da requerente, que o valor depositado satisfaz integralmente o
débito vindicado.
Em face da quitação do débito reclamado, é de clareza solar que o presente incidente de cumprimento de
sentença, por força do adimplemento da obrigação, deve ser extinto.
Ante ao exposto, julgo extinto o presente incidente de cumprimento de sentença, com fundamento nos
artigos 523, 526, parágrafo 3º, e 924, II, da Lei de Regência.
Sem custas e arbitramento de verba honorária, já que essas despesas são incabíveis nos julgamentos de
primeiro grau realizados no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis (Lei nº 9.099/95, art. 55).
Expedido o alvará judicial, conforme autorizado no documento cadastrado sob o Id nº 27942132, e uma
vez transitada em julgado a presente decisão, arquivem-se os autos.
P.R.I.
Ananindeua, 17/08/2021.
PEREIRA DE SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: NANCY EVELYN OVERAL OAB: 23483/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RANIER WILLIAM OVERAL OAB: 13942/PA Participação:
REQUERIDO Nome: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ Participação: ADVOGADO Nome:
BIANCA DE CASTRO BORDALO OAB: 26572/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ RONALDO
ALVES CUNHA registrado(a) civilmente como LUIZ RONALDO ALVES CUNHA OAB: 12202/PA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
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Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais - Cumprimento de Sentença (Processo nº
0805855-78.2019.8.14.0006)
Vistos, etc.,
DECIDO.
Os litigantes conseguiram alcançar a pacificação do conflito que ensejou o ajuizamento da causa, já que
entabularam acordo na audiência de conciliação para encerrar a controvérsia aqui tratada.
A empresa requerida, usando da prerrogativa contida no art. 526 da Lei de Regência, depositou a quantia
acordada, isto é, a importância de R$ 3.000,00 (três mil reais), na subconta n. 2020022262.
A requerente, ciente da providência supracitada, requereu que o valor depositado seja transferido, através
de alvará judicial eletrônico, para a conta bancária de titularidade de sua patrona, mas silenciou se o
respectivo importe é suficiente para a satisfação da dívida reclamada.
Forçoso é concluir-se, diante do silêncio da requerente, que o valor depositado satisfaz integralmente o
débito vindicado.
Em face da quitação do débito reclamado, é de clareza solar que o presente incidente de cumprimento de
sentença, por força do adimplemento da obrigação, deve ser extinto.
Ante ao exposto, julgo extinto o presente incidente de cumprimento de sentença, com fundamento nos
artigos 523, 526, parágrafo 3º, e 924, II, da Lei de Regência.
Sem custas e arbitramento de verba honorária, já que essas despesas são incabíveis nos julgamentos de
primeiro grau realizados no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis (Lei nº 9.099/95, art. 55).
Expedido o alvará judicial, conforme autorizado no documento cadastrado sob o Id nº 27942132, e uma
vez transitada em julgado a presente decisão, arquivem-se os autos.
P.R.I.
809
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ananindeua, 17/08/2021.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
PROCESSO: 0005527-25.2020.8.14.0952
FINALIDADE:
Para ter acesso aos documentos do processo, basta acessar o link abaixo e informar a chave de acesso.
Link: http://pje-consultas.tjpa.jus.br/pje-1g-consultas/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?
CHAVES DE ACESSO:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
811
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PROCESSO: 0809051-85.2021.8.14.0006
FINALIDADE:
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CHAVES DE ACESSO:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO HORIZONTAL JARDINS MARSELHA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: GERCIOLICIO ALVES BARBOSA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO VIVER ANANINDEUA, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: ROBERTA ALEXANDRA SANTOS DA SILVA, para o
regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
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atualizar o endereço da parte EXECUTADO: SUELLEN CRISTINA GOMES DA SILVA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: DAIANE DA SILVA VIEIRA, para o regular prosseguimento
do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO RESIDENCIAL JARDIM INDEPENDENCIA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: LIDIA MARIA FREIRE DE AMORIM, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: TADEU GOMES DO ESPIRITO SANTO, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: MIRANDA'S IMOVEIS & CONSTRUCAO CIVIL LTDA - ME,
para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: BRENDA LETICIA GONCALVES DOS SANTOS, para o
regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO MORADAS CLUB ILHAS DO PARA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: ALEX TRINDADE BARBOSA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: SAMARA SILVA DE MIRANDA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: GENILCE ALEIXO FLEXA, para o regular prosseguimento
do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA, através de seu patrono legalmente constituído,
a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: MARIA RAIMUNDA DA SILVA BRITO, para o regular prosseguimento
do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO VIVER ANANINDEUA, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: JURANDIR SILVA DE SOUZA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO DO EDIFICIO FIT COQUEIRO II, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: VALDECY DO SOCORRO DA SILVA TEIXEIRA,
CONSTRUTORA TENDA S/A, para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
Processo nº 0800109-59.2015.8.14.0302
DESPACHO
Vistos.
1. Verifico que o instrumento de procuração juntado no ID 4118 foi outorgado ao advogado, Agostinho
Monteiro Junior, e que, apesar do advogado que subscreve a petição de ID 31589244 ter acompanhado o
Autor na audiência Una(ID 26312), isso não lhe confere poderes especiais para receber e dar quitação
pelo Autor.
2. Em razão disso, INTIME-SE a parte Autora para, querendo, juntar aos autos procuração com aqueles
poderes especiais. Apresentada tal procuração, EXPEÇA-SE alvará, nos termos requeridos(ID 31589244).
Caso não seja apresentada, EXPEÇA-SE alvará em nome da parte Autora.
4. Int. Dil.
Juíza de Direito
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ATO ORDINATÓRIO
RECLAMADO: BELLA CASA MODULARE LTDA - ME, CARLOS EDUARDO DE JESUS CAETANO
COSTA
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte RECLAMANTE: CARLOS ALBERTO DIAS CHAGAS JUNIOR, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre o Aviso de Recebimento de ID retro, devendo atualizar o endereço da
parte RECLAMADO: BELLA CASA MODULARE LTDA - ME, CARLOS EDUARDO DE JESUS
CAETANO COSTA, para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA, através de seu patrono legalmente constituído,
a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: SURAMA RAYSSA COSTA DE QUEIROZ, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte REQUERENTE: CELINALDO CORREA PUREZA, através de seu patrono legalmente constituído, a
se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte REQUERIDO: ANA CRISTINA ALBUQUERQUE, para o regular prosseguimento do
feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO HORIZONTAL JARDINS MARSELHA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID
19214461, devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: CARLOS TARCIO ANDRE DA SILVA,
para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA, através de seu patrono legalmente constituído,
a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: GLEICE CRISTINA AMORAS DA SILVA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA, através de seu patrono legalmente constituído,
a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: DOLORES ROSA DOS SANTOS, para o regular prosseguimento do
feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: QUEIROZ BESSA & CIA LTDA - ME, através de seu patrono legalmente constituído,
a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: REGINA REIS DE OLIVEIRA, para o regular prosseguimento do feito
no prazo de 05 (cinco) dias.
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De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO MORADAS CLUB ILHAS DO PARA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: OLIANO GONCALVES DA SILVA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: LUIS CLAUDIO MORAES GARCIA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO RESIDENCIAL JARDIM INDEPENDENCIA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
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parte EXEQUENTE: CONDOMINIO DO EDIFICIO FIT COQUEIRO II, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: ROSANGELA DA MOTA TAVARES, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: KESIA MILLENA DE SOUSA AMINTAS, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: RUDSON SOUZA CARVALHO, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte RECLAMANTE: LOJA DAS MANGUEIRAS LTDA, através de seu patrono legalmente constituído, a
se manifestar sobre o Aviso de Recebimento de ID retro, devendo atualizar o endereço da parte
RECLAMADO: EDSON DO AMARAL MEDEIROS, para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05
(cinco) dias.
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ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: SIMONE MOREIRA DA SILVA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: CILENE BELEM BATISTA, para o regular prosseguimento
do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
PODER JUDICIÁRIO
835
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: MARILENE CRISTINA PINHEIRO FERREIRA, para o
regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: JOSEMARY MIRANDA NOBRE, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO IDEAL SAMAMBAIA, através de seu patrono legalmente constituído,
a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: ANDRE RAIMUNDO BENTES FERREIRA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: EDSON ITAMAR BARRADAS DA SILVA, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: JUREMA DE JESUS LIMA, para o regular prosseguimento
do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
838
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO RESIDENCIAL PAULO FONTELES II, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: FERNANDA LYSS DA COSTA LOPES MACIEL,
para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
Processo nº 0000856-35.2010.8.14.0943
SENTENÇA
Vistos etc.
DECIDO.
Havendo a anuência do Exequente quanto aos valores depositados conforme petição de ID – 29122341,
EXPEÇA-SE ALVARÁ, em nome do patrono, considerando os poderes para receber constantes da
procuração no ID 10013415. Autorizo desde logo a transferência para a conta informada, em virtude da
pandemia de COVID.
Assim sendo, com fulcro no art. 924, II, do CPC, JULGO EXTINTA, a presente execução, com resolução
de mérito.
P.R.I.C.
Juíza de Direito
PODER JUDICIÁRIO
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2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO MORADAS CLUB RIOS DO PARA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo indicar bens da parte EXECUTADO: ANTONIO VITOR SOUZA DE OLIVEIRA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
MORADAS CLUB ILHAS DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL
MONTEIRO OAB: 16941/PA Participação: RECLAMADO Nome: ISMAEL FREITAS EVANGELISTA
PODER JUDICIÁRIO
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2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte RECLAMANTE: CONDOMINIO MORADAS CLUB ILHAS DO PARA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre o Aviso de Recebimento de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte RECLAMADO: ISMAEL FREITAS EVANGELISTA, para o regular prosseguimento do
feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
PODER JUDICIÁRIO
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2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte RECLAMANTE: LOJA DAS MANGUEIRAS LTDA, através de seu patrono legalmente constituído, a
se manifestar sobre o Aviso de Recebimento de ID retro, devendo atualizar o endereço da parte
RECLAMADO: LUCIVALDO RODRIGUES DA COSTA, para o regular prosseguimento do feito no prazo
de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte AUTOR: ANGELIM COMERCIO, EXPORTACAO E SERVICOS DE MADEIRA LTDA - ME, através
de seu patrono legalmente constituído, a se manifestar sobre o Aviso de Recebimento de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte REU: MIGUEL ALVES DE SOUZA, para o regular prosseguimento
do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO BOSQUE VILLE, através de seu patrono legalmente constituído, a se
manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o endereço
da parte EXECUTADO: ANA CLAUDIA PINHEIRO GONSAGA, para o regular prosseguimento do feito no
prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
PODER JUDICIÁRIO
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2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
843
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO RESIDENCIAL JARDIM INDEPENDENCIA, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: ALAN PINHO BARBOSA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte RECLAMANTE: ANTONIA LILIANE PIRES QUERIDO, RECIPLAST COMERCIO DE RESIDUOS
PLASTICOS LTDA - EPP, através de seu patrono legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão
do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o endereço da parte RECLAMADO:
YAH TELECOMUNICACOES LTDA., para o regular prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO JARDINS COIMBRA, através de seu patrono legalmente constituído,
a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: ALOISIO PEDRO COELHO DE SANTANA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO CIDADE JARDIM, através de seu patrono legalmente constituído, a
se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o
endereço da parte EXECUTADO: SULMERCO SERVICOS ESPECIAIS EIRELI - ME, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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PODER JUDICIÁRIO
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ATO ORDINATÓRIO
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De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: FILIPE RAFAEL MATOS BARBOSA, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
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diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO DO RESIDENCIAL ITAPERUNA, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: SIDNEI FLORES BRAGA, para o regular prosseguimento do
feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: IZETY MAGALHAES MAGNO, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
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848
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2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: PATRICIA RIBEIRO ALBUQUERQUE, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO NEO FIORI, através de seu patrono legalmente constituído, a se
manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo atualizar o endereço
da parte EXECUTADO: LILIAN QUINTINO SALDANHA, para o regular prosseguimento do feito no prazo
de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: V. L. CAVALCANTE QUEIROZ - EPP, através de seu patrono legalmente
constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro, devendo
atualizar o endereço da parte EXECUTADO: EDNALDO TRINDADE BARATA, para o regular
850
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Diretora de Secretaria
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da MMª. Juíza de Direito, Dra. VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ e,
considerando os termos do Provimento n° 006/06, datado de 05/10/2006, em que delega poderes a este(a)
diretor(a) de secretaria, para praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório, INTIMO a
parte EXEQUENTE: CONDOMINIO RESIDENCIAL SOLAR DO COQUEIRO, através de seu patrono
legalmente constituído, a se manifestar sobre a certidão do(a) senhor(a) oficial(a) de justiça de ID retro,
devendo atualizar o endereço da parte EXECUTADO: INGRID JANAINA MELO DA CRUZ, para o regular
prosseguimento do feito no prazo de 05 (cinco) dias.
Diretora de Secretaria
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PROCESSO 0801333-44.2021.8.14.0133
DESPACHO
R.H.
Cite-se o executado para pagamento do débito no prazo de 03 dias, sob pena de penhora de
tantos bens quantos bastem para a satisfação do crédito, na forma do art. 829 e §§ do CPC/15.
Realizada a penhora, fica o executado intimado para, querendo, opor embargos no prazo de 15
dias, na forma do art. 915 e seguintes do CPC/15.
Cumpra-se.
JUIZ DE DIREITO
PROCESSO 0800967-05.2021.8.14.0133
DESPACHO
R.H.
Cite-se o executado para pagamento do débito no prazo de 03 dias, sob pena de penhora de
tantos bens quantos bastem para a satisfação do crédito, na forma do art. 829 e §§ do CPC/15.
Realizada a penhora, fica o executado intimado para, querendo, opor embargos no prazo de 15
dias, na forma do art. 915 e seguintes do CPC/15.
Cumpra-se.
852
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
JUIZ DE DIREITO
PROCESSO 0801332-59.2021.8.14.0133
DESPACHO
R.H.
Cite-se o executado para pagamento do débito no prazo de 03 dias, sob pena de penhora de
tantos bens quantos bastem para a satisfação do crédito, na forma do art. 829 e §§ do CPC/15.
Realizada a penhora, fica o executado intimado para, querendo, opor embargos no prazo de 15
dias, na forma do art. 915 e seguintes do CPC/15.
Cumpra-se.
JUIZ DE DIREITO
PROCESSO 0801329-07.2021.8.14.0133
DESPACHO
R.H.
Cite-se o executado para pagamento do débito no prazo de 03 dias, sob pena de penhora de
tantos bens quantos bastem para a satisfação do crédito, na forma do art. 829 e §§ do CPC/15.
853
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Realizada a penhora, fica o executado intimado para, querendo, opor embargos no prazo de 15
dias, na forma do art. 915 e seguintes do CPC/15.
Cumpra-se.
JUIZ DE DIREITO
PROCESSO 0801325-67.2021.8.14.0133
DESPACHO
R.H.
Cite-se o executado para pagamento do débito no prazo de 03 dias, sob pena de penhora de
tantos bens quantos bastem para a satisfação do crédito, na forma do art. 829 e §§ do CPC/15.
Realizada a penhora, fica o executado intimado para, querendo, opor embargos no prazo de 15
dias, na forma do art. 915 e seguintes do CPC/15.
Cumpra-se.
JUIZ DE DIREITO
854
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DECISÃO/DESPACHO
R.H.
Analisando o volume processual deste juizado especial, que possui competência tanto cível quanto
criminal, denoto que o mesmo esta assoberbado quanto às suas tarefas, com centenas de processos
pendentes de análise, em face da elevada demanda de ações propostas pela população, que vê nesta
especializada o único meio de socorro contra as práticas abusivas dos fornecedores ou contra o
desrespeito e as lesões aos seus direitos.
Sendo assim, seria muito importante para celeridade e economia processual, além da economia do tempo
dos juízes, servidores e partes, a salutar adoção de meios de descentralização do iter processual, ou,
melhor dizendo, uma correta adequação ao CPC
O juiz possui liberdade quantos aos atos de presidência do processo, conforme previsão contida nos
artigos 139 do CPC, especialmente o inc. I, II e VI, bem como o art. 5º da Lei n. 9.099/95.
Não há nenhuma dificuldade em vislumbrar que determinados processos tratam apenas e tão somente de
matéria de direito, sem necessidade de instrução do feito mediante a inquirição das partes e/ou de
testigos, dispensáveis que são, conforme prevê o art. 355, inc. I do CPC, pois, atualmente, a grande
maioria das relações é de massa, de consumo, sob o contrato de adesão.
I - quando a questão de mérito for unicamente de direito, ou, sendo de direito e de fato, não houver
necessidade de produzir prova em audiência;
Desta forma entendo que não se pode impor às partes é a prática de, na data de audiência de conciliação,
designar outra data longínqua para instrução do feito, ou, no caso da audiência ser una, após também ter
sido designada para uma data distante, sem observância do art. 16 da Lei n. 9.099/95 (15 dias), constatar
que não há nenhuma proposta de acordo, como de regra ocorre, e nada a se provar além do que já consta
nos autos, para então levar os autos à conclusão e um longo tempo para ter ciência da decisão, quando a
lide e as pretensões já poderiam ter sido resolvidas há muito tempo.
No que diz respeito ao processamento das ações que versem sobre matéria de direito, ou de direito e de
fato, mas que cujos fatos não dependem de maiores dilações probatórias, pois a documentação ou relação
855
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entre as partes não careceria de designação de audiência de instrução para interrogar partes e/ou
testemunhas, tal ato se mostra desnecessário e protelatório fulminando a tão buscada celeridade
processual.
Acrescente-se que a mudança do Código de Processo Civil, usado subsidiariamente no âmbito da Lei
9.099/95, já sinaliza a priorização pelo legislador de uso de todos os meios para se obter a celeridade
processual, sem prejuízo dos princípios constitucionais.
Nota-se que o legislador priorizou a principiologia estrutural das normas jurídicas para dar-lhe resultados e
fins úteis, esperados pelos seus destinatários: os jurisdicionados.
Não foi requerido no processo qualquer tipo de prova ou de alongamento instrutório. O juiz do sistema de
Juizados Especiais também tem ampla liberdade para determinar provas, apreciá-las e definir o
procedimento de acordo com as regras legais, podendo, inclusive, encurtar o trâmite do processo de rito
sumário. O art. 378 do CPC afirma que ninguém deve se eximir de colaborar com o Poder Judiciário para
a busca da verdade real. Porquanto, o que é vedado ao Juiz é atropelar o procedimento e cercear defesa
ou impedir a materialização do Princípio Contraditório, ou deixar de fundamentar sua decisão, como exige
o art. 93, IX, da CF. Mas, são os arts. 5º e 6º da Lei 9.099/95 que conferem ao Juiz a liberdade de agilizar
o processo em benefício das partes.
De mais a mais, os princípios que norteiam a Lei 9.099/95, economia processual, simplicidade, celeridade,
informalidade e oralidade, todos constitucionais, não são violados quando o Juiz, após dada a
oportunidade à parte de conciliar, na sessão de conciliação, não a obtém e determina a remessa do
processo a julgamento. Esta decisão não colide com o preconizado no art. 38 da própria Lei 9.099/95.
O que o processo ganha em condensação e celeridade, bem podem avaliar os que lidam no foro.
Suprime-se a audiência, porque nela nada há de particular a discutir. Assim, não se pratica ato inútil. De
outra parte, não sofre o processo paralisação, dormindo meses nas “estantes” dos cartórios, enquanto
aguarda uma audiência, cuja realização nenhum proveito trará ao conhecimento da causa, porque esta já
se acha amplamente discutida na inicial e na resposta do Réu.
Assim, determino intimação das partes desta decisão, facultando-as apresentarem e juntarem o que
entenderem pertinente para o julgamento, em 15 dias, preservando os Princípios Constitucionais e
os próprios princípios elencados na Lei 9.099/95, vindo os autos conclusos para sentença.
Friso as partes que poderão apresentar contra esta decisão pedido fundamentado de reconsideração
demonstrando e pugnando eventual realização de instrução e julgamento.
Intimem-se.
Juiz de Direito
DECISÃO/DESPACHO
R.H.
Analisando o volume processual deste juizado especial, que possui competência tanto cível quanto
criminal, denoto que o mesmo esta assoberbado quanto às suas tarefas, com centenas de processos
pendentes de análise, em face da elevada demanda de ações propostas pela população, que vê nesta
especializada o único meio de socorro contra as práticas abusivas dos fornecedores ou contra o
desrespeito e as lesões aos seus direitos.
Sendo assim, seria muito importante para celeridade e economia processual, além da economia do tempo
dos juízes, servidores e partes, a salutar adoção de meios de descentralização do iter processual, ou,
melhor dizendo, uma correta adequação ao CPC
O juiz possui liberdade quantos aos atos de presidência do processo, conforme previsão contida nos
artigos 139 do CPC, especialmente o inc. I, II e VI, bem como o art. 5º da Lei n. 9.099/95.
Não há nenhuma dificuldade em vislumbrar que determinados processos tratam apenas e tão somente de
matéria de direito, sem necessidade de instrução do feito mediante a inquirição das partes e/ou de
testigos, dispensáveis que são, conforme prevê o art. 355, inc. I do CPC, pois, atualmente, a grande
maioria das relações é de massa, de consumo, sob o contrato de adesão.
I - quando a questão de mérito for unicamente de direito, ou, sendo de direito e de fato, não houver
necessidade de produzir prova em audiência
Desta forma entendo que não se pode impor às partes é a prática de, na data de audiência de conciliação,
designar outra data longínqua para instrução do feito, ou, no caso da audiência ser una, após também ter
sido designada para uma data distante, sem observância do art. 16 da Lei n. 9.099/95 (15 dias), constatar
que não há nenhuma proposta de acordo, como de regra ocorre, e nada a se provar além do que já consta
nos autos, para então levar os autos à conclusão e um longo tempo para ter ciência da decisão, quando a
lide e as pretensões já poderiam ter sido resolvidas há muito tempo.
No que diz respeito ao processamento das ações que versem sobre matéria de direito, ou de direito e de
fato, mas que cujos fatos não dependem de maiores dilações probatórias, pois a documentação ou relação
entre as partes não careceria de designação de audiência de instrução para interrogar partes e/ou
testemunhas, tal ato se mostra desnecessário e protelatório fulminando a tão buscada celeridade
processual.
Acrescente-se que a mudança do Código de Processo Civil, usado subsidiariamente no âmbito da Lei
9.099/95, já sinaliza a priorização pelo legislador de uso de todos os meios para se obter a celeridade
processual, sem prejuízo dos princípios constitucionais.
Nota-se que o legislador priorizou a principiologia estrutural das normas jurídicas para dar-lhe resultados e
fins úteis, esperados pelos seus destinatários: os jurisdicionados.
Não foi requerido no processo qualquer tipo de prova ou de alongamento instrutório. O juiz do sistema de
Juizados Especiais também tem ampla liberdade para determinar provas, apreciá-las e definir o
procedimento de acordo com as regras legais, podendo, inclusive, encurtar o trâmite do processo de rito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
sumário. O art. 378 do CPC afirma que ninguém deve se eximir de colaborar com o Poder Judiciário para
a busca da verdade real. Porquanto, o que é vedado ao Juiz é atropelar o procedimento e cercear defesa
ou impedir a materialização do Princípio Contraditório, ou deixar de fundamentar sua decisão, como exige
o art. 93, IX, da CF. Mas, são os arts. 5º e 6º da Lei 9.099/95 que conferem ao Juiz a liberdade de agilizar
o processo em benefício das partes.
De mais a mais, os princípios que norteiam a Lei 9.099/95, economia processual, simplicidade, celeridade,
informalidade e oralidade, todos constitucionais, não são violados quando o Juiz, após dada a
oportunidade à parte de conciliar, na sessão de conciliação, não a obtém e determina a remessa do
processo a julgamento. Esta decisão não colide com o preconizado no art. 38 da própria Lei 9.099/95.
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Assim, determino intimação das partes desta decisão, facultando-as apresentarem e juntarem o que
entenderem pertinente para o julgamento, em 15 dias, preservando os Princípios Constitucionais e
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Friso as partes que poderão apresentar contra esta decisão pedido fundamentado de reconsideração
demonstrando e pugnando eventual realização de instrução e julgamento.
Intimem-se.
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A parte Autora e o Requerido Amazon Serviços de Varejo do Brasil, serão intimados via sistema PJE.
O Requerido NS Comércio de Eletrônicos Eireli será citado através de Whatsapp. Por fim, a parte
Requerida SR7 Assistência Técnica será citada mediante correios.
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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.
INTIMAÇÃO
Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.
OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.
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Coordenador do Núcleo de Cumprimento e Sessões de Julgamento - UPJ Turmas Recursais
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como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação: RECORRIDO Nome:
ALESSANDRA NATASHA ALCANTARA BARREIROS BAGANHA Participação: ADVOGADO Nome:
KELMA SOUSA DE OLIVEIRA REUTER COUTINHO OAB: 5875/PA
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Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.
OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.
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Lei 11.419/06.
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OAB: 17234/PA Participação: RECORRIDO Nome: ITAU UNIBANCO S.A. Participação: ADVOGADO
Nome: LUIS CARLOS MONTEIRO LAURENCO OAB: 16780/BA
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DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
de Processo Civil/2015, recebo a apelação em duplo efeito, nos termos do caput do artigo 1.012 e
ministerial nesta instância superior para manifestar-se como fiscal da ordem jurídica.
P.R.I.C
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Desembargadora relatora
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UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
0808400-19.2019.8.14.0040
No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das Turmas de
Direito Público e Privado intima a parte interessada de que foi opostos Recurso de Embargos de
Declaração, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.023, §2º, do
CPC/2015.
DECISÃO MONOCRÁTICA
Expedido o mandado de intimação por AR, ele retornou sem cumprimento, com informação de mudança
de endereço, conforme certidão identificada sob o nº 5773626.
Éo sucinto relatório.
Pois bem.
Com a renúncia dos poderes dos advogados do agravante, foi determinada a intimação pessoal deste
para regularização da representação processual. Entretanto, a intimação retornou sem cumprimento,
conforme se observa na certidão identificada sob o nº 5773626. Por conseguinte, constata-se que o
agravante não manteve seu endereço atualizado, nos termos do art. 274, parágrafo único do NCPC.
A jurisprudência pátria firmou entendimento no sentido de que é dever da parte e de seu advogado
manterem atualizado o Juízo em relação à mudança de endereço, seja temporária ou definitiva, sob pena
de inviabilização da prestação jurisdicional. Em reforço dessa assertiva, transcrevo os seguintes arestos
do colendo Superior Tribunal de Justiça:
advertência à autora de que a sua ausência à perícia marcada, implicaria na desistência implícita da
produção da prova, com as consequências inerentes à apreciação dos pedidos formulados. Após tal
informação constar nos autos, o magistrado de origem proferiu novo despacho, determinando a intimação
do advogado da parte autora para manifestar interesse na produção de prova pericial. Mais uma vez, não
desincumbindo-se de tal ônus. A parte autora, no entanto, mesmo intimada por seu advogado à fl. 99,
apenas requereu prazo de 30 (trinta) dias a fim de retomar contato com a sua cliente, pedindo indeferido à
fl. 101, sob a prisma de que a atualização cadastral das partes é de responsabilidade destas. Mantendo-se
inerte o patrono da parte autora. A esse respeito, o Código de Processo Civil prevê presumirem-se válidas
as intimações dirigidas ao endereço indicado nos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pela
parte. (...) O MM. Juiz prolator da sentença agiu com devido acerto, ao firmar o entendimento de que a
atualização cadastral é ônus das partes interessadas, sob pena de presumirem-se válidas as intimações
enviadas ao endereço constante dos autos, ainda que não recebida pessoalmente pelo interessado." (fls.
152, g.n.). Verifica-se que o acórdão recorrido está em consonância com o posicionamento desta Corte de
Justiça acerca da validade da intimação quando a parte processual não informa a sua alteração de
endereço nos autos. É o que se extrai das ementas a seguir:
(AgInt no REsp 1800035/SC, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em
21/10/2019, DJe 28/10/2019)
Em face do exposto, não tendo o agravante mantido seu endereço atualizado para intimações, como lhe
competia, constato a ausência de interesse processual no julgamento do feito, de modo que NÃO
CONHEÇO DO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO, nos termos do art. 932, inciso III do Código
de Processo Civil c/c o art. 274, parágrafo único do CPC.
PODER JUDICIÁRIO
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Av. Tamandaré, N°. 873, Campina, Belém-PA.
CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.
INTIMAÇÃO
Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.
OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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I - Não há cerceamento de defesa pelo julgamento antecipado da lide quando a matéria de mérito é
unicamente de direito ou quando as provas produzidas nos autos são suficientes para o julgamento do
processo. Preliminar não acolhida;
II – In casu, Alda Maria dos Santos Leônidas, servidora pública estadual aposentada por invalidez com
proventos proporcionais, ajuizou uma Ação Ordinária pugnando pela revisão de sua aposentadoria, bem
como pelo pagamento de valores retroativos;
III – Compulsando a documentação acostada ao processo, se constata que a autora da ação possui
enfermidades que não estão inseridas entre as doenças consideradas graves no art. 186, inciso I, §1º, da
Lei 8.112/1990, motivo pelo qual, não faz jus a concessão da aposentadoria na integralidade;
IV - O Magistrado, ao fixar os honorários advocatícios de um processo, embora não esteja adstrito aos
limites indicados no art. 85 do NCPC, podendo fixar a verba honorária além ou aquém dos parâmetros
percentuais referidos, ou adotar como base de cálculo o valor dado à causa ou à condenação, deve fazê-
lo com a máxima equidade, atendendo ao grau de zelo do profissional, ao grau de complexidade da causa,
ao trabalho realizado e ao tempo gasto pelo advogado e, em especial, fixá-la de tal forma que não se torne
irrisória ou exorbitante;
V – No caso dos autos, trata-se de uma demanda de baixa complexidade, que não exigiu instrução
probatória ou labor maior do advogado, o que justifica a fixação dos honorários advocatícios
sucumbenciais no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), se mostrando o quantum, portanto, razoável e
proporcional à atuação dos patronos do recorrente;
VI – Recursos de apelação interpostos por Alda Maria dos Santos Leônidas e pelo Instituto de Gestão
Previdenciária do Estado do Pará – IGEPREV conhecidos e julgados improvidos.
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UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
0802610-09.2021.8.14.0000
No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das turmas de
Direito Público e Privado intima AGRAVANTE: ESTADO DO PARA AGRAVADO: V. N. D. S. de que foi
interposto Recurso de Agravo Interno, nos autos do presente processo, para apresentação de
contrarrazões, em respeito ao disposto no §2º do artigo 1021 do novo Código de Processo Civil.
Dessa forma, considerando o lapso temporal entre a interposição do presente agravo de instrumento e os
acontecimentos processuais posteriores, determino a intimação da parte agravante, para que manifeste,
no prazo de 15 dias, se ainda possui interesse na apreciação do recurso.
Relatora
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SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
ATO ORDINATÓRIO
A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, intima o Recorrente, para no prazo de 05 (cinco) dias, recolher as custas em dobro, sob
pena de deserção, conforme determina o art. 1.007, §4º do CPC, referente ao processo do recurso de
Agravo Interno, em cumprimento à determinação contida no art. 33, § 10 da Lei Ordinária Estadual nº
8.583/17.
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UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
ATO ORDINATÓRIO
A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça,
intima a parte WASHINGTON NAZARENO DA COSTA FERREIRA de que foi interposto Recurso
Extraordinário, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.030 do
CPC/2015.
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GABINETE DA DESA. ELVINA GEMAQUE TAVEIRA
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Preenchidos os requisitos legais, bem como as formalidades do art.1.010 do Código de Processo Civil,
recebo a Apelação Cível em ambos os efeitos, nos termos do caput do artigo 1.012 e 1.013 do diploma
supramencionado.
Remetam-se os autos ao Órgão Ministerial nesta Superior Instância, para manifestar-se como fiscal da
ordem jurídica.
P.R.I.C.
Belém/PA,
Desembargadora Relatora
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ATO ORDINATÓRIO
A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça,
intima a parte APELANTE: COMPANHIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, PRESIDENTE JOÃO
BOSCO VASCONCELOS DE MIRANDA JÚNIOR
ALEXANDRE XAVIER SILVA DE ARAUJO de que foi interposto Recurso Especial, estando facultada a
apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.030 do CPC/2015.
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UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
0812325-12.2020.8.14.0000
No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das Turmas de
Direito Público e Privado intima a parte interessada de que foi opostos Recurso de Embargos de
Declaração, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.023, §2º, do
CPC/2015.
911
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UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
0001785-59.2016.8.14.0005
No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das Turmas de
Direito Público e Privado intima a parte interessada de que foi opostos Recurso de Embargos de
Declaração, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.023, §2º, do
CPC/2015.
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UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
0804830-77.2021.8.14.0000
No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das turmas de
Direito Público e Privado intima RITA FONSECA DA SILVA de que foi interposto Recurso de Agravo
Interno, nos autos do presente processo, para apresentação de contrarrazões, em respeito ao disposto no
§2º do artigo 1021 do novo Código de Processo Civil.
1. Depreende-se dos autos que a sentença indeferiu a petição inicial do Mandado de Segurança diante do
entendimento de que o Impetrante não teria demonstrado a existência de direito líquido e certo a justificar
a concessão da segurança e assim julgou extinto o processo com fulcro no art. 6º, § 5º da Lei 12.016/2009
c/c art. 485, I do Código de Processo Civil;
2. Considerando que a questão posta aos autos se restringe à matéria de direito, cujos fatos necessários
ao deslinde da controvérsia podem ser demonstrados por meio dos documentos juntados, quais sejam,
sua inscrição no Estado do Pará, informando que a sua atividade principal é a criação de gado bovino para
o corte; certidão de Matrícula, a qual demonstra ser o agravado proprietário da Fazenda Eldorado, com
endereço na Estrada da Joncon Km 10, s/nº, Zona Rural, Município de Arapoema, também informando
que sua atividade principal é a criação de gado bovino para o corte; escritura do imóvel denominado
Fazenda Eldorado, localizado no Município de Arapoema – TO, por meio da qual demonstra ser o
proprietário deste imóvel; certificados de matrícula de ambas as propriedades no nome do Apelante, e guia
de trânsito animal entre as propriedades do agravado;
4. Deste modo, tenho como presente o direito líquido e certo do Apelante, eis que de acordo com os
documentos colacionados aos autos, é evidente que possui a propriedade das duas Fazendas localizadas
nos estados do Pará e de Tocantins, de modo que verifico que não se faz necessária dilação probatória
para a análise do feito, ainda que na via estreita do mandamus;
5. Demonstrada a presença de prova pré-constituida, tendo sido, para tanto, juntados os documentos que
permitem a análise do alegado direito líquido e certo, deve ser reformada a sentença que indeferiu a
petição inicial. Jurisprudência do TJPA;
6. Recurso de Apelação conhecido e provido para determinar o retorno dos autos ao primeiro grau
a fim de que, instaurado o contraditório, haja o regular processamento do feito. À unanimidade.
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Belém/PA, 17/08/2021
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Participação: ADVOGADO Nome: LUISA MENDES FRANCES OAB: 30240/PA Participação: ADVOGADO
Nome: SERGIO FIUZA DE MELLO MENDES FILHO OAB: 13339/PA Participação: ADVOGADO Nome:
ALEXANDRE COUTINHO DA SILVEIRA OAB: 13303/PA Participação: ADVOGADO Nome: AFONSO
MARCIUS VAZ LOBATO OAB: 8265/PA Participação: APELADO Nome: Estado do Pará Participação:
AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR
Nome: MANOEL SANTINO NASCIMENTO JUNIOR OAB: null
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UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
0012092-69.2013.8.14.0040
No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das Turmas de
Direito Público e Privado intima a parte interessada de que foi opostos Recurso de Embargos de
Declaração, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.023, §2º, do
CPC/2015.
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GABINETE DA DESA. ELVINA GEMAQUE TAVEIRA
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
de Processo Civil/2015, recebo a apelação em duplo efeito, nos termos do caput do artigo 1.012 e
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ministerial nesta instância superior para manifestar-se como fiscal da ordem jurídica.
P.R.I.C
Belém/PA.
Desembargadora relatora
Vistos.
Determino que seja reiterada a intimação do apelante, com preenchimento do endereço correto, porquanto
o documento de fls. 328 (Id. nº 5813036) possui endereço totalmente estranho aos informados na petição
inicial e no próprio recurso de apelação.
Intime-se. Cumpra-se.
Desembargadora
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GABINETE DA DESA. ELVINA GEMAQUE TAVEIRA
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Preenchidos os requisitos legais, bem como as formalidades do art.1.010 do Código de Processo Civil,
recebo a Apelação Cível em ambos os efeitos, nos termos do caput do artigo 1.012 e 1.013 do diploma
supramencionado.
Remetam-se os autos ao Órgão Ministerial nesta Superior Instância, para manifestar-se como fiscal da
ordem jurídica.
P.R.I.C.
Belém/PA,
Desembargadora Relatora
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CEP: 66.020-000. Fone: (91) 3110-7441.
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Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
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1. Tendo a decisão embargada sido proferida de forma fundamentada, não se observa qualquer dos vícios
do art. 1.022 do CPC/15 a ensejar a oposição dos embargos de declaração.
3. No que tange à postulação da embargante quanto ao prequestionamento, resta registrar que o novo
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ACÓRDÃO
Vistos, etc.
Plenário da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, aos nove dias do
mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um.
Turma julgadora: Desembargadores Ricardo Ferreira Nunes (Convocado), Maria de Nazaré Saavedra
Guimarães (Convocada) e Roberto Gonçalves de Moura (Relator).
Relator
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UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
Processo nº 0002221-86.2005.8.14.0301
No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das turmas de
Direito Público e Privado intima APELANTE: ESTADO DO PARÁ
APELADO: CONDOMINIO DO CASTANHEIRA SHOPPING CENTER
de que foi proferido(a) Acórdão/Decisão (ID nº 6016643), nos autos do presente processo, para os devidos
fins de direito.
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Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO LOBATO PAES NETO OAB: 17277/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ANDRE LUIZ MONTEIRO DE OLIVEIRA OAB: 17515/PA
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DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de Apelação Cível interposta por ELIDIANE DA SILVA MOURA, manifestando seu inconformismo
com a decisão proferida pelo MM. Juízo da Vara Única da Comarca de Monte Alegre/PA, nos autos de um
Mandado de Segurança impetrado em face do Prefeito do Município de Monte Alegre, cuja sentença
denegou a segurança.
O recurso interposto foi regularmente instruído, tendo sido distribuído à minha relatoria.
Expedido o mandado de intimação por AR, bem como publicado o despacho em Diário de Justiça, o
advogado deixou transcorrer o prazo de manifestação e o AR retornou sem cumprimento, com informação
de que o endereço era desconhecido, conforme certificado nas certidões identificadas sob os números
5450830 e 5790081.
Éo sucinto relatório.
Pois bem.
Em análise dos autos, tendo sido observada a alegação de perda superveniente do objeto em razão da
nomeação da impetrante, foi determinada a intimação pessoal da impetrante/apelante para se manifestar
acerca do interesse no feito, inclusive do advogado habilitado nos autos.
Entretanto, a intimação retornou sem cumprimento, conforme se observa na certidão identificada sob o nº
5450830. Por conseguinte, a impetrante/apelante não manteve seu endereço atualizado, nos termos do
art. 274, parágrafo único do NCPC.
A advogada, por sua vez, devidamente intimada, deixou transcorrer in albis o prazo para manifestar, de
modo que, ainda que se prosseguisse no julgamento, não haveria como intimar a parte e sua advogada.
Ademais, a jurisprudência pátria firmou entendimento no sentido de que é dever da parte e de seu
advogado manterem atualizado o Juízo em relação à mudança de endereço, seja temporária ou definitiva,
sob pena de inviabilização da prestação jurisdicional. Em reforço dessa assertiva, transcrevo os seguintes
arestos do colendo Superior Tribunal de Justiça:
A propósito, colhe-se do acórdão estadual: "Portanto, no caso dos autos, observando a necessidade de
produção de prova pericial, o juízo singular por meio de decisão interlocutória presente à fl. 27, agendou a
data, qual seja o dia 17/05/2017, a fim de realizar o necessário exame. Devidamente expedida carta de
intimação à fl. 28, com o consecutivo retorno de AR à fl. 31, com a indicação de número de endereço
inexistente, impossível portanto, a localização da autora. De igual forma, fora expedida nova carta de
intimação à fl. 36, com nova data de perícia agendada para quase um ano após a primeira data, qual seja,
o dia 10/05/2018, novamente, o endereço da autora não foi localizado. Destaco ter constado
expressamente nos atos intimatórios e na decisão interlocutória designatória da perícia (às fls. 28/36), a
advertência à autora de que a sua ausência à perícia marcada, implicaria na desistência implícita da
produção da prova, com as consequências inerentes à apreciação dos pedidos formulados. Após tal
informação constar nos autos, o magistrado de origem proferiu novo despacho, determinando a intimação
do advogado da parte autora para manifestar interesse na produção de prova pericial. Mais uma vez, não
desincumbindo-se de tal ônus. A parte autora, no entanto, mesmo intimada por seu advogado à fl. 99,
apenas requereu prazo de 30 (trinta) dias a fim de retomar contato com a sua cliente, pedindo indeferido à
fl. 101, sob a prisma de que a atualização cadastral das partes é de responsabilidade destas. Mantendo-se
inerte o patrono da parte autora. A esse respeito, o Código de Processo Civil prevê presumirem-se válidas
as intimações dirigidas ao endereço indicado nos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pela
parte. (...) O MM. Juiz prolator da sentença agiu com devido acerto, ao firmar o entendimento de que a
atualização cadastral é ônus das partes interessadas, sob pena de presumirem-se válidas as intimações
enviadas ao endereço constante dos autos, ainda que não recebida pessoalmente pelo interessado." (fls.
152, g.n.). Verifica-se que o acórdão recorrido está em consonância com o posicionamento desta Corte de
Justiça acerca da validade da intimação quando a parte processual não informa a sua alteração de
endereço nos autos. É o que se extrai das ementas a seguir:
interno improvido."
(AgInt no REsp 1800035/SC, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em
21/10/2019, DJe 28/10/2019)
Em face do exposto, não tendo a impetrante/apelante mantido seu endereço atualizado para intimações,
como lhe competia, constato a ausência de interesse processual no julgamento do feito, de modo que
NÃO CONHEÇO DO RECURSO DE APELAÇÃO, nos termos do art. 932, inciso III do Código de
Processo Civil c/c o art. 274, parágrafo único do CPC.
I - A pensão por morte, benefício previdenciário, consiste no pagamento efetuado pelo Estado à família do
servidor, tendo como fato gerador a morte do servidor em atividade ou aposentado;
959
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
III – In casu, a apelada impetrou um writ, arguindo que mantinha uma relação de união estável com o
servidor público estadual Geraldo José da Silva Tavarez, falecido no dia 07 de junho de 2016, e pleiteando
o recebimento do benefício da pensão por morte de seu companheiro, tendo o Juízo a quo concedido
parcialmente a segurança, com a determinação que o recorrente concedesse à apelada o mencionado
benefício;
IV – Compulsando o processo, se constata que existem documentos que comprovam a relação de união
estável entre a apelada e o Sr. Geraldo José da Silva Tavarez, motivo pelo qual, a sentença monocrática
não merece reparos, visto que a recorrida possui o direito ao recebimento do benefício previdenciário
pleiteado;
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Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art. 5º da
Lei 11.419/06.
OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
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Em seguida, com ou sem manifestação, que deverá ser certificada, remeta os autos ao Ministério Público
para exame e parecer.
Relatora
968
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Processo nº 0861219-86.2020.8.14.0301
DECISÃO
Cuida-se de AÇÃO DE CONHECIMENTO, sob o rito comum, ajuizada por ANA MARIA MONTEIRO DE
OLIVEIRA em face do REU: INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ -
IGEPREV, partes qualificadas.
Da leitura da inicial, verifico que o valor dado à causa é inferior ao limite de 60 (sessenta) salários mínimos
[1]
que a Lei nº 12.153, de 22 de dezembro de 2009 fixou como limite para a competência dos Juizados
Especiais da Fazenda Pública.
Verifico, ademais, que a matéria retratada nos autos não se insere em nenhuma das exceções fixadas
pelo art. 2º, § 1º, da Lei nº 12.153/09.
Dessa forma, considerando que a competência para o processo e julgamento das causas afetas ao
Juizado da Fazenda Pública de Belém é absoluta, conforme art. 2º, § 4º, da Lei nº 12.153/09 e Resolução
nº 018/2014-GP/TJPA, DECLARO A INCOMPETÊNCIA deste Juízo da 1ª Vara de Fazenda para
processar e julgar o feito, determinando a sua imediata redistribuição a Vara do Juizado Especial da
Fazenda Pública.
[1] Partindo da premissa de que o valor vigente do salário mínimo de 2020, a partir de 01/02/2020, é de R$
1.045,00 (um mil e quarenta e cinco reais), o valor limite da causa para processamento perante os
Juizados da Fazenda corresponde R$ 62.700,00 (sessenta e dois mil e setecentos reais).
970
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Considerando o disposto na Resolução n° 002/2016- GP, que dispõe sobre a concessão de licença para
estudo aos servidores no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará;
Considerando a realização do processo seletivo relativo à concessão para licença para estudo aberto
pelo Edital n° 01/2019-TJPA, cujo resultado foi publicado pelo Edital n° 02/2019;
Art.1º. Alterar a licença para estudo para a servidora ANA DA SILVA MELO ZOPPE BRANDÃO, Analista
Judiciário ¿ Área Judiciária, matrícula 90476, para o novo período de 01 de setembro de 2021 a 19 de
agosto de 2022.
Parágrafo único: Após o término da licença, a servidora deverá reassumir sua função no prazo máximo
de 15 (quinze) dias, conforme disposto no art. 26, I da Resolução n° 002/2016-GP.
FÓRUM CÍVEL
a um rol mÃ-nimo editado pela ANS, o qual não pode prever as hipóteses do art. 10 da Lei 9.656/98 e
não pode excluir ou mitigar as hipóteses do art. 12 da mesma Lei. Não obstante, evidentemente que
os contratos firmados podem alargar o espectro mÃ-nimo de cobertura, inclusive cobrindo as hipóteses do
citado art. 10. 4. No presente caso, a negativa se deu em razão do câncer que acomete a parte autora
não se adequar às diretrizes de utilização impostas pela ANS. Entretanto, a simples localização
no corpo humano do tumor não pode afastar o dever de cobertura, eis que tal tipo de procedimento
ofende a boa-fé objetiva e o direito à saúde. Ademais, pela análise da própria diretriz de utilização,
falta força probatória aos argumentos da parte ré de que o caso não se enquadra nas possibilidades
estabelecidas. 5. Não vislumbrada a má-fé na negativa, devida a repetição dos valores na forma
simples. 6. Inocorrente, o dano extrapatrimonial, eis que o descumprimento contratual, por si só, não
dá ensejo à indenização por danos morais, não restando comprovada excepcionalidade no sentido
de que os direitos da personalidade da autora tenham sido afrontados. 7. Sucumbência mantida e
honorários majorados em atenção ao art. 85, §11, do CPC. APELO DA PARTE AUTORA
DESPROVIDO. APELO DA PARTE Rà PROVIDO EM PARTE. (Apelação CÃ-vel Nº 70077157097,
Quinta Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em
26/06/2018)          Ademais, havendo previsão de cobertura para a doença que
acomete o autor, também não prospera a negativa da ré quanto à cobertura do exame PET CT
Oncológico, porquanto este é imprescindÃ-vel para o acompanhamento clÃ-nico da evolução da
enfermidade, sob pena de não existir uma efetiva cobertura da doença.          Desta feita,
impende reconhecer que ocorrência de ato ilÃ-cito decorrente da negativa da requerida em adimplir
obrigação contratual, pelo que deve ser reconhecido a pretensão autoral e conformada a tutela de
urgência.          DO DANO MORAL          Reconhecido o ato ilÃ-cito, deve ser
apurado o dever de reparação civil da ré pelos danos morais suportados pelo autor.        Â
 A jurisprudência mais recente da Corte Cidadã, em casos idênticos ao presente, tem entendido que
o dever de indenizar da ré não decorre da negativa, mas de que esta tenha importado no ¿
agravamento da condição de dor, abalo psicológico ou prejuÃ-zos à saúde já debilitada do
paciente¿. Senão vejamos: ¿AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
DECISÃO DA PRESIDÃNCIA. RECONSIDERAÃÃO. PLANO DE SAÃDE. TRATAMENTO DE CÃNCER.
DOENÃA COBERTA PELO CONTRATO. AGRAVAMENTO DA SAÃDE DO PACIENTE. DANO MORAL
RECONHECIDO PELAS INSTÃNCIAS ORDINÃRIAS. AGRAVO INTERNO PROVIDO PARA CONHECER
DO AGRAVO E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. 1. Agravo interno contra decisão da
Presidência que não conheceu do agravo. Reconsideração, diante da existência de impugnação,
na petição de agravo, da decisão que não admitiu o recurso especial na origem. 2. à ilegal a
negativa de custeio, pelo plano de saúde, dos meios e materiais necessários ao melhor desempenho do
tratamento clÃ-nico ou do procedimento cirúrgico ou de internação hospitalar relativos a doença
coberta pelo plano contratado. Precedentes. 3. De acordo com a jurisprudência desta Corte Superior, o
descumprimento contratual por parte da operadora de saúde, que culmina em negativa de cobertura para
procedimento de saúde, somente enseja reparação a tÃ-tulo de danos morais quando houver
agravamento da condição de dor, abalo psicológico ou prejuÃ-zos à saúde já debilitada do paciente,
o que foi constatado pela Corte de origem no caso concreto. 4. A modificação de tal entendimento
demandaria o revolvimento de suporte fático-probatório dos autos, o que é inviável em sede de
recurso especial, a teor do que dispõe a Súmula 7 deste Pretório. 5. Agravo interno provido para,
reconsiderando a decisão agravada, conhecer do agravo e negar provimento ao recurso especial. (AgInt
no AREsp 1705242/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÃJO, QUARTA TURMA, julgado em 30/11/2020, DJe
18/12/2020) Â Â Â Â Â Â Â Â Â NO CASO DOS AUTOS, os documentos de fls. 25/26 mostram que a
solicitação e o laudo para realização do exame PET-SCAN datam de janeiro de 2013, enquanto o
exame somente foi realizado em junho de 2013, conforme doc. de fls. 125, transcorrendo 05 (cinco) meses
de espera desde a data em que diagnosticado o paciente com ¿linfonodos proeminentes no
retroperitônio e pelve¿.          Evidente, portanto, que o decurso de tal significativo
espaço de tempo impacta sobremaneira no quadro de saúde do paciente, especialmente ao se
considerar que o autor sofre de SÃ-ndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS), doença que
sabidamente afeta o sistema imunológico, de forma que a demora apontada importa em inegável
agravamento da condição de saúde e abalo psicológico do paciente, em prejuÃ-zo à sua saúde já
debilitada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Desta feita, balizada pelos precedentes do STJ, entendo que no caso
concreto estão demonstrados os fatos jurÃ-dicos ensejadores do dano moral que, considerando o
substrato fático constante nos autos, reclama a reparação civil no montante de R$ 8.000,00 (oito mil
reais).      Diante de todo o exposto, com fundamento no art. 487, I do CPC, JULGO
PROCEDENTES os pedidos formulados, ratificando os termos da tutela antecipada deferida no que se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
refere a condenação da ré a realização do exame, bem como para CONDENAR a parte ré ao
pagamento, a tÃ-tulo de DANO MORAL, do valor de R$-8.000,00 (oito mil reais), devidamente corrigido
pelo INPC, e acrescido dos juros de mora simples de 1% ao mês (CC, art. 406), ambos a contar a partir
da publicação desta decisão (Súmula 362 do STJ e Súmula 54 do STJ). Em consequência,
DECLARO EXTINTO O PROCESSO, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do CPC.  Â
        Condeno a ré ao pagamento das custas, das despesas processuais e dos honorários
advocatÃ-cios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do artigo 85,
§ 2º do CPC.          PROCEDA AO NECESSÃRIO PARA COBRANÃA DAS CUSTAS
PROCESSUAIS. Caso não recolhidas no prazo legal, o que deve ser certificado, EXPEÃA-SE o
necessário para a inscrição do débito em dÃ-vida ativa, remetendo-se ao Setor de Arrecadação do
E. TJPA e à Procuradoria Geral do Estado para as providências cabÃ-veis, de tudo se certificando nos
autos.          Havendo interposição de recurso de Apelação, INTIME-SE a parte
Apelada para apresentar contrarrazões, caso queira, no prazo legal. Após, estando o feito digitalizado,
ao E. TJE/PA, com as homenagens de estilo.          Com o trânsito em julgado, pagas as
custas, se houver, arquivem-se os autos, observadas as formalidades legais, dando-se baixa junto ao
sistema processual pertinente.       Belém/PA, 09 de julho de 2021.      VALDEISE
MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital HM PROCESSO:
00264685320138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Reintegração / Manutenção de Posse em: 17/08/2021
AUTOR:LUCIENE PEREIRA DE ALCANTARA AUTOR:JULIANA DE ALCANTARA SOARES
AUTOR:IRACI BRITO SARMENTO AUTOR:JOSIANE DA SILVA FERREIRA Representante(s): OAB 7646
- ARINOS NORONHA DO NASCIMENTO (ADVOGADO) REU:GAFISA SPE 73 EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS LTDA Representante(s): OAB 11847 - ALESSANDRO PUGET OLIVA (ADVOGADO) OAB
19809 - FABRICIO GOMES CRISTINO (ADVOGADO) OAB 214918 - DANIEL BATTIPAGLIA SGAI
(ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0026468-53.2013.8.14.0301      SENTENÃA     Â
VISTOS.                      Trata-se de AÃÃO DE MANUTENÃÃO DE POSSE
ajuizada por LUCIENE PEREIRA DE ALCANTARA e outros em face de GAFISA SPE 73
EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA.      Após o ajuizamento da ação, ocorrido em
2014, a parte autora não adotou mais qualquer providência a fim de propiciar o escorreito
prosseguimento do feito.      à o relatório. PASSO A DECIDIR.       No caso vertente,
constata-se que a parte autora não mais teve qualquer interesse no andamento do processo, deixando
de cumprir as diligências que lhe incumbiam, tendo em vista que, inobstante a existência de mais de 03
(três) litisconsortes, nenhum dos interessados diligenciou a fim de assegurar o andamento processual. Â
    Exalce-se que, é dever do autor adotar as providências e diligencias que lhe competem,
viabilizando o prosseguimento do feito, evitando que os autos fiquem paralisados por tempo demasiado,
protocolando as petições necessárias a assegurar o impulso processual.      InadmissÃ-vel a
intenção de atribuir ao Judiciário mais atividades do que já possui, causando assim, acúmulo de
trabalho, mais processos se arrastando por longo decurso tempo em razão de feitos abandonados,
sendo certo que, não se justifica que pretenda transferir INTEGRALMENTE ao Judiciário o ônus pela
sua paralisação.      A própria paralisação dos autos, que distribuÃ-do em 2013 e até a
presente data não teve mais nenhuma manifestação, demonstra o descaso do autor em diligenciar e
cumprir com o dever processual que lhe compete. Â Â Â Â Â ANTE O EXPOSTO, pelos fatos e
fundamentos ao norte alinhavados, considerando que verificada a ausência de pressupostos de
constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, DECLARO EXTINTO O PROCESSO,
sem resolução de mérito, nos termos do art. 485, inciso IV do CPC.      CONDENO A PARTE
AUTORA AO PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATICIOS, estes fixados em 10%
sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015, os quais, entretanto, encontram-se
suspensos, em razão da parte autora tratar-se de beneficiária da justiça gratuita, nos termos do art.
98, § 3º do CPC.      Havendo interposição de RECURSO DE APELAÃÃO, considerando o
485, § 7º1 do CPC, retornem os autos conclusos para apreciação.      P.R.I.C. Após,
transitado em julgado, estando o feito devidamente certificado e observadas as cautelas de praxe,
ARQUIVE-SE, dando-se a respectiva baixa no sistema LIBRA.      Belém/PA, 05 de agosto de
2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da
Capital      RP 1 Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste
artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. PROCESSO: 00284414320138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO LOURENCO MAIA DA SILVA
A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:DIVINO MENDES DE CASTRO
Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Representante(s): OAB 38534 - ANTONIO BRAZ DA SILVA (ADVOGADO) OAB 12306 - ANA PAULA
BARBOSA DA ROCHA GOMES (ADVOGADO) REU:FRANCISCO JUCELIO PEREIRA PAULA. Processo
CÃ-vel nº 0059986-68.2012.8.14.0301 Sentença - Vistos etc. Tratam os presentes autos de AÃÃO DE
BUSCA E APREENSÃO EM ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA, ajuizada por BANCO BRADESCO
FINANCIAMENTOS S/A, em face de FRANCISCO JUCELIO PEREIRA PAULA, estando todos
qualificados nos autos. Constam dos autos à fl. 55, pedido de desistência da ação, pelo autor, por
não ter mais interesse no prosseguimento do feito. O réu não foi citado. Consta dos autos, certidão
da UNAJ de que não há custas finais pendentes de recolhimento. à o sucinto relatório. Decido. Posto
isto, homologo a desistência da ação, a pedido do autor. Julgo, em consequência, extinto o processo
sem resolução de mérito, com fundamento no artigo 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil do
Brasil. Expeça-se certidão de baixa e arquivamento da ação. Determino ao Sr. Diretor de Secretaria
que, havendo originais de documentos instruindo a inicial, os devolva ao exequente, por meio de seu
advogado, ficando nos autos as respectivas cópias, certificando-se a respeito de tudo nestes autos. Com
o trânsito em julgado da sentença e, havendo registro de restrição judicial sobre o veÃ-culo descrito
na inicial realizado por este juÃ-zo, proceda-se à imediata baixa da restrição. Sem honorários. Custas
pelo autor. Após, arquive-se, observadas as formalidades legais. P.R.I. Belém, 8 de maio de 2021
JOÃO LOURENÃO MAIA DA SILVA Juiz de Direito Titular da 2ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Comarca
da Capital PROCESSO: 00637055320158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Reintegração / Manutenção de Posse em: 17/08/2021 REQUERENTE:COMPANHIA DE SANEAMENTO
DO PARA COSANPA Representante(s): OAB 6099 - SALIM BRITO ZAHLUTH JUNIOR (ADVOGADO)
OAB 17079 - FELIPE KAUFFMANN CARMONA DE ALMEIDA (ADVOGADO) REQUERIDO:JOSÉ
RIBAMAR Representante(s): OAB 8414 - PEDRO PAULO CAVALERO DOS SANTOS (ADVOGADO)
REQUERIDO:ANTÔNIO SILVA NEY DA S. MARÇAL REQUERIDO:ROSIVAN MELO GUIMARÃES
REQUERIDO:MARCOS ROBERTO DE SOUSA REQUERIDO:EDILSON SOUZA DOS SANTOS
REQUERIDO:RENATA KELLY DE FREITAS CARVALHO REQUERIDO:ALESSANDRA ANDRADE
PIMENTA REQUERIDO:SARA DE JESUS ARAÚJO GOMES REQUERIDO:FABRICIO RODRIGUES
REQUERIDO:ELIEZER REQUERIDO:JACINEIRA SOUSA ROCHA REQUERIDO:ROSANA MELO
TERCEIRO:ELAINE CRISTINA DOS SANTOS COSTA TERCEIRO:LUANA DE LIMA NASCIMENTO
TERCEIRO:JULIA NUNES DA SILVA DE ALMEIDA TERCEIRO:LUANA DE LIMA NASCIMENTO.
PROCESSO Nº 0063705-53.2015.8.14.0301      DECIS¿O      VISTOS.     Â
Considerando a decis¿o proferida em sede de agravo de instrumento; considerando o disposto no art.
565, §1º do CPC1; considerando a possibilidade de, a qualquer momento, o JuÃ-zo tentar efetuar a
conciliaç¿o/mediaç¿o entre as partes, DESIGNO AUDIÃNCIA A SER REALIZADA DIA 09/11/2021,
ÃS 9H30MIN, a ser realizada presencialmente neste Fórum CÃ-vel da Capital.      Saliente-se que
deverá a parte ré eleger 01 (um) único representante para comparecer em JuÃ-zo, considerando a
necessidade de observância de medidas necessárias ao resguardo dos protocolos de segurança
sanitária e a, ainda, vivenciada, pandemia da COVID-19, devidamente acompanhado por meio de
advogado.      Advirto ainda, que deverá ser a Defensoria Pública devidamente intimada para fins
de comparecimento, considerando sua habilitaç¿o aos autos.      INT. DIL. E CUMPRA-SE,
intimando-se todas as partes acerca da presente decis¿o.      Belém/Pa., 17 de agosto de 2021.
     VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital 1
§ 1º Concedida a liminar, se essa n¿o for executada no prazo de 1 (um) ano, a contar da data de
distribuiç¿o, caberá ao juiz designar audiência de mediaç¿o, nos termos dos §§ 2º a 4º
deste artigo. PROCESSO: 01440930620168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO LOURENCO MAIA DA SILVA A??o: Busca e
Apreensão em: 17/08/2021 REQUERENTE:AYMORE CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
SA Representante(s): OAB 7248 - ALLAN RODRIGUES FERREIRA (ADVOGADO) OAB 21573 - SYDNEY
SOUSA SILVA (ADVOGADO) OAB 22991-A - MARCO ANTONIO CRESPO BARBOSA (ADVOGADO)
REQUERIDO:EDNUBIA COSTA DE SOUZA. Processo CÃ-vel nº 00144093-06.2016.8.14.0301
Sentença - Vistos etc. Tratam os presentes autos de AÃÃO DE BUSCA E APREENSÃO EM
ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA, ajuizada por AYMORÃ CRÃITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A.,
em face de EDNUBIA COSTA DE SOUZA, estando todos qualificados nos autos. Constam dos autos à fl.
49, pedido de desistência da ação, pelo autor, por não ter mais interesse no prosseguimento do feito.
O réu não foi citado. Consta dos autos, certidão da UNAJ de que não há custas finais pendentes de
recolhimento. à o sucinto relatório. Decido. Posto isto, homologo a desistência da ação, a pedido do
autor. Julgo, em consequência, extinto o processo sem resolução de mérito, com fundamento no
artigo 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil do Brasil. Expeça-se certidão de baixa e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
arquivamento da ação. Determino ao Sr. Diretor de Secretaria que, havendo originais de documentos
instruindo a inicial, os devolva ao exequente, por meio de seu advogado, ficando nos autos as respectivas
cópias, certificando-se a respeito de tudo nestes autos. Com o trânsito em julgado da sentença e,
havendo registro de restrição judicial sobre o veÃ-culo descrito na inicial realizado por este juÃ-zo,
proceda-se à imediata baixa da restrição. Sem honorários. Custas pelo autor. Após, arquive-se,
observadas as formalidades legais. P.R.I. Belém, 8 de maio de 2021 JOÃO LOURENÃO MAIA DA
SILVA Juiz de Direito Titular da 2ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Comarca da Capital PROCESSO:
02832811420168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JOÃO LOURENÇO MAIA DA SILVA A??o: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 17/08/2021
REQUERENTE:YAMAHA ADMINISTRADORA DE CONSORCIO LTDA Representante(s): OAB 231747 -
EDEMILSON KOJI MOTODA (ADVOGADO) REQUERIDO:MARCOS PAULO DA CONCEICAO
FERREIRA. Processo CÃ-vel nº 0283281-14.2016.8.14.0301 Sentença - Vistos etc. Tratam os
presentes autos de AÃÃO DE BUSCA E APREENSÃO, ajuizada por YAMAHA ADMINISTRADORA DE
CONSÃRCIO LTDA, em face de MARCOS PAULO DA CONCEIÃÃO FERREIRA, estando todos
qualificados nos autos. Constam dos autos à fl. 45, pedido de desistência da ação, pelo autor, por
não ter mais interesse no prosseguimento do feito. O réu não foi citado. Consta dos autos à fl. 49,
certidão da UNAJ de que não há custas finais pendentes de recolhimento. à o sucinto relatório.
Decido. Posto isto, homologo a desistência da ação, a pedido do autor. Julgo, em consequência,
extinto o processo sem resolução de mérito, com fundamento no artigo 485, inciso VIII, do Código de
Processo Civil do Brasil. Expeça-se certidão de baixa e arquivamento da ação. Determino ao Sr.
Diretor de Secretaria que, havendo originais de documentos instruindo a inicial, os devolva ao exequente,
por meio de seu advogado, ficando nos autos as respectivas cópias, certificando-se a respeito de tudo
nestes autos. Com o trânsito em julgado da sentença e, havendo registro de restrição judicial sobre
o veÃ-culo descrito na inicial realizado por este juÃ-zo, proceda-se à imediata baixa da restrição. Sem
honorários. Custas pelo autor. Após, arquive-se, observadas as formalidades legais. P.R.I. Belém, 14
de julho de 2021 JOÃO LOURENÃO MAIA DA SILVA Juiz de Direito Titula da 2ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Comarca da Capital
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
ATO ORDINATÓRIO
Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas iniciais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
cancelamento da distribuição do feito (Art. 290 CPC/2015). Após, juntar o comprovante de pagamento, o
boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei
8328/2015.
PROCESSO: 0826063-03.2021.8.14.0301
TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE (12134)
REQUERENTE: CESAR LUIZ VIEIRA, CINTRA DE OLIVEIRA CINTRA
Nome: CESAR LUIZ VIEIRA
Endereço: Avenida Gentil Bittencourt, 378, ed village apto 604, Batista Campos, BELéM - PA - CEP:
66035-340
Nome: CINTRA DE OLIVEIRA CINTRA
Endereço: Rua Aleutas, 19 A, (Cj Tapajós), Tapanã (Icoaraci), BELéM - PA - CEP: 66833-350
VISTOS.
- Apresentem a ATA da Assembleia das Eleições realizadas em 01/05/2021 que culminou coma eleição da
chapa DISCIPLINA E UNIFORMIDADE;
- A apresentação da regularidade das diligencias que decretou a impugnação da chapa dos autores,
quando da apresentação da contestação.
- Determino igualmente a SUSPENSÃO dos efeitos da eleição realizada em 01 de maio de 2021 que
culminou com a eleição da chapa DISCIPLINA E UNIFORMIDADE, até o julgamento do mérito;
Apresentada Contestação e Reconvenção pela parte ré, conforme id. Num. 28823424, a parte ré pleiteou,
dentre outros, a nomeação do sr. ALCINDO RABELO CAMPOS como administrador temporário se dará
até a resolução da lide, para que a FEDERAÇÃO PARAENSE DE JUDÔ possa cumprir com suas
obrigações e deveres orçamentarias, bem como, cumprir com o cronograma do calendário anual de 2021,
O QUE PASSO A DECIDIR.
De imediato, cabível pontuar que ao apreciar o pedido de tutela antecipada, suspendendo os efeitos da
eleição realizada em 01/05/2021, o Juízo originário ocupou-se em sustar o alcance da eleição ocorrida,
tornando sobrestada as consequências da sua ocorrência, isto é, os candidatos ali eleitos ficaram
impedidos, por ora, de exercer o cargo para o qual foram eleitos.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Corolário deste raciocínio é concluir que, a suspensão da chapa vencedora, mantém os ‘antigos’ eleitos
em seus cargos, até posterior decisão a ser proferida nos autos do processo, tendo em vista que, em
momento algum, o Poder Judiciário manifestou-se quanto à necessidade de colocar terceiro para ocupar o
posto de presidente, conselheiro e etc.
Neste cenário, aplica-se a ideia derivada do ‘efeito repristinatório’ isto é, a reentrada em vigor de norma
aparentemente revogada, ocorrendo quando uma norma que revogou outra é declarada inconstitucional
(FERREIRA, Olavo Augusto Vianna Alves. O efeito repristinatório e a declaração de inconstitucionalidade
in Leituras complementares de Direito Constitucional - Controle de Constitucionalidade. Salvador: Editora
JusPODVIM. 2007. p.151).
NO CASO EM APREÇO, certamente, não pode ficar a associação destituída de presidente, vice
presidente e conselheiros fiscais (cargos objeto da eleição ora objeto de discussão), justificando a
necessidade de manutenção, nos referidos cargos, daqueles anteriormente eleitos para tal
finalidade.
Exalce-se que a presente decisão apenas tem o condão de ‘esclarecer’ a decisão proferida pelo Juízo,
MANTENDO-A EM SUA INTEGRALIDADE, no entanto, tornando precisos os limites de sua extensão, a
fim de resguardar os interesses da própria federação e de seus associados.
Registra-se que os ocupantes dos cargos deverão atuar com lisura e probidade, respeitando os
regramentos do estatuto e as normas legais, sob pena de virem a ser responsabilidade – através de ações
próprias – quanto aos atos praticados, inclusive, enquanto durarem os efeitos da presente decisão.
2. Por certo, o fato de tratar-se de processo eletrônico não retira a necessidade de cautela e atenção dos
patronos em anexar documentos de forma a propiciar a efetiva apreciação pelo Judiciário, devendo
observar os procedimentos legais e as fases processuais, previstas no CPC.
Reiterados são os pedidos da parte autora que peticiona e depois requer o desentranhamento da petição,
acrescida dos pleitos formulados em duplicidade, o que, certamente, dificulta a própria compreensão dos
autos, devendo atentar-se nas próximas vezes, quando for realizar qualquer peticionamento em
Juízo.
De toda forma, a fim de evitar tumulto e confusão processual, DEFIRO o pedido de desentranhamento
formulado através do id. Num. 26355334 e Num. 26591775, as quais requerem, respectivamente, a
retirada das petições de id. 26347603 e id. 26547009 dos autos.
Deverá, para tanto, a UPJ adotar as providências necessárias, em tudo certificado nos autos.
3. Através da decisão proferida por meio do id. Num. 26473632, este Juízo determinou: ‘Efetivada a tutela
cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias nos termos do art.
308 do CPC.’.
Em contrapartida, nomeando como ADITAMENTO DA INICIAL, a parte autora peticiona através do id.
Num. 26547009 (que será desentranhada conforme item 2 da presente decisão); através do id. Num.
26592895; e, através id. Num. 28715842 – tendo, nesta última oportunidade, inclusive, majorado o valor
da causa – sem fazer quaisquer tipos de esclarecimentos, ora apenas repetindo o pedido; ora trazendo
‘pedidos’ novos.
Desta forma, a fim de evitar tumulto e confusão processual, deverá a UPJ certificar quanto à
tempestividade das respectivas petições, nos termos fixados por este Juízo.
4. Considerando que apresentada RECONVENÇÃO pela parte ré, tendo em vista o disposto no art. 343,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
§1] do CPC, INTIME-SE a parte autora/reconvinda, para, apresentar resposta no prazo de 15 (quinze)
dias.
No mesmo prazo, deverá, desde logo, apresentar réplica à contestação, observados os termos da
legislação.
Após, estando o feito devidamente certificado e cumprida integralmente a presente decisão, RETORNEM
OS AUTOS CONCLUSOS PARA APRECIAÇÃO.
Belém/PA.,
RP
Processo nº.0827354-72.2020.8.14.0301.
- DESPACHO -
Defiro o pedido de pesquisa de endereço do réu, nos sítios eletrônicos disponíveis à Justiça para este fim,
mediante o recolhimento das respectivas custas.
Intime-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ATO ORDINATÓRIO
Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas iniciais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
cancelamento da distribuição do feito (Art. 290 CPC/2015). Após, juntar o comprovante de pagamento, o
boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei
8328/2015.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
ATO ORDINATÓRIO
Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas iniciais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
cancelamento da distribuição do feito (Art. 290 CPC/2015). Após, juntar o comprovante de pagamento, o
boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei
8328/2015.
Processo nº 0845402-45.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [DIREITO DO CONSUMIDOR, Cancelamento de vôo, COVID-19]
Nome: BRENDA PENEDO TAVARES DE SOUSA
Endereço: Travessa Timbó, 1293, Ed. Maria & Maria, apartamento n 1802, Pedreira, BELéM - PA - CEP:
66083-049
DECISÃO-MANDADO
Ao analisar os eventos vinculados ao presente feito, observo que possui identidade de partes, pedido e
causa do processo nº 0845376-47.2021.8.14.0301, distribuído em 09/08/2021 às 09h32m, que tramitou
perante o Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial de Belém, e foi extinto sem resolução do mérito por
desistência da reclamante.
(...)
II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em
litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;
Desta feita, declaro a incompetência deste Juízo para conciliar, processar e julgar o feito e determino a
redistribuição dos autos à 2ª Vara Cível e Empresarial de Belém.
SEGURANCA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: LEANDRO JOSE PEREIRA MACEDO OAB:
10160/PA Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR LOBATO DA SILVA registrado(a) civilmente como
VICTOR LOBATO DA SILVA OAB: 25223/PA Participação: REU Nome: OBERDAN LIRA DA SILVA
JUNIOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
ATO ORDINATÓRIO
Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas iniciais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
cancelamento da distribuição do feito (Art. 290 CPC/2015). Após, juntar o comprovante de pagamento, o
boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei
8328/2015.
DECISÃO
Alega que autora e seu esposo adquiriram passagens aéreas com destino a Portugal, confirmada no voo
AIRBUS A320, gerando o código de reserva OBEKU2, que sairia de Belém no horário de 7:55 da manhã
do dia 17 de agosto de 2021.
Aduz que realizaram o check-in um dia antes na própria loja da azul, localizada no aeroporto.
Informa que foram para o aeroporto às 4:30 da manhã, para aguardar o embarque. Ocorre que, no dia do
embarque (17/08/2021) e apesar de estar com todos os documentos exigidos e conferidos pela requerida,
a requerente não conseguiu embarcar, visto que a gerente MONIQUE da equipe de Belém da azul linhas
aéreas, impediu a sua entrada na aeronave.
Aduz que a motivação da negativa foi a ausência de comprovação de residência em Portugal, mesmo
tendo comprovado que seu marido tem emprego e residência naquele país.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Afirma que, mesmo argumentando perante a equipe da requerida, não conseguiu embarcar, motivo pelo
qual apenas seu marido viajou.
Informa que, quando seu marido chegou em Campinas-SP, procurou a requerida Azul, que admitiu
verbalmente o equívoco no procedimento da equipe Azul de Belém, e remarcou gratuitamente a passagem
da autora para o dia 19/08/2021, no mesmo horário, com saída de Belém, escala em Campinas e destino
final Portugal.
Ocorre que a autora será recebida pela mesma equipe, que não lhe permitiu embarcar no dia 17/08/2021,
motivo pelo qual teme ser novamente impedida pela ré.
Requer, neste sentido, a concessão de tutela antecipada para garantir o embarque da autora no dia
19/08/2021.
Passo à análise.
Primeiramente, esclareço que a relação trazida aos autos se trata de relação de consumo, entre a autora e
a prestadora de serviços aéreos, de modo que a decisão se limita às competências e atribuições deste
juízo para análise da matéria.
Analisando os autos, verifico tratar-se de medida urgente, onde a autora pretende ter garantido o seu
direito de embarque no voo AD2640, Airbus 320, no dia 19/08/2021 às 07:55hs com destino a Portugal,
conforme localizador OBEKU2.
A parte autora comprovou que sua passagem foi remarcada para referida data, comprovou que seu marido
(união estável por escritura pública) possui visto de residente em Portugal, bem como comprovou que ele
possui declaração de residência naquele país, além de trabalho fixo no pais de destino, bem como a
autora já tem passagem de volta e fez exame de covid e ainda preencheu todos os formulários exigidos
pela imigração portuguesa.
Assim, entendo que restou comprovado o direito da autora embarcar no voo contratado, de modo que
qualquer outro requisito necessário a entrada e permanência naquele país deve ser realizada pelo órgão
imigratório competente português.
Isto posto, diante da presença dos requisitos necessários para a concessão de tutela antecipada, a saber,
fundado receio de dano irreparável e verossimilhança das alegações, em uma análise prima facie,
DEFIRO o pedido de tutela antecipada, no sentido de que a ré AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S.A
preste o serviço de traslado da autora LORENA CAROLINA BARRADAS LISBOA DA ROSA no voo
AD2640, Airbus 320, no dia 19/08/2021 às 07:55hs com destino a Portugal, conforme localizador
OBEKU2, sob pena de não cumprindo esta decisão, incidir em multa única de R$ 5.000,00 por dia.
CUMPRA-SE.
Após, remeta-se à livre distribuição, nos termos do artigo 3º, parágrafo único, da Resolução n. 013/2009.
P.R.I.C
os documentos de fls. 185/194, devolvendo-os ao patrono signatário, vez que inteiramente intempestivo e
inoportuno, estando precluso aos réus a apresentação de contestação e de especificação de
provas. 2.Observo que o feito foi saneado através da decisão prolatada à s fls. 171/172, tendo o JuÃ-zo
na oportunidade FIXADO COMO CONTROVERTIDO os seguintes pontos: a) Legitimidade do esbulho
praticado pela requerida ANCORA; b) A manutenção da posse dos autores sobre o imóvel no
momento em que o esbulho foi praticado; c) Extensão dos danos suportados pelos autores.
Oportunizando às partes prazo para especificarem as provas que pretendem produzir, apenas os autores
se manifestaram, conforme certidão de fls. 184, requerendo a produção de prova testemunhal e
documental para a prova dos fatos apontados nos itens ¿b¿ e ¿c¿, restando reclusa a
manifestação dos réus. No que se refere ao item ¿c¿, importa salientar que se refere apenas ao
dano moral, uma vez que não há pedido relativo a danos materiais na petição inicial e, ainda que
houvesse, estes teriam que ter sido provados documentalmente junto a exordial. Desta sorte,
considerando que os danos morais tratados nos autos, se reconhecidos, serão considerados in re ipsa,
prescinde-se da produção de prova, razão pela qual INDEFIRO o pedido relativo ao item ¿c¿. No
mais, em relação ao item ¿b¿, tem-se que a decisão de fls. 171/172 consignou como
INCONTROVERSO o fato de que, por ocasião do esbulho, o imóvel não estava habitado mas haviam
bens particulares dos autores. Desta sorte, não restam fatos a serem provados, cingindo-se a
controvérsia apenas ao campo do direito, de modo a concluir se tais fatos configuram legalmente a
manutenção da posse ou o abandono do imóvel, razão pela qual INDEFIRO a produção de prova
testemunhal neste ponto. No que se refere a prova documental, resta precluso, na forma do art. 434 do
CPC, uma vez que deveriam ter sido produzidas pelo autor no momento da exordial ou da réplica. 3. Isto
posto, estando o feito em ordem, nos termos do art. 355, I do CPC, ANUNCIO O JULGAMENTO DO
FEITO. Tratando-se de feito com concessão de gratuita, desnecessária a remessa dos autos à UNAJ,
para fins de cálculo de custas finais. Logo, não havendo impugnação no prazo legal e transcorridos
os prazos, certifique-se o ocorrido e retornem os autos conclusos para SENTENÃA. INT., DIL. E
CUMPRA-SE.      Belém/PA, 13 de agosto de 2021.      VALDEÃSE MARIA REIS
BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital      HM PROCESSO:
00016243920138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VAL DEISE M ARIA RE IS B A S TOS A ? ? o : P ro c e d ime n t o Co mu m Cí v e l e m: 1 7 /0 8 / 2 0 2 1
REQUERENTE:CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO LILLE Representante(s): OAB 7961 - MICHEL FERRO E
SILVA (ADVOGADO) REQUERIDO:PORTE ENGENHARIA LTDA Representante(s): OAB 8770 - BRUNO
MENEZES COELHO DE SOUZA (ADVOGADO) OAB 11307-A - ROBERTA MENEZES COELHO DE
SOUZA (ADVOGADO) OAB 25065 - FELIPE ALMEIDA GONÇALVES (ADVOGADO) . PROCESSO Nº
0001624-39.2013.8.14.0301 DECISÃO INTERLOCUTÃRIA Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Ab initio, deve
ser primeiramente enfatizado que assumi esta Vara em 21/09/2020 com mais de DOIS MIL PROCESSOS
FÃSICOS (LIBRA), conclusos desde 2016 (DOIS MIL E DEZESSEIS), ou seja, cerca de 04 (quatro) anos
em Gabinete, além dos processos eletrônicos do PJE.      Exalce-se que os processos fÃ-sicos
tem sido prioridade desta Magistrada, especialmente pela ordem cronológica, portanto, em sendo
demandas de urgência, devem os advogados requererem atendimento no JuÃ-zo e informar o número do
processo para análise, posto que ficam aguardando a ordem cronológica ou PRIORIDADES LEGAIS,
onde este processo não se encontra enquadrado.      Ademais, em que pese o feito tenha sido
ajuizamento sob a égide do CPC, desde a entrada em vigor do CPC/15 suas determinações serão
observadas para a resolução da lide, por força da regra de transição inserta em seu art. 1.046
(Teoria do Isolamento dos Atos Processuais), respeitados os atos processuais já praticados sob a e
vigência da norma revogada.      DA DISTRIBUIÃÃO DO ÃNUS DA PROVA.     Â
Esclarecido tal ponto, passo a apreciação da questão processual pendentes de apreciação.   Â
  Cuida-se de ação de obrigação de fazer c/c indenizatória por perdas e danos decorrente da
suposta má prestação dos serviços e dos produtos relativos a construção do condomÃ-nio por
culpa da ré, em cujo bojo, em sede de decisão saneadora prolatada às fls. 262/263, foram fixados os
pontos controvertidos.      Urge pontuar que, no compasso da jurisprudência do STJ (REsp
1560728/MG), a matéria tratada nestes autos é de natureza consumeirista e, portanto, observa as
normas de direito material e processual previstas no Código de Defesa do Consumidor.      Dito
isso, no que tange a distribuição do ônus da prova, denota-se que a inversão é exceção, não
regra, desde que presentes os requisitos legais, sem se descuidar das provas impossÃ-veis de serem
produzidas pelo réu ou daquelas, cuja natureza personalÃ-ssima, impõe a prova ao consumidor.   Â
  De inÃ-cio, observo que há entre as partes evidente desigualdade, tanto técnica quanto econômica,
seja porque a ré é a própria construtora e, portanto, detém todo o conhecimento técnico relativo a
obra que construiu, seja porque o autor não tem fins lucrativos e sua renda serve apenas para rateio das
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
despesas comuns, razão pela qual presentes os requisitos autorizadores da inversão do ônus da
prova (art. 6º, VIII do CDC).      Contudo, na forma do §1º do art. 373 c/c art. III do art. 357 do
CPC, torna-se imperioso definir a distribuição do ônus da prova.      Quanto aos fatos relativos
ao pedido de obrigação de fazer decorrente dos defeitos e anomalias de natureza estrutural e elétrica
(itens ¿a¿ e ¿d¿ dos pedidos da exordial - fl. 35), o ônus probatório incumbe à construtora ré,
que detém toda a capacidade técnica bem como as informações e os documentos referentes aos
produtos e serviços utilizados na construção, notadamente ao se considerar que o autor se
desincumbiu do ônus ao apresentar documentos importantes para a prova dos fatos constitutivos de seu
direito.      Quanto aos danos materiais e morais, é cediço que a ocorrência e o quantum
devem ser indicados e provados pela parte que os alega, ante a impossibilidade de produção pelo réu
de prova negativa. Desta feita, no que tange aos fatos relativos aos pedidos especificados nos itens
¿e¿ e ¿f¿ da exordial (fl. 36), o ônus probatório recairá sobre a parte autora.      DAS
PROVAS REQUERIDAS PELAS PARTES. Â Â Â Â Â Incumbe ao Juiz dirigir o processo de forma a velar
pela sua razoável duração, bem como a adequar a produção de prova a necessidade do conflito e
sanear outros vÃ-cios processuais, nos termos do art. 139, incisos II, VI e IX do CPC. Â Â Â Â Â Na mesma
senda, a norma inserta no art. 370 do CPC dispõe que o Juiz indeferirá as diligências que foram
inúteis ao julgamento do mérito.      A parte autora requereu a realização de inspeção
judicial, depoimento de testemunhas e depoimento pessoal do representante legal da ré, enquanto a ré
requereu perÃ-cia judicial, sem, contudo, esclarecer quais os fatos seriam esclarecidos através de cada
uma dessas provas (fls. 264/265).      A ré, por sua vez, requereu a realização de perÃ-cia
judicial, bem como de inspeção judicial e coleta de depoimento pessoal e de testemunha, sem
esclarecer, contudo, quais fatos se pretende provar por meio da prova oral (fls. 266/269). Â Â Â Â Â NO
QUE TANGE ÃS PROVAS ORAIS, tem-se que nenhuma das partes esclareceu sobre quais fatos se daria
a produção de prova oral, o que, por si só, impõe o indeferimento do pleito. Ademais, os fatos a
serem esclarecido na instrução demandam (sejam relativos aos danos estruturais, ou à s
obrigações pactuadas e não cumprida pela ré e os valores despendidos pelo condomÃ-nio)
evidentemente, não podem ser elucidados através de testemunha ou depoimento pessoal, mas, tão
somente, por meio documental, a qual já está preclusa, como se verá a seguir, razão pela qual
INDEFIRO os pedidos relativos à prova oral.      NO QUE SE REFERE A PROVA DOCUMENTAL,
dispunha o CPC/73, em vigor à época (correspondente ao art. 434 do CPC/15), que o momento
processual para sua produção é a fase postulatória (petição inicial e contestação). Desta feita,
não tendo nenhuma das partes alegado ou justificado a existência de documentos novos, na forma do
art. 397 do CPC/73, resta PRECLUSA a produção deste meio de prova.      NO QUE SE
REFERE A INSPEÃÃO JUDICIAL, entendo que a prova é impertinente, uma vez que carece o JuÃ-zo de
expertise para aferição dos danos estruturais alegados, especialmente a considerar o decurso do
tempo, razão pela qual a INDEFIRO.      NO QUE SE REFERE A PROVA PERICIAL para
avaliação de preço de mercado do mobiliário relativo aos danos materiais, é evidente que o
decurso de quase dez anos desde a compra prejudica a realização do mesmo, sendo impossÃ-vel aferir
qual o preço de mercado à época da aquisição.      Ademais, estando listado os itens
adquiridos e seu respectivo valor junto a inicial, caberia ao réu, em sede de contestação, impugnar
especificamente cada um dos valores, comprovando que destoam da média do mercado, através de
documentos hábeis para tanto, não se justificando a pretensão de transferir ao Judiciário ônus que
lhe incumbe, através de meras suposições, razão pela qual INDEFIRO a produção desta prova.
     Por fim, QUANTO A PROVA PERICIAL de engenharia civil e elétrica (itens 1 e 2 - fls. 269),
observo que o réu pretende provar: a) a inexistência de vÃ-cio dos produtos utilizados na obra; e b) que
se existir vÃ-cio, não pode ser atribuÃ-do a ré, mas desgaste natural ou ausência de manutenção. Â
    Contudo, os supostos danos estruturais e elétricos remontam ao ano de 2011/2012, de forma
que, decorrido uma década, a realização de perÃ-cia neste momento seria inútil a resolução da
lide, na medida em que seria impossÃ-vel ao expert aferir quais os danos de fato existentes à época ou,
ainda, se decorrentes da má prestação do serviço/produto ou de ausência de manutenção ou
desgaste natural.      Trata-se, portanto, de situação processual em que incumbiria ao
interessado diligenciar pela produção de prova antecipada, a ser realizada em 2013, quando tomou
conhecimento da pretensão movida contra si e docs documentos relativos a perÃ-cia e ao Corpo de
Bombeiros, a fim de que pudesse ser aferido, naquele momento, se a conduta do autor teria provocado os
vÃ-cios apontados. Â Â Â Â Â Ademais, importa pontuar que o laudo pericial e demais documentos
apresentados pelo autor, inclusive expedido pelo Corpo de Bombeiros, demonstram que os vÃ-cios
alegados foram constatados no ano de 2011/2012, portanto, pouquÃ-ssimo tempo após a entregue da
obra pela construtora ré (ocorrida em 2011), de forma que a alegação de ausência de
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manutenção ou desgaste por culpa da autora se mostra desconexa com a realidade dos autos, de
forma que seu pedido se reveste de caráter protelatório.      Desta forma, resta demonstrado que
a atuação do expert é inteiramente inócua, ante o decurso do tempo, e sua manutenção
culminará apenas no retardamento da ação que, frise-se, já tramita há oito anos sem julgamento do
mérito, razão pela qual INDEFIRO a produção de prova pericial com fulcro no art. 370, parágrafo
único do CPC.      Isto posto, estando o feito em ordem e preclusa ou prejudicada a produção e
outras provas, nos termos do art. 355, I do CPC, ANUNCIO O JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO.
     Considerando o disposto na Lei nº. 8.328/2015, especialmente o art. 271 que determina a
necessidade de recolhimento prévio das custas, para fins de prolação de sentença de mérito,
REMETAM-SE OS AUTOS à UNAJ, para cálculo de custas finais, devendo, em seguida, ser intimada a
parte embargante para fins de recolhimento em 15 (quinze) dias, SOB PENA DE EXTINÃÃO DO FEITO
SEM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, salvo se militar sob o pálio da justiça gratuita, o que eu deverá ser
certificado.      Não havendo impugnação esta decisão no prazo legal, certifique-se e
retornem os autos conclusos para SENTENÃA. Â Â Â Â Â INT., DIL. E CUMPRA-SE. Â Â Â Â Â
Belém/PA, 16 de agosto de 2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de
Direito Titular da 3ª VCE da Capital      HM 1 Art. 27. No momento da prolação da sentença
ou do acórdão as custas processuais devem estar devidamente quitadas, sob pena de responsabilidade
do(s) magistrado(s), salvo os casos de assistência judiciária gratuita ou isenções legais.
PROCESSO: 00021029119958140301 PROCESSO ANTIGO: 199010036776
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REU:MARIA DE FATIMA BDE ALMEIDA E SILVA
Representante(s): OAB 8697 - FABRIZIO SANTOS BORDALLO (ADVOGADO) REU:MANOEL ACACIO O
DE ALMEIDA E SILVA Representante(s): OAB 8697 - FABRIZIO SANTOS BORDALLO (ADVOGADO)
AUTOR:CONDOMINIO DO EDIFICO STRAUSS Representante(s): OAB 2469 - ANGELA SERRA SALES
(ADVOGADO) JOSE RUBENS BARREIROS DE LEAO (ADVOGADO) OAB 1416 - EGIDIO MACHADO
SALES FILHO (ADVOGADO) OAB 15580 - LUCAS MARTINS SALES (ADVOGADO) TERCEIRO:MILTON
AUGUSTO DE BRITO NOBRE Representante(s): OAB 580 - EUDIRACY ALVES DA SILVA (ADVOGADO)
OAB 9316 - CARLOS AUGUSTO TEIXEIRA DE B.NOBRE (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0002102-
91.1995.8.14.0301 Â Â Â Â Â DECISÃO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Trata-se de feito em fase de
CUMPRIMENTO DE SENTENÃA com despacho inicial proferido em 2014, ocasião em que a parte
devedora foi devidamente intimada para o cumprimento da obrigação, vide fl. 343.      Houve
apresentação de EXCEÃÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ocasião em que foi decidido o seguinte: [...]
No momento do cumprimento da obrigação o juÃ-zo fará o controle da dÃ-vida, que será limitado ao
contido na sentença, ou seja, devolução dos valores pagos pelo credor descontados 20%. (o que
inclui a correção monetária), sem juros posto que não previstos na sentença, salvo os de mora a
partir do transito em julgado da sentença, porque estes são consectários legais, (grifou-se)     Â
Da mesma forma, desde agosto/2015 se pretende a penhora de 25% das taxas condominiais recolhidas
pelo condomÃ-nio, considerando o não cumprimento voluntário da obrigação.      Constata-se,
portanto, que há mais de 05 (cinco) anos o condomÃ-nio executado se exime da obrigação, deixando
de cumprir a comando judiciais EXPRESSOS proferidos ao longo dos autos, inobstante a intimação
pessoal do SÃNDICO.      Não bastasse a intimação pessoal do próprio sÃ-ndico, os próprios
condôminos já foram individualmente intimados quanto à necessidade de cumprimento da obrigação,
não havendo, no entanto, adotado qualquer medida para tanto.      As tentativas de bloqueio de
valores através do sistema BACENJUD; a expedição de ofÃ-cio para instituições bancárias e para
própria empresa administradora de condomÃ-nio restaram todas infrutÃ-feras, o que causa estranheza a
este JuÃ-zo, considerando tratar-se de condomÃ-nio de apartamentos de elevado padrão.     Â
Após a declaração de suspeição dos JuÃ-zos da 1ª e 2ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital, os
autos vieram a este JuÃ-zo, razão pela qual, PASSO A DECIDIR.      1. DEIXO DE APRECIAR a
petição de fl. 626/631 tendo em vista que estranha à presente etapa processual, especialmente que,
inobstante a parte pleiteie a abertura de subconta para deposito de valores em JuÃ-zo, novamente, deixa
transcorrer o tempo e os prazos já fixados por este JuÃ-zo, demonstrando que apenas pretende o
alongamento do feito.      De toda sorte, a fim de evitar quaisquer dúvidas que pairem sobre a
matéria, atente-se a exequente que a fixação de valores aquando da prolação da decisão de fl.
383 levou em consideração apenas o marco temporal então fixado, discriminado os valores já
existentes nos autos, porém, em momento algum, limitou o montante da condenação, diferentemente
do afirmado pela parte ré.      O descaso com o Poder Judiciário é aviltante, pois sequer o
CondomÃ-nio comprova - documentalmente - quais os valores atualmente devidos a tÃ-tulo de taxa
condominial por cada um dos condomÃ-nios, inclusive o corresponde à cobertura, inviabilizando que haja a
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estimativa e discriminação dos valores devidos por cada morador.      Registre-se que, novas
petições iguais a esta e pedidos formulados pela própria devedora que, após deferimento do JuÃ-zo,
deixam de ser cumpridos sem qualquer justificativa, ENSEJARÃ A APLICAÃÃO DE MULTA POR ATO
ATENTATÃRIO A DIGNIDADE DA JUSTIÃA, CONFORME PLEITEADO PELA PARTE EXEQUENTE, A
SER IMPOSTA PESSOALMENTE NO SÃNDICO, REPRESENTANTE DO CONDOMÃNIO. Â Â Â Â Â
Oportuno ressaltar que incumbe às partes e a seus procuradores cumprir com exatidão as decisões
judiciais, sem criar embaraços para fazê-lo, sob pena de configurar ato atentatório à dignidade da
Justiça, nos termos do inciso IV, do art. 77, do CPC. Vejamos o que refere os parágrafos do referido
artigo: § 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no
caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. § 2o A
violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o
juiz, sem prejuÃ-zo das sanções criminais, civis e processuais cabÃ-veis, aplicar ao responsável multa
de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. § 3o Não sendo
paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como dÃ-vida ativa da União
ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o
procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97.      Além
disso, o PRINCÃPIO DA COOPERAÃÃO, previsto no art. 6º, do CPC, estabelece que cabe aos sujeitos
do processo cooperarem a fim de obter a efetivação da prestação jurisdicional.      2. Em
relação às petições protocoladas por proprietários de unidades condominiais (fl. 558/588; 612/615)
tem razão os interessados, havendo de ressaltar-se, no entanto, que em momento algum das etapas
processuais houve o redirecionamento da execução para os condôminos. O que se pretendeu, tão
somente, foi a `cessão¿ dos valores que seriam devidos em favor do condomÃ-nio, a tÃ-tulo de taxa
condominial, a serem revestidos no limite de 25% em favor dos credores da presente obrigação.   Â
  Nesta toada, são responsáveis pelo depósito em JuÃ-zo aqueles que exercem o papel de
condômino, quer na condição de ocupante quer na condição de proprietário do bem. Ante o
descaso do condomÃ-nio-réu em cumprir com a obrigação de pagar, tornam-se responsáveis pelo
pagamento aqueles condôminos mensalmente responsáveis por arcar com o custeio mensal do
condomÃ-nio, ficando os mesmos, desobrigados da obrigação de pagar, acaso efetuem o depósito em
JuÃ-zo, restando respaldados em razão da presente decisão judicial.      Nada obsta, no entanto,
que acaso haja a integralização à lide de todos os proprietários (por meio da realização de
citação e observados o contraditório e a ampla defesa) sejam os condôminos pessoalmente
responsabilizados pelo débito, na cota-parte que lhe compete, resguardado eventuais direito Ã
indenização pelos prejuÃ-zos causados por outrem (ex vi o sindico).      Desta forma,
considerando que os condôminos foram intimados pessoalmente quanto à obrigação de depositar em
juÃ-zo o valor correspondente à 25% da cota condominial mensal, porém, até a presente data não
efetuaram os pagamentos; considerando que inobstante reiteradamente determinado por este JuÃ-zo, o
condomÃ-nio-réu deixa de cumprir a obrigação; considerando a necessidade de garantir efetividade Ã
s decisões judiciais, INTIME-SE o condomÃ-nio-réu, na pessoa do SÃNDICO e VICE SÃNDICO, para,
no prazo de 15 (quinze) dias, cumprir a obrigação de pagar, efetuando a retenção de 25% do valor
individual pago mensalmente por cada uma das unidades condominiais, considerando que através da
petição de fl. 589, o réu informa que supostamente receberia em mãos os valores.      Em
atenção ao disposto no art. 139, IV do CPC, a intimação do SÃNDICO e VICE SÃNDICO, deverá
ser pessoal, efetuada pelo sr. Oficial de Justiça, podendo quaisquer deles vir a ser pessoalmente
responsabilizado, conforme alhures exposto, com MULTA POR ATO ATENTATÃRIO A DIGNIDADE DA
JUSTIÃA, SEM PREJUÃZO DAS SANÃÃES CRIMINAIS.      Int. dil. e cumpra-se. Após, estando o
feito devidamente certificado, havendo manifestação das partes, retornem conclusos para
apreciação.      Belém/PA, 16 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS
BASTOS      JuÃ-za Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO:
00025175620098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910059440
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Cumprimento de sentença em: 17/08/2021 AUTOR:VANDA LEMO ALENCAR Representante(s): OAB
14245-A - THAISA CRISTINA CANTONI MANHAS (ADVOGADO) AUTOR:NAZARE DE MELO SALES
AUTOR:RENATO VALERIO RODRIGUES CAL AUTOR:CLAUDIO ABEL AROUCA DE SOUZA JUNIOR
Representante(s): OAB 73904 - ISRAEL ROCKENBACK (ADVOGADO) AUTOR:MARIA LINA SANTOS
DE MELO AUTOR:HORACIO DE OLIVEIRA MELO Representante(s): OAB 14245-A - THAISA CRISTINA
CANTONI MANHAS (ADVOGADO) AUTOR:CECILIA TAVARES DE OLIVEIRA Representante(s): OAB
14245-A - THAISA CRISTINA CANTONI MANHAS (ADVOGADO) AUTOR:ANTONIO LUCIO MARTIN DE
MELLO Representante(s): OAB 3194 - ANTONIO LUCIO MARTIN DE MELLO (ADVOGADO)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA ajuizada por MARIO SÃRGIO DA COSTA OLIVEIRA em face
de BV FINANCEIRA S/A.          Aduz a parte autora que firmou contrato de alienação
fiduciária para aquisição de veÃ-culo, a ser pago em 36 parcelas mensais. Requer a revisão do
contrato, alegando que o mesmo prevê capitalização de juros, além de cobrar de forma indevida
valores a tÃ-tulo de taxas administrativas. Requereu a inversão do ônus da prova e os benefÃ-cios da
justiça gratuita, além de tutela antecipada. No mérito, pleiteou pela revisão contratual e a
procedência dos pedidos. Juntou documentos para comprovar o alegado.          Não houve
a apreciação do pedido de tutela antecipada, tendo havido, tão somente, o deferimento dos
benefÃ-cios da justiça gratuita (fl. 28).      Contestação e documentos apresentados pela ré
(fls. 31), suscitando a improcedência dos pedidos, considerando a inexistência de onerosidade
excessiva e a legalidade do contrato firmado entre as partes. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Oportunizado que as
partes apresentassem as provas que pretendem produzir, ambas requereram o julgamento antecipado da
lide (fls. 94 e 95).          à o relatório. PASSO A DECIDIR.          A princÃ-pio,
observo que, a partir da entrada em vigor do Novo Código de Processo Civil, suas disposições
aplicam-se imediatamente aos procedimentos pendentes, aplicando-se a Teoria do Isolamento dos Atos
Processuais (NCPC, art. 1.046, caput), como no caso em apreço, respeitando-se o ato jurÃ-dico perfeito
frente aos quais observar-se-ão as normas vigentes à época, conforme ao art. 14 do NCPC (tempus
regit actum).          No mais, considerando o desinteresse das partes na produção de
outras provas e ausência de questões processuais ou preliminares pendentes de apreciação,
especialmente que, as próprias partes concordaram com o julgamento antecipado, anunciado por este
JuÃ-zo em sede de audiência, PASSO AO JULGAMENTO DO FEITO NO ESTADO EM QUE SE
ENCONTRA, NOS TERMOS DO ART. 355 DO CPC. Â Â Â Â Â Â Â Â Â CINGE-SE A CONTROVÃRSIA
ACERCA DA SUPOSTA EXISTÃNCIA DE CLÃUSULAS ABUSIVAS EM CONTRATO DE EMPRÃSTIMO
CONSIGNADO FIRMADO ENTRE AS PARTES. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Pontua-se, desde logo, que o pleito de
CONSIGNAÃÃO EM PAGAMENTO sequer será objeto de apreciação por este JuÃ-zo, considerando
que, apesar de fazer alusão à necessidade de depósito de valores que entende incontroversos, a parte
não diligenciou, em momento algum, a fim de desincumbir-se do ônus que lhe compete, de modo que,
ante a própria natureza da ação, entendo pela perda de objeto do pedido.          NO
CASO EM APREÃO, constata-se que a parte autora alega, de forma genérica e sem indicação das
respectivas cláusulas contratuais, a existência de anatocismo e encargos administrativos abusivos no
contrato objeto da ação. Considerando que parte dos pedidos já foram objeto de desistência, restou
pendente a apreciação do pedido de declaração de ilegalidade dos juros aplicados ao contrato.  Â
   De imediato, saliente-se que a obrigação de trazer o contrato aos autos incumbe à parte autora.
Excepcionalmente, caso não consiga trazer aos autos o contrato bancário, a parte autora deve
comprovar cabalmente que tentou obter o referido documento pela via administrativa, conforme
posicionamento firmado pelo STJ, a saber: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
CONTRATO DE PARTICIPAÿO FINANCEIRA. AÿO CAUTELAR DE EXIBIÿO DE DOCUMENTO.
INTERESSE DE AGIR. AUSÃNCIA DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. CARÃNCIA DE AÿO
POR FALTA DE INTERESSE DE AGIR. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Nos termos do acórdão proferido
por ocasião do julgamento do REsp 1.349.453/MS (Relator o eminente Ministro LUIS FELIPE
SALOM¿O, DJe de 02/02/2015), submetido ao rito do art. 543-C do CPC/73, a caracterização do
interesse de agir, em ações objetivando a exibição de documentos bancários, exige o pagamento
do custo do serviço conforme previsão contratual e normatização da autoridade monetária e a
comprovação de prévio pedido à instituição financeira não atendido em prazo razoável, o que
não ficou demonstrado no caso dos autos. 2. Concluindo o Tribunal de origem que não houve pedido
administrativo válido, a questão é imune ao crivo do recurso especial, ante as disposições da
Súmula n. 7 da Súmula desta Corte. 3. Agravo interno a que se nega provimento. (STJ - AgInt no
AREsp: 1276515 MG 2018/0081911-9, Relator: Ministro LÃZARO GUIMAR¿ES (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TRF 5ª REGI¿O), Data de Julgamento: 26/06/2018, T4 - QUARTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 29/06/2018) (grifos apostos)      Desta forma, da leitura dos autos, constata-se
que a parte não se desincumbiu do ônus que lhe compete, inclusive, quedando-se inerte mesmo
quando lhe oportunizado a especificação de provas, demonstrando o pouco interesse e o descaso com
o feito processual.      Não fosse apenas isto, o Superior Tribunal de Justiça sumulou o
entendimento de que não basta o ajuizamento da ação revisional para descaracterizar a mora,
conforme Súmula nº 380 do STJ: ¿ A simples propositura da ação de revisão de contrato não
inibe a caracterização da mora do autor ¿, de sorte que cabia a parte autora continuar efetuando o
respectivo pagamento das parcelas mensais acordadas entre partes, tendo em vista que não concedida
a tutela antecipada, o que não resta demonstrado nos autos.      No tocante a discussão atinente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
aos juros remuneratórios, insta salientar que as instituições financeiras, regidas pela Lei nº 4.595/64,
não se subordinam à limitação da taxa legal de juros prevista no Dec. 22.626/33, tendo o Supremo
Tribunal Federal consagrado entendimento pela não auto aplicabilidade do art. 192, § 3º da
Constituição Federal (hodiernamente já revogado pela Emenda nº 40/03), atraindo a aplicação
das Súmulas 5961 e 6482, de modo que perfeitamente cabÃ-vel a cobrança de juros superiores a 12%
ao ano para remuneração do capital, consubstanciado no crédito usufruÃ-do pelo cliente.      O
Superior Tribunal de Justiça também tem entendido que não se aplica o art. 591 c/c art. 406 do
Código Civil aos contratos bancários, não estando submetidos à limitação de juros remuneratórios,
de forma que, apenas os juros moratórios ficam circunscritos ao teto de 1% ao mês para os contratos
bancários não regidos por legislação especÃ-fica.      Assim, é possÃ-vel que seja pactuado
juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, sem que essa cláusula, por si só, seja inválida, sendo
necessário analisar se os Ã-ndices aplicáveis desfavoravelmente ao consumidor se encontram
flagrantemente exorbitantes, para que, somente então, se possa falar em revisão por parte do
Judiciário do que fora aventado pelas partes.      No tocante à prática de eventual
capitalização, tem-se que a referida metodologia de cálculo passou a ser admitida, quando pactuada,
desde o advento da MP nº 1.963-17, de 31/03/00, posteriormente reeditada como MP nº 2.170-36, de
23/08/01, que passaram a permitir a capitalização de juros em periodicidade inferior a um ano,
afastando assim a aplicabilidade da Súmula nº 121 do STF à espécie, posto que o contrato em
apreço foi firmado já sob a égide do diploma sobredito, tornando devido o valor cobrado pelo réu. Â
    Quanto a controvérsia acerca da expressa pactuação, através da edição do Enunciado
de Súmula n. 541, a Corte Cidadã firmou entendimento que ¿a previsão no contrato bancário de
taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa
efetiva anual contratada¿. Logo, caberia a parte demonstrar eventual inobservância das condições
alhures mencionadas, o que, repise-se, deixou de fazê-lo.      Quanto a previsão de incidência
de comissão de permanência cabÃ-vel sua cobrança em casos de mora, porém, sua cumulação
reputa-se inadmissÃ-vel, conforme entendimento firmado pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, em
sede recurso repetitivo, REsp 863.887-SP, que definiu: à admitida a incidência de comissão de
permanência após o vencimento da dÃ-vida, desde que não cumulada com juros remuneratórios, juros
moratórios, correção monetária e ou multa contratual.      Neste viés, não tendo o autor
comprovado a cumulatividade das cobranças de forma ilÃ-cita, deixando de desincumbir-se do ônus
probatório previsto no art. 373, I do CPC, hei, por bem, julgar IMPROCEDENTE o pedido formulado.  Â
   No mais, verifica-se que o autor se limitou a alegar genericamente a cobrança de taxas
administrativas, TAC, taxa de avaliação de bem, deixando injustificadamente de indicar quais seriam
estes juros ou mesmo em quais cláusulas contratuais estariam previstos estas cobranças, o que impede
a apreciação deste ponto pelo JuÃ-zo na medida em que os pedidos devem ser certos e determinados
(art. 322 e 324 do CPC), sob pena de grave ofensa ao contraditório, vez que não delimitada a matéria
sobre o qual deve defender-se o réu.      Com efeito, ao apenas citar de passagem e brevemente
a existência de diversas abusividades contratuais, sem demonstrar de modo concreto a sua existência,
conclui-se que a requerente busca, em realidade, o reconhecimento de ofÃ-cio da nulidade das
condições do negócio jurÃ-dico, o que encontra óbice na Súmula n. 381 do STJ.      Esta
situação ganha contornos ainda mais nÃ-tidos quando se observa que, mesmo com a juntada do
instrumento negocial aos autos, a parte demandante não especificou de modo concreto quais seriam as
cláusulas ilegais, mantendo a postura genérica de seu pedido.      Em vista de todo o
apresentado, contata-se, sem maiores dúvidas, que a parte tinha plena consciência, ao assinar o
contrato, dos valores do débito que assumiu, especialmente por serem parcelas fixas. Cediço que tinha
a possibilidade de contratar com diversas instituições bancárias, contudo, optou livremente por
contratar com o banco réu, de sorte que se há de presumir que o fez por ter encontrado junto a ré
melhores condições, não sendo crÃ-vel, portanto, que estas sejam excessivas em relação as
postas no mercado.      Condição abusiva, inÃ-qua, excessiva, é aquela que no contrato
bilateral e oneroso acarreta para uma das partes vantagem muito desproporcional em relação ao
proveito almejado ou obtido pela outra, o que não resultou demonstrado nos autos, razão pela qual
insustentável a alegação da ocorrência de vÃ-cio de lesão previsto no art. 157 do CC.      Por
fim, urge pontuar que, embora não reste dúvida acerca da aplicação da norma consumerista ao caso
concreto (súmula n. 297/STJ), não cabe a inversão do ônus da prova uma vez que só é realizada
quando plausÃ-vel o direito alegado e impossÃ-vel ou difÃ-cil a comprovação por parte do consumidor, o
que não se verifica na medida em que as matérias alegadas são de direito e advém do contrato
firmado entre as partes. Â Â Â Â Â ANTE O EXPOSTO, pelos fatos e fundamentos ao norte alinhavados e
por tudo mais que dos autos consta, JULGO IMPROCEDENTE os pedidos exordiais e, em consequência,
997
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DECLARO EXTINTO O PROCESSO, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do CPC.  Â
   CONDENO A PARTE AUTORA AO PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÃRIOS
ADVOCATÃCIOS, estes fixados em 10% sobre o valor da causa, com fulcro no art. 85, §2º, do
CPC/2015, os quais, entretanto, encontram-se com a exigibilidade suspensa, nos termos do art. 98, §
3º do CPC.      P.R.I.C. Após o trânsito em julgado, estando o feito devidamente certificado,
ARQUIVEM-SE, observadas as cautelas de praxe, dando-se a respectiva baixa no sistema LIBRA. Â Â Â
  Belém/PA, 17 de agosto de 2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za
Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital      SS 1 Súmula 596: As disposições do
Decreto 22.626/1933 não se aplicam às taxas de juros e aos outros encargos cobrados nas
operações realizadas por instituições públicas ou privadas, que integram o Sistema Financeiro
Nacional. 2 Súmula 648: A norma do § 3º do art. 192 da Constituição, revogada pela Emenda
Constitucional 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicabilidade
condicionada à edição de Lei Complementar. PROCESSO: 00107229620068140301 PROCESSO
ANTIGO: 200610357780 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS
BASTOS A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REU:ATIVOS SA SECURITIZADORA DE
CREDITOS FINANCEIROS Representante(s): OAB 18629-A - ROSANGELA DA ROSA CORREA
(ADVOGADO) OAB 19964-A - MARIANE CARDOSO MACAREVICH (ADVOGADO) OAB 17860 -
VANESSA HOLANDA DE ARAUJO (ADVOGADO) OAB 24346-A - DAVID SOMBRA PEIXOTO
(ADVOGADO) REU:BANCO DO BRASIL SA Representante(s): OAB 4777 - EDUARDO AUGUSTO
FERREIRA SOARES (ADVOGADO) OAB 11529 - GIOVANNI DOS ANJOS PICKERELL (ADVOGADO)
OAB 14317 - PALOMA MACIEL LINS (ADVOGADO) OAB 15300 - ARTHUR PEREIRA SOUZA
(ADVOGADO) OAB 14725 - CHRISTIANA SARAIVA DE SOUZA PERIN (ADVOGADO) OAB 10859 -
ELLEYSON CORREA SANDRES (ADVOGADO) OAB 18629-A - ROSANGELA DA ROSA CORREA
(ADVOGADO) OAB 19964-A - MARIANE CARDOSO MACAREVICH (ADVOGADO) OAB 5176 - MARIA
DEUSA ANDRADE DA SILVA (ADVOGADO) AUTOR:EMERSON MESSIAS RAMOS NUNES
Representante(s): OAB 11546 - PABLO TIAGO SANTOS GONCALVES (ADVOGADO) . PROCESSO N.
0010722-96.2006.8.14.0301 DECISÃO VISTOS. 1. Denota-se do compulso dos autos que através da
decisão de fls. 286, a qual se encontra preclusa por não ter sido atacada por recurso, o JuÃ-zo decidiu
como prejudicada a realização das provas orais requerida pelas partes, haja vista a inércia no
cumprimento da ordem judicial prolatada em audiência (fls. 246/247. No que diz respeito as provas
documentais, sua produção resta preclusa, uma vez que o momento processual pertinente é a fase
postulatória (inicial/contestação), não tendo qualquer das partes se desincumbido do ônus de
demonstrar que se trata de prova nova. Por fim, no que tange a produção a prova pericial, observo que
se encontra igualmente prejudicada, conforme se denota da manifestação do Centro de PerÃ-cias
Renato Chaves (282/283), a um, pelo decurso do tempo, cuja responsabilidade recai sobre as partes que
se mantiveram inertes diante do comando judicial de fls. 243/247, abandonando o processo por 07 (sete)
anos, sem qualquer manifestação ou impulso efetivo; a dois, pela ausência dos documentos originais
para realização do exame, os quais deveriam ter sido apresentados junto à contestação pelo Banco
réu, que estava de posse destes e que foi quem requereu a perÃ-cia, o que se mostra impossÃ-vel após
15 (quinze) anos de trâmite processual. Não fosse isso suficiente, da simples análise dos documentos
que instruem os autos é possÃ-vel aferir que as assinaturas apostas nos documentos de fls. 30, 50/60 e
168/170 não guardam qualquer semelhança com a assinatura do autor (fls. 23), o que é reforçado
pelos diversos documentos que demonstram que o requerente foi vÃ-tima de fraude ante a utilização
ilegal de seus documentos, o que, de plano, já demandaria o indeferimento da perÃ-cia grafotécnica. 2.
Isto posto, reconheço por PREJUDICADA a realização da perÃ-cia grafotécnica e, estando o feito
em ordem e preclusa a produção de outras provas, nos termos do art. 355, I do CPC, ANUNCIO O
JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO. 3. Considerando o disposto na Lei nº. 8.328/2015,
especialmente o art. 271 que determina a necessidade de recolhimento prévio das custas, para fins de
prolação de sentença de mérito, REMETAM-SE OS AUTOS à UNAJ, para cálculo de custas finais,
devendo, em seguida, ser intimada a parte embargante para fins de recolhimento em 15 (quinze) dias, sob
as penas legais, salvo se militar sob o pálio da justiça gratuita, o que eu deverá ser certificado. 4. Não
havendo impugnação no prazo legal e transcorridos os prazos, certifique-se o ocorrido e retornem os
autos conclusos para SENTENÃA. INT., DIL. E CUMPRA-SE.      Belém/PA, 16 de agosto de
2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da
Capital      HM 1 Art. 27. No momento da prolação da sentença ou do acórdão as custas
processuais devem estar devidamente quitadas, sob pena de responsabilidade do(s) magistrado(s), salvo
os casos de assistência judiciária gratuita ou isenções legais. PROCESSO: 00123166320148140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS
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data de conclusão a contar do ano de 2016, além daqueles existentes no sistema eletrônico (PJE). Â
    Trata-se de AÃÃO CAUTELAR DE EXIBIÃÃO DE DOCUMENTOS E PEDIDO DE LIMINAR C/C
OBRIGAÃÃO DE FAZER E INDENIZAÃÃO POR PERDAS E DANOS ajuizada por Espolio de Nicolau
Raimundo Biá Viana em face de Itau Unibanco SA.      Aduz, em sÃ-ntese, após o falecimento do
de cujus Nicolau Raimundo Biá Viana, os herdeiros tomaram conhecimento acerca da existência de
ações preferenciais escriturais em nome do falecido, as quais sequer constituÃ-ram o espólio do morto.
Pontuam que ao diligenciarem administrativamente a fim de obter esclarecimentos acerca da quantidade e
valores que cada ação representava, inicialmente, foram informados quanto à existência de 343
ações, as quais, inclusive, foram listadas na sobrepartilha, servindo como base de cálculo do imposto.
Esclarecem que ao diligenciarem junto ao banco, tomaram conhecimento que houve a venda de parte das
ações e que, atualmente, só existiriam 300 ações em nome do falecido, além dos valores
correspondentes à venda das 43 ações, acrescido dos dividendos. Ao tentarem obter informações
atualizadas quanto ao valor de cada ação e o total a ser `repassado¿ aos herdeiros, houve a negativa
do banco, justificando a necessidade de ajuizamento da presente ação. Liminarmente, requerem a
exibição de documentos pelo réu no tocante ao extrato detalhado da posição acionário atualizada
as ações preferenciais escriturais de propriedade do de cujus, incluindo grupamentos, desdobramentos,
proventos, bonificações, subscrição, extrato de dividendos a disposição e cotação.     Â
No mérito, requerem i) que o réu transmita, imediatamente, todas as ações preferenciais escriturais
de propriedade do falecido, bem como, os direitos dela decorrentes, para a inventariante do espólio; ii)
indenização por danos materiais, tendo em vista que a mora do réu em regularizar os bens deixados
pelo falecido, resultaram em prejuÃ-zo aos herdeiros, totalizando o valor de R$-12.289,69, correspondente
à desvalorização das ações durante o perÃ-odo de setembro/2011 a março/2014; iii)
indenização por danos materiais, decorrentes do deslocamento e estadia da inventariante na cidade de
São Paulo/SP, ante a inexistência de agencia responsável por gerir ações neste municÃ-pio,
correspondente ao valor de R$-14.989,69; iv) indenização por danos morais, antes os prejuÃ-zos
causados aos herdeiros, que, dentre outros, se viram impedidos de usufruir e gozar de direito assegurado
por lei. Juntou documentos para comprovar o alegado.      Deferida a liminar para exibição de
documentos, conforme decisão de fl. 111.      Constatação apresentada à fl. 113/116, na qual
a parte ré informa o cumprimento da decisão antecipatória e indica a inexistência de pretensão
resistida, além de fundamentar de forma genérica, a ausência de dano material e moral, requerendo a
improcedência dos pedidos.      Réplica apresentada à fl. 134/143 ratificando os termos da
inicial e rechaçando os argumentos trazidos em contestação.      Conforme petições
trazidas por ambas as partes, a tentativa de acordo restou infrutÃ-fera, conforme se infere de leitura dos
autos.      Através da petição de fl. 150/158, ITAU UNIBANCO HOLDING SA apresentou
manifestação `ingressando voluntariamente na lide¿ a fim de arguir a ilegitimidade passiva da ré,
tendo em vista tratarem-se de pessoas jurÃ-dicas distintas, bem como, suscitando questões de mérito a
serem apreciadas por este JuÃ-zo, que resultariam na improcedência parcial dos pedidos.     Â
Anunciado o julgamento antecipado da lide, conforme decisão de fl. 172.      Regularizada a
representação processual das partes, conforme petição de fl. 177/179.      à o relatório.
PASSO A DECIDIR.      CHAMO A ORDEM:      Cuida-se de ação de conhecimento, de
obrigação de fazer com pedido de tutela de urgência, sendo equivocada a nomenclatura da ação. Â
    De imediato, determino o DESENTRANHAMENTO da petição protocolada sob o nº
2015.02534814-79 tendo em vista ter sido protocolada por terceiro estranho à lide, o qual, pretende a
arguição de ilegitimidade passiva da ré e `ingresso espontâneo¿ aos autos, em feito no qual
sequer figura como parte.      Exalce-se que, não tendo sido indicado como litisconsorte passivo
em sede de inicial e tampouco pretendeu o peticionante enquadrar-se em alguma das hipóteses de
intervenção de terceiros previstas no código processual, sequer há de ser apreciado o pedido
formulado por Itaú Unibanco Holding S/A, especialmente que, o próprio réu assumiu a legitimidade
para figurar na lide, conforme se infere da leitura da contestação.      Inexistindo preliminares a
serem objeto de apreciação, PASSO A ANÃLISE DO MÃRITO.      CINGE-SE A
CONTROVERSIA QUANTO AO DIREITO DOS AUTORES/ESPOLIO DO FALECIDO EM TER ACESSO
ÃS AÃÃES ESCRITURAIS PREFERENCIAIS EXISTENTES EM NOME DO FALECIDO, ACRESCIDO DE
EVENTUAL DIREITO Ã PARTILHA E INDENIZAÃÃO PELOS PREJUÃZOS SOFRIDOS. Â Â Â Â Â Da
leitura dos autos constata-se ser fato incontroverso que Nicolau Raimundo Biá Viana possuÃ-am ações
junto à instituição financeira requerida, bem como, que estas integravam o seu patrimônio aquando do
seu falecimento (04/05/2006), devendo, pois, serem reconhecidas como direitos a serem partilhados entre
os herdeiros.      Dentre os documentos coligidos à inicial, constata-se o seguinte: a)    Â
SET/2011: o espólio teve conhecimento quanto à existência de 343 ações em nome do falecido,
1000
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tendo sido, inclusive, notificado a diligenciar administrativamente para ter acesso ao bem, vide fl. 22; b)Â Â
   NOV/2011: o espólio teve conhecimento quanto à existência de 300 ações em nome do
falecido, considerando as polÃ-ticas internas praticadas pelo banco, vide fl. 66; c)Â Â Â Â Â AGO/2012: o
espólio realizou a sobrepartilha dos bens, discriminado a existência de 343 ações, vide fl. 29/31; d)Â
    JUL/2013: efetua novo protocolo administrativo, ocasião em que obtém a negativa do banco,
vide fl. 67/68. e)     MAR/2014: ajuizamento da ação.      Note-se que, o protocolo
administrativo de JUL/2013, anexado pela própria parte autora aos autos (13206/0079-000-1) consta a
informação de que a parte pleiteava `pesquisa / outros serviços¿ - `posição acionaria / extrato de
dividendos / cotação na data do óbito¿, tendo a negativa ocorrido em razão da necessidade de
apresentação de outros documentos, com o seguinte registro: `Devolvo nesta data o processo via
malote e fico no aguardo do mesmo, com a documentação conforme sinalizado, para inÃ-cio de
pesquisa¿.      Constata-se, em contrapartida, que apesar do inconformismo da parte autora com
a negativa, a qual, demonstraria desarrazoada exigência bancária, não houve comprovação de que
tenha apresentado os documentos exigidos administrativamente, deixando de desincumbir-se do ônus
probatório que lhe compete, nos termos do art. 373, I do CPC.      Exalce-se que, poderia ter a
parte, ao menos, diligenciado a fim de esclarecer que já adotara - a seu ver, todas as medidas
necessárias à obtenção da informação, no entanto, conforme alhures mencionado, deixou de
fazê-lo, deixando de comprovar que levou adiante qualquer tratativa com o banco.      Não há
dúvidas, no entanto, acerca do direito das partes em ter resguardada a pretensão formulada nos autos,
considerando que, acaso tivesse interesse em regularizar a situação fática vivenciada pelos autores,
poderia a parte ré (quando tomou conhecimento do ajuizamento da ação) ter regularizado a
titularidade das ações bancárias existentes, transferindo-as para o nome dos herdeiros, o que deixou
de fazê-lo, demonstrando a existência de pretensão resistida.      Por certo, as documentais
coligidas a inicial, comprovam que houve uma variação no total de ação existentes em nome do
falecido, demonstrando que, eventuais mudanças - fruto da própria natureza do investimento - deverão
ser suportadas pelo espólio, cabendo ao banco réu comprovar que eventuais valores / dividendos /
lucros e etc., computados da data do óbito até a data de publicação da presente decisão - foram
devidamente observados e encontram-se depositados em conta vinculada ao de cujus, devendo, da
mesma forma, ser repassado aos herdeiros. Â Â Â Â Â Assim, especificamente QUANTO AO PEDIDO DE
QUE O RÃU TRANSMITA, IMEDIATAMENTE, TODAS AS AÃÃES PREFERENCIAIS ESCRITURAIS DE
PROPRIEDADE DO FALECIDO, BEM COMO, OS DIREITOS DELA DECORRENTES, PARA A
INVENTARIANTE DO ESPÃLIO, entendo que este JuÃ-zo não tem competência para apreciar eventual
quantidade ou quota-parte correspondente ao quinhão que caberia aos herdeiros, havendo vara
especÃ-ficas com tal competência. No entanto, hão de ser observados os termos fixados na
sobrepartilha extrajudicial realizada nos termos da Escritura Pública acostada à fl. 29/32, que resguardou
a meação da viúva-meeira e a divisão igualitária entre os demais herdeiros, na proporção de
25% para cada um. Â Â Â Â Â Quanto a INDENIZAÃÃO POR DANOS MATERIAIS, TENDO EM VISTA
QUE A MORA DO RÃU EM REGULARIZAR OS BENS DEIXADOS PELO FALECIDO, RESULTARAM EM
PREJUÃZO AOS HERDEIROS, TOTALIZANDO O VALOR DE R$-12.289,69, CORRESPONDENTE Ã
DESVALORIZAÃÃO DAS AÃÃES DURANTE O PERÃODO DE SETEMBRO/2011 A MARÃO/2014, resta
incabÃ-vel.      Há de se atentar a parte autora que dentre as documentais coligidas aos autos,
não há qualquer conduta a ser imputada à requerida, tendo em vista que, conforme alhures
mencionado, após os autores terem conhecimento da existência das ações em 2011, passaram a
diligenciar administrativamente, adotando as providências necessárias - dentre elas, a realização da
sobrepartilha - ônus e mora que sequer pode ser imputada à requerida. Neste sentido, entre o perÃ-odo
de set/2011 a jul/2013 nenhum ato era esperado da parte ré, não havendo como ser imputada à parte
qualquer responsabilidade pela desvalorização e/ou valorização das ações.      Da mesma
forma, após a negativa administrativa - ainda que devidamente reconhecido o direito da parte em obter as
informações e consequente partilha das ações - a parte autora não se desincumbiu do ônus
probatório a fim de demonstrar que apresentou todas as documentais exigidas administrativamente pela
instituição financeira (conforme alhures mencionado) tampouco, quanto valiam as ações em 2013,
por exemplo, a fim de justificar eventual procedência do pedido, havendo, pois, de ser julgado
improcedente o pedido formulado. Â Â Â Â Â Quanto ao PEDIDO DE INDENIZAÃÃO POR DANOS
MATERIAIS, DECORRENTES DO DESLOCAMENTO E ESTADIA DA INVENTARIANTE NA CIDADE DE
SÃO PAULO/SP, ANTE A INEXISTÃNCIA DE AGENCIA RESPONSÃVEL POR GERIR AÃÃES NESTE
MUNICÃPIO, CORRESPONDENTE AO VALOR DE R$-14.989,69, da mesma forma, há de ser julgado
improcedente, considerando da ausência de provas quanto aos fatos alegados.      Isto porque,
cabÃ-vel pontuar que a parte autora sequer esclarece quais custos efetivamente teve no local, não
1001
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
análogos, entendo como justa a fixação da indenização do dano moral, no valor de R$-4.500,00
(quatro mil e quinhentos reais) por autor, totalizando o montante de R$-9.000,00 (nove mil reais), em tudo
acrescido de juros de 1% (um por cento) ao mês., a contar da citação (art. 405 do CC/02), e
correção monetária pelo IPCA, a partir da presente decisão (Súmula 362 do STJ).     Â
Saliente-se que a rediscussão da matéria fática e jurÃ-dica é inviável por meio dos embargos de
declaração distantes da ora objeto de decisão se mostram inadequadas na presente via,
considerando que a natureza e função dos aclaratórios é apenas de integralizar o julgado.     Â
ANTE O EXPOSTO, pelos fatos e fundamentos ao norte alinhavados, conheço dos embargos, e, no
mérito, ACOLHO-OS PARCIALMENTE, com fulcro no art. 1.022 do CPC, fazendo a presente decisão,
parte integrante da sentença de fl. 315/319, mantendo os demais termos da sentença.      2. Em
relação aos valores depositados em subconta vinculada ao processo, este JuÃ-zo encaminhou e-mail
ao setor competente, tendo o SDJ indicado a subconta (2020018790) na qual se encontra depositada a
quantia proveniente dos autos. Junte-se. Â Â Â Â Â Desta forma, tendo sido individualizada a quantia, fica
AUTORIZADA A EXPEDIÃÃO DE ALVARÃ EM FAVOR DA PARTE AUTORA, da quantia devidamente
corrigida e atualizada, observadas as cautelas de praxe e em tudo certificado nos autos. Â Â Â Â Â INT.
DIL. E CUMPRA-SE.      Belém/PA, 13 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS
BASTOS      JuÃ-za Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO:
00188023520108140301 PROCESSO ANTIGO: 201010281511
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REU:UNIMED BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO
MEDICO Representante(s): OAB 9752 - ALEXANDRE SALES SANTOS (ADVOGADO) AUTOR:AKIKO DA
COSTA MIGIYAMA GONÇALVES Representante(s): OAB 5555 - FERNANDO AUGUSTO BRAGA DE
OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 3609 - IONE ARRAIS DE CASTRO OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 14828 -
LUISE ARRAIS PAIVA RODRIGUES (ADVOGADO) OAB 25318 - BEATRIZ MOTA BERTOCCHI
(ADVOGADO) OAB 27349 - PABLO MORYSON MASTOP DO REGO (ADVOGADO) . PROCESSO Nº
0018802-35.2010.8.14.0301 Â Â Â Â Â DECISÃO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Da leitura dos autos
constata-se que desde 2012, isto é, há aproximadamente 10 anos (!) se pretende a realização de
prova pericial, a qual, inobstante a nomeação de diversos perÃ-cias, nunca foi realizada.     Â
Note-se que, a autora pretende indenização pelos prejuÃ-zos sofridos em razão de cirurgia realizada,
a qual, entretanto, mostrou-se desnecessária, considerando que o diagnóstico da ré, que indicava a
presença de corpo estranho no ovário da autora, foi equivocado.      Ora, constata-se que
desnecessária a realização de perÃ-cia médica para apuração de tais fatos, considerando que
independem de conhecimento técnico especializado, podendo, a priori, ser comprovados por
documentais que deveriam ter sido anexadas aos autos no momento processual oportuno, quer pela parte
autora quer pela parte ré, tornando, inócua eventual dilação processual. Ademais, o próprio decurso
do tempo inviabiliza a realização da prova, pois, certamente, o expert não terá como verificar o
`antes¿ e o `depois¿ dos fatos ocorridos, que não, baseado nas mesmas provas documentais a que
este JuÃ-zo já tem acesso.      Neste sentido, nos termos do art. 355, I do CPC, ANUNCIO O
JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO, considerando a desnecessidade de produção de outras
provas além daquelas constantes nos autos.      Remetam-se os autos à UNAJ, para fins de
cálculo de custas finais, devendo a parte autora ser devidamente intimada para fins de recolhimento,
acaso se faça necessário.      INT., DIL. E CUMPRA-SE. Após, retornem os autos conclusos
para SENTENÃA.      Belém/PA, 13 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS
BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO:
00194050620158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VAL DEISE M ARIA RE IS B A S TOS A ? ? o : P ro c e d ime n t o Co mu m Cí v e l e m: 1 7 /0 8 / 2 0 2 1
AUTOR:HELEODORO DE VASCONCELOS DA SILVA Representante(s): MARIA DO SOCORRO
GUIMARAES (ADVOGADO) OAB 26004 - MANOEL GIONOVALDO FREIRE LOURENÇO (ADVOGADO)
OAB 29576 - FRANKLIN JOSE BARROS FELIZARDO (ADVOGADO) REU:BANCO DO BRASIL S/A
Representante(s): OAB 15763-A - GUSTAVO AMATO PISSINI (ADVOGADO) OAB 44698 - SERVIO
TULIO DE BARCELOS (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0019405-06.2015.8.14.0301 SENTENÃA   Â
  VISTOS.       Os presentes autos versam sobre AÃÃO DE COBRANÃA ajuizada por
HELEODORO DE VASCONCELOS DA SILVA em face de BANCO DO BRASIL S/A. Â Â Â Â Â Â A parte
autora sustenta que é titular da conta individualizada do PASEP desde antes da Constituição Federal
de 1988, perante o Banco do Brasil e que por ocasião de sua passagem para a reserva remunerada, eis
que militar vinculado ao Comando da Marinha, verificou que o réu apesar de receber os depósitos não
repassou para a conta individual do autor. Requer a procedência da ação para condenar o Banco do
Brasil, ao pagamento da importância depositada em seu benefÃ-cio, pelos valores subtraÃ-dos e/ou não
1004
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PASEP, com a unificação do Fundo, perderam tais estabelecimentos a respectiva gestão, que passou
a um Conselho-Diretor, designado pelo Ministério da Fazenda, com atribuição de representar judicial
e extrajudicialmente o programa.      Assim, como a CEF é parte ilegÃ-tima para figurar no polo
passivo das ações relativas ao PIS (Súmula nº 77/STJ), também é ilegÃ-timo o Banco do
Brasil para figurar no polo passivo das ações relativas ao PIS/PASEP.¿      Nesse sentido a
jurisprudência deste E. TJPA está igualmente consolidada: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E
ADMINISTRATIVO. APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO DE COBRANÃA. PEDIDO DE LEVANTAMENTO DE
VALORES DO PROGRAMA DE FORMAÃÃO DE PATRIMÃNIO DE SERVIDOR PÃBLICO-PASEP.
DEMANDA AJUIZADA CONTRA O BANCO DO BRASIL. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM.
ATUAÃÃO COMO MERO INTERMEDIÃRIO. APLICAÃÃO EXTENSIVA DA SÃMULA 77 DO STJ.
PRECEDENTES DO STJ E DESTA CORTE. SENTENÃA MANTIDA. APELAÃÃO CONHECIDA E NÃO
PROVIDA. à UNANIMIDADE. 1- A questão cinge-se em verificar a legitimidade passiva do Banco do
Brasil para a presente demanda, em que pretende o Apelante o levantamento de depósitos do Programa
de Formação do Patrimônio do Servidor Público-PASEP em conta de sua titularidade, acrescidos de
juros de mora de correção monetária. 2-O STJ já reconheceu que a aplicação do enunciado da
Súmula nº 77 se estende ao Banco do Brasil, sendo entendimento pacÃ-fico de que o Banco do Brasil
é parte ilegÃ-tima para figurar no polo passivo das ações relativas as contribuições para o fundo
PIS-PASEP. 3- Apelo conhecido e não provido. à unanimidade. Acórdão Vistos, relatados e
discutidos estes autos, acordam os ExcelentÃ-ssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª
(3895701, 3895701, Rel. MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA, Ãrgão Julgador 1ª Turma de Direito
Público, Julgado em 2020-10-19, Publicado em 2020-11-06)      De rigor, portanto, a extinção
do processo sem resolução de mérito, ante o reconhecimento da ilegitimidade passiva do Banco do
Brasil. Â Â Â Â Â ANTE O EXPOSTO, pelos fundamentos fatos ao norte alinhavados, e por tudo mais que
dos autos consta, considerando a ilegitimidade passiva do Banco do Brasil para figurar na lide, JULGO
EXTINTO O PROCESSO, sem resolução de mérito, com base no art. 485, VI, do CPC.    Â
 CONDENO A PARTE AUTORA AO PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATICIOS,
estes fixados em 10% sobre o valor da causa, cuja exigibilidade se encontra suspensa em razão da
gratuidade de justiça concedida, nos termos do art. 98, § 3º do CPC.      Havendo
interposição de RECURSO DE APELAÃÃO, considerando o 485, § 7º1 do CPC, retornem os autos
conclusos para apreciação.      Ficam as partes advertidas de que em caso de não pagamento
das custas processuais, no prazo de 15 (quinze) dias, o crédito delas decorrente sofrerá atualização
monetária e incidência dos demais encargos legais e será encaminhado para inscrição em dÃ-vida
ativa.      P.R.I.C. Após, transitado em julgado, estando o feito devidamente certificado e
observadas as cautelas de praxe, ARQUIVE-SE, dando-se a respectiva baixa no sistema LIBRA. Â Â Â Â
 Belém/PA, 17 de agosto de 2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de
Direito Titular da 3ª VCE da Capital      RP 1 Interposta a apelação em qualquer dos casos de
que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. PROCESSO:
00203902820098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910442801
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Cumprimento de sentença em: 17/08/2021 REU:GABRIELA GOMES DA SILVA Representante(s): OAB
11941 - LINDINEA FURTADO VIDINHA (ADVOGADO) REU:ANA FLORENCA GOMES DA SILVA
Representante(s): OAB 11941 - LINDINEA FURTADO VIDINHA (ADVOGADO) REU:ELIDIO RUY DE
ATHAIDE CABRAL NETO Representante(s): OAB 11941 - LINDINEA FURTADO VIDINHA (ADVOGADO)
AUTOR:PEDRO PAULO DA SILVA BAETAS Representante(s): OAB 11003 - SAVIO BARRETO
LACERDA LIMA (ADVOGADO) OAB 13152 - LEONARDO NASCIMENTO RODRIGUES (ADVOGADO)
REU:SONIA MARIA GOMES Representante(s): OAB 3117 - RICARDO PAULO DE LIMA SAMPAIO
(ADVOGADO) OAB 11941 - LINDINEA FURTADO VIDINHA (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0020390-
82.2009.8.14.0301 Â Â Â Â Â DESPACHO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â 1. DETERMINO O
PROSSEGUIMENTO DO FEITO, tendo em vista que a parte executada não pagou nem garantiu a
execução.      Assim, este JuÃ-zo efetuou a tentativa de bloqueio `online¿ dos ativos
financeiros em nome do(a) executado(a), por meio do sistema SISBAJUD, com fulcro no art. 854 do CPC,
conforme espelho ora anexado. Â Â Â Â Â Em contrapartida, obtida a resposta, constata-se que houve
tão somente a PENHORA PARCIAL DO DÃBITO, tendo em vista que constrito apenas parte do valor
devido. Junte-se o relatório.      Exalce-se que, aqueles valores irrisórios para a satisfação do
valor do débito foram imediatamente desbloqueado, em atenção ao disposto no art. 8361 do CPC. Â
    Assim, INTIME-SE a Exequente para, no prazo de 20 (vinte) dias, manifestar-se sobre o seu
interesse no feito, indicando por qual das medidas executivas pretende que o feito prossiga, bem como,
indicando novos bens passÃ-veis de penhora, ocasião em que deverá informar o valor atualizado do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
débito e recolher eventuais custas pendentes de pagamento, sob pena de aplicação do art. 921 do
CPC.      Considerando que já realizada a transferência do montante para conta única deste E
TJPA, deverá desde logo, a UPJ proceder a abertura de subconta vinculada ao processo, viabilizando a
imediata vinculação da quantia constrita aos presentes autos.      2. Da mesma forma, INTIME-
SE a parte executada, acerca da penhora realizada por meio eletrônico, para, querendo, arguir no prazo
de 05 (cinco) dias, quaisquer das matérias listadas no art. 854, §3º do CPC, bem como, apresentar
eventual impugnação, nos próprios autos, quanto à penhora realizada, nos termos do art. 917, §1º2
do CPC, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da intimação.      Int. dil. e cumpra-se. Após,
havendo ou não manifestação, venham os autos conclusos para APRECIAÃÃO. Belém/PA, 18 de
agosto de 2021. VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS JuÃ-za Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Capital RP 1 Art. 836. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da
execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da
execução. 2 § 1º A incorreção da penhora ou da avaliação poderá ser impugnada por
simples petição, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da ciência do ato. PROCESSO:
00206828620178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:PAULO
CEZAR DE SOUSA CARVALHO Representante(s): OAB 3944 - JOAQUIM DIAS DE CARVALHO
(ADVOGADO) REU:CELPA CENTRAIS ELETRICAS DO PARA SA Representante(s): OAB 12358 -
FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ DAS NEVES (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0020682-
86.2017.8.14.0301 SENTENÃA Â Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE INDENIZAÃÃO
POR DANOS MORAIS CO TUTELA DE EMERGIA em face de Paulo Cezar de Sousa Carvalho em face
de Centrais Elétricas do Pará - CELPA.      Aduz a parte autora que a ré praticou conduta
abusiva ao promover em 22/10/2016, o corte no fornecimento de energia para conta contrato nº
103985765, sob a justificativa de que não houve o pagamento. Relata inexistirem pendências
relacionadas à referida unidade consumidora, não havendo razão para suspensão dos serviços da
ré, especialmente que, as cobranças abusivas que estavam sendo perpetradas, foram todas objeto de
contestação administrativa, e, há época do desligamento, se encontravam pendentes de
apreciação pela requerida, o que impediria o corte no fornecimento. Afirma que, inobstante isto,
permaneceu 112 (cento e doze) dias sem energia elétrica, o que lhe causou prejuÃ-zos diversos, razão
pela qual, requer indenização por danos morais equivalente a 60 (sessenta) salários mÃ-nimos. Juntou
documentos para comprovar o alegado.      Indeferida a tutela antecipada, conforme decisão de fl.
40/41.      Contestação apresentada à fl. 71/77v, sustentando, preliminarmente, a necessidade
de revogação dos benefÃ-cios da justiça gratuita e, no mérito, inobstante reconheça que houve a
cobrança indevida, sustenta a improcedência do pedido, justificando que a ré agiu no exercÃ-cio
regular de direito uma vez que a autora se encontrava inadimplente no momento da interrupção no
fornecimento de energia elétrica. Juntou documentos para comprovar o alegado.      Réplica
apresentada à fl. 88/91 ratificando os termos da contestação e rechaçando os argumentos trazidos
em sede de contestação.      Em resposta ao despacho de fl. 92, apenas a parte autora
apresentou manifestação, conforme certificado nos autos.      à o relatório. PASSO A DECIDIR.
     VERIFICA-SE SER HIPÃTESE DE JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE, COM FULCRO NO
ART. 355, I DO CPC, UMA VEZ QUE NÃO HÃ NECESSIDADE DE PRODUÃÃO DE OUTRAS PROVAS,
TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE MATÃRIA DE DIREITO.      Quanto à preliminar de
IMPUGNAÃÃO Ã JUSTIÃA GRATUITA deferida em favor do autor, cabe ao impugnante comprovar a
ausência de preenchimento dos requisitos essenciais à sua concessão (ou o seu desaparecimento),
ônus do qual não se desincumbiu a parte ré, considerando que sequer colacionou quaisquer
documentos aos autos, ocupando-se em alegar, porém, não provar os fatos articulados, razão pela
qual, hei, por INDEFEIR a preliminar suscitada. Â Â Â Â Â CINGE-SE A CONTROVÃRSIA QUANTO AO
DIREITO DA PARTE AUTORA EM OBTER INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS EM RAZÃO DO
CORTE INDEVIDO DE ENERGIA ELÃTRICA OCORRIDO NA CONTA CONTRATO 103985765. Â Â Â Â
 Depreende-se que o litÃ-gio versa sobre RELAÃÃO CONSUMERISTA, tendo no polo ativo um
consumidor, pois a matéria discutida nos autos não se refere à atividade fim da pessoa jurÃ-dica, ora
reclamante e no polo passivo um fornecedor de serviços, preenchendo os requisitos do art. 2º e 3º do
Código de Defesa do Consumidor, sendo aplicável, portanto, o disposto no artigo 14, do CDC:  Art. 14.
O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos
danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. § 1° O serviço é
defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em
consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - o modo de seu fornecimento; II - o
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resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi fornecido. § 2º O
serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas. § 3° O fornecedor de
serviços só não será responsabilizado quando provar: I - que, tendo prestado o serviço, o defeito
inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. § 4° A responsabilidade pessoal dos
profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.       Certo é que a
responsabilidade objetiva, prevista no Estatuto Consumerista, somente é elidida quando provar o
fornecedor que o dano ocorreu por culpa exclusiva do consumidor ou que inexiste defeito no serviço
prestado, o que não se verifica no caso sub examine.       NO CASO EM APREÃO, a partir dos
documentos coligidos aos autos e da própria contestação apresentada, a parte ré confirma a
veracidade dos fatos trazidos em sede de inicial, inclusive, reconhecendo a abusividade da cobrança
perpetrada, tendo em vista que efetuou a `devolução espontânea¿ do valor cobrado a maior,
oportunizando o desconto do `crédito¿ existente em favor do autor nas faturas seguintes.      A
contestação apresentada sequer esclarece por quais razoes ocorreram o desligamento da energia
elétrica, demonstrando a arbitrariedade da conduta praticada, especialmente que, conforme documentos
colacionados pela própria requerida, restou comprovado que o autor adotou as providências
administrativas cabÃ-veis para regularizar sua situação e esclarecer o porquê da abusividade das
cobranças - posteriormente reconhecida.      Ademais, resta incontroverso o fato de que a parte
autora permaneceu 112 dias sem energia elétrica, conforme pontuado em sede de inicial, tendo em vista
que, através da contestação apresentada, a parte requerida sequer impugnou os fatos arguidos e
tampouco juntou quaisquer documentos que demonstrasse a ausência de veracidade nos fatos trazidos
pela parte autora, deixando de desincumbir-se do ônus probatório previsto no art. 373, II do CPC, já
não bastasse a inversa do ônus probatório caracterÃ-stica dos feitos consumeristas.      Ora,
sabe-se que a boa-fé deve permear as relações contratuais. Se condutas como essa, claramente
abusivas, não forem punidas, estar-se-á chancelando a própria torpeza, o que não se admite.    Â
 Desta forma, quanto ao PEDIDO DE INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS, constata-se que houve
falha na prestação do serviço ofertado pela ré ao proceder ao corte da energia elétrica e faltar
com os deveres éticos a serem atendidos no trato com o consumidor, não havendo outro caminho
senão o reconhecimento do dano ocasionado a direito da personalidade da reclamante/ consumidora. Â
    A falha no serviço em casos como esse, por si só, já configura dano moral, entendido como a
lesão a direito da personalidade. No caso presente, o direito à integridade psÃ-quica de ter a energia
cortada sem qualquer débito com a concessionária de energia.       O fato de ser efetivado o
corte em total desacordo com a Resolução 414 da ANEEL, somado ao fato da demora em proceder o
restabelecimento dos serviços de energia elétrica, SERVIÃO ESSENCIAL EM NOSSA SOCIEDADE
ATUAL, por si só, já configura dano moral, entendido como a lesão a direito da personalidade,
impondo, portanto, o reconhecimento de dano in re ipsa, tornando desnecessária a apresentação de
provas que demonstrem a ofensa moral da pessoa, tendo em vista que, o próprio fato já configura o
dano.       Assim, configurado ato ilÃ-cito por parte da empresa requerida, encontra-se também
demonstrado o nexo de causalidade entre tal ato e os danos sofridos pela requerente. Demonstrados tais
elementos, nasce o dever de indenizar.       Considerando esses parâmetros, quanto Ã
capacidade econômica da ré, possui perfeitas condições para cumprir o pagamento da
indenização; quanto ao status social da requerente, não há informação a respeito do status
profissional da requerente; quanto à potencialidade do dano, verifico que é alta, pois a autora foi
obrigada a permanecer sem energia elétrica por corte indevido da ré, o que trouxe prejuÃ-zo
emocionais e materiais; quanto à repercussão do evento danoso, restringiu-se às partes. Destarte,
reputo como JUSTA A INDENIZAÃÃO, o importe de R$-8.000,00 (oito mil reais), considerando a
temporalidade que perdurou a interrupção do fornecimento.       ANTE O EXPOSTO, pelos
fatos e fundamentos ao norte alinhavados, e por tudo mais que dos autos consta, JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTE, para condenar a ré ao pagamento de indenização por danos
morais, equivalente a R$-8.000,00 (oito mil reais), devidamente corrigido e atualizado, pelo INPC/IBGE e
acrescida de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, a partir da data do arbitramento (Súmula 362
do STJ), em consequência, DECLARO EXTINTO O PROCESSO, com resolução de mérito, nos
termos do art. 487, inciso I, do CPC. Â Â Â Â Â CONDENO AMBAS AS PARTES AO PAGAMENTO DE
CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação, com fundamento, no art. 85, §2º, do CPC/2015, atentando-se que a parte autora trata-
se de beneficiaria da justiça gratuita, devendo, portanto, ser observado o art. 98, § 3º do CPC.   Â
  Havendo interposição de recurso de Apelação, INTIME-SE a parte Apelada para apresentar
contrarrazões, caso queira, no prazo legal. Após, estando o feito digitalizado, ao E. TJE/PA, com as
homenagens de estilo.      Ficam as partes advertidas de que em caso de não pagamento das
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custas processuais, no prazo de 15 (quinze) dias, o crédito delas decorrente sofrerá atualização
monetária e incidência dos demais encargos legais e será encaminhado para inscrição em dÃ-vida
ativa.      P. R. I. C. Na hipótese de trânsito em julgado, observadas as cautelas de praxe e,
estando o feito devidamente certificado, ARQUIVEM-SE, dando-se a respectiva baixa no sistema
processual.      Belém/PA., 17 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS Â
    JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO:
00216069720178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Arrolamento Sumário em: 17/08/2021
INVENTARIANTE:SOLANGE NAZARE DE SOUZA OLIVEIRA Representante(s): OAB 5643 - JOSE
FERREIRA DAS NEVES (ADVOGADO) INVENTARIADO:SEBASTIAO VALERIO DE SOUZA
INVENTARIADO:NATALINA FERREIRA DE SOUZA. PROCESSO Nº 0021606-97.2017.8.14.0301
DESPACHO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE INVENTÃRIO em cujo bojo a
inventariante requereu a autorização para venda do bem imóvel sito no MunicÃ-pio de Bragança/PA
pelo risco de invasão e perecimento.      Em que pese a decisão de suspensão acostada à fls.
151, há de se reconhecer que o pedido de fls. 152 demanda imediata apreciação do JuÃ-zo, uma vez
que visa a resguardar direito do inventário.      Contudo, analisando cuidadosamente os autos,
verificou-se que, até o momento, não constam os documentos legais de propriedade dos bens
imóveis, os quais, frise-se, são os únicos bens inventariados.      Desta sorte, a ausência de
documentos relativos a propriedade demandaria, de plano, o indeferimento do inventário e a extinção
da ação, visto que eventuais direitos meramente possessórios são insuscetÃ-veis de transmissão
causa mortis. Â Â Â Â Â Pontue-se que os documentos de fls. 14/17 e 18/22 NÃO se prestam a prova da
propriedade sobre os bens, mas apenas de posse, direito este que não demanda abertura de inventário
e nem tampouco depende de autorização do juÃ-zo sucessório para disposição de qualquer
natureza.      Isto posto, em que pese este JuÃ-zo especializado não se reconheça como
competente para processar e julgar o feito - uma vez que inexiste interesse de órfão menor, interdito ou
ausente -, no escopo de viabilizar a apreciação do pedido de fls. 152, de caráter urgente, INTIME-SE a
inventariante para que, no prazo de 15 (quinze) dias, apresente o tÃ-tulo de propriedade dos bens imóveis
inventariados, na forma do art. 108 c/c art. 1.245 do Código Civil, devidamente registrado no Livro nº 02
do Cartório de Registro de Imóveis competente, conforme art. 176 da Lei 6.015/73, sob as penas legais.
Vencido o prazo assinalado, certifique-se o ocorrido e retornem os autos conclusos. Â Â Â Â Â Int., Dil.,
Cumpra-se.      Belém/PA, 13 de agosto de 2021.       VALDEISE MARIA REIS BASTOS
     JuÃ-za Titular da 3ª VCE da Capital      HM  Parte inferior do formulário Parte
superior do formulário Parte inferior do formulário PROCESSO: 00223659420028140301 PROCESSO
ANTIGO: 200210264406 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS
BASTOS A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REU:BANCO BRADESCO S A
Representante(s): OAB 9297 - DIRCEU RIKER FRANCO (ADVOGADO) OAB 11291 - CAMILE SILVA
FERREIRA OLIVIA (ADVOGADO) OAB 13372 - ALINE DE FATIMA MARTINS DA COSTA (ADVOGADO)
OAB 18843 - KARLA THAMIRIS NORONHA TOMAZ (ADVOGADO) OAB 16753 - ELENICE DOS
PRAZERES SILVA (ADVOGADO) AUTOR:ALMEIDA GOMES E CIA LTDA Representante(s): OAB 14045
- JOAO LUIS BRASIL BATISTA ROLIM DE CASTRO (ADVOGADO) . DECISÃO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â
  CHAMO A ORDEM: Cadastre-se a presente decisão como SENTENÃA, tão somente para fins de
regularização processual no sistema LIBRA, não havendo o que se falar em eventual recontagem de
prazo recursal, tendo em vista que já satisfeita a obrigação, conforme decisão fundamentada
proferida por este JuÃ-zo.            No mais, inobstante não tenha havido a concessão de
efeito suspensivo ao agravo de instrumento interposto, constata-se que a parte adversa não formulou
qualquer pedido nos autos no tocante à execução do item 14 da decisão de fl. 394/394v, desta forma,
não havendo qualquer providência judicial pendente de decisão por este JuÃ-zo, DETERMINO O
IMEDIATO ARQUIVAMENTO do feito, observadas as cautelas de praxe e adotadas as diligências
cabÃ-veis, especialmente a respectiva baixa no sistema LIBRA. Â Â Â Â Â Int., dil. e cumpra-se. Â Â Â Â Â
Belém/PA, 17 de agosto de 2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de
Direito Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO: 00227850820138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS
A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:NADIA CAROLINA CRUZ DE
ALBUQUERQUE Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB
15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO) REU:AYMORE CREDITO FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTO SA. PROCESSO Nº 0022785-08.2013.8.14.0301 SENTENÃA         Â
VISTOS ETC. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Cuidam os autos de AÃÃO REVISIONAL ajuizada por NADIA
CAROLINA CRUZ ALBUQUERQUE em face de AYMORÃ FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO, todos
1009
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
COSTA Representante(s): OAB 3163 - LUIZ FERNANDO GUARACIO DA LUZ (ADVOGADO) OAB 20084
- TIAGO MEGALE DE LIMA (ADVOGADO) REQUERIDO:JAIRO DE SOUSA Representante(s): OAB
21950 - SHIRLANE DE SOUZA SARAIVA (ADVOGADO) . PROCESSO N° 0024456-32.2014.8.14.0301
     SENTENÃA.      VISTOS.      Tratam os presentes autos de AÃÃO DE
DESPEJO, proposta por Espólio de Adauto Ribeiro Soares e Maria Erotildes Soares em face de Jairo de
Sousa, todos devidamente qualificados nos autos da ação em epÃ-grafe.      Devidamente
citados/intimados, as partes compareceram na audiência de conciliação, na qual restou frutÃ-fera, com
o acordo celebrado nos termos acostados à s fls. 37/37v, objetivando pôr fim a presente demanda.   Â
  Ãs fls. 38/65, o requerido peticiona requerendo a juntada dos recibos de pagamentos efetuados,
cumprindo o item 5 do acordo celebrado em audiência.      Instada a se manifestar quanto ao
despacho de fl. 66, qual seja a petição e documentos apresentados pele réu, os requerentes
esclareceram que não tem interesse em discutir os presentes autos e requer HOMOLOGAÃÃO DE
ACORDO, vide fls. 67/68. Â Â Â Â Â Nada mais sendo requerido, os autos vieram conclusos para
julgamento.      à o breve relatório. DECIDO.       Indefiro pedido de expedição de
alvará à fl. 68, tendo em vista que o processo mencionado (0844667-17.2018.8.14.0301) encontra-se
arquivado, tendo inclusive sido expedido os respectivos alvarás judiciais, conforme pesquisa realizada por
este juÃ-zo junto ao PJe.      Analisando os autos, verifica-se que à s fls. 37/37v as partes
celebraram acordo extrajudicial com o objetivo encerrar à presente ação.      Considerando que
o acordo firmado entre as partes se encontra em consonância com as exigências legais, deve ser
homologado, impondo-se extinção do processo, a teor do que dispõe o Código Processual Civil.  Â
   O artigo 200, caput, do Código de Processo Civil determina: Os atos das partes consistentes em
declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição,
modificação ou extinção de direitos processuais.      Posto isso, HOMOLOGO POR
SENTENÃA o presente acordo, para que produza seus efeitos jurÃ-dicos e legais entre as partes
subscritoras, em tudo observadas as cautelas da lei e, consequentemente, EXTINGO O PRESENTE
PROCESSO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento no artigo 487, inciso III, alÃ-nea ¿b¿,
do CPC/2015. Â Â Â Â Â DEVERÃO SER OBSERVADAS AS CONDIÃÃES ESTIPULADAS NO ACORDO,
NO TOCANTE AS CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. Â Â Â Â Â Em contrapartida, havendo
transação e nada tendo as partes disposto quanto às despesas, estas serão divididas igualmente
(art. 90, §2º do CPC), salientando-se que, se a transação ocorrer antes da sentença, as partes
ficam dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver. (art. 90, §3º do
CPC).      Por fim, atente-se que sendo a parte beneficiária da justiça gratuita, as obrigações
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade, nos termos do
art. 98, §3º do CPC.      Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.      Após,
transitado em julgado, estando o feito devidamente certificado e observadas as cautelas de praxe,
ARQUIVE-SE, dando-se a respectiva baixa no sistema LIBRA.      Belém-Pará, 17 de agosto de
2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara CÃ-vel
e Empresarial da Capital      DAL PROCESSO: 00254790820178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Embargos
em: 17/08/2021 EMBARGANTE:THIAGO PEREIRA DOS SANTONS Representante(s): OAB 22022 - ANA
CAROLINE CHAVES OLEARI (ADVOGADO) OAB 24395 - DEBORA DO NASCIMENTO PAIER
(ADVOGADO) EMBARGADO:VERA MARCIA DE LIMA E SILVA Representante(s): OAB 12038 - CARIMI
HABER CEZARINO (ADVOGADO) OAB 18888 - CELYCE DE CARVALHO CARNEIRO (ADVOGADO)
OAB 23205 - TONI SOLANGE BERNARDES DOS SANTOS TEOFILO (ADVOGADO)
EMBARGADO:EDIELSON CAMBRAIA DOS SANTOS Representante(s): OAB 12038 - CARIMI HABER
CEZARINO (ADVOGADO) OAB 18888 - CELYCE DE CARVALHO CARNEIRO (ADVOGADO) OAB 23205
- TONI SOLANGE BERNARDES DOS SANTOS TEOFILO (ADVOGADO) EMBARGADO:CONDOMINIO
COSTA FORTUNA Representante(s): OAB 24941 - BARBARA MOREIRA DIAS BRABO (ADVOGADO)
OAB 25098 - CLEA SOUZA DA CUNHA (ADVOGADO) EMBARGADO:ANCORA INCORPORADORA
LTDA ME Representante(s): OAB 21095 - CINTHIA DANTAS VALENTE (ADVOGADO)
EMBARGADO:KÁTIA REGINA MARAVILHA DA SILVA Representante(s): OAB 24941 - BARBARA
MOREIRA DIAS BRABO (ADVOGADO) OAB 25098 - CLEA SOUZA DA CUNHA (ADVOGADO) .
PROCESSO Nº 0025479-08.2017.8.14.0301 DESPACHO VISTOS, ETC. 1. INTIME-SE as partes para
que especifiquem as partes as provas que pretendem produzir, bem como, os pontos controversos para
saneador, no prazo de 05 (cinco) dias, justificando, desde logo, o pedido formulado. 2. Não sendo
requerida a produção de outras provas além das já constante nos autos, nos termos do art. 355, I do
CPC, ANUNCIO O JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO. 3. Considerando o disposto na Lei nº.
8.328/2015, especialmente o art. 271 que determina a necessidade de recolhimento prévio das custas,
1011
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
para fins de prolação de sentença de mérito, REMETAM-SE OS AUTOS à UNAJ, para cálculo de
custas finais, devendo, em seguida, ser intimada a parte embargante para fins de recolhimento em 15
(quinze) dias, SOB PENA DE EXTINÃÃO DO FEITO, salvo se militar sob o pálio da justiça gratuita, o
que deverá ser certificado. 4. Não havendo impugnação e transcorridos os prazos, certifique-se o
ocorrido e retornem os autos conclusos para SENTENÃA. Int. dil. e cumpra-se. Belém/PA, 12 de agosto
de 2021. VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital HM 1 Art. 27.
No momento da prolação da sentença ou do acórdão as custas processuais devem estar
devidamente quitadas, sob pena de responsabilidade do(s) magistrado(s), salvo os casos de assistência
judiciária gratuita ou isenções legais. PROCESSO: 00266689420128140301 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária em: 17/08/2021 AUTOR:BANCO BRADESCO SA Representante(s):
OAB 24872-A - JOSE LIDIO ALVES DOS SANTOS (ADVOGADO) OAB 24871-A - ROBERTA BEATRIZ
DO NASCIMENTO (ADVOGADO) REU:WESCLEY SENA DE SOUZA. PROCESSO Nº0026668-
94.2012.8.14.0301      SENTENÃA      Vistos.                     Â
Os presentes autos versam sobre Ação de Busca e Apreensão de VeÃ-culo convertida em Ação de
Execução por Quantia Certa ajuizada por BANCO BRADESCO S/A em face de WESCLEY SENA DE
SOUZA.      à fl. 27, foi exarada certidão por oficial de justiça atestando a não localização
da parte demandada. Â Â Â Â Â Ã fl. 44, a parte autora requereu o arquivamento dos autos e a
suspensão do andamento do feito.      à fl. 52, foi prolatada decisão indeferindo o pleito de
suspensão dos autos. à ocasião, restou determinado igualmente a intimação pessoal da parte
requerente para a mesma indicasse novo endereço do réu, sob pena de extinção.      à fls.
53/54, a parte autora requereu novamente a suspensão do feito com fulcro no art. 921, inciso III do CPC
     à sÃ-ntese do necessário. DECIDO.      De inÃ-cio é oportuno pontuar, que cabe Ã
parte autora a promoção do andamento do processo, fornecendo meios para que possa ser feita aÂ
citação do réu, sob pena de extinção por ausência de pressupostos de constituição e
de desenvolvimento válido e regular do processo.      Não se pode limitar este juÃ-zo a aguardar
movimentação da parte ad aeternun , visto que, diante da falta de citação (apesar de
oportunizado a parte autora o fornecimento de endereço válido e correto), fica configurada a
ausência de pressuposto de constituição de desenvolvimento válido e regular do processo,
ensejando sua extinção sem resolução do mérito, hipótese que independe de prévia
intimação pessoal do autor.      Ressalta-se que a intimação pessoal da parte autora, é
necessária nas hipóteses de abandono ou quando o (a) autor (a) não promove os atos que lhe
compete, nos exatos termos do § 1º, do art. 485, do CPC, não aplicando-se ao caso de ausência
de endereço válido para citação.      Nesse sentido: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO DE
BUSCA E APREENSÃO -EXTINÃÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÃÃO DE MÃRITO - FALTA DE
INDICAÃÃO DO ENDEREÃO ATUALIZADO PARA VIABILIZAR A CITAÃÃO VÃLIDA DO RÃU -
SITUAÃÃO CARACTERIZADORA DE AUSÃNCIA DE PRESSUPOSTO DE CONSTITUIÃÃO DE
DESENVOLVIMENTO VÃLIDO E REGULAR DO PROCESSO - DESNECESSIDADE DE INTIMAÃÃO
PESSOAL DO AUTOR - HIPÃTESE EM QUE SE MOSTRA SUFICIENTE A INTIMAÃÃO DO ADVOGADO
PARA INDICAÃÃO DO ENDEREÃO DO RÃU - SÃMULA 170 DO TJPE - SENTENÃA MANTIDA -
RECURSO QUE SE NEGA PROVIMENTO à UNANIMIDADE. 1. Súmula 170 do TJPE: A falta de
citação do réu, pela não indicação de endereço correto após a intimação, configura
ausência de pressuposto de constituição de desenvolvimento válido e regular do processo,
ensejando sua extinção sem resolução do mérito, hipótese que independe de prévia
intimação pessoal do autor, bastando a intimação do seu advogado, nos termos do art. 485, IV do
CPC, de 2015.2. Sentença mantida. Recurso que se nega provimento à unanimidade. (TJ-PE - AC:
4980925 PE, Relator: Agenor Ferreira de Lima Filho, Data de Julgamento: 30/10/2019, 5ª Câmara
CÃ-vel, Data de Publicação: 11/11/2019) (grifos apostos).      Desse modo, a citação, como
ato processual de comunicação indispensável à formação do contraditório, enquadra-se no
conceito de pressuposto processual, devendo ser promovida pelo autor, conforme o artigo 240, § 2º,
do Código de Processo Civil.      Pelo exposto, declaro extinto o processo sem resolução de
mérito, nos termos do art. 485, IV, do CPC, por ausência de pressupostos de constituição e
de desenvolvimento válido e regular do processo, consubstanciada na falta citação.      Â
Eventuais custas e despesas processuais, pela parte autora.       P.R.I.C. Após, transitado em
julgado, estando o feito devidamente certificado e observadas as cautelas de praxe, ARQUIVE-SE, dando-
se a respectiva baixa no sistema LIBRA.       Belém/PA, 13 de Agosto de 2021.     Â
VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za Auxiliar da Capital      SS PROCESSO:
00271635020068140301 PROCESSO ANTIGO: 200610794932
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
12% ao ano estabelecido na Lei de Usura (Decreto nº 22.626/33), incidindo, ainda, a Súmula nº
596/STF.          Oportuno frisar que o STJ, em 22/10/2008, definiu a questão legal sub
examine, ao julgar o REsp nº 1.061.530/RS, de Relatoria da Ministra Nancy Andrigui, apelo processado
pela sistemática prevista no artigo 543- C, do CPC/ 73, correspondente ao 1.036 do CPC/15, sendo
firmada a seguinte orientação: [...]. ORIENTAÃÃO 1 - JUROS REMUNERATÃRIOS: As instituições
financeiras não se sujeitam à limitação dos juros remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto
22.626/33), Súmula 596/STF; A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si
só, não indica abusividade; São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo
bancário as disposições do art. 591 c/c o art. 406 do CC/02; à admitida a revisão das taxas de juros
remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e que a
abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada - art. 51, § 1º, do CDC) fique
cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades do julgamento em concreto [...]¿ (2ª Seção, j.
22/10/2008, DJe de 10/03/2009). (grifos apostos) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesta linha intelectiva, o STJ decidiu
que os juros remuneratórios pactuados acima de 12% ao ano não representam, por si só, abusividade
(súmula 382). Logo, a abusividade da taxa de juros remuneratórios requer comprovação nos autos,
encargo processual que deve recair sobre o autor. Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso presente, verifica-se que
foram previstas taxas de juros mensal de 1,44% a.m. e de 18,72 ao ano (fl. 104), não restando
demonstrada abusividade capaz de colocar o autor em desvantagem exagerada e não se desincumbindo
o mesmo de seu ônus probatório (artigo 373, inciso I, do CPC).          Impende observar
que a taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central, para cada tipo especÃ-fico de contrato, é
apenas um referencial a ser considerado, e não um limite a ser observado de forma obrigatória pelos
bancos.          Ademais, as taxas contratadas estão expressas e podem ser visualizadas no
referido contrato (fl. 104), não podendo o autor alegar desconhecimento dos valores contratados.
Também não há nenhum vÃ-cio de consentimento hábil a ensejar nulidade.          Não
se pode olvidar que a Emenda Constitucional nº 40, publicada já no longÃ-nquo ano de 2003, revogou o
§ 3º do artigo 192, aniquilando a antiga discussão sobre o limite constitucional de juros, já superada
pela Súmula Vinculante nº 7 do STF.          Não obstante, é permitida a
capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano em contratos BANCÃRIOS celebrados após
31 de março de 2000, data da publicação da MP 1.963-17/2000 (atual MP 2.170-36/2001), desde que
expressamente pactuada. (súmula 539 STJ).          E, finalmente, é usual no mercado de
financiamentos a discussão da taxa de juros no perÃ-odo das tratativas do negócio, inclusive, sendo
possÃ-vel a comparação com outros agentes financeiros.          Também não há a
pretendida ilegalidade na capitalização mensal de juros remuneratórios (e aqui se trata disso, pois o
banco capta dinheiro no mercado para a autora comprar o seu carro, e pode cobrar por isto). Â Â Â Â Â Â
   O STJ já decidiu pela possibilidade de capitalização mensal de juros em contratos firmados por
instituição financeira após 31/03/2000, haja vista a permissão legal (AgRg no REsp 655858 - 3ªT,
18/11/2004).          Não por menos, pode-se afirmar que o valor da prestação calculado
pelo sistema Price não implica necessariamente em capitalização de juros, uma vez que o valor do
juro mensal é calculado sempre sobre o saldo devedor anterior. Nesse sistema, os juros incorridos no
mês são liquidados mensalmente, não se apropriam ao saldo devedor, daÃ- decorrendo a
impossibilidade técnica de caracterização do anatocismo, ainda que, na concepção da
sistemática, seja aplicado o conceito de juros compostos. Considerando que as parcelas são pagas
mensalmente, não é correto afirmar-se que exista parcela de juros embutidos no saldo devedor, o que
afasta, por completo, a figura do anatocismo. Nesse sentido, já se decidiu: ¿(...) Convém ressaltar que
a tabela price é método de amortização de financiamento nos contratos de mútuo e sua simples
utilização para a apuração do cálculo das parcelas do financiamento não denota a existência de
anatocismo. De acordo com o aludido sistema de amortização, o valor das prestações é
invariável, mas sua composição pode ser diferenciada no decorrer dos pagamentos, pois pode haver,
inicialmente, amortização maior dos juros em relação ao saldo devedor. Assim, não pode ser
declarada a nulidade da cláusula contratual que o aludido método de amortização, salvo nas
hipóteses em que houver distorções em sua aplicação, que devem ser devidamente comprovadas
pela parte interessada. No entanto, essa abusividade não foi demonstrada no caso concreto em exame.
Acórdão 1198413, 07177224120178070001, Relator: ALVARO CIARLINI, 3ª Turma CÃ-vel, data de
julgamento: 4/9/2019, publicado no DJE: 12/9/2019. ¿ (grifos apostos)          No que tange
ainda ao tema, é imperioso observar igualmente o Tema 572, o qual possui a seguinte redação - "A
análise acerca da legalidade da utilização da Tabela Price - mesmo que em abstrato - passa,
necessariamente, pela constatação da eventual capitalização de juros (ou incidência de juros
compostos, juros sobre juros ou anatocismo), que é questão de fato e não de direito, motivo pelo qual
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
não cabe ao Superior Tribunal de Justiça tal apreciação, em razão dos óbices contidos nas
Súmulas 5 e 7 do STJ¿.          Por conseguinte, a abusividade do emprego da tabela
PRICE, conforme a tese acima fixada, depende da análise no caso em concreto dos juros compostos
aplicados, e não se faz presumir a sua abusividade pela simples utilização do método. Assim, o
cálculo contábil apresentado pela parte autora não implica o reconhecimento da abusividade
automática do método PRICE (fl. 26).          Por sua vez, a taxa de juros cobrada não é
maior que a apontada no Custo Efetivo Total Anual no contrato. O Custo Efetivo Total (CET) corresponde
a todos os encargos e despesas incidentes nas operações de crédito e de arrendamento mercantil
financeiro, e deve ser expresso na forma de taxa percentual anual, incluindo todos os encargos e
despesas das operações. Isto é, o CET engloba não apenas a taxa de juros, mas também tarifas,
tributos, seguros e outras despesas cobradas do cliente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Tal custo foi regulado pelo
BANCO CENTRAL DO BRASIL pela Resolução nº 3.517, de 6.12.2007, alterada pela Resolução
n.º 003909 de 30/09/10 que dispuseram que as Instituições financeiras e sociedades de
arrendamento mercantil deveriam informar o CET previamente à contratação e, no caso em tela, a
parte autora na data da contratação, ficou ciente dos fluxos considerados no cálculo do CET.    Â
     Já nos termos do REsp 1.251.331-RS, a partir da vigência da Resolução CMN 3.518/2007,
em 30.4.2008, não mais tem respaldo legal a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e
da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou outra denominação para o mesmo fato gerador.     Â
    Porém, permanece válida a Tarifa de Cadastro expressamente tipificada em ato normativo
padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento
entre o consumidor e a instituição financeira, que é o caso dos autos.          O mesmo
recurso de repercussão geral (REsp 1.251.331-RS) igualmente estabeleceu ser lÃ-cito aos contratantes
convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito (IOF) por meio
financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos contratuais.     Â
    Com o intuito de proteger seu patrimônio, não há abusividade na previsão de vencimento
antecipado da avença quando as hipóteses estão previstas em contrato.          Tampouco
comprovou-se qualquer cobrança bancária na emissão de boleto.          Contudo, da
análise dos autos, consoante se verifica do contrato juntado aos às fls. 104, VERIFICA-SE QUE EXISTE
COBRANÃA DE COMISSÃO DE PERMANÃNCIA DE 12% CUMULADA COM MULTA DE MORA NO
IMPORTE DE 2%.          Em relação à cobrança da comissão de permanência, sabe-
se que o encargo é permitido, desde que não haja cobrança cumulada com outros encargos,
especialmente juros moratórios, multa e correção monetária, conforme o entendimento contido na
Súmula 30 do STJ: ¿A comissão de permanência e a correção monetária são inacumuláveis".
         A composição do valor da comissão de permanência também foi objeto da
Súmula 472 do STJ que enuncia: " A cobrança de comissão de permanência - cujo valor não pode
ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato - exclui a
exigibilidade dos juros remuneratórios, moratórios e da multa contratual. "          Conclui-se,
portanto, que é permitida a cobrança de comissão de permanência no perÃ-odo de inadimplência,
desde que não esteja cumulada com outros encargos moratórios, porém, seu valor está limitado Ã
soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato. Neste quesito, o pleito autoral é
PROCEDENTE, devendo ser excluÃ-da a cobrança da comissão de permanência do contrato firmado.
         Por fim, a parte requerente alegou, ainda, que, diante da irregularidade de encargos
aplicados no perÃ-odo de normalidade do contrato, não se encontra em mora, pedindo a exclusão de
todos os encargos do perÃ-odo de inadimplemento. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ora, como
exposto anteriormente, restou incontroverso que o débito não foi pago em sua integralidade, dessa
forma, evidente a mora da contratante, não havendo que se falar em exclusão de quaisquer encargos
incidentes sobre a inadimplência.          Ademais, conforme o julgamento do Recurso
Especial nº 1.639.320/SP afetado para repetitivo, Tema 972 do STJ, fixou-se a seguinte tese: ¿a
abusividade de encargos acessórios do contrato não descaracteriza a mora.¿          Ante
o exposto, com fulcro no art. 487, I, do CPC, JULGOÂ PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido
formulado na inicial, devendo a parte requerida RECALCULAR o saldo devedor objeto da presente
demanda, EXCLUINDO-SE A COBRANÃA DA COMISSÃO DE PERMANÃNCIA NO PERÃODO DE
MORA, COBRANDO APENAS OS JUROS MORATÃRIOS DE 1% AO MÃS E MULTA CONTRATUAL DE
2%. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Tendo a parte requerida decaÃ-do em parte mÃ-nima, condeno a parte autora a
arcar com as custas e despesas processuais e honorários do patrono do réu, que fixo em 10% do valor
atualizado da causa, com a exequibilidade suspensa apenas em caso de gratuidade de justiça,
eventualmente, já deferida nos autos.          Havendo apelação, intime-se o apelado para
apresentar, caso queira, contrarrazões, no prazo legal. Após, certifique-se e encaminhem-se os autos
1015
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
impulsionando o feito neste propósito (CPC, art. 240, §2º), o que não ocorreu no presente caso visto
que, uma vez infrutÃ-fera a diligência, o autor abandonou o feito à própria sorte, desde 2014, ignorando o
chamado exarado ás fls. 41 e deixando de apresentar qualquer novo endereço para citação até o
momento.          Urge pontuar que a petição de fls. 42, protocolizada após 02 (dois) anos
de paralização completa do processo, não se prestou as sanar as faltas e a viabilizar a citação,
perpetuando a desÃ-dia já demonstrada desde 2014. Ademais, nenhuma das manifestações
posteriores do autor visou à sanear o feito, provocando a tramitação por uma década de feito
integralmente inócuo.          Gravosa é a total desÃ-dia do autor quanto a adoção das
diligências pertinentes, provocando a paralisação do processo por tempo muito superior ao razoável,
perÃ-odo no qual não adotou qualquer postura positiva para formação integral da lide, em clara
demonstração de desinteresse em impulsionar o feito após a frustração na localização do bem.Â
         O que se reconhece, portanto, é que, devendo a parte adotar providência
necessária, esta deixou de fazê-lo, ensejando a ocorrência da prescrição da pretensão, uma vez
que, após 10 (dez) anos de trâmite processual, a citação não foi realizada, impedindo a
interrupção do prazo prescricional, conforme art. 219, §4º do CPC/73 (art. 240, §2º, CPC/15),
POR CULPA ÃNICA E ESCLUSIVA DO AUTOR.          Nesta linha de intelecção, pela
norma inserta nos arts. 202 e 203 do Código Civil Brasileiro, a ausência de citação do executado no
processo impõe a NÃO INTERRUPÃÃO DA PRESCRIÃÃO.          No mesmo sentido, o
§4º do art. 219 do CPC/73, vigente à época do ajuizamento da ação (correspondente a norma do
art. 240, §2º, do NCPC), dispõe que a prescrição não será interrompida quando não efetuada a
citação por falta imputável ao autor, a quem pertine viabilizá-la, como é o caso sob exame.    Â
     Portanto, considerando-se como prazo prescricional aplicável ao caso aquele previsto no art.
206, §5º, I do CC/02, a saber de 05 (cinco) anos, conforme jurisprudência do STJ (AgInt no AREsp
1766711 / RO), tem-se que incontestavelmente se operou a PRESCRIÃÃO DA PRETENSÃO EXORDIAL
pela não interrupção do prazo prescricional ante a ausência de citação por culpa exclusiva do
autor. Â Â Â Â Â Â Â Â Â ANTE O EXPOSTO, pelos fatos e fundamentos ao norte alinhavados e por tudo
mais que dos autos consta, DECLARO A PRESCRIÿO DA PRETENSÃO EXORDIAL e, em
consequência, DECRETO EXTINTO O PROCESSO, com resolução do mérito, nos termos do art.
487, II do CPC.          CUSTAS PELO AUTOR.          Deixo de condenar
qualquer das partes ao pagamento de honorários advocatÃ-cios, tendo em vista tratar-se de matéria
reconhecida de ofÃ-cio por este JuÃ-zo e pela não triangularização da lide.          P. R. I.
Certificado o trânsito em julgado, observadas as cautelas de praxe, ARQUIVEM-SE, dando-se a
respectiva baixa no sistema LIBRA. Belém/PA, 13 de Agosto de 2021. VALDEISE MARIA REIS BASTOS
JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital HM PROCESSO: 00362421020138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS
A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REQUERENTE:KATUCHA THAINARA MORAES
VELASCO Representante(s): OAB 17802-A - SHERLANNE RAQUEL COSTA CAMPOS (ADVOGADO)
OAB 19479 - SUELEN KARINE CABECA BAKER (ADVOGADO) REQUERIDO:KEYLA AMORIM SILVA
Representante(s): DEFENSOR PUBLICO (DEFENSOR) . p.0036242-10.2013.8.14.0301. SENTENÃA Â Â
       VISTOS.      Trata-se de AÿO DE INDENIZAÿO POR DANOS MORAIS
ajuizada por KATUCHA THAINARA MORAES VELASCO em face de KEYLA AMORIM SILVA. Â Â Â Â Â
Aduz a parte autora que a requerida teria lhe perseguido com ligaç¿es, acusando-a sem causa de ter
um caso extraconjugal com seu marido. Sustenta que tal situaç¿o vexatória teria culminado com um
episódio em que a requerida teria agredido verbalmente e fisicamente em local público.       Por
fim, requereu indenizaç¿o extrapatrimonial em raz¿o das agress¿es sofridas pela requerida.    Â
  Em sede de contestaç¿o (fls. 34/42), a parte demandada pugnou pela total improcedência da lide,
alegando que os fatos teriam sido distorcidos pela parte requerente, e que o referido incidente n¿o teria
passado de mera agress¿o verbal recÃ-proca trocada entre as partes.       à fl. 69, foi registrada
a audiência de instruç¿o e julgamento, na qual a parte demandada apresentou testemunhas, as quais
foram devidamente ouvidas. à ocasi¿o, a prova testemunhal apresentada pela parte autora foi
considerada preclusa. Â Â Â Â Â Â Nada mais sendo requerido, os autos vieram conclusos para
julgamento.      à a sÃ-ntese do necessário. DECIDO.       O cerne da quest¿o centra-se
na ocorrência de agress¿es fÃ-sicas e verbais praticadas pela requerida em desfavor da parte autora, as
quais seriam passÃ-veis de indenizaç¿o na esfera extrapatrimonial.       Pois bem.     Â
Conforme consta nos autos, a parte autora imputa a prática de ato ilÃ-cito à parte ré, consistente em
ofensas verbais, insultos e agress¿es fÃ-sicas, o que teria lhe causado danos morais passÃ-veis de serem
indenizados. Logo, o fato em tela deve ser examinado a partir do artigo 186 do Código Civil, segundo o
qual: Art. 186. Aquele que, por aç¿o ou omiss¿o voluntária, negligência ou imprudência, violar
1017
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilÃ-cito. Â Â Â Â Â Â O
dispositivo trata da chamada responsabilidade aquiliana e situa-se dentro da órbita da responsabilidade
civil, fundada na culpa, isto é, para que haja o dever de indenizar é necessária a existência do dano,
do nexo de causalidade entre o fato e o dano e a culpa do agente. Â Â Â Â Â Com efeito, importa verificar
no caso em exame se houve violaç¿o de dever legal por parte da requerida, consistente em ato positivo
que tenha causado um dano à parte autora, nos termos do artigo 927 do Código Civil: ¿Art. 927. Aquele
que, por ato ilÃ-cito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.¿      Â
Sobre o tema da responsabilidade civil em virtude da prática de ofensas (fÃ-sicas ou verbais), existe a
necessidade de comprovaç¿o da conduta ilÃ-cita.      Desta forma, para que obtenha a tutela
jurÃ-dica em aç¿o indenizatória, ao autor imp¿e-se carrear aos autos elementos que comprovassem
os pressupostos caracterizadores da responsabilidade civil subjetiva: aç¿o/omiss¿o do agente, a
culpa, o nexo causal e o resultado danoso. Â Â Â Â Â Aplicam-se, pois, as regras do artigo 373, I, do
Código de Processo Civil: Art. 373. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de
seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do
autor.      Contudo, a parte autora, no caso dos autos n¿o logrou êxito em comprovar ter sofrido
os danos morais aludidos na exordial, em decorrência de conduta atribuÃ-vel à demandada.      No
caso, a petiç¿o inicial da aç¿o de indenizaç¿o promovida pela autora foi deficientemente
instruÃ-da, destituÃ-da de documentos que pudessem, ao menos inicialmente, demonstrar a conduta lesiva
imputada à parte demandada e da qual teriam advindos os supostos danos morais mencionados. Juntou
boletim de ocorrência, termo circunstanciado e supostas mensagens trocadas pelo ¿whatssap¿
contudo são consideradas provas unilaterais, sem que tenham sido confirmadas por outro meio de
provas.      De outro lado, na prova produzida em audiência, foram ouvidas somente as
testemunhas apresentadas pela parte demandada, as quais corroboraram com o alegado em
contestação.      Por conseguinte, não se pode precisar qual conduta eclodiu o conflito havido
entre as partes, permeado por ofensas verbais, insultos e agressões fÃ-sicas, ao que tudo indica
recÃ-procas, considerando que as testemunhas da requerida asseveraram existência de animosidade. Â
    Neste passo, o conjunto probatório acostado aos autos induz à conclusão de que houve troca
de agressões verbais e fÃ-sicas recÃ-procas, não podendo identificar-se de quem teria partido a conduta
lesiva responsável por instaurar a beligerância deflagrada entre as partes litigantes.      Logo,
não havendo prova que esclareça os fatos narrados é improcedente o pedido.      Neste
sentido, colaciona-se a seguinte jurisprudência: APELAÿO CÃVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL.
DANOS MORAIS. PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA. OFENSAS VERBAIS
E AGRESS¿ES FÃSICAS RECÃPROCAS VERBAIS. AUSÃNCIA DE COMPROVAÿO. ÃNUS DA
PROVA. ART. 333, I, DO CPC. FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DO AUTOR N¿O COMPROVADO.
IMPROCEDÃNCIA DO PEDIDO DE INDENIZAÿO. RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA
APELAÿO CÃVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA (...) -O
dever de reparar o dano advindo da prática de ato ilÃ-cito, tratando-se de aç¿o baseada na
responsabilidade civil subjetiva, regrada pelo artigo 927 do Código Civil, exige o exame da quest¿o com
base nos pressupostos da matéria, quais sejam, a aç¿o/omiss¿o, a culpa, o nexo causal e o
resultado danoso. Para que obtenha êxito na sua aç¿o indenizatória, ao autor imp¿e-se juntar aos
autos elementos que comprovem a presença de tais elementos caracterizadores da responsabilidade
civil subjetiva.- ÃNUS DA PROVA DO AUTOR - FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO -N¿o tendo o autor
logrado êxito em desincumbir-se do encargo de comprovar o fato constitutivo do seu direito alegado na
inicial, deixa de atender ao imposto pelo art. 333, I, do CPC, restando imperativa a improcedência do
pedido formulado em aç¿o de indenizaç¿o por danos morais. Caso em que as ofensas verbais e
fÃ-sicas supostamente proferidas pelo demandado contra o autor n¿o foram esclarecidas pela prova dos
autos, que na verdade demonstrou estado de beligerância entre os litigantes, permeado por agress¿es
recÃ-procas, sem precisar quem teria iniciado a animosidade ocorrida.APELO DESPROVIDO. (TJ-RS - AC:
70042283044 RS, Relator: Leonel Pires Ohlweiler, Data de Julgamento: 10/08/2011, Nona Câmara
CÃ-vel, Data de Publicaç¿o: 15/08/2011) (grifos apostos).      Ante o exposto, com fulcro no art.
487, I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial, porquanto a parte autora não
comprovou o fato constitutivo do direito alegado. Â Â Â Â Â CONDENO A PARTE AUTORA AO
PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS, estes fixados em 10% sobre o valor da
causa, com fulcro no art. 85, §2º, do CPC/2015, os quais, entretanto, encontram-se com a exigibilidade
suspensa, nos termos do art. 98, § 3º do CPC.      P.R.I.C. Após o trânsito em julgado,
estando o feito devidamente certificado, ARQUIVEM-SE, observadas as cautelas de praxe, dando-se a
respectiva baixa no sistema LIBRA. Belém/PA, 16 de agosto de 2021,. VALDEÃSE MARIA REIS
BASTOS JuÃ-za Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital SS                Â
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
                                            Página de
6 Fórum de: BELÃM  Email: 1upjcivelbelem@tjpa.jus.br   Endereço: Praça Felipe Patroni, s/n
- 1º andar - FÃRUM CÃVEL DE BELÃM CEP: 66.015-260  Bairro: Cidade Velha  Fone: (91)3205-
2233 PROCESSO: 00365310620088140301 PROCESSO ANTIGO: 200811019494
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Cumprimento de sentença em: 17/08/2021 AUTOR:SONIA MARIA DA CONCEICAO Representante(s):
OAB 6894 - JOAO SOUSA DE BRITO (ADVOGADO) REU:CELPA CENTRAIS ELETRICAS DO PARA SA
Representante(s): OAB 12436 - ANDREZA NAZARE CORREA RIBEIRO (ADVOGADO) OAB 4670 - LUIS
OTAVIO LOBO PAIVA RODRIGUES (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0036531-06.2008.8.14.0301   Â
  DECISÃO      VISTOS, ETC.      Considerando a decisão proferida por este JuÃ-zo à fl.
147/148, tendo sido constatada a existência de erro material na referida decisão, ONDE SE LÃ:    Â
 Noutro sentido, EXPEÃA-SE, desde logo, ALVARà EM FAVOR DA PARTE EXECUTADA, quanto aos
valores depositados em JuÃ-zo, referente à parcela incontroversa da execução, recolhidas as custas
eventualmente pendentes de pagamento. Â Â Â Â Â Â LEIA-SE: Â Â Â Â Â Noutro sentido, EXPEÃA-SE,
desde logo, ALVARÃ EM FAVOR DA PARTE EXEQUENTE, quanto aos valores depositados em JuÃ-zo,
referente à parcela incontroversa da execução, recolhidas as custas eventualmente pendentes de
pagamento.       Mantido os demais termos da decisão.       Belém/PA, 17 de agosto
de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za Titular da 3ª VCE da Capital  Â
   RP PROCESSO: 00372173220138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Cumprimento de sentença em: 17/08/2021 AUTOR:JAIR ALVES NEVES Representante(s): OAB 18004 -
HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO)
REU:B V FINANCEIRA S A CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Representante(s): OAB
28178-A - GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI (ADVOGADO) . DECISÃO Â Â Â Â Â A parte
demandante requereu a produção de prova pericial com o intuito de aferir a validade da cobrança do
contrato bancário.      Analiso.       A questão a ser decidida é meramente de direito,
não havendo a necessidade da produção de outras provas além das já existentes nos autos, pelo
que passo a julgar a lide, na forma do artigo 330, inciso I, do Código de Processo Civil.      Â
Cuida-se de mais um processo com pretensão de limitação de juros e alegação de anatocismo,
sob o fundamento de que o contrato de financiamento de veÃ-culo celebrado com o réu não observa
preceitos legais e possui cláusulas abusivas.       Desta forma, considerando-se que se cuida de
contrato de financiamento com valores de parcelas fixas e pré-determinadas, resta despicienda a
produção da prova pericial requerida pelo autor em sua réplica, sendo a matéria unicamente de
direito. Nesse sentido, a jurisprudência pátria tem decidido: APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO REVISIONAL.
CONTRATO BANCÃRIO. FINANCIAMENTO DE VEÃCULO AUTOMOTOR. DESNECESSIDADE DE
PERÃCIA CONTÃBIL. AUSÃNCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÃRIA EXCLUSIVAMENTE DE
DIREITO. CAPITALIZAÃÃO DE JUROS EM CONTRATOS BANCÃRIOS. PACTUAÃÃO EXPRESSA.
POSSIBILIDADE. PERMANÃNCIA DA MORA CONTRATUAL DO DEVEDOR. RECURSO APELATÃRIO
CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. A situação apresentada no processo diz respeito à matéria
preponderantemente de direito, pois o que está em questão são cláusulas contratuais que, regra
geral, têm a elucidação de sua legalidade pela subsunção do seu teor às normas vigentes.
Portanto, não há que se falar em cerceamento do direito de defesa e nem em consequente nulidade da
Sentença. 2. A legislação consumerista confere ao julgador a prerrogativa de intervir no contrato
celebrado com o objetivo de restabelecer o equilÃ-brio das prestações entre as partes, em atenção Ã
proteção e à vulnerabilidade do consumidor. 3. Considerando o instrumento acostado aos autos do
juÃ-zo ordinário, é imprescindÃ-vel salientar que a celebração do contrato foi realizada após a MP
nº 2.170-36/2001, que consagrou a possibilidade de cobrança de juros capitalizados em periodicidade
inferior a um ano, ou seja, o anatocismo neste contrato poderia ser cobrado. Isto posto, para comprovar a
validação da cobrança, há a descrição expressa da taxa mensal de 2,33% (dois vÃ-rgula trinta e
três por cento) e da taxa anual de 31,79% (trinta e um vÃ-rgula setenta e nove por cento). 4. Ausente
abusividade dos encargos no perÃ-odo de normalidade contratual, continua caracterizada a mora do
autor/apelante. 5. Recurso de Apelação conhecido e desprovido. ACÃRDÃO Vistos, relatados e
discutidos estes autos, acorda a 3ª Câmara Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do
Ceará, em conhecer e negar provimento ao Recurso de Apelação do autor, mantida a Sentença
vergastada, tudo nos termos do voto condutor da Relatora. DESEMBARGADORA MARIA VILAUBA
FAUSTO LOPES Relatora (TJ-CE - AC: 01501225320188060001 CE 0150122-53.2018.8.06.0001,
Relator: MARIA VILAUBA FAUSTO LOPES, Data de Julgamento: 02/12/2020, 3ª Câmara Direito
Privado, Data de Publicação: 02/12/2020) (grifos apostos) APELAÃÃO CÃVEL. EMBARGOS Ã
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     VISTOS.      Ab initio, deve ser primeiramente enfatizado que assumi esta Vara em
21/09/2020 com mais de DOIS MIL PROCESSOS FÃSICOS (LIBRA), conclusos desde 2016 (DOIS MIL E
DEZESSEIS), ou seja, cerca de 04 (quatro) anos em Gabinete, além dos processos eletrônicos do PJE.
     Exalce-se que os processos fÃ-sicos tem sido prioridade desta Magistrada, especialmente pela
ordem cronológica, portanto, em sendo demandas de urgência, devem os advogados requererem
atendimento no JuÃ-zo e informar o número do processo para análise, posto que ficam aguardando a
ordem cronológica ou PRIORIDADES LEGAIS, onde este processo não se encontra enquadrado.   Â
  Ademais, em que pese o feito tenha sido ajuizamento sob a égide do CPC, desde a entrada em
vigor do CPC/15 suas determinações serão observadas para a resolução da lide, por força da
regra de transição inserta em seu art. 1.046 (Teoria do Isolamento dos Atos Processuais), respeitados
os atos processuais já praticados sob a e vigência da norma revogada.      DA NULIDADE DA
PERÃCIA.      Esclarecido tal ponto, passo a apreciação da impugnação ao laudo pericial
apresentado pela parte requerida (fls. 290/293).      Sustentou o réu que a perÃ-cia realizada pelo
expert do JuÃ-zo é nula por: a) ofensa ao contraditório e ampla defesa, ante a ausência de
intimação do réu acerca da data, local e hora de realização da perÃ-cia; b) equÃ-vocos e
contradições do laudo.      NO QUE SE REFERE A AUSÃNCIA DE INTIMAÃÃO DO RÃU
acerca da data, hora e local de realização do exame pericial, calcada no art. 474 do NCPC, entendo
que a impugnação não merece acolhida.      Na forma do art. 188 do CPC, os atos processuais
serão considerados válidos ainda que cumpridos sem a estrita observação de forma determinada em
lei, desde que preenchida a finalidade essencial. Desta feita, vigora em matéria processual cÃ-vel o
princÃ-pio ¿pas de nullité sans grief¿, pelo qual o reconhecimento da nulidade estará adstrito a
demonstração do prejuÃ-zo.      A intimação estimulada pela norma inserta no art. 474 do
CPC dirige-se, em verdade, ao profissional indicado pelas partes para atuar como assistente técnico, de
forma a possibilitar seu comparecimento, contudo, o réu optou pela NÃO indicação deste expert, uma
vez que deixou correr in albis o prazo que lhe foi ofertado em audiência (fls. 247/248).     Â
Ademais, ainda que houvesse indicação de assistente, o que não ocorreu, entende a jurisprudência
do STJ que a ausência da intimação prevista no art. 474 do CPC não se trata de nulidade absoluta,
devendo a parte demonstrar a existência de prejuÃ-zo.      Portanto, considerando que o réu
sequer indicou assistente técnico, resta evidente a não demonstração do prejuÃ-zo à sua defesa
apenas por não ter sido intimado acerca da perÃ-cia, notadamente porque esta foi realizada por perito de
confiança do JuÃ-zo, cuja atuação, nesta condição, está amparada pela fé pública e pela
presunção de boa-fé, o que é reforçado pelo documento de fls. 274, pelo qual o perito informa nos
autos a data, local e hora em que seria realizada a perÃ-cia, com meses de antecedência (fls. 274).   Â
  Neste sentido, vejamos: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
CUMPRIMENTO DE SENTENÃA. HOMOLOGAÃÃO DO RESULTADO DA PERÃCIA JUDICIAL. AGRAVO
DE INSTRUMENTO. AUSÃNCIA DE INTIMAÃÃO PARA ACOMPANHAMENTO DAS DILIGÃNCIAS.
PREJUÃZO NÃO DEMONSTRADO. DECISÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. O Tribunal de
origem observou que, embora intimadas, as partes não indicaram assistentes técnicos ou mesmo
formularam quesitos e, quanto à ausência de comunicação às partes da data e local para
produção da prova, não se demonstrou prejuÃ-zo concreto ocasionado pela falta de acompanhamento
das diligências. 2. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a inobservância da
intimação referida no art. 431-A do CPC/73 (atual art. 474 do NCPC) não ocasiona nulidade absoluta,
devendo a parte demonstrar a existência de prejuÃ-zo, o que não ocorreu no caso dos autos, em que a
perÃ-cia estava destinada apenas à apuração de valores locatÃ-cios e de venda de imóvel. 3. As
alegações relacionadas ao equÃ-voco nas conclusões apresentadas pelo perito judicial, quanto ao
valor final de locação ou de venda, relativamente à inadequação da "tipologia" e "caracterÃ-sticas"
dos imóveis objeto da perÃ-cia, demandariam incursão na seara fático-probatória dos autos, o que é
vedado em sede de recurso especial, nos termos da Súmula 7 do STJ. 4. Agravo interno não provido.
(AgInt no AREsp 1274421/SC, Rel. Ministro LÃZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO
DO TRF 5ª REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em 05/06/2018, DJe 12/06/2018)      Desta feita,
há de admitir que o réu não se desincumbiu do ônus de demonstrar qual o prejuÃ-zo sofrido por não
ter comparecido pessoalmente à perÃ-cia, limitando-se apenas a arguir que a simples ausência de
intimação tornaria anula perÃ-cia, sem, contudo, esclarecer concretamente como sua defesa teria sido
prejudicada, razão pela qual REJEITO a impugnação da perÃ-cia neste ponto.      NO QUE
TANGE AOS EQUÃVOCOS E CONTRADIÃÃES do laudo pericial alegados pelo réu, entendo que os
argumentos exarados não se prestam a provocar a nulidade do laudo, mas, na verdade, a veicular a
irresignação do réu com o resultado que entende lhe ser desfavorável.      Isto posto,
considerando que o laudo apresentado pelo perito do JuÃ-zo está em estreita consonância com os
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
documentos carreados aos autos, não se vislumbra a contradição e os equÃ-vocos apontados, razão
pela qual rejeito a impugnação ao laudo pericial.      DA PRODUÃÃO DAS PROVAS ORAIS. Â
    Em vista da decisão de fls. 147/148 (parte final), DESIGNO audiência de Instrução e
Julgamento para o dia 10 DE NOVEMBRO DE 2021, ÃS 09H30MIN, ocasião em que, finda a
instrução, as partes deverão apresentar alegações finais orais, na forma do art. 364 do CPC,
permanecendo o processo concluso para SENTENÃA. Â Â Â Â Â INTIMEM-SE as partes para que
compareçam à audiência na data e hora designada, acompanhadas de seus advogados, sob as penas
legais, ADVERTIDO-LHES que a intimação das suas testemunhas incumbe aos advogados e deverá
ser realizada nos termos do art. 455 c/c §1º do CPC, independentemente de intimação do JuÃ-zo,
salvo se exarar o compromisso de leva-las à audiência sem intimação, na forma do §2º, caso em
que ficará dispensado de comprovar o preenchimento dos requisitos do §1º, sob pena de desistência
tácita de sua inquirição.      INTIMEM-SE autor e réu pessoalmente para prestarem
depoimento pessoal na audiência designada, advertindo-lhes acerca da pena de confesso em caso de
ausência injustificada à audiência ou recusa ao depoimento, nos termos do art. 385, §1º do CPC.  Â
   INT., DIL. E CUMPRA-SE. SERVE A PRESENTE COMO MANDADO.      Belém/PA, 17 de
agosto de 2021.      VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª
VCE da Capital      HM PROCESSO: 00420648320088140301 PROCESSO ANTIGO:
200811136751 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS
A??o: Imissão na Posse em: 17/08/2021 REU:EVERTON NURAYED GUERREIRO Representante(s):
OAB 24703 - IRAN JORGE CAMPOS DE OLIVEIRA (ADVOGADO) AUTOR:MANOEL SOARES DE
ALMEIDA Representante(s): OAB 11099 - WILSON LINDBERGH SILVA (ADVOGADO) OAB 15871 -
MARINA DA CONCEICAO ALMEIDA SANTOS (ADVOGADO) LUANA DE BARROS AQUINO
ALCANTARA (ADVOGADO) JEFFERSON ALCANTARA VEIGA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) .
PROCESSO Nº 0042064-83.2008.8.14.0301      SENTENÃA      VISTOS.     Â
Trata-se de AÃÃO ORDINARIA DE OBRIGAÃÃO DE ENTREGA DE COISA COM PEDIDO DE
ANTECIPAÃÃO DOS EFEITOS DA TUTELA ESPECIFICA ajuizado por MANOEL SOARES DE ALMEIDA
em face de EVERTON NUAYED GUERREIRO.      Sustenta que é proprietário do imóvel
localizado à Rua Aristides Lobo, nº 114, antigo nº 56, tendo adquirido o imóvel registrado sob o nº
114-A, bairro Campina, através de contrato de compra e venda firmado com a sra Joana Moraes,
proprietária do bem. Pontua que quando tentou ingressar no imóvel, tomou conhecimento de que o
requerido residia no local, de modo que, ajuizou a presente ação para ingressar no bem, considerando
que a parte ré se recusa a sair do local. Requer antecipação de tutela e no mérito, a confirmação
de seus efeitos. Juntou documentos para comprovar o alegado. Â Â Â Â Â Deferida a tutela antecipada,
conforme decisão de fl. 34/37.      Contestação apresentada, acrescida de documentos,
questionando os fatos alegados pelo autor e sustentando a improcedência dos pedidos, pontuando ainda,
tratar-se de único bem de moradia familiar, razão pela qual, requer a improcedência dos pedidos.  Â
   Réplica apresentada à fl. 44/57 ratificando os termos da inicial e rechaçado os argumentos
trazidos em sede de contestação.      Realizada inclusive audiência de instrução e
julgamento, após, o que, oportunizado que as partes apresentassem memoriais, conforme se infere de
leitura dos autos, tendo sido, inclusive, efetuado o recolhimento das custas finais.      Após nova
decisão, o sr. Oficial de Justiça certificou que o imóvel estava desocupado, conforme certidão de fl.
338.      à o relatório. PASSO A DECIDIR.      A ação de imissão de posse é
proposta tão só pelo titular da propriedade que nunca teve posse do bem, não havendo confundir-se
com as ações possessórias baseadas no direito DE POSSE, posto, esta ação busca assegurar o
direito à POSSE adquirida por transmissão do bem imóvel.      NO CASO EM APREÃO, as
informações trazidas na certidão de lavra do sr. Oficial de Justiça, que indicam que o bem encontra-
se desocupado é motivo suficiente para o esvaziamento do pleito, de modo que, a ausência de uma
das condições da ação aponta para a carência de ação e, via de consequência, a extinção
do feito sem resolução do mérito.      Isto porque, restou incontroverso que a parte requerida
abandonou o imóvel, tornando possÃ-vel o ingresso do autor no imóvel de sua propriedade.     Â
Não obstante o atendimento ao apelo do autor ter ocorrido posteriormente ao ajuizamento da ação, tal
conduta é motivo suficiente para esvaziar o seu interesse no provimento judicial, ensejando a
consequente perda de objeto. Nesse liame, lecionam Luiz Rodrigues Wambier, Flávio Renato Correia de
Almeida e Eduardo Talamini, in verbis: `O interesse processual nasce, portanto, da necessidade da tutela
jurisdicional do Estado, invocado pelo meio adequado que determinará o resultado útil pretendido. Ã
importante esclarecer que a presença do direito processual não determina a procedência do pedido,
mas viabiliza a apreciação de mérito, permitindo que o resultado seja útil, tanto nesse sentido quanto
no sentido oposto, de improcedência. A utilidade do resultado se afere diante do tipo de providência
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
requerida¿. (In, Curso Avançado de Processo Civil, Vol. I, 3ª ed., RT, p. 137).      Ainda sobre
isso, deve-se salientar que a perda de objeto é configurada por conta de uma decorrência logica: o fato
de o autor possuir a pretensão de retirar as pessoas que se encontravam ocupando o imóvel pleiteado,
medida que já foi efetivada, caracterizando, a PERDA DO OBJETO do presente feito.      ANTE O
EXPOSTO, pelos fatos e fundamentos ao norte alinhavados, e por tudo mais que dos autos consta,
considerando que não mais subsiste o interesse na tutela estatal, ante a imperiosa perda de objeto da
lide, DECLARO EXTINTO O PROCESSO, sem resolução de mérito, nos termos do art. 485, VI do
Código de Processo Civil/2015.      CONDENO A PARTE AUTORA AO PAGAMENTO DE
CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da
causa.      Havendo interposição de RECURSO DE APELAÃÃO, considerando o 485, §7º do
CPC, retornem os autos conclusos para apreciação.      Ficam as partes advertidas de que em
caso de não pagamento das custas processuais, no prazo de 15 (quinze) dias, o crédito delas
decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos demais encargos legais e será
encaminhado para inscrição em dÃ-vida ativa.      P.R.I.C. Após, transitado em julgado, estando
o feito devidamente certificado e observadas as cautelas de praxe, ARQUIVE-SE, dando-se a respectiva
baixa no sistema LIBRA.      Belém/PA, 17 de agosto de 2021.      VALDEÃSE MARIA
REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO:
00523614620138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:CARLOS
PINHEIRO DE ALMEIDA Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO)
OAB 15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 21459 - JOSE VINCENZO PROCOPIO
FILHO (ADVOGADO) REU:BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A Representante(s): OAB 9117-A
- FLAVIO GERALDO FERREIRA DA SILVA (ADVOGADO) . Processo nº0052361-46.2013.8.14.0301  Â
       SENTENÃA          Vistos e etc...          Os presentes autos
versam sobre AÃÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO C/C REPETIÃÃO DE
INDÃBITO ajuizada por CARLOS PINHEIRO DE ALMEIDA em face de BANCO BRADESCO
FINANCIAMENTOS S/A. Â Â Â Â Â Â Â Â Â A parte autora alega que contraiu contrato de financiamento
de veÃ-culo e acusou a presença de cláusulas abusivas referentes à capitalização mensal dos juros
cobrados pela instituição bancária, bem como alegou a onerosidade excessiva do empréstimo
firmado. Em suma, requereu a revisão integral do contrato a fim de afastar as cláusulas abusivas
impugnadas e alegou o adimplemento substancial do contrato. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juntou
documentação, bem como perÃ-cia particular contábil (fls. 22/34).          Foi concedida a
justiça gratuita à parte autora à fls. 35 dos autos. Na ocasião, foi indeferida a tutela antecipada
requerida.          Em sede de contestação (fls. 40/72), o banco demandado pugnou pela
legalidade das cláusulas contratualmente estipuladas e pela total improcedência da demanda.     Â
    Houve apresentação de réplica às fls. 112/117, na qual a parte autora ratificou os termos da
petitória inicial.          Ãs fls. 187, a partes requereram em audiência de conciliação o
julgamento antecipado da lide. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada mais sendo requerido, os autos vieram conclusos
para sentença.          à sÃ-ntese do necessário. DECIDO.          Nos termos
do artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil/2015, é cabÃ-vel o julgamento antecipado da lide,
pois a controvérsia em debate comporta julgamento independentemente da produção de outras
provas, porquanto suficientes para a solução da lide a prova documental já produzida.       Â
  No mérito, o pedido é improcedente.          à fato que a parte autora contratou
financiamento e utilizou o crédito (dinheiro) fornecido pela instituição financeira requerida a fim de
adquirir veÃ-culo (que foi dado em garantia de pagamento), sendo de conhecimento geral que o tomador
de empréstimo bancário se submete a encargos (que variam de acordo com a instituição financeira e
a natureza do empréstimo).          Importante consignar que conquanto estejamos diante de
contrato por adesão e ser aplicável aqui a lei consumerista, há de se convir também que não está
afastada pura e simplesmente a incidência de princÃ-pios que norteiam a teoria geral dos contratos, com
destaque para aquele segundo o qual o contrato faz lei entre as partes (desde que o pactuado não se
mostre ilegal ou abusivo).          A parte autora não se inclui no rol das pessoas de parcos
conhecimentos, tem capacidade econômica para contratar financiamento. Também não se pode
perder de vista que foi a parte autora quem procurou e optou por captar dinheiro por esta via para adquirir
veÃ-culo automotor, não sendo minimamente verossÃ-mil que não tivesse razoável compreensão do
contrato que firmava e das consequências decorrentes da mora, tudo contratualmente pactuado.    Â
     Indubitável, assim, que a adesão ao contrato pela parte autora se deu de forma esclarecida,
livre e consciente, não se cogitando acerca de qualquer desrespeito ao princÃ-pio da boa-fé contratual,
ou infringência a qualquer outro princÃ-pio aplicável à matéria, não se evidenciando, sob esse
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aspecto, inobservância aos pressupostos traçados no Livro III da Parte Geral do Código Civil,
determinantes da validade do ato jurÃ-dico. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Importante ressaltar, ainda, por relevante,
que as parcelas foram contratadas em valores fixos, não podendo a parte demandante alegar em seu
favor a teoria da imprevisão, o desequilÃ-brio contratual ou onerosidade excessiva.          Ã
cediço que a Lei de Usura não se aplica às instituições financeiras. Ademais, é reiterada a
orientação do STJ no sentido de que as instituições financeiras têm liberdade de pactuar taxas de
juros acima do limite legal, independente de autorização do CMN (art. 4º, IX, da Lei nº 4.595/64),
não havendo a aplicação do limite de 12% ao ano estabelecido na Lei de Usura (Decreto nº
22.626/33), incidindo, ainda, a Súmula nº 596/STF.          Oportuno frisar que o STJ, em
22/10/2008, definiu a questão legal sub examine, ao julgar o REsp nº 1.061.530/RS, de Relatoria da
Ministra Nancy Andrigui, apelo processado pela sistemática prevista no artigo 543- C, do CPC/ 73,
correspondente ao 1.036 do CPC/15, sendo firmada a seguinte orientação: [...]. ORIENTAÃÃO 1 -
JUROS REMUNERATÃRIOS: As instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros
remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF; A estipulação de
juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade; São inaplicáveis
aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as disposições do art. 591 c/c o art. 406
do CC/02; à admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde
que caracterizada a relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em
desvantagem exagerada - art. 51, § 1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante à s
peculiaridades do julgamento em concreto [...]¿ (2ª Seção, j. 22/10/2008, DJe de 10/03/2009). (grifos
apostos)          Nesta linha intelectiva, o STJ decidiu que os juros remuneratórios pactuados
acima de 12% ao ano não representam, por si só, abusividade (súmula 382). Logo, a abusividade da
taxa de juros remuneratórios requer comprovação nos autos, encargo processual que deve recair
sobre o autor. Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso presente, verifica-se que foram previstas taxas de juros mensal
de 1,96% a.m. e de 26,26 ao ano(fl. 121), não restando demonstrada abusividade capaz de colocar o
autor em desvantagem exagerada e não se desincumbindo o mesmo de seu ônus probatório (artigo
373, inciso I, do CPC).          Impende observar que a taxa média de mercado divulgada
pelo Banco Central, para cada tipo especÃ-fico de contrato, é apenas um referencial a ser considerado, e
não um limite a ser observado de forma obrigatória pelos bancos.          Ademais, as taxas
contratadas estão expressas e podem ser visualizadas no referido contrato (fl. 121), não podendo o
autor alegar desconhecimento dos valores contratados. Também não há nenhum vÃ-cio de
consentimento hábil a ensejar nulidade.          Não se pode olvidar que a Emenda
Constitucional nº 40, publicada já no longÃ-nquo ano de 2003, revogou o § 3º do artigo 192,
aniquilando a antiga discussão sobre o limite constitucional de juros, já superada pela Súmula
Vinculante nº 7 do STF.          Não obstante, é permitida a capitalização de juros com
periodicidade inferior a um ano em contratos BANCÃRIOS celebrados após 31 de março de 2000, data
da publicação da MP 1.963-17/2000 (atual MP 2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada.
(súmula 539 STJ).          E, finalmente, é usual no mercado de financiamentos a
discussão da taxa de juros no perÃ-odo das tratativas do negócio, inclusive, sendo possÃ-vel a
comparação com outros agentes financeiros.          Também não há a pretendida
ilegalidade na capitalização mensal de juros remuneratórios (e aqui se trata disso, pois o banco capta
dinheiro no mercado para a autora comprar o seu carro, e pode cobrar por isto). Â Â Â Â Â Â Â Â Â O STJ
já decidiu pela possibilidade de capitalização mensal de juros em contratos firmados por instituição
financeira após 31/03/2000, haja vista a permissão legal (AgRg no REsp 655858 - 3ªT, 18/11/2004). Â
        Não por menos, pode-se afirmar que o valor da prestação calculado pelo sistema
Price não implica necessariamente em capitalização de juros, uma vez que o valor do juro mensal é
calculado sempre sobre o saldo devedor anterior. Nesse sistema, os juros incorridos no mês são
liquidados mensalmente, não se apropriam ao saldo devedor, daÃ- decorrendo a impossibilidade
técnica de caracterização do anatocismo, ainda que, na concepção da sistemática, seja aplicado
o conceito de juros compostos. Considerando que as parcelas são pagas mensalmente, não é correto
afirmar-se que exista parcela de juros embutidos no saldo devedor, o que afasta, por completo, a figura do
anatocismo. Nesse sentido, já se decidiu: ¿(...) Convém ressaltar que a tabela price é método de
amortização de financiamento nos contratos de mútuo e sua simples utilização para a apuração
do cálculo das parcelas do financiamento não denota a existência de anatocismo. De acordo com o
aludido sistema de amortização, o valor das prestações é invariável, mas sua composição
pode ser diferenciada no decorrer dos pagamentos, pois pode haver, inicialmente, amortização maior
dos juros em relação ao saldo devedor. Assim, não pode ser declarada a nulidade da cláusula
contratual que o aludido método de amortização, salvo nas hipóteses em que houver distorções
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em sua aplicação, que devem ser devidamente comprovadas pela parte interessada. No entanto, essa
abusividade não foi demonstrada no caso concreto em exame. Acórdão 1198413,
07177224120178070001, Relator: ALVARO CIARLINI, 3ª Turma CÃ-vel, data de julgamento: 4/9/2019,
publicado no DJE: 12/9/2019. ¿ (grifos apostos)          No que tange ainda ao tema, é
imperioso observar igualmente o Tema 572, o qual possui a seguinte redação - "A análise acerca da
legalidade da utilização da Tabela Price - mesmo que em abstrato - passa, necessariamente, pela
constatação da eventual capitalização de juros (ou incidência de juros compostos, juros sobre juros
ou anatocismo), que é questão de fato e não de direito, motivo pelo qual não cabe ao Superior
Tribunal de Justiça tal apreciação, em razão dos óbices contidos nas Súmulas 5 e 7 do STJ¿. Â
        Por conseguinte, a abusividade do emprego da tabela PRICE, conforme a tese acima
fixada, depende da análise no caso em concreto dos juros compostos aplicados, e não se faz presumir
a sua abusividade pela simples utilização do método. Assim, o cálculo contábil apresentado pela
parte autora sob o método GAUSS não implica o reconhecimento da abusividade automática do
método PRICE (fl. 25).          Por sua vez, a taxa de juros cobrada não é maior que a
apontada no Custo Efetivo Total Anual no contrato. O Custo Efetivo Total (CET) corresponde a todos os
encargos e despesas incidentes nas operações de crédito e de arrendamento mercantil financeiro, e
deve ser expresso na forma de taxa percentual anual, incluindo todos os encargos e despesas das
operações. Isto é, o CET engloba não apenas a taxa de juros, mas também tarifas, tributos,
seguros e outras despesas cobradas do cliente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Tal custo foi regulado pelo BANCO
CENTRAL DO BRASIL pela Resolução nº 3.517, de 6.12.2007, alterada pela Resolução n.º
003909 de 30/09/10 que dispuseram que as Instituições financeiras e sociedades de arrendamento
mercantil deveriam informar o CET previamente à contratação e, no caso em tela, a parte autora na
data da contratação, ficou ciente dos fluxos considerados no cálculo do CET.          Já
nos termos do REsp 1.251.331-RS, a partir da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em
30.4.2008, não mais tem respaldo legal a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da
Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou outra denominação para o mesmo fato gerador.      Â
   Porém, permanece válida a Tarifa de Cadastro expressamente tipificada em ato normativo
padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento
entre o consumidor e a instituição financeira, que é o caso dos autos.          O mesmo
recurso de repercussão geral (REsp 1.251.331-RS) igualmente estabeleceu ser lÃ-cito aos contratantes
convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito (IOF) por meio
financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos contratuais.     Â
    Com o intuito de proteger seu patrimônio, não há abusividade na previsão de vencimento
antecipado da avença quando as hipóteses estão previstas em contrato.          Da
mesma forma, as chamadas "cobrança de serviços de terceiros", "tarifa de registro de contrato", "tarifa
de avaliação de bem" e "inclusão de gravame", não são abusivas, tampouco ilegais, pois, entre
outras destinações, constituem despesas decorrentes da complexa relação contratual que é o
financiamento de veÃ-culos (REsp 1578553-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em
28/11/2018 (recurso repetitivo) (Info 639).          Da análise dos autos, consoante se verifica
do contrato juntado aos autos às fls. 121, não há previsão da cobrança de comissão de
permanência, isolada ou cumulativamente com outros encargos moratórios.         Â
Tampouco comprovou-se qualquer cobrança bancária na emissão de boleto.          Por
fim, não se aplica a teoria do adimplemento substancial aos contratos de alienação fiduciária em
garantia regidos pelo Decreto-Lei 911/69. (STJ. 2ª Seção. REsp 1622555-MG, Rel. Min. Marco Buzzi,
Rel. para acórdão Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 22/2/2017 -Info 599).         Â
Portanto, nenhuma ilegalidade há na composição das parcelas.          Enfim, diante das
alegações da parte autora não há que se falar em afronta à lei e nem a Constituição da
República, devendo prevalecer, neste caso, a máxima pacta sunt servanda, não se cogitando de
onerosidade excessiva e nem de infringência a qualquer princÃ-pio contratual.          Ante o
exposto, com fulcro no art. 487, I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial,
porquanto se verificou do contrato acostado aos autos a legalidade dos encargos estipulados. Â Â Â Â Â Â
    Condeno a parte autora a arcar com as custas e despesas processuais e honorários do patrono
do réu, que fixo em 10% do valor atualizado da causa, com a exequibilidade suspensa apenas em caso
de gratuidade de justiça, eventualmente, já deferida nos autos.          Havendo
apelação, intime-se o apelado para apresentar, caso queira, contrarrazões, no prazo legal. Após,
certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça do Estado do para Pará para os
devidos fins.          Na hipótese de trânsito em julgado, ARQUIVE-SE.         Â
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.          Belém, 17 de Agosto de 2021.       Â
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encaminhado para inscrição em dÃ-vida ativa, nos termos do art. 46 da Lei nº. 8.328/2015, que
dispõe sobre o Regimento de Custas e outras despesas processuais no âmbito do Poder Judiciário do
Estado do Pará.          Com trânsito em julgado desta sentença, arquivem-se os
presentes autos, mediante as cautelas legais.             Cumprimento de sentença:
Certificado o trânsito em julgado, nos termos do art. 513, § 1º do CPC, aguarde-se em arquivo
requerimento da parte interessada, que deverá ser peticionado digitalmente (PJE), por dependência ao
presente feito, na forma incidental de cumprimento de sentença, observando o disposto no inciso II do
art. 509 do CPC, e, por conseguinte, intimando a parte executada para pagar o débito, no prazo de 15
(quinze) dias, acrescido das custas, se houver (Código de Processo Civil, artigo 523 c/c artigo 513, §§
1º, 2º e incisos, e §§ 3º e 5º).             Quando do requerimento previsto no
artigo 523, o exequente deverá instruÃ--lo com os requisitos do artigo 524 do Código de Processo Civil,
em especial: I - o nome completo, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas FÃ-sicas ou no
Cadastro Nacional da Pessoa JurÃ-dica do exequente e do executado, observado o disposto no art. 319,
§§ 1.º a 3.º; II - o Ã-ndice de correção monetária adotado; III - os juros aplicados e as respectivas
taxas; IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados; V - a
periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso; VI - especificação dos eventuais descontos
obrigatórios realizados; VII - indicação dos bens passÃ-veis de penhora, sempre que possÃ-vel. P.R.I.C.
Belém/PA, 13 de agosto de 2021. VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS  JuÃ-za de Direito da 3ª VCE da
Capital SS PROCESSO: 00559671920128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:JORGE CLETO NUNES FERREIRA JUNIOR
Representante(s): OAB 00005 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) REU:PORTO SEGURO SA
CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Representante(s): OAB 5.546 - GUILHERME DA COSTA
FERREIRA PIGNANELI (ADVOGADO) OAB 25289 - FELIPE SOUSA ESTEVES (ADVOGADO) . p.
0055967-19.2012.8.14.0301. SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE
DECLARAÃÃO DE INEXISTÃNCIA DE DÃVIDA ajuizada por JORGE CLETO NUNES FERREIRA em face
de PORTO SEGURO S/A CRÃDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO. Â Â Â Â Â Aduz a parte
autora que no dia 17.11.2009 fez um empréstimo consignado em folha de pagamento com a requerida.
Alega que efetuou o pagamento de 02 (duas) parcelas antes de sair da empresa em que trabalhava, fato
este que ocorreu na data de 01.03.2010.      Sustenta que aceitou a opção de quitação total
do empréstimo, sendo descontada a quantia de R$ 1.403,57 de sua verba rescisória. Relata que após
cinco meses após a rescisão contratual teria recebido correspondência informando o débito de
parcelas em aberto do referido empréstimo.      Por fim pleiteou o seguinte: a) declaração de
inexistência do débito; b) indenização por danos morais.      à fl. 22, foi proferida decisão
concedendo a gratuidade de justiça à parte autora.      Em sede de contestação (fls. 37/44), a
parte demandada pugnou pela total improcedência da lide, alegando que a o desconto realizada por
ocasião das verbas rescisórias não contemplou a integralidade do débito. Sustenta que informou Ã
parte autora por meio de correspondência enviada à residência da parte autora a existência de
parcelas do débito em aberto.      Em réplica (fls. 70/72), a parte autora ratificou os termos da
exordial. Â Â Â Â Â Ã fl. 73, foi anunciado o julgamento antecipado da lide. Â Â Â Â Â Nada mais sendo
requerido, os autos vieram conclusos para sentença.      à a sÃ-ntese do necessário. DECIDO. Â
    Nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil/2015, é cabÃ-vel o julgamento
antecipado da lide, pois a controvérsia em debate comporta julgamento independentemente da
produção de outras provas, porquanto suficientes para a solução da lide a prova documental já
produzida. 1.     Da existência do débito. Saldo remanescente não quitado. Improcedência. Â
    Cumpre frisar que a controvérsia dos autos não é a limitação dos descontos efetuados ou
a impossibilidade de retenção integral de valores por ocasião da rescisão laboral, mas sim a
desconstituição do débito em si. Afirma a parte autora que acreditou quitação integral do débito,
ao passo que, a demandada arguiu a existência de parcelas em aberto.      De imediato, cabÃ-vel
pontuar que contrato é o fato jurÃ-dico consistente em uma declaração de vontade, a que o
ordenamento jurÃ-dico atribui os efeitos queridos pelas partes, respeitados os pressupostos de existência,
validade e eficácia impostos pelo sistema jurÃ-dico.      Desta forma, os contratos regem-se pelo
princÃ-pio do ¿pacta sunt servanda¿, o que quer dizer ¿os pactos devem ser cumpridos¿, motivo
pelo qual o princÃ-pio também é conhecido por ¿força obrigatória dos contratos¿.      Em
outros termos, o princÃ-pio do pacta sunt servanda é consequência imediata da autonomia da vontade.
Isto porque, desde que as partes estejam de acordo e queiram se submeter a regras por elas próprias
estabelecidas, o contrato obriga os contratantes como se fosse lei. Â Â Â Â Â Nesse contexto, cabe
ressaltar que, conforme documento juntado à fl. 49 dos autos, as partes acordaram em estabelecer
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contrato de empréstimo consignado, cujo valor total seria de R$ 2.109,12, a serem pagos em 24
parcelas mensais. Â Â Â Â Â Em verdade, resta como fato incontroverso, porquanto expressamente
declarado por ambas as partes, que houve o pagamento inicial das duas primeiras parcelas iniciais do
empréstimo. Por ocasião da rescisão contratual, igualmente restou demonstrado o pagamento de R$
1.403,57 (fl. 07).      Contudo, conforme planilha de pagamentos acostada pelo próprio autor (fl.
12), percebe-se que os valores descontados no termo de rescisão de contrato de trabalho foram
utilizados para liquidação de 20 (vinte) parcelas contratuais, e tendo em vista o pagamento inicial das
duas primeiras parcelas do empréstimo, conclui-se que ainda restavam pendentes duas parcelas,
totalizando-se, assim, as 24 (vinte e quatro) parcelas previstas contratualmente. Â Â Â Â Â Nesta seara,
considerando que o referido contrato foi assinado pela autora, conclui-se que havia saldo devedor em
aberto, e, conforme cláusula expressa no contrato firmado entre as partes (cláusula 2.5.2- fl.49), a
mutuária tinha a obrigação de pagamento diretamente ao Banco demandado na hipótese de
rescisão do contrato de trabalho, por meio de boleto bancário, quando os descontos sobre as verbas
rescisórias fossem insuficientes para a liquidação total do empréstimo.      à exigÃ-vel ainda
da parte requerida uma conduta compatÃ-vel com os deveres que emanam da cláusula geral da boa-fé
objetiva (art. 51, inciso IV, do Código de Defesa do Consumidor e 422 do Código Civil de 2002), vale
dizer, de cumprimento dos deveres acessórios de conduta (do fornecedor): dever de informação;
dever de colaboração e cooperação; dever de proteção e cuidado com a pessoa e o patrimônio
da contraparte.      Nesta senda, nos termos da cláusula 2.5.1, a parte demandada deveria
informar por escrito ou por meio eletrônico a existência do saldo devedor lÃ-quido para quitação. Tal
dever contratual foi devidamente cumprido, tanto que a parte autora colaciona aos autos as
correspondências enviadas à sua residência informando acerca do débito (fls. 07 e 11).     Â
Acrescente-se que a autora não negou a contratação e a existência do saldo devedor, afirmando
apenas que acreditava que o contrato estivesse quitado, o que de fato não ocorreu.      A
demandante, assim, não se desincumbiu do ônus que lhe competia, forte no art. 373, I, do CPC, pois,
mesmo com a aplicação do CDC (inversão do ônus da prova), o autor tem o dever de comprovar
minimamente os fatos alegados. Sequer a parte autora teve a cúria de exigir qualquer termo ou recibo de
quitação da parte demandada a fim de comprovar o adimplemento do débito.      Neste sentido
a jurisprudência pátria assim tem se manifestado acerca do tema: APELAÃÃO CÃVEL. NEGÃCIOS
JURÃDICOS BANCÃRIOS. EMPRÃSTIMO CONSIGNADO. RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.
DESCONTO NO TERMO DE RESCISÃO INSUFICIENTE PARA A LIQUIDAÃÃO DO EMPRÃSTIMO.
DÃBITO REGULAR. DANO MORAL INOCORRENTE. Caso em que a autora não nega a contratação
e a existência do saldo devedor, apenas afirma que acreditava na quitação, o que de fato não
ocorreu. Desconto sobre verbas rescisórias insuficiente para a liquidação do empréstimo. Saldo
devedor não quitado, o que torna regular a dÃ-vida e a inscrição em cadastro restritivo de
crédito.Dano moral inocorrente.Honorários. Art. 85, § 11, do CPC.APELAÃÃO
IMPROVIDA.(Apelação CÃ-vel, Nº 70082816828, Décima Primeira Câmara CÃ-vel, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Guinther Spode, Julgado em: 23-10-2019) (TJ-RS - AC: 70082816828 RS,
Relator: Guinther Spode, Data de Julgamento: 23/10/2019, Décima Primeira Câmara CÃ-vel, Data de
Publicação: 25/10/2019) (grifos apostos)      Por conseguinte, não merece prosperar a o pleito
de declaração de inexistência débito, porquanto, consoante restou comprovado nos autos, o valor do
saldo remanescente da dÃ-vida contraÃ-da mediante empréstimo consignado não era do total
desconhecimento da parte autora, sendo-lhe plenamente possÃ-vel aferir a não quitação do contrato.
2.     Dos danos morais. Não cabimento.      Pontuo, de pórtico, que "não é todo
sofrimento moral que pode ou deve ser reparado pecuniariamente. Ã preciso que a dor tenha maior
expressão, que a reparação seja socialmente recomendável e que não conduza a distorções do
nobre instituto" (TJSP 4ª Câm., ap. civ. n° 41.580-4/0-SP, Rel. Des. José Osório, j. 06.08.98, v.u.).
      Nessa direção, portanto, cabe ao julgador a tarefa de extrair de cada caso concreto
elementos hábeis a desclassificar o dissabor sofrido pela parte como mero aborrecimento, inserindo-o no
campo do dano moral. Â Â Â Â Â Â No caso dos autos restou devidamente comprovado, conforme
discorrido em tópico anterior, que houve a legÃ-tima cobrança de débito estipulado contratualmente.
Nesse sentido, a jurisprudência assim se manifesta: APELAÃÃO CÃVEL. NEGÃCIOS JURÃDICOS
BANCÃRIOS. EMPRÃSTIMO CONSIGNADO. RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. DESCONTO
NO TERMO DE RESCISÃO INSUFICIENTE PARA A LIQUIDAÃÃO DO EMPRÃSTIMO. SALDO
DEVEDOR. DÃBITO REGULAR. DANO MORAL INOCORRENTE. A Lei 10.820/2003, em seu art. 1º, §
1º, prevê a possibilidade de descontos de empréstimos consignados sobre as verbas rescisórias,
limitadas em 30%.Desconto sobre verbas rescisórias insuficiente para a liquidação do empréstimo.
Saldo devedor não quitado, que torna regular a dÃ-vida e a inscrição negativa.Dano moral
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inocorrente.APELAÃÃO PROVIDA (TJ-RS - AC: 70081923195 RS, Relator: Bayard Ney de Freitas
Barcellos, Data de Julgamento: 30/07/2019, Vigésima Terceira Câmara CÃ-vel, Data de Publicação:
06/08/2019) (grifos apostos).      Portanto, tem-se por incabÃ-veis os danos morais pleiteados. 3. Â
   Do dispositivo.          Ante o exposto, com fulcro no art. 487, I, do CPC, JULGO
IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial, ante a comprovação do saldo remanescente devido
pela parte autora e a regularidade da cobrança efetuada pelo banco demandado.      CONDENO
A PARTE AUTORA AO PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS, estes fixados em
10% sobre o valor da causa, com fulcro no art. 85, §2º, do CPC/2015, os quais, entretanto, encontram-
se com a exigibilidade suspensa, nos termos do art. 98, § 3º do CPC.      P.R.I.C. Após o
trânsito em julgado, estando o feito devidamente certificado, ARQUIVEM-SE, observadas as cautelas de
praxe, dando-se a respectiva baixa no sistema LIBRA. Belém/PA, 13 de agosto de 2021,. VALDEÃSE
MARIA REIS BASTOS JuÃ-za Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital SS PROCESSO:
00646299020098140301 PROCESSO ANTIGO: 200911449757
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o: Apelação
Cível em: 17/08/2021 AUTOR:J. D. S. S. REPRESENTANTE:M. S. B. Representante(s): OAB 21342 -
AMALIA BETANIA AMORAS CONTREIRA (ADVOGADO) OAB 9837 - RAFAEL OLIVEIRA LAURIA
(ADVOGADO) ANDRE LUIS AMORAS CONTREIRAS (ADVOGADO) REU:BRADESCO AUTORE
COMPANHIA DE SEGUROS Representante(s): OAB 11307-A - ROBERTA MENEZES COELHO DE
SOUZA (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0064629-90.2009.8.14.0301      DECISÃO VISTOS. 1.
Considerando que o autor atingiu a maioridade, faz-se imprescindÃ-vel a regularização da capacidade
postulatória. Isto posto, INTIME-SE PESSOALMENTE O JOSà DENILSON SILVA DA SILVA, via AR,
para que, no prazo de 15 (quinze) dias, manifeste interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que
lhe competir, oportunidade em que deverá habilitar advogado(s), com a juntada de procuração
assinada pelo próprio autor, sob pena de extinção do feito pela ausência de pressuposto válido de
desenvolvimento do processo, na forma do art. 485, IV do CPC. Não cumprido o determinado, certifique-
se e retornem conclusos para sentença. 2. Cumprida tempestivamente a determinação retro, o que
deverá ser certificado, em vista das escusas apresentadas às fls. 230, NOMEIO como perita a médica
FILOMENA BRANDÃO BARROSO REBELLO (CRM 842), telefone (091) 99987-3965), para cumprimento
do encargo, com honorários periciais fixados em R$-300,00 (trezentos reais), na forma do ACORDO DE
COOPERAÃÃO TÃCNICA Nº 021/2016 firmado entre esse Tribunal de Justiça e a Seguradora LÃ-der
de Consórcios DPVAT, os quais já se encontram depositados, conforme doc. de fls. 221/225.     Â
Assim, INTIME-SE a perita nomeada para, no prazo de 05 (cinco) dias, informar se aceita a nomeação,
e, em caso afirmativo i) apresentar currÃ-culo, com comprovação de especialização; e, ii) contatos
profissionais.      FICA DESDE Jà ADVERTIDA A EXPERT que eventual escusa deverá ser
apresentada no prazo acima assinalado, sob pena de que a inércia seja punÃ-vel com as sanções
decorrentes de descumprimento de ordem judicial. Â Â Â Â Â 2. Havendo o aceite, desde logo, AUTORIZO
a liberação de 50% (cinquenta por cento) dos valores devido a tÃ-tulo de honorários periciais, com
fulcro no art. 465, §4º do CPC.      3. Efetuado o depósito, considerando que as partes já
foram intimadas para apresentação de quesitos e assistente técnico (fls. 209), nos termos do art. 465,
§1º do CPC, INTIME-SE o perito nomeado para dar inÃ-cio à perÃ-cia, a qual deve ser concluÃ-da no
prazo de 30 (trinta) dias, no qual deverão ser respondidos os quesitos das partes, se houver, e os do
JuÃ-zo (que seguem abaixo), devendo o profissional técnico combinar com a parte autora e ré, local,
data e hora para elaboração da diligência, atentando-se ao disposto no art. 466 do CPC, acaso se
faça necessário.      Saliente-se que o decurso do prazo sem o cumprimento da obrigação,
quer por culpa do requerido, quer por culpa do requerente (ao não comparecer a perÃ-cia designada)
ensejará a PRECLUSÃO QUANTO AO DIREITO DE PRODUÃÃO PROBATÃRIA, de sorte que, tal parte,
arcará com os ônus de seu descumprimento.      4. Apresentado o laudo pericial, INTIMEM-SE as
partes para, no prazo comum de 15 (quinze) dias, primeiro autor e depois réu, apresentar
manifestação, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu
respectivo parecer, nos termos do art. 477, §1º do CPC.      Uma vez apresentado laudo pericial,
resta autorizada a liberação do restante da quantia, observadas as cautelas de praxe e em tudo
certificado nos autos.      5. Por fim, observada integralmente a presente decisão, retornem
conclusos para apreciação, devendo, em sendo o caso, a UPJ adotar as providências necessárias ao
recolhimento das custas processuais pendentes de pagamento. Â Â Â Â Â INT. DIL. E CUMPRA-SE. Â Â
   Belém/PA, 17 de Agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za
de Direito Titular da 3ª VCE da Capital      HM QUESITO DO JUÃZO: Nos termos do acórdão
acostado às fls. 197/198, INDIQUE qual o grau de lesão suportado pelo autor e QUANTIFIQUE
conforme a Tabela adicionada à Lei nº 6.194/74 pela Medida Provisória nº 451/2008. PROCESSO:
1033
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
(quinze) dias, os valores atualizados, bem como efetuar transferência para subconta vinculada ao
processo. 7. Cumpridas as determinações, fica desde já autorizada a EXPEDIÃÃO DO ALVARà do
que há depositado em conta judicial com as devidas correções monetárias, em favor da requerida,
uma vez que não realizada a perÃ-cia judicial.      INT. DIL. E CUMPRA-SE. Após, decorrido o
prazo e estando o feito devidamente certificado, RETORNEM conclusos para sentença.     Â
Belém-Pará, 16 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de
Direito Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital      DAL PROCESSO:
01276389720158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VAL DEISE M ARIA RE IS B A S TOS A ? ? o : P ro c e d ime n t o Co mu m Cí v e l e m: 1 7 /0 8 / 2 0 2 1
REQUERENTE:DENNYS FREITAS DA SILVA Representante(s): OAB 53400 - ROBERTO CESAR
GOUVEIA MAJCHSZAK (ADVOGADO) REQUERIDO:SEGURADORA LIDER CONSORCIOS DO
SEGURO DPVAT LTDA Representante(s): OAB 14351 - MARILIA DIAS ANDRADE (ADVOGADO) OAB
16292 - LUANA SILVA SANTOS (ADVOGADO) . DECIS¿O      VISTOS.      Trata-se de
AÃÃO DE COBRANÃA ajuizada por Dennys Freitas da Silva em face de Seguradora LÃ-der dos
Consórcios do Seguro DPVAT S/A, todos qualificados nos autos da ação em epÃ-grafe, na qual a parte
pleiteia receber suposta diferença devido a tÃ-tulo de indenização decorrente de acidente
automobilÃ-stico, fruto do seguro DPVAT, ocasião em que, houve o deferimento da prova pericial.   Â
  No entanto, da leitura da inicial, sequer é possÃ-vel identificar os danos que dariam direito ao pleito
formulado e justificariam o pagamento de novos valores em favor da parte autora, uma vez que, da leitura
da exordial e dos documentos coligidos aos autos, n¿o se pode, nem mesmo, identificar a extensão das
lesões sofridas pelo requerente.      Inobstante possa ser considerado que ao autor, não cabe
especificar o valor a ser percebido em razão das sequelas sofridas, CERTAMENTE, A ELE CABE
DEMONSTRAR AS CONSEQUÃNCIAS DECORRENTES DO ACIDENTE SOFRIDO E O GRAU DE
INVALIDEZ/SEQUELAS QUE LHE FORAM CAUSADAS, conforme ônus processual previsto no art. 373,
I do CPC.      N¿o se está exigindo da parte autora o esgotamento dos elementos probatórios e
tampouco pretende-se impedir eventual instrução do processo. No entanto, é dever do Juiz zelar pelo
escorreito prosseguimento do feito, de modo que, da leitura da inicial, a parte sequer narra qual seria a
extensão das sequelas que deixou de ser considerada pela seguradora, da mesma forma, que tampouco
classifica os danos sofridos, demonstrando que, por exemplo, ao invés de enquadrar-se no `parâmetro
a, como pretendido e pago pela seguradora¿ enquadrar-se-ia no `parâmetro b, conforme pleiteado em
sede de inicial¿.      Neste sentido, TORNO SEM EFEITO a perÃ-cia designada e em
consequência, ANUNCIO O JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO, nos termos do art. 355, I do CPC.
           Desde logo, considerando o disposto na Lei nº. 8.328/2015, especialmente o art.
27 que determina a necessidade de recolhimento prévio das custas, para fins de prolação de
sentença de mérito, REMETAM-SE OS AUTOS à UNAJ, para cálculo de custas finais, devendo, em
seguida, ser intimada a parte para fins de recolhimento, sob pena de imediata extinção do processo,
com fulcro no art. 485, IV do CPC, acaso se faça necessário;      Ãs fls. 92/95, a requerida
Seguradora LÃ-der dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A, peticiona informando o deposito judicial no
valor de 300,00 (trezentos reais), conforme decisão à fl. 91, a qual determina pagamento de honorários
periciais do valor encimado. Assim, CERTIFIQUE-SE à UPJ, quanto a existência do depósito indicado
(fl. 95), bem como, se o mesmo foi efetuado em subconta vinculada a este processo. Â Â Â Â Â Caso
tenha sido depositado em instituição financeira diversa (Banco do Brasil), OFICIE-SE a mesma, para
informar, no prazo de 15 (quinze) dias, os valores atualizados, bem como efetuar transferência para
subconta vinculada ao processo.      Cumpridas as determinações, fica desde já autorizada a
EXPEDIÿO DO ALVARà do que há depositado em conta judicial com as devidas correções
monetárias, em favor da requerida, uma vez que não realizada a perÃ-cia judicial.      INT. DIL. E
CUMPRA-SE. Após, decorrido o prazo e estando o feito devidamente certificado, RETORNEM conclusos
para sentença.      Belém-Pará, 16 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS
BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital      DAL
PROCESSO: 01380938720168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:ANTONIA RODRIGUES PINTO Representante(s):
OAB 53400 - ROBERTO CESAR GOUVEIA MAJCHSZAK (ADVOGADO) REU:SEGURADORA LIDER
CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT SA Representante(s): OAB 8770 - BRUNO MENEZES COELHO DE
SOUZA (ADVOGADO) OAB 20710 - LAURA EMANNUELA GUIMARAES DE PINHO NOGUEIRA
(ADVOGADO) . DECISÃO Â Â Â Â Â VISTOS. Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE COBRANÃA ajuizada por
Antonia Rodrigues Pinto, em face de Seguradora LÃ-der dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A, todos
qualificados nos autos da ação em epÃ-grafe, na qual a parte pleiteia receber suposta diferença
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
casos confrontados, mediante o cotejo dos fundamentos da decisão recorrida com o acórdão
paradigma, a fim de demonstrar a divergência jurisprudencial existente (arts. 541 do CPC e 255 do
RISTJ). 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (AGRG No Agravo Em Recurso Especial Nº
434.929 - Pr (2013/0383158-2) Relator: Ministro Luis Felipe Salomão Agravante: Amauri De Mello
Gomes Advogados: Carolina Reis Magalhães E Mansano Eduardo Reis Magalhães Vicente
Magalhães Filho Agravado: Selma Barbosa Bernini Advogado: Andreia Da Rosa Rache) (grifou-se)   Â
  Saliente-se, de pronto, que prevalece o PRINCÃPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO (art.
371 do CPC), por meio da leitura conjunta com o disposto no art. 479 do CPC, através do qual, infere-se,
que o juiz não fica adstrito as provas provas requeridas pelas partes, desde que seu convencimento seja
devidamente motivado.      Desta forma, infere-se que a determinação de prova testemunhal no
caso em apreço, se mostra desarrazoada, conforme alhures exposto, sendo certo que, acaso deferida,
serviria tão somente para macular a observância aos PrincÃ-pios da Economia e Celeridade Processual.
     Desta forma, estando o feito em ordem e tratando-se de matéria de direito que prescinde da
produção de outras provas, nos termos do art. 355, I do CPC, ANUNCIO O JULGAMENTO
ANTECIPADO DO FEITO.      Remetam-se os autos à UNAJ, para fins de cálculo de custas finais,
devendo a parte autora ser devidamente intimada para fins de recolhimento, acaso se faça necessário.Â
     INT., DIL. E CUMPRA-SE. Após, retornem os autos conclusos para SENTENÃA.     Â
Belém/PA, 13 de agosto de 2021.      VALDEISE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de
Direito Titular da 3ª VCE da Capital      RP PROCESSO: 02913027620168140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS
A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:FRANCISCO DAS CHAGAS DE FREITAS
CAMPOS Representante(s): MARIA DO SOCORRO GUIMARAES (ADVOGADO) REU:BANCO DO
BRASIL Representante(s): OAB 24046 - MONIQUE PRISCILA MAGNO DOS SANTOS (ADVOGADO)
OAB 15201-A - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO) . PROCESSO:
02913027620168140301 SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Os presentes autos versam sobre AÃÃO DE
COBRANÃA POR APROPRIAÃÃO INDEBITA DE COTAS DO PASEP ajuizada por FRANCISCO DAS
CHAGAS DE FREITAS CAMPOS em face de BANCO DO BRASIL S/A. Â Â Â Â Â Â A parte autora
sustenta ter ajuizado a presente demanda com o objetivo de compelir a instituição financeira
demandada a exibir as contas atinentes aos depósitos do PIS/PASEP. Salienta que, na condição de
militar reformado, foram depositados valores ao longo dos anos em uma conta junto ao Banco do Brasil,
contudo, ao fazer o levantamento do saldo de sua conta PASEP, verificou que o réu apesar de receber
os depósitos não repassou valores recebidos para a conta do réu no perÃ-odo de 1985 a 1999,
tampouco à correção dos referidos valores.      Destaca que, comprovada a relação jurÃ-dica,
nasce o dever de prestar contas. Discorre sobre o princÃ-pio da inafastabilidade da jurisdição.    Â
 Por fim, requereu a procedência da ação de COBRANÃA POR APROPRIAÃÃO INDEBITA DE
COTAS DO PASEP.      As fls. 119/135, o requerido apresentou contestação, pugnando pela
total improcedência da demanda, alegando preliminarmente ilegitimidade passiva, e no mérito a
inexistência do ato ilÃ-cito e a inexistência da culpa.      As fls. 158, o autor apresentou as
contrarrazões, reiterando os termos da inicial, alegando a legitimidade passiva da ré e a inocorrência
do prazo prescricional      Nada mais sendo requerido os autos vieram conclusos.      à a
sÃ-ntese do necessário. DECIDO.       O feito comporta julgamento antecipado, nos termos do
artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil, já que a matéria nele debatida independe da
produção de outras provas, sendo suficiente a documental existente nos autos.       Aliás,
conforme já decidiu o Excelso Supremo Tribunal Federal, ¿a necessidade de produção de prova há
de ficar evidenciada para que o julgamento antecipado da lide implique em cerceamento de defesa. A
antecipação é legÃ-tima se os aspectos decisivos estão suficientemente lÃ-quidos para embasar o
convencimento do Magistrado.¿ (RE 101171, Rel. Min. Francisco Rezek,Segunda Turma, j. em
05/10/1984). 1.     Da ilegitimidade passiva do Banco do Brasil.      O cerne da questão
centra-se na legitimidade do Banco do Brasil para figurar no polo passivo na ação de prestação de
contas relativas ao saldo de PIS/PASEP.      Pois bem.      Há um óbice ao conhecimento
da presente ação, consistente na ausência de legitimidade do Banco do Brasil para figurar no polo
passivo da demanda.      Com efeito, o Banco do Brasil S/A, assim como a Caixa Econômica
Federal, não podem responder pelos valores depositados a tÃ-tulo de PASEP E PIS, respectivamente,
pois constituem meros gestores dos valores depositados. Â Â Â Â Â Veja-se, a respeito, o disposto nos
arts. 3º a 5º do Decreto 9.978/2019: Art. 3º Fica instituÃ-do o Conselho Diretor do Fundo PIS-
PASEP, órgão colegiado responsável por gerir o Fundo. Art. 4º Compete ao Conselho Diretor do
Fundo PIS-PASEP: (...) b) calcular a atualização monetária do saldo credor das contas individuais
dos participantes; c) calcular a incidência de juros sobre o saldo credor atualizado das contas individuais
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
dos participantes; e (...) VI - requisitar ao Banco do Brasil S.A., à Caixa Econômica Federal e ao Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social as informações sobre as aplicações realizadas,
os recursos repassados e outras que julgar necessárias ao exercÃ-cio da sua gestão; VII - fornecer
informações, dados e documentação e emitir parecer relacionados com o Fundo PIS-PASEP, oÂ
PIS e o PASEP, por solicitação do Conselho Monetário Nacional e do Ministro de Estado da
Economia; VIII - autorizar e fixar, nos perÃ-odos estabelecidos, o processamento das solicitações de
saque e de retirada e seus pagamentos; (...) XII - definir as tarifas de remuneração da Caixa
Econômica Federal e do Banco do Brasil S.A., na qualidade de administradores do PIS e do PASEP,
respectivamente; e Art. 5º O Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP é composto pelos seguintes
representantes: I - cinco do Ministério da Economia, um dos quais representante da Secretaria do
Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda, que o coordenará; II - um dos participantes doÂ
PIS; e III - um dos participantes do PASEP. (...)      Com a presente demanda, pretende o autor,
ao fim e ao cabo, informações sobre a correção monetária e os juros aplicados sobre os valores do
PIS/PASEP depositados em conta aberta junto ao Banco do Brasil.      De acordo com o art. 3º do
Decreto 9.978/2019, no entanto, não é o Banco do Brasil o responsável pelo fundo, mas o Conselho
Diretor instituÃ-do na forma do art. 5º do mesmo Decreto.      A instituição demandada, na
verdade, apenas autoriza a abertura de uma conta para o depósito dos valores do PIS/PASEP,
recebendo, por conta disso, uma contraprestação do governo. Não tem, contudo, qualquer
ingerência sobre esses valores, assim como aos Ã-ndices de correção monetária e percentuais de
juros a eles aplicáveis.      A este respeito, inclusive, foi editada a súmula 77 do STJ que, apesar
de dirigida à CEF, tem aplicação também ao Banco do Brasil: Súmula 77: A Caixa Econômica
Federal é parte ilegÃ-tima para figurar no polo passivo das ações relativas à s contribuições para o
Fundo do PIS/PASEP.      Aliás, ao discorrer sobre situação idêntica a versada nos autos,
assinalou o Ministro Castro Meira, no voto proferido no Recurso Especial 747628: ¿O Banco do Brasil
apresenta-se, na verdade, como um prestador de serviços, para o qual recebe uma contraprestação
pecuniária chamada comissão. O Gestor do PASEP é um Conselho-Diretor, órgão colegiado
constituÃ-do de oito membros, com mandatos de 1 (um) ano, designados através de portaria pelo
Ministro de Estado da Fazenda. à este Conselho responsável pela representação judicial e
extrajudicial do programa, sendo realizada a defesa através da Procuradoria da Fazenda Nacional, a
teor do que preceitua o artigo 9º, § 8º, do Decreto nº 78.276/76, que assim dispõe:  ¿O
conselho-Diretor ficará investido de representação ativa e passiva do Fundo de ParticipaçãoÂ
PIS/PASEP, que será representado e definido, em juÃ-zo, por Procurador da Fazenda Nacional¿   Â
  O cálculo da correção monetária do saldo credor das contas vinculadas dos participantes, bem
como o percentual dos juros incidentes, nos perÃ-odos reclamados pelo demandante, eram determinados
pelo Conselho-Diretor do Fundo, sem qualquer interferência do Banco do Brasil, que apenas operava o
sistema.      O STJ, analisando questão semelhante relativa à Caixa Econômica Federal-CEF,
responsável pela operacionalização do Programa de Integração Social - PIS, fez editar a
Súmula nº 77/STJ, segundo a qual ¿a Caixa Econômica Federal é parte ilegÃ-tima para figurar no
polo passivo das ações relativas às contribuições para o fundo PIS/PASEP¿.      Esse
raciocÃ-nio é extensivo ao Banco do Brasil. Se a Caixa detinha a administração do PIS e o Banco
do Brasil a do PASEP, com a unificação do Fundo, perderam tais estabelecimentos a respectiva
gestão, que passou a um Conselho-Diretor, designado pelo Ministério da Fazenda, com atribuição
de representar judicial e extrajudicialmente o programa.      Assim, como a CEF é parte ilegÃ-tima
para figurar no polo passivo das ações relativas ao PIS (Súmula nº 77/STJ), também é
ilegÃ-timo o Banco do Brasil para figurar no polo passivo das ações relativas ao PIS/PASEP.¿    Â
 Nesse sentido a jurisprudência igualmente está consolidada:      RECURSO ESPECIAL Nº
1.480.250 - RS (2014/0230786-5) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN RECORRENTE : UNIÃO
RECORRIDO : MINISTÃRIO PÃBLICO FEDERAL DECISÃO Trata-se de Recurso Especial (art. 105, III, a
da CF) interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, cuja ementa é a
seguinte: AÃÃO CIVIL PÃBLICA. LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÃRIO PÃBLICO FEDERAL.
PIS/PASEP. FINALIDADE SOCIAL. EXTENSÃO DAS HIPÃTESES ELENCADAS NO ART. 40, § 1O, DA
LC Nº 75/96. INTERPRETAÃÃO CONFORME A CONSTITUIÃÃO. 1. O § único, do artigo 1o, da Lei
nº Lei nº 7.347/85 é inconstitucional, no tocante a vedação do cabimento da ação civil pública
para veicular pretensões que envolvam o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS quando a
questão se referir aos direitos dos empregados, por ofensa aos artigos 127 e 129, III, da Constituição
Federal. (TRF4, ARGUIÃÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 5017624-08.2012.404.0000, Corte
Especial, Des. Federal MARIA LÃCIA LUZ LEIRIA, POR MAIORIA, JUNTADO AOS AUTOS EM
08/01/2013). 2. O Ministério Público está legitimado a promover ação civil pública ou coletiva na
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defesa de direitos individuais homogêneos (CF, art. 127 e 129, III e CDC, arts. 81 e 82, I). 3. A
legitimidade passiva da União para esta causa decorre de seu poder regulamentar sobre o Fundo
PIS/PASEP. 4. As hipóteses de saque previstas na Lei nº 8.036/90 e no art. 4o, § Io, da Lei
Complementar nº 75/96 não são exaustivas, mas meramente exemplificativas, devendo ser dada
prevalência ao caráter social da norma quando em jogo o direito individual à vida, à saúde e Ã
dignidade humana. Precedentes TRF 4a Região. 5. Mantida a sentença de procedência que
determinou à União a liberação do saldo das contas PIS/PASEP na hipótese de invalidez do titular
independentemente da obtenção de aposentadoria por invalidez ou benefÃ-cio assistencial ou, ainda, a
liberação do saldo das contas PIS/PASEP ao titular quando ele próprio ou qualquer de seus
dependentes for acometido de doença ou afecção listada na Portaria Interministerial MPAS/MS nº
2998/2001. 6. (...) Também a legitimidade da União para figurar no pólo passivo da presente ação
é patente. Como bem referido pela própria demandada, os estabelecimentos bancários (CEF e Banco
do Brasil) são administradores do PIS/PASEP, cujas normas são de competência da União, a quem
cabe regulamentar o Fundo em questão. Portanto, é a União parte legÃ-tima para figurar no pólo
passivo da presente ação. Assim, inexiste violação ao art. 535, II, do CPC, porquanto o Tribunal de
origem apreciou fundamentadamente a controvérsia, não padecendo o acórdão recorrido de
qualquer omissão. Quanto à alegada ilegitimidade da União para figurar no polo passivo da demanda,
também não assiste razão à recorrente, senão vejamos: ADMINISTRATIVO. PASEP. EXPURGOS
INFLACIONÃRIOS. ILEGITIMIDADE DO BANCO DO BRASIL S.A. SÃMULA 77/STJ. LEGITIMAÃÃO DA
UNIÃO. SÃMULA 77/STJ. 1. A Lei Complementar nº 8 de 3/70, que instituiu o Programa de Formacao do
Patrimonio do Servidor Público - PASEP, em seu art. 5º, delega ao Banco do Brasil competência para
operacionalizar o Programa, devendo manter contas individualizadas para cada servidor. Por essa
atividade, estabelece a lei em favor do Banco uma comissão de serviço a ser fixada pelo Conselho
Monetário Nacional. 2. Como a CEF é parte ilegÃ-tima para figurar no pólo passivo das ações
relativas ao PIS (Súmula nº 77/STJ), também se deve reconhecer a ilegitimidade do Banco do Brasil
para figurar no pólo passivo das ações relativas ao PASEP. 3. Recurso especial provido. PASEP.
CORREÃÃO MONETÃRIA. SIMILITUDE COM O FGTS. EXPURGOS INFLACIONÃRIOS DOS PLANOS
GOVERNAMENTAIS. IPC. INCIDÃNCIA. LEGITIMIDADE DA UNIÃO. PRESCRIÃÃO. MATÃRIA
APRECIADA PELO COLENDO STF. 1. A União tem legitimidade para figurar no pólo passivo das
ações em que se pleiteia a correção dos saldos do PASEP, tendo em vista que àquela compete a
gestão desta contribuição. 2. A analogia funda-se no princÃ-pio da igualdade jurÃ-dica, encerando
aplicação justa da lei. Tratando-se de espécies semelhantes aplicam-se normas semelhantes. 3.
Similitude de finalidades entre o PASEP e o FGTS (...) Diante do exposto, nos termos do art. 557, § 1º-
A, do CPC, dou parcial provimento ao Recurso Especial para anular o acórdão hostilizado. Publique-se.
Intimem-se. BrasÃ-lia (DF), 14 de outubro de 2014. MINISTRO HERMAN BENJAMIN Relator. (STJ - REsp:
1480250 RS 2014/0230786-5, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Publicação: DJ
29/10/2014) (grifos apostos) Â Â Â Â Â PROCESSUAL CIVIL. AÃÃO DE CONHECIMENTO DE
RESTITUIÃÃO DE VALORES PAGOS AO PASEP. LEGITIMIDADE PASSIVA DA UNIÃO.
COMPETÃNCIA DA JUSTIÃA FEDERAL. 1. A União possui legitimidade passiva para as ações em
que se pleiteia a restituição de pagamentos efetuados ao PASEP. A Caixa Econômica Federal e o
Banco do Brasil são meras instituições bancárias arrecadadoras. Precedentes do STJ: REsp
1.480.250/RS; REsp 622.319/PA; REsp 9.603/CE. 2. Agravo de instrumento do autor provido. Não
conhecido o agravo interno da União por estar prejudicado,(TRF-1 - AGTAG: 10073716620194010000,
Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL NOVÃLY VILANOVA, Data de Julgamento: 05/10/2020, OITAVA
TURMA, Data de Publicação: 07/10/2020) (grifos apostos)      EMBARGOS DE DECLARAÃÃO
CONVERTIDOS EM AGRAVO INTERNO. PIS/PASEP. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCOÂ
DO BRASIL. INCIDÃNCIA DA SÃMULA Nº.: 77 DO STJ. PRECEDENTES. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO.      1 - Em análise acurada da decisão monocrática ora embargada, constato que
o julgado não apresenta qualquer vÃ-cio que justifique a interposição do presente recurso, sendo
notória a pretensão do agravante de rediscutir matéria que foi plenamente analisada por esta relatora
a quando do julgamento do recurso de Apelação, hipótese que se mostra inviável na via recursal
eleita.      2 - Isto porque, o julgamento monocrático destacou de forma clara e fundamentada que
o Superior Tribunal de Justiça já reconheceu que o enunciado da Sumula nº.: 77 , se estende aoÂ
Banco do Brasil, restando firmado o entendimento de que a instituição financeira agravada é parte
ilegÃ-tima para figurar no polo passivo das ações relativas as contribuições para o fundoÂ
PIS/PASEP. Processo APL 0030068-53.2011.8.14.0301 BELÃM, 5ª CAMARA CIVEL, ISOLADA,
08/07/2016, 30 de Junho de 2016, DIRACY NUNES ALVES) (grifos apostos) Â Â Â Â Â APELAÃÃO
CÃVEL. NEGÃCIOS JURÃDICOS BANCÃRIOS. AÃÃO DE EXIGIR CONTAS. PRIMEIRA FASE. CONTA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
recolhidas as custas pertinentes, CUMPRA-SE a decisão de fls. 363, na forma da lei, de tudo certificando
nos autos e, caso sobrevenha contestação tempestiva, cumpra-se na forma do item 6 deste decisum. 4.
Lado outro, realizada a citação por edital e não apresentada contestação no prazo legal, o que
deverá ser certificado, FICA DECRETADA A REVELIA DO RÃU F.B. CORRÃA LTDA (IMÃBILE), não
produzindo os efeitos por força da exceção prevista no inciso I do art. 345 do CPC. 5. No caso retro,
fica NOMEADA A DEFENSORIA PÃBLICA para atuar como CURADOR ESPECIAL do réu revel, na
forma do art. 72, II c/c parágrafo único, do CPC, instalada nesta Urbe, por Defensor não impedido de
atuar no feito, devendo os autos serem remetidos para apresentação de defesa, no prazo legal. 6.
Sobrevindo contestação, certifique-se e INTIME-SE o autor para, no prazo de 15 (quinze) dias,
apresentar réplica às peças de defesa dos réus, sob as penas legais.      INT., DIL. E
CUMPRA-SE. SERVE A PRESENTE COMO MANDADO.      Belém/PA, 17 de agosto de 2021. Â
    VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za de Direito Titular da 3ª VCE da Capital  Â
   HM PROCESSO: 05946710520168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 REQUERENTE:ALDA CLEIA DE QUEIROZ CORREA
Representante(s): OAB 4896 - NILZA MARIA PAES DA CRUZ (DEFENSOR) REQUERIDO:CONSORCIO
MARCOS MARCELINO Representante(s): OAB 25103 - LIVIA DA SILVA DAMASCENO (ADVOGADO) .
PROCESSO Nº0594671-05.2016.8.14.0301      SENTENÃA      Vistos.        Â
             Os presentes autos versam sobre AÃÃO DE RESTITUIÃÃO DE PARCELAS
C/C INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS ajuizada por ALDA CLÃIA DE QUEIROZ CORREA em face de
CONSÃRCIO MARCOS MARCELINO. Â Â Â Â Â A autora alega que as partes formalizaram contrato de
adesão de consórcio, em janeiro de 2007, mediante o pagamento de 142 cotas mensais com valor
inicial de R$ 397,86 corrigidas pelo INCC. Sustenta que se credenciou a obter uma carta de crédito no
valor de R$ 25.000,00.      Narra que, após tomar conhecimento da liquidação da empresa,
suspendeu o pagamento das cotas mensais, motivo pelo qual requereu a devolução do valor pago
até então na monta de R$14.243,48.      Aduz que a empresa requerida se recusou a proceder
à imediata restituição dos valores e que procedeu à habilitação da parte autora no concurso de
credores em processo de falência instaurado perante a 2ª Vara CÃ-vel de Ananindeua.      Por
fim, requereu o seguinte: a) o ressarcimento integral das parcelas pagas na monta de R$ 16.414,89; b)
indenização por danos morais no importe de R$ 8.880,00.      à fl. 37, foi deferida a gratuidade
de justiça à parte autora.      Em sede contestação (fls. 47/59), a parte demandada pugnou
pela total improcedência da lide, alegando que, preliminarmente a incompetência absoluta do juÃ-zo ante
o juÃ-zo universal de falência, e, no mérito, sustentou que a legalidade da retenção das taxas de
administração e de seguro de vida. Aduziu, em suma, que a parte autora deveria pleitear a
restituição das parcelas na monta de R$ 11.936,84, perante o concurso de credores habilitados em
juÃ-zo falimentar.      à fls. 65/78, a parte autora reiterou em réplica os argumentos deduzidos em
exordial.      Ãs fls. 79, foi proferida decisão de saneamento, na qual restou indeferida a preliminar
de incompetência absoluta do presente juÃ-zo em razão da iliquidez do débito. Definiu-se igualmente
como pontos controvertidos o dano moral e a retenção das taxas de administração e seguro de vida.
     Nada mais sendo requerido, os autos retornaram conclusos para sentença.      à a
sÃ-ntese do necessário. DECIDO.      Nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de Processo
Civil/2015, é cabÃ-vel o julgamento antecipado da lide, pois a controvérsia em debate comporta
julgamento independentemente da produção de outras provas, porquanto suficientes para a solução
da lide a prova documental já produzida.      Imperioso ressaltar, de inÃ-cio, que a presente
controvérsia reside no direito de restituição imediato das parcelas pagas por consumidor a consórcio
ante à decretação de falência do mesmo. Discute-se igualmente a possibilidade de retenção das
taxas referente ao custeio da administração e do seguro de vida, bem como a ocorrência de danos
morais decorrentes do descumprimento contratual. 1.     Da não submissão da devolução dos
valores à habilitação de falência. Lei especial. Devolução imediata.      Incialmente, cumpre
ressaltar a previsão legal no art. 85 da Lei de Falências: Art. 85. O proprietário de bem arrecadado no
processo de falência ou que se encontre em poder do devedor na data da decretação da falência
poderá pedir sua restituição.      O Supremo Tribunal Federal, através da Súmula 417,
convalidou a possibilidade de restituição de valores em dinheiro em poder do falido por ocasião da
falência, conforme transcrito a seguir: ¿Pode ser objeto de restituição, na falência, dinheiro em
poder do falido, recebido em nome de outrem, ou do qual, por lei ou contrato, não tivesse ele a
disponibilidade.¿      Decretada a falência, procede-se ao denominado CONCURSO DE
CREDORES, no qual existem créditos que guardam preferência em relação a outros, observada a
redação no art. 83 da Lei de Falências (créditos trabalhistas, créditos com privilégios, créditos
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patrimônio da empresa falida, há um aparente conflito entre normas de mesma hierarquia. Apesar da Lei
11.101/05 tratar especificamente da matéria ¿Falência¿, não se pode negar que, no caso em
exame, a matéria ¿Consórcio¿, regulamentada por LEI POSTERIOR E ESPECÃFICA, também
guarda relação direta com o deslinde da causa, eis que o pedido de restituição dos valores é,
justamente, o objeto principal da demanda. (...) (grifos apostos) (TJ-PA - AC: 00061497620138140006
BELÃM, Relator: CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO, Data de Julgamento: 25/02/2019, 1ª
TURMA DE DIREITO PRIVADO, Data de Publicação: 27/02/2019)      Portanto, quando se trata
de falência de administradora de consórcio não deve haver confusão entre HABILITAÃÃO DE
CRÃDITOS e RESTITUIÃÃO DE VALORES, porquanto, na primeira situação, o credor concorre com os
demais pelo patrimônio da Pessoa JurÃ-dica FALIDA, e, no segundo caso, busca-se tão somente a
devolução da quantia pertencente ao próprio consorciado. Portanto, é cabÃ-vel a restituição
imediata das quantias pagas pela parte autora. 2.     Dos descontos da taxa de administração e
seguro de vida. Do ¿quantum¿ devido na restituição.      Pleiteia a parte autora restituição
integral das parcelas pagas ao consórcio, sustentando a ilegalidade da retenção da taxa de
administração e do seguro de vida.      O referido argumento não merece prosperar. Explico. Â
    Não é viável a devolução integral dos valores pagos, pois necessário o desconto da taxa
de administração, cuja regularidade já foi assentada pelo STJ em Recurso Repetitivo (2ª Seção,
REsp 1.114.606/PR, rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cuevas, DJe 20/06/2012).      No que se refere
à taxa de administração, o entendimento atual do STJ é no sentido de não limitá-la ao percentual
de 10%. Nos termos da Súmula 538 do STJ: ¿As administradoras de consórcio têm liberdade para
estabelecer a respectiva taxa de administração, ainda que fixada em percentual superior a dez por
cento.¿      No que se refere ao seguro de vida cobrado, este encargo decorreu dos serviços
prestados pela administradora do consórcio, cuja exigibilidade está autorizada, conforme o artigo 5o, §
3o, da Lei 11.795/08. Neste sentido: APELAÃÃO CÃVEL." AÃÃO DE RETIRADA DE CONSORCIADO C/C
RESTITUIÃÃO DE PARCELAS PAGAS ". SENTENÃA DE PARCIAL PROCEDÃNCIA DO PEDIDO.
IRRESIGNAÃÃO DA AUTORA. SUSTENTADA INVIABILIDADE DE SE DESCONTAR DO VALOR A SER
RESTITUÃDO Ã REQUERENTE AS PRESTAÃÃES ADIMPLIDAS A TÃTULO DE SEGURO DE VIDA
VINCULADO A CONSÃRCIO. IMPROCEDÃNCIA. UTILIZAÃÃO DO REFERIDO BENEFÃCIO DURANTE
O INTERREGNO EM QUE A CONSORCIADA FAZIA PARTE DO GRUPO. RESTITUIÃÃO QUE
CONFIGURARIA ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA DA AUTORA, EM CONTRARIEDADE AO ART. 884
DO CÃDIGO CIVIL. IMPOSSIBILIDADE, ADEMAIS, DE SE RECONHECER EVENTUAL ABUSIVIDADE
NO PACTO DE SEGURO, POIS TAL MATÃRIA NÃO FAZ PARTE DOS LIMITES DA MATÃRIA
DEDUZIDA EM JUÃZO [...] RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. Â Â Â Â Â [...] durante o perÃ-odo
abrangido pelas prestações pagas pela Demandante, houve a efetiva utilização do referido seguro,
cuja contratação não se discute, de maneira que, caso algum infortúnio tivesse ocorrido Ã
Consorciada durante o interregno em que fez parte do Grupo, tal seguro cobriria o saldo devedor em
aberto (Apelação CÃ-vel n. 2011.050393-3, de São José, rel. Des. José Carlos Carstens Köhler, j.
em 16.8.2011) (grifos apostos)      Assim, considerando que a autora contratou esses serviços e
deles beneficiou-se durante a vigência do contrato, indevida, pois, a restituição das respectivas
parcelas. 3.     Dos danos morais. Não cabimento.      Busca a autora a condenação a
tÃ-tulo de reparação por danos extrapatrimoniais.      Pois bem.      Desta forma, a
rescisão contratual causada pela falência da administradora de consórcios pode acarretar
aborrecimento, descontentamento, desprazer. Mas, essa circunstância não afeta a esfera subjetiva de
valores, reconhecidos em sociedade, como, por exemplo, a honra, a honestidade, a dignidade, a
probidade, o decoro; tampouco tem força de provocar, na pessoa comum, abalo psicológico.     Â
Cumpre ressaltar a inexistência de comprovação nos autos acerca da implicação de um abalo
moral grave, além de um mero aborrecimento comum à s situações de inadimplemento contratual. Â
    Oportuno destacar o princÃ-pio da tolerância na convivência social. Sobre o assunto, extrai-se
trecho da obra de Antônio Jeová dos Santos: O dano moral somente ingressará no mundo jurÃ-dico,
com a subsequente obrigação de indenizar, em havendo alguma grandeza no ato considerado ofensivo
a direito personalÃ-ssimo. Se o ato tido como gerador do dano extrapatrimonial não possui virtualidade
para lesionar sentimento ou causar dor e padecimento Ã-ntimo, não existiu o dano moral passÃ-vel de
ressarcimento. Para evitar a abundância de ações que tratam de danos morais presentes no foro,
havendo uma autêntica confusão do que seja lesão que atinge a pessoa e do que é mero
desconforto, convém repetir que não é qualquer sensação de desagrado, de molestamento ou de
contrariedade que merecerá indenização. O reconhecimento do dano moral exige determinada
envergadura. Necessário, também, que o dano se prolongue durante algum tempo e que seja a justa
medida do ultraje às afeições sentimentais. [...] As sensações desagradáveis, por si sós, que
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não trazem em seu bojo lesividade a algum direito personalÃ-ssimo, não merecerão ser indenizadas.
Existe um piso de inconvenientes que o ser humano tem de tolerar, sem que exista o autêntico dano
moral (grifou-se) (Dano moral indenizável. 3ª ed. São Paulo: Método, 2001. p. 122).      O que
se quer afirmar é que existe um mÃ-nimo de incômodos, inconvenientes ou desgostos que, pelo dever
de convivência social, sobretudo nas grandes cidades, em que os problemas fazem com que todos
estejam mal-humorados, há um dever geral de suportá-los.      O sentimento de desconforto,
desgosto e aborrecimento ocasional são próprios à convivência social e não ensejam, como é
óbvio, reparação por dano moral, cumprindo ao cidadão, mediante razoabilidade, distinguir
dissabores do dia a dia de situações mais graves.      Aplicáveis à espécie: AÃÃO
INDENIZATÃRIA [...] DANOS MORAIS - O descumprimento contratual pode ensejar a rescisão do
contrato e a reparação pelos prejuÃ-zos materiais advindos do inadimplemento da outra parte; todavia,
os danos materiais não geram automaticamente danos morais. Logo, não é qualquer descumprimento
contratual que enseja o direito à indenização por danos morais - No caso em tela, a indenização foi
pleiteada com base no descumprimento contratual da ré, discutida em ação autônoma, que culminou
com a rescisão do contrato de consórcio e a restituição dos valores pagos pelo autor - Danos morais
não configurados - Sentença de improcedência mantida - RECURSO DESPROVIDO. (TJSP,
Apelação CÃ-vel n. 0010351-46.2011.8.26.0099, de Bragança Paulista, rel. Des. Sérgio Shimura,
Décima Sexta Câmara Extraordinária de Direito Privado, j 15.05.2015); APELAÃÃES CÃVEIS. AÃÃO
ORDINÃRIA DE RESCISÃO DE CONTRATO C/C INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS. CONTRATO
DE CONSÃRCIO. [...] DANO MORAL. ALEGOU A CONSORCIADA A OCORRÃNCIA DE DANO
EXTRAPATRIMONIAL PELA APROPRIAÃÃO INDEVIDA DE VALORES. INADIMPLEMENTO
CONTRATUAL. MERO DISSABOR. DANO NÃO CONFIGURADO. [...] (TJSC, Apelação CÃ-vel n.
2012.028038-2, de Orleans, rel. Des. Subst. Guilherme Nunes Born, Quinta Câmara de Direito
Comercial, j. 20.02.2014);      Por conseguinte, não há que se falar em danos morais, por quanto
não houve qualquer ato ilÃ-cito indenizável. 4.     Do dispositivo.      Ante o exposto, e
diante dos fundamentos alinhavados, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE a ação, nos termos do art.
487, inciso I do CPC, e CONDENO a parte demanda a restituir ao autor os valores pagos no importe de
R11.936,84 (onze mil e novecentos e trinta e seis reais e oitenta e quatro centavos), que devem ser
corrigidos monetariamente pelo INPC, a contar de cada desembolso, e acrescidas de juros de 1% (um por
cento) ao mês, estes a contar da citação (art. 405 do CC).      Ante sucumbência mÃ-nima do
pleito autoral, condeno ainda o réu ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários
advocatÃ-cios, que fixo, com base no artigo 85, § 2º do CPC, em 10% sobre o valor da condenação.
     HAVENDO APELAÿO, intime-se o apelado para apresentar contrarrazões, no prazo legal,
caso queira. Decorrido o prazo, encaminhem-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do
para Pará, para os devidos fins.      Estando o feito devidamente certificado, transitado em julgado
e observadas as cautelas de praxe, ARQUIVE-SE, dando-se a respetiva baixa no sistema LIBRA. Â Â Â Â
 Cumprimento de sentença: Certificado o trânsito em julgado, nos termos do art. 513, § 1º do CPC,
aguarde-se em arquivo requerimento da parte interessada, que deverá ser peticionado digitalmente
(PJE), por dependência ao presente feito, na forma incidental de cumprimento de sentença, observando
o disposto no inciso II do art. 509 do CPC, e, por conseguinte, intimando a parte executada para pagar o
débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido das custas, se houver (Código de Processo Civil, artigo
523 c/c artigo 513, §§ 1º, 2º e incisos, e §§ 3º e 5º).      Quando do requerimento
previsto no artigo 523, o exequente deverá instruÃ--lo com os requisitos do artigo 524 do Código de
Processo Civil, em especial: I - o nome completo, o número de inscriç¿o no Cadastro de Pessoas
FÃ-sicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa JurÃ-dica do exequente e do executado, observado o disposto
no art. 319, §§ 1.º a 3.º; II - o Ã-ndice de correç¿o monetária adotado; III - os juros aplicados e as
respectivas taxas; IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correç¿o monetária utilizados; V - a
periodicidade da capitalizaç¿o dos juros, se for o caso; VI - especificaç¿o dos eventuais descontos
obrigatórios realizados; VII - indicaç¿o dos bens passÃ-veis de penhora, sempre que possÃ-vel.
P.R.I.C. Belém/PA, 16 de agosto de 2021. VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS JuÃ-za de Direito da 3ª
VCE da Capital SS PROCESSO: 06156810820168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:NILZILENE CRISTO DO VALE Representante(s):
OAB 4896 - NILZA MARIA PAES DA CRUZ (DEFENSOR) REU:VITALLIS SAUDE SA Representante(s):
OAB 20216 - THANYELE DE MESQUITA FARIA (ADVOGADO) OAB 113987 - GISELLE ARARECIDA
ALVES VASCONCELOS (ADVOGADO) OAB 113249 - ANA CECILIA FRANCO BATISTA (ADVOGADO)
REU:HOSPITAL SANTA TEREZINHA Representante(s): OAB 12808-A - FABIO SABINO DE OLIVEIRA
RODRIGUES (ADVOGADO) REU:LUIZ FLAVIO MONTE MARQUES Representante(s): OAB 19302-A -
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inciso II do CPC. III- A mera condição de interditado, não impõe necessariamente a competênciaÂ
da vara de interditos para julgamento de ações em que se discute indenização por danos morais,
cuja natureza é eminentemente cÃ-vel. IV ? O feito distribuÃ-do originariamente a 1ª Vara CÃ-vel de
Castanhal, tendo inclusive sido realizada audiência de instrução e julgamento, sendo este o JuÃ-zo o
competente para o julgamento da causa. III -Â Conflito Negativo conhecido e provido para declarar aÂ
competência do juÃ-zo da 1ª vara cÃ-vel da comarca de Castanhal. Número do processo CNJ:
0001453-70.2006.8.14.0015 Número do documento: 2015.02827435-66 Número do acórdão: 149.350
Tipo de Processo: Conflito de competência cÃ-vel Ãrgão Julgador: TRIBUNAL PLENO Decisão:
ACÃRDÃO Relator: EDINEA OLIVEIRA TAVARES Seção: CÃVEL Data de Julgamento:Â
05/08/2015 Data de Publicação: 07/08/2015         Assim, não se tratando de nenhuma
matéria prevista no art. 105 do Código Judiciário do Estado do Pará, e em sendo matéria
eminentemente individual de direito patrimonial, é competente qualquer juÃ-zo cÃ-vel por distribuição.
     Desta forma, contatando-se que houve patente equÃ-voco do JuÃ-zo da 13ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital ao determinar a remessa dos autos a esta Vara privativa de órfãos, ausentes e
interditos, razão pela qual, EM RESPEITO AOS INÃMEROS PRECEDENTES DO E. TJPA. DEVOLVO
os autos ao MM. JuÃ-zo da 13ª Vara CÃ-vel, por ser o competente por distribuição originária para
julgamento da presente demanda.      CUMPRA-SE COM URGÃNCIA.      Belém-Pará,
18 de agosto de 2021. Â Â Â Â Â VALDEISE MARIA REIS BASTOS Â Â Â Â Â JuÃ-za de Direito Titular da
3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 07616851420168140301 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VALDEISE MARIA REIS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:ELIANE DELMIRO DE REZENDE Representante(s):
OAB 16878 - GUILHERME AUGUSTO DE ALMEIDA CARPEGGIANI (ADVOGADO) REU:BANCO DO
BRASIL SA Representante(s): OAB 15201-A - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO)
. PROCESSO Nº 0761685-14.2016.8.14.0301 SENTENÃA          VISTOS.        Â
 Trata-se de AÃÃO DECLARATÃRIA DE INEXISTÃNCIA DE DÃBITO C/C ANULAÃÃO DE CÃDULA DE
CRÃDITO BANCÃRIO C/C INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS ajuizada por ELIANE DELMIRO DE
REZENDE em face de BANCO DO BRASIL S/A. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Aduz a parte autora que contratou
três empréstimos junto ao Banco do Brasil e que vinha pagando regularmente a avenças contratuais.
         Alega que em dezembro de 2015 a sua conta corrente, cartão de crédito e cheque
especial foram bloqueados sob o argumento de que a autora estaria em débito no montante de R$
26.518,00.          Narra que em fevereiro de 2016 contratou cédula de empréstimo
bancário no valor de R$ 27.218,69 a ser paga em 71 parcelas. Sustenta que o valor cobrado pelo Banco
do Brasil é excessivo e que o valor devido não passaria de R$12.000,00.          Por fim,
pleiteou: a) indenização por danos morais; b) a declaração de inexistência do débito.      Â
   Foi deferida a justiça gratuita à parte autora, porém não foi concedida a tutela antecipada.  Â
         Contestação e documentos apresentados pela ré (fls. 110/119), suscitando a
improcedência dos pedidos, considerando a inexistência de onerosidade excessiva e a legalidade do
contrato firmado entre as partes. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Oportunizado que as partes apresentassem as provas
que pretendem produzir, ambas se quedaram inertes, conforme certidão exarada (fls. 159.       Â
  à o relatório. PASSO A DECIDIR.          A princÃ-pio, observo que, a partir da entrada
em vigor do Novo Código de Processo Civil, suas disposições aplicam-se imediatamente aos
procedimentos pendentes, aplicando-se a Teoria do Isolamento dos Atos Processuais (NCPC, art. 1.046,
caput), como no caso em apreço, respeitando-se o ato jurÃ-dico perfeito frente aos quais observar-se-ão
as normas vigentes à época, conforme ao art. 14 do NCPC (tempus regit actum).          No
mais, considerando o desinteresse das partes na produção de outras provas e ausência de questões
processuais ou preliminares pendentes de apreciação, especialmente que, as próprias partes
concordaram com o julgamento antecipado, anunciado por este JuÃ-zo em sede de audiência, PASSO
AO JULGAMENTO DO FEITO NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRA, NOS TERMOS DO ART. 355 DO
CPC. Â Â Â Â Â Â Â Â Â CINGE-SE A CONTROVÃRSIA ACERCA DA SUPOSTA EXISTÃNCIA DE
CLÃUSULAS ABUSIVAS EM CONTRATO DE CÃDULA DE CRÃDITO BANCÃRIO FIRMADO ENTRE AS
PARTES.          Cumpre destacar primeiramente que, na petição inicial, é
imprescindÃ-vel que as alegações de ordem fática e jurÃ-dica trazidas pela parte autora sirvam de
referência para dimensionar a extensão das questões controversas que serão objeto da sentença
judicial e para determinar a profundidade com a qual serão examinadas (PrincÃ-pio da congruência ou
adstrição). Ou seja, existe a necessidade do magistrado decidir a lide dentro dos limites objetivados
pelas partes, não podendo proferir sentença de forma extra , ultra ou infra petita.         Â
Contudo, constata-se que a parte autora se limitou a trazer alegações genéricas segundo as quais
haveria abusividade do contrato de empréstimo bancário e demais encargos aplicados. Não
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especifica, pois, em momento algum quais seriam os juros e encargos abusivos e quais seriam as taxas
que entende corretas, apenas tecendo considerações vazias.          Não se duvida que
existam contratos com cláusulas abusivas, no entanto, deveria a parte autora apontar quais os encargos
que, no caso especÃ-fico da cédula de crédito bancário que lastreia a ação, se caracterizam como
tal. A petição, em si, diga-se de passagem, além de inespecÃ-fica, é deveras confusa, não
sabendo a parte autora demonstrar em que consistiria a abusividade praticada pelo banco. Nem ao
menos, prova-se qualquer vÃ-cio de vontade na contratação do empréstimo em análise      Â
   De certo, a relação jurÃ-dica amparada pelo contrato bancário demonstra uma relação de
consumo, firmada mediante simples adesão, de modo a incidirem os comandos protetivos do Código de
Defesa do Consumidor e a benevolência da interpretação das disposições contratuais em favor do
consumidor aderente. Todavia, tal fato não conduz à conclusão de que toda e qualquer disposição
contratual esteja eivada de ilegalidade. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Portanto, o que se pode aferir no caso em tela
é que o pedido se traduziu em verdadeira indução ao JuÃ-zo para que procedesse ao cancelamento
do débito contratual de ofÃ-cio, apuração judicial essa inviável, consoante entendimento sumulado
pelo Superior Tribunal de Justiça na Súmula 381: ¿Nos contratos bancários, é vedado ao julgador
conhecer, de ofÃ-cio, da abusividade das cláusulas.¿          Ora, incumbe à parte autora o
ônus de fazer prova dos fatos alegados em inicial, conforme dispõe o art. 373, inciso I do CPC. Nesse
sentido, a jurisprudência pátria assim discorre, com fulcro na orientação dada pelo STJ: APELAÃÃO
CÃVEL. NEGÃCIOS JURÃDICOS BANCÃRIOS. EMBARGOS DO DEVEDOR. CÃDULA DE CRÃDITO
BANCÃRIA. ALEGAÃÃO DE ABUSIVIDADE DOS JUROS E DEMAIS ENCARGOS. AUSÃNCIA DE
FUNDAMENTAÃÃO ANALÃTICA. RAZÃES GENÃRICAS. O dever de fundamentação analÃ-tica não
se limita a orientar a prestação jurisdicional realizada pelo Magistrado, estendendo-se também à s
partes. A simples apresentação de alegações genéricas, segundo as quais os juros e demais
encargos seriam abusivos, sem nem ao menos apontarem especificadamente qual seriam estes encargos
e quais taxas que entendem corretos, traduz-se em verdadeira indução ao JuÃ-zo para que proceda Ã
revisão contratual de ofÃ-cio, apuração essa inviável, consoante entendimento firmado no âmbito da
súmula 381 do Superior Tribunal de Justiça. Ademais, ao trazerem razões genéricas, não
atenderam os apelantes o princÃ-pio da dialeticidade, deixando de combater, modo expresso, as razões
esposadas na sentença vergastada. Assim, não há como ser conhecido o apelo interposto.RECURSO
NÃO CONHECIDO (TJ-RS - AC: 70082427824 RS, Relator: Deborah Coleto Assumpção de Moraes,
Data de Julgamento: 21/11/2019, Décima Sexta Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: 26/11/2019)
(grifos apostos).      Apenas a tÃ-tulo de preleção, é imprescindÃ-vel observar que, no que
tange à abusividade de cláusulas contratuais, deve-se adotar as orientações consolidadas pelo
Superior Tribunal de Justiça acerca dos juros remuneratórios, quando realizado o julgamento do recurso
especial n.º 1061530 / RS, sob a sistemática dos recursos repetitivos:      ORIENTAÃÃO 1 -
JUROS REMUNERATÃRIOS      a) As instituições financeiras não se sujeitam à limitação
dos juros remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF;     Â
b) A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica
abusividade;      c) São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo
bancário as disposições do art. 591 c/c o art. 406 do CC/02.      d) à admitida a revisão das
taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de
consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada) art. 51, §
1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante à s peculiaridades do julgamento em concreto. (...)Â
(REsp 1061530 / RS, Rel.ª Min.ª Nancy Andrighi, Segunda Seção, Julgamento em 22/10/2008, DJe
de 10/03/2009).      De toda forma, como dito, não resta demonstrada, nem minimamente, a
abusividade alegada, na medida em que sequer foi trazido aos autos informação imprescindÃ-vel para
tal análise, a saber, qual seria a taxa média de juros praticada pelo mercado na época da
contratação, de sorte que a improcedência da demanda é medida que se impõe.      ANTE
O EXPOSTO, pelos fatos e fundamentos ao norte alinhavados e por tudo mais que dos autos consta,
JULGO IMPROCEDENTE os pedidos exordiais e, em consequência, DECLARO EXTINTO O
PROCESSO, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do CPC.      CONDENO A
PARTE AUTORA AO PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS, estes fixados em
10% sobre o valor da causa, com fulcro no art. 85, §2º, do CPC/2015, os quais, entretanto, encontram-
se com a exigibilidade suspensa, nos termos do art. 98, § 3º do CPC.      P.R.I.C. Após o
trânsito em julgado, estando o feito devidamente certificado, ARQUIVEM-SE, observadas as cautelas de
praxe, dando-se a respectiva baixa no sistema LIBRA.      Belém/PA, 17 de agosto de 2021.  Â
   VALDEÃSE MARIA REIS BASTOS      JuÃ-za Titular da 3ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Capital      SS PROCESSO: 07846326220168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
1049
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Vistos, etc.
BANCO DO BRASIL S/A ajuizou a presente Ação Renovatória de Locação em desfavor de TERRAFORTE
ADMINISTRAÇÃO IMOBILIÁRIA S/A, requerendo sua distribuição por dependência aos autos do processo
nº 0298308-37.2016.814.0301 vinculado a esta vara cível, uma vez que a renovação do contrato para o
período de 29/11/2016 a 28/11/2021 foi concedida judicialmente na referida demanda.
II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em
litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;
III – quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, §3º, ao juízo prevento.
Todavia, entendo que a situação não se amolda a qualquer hipótese legal de distribuição por dependência
1050
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
que possibilite a reunião dos feitos porque não se trata de reiteração de pedido nem há conexão ou
continência entre as demandas em razão da ausência de identidade do período de renovação da locação.
Aliás, sequer há perigo de decisões conflitantes e contraditórias, na medida que a ação de nº 0298308-
37.2016.814.0301 já foi julgada e a conexão não determina a reunião dos processos quando um deles já
foi julgado, conforme Súmula 235 do STJ.
Neste sentido:
1. Na linha da jurisprudência desta Corte, somente se instaura o conflito de competência quando dois
Juízos se declarem competentes ou incompetentes para processamento e julgamento de uma mesma
demanda ou quando, por regra de conexão, houver controvérsia entre eles acerca da reunião ou
separação dos processos.
2. Segundo a Súmula nº 235/STJ, a conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já
foi julgado.
(AgRg no CC 144.591/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado
em 25/05/2016, DJe 02/06/2016)
(TJPA, 2597931, Rel. RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão Julgador Seção de Direito Privado, Julgado
em 2019-12-19, Publicado em 2019-12-19)
(TJPA, 2018.05037793-56, 199.387, Rel. CELIA REGINA DE LIMA PINHEIRO, Órgão Julgador SEÇÃO
DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2018-12-11, Publicado em 2018-12-18)
Assim sendo, remetam-se os autos à 3ª Vara Cível e Empresarial de Belém por prevenção, na forma do
art. 59 do CPC, pois a indevida distribuição ofende o princípio do juiz natural.
Intime-se.
Juíza de Direito
ATO ORDINATÓRIO
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
ATO ORDINATÓRIO
Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas iniciais conforme boleto juntado pela UNAJ.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
ATO ORDINATÓRIO
Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas iniciais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
cancelamento da distribuição do feito (Art. 290 CPC/2015). Após, juntar o comprovante de pagamento, o
boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei
8328/2015.
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DE BELÉM
DESPACHO
I - Verifica-se que os autos foram distribuídos a este Juízo por erro na Classificação do Processo Judicial
Eletrônico – PJE.
II – Assim, considerando tratar-se de Ação de Cumprimento de Sentença pelo Rito da Penhora, bem como
a petição inicial endereçada ao Juízo Cível de Belém, determino a redistribuição do presente feito a 4ª
Vara Cível da capital, conforme endereçamento, por ser o Juízo competente para análise e
prosseguimento da ação.
Diligencie-se.
Belém (PA)
O nome do (a) Magistrado (a) subscritor (a) e a data da assinatura estão informados no rodapé
deste documento.
Endereço: Rua Dona Tomázia Perdigão, 240 (ANEXO II do Fórum Cível) - 1º Andar, Sala 11.
Despacho
Com relação ao pedido de ID - 29541961, indefiro o pleito, por entender que: A uma, a determinação da
superior instância determina a citação de todos os herdeiros e não apenas um deles como requerido pela
autora; a duas, por ser ônus da parte autora a exata qualificação dos requeridos, não podendo transferi-la
ao próprio réu, tudo conforme o art. 319, II do CPC[1].
Assim, intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, proceder a qualificação completa de
todos os herdeiros do de cujus, promovendo a citação destes, sob pena de extinção do processo sem
julgamento do mérito.
Intime-se. Cumpra-se.
Juiz de Direito
Processo: 0859022-61.2020.8.14.0301
Despacho
INDEFIRO, por ora, a citação por edital da parte requerida, uma vez que antes da citação ficta devem-se
esgotar os meios disponíveis para descobrir o paradeiro do citando, conforme já decidiu o Superior
Tribunal de Justiça:
“Processo Civil. Execução fiscal. Citação editalíssima. Possibilidade após esgotamento de todos os meios
possíveis para localizar o executado. Divergência jurisprudencial superada. Precedentes STJ. 1. É pacífica
a jurisprudência desta Corte quanto à necessidade de a Exequente esgotar todos os meios disponíveis
para localização do devedor, a fim de que seja deferida a citação por edital. 2. Superada a divergência
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
jurisprudencial apontada pelo entendimento atual do STJ. Súmula83/STJ. 3. Recurso especial não
provido.” (recurso especial 927.999/PE, relatora Ministra Eliana Calmon).
No caso dos autos, não restou comprovado o esgotamento dos meios para encontrar o embargado, uma
vez que em petição 20956995 a parte autora não comprova a realização de diligências para localização do
requerido.
Diante disso, intime-se a parte requerente para, no prazo de 05 (cinco) dias, comprovar as diligências já
realizadas para localização do embargado ou requerer o que entender de direito, sob pena de extinção do
feito conforme já advertido em despacho ID 21091809
Intime-se. Cumpra-se.
PROCESSO: 0866398-98.2020.8.14.0301
DESPACHO
O artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal preconiza que o “o Estado prestará assistência judiciária
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos” (grifei).
E na legislação infraconstitucional, o artigo 98, caput, do Código de Processo Civil define que “a pessoa
natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as
despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.”
(grifei).
Desta feita, em uma análise preliminar verifico que o autor não atende os requisitos para o deferimento da
gratuidade da justiça a fim de ingressar com a demanda perante a Justiça Comum, eis que não
apresentou documentos que comprovem a sua hipossuficiência econômica. Portanto, no meu sentir, há
um conjunto de fatores que conduzem ao indeferimento da gratuidade da justiça.
Dessa arte, havendo nos autos elementos que evidenciam a falta dos pressupostos legais para a
gratuidade, com fulcro no artigo 99, § 2º, do Código de Processo Civil, assino o prazo de 10 dias para que
os requerentes apresentem, sob pena de indeferimento do benefício:
a) cópia das últimas folhas da carteira do trabalho, ou comprovante de renda mensal, e de eventual
cônjuge;
b) cópia dos extratos bancários de contas de titularidade, e de eventual cônjuge, dos últimos três meses;
1056
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ou, no mesmo prazo, deverá recolher as custas judiciais e despesas processuais, sob pena de extinção,
sem nova intimação.
Intime-se. Cumpra-se.
Processo: 0809319-98.2019.8.14.0301
Despacho
Intime-se. Cumpra-se
Juiz de Direito
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
ATO ORDINATÓRIO
1057
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Em cumprimento ao disposto no art. 1º, § 2º, inciso XI, dos Provimentos 006/2006-CJRMB e 008/2014-
CJRMB, fica intimada a parte Requerente, por meio de seus advogados, a efetuar o pagamento das
custas referentes à expedição de mandado, bem como as respectivas diligências de citação por oficial de
justiça, no prazo de 30 (trinta) dias. Após, juntar o comprovante de pagamento, o boleto bancário
correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei 8328/2015.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
ATO ORDINATÓRIO
Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a comparecer na Secretaria da 1UPJ das Varas Cíveis e Empresariais de Belém, no prazo
de 05 (cinco) dias, a fim de receber os documentos para lavratura do registro determinado na sentença
judicial.
Processo: 0875804-46.2020.8.14.0301
Despacho
Intime-se a parte autora, pessoalmente, por oficial de justiça, para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar
se ainda tem interesse no prosseguimento do feito, advertindo que acaso permaneça inerte, o processo
será extinto sem resolução do mérito.
Em caso positivo, e por economia e celeridade processual, deve a parte requerente, em igual prazo, dar
cumprimento ao despacho ID 21970971.
Intime-se. Cumpra-se.
Despacho
Processo: 0826282-16.2021.8.14.0301
localizada na Av. Generalíssimo Deodoro, nº 1340, bairro Nazaré, entre Av. Nazaré e Av. Brás de Aguiar,
CEP 66035-090, Belém-PA
Despacho
Defiro o pedido ID 29159068, pois a autora, já na petição inicial, demonstrou desinteresse em conciliar.
Além disso, em razão da pandemia da COVID-19, não é recomendável a designação de audiência, exceto
as imprescindíveis. No entanto, as partes podem apresentar propostas de conciliação se assim o
desejarem
Cite-se a parte ré para, nos termos do artigo 335 do CPC, oferecer contestação no prazo de 15 (quinze)
dias, cujo termo inicial será a data prevista no artigo 231, de acordo com o modo como foi feita a citação
(CPC, artigo 335, III).
Escoado o prazo legal, certifique a Secretaria o ocorrido e retornem conclusos os autos para decisão.
Expeça-se o necessário.
Intime-se. Cumpra-se.
Serve a presente por cópia digitada como mandado, na forma do Provimento nº 003/2009, da
Corregedoria de Justiça da Regio Metropolitana de Belém.
Processo: 0045393-97.2013.8.14.0301
Despacho
Considerando que a decisão de ID 25322844, declarou nula a sentença, e determinou o retorno dos autos
a origem, dou prosseguimento ao feito.
Acolho o pedido ID 25367063, e determino a substituição do polo passivo para BANCO CIFRA S.A.
Após, proceda com a citação do requerido, no endereço informado no ID 25367063, para, nos termos do
artigo 335 do CPC, oferecer contestação no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data
prevista no artigo 231, de acordo com o modo como foi feita a citação (CPC, artigo 335, III).
Apresentada contestação, intime- se a parte autora, por ato ordinatório, para, querendo, apresentar em 15
(quinze) dias a réplica da contestação, nos termos do art. 350, do CPC.
Intime-se.
Cumpra-se.
Juiz de Direito
Cumprida a diligência acima, retornem os autos ao representante do Ministério Público para manifestação.
Após, conclusos.
Intime-se. Cumpra-se.
Juiz de Direito
PROCESSO: 0823828-63.2021.8.14.0301
DESPACHO
Após, conclusos.
1061
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Juiz de Direito
Processo: 0826351-87.2017.8.14.0301
DECISÃO
Tendo em vista o trânsito em julgado da sentença, conforme certidão de ID 28205544, com fundamento no
art. 513 e 515, II, do Código de Processo Civil, dou início à fase de cumprimento da sentença.
INTIME-SE o devedor LEONARDO DE ARAUJO MOURA, na pessoa de seu advogado habilitado nos
autos, mediante publicação no Diário da Justiça (CPC, artigo 513, § 2º, I), para no prazo de 15 (quinze)
dias úteis (CPC, artigo 219, caput) realizar o adimplemento voluntário da obrigação, conforme memorial de
cálculos apresentado pela parte autora.
Fica advertidO o devedor que, não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do artigo 523 do CPC, o
débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento
(CPC, artigo 85, § 1º e § 13), tudo na forma do artigo 523, § 1º, do Código de Processo Civil.
Fica advertidO o devedor, outrossim, de que, transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento
voluntário, ini-cia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que, independentemente de penhora ou nova
intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação, observando-se que “será considerado
tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo” (CPC, artigo 218, § 4º).
Ademais, não efetuado o pagamento voluntário no prazo de 15 (quinze) dias, independentemente de nova
intimação da parte credora, poderá a parte exequente efetuar pedido de pesquisas junto aos sistemas
informatizados à disposição do juí-zo ou indicar outros bens penhoráveis, observada a ordem prevista no
artigo 835 do Código de Processo Civil.
FICA advErtidO o devedor, que também é seu dever apontar quais são e onde se encontram os bens
sujeitos à penhora e seus respectivos valores, e, acaso intimado, se mantenha inerte sem justificativa, este
Juízo poderá considerar sua omissão, ato atentatório à dignidade da Justiça (artigo 772, II E 774, V,
1062
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Intime-se. Cumpra-se.
Despacho
Intime-se as partes, para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, digam se pretendem produzir outras
provas, ou se concordam com o julgamento antecipado da lide.
Caso haja requerimento de produção de provas, a parte deverá esclarecer a finalidade de cada prova
requerida com o intuito de evitar a produção de prova desnecessária e protelatória a solução do litígio.
Outrossim, esclareço as partes que as provas anteriormente indicadas devem ser ratificadas na
oportunidade ora concedida.
Intime-se. Cumpra-se.
DESPACHO
Tendo em vista a decisão monocrática ID 25879819 bem como a certidão de transito em julgado ID
25879820, intime-se a autora para, no prazo de 5 (cinco) dias, manifestar interesse no feito, cumprindo o
despacho 16498484 ou requerendo o que entender de direito, sob pena de extinção por falta de interesse
de agir.
Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, nesse último caso devidamente certificado pela Secretaria
Judicial, voltem os autos conclusos.
Intime-se. Cumpra-se
PROCESSO: 0849370-20.2020.8.14.0301
DESPACHO
Determino a intimação das partes para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, digam se pretendem
produzir provas ou se concordam com o julgamento antecipado da lide.
Caso haja requerimento de produção de provas, a parte deverá esclarecer a finalidade de cada prova
requerida com o intuito de evitar a produção de prova desnecessária e protelatória a solução do litígio.
Intime-se. Cumpra-se.
Processo: 0861197-96.2018.8.14.0301
DESPACHO
Tendo em vista que o réu ESPÓLIO DE LUIZ ALMEIDA DE OLIVEIRA, a despeito de ainda não
regularmente citado, já apresentou contestação, intime-se a parte autora para apresentar réplica no prazo
legal.
Sem prejuízo, e considerando que a parte autora informa não mais haverem confinantes do lado esquerdo
e do lado direito em razão de desapropriação promovida pela União, cite-se por edital, com prazo de 30
(trinta) dias, os confinantes desconhecidos, os réus em lugar incerto e os eventuais interessados, para
que, se quiserem, ofertem contestação (CPC 259, I).
Por via postal, intimem-se para manifestar interesse na causa, os representantes da Fazenda Pública da
União, do Estado e do Município.
Nomeio, desde já, como curador especial a Defensoria Pública, em favor dos que foram citados por edital
e não apresentaram defesa, devendo ser intimada para apresentar contestação.
Despacho
Ante o retorno dos autos das instâncias superiores, tendo o trânsito em julgado sido certificado no ID
23722595, intime-se as partes para que procedam com os requerimentos pertinentes.
Após conclusos.
PROCESSO nº 0813602-96.2021.814.0301
DECISÃO
Vistos
O demandante compõe o seu pleito de antecipação dos efeitos da tutela em pedidos que são
consequentes entre si e fundamentados, precipuamente, na abusividade de cláusulas contratuais,
consistindo os pedidos em: I – Consignar em juízo os valores que entende corretos; II – Obstar o requerido
de inscrever o autor nos serviços de proteção ao crédito e III – Manter a posse do veículo.
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar--se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela
provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Tal espécie de tutela provisória tem como escopo a salvaguarda da eficácia de um provimento jurisdicional
definitivo, evitando-se assim que os efeitos maléficos do transcurso do tempo fulminem o fundo de direito
1066
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
em debate.
O regime geral das tutelas de urgência está preconizado no artigo 300 do Código de Processo Civil que
unificou os pressupostos fundamentais para a sua concessão: “A tutela de urgência será concedida
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo”. Acresce-se, ainda, a reversibilidade do provimento antecipado, prevista no
parágrafo 3º do artigo 300 do Código de Processo Civil. Vejamos:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 1o Para a concessão da tutela de
urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos
que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la. § 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após
justificação prévia. § 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Além do mais, o Superior Tribunal de Justiça tem orientação dando conta que para o deferimento do
pedido de cancelamento ou de abstenção da inscrição do nome do contratante nos cadastros de proteção
depende da comprovação do direito com a PRESENÇA CONCOMITANTE DE TRÊS ELEMENTOS: a)
ação proposta pelo contratante contestando a existência integral ou parcial do débito; b)
DEMONSTRAÇÃO EFETIVA DA COBRANÇA INDEVIDA, amparada em jurisprudência consolidada do
Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; c) sendo parcial a contestação, que haja o
depósito da parte incontroversa ou a prestação de caução idônea, a critério do magistrado.
Em suma: nas ações revisionais de contrato, para que se possa deferir medida a fim de impedir a inscrição
do devedor em órgãos de proteção do crédito, a incidência de outros efeitos da mora e a suspensão do
contrato, é necessária a presença da probabilidade do direito nas alegações autorais acerca da
abusividade dos termos da avença.
Antes de lançar qualquer decreto positivo à pretensão do Requerente, passo a explicar cada ponto dito na
prefacial como abusivo, a fim de revelar que já existe jurisprudência sobre a matéria posta nos autos, de
modo a se verificar até onde o Requerente tem a seu favor os pedidos formulados na Prefacial.
Além disso, pacífico é o entendimento de que as operações financeiras não estão vinculadas às
disposições do Decreto 22.626/33, inclusive, existindo entendimento sumulado pelo EXCELSO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL.
O STF, por sua vez, com o efetivo propósito de afastar, de vez, a polêmica criada em torno da norma do §
3º do art. 192, da Constituição Federal, e colocar um ponto final à questão, culminou por editar a Súmula
Vinculante nº 07, a qual salienta que a “norma do § 3º do art. 192 da Constituição, revogada pela Emenda
Constitucional nº 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação
condicionada à edição de lei complementar."
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Não há ilicitude, portanto, nem abusividade na cobrança de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano
nos contratos bancários, pois conforme explicitado, é cediço que a Lei de Usura não se aplica às
instituições financeiras, ficando a fixação de juros a cargo do Conselho Monetário Nacional através de seu
órgão executivo, o Banco Central, sendo somente possível a comprovação de abusividade desde que
superior à taxa média de mercado. Questão que deverá ser objeto de instrução processual.
Assim, parte-se do pressuposto que o contrato foi firmado de boa-fé entre as partes e que, no momento da
pactuação, o requerente conhecia ao menos o valor que necessitaria adimplir mensalmente para não
quedar em débito.
Desse modo, não vislumbro motivos para ordenar o impedimento de cobrança dos valores por outro meio,
de modo a manter a harmonia e coesão ao entendimento aqui esposado.
Deixo de designar a audiência de conciliação a que alude o artigo 334 do Código de Processual Civil por
não vislumbrar na espécie a possibilidade de composição consensual.
Cite-se o réu, para, nos termos do artigo 335 do CPC, oferecer contestação no prazo de 15 (quinze) dias,
cujo termo inicial será a data prevista no artigo 231, de acordo com o modo como foi feita a citação (CPC,
artigo 335, III).
Escoado o prazo legal, certifique a Secretaria o ocorrido e retornem conclusos os autos para decisão.
Expeça-se o necessário.
Cumpra-se.
Serve a presente por cópia digitada como mandado, na forma do Provimento nº 003/2009, da
Corregedoria de Justiça da Região Metropolitana de Belém.
Juiz de Direito
Processo: 0851466-08.2020.8.14.0301
DESPACHO
1 – Ante a documentação apresentada, defiro a gratuidade judicial bem como decreto o sigilo do
processo, tendo acesso aos autos somente as partes envolvidas e advogados habilitados, e
devidamente identificado na capa dos autos.
1068
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
2 - Trata-se de pedido de cumprimento provisório de sentença, a qual constitui título executivo judicial, na
forma do art. 515, I, c/c art. 537, § 3º, do Código de Processo Civil. Dessa arte:
3 - INTIME-SE o devedor, pessoalmente, por meio de carta com aviso de recebimento (CPC, artigo 513, §
4º), para no prazo de 15 (quinze) dias, realizar o adimplemento voluntário da obrigação corporificada na
decisão, conforme demonstrativo discriminado e atualizado apresentado pelo credor.
3.1 - FICA ADVERTIDO o devedor que, não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do artigo 523 do
CPC (item 01), O DÉBITO SERÁ ACRESCIDO de multa de dez por cento e, também, de honorários de
advogado de dez por cento (CPC, artigo 85, § 1º e § 13), tudo na forma do artigo 523, § 1º, do Código de
Processo Civil.
3.2 - FICA ADVERTIDO o devedor, outrossim, de que, transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o
pagamento voluntário, INICIA-SE o prazo de 15 (quinze) dias para que, independentemente de penhora ou
nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação, observando-se que “será considerado
tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo” (CPC, artigo 218, § 4º).
3.3 - Ademais, não efetuado o pagamento voluntário no prazo de 15 (quinze) dias, independentemente de
nova intimação do credor, PODERÁ a parte exequente efetuar pedido de pesquisas junto aos sistemas
informatizados à disposição do juízo ou indicar outros bens penhoráveis, observada a ordem prevista no
artigo 835 do Código de Processo Civil.
3.4 - FICA ADVERTIDO o devedor, que também é seu dever apontar quais são e onde se encontram os
bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores, e, acaso intimado, se mantenha inerte sem
justificativa, este Juízo poderá considerar sua omissão, ato atentatório à dignidade da Justiça (artigo 772,
II E 774, V, NCPC), com a consequente aplicação da multa.
3.5 – FICAM AS PARTES ADVERTIDAS que o levantamento de valores será permitido somente após
o trânsito em julgado da sentença favorável à parte, na forma do art. 537, § 3º, do Código de
Processo Civil.
4 – Intime-se.
5 – Cumpra-se.
Juiz de Direito
Processo: 0024440-73.2017.8.14.0301
DESPACHO
1069
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Encaminhem-se os autos à UNAJ para apuração das custas. Se as houver, intime-se a parte autora a
recolhê-las
Intime-se. Cumpra-se
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
ATO ORDINATÓRIO
Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas referentes à diligência de citação por oficial de justiça, no
prazo de 30 (trinta) dias. Após, juntar o comprovante de pagamento, o boleto bancário correspondente e o
relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei 8328/2015.
Processo: 0828631-89.2021.8.14.0301
1070
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Decisão
Alega a embargante que existe contradição na sentença, pugnando, ao final, pela modificação da
sentença.
Éo relatório. Decido.
Depreende-se do disposto no art. 1022 do Código de Processo Civil de 2015 que cabem embargos de
declaração quando a decisão for obscura, contraditória, omissa ou demandar correção de erro material.
Compulsando os autos, observo que não assiste razão à embargante ao opor embargos de declaração, na
medida em que, na sentença, inexistem quaisquer dos vícios apontados na lei.
Isso porque o vício de contradição deve ser analisado na decisão em si mesma, e não com o
entendimento da parte, o que desafia o manejo de recurso próprio, diverso dos embargos, no caso
concreto, a apelação.
Resta evidenciado, assim, que a embargante pretende ver reformada a sentença de forma que não se
admite em sede de embargos de declaração, ante a ausência de omissão, contradição ou obscuridade na
sentença combatida.
Com efeito, devem ser rejeitados os embargos de declaração opostos pela embargante.
Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração opostos pela embargante com arrimo no art. 1.022 do
CPC/2015.
P.R.I.C.
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Despacho
Determino a intimação das partes para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, digam se pretendem
produzir provas ou se concordam com o julgamento antecipado da lide.
Caso haja requerimento de produção de provas, a parte deverá esclarecer a finalidade de cada prova
requerida com o intuito de evitar a produção de prova desnecessária e protelatória a solução do litígio.
Intime-se. Cumpra-se.
DECISÃO
Trata-se de EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO interposta por SWISS COMERCIO DE JOIAS EM GERAL LTDA
, (fls. 395-417), em desfavor deste Magistrado signatário.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Alega que o autor em conversa com outros lojistas que ainda tem operação no Shopping Boulevard e
possuem disputas judiciais parecidas com as do peticionante (Vide processos: 0829765-25.2019,
0826717-58.2019, 0823472-24.2019, 0875327-91.2019, 0872486-26.2018 e 0866173-49.2018), teve
conhecimento de que com o magistrado que é titular da sua causa dificilmente decidiria em favor do réu.
Aduz que há várias condutas deste magistrado signatário em benefício da parte ex-adversa e que o
incidente está pautada no desrespeito por parte do magistrado do instituto da coisa julgado, assim como
os seus limites, violação do princípio da legalidade, haja vista que desconsiderou absolutamente a
previsão exposta pela Lei do Inquilinato, situação clara de cláusulas leoninas em nítido favorecimento à
parte autora; e por último, um terceiro momento também de cunho processual, pois houve flagrante
ausência de Fundamentação diante da incidência do art. 489, §1ª inciso IV em todos os atos decididos.
Éo relatório. DECIDO.
A simples leitura da peça exceção permite concluir que nenhuma razão assiste à excipiente.
Alega que o autor em conversa com outros lojistas que ainda tem operação no Shopping Boulevard e
possuem disputas judiciais parecidas com as do peticionante citando os processos referente as Ações
Renovatórias 0829765-25.2019, 0826717-58.2019, 0823472-24.2019, 0875327-91.2019, 0872486-
26.2018 e 0866173-49.2018), teve conhecimento de que com o magistrado que é titular da sua causa
dificilmente decidiria em favor do réu.
Pois bem, de entrada cabe ressaltar que nenhum dos referidos processos tramitam nesta Unidade
judiciária da qual sou titular. Pela simples consulta ao sistema PJE, verifica-se que o feito 0829765-
25.2019 tramita pela 10ª Vara Cível e Empresarial de Belém, os autos 0826717-58.2019 tramitam pela 2ª
Vara Cível e Empresarial de Belém; os autos 0872486-26.2018 e 086617-49.2018, ambos tramitam pela
8ª Vara Cível e Empresarial da Capital, todos ainda em tramitação, sem decisão final.
No que se refere a alegação de violação da legalidade, coisa julgada e ausência de fundamentação, o que
segundo o excipiente, indicaria a parcialidade deste magistrado signatário, imperativo realizar um histórico
dos autos processuais praticados no presente feito.
Após o ajuizamento da ação de despejo por falta de pagamento dos alugueres c/c cobrança, as partes
juntaram aos autos um termo de acordo, com previsão de pagamento do débito em nove parcelas mensais
e sucessivas, sendo a primeira de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) e as oito seguintes no valor de R$
10.437,50, a começar em 30/01/2018. O acordo foi homologado por sentença por este magistrado
signatário, conforme id. 4771781.
Este magistrado signatário, conforme requerido pelo excipiente, designou audiência de conciliação
(despacho - id. 5988043). Ocorre que, no dia e hora designado para o ato processual, o excipiente não
compareceu ou justificou sua ausência, estando presente apenas o exequente, o qual confirmou a
inadimplência das parcelas constantes do acordo, bem como a ausência de pagamento do aluguel com
vencimento no dia 01.11.2018.
No id. 7231915, durante a fase de cumprimento da sentença, foi apresentado novo acordo firmado pelas
partes, requerendo-se a homologação do ajuste e a suspensão da cobrança e do despejo até efetivo
pagamento das sete novas parcelas mensais e sucessivas, a primeira com vencimento em 30/08/2018 e
última em 25 de fevereiro de 2019, não sendo tal pedido apreciado de imediato pelo Juízo.
1073
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
No ID 7298840 a exequente informou que a parte ré havia realizado o pagamento dos valores em aberto,
pleiteando a homologação do termo de acordo apresentado e a permanência dos autos em cartório, nos
termos da cláusula 7ª do termo de acordo, tendo em vista se tratar de obrigação de trato sucessivo.
No id. 8902707, veio excipiente informar que mais duas parcelas do acordo haviam sido quitadas e que
restaria apenas a parcela de dezembro/2018 em aberta.
O exequente requereu no id. 8973922 a expedição de mandado de despejo por descumprimento do novo
acordo, enquanto o executado/excipiente pugnou pelo parcelamento do débito pendente (id 11235265).
No id. 11468618, a juíza auxiliar, dra. KARISE ASSAD CECCAGNO, indeferiu o prosseguimento do feito
referente a novos débitos não abrangidos pelo acordo realizado entre as partes e homologado no ID
4771781, em razão do trânsito em julgado e que não era mais possível discutir fatos novos nestes autos,
diante da coisa julgada operada, devendo ser intentado através de ação própria. Determinou ainda a
magistrada a expedição do competente mandado desocupação do imóvel, com prazo de quinze (15) dias
para a desocupação voluntária do imóvel pelo executado, sob pena de desocupação compulsória.
Interpôs a excipiente Embargos de Declaração no id. 11666145 contra a referida decisão, sendo ainda
apresentada contrarrazões no id. 11981708.
Antes da análise do recurso, no Id. 12015452, informou o executado/excipiente que a parte exequente, em
completa má-fé, tentava ludibriar o juízo ao imputar novo descumprimento, quando na verdade o que
existe é a negativa e resistência por parte do credor em receber o valor do débito, solicitando a expedição
de guia de depósito com a consequente abertura de conta judicial para possa depositar a última parcela do
acordo supracitado, requerendo também que o Magistrado reformasse a decisão que determinou o
despejo e intimasse o excipiente para pagar o valor faltante para que este continuasse no imóvel até o fim
do contrato.
Considerando que o segundo acordo ainda não havia sido homologado, e que “mesmo após a prolação da
sentença ou do acórdão que decide a lide – como no caso dos autos –, podem as partes transacionar o
objeto do litígio e submetê-lo à homologação judicial” (STJ, REsp 1267525), mormente considerando que
o despejo referente ao descumprimento do primeiro acordo não fora efetuado em virtude de nova
transação com pedido de suspensão do cumprimento, foi prolatada nova decisão homologatória por este
magistrado signatário.
No id. 12805441, veio o excipiente informa que houve reforma da decisão da juíza auxiliar pelo juiz titular,
o qual nesta decisão determinou a saída do imóvel não mais em 15 (quinze) dias, mas sim em 03 dias, e
que ficaria a ré no aguardando da intimação e a manifestação do autor, ora exequente, com o
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No id. 13227317, veio o BOULEVARD SHOPPING BELÉM S.A informa que o excipiente não honrou com
os pagamentos nos prazos acertados, estando em débito com a 5ª parcela do acordo (vencida em
25/12/2018), bem como com as obrigações decorrentes dos alugueis e encargos da locação desde o
vencimento de 01/02/2019 até a entrega do espaço, ocorrida em 02/09/2019, violando as cláusulas 2ª e 6ª
do termo de acordo a que se comprometeram em manifestação livre e autônoma das suas vontades,
requerendo o prosseguimento da execução com a imediata constrição patrimonial dos Demandados, isto
é, sem a necessidade de nova intimação para pagar, conforme acordado na cláusula 3ª e 5ª do acordo
homologada, no valor de R$ 167.289,26 (cento e sessenta e sete mil, duzentos e oitenta e nove reais e
vinte e seis centavos), referente aos valores do acordo e aluguéis pós-acordo não pagos, atualizados até
01/10/2019, devendo ser realizado bloqueio online via BACENJUD
No id. 15276752, foi determinado a intimação da executada, ora excipiente, para fins de pagamento do
débito, no prazo de 15 dias.
Pois bem, este magistrado sequer conhece qualquer das partes do presente processo, nem tão pouco os
procuradores habilitados que atuam ou atuaram no feito, bem como não possuo qualquer tipo de amizade
ou inimizade com os causídicos representantes da autora e do réu, e não possuo interesse na causa,
inexistindo qualquer razão jurídica ou motivo plausível para que seja acolhida a alegada suspeição,
mormente considerando que todas as decisões foram fundamentadas.
Trata-se, em verdade, de pedido sem qualquer fundamentação fática ou jurídica, pois o patrono da
requerente sequer aponta a razão ou a motivação da alegada suspeição, fazendo apenas uma alegação
genérica, sem qualquer indício de comprovação, apenas porque as decisões não lhe foram favoráveis ou
atenderam à sua vontade.
Com efeito, não cabe a este magistrado modificar as cláusulas de acordo firmado de livre e espontânea
vontade entre as partes, como deseja o excipiente, mas assegurar o cumprimento de ambos os ajustes
pactuados, principalmente quando as condições estabelecidas nestes não se encontram em oposição à
lei.
Ademais, no que se refere a alegação de recusa de pagamento pelo excipiente, é cediço que ante a
negativa de recebimento de qualquer valor pelo exequente, caberia ao excipiente ajuizar a ação de
consignação, o que não ocorreu, não esperar que o juízo adote providência que cabe à parte.
A alegação de violação a coisa julgada por ter este magistrado homologado por sentença o primeiro
acordo, que segundo a visão do excipiente, impediria a homologação de outros acordos no curso do
cumprimento da sentença homologada, não tem respaldo legal. Como é cediço, tratando-se de direitos
disponíveis, as partes podem compor, quantas vezes for de interesse, sem que haja afronta à coisa
julgada, mesmo após a prolação de sentença (STJ, REsp 1267525). Nesse sentido:
COISA JULGADA. ACORDO. MATÉRIA DISPONÍVEL. Versando o acordo sobre matéria disponível,
podem as partes transacionar até mesmo de modo diverso ao disposto na decisão transita em julgado,
sem que com isto haja afronta a res iudicata. Isso porque, tratando-se de tema sobre cuja regulamentação
reina liberdade jurídica, a sentença é subsidiária e disponível, podendo as partes, sem arranhão à coisa
julgada, convencionar solução diversa. Ademais, a transação, como declaração bilateral de vontade, é
negócio jurídico que pode ser formalizado até mesmo fora do juízo, produzindo efeito imediato entre as
partes, independente de homologação judicial, sendo, pois, um contrassenso a sua não homologação.
PROVERAM. UNÂNIME”. (TJRS, Agravo de instrumento nº 70003104114, Sétima Câmara Cível, Rel. Luiz
Felipe Brasil Santos, j. 03/10/2.001).
Por fim, forçoso ainda reconhecer que por convenção voluntária das partes no acordo, o prazo de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
desocupação em caso de inadimplência ficou estabelecido em 03 dias, motivo pela qual foi determinado a
expedição de mandado de desocupação voluntaria, sob pena de desocupação compulsória, afastando-se
o prazo de 15 dias determinada pela magistrada auxiliar, que não se atentou a esse dispositivo do acordo.
Ademais, a determinação deste magistrado signatário, inclusive, foi tida como acertada no recurso de
Agravo de Instrumento.
Ante o exposto, NÃO RECONHEÇO A SUSPEIÇÃO e, nos termos do art. 146, parágrafo primeiro, do
Código de Processo Civil, apresento esta decisão como razões e determino a imediata remessa ao
egrégio Tribunal de Justiça.
Desentranhe-se a petição de arguição de suspeição com todos os seus anexos, autue-se em apartado,
com cópia desta decisão e remeta-se o incidente ao e. TJPA.
Preserve-se nos autos cópia da petição que arguiu a suspeição. Observem as partes que, enquanto não
for declarado o efeito em que é recebido o incidente (art.146, §3º, do CPC), eventual pedido de tutela de
urgência dever ser encaminhado ao Juiz auxiliar ou substituto legal.
Cumpra-se de imediato.
Assim, nos termos do art. 146, parágrafo 1º do CPC, determino o encaminhamento dos presentes autos
ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
Processo: 0874804-79.2018.8.14.0301
DESPACHO
Tendo em vista a certidão ID 20217780, certifique a Secretaria Judicial se o réu regularmente citado
apresentou defesa no prazo legal.
Juiz de Direito
1076
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DESPACHO
Vistos.
Remetam-se os autos à UNAJ para cálculo de custas finais, em havendo custas pendentes, intime-se a
parte devedora para o recolhimento, em 15 (quinze) dias.
Após o decurso do prazo, com ou sem manifestação, voltem os autos conclusos para sentença.
Cumpra-se.
R.h.
Decorrido o prazo e certificado o ocorrido, retornem os autos conclusos para decisão nos termos do art.
510 do CPC.
Belém, 23/07/21. Fabiola Urbinati Maroja Pinheiro Juíza de Direito Auxiliar da 5ª Vara Cível e Empresarial
de Belém
PROCESSO: 0836471-53.2021.8.14.0301
DESPACHO
Compulsando os autos, verifico que existem algumas irregularidades na exordial que impedem seu
recebimento e regular desenvolvimento do processo.
Inicialmente, o autor postula os benefícios da justiça gratuita. O Novo Código de Processo Civil passou a
dispor sobre a gratuidade da justiça nos artigos 98 e seguintes. O artigo 99, § 2º discorre que caso o juiz
entenda que faltam pressupostos legais para a concessão de gratuidade, deve, antes de indeferir o
pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos
O requerente não acosta com a inicial declaração de hipossuficiência, nem outros documentos capazes de
comprovar a hipossuficiência alegada, como a declaração de imposto de renda, contracheque ou extratos
bancários, por exemplo.
Além disso, a parte autora não junta da Planta do Imóvel e não indica endereço do réu nem o logradouro
completo onde os confinantes (direita, esquerda, fundos) possam ser citados.
Diante disso, INTIME-SE a Autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, e sob pena de indeferimento da
petição inicial, emendar a exordial, nos termos do art. 246, § 3º, e 319, II e V, do CPC, trazendo aos autos
documentos que comprovem sua hipossuficiência de recursos, sob pena de indeferimento do pedido de
justiça gratuita e consequente cancelamento da distribuição (art 290 do CPC), indicando o endereço dos
confinantes e da parte requerida, com vias a permitir a citação ou demonstre o esgotamento de diligências
para buscar encontrá-los e juntando planta/memorial descritivo do imóvel usucapindo, com a devida
caracterização dos imóveis e logradouros confrontantes e suas coordenadas geodésicas.
PROCESSO: 0867088-98.2018.8.14.0301
DESPACHO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Determino a intimação das partes para que, no prazo comum de 15 (quinze) dias, digam se pretendem
produzir provas ou se concordam com o julgamento antecipado da lide.
Caso haja requerimento de produção de provas, a parte deverá esclarecer a finalidade de cada prova
requerida com o intuito de evitar a produção de prova desnecessária e protelatória a solução do litígio.
Além disso, os requeridos postulam os benefícios da justiça gratuita. O Novo Código de Processo Civil
passou a dispor sobre a gratuidade da justiça nos artigos 98 e seguintes. O artigo 99, § 2º discorre que
caso o juiz entenda que faltam pressupostos legais para a concessão de gratuidade, deve, antes de
indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
Os réus não acostam com a contestação declaração de hipossuficiência, nem outros documentos capazes
de comprovar a hipossuficiência alegada, como a declaração de imposto de renda, contracheque ou
extratos bancários, por exemplo.
Diante disso, deve a parte requerida, no mesmo prazo de 15 (quinze) dias acima assinalado, trazer aos
autos documentos que comprovem sua hipossuficiência de recursos, sob pena de indeferimento do pedido
de justiça gratuita
Intime-se. Cumpra-se.
Processo: 0809165-12.2021.8.14.0301
DESPACHO
Determino a intimação das partes para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, digam se pretendem
produzir provas ou se concordam com o julgamento antecipado da lide.
Caso haja requerimento de produção de provas, a parte deverá esclarecer a finalidade de cada prova
requerida com o intuito de evitar a produção de prova desnecessária e protelatória a solução do litígio.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Sem prejuízo, considerando que é permitido ao Juiz tentar a qualquer tempo a conciliação entre as partes
(Art. 139, V, NCPC), a fim de dar uma solução mais célere e de natureza conciliatória à demanda e tendo
em vista a proposta de acordo formulada pela autora na inicial, manifeste-se o réu sobre a possibilidade de
acordo no mesmo prazo de 5 (cinco) dias acima assinalado, sob pena de seu silêncio ser considerado
como recusa.
Juiz de Direito
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
ATO ORDINATÓRIO
Em cumprimento ao disposto no art. 1º, § 2º, inciso XI, dos Provimentos 006/2006-CJRMB e 008/2014-
CJRMB, fica intimada a parte Requerente, por meio de seus advogados, a efetuar o pagamento das
custas referentes à expedição de mandado, bem como as respectivas diligências do oficial de justiça
(diligência de citação e diligência de busca e apreensão de veículos), no prazo de 30 (trinta) dias. Após,
juntar o comprovante de pagamento, o boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo,
nos termos do art. 9º, § 1º da Lei 8328/2015.
Processo: 0807332-90.2020.8.14.0301
Despacho
Indefiro o pedido de segredo de justiça, tendo em vista que o processo não se enquadra nos termos do art.
189 do CPC, e determino a retirada do segredo de justiça, caso o processo tenha sido cadastrado
como sigiloso.
Após, intime-se a parte requerida UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, para,
querendo, apresentar, no prazo de 15 (quinze) dias, contestação.
Processo: 0028071-64.2013.8.14.0301
Decisão
Não sendo aceito o encargo pelo Réu, sejam os bens encaminhados ao depósito público, em tudo
observadas as cautelas legais, devendo o Oficial de Justiça confeccionar Auto Circunstanciado na ocasião
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Deve o meirinho adotar cautela na desocupação, informando previamente este Juízo qualquer
embaraçado causado pelo réu.
CUMPRA-SE.
Processo: 0276229-64.2016.8.14.0943
DESPACHO
Cumpra-se.
Juiz de Direito
Despacho
Intime-se as partes, para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, digam se pretendem produzir outras
provas, ou se concordam com o julgamento antecipado da lide.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Caso haja requerimento de produção de provas, a parte deverá esclarecer a finalidade de cada prova
requerida com o intuito de evitar a produção de prova desnecessária e protelatória a solução do litígio.
Outrossim, esclareço as partes que as provas anteriormente indicadas devem ser ratificadas na
oportunidade ora concedida.
Intime-se. Cumpra-se.
Processo: 0854061-14.2019.8.14.0301
DESPACHO
Considerando o pedido de prova pericial formulado pela requerida, com o objetivo de elucidar melhor os
fatos, nomeio como perita para atuar no processo a Dra. Filomena Brandão Barroso Rebello – CRM 842 -
telefone: 98278-0034 e 99987-3965, e na impossibilidade desta o Dr. Hinton Barros Cardoso Júnior – CRM
4134 - Telefone: 98227-7174.
Intime-se a senhora perita da referida nomeação. Em havendo concordância, a Secretaria deve adotar
todas as providências necessárias e expedir todos os atos ordinatórios de praxe.
Arbitro os honorários periciais em R$300,00 (trezentos reais) que devem ser suportados pela requerida,
conforme Acordo de Cooperação Técnica nº 021/2016 celebrado entre o Tribunal de Justiça do
Estado do Pará e a Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT.
Intime-se a parte ré para efetuar o pagamento dos honorários periciais e das custas relativas à intimação
pessoal do autor, em até 15 (quinze) dias a contar da intimação.
Indicada a data, horário e local da perícia, autorizo a intimação dos litigantes, observada a intimação
pessoal do autor/periciando para comparecimento à perícia a ser realizada nos autos, conforme requerido
as fls 108/109, bem como entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça1
Intime-se a parte autora para, no prazo de 15 dias, indicar assistente técnico e apresentar quesitos (art.
465, § 1º, II e III, do CPC), uma vez que a parte requerida em ID 25690081 dispensou seu assistente
técnico e já apresentou quesitos.
Com a apresentação do laudo pericial deve a Secretaria, por ato ordinatório, intimar as partes a fim de que
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Por fim, indefiro o pedido ID 27068136 pois, além de a prova pericial ter sido produzida em outro processo
sem oportunizar o contraditório ao réu, o laudo apresentado (ID 27068137) não apresenta o grau de
incapacidade do requerente nos termos do anexo da Lei nº 619474/, com as alterações promovidas pela
Lei 11.945/2009
Intime-se. Cumpra-se
Juiz de Direito
PROCESSO: 0820902-12.2021.8.14.0301
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DESPACHO
Creio que há irregularidades na exordial que impedem seu recebimento e regular desenvolvimento do
processo.
Inicialmente, verifica-se que o requerente postula os benefícios da justiça gratuita. O Novo Código de
Processo Civil passou a dispor sobre a gratuidade da justiça nos artigos 98 e seguintes. O artigo 99, § 2º
discorre que caso o juiz entenda que faltam pressupostos legais para a concessão de gratuidade, deve,
antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos
pressupostos
A autora não acosta com a inicial declaração de hipossuficiência, nem outros documentos capazes de
comprovar a hipossuficiência alegada, como a declaração de imposto de renda, contracheque ou extratos
bancários, por exemplo.
Além disso, alguns pontos da narrativa precisam ser mais bem elucidados e comprovados, como o
documento ID 24702041 que foi acostado aos autos de forma incompleta. Por fim, a requerente, alegando
ter realizado junto à primeira ré requerimento por pensão por morte de seu convivente, não traz aos autos
qualquer comprovação a respeito: nem de que foi realizado tal pedido junto a primeira requerida, nem de
que, de fato, a segunda requerida está recebendo a integralidade da pensão por morte pago pela
fundação ré. Em outras palavras, creio que a autora não trouxe aos autos prova mínima do direito alegado.
Diante disso, nos termos do art. 321 do CPC, intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias
emendar a petição inicial, trazendo aos autos documentos que comprovem sua hipossuficiência de
recursos, sob pena de indeferimento do pedido de justiça gratuita e consequente cancelamento da
distribuição (art 290 do CPC) e esclarecendo a narrativa da inicial, acostando documentos, se for o caso,
sob pena de indeferimento da petição inicial.
Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, neste último caso devidamente certificado pela Secretaria,
voltem os autos conclusos.
Intime-se e Cumpra-se.
PROCESSO: 0829209-57.2018.8.14.0301
DESPACHO
Indefiro os pedidos ID 10584523, uma vez que, nos termos do artigo 246, §3º do CPC, é obrigatória a
citação pessoal de todos os confinantes do imóvel. Cite-se o atual ocupante do imóvel indicado no referido
petitório como confinante da frente a fim apresentar contestação no prazo legal.
Além disso, certifique a Secretaria Judicial se houve manifestação de interesse da Fazenda Municipal.
Intime-se. Cumpra-se.
Juiz de Direito
Processo: 0806465-97.2020.8.14.0301
DESPACHO
Em sua contestação, a parte requerida informa a existência de ação de execução de cobrança por dívida
inadimplida pelos autores, processo nº 0359264-19.2016.8.14.0301, em trâmite perante a 10ª Vara Cível e
Empresarial de Belém, distribuída em 28/06/2016.
Assim, para que não haja risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias, remetam os autos a
10ª Vara Cível e Empresarial de Belém.
Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
Processo: 0819698-30.2021.8.14.0301
Requerido: ÉDSON RAYMUNDO PINHEIRO DE SOUZA FRANCO (endereço: Rua Osvaldo Cruz, n. 299,
apto. 1.100, CEP: 66.017-090, Bairro: Campina, Belém/PA)
Requerido: MARIA DE NAZARÉ SILVA DE SOUZA FRANCO (endereço: Rua Osvaldo Cruz, n. 299, apto.
1.100, CEP: 66.017-090, Bairro: Campina, Belém/PA).
DESPACHO
Levando em conta que o direito pleiteado na exordial é transacionável, com base no artigo 334 do Novo
Código de Processo Civil, DESIGNO audiência de conciliação ou mediação para o dia 13.10.2021, às
09:00 horas, esclarecendo que este é o primeiro dia desimpedido da pauta.
Ficam as partes advertidas que o não comparecimento à audiência é considerado ato atentatório à
dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica
pretendida ou do valor da causa (artigo 334, parágrafo 8º, NCPC).
Acaso os requeridos informem desinteresse na conciliação, deve a secretaria deste Juízo retirar,
imediatamente, a audiência da pauta, aguardando o prazo para oferecimento de contestação.[2]
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Decorrido o prazo para contestação, intime-se os autores para que no prazo de quinze dias úteis
apresentem manifestação (oportunidade em que: I – havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o
julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em réplica, inclusive com
contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões incidentais; III – em sendo
formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte autora apresentar resposta à
reconvenção).
CUMPRA-SE.
Juíza de Direito
[1] A secretaria deste Juízo deve observar que o requerido deve ser citado com pelo menos 20 dias de
antecedência.
[2] Este Juízo poderá promover, a qualquer tempo, a autocomposição, entre as partes, nos termos do
artigo 139, inciso V, do Código de Processo Civil.
Processo: 0815800-09.2021.8.14.0301
Autores: PRISCILLA DE CASTRO RIBEIRO; SHEILA DIANA DE CASTRO RIBEIRO; THELMA REGINA
DE CASTRO RIBEIRO e MADALENA MARIA DE CASTRO RIBEIRO
Ademais, como se pode perceber, o polo ativo é composto por 04 (quatro) requerentes, logo a
possibilidade de divisão das custas entre os mesmos implica em na mitigação do referido ônus, bem como
que já houve decisão no ID 24147493.
Providencie as requerentes o recolhimento das custas judiciais iniciais, em 15 (quinze) dias, sob pena de
extinção do processo
Após, com o sem manifestação, neste caso devidamente certificado, voltem conclusos;
Processo: 0805776-19.2021.8.14.0301
DESPACHO
INDEFIRO, por ora, o pedido de citação por edital do réu JOSÉ FERREIRA BASTOS, uma vez que a
Autora não comprovou ter esgotado todas as tentativas visando a localização de seu endereço, conforme
disposto no § 3º do art. 256 do CPC. Consoante o disposto no artigo 256, § 3º, do Código de Processo
Civil “o réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização,
inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos
públicos ou de concessionárias de serviços públicos.
Assim, autorizo a utilização dos sistemas BACENJUD, RENAJUD e INFOJUD para verificação do
endereço do réu JOSÉ FERREIRA BASTOS. Para tanto, intime-se a parte autora para, no prazo de 5
(cinco) dias, informar documentos que qualifiquem requerido ou demonstre as diligências para encontrar
seu endereço, sob pena de extinção do feito.
Despacho
Tendo em vista a decisão proferida no acórdão 25817112, intime-se a parte requerida para, no prazo de
15 (quinze) dias, apresentar em juízo o contrato de empréstimo que embasa a presente demanda.
Cumprida a diligência, intime-se a parte autora para, no prazo sucessivo de 15 (quinze) dias, manifestar
interesse no prosseguimento do feito, sob pena de extinção.
Intime-se. Cumpra-se.
Processo nº 0837495-58.2017.8.14.0301
DESPACHO
Certifique a Secretaria Judicial se já foram citados todos os confinantes indicados na inicial. Caso
negativo, citem-se, pessoalmente, com prazo de 15 (quinze) dias, para que, se quiserem, ofertem
contestação (CPC 259, I).
Além disso, intimem-se para manifestar interesse na causa, os representantes da Fazenda Pública da
União, do Estado e do Município.
Processo: 0835281-26.2019.8.14.0301
Despacho
Considerando que a única planilha do débito juntada aos autos data da propositura da ação, intime-se a
parte exequente para que junte, em 15 (quinze) dias, planilha atualizada do débito, bem como para que
recolha as custas relativas ao envio de documentos eletrônicos aos sistemas BACENJUD e RENAJUD
nos termos do artigo 3º,§8º da da Lei 8328/2015 (Regimento de Custas e outras despesas processuais no
âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará).
Cumprida a diligência acima e, tendo em vista a inércia da parte executada, em realizar o pagamento ou
garantir a execução, procedo à consulta nos sistemas BACENJUD e RENAJUD, em desfavor da
executada, conforme planilha de débitos a ser apresentada nos autos.
Acautelem-se os autos em gabinete pelo prazo de 05 (cinco) dias aguardando resposta das instituições
financeiras.
Tendo sido encontrados ativos financeiros, converto, desde já, o bloqueio em penhora e determino a
intimação das partes para que se manifestem no prazo de 05 (cinco) dias.
Não havendo bens, intime-se a parte Exequente para que indique bens no prazo de 01 (um) ano, findo os
quais e não havendo indicação, certifique-se e voltem-se os autos conclusos.
Cumpra-se.
Juiz de Direito
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R.h.
Providencie a Secretaria a juntada aos autos dos resultados das consultas nos sistemas BACENJUD e
RENAJUD a que se refere a decisão de ID 23799181 - Pág. 1 ou a indicação dos números dos protocolos
das pesquisas para consulta.
Após, conclusos.
Belém, 23/07/21. Fabiola Urbinati Maroja Pinheiro Juíza de Direito Auxiliar da 5ª Vara Cível e Empresarial
de Belém
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
ATO ORDINATÓRIO
Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas de diligência de citação por oficial de justiça, no prazo de 30
(trinta) dias. Após, juntar o comprovante de pagamento, o boleto bancário correspondente e o relatório de
conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei 8328/2015.
Decisão
Ante a petição de ID 26010288, nos termos do art. 313, II, ambos do CPC, determino a suspensão do
curso do processo de execução pelo prazo de estipulado no acordo, devendo o presente feito ficar
acautelado em secretaria pelo prazo de 20 (vinte meses), durante o qual se suspenderá a fluência do
lapso prescricional.
Decorrido o prazo, com ou sem manifestação das partes, retornem os autos conclusos.
Cumpra-se.
Juiz de Direito
Processo: 0802900-91.2021.814.0301
Decisão
Em seguida expeça-se ofício a Rede Celpa para que apresente o histórico de consumo da autora nos
últimos 05 anos em favor da unidade em nome da autora (CONDOMÍNIO DO CASTANHEIRA SHOPPING
CENTER, CNPJ sob o nº 02.287.538/0001-54).
Cumpra-se.
Juiz de Direito
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DESPACHO
Porém, reservo-me a designar audiência de instrução e julgamento após a juntada do laudo pericial
pertinente.
Dito isto, determino que a parte autora, no prazo de 05 dias, indique a especialidade do perito.
Intime. Cumpra-se.
Juiz de Direito
Processo: 0037850-77.2012.8.14.0301
Despacho
Providencie a expedição de ofício ao Banco do Brasil, a fim de promover a transferência, para a Conta
Judicial do Banpará, dos valores depositados e vinculados ao processo, conforme ID 17681023.
Em seguida, intime-se a parte autora para se manifestar, no prazo de 10 (dez) dias, quanto ao valor
depositado, devendo os autos serem remetidos a defensoria pública.
Em seguida, conclusos.
Juiz de Direito
Despacho
Processo: 0825708-90.2021.8.14.0301
Decisão
Acolho o parecer ministerial constante no ID 27584724, e determino a imediata redistribuição dos autos a
uma das Varas de Família da Capital, Juízo competente para o julgamento do feito, com as devidas baixas
em nossos sistemas.
Intime-se. Cumpra-se.
Juiz de Direito
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PROCESSO: 0800479-02.2019.8.14.0301
DESPACHO
Intime-se a parte a autora a se manifestar sobre a certidão 18684970 no prazo de 15 (quinze) dias,
requerendo o que entender de direito.
Sem prejuízo, deve a parte autora apresentar réplica às contestações ID 19237697 e 22764377, no
mesmo prazo acima assinalado, conforme já determinado em ID 25171799
Decorrido o prazo com ou sem manifestação, nesse último caso devidamente certificado pela Secretaria
Judicial, voltem os autos conclusos.
Intime-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
ATO ORDINATÓRIO
Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas referentes às diligências do oficial de justiça de penhora e
avaliação, bem como à expedição de mandado, no prazo de 30 (trinta) dias. Após, juntar o comprovante
de pagamento, o boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º,
§ 1º da Lei 8328/2015.
Aos 16.08.2021, nesta cidade de Belém, Capital do Estado do Pará, às 10:00 horas, na sala de audiências
do Juízo de Direito da 5ª Vara Cível, onde estavam presentes o Dr. CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO,
Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Capital, juntamente comigo, assessora, adiante nomeada, para
Audiência de Justificação.
JUIZ DE DIREITO:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
satisfação integral do débito.       Caso a quantia não seja suficiente para a quitação,
caberá ao credor trazer, no mesmo prazo, planilha discriminada e atualizada do débito, já abatido o
valor depositado, acrescida da multa e dos honorários sobre o remanescente, na forma do artigo 523, §
2º, do Código de Processo Civil, ratificando o pedido de penhora já apresentado, para decisão.   Â
   Cientifico o executado de que, transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, iniciam-se os 15
(quinze) dias para que, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios
autos, sua impugnação, na forma do artigo 525 do Código de Processo Civil, que somente poderá
versar sobre as hipóteses elencadas em seu parágrafo primeiro, observando-se em relação aos
cálculos os parágrafos 4º e 5º.       Recolha, o exequente, custas intermediárias para a
prática das diligências determinadas bem como as que eventualmente encontrarem-se pendentes, no
prazo de 15 (quinze) dias.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 12 de agosto de 2021.
Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém
PROCESSO: 00015137119978140301 PROCESSO ANTIGO: 199710022248
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDMILTON PINTO SAMPAIO A??o: Procedimento
Comum Cível em: 16/08/2021 AUTOR:SERRARIA MARAJOARA INDUSTRIA COMERCIO E
EXPORTACAO Representante(s): ORLANDO WALLACE DA SILVA E MOTA (ADVOGADO) AUGUSTO
OTAVIANO DA COSTA MIRANDA (ADVOGADO) HIPOLITO DA LUZ GARCIA (ADVOGADO)
REU:INDUSTRIA E COMERCIO DE LAMINAS NOSSA SENHORA APARECIDA LTDA Representante(s):
IVONETE ORIO (ADVOGADO) . Processo n° 0001513-71.1997.814.0301 ATO ORDINATÃRIO    Â
 Com fulcro no artigo 203 § 4º do CPC, ficam intimadas as partes, para requererem o que lhes
compete, no prazo de 15 dias, tendo em vista que os autos já foram desarquivados.          Â
 Belém, 16 de agosto de 2021. DIRETOR DE SECRETARIA. EDMILTON SAMPAIO PROCESSO:
00068213320178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o: Procedimento Comum Cível em: 16/08/2021
REQUERENTE:KELVE ARAUJO COSTA Representante(s): OAB 23793 - LILIANA BARBOSA SEABRA
(ADVOGADO) REQUERIDO:POLIENGE ENGENHARIA LTDA Representante(s): OAB 10660 - MARCELO
AUGUSTO SEIXAS DE OLIVEIRA (ADVOGADO) REQUERIDO:MILENA AZEVEDO IMOVEIS
Representante(s): OAB 19675 - MARIA IDALUCIA DE OLIVEIRA REIS (ADVOGADO)
REQUERIDO:INSERT CONSULTORIA. Processo: 0006821-33.2017.8.14.0301 Autor: KELVE ARAÃJO
COSTA Réus: POLIENGE ENGENHARIA LTDA e MILENA AZEVEDO IMÃVEIS DESPACHO     Â
Compulsando os autos, verifico que, em cumprimento da decisão de fls. 321/323, juntou a requerida
POLIENGE ENGENHARIA LTDA instrumento particular de compra e venda, Ã s fls. 326/346 dos autos. Â
    Devidamente intimada, a parte autora, não se manifestou acerca da mencionada
documentação (fls.349).      Diante do exposto, concedo para as partes o prazo de 15 (quinze)
dias para especificarem as provas que pretendem produzir, justificando a necessidade destas para o
resultado útil do processo.       Caso as partes não possuam provas a serem produzidas ou na
hipótese de indeferimento destas com fundamento no art. 370, parágrafo único, CPC, será realizado o
julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, inciso I, do CPC.       Acerca das
custas finais, antes da conclusão dos autos para sentença, dispõe o Regimento de Custas e outras
despesas processuais no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará (Lei nº. 8.328/2015): ¿Art.
26. O Diretor de Secretaria, antes da conclusão dos autos para sentença, ou o Secretário de
Câmara, antes da publicação da pauta de julgamento, sob pena de responsabilidade, ressalvadas as
hipóteses de assistência judiciária e isenções legais, deverá tramitar o processo à unidade de
arrecadação competente para que esta elabore a conta de custas finais ou certifique a regularidade do
recolhimento das custas processuais relativas aos atos até então praticados. (...) § 3º. Na hipótese
de pendência de pagamento das custas processuais, após a realização da conta de custas finais, o
Diretor de Secretaria ou o Secretário de Câmara do TJPA providenciará a intimação do autor para
pagamento do respectivo boleto. (...) Art. 27. No momento da prolação da sentença ou do acórdão
as custas processuais devem estar devidamente quitadas, sob pena de responsabilidade do(s)
magistrado(s), salvo os casos de assistência judiciária gratuita ou isenções legais.¿.      Â
Assim, após manifestação das partes, remetam-se os autos à UNAJ para que esta elabore a conta de
custas finais ou certifique a regularidade do recolhimento das custas processuais relativas aos atos até
então praticados, nos termos do art. 26 da Lei Estadual nº. 8.328/2015.       Na hipótese de
custas finais em aberto, intime-se a parte autora, por ato ordinatório, a fim de que efetue o pagamento
das respectivas custas processuais, no prazo de 10 (dez) dias. Â Â Â Â Â Â Intime-se. Cumpra-se. Â Â Â Â
 Belém/PA, 06 de agosto de 2021. AUGUSTO CÃSAR DA LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª
Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 00074639520068140301 PROCESSO ANTIGO:
200610246537 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDMILTON PINTO SAMPAIO A??o:
1099
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
terminarem o litÃ-gio mediante concessões mútuas.       Ademais, dispõe o art. 200 do CPC:
Art. 200. Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade,
produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais.  Â
    O presente feito deve o processo ser extinto com resolução do mérito, tendo em vista a
transação realizada pelas partes (fls. 347/350), nos termos do art.487, III, b do CPC. Vejamos:
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: (...) III - homologar: b) a transação;     Â
 Dessa forma, somente cabe a esse JuÃ-zo acolher o pedido das partes, restando extinguir o feito
através da homologação da transação. III - Dispositivo      Isto posto, homologo a
transação celebrada pelos litigantes (fls. 347/350) para que esta produza seus efeitos jurÃ-dicos e
legais. Consequentemente, julgo extinto o processo, com resolução do mérito, nos termos do art. 487,
III, b do Código de Processo Civil.      Atentem-se as partes que a presente homologação
confere ao acordo firmado entre as partes, força de tÃ-tulo executivo extrajudicial, razão pela qual seu
descumprimento enseja execução, nos termos do art. 515 do CPC.      Custas judiciais, se
houver, a cargo da Requerida, conforme preceituado pelas partes em sede do acordo ora homologado.
Em não havendo o recolhimento das custas, extrai-se a secretaria judicial certidão para fins de
inscrição em dÃ-vida ativa da Fazenda Estadual.       Transitado em julgado, baixe-se o registro
de distribuição e arquivem-se os autos.       P.R.I. Cumpra-se.       Belém, 11 de
agosto de 2021. AUGUSTO CÃSAR DA LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém PROCESSO: 00143720620138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 16/08/2021 EXEQUENTE:FERNANDO ANTONIO CAVALEIRO DE
MACEDO Representante(s): OAB 16953 - CARLOS FRANCISCO DE SOUSA MAIA (ADVOGADO) OAB
16886 - ANTONIO MAURO SANTANA DE SOUZA (ADVOGADO) OAB 6146-B - PAULO SERGIO WEYL
ALBUQUERQUE COSTA (ADVOGADO) EXECUTADO:LUIZ CARLOS CAVALEIRO DE MACEDO
EXECUTADO:PEDRO PAULO CARDOSO DA CUNHA COIMBRA Representante(s): OAB 3275 - ION
ELOI DE RAUJO VIDIGAL (ADVOGADO) EXECUTADO:SUELY NAZARE ARAUJO CAVALCANTE DE
MACEDO EXECUTADO:MARISBELA ARRUDA COIMBRA. Processo nº 0014372-06.2013.8.14.0301
Exequente: FERNANDO ANTONIO CAVALEIRO DE MACEDO Executado: LUIZ CARLOS CAVALEIRO
DE MACEDO e outro DECISÃO       Vistos, etc.       Trata-se de execução de tÃ-tulo
extrajudicial. Â Â Â Â Â Â A parte exequente peticionou requerendo o bloqueio via SISBAJUD do valor de
R$ 3.212.233,92 (três milhões, duzentos e doze mil, duzentos e trinta e três reais, noventa e dois
centavos); a penhora de valor consignado no processo nº 0843194-59.2019.8.14.0301; a designação
de hasta pública para alienação do apt. 606 - Ed. Ana Teresa, Gov. José Malcher 1.836, MatrÃ-cula,
408, Cartório 2º OfÃ-cio; a penhora e alienação de três imóveis (fls. 297/301). Do imóvel dado em
garantia       Pois bem, verifica-se que a decisão de fls. 244/247 determinou que fosse realizada
a avaliação e lavrado o auto de penhora sobre do apartamento nº 606, do EdifÃ-cio Ana Tereza,
localizado na Avenida Governador José Malcher, nº 836, BelémPA, nos termos do art. 838 do CPC,
todavia, não houve o cumprimento pela Secretaria.       Diante disso, cumpra-se integralmente a
decisão de fls. 244/247.       Saliente-se que apenas poderá ser realizada a hasta pública do
referido imóvel apenas após a sua avaliação. Da penhora de valor consignado       A parte
exequente requereu a penhora de valor consignado no processo nº 0843194-59.2019.8.14.0301 em
trâmite na 9ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém.       No entanto, verifica-se que a parte
exequente não apresentou comprovante de que houve a consignação do valor de R$ 131.298,11
(cento e trinta e um mil, duzentos e noventa e oito reais e onze centavos) no processo nº 0843194-
59.2019.8.14.0301, tampouco decisão judicial referente a esse depósito, o que impossibilita nesse
momento a determinação de penhora.       Diante disso, intime-se a parte exequente para que
comprove que houve a realização da referida consignação, bem como que o referido valor foi
consignado em favor do executado, à luz do princÃ-pio da cooperação, art. 6º do CPC, no prazo de 15
(quinze) dias. Do pedido de SISBAJUD      No que concerne ao pedido de penhora eletrônica,
assim dispõe o Código de Processo Civil: ¿Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em
depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia
do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido
pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponÃ-veis ativos financeiros
existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução¿.
(grifo nosso).       Nessa lógica, verificado o débito, impõe-se o deferimento do pedido e a
consulta aos sistemas disponibilizados ao Poder Judiciário a fim de proceder à penhora eletrônica.
Destaca-se, ainda, que o bloqueio prescinde, inclusive, de esgotamento de meio extrajudiciais, conforme
se verifica de entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Tema/Repetitivo nº
1101
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
425, o qual dispõe: A utilização do Sistema BACEN-JUD, no perÃ-odo posterior à vacatio legis da Lei
11.382/2006 (21.01.2007), prescinde do exaurimento de diligências extrajudiciais, por parte do
exequente, a fim de se autorizar o bloqueio eletrônico de depósitos ou aplicações financeiras.   Â
  Desse modo e em observância aos princÃ-pios da economia processual, efetividade da prestação
jurisdicional, duração razoável do processo, bem como considerando o que dispõe o Código de
Processo Civil sobre a matéria e, notadamente, a ordem preferencial de penhora exarada no art. 835 do
diploma processual, procedo a tentativa de constrição de valores em desfavor da parte executada LUIZ
CARLOS CAVALEIRO DE MACEDO (CPF nº 012.497.702-20), PEDRO CARDOSO DA CUNHA
COIMBRA (CPF nº 149.333.737-87), SUELY NAZARà ARAUJO CAVALEIRO DE MACEDO (CPF nº
118.794.082-87), e MARISBELA ARRUDA COIMBRA (CPF nº 143.600.392-04) no valor de R$
3.212.233,92 (três milhões, duzentos e doze mil, duzentos e trinta e três reais, noventa e dois
centavos), conforme planilha de cálculos de fls. 302.       Logrando êxito as medidas
constritivas, intime-se imediatamente a parte executada, por meio de seu procurador devidamente
habilitado, na forma do art. 854, §2º, do Código de Processo Civil, ficando desde já ciente de que o
silêncio importará em anuência em relação a constrição.       No que concerne à s
custas processuais, determino o seu recolhimento após a prática dos atos, tendo em vista que o próprio
Código de Processo Civil, no caput do art. 854, admite que as tentativas de constrição sejam
realizadas sem a ciência prévia do executado - o que inevitavelmente se daria, caso houvesse
intimação para o pagamento de despesas. Trata-se, tão somente, de medida que visa conferir
efetividade às medidas.       Não obstante a prática dos atos antes do recolhimento das
despesas processuais, fica a parte exequente intimada para o pagamento das custas processuais
referentes às diligências deferidas, bem como as eventualmente pendentes, no prazo de 10 (dez) dias,
ficando desde já advertido de que o pagamento é condição de eficácia das medidas e análise de
novos pedidos. Da penhora de imóvel       A parte exequente requereu a penhora dos seguintes
imóveis: a) Apartamento n. 1101, integrante do EdifÃ-cio ¿Maison Debret¿, situado na Av.
GeneralÃ-ssimo, nº 1101, Livro 2-IH, MatrÃ-cula 219, Cartório 2º OfÃ-cio; b) Sala Comercial nº 1303,
integrante do empreendimento imobiliário denominado EdifÃ-cio Evolution, situado a Travessa Dom
Romualdo Seixas, 1476, Livro 2-kz, MatrÃ-cula 20.760, Cartório do 2º OfÃ-cio; c) Apto 406, Ed. Apolo, Tv.
Manoel Evaristo, MatrÃ-cula 43.906, Cartório 1º OfÃ-cio.       Pois bem, verifica-se que conforme
documentos de fls. 306/308, os referidos imóveis são de propriedade dos executados LUIZ CARLOS
CAVALEIRO DE MACEDO e SUELY NAZARÃ ARAUJO CAVALEIRO DE MACEDO. Â Â Â Â Â Â Assim,
determino a expedição de mandado de penhora e avaliação dos referidos imóveis, obedecendo-se
ao disposto no art. 838 do CPC.       Após a efetivação da penhora, determino a avaliação
do referido imóvel, a qual deverá ser realizada, in loco, por Oficial de Justiça Avaliador, a fim de apurar
o real valor do imóvel, nos termos do art. 870 do CPC. Terá o Sr. Oficial o prazo de 20 (vinte) dias, a
contar do inÃ-cio dos trabalhos, para apresentar o auto de avaliação.       Para o fiel
desempenho de suas funções, poderá valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas,
obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte contrária, de terceiros
ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos,
fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da avaliação.      Â
Fica, desde já, autorizada a sua entrada em locais cujo acesso lhe seja obstado, inclusive com reforço
policial, desde que necessário ao cumprimento da diligência ora posta.       Realizada a
avaliação, terão as partes o prazo sucessivo de 10 (dez) dias para, querendo, se manifestarem
quanto ao seu teor.       Saliente-se que para presunção absoluta de conhecimento por
terceiros, cabe ao exequente providenciar a averbação da penhora no registro competente, mediante
apresentação de cópia do auto ou do termo, independentemente de mandado judicial, nos termos do
art. 844 do CPC.       Recolham-se as custas intermediárias para prática das diligências
determinadas, sob pena de invalidade do ato.       Formalizada a penhora do imóvel, intime-se o
executado, nos termos do art. 841 do CPC.      Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 16 de
agosto de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de
Belém PROCESSO: 00169671220128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDMILTON PINTO SAMPAIO A??o: Procedimento
Comum Cível em: 16/08/2021 AUTOR:DUCIOMAR GOMES DA COSTA Representante(s): OAB 10582 -
LEONARDO DO AMARAL MAROJA (ADVOGADO) REU:JEFFERSON LIMA Representante(s): OAB 3442
- SERGIO GUIMARAES MARTINS (ADVOGADO) OAB 15042 - ALEX PINHEIRO CENTENO
(ADVOGADO) OAB 18950 - PAULA ANDREA MESSEDER ZAHLUTH (ADVOGADO) OAB 20722 -
AMANDA HOUAT MARTINS (ADVOGADO) REU:RADIO RAULAND BELEM SOM LTDA
Representante(s): OAB 12480 - FILIPE CHARONE TAVARES LOPES (ADVOGADO) OAB 15232 - FABIO
1102
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
BRITO GUIMARAES (ADVOGADO) OAB 13312 - MARCUS LIVIO QUINTAIROS GALVAO (ADVOGADO)
OAB 17304 - TAMARA FAGURY VIDEIRA SECCO (ADVOGADO) OAB 19295 - NAYARA ARAUJO
CURVELO (ADVOGADO) . ATO ORDINATÃRIO - proc. 0016967122012.814-0301. Â Â Â Â Â Ficam
intimada a parte apelada para apresentar as contrarrazões ao recurso de apelação interposto nos
autos no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do disposto no art. 1.003, § 5º e artigo 1.010, § 1º,
ambos do CPC/2015. (Ato Ordinatório - Provimento n° 006/2006 - CJRM, art. 1°, § 2º, XXII e
Manual de Rotinas Atualizado/2016, item 8.10.2). Int.       Belém, 16 de AGOSTO de 2021. Â
Diretor de Secretaria. PROCESSO: 00170058720138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Cumprimento de sentença em: 16/08/2021 EMBARGANTE:PESQUEIRA MAGUARY LTDA
Representante(s): OAB 7820 - MONICA DOS SANTOS STORINO (ADVOGADO) OAB 2616 - HAROLDO
ALVES DOS SANTOS (ADVOGADO) EMBARGADO:SIGACORP SERVIÇOS TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO LTDA Representante(s): OAB 12614 - DIORGEO DIOVANNY S M DA ROCHA L DA
SILVA (ADVOGADO) . Processo nº:  0017005-87.2013.8.14.0301 Embargante:  PESQUEIRA
MAGUARY LTDA Embargado: Â SIGACORP SERVIÃOS TECNOLOGIA DA INFORMAÃÃO LTDA
DECISÃO       Vistos, etc.       Foi certificado o trânsito em julgado da sentença (fl.
429).       A parte embargante requereu o cumprimento de sentença no valor de R$ 9.160,74
(nove mil, cento e sessenta reais e setenta e quatro centavos) (fls. 430/435). Â Â Â Â Â Â Tendo em vista
que o pedido de cumprimento de sentença atendeu aos requisitos previstos no art. 524 do CPC, intime-
se a executada, pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituÃ-do nos autos, nos termos
do art. 513, § 2º, inciso I, do CPC, para o pagamento do débito no valor de 9.160,74 (nove mil, cento
e sessenta reais e setenta e quatro centavos), no prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob pena de multa de
10% e, também, de honorários advocatÃ-cios de 10% sobre o valor do débito, na forma do § 1º do
artigo 523 do Código de Processo Civil.       Advirta-se, ainda, que o pagamento no prazo
assinalado a isenta da multa e dos honorários advocatÃ-cios da fase de cumprimento de sentença.  Â
    Caso ocorra pagamento, intime-se o exequente para, no prazo de 5 (cinco) dias, dizer se dá
quitação do débito, possibilitando a resolução da fase de cumprimento de sentença. Ressalto de
que seu silêncio importará em anuência em relação à satisfação integral do débito.     Â
 Caso a quantia não seja suficiente para a quitação, caberá ao credor trazer, no mesmo prazo,
planilha discriminada e atualizada do débito, já abatido o valor depositado, acrescida da multa e dos
honorários sobre o remanescente, na forma do artigo 523, § 2º, do Código de Processo Civil,
ratificando o pedido de penhora já apresentado, para decisão.       Cientifico o executado de
que, transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, iniciam-se os 15 (quinze) dias para que,
independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua
impugnação, na forma do artigo 525 do Código de Processo Civil, que somente poderá versar sobre
as hipóteses elencadas em seu parágrafo primeiro, observando-se em relação aos cálculos os
parágrafos 4º e 5º.       Recolha, o exequente, custas intermediárias para a prática das
diligências determinadas bem como as que eventualmente encontrarem-se pendentes, no prazo de 15
(quinze) dias.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 11 de agosto de 2021. Augusto
César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO:
00240031820058140301 PROCESSO ANTIGO: 200510774191
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Procedimento Comum Cível em: 16/08/2021 REQUERIDO:BASA - BANCO DA AMAZONIA S/A
Representante(s): OAB 11471 - FABRICIO DOS REIS BRANDAO (ADVOGADO) OAB 13179 - EDUARDO
TADEU FRANCEZ BRASIL (ADVOGADO) JOSIANE M MAUES COSTA FRANCO (ADVOGADO)
KATARINA ROBERTA MOUSINHO BRANDAO (ADVOGADO) DIMITRI MAIA PINHEIRO (ADVOGADO)
CESAR AUGUSTO CARNEIRO LOPES JUNIOR (ADVOGADO) REQUERENTE:OSVALDO RODRIGUES
BRAZ Representante(s): DENNIS VERBICARO SOARES (ADVOGADO) . Processo nº:  0024003-
18.2005.8.14.0301 Exequente: Â OSVALDO RODRIGUES BRAZ Executado: Â BANCO DA AMAZONIA
S/A DECISÃO      Vistos, etc.      Em cumprimento à decisão de fl. 668, o contador judicial
apresentou os cálculos (fls. 670/673).      A parte exequente apresentou manifestação
concordando com os cálculos apresentados, pugnando pela expedição de alvará judicial (fl. 679).  Â
   A parte executada peticionou requerendo a dilação do prazo para apresentar manifestação
(fls. 680/681). Â Â Â Â Â Pois bem, importante destacar que apesar da parte executada requerer a
dilação do prazo, houve tempo juridicamente razoável até a data da presente decisão para que a
parte apresentasse a sua manifestação.      Diante disso, verifica-se não houve prejuÃ-zo para
parte executada.      Ademais, analisando-se os cálculos apresentados pelo contador judicial,
verifica-se o valor total existente na subconta judicial o valor de R$ 116.835,09, e que estava pendente de
1103
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ocorra pagamento, intime-se o exequente para, no prazo de 5 (cinco) dias, dizer se dá quitação do
débito, possibilitando a resolução da fase de cumprimento de sentença. Ressalto de que seu
silêncio importará em anuência em relação à satisfação integral do débito.       Caso a
quantia não seja suficiente para a quitação, caberá ao credor trazer, no mesmo prazo, planilha
discriminada e atualizada do débito, já abatido o valor depositado, acrescida da multa e dos honorários
sobre o remanescente, na forma do artigo 523, § 2º, do Código de Processo Civil, ratificando o pedido
de penhora já apresentado, para decisão.       Cientifico o executado de que, transcorrido o
prazo sem o pagamento voluntário, iniciam-se os 15 (quinze) dias para que, independentemente de
penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação, na forma do artigo
525 do Código de Processo Civil, que somente poderá versar sobre as hipóteses elencadas em seu
parágrafo primeiro, observando-se em relação aos cálculos os parágrafos 4º e 5º.      Â
Recolha, o exequente, custas intermediárias para a prática das diligências determinadas bem como as
que eventualmente encontrarem-se pendentes, no prazo de 15 (quinze) dias. Â Â Â Â Â Â Intime-se.
Cumpra-se.       Belém, 11 de agosto de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de
Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 00361260420138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ
CAVALCANTE A??o: Embargos à Execução em: 16/08/2021 EMBARGADO:BANCO SAFRA S.A
Representante(s): OAB 8525 - IVANILDO RODRIGUES DA GAMA JUNIOR (ADVOGADO) OAB 19595 -
IAN MAC DOWELL DE FIGUEIREDO (ADVOGADO) EMBARGANTE:CLEIDE MARIA COSTA ALVES
Representante(s): OAB 14723 - SABRINA DOS SANTOS FREIRE (ADVOGADO)
EMBARGANTE:COMPUTER STORE COMERCIO LTDA Representante(s): OAB 14723 - SABRINA DOS
SANTOS FREIRE (ADVOGADO) OAB 17482 - ANA CAROLINA AGUIAR MACHADO (ADVOGADO) OAB
18022 - ALEX LIMA SANTOS (ADVOGADO) EMBARGANTE:RAIMUNDO CESAR DA SILVA ALVES
Representante(s): OAB 14723 - SABRINA DOS SANTOS FREIRE (ADVOGADO) . Processo nº:Â
0036126-04.2013.8.14.0301 Embargante: Â COMPUTER STORE COMERCIO LTDA e outros
Embargado:Â BANCO SAFRA S.A DESPACHO Â Â Â Â Â Â Cumpra-se integralmente o despacho de fl.
133, certificando a Secretaria se houve o trânsito em julgado da sentença.      Ocorrendo o
trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa no registro e na distribuição.      Â
Cumpra-se.       Belém, 11 de agosto de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de
Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 00372473320148140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDMILTON PINTO SAMPAIO A??o:
Agravo de Instrumento em: 16/08/2021 EXEQUENTE:ONEIDE DE PAULA BASTOS Representante(s):
OAB 10662 - JAQUELINE NORONHA DE M FILOMENO KITAMURA (ADVOGADO)
EXECUTADO:BANCO DO BRASIL SA Representante(s): OAB 15.201-A - NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES (ADVOGADO) OAB 16637-A - RAFAEL SGANZERLA DURAND (ADVOGADO) . ATO
ORDINATÃRIO - PROC. 0037247-33.2014.814.0301      Através do provimento 006/2006, artigo
1º § 2º, inciso X oriundo da Corregedoria Geral de Justiça da Região Metropolitana de Belém:
fica intimada a parte requerente para se manifestar sobre a proposta de acordo de fls. 106/108, no prazo
de 15 dias. Â Â Â Â Â BELÃM-PA, 16 DE AGOSTO DE 2021. DIRETOR DE SECRETARIA. PROCESSO:
00471749120128140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 16/08/2021
EXEQUENTE:SIGACORP SERVICOS TECNOLOGIA DA INFORMACAO LTDA Representante(s): OAB
12614 - DIORGEO DIOVANNY S M DA ROCHA L DA SILVA (ADVOGADO) EXECUTADO:PESQUEIRA
MAGUARY LTDA Representante(s): OAB 1746 - REYNALDO ANDRADE DA SILVEIRA (ADVOGADO)
OAB 7359 - TELMA LUCIA BORBA PINHEIRO (ADVOGADO) OAB 7820 - MONICA DOS SANTOS
STORINO (ADVOGADO) OAB 2616 - HAROLDO ALVES DOS SANTOS (ADVOGADO) . Processo nº: Â
0047174-91.2012.8.14.0301 Exequente: Â SIGACORP SERVICOS TECNOLOGIA DA INFORMACAO
LTDA Executado: Â PESQUEIRA MAGUARY LTDA DESPACHO Â Â Â Â Â Â A parte executada requereu
o desarquivamento dos autos a fim de que sejam executadas as custas, despesas processuais e
honorários advocatÃ-cios (fl. 333).       No entanto, o referido pedido não veio acompanhado do
demonstrativo discriminado e atualizado do crédito.       Diante disso, intime-se a parte
executada a fim de que efetue a juntada do demonstrativo discriminado e atualizado do crédito,
conforme estabelecido na sentença transitada em julgado, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do
art. 524, do CPC.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 11 de agosto de 2021.
Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém
PROCESSO: 00489607320128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Procedimento Comum Cível em: 16/08/2021 AUTOR:ELOY VALENTIM SANGALLI Representante(s):
1107
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
OAB 12542 - DAVI JOSE DE SOUZA DA SILVA (ADVOGADO) OAB 8203 - NESTOR FERREIRA FILHO
(ADVOGADO) OAB 16181 - RAFAEL LIMA GONCALVES (ADVOGADO) OAB 12580-B - LUCIANO
CAVALCANTE DE SOUZA FERREIRA (ADVOGADO) OAB 3321 - RUI GUILHERME CARVALHO
AQUINO (ADVOGADO) OAB 26150 - ARTUR DA SILVA RIBEIRO (ADVOGADO) REU:SERGIO
CRISTIANO DE FREITAS LEÃO Representante(s): OAB 21028 - MARCUS VINICIUS BOTELHO BRITO
(ADVOGADO) OAB 21014 - MARCO ANTONIO COSTA DE LIMA (ADVOGADO) OAB 24719 -
DACILVANIA DA ROCHA PORTELA (ADVOGADO) . Processo nº  0048960-73.2012.814.0301 Autor: Â
ELOY VALENTIM SANGALLI Réu:   SÃRGIO CRISTIANO DE FREITAS LEÃO DECISÃO     Â
 Vistos etc.       Trata-se de cumprimento de sentença.       Foi determinada a remessa
dos autos ao contador judicial para que apurasse o valor devido a tÃ-tulo de honorários advocatÃ-cios (fl.
227).       O contador judicial apresentou planilha de cálculos (fls. 234/237).       A parte
exequente apresentou impugnação aos cálculos aduzindo que não foi aplicado o termo inicial da
correção monetária dos honorários de sucumbência (fls. 240/243).       A parte executada
se manifestou no sentido de concordar com os cálculos apresentados pelo contador (fls. 247/248).   Â
   Pois bem, é cediço que a correção monetária dos honorários sucumbenciais tem como
termo inicial a data do ajuizamento da ação, conforme entendimento sumulado do Superior Tribunal de
Justiça, in verbis: ¿Súmula 14 do STJ - Arbitrados os honorários advocatÃ-cios em percentual sobre o
valor da causa, a correção monetária incide a partir do respectivo ajuizamento¿.      Â
Todavia, no caso dos autos, o contador judicial utilizou como termo inicial da correção monetária a
data da publicação sentença, devendo ser corrigido o referido termo inicial, a fim que incida a partir da
data do ajuizamento da ação.       Com relação ao termo inicial da incidência dos juros de
mora nos honorários sucumbenciais, o termo inicial não é a data do trânsito em julgado, tampouco a
data da sentença, e sim a data da intimação do executado para efetuar o pagamento no cumprimento
de sentença.       à esse o entendimento do Superior Tribunal de Justiça acerca do tema: STJ-
0982590) AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DECLARATÃRIOS NO RECURSO ESPECIAL.
CUMPRIMENTO DE SENTENÃA. HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. JUROS DE MORA. TERMO
INICIAL. APRECIAÃÃO EM SEPARADO DE RECURSOS DISTRIBUÃDOS POR PREVENÃÃO.
AUSÃNCIA DE PREJUÃZO. RECURSO INTERPOSTO ANTES DO JULGAMENTO DOS
ACLARATÃRIOS. DESNECESSIDADE DE RATIFICAÃÃO. 1. A apreciação em separado de recursos
reunidos em razão da prevenção não induz, automaticamente, à ocorrência de nulidade da
decisão, especialmente em razão da ausência de indicação de prejuÃ-zo. 2. A Corte Especial do
STJ, no julgamento da Questão de Ordem no REsp 1.129.215/DF, firmou entendimento de que a única
interpretação possÃ-vel para a Súmula 418 é de se exigir a ratificação do recurso anteriormente
interposto somente na hipótese de alteração do julgado recorrido em razão do acolhimento dos
embargos de declaração. 3. Segundo a jurisprudência deste Tribunal, o termo inicial da incidência
dos juros moratórios na cobrança de honorários advocatÃ-cios sucumbenciais é a data da citação
do devedor no processo de execução, e não a data do ajuizamento da ação em que foi fixada a
verba honorária, assim como entendeu o acórdão recorrido. 4. Agravo interno não provido. (AgInt nos
EDcl no Recurso Especial nº 1.357.383/BA (2012/0259735-0), 4ª Turma do STJ, Rel. Lázaro
Guimarães. DJe 16.03.2018). (grifos acrescidos) AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE
DIVERGÃNCIA. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÃÃO DE HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. TERMO
INICIAL DOS JUROS MORATÃRIOS. DATA DA CITAÃÃO DO PROCESSO DE EXECUÃÃO. AGRAVO
INTERNO DOS PARTICULARES DESPROVIDO. 1. Conforme entendimento deste STJ, o termo inicial
dos juros de mora incidentes na execução de honorários advocatÃ-cios sucumbenciais se dá na data
da citação da Ação de Execução. Precedentes: AgRg no REsp. 1.432.692/RJ, Rel. Min. MARCO
AURÃLIO BELLIZZE, DJe 1o.4.2016; EDcl no AgRg nos EDcl no REsp 1.147.442/PR, Rel. Min. GURGEL
DE FARIA, DJe 1.6.2015; AgRg no REsp. 1.530.786/RS, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, DJe 5.2.2016. 2.
Agravo Interno dos Particulares desprovido. (AgInt nos EREsp 1208670/MG, Rel. Ministro NAPOLEÃO
NUNES MAIA FILHO, CORTE ESPECIAL, julgado em 07/11/2018, DJe 27/11/2018) (grifos acrescidos)
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA SOBRE
OS HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. DATA DA INTIMAÃÃO DO DEVEDOR PARA CUMPRIMENTO DA
SENTENÃA. ACÃRDÃO LOCAL ALINHADO Ã JURISPRUDÃNCIA DO STJ. APLICAÃÃO DA SÃMULA 83
DESTA CORTE. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 1. Nos termos da jurisprudência reiterada desta
Corte, o termo inicial dos juros moratórios incidentes sobre os honorários advocatÃ-cios decorrentes da
sucumbência é a data da intimação para o adimplemento da obrigação, e não o trânsito em
julgado do tÃ-tulo executivo. 2. Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp 1432692/RJ, Rel. Ministro
MARCO AURÃLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/03/2016, DJe 01/04/2016)Â Â Â Â Â Â
 Desse modo, o termo inicial dos juros moratórios é a data da intimação do executado para efetuar
1108
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
conferir efetividade às medidas.       Não obstante a prática dos atos antes do recolhimento
das despesas processuais, fica a parte exequente intimada para o pagamento das custas processuais
referentes às diligências deferidas, bem como as eventualmente pendentes, no prazo de 10 (dez) dias,
ficando desde já advertido de que o pagamento é condição de eficácia das medidas e análise de
novos pedidos.       Por fim, indefiro o pedido de expedição de ofÃ-cio aos Cartórios de
registros de imóveis, uma vez que é ônus da parte exequente indicar bens penhoráveis da parte
executada, não podendo transferir esse ônus ao Poder Judiciário.       Caso as tentativas
anteriores restem infrutÃ-feras, aplico os efeitos do art. 921, §2º, do Código de Processo Civil,
suspendendo a execução pelo prazo de 1 (um) ano para que a parte exequente indique bens do
executado à penhora, sob pena de arquivamento do feito.       Intime-se. Cumpra-se.      Â
Belém, 26 de julho de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém PROCESSO: 00567642920118140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Cumprimento de sentença em: 16/08/2021 AUTOR:SAID MUNIZ MUSTAFA Representante(s): OAB 9658
- FUAD DA SILVA PEREIRA (ADVOGADO) OAB 396531 - SAAMARA DE MENDONCA MUSTAFA
(ADVOGADO) REU:MARKO ENGENHARIA E COMERCIO IMOBILIARIO LTDA Representante(s): OAB
6324 - ALBANO HENRIQUES MARTINS JUNIOR (ADVOGADO) OAB 14810 - THEO SALES REDIG
(ADVOGADO) OAB 18073 - GABRIEL PEREIRA DE CARVALHO CRUZ (ADVOGADO) . Processo:
0056764-29.2011.814.0301 Autor: SAID MUNIZ MUSTAFà Réu: MARKO ENGENHARIA E COMÃRCIO
IMOBILIÃRIO LTDA DECISÃO Â Â Â Â Â Â Compulsando os autos, verifico que, em conformidade com a
decisão de fls. 219/220, foram os autos remetidos à Contadoria do JuÃ-zo (fls. 224), bem como foi
oficiado o Cartório de Registro de Imóveis de Benevides/PA para que seja efetivado o cancelamento do
registro de imóvel objeto da presente demanda (fls. 232/233).       Devidamente intimadas as
partes, manifestou-se tão somente o Autor acerca do laudo do contador deste juÃ-zo, informando que
nada tem a opor, além de requerer o cumprimento de sentença (fls. 237).        Assim, diante
do exposto, intime-se o executado para o pagamento do débito no valor de R$67.587,67 (sessenta e
sete mil, quinhentos e oitenta e sete reais e sessenta e sete centavos), no prazo de 15 (quinze) dias
úteis, sob pena de multa de 10% e, também, de honorários advocatÃ-cios de 10% sobre o valor do
débito, na forma do § 1º do artigo 523 do Código de Processo Civil.       Advirta-se, ainda,
que o pagamento no prazo assinalado os isenta da multa e dos honorários advocatÃ-cios da fase de
cumprimento de sentença.       Caso ocorra pagamento, intime-se o exequente para, no prazo
de 5 (cinco) dias, dizer se dá quitação do débito, possibilitando a resolução da fase de
cumprimento de sentença. Ressalto de que seu silêncio importará em anuência em relação Ã
satisfação integral do débito.       Caso a quantia não seja suficiente para a quitação,
caberá ao credor trazer, no mesmo prazo, planilha discriminada e atualizada do débito, já abatido o
valor depositado, acrescida da multa e dos honorários sobre o remanescente, na forma do artigo 523, §
2º, do Código de Processo Civil, ratificando o pedido de penhora já apresentado, para decisão.   Â
   Cientifico o executado de que, transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, iniciam-se os 15
(quinze) dias para que, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios
autos, sua impugnação, na forma do artigo 525 do Código de Processo Civil, que somente poderá
versar sobre as hipóteses elencadas em seu parágrafo primeiro, observando-se em relação aos
cálculos os parágrafos 4º e 5º.       Recolha, a exequente, custas intermediárias para a
prática das diligências determinadas bem como as que eventualmente encontrarem-se pendentes, no
prazo de 15 (quinze) dias.       Ademais, certifique a Secretaria acerca do cumprimento ou não
do ofÃ-cio de fls. 232/233.       Por fim, cumpra-se a determinação exarada na sentença de fls.
82/87, a fim de que seja o Autor imediatamente reintegrado no imóvel objeto da demanda.      Â
Após, retornem os autos conclusos.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 11 de
agosto de 2021. AUGUSTO CÃSAR DA LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém/PA. PROCESSO: 00575970820158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 16/08/2021 EXECUTADO:I U DA SILVA CIA LTDA
EXECUTADO:IRATAN ULISSES DA SILVA AUTOR:ATIVOS SA SECURITIZADORA DE CREDITOS
FINANCEIROS Representante(s): OAB 25867 - MARIZZE FERNANDA LIMA MARTINEZ DE SOUZA
(ADVOGADO) OAB 27403-A - MAGDA LUIZA RIGODANZO EGGER DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB
20366-D - HAROLDO WILSON MARTINEZ DE SOUZA JUNIOR (ADVOGADO) OAB 711-B - MARITZZA
FABIANE MARTINEZ (ADVOGADO) . Processo nº  0057597-08.2015.8.14.0301 Exequente:  ATIVOS
S/A SECURITIZADORA DE CRÃDITOS FINANCEIROS Executado: Â I U DA SILVA CIA LTDA e outro Â
     DECISÃO       Vistos, etc.       Trata-se de execução de tÃ-tulo extrajudicial.
1111
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
      Foi determinada pesquisa e constrição de bens por meio dos sistemas SISBAJUD,
RENAJUD e INFOJUD (fls. 62/77). Â Â Â Â Â Â A parte exequente peticionou requerendo penhora via
SISBAJUD e consulta aos sistemas RENAJUD e INFOJUD, além de expedição de ofÃ-cio aos
Cartórios de registros de imóveis (fl. 102).       Foi certificado que a parte executada não se
manifestou acerca dos cálculos realizados pelo contador (fl. 201).       Era o que tinha a relatar.
Passo a decidir.      Assim, tendo em vista o lapso temporal desde a última consulta aos sistemas,
passo a analisar o pedido de bloqueio via SISBAJUD e consulta aos sistemas RENAJUD e INFOJUD,
requerido na petição de fl. 102.      No que concerne a penhora eletrônica, assim dispõe o
Código de Processo Civil: ¿Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em
aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao
executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela
autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponÃ-veis ativos financeiros
existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução¿.
(grifo nosso).       Nessa lógica, verificado o débito, impõe-se o deferimento do pedido e a
consulta aos sistemas disponibilizados ao Poder Judiciário a fim de proceder à penhora eletrônica.
Destaca-se, ainda, que o bloqueio prescinde, inclusive, de esgotamento de meio extrajudiciais, conforme
se verifica de entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Tema/Repetitivo nº
425, o qual dispõe: A utilização do Sistema BACEN-JUD, no perÃ-odo posterior à vacatio legis da Lei
11.382/2006 (21.01.2007), prescinde do exaurimento de diligências extrajudiciais, por parte do
exequente, a fim de se autorizar o bloqueio eletrônico de depósitos ou aplicações financeiras.   Â
  Desse modo e em observância aos princÃ-pios da economia processual, efetividade da prestação
jurisdicional, duração razoável do processo, bem como considerando o que dispõe o Código de
Processo Civil sobre a matéria e, notadamente, a ordem preferencial de penhora exarada no art. 835 do
diploma processual, procedo a tentativa de constrição de valores em desfavor de I U DA SILVA CIA
LTDA (CNPJ nº 15.473.968/0001-02) e IRATAN ULISSES DA SILVA (CPF nº 159.236.812-34) no valor
de R$ 254.382,46 (duzentos e cinquenta e quatro mil, trezentos e oitenta e dois reais e quarenta e seis
centavos).      Considerando a possibilidade de a penhora online não lograr êxito ou ser
insuficiente para adimplir o débito, procedo a tentativa de bloqueio via sistema RENAJUD, destacando
que essa medida é perfeitamente possÃ-vel para adimplir o débito. De fato, nesse sentido:
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÃÃO
FISCAL. RESTRIÃÃO DE CIRCULAÃÃO DE VEÃCULO. RENAJUD. POSSIBILIDADE. 1. O Superior
Tribunal de Justiça possui precedentes favoráveis à possibilidade de restrição de circulação de
veÃ-culo, por via do sistema RENAJUD, para viabilizar a localização e apreensão do bem, a fim de
que seja realizada a penhora e a consequente satisfação do crédito exequendo. Nesse sentido, as
seguintes decisões monocráticas: REsp 1.669.427/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, DJe
9/6/2017; AREsp 1.165.070/MG, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, DJe 7/11/2017; AREsp
1.076.857/MG, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, DJe 5/5/2017; AREsp 1.071.742/MG, Rel. Ministra
Isabel Gallotti, DJe 18/4/2017; AREsp 1.062.167/MG, Rel. Ministro Antonio Carlos Ferreira, DJe 5/9/2017;
e AREsp 1.155.900/MG, Rel. Ministro Moura Ribeiro, DJe 2/10/2017. 2. Agravo interno a que se nega
provimento. (AgInt no REsp 1678675/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em
06/03/2018, DJe 13/03/2018) (grifo nosso). PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO
INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÃÃO FISCAL. RESTRIÃÃO DE CIRCULAÃÃO DE
VEÃCULO. RENAJUD. POSSIBILIDADE. 1. O Superior Tribunal de Justiça possui precedentes
favoráveis à possibilidade de restrição de circulação de veÃ-culo, por via do sistema Renajud, para
viabilizar a localização e apreensão do bem, a fim de que seja realizada a penhora e a consequente
satisfação do crédito exequendo. 2. Agravo Interno não provido. (AgInt no REsp 1820182/PR, Rel.
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/10/2019, DJe 18/10/2019) (grifo
nosso).       Fica a parte exequente advertida, desde já, que não sofrerão constrição
veÃ-culos alienados fiduciariamente ou já gravados com créditos preferenciais.       Ademais,
verifica-se que a parte exequente pleiteou, também, a consulta de bens indicados no sistema INFOJUD,
no entanto, já houve a referida consulta, conforme documentos de fls. 64/73.       Logrando êxito
as medidas constritivas, intime-se imediatamente a parte executada, por meio de seu procurador
devidamente habilitado, na forma do art. 854, §2º, do Código de Processo Civil, ficando desde já
ciente de que o silêncio importará em anuência em relação a constrição.       No que
concerne às custas processuais, determino o seu recolhimento após a prática dos atos, tendo em vista
que o próprio Código de Processo Civil, no caput do art. 854, admite que as tentativas de constrição
sejam realizadas sem a ciência prévia do executado - o que inevitavelmente se daria, caso houvesse
intimação para o pagamento de despesas. Trata-se, tão somente, de medida que visa conferir
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
efetividade às medidas.       Não obstante a prática dos atos antes do recolhimento das
despesas processuais, fica a parte exequente intimada para o pagamento das custas processuais
referentes às diligências deferidas, bem como as eventualmente pendentes, no prazo de 10 (dez) dias,
ficando desde já advertido de que o pagamento é condição de eficácia das medidas e análise de
novos pedidos.       Por fim, indefiro o pedido de expedição de ofÃ-cio aos Cartórios de
registros de imóveis, uma vez que é ônus da parte exequente indicar bens penhoráveis da parte
executada, não podendo transferir esse ônus ao Poder Judiciário.       Intime-se. Cumpra-se. Â
     Belém, 22 de julho de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara
CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 06497368220168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 16/08/2021 REQUERENTE:FERRAZ E FERRAZ EIRELLI EPP E
OUTROS Representante(s): OAB 12809-B - PABLO COIMBRA DE ARAUJO (ADVOGADO)
REQUERIDO:GIOVANNA GURGEL FELICIO DA FONSECA. Processo nº:  0649736-
82.2016.8.14.0301 Exequente: Â FERRAZ E FERRAZ EIRELLI EPP Executado: Â GIOVANNA GURGEL
FELICIO DA FONSECA Â Â Â Â Â Â DECISÃO Â Â Â Â Â Â Vistos, etc. Â Â Â Â Â Â Trata-se de
execução de tÃ-tulo extrajudicial.       A parte executada foi citada por hora certa (fl. 49), e
tornou-se revel, motivo pelo qual os autos foram remetidos à curadoria especial, a qual apresentou
manifestação (fls. 101/104).       Foi realizado arresto via SISBAJUD, tendo sido bloqueado
apenas o valor de R$ 434,56 (quatrocentos e trinta e quatro reais e cinquenta e seis centavos) (fl. 73). Â Â
    A parte exequente requereu novamente o bloqueio via SISBAJUD em face da executada, bem
como a liberação do valor bloqueado (fls. 107/109).       Era o que tinha a relatar. Passo a
decidir.      Tendo em vista o lapso temporal desde a última tentativa de penhora online, passo a
analisar o pedido de bloqueio via SISBAJUD, requerido na petição de fls. 107/109.      No que
concerne a penhora eletrônica, assim dispõe o Código de Processo Civil: ¿Art. 854. Para possibilitar
a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente,
sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de
sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne
indisponÃ-veis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao
valor indicado na execução¿. (grifo nosso).       Nessa lógica, verificado o débito, impõe-
se o deferimento do pedido e a consulta aos sistemas disponibilizados ao Poder Judiciário a fim de
proceder à penhora eletrônica. Destaca-se, ainda, que o bloqueio prescinde, inclusive, de esgotamento
de meio extrajudiciais, conforme se verifica de entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de
Justiça (STJ) no Tema/Repetitivo nº 425, o qual dispõe: A utilização do Sistema BACEN-JUD, no
perÃ-odo posterior à vacatio legis da Lei 11.382/2006 (21.01.2007), prescinde do exaurimento de
diligências extrajudiciais, por parte do exequente, a fim de se autorizar o bloqueio eletrônico de
depósitos ou aplicações financeiras.      Desse modo e em observância aos princÃ-pios da
economia processual, efetividade da prestação jurisdicional, duração razoável do processo, bem
como considerando o que dispõe o Código de Processo Civil sobre a matéria e, notadamente, a
ordem preferencial de penhora exarada no art. 835 do diploma processual, procedo a tentativa de
constrição de valores em desfavor da parte executada GIOVANNA GURGEL FELICIO DA FONSECA
(CPF nº 707.462.142-00), no valor de R$ 111.036,45 (cento e onze mil, trinta e seis reais e quarenta e
cinco centavos.       Logrando êxito as medidas constritivas, intime-se imediatamente a parte
executada, por meio de seu procurador devidamente habilitado, na forma do art. 854, §2º, do Código
de Processo Civil, ficando desde já ciente de que o silêncio importará em anuência em relação a
constrição.       No que concerne às custas processuais, determino o seu recolhimento após
a prática dos atos, tendo em vista que o próprio Código de Processo Civil, no caput do art. 854, admite
que as tentativas de constrição sejam realizadas sem a ciência prévia do executado - o que
inevitavelmente se daria, caso houvesse intimação para o pagamento de despesas. Trata-se, tão
somente, de medida que visa conferir efetividade às medidas.       Não obstante a prática dos
atos antes do recolhimento das despesas processuais, fica a parte exequente intimada para o pagamento
das custas processuais referentes às diligências deferidas, bem como as eventualmente pendentes, no
prazo de 10 (dez) dias, ficando desde já advertido de que o pagamento é condição de eficácia das
medidas e análise de novos pedidos.      Por fim, tendo em vista que a parte executada foi
devidamente intimada do bloqueio via SISBAJUD, por meio da curadoria especial, defiro a expedição
de alvará em favor da parte exequente.      Assim, na hipótese de trânsito em julgado da
presente, o que deverá ser certificado pelo Sr. Diretor de Secretaria, autorizo a expedição de alvará
judicial, em benefÃ-cio da parte exequente FERRAZ E FERRAZ EIRELLI EPP, para levantamento da
quantia de R$ 434,56 (quatrocentos e trinta e quatro reais e cinquenta e seis centavos), equivalente ao
1113
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
bloqueio SISBAJUD de fl. 73, acrescida de eventuais rendimentos.       Autorizo, desde já, a
transferência dos referidos montantes para conta bancária de titularidade do beneficiário do alvará,
desde que assim o requeira por meio de petição nos autos onde informem os dados bancários para
transferência.      Instrua-se o alvará com o extrato atualizado da subconta judicial.      Â
Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 22 de julho de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz
de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 06826596420168140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA
LUZ CAVALCANTE A??o: Cumprimento de sentença em: 16/08/2021 REQUERENTE:DENYSE DE LIMA
FARAH Representante(s): OAB 9685 - DENNIS VERBICARO SOARES (ADVOGADO) OAB 20198 -
FELIPE GUIMARAES DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 23198 - GISANY PANTOJA QUARESMA
(ADVOGADO) REQUERIDO:GAFISA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A Representante(s): OAB
19809 - FABRICIO GOMES CRISTINO (ADVOGADO) OAB 21114-A - THIAGO MAHFUZ VEZZI
(ADVOGADO) REQUERIDO:CONSTRUTORA GAFISA - EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA
Representante(s): OAB 17352 - ALESSANDRA APARECIDA SALES DE OLIVEIRA (ADVOGADO) .
Processo nº:  0682659-64.2016.8.14.0301 Autor:  DENYSE DE LIMA FARAH Réu:   GAFISA
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÃRIOS S.A e outro DECISÃO Â Â Â Â Â Â Vistos, etc. Â Â Â Â Â Â Foi
certificado o trânsito em julgado da sentença (fl. 452).       A parte autora requereu o
cumprimento de sentença no valor de R$ 138.955,58 (cento e trinta e oito mil, novecentos e cinquenta e
cinco reais e cinquenta e oito centavos) (fls. 469/472). Â Â Â Â Â Â Tendo em vista que o pedido de
cumprimento de sentença atendeu aos requisitos previstos no art. 524 do CPC, intime-se a executada,
pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituÃ-do nos autos, nos termos do art. 513, §
2º, inciso I, do CPC, para o pagamento do débito no valor de R$ 138.955,58 (cento e trinta e oito mil,
novecentos e cinquenta e cinco reais e cinquenta e oito centavos), no prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob
pena de multa de 10% e, também, de honorários advocatÃ-cios de 10% sobre o valor do débito, na
forma do § 1º do artigo 523 do Código de Processo Civil.       Advirta-se, ainda, que o
pagamento no prazo assinalado a isenta da multa e dos honorários advocatÃ-cios da fase de cumprimento
de sentença.       Caso ocorra pagamento, intime-se o exequente para, no prazo de 5 (cinco)
dias, dizer se dá quitação do débito, possibilitando a resolução da fase de cumprimento de
sentença. Ressalto de que seu silêncio importará em anuência em relação à satisfação integral
do débito.       Caso a quantia não seja suficiente para a quitação, caberá ao credor trazer,
no mesmo prazo, planilha discriminada e atualizada do débito, já abatido o valor depositado, acrescida
da multa e dos honorários sobre o remanescente, na forma do artigo 523, § 2º, do Código de
Processo Civil, ratificando o pedido de penhora já apresentado, para decisão.       Cientifico o
executado de que, transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, iniciam-se os 15 (quinze) dias para
que, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua
impugnação, na forma do artigo 525 do Código de Processo Civil, que somente poderá versar sobre
as hipóteses elencadas em seu parágrafo primeiro, observando-se em relação aos cálculos os
parágrafos 4º e 5º.       Recolha, o exequente, custas intermediárias para a prática das
diligências determinadas bem como as que eventualmente encontrarem-se pendentes, no prazo de 15
(quinze) dias.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 11 de agosto de 2021. Augusto
César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO:
00009208420178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
EDMILTON PINTO SAMPAIO A??o: Procedimento Comum Cível em: 17/08/2021 AUTOR:SILANA ALINE
DE LIMA FERREIRA Representante(s): OAB 22221-B - MARCIO KISIOLAR VAZ FERREIRA
(ADVOGADO) REU:PRIME SPE OITO CONSTRUCAO LTDA Representante(s): OAB 11270 - DIOGO DE
AZEVEDO TRINDADE (ADVOGADO) OAB 17619 - RICARDO CALDERARO ROCHA (ADVOGADO)
REU:HBR GESTAO IMOBILIARIA E PROJETOS EIRELI ME. Processo nº 0000920-84.2017.8.14.0301
ATO ORDINATÃRIO Â Â Â Â Â Fica intimada a parte autora, na pessoa de seu patrono, para se
manifestar acerca da certidão do Oficial de Justiça de fls.99, no prazo de 15 (quinze) dias. Belém-PA,
17 de agosto de 2021.   ______________________________ DIRETOR DE SECRETARIA
PROCESSO: 00010012820208140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Regularização de Registro Civil em: 17/08/2021 JUIZO DEPRECANTE:JUIZO DA PRIMEIRA VARA ESP
DE FAMILIA E SUCESSOES DE RONDONOPOLIS MT REQUERENTE:S. S. R. REQUERIDO:NURIA
SORIANO SOUZA RODRIGUES. Processo: 0001001-28.2020.8.14.0301 Requerente: S.S.R. Deprecante:
JUÃZO DA 1ª VARA ESPECIALIZADA DE FAMÃLIA E SUCESSÃES DA COMARCA DE
RONDONÃPOLIS - MT DECISÃO 1.     Considerando os documentos apresentados, CUMPRA-SE
o Mandado de Averbação do JuÃ-zo Deprecante. 2.     Encaminhe, o Sr. Oficial de Justiça,
1114
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL
Processo nº 0833475-87.2018.8.14.0301
1115
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Despacho
A Sentença, de provimento parcial, transitou em julgado (ID 24689760 - Pág. 1). Foi exarado despacho
para que a Empresa Executada cumprisse a sentença ID 21271081 - Pág.1 a 2, porém ate a presente
data, não houve o deposito do valor executado.
1-Na certidão Id 25697323 - Pág. 1, foi informado que a parte Executada foi intimada para pagar o valor
apontado nos cálculos, porém não pagou e nem apresentou impugnação.
“Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a
requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições
financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro
nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a
indisponibilidade ao valor indicado na execução”. (grifo nosso).
Comentando acerca do dispositivo que trata da penhora eletrônica, MARINONI, ARENHART e MITIDIERO
prelecionam:
[...] O direito à penhora eletrônica é corolário do direito fundamental à tutela jurisdicional adequada e
efetiva, na medida em que esse tem como consequência imediata o direito ao meio executivo adequado à
tutela do direito material. Não há dúvida de que a penhora eletrônica é a principal modalidade executiva
destinada à execução pecuniária, razão pela qual não se pode negá-la ao exequente. (MARINONI, Luiz
Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo Civil comentado. 2ª
ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 915).
Nessa lógica, verificado o débito, impõe-se o deferimento do pedido e a consulta aos sistemas
disponibilizados ao Poder Judiciário a fim de proceder à penhora eletrônica. Destaca-se, ainda, que o
bloqueio prescinde, inclusive, de esgotamento de meio extrajudiciais, conforme se verifica de
entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Tema/Repetitivo nº 425, o qual
dispõe:
Logrando êxito a medida, intime-se, pessoalmente, a Executada, na forma do art. 854, §2º, do Código de
Processo Civil, ficando desde já ciente de que o silêncio importará em anuência em relação a constrição.
“Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a
requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições
financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro
nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a
indisponibilidade ao valor indicado na execução.
§2º Tornados indisponíveis os ativos financeiros do executado, este será intimado na pessoa de seu
advogado ou, não o tendo, pessoalmente.”
Nada obstante a prática dos atos antes do recolhimento das despesas processuais, fica a parte exequente
intimada para o pagamento das custas processuais referentes às diligências deferidas, bem como as
eventualmente pendentes, no prazo de 10 (dez) dias, ficando desde já advertido de que o pagamento é
condição de eficácia das medidas e análise de novos pedidos.
3- Constata-se que o despacho ID 21271081 - Pág. 1 e 2 intimou apenas a Empresa Executada, restando
pendente a intimação, pelo Diário Eletrônico de BRUNO DE ARAÚJO MOURA (CPF nº 378.569.952-20).
Assim, na forma do artigo 513, §2º, II do CPC, intime-se o executado BRUNO DE ARAÚJO MOURA (CPF
nº 378.569.952-20) para que, no prazo de 15 (quinze) dias, pague o valor indicado, qual seja, R$
134.607,19 (cento e trinta e quatro mil seiscentos e sete reais e dezenove centavos), acrescido de custas,
se houver.
4-Fica a parte executada advertida de que, transcorrido o prazo previsto no art. 523 do CPC, sem o
pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que, independentemente de penhora ou
nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
5- Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do artigo 523 do CPC, o débito será acrescido de multa
de dez por cento e, também, de honorários de advogado de 10% (dez por cento). Ademais, não efetuado o
pagamento voluntário no prazo de 15 (quinze) dias, independentemente de nova intimação do credor,
poderá a parte exeqüente efetuar pedido de pesquisas junto aos sistemas informatizados à disposição do
juízo, devendo comprovar o prévio recolhimento das taxas, calculadas por cada diligência a ser efetuada.
Intime-se. Cumpra-se.
CERTIDÃO
PROCESSO Nº 0011776-79.1995.8.14.0301
R.H.
Trata-se de Ação de USUCAPIÃO, cuja competência é, em verdade, das varas do registro público, na
conformidade do art.113, I, "b", do Código Judiciário do Estado - Lei nº.5.008/1981.
Redistribua-se, pois, a uma das varas do registro público dessa Capital, competentes para analisar e julgar
o pedido.
Int.
DESPACHO:
Conclusos, após.
Intimem-se.
DECISÃO
1119
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Vistos, etc.
Foi interposto agravo de instrumento em face da referida decisão (ID 23264974), o qual foi negado
provimento (ID 28461516).
A parte exequente apresentou planilha atualizada, pugnando pela intimação dos executados a fim de que
efetue o pagamento do valor de R$ 638.744,30 (seiscentos e trinta e oito mil setecentos e quarenta e
quatro reais e trinta centavos) (ID 28461513).
Diante disso, intimem-se os executados, por advogado habilitado nos autos, para o pagamento do débito
no valor de R$ 638.744,30 (seiscentos e trinta e oito mil setecentos e quarenta e quatro reais e trinta
centavos), no prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob pena de multa de 10% e, também, de honorários
advocatícios de 10% sobre o valor do débito, na forma do § 1º do artigo 523 do Código de Processo Civil.
Intime-se. Cumpra-se.
0837223-93.2019.8.14.0301
EDITAL DE CITAÇÃO
(PRAZO DE 30 DIAS)
FAZ SABER a todos quantos o presente edital de Citação virem, ou dele conhecimento tiverem, que
tramita por este Juízo e secretaria, a Ação de USUCAPIÃO , movida por ROSILENE BRAGA DA
CONCEICAO, contra requerido(a) ALZIRA MARIA JUNIOR RAMOS, JULIO GUERREIRO DA COSTA,
ROSEMARY DA CRUZ RODRIGUES, - tendo como objeto o seguinte bem: IMOVEL LOCALIZADO NA TV
MONTE ALEGRE N° 86 FRENTE BAIRRO CIDADE VELHA CEP 66020700 BELÉM PA , fica(m) desde
logo, CITADOS os eventuais interessado(s) ausente(s), incerto(s) e desconhecido(s), que se encontra(m)
em lugar incerto e não sabido, para apresentar(em) contestação no prazo de 60 dias, contado a partir do
término do prazo deste edital(30 dias), sob pena de revelia e de serem aceitos como verdadeiros os fatos
narrados pelo autor na Exordial (art. 285 e 319, do CPC), observando-se os requisitos exigidos pelo artigo
256,I, do novo código civil e seus incisos do mesmo Diploma legal. E para que ninguém possa alegar
ignorância, mandou expedir o presente, que será publicado na forma da lei afixado no local público de
1120
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
costume. Dado e passado nesta cidade de Belém, aos 18 de agosto de 2021. Eu EDMILTON PINTO
SAMPAIO, Diretor de Secretaria, digitei e assinei (PROV. 006/2006-CJRMB).
DIRETOR DE SECRETARIA
1121
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ATO ORDINATÓRIO
PROCESSO: 0834535-27.2020.8.14.0301
REQUERENTE: FRANCISCA BALTAZAR DOS SANTOS, ANA KESIA BALTAZAR DOS SANTOS,
CARLOS MIGUEL BALTAZAR DOS SANTOS, FRANCINETE BALTAZAR DOS SANTOS, ISRAEL
BALTAZAR DOS SANTOS, MARLUCE BALTAZAR DOS SANTOS, MIGUEL CARLOS BALTAZAR DOS
SANTOS, OTONIEL BALTAZAR DOS SANTOS, OZEIAS BALTAZAR DOS SANTOS, OZIEL BALTAZAR
DOS SANTOS, RAQUEL BALTAZAR DOS SANTOS, ROSEMARY BALTAZAR DOS SANTOS
Manifeste-se a parte INTERESSADA no prazo de 5 (cinco) dias acerca do alvará juntado em evento de ID
31584903, requerendo o que entender pertinente. (Prov.06/2006 da CJRMB).
__________________________________________
0824281-58.2021.8.14.0301
REQUERENTE: DIRCE LUZIA LOBATO SANTANA, SANDRA HELENA SANTANA MORGADO, SELMA
JOANA LOBATO SANTANA
DESPACHO
Vistos.
Defiro o pedido de ID. 30470378 quanto à expedição de ofício ao INSS.
A 2ª UPJ para as providências necessárias.
ÀAssessoria do Juízo para que proceda à juntada aos autos da resposta da pesquisa online via
SISBAJUD de valores.
Somente após, conclusos.
Intime-se. Cumpra-se.
.
.
PROCESSO nº 0835437-43.2021.8.14.0301
REPRESENTANTE: MARIA SERRAT BARROS DA SILVA
REQUERIDO: MARIA SERRAT BARROS DA SILVA, MILTON BARROS DA SILVA, MARIA DE FATIMA
DA SILVA BARBOSA, AUGUSTO BARROS DA SILVA, IZAVIA BARROS DA SILVA, SEBASTIAO
BARROS DA SILVA
SENTENÇA
Vistos.
Trata-se de Ação de Nulidade e Anulação de Testamento proposta por MARIA SERRAT BARROS DA
SILVA em face de MARIA SERRAT BARROS DA SILVA, MILTON BARROS DA SILVA, MARIA DE
FATIMA DA SILVA BARBOSA, AUGUSTO BARROS DA SILVA, IZAVIA BARROS DA SILVA,
SEBASTIAO BARROS DA SILVA
, ambos qualificados nos autos.
Éo sucinto relatório.
DECIDO.
Isto posto, considerando que a parte autora resolveu desistir da ação, HOMOLOGO por sentença para que
produza seus jurídicos e legais efeitos a manifestação de vontade (ID29571332) e, consequentemente,
EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, na forma do art. 485, VIII do CPC.
HENRIQUES LAIUN Participação: ADVOGADO Nome: BRAHIM BITAR DE SOUSA OAB: 16381/PA
Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação:
REU Nome: ARMANDO JOSE LAIUN FILHO Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO MARCIO
BOTELHO OAB: 95117/MG Participação: REU Nome: MARIA DO SOCORRO HENRIQUES LAIUN
Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO MARCIO BOTELHO OAB: 95117/MG Participação: REU
Nome: MARIA DE NAZARE LAIUN VALERIO Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO MARCIO
BOTELHO OAB: 95117/MG Participação: REU Nome: RUTE HELENA LAIUN DOS SANTOS Participação:
ADVOGADO Nome: ANTONIO MARCIO BOTELHO OAB: 95117/MG Participação: REU Nome: ONESIMA
MARIA HENRIQUES LAIUN
__________________________________________
0845998-29.2021.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Intime-se o inventariante para que, no prazo de 15 (quinze) dias, apresente certidão atualizada do imóvel
arrolado nos presentes autos.
INTIME-SE. Cumpra-se.
SENTENÇA
1126
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Vistos.
MARIA LUCILEIA PEREIRA SILVA ajuizou AÇÃO DE ALVARÁ para levantamento de valores deixados
por falecimento de PEDRO DA COSTA SILVA.
Que o falecido não deixou testamento ou bens a inventariar, deixando somente valores em conta no
BANPARÁ referentes a pensão por morte.
Desta forma, requereu a expedição de ALVARÁ JUDICIAL para saque dos valores em nome do
falecido.
Juntaram documentos.
Contestação de ID 14973603, afirmando que os herdeiros fariam jus aos valores depositados em conta,
em virtude de não se tratar apenas de valores retroativos de pensão da viúva.
Decido.
Nos termos da Lei 6858/80 os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das
contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP,
não recebidos em vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em quotas iguais, aos dependentes
habilitados perante a Previdência Social ou na forma da legislação específica dos servidores civis e
militares, e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial,
independentemente de inventário ou arrolamento.
Considerando a contestação com divergência sobre os direitos sucessórios em relação aos valores em
conta de titularidade do de cujus, verifico que a presente ação de alvará, por ser de jurisdição voluntária,
não deverá prosperar.
Desta forma, entendo que as requerentes deverão interpor a Ação Ordinária adequada , nos termos da
legislação vigente.
A par dessas considerações, a meu ver, falta interesse de agir às requerentes, uma vez que a presente
Ação de Alvará Judicial é de jurisdição voluntária , sendo meio inadequado para o que se pretende.
O interesse de agir é condição da ação caracterizada tanto pela necessidade do ingresso em juízo para a
obtenção do bem da vida pretendido, como pela utilidade do provimento jurisdicional invocado. Em outras
palavras, está relacionado com a necessidade da providência jurisdicional invocada e na utilidade que o
provimento poderá proporcionar ao autor.
Cumpre destacar que o interesse de agir (processual, instrumental e secundário) não se confunde com o
interesse substancial (material ou primário). A prestação jurisdicional tem que ser necessária e adequada.
No que diz respeito ao interesse-adequação, a situação lamentada pelo autor ao vir a juízo tem que ser
adequada ao provimento jurisdicional concretamente solicitado.
Isto posto, JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, com supedâneo nos arts.
330, III, 485, I, e 17, todos do CPC.
Condeno as requerentes ao pagamento de custas e despesas processuais, dos quais ficam isentas em
razão do deferimento da gratuidade processual.
1127
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Processo nº 0852343-45.2020.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Após análise dos autos verifiquei que não fora expedido mandado de citação ao requerido.
Ressalto que a audiência ocorrerá de forma remota na sala de audiências virtuais desta 7ª Vara Cível, cujo
endereço eletrônico è:
h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
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Intime-se. Cite-se.
Cumpra-se.
1128
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Processo nº 0857316-14.2018.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Considerando que o requerido não fora citado, conforme se observa em documento ID 22764988,
CANCELO a audiência de conciliação designada nos autos.
Deixo ainda de designar nova data para audiência de conciliação em face do desinteresse manifestado
pelo autor na petição inicial e, ainda, tendo em vista a pandemia do COVID-19, o que não impede que, a
qualquer momento, as partes apresentem propostas de acordo nos autos.
Cite-se o réu para oferecerem contestação no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data
prevista no art. 231 do CPC, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. Se não
contestarem, presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pela parte autora (art. 344,
CPC).Em face dos indícios de patrimônio ou renda incompatíveis com o benefício da justiça gratuita,
intime-se a parte autora para, no prazo de 10 (dez) dias, comprovar o preenchimento dos pressupostos
legais para a concessão da gratuidade, sob pena de indeferimento, na forma do art. 99, § 2º do Código de
Processo Civil – CPC.
Após, conclusos.
Cumpra-se.
1129
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
0846733-96.2020.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Indefiro o pedido de ID. 20173491, nos termos do art. 334, § 4º, inciso I do CPC.
Por outro lado, determino que a audiência de conciliação, caso haja interesse da parte ré quanto à sua
realização, deverá ocorrer de forma virtual, em virtude da pandemia, devendo as partes informar seu e-
mail para envio do link de acesso.
Intime-se. Cumpra-se.
DECISÃO/MANDADO
Vistos.
Certifique-se nos autos da Ação Monitória nº. 0805115-74.2020.8.14.0301 quanto à existência da presente
Ação de Consignação, as quais deverão ser associadas no sistema PJE.
Defiro o pedido.
Consigne-se o valor através de depósito em 05 (cinco) dias, sob pena de extinção do processo (art. 542,
parágrafo único do CPC).
Cite-se a parte requerida para levantar o depósito ou oferecer resposta em 15 (quinze) dias (art. 335,
CPC).
Havendo prestações periódicas, uma vez consignada a primeira, poderá o requerente continuar a
consignar as que se forem vencendo sucessivamente, sem mais formalidades que o termo, desde que o
faça até 05 (cinco) dias contado da data do vencimento de cada uma (art. 541 do CPC).
Não sendo contestada a ação, presumir-se-ão aceitos pelo requerido como verdadeiros os fatos alegados
pelo requerente e será aplicada a pena de revelia (art. 344, CPC).
Servirá o presente por cópia digitada como mandado, na forma do Provimento nº 003/2009 da
Corregedoria da Região Metropolitana de Belém.
Intime-se.
OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje/login.seam.
Processo nº 0808007-53.2020.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Ressalto que a audiência ocorrerá por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais desta 7ª
Vara Cível, cujo endereço eletrônico é:
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Cumpra-se.
Processo nº0846733-96.2020.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Defiro o pedido de inversão da prova, nos termos do art. 373, § 1º do CPC c/c art. 6º, inciso VIII do CDC.
Intime-se a parte autora na pessoa de seu advogado (CPC, art. 334, § 3º).
Cite-se e intime-se a parte ré para comparecer à audiência, alertando-a de que se não houver
autocomposição ou qualquer parte não comparecer, o prazo para oferecer contestação é de 15 (quinze)
dias, e terá início a partir da audiência ou, se o caso, da última sessão de conciliação (art. 335, I, CPC). Se
não contestar, presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pela parte autora (art. 344,
CPC).
O réu poderá ainda informar seu desinteresse na realização do ato acima designado, caso em que seu
prazo para contestar será contado na forma do art. 335, II, do CPC.
A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-
1133
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
CJRMB, de 22.01.2009.
Processo nº 0807131-35.2019.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Diante da expressa manifestação das partes, designo audiência de conciliação para o dia 11.11.2021 às
9h30.
Ressalto que a referida audiência se dará por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais
desta 7ª Vara Cível, cujo endereço eletrônico é:
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Intimem-se as partes.
Cumpra-se.
Processo nº 0803165-64.2019.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Verifico que em despacho ID 20611182 deixou de constar a data para a realização da audiência de
conciliação.
Ressalto que a referida audiência ocorrerá por meio de videoconferência ma Sala de Audiências virtuais
desta 7ª Vara Cível, cujo endereço eletrônico é:
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Intime-se. Cite-se.
Cumpra-se.
Processo nº 0826896-26.2018.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Cite-se a ré para oferecer contestação no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data prevista
no art. 231 do CPC, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. Se não contestar,
presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pela parte autora (art. 344, CPC).
Após, conclusos.
SENTENÇA
Vistos.
Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer c/c danos morais e materiais proposta por LUIZ MARIANO DOS
SANTOS PINHEIRO em face de BANCO DO BRASIL S.A, ambos qualificados nos autos.
Éo sucinto relatório.
DECIDO.
Isto posto, considerando que a parte autora resolveu desistir da ação, HOMOLOGO por sentença para que
produza seus jurídicos e legais efeitos a manifestação de vontade ID 31655835 e, consequentemente,
EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, na forma do art. 485, VIII do CPC.
ATO ORDINATÓRIO
PROCESSO: 0875405-85.2018.8.14.0301
Manifeste-se a parte INTERESSADA no prazo de 5 (cinco) dias acerca do alvará juntado em evento de ID
31580367, requerendo o que entender pertinente. (Prov.06/2006 da CJRMB).
__________________________________________
JOSE PINHEIRO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: SONIA BRAGA SADALA DA SILVA OAB:
3341/PA Participação: REQUERENTE Nome: WILMA LUCIA PINHEIRO DA SILVA Participação:
ADVOGADO Nome: WALMIGLISSON RIBEIRO DA SILVA OAB: 23070/PA Participação: ADVOGADO
Nome: SONIA BRAGA SADALA DA SILVA OAB: 3341/PA
ATO ORDINATÓRIO
PROCESSO: 0862349-82.2018.8.14.0301
Manifeste-se a parte INTERESSADA no prazo de 5 (cinco) dias sobre o alvará juntado em evento de ID
31583343, requerendo o que entender pertinente. (Prov.06/2006 da CJRMB).
__________________________________________
0840377-90.2017.8.14.0301
AUTOR: CYBELLE SILVA DO COUTO COELHO
REU: FACULDADE MAURICIO DE NASSAU DE BELEM LTDA - ME, SOCIEDADE DE ENSINO
SUPERIOR ESTACIO DE SA LTDA
1139
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DESPACHO
Vistos.
I. Intimem-se as partes para que especifiquem as provas que ainda pretendem produzir em eventual
audiência de instrução e julgamento. E ainda, caso requeiram prova pericial, tal pedido deve ser
específico, esclarecendo ao Juízo o tipo e o objeto da perícia, apresentando, também, os quesitos a serem
respondidos pela perícia técnica;
II. Após, voltem-me os autos conclusos para fixação de pontos controvertidos, saneamento e designação
de audiência de instrução e julgamento, ou ainda, julgamento antecipado da lide;
III. Concedo o prazo comum de 10 (dez) dias para a manifestação das partes.
Cumpra-se.
Processo nº 0840414-15.2020.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
1140
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Diante das razões expostas em petição ID 30925367, acolho o requerimento da parte autora e redesigno a
audiência de conciliação para o dia 09.11.2021 às 9h.
Intimem-se as partes.
Processo nº 0842604-82.2019.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Após, conclusos.
Vistos.
Após sentença proferida nestes autos de AÇÃO DE ALVARÁ JUDICIAL proposta por RAIMUNDA
JACIRA DE OLIVEIRA SILVA e OUTROS, relativamente aos valores deixados em razão do
falecimento de GUILHERME LIRA DA SILVA, foram opostos Embargos de Declaração de ID.
25147375, visando a sua modificação sob a alegação de que estou omissa e contraditória.
Os embargantes alegam em suas razões que, ao contrário do que restou consignado nos termos da
sentença, não pretendem litigar com o BANCO DO ESTADO DO PARÁ, mas sim obter autorização judicial
para levantamento dos valores remanescentes depositados em conta bancária de titularidade do falecido.
Relatados.
Decido.
O art. 1.022 do CPC, elenca os defeitos do ato judicial que ensejam o cabimento dos Embargos de
Declaração. Caberá ao Juízo, ao julgar o recurso, a análise das hipóteses de omissão, contradição e
obscuridade, caso estejam presentes na decisão judicial. Confira-se:
“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
Analisando a sentença e as razões dos Embargos de Declaração , entendo que assiste razão aos
embargantes.
Isso porque, em resposta ao ofício enviado pelo BANCO DO ESTADO DO PARÁ de ID. 21801071,
os embargantes afirmaram que o BANCO DO ESTADO DO PARÁ não deveria continuar amortizando
dívidas do falecido diretamente de sua conta bancária, por entenderem que com o seu falecimento, ficaria
extinto o débito (ID. 23007086).
Nesse sentido, restou patente, naquele momento, que os embargantes não concordavam com a postura
da instituição financeira, razão pela qual o processo foi extinto pela falta de interesse processual, uma vez
que a Ação de Alvará não seria o meio adequado para os fins pretendidos pelos herdeiros.
Ocorre que, após melhor apreciação dos autos, especialmente após a leitura das razões recursais,
constato que, em que pese os embargantes terem contestado a conduta da instituição financeira,
requereram apenas o levantamento dos valores remanescentes depositados na conta bancária do
falecido, o que é possível, haja vista que o banco deixou claro em sua resposta que "o valor da parcela
continuará sendo amortizado no vencimento enquanto houver saldo disponível em conta corrente."
Destarte, por um lado, não há resistência por parte do banco quanto ao levantamento de valores e, por
outro lado, não há pedido de devolução/restituição de valores para a conta bancária do de cujus por parte
dos embargantes, afastando-se, portanto, a existência de eventual litígio na presente ação.
SENTENÇA
Vistos.
RAIMUNDA JACIARA DE OLIVEIRA SILVA e outros ajuizaram AÇÃO DE ALVARÁ para levantamento
de valores deixados por falecimento de GUILHERME DA SILVA LIRA.
Que os requerentes são esposa e filhos de GUILHERME DA SILVA LIRA, falecido em 08 de julho de
2019.
Que o falecido não deixou testamento ou bens a inventariar, deixando somente valores junto ao BANCO
BANPARÁ.
1143
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Desta forma, requereram a expedição de ALVARÁ JUDICIAL para saque dos valores em nome
do falecido.
Juntaram documentos.
Decido.
Nos termos da Lei 6858/80 os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os
montantes das contas individuais não recebidos em vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em
quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na forma da legislação
específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados
em alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento.
Assim sendo, JULGO PROCEDENTE A AÇÃO e determino que se expeça Alvará Judicial em
favor dos requerentes RAIMUNDA JACIARA DE OLIVEIRA SILVA e outros, para receber os valores
existentes e disponíveis em nome de GUILHERME DA SILVA LIRA junto ao BANPARÁ.
DESPACHO/MANDADO
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Vistos.
01- Cite-se o executado para pagar a dívida no prazo de 03 (três) dias (art. 829, CPC), facultando-lhe
oferecer embargos à execução, independentemente de penhora, no prazo de 15 (quinze) dias;
02- Fixo os honorários advocatícios em 10% (dez por cento) do valor da dívida, reduzindo-os à metade se
houver pagamento integral no prazo de 03 (três) dias (art. 827, §1º, CPC);
03- Frustradas as tentativas de citação, proceda-se ao arresto executivo dos bens do devedor (art. 830,
CPC), a recair preferencialmente sobre a garantia real (art. 835, §3º, CPC) ou, nos demais casos,
mediante minuta de bloqueio no BACENJUD (art. 854, CPC) e no RENAJUD (art. 845, §1º, CPC);
04- Em seguida, intime-se o credor a requerer a citação editalícia ou a indicar o paradeiro do réu, no prazo
de cinco dias (art. 830, §2º, CPC);
05- Citado o devedor e decorrido o prazo de 03 (três) dias sem pagamento, proceda-se à penhora, a recair
preferencialmente sobre a garantia hipotecária ou pignoratícia da dívida (art. 835, §3º, CPC) ou, nos
demais casos, mediante minuta de bloqueio no BACENJUD (art. 854, CPC) e no RENAJUD (art. 845, §1º,
CPC), após o devido recolhimento das custas;
06- Fica dispensada a constrição de veículos no sistema RENAJUD quando tiverem mais de dez anos de
fabricação ou se encontrarem gravados de ônus (art. 7º-A, DL n. 911/69);
07- Expeça-se certidão comprobatória do ajuizamento da presente execução, a teor do artigo 828 do
Novo Código de Processo Civil.
Servirá o presente por cópia digitada como mandado, na forma do Provimento nº 003/2009 da
Corregedoria da Regio Metropolitana de Belém.
INTIME-SE. Cumpra-se.
OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje/login.seam.
0023921-40.2013.8.14.0301
REQUERENTE: WALDELENE SAMPAIO LOUREIRO
INVENTARIADO: CARIVALDO DE ARAUJO LOUREIRO JUNIOR
DESPACHO
Vistos.
Intime-se a inventariante para que, no prazo de 30 (trinta) dias, apresente as últimas declarações e esboço
de partilha.
No mesmo prazo acima, deverá comprovar a desalienação fiduciária/gravame dos veículos arrolados nos
presentes autos junto à empresa Rodobens Administradora de Consórcios LTDA, bem como a realização
do distrato referente ao imóvel localizado no Estado do Ceará.
Após, conclusos.
Cumpra-se.
Belém, 18 de agosto de 2021.
0840402-64.2021.8.14.0301
REQUERENTE: REGINA CELIA DA COSTA AREAS
INVENTARIADO: ANTONIO JOSE DA COSTA AREAS
DECISÃO
Vistos.
Trata-se de Ação de Inventário ajuizada por REGINA CELIA DA COSTA AREAS em razão do falecimento
de seu filho ANTONIO JOSE DA COSTA AREAS.
Em relação ao pedido de justiça gratuita, resta prejudicado em face do recolhimento das custas iniciais
pela requerente.
Pois bem.
Parágrafo único. O requerimento será instruído com a certidão de óbito do autor da herança.
II - o herdeiro;
III - o legatário;
IV - o testamenteiro;
Assim, considerando que a própria genitora do falecido apontou na inicial que o mesmo vivia em união
estável com MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO CARDOSO LIMA, com base nos dispositivos
supracitados nomeio inventariante a companheira do de cujus, Sra. MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO
CARDOSO LIMA, que deverá prestar compromisso no prazo de 05 (cinco) dias e apresentar as primeiras
declarações, por termo, nos 20 (vinte) dias subseqüentes (art. 620 do CPC).
No mesmo prazo para apresentação das primeiras declarações, deverá comprovar os requisitos para
concessão da gratuidade processual.
Vindo as primeiras declarações e não havendo testamento deixado pelo de cujus, citem-se os
interessados, inclusive as Fazendas Públicas (art. 626 do CPC).
Concluídas as citações, as partes terão vistas dos autos, em cartório e pelo prazo comum de 15 (quinze)
dias, para se manifestarem sobre as primeiras declarações (art. 627 do CPC).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Servirá o presente por cópia digitada como mandado, na forma do Provimento nº 003/2009 da
Corregedoria da Região Metropolitana de Belém.
INTIME-SE. Cumpra-se.
DECISÃO/MANDADO
Vistos.
Defiro o pedido de inversão do ônus da prova, na forma do art. 6º, inciso VIII do CDC.
Analisando os autos, verifico que a parte autora requereu a concessão de tutela de urgência antecipada
para: 01- determinar ao Plano de Saúde réu que, no prazo de 05 (cinco) dias, autorize/forneça sessões de
fisioterapia com método THERASUIT de forma ininterrupta e todas no quantitativo solicitado pela médica
que acompanha a autora, sob pena de pagamento de multa diária (astreinte) no montante de R$ 3.000,00
(três mil reais), pelo descumprimento, sem prejuízo de outras medidas que julgar adequadas, como
medidas necessárias à preservação da vida e restabelecimento de sua saúde, independentemente da
exigência de quaisquer garantias; 2 – determinar ao Plano de saúde réu que preste o serviço
fisioterapêutico exigido na clinica INCLUIR ESPAÇO TERAPÊUTICO LTDA, chefiado pelas Staffs Dra.
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Éo breve relatório.
DECIDO.
Nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil - CPC, a tutela de urgência será concedida quando
houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo.
Compulsando os autos, entendo que a autora logrou êxito em demonstrar a presença da probabilidade do
direito, bem como do perigo de dano, a fim de autorizar a concessão da tutela antecipada pleiteada.
De fato, a autora comprova que é paciente diagnosticada com encefalopatia crônica não evoluta da
infância (Paralisia Cerebral (CID 10 – G80.0) e G40 (Epilepsia), que é beneficiária do plano de saúde réu,
bem como que há indicação médica para realização do tratamento específico conhecido na medicina
como Fisioterapia Neurológica Intensiva pelo Método Therasuit (documentos de ID. 30293125, 30293126,
30293127 e 30293128). Ademais, a autora anexou aos autos a negativas de cobertura do plano de saúde
pela ré, conforme documento de ID. 30293124, na qual se fez constar que o tratamento em comento não
está previsto no contrato, tampouco elencado no rol da ANS.
Ocorre que, em que pese a justificativa apresentada pela ré, não se pode negar a abusividade da
condutada adotada, uma vez que restringe obrigações inerentes à natureza do contrato, além de frustrar a
expectativa do contratante de ter plena assistência à sua saúde.
Destaco que a falta de previsão do procedimento médico solicitado no rol da ANS não representa exclusão
tácita da cobertura contratual.
PediaSuit, segundo o orçamento colacionado à fl. 79. O Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos
contratos de seguro, na medida em que se trata de relação de consumo, consoante traduz o artigo 3º, § 2º
do CDC e inteligência da Súmula 469 do STJ. No caso em comento, o agravante sustentou que a decisão
agravada não merece ser mantida, uma vez que o tratamento pleiteado possui custo elevado, contínuo,
sem qualquer comprovação científica de sua efetividade, bem como em virtude do contrato entabulado
entre os litigantes não estipular a cobertura contratual pretendida, pelo que, pugnou pela reforma da
decisão. Contudo, resta incontroversa a vigência do contrato de plano de saúde entretido pela partes, bem
como o inafastável perigo de dano irreparável ao paciente, uma vez que a ora agravada é portadora da
denominada "Síndrome da Duplicação 22q11.2", sob o CID nº Q92.8 e possui atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor. Ademais, o laudo médico (fl. 28) comprovou que é imprescindível que a recorrida receba
o tratamento objeto da demanda. A jurisprudência Superior se consolidou no sentido de que 'a exclusão de
cobertura de determinado procedimento médico ou hospitalar, quando essencial para garantir a saúde e,
em algumas vezes, a vida do segurado, vulnera a finalidade básica do contrato' (REsp 183.719/SP). Esse
entendimento deve ser conectado com o de que: a recusa do plano de saúde em autorizar o tratamento
solicitado por médico especializado para fins de tratamento de doença abrangida pelo contrato é conduta
abusiva. (AREsp 885907/PR). Por último, deve ficar claro que o plano de saúde pode estabelecer as
doenças que terão cobertura, mas não pode limitar o tipo de tratamento a ser utilizado pelo paciente.
Dessa forma, imperiosa a manutenção da decisão agravada, uma vez que a Juíza singular agiu com
irretocável acerto ao conceder o tratamento fisioterápico requerido. AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO.” (Agravo de Instrumento nº 70075713339, 6ª Câmara Cível do TJRS, Rel. Niwton Carpes
da Silva. j. 14.12.2017, DJe 18.12.2017).
Isto posto, DEFIRO O PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA, com base no art. 300 do CPC,
para determinar à ré que autorize, no prazo de 05 (cinco) dias, sessões de fisioterapia com método
THERASUIT de forma ininterrupta e todas no quantitativo solicitado pela médica que acompanha a autora.
Determino à ré, outrossim, que o serviço seja prestado junto à clínica INCLUIR ESPAÇO TERAPÊUTICO
LTDA.
Deixo de designar audiência de conciliação, tendo em vista a pandemia da COVID-19, o que não impede
que, a qualquer momento, as partes apresentem proposta de acordo nos autos.
Cite-se a ré para oferecer contestação no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data prevista
no art. 231 do CPC, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. Se não contestar,
presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pela parte autora (art. 344, CPC).
Intime-se o Ministério Público para se manifestar no prazo de 15 (quinze) dias (art. 178, inciso II do CPC).
A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-
CJRMB, de 22.01.2009.
OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje/login.seam.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
0836801-89.2017.8.14.0301
AUTOR: ALDO HENRIQUE RISUENHO GARCIA
REU: DOC BRASIL COMERCIO E SERVICOS DE INFORMATICA LTDA - ME, JOAO DE JESUS
ANTUNES MORAES
DESPACHO
Vistos.
Indefiro o pedido de tutela provisória de urgência de itens "e", "f" e "g" da petição de ID. 22296612 - Pág.
18, por ausência dos requisitos legais.
Indefiro, outrossim, o pedido de decretação de sigilo processual da petição de ID. 22296612, haja vista o
indeferimento dos pedidos acima e, ainda, porque o caso não se enquadra em nenhuma das hipóteses
legais que o autorizam.
Cumpra-se integralmente o despacho de ID. 24765069.
Intime-se.
Processo nº 0808007-53.2020.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Ressalto que a audiência ocorrerá por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais desta 7ª
Vara Cível, cujo endereço eletrônico é:
h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
join/19%3ameeting_YTMyMzVjZTQtM2Q3NC00YjMyLWExNDQtMTkzMmNmYjVjMmI5%40thread.v2/0?co
n t e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%2276c5313c-2846-4b7b-8658-8a6da41f8708%22%7d
Cumpra-se.
Processo nº 0847536-16.2019.8.14.0301
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DESPACHO
Vistos.
INTIME-SE a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestar-se sobre a contestação, nos
termos do art. 350 do CPC.
Cumpra-se.
Vistos.
Concedo à autora o prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento das seguintes diligências:
01- Junte aos autos declaração de inexistência de bens a inventariar em nome do falecido, nos termos do
art. 4º do Decreto nº 85.845/81, exarando expressamente que tal declaração é feita sob as penas da lei,
ciente de que em caso de falsidade, o declarante ficará sujeito às sanções legais previstas no Código
Penal;
02- A certidão de óbito do falecido aponta a existência de filhos. Deverá, portanto, a parte autora juntar
termo de renúncia dos demais herdeiros ou deverá indicar e qualificar os demais herdeiros para fins de
citação;
03- Junte aos autos Certidão do Órgão Previdenciário, ao qual o falecido era vinculado, contendo a
relação dos dependentes habilitados à pensão por morte daquele, ou certidão negativa, se inexiste tais
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dependentes;
A 2ª UPJ para expedir ofício à CAIXA ECONÔMICA FEDERAL a fim de que informe, no prazo de 15
(quinze) dias, sobre a existência de valores de titularidade do falecido a título de PIS/FGTS.
Intime-se. Cumpra-se.
Processo nº0846632-25.2021.8.14.0301
DESPACHO/MANDADO
Vistos.
Deixo de designar audiência de conciliação, tendo em vista a pandemia da COVID-19, o que não impede
que, a qualquer momento, as partes apresentem proposta de acordo nos autos.
Cite-se o réu para oferecer contestação no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data
prevista no art. 231 do CPC, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. Se não
contestar, presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pela parte autora (art. 344, CPC).
No mesmo prazo acima, deverá a parte ré exibir em Juízo os seguintes documentos: 1. a cópia da apólice
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
securitária do seguro pessoal contratado pelo autor ; 2. a cópia do contrato securitário; 3. a cópia do
processo administrativo de pagamento das indenizações securitárias , tudo sob pena de serem admitidos
como verdadeiros os fatos alegados na inicial, nos termos do art. 400, inciso I do CPC.
A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-
CJRMB, de 22.01.2009.
0809131-37.2021.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
1155
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Expeça-se ofício ao BANPARÁ para que, no prazo de 15 (quinze) dias, informe quanto à existência de
valores em contas bancárias de titularidade do falecido.
Após, intimem-se os requerentes para que se manifestem sobre a resposta do ofício no prazo de 15
(quinze) dias.
Intime-se. Cumpra-se.
Processo nº 0846733-96.2020.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Assim, uma vez cancelada a audiência de conciliação, por conta do princípio da razoável duração do
processo e a fim de que não haja prejuízo às partes, deve a parte ré apresentar contestação no prazo de
15 (quinze) dias, ressalvando que, conforme dispõe o art. 139, V/CPC, poderão as partes a qualquer
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ATO ORDINATÓRIO
PROCESSO: 0803982-60.2021.8.14.0301
Manifeste-se a parte INTERESSADA no prazo de 5 (cinco) dias sobre o alvará juntado em evento de ID
31583357, requerendo o que entender pertinente. (Prov.06/2006 da CJRMB).
__________________________________________
PINHEIRO SILVA DOS REIS Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI HEINRIKUS REIS PANATTO
OAB: 24313/PA Participação: REQUERENTE Nome: RAUL PINHEIRO SILVA Participação: ADVOGADO
Nome: GIOVANNI HEINRIKUS REIS PANATTO OAB: 24313/PA Participação: REQUERENTE Nome:
REGINALDO PINHEIRO SILVA Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI HEINRIKUS REIS
PANATTO OAB: 24313/PA Participação: REQUERENTE Nome: ROBERTO PINHEIRO SILVA
Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI HEINRIKUS REIS PANATTO OAB: 24313/PA Participação:
REQUERENTE Nome: RONALDO PINHEIRO SILVA Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI
HEINRIKUS REIS PANATTO OAB: 24313/PA Participação: REQUERENTE Nome: ROSALIA SILVA
RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI HEINRIKUS REIS PANATTO OAB: 24313/PA
Participação: REQUERENTE Nome: RUI PINHEIRO SILVA Participação: REQUERIDO Nome: BANCO
DO ESTADO DO PARÁ - SA
ATO ORDINATÓRIO
PROCESSO: 0840241-88.2020.8.14.0301
REQUERENTE: ROSANGELA PINHEIRO SILVA DOS REIS, RAUL PINHEIRO SILVA, REGINALDO
PINHEIRO SILVA, ROBERTO PINHEIRO SILVA, RONALDO PINHEIRO SILVA, ROSALIA SILVA
RIBEIRO, RUI PINHEIRO SILVA
Manifeste-se a parte INTERESSADA no prazo de 5 (cinco) dias acerca do alvará juntado em evento de ID
31584935, requerendo o que entender pertinente. (Prov.06/2006 da CJRMB).
__________________________________________
0810576-90.2021.8.14.0301
REPRESENTANTE: ANALIA MARIA DE OLIVEIRA
REQUERIDO: BANCO BRADESCO SA
DECISÃO
Vistos.
Defiro o pedido de inversão do ônus da prova, com base no art. 6º, inciso VIII do CDC.
Rejeito de plano a IMPUGNAÇÃO À EXECUÇÃO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO de ID.
29533922, uma vez que os valores bloqueados via SISBAJUD de ID. 28622065 não correspondem à
aplicação de astreintes, mas sim do próprio valor descrito na exordial e que é objeto de discussão na
presente ação.
Proceda-se à transferência do valor em comento para conta judicial, devendo permanecer depositado em
Juízo até decisão ulterior.
Intimem-se as partes para que especifiquem as provas que ainda pretendem produzir em eventual
audiência de instrução e julgamento. E ainda, caso requeiram prova pericial, tal pedido deve ser
específico, esclarecendo ao Juízo o tipo e o objeto da perícia, apresentando, também, os quesitos a serem
respondidos pela perícia técnica.
Após, voltem-me os autos conclusos para fixação de pontos controvertidos, saneamento e designação de
audiência de instrução e julgamento, ou ainda, julgamento antecipado da lide.
Concedo o prazo comum de 10 (dez) dias para a manifestação das partes.
Cumpra-se.
Belém, 17 de agosto de 2021.
DESPACHO/MANDADO
Vistos.
Defiro o pedido de tramitação prioritária, na forma do art. 1.048, inciso I do CPC.
01- Intimem-se as partes executadas, pessoalmente, via diário de justiça, para pagarem o valor
discriminado na planilha de débito apresentada, no prazo de 15 (quinze) dias, na forma do art. 523 do
CPC;
02- Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo de 15 (quinze) dias, o valor será acrescido de multa de
10% (dez por cento), bem como de honorários advocatícios de 10% (dez por cento);
03- Ocorrendo o pagamento parcial no prazo, a multa e os honorários advocatícios incidirão sobre o
restante não pago;
04- Transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, ficam desde logo cientes as partes executadas do
início do prazo de 15 (quinze) dias para, independentemente de penhora ou nova intimação,
apresentarem, nos próprios autos, sua impugnação, querendo;
05- Expeça-se certidão de ajuizamento da presente execução para inscrição de penhoras no Cartório de
Registro de Imóveis, veículos ou outros bens ( CPC, art. 828);
06- Cumpra-se.
Servirá o presente por cópia digitada como mandado, na forma do Provimento nº 003/2009 da
Corregedoria da Região Metropolitana de Belém.
Belém, 18 de agosto de 2021.
OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje/login.seam.
0810918-72.2019.8.14.0301
REQUERENTE: JOSE DA SILVA NEVES
REQUERIDO: URBANA ENGENHARIA LTDA
DECISÃO
Vistos.
Analisados, verifico que a agravante não apresentou qualquer novo argumento capaz de alterar a
convicção do Juízo quanto às razões expendidas na decisão agravada, motivo pelo qual mantenho a
decisão em todos os seus termos.
Antes de apreciar os pedidos de ID. 28481713 e 30776925, relativamente à penhora online via SISBAJUD,
intime-se o exequente para se manifestar, no prazo de 15 (quinze) dias, sobre a petição de ID. 27914409,
especificamente sobre a indicação de bens à penhora.
No mesmo prazo acima, deverá a executada apresentar manifestação sobre os cálculos do contador do
Juízo de ID. 30703798.
Intime-se. Cumpra-se.
Processo nº 0816677-51.2018.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Após, conclusos.
Processo nº 0828225-68.2021.8.14.0301
DECISÃO / MANDADO
Vistos.
1162
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Nos termos do art. 3º do Decreto-Lei nº 911/69, o autor comprovou a mora do devedor, conforme
documento ID. 26866446, constante nos autos.
Isto posto, DEFIRO liminarmente a medida de busca e apreensão do seguinte bem e de seus
respectivos documentos: automóvel MARCA/MODELO CHEVROLET, modelo CLASSIC/ CLASSIC LS,
chassi nº8AGSU1920GR134955, ano de fabricação 2015 e modelo 2016, cor BRANCA, placa
QEA6621,renavam 1077176659, como descrito na petição inicial.
Por ora, nomeio depositária fiel do bem o Banco Autor ou seu representante indicado na inicial.
Lavre-se o termo de compromisso de depositário fiel dos bens.
Cite-se o réu para, querendo, em 05 (cinco) dias, pagar a INTEGRALIDADE da dívida, segundo os
valores apresentados pelo credor fiduciário, hipótese em que o bem lhe será restituído livre de ônus.
Decorrido o mencionado prazo sem prova do pagamento, a propriedade do bem será consolidada em
nome do credor.
No caso de pagamento, condeno o réu ao pagamento das custas e honorários advocatícios que
arbitro em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa.
Caso frustradas as tentativas de localização do bem alienado em garantia, intime-se a parte autora,
para querendo, requerer a conversão do feito em ação executiva, no prazo de 05 (cinco) dias.
Servirá o presente por cópia digitada como mandado, na forma do Provimento nº 003/2009 da
Corregedoria da Região Metropolitana de Belém.
Retire-se o segredo de justiça, uma vez que o caso não se enquadra em nenhuma das hipóteses legais.
Intime-se.
Processo nº 0807131-35.2019.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Diante da expressa manifestação das partes, designo audiência de conciliação para o dia 11.11.2021 às
9h30.
Ressalto que a referida audiência se dará por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais
desta 7ª Vara Cível, cujo endereço eletrônico é:
h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
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b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%2276c5313c-2846-4b7b-8658-8a6da41f8708%22%7d
Intimem-se as partes.
Cumpra-se.
0825129-45.2021.8.14.0301
REQUERENTE: BANCO TOYOTA DO BRASIL S.A.
REQUERIDO: MARIA DE NAZARE RIBEIRO PIO
DESPACHO
Vistos.
INTIME-SE a parte exequente para que emende a inicial no prazo de 15 (quinze) dias, devendo depositar
em Secretaria o original do título que embasa a presente execução, sob pena de indeferimento da inicial,
nos termos do art. 321, parágrafo único do CPC.
Com o referido depósito, certifique-se, devendo o título executivo permanecer arquivado em pasta própria
até decisão ulterior.
Cumpra-se.
[Rescisão / Resolução]
AUTOR: SINDIFISCO NACIONAL - SIND. NAC. DOS AUD. FISCAIS DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Tendo em vista a pesquisa de ID 22488260, manifeste-se o autor sobre o endereço a ser realizada a
citação. (Prov. 006/2006 da CJRMB).
__________________________________________
ATO ORDINATÓRIO
Intime-se o autor para que proceda o recolhimento das custas referentes à diligência do Oficial de Justiça
– Busca e Apreensão de veículos, tendo em vista que as custas recolhidas até a presente data não
correspondem a referida diligência.
__________________________________________
Processo nº 0838950-58.2017.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Tendo em vista a não realização da audiência de conciliação agendada nestes autos para o dia
17.03.2021, redesigno a mesma para o dia 10.11.2021 às 9h30.
Ressalto que a mesma se dará por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais desta 7ª Vara
Cível, cujo endereço eletrônico é:
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Intimem-se as partes.
Processo nº 0821675-28.2019.8.14.0301
REU: ITAU UNIBANCO S.A., BANCO CETELEM S.A., BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SA, BANCO DO BRASIL SA, BANCO BMG SA
DESPACHO
Vistos.
Diante das razões expostas pela parte autora em petição ID 31141981, acolho o requerimento formulado e
redesigno a audiência de instrução para o dia 09.11.2021 às 10h.
Ressalto que a audiência ocorrerá por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais desta 7ª
Vara Cível e Empresarial, cujo endereço eletrônico é:
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Advirto as partes de que, com exceção destas e dos seus respectivos advogados, as testemunhas
deverão comparecer presencialmente em juízo, independentemente de intimação.
Cumpra-se.
Processo nº 0826267-47.2021.8.14.0301
REQUERIDO: SOCORRO
DESPACHO
Vistos.
Após a análise dos autos, verifiquei que a parte ré não fora devidamente citada, e, por esta razão,
redesigno a audiência de justificação prévia para o dia 21.09.2021 às 10h.
Ressalto que a referida audiência ocorrerá por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais
desta 7ª Vara Cível e Empresarial, cujo endereço eletrônico é:
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Intimem-se e cite-se.
Cumpra-se.
0822710-23.2019.8.14.0301
DESPACHO
Vistos.
Analisando os autos, verifico que a empresa ré foi devidamente citada, conforme AR de ID. 20622241.
Assim sendo, intime-se a ré para que ofereça contestação, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
revelia.
Após, conclusos.
Cumpra-se.
ATO ORDINATÓRIO
PROCESSO: 0834646-74.2021.8.14.0301
Sirvo-me do presente para intimar a parte requerente para que, no prazo de 5 (cinco) dias, efetue o
recolhimento das custas iniciais, conforme certidão juntada pela UNAJ em evento de ID 30035787.
(Prov.06/2006 da CJRMB).
__________________________________________
ADVOGADO Nome: IGOR COSME QUEIROZ MARTINS OAB: 016124/PA Participação: ADVOGADO
Nome: CAMILY ANNE TRINDADE DOS SANTOS OAB: 012725/PA Participação: AUTORIDADE Nome:
FAZENDA NACIONAL NO ESTADO DO PARÁ Participação: AUTORIDADE Nome: ESTADO DO PARA
Participação: AUTORIDADE Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM
ALVARÁ JUDICIAL
PROC. nº 0825297-18.2019.814.0301
FINALIDADE: AUTORIZAÇÃO em favor de Kay Dione Carrilho Bentes Donis Romero, Perita
Contadora, legalmente habilitada (CRC/PA nº 6.324), INVENTARIANTE JUDICIAL, para VENDA
em relação ao imóvel localizado na Rua Jerônimo Pimentel, nº 674, cidade de Belém, Estado do Pará.
ATO ORDINATÓRIO
Nos termos do §3 do art. 10 da lei 8328/2015, intimo a parte autora para que proceda, no prazo de 15
(quinze) dias (Art. 290 NCPC), o recolhimento de custas iniciais, o fazendo nos moldes do §1º do art. 9º
da referida lei (Relatório+Boleto+Comprovante pagamento), sob pena de cancelamento da distribuição.
(Art. 1º, § 2º, I do Prov.06/2006 da CJRMB)
_______________________________________________
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Processo: 0826955-09.2021.8.14.0301
Indefiro o pedido de petição retro, pois o requerente não indica/informa especificamente sobre quais
veículos deve recair o pedido para ofício do DETRAN para suspensão do gravame para se proceder o
referido licenciamento.
Após realizada a diligência acima informada, retornem os autos para análise do pedido do ofício de ID.
28873899, quando o requerente acostar informações detalhadas dos veículos.
Cumpra-se.
Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
FEIO GAMA Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANA SERRAO PANTOJA OAB: 24366/PA
Participação: ADVOGADO Nome: MARIA DEMIA FROTA DE AGUIAR OAB: 23214/PA Participação:
INVENTARIADO Nome: MANOEL GAMA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
PROCESSO: 0867628-15.2019.8.14.0301
Homologo para que produza seus efeitos jurídicos e legais o plano de partilha amigável apresentado às fls.
retro, uma vez que todas as exigências foram cumpridas.
Assim, homologo, por sentença, o referido plano, conforme o artigo 487, inciso III c/c art. 657, ambos
do Código de Processo Civil, e julgo extinto o processo com resolução de mérito, nos termos dos
artigos previamente mencionados.
Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
OCUPANTES DO IMÓVEL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Processo: 0855132-51.2019.8.14.0301
Vistos etc.
Trata-se de Ação de Reintegração de Posse de bem imóvel proposta por RAYSSA GABRIELLE
BAGLIOLI DAMMSKI em desfavor dos ATUAIS OCUPANTES DO IMÓVEL objeto da presente demanda.
Alega a autora que adquiriu a propriedade do imóvel unidade Rua Rodolfo Chermont, nº 236, entre a
Avenida Tavares Bastos e o canal São Joaquim, Edifício, “Coaraci”, integrante do empreendimento
denominado “Reserva Ibiapaba”, apartamento nº 805, Bairro Marambaia, Belém/PA, mediante compra
feita através de leilão público realizado pelo BANCO SANTANDER BRASIL S.A, que inclusive outorgou a
competente escritura em favor da peticionante a qual foi devidamente registrada matricula nº 54.410, ficha
02 do 1º Registro de Imóveis de Belém.
Autos conclusos.
É o relatório.
Decido.
A ausência de contestação faz nascer a presunção de veracidade dos fatos alegados pela autora. Assim,
faz nascer à presunção de veracidade dos fatos alegados pela autora, nos termos 344 do CPC. Por
consequência, o feito comporta julgamento antecipado nos termos do art. 355, II, do CPC. Demandado
para contestar a parte requerido quedou-se inerte, assim, decreto a revelia nos fundamentos aqui
informados.
Com efeito, a autora trouxe documento idôneo comprovando a propriedade, mais especificamente a
escritura acostada em ID. 13425667 e o inteiro teor da certidão cartorária acostada em ID. 13425666.
A reintegração de posse é o remédio processual adequado à restituição da posse àquele que a tenha
perdido em razão de um esbulho, sendo privado de seu poder físico sobre a coisa. Não é suficiente o
incômodo; essencial é que a agressão provoque a perda da possibilidade de controle e atuação material
no bem antes possuído, uma vez que nos termos do art. 926 do CPC: “o possuidor tem o direito de ser
mantido na posse em caso de turbação e reintegrado no caso de esbulho.”
O direito do possuidor de defender a sua posse contra terceiros é uma consequência jurídico produzida
pela necessidade geral de respeito a uma situação fática consolidada.
1175
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
O esbulho se caracteriza em situações em que a posse é subtraída por qualquer dos vícios objetivos,
enumerados no art. 1200 do Código Civil, quais sejam: a violência, precariedade e clandestinidade.
No caso em análise entendo que há precariedade na posse do réu, o que justifica legitimidade do autor
para intentar pedido de reintegração de posse, já que a ação se quer foi contestada em face da revelia da
parte ré.
ANTE O EXPOSTO, julgo PROCEDENTE o pedido de reintegração de posse, extinguindo o feito com
resolução do mérito, devendo o bem ser restituído definitivamente à requerente, nos termos da inicial.
Considerando o caráter dúplice das ações possessórias, expeça-se mandado de reintegração definitiva de
posse do bem objeto da presente lide em favor dos demandantes.
Fique desde já autorizada, se necessário, o arrombamento do imóvel bem como o uso da força policial,
expedindo-se ofício para o Comando da Polícia Militar.
Condeno ainda os réus o pagamento dos impostos, taxas e quaisquer outros encargos que recaiam ou
venham a recair sobre o imóvel durante a ocupação precária, cuja posse tenha sido transferida para o
fiduciário, ,até a data em que o fiduciário vier a ser imitido na posse; bem como da taxa de ocupação no
valor de R$ 3.200,00 (três mil e duzentos reais) por mês de ocupação, adotando-se como base o valor
indicado na matrícula do imóvel, a incidir desde do mês de ocupação indevido da propriedade
(setembro/2019), considerando que o autor é sub-rogatório de todos os direitos do BANCO SANTANDER
BRASIL S.A sobre o imóvel.
Por fim, condeno o réu no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que, com amparo
no art. 82 §2 e 85, do CPC, arbitro em 10% do valor líquido da condenação.
P.R.I.C.
Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Processo: 0841517-23.2021.8.14.0301
Vistos etc.
O autor sustenta que concedeu o requerido financiamento para aquisição do veículo descrito da inicial,
que deveria ser pago na forma e condições contratualmente estabelecidas, as quais não estão sendo
cumpridas pela ré, tendo sido notificada extrajudicialmente.
É o relatório. Decido.
O art. 3º do DL 911/69 impõe a concessão da liminar diante da mora, cuja prova se faz pela notificação
(art. 2º § 2º), juntada aos autos pelo requerente e enviada para o endereço da parte requerida, o que se
mostra suficiente (RECURSO ESPECIAL Nº 897.593 – SP e AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 752.529
– RS).
Assim defiro a liminar e determino a busca e apreensão do veículo, que deve ser depositado com o
representante legal do requerente ou quem por ele for indicado por escrito.
No prazo de 5 (cinco) dias depois de executada a liminar a requerida “poderá pagar a integralidade da
dívida pendente, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na
qual o bem lhe será restituído livre do ônus”.
A cópia desta decisão servirá como mandado de citação e intimação, nos termos do Provimento
n.º03/2009-CJRMB, de 22.01.2009.
1177
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Expeça-se o necessário.
Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Processo: 0852719-31.2020.8.14.0301
Nomeio para realizar a perícia o Doutor Manoel Gionovaldo Freire Lourenço, Fisioterapeuta,
CREFITO/nº 8205, com endereço à Av. Visconde de Ihaúma, nº 1847, Pedreira, CEP 66.087-640,
Belém/Pará, com telefones para contato com números 3355-0798 e 98819-7519, seguindo as
determinações abaixo:
a) a) Intime-se o perito, para informar, no prazo de 5 (cinco) dias, se aceita do encargo. Considerando que
a autora é beneficiária da assistência judiciária gratuita, na forma da Lei 1.060/1950, a presente diligência
será paga pelo Tribunal de Justiça nos termos do Art. 3º do Provimento Conjunto nº.
010/2016/CJRMB/CJCI.
b) Após o aceite do perito, intimem as partes, para, querendo, indicar assistentes técnicos e formular os
quesitos, em 15 (quinze) dias consoante o art. 465, §1º, II e III, do CPC;
d) O Sr. Perito deverá realizar o exame pericial atentando-se aos quesitos a serem especificados pelas
partes e cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de
compromisso;
1178
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
e) Fixo o prazo de 30 (trinta) dias para que a Sr. Perito apresente o laudo pericial;
f) Autorizo o pagamento dos 50% honorários em favor do Sr. Perito no início dos trabalhos, a serem
liberados por alvará judicial, tendo em vista as despesas iniciais para a confecção do laudo, devendo o
remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos
necessários conforme art. 465, §4º, do CPC;
f) Após a apresentação do laudo, intimem-se as partes para, querendo, se manifestarem no prazo comum
de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu
respectivo parecer nos termos do art. 477, §1º do CPC.
Expeça-se o necessário.
Intimar e cumprir.
Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Processo: 0846716-26.2021.8.14.0301
RÉU:
Antes de apreciar o feito, intime-se a autora para emendar a inicial, no prazo de 15 (quinze) dias, juntando
aos autos os documentos necessários para instruir a demanda, como a certidão de óbito do de cujus, bem
como Certidão de Inexistência de Dependentes do de cujus habilitados junto à Previdência Social e
declaração de Inexistência de Bens a inventariar em nome do falecido; sob pena do indeferimento da
inicial e consequente extinção do feito sem resolução do mérito.
Intime-se, cumpra-se.
Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Processo: 0827191-97.2017.8.14.0301
Cuida-se de pedido que objetiva a devolução imediata das prestações pagas, com correção monetária,
alegando a autora que firmou com a requerida uma proposta de adesão de nº 187982, na qual adquiriu
uma Carta Crédito no valor de R$ 170.000,00 (cento e setenta mil) reais para compra um caminhão dando
uma entrada via depósito no valor de R$ 7.400,00 (sete mil e quatrocentos) reais. Informa que um dos
funcionários da empresa lhe garantiu que a carta de crédito seria liberada. Alega que lhe informaram que
iria ser restituído todos os valores caso não recebesse a carta de crédito e, como não saiu, o autor pleiteou
a rescisão do contrato com a restituição dos valores.
Devidamente citado, o réu contestou conforme. Em resposta, a Administradora reclamada veio noticiar que
1180
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
a requerente celebrou por meio de adesão contrato de consórcio e pagou R$ 7.444,47 (sete mil
quatrocentos e quarenta e quatro reais e quarenta e sete centavos), alega que a mesma adquiriu uma cota
de consórcio registrada sob o nº 499, do grupo 1115, que previa taxa de administração de 15% e multa.
Informa ainda que o grupo ao qual foi alocada encerrará suas atividades em 24 de fevereiro de 2022,
quando efetivamente terá direito ao reembolso acaso não seja sorteada até esta data, como determina a
lei.
É o relatório.
DECIDO.
Da Relação de Consumo
A relação entre as partes é de consumo. Para que não paire dúvidas sobre a relação jurídica entabulada
entre as partes, assim é necessária a inversão do ônus da prova, nos termos do inciso VIII do artigo 6° do
Código de Proteção e Defesa do Consumidor. Assim sendo, estamos diante de um caso típico do Direito
do Consumidor, imputando-se, pelos documentos acostados aos autos, a referida inversão.
Estamos diante de uma possível falha na prestação do serviço que gerou um dano ao consumidor. Assim,
há de perseguir a questão da responsabilidade civil na seara consumerista. Inescusável que o quadro
fático traz à tona falha na prestação do serviço de consórcio. E, como já esclarecido que a relação jurídica
entabulada entre as partes é de consumo, o Código de Defesa do Consumidor é aplicável à espécie,
abrindo-se, no caso, também por esse ângulo, a responsabilidade objetiva da ré.
Do Mérito
A natureza da ação já se encontra com entendimento pacificado por este juízo. Do que se depreende da
leitura dos autos, o autor desistiu unilateralmente do contrato e quer sua restituição do investimento inicial
suportado. Importante observar as alterações trazidas ao sistema de consórcios pela Lei nº 11.795/2008,
tendo sido instituída pelo art. 30 da referida norma a obrigação de a Administradora de Consórcio efetuar a
contemplação por sorteio do saldo relativo às quantias pagas pelo consorciado que se retira do grupo ao
Fundo Comum e ao Fundo de Reserva, apuradas na data da respectiva Assembleia Geral Ordinária de
Contemplação, corrigido pelo rendimento da aplicação financeira a que estão sujeitos os recursos dos
consorciados. O grupo de consórcio que o reclamante integrou já está sob a vigência da nova lei, razão
pela qual a devolução dos valores pagos ao Fundo Comum e ao Fundo de Reserva não poderá ser
antecipada, mas somente através dos sorteios mensais, já que os demais consorciados não poderão arcar
com os prejuízos causados ao grupo pela desistência e exclusão do Reclamante.
O Reclamante aderiu, segundo documento acostado em ID. 7484248 pela requerida, ao Grupo 115 em 21
de dezembro de 2015, quando já em vigor a lei nº 11.795/2008, ou seja, submetendo-se, portanto, a ela a
conclusão a ser prolatada nestes autos. Importante frisar que sendo um contrato tipicamente de adesão,
há de se levar em conta a livre e espontânea vontade do aderente em aceitar o pactuado, só podendo ser
afastado o pacto em caso de vício de vontade, em casos de nulidade contratual e flagrante abusividade de
suas cláusulas, o que não é o caso aqui analisado.
Pela nova lei dos consórcios, somente se dará por sorteio a devolução ao consorciado desistente dos
valores pagos ao Fundo Comum e ao Fundo de Reserva, combinando-se o art. 30 com o art. 22 e seu
parágrafo 2º, que dizem:
1181
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Artigo 30 - O consorciado excluído não contemplado terá direito à restituição da importância paga ao
fundo comum do grupo, cujo valor deve ser calculado com base no percentual amortizado do valor do bem
ou serviço vigente na data da assembleia de contemplação, acrescido dos rendimentos da aplicação
financeira a que estão sujeitos os recursos dos consorciados enquanto não utilizados pelo participante, na
forma do artigo 24, §1º.
Art. 22. A contemplação é a atribuição a consorciado do crédito para a aquisição de bem ou serviço, bem
como, para a restituição das parcelas pagas, no caso dos consorciados excluídos, nos termos do art. 30.
(...)
§ 2º. Somente concorrerá à contemplação o consorciado ativo, de que trata o art. 21, e os excluídos, para
efeito de restituição dos valores pagos, na forma do art. 30.
Temos que, no domínio da lei anterior, algumas decisões divergentes diziam que a cláusula
contratual que contivesse a previsão de devolução das prestações pagas pelo consorciado
somente após o término do grupo colocaria o consumidor em desvantagem exagerada, afigurando-
se nula de pleno direito, nos termos do art. 51, IV, e § 1º, do CDC, vez que o seu cumprimento
causaria enriquecimento sem causa da administradora.
Enunciado 109 - É absurda a cláusula que prevê a devolução das parcelas pagas à administradora
de consórcio somente após o encerramento do grupo. A devolução deve ser imediata, os valores
atualizados desde os respectivos desembolsos e os juros de mora computados desde a citação
(aprovado no XIX Encontro Aracaju/SE).
No entanto, para os grupos formados até 05/02/2009, o STJ pacificou a questão, dizendo ser
entendimento assente na Corte que, em caso de desistência do plano de consórcio, a restituição
das parcelas pagas pelo participante far-se-á de forma corrigida, porém não de imediato, e sim em
até 30 dias a contar do prazo previsto contratualmente para o encerramento do grupo
correspondente.
Por força do exposto, nenhum pedido do autor merece prosperar, nem a tentativa dos danos
morais, uma vez que, por força de lei, não há abusividade e nem ilegalidade diante do pactuado
entre as partes e da postura da ré em ter que devolver de imediato as parcelas pagas somente após
o respectivo sorteio como já fundamentado alhures.
Do Dispositivo
PELO EXPOSTO e pelo mais que dos autos consta, JULGO IMPROCEDENTE o pedido, extinguindo
o processo com resolução do mérito com base no art. 487, I, do CPC/2015.
Por fim, condeno o autor a pagar as custas processuais e aos advogados dos réus honorários
advocatícios que fixo em 10% sobre o valor da causa, tudo concernente à Seção III do Código de
Processo Civil. No entanto, tais obrigações ficarão sob condição suspensiva da exigibilidade e somente
poderão ser executadas, se nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão, ambos
demonstrarem que deixou de existir, em relação a parte contrária, a situação de insuficiência de recursos,
conforme o §3º do art. 98, do CPC.
1182
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
P. R. I. C
Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Processo: 0819478-32.2021.8.14.0301
Os presentes autos não se coadunam com o rito do Arrolamento que é regulado a partir do art.
1031 do CPC e a dispensa do compromisso está contida no art. 1036 do mesmo estatuto processual.
Assim, sendo uma Ação de Inventário pelo rito ordinário, não há como se dispensar o compromisso afeto
ao regular andamento do feito.
Neste sentido, tendo em vista que a inventariante está impossibilitada de assinar pessoalmente o
termo de compromisso pela sua condição de risco frente à pandemia de Covid-19 que assola o país e/ou
por estar residindo município distante desta Comarca, determino que o referido termo possa ser assinado
1183
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
pelo patrono com poderes especiais para tanto, isso porque o inventariante tem 05 (cinco) dias para
prestar esse compromisso quando convocado pelo juiz, podendo ser assinado pelo advogado do
inventariante desde que exista procuração com poderes específicos para isso.
Intimar e cumprir.
Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Processo: 0846946-05.2020.8.14.0301
O autor alega que firmou com o requerido três cédulas rurais pignoratícias e hipotecárias, juntas,
totalizando R$ 521.003,74 (quinhentos e vinte e um mil, três reais e setenta e quatro centavos). Alega que
garantia do Penhor e Hipoteca Cedular das três Cédulas Rurais Pignoratícias e Hipotecárias é o imóvel
registrado sob o nº R-02, matrícula 6.967 no livro 2 Registro Geral e sob o nº R-1/2.567, no livro 3,
Registro Auxiliar, no Cartório do Único Ofício de Rondon do Pará/PA. Por fim, informa que pela situação
pandêmica, teve diminuição de sua força econômica.
Além de outras arguições, pleiteou tutela antecipada para sustar a cobrança e a execução das garantias
afetas às cédulas, oferecendo dação em pagamento.
Juntou documentos.
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É o relatório.
DECIDO.
Assim, pode o magistrado, conceder a tutela requerida, nos termos do art. 300, §2º do CPC, quando
encontra os requisitos ensejadores e justificadores para a concessão da medida pleiteada.
No caso em tela, os elementos acima citados parecem estar presentes, de forma a ser alcançado em juízo
sumário e preliminar, de modo que este juízo se convença da necessidade e utilidade da medida de
urgência. O pedido da autora demonstra um risco de grave dano de difícil reparação, pois pede sustação
de protesto da cédula hipotecária indicada na exordial que, se feita, poderá trazer prejuízos comerciais
imensuráveis ao autor. Como o mesmo está oferecendo dação em pagamento e assume o débito perante
a requerida, por uma questão de humanidade em face do período pandêmico que enfrentamos, entendo
prudente deferir a medida de urgência, pelo menos até o requerido aceitar ou não a dação oferecida.
O pedido que justifica a tutela de urgência, salvo melhor juízo, deveria vir demonstrando a existência dos
requisitos para concessão da medida, aqueles definidos nos artigos acima mencionado. Nesse sentido,
quer o autor nesta sede de tutela de urgência, uma obrigação de fazer que entendo ser, a priori, inofensiva
para ambas as partes. O direito alegado, embora só possa ser apreciado após a instrução processual,
garantido o devido processo legal, com a ampla defesa e o contraditório, pode ter seus efeitos antecipados
em face da natureza prestacional da demanda.
Não se trata, como sabido de antecipação de julgamento de mérito, mas de mera concessão da tutela,
podendo ser revogada a qualquer tempo se, o requerido, entender não aceitar a proposta do requerente
de dação em pagamento.
Assim sendo, defiro, a priori, o pedido de tutela de urgência requerida para determinar que a
demandada não realize o protesto da Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária de nº 40/01243-3, bem
como não realize a inscrição do nome do Requerente nos cadastros de proteção ao crédito (SERASE,
SPC, CADIN), enquanto durar a presente demanda ou até que seja analisada a sua resposta.
Ademais, cite-se o réu para apresentar suas manifestações, inclusive sobre a proposta de dação, nos
termos da inicial no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de revelia nos termos da legislação processual.
Por fim, ainda que a autora já tenha se mostrado favorável ou não neste sentido, para evitar uma
infrutífera audiência conciliatória, protelando o processo, ainda mais tendo em conta a situação
excepcional de Pandemia de COVID-19 que assola o mundo e o Estado, informem as requeridas desde já
se possuem interesse na conciliação no prazo de 05 (cinco) dias, se assim ambas optarem, fiquem
cientes de que o prazo da contestação será aberto da data da realização da respectiva audiência.
A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-
CJRMB, de 22.01.2009.
Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Processo: 0856604-53.2020.8.14.0301
Vistos.
Inicialmente, ante a declaração de hipossuficiência firmada pela parte autora e por não haver nos autos,
até então, elementos que a contrarie, CONCEDO-LHE OS BENEFÍCIOS DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
, conforme artigo 98 e seguintes do CPC, e, desde já, a ADVIRTO da penalidade prevista no parágrafo
único do artigo 100 do referido diploma legal.
Assim sendo:
2. Recebo os presentes embargos, a priori, sem efeito suspensivo, por não vislumbrar perigo de dano
premente ou de difícil reparação ao embargante neste momento.
3. Abra-se vista destes autos à parte Embargada para manifestação no prazo de 15 (quinze) dias, ex vi
do disposto no artigo 920, I, do Código de Processo Civil.
Intime-se. Cumpra-se.
Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Processo: 0852475-05.2020.8.14.0301
Vistos etc.
Trata-se de AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO C/C COBRANÇA DE ALUGUÉIS COM
PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA EM CARÁTER LIMINAR com pedido LIMINAR movida por
GISLANCIA PONTE FRANCES BRITO em face de ANGELO OLIVEIRA NUNES e MARILIA GABRIELA
DE FÁTIMA DO AMARAL MACHADO.
Afirma a parte autora na peça inicial que alugou para os requeridos o imóvel em discussão, por meio de
contrato escrito. Ocorre que, de acordo com o requerente, os locatários deixaram de pagar os aluguéis, no
que fundamentou seu pedido de antecipação dos efeitos da tutela. Informa ainda que o contrato de
locação tinha vigência pelo período de 24 (vinte a quatro) meses, com termo inicial em 24/10/2019 e
término em 23/10/2021, com o valor do aluguel no importe de R$ 1.400,00 (hum mil e quatrocentos reais),
pagos todo o dia 20 (vinte) de cada mês, depositados na conta indicada na cláusula 2ª do contrato, com
garantia de caução no importe de R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos reais).
Diante do inadimplemento contratual locatício há mais de 08 (oito) meses (atraso dos aluguéis referentes
aos meses com vencimento a partir do mês de janeiro de 2020, até ao menos a data da propositura da
presente demanda) que gerou o débito em face da requerida na monta de mais de R$ 15.529,13 (quinze
mil, quinhentos e vinte e nove reais e treze centavos), a parte autora pleiteia por meio desta demanda a
concessão da tutela antecipada para imediata desocupação do imóvel locado aos réus e no mérito sejam
os mesmos condenados ao pagamento do respectivo valor referente aos aluguéis em atraso.
A matéria é de entendimento pacificado por este juízo que, ao analisar os autos da inicial e de tudo o que
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mais neles consta, digna-se a apreciar a demanda de forma justa frente ao descumprimento contratual.
Juntou documentos.
É BREVE O RELATÓRIO.
DECIDO.
Primeiramente, indefiro o benefício da Justiça Gratuita posto este juízo não ter se convencido da
hipossuficiência da demandante em face dos documentos colacionados em ID. retro.
A Lei de Locações – Lei nº 8.245/91 prevê, em seu art. 59, §1º, inciso IX, que a liminar “inaudita altera
parte” para desocupação do imóvel alugado poderá ser concedida, mediante caução do locador, nos
casos de falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação no vencimento, nos casos em que o
contrato não esteja garantido por nenhuma das modalidades previstas no art. 37 da mesma norma.
Compulsando os autos e analisando o contrato de locação e, ID. 19896321, o mesmo encontra-se provido
de caução. Em que pese à caução seja uma das modalidades admitidas pela Lei n. 8.245/1991 (art. 37, I),
o que se verifica no caso sob análise é que o montante devido pelo locatário ultrapassa ao valor da
garantia prestada.
Nesse sentido:
No entanto, de acordo com a jurisprudência é cabível a dispensa de caução pelo locador, para
considerá-la incidente sobre os créditos decorrentes da própria locação, vez que o alegado
inadimplemento dos locativos ultrapassou o valor equivalente a três meses de aluguel.
Confira-se:
Por tais motivos, concedo a liminar requerida, com a dispensa da caução, para determinar que a
requerida desocupe voluntariamente o imóvel no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de despejo
compulsório, sem a necessidade de expedição de novo mandado.
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Cite-se as requeridas para no prazo de 15 dias, requerer a purgação da mora ou defender-se, ficando
cientes que a falta de defesa implicará em revelia e confissão quanto a matéria de fato nos termos do art.
344 do Código de Processo Civil.
Arbitro os honorários advocatícios, para o caso de purgação da mora, em 10% do débito no dia do efetivo
pagamento.
A cópia desde despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB,
de 22.01.2009.
Intimar e cumprir.
Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Processo: 0848423-63.2020.8.14.0301
Endereço: Rua Revolução Cubana, 22, (Res Olga Benário), Águas Lindas, BELéM - PA - CEP: 66690-250
Tratam-se dos autos da AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL C/C TUTELA DE BUSCA E APREENSÃO
movida por VANESSA DA PAIXÃO ALVES e FERNANDA HELENA DA PAIXÃO ALVES em face de
ALTEMIR CIRINO PEREIRA JUNIOR.
Assim, pode o magistrado, conceder a tutela requerida, nos termos do art. 300, §2º do CPC, quando
encontra os requisitos ensejadores e justificadores para a concessão da medida pleiteada.
No caso em tela, os elementos acima citados não estão presentes, de forma a ser alcançado em juízo
sumário e preliminar, de modo que este juízo se convença da necessidade e utilidade da medida de
urgência. O pedido da autora depende de dilação probatória maior, pois o pedido da tutela acaba se
confundindo com o próprio mérito, uma vez que pleiteia que lhe seja deferido provisoriamente a busca e
apreensão de bem que é objeto do contrato estipulado entre as partes e que será analisado no momento
oportuno. Ou seja, pedido que se confunde com o próprio mérito, posto que a busca e apreensão/
obrigação de fazer, poderá ser concedido quando da análise do mérito. Assim, por cautela, deve-se
aguardar o estabelecimento do contraditório.
De fato, os documentos acostados aos autos com a inicial, ainda que possam ser considerados
suficientes, em um primeiro momento, carecem de uma análise mais acurada para erigir qualquer
conclusão sobre a existência da possibilidade do direito alegado, nesta sede de tutela de urgência.
Contudo, tal precaução, a priori, não significa dizer que, a posteriori, não se possa inclinar favoravelmente
neste sentido.
O pedido que justifica a tutela de urgência, salvo melhor juízo, deveria vir demonstrando a existência dos
requisitos para concessão da medida, aqueles definidos nos artigos acima mencionado. Nesse sentido,
quer o autor nesta sede de tutela de urgência, uma obrigação, sem que haja fortes indícios de
possibilidade do direito, nos seus argumentos e nos elementos probatórios. O direito alegado só poderá
ser apreciado após a instrução processual, garantido o devido processo legal, com a ampla defesa e o
contraditório.
Não se trata, como sabido de antecipação de julgamento de mérito, mas de mera ausência de condições
de concessão da tutela, porém os fundamentos e provas serão apreciadas na análise e julgamento do
mérito.
Ademais, cite-se o réu para contestar os termos da inicial no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
revelia nos termos da legislação processual.
Por fim, ainda que a autora já tenha se mostrado favorável ou não neste sentido, para evitar uma
infrutífera audiência conciliatória, protelando o processo, ainda mais tendo em conta a situação
excepcional de Pandemia de COVID-19 que assola o mundo e o Estado, informem as requeridas desde já
se possuem interesse na conciliação no prazo de 05 (cinco) dias, se assim ambas optarem, fiquem
cientes de que o prazo da contestação será aberto da data da realização da respectiva audiência.
A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-
CJRMB, de 22.01.2009.
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Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Processo: 0817434-45.2018.8.14.0301
AUTOR: Nome: EMPRESA DE PRATICAGEM DO RIO PARA E PORTOS DA REGIAO S/S LTDA
Endereço: Travessa Dom Romualdo de Seixas - de 1560/1561 ao fim, 1560, 11 andar, Nazaré, BELéM -
PA - CEP: 66055-028
DEFIRO o pedido de produção de provas formulados pelas partes, em especial e realização de perícia
técnica por economista, conforme requerido em ID 21081648, e para tanto:
Nomeio para realizar a perícia o Sr. Luciano Gonçalves de Castro e Silva, Perito Atuário, CPF nº
047.920-457-89, com endereço eletrônico peritoatuarial01@gmail.com, seguindo as determinações
abaixo:
a) Intime-se o perito, para informar, no prazo de 5 (cinco) dias, se aceita do encargo, apresentar a
proposta dos honorários periciais, compatíveis com o trabalho a ser realizado, currículo, com comprovação
da especialização, bem como deverá indicar data, hora e local para a realização da perícia, com prazo
suficiente para intimar as partes e seus assistentes técnicos;
b) Após o aceite do perito, intime-se a parte ré para dar ciência do valor apresentado pelo perito,
efetuando o depósito do valor dos honorários periciais no prazo de 10 (dez) dias.
c) Intimem as partes, para, querendo, indicar assistentes técnicos e formular os quesitos, em 15 (quinze)
dias consoante o art. 465, §1º, II e III, do CPC;
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d) O Sr. Perito deverá realizar a perícia atentando-se aos quesitos a serem especificados pelas partes e
cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de
compromisso;
e) Fixo o prazo de 30 (trinta) dias para que o Sr. Perito apresente o laudo pericial;
f) Autorizo o pagamento de 50% dos honorários depositados a favor do Sr. Perito no início dos trabalhos,
a serem liberados por alvará judicial, tendo em vista as despesas iniciais para a confecção do laudo,
devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os
esclarecimentos necessários conforme art. 465, §4º, do CPC;
f) Após a apresentação do laudo, intimem-se as partes para, querendo, se manifestarem no prazo comum
de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu
respectivo parecer nos termos do art. 477, §1º do CPC.
Expeça-se o necessário.
Intimar e cumprir.
Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
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Processo: 0844631-67.2021.8.14.0301
Vistos etc.
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O autor sustenta que concedeu o requerido financiamento para aquisição do veículo descrito da inicial,
que deveria ser pago na forma e condições contratualmente estabelecidas, as quais não estão sendo
cumpridas pela ré, tendo sido notificada extrajudicialmente.
É o relatório. Decido.
O art. 3º do DL 911/69 impõe a concessão da liminar diante da mora, cuja prova se faz pela notificação
(art. 2º § 2º), juntada aos autos pelo requerente e enviada para o endereço da parte requerida, o que se
mostra suficiente (RECURSO ESPECIAL Nº 897.593 – SP e AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 752.529
– RS).
Assim defiro a liminar e determino a busca e apreensão do veículo, que deve ser depositado com o
representante legal do requerente ou quem por ele for indicado por escrito.
No prazo de 5 (cinco) dias depois de executada a liminar a requerida “poderá pagar a integralidade da
dívida pendente, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na
qual o bem lhe será restituído livre do ônus”.
A cópia desta decisão servirá como mandado de citação e intimação, nos termos do Provimento
n.º03/2009-CJRMB, de 22.01.2009.
Expeça-se o necessário.
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Processo: 0806464-49.2019.8.14.0301
Em petição de ID. 27755484 a parte informa que houve erro em alguns pontos do formal de partilha no
que diz respeito a expedição do mesmo.
Assim, levando em consideração informação trazidas na referida petição, defiro o pedido para que retire
do formal de partilha presente em ID. 27165644, a figura do testamento e a expressão honorários como
convencionado no termo, assim passo a decidir:
“Vistos.
Homologo para que produza seus efeitos jurídicos e legais o plano de partilha amigável apresentado em
ID. 24447534 nesta Ação de Inventário por Arrolamento, uma vez que todas as exigências foram
cumpridas.
Assim, homologo, por sentença, o referido plano conforme apresentado na inicial, conforme o artigo
487, inciso III c/c art. 659, do Código de Processo Civil, e julgo extinto o processo com resolução de
mérito, nos termos dos artigos previamente mencionados.
Custas nos termos do convencionados, caso não haja convenção sobre as custas, as mesmas são
devidas pro rata.
Expeça-se o necessário para o cumprimento do formal de partilha nos termos descritos na partilha
amigável apresentada em ID. 24447534, considerando o levantamento de honorários advocatícios, caso
ali constem.
Assim, proceda a secretaria a retificação do formal com as ressalvas acima informadas, mantendo na
íntegra os demais termos.
Expeça-se o necessário.
Intime-se. Cumpra-se.
Após, arquive-se.
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Processo: 0823779-90.2019.8.14.0301
Alega o autor que foi impedido de embarcar no dia 26/05/2016 pela companhia requerida
sob a alegação de que seu nome estaria incorreto. O que lhe gerou diversos transtornos, levando o
mesmo a ter que adquirir nova passagem para embarque no dia 28/05/2016, despendendo o valor de R$-
2.425,31. Assim, requereu a inversão do ônus da prova, indenização por danos morais no valor de R$-
10.000,00 e indenização por danos materiais
Réplica em ID 13496951.
É o relatório
DECIDO.
Determino a alteração do polo passivo para fazer constar GOL LINHAS AÉREAS S/A, inscrita no CNPJ nº
07.575.651/0001-59, empresa do grupo responsável pelo transporte aéreo.
Outrossim, rejeito as preliminares suscitadas, tendo em vista que o consumidor tem o direito
de optar, contra quais dos agentes responsáveis ingressará com a ação. Pelos fatos, o mesmo entende
ser responsabilidade da companhia e não da agência de turismo, e se a mesma teve ou não
responsabilidade será adiante no mérito analisado.
Em relação a preliminar de ilegitimidade ativa, também deve ser rejeitada, tendo em vista
que a passagem foi comprada em nome e para o requerente, que dela iria usufruir, não importando em
nome de quem é o cartão de crédito. No caso dos autos, observa-se que o cartão está no nome da mãe
do requerente, perfeitamente possível que a mesma compre para seu filho.
Passo ao mérito.
No caso dos autos, não vislumbro nem sequer a existência de erro no preenchimento,
apenas fora colocado o nome e último sobrenome do requerente, e diga-se, ambos de forma correta.
Outrossim, tal norma é de conhecimento das companhias aéreas, tanto que a mesma trouxe
a referida norma em contestação.
A divergência, que na verdade nem vislumbro, caso houvesse, entre o nome na passagem
adquirida e o nome constante na identidade seria facilmente resolvida pela empresa requerida, de forma
gratuita, bastando a apresentação do bilhete e o documento de identidade, onde se acrescentaria o
primeiro sobrenome.
Com relação ao dano moral, os transtornos advindos com a negativa de embarque são
suficientes para caracterizar o abalo moral suportado.
Observa-se que o requerente, iria para outro país, com compromisso de trabalho, obrigando
assim, após dois dias para resolver o problema, obrigando o autor a desembolsar uma nova quantia para
que pudesse seguir viagem.
Os fatos ocorridos não se revelam como mero aborrecimento, mas transtornos suficientes
para abalar os direitos da personalidade do consumidor, razão pela qual faz jus à indenização por dano
moral.
O valor de R$-5.000,00 (cinco mil reais) é razoável e adequado para o caso concreto, tendo
em vista que, que o requerente só conseguiu viajar dois dias depois.
P.R.I.C.
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Processo: 0834113-52.2020.8.14.0301
Em atenção à decisão agravada prolatada pela 1ª Turma de Direito Privado nos autos do Agravo de
Instrumento N° 0806288-66.2020.814.0000, que CASSOU a liminar de reintegração de posse concedida
por este juízo a quo.
Ademais, segundo consta em ID. 17660317 (fls. 03), o requerido foi devidamente citado, apresentando
suas manifestações em ID. 17662158, acarretando o declínio de competência conforme decisão em ID.
17674678, posto os autos estarem conexos ao Processo Nº 0003086-45.2010.8.14.0301 que neste juízo
tramita.
Tendo em vista o intuito conciliatório que a demanda clama, sigo a decisão colenda mantendo cassada a
liminar anteriormente deferida, e por ocasião deste decisum deixo marcada audiência de conciliação.
Designo audiência para o dia 27/10/2021, às 10h00 entre as partes, conforme art. 319, VII, do CPC e
expressa manifestação do autor neste sentido.
Ademais, sabe-se que a audiência de conciliação só não será realizada se ambas as partes manifestarem
desinteresse por meio de petição, com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência (art.
334, §5º e §6º, do CPC). Desse modo, caso ambas as partes peticionem nesse sentindo venham os autos
conclusos com esta devida observação antes da data marcada, para deliberação.
Após, conclusos.
Intimar e cumprir.
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0828200-94.2017.8.14.0301
Vistos, etc.
Deve constar da intimação que o executado pode, alternativamente, querendo, oferecer bens à penhora,
juntando prova da propriedade, se for bem imóvel, ou efetivar o depósito judicial em conta deste Juízo,
vinculada ao presente feito, junto ao Banco do Estado do Pará.
Não ocorrendo o pagamento tempestivo, expeça-se desde logo mandado de penhora e avaliação,
seguindo-se os atos de expropriação (§3º, do art. 523, do CPC/15), dando prioridade ao bloqueio online
das contas do executado, caso tenha sido requerido pelo exequente (art. 854, do CPC/15).
assinado digitalmente
0868021-37.2019.8.14.0301
Vistos, etc.
Diante do teor da certidão de evento 21698496 considero que a parte executada foi citada por hora certa,
diante das informações de endereço constantes nos espelhos do INFOJUD e da JUCEPA em anexo.
assinado digitalmente
__________________________________________
[Rescisão / Resolução]
__________________________________________
Processo: 0859352-29.2018.8.14.0301
Vistos, etc.
assinado digitalmente
1202
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0822777-85.2019.8.14.0301
Vistos, etc.
Defiro o pedido de evento 22460736 de busca do endereço junto aos sistemas disponíveis.
assinado digitalmente
0867420-31.2019.8.14.0301
Vistos, etc.
assinado digitalmente
PODER JUDICIÁRIO
0874428-25.2020.8.14.0301
EXECUÇÃO FISCAL
ATO ORDINATÓRIO
Nos termos do art. 1º, §2º, inciso XX, do Provimento nº 006/2006 da Corregedoria de Justiça da Região
Metropolitana de Belém, e considerando a devolução do AVISO DE RECEBIMENTO (AR), sem
cumprimento, manifeste-se o autor, no prazo de 05 (cinco) dias, para requerer o que entender de direito.
______________________________________
0820497-78.2018.8.14.0301
Vistos, etc.
Fica o banco embargado intimado a apresentar ao Sr. Perito os documentos indicados por este último no
evento 29920241, no prazo de 05 (cinco) dias.
assinado digitalmente
PROCESSO N. 0847267-06.2021.8.14.0301
1204
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DESPACHO
Alega que desde o dia 02/08/2021 foi preso acusado de estupro de vulnerável.
Afirma que na denúncia consta que o autor dopou a requerida (sua ex-esposa) e uma moça de 18 anos
que estava residindo em sua casa para praticar o ato criminoso.
Alega que no momento da prisão seus pertences como documento pessoais, celular e chave de carro
foram entregues a requerida, que desde então se recusa a entregar os seus pertences.
Ocorre que os fatos narrados ocorreram em 02/08/2021, motivo pelo qual, não vislumbro o pleito como
pedido de urgência a ser analisado em plantão.
Ante o exposto, determino sejam os autos redistribuídos ao juízo competente para as diligências cabíveis.
Cumpra-se.
Intimem-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS
PROCESSO: 0847111-18.2021.8.14.0301
DESPACHO
________________________________________________
Art 7º. Na Comarca da Capital as Cartas Precatórias recebidas pelos correios serão imediatamente
distribuídas e encaminhadas ao Juízo Privativo de Cartas Precatórias, excetuadas as que versarem
sobre Infância e Juventude e Execuções Fiscais, que serão remetidas aos Juízos de suas
competências, os quais farão a comunicação ao Juízo deprecante acerca da distribuição da carta
precatória, informando todos os elementos necessários para a identificação do processo, incluindo
inclusive possíveis valores devidos como despesas de preparo.
PODER JUDICIÁRIO
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VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
DESPACHO
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.
PODER JUDICIÁRIO
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1207
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DESPACHO
1) Intime-se o advogado da parte autora para, no prazo de 5 (cinco) dias, promover o pagamento da custa
faltante, já especificada na Certidão ID. 31225124 - Pág. 1 e determinado em Despacho ID. 31228129 -
Pág. 1.
2) Aguarde-se o devido pagamento.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.
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DESPACHO
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DESPACHO
Carta Precatória SEM CUSTAS, visto o deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita pelo Juízo
Deprecante. Assim sendo, determino:
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Endereço: Rua Boa Ventura da Silva, n° 322, ED. Silvio Meira, AP.301,CEP: 66060-147,Belém/PA.
DESPACHO
1210
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Carta Precatória SEM CUSTAS, visto o deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita pelo Juízo
Deprecante. Assim sendo, determino:
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VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
DESPACHO
PROCESSO:0839625-79.2021.8.14.0301
REQUERENTE: ALLIANZ SEGUROS S/A
REQUERIDO: JOÃO BATISTA PEREIRA
DESPACHO-MANDADO
1 – Designo o dia 07/10/2021, às 11:00 horas, para proceder a oitiva das testemunhas.
2 – Oficie-se ao Juízo Deprecante, comunicando a data designada, para os devidos fins.
3 – Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei
(Provimentos nº 003 e 011/2009 – CJRMB).
BELÉM/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.
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DESPACHO
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VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
DESPACHO
Tendo em vista a certidão de ID 32023749, informando que as custas foram devidamente quitadas,
determino:
1) Cumpra-se, servindo esta de Mandado.
2) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.
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VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
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VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
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Carta Precatória SEM CUSTAS, visto o deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita pelo Juízo
Deprecante. Assim sendo, determino:
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VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
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Carta Precatória SEM CUSTAS, nos termos da Lei. Assim sendo, determino:
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1216
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VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
DESPACHO
Audiência: 30/09/2021 às 10:15:00, a ser realizada por vídeo conferência, na Comarca de Macapá/AP.
DESPACHO
2 – Considerando a proximidade da data designada pelo Juízo Deprecante para a realização da audiência;
3 – Autorizo o cumprimento do mandado com MEDIDA DE URGÊNCIA (Art. 2º, §1º, Provimento nº
02/2010-CJRMB c/c Art. 6º, §1º, Provimento Conjunto nº 002/2015-CJRMB/CJCI).
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.
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VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
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ESTADO DO PARÁ
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1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DE BELÉM
REQUERENTE: D. R. D. O.
REPRESENTANTE: KELLY ROSA DE OLIVEIRA
DECISÃO/MANDADO
Consta na inicial que o autor possui diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) (CID 10 – F84), o
que acarreta disfunções comportamentais que lhe impossibilitam de desenvolver habilidades essenciais do
dia-a-dia, culminando numa grande dificuldade de aprendizado e de socialização. Diante disso, conforme
avaliação médica (ID 26749021), foi indicado o tratamento com as referidas terapias de forma
multidisciplinar e intensiva.
Por tal razão, o autor requer a concessão da tutela de urgência para determinar que a parte requerida
forneça imediatamente os tratamentos médicos supracitados.
Os autos foram instruídos com documentos de identificação pessoal, Laudos Médicos, entre outros.
Em despacho de ID 27668253, foi determinado a intimação do Requerente para emendar a inicial, fazendo
1220
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
juntada aos autos da negativa formal da Requerida, UNIMED BELÉM, pelo não fornecimento das terapias
à criança.
Em petição de ID 28617754, a parte autora relata que não consegue a negativa formal da demandada
quanto a algumas das terapias requeridas, visto que esta encaminha o infante para clínica que
supostamente realizaria o atendimento na forma prescrita, mas que efetivamente não possui
disponibilidade/capacidade para realizar os tratamentos prescritos no laudo médico.
Em derradeira manifestação (ID 30543397), o autor reafirma de que não há dúvidas de que a Requerida
possui dentro da sua rede credenciada profissionais aptos para realizar as terapias ABA prescritas,
entretanto não possuem disponibilidade de horário para realizar os atendimentos conforme a carga horária
prescrita no laudo médico.
É o relatório. Decido.
Para análise da Tutela de Urgência ora pleiteada, faz-se necessário a análise dos requisitos do artigo 300
do Código Processo Civil, quais sejam, elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou risco ao resultado útil do processo.
No que concerne à probabilidade do direito, verifico que assiste razão à parte acionante, uma vez que os
laudos médicos juntados aos dos autos, de fato, evidenciam o diagnóstico descrito na peça de ingresso,
bem como assinalam a necessidade dos tratamentos indicados.
Em que pese a Requerida não contemplar algumas das terapias requeridas (Hidroterapia, Equoterapia e
Musicoterapia), é importante salientar que não é cabível a negativa de tratamento indicado pelo
profissional de saúde como necessário à saúde e à cura de doença efetivamente coberta pelo contrato de
plano de saúde. A negativa da requerida em fornecer o tratamento médico, sob a alegação de que a
operadora não possui a cobertura não tem o condão de desautorizar a cobertura do procedimento
recomendado por profissional médico.
Cumpre salientar, que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem sedimentado o
entendimento que o rol de procedimentos da ANS é meramente exemplificativo e que a interpretação deve
ser mais favorável ao consumidor, sendo que a lista de procedimentos prevê apenas a cobertura mínima
obrigatória.
Nesse sentido:
Em situação similar, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no Agravo de Instrumento nº. 0841232-
69.2017.814.0000, já decidiu, liminarmente, quanto a obrigatoriedade do plano privado de assistência à
saúde em garantir terapias que não constem em seu rol de atendimentos, quando estes forem
indispensáveis para completude do processo terapêutico da criança.
Insta consignar que o plano de saúde tem o dever de custear o tratamento prescrito pelo médico, desde
que a doença esteja coberta na apólice, não lhe competindo decidir quanto ao tratamento mais adequado
ao paciente. As operadoras de plano de saúde podem, assim, restringir contratualmente o rol de doenças
cobertas, mas não podem limitar os tratamentos a serem realizados, inclusive mediante a utilização de
medicamentos experimentais ou procedimentos fora do rol da ANS, porquanto cabe apenas ao médico
decidir quanto ao melhor tratamento para o paciente.
Nesse sentido, o Egrégio STJ em voto condutor da Ministra Nancy Andrighi emanou o seguinte
entendimento:
Somente ao médico que acompanha o caso é dado estabelecer qual o tratamento adequado para alcançar
a cura ou amenizar os efeitos da enfermidade que acometeu o paciente; a seguradora não está habilitada,
tampouco autorizada a limitar as alternativas possíveis para o restabelecimento da saúde do segurado,
sob pena de colocar em risco a vida do consumidor. (.)- A negativa de cobertura de transplante - apontado
pelos médicos como essencial para salvar a vida do paciente -, sob alegação de estar previamente
excluído do contrato, deixa o segurado à mercê da onerosidade excessiva perpetrada pela seguradora,
por meio de abusividade em cláusula contratual. (REsp 1053810/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
TERCEIRA TURMA, julgado em 17/12/2009, DJe 15/03/2010). (grifou-se).
Fato é que a eficácia na atenção a saúde das pessoas com TEA é diretamente proporcional à precocidade
e intensidade do tratamento bem como ao envolvimento multiprofissional.
Em conformidade com o que estabelece a lei que instituiu a política nacional de proteção dos direitos da
pessoa com TEA (a Lei nº 12.764/12), garantindo atenção integral às suas necessidades, o Ministério da
Saúde (MS) identifica duas questões fundamentais nas diretrizes de atenção às pessoas com TEA: o
diagnóstico precoce e o atendimento multiprofissional. Trata-se, portanto, de política de atenção à saúde
que demanda intervenções necessárias nos primeiros anos de vida da criança e envolvimento de
profissionais da saúde de diferentes áreas.
Assim, o número de consultas e sessões não deve estar sujeito a limite preestabelecido pelo plano de
saúde, devendo ser observada a indicação feita pelos profissionais da saúde responsáveis pelo
tratamento.
1222
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Quanto ao perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, está assentado no fato de que a
demora poderá acarretar agravamento na saúde do assistido, comprometendo o seu pleno
desenvolvimento, na medida em que comprovadamente as terapias tradicionais não trouxeram
desenvolvimento considerável a criança.
Assim, pelos fatos e fundamentos apresentados, DEFIRO O PEDIDO DE TUTELA URGÊNCIA, a fim de
DETERMINAR que a Requerida, UNIMED BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, custeie as
terapias Acompanhamento Psicológico (Terapia Comportamental de Intervenção ABA); Fonoaudiologia
Intensiva com Habilitação em Neuropediatria/ABA; Terapia Ocupacional Intensiva com habilitação em
ABA/Integração Sensorial; Equoterapia; Hidroterapia; e Musicoterapia, na clínica especialista em pacientes
com déficit cognitivo Therasuit Studio Belém, no quantitativo solicitado através do laudo médico anexado a
exordial (ID 26749021), em favor da criança DANIEL ROSA DE OLIVEIRA, NO PRAZO DE 20 (VINTE)
DIAS, A CONTAR DA INTIMAÇÃO DA PRESENTE DECISÃO, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00
(hum mil reais) até o limite de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).
INTIME-SE a Ré, por meio de Seu Representante Legal, para ciência e cumprimento da presente Decisão,
bem como CITE-A, para querendo, no prazo legal, apresentar defesa sob pena de revelia e presunção de
veracidade das alegações de fato formuladas pela parte autora.
Na defesa, em se configurando as hipóteses dos arts. 338 e 350 do Código de Processo Civil, intime-se o
Requerente, para querendo, se manifestar sobre a Contestação no prazo de 15 (quinze) dias.
Diligencie-se.
Servirá o presente, por cópia digitada, como MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da
CJRMB – TJ/PA, com a redação que lhe deu o Provimento nº 011/2009 daquele Órgão Correcional.
Intimem-se.
Belém (PA)
O nome do (a) Magistrado (a) subscritor (a) e a data da assinatura estão informados no rodapé
deste documento.
Endereço: Rua Dona Tomázia Perdigão, 240 (ANEXO II do Fórum Cível) - 1º Andar, Sala 11.
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DE BELÉM
GUARDA (1420)
Fundamento legal: Provimento n. 006/2006-CJRMB (art.1º, §2º), alterado pelo Provimento n. 008/2014-
CJRMB (art. 1º, §3º).
Finalidade:
BELÉM/PA
O nome do(a) servidor(a) subscritor(a) e a data da assinatura estão informados no rodapé deste
documento.
OLIVEIRA DE LIMA OAB: 30926/PA Participação: ADVOGADO Nome: ADONAY JUNIOR CUNHA
CARDOSO OAB: 23628/PA Participação: ADVOGADO Nome: WALLACI PANTOJA DE OLIVEIRA OAB:
4410/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANA CELIA DE JESUS TEIXEIRA OAB: 724PA/PA
Participação: REQUERIDO Nome: CLINICA INFANTIL DO PARA S/S LTDA Participação: ADVOGADO
Nome: EUGEN BARBOSA ERICHSEN OAB: 18938/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO PAULO
DE KOS MIRANDA SIQUEIRA OAB: 19044/PA Participação: ADVOGADO Nome: MANUEL ALBINO
RIBEIRO DE AZEVEDO JUNIOR OAB: 23221/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DE BELÉM
PROCESSO N. 0809868-40.2021.8.14.0301
REQUERENTE: O. S. C. M.
Fundamento legal: Provimento n. 006/2006-CJRMB (art.1º, §2º), alterado pelo Provimento n. 008/2014-
CJRMB (art. 1º, §3º).
Finalidade:
BELÉM/PA
O nome do(a) servidor(a) subscritor(a) e a data da assinatura estão informados no rodapé deste
documento.
1225
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DE BELÉM
Fundamento legal: Provimento n. 006/2006-CJRMB (art.1º, §2º), alterado pelo Provimento n. 008/2014-
CJRMB (art. 1º, §3º).
Finalidade:
BELÉM/PA
O nome do(a) servidor(a) subscritor(a) e a data da assinatura estão informados no rodapé deste
documento.
1226
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)
E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br
R.Hoje
(i) É preciso aguardar a decisão do 2º Grau para prosseguirmos no feito, uma vez não mudar a dita
decisão porque entendo que a Autora detém plenas condições econômico processuais para pagar as
despesas da demanda.
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura eletrônica)
Bb
1227
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Adv.: GABRIEL DE QUEIROZ COLARES - OAB PA30066 e SERVIO TULIO MACEDO ESTACIO - OAB
PA30261
Requerido: O.M.F.
Adv.: RENAN CALDAS MARTINS - OAB MT28356/O DIONE DA COSTA MOTA - OAB GO35757
Aos 17 (dezessete) dia(s) do mês de agosto do ano de 2021, às 11h30m, na sala de audiências da 1ª
Vara de Família da Comarca de Belém-Pará, onde presente se achava a Dra. MARGUI GASPAR
BITTENCOURT, Juíza titular da Vara, foi ABERTA A AUDIÊNCIA, com a presença do Ministério Público
via teams, representado pela Dra. SUMAYA SAADY MORHY PEREIRA, Promotora de Justiça e feito o
pregão de praxe, verificou-se a presença da representante legal dos autores com seus patronos
presencialmente. Presentes via teams o requerido e seus patronos. Iniciada a audiência a tentativa de
conciliação restou frutífera nos seguintes termos: Acordam que o requerido OLIVALDO MACHADO
FREITAS - CPF: 606.043.952-72 (REU) pagará pensão alimentícia ao fruto do casal o valor
correspondente a 22% (vinte e dois por cento) dos vencimentos e vantagens do Paterno, incluindo-se
férias, FGTS, 13º salário, aviso prévio, horas extras, salário família, auxílio alimentação, verbas
rescisórias, participação nos lucros e rendimentos, prêmios, subsídios e demais gratificações, com
exclusão, apenas e tão somente, dos descontos obrigatórios(INSS e IR), cujo valor será depositado na
conta bancária da materna SIBELY PIMENTEL MONTEIRO, brasileira, solteira, operadora de caixa, RG nº
6317509 PC/PA, CPF n° 006.489.612-90, ( Caixa Econômica Federal (104), Operação 01315, Agência
1288, Conta 000837990092-6 ), respeitando-se a data limite do recebimento dos rendimentos do paterno.
2. Do universo alimentar delineado, destinar-se-á para cada autora sua metade percentual, a saber: 11%
da base de cálculo acima descrita. 3. As partes resolvem acordar ainda quanto Guarda e convivência das
filhas nos seguintes termos: Acordam pela guarda unilateral materna e garantida a convivência paterno
filial nos seguintes termos: finais de semanas alternados; Dia dos pais e aniversario do pai, assim como
dia das mães e aniversario da mãe, com o respectivo homenageado; No dia do aniversário das crianças, a
combinar. Festas de final de ano alternadas. Metade de cada período das férias escolares, a ser decidido
entre os pais. 4. O senhor OLIVALDO MACHADO FREITAS - reconhece a paternidade de Mayra
Pimentel Monteiro, cujo o nome ficará como MAYRA PIMENTEL MONTEIRO FREITAS. 5. Não haverá
cobrança de alimentos anteriores à propositura da acao. 6.As partes abrem mão do prazo recursal. Em
seguida, a Promotora de Justiça deu o seguinte parecer: MM. Juíza, trata-se de pedido de de
reconhecimento de paternidade c/c ação de alimentos e regulamentação de guarda, ajuizado por MAYRA
PIMENTEL MONTEIRO e MANUELE MONTEIRO FREITAS representadas por sua genitora em face do
senhor OLIVALDO MACHADO FREITAS. Na presente audiência as partes firmaram acordo em relação
1228
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
aos Alimentos , A Guarda e convivência familiar das autoras com o requerido. O requerido expressamente
reconheceu a paternidade de MAYRA PIMENTEL MONTEIRO. O Ministério Publico opina pela
homologação do reconhecimento da paternidade , nos termos do artigo 1.609, IV do CC, ressaltando que
se trata de ato irrevogável e irretratável, consequentemente opina pela expedição do competente mandado
para incluir o nome do pai e os nomes dos avós paterno no registro civil de nascimento, cuja a certidão se
encontra nos autos, documento de id 27720046. Por fim, considerando que o acordo envolvendo guarda,
convivência familiar e alimentos resguarda os interesses das autoras menores de idade, o Ministério
Publico opina para homologação para que produza seus efeitos legais a partir da presente data. É o
parecer. Ato contínuo a MM. Juíza prolatou a Sentença. Vistos etc. Cuida-se de ação de ALIMENTOS, na
qual, nesta data, foi ajustado avença para encerrar o litígio, conforme os termos acima pactuados.
Considerando que as cláusulas da transação, hoje levada a efeito não ferem quaisquer princípios de
ordem pública, homologo, para que produza seus jurídicos efeitos à transação ora realizada, extinguindo o
processo, com resolução do mérito, fundamentada no artigo 487, III, “b”, do Código de Processo Civil.
Estendo os benefícios da justiça gratuito ao requerido. Sem Custas, face às partes estarem sob o manto
da Justiça Gratuita. Expeça-se mandado de averbação de registro civil para que conste o nome do paterno
no registro de nascimento da filha reconhecida, a qual passara a se chamar MAYRA PIMENTEL
MONTEIRO FREITA. HOMOLOGO POR SENTENÇA A DESISTÊNCIA DO PRAZO RECURSAL.
Publicada em audiência. Cumpra-se. Transitada em julgado e após a formalidades legais, arquivem-se os
autos. Esta sentença serve como ofício nº 045/2021 à fonte pagadora do requerido: MOJONAVE, a fim de
que possam ser efetuados os descontos relativos à pensão alimentícia definitiva, nos termos da presente
sentença. O advogado do requerido se compromete a imprimir a presente sentença com força de oficio e
se compromete a entregar na fonte pagadora para os devidos descontos. Cumpra-se, servindo o
presente como oficio nº 045/2021/GAB/mandado, nos termos do Prov. 003/2009 – CJCI. Ciente os
presentes. Nada mais havendo, para constar, mandou a MM. Juíza lavrar o presente termo, que, lido e
achado conforme, vai devidamente assinado.
MM. Juíza:
Ministério Público
Autora:
Advogado:
Requerido:
Advogado:
Advogado:
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)
E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br
R.Hoje
(i) Serei direta. A verba honorária pertence ao Advogado e não à Exequente. Então, não vou processar o
pedido do modo como está eis que a Exequente é claramente parte ilegítima para figurar no campo ativo
exequendo. Mais. Se quer executar a verba honorária, que o faça em outra Ação Judicial, segundo
orientação da Corregedoria de Justiça para fins devidos.
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura eletrônica)
PROCESSO: 0811760-86.2018.8.14.0301
No ID: 6586311 - Pág. 1 e seguintes consta decisão interlocutória que decretou a revelia do requerido.
No ID: 17627973 - Pág. 1 consta pedido de exclusão da lide feito pelo Ministério Público.
No ID: 17642592 - Pág. 1 consta pedido de exclusão da lide feito pela Defensoria Pública.
No ID: 21609164 - Pág. 1 consta termo de audiência datado de 01/12/2020 onde não houve a realização
do referido ato.
No ID: 23535110 - Pág. 1/2 consta termo de audiência datado de 22/01/2021 onde fora colhido o
depoimento do autor.
No ID: 29273191 - Pág. 1 consta despacho determinado abertura de prazo para apresentação de
memoriais finais.
DECIDO
De início e nos termos do artigo 178 e 698 do Código de Processo Civil fica excluído do feito o
Ministério Público.
Ésabido que a ação revisional de alimentos visa adequar as necessidades tanto de quem paga
(alimentante) e de quem recebe (alimentando), onde serão analisadas as mudanças na situação
econômico-financeira dos envolvidos (na possibilidade ou na necessidade), sendo tal pleito instruído com
provas hábeis a comprovar as modificações financeiras tanto do devedor em caso de pedido de minoração
quanto pelo alimentando no caso o pedido seja para majoração dos alimentos.
Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de
quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução
ou majoração do encargo.
Prossigo.
Devemos entender a obrigação alimentar como um múnus familiar regulado pela lei, cujos fundamentos
são os vínculos diretos (consanguíneo) e também na solidariedade familiar, onde, através deste encargo,
estão os parentes obrigados a prestarem-se assistência mútua, de forma a viverem de modo compatível
com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação, desde que não
tenham bens suficientes, nem possam prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem
se reclamam, possa fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que
necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Vejamos que o dispositivo acima colacionado carrega em seu bojo a possibilidade de pleito alimentar em
virtude da necessidade, o que, por sua vez deve ser entendido como uma real precisão, não
caracterizando-se como um abuso no pedir, uma vingança entre genitores separados e entre estes e seus
filhos, e também um não fomento à prática do ócio de quem recebe e até mesmo o enriquecimento ilícito,
pois o mais comum, ético e justo é que cada pessoa seja responsável por seu próprio sustento.
O substrato fundamental das pensões alimentícias é a existência de vínculo consanguíneo, seja por
afinidade ou, ainda, decorrente do término da união estável ou enlace matrimonial, e ainda com a
aplicabilidade do trinômio necessidade/possibilidade/proporcionalidade, ou seja, comprova-se a
necessidade de quem as recebe, a possibilidade de quem as paga dentro de um juízo de
proporcionalidade.
A presente contenda tem como cerne a revisão do quantum alimentar, de um lado o alimentando, já maior
de idade, requerendo a majoração dos valores, e, de outra banda o paterno, revel, porém apresentando
argumentos e provas para não haver aumento no referido quantum alimentar, seguindo-se do pedido de
permanência dos valores que já vem sendo repassados cada um deles com suas respectivas
fundamentações nos autos do processo supramencionados.
É sabido ainda que a obrigação alimentar, com o advento da maioridade dos alimentandos,
transmuta-se do caráter presumido para o assistencial, ou seja, o que antes era um dever, passa a ser
exercício de solidariedade. A obrigação alimentar devida aos filhos “transmuda-se do dever de sustento
inerente ao poder familiar, com previsão legal no artigo 1.566, inciso IV, do Código Civil (CC), para o dever
de solidariedade resultante da relação de parentesco, que tem como causa jurídica o vínculo ascendente-
descendente e previsão expressa no artigo 1.696 do CC”, vejamos:
I - fidelidade recíproca;
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os
ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
De acordo com jurisprudência pacificada no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o advento da maioridade
não extingue automaticamente o direito ao recebimento de pensão alimentícia. Nesta linha, a Súmula 358
do STJ dispõe:
“o cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial,
mediante contraditório, ainda que nos próprios autos”.
Em outras falas, é admitido o pedido alimentar revisional, seja ele de majoração ou minoração (uma
vez que a ação de alimentos já que não faz coisa julgada material), deve ser analisado sob o prisma do
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campo assistencial. É o dever de assistência mútua entre os envolvidos, preconizada no artigo 1.694 do
Código Civil Pátrio:
§1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da
pessoa obrigada.
Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção
de seus recursos.”
Devemos entender que o que cessa com a maioridade é o poder familiar e consequentemente o dever de
sustento da obrigação presumida, o que, de outra banda, não se confunde com o dever prestar alimentos
por força da relação de parentesco, baseando-se na solidariedade, o que por sua vez não cessa com a
maioridade.
Nos ensinamentos de VENOSA: in Direito Civil - Direito de Família -VI. 5 ed., São Paulo: Atlas, 2005, p.
406
“(...) com relação ao direito de os filhos maiores pedirem alimentos aos pais, não é o pátrio poder que o
determina, mas a relação de parentesco, que predomina e acarreta a responsabilidade alimentícia.
Entende-se, porém que a pensão poderá distender-se por mais algum tempo, até que o filho complete os
estudos superiores ou profissionalizantes, com idade razoável, e possa prover a própria subsistência.
Outras situações excepcionais, como condição de saúde, poderão fazer com que os alimentos possam ir
além da maioridade, o que deverá ser examinado no caso concreto."(grifos nossos)
Atentem-se muito bem: A Ação de Alimentos (no caso em tela revisional), como dito alhures, objetiva a
definição do quantum alimentar cuja causa mediata se localiza na melhoria de condições na esfera de a
possibilidade do Alimentante, seguindo-se da necessidade do Alimentando. O certo é que, provadas as
circunstâncias argumentativas, compete o emprego da porção mais justa e atinente aos interesses
envolvidos, claro, sempre se validando o princípio trino do direito alimentar, a saber, necessidade x
possibilidade x proporcionalidade, eis ser sua fonte basilar de definição.
Vejamos como Maria Berenice Dias, em sua obra Manual de Direito das Famílias, 4ª Edição,
Revista, Atualizada e Ampliada, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007,p.482 assim discorreu
acerca deste vetor imprescindível à fixação do valor dos alimentos:
________
O pedido revisional não pode ser deferido de plano sem que haja uma situação fática capaz de provar que
tal pleito deva ser acolhido (para mais ou para menos), onde tal situação deve ser sim exaustivamente
provada pelos litigantes onde a majoração ou minoração do importe não se torne excessivo ou diminuto
em demasia não mais correspondendo à realidade dos termos do pacto anteriormente firmado.
A doutrinadora Maria Helena Diniz, em anotação ao atual tema, assim nos ensina:
Digo novamente, apesar de não fazer coisa julgada a ação de alimentos só pode ser alterada caso haja
elementos fáticos capazes de subsidiar uma possível alteração no quantum anteriormente acordado ou
sentenciado, aplicando-se neste caso, ainda que por analogia os ensinamentos do professor Basílio de
Oliveira, abaixo colacionado:
Logo, entendo que a regra “rebus sic stantibus” é sim um fundamento a ser utilizado na seara de fixação
dos alimentos dispondo que situações ou obrigações permanecerão válidas enquanto a situação que deu
origem a elas se mantiver.
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Devemos atentar que o julgamento dos alimentos deve, como se obriga para tanto, a gravitar em torno do
princípio acima discorrido, eis ser o vetor justo e definidor de um encargo tão importante e nobre quanto
esse. É meu entendimento!
Digo ainda que a viabilização da procedência do almejo só será frutífera se desde o Demandante
cumprir seu mister probatório agendado no artigo 373 do Código de Processo Civil:
Vejamos.
DO ÔNUS DA PROVA
Veja, em sede alimentar, o ônus da prova compete ao Autor eis compor fatos constitutivos do direito
ora alegado. É seu encargo probatório!
Então, caso demonstre indiferença ao teor processual, o pedido deverá ser inacolhido, como ocorre
no caso em comento.
Vejamos.
Remonto que o pedido de revisão majorativa deu-se em função de o requerente alegar aumento
(possibilidade) nos ganhos do paterno, bem como o aumento de suas necessidades destacadas, de forma
genérica, no ID: 3643528 - Pág. 3.
Em uma análise bem simples, não há de se falar, atualmente, em aumento das necessidades realmente
essenciais do autor, uma vez que este não apresentou comprovantes de seus gastos reais, apenas os
apresentou de forma genérica, aliando-se ao fato de que atualmente o referido encargo agora é de cunho
assistencial.
Relembro, os valores a serem repassados aos alimentandos devem ser arbitrados de acordo com o
trinômio Necessidade-Possibilidade-Proporcionalidade.
NECESSIDADE-POSSIBILIDADE-PROPORCIONALIDADE
DA POSSIBILIDADE DO ALIMENTANTE
Atente-se muito bem: A quantificação dos alimentos deve ser analisada sopesando as
necessidades do beneficiado, seguindo-se da possibilidade de adimplemento da obrigação alimentar do
provedor, dentro da esfera da proporcionalidade, vez o respeito aos direitos ora envolvido como, por
exemplo, o da dignidade da pessoa humana aplicável aos litigantes.
_________
3.Tem-se entendido em ações de alimentos que a ausência de contestação não induz aos efeitos da
revelia, porquanto se trata de direito indisponível (artigo 320, inciso II CPC) e para a fixação da verba
alimentar deve-se atentar para o regramento do § 1º do artigo 1.694 do Código Civil, o qual reza que os
alimentos devem ser fixados de acordo com o binômio necessidade-possibilidade.
4.Recurso parcialmente provido.
(20080710126295APC, Relator MARIO-ZAM BELMIRO, 3ª Turma Cível, julgado em 04/03/2009, DJ
12/03/2009 p. 88)
________________________
Em reforço, leiamos as decisões advindas e mais recentes do Tribunal de Justiça do Rio Grande do
Sul:
________________________
Como se vê, mesmo que o Alimentante constitua nova família, inclusive com frutos do novo enlace
matrimonial ou união estável, ou, ainda, que sustente outro rebento, não restam dúvidas que tal
circunstância jamais será, individualmente, causa excludente ou diminutiva da obrigação alimentar, não,
pois mesmo insurgindo novidade no campo fático do provedor, porém, não havendo provas substanciais
de sua queda econômico financeira, os alimentos inicialmente arbitrados, a meu ver, podem ser majorados
e tornados definitivos. É meu entendimento!
De outro norte afirmo que não será qualquer necessidade ou até mesmo desejo ou vaidade da parte
contrária (autor) que será CONDIÇÃO SINE QUA NON para a majoração do pleito que já vem sendo
pago.
E, pelo caso em tela, restou comprovado que não ocorreram mudanças drásticas, nas necessidades do
autor, pois não houve apresentação de gastos reais e aumento de suas necessidades que de fato
implicassem na majoração solicitada, aliando-se ainda ao fato da alegada possibilidade do requerido, a
qual mostrou-se apta a dar ensejo a não possibilidade de majoração dos alimentos assistenciais ora
demandados.
Como já assinalado é imprescindível esclarecer ainda acerca do dever mútuo de ambos os genitores
quanto à manutenção alimentar dos seus filhos, pois, somente assim, será seu quantum definido com a
mais plena e correta justiça.
O dever dos alimentos destinada aos beneficiários pertence a ambos os pais, sempre na medida de suas
respectivas disponibilidades, eis que, os dois, sem distinção, obrigam-se na desenvoltura dos cuidados
com a criança, pois esta é a regra do artigo 1.703 do Código Civil a ser aplicada, analogicamente, ao caso:
_________
Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção de seus
recursos
Em apoio, aduz a recente jurisprudência advinda do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e
Distrito Federal e Territórios:
Como se
vê, é inequívoco e patente que o dever de alimentar e sustentar os requeridos pertence a ambos os pais,
ainda que hodiernamente os alimentos sejam de cunho assistencial, frisa-se, sempre na medida de suas
respectivas disponibilidades, não se justificando a ausência de comprometimento com os alimentos do
requerente, eis que a obrigação é mútua.
Grave-se, ainda, muito bem: O dever de prestar alimentos é mútuo, é de responsabilidade de ambos
os pais, portanto, a fixação ou quantum alimentar será arbitrado de acordo com as reais necessidades dos
alimentandos, sempre de acordo com a patente possibilidade do Alimentante. É o meu entendimento!
Por tanto, face o exposto, se a Requerente não demonstrar sua real capacidade em majorar os alimentos,
sendo indiferente ao seu encargo probatório, não haverá como atender ao pleito deste para com a
obrigação alimentar pleiteada. É meu entendimento!
Ora, no caso em discussão, após a análise geral e profunda das circunstâncias tangencias e
envolventes do almejo, o Autor, a meu ver, NÃO conseguiu demonstrar sua real necessidade em majorar
a referida pensão, pois não houve comprovação de mudanças drásticas em suas necessidades, e as
necessidades apontadas em sua inicial foram colocadas de maneira superficial/genérica.
Neste Interim, os documentos acostados aos autos, bem como o depoimento do autor serão
fundamentais para fundamentar a decisão quanto à necessidade de revisão da verba alimentar.
Os documentos acostados aos autos apenas corroboram com a situação atual vivida pelos litigantes.
(...) Iniciada a audiência, e tendo em vista o despacho de ID , a MM. Juíza passou a ouvir a parte autora,
Senhor(a) RAFAEL BORGES NAVEGANTES CORDEIRO, parte já qualificada nos autos, a qual às
perguntas da MM. Juíza, respondeu: Que alega que seu genitor possui uma empresa de ônibus de 2
andares; que não sabe dizer o nome da empresa; que há cerca de 6 anos não mantem contato com seu
genitor; que não sabe dizer se o requerido viaja a lazer; que o requerido possui outra família e outros 2
filhos, além do autor; Que seu genitor se afastou após se desentender com a genitora do autor; que sua
genitora presta serviços para empresa cujo o nome não sabe dizer; que sua genitora ganha cerca de
R$800,00 a R$900,00 mensais; que atualmente não se encontra trabalhando; que concluiu o ensino médio
e prestou vestibular para os cursos de Nutrição e Educação Física, na UFPA e UEPA; Que seu genitor
encontra-se pagando R$330,00 mensais como alimentos para o autor; que residem em imóvel alugado
pelo valor de R$1.500,00 mensais; que sua avó materna ajuda financeiramente sua genitora; que não
possui plano de saúde; Que não possui nenhum problema de saúde; que não sabe dizer se seu genitor
possui algum problema de saúde; que à época em que o requerido visitava sua genitora ; que não sabe o
nome da mulher que mora com seu pai; que não sabe se a mulher trabalha e ajuda o requerido; que acha
que seus irmãos paternos são da mesma idade do depoente; que não sabe dizer se os mesmos trabalham
e ajudam o genitor; que mesmo após o processo o requerido não se comunicou com a genitora do autor.
Nada mais foi perguntado. Às perguntas do(a) advogado (a) do(a)autor (a), o(a)depoente respondeu: que
não chegou a passear com seu genitor, o qual teria prometido uma viagem para a ilha do Marajó como
férias, mas o mesmo não ocorreu; que se encontra sem trabalhar desde 2018. Nada mais foi perguntado.
Dada a palavra à advogado (a) do(a) requerido (a), esta nada perguntou.
Pelo acima colacionado vejo que o importe repassado ao autor pode até não ser o ideal para a
manutenção de suas despesas, contudo não foram comprovados os seus gastos reais, aliando-se ao fato
da atual condição de saúde do alimentante, comprovada pelos documentos de ID: 24278277 - Pág. 1 e
seguintes, torna-se inviável, no presente momento a majoração dos alimentos em comento.
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Ante o exposto e por tudo o que nos autos consta, com base e fundamento nos artigos 373, inciso I,
e 487, inciso I, todos do Estatuto Processual Civil, c/c os artigos 1.566, 1.596, 1.694, 1.696 e 1.703 do
Código Civil Pátrio, JULGO INTEGRALMENTE IMPROCEDENTE O PEDIDO INICIAL e, por
consequência, permanece inalterada a obrigação alimentar em comento, conforme decisão oriunda dos
autos: 2004.1.074.280-0 (ID: 3643536 - Pág. 7).
ÀSecretaria Única das Varas da Família Da Capital/UPJ e as partes adotarem as medidas legais cabíveis
ao feito.
Sem custas e demais despesas processuais, nesta, compreendidos honorários advocatícios, eis as
partes estarem sob o manto da gratuidade processual. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após as
formalidades legais arquivem-se os autos. Cumpra-se.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)
E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br
C.A.P.S E C.K.P.S., ambos representados por ROSANA PEREIRA DE OLIVEIRA, nos autos
da Ação Judicial em curso, apresentaram pedido de Cumprimento de Sentença em desfavor de
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ANTÔNIO CARLOS PEDREIRA SOARES, todos qualificados, expondo argumentos devidos, além de
acostar documentos correspondentes.
No ID 24560779, consta ordem de intimação pessoal dos Autores para que, dentro do prazo legal,
cumprissem com os termos do texto nele inserido e , simultaneamente, demonstrassem seu interesse
quanto ao prosseguimento da questão, sob pena de extinção.
No ID 31946087, consta a certeza da intimação e o desinteresse dos Requerentes para tanto, eis o
teor em comento: Não cumpriram com a determinação judicial, porque, muito embora cientes da medida,
optaram pelo silêncio em atender as ordens judiciais, repito, o que demonstra total indiferença aos termos
da demanda.
DECIDO
I – Omissis
II - Omissis
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30
(trinta) dias;
Ora, os autos do processo se encontram paralisados sem que os Autores tenham atendido, de
forma correta, a determinação judicial em comento. Diante disso, clara a demonstração de desinteresse
pela causa, o que acarreta a extinção do processo sem resolução de mérito por abandono de causa.
Trilhando igual entendimento, prescreve a recente jurisprudência:
Ora, a postura adotada pelos Autores , a meu ver, anunciam seu completo desinteresse no pedido, o
que faz quedar a continuidade da questão diante de seu claro desinteresse na lide que elegeu, repito.
Isto posto, com fundamento no artigo 485, inciso III e §1º, c/c o artigo 486, ambos do Código de
Processo Civil, extingo o processo sem resolução de mérito, vez o real abandono de causa, eis que, se
assim quisesse, tinha cumprido uma simples diligência: A que constava no ID 24560779, o que me
permite determinar o arquivamento dos autos do processo com as cautelas devidas, desconstituindo-se
todos os atos em tela.
À Secretaria da UPJ das Varas de Família expedir ofício ao Detran-Pará a fim de que, assim que
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ÀSecretaria da UPJ das Varas de Família oficiar à Caixa Econômica Federal para que, assim que receber
o expediente, retire a ordem de bloqueio nas contas de FGTS do Executado, SE TIVER SIDO DADA
À ORDEM.
ÀSecretaria da UPJ das Varas de Família oficiar aos Órgãos de Proteção ao Crédito a fim de que retire
de seus respectivos cadastros os dados do Executado, SE TIVER SIDO DADA À ORDEM.
Retiro bloqueio de valores, se houver, em nome do Executado, junto ao Sistema Bacen Jud, SE
TIVER SIDO DADA À ORDEM
Retire o nome do Executado do Sistema BNMP 2.0 CNJ, SE TIVER SIDO DADA À ORDEM
Sem custas e verba honorária, eis os Autores estarem com a gratuidade processual, nesta
compreendida a verba honorária.
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura digital)
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)
E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br
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R.Hoje
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura eletrônica)
Bb
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)
E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br
SILVIO JOSE FERREIRA VASCONCELOS propôs Ação Judicial em desfavor de VICTOR JOSE
SANTOS VASCONCELOS, ambos qualificados, expondo argumentos devidos e acostando documentos
suficientes.
DECIDO-
Os requisitos de admissão da inicial se encontram anunciados no artigo 319 do Código de Processo Civil.
Quando ausentes um dos pressupostos de admissibilidade, é direito subjetivo e processual do
Demandante corrigir ou completar a exordial, sob pena de pleno indeferimento. Prescreve o artigo 321, do
Estatuto Processual Civil:
Art.321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que
apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento do mérito, determinará que o autor,
no prazo de 15(quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado.
Parágrafo único: Se o .autor não cumprir a diligência, o. .juiz indeferirá a petição inicial.
Ora, a determinação para o Autor aplicar o dispositivo acima mencionado ocorreu na data de 14 de
julho de 2021, sem que, até a presente data, irregularidade tenha sido satisfeita ou sanada, o que, sem
sombra de dúvida, permite o indeferimento da exordial. .Trilhando igual entendimento, prescreve a recente
jurisprudência:
Isto posto, com fundamentos nos artigos 321 do Código de Processo Civil, indefiro a inicial eis o
desinteresse do Autor em suprir a omissão em comento, ensejando a rejeição da inicial em todos os
seus termos.
P.R.I. e certificado o trânsito em julgado e em seguida, determino o arquivamento dos autos com as
cautelas legais.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0823095-97.2021.8.14.0301
AÇÃO:[Casamento]
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Conforme petição da parte requerida presente no ID 30789310 e em consulta ao sistema PJE, verifico que
os autos de Nº 0861979-35.2020.814.0301, que trataram sobre pedido de homologação de acordo de
divórcio, guarda, direito de convívio e alimentos, que tramitou perante a 1ª Vara de Família da Capital, foi
sentenciado sem resolução do mérito, envolvendo as mesmas partes, causa de pedir e pedido.
Em consulta ao sistema PJE ainda foram identificados mais um processo de divórcio consensual das
partes, sob o No 0833277-45.2021.814.0301, em trâmite perante a 3ª Vara de Família da Capital, ajuizado
em junho de 2021, havendo assim proliferação de demandas das partes.
Assim, nos termos do inciso II do art. 286 do CPC, remetam-se os autos à 1ª Vara de Família da Capital.
ISTO POSTO, determino que os presentes autos sejam redistribuídos para a 1ª Vara de Família da
Capital, desde logo, uma vez que segundo a nova regra contida no art. 1.015 do CPC, das decisões que
declinam a competência, não cabe Agravo de Instrumento, a fim de que sejam redistribuídos com a
urgência necessária, procedendo-se, consequentemente, à necessária baixa no registro, dando-se baixa e
compensando-se na distribuição.
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JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
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E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br
R.Hoje
(i) Bom, a habilitação do Requerido nesta demanda me permite anunciar o comparecimento espontâneo
na lide. Então, a partir de agora, abro o prazo de defesa(15 dias úteis), sob pena de revelia.
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura eletrônica)
Bb
PODER JUDICIÁRIO
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R. Hoje
10 Por mandado, intime(m)-se pessoalmente o(a) Autor(a) THAIS DO ROSARIO SOUZA, para
que, em CINCO úteis, manifeste(m) seu(s) respectivo(s) interesse(s) , dizendo se ainda tem interesse
quanto ao prosseguimento do feito, UMA VEZ SUA AUSÊNCIA AO ESTUDO PSICOSSOCIAL, COM
ATUALIZAÇÕES DE AMBOS OS ENDEREÇOS E TELEFONES , SOB PENA DE DESISTÊNCIA/
EXTINÇÃO/ARQUIVAMENTO. O expediente ser cumprido à luz do artigo 212 do CPC.(cumprimento,
também, fora do expediente forense, inclusive nos dias de domingo e feriados).
20 Observe o senhor oficial de justiça que a diligência NÃO SERÁ CUMPRIDA se deixar o
mandado com terceiro, mesmo que este seja próxima ao(s) Autor(es) , porque a intimação SE OBRIGA A
SER PESSOAL.
JUÍZA DE DIREITO
(ASSINATURA ELETRÔNICA)
DECISÃO
Vistos, etc..
Com o fito de se evitar futuras e eventuais alegações de nulidade processual, com fulcro no art. 53,
II do CPC, que determina que é competente o foro de domicílio ou residência do alimentando para ação
em que se pede alimentos, entendo que o juízo competente para o processamento e julgamento do
presente feito é o da Comarca de Belém, devendo esta matéria (a competência para o processamento do
feito) ser conhecida de ofício pelo juízo, não sendo admitida a prorrogação.
P.R.I.C.
PODER JUDICIÁRIO
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R.Hoje
(i) Concedo aos Autores os benefícios da gratuidade processual, nesta compreendida a verba honorária.
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura eletrônica)
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Bb
PODER JUDICIÁRIO
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R.Hoje
PELA AUTORA:
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a) Meio de Prova Testemunhal: Defiro em todos os seus moldes. Então, como apresentou o rol de
testemunhas a ser ouvidas( Maria do Socorro Dias Rebouças e Danilo Gustavo Silveira Asp), dispensado
está a concessão do prazo quinzenal para tanto. Bom, as mesmas serão apresentadas em Juízo sem que
haja expedição de intimação pela Secretaria da UPJ das Varas de Família , cuja ausência importará em
desistência, sem perder de vista os casos legais de substituição processual.
PELO PATERNO:
a) Meio de Prova relativo ao Depoimento Pessoal: Defiro, eis a importância ao desfecho da lide, pelo
menos por enquanto.
b) Meio de Prova Testemunhal: Defiro em todos os seus moldes. Então, como apresentou o rol de
testemunhas a ser ouvidas( DIANDRA MAYANE DE OLIVEIRA e WATERLOO NAZARENO DA SILVA
PINHEIRO), dispensado está a concessão do prazo quinzenal para tanto. Bom, as mesmas serão
apresentadas em Juízo sem que haja expedição de intimação pela Secretaria da UPJ das Varas de
Família, cuja ausência importará em desistência, sem perder de vista os casos legais de substituição
processual.
c) Meio de Prova Documental: Defiro, sem perder de vista o respeito ao princípio do contraditório.
d) Meio de Prova Pericial: Abro o prazo de 15(quinze) dias, úteis e comum, a fim de que as partes
apresentem quesitos ao estudo psicossocial. ( O Ministério Público já os apresentou). Em seguida,
encaminhem-se ao Setor Social à confecção em 90(noventa) dias. Entregue o laudo(Este deverá estar em
sigilo, cujo levantamento far-se-á pelo Gabinete) , conclusos para prosseguimento.
a) Meio de Prova relativo ao Depoimento Pessoal: Defiro, eis a importância ao desfecho da lide, pelo
menos por enquanto.
b) Meio de Prova Pericial: Defiro, cujos parâmetros já se encontram definidos no item "d", do campo de
provas do Demandado.
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura eletrônica)
PODER JUDICIÁRIO
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MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)
E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br
R.Hoje
· Tenho a dizer que, por agora, os alimentos continuam arbitrados em termos de salário mínimo, eis a
ausência de comprovação da fonte pagadora do paterno, algo que, se ao longo da questão for
evidenciado, será alterado segundo os interesses dos menores. Noutras falas. Por enquanto, o quantum
alimentar está firmado na base de 80%(oitenta por cento) do salário mínimo vigente, reajustado de
acordo com a política governamental, cujo valor será depositado na conta bancária( Caixa Econômica
Federal na conta Social Digital da Caixa Tem Ag. 3880 1288 Conta Poupança 975790074-0)
respeitando-se a data limite do dia 05(cinco) mensal. Do universo alimentar em comento, destinar-se-á
para cada Autor o valor de 40%(quarenta por cento) da base de cálculo acima declinado.
SE ATRASAR, MULTA DE 2%(DOIS POR CENTO) POR CADA MÊS E JUROS DE 0,3%(ZERO
VÍRGULA TRÊS POR CENTO) AO DIA, COM APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO PELO IGP-
M/FGV.
· Se estiver com exercendo labor formal ou, se for comprovado os rendimentos/ganhos do paterno com
sua atividade empresarial, a verba alimentar será estipulada em 30% (trinta por cento) de seus
vencimentos e vantagens do PATERNO, incluindo-se férias, FGTS, 13º salário, aviso prévio, horas extras,
salário família, seguro desemprego auxílio alimentação, verbas rescisórias, prêmios, subsídios,
participação nos lucros e rendimentos e demais gratificações, com exclusão, apenas e tão somente, dos
descontos obrigatórios(INSS e IR)do paterno, mantendo-se a mesma forma de pagamento(depósito
bancário ), respeitando-se a data limite do recebimento dos rendimentos correspondente. Do universo
alimentar em comento, destinar-se-á para cada Autor o percentual de 15%(QUINZE por cento) da
base de cálculo acima declinado.
· Quando conhecida a fonte pagadora, cuja informação será fornecida pelos Autores, deverá a
Secretaria da UPJ das Varas de Família oficiar à fonte pagadora para que, assim que receber o
expediente, descontar logo os alimentos e, no prazo de 10(dez) dias, informar os ganhos reais DO
PATERNO , em detalhes.
1252
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
· Se estiver recebendo benefício previdenciário ou seguro – desemprego, desde que comprovado pela
materna, o quantum acima incidirá sobre o importe mensal recebido, na conta bancária a ser fornecida
posteriormente, respeitando-se os ganhos do paterno.
· Alerto o senhor oficial de justiça que o mandado de citação e o de intimação não deve ser deixado
com terceiros, mesmo que tais sejam parentes dos litigantes(mãe, irmã, tio, dentre outros), uma vez que a
citação e intimação se obriga a ser PESSOAL. A desatenção ao tema, certamente, provocará a
declaração de nulidade de a certidão, provocando-se a emissão de novo mandado citatório e o de
intimação.
· Autorizo o senhor Diretor de Secretaria ou outro servidor por ele indicado a assinar digitalmente os
expedientes ao objetivo desejado.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)
E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br
R.Hoje
· Tenho a dizer que, por agora, os alimentos continuam arbitrados em termos de salário mínimo, eis a
ausência de comprovação da fonte pagadora do paterno, algo que, se ao longo da questão for
evidenciado, será alterado segundo os interesses do menor. Noutras falas. Por enquanto, o quantum
alimentar está firmado na base de 30%(trinta por cento)do salário mínimo vigente, reajustado de acordo
com a política governamental, cujo valor será depositado na conta bancária da materna( Caixa
Econômica Federal, agência 1578, operação 013, conta bancária 37247-0) respeitando-se a data limite do
dia 10(dez) mensal.
SE ATRASAR, MULTA DE 2%(DOIS POR CENTO) POR CADA MÊS E JUROS DE 0,3%(ZERO
VÍRGULA TRÊS POR CENTO) AO DIA, COM APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO PELO IGP-
M/FGV.
· Se estiver com exercendo labor formal ou, se for comprovado os rendimentos/ganhos do paterno com
sua atividade empresarial, a verba alimentar será estipulada em 30% (trinta por cento) de seus
vencimentos e vantagens do PATERNO, incluindo-se férias, FGTS, 13º salário, aviso prévio, horas extras,
salário família, seguro desemprego auxílio alimentação, verbas rescisórias, prêmios, subsídios,
participação nos lucros e rendimentos e demais gratificações, com exclusão, apenas e tão somente, dos
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· Quando conhecida a fonte pagadora, cuja informação será fornecida pelo Autor, deverá a Secretaria
da UPJ das Varas de Família oficiar à fonte pagadora para que, assim que receber o expediente,
descontar logo os alimentos e, no prazo de 10(dez) dias, informar os ganhos reais do paterno , em
detalhes.
· Se estiver recebendo benefício previdenciário ou seguro – desemprego, desde que comprovado pela
materna, o quantum acima incidirá sobre o importe mensal recebido, na conta bancária a ser fornecida
posteriormente, respeitando-se os ganhos do paterno.
· Alerto o senhor oficial de justiça que o mandado de citação e o de intimação não deve ser deixado
com terceiros, mesmo que tais sejam parentes dos litigantes(mãe, irmã, tio, dentre outros), uma vez que a
citação e intimação se obriga a ser PESSOAL. A desatenção ao tema, certamente, provocará a
declaração de nulidade de a certidão, provocando-se a emissão de novo mandado citatório e o de
intimação.
· Autorizo o senhor Diretor de Secretaria ou outro servidor por ele indicado a assinar digitalmente os
expedientes ao objetivo desejado.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
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R.Hoje
(i) Creio que os autos do processo deverão ser encaminhados à Secretaria da UPJ das Varas de Família
no aguardo da juntada do mandado e fluxo do prazo.
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura eletrônica)
Bb
bB
1256
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R.Hoje
2. Caso permaneça na inadimplência, bem como não se escusando ao pagamento, ser-lhe-á decretada a
prisão civil pelo prazo de 01(um) a 03(três) meses, observando-se o teor da súmula 04 deste Tribunal:
JANEIRO-JUNHO/2020.
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura eletrônica)
1258
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ADIVALDO DOS SANTOS MOURA propôs Ação Judicial em desfavor de IZETE MARTINS MOURA,
ambos qualificados, expondo argumentos devidos, além de acostar documentos correspondentes.
No ID 26610755, consta ordem de intimação pessoal do Autor para que, dentro do prazo legal,
cumprisse com os termos do texto nele inserido e , simultaneamente, demonstrasse seu interesse quanto
ao prosseguimento da questão, sob pena de extinção.
No ID 31946076, consta a certeza da intimação e o desinteresse do Requerente para tanto, eis o teor
em comento: Não cumpriu com a determinação judicial, porque, muito embora cientes da medida,
optou pelo silêncio em atender as ordens judiciais, repito, o que demonstra total indiferença aos termos da
demanda.
DECIDO
I – Omissis
II - Omissis
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30
1259
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
(trinta) dias;
Ora, os autos do processo se encontram paralisados sem que o Autor tenha atendido, de forma
correta, a determinação judicial em comento. Diante disso, clara a demonstração de desinteresse pela
causa, o que acarreta a extinção do processo sem resolução de mérito por abandono de causa. Trilhando
igual entendimento, prescreve a recente jurisprudência:
Ora, a postura adotada pelo Autor , a meu ver, anuncia seu completo desinteresse no pedido, o que faz
quedar a continuidade da questão diante de seu claro desinteresse na lide que elegeu, repito.
Isto posto, com fundamento no artigo 485, inciso III e §1º, c/c o artigo 486, ambos do Código de
Processo Civil, extingo o processo sem resolução de mérito, vez o real abandono de causa, eis que, se
assim quisesse, tinha cumprido uma simples diligência: A que constava no ID 26610755, o que me
permite determinar o arquivamento dos autos do processo com as cautelas devidas, MANTENDO-SE
INTACTA A SENTENÇA DIVORCISTA.
Sem custas e verba honorária, eis o Autor estar com a gratuidade processual, nesta
compreendida a verba honorária.
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura digital)
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R.Hoje
(i) Emenda da inicial(15 dias úteis, sob pena de indeferimento). Em qual endereço a Requerida deve ser
citada?
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura eletrônica)
Bb
bB
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R.Hoje
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura eletrônica)
Bb
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JOSE ROBERTO BARBOSA CORREA E JULIA BELTRÃO CORREA, nos autos da Ação Judicial
correspondente, apresentaram pedido de homologação de acordo argumentando, em síntese, ser devido a
medida a fim de que haja decisão quanto ao tema: Exoneração de Alimentos, diante da postura
consensual ora havida, motivo pelo qual almejam o acolhimento integral do pedido ora eleito.
Acostaram documentos .
DECIDO
Excluo a participação do Ministério Público na questão, eis não estarem presentes os termos do
artigo 698 do Código de Processo Civil.
Pois bem.
Como se vê, não há óbice ao acolhimento do pedido, eis cingir-se de legalidade, restando ao Juízo
homologá-lo, em nível integral.
Isto posto, com base e fundamento no artigo 487, inciso III, alínea b, do Código de Processo Civil,
homologo por sentença os termos do acordo em comento e de forma integral, ante as considerações
acima elencadas, cujo teor tenho por reiterar diante de sua importância:
Não obstante, ainda resta igual valor remanescente(20%) da mesma base de cálculo e das
mesmas Fontes Pagadoras, a qual destinada à senhora JANETE FELIPE BELTRÃO. Bom, a mesma,
hoje, consta como falecida, conforme ID 31266595, óbito datado de 14 de março de 2021.
Portanto, o Alimentante, pior obviedade, tem sua obrigação alimentar com a falecida extinta e assim
devem ser adotadas as seguintes diligências, após o pagamento das despesas processuais
correspondentes, a saber:
1263
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
(i) À Secretaria da UPJ das Varas de Família oficiar às duas Fontes Pagadoras para que, assim que
receberem cada expediente, cessem o desconto alimentar na ordem acima(20%) para a filha JULIA
BELTRÃO CORREA, por força desta sentença, bem como ao importe de igual valor(20%) destinado à ex-
esposa JANETE FELIPE BELTRÃO, esta última por força do óbito ocorrido em 4 de março de 2021,
conforme ID 31266595.
(ii) À Secretaria da UPJ das Varas de Família expedir o competente alvará judicial destinado ao Autor
para que o mesmo possa receber os valores depositados na conta bancária da falecida, desde a data de
05 de março de 2021, eis lhe pertencer.
Custas finais, faltantes e remanescentes pelos Autores, os quais serão pagos dentro do
prazo recursal , sob pena de terem seus dados inseridos no campo da dívida ativa estatal.
P.R.I e pagas as custas, expeçam-se ofício, mandado e/ou carta precatória, ou outro
expediente almejado pelos Interessados(tais não são cumulativos, serão calculados conforme pedido dos
Interessados, frisa-se) à finalidade de direito.
Em seguida, determino que os autos sejam arquivados com todas as cautelas legais após o decurso de
o prazo recursal.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
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R.Hoje
2. O prazo para apresentação de defesa será de 15(quinze) dias, sob pena de decreto de revelia, ante
as advertências expostas no respectivo mandado.
3. No mais, digo ao oficial de justiça que, caso haja suspeita fundada de ocultação, em último caso, a
citação ocorrerá por hora certa, detalhando-se as diligências correspondentes.(A diligência quanto à
citação por hora certa deve ser bem detalhada, com anúncio dos dias e horários de cumprimento e com
que se falou acerca da diligência).
4. Alerto ao senhor oficial de justiça que o mandado de citação não deve ser deixados com terceiros,
mesmo que tais sejam parentes dos litigantes(mãe, irmã, tio, dentre outros), uma vez que as diligências
em comento se obrigam a ser PESSOAL. A desatenção ao tema, certamente, provocará a declaração de
nulidade de a certidão, permitindo-se a emissão de novos expedientes.
6. Não vou designar audiência de conciliação/mediação diante da desnecessidade no feito, porque vejo
a imprescindibilidade de estabilização objetiva da demanda, em seu início, sem prejuízo de haver
mediação/conciliação ao longo da demanda
7. Autorizo o senhor Diretor de Secretaria ou outro servidor por ele indicado a assinar digital o
expediente para fins necessários.
JUÍZA DE DIREITO
(I)Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.
(II)Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do
ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com
prova constante dos autos.
(III) Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a
mediação e conciliação.
Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo enquanto
os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar.
(IV)Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694.
§2o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência.
§4o Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos.
(V)Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões quantas sejam
necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de providências jurisdicionais para evitar o
perecimento do direito.
(VI)Art. 697. Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do procedimento
comum, observado o art. 335.
(VII)Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse de
incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo.
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Acostou documentos.
DECIDO
DO DIVÓRCIO
Excluo a participação do Ministério Público na questão, eis não estarem presentes os termos do
artigo 698 do Código de Processo Civil.(NÃO HÁ FILHOS)
Mais. Entendo que o pedido em comento aduz direito potestativo, unicamente, o qual dispensa a
estabilização objetiva da lide. Posicionamento tal agendado conforme atual conceito adotado pelo
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, cuja ementa assim colaciono:
__________
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIVÓRCIO. CITAÇÃO POR EDITAL VÁLIDA. 1. CITAÇÃO EDITALÍCIA.
Comprovado nos autos as diversas diligências para localizar e citar pessoalmente a demandada, porém
sem sucesso. Neste contexto, foi regular e válida a citação editalícia. 2. DECRETO DE DIVÓRCIO. Sem
razão a apelante quando sustenta que o autor não provou fato constitutivo de seu direito. Tendo ele
comprovado o casamento, o divórcio é um direito potestativo que pode ser exercido exclusivamente
por uma das partes, prescindindo de contestação. 3. NOME DE SOLTEIRA. Manter o nome de casada
ou voltar ao nome de solteira é uma prerrogativa da mulher, pois diz com seu patrimônio pessoal, um
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
direito de personalidade seu, como consta do § 2º do art. 1.571 do CCB. DERAM PROVIMENTO EM
PARTE. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70072128259, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Julgado em 09/03/2017)
____________
Por outro lado, a Desembargadora Relatora Sandra Brisolara Medeiros, assim decidiu:
_____________
____________
Mas bem. Na qualidade de direito, não vejo motivos par delongar a demanda com citação e decisão de
uma tutela de evidência, até por que, a alegação material em comento é livre e desvinculada da vontade
da outra parte, repito, cuja tramitação regular vai afrontar o princípio de a efetividade processual.
Vamos à decisão.
O divórcio propõe o término da sociedade conjugal, permitindo um novo enlace matrimonial entre os
divorciandos, vez a impossibilidade de retorno à vida conjugal, não havendo mais falar em requisito
temporal. Diz o artigo 226, §6º, da Carta Magna:
Ora, em análise aos termos constantes nos autos, verifica-se a satisfação dos moldes emanados
pela Autora, permitindo-se a objetividade em julgar.
DA INICIAL
A Requerente afirma estar separado faticamente, não havendo sentimentos firmes à mantença
do lar, permitindo-se a dissolução da sociedade conjugal.
DA PARTILHA DE BENS
Em discussão.
DO NOME
A Divorcianda voltará ao uso de seu nome de solteira, eis ser a alteração uma faculdade sua.
Como se vê, não havendo nenhum óbice ao decreto divorcista, resta ao Juízo acolher o pedido
inicial em seus termos integrais.
Ante o exposto e por tudo o que nos autos consta, com base no artigo 1.571 e seguintes do Código
Civil , c/c o artigo 226, §6º, da Carta Magna e todos c/c o artigo 487, inciso I do Estatuto Processual Civil,
JULGO INTEGRALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO INICIAL para decretar o divórcio entre RAÍSSA
DESYRÉE DUARTE PEREIRA SAMPAIO e FABIO DANIEL PEREIRA SAMPAIO diante de sua
admissibilidade legal, extinguindo-se o processo com resolução de mérito, REPITO, APENAS E TÃO
SOMENTE, QUANTO AO TEMA: DIVÓRCIO.
Repito. A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira( RAÍSSA DESYRÉE DUARTE PEREIRA
) eis a alteração ser uma opção sua. Por outro lado, o Requerido permanecerá com o uso de seu nome de
solteiro(FABIO DANIEL PEREIRA SAMPAIO) pois, a quando do casamento, não o alterou.
Não há falar em guarda, direito de visitação e alimentos, por ausência de discussão no presente.
Há divisão de bens.
À Secretaria da UPJ das Varas de Família e a Autora adotarem as medidas legais cabíveis ao feito,
observando-se que a mesma está com o manto da gratuidade processual.
Esta sentença serve como mandado de averbação e ofício, este último se necessário for.
Muito bem.
2. O prazo para apresentação de defesa será de 15(quinze) dias, sob pena de decreto de revelia, ante
as advertências expostas no respectivo mandado.
3. No mais, digo ao oficial de justiça que, caso haja suspeita fundada de ocultação, em último caso, a
citação ocorrerá por hora certa, detalhando-se as diligências correspondentes.(A diligência quanto à
citação por hora certa deve ser bem detalhada, com anúncio dos dias e horários de cumprimento e com
que se falou acerca da diligência).
4. Alerto ao senhor oficial de justiça que o mandado de citação não deve ser deixados com terceiros,
mesmo que tais sejam parentes dos litigantes(mãe, irmã, tio, dentre outros), uma vez que as diligências
em comento se obrigam a ser PESSOAL. A desatenção ao tema, certamente, provocará a declaração de
nulidade de a certidão, permitindo-se a emissão de novos expedientes.
6. Não vou designar audiência de conciliação/mediação diante da desnecessidade no feito, porque vejo
a imprescindibilidade de estabilização objetiva da demanda, em seu início, sem prejuízo de haver
mediação/conciliação ao longo da demanda
7. Autorizo o senhor Diretor de Secretaria ou outro servidor por ele indicado a assinar
digitalmente o expediente para fins necessários.
JUÍZA DE DIREITO
(I)Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.
(II)Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do
ato;
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IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com
prova constante dos autos.
(III) Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a
mediação e conciliação.
Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo enquanto
os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar.
(IV)Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694.
§2o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência.
§4o Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos.
(V)Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões quantas sejam
necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de providências jurisdicionais para evitar o
perecimento do direito.
(VI)Art. 697. Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do procedimento
comum, observado o art. 335.
(VII)Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse de
incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo.
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N (PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
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R. Hoje.
(i) Não, a citação editalícia pode ocorrer sim, desde que exauridas todas as etapas de localização da parte
adversa. Bom, nova emenda da inicial(15 dias úteis, sob pena de indeferimento), quero saber o CPF/MF
da Requerida e os dados da materna a fim de que possamos localizar o endereço da mesma para fins
devidos.
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura eletrônica)
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R.Hoje
(i) Declaro precluso o direito das partes em produzir provas ante o silêncio aos moldes da decisão
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emanada no ID 22126048.
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura eletrônica)
Bb
bB
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(i) Concedo à Executada os benefícios da gratuidade processual, nesta compreendida a verba honorária.
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(ii) Diga o Exequente quanto aos argumentos das duas defesas(15 dias úteis).
(iii) Mais, vou designar a data de 22 de setembro de 2021, às 12:00 horas, para audiência de tentativa de
acordo. Bom, somente a Executada será intimada pessoalmente, por mandado, eis estar sob o patrocínio
da Defensoria Pública. Por outro lado, o Exequente será apresentado por seu Advogado em Juízo, uma
vez o profissional deter poderes especiais, dentre tais, o de transigir.
Se houver acordo, homologamos por sentença. Caso contrário, os autos do processo, findo o prazo
indicado no item (ii) serão encaminhados ao Ministério Público para parecer.
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura eletrônica)
Bb
PROCESSO: 0874553-61.2018.8.14.0301
J.L.F.T. (ID: 7615919 - Pág. 1), menor representado por PATRICIA CRISTINA FARIAS
TEIXEIRA, propôs Ação de Investigação de Paternidade c/c Alimentos em desfavor de MAX FRANK
PINHEIRO DOS SANTOS, ambos qualificados, argumentando, em síntese, ser devido a medida eis a
certeza de vínculo consanguíneo com a parte adversa, seguindo-se da delimitação quanto a respectiva
responsabilidade alimentar, razão pela qual requer a procedência integral da pretensão eleita em todos os
seus termos.
No ID: 19866266 - Pág. 1 consta termo de audiência datado de 23/09/2020 onde fora colhido o material
genético das partes para realização de exame de DNA.
No ID: 24720486 - Pág. 1 e seguintes consta prova pericial consistente em exame de DNA.
DECIDO
Rege o princípio da filiação o direito do Autor em se ver reconhecida seja registralmente, seja sócio
afetivamente seus genitores ou um de seus formadores, haja vista a necessidade de se impor a
estabilidade familiar e a proteção de seus efeitos. Daí a previsão legal quanto ao uso da via comum
ordinária à definição da paternidade na eleição da verdade real, concretizada mediante prova pericial
conhecida como DNA.
Logo, quando consegue fazer bom manejo de seu corpo de provas, intercalando e associando os
fundamentos legais e fáticos com os meios probatórios, há falar em acolhimento do pedido inicial ante a
sustentação forte dos argumentos sustentados pelos meios de prova, em especial, o DNA. Nesse sentido,
aduz a jurisprudência advinda do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:
assim exarou:
4. CONCLUSÃO
(...) De acordo com a tabela contendo 15 regiões alélicas o (a) filho (a) investigante JOSE LUCAS
FARIAS TEIXEIRA, apresenta uma identidade de 50% de suas bandas com a Mãe do (a) filho (a)
investigante PATRICIA CRISTINA FARIAS TEIXEIRA e 50% com o Suposto Pai MAX FRANK
PINHEIRO DOS SANTOS, podendo-se calcular um índice de paternidade combinado de 5.679.791.
DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR
Todavia, para haver a obrigação, imprescindível e necessário é que haja prova do parentesco
consanguíneo ou afim, eis ser este pressuposto de admissibilidade e validador do pedido exordial,
imposição tal muita mais exigida quando o pleiteante anuncia vínculo familiar em primeiro grau. Note os
termos do artigo 1.696, Código Civil:
O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes,
recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
Pois bem.
Os alimentos são devidos em favor do Alimentando eis a prova inequívoca da paternidade da parte
adversa, a qual, nesse momento, coloca-se na posição de Alimentante.
De forma direta, digo que após a confirmação da paternidade, nos termos do laudo acostado,
deverá o paterno arcar com os alimentos presumidos, que pelo menos por enquanto serão arbitrados
provisoriamente.
Como se vê, o pedido de alimentos em face do menor: J.L.F.T. (ID: 7615919 - Pág. 1) deve ser
acolhido uma vez que todos os requisitos a tal pretensão foram preenchidos.
Digo que os alimentos, por agora, serão arbitrados provisoriamente, uma vez que o autor não fez
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
prova de suas reais necessidades (ainda que esta seja presumida) quanto ao valor a ser definitivamente
arbitrado.
Cumpre dizer que há confronto entre o pedido inicial e o ofertado pelo paterno a título de alimentos, o que
será bem delineado quando apresentados os princípios que regem tal encargo, e assim poderemos ajustar
o quantum alimentar.
O julgamento dos alimentos deve, como se obriga para tanto, a gravitar em torno do princípio abaixo
declinado, eis ser o vetor justo e definidor de um encargo tão importante e nobre quanto esse. É meu
entendimento!
NECESSIDADE-POSSIBILIDADE-PROPORCIONALIDADE
DA POSSIBILIDADE DO ALIMENTANTE
Atentem-se muito bem: A quantificação dos alimentos deve ser analisada sopesando as necessidades do
beneficiado, seguindo-se da possibilidade de adimplemento da obrigação alimentar do provedor, dentro da
esfera da proporcionalidade, vez o respeito aos direitos ora envolvido como, por exemplo, o da dignidade
da pessoa humana aplicável aos litigantes.
A título de conhecimento, vejamos o que discorreu o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios:
_________
_____
Em reforço, leiamos as decisões advindas e mais recentes do Tribunal de Justiça do Rio Grande do
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Sul:
___________
_______
Faz-se necessário relembrar que, ao longo da presente demanda NÃO foram arbitrados alimentos em prol
do menor, em virtude da ausência da prova da filiação ensejadora da obrigação alimentar, contudo restou
clarividente no documento de ID: 24720486 - Pág. 1 e seguintes, que a responsabilidade insurgirá a partir
da concretude da paternidade, repisa-se muito bem, em sede apropriada.
Ainda com relação a possibilidade de custeio dos alimentos do paterno a seu filho restou demonstrada nos
termos dos documentos de ID: 11178236 - Pág. 1/2.
Pelo discorrido o quantum a ser arbitrado deve estar em consonância tanto com as necessidades do autor,
as possibilidades do requerido havendo uma proporcionalidade entre eles.
Digo que merecerá acolhida o pleito alimentar, uma vez que restou comprovada a relação paterno-filial,
contudo tal encargo não será nos termos requeridos pela materna, face a comprovação dos gastos do
menor onde tais valores fogem do texto acima discorrido. É O MEU ENTENDIMENTO!!!
Continuo.
A Investigação de Paternidade em questão versa somente sobre questão de direito e, a meu ver,
encontra-se em plenas condições de julgamento imediato, ou seja, não há mais necessidade em produção
de outras provas além das que já constam nos autos, em especial o laudo pericial constante no exame de
DNA.
Logo, pelo acima explanado, aplicando a Teoria da Causa Madura e com a observância dos Princípios da
Razoável Duração do Processo; Celeridade e da Boa-Fé, não há porque não decidir o mérito da presente
lide.
Ante o exposto e por tudo o que nos autos consta, com base e fundamento no artigo 1.696 e
seguintes do Código Civil Pátrio e todos c/c o artigo 487, inciso I do Estatuto Processual Civil JULGO
INTEGRALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO INICIAL, quanto à paternidade indicada, por declarar
JOSÉ LUCAS FARIAS TEIXEIRA, filho de MAX FRANK PINHEIRO DOS SANTOS, eis o vínculo
consanguíneo que os envolve, inequivocamente comprovado pelo meio de prova pericial em anexo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Assim sendo, determino que seja expedido o competente mandado de averbação ao Cartório de
Registro Civil do 2º Ofício, sob o Livro 881-A, Folhas 0253, Registro de nascimento nº 516.300, a fim de
que seja providenciado as seguintes alterações:
De:
Para:
Nome dos avós paternos: MILTON TAVEIRA DOS SANTOS e MARGARIDA PINHEIRO DOS SANTOS.
Em
seguida, suprida a omisso, expeça-se o competente mandado de averbaço à materna à finalidade de
direito.
Por
outro lado, torno definitiva a obrigação alimentar paterna na seguinte forma:
Por outro lado, quanto aos alimentos provisórios torno a obrigação alimentar do paterno, nos seguintes
moldes:
1 - Caso exerça o labor formal, a verba será fixada em 20% (vinte por cento) dos vencimentos e vantagens
do Paterno, incluindo-se férias, FGTS, 13º salário, aviso prévio, horas extras, salário família, auxílio
alimentação, verbas rescisórias, participação nos lucros e rendimentos e demais gratificações, com
exclusão, apenas e tão somente, dos descontos obrigatórios (INSS e IR).
2 - Quando o paterno não estiver laborando formalmente, firmo o quantum alimentar em 30% (trinta por
cento) do salário mínimo vigente, reajustados de acordo com a política governamental, cujo valor será
entregue diretamente a autora, através de recibo, até que a mesma indique conta bancária para os
sucessivos depósitos, respeitando-se a data limite do dia 05(cinco) mensal.
3 – Face o laudo pericial constante no ID: 24720486 - Pág. 1 e nos termos do artigo 13, § 2º. da Lei
5.478/68 os alimentos são devidos a partir da citação.
Em 10 (dez) dias contados da publicação deste ato deve a representante legal do autor apresentar conta
bancária para efetivação dos respectivos depósitos.
No mesmo prazo acima determinado (prazo comum) devem as partes informar se desejam que os
alimentos ora arbitrados (provisórios) sejam tornados definitivos, em tudo atentado para o principio trino
dissertado e o melhor interesse do menor.
Em caso positivo (concordância em tornar os alimentos provisórios em definitivos) e sem nova conclusão,
ao Ministério Público para parecer.
ÀSecretaria Única das Varas da Família Da Capital/UPJ e as partes adotarem as medidas legais para a
eficácia dos termos sentenciais.
ESTA SENTENÇA SERVE COMO MANDADO E OFÍCIO, detendo cunho averbatório/ carta precatória
averbatória à finalidade de direito.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Sem custas e demais despesas processuais, eis conceder ao Requerido os benefícios da gratuidade
processual, nesta, compreendidos honorários advocatícios.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)
E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br
R.Hoje
(ii) Designo a data de 30 de agosto de 2021, às 12:00 horas, para audiência de acordo. As partes serão
trazidas em Juízo por seus Advogados, sem que haja necessidade de expedir intimação pessoal, ante os
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Se houver acordo, homologamos por sentença. Caso contrário, os autos do processo, findo o prazo
indicado no item (i) voltarão ao Gabinete para Decisão de Organização e Saneamento.
JUÍZA DE DIREITO
(assinatura eletrônica)
Bb
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ATO ORDINATÓRIO
PROCESSO: 0808061-19.2020.8.14.0301
I. Em razão da condenação em custas processuais atribuída pela sentença exarada nos autos acima
epigrafados, e ainda, ao §4º do art. 46 da Lei Estadual nº 8.328/2015, INTIMO a parte acima, através
deste para que, no prazo de 15 (quinze) dias, proceda ao recolhimento das custas finais constantes no
boleto disponivel na Secretaria da UPJ das Varas de Família de Belém ou pela internet no endereço
eletrônico: https://apps.tjpa.jus.br/custas/ (REIMPRESSÃO E VALIDAÇÃO 2ª Via da Conta do Processo e
Boleto Bancário), digitar o numero do processo acima e seguir os demais passos.
II. Ressalte-se que uma vez não paga as referidas custas, será encaminhada certidão circunstanciada à
Procuradoria Geral do Estado do Pará, a fim de que a mesma promova a inscrição do débito na Dívida
Ativa, assim como sua consequente cobrança judicial.
BRIAN ALMEIDA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Vistos etc.,
Tiveram um filho: Heitor Lino Mendes, nascido na data de 05 de outubro de 2008, menor em idade.
A guarda e responsabilidade será exercida na forma compartilhada, tendo como domicílio de referência a
residência materna. O direito de convivência do genitor com o menor será exercido da seguinte forma: o
menor ficará 2 (dois) dias com cada genitor, nos horários que forem convenientes ao interesse da criança,
levando em consideração os horários escolares e finais de semana; as férias escolares serão divididos em
15 (quinze) dias para cada genitor; as festas de final de ano serão de forma alternada; dia dos pais, dia
das mães e aniversários serão com os respectivos homenageados.
O genitor pagará pensão alimentícia ao filho menor no valor de R$ 8050,00 (oitocentos e cinquenta reais),
reajustado anualmente pelo índice geral de preço de mercado – IGP-M, mais o plano de saúde em seu
benefício, já descontado em folha de pagamento, mais o vale alimentação pago pela empresa.
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A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira. O Divorciando não alterou seu nome quando do
casamento.
Os autos foram remetidos ao RMP que em parecer de num.30849000 opinou pela decretação do divórcio
do casal e pela homologação dos termos do acordo por sentença.
É o relatório. Decido.
A Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser dissolvido
pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que dispõe: “A
sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”
Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de FÁBIO YUMI SILVA MENDES e ALINE PATRÍCIA MONTEIRO LINO
MENDES, e HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art. 487, inciso
III, alínea “b”, c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código de
Processo Civil, e, por consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do art.
487, inciso I, do CPC.
A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira: ALINE PATRÍCIA MONTEIRO LINO.
Cópia desta decisão servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO, advertindo o respectivo Cartório de
registro civil competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária
independentemente de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça
gratuita deferida.
Custas pelos requerentes. Porém, face a gratuidade da justiça deferida, é devida a suspensão da
exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das custas processuais, conforme
previsão do art. 98, § 3º, do CPC. Sem honorários advocatícios eis que se trata de divórcio consensual.
ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.
Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: Av. João Paulo II, Passagem Jáder Barbalho II, nº 03, Bairro: Souza, CEP: 66.133-55,
Belém/PA
ENDEREÇO: Rua Ajáx de Oliveira, Passagem São Sebastião nº 90B, Bairro: Bengui, CEP: 66.630-535,
Belém/PA
DESPACHO-MANDADO
R.H.
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:
Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
AUTOR: ELIEZER CORREA BAIA, residente e domiciliado na Avenida Rio Amazonas, Quadra: 13, nº 23,
Ananindeua-PA, CEP: 67145-335, Belém/PA
RÉU: MARIA EDUARDA SENA BAIA, REPRESENTANTE LEGAL, MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA
SENA Residente e domiciliada na Passagem São José, número 17, Bairro: Marambaia, Belém-PA, CEP:
66620-752
DESPACHO-MANDADO
R.H.
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:
Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
R.H.
Tendo em vista o parecer ministerial, intimem-se genitor, ora requerido, para de manifestar. Após,
conclusos.
RÉU: ANDERSON RODRIGUES DOS REMÉDIOS, residente e domiciliado na Rua Alvino Boldt, n.º 538,
casa dos fundos, bairro: Aventureiro, CEP: 89.225-640, Joinville/SC.
DECISÃO-MANDADO
Torno sem efeito, o despacho ID n.º 17542612; considerando a suspensão das audiências em virtude da
pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ressalvando que, após normalização das atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a
conciliação poderá ser obtida a qualquer momento;
Cite-se o requerido, intimando-o por carta precatória para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a
ação. Sob pena de revelia (art.344, CPC);
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
Int. e Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
AUTOR: ANDRÉ LUIS DOS ANJOS TORRES, domiciliada e residente na Travessa Humaitá, n.º 1966,
Altos, Bairro: Marco, CEP 66.083-340, Belém-Pa.
RÉ: CLEONICE PINHEIRO DOS SANTOS, domiciliada e residente Travessa São Sebastião, n. 98, Bairro:
Marco, CEP: 66.095-590, Belém/Pa.
DESPACHO -MANDADO
R.H.
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma
determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de
outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da celeridade e economia
processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o
prosseguimento do feito com essas modificações:
Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
GUARDA CC CO ALIMENTOS
PROCESSO: 0828766-09.2018.8.14.0301
ENDEREÇO: Rua Primeiro de Abril, n° 14, Residencial 1 de Abril. Bairro: Paracuri. CEP: 66.814-420. -
TELEFONES: 98053-5294
ENDEREÇO: na Rua Chico Mendes, n° 66, Bairro Paracuri (Icoaraci), CEP 66814-005
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DECISÃO-MANDADO
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando os princípios da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:
Cite-se a requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação da
contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte
autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente
com o mandado de citação, cópia da exordial;
Se ao cumprir a diligência de citação, o Oficial de Justiça certificar que o requerido não reside no endereço
constante na exordial, a Secretaria da Vara fica, desde já, autorizada a expedir ofício ao TRE, Equatorial e
COSANPA, de modo que este Juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço atual da
parte adversa em seus respectivos cadastros (art. 256, §3º do CPC);
AÇÃO DE ALIMENTOS
Autos: 0866880-46.2020.8.14.0301
REQUERENTE: JOÃO HENRIQUE VELOSO RAMOS, menor impúbere, neste ato representado por sua
genitora CARLIANE NUNES VELOSO RAMOS, residente e domiciliada no Conjunto Xingu, quadra 18,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DECISÃO-MANDADO
Tendo em vista expedição da Portaria n.º 1003/2021-GP, de 3 de março de 2021, c/c a Portaria n.º
1400/2021-GP, de 8 de abril de 2021, da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, que
determinou a suspensão do expediente externo do Poder Judiciário Estadual, no período em que deveria
ter sido realizada a audiência ID n.º 21131166, consequência do agravamento da pandemia do novo
Coronavírus (COVID 19), que assola o planeta;
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando os princípios da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:
Cite-se o requerido para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação da
contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte
autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente
com o mandado de citação, cópia da exordial;
Se ao cumprir a diligência de citação, o Oficial de Justiça certificar que o requerido não reside no endereço
constante na exordial, a Secretaria da Vara fica, desde já, autorizada a expedir ofício ao TRE, Equatorial e
COSANPA, de modo que este Juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço atual da
parte adversa em seus respectivos cadastros (art. 256, §3º do CPC);
RÉU: JOSÉ CARLOS DE ALMEIDA PESSOA, domiciliado e residente na PA 318, Praia do Crispim,
Bairro: Bacuruteua, cidade de Marapanim/Pa.
R.H.
Intime-se o executado pessoalmente e por hora certa, para, em 3 (três) dias, pagar o débito que
compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no
curso do processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;
Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);
Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);
Int. Cumpra-se.
AUTOS 0853862-55.2020.8.14.030
REQUERENTE: CLÉCIO DE AZEVEDO COSTA, telefone (91) 9 80620577, residente e domiciliado à Rua
Doutor Brito, nº 76, bairro Jurunas, CEP 66.030-020, Belém-PA.
REQUERIDA: CLEIDE VALE COSTA, telefone (91) 9 8062-0577, residente e domiciliada na Passagem
Cabo Leão, nº 7, entre Santa Terezinha e Santa Clara, bairro Condor, CEP 66.0300-200, Belém-PA.
DECISÃO-MANDADO
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Cite-se a requerida, intimando-a para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de
revelia (art.344, CPC);
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
Int. e Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
NÚMERO 0843566-42.2018.8.14.0301
Rh.
Tendo em vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
consequência da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) que assola o planeta; considerando que o art.
188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
preencham a finalidade essencial”; considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo
em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o prosseguimento do
feito observando o seguinte rito:
Intime-se a requerida por carta precatória para que querendo apresente contestação no prazo de 15
(quinze) dias; a não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se
como verdadeiras as alegações da autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do
CPC. Encaminhe-se, juntamente com o mandado de citação, cópia da inicial.
Havendo juntada de peça de defesa, a parte autora deverá ser intimada para apresentar réplica.
Se ao cumprir a diligência de citação, o Oficial de Justiça certificar que a requerida não reside no endereço
constante na exordial, a Secretaria da Vara fica, desde já, autorizada a expedir ofício ao TRE, Equatorial
Energia e Cosanpa, de modo que este juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço
atual da parte adversa em seus respectivos cadastros (art. 256, §3º do CPC).
Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
Rh.
Acautelem-se os autos na UPJ até a decisão final a ser proferida no referido recurso.
Cientifiquem-se as partes.
Cumpra-se.
AUTOR: DÊNIS MESSIAS AZEVEDO CARVALHO, telefone: (91) 9.8272-0578, domiciliada e residente na
Rua Dois, n.º 01, Conjunto Park Verde, bairro: Parque Verde, CEP: 66.635-070, Belém-PA.
RÉU: SABRINA KELLY AZEVEDO CARVALHO, domiciliado e residente na Passagem Ubeirabinha, n.º
94, entre Pedro Álvares Cabral e Gonçalves Ferreira, bairro: Telégrafo, CEP: 66.113-400, Belém/PA.
e MAX GUIMARÃES MONTEIRO, domiciliado e residente na Passagem Nossa Senhora de Belém, n.º 86,
bairro: Telégrafo, CEP: 66.113-380, Belém/PA.
R.H.
Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;
Reservo-me para apreciar o pedido de tutela de urgência após formação do contraditório e realização do
estudo social do caso; oficie-se ao Setor Social do Fórum Cível para que proceda a feitura do estudo, com
a advertência de que deverá apresentar o laudo no prazo mais exíguo possível;
1296
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Citem-se os requeridos, intimando-os para que, no prazo de 15 (quinze) dias, contestem a ação. Sob pena
de revelia (art.344, CPC);
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
Int. e Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
R.H.
1 – Defiro a gratuidade processual à parte requerente nos termos do art. 99 do CPC, §§ 2º a 4º, do CPC.
2 – Oficie-se a Caixa Econômica Federal - CEF, para que informe se existe saldo retido na conta vinculada
em nome de LEANDRO BARBOSA DE SOUSA, informando o CPF e PIS/PASEP do referido, constantes
em id. 23585874 - Pág. 1 e id. 23585876 - Pág. 1.
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: Travessa Guerra Passos, nº 640-Altos, Bairro: Canudos, CEP 66.070-210, Belém-Pará
Endereço: Passagem Imirema, nº 5, entre Passagem Leal e Rua Roso Danin, Bairro Terra Firme, CEP
66070-230, Belém-Pa
DESPACHO-MANDADO
R.H.
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:
Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da
Lei. Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: Rodovia Augusto Monte Negro, Alameda São Sebastião, nº 167, Castanheira, Belém – PA,
Residencial Silva Bragança, CEP: 66.623-010.
DESPACHO-MANDADO
R.H.
1299
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:
Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
Ananindeua – PA
RÉU: CAMILA SILVA NEVES , residente e domiciliada sito à Travessa Curuzu, n.º 1475, Apto 803, Bairro:
Marco, CEP: 66093-801, Belém-PA
DESPACHO-MANDADO
R.H.
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:
Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
R.H
Dispõe o art. 256, § 3º, do Código de Processo Civil que declara “O réu será considerado em local
ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo
de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços
públicos”.
Oficie-se o TRE/Pa para que informe se há registro do endereço do réu no Cadastro Nacional de
Eleitores.
Endereço constatado, cite-se a parte requerida por precatória, caso contrário, por edital, com prazo de 20
(vinte) dias, cientificando-o de que o prazo para contestar passará a fluir findo esse prazo, consignando-se
as advertências dos artigos 344 e 257, inciso IV, ambos do Código de Processo Civil – CPC.
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Cumpra-se.
P.R.I.
PODER JUDICIÁRIO
RÉU: ERICK RODRIGO DOS SANTOS KZAN, DOMICILIADO E RESIDENTE NA RUA DOS
MUNDURUCUS, ENTRE PASSAGEM MARIA E PASSAGEM ALEGRE, Nº 2937, BAIRRO: JURUNAS,
1302
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Rh.
Compulsando os autos, observo que embora tenho sido designada audiência (id. 14202258), a assentada
deixou de ocorrer em virtude da Pandemia de COVID-19 (certidão id. 17289975)
Tendo vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), consequência
da pandemia supramencionada que assola o planeta; considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os
atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a
exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”;
considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é
essencial e não deve ser interrompido, determino o prosseguimento do feito observando o seguinte rito:
Intime-se o requerido para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação da
contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte
autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente
com o mandado de intimação, cópia da inicial.
Havendo juntada de peça de defesa, a autora deverá ser intimada para apresentar réplica.
PODER JUDICIÁRIO
Rh.
Compulsando os autos, observo que embora tenho sido designada audiência de conciliação (id.
14847675), a assentada deixou de ocorrer em virtude da Pandemia de COVID-19 (certidão id. 17429601).
Tendo em vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
consequência da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) que assola o planeta; considerando que o art.
188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
preencham a finalidade essencial”; considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo
em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o prosseguimento do
feito observando o seguinte rito:
Intime-se o requerido para que querendo apresente contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não
apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as
alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-
se, juntamente com o mandado de intimação, cópia da inicial.
Havendo juntada de peça de defesa, a parte autora deverá ser intimada para apresentar réplica.
AÇÃO DE ALIMENTOS
Número 0827264-64.2020.8.14.0301
1304
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
REQUERENTE: PEDRO HENRICK DE SOUSA SARMENTO, menor, representado por sua genitora,
PRISCILA LOPES DE SOUSA, residente e domiciliaria no Município de Belém-PA, na Estrada CDP, n°12,
Próximo ao ponto de venda de gas, Bairro: Sacramenta, CEP: 66123-030
DECISÃO-MANDADO
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Cite-se o requerido, intimando-o pessoalmente, inclusive por hora certa, para que, no prazo de 15 (quinze)
dias, conteste a ação. Sob pena de revelia (art.344, CPC);
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
Int. e Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
Autos n° 0865901-21.2019.8.14.0301
1305
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
RÉUS: LUCAS MARIANO PINHEIRO XAVIER, domiciliado e residente na Travessa WE-86, n.º 891,
Bairro: Cidade Nova, CEP: 67.140-270, Ananindeua/Pa e LUANA VITÓRIA PINHEIRO XAVIER,
domiciliado e residente na Avenida Marques de Herval, n.º 163, entre Antônio Baena e Curuzu, Bairro:
Pedreira, CEP: 66.085-309, Belém-Pa.
Rh.
Compulsando os autos, observo que embora tenho sido designada audiência de conciliação, instrução e
julgamento (id. 14872253), a assentada deixou de ocorrer em virtude da Pandemia de COVID-19 (certidão
id. 17482632).
Tendo em vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
consequência da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) que assola o planeta; considerando que o art.
188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
preencham a finalidade essencial”; considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo
em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino que o feito prossiga
observando o seguinte procedimento:
Intimem-se os requeridos para que querendo apresentem contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não
apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as
alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-
se, juntamente com o mandado de citação, cópia da inicial.
Havendo juntada de peça de defesa, a parte autora deverá ser intimada para apresentar réplica.
PODER JUDICIÁRIO
DIVÓRCIO LITIGIOSO
1306
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Autos n° 0842309-79.2018.8.14.0301
ENDEREÇO: Rua WF6, Jardim Bom Futuro, n. 33, Cabanagem, CEP 66633-610, Belém-PA.
ENDEREÇO: Travessa Santa Maria, n° 83, entre Benfica e São José, Bairro Bengui, Belém - PA, Cep.
66.630-120.
DESPACHO -MANDADO
R.H.
“(...)
Art. 1º Prorrogar, no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, os termos da Portaria nº 1003/2021-
GP, de 03 de março de 2021, que atualiza o Anexo I da Portaria Conjunta nº 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020, que regulamenta procedimentos e institui protocolos, no
âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e disciplina a retomada gradual dos serviços de forma
presencial, observadas as ações necessárias para a prevenção de contágio pelo novo coronavírus
(COVID-19), e dá outras providências.
(...)”
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
apresente manifestação
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
AUTOS N. 0871805-85.2020.8.14.0301
EXEQUENTE: THAIS SOARES BESSA
EXECUTADO: RÔMULO JOSÉ FERREIRA DE SOUZA
Intime-se o executado para, no prazo de 30 (trinta) dias, cumprir a obrigação de fazer imposta na
sentença. Para caso de descumprimento do preceito, fixo multa diária no valor de R$ 500,00 (quinhentos
reais), que somente será exigível depois do decurso do prazo acima estipulado e durante o período de
mora (art. 536, parágrafos 1 e 2, CPC);
Cópia do presente servirá como mandado. Int. e Cumpra-se.
[CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
ENDEREÇO: Conjunto Abelardo Condurú, Quadra 23, nº. 11ª, bairro Coqueiro, CEP 67015-240,
Ananindeua/PA, telefone: (91) 98299-5068
ENDEREÇO; Rua Principal, Folha 33, Quadra D, Lotes 02 e 03, bairro Nova Marabá, CEP 68507-010,
Marabá/PA, fone (94) 99178-6220
Defiro o pedido da parte autora, ID n. 26542595; intime-se o executado para pagar o débito, no prazo de
15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver. Não ocorrendo pagamento voluntário no interregno
supra, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez
por cento (art. 523, §1º do CPC).
Advirta-se ao executado que uma vez efetuado o pagamento parcial no prazo previsto acima, a multa e os
honorários previstos incidirão sobre o restante (art. 523, §2º do CPC).
Certificado o trânsito em julgado da decisão e transcorrido o prazo do art. 523, mediante o recolhimento
das respectivas taxas, se for o caso, a parte exequente poderá requerer diretamente à serventia a
expedição de certidão, nos termos do art. 517 do CPC, que servirá também para os fins previstos no art.
782, §3º, do mesmo Codex.
Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, expeça-se desde logo, mandado de penhora e
avaliação, seguindo-se os atos de expropriação (art. 523, §3º do CPC).
Havendo impugnação por parte do devedor na forma do art. 525, IV do CPC, intime-se a exequente par
manifestação.
Cópia desta decisão servirá como mandado. Faculto à exequente ou pessoa por ela indicada acompanhar
o Sr. oficial de justiça quando do cumprimento do presente mandado.
P.RI. Cumpra-se.
Belém/PA, 28 de julho de 2021.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Vistos etc.,
Tiveram uma filha: Rebeca Emanuelle Souza Nonato, nascida na data de 21/01/2012, atualmente com 9
(nove) anos de idade.
A guarda da filha menor de idade será exercida da forma compartilhada, com domicílio de referência o da
genitora, sendo as visitações exercidas de forma livre pelo genitor.
Dispuseram que o genitor pagará pensão alimentícia à filha no valor correspondente a 20% (vinte por
cento) do valor do salário mínimo vigente, a serem depositados na conta corrente bancária de titularidade
1310
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
da genitora da menor.
A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira. O Divorciando não alterou seu nome quando do
casamento.
Os autos foram encaminhados ao RMP que, em parecer doc.num.30367869 opinou pela decretação do
divórcio do casal e pela homologação do acordo por sentença.
É o relatório. Decido.
Preliminarmente, defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam
ressalvadas as disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC.
A Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser dissolvido
pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que dispõe: “A
sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”
Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.
ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de EDIVALDO BAIA NONATO JÚNIOR e RAFAELA ISABELE CABRAL
SOUZA NONATO, e HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art. 487,
inciso III, alínea “b”, c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código de
Processo Civil, e, por consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do art.
487, inciso I, do CPC.
A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira: RAFAELA ISABELE CABRAL SOUZA.
Cópia desta decisão servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO, advertindo o respectivo Cartório de
registro civil competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária
independentemente de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça
gratuita.
Custas pelos requerentes. Porém, face a gratuidade da justiça deferida ao autor e que defiro também à
requerida, é devida a suspensão da exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das
custas processuais, conforme previsão do art. 98, § 3º, do CPC. Sem honorários advocatícios eis que se
trata de divórcio consensual.
ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.
Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.
REQUERENTE: JOSIANE DA SILVA MELO, domiciliada e residente no Conjunto Pedro Teixeira, Rua A,
n.º 89, Bairro Coqueiro, CEP: 66400-000, Belém-PA;
Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;
Advirta-se os requeridos que, muito embora o mandado de citação esteja desacompanhado de cópia da
petição inicial, está assegurado seu direito de examinar seu conteúdo a qualquer tempo (art. 695, § 1º, do
CPC);
Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos (art.
695, § 4º, do CPC);
Expeça-se ofício ao Juízo da 8.ª Vara Cível e Empresarial da Capital, para que informe em que fase
processual se encontra os autos do processo n.º 0828062-88.2021.8.14.0301, e tome as providências que
julgar cabíveis;
P.R.I.C. Cumpra-se.
1313
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Intime-se o executado pessoalmente e por hora certa, para, em 3 (três) dias, pagar o débito que
compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no
curso do processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;
Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);
Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);
Int. Cumpra-se.
1314
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
RÉU: RAIMUNDO SÉRGIO RODRIGUES DA SILVA, domiciliado e residente na Rua André Abade, s/n,
Bairro: Pantanal, no local conhecido como “Casa do Seu Minhoca”, próximo ao Rio, CEP: 68.640-000,
cidade de Ourém- PA.
RH.
Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições do art. 98, parágrafos 2º a 4º do Código de Processo Civil;
Intime-se o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito que compreende até as 3 (três)
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo, provar
que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;
Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, a parte exequente poderá requerer diretamente à serventia a
expedição de certidão, nos termos do art. 517 do CPC, que servirá também para os fins previstos no art.
782, §3º, do mesmo Codex;
Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, além do protesto, será
1315
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
decretada sua prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do CPC);
Int. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
EXECUTADO: AGENOR GONÇALVES DOS SANTOS FILHO, domiciliado e residente na Rua da Pirelli,
Conjunto Beija-Flor, Quadra 11, n.º 18, Bairro: Beija-Flor, Cidade de Marituba -Pa.
Rh.
Intime-se o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito que compreende até as 3 (três)
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo, provar
que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC).
Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC).
1316
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
O meirinho poderá lançar mão do disposto no art. 252 do CPC, caso necessário.
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO : RUA NOVA N.º882 - FUNDOS CASA 02. PEDREIRA. CEP: 66.083-441
DESPACHO-MANDADO
Rh.
Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;
Intime-se o executado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
Não ocorrendo pagamento voluntário no interregno supra, o débito será acrescido de multa de dez por
cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento (art. 523, §1º do CPC).
Advirta-se ao executado que uma vez efetuado o pagamento parcial no prazo previsto acima, a multa e os
honorários supramencionados incidirão sobre o restante (art. 523, §2º do CPC).
1317
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, expeça-se desde logo, mandado de penhora e
avaliação, seguindo-se os atos de expropriação (art. 523, §3º do CPC).
Certificado o trânsito e julgado da decisão e transcorrido o prazo do art. 523, mediante o recolhimento das
respectivas taxa, se for o caso, a parte exequente poderá requerer diretamente à serventia a expedição de
certidão, nos termos do art. 517 do CPC, que servirá também para os fins previstos no art. 782, §3º, do
mesmo Codex.
Havendo impugnação por parte do devedor na forma do art. 525 do CPC, retornem os autos conclusos
para apreciação da peça de irresignação.
P.R.I. Cumpra-se.
R.H.
1. Defiro o pedido do parecer do RMP; intime-se o executado para que se manifeste sobre a petição do
exequente, ID n.º 19787502, prazo de 5 (cinco) dias;
2. Após, conclusos.
AUTOS N. 0847069-03.2020.8.14.0301
R.H
P.R.I. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: Trav. Dom Romualdo de Seixas, Ed. Vouga, 1038, apt. 201, entre Bernal do Couto e
Oliveira Belo, Umarizal, CEP 66.055-200.
MOZ.
ENDEREÇO 2: Rua da República, s/n, Bairro Praião, CEP 68.330-000, Porto de Moz - PA
DESPACHO
R.H.
Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial, ressalvadas as
disposições do art. 98, parágrafos 2º a 4º do Código de Processo Civil;
P.R.I CUMPRA-SE.
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: Rua Turqueza, n.º 1071-N, Bairro: Luis Carlos Tessele Júnior, CEP: 78.455-000, Lucas do
Rio Verde-MT.
ENDEREÇO: Passagem Nossa Senhora de Belém, n.º 33, Bairro: Castanheira, CEP: 66.645-003, Belém-
Pa.
DESPACHO -MANDADO
R.H.
“(...)
Art. 1º Prorrogar, no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, os termos da Portaria nº 1003/2021-
GP, de 03 de março de 2021, que atualiza o Anexo I da Portaria Conjunta nº 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020, que regulamenta procedimentos e institui protocolos, no
âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e disciplina a retomada gradual dos serviços de forma
presencial, observadas as ações necessárias para a prevenção de contágio pelo novo coronavírus
(COVID-19), e dá outras providências.
(...)”
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação
1321
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
Numero: 0861396-50.2020.8.14.0301
REQUERENTE: RUAN DA SILVA ALBUQUERQUE, menor assistido por sua genitora REGIANE NEVES
DA SILVA, domiciliada e residente nesta cidade na Rua Maravalho Velho, n°55, Fundos, Bairro
Marambaia, CEP 666223-240, Belém/Pa.
DESPACHO-MANDADO
Rh.
“(...)
Art. 1º Prorrogar, no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, em parte, os termos da Portaria nº
1003/2021-GP, de 03 de março de 2021, que atualiza o Anexo I da Portaria Conjunta nº 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020, a qual regulamenta procedimentos e institui protocolos, no
1322
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e disciplina a retomada gradual dos serviços de forma
presencial, observadas as ações necessárias para a prevenção de contágio pelo novo coronavírus
(COVID-19), e dá outras providências.
Parágrafo único. A prorrogação de que trata este artigo aplica-se às unidades administrativas e judiciárias
em bandeiramento vermelho, exceto aquelas cujos municípios tiveram a decretação de lockdown, que
possuem suspensão de atividades regulada em ato próprio.
(...)”
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma
determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de
outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da celeridade e economia
processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o
prosseguimento do feito com essas modificações:
Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
1323
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PODER JUDICIÁRIO
Rh.
Considerando a petição id. 20952205 - Pág. 1, expeça-se ofício à fonte pagadora do requerido, a fim de
que seja cientificada sobre a nova conta de titularidade da representante legal informada nos autos para
fins de depósito dos alimentos provisórios.
Diligencie a UPJ junto à Central de Mandados para que seja esclarecida, no prazo de cinco dias, a
questão relativa à citação do demandado, já mencionada em despacho id. 18422158 - Pág. 1, sob pena
de serem tomadas as medidas cabíveis junto à Corregedoria de Justiça.
Cumpra-se.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
RÉU: FRANCISCO GOMES DA SILVA, domiciliado e residente na Rua Senador Manoel Barata, Edifício
Infante de Sagres, n.º 718, 8º andar, sala 801, bairro: Campina, CEP: 66.019-000, Belém/Pa.
R.H.
Intime-se o executado pessoalmente e por hora certa, para, em 3 (três) dias, pagar o débito que
compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no
curso do processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;
Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);
Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);
Int. Cumpra-se.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
R.H.
Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;
Intime-se o executado WASHINGTON DA SILVA ALBANO, pessoalmente, para que contrate uma
imobiliária para avaliar os imóveis a serem partilhados, sob pena de aplicação de multa no valor de R$
1.000,00 (um mil reais), até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais) por descumprimento da ordem;
Deverá a imobiliária divulgar a venda do imóvel em mídia de ampla circulação, devendo o produto da
alienação ser repartido meio a meio entre as partes;
Int. e Cumpra-se.
Analisando os autos, observo que o mandado de citação foi acostado em 21.09.20 (id. 19790799 - Pág. 1)
e a contestação juntada em 27.10.20 (id. 20694716 - Pág. 1 a 21).
Consta alegação do advogado da parte ré (id. 20079549 - Pág. 1) no sentido de que não estava tendo
acesso ao caderno processual (visibilidade).
Sendo assim, para fins de verificação sobre a tempestividade da peça de defesa, determino que seja
expedida a devida certidão pela UPJ, esclarecendo a questão.
Com relação ao contido no item 2 do petitório id. 21300944 - Pág. 1, cumpre frisar que a cobrança de
alimentos provisórios em atraso deve se dar na forma disposta no art. 531, §1º do CPC.
Int. Cumpra-se.
R.H.
Cumpra-se.
AÇÃO DE ALIMENTOS
AUTOR: CLAUDIO HENRIQUE AMORIM SILVA, representado pela sua genitora, SURIELLE CLAUDIA
MENEZES AMORIM, residente e domiciliada na cidade de Belém/PA sito à Travessa Antônio Baena, n°
554 Bairro: Pedreira, CEP: 66085-051.
RÉU: ADRIEL HENRIQUE DA SILVA E SILVA, com endereço laboral na Empresa Dunlop/Pará Pneus
Fortes, Avenida Duque de Caxias, esquina com Travessa Mauriti, n 937, Bairro: Marco, CEP: 66093-027.
DECISÃO-MANDADO
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Cite-se o requerido, intimando-o para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de
revelia (art.344, CPC);
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
Int. e Cumpra-se.
MARIA DAIANA MELO DE SOUZA OAB: null Participação: EXECUTADO Nome: R. B. D. S. Participação:
AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.
RÉU: RAFAEL BARBOSA DA SILVA, residente e domiciliando na Passagem Maria dos Anjos, n° 371,
Bairro: Maracangalha, CEP 66110-220, Belém-PA.
DECISÃO-MANDADO
Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2.º, 3.º e 4.º, do CPC;
Intime-se o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito que compreende até as 3 (três)
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo, provar
que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;
Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);
Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);
Ciente o MP;
Int. Cumpra-se.
[
Defiro o pedido da petição ID N. 14139648; intime-se o requerido informando-o que deverá depositar os
alimentos a que se obrigara na conta corrente apresentada.
Cumpra-se.
Verifique a Direção se ainda existe algum expediente a ser realizado no feito. Após, arquive-se os autos.
PODER JUDICIÁRIO
Autos nº 0876026-82.2018.8.14.0301
REQUERIDA: MARIA ALICIA BARROS COSTA, neste ato representada por sua genitora, LARISSA
CAVALCANTE BARROS, residente e domiciliada na Vila L, n° 77, bairro da Pedreira, CEP: 66.083-135,
Belém/PA.
Rh.
Compulsando os autos, observo que embora tenho sido designada audiência de conciliação (id.
15663644), a assentada deixou de ocorrer em virtude da Pandemia de COVID-19 (certidão id. 17483453).
Tendo em vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
consequência da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) que assola o planeta; considerando que o art.
1330
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
preencham a finalidade essencial”; considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo
em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino que o feito prossiga
observando o seguinte procedimento:
Intime-se a requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação da
contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte
autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente com
o mandado de citação, cópia da inicial.
Havendo juntada de peça de defesa, a parte autora deverá ser intimada para apresentar réplica.
Cumprimento de Sentença
Autos n. 0873378-61.2020.8.14.0301
Exequente: ENZO MARCONDES DELLA CASA COELHO DE OLIVEIRA, menor púbere assistido por sua
genitora DANIELA MARCONDES DELLA CASA.
Executado: REGINALDO COELHO DE OLIVEIRA, residente e domiciliado no Conjunto Maguary, Alameda
3, Casa nº 60, Coqueiro, Belém/PA, CEP: 66823-062 contato telefônico (91) 98238-2100 e (91)
996018382.
Advirta-se ao executado que uma vez efetuado o pagamento parcial no prazo previsto acima, a multa e os
honorários previstos incidirão sobre o restante (art. 523, §2º do CPC);
1331
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Certificado o trânsito em julgado da decisão e transcorrido o prazo do art. 523, mediante o recolhimento
das respectivas taxas, se for o caso, a parte exequente poderá requerer diretamente à serventia a
expedição de certidão, nos termos do art. 517 do CPC, que servirá também para os fins previstos no art.
782, §3º, do mesmo Codex;
Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, expeça-se desde logo, mandado de penhora e
avaliação, seguindo-se os atos de expropriação (art. 523, §3º do CPC);
Havendo impugnação por parte do devedor na forma do art. 525, IV do CPC, intime-se a exequente par
manifestação;
Cópia desta decisão servirá como mandado. Faculto à exequente ou pessoa por ela indicada acompanhar
o Sr. oficial de justiça quando do cumprimento do presente mandado;
Caso não seja localizado, cite-se por edital, com prazo de 20 (vinte) dias, cientificando-o de que o prazo
para pagar, provar que o fez ou justificar passará a fluir findo esse prazo, consignando-se as advertências
dos artigos 344 e 257, inciso IV, ambos do Código de Processo Civil – CPC;
P.RI. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
RÉU: RENAN ANDRADE VILHENA MEDEIROS, domiciliado e residente na Rua Benjamin Constant, n.º
889 C, CEP: 66.053-040, Belém /Pa.
1332
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Rh.
Compulsando os autos, observo que embora tenho sido designada audiência (id. 14831128), a assentada
deixou de ocorrer em virtude da Pandemia de COVID-19 (certidão id. 17482605).
Tendo em vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
consequência da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) que assola o planeta; considerando que o art.
188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
preencham a finalidade essencial”; considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo
em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o prosseguimento do
feito observando o seguinte rito:
Intime-se o requerido para que querendo apresente contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não
apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as
alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC.
Encaminhe-se, juntamente com o mandado de intimação, cópia da inicial.
Havendo juntada de peça de defesa, a parte requerente deverá ser intimada para apresentar réplica.
Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
E-mail: hb31@hotmail.com
Endereço: Rua Deodoro de Mendonça, n.º 294, kit net 207, Bairro: São Braz, CEP: 66.090-150, Belém/Pa.
Endereco: Passagem Libertação, n.º 11, Bairro: Terra Firme, CEP: 66.077-320, Belém-Pa.
DESPACHO-MANDADO
R.H.
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:
Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da
Lei. Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO DE ALIMENTOS
Número: 0876105-90.2020.8.14.0301
Requerente: MARIA HELOISA DA SILVA PAIVA, residente e domiciliada na Avenida Doutor Freitas, nº
1496, entre Marquês e Visconde de Inhaúma, Pedreira, Belém/PA, CEP 66087- 810 (telefone 98300-
3442)
DESPACHO-MANDADO
R.H.
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:
Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora, para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
AÇÃO DE ALIMENTOS
PROCESSO Nº 0850032-52.2018.8.14.0301
AUTOR: SHOPIA PINHEIRO DOS SANTOS REPRESENTANTE LEGAL: PAULA GIULIANA CECYM
PI N HEIRO TELE FONE : 98260-4835 E NDE RE ÇO : P A S S A G E M B O M J E S US I I , N º 7 0 .
GUAMÁ.BELÉM/PA. CEP:66.073-155
RÉU: DIEGO FREITAS DOS SANTOS ENDEREÇO PROFISSIONAL: Av. Doutor Freitas, nº 860, UPA
Sacramenta, Bairro da Sacramenta, Belém/PA. TELEFONE: 99397-7282.
DECISÃO-MANDADO
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando os princípios da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:
Tendo em vista que o requerido já foi citado, intime-o para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze)
dias; a não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como
verdadeiras as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do
CPC. Encaminhe-se, juntamente com o mandado de citação, cópia da exordial;
Se ao cumprir a diligência de citação, o Oficial de Justiça certificar que o requerido não reside no endereço
constante na exordial, a Secretaria da Vara fica, desde já, autorizada a expedir ofício ao TRE, Equatorial e
COSANPA, de modo que este Juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço atual da
parte adversa em seus respectivos cadastros (art. 256, §3º do CPC);
RÉU: CESARE BECCARIA MOREIRA DE OLIVEIRA, residente e domiciliado na Tv. Dom Romualdo de
Seixas, nº 799 – Edifício Rio Nilo, Umarizal, CEP 66.050-110, com intimação junto ao Comando Militar do
Norte - 8ª Região Militar, Quartel do exército em Belém/Pará, localizado à Rua João Diogo, nº 458, bairro
da Campina, CEP 66.015-175.
DECISÃO-MANDADO
R.H.
Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2.º, 3.º e 4.º, do CPC;
Intime-se o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a
impossibilidade de efetuá-lo;
Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);
Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);
Ciente o MP;
1337
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Int. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO DE ALIMENTOS
AUTOS 0806899-52.2021.8.14.0301
REQUERENTE: ISAAC HENRIQUE FERREIRA BARBOSA, menor, representado por sua mãe, ILENICE
DO SOCORRO FERREIRA NEVES, residente e domiciliada na Passagem Ana Dantas, nº 780, Bairro:
Sacramenta, CEP: 66110-000, Belém/PA.
REQUERIDO: JOSE AUGUSTO DE SOUZA BARBOSA, residente e domiciliado na Ceilândia Norte, QNP,
25, Conjunto D, Casa 14, P. Norte, CEP 72242-109, Distrito Federal.
DESPACHO-MANDADO
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Considerando o não comparecimento do requerido à audiência, embora tenha sido informado da data e
horário, via whatsapp, pela assessoria do gabinete, que inclusive disponibilizou link para acesso, cite-se o
réu para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser realizada por meio
eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do inteiro teor do objeto
da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente identificada com
documento de identificação oficial.
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora, para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado/ofício. Cumpra-se na forma e sob as penas da
Lei. Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
Rh.
Expeça-se ofício à fonte pagadora do requerido para fins de desconto dos alimentos provisórios e,
considerando a certidão id. 12233873 - Pág. 1, solicite-se que seja informado pela SUSIPE, no prazo de
cinco dias, o lugar em que o requerido exerce permanentemente suas funções.
AUTORA: MARIA DA GLÓRIA DUARTE DO COUTO BOTELHO, telefone: (91) 9.9206-6717, domiciliada e
residente no Conjunto Maguari, Alameda 24, n.º 64-B, entre Principal e Secundária, bairro: Coqueiro, CEP:
66.823-091, Belém/PA.
RÉU: MARCO ANTÔNIO OLIVEIRA BOTELHO, residente e domiciliado na Passagem Rosa Lemos, n.º
217, acesso pela Passagem Brotinho e Pedro Álvares Cabral, bairro: Telégrafo, CEP: 66.113-520,
Belém/PA.
DECISÃO-MANDADO
Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Cite-se o requerido, intimando-o para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de
revelia (art.344, CPC);
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
Int. e Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
Rh.
Defiro a gratuidade processual à parte requerente nos termos do art. 99 do CPC, §§ 2º a 4º, do CPC.
Considerando os termos do art. 256, §3º do CPC, expeça-se ofício ao TRE, Equatorial Energia e Cosanpa,
de modo que este juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço atual da parte
adversa em seus respectivos cadastros.
Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO DE ALIMENTOS
AUTOS 0804831-49.2018.8.14.0006
REQUERENTE: Jhullya Maria Araujo de Lima, menor impúbere, neste ato representada por sua genitora,
Joice Kethlen Araujo de Souza, residentes e domiciliadas na Passagem São Benedito n. 20, bairro Parque
Verde, Belém-PA, cep 66635-070.
REQUERIDO: Alex Silva de Lima, residente e domiciliado Psg Parnaiba 1, Ps Parnaíba, Lt Águas Lindas,
Casa C, Rua Recife, Bairro: Águas Linda, Belém/PA.
1341
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DESPACHO-MANDADO
R.H.
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:
Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
RÉU: ROSIVALDO VICTOR SILVA EVANGELISTA, domiciliado e residente na Rua Paulo Santos, n.º 02,
Loteamento Cristo Rei III (Lot Tucano), Bairro: Icuí-Guajará, CEP: 67.125-450, Município de
Ananindeua/PA.
DECISÃO-MANDADO
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Intime-se o requerido para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de revelia
(art.344, CPC);
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
Int. e Cumpra-se.
Intime-se o executado, inclusive por hora certa para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias,
acrescido de custas, se houver.
Não ocorrendo pagamento voluntário no interregno supra, o débito será acrescido de multa de dez por
cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento (art. 523, §1º do CPC).
Advirta-se ao executado que uma vez efetuado o pagamento parcial no prazo previsto acima, a multa e os
honorários supramencionados incidirão sobre o restante (art. 523, §2º do CPC).
Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, expeça-se desde logo, mandado de penhora e
avaliação, seguindo-se os atos de expropriação (art. 523, §3º do CPC).
Certificado o trânsito e julgado da decisão e transcorrido o prazo do art. 523, mediante o recolhimento das
respectivas taxa, se for o caso, a parte exequente poderá requerer diretamente à serventia a expedição de
certidão, nos termos do art. 517 do CPC, que servirá também para os fins previstos no art. 782, §3º, do
mesmo Codex.
Havendo impugnação por parte do devedor na forma do art. 525 do CPC, retornem os autos conclusos
para apreciação da peça de irresignação.
Int. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
Execução de Alimentos
Processo n° 0870134-95.2018.8.14.0301
ENDEREÇO: Av. José Bonifácio, Vila Esperança, n. 85, bairro Guamá, CEP: 66065-270, Belém/Pa.
DESPACHO-MANDANDO
Intime-se o executado para no prazo de 03 (três) dias pagar o débito que compreende até as 3 (três)
prestações alimentares anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do
processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
Caso o executado, no prazo referido, não realize o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC).
Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, além de protestar o
pronunciamento judicial, será decretada sua prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC).
Cumpra-se.
RÉU: JOEL DE LIMA QUINTINO, telefone: (91) 9.8722-7880, residente e domiciliado na Rodovia Mário
Covas, Passagem Santo Antônio, Vila Soares, n.º 09, bairro: Levilândia, CEP: 67.045-000, Belém/PA com
endereço profissional na Equatorial Energia, localizado na Avenida Augusto Montenegro, s/n, Km 08,
nesta Capital.
DECISÃO-MANDADO
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Cite-se o requerido, intimando-o para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de
revelia (art.344, CPC);
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
Int. e Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: Passagem Francisca Damião, nº 40, Bairro Mangueirão, CEP: 66.640-385, Belém-PA, e-
mail: nat.cris.86@hotmail.com, telefone (91) 98122-0210
ENDEREÇO: Av. Marques de Herval, Passagem D’hiotel, nº 48, Bairro Pedreira, CEP: 66080-2109,
Belém/Pa.
DESPACHO-MANDADO
R.H
Considerando a petição 23462946; considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos
processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-
se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o
principio da celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não
deve ser interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:
Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da
Lei. Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
1347
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
EXECUTADO: ÉDIPO MIRANDA ALVES, telefone: (91) 9.8853-7390, com domicilio profissional na
empresa BUGIO AGROPECUÁRIA LTDA., localizada na Rodovia SC 283, Km 08, s/n, interior, CEP:
89.801-971, Chapecó/SC.
Intime-se o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito que compreende até as 3 (três)
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo, provar
que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;
Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);
Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Vistos etc.,
Tiveram 3 (três) filhos: Laura Siqueira de Lima, nascida na data de 19 de março de 2008; Ivo Siqueira de
Lima, 28 de março de 2013, e; Lis Siqueira de Lima, nascida na data de 11 de janeiro de 2016.
A guarda dos filhos menores será exercida da forma compartilhada, com domicílio de referência o da
genitora, sendo as visitações exercidas de forma livre pelo genitor.
1349
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Dispuseram que o genitor pagará pensão alimentícia aos filhos no valor correspondente a 45% (quarenta e
cinco por cento) do valor do salário mínimo vigente, sendo 15% (quinze por cento) a cada filho, a serem
depositados na conta corrente bancária de titularidade da genitora da menor.
A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira. O Divorciando não alterou seu nome quando do
casamento.
Os autos foram encaminhados ao RMP que, em parecer doc.num.30561129 opinou pela decretação do
divórcio do casal e pela homologação do acordo por sentença.
É o relatório. Decido.
Preliminarmente, defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam
ressalvadas as disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC.
A Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser dissolvido
pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que dispõe: “A
sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”
Críticos à Luz do Novo Código Civil Brasileiro. Renovar, 2003: a liberdade de casar convive com o
espelho invertido da mesma liberdade, a de não permanecer casado.
Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.
ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de RIVALDO TEIXEIRA DE LIMA e CHRISLEY DO SOCORRO SIQUEIRA DE
LIMA, e HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art. 487, inciso III,
alínea “b”, c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código de Processo
Civil, e, por consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do art. 487,
inciso I, do CPC.
A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira: CHRISLEY DO SOCORRO DA LUZ SIQUEIRA.
Cópia desta decisão servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO, advertindo o respectivo Cartório de
registro civil competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária
independentemente de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça
gratuita.
Custas pelos requerentes. Porém, face a gratuidade da justiça deferida ao autor e que defiro também à
requerida, é devida a suspensão da exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das
custas processuais, conforme previsão do art. 98, § 3º, do CPC. Sem honorários advocatícios eis que se
trata de divórcio consensual.
ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.
Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.
PODER JUDICIÁRIO
NÚMERO Nº 0845362-68.2018.8.14.0301
REQUERIDA: VITORIA CAROLINE DA SILVA DE CASTRO, representada por sua genitora Sra. DEUZELI
FERREIRA DA SILVA, residente e domiciliada, à Passagem NS Vinte e Quatro (Conjunto Maguari) n° 10-
A, bairro Coqueiro, CEP 66823-091
Rh.
Compulsando os autos, observo que embora tenho sido designada audiência de conciliação, instrução e
julgamento (id. 15505135), a assentada deixou de ocorrer em virtude da Pandemia de COVID-19 (certidão
id. 17305940).
Tendo vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), consequência
da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) que assola o planeta; considerando que o art. 188, do CPC
dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a
finalidade essencial”; considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo em vista que
o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o prosseguimento do feito
observando o seguinte rito:
Intime-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação
da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações do
autor constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente com
o mandado de intimação, cópia da inicial.
Havendo juntada de peça de defesa, o demandante deverá ser intimado para apresentar réplica.
PODER JUDICIÁRIO
R.H.
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: Rua Barbosa L. Sobrinho II, Residencial Rômulo Mayorana, casa n° 22, Bairro: Tapanã,
CEP: 66.800- 000, Belém/PA.
Endereço comercial: empresa, Moreira Refrigeração Automotiva, CNPJ: 30.882.595/0001-17, Com Razão
1353
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
social: ZM Comercio De Pecas E Acessórios Novos E Usados Para Veículos, E Serviços De Instalação,
Manutenção. E Reparação De Acessórios Para Veículos Eireli localizada à Q Folha 21, Quadra 09, Lote
20, S/N. Bairro: Nova Marabá. Marabá/PA. CEP 68505 -210 Telefone de contato: (94) 98124-8922.
DESPACHO -MANDADO
R.H.
“(...)
Art. 1º Prorrogar, no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, em parte, os termos da Portaria nº
1003/2021-GP, de 03 de março de 2021, que atualiza o Anexo I da Portaria Conjunta nº 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020, a qual regulamenta procedimentos e institui protocolos, no
âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e disciplina a retomada gradual dos serviços de forma
presencial, observadas as ações necessárias para a prevenção de contágio pelo novo coronavírus
(COVID-19), e dá outras providências.
Parágrafo único. A prorrogação de que trata este artigo aplica-se às unidades administrativas e judiciárias
em bandeiramento vermelho, exceto aquelas cujos municípios tiveram a decretação de lockdown, que
possuem suspensão de atividades regulada em ato próprio.
(...)”
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma
determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de
outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da celeridade e economia
processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o
prosseguimento do feito com essas modificações:
Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.
as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
DIVÓRCIO LITIGIOSO
AUTOS 0809161-72.2021.8.14.0301
REQUERIDO: JOSÉ CLÁUDIO LOPES DA CUNHA, residente e domiciliado na Rod. Mario Covas, nº
4901, Resid. Adelia Hachen, Bloco nº 13, APT nº 202, Bairro: Coqueiro, CEP: 66670-000, Belém/PA.
DECISÃO-MANDADO
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Cite-se o requerido, intimando-o para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de
revelia (art.344, CPC);
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
1355
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
Int. e Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Vistos etc.,
Tiveram 2 (dois) filhos: Ian Pinheiro Guerra, nascido na data de 21/02/2002 e Iza Pinheiro Geurra,
nascido na data de 30/11/2007, menor em idade.
1356
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
A guarda e responsabilidade será exercida na forma compartilhada, tendo como domicílio de referência a
residência materna. O direito de convivência do genitor com o menor será exercido da forma livre.
O genitor pagará pensão alimentícia ao filho menor no valor de 10% (dez por cento) dos seus vencimentos
e vantagens, excluídos os descontos obrigatórios, mediante depósito em conta bancária de titularidade da
genitora. Consignaram que o genitor arcará com o plano de saúde e as despesas escolares de sua filha,
incluindo matrícula, mensalidade e material.
A Divorcianda manterá seu nome de casado. O Divorciando não alterou seu nome quando do casamento.
Os autos foram remetidos ao RMP que em parecer de num.30848988opinou pela decretação do divórcio
do casal e pela homologação dos termos do acordo por sentença.
É o relatório. Decido.
A Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser dissolvido
pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que dispõe: “A
sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”
Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.
ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de MÁRCIO BASTOS GUERRA e EDILENA PINHEIRO GUERRA, e
HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art. 487, inciso III, alínea “b”,
c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código de Processo Civil, e, por
consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do art. 487, inciso I, do CPC.
Cópia desta decisão servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO, advertindo o respectivo Cartório de
registro civil competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária
independentemente de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça
gratuita deferida.
Custas pelos requerentes. Porém, face a gratuidade da justiça deferida, é devida a suspensão da
exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das custas processuais, conforme
previsão do art. 98, § 3º, do CPC. Sem honorários advocatícios eis que se trata de divórcio consensual.
ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.
Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
RÉU: DAVI CONCEIÇÃO DA SILVA, domiciliado e residente na Travessa Guerra Passos, n.º 1133, entre
Mundurucus e Rua Deodoro de Mendonça, bairro: Guamá, CEP: 66.073-250, Belém/PA.
Intime-se o executado pessoalmente e por hora certa, para, em 3 (três) dias, pagar o débito que
compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no
curso do processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;
Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);
Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);
Int. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Vistos etc.,
Tiveram uma filha: Heloyse Isabella Gurjão Rezende, nascido na data de 01/02/2008, atualmente com 13
(treze) anos de idade.
Na constância do casamento o casal adquiriu um bem: uma casa localizada na rua 7 de Setembro, quadra
1360
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
3, n.º 7, Conjunto Parque Vitória, bairro: Coqueiro, CEP: 67.120-015, avaliada em R$ 140.000,00 (cento e
quarenta mil reais), a qual ficará com a acordante Gleisse Cardoso Gurjão Rezende.
A guarda da filha menor de idade será exercida da forma compartilhada, com domicílio de referência o da
genitora, sendo as visitações exercidas de forma livre pelo genitor.
Dispuseram que o genitor pagará pensão alimentícia à filha no valor correspondente a 15% (quinze por
cento) dos seus vencimentos e vencimentos, excluídos os descontos legais, descontados diretamente na
fonte e depositados em conta bancária de titularidade da genitora.
A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira. O Divorciando não alterou seu nome quando do
casamento.
Os autos foram encaminhados ao RMP que, em parecer doc.num.30940502 opinou pela decretação do
divórcio do casal e pela homologação do acordo por sentença.
É o relatório. Decido.
Preliminarmente, defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam
ressalvadas as disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC.
A Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser dissolvido
pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que dispõe: “A
sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.
ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de HUDSON ALBERTO CONCEIÇÃO REZENZE e GLEISSE CARDOSO
GURJÃO REZENDE, e HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art.
487, inciso III, alínea “b”, c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código
de Processo Civil, e, por consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do
art. 487, inciso I, do CPC.
Cópia desta decisão servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO, advertindo o respectivo Cartório de
registro civil competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária
independentemente de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça
gratuita.
Custas pelos requerentes. Porém, face a gratuidade da justiça deferida ao autor e que defiro também à
requerida, é devida a suspensão da exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das
custas processuais, conforme previsão do art. 98, § 3º, do CPC. Sem honorários advocatícios eis que se
trata de divórcio consensual.
ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.
Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.
PODER JUDICIÁRIO
ENDEREÇO: conjunto Paraíso dos Pássaros, rua Canário do do Reino, quadra; 66, Nº 18B, Bairro: Val de
Cães, Belém-PA, CEP: 66.110-010
ENDEREÇO: conjunto PROVIDÊNCIA , Rua 10, quadra; 10, Nº 151, bairro: Val de Cães, Belém-PA, CEP:
66.110-010
ENDEREÇO LABORAL: Empresa Cidade Transportes LTDA, Av. Eduardo Ribeiro nº 520 no Bairro Centro
- Manaus/AM
DESPACHO-MANDADO
R.H.
Intime-se o requerido, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida mais as que se vencerem no curso
do processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
Caso a parte executada, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não
apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento
judicial (art. 528, §1º do CPC).
Se a parte executada não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar
protestar o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528,
§3º do CPC).
Verificada a suspeita fundada de ocultação, deve o Sr. oficial de justiça proceder à citação por hora certa,
detalhando-se as diligências correspondentes (anúncio dos locais, dias e horários de cumprimento, bem
como com quem falou acerca da diligência).
1363
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ressalte-se que, após identificado o oficial de justiça, o porteiro, síndico, empregado ou familiar tem o
dever de prestar todas as informações que lhe forem solicitadas.
Tentar retardar ou obstar a entrada do oficial de justiça portador de ordem judicial, negando-lhe
informações, prestando informações falsas, ou mediante exigência de informações sigilosas como
condicionante para ingresso, ou condicionando o ingresso do oficial a determinados dias ou horários, ou à
autorização de morador, são condutas que podem configurar os crimes previstos nos artigos 330 e 331 do
Código Penal.
OFICIE-SE à fonte pagadora informada para que proceda ao desconto dos alimentos fixados, bem como
informe sobre os vencimentos e vantagens recebidos pelo réu.
P.R.I.C. Cumpra-se.
REPRESENTANTE LEGAL: IEDA KAROLINE DA SILVA BRITO, telefone: (91) 9.8533-5072, e-mail:
iedacarolinebrito@gmail.com, domiciliada e residente na Rua Olavo Nunes, n.52, Bairro: Benguí, CEP:
66.633-260, Belém/Pa.
RÉU: JOSÉ IVALDO SOUSA CORREA, domiciliado e residente na Rua Otávio Correa, n.º 592, CEP:
65.295-000, Município de Carutapera/Maranhão.
DECISÃO-MANDADO
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando os princípios da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:
Cite-se o requerido, por carta precatória à Comarca de Carutapera/MA para apresentar contestação no
prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia,
presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as
hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente com o mandado de citação, cópia da exordial;
Se ao cumprir a diligência de citação, o Oficial de Justiça certificar que o requerido não reside no endereço
constante na exordial, a Secretaria da Vara fica, desde já, autorizada a expedir ofício ao TRE, Equatorial e
COSANPA, de modo que este Juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço atual da
parte adversa em seus respectivos cadastros (art. 256, §3º do CPC);
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
RÉU: ADRIELIO PALHETA PINHEIRO, domiciliado e residente na Rua Santa Odília, Passagem Parque
Bom Futuro, n. 166, bairro: Atalaia, CEP: 67.010-440, Ananindeua/PA.
Intime-se o executado pessoalmente e por hora certa, para, em 3 (três) dias, pagar o débito que
compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no
curso do processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo;
Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);
Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);
Int. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Vistos etc.,
homologação de acordo por sentença movido conjuntamente por DIEGO MELO DA LUZ e DÉBORA
MERIANY NASCIMENTO DA LUZ, ambos devidamente qualificados na inicial.
A Divorcianda pretende voltar a usar seu nome de solteira. O Divorciando não alterou seu nome quando
do casamento.
É o relatório. Decido.
Preliminarmente, defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam
ressalvadas as disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC.
No mérito, a Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser
dissolvido pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que
dispõe: “A sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.
ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de DIOGO MELO DA LUZ e DÉBORA MERIANY NASCIMENTO DA LUZ, e
HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art. 487, inciso III, alínea “b”,
c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código de Processo Civil, e, por
consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do art. 487, inciso I, do CPC.
A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira: DÉBORA MERIANY NASCIMENTO DE OLIVEIRA.
Expeça-se mandado de averbação ao Cartório competente, conforme documento, junto com cópia da
inicial, desta decisão e da certidão de casamento, advertindo o respectivo Cartório de registro civil
competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária independentemente
de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça gratuita.
Custas pelos requerentes. Porém, face a gratuidade da justiça deferida, é devida a suspensão da
exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das custas processuais, conforme
previsão do art. 98, § 3º, do CPC. Sem honorários advocatícios eis que se trata de divórcio consensual.
ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.
Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.
PODER JUDICIÁRIO
REVISIONAL DE ALIMENTOS
Processo n° 0849225-95.2019.8.14.0301
RÉU: MÁRCIO VINÍCIOS VELASCO ENDEREÇO: Rua são João, n°214- Altos, Bairro: São João.
Belém/PA Contato: (91)98131-4207. ENDEREÇO LABORAL: ATACADÃO BR, RODOVIA BR 316, KM 9,
ÁREA 1 – CENTRO-ANANINDEUA/PA. CEP: 67.030-007
Rh.
Compulsando os autos, observo que embora tenho sido designada audiência de conciliação, instrução e
julgamento (id. 14909102), a assentada deixou de ocorrer em virtude da Pandemia de COVID-19 (certidão
id. 17429608).
Tendo em vista o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
consequência da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) que assola o planeta; considerando que o art.
188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
preencham a finalidade essencial”; considerando o princípio da celeridade e economia processuais; tendo
em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o prosseguimento do
feito observando o seguinte rito:
Intime-se o requerido para que querendo apresente contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não
apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as
alegações dos autores constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Havendo juntada de peça de defesa, a parte autora deverá ser intimada para apresentar réplica.
PODER JUDICIÁRIO
Rh.
Após consulta ao Sistema Libra, observo que segue em tramitação a Ação de Execução de Alimentos,
Proc. nº 00253599120088140301, junto à 5ª Vara de Família de Belém, proposta pelo requerido em face
do ora requerente.
Considerando que nos autos da presente Ação de Exoneração de Alimentos o requerente vem atuando
regularmente, ao passo que o demandado, até o momento, não foi localizado e, atentando-se à
necessidade de salvaguarda do devido processo legal e da ampla defesa, determino a expedição de ofício
à 5ª Vara de Família de Belém para que em cinco dias informe sobre o último endereço do ora demandado
constante nos autos da ação de execução de alimentos supramencionada.
DECISÃO-MANDADO
RH
Tendo em vista expedição da Portaria n.º 1003/2021-GP, de 3 de março de 2021, c/c a Portaria n.º
1400/2021-GP, de 8 de abril de 2021, da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, que
determinaram a suspensão do expediente externo do Poder Judiciário Estadual, consequência do
agravamento da pandemia do novo Coronavírus (COVID 19), que assola o planeta;
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando os princípios da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com essas modificações:
Cite-se o requerido para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação da
contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte
autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente
com o mandado de citação, cópia da exordial;
Se ao cumprir a diligência de citação, o Oficial de Justiça certificar que o requerido não reside no endereço
constante na exordial, a Secretaria da Vara fica, desde já, autorizada a expedir ofício ao TRE, Equatorial e
CoOSANPA, de modo que este Juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço atual
da parte adversa em seus respectivos cadastros (art. 256, §3º do CPC);
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DECISÃO-MANDADO
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Cite-se a requerida, pessoalmente por carta precatória, intimando-a para que, no prazo de 15 (quinze)
dias, conteste a ação. Sob pena de revelia (art.344, CPC);
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
Int. e Cumpra-se.
REPRESENTANTE LEGAL: LIDIANE CRISTINA FARIAS DOS SANTOS, telefone: (91) 9.8922-9553,
domiciliada e residente na Avenida Fernando Guilhon, n.º 1.924, entre Travessa Quintino Bocaiúva e
Avenida Generalíssimo Deodoro, Bairro: Batista Campos, CEP: 66.033-454, Belém/Pa.
RÉU: FÁBIO DA SILVA RODRIGUES, telefone: (91) 9.8288-5624, domiciliado e residente no Condomínio
Viver Melhor, Quadra 12, Lote 45, apartamento 402, CEP: 67.200-000, Marituba/PA.
DECISÃO-MANDADO
Compulsando os autos, verifico que a defesa peticionou informando que tem interesse no prosseguimento
do feito (ID n.º 22973635), não obstante certidão da Serventia do Juízo informando que a parte não se
manifestou (ID n.º 28205221);
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Cite-se o requerido, intimando-o para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de
revelia (art.344, CPC);
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
Int. e Cumpra-se.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
RÉU: RAFAEL MARTINS DE BRITO, domiciliado e residente na Passagem Rui Barbosa, n.º 480, casa 02,
Bairro: Guamá, CEP: 66.075-737, Belém-Pa.
DESPACHO-MANDADO
Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;
No que diz respeito à execução forçada relativa aos meses de MAIO, JUNHO E JULHO DE 2020,
correspondentes aos débitos atuais, totalizando o valor de R$ 791,59 (setecentos e noventa e um reais e
cinquenta e nove centavos), intime-se o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, efetuar o
pagamento da dívida mais as que se vencerem no curso do processo, provar que o fez ou justificar a
impossibilidade de efetuá-lo;
Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);
Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC);
No que diz respeito à execução da dívida alimentar correspondente aos meses de DEZEMBRO DE
2019 A ABRIL DE 2020, correspondem aos débitos pretéritos, os quais totalizam o valor de R$ 1.310,49
(hum mil, trezentos e dez reais e quarenta e nove centavos), intime-se o executado para pagar o débito,
no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver;
Não ocorrendo pagamento voluntário no interregno supra, o débito será acrescido de multa de dez por
cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento (art. 523, §1º do CPC);
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Advirta-se ao executado que uma vez efetuado o pagamento parcial no prazo previsto acima, a multa e os
honorários previstos no item 3 incidirão sobre o restante (art. 523, §2º do CPC);
Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, expeça-se desde logo, mandado de penhora e
avaliação, seguindo-se os atos de expropriação (art. 523, §3º do CPC);
Certificado o trânsito em julgado da decisão e transcorrido o prazo do art. 523, mediante o recolhimento
das respectivas taxas, se for o caso, a parte exequente poderá requerer diretamente à serventia a
expedição de certidão, nos termos do art. 517 do CPC, que servirá também para os fins previstos no art.
782, §3º, do mesmo Codex;
Havendo impugnação por parte do devedor na forma do art. 525 do CPC, retornem os autos conclusos
para apreciação da peça de irresignação;
Cópia desta decisão servirá como mandado, devendo o Sr. oficial de justiça atentar ao disposto no
art. 252 e seguintes do CPC, atentando-se a Sra. Diretora de Secretaria às disposições 254 do CPC;
P.R.I. Cumpra-se.
Defiro o pedido da parte autora, ID n. 23676248; oficie-se o Comando Geral do Corpo de Bombeiros do
Pará para que informe o endereço do requerido DORIVALDO MARTINS GONÇALVES, prazo de 15
(quinze) dias;
Cumpra-se;
[Cumprimento de Sentença
Autos n. 0873381-16.2020.8.14.0301
Exequente: ENZO MARCONDES DELLA CASA COELHO DE OLIVEIRA, menor púbere assistido por sua
genitora DANIELA MARCONDES DELLA CASA.
Executado: REGINALDO COELHO DE OLIVEIRA, residente e domiciliado em lugar incerto e não sabido.
Defiro o pedido da parte autora, ID n. 27329374; oficie-se ao TRE/PA, bem como as prestadoras de
serviço público EQUATORIAL e COSANPA para que informem o endereço atualizado do executado
constante do Cadastro Nacional de Eleitores. Endereço Constatado, intime-se o executado pessoalmente
para, em 3 (três) dias, pagar o débito que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao
ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo, provar que o fez ou justificar a
impossibilidade de efetuá-lo;
Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC);
Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC).
Cópia desta decisão servirá como mandado. Int. Cumpra-se.
Belém/PA, 28 de julho de 2021.
R.H.
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de forma
determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de
outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da celeridade e economia
processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser interrompido, determino o
prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:
Cite-se o requerido para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias; a não apresentação da
contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte
autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC. Encaminhe-se, juntamente
com o mandado de citação, cópia da exordial.
Havendo juntada de peça de defesa, intimem-se a parte autora, por sua representante legal para
apresentar réplica.
Se ao cumprir a diligência de citação, o Oficial de Justiça certificar que o requerido não reside no endereço
constante na exordial, a Secretaria da Vara fica, desde já, autorizada a expedir ofício ao TRE, Celpa e
Cosanpa, de modo que este juízo seja informado em cinco dias sobre a existência de endereço atual da
parte adversa em seus respectivos cadastros (art. 256, §3º do CPC);
PODER JUDICIÁRIO
Numero: 0858058-68.2020.8.14.0301
REQUERIDO: IVANHOÉ DE SOUZA, residente e domiciliado na Rua Terceira Rural, n° 11, bairro Distrito
Industrial, CEP: 67035-580, Ananindeua-PA.
DESPACHO-MANDADO
R.H.
Considerando que o art. 188, do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”; considerando o principio da
celeridade e economia processuais; tendo em vista que o serviço da Justiça é essencial e não deve ser
interrompido, determino o prosseguimento do feito com alteração de rito, passando a decidir:
Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, podendo a citação ser
realizada por meio eletrônico/WhatsApp desde observadas as cautelas necessárias, a saber: envio do
inteiro teor do objeto da citação/intimação, confirmação de recebimento pela parte requerida, devidamente
identificada com documento de identificação oficial.
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora, para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.
Havendo possibilidade de celebração de acordo, devem as partes juntar aos autos a avença realizada.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
P.R.I.C. e Cumpra-se.
ENDEREÇO: no Conjunto Xingu, Quadra 22, nº 140, Bairro: Coqueiro, CEP: 66650-487,
DECISÃO-MANDADO
Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;
Cite-se o requerido, por carta precatória, intimando-o para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a
ação. Sob pena de revelia (art.344, CPC);
Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;
Int. e Cumpra-se.
ATO ORDINATÓRIO
- Intimo a parte autora para que, querendo, apresente réplica à contestação no prazo de 15 dias. O
referido é verdade e dou fé. Belém, 18 de agosto de 2021.
R.H.
Intime-se a parte autora, para que no prazo de 15 (quinze) dias,informe se tem interesse no
prosseguimento do feito e caso positivo, no mesmo prazo manifeste-se sobre o documento id 31608422 e
contestação id 29374692 . Advertida que a omissão implicará arquivamento do feito.
Após conclusos.
R.H.
Considerando o documento de id 31110068 . Intime-se a parte autora, para que no prazo de 15 (quinze)
dias,informe se tem interesse no prosseguimento do feito e caso positivo, no mesmo prazo manifeste-se
sobre o documentoid 31110063 . Advertida que a omissão implicará arquivamento do feito.
Após conclusos.
1381
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três)
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo, a teor do
art. 528, § 7º, do CPC. Dessa feita, deve a parte esclarecer, no prazo de quinze (15) dias, o rito da
execução do débito alimentar escolhido e o valor deste, considerando que em petição de
id 28873324 manifestou-se pelo rito prisional, sendo que a execução iniciou-se pelo rito patrimonial, e a
planilha apresentada refere-se às parcelas que extrapolam tres pretações e a atualização das mesmas.
Intimem-se. Cumpra-se.
R.h.
1382
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Trata-se de AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS proposta por JAMILLY ZANI PANCIERI, por
intermédio de advogado regularmente constituído, em face de JALDECY PANCIÉRI JUNIOR, pelos fatos e
fundamentos esposados na exordial de ID nº 12594572
Apesar de regularmente intimado (ID nº 16169687 – Pág. 5), o executado quedou-se inerte (ID nº
17558302 – Pág. 1).
Considerando que a obrigação alimentar exequenda tem caráter emergencial, uma vez destinada à
subsistência da parte Exequente, e o Executado, apesar de regularmente intimado, não adimpliu com o
débito alimentar. Vislumbra-se que este possui conhecimento de sua obrigação e não a cumpre
voluntariamente, demonstrando dessa forma que não tem interesse em resolver a lide, apenas se
limitando em apresentar propostas de acordo.
1383
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Pois bem, reza o art. 227 da Constituição Federal que é dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, dentre outros direitos, o direito à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura e à dignidade. Logo, quando o
Requerido não cumpre com a sua obrigação alimentar está indo frontalmente contra a disposição
constitucional, eis que está negando o exercício de tais direitos de sua filha menor. Assim, é cabível a
imediata decretação da sua prisão, como preconiza o § 3º do art. 528 do Código de Ritos.
A decretação de prisão civil ao devedor de alimentos é o meio coercitivo permitido pela Constituição
Federal, consoante o art. 5º, inciso LXVII. Com efeito, a prisão civil por falta de pagamento dos alimentos
não é sanção penal nem tem condão punitivo; possui caráter intimidativo, coercitivo, com o objetivo de
compelir o devedor dos alimentos ao cumprimento de determinação judicial ou de acordo realizado,
reprimindo a inadimplência a fim de assegurar a sobrevivência do alimentado
A pandemia decorrente da Covid-19 levou os governos a adotarem uma série de medidas de isolamento
social para tentar conter a transmissão da doença. Uma das preocupações era com a transmissão da
doença entre as pessoas presas. Como as unidades prisionais são superlotadas, o receio era o de que,
estando um dos presos infectado, ele transmitisse a doença para todos os demais de sua cela ou ala.
Durante a pandemia de Covid-19, deve-se assegurar prisão domiciliar aos presos em decorrência de
dívidas alimentícias. O contexto atual de gravíssima pandemia devido ao chamado coronavírus
desaconselha a manutenção do devedor em ambiente fechado, insalubre e potencialmente perigoso.
Assim, diante do iminente risco de contágio pelo Covid-19, bem como em razão dos esforços expendidos
pelas autoridades públicas em reduzir o avanço da pandemia, é recomendável o cumprimento da prisão
civil por dívida alimentar em prisão domiciliar. STJ. 4ª Turma. HC 561257-SP, Rel. Min. Raul Araújo,
julgado em 05/05/2020 (Info 671).
Importante destacar que, em atenção aos termos da decisão do STJ em sede de Habeas Corpus
nº645.640/, julgado em 23.03.2021, a parte requerente indicou que seja de logo decretada a prisão civil do
executado e que o cumprimento da pena se dê pelo regime da prisão domiciliar
Posto isso, considerando o longo descaso do Executado e o não pagamento injustificado, com fulcro no
§3º do art. 528 do CPC/2015, decreto a prisão civil do Executado JALDECY PANCIÉRI JUNIOR, pelo
prazo de 30 dias, ou até o efetivo pagamento do débito, caso isto ocorra antes do referido prazo, o
qual, está na ordem de R$-48.244,16 (quarenta e oito mil, duzentos e quarenta e quatro reais e dezesseis
centavos).
Expeça-se o competente mandado de prisão, devendo constar que a autoridade que efetuar a referida
prisão deve dar cumprimento ao art. 5º, LXII da CF, com imediata comunicação da família do preso ou a
pessoa por ele indicada e ainda a Defensoria Pública.
Outrossim, determino o protesto do pronunciamento judicial que fixou os alimentos, nos termos do §1º do
art. 528 do CPC/2015. Oficie-se ao Cartório competente.
Cumpra-se.
III. Apreciando o pedido formulado pelo requerente, quanto à guarda dos filhos, dada a condição do autor
de pai dos menores MARIA EDUARDA DA SILVA FEIO CORREIA e JOSÉ HENRIQUE DA SILVA FEIO
CORREIA, comprovada pelas certidões de nascimento juntadas aos autos, e diante das prescrições
contidas no § 2º do artigo 1.584 do Código Civil e, em especial, na Lei nº 13.058/2014 que impõem, como
regra, a guarda compartilhada dos filhos, defiro o pedido de antecipação da tutela de urgência, com o
estabelecimento da guarda nesta modalidade, uma vez que é a mais benéfica e que melhor atende aos
interesses dos menores envolvidos, não havendo, no momento, elementos nos autos que possam
convencer este juízo do contrário, fixando como residência dos infantes a materna.
Ante as supracitadas razões, considerando que os menores fixarão residência no lar materno, asseguro ao
pai/requerente o direito de visitar e ter os filhos em sua companhia nos seguintes moldes:
1) Nos finais de semana em que estiver em Belém, poderá apanhá-las na sexta-feira, a partir das 18h e
devolvê-las à mãe/requerida, na residência desta, no domingo até as 18h, a começar no final de semana
posterior a intimação desta decisão. Se o final de semana for prolongado em razão de feriado, essa
devolução ocorrerá até as 19h do feriado que encerrar o fim de semana;
2) Nas férias escolares nos meses de dezembro, janeiro e julho, os menores desfrutarão uma metade com
um dos pais e a subsequente com o outro, com início alternado de ano a ano, sendo os primeiros 15
(quinze) dias com o pai/requerente, ou mediante entendimento direto entre os genitores;
3) O Dia dos Pais e o Dia das Mães serão passados com os respectivos genitores;
4) Os menores passarão as festas de final de ano com ambos os pais, alternadamente, iniciando-se no
Natal/2021 com o pai/requerente e Ano Novo 2021/2022, com a mãe/requerida, podendo ser alterado,
mediante entendimento direto entre os genitores;
5) As datas natalícias dos menores serão festejadas, de comum acordo com ambos os pais, atendidos,
sempre, o interesse do aniversariante, podendo o pai/requerente visitá-lo se o aniversário for passado com
a mãe/requerida e vice-versa;
6) As datas natalícias dos genitores dos menores e seus respectivos avós serão desfrutadas na
companhia dos mesmos;
Arbitro, desde logo, com fulcro nos artigos 536, § 1º, e 537 do CPC, para o caso de descumprimento do
direito à visita por parte da mãe/requerida, multa diária no valor de ½ (meio) salário mínimo que será
revertida em favor do pai/requerente.
IV. Em virtude da relação paterno-filial existente entre o requerente e os menores, e que o dever de
sustento da prole incumbe a ambos os pais (artigo 1.566 do Código Civil), entendo, por justo e razoável,
considerando o trinômio necessidade x possibilidade x proporcionalidade e os elementos de prova que ora
se apresentam, em arbitrar os alimentos provisórios ofertados em 64% (sessenta e quatro por cento) do
salário mínimo, além do pagamento das mensalidades escolares dos infantes, cujo valor em pecúnia
deverá ser depositado, até o dia 05 (cinco) de cada mês subsequente ao vencido, na conta bancária da
representante legal dos menores, a ser indicada.
V. Designo audiência de conciliação para o dia 19/04/2022, às 11:30hs, na sala de audiência da 4ª Vara
de Família de Belém, podendo as partes e seus patronos comparecerem pessoalmente ou por
videoconferência, pelo aplicativo Teams, sendo que aquele que optar pela segunda modalidade deverá
1386
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
informar por petição o seu e-mail com pelo menos 05 (cinco) dias antes da data da realização do ato, a fim
de que lhe seja enviado o link da audiência.
II. Verifico que os requerentes postularam, por meio de seu patrono, a concessão dos benefícios da
gratuidade da justiça, contudo sem que tenham juntado aos autos a respectiva declaração de
hipossuficiência econômica.
Ocorre que seria necessário que constasse da procuração cláusula específica dando poderes ao
advogado para assinar a referida declaração, o que não ocorreu.
Assim, determino a intimação dos requerentes para, em 15 (quinze) dias, emendar a inicial, a fim de juntar
aos autos o instrumento de procuração com poderes específicos ou, então, a declaração de
hipossuficiência por eles assinada, sob pena de indeferimento do pedido (artigos 105, 320 e 321 do CPC).
III. Uma vez intimados e decorrido o referido prazo, com ou sem manifestação, voltem-me conclusos os
autos.
Após, conclusos.
Processo: 0840642-53.2021.8.14.0301
SENTENÇA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Tratam os autos de AÇÃO DE EXONERAÇÃO ALIMENTOS movida por MANOEL VIÉGAS CAMPBELL
MOUTINHO em face de MARCELO DE ARAÚJO MOUTINHO, MÁRCIA MOUTINHO PARRY e
MAURÍCIO DE ARAÚJO MOUTINHO, todos devidamente qualificados na inicial.
Narra o autor na exordial, que os requeridos são seus filhos, e que ficou obrigado ao pagamento de
pensão alimentícia em favor dos mesmos no percentual de 12% (doze por cento) de seus vencimentos e
vantagens, sendo 4% (quatro por cento) para cada alimentante. Contudo, os alimentantes já atingiram a
maioridade civil, são capazes, estão inseridos no mercado de trabalho, sem mais necessidade da
manutenção do pagamento de alimentos.
Informa que os requeridos concordam em suspender o pagamento da pensão alimentícia, tendo feito
declarações nesse sentido, devidamente assinadas e reconhecidas, as quais estão acostadas aos autos.
Relatados. Decido.
Verifica-se, in casu, desnecessária a instrução, com arrimo no art. 355, inciso I, do CPC, razão pela qual,
passo a julgar antecipadamente o pedido.
Impende destacar que os presentes autos não foram remetidos ao Ministério Público, tendo em
vista que a causa não envolve interesse público ou social, de incapaz ou litígio coletivo pela posse de terra
rural ou urbana, que justifiquem a intervenção do Parquet.
Verifica-se que todos os requeridos concordaram com o pedido, conforme as Declarações firmadas de
livre e espontânea vontade pelos alimentantes, constantes em ID 29737554 - Pág. 1/2/3, quais sejam,
MAURICIO DE ARAÚJO MOUTINHO, MÁRCIA MOUTINHO PARRY e MARCELO DE ARAÚJO
MOUTINHO, respectivamente, nas quais concordam plenamente com a exoneração do autor do
pagamento da pensão alimentícia.
Observa-se que o direito aos alimentos surge com o princípio da preservação da dignidade humana (art.
1º, inc. III, da CR/88), em que os parentes mais próximos têm o dever de prestar assistência aos que não
tem condições de subsistir por seus próprios meios.
A ilustrada doutrinadora Maria Berenice Dias, in Manual de Direito das Famílias, Ed. RT, pág. 451, 4ª
Edição, conceitua o dever de alimentar:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Para o direito, alimento não significa somente o que assegura a vida. A obrigação alimentar tem um fim
precípuo: atender as necessidades de uma pessoa que não pode prover a sua própria subsistência.
Com efeito, alcançada a maioridade pelo alimentado, cessa o poder familiar, mas este fato não gera
automaticamente a extinção do encargo alimentar, que somente pode ser pleiteada em ação própria de
exoneração que comprove o descabimento dos alimentos, conforme leciona Maria Berenice Dias na obra
anteriormente citada na pág. 470:
A jurisprudência, atentando as dificuldades atuais da sociedade. Em que há necessidade cada vez maior
de qualificação para a inserção no mercado de trabalho, vem dilatando o período de vigência dos
alimentos. Exige tão-só que o filho esteja estudando. Aliás, a própria lei estende o pensionamento às
necessidades da educação (CC 1.694).
A obrigação alimentar dos pais vai além dos deveres decorrentes do poder familiar, prosseguindo até
depois de o filho atingir a maioridade. Enquanto estiver estudando, persiste a obrigação.
No caso em análise, o autor pugna pela exoneração do encargo alimentar em face dos requeridos, posto
que, os mesmos já atingiram a maioridade civil, não necessitam mais dos alimentos para seus sustentos,
tendo os mesmos firmado declaração anuindo a exoneração do alimentante.
Ressalta-se, que o alimentante maior de idade, com curso de graduação superior completo e
que possua renda para prover o próprio sustento, não preenche os requisitos que o habilitem a
permanecer recebendo pensão alimentícia.
obrigação alimentar decorrente do pátrio poder ou poder familiar cessa, em regra, com a maioridade civil
do alimentário. Entretanto, o dever dos genitores de sustento da prole sofre prorrogação até que o filho
complete 24 anos de idade, se estiver ele cursando ensino superior.(TJ-AL - AI: 08002674920168020000
AL 0800267-49.2016.8.02.0000, Relator: Juiz Conv. Maurício César Brêda Filho, Data de Julgamento:
17/03/2016, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: 22/03/2016)
In casu, como os requeridos já atingiram a maioridade civil, concluíram curso superior e se encontram
inseridos no mercado de trabalho, possuindo condições de prover seu próprio sustento, não se enquadram
nas hipóteses excepcionais admitidas pela lei e jurisprudência pátria, não lhes assiste mais o direito de
serem pensionados pelo requerente. Dessa feita, verifica-se que merece prosperar o pleito autoral.
Pois bem, ante o conjunto probatório produzido nos autos, vislumbra-se que faz jus o autor à exoneração
pretendida. Dispõe o art. 1.699 do CC: “Se fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira
de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as
circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo”.
Isto posto, nos termos da fundamentação JULGO TOTALMENTE PROCEDENTE a Ação de Exoneração
de Alimentos com fulcro nos arts. 1.695 e 1.699 do CC, para exonerar o autor MANOEL VIÉGAS
CAMPBELL MOUTINHO da obrigação de alimentar seus filhos MARCELO DE ARAÚJO MOUTINHO,
MÁRCIA MOUTINHO PARRY e MAURÍCIO DE ARAÚJO MOUTINHO. Por fim, julgo extinto o processo
com resolução de mérito, ex vi do art. 487, inciso I, do CPC. Oficie-se à fonte pagadora do autor,
informando o teor da sentença.
Custas de lei.
Processo: 0840642-53.2021.8.14.0301
SENTENÇA
Tratam os autos de AÇÃO DE EXONERAÇÃO ALIMENTOS movida por MANOEL VIÉGAS CAMPBELL
MOUTINHO em face de MARCELO DE ARAÚJO MOUTINHO, MÁRCIA MOUTINHO PARRY e
MAURÍCIO DE ARAÚJO MOUTINHO, todos devidamente qualificados na inicial.
Narra o autor na exordial, que os requeridos são seus filhos, e que ficou obrigado ao pagamento de
pensão alimentícia em favor dos mesmos no percentual de 12% (doze por cento) de seus vencimentos e
vantagens, sendo 4% (quatro por cento) para cada alimentante. Contudo, os alimentantes já atingiram a
maioridade civil, são capazes, estão inseridos no mercado de trabalho, sem mais necessidade da
manutenção do pagamento de alimentos.
Informa que os requeridos concordam em suspender o pagamento da pensão alimentícia, tendo feito
declarações nesse sentido, devidamente assinadas e reconhecidas, as quais estão acostadas aos autos.
Relatados. Decido.
Verifica-se, in casu, desnecessária a instrução, com arrimo no art. 355, inciso I, do CPC, razão pela qual,
passo a julgar antecipadamente o pedido.
Impende destacar que os presentes autos não foram remetidos ao Ministério Público, tendo em
vista que a causa não envolve interesse público ou social, de incapaz ou litígio coletivo pela posse de terra
rural ou urbana, que justifiquem a intervenção do Parquet.
Verifica-se que todos os requeridos concordaram com o pedido, conforme as Declarações firmadas de
livre e espontânea vontade pelos alimentantes, constantes em ID 29737554 - Pág. 1/2/3, quais sejam,
MAURICIO DE ARAÚJO MOUTINHO, MÁRCIA MOUTINHO PARRY e MARCELO DE ARAÚJO
MOUTINHO, respectivamente, nas quais concordam plenamente com a exoneração do autor do
pagamento da pensão alimentícia.
Observa-se que o direito aos alimentos surge com o princípio da preservação da dignidade humana (art.
1º, inc. III, da CR/88), em que os parentes mais próximos têm o dever de prestar assistência aos que não
tem condições de subsistir por seus próprios meios.
A ilustrada doutrinadora Maria Berenice Dias, in Manual de Direito das Famílias, Ed. RT, pág. 451, 4ª
Edição, conceitua o dever de alimentar:
Para o direito, alimento não significa somente o que assegura a vida. A obrigação alimentar tem um fim
precípuo: atender as necessidades de uma pessoa que não pode prover a sua própria subsistência.
Com efeito, alcançada a maioridade pelo alimentado, cessa o poder familiar, mas este fato não gera
automaticamente a extinção do encargo alimentar, que somente pode ser pleiteada em ação própria de
exoneração que comprove o descabimento dos alimentos, conforme leciona Maria Berenice Dias na obra
anteriormente citada na pág. 470:
A jurisprudência, atentando as dificuldades atuais da sociedade. Em que há necessidade cada vez maior
de qualificação para a inserção no mercado de trabalho, vem dilatando o período de vigência dos
alimentos. Exige tão-só que o filho esteja estudando. Aliás, a própria lei estende o pensionamento às
necessidades da educação (CC 1.694).
A obrigação alimentar dos pais vai além dos deveres decorrentes do poder familiar, prosseguindo até
depois de o filho atingir a maioridade. Enquanto estiver estudando, persiste a obrigação.
No caso em análise, o autor pugna pela exoneração do encargo alimentar em face dos requeridos, posto
que, os mesmos já atingiram a maioridade civil, não necessitam mais dos alimentos para seus sustentos,
tendo os mesmos firmado declaração anuindo a exoneração do alimentante.
Ressalta-se, que o alimentante maior de idade, com curso de graduação superior completo e
que possua renda para prover o próprio sustento, não preenche os requisitos que o habilitem a
permanecer recebendo pensão alimentícia.
ESTUDA. POSSIBILIDADE DE EXONERAÇÃO. O poder familiar cessa quando o filho atinge a maioridade
civil, justificando-se o recebimento de pensão alimentícia apenas quando comprovada a condição de
necessidade do alimentado. Se o alimentando é maior e desenvolve atividade laboral, cabe a ele prover a
sua própria subsistência, justificando-se a exoneração do encargo alimentar paterno. RECURSO
PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70078486628, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 29/08/2018). (TJ-RS - AC: 70078486628 RS, Relator:
Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data de Julgamento: 29/08/2018, Sétima Câmara Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 31/08/2018)
In casu, como os requeridos já atingiram a maioridade civil, concluíram curso superior e se encontram
inseridos no mercado de trabalho, possuindo condições de prover seu próprio sustento, não se enquadram
nas hipóteses excepcionais admitidas pela lei e jurisprudência pátria, não lhes assiste mais o direito de
serem pensionados pelo requerente. Dessa feita, verifica-se que merece prosperar o pleito autoral.
Pois bem, ante o conjunto probatório produzido nos autos, vislumbra-se que faz jus o autor à exoneração
pretendida. Dispõe o art. 1.699 do CC: “Se fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira
de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as
circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo”.
Isto posto, nos termos da fundamentação JULGO TOTALMENTE PROCEDENTE a Ação de Exoneração
de Alimentos com fulcro nos arts. 1.695 e 1.699 do CC, para exonerar o autor MANOEL VIÉGAS
CAMPBELL MOUTINHO da obrigação de alimentar seus filhos MARCELO DE ARAÚJO MOUTINHO,
MÁRCIA MOUTINHO PARRY e MAURÍCIO DE ARAÚJO MOUTINHO. Por fim, julgo extinto o processo
com resolução de mérito, ex vi do art. 487, inciso I, do CPC. Oficie-se à fonte pagadora do autor,
informando o teor da sentença.
Custas de lei.
Processo: 0010777-67.2011.8.14.0301
SENTENÇA
A autora narrou na exordial, em síntese, que viveu maritalmente com o Sr. Innocêncio de
Jesus e Silva desde 1981, por dezessete anos, até o seu falecimento em 20/06/1998. Informou que o
falecido era casado com Teresa Eugênia (in memorian), aquando do início de seu relacionamento em
1978, e com quem teve três filhos, INNOCÊNCIO RICARDO DE SOUZA E SILVA, CLÁUDIO ROBERTO
DE SOUZA E SILVA, GIOVANA EUGÊNIA DE SOUZA E SILVA, e se divorciaram formalmente em 1990.
Informou, que a partir de 10/05/81, passou a se relacionar com o falecido, coabitando sob o mesmo teto,
dando assim notoriedade, estabilidade e unicidade ao vínculo marital. Durante a constância da união
estável tiveram quatro filhos, quais sejam, MAURÍCIO DE JESUS RIBEIRO E SILVA, RAQUEL PRISCILA
DE JESUS RIBEIRO E SILVA, ANDRÉIA CRISTINA DE JESUS RIBEIRO E SILVA e PATRÍCIA DE
JESUS RIBEIRO E SILVA .
A Afirmou que, diante de toda a documentação acostada aos autos, resta evidente a
existência da união estável mantida com o falecido.
Despacho inicial de ID 43, deferiu a justiça gratuita e determinou a citação dos requeridos para
apresentar contestação.
Certidão de ID 19860626 - Pág. 18, informou a citação de Patrícia de Jesus Ribeiro e Silva.
Certidão de ID 19860626 - Pág. 21, informou a citação de Maurício de Jesus Ribeiro e Silva.
Certidão de ID 19860626 - Pág. 24, informou a citação de Giovana Eugênia de Souza Ribeiro.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
A parte requerida Giovana Eugenia de Souza e Silva, apresentou contestação (ID 19860627 -
Pág. 1), alegando preliminarmente a inépcia da petição inicial e a impossibilidade jurídica do pedido em
razão de anterior reconhecimento judicial de outra união estável. No mérito alegou que o falecido já
possuía reconhecimento de união estável com Berenice Pereira Ferreira, requerendo a extinção do
processo sem resolução de mérito e, no caso de rejeitado tal pleito, fosse a ação julgada totalmente
improcedente por ser contrária aos fatos e aos dispositivos jurídicos em que se fundamentavam o próprio
pedido. Juntou documentos aos autos.
Por meio de petição de ID 19860627 - Pág. 13, a requerida Giovana Eugenia de Souza e Silva
apresentou impugnação a justiça gratuita concedida à autora, em face de a mesma possuir condições de
arcar com as despesas processuais, não sendo merecedora dos benefícios da assistência judiciária.
Despacho de ID 19860627 - Pág. 19, determinou fossem certificados nos autos se todos os
suplicados citados apresentaram contestação.
Certidão de ID 19860627 - Pág. 22, informou a citação da requerida Andréia Cristina de Jesus
Ribeiro e Silva.
Certidão de ID 19860627 - Pág. 23, informou que dos requeridos citados, Giovana Eugênia
Silva, apresentou contestação.
Certidão de ID 19860627 - Pág. 31, informou que o requerido Cláudio Roberto de Souza e
Silva não foi citado.
Despacho Ordinatório de ID 19860628 - Pág. 11, intimou a autora para se manifestar sobre a
certidão do Oficial de Justiça.
Em ID 19860628 - Pág. 13, as requeridas Patrícia de Jesus Ribeiro e Silva e Andréia Cristina de
Jesus Ribeiro e Silva, apresentaram contestação, informando nada ter a opor ao reconhecimento da união
estável de sua genitora com o genitor (de cujus). Juntaram documentos aos autos.
A autora, por meio de petição de ID 19860628 - Pág. 18, requereu fosse oficiado ao TRE e
Receita Federal com vistas a obtenção do endereço do requerido Cláudio Roberto.
Em ID 19860628 - Pág. 26, resposta por meio de ofício da Receita Federal informando o endereço do
requerido Cláudio Roberto.
Ato Ordinatório intimou a autora para se manifestar acerca do teor das Certidão do Oficial de
Justiça (ID 19860629 - Pág. 4).
Por meio de petição de ID 19860629 - Pág. 7, a requerida Giovana Eugênia de Souza e Silva,
requereu a extinção do feito sem resolução do mérito, em razão da falta de manifestação da autora.
Despacho de ID 19860629 - Pág. 10, determinou a intimação pessoal da autora para se manifestar
sobre a não localização do requerido Cláudio Roberto, sob pena de extinção do feito.
1397
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
A autora, por meio de petição de ID 19860629 - Pág. 16, requereu a citação por Edital do
requerido Cláudio Roberto.
Despacho de ID 19860629 - Pág. 28, determinou a citação por Edital de Cláudio Roberto;
determinou a intimação da autora para informar o endereço do requerido Innocêncio Ricardo. Caso não se
manifestasse, fosse intimada pessoalmente sobre o interesse no prosseguimento do feito.
Certidão de ID 19860629 - Pág. 37, informou que o requerido Cláudio Roberto foi citado por Edital e
não apresentou defesa no prazo de lei, bem como que, a autora intimada pessoalmente não se
manifestou.
Despacho de ID 19860629 - Pág. 38, determinou a intimação do patrono da autora para informar
interesse no prosseguimento do feito.
Por meio de petição de ID 19860629 - Pág. 40, a autora requereu a citação por Edital do
requerido Innocêncio Ricardo.
Despacho de ID 19860629 - Pág. 42, nomeou Curador Especial para funcionar no feito, e determinou
a citação por Edital do requerido Innocêncio Ricardo.
Por meio de petição acostada em ID 19860632 - Pág. 1/5, as requeridas Helcimara de Jesus
Ferreira e Silva e Joice de Jesus Ferreira e Silva apresentaram contestação nos autos, alegando a inépcia
da inicial, posto que no período da união informada pela autora, o falecido vivia maritalmente com
Berenice Pereira Ferreira, sua mãe. Alegaram a impossibilidade jurídica do pedido, requerendo a extinção
do feito sem resolução de mérito. No mérito alegaram que o falecido constituiu nova união com sua
genitora em 1988, convivência que só foi interrompida com o óbito do mesmo em 1998. Requereram a
improcedência da ação. Juntaram documentos.
Despacho de ID 19860632 - Pág. 21, determinou a intimação da autora para se manifestar acerca
das contestações.
Acrescentou que o falecido teve sim um relacionamento furtivo com Berenice em meados de
1989 e 1990, contudo, ao descobrir o caso, o falecido afirmou que não teria mais relações com Berenice, e
que somente arcaria com as despesas das filhas, o que ocorreria com o seu consentimento. Acrescentou
que as filhas do de cujus com Berenice haviam frequentado sua casa com a finalidade de estreitar os
laços com seus filhos, posto que Berenice tinha relações com outros homens, o que era de seu
conhecimento e do falecido.
Afirmou, restar evidenciado em todos os documentos acostados na inicial, que o de cujus tinha
sim intenção de conviver maritalmente consigo, já que o próprio, em ação revisional de alimentos
promovida pelo mesmo em face da primeira esposa Teresa, em diversos momentos do processo
mencionou a união consigo. Afirmou ainda, que se as alegações dos demandados fossem verdadeiras,
não teria razão para que o falecido a declarasse como sua dependente e não declarasse Berenice.
Afirmou que as notas fiscais de compra de um fogão em 1996, juntadas aos autos pelas
requeridas Joice e Helcimara, não tem assinatura do de cujus e tampouco comprovam qualquer vínculo do
mesmo com Berenice, apenas pode-se deduzir, pelo princípio da eventualidade, que como bom pai que
era, o de cujus se preocupava em dar uma condição de vida digna as filhas adquiridas fora da união
consigo. O documento do Banco do Brasil de 1992, para a inclusão das filhas Helcimara e Joice como
beneficiárias do falecido, também não faz qualquer menção a Berenice, ratificando suas alegações.
Ademais, o de cujus a incluiu juntamente com os filhos advindo da união mantida entre eles, como seus
beneficiários. Com relação ao extrato do Sistema Único de Beneficiários DATAPREV informando a
inclusão de Berenice, apenas ratificam sua tese, posto que Berenice somente recebe o referido benefício
por conta da Ação de Justificação promovida na Comarca de Ananindeua, não foi o próprio de cujus que a
inseriu como beneficiária. Com relação a foto, trata-se de única foto tirada em aniversário das filhas
Helcimara e Joice, onde o suposto casal aparece na foto, não lhe restando outra alternativa a não ser
impugnar todas as provas apresentadas em contestação por Giovana, Innocêncio, Cláudio, Joice e
Helcimara, por serem unilaterais e não terem força de provar o alegado em contestação.
Requereu fossem rechaçadas todas as preliminares aventadas nas contestações, com o consequente
acolhimento de todos os pedidos elencados na exordial e na presente peça, bem como o regular
andamento do feito, com fins de ser declarada sua união estável com o falecido. Juntou documentos aos
autos.
com seus 4 filhos e 2 netos, sendo o único patrimônio da família, sendo a única provedora do lar. O fato de
ser pensionista não é óbice à concessão da justiça gratuita, tendo em vista que a receita que recebe
destina-se unicamente ao sustento da família, pois seus filhos são autônomos e recebem renda variável,
além de possuir alta despesa com medicamentos de uso contínuo. Assim, não assiste razão a
impugnante, a qual nada provou, limitou-se apenas a fazer ilações, conjecturas e suposições que em nada
refletem a sua realidade.
A autora, em manifestação à contestação de Berenice (ID 19860990 - Pág. 1), rechaçou todas
as alegações apresentadas. Requereu fossem rechaçadas também as preliminares aventadas, bem como
os argumentos apresentados na contestação; a condenação da requerida em litigância de má-fé e fosse
julgada procedente a ação.
refletem a sua realidade. Requereu a rejeição da impugnação para manter o deferimento da justiça
gratuita, nos termos requeridos na inicial. Juntou documentos aos autos.
Consta do Termo de Audiência de ID 19860993 - Pág. 11, que a proposta de conciliação restou
infrutífera, tendo sido elencados os pontos controvertidos pela autora; pontos controvertidos pelos
requeridos e os meios de provas a serem produzidos. O juízo fixou os pontos controvertidos, deferiu as
provas requeridas e designou datas para o depoimento pessoal das partes e inquirição de testemunhas,
respectivamente.
Termo de Audiência em ID 19860993 - Pág. 36/40, na qual foram ouvidas as testemunhas, Adelson
Alves da Silva; Eliana Franco França, Dinair Augusta Souza de Souza (informante).
Em ID 19860994 - Pág. 35, Termo de Audiência para a oitiva da testemunha Ênio Erasmo
da Costa Alves.
Em Alegações Finais de ID 19860996 - Pág. 1/7, os requeridos Patrícia, Maurício, Raquel e Andréia
requereram o recebimento dos memoriais, culminando no indeferimento das razões apresentadas nas
contestações dos demais requeridos e na total procedência dos pedidos formulados na exordial; a
manutenção dos benefícios da justiça gratuita e a declaração da união estável da autora com o de cujus.
Relatados. Decido.
No caso em análise, a autora requer a declaração de reconhecimento da união estável que alega ter
mantido com o Sr. Innocêncio de Jesus e Silva, falecido em 22/06/1998.
DAS PRELIMINARES
Não assiste razão aos requeridos, uma vez que o pedido da autora em nenhum momento se
revela ilógico em face das razões fáticas trazidas no bojo da peça vestibular, descrevendo os fatos e
fundamentando seu direito a ter declarada a união estável, bem como ao final, fazendo os requerimentos
que entendeu pertinentes.
1401
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Os requeridos Giovana Eugenia de Souza e Silva, Innocêncio Ricardo de Souza e Silva, Joice de Jesus
Ferreira e Silva, Helcimara de Jesus Ferreira e Silva e Berenice Pereira Ferreira, aduziram a presente
preliminar, sob o argumento de que a autora é carecedora da ação em face da impossibilidade jurídica do
pedido, em face de o de cujus já ter outra união estável reconhecida com a Sra. Berenice Pereira Ferreira,
junto ao juízo da 2ª Vara Cível da Comarca de Ananindeua.
Contudo, a Ação de Justificação Judicial proposta pela Sra. Berenice, não está apta a declarar
e reconhecer a união estável pretendida, posto que não houve o chamamento a lide de nenhum dos
herdeiros do de cujus, Sr. Innocêncio, ainda que a autora tivesse conhecimento da existência de outros
filhos, além das filhas que com ele teve (Helcimara e Joice).
DO MÉRITO
§3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento (CF/88).
O art. 1.723 do CC dispõe que: “É reconhecida como entidade familiar a união estável entre homem e a
mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de
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constituição de família”.
Insta ressaltar que, em que pese o dispositivo legal supracitado faça menção à
expressão “entre homem e mulher”, não se pode olvidar que o Direito Brasileiro consagra a possibilidade
do reconhecimento de união estável homoafetiva. O referido artigo deve ser interpretado analogicamente,
a teor do art. 4º da LINDB, de modo que as uniões mantidas por casais do mesmo sexo como entidade
familiar tenham o mesmo tratamento das uniões estáveis heterossexuais, em observância aos Princípios
Constitucionais da Dignidade da pessoa Humana (art. 1º, inciso III) e da Igualdade (art. 3º, inciso IV).
Portanto, uma vez presentes os requisitos caracterizadores da união estável seja ela mantida
por casais heterossexuais ou do mesmo sexo, merece proteção mediante tutela jurisdicional.
A união estável, em conformidade com a legislação que rege o tema, só não pode ocorrer quando
estiverem presentes as causas que geram o impedimento para o casamento, estando essas descritas nos
incisos do artigo 1.521 do Código Civil.
Ressalte-se que cabe ao autor o ônus probante quanto ao fato constitutivo de seu direito; e
ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor nos termos do
art. 373 do CPC.
de próprio punho pelo falecido à AABB, informando a autora para beneficiária do seguro de vida;
documento do Banco do Brasil S.A., onde consta a autora como dependente econômica do de cujus, na
qualidade de companheira; Extrato de Conta da loja Y. Yamada S/A, constando a autora como
dependente do falecido; Contrato de Concessão de Uso do Lote Jazigo celebrado pela autora para uso
como 1º óbito do falecido; recibo em nome da autora referente ao preparo da lápide no falecimento do Sr.
Innocêncio; documento da Caixa de previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, constando a
requerente como beneficiária da pensão por morte do falecido; Certidão PIS/PASEP/FGTS em nome do
falecido, constando a autora na condição de companheira como dependente; documento da Previdência
Social tendo como segurado o falecido e na qualidade de companheira a autora e cheque do Banco do
Brasil possuindo a autora conta conjunta com o falecido.
“Que prestou serviços para o de cujus entre os anos de 1990 a 1995; que eram pequenos serviços de
reparos na residência do mesmo, localizada na Mariz e Barros, antiga estrela, não se recorda o número da
casa; Que o de cujus residia com mulher e filhos; Que o nome da mulher do de cujus era Vera Lúcia; Que
desde que conheceu o de cujus o mesmo lhe apresentou uma autora como sua mulher; Que quando o de
cujus lhe orientava sobre o que queria acerca dos serviços dizia que qualquer dúvida era para o
requerente perguntar para Dona Vera; Que nessa última ligação o serviço a ser realizado era na casa da
Mariz e Barros; Que todas as vezes que esteve na residência do de cujus para fazer reparos chegava
cedo, entre 6:30hrs e 07:00hrs e o de cujus sempre estava no local; Que o de cujus e a autora se
comportavam como marido e mulher...”.
“Que conhece a autora que é sua vizinha, conheceu o de cujus, conhece os requeridos Patrícia, Maurício,
Raquel e Andréia; Não conhece os demais requeridos; Que conheceu a autora e o de cujus e os filhos do
casal quando foram residir na Tv. Mariz e Barros; Que ocorreu no ano de 1990; Que nunca teve muito
contato com os vizinhos, que cumprimentava com “bom dia” “boa tarde”, mas tem conhecimento que os
mesmos se apresentavam como casal e os filhos eram comuns; Que a autora, o de cujus e os filhos
residiam na Mariz e Barros até 1998 quando o de cujus faleceu; Que costumava ver o de cujus na
residência em horários variados, pela manhã, a tarde, pela noitinha; Que pode afirmar que o de cujus
residia na casa da Mariz e Barros; Que o de cujus e a autora se apresentavam como marido e mulher;
Que não compareceu no velório e nem no sepultamento mas participou do terço após o falecimento...”.
Assim, vislumbro que o caso em tela se enquadra na hipótese prevista no art. §1º do art.
1.723, do CC, não existindo qualquer óbice ao reconhecimento da união estável havida entre a autora e o
falecido, os demais elementos de prova, sobretudo os documentos carreados junto à inicial, demonstram
fortemente que a autora viveu em regime de união estável com o de cujus até a data do seu falecimento.
Isto posto, por tudo que dos autos constam e com fulcro no art. 226, §3º da CF/88, art. 1.723 do CC
e Lei 9.278/96, julgo PROCEDENTE A PRESENTE AÇÃO, para declarar como de fato declaro a
existência da União Estável entre VERA LÚCIA ESTEVES DE LIMA RIBEIRO INNOCÊNCIO DE
JESUS E SILVA pelo período compreendido de 10/05/1981 até 20/06/1998, data do falecimento
deste.
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Por fim, julgo extinto o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I do CPC.
Sem custas em razão do deferimento da justiça gratuita, a qual estendo aos requeridos.
R.H.
Com fulcro no art. 10 do CPC, intime-se a parte requerida para se manifestar acerca do teor das
petições de ID 30660059, 29795476 e 27658928, no prazo de 05 (cinco) dias.
Após, com ou sem manifestação, voltem-me os autos imediatamente conclusos para decisão.
I. RELATÓRIO
Trata-se de AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO cumulada com ALIMENTOS, proposta por ERICA SALES
BRITO, em face de RAFAEL AUGUSTO MONTEIRO DE LIMA, com fundamento no § 6º do artigo 226 da
Constituição Federal (com nova redação dada pela EC nº 66/2010), artigo 40 da Lei nº 6.515/77, Leis nº
5.478/68 e 13.058/2014 e artigos 1.583, 1.589 e 1.696 do Código Civil.
Narra a exordial que a autora é casada com o requerido sob o regime de comunhão parcial de bens,
advindo da união o menor DANILO RAFAEL BRITO DE LIMA, menor impúbere. A autora informa que
durante a constância do casamento não foram adquiridos bens e manifesta vontade de retornar a utilizar o
nome de solteira. Ressalta que o filho possui despesas mensais no valor de R$ 1.330,00 (um mil e
trezentos e trinta reais), contudo o demandado se recusa a rateá-las e pretende contribuir apenas com a
quantia de R$ 300,00 (trezentos reais) e mais plano de saúde que é descontado em folha de pagamento.
Informa que o requerido possui mais 02 (dois) filhos cuja a pensão é descontada de seus rendimentos.
Requer, ao final, a guarda unilateral do menor com direito de visita paterno-filial livre e fixação de
alimentos no valor correspondente a 30% (trinta por cento) dos vencimentos e vantagens do alimentante.
Em decisão interlocutória ID. 9348162 foi decretado o divórcio do casal, bem como foi estabelecida,
provisoriamente, a guarda compartilhada do menor, com domicílio de referência no lar materno e
regulamentada a convivência paterno-filial. Foram fixados alimentos provisórios no valor de 15% (quinze
por cento) dos vencimentos e vantagens auferidos pelo genitor e remessa dos autos ao CEJUSC a fim de
promover audiência de tentativa de conciliação entre as partes (ID. 9348162).
Encaminhados os autos ao CEJUSC, a tentativa de conciliação restou prejudicada vez que compareceu
somente a parte requerida (ID. 12430429).
Em sede de contestação, consta que o requerido é Policial Militar e possui mais 02 (dois) outros filhos, a
quem paga 25% (vinte e cinco por cento) de seus vencimentos, sendo 12,5% (doze e meio por cento) para
cada filho. Alega que mora na casa de sua mãe e vem sendo impedido de visitar o menor. Informa que
contribui para o sustento do menor com a quantia mensal de R$ 400,00 (quatrocentos reais). Em razão da
jornada de trabalho, o requerido pleiteia pela concessão da guarda compartilhada, com domicílio de
referência no lar materno e convivência paterno-filial duas vezes por semana, a depender de sua escala
de trabalho, bem como requer que os alimentos sejam estabelecidos em 12,5% de seus proventos
mensais (ID. 12713064) em paridade com os outros filhos.
Em decisão interlocutória de mérito foi regulamentada a guarda compartilhada do menor, com domicílio de
referência no lar materno, bem como o direito de convivência paterno-filial durante 02 (dois) dias da
semana, devendo ser previamente acordado com a genitora. O processo prosseguiu somente com relação
ao pedido de Alimentos, foi saneado e fixado como ponto controvertido apenas o valor dos alimentos a
serem fixados em definitivo em favor do menor (ID. 16683964).
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Em audiência de instrução e julgamento realizada no dia 19/11/2020, foram colhidos os depoimentos das
partes (ID. 21411916).
As partes apresentaram alegações finais, a autora, conforme ID. 21470824 e o requerido no ID.
21607027.
Instado a se manifestar, o Ministério Público, por intermédio de seu representante legal, opinou pela
procedência parcial do pedido, com fixação de alimentos no valor correspondente a 12,5% dos
vencimentos do alimentante, mais o pagamento do plano de saúde do menor (ID. 29022468).
II. FUNDAMENTAÇÃO
Analisando os autos, verifico que o processo se encontra instruído e pronto para sentença, inclusive com a
manifestação prévia do Ministério Público.
No que diz respeito aos alimentos, assim prescrevem os artigos 1.694, 1.696, 1.697, 1.698, 1.699 e 1.703
do Código Civil, verbis:
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que
necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação.
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da
pessoa obrigada.
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os
ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de sucessão
e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar
totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas
obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada
ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.
Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de
quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução
ou majoração do encargo.
Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção
de seus recursos.
Em se tratando do filho, DANILO RAFAEL BRITO DE LIMA, menor impúbere, com 04 (quatro) anos de
idade, conforme se constata pela cópia de sua certidão de nascimento de ID. 8624415, suas necessidades
são presumidas, cabendo então ater-se mais em verificar as possibilidades do requerido de prestar os
alimentos no patamar pleiteado, de modo a suprir as necessidades básicas do filho em termos de
alimentação, saúde, educação, vestuário, lazer, dentre outras.
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Com relação ao requerido, o contracheque de ID. 12713071 confirma que ele, realmente, possui vínculo
de trabalho com a Polícia Militar do Estado do Pará, bem como presta alimentos no valor de 25% (vinte e
cinco por cento) de seus vencimentos e vantagens para seus 02 (dois) outros filhos, sendo 12,5% para
cada um.
Ésabido que para a fixação dos alimentos deve ser observado o que a doutrina designou do chamado
binômio possibilidade/necessidade e que a nova hermenêutica acrescentou o da proporcionalidade ou
razoabilidade como mais um critério a ser analisado, motivo pelo qual o valor deve se equacionar na
proporção dos rendimentos do alimentante, de modo que também não fique impossibilitado em sua
subsistência e que, finalmente, sejam eles razoáveis considerando toda a questão que envolve a situação
fática e familiar.
Assim, uma vez comprovado que o autor possui outros filhos sob sua dependência econômica, entendo
por justo e razoável em fixar em definitivo os alimentos em favor do requerente em 12,5% (doze e meio
por cento) dos vencimentos e demais vantagens auferidos pelo requerido, excluídos, apenas, os
descontos obrigatórios (imposto de renda e contribuição previdenciária), mais o pagamento do plano de
saúde que já vem sendo descontando em seu contracheque, ante o princípio da igualdade entre os filhos.
III. DISPOSITIVO
Isto posto, considerando tudo o mais que dos autos consta e o parecer do nobre representante do
Ministério Público, JULGO PROCEDENTE, em parte, o pedido, arbitrando, em definitivo, alimentos em
favor do menor requerente, na ordem de 12,5% (doze e meio por cento) dos vencimentos e demais
vantagens auferidos pelo requerido, excluídos, apenas, os descontos obrigatórios (imposto de renda e
contribuição previdenciária), mais o pagamento do plano de saúde do infante, que já vem sendo
descontado em folha de pagamento. Torno definitivas as decisões interlocutórias ID. 9348162 e ID.
16683964, referentes ao Divórcio, Guarda e Direito de convivência, decisão esta que prolato com
fundamento no artigo 487, I, do Código de Processo Civil.
Expeça-se ofício à fonte pagadora do alimentante comunicando acerca dos alimentos definitivos para que
sejam descontados e depositados em conta bancaria da Representante Legal do menor.
Custas na forma do art. 98, § 3º do CPC. Transitada em julgado, arquive-se os autos com as cautelas
legais, dando-se baixa no registro.
P. R. I.
Processo: 0810194-97.2021.8.14.0301
1409
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DECISÃO – MANDADO
R. hoje.
Com a decretação, liminar, do divórcio (ID 23537523), vê-se que a única questão que ainda remanesce
para o deslinde do feito é a atinente à partilha de bens, sobre a qual passo assim a deliberar:
1. Dos bens arrolados para partilha, apenas com relação ao veículo marca Chevrolet, modelo Cobalt LTZ
1.4, ano 2015/2015 e aos valores depositados na conta corrente 01078228-1, agência 3835 do Banco
Santander, de titularidade do Sr. YUJI KAWAMURA BARCELLOS DE ALBUQUERQUE, esposo da filha
mais nova do ex-casal, Sra. NATHÁLIA DUARTE DANIN BARCELLOS DE ALBUQUERQUE, sendo esta
que os administra, no montante de R$-61.000,00 (sessenta e um mil reais), é que há consenso acerca de
sua divisão de forma igualitária. Desde modo, a fim de permitir o julgamento antecipado do mérito quanto a
estes bens, determino a intimação das partes para que façam a juntada aos autos do necessário
documento comprobatório de sua existência e propriedade (CRLV).
2. No que diz respeito à partilha dos bens móveis que guarnecem o imóvel em que as partes residiam, o
requerido, por ocasião da audiência de tentativa de conciliação (ID 25973924), disse não se opor ao
pedido da requerente, desde que seja previamente agendado entre os advogados das partes, dia e hora
para sua retirada, e assim deverão fazê-lo primando pela equidade na divisão.
4. No que tange ao imóvel situado na Rua Bernal do Couto nº 683, Vila Danin, casa nº 49 – Umarizal, não
deverá integrar a partilha de bens, haja vista que a própria requerente declarou na inicial que foi objeto de
doação de uma irmã de criação do requerido, Sra. Hilda Danin Vale, haja vista que pelo regime de bens
adotado pelas partes, in casu, comunhão parcial de bens (certidão de casamento juntada sob o ID
23201459), não comunica para fim de partilha.
5. Intime ainda a requerente para fazer juntada aos autos dos extratos de suas contas bancárias junto ao
Banpará e Caixa Econômica Federal, no período compreendido entre novembro/2019 e novembro/2020.
6. Tão logo juntado aos autos o laudo de avaliação do imóvel, intime as partes para sobre ele se
manifestar.
8. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.
DESPACHO
R. hoje.
Ante o tempo decorrido desde o ajuizamento da inicial, manifeste-se a autora, no prazo de 10 (dez) dias,
se a menor ainda se encontra em poder do pai e por consequência, se ainda tem interesse na medida
pleiteada
Int.
Juiz de Direito
I. RELATÓRIO
Em conformidade ao termo acordo de ID. 29258928, as partes resolveram conciliar nos seguintes termos:
1- Período da União Estável: os acordantes viveram em união estável no período de 20 de julho de 2006
a julho de 2020;
Despicienda a intervenção do Ministério Público, pois não caracterizadas as hipóteses do artigo 178 do
1411
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CPC.
II. FUNDAMENTAÇÃO
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem
imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Art. 840. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas.
III - homologar:
b) a transação.
Logo, considerando que o acordo se encontra em consonância com as exigências legais, deve ser
homologado, impondo-se a extinção do processo, com resolução de mérito, a teor do que dispõe o Código
Processual Civil.
III. DISPOSITIVO
Isto posto, homologo, por sentença, o acordo celebrado pelas partes, materializado na manifestação de
vontades constantes no termo acordo de ID. 29258928, para que produza seus jurídicos e legais efeitos,
com fundamento no artigo 200 do CPC cumulado com o artigo 840 do CC.
Em consequência, tendo a transação efeito de sentença entre os interessados, extingo o processo, com
resolução de mérito, a teor do disposto no artigo 487, inciso III, alínea b, do CPC.
Certifique-se o trânsito em julgado e, arquivem-se os autos com as cautelas legais, dando-se baixa no
registro.
P. R. I.
Juiz de Direito
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PROCESSO: 0839672-53.2021.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
Intimem-se as partes sobre a expedição da precatória, nos termos do § 1º do Art. 261 do CPC (Art. 1º, §
2º, VIII do Prov. 006/20006 da CJRMB). De ordem, data da assinatura registrada pelo sistema.
Processo: 0845643-19.2021.8.14.0301
R. hoje.
Uma vez efetivada a emenda da inicial (ID 31882345), passo assim a deliberar sobre os pedidos:
1. Apreciando o pedido formulado pela requerente, quanto à decretação do divórcio do casal antes da
conclusão do presente feito, entendo que o mesmo é pertinente e deve ser deferido.
A Emenda Constitucional nº 66/2010 veio a dar uma nova dimensão a questão do divórcio, ao extirpar do
ordenamento jurídico o debate sobre a culpa pelo rompimento. Assim, o divórcio é, hoje, apenas um direito
potestativo das partes, isto é, trata-se de um direito de interferência. Vale dizer, cuida-se de um direito que,
ao ser exercido, interfere na esfera jurídica de terceiro, sem que esta pessoa nada possa fazer.
Nos dias atuais, o divórcio não se encontra submetido a qualquer tipo de questionamento. É, portanto, um
pleito incontroverso. E no caso do presente feito, a autora alega que não convive mais com o requerido
desde o mês de novembro/2020.
1413
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
O casal já está separado de fato, de modo que não há mais sentido manter o vínculo matrimonial vigente,
prolongando, desnecessariamente, a situação de casados das partes.
Vê-se, portanto, que não há óbice para a concessão do divórcio do casal, porque, como já referido
alhures, trata-se de uma questão incontroversa.
Ante o exposto, com fundamento no artigo 311, IV, do CPC, concedo a tutela provisória satisfativa de
evidência, para decretar, liminarmente, o divórcio do casal RAFAEL FERREIRA SANCHES e GILVANA
SUELY RIBEIRO BERNARDES SANCHES.
Expeça-se, desde logo, o respectivo mandado ao cartório de registro civil competente, para proceder à
averbação do divórcio ora concedido, voltando a requerente a usar o nome de solteira, qual seja, ERICA
VILHENA DA SILVA.
2. Quanto ao pedido de guarda, provisória, unilateral, indefiro-o, por ora, tendo em vista que a partir da
edição da Lei nº 13.058/2014 se estabeleceu que a guarda dos filhos deva, em regra, ser estabelecida de
forma compartilhada, uma vez que esta modalidade de guarda é a mais benéfica e que melhor atende aos
interesses do menor envolvido, não havendo, no momento, elementos nos autos que possam convencer
este juízo do contrário.
Ante as supracitadas razões, determino que a guarda do menor JOÃO RAFAEL DE NAZARÉ
BERNARDES SANCHES seja exercida de forma compartilhada, com domicílio de referência na casa da
mãe/requerente, ficando regulamentado o correlato direito à convivência do pai/requerido nos moldes,
usualmente, adotados por este Juízo em casos análogos, quais sejam:
a) Finais de semanas alternados, podendo apanhá-lo às sextas-feiras, a partir das 18h, e entregá-lo na
segunda-feira na escola;
b) Poderá apanhar o menor todas as quartas-feiras na saída da escola, devendo-o quinta-feira também na
escola;
c) Nas férias escolares, o menor as desfrutará uma metade com um dos pais e a subsequente com o
outro, com início alternado de ano a ano, sendo os primeiros 15 (quinze) dias com o pai/requerido, ou
mediante entendimento direto entre os genitores;
d) O Dia dos Pais e o Dia das Mães serão passados com os respectivos genitores; se coincidirem com o
final de semana reservado ao genitor do evento, haverá compensação em favor do outro, no fim de
semana seguinte;
e) O menor passará as festas de final de ano com os pais, alternadamente, iniciando-se no Natal/2021
com a mãe/requerente e Ano Novo 2021/2022, com o pai/requerido, podendo ser alterado, mediante
entendimento direto entre os genitores;
f) A data natalícia do menor será festejada de comum acordo com ambos os pais, atendidos, sempre, o
interesse do aniversariante, podendo o pai/requerido visitá-lo se o aniversário for passado com a
mãe/requerente e vice-versa;
g) As datas natalícias dos genitores do menor e seus respectivos avós serão desfrutadas na companhia
dos mesmos; se coincidirem com o final de semana reservado ao genitor do evento, haverá compensação
em favor do outro, no fim de semana seguinte;
h) Os feriados prolongados serão passados, alternadamente, na companhia de um dos pais, sendo que o
próximo (07/09 – Proclamação da Independência), o menor passará com a mãe/requerente, podendo ser
alterado, mediante entendimento direito entre os genitores;
1414
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
i) Arbitro, desde logo, com fulcro nos artigos 536, § 1º, e 537 do CPC, para o caso de descumprimento do
direito à visita por parte da mãe/requerente, multa diária no valor de ½ (meio) salário mínimo que será
revertida em favor do pai/requerido.
3. Em virtude da relação matrimonial existente entre a requerente e o requerido e dada a condição dele de
pai do supracitado menor, comprovada, respectivamente, pelas certidões de casamento e de nascimento
juntadas sob o ID 31209152 e 31209153; o dever de mútua assistência que incumbe aos cônjuges (artigo
1.694 do Código Civil) e que o dever de sustento da prole incumbe a ambos os pais (artigo 1.566 do
Código Civil), entendo, por justo e razoável, considerando o trinômio necessidade x possibilidade x
proporcionalidade e os elementos de prova que ora se apresentam, em arbitrar os alimentos provisórios in
natura em favor da divorcianda, consistente no pagamento do plano saúde UNIMED pelo período de 24
(vinte e quatro) meses, haja vista o caráter transitório da obrigação alimentar entre cônjuges, e em favor
dos filho do casal na ordem de 05 (cinco) salários mínimos, que deverão ser depositados, até o dia 05
(cinco) de cada mês subsequente ao vencido, na conta bancária da representante legal do menor.
4. Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a
mediação e conciliação.
Assim, com fundamento no artigo 695, §§ 1º a § 4º, do CPC, determino a citação/intimação da parte
requerida e a intimação da requerente, por meio eletrônico, via aplicativo WhatsApp, nos números de
celular informados na inicial, devendo ser solicitado documento de identificação da parte no ato da
citação/intimação, com o fim de participarem da audiência de tentativa de conciliação/mediação no dia
04/10/2021 às 9h, que ocorrerá de forma virtual, via plataforma Microsoft Teams, cujo link para ingresso
na sala de audiência virtual deverá ser enviado para os e-mails indicados na inicial. Se houver acordo,
lavrar-se-á o respectivo termo, que será homologado pelo juízo e finalizado o processo. Ficando, desde
logo, as partes advertidas de que, o não comparecimento injustificado à audiência é considerado ato
atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até 2% (dois por cento) da vantagem
econômica pretendida ou do valor da causa (artigo 334 § 8º do CPC).
5. Não havendo acordo, a parte requerida deverá apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias a
contar da data da audiência, desde que o faça por intermédio de advogado/defensor.
6. Uma vez requerido a tramitação dos presentes autos pelo “Juízo 100% Digital”, deverá a parte
demandada até a contestação se manifestar pela concordância ou não. Cientes as partes que poderão se
retratar uma única vez pela forma de tramitação pelo “Juízo 100% Digital”.
7. Para a audiência, intimem o MP e a Defensoria Pública (nos processos em que atuar), e/ou o Advogado
da parte, na forma legal.
8. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.
Processo: 0847119-92.2021.8.14.0301
Requerentes: ELZA DA SILVA RAIOL FARIAS, por si e na qualidade de representante legal de sua neta, a
menor impúbere JENNIFER BEATRIZ RAIOL DA SILVA
DECISÃO – MANDADO
R. hoje.
2. Processe o feito em segredo de justiça e com prioridade (artigos 189, II e 1.048, II, § 2º, do CPC).
4. Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a
mediação e conciliação.
Assim, com fundamento no artigo 695, §§ 1º a § 4º, do CPC, determino a citação/intimação da parte
requerida e a intimação da parte autora, pessoalmente e pelo presente mandado, para comparecerem no
dia 07/12/2021 às 10h, acompanhadas de seus respectivos advogados/defensores, a Sala de Audiências
da 5ª Vara de Família, no 1º andar do Prédio Anexo do Fórum Cível desta capital, situado na Rua Coronel
Fontoura s/n (Praça Felipe Patroni) - Cidade Velha, Belém-PA, com o fim de participar de audiências de
tentativa de conciliação/mediação. Se houver acordo, lavrar-se-á o respectivo termo, que será homologado
pelo juízo e finalizado o processo.
5. Não havendo acordo, a parte requerida deverá apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias a
contar da data da audiência, desde que o faça por intermédio de advogado/defensor
7. Para a audiência, intimem o MP e a Defensoria Pública (nos processos em que atuar), e/ou o Advogado
da parte, na forma legal.
8. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.
R. hoje.
I. Concedo aos requerentes os benefícios da gratuidade da justiça (artigo 99, § 3º, do CPC).
III. Dê-se vista ao Ministério Público para ofertar sua necessária manifestação.
Int.
Juiz de Direito
DESPACHO
R. hoje.
Ante o interesse do menor envolvido, dê-se vista ao MP. Após, conclusos para decisão.
Int.
Juiz de Direito
1417
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
A Coordenadora do Núcleo de Movimentação da UPJ de Família da Capital, no uso das atribuições legais
conferidas por Lei, no intuito de atribuir maior celeridade ao presente processo, informa à parte
interessada que para fins de restituição de custas é necessário o preenchimento do formulário de
requerimento anexo e juntada dos documentos listados no referido documento - o que é feito pela própria
parte, por meio de seu advogado -, CONFORME ORIENTAÇÃO DA UNIDADE GERAL DE
ARRECADAÇÃO, e posteriormente protocolado junto ao Protocolo Administrativo do Tribunal endereçado
à Coordenadoria Geral de Arrecadação – Secretaria de Planejamento. Outrossim, informo que os
documentos necessários ao pedido de restituição in casu encontram-se acessíveis nos autos digitais,
podendo ser impressos pela parte para instrução do pedido.
ATO ORDINATÓRIO
Eu, no uso das atribuições legais a mim atribuídas por Lei, intimo a parte autora, nos termos do art. 1º, §2º,
inciso II do Provimento nº 006/2006 - CJRMB, na pessoa de seu(a) Advogado para, no prazo de 15
(quinze) dias, manifestar-se sobre a Contestação e documentos colacionados a mesma, afim de ser dado
prosseguimento ao feito.
Belém, 18/08/2021.
Núbia Souza
DECISÃO
Alega a autora que é companheira do requerido há mais de 02 anos, nascendo dessa relação o menor
impúbere A.V.C.R em 05/12/2020.
Afirma que quando seu filho tinha apenas 03 meses foi vítima de violência doméstica, porém, mesmo após
a violência tentou se reconciliar com o genitor de seu filho.
Aduz que, no dia 15/08/2021, tomou conhecimento de que seu companheiro estava com outra mulher em
uma festa, e que ao questioná-lo, o mesmo afirmou que não lhe devia satisfação.
Alega que no dia 16/08/2021, ao retornar para o local onde residia com seu companheiro, seu filho e seus
sogros, verificou que suas coisas estavam jogadas na rua, sendo expulsa da residência e impedida de
levar o filho.
Afirma que foi ao Conselho Tutelar da Pedreira, porém não conseguiu resolver seu problema.
Passo a Decidir:
Analisando os autos verifico que os fatos narrados tiveram início em 16/08/2021, quando o genitor
expulsou a autora da residência e a impediu de levar o filho.
Não obstante, verifico ser necessária melhor instrução processual para análise dos autos, de modo que
temerária a concessão de guarda provisória em sede de plantão judicial.
Ato contínuo, considerando, a existência de interesse de menor de idade, remeta-se para oitiva do
Ministério Público.
CUMPRA-SE E INTIME-SE.
P.R.I.C.
1419
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PROCESSO: 0839158-03.2021.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
Intimem-se as partes sobre a expedição da precatória, nos termos do § 1º do Art. 261 do CPC (Art. 1º, §
2º, VIII do Prov. 006/20006 da CJRMB). De ordem, data da assinatura registrada pelo sistema.
ATO ORDINATÓRIO
Pelo presente, intimo a parte autora, nos termos do art. 1º, §2º, inciso II do Provimento nº 006/2006 -
CJRMB, na pessoa de seu(a) Advogado(a)/Defensor(a) para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se
acerca da Certidão de ID 30810434.
Belém, 18/08/2021
NÚBIA SOUZA
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Investigação de Paternidade]
DESPACHO
Ante à petição de ID 31934068, determino a renovação das diligências para citação da parte requerida
LAUDINEI DE VARGAS PEREIRA, observada a atualização do endereço constante no ID 31813334.
Independentemente de autorização judicial, o Sr. Oficial de Justiça deve cumprir o determinado no §2º do
art. 212 do CPC, e também advertindo-se o mesmo, para que cumpra o disposto nos artigos 252 e 253 do
CPC, devendo realizar a intimação por Hora Certa, caso haja necessidade.
Intimem-se. Cumpra-se.
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Exoneração]
DESPACHO
1-Tendo em vista que as partes não firmaram acordo perante a audiência ocorrida no CEJUSC, conforme
se verifica pelo Termo de Audiência presente no ID 31904407 ante a ausência da parte autora, intime-se a
parte requerida, através de seu Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art. 186 do CPC),
para que, no prazo de 10 (dez) dias, se manifeste sobre a petição presente no ID 30070104, bem como
informe se está matriculada em escola da rede pública ou particular de ensino e/ou curso pré-vestibular ou
se foi aprovada em Instituição de nível superior, juntando a devida documentação comprobatória, com
data recente, devendo se manifestar ainda sobre a possibilidade de julgamento antecipado da lide, ou o
interesse em produzir provas.
2- Intime-se a parte autora, através de seu Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art. 186
do CPC), para que, no prazo de 05 (cinco) dias, se manifeste sobre o interesse em produzir provas ou pelo
julgamento antecipado da lide.
Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, voltem os autos conclusos.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
GUARDA (1420)
AÇÃO:[Guarda]
INTERESSADO: J. R. S. R., G. R. S. R.
REQUERENTE: SEBASTIAO DE NAZARE RIBEIRO
DESPACHO
1- Intimem-se as partes, através de seus Advogados (art. 272, CPC) ou Defensores Públicos (§1º do art.
186 do CPC), para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, forneçam seus endereços de e-mail para seja
tentada a conciliação entre as partes.
JUÍZA DE DIREITO
MERO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Reconhecimento / Dissolução]
REQUERIDO: MARIA DA CONCEICAO RIBEIRO MAIA, JEAN CHARLES VILHENA MAIA, PEDRO
PAULO RIBEIRO MAIA, ANTONIO CARLOS PIRES MAIA, MARIA LEONOR MAIA DA COSTA,
JESSICA LUA VILHENA MAIA, MARIA ANASTACIA RIBEIRO MAIA CARBONESI, MARIA DE FATIMA
MAIA GOMES, JACKELINE STEPHANY VILHENA MAIA
DESPACHO
ÀUPJ/FAM para certificar o pagamento das custas finais pelo requerido, conforme sentença de ID
20255482.
Intimem-se.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
DESPACHO
Ante o termo de audiência do CEJUSC presente no ID 32032119, tendo em vista que as partes
atualizaram seus endereços de e-mail nos autos, petições PRESENTES NOS IDS 27613689 e ID
28409221, nos termos do art. 694 do CPC e do que dispõe o artigo 14 da resolução nº 015/2016-GP, de
01/06/2016, determino a remessa dos presentes autos ao CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de
Conflitos das Varas de Família deste Fórum, a fim de que seja tentada a CONCILIAÇÃO entre as partes
no presente feito, DE FORMA VIRTUAL.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0838135-22.2021.8.14.0301
DESPACHO-MANDADO
Processe-se em segredo de justiça (art. 189 do Código de Processo Civil e com gratuidade processual.
1-Defiro a emenda da inicial feita na petição presente no ID 30454068, para que passe a constar como
valor da causa a importância de R$ 39.886,00 (trinta e nove mil, oitocentos e oitenta e seis reais), devendo
à Secretaria proceder a correção no Sistema PJE.
Da união, foi concebida uma filha, VITÓRIA ALMEIDA DOS REIS, menor impúbere, absolutamente
incapaz, nascido em 06/01/2007.
Disse que na constância da união entre o casal foram adquiridos alguns bem, quais sejam: um terreno e
um carro e que por motivo de foro íntimo, o casal não tem mais condições de conciliação e manutenção da
união conjugal.
-Um veículo Fiat Siena 2008 azul flex, Placa JVG3395, Renavam: 978795733.
-Um terreno localizado na Rua Ezeriel Monico de Matos, nº 247, CEP: 66075-220, Bairro: Guamá, Cidade
de Belém/PA.
Requereu a guarda compartilhada da filha menor, tendo a sua residência como base, bem como a
estipulação do direito de convívio do pai, ora requerido, tendo ainda requerido alimentos no importe de
30% (trinta por cento) do salário mínimo vigente, petição presente no ID 31918618.
Éo breve relatório.
DECIDO.
2- Ante o requerimento contido na petição inicial, entendo ser prudente a fixação da guarda compartilhada
da menor VITÓRIA ALMEIDA DOS REIS, nascida em 06/01/2007, na residência materna, e ainda, regulo
o direito de convívio do pai, ora requerido, a ser realizado em finais de semana alternados, iniciando as
08h da manhã do sábado no domicilio do genitor, devendo devolvê-lo até as 17h do domingo, feriados
prolongados e festas de final de ano alternados, iniciando e terminando no mesmo horário dos finais de
semana, e metade das férias escolares; o dia dos pais a menor passará com o genitor e o dia das mães
com a genitora, devendo haver comunicação e acordo prévio com a mãe da menor, sempre respeitados os
interesses da mesma.
3-Ante o deferimento da guarda mencionado no item “2”, em razão da prova da relação de parentesco (art.
2º da LA), cópia da certidão de nascimento da menor presente no ID 30549202, e diante da necessidade
presumida da mesma, DEFIRO os alimentos provisórios em 30% (trinta por cento) do salário mínimo
vigente, os valores serem depositados em conta bancária da requerente, qual seja: Banco Santander,
Agência 4394, Conta Corrente 01015149-3, pagos até o quinto dia útil de cada mês, devidos a partir da
citação, segundo artigo 13, §2º da Lei de Alimentos.
OS PAIS DEVEM SE ATENTAR SEMPRE PELO MELHOR INTERESSE DOS FILHOS, INCLUÍDA AÍ
SEU DIREITO A SAÚDE A VIDA, EDUCAÇÃO, ASSISTÊNCIA MATERIAL E PSICOLÓGICA.
4-Tendo em vista, o art. 18 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, que determina que
as audiências devem ser realizadas através de meios tecnológicos por meio de videoconferência,
em razão da Pandemia da COVID-19, e ainda, havendo a necessidade de medidas de
distanciamento controlado, com a observância dos protocolos de segurança sanitária e o espaço
reduzido da sala de audiências deste Juízo, que não comporta a presença de todos os
participantes, respeitado o distanciamento social de 1,5m de cada um, conforme parâmetro
indicativo da OMS, Ministério da Saúde e Anvisa, nos termos do art., 139 do CPC, DEIXO DE
DESIGNAR, por ora, data para a realização de audiência de conciliação, ANTE A PANDEMIA DA
COVID-19.
5-Assim, também diante do art., 139 do CPC, diante das especificidades da causa e de modo a adequar o
rito processual às necessidades do conflito, ante as razões expostas acima, CITE-SE a parte requerida,
1427
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis, no endereço fornecido nos autos.
6-Ante o disposto no inciso I do art., 247 c/c §3º do art., 695 do CPC, a citação da parte requerida
deve ser feita pessoalmente, através de Oficial de Justiça.
7-A intimação da parte autora poderá ser feita através dos correios, por carta registrada, com aviso
de recebimento, por analogia ao inciso I do art., 246 c/c art., 22 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI.
8-Após a apresentação da contestação, DETERMINO que os presentes autos sejam remetidos ao Setor
Social para a realização do estudo psicossocial do caso, com prazo de conclusão de 45 (quarenta e cinco)
dias, pela equipe multidisciplinar, devendo serem ouvidas as partes no referido estudo;
Com o retorno dos autos do Setor Social, intimem-se as partes, através de seu Advogado (CPC, art. 272)
ou Defensor Público (§1º do art. 186 do CPC), para que, no prazo de 05 (cinco) dias, se manifestem sobre
o laudo social.
Após a manifestação das partes, devidamente certificada, abra-se vista ao Ministério Público, para que
também se manifeste sobre o referido laudo.
9-Nos termos do art. 694 do CPC e do que dispõe o artigo 14 da resolução nº 015/2016-GP, de
01/06/2016, determino a remessa dos presentes autos ao CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de
Conflitos das Varas de Família deste Fórum, a fim de que seja tentada a conciliação entre as partes no
presente feito, nos termos da Portaria Conjunta No 12/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI.
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Fixação]
DESPACHO
Intimem-se.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0004702-02.2017.8.14.0301
AÇÃO:[Dissolução]
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Por motivo de foro íntimo, julgo-me suspeita para atuar no presente feito, observado o disposto no §1º do
art. 145 do CPC.
Pertinente citação de Pontes de Miranda (Comentários ao Código de Processo Civil, tomo II/430, item n. 6,
3ª ed., 1997, Forense):
Suspeição por motivo íntimo - Ao juiz confere o artigo 135, parágrafo único do CPC/73 (art. 145, §1º
CPC/2015), o direito (não só a faculdade) de se declarar suspeito, ‘por motivo íntimo’. Motivo íntimo é
qualquer motivo que o juiz não quer revelar, talvez mesmo não deva revelar. A lei abriu brecha ao dever
de provar o alegado, porque se satisfez com a alegação e não exigiu a indicação do motivo. A intimidade
criou a excepcionalidade da permissão: alega-se haver motivo de suspeição, sem se precisar provar.
Conforme orientação fornecida pela Secretaria de Informática deste Tribunal, HABILITE-SE o substituto
automático da 1ª Vara de Família da Capital, para atuar no presente feito, conforme determinado na
PORTARIA Nº 2540/2020-GP.
Cumpra-se. Intimem-se.
JUÍZA DE DIREITO
1430
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Revisão]
REQUERIDO: A. C. M.
REPRESENTANTE DA PARTE: SANDRA MARIA PENA CORREA
DESPACHO
1-Tendo em vista que as partes não firmaram acordo perante a audiência ocorrida no CEJUSC, conforme
se verifica pelo Termo de Audiência presente no ID 31904393, intimem-se as partes, através de seu
Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art. 186 do CPC), para que, no prazo de 05 (cinco)
dias, se manifestem sobre a petição e documentos presente no ID 25582802.
2-À UPJ/FAM para certificar o cumprimento do determinado no ID 20780059, bem como sobre a
apresentação de memoriais finais pelas partes.
Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, voltem os autos conclusos.
JUÍZA DE DIREITO
1431
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0846865-22.2021.8.14.0301
AÇÃO:[Alimentos]
DESPACHO-MANDADO
Trata-se de AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS intentada por DANIELA COSTA PEREIRA, através
da Defensoria Pública do Estado do Pará em face de LEANDRO CAVALCANTE DOS SANTOS.
Narra a autora que manteve relacionamento com o Requerido, no período de 19 de novembro de 2019 a
06 de março de 2021. do qual adveio a gravidez, estando hoje no sétimo mês de gravidez.
Mencionou que assim que soube da gravidez informou tal fato ao Requerido, o qual não demonstrou
qualquer interesse, adotando postura omissa tanto afetiva quanto financeira.
1432
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Disse que tentou fazer acordo, mas foram todos infrutíferos, não restando alternativa, apenas a via judicial.
A requerente postula a fixação da verba alimentar no percentual de 30% (trinta por cento) do salário
mínimo vigente.
Éo breve relatório.
DECIDO.
A lei que regula os alimentos gravídicos é a Lei 11.804/08. A referida Lei reconheceu, a favor da mulher
gestante, o direito a alimentos em face do futuro pai, onde o fato gerador do direito subjetivo é a gravidez,
visando à proteção dos direitos do nascituro, desde a concepção, uma vez que segundo o art. 2º do
Código Civil, a personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida.
Ao referir-se a tal assunto Ferst (2011, p. 55) afirma que “embora a lei civil indique que a personalidade
civil da pessoa começa com o seu nascimento com vida, protege os direitos do nascituro desde a
concepção, daí o questionamento sobre o direito a alimentos do nascituro”.
A Lei ainda confere à futura mãe a legitimidade ativa para a propositura da ação de alimentos e, o que irá
proporcionar ao ente concebido um nascimento com dignidade.
“Com efeito, a grávida, no exercício do dever em face do nascituro e do direito perante o suposto pai, está
autorizada a pleitear alimentos mediante ação judicial. E este abrangerá os valores necessários para cobrir
despesas adicionais do período de gravidez, incluindo alimentação especial, assistência médica e
psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas
e terapêuticas, além de outras que venham a ser consideradas indispensáveis. ”
Desta forma a Lei serve como uma garantia de assistência ao nascituro, suprindo todos os gastos
adicionais decorrentes do tempo em que se desenvolve o embrião no útero materno, desde a concepção
até o nascimento.
“Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para cobrir as despesas
adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as
referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares,
internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo
do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes.
Parágrafo único. Os alimentos de que trata este artigo referem-se à parte das despesas que deverá ser
custeada pelo futuro pai, considerando-se a contribuição que também deverá ser dada pela mulher
grávida, na proporção dos recursos de ambos.”
Como podemos observar no § único do art. 2º da Lei 11.804/08, ambos os genitores possuem
responsabilidade recíproca de prover alimentos ao nascituro, dependendo da possibilidade econômica de
ambos.
A Lei 11.804/08 confere em seu art. 1º à mulher gestante a titularidade para pleitear os alimentos
gravídicos. A legitimidade passiva foi atribuída exclusivamente ao suposto pai, não se estendendo a outros
parentes do nascituro. Diferente do que acontece quando se é pleiteado a pensão alimentícia, os
alimentos são devidos à gestante (em benefício do nascituro) e não diretamente a criança, pelo simples
convencimento do Juiz dos indícios da paternidade.
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Vejamos: “Art. 6º: Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos
que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as
possibilidades da parte ré”.
Trata-se de presunção iuris tantum da paternidade, a qual tem validade até que se prove o contrário
A despeito disso, afirma Donoso (2009) “que inicialmente titularidade, e por consequência a legitimidade
ativa, é da gestante, sendo que, após o nascimento com vida haveria a conversão da titularidade em
pensão alimentícia para o menor”.
Essa conversão está expressa no art. 6º, parágrafo único da Lei, vejamos: “Parágrafo único. Após o
nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor
até que uma das partes solicite a sua revisão.”
Donoso (2009) destaca em seu texto que os alimentos gravídicos são fixados desde a inicial, deferidos
pela antecipação de tutela, fazendo-se necessária a demonstração de dois pressupostos legais:
verossimilhança do direito, bem como o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação (art. 273, caput e
I do CPC).
Acerca do pedido de Tutela Antecipada, o artigo 303 do CPC, cujo deferimento depende, de forma
indispensável, da presença dos requisitos da prova inequívoca com a qual seja possível aferir a
verossimilhança das alegações.
A doutrina costuma classificar a tutela antecipada como espécie do gênero tutelas de urgências. As tutelas
de urgência, portanto, são divididas pela doutrina em tutelas cautelares e tutelas antecipadas.
Écomo medida satisfativa, embora não definitiva que tal instituto satisfaz o mencionado princípio
constitucional. Logo, a referida medida de cognição sumária visa à antecipação dos efeitos do provimento
final de mérito a que a parte pretende ver declarado em seu favor.
Outros requisitos também são apontados pelo artigo 303 do CPC para a concessão da tutela antecipada.
No entanto, segundo aponta a doutrina esses requisitos são variáveis, diferentemente do requisito da
verossimilhança das alegações como aduzimos acima, pois não seria razoável que se concedesse uma
tutela de natureza satisfativa cuja cognição é sumaria se não houvesse apenas uma aparência de que as
alegações feitas pelo autor estão devidamente respaldadas em lei.
Como nos referimos acima os requisitos variáveis que ensejam o deferimento de tutela antecipada são:
perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, manifesto intento protelatório do réu que dificulte a
celeridade processual, e reversibilidade da medida antecipatória.
Há que se acrescentar também que a tutela antecipada tem que conciliar a necessidade da celeridade na
prestação jurisdicional com o dever de uma correta e eficiente cognição processual.
Sendo que no caso de tutelas antecipatórias essa cognição é sumaria, o que não quer dizer que tal
medida deve ser concedida de maneira irresponsável pelo Magistrado. Há que se ponderar se os
requisitos que ensejam a medida estão latentes no caso concreto levando o juiz a uma certeza de que
antecipar os efeitos da tutela postulada não trará ao final prejuízos irreparáveis e até mesmo irreversíveis
a parte que a suportou.
Em brilhante esclarecimento acerca do tema assim esclarece Luiz Guilherme Marinoni (in DIDIER, Fred Jr.
BRAGA, Paula Sarno, OLIVEIRA, Rafael. CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL VOL. 2. 4ª ed. Jus
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Podivm, 2009.):
A rigor, o tempo é um mal necessário para a boa tutela dos direitos. É imprescindível um lapso temporal
considerável (e razoável) para que se realize o devido processo legal e todos os seus consectários em sua
pluralidade, produzindo-se resultados justos e predispostos à imutabilidade. É garantia de segurança
jurídica. Bem pensadas as coisas, o processo “demorado” é uma conquista da sociedade: os poderosos
de antanho poderiam decidir imediatamente.
A concessão da medida, é bom que se ressalte, não constitui faculdade nem discricionariedade do Juiz,
mas seu dever concedê-la se presentes seus pressupostos legais, desde que se convença da
verossimilhança da alegação, ainda que não requerida pela parte.
Éimperioso, portanto, que o Juiz se persuada, senão definitivamente, ao menos para tranqüilizá-lo, para a
expedição de uma ordem que atinge a parte adversa, da existência de um direito violado e da
irreparabilidade dos interesses atingidos pelo possível dano.
O artigo 303 do CPC enuncia quais os requisitos que são necessários para o deferimento da tutela
antecipada. Tais requisitos devem ser rigorosamente observados pelo juiz no momento do julgamento da
mesma sob pena de se conceder os efeitos de uma tutela jurisdicional ao autor sem que este seja
merecedor de tal benefício colocando em cheque a segurança jurídica, princípio que deve estar presente
em todas as relações jurisdicionais.
Como até já aduzimos alhures dos requisitos que compõe a tutela antecipada um é fixo devendo respaldar
todos os pedidos de tutela antecipada qual seja: verossimilhança das alegações. Os demais requisitos
enumerados pelo artigo 303 do CPC são requisitos variáveis quais sejam: fundado receio de dano
irreparável ou de difícil reparação, abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu.
Verossimilhança das alegações seria uma prova suficiente com poder de levar o juiz em uma cognição
sumária a acreditar no direito material do autor. Ou seja, no momento da análise do pedido de antecipação
de tutela o juiz em um juízo provisório é levado a crer na veracidade das alegações do autor.
Pouco importa que após a instrução processual ou no momento da sentença definitiva outra seja a decisão
proferida pelo magistrado, pois para o deferimento de tutela antecipada basta tão somente que se constate
a aparência da verdade que guarda relação com o requisito da verossimilhança.
Ainda nesse sentido há de se ressaltar que a dogmática processual civil moderna se contenta com a
verdade formal não se exigindo a verdade real. As provas adotadas e produzidas nos autos do processo é
que vai apontar a quem pertence o direito, o bem da vida que se encontra em litígio. Há de se ressaltar
que um mesmo fato jurídico comporta várias interpretações, sem que se consiga determinar qual delas é a
correta eliminando-se as demais que delas se afastam.
A verossimilhança das alegações fica entre o fumus boni iuris, requisito para o deferimento de medidas
cautelares, e a certeza obtida pelo magistrado ao final da instrução processual.
O requisito do fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação como o próprio nome já
sugere trata-se do temor de que a demora na obtenção da tutela pretendida ao final do processo o objeto
do direito material postulado pelo autor não mais exista ou tenha se perdido não sendo mais eficaz ou
proveitosa a sentença que será entregue ao final do processo ao autor.
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No caso da ação de alimentos gravídicos, como nos indica Donoso (2009), para a concessão dos
alimentos provisionais não se faz necessária a prova direta da paternidade, mas sim fatos subjacentes,
conduzindo assim a uma “presunção de paternidade”, seja por meio de fotos, testemunhas, cartas, e-
mails, entre tantas outras provas lícitas que puder trazer aos autos, para o convencimento do juiz.
Na legislação em comento (Lei 11.804/08), em seu art. 6º, nos diz que basta que a requerente, no caso a
mãe, comprove os “indícios de paternidade”, para que o juiz possa fixar desde logo os alimentos
gravídicos.
“Informada na lei através de fotos, testemunhas, cartas, e-mails, entre tantas outras provas lícitas que
puder trazer aos autos, lembrando que ao contrário do que pugnam alguns, o simples pedido da genitora,
por maior necessidade que há nesta delicada condição, não goza de presunção de veracidade ou há uma
inversão do ônus probatório ao pai, pois este teria que fazer (já que não possui o exame pericial como
meio probatório) prova negativa, o que é impossível e refutado pela jurisprudência.”
Acerca do tema, Douglas Phillips Freitas, em artigo publicado pelo Instituto Brasileiro de Direito de Família,
assinala: Salvo a presunção de paternidade dos casos de lei, como imposto no art. 1.597 e seguintes, o
ônus probatório é da mãe.
Mesmo o pai não podendo exercer o pedido de exame de DNA como matéria de defesa, cabe a genitora
apresentar os “indícios de paternidade” informada na lei através de fotos, testemunhas, cartas, e-mails,
entre tantas outras provas lícitas que puder trazer aos autos, lembrando que ao contrário do que pugnam
alguns, o simples pedido da genitora, por maior necessidade que há nesta delicada condição, não goza de
presunção de veracidade ou há uma inversão do ônus probatório ao pai, pois este teria que fazer (já que
não possui o exame pericial como meio probatório) prova negativa, o que é impossível e refutado pela
jurisprudência.
Ementa:
Ementa:
Ementa:
Ementa:
Ementa:
Ementa:
Ementa:
Assim, no caso concreto, verifica-se pela análise dos documentos acostados da inicial, mesmo
tendo a requerente alegado, na inicial da ação proposta, que as partes mantiveram um
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relacionamento amoroso, não apresentou qualquer elemento de prova a corroborar essa assertiva,
que demonstra tão somente a gravidez, conforme documentos presentes as fls., 16/24 (IDS
31815480 e 31815481), e não traz nenhum indício de paternidade.
Ademais, não trouxe qualquer prova sobre os indícios de paternidade do requerido, tendo juntado
somente as fls., 27 (ID 31815482) uma foto que apenas mostra as partes juntas, não podendo ser
tida apenas uma imagem como indício de paternidade do requerido.
Dessa forma, não restou comprovado o indício de paternidade necessário ao deferimento do pleito
alimentar, neste momento ante a dúvida exarada pelo requerido.
Nesse sentido:
Ementa:
Considerado tal tais entendimentos, compulsando os autos e analisando os documentos que acompanham
a inicial, não há neste momento como aferir os indícios de paternidade mencionados no art. 6º da Lei nº.
11.804/2008.
Cite-se o requerido, no endereço constante dos autos, ficando advertido do prazo de 05 (cinco)
dias para apresentar defesa (art. 7º, da Lei nº. 11.804/2008), sob pena se presumirem aceitos os
fatos alegados pela autora na inicial nos termos do art. 285 e 319 do CPC.
Decorrido o prazo legal, com ou sem manifestação, neste último caso devidamente certificado, voltem-me
conclusos.
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Dissolução]
Advogado(s) do reclamante: ANA CARLA CORDEIRO DE JESUS MINDELLO, JOSE LUIZ DE ARAUJO
MINDELLO NETO
DESPACHO
Intimem-se.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Alimentos]
DESPACHO
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Fixação]
Advogado(s) do reclamante: MAYARA THAIS RIBEIRO PINA, JOANA DARC DA COSTA MIRANDA,
MARIZE ANDREA MIRANDA SILVA
DESPACHO
1-Processe-se em segredo de justiça (art. 189 do Código de Processo Civil) e com gratuidade
processual.
2-Compulsando os autos, observa-se que na petição inicial, não foi respeitado o art. 319 do CPC quanto à
correta indicação de legitimidade para figurar no polo ativo da demanda, visto que se trata de ação na
qual, se cobram alimentos fixados em favor da filha menor, não devendo a mãe figurar no polo ativo como
autora, mas sim como representante da filha menor, devendo ainda fazer a devida juntada da procuração
em nome da menor, representada por sua genitora.
3- Ante o requerimento contido na petição inicial, na qual solicita que a parte executada seja citada por
meio do aplicativo de mensagens “WHATSAPP”, INDEFIRO desde logo o pedido, uma vez não haver
regramento para intimação pelo aplicativo “WhatsApp” no âmbito das Varas Cíveis e de Família, tendo a
resolução Nº 28/2018 – TJPA, que trata da intimação pelo referido aplicativo de mensagens, somente
disposto sobre tal modo de intimação no âmbito DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS, e de
forma voluntária pelas partes.
Ademais, cumpre ressaltar que o CPC expressamente nos seus arts., 693 c/c art., 695 c/c inciso I do art.,
272, determina que, PARA AS AÇÕES DE FAMÍLIA, A CITAÇÃO DA PARTE REQUERIDA SERÁ NA
PESSOA DO RÉU, verbis:
Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:
CAPÍTULO X
Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos contenciosos de divórcio, separação,
reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação.
Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694.
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§1º O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar
desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a
qualquer tempo.
§2º A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência.
I - pelo correio;
IV - por edital;
Dessa forma, inexistindo lei no sentido de regulamentar a citação por aplicativo de mensagens ou
outro meio eletrônico, impossível a citação se dar por esses modos uma vez tal ato é a forma como
o réu toma conhecimento do processo e pode ser responsabilizado pelas consequências daquele
processo como um todo.
Por isso que um vício na citação é matéria de ordem pública e capaz de anular por completo um
processo.
Ademais, conforme consulta realizada à Corregedoria de Justiça deste Tribunal, através dos autos de No
0002291-82.2020.2.00.0814, restou consignado o seguinte:
(..)Ocorre que, a Portaria Conjunta nº 001/2018- GP/VP, que dispõe sobre a criação e a tramitação do
processo judicial eletrônico no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, esclarece que se
considera sistema de processo eletrônico todos os sistemas eletrônicos de tramitação de
processos judiciais, comunicação de atos e transmissão de peças processuais. Outrossim, os
sistemas de processos eletrônicos atualmente em uso no Tribunal de Justiça do Estado do Pará
(TJPA) são o Sistema Eletrônico de Execução Unificada (SEEU), o Processo Judicial Digital
(Projudi) e o Processo Judicial Eletrônico (PJe). (...)
Da leitura da referida decisão, verifica-se que o aplicativo “whatsapp” não pode ser utilizado para
citações/intimações, fora das hipóteses previstas na Resolução Nº 28/2018 – TJPA.
4-Dessa forma, intime-se a parte autora, através de seu Advogado (art. 272 do CPC) ou Defensor Público
(§1º do art. 186 do CPC), para que, no prazo de 15 (quinze) dias, emende a inicial, nos termos
mencionados acima, sob pena de, não o fazendo, haver o indeferimento da mesma e consequente
extinção do processo sem resolução de mérito.
Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, devidamente certificada, voltem os autos conclusos.
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JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
Processo: 0812189-19.2019.8.14.0301
AVERIGUAÇÃO DE PATERNIDADE (123)
Assunto: [Investigação de Paternidade, Retificação de Nome]
REQUERENTE: MARIA ORACI DOS SANTOS AMARAL, ARILTON FONSECA AMARAL
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ
REQUERIDO: TAMIRYS GABRIELI DOS SANTOS BARROSO, ADRIANA DOS SANTOS, ANTONIO
CARLOS DANTAS BARROSO FILHO
SENTENÇA
Narram os autores que a requerente MARIA ORACI DOS SANTOS AMARAL é tia materna da Requerida
ADRIANA DOS SANTOS, logo, tia avó-materna da filha socioafetiva TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS
BARROSO, ora também requerida no presente feito, sendo o requerente. Sr. AIULTON FONSECA
AMARAL, marido da Sra. MARIA ORACI DOS SANTOS AMARAI, desde junho de 1984.
Disseram que a filha socioafetiva, TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS BARROSO reside com os
requerentes desde que nasceu, em abril de 2000, motivo pelo qual vêm cuidando dela como se sua filha
fosse tratando com muito amor e carinho da mesma forma que dispensado a uni filho biológico.
Afirmaram que sempre houve o desejo, por parte dos requerentes, que pudessem ter seus nomes
registrados, como pai c mãe socioafetivos de TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS BARROSO na certidão
de nascimento.
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Alegaram ainda que TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS BARROSO, ora filha socioafetiva, sempre nutriu
este sentimento de amor pelos requerentes, uma vez que foram eles que sempre lhe criaram, tendo sido
neles que ela viu a figura de pai e mãe. Tal relação de pais e filha fica muito bem caracterizada não só
pelo longo convívio, mas também pelo fato da Tamirys chamar os requerentes de pai e mãe.
Por fim, disseram que os requerentes não pretendem retirar o nome dos pais biológicos do registro de
nascimento da Tamirys, mas tão somente a inclusão do patronímico dos pais socioafetivos, passando a
chamar-se TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS BARROSO AMARAL.
As fls., 20/21 (ID 8949978) foi determinada a citação dos requeridos para contestarem o feito.
Devidamente citados, nenhum dos requeridos apresentou contestação ao presente feito, conforme
certidão presente as fls., 39 (ID 13430879), sendo decretada a revelia dos mesmos conforme decisão
presente as fls., 40 (ID 13432034).
As fls., 44 (ID 16053872) foi determinada a remessa dos autos do setor social para realização do estudo
de caso, cujo relatório consta as fls., 49/53 (ID 21932086).
As fls., 60 (ID 22102219) consta manifestação das partes autoras ao estudo de caso.
O Ministério Público deixou de se manifestar no feito, ante a ausência de menores ou incapazes, fls., 65
(ID 30827572).
Determinada a intimação dos autores para que se manifestassem sobre o julgamento antecipado da lide
ou interesse de produção de provas, as fls., 69/70 (ID 31459188) os autos requereram o julgamento
antecipado da lide.
Éo breve relatório.
Decido.
Tendo em vista a revelia das partes requeridas e as provas juntadas nos autos, entendo que não há
demais provas a serem produzidas nem controvérsias quanto às questões trazidas à apreciação,
ensejando, assim, o julgamento antecipado da lide nos termos do artigo 355, I do CPC.
Narram os autores que a Requerente MARIA ORACI DOS SANTOS AMARAL é tia materna da Requerida
ADRIANA DOS SANTOS, logo, tia avó-materna da filha socioafetiva TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS
BARROSO, ora também requerida no presente feito, sendo o requerente. Sr. AIULTON FONSECA
AMARAL, marido da Sra. MARIA ORACI DOS SANTOS AMARAI, desde junho de 1984.
Disseram que a filha socioafetiva, TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS BARROSO reside com os
requerentes desde que nasceu, em abril de 2000, motivo pelo qual vêm cuidando dela como se sua filha
fosse tratando com muito amor e carinho da mesma forma que dispensado a uni filho biológico.
Afirmaram que sempre houve o desejo, por parte dos requerentes, que pudessem ter seus nomes
registrados, como pai e mãe socioafetivos de TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS BARROSO na certidão
de nascimento.
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Importante mencionar que filiação socioafetiva não está lastreada no nascimento, enquanto fato biológico,
mas sim decorre de ato de vontade, construída e reconstruída, cotidianamente, no tratamento e na
publicidade, colocando em destaque, concomitantemente, a verdade biológica e as presunções jurídicas.
A doutrina entende que, socioafetiva é aquela filiação que se constrói a partir de um respeito recíproco, de
um tratamento em mão-dupla como pai e filho, inabalável na certeza de que aquelas pessoas, de fato, são
pai e filho.
Desta sorte, o critério socioafetivo de determinação do estado de filho apresenta-se como um instrumento
que aquilata o império da genética, conferindo efetivação a um rompimento dos laços biológicos que
emolduram a filiação, possibilitando, via de consequência, que o vínculo paterno-filial não esteja estanque
à transmissão de genes.
Trata-se, com efeito, da possibilidade de cisão entre o genitor e o pai. Aliás, a valoração da
socioafetividade, em sede de liames familiares, já foi consagrada pelo entendimento jurisprudencial,
consoante se extrai do julgado paradigmático do STJ:
Ementa:
Direito de família. Recurso especial. Ação investigatória de paternidade e maternidade ajuizada pela filha.
Ocorrência da chamada "adoção à brasileira". Rompimento dos vínculos civis decorrentes da filiação
biológica. Não ocorrência. Paternidade e maternidade reconhecidos. 1. A tese segundo a qual a
paternidade socioafetiva sempre prevalece sobre a biológica deve ser analisada com bastante
ponderação, e depende sempre do exame do caso concreto. É que, em diversos precedentes desta Corte,
a prevalência da paternidade socioafetiva sobre a biológica foi proclamada em um contexto de ação
negatória de paternidade ajuizada pelo pai registral (ou por terceiros), situação bem diversa da que ocorre
quando o filho registral é quem busca sua paternidade biológica, sobretudo no cenário da chamada
"adoção à brasileira". 2. De fato, é de prevalecer a paternidade socioafetiva sobre a biológica para garantir
direitos aos filhos, na esteira do princípio do melhor interesse da prole, sem que, necessariamente, a
assertiva seja verdadeira quando é o filho que busca a paternidade biológica em detrimento da
socioafetiva. No caso de ser o filho - o maior interessado na manutenção do vínculo civil resultante do
liame socioafetivo - quem vindica estado contrário ao que consta no registro civil, socorre-lhe a existência
de "erro ou falsidade" (art. 1. 604 do CC/02) para os quais não contribuiu. Afastar a possibilidade de o filho
pleitear o reconhecimento da paternidade biológica, no caso de "adoção à brasileira", significa impor-lhe
que se conforme com essa situação criada à sua revelia e à margem da lei. 3. A paternidade biológica
gera, necessariamente, uma responsabilidade não evanescente e que não se desfaz com a prática ilícita
da chamada "adoção à brasileira", independentemente da nobreza dos desígnios que a motivaram. E, do
mesmo modo, a filiação socioafetiva desenvolvida com os pais registrais não afasta os direitos da filha
resultantes da filiação biológica, não podendo, no caso, haver equiparação entre a adoção regular e a
chamada "adoção à brasileira". 4. Recurso especial provido para julgar procedente o pedido deduzido pela
autora relativamente ao reconhecimento da paternidade e maternidade, com todos os consectários legais,
determinando-se também a anulação do registro de nascimento para que figurem os réus como pais da
requerente. (Superior Tribunal de Justiça – Quarta Turma/ REsp 1.167.993/RS/ Relator: Ministro Luis
Felipe Salomão/ Julgado em 18.12.2012/ Publicado no DJe em 15.03.2013).
Assim, a afetividade deve estar presente nos vínculos de filiação e de parentesco, variando tão somente
na sua intensidade e nas especificidades do caso concreto. Com efeito, os vínculos sanguíneos não têm o
condão de se sobrepor aos laços afetivos nutridos, podendo, inclusive, ser afirmada a prevalência desses
em relação àqueles.
Ora, não se pode duvidar que, corriqueiramente, se vislumbra a concreção da filiação socioafetiva
enquanto processo contínuo e diário, no qual a convivência e a responsabilidade são responsáveis por
nutrir e desenvolver laços que superam o biológico, estando pautados em uma identificação afetiva.
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Assim, a filiação sócio-afetiva é aquela em que se desenvolvem durante o tempo do convívio, laços de
afeição e identidade pessoal, familiares e morais. A partir daí o afeto passou a merecer a tutela jurídica
tanto nas relações interpessoais como também nos vínculos de filiação.
Esta paternidade é aquela que se sobrepõe aos laços sanguíneos decorrentes das alterações familiares
da atualidade: desconstituição das famílias, pai que não assume a paternidade, adoção, entre outros.
Na verdade, é aquela em que o pai não biológico passa a tratar a criança, no âmbito de uma família, como
filha, criando-a e sendo responsável pela mesma. O afeto, enquanto constitutivo de dogma, se revela de
maciça importância, sendo, inclusive, um dos baldrames estruturantes dos argumentos que inspiraram o
reconhecimento da união homoafetiva pelo Supremo Tribunal Federal, explicitando a valoração dos
vínculos pautados no mútuo respeito, companheirismo e busca pela felicidade.
Em que pese o substancial destaque da afetividade, enquanto elemento estruturação de filiações, cuida
salientar que aquela não tem o condão de suplantar, cegamente, o critério biológico.
Desse modo, tão somente no caso concreto, consideradas as mais diversas e complexas circunstâncias,
tal como os elementos probatórios que instruem o apostilado processual, para que seja possível definir um
determinado critério para estabelecer o vínculo paterno-filial.
Importante salientar que a filiação socioafetiva decorre da convivência cotidiana, de uma edificação diária,
não encontrando explicação nos laços genéticos, mas sim no tratamento estabelecido entre pessoas que
ocupam, de maneira recíproca, o papel de pai e filho.
Não há que se falar, contudo, que a filiação socioafetiva decorre de um único ato; ao reverso,
imprescindível se faz um conjunto de atos de afeição e solidariedade, que, com clareza solar, tornam
explicitados a existência de uma relação entre pai/mãe e filho.
Ora, não se trata de qualquer dedicação afetiva que tem o condão de construir um liame paterno-filial,
promovendo, por consequência, a alteração do estado filiatório do indivíduo.
Desse modo, é preciso que o afeto existente na relação seja capaz de sobrepujar os vínculos biológicos,
em razão da sua robustez, sendo elemento decisivo na construção intelectual do indivíduo. É o afeto
substancializado, rotineiramente, por dividir diálogos e projetos de vida, repartir carinho, conquistas,
esperanças e preocupações, orientar os caminhos a ser seguido, ensinar e aprender, reciprocamente.
Há, neste aspecto, uma compreensão ética da filiação no critério socioafetivo, concedendo prestígio ao
comportamento das partes envolvidas ao longo de um lapso temporal. Nas situações em que se verifica no
caso de incidência do critério socioeducativo, a filiação está assentada no serviço e no amor dispensado e
não na procriação.
Por óbvio, o laço socioafetivo reclama de comprovação da convivência respeitosa, pautada na publicidade
e alicerçada firmemente. Entrementes, não é preciso que o afeto esteja presente no instante em que é
discutida a filiação em juízo, sendo comum, quando a demanda alcança as vias ordinárias judiciais, o afeto
ter cessado por diferentes motivos.
Importante faz-se provar a existência do afeto durante a convivência e que aquele era o liame que
entrelaçou os envolvidos durante suas existências, sendo possível sublinhar que a personalidade do filho
foi constituída sobre o vínculo afetivo, ainda que, naquele exato momento, não mais exista.
O exemplo mais corriqueiro é a “adoção à brasileira”, na qual o indivíduo registra como seu filho um
estranho e, depois de anos de uma relação pautada no afeto e de uma vivência como pai e filho, busca
negar a relação filiatória por algum motivo. Rememorar se faz imperioso que, mesmo cessado o afeto em
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determinado momento, a filiação, in casu, se estabeleceu pelo critério afetivo, o qual deve ser reconhecido
pelo Poder Judiciário, nos casos concretos.
Ora, há de se reconhecer, neste painel, que as manifestações de afeto e de carinho por parte da pessoa
próxima à criança ou ao adolescente somente terão o condão de substancializarem uma relação de
filiação, por parte daquele que dedica o afeto, clara e inequívoca intenção de ser concebido como pai/mãe
daquela criança ou daquele adolescente.
Com a Constituição Federal de 1988, o conceito de família tornou-se plural, contemplando não somente
aquela surgida do matrimônio tradicional, entre homem e mulher, mas também a decorrente da união
estável, conforme artigo 226, §3º, e a monoparental, com fundamento no artigo 226, §4º.
Épacificado o entendimento de que esse rol constante no texto constitucional é apenas exemplificativo, e
não taxativo, sendo, portanto, admitidos outros arranjos familiares.
Nesse contexto, é comum a existência de famílias recompostas por casais divorciados, que acolhem os
filhos havidos da união anterior e com eles formam vínculos afetivos, instituindo-se assim uma nova
família.
Esse tipo familiar é tão comum no meio social que a Lei nº 11.924/2009 autoriza os enteados a adotarem o
patronímico da família do padrasto e madrasta.
Não se pode olvidar também que muitos casais homoafetivos buscam judicialmente a declaração de
filiação socioafetiva em relação aos filhos do parceiro, sem que haja o afastamento da filiação biológica.
Outra forma de família é a decorrente da prática da adoção à brasileira, que ocorre quando há o
reconhecimento em registro civil da filiação de pessoa sem que haja vínculo biológico.
Émuito comum as pessoas adotadas à brasileira baterem às portas do Poder Judiciário para exercer o
direito de buscar sua ascendência genética, por meio de ação de investigação de paternidade, e muitas
vezes o fazem sem o pedido de ruptura da filiação socioafetiva com aquele que efetuou o registro civil.
A multiparentalidade, por exemplo, vem sendo reconhecida quando a madrasta ou o padrasto pretende
judicialmente o reconhecimento da filiação socioafetiva com o enteado sem a exclusão da filiação
biológica, como no presente caso dos autos.
Importante frisar que não se trata apenas da inclusão do patronímico dos padrastos pelos enteados, como
é permitido pela Lei n 11.924/2009.
A multiparentalidade vai além disso, permitindo que os padrastos sejam reconhecidos como pais dos
enteados, hipótese em que eles passarão a ter em seu registro civil o nome de dois pais ou duas mães,
mantendo-se assim o vínculo socioafetivo e o biológico.
Por sua vez, o conceito de família está atualmente atrelado ao afeto, e não mais somente ao aspecto
biológico, não sendo raras as decisões judiciais que reconhecem a multiparentalidade, aplicando-se o
princípio do afeto.
Outra situação muito comum em que a multiparentalidade está sendo reconhecida é quando a pessoa
1447
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
adotada à brasileira, por meio de ação de investigação de paternidade, busca conhecer sua ascendência
genética, sendo que a jurisprudência, em alguns casos, já se manifestou pela coexistência da filiação
socioafetiva com a filiação biológica.
(...) Coexistindo vínculos parentais afetivos e biológicos, mais do que apenas um direito, é uma obrigação
constitucional reconhecê-los na medida em que preserva direitos fundamentais de todos os envolvidos,
sobretudo a dignidade e a afetividade da pessoa humana. (BERENICE, Maria Dias. Manual de Direito das
Famílias. 9ª ed. Revista dos Tribunais: 2013, p. 385).
(...) parte da doutrina nacional aponta para a possibilidade de reconhecimento da multiparentalidade, o que
conta com apoio do presente autor. O que se tem visto na jurisprudência é uma escolha de Sofia, entre o
vínculo biológico e o socioafetivo, o que não pode mais prosperar. Como interroga a doutrina consultada,
por que não seria possível a hipótese de ter a pessoa dois pais e duas mães no registro civil, para todos
os fins jurídicos, inclusive familiares e sucessórios? (TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. Volume
único. 4ª ed., São Paulo: Método, 2014, p. 936).
Por sua vez, o Superior Tribunal de Justiça já se manifestou pela possibilidade da multiparentalidade no
Recurso Especial nº 13.283.80/MS:
(...) 2.3. Em atenção às novas estruturas familiares, baseadas no princípio da afetividade jurídica (a
permitir, em última análise, a realização do indivíduo como consectário da dignidade da pessoa humana),
a coexistência de relações filiais ou a denominada multiplicidade parental, compreendida como expressão
da realidade social, não pode passar despercebida pelo direito. Desse modo, há que se conferir à parte o
direito de produzir as provas destinadas a comprovar o estabelecimento das alegadas relações
socioafetivas, que pressupõem, como assinalado, a observância dos requisitos acima referidos. 3.
Recurso especial provido, para anular a sentença, ante o reconhecimento de cerceamento de defesa,
determinando-se o retorno dos autos à instância de origem, de modo a viabilizar a instrução probatória, tal
como requerido oportunamente pelas partes. (REsp 1328380/MS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO
BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/10/2014, DJe 03/11/2014)
Temos então que, conforme as provas juntadas nos autos, mormente a constante as fls., 19 (ID 8948259 -
Pág. 6), onde consta que os autores já detinham a guarda judicial de TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS
BARROSO, já denota a relação de amor e cuidado entre as partes.
Importante ainda destacar, que no estudo de caso realizado, há inequívoca demonstração de vínculo de
paternidade socioafetiva entre os requerentes e a requerida.
Vejamos o que foi dito no referido estudo, fls., 49/53 (ID 21932086).
“(...) A partir do contato com o contexto familiar que envolve a jovem Tamirys Gabriele dos Santos Barroso,
20 anos, as informações levantadas sugerem que desde a sua tenra idade, ela encontra-se sob os
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cuidados do casal requerente, Sra. Maria Oraci dos Santos Amaral e Sr. Arilton Fonseca Amaral os quais
exercem, ao longo desses anos, relevantes funções inerentes a condição parental, indicando
responsabilidade com o encargo que assumiram e sobre o qual demonstraram ter dedicado amor e zelo.
No núcleo familiar em questão, Tamirys indicou desfrutar, ao longo de sua trajetória de vida, de ambiente
afetuoso, onde sente-se amada e acolhida como filha. Nesta perspectiva, identificou-se que o casal
requerente e a jovem Tamirys estabeleceram entre si uma relação de amor, cuidado, carinho e afeto com
a formação de vínculos afetivos sólidos, oportunizados por uma convivência duradoura e regular.
Destaca-se que no contexto em questão, a relação entre Tamirys e os pais biológicos foi assegurada ao
longo dos anos. Das informações coligidas depreende-se que o vínculo paterno/filial foi mantido, havendo
convivência regular entre eles.
Os elementos assinalados revelam que a jovem identifica o casal requerente como seus pais, tal
como o casal requerido, manifestando o desejo de ter parentalidade socioafetiva reconhecida,
preservando-se a parentalidade biológica, uma vez que ambas sã significativas para a jovem.” (...)”.
Portanto, no caso concreto, coexistindo vínculos parentais afetivos e biológicos, mais do que apenas um
direito, é uma obrigação constitucional reconhecê-los, na medida em que preserva o direito fundamental
de todo ser humano de estar inserido no seio familiar e possuir filiação.
Dessa forma, compulsando os autos ante o reconhecimento do pedido por parte dos requeridos em
contestação, merece a procedência do pedido.
ISTO POSTO, com fulcro no art. 485, I do Código de Processo Civil, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO
DOS AUTORES para:
a) DECLARAR MARIA ORACI DOS SANTOS AMARAL e ARILTON FONSECA AMARAL mãe e pai
socioafetivos, respectivamente, de TAMIRYS GABRIELI DOS SANTOS BARROSO, passando ela a se
CHAMAR TAMIRYS GABRIELE DOS SANTOS BARROSO AMARAL, conforme requerido na petição
inicial, tendo como avós maternos JOANA DOS SANTOS (documento ID 8948257) e como avós
paternos ALUIZIO PEREIRA AMARAL e LIDIA FONSECA AMARAL (documento ID 8948257 - Pág. 2),
devendo ser expedido MANDADO DE AVERBAÇÃO ao competente cartório, fl. 13 (ID 8948257 - Pág. 4)
a fim de que proceda as devidas averbações no assento de nascimento da requerida, necessário à
inclusão de todos os dados referentes à filiação dos pais, ora declarada.
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Investigação de Paternidade]
DESPACHO
Ante o termo de acordo presente no ID 31903906 – Pag. 5/6, fica cancelada a audiência designada na
decisão ID 23720139.
JUÍZA DE DIREITO
1450
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PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Fixação]
DESPACHO
Intime-se a parte autora, através de seu Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art. 186 do
CPC), para que, no prazo de 10 (dez) dias, atualize o endereço das partes.
Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, voltem os autos conclusos.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
DESPACHO
Intime-se a parte exequente, através de seu Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art.
186 do CPC), para que, no prazo de 05 (cinco) dias, se manifeste sobre a certidão presente no ID
31932307.
Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, abra-se vista ao Ministério
Público.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0819690-53.2021.8.14.0301
1452
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AÇÃO:[Dissolução]
DESPACHO-MANDADO
processe-se em segredo de justiça (art. 189 do Código de Processo Civil e com gratuidade processual.
1-Defiro a emenda da inicial feita na petição presente no ID 31287210, para que passe a constar como
valor da causa a importância de R$ 9.680,00 (nove mil, seiscentos e oitenta reais)., devendo à Secretaria
proceder a correção no Sistema PJE.
Narra a autora que contraiu núpcias com o requerido na data de 03/05/2013, adotando assim naquele
momento o regime de comunhão parcial de bens.
Disse que da união, nasceram dois filhos THÁRSIS DANIEL RIBEIRO SANTANA, nascido em 14/04/2014,
certidão de nascimento presente no ID 24398545 - Pág. 2 e THAYSE YASMIM RIBEIRO SANTANA,
nascida em 21/03/2018, certidão de nascimento presente no ID 24398545 - Pág. 3.
Disse que a separação ocorreu por inúmeras descobertas de infidelidade por parte do requerido, por
diversas situações de abandono e ausências, pois o Requerido alegava que iria trabalhar em outra cidade
e desaparecia, estando separados de fato há um ano.
Requereu a guarda unilateral das filhas menores, bem como a estipulação do direito de convívio do pai,
ora requerido, bem como alimentos no importe de 40% (quarenta por cento) do salário mínimo vigente,
petição presente no ID 31287210, tendo informado que os gastos mensais dos menores giram em torno de
R$ 1.949,90 (mil e novecentos e quarenta e nove reais e noventa centavos), petição presente as fls., 27
(ID 25063810).
1453
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Éo breve relatório.
DECIDO.
2- Ante o requerimento contido na petição inicial, entendo ser prudente a fixação da guarda unilateral das
menores THÁRSIS DANIEL RIBEIRO SANTANA de 07 anos e THAYSE YASMIM RIBEIRO SANTANA de
03 anos de idade, com a mãe, e ainda, regulo o direito de convívio do pai, ora requerido, a ser realizado
em finais de semana alternados, iniciando as 08h da manhã do sábado no domicilio do genitor, devendo
devolvê-lo até as 17h do domingo, feriados prolongados e festas de final de ano alternados, iniciando e
terminando no mesmo horário dos finais de semana, e metade das férias escolares; o dia dos pais as
menores passarão com o genitor e o dia das mães com a genitora, devendo haver comunicação e acordo
prévio com a mãe das menores, sempre respeitados os interesses das mesmas.
3-Ante o deferimento da guarda mencionado no item “2”, em razão da prova da relação de parentesco (art.
2º da LA), cópia da certidão de nascimento das menores presente no ID 24398545 - Pág. 2/3 e diante da
necessidade presumida das mesmas, DEFIRO os alimentos provisórios em 40% (quarenta por cento) do
salário mínimo vigente, sendo 20% (vinte por cento) para cada filha, os valores serem depositados em
conta bancária da requerente, qual seja: Banco Next – 37, conta corrente: 608874-0, agência: 7160,
pagos até o quinto dia útil de cada mês, devidos a partir da citação, segundo artigo 13, §2º da Lei de
Alimentos.
OS PAIS DEVEM SE ATENTAR SEMPRE PELO MELHOR INTERESSE DOS FILHOS, INCLUÍDA AÍ
SEU DIREITO A SAÚDE A VIDA, EDUCAÇÃO, ASSISTÊNCIA MATERIAL E PSICOLOGICA.
4-Tendo em vista, o art. 18 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, que determina que
as audiências devem ser realizadas através de meios tecnológicos por meio de videoconferência,
em razão da Pandemia da COVID-19, e ainda, havendo a necessidade de medidas de
distanciamento controlado, com a observância dos protocolos de segurança sanitária e o espaço
reduzido da sala de audiências deste Juízo, que não comporta a presença de todos os
participantes, respeitado o distanciamento social de 1,5m de cada um, conforme parâmetro
indicativo da OMS, Ministério da Saúde e Anvisa, nos termos do art., 139 do CPC, DEIXO DE
DESIGNAR, por ora, data para a realização de audiência de conciliação, ANTE A PANDEMIA DA
COVID-19.
5-Assim, também diante do art., 139 do CPC, diante das especificidades da causa e de modo a adequar o
rito processual às necessidades do conflito, ante as razões expostas acima, CITE-SE a parte requerida,
para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis, no endereço fornecido nos autos.
6-Ante o disposto no inciso I do art., 247 c/c §3º do art., 695 do CPC, a citação da parte requerida
deve ser feita pessoalmente, através de Oficial de Justiça.
7-A intimação da parte autora poderá ser feita através dos correios, por carta registrada, com aviso
de recebimento, por analogia ao inciso I do art., 246 c/c art., 22 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI.
8-Após a apresentação da contestação, DETERMINO que os presentes autos sejam remetidos ao Setor
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Social para a realização do estudo psicossocial do caso, com prazo de conclusão de 45 (quarenta e cinco)
dias, pela equipe multidisciplinar, devendo serem ouvidas as partes no referido estudo;
Com o retorno dos autos do Setor Social, intimem-se as partes, através de seu Advogado (CPC, art. 272)
ou Defensor Público (§1º do art. 186 do CPC), para que, no prazo de 05 (cinco) dias, se manifestem sobre
o laudo social.
Após a manifestação das partes, devidamente certificada, abra-se vista ao Ministério Público, para que
também se manifeste sobre o referido laudo.
9-Nos termos do art. 694 do CPC e do que dispõe o artigo 14 da resolução nº 015/2016-GP, de
01/06/2016, determino a remessa dos presentes autos ao CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de
Conflitos das Varas de Família deste Fórum, a fim de que seja tentada a conciliação entre as partes no
presente feito, nos termos da Portaria Conjunta No 12/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI.
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Fixação]
DESPACHO
Intime-se a parte exequente, através de seu Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art.
186 do CPC), para que, no prazo de 05 (cinco) dias, se manifeste sobre a petição presente no ID
31731223.
Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, voltem os autos conclusos.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0831980-03.2021.8.14.0301
AÇÃO:[]
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
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Deixo de apreciar a petição de ID 31183717, uma vez que não existe pedido de reconsideração de
sentença, exceto nos casos estritamente previstos no §7º do art. 485 do CPC, devendo a parte fazê-lo
através do meio devido de impugnação que é a apelação.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0003619-39.2003.8.14.0301
AÇÃO:[Fixação]
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
sua genitora ANDREA ALVES GERHARDT, através da Defensoria Pública do Estado do Pará, em
desfavor de ALEXANDRE CHAVES DOS SANTOS, portador do RG nº 00136694159 DETRAN/PA e
CPF nº 612.610.332-72.
A exequente aduz que o executado não vem cumprindo com o acordo, firmado nestes autos, ocasião em
que foram definidos alimentos no importe equivalente 20% (vinte por cento) do salário mínimo vigente.
Devidamente citado (fls., 68 (ID 20805171 - Pág. 5), o executado não apresentou justificativa nem realizou
o pagamento, certidão presente as fls., 69 (ID 20805171 - Pág. 6).
Conforme parecer presente as fls., 79/80 (ID 20805173) o Ministério Público se manifestou pela prisão civil
do executado, tendo sido ratificado tal posicionamento pela parte exequente, na petição de fls., 96 (ID
20805175).
Após os autos serem migrados ao sistema PJE, as fls., 113/114 (ID 31625651), consta planilha atualizada
do débito no valor de R$ 8.857,81 (oito mil, oitocentos e cinquenta e sete reais e oitenta e um centavos).
É o breve relatório.
DECIDO.
Assim, ao propor o montante ora reclamado, o executado deveria cumprir com tal obrigação porque,
deduz-se, estava dentro de sua capacidade financeira, atendendo-se, assim, ao binômio: necessidade x
possibilidade.
Ementa:
Ementa:
de fundamentação da decisão o não acolhimento das teses ventiladas pelo recorrente, mormente se o
aresto abordar todos os pontos relevantes da controvérsia, como na espécie. 2. A justificativa apresentada
pelo devedor, nos autos de ação de execução de alimentos, não constitui motivo para afastar a prisão civil,
nos termos do art. 733 do Código de Processo Civil. 3. Agravo regimental não provido. (STJ - AgRg no
AREsp: 46685 SC 2011/0217063-8, Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de
Julgamento: 10/09/2013, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 17/09/2013).
No tocante a prestação alimentar, caso o réu não possa realmente cumpri-la em sua totalidade, necessário
e que este ajuíze uma ação própria de revisão ao invés de se desobrigar unilateralmente do pagamento
integral da pensão alimentícia, ainda mais por ser em favor de 03 (três) filhos menores de idade.
Portanto, considerando o descaso do executado com sua obrigação, e tendo privado os exequentes do
direito indisponível de alimentos para sua sobrevivência, entende-se que estão presentes os motivos
autorizadores da prisão civil, consequência do inadimplemento. Seu desinteresse para com a sua
obrigação não deve ser minimizado ou abrandado, ao contrário, deve ser condenado e penalizado.
O posicionamento do executado significa confirmação dos termos exordiais, assim como da inexistência
de justificativa bastante para elidir as conseqüências do inadimplemento.
Significa, outrossim, descaso com as básicas necessidades alimentares, a exigir pronta e urgente medida
legal de parte do Poder Judiciário, consabidos os interesses prioritários de tais verbas.
A segregação tem o objetivo de compelir o executado ao cumprimento de seu dever alimentar, medida
extrema que deve ser tomada em derradeira solução, mas sem titubeios, haja vista sobrelevam os
urgentíssimos interesses. Trata-se, à evidência, de pleito referente à vida, à dignidade dos exequentes.
Consignamos, por oportuno, que o valor das pensões alimentícias vincendas estão naturalmente incluídas
na presente execução, entendimento esse, aliás, já sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, Súmula
309, bem como no §7º do art. 528 do CPC.
ISTO POSTO, FACE A NATUREZA EMERGENCIAL DOS ALIMENTOS, VINDO O EXECUTADO FICAR
INERTE QUANTO AO PAGAMENTO INTEGRAL DO DÉBITO; e não apresentou quaisquer justificativas
plausíveis por não ter cumprido a obrigação alimentar; e, ainda, a objetividade do art. 528 do CPC ao
expressar que o executado deve pagar o débito, provar o pagamento ou justificar a impossibilidade de
fazê-lo, assim:
DECRETO, com base no artigo 5º, LXVII da Carta Magna, no artigo 19, da Lei 5.478/68, no art. 528, § 3º,
do Código de Processo Civil e no art. 6º da Recomendação 62 do CNJ, a prisão civil DOMICILIAR de
ALEXANDRE CHAVES DOS SANTOS, portador do RG nº 00136694159 DETRAN/PA e CPF nº
612.610.332-72, por 01 (mês) mês, observando-se o §3º do art. 132 do Código Civil, quanto à
inadimplência relativa às parcelas alimentares devidas de AGOSTO DE 2018 ATÉ AGOSTO DE 2021 no
valor de R$ 8.857,81 (oito mil, oitocentos e cinquenta e sete reais e oitenta e um centavos), NO
ENDEREÇO INFORMADO NO ID 31784339.
A prisão civil por dívida alimentar, prevista no art. 528 §3º e ss da Lei n. 13.105/15 (CPC), deverá ser
cumprida exclusivamente em regime domiciliar, sem prejuízo da exigibilidade das respectivas obrigações,
conforme o art., 6º da Recomendação 62 do CNJ.
Ressalto que, enquanto o executado estiver sob a modalidade de prisão domiciliar, deverão ser cumpridas
as seguintes condições, sob pena de revogação da medida, sendo a prisão convertida para o regime
fechado:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
a) Não poderá o executado se afastar de sua residência no período compreendido entre 19h e 07h;
b) A zona de inclusão do monitoramento eletrônico será de 200 metros de raio ao redor da casa para
subsistência básica (padaria, farmácia, etc.), não podendo dela se desviar;
Alternativamente, na hipótese de inviabilidade técnica para o uso de tornozeleira eletrônica, a medida será
convertida em recolhimento da CNH e do Passaporte, com comunicação ao DETRAN-PA e à Polícia
Federal.
Expeça-se ofício à Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará-SEGUP/PA, para que informe
sobre a viabilidade do monitoramento por tornozeleira eletrônica, devendo a resposta ser encaminhada no
prazo de 05 (cinco) dias.
Com a resposta sendo positiva, à Secretaria para proceder ao cumprimento da presente ordem de prisão
domiciliar com monitoramento.
Em caso negativo, oficie-se ao DETRAN/PA e Polícia Federal, para que procedam ao recolhimento da
CNH e do Passaporte do executado, respectivamente.
Caso o executado não possa realmente cumprir com a obrigação alimentar em sua totalidade, necessário
que este ajuíze ação própria de revisão, ao invés de desobrigar-se unilateralmente do pagamento integral.
O MANDADO JUDICIAL DE PRISÃO DOMICILIAR deve ser cumprido pelo Oficial de Justiça com auxílio
da força policial, devendo este observar que deverá cumprir a ordem judicial independentemente de
quaisquer documentos apresentados pelo executado no momento do cumprimento da diligência,
uma vez que somente cabe ao juízo decretar ou revogar a ordem de prisão, sob pena de
representação pelo descumprimento.
Oficie-se ao Comandante da Polícia Militar para que designe força policial, para acompanhar o Oficial de
Justiça no cumprimento da PRISÃO DOMICILIAR do alimentante.
Expeça-se Mandado de PRISÃO DOMICILIAR, devendo dele constar que a autoridade a qual efetuar a
detenção deve dar cumprimento ao inciso LXII, do artigo 5º, da Constituição Federal, com a imediata
comunicação da prisão à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
Após, caso comprovado o pagamento integral do débito alimentar constante nesta decisão MAIS
AS PARCELAS que por ventura se vençam após a decretação da prisão, ou o decurso do prazo
aqui determinado, expeça-se de imediato o competente alvará de soltura/contra-mandado,
independentemente de nova decisão.
Por fim, nos termos do §1º do art. 528 do CPC, remeta-se cópia desta decisão interlocutória e da
planilha de débito atualizada, ao Cartório de Protesto de Títulos e Documentos, devendo ser
observado o art. 517 do cpc.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Fixação]
DESPACHO
Intime-se a parte autora, através de seu Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art. 189 do
CPC) para que, no prazo de 05 (cinco) dias requeira o que entender de direito, sob pena de arquivamento.
Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, voltem os autos conclusos.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
DESPACHO
Intimem-se.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
DESPACHO
1 -Tendo em vista que não houve tempo hábil para que a UPJ/FAM cumprisse a decisão presente no ID
22561603, CANCELO a Audiência designada na referida decisão, deixando, por ora, de designar nova
data em função das sucessivas readequações de pautas suportadas por esta Vara.
2 – Intimem-se as partes, através de seus Advogados (art. 272, CPC) ou Defensores Públicos (§1º do art.
186 do CPC), para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, forneça seu endereço de e-mail para seja
tentada a conciliação entre as partes.
4-Sem prejuízo do determinado acima, tendo em vista que o requerido já foi citado, conforme se verifica
pela certidão presente no ID 17173239, já tendo advogado constituído nos autos, também diante do art.,
139 do CPC, diante das especificidades da causa e de modo a adequar o rito processual às necessidades
do conflito, ante as razões expostas acima, INTIME-SE a parte requerida, para contestar o feito no prazo
de 15 (quinze) dias úteis, no endereço fornecido nos autos.
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
Processo: 0844486-11.2021.8.14.0301
DIVÓRCIO CONSENSUAL (12372)
Assunto: [Dissolução]
ACORDANTES: ANA FLÁVIA MORAES CARVALHO e JONH CARVALHO DE SOUZA
Tratam os autos de pedido de divórcio formulado pelas partes ANA FLÁVIA MORAES CARVALHO e
JONH CARVALHO DE SOUZA, através da Defensoria Pública do Estado do Pará, os quais são
casados desde 10/08/2001 sob o regime da Comunhão Parcial de Bens. Dessa união adveio o nascimento
de FLÁVIA THAMYRIS CARVALHO DE SOUZA, nascida em 16/08/1997, ANA CAROLINA CARVALHO
DE SOUZA, nascida em 04/10/2001 e JULYANA NAYARA CARVALHO DE SOUZA, nascida em
05/02/2004, que possuem 23 (vinte e três) anos, 19 (dezenove) anos e 17 (dezessete) anos de idade,
respectivamente.
O casal resolveu por fim ao enlace matrimonial e para tanto estabelecem cláusulas e condições, como
seguem:
Acordaram que a menor JULYANA NAYARA CARVALHO DE SOUZA ficará sob a guarda na modalidade
compartilhada, com sua residência fixada com a mãe.
Quanto aos alimentos em favor da filha menor, o divorciando irá pensionar sua filha com o valor
correspondente a 12% (doze por cento) de seus vencimentos e vantagens, excluídos os descontos
obrigatórios, mas incluídos FGTS. Férias, 13° Salário seguro desemprego, valores relativos à rescisão de
contrato de trabalho, entre outras vantagens o que, totalizando ao mês o valor de R$ 287,44 (duzentos e
oitenta e sete reais e quarenta e quatro centavos), por meio de desconto em folha de pagamento, a ser
realizado pela fonte pagadora do Alimentante, qual seja, Prosegur Brasil S/A Transportadora de Valores e
Segurança, localizada na Avenida Senador Lemos, n295, Bairro Umarizal, na cidade de Belém PA, Cep.
66.050-000, a ser direcionado à Conta Corrente n 000158316-6, Agência n 0025-00, do Banco Banpará,
da qual a Sra. ANA FLÁVIA MORAES CARVALHO é titular.
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Além do valor descontado em contracheque, o alimentante ainda concorrerá integralmente com o valor
recebido à título de auxílio alimentação, entregando, neste ato, o cartão do benefício à Sra. ANA FLÁVIA
MORAES CARVALHO, para que faça uso em prol da alimentada.
Em caso de perda do vínculo de emprego formal, o Sr. JONH CARVALHO DE SOUZA perder o vínculo de
emprego formal, o valor dos alimentos ora acordados passará automaticamente a ser 19% (dezenove por
cento) do salário mínimo, o que, atualmente equivale ao montante de R$ 209,00 (duzentos e nove reais), a
ser adimplido no dia 15 de cada mês, por meio depósito na Conta Bancária anteriormente mencionada, da
qual a Sra. ANA FLÁVIA MORAES CARVALHO é titular.
a) A posse de 01 (um) bem imóvel, localizado no Conjunto Ariri Bolonha, localizado na Rua T 13, Ouadra
23 Casa No 36, Bairro: Coqueiro, na cidade de Belém-PA, Cep. 66.650145 avaliado pelas partes em R$
200,000,00 (duzentos mil reais).
O Sr. JONH CARVALHO DE SOUZA permanecerá na posse exclusiva do pavimento superior da casa, e
para tal, no prazo de 12 meses, promoverá a individualização deste pavimento como unidade autônoma,
construindo inclusive escada externa para e fechamento da passagem interna para criação da unidade
independente.
A Sra. ANA FLÁVIA MORAES CARVALHO, permanecerá na posse exclusiva da unidade residencial
localizada no pavimento inferior do imóvel.
b) A propriedade de 01 (um) bem móvel, qual seja, um veículo automotor com Placa QD06907, na cor
Branca, de marca Renault/ Duster, Modelo 16 E 4X2, Ano 2015, Renavam No 0106364259-8 e Chassi
n293YHSRAF5GJ984878, pelo valor de R$ 40.428,00 (quarenta mil e quatrocentos e vinte e oito reais),
com débito de financiamento no valor de R$ 40.460.00 (quarenta mil, quatrocentos e sessenta reais e
quatro centavos) de acordo com a cópia do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV)
que está acostado. A Divorciando renuncia o seu direito à meação em relação ao citado bem e o Sr. JONH
CARVALHO DE SOUZA arcará exclusivamente com todos os débitos do bem móvel, inclusive o
financiamento.
ANTE O EXPOSTO, nos termos dos arts. 200, 487, III, b e 731 e seguintes do CPC, HOMOLOGO, para
todos os fins de direito, o acordo firmado entre as partes, julgando extinto o presente processo com
resolução do mérito e decreto o divórcio dos requerentes FLÁVIA MORAES CARVALHO e JONH
CARVALHO DE SOUZA, bem como para definir os termos da guarda, direito de convívio em favor
da filha menor do casal, JULYANA NAYARA CARVALHO DE SOUZA, com a conseqüente dissolução
da sociedade conjugal, conforme preceitua o inciso IV do art. 1.571, do CC.
Verifico que o imóvel localizado no Conjunto Ariri Bolonha, localizado na Rua T 13, Ouadra 23 Casa No
36, Bairro: Coqueiro, na cidade de Belém-PA, Cep. 66.650145, não está regularizado conforme determina
o art. 1.227 do Código Civil, em nome das partes, inviável a realização da partilha do mesmo nesta ação,
podendo, se for o caso, ser discutida tal questão perante as vias ordinárias, ficando homologado somente
as obrigações assumidas entre as partes.
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Também inviável a realização da partilha do veículo automotor com Placa QD06907, na cor Branca, de
marca Renault/ Duster, Modelo 16 E 4X2, Ano 2015, Renavam No 0106364259-8 e Chassi No
293YHSRAF5GJ984878, uma vez que o mesmo se encontra grafado em Alienação Fiduciária, conforme
cópia do documento de fls. 21 (ID 30707245 - Pág. 10), ficando homologado somente a obrigação
assumida entre as partes, bem como em relação as dívidas assumidas pelas partes também ficam
homologadas somente as obrigações assumidas entre os acordantes, referente as mesmas.
Nesse sentido, não sendo as partes proprietárias do veículo, mas apenas exercendo a posse deste,
inviável a partilha, somente sendo admitida a divisão dos valores pagos ao credor fiduciário até a
data do desenlace conjugal.
A divorcianda voltará a utilizar seu nome de solteira, qual seja: ANA FLÁVIA MORAES CARVALHO.
Sem custas, extensivas ao Cartório Extrajudicial, nos termos do art., 2º do provimento n° 001/2010-
CJRMB.
Esta sentença servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO que deverá ser encaminhado ao Cartório de
Registro Civil de Casamento, conforme indicado à fl. 16 (ID 30707245 - Pág. 5), devendo ser remetido
juntamente com a cópia referida certidão de trânsito em julgado desta sentença, conforme
Provimento 003/2011 - CJRMB e a petição de acordo, bem como demais documentos que se fizerem
necessários, em anexo a esta sentença, bem como o devido registro no Livro E, caso seja necessário.
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
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AÇÃO:[]
EXEQUENTE: B. S. L.
DESPACHO
Tendo em vista que as partes não formularam termo de acordo perante o CEJUSC, conforme se verifica
pelo temo de audiência presente no ID 31903929 – Pag. 5, intime-se a parte exequente, através de seu
Advogado (art. 272, CPC) ou Defensor Público (§1º do art. 189 do CPC) para que, no prazo de 05 (cinco)
dias, requeira o que entender de direito, sob pena de arquivamento.
Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, voltem os autos conclusos.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
Processo: 0843211-27.2021.8.14.0301
DIVÓRCIO CONSENSUAL (12372)
Assunto: [Dissolução]
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SENTENÇA
Tratam os autos de pedido de divórcio formulado pelas partes AILTON DE OLIVEIRA MATOS NETO e
ARIANE SOUZA MATOS, através da Defensoria Pública do Estado do Pará, os quais são casados
desde 20/11/2015 sob o regime da Comunhão Parcial de Bens. Dessa união adveio o nascimento de
SINDEL ALLANES SOUZA MATOS, nascida em 30/12/2015, certidão de nascimento presente no ID
30366654 - Pág. 6.
O casal resolveu por fim ao enlace matrimonial e para tanto estabelecem cláusulas e condições, como
seguem:
Acordaram que a menor SINDEL ALLANES SOUZA MATOS ficará sob a guarda na modalidade unilateral
com a mãe.
-15 (quinze) dias do período de férias escolares da menor, sendo os primeiros 15 (quinze) dias gozados na
residência do Sr. AILTON DE OLIVEIRA MATOS NETO e a última quinzena passada em companhia da
Sra. ARIANE SOUZA MATOS, invertendo-se a mencionada ordem no ano seguinte, e assim
sucessivamente;
-Festas de Fim de Ano alternadas, iniciando-se com o NATAL em companhia da Sra. ARIANE SOUZA
MATOS e o ANO NOVO, do Sr. AILTON DE OLIVEIRA MATOS NETO, invertendo-se a ordem no ano
seguinte, e assim sucessivamente;
-Aniversários do pai e de sua família, além do dia dos pais, sempre em companhia do Sr. AILTON DE
OLIVEIRA MATOS NETO, enquanto, aniversários da mãe e de seus familiares, além do dia das mães,
sempre em companhia da Sra. ARIANE SOUZA MATOS;
Quanto aos alimentos em favor da filha menor, os requerentes não trataram dessa matéria no presente
acordo, tendo em vista que já existe uma Ação de Alimentos tramitando na 2ª Vara de Família da Comarca
de Belém-PA, Processo n° 0863549-56.2020.8.14.0301.
As partes informaram não haver bens a serem partilhados e dispensam alimentos entre si.
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ANTE O EXPOSTO, nos termos dos arts. 200, 487, III, b e 731 e seguintes do CPC, HOMOLOGO, para
todos os fins de direito, o acordo firmado entre as partes, julgando extinto o presente processo com
resolução do mérito e decreto o divórcio dos requerentes AILTON DE OLIVEIRA MATOS NETO e
ARIANE SOUZA MATOS, bem como para definir os termos da guarda, direito de convívio em favor
da filha menor do casal, SINDEL ALLANES SOUZA MATOS, com a conseqüente dissolução da
sociedade conjugal, conforme preceitua o inciso IV do art. 1.571, do CC.
Sem custas, extensivas ao Cartório Extrajudicial, nos termos do art., 2º do provimento n° 001/2010-
CJRMB.
Esta sentença servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO que deverá ser encaminhado ao Cartório de
Registro Civil de Casamento, conforme indicado à fl. 15 (ID 30366654 - Pág. 5), devendo ser remetido
juntamente com a cópia referida certidão de trânsito em julgado desta sentença, conforme
Provimento 003/2011 - CJRMB e a petição de acordo, bem como demais documentos que se fizerem
necessários, em anexo a esta sentença, bem como o devido registro no Livro E, caso seja necessário.
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.
Ante o parecer ministerial presente no ID 31963698, à UPJ/FAM para excluir o parecer presente no ID
31290269, por se tratar de partes estranhas aos presentes autos.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
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PROCESSO: 0091618-10.2015.8.14.0301
AÇÃO:[Investigação de Paternidade]
DECISÃO
Tendo em vista que a decisão que decretou a prisão civil do executado, presente no ID 20311359, é
datada de 24/01/2020, e ainda tendo em vista a atual situação pela qual o país e o Estado do Pará
atravessam de PANDEMIA do Novo Corona vírus COVID-19, e levando ainda em conta o art. 6º da
Recomendação 62 do CNJ, que dispõe:
Art. 6º Recomendar aos magistrados com competência cível que considerem a colocação em prisão
domiciliar das pessoas presas por dívida alimentícia, com vistas à redução dos riscos epidemiológicos e
em observância ao contexto local de disseminação do vírus.
A prisão civil por dívida alimentar, prevista no art. 528 §3º e ss da Lei n. 13.105/15 (CPC), deverá ser
cumprida exclusivamente em regime domiciliar, sem prejuízo da exigibilidade das respectivas obrigações,
conforme o art., 6º da Recomendação 62 do CNJ.
Ressalto que, enquanto o executado estiver sob a modalidade de prisão domiciliar, deverão ser cumpridas
as seguintes condições, sob pena de revogação da medida, sendo a prisão convertida para o regime
fechado:
a) Não poderá o executado se afastar de sua residência no período compreendido entre 19h e 07h;
b) A zona de inclusão do monitoramento eletrônico será de 200 metros de raio ao redor da casa para
subsistência básica (padaria, farmácia, etc.), não podendo dela se desviar;
Alternativamente, na hipótese de inviabilidade técnica para o uso de tornozeleira eletrônica, a medida será
convertida em recolhimento da CNH e do Passaporte, com comunicação ao DETRAN-PA e à Polícia
Federal.
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Expeça-se ofício à Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará-SEGUP/PA, para que informe
sobre a viabilidade do monitoramento por tornozeleira eletrônica, devendo a resposta ser encaminhada no
prazo de 05 (cinco) dias.
Com a resposta sendo positiva, à Secretaria para proceder ao cumprimento da presente ordem de prisão
domiciliar com monitoramento.
Em caso negativo, oficie-se ao DETRAN/PA e Polícia Federal, para que procedam ao recolhimento da
CNH e do Passaporte do executado, respectivamente.
Caso o executado não possa realmente cumprir com a obrigação alimentar em sua totalidade, necessário
que este ajuíze ação própria de revisão, ao invés de desobrigar-se unilateralmente do pagamento integral.
O MANDADO JUDICIAL DE PRISÃO DOMICILIAR deve ser cumprido pelo Oficial de Justiça com auxílio
da força policial, devendo este observar que deverá cumprir a ordem judicial independentemente de
quaisquer documentos apresentados pelo executado no momento do cumprimento da diligência,
uma vez que somente cabe ao juízo decretar ou revogar a ordem de prisão, sob pena de
representação pelo descumprimento.
Oficie-se ao Comandante da Polícia Militar para que designe força policial, para acompanhar o Oficial de
Justiça no cumprimento da PRISÃO DOMICILIAR do alimentante.
Expeça-se Mandado de PRISÃO DOMICILIAR, devendo dele constar que a autoridade a qual efetuar a
detenção deve dar cumprimento ao inciso LXII, do artigo 5º, da Constituição Federal, com a imediata
comunicação da prisão à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
Após, caso comprovado o pagamento integral do débito alimentar constante nesta decisão MAIS
AS PARCELAS que por ventura se vençam após a decretação da prisão, ou o decurso do prazo
aqui determinado, expeça-se de imediato o competente alvará de soltura/contra-mandado,
independentemente de nova decisão.
Por fim, nos termos do §1º do art. 528 do CPC, remeta-se cópia desta decisão interlocutória e da
planilha de débito atualizada, ao Cartório de Protesto de Títulos e Documentos, devendo ser
observado o art. 517 do cpc.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0846484-14.2021.8.14.0301
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
7ª Vara de Família, sito no 1º Andar do Prédio Anexo I, Fórum Cível da Capital, Praça Felipe Patroni,
S/N – Cidade Velha
Verifica-se que a parte exequente visa a discussão do cumprimento ou não da decisão proferida nos autos
de No 0827982-27.2021.814.0301, em trâmite neste juízo, por parte da executada, uma vez que alega que
a mesma não permite o exercício de seu direito de convívio com a sua filha menor REBECA QUEIROZ
TORRES, nascida em 22/10/2020, considerando, ainda, que há interesse de menor envolvido, qual seja o
direito de estar na companhia do pai.
O direito de convívio provisório do exequente com a menor, foi assim estabelecido nos autos de No
0827982-27.2021.814.0301, verbis:
2- Ante o requerimento contido na petição inicial, entendo ser prudente a fixação da guarda unilateral da
menor REBECA QUEIROZ TORRES, nascida em 22/10/2020, com a fixação da residência base da menor
na casa da requerente, e ainda, regulo o direito de convívio do pai, ora requerido, SEM PERNOITE, ante a
tenra idade da menor, a ser realizado em finais de semana alternados, iniciando as 11h da manhã do
sábado no domicilio da genitora, devendo devolvê-la até as 16h do mesmo dia, feriados prolongados e
festas de final de ano alternados, iniciando e terminando no mesmo horário dos finais de semana, e
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metade das férias escolares; o dia dos pais as crianças passarão com o genitor e o dia das mães com a
genitora, devendo haver comunicação e acordo prévio com a mãe do menor, sempre respeitados os
interesses do mesmo.
Éo breve relatório.
Decido.
Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o
pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela
pelo resultado prático equivalente.
Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não
fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de
tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente.
§1º Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de
multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de
atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.
§3º O executado incidirá nas penas de litigância de má-fé quando injustificadamente descumprir a ordem
judicial, sem prejuízo de sua responsabilização por crime de desobediência.
§4º No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer,
aplica-se o art. 525, no que couber.
Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em
tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a
obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito.
Em caso de descumprimento por parte da executada, fica estipulada a multa diária de R$ 3.000,00 (três
mil) reais para cada dia de convívio não obedecido, bem como, também no caso de descumprimento do
direito de convívio, fica desde já autorizada a busca e apreensão da menor, a ser cumprida em regime de
plantão e independentemente de nova decisão.
Em caso de recusa da parte executada em cumprir a decisão judicial, fica desde já autorizado o Sr. Oficial
de Justiça que for cumprir a medida, a proceder a busca e apreensão da menor.
Desse modo, no caso de recusa, deverá ser cumprida a citação/intimação da executada, objeto da
medida, devendo ser cumprido com especial ponderação e calma pelo (a) Oficial (a) de Justiça, bem como
para que a executada ofereça impugnação, no prazo de 15 (quinze) dias.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
A diligência deverá ser cumprida, sob acompanhamento de assistente social ou psicólogo (a) do Serviço
Social que esteja no plantão judicial, com vistas a não traumatizar os menores, lavrando-se termo
circunstanciado, firmado por 02 (duas) testemunhas.
ÀUPJ/FAM para oficiar o Setor Social para designar servidor (a) para o cumprimento da diligência
determinada pelo juízo, caso seja necessário.
Autorizo, desde logo, caso se faça necessário, o (a) Oficial (a) de Justiça à requisitar força policial, para
cumprimento da medida, bem como, sendo o caso, os oficiais poderão arrombar portas, caso se faça
necessário.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
GUARDA (1420)
AÇÃO:[Guarda]
DESPACHO
1 - Tendo em vista que as partes não firmaram acordo perante a audiência ocorrida no CEJUSC, conforme
se verifica pelo Termo de Audiência presente no ID 31929952, à UPJ/FAM para certificar a manifestação
das partes em relação ao despacho presente no ID 21126437.
Intimem-se.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
DESPACHO
Independentemente de autorização judicial, o Sr. Oficial de Justiça deve cumprir o determinado no §2º do
art. 212 do CPC, e também advertindo-se o mesmo, para que cumpra o disposto nos artigos 252 e 253 do
CPC, devendo realizar a intimação por Hora Certa, caso haja necessidade.
Intimem-se. Cumpra-se.
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
GUARDA (1420)
DESPACHO
Ante a petição da parte autor informando que não opõe a realização de conciliação, conforme consta no ID
32021818, tendo em vista que as partes atualizaram seus endereços de e-mail nos autos, petições
PRESENTES NOS IDS 32021818 e ID 30730362, nos termos do art. 694 do CPC e do que dispõe o artigo
14 da resolução nº 015/2016-GP, de 01/06/2016, determino a remessa dos presentes autos ao CEJUSC –
Centro Judiciário de Solução de Conflitos das Varas de Família deste Fórum, a fim de que seja tentada a
CONCILIAÇÃO entre as partes no presente feito, DE FORMA VIRTUAL.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Revisão, Fixação]
DESPACHO
1477
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Intimem-se.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Levantamento de Valor]
DESPACHO
Nos termos do art. 694 do CPC e do que dispõe o artigo 14 da resolução nº 015/2016-GP, de 01/06/2016,
determino a remessa dos presentes autos ao CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de Conflitos das
Varas de Família deste Fórum, a fim de que seja tentada a CONCILIAÇÃO entre as partes no presente
feito, com a audiência a ser realizada de forma presencial, por entender que as partes podem
melhor solucionar as questões processuais pendentes.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0846885-13.2021.8.14.0301
AÇÃO:[Revisão]
AUTOR: G. D. S. P.
REPRESENTANTE DA PARTE: VERA LUCIA CARDOSO DOS SANTOS
DESPACHO-MANDADO
ato representado por sua genitora VERA LUCIA CARDOSO DOS SANTOS, através da Defensoria Pública
do Estado do Pará, em face de MARCO ANTONIO DE SOUZA PINHEIRO, todos qualificados nos autos.
Alega o requerente que na data de 20 de maio de 2015, as partes entabularam acordo em audiência,
homologado perante o Juízo da 8ª Vara de Família da Capital, nos autos do processo nº 0031599-
72.2014.8.14.0301, no qual ficou estabelecido que o genitor pagaria a título de pensão alimentícia a seu
filho o valor correspondente a 23% (vinte e três por cento) sobre o salário-mínimo vigente.
Disse que que desde a data da fixação da obrigação ocorrida no ano de 2015, quando o filho GUSTAVO
DOS SANTOS PINHEIRO, nascido em 05/07/2005, ainda tinha 09 (nove) anos de idade, até o presente
momento, as necessidades e despesas do adolescente aumentaram significativamente, especialmente
com gastos voltados para alimentação, educação, transportes, aulas de reforço, vestuário, lazer e plano de
saúde. Ou seja, com o decurso dos anos, as necessidades do filho aumentaram e as possibilidades
econômicas do pai também, tornando-se indispensável à majoração do quantum da pensão alimentícia
paga pelo ora requerido.
1) alimentação, no valor em torno de R$ 1.000,00 (mil reais) mensais; 2) plano de saúde, no valor de R$
156,00 (Cento e cinquenta e seis reais) mensais; 3) materiais de higiene do filho, no valor de R$ 100,00
(cem reais) mensais, que totalizam R$ 1.256,00 (mil duzentos e cinquenta e seis reais).
Requereu a majoração da pensão alimentícia para valor de 40% (quarenta por cento) do salário mínimo
vigente.
DECIDO.
A ação é de revisão de pensão alimentícia e rege-se pelo rito especial da Lei n° 5.478/68, em razão do
disposto em seu art. 13, com a peculiaridade, embora, de não-fixação de alimentos provisórios, visto que
já há valor anteriormente estabelecido, que vigorará durante o correr deste processo, até que nele seja
eventualmente alterado.
Acerca do pedido de Tutela Antecipada, o artigo 303 do CPC, cujo deferimento depende, de forma
indispensável, da presença dos requisitos da prova inequívoca com a qual seja possível aferir a
verossimilhança das alegações.
A concessão da medida, é bom que se ressalte, não constitui faculdade nem discricionariedade do Juiz,
mas seu dever concedê-la se presentes seus pressupostos legais, desde que se convença da
verossimilhança da alegação, ainda que não requerida pela parte.
Éimperioso, portanto, que o Juiz se persuada, senão definitivamente, ao menos para tranqüilizá-lo, para a
expedição de uma ordem que atinge a parte adversa, da existência de um direito violado e da
irreparabilidade dos interesses atingidos pelo possível dano.
1480
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Verifico que as alegações da parte autora são suficientes para o deferimento do pedido revisional
nesse momento, uma vez que a parte autora comprova que necessita da majoração dos alimentos
para manutenção do menor.
Portanto, DEFIRO a antecipação dos efeitos da tutela, para majorar o valor dos alimentos anteriormente
fixados para 40% (quarenta por cento) do salário mínimo vigente, devendo os valores serem depositados
em conta bancária previamente informada pela parte requerente, qual seja: Caixa Econômica Federal Ag.
3079 OP 013 Conta Poupança 00027727-5, pagos até o quinto dia útil de cada mês, devidos a partir da
citação, segundo artigo 13, §2º da Lei de Alimentos.
3-Tendo em vista, o art. 18 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, que determina que as
audiências devem ser realizadas através de meios tecnológicos por meio de videoconferência, em razão
da Pandemia da COVID-19, e ainda, havendo a necessidade de medidas de distanciamento
controlado, com a observância dos protocolos de segurança sanitária e o espaço reduzido da sala
de audiências deste Juízo, que não comporta a presença de todos os participantes, respeitado o
distanciamento social de 1,5m de cada um, conforme parâmetro indicativo da OMS, Ministério da
Saúde e Anvisa, diante do art., 139 do CPC, DEIXO DE DESIGNAR, POR ORA, DATA PARA
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO, ANTE A PANDEMIA DA COVID-19.
4-Assim, também diante do art., 139 do CPC, diante das especificidades da causa e de modo a adequar o
rito processual às necessidades do conflito, ante as razões expostas acima, CITE-SE a parte requerida,
para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis.
5-Ante o disposto no inciso I do art., 247 c/c §3º do art., 695 do CPC, a citação da parte requerida
deve ser feita pessoalmente, através de Oficial de Justiça.
6-A intimação da parte autora poderá ser feita através dos correios, por carta registrada, com aviso
de recebimento, por analogia ao inciso I do art., 246 c/c art., 22 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI.
7- Nos termos do art. 694 do CPC e do que dispõe o artigo 14 da resolução nº 015/2016-GP, de
01/06/2016, e considerando as disposições constantes na Portaria Conjunta nº. 12/2020 –
GP/VP/CJRMB/CJCI, que regulamenta a realização das audiências de conciliação por videoconferência,
determino a remessa dos presentes autos ao CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de Conflitos das
Varas de Família deste Fórum, a fim de que seja tentada a conciliação entre as partes no presente
feito, assim que as partes informarem seus e-mails nos autos.
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0832719-73.2021.8.14.0301
AÇÃO:[Dissolução]
DESPACHO-MANDADO
Processe-se em segredo de justiça (art. 189, II do CPC) e com gratuidade processual, em razão da
petição e documentos juntados no ID 31419258, nos termos do art. 98 do CPC.
1-Tratam os autos de AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C PARTILHA DE BENS ajuizada por
ROSILVAN DE SOUSA CARVALHO CELEDONIO, através de advogada habilitada, em face de CAITANO
GILBERTOM CELEDONIO.
Após anos de convivência marital, o vínculo de respeito e convivência tornou-se insuportável, o que
ocasionou práticas de violência doméstica vivenciada pela requerente, entre outros motivos. Este fato foi
catálogo pela Delegacia competente em 2017. Neste momento o requerido deixou o lar.
1482
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Esse comportamento violente do requerido está sendo apurado na esfera criminal, como conduta dolosa
tipificada na Lei Maria da Penha.
As partes tentaram conciliar previamente, não obstante, em razão do requerido quedar-se inerte, as
tratativas foram frustradas.
A.1) Apartamento sito à Tv: Quintino Bocaiuva 436, Ed Abílio Velho, apto. 501, Bairro Reduto, Cep:
66.053-240, Belém/PA, certidão, em anexo, cujo valor venal corresponde a R$148.147,12 (cento e
quarenta e oito mil, cento e quarenta e sete reais e doze centavos);
A.2) Lote sito à Rua Bandeirantes, integrante do loteamento Jardim das Palmeiras, nº. 315, Quadra nº.
42.5.07.81, Araguaiana/TO, conforme documento, em anexo, no valor de R$ 10 MIL REAIS;
BENS MÓVEIS:
B.1.1) CARRO SORRENTO KIA PLACA JTU 9234, avaliado em R$ 2 mil reais;
Éo breve relatório.
DECIDO.
2-Tendo em vista, o art. 18 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, que determina que
as audiências devem ser realizadas através de meios tecnológicos por meio de videoconferência,
em razão da Pandemia da COVID-19, e ainda, havendo a necessidade de medidas de
distanciamento controlado, com a observância dos protocolos de segurança sanitária e o espaço
reduzido da sala de audiências deste Juízo, que não comporta a presença de todos os
participantes, respeitado o distanciamento social de 1,5m de cada um, conforme parâmetro
indicativo da OMS, Ministério da Saúde e Anvisa, nos termos do art., 139 do CPC, DEIXO DE
DESIGNAR, por ora, DATA PARA A REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO, ANTE A
PANDEMIA DA COVID-19.
3-Assim, também diante do art., 139 do CPC, diante das especificidades da causa e de modo a adequar o
rito processual às necessidades do conflito, ante as razões expostas acima, CITE-SE a parte requerida,
para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis.
4-Ante o disposto no inciso I do art., 247 c/c §3º do art., 695 do CPC, a citação da parte requerida
deve ser feita pessoalmente, através de Oficial de Justiça.
5-A intimação da parte autora poderá ser feita através dos correios, por carta registrada, com aviso
de recebimento, por analogia ao inciso I do art., 246 c/c art., 22 da Portaria Conjunta n.º 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI.
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
1483
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0043829-44.2017.8.14.0301
AÇÃO:[Dissolução]
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
considerando que as custas não foram pagas pela parte requerida, conforme certidão ID 20842000 - Pág.
11, determino que o débito referente às custas finais, seja inscrito em Dívida Ativa do Estado, nos termos
do art. 17 da Lei 5.738/93, devendo a Diretora de Secretaria emitir Certidão indicando o débito de custas, e
oficiando-se à Procuradoria do Estado do Pará solicitando a inscrição em dívida ativa. No ofício devem
constar os dados do processo, não sendo necessária a remessa do mesmo.
Cumpra-se. Intimem-se.
1484
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
Processo: 0873289-09.2018.8.14.0301
GUARDA (1420)
Assunto: [Fixação, Regulamentação de Visitas]
REQUERENTE: M. C. C. D. L., ANA DEBORA DO CARMO CONTENTE
Advogado(s) do reclamante: DJULI BARBOSA SAMPAIO, JULLIE ANA DI PAULA MATOS DE SOUSA
Advogado(s) do reclamado: CADMO BASTOS MELO JUNIOR, LUIZ GUSTAVO DIAS FERREIRA
SENTENÇA
Trata-se de pedido de homologação de termo de acordo firmado entre as partes ANA DÉBORA DO
CARMO CONTENTE e ANTÔNIO PAULO DE LIMA JÚNIOR, já qualificados na inicial.
Narra a autora que a criança MARIA CECILIA CONTENTE DE LIMA, nascida em 08/11/2013 (certidão de
nascimento presente no ID 7496069), é fruto de um relacionamento de curta duração havida entre a ANA
DÉBORA DO CARMO CONTENTE e ANTÔNIO PAULO DE LIMA JÚNIOR, tendo sido a criança
devidamente reconhecida pelo pai e registrada em nome dele.
1485
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Disse que os genitores sempre tiveram um relacionamento razoável, todavia após ANA DÉBORA DO
CARMO CONTENTE, começar um novo relacionamento com sua atual companheira, o requerido mudou
totalmente seu comportamento.
As fls., 47/48 (ID 8112646), consta o despacho inicial do feito, onde a definição provisória da guarda da
menor foi deferida para momento após a realização de estudo do caso e audiência de conciliação, bem
como fixados alimentos provisórios em favor da menor no importe de 15% (quinze por cento), dos
vencimentos e vantagens do requerido, excluídos os descontos obrigatórios, bem como designada
audiência de conciliação.
Durante a referida audiência, em 04/06/2019, fls., 59 (ID 10851558), as partes não firmaram acordo, tendo
sido aberto prazo para o requerido apresentar sua contestação.
As fls., 487/490 (ID 17118535), consta decisão do juízo, fixando a guarda da menor na modalidade
compartilhada, com a residência base da mãe, fixado o direito de convívio do requerido, bem como
designada audiência de instrução e julgamento, que não chegou a ser realizada, ante a Pandemia da
COVID-19.
Entretanto, durante a Semana Nacional de Conciliação, em 02/12/2020, as partes firmaram acordo sobre
os alimentos, termo de audiência presente as fls., 509 (ID 21645447).
Posteriormente as partes foram encaminhadas a CEJUSC, onde firmaram acordo sobre todos os pedidos
no presente processo, pondo fim a presente lide, termo de acordo presente as fls., 535/537 (ID 30345772).
I- DA GUARDA
A guarda da menor de idade MARIA CECILIA CONTENTE DE LIMA, será compartilhada entre os
genitores, com domicílio de referência da genitora ANA DÉBORA DO CARMO CONTENTE, e ficando o
genitor com o direito livre acesso a menor de idade.
II – DO DIREITO DE CONVIVÊNCIA:
a) A menor ficará com o genitor aos finais de semanas alternados, ficando o genitor responsável por
buscá-la às sextas-feiras às 18:00h e entregar aos domingos às 18:00h, com margem de tolerância sendo
comunicado entre as partes em casos eventuais, podendo ser feito ajuste de horários desde que
previamente acertado entre partes;
b) Os feriados prolongados ou folgas estabelecidas pelo órgão empregatício dos genitores (TJE/PA) no
decorrer do ano, que coincidam com finais de semanas antecedentes ou subsequentes, será exercido
alternadamente pelos genitores;
c) Dias das mães e dos pais, ficará a menor de idade com seu respectivo genitor;
1486
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
d) Durante o período das férias escolares, a menor ficará com cada genitor em igual período, com
possibilidade de ajustes de datas e períodos, com consentimentos de ambos;
e) Durante os festejos de final de ano a menor de idade poderá ficar com seus genitores alternadamente,
podendo ser ajustado que passe ambas as datas com o mesmo genitor, havendo consentimento mútuo
para posterior compensação no próximo período;
f) O aniversário da criança, passará a menor de idade com um dos genitores alternadamente, podendo ser
ajustado com consentimento mútuo, que ficará a metade da parte do dia com um, e a outra metade com
outro;
g) Nos aniversários dos seus genitores, a criança passará com a aniversariante, caso tal data coincida
com final de semana em que ela estará com o não aniversariante, será feito ajuste para compensação do
período (de dia), no próximo final de semana. Havendo consentimento mútuo, pode ser feito permuta de
todo final de semana em questão;
h) Que além dos finais de semanas alternados, o genitor terá acesso a criança durante a semana para
encontros recreativos, devendo a menor dormir no domicílio da genitora, podendo ser alterado através de
mútuo consentimento;
i) Os termos do direito de convivência poderão ser revistos em comum acordo, a qualquer momento a
depender da necessidade da menor de idade.
O genitor compromete-se a pensionar sua filha menor com o valor correspondente a 20% (vinte por cento)
de seus vencimentos e vantagens, excluídos os descontos obrigatórios, montante que deverá ser
descontado diretamente de seu contracheque, pela sua fonte pagadora, conforme Termo de Audiência
presente as fls., 509 (ID 21645447).
Nos termos do §4º do art., 966 do CPC, as partes renunciam ao prazo dos embargos de declaração.
ANTE O EXPOSTO, nos termos dos arts. 200 e alínea “b” do inciso III do art. 487 do CPC, HOMOLOGO,
para todos os fins de direito, o acordo firmado entre as partes, presente fls., 535/537 (ID 30345772) e as
fls., 509 (ID 21645447), referente a regular a guarda, direito de convívio e alimentos à menor MARIA
CECILIA CONTENTE DE LIMA, nascida em 08/11/2013, julgando extinto o presente processo com
resolução do mérito.
HOMOLOGO ainda a renúncia ao prazo dos embargos de declaração, julgando extinto o presente
processo com resolução do mérito.
Sem custas.
Expeça-se ofício à fonte pagadora do 2º acordante, para que proceda ao desconto da pensão alimentícia,
conforme acordado, devendo as partes, diante da Pandemia da COVID-19, fornecerem o endereço de
correio eletrônico (e-mail) da referida fonte pagadora, para a devida comunicação da presente decisão, no
prazo de 10 (dez) dias.
1487
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0857320-80.2020.8.14.0301
GUARDA (1420)
AÇÃO:[Fixação, Guarda]
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
1- Ante o parecer ministerial de ID 31508883, consigne-se que tendo sido decretada a revelia da parte
requerida, conforme decisão ID 28957393 não há pontos controvertidos a serem fixados pelo juízo uma
vez que não contestação dos fatos por parte da requerida, havendo apenas a necessidade de saneamento
do processo.
2-Tendo em vista a decretação da revelia da parte requerida, conforme consta na decisão ID 28957393 e
1488
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
nos termos do art., 357 do CPC, JULGO SANEADO O FEITO, tendo como questões de fato e direito
relevantes para a decisão do mérito, a guarda, o direito de convivência, os alimentos em favor do filho
menor CLÉO ANDERSON PAES NASCIMENTO.
4 - Caso requeiram prova pericial, deve ser específico o pedido, com a indicação do tipo e do objeto da
perícia, bem como, com a apresentação de quesitos para a perícia.
5 - O silêncio ou o protesto genérico por produção de provas serão interpretados como anuência ao
julgamento antecipado, indeferindo-se, ainda, os requerimentos de diligências inúteis ou meramente
protelatórias.
6 - Quanto às questões de direito, para que não se alegue prejuízo, deverão, desde logo, manifestar-se
sobre a matéria cognoscível de ofício pelo juízo, desde que interessem ao processo.
7-Fica desde já alertada a parte autora, para que apresente as provas que pretende produzir e as
testemunhas devidamente qualificadas, no prazo de 15 (quinze) dias, bem como o Ministério Público, caso
queira, conforme mencionado nos itens acima, devendo as testemunhas arroladas, comparecerem
independentemente de intimação, não ultrapassando o número previsto em lei, nos termos dos §1º do art.
455 do CPC e do §6º do art. 357 do CPC, verbis:
Art. 455. Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e
do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo.
§1º A intimação deverá ser realizada por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao advogado juntar
aos autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência
de intimação e do comprovante de recebimento.
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento
e de organização do processo:
§6º O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo 3 (três), no
máximo, para a prova de cada fato.
8-DETERMINO que os presentes autos sejam remetidos ao Setor Social para a realização do estudo
psicossocial do caso, com prazo de conclusão de 45 (quarenta e cinco) dias, pela equipe multidisciplinar,
devendo serem ouvidas as partes no referido estudo;
Após a designação do cronograma do estudo de caso pelo Setor Social, intimem-se as partes sobre as
referidas datas, através de seus advogados ou defensores públicos constituídos, bem como para que
compareceram ao referido estudo, em caso de convocação pelo referido setor, e, em caso de
descumprimento desta ordem, com a ausência das mesmas à realização do estudo do caso pelo Setor
Social, fica estipulada a multa de R$ 3.000,00 (três mil) reais para cada dia agendado pela equipe
multidisciplinar que não for obedecido pelas partes, a serem revertidos para o Fundo de Reaparelhamento
do Judiciário.
Com o retorno dos autos do Setor Social, intimem-se as partes, através de seu Advogado (CPC, art. 272)
ou Defensor Público (§1º do art. 186 do CPC), para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, se
manifestem sobre o laudo social.
Após a manifestação das partes, devidamente certificada, abra-se vista ao Ministério Público, para que
também se manifeste sobre o referido laudo
1489
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.
Após a apresentação das provas pela parte autora, bem como do rol de testemunhas, devidamente
certificado, conforme determinado no item “7” desta decisão, voltem os autos conclusos.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Fixação]
DESPACHO
1-Ante o parecer ministerial presente no ID 31964872, fica por ora, suspenso o cumprimento da decisão
1490
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
presente no ID 29699232, até que sejam efetivamente esclarecido o valor do débito exequendo.
2 - Remetam-se os autos ao contador do juízo para que, no prazo de 30 (trinta) dias, atualize o débito
exequendo, CONFORME MENCIONADO NO PARECER MINISTERIAL PRESENTE NO ID 31964872,
nos termos do art., 528 do CPC, devendo fazer a atualização da correção monetária, nos termos do art.
1.710 do Código Civil, bem como atentando-se para os débitos eventualmente já adimplidos pelo
executado.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Dissolução]
DESPACHO
30939436.
Intimem-se.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
Processo: 0843172-30.2021.8.14.0301
DIVÓRCIO CONSENSUAL (12372)
Assunto: [Dissolução]
ACORDANTES: LEONIDAS LEANDRO DA SILVA e MARAIZA BAIA SOUZA DA SILVA
Tratam os autos de pedido de divórcio formulado pelas partes LEONIDAS LEANDRO DA SILVA e
MARAIZA BAIA SOUZA DA SILVA, através da Defensoria Pública do Estado do Pará, os quais são
casados desde 28/02/2012 sob o regime da Comunhão Parcial de Bens. Dessa união adveio o nascimento
de LAUANY SOUZA DA SILVA, LUANA SOUZA DA SILVA, LORENA KETLEN DE SOUZA DA SILVA e
MATHEUS SOUZA DA SILVA, respectivamente, em 17/04/2000, 10/02/2002, 13/06/2004 e 08/02/2007.
O casal resolveu por fim ao enlace matrimonial e para tanto estabelecem cláusulas e condições, como
seguem:
Acordaram que os menores LORENA KETLEN SOUZA DA SILVA e MATHEUS SOUZA DA SILVA ficarão
sob a guarda na modalidade compartilhada sendo fixado a residência paterna como base.
1492
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Em atenção ao art. 1.589 do C.Civil o convívio materno, este se dará de forma livre.
Quanto aos alimentos, A divorcianda pagará, mensalmente, aos menores LORENA KETLEN SOUZA DA
SILVA e MATHEUS SOUZA DA SILVA, pensão alimentícia no valor correspondente a 20% (vinte por
cento) de seus vencimentos e vantagens, excluídos os descontos obrigatórios, mas incluídos FGTS.
Férias, 13° Salário, seguro desemprego, valores relativos à rescisão de contrato de trabalho, entre outras
vantagens, o que, totalizaria no mês de junho de 2021, o valor de R$ 236,09(duzentos e trinta e seis reais
e nove centavos), por meio de desconto em folha de pagamento, a ser realizado pela fonte pagadora da
Alimentante, qual seja, Atacadão S/A — Unidade Portal, localizado na Rua do Arsenal, n° 380, Bairro:
Cidade Velha, na Cidade de Belém-PA, Cep. 66.023-110, a ser direcionado à Conta Poupança n°
00008530-9 Operação n° 013, Agência n° 4110, da Caixa Econômica Federal, da qual a Sr. LEONIDAS
LEANDRO DA SILVA é titular.
Por outro lado, se, por ventura, a Sra. MARAIZA BAIA SOUZA DA SILVA perder o vínculo de emprego
formal, o valor dos alimentos ora acordados passará automaticamente a ser 24% (vinte e quatro por cento)
do salário mínimo, o que, atualmente equivale ao montante de R$ 264,00 (duzentos e sessenta e quatro
reais), a ser adimplido até o dia 05 de cada mês, por meio depósito na Conta Bancária anteriormente
mencionada, da a Sr. LEONIDAS LEANDRO DA SILVA é titular.
Outrossim, a Sr. LEONIDAS LEANDRO DA SILVA concorrerá com os demais encargos necessários ao
sustento dos menores LORENA KETLEN SOUZA DA SILVA e MATHEUS SOUZA DA SILVA.
As partes informaram não haver bens a serem partilhados e dispensam alimentos entre si.
ANTE O EXPOSTO, nos termos dos arts. 200, 487, III, b e 731 e seguintes do CPC, HOMOLOGO, para
todos os fins de direito, o acordo firmado entre as partes, julgando extinto o presente processo com
resolução do mérito e decreto o divórcio dos requerentes LEONIDAS LEANDRO DA SILVA e MARAIZA
BAIA SOUZA DA SILVA, bem como para definir os termos da guarda, direito de convívio em favor
dos filhos menores do casal, LORENA KETLEN SOUZA DA SILVA e MATHEUS SOUZA DA SILVA,
com a conseqüente dissolução da sociedade conjugal, conforme preceitua o inciso IV do art. 1.571, do CC.
Sem custas, extensivas ao Cartório Extrajudicial, nos termos do art., 2º do provimento n° 001/2010-
CJRMB.
Esta sentença servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO que deverá ser encaminhado ao Cartório de
Registro Civil de Casamento, conforme indicado à fl. 14 (ID 30353568 - Pág. 5), devendo ser remetido
juntamente com a cópia referida certidão de trânsito em julgado desta sentença, conforme
Provimento 003/2011 - CJRMB e a petição de acordo, bem como demais documentos que se fizerem
necessários, em anexo a esta sentença, bem como o devido registro no Livro E, caso seja necessário.
Expeça-se ofício à fonte pagadora da acordante MARAIZA BAIA SOUZA DA SILVA, para que proceda ao
desconto da pensão alimentícia, conforme acordado, devendo as partes, diante da Pandemia da COVID-
19, fornecerem o endereço de correio eletrônico (e-mail) da referida fonte pagadora, para a devida
comunicação da presente decisão, no prazo de 10 (dez) dias.
1493
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.
Ante o parecer ministerial presente no ID 31962199, à UPJ/FAM para excluir o parecer presente no ID
31290286, por se tratar de partes estranhas aos presentes autos.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Exoneração]
Advogado(s) do reclamante: EUCLIDES DA CRUZ SIZO FILHO, ISABELA ALICE ALMEIDA DE LIMA
DESPACHO
1-À UPJ/FAM para retificar os dados do requerido, constantes no sistema PJE, com os dados fornecidos
na consulta feita ao sistema SIEL/TRE, presente no ID 30925607.
1494
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Independentemente de autorização judicial, o Sr. Oficial de Justiça deve cumprir o determinado no §2º do
art. 212 do CPC, e também advertindo-se o mesmo, para que cumpra o disposto nos artigos 252 e 253 do
CPC, devendo realizar a intimação por Hora Certa, caso haja necessidade.
Intimem-se. Cumpra-se.
Expeçam-se ainda mandados, ofícios, certidões e demais diligências, caso sejam necessários. Em caso
de expedição de Carta Precatória, o prazo de cumprimento e devolução é de 30 (trinta) dias.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
DESPACHO
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0847178-80.2021.8.14.0301
AÇÃO:[Guarda]
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Por motivo de foro íntimo, julgo-me suspeita para atuar no presente feito, observado o disposto no §1º do
art. 145 do CPC.
Pertinente citação de Pontes de Miranda (Comentários ao Código de Processo Civil, tomo II/430, item n. 6,
3ª ed., 1997, Forense):
Suspeição por motivo íntimo - Ao juiz confere o artigo 135, parágrafo único do CPC/73 (art. 145, §1º
CPC/2015), o direito (não só a faculdade) de se declarar suspeito, ‘por motivo íntimo’. Motivo íntimo é
qualquer motivo que o juiz não quer revelar, talvez mesmo não deva revelar. A lei abriu brecha ao dever
1496
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
de provar o alegado, porque se satisfez com a alegação e não exigiu a indicação do motivo. A intimidade
criou a excepcionalidade da permissão: alega-se haver motivo de suspeição, sem se precisar provar.
Conforme orientação fornecida pela Secretaria de Informática deste Tribunal, HABILITE-SE o substituto
automático da 1ª Vara de Família da Capital, para atuar no presente feito, conforme determinado na
PORTARIA Nº 2540/2020-GP.
Cumpra-se. Intimem-se.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
AÇÃO:[Investigação de Paternidade]
DESPACHO
Intimem-se.
JUÍZA DE DIREITO
PODER JUDICIÁRIO
GUARDA (1420)
DESPACHO
Ante os termos dos arts., 9º e 10 do CPC, intime-se a parte requerida, através de seu Advogado (art. 272,
CPC) ou Defensor Público (§1º do art. 186 do CPC), para que, no prazo de 10 (dez) dias, se manifeste
sobre a petição e documentos presentes no ID 31539442.
Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, devidamente certificada, abra-se vista ao Ministério
Público.
1498
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
JUÍZA DE DIREITO
ATO ORDINATÓRIO/INTIMAÇÃO
Nos termos do art. 1º, §2º, XX, do Provimento n. 006/2006-CJRMB, fica intimado o patrono FERNANDO
VASCONCELOS MOREIRA DE CASTRO NETO - OAB/PA 6.255 para no prazo de 03 (três) dias devolver
os autos nesta secretaria, sob pena das sanções do art. 234, §2º do CPC.
ATO ORDINATÓRIO/INTIMAÇÃO
Nos termos do art. 1º, §2º, XX, do Provimento n. 006/2006-CJRMB, fica intimado o patrono FERNANDO
VASCONCELOS MOREIRA DE CASTRO NETO - OAB/PA 6.255 para no prazo de 03 (três) dias devolver
os autos nesta secretaria, sob pena das sanções do art. 234, §2º do CPC.
PROCESSO: 0031658-92.2002.814.0301
1500
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ATO ORDINATÓRIO/INTIMAÇÃO
Nos termos do art. 1º, §2º, XX, do Provimento n. 006/2006-CJRMB, fica intimado o patrono JOSE MARIA
DE SOUSA GONCALVES - OAB/PA 10.692 para no prazo de 03 (três) dias devolver os autos nesta
secretaria, sob pena das sanções do art. 234, §2º do CPC.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0845305-16.2019.8.14.0301
JUIZO RECORRENTE: E.R. SOLUCOES INFORMATICA LTDA
RECORRIDO: COORDENADOR EXECUTIVO DE MERCADORIAS EM TRÂNSITO DA SECRETARIA DA
FAZENDA DO ESTADO DO PARÁ, ESTADO DO PARA
Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes
intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0851723-67.2019.8.14.0301
IMPETRANTE: CARGILL AGRICOLA S A, CARGILL AGRICOLA S A, CARGILL AGRICOLA S A,
CARGILL AGRICOLA S A
IMPETRADO: DIRETOR DE ARRECADAÇÃO DE INFORMAÇÕES FAZENDÁRIAS
Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
1502
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0027928-36.2017.8.14.0301
IMPETRANTE: DSR SOLUCOES E INTELIGENCIA LOGISTICA LTDA.
IMPETRADO: ESTADO DO PARA
Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes
intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0453645-19.2016.8.14.0301
JUIZO RECORRENTE: AMAZONIA FLUVIAL NAVEGACAO E TURISMO EIRELLI ME
RECORRIDO: DIRETOR DE ARRECADACAO E INFORMACAO FAZENDARIA DA SECRETARIA DE
ESTADO DA FAZENDA DO PARA- SEFA/PA, ESTADO DO PARÁ
1503
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes
intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.
0111087-08.2016.8.14.0301
DECISÃO
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
1504
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
0824742-69.2017.8.14.0301
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
0065814-45.2012.8.14.0301
DECISÃO
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
0766750-87.2016.8.14.0301
DECISÃO
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
CERTIDÃO
Processo: 0822695-83.2021.8.14.0301
CERTIFICO, em virtude das atribuições que me são conferidas por lei, que a CONTESTAÇÃO (ID
31563981) foi acostada TEMPESTIVAMENTE, pelo que, intimo a parte autora para RÉPLICA no prazo
legal, sobre a referida contestação. O referido é verdade e dou fé, Dado e passado na Secretaria da 3ª
Vara de Execução Fiscal, Comarca de Belém, Capital do Estado do Pará.
0021842-54.2014.8.14.0301
DECISÃO
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
1508
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
0037624-38.2013.8.14.0301
DECISÃO
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
1509
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
0407632-59.2016.8.14.0301
DECISÃO
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
1510
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
05.P.R.I.C
0038585-08.2015.8.14.0301
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
0092683-40.2015.8.14.0301
DECISÃO
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
0374358-07.2016.8.14.0301
DECISÃO
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
0012843-78.2015.8.14.0301
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
0012836-86.2015.8.14.0301
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
0387351-82.2016.8.14.0301
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
0329359-66.2016.8.14.0301
DECISÃO
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
0456660-93.2016.8.14.0301
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
0045275-24.2013.8.14.0301
DECISÃO
1517
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
0026014-05.2015.8.14.0301
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0037219-65.2014.8.14.0301
JUIZO RECORRENTE: COM. DIST. E IND. ESTRELA DO NORTE LTDA
RECORRIDO: CHEFE DA CECOMT/SEFA COORDENACAO EXECUTIVA DE CONTROLE DE
MERCADORIAS EM TRANSITO, ESTADO DO PARÁ
Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes
intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0820866-09.2017.8.14.0301
1519
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes
intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.
0061589-16.2011.8.14.0301
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
0053263-96.2013.8.14.0301
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
0876747-63.2020.8.14.0301
1521
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
DECISÃO
Vistos, etc.
II- Conforme item I, certifique-se nos autos da ação principal a suspensão da Execução Fiscal em
apenso, até posterior decisão.
III- Cumpra-se.
PROCESSO N.º0065271-47.2009.8.14.0301
Nos termos do artigo 1º, §2º, XI, do Provimento 006/2006 da CJRMB, intime-se o Requerente, para que
indique nos autos, conta bancaria de sua titularidade (nº do Banco/Agência/Conta) para expedição do
respectivo RPV, conforme determinado na decisão id-13890171. No prazo de 15 dias.
0841664-20.2019.8.14.0301
DECISÃO
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
0820967-46.2017.8.14.0301
DECISÃO
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
0026948-60.2015.8.14.0301
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
0037324-76.2013.8.14.0301
DECISÃO
1525
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
0039292-44.2013.8.14.0301
DECISÃO
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
1526
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
0800190-98.2021.8.14.0301
DECISÃO
Vistos, etc.
Cumpra-se .
1527
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Poder Judiciário
PROCESSO: 0836445-55.2021.8.14.0301
Nos termos do artigo 22, § 1º e § 2º, e do artigo 55, § único, ambos da Portaria Conjunta GP/VP nº
001/2018-TJPA, c/c o disposto no artigo 290 do Código de Processo Civil, intime-se a parte AUTORA a
comprovar nos autos, no PRAZO de 15 (QUINZE) DIAS, o recolhimento das CUSTAS INICIAIS
vinculadas ao presente processo, cujo Boleto Bancário para pagamento e Relatório de Conta do Processo
deverão ser gerados diretamente no Sistema de Arrecadação Judicial, disponibilizado no site do TJPA, e
nos termos da TABELA vigente, conforme Lei Estadual nº 8.328/2015.
0002344-06.2013.8.14.0301
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
0456660-93.2016.8.14.0301
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
0839358-78.2019.8.14.0301
DECISÃO
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
0061576-17.2011.8.14.0301
DECISÃO
Vistos,
01. Recebo a apelação, observando-se, quanto aos efeitos, o que dispõe o artigo 1.012 do Código de
Processo Civil.
02. Deixo de exercer o juízo de retratação, mantida a sentença por seus próprios fundamentos.
03. Intime-se o recorrido, para, querendo, oferecer contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias, nos termos
do art. 1010, §1º do CPC.
04. Após, com ou sem contrarrazões, certifique-se e encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça
Estadual, com as homenagens de estilo, registrando-se a baixa processual, no que se refere ao
quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão processual.
05.P.R.I.C
PROCESSO N.º0017165-78.2014.8.14.0301
Nos termos do artigo 1º, §2º, XI, do Provimento 006/2006 da CJRMB, intime-se a parte AUTORA, através
de seu patrono, a indicar nos autos Conta Bancária (n° do Banco/Agência/Conta) de titularidade do
Requerente, para Expedição do respectivo Alvará, conforme determinado na sentença proferida nos autos,
no prazo de 15 dias.
0218270-38.2016.8.14.0301
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
0012375-17.2015.8.14.0301
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0811645-02.2017.8.14.0301
JUIZO RECORRENTE: SOCIEDADE ANONIMA BITAR IRMAOS
RECORRIDO: DIRETORIA DE ARRECADAÇÃO E INFORMAÇÕES FAZENDÁRIAS, COORDENADOR
DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DE BELÉM DA SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DO
PARÁ, ESTADO DO PARÁ
PROCURADOR: OPHIR FILGUEIRAS CAVALCANTE JUNIOR, DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE
Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes
intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.
1534
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL
SECRETARIA
PROCESSO Nº:0087683-30.2013.8.14.0301
JUIZO RECORRENTE: OLIVIA DE NAZARE ABDON MUTO
RECORRIDO: COORDENADOR DE CONTROLE DE MERCADORIAS EM TRÂNSITO DA SECRETARIA
DE ESTADO DE FAZENDA DO PARÁ, ESTADO DO PARÁ
Nos termos do artigo 1°, § 2°, inciso XXII, do provimento n.° 006/06 da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, em face do RETORNO de autos da Instância Superior, ficam as partes
intimadas para procederem aos requerimentos pertinentes no prazo de 15 (quinze) dias.
0876144-58.2018.8.14.0301
PARA
R. Hoje.
1. Considerando que os embargos de declaração, possuem efeito modificativo, intime-se a parte recorrida
para apresentar contrarrazões ao recurso interposto no evento dos autos, no prazo de 05 (cinco) dias,
nos termos do art.1023, §2º do CPC.
de Justiça (CNJ).     Belém, 10 de agosto de 2021. Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de
Direito da 3ª Vara de Execução Fiscal de Belém
PROCESSO: 00162346320058140301 PROCESSO ANTIGO: 200510511379
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o:
Execução Fiscal em: 12/08/2021---EXEQUENTE:ESTADO DO PARA Representante(s): ANETE
M A R QUES PENA (A DV OGA DO) E XE CUT A DO : B I O CA S T RO L T DA . S E NT E NÃ ¿ A Â Â
         Vistos, etc.           Trata-se de AÿÿO DE EXECUÿÿO FISCAL
movida pelo ESTADO DO PARà - FAZENDA PÿBLICA ESTADUAL.          O exequente
peticionou requerendo a extinção da ação com fundamento na ocorrência de prescrição, com
base no art. 2 º da Lei Estadual nº 8870/2019.          ÿ o sucinto Relatório. Decido.
         Cuidam os presentes autos de Ação de Execução Fiscal ajuizada pelo Estado
do Pará em face do executado qualificado na inicial. O presente feito comporta julgamento neste
instante processual. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim refiro porque, no caso em tela, indiscutivelmente operou-se
a prescrição, sendo autorizado ao Poder Executivo a desistir das ações de execução fiscal
ajuizadas em que tenha ocorrido a prescrição, originária ou intercorrente, do crédito tributário, na
forma do. 2º da Lei Estadual nº 8870/2019.          Isto posto, tendo ocorrido a
prescrição, julgo extinta a presente execução, com resolução de mérito, na forma do art. 2º
da Lei Estadual nº 8870/2019 e art. 487, inciso II do Código de Processo Civil.         Sem
condenação em custas e honorários.                 Caso existam bens
penhorados ou com restrição judicial decorrentes deste processo executório, determino que se
proceda ao levantamento respectivo, expedindo-se o que se fizer necessário para tanto.
        P.R.I.C. - Arquive-se após o trânsito em julgado, registrando-se a baixa processual
nos moldes da resolução nº 46, de 18 dezembro de 2007, do Conselho Nacional de Justiça - CNJ.
         B e l à © m - P A , 1 0 d e a g o s t o d e
2021.                                              Â
    Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito da 3ª Vara de Execução Fiscal de Belém
PROCESSO: 00166483020058140301 PROCESSO ANTIGO: 200510525601
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o: Execução
Fiscal em: 12/08/2021---EXECUTADO:MARIO CEZAR BRASILEIRO EXECUTADO:MARIA JOSE LOPES
BRASILEIRO EXEQUENTE:ESTADO DO PARA Representante(s): MARCIA RIBEIRO VIDONHO
(ADVOGADO) EXECUTADO:ANANINDEUA DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS LTDA. DECISÿO R.H. 1 -
Considerando o disposto no art. 28 da Lei de Execução Fiscal, conjugada com a Súmula n. 515 do
STJ, determino a reunião dos processos contra o mesmo devedor, com vistas à celeridade e Ã
eficiência da prestação jurisdicional, cabendo ao Exequente, no prazo de 05 dias, indicar o processo
principal. Belém, 25 de julho de 2021. Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito Titular da 3ª
Vara de Execução Fiscal da CapitalÂ
PROCESSO: 00184397520048140301 PROCESSO ANTIGO: 200410622945
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MONICA MAUES NAIF DAIBES A??o: Execução
Fiscal em: 12/08/2021---EXECUTADO:ACQUACENTER COMERCIAL LTDA Representante(s):
CRISTINA MAGRINI MADALENA (ADVOGADO) REQUERENTE:ESTADO DO PARA - FAZENDA
PUBLICA ESTADUAL Representante(s): ROLAND RAAD MASSOUD (ADVOGADO)
EXECUTADO:RODOLFO MAGRIN MADALENA EXECUTADO:CAROLINA MAGRIN MADALENA
Representante(s): OAB 25710 - LUCAS CONTREIRAS SILVA (ADVOGADO) . SENTENÿA
     Vistos, etc. 1.     ESTADO DO PARÃ, qualificada nos autos, ingressou com Ação de
Execução Fiscal, com fundamento na Lei nº6830/1980, juntando certidão de DÃ-vida Ativa nos autos.
2.     Em petição o exequente requer a desistência da ação, e consequente extinção da
presente ação, sem resolução do mérito. 3.    ÿ o breve Relatório. 4.    DECIDO.
5.    A desistência consiste em faculdade processual conferida ao exequente e se atrela
intimamente à amplitude do exercÃ-cio do direito de ação. Com efeito, não se pode exigir, contra a
vontade da parte, o prosseguimento de um feito. 6.    No caso dos autos, a desistência é requeria
com fulcro no art. 1º, inciso IV, Lei Estadual nº 8870/2019. 7.    Assim, para efeito do art. 200 c/c
art. 485, Inciso VIII, do CPC, HOMOLOGO o pedido de desistência formulado pela autora
para DECLARAR extinto o processo sem resolução do mérito. 8.   Sem condenação em
custas e honorários. 9.    Caso existam bens penhorados ou com restrição judicial decorrentes
deste processo executório, determino que se proceda ao levantamento respectivo, expedindo-se o que se
fizer necessário para tanto. 10.  P.R.I.C. - Arquive-se após o trânsito em julgado, registrando-se a
baixa processual, nos termos da Resolução nº46, de 18 de dezembro de 2007, do Conselho Nacional
de Justiça (CNJ).     Belém, 12 de agosto de 2021. Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de
1541
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PODER JUDICIÁRIO
Processo nº 0844998-91.2021.8.14.0301
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Alega que o falecido foi admitido para o serviço público estadual, em 13/06/1986, lotado na Secretaria
Executiva de Saúde Pública, onde exercia o cargo estatutário e efetivo de agente de portaria, de acordo
com o contracheque juntado aos autos.
Ressalta que a contribuição previdenciária foi devidamente recolhida pelo Finanprev e não pelo INSS.
Aduz que, como o de cujus ingressou no serviço público antes da publicação da Emenda Constitucional nº
20/1998, tendo recolhido as contribuições previdenciárias desde o ingresso no serviço público para o
regime próprio de previdência do Estado, o requerido é o responsável pela concessão da pensão por
morte.
No mais, quanto à condição de dependente, afirma que é incontroversa, pois apresentou ao IGEPREV os
documentos necessários exigidos pela Lei complementar nº 039/2002.
Diante disso e da negativa do IGEPREV no tocante à concessão da pensão por morte, ajuíza a presente
demanda.
1543
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Requer a concessão de tutela antecipada para que seja determinado ao requerido a imediata
implementação do benefício.
Juntou documentos.
EXAMINO
Trata-se o feito de ação ordinária onde requer a demandante a concessão de pensão por morte decorrente
do falecimento do seu marido, em 05/12/2008.
Sustenta a autora que a negativa do IGEPREV quanto ao pleito administrativo não deve subsistir ante o
fato de que o de cujus, admitido no serviço público como temporário antes da EC 20/98, contribuiu para o
regime próprio de previdência do Estado do Pará, cabendo à autarquia, portanto, a concessão da pensão
por morte.
Requer a concessão de tutela de urgência para que o requerido seja compelido a implementar de imediato
o benefício.
Pois bem.
O art. 294 do CPC dispõe que a tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Verifica-se, portanto, que a tutela provisória é gênero das tutelas de urgência e evidência, aquela podendo
ser cautelar ou antecipada (parágrafo único).
A tutela de urgência, conforme dispõe o art. 300 do CPC, será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil ao processo (fumus
boni iuris e periculum in mora).
O art. 300 do CPC, assim, permite ao juiz, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os
efeitos da tutela pretendida na inicial, desde que se convença da verossimilhança da alegação e que haja
fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação em decorrência da demora na prestação
jurisdicional.
Cinge-se a questão ao direito à concessão de pensão por morte pelo óbito do cônjuge da demandante, em
2008, que era servidor público estadual admitido, em 13/06/1986, cujo contrato de trabalho possuía caráter
temporário.
De acordo com os documentos juntados aos autos, o falecido ingressou no serviço público na condição de
servidor temporário, regido pela Lei 5.389/87 (art. 16), que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
temporários, e assim permaneceu até o óbito no ano de 2008, consoante o último contracheque recebido
(ID 30887756, pág. 5).
No tocante à previdência dos servidores temporários, ressalto que, com a edição da EC Nº 20/98, o
recebimento das contribuições sociais ficou sob o encargo do INSS (art. 40, §13, da CF), porém se
observa que, no caso desta demanda, o recolhimento foi feito ao FINANPREV, regime próprio de
previdência do Estado do Pará, durante todo o período trabalhado (ID 30887756, pág. 5)
Tendo o falecido contribuído para o regime próprio de previdência do Estado do Pará durante todo o
período em que esteve no serviço público, não há como afastar a responsabilidade do IGEPREV pelo
pagamento do beneficio, tampouco deixar em desemparo a autora.
3 - A Constituição Federal em seu artigo 40, §13, incluído pela EC nº 20/98, estabelece que aos servidores
temporários é aplicado o regime geral de previdência social, de forma que com o advento da EC nº 20/98
o recebimento das contribuições sociais dos ocupantes de cargo temporário, ficou sob o encargo do INSS,
porém, observa-se que no caso desta demanda, o recolhimento foi feito ao Fundo de Previdência do
Estado do Pará), que por sua vez, não comprovou ter realizado qualquer repasse a outro Instituto de
Previdência, devendo assim, ser o responsabilizado pelo pagamento da pensão por morte aos Apelados.
4 - Observa-se que o falecido esteve a serviço do Estado por cerca de 26 anos e contribuiu para o fundo
previdenciário estadual, não havendo qualquer evidencia de que o de cujus possuía cadastro e
contribuições junto ao INSS para que pudesse permitir aos Apelados o requerimento da pensão por morte
à Autarquia Federal, muito ao contrário, a Apelante manifesta-se em suas razões recursais, informando
que os dependentes poderiam ser beneficiados com pensão pelo Instituto Nacional de Seguro Social,
quando houver a compensação entre os regimes previdenciários, deixando claro que referida
compensação não fora efetivada.
5 - Não havendo prova de contribuição junto ao INSS e não tendo havido qualquer tipo de repasse ou
compensação efetivada pelo Réu, não há como se atribuir a responsabilidade do pagamento a outra
previdência que não seja a estadual, tampouco deixar em desemparo os filhos de um servidor que
contribuiu para previdência local ao longo de anos de trabalho, de forma que sendo a boa-fé um princípio
consagrado no ordenamento jurídico brasileiro, bem como, o da segurança jurídica, não pode o Apelante
alegar não ter responsabilidade em arcar com o pagamento do benefício. Precedentes desta E. Corte.
6-Demonstrados os requisitos para a concessão do benefício pretendido pelos Apelados, contidos no art.
6º, I e II, e §5º da Lei Complementar da 39/2002, dentre eles a dependência econômica, provas estas
devidamente constantes dos autos, vislumbra-se escorreita a sentença que julgou procedente o pedido
dos Apelados.
(4062420, 4062420, Rel. MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Público, Julgado em 2020-11-09, Publicado em 2020-12-06)
I- Após mais de 20 (vinte) anos de contribuição para o Regime Próprio de Previdência Social, o que
ocorreu até o falecimento do servidor público temporário, o IGEPREV, ao negar a concessão da Pensão
por Morte, comporta-se de maneira contraditória (venire contra factum proprium), gerando, ainda,
expectativa a favor daquele a que se beneficiaria.
II- Por outro lado, existindo o instituto da compensação financeira entre os regimes de previdência, o
Instituto Previdenciário deverá arcar com o benefício da pensão por morte até a realização desse
procedimento.
III- Ademais, comprovada a condição de esposa da apelada, a sua dependência econômica é presumida,
bem como sua convivência marital até o falecimento do ex-segurado, não há que se afastar o direito à
pensão.
IV- De outra forma, a pensão por morte fora concedida na sentença com base na legislação vigente à
época do óbito do ex-segurado, a teor da Súmula n. 340 do STJ.
V- À unanimidade de votos, Recursos de Apelação conhecidos, todavia, desprovidos nos termos do voto
do Des. Relator. Em Reexame Necessário, sentença mantida, com o acréscimo de que seja concedida a
pensão por morte até que o Instituto Previdenciário promova a devida compensação financeira entre os
regimes previdenciários. (TJ-Pa - Ac. 152.269 - Rel. Leonardo de Noronha Tavares – Julgamento:
28/09/2015 – Pub. 16/10/15)
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE PEDIDO DE PENSO POR MORTE. SENTENÇA DE
EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO POR ILEGITIMIDADE PASSIVA DO
IGEPREV/PA. SERVIDORA PÚBLICA TEMPORÁRIA. CONTRIBUIÇÃO PARA O REGIME PRÓPRIO DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL POR QUASE 20 ANOS ATÉ A DATA DO ÓBITO. LEGITIMIDADE PASSIVA.
PAGAMENTO DO BENEFÍCIO PELO INSTITUTO ESTADUAL ATÉ A DEVIDA COMPENSAÇÃO
FINANCEIRA ENTRE OS INSTITUTOS PREVIDENCIÁRIOS DE SUA RESPONSABILIDADE.
SENTENÇA REFORMADA. JULGAMENTO DO MÉRITO. ARTIGO 1013, §3º, I, do CPC/2015.
APELANTES FILHOS MENORES DA SERVIDORA FALECIDA. COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO DE
CONTRIBUIÇÕES E DA CONDIÇÃO DE DEPENDENTES. BENEFÍCIO DEVIDO. RECURSO PROVIDO.
SENTENÇA REFORMADA. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO DO RÉU PLEITEANDO
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ANTE A REFORMA DA DECISO E INVERSO DA SUCUMBÊNCIA.
SENTENÇA REFORMADA À UNANIMIDADE.
1 – Constatado pelo suporte fático probatório dos autos que a servidora falecida já era vinculada e recolhia
contribuição ao regime previdenciário próprio do Estado do Pará, antes da Emenda Constitucional n° 20/98
na qualidade de servidora temporária, contribuindo para o FINANPREV por quase 20 anos até a data óbito
e que, não obstante o apelado ter conhecimento do vínculo precário da falecida em nenhum momento
providenciou a vinculação daquela ao Regime Geral da Previdência Social – RGPS após a alteração do
texto constitucional pela EC n. 20/98,tampouco existindo comprovação do repasse das contribuições ao
INSS, impõe-se o reconhecimento da legitimidade passiva do IGEPREV/PA para responder a demanda.
Precedente TJPA.
1546
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
(TJE - Ac. 177.143 – Rel. Luiz Gonzaga da Costa Neto. Data do Julgamento 22/06/2017. Data da
Publicação 23/06/2017) – grifei.
No mais, quanto aos requisitos legais para a concessão do benefício, de acordo com a certidão de óbito
de ID 30887756 – pág. 3, verifico que o ex-segurado faleceu em 05/12/2008, devendo ser aplicada a lei
vigente à data do óbito (Súmula 340 do STJ), in casu, a Lei Complementar Estadual nº 039/02, que assim
dispõe:
Art. 6º Consideram-se dependentes dos Segurados, para fins do Regime de Previdência que trata a
presente Lei:
(…)
§5º A dependência econômica das pessoas indicadas nos incisos I e II é presumida e a das demais,
prevista nos incisos III, V, VI e VII, deve ser comprovada de acordo com o disposto em regulamento e
resolução do Conselho Estadual de Previdência. (Redação dada pela Lei Complementar nº 44, de 23 de
janeiro de 2003)
VI- o (a) cônjuge pelo abandono do lar reconhecido por sentença judicial transitada em julgado, anulação
do casamento, separação judicial ou pelo divórcio, salvo se lhe tiver sido assegurada a percepção de
alimentos;
Em consonância com a norma acima, a autora comprova nos autos que era cônjuge do falecido na
oportunidade do óbito, inexistindo separação judicial ou divórcio a ensejar a perda da qualidade de
beneficiária do ex-segurado (ID 26645952).
Dessa forma, verifico a probabilidade do direito da autora quanto à concessão da pensão por morte pelo
requerido, assim como o pericullum in mora em razão da natureza da verba ora pleiteada.
ISTO POSTO, DEFIRO A TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA para determinar ao IGEPREV que
conceda à autora, na próxima folha de pagamento, o benefício de pensão por morte decorrente do
falecimento de seu marido, nos termos da fundamentação.
Diante das especificidades da causa e de modo a adequar o rito processual às necessidades do conflito,
deixo para momento oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação (NCPC, art. 139, VI e
Enunciado nº 35 da ENFAM).
CITE-SE o IGEPREV, nos termos do §1º, art. 9º, da Lei 11.419/2006, na pessoa de seu representante
legal (art. 242, §3º, do CPC) para, querendo, contestar a presente ação, no prazo legal de 30 (trinta) dias
(CPC, art. 183 c/c art. 335), ficando ciente de que a ausência de contestação implicará em revelia em seu
1547
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PODER JUDICIÁRIO
Processo nº 0024454-19.2001.8.14.0301
DESPACHO
DL
1548
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PODER JUDICIÁRIO
Processo nº 0047912-79.2012.8.14.0301
DESPACHO
Intime-se o executado, por intermédio de seu advogado, para efetuar, voluntariamente, o pagamento do
valor da dívida de ID 30436150, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de incidir em multa de 10% (dez
por cento) e, também, de honorários de advogado de 10% (dez por cento), que serão acrescentados ao
valor do débito principal (art. 523, § 1º, CPC).
Transcorrido o prazo sem pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o
executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua
impugnação (art. 525, CPC), ciente de que a referida impugnação não suspende os atos de penhora e
expropriação de bens, salvo nas hipóteses previstas no art. 525, § 6º, CPC
DL
PODER JUDICIÁRIO
1549
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Processo nº 0846184-52.2021.8.14.0301
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de Ação Ordinária ajuizada por JOANA COSTA JANAU, já qualificada nos autos, em face do
ESTADO DO PARÁ e INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ – IGEPREV
, pelos fatos e fundamentos abaixo.
Narra a demandante que é servidora estatutária da SEDUC, ocupante do cargo de agente de portaria,
admitida em 01/05/1995, e que se encontra pendente de conclusão processo administrativo referente ao
seu pedido de aposentadoria por invalidez.
Alega que desconhece as razões pela quais até o momento, após 14 anos de tramitação, o processo
ainda não fora concluído.
Afirma que desde o pedido de aposentadoria encontra-se recebendo seus vencimentos como se estivesse
no serviço ativo, incidindo inclusive as contribuições previdenciárias.
Diante disso, informa que, por meio da Defensoria Pública, fora expedido ofício a SEDUC requerendo
providências quanto ao caso.
Ressalta que a incapacidade definitiva para o trabalho/invalidez está atestada desde 2006, estando o
processo administrativo de aposentadoria na sua Unidade de lotação desde 2009 para a solicitação de
documentos, parado até então, sem andamento.
Refuta a alegada impossibilidade de contato arguida pela Administração, pois sempre teve seus dados
mantidos e vem buscando ao longo dos anos informações na SEDUC e na escola onde atuava, sem obter
êxito.
Aduz ainda que, por meio da Defensoria Pública, conseguiu ser atendida na SEDUC e entregar os
documentos faltantes à Coordenadoria de Controle e Movimentação de Pessoas, em 20/07/2021.
Em sendo assim, ajuíza a presente demanda para que seja determinada a conclusão do processo
administrativo e a concessão da aposentadoria especial, bem como a condenação dos requeridos ao
pagamento de indenização pela demora injustificada.
Requer o deferimento de tutela de urgência a fim de que os autores sejam impelidos a conceder a
aposentadoria com proventos integrais.
1550
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Juntou documentos.
Relatei.
Decido.
Presentes os pressupostos legais de admissibilidade, recebo a inicial e passo a analisar o pedido de tutela
antecipada.
Cuida-se de Ação Ordinária na qual a demandante, servidora pública estadual, pleiteia a concessão de
medida de urgência para que os requeridos sejam compelidos a concluir o processo administrativo de
aposentadoria especial que se encontra pendente há mais de 14 anos na SEDUC, bem como a conceder
o respectivo benefício previdenciário.
Sustenta a autora que inexiste justificativa plausível para a mora administrativa e que preenche todos os
requisitos legais para a concessão da aposentadoria especial.
Pois bem.
O art. 294 do CPC dispõe que a tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Verifica-se, assim, que a tutela provisória é gênero das tutelas de urgência e evidência, aquela podendo
ser cautelar ou antecipada (parágrafo único).
A tutela de urgência, conforme dispõe o art. 300 do CPC, será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil ao processo (fumus
boni iuris e periculum in mora).
O art. 300 do CPC, desta forma, permite ao juiz, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente,
os efeitos da tutela pretendida na inicial, desde que se convença da verossimilhança da alegação e que
haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação em decorrência da demora na prestação
jurisdicional.
No caso sob apreciação, verifico a presença dos requisitos legais para o deferimento do pleito
antecipatório, visto que as provas nos autos acostadas são suficientes para demonstrar a probabilidade do
direito da autora e o perigo da demora caso aguarde o deslinde da demanda ao final. Vejamos.
O Estado do Pará, por meio da SEDUC, apenas informou que os dados cadastrais da autora não estariam
atualizados e que, portanto, o processo não poderia ser concluído ante a impossibilidade de contato
Ora, não obstante a alegada ausência de recadastramento da autora na SEDUC, é incontroverso que a
tramitação do processo administrativo de aposentadoria por mais de 14 anos é absolutamente
desarrazoada sob qualquer perspectiva.
Tal lapso temporal relatado na inicial fere o Princípio da Razoabilidade, que é uma diretriz de senso
comum aplicada ao Direito. Da mesma forma, a Magna Carta assegura a razoável duração do processo no
1551
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
âmbito administrativo e dos meios que garantam a celeridade na tramitação (LXXVIII, art. 5º, CF/88).
Nesse sentido:
(TRF4 5006248-60.2015.404.7100, Sexta Turma, Relatora p/ Acórdão Vânia Hack de Almeida, juntado aos
autos em 24/09/2015)
Quanto ao periculum in mora é de fácil constatação a sua existência ante os fundamentos dispostos na
presente decisão, assim como diante da natureza da verba objeto do pedido administrativo.
Isto posto, DEFIRO A TUTELA ANTECIPADA requerida e determino ao ESTADO DO PARÁ que conclua
o processo administrativo de aposentadoria da autora, no prazo de 10 (dez) dias corridos, para que,
posteriormente, o IGEPREV proceda à concessão do benefício previdenciário, acaso presentes os
requisitos legais exigidos, nos termos da fundamentação.
Diante das especificidades da causa e de modo a adequar o rito processual às necessidades do conflito,
deixo para momento oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação (NCPC, art. 139, VI e
Enunciado nº 35 da ENFAM).
CITE-SE o ESTADO DO PARÁ, nos termos do §1º, art. 9º, da Lei 11.419/2006, na pessoa de seu
representante legal (art. 242, §3º, do CPC) para, querendo, contestar a presente ação, no prazo legal de
30 (trinta) dias (CPC, art. 183 c/c art. 335), ficando ciente de que a ausência de contestação implicará em
revelia em seu efeito processual, tal como preceituam os arts. 344 e 345 do CPC.
CITE-SE o IGEPREV, nos termos do §1º, art. 9º, da Lei 11.419/2006, na pessoa de seu representante
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
legal (art. 242, §3º, do CPC) para, querendo, contestar a presente ação, no prazo legal de 30 (trinta) dias
(CPC, art. 183 c/c art. 335), ficando ciente de que a ausência de contestação implicará em revelia em seu
efeito processual, tal como preceituam os arts. 344 e 345 do CPC.
PROCESSO N. 0847047-08.2021.8.14.0301
DESPACHO
Trata-se de carta precatória expedida pelo juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Benevides/PA nos autos do processo nº 0800074-25.2021.8.14.0097, para a citação do representado,
menor F.T.D.S., e realização da audiência de apresentação e recebimento da defesa prévia.
Ocorre que o despacho do juízo deprecante foi proferido no dia 20/07/2021, bem como o suposto ato
infracional foi cometido no dia 13/12/2020, motivo pelo qual, não vislumbro o pleito como pedido de
urgência a ser analisado em plantão.
Ante o exposto, determino sejam os autos redistribuídos ao juízo competente para as diligências cabíveis.
Cumpra-se.
Intimem-se.
PROCESSO N. 0847047-08.2021.8.14.0301
DESPACHO
Trata-se de carta precatória expedida pelo juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Benevides/PA nos autos do processo nº 0800074-25.2021.8.14.0097, para a citação do representado,
menor F.T.D.S., e realização da audiência de apresentação e recebimento da defesa prévia.
Ocorre que o despacho do juízo deprecante foi proferido no dia 20/07/2021, bem como o suposto ato
infracional foi cometido no dia 13/12/2020, motivo pelo qual, não vislumbro o pleito como pedido de
urgência a ser analisado em plantão.
Ante o exposto, determino sejam os autos redistribuídos ao juízo competente para as diligências cabíveis.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Cumpra-se.
Intimem-se.
Processo nº 0851096-97.2018.8.14.0301
DECISÃO
Intime-se a parte autora para que, no prazo de 05 (cinco) dias, manifeste-se acerca da Certidão de ID
30684783, em observância ao disposto no §4°, inciso III, do art. 455 do CPC/2015.
Ato contínuo, cancelo a audiência designada para o dia 19.08.2021 (ID 29077882), a qual será
redesignada após o cumprimento da diligência retro.
Escoado o prazo assinalado, certifique-se e, após, voltem conclusos para os fins de direito.
Cumpra-se.
Servirá este como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº 03/2009-CJRMB TJE/PA,
com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.
P9
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Processo nº 0022284-93.2009.8.14.0301
DECISÃO
Vistos, etc.
O pedido de cumprimento de sentença formulado preenche os requisitos do art. 534 do CPC, motivo pelo
qual determino seu processamento.
PROCEDA-SE às alterações cadastrais que se fizerem pertinentes junto ao PJe para identificação da fase
procedimental de cumprimento de sentença.
INTIME-SE a Fazenda Pú-blica na pessoa do seu representante judicial para, querendo, apresentar
impugnação no prazo de 30 (trinta) dias, como incidente a estes próprios autos, oportunidade em poderá
arguir qualquer das matérias listadas nos incisos do art. 535 do CPC/15.
Alegando o Executado que o Exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante
do título, DEVE declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de não conhecimento da
arguição.
Saliento, ainda, que, tratando-se de impugnação parcial, a parte não questionada pela executada será,
desde logo, objeto de cumprimento.
Intime-se. Cumpra-se.
Servirá esta, por cópia digitalizada, como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº
03/2009-CJRMB TJE/PA, com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.
Processo n. 0833639-81.2020.8.14.0301
SENTENÇA
Diz o Embargante que a sentença embargada é obscura, vez que condenou os requeridos ao pagamento
de honorários sucumbenciais sobre o proveito econômico obtido, todavia somente o IGEPREV foi
condenado ao pagamento de valores, enquanto o IASEP foi condenado a obrigação de fazer, pelo que
este deve ser afastado da condenação ao pagamento de honorários sobre o proveito econômico obtido.
Relatei. Decido.
Nesse sentido:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
Para os embargos de declaração o recorrente deve indicar os motivos pelos quais impugna a decisão, ou,
em outras palavras, o vício ou os vícios que a seu ver contém. Fundamentar um recurso, diz Barbosa
Moreira, nada mais é, em regra, que criticar a decisão recorrida. Estabelece-se a distinção entre recursos
de “fundamentação livre” e recursos de “fundamentação vinculada”.
A existência real do vício é pressuposto de procedência do recurso, se o vício, típico embora, não existir, o
juiz ou o tribunal conhecerá do pedido, mas lhe negará provimento.
Em princípio, cumpre esclarecer, que a existência de omissão, apenas se presta para integrar a decisão
embargada. Sobre o tema, a esclarecedora lição de JOSÉ FREDERICO MARQUES, ("Manual de Direito
Processual Civil, Saraiva, vol. III, p. 161):
De tal modo, ao meu sentir não há existência de omissão, obscuridade ou contradição na decisão
guerreada, outrossim, toda a matéria foi devidamente analisada quando da prolação da decisão.
Ressalto que o acolhimento dos Embargos de declaração, inclusive para efeito de pré-questionamento,
está condicionado a demonstração de forma específica dos pontos omissos, obscuros ou contraditórios.
Destarte, o que se pretende nos presentes Embargos não é o provimento para modificação do decisum, e
sim, rediscutir a matéria apreciada, o que não cabe, havendo para tanto, recurso específico:
Os Embargos de declaração, como dito antes, têm a finalidade de esclarecer, tornar claro o
pronunciamento judicial, sem lhe modificar, em princípio, sua substância, por isso não se os admitem, por
serem impróprios, aqueles em que, ao invés de reclamar o deslinde de contradição, o preenchimento de
omissão ou explicação de parte obscura ou ambígua do julgado, se pretende rediscutir questão que nele
ficou claramente decidida, para modificá-lo em sua essência ou substância.
A irresignação recursal, portanto, da forma como ventilada, não merece ser acolhida.
Destarte, a decisão embargada não se ressente de qualquer dos vícios a que alude o art. 1.022 do CPC.
Nesse sentido: inocorrentes as hipóteses de omissão, contradição, contrariedade ou erro material, não há
como prosperar o inconformismo, cujo real objetivo é a pretensão de prequestionar matéria, o que resta
inviável em sede de embargos de declaração, mercê dos estreitos limites previstos no artigo 1.022 do
CPC.
Dispositivo.
Posto isto e por tudo o mais que dos autos consta, conheço dos EMBARGOS DECLARATÓRIOS
interpostos e, no mérito, NEGO-LHES PROVIMENTO, nos termos da fundamentação.
P6
PROCESSO 0003648-16.2008.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
1560
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco)
dias úteis.
Servidor(a) da UPJ
Processo nº 0056259-33.2014.8.14.0301
DECISÃO
Vistos etc.
Recebo a petição de fls. 236-247 como pedido de cumprimento de sentença, eis que preenche os
requisitos do art. 534 do CPC, motivo pelo qual determino seu processamento.
PROCEDA-SE às alterações cadastrais que se fizerem pertinentes junto ao PJe para identificação da fase
procedimental de cumprimento de sentença.
INTIME-SE a Fazenda Pú-blica na pessoa do seu representante judicial para, querendo, apresentar
impugnação no prazo de 30 (trinta) dias, como incidente a estes próprios autos, oportunidade em poderá
arguir qualquer das matérias listadas nos incisos do art. 535 do CPC/15.
resultante do título, cumpre ao Executado declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de
não conhecimento da arguição.
Saliento, ainda, que, tratando-se de impugnação parcial, a parte não questionada pela executada será,
desde logo, objeto de cumprimento.
Intime-se. Cumpra-se.
Servirá esta como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº 03/2009-CJRMB TJE/PA,
com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.
P3
Processo nº 0806645-55.2016.8.14.0301
DECISÃO
Vistos etc.
Designo audiência de instrução e julgamento na modalidade ONLINE para o dia 25.11.2021 às 10h,
1562
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
oportunidade em que serão ouvidas as partes, caso tenha sido requerido, e as testemunhas cujo rol já
conste dos autos ou que venha a ser apresentado em até 15 (quinze) dias da intimação da presente
decisão, sob pena de preclusão.
Intimem-se as partes, que deverão estar ONLINE no horário designado ao ato acompanhadas de suas
testemunhas, na forma do art. 455 do CPC/15, segundo o qual “ Cabe ao advogado da parte informar ou
intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a
intimação do juízo”.
Em se tratando de testemunha arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, sua intimação
deverá ser judicial, mediante mandado regularmente expedido pelo Diretor de Secretaria (art. 455, § 4º, IV,
do CPC/15), no bojo do qual deverá ser consignado que o depoimento prestado em juízo é considerado
serviço público e que a testemunha, quando sujeita ao regime da legislação trabalhista, não sofre, por
comparecer à audiência, perda de salário nem desconto no tempo de serviço.
Defiro o depoimento pessoal que tenha sido requerido pelo autor em relação ao réu e vice-versa, caso em
que o depoente deverá ser pessoalmente intimado, via mandado, devendo o oficial de justiça, por ocasião
da diligência, adverti-lo da pena de confissão, caso não compareça, ou, comparecendo, se recuse a depor
(art. 385, § 1º, do CPC/15.
Tendo as partes formulado pedido de realização de prova pericial, deixo para momento oportuno a análise
de seu cabimento, na forma do art. 464, § 1º, do CPC/15.
Informo desde logo que a videoconferência será realizada por meio da plataforma Microsoft Teams,
onde será disponibilizado o link de acesso por este juízo em momento oportuno, devendo desde logo as
partes informarem seus respectivos emails para envio de convite para participação da sala de audiência.
Processo nº 0030919-87.2014.8.14.0301
SENTENÇA
Vistos etc.
Cuida-se de MANDADO DE SEGURANÇA impetrado por MARCELO DA SILVA BAIA em face de ato
que reputa ilegal e abusivo e atribui à DIRETORA DA SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA DE
MOBILIDADE URBANA DE BELÉM, partes qualificadas.
Narra a inicial que o Impetrante se inscreveu no Concurso Público 02/2011 para provimento de vagas de
provimento efetivo do cargo de Agente de Trânsito e cadastro reserva, tendo sido ofertadas de 95 vagas e
que foi aprovado na 206ª colocação.
Aduz que foram nomeados 104 aprovados, dos quais 95 tomaram posse.
Sustenta que, em 06/01/2011, foi editada a Portaria n° 002/2011, a qual designou 180 servidores da
Guarda Municipal para ocuparem vagas dos agentes de trânsito, o que constituiria preterição aos
aprovados no mencionado certame.
Relata que a Lei n° 9.049/2013 criou mais de 318 (trezentos e dezoito) cargos de agente de trânsito, nos
termos de seu art. 92, parágrafo 2°, IV e que 05 (cinco) servidores efetivos deixaram seus respectivos
Cargos, gerando vacância dos mesmos e que, entretanto, a Impetrada passou a utilizar precariamente os
guardas municipais da GBEL, em proporção acima de sua ordem de classificação, caracterizando-se,
inequivocadamente, a preterição de vaga a que tem direito.
Requer assim a concessão de medida liminar para determinar a imediata nomeação do impetrante e, no
mérito, a concessão da segurança, confirmando a liminar requerida, para determinar a imediata nomeação
e posse do impetrante para o cargo de "Agente de Trânsito".
Afirmou que o Convênio firmado para que a Guarda Municipal atuasse no trânsito tem base constitucional
e legal e vigia desde 2009, tendo sido revogado em 15/02/2014.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Defendeu que a criação de novos cargos durante o prazo de validade do concurso não implica na
obrigatoriedade de nomeação e a ausência de disponibilidade orçamentária para o chamamento dos
candidatos aprovados no cadastro de reserva, bem como que o término do período de validade do
concurso implicaria na preclusão do direito à nomeação. Ao final, pugnou pela denegação da segurança.
Os autos foram encaminhados ao Ministério Público, que pugnou pela denegação da ordem.
Relatei. Decido.
Pretende o Impetrante ser nomeado e empossado no cargo de Agente de Trânsito ofertado pela
SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA DE MOBILIDADE URBANA DE BELÉM por meio do Edital n°
01/2011, retificado pelo Edital n° 02/2011.
De acordo com os fatos narrados na inicial e informações prestadas, o impetrante foi aprovado no
Concurso Público, porém fora do número de vagas disponibilizadas o cargo. Aprovação, todavia, não se
confunde com classificação. O Candidato classificado é aquele que, além de aprovado na seleção, tem o
direito de ocupar uma das vagas disponibilizadas na disputa. O candidato aprovado, por sua vez, é aquele
que apenas obteve a pontuação mínima exigida para permanecer no concurso, mas que não logrou êxito
em figurar dentro do número de vagas disponibilizadas no edital do certame. Esse foi o caso do
impetrante.
Nesse sentido:
(ARE 1126884 AgR, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, julgado em
29/06/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-153 DIVULG 31-07-2018 PUBLIC 01-08-2018)
(grifei)
1565
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
No caso dos autos, entendo que o impetrante não logrou êxito em comprovar qualquer arbitrariedade por
parte da Administração. Saliento que a ausência de nomeação para cargo criado durante a validade do
concurso em que o impetrante foi aprovado não se presta, por si só, à constatação de qualquer
ilegalidade.
Nesse sentido:
1. A teor do RE 837.311/PI, julgado sob o regime da repercussão geral, como regra o candidato aprovado
em cadastro de reserva não é titular de direito público subjetivo à nomeação, não bastando para a
convolação da sua expectativa o simples surgimento de vagas ou a abertura de novo concurso, antes
exigindo-se ato imotivado e arbitrário da Administração Pública.
2. Para que a contratação temporária configure-se como ato imotivado e arbitrário, a sua celebração deve
deixar de observar os parâmetros estabelecidos no RE 658.026/MG, também julgado sob a sistemática da
repercussão geral, bem como há de haver a demonstração de que a contratação temporária não se
destina ao suprimento de vacância existente em razão do afastamento temporário do titular do cargo
efetivo e de que existem cargos vagos em número que alcance a classificação do candidato interessado.
(RMS 56.178/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em
19/06/2018, DJe 27/06/2018)
I - O Supremo Tribunal Federal, em julgamento submetido ao rito da repercussão geral, estabeleceu a tese
objetiva de que "[...] o surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo,
durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos
candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária
e imotivada por parte da administração, caracterizadas por comportamento tácito ou expresso do Poder
Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de
validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato". (RE n. 837.311/PI, Relator Min.
Luiz Fux, Tribunal Pleno, julgado em 9/12/2015, Repercussão Geral, DJe de 18/4/2016).
II - Ainda nesse julgado, o STF listou hipóteses excepcionais em o candidato passa a ter direito subjetivo à
nomeação, quais sejam: i) quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital (RE n.
598.099); ii) quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação
(Súmula n. 15 do STF);
iii) quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e
ocorrer a preterição de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e imotivada por parte da
administração nos termos acima.
III - De acordo com a jurisprudência do STJ, entende-se que, para que a contratação temporária seja
considerada como ato arbitrário e imotivado, faz-se necessária a comprovação de que não se destina ao
suprimento de vacância existente em razão do afastamento temporário do titular do cargo efetivo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 24/10/2017, DJe 31/10/2017 e RMS
54.260/MG, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 26/9/2017, DJe 11/10/2017.
IV - A parte impetrante foi aprovada na 78ª (septuagésima oitava) colocação no concurso que previa 24
(vinte e quatro) vagas no cargo pleiteado. Apesar das contratações precárias, não há, nos autos,
comprovação da existência de cargos efetivos vagos, de modo a amparar o pretendido direito da
Recorrente à nomeação, não havendo que se falar em direito líquido e certo a ser amparado nesta via.
Tal verificação, quanto à existência de cargos vagos, demandaria necessária dilação probatória.
(AgInt no RMS 54.104/RN, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em
05/12/2017, DJe 12/12/2017)
Ainda, observa-se que os candidatos aprovados em concurso para cadastro de reserva não possuem
direito líquido e certo à nomeação, mesmo que novas vagas surjam no período de validade do concurso
por criação em lei, uma vez que tal preenchimento está sujeito a juízo de conveniência e oportunidade da
administração pública, tendo o réu demonstrado atos visando a redução de gastos que se coadunam com
o não preenchimento total das criadas.
1. Tratam os presentes autos de Recurso Ordinário interposto contra decisão proferida em Mandado de
Segurança impetrado por Raimundo Monteiro Maia Filho contra ato imputado ao Prefeito Municipal de
Manaus, ao Secretário Municipal de Saúde de Manaus e ao Secretário de Administração, Planejamento e
Gestão de Manaus, visando sua nomeação e posse no cargo de Especialista em Saúde - Médio-Cirurgião,
em virtude de sua aprovação em concurso público, fora do número de vagas ofertadas em edital.
2. O Tribunal local, ao dirimir a controvérsia, consignou (fls. 322-323, e-STJ): "No caso em exame, verifico
que a Prefeitura Municipal de Manaus abriu concurso público (Edital n.° 007/2011), para o preenchimento,
dentre outras, 28 (vinte e oito) vagas para o cargo de Especialista em Saúde - Médico Cirurgião. O
Impetrante, entretanto, fora aprovado e classificado apenas na 48.ª colocação, ou seja, fora do número
das vagas ofertadas, contudo, alega que a Administração Pública nomeou os candidatos aprovados no
cargo de Especialista em Saúde - Médico Clínico Geral, para exercerem suas funções no SAMU - Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência, função que seria eminentemente de Médico Cirurgião".
3. O STJ tem jurisprudência firme e consolidada no sentido de que "candidatos aprovados fora do
número de vagas previstas no edital ou em concurso para cadastro de reserva não possuem direito
líquido e certo à nomeação, mesmo que novas vagas surjam no período de validade do concurso -
por criação de lei ou por força de vacância -, cujo preenchimento está sujeito a juízo de
conveniência e oportunidade da Administração" (RMS 47.861/MG, Rel. Ministro Herman Benjamin,
Segunda Turma, DJe 5.8.2015).
4. O posicionamento esboçado no Tribunal a quo de que "o fato de Médicos Clínicos Gerais aprovados no
certame, terem sido nomeados e lotados no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência não induz, por si
só, qualquer ilegalidade, muito menos evidencia hipótese de preterição do Impetrante, o qual, repita-se,
fora aprovado fora do número de vagas ofertadas" (fl. 323, e-STJ) não requer qualquer reparo. A
jurisprudência do STJ entende que a lotação de servidor traduz-se em mera mobilidade interna do cargo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
público, não configurando ilegalidade e tampouco enseja em favor do candidato aprovado em concurso
público o direito de ser nomeado, já que não há, nesse caso, preterição ilegal. Nesse sentido: RMS
54.500/MS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 15.9.2017.
(RMS 56.182/AM, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/03/2018, DJe
13/11/2018)
Dispositivo.
Posto isso, DENEGO A SEGURANÇA pleiteada, JULGANDO EXTINTO O PROCESSO, com resolução
de mérito, com fundamento no art. 487, inciso I do CPC/15.
Tratando-se de pessoa pobre na acepção jurídica do termo (CPC, artigo 98, caput), defiro a gratuidade da
justiça, conforme as isenções estabelecidas no artigo 98, § 1º, do Código de Processo Civil. Por ser o
Impetrante beneficiário do instituto da Justiça Gratuita, as obrigações decorrentes de sua sucumbência
ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco)
anos subsequentes ao trânsito em julgado desta decisão, o credor demonstrar que deixou de existir a
situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado
esse prazo, tais obrigações do beneficiário (CPC, artigo 98, §§ 2º e 3º).
Servirá esta como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº 03/2009-CJRMB TJE/PA,
com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.
P3
Processo nº 0013261-55.2011.8.14.0301
DECISÃO
Vistos etc.
O pedido de cumprimento de sentença formulado preenche os requisitos do art. 534 do CPC, motivo pelo
qual determino seu processamento.
PROCEDA-SE às alterações cadastrais que se fizerem pertinentes junto ao PJe para identificação da fase
procedimental de cumprimento de sentença.
INTIME-SE a Fazenda Pú-blica na pessoa do seu representante judicial para, querendo, apresentar
impugnação no prazo de 30 (trinta) dias, como incidente a estes próprios autos, oportunidade em poderá
arguir qualquer das matérias listadas nos incisos do art. 535 do CPC/15.
Saliento, ainda, que, tratando-se de impugnação parcial, a parte não questionada pela executada será,
desde logo, objeto de cumprimento.
Intime-se. Cumpra-se.
Servirá esta como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº 03/2009-CJRMB TJE/PA,
com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.
P3
1569
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PROCESSO 0003914-32.2010.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato ficam os RÉUS e o MINISTÉRIO PÚBLICO intimadas acerca da sentença de ID
30530911.
Servidor(a) da UPJ
Processo nº 0876347-49.2020.8.14.0301
SENTENÇA
Vistos, etc.
Relatei. Decido.
A existência real do vício é pressuposto de procedência do recurso, se o vício, típico embora, não existir, o
juiz ou o tribunal conhecerá do pedido, mas lhe negará provimento.
No caso dos autos, não se faz presente qualquer vício capaz de legitimar a oposição do recurso em
epígrafe. Ver-se que a embargante usa de suposição (descumprimento da decisão) para afirmar o
descumprimento da decisão, vez que o impetrado nem mesmo foi intimado da sentença.
Ademais, a embargante nem mesmo foi intimada da sentença, sendo por isso extemporâneo o recurso ora
movido.
Dispositivo.
Posto isto e por tudo o mais que dos autos consta, NÃO CONHEÇO os EMBARGOS DECLARATÓRIOS
interpostos, por via de consequência, nego-lhes provimento, nos termos da fundamentação.
Publique-se. Intimem-se.
P8
Processo nº 0026622-76.2010.8.14.0301
DESPACHO
R.h.
Sobre a proposta de acordo de ID 25901068, manifeste-se a parte autora no prazo de 15 (quinze) dias.
Processo nº 0841662-79.2021.8.14.0301
DECISÃO
Vistos, etc.
III – INDEFIRO o pedido formulado em face de tutela de evidência, por entender que conduz ao
esgotamento parcial/total do objeto da ação, o que é vedado pela norma expressa do art. 1º, § 3º, da Lei
nº 8.347/92.
Art. 1° Não será cabível medida liminar contra atos do Poder Público, no procedimento cautelar ou em
quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, toda vez que providência semelhante não
puder ser concedida em ações de mandado de segurança, em virtude de vedação legal.
{...}
§ 3° Não será cabível medida liminar que esgote, no todo ou em qualquer parte, o objeto da ação.
ANÁLISE APROFUNDADA. 1- Merece ser mantida a decisão agravada, rejeitando a tese de nulidade,
quando verificado que foram expostos os fundamentos jurídicos que propiciaram o indeferimento da
medida liminar pleiteado no mandado de segurança, inexistindo a violação ao art. 93, IX, da CF e do art.
489, § 1º, incisos I a VI, do CPC. 2- Não se pode deferir a medida liminar contra ato do Poder Público,
quando será esgotado o objeto da ação, ainda que parcialmente, conforme orientação do art. 1º, §
3º, da Lei 8.437/92. 3- Não se exige a análise aprofundada de todos os fatos e circunstâncias da causa,
quando se tratar de exame de pedido de medida liminar em mandado de segurança, conforme orienta o
STJ e STF, sendo também desnecessário analisar todos os argumentos apresentados pela parte
recorrente, conforme orienta o STJ e STF. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. (TJ-GO - Mandado de
Segurança (CF; Lei 12016/2009): 07314036820198090000, Relator: CARLOS HIPOLITO ESCHER,
Data de Julgamento: 19/06/2020, 4ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 19/06/2020).
Compulsando os autos, nota-se que o pedido formulado em caráter antecipatório de evidência (pagamento
de adicional de tempo de serviço) se confunde com o mérito da ação, de modo que o seu indeferimento se
impõe.
Considerando, também, que a realidade jurisdicional neste juízo de fazenda pública evidencia que
inexistem casos de conciliação envolvendo os entes públicos, face à natureza do direito discutido.
Considerando que o Poder Público possui restrição legal para a realização da autocomposição, tal como
ensina a melhor doutrina[1]:
Não se pode confundir “não admitir autocomposição”, situação que autoriza a dispensa da audiência, com
ser “indisponível o direito litigioso”. Em muitos casos, o direito litigioso é indisponível, mas é possível haver
autocomposição. Em ação de alimentos, é possível haver reconhecimento da procedência do pedido pelo
réu e acordo quanto ao valor e forma de pagamento; em processos coletivos, em que o direito litigioso
também é indisponível, é possível celebrar compromisso de ajustamento de conduta (art. 5º, §5º, Lei n.
7347/1985).
Isso não quer dizer que não há possibilidade de autocomposição nos processos que faça parte ente
público. Há, ao contrário, forte tendência legislativa no sentido de permitir a solução consensual dos
conflitos envolvendo entes públicos. A criação de câmaras administrativas de conciliação e mediação é um
claro indicativo neste sentido (art. 174, CPC). Cada ente federado disciplinará, por lei própria, a forma e os
limites da autocomposição de que façam parte
Considerando que não há qualquer indicativo legislativo de que o Estado poderá realizar autocomposição
perante este juízo fazendário, deixo para momento oportuno a análise da conveniência da audiência de
conciliação, com fundamento no artigo 139, VI e Enunciado de n.º 35 da ENFAM [2] , face às
especificidades da causa e de modo a adequar o rito processual às necessidades do conflito.
V - Citem-se e intimem-se os réus para, querendo, contestar o feito no prazo de 30 (trinta) dias úteis,
conforme artigo 335 c/c o artigo 183, ambos do código de processo civil.
VI - A ausência de contestação implicará na revelia do ente público, somente em seu efeito processual, tal
1574
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
VII – Alegando o réu qualquer das matérias enumeradas no art. 337, deve a secretaria, mediante ato
ordinatório, proceder à intimação do autor para, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestar-se em réplica
(art. 351 do CPC/15).
VIII – Escoados os prazos ao norte fixados, certifique-se sobre o cumprimento e a tempestividade das
diligências determinadas.
Intimem-se. Cumpra-se.
P8
[1] DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Volume 1. Editora Juspodivm. 17ª edição.
2015. Pág. 625.
[2] Além das situações em que a flexibilização do procedimento é autorizada pelo art. 139, VI, do
CPC/2015, pode o juiz, de ofício, preservada a previsibilidade do rito, adaptá-lo às especificidades
da causa, observadas as garantias fundamentais do processo.
PROCESSO 0029224-45.2007.8.14.0301
REU: HEMOPA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco)
dias úteis.
Servidor(a) da UPJ
PROCESSO 0039743-74.2010.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato ficam as partes intimadas acerca do despacho de ID 28991472 .
Servidor(a) da UPJ
Processo nº 0833539-92.2021.8.14.0301
DECISÃO
Vistos etc.
Entendo a demanda em foco não reclama a produção de outras provas além da documental, já trazida aos
autos pelo autor e pelo réu por ocasião da propositura da ação e do oferecimento da defesa.
Por essa razão, anuncio o julgamento antecipado da lide, nos termos do art. 355, inciso I do
NCPC/2015, determinando a intimação das partes, em obediência ao que dispõem os artigos 9 e 10 do
CPC/2015.
Na hipótese de custas pendentes, o Coordenador da UPJ intimará a parte interessada, através de ato
ordinatório, para realizar o pagamento do boleto de custas, em dez (10) dias.
Caso a parte esteja beneficiária pela gratuidade de justiça, ou mesmo que tenha formulado pedido de
gratuidade ainda não apreciado, fica a UPJ dispensada de remeter os autos à UNAJ.
Após, remetam-se os autos ao Ministério Público para exame e parecer em 30 (trinta) dias.
Intimem-se. Cumpra-se.
Processo nº 0834159-07.2021.8.14.0301
DECISÃO
Vistos, etc.
Vistos, etc.
No ID 28899650, o juízo proferiu, fundamentadamente, decisão deferindo o pedido liminar para determinar
a suspensão da Concorrência nº 05/2020 do Município de Belém, em qualquer fase que se encontre, até
ulterior decisão deste juízo.
Pois bem. O art. 1.015, I, do CPC/15, consigna o recurso cabível para impugnar a decisão que se busca a
reversão, não havendo qualquer fundamentação legal para tal requerimento.
Após, remetam-se os autos ao Ministério Público para exame e parecer em 30 (trinta) dias.
Intime-se. Cumpra-se.
1578
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
p9
Processo nº 0875709-16.2020.8.14.0301
SENTENÇA
Vistos etc.
Narra a impetrante que exerce atividade profissional de intermediação técnica prevista pelo Decreto-Lei n.º
73/66, e entre suas atribuições, propõe a contratação de seguros no mercado em nome de seus
segurados e atua como mandatária destes, adquirindo e administrando apólices de seguro de vida em
grupo.
Aduz que mantinha contrato de consignação nº 12/2010 com o impetrado e que vinham sendo realizados
descontos na folha de pagamento do IGEPREV, com descontos sendo realizados para cerca de 700
segurados, contudo, o contrato expirou em 05/05/2015, sem manifestação do impetrado e sem a
suspenção das consignações.
Relata que em agosto de 2018, a empresa autora solicitou por e-mail documentos para a renovação, via
1579
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
protocolo nº 2018/380235, e que foi recepcionado o ofício nº 027/2020, informando que a impetrante não
constava no rol de autorizados a promover consignações, conforme o art. 42 da Lei Complementar
Estadual nº 39/2002, promovendo o cancelamento dos descontos.
Sustenta que o ato coator determinou a supressão das consignações sem oportunizar a adaptação da
situação imposta aos próprios administrados, impôs por via difusa aos associados da impetrante o ônus da
perda de benefícios sociais há muito consolidados, além de ter ferido lei federal que limita o alcance de
atos administrativos consolidados.
Em manifestação (ID 23455971), o Ministério Público se posicionou pela concessão da ordem, sob o
fundamento que a proibição de realização de descontos consignados decorrentes de contratos de seguro
de vida administrados pela impetrante ofende a segurança jurídica das relações contratuais, que deve
prevalecer em detrimento da falta de lei que ampare as sociedades empresárias, bem como haveria vício
de inconstitucionalidade na Lei Complementar Estadual n° 39/2002, por ofender os preceitos legais e
constitucionais que possibilitam a liberdade do servidor público e interfere ilegalmente na relação
contratual estabelecida entre a impetrante e os segurados beneficiários do seguro de vida.
Relatei. Decido.
Art. 42. Serão descontados dos benefícios previdenciários:(Redação dada pela Lei Complementar nº 49,
de 21 de janeiro de 2005) [...]
Da leitura do dispositivo, é possível identificar que as sociedades empresárias não possuem autorização
legislativa para promoverem consignações, de modo que a impetrante, como sociedade empresária
limitada, não possui o direito líquido e certo à renovação.
Cumpre elucidar que a atuação administrativa está pautada pelo princípio da legalidade. Assim, só pode
fazer o que determina a legislação vigente. Nesse sentido, dispõe os ensinamentos doutrinários que a
legalidade “é a garantia de que todos os conflitos sejam solucionados pela lei, não podendo o agente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
estatal praticar condutas que considere devidas, sem que haja embasamento legal específico”
(CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. Salvador: Juspodivm, 2018).
Ademais, não obstante a alegação da existência das consignações desde a constituição do IGEPREV,
cumpre esclarecer que uma vez identificada desconformidade com a legislação vigente, deve trazer
regularidade às suas condutas, observando o princípio da autotutela.
No mesmo sentido, junto decisão do C. Superior Tribunal de Justiça, em que expressamente destacou não
haver direito subjetivo à renovação de contratos administrativos, haja vista a discricionariedade que a
Administração possui.
decisão que inadmitiu recurso especial que enfrenta acórdão, assim ementado: ADMINISTRATIVO.
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. PRORROGAÇÃO. DISCRICIONARIEDADE. O contratado
não tem direito subjetivo (e menos ainda potestativo) de prorrogar contrato administrativo, de
prestação de serviços de transporte, no caso celebrado com a Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFRJ. Com o advento do termo contratual, sem a manifestação expressa, não se pode concluir pela
renovação tácita ou automática do contrato. Artigo 57 da Lei nº 8.666/93. É faculdade da Administração
decidir sobre a conveniência e oportunidade de uma nova prorrogação. No caso, a administração de
pronto fez novo pregão, e obteve acerto mais vantajoso. Apelação desprovida. [...]. De acordo com o
preceito expressamente citado no ajuste e na linha constitucional da isonomia e do interesse público a
prorrogação do contrato é faculdade de Administração, nos termos do art. 57, II, da Lei nº 8.666/93, [...]
Assim, caem por terra as teses autorais relativas ao direito à renovação do contrato por prazo superior ao
pactuado, hipótese que, pela peculiaridade do regime administrativo, já seria discutível. Mas, diante do
caso concreto, não havia margem a essa interpretação. A faculdade, aqui, é inerente à discricionariedade
da UFRJ, no sentido de que decidir sobre a conveniência e oportunidade de uma nova prorrogação, pelo
prazo de até sessenta meses. Não significava que, silente esta, o contrato estaria automaticamente
prorrogado. [...]. Ainda que assim não fosse, a recorrente não atacou os fundamentos do acórdão recorrido
de que é faculdade da Administração Pública a renovação do contrato administrativo e de que "no
novo pregão realizado, o valor adjudicado e homologado ao vencedor foi de R$2,00 por quilômetro rodado,
muito mais vantajoso para a Administração", fundamentos estes que são capazes, por si só, de manter o
julgado, o que faz atrair, quanto ao ponto, o óbice de conhecimento estampado na Súmula 283/STF: É
inadmissível o recurso extraordinário quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento
suficiente, e o recurso não abrange todos eles. Ante o exposto, conheço do agravo para, desde logo,
negar seguimento ao recurso especial . Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 26 de abril de 2016.
MINISTRO BENEDITO GONÇALVES Relator (STJ - AREsp: 344563 RJ 2013/0135940-4, Relator: Ministro
BENEDITO GONÇALVES, Data de Publicação: DJ 02/05/2016) (grifou-se).
Portanto, motivada pelo princípio da legalidade e da autotutela, bem como pela inexistência de direito
subjetivo à prorrogação contratual, considero que a negativa administrativa não se caracteriza como ato
ilegal. Logo, não se vislumbra qualquer ilegalidade por parte da impetrante.
Dispositivo.
Posto isso, DENEGO a segurança pretendida, extinguindo o processo com resolução de mérito, na forma
do art. 487, I, CPC/2015.
Servirá esta como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº 03/2009-CJRMB TJE/PA,
com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.
P9
1582
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PROCESSO 0013376-76.2011.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato fica o EXECUTADO intimado acerca da decisão de ID 30857455 e do despacho ID
30857449.
Servidor(a) da UPJ
PROCESSO 0000143-07.2014.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
1583
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato ficam as partes intimadas acerca da decisão de ID 30856596.
Servidor(a) da UPJ
PROCESSO 0074923-49.2013.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato ficam as partes e o representante do Ministério Público do Estado do Pará intimados
acerca da sentença de ID 30856757.
Servidor(a) da UPJ
Processo nº 0823564-46.2021.8.14.0301
DESPACHO
R.h.
Intimem-se as partes para que se manifestem sobre a possibilidade de conciliação, devendo, em caso
positivo, apresentar os termos respectivos.
Sem prejuízo, em atenção ao Princípio da Cooperação, ficam as partes desde logo intimadas para indicar
a este juízo os pontos de fato e de direito que entendem importantes para o julgamento da causa,
destacando, primeiro, os pontos que entendem restar incontroversos e, em segundo, aqueles
controvertidos.
Quanto aos pontos de fato controvertidos, deverão as partes especificar as provas que pretendem
produzir para subsidiar a sua tese, justificando, objetiva e fundamentadamente, sua relevância e
pertinência.
Caso requeiram prova pericial, devem as partes fazer a indicação expressa do tipo de perícia e do objeto
sobre o qual ela deverá recair, além de apresentar os quesitos que entendem pertinentes para a
elucidação da controvérsia.
Observo, desde logo, que a prova pericial será INDEFERIDA caso a prova do fato não dependa do
conhecimento especial de técnico, for desnecessária em vista de outras já produzidas ou quando a
verificação for impraticável (art. 464, § 1º, do CPC/15).
Quanto às questões de direito, para que não se alegue prejuízo, deverão, desde logo, manifestar-se sobre
a matéria cognoscível de ofício pelo juízo, desde que interessem ao processo.
Registre-se, ainda, que não serão consideradas relevantes as questões não adequadamente delineadas e
fundamentadas nas peças processuais, além de todos os demais argumentos insubsistentes ou
ultrapassados pela jurisprudência reiterada.
Após, voltem-me os autos conclusos para despacho saneador e designação de audiência de instrução e
julgamento, nos termos do artigo 357, do Código de Processo Civil, ou ainda julgamento antecipado do
mérito, de acordo com o artigo 355, I, do Código de Processo Civil.
Intimem-se.
Servirá esta, por cópia digitalizada, como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº
03/2009-CJRMB TJE/PA, com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.
Processo nº 0010877-42.1999.8.14.0301
DECISÃO
Vistos etc.
Designo audiência de instrução e julgamento na modalidade ONLINE para o dia 30.11.2021 às 10h,
oportunidade em que serão ouvidas as partes, caso tenha sido requerido, e as testemunhas cujo rol já
conste dos autos ou que venha a ser apresentado em até 15 (quinze) dias da intimação da presente
decisão, sob pena de preclusão.
Intimem-se as partes, que deverão estar ONLINE no horário designado ao ato acompanhadas de suas
1586
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
testemunhas, na forma do art. 455 do CPC/15, segundo o qual “ Cabe ao advogado da parte informar ou
intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a
intimação do juízo”.
Em se tratando de testemunha arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, sua intimação
deverá ser judicial, mediante mandado regularmente expedido pelo Diretor de Secretaria (art. 455, § 4º, IV,
do CPC/15), no bojo do qual deverá ser consignado que o depoimento prestado em juízo é considerado
serviço público e que a testemunha, quando sujeita ao regime da legislação trabalhista, não sofre, por
comparecer à audiência, perda de salário nem desconto no tempo de serviço.
Defiro o depoimento pessoal que tenha sido requerido pelo autor em relação ao réu e vice-versa, caso em
que o depoente deverá ser pessoalmente intimado, via mandado, devendo o oficial de justiça, por ocasião
da diligência, adverti-lo da pena de confissão, caso não compareça, ou, comparecendo, se recuse a depor
(art. 385, § 1º, do CPC/15.
Tendo as partes formulado pedido de realização de prova pericial, deixo para momento oportuno a análise
de seu cabimento, na forma do art. 464, § 1º, do CPC/15.
Informo desde logo que a videoconferência será realizada por meio da plataforma Microsoft Teams,
onde será disponibilizado o link de acesso por este juízo em momento oportuno, devendo desde logo as
partes informarem seus respectivos emails para envio de convite para participação da sala de audiência.
PROCESSO 0067062-12.2013.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
1587
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
úteis.
Servidor(a) da UPJ
PROCESSO 0016208-19.2010.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis.
Servidor(a) da UPJ
do Pará,
PROCESSO 0004373-97.2011.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato ficam as partes intimadas acerca da sentença de ID 30980770.
Servidor(a) da UPJ
PROC. 0845588-10.2017.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do MM. Juiz desta Vara, fica intimada a parte autora a proceder ao recolhimento das custas
apuradas nos presentes autos, no prazo legal, conforme boleto de id. 29085054, juntado nos autos. (Ato
ordinatório - Provimento nº 006/2006, art. 1º, § 2º, XI -CJRMB). Int.
SERVIDOR(A) DA UPJ
Processo nº 0821167-14.2021.8.14.0301
DECISÃO
Vistos etc.
Instadas as partes a informarem se ainda pretendiam produzir provas, ambas requereram o julgamento
antecipado da lide.
Por essa razão, anuncio o julgamento antecipado da lide, nos termos do art. 355, inciso I do NCPC/2015,
determinando a intimação das partes, em obediência ao que dispõem os artigos 9 e 10 do CPC/2015.
Intimadas as partes, remetam-se os autos à Unidade de Arrecadação Judiciária – UNAJ para a elaboração
da conta de custas finais em dez (10) dias, conforme os termos do art. 26 da Lei Estadual n. 8.328/2015.
Na hipótese de custas pendentes, o Coordenador da UPJ intimará a parte interessada, através de ato
ordinatório, para realizar o pagamento do boleto de custas, em dez (10) dias.
Caso a parte esteja beneficiária pela gratuidade de justiça, ou mesmo que tenha formulado pedido de
gratuidade ainda não apreciado, fica a UPJ dispensada de remeter os autos à UNAJ.
Dando prosseguimento ao feito, determino a intimação das partes para manifestarem-se em memoriais
finais, no prazo comum de 15 (quinze) dias.
Após, remetam-se os autos ao Ministério Público para exame e parecer em 30 (trinta) dias.
1590
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Intimem-se. Cumpra-se.
Processo nº 0062300-89.2009.8.14.0301
DECISÃO
Vistos etc.
O pedido de cumprimento de sentença formulado preenche os requisitos do art. 534 do CPC, motivo pelo
qual determino seu processamento.
PROCEDA-SE às alterações cadastrais que se fizerem pertinentes junto ao PJe para identificação da fase
procedimental de cumprimento de sentença.
INTIME-SE a Fazenda Pú-blica na pessoa do seu representante judicial para, querendo, apresentar
impugnação no prazo de 30 (trinta) dias, como incidente a estes próprios autos, oportunidade em poderá
arguir qualquer das matérias listadas nos incisos do art. 535 do CPC/15.
Saliento, ainda, que, tratando-se de impugnação parcial, a parte não questionada pela executada será,
desde logo, objeto de cumprimento.
1591
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Intime-se. Cumpra-se.
Servirá esta como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº 03/2009-CJRMB TJE/PA,
com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.
P3
Processo nº 0831412-84.2021.8.14.0301
SENTENÇA
Vistos etc.
Consta dos autos que, citado, o executado comprovou o pagamento do débito exequendo (ID 29994544).
pugnando pela extinção do feito, em razão da satisfação integral do débito.
É o relatório. Decido.
Dessa forma, tendo o procedimento executório alcançado o seu desiderato, entregando ao exequente, de
forma efetiva, o bem da vida pretendido, concluo.
Dispositivo
Ante a satisfação do direito perseguido, JULGO EXTINTA a execução em trâmite, com fundamento no art.
924, inc. II, do Código de Processo Civil.
CONDENO o executado ao pagamento das despesas processuais e dos honorários advocatícios que fixo
em 10% sobre o valor atualizado da causa, observado o disposto no parágrafo 16 do artigo 85 do Código
de Processo Civil.
Tratando-se de pessoa pobre na acepção jurídica do termo (CPC, artigo 98, caput), DEFIRO a gratuidade
da justiça pleiteada, conforme as isenções estabelecidas no artigo 98, § 1º, do Código de Processo Civil.
Por ser o executado beneficiário do instituto da Justiça Gratuita, as obrigações decorrentes de sua
sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos
5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado desta decisão, o exequente demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se,
passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário (CPC, artigo 98, §§ 2º e 3º).
P.R.I.
Processo nº 0841503-39.2021.8.14.0301
DECISÃO
Vistos, etc.
Trata-se de AÇÃO ORDINÁRIA, sob o rito comum, ajuizada por RAIMUNDA DOS SANTOS ROCHA em
face de ESTADO DO PARÁ, partes qualificadas.
Em apertada síntese, narra a requerente que é professora do Estado e não recebe seus vencimentos em
conformidade com o Piso Nacional do Magistério.
Em decorrência dos fatos, requer, já em sede de tutela de evidência, o imediato pagamento de seus
vencimentos em conformidade com o piso salarial.
É o breve relatório.
Decido.
Conforme narrado, pretende a parte autora a concessão de tutela de obrigação de fazer. O pedido, no
entanto, não merece ser atendido pois implica no esgotamento parcial/total do objeto da ação, o que é
vedado pela norma expressa do art. 1º, § 3º, da Lei nº 8.347/92.
Art. 1° Não será cabível medida liminar contra atos do Poder Público, no procedimento cautelar ou em
quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, toda vez que providência semelhante não
puder ser concedida em ações de mandado de segurança, em virtude de vedação legal.
(...)
§3° Não será cabível medida liminar que esgote, no todo ou em qualquer parte, o objeto da ação.
tratando de matéria pretérita e não urgente, resta ausente o bem maior (perigo de dano ou de risco ao
resultado útil do processo), o que afasta a possibilidade de concessão de liminar que esgote no todo ou
em parte o objeto da ação. 3. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO. (TJ-GO - AI:
05029213120188090000, Relator: GUILHERME GUTEMBERG ISAC PINTO, Data de Julgamento:
15/03/2019, 5ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 15/03/2019).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. MUNICÍPIO DE SANTA MARIA. DECISÃO QUE DEFRIU LIMINAR PARA
IMPLANTAÇÃO DE PISO SALARIAL PROFISSIONAL. VEDAÇÃO DE LIMINARES DE TAL NATUREZA.
DECISÃO REFORMADA. A concessão de tutela antecipada com caráter satisfativo encontra óbice no
artigo 1º , § 3º da Lei nº 8.437/92 que veda o deferimento de liminar que esgote, no todo ou em parte o
objeto da ação, bem como a medida prolatada é irreversível, por tratar de deferir verba de caráter
alimentar de forma precária ao servidor, de forma que, na eventualidade de improcedência do feito, tais
valores não poderão ser reavidos pela Administração. Ademais, quanto à aplicabilidade e interpretação do
artigo 7º, § 2º da Lei nº 12.016/2009, denota-se que o caso em concreto encontra amparo neste
dispositivo, com a vedação da concessão pretendida, por se tratar de aumento de vantagem no
vencimento de servidor público. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.
(TJ-RS - AI: 71006937189 RS, Relator: Deborah Coleto Assumpção de Moraes, Data de Julgamento:
28/09/2017, Segunda Turma Recursal da Fazenda Pública, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
06/10/2017).
Dispositivo.
CITE-SE e INTIME-SE o requerido para contestar o feito no prazo legal (art. 335 c/c art. 183, ambos do
CPC/2015).
A ausência de contestação implicará na revelia do ente público, somente em seu efeito processual, tal
como preceituam os artigos 344 e 345 do código de processo civil de 2015.
Alegando o réu qualquer das matérias enumeradas no art. 337, deve a secretaria, mediante ato
ordinatório, proceder à intimação do autor para, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestar-se em réplica
(art. 351 do CPC/15).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Intimem-se. Cumpra-se.
Servirá esta como MANDADO DE INTIMAÇÃO, nos termos do Provimento nº 03/2009-CJRMB TJE/PA,
com a redação que lhe deu o Prov. nº 011/2009.
P8
PROCESSO 0036703-11.2015.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis.
Servidor(a) da UPJ
PROCESSO 0003854-64.2007.8.14.0301
REU: IGEPREV
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato ficam as partes intimadas acerca da sentença de ID 30230848.
Servidor(a) da UPJ
ATO ORDINATÓRIO
PROCESSO 0029264-56.2009.8.14.0301
REU: HEMOPA
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco)
dias úteis.
Servidor(a) da UPJ
ATO ORDINATÓRIO
Conforme o artigo 9°, §§ 3° e 4°, da Resolução n° 29/2016-TJPA, INTIME-SE o credor/exequente para que
se manifeste nos autos sobre a realização ou não do depósito referente ao Ofício RPV (Requisição de
Pequeno Valor) de ID 25598693, no prazo de 30 (trinta) dias.
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
SENTENÇA
ROMANO SANTANA ajuizou pedido de obrigação de fazer (reajuste do piso salarial do magistério) c/c
Cobrança contra ESTADO DO PARÁ, visando à majoração de seus vencimentos de acordo com o piso
salarial nacional da educação básica (sendo o vencimento-base de 2020 o valor de R$2.886,24), a que
alegou fazer jus, dado pertencer à carreira do magistério estadual, bem como à condenação do Réu ao
pagamento, em base retroativa quinquenal, das parcelas supostamente inadimplidas mais vincendas,
aduzindo que, desde 2016, não viria recebendo o piso previsto na Lei nº 11.738/2008.
O Autor juntou documentos e afirmou, em síntese, que é servidor público da Secretaria de Educação do
Estado do Pará, ocupante do cargo de Professor Classe II – Ref. 03H, exercendo há vários anos suas
funções na área de educação, vindo requerer o cumprimento da Lei nº 11.738/08 e consequentemente
retificar e majorar o seu vencimento-base e devidos reflexos para o valor legalmente previsto na referida
legislação, bem como o pagamento dos valores retroativos referentes às diferenças do piso salarial
devidas até a data do efetivo pagamento, tudo devidamente corrigido.
Entendeu, assim, que a diferença devida pelo Réu, com os seus devidos reflexos, contabilizada durante o
período dos fatos, equivaleria à quantia de R$189.338,69 (cento e oitenta e nove mil, trezentos e trinta e
oito reais e sessenta e nove centavos).
Requereu que fosse determinado ao Requerido que efetuasse, de imediato, a correção do valor do piso
salarial do magistério e seus reflexos nos seus vencimentos, em conformidade com as normas federais,
pagando o vencimento-base de acordo com o piso nacional, somada à sua condenação ao pagamento
das parcelas retroativas, na quantia acima declinada.
Foi indeferido o pedido de tutela de urgência, porém deferida a gratuidade em decisão de ID 21043523.
Citado, o Estado do Pará apresentou contestação (ID 21515905), alegando, no mérito, a improcedência
dos pedidos, eis que a pretensão da parte Autora seria contrária à decisão em sede cautelar tomada em
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
pedido de suspensão aviado perante o STF (SS 5.236), em que a Ministra Carmem Lúcia considerou
plausível o argumento do Estado no sentido de que o recebimento de gratificação permanente e uniforme
pelos professores torna sua remuneração superior ao patamar nacional, assim suspendendo decisões que
determinam ao Estado o pagamento do piso nacional ao vencimento-base dos professores da educação
básica, havendo, portanto, identidade entre a situação dos autos e a ratio contida em tal decisão
monocrática.
Argumentou, ainda, acerca da existência de ação de mandado de segurança coletivo com o mesmo
objeto, julgamento da ADI n° 4.167-DF e equiparação do conceito de piso salarial ao vencimento-base
mais gratificação de escolaridade (art. 30, V da Lei Estadual nº 5.351/86, c/c art. 50 da Lei Estadual n°
7.442/2010, e arts. 132, VII. 140, III, da Lei Estadual nº 5.810/94).
Por fim, suscitou existir Mandado de Segurança Coletivo aforado pelo Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública no Pará - SINTEPP tratando sobre o mesmo objeto.
Réplica no ID 21873918.
O feito foi, então, encaminhado ao MP, que se manifestou no sentido da procedência do pedido (ID
25857800).
Autos conclusos.
Éo relatório.
DECIDO.
Desnecessária a produção de outras provas, estando o presente feito apto ao julgamento (art. 355, I,
CPC).
O Autor manejou a presente ação de obrigação de fazer (reajuste do piso salarial do magistério) c/c
Cobrança, visando à majoração de seus vencimentos de acordo com o piso salarial nacional da educação
básica (sendo o vencimento-base de 2020 o valor de R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado pertencer
à carreira do magistério estadual, bem como à condenação do Réu ao pagamento, em base retroativa
quinquenal, das parcelas supostamente inadimplidas mais vincendas, aduzindo que, desde 2016, não viria
recebendo o piso previsto na Lei nº 11.738/2008.
O pedido deve ser julgado procedente, notadamente, com a limitação da prescrição quinquenal de trato
sucessivo.
Primeiramente, necessário trazer ao debate a questão da prescrição quinquenal contra a Fazenda Pública.
A prescrição das ações intentadas em face da Administração Pública regula-se pelo Decreto nº 20.910/32,
que, em seu artigo 1º, dispõe:
Art. 1º - As dividas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou
ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em
cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
Portanto, depreende-se do dispositivo mencionado que o prazo prescricional que regula o caso em tela
seria de cinco anos.
Cabe aqui, no entanto, outra ponderação, já em relação às prestações de trato sucessivo. Em que pese a
determinação do prazo prescricional de 5 (cinco) anos para requerer qualquer direito contra a Fazenda
Pública, contida no art. 1º do Decreto nº 20.910/32, em casos que se referem à concessão de adicional
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
remuneratório, a relação sobre que versam é de trato sucessivo, pelo que não corre prazo prescricional ou
decadencial.
Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a fazenda pública figure como devedora, quando não
tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação.
(20000110553819 DF, Relator: VALTER XAVIER, Data de Julgamento: 24/03/2003, 1ª Turma Cível, Data
de Publicação: DJU 30/04/2003 Pág. 23).
Logo, não haveria que se falar em prescrição da pretensão total da parte Autora, restringindo-se essa, a
bem da verdade, apenas à cobrança daquelas parcelas vencidas antes do quinquênio anterior ao
ajuizamento da ação, ocorrido, na hipótese, em 09/11/2020.
Também, melhor sorte não merece a também usual alegação de aplicação isonômica da decisão proferida
no Processo SS 5236-STF, haja vista que “a decisão em comento é clara em falar que não afeta ao mérito
dos Mandados de Segurança nº 0002367-74.2016.8.14.0000 e 0001621-75.2017.8.14.0000” (STF – Rcl.
42315/PA, DJe 10/02/2021), bem como que “não há que se falar na ocorrência de suspensão da
tramitação de processos nas instâncias ordinárias por força da decisão proferida na SS 5.236, não sendo
possível confundir a sustação de efeitos de decisão impugnada com ordem de suspensão nacional dos
processos” (STF – Rcl. 42430/PA, DJe 28/09/2020).
A toda evidência, os argumentos de resistência sustentados pelas entidades públicas, tanto do Estado do
Pará, quanto do Município de Belém, nos processos de integralização do piso salarial nacional da
categoria do Magistério, conforme parâmetros definidos na Lei Federal n° 11.738/2008, limitam-se a
questionar a possibilidade de cumulação de outras parcelas remuneratórias, a fim de justificar o
estabelecimento do vencimento-base em valor nominal menor do que aquele previsto na legislação
federal.
Assim, nasceu a tese de que o referido diploma legal teria, segundo a tese da Administração Pública,
regulamentado a “remuneração global” ou, ao menos, estabelecido o conceito de “vencimento inicial”
(vencimento-base mais gratificação de escolaridade), pelo exercício do magistério e, não, o vencimento-
base.
Essa tese não se sustenta, tampouco fora absorvida pela jurisprudência aplicada a espécie.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
1. Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de
aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º
da Lei 11.738/2008).
2. É constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do ensino médio
com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre
normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo
como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como
instrumento de proteção mínima ao trabalhador.
3. É constitucional a norma geral federal que reserva o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos
docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse.
Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. Perda de objeto declarada em relação aos arts.
3º e 8º da Lei 11.738/2008.
Vale destacar, também, que a Corte Suprema já se manifestou sobre o tema em controle difuso, ao
apreciar recurso próprio interposto pelo Estado do Pará no Processo n° 0002367-74.2016.8.14.0000
(TJPA) – em que se originou o Processo SS 5236-STF (suspensão de segurança) –, cuja ementa restou
assim consignada:
III – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica a revisão da interpretação de
normas infraconstitucionais que fundamentam o acórdão recorrido, dado que apenas ofensa direta à
Constituição Federal enseja a interposição do apelo extremo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Como se vê, não há espaço para continuidade da discussão acerca do conceito de “piso salarial nacional”
regulamentado na Lei Federal n° 11.738/2008, eis que a última palavra sobre o tema já foi firmada e
reafirmada pelo STF, concluindo-se pela constitucionalidade do “piso salarial nacional dos professores da
educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global”.
Por oportuno, ressalto que a cumulação de outras parcelas remuneratórias, como forma de composição de
vencimento-base de categoria funcional, não pode ser adotada, sob pena de violação do princípio da
legalidade (art. 37, caput, da CF). Isto é, “(...) Em se tratando de remuneração de servidor público, tem-se
que as vantagens pecuniárias são parcelas acrescidas ao vencimento base em decorrência de uma
situação fática previamente estabelecida em lei, sendo que toda gratificação reclama a consumação de um
certo fato que proporciona o direito à sua percepção. É dizer que, presente a situação prevista na norma,
assegura-se ao servidor direito subjetivo à sua percepção. (...)” (TJPA – Acórdão n° 3.614.505, rel. Des.
Roberto Moura, DJe 10/09/2020).
Desse modo, importa dizer que é insustentável qualquer tentativa da Administração Pública em resistir à
necessidade e obrigatoriedade legal da integralização do vencimento-base da categoria do Magistério
público, até que, ao servidor, seja observada a referência financeira nominal estabelecida na legislação
federal – por óbvio, “referência financeira” (vencimento-base) alcançada sem a cumulação de outras
parcelas remuneratórias.
A Lei Federal n° 11.738/08 fixou, a partir do ano de 2008, os valores mínimos de composição do
vencimento base dos servidores públicos titulares de cargos do magistério público da educação básica
com carga horária mínima de “40h” (quarenta horas-aula) semanais ou “200h” (duzentas horas-aula)
mensais, conforme descrito no seu art. 2°, cito:
Art. 2o O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica
será de R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais) mensais, para a formação em nível médio, na
modalidade Normal, prevista no art. 62 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional.
§1o O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da educação
básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais.
§2o Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se aqueles que desempenham
as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração,
planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das
unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima
determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional.
§3o Os vencimentos iniciais referentes às demais jornadas de trabalho serão, no mínimo, proporcionais ao
valor mencionado no caput deste artigo.
§4o Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga
horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.
§5 o As disposições relativas ao piso salarial de que trata esta Lei serão aplicadas a todas as
aposentadorias e pensões dos profissionais do magistério público da educação básica alcançadas pelo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Todos os entes da Federação deveriam, a contar de 1º/01/2010, garantir a integralização do piso salarial
nacional às carreiras públicas de magistério da educação básica dos seus servidores, conforme critérios
estabelecidos naquele diploma legal (art. 3º, III).
Nesse sentido, embora obrigada por lei, a Administração Pública não vem aplicando os parâmetros
salariais previstos na Lei Federal n° 11.738/2008, verificando, no presente caso que, de fato, o
vencimento-base devido à parte Autora não fora atualizado corretamente, causando-lhe prejuízos
financeiros.
Assim, conforme notícia publicada no sítio eletrônico do Ministério da Educação[1], “O piso salarial dos
profissionais da rede pública da educação básica em início de carreira foi reajustado em 12,84% para
2020, passando de R$ 2.557,74 para R$ 2.886,24” – o reajuste atual deve observar o valor fixado para o
ano de 2020, ante a constitucionalidade do art. 8°, I, da Lei Complementar Federal n° 173/2020 (STF –
ADI’s n° 6447, 6450, 6525 e 6442) – encerrada a condicionante da LC Federal n° 173/2020, o reajuste
deve seguir a forma prevista no art. 5°, da Lei Federal n° 11.738/2008.
Portanto, evidenciando que não houve a efetiva revisão/atualização da parcela relativa ao vencimento-
base, em violação frontal a Lei Federal n° 11.738/08, deve, tal ilegalidade, ser corrigida imediatamente,
com reflexo nas demais parcelas remuneratórias, obedecido, neste caso, o prazo prescricional quinquenal,
devendo, logo, ser deferido o pedido.
Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTE o pedido, para nos termos da fundamentação
retro, determinar ao ESTADO DO PARÁ que proceda à imediata correção do valor do piso salarial
do magistério e seus reflexos na remuneração do Autor, em conformidade com as normas federais,
majorando seu vencimento-base de acordo com o piso nacional, bem como ao pagamento, em
base retroativa limitada ao quinquênio que antecedeu o ajuizamento da presente ação, das
parcelas de vencimento-base e devidos reflexos que deixou de pagar à parte Autora, inclusive, as
vincendas no curso do processo, em total a ser apurado em procedimento específico de liquidação
de sentença.
Sobre o cálculo dos valores retroativos, observado o quinquênio anterior ao ajuizamento da ação (art. 1º,
do Decreto Federal nº 20.910/1932), devem incidir juros e correção monetária, cuja liquidação, por simples
cálculo aritmético, deve obedecer os seguintes comandos: os juros de mora deverão ser aplicados de
acordo com os “índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança” (art.
1°-F, da Lei n° 9.494/97, com redação dada pela Lei n° 11.960/09), a partir da citação (art. 405, do
CC/2002); já a correção monetária deverá incidir pelo IPCA-E (STF - RE nº 870.947/SE, Tema n° 810 –
Recurso Repetitivo), até a data de atualização do cálculo ou protocolização do pedido de cumprimento da
sentença.
Sem custas.
Fixo os honorários advocatícios, em favor do patrono da parte Autora, em 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação, com fulcro no art. 85, §3º, inciso I do CPC.
Sentença não sujeita à remessa necessária (art. 496, §4º, II, do CPC).
Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma do Código
de Processo Civil.
Ocorrendo o trânsito em julgado, sem interposição de recurso voluntário, certifique-se e arquive-se com as
cautelas legais, dando-se baixa definitiva no Sistema PJe.
1605
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
P.R.I.C.
A5
[1]http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/12-acoes-programas-e-projetos-637152388/84481-mec-divulga-
reajuste-do-piso-salarial-de-professores-da-educacao-basica-para-2020
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
SENTENÇA
Cuida-se de Embargos de Declaração (ID 17685703) opostos por MARIA JOSÉ SOARES RODRIGUES
contra ESTADO DO PARÁ, em face da sentença (ID 17532777) exarada nos autos de Ação de Revisão
de Vencimento-base c/ Implementação de Gratificação por Educação Especial c/ tutela de urgência
intentada pela ora Embargante contra o Embargado, em que o pedido foi julgado improcedente.
Aduz o Embargante, em suma, que a decisão guerreada padeceria de vício de obscuridade, eis que este
Juízo teria feito “vista grossa” ao Acórdão nº 150.0006, deste TJPA, transitado em julgado e constante nos
presentes autos, o qual, por presunção, teria declarado a constitucionalidade do art. 31, da Constituição do
Estado do Pará, bem como, teria este Juízo “levado os demais Ministros da Segunda Turma a erro”,
quanto à suposta inconstitucionalidade do art. 31, haja vista que essa jamais fora reconhecida e/ou
declarada no RE 745.811.
1606
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Decido.
A obscuridade passível de correção a que se refere o Código de Processo Civil, doutrinariamente, é a que
se detecta no texto da decisão, referente à falta de clareza, sem relação com a análise das provas dos
autos (STJ - REsp nº 928.075/PE – 2007/0035224-9) ou mesmo com o entendimento que o Embargante
adote em relação a determinado tema. Ou seja, obscuridade haveria se o teor da sentença não fosse claro
e compreensível. Não é o caso.
Veja-se que, na hipótese, o propósito da Embargante é debater a (in)constitucionalidade versada, por não
concordar com o decisum proferido, o que só poderá ser feito na instância revisora, dada a
imprestabilidade da via eleita.
Ora, os embargos de declaração não se prestam a rediscutir a decisão, como sabido, mormente quando
se acrescenta argumentos novos, isto é, em casos em que vício algum desponta da decisão recorrida,
para os fins do art. 1.022, do CPC, os aclaratórios não figuram como meio adequado para atacar o
julgado.
Intimem-se e cumpra-se.
A5
PROCESSO 0028688-97.2008.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco)
dias úteis.
Servidor(a) da UPJ
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
DECISÃO
1608
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Trata-se de pedido de sequestro de valores formalizado pelo Requerente Gustavo de Carvalho Amazonas
Cotta, visando a satisfação do seu crédito inscrito na requisição de pequeno valor objeto do Ofício n°
171/2021 (Id. n° 26018843).
Alega, em síntese, que o Requerido deixou de efetuar o pagamento de seu crédito no prazo legal,
incorrendo em inadimplemento injustificado.
Conclusos.
Decido.
O não pagamento de ordem de pagar expedida contra a Fazenda Pública enseja a adoção de medidas
coercitivas excepcionais.
No âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, o tema é regulamentado pela Resolução nº 29/2016-
GP/TJPA que dispõe expressamente acerca do que se reputa como débito de pequeno valor para a
Fazenda Pública (art.1º).
No que alude à providência de bloqueio de valores do Ente Federado/devedor, nos casos de inadimplência
de RPV, o art. 10, daquele diploma dispõe, in verbis:
Resolução nº 29/2016-GP/TJPA
Art. 10. Havendo impugnação pelo credor, aduzindo que o valor depositado é inferior ao crédito devido
atualizado, deverá o juízo da execução, ou o Presidente do Tribunal de Justiça solicitar a realização de
cálculo, e, uma vez evidenciado pagamento inferior ao requisitado, providenciará o sequestro do
numerário, via BACENJUD, suficiente à satisfação do crédito.
Assim, uma vez constatada a inadimplência injustificada do Ente devedor, através de simples petição ao
Juízo da execução, o credor deverá informar o pagamento a menor e requerer o imediato sequestro das
contas públicas até o limite dos valores inadimplidos, ou, como no presente caso, informar puramente a
ausência de pagamento da ordem no prazo legal.
Neste sentido, tenho que a ordem de sequestro de valores expedida contra a Fazenda Pública em caso de
inadimplemento de precatório ou requisição de pequeno valor é amparada pela jurisprudência firme do
Superior Tribunal de Justiça, que colaciono a seguir:
2. "O prazo para pagamento de quantia certa encartada na sentença judicial transitada em julgado,
mediante a Requisição de Pequeno Valor, é de 60 (sessenta) dias contados da entrega da requisição, por
ordem do Juiz, à autoridade citada para a causa, sendo certo que, desatendida a requisição judicial, o Juiz
determinará o sequestro do numerário suficiente ao cumprimento da decisão (artigo 17, caput e § 2º, da
Lei 10.259/2001)" (REsp 1.143.677/RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, CORTE ESPECIAL, julgado em
02/12/2009, DJe 04/02/2010 - Recurso Especial submetido ao rito dos recurso repetitivos nos termos
do art. 543-C do CPC/73.).
3. "Se a requisição não é cumprida no prazo assinalado pela normatização específica (120 dias, no caso
do TJ-MT), deve ser determinado o sequestro, não havendo falar em emissão de precatório, nem,
portanto, em aplicação da EC 62/2009" (RMS 35.075/MT, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 16/02/2012, DJe 06/03/2012).
1. “O prazo para pagamento de quantia certa encartada na sentença judicial transitada em julgado,
mediante a Requisição de Pequeno Valor, é de 60 (sessenta) dias contados da entrega da requisição, por
ordem do Juiz, à autoridade citada para a causa, sendo certo que, desatendida a requisição judicial, o Juiz
determinará o sequestro do numerário suficiente ao cumprimento da decisão (artigo 17, caput e § 2º, da
Lei 10.2592001) (...) Acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 082008”
(REsp 1.143.677RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, CORTE ESPECIAL, DJe 422010).
2. Incidência à espécie do disposto na Súmula 83STJ: “Não se conhece do recurso especial pela
divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida”.
Destarte, resta evidenciado, no presente caso que o Requerido deixou de efetivar, no prazo de 60
(sessenta) dias, conforme determina o art. 5°, caput, da Res. n° 29/2016-GP/TJPA, c/c art. 535, II, do
CPC, a satisfação do crédito inscrito na requisição de pequeno valor expedida por meio do Ofício n°
171/2021 (Id. n° 26018843).
Por essas razões, defiro o pedido de sequestro de valores, via bloqueio eletrônico das contas do
Executado, até o limite dos débitos individualmente identificados na ordem de pagamento expedida em
benefício do Requerente.
No que concerne ao pedido de habilitação dos sucessores da Requerente, não assiste a razão ao
Requerido.
Veja-se, ainda, o teor dos arts. 110 e 313, §§1º e 2º, I e II, do CPC:
Art. 110. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio ou pelos seus
sucessores, observado o disposto no art. 313, §§ 1º e 2º.
(...)
(...)
§1º Na hipótese do inciso I, o juiz suspenderá o processo, nos termos do art. 689 .
§2º Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte, o juiz determinará a suspensão
do processo e observará o seguinte:
I - falecido o réu, ordenará a intimação do autor para que promova a citação do respectivo espólio, de
quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo que designar, de no mínimo 2 (dois) e no
máximo 6 (seis) meses;
Com efeito, a abertura da sucessão causa mortis se opera no momento da morte, momento este em que a
herança é transmitida aos herdeiros.
Conforme o princípio da saisine, que dá sustentação ao art. 1.784, do Código Civil, com da morte do de
cujus, a propriedade e a posse da herança são transmitidas imediatamente aos herdeiros legítimos e
testamentários, independentemente da abertura do inventário - cabendo lembrar também que a herança é
um bem indivisível até a sentença da partilha, de modo que, enquanto esta não sobrevier, os herdeiros
serão coproprietários do todo.
2. O entendimento do Tribunal a quo se alinha com a orientação desta Corte Superior de que os herdeiros
são legitimados para pleitearem direitos transmitidos pelo falecido, não se mostrando imprescindível a
abertura do inventário. Precedentes: AgRg no AREsp.669.686/RS, Rel. Min. SÉRGIO KUKINA, DJe
1.6.2015; REsp. 554.529/PR, Rel. Min. ELIANA CALMON, DJ 15.8.2005, p. 242. 3. Agravo Interno da
UNIÃO a que se nega provimento.” (AgInt no AREsp 1073844/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA
FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/09/2018, DJe 01/10/2018) – grifei.
Lado outro, os Interessados deduzem pleito de expedição de requisição de pequeno valor (RPV) para
pagamento do crédito individual devido à cada um dos herdeiros, até o limite definido em lei para
pagamento de obrigação de pequeno valor pelo Município de Belém (R$33.000,00).
Dessa forma, no intuito de evitar a ocorrência de fracionamento, indefiro o pedido de pagamento via
Requisições de Pequeno Valor aos Interessados, devendo o montante integral do crédito ser dividido
entre esses, à razão de 1/4 (um quarto) para cada, sendo cada porção paga mediante expedição de Ofício
Requisitório.
Diante das razões expostas, pois, julgo procedente o pedido de habilitação de MAURO SERGIO
AMAZONAS COTTA, KATIA MYLENE AMAZONAS COTTA, MARCELO AMAZONAS COTTA e
MICHEL AMAZONAS COTTA, em sucessão/substituição à Requerente CLOTILDE REBELO
AMAZONAS, no polo ativo da demanda, em razão do falecimento desta, nos termos do art. 692, do
CPC, promovendo o dessobrestamento do processo.
Ultimadas as devidas providências e transcorrido o prazo recursal, à UPJ para que expeça as ordens de
pagamento.
Intimem-se e cumpra-se.
A2
1612
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
RÉU: IGEPREV
SENTENÇA
CARMEM ARAUJO DO CARMO ajuizou pedido de obrigação de fazer (reajuste do piso salarial do
magistério) c/c Cobrança e Indenização por Danos Morais c/ pedido de tutela de evidência contra
IGEPREV, visando à majoração de seus proventos de acordo com o piso salarial nacional da educação
básica (sendo o vencimento-base de 2021 o valor de R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado haver se
aposentado da carreira do magistério estadual, bem como à condenação do Réu ao pagamento, em base
retroativa quinquenal, das parcelas supostamente inadimplidas e ressarcimento de danos morais,
aduzindo que, desde 2016, não viria recebendo o piso previsto na Lei nº 11.738/2008, tendo, após Portaria
de Aposentadoria nº 0567, de 10.04.2013 (ID 22623276), passado a receber seus benefícios pelo ente
previdenciário estadual.
A Autora juntou documentos e afirmou, em síntese, que que exerceu o cargo de Professor Classe
Especial, Nível I (Classe/Referência: SEDUC MAGISTÉRIO : 20 HSE / 01I), lotada na Secretaria Executiva
de Educação, tendo exercido por vários anos suas funções na área de educação, vindo requerer o
cumprimento da Lei nº 11.738/08 e consequentemente retificar e majorar o seu vencimento-base e
devidos reflexos em seus proventos para o valor legalmente previsto na referida legislação, bem como o
pagamento dos valores retroativos referentes às diferenças do piso salarial devidas até a data do efetivo
pagamento, tudo devidamente corrigido.
Requereu que, em sentença, fosse determinado ao(s) Requerido(s) que efetuasse(m), de imediato, a
correção do valor do piso salarial do magistério e seus reflexos nos seus proventos, em conformidade com
as normas federais, pagando o vencimento-base de acordo com o piso nacional, somada à sua
condenação ao pagamento das parcelas retroativas, além do ressarcimento de indenização por danos
morais no valor de R$20.000,00.
Citado, o IGEPREV apresentou contestação (ID 23684235), reconhecendo o direito da Autora à percepção
do piso nacional do magistério, destacando que tal reconhecimento ocorre em razão de se vislumbrar na
espécie a existência concomitante dos seguintes requisitos: 1) servidor aposentado no cargo de professor
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
com direito à paridade; 2) cargo de professor com formação em nível médio e sem a parcela de
Gratificação de Nível Superior na composição de seus proventos; e 3) valor do vencimento-base fixado em
quantia inferior ao disposto na Portaria MEC n.º 1.595 de 28/12/2017.
Réplica no ID 24500273.
O feito foi, então, encaminhado ao MP, que se manifestou no sentido da procedência do pedido quanto ao
piso salarial, com reflexos financeiros retroativos (ID 28600508).
Autos conclusos.
Éo relatório.
DECIDO.
O julgamento prescinde de outras provas, estando o presente feito apto ao julgamento (art. 355, I, CPC).
Tendo havido a concordância expressa do Réu quanto ao pagamento do piso salarial, porém tendo esse
apresentado objeção quanto à indenização por danos morais, hei por bem abordar o meritum causae.
Apreciando o caso em testilha, observo que a Autora manejou a presente ação de obrigação de fazer (
reajuste do piso salarial do magistério) c/c Cobrança e Indenização por Danos Morais, visando à
majoração de seus proventos de acordo com o piso salarial nacional da educação básica (sendo o
vencimento-base de 2021 o valor de R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado ter se aposentado da
carreira do magistério estadual, bem como à condenação do(s) Réu(s) ao pagamento, em base retroativa,
das parcelas supostamente inadimplidas e ressarcimento de danos morais, aduzindo que, desde 2016,
não viria recebendo o piso previsto na Lei nº 11.738/2008.
O pedido deve ser julgado procedente em parte, com o acolhimento do pedido que remonta à obrigação
de fazer e à cobrança de retroativos, notadamente, com a limitação da prescrição quinquenal de trato
sucessivo, mas com o indeferimento do pedido indenizatório.
Primeiramente, necessário trazer ao debate a questão da prescrição quinquenal contra a Fazenda Pública.
A prescrição das ações intentadas em face da Administração Pública regula-se pelo Decreto nº 20.910/32,
que, em seu artigo 1º, dispõe:
Art. 1º - As dividas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou
ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em
cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
Portanto, depreende-se do dispositivo mencionado que o prazo prescricional que regula o caso em tela
seria de cinco anos.
Cabe aqui, no entanto, outra ponderação, já em relação às prestações de trato sucessivo. Em que pese a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
determinação do prazo prescricional de 5 (cinco) anos para requerer qualquer direito contra a Fazenda
Pública, contida no art. 1º do Decreto nº 20.910/32, em casos que se referem à concessão de adicional
remuneratório, a relação sobre que versam é de trato sucessivo, pelo que não corre prazo prescricional ou
decadencial.
Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a fazenda pública figure como devedora, quando não
tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação.
(20000110553819 DF, Relator: VALTER XAVIER, Data de Julgamento: 24/03/2003, 1ª Turma Cível, Data
de Publicação: DJU 30/04/2003 Pág. 23).
Logo, não haveria que se falar em prescrição, restringindo-se essa, apenas à cobrança daquelas parcelas
vencidas antes do quinquênio anterior ao ajuizamento da ação, ocorrido, na hipótese, em 21/01/2021.
II. Mérito.
Também, melhor sorte não merece a também usual alegação de aplicação isonômica da decisão proferida
no Processo SS 5236-STF, haja vista que “a decisão em comento é clara em falar que não afeta ao mérito
dos Mandados de Segurança nº 0002367-74.2016.8.14.0000 e 0001621-75.2017.8.14.0000” (STF – Rcl.
42315/PA, DJe 10/02/2021), bem como que “não há que se falar na ocorrência de suspensão da
tramitação de processos nas instâncias ordinárias por força da decisão proferida na SS 5.236, não sendo
possível confundir a sustação de efeitos de decisão impugnada com ordem de suspensão nacional dos
processos” (STF – Rcl. 42430/PA, DJe 28/09/2020).
A toda evidência, os argumentos de resistência sustentados pelas entidades públicas, tanto do Estado do
Pará, quanto do Município de Belém, nos processos de integralização do piso salarial nacional da
categoria do Magistério, conforme parâmetros definidos na Lei Federal n° 11.738/2008, limitam-se a
questionar a possibilidade de cumulação de outras parcelas remuneratórias, a fim de justificar o
estabelecimento do vencimento-base em valor nominal menor do que aquele previsto na legislação
federal.
Assim, nasceu a tese de que o referido diploma legal teria, segundo a tese da Administração Pública,
regulamentado a “remuneração global” ou, ao menos, estabelecido o conceito de “vencimento inicial”
(vencimento-base mais gratificação de escolaridade), pelo exercício do magistério e, não, o vencimento-
base.
Essa tese não se sustenta, tampouco fora absorvida pela jurisprudência aplicada a espécie.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
1. Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de
aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º
da Lei 11.738/2008).
2. É constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do ensino médio
com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre
normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo
como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como
instrumento de proteção mínima ao trabalhador.
3. É constitucional a norma geral federal que reserva o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos
docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse.
Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. Perda de objeto declarada em relação aos arts.
3º e 8º da Lei 11.738/2008.
Vale destacar, também, que a Corte Suprema já se manifestou sobre o tema em controle difuso, ao
apreciar recurso próprio interposto pelo Estado do Pará no Processo n° 0002367-74.2016.8.14.0000
(TJPA) – em que se originou o Processo SS 5.236-STF (suspensão de segurança) –, cuja ementa restou
assim consignada:
III – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica a revisão da interpretação de
normas infraconstitucionais que fundamentam o acórdão recorrido, dado que apenas ofensa direta à
Constituição Federal enseja a interposição do apelo extremo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Como se vê, não há espaço para continuidade da discussão acerca do conceito de “piso salarial nacional”
regulamentado na Lei Federal n° 11.738/2008, eis que a última palavra sobre o tema já foi firmada e
reafirmada pelo STF, concluindo-se pela constitucionalidade do “piso salarial nacional dos professores da
educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global”.
Por oportuno, ressalto que a cumulação de outras parcelas remuneratórias, como forma de composição de
vencimento-base de categoria funcional, não pode ser adotada, sob pena de violação do princípio da
legalidade (art. 37, caput, da CF). Isto é, “(...) Em se tratando de remuneração de servidor público, tem-se
que as vantagens pecuniárias são parcelas acrescidas ao vencimento base em decorrência de uma
situação fática previamente estabelecida em lei, sendo que toda gratificação reclama a consumação de um
certo fato que proporciona o direito à sua percepção. É dizer que, presente a situação prevista na norma,
assegura-se ao servidor direito subjetivo à sua percepção. (...)” (TJPA – Acórdão n° 3.614.505, rel. Des.
Roberto Moura, DJe 10/09/2020).
Desse modo, importa dizer que é insustentável qualquer tentativa da Administração Pública em resistir à
necessidade e obrigatoriedade legal da integralização do vencimento-base da categoria do Magistério
público, até que, ao servidor, seja observada a referência financeira nominal estabelecida na legislação
federal – por óbvio, “referência financeira” (vencimento-base) alcançada sem a cumulação de outras
parcelas remuneratórias.
A Lei Federal n° 11.738/08 fixou, a partir do ano de 2008, os valores mínimos de composição do
vencimento base dos servidores públicos titulares de cargos do magistério público da educação básica
com carga horária mínima de “40h” (quarenta horas-aula) semanais ou “200h” (duzentas horas-aula)
mensais, conforme descrito no seu art. 2°, cito:
Art. 2o O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica
será de R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais) mensais, para a formação em nível médio, na
modalidade Normal, prevista no art. 62 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional.
§1o O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da educação
básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais.
§2o Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se aqueles que desempenham
as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração,
planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das
unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima
determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional.
§3o Os vencimentos iniciais referentes às demais jornadas de trabalho serão, no mínimo, proporcionais ao
valor mencionado no caput deste artigo.
§4o Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga
horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.
§5 o As disposições relativas ao piso salarial de que trata esta Lei serão aplicadas a todas as
aposentadorias e pensões dos profissionais do magistério público da educação básica alcançadas pelo
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Todos os entes da Federação deveriam, a contar de 1º/01/2010, garantir a integralização do piso salarial
nacional às carreiras públicas de magistério da educação básica dos seus servidores, conforme critérios
estabelecidos naquele diploma legal (art. 3º, III).
Nesse sentido, embora obrigada por lei, a Administração Pública não vem aplicando os parâmetros
salariais previstos na Lei Federal n° 11.738/2008, verificando, no presente caso que, de fato, o
vencimento-base devido a parte Autora não fora atualizado corretamente, causando-lhe prejuízos
financeiros.
Assim, conforme notícia publicada no sítio eletrônico do Ministério da Educação[1], “O piso salarial dos
profissionais da rede pública da educação básica em início de carreira foi reajustado em 12,84% para
2020, passando de R$ 2.557,74 para R$ 2.886,24” – o reajuste atual deve observar o valor fixado para o
ano de 2020, ante a constitucionalidade do art. 8°, I, da Lei Complementar Federal n° 173/2020 (STF –
ADI’s n° 6447, 6450, 6525 e 6442) – encerrada a condicionante da LC Federal n° 173/2020, o reajuste
deve seguir a forma prevista no art. 5°, da Lei Federal n° 11.738/2008.
Portanto, evidenciando que não houve a efetiva revisão/atualização da parcela relativa ao vencimento-
base, em violação frontal a Lei Federal n° 11.738/08, deve, tal ilegalidade, ser corrigida imediatamente,
com reflexo nas demais parcelas remuneratórias, obedecido, neste caso, o prazo prescricional
quinquenal, devendo, logo, ser deferido o pedido nesse ponto.
Quanto ao pedido de indenização por danos morais, não pode ser acolhido.
Aqui, o cerne da questão está em verificar a existência de responsabilidade civil do IGEPREV nos eventos
descritos na inicial.
O Direito Brasileiro adota a corrente da teoria do risco administrativo para a responsabilização do Estado (
lato sensu) pelos danos causados pelos seus agentes quando agem nessa qualidade (artigo 37, §6º, CF).
Sobre o risco administrativo, ensina o saudoso Hely Lopes Meirelles:
(...) O risco administrativo não significa que a Administração deva indenizar sempre e em qualquer
caso o dano suportado pelo particular; significa apenas e tão-somente, que a vítima fica dispensada da
prova da culpa da Administração, mas esta poderá demonstrar a culpa total ou parcial do lesado no evento
danoso, caso em que a Fazenda Pública se eximirá integral ou parcialmente da indenização. (in Direito
Administrativo Brasileiro. 33ª Ed. São Paulo: Malheiros Editores. 2007. p. 652). (grifo nosso)
Nesse sentido, a responsabilidade estatal respaldada no texto constitucional não é irrestrita, de forma que
não é todo e qualquer evento danoso suportado pelo particular que enseja o pagamento de indenização. É
dessa forma porque existem causas que excluem a responsabilidade do Estado, tais como o caso fortuito,
a força maior e a culpa exclusiva da vítima ou terceiro.
Assim, para pleitear indenização, seja por danos morais, seja por danos patrimoniais, a vítima precisa
provar o nexo de causalidade entre o evento danoso e atuação ou inação do ente público, além de ter que
comprovar que teve dano realmente.
Noutros termos, além de demonstrar que houve responsabilidade da Administração, deve o autor
comprovar o nexo causal entre a conduta da Administração e o dano suportado pela vítima, ainda que
moral, bem como demonstrar sua extensão e sua mensuração.
Feitas essas ponderações, não vislumbro patente, no caso dos autos, o direito à pretendida indenização
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por danos morais, por não restar sequer minimamente explicitada sua extensão e sua mensuração.
Não merece prosperar pedido para imposição à parte ré de uma indenização por danos sofridos pela parte
autora, pois advindo o fato de ato em que não houve nenhuma prática de ilícito cometido pela
Administração capaz de gerar qualquer dano indenizável. (Apelação Cível n. rel. Des. Fernando Mauro
Moreira Marinho, 5ª Turma Cível, j. 20.7.2009).
É dizer: é necessário quedar demonstrada a existência de dano moral indenizável, o que não se
percebe de maneira patente na hipótese.
Logo, no que concerne à alegação de que o inadimplemento da extensão gerou prejuízos de ordem moral
à parte requerente, tal pedido não encontra fundamento, por não haver nenhuma prova nos autos de que o
IGEPREV tenha agido com ilicitude.
Sendo assim, a decretação da procedência em parte dos pedidos é medida que se impõe.
Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTE EM PARTE o pedido, para, nos termos da
fundamentação retro, determinar ao IGEPREV que proceda à imediata correção do valor do piso
salarial do magistério e seus reflexos nos seus proventos da Requerente, em conformidade com as
normas federais, majorando seu vencimento-base de acordo com o piso nacional, bem como ao
pagamento, em base retroativa limitada ao quinquênio que antecedeu o ajuizamento da presente
ação, das parcelas de vencimento-base e devidos reflexos que deixou de pagar à Autora, em total a
ser apurado em procedimento específico de liquidação de sentença.
Sobre o cálculo dos valores retroativos, observado o quinquênio anterior ao ajuizamento da ação (art. 1º,
do Decreto Federal nº 20.910/1932), devem incidir juros e correção monetária, cuja liquidação, por simples
cálculo aritmético, deve obedecer os seguintes comandos: os juros de mora deverão ser aplicados de
acordo com os “índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança” (art.
1°-F, da Lei n° 9.494/97, com redação dada pela Lei n° 11.960/09), a partir da citação (art. 405, do
CC/2002); já a correção monetária deverá incidir pelo IPCA-E (STF - RE nº 870.947/SE, Tema n° 810 –
Recurso Repetitivo), até a data de atualização do cálculo ou protocolização do pedido de cumprimento da
sentença.
Custas pelo(s) Réu(s), isento(s) na forma da lei (art. 40, I, da Lei Estadual n° 8.328/2015) cabendo, tão
somente o ressarcimento dos valores eventualmente pagos pela parte Autora, se houver.
Havendo sucumbência recíproca, porém tendo a parte Autora decaído em parte mínima, condeno o Réu
ao pagamento de honorários advocatícios, os quais fixo em 10% (dez por cento) do valor do proveito
econômico obtido pela Demandante com a ação, nos termos do art. 85, §3º, I c/c art. 86, parágrafo único,
ambos do CPC.
Sentença não sujeita à remessa necessária (art. 496, §4º, II, do CPC).
Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma do Código
de Processo Civil.
Ocorrendo o trânsito em julgado, sem interposição de recurso voluntário, certifique-se e arquive-se com as
cautelas legais, dando-se baixa definitiva.
P.R.I.C.
A5
[1]http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/12-acoes-programas-e-projetos-637152388/84481-mec-divulga-
reajuste-do-piso-salarial-de-professores-da-educacao-basica-para-2020
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
SENTENÇA
JONATHAS PINTO DE OLIVEIRA ajuizou pedido de obrigação de fazer (reajuste do piso salarial do
magistério) c/c Cobrança contra ESTADO DO PARÁ, visando à majoração de seus vencimentos de
acordo com o piso salarial nacional da educação básica (sendo o vencimento-base de 2021 o valor de
R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado pertencer à carreira do magistério estadual, bem como à
condenação do Réu ao pagamento, em base retroativa quinquenal, das parcelas supostamente
inadimplidas, aduzindo que, desde 2016, não viria recebendo o piso previsto na Lei nº 11.738/2008.
A Autora juntou documentos e afirmou, em síntese, que é servidor público da Secretaria de Educação do
Estado do Pará, ocupante do cargo de Professor Classe I – Ref. 02A, exercendo há vários anos suas
funções na área de educação, vindo requerer o cumprimento da Lei nº 11.738/08 e consequentemente
retificar e majorar o seu vencimento-base e devidos reflexos para o valor legalmente previsto na referida
legislação, bem como o pagamento dos valores retroativos referentes às diferenças do piso salarial
devidas até a data do efetivo pagamento, tudo devidamente corrigido.
Entendeu, assim, que a diferença devida pelo Réu, com os seus devidos reflexos, contabilizada durante o
período dos fatos, equivaleria à quantia de R$80.219,41 (oitenta mil, duzentos e dezenove reais e
quarenta e um centavos), consoante cálculos acostados no ID 28593257.
Requereu que, em sentença, fosse determinado ao Requerido que efetuasse, de imediato, a correção do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
valor do piso salarial do magistério e seus reflexos nos seus vencimentos, em conformidade com as
normas federais, pagando o vencimento-base de acordo com o piso nacional, somada à sua condenação
ao pagamento das parcelas retroativas, na quantia acima declinada.
Citado, o Estado do Pará apresentou contestação (ID 28677546), alegando, no mérito, a improcedência
dos pedidos, eis que a pretensão da parte Autora seria contrária à decisão em sede cautelar tomada em
pedido de suspensão aviado perante o STF (SS 5.236), em que a Ministra Carmem Lúcia considerou
plausível o argumento do Estado no sentido de que o recebimento de gratificação permanente e uniforme
pelos professores torna sua remuneração superior ao patamar nacional, assim suspendendo decisões que
determinam ao Estado o pagamento do piso nacional ao vencimento-base dos professores da educação
básica, havendo, portanto, identidade entre a situação dos autos e a ratio contida em tal decisão
monocrática.
Argumentou, ainda, acerca da existência de ação de mandado de segurança coletivo com o mesmo
objeto, julgamento da ADI n° 4.167-DF e equiparação do conceito de piso salarial ao vencimento-base
mais gratificação de escolaridade (art. 30, V da Lei Estadual nº 5.351/86, c/c art. 50 da Lei Estadual n°
7.442/2010, e arts. 132, VII. 140, III, da Lei Estadual nº 5.810/94).
Por fim, suscitou existir Mandado de Segurança Coletivo aforado pelo Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública no Pará - SINTEPP tratando sobre o mesmo objeto.
Réplica no ID 28751755.
O feito foi, então, encaminhado ao MP, que se manifestou no sentido da procedência do pedido, com os
valores devidos e seus consectários sendo apurados e pagos em fase própria (ID 29306625).
Autos conclusos.
Éo relatório.
Decido.
O julgamento prescinde de outras provas, estando o presente feito apto ao julgamento (art. 355, I, CPC).
Apreciando o caso em testilha, observo que a parte Autora manejou a presente ação de obrigação de
fazer (reajuste do piso salarial do magistério) c/c Cobrança, visando à majoração de seus vencimentos
de acordo com o piso salarial nacional da educação básica (sendo o vencimento-base de 2021 o valor de
R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado pertencer à carreira do magistério estadual, bem como à
condenação do Réu ao pagamento, em base retroativa, das parcelas supostamente inadimplidas,
aduzindo que, desde 2016, não viria recebendo o piso previsto na Lei nº 11.738/2008.
Pois bem. Tenho que o pedido deve ser julgado procedente, notadamente, com a limitação da
prescrição quinquenal de trato sucessivo.
Primeiramente, necessário trazer ao debate a questão da prescrição quinquenal contra a Fazenda Pública.
A prescrição das ações intentadas em face da Administração Pública regula-se pelo Decreto nº 20.910/32,
que, em seu artigo 1º, dispõe:
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Art. 1º - As dividas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou
ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em
cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
Portanto, depreende-se do dispositivo mencionado que o prazo prescricional que regula o caso em tela
seria de cinco anos.
Cabe aqui, no entanto, outra ponderação, já em relação às prestações de trato sucessivo. Em que pese a
determinação do prazo prescricional de 5 (cinco) anos para requerer qualquer direito contra a Fazenda
Pública, contida no art. 1º do Decreto nº 20.910/32, em casos que se referem à concessão de adicional
remuneratório, a relação sobre que versam é de trato sucessivo, pelo que não corre prazo prescricional ou
decadencial.
Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a fazenda pública figure como devedora, quando não
tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação.
(20000110553819 DF, Relator: VALTER XAVIER, Data de Julgamento: 24/03/2003, 1ª Turma Cível, Data
de Publicação: DJU 30/04/2003 Pág. 23).
Logo, não haveria que se falar em prescrição da pretensão total da parte Autora, restringindo-se
essa, a bem da verdade, apenas à cobrança daquelas parcelas vencidas antes do quinquênio
anterior ao ajuizamento da ação (ocorrido, na hipótese, em 18/06/2021).
Também, melhor sorte não merece a também usual alegação de aplicação isonômica da decisão proferida
no Processo SS 5236-STF, haja vista que “a decisão em comento é clara em falar que não afeta ao mérito
dos Mandados de Segurança nº 0002367-74.2016.8.14.0000 e 0001621-75.2017.8.14.0000” (STF – Rcl.
42315/PA, DJe 10/02/2021), bem como que “não há que se falar na ocorrência de suspensão da
tramitação de processos nas instâncias ordinárias por força da decisão proferida na SS 5.236, não sendo
possível confundir a sustação de efeitos de decisão impugnada com ordem de suspensão nacional dos
processos” (STF – Rcl. 42430/PA, DJe 28/09/2020).
A toda evidência, os argumentos de resistência sustentados pelas entidades públicas, tanto do Estado do
Pará, quanto do Município de Belém, nos processos de integralização do piso salarial nacional da
categoria do Magistério, conforme parâmetros definidos na Lei Federal n° 11.738/2008, limitam-se a
questionar a possibilidade de cumulação de outras parcelas remuneratórias, a fim de justificar o
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Assim, nasceu a tese de que o referido diploma legal teria, segundo a tese da Administração Pública,
regulamentado a “remuneração global” ou, ao menos, estabelecido o conceito de “vencimento inicial”
(vencimento-base mais gratificação de escolaridade), pelo exercício do magistério e, não, o vencimento-
base.
Essa tese não se sustenta, tampouco fora absorvida pela jurisprudência aplicada a espécie.
1. Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de
aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º
da Lei 11.738/2008).
2. É constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do ensino médio
com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre
normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo
como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como
instrumento de proteção mínima ao trabalhador.
3. É constitucional a norma geral federal que reserva o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos
docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse.
Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. Perda de objeto declarada em relação aos arts.
3º e 8º da Lei 11.738/2008.
Vale destacar, também, que a Corte Suprema já se manifestou sobre o tema em controle difuso, ao
apreciar recurso próprio interposto pelo Estado do Pará no Processo n° 0002367-74.2016.8.14.0000
(TJPA) – em que se originou o Processo SS 5236-STF (suspensão de segurança) –, cuja ementa restou
assim consignada:
Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir a omissão, é inviável
o recurso, nos termos da Súmula 356/STF.
III – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica a revisão da interpretação de
normas infraconstitucionais que fundamentam o acórdão recorrido, dado que apenas ofensa direta à
Constituição Federal enseja a interposição do apelo extremo.
Como se vê, não há espaço para continuidade da discussão acerca do conceito de “piso salarial nacional”
regulamentado na Lei Federal n° 11.738/2008, eis que a última palavra sobre o tema já foi firmada e
reafirmada pelo STF, concluindo-se pela constitucionalidade do “piso salarial nacional dos professores da
educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global”.
Por oportuno, ressalto que a cumulação de outras parcelas remuneratórias, como forma de composição de
vencimento-base de categoria funcional, não pode ser adotada, sob pena de violação do princípio da
legalidade (art. 37, caput, da CF). Isto é, “(...) Em se tratando de remuneração de servidor público, tem-se
que as vantagens pecuniárias são parcelas acrescidas ao vencimento base em decorrência de uma
situação fática previamente estabelecida em lei, sendo que toda gratificação reclama a consumação de um
certo fato que proporciona o direito à sua percepção. É dizer que, presente a situação prevista na norma,
assegura-se ao servidor direito subjetivo à sua percepção. (...)” (TJPA – Acórdão n° 3.614.505, rel. Des.
Roberto Moura, DJe 10/09/2020).
Desse modo, importa dizer que é insustentável qualquer tentativa da Administração Pública em resistir à
necessidade e obrigatoriedade legal da integralização do vencimento-base da categoria do Magistério
público, até que, ao servidor, seja observada a referência financeira nominal estabelecida na legislação
federal – por óbvio, “referência financeira” (vencimento-base) alcançada sem a cumulação de outras
parcelas remuneratórias.
A Lei Federal n° 11.738/08 fixou, a partir do ano de 2008, os valores mínimos de composição do
vencimento base dos servidores públicos titulares de cargos do magistério público da educação básica
com carga horária mínima de “40h” (quarenta horas-aula) semanais ou “200h” (duzentas horas-aula)
mensais, conforme descrito no seu art. 2°, cito:
Art. 2o O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica
será de R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais) mensais, para a formação em nível médio, na
modalidade Normal, prevista no art. 62 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional.
§1o O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da educação
básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais.
§2o Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se aqueles que desempenham
as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração,
planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das
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unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima
determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional.
§3o Os vencimentos iniciais referentes às demais jornadas de trabalho serão, no mínimo, proporcionais ao
valor mencionado no caput deste artigo.
§4o Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga
horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.
§5 o As disposições relativas ao piso salarial de que trata esta Lei serão aplicadas a todas as
aposentadorias e pensões dos profissionais do magistério público da educação básica alcançadas pelo
art. 7o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, e pela Emenda Constitucional no
47, de 5 de julho de 2005.
Todos os entes da Federação deveriam, a contar de 1º/01/2010, garantir a integralização do piso salarial
nacional às carreiras públicas de magistério da educação básica dos seus servidores, conforme critérios
estabelecidos naquele diploma legal (art. 3º, III).
Nesse sentido, embora obrigada por lei, a Administração Pública não vem aplicando os parâmetros
salariais previstos na Lei Federal n° 11.738/2008, verificando, no presente caso que, de fato, o
vencimento-base devido à parte Autora não fora atualizado corretamente, causando-lhe prejuízos
financeiros.
Assim, conforme notícia publicada no sítio eletrônico do Ministério da Educação[1], “O piso salarial dos
profissionais da rede pública da educação básica em início de carreira foi reajustado em 12,84% para
2020, passando de R$ 2.557,74 para R$ 2.886,24” – o reajuste atual deve observar o valor fixado para o
ano de 2020, ante a constitucionalidade do art. 8°, I, da Lei Complementar Federal n° 173/2020 (STF –
ADI’s n° 6447, 6450, 6525 e 6442) – encerrada a condicionante da LC Federal n° 173/2020, o reajuste
deve seguir a forma prevista no art. 5°, da Lei Federal n° 11.738/2008.
Portanto, evidenciando que não houve a efetiva revisão/atualização da parcela relativa ao vencimento-
base, em violação frontal a Lei Federal n° 11.738/08, deve, tal ilegalidade, ser corrigida imediatamente,
com reflexo nas demais parcelas remuneratórias, obedecido, neste caso, o prazo prescricional
quinquenal, devendo, logo, ser deferido o pedido.
Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTE o pedido, para nos termos da fundamentação
retro, determinar ao ESTADO DO PARÁ que proceda à imediata correção do valor do piso salarial
do magistério e seus reflexos nos seus vencimentos do Autor, em conformidade com as normas
federais, majorando seu vencimento-base de acordo com o piso nacional, bem como ao
pagamento, em base retroativa limitada ao quinquênio que antecedeu o ajuizamento da presente
ação, das parcelas de vencimento-base e devidos reflexos que deixou de pagar à parte Autora, em
total a ser apurado em procedimento específico de liquidação de sentença, pelo que extingo o
processo.
Para regular cumprimento da obrigação aqui determinada, fixo multa de R$5.000.00 (cinco mil reais) por
dia de descumprimento até o limite de R$100.000,00 (cem mil reais) ou efetivo implemento desta decisão
(art. 536, do CPC).
Advirto, a quem desta tiver conhecimento, que o descumprimento da presente decisão enseja a incidência
do agente infrator (público ou particular) no tipo penal previsto no art. 330, do CP, sem prejuízo de ação
por improbidade administrativa (Lei Federal n° 8.429/1992).
Sobre o cálculo dos valores retroativos, observado o quinquênio anterior ao ajuizamento da ação (art. 1º,
do Decreto Federal nº 20.910/1932), devem incidir juros e correção monetária, cuja liquidação, por simples
cálculo aritmético, deve obedecer os seguintes comandos: os juros de mora deverão ser aplicados de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
acordo com os “índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança” (art.
1°-F, da Lei n° 9.494/97, com redação dada pela Lei n° 11.960/09), a partir da citação (art. 405, do
CC/2002); já a correção monetária deverá incidir pelo IPCA-E (STF - RE nº 870.947/SE, Tema n° 810 –
Recurso Repetitivo), até a data de atualização do cálculo ou protocolização do pedido de cumprimento da
sentença.
Custas pelo Réu, isento na forma da lei (art. 40, I, da Lei Estadual n° 8.328/2015) cabendo, tão somente o
ressarcimento dos valores eventualmente pagos pela parte Autora, se houver.
Fixo os honorários advocatícios, em favor do patrono da parte Autora, em 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação, com fulcro no art. 85, §3º, inciso I do CPC.
Sentença não sujeita à remessa necessária (art. 496, §4º, II, do CPC).
Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma do Código
de Processo Civil.
Ocorrendo o trânsito em julgado, sem interposição de recurso voluntário, certifique-se e arquive-se com as
cautelas legais, dando-se baixa definitiva no Sistema PJe.
P.R.I.C.
A5
[1]http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/12-acoes-programas-e-projetos-637152388/84481-mec-divulga-
reajuste-do-piso-salarial-de-professores-da-educacao-basica-para-2020
ESTADO DO PARÁ
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PODER JUDICIÁRIO
SENTENÇA
Trata-se de Ação de Obrigação de Pagar proposta por Adailton Vieira Bezerra, Paulo Cezar Ferreira de
Oliveira, Raimundo Nonato de Souza Gonçalves, João Henrique Teixeira Flexa, João de Deus Bispo
Sobral, José Cláudio Rodrigues Leite, Antônio Quantal Arruda Júnior e José Airton da Silva contra o
Estado do Pará, visando ao pagamento de valores remuneratórios em decorrência do exercício do cargo
de Fiscal da Receita Estadual, atuando em desvio de função, junto a Secretaria de Estado da Fazenda –
SEFA.
Juntam documentos e alegam, em síntese, que foram nomeados, para o exercício de cargos de
apoio/auxílio do quadro de pessoal da SEFA, porém, posteriormente foram redesignados irregularmente
para desenvolver atividade própria de fiscalização.
Aduzem que, mesmo após passarem a exercer atividades exclusivas de “Fiscal da Receita Estadual”,
contudo, sem alteração formal/legal, não houve readequação dos valores remuneratórios pertinentes ao
novo cargo.
Ainda, alegam que tal situação se perpetua até os dias atuais, tendo reclamado e reconhecido
judicialmente os desvios de função, conforme Processo n° 0021303-59.2012.8.14.0301, sem, no entanto,
terem formalizado pedido próprio de ressarcimento.
Por essa razão, concluem exercer atividade pública em desvio de função, reclamando o pagamento de
valores não percebidos, equivalentes ao cargo de Fiscal da Receita Estadual.
Citado regularmente, o Réu apresentou defesa com documentos (Id. n° 7146101, pugnando pela
improcedência dos pedidos, sob os seguintes argumentos: a) ocorrência de prescrição; b) coisa julgada; c)
ausência de comprovação do desvio de função; d) observância ao princípio da legalidade (arts. 5°, II, e
37, caput, da CF.
Conclusos.
Éo relatório.
DECIDO.
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I. Da Prescrição.
O Superior Tribunal de Justiça já uniformizou o entendimento de que o Decreto n° 20.910/32 é que “regula
a prescrição, seja qual for a sua natureza, das pretensões formuladas contra a Fazenda Pública, ao
contrário da disposição prevista no Código Civil, norma geral que regula o tema de maneira genérica, a
qual não altera o caráter especial da legislação, muito menos é capaz de determinar a sua revogação”
(Tema 553 - REsp. n° 1251993/PR – Recurso Repetitivo).
Além do mais, a pretensão aqui deduzida refere-se às verbas remuneratórias decorrentes do exercício de
cargo público efetivo de servidor ainda em atividade, caracterizando-se, pois, como relação jurídica de
trato sucessivo, cuja prescrição só alcança as “prestações vencidas antes do quinquênio anterior a
propositura da ação”, atraindo a incidência do enunciado n° 85, da Súmula de Jurisprudência dominante
do Superior Tribunal de Justiça, in verbis:
“NAS RELAÇÕES JURIDICAS DE TRATO SUCESSIVO EM QUE A FAZENDA PUBLICA FIGURE COMO
DEVEDORA, QUANDO NÃO TIVER SIDO NEGADO O PROPRIO DIREITO RECLAMADO, A
PRESCRIÇÃO ATINGE APENAS AS PRESTAÇÕES VENCIDAS ANTES DO QUINQUENIO ANTERIOR
A PROPOSITURA DA AÇÃO”.
II. Mérito.
O pedido é procedente.
O cerne da questão está em verificar a efetiva ocorrência de desvio de função, ao cargo de “Fiscal da
Receita Estadual”, perpetrada em desfavor dos Autores, nomeados para o exercício dos seguintes cargos:
- Adailton Vieira Bezera: cargo efetivo de Motorista (Decreto de 04/05/1999 – Id. n° 5523812 – Págs. 44 e
63);
- José Airton da Silva: cargo efetivo de Escrevente Datilógrafo (Decreto de 11/05/1978 – Id. n° 5523812 –
Pág. 65);
- José Claudio Rodrigues Leite: cargo efetivo de Escrevente Datilógrafo (Decreto de 04/05/1990 – Id. n°
5523812 – Pág. 71);
- João de Deus Bispo Sobral: cargo efetivo de Motorista (Decreto de 30/09/1991 – Id. n° 5523812 – Pág.
79);
- João Batista de Lima: cargo de Motorista (Admissão em 14/03/1985 – Id. n° 5523812 – Pág. 82);
- João Henrique Teixeira Flexa: cargo efetivo de Escrevente Datilógrafo (Decreto de 04/05/1990 – Id. n°
5523812 – Pág. 84);
- Antonio Quental Arruda: cargo efetivo de Escrevente Datilógrafo (Decreto de 04/05/1990 – Id. n° 5523812
– Pág. 88);
- Raimundo Nonato de Souza Gonçalves: cargo efetivo de Motorista (Decreto de 13/03/1991 – Id. n°
5523812 – Pág. 92).
Em análise à documentação juntada à inicial, percebo que os Autores, ao longo dos anos de 1989 e 1990,
foram (re)designados para atuar como “Fiscal da Receita Estadual” junto a diversas localidades em que
órgão estadual de fiscalização tributária detém postos, tanto no interior, quanto na capital do Estado do
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Pará, bem como demonstram que em todo seu período laboral não sofreram alteração, em seus
contracheques, decorrentes de valores próprios devidos ao exercício de outras atividades funcionais, tal
como registrado nos documentos constantes dos Id´s. n° 5523812 – Págs. 93/102, e 5523814.
Os documentos colacionados pelo Réu não apontam qualquer situação fática diversa daqueles
comprovados nas alegações e documentos juntados pelos Autores. Por outro lado, corroboram a assertiva
de manutenção do estado de desvio de função anteriormente citado.
Assim, demonstrado claramente o desvio de função reclamado pelos Autores, é cabível o respectivo
ressarcimento de valores não percebidos nos períodos em que atuaram como “Fiscal da Receita Estadual”
sem a designação formal.
Acerca do tema, em razão de não haver dispositivo específico tipificado na Lei Estadual n.º 5.810/94 (RJU
dos Servidores Civis do Estado do Pará), transcrevo o disposto no art. 117, XVII da Lei n.º 8.112/90 (RJU
dos Servidores Públicos Civis da União, autarquias e fundações públicas federais):
(...)
XVII – cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de
emergência e transitórias;”
(grifos nossos)
2005, data em que o autor se licenciou para o exercício de mandato sindical. Alega que no referido
período exerceu atribuições pertinentes ao cargo de analista processual, minutando pareceres
administrativos e judiciais, além de peças processuais, em assessoramento ao Procurador-Chefe da
Procuradoria da República do Ministério Público Federal no Estado do Acre [...]. Examinando a portaria
descrita na inicial, observa-se que as atribuições conferidas ao cargo de técnico administrativo, em que
pese lhe impor a tarefa de prestar informações jurídicas, levantamento de dados, instrução de processos,
pesquisa de legislação, doutrina e jurisprudência, informações em processo, não especifica a natureza
destes, vale dizer, não faz qualquer referência se se tratam de processos administrativos ou judiciais, o
que não permite admitir, diante de tal omissão, entre tais atribuições, aquela pertinente ao alegado
assessoramento jurídico prestado pelo autor àquele membro do MPF. [...] Por outro lado, pelo teor daquela
mesma portaria, citadas atribuições enquadram-se perfeitamente àquelas destinadas aos analistas
processuais, aos quais incumbia a análise de processos administrativos e judiciais; o processamento de
legislação, doutrina e jurisprudência, bem como a execução de trabalhos de natureza técnica-
administrativa, tais como: elaboração de despachos, informações, relatórios, ofícios, petições, etc.
Conforme se pode ver, as principais atribuições acometidas ao autor no citado período se inserem
naquelas que deveriam ser desempenhadas por analista processual, embora o autor ocupasse o cargo de
técnico administrativo. Cumpre também observar, que referidas atribuições eram por ele desempenhadas
sem o exercício de qualquer função comissionada, o que permite concluir que a contraprestação por tais
serviços se limitavam à sua remuneração ordinária. Assim, constata-se que, nos termos da citada súmula
378 do STJ e da jurisprudência aplicável à espécie (precedentes deste Juizado: processos n.
2007.30.00.906512-0 e 2008.30.00.903209-8, além da Apelação Cível do TRF5 de n. 445998/PB), não
poderia a União deixar de remunerar o autor nos termos do cargo correspondente às funções efetivamente
desempenhadas pelo autor, sob pena de indevido enriquecimento da Administração em decorrência
desse desvio de função. [...] Isso posto, julgo procedente o pedido inicial para condenar a ré a pagar ao
autor a diferença da remuneração por ele percebida como técnico administrativo e aquela paga aos
ocupantes do cargo de analista processual do MPF, no nível correspondente àquele por ele ocupado à
época, no período de janeiro a julho de 2005 […]” (4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Acre,
Sentença proferida nos Autos n. 2010.30.00.900380-0, Juiz Federal Waldemar Cláudio de Carvalho. Rio
Branco, 21/05/2010).
título de indenização – Inteligência da Súmula nº 378 do STJ – Prova emprestada que evidencia não haver
distinção entre as duas funções – Desvio de função configurado – Aplicação da Súmula n.º 378 do STJ –
Pagamento de diferenças devido para que a Administração não se locuplete ilicitamente – Precedentes –
Honorários advocatícios – Critério que merece alteração – Verba honorária devida pelo réu que deve ser
fixada no momento da liquidação do julgado e de acordo com a porcentagem sobre o valor da condenação
ou do proveito econômico obtido, nos termos do art. 85, §§2º, incisos I a IV, 3º, inciso I, e §4º, inciso II, do
Código de Processo Civil (sentença ilíquida). Reexame necessário provido em parte e recurso voluntário
desprovido, com observação”. (TJ-SP – APL: 10017073320178260602 SP 1001707-33.2017.8.26.0602,
Relator: Oscild de Lima Júnior, Data de Julgamento: 18/12/2018, 11ª. Câmara de Direito Público, Data de
Publicação: 18/12/2018).
Desse modo, conforme acima narrado, ante as contundentes provas que relacionam a narrativa dos
Autores e a atividade da Administração fora dos deveres aos quais deveria estar adstrita, evitando a
conduta acima descrita ou, por outro lado, remunerando devidamente o período laborado por aqueles,
que, como visto, exercem função própria do cargo de “Fiscal da Receita Estadual”, deve, o Réu, ser
compelido ao respectivo ressarcimento financeiro.
Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTES OS PEDIDOS, condenando o Estado do Pará à
restituição, dos valores que não foram pagos pelo exercício, em desvio de função, do cargo de Fiscal da
Receita Estadual, junto a SEFA/PA, de forma retroativa, observado o quinquênio anterior ao ajuizamento
da ação.
Sobre tais valores, devem ser obedecidos os seguintes parâmetros: os juros de mora deverão ser
aplicados de acordo com os “índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de
poupança” (art. 1°-F, da Lei n° 9.494/97, com redação dada pela Lei n° 11.960/09), a partir da citação (art.
405, do CC/2002); já a correção monetária deverá incidir pelo INPC, desde quando as verbas deveriam ter
sido pagas, até junho/2009 (TJPA – Ac. n° 150.259, 2ªCCI) e, a partir de julho/2009, pelo IPCA-E (STF -
RE nº 870.947/SE, Tema n° 810 – Recurso Repetitivo), até a data de atualização do cálculo ou
protocolização do pedido de cumprimento da sentença.
Condeno o Réu, ainda, ao pagamento de honorários advocatícios, os quais fixo em 20% (vinte por cento)
sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §3º, I e II, do CPC.
P.R.I.C.
A2
PROCESSO 0019518-28.2013.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato fica o EXECUTADO intimado acerca da sentença de ID 30841097.
Servidor(a) da UPJ
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
SENTENÇA
MARCELO OLIVEIRA BRITO ajuizou Pedido de Obrigação de Fazer contra o Estado do Pará e Centro de
Perícias Científicas RENATO CHAVES, visando a nulidade do ato que o declarou “não recomendado” e o
excluiu do CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS EM CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR
E DE NÍVEL MÉDIO – Concurso Público C-120 – Edital nº 6 – SEAD/CPC, de 15.10.2007.
Juntou documento e alegou, em síntese, que, ao ser submetido ao exame psicológico (4ª Fase, da 1ª
Etapa), obteve o resultado de “não recomendado”, sendo, por essa razão, excluído do certame.
Relatou que, em sessão própria, prevista no item 3.6.1, do edital regulamentar, não houve apresentação
da motivação de sua exclusão, “este apenas recebeu um laudo síntese acompanhado apenas dos
resultados finais dos exames (...), estabelecido que o requerente não fazia parte do perfil exigido para o
bom desempenho do cargo de perito criminal por ter apresentado resultados inadequados nos testes”.
Por fim, afirmou que o edital regulamentar não informou os critérios objetivos que seriam utilizados na
avaliação psicológica, concluindo que sua eliminação se deu de forma ilegal, requerendo a anulação e
refazimento da etapa impugnada ou garantia de nomeação e posse ao cargo concorrido.
Juntou documentos.
Citado regularmente, o Estado do Pará apresentou defesa, pugnando pela improcedência dos pedidos,
sob os argumentos de observância do princípio da legalidade – aplicação das regras do edital (item 10) e
das Leis Estaduais n° 6.829/2006 e 5.810/1994, bem como da regular realização de “sessão de
conhecimento” onde ao Autor foi oportunizado ter conhecimento dos motivos de sua exclusão, aplicação
de testes aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia (ICFP-r, TRAD C3, CPS, TACOM-A, TADIM e
BPR5-RE) e, impossibilidade de revisão do ato administrativo pelo Poder Judiciário.
Conclusos.
Éo relatório.
Decido.
As preliminares suscitadas pelo Réu se confundem com o mérito da demanda e assim serão julgadas.
1633
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Por certo, o litígio deve ser resolvido sob o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do Tema n° 338, das teses de repercussão geral (AI n° 758.533/MG QO-RG), abaixo
reproduzida:
Tese:
A exigência do exame psicotécnico em concurso depende de previsão em lei e no edital, e deve seguir
critérios objetivos.
Ementa:
Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e
4°). 2. Exame psicotécnico. Previsão em lei em sentido material. Indispensabilidade. Critérios objetivos.
Obrigatoriedade. 3. Jurisprudência pacificada na Corte. Repercussão Geral. Aplicabilidade. 4. Questão de
ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar
provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.
A etapa da avaliação psicológica aplicada aos candidatos em concursos públicos de ingresso ao quadro
de pessoal do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” é prevista e regulamentada pelo art. 7º, “e”,
da Lei Estadual n° 6.829/2006:
Art. 7º Os concursos públicos do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” para provimento de
cargos serão realizados em duas etapas, com suas respectivas subfases:
c) exames médicos;
e) exame psicológico, para aferição do perfil profissiográfico adequado ao exercício das atividades
inerentes ao cargo a que concorrer; e
f) investigação criminal e social, para aferição da conduta social irrepreensível e da idoneidade moral
compatível com a função pericial;
Some-se a isto, o fato de que o exame psicológico se encontra previsto no edital regulamentar, em seu
item 10, não havendo razão, posterior, para que os concorrentes inscritos venham a alegar irregularidade
ou desconhecimento dos critérios de julgamento.
Destarte, é consabido que todos os atos administrativos devem conter motivação clara e adequada,
conforme preceituam os arts. 2°, I, e 50, I e §1°, da Lei Federal n° 9.784/99. A Administração Pública deve
observar o requisito da motivação, inclusive como forma de controle de legalidade (STJ - MS 19449/DF,
DJe 04/09/2014).
1634
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Neste sentido, considerando que o ato administrativo atacado se mostra adequadamente fundamentado,
permitindo, em tese, o exercício do direito de defesa, observando-se os princípios do contraditório e ampla
defesa, corolários do princípio do devido processo legal (art. 5°, LIV e LV, da CF), não há nulidade a ser
declarada.
Portanto, entendo que, no caso concreto, a atuação da Administração Pública não se afastou das normas
de regência.
Custas e honorários advocatícios, que fixo, estes, em 10% sobre o valor atualizado da causa (art. 85, § 4°,
III, do CPC), a serem suportados pela parte Autora, ambos corrigidos monetariamente a partir do
ajuizamento da ação (Súmula 14, do STJ), aplicando-se os fatores de atualização monetária, conforme
regulamento estabelecido na Portaria Conjunta n° 004/2013-GP/CRMB/CCI.
Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma do Código
de Processo Civil.
Ocorrendo o trânsito em julgado, sem interposição de recurso voluntário, certifique-se e arquive-se com as
cautelas legais, dando-se baixa definitiva no sistema de processo judicial eletrônico – PJe.
P. R. I. C.
A2
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
SENTENÇA
Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer c/c pedido de tutela de urgência ajuizada por Adamitec Comércio
de Equipamentos Eletrônicos Ltda em face de Estado do Pará, visando a devolução de 20 (vinte)
computadores desktop, em razão do não pagamento da nota de empenho n° 2019NE00667.
Junta documentos e sustenta, em síntese, que após participar do Pregão Eletrônico n° 01/2019, promovido
pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, na modalidade de registro de
preços, tendo ofertado o melhor preço, a Auditoria Geral do Estado do Pará – AGE/PA formalizou adesão
a ata, bem como pedido de aquisição de equipamentos de informática em epígrafe, totalizando o montante
de R$118.520,00 (cento e dezoito mil, quinhentos e vinte reais).
Por isso, requer, em sede de tutela de urgência: “a devolução dos equipamentos entregues e referidos na
Nota Fiscal nº 315, visando minimizar os prejuízos”.
Determinada a manifestação do Réu, em sede de justificação prévia, este apresentou pedido de dilação de
prazo, conforme ID 28633725.
Por sua vez, a Autora formalizou petição reiterando o pedido de concessão de tutela de urgência, para
efetivação da devolução pretendida.
Conclusos.
Éo relatório.
Decido.
A Autora visa obtenção de tutela judicial, a fim de garantir a restituição de 20 (vinte) computadores desktop
, em razão do não pagamento da nota de empenho n° 2019NE00667.
O Réu não mostrou resistência ao pleito deduzido pela Autora, pelo contrário, reforçou a desídia praticada
pela Administração Pública quando da formalização do procedimento de aquisição do referido material,
ressaltando a revogação/anulação da nota de empenho em epígrafe e instauração de procedimento
investigativo interno, junto a Auditoria-Geral do Estado do Pará, para apuração de eventuais ilícitos e
responsabilização pessoal dos envolvidos.
Neste panorama, incide a hipótese prevista no art. 487, III, a, do CPC, vejamos:
(...)
1636
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
III - homologar:
Destarte, a obrigação de fazer, qual seja, a entrega/restituição dos 20 (vinte) computadores desktop,
referenciados na nota de empenho n° 2019NE00667, devem ser providenciados em transação direta entre
as partes.
Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTE, homologando o reconhecimento do pedido pelo Réu,
e determino, a este, que proceda, em obrigação de fazer, a entrega/restituição dos 20 (vinte)
computadores desktop objeto da nota de empenho n° 2019NE00667.
Custas pelo(s) Réu(s), isento(s) na forma da lei (art. 40, I, da Lei Estadual n° 8.328/2015) cabendo, tão
somente o ressarcimento dos valores eventualmente pagos pela parte Autora, se houver.
Fixo os honorários advocatícios, em favor da(o) patrona(o) da parte Autora, em 15% (quinze por cento)
sobre o valor da condenação, com fulcro no art. 85, §3º, I, e §4°, III do CPC – caso haja o cumprimento
voluntário e integral da prestação homologada, os honorários serão reduzidos pela metade (art. 90, §4°, do
CPC).
Sentença não sujeita a remessa necessária (art. 496, §3º, II, do CPC).
Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma do Código
de Processo Civil.
Ocorrendo o trânsito em julgado, sem interposição de recurso voluntário, certifique-se e arquive-se com as
cautelas legais, dando-se baixa definitiva no Sistema PJe.
P. R. I. C.
A2
PROC. 0837970-72.2021.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
SERVIDOR DA UPJ
PROC. 0863555-63.2020.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
SERVIDOR(A) DA UPJ
RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA Participação: AUTOR Nome: EDMILSON
GONCALVES DE ASSUNCAO Participação: ADVOGADO Nome: RENATO JOAO BRITO SANTA
BRIGIDA OAB: 6947/PA Participação: AUTOR Nome: EDSON SOUZA DA SILVA Participação:
ADVOGADO Nome: RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA Participação: AUTOR
Nome: ELENIR DO SOCORRO CASTANHEIRA DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome:
RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA Participação: AUTOR Nome: INACIO ILAIOLA
MONTEIRO Participação: ADVOGADO Nome: RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA
Participação: AUTOR Nome: JOSE FERREIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: RENATO
JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA Participação: AUTOR Nome: MARCELO PRESENTINO
SILVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA
Participação: AUTOR Nome: JOSE AMANCIO DOS REMEDIOS Participação: ADVOGADO Nome:
RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA OAB: 6947/PA Participação: AUTOR Nome: JOSE EVERALDO
SANTIAGO DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: RENATO JOAO BRITO SANTA BRIGIDA
OAB: 6947/PA Participação: REU Nome: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARA
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
SENTENÇA
Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer c/c Cobrança de Interstícios proposta por ANAJARINO
MARTINS FILHO e OUTROS, contra UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ - UEPA.
Sustentaram que, para fins de enquadramento dos servidores nesse Plano, o inciso II do art. 49
determinou a criação de Comissão Permanente para Assuntos Técnico-Administrativos (COPTEC) e o art.
50 previu que os servidores já lotados na UEPA teriam seus cargos transformados em cargos correlatos.
Alegaram que o §5º, por sua vez, estipulou prazo para que isso ocorresse e que o art. 56 preconizou que a
lei entraria em vigor na data de sua publicação.
Informaram que, não obstante, os servidores somente foram enquadrados no Plano Especial a partir de
julho de 1998.
Referiram que, todavia, em abril de 1999, quando o salário do trabalhador em geral foi estabelecido no
valor de R$136,00 (cento e trinta e seis reais), a Ré deixou cumprir com o interstício salarial previsto no
citado art. 47, ocasionando o achatamento e o nivelamento salarial dos servidores.
1639
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Salientaram que, à época da inicial, a UEPA contava com um quadro Técnico-Administrativo composto
por, aproximadamente, 390 servidores, distribuídos nos Grupos Técnicos Intermediários, Apoio
Administrativo e Apoio Operacional, todos recebendo em desacordo com o estabelecido em lei até outubro
de 2005.
Aludiram que, a partir de outubro de 2005 (retroativo a setembro de 2005), os servidores da UEPA
obtiveram a incorporação do interstício, conforme contracheques apensos à inicial.
Juntaram documentos.
Juntou documentos.
Autos conclusos.
Éo relatório.
DECIDO.
O feito está pronto para julgamento, não havendo necessidade de produção de outras provas.
I. Inépcia da inicial.
Quanto à preliminar de inépcia da inicial, não merece prosperar, eis que, da leitura da peça vestibular e
de seus anexos, depreende-se claramente o pretendido pela parte Autora, cujo pedido se coaduna com as
alegações formuladas, fazendo-se presente o fato constitutivo do direito postulado, ao menos, de acordo
com a tese autoral esposada.
1640
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Não prospera, tendo em vista que o CPC faculta, em seu art. 435, do CPC/2015 (art. 397, do CPC/1973),
a juntada de documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos
articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos, caso em que, pelo teor do art. 437,
§1º, do CPC/2015 (art. 398, do CPC/1973), será dada à outra parte a oportunidade de sobre eles se
manifestar.
Nesse momento, pois, necessário averiguar a questão da prescrição do direito dos Autores.
As ações judiciais intentadas em face da Administração Pública prescrevem em 5 (cinco) anos, como
estabelece o art. 1º, do Decreto nº 20.910/32, sendo inaplicável o Código Civil, portando o prazo é de
cinco anos, que, em seu artigo 1º, dispõe:
Art. 1º - As dividas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou
ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco
anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
Essa questão há muito foi tratada no âmbito do STJ. A comprovação se dá por meio das decisões que
seguem, relativas aos anos de 2008, 2013 e 2018.
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. ART. 535, INCISO II, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. ADICIONAL NOTURNO.
PRESCRIÇÃO TRIENAL. INAPLICABILIDADE.
1. A alegada ofensa ao art. 535, inciso II, do Código de Processo Civil não subsiste, tendo em vista que o
acórdão hostilizado solucionou a quaestio juris de maneira clara e coerente, apresentando todas as razões
que firmaram o seu convencimento.
2. É pacífica jurisprudência desta Corte no sentido de que deve ser aplicada a prescrição quinquenal,
prevista no Decreto 20.910/32, a todo qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou
municipal, seja qual for a natureza.
3. A via do apelo nobre, destinada à uniformização da interpretação do direito federal, não se presta à
análise de matéria constitucional, ainda que para fins de prequestionamento.
4. Agravo regimental desprovido. (AgRg no REsp 1027259/AC, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA
TURMA, julgado em 15/04/2008, DJe 12/05/2008)
1. A Primeira Seção dessa Corte Superior de Justiça, no julgamento do REsp. 1.251.993/PR, sob o rito do
art. 543-C do CPC, firmou o entendimento de que deve ser aplicado o prazo prescricional quinquenal -
previsto do Decreto 20.910/32 - nas ações indenizatórias ajuizadas contra a Fazenda Pública, em
detrimento do prazo trienal contido no Código Civil de 2002.
2. Agravo Regimental desprovido. (AgRg no Ag 1429133/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA
FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/03/2013, DJe 03/04/2013)
1. "Aplica-se o prazo prescricional quinquenal - previsto do Decreto 20.910/32 - nas ações indenizatórias
ajuizadas contra a Fazenda Pública, em detrimento do prazo trienal contido do Código Civil de 2002" (Tese
Repetitiva 553 / REsp 1.251.993/PR, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
12/12/2012, DJe 19/12/2012).
Em que pese a determinação do prazo prescricional de 5 (cinco) anos para requerer qualquer direito
contra a Fazenda Pública, contida no art. 1º do Decreto nº 20.910/32, em casos que se referem à
concessão de adicional remuneratório, a relação sobre que versam é de trato sucessivo, pelo que não
corre prazo prescricional ou decadencial.
Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a fazenda pública figure como devedora, quando não
tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação.
Logo, a prescrição incidiria, em tese, apenas, em relação à pretensão das parcelas vencidas antes do
quinquênio anterior ao ajuizamento da ação, ocorrido em 21.11.2008, alcançando, portanto, as parcelas
anteriores a 21.11.2003.
IV. Mérito.
O mérito, de acordo com a inicial, se relaciona ao pagamento das verbas remuneratórias (interstício
salarial) que os Autores afirma terem sido inadimplidas pela parte Ré, direito que já teria sido reconhecido
pela Ré em outras situações que mencionam.
1642
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
O pedido de fundamenta no art. 47, da Lei Estadual nº 6.065/1997, que reproduzo a seguir:
Parágrafo único - A diferença de um nível para outro da mesma classe é de 5% (cinco por cento).
Com amparo no citado dispositivo legal e nas manifestações de ambas as partes, vejo que os Autores
preenchem as condições necessárias para o deferimento do interstício salarial em seu benefício, não
havendo justificativa para o arrastamento do feito por mais tempo, sendo necessária sua extinção com a
análise de seu mérito.
Ressalte-se novamente que a UEPA reconheceu em setembro de 2005 o direito dos servidores aos efeitos
da Lei nº 6.065/97, porém deixou de pagar as parcelas vencidas desde a sua promulgação.
Além do mais, em contestação, o Réu deixou de impugnar os documentos colacionados pela parte autora,
limitando-se a sustentar, no mérito, teses de impacto na dotação orçamentária não previsto anteriormente.
Dessa forma, despiciendo se falar, na presente via processual, acerca da legalidade ou não do
recebimento de valores pelo Autor, eis que tal direito já foi reconhecido pela parte Ré em relação a outros
servidores públicos de mesma classe da universidade.
Portanto, sobre o direito alegado, a UEPA nada demonstrou, nos termos do art. 373, II, do CPC,
incumbindo a esta o ônus de comprovar a não ocorrência do fato que respalda o direito pleiteado, não
trazendo a lume nenhum fato extintivo, impeditivo ou modificativo ao pedido inicial, mas tão somente fatos
de somenos importância supostamente ensejadores da impossibilidade de pagamento à parte Autora,
deixando de suscitar argumentos que, de fato, pudessem amparar seu inadimplemento.
Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTE EM PARTE O PLEITO INICIAL para determinar à
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ – UEPA que pague aos AUTORES as parcelas de interstício
salarial inadimplidas e não atingidas pela prescrição quinquenal a ele devidas, a contar, pois, de
21.11.2003 a agosto de 2005 (eis que passaram tais parcelas a ser pagas a partir de outubro de 2005,
retroativamente a setembro de 2005, conforme alegado pelos próprios Autores), nos termos do pedido na
inicial, em montante total a ser apurado em sede de procedimento de liquidação de sentença.
Sobre tais valores, deverão incidir retroativamente juros de mora, que deverão ser aplicados de acordo
com os “índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança” (art. 1°-F, da
Lei n° 9.494/97, com redação dada pela Lei n° 11.960/09), a partir da citação; e correção monetária, que
deverá incidir pelo INPC, desde quando as verbas deveriam ter sido pagas, até junho/2009 (TJPA – Ac. n°
150.259, 2ªCCI) e, a partir de julho/2009, pelo IPCA-E (STF - RE nº 870.947/SE, Tema n° 810 – Recurso
Repetitivo).
Havendo sucumbência recíproca, porém tendo a parte Autora decaído em parte mínima, condeno a UEPA
ao pagamento de honorários advocatícios, os quais fixo em 10% (dez por cento) do valor do proveito
econômico obtido pelos Demandantes com a ação, nos termos do art. 85, §3º, II c/c art. 86, parágrafo
único, ambos do CPC.
Deixo de condenar as partes ao pagamento de custas processuais, eis que a parte autora é beneficiária de
justiça gratuita (art. 98, §1º, I, do CPC), cfe. pedido deferido em despacho de ID 24991802, p. 1, bem
como a parte ré é beneficiária de isenção, nos termos do art. 40, I e IV, da Lei Estadual nº 8.328, de
29.12.2015 c/c a Lei Federal, nº 9.289/1996, artigo 4º, inciso I.
1643
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P.R.I.C.
A5
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
DESPACHO
Intimem-se e cumpra-se.
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
SENTENÇA
Cuida-se de duplos Embargos de Declaração opostos, primeiramente pelo MINISTÉRIO PÚBLICO (ID
27171796) contra ESTADO DO PARÁ e MARIA DE NAZARÉ OLIVEIRA SANTA BRIGIDA, em face da
sentença (ID 27063853) que julgou procedentes os pedidos deduzidos em Ação de Obrigação de Fazer
(reajuste do piso salarial do magistério) c/c Cobrança intentada por esta última contra o Estado, em
seguida, pelo ESTADO DO PARÁ contra a Autora (ID 27741111).
Alega o primeiro Embargante, em suma, que o decisum teria padecido de vício de omissão, tendo em vista
que não haveria feito alusão a dois pedidos realizados pela Autora na exordial, quais sejam, o pagamento
retroativo, em base quinquenal, de gratificação de escolaridade, nos termos do art. 140, III, do RJU, e a
abstenção de impedir a progressão funcional vertical da Autora, uma vez atendidos os requisitos do art. 15
e ss. da Lei Estadual nº 7.440/2010.
Já nos Embargos seguintes, opostos pelo Estado, se argumenta ter havido vício de omissão no julgado,
uma vez que este não teria se pronunciado sobre o argumento manejado em sede de contestação, quanto
à decisão em sede cautelar tomada em pedido de suspensão aviado perante o STF (SS 5.236), em que a
Ministra Carmem Lúcia considerou plausível o argumento do Estado no sentido de que o recebimento de
gratificação permanente e uniforme pelos professores torna sua remuneração superior ao patamar
nacional, assim suspendendo decisões que determinam ao Estado o pagamento do piso nacional ao
vencimento-base dos professores da educação básica, havendo, portanto, identidade entre a situação dos
autos e a ratio contida em tal decisão monocrática, bem como sobre o entendimento que possuiria a
Presidência do TJE/PA, seguindo o mesmo entendimento do STF, manifestada por meio de decisão nos
autos da Suspensão de Liminar nº 0805097-54.2018.8.14.0000.
Éo relatório.
DECIDO.
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Os embargos de declaração servem para suprir omissão, esclarecer obscuridade, eliminar contradição
ou corrigir erro material em qualquer decisão judicial, conforme entendimento dos artigos 1.022 e 1.023, do
Código de Processo Civil:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com
indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
A bem da verdade, quanto a tal recurso em particular, impende suprir as omissões presentes no ato
decisório.
Nos termos da sentença proferida, este Juízo entendeu que os pedidos contidos na preambular seriam
procedentes, determinando ao Estado que procedesse à imediata correção do valor do piso salarial do
magistério e seus reflexos nos seus vencimentos da Requerente, majorando seu vencimento-base de
acordo com o piso nacional, bem como ao pagamento, em base retroativa limitada ao quinquênio que
antecedeu o ajuizamento da presente ação, das parcelas de vencimento-base e devidos reflexos que
deixou de pagar à Autora, no valor total de R$82.142,98 (oitenta e dois mil cento e quarenta e dois reais e
noventa e oito centavos).
No entanto, de fato, não houve a análise dos pedidos (contidos na inicial) relativos ao pagamento
retroativo, em base quinquenal, de gratificação de escolaridade, nos termos do art. 140, III, do RJU, e à
abstenção, pelo Estado, de impedir a progressão funcional vertical da Autora, uma vez atendidos os
requisitos do art. 15 e ss. da Lei Estadual nº 7.440/2010, limitando-se o julgado ora atacado a abordar a
questão referente ao pagamento do piso salarial do magistério.
Devem, pois, ser supridas as omissões aduzidas, com a integração do ato decisório, sendo analisados os
argumentos tecido pela Demandante, na peça isagógica, e pelo próprio Embargante, em sede de parecer
de ID 21893132.
Dessa forma, necessário o acolhimento dos embargos declaratórios opostos pelo Ministério
Público.
Lado outro, quanto aos embargos opostos pelo Estado, não merecem prosperar.
Em relação às supostas omissões contidas na sentença, sob a ótica do Embargante, verifico, a bem da
verdade, que esse pretende, por meio dos presentes embargos, o reexame de questão processual já
decidida, culminando na reforma da sentença, o que somente pode ser efetuado pela instância superior,
porém não por esta via dos aclaratórios.
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Quanto aos pontos que alega, a sentença foi indene de vícios, não havendo o que falar em omissão no
julgado, pela pretensa ausência de pronunciamento judicial acerca dos pontos ao norte alegados pela
parte recorrente, eis que o teor da decisão não apresenta laconismo no que concerne a tais aspectos,
havendo, além do mais, o Juízo prolator assim decidido com supedâneo em suas convicções ante o que
resta historiado nos autos, restando explicitado no ato decisório o motivo para a procedência do pedido,
pelo que se depreende não haver nele equívocos a ensejarem o recurso de embargos declaratórios, nos
termos do art. 1.022, do CPC.
Quanto aos argumentos utilizados pelo recorrente, não merecem acolhimento. Vejamos excerto do
decisum vergastado que elucida de maneira suficiente a conclusão do Juízo quanto à situação em testilha:
Desse modo, embora obrigado por lei (art. 6°), verifico que o Município de Belém, a título de exemplo,
jamais adequou a legislação que rege o plano de carreiras dos cargos de magistério público da educação
básica de sua competência, haja vista que as Leis Municipais nos 7.507/91 (Plano de Carreira do Quadro
de Pessoal do Município de Belém), 7.528/91 (Estatuto do Magistério do Município de Belém) e 7.673/93
(Promoção do Grupo Magistério da Secretaria Municipal de Educação) jamais sofreram alteração nesse
sentido, o que também se deu na esfera estadual, caso dos autos.
Vejamos o que restou assentado na jurisprudência deste Tribunal de Justiça do Estado do Pará acerca do
tema:
observa-se que a Lei do Piso Salarial Nacional apenas instituiu um valor remuneratório mínimo para todos
os profissionais que integram o Magistério Público da Educação Básica, exatamente para atender a esse
grande escopo de valorizar de maneira uniforme, homogênea, isonômica, todos os profissionais da área
da educação, sendo necessário que o valor seja fixado de maneira cristalina para que não haja
divergência entre as regiões do País. 1.7- Em relação à alegação de ausência de previsão orçamentária
para fazer face ao pagamento pleiteado pelo impetrante, observa-se que o art. 5º da Lei nº 11.738/2008
previu que a atualização do valor do piso ocorreria desde o mês de janeiro/2009, o que se conclui que a
Administração Pública teve tempo suficiente para organizar-se diante desse impacto de natureza
orçamentária, sendo inaceitável que após a data do efetivo cumprimento da referida norma, o Estado
alegue ausência de condições financeiras para tal implemento. Ademais, o Ministério da Educação, por
meio da Resolução nº 7/2012, prevê o uso de recursos da complementação da União ao Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) para o pagamento integral do piso
salarial dos profissionais da educação básica pública. 1.8- Na mesma toada, a Jurisprudência Pátria firmou
entendimento de que a ausência de previsão orçamentária para a atualização do valor do piso salarial, não
consiste em justificativa idônea para o ente público se exonerar da obrigação, sob pena de condicionar o
cumprimento de disposições legais, que asseguram o direito aos profissionais do Magistério Público da
Educação Básica do Estado, à discricionariedade do gestor público, de modo que, o seu implemento, é
dever da autoridade coatora. 1.9- Portanto, conclui-se que nada escusa o descumprimento da norma que
tem a finalidade de valorizar o magistério e concorrer para a concretização da Educação Pública de
qualidade. 1.10- Concessão da segurança pleiteada para determinar que a autoridade tida como coatora
proceda o imediato pagamento do piso salarial nacional, regularmente previsto na Lei Federal nº.
11.738/2008, atualizado pelo Ministério da Educação para o ano de 2016 no valor de R$2.135,64 (dois mil,
cento e trinta e cinco reais e sessenta e quatro centavos), aos profissionais do Magistério Público da
Educação Básica do Estado do Pará (servidores ativos e inativos, nos termos do art. 2º, §1º e §5º da Lei
nº. 11.738/2008), devendo o mesmo ser calculado, proporcionalmente, com a jornada de trabalho exercida
e os efeitos patrimoniais incidirem a partir da data da impetração. (TJPA. Tribunal Pleno. Relatora: MARIA
DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES. Seção: CÍVEL. Julgamento: 24/08/2016. Publicação:
26/08/2016).
Nessa toada e voltando à análise dos autos, verifico que os comprovantes de pagamento dos
vencimentos da Autora de janeiro de 2016 a outubro de 2020 anexados aos autos (ID 20886907)
permitem denotar que ela, de fato, é servidora estatutária, recebendo seus rendimentos pela
ocupação do cargo de PROFESSOR CLASSE ESPECIAL - Ref. 01I, tendo sido lotada na SEDUC,
recebendo Adicional de Exercício de Função Gratificada na base de 100% do vencimento-base,
Gratificação de Magistério na base de 10%, Gratificação Progressiva de 50%, Gratificação por Aulas
Suplementares na base de 60% do vencimento-base (a partir de abril/2020), e Adicional por Tempo
de Serviço que variou de 45% a 55%.
Ademais, deve lhe ser assegurado o direito à percepção do piso nacional do magistério, tendo a
Demandante comprovado que o piso legal não está sendo observado, conforme os já mencionados
contracheques.
Dessa forma, tem razão a Autora quando alude que reiteradamente sofre ato ilegal em seu contracheque
ao não receber em seu vencimento o piso nacional salarial dos professores da educação pública, dado
que deveria receber como vencimento-base valor superior ao piso salarial.
Sendo assim, evidenciando-se que o Estado do Pará deixou de efetivar a equiparação da parcela
remuneratória relativa ao vencimento-base que compõe a remuneração da Demandante, a partir do
advento da Lei Federal n° 11.738/08, tal qual aplicado aos servidores em atividade do “grupo magistério
público” da rede de ensino básico estadual, entendo que o ato omissivo perpetrado pelo órgão requerido, o
qual deixa de pagar à Requerente, professora efetiva da rede pública estadual da ativa, em seu
vencimento-base, o valor correspondente ao piso salarial nacional do magistério, não detém substrato
jurídico válido, pois elaborado em contrariedade à legislação federal.
Some-se a isso que o STF, nos autos da ADI n. 4.167/DF, decidiu pela constitucionalidade da Lei Federal
11.738/2008, consignando que o piso se refere ao vencimento básico do cargo, sem adicionais,
gratificações ou verbas indenizatórias. Segue ementa do julgado:
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Pacto federativo e repartição de competência. Piso nacional para os professores da educação básica. (...).
Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de
aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º
da Lei 11.738/2008). É constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do
ensino médio com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor
sobre normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a
utilizá-lo como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas
como instrumento de proteção mínima ao trabalhador. É constitucional a norma geral federal que reserva o
percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos docentes da educação básica para dedicação às atividades
extraclasse.” (ADI 4.167, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 27-4-2011, Plenário, DJE de 24-8-
2011.) Vide: ADI 4.167-ED-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, julgamento em 27-2-2013, Plenário, DJE de 9-
10-2013).
Ademais, o Ministro Ricardo Lewandowski, em seu voto, pontuou que “equiparar o piso à remuneração,
que corresponde ao vencimento, acrescido de vantagens pecuniárias, esvaziaria não apenas o espírito da
lei, mas também tornaria inócuos os eventuais estímulos salariais conferidos pelos entes federados (...)”,
demonstrando, assim, que o piso salarial será fixado com base apenas no vencimento, sem adicional de
qualquer tipo de vantagem pecuniária.
No que se refere ao crédito que o Estado alega ter em razão da forma como é materializada a hora-aula,
cite-se o voto da eminente Desembargadora Diracy Nunes Alves, que enfrentou de modo preciso tais
alegações:
Alega o Estado do Pará que existe uma discrepância entre o sistema informatizado de lotação e o sistema
de aferição de frequência para geração de folha de pagamento dos professores da rede pública de ensino
no Estado. Salienta que o sistema é alimentado com duração das disciplinas em horas, porém a
frequência dos professores é contada em aulas de duração de 45 minutos nos turnos diurnos e 40 minutos
no turno noturno.
Segundo essa ótica, alega, por exemplo, que o professor lotado com 20 horas, deveria exercer 15 horas
de regência, porém acaba exercendo apenas 11h 15´, ou seja, há pagamentos indevidos na proporção de
25% para professores lotados nos turnos da manhã e tarde, e 33,33%, no turno da noite, de modo que o
valor do piso deve ser analisado professor por professor, pagando-se de forma proporcional às horas
efetivamente trabalhadas.
Portanto, defende o Estado que o Piso deve ser pago de acordo com a jornada efetiva em horas de cada
professor e, como trabalham efetivamente número de horas inferior, cabe receber o piso proporcional.
Pois bem, para analisar a questão se faz essencial beber das fontes normativas. De fato, não há como
acatar a tese do Estado porque violaria o art. 35 da Lei n. 7.442/2010 (PCCR) e o art. 2º, §4º da Lei n.
11.738/08. Sobre o assunto refere Hely Lopes Meirelles acerca da legalidade (In Direito Administrativo
Brasileiro, Editora Malheiros, 27ª ed., p. 86):
A legalidade, como princípio de administração (CF, art. 37, caput), significa que o administrador público
está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, e
deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se a responsabilidade
disciplinar, civil e criminal, conforme o caso.
A eficácia de toda atividade administrativa está condicionada ao atendimento da Lei e do Direito. É o que
diz o inc. I do parágrafo único do art. 2º da lei 9.784/99. Com isso, fica evidente que, além da atuação
conforme à lei, a legalidade significa, igualmente, a observância dos princípios administrativos.
Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na administração particular é
lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. A
lei para o particular significa “poder fazer assim”; para o administrador público significa. O art. 2º, §4º da
Lei n. 11.738/08, dita:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Art. 2o. O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica
será de R$ 950,00 (novecentos e cinqüenta reais) mensais, para a formação em nível médio, na
modalidade Normal, prevista no art. 62 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional.
(...)
§4o. Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga
horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.
A lei é sábia. Ao estabelecer que na composição da jornada de trabalho apenas 2/3 fica determinado para
a as atividades de interação com os educandos é porque a arte de ministrar aulas não decorre apenas do
labor em sala de aula na frente de seus alunos. O professor necessita de jornada remunerada para
planejar suas aulas, corrigir provas, criar métodos e práticas educativas. A tese estatal parece esquecer
esse detalhe e quer apenas remunerar as horas dispensadas em sala de aula, atitude que vai na
contramão do espírito da lei 11.738/2008 que visou dar melhor condição de trabalho e incentivar a
realização de educação com qualidade em nosso país.
O art. 35 da Lei n. 7.442/2010 (PCCR) estabelece as jornadas de trabalho dos professores com regência
de classe, contemplando a existência de três tipos: a) a jornada parcial de 20 horas semanais, b) a jornada
parcial de 30 horas semanais e c) a jornada integral de 40 horas semanais. Esta lei deixa bem claro que a
remuneração do professor se baseia em horas semanais (60 minutos) e não em horas-aula, exatamente
porque contempla no labor deste profissional as atividades realizadas fora de sala de aula. (...).
Assim tem decidido o TJE/PA, em conformidade com o entendimento assentado em nossa Corte
Suprema:
Resta nítido, portanto, que a sentença não teria apresentado vício em relação aos pontos arguídos nos
aclaratórios, sendo evidente a intenção dos recorrentes de rediscutir o mérito do julgado, ao levantar
pontos que em nada afetariam o destino do feito, conduzido ao veredito de procedência do pedido.
Ademais, melhor sorte não merece a também usual alegação de aplicação isonômica da decisão proferida
no Processo SS 5236-STF, haja vista que “a decisão em comento é clara em falar que não afeta ao mérito
dos Mandados de Segurança nº 0002367-74.2016.8.14.0000 e 0001621-75.2017.8.14.0000” (STF – Rcl.
42315/PA, DJe 10/02/2021), bem como que “não há que se falar na ocorrência de suspensão da
tramitação de processos nas instâncias ordinárias por força da decisão proferida na SS 5.236, não sendo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
possível confundir a sustação de efeitos de decisão impugnada com ordem de suspensão nacional dos
processos” (STF – Rcl. 42430/PA, DJe 28/09/2020).
A toda evidência, os argumentos de resistência sustentados pelas entidades públicas, tanto do Estado do
Pará, quanto do Município de Belém, nos processos de integralização do piso salarial nacional da
categoria do Magistério, conforme parâmetros definidos na Lei Federal n° 11.738/2008, limitam-se a
questionar a possibilidade de cumulação de outras parcelas remuneratórias, a fim de justificar o
estabelecimento do vencimento-base em valor nominal menor do que aquele previsto na legislação
federal.
Assim, nasceu a tese de que o referido diploma legal teria, segundo a tese da Administração Pública,
regulamentado a “remuneração global” ou, ao menos, estabelecido o conceito de “vencimento inicial”
(vencimento-base mais gratificação de escolaridade), pelo exercício do magistério e, não, o vencimento-
base.
Essa tese não se sustenta, tampouco fora absorvida pela jurisprudência aplicada a espécie.
Vale destacar, também, que a Corte Suprema já se manifestou sobre o tema em controle difuso, ao
apreciar recurso próprio interposto pelo Estado do Pará no Processo n° 0002367-74.2016.8.14.0000
(TJPA) – em que se originou o Processo SS 5.236-STF (suspensão de segurança) –, cuja ementa restou
assim consignada:
III – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica a revisão da interpretação de
normas infraconstitucionais que fundamentam o acórdão recorrido, dado que apenas ofensa direta à
Constituição Federal enseja a interposição do apelo extremo.
Como se vê, não há espaço para continuidade da discussão acerca do conceito de “piso salarial nacional”
regulamentado na Lei Federal n° 11.738/2008, eis que a última palavra sobre o tema já foi firmada e
reafirmada pelo STF, concluindo-se pela constitucionalidade do “piso salarial nacional dos professores da
educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global”.
Por oportuno, ressalto que a cumulação de outras parcelas remuneratórias, como forma de composição de
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vencimento-base de categoria funcional, não pode ser adotada, sob pena de violação do princípio da
legalidade (art. 37, caput, da CF). Isto é, “(...) Em se tratando de remuneração de servidor público, tem-se
que as vantagens pecuniárias são parcelas acrescidas ao vencimento base em decorrência de uma
situação fática previamente estabelecida em lei, sendo que toda gratificação reclama a consumação de um
certo fato que proporciona o direito à sua percepção. É dizer que, presente a situação prevista na norma,
assegura-se ao servidor direito subjetivo à sua percepção. (...)” (TJPA – Acórdão n° 3.614.505, rel. Des.
Roberto Moura, DJe 10/09/2020).
Desse modo, importa dizer que é insustentável qualquer tentativa da Administração Pública em resistir à
necessidade e obrigatoriedade legal da integralização do vencimento-base da categoria do Magistério
público, até que, ao servidor, seja observada a referência financeira nominal estabelecida na legislação
federal – por óbvio, “referência financeira” (vencimento-base) alcançada sem a cumulação de outras
parcelas remuneratórias.
Bem, voltando-me aos presentes aclaratórios, resta mais que explicitado no ato decisório o motivo que
culminou com a parte dispositiva do julgado, inexistindo omissão na sentença (em relação aos pontos
ventilados pelo Estado do Pará), havendo todos os questionamentos sido suficientemente analisados,
tendo sido resolvidas as questões de fato e de direito necessárias ao decisum.
Além disso, como já dito ao norte, revolver tal matéria não seria cabível nesta sede, já que implicaria
rediscutir o mérito da demanda, o que só seria possível com o manejo do recurso adequado, redundando
em possível revisão do julgado.
Édizer: seria a omissão eventualmente existente, caso o Juízo não se pronunciasse a respeito da situação
exposta pelo recorrente, o que não ocorreu na sentença, em que foi manifesto o entendimento do
magistrado acerca da matéria. Em sendo configurada a hipótese de error in judicando, o julgado somente
poderia ser revisto pela instância superior.
Vale lembrar ainda que o juiz não está obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas partes,
quando já tenha encontrado motivo suficiente para proferir a decisão. O julgador possui o dever de
enfrentar apenas as questões capazes de infirmar (enfraquecer) a conclusão adotada na decisão
recorrida. Assim, mesmo após a vigência do CPC/2015, não cabem embargos de declaração contra a
decisão que não se pronunciou sobre determinado argumento que era incapaz de infirmar a conclusão
adotada (...) [(STJ. 1ª Seção. EDcl no MS 21.315-DF, Rel. Min. Diva Malerbi (Desembargadora convocada
do TRF da 3ª Região), julgado em 8/6/2016 (Info 585)].
Por fim, sobreleva ressaltar que não se deve, a pretexto de imprimir celeridade processual, usurpar
competência de instância superior, pois o inconformismo dos Embargantes não pode ser resolvido através
do recurso interno. Há remédio processual específico.
Portanto, como visto, não há omissão na sentença ora atacada, como quer o Embargante (Estado),
irresignado com o decisum. Trata-se, sobretudo, de divergência de entendimento em relação à matéria em
apreço, entre o que considera a parte recorrente e o que considera o Juízo, o que não merece acolhida em
sede de aclaratórios.
I - Os Embargos de Declaração têm por função primordial sanar algumas impropriedades das decisões do
Poder Judiciário, mormente quando o decisum trouxer alegações contraditórias entre si, argumentações
obscuras ou não se pronunciar sobre pontos relevantes da lide;
II - Entretanto, verifica-se que o recorrente apenas busca a rediscussão do mérito, sem demonstrar de
forma contundente a existência de pontos omissos, contraditórios ou obscuros. Dessa forma, torna-se
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Logo, não havendo motivo para se falar em equívoco no julgado, fica patente a intenção de rediscussão
do mérito, o que não deve prosperar em sede de embargos declaratórios.
Diante das razões expostas, entendo que a sentença combatida necessita de reforma, tão somente com o
suprimento das omissões reportadas pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ, razão pela
qual conheço e reputo PROCEDENTES os seus Embargos de Declaração, julgando IMPROCEDENTES
os Aclaratórios manejados pelo ESTADO DO PARÁ, por não ver configurada qualquer hipótese prevista
no art. 1.022, do CPC.
Com o fito de sanar os vícios contidos no antedito julgado, declaro que passa esse, doravante, a assim
dispor, em seu relatório, em sua fundamentação e em sua parte dispositiva:
“(...) MARIA DE NAZARÉ OLIVEIRA SANTA BRÍGIDA ajuizou pedido de obrigação de fazer (reajuste do
piso salarial do magistério) c/c Cobrança contra ESTADO DO PARÁ, visando à majoração de seus
vencimentos de acordo com o piso salarial nacional da educação básica (sendo o vencimento-base de
2020 o valor de R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado pertencer à carreira do magistério estadual,
bem como à condenação do Réu ao pagamento, em base retroativa quinquenal, das parcelas
supostamente inadimplidas, aduzindo que, desde janeiro/2016, não viria recebendo o piso previsto na Lei
nº 11.738/2008, bem como a gratificação de escolaridade, de acordo com o art. 140, III, do RJU, e que o
Réu viria impedindo sua regular progressão funcional vertical, considerando a Requerente já ter
preenchido os requisitos do art. 15 e ss., da Lei Estadual nº 7.440/2010.
(...)
Requereu que, em sentença, fosse determinado ao Requerido que efetuasse, de imediato, a correção do
valor do piso salarial do magistério e seus reflexos nos seus vencimentos, em conformidade com as
normas federais, pagando o vencimento-base de acordo com o piso nacional, além da gratificação de
escolaridade e da determinação para que o Estado se abstivesse de impedir sua progressão funcional
horizontal, somada à sua condenação ao pagamento das parcelas retroativas em base quinquenal, na
quantia acima declinada.
(...)
Reconhecido, portanto, o direito da Demandante quanto ao piso salarial do magistério, faz-se mister que
se determine ao Demandado o reajuste (majoração) de seu vencimento-base e o pagamento das parcelas
vencidas e não pagas, concernentes a tal adicional, que lhe são devidas, nos termos acima expendidos,
obedecido, neste caso, o prazo prescricional quinquenal, devendo, logo, ser deferido nesse ponto o
pedido.
Apreciando o caso em testilha, verifico que, para os casos de Professor de Classe Especial, o TJPA já
decidiu acerca da aplicação do artigo 33, da Lei nº. 7.442/2010, in verbis:
(...) Este Egrégio Tribunal de Justiça assentou o entendimento no sentido de que é devido o pagamento de
gratificação de nível superior aos professores de nível médio que alcançassem a formação superior.
Porém, deve ser aplicado o disposto no PCCR (Lei 7.442/10), lei especial e específica do magistério, em
detrimento das disposições do RJU, lei geral (Lei 5.810/94). Assim, a gratificação é devida nos termos
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do art. 33 da Lei 7.442/10 (10% cumulativos por ano até o limite de 50%). 7. Segurança parcialmente
concedida aos Impetrantes para reconhecer o direito à gratificação progressiva de até 50% (cinquenta por
cento), na forma do art. 33 da Lei Estadual nº 7.442/2010 àqueles que ainda não a percebam.
(2019.04145318-38, 208.617, Rel. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Órgão Julgador TRIBUNAL
PLENO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 02-10-2019, publicado em 08-10-2019) – g.n.
Entendo correta a interpretação conferida por este Tribunal, haja vista que não se pode aplicar ao caso o
princípio da isonomia, juridicamente conceituado, haja vista que o cargo de professor de classe especial,
na origem, exigia tão somente o nível médio para ser provido.
Com efeito, deixar de conceder o adicional de escolaridade a todos que se igualam na mesma
situação, fere sobremaneira, o princípio da isonomia.
Sobre o princípio supracitado, o mestre e doutor, Prof. Pedro Lenza, em sua obra “Direito Constitucional
Esquematizado” preceitua:
(...) Deve-se, contudo, buscar não somente essa aparente igualdade formal, mas principalmente, a
igualdade material, na medida em que a lei deverá tratar igualmente os iguais e desigualmente os
desiguais, na medida de suas desigualdades. Isso porque, no Estado Social ativo, efetivador dos direitos
humanos, imagina-se uma igualdade mais real perante os bens da vida, diversa daquela apenas
formalizada perante a lei. (...)
Ora, de fato, o princípio da isonomia exige uma completa similitude para ser considerado.
Todavia, no caso em apreço, inexiste a igualdade completa entre os cargos. A bem da verdade, a
Demandante continua exercendo um cargo de nível médio (de classe especial), de maneira que tal
circunstância lhe diferencia daqueles que ingressaram no serviço público sob a exigência de
graduação superior, isto é, em cargo de nível superior.
Seu pleito ainda queda obstado pela vedação, ao Poder Judiciário, que não detém função legislativa, de
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento da isonomia, de acordo com Súmula
Vinculante nº 37, do STF, entendimento já consagrado desde o Enunciado de Súmula nº 339, do Pretório
Excelso.
Já no que concerne à progressão funcional vertical, também entendo não merecer razão a Suplicante.
Observe-se que se questiona na presente ação a não aplicação da progressão funcional vertical aos
professores Classe Especial. Vejamos o que estabelece o PCCR do magistério estadual (Lei Estadual n.
7.442/2010):
Art. 13. A progressão funcional dos servidores de que trata esta Lei ocorrerá de forma horizontal e vertical.
Parágrafo único. O servidor ocupante do cargo de Professor, Classe Especial, somente concorrerá à
progressão horizontal.
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(...)
Art. 15. A progressão funcional vertical dar-se-á pela passagem do servidor de uma classe para outra,
habilitando-se os candidatos à progressão de acordo com a titulação acadêmica obtida na área da
educação, na seguinte forma:
I - a progressão para a Classe II ocorrerá mediante a obtenção do título de pós-graduação lato sensu,
Especialização, com carga horária mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas, na área da educação;
II - a progressão para a Classe III ocorrerá mediante a obtenção do título de pós graduação stricto sensu,
Mestrado na área da educação;
III - a progressão para a Classe IV ocorrerá mediante a obtenção do título de pós graduação stricto sensu,
Doutorado na área da educação.
Parágrafo único. Será mantido o mesmo nível em que estiver situado o servidor, por ocasião de sua
progressão para outra Classe, conforme tratada neste artigo.
Vale notar que o cargo de Professor “Classe Especial” guarda referência com os anteriores cargos de
professor AD1 e AD2, que exigiam para seu provimento a formação de nível médio na modalidade normal:
I - Professor:
Para além disso, a análise acurada do PCCR dos Profissionais da Educação do Estado do Pará – Lei
7.442/2010 – evidencia um fato que merece a devida atenção: não mais se admite no Estado do Pará a
contratação de professores que não tenham formação de nível universitário; o que torna o cargo
“Professor Classe Especial” um cargo em extinção.
Isto se torna claro pela leitura do art. 8º c/c Anexo II, in verbis:
Parágrafo único. O servidor que ingressar na carreira com titulação correspondente às Classes II, III e IV,
somente poderá requerer progressão funcional após o cumprimento do estágio probatório, sendo-lhe
permitida, neste caso, a progressão imediata para a Classe correspondente à sua titulação, observadas as
regras de progressão dispostas nesta Lei.
(...)
ANEXO II
CARGO: PROFESSOR
(...)
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REQUISITO DE ESCOLARIDADE
Graduação em Licenciatura Plena para atuação nos diferentes níveis e modalidades de ensino.
Veja-se que, não obstante o cargo de Professor Classe Especial continue previsto no “quadro permanente
do grupo ocupacional do magistério da educação básica”, não é mais possível o ingresso no cargo de
Professor que não seja na Classe I, que, nos termos do citado art. 5º, inc. I, “b”, exige formação de nível
superior em curso de licenciatura, de graduação plena; da mesma maneira, como o Anexo II, que traz a
descrição do Quadro Permanente do Grupo Ocupacional do Magistério, explicita que a “Graduação em
Licenciatura Plena” é requisito de escolaridade para exercer o cargo de professor.
Assim, o cargo da Postulante – Professor Classe Especial – se distingue dos cargos de Professor que
exigem o nível superior para ingresso, como já visto acima, no fundamento referente à Gratificação de
Escolaridade, não havendo, a meu ver, fundamento legal para um professor Classe Especial pleitear a
progressão funcional vertical prevista no art. 15, do PCCR, a fortiori, considerando que a progressão para
as Classes II, III e IV pressupõe que o professor tenha sido inicialmente Professor Classe I, ou seja, que
tenha ingressado no magistério estadual em cargo que exige como requisito a habilitação em nível
superior.
Noutros termos, uma vez que a Lei 7.442/2010 elenca classes distintas, com requisitos diversos para
ingresso (nível médio para a Classe Especial e nível superior para a Classe I), não pode ser dada à
Requerente a progressão para cargo de escolaridade superior, tendo em vista se tratar de forma de
provimento derivado de ingresso na Administração, não sendo a ascensão funcional admitida pela
jurisprudência do STF, por violar disposição do art. 37, II, da CF (Súmula Vinculante nº 43).
Dessa forma, a decretação da procedência em parte dos pedidos é medida que se impõe.
Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTES EM PARTE os pedidos iniciais, para, nos
termos da fundamentação retro, determinar ao ESTADO DO PARÁ que proceda à imediata correção
do valor do piso salarial do magistério e seus reflexos nos seus vencimentos da Requerente, em
conformidade com as normas federais, majorando seu vencimento-base de acordo com o piso
nacional, bem como ao pagamento, em base retroativa limitada ao quinquênio que antecedeu o
ajuizamento da presente ação, das parcelas de vencimento-base e devidos reflexos que deixou de
pagar à Autora, no valor total de R$82.142,98 (oitenta e dois mil cento e quarenta e dois reais e
noventa e oito centavos), indeferindo os demais pedidos, pelo que extingo o processo. (...)
P.R.I.C.
A5
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ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
DESPACHO
Não existindo vícios formais no processo, estando as partes regularmente assistidas por procuradores
judiciais com habilitação, havendo sido a ritualística – o procedimento – do mandamus aplicado em sua
inteireza e considerando as argumentações tecidas pelas partes e os documentos por elas acostados,
bem como a manifestação ministerial, verifico que o feito já se encontra pronto para julgamento, razão pela
qual o anuncio.
À UPJ, para cumprimento e adoção das providências cabíveis quanto ao recolhimento de custas
finais, nos termos do art. 26, caput, da Lei Estadual n° 8.328/2015, se a parte Impetrante não gozar
dos benefícios de assistência judiciária ou isenção legal.
Ultimadas as providências acima, com observância do disposto no art. 26, §3°, do mesmo diploma legal,
retornem conclusos para sentença.
Intime-se e cumpra-se.
A5
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ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
EXEQUENTE : IGEPREV
DESPACHO
Não tendo sido quitado o débito e nem ofertado bens à penhora, expeça-se MANDADO DE
CITAÇÃO/PENHORA/AVALIAÇÃO, nos termos do art. 523 § 3º, do Código de Processo Civil.
Intimem-se e cumpra-se.
Assinado digitalmente
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL
PROC. 0003646-17.2006.8.14.0301
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REU: IGEPREV
ATO ORDINATÓRIO
SERVIDOR(A) DA UPJ
((Provimento 006/2006 – CRMB, art. 1º, §3º c/c § 2º, II, int))
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
SENTENÇA
Trata-se de recurso de embargos de declaração opostos por Município de Belém, com fulcro no art. 1.022,
I, do CPC, apontando a existência de contradição na sentença constante do Id. nº 23439774.
Em apertada síntese, a parte embargante afirma haver contradição na decisão embargada, “uma vez que,
não se encontra em conformidade com que prescreve a doutrina, jurisprudência e lei, a qual se recorre”.
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Conclusos.
Éo relatório.
Decido.
Écediço que os embargos de declaração servem para suprir omissão, esclarecer obscuridade, eliminar
contradição ou corrigir erro material em qualquer decisão judicial, conforme inteligência dos arts. 1.022 e
1.023, do Código de Processo Civil:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com
indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
Na esteira desse raciocínio, no presente caso, os embargantes não comprovaram a ocorrência dos
requisitos legais, para manejo dos aclaratórios.
Inicialmente, cabe frisar que a excessiva taxa de litigiosidade, a legislação processual quase sacramental,
a reduzido número de magistrados e servidores, que contribuem de forma decisiva para que a prestação
jurisdicional não seja outorgada dentro de um prazo razoável, conduzem à banalização de certos
institutos, como os embargos de declaração. Este, por exemplo, parece até ser fruto de um reflexo
condicionado.
O Superior Tribunal de Justiça no REsp 928.075/PE, definiu com muita propriedade os conceitos que
ensejam embargos declaratórios, cuja ementa reproduzo integralmente abaixo:
1. A omissão que enseja o cabimento dos embargos de declaração é aquela existente em relação aos
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questionamentos aos quais o julgador deveria se pronunciar, e não em relação àqueles que a parte quer
ver julgados.
3. A obscuridade passível de correção é a que se detecta no texto da decisão, referente à falta de clareza,
sem relação com a análise das provas dos autos.
4. Ausência de violação do art. 535 do Código de Processo Civil. Decisões proferidas com base nas
provas dos autos.
Já no que tange à noção de erro material, para Tereza Arruda Alvim Wambier, em seus comentários sobre
o art. 1.022, do Novo CPC, in “Código de Processo Civil Anotado”, editado pela Associação dos
Advogados de São Paulo – AASP, em parceria com a OAB/PR (atualizado em 08.03.2016), consiste em:
(...) todo erro evidente, no sentido de ser facilmente verificável por qualquer homo medius, e que,
obviamente, não tenha correspondido à intenção do juiz. Em havendo qualquer dificuldade em demonstrar
a percepção do erro, este descaracteriza-se como erro material, e como tal não pode ser corrigido por
mera petição ou pela interposição de embargos de declaração.
Não se deve, a pretexto de imprimir celeridade processual, usurpar competência de instância superior,
pois o inconformismo do embargante não pode ser resolvido através do recurso interno. Há remédio
processual específico.
Deste modo, havendo a regular prestação da tutela jurisdicional com a exposição clara dos motivos
inerentes ao julgamento da lide, “em atenção ao princípio do livre convencimento motivado, não está o
julgador adstrito aos argumentos suscitados pelas partes, sendo-lhe lícito aplicar o direito ao caso concreto
com base em fundamentos diversos” (STJ - AgInt no REsp 1819747/PR). Isto é, não pode, este órgão
julgador, ser compelido a reformar suas razões de decidir ou adequá-las as teses e argumentos de uma
das partes, sob pena de relativização do princípio do livre convencimento motivado (arts. 370 e 371, do
CPC).
3. (...).
(...)
12. Para o STJ, implica revolvimento fático-probatório "a apreciação de descumprimento do art. 131 do
CPC/73, correspondente ao art. 370, caput e parágrafo único, do CPC/15, porquanto mencionado
dispositivo legal consagra o princípio da persuasão racional, autorizando o juiz a valer-se do seu livre
convencimento motivado, à luz das provas constantes dos autos." (AgInt no AREsp 1468808/SC, Rel.
Ministro FRANCISCO FALCÃO, Segunda Turma, julgado em 17/10/2019, DJe 22/10/2019).
13. Na hipótese, acolher o argumento recursal de que há "grave nulidade", "consubstanciada na não
apreciação de elementos probatórios contundentes", reclama inevitável revolver de aspectos fático-
probatórios dos autos, providência sabidamente vedada na via especial nos termos da Súmula 7 do STJ.
14. Agravo interno desprovido.
I - Os Embargos de Declaração têm por função primordial sanar algumas impropriedades das decisões do
Poder Judiciário, mormente quando o decisum trouxer alegações contraditórias entre si, argumentações
obscuras ou não se pronunciar sobre pontos relevantes da lide;
II - Entretanto, verifica-se que o recorrente apenas busca a rediscussão do mérito, sem demonstrar de
forma contundente a existência de pontos omissos, contraditórios ou obscuros. Dessa forma, torna-se
impossível o provimento dos presentes aclaratórios.
IV - Decisão unânime.
Portanto, ausentes quaisquer hipóteses de omissão, erro material, contradição ou obscuridade, rejeito o
recurso de embargos de declaração.
Diante das razões acima, conheço dos embargos, porém deixo de os acolher, mantendo a sentença nos
termos em que foi exarada.
Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma do Código
de Processo Civil.
Ocorrendo o trânsito em julgado, sem interposição de recurso voluntário, certifique-se e dê-se baixa
definitiva no sistema de Processo Judicial eletrônico – PJe.
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P. R. I. C.
A2
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
SENTENÇA
JORGE HENRIQUE GUIMARÃES DE ANDRADE ajuizou pedido de obrigação de fazer (reajuste do piso
salarial do magistério) c/c Cobrança contra ESTADO DO PARÁ, visando à majoração de seus
vencimentos de acordo com o piso salarial nacional da educação básica (sendo o vencimento-base de
2021 o valor de R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado pertencer à carreira do magistério estadual,
bem como à condenação do Réu ao pagamento, em base retroativa quinquenal, das parcelas
supostamente inadimplidas mais vincendas, aduzindo que, desde 2016, não viria recebendo o piso
previsto na Lei nº 11.738/2008.
A parte Autora juntou documentos e afirmou, em síntese, que é servidor público da Secretaria de
Educação do Estado do Pará, ocupante do cargo de Professor AD-4, Classe II – 200 horas (vencimento
integral) Ref. 03D, exercendo há vários anos suas funções na área de educação, vindo requerer o
cumprimento da Lei nº 11.738/08 e consequentemente retificar e majorar o seu vencimento-base e
devidos reflexos para o valor legalmente previsto na referida legislação, bem como o pagamento dos
valores retroativos referentes às diferenças do piso salarial devidas até a data do efetivo pagamento, tudo
devidamente corrigido.
Entendeu, assim, que a diferença devida pelo Réu, com os seus devidos reflexos, contabilizada durante o
período dos fatos, equivaleria à quantia de R$79.273,34 (setenta e nove mil, duzentos e setenta e três
reais e trinta e quatro centavos).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Requereu que fosse determinado ao Requerido que efetuasse, de imediato, a correção do valor do piso
salarial do magistério e seus reflexos nos seus vencimentos, em conformidade com as normas federais,
pagando o vencimento-base de acordo com o piso nacional, somada à sua condenação ao pagamento
das parcelas retroativas, na quantia acima declinada.
Foi indeferido o pedido de tutela de urgência, porém deferida a gratuidade em decisão de ID 27048360.
Citado, o Estado do Pará apresentou contestação (ID 27317570), alegando, no mérito, a improcedência
dos pedidos, eis que a pretensão da parte Autora seria contrária à decisão em sede cautelar tomada em
pedido de suspensão aviado perante o STF (SS 5.236), em que a Ministra Carmem Lúcia considerou
plausível o argumento do Estado no sentido de que o recebimento de gratificação permanente e uniforme
pelos professores torna sua remuneração superior ao patamar nacional, assim suspendendo decisões que
determinam ao Estado o pagamento do piso nacional ao vencimento-base dos professores da educação
básica, havendo, portanto, identidade entre a situação dos autos e a ratio contida em tal decisão
monocrática.
Argumentou, ainda, acerca da existência de ação de mandado de segurança coletivo com o mesmo
objeto, julgamento da ADI n° 4.167-DF e equiparação do conceito de piso salarial ao vencimento-base
mais gratificação de escolaridade (art. 30, V da Lei Estadual nº 5.351/86, c/c art. 50 da Lei Estadual n°
7.442/2010, e arts. 132, VII. 140, III, da Lei Estadual nº 5.810/94).
Por fim, suscitou existir Mandado de Segurança Coletivo aforado pelo Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública no Pará - SINTEPP tratando sobre o mesmo objeto.
Réplica no ID 28242839.
O feito foi, então, encaminhado ao MP, que se manifestou no sentido da procedência do pedido, com os
valores devidos e seus consectários sendo apurados e pagos em fases próprias (ID 28280904).
Autos conclusos.
Éo relatório.
Decido.
O julgamento prescinde de outras provas, estando o presente feito apto ao julgamento (art. 355, I, CPC).
A Autora manejou a presente ação de obrigação de fazer (reajuste do piso salarial do magistério) c/c
Cobrança, visando à majoração de seus vencimentos de acordo com o piso salarial nacional da educação
básica (sendo o vencimento-base de 2021 o valor de R$2.886,24), a que alegou fazer jus, dado pertencer
à carreira do magistério estadual, bem como à condenação do Réu ao pagamento, em base retroativa
quinquenal, das parcelas supostamente inadimplidas mais vincendas, aduzindo que, desde 2016, não viria
recebendo o piso previsto na Lei nº 11.738/2008.
Pois bem. Tenho que o pedido deve ser julgado procedente, notadamente, com a limitação da
prescrição quinquenal de trato sucessivo.
Primeiramente, necessário trazer ao debate a questão da prescrição quinquenal contra a Fazenda Pública.
A prescrição das ações intentadas em face da Administração Pública regula-se pelo Decreto nº 20.910/32,
que, em seu artigo 1º, dispõe:
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Art. 1º - As dividas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou
ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em
cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
Portanto, depreende-se do dispositivo mencionado que o prazo prescricional que regula o caso em tela
seria de cinco anos.
Cabe aqui, no entanto, outra ponderação, já em relação às prestações de trato sucessivo. Em que pese a
determinação do prazo prescricional de 5 (cinco) anos para requerer qualquer direito contra a Fazenda
Pública, contida no art. 1º do Decreto nº 20.910/32, em casos que se referem à concessão de adicional
remuneratório, a relação sobre que versam é de trato sucessivo, pelo que não corre prazo prescricional ou
decadencial.
Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a fazenda pública figure como devedora, quando não
tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação.
(20000110553819 DF, Relator: VALTER XAVIER, Data de Julgamento: 24/03/2003, 1ª Turma Cível, Data
de Publicação: DJU 30/04/2003 Pág. 23).
Logo, não haveria que se falar em prescrição da pretensão total da parte Autora, restringindo-se
essa, a bem da verdade, apenas à cobrança daquelas parcelas vencidas antes do quinquênio
anterior ao ajuizamento da ação (ocorrido, na hipótese, em 20/05/2021).
Também, melhor sorte não merece a também usual alegação de aplicação isonômica da decisão proferida
no Processo SS 5236-STF, haja vista que “a decisão em comento é clara em falar que não afeta ao mérito
dos Mandados de Segurança nº 0002367-74.2016.8.14.0000 e 0001621-75.2017.8.14.0000” (STF – Rcl.
42315/PA, DJe 10/02/2021), bem como que “não há que se falar na ocorrência de suspensão da
tramitação de processos nas instâncias ordinárias por força da decisão proferida na SS 5.236, não sendo
possível confundir a sustação de efeitos de decisão impugnada com ordem de suspensão nacional dos
processos” (STF – Rcl. 42430/PA, DJe 28/09/2020).
A toda evidência, os argumentos de resistência sustentados pelas entidades públicas, tanto do Estado do
Pará, quanto do Município de Belém, nos processos de integralização do piso salarial nacional da
categoria do Magistério, conforme parâmetros definidos na Lei Federal n° 11.738/2008, limitam-se a
questionar a possibilidade de cumulação de outras parcelas remuneratórias, a fim de justificar o
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Assim, nasceu a tese de que o referido diploma legal teria, segundo a tese da Administração Pública,
regulamentado a “remuneração global” ou, ao menos, estabelecido o conceito de “vencimento inicial”
(vencimento-base mais gratificação de escolaridade), pelo exercício do magistério e, não, o vencimento-
base.
Essa tese não se sustenta, tampouco fora absorvida pela jurisprudência aplicada a espécie.
1. Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de
aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º
da Lei 11.738/2008).
2. É constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do ensino médio
com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre
normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo
como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como
instrumento de proteção mínima ao trabalhador.
3. É constitucional a norma geral federal que reserva o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos
docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse.
Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. Perda de objeto declarada em relação aos arts.
3º e 8º da Lei 11.738/2008.
Vale destacar, também, que a Corte Suprema já se manifestou sobre o tema em controle difuso, ao
apreciar recurso próprio interposto pelo Estado do Pará no Processo n° 0002367-74.2016.8.14.0000
(TJPA) – em que se originou o Processo SS 5.236-STF (suspensão de segurança) –, cuja ementa restou
assim consignada:
Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir a omissão, é inviável
o recurso, nos termos da Súmula 356/STF.
III – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica a revisão da interpretação de
normas infraconstitucionais que fundamentam o acórdão recorrido, dado que apenas ofensa direta à
Constituição Federal enseja a interposição do apelo extremo.
Como se vê, não há espaço para continuidade da discussão acerca do conceito de “piso salarial nacional”
regulamentado na Lei Federal n° 11.738/2008, eis que a última palavra sobre o tema já foi firmada e
reafirmada pelo STF, concluindo-se pela constitucionalidade do “piso salarial nacional dos professores da
educação básica com base no vencimento, e não na remuneração global”.
Por oportuno, ressalto que a cumulação de outras parcelas remuneratórias, como forma de composição de
vencimento-base de categoria funcional, não pode ser adotada, sob pena de violação do princípio da
legalidade (art. 37, caput, da CF). Isto é, “(...) Em se tratando de remuneração de servidor público, tem-se
que as vantagens pecuniárias são parcelas acrescidas ao vencimento base em decorrência de uma
situação fática previamente estabelecida em lei, sendo que toda gratificação reclama a consumação de um
certo fato que proporciona o direito à sua percepção. É dizer que, presente a situação prevista na norma,
assegura-se ao servidor direito subjetivo à sua percepção. (...)” (TJPA – Acórdão n° 3.614.505, rel. Des.
Roberto Moura, DJe 10/09/2020).
Desse modo, importa dizer que é insustentável qualquer tentativa da Administração Pública em resistir à
necessidade e obrigatoriedade legal da integralização do vencimento-base da categoria do Magistério
público, até que, ao servidor, seja observada a referência financeira nominal estabelecida na legislação
federal – por óbvio, “referência financeira” (vencimento-base) alcançada sem a cumulação de outras
parcelas remuneratórias.
A Lei Federal n° 11.738/08 fixou, a partir do ano de 2008, os valores mínimos de composição do
vencimento base dos servidores públicos titulares de cargos do magistério público da educação básica
com carga horária mínima de “40h” (quarenta horas-aula) semanais ou “200h” (duzentas horas-aula)
mensais, conforme descrito no seu art. 2°, cito:
Art. 2o O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica
será de R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais) mensais, para a formação em nível médio, na
modalidade Normal, prevista no art. 62 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional.
§1o O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da educação
básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais.
§2o Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se aqueles que desempenham
as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração,
planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima
determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional.
§3o Os vencimentos iniciais referentes às demais jornadas de trabalho serão, no mínimo, proporcionais ao
valor mencionado no caput deste artigo.
§4o Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga
horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.
§5 o As disposições relativas ao piso salarial de que trata esta Lei serão aplicadas a todas as
aposentadorias e pensões dos profissionais do magistério público da educação básica alcançadas pelo
art. 7o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, e pela Emenda Constitucional no
47, de 5 de julho de 2005.
Todos os entes da Federação deveriam, a contar de 1º/01/2010, garantir a integralização do piso salarial
nacional às carreiras públicas de magistério da educação básica dos seus servidores, conforme critérios
estabelecidos naquele diploma legal (art. 3º, III).
Nesse sentido, embora obrigada por lei, a Administração Pública não vem aplicando os parâmetros
salariais previstos na Lei Federal n° 11.738/2008, verificando, no presente caso que, de fato, o
vencimento-base devido à parte Autora não fora atualizado corretamente, causando-lhe prejuízos
financeiros.
Assim, conforme notícia publicada no sítio eletrônico do Ministério da Educação[1], “O piso salarial dos
profissionais da rede pública da educação básica em início de carreira foi reajustado em 12,84% para
2020, passando de R$ 2.557,74 para R$ 2.886,24” – o reajuste atual deve observar o valor fixado para o
ano de 2020, ante a constitucionalidade do art. 8°, I, da Lei Complementar Federal n° 173/2020 (STF –
ADI’s n° 6447, 6450, 6525 e 6442) – encerrada a condicionante da LC Federal n° 173/2020, o reajuste
deve seguir a forma prevista no art. 5°, da Lei Federal n° 11.738/2008.
Portanto, evidenciando que não houve a efetiva revisão/atualização da parcela relativa ao vencimento-
base, em violação frontal a Lei Federal n° 11.738/08, deve, tal ilegalidade, ser corrigida imediatamente,
com reflexo nas demais parcelas remuneratórias, obedecido, neste caso, o prazo prescricional
quinquenal, devendo, logo, ser deferido o pedido.
Diante das razões expostas, JULGO PROCEDENTE o pedido, para nos termos da fundamentação
retro, determinar ao ESTADO DO PARÁ que proceda à imediata correção do valor do piso salarial
do magistério e seus reflexos nos seus vencimentos do Requerente, em conformidade com as
normas federais, majorando seu vencimento-base de acordo com o piso nacional, bem como ao
pagamento, em base retroativa limitada ao quinquênio que antecedeu o ajuizamento da presente
ação, das parcelas de vencimento-base e devidos reflexos que deixou de pagar à parte Autora,
inclusive, as vincendas no curso do processo, em total a ser apurado em procedimento específico
de liquidação de sentença.
Sobre o cálculo dos valores retroativos, observado o quinquênio anterior ao ajuizamento da ação (art. 1º,
do Decreto Federal nº 20.910/1932), devem incidir juros e correção monetária, cuja liquidação, por simples
cálculo aritmético, deve obedecer os seguintes comandos: os juros de mora deverão ser aplicados de
acordo com os “índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança” (art.
1°-F, da Lei n° 9.494/97, com redação dada pela Lei n° 11.960/09), a partir da citação (art. 405, do
CC/2002); já a correção monetária deverá incidir pelo IPCA-E (STF - RE nº 870.947/SE, Tema n° 810 –
Recurso Repetitivo), até a data de atualização do cálculo ou protocolização do pedido de cumprimento da
sentença.
Sem custas.
1668
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Fixo os honorários advocatícios, em favor do patrono da parte Autora, em 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação, com fulcro no art. 85, §3º, inciso I do CPC.
Sentença não sujeita à remessa necessária (art. 496, §4º, II, do CPC).
Transcorrido o prazo para recurso voluntário, certifique-se e, se houver, processe-se na forma do Código
de Processo Civil.
Ocorrendo o trânsito em julgado, sem interposição de recurso voluntário, certifique-se e arquive-se com as
cautelas legais, dando-se baixa definitiva no Sistema PJe.
P.R.I.C.
A5
[1]http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/12-acoes-programas-e-projetos-637152388/84481-mec-divulga-
reajuste-do-piso-salarial-de-professores-da-educacao-basica-para-2020
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
SENTENÇA
Após análise de recursos e trânsito em julgado do decisum, foram ratificados os comandos da prefalada
sentença (despachos nos IDs 14464280, 15256479 e 18590622).
A Contadoria fez requerimento para subsidiar seus cálculos, o que restou acolhido em despacho de ID
19796040, requerendo novas diligências, as quais foram atendidas pelas partes, culminando no despacho
de ID 27876710.
Os cálculos do Contador do Juízo foram, então, apresentados em peça de ID 28962745, sendo apurado
um excesso de execução em desfavor do Requerente, na ordem de R$318,23 (saldo negativo), bem como
o crédito, a título de honorários sucumbenciais, em favor de sua patrona no feito, no total de R$376,53,
havendo o Requerido aquiescido expressamente (ID 29368757), não havendo se manifestado o
Exequente.
Autos conclusos.
Decido.
Para fins de liquidação de valores retroativos a serem executados em sede de Cumprimento de Sentença,
em que pese a ausência de oposição expressa do Requerido em relação aos cálculos apresentados pela
Contadoria, entendo ser sempre necessário, por medida de prudência, avaliar se devidos os cálculos,
observando os comandos do dispositivo da sentença/acórdão exequendo(s), inclusive, parâmetros de
atualização (cfe. sentença de ID 7543014 e despacho de ID 14464280, respeitados os termos do art. 524,
§2º, do CPC.
Nessa senda, verifico terem sido respeitados, pela Contadoria do Juízo, os parâmetros de cálculo de juros
de mora e correção monetária utilizados, os quais se encontram, em conformidade com a jurisprudência
da época, em consonância com a(s) decisão(ões) exequenda(s), com o art. 1°-F, da Lei Federal n°
9.494/97 (com a redação dada pela Lei 11.960/09), e com o assentado pelo STF (RE nº 870.947/SE e Rcl
19240 AgR/RS) e pelo STJ (AgRg no REsp nº 469.623 – MS), tendo havido a concordância expressa do
Requerido.
Dessa forma, ante a anuência da parte Requerida e a não oposição do Requerente – que entendo
consistir em concordância tácita - ao cálculo emitido pela Contadoria do Juízo, somada à
adequação dos cálculos que redundaram em tal montante, não há outra alternativa, que não a
determinação da ordem de expedição de Requisição de Pequeno Valor em favor da patrona do
Requerente, não havendo saldo remanescente em favor deste último, visto que há, em verdade,
crédito em favor da Fazenda Estadual.
Diante das razões expostas, dada a concordância expressa do Requerido e tácita do Requerente com o
valor apontado pela Contadoria, HOMOLOGO por sentença, para que produza seus jurídicos e legais
efeitos, o montante de R$376,53 (trezentos e setenta e seis reais e cinquenta e três centavos), em
favor da patrona do Requerente no feito, Drª CARMELITA PINTO FARIA (OAB/PA nº 17.828).
Após transcurso do prazo recursal, certifique-se o trânsito em julgado desta decisão e, com esteio no art.
535, §3º, I, do CPC, expeça-se REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR no importe de R$376,53 (trezentos
e setenta e seis reais e cinquenta e três centavos), em favor da dita advogada.
Quando da expedição da RPV (esta para pagamento no prazo de até dois meses, nos termos do art. 5°,
da Res. n° 29/2016-TJPA, c/c art. 535, §3°, II, do CPC), deverá tal valor sofrer atualização monetária (juros
de mora e correção) na data do efetivo pagamento (art. 5°, §7°, da Res. n° 29/2016-TJPA – ARE
638.195/RS-STF e RE 579.431/RS-STF).
Sendo procedente em parte a Impugnação, mas tendo o Requerido sucumbido em parte mínima, dada a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
maior proximidade de seus cálculos com os da Contadoria (ora homologados), condeno o Requerente ao
pagamento de honorários advocatícios em favor do Requerido, os quais fixo em 10% (dez por cento) do
valor atualizado do excesso da execução, em analogia aos termos do art. 85, §3º, II c/c art. 86, parágrafo
único, ambos do CPC, aplicando-se aqui a suspensão da exigibilidade, em face de o feito ser coberto pelo
manto da gratuidade judiciária, na forma do art. 98, §3º, do Código de Processo Civil.
Sem custas.
Após expedição da RPV devida, aguarde-se manifestação das partes, nos termos do art. 9°, §§3° e 4°, da
Res. n° 29/2016-TJPA, ficando autorizada, desde já, a intimação por ato ordinatório.
Em tempo, após o pagamento, em observância à Cláusula Segunda, Parágrafo Segundo, IV, do Acordo de
Cooperação Técnica nº 01/2017, celebrado entre o TJE/PA e a Superintendência Regional da Receita
Federal na 2ª Região Fiscal (DJ nº 6132/2017, de 03.02.2017), à UPJ para que proceda ao repasse à tal
Superintendência, até o décimo dia útil do mês subsequente, dos dados referentes à(s) antedita(s)
ordem(ns) de pagamento.
P. R. I. C.
A5
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
ASSUNTO : LICITAÇÕES/HOMOLOGAÇÃO
SENTENÇA
Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por UNIVERSAL SERVIÇOS LTDA contra ato atribuído
a Pregoeira da Secretaria de Educação do Estado do Pará, visando a suspensão e nulidade da decisão
que lhe excluiu do procedimento licitatório “PREGÃO ELETRÔNICO SRP Nº 011/2018 - PROCESSO Nº
1187661/2017 – SIIG/SEDUC”.
A empresa KAPA CAPITAL LTDA – ME prestou informações, pugnando pela denegação da segurança,
sustentando, em síntese, a regularidade do ato coator, preenchimento dos requisitos previsto no edital e
legalidade da adjudicação do objeto.
No ID 9036653, há registro da decisão que deferiu o efeito suspensivo recursal ao Agravo de Instrumento
n° 0808594-76.2018.814.0000, mediante decisão da Des. Rosileide Maria da Costa Cunha, datada de
29/11/2018.
Conclusos.
Éo relatório.
Decido.
A causa de pedir remonta a nulidade do ato de inabilitação da Impetrante, após a fase de lances no
procedimento licitatório “PREGÃO ELETRÔNICO SRP Nº 011/2018 – PROCESSO Nº 1187661/2017 –
SIIG/SEDUC”.
Da simples leitura do instrumento contratual, verifico que sua vigência se encerrou em 04/11/2019 (ID
7299824) – embora, o referido recurso, tenha sido julgado desprovido, em sede de decisão final, datada
1672
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Destarte, evidenciada a execução integral do objeto do contrato, entendo pelo esvaziamento do pleito
inicial.
EMENTA.
1. O objeto da demanda era questionar a inabilitação da empresa impetrante no certame. Entretanto, não
houve deferimento de liminar a socorrer o pleito autoral a impedir o natural avanço no procedimento
licitatório, de modo que o processo licitatório (Pregão n. 1372016) já teve seus objetos adjudicados e não
havendo sido demonstrada irregularidade da empresa vencedora, temos que o procedimento se ultimou,
ocorrendo perda do interesse de agir.
1. Homologado o certame licitatório, com a adjudicação do contrato e a sua integral execução, fica
afastado o interesse processual no prosseguimento da ação mandamental, cuja finalidade é a declaração
de nulidade do procedimento.
3. O Resultado do Pregão foi homologado em 10 de setembro de 2014, com a Ata de Registro de Preços
nº 017/2014/TJPA, publicação nº 741902, com validade de 12 meses a contar da publicação.
4. Assim, transcorrido há muito o lapso de tempo da execução do objeto do contrato, não há como se
prosseguir com o writ, devendo ser extinto o processo, sem resolução de mérito, ante a superveniente
perda de seu objeto.
5. Processo extinto, sem resolução de mérito, por perda superveniente de seu objeto.
Portanto, considerando não subsistir mais a controvérsia acerca da (ir)regular habilitação da Impetrante no
certame licitatório em epígrafe, impõe-se o reconhecimento da perda superveniente de interesse
processual (perda de objeto da ação), com a consequente extinção do processo, nos termos do art. 485,
VI, do CPC.
Ocorrendo o trânsito em julgado, certifique-se e arquive-se com as cautelas legais, dando-se baixa
definitiva no Sistema PJe.
P. R. I. C.
A2
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
DECISÃO
Intimem-se e cumpra-se.
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
SENTENÇA
Cuida-se de pedido de cumprimento de sentença em que é requerente Jaime Emídio Santana Lopes e
requerido o Estado do Pará.
Por meio do ID 27613344 é informado que as partes celebraram transação extrajudicial, requerendo, por
isso, a homologação do acordo.
Deste modo, homologo o acordo celebrado entre as partes, nos termos do documento juntado (ID
27613345).
Determino a expedição de RPV, no valor de R$44.000,00 (quarenta e quatro mil reais) em favor de
JAIME ERMINIO SANTANA LOPES e R$16.189,63 (dezesseis mil, cento e oitenta e nove mil e
sessenta e três centavos) em favor do advogado TIAGO LOPES PEREIRA – OAB/PA 16.755.
Após o trânsito em julgado, certifique-se o cumprimento desta decisão e arquive-se em definitivo, dando
baixa no Sistema de Processo Judicial – Libra.
Cumpra-se. Intime-se.
A5
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL
PROC. 0854217-65.2020.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
SERVIDOR(A) DA UPJ
((Provimento 006/2006 – CRMB, art. 1º, §3º c/c § 2º, II, int))
PROC. 0837400-86.2021.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
SERVIDOR DA UPJ
PROCESSO 0023204-67.2009.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis.
Servidor(a) da UPJ
PROC. 0837340-16.2021.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
SERVIDOR DA UPJ
PROCESSO 0017049-87.2005.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
1678
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis. Neste ato fica o EXECUTADO intimado acerca do despacho de ID 30857016.
Servidor(a) da UPJ
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
DESPACHO
De acordo com Recibo de Protocolamento de Bloqueio de Valores datado de 19/07/2021, já anexado aos
presentes autos (ID 30009162), confirmo o bloqueio em conta bancária do executado.
Assim, à UPJ, para que dê cumprimento à decisão de ID 29654578, a qual ora mantenho, efetuando a
transferência do montante de R$33.000,00 (trinta e três mil reais) para subconta judicial vinculada a este
Juízo.
Por fim, renovo, desde já, a determinação de expedição de alvará em favor do patrono da Exequente, Dr.
GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA, no importe de R$33.000,00 (trinta e três mil reais), em
referência ao presente feito, de tudo certificando-se e dando-se baixa no Sistema PJe.
Intime-se e cumpra-se.
Juíza de Direito da 3ª Vara da Fazenda da Capital, respondendo pela 2ª Vara da Fazenda da Capital
A5
PROC. 0837319-40.2021.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
SERVIDOR DA UPJ
PROCESSO 0022560-03.2004.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
1680
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Servidor(a) da UPJ
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL
PROC. 0000428-49.2004.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
SERVIDOR(A) DA UPJ
((Provimento 006/2006 – CRMB, art. 1º, §3º c/c § 2º, II, int))
ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
SENTENÇA
Construtora Beter S/A e Freire Farias & Viana Advogados Associados S/S requereram o Cumprimento da
Sentença em face do Estado do Pará, através do qual aponta, como devido pelo Executado, o montante
de R$7.129.629,62, acrescido dos honorários contratuais de R$792.181,07, o que totaliza R$7.921.810,69
(id 28761253 e 28761254).
Por sua vez, o Requerido impugnou o pleito (id 28840938), indicando que o procedimento correto para
apurar o valor devido se dá mediante a aplicação dos parâmetros do acórdão sobre o valor de
R$550.188,31, a partir de setembro/1999, incidindo sobre tal montante a correção pela UFIR de
setembro/1999 até dezembro/2000, cumulada com o IPCA-E de janeiro/2001 a dezembro/2002, e com a
incidência de juros de 0,5% ao mês a partir da data da citação, ocorrida em 09.06.1997, até 31.12.2002.
Após, esclarece que a partir de janeiro/2003 até junho2009 o acórdão determinou que seja aplicada a
SELIC, que a partir de julho/2009 até a data da elaboração do cálculo da Requerente, em dezembro/2020,
a correção deve ser feita pelo IPCA-E, e os juros nos mesmos percentuais da caderneta de poupança,
logo, o total da condenação importa em R$5.514.985,28, enquanto que o valor cobrado pela Requerente
totaliza a quantia de R$8.555.555,55, havendo excesso de R$3.040.570,27.
Réplica no Id 30365111.
Autos conclusos.
1682
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Decido.
A controvérsia recai sobre a forma adequada de realização dos cálculos dos Requerentes.
Em análise aos cálculos formulados pelas partes, verifico que os índices de atualização lá adotados
devem se adequar aos ditames fixados nos títulos exequendos, bem como aqueles afetos às condenações
contra a Fazenda Pública.
No que tange aos índices de correção monetária e juros de mora a serem considerados nos cálculos de
execução, neste ponto, passo a fixá-los.
Assim, na ausência de comando de liquidação nas decisões exequendas, devem ser obedecidos os
seguintes parâmetros: os juros de mora deverão ser aplicados de acordo com os “índices oficiais de
remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança” (art. 1°-F, da Lei n° 9.494/97, com
redação dada pela Lei n° 11.960/09); já a correção monetária deverá incidir pelo INPC, desde quando as
verbas deveriam ter sido pagas, até junho/2009 (TJPA – Ac. n° 150.259, 2ªCCI) e, a partir de
julho/2009, pelo IPCA-E (STF - RE nº 870.947/SE, Tema n° 810 – Recurso Repetitivo), até a data de
atualização do cálculo ou protocolização do pedido de cumprimento da sentença.
Por outro lado, caso a(s) decisão(ões) exequenda(s) tenha(m) sido expressa(s) quanto a
algum desses parâmetros de cálculo, obrigatório a ela(s) se reportar a Contadoria do Juízo, frisando-se
que, a partir de julho de 2009, o índice de correção monetária a ser utilizado deve ser o IPCA-E, em
obediência à multicitada decisão do STF.
Após transcurso do prazo recursal, certifique-se o trânsito em julgado desta decisão e expeça-se:
P.R.I.C.
A3
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
PROCESSO 0032542-46.2001.8.14.0301
REQUERIDO: IGEPREV
ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) MM(a) juiz(a) de direito titular da vara competente para processamento dos presentes
autos e em cumprimento aos termos da Portaria Conjunta n.º001/2018-GP/VP, publicada em 29/05/2018,
em seu art. 54, inciso IV e parágrafo único, procedo à INTIMAÇÃO das partes deste processo para que
tomem conhecimento da migração dos presentes autos ao PJE, cientes que, a partir das respectivas
intimações, os próximos atos processuais deverão ser praticados exclusivamente por meio do processo
eletrônico, sendo que as partes poderão suscitar eventual desconformidade no prazo de 5 (cinco) dias
úteis.
Servidor(a) da UPJ
PROC. 0828608-80.2020.8.14.0301
AUTOR: SINDICATO DOS FUNCIONARIOS DO PODER JUDICIARIO DA GRANDE BELEM & REGIAO
NORDESTE DO PARA - SINDJU-BRN
ATO ORDINATÓRIO
SERVIDOR DA UPJ
PROC. 0805899-17.2021.8.14.0301
ATO ORDINATÓRIO
1686
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
SERVIDOR DA UPJ
COMARCA DA CAPITAL
Processo nº 0847211-07.2020.8.14.0301
DECISÃO
Vistos.
Trata-se de uma ação civil pública com pedido de tutela de urgência, ajuizada pelo Estado do Pará, o qual
deduziu pretensão em face de Natalino de Jesus Cardoso Miranda.
Aduziu o demandante, em suma, que recebeu informações da Fundação Cultural do Município de Belém -
Fumbel, acerca de uma obra irregular que estaria sendo realizada no imóvel localizado na Av. Governador
José Malcher, n° 738. Bairro de Nazaré. Em razão disso, disse que foi efetuada uma visita técnica no local,
sendo constatado que o imóvel está situado em uma área no entorno de bens imóveis tombados, tanto no
âmbito estadual quanto municipal.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Afirmou o demandante que foi detectado que, de fato, havia uma irregularidade na obra, já que não
possuía a autorização prévia do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Estado do
Pará DPHAC, fato que resultou na emissão da Notificação n°005/2015, em 12.11.2015, devidamente
recebida pelo proprietário do imóvel.
Diante disso, sendo infrutífera a tentativa de regularização da obra pela via administrativa, o demandante
requereu, liminarmente, que o réu seja obrigado a recuperar o bem histórico, preservando o seu valor
cultural, devendo apresentar projeto de restauração do imóvel para aprovação ao DPHAC e demais
órgãos ambientais afetados, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias e, após aprovado, que promova a
restauração no prazo máximo de 06 (seis) meses.
Requereu, ainda, que o réu seja condenado em danos morais coletivos, no montante mínimo de R$
100.000,00, considerando a falta de preservação do bem histórico e, cumulativamente, condenado à
recomposição do dano ambiental.
O feito foi distribuído ao juízo da 3ª Vara da Fazenda Pública, o qual declinou da competência e o
processo foi distribuído para esta 5ª Vara de Fazenda (ID nº 19425583). Aqui recebido o processo, foi
determinada a manifestação preliminar do réu, antes da deliberação inicial (ID 20593415).
Instado ao debate, o réu apresentou a manifestação inserida no ID nº 23325260. Em síntese, alegou que a
obra não provocou qualquer irregularidade ou violação ao patrimônio histórico, fato que estaria
comprovado no Parecer nº131/2018, emitido pelo DEPH/FUMBEL. Ressaltou, ainda, que obteve alvará,
emitido pelo Departamento de Análise de Projetos e Fiscalização da Secretaria Municipal de Urbanismo -
SEURB. Desta forma, requereu a extinção do processo sem resolução do mérito.
A Secretaria Judicial certificou que a manifestação do réu foi apresentada intempestivamente (ID
25697581).
Vale dizer que, mesmo intempestiva, a manifestação do réu merece ser recepcionada, vez que se trata
apenas de uma peça preliminar, apresentada sem prejuízo de eventual futura contestação.
O art. 300 do CPC dispõe que a tutela de urgência poderá ser deferida quando estiverem presentes a
probabilidade do direito e, também, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. É nesse
sentido, aliás, que as medidas de urgência podem assumir uma função essencialmente instrumental, vez
que tendem a evitar o perecimento de um direito, cuja aparência seja razoavelmente aferida de plano.
Assim, acaso não seja analisada desde logo ao mesmo uma parte dos pedidos, o decurso do tempo
poderá desconstituir o próprio exercício tempestivo do alegado aparente direito.
No caso presente, ao menos para os fins da análise preambular, a pretensão imediata do autor esbarra
tanto no critério relativo à probabilidade do direito quanto no risco iminente de dano.
Conforme se depreende dos argumentos do demandante, a sua irresignação tem por fundamento o fato
de o réu ter iniciado uma obra civil, em área situada no entorno de bens imóveis tombados, sem antes
obter a devida autorização do órgão técnico responsável. Portanto, não há relato acerca da destruição ou
descaracterização de um bem tombado, propriamente dito.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Contudo, o pedido emergencial busca obter uma tutela de feitio obrigacional no sentido impor ao réu o
dever de “recuperar o bem histórico, preservando seu valor cultural, devendo apresentar projeto de
restauração do imóvel para aprovação ao DPHAC e demais órgãos ambientais afetados”.
Todavia, depreende-se dos documentos aditados aos autos que o imóvel não possui interesse
arquitetônico ou histórico por si, estando apenas situado próximo a outros imóveis que, estes sim, são
dotados daqueles atributos. Assim, sendo classificado como um imóvel passível de renovação, a
edificação poderá ser substituída por outra mais moderna, devendo apenas ser observada a harmonia
volumétrica com o seu entorno. É isso o que consta, expressamente, do parecer emitido pela Fumbel, em
22.01.2019 (ID nº 23325261). Aliás, com suporte nesse parecer é que o réu obteve o alvará que foi
emitido pelo Departamento de Análise de Projetos e Fiscalização da Secretaria Municipal de Urbanismo –
SEURB (ID nº 23325265, fl. 161).
Nesse panorama, denota-se que, em juízo preambular, não estão atendidos os requisitos para a
concessão da tutela antecipada de urgência e nem a tutela de evidência (art. 300 e 311 do CPC).
Em seguimento ao feito, considerando que já foi citado, determino seja o réu intimado para
apresentar contestação, observado o prazo legal.
Juntada a peça de defesa, vistas ao autor para replicar, no prazo da lei. Em seguida, vistas ao
Ministério Público para parecer, em 30 dias.
SILVA Participação: AUTOR Nome: PATRICIA SENA MORAES Participação: AUTOR Nome: LAIS
TEREZINHA SENA MARQUES Participação: AUTOR Nome: VANIA IGREJA DE OLIVEIRA Participação:
AUTOR Nome: ANALIA BENTO DE LIMA Participação: AUTOR Nome: MARIA DALVINA CARVALHO
DOS SANTOS Participação: AUTOR Nome: JHENIFER KAROLINE MONTEIRO PIMENTEL Participação:
AUTOR Nome: LUIZ RICARDO DOS SANTOS ALEIXO Participação: AUTOR Nome: MARIA CLEIRES
PRAZERES COSTA Participação: AUTOR Nome: SHEILA FLAVIANE COELHO CASTELO BRANCO
Participação: AUTOR Nome: ERIKA KARINY NASCIMENTO DOS SANTOS Participação: AUTOR Nome:
ALBA DE JESUS RAMOS DE SOUZA Participação: AUTOR Nome: SANDRA MARIA COELHO CASTELO
BRANCO Participação: AUTOR Nome: MARIA DA CONCEICAO PINTO DOS SANTOS Participação:
AUTOR Nome: MARIA JOSE DA SILVA Participação: AUTOR Nome: ANA EMANUELLE CORREA SILVA
Participação: AUTOR Nome: RAYANE BIATRIZ MACHADO SANTOS Participação: AUTOR Nome:
MAIARA DA SILVA E SILVA Participação: AUTOR Nome: FRANCIDALVA ALVES DA SILVA Participação:
AUTOR Nome: ADRIANA MARQUES LEITE Participação: AUTOR Nome: BIANCA RAMILE DE OLIVEIRA
BARROSO Participação: AUTOR Nome: JOAO CARLOS DOS SANTOS SOUZA Participação: AUTOR
Nome: JOSE MARIA DE SOUSA Participação: AUTOR Nome: DEBORA DA SILVA LIMA
COMARCA DA CAPITAL
DECISÃO
Vistos.
Trata-se de ação de obrigação de fazer, com pedido de tutela provisória de urgência, aforada pelo Centro
Comunitário Fidelis, na qualidade de substituto processual, o qual deduziu pretensão em face do
Município de Belém.
Em suma, alegou o demandante que os substituídos processuais (listados e identificados nos autos),
mesmo devidamente inscritos para participarem do programa “Viver Belém – Minha Casa Minha Vida”, não
foram convocados para serem beneficiados pelo projeto, não sendo incluídos no rol dos que foram
beneficiados com o empreendimento “Viver Outeiro”.
Aduziu que “... os critérios nacionais importam em famílias residentes em áreas de risco ou insalubres ou
que tenham sido desabrigadas, comprovado por declaração de ente público; famílias com mulheres
responsáveis pela unidade familiar, comprovado por autodeclaração; e famílias de que faça parte pessoa
com deficiência, comprovado com a apresentação de atestado médico. Os Critérios adicionais municipais
importariam em famílias que habitam ou trabalham no máximo 5 (cinco) km de distância do centro do
empreendimento; famílias residentes no município a no mínimo 3(três) anos, a ser confirmado com a
apresentação de comprovante de residência; famílias em situação de coabitação involuntária, a ser
comprovada por autodeclaração do candidato...” (sic, fl. 16).
Assim, alegou que os substituídos buscaram o órgão público e procederam às suas inscrições,
obedecendo aos diversos requisitos exigidos. Aduziu que “... apesar de sabedor que o ato cadastral não
significa aquisição de direito ao imóvel e, sim, mera expectativa deste direito, ficou no aguardo da
publicação de ato convocatório do Poder Público, o que aconteceu no final de dezembro de 2020...” (sic, fl.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
17). No entanto, apesar de inscritos, os moradores representados pelo autor não foram com
contemplados.
Disse o demandante que, em 2021, foi realizada nova convocação e mais uma vez, os moradores da área
não estavam dentre os contemplados no programa. Alegou, ainda, que a maioria dos pré-selecionados
são estranhos à abrangência do empreendimento “Viver Outeiro”.
Requereu, em sede de tutela liminar, que o réu seja compelido a incluir os substituídos processuais na
lista dos pré-selecionados para serem contemplados com o referido empreendimento. Alternativamente,
requereu que fossem suspensos os chamamentos realizados em 2020 e em 2021, sob pena de multa.
O juízo de origem declinou da competência e determinou a redistribuição do feito para esta 5ª Vara de
Fazenda Pública e Tutelas Coletivas (ID nº 26760734).
Recebido o feito, este juízo se reservou para apreciar a tutela liminar após a manifestação preliminar do
demandado (ID nº 27772917).
Em sede meritória, afirmou que “...o pedido inicial é improcedente pois, se deferido, implica em burla a
todo o sistema legal que dá contorno ao programa, de modo que será imposta uma obrigação ao
Município, cuja participação é restrita à triagem social das famílias...” (sic, fl. 478).
Sustentou, ademais, que “...a pretensão dos Autores viola o princípio da supremacia do interesse público
sobre o particular, e certamente comprometerá a consecução dos objetivos do Programa Minha Casa
Minha Vida, ao burlar todo o sistema de seleção e funcionamento do programa social para privilegiar um
determina grupo (ainda que necessitado) dentre os demais munícipes também necessitados...” (sic, fl.
479).
Asseverou, ainda, que tem recebido demandas que buscam “...legitimar imóveis que foram invadidos
irregularmente, o que também prejudica diretamente as famílias que cumpriram e buscam atender aos
critérios do programa...” (sic, fl. 480).
Pugnou, ao final, pela extinção precoce do feito ou, alternativamente, pelo indeferimento do pedido liminar.
Inicialmente, quanto à alegação de ilegitimidade da autora, trata-se de tema que poderá ser aferido com
maior rigor em momento posterior. Nesse ponto, o argumento veiculado pelo réu, por carecer de prova
pré-constituída, deverá ser dirimido após o devido contraditório e/ou com a adição de documentos mais
recentes. Por agora, interessa analisar o pedido de tutela liminar pendente de apreciação.
O art. 300 do CPC dispõe que a tutela de urgência poderá ser deferida quando estiverem presentes a
probabilidade do direito e, também, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. É nesse
sentido, aliás, que as medidas de urgência podem assumir uma função essencialmente instrumental, vez
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que tendem a evitar o perecimento de um direito, cuja aparência seja razoavelmente aferida de plano.
Assim, acaso não seja analisada desde logo ao mesmo uma parte dos pedidos, o decurso do tempo
poderá desconstituir o próprio exercício tempestivo do alegado aparente direito.
No caso presente, entretanto, a pretensão imediata do autor esbarra no critério relativo à probabilidade do
direito - ao menos para os fins da análise preambular.
Éque, conforme se depreende dos argumentos do demandante, a sua irresignação tem por fundamento o
fato de que o réu não teria efetuado o chamamento dos substituídos para serem beneficiados pelo
programa “Viver Outeiro”, mesmo estando devidamente cadastrados. Segundo a ótica do demandante, a
circunstância antecedente desbordaria do razoável, configurando uma ilegalidade, vez que estariam sendo
beneficiadas pessoas que supostamente não cumprem os requisitos do programa.
Contudo, ao ter em conta que a Administração Pública pode estabelecer critérios para contemplar os
beneficiários dos programas habitacionais, em princípio, deve ser resguardado esse poder discricionário
que é conferido à Gestão Pública. Portanto, em tese, o Município poderá estipular os critérios que, em
juízo de conveniência e oportunidade, irão permear a organização do chamamento das pessoas que serão
contempladas pelos programas habitacionais. O que importa, em relação a esse aspecto, é que tais
critérios não impliquem em ferimentos aos princípios que regem a Administração Pública, tais como o da
Legalidade e o da Impessoalidade.
Assim, tendo o Município de Belém declarado que 157.012 pessoas estão cadastradas como pretendentes
dos programas habitacionais, é razoável acreditar que nem todas poderão ser contempladas em curto
espaço de tempo. Desse modo, a adoção de sorteio como método de seleção não ressoa um absurdo,
desde que as pessoas selecionáveis estejam nas mesmas condições, ou seja, desde que elas obedeçam
aos critérios pré-estabelecidos.
Até este momento, entretanto, não subsistem elementos fáticos que demonstrem o descumprimento dos
critérios estatuídos pela própria gestão. Por isso, não havendo indicativos de algum tipo de afetação
flagrante ao interesse público e/ou uma transgressão a direitos subjetivos das pessoas que participam dos
programas habitacionais, não convém obstruir as opções da Administração Pública, visto que as
alegações do demandante não permitem assegurar, de plano, que a Administração Pública esteja agindo
em desacordo com postulados constitucionais e/ou desbordando das regras do programa de habitação
social.
Nesse panorama, denota-se que, em juízo preambular, não estão atendidos os requisitos para a
concessão da tutela antecipada de urgência e nem a tutela de evidência (art. 300 e 311 do CPC).
Juntada a peça de defesa, vistas ao autor para replicar, querendo, no prazo da lei. Em seguida,
vistas ao Ministério Público para parecer, em 30 dias.
A Dra. MARGUI GASPAR BITTENCOURT, Juíza de Direito Titular da 1ª Vara de Família da Comarca da
Capital do Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais etc. FAZ SABER a todos quanto o presente
EDITAL virem ou dele notícia tiverem que pelo Juízo de Direito da 1ª Vara de Família de Belém/PA,
expediente da UPJ de Família desta Comarca, processam-se os termos da Ação de ALTERAÇÃO DE
REGIME DE BENS, Processo nº 0851213-20.2020.8.14.0301, entre os cônjuges MAURICIO LEAL
MOREIRA e KASSY VILHENA DE MEDEIROS MOREIRA, casados, brasileiros, ele engenheiro civil,
empresário, CPF xxx.xxx.202-97, filho de Carlos de Moraes Moreira e de Cassilda Leal Moreira, ela
empresária, CPF nº xxx.xxx.482-04, filha de José Bezerra de Medeiros e de Corina Vilhena Medeiros,
residentes na Rua João Balbi nº 200, Apto. 3200, Ed. Torre de Toledo, Nazaré, nesta cidade, cuja
demanda tem o condão de alterar o regime de bens do casal: de comunhão parcial de bens para
separação total de bens, motivado pelo ingresso da requerente (varoa) em atividade empresarial; e para
chegue ao conhecimento de todos e ninguém possa alegar ignorância e a fim de resguardando direitos de
terceiros, determinou a MMa. Juiz(a) expedir o presente EDITAL, que será afixado no local público de
costume e publicado no Diário da Justiça Eletrônico e alhures, conforme determina a lei (Art. 734 e § 1º do
CPC). Dado e passado nesta cidade de Belém, aos 18 dias do mês de agosto de dois mil e vinte e um. Eu,
Mário Oswaldo Silva de Mendonça, Diretor de Secretaria, Coordenador do Núcleo de Cumprimento da
UPJ de Família subscrevo eletronicamente o presente, autorizado pelo art. 1º, §2º, IX do Provimento nº
06/2006 da CJRMB.
(Assinado eletronicamente)
Mário Oswaldo Silva de Mendonça
Diretor de Secretaria - Matrícula 23388
Coordenador do Núcleo de Cumprimento da UPJ de Família
EDITAL DE CITAÇÃO
(com prazo de 30 dias)
PROCESSO: 0647665-10.2016.8.14.0301
Ação: DIVÓRCIO LITIGIOSO
Requerente: DILMA RIBEIRO DA SILVA FERREIRA
Requerido: CLAUBER COSTA FERREIRA
FINALIDADE
A Dra. MARGUI GASPAR BITTENCOURT, Juíza de Direito titular da 1ª Vara de Família da Comarca de
Belém, Estado do Pará, na forma da Lei e etc. FAZ SABER, a todos que o presente EDITAL virem ou dele
conhecimento tomarem, que por este Juízo, processam-se os autos da Ação de DIVÓRCIO LITIGIOSO
supra, tendo por finalidade o presente EDITAL a CITAÇÃO do Requerido CLAUBER COSTA FERREIRA
para contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias. A não apresentação de contestação implicará em
decretação de revelia. Fica também INTIMADO de que foi decretado o divórcio, deferida a guarda
provisória unilateral à materna com regulamentação de visita do paterno, e arbitrados alimentos
provisórios em 50% (cinquenta por cento) do salário mínimo vigente, reajustados de acordo com a política
governamental, cujo valor será entregue a materna, por recibo, até que a mesma indique conta bancária
para os sucessivos depósitos, respeitando-se a data limite do dia 05 (cinco) mensal; Se houver anúncio ou
comprovação de emprego formal, o quantum alimentar será estipulado em 30% (trinta por cento) de os
vencimentos e vantagens do Paterno, incluindo-se férias, FGTS, 13º salário, aviso prévio, horas extras,
salário família, auxílio alimentação, verbas rescisórias, participação nos lucros e rendimentos, prêmios,
subsídios e demais gratificações, com exclusão, apenas e tão somente, dos descontos obrigatórios(INSS
1694
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
e IR), cujo valor será depositado na conta bancária da materna(assim que a mesma fornecer),
respeitando-se a data limite do recebimento dos rendimentos do paterno. E para que não seja alegada
ignorância no presente e no futuro, expediu-se o presente EDITAL, sendo publicado na forma da Lei, que
será afixado no local público de costume e publicado no Diário da Justiça Eletrônico. Dado e passado
nesta cidade de Belém, Estado do Pará, aos 18 dias do mês de agosto de 2021. Eu, Kátia Cilene Silva de
Lima, Analista Judiciário da UPJ das Varas de Família da Capital, assino o presente, autorizada pelo art.
1º, §2º, IX do Provimento nº 06/2006 da CJRMB.
(assinado eletronicamente)
Kátia Cilene Silva de Lima
Analista Judiciário da UPJ das Varas de Família da Capital
1695
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
[Liminar]
CERTIFICO que faço a juntada da decisão proferida nos autos do AI 0806855-97.2020.8.14.0000. Tendo
em vista a CONTESTAÇÃO TEMPESTIVA com documentos apresentados e juntados aos presentes autos
(ID 31520084), diga a parte autora em réplica através de seu advogado(a) no prazo de 15 (quinze) dias.
(Prov. 006/2006 da CJRMB).
__________________________________________
Vistos, etc.
CARLOS ALBERTO MORAIS, MARIA ESTER PINTO MORAIS devidamente qualificadas nos autos, por
intermédio de procurador judicial, ajuizou a presente Ação de Alvará Judicial, com vistas ao recebimento
de valores deixados pela falecida TANIA SUELY PINTO MORAIS.
Os requerentes anexaram certidão de inexistência de dependentes habilitados à pensão por morte (id.
16746568), bem como declaração de inexistência de bens a inventariar (id. 16340191).
A Caixa Econômica Federal informou a inexistência de saldo referente ao PIS deixado pelo de cujus,
entretanto, foi encontrado valores em relação ao FGTS e abono salarial.
Éo relatório.
Decido.
Trata-se de Ação de Alvará Judicial, com vistas ao levantamento dos saldos de FGTS/PIS e abano salarial
deixados pela falecida TANIA SUELY PINTO MORAIS junto à Caixa Econômica Federal.
Dispõe a lei n.º 6.858 de 24.11.80, regulamentada pelo Decreto n.º 85.845 de 26.03.81:
“Art. 1º - Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das contas individuais
do Fundo de Garantia do tempo de serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP, não recebidos em
vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em cotas iguais, aos dependentes habilitados perante a
Previdência Social ou na forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta,
aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou
arrolamento.
(...)
Art. 2º O disposto nesta lei se aplica às restituições relativas ao imposto de renda e outros tributos,
recolhidos por pessoa física, e, não existindo outros bens sujeitos a inventário, aos saldos bancários e de
contas de caderneta de poupança e fundos de investimento de valor até 500 (quinhentas) Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional”
No caso concreto, observa-se que o de cujus deixou valores referentes ao FGTS e abono salarial,
conforme respostas encaminhadas a este juízo, sendo que não há valores de PIS, haja vista as
informações prestadas pela Caixa Econômica Federal (id. 20685299)
Ademais, os requerentes são pais da falecida que era solteira e não deixou descendentes, inexistindo
dependentes habilitados à pensão por morte, de modo que não há óbice para a concessão dos seus
direitos sucessórios.
Ante o exposto, defiro parcialmente o pedido de alvará judicial, pois inexiste saldo de PIS. Expeça-se o
competente alvará em nome dos requerentes para levantamento do saldo de FGTS e abono salarial
deixado pela falecida TANIA SUELY PINTO MORAIS junto à Caixa Econômica Federal. Transitada em
julgado a sentença, arquivem-se os autos após as formalidades legais.
Deixo de condenar a requerente ao pagamento das custas e despesas processuais por serem
beneficiários da justiça gratuita.
Juíza de Direito
Vistos etc.
ESPÓLIO DE ALCINDA BARBOSA DIAS E JOSÉ ANTONIO VIEIRA, neste ato representada pelo
inventariante CEZAR LUIZ BARBOSA VIEIRA, devidamente qualificado nos autos, por intermédio de
procurador judicial, ajuizou a presente Ação de Reintegração de Posse cumulado com pedido de
indenização em face de ESTER BARBOSA VIEIRA NORONHA, igualmente identificada, com fundamento
no art. 560 e seguintes do Código de Processo Civil.
O autor relatou que, com a morte de Alcinda Vieira e José Antônio Vieira, a ré (ssucessora) passou a
residir no imóvel situado na Rua Antônio Barreto, n. 1622, casa A, bairro de Fátima, nesta cidade, o qual
era propriedade do do casal. Neste ponto, alegou que a herdeira se recusa a partilhar o imóvel em
discussão.
Neste contexto, ajuizou a presente ação objetivando a reintegração do espólio na posse do imóvel de
propriedade do casal e a condenação do réu a pagar uma indenização no valor de R$120.000,00 (cento e
vinte mil reais), referente aos aluguéis mensais dos últimos cinco anos.
Determinada a emenda da petição inicial, o autor regularizou sua representação processual e este Juízo
indeferiu a medida liminar requerida, conforme decisão referente ao ID n. 15338038.
Em seguida, ocorreu a citação da ré, porém foi certificado que não houve a apresentação de contestação
no prazo legal, razão pela qual foi decretada a revelia da ré.
Por fim, o autor foi intimado para indicar as provas que pretendia produzir, porém nada requereu.
Éo relatório.
Decido.
Trata-se de Ação de Reintegração de Posse ajuizada pelo espólio de Alcinda Barbosa Dias e de José
Antonio Vieira em face de um dos herdeiros do casal, que ocupa o imóvel situado na Rua Antônio Barreto,
n. 1622, casa A, bairro de Fátima, nesta cidade.
Ressaltou que o imóvel era de propriedade do casal, que deixou para seus filhos com a morte. Em suma,
anotou que o bem foi transmitido aos herdeiros no momento do falecimento, mas a ré se recusa a
desocupar o bem e partilhá-lo.
De sua parte, o réu, apesar de regularmente citado, não apresentou resposta no prazo legal, conforme
certidão anexada aos autos, consequentemente, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor,
1698
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ora, “a falta de contestação faz presumir verdadeiros os fatos alegados pelo autor, desde que se trate de
direito disponível. Deixando de reconhecê-lo, contrariou o acórdão o disposto no art. 319 do CPC” (STJ –
3ª T, REsp 8.392, Min. Eduardo Ribeiro, j. 29.4.91, DJU 27.5.91).
Conclui-se, então, que se tratando de direito plenamente disponível a ausência de contestação acarreta a
presunção de veracidade dos fatos alegados, principalmente quando cabia ao réu provar qualquer fato
impeditivo ou modificativo do direito do autor (art. 373, inciso II do CPC).
I – a sua posse;
I – a sua posse;
Assim, são pressupostos da ação de reintegração de posse: - a posse anterior e - a perda da posse em
decorrência do esbulho. Aliás, esse também é o entendimento de nossos tribunais, senão vejamos:
No caso concreto, é fato incontroverso que o imóvel em discussão foi deixado pelos falecidos Alcinda
1699
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Barbosa Dias e José Antonio Vieira aos seus herdeiros, conforme documentos anexados aos autos,
observando-se que a posse do bem foi transferida aos herdeiros no momento da morte. Nesse viés, sabe-
se que, em caso de falecimento do possuidor, ocorre a imediata transmissão da posse aos seus herdeiros
– princípio da saisine.
Por outro lado, consta que a falecida deixou os seguintes filhos: Cesar, Estela e Ester, enquanto ele
deixou como sucessores apenas Cesar e Ester, portanto, com a morte do casal ocorreu a transmissão da
universalidade dos bens e direitos aos herdeiros, dentre eles, o imóvel sub judice, arrolado em ação de
inventário.
Nesse sentido:
REINTEGRAÇÃO DE POSSE. PRESENÇA DOS REQUISITOS LEGAIS. ART. 927 CPC. 1. Preliminar de
ilegitimidade ativa afastada, pois a legitimação do autor/apelado para propor a presente demanda
decorre da saisine. 2. Deve ser confirmada a sentença que acolheu o pedido de reintegração de posse
deduzido pelo herdeiro da proprietária falecida, uma vez que demonstrou todos os requisitos legais do art.
927 CPC. Ficou bem delineado que a posse exercida pelo réu possui natureza precária, consoante
sentença produzida em prévia ação de usucapião. PRELIMINAR REJEITADA. RECURSO DESPROVIDO.
(Apelação Cível Nº 70057440208, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Elaine Harzheim Macedo, Julgado em 19/12/2013)
1700
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Desta forma, exsurge clara a posse anterior dos herdeiros, já que com a morte dos inventariados a posse
do bem foi transmitida aos seus herdeiros (princípio da saisine), além do que o esbulho caracterizou
quando a ré se recusa a devolver o imóvel.
Assim sendo, impõe-se a procedência do pedido da parte autora, de reintegração de posse, haja vista que
cumpriu com o ônus de provar sua posse anterior e a turbação ou esbulho praticado pela ré.
Enfim, a jurisprudência pátria também reconhece ser devida uma indenização pelo uso do imóvel em
situações dessa natureza, nos termos dos seguintes julgados:
pessoal, incidindo o prazo do art. 205 do CC, inocorrendo a prescrição alegada. Indenização pelo uso
do imóvel. Possibilidade, em razão da efetiva disponibilização do imóvel à demandada. Multa
contratual. A cobrança da multa no percentual de 10% sobre o saldo devedor não se afigura apropriada,
salvo em casos excepcionais, sob pena de enriquecimento sem causa do promitente vendedor, devendo
incidir sobre o valor pago pela promitente compradora, especialmente quando cumulada com a
indenização pela ocupação do imóvel. PRELIMINARES REJEITADAS. APELAÇÃO PARCIALMENTE
PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70071191217, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Heleno Tregnago Saraiva, Julgado em 27/10/2016)
Assim sendo, a ré deve também ser condenada a pagar uma indenização mensal pelo uso do imóvel no
valor mensal correspondente R$2.000,00 (dois mil reais), considerando-se a avaliação anexada aos autos.
Ante o exposto, julgo totalmente procedente o pedido da parte autora, haja vista a existência de prova dos
requisitos previstos no art. 561 do atual Código de Processo (art. 927 do CPC 1973), ou seja, a posse do
antigo possuidor que lhes foi transmitida com a morte o esbulho, além do que condeno a ré a lhes pagar
uma indenização mensal pelo uso do imóvel no valor R$2.000,00 (dois mil reais), durante o período de
ocupação indevida, anotando-se que o termo final do pagamento é data efetiva desocupação do bem,
observo ainda que os referidos valores deverão ser acrescidos de correção monetária pelo IGPM e juros
de mora de 1% ao mês a partir do evento danoso. Por fim, julgo extinto o presente processo com
resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do Código de Processo Civil. Expeça-se o competente
mandado de reintegração de posse.
Condeno, ainda, o réu ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como, dos honorários
advocatícios que arbitro em 10% (dez por cento) do valor da condenação, com fundamento no art. 85
caput e seguintes do Código de Processo Civil.
Vistos etc.
B V FINANCEIRA S/A C.F.I., devidamente qualificado nos autos, por intermédio de procurador judicial,
ajuizou a presente Ação de Busca e Apreensão em face de JOSÉ RAMON PAIM NOGUEIRA, igualmente
identificado, com fundamento no decreto lei n. º 911/69.
Comprovada a mora do réu, este Juízo deferiu a medida liminar requerida, nos termos da decisão
correspondente ao ID n. 13682905.
Em seguida, o réu apresentou contestação e as partes anexaram o termo de acordo celebrado, pugnando
pela extinção do presente processo.
Éo relatório.
Decido.
Trata-se de Ação de Busca e Apreensão, em que a empresa cessionária do crédito afirmou que as partes
celebraram acordo para pagamento do débito, razão pela qual requereu a suspenção do presente
processo.
Ora, a celebração de acordo em ação de busca e apreensão faz desaparecer o interesse da demanda, na
medida em põe fim a mora do réu/devedor. Neste sentido:
formada.
2. Recurso conhecido e desprovido.
(20170710010050APC, Relator: SEBASTIÃO COELHO 5ª TURMA CÍVEL TJDF, Data de Julgamento:
09/08/2017, Publicado no DJE: 18/08/2017. Pág.: 265/267
Nesse contexto, entendo que o acordo celebrado entre as partes acarretou o término da mora e, por
conseguinte, do interesse processual, devendo o processo ser extinto sem resolução de mérito.
Ante o exposto, julgo extinto o presente processo sem resolução de mérito, na forma do art. 485, inciso VI
do Novo Código de Processo Civil, tendo em vista que as partes transigiram, pondo fim a mora e ao
interesse processual do autor, que era vinculado ao inadimplemento inicial. Após as formalidades legais,
arquive-se, desentranhando-se os documentos.
Enfim, anoto que a retirada da restrição depende da prévia comprovação do pagamento das custas
processuais devidas, assim encaminhem-se os autos a UNAJ.
ATO ORDINATÓRIO
1704
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
De ordem, nos termos do §3 do art. 10 da lei 8328/2015, intimo a parte autora para que proceda, no prazo
legal (Art. 290 NCPC), o recolhimento de custas iniciais, o fazendo nos moldes do §1º do art. 9º da referida
lei (Relatório+Boleto+Comprovante pagamento). (Art. 1º, § 2º, I do Prov.06/2006 da CJRMB)
SERVIDOR
__________________________________________
ATO ORDINATÓRIO
De ordem, nos termos do art. 12 e art. 23, parágrafo único, da lei nº 8328/2015, intimo a parte autora para
que proceda o recolhimento das custas referentes aos serviços postais para o devido prosseguimento do
feito. (Art. 1º, § 2º, I do Prov.06/2006 da CJRMB)
Trata-se de Ação de Abertura, Registro e Cumprimento de Testamento Público deixado por Elisa
Chermont Roffé.
Nomeio testamenteiro o Sr. Almerindo Augusto de Vasconcelos Trindade, qualificado nos autos, que
deverá ser intimado no endereço de ID 28218666 para assinar o termo de abertura, nos termos do art.
735, §1º do Código de Processo Civil.
Intime-se.
Juíza de Direito
ATO ORDINATÓRIO
De ordem, nos termos do §3 do art. 10 da lei 8328/2015, intimo a parte autora para que proceda, no prazo
legal (Art. 290 NCPC), o recolhimento de custas iniciais, o fazendo nos moldes do §1º do art. 9º da referida
lei (Relatório+Boleto+Comprovante pagamento). (Art. 1º, § 2º, I do Prov.06/2006 da CJRMB)
SERVIDOR
Vistos etc.
O autor alegou ser credor da ré no valor que totaliza R$13.350,99 (treze mil trezentos e cinquenta reais e
noventa e nove centavos), referente as parcelas referentes ao contrato de prestação de serviços
educacionais celebrado entre as partes.
Neste ponto, revelou ter a parte contrária cursado regularmente as disciplinas de Especialização em
Ciências Criminais, porém não ter efetuado o pagamento da quarta e nona mensalidade correspondente
ao segundo semestre de 2015, bem como, da décima a vigésima primeira do primeiro e segundo semestre
1707
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
de 2016.
Éo relatório.
Decido.
Trata-se de Ação Monitória, com fundamento no art. 700 e seguintes do Código de Processo Civil, na qual
o autor afirmou ser credor do réu no valor de R$13.350,99 (treze mil trezentos e cinquenta reais e noventa
e nove centavos), referente a parcelas do contrato de prestação de serviços educacionais.
De sua parte, o réu não negou o negócio jurídico alegado pelo autor, nem a prestação do serviço, de
forma que a existência da dívida é fato incontroverso. Em sua defesa, apenas defendeu ser o
procedimento inadequado por ausência de prova escrita.
Ademais, sustentou: - a ausência de prova do saldo devedor; - excesso no valor da cobrança; - aplicação
do Código de Defesa do Consumidor; - impossibilidade de capitalização dos juros.
Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem
eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:
Nossos tribunais têm reiteradamente decidido que o documento hábil para embasar a ação monitória é
aquele que se reveste de um mínimo de literalidade a demonstrar a existência da dívida e seu quantum.
Nesse ponto, é pacífico o entendimento de que é cabível o ajuizamento de ação monitória com base em
contrato de prestação de serviço, senão vejamos:
apresentar o endereço do curatelado, ônus que também lhe competia, uma vez que exerce função
essencial à justiça (art. 134 CF). Da gratuidade judiciária. A concessão do benefício é possibilitada às
pessoas que comprovem estar em dificuldades financeiras, nos termos do artigo 98, caput, do CPC/15. No
caso dos autos, não há elementos que indiquem de forma contundente e verossímil a situação econômica
do postulante devendo ser mantida a decisão que indeferiu o benefício da gratuidade judiciária. Ademais,
vale repisar que o réu, ora apelante, optou por estudar em uma instituição de ensino particular, o que de
plano já demonstra possuir condições financeiras aptas a custear o processo. Prestação de serviços
educacionais. Ausência de prova do pagamento. Comprovado o contrato de prestação de serviços
educacionais celebrado entre as partes e indicadas as parcelas inadimplidas, incumbe ao réu comprovar o
pagamento (art. 373, II, do CPC/2015), o que não ocorreu. Sentença de procedência mantida.
REJEITARAM AS PRELIMINARES E, NO MÉRITO, NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO DE
APELAÇÃO. UNÂNIME.(Apelação Cível, Nº 70083560607, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Giovanni Conti, Julgado em: 20-02-2020)
APELAÇÃO CIVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. ENSINO SUPERIOR. AÇÃO MONITÓRIA
. CANCELAMENTO DE MATRÍCULA. COBRANÇA DE MENSALIDADES. Comprovada a contratação da
prestação dos serviços educacionais, com a disponibilização dos créditos à discente, consti tui obrigação
desta cumprir o ajuste com a contraprestação pecuniária devida, inclusive decorrente do cancelamento da
matrícula. Honorários recursais devidos. Litigância de má-fé não verificada. APELAÇÃO
DESPROVIDA.(Apelação Cível, Nº 70082015181, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do
RS, Relator: Cláudia Maria Hardt, Julgado em: 30-01-2020)
No concreto, o autor relata que a dívida em questão é oriunda de contrato de prestação de serviços
educacionais correspondente a Curso de Especialização, observando-se que o negócio jurídico não foi
impugnado pelo réu.
Éoportuno salientar, ainda, que o documento referente ao ID n. 18226909, o histórico escolar do aluno e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
as listas de frequência acostadas aos autos comprovam plenamente o fato constitutivo do direito do autor,
portanto, cabia ao réu provar concretamente a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito, mas não o fez.
Cumpre ressaltar, também, que foi anexado cálculo atualizado do débito, o qual indica que a mensalidade
tinha como valor original R$550,00 (quinhentos e cinquenta reais), logo o valor da dívida restou
plenamente demonstrado, assim como, inexiste qualquer excesso no valor da cobrança, haja vista que os
valores foram acrescidos apenas dos encargos moratórios, ou seja, correção monetária, multa e juros de
mora. Neste viés, anoto que a multa de 2% foi prevista na cláusula sexta do contrato.
Enfim, não observo no cálculo a cobrança de capitalização dos juros, sendo que era do réu o ônus de
prova tal alegação, contestando o valor indicado na petição inicial, ocasião em que deveria apresentar o
valor que entendia devido, por conseguinte, impõe-se a procedência do pedido formulado na petição
inicial.
Ante o exposto, julgo procedente o pedido do autor, consequentemente, rejeito os embargos monitórios,
constituindo de pleno direito o título executivo judicial, devendo o presente processe prosseguir na forma
do Título II, Livro I da parte especial do atual CPC no que for cabível, nos termos do art. 702, parágrafo
oitavo do NCPC, consequentemente, julgo extinto o presente processo com resolução de mérito, na forma
do art. 487, inciso I do Código de Processo Civil.
Condeno, ainda, o réu a pagar as despesas e custas processuais, assim como os honorários advocatícios
que arbitro em 15% (quinze por cento) da condenação, com fundamento no art. 85 e seguintes do Código
de Processo Civil.
Vistos, etc.
CLAUTERCY PERAIRA DA SILVA, devidamente qualificado nos autos, por intermédio de procurador
judicial, ajuizou a presente Ação de Alvará Judicial, com vistas a receber valores deixados pelo de cujus
VALDIR PEREIRA DA SILVA.
O requerente anexou certidão de inexistência de dependentes habilitados à pensão por morte (ID
24248928), bem como declaração de que o falecido não deixou bens (ID 21459625).
Por outro lado, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS informou a existência de valores devidos aos
sucessores da falecida referente ao benefício previdenciário que recebia, conforme documento de ID
30216473.
Por fim, a Caixa Econômica Federal informou a inexistência de valores em relação ao PIS/ FGTS,
conforme documento (ID. 25450591).
Éo relatório.
1710
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Decido.
Trata-se de pedido de Alvará Judicial, com vistas ao levantamento de resíduo de benefício previdenciário
deixado pelo falecido VALDIR PEREIRA DA SILVA junto ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS,
bem como ao levantamento do saldo de PIS e FGTS junto à Caixa Econômica Federal.
Dispõe a lei nº 6.858 de 24.11.80, regulamentada pelo Decreto n.º 85.845 de 26.03.81:
“Art. 1º - Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das contas individuais
do Fundo de Garantia do tempo de serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP, não recebidos em
vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em cotas iguais, aos dependentes habilitados perante a
Previdência Social ou na forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta,
aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou
arrolamento.
(...)
Art. 2º O disposto nesta lei se aplica às restituições relativas ao imposto de renda e outros tributos,
recolhidos por pessoa física, e, não existindo outros bens sujeitos a inventário, aos saldos bancários e de
contas de caderneta de poupança e fundos de investimento de valor até 500 (quinhentas) Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional”
No caso em comento, o requerente é filho e único herdeiro do falecido, que era divorciado, e não deixou
dependentes habilitados à pensão por morte, de modo que não há óbice para a concessão de seus
direitos sucessórios.
Ante o exposto, defiro parcialmente pedido de alvará judicial, uma vez que inexiste valores referentes ao
PIS e FGTS. Expeça-se o competente alvará em nome do requerente, conforme requerimento na peça
inicial, para levantamento dos valores deixados pelo falecido junto ao Instituto Nacional do Seguro Social –
INSS. Após as formalidades legais, arquivem-se os autos.
Deixo de condenar os requerentes ao pagamento das custas e despesas processuais por serem
beneficiários da justiça gratuita.
Juíza de Direito
PODER JUDICIÁRIO
0873272-02.2020.8.14.0301
EXECUÇÃO FISCAL
ATO ORDINATÓRIO
Nos termos do art. 1º, §2º, inciso XX, do Provimento nº 006/2006 da Corregedoria de Justiça da Região
Metropolitana de Belém, e considerando a devolução do AVISO DE RECEBIMENTO (AR), sem
cumprimento, manifeste-se o autor, no prazo de 05 (cinco) dias, para requerer o que entender de direito.
______________________________________
ATO ORDINATÓRIO
De ordem, nos termos do §3 do art. 10 da lei 8328/2015, intimo a parte autora para que proceda, no prazo
legal (Art. 290 NCPC), o recolhimento de custas iniciais, o fazendo nos moldes do §1º do art. 9º da referida
lei (Relatório+Boleto+Comprovante pagamento). (Art. 1º, § 2º, I do Prov.06/2006 da CJRMB)
SERVIDOR
Nome: ANTONIO VILLAR PANTOJA OAB: 001049/PA Participação: REU Nome: BANCO DO BRASIL SA
Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA
[Contratos Bancários]
AUTOR: HIPERPAN IND. E COM. DE PANIFICACAO EIRELI - ME, FRANCISCO TAVEIRA ROCHA
__________________________________________
[Empréstimo consignado]
presentes autos, diga a parte autora em réplica através de seu advogado(a) no prazo de 15 (quinze) dias.
(Prov. 006/2006 da CJRMB).
__________________________________________
Vistos etc,
FRANCIS GUIDO GUIMARÃES HEIMANN, ISABEL LEA GUIMARÃES HEIMANN, JEANNE BORGES
HEIMANN e DEBORA JEANNE BORGES HEIMANN, devidamente qualificados nos autos, requereram a
expedição de Alvará Judicial com vistas ao levantamento dos valores deixados por FREDERIC Rodolphe
Daniel Heimann.
Determinada a emenda da petição inicial, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de indeferimento da
petição, nos termos do art. 321, parágrafo único do atual Código de Processo Civil, foi certificado o
transcurso do referido prazo sem que a parte houvesse corrigido o defeito (ID n. 30474525).
Éo relatório.
Decido.
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 319 e
320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com
precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
No caso concreto, foi determinada a emenda da inicial, para os requerentes anexarem documentos
comprovando a inexistência de dependentes habilitados à pensão por morte, porém a diligência não foi
cumprida até a presente data, conforme certidão anexada.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO (DL. 911/69). EXTINÇÃO DO FEITO, COM
FUNDAMENTO NO ARTIGO 267, INC. I E VI DO CPC. INDEFERIMENTO DA INICIAL POR NÃO TER, A
PARTE AUTORA, ATENDIDO À DETERMINAÇÃO DE EMENDA DA INICIAL. DESNECESSIDADE DE
INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE PARA FINS DE EXTINÇÃO DO FEITO. É cabível o indeferimento da
inicial, quando a parte, devidamente intimada, através de seu procurador, deixa de atender a determinação
judicial de emenda à inicial. Para a extinção do feito, com fundamento no art. 267, inc. VI, do CPC, não é
necessária a intimação pessoal da parte. Apelação desprovida. (Apelação Cível Nº 70053111803, Décima
Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Lúcia de Castro Boller, Julgado em
28/03/2013)
Ante o exposto, julgo extinto o presente processo, sem resolução de mérito, haja vista que os requerentes,
regularmente intimados para emendarem a inicial, mantiveram-se inertes, na forma do art. 485, inciso I
combinado com o art. 321, parágrafo único do Código de Processo Civil. Após as formalidades legais,
arquivem-se.
Condeno a requerente ao pagamento das custas e despesas processuais, nos termos do art. 85 e
seguintes do CPC. Todavia, suspendo a exigibilidade.
Cuida-se de Ação de Obrigação de Fazer ajuizada por ANA LÚCIA PINHEIRO DE ALMEIDA em desfavor
de COOPERATIVA HABITACIONAL DE BELÉM que veio redistribuída da 15ª Vara Cível e Empresarial de
Belém, cujo juízo acolheu a alegação de conexão da presente ação com os autos do processo nº
0835511-34.2020.814.0301.
Assim sendo, encaminhe-se o feito à 6ª Vara Cível e Empresarial de Belém, uma vez que os autos nº
0835511-34.2020.814.0301 tramitam na referida vara.
Intime-se.
1715
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
[Prescrição e Decadência]
__________________________________________
PROCESSO Nº 0847124-17.2021.8.14.0301
Atualmente, o CPC/2015 contempla os pedidos de Gratuidade de Justiça nos arts. 98 e segs. do referido
diploma, estabelecendo em seu art. 99, §2º., do referido diploma que: “o juiz somente poderá indeferir o
pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta de pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos
referidos pressupostos”.
No caso concreto, em que pese a afirmação do autor de não ter como arcar com o pagamento das custas
judiciais, sem contudo, carrear aos autos nenhuma documentação que comprovem não ter condições de
pagar as custas processuais, afastando, em princípio, a presunção de que não possui condições de arcar
com o pagamento das custas.
Desta forma, determino que seja a parte autora intimada, por seu advogado, para, no prazo de 15 dias: a)
proceder a juntada de suas três últimas declarações de Imposto de Renda, as 3 últimas faturas de energia
elétrica, comprovante de eventual negativação do nome em cadastros de restrição ao crédito, certidão
positiva de protestos, ações contra si ajuizadas, entre outros ou, ainda, qualquer outro documento que
entender necessário para fins de comprovar a hipossuficiência alegada ou, caso contrário; b) pagar as
custas processuais, nos termos do art. 321, do CPC/2015.
Número: 0833464-87.2020.8.14.0301
Vistos, etc.
1 - Ante a decisão do evento Num. 30772145, nos termos do inciso II, art. 51, da Lei n. 9.099/95, extingo o
processo SEM a resolução do mérito.
P.R.I.
PAULO SÉRGIO CORREIA DA SILVA, devidamente qualificado nos autos, propôs a presente AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em face de BANCO DO BRASIL S/A, também qualificado.
Em síntese, relatou o autor que, em 2009, teve seu pedido de recebimento do PIS negado pela Caixa
Econômica Federal, sob a alegação de que era funcionário público e deveria receber o PASEP, no Banco
do Brasil. Afirmou o autor que a referida informação lhe causou surpresa, dado que havia se desligado da
Polícia Militar em 1994 e não possuía vínculo com qualquer outro órgão ou entidade estatal.
Referiu ainda que, após pesquisar, descobriu que possuía dois cadastros no fundo PASEP e que uma das
inscrições foi realizada com os números errados do CPF e do RG do autor. Assim, como o requerido é o
1718
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
gestor do programa e como sofreu danos morais pela conduta irregular, pugnou pela condenação do
demandado em danos morais, no valor de R$ 9.370,00 (nove mil, trezentos e setenta reais).
Juntou documentos.
Devidamente citado, o requerido apresentou contestação (Id. 5344200), arguindo, preliminarmente, a sua
ilegitimidade passiva. No mérito, afirmou que o cadastramento no PASEP é feito pelo empregador e que
não possui responsabilidade pelos erros na inscrição.
Por fim, defendeu que, ainda que se conclua que fora o responsável pelo cadastro equivocado, não há
prova nos autos de que o autor sofreu danos em sua esfera íntima, o que deve resultar na improcedência
da pretensão.
Intimado para apresentar réplica (Id. 5404920), o demandante não apresentou manifestação sobre a
contestação.
É O RELATÓRIO. DECIDO.
O réu sustenta a sua ilegitimidade sob o argumento de que “o responsável pelos depósitos, bem como das
devidas atualizações é o órgão empregador, a saber, Chesf, vinculado ao governo Federal, em virtude da
natureza tributária da aludida verba” (Id. 5344178, pág. 2).
Vê-se que as razões sustentadas pelo requerido são flagrantemente dissociadas do objeto da lide,
porquanto a demanda não versa sobre atualização ou ausência de depósito relativo ao PASEP, tampouco
há qualquer relação entre o autor e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco.
II – DO MÉRITO
Concisamente, sustenta o autor que verificou a existência de duas inscrições no PASEP em seu nome
(NIT 1230015321-3 e NIT 170473645-1), sendo que uma delas contém possui dados incorretos (CPF e
RG). Por conseguinte, como o réu é o gestor do programa governamental, pugna pela sua condenação na
obrigação de repará-lo pelos danos morais sofridos pela falha no cadastro.
Pois bem. A Lei Complementar 08/70, ao criar o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor
Público – PASEP, estabeleceu que ao Banco do Brasil competiria administrar o reportado programa (art.
5º, caput LC 08/70), sendo sua atribuição organizar o cadastro geral dos servidores beneficiários (art. 5º,
§6º da LC 08/70). Por óbvio, a previsão normativa é pouco esclarecedora quanto ao real papel da entidade
financeira pública na gestão do programa, na medida em que “organizar” é um termo que comporta
inúmeras acepções, das mais largas às mais restritivas.
Contudo, para regulamentar a supracitada lei, foi editado o Decreto 71.618/72, que trouxe a seguinte
previsão:
“Art. 23.
1719
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
(...)
§ 2º O Banco do Brasil S.A. louvar-se-á, para os efeitos de organização de cadastro, nos dados que
receber dos órgãos mencionados neste artigo, não lhe cabendo responsabilidades por erros ou
omissões decorrentes das informações prestadas”.
Pelos dispositivos colacionados, a responsabilidade pela regularidade dos dados é integralmente do órgão
ou da entidade administrativa empregadora, e não do Banco do Brasil. E, após a reunião em um fundo
único dos programas PIS e PASEP (Lei Complementar 26/75), foi editado o Decreto-Lei 2.052/83,
reiterando a exclusão da responsabilidade da instituição financeira quanto às informações que lhe são
repassadas para cadastro. É o que se extrai do art. 5º da citada norma:
Art. 5 º A omissão do nome do empregado ou a declaração inexata ou falsa sobre o salário e o seu
tempo de serviço, bem assim sobre outros dados cadastrais, sujeitará o empregador ou aquele
legalmente responsável pela prestação dessas informações, aos seguintes encargos.
I - ressarcimento dos prejuízos causados aos participantes, por não terem sido creditadas, nas
respectivas contas individuais, as importâncias de que tratam o artigo 7 º da Lei Complementar n º
7, de 7 de setembro de 1970, e o artigo 4 º da Lei Complementar n º 8, de 3 de dezembro de 1970,
bem como as parcelas referidas no artigo 3 º da Lei Complementar n º 26, de 11 de setembro de
1975;
Por óbvio, nas hipóteses em que for comprovado que as informações foram prestadas regularmente pelo
empregador e ainda assim houve erro no cadastramento por falha da instituição financeira, deverá ser
reconhecida a responsabilidade da instituição financeira. Todavia, até onde se pode divisar, não há
qualquer informação no processo que permita se alcançar essa conclusão.
Em verdade, o único documento que apresenta um início de prova da responsabilidade pelo cadastro
equivocado se encontra acostado nos autos sob o título “processo na justiça militar” (Id. 2966630).
Conquanto o texto seja apócrifo e não conste outros elementos que permitam identificar com precisão do
que se trata o documento, o fato de se tratar de mero texto e de ter sido coligida aos autos pelo próprio
autor, sem qualquer ressalva ou impugnação quanto ao seu conteúdo, permite inferir que o requerente
reconhece a validade dos fatos nele reproduzidos. E no referido documento foram consignadas as
seguintes informações:
“A Policia Militar do Estado do Pará (PMPA) não informou para o Banco do Brasil, o Número de
Inscrição do Trabalhador (NIT): 1230015321-3, correto do Policial Militar, Paulo Sérgio Correia da
Silva (...) Nada justifica a abertura de um novo NIT: 170473645-1, pela Polícia Militar do Estado do
Pará (PMPA), com dados incorretos: (RG.CTPS), haja vistas que este órgão detinha todos os
documentos de Paulo Sérgio Correia da Silva” (Id. 2966630 – Pág. 2 - sic)
Ora, se há nos autos documento acostado pelo próprio autor que responsabiliza a Polícia Militar pelo erro
no fornecimento das informações necessárias para o cadastro, não há como se imputar a
responsabilidade ao réu.
1. Sobre a preliminar de ilegitimidade passiva ad causam aventada pela União, tem-se que ela não
mereça acolhimento uma vez que o erro administrativo (preenchimento de informações totalmente
equivocadas sobre o então soldado ANDERSON RODRIGUES ARAÚJO, que resultou na inscrição
do seu PIS no nome de um soldado do exército chamado ARTHUR ALVES DE SOUSA) decorreu da
ação de órgão federal, in casu, o Exército Brasileiro, não havendo que se imputar qualquer conduta
comissiva ou omissiva ao Banco do Brasil ou à Caixa Econômica Federal, esta centralizadora das
operações do PIS e aquele gestor dos valores pertinentes aos depósitos do PASEP.
(TRF-5 - AC: 08027375720134058100 CE, Relator: Desembargador Federal Manoel Erhardt, Data de
Julgamento: 20/02/2016, 1º Turma)
Sobremais, ainda que o equívoco no cadastro fosse atribuível ao réu, de melhor sorte não socorre o autor,
uma vez que o demandante não descreveu qualquer violação a sua esfera extrapatrimonial advinda da
falha na inscrição.
Ao se consultar a inicial, observa-se que ora foram utilizados argumentos genéricos (vide “a negligência da
Promovida gerou a ocorrência do incidente relatado e a humilhação, vexame e constrangimentos
profundos dele decorrentes”; “de se ressaltar a angústia e a situação de estresse prolongado a que a
autora foi submetido em razão da atitude desidiosa e irresponsável da Promovida” - – Id. 2966622, págs.
10/11), ora foram expostos fatos que não guardam relação com a lide (“a frustração de perder a
locomoção também contribuiu para o elenco dos danos morais suportados pelo Sr. PAULO SÉRGIO
CORREIA DA SILVA” – Id. 2966622, pág. 10. “tal regressão no tratamento adiou sensivelmente seu
retorno ao exercício pleno de suas atividades como policial em atividades e operações” – Id. 2966622,
pág. 3).
Logo, ausente a configuração de ato ilícito por parte do réu e de qualquer prejuízo moral ao demandante, a
improcedência da pretensão é o único caminho disponível.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, com apoio na argumentação apresentada e com fundamento no art. 487, I, do CPC,
JULGO TOTALMENTE IMPROCEDENTE os pedidos formulados pelo autor.
Condeno ainda o requerente em custas processuais e honorários advocatícios, os quais fixo em 10% (dez
por cento) sobre o valor da causa. No entanto, em razão do réu ser beneficiário da gratuidade da justiça,
determino a suspensão da exigibilidade dos créditos até que se comprove a insubsistência da condição de
hipossuficiência financeira que autoriza o benefício.
Ultrapassados 5 (cinco) anos sem que tenha se verificado que o sucumbente possui suficiência de
recursos para assumir os ônus sucumbenciais, devem as referidas condenações serem extintas (art. 98,
§3º do CPC).
1721
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Com trânsito em julgado desta sentença, arquivem-se os presentes autos, mediante as cautelas legais.
P.R.I.C.
SENTENÇA
Vistos etc.,
Embora o art. 12 do novo CPC determine a ordem cronológica de conclusão para a prolação de
sentenças, o parágrafo 2º, I e IV do NCPC excepciona esta regra e dispõe que as sentenças terminativas
estão excluídas da regra prevista no caput do dispositivo, pelo que passo ao julgamento da presente
demanda.
Considerando-se que a parte autora veio aos autos requerendo a desistência do feito e que ainda não
ocorreu a citação do réu, homologo a desistência da ação para os fins do art. 200, parágrafo único, do
Código de Processo Civil/2015.
Em consequência, JULGO EXTINTO O PROCESSO, com fundamento no art. 485, VIII, do Código de
Processo Civil.
Na hipótese de existência de custas remanescente e não sendo realizado o seu pagamento, o crédito
delas decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos demais encargos legais e será
encaminhado para inscrição da Dívida Ativa.
PROCESSO Nº 0875054-44.2020.8.14.0301
DECISÃO
Diante da certidão id Num. 31926162 - Pág. 1, chamo o feito a ordem para corrigir o dispositivo da
sentença, onde consta “Sem custas, em razão dos autores litigarem sob o benefício da justiça gratuita”
seja corrigido por “Custas na forma da lei. Na hipótese do não pagamento das custas processuais, o
crédito delas decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos demais encargos legais e
será encaminhado para inscrição da Dívida Ativa.”
Cumpra-se.
0824121-72.2017.8.14.0301
SENTENÇA
Ao final, requer que os presentes embargos sejam conhecidos e providos para eliminar o erro material
apontado e, consequentemente, seja excluído da condenação o pagamento dos valores a título de
aluguéis inadimplidos.
Inicialmente, verifica-se que os embargos apresentados são tempestivos, uma vez que interpostos no
prazo previsto no art. 1.023 do CPC.
No caso em exame, reconhecida a legitimidade recursal da embargante, bem como o interesse de recorrer
e a via eleita.
Regularmente processados, não há qualquer fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer, estando
preenchidos os pressupostos extrínsecos da presente via recursal.
Sustenta o Embargante a ocorrência de mero erro material na decisão prolatada, vez que constou na parte
dispositiva a condenação da parte promovida no pagamento dos aluguéis e acessórios vencidos no valor
de R$ 207.162,99 (duzentos e sete mil, cento e sessenta e dois reais e noventa e nove centavos), sem
que essa providência tivesse requerida na petição inicial.
Analisando o teor dos pedidos constante na petição inicial, percebe-se que, de fato, não há qualquer
formulação de pretensão de condenação da parte promovida em aluguéis e assessórios vencidos, mas
apenas e tão somente de despejo da requerida do imóvel descrito na peça exordial.
Ademais, o art. 62, I, da Lei nº 8.245/91 faculta ao locador a possibilidade de ajuizar somente a ação de
despejo, sem que seja indispensável a sua cumulação com a cobrança de aluguéis e assessórios da
locação.
Dessa forma, em atenção ao princípio da congruência, e considerando que o deferimento de pedido não
requerido expressamente configura julgamento extra petita, merece prosperar a pretensão recursal da
embargante.
Como consectário lógico, deve ser modificada a referência da condenação em honorários sucumbenciais,
visto que não há mais condenação pecuniária, devendo, portanto, os honorários serem calculados com
base no valor atualizado da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC.
Diante do exposto, CONHEÇO dos Embargos de Declaração e LHES DOU PROVIMENTO para excluir o
item “2” do dispositivo da sentença embargada, devendo o dispositivo passar a vigorar com a seguinte
redação: “Ante o exposto, julgo TOTAMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados pela autora CALILA
ADMINISTRAÇÃO E COMÉRCIO LTDA em face do réu TAVEIRA & OLIVEIRA LTDA (ÓTICA ANA
MARIA), nos termos da fundamentação acima, para fins de: 1) declarar rescindido o contrato de locação
celebrado entre as partes e, consequentemente, decretar o despejo do locatário, devidamente qualificado
nos autos, ratificando-se a liminar concedida (Id Num. 5911879 - Pág. 1 a 2); E assim sendo, julgo extinto
o processo com resolução de mérito, a teor do Art. 487, I, do CPC/2015, condenando o requerido, ainda,
ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios que arbitro em 10% (dez por cento) do
valor atualizado da causa, nos termos do art. 85, §2º do CPC/2015, devidamente atualizada até o efetivo
pagamento”.
ÀSecretaria para cumprir a parte final da sentença de ID.170809331 quanto à expedição do Alvará
Judicial.
Tendo em vista que o requerido não possui patrono nos autos, o prazo para recurso deverá ser contado a
partir da data da publicação desta sentença, nos termos do art. 346, do NCPC.
P.R.I
Expedientes necessários.
PROCESSO Nº 0832437-35.2021.8.14.0301
DESPACHO
I – Examinando os autos, observa-se que os valores deixados pela de cujus não se enquadram em
quaisquer das hipóteses elencadas pelo Decreto 85.845/81 e/ou pela Lei 6858/80, impedindo a utilização
do alvará judicial. Diante do exposto, intimem-se os requerentes para que, no prazo de 15 (quinze) dias,
emendem à inicial, adequando-a ao procedimento de arrolamento sumário.
II - A parte autora também deve emendar a inicial, sob pena de indeferimento, nos termos do artigo 321 do
CPC/2015, esclarecendo sobre a existência de bens em nome do falecido. Na oportunidade, deverá juntar
os seguintes documentos:
A) Declaração de inexistência de outros bens sujeitos a inventário, lembrando que a declaração deve se
referir ao “de cujus”, e não aos legitimados ao recebimento dos valores, com assinatura reconhecida pelo
notário público. Ciente de que na hipótese de falsidade, sujeitar-se-á às sanções previstas no Código
Penal e as demais cominações legais aplicáveis, nos termos do art. 4º, § 2º, do Decreto nº 85.845;
B) Certidão de inexistência de herdeiros habilitados na entidade previdenciária oficial a qual o falecido era
vinculado;
III – Caso cumprida tal determinação, expeça-se ofício ao Banco do Brasil a fim de que, no prazo de 15
(quinze) dias, informe a respeito da existência de ativos financeiros em nome do(a) falecido(a) em conta
corrente ou poupança. Anote-se no expediente que a falta de tal informação causa prejuízo à prestação
jurisdicional, ferindo o princípio da duração razoável do processo, incorrendo o funcionário ou servidor
1726
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PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: 0807144-63.2021.8.14.0301
Prazo: 20 dias
O Doutor FABIO ARAUJO MARÇAL, Juiz de Direito Auxiliar de 3ª Entrância, FAZ SABER a quem o
presente Edital virem ou dele tiverem conhecimento que por este Juízo e expediente do Cartório da 11ª
Vara Cível e Empresarial de Belém, tramitam os autos cíveis da AÇÃO DE PROCEDIMENTO COMUM
CÍVEL, proposta por JOAO DE MIRANDA LEAO NETO, CPF 858.477.982-53, contra INVASORES
DESCONHECIDOS, CARLIANA. Estando o réu INVASORES DESCONHECIDOS atualmente em lugar
incerto e não sabido, fica o mesmo CITADO através deste EDITAL, da ação contra si movida, para que,
querendo, conteste a presente ação no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de não o fazendo, serem tidos
como verdadeiros os fatos alegados pela parte autora na Inicial, conforme as advertências dos artigos 344
a 346 do Código de Processo Civil em vigor, bem como comparecer em audiência de justificação para o
dia 16 de setembro de 2021, às 9:30h. O acesso à audiência se dará por intermédio do seguinte link, que
foi encaminhado para o endereço eletrônico das partes e/ou por seus advogados, caso tenham sido
fornecidos nos autos: https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_NDJhYjUzMDMtYWJjOC00MGQ2LTgxM2YtZTkxYWMwODQ3ZWVh%40thread.v2/0?
c o n t e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%222b69d5e4-12dc-4598-84ff-b7802c3131ca%22%7d. Caso
desejem obter o acesso ao referido link, os interessados poderão solicitá-lo pelo contato
gab.11civelbelem@tjpa.jus.br, em até 5 (cinco) dias úteis antes da realização da audiência. Tudo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
conforme despacho de Id. 30681061 presente no s autos. E para que chegue ao conhecimento de todos e
o interessado não alegue ignorância, mandou a M.M. Juiz expedir o presente Edital, que será afixado no
átrio do Fórum local, lugar de costume e publicado conforme determina a Lei. Dado e Passado nesta
cidade de Belém do Pará, aos 17 dias do mês de agosto de 2021. Eu, Janete de Carvalho Ferreira,
Servidora da Secretaria da 11ª Vara Cível e Empresarial da Capital, o subscrevi e segue assinado
digitalmente pelo magistrado. FÁBIO ARAUJO MARÇAL, Juiz de Direito Auxiliar de 3ª Entrância.
0806654-75.2020.8.14.0301
SENTENÇA
Afirmou a autora que o requerido integra o grupo de consórcio nº 4187958518, administrado pela autora,
tendo sido contemplado com uma cota consorcial, oportunidade em que adquiriu o veículo descrito na
peça inicial.
Assevera, ainda, que para garantir o grupo da dívida remanescente, a requerida assinou a parte autora
contrato com garantia de alienação fiduciária.
Informa que a requerida deixou de efetuar os pagamentos das parcelas do consórcio, razão pela qual
requereu a concessão de medida liminar de busca e apreensão e, ao final, que fosse julgada procedente a
demanda, com a consolidação definitiva da propriedade em seu nome.
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Foi deferida a liminar de busca e apreensão, sendo regularmente cumprida, com o veículo entregue ao
responsável legal do requerente; o demandado foi devidamente citado em 16 de junho de 2020 (ID.
17807296), porém, quedou-se inerte (ID n. 18364787).
É O RELATÓRIO. DECIDO.
Cumpre também destacar que, embora o art. 12 do novo CPC determine a ordem cronológica de
conclusão para a prolação de sentenças, parágrafo 2º, I e IV do NCPC dispõe que as sentenças proferidas
em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido e as sentenças
terminativas estão excluídas da regra prevista no caput do mesmo artigo.
Isso revela que o legislador optou por distinguir as situações em que, pelo grau de simplicidade e rapidez
com que uma sentença pode ser proferida, seria injustificável que se aguardasse a prolação de decisão
em outros casos, em que a elaboração do julgado tende a tomar mais tempo do juiz.
Conforme relado ao norte, o réu foi regularmente citado e deixou transcorrer in albis o prazo para se
manifestar nos autos. Por conseguinte, deve ser aplicada ao demandado a pena de revelia e confissão
ficta quanto a matéria de fato, a teor do disposto nos arts. 285 e 319 do CPC/73 (citação que se operou
ainda na vigência da antiga Lei Processual – aplicação do princípio do tempus regit actum).
Passo, então, ao julgamento antecipado da lide, conforme previsto no art. 355, II do NCPC.
O Decreto-Lei 911/69, alterado pela lei n°. 10.931/2004 dispõe em seu § 1° do art. 3°:
Art 3º O Proprietário Fiduciário ou credor, poderá requerer contra o devedor ou terceiro a busca e
apreensão do bem alienado fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, desde que comprovada
a mora ou o inadimplemento do devedor.
§1o Cinco dias após executada a liminar mencionada no caput, consolidar-se-ão a propriedade e a posse
plena e exclusiva do bem no patrimônio do credor fiduciário, cabendo às repartições competentes, quando
for o caso, expedir novo certificado de registro de propriedade em nome do credor, ou de terceiro por ele
indicado, livre do ônus da propriedade fiduciária.
No caso em exposição o autor trouxe aos autos a prova do contrato de financiamento, bem como a
notificação extrajudicial que constituiu o demandado em mora. Somado a estes elementos, a revelia do
requerido importa no entendimento de que o débito alegado existe. Em encadeamento lógico, inexiste
outro caminho salvo o de julgar procedente o pedido do requerente.
DO DISPOSITIVO
Ante o exposto, com apoio na argumentação apresentada e com fundamento no art. 487, I, do NCPC,
JULGO PROCEDENTE o pedido formulado pelo autor, declarando rescindido o contrato firmado entre as
partes e consolidando nas mãos do autor a propriedade e posse plena e exclusiva do bem descrito na
inicial, cuja apreensão liminar torno definitiva.
Julgo extinto o processo com resolução do mérito e condeno o demandado ao pagamento de encargos
processuais e honorários advocatícios em favor do causídico do demandante, que fixo em 10% (dez por
cento) sobre o valor da causa, devidamente atualizado até o efetivo pagamento.
Com trânsito em julgado desta sentença, decorrido o prazo de 6 (seis) meses sem qualquer providência
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P.R.I.C.
MONITÓRIA (40)
PROCESSO Nº 0823272-03.2017.8.14.0301
REQUERIDO: DERYK ERICSSON PINHEIRO DOS SANTOS, DOMINGOS VALTER VIANA BASTOS,
PHOENIX CONSTRUCOES LTDA - EPP
DESPACHO
Considerando a certidão (ID Num. 30113512) intime-se o requerente pessoalmente, por meio de oficial de
justiça, para manifestar sobre o seu interesse no prosseguimento do feito, no prazo de 05 (cinco) dias, sob
pena de extinção, com base no art. 485, III, do Código de Processo Civil.
Ressalte-se que a mera declaração de existência de interesse desprovida de qualquer pedido concreto ou
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de postulação que promova o desenvolvimento regular da demanda não será considerada hábil para
atender à determinação judicial supramencionada.
Decorrido o prazo assinalado, com ou sem manifestação, devidamente certificado, retornem os autos
conclusos.
A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB,
de 22.01.2009.
Intime-se. Cumpra-se.
PROCESSO Nº 0832249-42.2021.8.14.0301
DESPACHO
R.H.
Trata-se de embargos à execução opostos por CRISTINA DA COSTA FRANCO PINGARILHO , em
contraposição à execução de título extrajudicial ajuizada em seu desfavor de CONDOMINIO DO EDIFICIO
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PASSARGADA. CITE-SE a parte embargada, na pessoa de seu advogado (a) habilitado nos autos
principais (Proc. nº 0820891-80.2021.8.14.0301), para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar
impugnação aos Embargos, nos termos do Art. 920, I, do CPC/2015. Após, com ou sem manifestação,
neste último caso devidamente certificado, retornem os autos conclusos.
Defiro a gratuidade
Cumpra-se.
0854512-73.2018.8.14.0301
[Contratos Bancários]
0854512-73.2018.8.14.0301
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Endereço: Centro Empresarial Itaú Conceição, 100, Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha 100, Parque
Jabaquara, SãO PAULO - SP - CEP: 04344-902
Endereço: Avenida Conselheiro Furtado, 3249, Sala A, Cremação, BELéM - PA - CEP: 66063-060
Endereço: Avenida Conselheiro Furtado, 3536, Bloco A, Apartamento 104, Guamá, BELéM - PA - CEP:
66073-160
SENTENÇA
Vistos, etc.
Tratam-se os presentes de AÇÃO DE COBRANÇA, proposta por ITAU UNIBANCO S.A., já devidamente
qualificado nos autos, em face de P0LO PARTICIPACOES LTDA – EPP e outro, igualmente identificado.
DECIDO
Embora o art. 12 do novo CPC determine a ordem cronológica de conclusão para a prolação de
sentenças, o §2º, I do NCPC excepciona esta regra ao dispor que as sentenças homologatórias de acordo
estão excluídas da regra prevista no caput do dispositivo, pelo que passo ao julgamento da presente
demanda
Pois bem. Tendo sido observadas as formalidades legais, sendo as partes capazes e adequadamente
representadas, não havendo qualquer indício de vício no consentimento e sendo o objeto transacionado
lícito e disponível, HOMOLOGO POR SENTENÇA o acordo apresentado pelas partes, para que produza
seus efeitos legais e jurídicos.
Por corolário, JULGO EXTINTO o processo com resolução do mérito, nos termos do art. 487, III, “b”, do
CPC.
Com o trânsito da presente decisão, que se dará mediante publicação no Diário de Justiça, arquivem-se os
autos.
P.R.I.C.
0866958-11.2018.8.14.0301
SENTENÇA
Afirma o autor ser fornecedor de bens e serviços em varejo, tendo como principal atividade econômica a
venda de produtos alimentícios e produtos diversos de magazine, onde disponibiliza pagamento tanto à
vista quanto a prazo, e uma das facilidades da empresa é o pagamento a crédito através do cartão
Liderzan, que permite ao consumidor pagar a mercadoria com a fatura de cobrança que chega até sua
residência dentro do vencimento.
Aduz ser a requerida cliente da autora, sempre efetuando compras e pagando corretamente, sendo que
nos últimos meses a primeira teria faltado com suas obrigações, o que teria gerado cobrança amigável,
sem ter havido solução.
Informa, assim, que a requerida teria um débito no valor de R$ 1.506,07 (um mil, quinhentos e seis reais e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
sete centavos), e que acrescido de juros, correção monetária, custas e honorários advocatícios,
alcançaria o valor de R$ R$ R$ 4.217,82 (quatro mil, duzentos e dezessete reais e oitenta e dois
centavos), pedindo, ao fim, a condenação do requerido nestes termos.
Em despacho de ID. 8322237, foi determinada a citação da requerido, o que restou devidamente cumprida
no ID. 9161543.
Na audiência de conciliação de ID. 9523484, não foi possível a tentativa de composição amigável haja
vista o não comparecimento da requerida, restando a mesma condenada em multa de 2% (dois por cento)
sobre o valor da causa, que deverá ser revertida em favor do Estado.
Os autos foram encaminhados à UNAJ e voltaram conclusos para fins de julgamento antecipado.
É O RELATÓRIO. DECIDO.
Verifico ainda que o presente feito está concluso desde 11.05.2020, encontrando-se assim na lista de
processos mais antigos para julgamento, nos termos do art. 12, do NCPC.
Cumpre também destacar que a presente sentença deve ser proferida à luz da Lei n. 13.105, de 16 de
Março de 2015, que instituiu o Novo Código de Processo Civil, sendo que a análise do direito probatório
deverá ser realizada com base no CPC/73, de acordo com o art. 1.047, do NCPC.
No mais, embora o art. 12 do novo CPC determine a ordem cronológica de conclusão para a prolação de
sentenças, parágrafo 2º, I e IV do NCPC dispõe que as sentenças proferidas em audiência,
homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido e as sentenças terminativas estão
excluídas da regra prevista no caput do mesmo artigo.
Isso revela que o legislador optou por distinguir as situações em que, pelo grau de simplicidade e rapidez
com que uma sentença pode ser proferida, seria injustificável que se aguardasse a prolação de decisão
em outros casos, em que a elaboração do julgado tende a tomar mais tempo do juiz.
E este é o caso dos autos, vez que se trata de demanda de fácil resolução, por se tratar de revelia.
Trata-se de processo de cobrança movido por LÍDER COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA em desfavor de
EDNA DAS GRAÇAS DOMINGUEZ MARQUES.
Feitas tais considerações, observa-se que o pedido está devidamente instruído. A parte requerida não
contestou a ação, impondo-se a decretação de sua revelia, o que o faço neste ato, assim como o
reconhecimento dos fatos afirmados pelo autor em sua inicial, conforme estatui o art. 344, do Novo Código
de Processo Civil, in verbis:
Art. 319. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.
Diante da revelia do requerido, o julgamento antecipado do mérito se impõe, por não haver necessidade
de se buscar outras provas, principalmente, quando estas estão robustecidas pelos documentos
ancorados na inicial.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
“No caso de revelia do réu, existe a presunção legal de veracidade dos fatos alegados, de maneira que o
juiz não deve determinar de ofício a realização de prova, a menos que seja absolutamente necessária para
que profira a sentença”. (TRF. 1a. Turma, Ag. 47.562-RJ. Rel. Min. Carlos Thibau. Código de Processo
Civil – Theotônio Negrão – 26a. Edição, pa. 288).
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e
atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de
advogado.
Verifica-se que o autor comprovou a existência da dívida, ao juntar aos autos os documentos de ID.
7187493. Assim, diante da confissão ficta da requerida, decorrente da revelia decretada e com base ainda
nos documentos apresentados, entendo provada a existência da dívida no valor de R$ 1.506,07 (um mil,
quinhentos e seis reais e sete centavos), devendo ser acrescida de juros de 1% a.m. (art. 397, do NCCB),
a contar do vencimento de cada parcela, informado na inicial, e correção monetária, pelo INPC, a contar
do ajuizamento da presente ação (art. 1o., § 2o, da Lei 6.899/81).
Por outro lado, quanto à cobrança de honorários advocatícios contratuais, deve ser afastada tal cobrança,
vez que a obrigação contratual decorre de relação existente entre o cliente (autor) e seu advogado, e
obriga apenas estes, além de não se confundir com os honorários sucumbenciais, que são arbitrados pelo
juízo, nos termos do art. 85, §2º., do NCPC.
Veja-se que tal entendimento é bem explicitado no voto do Relator: Luiz Cezar Nicolau no APL: 13155365
PR 1315536-5 (TJ-PR, Data de Julgamento: 26/08/2015, 12ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 1645
10/09/2015), abaixo:
[...] Portanto, mesmo diante da revelia do réu/apelado, inexiste qualquer vício por afronta ao
princípio da congruência na decisão recorrida que, ao julgar o pleito pela condenação do réu ao
pagamento dos aluguéis, encargos, multa rescisória e honorários advocatícios, afastou a cobrança
de honorários advocatícios previamente estabelecidos no montante de 10% do valor do débito, por
considerá-la abusiva, sob o argumento de que “os honorários devem ser fixados judicialmente nos
termos do que dispõe o art. 20 do Código de Processo Civil” (mov. 49.1).
Não há que se falar, assim, em declaração de nulidade de cláusulas contratuais de ofício, mas, tão
somente, julgamento de parcial procedência do pedido inicial.
Inexiste, igualmente, contradição no pronunciamento singular, pois o que não foi acolhido foi a
incidência dos honorários convencionais previstos à cláusula 12º do contrato de locação e não a
incidência de honorários sucumbências, como determinado pela decisão de mov. 19, os quais não
se confundem.
porquanto possuem a mesma natureza dos honorários sucumbenciais, o que representaria bis in
idem: “APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DO DEVEDOR. EXECUÇÃO DE CONTRATO DE LOCAÇÃO
(...) HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS PREVISTOS NO CONTRATO DE LOCAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE
DE COBRANÇA. FIXAÇÃO NA SENTENÇA. BIS IN IDEM. READEQUAÇÃO DOS ÔNUS DE
SUCUMBÊNCIA.1. “Não há como serem, os honorários advocatícios, previamente estabelecidos no
contrato, pelo menos para o processo judicial, porquanto incumbe ao magistrado arbitrá-los,
segundo as circunstâncias do caso concreto"(TJPR - 11ª C.Cível - AC 464332-9 - Rel.: Luiz Antônio
Barry - J. 30.04.2008) (...). Note-se que a possibilidade de cobrança dos honorários previstos no
contrato de locação, bem como a fixação de honorários advocatícios de sucumbência pelo Juízo a
quo, acarretaria em bis in idem, vez que possuem a mesma natureza. Ademais, o arbitramento de
honorários advocatícios na sentença não está vinculado à previsão contratual, pelo que o pedido
não merece ser acolhido (...)” (AP 950.552-2, 11ª CCív, Rel. Des. Ruy Muggiati, julgado em
14/11/2012).
E neste sentido, os honorários sucumbenciais devem ser arbitrados pelo juízo na forma prevista no art. 85,
§2º., do NCPC.
Assim, entendo provada a existência da dívida no valor de R$ 1.506,07 (um mil, quinhentos e seis reais e
sete centavos), devendo ser acrescida de juros de 1% a.m., a contar da citação (Art. 405, do CC/02), e
correção monetária, pelo INPC, a contar do vencimento da dívida (Súmula 43, STJ).
DO DISPOSITIVO
Pelo exposto, com a fundamentação, julgo TOTALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados pela
autora LÍDER COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA em desfavor de EDNA DAS GRAÇAS DOMINGUEZ
MARQUES e, por consequência, condeno os requeridos, de forma solidária, ao pagamento da
importância de R$ 1.506,07 (um mil, quinhentos e seis reais e sete centavos), acrescidos de juros e
correção monetária, nos termos da fundamentação.
Tendo em vista que a parte requerida não possui patrono nos autos, desnecessária a sua intimação
da sentença, sendo que o prazo deverá ser contado a partir da data da publicação da sentença, nos
termos do art. 346, do NCPC.
Condeno a parte requerida ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em
10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, § 2º do NCPC.
Em relação às custas porventura devidas, em caso de não pagamento, no prazo de 15 (quinze) dias, o
crédito delas decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos demais encargos e será
encaminhado para inscrição em dívida ativa.
P.R.I.C.
PROCESSO Nº 0845994-89.2021.8.14.0301
DECISÃO
R.H
Em breve síntese, alegou a demandante que cliente do Plano de Saúde fornecido pela empresa requerida
sob o contrato/cartão nº 774 718 006920 014 e foi diagnosticada com DOENÇA DE PAGET (CID 10:
M88). Alega ainda que a doença que a aflige caracteriza-se por ser um transtorno crônico do esqueleto
adulto em que a renovação óssea é acelerada em áreas localizadas, o que pode afetar qualquer osso,
sendo os mais afetados os ossos da pelve, da coxa e do crânio. Como consequência, a matriz normal é
substituída por osso amolecido e expandido, ou seja, mais fracos do que o normal. Os sintomas podem
incluir dores ósseas, deformidade óssea, artrite e compressão nervosa dolorosa.
Juntou laudo médico onde a Reumatologista Dra. Fabíola Brasil (CRM-PA: 9461) prescreveu
tratamento com ACLASTA 5/mg, que deve ser utilizado a cada 12 meses, em caráter de urgência, uma
vez que a requerente encontra-se com quadro álgico importante e progressivo em região pélvica, o que a
incapacita de desempenhar suas atividades cotidianas elaborais.Afirma que a requerente buscou a
autorização do plano de saúde para dar continuidade ao tratamento e evitar os sintomas cotidianos, assim
como a progressão de sua doença e uma melhoria em sua qualidade de vida, contudo o pedido foi negado
administrativamente pelo plano, que sequer informou o motivo do indeferimento.
Por fim, requereu, em sede de tutela de urgência de natureza antecipada, que a demandada
seja compelida a fornecer o medicamento em tela, sob pena de multa diária.
Pleiteia a autora, em sede de tutela de urgência antecipada inaudita altera parte, a determinação judicial
para que a ré seja obrigada a fornecer medicamento com o princípio ativo ACLASTA 5/mg. A respeito da
1738
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
...
§2º. A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
Percebe-se, pois, que o Código de Processo Civil condiciona a concessão da tutela provisória de urgência,
em linhas gerais, ao preenchimento dos requisitos de fumus boni iuris e periculum in mora – não
descurando da possibilidade de existência de outros elementos acidentais específicos, como a
averiguação da reversibilidade da medida (art. 300, §3º do CPC) ou necessidade de fixação de caução
(art. 300, §1º do CPC).
Pois bem. A probabilidade do direito invocado reside no fato de que, em consulta ao site da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, verifica-se que há fármacos com o princípio ativo ACLASTA
5/mg registrados na autarquia de controle sanitário LIBBS FARMACÊUTICA LTDA SOLUÇÃO PARA
INFUSÃO 0,05 MG/ML data da inclusão 31/03/2019. Logo, a pretensão em comento não tem por objetivo
o fornecimento de medicamento não autorizado ou indisponível no mercado nacional.
Nessa senda, sendo o posicionamento pacífico do STJ de que deve ser reputada abusiva a negativa pelo
plano de saúde de fornecimento de medicamento necessários para o tratamento de doenças elencadas no
instrumento contratual (ex vi: AgInt no AREsp 1272554/RJ, julgado em 23/10/2018; AgInt no AREsp
1285474 / DF, julgado em 08/10/2018), bem como existindo firme posicionamento jurisprudencial acerca
da obrigatoriedade das empresas de seguro saúde assegurarem os medicamentos prescritos pelos
profissionais de saúde que acompanham o paciente, ainda que em uso off label (AgInt no AREsp
1423148/SP, julgado em 30/09/2019, AgInt no AREsp 1490311/SP, julgado em 17/09/2019), entendo que
há indícios relevantes de que assiste direito ao demandante em seu pleito.
No caso do perigo da demora, reconheço a sua existência no fato de que o litígio posto envolve o direito à
vida do requerente. Afinal, de acordo com o laudo do profissional de saúde que acompanha o tratamento
da autora (Id. Num. 31383460), a situação do demandante é grave e a utilização do fármaco em tela é
necessária para tentar melhorar o seu quadro clínico.
Por fim, ressalto que não verifico, em uma cognição não exauriente, a existência de irreversibilidade nesta
decisão liminar, visto que, na hipótese de a requerida sagrar-se vencedora ao fim do curso regular do
processo, poderá efetuar a cobrança dos valores gastos com o tratamento em questão.
Diante do exposto, e considerando o que mais consta dos autos, DEFIRO A TUTELA ANTECIPADA DE
URGÊNCIA pleiteada, determinando que a requerida forneça medicamento contendo o princípio ativo
ACLASTA 5/mg, que deve ser utilizado a cada 12 meses e no quantitativo solicitado pela médica que
acompanha a autora, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a contar da ciência desta decisão, sob pena
de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais) até o limite de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).
No mesmo ato, intime-se a requerida para que, querendo, apresente contestação no prazo de 15 (quinze)
dias. Faça-se constar no mandado a advertência de que a ausência de defesa implicará na decretação da
pena de revelia e poderá resultar na confissão quanto à matéria de fato, admitindo-se como verdadeiros os
fatos articulados na petição inicial.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como carta de citação ou mandado, nos termos do
Provimento n. 003/2009-CJRMB.
RELATÓRIO
RUTH CAPELA LEÃO, devidamente qualificada nos autos, propôs a presente AÇÃO DECLARATÓRIA
DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
em face de FUNDO DE INVESTIMENTOS EM DIREITOS CREDITÓRIOS, também qualificada.
Relatou a autora que foi inscrita em órgão de restrição ao crédito pela ré; no entanto, afirmou que
desconhece a origem do débito e que jamais firmou o contrato que originou a dívida cobrada.
Pelo exposto, requereu a declaração de inexistência da relação jurídica questionada, bem como a
condenação da demanda em danos morais, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais).
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Juntou documentos.
Em decisão de Id. 8456810 foi concedida a tutela antecipada, determinando a suspensão da inscrição do
débito contestado.
Devidamente citada (Id. 10194014), a requerida não apresentou contestação (Id. 16474750).
Em decisão de Id. 17425564, foi decretada a revelia da ré e anunciado o julgamento antecipado da lide.
É O RELATÓRIO. DECIDO.
Antes do ingresso no exame de quaisquer fundamentos fáticos da lide, impende fixar que a presente
demanda deverá ser examinada sob o manto das regras e princípios que regem a legislação
consumerista.
Éevidente que a relação jurídica existente entre as partes se encontra submetida aos regramentos do
Código de Defesa do Consumidor, figurando a autora como consumidora, vez que destinatária final
econômica e fática do serviço prestado pela ré de modo habitual e profissional (artigos 2º e 3º do CDC).
Neste sentido, é claro o entendimento do Tribunal da Cidadania, inclusive manifestado através de súmula:
(...)
Assim, deve o litígio em apreço ser analisado com apoio na responsabilidade do fornecedor pela
modalidade objetiva, ou seja, independentemente de comprovação de eventual culpa ou dolo para
reparação dos danos causados aos consumidores, conforme se depreende do disposto nos arts. 7º,
parágrafo único, 25, § 1º, e 34, todos do CDC.
II – DO MÉRITO
Apreciando os fundamentos fáticos e jurídicos apresentados, entendo que assiste razão à autora.
Ao menos um fato importante para o exame da lide é manifestamente incontroverso, qual seja: o de que a
requerida inscreveu o nome da requerente em cadastro de restrição ao crédito, consoante inclusive
provado nos autos com o documento de Id. 7499212.
1741
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Partindo-se da premissa desses fatos não contraditados, centraliza-se o debate acerca do ponto cardeal
da questão, a saber: a inscrição do nome da autora em banco de dados de consumidores inadimplentes
foi irregular ou se agitou de mero exercício regular de um direito da instituição financeira? A resposta a
essa pergunta, por certo, é imprescindível para determinar se existe ou não ato ilícito por parte da ré.
Sucede que, em razão da sua revelia, a ré confessou de forma ficta os fatos narrados, de modo que não
há outro caminho a percorrer salvo reconhecer que a relação jurídica objeto da lide é inválida, devendo ser
declarada inexistente. Em encadeamento lógico, como a dívida exigida pela demandada não possui
suporte jurídico, a inscrição da demandante em órgão de restrição ao crédito configura manifesto ato
ilícito.
(...)
(AgInt no AREsp 1755426/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 08/02/2021, DJe 12/02/2021)
(...)_
(AgInt no AREsp 1679481/MS, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA,
julgado em 28/09/2020, DJe 01/10/2020)
O dano moral, apesar de ter sido consagrado no art. 5º, incisos V e X, da Constituição Federal de l988, na
Doutrina e na Jurisprudência, é ainda muito discutido, principalmente em se tratando da quantificação –
dado o teor subjetivo da questão – que, frente à inexistência de “métodos exatos” para defini-lo, inexiste,
igualmente, a possibilidade de reunir uma certeza, deixando, ao arbítrio do magistrado.
Em análise recente, feita já à luz da Constituição de l998, o grande civilista contemporâneo CAIO MÁRIO
DA SILVA MARTINS (Responsabilidade Civil, 2ª ed., Rio, Forense, 1990, nº pg.67) faz o seguinte
balizamento para a fixação do ressarcimento no caso de dano moral, que, sem dúvida, correspondente à
melhor e mais justa lição sobre o penoso tema:
“A vitima de uma lesão a algum daqueles direitos sem cunho patrimonial efetivo, mas ofendida em
um bem jurídico que em certos casos pode ser mesmo mais valioso do que os integrantes de seu
patrimônio, deve receber uma soma que compense a dor ou o sofrimento, a ser arbitrada pelo juiz,
atendendo às circunstâncias de cada caso, e tendo em vista as posses do ofensor e a situação
pessoal do ofendido. Nem tão grande que se converta em fonte de enriquecimento, nem tão
pequena que se torne inexpressiva”.
Portanto, cabe ao juiz fixar o quantum referente ao dano moral sofrido pela pessoa ofendida, tendo em
contas as condições das partes, com equilíbrio, prudência e, sobretudo, bom senso. Assim, ad cautelam,
deve o juiz bem pesar ao auferir o quantum a ser atribuído a título de ressarcimento do dano moral sofrido,
pois, se a vítima pudesse exigir a indenização que bem quisesse e se o juiz pudesse impor a condenação
que lhe aprouvesse, cada demanda se transformaria num jogo lotérico, com soluções imprevisíveis e as
mais disparatadas.
Por conseguinte, na fixação do quantum debeatur da indenização, mormente tratando-se de dano moral,
deve o Juiz ter em mente o princípio de que o dano não pode ser fonte de lucro, e o princípio da lógica do
razoável deve ser a bússola norteadora do Julgador. Razoável é aquilo que é sensato, comedido,
moderado, que guarda uma certa proporcionalidade.
Diante dos limites da questão posta e de sua dimensão na esfera particular e geral da autora, visando
além do conforto da reparação, mas também limitar a prática de atos como o noticiado tenho, como justa,
a indenização como ressarcimento e reparação do dano moral, no valor equivalente a R$ 3.500,00 (três
mil e quinhentos reais) - acrescido de juros de 1% (um por cento) ao mês, a contar da citação, e correção
monetária, pelo INPC, a partir da presente decisão (Súmula 362 do STJ).
DISPOSITIVO
Ante o exposto, com apoio na argumentação apresentada e com fundamento no art. 487, I, do CPC,
JULGO PROCEDENTE os pedidos formulados pela autora, e, por consequência: a) confirmo a tutela
antecipada de Id. 8456810 e declaro a inexistência da relação jurídica controvertida nos autos,
determinando a exclusão definitiva do apontamento negativo relativo ao contrato 0624260-0093715; b)
condeno a ré ao pagamento de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) - acrescido de juros de 1% (um
por cento) ao mês, a contar da citação, e correção monetária, pelo INPC, a partir da presente decisão
(Súmula 362 do STJ).
Condeno ainda a ré ao pagamento de custas e honorários advocatícios, os quais fixo em 10% (dez por
cento) sobre o valor da condenação.
Remetam-se os autos à UNAJ para apuração das custas processuais pendentes, incluindo a multa de 2%
(dois por cento) sobre o valor da causa aplicada à ré em razão da sua ausência injustificada na audiência
de conciliação (Id. 10298245). Em seguida, intime-se a requerida para efetuar o pagamento de da
condenação, advertindo-lhe de que, na hipótese de inadimplemento das custas processuais, o crédito
tributário sofrerá atualização pelos encargos legais e será encaminhado para inscrição da Dívida Ativa.
P.R.I.C.
DECISÃO
Trata-se de OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA EM CARATER URGENTE C/C DANOS
MORAIS movida por CARLOS DA SILVA MARTINS em desfavor da UNIMED BELÉM – COOPERATIVA
DE TRABALHO MÉDICO.
Alega o autor que houve maio de 2021 foi diagnosticado com câncer, sendo prescrito por seu médico o
imediato tratamento com quimioterapia, com as seguintes medicações:
Diante da recusa o médico do autor, em 16/08/2021, emitiu novo laudo justificando a necessidade das
referidas medicações.
Assim, pleiteia a realização dos tratamentos quimioterápicos, conforme as prescrições estabelecidas pelo
seu médico, inclusive no que diz respeito à dosagem da medicação OXALIPLATINA 85 MG/M2 EM 2 HS
155MG (ELOXATIN 155MG) calculada pelo médico do autor, pelo tempo que durar o tratamento.
Passo a Decidir:
Analisando os autos, verifico que os fatos narrados tiveram início em 23/07/2021 com emissão de parecer
1744
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Ocorre que diante da negativa, o médico do autor apresentou, em 16/08/2021, justificativa para
manutenção da medicação OXALIPLATINA 85 MG/M2 EM 2 HS 155MG (ELOXATIN 155MG) no
tratamento quimioterápico.
Da simples narrativa autoral percebe-se a verossimilhança das alegações, bem como a da probabilidade
do seu direito em ver-se assistido pelo seu plano de saúde.
Destaco que a jurisprudência pátria é uníssona em entender que não cabe ao plano de saúde, determinar,
qual o tratamento médico a ser realizado pelo paciente, de modo que, havendo indicação do médico que o
assiste, se configura medida arbitrária e abusiva a recusa do plano em fornecer a medicação prescrita.
Cível, Nº 70081931560, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge André
Pereira Gailhard, Julgado em: 28-08-2019)
Por esta razão presentes os requisitos autorizadores para a concessão do pleito liminarmente, DEFIRO O
PEDIDO liminar e determino a requerida UNIMED BELÉM que forneça ao autor a
medicação OXALIPLATINA 85 MG/M2 EM 2 HS 155MG (ELOXATIN 155MG), nos termos da prescrição
médica, no prazo de 05 dias, contados da intimação da presente decisão, sob pena de multa diária de R$
500,00, até o limite de R$ 5.000,00.
CUMPRA-SE E INTIME-SE.
P.R.I.C.
0825375-46.2018.8.14.0301
SENTENÇA
Afirma a autora ter celebrado com a requerida contrato de prestação de serviços Educacionais, que foram
prestados à requerida, no período de 2013 – 1º semestre, ficando esta comprometida ao pagamento do
valor semestral de R$ 4.174,48 (quatro mil, cento e setenta e quatro reais e quarenta e oito centavos),
sendo 2 de R$ 834,90 (oitocentos e trinta e quatro reais e noventa centavos) cada e 03 de R$ 626,17
(seiscentos e vinte e seis reais e dezessete centavos) cada.
Aduz ter a requerida deixado de pagar à autora 03 mensalidades, totalizando o valor principal, sem
acréscimos, de R$ 1.878,51 (um mil, oitocentos e setenta e oito reais e cinquenta e um centavos), e muito
embora tenha procurado solucionar o impasse de forma amigável, acabou tendo de judicializar a presente
demanda diante da falta de êxito.
Ao fim, pediu a condenação da requerida ao pagamento da quantia R$ 3.456,52 (três mil, quatrocentos e
cinquenta e seis reais e cinquenta e dois centavos), valor este acrescido de multa contratual de 2%, juros
de mora de 1% e correção monetária; pediu, ainda, a condenação da requerida nos ônus da sucumbência.
Em despacho inicial de ID. 5945995, foi designada audiência de conciliação e determinada a citação do
requerido, tudo pelo antigo rito sumário.
Em audiência de ID. 7219131, requerente e requerido não compareceram, tendo a requerente, em ID.
13901899 justificado a sua ausência. Contudo, a parte requerida, não obstante intimada e citada, não
compareceu a audiência, muito menos apresentou contestação, razão pela qual teve decretada sua revelia
e confissão quanto à matéria de fato, conforme despacho de ID. 17846467
Em ID. 17927106 foi certificado pela UNAJ a inexistência de custas a recolher, vindo os autos conclusos
para decisão.
É O RELATÓRIO. DECIDO.
Verifico ainda que o presente feito não se submete à ordem cronológica prevista no art. 12, do NCPC,
porque não estava conclusos para sentença e apenas após análise do juízo, concluiu-se pelo seu
julgamento.
Cumpre também destacar que a presente sentença deve ser proferida à luz da Lei n. 13.105, de 16 de
Março de 2015, que instituiu o Novo Código de Processo Civil, sendo que a análise do direito probatório
deverá ser realizada com base no CPC/73, de acordo com o art. 1.047, do NCPC.
Feitas tais considerações, observa-se que o pedido está devidamente instruído. A parte requerida não
contestou a ação, impondo-se a decretação de sua revelia, o que o faço neste ato, assim como o
reconhecimento dos fatos afirmados pelo autor em sua inicial, conforme estatui o art. 344, do Novo Código
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Art. 319. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.
Diante da revelia da requerida, o julgamento antecipado do mérito se impõe, por não haver necessidade
de se buscar outras provas, principalmente, quando estas estão robustecidas pelos documentos
ancorados na inicial.
“No caso de revelia do réu, existe a presunção legal de veracidade dos fatos alegados, de maneira que o
juiz não deve determinar de ofício a realização de prova, a menos que seja absolutamente necessária para
que profira a sentença”. (TRF. 1a. Turma, Ag. 47.562-RJ. Rel. Min. Carlos Thibau. Código de Processo
Civil – Theotônio Negrão – 26a. Edição, pa. 288).
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e
atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de
advogado.
Verifica-se que o autor comprovou a existência da dívida, ao juntar aos autos os documentos no ID. no ID.
4302242, entre eles o contrato realizado entre as partes. Assim, diante da confissão ficta da requerida,
decorrente da revelia decretada e com base ainda nos documentos apresentados, entendo provada a
existência da dívida no valor de R$ 3.456,52 (três mil, quatrocentos e cinquenta e seis reais e cinquenta e
dois centavos), já acrescida de multa contratual e devidamente corrigida até o ajuizamento da presente
demanda, devendo assim ser acrescida de juros de 1% a.m., a incidir desde a citação (art. 405 do Código
Civil), e correção monetária pelo INPC, a contar do ajuizamento da presente demanda (art. 1o., § 2o, da
Lei 6.899/81).
DO DISPOSITIVO
Pelo exposto, com a fundamentação, julgo TOTALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados pela
autora FAMAZ FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA em desfavor de PRISCILA GISELY DE
OLIVEIRA GONÇALVES, e, por consequência, condeno a requerida ao pagamento da importância
de R$ 3.456,52 (três mil, quatrocentos e cinquenta e seis reais e cinquenta e dois centavos),
acrescidos de juros e correção monetária, nos termos da fundamentação.
Tendo em vista que a requerida não possui patrono nos autos, desnecessária a sua intimação da
sentença, sendo que o prazo deverá ser contado a partir da data da publicação da sentença, nos
termos do art. 346, do NCPC.
Condeno a requerida ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10%
(dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, § 2º do NCPC.
Em relação às custas, em caso de não pagamento, no prazo de 15 (quinze) dias, o crédito delas
decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos demais encargos e será encaminhado para
inscrição em dívida ativa.
P.R.I.C.
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0873040-58.2018.8.14.0301
SENTENÇA
Alega a autora que a demandada instituiu em seu desfavor uma cobrança referente ao Contrato nº
0323055-0093715, no valor originário de R$ 929,49, majorado para R$ 8.740,55, a ser pago em diversas
parcelas.
Contudo, a requerente afirma não reconhecer a cobrança em questão, já que não teria firmado qualquer
contrato com a instituição requerida.
Por esse motivo, sustenta que não pagou as faturas de cobrança emitidas pela ré, fato este que ensejou a
inscrição do seu nome no SERASA, por parte da demandada.
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Devidamente citada, a requerida não compareceu a audiência de conciliação designada para o dia
15/05/2019, conforme ID. 10293204, razão pela qual a requerida foi condenada em multa no percentual de
2% (dois por cento) sobre o valor da causa, que deverá ser revertida em favor do Estado.
Em ID. 16499786, a parte autora requereu a decretação da revelia da parte requerida, com o julgamento
antecipado do mérito.
Certidão de ID. 17287430 informando que a parte requerida não apresentou contestação.
É O RELATÓRIO. DECIDO.
Inicialmente, verifica-se que a parte requerida, embora devidamente citada, conforme ID. 10193532, não
contestou a ação, impondo-se a decretação de sua revelia, o que o faço neste ato, assim como o
reconhecimento dos fatos afirmados pelo autor em sua inicial, conforme estatui o art. 344, do Novo Código
de Processo Civil, in verbis:
Art. 319. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.
Diante da revelia da requerida, o julgamento antecipado do mérito se impõe, por não haver necessidade
de se buscar outras provas, principalmente, quando estas estão robustecidas pelos documentos
ancorados na inicial.
“No caso de revelia do réu, existe a presunção legal de veracidade dos fatos alegados, de maneira que o
juiz não deve determinar de ofício a realização de prova, a menos que seja absolutamente necessária para
que profira a sentença”. (TRF. 1a. Turma, Ag. 47.562-RJ. Rel. Min. Carlos Thibau. Código de Processo
Civil – Theotônio Negrão – 26a. Edição, pa. 288).
Com feito, não havendo necessidade de produção de outras provas, entendo cabível o julgamento
antecipado do mérito, nos termos do art. 355, I, do NCPC.
Percebe-se, ainda, que o presente feito está concluso para julgamento desde 22.05.2020, encontrando-se
assim na lista de processos mais antigos para julgamento, nos termos do art. 12, do NCPC.
Antes do ingresso no exame de quaisquer fundamentos fáticos da lide, impende fixar que a presente
demanda deverá ser examinada sob o manto das regras e princípios que regem a legislação
consumerista.
Éevidente que a relação jurídica existente entre as partes encontra-se submetida aos regramentos do
Código de Defesa do Consumidor, figurando a autora como consumidora, vez que destinatária final
econômica e fática do serviço prestado pela requerida como fornecedora de modo habitual e profissional
(artigos 2º e 3º do CDC).
Neste sentido, é claro o entendimento do Tribunal da Cidadania, inclusive manifestado através de súmula:
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...
Assim, deve o litígio em apreço ser analisado com apoio na responsabilidade do fornecedor pela
modalidade objetiva, ou seja, independentemente de comprovação de eventual culpa ou dolo para
reparação dos danos causados aos consumidores, conforme se depreende do disposto nos arts. 7º,
parágrafo único, 25, § 1º, e 34, todos do CDC.
Apreciando os fundamentos fáticos e jurídicos apresentados, entendo que assiste razão à autora.
Ao menos um fato importante para o exame da lide é manifestamente incontroverso, qual seja: o de que a
requerida inscreveu o nome da requerente em cadastro de restrição ao crédito, e consoante inclusive
provado nos autos com o documento de ID. 7474746.
Partindo-se da premissa destes fatos não contraditados, centraliza-se o debate acerca do ponto cardeal da
questão, a saber: a inscrição do nome da autora em banco de dados de consumidores inadimplentes foi
irregular ou se agitou de mero exercício regular de um direito da instituição financeira? A resposta a esta
pergunta, por certo, é imprescindível para determinar se existe ou não ato ilícito por parte da ré.
Registre-se, desde logo, que a parte requerida, apesar de devidamente citada, não apresentou nos autos
qualquer documento que revelasse a existência de uma relação contratual com a parte autora apta a
ensejar a inscrição do nome desta nos órgãos de restrição ao crédito.
[...] Além disso, a jurisprudência do STJ é firme e consolidada no sentido de que o dano moral,
oriundo de inscrição ou manutenção indevida em cadastro de inadimplentes ou protesto indevido,
prescinde de prova, configurando-se in re ipsa, visto que é presumido e decorre da própria ilicitude
do fato. [...]
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(REsp 1707577/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/12/2017, DJe
19/12/2017)
[...] Ademais, esta Corte firmou o entendimento de que, nos casos de protesto indevido de título ou
inscrição irregular em cadastros de inadimplentes, o dano moral configura-se in re ipsa, ou seja,
prescinde de prova. [...]
(AgRg no AREsp 521.894/RS, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 19/09/2017,
DJe 28/09/2017)
O dano moral, apesar de ter sido consagrado no art. 5º, incisos V e X, da Constituição Federal de l988, na
Doutrina e na Jurisprudência, é ainda muito discutido, principalmente em se tratando da quantificação –
dado o teor subjetivo da questão – que, frente à inexistência de “métodos exatos” para defini-lo, inexiste,
igualmente, a possibilidade de reunir uma certeza, deixando, ao arbítrio do magistrado.
Em análise recente, feita já à luz da Constituição de l998, o grande civilista contemporâneo CAIO MÁRIO
DA SILVA MARTINS (Responsabilidade Civil, 2ª ed., Rio, Forense, 1990, nº pg.67) faz o seguinte
balizamento para a fixação do ressarcimento no caso de dano moral, que, sem dúvida, correspondente à
melhor e mais justa lição sobre o penoso tema:
(...) A vitima de uma lesão a algum daqueles direitos sem cunho patrimonial efetivo, mas ofendida
em um bem jurídico que em certos casos pode ser mesmo mais valioso do que os integrantes de
seu patrimônio, deve receber uma soma que compense a dor ou o sofrimento, a ser arbitrada pelo
juiz, atendendo às circunstâncias de cada caso, e tendo em vista as posses do ofensor e a situação
pessoal do ofendido. Nem tão grande que se converta em fonte de enriquecimento, nem tão
pequena que se torne inexpressiva. (...).
Sendo a dor moral insuscetível de uma equivalência com qualquer padrão financeiro, há uma universal
recomendação, nos ensinamentos dos doutos e nos arestos dos Tribunais, no sentido de que “o montante
da indenização será fixado eqüitativamente pelos magistrados”. Por isso, lembra R. LIMONGI FRANÇA a
advertência segundo a qual muito importante é o juiz na matéria, pois a equilibrada fixação do “quantum”
da indenização muito depende de sua ponderação e critério (reparação do dano moral RT 631/36)
Cabe ao juiz fixar “o quantum” referente ao dano moral sofrido pela pessoa ofendida, tendo em contas as
condições das partes, com equilíbrio, prudência e, sobretudo, bom senso, conforme aresto abaixo
colacionado:
(...) Para a fixação do quantum em indenização por danos morais, devem ser levados em conta à
capacidade econômica do agente, seu grau de dolo ou culpa, a posição social ou política do
ofendido, a prova da dor” (TAMG, Ap. 140.330-7, Rel. Juiz BRANDÃO TEIXEIRA, ac. 05.11.92, DJMG,
19.03.93, pág.09). (...)
Assim, “ad cautelam”, deve o juiz bem pesar ao auferir o quantum a ser atribuído a título de ressarcimento
do dano moral sofrido. Se a vítima pudesse exigir a indenização que bem quisesse e se o juiz pudesse
impor a condenação que lhe aprouvesse, sem condicionamento algum, cada caso que fosse ter à Justiça
se transformaria num jogo lotérico, com soluções imprevisíveis e as mais disparatadas.
Por conseguinte, na fixação do quantum debeatur da indenização, mormente tratando-se de dano moral,
deve o Juiz ter em mente o princípio de que o dano não pode ser fonte de lucro, e o princípio da lógica do
razoável deve ser a bússola norteadora do Julgador. Razoável é aquilo que é sensato, comedido,
moderado, que guarda uma certa proporcionalidade.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Diante dos limites da questão posta, e de sua dimensão na esfera particular e geral da autora, visando
além do conforto da reparação, mas também limitar a prática de atos como o noticiado tenho, como justa,
a indenização como ressarcimento e reparação do dano moral, no valor equivalente a R$ 5.000,00 (cinco
mil reais) - acrescido de juros, de 1% a.m., a contar da citação, e correção monetária, pelo INPC, a partir
da presente decisão (Súmula 362 do STJ).
DO DISPOSITIVO
Pelo exposto, julgo TOTALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados pela autora RUTH CAPELA
LEÃO e, por consequência: a) declaro a inexistência da relação contratual entre as partes quanto ao
contrato nº nº 0323055-0093715; b) condeno o requerido FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS
CREDITORIOS NÃO PADRONIZADOS NPL II, ao pagamento de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a título
de danos morais, acrescido de juros de mora de 1% ao mês a contar da citação e correção monetária a
incidir desde a sentença; c) confirmo a decisão liminar de ID. 8454995.
Condeno ainda a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 15%
(quinze por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º., do CPC.
À UNAJ para calcular as custas processuais pendentes e a multa imposta na decisão de ID. 10293204.
Fica a parte requerida advertida de que em caso de não pagamento das custas processuais, no prazo de
15 (quinze) dias, o crédito delas decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos demais
encargos legais e será encaminhado para inscrição em dívida ativa.
P.R.I.C.
0809083-78.2021.8.14.0301
SENTENÇA
Vistos, etc.
De início, DETERMINO à Secretaria a exclusão da movimentação segredo de justiça nos presentes autos,
uma vez que a causa de pedir e pedido não se enquadram em nenhum dos casos previstos no art. 189 do
CPC.
Trata-se de Ação de Busca e Apreensão ajuizada pelo BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A
contra JANDERSON FERREIRA DA SILVA, ambos devidamente qualificados nos autos, objetivando a
busca e a apreensão de um automóvel de passeio da marca Marca: CHEVROLET Modelo: ONIX HATCH
JOY 1.0 8V FLEX 5P MEC. Ano: 2017 Cor: CINZA Placa: QNL0544 RENAVAM: 1136474894 CHASSI:
9BGKL48U0JB199295, com fundamento no Decreto-Lei nº 911/69, com redação atual dada pelas Leis nº
10.931/2004 e 13.043/14.
Alega a parte requerente inadimplência contratual da parte requerida, frisando que esta firmou um contrato
de financiamento garantido por alienação fiduciária, dando como garantia o bem descrito acima e se
encontra em atraso no pagamento desde a prestação vencida em 03/10/2020.
Com a petição inicial vieram os documentos de ID 22951643 a 233317370, dentre estes o contrato com a
garantia de alienação fiduciária e o instrumento de notificação.
Éo relatório. Decido.
A ação de busca e apreensão em alienação fiduciária manejada pela autora mostra-se juridicamente
incabível, pois lhe falta um dos pressupostos para a constituição válida e regular do processo, qual seja, a
válida notificação prévia do devedor, de fito posto a constituí-lo em mora, e, por via de consequência
acarretar a busca e apreensão do veículo.
Repita-se, o STJ já reconheceu que na alienação fiduciária, comprova-se a mora do devedor pelo protesto
do título, se houver, ou pela notificação extrajudicial feita por intermédio do Cartório de Títulos e
Documentos, que é considerada válida se entregue no endereço do domicílio do devedor, ainda que não
seja entregue pessoalmente a ele.
Contudo, no presente caso, a notificação de ID 22951649 não tem validade, pois o devedor não foi
localizado, fato este que revela que não houve a devida notificação. Dessa forma, não houve a válida
notificação extrajudicial do requerido, de modo que não resta configurada a sua mora. Nesse sentido, é a
jurisprudência de nossos tribunais, senão veja-se:
(TJBA - Quarta Câmara Cível - Apelação nº 0501823-50.2015.8.05.0150 - Relator : Des. Desª. Gardenia
Pereira Duarte – Data do Julgamento: 21/03/2018)
(TJMG - 9ª CÂMARA CÍVEL - AC: 1.0708.16.002707-2/001, Relator: Relator: Des.(a) José Arthur Filho,
Data de Julgamento: 07/11/2017)
Prevê o Código Adjetivo Civil Pátrio em seu art. 485, inciso IV, configurar a ausência de "pressupostos de
constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo", causa para extinção do feito, sem
julgamento de mérito, podendo de acordo com a previsão de seu art. 3º, o juiz conhecer tal matéria de
ofício e em qualquer tempo e grau de jurisdição.
Por todo o exposto, com base no artigo 485, IV, do Código de Processo Civil, JULGO extinto o processo,
sem julgamento de mérito, face a ausência de pressuposto de constituição regular do processo –
notificação extrajudicial válida do devedor.
Expedientes necessários.
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como carta de citação ou mandado, nos termos do Provimento
n. 003/2009-CJRMB.
Número: 0842869-55.2017.8.14.0301
Vistos, etc.
5 – As partes não requereram a produção de outras provas (eventos Num. 16350321 e Num. 16461626).
Éo relatório. DECIDO:
Nos termos do inciso I, do art. 355, do CPC, passa o Juízo a julgar antecipadamente a lide:
Antes do ingresso no exame de quaisquer fundamentos fáticos da lide, impende fixar que a presente
deverá ser examinada sob o manto das regras e princípios que regem a legislação consumerista.
Éevidente que a relação jurídica existente entre as partes encontra-se submetida aos regramentos do
Código de Defesa do Consumidor, figurando a parte autora como consumidor, vez que destinatário final
econômico e fático do produto (unidade imobiliária) construído, incorporado e comercializado pela
requerida como fornecedora de modo habitual e profissional (artigos 2º e 3º do CDC).
Neste contexto, se insurgiram as ora apelantes quanto ao pleito inicial, nos mesmos termos da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
presente apelação, quais sejam, impossibilidade de restituição das quantias a título de corretagem,
inaplicabilidade do CDC, impossibilidade de inversão do ônus da prova, bem como, que a obra não foi
entregue no prazo avençado em virtude de embargo ocorrido na obra.
De plano, impõe-se a aplicação do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, vez que as
características do instrumento celebrado entre as partes (contrato de adesão), demonstram se tratar de
verdadeira relação de consumo, fazendo incidir a respectiva proteção contratual.
“Inicialmente, cumpre destacar que se aplica ao contrato em exame o Código de Defesa do Consumidor
. Pouco importa a estrutura jurídica da empreendedora associação, clube de investimento, cooperativa ou
sociedade com o objetivo de alienação de unidades autônomas futuras, em construção ou a construir,
antes de instituído condomínio edilício. O que importa é a natureza da atividade, que sempre consiste,
com maior ou menor variação, em serviços remunerados de construção de unidade autônoma futura,
vinculada a fração ideal de terreno.
(...) -
...
Assim, deve a presente demanda ser analisada com apoio na responsabilidade do fornecedor de serviços
pela modalidade objetiva, ou seja, independentemente de comprovação de eventual culpa ou dolo para
reparação dos danos causados aos consumidores, conforme se depreende do disposto nos arts. 7º,
parágrafo único, 25, § 1º, e 34, todos do CDC.
Na contestação a ré alegou que o atraso na entrega do empreendimento deu-se por caso fortuito, por
conta da falta de mão de obra.
As justificativas não merecem prosperar. São alegações genéricas e que resultam do risco da própria
atividade explorada pelas rés. Certamente tais riscos foram incluídos no preço do bem quando da
contratação com a autora. Não podem agora as rés alegaram tais fatos para se eximirem de suas
obrigações contratuais.
No ponto, a não caracterização de força maior ou caso fortuito, trata-se de matéria pacífica no âmbito dos
Tribunais, inclusive do Superior Tribunal de Justiça e Tribunal de Justiça do Estado do Pará:
(...) A suposta falta de mão de obra, de insumos e a demora na instalação de energia elétrica pela CEB
não configura caso fortuito nem força maior, por se tratar de fatos previsíveis e inerentes aos riscos da
atividade da construtora. (...). Com efeito, tratando-se de empresa especializada no ramo de construção
civil, a qual se dispôs a comercializar imóveis a serem por elas construídos, competia-lhe organizar-se de
modo a saber e a programar as necessidades e demandas inerentes às construções que se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
comprometeram a realizar. Neste caso, cumpria-lhe realizar estudos acerca da possibilidade de, no
cenário fático em que se encontra seu empreendimento, ter à sua disposição recursos materiais e
humanos para cumprir com o compromisso assumido perante os consumidores, dos quais recebe quantias
vultosas a título de contraprestação. Ademais, a requerida não se desincumbiu do ônus de demonstrar
que, no curso do empreendimento, houve efetiva alteração da oferta de recursos de modo imprevisível e
inevitável, ou que as alegadas chuvas efetivamente atrapalharam o andamento das obras. (Decisão
Monocrática do Ministro RAUL ARAÚJO, de 08/03/2016, no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº
805.589 - DF (2015/0274117-0)
Sobre a preliminar de ilegitimidade passiva “ad causam” tendo em vista a regra da responsabilidade
solidária dos fornecedores de bens e serviços, que norteia as relações de consumo, e prevista no art. 18
do CDC, o Juízo a afasta.
Decerto, conforme jurisprudência dominante, é válida a cláusula de 180 (cento e oitenta) dias:
Dessa forma, o imóvel deveria ter sido entregue em 31/julho/2015, já contado o prazo de 180 (cento e
oitenta) dias.
Dano material é o prejuízo financeiro efetivamente sofrido pela vítima, causando diminuição do seu
patrimônio. Esse dano pode ser de duas naturezas: o que efetivamente o lesado perdeu, dano emergente,
e o que razoavelmente deixou de ganhar, lucro cessante.
Os lucros cessantes são, portanto, espécie de danos materiais, sofridos pela vítima que deixa de auferir
valores em razão do evento danoso. É imprescindível, portanto, que se comprove que os lucros eram
certos e que não foram alcançados em virtude de determinado fato.
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor
abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos
efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
No âmbito dos contratos de compra e venda de imóveis, há entendimento de que o consumidor poderia ter
explorado o imóvel economicamente, arbitrando um valor de aluguel, mas se vê impedido, face o atraso na
entrega.
O atraso na entrega, segundo esse entendimento, configuraria um ato ilícito passível de ressarcimento, na
modalidade de lucros cessantes, pelo que os consumidores deixaram de ganhar.
No ponto, o Superior Tribunal de Justiça e Tribunal de Justiça do Estado do Pará têm entendimento
consolidado que se trata de um dano presumível. Bastaria ao consumidor comprovar a ação ilícita (atraso
na entrega) que o dano seria uma consequência necessária.
Frisa-se que, no entendimento do Juízo, que o lucro cessante não é algo hipotético, pois originário de um
efeito danoso concreto (atraso na entrega do imóvel) e é plenamente possível presumir o prejuízo sofrido,
sendo exigível, apenas que o lesado consiga demonstrar, dentro da razoabilidade, o montante do dano
sofrido.
Destarte, entende-se no sentido que é necessário que o comprador apresente o valor médio da locação
por m² na região e outras situações que justifiquem o valor almejado. Não se comunga do entendimento
que o valor do aluguel deve ser fixado sobre o valor do imóvel, em determinado percentual. Tal critério, no
entender do Juízo, é arbitrário e não considera as peculiaridades do imóvel para efeito de locação
(tamanho total, nº cômodos, localização, etc.).
No mundo moderno, com o fácil acesso ao sistema de internet, é factível que o autor de uma ação possa
trazer à colação documentos que indiquem, para afeito de comparação, o valor de aluguel de um imóvel
na mesma região e com as mesmas características.
Coerente com a linha de entendimento do Superior Tribunal de Justiça, pouco importa o destino a ser
dado ao imóvel pelo consumidor: se para fins residenciais ou locatício. Exigir do consumidor, desde o
início da compra, uma posição estanque acerca da finalidade a ser dada ao imóvel, é onerá-lo em
demasia, desnecessariamente e, por via transversas, desnaturar a aplicação do entendimento consolidado
do Superior Tribunal de Justiça. Ora, a vontade do consumidor pode mudar ao longo da construção do
empreendimento, trata-se de algo transitório, que, nem por isso, afasta a responsabilidade da construtora
em ressarci-lo pelo que deixou de ganhar com o imóvel. Tal posicionamento se coaduna inclusive com os
princípios e vigas mestras da lei 8078, colocando o consumidor, parte hipossuficiente da relação, em
prestigiada posição de proteção, frente ao crescente desrespeito das construtoras no cumprimento de
prazos das obras. Até por isso que, nos julgados do Superior Tribunal de Justiça, não há qualquer tipo de
ressalva acerca da finalidade a ser dada ao imóvel: o simples atraso injustificado na entrega já gera o
dever de indenizar. Com esse entendimento, transcreve-se:
(...) A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins de moradia ou locação, se
auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o promitente vendedor compor lucros
cessantes, que são comprovados diante da própria mora. 4. A não entrega do imóvel prometido no prazo
ajustado no contrato impõe ao promitente vendedor a obrigação de indenizar o promitente comprador
pelos lucros cessantes (...) (Apelação Cível nº 20130111573979 (876042), 3ª Turma Cível do TJDFT, Rel.
Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe 26.06.2015).
(...)A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins de moradia ou locação, se
auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o promitente vendedor compor lucros
cessantes, que são comprovados diante da própria mora. (...) (Apelação Cível nº 20140310023959
(876032), 3ª Turma Cível do TJDFT, Rel. Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe 26.06.2015
(...) Em caso de atraso na entrega de imóvel adquirido, para fins residenciais ou comerciais, é presumido o
prejuízo sofrido pela privação do bem durante o período de mora, tendo em vista que não se cogita
alguém investir vultuosa quantia se não for para fazer do bem a sua moradia, local de trabalho ou obter
dele um retorno financeiro por meio da renda proveniente dos aluguéis(...) (Apelação Cível nº
2014.025964-4, 3ª Câmara Cível do TJRN, Rel. João Rebouças. j. 08.09.2015).
Em arremate, torna-se necessária a fixação do termo inicial e final de aplicação dos lucros cessantes. Para
tanto, em sintonia com o que foi decidido no item precedente, considerar-se-á como termo inicial, a data
prevista para a entrega do empreendimento (31/junho/2015), acrescida do prazo de tolerância de 180
dias. Após esse período inicial, as requeridas estariam obrigadas ressarcir a autora pelo que deixou de
ganhar com o imóvel até a entrega, ocorrido em de 18 de janeiro de 2017. O valor ser apurado em sede de
liquidação de sentença.
Por certo, segundo o STJ, "nos termos da jurisprudência desta Corte, não se aplica o INCC para correção
do saldo devedor após o transcurso da data limite para entrega da obra. Incidência da Súmula nº 83/STJ"
(AgInt no AREsp 1.126.802/RJ, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, julgado em
24/9/2018, DJe 27/9/2018).
Sendo assim, a chamada TAXA DE EVOLUÇÃO DE OBRA/INCC não poderia ser cobrada, no presente
caso, a partir de 31 de junho de 2015, salvo se o outro índice for mais prejudicial, devendo tal valor ser
restituído, na modalidade simples, haja vista não estar comprovado o dolo ou má-fé da demandada, onde
o quantum será fixado em sede de liquidação de sentença.
Conforme precedente o STJ, é vedada a cumulação de cláusula penal com lucros cessantes, em razão do
atraso da obra, motivo pelo não pode ser acolhido o pedido de inversão.
equivalente ao locativo, afasta-se sua cumulação com lucros cessantes." 2. No caso, a decisão agravada
deve ser parcialmente reconsiderada para, em novo exame desta parte do recurso especial, afastar a
condenação da ora agravante ao pagamento dos lucros cessantes. 3. Agravo interno parcialmente provido
para reconsiderar em parte a decisão agravada, e, nessa extensão, dar provimento ao recurso especial.
(STJ - AgInt no AREsp: 1243220 GO 2018/0018675-3, Relator: Ministro RAUL ARAÚJO, Data de
Julgamento: 27/08/2019, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 12/09/2019)
Quanto ao pedido de indenização por dano moral, entendo também ter razão a autora.
Nota-se que as requeridas protelaram a entrega do imóvel por mais de ano, restando, assim, evidente a
falha na prestação de serviço ocorrida, o que gerou transtornos à parte autora, que se viu obrigada à longa
espera para receber o imóvel litigioso, mesmo já tendo cumprido suas obrigações contratuais.
Com efeito, o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) prevê o dever de reparação, posto que, ao
enunciar os direitos do consumidor, em seu art. 6º, traz, dentre outros, o direito "a efetiva prevenção e
reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos" (inc. VI) e "o acesso aos órgãos
judiciários e administrativos, com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos
necessitados" (inc. VII).
Vê-se, desde logo, que a própria lei já prevê a possibilidade de reparação de danos morais decorrentes do
sofrimento, do constrangimento, da situação vexatória, do desconforto em que se encontram os
consumidores.
É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral
ou à imagem.
Desta forma, o dano moral atinge a esfera íntima e valorativa do lesado, conforme ensina a melhor
doutrina, abaixo transcrita:
(...) Nos danos morais a esfera ética da pessoa é que é ofendida; o dano não patrimonial é o que, só
atingindo o devedor como ser humano, não lhe atinge o patrimônio” (PONTES DE MIRANDA) – (Rui
Stocco, “Responsabilidade Civil e sua Interpretação Jurisprudencial”, ed. RT, p. 395)
“O dano moral, no sentido jurídico não é a dor, a angústia, ou qualquer outro sentimento negativo
experimentado por uma pessoa, mas sim uma lesão que legitima a vítima e os interessados reclamarem
uma indenização pecuniária, no sentido de atenuar, em parte, as conseqüências da lesão jurídica por eles
sofridos (...) (Diniz, Maria Helena, Curso de Direito Civil Brasileiro, Editora Saraiva, SP, 1998, p. 81.)
Em situações como a narrada, vem entendendo a jurisprudência pátria pela desnecessidade de prova do
dano moral, bastando para tanto a prova do fato, conforme entendimento exposto no voto do Relator
Cesar Ciampolini (TJ/SP, 10ª Câm. de Direito Privado, APL 00132979120118260292 SP 0013297-
91.2011.8.26.0292, publ. em 26/05/2015), abaixo transcrito:
(...) Assim, sendo incontestável que houve atraso por parte da construtora, o dano moral configura-se in re
ipsa.
Nestes casos, “provado o fato, não há necessidade da prova do dano moral” (STJ, REsp 261.028,
MENEZES DIREITO). Ou, nas palavras de eminente Ministro paulista, “na indenização por dano moral,
não há necessidade de comprovar-se a ocorrência do dano. Resulta ela da situação de vexame,
transtorno e humilhação a que esteve exposta a vítima” (REsp 556.031, BARROS MONTEIRO; ambos os
precedentes coligidos por THEOTONIO NEGRÃO et alii , CPC, 46ª ed., pág. 480).
1761
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Posto isso, de se reformar a r. sentença no tocante à indenização por danos morais, cabendo-me, então,
arbitrar o quantum indenizatório.
Isto se faz à consideração, nas palavras do emérito Desembargador LUIZ AMBRA, de que a verba deve
ser “fator de desestímulo, voltado a servir como corretivo, impedir que abusos dessa ordem tornem a
ocorrer” (Ap. 0012084.79-2012.8.26.0562; grifei).
Portanto, considerando elevado o pedido recursal feito pelo autor, fixo a indenização em R$ 20.000,00,
com correção monetária a partir do arbitramento (Súmula 362 do STJ) e juros de mora a contar do evento
danoso (data em que o imóvel deveria ser entregue; art. 398 do Código Civil).
Em casos análogos, esta Colenda 10ª Câmara de Direito Privado tem fixado indenização deste montante:
Ap. 0120512-86.2012.8.26.0100, ELCIO TRUJILLO; e Ap. 0027417-55.2008.8.26.0451, ARALDO
TELLES. (...)
O dano moral, apesar de ter sido consagrado no art. 5º, incisos V e X, da Constituição Federal de l988, na
Doutrina e na Jurisprudência, é ainda muito discutido, principalmente em se tratando da quantificação –
dado o teor subjetivo da questão – que, frente à inexistência de “métodos exatos” para defini-lo, inexiste,
igualmente, a possibilidade de reunir uma certeza, deixando, ao arbítrio do magistrado.
Em análise recente, feita já à luz da Constituição de l998, o grande civilista contemporâneo CAIO MÁRIO
DA SILVA MARTINS (Responsabilidade Civil, 2ª ed., Rio, Forense, 1990, nº pg.67) faz o seguinte
balizamento para a fixação do ressarcimento no caso de dano moral, que, sem dúvida, correspondente à
melhor e mais justa lição sobre o penoso tema:
(...) A vitima de uma lesão a algum daqueles direitos sem cunho patrimonial efetivo, mas ofendida em um
bem jurídico que em certos casos pode ser mesmo mais valioso do que os integrantes de seu patrimônio,
deve receber uma soma que compense a dor ou o sofrimento, a ser arbitrada pelo juiz, atendendo às
circunstâncias de cada caso, e tendo em vista as posses do ofensor e a situação pessoal do ofendido.
Nem tão grande que se converta em fonte de enriquecimento, nem tão pequena que se torne inexpressiva.
(...)
Sendo a dor moral insuscetível de uma equivalência com qualquer padrão financeiro, há uma universal
recomendação, nos ensinamentos dos doutos e nos arestos dos Tribunais, no sentido de que “o montante
da indenização será fixado eqüitativamente pelos magistrados”. Por isso, lembra R. LIMONGI FRANÇA a
advertência segundo a qual muito importante é o juiz na matéria, pois a equilibrada fixação do “quantum”
da indenização muito depende de sua ponderação e critério (reparação do dano moral Rt 631/36)
Cabe ao juiz fixar “o quantum” referente ao dano moral sofrido pela pessoa ofendida, tendo em contas as
condições das partes, com equilíbrio, prudência e, sobretudo, bom senso, conforme aresto abaixo
colacionado:
(...) Para a fixação do quantum em indenização por danos morais, devem ser levados em conta à
capacidade econômica do agente, seu grau de dolo ou culpa, a posição social ou política do ofendido, a
prova da dor” (TAMG, Ap. 140.330-7, Rel. Juiz BRANDÃO TEIXEIRA, ac. 05.11.92, DJMG, 19.03.93,
pág.09). (...)
Assim, “ad cautelam”, deve o juiz bem pesar ao auferir o quantum a ser atribuído a título de ressarcimento
do dano moral sofrido. Se a vítima pudesse exigir a indenização que bem quisesse e se o juiz pudesse
impor a condenação que lhe aprouvesse, sem condicionamento algum, cada caso que fosse ter à Justiça
se transformaria num jogo lotérico, com soluções imprevisíveis e as mais disparatadas.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7208/2021 - Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021
Por conseguinte, na fixação do quantum debeatur da indenização, mormente tratando-se de dano moral,
deve o Juiz ter em mente o princípio de que o dano não pode ser fonte de lucro, e o princípio da lógica do
razoável deve ser a bússola norteadora do Julgador. Razoável é aquilo que é sensato, comedido,
moderado, que guarda uma certa proporcionalidade.
Diante dos limites da questão posta, e de sua dimensão na esfera particular e geral da autora, visando
além do conforto da reparação, mas também limitar a prática de atos como o noticiado tenho, como justa,
a indenização como ressarcimento e reparação do dano moral, no valor equivalente a R$ 5.000,00 (cinco
mil reais) - acrescido de juros, de 1% a.m., a contar da citação, e correção monetária, pelo INPC, a partir
da presente decisão (Súmula 362 do STJ), para cada um dos requerentes.
(...) É o relatório.
...
Verifica-se que a decisão agravada foi acertada e baseada na jurisprudência desta Corte, a qual entende
que, em se tratando responsabilidade contratual, os juros de mora sobre a indenização por danos morais
incidem a partir da data da citação.
Assim, não há razão para alterar os fundamentos do decisum impugnado, motivo pelo qual o mantenho na
íntegra, in verbis (e-STJ fls. 413414):
Por fim, Quanto aos juros de mora sobre o valor da indenização, a jurisprudência desta Corte entende que
em se tratando de responsabilidade contratual, como é o caso dos autos, estes devem incidir a partir da
citação. Nesse sentido: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. DANOS
MORAIS DECORRENTES DE SUSPENSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. TERMO INICIAL DOS JUROS DE
MORA. RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 54STJ. 1. Nos termos
dos arts. 105, I, f, da Constituição Federal e 187 do RISTJ, a reclamação é instrumento destinado a
preservar a competência deste Tribunal ou garantir a autoridade das suas decisões. 2. No caso, a
reclamação foi apresentada contra acórdão proferido pela 5ª Turma Recursal dos Juizados Especiais
Cíveis do Estado de Santa Catarina que, em demanda que visa à reparação de danos morais suportados
pelo consumidor em razão do indevido corte de energia elétrica, deixou de aplicar a Súmula 54STJ ("Os
juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual"). 3. A
responsabilidade contratual exsurge da violação de uma obrigação prevista no pacto celebrado entre as
partes, que, na hipótese, consiste no fornecimento de energia elétrica. 4. Não há violação à Súmula 54STJ
quando o dever de reparar decorre da responsabilidade contratual. 5. Agravo regimental a que se nega
provimento. (AgRg na Rcl 11.749SC, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
28082013, DJe 03092013) PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. RESPONSABILIDADE
CONTRATUAL. DANO MORAL. TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA. CITAÇÃO. 1. Em se tratando
de responsabilidade civil contratual, o termo inicial dos juros moratórios, consoante jurisprudência
sedimentada da Segunda Seção, é a data da citação. Precedentes. 2. Agravo regimental não provido.
(AgRg no REsp 1428807DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
22052014, DJe 02062014) Ante o exposto, CONHEÇO do agravo para, conhecer parcialmente do recurso
especial e, nessa parte, DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO. Publique-se. Intimem-se.
Écomo voto. (...) (STJ, 2ª. T., EDcl no AREsp 551471 PR 2014/0178702-9, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe 23/03/2015).
Pelo exposto, julgo PROCEDENTES, parte, os pedidos formulados pela autora e, por consequência,
condeno as requeridas, solidariamente, ao pagamento de: a) indenização por lucros cessantes, ressarcir a
autora pelo que deixou de ganhar com o imóvel entre 31/06/15 a 18/01/17, a ser apurado em sede de
liquidação de sentença; b) restituir, na modalidade simples, os valores pagos a título de taxa de evolução
de obra/INCC, a partir de 31/06/15, a ser apurado em sede de liquidação de sentença, salvo se outro
índice for mais favorável; c) indenização por danos morais, no valor equivalente a R$ 5.000,00 (cinco mil
reais) à autora, acrescido de juros de 1% (um por cento) ao mês, a contar da citação (art. 405 do CC/02), e
correção monetária, pelo INPC, a partir da presente decisão (Súmula 362 do STJ).
Remetam-se os autos para UNAJ para apuração das custas pendentes, intimando-se em seguida a
demandada para efetuar o seu pagamento, no prazo de 15 (quinze) dias, advertindo-se a ré que, na
hipótese do não pagamento das custas processuais, o crédito delas decorrente sofrerá atualização
monetária e incidência dos demais encargos legais e será encaminhado para inscrição da Dívida Ativa.
Com trânsito em julgado desta sentença, arquivem-se os presentes autos, mediante as cautelas legais.
P.R.I.C.
Número: 0843805-12.2019.8.14.0301
Vistos, etc.
1 – Trata-se de AÇÃO ORDINÁRIA (evento Num. 4798155), requerendo isonomia entre aposentados e
ativos dos trabalhadores da PETROBRÁS pelo complemento de RMNR nos percentuais acordados nos
ACT’s 7,81% e de 10,71%, desde 1º de setembro de 2009, 1º de setembro de 2011. Juntou documentos.
Éo relatório. DECIDO:
Nos termos do art. 355, inciso I, do CPC, passo o Juízo a julgar a lide:
Inicialmente, rejeita-se a preliminar de ausência de interesse de agir, porquanto a presente demanda é útil,
necessária e adequada ao pleito formulado em Juízo, estando presentes, assim, todos os elementos
relativos à condição da ação questionada.
Afasta-se, outrossim, a alegação de impossibilidade jurídica do pedido, haja vista que a existência de
previsão legal em sentido contrário ao pretendido pelo demandante não basta, por si só, para embasar o
reconhecimento da preliminar suscitada, considerando-se as inúmeras interpretações que lhe podem ser
conferidas.
No mérito, verifica-se que no ano de 2007, deu-se a implantação do PCAC-2007 (Plano de Cargos e
Salários), que estabeleceu a RMNR (Remuneração Mínima por Nível e Regime), plano este que constitui
instrumento de política remuneratória, pelo qual a PETROBRÁS instituiu parâmetros mínimos de
remuneração de seus empregados que se encontravam em atividade, de acordo com a região do país em
que atuavam, o nível salarial do cargo ou classe e regime de trabalho. Os aludidos percentuais de reajuste
foram objeto de acordo coletivo de trabalho. Assim, excluídos aqueles que, como o autor, já se
encontravam aposentados (evento Num. 12188283). Acrescente-se que os acordos coletivos firmados
com as entidades sindicais possuem ampla flexibilidade, admitindo inclusive a redução salarial, sem que
haja qualquer ofensa constitucional (artigo 7º, incisos VI e XXVI, da CR/88). Nesse raciocínio, o
requerente/aposentado não está atrelado ao Plano de Cargos. Saliento, também, que a RMNR constitui
um parâmetro. Caso a soma das parcelas pagas ao empregado fique abaixo do valor da RMNR, a
PETROBRÁS paga a complementação. Portanto, a RMNR não aproveita da todos os empregados
indistintamente, não podendo ser considerado reajuste geral da categoria. E, ainda que assim não o fosse,
até mesmo por uma questão atuarial, atinente à fonte de custeio de qualquer benefício previdenciário, em
não havendo uma formação de provisão para o custeio do benefício ou de sua majoração ou extensão,
não haverá fundos para o pagamento.
Dessa forma, a aposentadoria passa a ter reajustes atrelados ao IPCA, e se desvinculando do reajuste da
tabela salarial da patrocinadora:
Art. 41 - Os valores mensais dos benefícios de pagamento continuado concedidos pelo Plano Petros do
Sistema Petrobras serão reajustados de acordo com o Grupo a que pertence o Assistido, conforme
previsto no artigo 5º deste Regulamento, da seguinte forma: I. Grupo I: a) épocas de aplicação dos
reajustes: nos meses de reajustamento geral dos salários da Patrocinadora; b) índice de correção: o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo . IPCA - da Fundação IBGE; c) base de incidência da correção:
o Benefício Petros desvinculado do Benefício da Previdência Social. (...)"
Verifica-se, com base nas decisões mencionadas acima, que as mudanças introduzidas no art. 41
independe de adesão do beneficiado, ressaltando que nesta relação previdenciária, não são aplicadas as
regras do Código de Defesa do Consumidor.
Reforçando essa argumentação, transcreve-se novos precedentes judicias, agora, do próprio TJ-PA:
2. No mérito, entendo que não merece reforma a sentença atacada que entendeu que a apelante,
esposa de ex petroleiro, não tem direito a complementação da Renda Mínima por Nível e Regime
(RMNR), por não constituir reajuste salarial.
3. Visto que a Renda Mínima por Nível e Regime (RMNR) foi implementada em 2007 por acordo
coletivo entre a PETROBRAS e o sindicato da categoria, tem a finalidade de complementar o salário
dos empregados que se encontram em atividade quando o valor recebido por estes não alcança o
mínimo que deveria receber, de acordo com a região em que atua, o nível salarial do seu cargo ou a
classe e o regime de trabalho a que está submetido.
4. Sendo assim, a Renda Mínima por Nível e Regime que não é extensiva aos aposentados, mesmo
porque inviável aferir os parâmetros fixados para sua concessão no caso dos inativos, cuja renda
deve observar as regras estabelecidas no Regulamento Básico da PETROS.
5. Da mesma forma, entendo que carece de comprovação a alegação de conluio entre as apeladas,
considerando que os Acordos Coletivos de Trabalho são firmados entre o Sindicato da categoria e
as patrocinadoras, não podendo a entidade de previdência privada responder por acordos
celebrados sem sua participação ou conhecimento.
6. Apelação conhecida, mas desprovida, à unanimidade. (4213315, 4213315, Rel. EZILDA PASTANA
MUTRAN, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito Público, Julgado em 2020-12-09, Publicado em 2021-
01-14)
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido, extinguindo o processo COM a resolução do mérito,
nos termos do art. 487 do CPC.
Condeno o autor ao pagamento das custas e os honorários advocatícios fixados 10% (dez por cento)
sobre o valor da causa, cuja cobrança ficará suspensa em razão do mesmo ser beneficiário da A.J.G.
P.R.I.
[Contratos Bancários]
SENTENÇA
As partes litigantes informaram a realização de acordo firmado, juntado aos autos os referidos termos para
homologação, conforme consta no id. Num. 22146445.
Embora o art. 12 do novo CPC determine a ordem cronológica de conclusão para a prolação de
sentenças, parágrafo 2º, I e IV do NCPC dispõe que as sentenças proferidas em audiência,
homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido e as sentenças terminativas estão
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Tendo sido observadas as formalidades legais, HOMOLOGO POR SENTENÇA o acordo formulado pelas
partes (fls.76/78) para que produza seus efeitos legais e jurídicos.
Por corolário, JULGO EXTINTO o processo com resolução do mérito, nos termos do art. 487, III, “b”, do
CPC.
Expeça-se o necessário.
Considerando que não houve nenhuma manifestação quanto ao despacho ordinatório retro, arquivem-se
os autos.
1. O cerne da controvérsia entre as partes está no montante do débito, uma vez que o impugnante/réu
reconhece a dívida, entretanto não concorda com a atualização do débito realizada pela parte
autora/exequente.
2. Assim, dada a exorbitante divergência de valores apresentados por ambas as partes em seus cálculos,
encaminhem-se os autos a Contadoria do Juízo para que apure o valor devido.
3. Antes, porém, custas processuais pelo impugnante/réu, se houver, que deverão ser recolhidas no prazo
de 5 (cinco) dias, sob pena de ser aceito o valor inicialmente apontado pelo exequente no cumprimento de
sentença.
4. Dentro do prazo acima mencionado, fica facultado a parte ré/impugnante se manifestar sobre a petição
de ID:29521018.
Intime-se a Requerente, por meio de seu procurador, para recolher as custas iniciais no prazo de 15
(quinze) dias, sob pena de cancelamento da distribuição do feito, como previsto no art. 290, CPC/15.
Vistos etc.
Respaldado no que preceitua o art. 485, VIII do CPC, homologo por sentença, para que produza seus
jurídicos e legais efeitos o pedido de desistência formulado pelo Autor nos autos. Transitada esta em
julgado, proceda-se o arquivamento dos autos.
P.R.I.C
R.H.
Em que pese a petição inicial não haver sido juntada de forma integral, estando seu texto em branco,
observa-se que trata-se de pedido de Habilitação de Crédito junto aos autos da Recuperação Judicial da
Empresa Bertillon Serviços Especializados LTDA.
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Cumpre-nos mencionar que o pedido de Habilitação de Crédito é mero incidente processual, não
necessitando de distribuição autônoma. Logo, deve o referido pedido ser formulado junto à Ação de
Recuperação em curso, motivo pelo qual determino o arquivamento do presente feito.
P.R.I.C.
Expeça-se o competente mandado de citação para o novo endereço informado na petição retro.
Int.
ATO ORDINATÓRIO
Com fundamento no Artigo 93, inciso XIV da Constituição Federal de 1988; Artigo 152, inciso VI do Código
de Processo Civil vigente; art. 2º da PORTARIA CONJUNTA Nº 3/2017-GP/VP/CJRMB/CJCI e PORTARIA
CONJUNTA Nº 001/2018-GP/VP, tomo a seguinte providência: Fica intimada a parte autora a comprovar o
recolhimento das custas iniciais do feito, no prazo de 15 (quinze) dias, inclusive com a juntada de boleto,
comprovante de pagamento e relatório de conta do processo.
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ATO ORDINATÓRIO
PROCESSO nº 0872680-55.2020.8.14.0301
Considerando que a parte requerente/exequente não é beneficiária da Justiça Gratuita, fica a mesma
intimada a recolher as custas judiciais complementares relativas à expedição do mandado para fins de
cumprimento do ordenado no despacho ID 3152780, no prazo de 5 (cinco) dias.
De ordem,
1- Analisando os autos, observa-se que a parte Ré já houvera comparecido aos, habilitando Procuradores,
bem como comunicando a interposição de gravo de Instrumento.
Contudo, deixou de apresentar Contestação, motivo pelo qual aplico-lhe a pena de revelia, reputando-se
como verdadeiros os fatos narrados pela Autora na inicial (art. 344 do CPC/2015);
2- Assim, respaldado no que preceitua o art. 355, II, do CPC/2015, procederei o julgamento antecipado da
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lide, devendo os autos retornarem-me conclusos após o pagamento das custas finais.
Int.
R.H.
Atento aos autos, verifico que o Autor requereu a concessão do benefício da Justiça Gratuita, entretanto,
deixou de juntar qualquer comprovação da condição de sua insuficiência financeira, razão pela qual deve
este ser intimado, por meio de seu procurador, para emendar a inicial no prazo de 15 (quinze) dias,
devendo trazer à colação a comprovação do preenchimento dos pressupostos necessários à concessão
da gratuidade processual (cópia da declaração de imposto de renda, rendimentos e/ou outros), sob pena
de indeferimento (Art. 99, §2º, do CPC/2015).
Desde já mencionamos a impossibilidade de pagamento das custas ao final do processo, uma vez que
cabe ao Autor antecipá-las, na forma do art.82, §1º, do CPC.
Int.
PROCESSO N. 0840769-88.2021.8.14.0301
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DECISÃO/ MANDADO
BRADESCO ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA., por advogado constituído nos autos, ajuizou
Ação de Busca e Apreensão, com suporte no art. 3º, do DL n.º 911/69 e alterações previstas na Lei
10.931/04, deduzindo pedidos em face de LEOPOLDINO ALVES DE MELO JUNIOR, também qualificado.
Arguiu, em resumo, o descumprimento de contrato relativo ao pagamento das parcelas referentes ao pacto
firmado entre as partes, o qual contém cláusula de alienação fiduciária em garantia.
Para efeito de cognição sumária, denoto que são latentes os pressupostos necessários ao deferimento da
tutela de urgência.
Desta forma, estão assentados o perigo da demora e o indicativo do direito material alegado. O primeiro
ante a possibilidade real de dilapidação e depreciação do bem dado em garantia do valor financiado. O
segundo aspecto, em razão da documentação acostada à inicial, que evidencia a probabilidade do direito.
Ex positis, defiro a liminar pretendida, servindo cópia desta decisão como mandado de busca e
apreensão do veículo descrito na inicial.
Ainda que não apreendido o veículo o réu deverá ser citado, sendo advertido de que terá cinco (05)
dias para pagar o total do débito (o que inclui as parcelas vencidas e vincendas, além das custas e
honorários advocatícios).
Servirá o presente, por cópia digitalizada, como carta de citação ou mandado, nos termos do
Provimento n. 003/2009-CJRMB e n.11/2009-CJRMB.
Expeça-se o necessário.
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Int.
R.H.
Intimem-se as partes, por meio de seus advogados, para, no prazo de 05 dias, dizerem sobre a
possibilidade de eventual julgamento antecipado do mérito, nos moldes do art. 355, do CPC/2015, ou se
têm provas a produzir, especificando-as desde logo a fim de que o juízo possa proceder ao saneamento
do feito, nos moldes do que preceitua o art. 357 do CPC.
Ao especificarem as provas que pretendem produzir, justificar de forma objetiva e clara o tipo de prova a
ser produzida e sua finalidade/necessidade/pertinência. O silêncio ou o protesto genérico por produção de
provas serão interpretados como anuência ao julgamento antecipado, indeferindo-se, ainda, os
requerimentos de diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Intime-se.
Após, conclusos.
Int.
Vistos etc.
Respaldado no que preceitua o art. 485, VIII do CPC, homologo por sentença, para que produza seus
jurídicos e legais efeitos o pedido de desistência formulado pelo Autor nos autos. Transitada esta em
julgado, proceda-se o arquivamento dos autos.
P.R.I.C
Vistos etc.
Respaldado no que preceitua o art. 485, VIII do CPC, homologo por sentença, para que produza seus
jurídicos e legais efeitos o pedido de desistência formulado pelo Autor nos autos. Transitada esta em
julgado, proceda-se o arquivamento dos autos.
P.R.I.C
Considerando que até a presente data não foram pagas as custas processuais inerente ao feito, conforme
certificado nos autos é que respaldado no que preceitua o art. 290 do CPC/2015, determino o
cancelamento da distribuição.
P.R.I.C
Considerando que não houve nenhuma manifestação quanto ao despacho ordinatório retro, arquivem-se
os autos.