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DESEMBARGADORES
RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE
LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO
VÂNIA VALENTE DO COUTO FORTES BITAR CUNHA LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR MAIRTON MARQUES CARNEIRO
VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA DIRACY NUNES ALVES EZILDA PASTANA MUTRAN
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO RONALDO MARQUES VALLE MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA
MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS GLEIDE PEREIRA DE MOURA ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA
RICARDO FERREIRA NUNES JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR
LEONARDO DE NORONHA TAVARES MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO ROSI MARIA GOMES DE FARIAS
MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO EVA DO AMARAL COELHO
ROBERTO GONÇALVES DE MOURA
PRESIDÊNCIA
Considerando o pedido de suspensão de férias, em caráter voluntário, da Juíza de Direito Aldinéia Maria
Martins Barros,
Art. 1º TORNAR SEM EFEITO a Portaria Nº 4047/2021-GP, que designou o Juiz de Direito Augusto Carlos
Correa Cunha, titular da 2ª Vara Cível e Empresarial de Marituba, para responder, sem prejuízo de sua
jurisdição, pela 1ª Vara Cível e Empresarial de Marituba, no período de 01 a 30 de dezembro do ano de
2021.
Art. 2º TORNAR SEM EFEITO a Portaria Nº 4047/2021-GP, que designou o Juiz de Direito Augusto Carlos
Correa Cunha, titular da 2ª Vara Cível e Empresarial de Marituba, para responder, sem prejuízo de sua
jurisdição, pela Vara Criminal de Marituba, nos dias 01 e 02 de dezembro do ano de 2021.
DESIGNAR a Juíza de Direito Rachel Rocha Mesquita, titular da 2ª Vara Cível e Empresarial de
Barcarena, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Vara Criminal de Barcarena, nos dias 02
e 03 de dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Wagner Soares da Costa,
Art. 1º DESIGNAR o Juiz de Direito Acrísio Tajra de Figueiredo, titular da Comarca de Soure, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Salvaterra, no período de 01 a 03 de
dezembro do ano de 2021.
Art. 2º DESIGNAR o Juiz de Direito Acrísio Tajra de Figueiredo, titular da Comarca de Soure, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Salvaterra, nos dias 06 e 07 de dezembro do
ano de 2021.
DESIGNAR o Juiz de Direito Luiz Trindade Júnior, titular da Comarca de Muaná, para responder, sem
prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Ponta de Pedras, no período de 02 a 16 de dezembro do ano
de 2021.
DESIGNAR a Juíza de Direito Liana da Silva Hurtado Toigo, titular da Comarca de Medicilândia, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Uruará, no período de 03 a 08 de dezembro
do ano de 2021.
DESIGNAR o Juiz de Direito Antônio Fernando de Carvalho Vilar, titular da Vara Agrária de Altamira, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Uruará, no período de 09 a 17 de dezembro
do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, da Juíza de Direito Liana da Silva Hurtado
Toigo,
Art. 1º DESIGNAR o Juiz de Direito Substituto Jessinei Gonçalves de Souza, para responder, sem prejuízo
de suas designações anteriores, pela Comarca de Medicilândia, nos dias 09 e 10 de dezembro do ano de
2021.
Art. 2º DESIGNAR o Juiz de Direito Substituto Jessinei Gonçalves de Souza, para responder, sem prejuízo
de suas designações anteriores, pela Comarca de Medicilândia, no período de 13 a 17 de dezembro do
ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Rômulo Nogueira de
Brito,
Art. 1º DESIGNAR o Juiz de Direito Alexandre Rizzi, titular da 1ª Vara Criminal de Santarém, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª Vara Criminal de Santarém, no dia 03 de dezembro do
ano de 2021.
Art. 2º DESIGNAR o Juiz de Direito Alexandre Rizzi, titular da 1ª Vara Criminal de Santarém, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª Vara Criminal de Santarém, no período de 06 a 10 de
dezembro do ano de 2021.
Art. 3º DESIGNAR o Juiz de Direito Alexandre Rizzi, titular da 1ª Vara Criminal de Santarém, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª Vara Criminal de Santarém, no período de 13 a 17 de
dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de férias da Juíza de Direito Iacy Salgado Vieira dos Santos,
DESIGNAR a Juíza de Direito Aline Corrêa Soares, titular da Vara do Juizado Especial Criminal de
Ananindeua, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 3ª Vara do Juizado Especial Cível de
Ananindeua, no período de 03 a 17 de dezembro do ano de 2021.
DESIGNAR o Juiz de Direito Omar José de Miranda Cherpinsk, titular da Comarca de Nova Timboteua,
para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Peixe-boi, no período de 04 de
dezembro do ano de 2021 a 02 de janeiro do ano de 2022.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, da Juíza de Direito Substituta Ana Beatriz
Goncalves de Carvalho,
Art. 1º DESIGNAR o Juiz de Direito Cornélio José Holanda, titular da Comarca de Ourém, para responder,
sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Santa Luzia do Pará, nos dias 06 e 07 de dezembro do
ano de 2021.
Art. 2º DESIGNAR o Juiz de Direito Cornélio José Holanda, titular da Comarca de Ourém, para responder,
sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Santa Luzia do Pará, nos dias 09 e 10 de dezembro do
ano de 2021.
Art. 3º DESIGNAR o Juiz de Direito Cornélio José Holanda, titular da Comarca de Ourém, para responder,
sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Santa Luzia do Pará, no período de 15 a 17 de dezembro
do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Substituto Giordanno
Loureiro Cavalcanti Grilo,
Art. 1º DESIGNAR o Juiz de Direito Líbio Araújo Moura, titular da 2ª Vara Criminal de Castanhal, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 1ª Vara Criminal de Castanhal, nos dias 06 e 07 de
dezembro do ano de 2021.
Art. 2º DESIGNAR o Juiz de Direito Líbio Araújo Moura, titular da 2ª Vara Criminal de Castanhal, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 1ª Vara Criminal de Castanhal, no período de 13 a 17 de
dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, da Juíza de Direito Haila Haase de Miranda,
DESIGNAR a Juíza de Direito Substituta Luisa Padoan, para responder, sem prejuízo de suas
designações anteriores, pela Comarca de Santo Antônio do Tauá, nos dias 06 e 07 de dezembro do ano
de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito José Jocelino Rocha,
Art. 1º DESIGNAR o Juiz de Direito Daniel Bezerra Montenegro Girão, titular da Comarca de Santarém
Novo, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Primavera, nos dias 06 a 07 de
dezembro do ano de 2021.
Art. 2º DESIGNAR o Juiz de Direito Daniel Bezerra Montenegro Girão, titular da Comarca de Santarém
Novo, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Primavera, nos dias 09 a 10 de
dezembro do ano de 2021.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Art. 3º DESIGNAR o Juiz de Direito Daniel Bezerra Montenegro Girão, titular da Comarca de Santarém
Novo, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Primavera, no período de 13 a 17
de dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Lucas Quintanilha Furlan,
Art. 1º DESIGNAR o Juiz de Direito Cristiano Magalhães Gomes, titular da Comarca de Igarapé-Açu, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Maracanã, nos dias 06 e 07 de dezembro do
ano de 2021.
Art. 2º DESIGNAR o Juiz de Direito Cristiano Magalhães Gomes, titular da Comarca de Igarapé-Açu, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Maracanã, no período de 15 a 17 de
dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Substituto Manfredo
Braga Filho,
Art. 1º DESIGNAR o Juiz de Direito Edinaldo Antunes Vieira, titular da Comarca de Pacajá, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Anapú, nos dias 06 e 07 de dezembro do ano
de 2021.
Art. 2º DESIGNAR o Juiz de Direito Edinaldo Antunes Vieira, titular da Comarca de Pacajá, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Anapú, nos dias 09 e 10 de dezembro do ano
de 2021.
Art. 3º DESIGNAR o Juiz de Direito Edinaldo Antunes Vieira, titular da Comarca de Pacajá, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Anapú, no período de 13 a 17 de dezembro
do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Augusto Bruno de Moraes
Favacho,
Art. 1º DESIGNAR o Juiz de Direito Amarildo José Mazutti, titular da Vara Agrária de Marabá, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª Vara de Juizado Especial Cível e Criminal de Marabá,
nos dias 09 e 10 de dezembro do ano de 2021.
Art. 2º DESIGNAR o Juiz de Direito Amarildo José Mazutti, titular da Vara Agrária de Marabá, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª Vara de Juizado Especial Cível e Criminal de Marabá,
no período de 13 a 17 de dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, da Juíza de Direito Danielly Modesto de
Lima Abreu,
DESIGNAR a Juíza de Direito Edilene de Jesus Barros Soares, titular da Vara Criminal de Benevides, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 3ª Vara Cível e Empresarial de Benevides, nos dias 09 e
10 de dezembro do ano de 2021.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Substituto Vinícius
Pacheco de Araújo,
DESIGNAR o Juiz de Direito Antônio Fernando de Carvalho Vilar, titular da Vara Agrária de Altamira, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª Vara Criminal de Altamira, nos dias 09, 10 e 13 de
dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Antônio Carlos de Souza
Moita Koury,
DESIGNAR o Juiz de Direito Daniel Bezerra Montenegro Girão, titular da Comarca de Santarém Novo,
para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Salinópolis e Juizado Especial Cível e
Criminal de Salinópolis, nos dias 09 e 10 de dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Antônio Francisco Gil
Barbosa,
DESIGNAR a Juíza de Direito Substituta Luisa Padoan, para responder, sem prejuízo de suas
designações anteriores, pela Comarca de Vigia e Termo Judiciário de Colares, no período de 09 a 17 de
dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, da Juíza de Direito Elaine Neves de
Oliveira,
DESIGNAR a Juíza de Direito Aline Cristina Breia Martins, titular da 3ª Vara Cível e Empresarial de
Marabá, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª Vara Cível e Empresarial de Marabá, nos
dias 09 e 10 de dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Substituto Aubério Lopes
Ferreira Filho,
Art. 1º DESIGNAR o Juiz de Direito Erick Costa Figueira, titular da Comarca de Afuá, para responder, sem
prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Anajás, no dia 10 de dezembro do ano de 2021.
Art. 2º DESIGNAR o Juiz de Direito Erick Costa Figueira, titular da Comarca de Afuá, para responder, sem
prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Anajás, no período de 13 a 17 de dezembro do ano de 2021
DESIGNAR a Juíza de Direito Luanna Karissa Araújo Lopes, titular da 2ª Vara Cível e Empresarial de
Altamira, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 1ª Vara Criminal de Altamira, no período de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
DESIGNAR o Juiz de Direito Márcio Campos Barroso Rebello, titular da 1ª Vara de Cametá, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Limoeiro do Ajuru, no período de 10 a 24 de
dezembro do ano de 2021.
DESIGNAR a Juíza de Direito Andrea Aparecida de Almeida Lopes, titular da Comarca de São Domingos
do Araguaia, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de São Geraldo do Araguaia,
no período de 11 a 30 de dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, da Juíza de Direito Adriana Divina da Costa
Tristão,
Art. 1º DESIGNAR o Juiz de Direito Amarildo José Mazutti, titular da Vara Agrária de Marabá, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 1ª Vara de Juizado Especial Cível e Criminal de Marabá e
CEJUSC, no período de 06 a 10 de dezembro do ano de 2021.
Art. 2º DESIGNAR o Juiz de Direito Amarildo José Mazutti, titular da Vara Agrária de Marabá, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 1ª Vara de Juizado Especial Cível e Criminal de Marabá e
CEJUSC, no período de 13 a 17 de dezembro do ano de 2021.
DESIGNAR o Juiz de Direito José Jonas Lacerda de Sousa, titular da 1ª Vara do Juizado Especial Cível e
Criminal da Comarca de Tucuruí, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Breu
Branco, no período de 13 de dezembro do ano de 2021 a 06 de janeiro do ano de 2022.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Bernardo Henrique
Campos Queiroga,
DESIGNAR a Juíza de Direito Emília Nazaré Parente e Silva de Medeiros, titular da Comarca de Baião,
para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Mocajuba, no período de 13 a 17 de
dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, da Juíza de Direito Roberta Guterres
Caracas Carneiro,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
DESIGNAR o Juiz de Direito Edilson Furtado Vieira, titular da 2ª Vara Criminal de Ananindeua, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 1ª Vara Criminal de Ananindeua, no período de 13 a 17 de
dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Substituto Thiago
Fernandes Estevam dos Santos,
DESIGNAR a Juíza de Direito Substituta Camilla Teixeira de Assumpção, para responder, sem prejuízo de
suas designações anteriores, pela Vara Criminal de Novo Progresso, no período de 13 a 17 de dezembro
do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Substituto João Paulo
Barbosa Neto,
DESIGNAR o Juiz de Direito Ramiro Almeida Gomes, titular da Comarca de Tucumã, para responder, sem
prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Ourilândia do Norte, no período de 13 a 17 de dezembro do
ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Substituto José Dias de
Almeida Júnior,
DESIGNAR o Juiz de Direito Arielson Ribeiro Lima, titular da 1ª Vara de Tailândia, para responder, sem
prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª Vara de Tailândia, no período de 15 a 17 de dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, da Juíza de Direito Claudia Ferreira
Lapenda Figueiroa,
DESIGNAR o Juiz de Direito Gabriel Pinos Sturtz, titular da Comarca de Oeiras do Pará, para responder,
sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Curralinho, nos dias 16 e 17 de dezembro do ano de
2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Emanoel Jorge Dias
Mouta,
DESIGNAR o Juiz de Direito João Ronaldo Corrêa Mártires, titular da 5ª Vara Criminal de Ananindeua,
para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 4ª Vara Criminal de Ananindeua, no dia 17 de
dezembro do ano de 2021.
Considerando o pedido de suspensão de férias, em caráter voluntário, do Juiz de Direito Heyder Tavares
da Silva Ferreira,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
TORNAR SEM EFEITO a Portaria Nº 4052/2021-GP, que designou o Juiz de Direito Lucas do Carmo de
Jesus, titular da Auditoria Militar da Capital, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 1ª Vara
Penal de Inquéritos Policiais da Capital, no período de 01 a 30 de dezembro do ano de 2021.
EXONERAR o servidor LUIZ ALBERTO BORDALO GOMES, matrícula nº 107506, do cargo de Auxiliar
Judiciário, retroagindo seus efeitos ao dia 06/08/2018.
REMOVER, por permuta, nos termos dos artigos 19 e 20 da Resolução 5/2019-GP, publicada no DJ
edição 6684 de 24/06/2019, os servidores RUTH HELENA LOPES NUNES, Auxiliar Judiciário, matrícula
nº 101575, da Vara do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente, Comarca da Capital, para a 3ª Vara
Cível e Empresarial da Comarca de Ananindeua, e CARLOS HENRIQUE CARVALHO GOMES, Auxiliar
Judiciário, matrícula nº 171999, da 3ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Ananindeua, para a
Secretaria Geral da UPJ dos Juizados Especiais Criminais, a contar de 26/11/2021.
Considerando o afastamento funcional do Juiz de Direito Antônio Cláudio Von Lohrmann Cruz;
DESIGNAR o Juiz de Direito Emerson Benjamim Pereira de Carvalho, titular da Vara do Juizado Especial
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Cível de Icoaraci, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Vara da Infância e Juventude
Distrital de Icoaraci e Direção do Fórum, no dia 14 de novembro do ano de 2021.
Considerando o pedido de alteração no período do gozo de férias do Juiz de Direito Cosme Ferreira Neto,
RETIFICAR a Portaria N° 3625/2021-GP, designando a Juíza de Direito Karise Assad Ceccagno, titular da
5ª Vara Cível e Empresarial de Santarém, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 4ª Vara
Cível e Empresarial de Santarém e Direção do Fórum, no período de 18 a 29 de novembro do ano de
2021.
DESIGNAR a Juíza de Direito Valdeíse Maria Reis Bastos, titular da 3ª Vara Cível e Empresarial da
Capital, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 1ª Vara Cível e Empresarial da Capital e UPJ
das 1ª a 5ª Varas Cíveis e Empresariais de Belém, no período de 01 a 30 de dezembro do ano de 2021.
Considerando o pedido de alteração no período do gozo de férias da Juíza de Direito Josineide Gadelha
Pamplona Medeiros;
Considerando, ainda, o gozo de férias e folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Pedro
Pinheiro Sotero,
TORNAR SEM EFEITO a Portaria N° 3888/2021-GP, que designou o Juiz de Direito Pedro Pinheiro
Sotero, titular da 3ª Vara de Família da Capital, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª
Vara de Família da Capital e 7º CEJUSC da Capital, no período de 22 de novembro a 21 de dezembro do
ano de 2021.
DESIGNAR o Juiz de Direito Francisco Roberto Macêdo de Souza, titular da 6ª Vara de Família da Capital,
para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª Vara de Família da Capital e 7º CEJUSC da
Capital, no período de 04 a 21 de dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de férias e folgas, por compensação de plantão, do Juiz de Direito Pedro Pinheiro
Sotero,
DESIGNAR a Juíza de Direito Rosa de Fátima Navegantes de Oliveira, titular da 7ª Vara de Família da
Capital, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 3ª Vara de Família da Capital, no período de
01 a 17 de dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, da Juíza de Direito Blenda Nery Rigon,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
DESIGNAR o Juiz de Direito Jackson José Sodré Ferraz, titular da 5ª Vara Criminal, para responder, sem
prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª Vara Criminal da Capital, no dia 01 de dezembro do ano de 2021.
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, da Juíza de Direito Blenda Nery Rigon,
DESIGNAR o Juiz de Direito Murilo Lemos Simão, Auxiliar de 3ª Entrância, para responder, sem prejuízo
de sua jurisdição, pela 7ª Vara Criminal da Capital, no dia 01 de dezembro do ano de 2021.
TORNAR SEM EFEITO a Portaria Nº 3954/2021-GP, que designou o Juiz de Direito Augusto César da Luz
Cavalcante, titular da 6ª Vara Cível e Empresarial da Capital, para responder, sem prejuízo de sua
jurisdição, pela 10ª Vara Cível e Empresarial da Capital, no dia 19 de novembro do ano de 2021.
DESIGNAR o Juiz de Direito Eduardo Rodrigues de Mendonça Freire, titular da Vara de Combate ao
Crime Organizado da Capital, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Vara de Execução das
Penas e Medidas Alternativas da Capital, no período de 03 a 17 de dezembro do ano de 2021.
DESIGNAR o servidor CEZAR LOBATO SALGUEIRO, matrícula nº 123978, para exercer a função de
Auxiliar de Secretaria, junto ao Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Santa Bárbara do Pará,
durante as férias da servidora Mylene de Freitas Borges Leal, matrícula nº 46302, retroagindo seus efeitos
ao período de 05/07/2021 a 03/08/2021.
PORTARIA N° 03/2021
RESOLVE:
Art. 1º. Nomear para compor a Comissão Permanente de Avaliação da EJPA, no biênio 2021-2022 os
seguintes membros:
II- Jeferson Antonio Fernandes Bacelar, Diretor do Departamento de Ensino e Pesquisa da EJPA;
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
III- Juiz de Direito Geraldo Neves Leite, Magistrado representante do corpo docente;
IV- Juíza de Direito Betânia de Figueiredo Pessoa, Magistrada representante do corpo discente;
V- servidoras Lorena Magalhaes Freire da Silva e Luciana Maria Santos Moura Assad, representantes do
corpo técnico-administrativo da EJPA;
PODER JUDICIÁRIO
CORREGEDORIA-GERAL DE JUSTIÇA
Portaria n° 12/2021-GJ/CGJPA
Lúcio Barreto Guerreiro, Juiz Corregedor da Corregedoria-Geral de Justiça do Estado do Pará, no uso
de suas atribuições legais e considerando os termos da Portaria 182/2021-CGJ, de 20.10.2021, expedida
pela Desembargadora Rosileide Maria da Costa Cunha, que instaurou procedimento administrativo
disciplinar para apurar os fatos narrados no processo n° 0003615-73.2021.2.00.0814
RESOLVE
Constituir Comissão para apuração dos fatos relatados, que será presidida por mim, e terá como membros
as servidoras Paola Watrin Pimenta Menescal, matrícula 6202-2 na qualidade de secretária da comissão,
e Monique Soares Leite, matrícula 7895-6 como suplente.
CONSIDERANDO, por fim, a competência da Corregedoria- Geral de Justiça quanto à inspeção geral das
Unidades Judiciárias situadas na respectiva jurisdição, fiscalização, instrução e disciplina da atuação dos
Magistrados, nos termos do art. 152 do Código Judiciário;
RESOLVE:
Art. 1°. O artigo 5° do Provimento n. 13/2021-CGJ passa a vigorar com a seguinte redação:
¿Art. 5° ......................................................................................
III ¿ (revogado)¿
Art. 2°. O artigo 6° do Provimento n. 13/2021-CGJ passa a vigorar com a seguinte redação:
¿Art. 6° ......................................................................................
V ¿ (revogado)¿
Art. 3°. O §3° do artigo 7° do Provimento n. 13/2021-CGJ passa a vigorar com a seguinte redação:
¿Art. 7°................................................................................
§3° Em situações excepcionais, pode o juiz decidir de forma cautelar sobre a transferência, resguardado o
direito de informação da pessoa presa, do requerente e dos demais órgãos de execução penal, hipótese
em que as providências de que tratam o §2° deste artigo deverão ser realizadas em até 48
(quarenta e oito) horas. ¿
Art. 4°. O artigo 14 do Provimento n. 13/2021-CGJ passa a vigorar com a seguinte redação:
¿Art. 14 - Na hipótese de ocorrência de situação não prevista neste Provimento e não regulamentado pela
Resolução 404, de 02 de agosto de 2021, com as alterações trazidas pela Resolução 434, de 28 de
outubro de 2021, deverá o magistrado consultar previamente a Corregedoria-Geral.
Este Provimento entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação, ficando
revogado o Provimento 004/2011-CJCI.¿
Dê-se ciência deste Provimento à Secretaria de Estado e Administração Penitenciária do Pará (SEAP),
Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Pará, Defensoria Pública Geral do Estado do Pará, e OAB -
Seção Pará.
Publique-se. Registre-se.
PROCESSO Nº 0005165-40.2020.2.00.0814
RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
PROCESSO Nº 0002873-48.2021.2.00.0814
DECISÃO/OFÍCIO /2021 ¿ CGJ. O Sr. Flávio Heleno Pereira de Sousa, Titular do Cartório do 2º Ofício de
Registro de Imóveis de Belém, submeteu à apreciação deste Órgão Correcional ficha de Registro Auxiliar
(Livro 3), para deliberar sobre eventual bloqueio, até ulterior determinação judicial. Outrossim, informou
sobre pedido de emissão de certidão relativa ao aludido registro, tendo solicitado orientação de como deve
proceder. É o relatório. Decido. A Lei nº 6.015/1973, denominada de Lei de Registros Públicos, estabelece
em seu art. 173 quais os livros a serem utilizados pelo Oficial de Registro de Imóveis no exercício de seu
mister, dando-se destaque neste momento aos Livros 02 (Registro Geral) e 03 (Livro Auxiliar), cujas
espécies de registros a serem realizados nos mesmos encontram-se discriminadas, respectivamente, nos
arts. 176 e 178, do citado diploma legal. O art. 176 além de especificar quais os registros e averbações
que devem ser efetuados no Livro nº 2 (Registro Geral), veda expressamente que seja registrado no livro
em questão os atos atribuídos ao Livro nº 3 (Livro Auxiliar). Por sua vez, o art. 177 dispõe que o Livro nº 3
(Livro Auxiliar) destina-se ao registro dos atos atribuídos ao Registro de Imóveis por disposição legal, e
não digam respeito diretamente ao imóvel matriculado. Em seguida, o art. 178 passa elencar as espécies
de atos que devem ser registrados no referido livro. Com o advento da Lei nº 6.015/1973, todo imóvel
objeto de título a ser registrado deve corresponder a uma matrícula, que necessariamente deverá ser
aberta no Livro nº 2 (Livro Geral), conforme se infere do art. 227 do referido Diploma Legal. No caso sub
examine, observa-se que foi adotado procedimento equivocado quando da realização do registro do
imóvel, eis que o mesmo foi indevidamente registrado no Livro nº 3 (Livro Auxiliar), ao invés de ter sido
aberta a matrícula no Livro nº 2 (Livro Geral), violando, assim, não apenas os dispositivos legais acima
referenciados, como também a parte final do art. 3º do Provimento nº 23/2012 do CNJ, que assim
dispõe: ¿Art. 3º. É vedada a abertura pelo Oficial de Registro de Imóveis, no Livro nº 2 ¿ Registro Geral,
de matrículas para imóveis distintos com uso do mesmo número de ordem, ainda que seguido da aposição
de letra do alfabeto (ex. matrícula 1, matrícula 1-A, matrícula-B etc). É vedada a prática no Livro nº 3 ¿
Registro Auxiliar, do Serviço de Registro de Imóveis, de ato que lhe for atribuído por lei.¿. Grifei. Desse
modo, como forma de sanear tal irregularidade, bem como de evitar maiores prejuízos aos interessados,
oriento o consulente a proceder a abertura de matrícula no Livro nº 2 (Livro Geral) em uso, para tanto,
deve adotar, por analogia, o procedimento previsto nos §§ 1º e 2º, do art. 2º, do Provimento Conjunto nº
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
008/2013 ¿ CJCI/CJRMB, que determinam, in verbis: ¿(...) Parágrafo primeiro. Verificada pela
documentação existente no Cartório a regularidade de propriedade, inclusive com cópia do respectivo
título, nova matrícula deve ser aberta no Livro 2 em uso, mencionando-se no registro anterior o
acontecido, com menção expressa a este e ao Provimento do CNJ. Parágrafo segundo. Inexistindo no
Cartório documentação da regularidade da propriedade, deve o Oficial intimar a pessoa em nome de quem
está a matrícula cancelada para apresentar a documentação necessária, inclusive o respectivo título de
propriedade, sendo que, comprovada a regularidade da propriedade, deve proceder na forma do parágrafo
anterior.¿ Em seguida, deve o consulente proceder ao encerramento do Registro nº 422 do Livro n 3-E,
devendo fazer constar o motivo do encerramento, bem como o número da matrícula correspondente ao
imóvel. Cumpre assinalar a gratuidade dos atos a serem praticados, aplicando-se, por analogia, o disposto
no art. 4º do Provimento Conjunto nº 008/2013 ¿ CJCI/CJRMB. Quanto a expedição da certidão relativa ao
Registro nº 422 do Livro n 3-E, oriento o consulente a somente expedi-la, após efetuar a averbação de
encerramento. Por fim, deve o consulente notificar os proprietários do imóvel referente ao encerramento
do Registro n° 422 do Livro nº 3-E e abertura de matrícula, ou se for o caso, para adoção do previsto no §
2º, do art. 2º, do Provimento Conjunto nº 008/2013 ¿ CJCI/CJRM. Dê-se ciência ao consulente. Utilize-se
cópia desta como ofício. À Secretaria para os devidos fins. Após, arquive-se. Belém, data registrada no
sistema. DESA. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA. Corregedora Geral de Justiça
PROCESSO nº 0001810-85.2021.2.00.0814
penal; IV - nas comarcas com mais de uma vara com competência criminal em que não houver vara com
competência para a execução penal, todas serão competentes para homologar e executar o acordo de
não persecução penal dos feitos que lhe forem distribuídos; V - nas comarcas com apenas uma vara
criminal ou vara única, esta será competente para homologar e executar o acordo de não persecução
penal. Diante do exposto, com a publicação retro mencionada, resta definida a competência para
execução dos acordos de não persecução penal. Expeça-se ofício ao requerente encaminhando cópia da
Resolução nº 18/2021, para ciência e providências necessárias. Após, arquive-se o presente expediente.
Belém, 17 de novembro de 2021. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Desembargadora
Corregedora Geral de Justiça do Pará.
PROCESSO Nº 0003517-88.2021.2.00.0814
CONSULTA
DECISÃO: Trata-se de Consulta apresentada pelo servidor Hiago Vicente Tenorio Ribeiro, Analista
Judiciário da Vara única da comarca de Brasil Novo, solicitando o ato normativo (portaria ou provimento)
que regulamente "... a expedição de alvará quando os valores se encontram em conta tendo como banco
vinculado o Banco do Brasil, bem como as demais providências quanto a alvará." Por se tratar de questão
técnica específica, foi colhida a manifestação da Coordenadoria de Depósitos Judiciais (id 968226). É o
suscinto relatório. Primeiramente cabe esclarecer que os normativos deste censório são publicados no
Diário Oficial de Justiça e estão disponibilizados na página da Corregedoria-Geral contida no Portal do
TJPA. Da manifestação da Coordenadoria de Depósitos Judiciais (id 968226) extrai-se, em síntese, a
Portaria nº 4.174/2014-GP da Presidência desta Côrte, editada em atenção ao disposto na lei Estadual
nº 6.750/2005 que instituiu o Sistema de Depósitos sob aviso a disposição da Justiça, regulamenta os
procedimentos do Sistema Financeiro de Conta única de Depósitos Judiciais sob aviso à
disposição da Justiça e disciplina o alvará de levantamento, inexistindo nesta portaria regra
específica quanto a valores vinculados ao Banco do Brasil. Também consta da manifestação que,
por determinação da Presidência do TJPA, todos os créditos que se encontravam depositados junto ao
Banco do Brasil (Conta Ouro), foram transferidos a este TJPA no final de agosto do corrente ano, pelo que
aquela Coordenadoria recomenda que a unidade judicial faça a leitura da orientação constante da página
inicial do sistema ¿SDJ ¿ Instruções/Novidades¿, destacando que está suspenso o acolhimento de novos
depósitos judiciais junto ao Banco do Brasil, e que o mesmo deverá se realizar, exclusivamente, pelo site
do TJPA, ou através do link https://apps.tjpa.jus.br/DepositosJudiciaisOnline/. Na oportunidade, a título de
cooperação, informo que dúvidas mais específicas quanto ao assunto ora tratado podem ser dirimidas
junto à Coordenadoria de Depósitos Judiciais deste TJPA. Feitos todos os esclarecimentos acima acerca
do objeto da consulta, ARQUIVE-SE o presente expediente. Cientifique a servidora consulente tanto da
presente decisão quanto da manifestação da Coordenadoria de Depósitos Judiciais (id 968226). Belém, 24
de novembro de 2021. Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Corregedora-Geral de
Justiça.
Processo nº 0003466-77.2021.2.00.0814
Requerente: Caio Marco Berardo, Juiz de Direito da Vara de Execução Penal da Comarca de Marabá.
Administrativo de Administração Penitenciária juntado aos autos pela SEAP, que tramitou de forma
sigilosa pela natureza do procedimento, e, após, arquive-se. Belém-PA, 09 de novembro de 2021.
ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Desembargadora Corregedora Geral de Justiça do Pará.
Processo nº 0002986-02.2021.2.00.0814
DECISÃO: Retornaram os presentes autos a este Gabinete sem que tenha sido apresentada
manifestação por parte da Secretaria de Administração Penitenciária-SEAP, ao despacho/ofício ID
857494, que solicitou providências para a efetivação do recambiamento do apenado John Anderson Farias
Monteiro, do Estado de Santa Catarina para o Estado do Pará. É o relatório. A situação relatada neste
expediente foi objeto de análise por esta Corregedoria nos autos do Processo nº 0003429-
50.2021.200.0814, tendo sido informado, em 19/10/2021, nos autos referidos, pelo Servidor Ringo Alex
Rayol Frias, Diretor de Administração Penitenciária-SEAP, ID nº 927680, que a movimentação já estaria
em trâmites operacionais de compra de passagens, tratativas logísticas com Estado custodiante e
movimentação interna do preso, com previsão de concretização até o final do mês de novembro/2021.
Diante do exposto, aguarde-se o prazo informado. Decorrido o prazo, expeça-se ofício ao Exmo. Sr.
Secretário de Administração Penitenciária do Estado do Pará ¿ SEAP, solicitando a adoção das
providências para concretização do recambiamento do réu preso JHON ANDERSON FARIAS
MONTEIRO, atualmente custodiado na Comarca de Brusque/SC para estabelecimento prisional no Estado
do Pará, a critério da administração penitenciária, conforme decisão do Juízo da 1ª Vara Criminal de
Ananindeua ou que informe os motivos da impossibilidade de realizá-lo. Outrossim, considerando a
publicação do Provimento nº 13/2021 ¿ CGJ, que estabeleceu diretrizes e procedimentos acerca da
transferência e do recambiamento de pessoas presas, cientifique-se a magistrada requerente que, o fato
deve ser levado ao conhecimento do Núcleo de Cooperação, nos termos do artigo 10 do referido
provimento, para as providências cabíveis. Após, arquive-se o presente expediente. Belém, 22 de
novembro de 2021. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Desembargadora Corregedora Geral de
Justiça do Pará.
Processo nº 0003432-05.2021.2.00.0814
DECISÃO: Trata-se de expediente encaminhado pela servidora Mariana Marques Portugal, Escrevente
Técnico Judiciário da Corregedoria-Geral de São Paulo, para ciência desta Corregedoria do Ofício nº
544/2021 - GAB/FASEPA (Solicitação de Vaga de internação), encaminhado pela FASEPA, via e-mail,
diretamente àquela Corregedoria. A requerente informa que a Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça
de São Paulo, tem como procedimento padrão o informe das transferências de adolescentes através das
Corregedorias dos Estados envolvidos. Assim, a requerente solicita que, caso o procedimento para
transferências com o Estado do Pará seja diverso, que indiquem se o correto é o encaminhamento direto
para a Fundação de Atendimento Socioeducativo ¿ FASEPA, como anteriormente realizado, para que
possam padronizar o contato para casos futuros. É o relatório. Diante do exposto, expeça-se ofício à
requerente informando que, no âmbito deste TJ/PA, o procedimento de transferências de adolescentes
para outros Estados ocorre mediante decisão judicial prévia prolatada pelo Juízo competente, por onde
tramita o processo, sendo a intermediação de vaga feita pelo Órgão responsável pela transferência
(FASEPA) e o Estado para qual será transferido o adolescente, em tudo mediado pela equipe
multidisciplinar da FASEPA, que faz os contatos necessários para a efetivação do procedimento, quer seja
para alguém da família do adolescente ou Órgão Público que receberá o adolescente, sem necessidade
de participação da Corregedoria-Geral de Justiça do Pará. Registre-se que tramita outro expediente nesta
Corregedoria (PJECOR 0003738-71.2021.2.00.0814) em que se demanda se, ainda, há interesse na vaga,
tendo sido determinado o encaminhamento do expediente para a 3ª Vara da Infância e Juventude de
Belém onde tramita o processo de execução de medida (PJE n.º 0810838-40.2021.8.14.0301), conforme
consulta ao sistema PJE, bem como o encaminhamento do expediente à FASEPA, que intermediará
diretamente acerca da transferência, sempre precedida de ordem judicial. Ante o exposto, arquive-se o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
presente expediente, após ciência à Corregedoria Geral de Justiça de São Paulo. Belém, 27 de outubro de
2021. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Desembargadora Corregedora Geral de Justiça do
Pará.
PROCESSO Nº 0003670-24.2021.2.0814
DECISÃO: Trata-se de pedido oriundo do Juízo de Direito da Vara Cível de Xambioá/TO, solicitando
auxílio desta Corregedoria-Geral de Justiça junto à Vara Única da Comarca de São Geraldo do Araguaia
para cumprimento e devolução de Carta Precatória expedida nos autos da Ação de Alimentos nº 0000556-
38.216.8.27.2742/TO. Instado, o Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Altamira, em ID
918237, informou que a carta precatória expedida nos autos de n. 0000556-38.2016.827.2742 foi
devidamente cumprida e devolvida em 03/11/2021 ao juízo deprecante, conforme documento de ID
918301. É o sucinto relatório. Decido. Considerando as informações prestadas pelo Juízo requerido em
ID 918237, e a constatação no Sistema PJe (0801403-85.2021.8.14.0125) de que a carta precatória foi
efetivamente cumprida e devolvida ao Juízo deprecante, via e-mail em 03/11/2021, resta prejudicado o
objeto do presente expediente, pelo que, nos termos do artigo 91, parágrafo 3° do Regimento Interno do
TJPA, determino seu arquivamento. Dê-se ciência. A presente decisão servirá como ofício. À
Secretaria para providências. Belém, Pa, 09 de novembro de 2021. DESEMBAGARDORA ROSILEIDE
MARIA DA COSTA CUNHA, Corregedora-Geral de Justiça.
PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
REQUERENTE: EXMO. SR. DR. ADRIANO PINTO DE OLIVEIRA, JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE BIRIGUI/SP
DECISÃO: Cuida-se de Pedido de Providências da lavra do Exmo. Sr. Dr. Adriano Pinto de Oliveira, Juiz
de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Birigui/SP, clamando pelo cumprimento da Carta Precatória
extraída dos autos do processo n.º 0003352-94.2021.8.26.0077 e encaminhada para a Comarca de
Parauapebas/PA. Instada a manifestar-se, a Exma. Sra. Dra. Adriana Karla Diniz Gomes da Costa, Juíza
de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parauapebas/PA, em síntese, noticiou a devolução da Carta
Precatória n.º 0007420-71.2020.8.14.0040 extraída dos autos do processo n.º 0003352-94.2021.8.26.0077
, por perda de objeto. É o relatório. Decido. Inicialmente, apura-se que a real pretensão do Magistrado
requerente era o cumprimento e devolução da Carta Precatória n.º 0007420-71.2020.8.14.0040 extraída
dos autos do processo n.º 0003352-94.2021.8.26.0077. Da leitura das informações e dos documentos que
integram estes autos, verificou-se que a carta precatória em referência foi devolvida ao Juízo Deprecante
(1ª Vara Criminal da Comarca de Birigui/SP). Desse modo, diante da devolução da carta precatória
extraída dos autos do processo acima mencionado, verifica-se que estes autos de pedido de providências
perderam o seu objeto junto a esta Corregedoria-Geral de Justiça e tendo em vista que não há outra
medida a ser adotada, DETERMINO o seu ARQUIVAMENTO. Dê-se ciência às partes. Sirva a presente
decisão como ofício. À Secretaria para as providências necessárias. Belém(PA), 09 de novembro de 2021.
Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Corregedora-Geral de Justiça.
Processo nº 0003449-41.2021.2.00.0814
Requerente: Caio Marco Berardo, Juiz de Direito da Vara de Execução de Penas Privativas de Liberdade
de Marabá.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
DECISÃO: Trata-se de expediente subscrito pelo Exmo. Juiz de Direito Titular da Vara de Execução de
Penas Privativas de Liberdade de Marabá ¿ SEEU, Dr. Caio Marco Berardo, através do qual, solicita
auxílio para efetivação da transferência do apenado LEONARDO SOUZA DA SILVA do Centro de
Recuperação Masculino de Vitória de Xingu para o Complexo Penitenciário de Marabá. Informa que, foi
determinado à Secretaria de Administração Penitenciária do Pará - SEAP, em duas ocasiões, providências
para o cumprimento da diligência sem o devido cumprimento.
Juntou cópia dos despachos, do termo de audiência, ofícios e consulta ao INFOPEN. É o relatório. O
Provimento nº 004/2011-CJCI regulamenta a movimentação de réus presos provisórios (transferência e
remoção), no âmbito das Comarcas do Interior, dispondo em seu art. 1º, ser ¿indispensável a autorização
expressa e fundamentada do juiz do feito onde foi determinada ou mantida a prisão¿, para a efetivação da
movimentação de presos provisórios, sendo desnecessária a comunicação da decisão a este órgão
correicional. Somente em não havendo o atendimento da ordem, no prazo de 30 (trinta) dias, deverá ser
comunicada a Corregedoria de Justiça para as providências cabíveis (art. 9º, parágrafo único). O Juízo da
Vara de Execução de Penas privativas de Liberdade da Comarca de Marabá tomou as providências
necessárias, que estavam ao seu alcance, para a efetivação da transferência do réu preso LEONARDO
SOUZA DA SILVA, conforme orienta o Provimento nº 004/2011-CJCI. Ante o exposto, expeça-se ofício ao
Exmo. Sr. Secretário de Administração Penitenciária do Estado do Pará ¿ SEAP, solicitando a adoção das
providências necessárias à concretização da transferência do réu preso LEONARDO SOUZA DA SILVA,
atualmente custodiado no Centro de Recuperação Masculino de Vitória de Xingu para o Complexo
Penitenciário de Marabá, conforme decisão do Juiz de Direito Titular da Vara de Execução de Penas
Privativas de Liberdade de Marabá. Após, dê-se ciência ao Juízo da Vara de Execução de Penas
Privativas de Liberdade de Marabá, sobre as providências adotadas por esta Corregedoria e, após,
arquive-se o expediente. Belém, 23 de setembro de 2021. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA,
Desembargadora Corregedora Geral de Justiça do Pará.
Processo nº 0003972-53.2021.2.00.0814
Requerente: Juliane Alessa Santana do Vale, Servidora da 4ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis-GO.
DECISÃO: Trata-se de expediente subscrito pela servidora Juliane Alessa Santana do Vale, servidora da
4ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis/GO, solicitando que esta Corregedoria auxilie no recambiamento
do preso Eduardo Nonato da Silva, que se encontra recolhido no Centro de Recuperação Penitenciário do
Pará II, no Distrito de Santa Izabel/PA, visando o seu comparecimento na sessão plenária que ocorrerá no
dia 30/11/2021, às 08:30hs, naquela comarca, objeto da ação Penal n° 5159753-97.2019.8.09.0006.
Acrescenta que já foi expedida carta precatória de intimação à comarca de Santa Izabel, conforme
documentação anexa. É o relatório. O recambiamento de pessoas presas está regulamentado pela
Resolução nº 404/2021-CNJ e pelo Provimento nº 13/2021-CGJ. Considerando que o Juízo de origem
tomou as providências necessárias para o recambiamento do acusado Eduardo Nonato da Silva, do
Centro de Recuperação Penitenciário do Pará II para a Comarca de Anápolis/GO, expeça-se ofício à
Secretaria de Administração Penitenciária do Pará-SEAP, encaminhando cópia do presente expediente,
para que diligencie no sentido de efetivar o procedimento de recambiamento. Dê-se ciência desta Decisão
à Vara Criminal da Comarca de Santa Izabel e ao Juízo requerente. Outrossim, considerando os termos
da Resolução nº 404/2021-CNJ e do Provimento nº 13/2021-CGJ, dê-se ciência ao Núcleo de Cooperação
deste TJPA para que acompanhe o efetivo recambiamento do acusado Eduardo Nonato da Silva, do
Centro de Recuperação Penitenciário do Pará II para a Comarca de Anápolis/GO. Após, arquive-se o
presente expediente. À Secretaria para providências. Belém, 22 de novembro de 2021. ROSILEIDE
MARIA DA COSTA CUNHA, Desembargadora Corregedora Geral de Justiça do Pará.
Processo nº 0003883-30.2021.2.00.81
DECISÃO: Trata-se de e-mail subscrito pelo Supervisor de Serviço do Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo-TJ/SP, através do qual, solicita informações sobre como proceder o encaminhamento de
processo de execução penal da Comarca de Jacareí/SP para a Comarca de Parauapebas/PA. Relata que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
o TJSP não estar integrado ao Sistema Eletrônico de Execução Unificado - SEEU, de forma que somente
é possível fazer o envio das peças referentes à execução penal, através do sistema de Malote Digital,
porém, o Distribuidor de Parauapebas recusa-se a receber por essa via, pelo que, requer orientações de
como proceder o encaminhamento. É o relatório. Considerando que o Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo - TJSP não está integrado ao Sistema Eletrônico de Execução Unificado ¿ SEEU, expeça-se
ofício ao Juiz Diretor do Fórum da Comarca de Parauapebas, para que oriente ao Setor de Distribuição no
sentido de que, nos casos em que a Comarca remetente não disponha de meios de remessa das peças
referentes à execução penal, através do SEEU, as mesmas devem ser recebidas via Malote Digital. Dê-se
ciência ao requerente sobre as providências adotadas por esta Corregedoria e, após, arquive-se. Belém,
26 de novembro de 2021. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Desembargadora Corregedora Geral
de Justiça do Pará.
PROCESSO Nº 0003614-88.2021.2.00.0814
PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
DECISÃO: Cuida-se de Pedido de Providências encaminhado pela magistrada EDNA MARIA DE MOURA
PALHA, JUÍZA DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DISTRITAL DE ICOARACI, a fim de
dar conhecimento a esta Corregedoria Geral de Justiça acerca de eventual falta disciplinar cometida pela
servidora CÉLIA LÚCIA PINTO DE AMORIM, SERVIDORA LOTADA NA 4a VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE BELÉM, a qual teria cadastrado o movimento processual de arquivamento do Processo nº
0002218-38.2008.8.14.0201 em 28/03/20214, sem que houvesse sido prolatada decisão de qualquer
natureza acerca da extinção e arquivamento dos autos. Juntou aos autos cópias de documentos inerentes
ao Processo nº 0002218-38.2008.8.14.0201, que demonstram o arquivamento do citado processo. Instada
a se manifestar a servidora requerida, em ID 980784, informou, em síntese: "(...) Em março do ano de
2014, quando trabalhava na Comarca de Irituia/PA, a Juíza Diana Cristina Ferreira da Cunha foi
convocada pela Presidência do TJ/PA para participar do denominado ¿MUTIRÃO DA PRESIDÊNCIA¿,
que consistia em arquivar processos findos e que estavam pendentes de arquivamento e encaminhamento
para o arquivo Geral do Tribunal de Justiça do Estado do Pará. (...) ,o TJ/P formou uma equipe composta
por 02(dois) juízes e 02(dois) servidores analistas ou auxiliares, a critério do magistrado, para atuarem
nesse mutirão. A referida equipe foi formada pelos juízes: Dra. Diana Cristina Ferreira da Cunha e
Alexandre Trindade (à época Juiz de Terra Santa), eu, como Analista Judiciária, e mais a analista que veio
acompanhando o Dr. Alexandre Trindade. (... )A função dos Juízes convocados para o mutirão era avaliar
os processos que precisavam de sentença de extinção, sem resolução do mérito para posteriormente,
serem arquivados. Já a dos servidores que acompanharam os Juízes era, única e exclusivamente, fazer a
tramitação dos processos ao Arquivo Geral de Belém, processos esses que estavam dentro das caixas
que nos foram entregues pela Secretaria da Vara de Família de Icoaraci que estavam pendentes,
exclusivamente, de tramitação para o Arquivo Geral, depois de terem todas as diligências do processo que
estavam dentro da caixa para serem enviados ao Arquivo Geral. Era somente fazer a tramitação para o
arquivo, uma vez que todas as caixas nos foram passadas como ¿aptas¿ a serem enviadas ao Arquivo
Geral. E assim fizemos conforme nos foi determinado. (... ) Acredito que, por algum equívoco, o processo
em referência foi colocado pela secretaria da Vara de Família Distrital de Icoaraci dentro de uma dessas
caixas que foram tramitadas, por mim, para o Arquivo Geral. Volto a ressaltar, novamente, que não
tínhamos a função de reavaliar cada processo que estava dentro da caixa que seria tramitado para o
Arquivo Gral, até mesmo porque já tinham sido avaliados pelos servidores da secretaria da referida Vara
de Família Distrital e foram inúmeras caixas repassadas para que a equipe fizesse somente a tramitação
para o Arquivo Geral de Belém, não tenho bem certeza, mas acredito que tenhamos tramitado mais de
100 (cem) caixas com processos para o Arquivo Geral de Belém.¿ É o Relatório. Passo a decidir.
Analisando as informações apontadas, percebe-se que o objetivo principal do presente Pedido de
Providências é comunicar o Órgão Correcional sobre eventual falta disciplinar cometida pela servidora
CÉLIA LÚCIA PINTO DE AMORIM, Analista Judiciário, lotada na 4ª Vara Criminal da Comarca de
Belém. A ocorrência da falha funcional é incontroversa. A manifestação de ID 980784 apresentada pela
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
própria servidora reconhece o equívoco cometido, possivelmente ocorrido em virtude da divisão de tarefas
pré-definidas no ¿MUTIRÃO DA PRESIDÊNCIA¿ e do grande número de processos a tramitar ao Arquivo
Geral. Deste modo, considerando o volume de processos contidos na força-tarefa denominada
¿MUTIRÃO DA PRESIDÊNCIA¿ é razoável que se possa deparar com eventual ocorrência de equívocos,
os quais se encontram na esfera da normalidade, porquanto, típicos da falibilidade humana. É certo que o
elevado número de feitos não pode servir de justificativa para toda e qualquer falta funcional, mas deve ser
analisado conjuntamente com o contexto em que se deu. No presente caso, observa-se a
excepcionalidade da situação, ou seja, uma força-tarefa desenvolvida por uma equipe reduzida, com
tarefas pré-definidas e com um quantitativo elevado de processos. Por fim, cumpre ainda ressaltar que tão
logo foi detectado o equivoco pelo Juízo requerente, os autos foram desarquivados e retornaram à
tramitação normal. Diante do exposto, considerando não haver a princípio qualquer outra medida a ser
tomada por este Órgão Correcional, DETERMINO o ARQUIVAMENTO do presente expediente, com fulcro
no Art. 200, Parágrafo único, da Lei nº 5.810/94, no entanto, RECOMENDO à servidora CÉLIA LÚCIA
PINTO DE AMORIM que permaneça envidando esforços no cumprimento de seus deveres, evitando,
dessa forma que fatos dessa natureza ocorram novamente, a fim de não prejudicar os jurisdicionados, que
são os principais sujeitos de proteção jurídica. Dê-se ciência às partes. Utilize-se cópia do presente como
ofício. À Secretaria para os devidos fins. Belém, 26 de novembro de 2021. Desembargadora ROSILEIDE
MARIA DA COSTA CUNHA, Corregedora-Geral de Justiça.
PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
DECISÃO: Trata-se de Memorando nº PA-MEM-2020/28143 subscrito pelo servidor Carlos Vítor Coimbra
da Conceição, chefe do Serviço de Contadoria do Juízo e Partilha e endereçado à Direção do Fórum Cível
de Belém e à Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no qual, em suma, solicita
autorização para realização de cálculos judiciais pelos servidores Charles Oliveira Pimentel e Fernanda
Correa Pinheiro, apresentando ainda outros pleitos quanto a recomposição de quadro funcional do setor,
disponibilização de ferramentas tecnológicas e criação da Contadoria Judicial Unificada. Em 22 de janeiro
de 2021, a Presidência desta Corte deferiu parcialmente o pedido "... para que os Analistas Judiciários,
com formação em Ciências Contábeis, lotados no Serviço de Contadoria do Juízo e Partilha, possam
realizar as atribuições originariamente previstas aos Contadores, contidas no art. 386 do Código Judiciário
do Estado do Pará, por entender que estas integram o plexo de atribuições previstas para o cargo efetivo
em questão, nos moldes do Anexo IV da Lei Estadual n. 6.969/07, e, no que diz respeito à Partilha, apenas
aquelas relacionadas à formação de Ciências Contábeis, não estando as atividades de natureza técnica
limitadas à exclusiva atuação do Chefe do Serviço de Contadoria do Juízo e Partilha, a quem compete
as atividades e responsabilidades de chefia intermediária do setor e de seus subordinados.". Na mesma
decisão, foi determinada a remessa do expediente a esta Corregedoria-Geral de Justiça para
apresentasse manifestação a respeito da criação da Contadoria Judicial Unificada - COJUN, fazendo
referência a Resolução n. 32 do TJTO, que instituiu a COJUN naquele Tribunal. Analisando a
documentação disponibilizada, verifica-se que está adstrita a minuta da Resolução de outro Tribunal, a
qual, por sua vez, também decorre de legislação estadual daquela unidade federativa, não podendo ser
aplicada a este TJPA de forma automática sem verificação da viabilidade técnica frente às peculiaridades
locais, tanto legislativas quanto técnicas. Por outro lado, o próprio requerente não apresentou proposta
para a criação de um setor semelhante a denominada COJUN, compatibilizada com a realidade local. Ante
o exposto, esta Corregedoria sugere à Presidência desta Corte, a formação de grupo de trabalho
para apresentar estudo conclusivo quanto à viabilidade técnica para a criação de setor como a
denominada "Contadoria Judicial Unificada" no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
Encaminhe-se a presente manifestação à Presidência desta Corte por meio do sistema SigaDoc. Após,
ARQUIVE-SE os presentes no sistema PJECor. À Secretaria para os devidos fins. Belém (PA), 09 de
novembro de 2021. Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Corregedora-Geral de
Justiça do Estado do Pará.
27
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Processo nº 0001909-55.2021.2.00.0814
Requerente: Dra. Luciana Ferreira dos Santos Abrão, Juíza de Direito da Vara de Precatórias da Comarca
de Aparecida de Goiânia/GO.
DECISÃO: Retornam os presentes autos a este Gabinete com a resposta do Dr. Ringo Alex Rayol Frias,
Diretor de Administração Penitenciária/SEAP, informando a transferência do acusado Jales Pereira da
Silva, já está autorizada por ambos os Estados e que já está em trâmites operacionais, com previsão de
efetivação até o dia 20 do corrente mês. É o relatório. Ante o exposto, expeça-se ofício ao Juízo de Direito
da Vara de Precatórias da Comarca de Goiânia/GO, encaminhando cópia do Ofício nº 1694/2021-
DAP/SEAP, para ciência das informações prestadas pelo Diretor de Administração Penitenciária/SEAP,
quanto à efetivação do recambiamento do acusado Jales Pereira da Silva. Ciência ao Juízo da Vara de
Combate ao Crime Organizado de Belém. Após, arquive-se o expediente. Belém, 20 de outubro de 2021.
ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Desembargadora Corregedora Geral de Justiça do Pará.
Processo nº 0003233-80.2021.2.00.0814
da competência da Vara, a matéria não está afeta à competência da Corregedoria, nos termos do art. 154
do Código Judiciário do Estado do Pará. Nesse sentido, encaminhe-se ao Juízo requerente, cópia do
documento ID nº 962365, para ciência. Após, arquive-se o presente expediente. Belém, data registrada no
sistema. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA. Desembargadora Corregedora Geral de Justiça do
Pará
PROCESSO Nº 0003214-74.2021.2.00.0814
PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
DECISÃO: Considerando que já tramita neste Órgão Correcional processo relacionado ao presente
expediente, com mesmo pedido e causa de pedir, registrado sob o nº 0002928-96.2021.2.00.0814, e que
já está sendo analisado perante esta Corregedoria, tendo inclusive sido instaurada Sindicância
Administrativa em face do servidor ora requerido; DETERMINO o arquivamento dos presentes autos. Dê-
se ciência às partes. À Secretaria para os devidos fins. Belém (PA), 17 de novembro de 2021.
Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Corregedora-Geral de Justiça.
Processo nº 0002041-15.2021.2.00.0814
Decisão: Retornaram os autos após juntada manifestação pelo Juízo da Vara de Execuções Penais da
Região Metropolitana de Belém ¿ VEP/RMB, ao despacho ofício id 500508, que solicitou manifestação
acerca da proposta de extensão do Provimento nº 02/2015 ¿ CJCI àquele Juízo. Em manifestação id
751539, aduziu o Exmo. Juiz de Direito Titular da VEP/RMB, que o Provimento nº 02/2015 ¿ CJCI, ao
autorizar a transferência de presos provisórios e condenados de todas as Casas Penais para uma única
unidade penitenciária acarretará, inequivocadamente, a superlotação e, por conseguinte, a violação de
direitos daqueles que se encontram custodiados e que vierem a ser transferidos ao HGP, carecendo-se,
de forma premente, da revisão do dispositivo contido no art. 1º do primeiro do referido provimento, de
modo a restar claro que a internação compulsória é medida extrema, aplicável após esgotadas as demais
medidas previstas na PNAISP e na Lei nº 10.216/2001, de modo a rever a transferência indiscriminada de
presos provisórios e condenados de comarcas do interior ou de varas da capital diretamente ao HGP,
tendo em vista que resta previsto no mesmo provimento, em seu artigo 3º, que a internação provisória ou
compulsória, dar-se-á em ala de tratamento psiquiátrico de hospital de referência de tratamento de
transtorno mental do SUS, qual seja, Hospital de Clínicas Gaspar Vianna e/ou nas unidades de atenção
psicossocial (RAPS). Argumenta ainda, que a Lei nº 10.216/2001 elucida que as pessoas com transtorno
mental em conflito com a lei apresentam problemas de ordem clínica, adstritos a saúde, sendo, portanto,
público dos equipamentos especializados em saúde mental do SUS, estado e municípios, razão pela qual,
a rede de saúde do Estado se encontra devidamente matriciada e subdividida em regiões, visando ao
atendimento adequado e eficaz dos pacientes judiciários e demais pacientes com transtorno mental,
devendo-se, ao máximo evitar a retirada compulsória dos presos com transtorno mental de seus territórios
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
de origem para transferi-los para a capital, sob a alegação de ausência de serviço disponível, sem antes
verificar os serviços disponíveis junto à rede de atenção de cada município, tudo sob o contínuo
monitoramento prestado pela EAP/DPAIS, em conformidade com o que disciplina a PNAISP e como
detalhado na Cartilha organizada pela VEP/RMB. Por fim, ratifica a posição daquele Juízo, pela invalidade
do Provimento nº 02/2015 ¿ CJCI, por entender que as pessoas com transtorno mental em conflito com a
lei devem ser tratadas em seu território de origem e, excepcionalmente, encaminhados para o HC Gaspar
Vianna para tratamento de eventuais episódios transitórios de crise, de modo a estabilizar e retornar ao
território de origem, aptos a desenvolverem seus tratamentos em consonância com o preconizado pela
PNAISP e pela Lei nº 10.216/2001. É o relatório. Assiste razão ao Magistrado da Vara de Execução Penal
da Região Metropolitana quando aduz que o provimento mencionado dispõe, em seu art. 3º que a
internação provisória ou compulsória, dar-se-á em ala de tratamento psiquiátrico de hospital de referência
de tratamento de transtorno mental do SUS, qual seja, Hospital de Clínicas Gaspar Vianna e/ou nas
unidades de atenção psicossocial (RAPS). O artigo 3º do provimento 02/2015-CJCI assim dispõe: Art. 3º
Considerando a adesão do Estado do Pará à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das pessoas
privadas de liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS),
instituída através da Portaria Interministerial n.º 1/MS/MJ, de 02/01/2014, do Ministério da Saúde e
Ministério da Justiça, a avaliação, o acompanhamento e o tratamento de medida terapêutica prevista no
art. 2º deste Provimento, aplicada à pessoa com transtorno mental (presumido ou comprovado), deverão
ser realizados, de forma integral e contínua, em unidades da rede de atenção psicossocial ou em ala de
tratamento psiquiátrico de hospital de referência em tratamento de transtorno mental do SUS,
considerando o projeto terapêutico singular. Assim, o Provimento nº 02/2015 - CJCI ainda está válido,
sendo de entendimento desta Corregedoria de Justiça que, até o presente momento, não há necessidade
de reformulação do mesmo para inclusão da Vara de Execução Penal da Região Metropolitana. Ciência à
Juíza consulente e ao Magistrado da Vara de Execução Penal da Região Metropolitana de Belém. Após,
arquive-se o expediente. Belém-PA, 09 de novembro de 2021. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA,
Desembargadora Corregedora Geral de Justiça do Pará.
Processo nº 0004022-79.2021.2.00.0814
DECISÃO. Trata-se do Ofício nº 2000210-34.2021.8.14.0028, subscrito pelo Dr. Caio Marco Berardo, Juiz
Titular da Vara de Execuções Penais de Marabá, solicitando que esta Corregedoria informe se há alguma
determinação ou orientação às Varas de Conhecimento para que encaminhem as guias referentes às
condenações criminais do respectivos juízos a determinadas Varas de Execução Penal (exemplo Terra
Santa para Santarém; São Domingos do Araguaia para Marabá; Brasil Novo para Altamira; Peixe-Boi para
Capanema; Ourilândia do Norte para Redenção, Melgaço para Breves, Oeiras do Pará para Cametá;
Inhangapi para Castanhal; Augusto Corrêa para Bragança; Maracanã para Salinópolis; Baião para
Mocajuba). Anexou cópia do despacho exarado nos autos do processo/SEEU nº 2000210-
34.2021.8.14.0028. É o relatório. A Lei nº 8.937/2019, dispõe que compete à Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária ¿ SEAP, a formulação, implementação e execução da política estadual
penitenciária, garantindo a execução penal com segurança, humanização e proteção aos direitos
humanos. Neste sentido, sempre que possível, a pessoa presa deve ser custodiada em estabelecimento
penal próximo a seus familiares. Nos termos da lei de execução penal, nos termos do art. 66, compete ao
Juiz da Execução: Art. 66. Compete ao Juiz da execução:
PROCESSO Nº 0003616-58.2021.2.00.081
PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
PROCESSO: 0003689-30.2021.2.00.0814
Consulta Administrativa
Requerente: Flávio Heleno Pereira de Sousa ¿ Oficial Registrador do 2º Cartório de Registro de Imóveis
de Belém.
DECISÃO: Flávio Heleno Pereira de Sousa, titular do 2º Cartório de Registro de Imóveis de Belém,
formulou a esta Corregedoria de Justiça consulta acerca da possibilidade de cancelar os registros
duplicados encontrados no livro 03 de sua serventia, com fundamento nas disposições do Provimento
23/CNJ e do Provimento Conjunto 08/2013-CJCI/CRMB (com as atualizações do Provimento 08/2021-
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Processo nº 0000903-13.2021.2.00.0814
DECISÃO: Retornaram os autos com a manifestação do Dr. Giordanno Loureiro Cavalcanti Grilo, Juiz de
Direito respondendo pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Castanhal (ID nº 904023). Esclarece que o
Juízo da 2ª Vara de Execução Penal da Comarca de Goiânia ¿ TJGO suscitou conflito negativo de
competência junto ao Superior Tribunal de Justiça, que, ao julgá-lo, declarou o Juízo da 2ª Vara de
Execução de Pena da Comarca de Goiânia ¿ TJGO o competente para a execução da pena aplicada ao
apenado, em razão disso, não sendo mais necessário o recambiamento do sentenciado. Por fim, consta
nos sistemas internos que o processo foi arquivado e enviado para o arquivo regional de Belém. É o
relatório. Diante do exposto, arquive-se o presente expediente. Ciência ao Magistrado do arquivamento
dos presentes autos. À Secretaria para providências. Belém, 16 de novembro de 2021. ROSILEIDE
MARIA DA COSTA CUNHA, Desembargadora Corregedora Geral de Justiça do Pará.
PROCESSO Nº 0001507-71.2021.2.00.0814
PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Processo nº 0002005-07.2020.2.00.0814
DECISÃO: Retornam os presentes autos a este Gabinete, com as informações prestadas pelo Dr. César
Leandro Pinto Machado, Juiz de Direito respondendo pela 1ª Vara Cível e Criminal da Comarca de
Conceição do Araguaia (ID nº 690790), esclarecendo sobre as providências adotadas quanto ao
recambiamento para a comarca de São Miguel do Araguaia-GO do preso Paulo Emílio Pereira Sales, que
está custodiado no Centro de Recuperação de Redenção. Esclarece na informação juntada no id. 690790
(fl. 55), que ¿O Juízo de São Miguel do Araguaia/GO, oficiou este Juízo para informar que a Diretoria
Geral de Administração Penitenciária do Estado de Goiás é a responsável exclusivamente pelo recâmbio
dos detentos no âmbito prisional, nos moldes da Lei Estadual n.º 19.962/2018, e que o Juízo de São
Miguel do Araguaia/GO já havia adotado as medidas necessárias para seu recâmbio do apenado¿.
Registre-se, ainda, que à fl. 93 do presente procedimento foi encaminhada decisão do Juízo da 1ª Vara
Cível e Criminal de Conceição do Araguaia, em que consta que ¿já foi autorizado e determinado o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
recambiamento de Paulo Emilio Pereira Soares para a Comarca de São Miguel do Araguaia-GO¿. É o
sucinto relatório. Diante do exposto, dê-se conhecimento da informação prestada pelo Juízo da 1ª Vara
Cível e Criminal de Conceição do Araguaia cadastrada no id. 690790, à Corregedoria Geral de Justiça do
TJE/GO, através de malote digital ou e-mail endereçado à Divisão de Protocolo e Gerenciamento de
Sistemas Administrativos desta Corregedoria (protocolocgj@tjgo.jus.br), com referência ao procedimento:
201911000200950. Encaminhe-se cópia integral do presente expediente em que constam, ainda, cópia
das cartas precatórias recebidas pelo Juízo da 1ª Vara Cível e Criminal de Conceição do Araguaia.
Ciência ao Juízo requerido da presente decisão. Após, arquive-se o presente processo. Belém (PA), 17 de
novembro de 2021. Rosileide Maria da Costa Cunha, Desembargadora Corregedora Geral de Justiça do
Pará.
Processo nº 0002005-07.2020.2.00.0814
DECISÃO: Retornam os presentes autos a este Gabinete, com as informações prestadas pelo Dr. César
Leandro Pinto Machado, Juiz de Direito respondendo pela 1ª Vara Cível e Criminal da Comarca de
Conceição do Araguaia (ID nº 690790), esclarecendo sobre as providências adotadas quanto ao
recambiamento para a comarca de São Miguel do Araguaia-GO do preso Paulo Emílio Pereira Sales, que
está custodiado no Centro de Recuperação de Redenção. Esclarece na informação juntada no id. 690790
(fl. 55), que ¿O Juízo de São Miguel do Araguaia/GO, oficiou este Juízo para informar que a Diretoria
Geral de Administração Penitenciária do Estado de Goiás é a responsável exclusivamente pelo recâmbio
dos detentos no âmbito prisional, nos moldes da Lei Estadual n.º 19.962/2018, e que o Juízo de São
Miguel do Araguaia/GO já havia adotado as medidas necessárias para seu recâmbio do apenado¿.
Registre-se, ainda, que à fl. 93 do presente procedimento foi encaminhada decisão do Juízo da 1ª Vara
Cível e Criminal de Conceição do Araguaia, em que consta que ¿já foi autorizado e determinado o
recambiamento de Paulo Emilio Pereira Soares para a Comarca de São Miguel do Araguaia-GO¿. É o
sucinto relatório. Diante do exposto, dê-se conhecimento da informação prestada pelo Juízo da 1ª Vara
Cível e Criminal de Conceição do Araguaia cadastrada no id. 690790, à Corregedoria Geral de Justiça do
TJE/GO, através de malote digital ou e-mail endereçado à Divisão de Protocolo e Gerenciamento de
Sistemas Administrativos desta Corregedoria (protocolocgj@tjgo.jus.br), com referência ao procedimento:
201911000200950. Encaminhe-se cópia integral do presente expediente em que constam, ainda, cópia
das cartas precatórias recebidas pelo Juízo da 1ª Vara Cível e Criminal de Conceição do Araguaia.
Ciência ao Juízo requerido da presente decisão. Após, arquive-se o presente processo. Belém (PA), 17 de
novembro de 2021. Rosileide Maria da Costa Cunha, Desembargadora Corregedora Geral de Justiça do
Pará.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
PRECATÓRIO Nº 128/2021
DESPACHO
Intimem-se (1) a parte credora e/ou beneficiária, para, querendo, no prazo de oito dias, se manifestarem
sobre os cálculos de ID 7143241, devendo, ainda, apresentarem documentos pessoais (RG ou CNPJ e
CPF) e seus dados bancários para depósito do crédito e informar se autorizam a dedução do montante
das custas de expedição de alvará eletrônico ou se preferem pagá-las por conta própria; e (2) o ente
devedor para, querendo, sucessivamente no prazo de oito dias (art. 9º, §2º, da Resolução CNJ 303/2019),
manifestar-se sobre o parecer técnico do serviço de cálculos (ID7143241).
Publique-se.
PRECATÓRIO 040/2017
DESPACHO
36
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Publique-se.
PRECATÓRIO nº 002/2017
DESPACHO
Com o ofício a ser expedido, junte-se cópia deste despacho e dos documentos de fls. 66 ¿ 67.
Publique-se.
PRECATÓRIO: nº 004/2009
DESPACHO
Não obstante os termos do ofício de fl.810 (verso), mas diante do falecimento da parte credora (fl.805),
intime-se a sua advogada para providenciar a sucessão processual da credora falecida junto ao Juízo
da Execução (art.32, §5º, da Resolução nº 303/2019 do Conselho Nacional de Justiça), com a posterior
retificação do ofício precatório, no qual deverá constar como credor o espólio ou os (as) sucessores (as)
da falecida.
Publique-se.
PRECATÓRIO nº 015/2017
DECISÃO
(1) a(s) parte(s) credora e/ou beneficiária(s), para, no prazo de oito dias, se manifestar(em) sobre os
cálculos de fls.107 - 116, devendo, ainda, apresentar(em) documentos pessoais (RG e CPF ou CNPJ) e
seus dados bancários para depósito do crédito, devendo a parte credora informar também se autoriza a
dedução do montante das custas de expedição de alvará eletrônico ou se prefere pagá-las por conta
própria; e
(2) o ente devedor, para, no prazo sucessivo de oito dias, se manifestar sobre os cálculos de fls.107 - 116.
Transcorrido o prazo, e não havendo impugnação, junte-se e/ou certifique-se o ocorrido. Em seguida,
encaminhe-se o feito ao Serviço de Análise de Processos/Gestão Contábil para operacionalizar o
pagamento e recolhimento/devolução de retenções legais, em estrita conformidade com os cálculos
elaborados, atentando-se para os dados bancários (banco/agência/conta bancária e dígito verificador)
informados pela(s) parte(s) credora e/ou beneficiária(s).
Caso a(s) parte(s) credora e/ou beneficiária(s) não forneça(m) os dados acima, ou ocorrendo alguma
das hipóteses previstas no art.32 da Resolução CNJ nº 303/2019, determino desde logo o
provisionamento do montante devido, em subconta específica, para levantamento oportuno do crédito ¿
observando, na ocasião, o exaurimento do saldo e o encerramento da subconta.
Efetuadas as operações financeiras, e havendo liquidação da dívida, dê-se ciência ao Juízo da Execução
e arquivem-se os autos, realizando-se os necessários registros e baixas no sistema. Caso não ocorra a
liquidação do crédito, aguardem-se os próximos depósitos pelo ente devedor, conforme regime (ordinário
ou especial) de pagamento.
Publique-se.
PRECATÓRIO: nº 018/2017
DESPACHO
39
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Provisione-se o valor total do crédito devido (fls.155 ¿ 158), atentando-se para a parcela já
provisionada por ocasião do pedido de pagamento antecipado de parcela superprefrencial.
Publique-se.
Portaria nº 624/2021-GP
PRECATÓRIO nº 032/2018
DESPACHO
Publique-se.
PRECATÓRIO nº 053/2017
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
ADVOGADO(A): Pojucan Tavares Advocacia S/S, Oswaldo Pojucan Tavares Júnior (OAB/PA nº
1392) e Pollyana do Carmo Sarmanho Tavares ¿ OAB/PA nº 24072
DECISÃO
Conforme informado à fl. 93 - 94, este precatório decorre, exclusivamente, de crédito de honorários
advocatícios contratuais.
Ocorre que, como os honorários advocatícios contratuais não são devidos pela Fazenda Pública, eles
não podem ser pagos autonomamente por meio de precatório. Podem apenas compor precatório
expedido em favor da credora principal (no caso, Maria da Providência Castro da Silva, parte credora
no precatório nº 054/2017), esta, sim, titular do crédito contra a Fazenda Pública (§1º do art. 7º da
Resolução nº 303/2019 do Conselho Nacional de Justiça).
(2) a retificação do ofício precatório nº 038/2017 (que resultou no precatório nº 054/2017), incluindo o
valor dos honorários advocatícios contratuais destacados, que devem ser deduzidos do crédito
principal.
Publique-se.
PRECATÓRIO: nº 054/2014
DESPACHO
Tendo em vista a informação de que a credora faleceu (fls. 82 ¿ 84), intime-se a sua advogada para
providenciar a sucessão processual da credora falecida junto ao Juízo da Execução (art.32, §5º, da
Resolução nº 303/2019 do Conselho Nacional de Justiça), com a posterior retificação do ofício
precatório, no qual deverá constar como credor o espólio ou os (as) sucessores (as) da falecida.
Publique-se.
PRECATÓRIO nº 068/2015
DESPACHO
Publique-se.
PRECATÓRIO: nº 108/2016
PROCURADOR(A): Bruno Bianco Leal (OAB/SP nº 250109), Bruno Alves Pinheiro (OAB/PA nº
11440) e Leonardo de Oliveira Sirotheau (OAB/PA nº 11877)
DECISÃO
(1) a parte credora/beneficiária, para, no prazo de oito dias, se manifestar sobre os cálculos de
fls.43/45, devendo, ainda indicar CNPJ e dados bancários para depósito do crédito; e
(2) o ente devedor, para, no prazo sucessivo de oito dias, se manifestar sobre os cálculos de fls.43/45.
Transcorrido o prazo, e não havendo impugnação, junte-se e/ou certifique-se o ocorrido. Em seguida,
encaminhe-se o feito ao Serviço de Análise de Processos/Gestão Contábil para operacionalizar o
pagamento e recolhimento/devolução de retenções legais, em estrita conformidade com os cálculos
elaborados, atentando-se para os dados bancários (banco/agência/conta bancária e dígito verificador)
informados pela parte credora/ beneficiária.
Caso a parte beneficiária não forneça os dados acima, ou ocorrendo alguma das hipóteses previstas no
art.32 da Resolução CNJ nº 303/2019, determino desde logo o provisionamento do montante devido,
em subconta específica, para levantamento oportuno do crédito ¿ observando, na ocasião, o exaurimento
do saldo e o encerramento da subconta.
Efetuadas as operações financeiras, e havendo liquidação da dívida, dê-se ciência ao Juízo da Execução
e arquivem-se os autos, realizando-se os necessários registros e baixas no sistema.
Publique-se.
Portaria nº 624/2021-GP
PRECATÓRIO nº 022/2015
DESPACHO
Considerando que os documentos de fls. 159 ¿ 161, encaminhados com a informação de fl. 158 ¿ v, são
apenas cópias de pedido da parte, não havendo decisão do Juízo da Execução, oficie-se a este
solicitando informação acerca do eventual deferimento de pedido de regularização da capacidade
processual da credora, que se tornou incapaz e necessita ser representada por curador, o qual também
deve constar no ofício precatório, que precisa ser retificado com a sua inclusão, como representante da
credora.
Publique-se.
SECRETARIA JUDICIÁRIA
CONSELHO DA MAGISTRATURA
EMENTA
ACÓRDÃO
Plenário Virtual, em Julgamento por Videoconferência, aos vinte e quatro dias de novembro de 2021.
RELATÓRIO
Trata-se de Recurso interposto por Maria da Saúde da Silva Pimentel contra decisão da Excelentíssima
Desembargadora Diracy Nunes Alves, à época Corregedora de Justiça das Comarcas do Interior do
Tribunal de Justiça do Estado do Pará, através da qual foi determinado o arquivamento da Reclamação
formulada pela ora recorrente contra o magistrado Vilmar Durval Macedo Junior, titular da Vara Única da
Comarca de Juruti.
Informa a recorrente que, após ser vitimizada em acidente rodoviário no qual sofreu várias lesões,
interpôs, junto à Comarca de Juruti, Ação de Reparação de Danos Materiais, Estéticos e Morais (processo
nº 0008072-52.2017.814.0086), contra o condutor e proprietário do veículo atropelador. Conta, também,
que após tramitação, na qual denuncia ter havido algum tumulto processual, foi disponibilizada e juntada
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
aos autos sentença do magistrado Rafael do Vale Souza, titular da Comarca de Terra Santa que respondia
pela Comarca de Juruti. Com o retorno do magistrado titular, este fez juntar ao processo nova sentença,
de igual teor à anterior, só que desta feita sendo de sua lavra. Posteriormente houve decisão interlocutória
de chamamento do processo à ordem, retroagindo a tramitação para que os demandados se
manifestassem sobre as alegações finais da autora.
Nesse ponto, a ora recorrente apresentou Reclamação perante à Corregedoria, contra o magistrado titular
da Vara, alegando que as previsões legais não estavam sendo observadas na tramitação e procedimentos
processuais dos autos de número 0008072-52.2017.814.0086, denunciando que o Juiz do feito havia
suprimido duas sentenças de forma irregular, sem que houvessem sido manejados embargos de
declaração. Pediu, ao final, que fosse determinada a inserção da sentença prolatada pelo magistrado
Rafael do Vale Souza, titular da Comarca de Terra Santa ou, alternativamente, a correição parcial no
processo em questão, na Comarca de Juruti (fls. 04 a 10).
Instado a se manifestar, o reclamado veio aos autos para dizer que em 12.12.2019, o magistrado Rafael
do Vale Souza, quando respondia interinamente pela Comarca de Juruti, elaborou minuta de sentença
julgando parcialmente procedente a demanda, mas nunca assinou, nem publicou o documento. Em
17.12.2019, o reclamado excluiu a minuta anterior e elaborou nova sentença, a qual também nunca fui
assinada nem publicada. Em 08.01.2020, após o recesso forense, o reclamado excluiu a minuta da
segunda sentença e, em seu lugar, proferiu, assinou e publicou despacho saneador chamando o feito a
ordem para corrigir graves vícios processuais (fls. 63v e 64).
Irresignado, o reclamante pediu a reconsideração da decisão alegando não terem sido considerados os
fatos e provas dos autos, assim como defendeu a impossibilidade de retirada dos autos da sentença
proferida pelo magistrado Rafael do Vale Souza, quando interino na Comarca de Juruti, por se tratar de
inusitada e descabida inovação processual (fls. 80 e 81).
Por se tratar de recurso contra decisão que arquivara reclamação contra magistrado, determinei a
intimação do Dr. Durval Vilmar Macedo Junior, titular da Vara Única da Comarca de Juruti, na qualidade de
reclamado no procedimento originário, para manifestar-se, querendo (fls. 93).
Manifestou-se o magistrado arguindo que o recorrente deseja valer-se de um ato inexistente, na forma de
uma minuta de sentença não assinada, para que produza efeitos no mundo jurídico, utilizando-se da
corregedoria como via recursal para alcançar seu teratológico intento (fls. 97).
Éo relatório.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
VOTO
O Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará estabelece, em seus artigos 38 e 40, a
competência da Corregedoria Geral de Justiça, nos seguintes termos:
Art. 38. A Corregedoria Geral de Justiça, dividida para efeito de jurisdição em Corregedoria de Justiça da
Região Metropolitana de Belém e Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior do Estado, tem
funções administrativas, de orientação, fiscalização e disciplinares, sendo exercida por 2 (dois)
Desembargadores eleitos na forma da Lei.
(...)
Art. 40. Aos Corregedores de Justiça, além da incumbência de correição permanente dos serviços
judiciários de 1ª instância, zelando pelo bom funcionamento e aperfeiçoamento da Justiça, das atribuições
referidas em lei e neste Regimento, compete:
(...)
(...)
A recorrente pleiteia a reinserção de sentença aos autos, preferencialmente a que teria sido lavrada pelo
Dr. Rafael do Vale Souza, acusando o Dr. Vilmar Durval Macedo Junior de atuação fora dos limites legais
na condução do processo judicial, visto que teria retirado sentenças dos autos sem ao menos algum
mecanismo legalmente possível para as alterações de sentenças, qual seja, a interposição de embargos
de declaração com efeitos modificativos. Esta é a síntese da reclamação.
Embora esteja corretíssima a decisão da Corregedora de Justiça ao indicar que decisões judiciais devem
ser questionadas através de recursos judiciais, não podendo os órgãos administrativos e seus
procedimentos serem utilizados como sucedâneos daqueles, entendo prudente e até necessário que
alguma atenção ao mérito da reclamação seja dada, com as peculiaridades que a análise e julgamento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
administrativo detém, para que se estabeleça com alguma segurança se a conduta do magistrado indica
alguma infração administrativa.
Diz-se que a sentença é apócrifa quando não traz a assinatura do juiz que a prolatou. A obrigatoriedade de
assinatura nas manifestações dos juízes de direito nos autos está esculpida no artigo 205 do Código de
Processo Civil de 2015, que reproduziu anterior determinação do CPC de 1973.
CPC 2015
Art. 205. Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos serão redigidos, datados e assinados
pelos juízes.
(...)
§2º A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da
lei
CPC 1973
Art. 164. Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos
juízes. Quando forem proferidos, verbalmente, o taquígrafo ou o datilógrafo os registrará, submetendo-os
aos juízes para revisão e assinatura.
Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente,
na forma da lei.
A jurisprudência reafirma como requisito essencial de validade da sentença a sua assinatura, ainda que de
forma eletrônica, acarretando sua ausência a ineficácia da manifestação no mundo jurídico.
2. Considerando que o ato inexistente não produz qualquer efeito no mundo jurídico, devem os autos
retornar à Vara de origem para prolação de outra sentença e posterior reabertura do prazo recursal.
ALBERTO VILAS BOAS, Data de Julgamento: 12/05/2020, 1ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
26/06/2020).
Portanto, a retirada das sentenças apócrifas dos autos e a consequente manifestação através do
chamamento do processo a ordem, pelo magistrado condutor, em nada ofende a lei adjetiva pertinente à
matéria, não configurando por si só qualquer irregularidade administrativa ou erro de conduta que
provoque a intervenção correcional da Corregedoria de Justiça.
Não resta claro no processo de que forma a recorrente tomou ciência do teor das minutas, se elas foram
inseridas apenas no sistema informatizado de consulta processual ou se juntadas fisicamente aos autos,
contudo é inconteste que as sentenças não continham as assinaturas, fato que nem a própria recorrente
desmente, tratando-se, tão somente, de minutas de sentenças, assim entendidas como um modelo
preliminar dos documentos, antes da aprovação final que é manifestada através da assinatura.
Desta forma, retirar minutas de decisão dos autos, quer interlocutórias, quer terminativas, que não tem
seus requisitos preservados e, portanto, sem eficácias para produzir efeitos jurídicos, é para além de uma
faculdade do magistrado um dever que se lhe impõe.
Não havendo outros fatos denunciados pelo menos como indícios de prática errônea do magistrado
reclamado, que merecesse a instauração de procedimento administrativo investigativo, correta a decisão
da Corregedora de Justiça que determinou o arquivamento da Reclamação pela ausência de constatação
de infração funcional.
Quando ao mérito da decisão de chamamento do processo a ordem e toda a consequência judicial que ela
provoca, não há qualquer dúvida que somente através de recursos judiciais próprios ela pode ser atacada.
O que se observa dos autos é que a recorrente tenta valer-se da função administrativa da Corregedoria de
Justiça para de alguma forma influenciar na condução e decisões em processo judicial. Tanto é assim que
ela propõe preferencialmente a reinserção da minuta da sentença que seria da lavra do Dr. Rafael do Vale
Souza, como se lhe fosse permitido optar pela forma e conteúdo de decisões no curso processual. De
igual forma, a recorrente mesmo clamando pela atuação administrativa do órgão censor propôs,
anteriormente, recurso de Agravo de Instrumento contra a decisão e chamamento do processo a ordem
(processo nº 0801193-55.2020.814.0000), sob relatoria da Desembargadora Edinéa Oliveira Tavares, o
qual não foi conhecido ante a ausência de previsão legal para seu manuseio. E, ainda, o pedido alternativo
de correição parcial no processo judicial, feito pela recorrente no presente recurso, é medida
essencialmente judicial.
Em situações similares, este Conselho da Magistratura já negou provimento a recurso que tinha como
origem insatisfação quanto a matéria essencialmente judicial, que deveria ser combatida através de meios
próprios.
cediço que para atacar as decisões judiciais existem recursos apropriados a serem interpostos no
momento oportuno. A Corregedoria de Justiça Metropolitana, tem função especificamente administrativa e,
uma vez constatando-se que o mérito da pretensão do recorrente restringe-se ao campo de atuação
jurisdicional do magistrado, foi corretamente aplicado o arquivamento, não vislumbro qualquer motivo para
a reforma da decisão recorrida. III. Recurso conhecido e improvido.
Claro está que a decisão guerreada não merece qualquer censura ou emenda, razão pela qual deve ser
mantida por todos os seus fundamentos.
PARTE DISPOSITIVA
Ante o exposto, CONHEÇO do recurso Administrativo interposto dor Maria da Saúde da Silva Pimentel,
mas NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo a decisão da Corregedoria de Justiça que determinara o
Arquivamento da Reclamação feita contra o magistrado Vilmar Durval Macedo Junior.
Belém, 25/11/2021
EMENTA
ACÓRDÃO:
- Analisando os autos, constata-se que a recorrente tomou ciência da decisão em 08/04/2021 (quinta-feira)
conforme ID 6021332, pg. 33, iniciando o prazo recursal em 09/04/2021(sexta-feira) e terminando em
13/04/2021 (terça-feira). Entretanto, o pedido de reconsideração foi cadastrado em 30/04/2021, fora do
prazo regimental que é de 5 (cinco) dias a contar da intimação do ato.
- A formulação de pedido de reconsideração não suspende ou interrompe o prazo regimental previsto para
a interposição do recurso administrativo no âmbito do Conselho da Magistratura, por ausência de previsão
normativa.
Belém, de de 2021.
Relatora
RELATÓRIO
Trata-se de Recurso Administrativo interposto por Cristhianne de Campos Corrêa servidora efetiva,
contra decisão da Presidência desta Corte, a qual indeferiu o pedido de pagamento referente a
indenização de férias em razão de exoneração de cargo em comissão.
Narra a Recorrente que durante o período de fevereiro de 2019 a janeiro de 2021 esteve lotada no
Gabinete da Presidência, aduzindo que durante esse período adquiriu direito a férias referentes aos
períodos 2019/2020 e 2020/2021 e, considerando a necessidade de serviço, solicitou a suspensão de
fruição das mesmas.
Ciente da possibilidade de indenização pelos períodos adquiridos e não gozados, aduz que requereu
pedido de indenização das referidas férias, com base na Nota Técnica nº 001-2016-GPP/TJPA.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Prosseguindo diz que a impossibilidade de fruição das férias ocorreu, e em razão disso deve ser
concedida a devida indenização, sendo vedado à Administração Pública nos termos do art. 37, § 6° da
Constituição Federal, se locupletar indevidamente de períodos de férias que a servidora deixou de gozar
no interesse da própria Administração.
Por sua vez, a Secretaria de Gestão de Pessoas, acompanhou parecer da Assessoria Jurídica, ID
6021332, fls. 46, bem como, remeteu os autos à Douta Presidência para apreciação.
A Presidência deste E. Tribunal em decisão ID 6021332, fls. 47/51, indeferiu o pedido de reconsideração,
externando o entendimento de que não obstante a postulante ter sido exonerada do cargo em comissão, o
seu vínculo com este Poder Judiciário permanece preservado, tendo em vista ter sido nomeada na mesma
data da exoneração do cargo anterior, para exercer o cargo em comissão de Secretária-Geral junto à
Escola Judicial do Estado do Pará, (Portaria n° 598/2021-GP, DJe n° 7078/2021, de 09/02/2021).
O decisum guerreado expõe não ter restado configurado enriquecimento sem causa da Administração,
logo, afasta-se a respectiva indenização, até porque ainda é possível o usufruto oportuno das férias
adquiridas, afastando a possiblidade de acerto financeiro a título de indenização à recorrente.
É o Relatório.
VOTO
VOTO
À principio deve ser analisada a forma pela qual é contado o prazo em processos administrativos.
A Lei n.º 9.784, de 1999, regula os procedimentos aplicados aos referidos processos no âmbito da
Administração Pública Federal, porém o Colendo Superior Tribunal de Justiça já firmou entendimento que
tais normas se aplicam em outras esferas federativas na ausência de legislação sobre a matéria, na
apreciação de situações oriundas do ente federado (Recurso Especial n.º 655.551/RS, 6ª Turma, Relatora
Maria Thereza de Assis Moura, DJ 30/10/2006).
Segundo esta norma, mais precisamente em seu art. 66, o regramento para a contagem do prazo
administrativo se faz da seguinte maneira:
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o
dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
§1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que
não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal.
§3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento não
houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.
Nessa esteira de raciocínio e conforme a norma geral, os prazos são contados de forma contínua
(diversamente do que vigora atualmente o CPC/2015) excluindo-se da contagem a data oficial da ciência
e incluindo-se o do vencimento.
53
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Art. 109. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na
repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.
Parágrafo único. Os prazos contam-se continuamente a partir da publicação ou ciência do ato, excluído o
dia do começo e incluindo o do vencimento.
A Constituição Federal estabeleceu competência privativa aos Tribunais para a elaboração de seu
Regimento Interno, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes,
dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos
(art. 96, I, “a”, CF/88).
No que se refere ao Conselho de Magistratura, o Regimento interno desta Corte é bastante claro sobre o
prazo recursal conforme se vê :
Art. 28. Ao Conselho de Magistratura, além das atribuições previstas em lei ou neste Regimento compete:
(...)
VII – conhecer e julgar os recursos, interpostos regimentalmente no prazo de 5 (cinco) dias: (Redação
dada pela E.R. n.º 07 de 26/01/2017)
Portanto, o prazo recursal para o Conselho de Magistratura é de 5 (cinco) dias sendo que, no caso dos
autos, a Recorrente tomou ciência da decisão administrativa que indeferiu o seu pedido em 08/04/2021
(quinta-feira) conforme depreende-se da leitura da pg. 35, ID 6021332:” ... tendo a servidora sido intimada
em 08/04/2021 ...”
Com a ciência da decisão guerreada na data de 08/04/2021, o início da contagem do prazo recursal foi
deflagrado em 09/04/2021 (sexta-feira) e encerrado em 13/04/2021, terça-feira, tendo a recorrente
apresentado o recurso dia 30/04/2021, conforme faz prova pg. 37, ID 6021332.
Assim, verifica-se a intempestividade recursal, uma vez que não foi observado o lapso temporal de 5
(cinco) dias estipulado no art. 28, VII do Regimento interno desta Corte.
recurso administrativo foi apresentado no mesmo documento como pedido subsidiário e desta forma, fora
do prazo regimental que é de 5 dias a contar da publicação do ato, encontrando-se intempestivo.2. A
sistemática de contagem de prazo processual impõe a verificação da intempestividade do Recurso
Administrativo em julgamento, pois a contagem é realizada de forma contínua de prazos processuais
expressos em dias, considerando-se os não úteis, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o
dovencimento.3. Os prazos não são iguais. O do pedido de reconsideração é de 30(trinta) dias e o do
recurso administrativo é de 5(cinco) dias, todos contados da decisão recorrida, que no presente caso é a
da Presidência deste Egrégio Tribunal de Justiça. Apesar de poderem ser apresentados juntos, a
reconsideração e o recurso administrativo, estes são independentes um do outro. Para ser considerado
tempestivo, deveria ter sido interposto no prazo do recurso, ou seja, 05(cinco) dias corridos. Art. 256 do
RITJ/PA.
4. Precedentes do CNJ e deste Egrégio Conselho da Magistratura. 5. Recurso não conhecido, por
intempestividade.
Contudo, o recurso administrativo foi apresentado no mesmo documento como pedido subsidiário e desta
forma, fora do prazo regimental que é de 5 dias a contar da publicação do ato, encontrando-se
intempestivo.
Nessa esteira de raciocínio, é sabido que a sistemática de contagem de prazo processual impõe a
verificação da intempestividade do Recurso Administrativo em julgamento, pois a contagem é realizada de
forma contínua de prazos expressos em dias, considerando-se os não úteis excluindo-se o dia do começo
e incluindo-se o do vencimento.
vencimento (art. 66, § 2º). I – Esse é o modo pelo qual o CNJ – sabidamente órgão que julga processos
administrativos, portanto submetido aos ditames da Lei n. 9.784/99 – realiza a contagem de prazos
processuais expressos em dias: continuamente, considerando-se na contagem os dias não úteis,
excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. III – Recurso Administrativo não
conhecido, por intempestivo.
Nota-se que os prazos em questão são diferentes: para o pedido de reconsideração é de 30 (trinta) dias e
para o recurso administrativo é de 5 (cinco) dias, todos contados da decisão recorrida, que no presente
caso é a da Presidência deste Egrégio Tribunal de Justiça.
Não obstante poderem ser apresentados juntos, a reconsideração e o recurso administrativo são
independentes um do outro e para ser considerado tempestivo, deveria ter sido interposto no prazo do
recurso, ou seja, 05(cinco) dias corridos.
Nessa toada, relevante destacar o art. 256 do Regimento Interno do TJE/PA que assim dispõe :
Art. 256. Os prazos recursais são peremptórios, não comportando ampliações ou redução por acordo das
partes, sendo que os pedidos de reconsideração não os suspendem, tampouco os interrompem, podendo
a intempestividade ser declarada de ofício, após a intimação do recorrente.
Ante o exposto, não conheço do recurso porque intempestivo, nos termos da fundamentação.
Éo voto.
Belém, de de 2021.
Relatora
Belém, 26/11/2021
EMENTA
Vistos, etc.
Julgamento presidido pela Exma. Sra. Desembargadora Célia Regina de Lima Pinheiro, Presidente deste
Egrégio Tribunal de Justiça, aos vinte dias do mês de outubro do ano de dois mil e vinte e um.
RELATÓRIO
Aduz a recorrente, em síntese, que existem irregularidades praticadas pela magistrada na condução do
processo de execução.
Afirma que há claro interesse de prejudicar a reclamante demonstrado pela nulidade do ato citatório, já
que a citação ocorreu por hora certa, sem que houvesse sido pleiteado pela parte adversa.
Assim, diante das decisões proferidas, supostamente diversas das pleiteadas, alega que restou
caracterizada a conduta parcial da magistrada reclamada na condução do Processo nº 0874545-
84.2018.8.14.0301, em trâmite perante a 9ª Vara Cível e Empresarial da Capital.
art. 42 da LOMAN.
O caso foi levado ao Conselho Nacional de Justiça nos termos da Resolução nº 135 do CNJ, através do
Pedido de Providências nº 0004475-91.2021.2.00.0000, sendo ARQUIVADO, por decisão proferida pela
Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Corregedora Nacional de Justiça, por ser incabível a
intervenção da Corregedoria Nacional de Justiça em casos que envolvam matéria jurisdicional, quando
existem recursos processuais próprios. (Art. 28, parágrafo único, e o art. 19, primeira parte do
Regulamento da Corregedoria Nacional de Justiça). ID 5763779.
VOTO
Art. 28. Ao Conselho de Magistratura, além das atribuições previstas em lei ou neste Regimento compete:
VII – conhecer e julgar os recursos, interpostos regimentalmente no prazo de 5 (cinco) dias: (Redação
dada pela E.R. n.º 07 de 26/01/2017).
julgamento, uma vez que a Lei n. 9.784, de 29.1.1999, que regula o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal, dispõe que os prazos processuais administrativos contam-se em dias
corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, conforme §2º do art. 66.
3.Precedente do CNJ e deste Egrégio Conselho. 4.Recurso não conhecido, por intempestividade.
(2020.00882877-12, 212.598, Rel. MARIA DE NAZARE SILVA GOUVEIA DOS SANTOS, Órgão Julgador
CONSELHO DA MAGISTRATURA, Julgado em 2020-03-11, Publicado em 2020-03-13).
É como voto.
Belém, 21/10/2021
EMENTA
1. A questão principal gira em torno da gratuidade na averbação da alteração do prenome e do gênero nos
assentos de nascimento e casamento de pessoa transgênero no Registro Civil de Pessoas Naturais
(RCPN), feita de forma administrativa a requerimento da Defensoria Pública do Estado do Pará.
2. A decisão do Supremo Tribunal Federal na ADI n. 4.275/DF conferiu ao art. 58 da Lei n. 6.015, de 31 de
dezembro de 1973, interpretação conforme à Constituição Federal, reconhecendo o direito da pessoa
transgênero que desejar, independentemente de cirurgia de redesignação ou da realização de tratamentos
hormonais ou patologizantes, à substituição de prenome e gênero diretamente no ofício do RCPN. Do
julgamento decorreu a edição do Provimento n. 73/18 do CNJ, regulamentando sobre a averbação da
alteração do prenome e do gênero nos assentos de nascimento e casamento de pessoa transgênero no
Registro Civil das Pessoas Naturais (RCPN).
Lei Estadual nº 8.331, de 29 de dezembro de 2015 (publicada no DOE Nº 33040 e que dispõe sobre os
emolumentos devidos pelos atos praticados no exercício dos serviços notariais e de registro), consigna na
Nota 4 da Tabela I – Atos dos Ofícios de Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas
que os Oficiais de Registro Civil de Pessoas Naturais do Estado do Pará e seus prepostos deverão
fornecer de forma gratuita as certidões e averbações, quando requisitada pela Defensoria Pública.
4.Recurso conhecido e provido para reformando a decisão de origem, conceder a gratuidade nos pedidos
administrativos de averbação da alteração do prenome e do gênero nos assentos de nascimento e
casamento de pessoa transgênero no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais, requeridos pela
Defensoria Pública do Estado do Pará.
RELATÓRIO
RELATÓRIO
Após manifestação do cartório (ID 13552), o Órgão Censor não observou irregularidade na conduta do
oficial de registro que negou a gratuidade do registro, uma vez que entendeu que a demanda não está
vinculada diretamente ao CPC, nem a decisão do STF na ADI 7245, a obrigatoriedade de proceder
gratuitamente, a despeito de inexitir lei concessiva de isenção pelo ente federativo, não tendo observado
conduta irregular do oficial do cartório(ID 70133).
Houve novo pedido de providências protocolado pelo próprio interessado, o senhor ANTONIO CARLOS,
tendo sido anexado ao presente processo (ID 72617)
Interposto recurso administrativo (ID 79168) a Defensoria Pública do Estado do Pará requer a reforma da
decisão para determinar ao Cartório Ricardo Santiago Teixeira – Registro Civil de Pessoas Naturais de
Mosqueiro que proceda gratuitamente os pedidos administrativos de averbação da alteração do prenome e
do gênero nos assentos de nascimento e casamento de pessoa transgênero, no Registro Civil das
Pessoas Naturais (RCPN), requeridos pela Defensoria Pública, conforme disposto em lei.
Remetidos os presentes autos ao Conselho de Magistratura, foi distribuído o Exma. Desa. Diracy Nunes
Alves, tendo os autos sido redistribuídos em razão de nova composição de membros do presente órgão,
cabendo-me após redistribuição, a relatoria do feito.
Éo breve relatório.
VOTO
VOTO
O recurso sob análise deve ser conhecido em razão do atendimento dos pressupostos e condições para
sua admissibilidade.
Aduz a recorrente que a questão principal gira em torno da gratuidade na averbação da alteração do
prenome e do gênero nos assentos de nascimento e casamento de pessoa transgênero no Registro Civil
de Pessoas Naturais (RCPN), feita de forma administrativa a requerimento da Defensoria Pública do
Estado do Pará.
Alega que o indeferimento do pedido administrativo se assenta na premissa de não existir lei em sentido
estrito, nos termos da Constituição Federal, não se admitindo interpretação analógica para estender a
isenção neste caso.
Afirma que o Estado do Pará não editou lei específica que isentasse o pagamento das custas judiciais ou
extrajudiciais, mas sim a Constituição Federal e o CPC, em seu art. 98.
Assevera, que o Provimento n. 73/2018 do CNJ teve por finalidade a desjudicialização da averbação da
alteração do prenome e do gênero nos assentos de nascimento e casamento de pessoa transgênero no
Registro Civil das Pessoas Naturais.
Ressalta que antes do Provimento n. 73/2018 do CNJ, referida alteração só era possível por decisão
judicial e se o interessado fosse patrocinado pela Defensoria Pública, aí sim teria direito a isenção dos
emolumentos relativos à averbação.
Observa que não existe norma estadual específica isentando as taxas judiciais e extrajudiciais, mas a lei
que concede a isenção existe, estando prevista no CPC, não sendo simplesmente uma questão de
legalidade estrita, mas de efetividade de direitos constitucionais e convencionais, e que o não acolhimento
da tese da Defensoria Pública acabará por levar o presente caso ao CNJ e posteriormente, ao Sistema
Interamericano de Direitos Humanos por flagrante violação as normas convencionais que no Brasil,
61
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Por fim, requer que o presente recurso seja conhecido e dado provimento para reformar a decisão
combatida, para determinar ao Cartório Santiago Teixeira (Serventia Extrajudicial do Distrito de
Mosqueiro), proceda gratuitamente os pedidos administrativos de averbação da alteração do prenome e
do gênero nos assentos de nascimento e casamento de pessoa transgênero no Registro Civil das Pessoas
Naturais, requeridos pela Defensoria Pública, conforme dispõe a Constituição do Brasil, os Tratados
Internacionais de Direitos Humanos, Código de Processo Civil, Lei 1.060/50 e Provimento 73/2019-CNJ.
Pois bem.
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989)
b) a certidão de óbito;
236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público.
§1º Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal dos notários, dos oficiais de
registro e de seus prepostos, e definirá a fiscalização de seus atos pelo Poder Judiciário.
§2º Lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos atos praticados
pelos serviços notariais e de registro.
Art. 30. Não serão cobrados emolumentos pelo registro civil de nascimento e pelo assento de
óbito, bem como pela primeira certidão respectiva.
A situação posta nos presentes autos refere-se a solicitação de gratuidade nos pedidos administrativos de
averbação da alteração do prenome e do gênero, nos assentos de nascimento e casamento de pessoa
transgênero no Registro Civil das Pessoas Naturais, requeridos pela Defensoria Pública.
A Lei Complementar nº 80/94, que organiza a Defensoria Pública da União, do Distrito Federal e dos
Territórios e prescreve normas gerais para sua organização nos Estados estabelece que:
O art. 4o da Lei n. 1060/50, que estabelecia normas para a concessão de assistência judiciária aos
necessitados lecionava que:
Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria
petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de
advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.
Contudo, tal previsão foi revogada pelo Código de Processo Civil - Lei n º 13.105, de 2015, que em sua
Seção IV - Da Gratuidade da Justiça assim normatiza:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar
as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na
forma da lei.
...
A decisão do Supremo Tribunal Federal na ADI n. 4.275/DF conferiu ao art. 58 da Lei n. 6.015, de 31 de
dezembro de 1973, interpretação conforme à Constituição Federal, reconhecendo o direito da pessoa
transgênero que desejar, independentemente de cirurgia, de redesignação ou da realização de
tratamentos hormonais ou patologizantes, à substituição de prenome e gênero diretamente no ofício do
RCPN.
Art. 2º Toda pessoa maior de 18 anos completos habilitada à prática de todos os atos da vida civil poderá
requerer ao ofício do RCPN a alteração e a averbação do prenome e do gênero, a fim de adequá-los à
identidade autopercebida.
Art. 9º Enquanto não editadas, no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, normas específicas relativas
aos emolumentos, observadas as diretrizes previstas pela Lei n. 10.169, de 29 de dezembro de 2000,
aplicar-se-á às averbações a tabela referente ao valor cobrado na averbação de atos do registro civil.
Parágrafo único. O registrador do RCPN, para os fins do presente provimento, deverá observar as
normas legais referentes à gratuidade de atos.
Mencionada Lei n. 10.169, de 29 de dezembro de 2000, regula o § 2o do art. 236 da Constituição Federal,
mediante o estabelecimento de normas gerais para a fixação de emolumentos relativos aos atos
praticados pelos serviços notariais e de registro dispondo que:
Art. 4o As tabelas de emolumentos serão publicadas nos órgãos oficiais das respectivas unidades da
Federação, cabendo às autoridades competentes determinar a fiscalização do seu cumprimento e sua
afixação obrigatória em local visível em cada serviço notarial e de registro.
...
63
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Art. 8o Os Estados e o Distrito Federal, no âmbito de sua competência, respeitado o prazo estabelecido no
art. 9o desta Lei, estabelecerão forma de compensação aos registradores civis das pessoas naturais pelos
atos gratuitos, por eles praticados, conforme estabelecido em lei federal.
Art. 3º Compete ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará, por meio de Provimento, estabelecer as
normas que disciplinem a fiscalização do exato cumprimento desta Lei e a previsão das sanções cabíveis
nas hipóteses de sua violação.
Desde então este Egrégio Tribunal de Justiça, em obediência a legislação estadual, vem editando
Provimentos anuais visando a atualização de acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou outro índice que venha a
substituí-lo, por ato das Corregedorias de Justiça por meio de Provimento, conforme parágrafo único do
art. 1º da supracitada lei.
[04] Os Oficiais de Registro Civil de Pessoas Naturais do Estado do Pará e seus prepostos deverão
fornecer de forma gratuita as certidões e averbações, quando requisitada pelo Poder Judiciário,
Ministério Público, Defensoria Pública, Secretarias de Estado, Conselhos Tutelares, Conselhos
Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e
repartições militares. – grifo nosso
Vale ressaltar que o objeto da presente análise é a alteração e averbação de registro civil solicitada pela
Defensoria Pública do Estado do Pará no interesse de cidadão declarado hipossuficiente.
A título de esclarecimentos, destaco que o Provimento Conjunto n° 002 /2019 - CJRMB/CJCI revisou e
atualizou o Código de Normas dos Serviços Notariais e de Registro do Estado do Pará, revogando o
Provimento Conjunto n. 01/2015-CJRMB/CJCI. No que tange aos transgêneros definiu que:
Art. 600. Os transgêneros, que assim se declararem, maiores e emancipados, e os relativamente capazes,
devidamente assistidos podem requerer pessoalmente ao Oficial do Registro Civil das Pessoas Naturais, a
alteração do prenome, sexo, ou ambos, no registro de nascimento ou casamento, independentemente de
autorização judicial ou comprovação de realização de cirurgia de transgenitalização e/ou de tratamentos
hormonais ou patologizantes.
...
Art. 601. Para a finalidade prevista no art. 600 deverá ser utilizado modelo de requerimento instituído por
este Provimento, a ser preenchido pessoalmente pela parte requerente, ou a rogo por pessoa que a
acompanhar caso não saiba ou não possa escrever, na presença do Oficial de Registro Civil das Pessoas
Naturais ou de preposto que designar para essa finalidade.
...
Art. 611. Não havendo disposição expressa na Tabela de Emolumentos, aplicar-se-á às averbações
oriundas das alterações de prenome e sexo ou de ambos a tabela referente ao valor cobrado na
averbação de ato de registro civil.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Da leitura dos normativos percebe-se a existência de previsão de pagamento para as averbações oriundas
das alterações de prenome e sexo realizadas pelo cidadão interessado, conforme Tabela de
Emolumentos, que forem realizados diretamente no Cartório pelos interessados.
Contudo, considerando que o recorrente no presente caso é a Defensoria Pública do Estado e goza do
benefício da gratuidade nos termos estabelecidos na legislação estadual referente aos emolumentos e,
havendo ainda declaração de hipossuficiência do interessado nos autos, conheço do recurso e dou
provimento para reformando a decisão de origem, conceder a gratuidade nos pedidos administrativos de
averbação da alteração do prenome e do gênero nos assentos de nascimento e casamento de pessoa
transgênero no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais, requeridos pela Defensoria Pública do
Estado do Pará.
Écomo voto.
Relatora
Belém, 08/11/2021
65
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PODER JUDICIÁRIO
36ª Sessão Ordinária de 2021 da 2ª Turma de Direito privado, realizada por meio da ferramenta plenário
virtual, sistema pje, com início às 14h Do dia 19 de outubro de 2021 e término às 14h do dia 27 DE
OUTUBRO de 2021, sob a presidência da exma. sra. desa. MARIA DE NAZARE SAAVEDRA
GUIMARAES.
ORDEM: 001
PROCESSO: 0810842-44.2020.8.14.0000
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 002
PROCESSO: 0804212-69.2020.8.14.0000
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 003
PROCESSO: 0802535-04.2020.8.14.0000
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ADVOGADO: DIORGEO DIOVANNY STIVAL MENDES DA ROCHA LOPES DA SILVA - (OAB PA12614-
A)
ORDEM: 004
PROCESSO: 0808610-93.2019.8.14.0000
POLO ATIVO
AGRAVANTE: P. F. F. M.
POLO PASSIVO
AGRAVADO: C. F. F. M.
OUTROS INTERESSADOS
ORDEM: 005
PROCESSO: 0804594-28.2021.8.14.0000
POLO ATIVO
AGRAVANTE: J. V. L. B.
POLO PASSIVO
AGRAVADO: B. J. S. B.
AGRAVADO: B. S. S. B.
INTERESSADO: S. L. S.
OUTROS INTERESSADOS
RETIRADO
ORDEM: 006
PROCESSO: 0806561-45.2020.8.14.0000
POLO ATIVO
AGRAVANTE: T. DE F. DE M. C.
POLO PASSIVO
AGRAVADO: G. V. DA S. M.
OUTROS INTERESSADOS
ORDEM: 007
PROCESSO: 0806701-79.2020.8.14.0000
POLO ATIVO
AGRAVANTE: N. B. DE O.
POLO PASSIVO
AGRAVADO: C. V. DE S. DE O.
OUTROS INTERESSADOS
ORDEM: 008
PROCESSO: 0812277-53.2020.8.14.0000
POLO ATIVO
AGRAVANTE: O. J. DE O.
POLO PASSIVO
AGRAVADO: S. B. M.
OUTROS INTERESSADOS
ORDEM: 009
PROCESSO 0801574-63.2020.8.14.0000
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 010
PROCESSO: 0807716-49.2021.8.14.0000
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 011
PROCESSO: 0804788-28.2021.8.14.0000
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
ORDEM: 012
PROCESSO: 0012931-53.2014.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 013
PROCESSO: 0010916-82.2012.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 014
PROCESSO: 0054234-81.2013.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 015
PROCESSO: 0800119-02.2020.8.14.0085
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 016
PROCESSO: 0804456-73.2019.8.14.0051
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 017
PROCESSO: 0007102-13.2009.8.14.0028
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 018
PROCESSO: 0807061-98.2017.8.14.0006
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 019
PROCESSO: 0824120-87.2017.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
APELADO: VIVO
ORDEM: 020
PROCESSO: 0800645-97.2018.8.14.0065
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
ORDEM: 021
PROCESSO: 0015932-46.2014.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
022
PROCESSO: 0800368-76.2019.8.14.0023
POLO ATIVO
ADVOGADO: DIORGEO DIOVANNY STIVAL MENDES DA ROCHA LOPES DA SILVA - (OAB PA12614-
A)
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
ORDEM: 023
PROCESSO: 0142550-62.2015.8.14.0087
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
ORDEM: 024
PROCESSO: 0806305-79.2020.8.14.0040
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
ORDEM: 025
PROCESSO: 0035040-27.2015.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
RETIRADO
ORDEM: 026
PROCESSO: 0000508-97.2010.8.14.0011
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 027
PROCESSO: 0001724-64.2018.8.14.0124
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 028
PROCESSO: 0831726-64.2020.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 029
PROCESSO: 0006269-76.2017.8.14.0072
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
ORDEM: 030
PROCESSO: 0151189-72.2016.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
RETIRADO
ORDEM: 031
PROCESSO: 0000541-98.2016.8.14.0004
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
ORDEM: 032
PROCESSO: 0801409-21.2017.8.14.0000
POLO ATIVO
86
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
ORDEM: 033
PROCESSO: 0802441-52.2018.8.14.0024
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
ORDEM: 034
PROCESSO: 0000329-64.2013.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
E COMO, NADA MAIS HOUVESSE, FOI ENCERRADA A SESSÃO ÀS 14H00, LAVRANDO, EU,
CRISTINA CASTRO CONTE, COORDENADORA DO NÚCLEO DE SESSÃO DE JULGAMENTO DA
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ, A PRESENTE ATA, QUE SUBSCREVI.
PODER JUDICIÁRIO
Ordem: 001
Processo: 0803902-29.2021.8.14.0000
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Diracy Nunes Alves, Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 002
Processo: 0802199-97.2020.8.14.0000
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
TURMA JULGADORA: Des. Luiz Gonzaga da Costa Neto, Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento,
Desa. Diracy Nunes Alves
Ordem: 003
Processo: 0800633-17.2020.8.14.0032
POLO ATIVO
90
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 004
Processo: 0801160-13.2021.8.14.0006
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 005
Processo: 0800210-33.2020.8.14.0040
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 006
92
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Processo: 0800770-54.2019.8.14.0025
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 007
Processo: 0876138-51.2018.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
93
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 008
Processo: 0035760-38.2008.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Diracy Nunes Alves, Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Des. Luiz
94
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Ordem: 009
Processo: 0000347-32.2004.8.14.0065
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Diracy Nunes Alves, Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 010
Processo: 0810095-08.2019.8.14.0040
POLO ATIVO
95
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 011
Processo: 0810688-37.2019.8.14.0040
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 012
Processo: 0800147-32.2020.8.14.0032
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 013
Processo: 0050072-97.2000.8.14.0301
97
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 014
Processo: 0809427-37.2019.8.14.0040
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 015
Processo: 0809679-40.2019.8.14.0040
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 016
99
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Processo: 0808888-47.2017.8.14.0006
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 017
Processo: 0843339-18.2019.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
100
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 018
Processo: 0804131-36.2020.8.14.0028
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 019
Processo: 0810984-64.2019.8.14.0006
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 020
Processo: 0001506-66.2015.8.14.0051
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 021
Processo: 0002334-21.2014.8.14.0076
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 022
Processo: 0021208-97.2010.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 023
Processo: 0000523-73.2015.8.14.0049
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 024
Processo: 0033058-51.2010.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 025
Processo: 0801032-68.2019.8.14.0133
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
106
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Ordem: 026
Processo: 0001992-11.2011.8.14.0045
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 027
Processo: 0002693-28.2010.8.14.0070
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 028
Processo: 0801933-02.2017.8.14.0070
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 029
Processo: 0003653-64.2007.8.14.0045
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 030
Processo: 0028725-17.2014.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 031
Processo: 0017195-75.2015.8.14.0076
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 032
Processo: 0800955-40.2019.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Desa. Diracy Nunes Alves, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 033
Processo: 0804487-63.2018.8.14.0040
POLO ATIVO
111
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Diracy Nunes Alves, Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Ordem: 034
Processo: 0041925-91.2014.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Desa. Diracy Nunes Alves, Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto
Aos vinte e nove dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um, havendo quórum legal, o
Presidente da Turma, Desembargador JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR, declarou,
às 9h34min, aberta a 39ª Sessão Ordinária da 1ª Turma de Direito Privado, realizada por
Videoconferência. Presentes os Exmos. Desembargadores: CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO,
LEONARDO DE NORONHA TAVARES, MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO e MARIA FILOMENA DE
ALMEIDA BUARQUE e a Exma. Procuradora de Justiça MARIZA MACHADO DA SILVA LIMA. O
Presidente saudou a todos, desejando uma semana abençoada. Colocada em aprovação a ata da sessão
anterior (38ª Sessão Ordinária por Videoconferência) foi aprovada, por unanimidade, pela Turma, iniciando
os trabalhos na seguinte ordem:
PALAVRA FACULTADA
O Exmo. Desembargador JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR registrou a sua
transferência para a Seção de Direito Penal e para a 3ª Turma de Direito Penal do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, agradecendo o apoio que teve durante o exercício de suas atividades como integrante e
Presidente da 1ª Turma de Direito Privado. Em seguida, anunciou que, a partir da próxima sessão, a
Presidência da Turma será exercida pelo Desembargador decano do Órgão julgador, CONSTANTINO
AUGUSTO GUERREIRO até a próxima eleição.
Ordem 01
Processo nº 0079935-73.2015.8.14.0301
- Na 30ª Sessão Ordinária (Plenário Virtual), ocorrida em 23/8/2021, retirado de pauta em virtude de
pedido de vista do Desembargador José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Junior.
- Na 38ª Sessão Ordinária (Plenário Virtual), ocorrida em 29/11/2021, adiado, nos termos do art. 942 do
Código de Processo Civil, em virtude de resultado não unânime.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Turma Julgadora: Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO, Desa. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA
BUARQUE, Des. JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR, Des. CONSTANTINO
AUGUSTO GUERREIRO e Des. LEONARDO DE NORONHA TAVARES.
Sustentação oral realizada pela apelante (Afonso Henrique Rebelo Furtado (OAB/PA nº 19197-A)
Julgamento presidido pelo Exmo. Des. José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior.
Ordem 02
Processo nº 0010609-09.2013.8.14.0006
- Na 21ª Sessão Ordinária (Plenário Virtual), ocorrida em 21/6/2021, retirado de pauta em virtude de
pedido de vista do Desembargador José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Junior.
- Na 38ª Sessão Ordinária (Plenário Virtual), ocorrida em 29/11/2021, adiado, nos termos do art. 942 do
Código de Processo Civil, em virtude de resultado não unânime.
Turma Julgadora: Desa. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Des. JOSÉ ROBERTO PINHEIRO
MAIA BEZERRA JUNIOR, Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO, Des. LEONARDO DE
NORONHA TAVARES e Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO.
Julgamento presidido pelo Exmo. Des. José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior.
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Decisão: Ampliado o colegiado para análise da preliminar suscitada, vencido o Desembargador vistor por
ampla maioria. Superada a questão que gerou a ampliação de colegiado, o prosseguimento do julgamento
de mérito ocorrerá na próxima sessão ordinária com a apresentação do voto da Eminente Relatora.
Ordem 03
Processo nº 0033379-56.2015.8.14.0028
- Na 38ª Sessão Ordinária (Plenário Virtual), ocorrida em 29/11/2021, adiado, nos termos do art. 942 do
Código de Processo Civil, em virtude de resultado não unânime.
Turma Julgadora: Desa. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Des. JOSÉ ROBERTO PINHEIRO
MAIA BEZERRA JUNIOR, Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO, Des. LEONARDO DE
NORONHA TAVARES e Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO.
Julgamento presidido pelo Exmo. Des. José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior.
Decisão: A Turma Julgadora, à unanimidade de votos, conhece do recurso para negar-lhe provimento, nos
termos do voto da Eminente Relatora.
E como, nada mais houvesse, foi encerrada a Sessão às 10h23min, lavrando eu, Felipe Wanderley Matos
de Abreu, Secretário da 1ª Turma de Direito Privado, a presente Ata, que subscrevi.
PODER JUDICIÁRIO
Aos vinte e nove dias do mês de novembro de dois mil e vinte e um, Às 09h59min, havendo quórum
legal, cumprimentando a todos e invocando a proteção de Deus, o Desembargador Roberto Moura,
Presidente da Sessão, declarou aberta a 39ª Sessão Ordinária por Vídeoconferência da 1ª Turma de
Direito Público do TJEPa, e colocou para aprovação da ata e resenha da sessão anterior, que no
silêncio foi aprovada, em seguida, agradeceu a presença do Des Ricardo Ferreira Nunes, que
aceitou a convocação para vir compor a Turma, ante o impedimento de componente da Turma em
um feito, em seguida facultou a palavra, tendo a Desembargadora Rosileide Cunha pedido a
palavra para parabenizar o Desembagador Roberto Moura pelo seu aniversário natalício, que
ocorrerá em 30.11.2021, que fica lisongeada por ser integrar a Turma com ele, que lhe deseja
saúde, sabedoria, paz, que Deus o abençoe sempre, pedindo a palavra a Desembargadora Ezilda
Mutran igualmente o parabenizou, assim como a Desembargadora Elvina Gemaque. Retomando a
palavrao Desembargador Roberto Moura, agradeceu as felicitações, pôs em deliberação da Turma,
quanto a permanência da realização das sessões por vídeoconferência, ressaltou que a
Desembargadora Rosileide Cunha já manifestou-se pela permanência das sessões por
vídeoconferência, pedindo a palavra a Desa Ezilda, igualmente manifestou-se pela permanência da
realização das sessões por vídeoconferência, da mesma forma a Desembargadora Elvina
Gemaque uni-se ao posicionamento das desembargadoras. Retomando a palavra o Desembargador
Roberto Moura uni-se ao posicionamento das desembargadoras, deleberando, assim, a Turma pela
continuidade das sessões por videoconferência, e não havendo quem mais quisesse fazer uso da
palavra, deu-se início ao julgamento dos feitos, a começar pelos feitos com pedidos de
sustentação oral.
Ordem 001
Processo 0802777-26.2021.8.14.0000
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Decisão: A Turma Julgador, à unanimidade de votos, conhece do recurso para dar-lhe provimento,
nos termos do voto do Eminente Relator. O julgamento foi presidido pela Exma Desa Ezilda Mutran.
Ordem 002
Processo 0800715-13.2021.8.14.0000
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Decisão: A Turma Julgador, à unanimidade de votos, conhece do recurso para negar-lhe provimento, nos
termos do voto da Eminente Relatora. O julgamento foi presidido pelo Exmo Des Roberto Moura.
Turma julgadora: EZILDA PASTANA MUTRAN, maria elvina gemaque taveira e ROBERTO
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GONCALVES DE MOURA
Ordem 003
Processo 0806393-09.2021.8.14.0000
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Decisão: A Turma Julgador, à unanimidade de votos, conhece do recurso para negar-lhe provimento, nos
termos do voto da Eminente Relatora. O julgamento foi presidido pelo Exmo Des Roberto Moura.
Turma julgadora: EZILDA PASTANA MUTRAN, maria elvina gemaque taveira e ROBERTO
GONCALVES DE MOURA
Ordem 004
Processo 0854294-11.2019.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Decisão: A Turma Julgador, à unanimidade de votos, conhece do recurso para negar-lhe provimento, nos
termos do voto da Eminente Relatora. O julgamento foi presidido pelo Exmo Des Roberto Moura.
Turma julgadora: EZILDA PASTANA MUTRAN, maria elvina gemaque taveira e ROBERTO
GONCALVES DE MOURA
Ordem 005
Processo 0044570-55.2015.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Decisão: A Turma Julgador, à unanimidade de votos, conhece do recurso para negar-lhe provimento, nos
termos do voto do Eminente Relator. O julgamento foi presidido pelo Exma Desa Ezilda Mutran.
Turma julgadora: EZILDA PASTANA MUTRAN, maria elvina gemaque taveira e ROBERTO
GONCALVES DE MOURA
Ordem 006
Processo 0809254-74.2017.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Decisão: A Turma Julgador, à unanimidade de votos, conhece do recurso para dar-lhe provimento, nos
termos do voto do Eminente Relator. O julgamento foi presidido pelo Exma Desa Ezilda Mutran.
Turma julgadora: EZILDA PASTANA MUTRAN, maria elvina gemaque taveira e ROBERTO
GONCALVES DE MOURA
Ordem 007
Processo 0051315-85.2014.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Decisão: A Turma Julgador, à unanimidade de votos, conhece do recurso para negar-lhe provimento, nos
termos do voto da Eminente Relatora. O julgamento foi presidido pelo Exmo Des Roberto Moura.
Turma julgadora: EZILDA PASTANA MUTRAN, maria elvina gemaque taveira e ROBERTO
GONCALVES DE MOURA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Ordem 008
Processo 0002612-97.2014.8.14.0051
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Decisão: o exmo desembargador roberto gonçalves moura pediu vista dos autos para melhor análise.
Ordem 009
Processo 0006942-98.2017.8.14.0030
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
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OUTROS INTERESSADOS
Decisão: A Turma Julgador, à unanimidade de votos, conhece do recurso para negar-lhe provimento, nos
termos do voto da Eminente Relatora. O julgamento foi presidido pelo Exmo Des Roberto Moura.
Turma julgadora: EZILDA PASTANA MUTRAN, maria elvina gemaque taveira e ROBERTO
GONCALVES DE MOURA
Ordem 010
Processo 0000267-60.2009.8.14.0011
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Ordem 011
Processo 0843804-27.2019.8.14.0301
POLO ATIVO
APELANTE G.M.S.J.
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Decisão: a exma desembargadora maria elvina gemaque taveira pediu vistas dos autos para melhor
análise do recurso.
Ordem 012
Processo 0064410-85.2014.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Decisão: A Turma Julgador, à unanimidade de votos, conhece do recurso de apelação do ente municipal
para dar-lhe parcial provimento e dar provimento ao recurso adesivo da parte autora, em remessa
necessária sentença alterada em parte, nos termos do voto da Eminente Relatora. O julgamento foi
presidido pelo Exmo Des Roberto Moura.
Turma julgadora: EZILDA PASTANA MUTRAN, maria elvina gemaque taveira e ROBERTO
GONCALVES DE MOURA
Ordem 013
Processo 0804807-68.2020.8.14.0000
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
decisão: adiado em razão de ausência de quórum legal para o julgamento, ante a suspeição da exma
desembargadora ezilda mutran.
ORDEM 014
PROCESSO 0803900-30.2019.8.14.0000
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Decisão: A Turma Julgador, à unanimidade de votos, conhece do recurso para negar-lhe provimento, nos
termos do voto da Eminente Relatora
Turma julgadora: rosileide maria da costa cunha, EZILDA PASTANA MUTRAN e ROBERTO
GONCALVES DE MOURA
ORDEM 015
PROCESSO 0809623-30.2019.8.14.0000
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Decisão: A Turma Julgador, à unanimidade de votos, conhece do recurso para dar-lhe parcial provimento,
nos termos do voto da Eminente Relatora. Convergindo ao voto da Eminente Relatora o Des Roberto
Moura, vistor do recurso. O julgamento foi presidido pela Exma Desa Ezilda Mutran.
Turma julgadora: rosileide maria da costa cunha, EZILDA PASTANA MUTRAN e ROBERTO
GONCALVES DE MOURA.
E como, nada mais houvesse, foi encerrada a Sessão às 12h29min, sendo julgados no sistema PJE 11
(onze) julgados, 01 (um) retirado de pauta a pedido da Relatora e 02 (dois) pedidos de vista que serão
inclusos na 40ª Sessão Ordinária por Vídeoconferência desta Turma, lavrando eu, Eliane Vitória Amador
Quaresma, Secretária da 1ª Turma de Direito Público, a presente Ata, que subscrevi.
Presidente
PODER JUDICIÁRIO
PODER JUDICIÁRIO
RESENHA JUDICIAL
40ª Sessão Ordinária de 2021 da 2ª Turma de Direito PRIVADO, realizada por meio de
videoconferência no dia 30 de NOVEMBRO de 2021, sob a presidência dA exmA. srA. desA. MARIA DE
NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES. PRESENTES OS EXMOS. SRS. DESEMBARGADORES: MARIA
DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES, RICARDO FERREIRA NUNES, GLEIDE PEREIRA DE MOURA,
JUIZ CONVOCADO AMILCAR ROBERTO BEZERRA GUIMARÃES E JUIZ CONVOCADO JOSÉ
TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR. REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO: PROCURADOR
DE JUSTIÇA MARIO NONATO FALANGOLA. SESSÃO INICIADA ÀS 09H30MIN.
PARTE ADMINISTRATIVA
ORDEM: 001
PROCESSO: 0032202-58.2008.8.14.0301
POLO ATIVO
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POLO PASSIVO
ORDEM: 002
PROCESSO: 0022049-19.2015.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 003
PROCESSO: 0062625-54.2015.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 004
PROCESSO: 0021428-56.2014.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
ORDEM: 005
PROCESSO: 0800663-27.2020.8.14.0008
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
CEJUSC
DIA 07/12/2021
HORÁRIO 09:00H
5º VARA
PROCESSO 0853801-34.2019.8.14.0301
REQUERENTE: H T D S C
REQUERIDA: R M D S F C
DIA 07/12/2021
HORÁRIO 09:00H
3ª VARA
PROCESSO 0847407-40.2021.8.14.0301
REQUERENTE: D B P
REQUERIDO: R R
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
A Dra. ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO, Juíza de Direito da 3ª Vara do Juizado Especial Cível de
Belém, no uso de suas atribuições legais.
FAZ SABER a todos quantos este Edital virem, ou dele notícia tiverem, que no dia 14 de dezembro de
2021, do horário de 08 às 14 horas, esta 3ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, será submetida à
Correição Periódica Ordinária, a ser realizada pela MM. Juíza de Direito Titular, Dra. Andréa Cristine
Correa Ribeiro, em conformidade com o disposto no artigo 171 do Código Judiciário do Estado do Pará,
cujo trabalho abrangerá todos os serviços lotados nesta 3ª Vara do Juizado Especial Cível, podendo ser
recebidas na secretaria quaisquer reclamações sobre os serviços prestados pela 3ª Vara do Juizado
Especial Cível de Belém e sua serventia, pelas partes interessadas, advogados, defensores públicos,
promotores de justiça e pela sociedade em geral. E, para que chegue ao conhecimento de todos os
interessados e estes não aleguem ignorância, será o presente publicado no prédio onde funciona esta 3ª
Vara do Juizado Especial, localizado na Av. Rômulo Maiorana, n.º 1366, Marco, CEP: 66093-005, nesta
cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, bem como será publicado no Diário de Justiça do Estado,
na forma da lei. Belém (PA), 29 de novembro de 2021. Eu, ____, Patrícia Rodrigues de Amorim Lemos,
Diretora de Secretaria da 3ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, nos termos do Provimento nº
006/2006-CGJ e Provimento nº 008/2014-CJRMB, digitei e subscrevi.
EDITAL
CORREIÇÃO ORDINÁRIA
A Exma. Srª Aline Corrêa Soares, MMª Juíza de Direito Titular da Vara do Juizado Especial Criminal da
Comarca de Ananindeua, Estado do Pará, República Federativa do Brasil, no uso das suas atribuições
legais etc.
FAZ SABER a todos quantos o presente Edital virem ou dele tomarem conhecimento que, no dia 09 de
dezembro de 2021, às 09h, na sala de audiências da Vara do Juizado Especial Criminal da Comarca de
Ananindeua, prédio do Juizado Especial, serão iniciados os trabalhos referentes à CORREIÇÃO
ORDINÁRIA, conforme disposto no Código Judiciário do Estado do Pará, no Provimento nº 004/2001-
CGJ/TJ/PA e no Provimento nº 07/2008-CJRMB/TJ/PA, com a finalidade de avaliar e aperfeiçoar a
prestação dos serviços jurisdicionais nesta vara judicial.
E para que chegue ao conhecimento de todos, mandou a MMª Juíza de Direito que fosse expedido o
presente edital, que será publicado na forma da lei. Dado e passado nesta Comarca de Ananindeua,
Estado do Pará, aos 30 dias do mês de novembro de 2021. Eu,______________________(Bruno Rosa de
Melo), Diretor de Secretaria da Vara do Juizado Especial Criminal de Ananindeua, digitei e
conferi.//////////////////////////////////////////
Fica designada a realização da 01ª Sessão em Plenário Virtual da 1ª Turma Recursal Permanente
dos Juizados Especiais para o dia 26 de janeiro de 2022 (quarta-feira), com abertura às 14:00 horas
e com encerramento da mencionada sessão às 13:59 horas do dia 02 de fevereiro de 2022 (quarta-
feira), com acesso através do endereço eletrônico
https://apps.tjpa.jus.br/plenariovirtual/login/inicio.action, na qual serão julgados os seguintes
feitos:
Processos Pautados
Ordem : 001
Processo : 0831692-89.2020.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 002
Processo : 0844145-53.2019.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 003
Processo : 0805451-20.2016.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
DO PARÁ
POLO PASSIVO
Ordem : 004
Processo : 0800338-65.2017.8.14.0070
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 005
Processo : 0872161-51.2018.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 006
Processo : 0815254-90.2017.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 007
Processo : 0815307-71.2017.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 008
Processo : 0800482-80.2018.8.14.0045
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 009
Processo : 0801784-98.2017.8.14.0201
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 010
Processo : 0801336-28.2017.8.14.0201
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 011
Processo : 0801408-35.2019.8.14.0301
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 012
Processo : 0804952-39.2018.8.14.0051
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 013
Processo : 0828379-57.2019.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 014
Processo : 0801506-97.2017.8.14.0201
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 015
Processo : 0832203-58.2018.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 016
Processo : 0817362-24.2019.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 017
Processo : 0852070-37.2018.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 018
Processo : 0800199-90.2015.8.14.0941
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 019
Processo : 0800577-46.2015.8.14.0941
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 020
Processo : 0802084-58.2017.8.14.0040
Relator(a) : Gabinete TR 01
148
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 021
Processo : 0800101-24.2017.8.14.0040
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 022
Processo : 0812936-37.2017.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
149
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
POLO PASSIVO
Ordem : 023
Processo : 0800113-38.2017.8.14.0040
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 024
Processo : 0801912-49.2018.8.14.0051
150
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
RECORRENTE : BANPARÁ
POLO PASSIVO
Ordem : 025
Processo : 0801415-05.2017.8.14.0040
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 026
Processo : 0800445-07.2019.8.14.0049
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 027
Processo : 0828190-16.2018.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 028
Processo : 0800334-84.2018.8.14.0040
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 029
Processo : 0819015-61.2019.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
153
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
POLO PASSIVO
Ordem : 030
Processo : 0801240-52.2019.8.14.0133
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 031
Processo : 0803230-30.2017.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 032
Processo : 0000843-47.2017.8.14.0084
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 033
Processo : 0840247-03.2017.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 034
Processo : 0001425-61.2012.8.14.0136
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 035
156
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Processo : 0005637-42.2016.8.14.0086
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 036
Processo : 0824957-45.2017.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 037
157
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Processo : 0801445-40.2017.8.14.0040
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 038
Processo : 0002916-17.2018.8.14.0032
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
158
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Ordem : 039
Processo : 0010713-15.2015.8.14.0302
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 040
Processo : 0817136-53.2018.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
159
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
POLO PASSIVO
Ordem : 041
Processo : 0800307-11.2016.8.14.0028
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 042
Processo : 0003111-02.2018.8.14.0032
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 043
Processo : 0801065-80.2018.8.14.0040
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 044
Processo : 0003115-39.2018.8.14.0032
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 045
Processo : 0800651-09.2018.8.14.0032
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 046
Processo : 0002636-46.2018.8.14.0032
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 047
Processo : 0003153-51.2018.8.14.0032
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 048
Processo : 0800673-67.2018.8.14.0032
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 049
Processo : 0800705-27.2015.8.14.0954
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 050
Processo : 0800046-18.2015.8.14.0954
Relator(a) : Gabinete TR 01
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 051
Processo : 0800077-90.2018.8.14.0062
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 052
Processo : 0800263-20.2019.8.14.0017
Relator(a) : Gabinete TR 03
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POLO PASSIVO
Ordem : 053
166
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Processo : 0803434-77.2019.8.14.0051
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 054
Processo : 0800952-65.2019.8.14.0049
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 055
Processo : 0800972-02.2019.8.14.0067
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 056
Processo : 0837816-25.2019.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 057
Processo : 0801159-78.2019.8.14.0109
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 058
Processo : 0801063-92.2019.8.14.0067
Relator(a) : Gabinete TR 03
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POLO PASSIVO
169
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Ordem : 059
Processo : 0800228-86.2019.8.14.0073
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 060
Processo : 0800593-61.2019.8.14.0067
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 061
Processo : 0806368-39.2016.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 062
Processo : 0800345-95.2019.8.14.0067
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 063
Processo : 0800105-08.2018.8.14.0014
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 064
Processo : 0802320-75.2019.8.14.0028
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 065
Processo : 0800079-70.2020.8.14.0133
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 066
173
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Processo : 0801116-60.2019.8.14.0039
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 067
Processo : 0800111-15.2018.8.14.0014
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 068
Processo : 0805836-67.2019.8.14.0040
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 069
Processo : 0802278-26.2019.8.14.0028
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 070
Processo : 0800081-78.2019.8.14.0067
Relator(a) : Gabinete TR 03
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POLO PASSIVO
Ordem : 071
Processo : 0811014-94.2019.8.14.0040
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 072
Processo : 0806110-31.2019.8.14.0040
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 073
Processo : 0800101-68.2018.8.14.0014
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 074
Processo : 0800064-78.2019.8.14.0055
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 075
178
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Processo : 0800085-98.2019.8.14.0008
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 076
Processo : 0811013-12.2019.8.14.0040
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 077
Processo : 0801060-40.2019.8.14.0067
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 078
Processo : 0871614-11.2018.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
180
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Ordem : 079
Processo : 0800109-97.2018.8.14.0029
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 080
Processo : 0800942-64.2019.8.14.0067
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 081
Processo : 0800420-43.2019.8.14.0065
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 082
Processo : 0800197-84.2019.8.14.0067
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 083
Processo : 0800242-25.2018.8.14.0067
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 084
Processo : 0811016-64.2019.8.14.0040
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 085
Processo : 0858696-38.2019.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 086
Processo : 0800063-19.2017.8.14.0070
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 087
Processo : 0832581-77.2019.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 088
Processo : 0800022-63.2018.8.14.0055
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 089
Processo : 0800387-09.2017.8.14.0070
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 090
Processo : 0800733-40.2018.8.14.0032
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 091
Processo : 0002495-94.2012.8.14.0013
Relator(a) : Gabinete TR 03
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 092
Processo : 0800142-72.2020.8.14.9000
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
188
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Ordem : 093
Processo : 0872123-68.2020.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
RECORRIDO : IGEPREV
Ordem : 094
Processo : 0002197-91.2013.8.14.0943
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 095
Processo : 0009361-39.2015.8.14.0943
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 096
Processo : 0803496-65.2018.8.14.0015
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 097
Processo : 0804221-43.2018.8.14.0051
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 098
Processo : 0001178-44.2013.8.14.0945
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 099
192
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Processo : 0872999-91.2018.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 100
Processo : 0820286-76.2017.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
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POLO PASSIVO
193
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Ordem : 101
Processo : 0801580-74.2019.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 102
Processo : 0800129-44.2017.8.14.0055
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
194
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
POLO PASSIVO
Ordem : 103
Processo : 0800256-80.2019.8.14.0032
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 104
Processo : 0846774-63.2020.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 105
Processo : 0869869-25.2020.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
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POLO PASSIVO
Ordem : 106
Processo : 0001344-46.2008.8.14.0074
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 107
Processo : 0810037-61.2020.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
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POLO PASSIVO
Ordem : 108
Processo : 0006497-42.2014.8.14.0012
Relator(a) : Gabinete TR 02
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POLO PASSIVO
Ordem : 109
Processo : 0000563-21.2014.8.14.0104
Relator(a) : Gabinete TR 02
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POLO PASSIVO
Ordem : 110
Processo : 0000768-82.2013.8.14.0040
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 111
Processo : 0800590-96.2018.8.14.0017
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 112
Processo : 0802122-66.2019.8.14.0051
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 113
Processo : 0862139-94.2019.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 114
Processo : 0800346-51.2019.8.14.0012
Relator(a) : Gabinete TR 02
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201
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Ordem : 115
Processo : 0811984-58.2017.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
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POLO PASSIVO
Ordem : 116
Processo : 0818700-04.2017.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 117
Processo : 0835407-76.2019.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
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POLO PASSIVO
Ordem : 118
Processo : 0800298-60.2020.8.14.9000
Relator(a) : Gabinete TR 02
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POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
Ordem : 119
Processo : 0013555-91.2017.8.14.0012
Relator(a) : Gabinete TR 02
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POLO PASSIVO
Ordem : 120
Processo : 0800716-15.2019.8.14.0017
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 121
Processo : 0802474-84.2018.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 122
Processo : 0800257-13.2019.8.14.0017
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 123
Processo : 0852243-61.2018.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 124
Processo : 0807326-91.2019.8.14.0051
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 125
Processo : 0835601-13.2018.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 126
Processo : 0696645-85.2016.8.14.0301
Relator(a) : Gabinete TR 02
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
Ordem : 127
Processo : 0800380-22.2016.8.14.0306
208
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Relator(a) : Gabinete TR 02
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FÓRUM CÍVEL
se a incidência dos juros desde outubro de 2013, data dos pagamentos feitos a maior pelo exequente. Â
        Isto posto, não resta dúvida quanto à necessidade de acolhimento da impugnação
quanto aos cálculos apresentados pelo exequente, vez que incluiu os juros moratório a partir de evento
não determinado na sentença.          Quanto alegação do impugnante de que não
poderia ser penalizado com a incidência de multa de 10% e honorários de advogado de 10%, prevista
no art. 523, §1º do CPC em razão da ausência de sua intimação pessoal, na forma do art. 513,
§4º, do CPC, entendo que também lhe assiste razão.          Com efeito, o STJ já
firmou entendimento de que a multa prevista no art. 523, §1º do CPC1 está condicionada Ã
intempestividade do pagamento ou à resistência manifesta na fase de cumprimento de sentença (Resp.
18343372).          Depreende-se, portanto, que para caracterização da intempestividade
do pagamento, deve o executado restar devidamente intimado para este fim, o que, no caso especÃ-fico
dos autos demandava sua intimação pessoal, pois o pedido de cumprimento de sentença deu-se 01
(um) após o trânsito em julgado da sentença (fls.144/154), tudo conforme o art. 513, §4º do CPC3
         Dito isto, merece acolhimento a impugnação para declarar o excesso na
execução manejada.          Assim, acolho a impugnação ao cumprimento de sentença
e determino que os autos sejam remetidos ao contador, para adequação, devendo o perito judicial
observar que a incidência de juros 1% somente após a citação (02/06/2016) e não incidência de
multa de 10% ou honorários de 10% em sede de cumprimento de sentença.          Após, a
apresentação do laudo, intimem-se as partes a se manifestarem no prazo de 05 dias.       Â
Com as manifestações, imediatamente conclusos.        Em tempo, determino a expedição
de alvará dos valores já depositados (fls. 187 - R$ 91.454,88) em favor do exequente, eis que
incontroversos, devendo a serventia judicial adotar as devidas cautelas para expedição do mencionado
alvará.        Publique-se. Registre-se. Intime-se.        Belém, 25 de novembro de
2021. CELIO PETRONIO D ANUNCIAÃÃO Juiz de Direito titular da 5ª Vara CÃ-vel da Capital 1 Art. 523.
No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre
parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente,
sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se
houver. § 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de
multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento. 2 RECURSO
ESPECIAL. AÃÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL EM FASE DE CUMPRIMENTO DEFINITIVO DE
SENTENÃA QUE RECONHECE A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÃÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA.
PAGAMENTO VOLUNTÃRIO. INCIDÃNCIA DE MULTA. CRITÃRIOS. INTEMPESTIVIDADE.
RESISTÃNCIA MEDIANTE IMPUGNAÃÃO. DEPÃSITO INTEGRAL NO PRAZO DE 15 DIAS ÃTEIS SEM
RESISTÃNCIA DA PARTE EXECUTADA. NÃO APLICAÃÃO DA MULTA. 1. Ação ajuizada em 2/5/17.
Recurso especial interposto em 28/5/18. Autos conclusos ao gabinete em 28/6/19. Julgamento: CPC/15. 2.
O propósito recursal consiste em dizer da violação do art. 523, §1º, do CPC/15, acerca do critério
de quando deve incidir, ou não, a multa de dez por cento sobre o débito, além de dez por cento de
honorários advocatÃ-cios. 3. São dois os critérios a dizer da incidência da multa prevista no art. 523,
§1º, do CPC, a intempestividade do pagamento ou a resistência manifestada na fase de cumprimento
de sentença. 4. Considerando o caráter coercitivo da multa, a desestimular comportamentos
exclusivamente baseados na protelação da satisfação do débito perseguido, não há de se
admitir sua aplicação para o devedor que efetivamente faz o depósito integral da quantia dentro do
prazo legal e não apresenta impugnação ao cumprimento de sentença. 5. Na hipótese dos autos,
apesar de advertir sobre o pretendido efeito suspensivo e da garantia do juÃ-zo, é incontroverso que a
executada realizou tempestivamente o depósito integral da quantia perseguida e não apresentou
impugnação ao cumprimento de sentença, fato que revela, indene de dúvidas, que houve verdadeiro
pagamento do débito, inclusive com o respectivo levantamento pela exequente. Não incidência da
multa prevista no art. 523, §1º, do CPC e correta extinção do processo, na forma Documento:
1894930 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/12/2019 Página 1 de 6 Superior Tribunal
de Justiça do art. 924, II, do CPC. 6. Recurso especial conhecido e não provido. 3 Art. 513. O
cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste TÃ-tulo, observando-se, no que couber e
conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código. § 4º Se o
requerimento a que alude o § 1º for formulado após 1 (um) ano do trânsito em julgado da sentença,
a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento
encaminhada ao endereço constante dos autos, observado o disposto no parágrafo único do art.
274 e no § 3º deste artigo. PROCESSO: 00031881920148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): DANIELLE KAREN DA SILVEIRA ARAUJO LEITE
A??o: Cautelar Inominada em: 29/11/2021 AUTOR:J. C. L. S. Representante(s): OAB 19096 - THAIS
212
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
NAVA DE SOUSA (ADVOGADO) OAB 19073 - DANIELLE PINA DE ALMEIDA (ADVOGADO) REU:A. L.
R. C. Representante(s): OAB 13250 - RAMSES SOUSA DA COSTA (ADVOGADO) OAB 6707 - MANOEL
MIRANDA RODRIGUES (ADVOGADO) . DECISÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE PARTILHA
DE BENS C/C MEDIDA CAUTELAR, interposta por J.C.L.D.S, devidamente qualificado, em face A.L.R.C,
também qualificada, na qual o autor requer a divisão dos bens amealhados durante a constância do
casamento das partes.          Narra a inicial, resumidamente, que o autor contraiu núpcias
com a requerida em 16 de maio de 2008, porém em 14 de março de 2011 houve a dissolução da
sociedade conjugal. Afirma que durante o referido perÃ-odo constituÃ-ram diversos bens, os quais, segundo
acordo verbal ficariam sob a responsabilidade da requerida para futura repartição entre o casal,
contudo até o ingresso da ação a partilha não ocorreu.          Acrescenta que alguns
bens foram repassados para terceiros, em claro descumprimento do acordo bem como os rendimento com
aluguéis de um dos imóveis não lhes foram repassados, causando grave prejuÃ-zo ao requerente.  Â
       Por fim, pugna por medida cautelar apta a inviabilizar o suposto repasse dos bens Ã
terceiros e no mérito a realização da partilha, com a condenação da requerida em danos materiais
e morais.          Deu à causa o valor de R$ 107.225,00 (cento e sete mil, duzentos e vinte e
cinco reais).          Juntou documentos às fls. 11/16.          Declinada a
competência à s Varas de FamÃ-lia (fls. 19), o feito acabou distribuÃ-do à 3ª Vara de FamÃ-lia da Capital
(fls. 20).          Citada a requerida apresentou contestação (fls. 29/32), alegando, em
suma, que os bens reclamados pelo requerido não foram constituÃ-dos na constância do casamento e
já pertenciam a terceiros.          Juntou documentos (fls. 33/44)          Réplica
à s fls. 47/55.          Aberta a instrução processual, o juÃ-zo determinou a realização de
audiência de conciliação (fls. 93). Ante o não comparecimento da requerida, o ato ficou
comprometido, tendo o juÃ-zo redesignado o ato (fls. 109). Ante a manifestação das partes pela não
conciliação, o juÃ-zo fixou os pontos controvertidos e designou audiência de instrução e julgamento
(fls. 114/115).          Ãs fls. 117/118 o requerente depositou o rol de testemunhas, porém o
ato não fora realizado (fls. 123).          Em seguida, em decisão à s fls. 139/140, o juÃ-zo
da 3ª Vara de FamÃ-lia, verificando que a questão tratada nos autos se refere exclusivamente à partilha
de bens declinou da competência à esta Vara CÃ-vel, conforme decisão de fls. 139.         Â
Recebida a presente ação (fls. 142), fora determinada a emenda inicial para regularização do polo
passivo e indicação pormenorizada dos bens a serem partilhados (fls. 156).         Â
Apresentada emenda (fls. 157/165), o autor requereu a alteração da nomenclatura da ação e
reforçou pedido cautelar apto a inviabilizar a transferência dos bens.          Tendo relatado
o bastante, passo a decidir.          A concessão de liminar somente é possÃ-vel, quando
presentes a probabilidade do direito invocado e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo
(Art. 300 - A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo).         Â
Dando seguimento, o art. 301 do CPC disciplinou que: ¿Art. 301. A tutela de urgência de natureza
cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra
alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.¿        Â
 Com subsÃ-dio na narração dos fatos e nas provas trazidas com a inicial, numa análise sumária,
verifico não estarem presentes os requisitos ensejadores da concessão da medida incidental.     Â
    De tudo o quanto pode se extrair dos autos, não diminuindo os conflitos conjugais existentes
entre o casal, entendo que a liminar de sequestro ou outra cautelar é medida extrema, sendo insuficiente
para sua concessão apenas o receio de dilapidação dos bens em comum, despidas de indÃ-cios
relevantes de ameaça concreta. Assim, a questão trazida aos autos necessita de maior dilação
probatória, sob o crivo do contraditório, por tratar-se de questão delicada, envolvendo convÃ-vio
familiar, não se recomenda seja resolvida sem a oitiva da parte contrária, inclusive porque a requerente
persegue é a apreensão dos bens do qual é coproprietária. Deste modo, impõe-se, nesta altura, o
não acolhimento do pedido.          Nesse sentido: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO
PROCESSUAL CIVIL. MEDIDA CAUTELAR INCIDENTAL. SEQUESTRO. AÃÃO DE PARTILHA DE
BENS APÃS O DIVÃRCIO EM CURSO. DECISÃO QE INDEFERIU A LIMINAR. IRRESIGNAÃÃO DO
REQUERENTE. Trata-se de medida cautelar incidental à ação de partilha de bens após o divórcio,
na qual o requerente pretende o sequestro do imóvel comum do ex-casal, ao argumento de que sua ex-
cônjuge não está adimplindo o débito condominial. Para a concessão da medida cautelar incidental
de sequestro é necessário que o direito material seja verossÃ-mil e que esteja exposto a perigo. Tem
esta medida a função de segurança, já que visa tão somente assegurar a eficácia da tutela
jurisdicional do direito, não sendo capaz de satisfazê-lo e somente se justifica a concessão liminar se
houver possibilidade de perda da efetividade, impedindo o alcance da segurança por ela almejada. Não
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
foi (sic) demonstrado pelo agravante os requisitos necessários para o deferimento da medida pretendida,
pois, conforme bem ressaltado pela decisão agravada o requerente pretende o sequestro de bem ao qual
é coproprietário. Além disso, aparentemente, o que o agravante almeja é a imissão na posse do
imóvel que ainda será objeto de partilha em demanda em curso, e, portanto, pertence a ambos, ao
argumento de que não seria justo a agravada se manter na posse exclusiva do imóvel sem adimplir com
o débito condominial. A pretensão de se utilizar da medida cautelar de sequestro apenas para transferir
o uso exclusivo de bem comum de sua ex-cônjuge para si, antes de finalizada a partilha de bens, não
tem amparo jurÃ-dico pela via escolhida. Ademais, a decisão recorrida não se afigura teratológica,
contrária à lei ou à evidente prova dos autos e, nos termos do verbete sumular 59 deste Tribunal de
Justiça. CONHECIMENTO e DESPROVIMENTO do recurso. (Agravo de Instrumento nº 0065331-
94.2018.8.19.0000, 8ª Câmara CÃ-vel do TJRJ, Rel. Cezar Augusto Rodrigues Costa. j. 29.01.2019)  Â
       Ante o exposto, indefiro, por ora, o pedido cautelar de sequestro, ressalvando que,
tratando-se de uma decisão provisória, esta poderá ser revista a qualquer tempo, caso o estado da
prova venha permitir o seu acolhimento. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Quanto a emenda apresentada, entendo
pertinente informar que o requerente não a cumpriu em sua plenitude, senão vejamos.        Â
 No caso dos autos, fora determinado ao autor a regularização do polo passivo da ação com
qualificação completa dos terceiros interessados, que supostamente seriam afetados por este feito bem
como a descrição pormenorizada dos bens a serem partilhados, tudo conforme decisão de fls. 156. Â
        Pois bem.          Diante do narrado no feito, ficou constatado que o veÃ-culo
supostamente a ser partilhado seria de propriedade de uma sociedade empresária (fls. 31), mesmo assim
o autor não procedeu com a devida qualificação como também não indicou nenhuma
caracterÃ-stica do bem (i.e placa, chassis ou RENAVAM).          Quanto aos imóveis, em que
pese o autor informar a existência de três bens a serem partilhados, quais sejam: apartamento no edifico
Maiuata, localizado na Trav. Do Chaco, s/n e ¿Kit-net¿s¿ e ponto comercial, ambos localizados na
Rua 15 Agosto, nº 820, Icoaraci, CEP 66812-480, apenas se extrai dos autos a existência do segundo
imóvel e terceiro imóvel (fls. 34/36) não se tendo documentação apta a comprovar a existência do
primeiro bem, mesmo após a devida intimação do autor para emenda a inicial.          Isto
posto, circunscrevo o presente feito somente quanto aos bens imóveis localizados na Rua 15 Agosto, nº
820, Icoaraci, CEP 66812-480, pelo que determino a citação do indicado às fls. 161, para querendo
apresentar contestação no prazo de 15 dias, contados da juntado do AR nos autos, ante a
desnecessidade de audiência de conciliação vez que a parte autora já se manifestou no sentido de
não possuir interesse em conciliar.          Com a contestação, intime-se o autor em
réplica.          Em caso negativo, de tudo certificado, façam-me os autos conclusos.   Â
      Em tempo, considerando a Portaria nº 1304/2021 - GP deste E. TJPA; considerando a
necessidade de adequar-se às exigências do CNJ, a fim de assegurar economia e celeridade
processual; considerando o interesse deste JuÃ-zo em proporcionar aos jurisdicionados uma tramitação
processual mais efetiva; DETERMINO A DIGITALIZAÃÃO DOS PRESENTES AUTOS, observadas as
cautelas de praxe e em tudo certificado nos autos, devendo a UPJ adotar as providências necessárias
para tanto.          PRIC.          Belém, 29 de novembro de 2021. DANIELLE
KAREN DA SILVEIRA ARAÃJO LEITE JuÃ-za de Direito, respondendo pela 5ª Vara CÃ-vel da Capital
PROCESSO: 00035600320108140301 PROCESSO ANTIGO: 201010058978
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o:
Cumprimento de sentença em: 29/11/2021 AUTOR:LUCIELMA RAMOS E SILVA Representante(s):
CINTHIA MERLO (ADVOGADO) RONDINELI FERREIRA PINTO (ADVOGADO) OAB 14011 - CAMILO
CASSIANO RANGEL CANTO (ADVOGADO) OAB 15044 - DIEGO BRITO COELHO (ADVOGADO)
REU:VINCULO ENGENHARIA LTDA. ãPROCESSO: 0003560-03.2010.8.14.0301 DECISÃO     Â
      Recebo o recurso de fls 162/182interposto pelo autor em face da sentença que extinguiu a
fase de cumprimento de sentença            Usando do juÃ-zo de retratação previsto no
art. 485, § 7º, do NCPC, torno sem efeito a sentença de fls 166/167 e determino o prosseguimento do
feito.            Considerando que a última planilha do débito juntada aos autos data de
agosto de 2014 (fls 126/137), intime-se a parte exequente para que junte, em 15 (quinze) dias, planilha
atualizada do débito, bem como para que recolha as custas relativas ao envio de documentos
eletrônicos aos sistemas BACENJUD e RENAJUD nos termos do artigo 3º,§8º da da Lei 8328/2015
(Regimento de Custas e outras despesas processuais no âmbito do Poder Judiciário do Estado do
Pará).            Cumprida a diligência acima e, tendo em vista o pedido de fls 158,
procedo à consulta nos sistemas BACENJUD e RENAJUD, em desfavor da executada, conforme planilha
de débitos a ser apresentada nos autos.            Acautelem-se os autos em gabinete pelo
prazo de 05 (cinco) dias aguardando resposta das instituições financeiras.           Â
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Tendo sido encontrados ativos financeiros, converto, desde já, o bloqueio em penhora e determino a
intimação das partes para que se manifestem no prazo de 05 (cinco) dias.            Não
havendo bens, intime-se a parte Exequente para que indique bens no prazo de 01 (um) ano, findo os quais
e não havendo indicação, certifique-se e voltem-se os autos conclusos.             ¿
¿ ¿ ¿ ¿ ¿ ¿ ¿Intime-se e Cumpra-se.            Belém, 26 de novembro de 2021
CELIO PETRÃNIO D ANUNCIAÃÃO Juiz de Direito titular da 5ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
PROCESSO: 00060764620068140301 PROCESSO ANTIGO: 200610201929
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REU:CARTORIO FARIA NETO REU:BANPARA
Representante(s): OAB 9238 - ALLAN FABIO DA SILVA PINGARILHO (ADVOGADO) AUTOR:PAMPA
EXPORTACOES LTDA Representante(s): ANNA CAROLINA NOVAES PESSOA (ADVOGADO) .
ãPROCESSO: 0006076-46.2006.814.0301 DESPACHO               Indefiro o pedido
de desapensamento formulado as fls 250/252. As demandas conexas não por prejudicialidade (art
55,§3º do CPC), mas por interpretação analógica do artigo 55,§2º I, uma vez que a presente
demanda pretende a anulação de um ato judicial ocorrido nos autos principais.           Â
   Além disso, apesar de um dos réus já ter sido regularmente citado e já ter apresentado
defesa, creio que há deficiência quanto à indicação do segundo réu, uma vez que a demanda foi
intentada contra o Cartório Faria Neto e não contra o registrador nos termos do artigo 22 da Lei
8935/94. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante disso, intime-se a parte autora para, no prazo de 5 (cinco)
dias, corrigir a indicação do segundo réu ou requerer o que entender de direito, sob pena de
extinção do feito.               Em seguida, certificado o necessário, voltem os autos
conclusos. Intime-se. Cumpra-se. Belém/PA, 26 de novembro de 2021 CÃLIO PETRONIO D¿
ANUNCIACÃO Juiz de Direito da 5ª Vara CÃ-vel da Capital PROCESSO: 00092766820178140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D
ANUNCIACAO A??o: Cumprimento de sentença em: 29/11/2021 REQUERENTE:JOAO BATISTA
MARTINS CARVALHO Representante(s): OAB 24257 - LETICIA DONZA VASCONCELOS (ADVOGADO)
REQUERIDO:ANCORA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA Representante(s): OAB 21095 -
CINTHIA DANTAS VALENTE (ADVOGADO) . Processo: 0009276-68.2017.814.0301 Decisão     Â
    Trata-se de pedido de penhora de bens imóveis, formulado pelo exequente JOÃO BATISTA
MARTINS CARVALHO, devidamente qualificado, em face do executado ANCORA COSTRUTORA E
INCORPORADORA LTDA, também qualificada.          Aduz o exequente a necessidade de
penhora dos imóveis de propriedade da executada, vez que, conforme atestam, às informações de
fls. 139, 140/141 e certidão de fls. 144, não se obteve êxito na constrição de outros bens, pelo
necessária a penhora dos imóveis indicados à s fls. 124/137.          Pois bem.      Â
   Analisando a documentação apresentada pelo exequente, conforme atestam as respectivas
averbações, observo que os imóveis de matrÃ-cula nº45.397,45.391, 9118, 9123, 9135 já se
encontram indisponÃ-veis do patrimônio da executada.          Diante de tal fato, considerando
o princÃ-pio da máxima efetividade na execução, qual seja, o de satisfazer o interesse do credor, ao
meu juÃ-zo, entendo contraproducente a penhora sobre bens que já se encontram indisponÃ-veis em
razão de anteriores penhoras em diversos feitos junto a está justiça estadual, posto que é remota a
possibilidade do exequente de receber quaisquer ativos proveniente dessas alienações.       Â
  De outra banda, dando efetividade ao mesmo princÃ-pio e sopesando com o princÃ-pio da
patrimonialidade, entendo pertinente melhores informações quanto aos imóveis de matrÃ-cula 431-G. Â
        Com efeito, ao se verificar a certidão de fls. 126/130 observa-se que o imóvel em
questão serviu como empreendimento imobiliário, consistente na construção de condomÃ-nio com 11
edifÃ-cios, como algumas unidades já individualizadas e adquiridas por terceiros.          Isto
posto, tornar-se-ia extremamente temerário a penhora do imóvel diante desta circunstância, pelo que
determino ao exequente apresente certidão negativa de ônus sobre o imóvel e/ou as unidades ainda
não individualizadas para fins de penhora.           Intime-se o exequente para que no prazo
de 15 dias, apresente a respectiva certidão ou querendo indique outros bens passÃ-veis de constrição.
         Transcorrido o prazo e não havendo indicação, o processo será suspenso, nos
termos do art. 921, III do CPC.          Cumpra-se.          Belém, 25 de
novembro de 2021. CÃLIO PETRÃNIO D ANUNCIAÿO            Juiz de Direito da 5ª
Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém-PA PROCESSO: 00093630420068140301 PROCESSO ANTIGO:
200610311132 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D
ANUNCIACAO A??o: Embargos à Execução em: 29/11/2021 EMBARGANTE:COMPANHIA DE
SEGUROS ALIANCA DO BRASIL Representante(s): OAB 19386-A - MILENA PIRAGINE (ADVOGADO)
OAB 5555 - FERNANDO AUGUSTO BRAGA OLIVEIRA (ADVOGADO) EMBARGADO:MARIA DAS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
GRACAS DURAES PANTOJA Representante(s): OAB 14488 - ERICA CRISTINA DOS SANTOS DE
CARVALHO (ADVOGADO) . PROCESSO: 0009363-04.2006.8.14.0301 DESPACHO Compulsando os
autos, verifico que há uma irregularidade que impede seu irregular prosseguimento. Tratam os presentes
autos de embargos à execução julgados improcedentes e em que o embargante foi condenado ao
pagamento das despesas processuais. No entanto, a petição de fls 246/256 faz referência a atos
executórios praticados nos autos principais (Processo 0011730-37.2003.814.0301) e inclui na planilha de
débito os valores tanto os valores reclamados na demanda executiva quanto os honorários
sucumbenciais a que o embargante/executado foi condenado nesses autos. Em outras palavras, a
embargada/exequente pretende executar nos presentes embargos o crédito exequendo dos autos
principais, bem como cumprir a sentença prolatada nesses autos, o que não é permitido nos termos
do artigo 780 do CPC, o qual autoriza a cumulação de execuções desde que os procedimentos
sejam compatÃ-veis. RECURSO INOMINADO. PROCESSUAL. EMBARGOS Ã EXECUÃÃO. ACORDO
HOMOLOGADO JUDICIALMENTE. NOTAS PROMISSÃRIAS. EXECUÃÃO DE TÃTULO EXECUTIVO
JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL. IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAÃÃO DE EXECUÃÃES FACE Ã
AUSÃNCIA DE IDENTIDADE PROCEDIMENTAL ENTRE A EXECUÃÃO DE TÃTULO JUDICIAL, EM
FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÃA E EXECUÃÃO DE TÃTULO EXTRAJUDICIAL. NOTA
PROMISSÃRIA. ART. 780 DO NCPC QUE AUTORIZA A CUMULAÃÃO DESDE QUE HAJA IDÃNTICA
FORMA DE PROCESSO. EXECUÃÃO EXTINTA, DE OFÃCIO, POR AUSÃNCIA DE PROCEDIBILIDADE.
RECURSO PREJUDICADO. (Recurso CÃ-vel Nº 71008348674, Primeira Turma Recursal CÃ-vel, Turmas
Recursais, Relator: Roberto Carvalho Fraga, Julgado em 26/03/2019).(TJ-RS - Recurso CÃ-vel:
71008348674 RS, Relator: Roberto Carvalho Fraga, Data de Julgamento: 26/03/2019, Primeira Turma
Recursal CÃ-vel, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 01/04/2019) No presente caso, tendo
em vista a incompatibilidade de procedimentos, não é possÃ-vel a cumulação de execução
extrajudicial com cumprimento de sentença, devendo a embargada, nesses autos, ater-se ao
cumprimento apenas do tÃ-tulo judicial, cumulada, quando muito, aos honorários contratuais indicados na
petição 246/256. Diante disso, intime-se a embargada para, no prazo de 15 (quinze) dias, emendar,
caso assim o deseje, o seu requerimento de cumprimento de sentença, apresentando planilha
discriminada do crédito estabelecido no tÃ-tulo judicial, obedecendo aos requisitos previstos no artigo 524
do CPC, sob pena de não instauração da fase de cumprimento e consequente extinção do feito por
falta de interesse. Cumprida a diligência e certificado o necessário, voltem os autos conclusos Intime-se.
Cumpra-se. Belém, 23 de novembro de 2021 CÃLIO PETRÃNIO D ANUNCIAÃÃO Juiz de Direito da 5ª
vara CÃ-vel da Capital PROCESSO: 00103442920128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): DANIELLE KAREN DA SILVEIRA ARAUJO LEITE
A??o: Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 AUTOR:S. C. C. Representante(s): OAB 25826 -
PEDRO BRAGA GOMES (ADVOGADO) AUTOR:R. S. C. L. Representante(s): OAB 25826 - PEDRO
BRAGA GOMES (ADVOGADO) REPRESENTANTE:SILAS SOUZA DE CARVALHO Representante(s):
OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) OAB 25826 - PEDRO
BRAGA GOMES (ADVOGADO) REU:VIACAO RIO GUAMA LTDA Representante(s): OAB 3210 - PEDRO
BENTES PINHEIRO FILHO (ADVOGADO) OAB 18988 - RENAN AZEVEDO SANTOS (ADVOGADO)
LITISCONSORTE PASSIVO NECESSARIO:NOBRE SEGURADORA DO BRASIL S A. Processo:
0010344-29.2012.814.0301 Despacho            Intime-se a parte autora para se manifestar,
no prazo de 05 (cinco) dias sobre as informações de fls. 159.            Após,
considerando a Portaria nº 1304/2021 - GP deste E. TJPA; considerando a necessidade de adequar-se Ã
s exigências do CNJ, a fim de assegurar economia e celeridade processual; considerando o interesse
deste JuÃ-zo em proporcionar aos jurisdicionados uma tramitação processual mais efetiva;
DETERMINO A DIGITALIZAÃÃO DOS PRESENTES AUTOS, observadas as cautelas de praxe e em tudo
certificado nos autos, devendo a UPJ adotar as providências necessárias para tanto.         Â
  Em seguida, conclusos.            Belém/PA, 30 de novembro de 2021. DANIELLE
KAREN DA SILVEIRA ARAÃJO LEITE JuÃ-za de Direito, respondendo pela 5ª Vara CÃ-vel da Capital
PROCESSO: 00106439820158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 29/11/2021 REQUERENTE:ACEPA - ASSOCIAÇÃO CULTURAL E
EDUCACIONAL DO PARÁ. Representante(s): OAB 20220 - REBECCA BENTES (ADVOGADO)
REQUERIDO:KAIO CESAR VILHENA RABELO Representante(s): OAB 23861 - VINICIUS MUNIZ VASCO
(ADVOGADO) OAB 15519 - PEDRO SARRAFF NUNES DE MORAES (ADVOGADO) . DECISÃO Â Â Â Â
     Trata-se de impugnação à penhora eletrônica oposta por KAIO CESAR VILHENA RABELO,
devidamente qualificado, em face de ACEPA - ASSOCIAÃÃO CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARÃ,
também qualificada, sob o argumento de que alguns dos valores bloqueados fazem parte de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Corte local expressamente reconhecido que a constrição de percentual de salário do recorrente não
comprometeria a sua subsistência digna, inviável mostra-se a alteração do julgado, uma vez que,
para tal mister, seria necessário o revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, inviável a esta
Corte em virtude do óbice da Súmula 7/STJ. 5. Recurso especial conhecido e não provido. DIREITO
PROCESSUAL CIVIL. CPC/1973. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO MONITÃRIA. CHEQUES.
CUMPRIMENTO DE SENTENÃA. FUNDAMENTAÃÃO DEFICIENTE. SÃMULA 284/STF. DISSÃDIO
JURISPRUDENCIAL. COTEJO ANALÃTICO E SIMILITUDE FÃTICA. AUSÃNCIA.
PREQUESTIONAMENTO NÃO CARACTERIZADO. SÃMULA 282/STF. SALÃRIO.
IMPENHORABILIDADE. RELATIVIZAÃÃO EXCEPCIONAL. 1. Ação monitória, em fase de
cumprimento de sentença, da qual foi extraÃ-do o presente recurso especial, interposto em 16/12/2014 e
atribuÃ-do ao Gabinete em 02/09/2016. 2. O propósito recursal consiste em definir se é possÃ-vel a
penhora de parte do salário do devedor para o pagamento de dÃ-vida de natureza não alimentar. (...) 6.
Em situações excepcionais, admite-se a relativização da regra de impenhorabilidade das verbas
salariais prevista no art. 649, IV, do CPC/73, a fim de alcançar parte da remuneração do devedor para
a satisfação de crédito não alimentar, preservando-se o suficiente para garantir a sua subsistência
digna e a de sua famÃ-lia. Precedentes. 7. Na espécie, contudo, diante da ausência de elementos
concretos que permitam aferir a excepcional capacidade do devedor de suportar a penhora de parte de
sua remuneração, deve ser mantida a regra geral de impenhorabilidade. 8. Recurso especial
parcialmente conhecido e, nessa extensão, não provido (REsp 1.673.067/DF, 3ª Turma, DJe
15/09/2017). Â Â Â Â Â Â Â Â Com efeito, analisando os autos, e seguindo o posicionamento esposado na
decisão do STJ acima epigrafada, verifico a possibilidade de bloqueio, na proporção de 20%, para fins
de pagamento da dÃ-vida, vez que tal percentual, diante do fato do executado ser servidor público federal,
os quais, como é notório, possuem proventos acima da média da nacional e ainda, tendo ficado
demonstrado que o executado possui conta bancária destinada exclusivamente para investimentos,
não afetará sua subsistência ou de sua famÃ-lia.         OFICIE-SE a fonte pagadora do
demandado (POLÃCIA RODOVIÃRIA FEDERAL - PRF) para que proceda ao bloqueio do percentual
indicado, repassando tais valores à subconta judicial vinculada a este processo.         Dito isto,
determino a expedição de alvará para levantamento em favor do exequente dos valores descritos à s
fls. 63-V. Â Â Â Â Â Â Â Â Em seguida, intime-se da parte Exequente para, no prazo de 5 (cinco) dias,
apresentar planilha atualizada do débito, descontado os valores neste ato já pagos e indicar outros
bens a serem penhorados com observação da ordem estabelecida no artigo 835 do NCPC.     Â
   Do mesmo modo, determino a intimação da parte executada para, no mesmo prazo de 05 (cinco)
dias, apontar quais são e onde se encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores,
advertindo-a, por oportuno que, acaso intimada, se mantenha inerte sem justificativa, este JuÃ-zo poderá
considerar sua omissão, ato atentatório à dignidade da Justiça (artigo 772, II E 774, V, NCPC), com a
consequente aplicação da multa.         Em tempo, indefiro o pedido de extinção do feito
sem julgamento de mérito formulado pelo executado, pois em que pese o exequente ter se manifestado
fora do prazo determinado pelo juÃ-zo, para que a extinção se opere além do pedido do requerido, a
intimação para se manifestar quanto ao interesse no prosseguimento no feito, deve ser realizado de
forma pessoal, tudo conforme o art. 485, §1º do CPC2, o que não se deu neste feito.       Â
 Nesta mesma esteira indefiro o pedido de fls. 72/73, vez que não cabe neste momento processual a
discussão quanto aos valores cobrados, uma vez que o executado devidamente citado, não pagou ou
apresentou embargos à execução no momento oportuno, conforme certidão fls. 57.        Â
Cumpridas as diligências e de tudo certificado, façam-me os autos conclusos.         Cumpra-
se.         Belém, 23 de novembro de 2021. CELIO PETRONIO D ANUNCIAÿO Juiz de
Direito titular da 5ª vara cÃ-vel da Capital 1 Art. 833. São impenhoráveis: (...) X - a quantia depositada
em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mÃ-nimos; 2 Art. 485. O juiz não
resolverá o mérito quando: (...)     II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por
negligência das partes;     III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;     (...)     § 1º Nas hipóteses descritas nos
incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.
PROCESSO: 00115983220158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o: Busca
e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 29/11/2021 REQUERENTE:BANCO FIBRA SA
Representante(s): OAB 18335 - CLAUDIO KAZUYOSHI KAWASAKI (ADVOGADO)
REQUERIDO:DARCINEIDE MOURA DA GAMA SANTOS Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO
SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO) . Decisão
              Cuida-se de Embargos de Declaração opostos por DARCINEIDE MOURA
218
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
exequente para que junte, em 5 (cinco) dias, planilha atualizada do débito. Cumprida a diligência acima,
procedo à consulta nos sistemas BACENJUD, em desfavor da executada, conforme pedido de fls 380/381
e planilha de débitos a ser apresentada nos autos. Acautelem-se os autos em gabinete pelo prazo de 05
(cinco) dias aguardando resposta das instituições financeiras. Tendo sido encontrados ativos
financeiros, converto, desde já, o bloqueio em penhora e determino a intimação das partes para que
se manifestem no prazo de 05 (cinco) dias. Não havendo bens, intime-se a parte Exequente para que
indique bens no prazo de 01 (um) ano, findo os quais e não havendo indicação, certifique-se e voltem-
se os autos conclusos.            Cumpra-se. Intime-se.          Belém, 26 de
novembro de 2021. Â Â Â Â Â Â Â Â Â CÃLIO PETRÃNIO D'ANUNCIAÃÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juiz de
Direito PROCESSO: 00150285520168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 AUTOR:AMANDO GARCIA DE MENDONCA
Representante(s): OAB 53400 - ROBERTO CESAR GOUVEIA MAJCHSZAK (ADVOGADO)
REU:SEGURADORA LIDER DE CONSORCIOS DE SEGURO DPVAT Representante(s): OAB 8770 -
BRUNO MENEZES COELHO DE SOUZA (ADVOGADO) . Despacho          Considerando
que já se firmou o entendimento da necessidade de intimação pessoal do periciando em casos de
perÃ-cia médica, indefiro o pedido de fls. 128/130 e determino a intimação da perita nomeada para
informe nova data e local para a realização da perÃ-cia.          Após, intime-se
pessoalmente, por meio de Oficial de Justiça, o autor para que compareça no horário e local indicado.
         Em seguida, após a juntado do laudo, intime-se as partes, para que se manifestem no
prazo de 15 dias          INTIME-SE.          Cumpra-se.         Â
Belém/PA, 23 de novembro de 2021.          CÃLIO PETRÃNIO D ANUNCIAÃÃO     Â
    Juiz de Direito PROCESSO: 00150528320168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:ALMEIDA E BRASIL LTDA Representante(s):
OAB 19913 - WADIH BRAZAO E SILVA (ADVOGADO) REQUERIDO:CARVAJAL INFORMAÇÃO LTDA -
GUIA MAIS Representante(s): OAB 16633 - MIKAELI ROSA DA COSTA (ADVOGADO)
REQUERIDO:BANCO BRADESCO S/A Representante(s): OAB 15201-A - NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO SAFRA S/A Representante(s): OAB 8525 - IVANILDO
RODRIGUES DA GAMA JUNIOR (ADVOGADO) OAB 16689 - IARA DE SOUSA GOMES (ADVOGADO)
OAB 26.571 - LUCIANA MARTINS DE AMORIM AMARAL (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0015052-
83.2016.814.0301 SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DECLARATÃRIA DE
INEXISTÃNCIA DE DÃBITO E DE NULIDADE DE TÃTULO C/C DANO MORAIS COM PEDIDO DE
TUTELA ANTECIPADA, proposta por ALMEIDA E BRASIL LTDA em face de CARVAJAL INFORMAÃÃO
LTDA - GUIA MAIS, BANCO BRADESCO S/A, BANCO SAFRA S/A, todos qualificados. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
 A parte autora e o requerido BANCO SAFRA S/A, às fls. 208, e apresentaram termo de acordo para
pôr fim à lide.           à a sÃ-ntese do necessário.           Decido.     Â
     Ante ao acordo firmado entre as referidas partes, a homologação do ato é medida
imperiosa, para que surta os seus efeitos legais.           Ademais, a conciliação entre as
partes, conforme se verifica no documento juntado e devidamente assinado, enseja a extinção do
processo com resolução do mérito, com fundamento no inciso III, alÃ-nea ¿b¿, do art. 487 do
Código de Processo Civil.           ISTO POSTO, com fundamento no art. 487, inciso III,
alÃ-nea ¿b¿, do CPC, HOMOLOGO por sentença o acordo firmado entre as partes DETERMINANDO
A EXTINÃÃO do processo com relação ao requerido BANCO SAFRA S/A.           Ante a
realização de acordo, custas pelo requerido, na forma da cláusula ¿D¿ do acordo de fls. 158.   Â
      Após o trânsito em julgado, arquivem-se os presentes autos, com as cautelas legais.   Â
       Publique-se. Registre-se. Intime-se.           Cumpra-se      Belém, 23
de novembro de 2021.      CÃLIO PETRÃNIO D¿ ANUNCIAÃÃO      Juiz de Direito
PROCESSO: 00163071320158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): DANIELLE KAREN DA SILVEIRA ARAUJO LEITE
A??o: Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:LENISE LIMA SERRA
Representante(s): OAB 14007 - JOSE MARIA MARQUES MAUES FILHO (ADVOGADO)
REQUERIDO:SPE PROGRESSO INCORPORADORA LTDA Representante(s): OAB 13871-A - FABIO
RIVELLI (ADVOGADO) REQUERIDO:PDG INCORPORADORA Representante(s): OAB 13871-A - FABIO
RIVELLI (ADVOGADO) . ãPROCESSO: 0016307-13.2015.814.0301 SENTENÃA        Trata-se
de AÃÃO DE OBRIGAÃÃO DE FAZER C/C INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS COM
PEDIDO IMEDIATO DE LIMINAR INAUDITA ALTERA PARS, ajuizada por LENISE LIMA SERRA,
devidamente qualificada, por meio de seus advogados devidamente habilitados, em face de PROGRESSO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
claramente o objeto litigioso, uma vez que os pedidos genéricos deduzidos na inicial não se encaixam
em quaisquer das hipóteses autorizadas pela lei (artigo 324, §1º do CPC), tornando impossÃ-vel o
prosseguimento do feito por falta de pressuposto para seu desenvolvimento válido.          Â
  Por todo o exposto, JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, nos termos
do artigo 485, I e IV do CPC          Em razão da sucumbência, condeno a autor ao
pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatÃ-cios que fixo em 10% sobre o valor
atualizado da causa, nos termos do art. 85, §2º do CPC. Em razão de a autora ser beneficiária do
instituto da Justiça Gratuita, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob
condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos
subsequentes ao trânsito em julgado desta decisão, os credores demonstrarem que deixou de existir a
situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se,
passado esse prazo, tais obrigações dos beneficiários (CPC, artigo 98, §§ 2º e 3º).      Â
   Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofÃ-cio          Publique-se.
Registre-se. Intime-se.          Belém/PA, 30 de novembro de 2021         Â
DANIELLE KAREN DA SILVEIRA ARAÃJO LEITE Â Â Â Â Â Â Â Â Â JuÃ-za de Direito, Â Â Â Â Â Â Â Â Â
respondendo pela 5a Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 00165494820108140301
PROCESSO ANTIGO: 201010248165 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO
PETRONIO D ANUNCIACAO A??o: Cumprimento de sentença em: 29/11/2021 EXECUTADO:JOSE
MARIA MARTINS JUNIOR Representante(s): WEVERTON CARDOSO (ADVOGADO)
EXEQUENTE:SAMIR FADUL TEIXEIRA Representante(s): OAB 12724 - GUSTAVO FREIRE DA
FONSECA (ADVOGADO) . Processo: 0016549-48.2010.814.0301 Despacho          Ante o
recolhimento das custas (fls. 61/64), procedo a consulta/bloqueio junto ao sistema Sisbajud referentes aos
honorários sucumbenciais devidos ao causÃ-dico Dr. Weverton Cardoso, OAB/PA 13.721.       Â
  Se frutÃ-fero o bloqueio, em sua totalidade ou parcialmente, intime-se o executado para se manifestar
nos termos do art. 854, §3º do CPC ou, querendo, apresentar impugnação no prazo de 15 (quinze)
dias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Se infrutÃ-fero ou havendo o bloqueio parcial dos valores, intime-se o exequente a
se manifestar no prazo de 05 (cinco) dias, para que, querendo, indique bens à penhora.         Â
Em tempo: Ante a petição de fls. 66, comunicando a revogação dos poderes outorgados pelo autor a
todos aos advogados nominados no instrumento procuratório juntado aos autos, determino que a parte
autora seja intimada pessoalmente, por oficial de justiça, para que regularize sua representação nos
presentes autos, constituindo novo advogado no prazo de 10 dias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se. Cumpra-
se.          Belém, 25 de novembro de 2021. CÃLIO PETRÃNIO D ANUNCIAÃÃO Juiz de
Direito PROCESSO: 00185636620108140301 PROCESSO ANTIGO: 201010277619
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o:
Cumprimento de sentença em: 29/11/2021 REU:ESPOLIO DE JOAO BENEDITO CESAR SANTOS
PASSARINHO DE PAIVA MENEZES Representante(s): ANDREA MIRANDA MENEZES (REP LEGAL)
OAB 9115 - DANILO AZEVEDO DORNELLES (ADVOGADO) AUTOR:CARLOS EDUARDO CESAR
SANTOS PASSARINHO DE PAIVA MENEZES Representante(s): PAULO GUILHERME CESAR SANTOS
PASSARINHO DE PAIVA MENEZES (ADVOGADO) AUTOR:LUIZ FELIPE CESAR SANTOS
PASSARINHO DE PAIVA MENEZES AUTOR:AURELIA MARIA MENEZES ABUD AUTOR:HELOISA
HELENA CESAR SANTOS PASSARINHO DE PAIVA MENEZES Representante(s): OAB 6538 -
ANTONIO MARIA BEZERRA (ADVOGADO) AUTOR:PAULO GUILHERME CESAR SANTOS
PASSARINHO DE PAIVA MENEZES INTERESSADO:MARIA GUILHERMINA OLIVEIRA DE MIRANDA
Representante(s): OAB 3734 - ANA LUCIA OLIVEIRA DE MIRANDA (ADVOGADO) . PROCESSO:
0018563-66.2010.814.0301 DESPACHO Â Â Â Â Â Diante da notÃ-cia de morte da autora, conforme
petição de fls 461/463, suspendo o curso da demanda, nos termos do artigo 313, inciso I, combinado
com o § 1º, do Código de Processo Civil, para que se proceda à habilitação, ex vi do disposto no
artigo 689 também do Código de Processo Civil, pelo prazo de 15 (quinze dias).      A petição
461/463 não traz qualquer documento relativo às herdeiras ali indicadas. Considero, pois, que a
habilitação dos herdeiros ainda não está regularmente instruÃ-da. Diante disso, intime-se a parte
autora para que, no prazo de 5 (cinco) dias, indique endereço e qualificação dos herdeiros da autora
extinta, a fim de que promova a habilitação nos termos do artigo 687 e seguintes do CPC, sob pena de
extinção processo (artigo 76, §1º, I do CPC).      Cumpridas as diligências acima, intime-se a
parte ré, na pessoa de seus advogados habilitados, para se manifestar sobre a habilitação no prazo
de 5 (cinco) dias (art. 690 do CPC).      Após, certificado o necessário, voltem os autos conclusos.
     Intime-se. Cumpra-se      Belém, 22 de novembro de 2021 CÃLIO PETRONIO
D¿ANUNCIAÿO Juiz de Direito Titular da 5ª Vara CÃ-vel da Capital PROCESSO:
00195366420068140301 PROCESSO ANTIGO: 200610593201
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
decorrentes de ato ilÃ-cito - art. 398 do CC ou não adimplemento no prazo determinado - art.397 do CC.
         Estabelecidas estas premissas e cotejado o contrato avençado pelas partes, em
especial a cláusula terceira, entendo que havia a necessidade de intimação do devedor para a correta
constituição da mora.          Com efeito, a sobredita cláusula previa o aviso ao financiado
dos débitos a serem efetivados na conta depósito, à medida que se tornassem exigÃ-veis, tudo
conforme contrato de fls. 10/15. Assim se verifica a necessidade da intimação, posto que não havia
termo especÃ-fico para o adimplemento dos encargos, na medida em que os descontos eram efetivados Ã
medida que se tornam-se exigÃ-veis.          Glose-se, porém que a referida cláusula não
estabeleceu a forma pela qual se daria a respectiva intimação, o que poderia levar a falsa percepção
da ausência da intimação para constituição em mora.          Porém, em uma
interpretação contratual, levando em conta a boa-fé objetiva dos contratos, podemos afirmar que os
embargantes foram de fato intimados das operações na conta depósito e consequentemente
constituÃ-dos em mora, posto que na mesma avença constam cláusulas informando a respeito da
possibilidade de intimação do devedor mediante a expedição de extrato bancário (cláusulas oitava
e décima primeira).          Destarte, diante da documentação de fls. 112/160 entendo que
o embargado, mediante a utilização de extratos bancários, intimou os embargantes a respeito dos
débitos realizados na conta depósito bem como os encargos incidentes, não se podendo, diante da
vasta documentação e considerando o princÃ-pio da boa-fé objetiva considerar razoável a
alegação dos embargantes de que não foram constituÃ-dos em mora. DA LIMITAÿO DOS JUROS
REMUNERATÃRIOS          Iniciando a análise da controvérsia pela discuss¿o a respeito
da limitaç¿o dos juros remuneratórios, tenho que n¿o merece guarida a alegaç¿o do autor. Isso
porque já há entendimento consolidado pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça no REsp. 1.061.530-
RS, julgado segundo o rito dos recursos repetitivos (art. 1036 do CPC), vinculando, portanto, todos os
juÃ-zes a observar o referido precedente, que assim orienta: 1.JUROS REMUNERATÃRIOS a). As
instituiç¿es financeiras n¿o se sujeitam à limitaç¿o dos juros remuneratórios estipulada na Lei de
Usura (Decreto 22.626/33, Súmula 596 do STF; b) A estipulaç¿o de juros remuneratórios superiores
a 12% ao ano, por si só, n¿o indica abusividade; c) S¿o inaplicáveis aos juros remuneratórios dos
contratos de mútuo bancário as disposiç¿es do art. 591 c/c o art. 406 do CC/02; d). à admitida a
revis¿o das taxas de juros remuneratórios em situaç¿es excepcionais, desde que caracterizada a
relaç¿o consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada -
art. 51, § 1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades do julgamento em
concreto. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Cumpre observar que aludido precedente, mesmo reconhecendo que a
estipulaç¿o de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, n¿o indica abusividade,
manifestou-se pela possibilidade de revis¿o das suas taxas quando, diante das peculiaridades do caso
concreto, restar cabalmente demonstrada situaç¿o de desvantagem exagerada ao consumidor.    Â
     Assim, na hipótese de constataç¿o de abusividade, a jurisprudência já evoluiu no sentido
de privilegiar a parte mais fraca na relaç¿o de consumo, de forma a combater a cobrança de juros
remuneratórios acima do mercado, taxas onerosas em demasia, reajustando-se o débito pelo Ã-ndice
mais benigno ao consumidor.          A propósito disso, tanto o Supremo Tribunal Federal
como o Superior Tribunal de Justiça já se manifestaram no sentido de se verificar na análise de
possÃ-vel abusividade dos juros a partir da análise da taxa média de mercado nas operações
bancárias divulgadas pelo Banco Central, como se extrai dos seguintes julgados: RECURSO
EXTRAORDINÃRIO - MATÃRIA LEGAL E AUSÃNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. (...) RECURSO
CÃVEL. AÿO REVISIONAL. CART¿O DE CRÃDITO. LIMITAÿO DE JUROS.
INADMISSIBILIDADE. COMPETÃNCIA DE FIXAÿO PELO COPOM - COMITà DE POLÃTICA
MONETÃRIA. PREVALÃNCIA DA LIVRE PACTUAÿO. INAPLICABILIDADE DA LEI DE USURA,
DECRETO Nº 22.626/33. [...] X - In casu, é de se reconhecer que o usuário do cart¿o de crédito
n¿o é um desavisado das taxas de juros aplicadas, nesta modalidade creditÃ-cia, tanto que est¿o ao
seu alcance, nos próprios extratos bancários, sendo, pois, ciente do seu custo, mas, por outro lado,
considerando sua onerosidade, já que s¿o taxas bastante dÃ-spares das demais operaç¿es
financeiras do mercado, devem, ent¿o, os juros remuneratórios, no contrato em quest¿o, ser
reduzidos à taxa média do Banco Central do Brasil, reajustando-se o débito pelo Ã-ndice mais benigno,
juros de mora de 1% ao mês e multa de 2%, expurgando-se a comiss¿o de permanência, conquanto
n¿o pode ser cumulada com outros encargos. Apelaç¿o CÃ-vel nº 0006865-11.2008.819.0210.4[...] A
decis¿o recorrida está calcada em interpretaç¿o conferida ao Código de Defesa do Consumidor. A
taxa de juros objeto do contrato foi afastada ante constataç¿o de abusividade da cláusula. Em
momento algum, a Corte de origem adotou entendimento contrário ao teor do inciso II do artigo 5º da
Constituiç¿o Federal. O que se percebe é que a articulaç¿o em torno das garantias constitucionais
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
proferido pelo Min. Ari Pargendler no REsp 271.214/RS, Rel. p. Acórd¿o Min. Menezes Direito, DJ de
04.08.2003), ao dobro (Resp 1.036.818, Terceira Turma, minha relatoria, DJe de 20.06.2008) ou ao triplo
(REsp 971.853/RS, Quarta Turma, Min. Pádua Ribeiro, DJ de 24.09.2007) da média ¿. ¿A
abusividade dos juros só se reconhece quando há discrepância substancial entre a taxa praticada e o
dobro da média de mercado para operaç¿es simulares, apurada (STJ - RESP 1.061.530 - RS
(2008/0119992-4), 2ª Seç¿o, Rel. Minª. NANCY ANDRIGHI. j.22.10.2008)         Â
Verifica-se, no caso dos autos, que a taxa de juros mensal e anual pactuadas s¿o, respectivamente, de
3,981% a.m e 59,753% a.a- enquanto a menor taxa média de mercado em 07 de setembro de 2002,
para a mesma modalidade de empréstimo fora de 2,30% a.m e 31,45 a.a consoante tabela divulgada no
sÃ-tio eletrônico do Banco Central (www.bcb.gov.br).          Porém, no caso sub judice, com
o devido respeito, n¿o há, no caso em tela, qualquer abusividade nas taxas de juros cobradas, eis que,
os juros aplicados, apesar de maiores que a taxa média, não correspondem ao o dobro ou triplo da
referida média. DA POSSIBILIDADE DE CAPITALIZAÿO DE JUROS          A partir de
31 de março de 2000, a capitalizaç¿o mensal de juros, nos contratos celebrados com instituiç¿es
financeiras, de um modo geral, é possÃ-vel e deve ser chancelada pelo Poder Judiciário, desde que
expressamente convencionada, tendo em vista que autorizada pela Medida Provisória nº 1.963-17, de
31 de março de 2000, reeditada sob o nº 2.170-36/2001 e que teve eficácia garantida pelo art. 2º da
Emenda Constitucional nº 32. Esse entendimento já foi pacificado pelo Colendo Superior Tribunal de
Justiça no julgamento do Recurso Especial nº 973.827-RS, submetido ao rito do art. 543-C do CPC: Ã
permitida a capitalizaç¿o de juros com periodicidade inferior a um ano em contratos celebrados até
31.3.2000, data da publicaç¿o da Medida Provisória n. 1.963-17/2000 (em vigor como MP 2.170-
36/2001), desde que expressamente pactuada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse mesmo julgamento foi fixada a
seguinte tese: ¿A capitalizaç¿o dos juros em periodicidade inferior à anual deve vir pactuada de
forma expressa e clara. A previs¿o no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao
duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada¿. No
mesmo sentido o AgRg no AREsp. 87747/RS: "AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. AÿO REVISIONAL. CONTRATO BANCÃRIO. CAPITALIZAÿO DE JUROS. TAXAS
MENSAL E ANUAL EXPRESSAMENTE CONTRATADAS. LEGALIDADE. 1. No julgamento do Recurso
Especial 973.827, julgado segundo o rito dos recursos repetitivos, foram firmadas, pela 2ª Seç¿o, as
seguintes teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: -"à permitida a capitalizaç¿o de juros com
periodicidade inferior a um ano em contratos celebrados após 31.3.2000, data da publicaç¿o da
Medida Provisória n. 1.963-17/2000 (em vigor como MP 2.170-36/2001), desde que expressamente
pactuada."-"A capitalizaç¿o dos juros em periodicidade inferior à anual deve vir pactuada de forma
expressa e clara. A previs¿o no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da
mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada". 2. Hipótese em que
foram expressamente pactuadas as taxas de juros mensal e anual, cuja observância, n¿o havendo
prova de abusividade, é de rigor. 3. Agravo regimental provido. (AgRg no AREsp 87747/RS, Rel. Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 16/08/2012, DJe 22/08/2012) Â Â Â Â Â Â Â Â
 No caso dos autos, verifica-se que há previs¿o expressa da cobrança de juros capitalizados no
contrato firmado entre as partes, sendo estipulada a taxa anual de 59,753% e a mensal de 3,981%,
cumprindo notar que a taxa de juros anual supera a soma de 12 vezes da taxa de juros mensal, isso que
já é o bastante para configurar expressa previs¿o da cobrança de juros na forma capitalizada,
segundo o citado entendimento pacificado pelo STJ no julgamento do REsp 973.827-RS. Â Â Â Â Â Â Â Â
 Dessa forma, n¿o é possÃ-vel afastar a cobrança de juros capitalizados         Â
DISPOSITIVO          Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido e ¿constituo de
pleno direito, o tÃ-tulo executivo judicial¿ (art. 701, § 2º, do CPC), no valor de R$47.720,98 (quarenta e
sete mil, setecentos e vinte reais e noventa e oito reais), a ser corrigido monetária pelo INPC a contar da
emissão da cártula (STJ, AgRg no REsp 1.197.643/SP) e juros de mora a contar da citação (art. 405
do CCB).          Condeno os embargantes ao pagamento das custas e honorários
advocatÃ-cios, que fixo em 5% sobre o valor constituÃ-do, tendo em vista o art. 701, caput, do CPC. Â Â Â
      Intimem-se as requeridas para pagamento das custas, sob pena de inscrição na dÃ-vida
ativa.          Após o trânsito em julgado desta decisão, manifeste-se o credor, nos termos
do art. 523, do CPC.          Registro, ainda, que o pedido de cumprimento de sentença
deverá ser instruÃ-do com a planilha demonstrativa da dÃ-vida atualizada, consoante o art. 798 do Código
de Processo Civil.          Publique-se, Registre-se, Intime-se e Cumpra-se         Â
Belém, 24 de novembro de 2021. DR. CÃLIO PETRONIO D¿ ANUNCIACÃO Juiz de Direito da 5ª
Vara CÃ-vel da Capital PROCESSO: 00217247320178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o: Imissão
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relatar. Decido      No caso em exame, verifico que os embargos foram tempestivamente opostos e
reconheço a legitimidade recursal do Embargante. Regularmente processados, não há qualquer fato
impeditivo ou extintivo do direito de recorrer, estando preenchidos os pressupostos extrÃ-nsecos da
presente via recursal.      Diz o artigo 1022 e seus incisos do Código de processo Civil. ¿art.
1022 ¿ Cabem Embargos de Declaração contra qualquer decisão judicial para:      I -
esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual
devia se pronunciar o juiz de ofÃ-cio ou a requerimento;      III - corrigir erro material.¿     Â
Assim, os Embargos de Declaração devem atender aos seus requisitos, quais sejam, sanar omissão,
contradição ou obscuridade existentes no julgado. Sabe-se que os Embargos de Declaração são
recurso de natureza particular, cujo objetivo é a declaração do verdadeiro sentido de decisão eivada
dos vÃ-cios acima citados, não se prestando a corrigir decisão supostamente errada, nem sendo
dotado, portanto, em regra, de efeito modificativo ou infringente. Neste sentido, o seguinte julgado:
¿PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÃÃO. OMISSÃO. INEXISTÃNCIA. MODIFICAÃÃO
DO JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Os Embargos de Declaração têm cabimento para suprir
omissão, contradição ou obscuridade no julgado. Hipótese em que não se configurou qualquer
omissão ou contradição no decisum, tendo em vista que a deficiência na fundamentação do
recurso por ausência de indicação expressa dos dispositivos legais violados foi suficientemente
fundamentada. 2. Em sede de embargos declaratórios, apenas é possÃ-vel a modificação do julgado
mediante o saneamento de algum dos vÃ-cios previstos no art. 535 do CPC. 3. Embargos de
declaração aos quais se nega provimento¿.(EARESP 392200/PR, PRIMEIRA TURMA, REL. Min.
LUIZ FUX, DJ DATA:17/03/2003)      Excepcionalmente, podem os embargos declaratórios ter
efeito infringente, mas condicionado ainda a inexistência no sistema legal de outro recurso para a
correção do erro cometido, o que não é a hipótese dos autos.      Nesse sentido, colaciono
julgado: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÃÃO EFEITO INFRINGENTE. SENTENÃA
"EXTRA PETITA". IMPOSSIBILIDADE. EXISTÃNCIA DE RECURSO PRÃPRIO. 1. Prestam-se os
embargos de declaração para o esclarecimento de obscuridade, eliminação da contradição ou
supressão de omissão existente na sentença ou no acórdão, e não para o rejulgamento da causa.
2. "In casu", nada obstante tenha o magistrado proferido sentença "extra petita", lhe é vedado anulá-la
para proferir outra, sob pena de violação ao artigo 463 do CPC. 3. O uso de embargos declaratórios
com efeito infringente do julgado somente se autoriza em caráter excepcional e na inexistência no
sistema legal de outro recurso para a correção do erro cometido. 4. Remessa oficial provida para anular
a segunda sentença proferida, devendo ser republicada a primeira sentença, oportunizando às partes
o direito de recorrer. 5. Recurso da União Federal julgado prejudicado. (TRF-3 - AMS: 45703 SP
1999.61.00.045703-3, Relator: DESEMBARGADORA FEDERAL MARLI FERREIRA, Data de Julgamento:
24/09/2003, SEXTA TURMA) (negrito nosso)      No caso dos autos, creio que não há na
decisão guerreada qualquer omissão, uma vez que a sentença expressamente se pronunciou sobre
a preliminar de interesse de agir e, priorizando a análise do mérito, conforme disposto do artigo 4º do
CPC, julgou improcedente o pedido autoral e extinguiu o feito. A manutenção da tutela provisória
satisfativa anteriormente concedida foi apenas decorrência lógica do julgado, seja porque foi expresso
em fundamentar os motivos da manutenção da liminar, seja porque não faria sentido ordenar uma
nova substituição de equipamentos.      Por outro lado, creio que assiste razão ao embargante
em apontar contradição na sentença de fls 198/201. A doutrina define contradição da seguinte
forma: O terceiro vÃ-cio que legitima a interposição dos embargos de declaração é a
contradição, verificada sempre que existirem proposições inconciliáveis entre si, de forma que a
afirmação de uma logicamente significará a negação da outra. Essas contradições podem
ocorrer na fundamentação, na solução das questões de fato e/ou de direito, bem como no
dispositivo, não sendo excluÃ-da a contradição entre a fundamentação e o dispositivo,
considerando-se que o dispositivo deve ser a conclusão lógica do raciocÃ-nio desenvolvido durante a
fundamentação (Neves, Daniel Amorim Assumpção¿ Manuel de Direito Processual Civil ¿
Volume único ¿ 3ª edição, p. 719)      Usando as palavras da doutrina, a sentença tem, de
fato, uma proposição inconciliável em seu corpo, pois, a despeito de ter julgado improcedente o pedido
autoral, condenou o réu nas despesas processuais      Pelo exposto, nos termos da
fundamentação, conheço e acolho parcialmente os embargos de declaração apresentados, a fim
de reconhecer apenas o vÃ-cio da contradição indicado pelo embargante.      Buscando sanar o
vÃ-cio reconhecido e aprimorar a decisão, determino que, o parágrafo iniciado pela expressão ¿Em
razão da sucumbência¿¿ passe a ter a seguinte redação      ¿Em razão da
sucumbência, condeno o autor no pagamento das custas e despesas processuais relativas à acão, bem
como honorários advocatÃ-cios, que fixo em 10% do valor da causa (art. 86, CPC).¿      Os
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I, do CPC: "Art. 934. Compete esta ação: I ao proprietário ou possuidor, a fim de impedir que a
edificação de obra nova em imóvel vizinho lhe prejudique o prédio, suas servidões ou fins a que
é destinado¿ (...)          Ao prelecionar sobre o objetivo dessa ação, na obra Código
de Processo Civil Anotado, coord. Antônio Carlos Marcato, Atlas, 2004, p. 2.425, Cintra Pereira afirma: "A
ação de nunciação de obra nova objetiva amparar os direitos de vizinhança e, mais
especificamente, o direito de construir, regulados pelos arts. 572 a 587 do Código Civil (arts. 1.2991.313,
CC/2002)¿ portanto, toda vez que houver possibilidade de prejuÃ-zo à propriedade alheia, ou de
violação da lei, de regulamento ou de postura, em virtude de obra nova, poderá o prejudicado
embargáIa, valendo-se dessa ação. A referência ao direito de vizinhança não se limita,
exclusivamente ao imóvel contÃ-guo (RT 696/105). Na verdade, "não importa a distância que os
separe. Se um prédio sofre prejuÃ-zo por obra realizada em outro, com violação de regras do direito
de construir, sempre será viável o manejo da ação em tela"" (Theodoro Júnior, Curso, p. 174)."  Â
       Sobre o mesmo tema, Luiz Rodrigues Wambier, Flávio Renato Correia de Almeida e
Eduardo Talamini (Curso Avançado de Processo Civil, 3. Ed., Revista dos tribunais, v. 3, p. 207),
salientam: "Apesar de, eventualmente, poder vir a ter algum caráter possessório, a ação de
nunciação de obra nova, em verdade, objetiva proteger a propriedade, tanto que, nas três hipóteses
de cabimento previstas no art. 934, apenas tangencialmente é mencionado o possuidor (inc. I). Na
realidade, o fundamento da ação de nunciação é o direito de propriedade. Querse, como finalidade
da ação de nunciação de obra nova, impedir o abuso no direito de construir, que é inerente ao
direito de propriedade (art. 572 do Código Civil), mas que encontra limites no direito de vizinhança.
Assim, tem o proprietário o direito de embargar a construção de prédio vizinho que, de alguma
forma, interfira no uso normal da propriedade, ou que conflite com os regulamentos administrativos que
versem sobre as edificações. Tratase, pois, de um embargo, no sentido de meio processual de obstar,
impedir algo. Na espécie, meio de impedir o prosseguimento de obra nociva."          Ainda,
a lição de Humberto Theodoro Júnior (Curso de Direito Processual Civil, 17. ed., Forense, v. 3, p.
174): " Nunciação de obra nova consiste na providência tomada em juÃ-zo para o fim de embargar ou
impedir o prosseguimento de construção que prejudica imóvel de outrem ".          Como
visto, conclui-se que esse tipo de ação é ajuizado com o único propósito de impedir que a obra seja
construÃ-da, não servindo como apelo judicial após a sua conclusão, devendo, portanto, ser ajuizada
ação demolitória própria. Sobre o tema, calha apresentarmos os ensinamentos de Alexandre de
Paula, confira-se: ¿Se a obra já está concluÃ-da, na oportunidade em que é interposta a nunciatória,
o caminho é a extinção do processo por carência da ação.¿ ¿O nuntiatio novi operis tem por
finalidade impedir a edificação. Estando esta já feita ou pouco faltando para findar-se, é evidente a
impropriedade da ação, que se resolve pela carência do direito à propositura da mesma.¿ (In
Código de Processo Civil Anotado, vol 4, 7ª ed., p.3646).          Com efeito, na hipótese
em tela, a construção erigida pela parte requerida não era recente, ou melhor, contemporânea Ã
data da propositura da ação, visto que a reforma da casa da parte requerida terminara em agosto de
2009, enquanto a presente ação fora ajuizada em setembro/2009, o que se evidencia pelas próprias
fotos juntadas.          Tendo em vista que a reforma já havia se concluÃ-do quando do
ajuizamento da ação, sem sentido a pretensão de embargo da obra, devendo o feito ser extinto.
Nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL - AÃÃO DE NUNCIAÃÃO DE OBRA NOVA - CONSTRUÃÃO EM
FASE DE ACABAMENTO OU CONCLUÃDA - CARÃNCIA DE AÃÃO - FALTA DE INTERESSE DE AGIR -
I - O objetivo da ação de nunciação de obra nova é impedir a construção que prejudique
prédio vizinho ou que esteja em desconformidade com os regulamentos administrativos. II -
Encontrando-se em fase de acabamento ou concluÃ-da a obra, impõe-se a extinção do feito por
reconhecimento da carência de ação, haja vista a falta de interesse de agir. III - Remessa conhecida e
improvida. (TJMA - REM 26.940/2005 - (58.286/2005) - São LuÃ-s - 1ª C.CÃ-v. - Rel. Des. Jorge Rachid
Mubárack Maluf - J. 15.12.2005). (¿)é assente na doutrina e na jurisprudência o entendimento de que
concluÃ-da a obra não cabe mais a ação de nunciação (RT 490/68, 501/113, RJTJESP 53/141,
54/104, RP 4/375, 5/349, entre inúmeros outros).          Tal fato torna a autora carecedora de
ação, por falta de interesse processual, mormente considerando que, na peça de ingresso, ela não
cumulou o pedido de embargo da obra com o pleito demolitório, conforme possibilitava o art. 936, I, in
fine, do antigo CPC.          Ante o exposto, JULGO EXTINTO o processo, por carência de
ação e falta de interesse de agir, conforme inteligência do art. 485, inciso VI, CPC.         Â
Em consequência, condeno a parte autora ao pagamento de custas e honorários que fixo em R$
1.000,00 (um mil reais), suspendendo, contudo, a exigibilidade por ser beneficiário da Justiça gratuita.
DO PROCESSO Nº 0043945-11.2009.814.0301          JOELMA CORREA MARTINS
FREITAS, qualificada nos autos em epÃ-grafe, por meio de procurador devidamente habilitado, ajuizou a
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quarto acima; que a autora não explicou se a rachadura era simples ou já se dava para ver do outro
lado; que a autora residia na casa com o marido e os filhos, passando todos a morar na quitinete; que
sabe que a autora levou alguém, não sabendo se engenheiro ou outro profissional da construção
civil, para verificar a possibilidade de reparo no imóvel; que a autora ficou abalado, deixando inclusive
algumas coisas dentro de casa para ir para um local menor; que isso mexeu com o emocional da autora.
(SUZETH KASSIA DE SOUSA AMADOR) que nada sabe a respeito da fundação da casa do
requerido; que após o inÃ-cio da construção da casa do requerido passou a ocorrer rachaduras na
casa da autora; que as casas são germinadas; que acredita que o requerido construiu uma parede
germinada a casa da autora ou seja não se utilizou da parede dela; que as rachaduras foram no banheiro
e no quarto de cima; que as rachaduras eram três sentimentos de largura; que viu na fundação do
requerido apenas a construção das sapatas; que sabe que foi realizada perÃ-cia no imóvel da autora;
que não sabe a conclusão da perÃ-cia; que a requerente mudou do imóvel para uma quitinete, muito
menor que a residência da autora; que não sabe se foram realizada reforma no imóvel para consertar
as paredes rachadas; que não sabe o valor do aluguel que era pago pela autora; que não se recordar
de nenhum obra realizada pela prefeitura que pudesse causar movimentação de solo; que nessa
época o esposo da autora ficou desempregado e a situação de ter que deixar o imóvel, deixou a
autora abalada emocionalmente; que não sabe se a autora fez alguma terapia. (ALESSANDRO DE
OLIVEIRA MORAES)          Por fim, em que pese o inconformismo e alegação dos
demandados de que a obra fora realizada de acordo com as normas técnicas e que os danos no imóvel
da autora já eram preexistentes, não produziu nenhuma prova nesse sentido, tendo inclusive desistido
tacitamente da prova pericial requerida. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim, imperativo reconhecer a
responsabilidade dos requeridos nos danos gerados ao imóvel da parte autora. DO DANO MATERIAL Â
        indenização por danos materiais é devida quando o indivÃ-duo sofre
comprovadamente prejuÃ-zo financeiro em decorrência de uma conduta ilÃ-cita praticada por outrem.  Â
       Com efeito, imperativo a reparação dos danos, com base não no orçamento
apresentado, mas efetivamente nas despesas efetuadas para recuperação do bem comprovados pelas
notas fiscais de fls. 180 a 240, que totalizaram o valor de R$ 24.794,69, a fim de solucionar os problemas
estruturais da residência.          Ademais, indubitável que os danos no imóvel obrigaram a
autora a ter que arcar com aluguel, conforme contrato anexado as fls. 35, cabendo ainda os requeridos
arcarem com os aluguéis pagos, a ser apurado em liquidação de sentença.          No
que se refere aos prejuÃ-zos pela confecção de laudo de engenheiro e contratação de advogado,
nenhum documento fora juntado comprovando os referidos pagamentos.          Aliás "a
contratação de advogados para defesa judicial de interesses da parte não enseja, por si só, dano
material passÃ-vel de indenização, porque inerente ao exercÃ-cio regular dos direitos constitucionais de
contraditório, ampla defesa e acesso à Justiça" (AgRg no AREsp 516277/SP, QUARTA TURMA,
Relator Ministro MARCO BUZZI) DO DANO MORAL          Prospera a pretensão autoral
alusiva ao dano de ordem moral, as rachaduras no imóvel do autor causada pela obra no terreno do
acionado, transcendem o mero dissabor rotineiro, mágoa ou irritação corriqueira.          Ã
óbvio que ainda que o requerido tenha concluÃ-do que a obra, a percepção pelo autor e seus familiares
da insegurança da construção (imóvel onde residem) com temor que possa levar a desabamento
com perecimento até de vidas causa sentimento de angústia, desassossego. O medo de perder seu
patrimônio, só aumenta a angústia e sofrimento.          O dano moral no caso em tela,
inclusive, é in ré ipsa, independendo de prova da sua ocorrência. Nesse sentido: NUNCIAÃÃO DE
OBRA NOVA. DANOS MORAIS. EXISTÃNCIA. SUCUMBÃNCIA MÃNIMA. PAGAMENTO DA
INTEGRALIDADE DAS VERBAS SUCUMBENCIAIS. HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS ARBITRADOS EM
15% SOBRE O VALOR DADO Ã CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. VALOR DA CONDENAÃÃO. 1)
Configurado o nexo de causalidade entre o ato ilÃ-cito perpetrado pela Apelada e o dano sofrido pela
Apelante, de rigor submetê-la a respectiva responsabilização pelo efetivo prejuÃ-zo moral. Hipótese
tÃ-pica de dano moral in re ipsa, sendo desnecessária a prova de sua ocorrência. Entendimento do C.
Superior Tribunal de Justiça. 2) O vencido tem o dever de arcar com a integralidade dos ônus
sucumbenciais, ainda que a outra parte tenha sucumbido minimamente. 3) Honorários advocatÃ-cios que
devem ser arbitrados sobre o valor da condenação, nos moldes do art. 20, § 3º, do Código de
Processo Civil. RECURSOS DA AUTORA E DA RÃ PROVIDOS. (TJ-SP - APL: 00217535320108260037
SP 0021753-53.2010.8.26.0037, Relator: Alfredo Attié, Data de Julgamento: 04/11/2014, 27ª Câmara
de Direito Privado, Data de Publicação: 06/11/2014)          No que se refere quantum da
indenização, como reiterado em diversos precedentes do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, o
valor do dano moral deve ficar ao prudente critério do Juiz, considerando as circunstâncias concretas
do caso.          Não pode gerar enriquecimento ilÃ-cito de uma parte em detrimento de outra,
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possuindo verdadeiro caráter reparador da ofensa, proporcional ao dano causado, servindo ainda de
reprimenda a parte ofensora e desestimulo à prática de novo ato ilÃ-cito, levando-se ainda em conta a
capacidade econômica das partes.          Deste modo, o valor da indenização deve ser
avaliado com balizamento em critérios subjetivos existentes no caso concreto, ponderado pelo órgão
jurisdicional que, subministrado por elementos de experiência comum, inteligência da norma inserta no
artigo 335 do Código de Processo Civil, avaliará e graduará o quantum de acordo com a intensidade e
a duração do sofrimento da vÃ-tima, bem como do grau de culpabilidade com que agiu o ofensor, na
prática do ato ocasionador do dano reparável.          Nesse sentido, entendo que o valor de
R$ 5.000,00 (cinco mil reais), atende aos princÃ-pios da razoabilidade e proporcionalidade. DO
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante do acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva ad causam
em relação ao requerido Fhabio Glayson Reis Pinheiro, julgo extinto o processo, sem resolução do
mérito em relação a este, nos termos do art. 485 do CPC.          Em consequência,
condeno a parte autora ao pagamento de custas e honorários que fixo em R$ 1.000,00 (um mil reais),
suspendendo, contudo, a exigibilidade por ser beneficiário da Justiça gratuita.          Em
relação aos demais requeridos, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO para: a)     Condenar os
requeridos ao pagamento de danos materiais (recuperação da edificação) no quantum de R$ R$
24.794,69 (vinte e quatro mil setecentos e noventa e quatro reais e sessenta e nove centavos), referente
as notas fiscais anexadas aos autos, a ser corrigido pelo INPC e juros de 0,5% a contar do desembolso.
b)     Condenar os requeridos ao pagamento dos aluguéis vencidos e vincendos, a ser apurado
em liquidação de sentença mediante apresentação dos respectivos recibos, corrigidos pelo INPC e
juros de mora de 0,5% a contar da citação. c)     Condenar os requeridos ao pagamento de
danos morais no quantum de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a ser corrigido pelo INPC e com juros de mora
de 0,5% desde a sentença.          Em consequência, extingo o processo com resolução
do mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC.          Condeno os requeridos ao
pagamento das custas e honorários que fixo em 10% do valor da condenação.         Â
Publique-se. Registre-se. Intime-se.          Belém, 25 de novembro de 2021. CÃLIO
PETRONIO D¿ ANUNCIACÃO Juiz de Direito titular da 5ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém
PROCESSO: 00439451120098140301 PROCESSO ANTIGO: 200911001002
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:JOELMA CORREA MARTINS FREITAS
Representante(s): SELMA COSTA BANNA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 15275 - RODRIGO
CHAVES RODRIGUES (ADVOGADO) REQUERIDO:BENEDITO MOREIRA VIANA Representante(s):
OAB 7068 - AMARILDO DA SILVA LEITE (ADVOGADO) REQUERIDO:ERICA CRISTINA ACACIO VIANA
Representante(s): OAB 7068 - AMARILDO DA SILVA LEITE (ADVOGADO) REQUERIDO:FHABIO
GLAYSON REIS PINHEIRO Representante(s): OAB 7068 - AMARILDO DA SILVA LEITE (ADVOGADO) .
SENTENÃA          Vistos etc.          Diante da conexão, passo ao julgamento
simultâneo dos processos. DOS AUTOS 0040464-53.2009.814.0301          JOELMA
CORREA MARTINS FREITAS, já qualificada nos autos, por meio de advogado devidamente habilitado,
propôs a presente AÃÃO DE NUNCIACAO DE OBRA NOVA C/C PEDIDO LIMINAR, em face de
BENEDITO MOREIRA VIANA, ERICA CRISTINA ACACIO VIANA E FHABIO GLAYSON REIS PINHEIRO,
todos qualificados.          Alega que é vizinha dos réus desde o ano de 2006, procurando
manter uma convivência pacÃ-fica com estes, estando os imóveis de ambos separados por apenas 10
cm de distanciamento.          Aduz que, em março de 2009, os requeridos resolveram
reformar o imóvel sem auxÃ-lio de especialista, o que provocou abalo na estrutura do imóvel, surgindo
fissuras nas paredes.          Sustenta que registrou uma ocorrência policial, tendo sido
realizada perÃ-cia pelo Centro de Periciais Renato Chaves e que também procurou o corpo de
bombeiros, o qual lavrou relatório de ocorrência que confirma a existência de graves danos no imóvel
da autora provocada pela obra dos requeridos.          Acrescenta que acatou a sugestão da
Defesa Civil deixando o imóvel, devidos os riscos de desabamento, passando a arcar com aluguel de um
imóvel menor, tendo que se desfazer de parte da mobÃ-lia e de um veÃ-culo, já que não teria onde
guardá-los.          Por fim, pugnou em tutela antecipada para paralisação da obra com
expedição de mandado de embargo, sob pena de multa e, no mérito, pela procedência do pedido,
com a confirmação da liminar.          Juntou documentos à s fls. 13/31.         Â
Deferida a liminar as fls. 32.          Citados, os requeridos apresentaram contestação, fls.
47/55, onde alega ilegitimidade passiva ad causam de Erica Cristina Acácio Viana e Fhabio Glayson Reis
Pinheiro, eis que não são os proprietários do imóvel, sendo respectivamente, filha e sogro do primeiro
requerido. Alega que a área onde foi construÃ-do o imóvel é antigo igapó e que o imóvel da
demandante tem histórico de rachaduras. Aduz que muitos tijolos da casa da requerente estavam se
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desfazendo. Alega que não condiz com a verdade o fato da casa do requerido se apoiar na lateral da
requerente e que todas as rachaduras da casa da requerente são anteriores a obra. Requereu o
acolhimento da preliminar e a improcedência do pedido, bem como a realização de prova pericial.  Â
       Juntou documentos de fls. 59/108.          Intimada as partes sobre a provas
que pretendiam produzir, a parte autora requereu prova documental e testemunhal (fls. 110/111). O
requerido pugnou pela prova pericial e testemunhal. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ãs fls. 119. Foi deferida as provas,
inclusive a pericial, com a nomeação de expert, bem como designada de audiência de instrução. Â
        Diante da impossibilidade da perita de assumir o encargo, fora substituÃ-do pelo perito
designado as fls. 134. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ãs fls. 140, vieram os requeridos informando o deposito da
metade do valor da perÃ-cia, já que entendiam que a prova pericial tinha sido requerida por ambas as
partes, anexando comprovante. Â Â Â Â Â Â Â Â Â As fls. 145/146, foi determinado que a perÃ-cia fora
pleiteada apenas pelos requeridos, que deveriam arcar com o pagamento integral, sendo autorizado o
parcelamento do valor. Â Â Â Â Â Â Â Â Â As fls. 149, foi determinado que a inercia dos requeridos no
deposito da perÃ-cia implicaria no desinteresse de sua realização.          Audiência de
instrução realizada as fls. 150/151, sendo aberta prazo para memoriais.          Decorrido o
prazo sem manifestação, vieram os autos conclusos.          à o relatório, passo a decidir.
         No que se refere a preliminar de ilegitimidade passiva ad causam de Erica Cristina
Acácio Viana e Fhabio Glayson Reis Pinheiro, passo a discorrer.          Anota Carvalho
Santos, citando Borges Carneiro, que: "A ação de nunciação de obra nova exercita-se contra aquele
que faz a turbação por meio de construção, isto é, contra o dono da obra", acentuando que "está
claro que competente para discutir o mérito da causa, não é outro senão o dono da obra, que, para
todos os efeitos, é por ela responsável perante o prejudicado" (Código de Processo Civil Interpretado,
vol. 213).          Ao discorrer sobre o tema, Humberto Theodoro Júnior, leciona que "o polo
passivo da ação de nunciação de obra nova cabe ao dono da obra, ou seja, àquela por conta de
quem se executou a mesma". (Curso de Direito Processual Civil, volume III, Forense, 26ª ed., p. 153). Â
        Com efeito, na ação de Nunciação de Obra Nova a parte a figurar no polo passivo
da demanda deverá ser o dono da obra, cujo molestamento se discute, e não o proprietário do terreno
onde restou erguida a edificação.          Nessa senda, o contrato de fls. 64/65, demonstra
que a senhora Erica Cristina era a contratante da obra, tendo inclusive arcado com o pagamento de
valores (fls. 69), além do senhor Benedito Moreira Viana conforme documento de fls. 70.       Â
  Assim, entendo por excluir da lide apenas o senhor Fhabio Glayson Reis Pinheiro, por não restar
demonstrado a sua participação na obra embargada.          DO MERITO.        Â
 Sabe-se que o proprietário ou possuidor de um imóvel pode embargar a obra realizada em imóvel
vizinho ao seu, se a edificação estiver causando prejuÃ-zo ao seu prédio, nos termos do procedimento
previsto no art. 934, I, do CPC: "Art. 934. Compete esta ação: I ao proprietário ou possuidor, a fim de
impedir que a edificação de obra nova em imóvel vizinho lhe prejudique o prédio, suas servidões
ou fins a que é destinado¿ (...)          Ao prelecionar sobre o objetivo dessa ação, na
obra Código de Processo Civil Anotado, coord. Antônio Carlos Marcato, Atlas, 2004, p. 2.425, Cintra
Pereira afirma: "A ação de nunciação de obra nova objetiva amparar os direitos de vizinhança e,
mais especificamente, o direito de construir, regulados pelos arts. 572 a 587 do Código Civil (arts.
1.2991.313, CC/2002)¿ portanto, toda vez que houver possibilidade de prejuÃ-zo à propriedade alheia, ou
de violação da lei, de regulamento ou de postura, em virtude de obra nova, poderá o prejudicado
embargáIa, valendo-se dessa ação. A referência ao direito de vizinhança não se limita,
exclusivamente ao imóvel contÃ-guo (RT 696/105). Na verdade, "não importa a distância que os
separe. Se um prédio sofre prejuÃ-zo por obra realizada em outro, com violação de regras do direito
de construir, sempre será viável o manejo da ação em tela"" (Theodoro Júnior, Curso, p. 174)."  Â
       Sobre o mesmo tema, Luiz Rodrigues Wambier, Flávio Renato Correia de Almeida e
Eduardo Talamini (Curso Avançado de Processo Civil, 3. Ed., Revista dos tribunais, v. 3, p. 207),
salientam: "Apesar de, eventualmente, poder vir a ter algum caráter possessório, a ação de
nunciação de obra nova, em verdade, objetiva proteger a propriedade, tanto que, nas três hipóteses
de cabimento previstas no art. 934, apenas tangencialmente é mencionado o possuidor (inc. I). Na
realidade, o fundamento da ação de nunciação é o direito de propriedade. Querse, como finalidade
da ação de nunciação de obra nova, impedir o abuso no direito de construir, que é inerente ao
direito de propriedade (art. 572 do Código Civil), mas que encontra limites no direito de vizinhança.
Assim, tem o proprietário o direito de embargar a construção de prédio vizinho que, de alguma
forma, interfira no uso normal da propriedade, ou que conflite com os regulamentos administrativos que
versem sobre as edificações. Tratase, pois, de um embargo, no sentido de meio processual de obstar,
impedir algo. Na espécie, meio de impedir o prosseguimento de obra nociva."          Ainda,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
a lição de Humberto Theodoro Júnior (Curso de Direito Processual Civil, 17. ed., Forense, v. 3, p.
174): " Nunciação de obra nova consiste na providência tomada em juÃ-zo para o fim de embargar ou
impedir o prosseguimento de construção que prejudica imóvel de outrem ".          Como
visto, conclui-se que esse tipo de ação é ajuizado com o único propósito de impedir que a obra seja
construÃ-da, não servindo como apelo judicial após a sua conclusão, devendo, portanto, ser ajuizada
ação demolitória própria. Sobre o tema, calha apresentarmos os ensinamentos de Alexandre de
Paula, confira-se: ¿Se a obra já está concluÃ-da, na oportunidade em que é interposta a nunciatória,
o caminho é a extinção do processo por carência da ação.¿ ¿O nuntiatio novi operis tem por
finalidade impedir a edificação. Estando esta já feita ou pouco faltando para findar-se, é evidente a
impropriedade da ação, que se resolve pela carência do direito à propositura da mesma.¿ (In
Código de Processo Civil Anotado, vol 4, 7ª ed., p.3646).          Com efeito, na hipótese
em tela, a construção erigida pela parte requerida não era recente, ou melhor, contemporânea Ã
data da propositura da ação, visto que a reforma da casa da parte requerida terminara em agosto de
2009, enquanto a presente ação fora ajuizada em setembro/2009, o que se evidencia pelas próprias
fotos juntadas.          Tendo em vista que a reforma já havia se concluÃ-do quando do
ajuizamento da ação, sem sentido a pretensão de embargo da obra, devendo o feito ser extinto.
Nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL - AÃÃO DE NUNCIAÃÃO DE OBRA NOVA - CONSTRUÃÃO EM
FASE DE ACABAMENTO OU CONCLUÃDA - CARÃNCIA DE AÃÃO - FALTA DE INTERESSE DE AGIR -
I - O objetivo da ação de nunciação de obra nova é impedir a construção que prejudique
prédio vizinho ou que esteja em desconformidade com os regulamentos administrativos. II -
Encontrando-se em fase de acabamento ou concluÃ-da a obra, impõe-se a extinção do feito por
reconhecimento da carência de ação, haja vista a falta de interesse de agir. III - Remessa conhecida e
improvida. (TJMA - REM 26.940/2005 - (58.286/2005) - São LuÃ-s - 1ª C.CÃ-v. - Rel. Des. Jorge Rachid
Mubárack Maluf - J. 15.12.2005). (¿)é assente na doutrina e na jurisprudência o entendimento de que
concluÃ-da a obra não cabe mais a ação de nunciação (RT 490/68, 501/113, RJTJESP 53/141,
54/104, RP 4/375, 5/349, entre inúmeros outros).          Tal fato torna a autora carecedora de
ação, por falta de interesse processual, mormente considerando que, na peça de ingresso, ela não
cumulou o pedido de embargo da obra com o pleito demolitório, conforme possibilitava o art. 936, I, in
fine, do antigo CPC.          Ante o exposto, JULGO EXTINTO o processo, por carência de
ação e falta de interesse de agir, conforme inteligência do art. 485, inciso VI, CPC.         Â
Em consequência, condeno a parte autora ao pagamento de custas e honorários que fixo em R$
1.000,00 (um mil reais), suspendendo, contudo, a exigibilidade por ser beneficiário da Justiça gratuita.
DO PROCESSO Nº 0043945-11.2009.814.0301          JOELMA CORREA MARTINS
FREITAS, qualificada nos autos em epÃ-grafe, por meio de procurador devidamente habilitado, ajuizou a
presente AÃÃO DE INDENIZAÃÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, em desfavor de BENEDITO
MOREIRA VIANA, ERICA CRISTINA ACACIO VIANA E FHABIO GLAYSON REIS PINHEIRO, já
identificados. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Narra a inicial que devido a reforma realizada na casa dos requeridos,
atingiu-se o imóvel da autora, surgindo rachaduras e fissuras, o que motivou o registro de ocorrência
policial, a realização de laudo pelo Centro de PerÃ-cias Renato Chaves, Corpo de Bombeiros.     Â
    Acrescenta que acatou a sugestão da Defesa Civil deixando o imóvel, devidos os riscos de
desabamento, passando a arcar com aluguel de um imóvel menor, tendo que se desfazer de parte da
mobÃ-lia e de um veÃ-culo, já que não teria onde guardá-los.          Ao final, requereu a
condenação dos requeridos ao pagamento dos danos materiais no montante de R$ 18164,60 (dezoito
mil, cento e sessenta e quatro reais e sessenta centavos), e dos aluguéis pagos pela autora até que
receba a sua casa reformada, bem como a danos morais. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juntou documentos de fls.
18/23 e 52/53          Citados, os requeridos apresentaram contestação, fls. 82/95, onde
alega ilegitimidade passiva ad causam de Erica Cristina Acácio Viana e Fhabio Glayson Reis Pinheiro, eis
que não são os proprietários do imóvel, sendo respectivamente, filha e sogro do primeiro requerido.
Alega que a área onde foi construÃ-do o imóvel é antigo igapó e que o imóvel da demandante tem
histórico de rachaduras. Aduz que muitos tijolos da casa da requerente estavam se desfazendo. Alega
que não condiz com a verdade o fato da casa do requerido se apoiar na lateral da requerente e que
todas as rachaduras da casa da requerente são anteriores a obra. Requereu o acolhimento da preliminar
e a improcedência do pedido, bem como a realização de prova pericial.          Juntou
documentos de fls. 99/149.          Réplica às fls. 151/155.          Intimada as
partes sobre a provas que pretendiam produzir, a parte autora requereu prova documental e testemunhal
(fls. 157/159). O requerido pugnou pela prova pericial e testemunhal (fls. 167/168) Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Considerando que o requerido apesar de requerer a prova pericial, efetuou o pagamento de um quarto do
valor da perÃ-cia, permanecendo inerte, mesmo após o parcelamento dos honorários periciais, foi
237
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
       Com efeito, imperativo a reparação dos danos, com base não no orçamento
apresentado, mas efetivamente nas despesas efetuadas para recuperação do bem comprovados pelas
notas fiscais de fls. 180 a 240, que totalizaram o valor de R$ 24.794,69, a fim de solucionar os problemas
estruturais da residência.          Ademais, indubitável que os danos no imóvel obrigaram a
autora a ter que arcar com aluguel, conforme contrato anexado as fls. 35, cabendo ainda os requeridos
arcarem com os aluguéis pagos, a ser apurado em liquidação de sentença.          No
que se refere aos prejuÃ-zos pela confecção de laudo de engenheiro e contratação de advogado,
nenhum documento fora juntado comprovando os referidos pagamentos.          Aliás "a
contratação de advogados para defesa judicial de interesses da parte não enseja, por si só, dano
material passÃ-vel de indenização, porque inerente ao exercÃ-cio regular dos direitos constitucionais de
contraditório, ampla defesa e acesso à Justiça" (AgRg no AREsp 516277/SP, QUARTA TURMA,
Relator Ministro MARCO BUZZI) DO DANO MORAL          Prospera a pretensão autoral
alusiva ao dano de ordem moral, as rachaduras no imóvel do autor causada pela obra no terreno do
acionado, transcendem o mero dissabor rotineiro, mágoa ou irritação corriqueira.          Ã
óbvio que ainda que o requerido tenha concluÃ-do que a obra, a percepção pelo autor e seus familiares
da insegurança da construção (imóvel onde residem) com temor que possa levar a desabamento
com perecimento até de vidas causa sentimento de angústia, desassossego. O medo de perder seu
patrimônio, só aumenta a angústia e sofrimento.          O dano moral no caso em tela,
inclusive, é in ré ipsa, independendo de prova da sua ocorrência. Nesse sentido: NUNCIAÃÃO DE
OBRA NOVA. DANOS MORAIS. EXISTÃNCIA. SUCUMBÃNCIA MÃNIMA. PAGAMENTO DA
INTEGRALIDADE DAS VERBAS SUCUMBENCIAIS. HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS ARBITRADOS EM
15% SOBRE O VALOR DADO Ã CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. VALOR DA CONDENAÃÃO. 1)
Configurado o nexo de causalidade entre o ato ilÃ-cito perpetrado pela Apelada e o dano sofrido pela
Apelante, de rigor submetê-la a respectiva responsabilização pelo efetivo prejuÃ-zo moral. Hipótese
tÃ-pica de dano moral in re ipsa, sendo desnecessária a prova de sua ocorrência. Entendimento do C.
Superior Tribunal de Justiça. 2) O vencido tem o dever de arcar com a integralidade dos ônus
sucumbenciais, ainda que a outra parte tenha sucumbido minimamente. 3) Honorários advocatÃ-cios que
devem ser arbitrados sobre o valor da condenação, nos moldes do art. 20, § 3º, do Código de
Processo Civil. RECURSOS DA AUTORA E DA RÃ PROVIDOS. (TJ-SP - APL: 00217535320108260037
SP 0021753-53.2010.8.26.0037, Relator: Alfredo Attié, Data de Julgamento: 04/11/2014, 27ª Câmara
de Direito Privado, Data de Publicação: 06/11/2014)          No que se refere quantum da
indenização, como reiterado em diversos precedentes do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, o
valor do dano moral deve ficar ao prudente critério do Juiz, considerando as circunstâncias concretas
do caso.          Não pode gerar enriquecimento ilÃ-cito de uma parte em detrimento de outra,
possuindo verdadeiro caráter reparador da ofensa, proporcional ao dano causado, servindo ainda de
reprimenda a parte ofensora e desestimulo à prática de novo ato ilÃ-cito, levando-se ainda em conta a
capacidade econômica das partes.          Deste modo, o valor da indenização deve ser
avaliado com balizamento em critérios subjetivos existentes no caso concreto, ponderado pelo órgão
jurisdicional que, subministrado por elementos de experiência comum, inteligência da norma inserta no
artigo 335 do Código de Processo Civil, avaliará e graduará o quantum de acordo com a intensidade e
a duração do sofrimento da vÃ-tima, bem como do grau de culpabilidade com que agiu o ofensor, na
prática do ato ocasionador do dano reparável.          Nesse sentido, entendo que o valor de
R$ 5.000,00 (cinco mil reais), atende aos princÃ-pios da razoabilidade e proporcionalidade. DO
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante do acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva ad causam
em relação ao requerido Fhabio Glayson Reis Pinheiro, julgo extinto o processo, sem resolução do
mérito em relação a este, nos termos do art. 485 do CPC.          Em consequência,
condeno a parte autora ao pagamento de custas e honorários que fixo em R$ 1.000,00 (um mil reais),
suspendendo, contudo, a exigibilidade por ser beneficiário da Justiça gratuita.          Em
relação aos demais requeridos, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO para: a)     Condenar os
requeridos ao pagamento de danos materiais (recuperação da edificação) no quantum de R$ R$
24.794,69 (vinte e quatro mil setecentos e noventa e quatro reais e sessenta e nove centavos), referente
as notas fiscais anexadas aos autos, a ser corrigido pelo INPC e juros de 0,5% a contar do desembolso.
b)     Condenar os requeridos ao pagamento dos aluguéis vencidos e vincendos, a ser apurado
em liquidação de sentença mediante apresentação dos respectivos recibos, corrigidos pelo INPC e
juros de mora de 0,5% a contar da citação. c)     Condenar os requeridos ao pagamento de
danos morais no quantum de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a ser corrigido pelo INPC e com juros de mora
de 0,5% desde a sentença.          Em consequência, extingo o processo com resolução
do mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC.          Condeno os requeridos ao
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
TEULY SOUZA DA FONSECA ROCHA (ADVOGADO) OAB 6861 - FRANCISCO EDSON LOPES DA
ROCHA JUNIOR (ADVOGADO) OAB 23343 - AMANDA REBELO BARRETO (ADVOGADO)
REQUERIDO:SONIA CRISTIANE LIMA AMARAL-ME. Processo: 0059432-02.2013.814.0301 Despacho Â
        Ante o recolhimento das custas (fls. 64/71), procedo a consulta/bloqueio junto aos
sistemas Sisbajud e Renajud. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Se frutÃ-fero o bloqueio, em sua totalidade ou
parcialmente, intime-se o executado para se manifestar nos termos do art. 854, §3º do CPC ou,
querendo, apresentar impugnação no prazo de 15 (quinze) dias.          Se infrutÃ-fero ou
havendo o bloqueio parcial dos valores, intime-se o exequente a se manifestar no prazo de 05 (cinco) dias,
para que, querendo, indique bens à penhora.          Intime-se. Cumpra-se.         Â
Belém, 26 de novembro de 2021. CÃLIO PETRÃNIO D ANUNCIAÃÃO Juiz de Direito PROCESSO:
00608281420138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o: Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021
REQUERENTE:ANDRÉA MIRANDA MENEZES Representante(s): OAB 9115 - DANILO AZEVEDO
DORNELLES (ADVOGADO) . Processo nº: 0060828-14.2013.814.0301 DECISÃO     Â
Considerando que a presente demanda já foi julgada (fls 70/71), com trânsito em julgado certificado as
fls 115, chamo o feito à ordem para tornar sem efeito o despacho de fls 111 e, consequentemente, julgo
prejudicados os embargos de declaração de fls 112/114      Cumpra-se a decisão de fls 454
dos autos apensos (Processo 0018563-66.2010.8140301) e proceda-se o desapensamento desses autos,
os quais, a seguir, devem ser encaminhados ao arquivo, após o cumprimento das cautelas de praxe.
Intime-se. Cumpra-se. Arquive-se Belém (PA), 22 de novembro de 2021 CÃLIO PETRONIO
D¿ANUNCIAÿO Juiz de Direito Titular da 5ª Vara CÃ-vel da Capital PROCESSO:
00616587720138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o: Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 AUTOR:REILA
FAGUNDES DE AZEVEDO Representante(s): OAB 10682 - BRUNO REGIS BANDEIRA FERREIRA
MACEDO (ADVOGADO) OAB 7961 - MICHEL FERRO E SILVA (ADVOGADO) OAB 28576 - LEONARDO
COSTA NORAT (ADVOGADO) OAB 28796 - PAOLA PAES BARRETO CHADY (ADVOGADO)
REU:CKOM ENGENHARIA LTDA Representante(s): OAB 13730 - DANIEL PANTOJA RAMALHO
(ADVOGADO) OAB 14373 - JULIANA SANTA BRIGIDA BITTENCOURT (ADVOGADO) OAB 16423 -
FILIPE LEONARDO PANTOJA MOREIRA (ADVOGADO) REU:META EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS LTDA Representante(s): OAB 13730 - DANIEL PANTOJA RAMALHO (ADVOGADO) OAB
14373 - JULIANA SANTA BRIGIDA BITTENCOURT (ADVOGADO) . DECISÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Vistos etc. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Trata-se de CUMPRIMENTO DE SENTENÃA proposta por DANIEL
PANTOJA RAMALHO, qualificado, em desfavor de REILA FAGUNDES DE AZEVEDO, também
qualificada.           Ãs fls. 315/318, as partes vieram aos autos requerer a homologação
de acordo firmado.           à a sÃ-ntese do necessário.           Decido.   Â
       Ante ao acordo firmado entre as referidas partes, a homologação do ato é medida
imperiosa, para que surta os seus efeitos legais.           Ademais, a conciliação entre as
partes, conforme se verifica no documento juntado e devidamente assinado, enseja a extinção do
processo com resolução do mérito, com fundamento no inciso III, alÃ-nea ¿b¿, do art. 487 do
Código de Processo Civil.           ISTO POSTO, com fundamento no art. 487, inciso III,
alÃ-nea ¿b¿, do CPC, HOMOLOGO por sentença o acordo firmado entre as partes e DETERMINO a
extinção do feito em relação a DANIEL PANTOJA RAMALHO.           Quanto ao
cumprimento de sentença entre a exequente REILA FAGUNDES DE AZEVEDO e os executados CKOM
ENGENHARIA LTDA E META EMPREENDIMENTOS LTDA, certifique-se quanto ao cumprimento do
determinado às fls. 310.           P.R.I.C.           Belém, 22 de novembro de
2021. CELIO PETRONIO D ANUNCIAÃÃO Juiz de Direito PROCESSO: 00678427820158140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D
ANUNCIACAO A??o: Usucapião em: 29/11/2021 REQUERENTE:ZULENE GABRIEL DA SILVA
Representante(s): OAB 19526 - ANTONIO EPIFANIO RODRIGUES (ADVOGADO)
REQUERIDO:JOAQUIM FRANCISCO DE ARAUJO DANIM. Despacho               Ante
a petição de fls. 77, determino que a parte requerida seja intimada pessoalmente, por oficial de
justiça, para que regularize sua representação nos presentes autos, constituindo novo advogado, no
prazo de 10 (dez) dias.               Após conclusos.              Â
Belém, 29 de novembro de 2021. DANIELLE KAREN DA SILVEIRA ARAÃJO LEITE JuÃ-za de Direito,
respondendo pela 5ª Vara CÃ-vel da Capital PROCESSO: 00853068620138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO
A??o: Usucapião em: 29/11/2021 REQUERENTE:BENEDITA CARDOSO PANTOJA Representante(s):
OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) REQUERIDO:IAGUPE
241
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
22.293,00 (vinte e dois mil duzentos e noventa reais), a ser pago em quatro parcelas, mensais e iguais de
R$ 5573,25, por meio dos boletos 29-3359-1 a 29-3359-4, com vencimento em 09/04/2015, 24/04, 09/05 e
24/05/2015. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Aduz que um dos produtos comprado foi devolvido pelo cliente, sob
argumento de defeito, tendo sido comunicada a ré para efetuar a troca da peça, sendo que após
análise do produto foi constatado que a peça havia sido adulterada.          Informa que,
devido a dificuldades financeiras, pediu a prorrogação do primeiro boleto para o dia 30/04/2015, o que
foi aceito, sendo acordado que o pagamento se daria por meio de deposito bancário e que as duas
últimas ficaram de ser pagos após a resolução do problema do cliente.          Sustenta
que no dia 04/08/2015 procedeu a requerida a cobrança via e-mail por meio do boleto 29-3359-6 com
vencimento em 05/08/2015 do valor de R$ 11.146,50 (onze mil cento e quarenta e seis reais e cinquenta
centavos) descumprindo o acordo anterior, sem demonstrar ainda o cancelamento dos boletos 29-3359-3
e 29-3359-4.          Relata que o pagamento não fora realizado, tendo sido o tÃ-tulo
protestado e a autora realizado o contraprotesto, tendo no dia 06/11/2015, o sr. Francisco Pinto Neto,
gerente da autora, entrado em contato com a sra. Evonete, proprietária da requerida, lhe propondo a
quitação do débito existente por meio de transferência bancária de R$ 7000,00 (sete mil reais), o
que fora aceito.          Informa que, superada a divergência de dados bancários, conseguiu
efetuar a transferência, remeteu o comprovante para a requerida e solicitou o envio da carta de
anuência, tendo sido informado no dia seguinte pelo sr. Elias que seria providenciado o termo de
quitação.          Afirma que foi enviado e-mail no mesmo dia informando que não fora
localizada a transferência, sendo informado que a quitação na seria enviada, em razão do valor
depositado não representar o valor total do débito, sendo que em posterior contato telefônico com a
Sra. Mariele, filha de Evonete, foi informado que os demais sócios não concordavam com o acordo
realizado por esta.          Assegura que está sofrendo forte abalo em seu crédito, estando
impedido de realizar transações comerciais em razão do protesto.          Ao final,
requereu tutela de urgência para suspensão dos efeitos do protesto, bem como retirada de seu nome do
serviço de proteção ao crédito. No mérito, a procedência do pedido com o cancelamento
definitivo do protesto. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Instruiu a inicial com o documento de fls. 32/72. Â Â Â Â Â Â Â Â
 Deferida a liminar de sustação do protesto as fls. 73/77, condicionada a prestação de caução,
tendo o autor requerido as fls. 78/79 que a caução fosse o residual abatido os valores já pagos, o que
fora deferido pelo magistrado a época atuando na unidade as fls. 86.          Caução
prestada as fls. 90/91.          Cumprida a tutela de urgência, foi realizada audiência de
conciliação, a qual restou infrutÃ-fera, conforme fls. 105.          A requerida apresentou
contestação (fls. 124/143), alegando, preliminarmente incorreção do valor da causa. No mérito,
sustenta a existência da dÃ-vida, diante do cancelamento dos boletos em aberto e emissão de novo
boleto. Afirma a inexistência de acordo verbal para quitação do débito por valor inferior e que estão
ausentes os requisitos para a configuração de danos morais. Por fim pugna pela total improcedência
da ação e, em reconvenção, requer a condenação do autor ao pagamento do valor de R$ 8227,
91 (oito mil duzentos e vinte e sete reais e noventa e um centavos). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juntou documentos
às fls. 144/176.          Resposta a reconvenção às fls. 178/185, tendo sido juntado os
documentos de fls. 186/233. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Replica as fls. 238/247, com juntada de documento. Â Â Â
      Instado a se manifestar sobre as provas que pretendiam produzir, ambas as partes
requereram o julgamento antecipado da lide. Â Â Â Â Â Â Â Â Â As fls. 310 foi corrigido de ofÃ-cio o valor
da causa e determinado a remessa a UNAJ. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Vieram os autos conclusos para
julgamento.          à o relatório. Decido.          De entrada, verifica-se que
inexiste entre as partes qualquer divergência quanto a realização do negócio jurÃ-dico por meio da
duplicata de fls. 80, entrega da mercadoria e a quitação dos boletos 29-3359-1 e 29-3359-2.     Â
    No que se refere aos boletos 3359-3 e 3359-4, a requerida mediante e-mail de fls. 176, somou os
débitos dos tÃ-tulos e repassou o boleto único de fls. 45, sem incidência de juros e correção
monetária, permanecendo inalterado o valor de R$ 11.146,50 (onze mil, cento e quarenta e seis reais e
cinquenta centavos), com vencimento para o dia 05/08/2015. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Com efeito, tal valor faz
parte da negociação original e incontroversa entre as partes, pouco importando o fato de o débito
constar em um único ou em dois boletos distintos (vencimentos anteriores eram no mês 05/2015).   Â
      Isso porque a celeuma entre as partes posta sub judice diz respeito a quitação ou não do
débito, sob o argumento da realização de contrato verbal que com redução do débito para o
patamar de R$ 7000,00 (sete mil reais), bem como verificar a existência ou não de danos morais.   Â
      à cediço que uma das caracterÃ-sticas fundamentais do direito empresarial é o
informalismo, em função do dinamismo da atividade empresarial, que exige meios ágeis e flexÃ-veis
para a realização e difusão das práticas mercantis.          A informalidade crescente dos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
contratos mercantis é uma caracterÃ-stica da atualidade e muitos dos quais materializam-se por e-mail e
com o uso do telefone e têm propiciado movimentação e agilidade nas relações mercantis. Num
mercado globalizado, o alto grau de concorrência tem produzido essa inovação. Desse modo, os
negócios jurÃ-dicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua
celebração.          Destarte, no que concerne à forma, normalmente não se exige que a
forma integre necessariamente a substância do ato. Assim, tratando de contrato em que não se exige
forma solene, pode a parte provar sua existência por todos os meios de prova em direito admitidas.   Â
      Tratando-se de alegação da existência de contrato verbal, cabe à parte autora
demonstrar os fatos constitutivos do seu direito, nos termos do artigo 373, inciso I do CPC/15, ou seja, que
de fato fora entabulado a referida negociação.          Nessa senda, a meu ver, o deposito
bancário de R$ 7.000,00 (sete mil reais) realizado as fls. 85 em favor da requerida corroborado pelo e-
mail de fls. 250, testificam a existência de contrato verbal entre as partes, aliado ainda ao e-mail de fls.
252, onde o autor confiante no acordado quanto a quitação, aguardava o envio da carta de anuência
para baixa no cartório.          Com efeito, percebe-se, na verdade, que houve um
arrependimento posterior da requerida quanto ao valor acordado para quitação, porém, já ineficaz
diante do adimplemento pelo autor.          Assim, imperativo reconhecer a procedência do
pedido de cancelamento do protesto e a improcedência da reconvenção, já que não há que se
falar em remanescente a ser pago pela parte autora-reconvinda.          Em consequência da
quitação do débito, torna-se indevido o protesto, o que configura o dever de indenizar pelo dano de
ordem moral. E tal se dá na medida em que vivemos em uma sociedade capitalista e de consumo, onde o
crédito se mostra bem de extremado valor.          Uma vez ocorrido o protesto indevido, o
abalo causado ao nome da autora, que passa a ter séria restrições creditÃ-cias, é inegável.
Então, presente o dano de ordem moral, in re ipsa, uma vez que o protesto indevido retrata a existência
do dano moral puro, cuja prova cinge-se à existência do próprio ato ilÃ-cito, pois o dano moral puro
atinge, fundamentalmente, bens incorpóreos, a exemplo da imagem, da honra objetiva do demandante. Â
        Em relação ao quantitativo indenizatório, oportuno destacar que a fixação do
¿quantum¿ deve atender aos fins a que se presta a indenização, considerando a condição
econômica da vÃ-tima e do ofensor, o grau de culpa, a extensão do dano, a finalidade da sanção
reparatória e os princÃ-pios da razoabilidade e da proporcionalidade.          Assim,
considerando as circunstâncias do caso ora analisado, arbitro a indenização em R$ 6.000,00, valor
que se mostra adequado e justo, porquanto de acordo com os parâmetros adotados pela Corte, pois ao
mesmo tempo em que pune o ofensor, compensa a parte ofendida sem lhe acarretar enriquecimento
indevido, mormente considerando que não há nenhuma prova quanto a extensão e prejuÃ-zo do
protesto, além daquele já presumido.          FACE O EXPOSTO, confirmo a tutela de
urgência deferida e JULGO PROCEDENTE OS PEDIDOS AUTORAIS, extinguindo o processo com
resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC, para: a)     Declarar a
inexigibilidade do tÃ-tulo levado a protesto, pelo que determino o cancelamento definitivo do protesto junto
ao Tabelionato competente. b)Â Â Â Â Â Condenar a requerida ao pagamento de danos morais no importe
de R$ 6.000,00 (seis mil reais), a serem corrigidos monetariamente pelo INPC e juros de mora de 0,5% ao
mês, a contar da publicação da presente sentença.          Diante da sucumbência,
condeno a requerida ao pagamento de custas e honorários que fixo em 10% do valor atualizado da
condenação.          JULGO AINDA IMPROCEDENTE A RECONVENÃÃO, extinguindo o
processo com resolução do mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC, condenando o requerido-
reconvinte ao pagamento de custas e honorários que fixo em 10% do valor da reconvenção.     Â
    Publique-se. Registre-se. Intime-se.          Belém, 18 de novembro de 2021. CELIO
PETRONIO D ANUNCIAÃÃO Juiz de Direito titular da 5ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
PROCESSO: 02832733720168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:CLAUDIO BATISTA VIEIRA
Representante(s): OAB 28492 - DAVI FERREIRA ALBUQUERQUE (ADVOGADO)
REQUERIDO:BAMPARA BANCO DO ESTADO DO PARA SA Representante(s): OAB 9343 - FABIO
MONTEIRO DE OLIVEIRA (ADVOGADO) . Vistos etc. Â Â Â Â Â Â Â Tratam-se os autos de AÃÃO DE
INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS C/C DANOS MATERIAIS E PEDIDO DE LIMINAR ajuizada por
CLÃUDIO BATISTA VIEIRA, já qualificado nos autos, por meio de advogado devidamente habilitado, em
desfavor da BANPARà - BANCO DO ESTADO DO PARà        Alega que é agricultor e que
teria tido seu nome de forma indevida inserida no Sistema de Informações de Crédito (SRC) do
Banco Central pelo requerido, ficando impedido de receber custeio do Banco do Brasil para a plantação
de tomate e cebola, respectivamente, no valor de R$ 312524,11 e R$ 131524,31, com previsão de
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evidenciam que a autora ainda que não contratou o seguro esperando pelo pior, possuÃ-a conhecimento
sobre a possibilidade de o resultado da biopsia confirmar a gravidade da doença (câncer).      Â
   Sabe-se que o segurado e a seguradora, na conclusão e na execução do Contrato, são
obrigados a guardar a mais estrita boa-fé e veracidade, tanto a respeito do objeto, como das
circunstâncias e declarações a ele concernentes (artigo 765 do Código Civil). E, ainda, que se o
contratante, por si ou seu representante, fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que
possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio, perderá o direito à garantia, além de
ficar obrigado ao prêmio vencido (artigo 766 do Código Civil).          Forçoso reconhecer
assim que a autora apesar da ciência de atividade tumoral no seio esquerdo, omitiu tal constatação
médica à Seguradora/requerida, bem como negara a realização de biopsia nos últimos cinco anos,
quando, na verdade, havia realizado o procedimento a dois dias antes da assinatura do contrato. Â Â Â Â
     Irrefutável que a conduta de omitir deliberadamente tais informações da Declaração de
Saúde pela autora assinada no momento da contratação do seguro revela que a proponente agiu de
má-fé, já que referidos dados eram imprescindÃ-veis para munir a contratada de elementos eficientes Ã
análise cognitiva de aceitação do risco do seguro.          Sob outra ótica, não prospera
a alegação da parte autora de que a constatação da má-fé do contratante encontra óbice na
dispensa de exames prévios pela seguradora. Ora, o fato de a seguradora não haver submetido o
segurado a exames prévios, confiando nas informações constantes da proposta, não isenta as
partes de guardar estrita boa-fé e veracidade aquando da contratação, de modo a não induzir a
outra em engano ou erro. Atente-se ao escólio de Sérgio Cavalieri Filho, que bem elucida a questão:
¿Temos, primeiramente, o art. 766 do Código Civil (correspondente ao 1.444 do Código revogado), que
pune o segurado com a perda do direito à garantia se fizer declarações inexatas ou omitir
circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio. Este dispositivo,
como se vê, prevê duas situações: 1) o segurado faz declarações inexatas, vale dizer, o segurado
faz declarações falsas, mentirosas -, conduta comissiva reveladora, por si só, da sua má-fé; 2) o
segurado omite circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta, esconde a verdade,
conduta omissiva. Embora a veracidade das declarações do segurado seja primordial em qualquer
modalidade de seguro, assume maior relevo no seguro de vida ou de saúde em grupo. Nessa espécie
de seguro, é de todos sabidos, substitui-se o exame médico do proponente pelo preenchimento de um
questionário sobre o seu estado de saúde. Este procedimento beneficia não só o segurador como,
também, o segurado, na medida em que torna rapidÃ-ssima a contratação, evita aquele moroso
processo de exames médicos e reduz os custos do seguro, possibilitando a massificação da
cobertura. Mas a correta inteligência do dispositivo em exame conduz à conclusão de que o segurado
só perde o direito ao valor do seguro se as suas declarações forem falsas; se, embora sabendo ser
portador de doença grave, omitir essa informação. [...] A afirmação falsa ou a omissão intencional
são inadmissÃ-veis no contrato de seguro porque afastam o próprio risco, a cobertura para um risco
certo, conhecido, e não incerto, o que elimina a álea, que é elemento essencial desse contrato. Sim,
porque, na medida em que o proponente busca cobertura para uma enfermidade conhecida, está, na
realidade, buscando cobertura para um risco certo, conhecido, e não incerto, o que elimina a álea e
desnatura, descaracteriza, o próprio contrato. (In Programa de . 7.ª ed. rev. e ampl. São Paulo:
Responsabilidade Civil Atlas, 2007, p. 423- 424)          Destarte, o artigo 766 do Código Civil
tem cabimento no caso em comento, diante da comprovação da má-fé do contratante,
consubstanciada na omissão de que apresentada suspeita de doença grave e se encontrava em
processo de investigação diagnóstica, a demandar resultado de exames, com o fim precÃ-puo de obter
a aceitação da seguradora. Nesse sentido: APELAÃÃO CÃVEL. ¿AÃÃO DE COBRANÃA¿.
SENTENÃA DE PARCIAL PROCEDÃNCIA. RECURSO DA REQUERIDA (APELAÃÃO 1). SEGURO DE
VIDA. SEGURADO PORTADOR DE CÃNCER DE COLON, SUBMETIDO Ã BIÃPSIA NO MÃS DA
CONTRATAÃÃO. OMISSÃO DO CONTRATANTE NO PREENCHIMENTO DE DECLARAÃÃO DE SAÃDE
A RESPEITO DA SUSPEITA DIAGNÃSTICA E DA INVESTIGAÃÃO QUANTO Ã DOENÃA PRÃ-
EXISTENTE. MÃ-FÃ PRESUMIDA. ENTENDIMENTO CONSUBSTANCIADO NA SÃMULA 609 DO E.
STJ. AUSÃNCIA DE EXAMES PRÃVIOS QUE NÃO AFASTA A RESPONSABILIDADE DO SEGURADO
PELA VERACIDADE DAS INFORMAÃÃES. NEGATIVA DA SEGURADORA ESCORREITA. SENTENÃA
REFORMADA, COM REDISTRIBUIÃÃO DA SUCUMBÃNCIA. RECURSO DE APELAÃÃO DA AUTORA
(APELO 2). PEDIDO DE ALTERAÃÃO DO TERMO INICIAL DA CORREÃÃO MONETÃRIA. EXAME DO
MÃRITO PREJUDICADO, ANTE O RECONHECIMENTO DA AUSÃNCIA DE COBERTURA
SECURITÃRIA. RECURSO DE APELAÃÃO 1 CONHECIDO E PROVIDO. RECURSO DE APELAÃÃO 2
PREJUDICADO. (TJ-PR - APL: 00022028720148160017 PR 0002202-87.2014.8.16.0017 (Acórdão),
Relator: JuÃ-za Elizabeth de Fátima Nogueira, Data de Julgamento: 31/05/2020, 10ª Câmara CÃ-vel,
251
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Data de Publicação: 01/06/2020)          Por fim, não havendo nenhum ilÃ-cito na conduta
da requerida de negar o prêmio, não há que se falar em dano moral, mormente considerando
também que o mero descumprimento contratual, por si só, não gera direito a indenização por
danos morais. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE os pedidos e, em
consequência, extingo o feito com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.     Â
    Condeno a autora ao pagamento das custas e despesas processuais e honorários de 10% sobre
o valor da causa. Suspendo, contudo, a exigibilidade, por ser beneficiaria da Justiça Gratuita.     Â
    Publique-se. Registre-se. Intime-se.          Belém, 22 de novembro de 2021. CELIO
PETRONIO D ANUNCIAÃÃO Juiz de Direito titular da 5ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
PROCESSO: 04736401820168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): DANIELLE KAREN DA SILVEIRA ARAUJO LEITE
A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 29/11/2021 EXEQUENTE:EQUIPO.COM COMÉRCIO,
IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA. Representante(s): OAB 290061 - RODRIGO ROCHA LEAL
GOMES DE SA (ADVOGADO) EXECUTADO:HASBE MUSIC LTDA. Despacho           Â
Cumpra-se com o determinado no despacho de fls. 61. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Cumpridas todas as
diligências e de tudo certificado, façam-me os autos conclusos.            Belém, 29 de
novembro de 2021. DANIELLE KAREN DA SILVEIRA ARAÃJO LEITE JuÃ-za de Direito, respondendo pela
5ª Vara CÃ-vel da Capital PROCESSO: 05936534620168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:MAURO SERGIO DE LIMA BARBOSA
Representante(s): OAB 19088 - ANANDA NASSAR MAIA (ADVOGADO) OAB 8104 - SIMONE DO
SOCORRO PESSOA VILAS BOAS (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO ITAU BMG CONSIGNADO SA
Representante(s): OAB 3672 - SERGIO ANTONIO FERREIRA GALVAO (ADVOGADO) OAB 9320-A -
GIOVANNY MICHAEL VIEIRA NAVARRO (ADVOGADO) OAB 60359 - NELSON MONTEIRO DE
CARVALHO NETO (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO BMG S.A. Representante(s): OAB 189779 -
EDUARDO DI GIGLIO MELO (ADVOGADO) OAB 56362 - ANGELIZE SEVERO FREIRE (ADVOGADO)
OAB 40004 - RODRIGO SCOPEL (ADVOGADO) . ãPROCESSO: 0593653-46.2016.8.14.0301 DECISÃO
DE SANEAMENTO E ORGANIZAÃÃO DO PROCESSO        Não existindo a ocorrência das
situações previstas nos artigos 354, 355 e 356, todos do Código de Processo Civil, passo a sanear e
organizar o processo na forma do artigo 357 do mesmo códex. 1. QUESTÃES PROCESSUAIS
PENDENTES. Â Â Â Â Â Â Â Em sua defesa, o BANCO BMG S/A, preliminarmente, impugnou o valor da
causa, alegou sua ilegitimidade passiva e a prescrição da pretensão autoral        Rejeito a
impugnação ao valor da causa. O art. 291, do NCPC, dispõe que a toda causa será atribuÃ-do um
valor certo, ainda que n¿o tenha conteúdo econômico imediato. Já o art. 292, VI do NCPC, prevê
que o valor da causa ¿na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente Ã
soma dos valores de todos eles¿. A inicial esclarece que o valor atribuÃ-do à demanda equivale à soma
do valor do contrato e dos danos materiais e morais pleiteados.        Rejeito também a
alegação de prescrição do direito alegado na inicial, uma vez que o autor alega a inexistência do
débito por nunca ter contratado o empréstimo questionado nesses autos cujos descontos só foram
percebidos maio de 2016. Tratando-se de relação de consumo, conforme reconhecido pelo próprio
réu e sendo a ação distribuÃ-da em outubro de 2016, foi respeitado o prazo de 5 (cinco) anos previsto
no artigo 27 do CDC Â Â Â Â Â Â Â Analisadas preliminares arguidas pelas partes, DECLARO saneado o
processo para decisão de mérito e passo a fixar os pontos controvertidos sobre a matéria fática. 2.
DELIMITAÃÃO DAS QUESTÃES DE FATOS CONTROVERTIDAS. São pontos controvertidos:     Â
  a) regularidade da contratação de empréstimo consignado        b) responsabilidade dos
réus pelos danos materiais e morais ocorridos ao autor 3. DISTRIBUIÃÃO DO ÃNUS DA PROVA.   Â
    Considerando que se trata de relação de consumo, nos termos do art. 2º e art. 3º, §2º,
do CDC, a julgar pela natureza da demanda, decreto a inversão do ônus da prova, consoante art. 6º,
VIII, do CDC. 4. PROVAS A SEREM PRODUZIDAS  Sobre as referidas provas, passo a deliberar:Após
a informação da data para a perÃ-cia, intimem-se as partes, através de seus advogados, por ato
ordinatório. Em seguida, encaminhem-se os autos ao Perito. a) prova pericial: Defiro o pedido de fls
129, e determino a realização de exame pericial/perÃ-cia grafotécnica, devendo ser oficiado ao
Instituto de PerÃ-cias CientÃ-ficas Renato Chaves para que informe a este JuÃ-zo, no prazo de 10 (dez)
dias, data e perito para a realização da perÃ-cia técnica determinada nos autos. Com a resposta,
intime-se o perito, para informar, no prazo de 05 (cinco) dias, se aceita do encargo, devendo ser informado
a este, que nos termos do Provimento Conjunto nº 010/2016 - CJRMB/CJCI, em seus artigos 1º, 2º e
3º, os honorários serão pagos pelo Tribunal de Justiça, por ser a parte autora beneficiária da
justiça gratuita, e foi quem solicitou a prova pericial. Em havendo concordância, a Secretaria deve
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
adotar todas as providências necessárias e expedir todos os atos ordinatórios de praxe. Intime-se o
perito para indicar o dia de inÃ-cio e local da perÃ-cia. Indicada a data, horário e local da perÃ-cia, autorizo
a intimação dos litigantes por DESPACHO ORDINATÃRIO, intimando as partes, para, querendo,
indicar assistentes técnicos e formular os quesitos, em 15 (quinze) dias consoante o art. 465, §1º, II e
III, do CPC. Fixo o prazo de 30 (trinta) dias para que o Sr. Perito apresente o laudo pericial. Após a
apresentação do laudo, intimem-se as partes para, querendo, se manifestarem no prazo comum de 15
(quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu
respectivo parecer nos termos do art. 477, §1º do CPC b) prova oral: defiro a prova oral requerida pelo
autor (fls 129), no entanto, deixo para designar a audiência de instrução após a entrega do laudo
pericial e subsequente manifestação das partes. Cumpridas as diligências quanto à perÃ-cia,
certificado o necessário, voltem os autos conclusos.      Intime-se. Cumpra-se      Belém,
25 de novembro de 2021      CELIO PETRONIO D¿ANUNCIAÃÃO      Juiz de Direito
titular da 5ª Vara cÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 06906300320168140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO
A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 29/11/2021 REQUERENTE:BANCO DO BRASIL
Representante(s): OAB 21078-A - JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA (ADVOGADO) OAB 44698 -
SERVIO TULIO DE BARCELOS (ADVOGADO) REQUERIDO:MB CAPITAL INVESTIMENTOS E
PARTICIPACOES LTDA Representante(s): OAB 15032 - PATRYCIA CORREIA POUSAS DE OLIVEIRA
(ADVOGADO) REQUERIDO:MARCIO ANDRE MARQUES BELLESI Representante(s): OAB 15032 -
PATRYCIA CORREIA POUSAS DE OLIVEIRA (ADVOGADO) REQUERIDO:LILIAN ROBERTA BELLESI
Representante(s): OAB 15032 - PATRYCIA CORREIA POUSAS DE OLIVEIRA (ADVOGADO) .
DESPACHO             Considerando o lapso temporal desde a última manifestação da
parte autora nos autos, intime-se o Requerente, para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar se ainda tem
interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que entender cabÃ-vel, advertindo-o que caso
permaneça inerte, o processo será extinto sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, III, do
CPC.             Ao final do prazo declinado acima, com ou sem manifestação, de tudo
certificado, retornem os autos conclusos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se. Cumpra-se. Â Â Â Â Â Â Â Â
    Belém, 22 de novembro de 2021. CÃLIO PETRÃNIO D ANUNCIAÃÃO Juiz de Direito
PROCESSO: 06986378120168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:JAIRO JUAREZ MARTINS MACHADO
Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) REQUERIDO:UNIMED BELEM
COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Representante(s): OAB 11270 - DIOGO DE AZEVEDO
TRINDADE (ADVOGADO) OAB 24328 - MARCELO RODRIGUES COSTA (ADVOGADO) OAB 26498 -
LUCAS SOUZA CHAVES (ADVOGADO) . Processo: 0698637-81.2016.814.0301 Decisão       Â
  Ante as informações de fls. 292, expeça-se precatória para oitiva da parte autora, residente em
outro Estado. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Caso haja necessidade de pagamento de custas para cumprimento das
diligências acima, intime-se a parte para que providencie o recolhimento das custas, devendo a parte ser
intimada por ato ordinatório, para recolhimento, no prazo de 05 (cinco) dias.          Expeça-
se o que mais for necessário.          Cumpra-se.          Belém/PA, 22 de
novembro de 2021. CÃLIO PETRÃNIO D ANUNCIAÃÃO Juiz de Direito da 5ª Vara CÃ-vel da Capital
PROCESSO: 07346265120168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO A??o:
Oposição em: 29/11/2021 OPONENTE:ANTONIO JOSE COSTA PEREIRA Representante(s): OAB 18888
- CELYCE DE CARVALHO CARNEIRO (ADVOGADO) OPOSTO:JORJINA DARC DO SOCORRO
OLIVEIRA Representante(s): OAB 19369 - CINARA COSTA DE CARVALHO (ADVOGADO) OAB 4815 -
JANETE MARIA COSTA DE JESUS (ADVOGADO) OPOSTO:JOAO GALVAO GARCIA. DESPACHO 1 -
Ante as questões discutidas nos feitos em apenso e diante da regra expressa no art. 685 do CPC1,
última parte, tenho por bem suspender a presente ação até que o processo conexo se encontre apto
a julgamento, tudo na forma do art. 313, VIII, alÃ-nea ¿a¿, do CPC2. 2- PRIC. Belém/PA, 19 de
novembro de 2021. CÃLIO PETRONIO D¿ ANUNCIACÃO Juiz de Direito 1 Art. 685. Admitido o
processamento, a oposição será apensada aos autos e tramitará simultaneamente à ação
originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença. 2 Art. 313. Suspende-se o processo:
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§2º, do Código de Processo Civil, suspendendo a execução pelo prazo de 1 (um) ano para que a
parte exequente indique bens do executado à penhora, sob pena de arquivamento do feito.      Â
Por fim, considerando o cronograma de digitalização dos processos fÃ-sicos instituÃ-do por este
Tribunal, com vistas a possibilitar a análise dos autos de forma adequada, bem como garantir maior
celeridade processual e amplo acesso dos autos para as partes e seus procuradores, proceda-se a
digitalização do feito, migrando-o para o PJE.       Independentemente da determinação do
item anterior, faculto as partes, caso exista interesse, nos termos da Portaria nº 1833/2020-GP/TJPA, de
3 de setembro de 2020, a possibilidade de anteciparem a virtualização do processo, conforme dispõe
a norma mencionada: ¿Art. 19. As partes, os procuradores ou os advogados que pretenderem antecipar
a virtualização de processo ao sistema PJe poderão requerê-lo ao juiz da causa, fornecendo cópia
digitalizada integral e sequencial de todas as folhas dos autos fÃ-sicos e dos feitos em apenso, quando
presentes, em arquivo digital único, em formato PDF, legÃ-vel e nomeado com o número único do
processo (NUP), armazenado em mÃ-dia digital¿.       Desse modo, mediante a apresentação
de cópia digitalizada integral e sequencial de todas as folhas dos autos fÃ-sicos e apensos, em arquivo
digital único, formato PDF, legÃ-vel e nomeado com o número único do processo, o que deve ser
certificado pela secretaria, a formalização da digitalização dos autos resta plenamente possÃ-vel.  Â
    Uma vez apresentada a digitalização, em mÃ-dia digital e entregue a Secretaria do JuÃ-zo,
deve, a parte contrária, por ato ordinatório, ser intimada para manifestar-se, em 05 (cinco) dias.    Â
  Decorrido o prazo sem manifestação nos autos e, com a certificação de regularidade, emitida
pela Secretaria do JuÃ-zo, nos termos da Portaria nº 1833/2020-GP/TJPA, de 3 de setembro de 2020, os
autos passarão a tramitar pelo Sistema PJE.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém,
23 de novembro de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém PROCESSO: 00154636320158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Cumprimento de sentença em: 29/11/2021 REQUERENTE:RAMON ROBERTO CARDOSO DE ARAUJO
Representante(s): OAB 21461 - ALLAN ROCHA OLIVEIRA DA SILVA (ADVOGADO) REQUERIDO:SANT
ANA CORRETAGEM E REPRESENTACAO DE SEGUROS LTDA. Processo nº:  0015463-
63.2015.8.14.0301 Autor:  RAMON ROBERTO CARDOSO DE ARAUJO Réu:   SANT ANA
CORRETAGEM E REPRESENTACAO DE SEGUROS LTDA Â Â Â Â Â Â DECISÃO Â Â Â Â Â Â Vistos,
etc.       Trata-se de cumprimento de sentença de ação monitória.       A parte
executada foi devidamente intimada (fl. 55), todavia não efetuou o pagamento do débito no prazo legal,
tampouco apresentou impugnação ao cumprimento de sentença.       A parte exequente
requereu o bloqueio via SISBAJUD e RENAJUD (fls. 59/60). Â Â Â Â Â Â Era o que tinha a relatar. Passo
a decidir.      Tendo em vista o lapso temporal desde a última tentativa de penhora online, passo a
analisar o pedido de bloqueio via SISBAJUD.      No que concerne a penhora eletrônica, assim
dispõe o Código de Processo Civil: ¿Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou
em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao
executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela
autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponÃ-veis ativos financeiros
existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução¿.
(grifo nosso).       Nessa lógica, verificado o débito, impõe-se o deferimento do pedido e a
consulta aos sistemas disponibilizados ao Poder Judiciário a fim de proceder à penhora eletrônica.
Destaca-se, ainda, que o bloqueio prescinde, inclusive, de esgotamento de meio extrajudiciais, conforme
se verifica de entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Tema/Repetitivo nº
425, o qual dispõe: A utilização do Sistema BACEN-JUD, no perÃ-odo posterior à vacatio legis da Lei
11.382/2006 (21.01.2007), prescinde do exaurimento de diligências extrajudiciais, por parte do
exequente, a fim de se autorizar o bloqueio eletrônico de depósitos ou aplicações financeiras.   Â
  Desse modo e em observância aos princÃ-pios da economia processual, efetividade da prestação
jurisdicional, duração razoável do processo, bem como considerando o que dispõe o Código de
Processo Civil sobre a matéria e, notadamente, a ordem preferencial de penhora exarada no art. 835 do
diploma processual, procedo a tentativa de constrição de valores em desfavor da parte executada
SANT ANA CORRETAGEM E REPRESENTACAO DE SEGUROS LTDA (CNPJ nº 10.492.422/0001-85),
no valor de R$ 30.317,68 (trinta mil, trezentos e dezessete reais e sessenta e oito centavos). Â Â Â Â Â
Considerando a possibilidade de a penhora online não lograr êxito ou ser insuficiente para adimplir o
débito, procedo a tentativa de bloqueio via sistema RENAJUD, destacando que essa medida é
perfeitamente possÃ-vel para adimplir o débito. De fato, nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL.
ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÃÃO FISCAL. RESTRIÃÃO
DE CIRCULAÃÃO DE VEÃCULO. RENAJUD. POSSIBILIDADE. 1. O Superior Tribunal de Justiça possui
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Assim, tendo em vista que se presume válida a intimação da parte executada acerca da penhora via
SIBAJUD, a qual manteve-se inerte, deve ser expedido o respectivo alvará, com a consequente
extinção do feito.       Isso posto, com fulcro no art. 526, § 3º, do CPC, declaro satisfeita a
obrigação referente aos honorários de sucumbência devidos pelo executado MILTON TAIZO
YAMADA à parte exequente, e, via de consequência, extingo o processo.       Assim, expeça-
se alvará judicial em nome da advogada da parte autora, PAULA AMANDA RIBEIRO TEIXEIRA
VASCONCELOS, OAB/PA 22.540, conforme procuração especÃ-fica de fl. 115, no valor de R$ 7.496,87
(sete mil, quatrocentos e noventa e seis reais e oitenta e sete centavos), a ser acrescido de eventuais
rendimentos.       Autorizo, desde já, a transferência dos referidos montantes para conta
bancária de titularidade do beneficiário do alvará, desde que assim o requeira por meio de petição
nos autos onde informem os dados bancários para transferência.      Instrua-se o alvará com o
extrato atualizado da subconta judicial.       Cumpridas todas as determinações aqui postas e
nada mais havendo, dê-se baixa na distribuição e arquivem-se os autos.       Intime-se.
Cumpra-se.       Belém-PA, 25 de novembro de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz
de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 00264965520128140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA
LUZ CAVALCANTE A??o: Cumprimento de sentença em: 29/11/2021 AUTOR:CLAUDIO NASCIMENTO
DE LIMA Representante(s): OAB 7261 - JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO (ADVOGADO) REU:BANCO
SANTANDER SA Representante(s): OAB 12724 - GUSTAVO FREIRE DA FONSECA (ADVOGADO) OAB
15403-B - MICHELE ANDREA DA ROCHA OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 12206 - LORENA RODRIGUES
NYLANDER BRITO (ADVOGADO) OAB 17230 - THAIS DO NASCIMENTO GONCALVES (ADVOGADO)
OAB 17433 - JOAO PAULO BACELAR MAIA (ADVOGADO) OAB 19832-A - CARLOS MAXIMIANO
MAFRA DE LAET (ADVOGADO) OAB 20601-A - WILSON SALES BELCHIOR (ADVOGADO) . Em
atenção a petição de fls. 241, verifico que o Eminente Juiz Marco Antonio Castelo Branco, às fls.
222, determinou a penhora via SISBAJUD dos valores indicados pelo exequente à s fls. 220/221.    Â
     Ãs fls. 229/234 consta o protocolamento da ordem de bloqueio judicial, tendo sido encontrado o
valor exequendo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Contudo, em consulta ao sistema SISBAJUD, verifico que os valores
bloqueados nunca foram transferidos para a conta judicial, motivo pelo qual gerou a certidão da
secretaria atestando que não havia valores disponÃ-veis para a expedição de alvará (fls. 240).   Â
      Assim, nesta oportunidade, procedo a transferência dos valores bloqueados para a conta
judicial, conforme protocolo em anexo.          Por fim, dando cumprimento ao que já fora
determinado na decisão de fls. 237, determino a imediata expedição de alvará para levantamento
dos valores bloqueados e eventuais rendimentos em nome do advogado do exequente, Dr. JOSÃ OTÃVIO
NUNES MONTEIRO, uma vez que lhe foi outorgado poderes especÃ-ficos para recebimento de valores em
nome de seu cliente, conforme consta da procuração de fls. 20.          Instrua-se o alvará
com o extrato atualizado da subconta judicial.          Publique-se. Registre-se. Intime-se.
Cumpra-se.          Belém, 22 de novembro de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante
Juiz de Direito, titular da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 00277717320118140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA
LUZ CAVALCANTE A??o: Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 AUTOR:KATIA SILENE DO
NASCIMENTO FIGUEIREDO Representante(s): OAB 3441 - POSSIDONIO DA COSTA NETO
(ADVOGADO) OAB 14367 - ADEVALDO DA SILVA FIGUEIREDO JUNIOR (ADVOGADO) OAB 23083 -
SANDRO FIGUEIREDO DA COSTA (ADVOGADO) REU:LEOMAR LAMIR SERRA ALMEIDA
Representante(s): OAB 14745 - RICARDO SINIMBU DE LIMA MONTEIRO (ADVOGADO) OAB 15502 -
THIAGO RAMOS DO NASCIMENTO (ADVOGADO) OAB 18748 - WAGNER LOBATO BRITO
(ADVOGADO) . Processo nº  0027771-73.2011.8.14.0301 Autor:   KATIA SILENE DO
NASCIMENTO FIGUEIREDO Réu:   LEOMAR LAMIR SERRA ALMEIDA DECISÃO      Vistos,
etc. Â Â Â Â Â A parte executada peticionou informando que o bloqueio via BACENJUD recaiu sobre a
conta salário, requerendo a desconstituição da penhora (fls. 350/359).      A parte exequente
apresentou manifestação requerendo a penhora de 30% sobre a remuneração lÃ-quida do executado
(fls. 373/377).      à o que importa relatar. Decido.      Pois bem, trata-se de impugnação
à constrição de dinheiro, alegando o executado que houve penhora de verba salarial.     Â
Analisando-se os autos, verifica-se que no momento do bloqueio via SISBAJUD foi encontrado apenas o
valor de R$ 11,57 nos ativos financeiros da parte executada, os quais foram imediatamente
desbloqueados (fl. 349).      Ademais, os extratos bancários juntados pelo executado demonstram
que não houve bloqueio judicial, constando ¿0,00¿ bloqueado (fls. 367/368).      Portanto não
há valores a serem desbloqueados, restando prejudicada a impugnação à penhora.      Quanto
ao pedido de penhora de 30% sobre a remuneração lÃ-quida do executado, é importante destacar que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
celeridade processual e amplo acesso dos autos para as partes e seus procuradores, proceda-se a
digitalização do feito, migrando-o para o PJE.      Após a migração dos autos para o sistema
PJE, intime-se a parte exequente para requerer o que entender de direito, sob pena de arquivamento do
feito, nos termos do art. 921, § 2º, do Código de Processo Civil.      Intime-se. Cumpra-se.  Â
    Belém, 25 de novembro de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª
Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 00287705520138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 29/11/2021 EXECUTADO:AMAZONIA CONSTRUTORA LTDA
Representante(s): OAB 9117 - ROBERTO TAMER XERFAN JUNIOR (ADVOGADO) OAB 19047 - RAUL
YUSSEF CRUZ FRAIHA (ADVOGADO) EXECUTADO:DELCI FRANCISCA REMOR
EXECUTADO:PEDRO VALDIR REMOR AUTOR:FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS
CREDITORIOS PADRONIZADOS PCG BRASIL MULTICARTEIRA Representante(s): OAB 89774 -
ACACIO FERNANDEZ ROBOREDO (ADVOGADO) . Processo nº:  0028770-55.2013.8.14.0301
Exequente: Â FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS PADRONIZADOS PCG
BRASIL MULTICARTEIRA Executado:  AMAZONIA CONSTRUTORA LTDA e outros      Â
DECISÃO       Vistos, etc.       Trata-se de execução de tÃ-tulo extrajudicial.     Â
 A parte exequente peticionou requerendo penhora via SISBAJUD e consulta ao sistema RENAJUD e
INFOJUD (fl. 54). Â Â Â Â Â Â Era o que tinha a relatar. Passo a decidir. Â Â Â Â Â Tendo em vista que
foram extintos os embargos à execução, passo a analisar o pedido de bloqueio via SISBAJUD e
consulta ao sistema RENAJUD e INFOJUD, requerido na petição de fl. 54.      No que concerne
a penhora eletrônica, assim dispõe o Código de Processo Civil: ¿Art. 854. Para possibilitar a penhora
de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar
ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema
eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponÃ-veis
ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na
execução¿. (grifo nosso).       Nessa lógica, verificado o débito, impõe-se o deferimento
do pedido e a consulta aos sistemas disponibilizados ao Poder Judiciário a fim de proceder à penhora
eletrônica. Destaca-se, ainda, que o bloqueio prescinde, inclusive, de esgotamento de meio extrajudiciais,
conforme se verifica de entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no
Tema/Repetitivo nº 425, o qual dispõe: A utilização do Sistema BACEN-JUD, no perÃ-odo posterior Ã
vacatio legis da Lei 11.382/2006 (21.01.2007), prescinde do exaurimento de diligências extrajudiciais, por
parte do exequente, a fim de se autorizar o bloqueio eletrônico de depósitos ou aplicações
financeiras.      Desse modo e em observância aos princÃ-pios da economia processual,
efetividade da prestação jurisdicional, duração razoável do processo, bem como considerando o
que dispõe o Código de Processo Civil sobre a matéria e, notadamente, a ordem preferencial de
penhora exarada no art. 835 do diploma processual, procedo a tentativa de constrição de valores em
desfavor de AMAZONIA CONSTRUTORA LTDA (CNPJ nº 09.263.723/0001-58), DELCI FRANCISCA
REMOR (CPF nº 189.332.111-87) e PEDRO VALDIR REMOR (CPF nº 221.114.179-04) no valor de R$
196.980,47 (cento e noventa e seis mil, novecentos e oitenta reais e quarenta e sete centavos). Â Â Â Â Â
Considerando a possibilidade de a penhora online não lograr êxito ou ser insuficiente para adimplir o
débito, procedo a tentativa de bloqueio via sistema RENAJUD, destacando que essa medida é
perfeitamente possÃ-vel para adimplir o débito. De fato, nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL.
ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÃÃO FISCAL. RESTRIÃÃO
DE CIRCULAÃÃO DE VEÃCULO. RENAJUD. POSSIBILIDADE. 1. O Superior Tribunal de Justiça possui
precedentes favoráveis à possibilidade de restrição de circulação de veÃ-culo, por via do sistema
RENAJUD, para viabilizar a localização e apreensão do bem, a fim de que seja realizada a penhora e
a consequente satisfação do crédito exequendo. Nesse sentido, as seguintes decisões
monocráticas: REsp 1.669.427/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, DJe 9/6/2017; AREsp
1.165.070/MG, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, DJe 7/11/2017; AREsp 1.076.857/MG, Rel. Ministro
Luis Felipe Salomão, DJe 5/5/2017; AREsp 1.071.742/MG, Rel. Ministra Isabel Gallotti, DJe 18/4/2017;
AREsp 1.062.167/MG, Rel. Ministro Antonio Carlos Ferreira, DJe 5/9/2017; e AREsp 1.155.900/MG, Rel.
Ministro Moura Ribeiro, DJe 2/10/2017. 2. Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no REsp
1678675/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/03/2018, DJe
13/03/2018) (grifo nosso). PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO
ESPECIAL. EXECUÃÃO FISCAL. RESTRIÃÃO DE CIRCULAÃÃO DE VEÃCULO. RENAJUD.
POSSIBILIDADE. 1. O Superior Tribunal de Justiça possui precedentes favoráveis à possibilidade de
restrição de circulação de veÃ-culo, por via do sistema Renajud, para viabilizar a localização e
apreensão do bem, a fim de que seja realizada a penhora e a consequente satisfação do crédito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
exequendo. 2. Agravo Interno não provido. (AgInt no REsp 1820182/PR, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/10/2019, DJe 18/10/2019) (grifo nosso). Â Â Â Â Â Â Fica
a parte exequente advertida, desde já, que não sofrerão constrição veÃ-culos alienados
fiduciariamente ou já gravados com créditos preferenciais.       Logrando êxito as medidas
constritivas, intime-se imediatamente a parte executada, por meio de seu procurador devidamente
habilitado, na forma do art. 854, §2º, do Código de Processo Civil, ficando desde já ciente de que o
silêncio importará em anuência em relação a constrição.       No que concerne ao pedido
de consulta ao sistema INFOJUD, destaca-se que a jurisprudência pátria estende o entendimento
acerca do SISBAJUD ao INFOJUD, que pode ser consultado a fim de localizar bens passÃ-veis de penhora
do devedor. (STJ-1128657) PROCESSO CIVIL E TRIBUTÃRIO. EXECUÃÃO FISCAL. UTILIZAÃÃO DO
SISTEMA INFOJUD. ESGOTAMENTO DOS MEIOS DE LOCALIZAÃÃO DE BENS DO DEVEDOR.
DESNECESSIDADE. EFETIVIDADE DA EXECUÃÃO. I - O Superior Tribunal de Justiça firmou
jurisprudência de que o entendimento adotado para o BACENJUD deve ser estendido para o sistema
INFOJUD, como meio de prestigiar a efetividade da execução, não sendo necessário o exaurimento
de todas as vias extrajudiciais de localização de bens do devedor para a utilização do sistema de
penhora eletrônica. Precedentes: AgInt no REsp nº 1.636.161/PE, Rel. Ministra Regina Helena Costa,
Primeira Turma, DJe 11.05.2017 e REsp nº 1.582.421/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda
Turma, DJe 27.05.2016. II - Agravo em recurso especial conhecido para dar provimento ao recurso
especial. (Agravo em Recurso Especial nº 1.376.209/RJ (2018/0252459-5), 2ª Turma do STJ, Rel.
Francisco Falcão. DJe 13.12.2018) (grifo nosso). PROCESSUAL CIVIL. SISTEMA INFOJUD.
ESGOTAMENTO DE DILIGÃNCIAS. DESNECESSIDADE. 1. O posicionamento da Corte de origem
destoa da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema. à desnecessário o
esgotamento das diligências na busca de bens a serem penhorados a fim de autorizar-se a penhora on-
line (sistemas Bacen-jud, Renajud ou Infojud), em execução civil ou fiscal, após o advento da Lei n.
11.382/2006, com vigência a partir de 21.1.2007. Precedentes: REsp 1.582.421/SP, Rel. Min. Herman
Benjamin, Segunda Turma, DJe 27.5.2016; REsp 1.667.529/RJ, Min Rel. Herman Benjamin, Segunda
Turma, Dje 29.6.2017. 2. Agravo conhecido para dar provimento ao Recurso Especial e permitir a
utilização do sistema Infojud independentemente do esgotamento de diligências. (AREsp 1528536/RJ,
Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/11/2019, DJe 19/12/2019) (grifo
nosso).       Assim, considerando que até o momento não existem bens garantindo o juÃ-zo, na
hipótese de as medidas anteriores não lograrem êxito, defiro o pedido da parte exequente para a
quebra do sigilo fiscal da parte executada AMAZONIA CONSTRUTORA LTDA (CNPJ nº
09.263.723/0001-58), DELCI FRANCISCA REMOR (CPF nº 189.332.111-87) e PEDRO VALDIR REMOR
(CPF nº 221.114.179-04), com consulta às últimas 03 declarações de imposto de renda (protocolo
em anexo), sendo que A PARTIR DESTA DATA DETERMINO QUE SOMENTE AS PARTES E SEUS
ADVOGADOS TENHAM ACESSO AOS AUTOS (CONSULTA E CARGA), VEDADO A QUAISQUER
OUTRAS PESSOAS, SE FRUTÃFERO O RESULTADO. ISTO PORQUE HÃ INFORMAÃÃES
PROTEGIDAS POR SIGILO FISCAL. PROCEDA-SE, A SECRETARIA JUDICIAL, A INDICAÃÃO
OSTENSIVA DO SIGILO NO PROCESSO, POR MEIO DE ETIQUETA.       No que concerne à s
custas processuais, determino o seu recolhimento após a prática dos atos, tendo em vista que o próprio
Código de Processo Civil, no caput do art. 854, admite que as tentativas de constrição sejam
realizadas sem a ciência prévia do executado - o que inevitavelmente se daria, caso houvesse
intimação para o pagamento de despesas. Trata-se, tão somente, de medida que visa conferir
efetividade às medidas.       Não obstante a prática dos atos antes do recolhimento das
despesas processuais, fica a parte exequente intimada para o pagamento das custas processuais
referentes às diligências deferidas, bem como as eventualmente pendentes, no prazo de 10 (dez) dias,
ficando desde já advertido de que o pagamento é condição de eficácia das medidas e análise de
novos pedidos. Â Â Â Â Â Â Caso as tentativas anteriores restem infrutÃ-feras, aplico os efeitos do art. 921,
§2º, do Código de Processo Civil, suspendendo a execução pelo prazo de 1 (um) ano para que a
parte exequente indique bens do executado à penhora, sob pena de arquivamento do feito.      Â
Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 18 de novembro de 2021. Augusto César da Luz
Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO:
00303379220118140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o: Petição Cível em: 29/11/2021 EXEQUENTE:BANCO
DA AMAZÔNIA S/A Representante(s): OAB 1788 - LUIZ PAULO SANTOS ALVARES (ADVOGADO)
EXECUTADO:COMERCIAL RIO PARÁ LTDA Representante(s): OAB 14045 - JOAO LUIS BRASIL
BATISTA ROLIM DE CASTRO (ADVOGADO) EXECUTADO:JORGE LUIS DE ALMEIDA GOMES
EXECUTADO:ELIETE CONCEIÇÃO CARVALHO DA SILVA GOMES. Processo nº  0030337-
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vistas a possibilitar a análise dos autos de forma adequada, bem como garantir maior celeridade
processual e amplo acesso dos autos para as partes e seus procuradores, proceda-se a digitalização
do feito, migrando-o para o PJE. Â Â Â Â Â Â Analisando-se os autos, verifica-se que no ano de 2012 foi
deferida perÃ-cia contábil (fl. 303), contudo até o presente momento não foi realizada .      Â
Todavia, trata-se de revisional de contrato, cuja matéria já está sedimentada em sede de recurso
repetitivo do Superior Tribunal de Justiça, além de ser matéria sumulada.       Assim, em
virtude disso, bem como diante do lapso temporal, e após a migração dos autos para o sistema PJE,
intime-se a parte autora para se manifestar sobre a necessidade da realização de perÃ-cia, haja vista
que se trata de matéria de direito sedimentada em sede de recursos repetitivos do STJ, no prazo de 15
(quinze) dias.            Saliente-se que na hipótese de interesse na produção da prova
pericial, a parte autora deve especificar o objeto da perÃ-cia contábil, justificando a necessidade destas
para o resultado útil do processo.       Quanto ao pedido de justiça gratuita, deve a parte autora
efetuar a juntada das suas últimas declarações de imposta de renda, a fim de que comprove a sua
condição de hipossuficiência econômica, sob pena de indeferimento.       Intime-se. Cumpra-
se.       Belém, 25 de novembro de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da
6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 00518230820008140301 PROCESSO ANTIGO:
200010273818 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ
CAVALCANTE A??o: Consignação em Pagamento em: 29/11/2021 ADVOGADO:FABIO COMECANHA
DE LIMA ADVOGADO:JOSE MARIA CASTRO CASTILHO REU:CONSTRUTORA ENGENHARQ LTDA.
Representante(s): JOSE RAIMUNDO FARIA CANTO (ADVOGADO) AUTOR:AILTON NERI
Representante(s): OAB 12571 - CARLOS CEZAR FARIA DE MESQUITA FILHO (ADVOGADO) OAB
14106 - THIAGO AUGUSTO OLIVEIRA DE MESQUITA (ADVOGADO) OAB 16275 - WALTER COSTA
JUNIOR (ADVOGADO) JOSE MARIA CASTRO CASTILHO (ADVOGADO) . R. H. 1. Intime-se as partes,
por seus procuradores, para requerem o que de direito, notadamente quando este juÃ-zo já deferiu a
expedição de alvará às fls. 124. 2. Digitalizem-se os autos, migrando-os para o PJE. Belém, 26 de
novembro de 2021. AUGUSTO CÃSAR DA LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém PROCESSO: 01106319220158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Processo de Conhecimento em: 29/11/2021 AUTOR:BEALIGIA DOS SANTOS BAIMA Representante(s):
OAB 1283 - FERNANDO DA SILVA GONÇALVES (ADVOGADO) OAB 19044 - JOAO PAULO DE KOS
MIRANDA SIQUEIRA (ADVOGADO) OAB 23221 - MANUEL ALBINO RIBEIRO DE AZEVEDO JUNIOR
(ADVOGADO) REU:WALTER COSTA REU:JOSE ALVES DE OLIVEIRA Representante(s): OAB 17520 -
CAMILLA TAYNA DAMASCENO DE SOUZA (ADVOGADO) REU:MARIA RITA CORREA DE OLIVEIRA
Representante(s): OAB 17520 - CAMILLA TAYNA DAMASCENO DE SOUZA (ADVOGADO)
REPRESENTANTE:DOMINGOS MARTINS Representante(s): OAB 17520 - CAMILLA TAYNA
DAMASCENO DE SOUZA (ADVOGADO) ENVOLVIDO:COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO E
ADMINISTRACAO DA AREA METROPOLITA DE BELEM CODEM Representante(s): OAB 16544 - IGOR
NOVOA DOS SANTOS VELASCO AZEVEDO (ADVOGADO) INTERESSADO:MUNICIPIO ANANINDEUA
PR EFEITURA Representante(s): OA B 2 0 1 4 5 - F RA NCI L I O A NT O NI O G UE DE S N E T O
(PROCURADOR(A)) OAB 6046 - SEBASTIAO PIANI GODINHO (PROCURADOR(A)) . Processo nº: Â
0110631-92.2015.8.14.0301 Autor:   BEALIGIA DOS SANTOS BAIMA Réu:   JOSE ALVES DE
OLIVEIRA e outros DESPACHO       Pois bem, considerando o cronograma de digitalização
dos processos fÃ-sicos instituÃ-do por este Tribunal, com vistas a possibilitar a análise dos autos de forma
adequada, bem como garantir maior celeridade processual e amplo acesso dos autos para as partes e
seus procuradores, proceda-se a digitalização do feito, migrando-o para o PJE.      Â
Analisando-se os autos, verifica-se que a presente ação tem como objeto a declaração de nulidade
de registro e usucapião do imóvel.       Todavia, tratam-se de procedimentos diferentes e
incompatÃ-veis, haja vista que a ação de usucapião é um procedimento especial com rito
especÃ-fico.       Diante disso, após a migração dos autos para o sistema PJE, intime-se a
parte autora para se manifestar acerca da incompatibilidade dos ritos, no prazo de 15 (quinze) dias, nos
termos do arts. 9º e 10, ambos do CPC.       Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 25 de
novembro de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial
de Belém PROCESSO: 02172501220168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 29/11/2021 REQUERENTE:BANCO BRADESCO SA
Representante(s): OAB 21573 - SYDNEY SOUSA SILVA (ADVOGADO) OAB 2455-A - MAURO PAULO
GALERA MARI (ADVOGADO) OAB 128341 - NELSON WILIANS FRANTONI RODRIGUES (ADVOGADO)
REQUERIDO:ADADE COMERCIO VAREJISTA DE EQUIPAMENTOS DE GINA REQUERIDO:PEDRO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos¿.            Dessa maneira, certo que a
responsabilidade do transportador é, via de regra, objetiva. Assim, para que o passageiro receba
indenização, deve provar que a incolumidade não lhe foi garantida, que o dano ocorreu, que o
acidente se deu durante o transporte e que há nexo de causalidade entre o dano e o transporte.
Entretanto, há exceções.            Pelas disposições do Código Civil de 2002 e do
Código de Defesa do Consumidor, percebe-se que são causas excludentes da responsabilidade civil do
transportador: caso fortuito ou força maior (art. 734, CC e § 3º, art. 14, CDC), fato causado por
terceiro (art. 735, CC) ou culpa exclusiva da vÃ-tima (art. 738, CC), e, ainda, a inexistência do dano (§
3º, art. 14, CDC).            O caso fortuito é classificado em interno e externo.
Sucintamente, por fortuito interno entende-se aquele decorrente da realização da atividade regular da
empresa, se relaciona com os riscos naturais da atividade e, por outro lado, o fortuito externo, no qual se
enquadra o roubo, é aquele totalmente alheio à organização da empresa e suas atividades.    Â
       O fortuito externo, ao contrário do interno, afasta a responsabilidade do transportador, por
ser estranho à atividade desenvolvida pela empresa.            Nesse sentido:
RECLAMANTE: VIAÃÃO VILA RICA LTDA ADVOGADO: ROSELI MARTINS XAVIER PINTO E OUTRO
(S) RECLAMADO: QUARTA TURMA RECURSAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO INTERES.:
MAURO ZYLBERT ADVOGADO: MAURO ZYLBERT (EM CAUSA PRÃPRIA) EMENTA RECLAMAÃÃO.
RESOLUÃÃO STJ Nº 12/2009. DIVERGÃNCIA ENTRE ACÃRDÃO DE TURMA RECURSAL ESTADUAL
E A JURISPRUDÃNCIA DO STJ. RESPONSABILIDADE CIVIL. ASSALTO NO INTERIOR DE ÃNIBUS
COLETIVO. CASO FORTUITO EXTERNO. EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE DA EMPRESA
TRANSPORTADORA. MATÃRIA PACIFICADA NA SEGUNDA SEÃÃO. 1. A egrégia Segunda Seção
desta Corte, no julgamento das Reclamações nº 6.721/MT e nº 3.812/ES, no dia 9 de novembro de
2011, em deliberação quanto à admissibilidade da reclamação disciplinada pela Resolução nº
12, firmou posicionamento no sentido de que a expressão "jurisprudência consolidada" deve
compreender: (i) precedentes exarados no julgamento de recursos especiais em controvérsias
repetitivas (art. 543-C do CPC) ou (ii) enunciados de Súmula da jurisprudência desta Corte. 2. No caso
dos autos, contudo, não obstante a matéria não estar disciplinada em enunciado de Súmula deste
Tribunal, tampouco submetida ao regime dos recursos repetitivos, evidencia-se hipótese de teratologia a
justificar a relativização desses critérios. 3. A jurisprudência consolidada neste Tribunal Superior, há
tempos, é no sentido de que o assalto à mão armada dentro de coletivo constitui fortuito a afastar a
responsabilidade da empresa transportadora pelo evento danoso daÃ- decorrente para o passageiro. 4.
Reclamação procedente. (RECLAMAÃÃO Nº 4.518 - RJ - 2010/0134714-4 RELATOR: MINISTRO
RICARDO VILLAS BÃAS CUEVA) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim, como se observa, em casos tais firmou
entendimento de que o roubo de pertences dos passageiros em viagens é, em regra, considerado
fortuito externo, dessa maneira, algo que é alheio ao desempenho de suas atividades, sendo um caso
fortuito impossÃ-vel de ser evitado.            O problema é de segurança pública e não
pode ser transferido ao transportador, sendo inexigÃ-vel ou colocar seguranças em todos os ônibus a fim
de evitar os assaltos.            Dessa maneira, a regra é da irresponsabilidade civil do
transportador quanto à ocorrência de assaltos em ônibus, pelo que julgo improcedentes os pedidos.  Â
       Com base no exposto, JULGO TOTALMENTE IMPROCEDENTE A AÿO COM
RESOLUÃÃO DE MÃRITO. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Condeno o autor ao pagamento de custas, despesas
processuais e honorários advocatÃ-cios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação,
das quais está isenta por força do art. 98, §3º, do CPC.             Publique-se.
Registre-se. Intime-se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transitado em julgado, arquivem-se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
  Belém, 23 de novembro de 2021. ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO Juiz de Direito da 7ª
Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 00162884220038140301 PROCESSO ANTIGO:
200310266207 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO CEZAR OLIVEIRA
MONTEIRO A??o: Cumprimento de sentença em: 23/11/2021 INTERESSADO:REGINA LIMA FAVACHO
Representante(s): OTAVIO MARQUES DE LIMA (ADVOGADO) INTERESSADO:RITA DE CASSIA LIMA
FAVACHO Representante(s): OTAVIO MARQUES (ADVOGADO) INTERESSADO:IRACLIDE LIMA
FAVACHO Representante(s): OAB 17723 - GLEIDSON ALVES PANTOJA (ADVOGADO)
INTERESSADO:IVONALDO LIMA FAVACHO Representante(s): OAB 17723 - GLEIDSON ALVES
PANTOJA (ADVOGADO) OAB 18078 - RAFAELA CORREA GASPAR (ADVOGADO)
INVENTARIANTE:ROSANGELA LIMA FAVACHO INTERESSADO:IVANILDO LIMA FAVACHO
Representante(s): OAB 12815 - RAPHAEL AUGUSTO CORREA (ADVOGADO) OAB 1847 - PEDRO
PAULO DA SILVA CAMPOS (ADVOGADO) OAB 12766 - KAUE OSORIO AROUCK (ADVOGADO)
INTERESSADO:FRANCISCO PAULO PIRES BESERRA Representante(s): OAB 6445 - ADRIANA LUCIA
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acusaram, respondem processo de denunciação caluniosa, perante a 7ª Vara Criminal da Comarca
de Belém, sob o nº 0001414-18.2008.8.14.0401.          Que mesmo que tais
informações tenham sido desmascaradas, as pessoas acreditam no que lêem, pois a empresa possui
grande credibilidade no mercado da internet. E ainda, que diante dessa situação, o autor perdeu vários
contratos, como o contrato que ganharia no mÃ-nimo R$ 30.000,00 (trinta mil reais) no PARQUE
SHOPPING, no qual ingressou com ação perante a 10ª Vara Civel na Comarca de Belém sob nº
0067780-09.2013.8.14.0301, causando dano não só a vida pessoal do requerente, como também a
vida profissional, tornando sua vida financeira extremamente difÃ-cil. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Que o requerente
é autônomo, tem 2 filhas menores para sustentar e com a impossibilidade de fechar contratos, o
impossibilita até de pensionar suas filhas, já que hoje se encontra separado de sua mulher. Diante de
toda exposição do autor, não restou outra alternativa a não ser ingressar com a presente ação.Â
         Requereu a procedência da ação para que o réu seja condenado ao pagamento
de indenização no valor de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), à tÃ-tulo de danos
morais; para que o requerido seja obrigado a retirar definitivamente da internet todas as difamações
imputadas à pessoa do promovente no mais curto espaço de tempo possÃ-vel da Internet.       Â
  Juntou os documentos de fls. 17/129.          Despacho de fls. 131 deferindo os
benefÃ-cios da justiça gratuita.          Juntada de AR de fls. 132/133 requerido não fora
devidamente citado, motivo "mudou-se".          Petição do requerente de fls. 135/136
requerendo busca no site interno INFOCENTRO, a fim de descobrir o endereço da requerida.     Â
    Despacho de fls. 137 deferindo a pesquisa on-line, via BACENJUD para localização do
endereço do réu.          Pesquisa on-line, via BACENJUD, de fls. 138/139.       Â
  Petição do requerente de fls. 141/159 reiterando juntada de provas novas robustecendo a ação.
         Despacho de fls. 160 intimando a parte autora para manifestar interesse no
prosseguimento do feito, devendo informar o endereço atualizado do réu.         Â
Petição do requerente de fls. 161/162 informando que o autor possui interesse no prosseguimento do
feito e requerendo pesquisa INFOSEG para identificar os dados do réu.          Despacho de
fls. 163 determinando a pesquisa on-line, via INFOJUD, para localização do endereço do réu.   Â
      Pesquisa on-line, via BACENJUD de fls. 164/166.          Petição do
requerente de fls. 168 requerendo que o réu seja citado no endereço encontrado pela pesquisa
INFOSEG.          Petição do requerente de fls. 170/171 requerendo que sejam expedidos
novos mandados de intimação por precatória em todos os endereços encontrados pela pesquisa
INFOSEG.          Despacho de fls. 172 determinando a citação do réu no endereço
informado às fls. 170, item 01. Por fim, designou audiência de conciliação para o dia 16.05.2018 à s
11:30 horas.          Termo de audiência de fls. 173 restou infrutÃ-fera a tentativa de
conciliação, face a ausência da parte ré, não citada.          Mandado de citação de
fls. 177 intimando a requerida para comparecer a audiência de conciliação designada nos autos para o
dia 18.09.2018 à s 11:30 horas.          Contestação à s fls. 178/186, instruÃ-da com os
documentos de fls.187/190. Preliminarmente, suscitou a ilegitimidade da Google em relação ao pedido
de remoção de conteúdo da rede social Facebook; a ausência de interesse de agir da pretensão
voltada à ferramenta de buscas. No mérito, alegou os provedores de busca na internet e a orientação
jurisprudencial sobre o tema; a necessidade de indicação de URLs especÃ-ficas cuja desindexação
é pretendida; a prescrição da pretensão indenizatória; a ausência de responsabilidade civil da
Google e ausência de dano moral; a impossibilidade de condenação da Google ao ônus de
sucumbência.          Juntada de AR de fls. 191- A requerida fora devidamente citada.   Â
      Termo de audiência de fls. 191 restou infrutÃ-fera a conciliação, face a ausência de
acordo.          Réplica às fls. 198/203.          Despacho de fls. 204 intimando
as partes para que especifiquem as provas que ainda pretendem produzir em eventual audiência de
instrução e julgamento.          Petição do requerido de fls. 205/206 informando que
não possui interesse na produção de outras provas.          Petição do requerente de
fls. 208/252 em resposta a petição do requerido de fls. 205/206.          à o relatório.   Â
      DECIDO          Trata-se de AÃÃO DE REPARAÃÃO POR DANOS MORAIS.  Â
       O processo comporta o julgamento antecipado do pedido, nos termos do art. 355, inciso I
do Código de Processo Civil - CPC.          Compulsando os autos, verifico que não houve
inversão do ônus da prova, pelo que cabia à parte autora fazer prova de suas alegações.     Â
    Da preliminar de ilegitimidade passiva:          A Ré alegou que o Requerente
pretende remover conteúdo da Rede Social Facebook não disponÃ-vel no site da Ré, mas sim em site
hospedado por terceiros. Alega que as informações disponÃ-veis em seu site já se encontram na
internet, o que limita as suas atividades à aglutinação do conteúdo, de maneira que não figura como
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responsável pelos resultados das buscas realizadas em nome do Autor nem têm condições
técnicas de retirar tal conteúdo do mundo virtual. Defende, pois, a ausência de pertinência subjetiva
para ocupar o polo passivo da demanda. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Merece acolhimento tal preliminar. Â Â Â Â Â
    A legitimidade da parte, ao lado do interesse de agir, constitui uma das condiç¿ões para o
legÃ-timo exercÃ-cio do direito de ação, isto é, um dos requisitos para que o processo possa ser
consuzido a um provimento final.          Trata-se da ¿pertinência subjetiva da lide¿, no
dizer de Liebman, caracterizada pela necessidade da presença das pessoas, que, em tese, devem
figurar nos polos da relação processual, de modo a permitir um julgamento de mérito.       Â
  Ao afirmar em juÃ-zo a existência de uma relação jurÃ-dica, o demandante deve indicar os sujeitos
dessa relação, com a cautela de formar o polo passivo corretamente, sob pena de não se alcançar
um provimento final de mérito.          Consoante a Teoria da Asserção, o autor indica em
face de quem deveria a demanda ser deflagrada; contra quem deveria sujeitar-se à exigência de
subordinação do direito que postula.          Desta forma, implica que a relação
processual se concretize em razão da aferição das condiç¿ões da ação por análise
perfunct¿ria do juÃ-zo sem adentrar ao mérito da causa.          No caso dos autos, alegou
o autor que a ré, provedora de busca, seria capaz de promover a exclusão das informaç¿es
prejudiciais das buscas realizadas em seu sÃ-tio eletrônico. Contudo, o autor narra na exordial que foi
difamado e caluniado na rede social FACEBOOK, conforme documentos à s fls.124/128.        Â
 Ademais, cumpre ressaltar que a requerida GOOGLE BRASIL INTERNET LTDA, cnpj sob nº
06.990.590/0001-23, é pessoa jurÃ-dica distinta da empresa FACEBOOK SERVIÃOS ONLINE DO
BRASIL LTDA, cnpj sob nº 13.347.016/0001-17, atuando apenas como provedora de aplicações de
internet, não tendo qualquer relação com a referida empresa.          Deste modo,
ACOLHO a preliminar de ilegitimidade passiva da Ré.          Isto posto, ante a ausência de
pressupostos de desenvolvimento regular do processo, JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM
RESOLUÃÃO DO MÃRITO, nos termos do art. 485, VI do CPC. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Condeno o autor
ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatÃ-cios que fixo em 10% (dez por
cento) sobre o valor da condenação, das quais está isenta por força do art. 98, §3º, do CPC.  Â
 Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.    Belém, 23 de novembro de 2021. ROBERTO
CÃZAR OLIVEIRA MONTEIRO Juiz de Direito da 7ª Vara CÃ-vel da Capital PROCESSO:
00011251620178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO A??o: Procedimento Comum Cível em: 24/11/2021
AUTOR:ANA CRISTINA TEIXEIRA MACÊDO AUTOR:LEANDRO TEIXEIRA MACEDO Representante(s):
OAB 10160 - LEANDRO JOSE PEREIRA MACEDO (ADVOGADO) OAB 22717 - PAMELA DESYREE
FARIAS GONÇALVES (ADVOGADO) REU:TAM LINHAS AEREAS Representante(s): OAB 21074-A -
FABIO RIVELLI (ADVOGADO) . SENTENÃA  Vistos            ANA CRISTINA TEIXEIRA
MACÃDO e LEANDRO TEIXEIRA MACEDO ingressaram com ação cÃ-vel de indenização por danos
morais e materiais contra TAM LINHAS AÃREAS S/A. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Narra a inicial que a primeira
autora celebrou contrato de transporte aéreo de passageiros com a Requerida, por meio do qual adquiriu
03 (três) passagens aéreas, para si e para os seus 02 (dois) filhos, referentes ao voo JJ 8077 (partida
do Aeroporto Internacional de Miami às 05:55h do dia 05 de janeiro de 2017 e chegada no aeroporto de
Manaus às 12:05h do dia 05 de janeiro de 2017 e voo JJ4766 (partida do Aeroporto Internacional de
Manaus às 13:41h e chegada no Aeroporto Internacional de Belém às 16:41h do dia 05 de janeiro de
2017). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Informa que o custo total das passagens correspondeu a 13.700 (treze mil e
setecentos) pontos e R$ 13.633,38 (treze mil, seiscentos e trinta e três reais e trinta e oito centavos),
valor dividido em 05 (cinco parcelas).            Destacou que, segundo as orientações
para embarque lançadas no comprovante de compra de passagens, para embarque internacional, os
passageiros devem apresentar-se no aeroporto com três horas de antecedência ao horário de
decolagem do voo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Aduzem que o voo atrasou de forma injustificada e os autores
somente conseguiram embarcar após as 12:00h no horário local, após quase 10 (dez) horas de espera
cansativa e angustiante no aeroporto estrangeiro, sem que os funcionários da Requerida prestassem
quaisquer informações, pois nem sequer sabiam informar se o voo decolaria ou a que horas o faria,
visto que não havia tripulação disponÃ-vel, causando transtornos e preocupações aos passageiros.
           Aduzem que a Requerida abandonou os autores à própria sorte, não fornecendo
hospedagem, obrigando o segundo Autor a dormir nos desconfortáveis assentos do Aeroporto
Internacional de Miami enquanto aguardava o embarque. Aduzem que a Requerida não forneceu
alimentação adequada durante todo o tempo de espera. Ãs 05:00h no horário local a Requerida
custeou 01 (um) lanche para cada autor. Ãs 10:00h no horário local, quando o voo já contava mais de 04
horas de atraso, a primeira autora não teve alternativa senão realizar gastos com alimentação do
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próprio aeroporto, no valor total de U$$ 13,84, o referido valor convertido em real totaliza o valor de R$
3,19 (três reais e dezenove centavos) resulta em prejuÃ-zo material de R$ 44,15 (quarenta e quatro reais
e quinze centavos); Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Alegam que, ao longo de todo o voo, somente foi fornecido aos
passageiros 01 pão com queijo e presunto e bebida, sendo que embarcaram no Aeroporto de Manaus
por volta de 18:30h do dia 05 de janeiro de 2017, sem ainda terem almoçado. Aduzem que a Requerida
alocou os Autores no TropÃ-cal Eco Resort na cidade de Manaus e forneceu jantar, porém não forneceu
quaisquer bebidas, causando novo prejuÃ-zo à Autora, que foi obrigada a pagar R$ 13,00 (treze reais) ao
deixar o aludido estabelecimento. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Relatam que somente no dia 06 de janeiro de
2017 os autores foram alocados no voo JJ 4766, que partiu do Aeroporto Internacional de Manaus por
volta das 14:00h e chegou ao Aeroporto Internacional de Belém por volta das 16:41h. Narram que, no
aeroporto de Manaus, a Ré não ofereceu almoço, obrigando a primeira Autora a efetuar despesa de
R$ 81,00 (oitenta e um reais) para a sua alimentação e de seus filhos.           Â
Sustentam ainda a caracterização de danos morais, uma vez que permaneceram longo perÃ-odo
aguardando o inÃ-cio de sua viagem, cujo atraso total chegou a 24 (vinte e quatro horas), ultrapassando os
limites do razoável, fazendo com que se sentissem humilhados e desprezados enquanto clientes e
consumidores, sofrendo grave dor e sofrimento psicológico.            Requerem a
gratuidade de justiça.             Requerem a procedência da ação para condenar a
Ré ao pagamento de indenização pelos danos materiais no valor total de R$ 138,15 (cento e trinta e
oito reais e quinze centavos) com correção monetária e juros de mora desde a citação; requerem a
condenação da Ré ao pagamento de danos morais no valor de R$ 27.266,76 (vinte e sete mil,
duzentos e sessenta e seis reais e setenta e quatro centavos), com correção monetária desde o
arbitramento e juros de mora desde a citação.            Juntou documentos (fls. 23/48). Â
          Despacho de fls. 49, deferindo a gratuidade e determinando a citação da Ré,
com a designação de audiência de conciliação.            Juntada da certidão de
citação da Ré em fls. 51.            Contestação juntada em fls. 52/57.       Â
    A Ré alega que, embora o atraso sofrido no voo de Ida da parte autora, teria prontamente
observado o disposto na Resolução 141/2010 da ANAC, tendo realocado os passageiros, propiciandoÂ
chegada ao destino pretendido, a fim de evitar quaisquer prejuÃ-zos. Aduz ter cumprido sua obrigação
de realocar os passageiros em voo próximo, sendo certo que a viagem foi concluÃ-da da forma como
adquirida, cumprindo a Resolução nº. 141/2010 da ANAC. Sustenta que o atraso ocorreu em razão
da necessidade de readequação da malha aérea, exigências operacionais e tráfego aéreo,
determinadas por órgãos fiscalizadores competentes, de maneira que o atraso não partiu da vontade
da Ré.            Aduz que não há nexo causal entre a conduta da Ré e eventual dano
sofrido pela parte autora, bem como não há prova nos autos de qualquer evento que tenha causado
algo maior que um mero aborrecimento corriqueiro do convÃ-vio. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Requer a
improcedência da ação.            Termo de Audiência de Conciliação juntado em
fls. 62, no qual foi registrada a tentativa infrutÃ-fera de conciliação entre as partes. Este JuÃ-zo deliberou
que a autora apresentasse Réplica à contestação.            Réplica em fls. 63/75. Â
          Despacho de fls. 76, intimando as partes para especificarem as provas a serem ainda
produzidas.            Certificado em fls. 77 o decurso do prazo sem manifestação das
partes. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Despacho de fls. 80, intimando a parte autora para manifestar interesse no
prosseguimento do feito.            Petição da Autora em fls. 81, requerendo o
prosseguimento do feito. ,            Republicação do despacho em fls. 82.       Â
    Petição do Réu em fls. 85, requerendo o julgamento antecipado da lide.          Â
 Vieram os autos conclusos.            à o relatório.  Passo a decidir.  Não houve
preliminares.  Do mérito.  A princÃ-pio, cumpre registrar que estamos diante de uma relação de
consumo estabelecida entre as partes, haja vista a presença das figuras do consumidor e do fornecedor,
conforme arts. 2º e 3º do Código de Defesa do Consumidor - CDC, devendo incidir as regras do direito
consumerista ao caso sub judice.           No caso concreto, como se trata de caso afeto à s
normas de proteção do consumidor, eventual a responsabilidade do Réu é objetiva e não a
subjetiva prevista no CCB, nos termos do art. 12 e 14 do CDC, de maneira que é dever do fornecedor
de produtos e serviços indenizar pelos danos causados, independente de culpa.           Â
Em se tratando de responsabilidade objetiva, não se faz possÃ-vel discutir culpa para satisfazer o lesado.
Reconhece-se a desnecessidade de a vÃ-tima provar a culpa para obter a reparação do dano em
situações em que o exercitar um fato ou o realizar um serviço provocam riscos para os sujeitos que se
relacionam aos seus expedientes.            No contexto das relações consumeristas, ao
se contratar a prestação de um serviço, espera-se e confia-se (princÃ-pio da confiança) que o
serviço realizar-se-á da maneira adequada e condizente com o fim a que se destina - e esperado pela
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parte contratante.   No caso, o autor pleiteia danos morais e materiais em face da empresa aérea
TAM, em virtude de atraso do vôo Miami/Manaus/Belém.            A parte Ré admite
em sua contestação que houve atraso no voo de ida da parte autora, mas aduz ter observado o
disposto na Resolução 141/2010 da ANAC, tendo realocado os passageiros e propiciado a chegada ao
destino pretendido, a fim de evitar quaisquer prejuÃ-zos. Aduz ter cumprido sua obrigação de realocar
os passageiros em voo próximo, sendo certo que a viagem foi concluÃ-da da forma como adquirida,
cumprindo a Resolução nº. 141/2010 da ANAC.            Todavia, a Ré não
apresentou impugnação especÃ-fica quanto ao horário em que ocorreram tanto o embarque dos
Autores no Aeroporto de Miami e como a chegada destes no aeroporto internacional de Belém/Pa. Logo,
são incontroversos os seguintes fatos alegados na Exordial: o atraso no embarque dos autores por mais
de seis horas no aeroporto estrangeiro e a chegada deles a seu destino final (Belém) com mais de 24
horas de atraso. Isso porque a chegada à Belém estava marcada para às 16:41 do dia 05 de janeiro de
2017, mas, em virtude do atraso ocorrido no Aeroporto Internacional de Miami, chegaram à capital
paraense às 16:41h do dia 06 de janeiro de 2021.            Ainda que se possa admitir que
o atraso da viagem decorreu de circunstâncias alheias à vontade do Réu, é certo que eventos tais
como o narrado nos autos se inserem no risco do empreendimento, de maneira que devem ser suportados
por aquele que realiza a atividade. No presente caso, os danos provocados pelo atraso nos voos devem
ser suportados pela companhia aérea, por se tratar de risco inerente ao serviço por ela disponibilizado
no mercado de consumo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Acrescente-se que se aplica ao caso a responsabilidade
objetiva. Comprovada a conduta, o dano e o nexo causal, caracterizado está o dever de indenizar.   Â
        No tocante aos danos materiais - consistentes nos valores efetivamente perdidos pelos
autores - houve comprovação desses gastos nos documentos de fls. 38-43 dos autos, os quais
perfazem a quantia de R$ 138, 15 (cento e trinta e oito reais e quinze centavos), despesas essas que
não foram impugnadas especificamente pela Ré, estando em consonância com aquelas usualmente
cobradas em aeroportos.            Não se pode transferir ao autor a responsabilidade por
despesas que somente foram realizadas por culpa exclusiva da empresa requerida. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Nessa linha, não existindo prova produzida pela Ré de que tenha arcado com as despesas
pretendidas, impõe-se a obrigação de restituir o valor desembolsado pela primeira demandante.   Â
   Quanto aos danos morais, oportuno o magistério de José de Aguiar Dias sobre o dano moral (in
¿Da Responsabilidade Civil¿, Forense, Tomo II, 4ª ed., 1960, pág. 775): ¿Ora, o dano moral é o
efeito não patrimonial da lesão do direito e não a própria lesão, abstratamente considerada. O
conceito de dano é único, e corresponde a lesão de direito.¿      No mesmo sentindo,
sobressai a lição do professor Carlos Alberto Bittar (in ¿Reparaço Civil por Danos Morais¿, RT,
1993, págs. 41 e 202) sobre a extensão jurÃ-dica dos danos morais ¿Qualificam-se como morais os
danos em razo da esfera da subjetividade, ou do plano valorativo da pessoa na sociedade, em que
repercute o fato violador, havendo-se, portanto, como tais aqueles que atingem os aspectos mais Ã-ntimos
da personalidade humana (o da intimidade e da consideração pessoal), ou o da própria valoraço da
pessoa no meio em que vive e atua (o da reputaço ou da consideração social)¿. ¿Na
concepção moderna da teoria da reparação de danos morais prevalece, de inÃ-cio, a orientaço de
que a responsabilidade do agente se opera por força do simples fato da violaço. Com isso, verificado o
evento danoso, surge, ipso facto, a necessidade da reparaço, uma vez presentes os pressupostos de
direito. Dessa ponderaço, emergem duas consequências práticas de extraordinária repercusso em
favor do lesado: uma, é a dispensa de análise da subjetividade do agente; outra, a desnecessidade de
prova do prejuÃ-zo em concreto¿.             Em se tratando de dano moral, tem-se que
o bem jurÃ-dico ofendido consiste na lesão a direitos da personalidade. Destarte, ofendem-se a dignidade
da pessoa humana, sua honra, sua reputação, seus sentimentos            Sabe-se que
é dever da companhia aérea prestar assistência e informação aos passageiros nos casos de
atrasos de mais de 04 (horas) e cancelamentos de voos, conforme previsão do parágrafo único do
artigo 231, que assim dispõe: Art. 231. Quando o transporte sofrer interrupção ou atraso em aeroporto
de escala por perÃ-odo superior a 4 (quatro) horas, qualquer que seja o motivo, o passageiro poderá optar
pelo endosso do bilhete de passagem ou pela imediata devolução do preço. Parágrafo único. Todas
as despesas decorrentes da interrupção ou atraso da viagem, inclusive transporte de qualquer
espécie, alimentação e hospedagem, correrão por conta do transportador contratual, sem prejuÃ-zo
da responsabilidade civil. (grifei)            No mesmo sentido o disposto na Resolução
141/2010 da Agência Nacional de Aviação Civil, ANAC:  Art. 14. Nos casos de atraso, cancelamento
ou interrupção de voo, bem como de preterição de passageiro, o transportador deverá assegurar
ao passageiro que comparecer para embarque o direito a receber assistência material. § 1º A
assistência material consiste em satisfazer as necessidades imediatas do passageiro, gratuitamente e de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
modo compatÃ-vel com a estimativa do tempo de espera, contados a partir do horário de partida
originalmente previsto, nos seguintes termos: I - superior a 1 (uma) hora: facilidades de comunicação,
tais como ligação telefônica, acesso a internet ou outros; II - superior a 2 (duas) horas: alimentação
adequada; III - superior a 4 (quatro) horas: acomodação em local adequado, traslado e, quando
necessário, serviço de hospedagem              A parte Requerida limitou-se a
argumentar genericamente que cumpriu todo o disposto na Resolução 141/2010 da ANAC. Mas não
fez prova de ter garantido alimentação adequada aos autores nem de ter acomodado os Autores em
local adequado, assegurando traslado. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Demonstrado o atraso significativo do
voo, fazendo com que os autores - sendo um deles menor púbere - esperarasse significativo tempo de
espera em aeroporto estrangeiro sem alimentação adequada, bem como ao fato de terem chegado no
destino de origem 24 horas além do previsto, devido ao atraso e à conexão no aeroporto de Manaus,
infere-se que tais circunstâncias são capazes de acarretar angustia, apreensão e ofensa à honra do
consumidor, o qual espera que o seu transportador cumpra rigorosamente os horários e itinerários
previstos contratualmente.              Com efeito, a Ré admite o atraso, mas não
comprova ter prestado assistência integral para satisfazer a necessidades imediatas dos Autores nem
prova a justificativa apresentada para o atraso ocorrido no voo. Por tais motivos, entendo que houve falha
na prestação do serviço por parte da ré a ensejar lesão ao patrimônio ideal dos autores.    Â
       A empresa aérea responde objetivamente por eventuais danos causados ao passageiro,
independentemente da comprovação do dolo ou culpa, conforme dispõe o art. 14 do Código de
Defesa do Consumidor, devendo assumir o risco decorrente de sua atividade e indenizar o autor pelos
danos materiais e morais sofridos.            Não se trata de simples descumprimento
contratual sem consequências à incolumidade psÃ-quica das vÃ-timas, ou mero incômodo incapaz de
ensejar indenização.             O dano moral, no caso, é de natureza in re ipsa, ou
seja, decorre das situações negativas às quais foi exposto o autor. Como é cediço, consiste na
violação de direitos da personalidade (honra, imagem, nome, integridade psÃ-quica, emocional) que
transcende à normalidade.             No caso, houve uma série de fatos que importaram,
reconheça-se, verdadeiros transtornos ao demandante, que o retirou da sua esfera de normalidade.  Â
          Nesse sentindo, colaciono o seguinte aresto que reconheceu o dever de a companhia
aérea indenizar o consumidor por danos morais em decorrência de longo atraso de voo: Direito do
Consumidor. Transporte Aéreo Doméstico. Atraso de Voo. Danos morais. Apelação desprovida. 1.
Ao transporte aéreo, aplicam-se as normas do CDC naquilo que não for colidente com a Convenção
de Montreal. 2. O atraso do voo que perdura por quase 6 horas, com a chegada ao destino durante a
madrugada são fatos que ultrapassam o mero aborrecimento, causando danos morais.3. Consumidores
idosos, que esperaram no saguão do aeroporto por longas horas, após o despacho das bagagens. 4.
Fortuito interno. Inexistência de excludente de antijuridicidade.5. Valor indenizatório adequado.6.
Apelação a que nega provimento.(0313965-37.2018.8.19.0001 - APELAÃÃO. Des(a). HORÃCIO DOS
SANTOS RIBEIRO NETO - Julgamento: 02/02/2021 - DÃCIMA QUINTA CÃMARA CÃVEL) Â Â Â Â Â Â Â
     Assim, conforme o julgado acima mencionado, deve-se apurar o dano moral à luz das
circunstâncias do caso concreto. Com efeito não há que se dizer que se trata de um ¿mero dissabor
da vida moderna¿ os fatos experimentados pelos autora. Ao contrário, a vida ¿moderna¿, como o
próprio nome sugere, pressupõe facilidades e não transtornos ao homem. Os recursos tecnológicos,
que avançam à velocidade estratosférica, surgem como instrumentos dispostos a agilizar, a facilitar, a
viabilizar a vida em sociedade. Todavia, se consentirmos em aceitar, apaticamente, os transtornos
gerados por esses 'facilitadores', então não há sentido em modernizar, e o melhor mesmo seria
retroceder ao medievo.             Então, existindo um ato abusivo, que, a teor do artigo
187 do Código Civil, gera ilicitude, surge o dever de indenizar.            Na fixação do
quantum trago a lição de Rui Stoco, página 1365. ¿Quando se cuida do dano moral, o fulcro do
conceito ressarcitório acha-se descolado para a convergência de duas forças: caráter punitivo para
que o causador do dano, pelo fato da condenação, se veja castigado pela ofensa que praticou; e o
caráter compensatório para vÃ-tima, que receberá uma soma que lhe proporcione prazeres como
contrapartida do mal sofrido¿.            Na fixação da indenização devida deve-se
levar em conta, ainda, a condição econômica da vÃ-tima e a situação econômica do causador do
dano, sendo que a situação econômica do causador do dano deve preponderar quando do
arbitramento do montante da indenização, de modo a que seja suficiente a coibir a prática danosa
restabelecendo-se a paz social.            Na hipótese sob exame, revelando-se
significativas ambas as funções compensatória e inibitória, bem como se levando em conta o longo
perÃ-odo de atraso e de espera suportado pelos autores, entendo que a indenização do dano moral
deve ser fixada em R$ 3.000,00 (Três mil reais) para cada Autor corrigidos nos termos da Súmula 362
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requereu sua exclusão do polo passivo. Por fim, foi determinado a exclusão da requerida
THYSSENKRUPP ELEVADORES S/A.          Petição da requerida ANA UNGER de fls.
160/162 apresentando rol de testemunhas.          Petição da requerente de fls. 163
indicando testemunha para audiência de instrução e julgamento.          Petição da
requerida SUL AMÃRICA CIA NACIONAL DE SEGUROS de fls. 166/168 apresentando manifestação.
         Despacho de fls. 169 redesignando audiência de instrução e julgamento para o dia
10.05.2017 às 11:00 horas.          Termo de audiência de instrução e julgamento de fls.
170/171.          Petição da requerida SUL AMÃRICA CIA NACIONAL DE SEGUROS de
fls. 174/182 apresentando alegações finais.          Petição da requerente de fls. 183/185
apresentando os memoriais.          Petição da requerida ANA UNGER de fls. 186/199
apresentando memoriais.          Petição do requerente de fls. 200 requerendo a
celeridade, posto ter transcorrido 10 (dez) meses sem movimentação.          Petição do
requerente de fls. 201 reiterando o pedido de celeridade processual. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Despacho de fls.
202 encaminha os autos à UNAJ para cálculo de custas finais.          Certidão da UNAJ à s
fls. 203 certificando que não há custas pendentes de recolhimento.          Petição da
requerida SUL AMÃRICA CIA NACIONAL DE SEGUROS de fls. 204/228 requerendo a retificação do
polo passivo.          Petição do requerente de fls. 229 solicitando a celeridade processual.
         à o relatório.          DECIDO          Trata-se de AÃÃO DE
INDENIZAÃÃO POR DANO MORAL E MATERIAL. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Compulsando os autos, verifico que
não houve inversão do ônus da prova, pelo que cabia à parte autora fazer prova de suas
alegações.            Da ausência de solicitação administrativa:          Â
 Alega a requerida SUL AMÃRICA CIA NACIONAL DE SEGUROS que não há qualquer documento
juntado aos autos que comprove a tentativa da parte autora em obter o recebimento da indenização
securitária pelas vias administrativas. E ainda, alega a parte autora que a requerida negou o
ressarcimento dos danos sofridos, contudo a requerida não localizou a emissão negativa em nome da
parte autora. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Pois bem. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Compulsando os autos verifico que
não há qualquer documento juntado pela parte autora que comprove a negativa de amparo da
seguradora. Desse modo, fica claro que a requerida SUL AMÃRICA CIA NACIONAL DE SEGUROS
somente teve conhecimento do ocorrido após sua intimação, uma vez que a requerente deixou de
comprovar nos autos a solicitação de autorização de procedimento.           Â
Entretanto, não se faz necessário o requerimento administrativo para que judicialmente haja demanda,
visto que não se excluirá de apreciação qualquer lesão ou ameaça a direito, consoante o art. 5º,
XXX, V da CP.            Preliminar rejeitada.            Da carência da
ação por falta de interesse de agir:            Alega a requerida SUL AMÃRICA CIA
NACIONAL DE SEGUROSÂ que em nenhum momento restou evidenciado que a parte autora procurou
esta seguradora a fim de regular o sinistro para recebimento da indenização securitária, bem como
deixou de juntar qualquer documento que comprovasse os danos supostamente sofridos pela requerida. Â
          Alega a requerida ANA UNGER que foi juntado aos autos (fls. 37/38) e-mails
trocados entre o autor e a seguradora. Que a requerida SUL AMÃRICA CIA NACIONAL DE SEGUROS
solicitou, no dia 12.09.2013, informações e documentos referente a data, descrição do sinistro e
estimativa do prejuÃ-zo. Ocorre que, no dia 13.09.2013, a seguradora acusou o recebimento do laudo do
elevador e ratificou a necessidade das informações solicitadas no e-mail do dia 12.09.2013.     Â
      Pois bem.            Analisando os autos, verifico que não há qualquer recusa
em fazer o ressarcimento por parte da seguradora, pelo contrário a parte requerida SUL AMÃRICA CIA
NACIONAL DE SEGUROS acusou o recebimento do laudo do elevador, contudo a parte autora não deu
andamento no processo ressarcimento, deixando de passar as informações necessárias para o
prosseguimento do feito.            Entretanto, não se faz necessário o requerimento
administrativo para que judicialmente haja demanda, visto que não se excluirá de apreciação
qualquer lesão ou ameaça a direito, consoante o art. 5º, XXX, V da CP.           Â
Preliminar rejeitada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Da ilegitimidade passiva da requerida ANA UNGER: Â Â Â Â Â Â Â
  Preliminarmente, a ré suscitou sua ilegitimidade passiva, sob o fundamento de que a requerida é
moradora do autor, contribui mensalmente com o condomÃ-nio, consequentemente paga o seguro e
manutenção do elevador, e, portanto, é detentora do direito de ressarcimento, pagamento e conserto
do elevador. E ainda, que o autor foi claro ao afirmar que o dever de indenizar é dos réus 2 e 3, não
havendo responsabilidade da requerida. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Compulsando os autos, verifico que a
requerida foi indicada como parte legitima na presente ação, uma vez que o suposto vazamento de
água teria se dado no apartamento nº 1902, de sua propriedade.            Ademais, em
sua contestação, às fls. 129 dos autos reconhece os fatos, ao afirmar que ¿ expõe-se que de fato
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caiu água proveniente do apartamento da ora peticionante, ocorre que no dia que ocorreu o fato
encontrava-se no citado apartamento somente a empregada doméstica e o ex companheiro¿.    Â
       Sendo o apartamento de sua propriedade, é parte legÃ-tima para responder sobre os fatos
ocorridos dentro dele que tenham causado qualquer prejuÃ-zo ao condomÃ-nio. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Preliminar rejeitada.;            Da inépcia da inicial:            O art. 282,
inciso III do CPC/73, estabelece que a petição inicial será instruÃ-da com os documentos
indispensáveis à propositura da ação. Entretanto, necessário ressaltar que há diferença entre
documentos indispensáveis à propositura da ação e de documentos essenciais à prova do direito
alegado. Somente a ausência dos primeiros autoriza a conclusão acerca da inépcia da petição
inicial. A ausência dos demais não configura qualquer deficiência a viciar a demanda desde sua
propositura, mas tão somente uma deficiência probatória que pode ser sanada no decorrer do trâmite
processual.            Nesse sentido, são documentos indispensáveis à propositura da
demanda somente aqueles sem os quais o mérito da causa não possa ser julgado. Não se incluem
nessa exigência os demais documentos que o traria ou trará ao processo depois, ainda que importantes
para que, no mérito, sua demanda seja julgada procedente.            Assim, no caso em
tela, percebo que o autor juntou aos autos todos os documentos indispensáveis a propositura da
demanda. Por outro lado, se este apresentou todos os documentos essenciais à prova do direito alegado,
será analisado no mérito da questão.            Isto posto, preliminar rejeitada.     Â
    Passo a análise do mérito.          Quanto ao pedido de danos morais:      Â
   Em regra, para a caracterização do dano moral são necessários os seguintes elementos: a) o
ato; b) o dano; c) nexo de causalidade entre o ato e o dano; e d) o dolo ou a culpa do agente causador do
dano. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em se tratando de dano moral, tem-se que o bem jurÃ-dico ofendido consiste na
lesão a direitos da personalidade. Destarte, ofendem-se a dignidade da pessoa humana, sua honra, sua
reputação, seus sentimentos.          A compensação por dano moral exige a
violação aos direitos da personalidade. O autor deixou de comprovar o alegado na exordial, uma vez
que não apresentou documentos probatórios ao dano moral suportamente sofrido.          Â
 Dessa maneira, julgo IMPROCEDENTE o pedido de dano moral, em virtude da não configuração de
violação aos direitos da personalidade.          Do dano material:          A parte
autora requereu o pagamento de indenização a tÃ-tulo de danos materiais no importe de R$ 10.315,72
(dez mil trezentos e quinze reais e setenta e dois centavos), afirmando que se tratava do conserto do
elevador. O requerente juntou laudo (fls. 29), com o valor do prejuÃ-zo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Pois bem. Â Â Â
        Em contestação, a 1ª requerida, às fls. 129 dos autos reconhece os fatos, ao afirmar
que ¿ expõe-se que de fato caiu água proveniente do apartamento da ora peticionante, ocorre que no
dia que ocorreu o fato encontrava-se no citado apartamento somente a empregada doméstica e o ex
companheiro¿.            Inclusive que seu ex companheiro teria demorado para atender o
porteiro em virtude de ter tomado remédio para dormir.          Dessa maneira, comprovado
está o nexo de causalidade entre o dano sofrido em no elevador do condomÃ-nio e a ação da ré.
Cabendo dessa maneira o pagamento de indenização ao réu.          Por fim, clara está
a posição da requerida SUL AMERICA CIA NACIONAL DE SEGUROS como também responsável
pelo pagamento dos danos ocorridos, em virtude de existência de contrato de seguro entre a parte autora
e esta requerida. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Pedido procedente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Com base no exposto, JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTE A AÿO COM RESOLUÃÃO DE MÃRITO, nos termos do art. 487,
inciso I do CPC, para condenar as rés, solidariamente, ao pagamento de R$ 10.315,72 (dez mil
trezentos e quinze reais e setenta e dois centavos) a tÃ-tulo de danos materiais, , acrescido de juros de
mora simples de 1% ao mês, corrigido pelo Ã-ndice do IPCA-IBGE, a contar da citação;       Â
    Por via de consequência, JULGO EXTINTO O PROCESSO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO,
com base no art. 487, I do CPC.            Condeno o réu ao pagamento das custas,
despesas processuais, e honorários advocatÃ-cios que fixo em 0% (dez por cento) sobre o valor da
condenação.          Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.         Â
Transitado em julgado, arquivem-se.          Belém, 24 de novembro de 2021.       Â
  ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO          Juiz de Direito da 7ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital PROCESSO: 00539301420158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO A??o:
Cumprimento de sentença em: 24/11/2021 AUTOR:JORGE MAGALHAES MELLO JUNIOR
Representante(s): OAB 21265 - REBECA DO SOCORRO PEREIRA PAMPOLHA (ADVOGADO)
REU:LUXEMBURGO INCORPORADORA LTDA Representante(s): OAB 13179 - EDUARDO TADEU
FRANCEZ BRASIL (ADVOGADO) OAB 21052 - DANIELLE BARBOSA SILVA PEREIRA (ADVOGADO)
OAB 13179 - EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL (ADVOGADO) EXECUTADO:AGRA
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de sua verba indenizatória do Pedido de Demissão Voluntário, motivo pelo qual ingressou com a
presente ação.            Requereu os benefÃ-cios da justiça gratuita.         Â
  Requereu a antecipação da tutela para determinar que a requerida realize o depósito da quantia
retida em conta bancária em nome do requerente.            Requereu a procedência da
ação para que a requerida seja condenada ao pagamento de R$ 24.476,03 (vinte e quatro mil
quatrocentos e setenta e seis reais e três centavos) à tÃ-tulo de danos materiais em decorrência da
retenção indevida de parte da indenização devida pela adesão ao Programa de Demissão
Voluntária; para que a requerida seja condenada ao pagamento de indenização por danos morais, em
decorrência da conduta ilÃ-cita da ré em quantia indenizatória arbitrada pelo juÃ-zo, não inferior a
quantia de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juntou os documentos de fls. 16/30.
           Despacho à s fls. 31, o juÃ-zo se reservou à apreciação posterior quanto ao
pedido de tutela antecipada. E ainda, deferiu os benefÃ-cios da justiça gratuita.           Â
Juntada de AR de fls. 32 requerida fora devidamente citada.            Contestação à s
fls. 33/37, instruÃ-da com os documentos de fls. 38/79. Preliminarmente, suscitou a incompetência. No
mérito, alegou a impossibilidade de deferimento da indenização por danos morais; a controvérsia
quanto ao pagamento do valor retido; a dosimetria do dano; a tutela antecipada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Certidão da secretaria da vara de fls. 80 certificando que a contestação fora apresentada dentro do
prazo legal.            Réplica às fls. 83/86.            Despacho de fls. 87
designando audiência preliminar para o dia 26.04.2016 às 10:30 horas.            Termo de
audiência de fls. 103, cuja tentativa de conciliação restou infrutÃ-fera.            Despacho
de fls. 106 determinando o encaminhamento dos autos à UNAJ para cálculos finais das custas
processuais.            Certidão da secretaria da vara de fls. 107 certificando que a parte
autora requereu os benefÃ-cios da justiça gratuita.            Petição do requerente de
fls. 108/109 requerendo a reconsideração da decisão que determinou o recolhimento das custas
iniciais.                        à o relatório.            DECIDO. Â
          Trata-se de AÃÃO DE OBRIGAÃÃO DE NÃO FAZER C/C INDENIZAÃÃO POR
DANOS MORAIS E MATERIAIS E TUTELA ANTECIPADA, mediante a qual pretende a parte autora
cancelamento da dedução de valores.            Compulsando os autos, verifico que a
ré apresentou resistência à pretensão da parte autora mediante o oferecimento de contestação,
alegando, em sÃ-ntese, que os valores foram descontados em razão de decisão judicial para
pagamento de verba alimentÃ-cia.             A prova carreada aos autos é necessária e
suficiente.             Antes de passar à análise do mérito, faz-se necessário analisar as
preliminares alegadas.             Da incompetência             Alegou a
ré a incompetência da vara em razão de se tratar de matéria afeta à competência da vara de
famÃ-lia. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Pois bem. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso em tela, percebo que a
questão controvertida diz respeito ao desconto de valores ou não relativos a pagamento de pensão
alimentÃ-cia pela ré em rescisão do contrato de trabalho da parte autora.            Â
Dessa maneira, não está sendo discutido a obrigação do autor em relação ao pagamento de
pensão, mas sim o desconto desta em valores que não seriam deveriam ser descontados. Pelo que a
discussão é cÃ-vel e não de direito de famÃ-lia.             Preliminar rejeitada.    Â
        Superadas tais questões, passo à análise do mérito.            No
ajuste entabulado pelas partes não restou consignado que os alimentos incidiriam sobre quaisquer
verbas de caráter indenizatório, mas tão somente sobre os vencimentos e vantagens do alimentante,
conforme termo de audiência de fls. 22/23 e comungando com o entendimento jurisprudencial pátrio.
Nesse sentido: CIVIL E PROCESSUAL. PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÃRIA - PDV. VERBA DE
CARÃTER INDENIZATÃRIO. NÃO INCIDÃNCIA DA PENSÃO ALIMENTÃCIA. DEMANDA MOVIDA
CONTRA A EMPREGADORA. APELO PROVIDO. As verbas, de caráter indenizatório, pagas ao
empregado que adere ao plano de demissão voluntária - PDV, não constituem renda para fins de
incidência da pensão alimentÃ-cia. Conduta lÃ-cita da empresa, empregadora do alimentante, ao fazer
incidir o percentual referente à pensão alimentÃ-cia apenas sobre as verbas de natureza salarial.
Precedentes do STJ. Apelo provido. Decisão por maioria. (TJ-PE - APL: 4278420038170990 PE
0000427-84.2003.8.17.0990, Relator: Adalberto de Oliveira Melo, Data de Julgamento: 12/12/2012) Â Â Â
         Dessa maneira, os valores informados devem ser pagos diretamente ao autor.    Â
       Quanto ao pedido de danos morais:          Em regra, para a caracterização
do dano moral são necessários os seguintes elementos: a) o ato; b) o dano; c) nexo de causalidade
entre o ato e o dano; e d) o dolo ou a culpa do agente causador do dano. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em se
tratando de dano moral, tem-se que o bem jurÃ-dico ofendido consiste na lesão a direitos da
personalidade. Destarte, ofendem-se a dignidade da pessoa humana, sua honra, sua reputação, seus
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fls. 203 requerendo expedição de novo alvará para levantamento de valores, tendo em vista o
transcurso do prazo de validade de assinatura lançada.            Despacho de fls. 214
determinando à secretaria para realizar as alterações cadastrais, bem como, deferindo o pedido de fls.
203.            Petição do requerido de fls. 227/230 requerendo a transferência dos
valores autorizados pelo D.juÃ-zo para a conta que informa na petição.            Alvará
de fls. 231/232 autorizando o BANCO DO BRASIL S.A, pagar ao requerido, a quantia total que se encontra
depositada naquela instituição.            Petição do requerido de fls. 233 requerendo
exibição do extrato da conta judicial, a fim de comprovar se o valor que pertence ao Banco demandado
já fora transferido para a sua conta vinculada.            Juntada de AR de fls. 234 requerido
devidamente citado. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Despacho de fls. 235 deferindo o pedido de fls. 233. Â Â Â Â Â
      Certidão da secretaria da vara de fls. 236 certificando que não existem depósitos na conta
judicial vinculada a estes autos, uma vez que o depósito foi realizado junto ao BANCO DO BRASIL, cujos
alvarás foram expedidos e direcionados para aquela instituição.            à o relatório.
           DECIDO.            Trata-se de AÃÃO DE OBRIGAÃÃO DE FAZER
COM PEDIDO DE LIMINAR C/C INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â O
processo comporta o julgamento antecipado do pedido, nos termos do art. 355, inciso I do Código de
Processo Civil - CPC.            Compulsando os autos, verifico que houve inversão do
ônus da prova, pelo que cabia à parte requerida fazer prova de suas alegações.          Â
 Preliminar de revogação de tutela:            Alegou o requerido que resta clara a
inadimplência da parte autora, como também todos os permissivos contratuais dos quais fora expressa
e claramente advertida, quanto aos modos de pagamento e de direitos de retenção de valores e
crédito de sua titularidade pelo réu, para pagamento da dÃ-vida oriunda do contrato principal de
fls.15/23, cláusulas 12.2., 12.2.1 e 12.1.1.            Pois bem.           Â
Analisando o acordo firmado entre as partes (fls. 32/34), não há qualquer cláusula prevendo a
possibilidade do Banco réu efetuar o saque de valores diretamente da conta da empresa autora. Dessa
forma, havendo uma composição jurÃ-dica e um acordo firmado entre as partes, passam a valer as
cláusulas do acordo judicial firmado, e não a do contrato principal.            Destarte,
MANTENHO A TUTELA CONCEDIDA, por entender que resta incabÃ-vel a aplicação da cláusula sexta
da cláusula de crédito, que se trata da forma de pagamento das parcelas do empréstimo, como forma
de "débito automático".            Do pedido de restituição de valores:        Â
   Analisando o pedido, observa-se que o autor requereu a devolução de valores que diz ter sido
retirado de forma ilegal e arbitrária pelo Banco requerido, sem qualquer autorização e
comunicação, bem como a indenização por danos morais, em função dos atos ilegais praticados.
           Contestando a ação, o requerido afirmou não haver concorrido com qualquer
ilicitude, restando clara a inadimplência da parte autora, como também todos os permissivos contratuais
dos quais fora expressa e claramente advertida, quanto aos modos de pagamento e de direitos de
retenção de valores e crédito de sua titularidade pelo réu, para pagamento da dÃ-vida oriunda do
contrato principal . Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Inquestionavelmente agiu o banco requerido de forma ilÃ-cita, ao
retirar valores disponÃ-veis na conta da parte autora, sem a prévia e expressa autorização de seu
Titular, conforme dispõe a Resolução nº.2.878, do Banco Central, em seu art.18, inciso I e §1º,
que abaixo fazemos transcrever: ¿Art. 18. Fica vedado às instituições referidas no art. 1.:  I -
transferir automaticamente os recursos de conta de depósitos à vista e de conta de depósitos de
poupança para qualquer modalidade de investimento, bem como realizar qualquer outra operação ou
prestação de serviço sem prévia autorização do cliente ou do usuário, salvo em decorrência de
ajustes anteriores entre as partes; Parágrafo 1. A autorização referida no inciso I deve ser fornecida
por escrito ou por meio eletrônico, com estipulação de prazo de validade, que poderá ser
indeterminado, admitida a sua previsão no próprio instrumento contratual de abertura da conta de
depósitos¿.                        Isto posto, JULGO PROCEDENTE O
PEDIDO DA PARTE AUTORA para condenar o réu a restituir os valores do autor para sua conta
corrente, no importe de R$ 338.057,00 (trezentos e trinta e oito mil e cinquenta e sete reais) conforme
indicado na exordial, atualizado monetariamente desde a data do ilÃ-cito (28 de novembro de 2014). Â Â Â
        Quanto ao pedido de danos morais:            Em regra, para a
caracterização do dano moral são necessários os seguintes elementos: a) o ato; b) o dano; c) nexo
de causalidade entre o ato e o dano; e d) o dolo ou a culpa do agente causador do dano. Â Â Â Â Â Â Â Â
   Em se tratando de dano moral, tem-se que o bem jurÃ-dico ofendido consiste na lesão a direitos da
personalidade. Destarte, ofendem-se a dignidade da pessoa humana, sua honra, sua reputação, seus
sentimentos.            A compensação por dano moral exige a violação aos direitos da
personalidade. O autor deixou de comprovar o alegado na exordial, uma vez que não apresentou
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), foi então que a Autora informou haver um engano por não ter
realizado compra com parcela mensal de R$ 2.000,00 (dois mil reais),mas o atendente lhe informou que
se tratava de uma compra no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais) com parcelas mensais de R$ 2.000,00
(dois mil reais).            Aduz que, não bastasse a negativa do crédito, o Banco
Santander passou a efetuar diariamente cerca de três ligações com a cobrança de uma dÃ-vida não
efetuada por ela, de maneira que chegavam a interferir no trabalho da Autora quando esteva ministrando
aula. Também alega que as cobranças continuaram por meio de mensagens de celular e seu nome
continuava no SPC e SERASA. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Narra que, depois de intensas tentativas para ver
seu problema resolvido, a primeira Requerida lhe informou que havia ocorrido um equivoco quando do
envio do contrato para a instituição financeira, pois possivelmente havia encaminhado dois contratos,
mas seus problema seria logo resolvido. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Alega que lhe fora prometido que seria
encaminhada uma declaração de nada consta, porém a Autora passou dias ligando e encaminhando
mensagem para a loja, mas nada era resolvido, enquanto o banco Réu continuava realizando
cobranças.            Após intensas tentativas lhe encaminharam uma Carta de
Correção de Financiamento, mas alega que tal documento não significou nada, porque a primeira
Requerida somente declarou que o financiamento correto seria no Banco HSBC ao invés do Banco
Santander, mas não informou que a dÃ-vida inexistia. Ainda aduz que a Requerida encaminhou boletos
da suposta dÃ-vida em nome da Autora, informando que já teriam sido pagos, mas sem qualquer
comprovante de pagamento.            Sustenta ter ocorrido má prestação de serviços
pelas Rés, com violação à boa-fé objetiva e ao Código de Defesa do Consumidor a caracterizar
conduta ilÃ-cita e danos morais.            Requer a gratuidade de justiça, a tramitação
prioritaria e a inversão do ónus da prova.            Requer a procedência da ação
para condenar os Requeridos por danos morais no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), bem como
ao pagamento de custas processuais e honorários advocatÃ-cios.            Juntou
documentos (fls. 14/47) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Despacho de fls. 48, deferindo a gratuidade, a
tramitação prioritária e determinando a citação das Rés, com a designação de audiência de
conciliação.            Juntada da certidão de citação da Ré ASSIS E FIGUEIRA
COMERCIO DE MOVEIS LTDA CASA BRASILEIRA em fls. 50. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Aviso de
Recebimento de citação do Réu BANCO SANTADER BRASIL SA            Termo de
Audiência de Conciliação juntado em fls. 51, no qual foram registradas a presença das partes em
audiência e a tentativa infrutÃ-fera de conciliação entre as partes pela ausência de proposta pelos
Réus. Ademais, na ocasião, foi deferida pelo JuÃ-zo a juntada de contestação pelo Reu Banco
Santander e os demais Réus foram intimados para oferecer contestação.           Â
Contestação do Banco Santander Brasil juntada em fls. 53/55.            O Réu alega
ausência de conduta ilÃ-cita e conduta desidiosa da primeira Requerida. Sustenta que houve pela primeira
Requerida cessão de crédito para o Banco Santander no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), cujo
pagamento seria efetivado em 03 parcelas no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), conforme contrato
devidamente assinado.            Também alega que o contrato foi completamente quitado
em novembro de 2016 fora do vencimento e com pagamento em atraso, o que segundo o Réu, reforça
a ausência de responsabilidade em razão dos fatos e a inexistência de dever de indenizar.      Â
     Contestação apresentada pelo Réu Banco Losango S.A em fls. 82/100.         Â
  O Réu suscitou preliminares de Ilegitimidade passiva ad causam e de indeferimento da Inicial.   Â
        O Réu alea que de sua parte não houve inscrição do nome da Autora nos
órgãos de restrição ao crédito e que não consta reclamação administrativa feita pela Autora.
Alega que o problema estaria com as cobranças feitas pelo Banco Santander com a qual a Losango
não possui qualquer relação. Sustenta que o boleto pago pela cliente e pelos próprios registros de
cobrança o débito se refere a um financiamento com o banco Santander e a empresa Aymore.    Â
       Quanto à Carta de Correção, aduz que não foi emitida pela Losango, registrando
financiamento de R$ 6.000,00 (seis mil reais) e que o financiamento que teve crédito cedido para a
Losango foi no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Alega a inexistência de dano moral e de nexo de
causalidade.            Contestação do Réu ASSIS E FIGUEIRA COMERCIO DE
MOVEIS LTDA CASA BRASILEIRA oferecida em fls. 112/124.            A Ré suscita
preliminar de ilegitimidade passiva.            No mérito, alega a inexistência de ato ilÃ-cito
praticado pela primeira Requerida que pudesse ensejar dano, uma vez que não incluiu o nome da
Requerente em nenhum órgão de proteção de crédito e não efetuou cobranças indevidas.   Â
        Alega desconhecer as gravações de conversas via telefone em função da
fragilidade destas. Ressaltou que efetuou o fornecimento de tudo o que fora adquirido pela Autora e que,
em nenhum momento cobrou de maneira indevida, não tendo praticado qualquer ato ilÃ-cito.      Â
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que não seria possÃ-vel o levantamento do crédito, pois seu nome constava nos cadastros restritivos de
crédito em razão de um débito em atraso no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), mas afirma não
ter realizado a referida compra, situação que sustenta ter lhe acarretado dano moral.     Em fls.
17-23, a parte autora junta comprovantes de pagamento das parcelas no valor de R$ 500,00 (quinhentos
reais), referentes ao contrato de nº. 31447300027, o qual reconhece ter celebrado com a Ré.    Â
Em fls. 24, a Autora junta CD em que consta gravação telefônica na qual o funcionário da primeira
Ré, CASAS BRASILEIRAS, identificado pelo nome Diego, reconhece ter ocorrido erro operacional que
culminou na geração de dois contratos com valores diferentes, motivo pelo qual houve envio de
contrato errado à instituição financeira, conforme gravação da faixa 1 do CD.     Em fls. 27/36,
a Autora junta espelho com ligações e mensagens encaminhadas pelo Banco no perÃ-odo de junho de
2015 a setembro de 2015. Â Â Â Â Em fls. 37/43, a Autora junta as mensagens trocadas com o
funcionário Diego.     Em fls. 44, a Autora junta comunicado enviado pela primeira Requerida
informando incorreção continha irregularidades.     Em fls. 45/47, a Autora junta os boletos que
lhe foram encaminhados no valor de R$ 2.052,70 (dois mil e cinquenta e dois reais e setenta centavos) Â
   Em Audiência de Instrução e jugamento realizada em 20/10/2020, conforme termo juntado em
fls. 162, a Autora ratifica ter recebido ligações diárias para cobrança de débito que não teria
realizado; que as ligações ocorriam em todos os horários e lhe foi informado que teria uma
restrição em seu nome; que o banco Santander havia lhe informado que a restrição foi realizada
pelas casas brasileiras; Nesta mesma audiência, informou ao advogado da Ré informou que o Diego
era responsável pela loja, mas soube especificar qual seria a sua função; que informada pelo Diego
que não teria feito nada com o seu documento e que não soube informar se foi tomada qualquer atitude
em relação ao funcionário.     Pois bem. Entendo que o conjunto de provas produzidas pela
Autora nos autos demonstra que houve falhas na prestação do serviço prestado pelos Réus, pois foi
gerado contrato equivocado em nome da Requerente. Ressalto que as Rés não impugnaram de
maneira especÃ-fica a prova constante do documento de fls. 24. Â Â Â Â Os Requeridos Casa Brasileira e
Banco HSBC Losango não juntaram nos autos qualquer prova de que a parte autora teria assinado
instrumento contratual em que constasse obrigação no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), a ser pago
em parcelas de R$ 2.055,58 (dois mil e cinquenta e cinco reais e cinquenta e oito centavos). Â Â Â Â Â Â
      O Código Civil de 2002, em seu art. 104, elenca os requisitos necessários para que um
negócio jurÃ-dico seja válido, quais sejam: agente capaz, objeto lÃ-cito, possÃ-vel, determinado ou
determinável. Sendo assim, podemos afirmar que o elemento essencial é a existência da vontade.
Portanto, para ser considerado válido, o negócio jurÃ-dico deve apresentar um agente capaz que
expresse seu consentimento.            Dessa maneira, não houve prova pelos Réus do
consentimento inequÃ-voco da Autora relativamente à s parcelas cobradas no valor de R$ 2.055,58 (dois
mil e cinquenta e cinco reais e cinquenta e oito centavos). Assim sendo, diante da ausência de
manifestação de vontade da Autora, as cobranças realizadas foram indevidas, porque decorrentes de
contrato cuja existência não foi comprovada.     Quanto aos danos morais, oportuno o magistério
de José de Aguiar Dias sobre o dano moral (in ¿Da Responsabilidade Civil¿, Forense, Tomo II, 4ª
ed., 1960, pág. 775): ¿Ora, o dano moral é o efeito não patrimonial da lesão do direito e não a
própria lesão, abstratamente considerada. O conceito de dano é único, e corresponde a lesão de
direito.¿     No mesmo sentindo, sobressai a lição do professor Carlos Alberto Bittar (in
¿Reparaço Civil por Danos Morais¿, RT, 1993, págs. 41 e 202) sobre a extensão jurÃ-dica dos
danos morais ¿Qualificam-se como morais os danos em razo da esfera da subjetividade, ou do plano
valorativo da pessoa na sociedade, em que repercute o fato violador, havendo-se, portanto, como tais
aqueles que atingem os aspectos mais Ã-ntimos da personalidade humana (o da intimidade e da
consideração pessoal), ou o da própria valoraço da pessoa no meio em que vive e atua (o da
reputaço ou da consideração social)¿.     Em se tratando de dano moral, tem-se que o bem
jurÃ-dico ofendido consiste na lesão a direitos da personalidade. Destarte, ofendem-se a dignidade da
pessoa humana, sua honra, sua reputação, seus sentimentos     No contexto das relações
consumeristas, ao se contratar a prestação de um serviço, espera-se e confia-se (princÃ-pio da
confiança) que o serviço realizar-se-á da maneira adequada e condizente com o fim a que se destina -
e esperado pela parte contratante. Também se espera que os prestadores de serviço tenham cautela
no uso de dados cadastrais dos consumidores. Â Â Â Â No caso concreto, houve erro operacional que
gerou contrato equivocado, conforme gravação juntada em fls. 24. Além disso, as Rés não
juntaram contrato que comprovasse a existência do débito no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais),
caracterizando falha na prestação de serviço e ausência de cautela relativamente ao manuseio dos
dados cadastrais da Autora.     Em que pese a parte autora não ter juntado prova de que o seu
nome foi inscrito perante os cadastros de inadimplentes, verifico da leitura da Exordial, que o pedido de
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dano moral não foi fundamentado somente na suposta negativação indevida do nome da Autora, mas
também nos constrangimentos e aborrecimentos decorrentes das cobranças que eram feitas por meio
de telefonemas, mensagens e envio de boletos.     Nas circunstâncias do presente caso, entendo
que as cobranças frequentes por mais de três meses efetuadas, bem como todas as tentativas
frustradas de resolução do problema pela parte autora, somadas ao fato de esta ser pessoa idosa e
hipossuficiente, provocaram violação à honra e a dignidade da Autora, tendo em vista o descaso das
Rés em cobrar dÃ-vida inexistente e em solucionar com celeridade pendência. Nas relações
consumeristas, as adversidades sofridas pelos consumidores capazes de desequilibrar o seu bem-estar e
atrapalhar a rotina do consumidor caracterizam lesão ao patrimônio ideal deste.           Â
Conforme o artigo 2º da Lei 10.741/2003, ''o idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes Ã
pessoa humana, sem prejuÃ-zo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei
ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde fÃ-sica e
mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e
dignidade''             O artigo 4º do referido Estatuto prevê que ''Nenhum idoso será
objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo
atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.''          Â
 O idoso goza de proteção quanto à sua liberdade, imagem, identidade e autonomia, consoante
§2º do artigo 10 do Estatuto do Idoso. Assim, deve ser reparada qualquer conduta que atente contra a
livre manifestação de vontade da pessoa idosa e utilize indevidamente seus dados pessoais.    Â
Então, existindo um ato abusivo, que, a teor do artigo 187 do Código Civil, gera ilicitude, surge o dever
de indenizar. No presente caso, a Autora foi cobrada por mais de três meses por uma dÃ-vida indevida. Â
   Na fixação do quantum trago a lição de Rui Stoco, página 1365.  ¿Quando se cuida do
dano moral, o fulcro do conceito ressarcitório acha-se descolado para a convergência de duas forças:
caráter punitivo para que o causador do dano, pelo fato da condenação, se veja castigado pela ofensa
que praticou; e o caráter compensatório para vÃ-tima, que receberá uma soma que lhe proporcione
prazeres como contrapartida do mal sofrido¿.     Na fixação da indenização devida deve-se
levar em conta, ainda, a condição econômica da vÃ-tima e a situação econômica do causador do
dano, sendo que a situação econômica do causador do dano deve preponderar quando do
arbitramento do montante da indenização, de modo a que seja suficiente a coibir a prática danosa
restabelecendo-se a paz social.     Na hipótese sob exame, revelando-se significativas ambas as
funções compensatória e inibitória, bem como se levando em conta o perÃ-odo significativo de tempo
no qual a Autora foi indevidamente cobrada por meio de telefonemas, mensagens e de boletos, aliado ao
fato de ser pessoa idosa, entendo que a indenização do dano moral deve ser fixada em R$ 6.000,00
(seis mil reais) em responsabilidade solidária conforme art. 25, §1º do CDC, corrigidos nos termos da
Súmula 362 do STJ e com juros de mora a partir da citação.     A repercussão do dano foi
levada em conta, na medida em que se situou dentro de padrões que transcendem o mero
aborrecimento. A função compensatória estará bem atendida, porque o autor disporá de quantia
suficiente a neutralizar os negativos efeitos do constrangimento experimentado. As rés teão mais
atenção com os seus filiados e poderá facilitar a solução dos litÃ-gios em JuÃ-zo, trazendo propostas
de acordo e, quem sabe, até procurando a parte contrária para uma breve composição.   Â
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Conforme exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE o
pedido de dano moral, nos termos do artigo 487, inc. I do CPC, e considerando as duas premissas
(punição + compensação) e a condição econômica das partes, bem como as circunstâncias e
a gravidade do caso concreto, o grau da ofensa, transtornos e aborrecimentos experimentados pela Autora
idosa, entendo por bem e suficiente condenar solidariamente as requeridas ASSIS E FIGUEIRA
COMERCIO DE MOVEIS LTDA CASA BRASILEIRA e BANCO HSBC LOSANGO S/A a pagar a quantia
de R$ 6.000,00 (seis mil reais), corrigido monetariamente pelo IPCA -IBGE, nos termos da súmula 362 do
STJ e acrescida de juros de mora de 1% ao mês, a contar da citação, por se tratar de ilÃ-cito civil
contratual.           Condeno ainda as rés solidariamente ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatÃ-cios que fixo em 15% do valor da condenação.         Â
Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.      Belém, 24 de novembro de 2021.   Â
ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO    Juiz de Direito da 7ª Vara CÃ-vel da Capital
PROCESSO: 02302914620168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO A??o:
Procedimento Comum Infância e Juventude em: 26/11/2021 REQUERENTE:J A L DA CRUZ ME
R e p r ese n tan te( s): OA B 8165 - RONA L DO F E L I P E S I Q UE I RA S O A RE S (A DV O G A D O )
REQUERIDO:HSBC CORRETORA DE SEGUROS SA Representante(s): OAB 19792-A - FELIPE
GAZOLA VIERA MARQUES (ADVOGADO) REQUERIDO:HDI SEGUROS SA Representante(s): OAB
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havendo pertinência subjetiva com a ação.  Preliminar rejeitada.  Indefiro requerimento de prova
constante de fls. 75, porquanto o presente caso envolver matéria eminentemente de direito, a qual pode
ser elucidada com prova exclusivamente documental, encontrando-se o feito instruÃ-do. Ressalto que o juiz
é o destinatário final das provas, a quem cabe avaliar a efetiva conveniência e necessidade da prova,
do que advém a possibilidade de indeferimento de diligências, nos termos do artigo 370, parágrafo
único do CPC.     Do mérito.     Do pedido de restituição de indébito  Os artigos 186 e
927 do Código Civil assim dispõem: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilÃ-cito. (..) Art. 927. Aquele que, por ato ilÃ-cito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.            Em regra, para a caracterização da responsabilidade civil
são necessários os seguintes elementos: a) o ato ilÃ-cito; b) o dano; c) nexo de causalidade entre o ato e
o dano; e d) o dolo ou a culpa do agente causador do dano. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim, faz-se
necessária a presença dos seguintes requisitos legais: a existência de um fato lesivo voluntário,
causado pelo agente, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência; a ocorrência
de um dano patrimonial ou moral e o nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente. Â Â
          No caso concreto, a parte autora alega que, sem jamais haver contratado o seguro
oferecido pelos Réus e sem ter assinado qualquer documento autorizando algo neste sentido, fora
debitado de forma automática e diretamente de sua conta bancária a importância total de Oito Mil
Duzentos e Quatro reais e vinte centavos (R$ 8.204,20), em dez parcelas sucessivas, sendo as nove
primeiras no importe de R$ oitocentos e vinte reais e quarenta e oito centavos (R$ 820,48) e a última no
importe de Oitocentos e Vinte Reais e Quarenta e Dois Centavos (R$ 820,42). Requer a restituição do
valor total debitado de R$ 16.408,40 (dezesseis mil quatrocentos e oito reais e quarenta centavos). Â Â Â
        A Ré alega que a contratação de seguro só se dá com a anuência do segurado
por meio de seu corretor de seguros, cabendo a este encaminhar a proposta com os dados pessoais do
pretenso segurado à seguradora, o que, segundo a Ré, ocorreu nos caso em tela.          Â
 Sustenta que, sem acesso aos dados pessoais da Requerente, inclusive de seus dados bancários,
não haveria como a seguradora emitir apólice e cobrar premio por meio de débito em conta. Segundo
a Ré, isso só ocorreu porque recebeu tais dados, juntamente com a intenção de contratar da
corretora/primeira requerida.            Também ressalta que, para a concretização do
seguro, foi necessária a realização de vistoria, que só pode ser concretizada com a autorização do
segurado e disponibilização do veÃ-culo por este. Alega que foi acionada por meio da corretora,
acreditando na veracidade das informações e seguindo os tramites normais de contratação do
seguro., pelo que não há que se falar em devolução de valores a titulo de premio, defendendo a
ausência de danos morais.            Pois bem. Em fls. 13-22 dos autos, o Autor comprova
os descontos em débito efetivamente realizados em sua conta, decorrentes de seguro automóvel.   Â
        Lado outro, os documentos juntados pelas Rés nos autos, em que pese contenham
informações acerca do veÃ-culo adquirido pelo Autor e de suposta apólice por este contratada, não
apresentam a autorização expressa do Autor quanto ao desconto em débito em conta no valor de R$
820,48 (oitocentos e vinte reais e quarenta centavos). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Os documentos juntados em
fls. 38/39 e 50//52 não foram assinados pela parte autora.            O documento juntado
em fls. 63, embora contenha assinatura que aparentemente se parece com a do representante legal da
Autora, além de se apresentar parcialmente ilegÃ-vel, não fornece apresenta qualquer cláusula com
previsão expressa e visÃ-vel de autorização de débito em conta do valor de R$ 820,48 (oitocentos
e vinte reais e quarenta centavos). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ressalto que a seguradora deve observar
rigorosamente a positividade dos termos contratuais, não podendo efetuar cobrança de valores não
tipificados expressamente nas cláusulas do instrumento do contrato.            Ademais, o
Autor alega que recebeu ligação do Réu pela qual este ofereceu àquele a proposta da apólice, a
qual foi recusada pelo demandante. Com efeito, Imputar ao Requerente o ônus de provar que não
autorizou a contratação pelo telefone configuraria nÃ-tida prova diabólica a comprometer o exercÃ-cio
do direito. Tratar-se-ia de prova excessivamente difÃ-cil de ser produzida pelo Autor, por se referir a fato
negativo.            Nesse contexto, as Requeridas não acostaram aos autos a gravação
da ligação telefônica que o Autor aduziu ter recebido das Requeridas para comprovar se houve a
anuência deste quanto aos descontos efetuados. Entendo que esse ônus pertencia aos Réus, não
só por envolver prova diabólica, mas também porque as Rés em tese é que deveriam dispor de
todas as informações concernentes à suposta contratação.            As Rés
procederam incautamente em relação aos dados cadastrais do Autor, ao permitirem o débito em
conta de valores não autorizados expressamente por ele, não comprovando excludente de
responsabilidade ou ausência de culpa. Dessa maneira, as Rés não se desincumbiram do ônus de
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provar fatos extintivo, modificativo ou impeditivo do direito do Autor, consoante artigo 373, inciso II do
CPC.  Sendo indevida a cobrança efetuada pelo Réu, torna-se legÃ-tima a pretensão Ã
restituição do indébito por enriquecimento ilÃ-cito.  Quanto a isso, há previsão expressa no
Código Civil: Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir;
obrigação que incumbe à quele que recebe dÃ-vida condicional antes de cumprida a condição. Art.
877. Ãquele que voluntariamente pagou o indevido incumbe a prova de tê-lo feito por erro. Art. 884.
Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente
auferido, feita a atualização dos valores monetários. Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por
objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituÃ--la, e, se a coisa não mais subsistir, a
restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido.     Art. 885. A restituição
é devida, não só quando não tenha havido causa que justifique o enriquecimento, mas também se
esta deixou de existir.     Art. 940. Aquele que demandar por dÃ-vida já paga, no todo ou em parte,
sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor,
no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se
houver prescrição.  Sendo assim, diante da ausência de disposição contratual quanto ao
desconto dos valores devidos a tÃ-tulo de aluguel, não houve causa legal para as cobranças efetuadas
na conta corrente do Requerente, permitindo que as Rés se enriquecessem ilicitamente.  Não
obstante, entendo que a restituição deve ocorrer de forma simples e não em dobro como requerido
pelo Autor. A uma, porque não incide no caso o disposto no artigo 42, parágrafo único do CDC, por
não se tratar de relação de consumo. A duas, porque o artigo 940 do Código Civil exige que o credor
tenha sido exigido judicialmente por dÃ-vida já paga, situação que não se amolda à dos presentes
autos.  Com efeito, a penalidade do art. 940 exige que o credor tenha exigido judicialmente a dÃ-vida já
paga. A pessoa deve ter sido cobrada, por meio de processo judicial, por divida já paga e o Autor da
cobrança deve ter agido de má-fé (súmula 159 do STF). Tais circunstâncias não ocorreram no
caso concreto, uma vez que houve tão somente o desconto de valores indevidos.           Â
Ademais, nos termos do artigo 942 do Código Civil, havendo mais de um causador do dano, todos
responderão solidariamente com seu patrimônio.            Art. 942. Os bens do
responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano
causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. Â
          Assim, entendo que as Rés são responsáveis pela restituição simples dos
valores pagos pelo Autor de forma solidária.  Sendo assim, deve haver a restituição das parcelas
descontadas no valor de R$ 8.204,80 (oito mil duzentos e quatro reais e oitenta centavos), corrigidas
monetariamente desde o primeiro desconto e juros de mora de 1% ao mês desde a citação.  Pedido
procedente em parte.  Do pedido de danos morais             Em regra, para a
caracterização da responsabilidade civil são necessários os seguintes elementos: a) o ato ilÃ-cito; b)
o dano; c) nexo de causalidade entre o ato e o dano; e d) o dolo ou a culpa do agente causador do dano. Â
          Assim, faz-se necessária a presença dos seguintes requisitos legais: a existência
de um fato lesivo voluntário, causado pelo agente, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência; a ocorrência de um dano patrimonial ou moral e o nexo de causalidade entre o dano e o
comportamento do agente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso especÃ-fico das
pessoas jurÃ-dicas, tal qual a parte autora, importante salientar que a incidência dos direitos da
personalidade n¿o é ampla e irrestrita, o que se conclui da própria dicç¿o legal do art. 52 do
Código Civil - CC que assim preleciona: ¿Aplica-se à s pessoas jurÃ-dicas, no que couber, a
proteç¿o dos direitos da personalidade¿. (grifamos).            Consequência disso é
que a pessoa jurÃ-dica n¿o pode experimentar danos causados exclusivamente à honra subjetiva, tais
como angústia, dor, sofrimento, abalos psÃ-quicos, dignidade, humilhaç¿o, autoestima,
desestabilidade emocional, desconforto, entre outros. De fato, a pessoa jurÃ-dica n¿o é titular de honra
subjetiva, mas apenas de honra objetiva, a qual está relacionada à sua reputaç¿o perante a
sociedade.            Assim, n¿o se nega que a pessoa jurÃ-dica possa sofrer dano moral. A
Súmula 227 do STJ, inclusive, veio para espancar qualquer dúvida quanto ao tema em comento ao
dispor que ¿a pessoa jurÃ-dica pode sofrer dano moral¿.            O que se está
afirmando aqui é que, para a caracterizaç¿o do dano moral à pessoa jurÃ-dica, faz-se necesaária a
comprovaç¿o de que sofreu danos à sua honra objetiva, ou seja, em sua reputaç¿o, em sua
imagem e em seu bom nome comercial, atributos externos ao sujeito e, portanto, dependentes de provas
concretas a seu respeito, n¿o se podendo presumir o dano moral tal qual pode acontecer com a pessoa
fÃ-sica em determinadas situaç¿es.             Entendo que os descontos sofridos pela
Autora, embora indevidos, não consubstanciam, por si sós, lesão à reputação da pessoa jurÃ-dica
perante a coletividade e no meio social. O Autor não comprova lesão neste sentido.         Â
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
caso por se tratar de um banco. Baseia-se, pois, na teoria do risco do empreendimento, segundo a qual
todo aquele que se dispõe a exercer qualquer atividade na esfera de fornecimento de bens e serviços
possui o dever de responder pelos vÃ-cios e fatos resultantes do empreendimento independentemente de
culpa.          Sendo assim, por se tratar de relação consumerista, importante suscitar o art.
14, §1º, do Código de Defesa do Consumidor, in verbis:          ¿Art. 14. O fornecedor de
serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados
aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos          § 1° O serviço é
defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em
consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:          I - o modo de seu
fornecimento; Â Â Â Â Â Â Â Â Â II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; Â Â Â Â
     III - a época em que foi fornecido¿.          Nesse contexto, diante de fraudes
bancárias, como a experimentada pelo Autor, em que clientes são vitimados por terem valores
subtraÃ-dos por terceiros diante da fragilidade da segurança fornecida pela instituição financeira (ou
não comprovada as hipótese previstas no art. 14, § 3º, incisos I e II, do CDC), haverá o dever dos
bancos de indenizarem as vÃ-timas, ressarcindo-as pelos danos decorrentes de cobranças e
negativações indevidas decorrentes de fraudes em operações bancárias.          Não
obstante, há também de se cogitar da possibilidade de caracterização do dano moral, especialmente
diante de possÃ-veis transtornos e constrangimentos decorrentes da subtração fraudulenta na qual o
consumidor é vÃ-tima diante a vulnerabilidade da segurança vendida pelas instituições financeiras. Â
        Não têm razão as Rés ao invocarem a excludente de ilicitude de fato de terceiro.
Os bancos foram inseridos no cÃ-rculo da responsabilidade objetiva. Uma, o disposto no art. 14 da Lei
8078/90 (CDC) que dispensa a prova da culpa para proteger o consumidor vÃ-tima das operações
bancárias e, também, diante da própria gestão administrativa das agências, que, visando a
conquistar ou manter a clientela, finaliza providências planejadas com esse desiderato sem executá-las
com o cuidado exigido para a segurança dos envolvidos, direta ou indiretamente.          A
contratação de empréstimos com documentos falsos ou mediante o uso de dados obtidos
fraudulentamente por estelionatário é um exemplo manifesto disso. Trata-se de fortuito interno e cabe
ao banco reparar os danos decorrentes da atividade insegura. Os bancos respondem pela atividade
prestada com defeito ou que se realize com pontos vulneráveis para o patrimônio do consumidor, sendo
exigido do sujeito que se serve de tais serviços deveres de cuidado com a própria segurança e com a
posse dos cartões, talonários e senhas para operações eletrônicas.          à esse o
entendimento assente na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:          AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. INSTITUIÃÃO
FINANCEIRA. DANOS CAUSADOS POR ATO DE TERCEIRO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA.
FORTUITO INTERNO. MATÃRIA SUBMETIDA AO REGIME DOS RECURSOS REPETITIVOS.
ACÃRDÃO FUNDADO EM MATÃRIA FÃTICO-PROBATÃRIA. SÃMULA N° 7/STJ. 1. As instituições
bancárias respondem objetivamente por danos causados por fraudes ou delitos praticados por terceiros,
visto que tal responsabilidade decorre do risco do empreendimento, caracterizando-se como fortuito
interno, consoante entendimento firmado em julgamento submetido ao procedimento do art. 543-C do CPC
(REsp nº 1.199.782/PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Segunda Seção, julgado em 24/8/2011, DJe
12/9/2011) e consagrado na Súmula nº 479/STJ. 2. Somente nas hipóteses excludentes previstas no
art. 14, § 3º, da Lei nº 8.078/90 é que ficaria afastada a responsabilidade objetiva das instituições
financeiras por fraudes praticadas por terceiros e que sejam danosas aos consumidores, dentre as quais
se encontra culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, conforme se colhe da dicção do inciso II do
citado dispositivo. 3. Hipótese em que o tribunal de origem não considerou presente nenhuma
hipótese excludente da responsabilidade da instituição financeira. Consectariamente, rever tais
conclusões demandaria o reexame de matéria fático-probatória, o que é inviável em sede de
recurso especial, nos termos da Súmula nº 7 do Superior Tribunal de Justiça ("A pretensão de
simples reexame de prova não enseja recurso especial"). 4.Agravoregimentalnãoprovido. (AgRg no
Ag nº 1.388.725/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÃAS CUEVA, Terceira Turma, julgado aos
7/3/2013, DJe de 13/3/2013) (grifo nosso) Â Â Â Â Â Â Â Â Â AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. AÃÃO DE INDENIZAÃÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS, COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÃNCIA. RESPONSABILIDADE CIVIL. INSTITUIÃÃES
BANCÃRIAS. CHEQUES SUBTRAÃDOS E EMITIDOS COM ALTO VALOR QUE FUGIRAM DA
HABITUALIDADE DO CONSUMIDOR. FALHA NA PRESTAÃÃO DO SERVIÃO. SÃMULA 7 DO STJ.
AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. Nos termos da jurisprudência desta Corte, "As instituições
financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias" (REsp 1.197.929/PR, Rel. Ministro Luis
Felipe Salomão, Segunda Seção, julgado em 24/08/2011, DJe de 12/09/2011). 2. No caso, o eg.
Tribunal de Justiça, com arrimo no acervo fático-probatório carreado aos autos, concluiu que ficou
caracterizada responsabilidade da instituição financeira, ora agravante, haja vista a grande monta dos
valores dos cheques subtraÃ-dos e apresentados, que fugiram totalmente do habitual do consumidor. A
pretensão de alterar tal entendimento, considerando as circunstâncias do caso concre to, demandaria
revolvimento de matéria fático-probatória, inviável em sede de recurso especial, conforme dispõe a
Súmula 7/STJ. 3. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp 1741119/SP, Rel. Ministro RAUL
ARAÃJO, QUARTA TURMA, julgado em 20/09/2021, DJe 15/10/2021) (grifo nosso) Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Nesses termos, a celebração de contratos fraudulentos é considerada risco inerente à atividade
bancária, de maneira que o fato de terceiro não é capaz de, por si só, ilidir tal responsabilidade
nesses casos. Outrossim, o banco Réu não comprovou ter tomado as providências para a
segurança da operação bancária que ensejou a celebração do contrato fraudulento.      Â
    Ademais, oportuno o magistério de José de Aguiar Dias sobre o dano moral (in ¿Da
Responsabilidade Civil¿, Forense, Tomo II, 4ª ed., 1960, pág. 775):          ¿Ora, o
dano moral é o efeito não patrimonial da lesão do direito e não a própria lesão, abstratamente
considerada. O conceito de dano é único, e corresponde a lesão de direito.¿          Â
No mesmo sentindo, sobressai a lição do professor Carlos Alberto Bittar (in ¿Reparaço Civil por
Danos Morais¿, RT, 1993, págs. 41 e 202) sobre a extensão jurÃ-dica dos danos morais       Â
  ¿Qualificam-se como morais os danos em razo da esfera da subjetividade, ou do plano valorativo da
pessoa na sociedade, em que repercute o fato violador, havendo-se, portanto, como tais aqueles que
atingem os aspectos mais Ã-ntimos da personalidade humana (o da intimidade e da consideração
pessoal), ou o da própria valoraço da pessoa no meio em que vive e atua (o da reputaço ou da
consideração social)¿.           Em se tratando de dano moral, tem-se que o bem
jurÃ-dico ofendido consiste na lesão a direitos da personalidade. Destarte, ofendem-se a dignidade da
pessoa humana, sua honra, sua reputação, seus sentimentos           No caso concreto,
verifico que a Autora é pessoa idosa e teve seus dados pessoais utilizados sem a sua autorização
para realização de contrato inexistente. Ademais, foi cobrada mais de uma vez por dÃ-vida inexistente,
conforme documentos de fls. 23/24/26 e teve seu nome registrado em protesto de dÃ-vida, conforme
documento de fls. 28. Trata-se de situação vexatória para o consumidor e que agrava a
hipervulnerabilidade do Idoso, reconhecida pela legislação especial.          Nesse sentido,
tem a jurisprudência do STJ reconhecimento a caracterização de in re ipsa na hipótese de
inscrição indevida em cadastros de inadimplentes/protesto de dÃ-vida:         Â
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÃÃO
DECLARATÃRIA. APRECIAÃÃO DE TODAS AS QUESTÃES RELEVANTES DA LIDE PELO TRIBUNAL
DE ORIGEM. AUSÃNCIA DE AFRONTA AO ART. 1.022 DO CPC/2015. COBRANÃA ILEGAL.
PROTESTO INDEVIDO. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÃMULA N. 7/STJ. DANO MORAL IN RE IPSA.
SÃMULA N. 83 DO STJ. DECISÃO MANTIDA. 1. Inexiste afronta ao art. 1.022 do CPC/2015 quando o
acórdão recorrido pronuncia-se, de forma clara e suficiente, acerca das questões suscitadas nos
autos, manifestando-se sobre todos os argumentos que, em tese, poderiam infirmar a conclusão adotada
pelo JuÃ-zo. 2. O recurso especial não comporta exame de questões que impliquem revolvimento do
contexto fático-probatório dos autos (Súmula n. 7 do STJ). 3. No caso concreto, o Tribunal de origem
analisou a prova dos autos para concluir pelo abuso da cobrança e pelo protesto indevido do nome da
recorrida em órgãos de proteção ao crédito. Alterar tal conclusão é inviável em recurso
especial 4. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que, na hipótese de
protesto indevido de tÃ-tulo ou de inscrição irregular em cadastros de inadimplentes, o dano moral se
configura in re ipsa _ independentemente de prova. Aplicação da Súmula n. 83 do STJ.5. Agravo
interno a que se nega provimento. (AgInt no AREsp 1858119/SP, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS
FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 27/09/2021, DJe 30/09/2021) (grifo nosso) Â Â Â Â Â Â Â Â Â
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE PROMESSA DE
COMPRA E VENDA. RESCISÃO. INSCRIÃÃO DO NOME DO CONSUMIDOR EM ÃRGÃO DE
PROTEÃÃO AO CRÃDITO. ILEGALIDADE. REVISÃO. SÃMULA 7/STJ. INCIDÃNCIA DA SÃMULA
385/STJ. TESE NÃO PREQUESTIONADA. SÃMULA 211/STJ. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1.
Nos termos da jurisprudência do STJ, a inscrição indevida do nome do devedor no cadastro de
inadimplentes configura ato ilÃ-cito e enseja na reparação por dano moral. Incidência da Súmula
83/STJ (AgInt no AREsp 1.647.046/PR, Rel. Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma, julgado em 24/08/2020,
DJe 27/08/2020).2. Concluindo o Tribunal de origem que a negativação do nome do devedor foi
indevida, descabe ao STJ infirmar o posicionamento adotado, uma vez que seria preciso o revolvimento de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
fatos e provas, o que é vedado pela Súmula 7/STJ. 3. Não é possÃ-vel a análise da aplicação da
Súmula 385/STJ ao caso dos autos, pois inexistente o prequestionamento do tema no acórdão
prolatado pelo Tribunal a quo, o que atrai a incidência da Súmula 211/STJ.4. Esta Corte Superior
manifesta-se no sentido de que a intervenção desta egrégia Corte para alterar os valores fixados
pelas instâncias ordinárias a tÃ-tulo de reparação por danos morais somente se justifica nas
hipóteses em que estes se mostrem Ã-nfimos ou exorbitantes, não sendo este o caso dos autos (AgRg
na Rcl 4.847/SE, Rel. Ministro Raul Araújo, Segunda Seção, julgado em 09/02/2011, DJe 17/02/2011).
5. Agravo interno desprovido. (AgInt no AREsp 1781705/RJ, Rel. Ministro MARCO AURÃLIO BELLIZZE,
TERCEIRA TURMA, julgado em 12/04/2021, DJe 15/04/2021) (grifo nosso) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Outrossim,
conforme o artigo 2º da Lei 10.741/2003, ''o idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes Ã
pessoa humana, sem prejuÃ-zo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei
ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde fÃ-sica e
mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e
dignidade''           O artigo 4º do referido Estatuto prevê que ''Nenhum idoso será objeto
de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado
aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.''          O idoso
goza de proteção quanto à sua liberdade, imagem, identidade e autonomia, consoante §2º do artigo
10 do Estatuto do Idoso. Assim, deve ser reparada qualquer conduta que atente contra a livre
manifestação de vontade da pessoa idosa e utilize indevidamente seus dados pessoais.       Â
  Ademais, insta salientar que a proteção dos dados pessoais, com respeito à privacidade e Ã
autodeterminação é tutelada pela Lei 13.709/2018, a qual assim dispõe em seu artigo 2º:    Â
     Art. 2º A disciplina da proteção de dados pessoais tem como fundamentos:       Â
  I - o respeito à privacidade;          II - a autodeterminação informativa;        Â
 III - a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião;         Â
IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem; Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â (..) Â
         Art. 3º Esta Lei aplica-se a qualquer operação de tratamento realizada por pessoa
natural ou por pessoa jurÃ-dica de direito público ou privado, independentemente do meio, do paÃ-s de
sua sede ou do paÃ-s onde estejam localizados os dados, desde que: Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â III - os dados
pessoais objeto do tratamento tenham sido coletados no território nacional.              Â
          A Lei em comento prevê os requisitos para a utilização de dados pessoais e
também a responsabilização por danos de ordem patrimonial e moral decorrente do uso indevido de
dados, reforçando a exigência de consentimento/autorização de seu titular para o uso:       Â
  Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado nas seguintes hipóteses: Â
        I - mediante o fornecimento de consentimento pelo titular;          II - para o
cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;          III - pela
administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de dados necessários à execução
de polÃ-ticas públicas previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios ou
instrumentos congêneres, observadas as disposições do CapÃ-tulo IV desta Lei;          IV
- para a realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possÃ-vel, a
anonimização dos dados pessoais;          V - quando necessário para a execução de
contrato ou de procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte o titular, a pedido do
titular dos dados; Â Â Â Â Â Â Â Â Â VI - para o exercÃ-cio regular de direitos em processo judicial,
administrativo ou arbitral, esse último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de
Arbitragem) ;          VII - para a proteção da vida ou da incolumidade fÃ-sica do titular ou de
terceiro;          VIII - para a tutela da saúde, em procedimento realizado por profissionais da
área da saúde ou por entidades sanitárias;          VIII - para a tutela da saúde,
exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou
autoridade sanitária;     (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)     Vigência  Â
       IX - quando necessário para atender aos interesses legÃ-timos do controlador ou de
terceiro, exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a
proteção dos dados pessoais; ou          X - para a proteção do crédito, inclusive
quanto ao disposto na legislação pertinente.          (..)           Art. 42. O
controlador ou o operador que, em razão do exercÃ-cio de atividade de tratamento de dados pessoais,
causar a outrem dano patrimonial, moral, individual ou coletivo, em violação à legislação de
proteção de dados pessoais, é obrigado a repará-la          Dessa forma, está patente o
ato ilÃ-cito perpetrado pela Ré, a não empregou a diligência devida para a verificação com
segurança da autenticidade dos dados pessoais da autora, o que agravou a vulnerabilidade do Autor
enquanto pessoa idosa e consumidora, em razão da exposição indevida de seus dados pessoais a
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LOBO CASTELO BRANCO  Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO:
00020618020138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO A??o: Inventário em: 29/11/2021
INVENTARIANTE:EDINALDO BARROS MARTINS Representante(s): OAB 13372 - ALINE DE FATIMA
MARTINS DA COSTA (ADVOGADO) OAB 18843 - KARLA THAMIRIS NORONHA TOMAZ (ADVOGADO)
OAB 25759-B - DANIELE MAFRA FERNANDES TEIXEIRA (ADVOGADO) INVENTARIADO:IRENE
BARROS MARTINS INTERESSADO:DOMINGOS SOARES MARTINS Representante(s): OAB 14955 -
VITOR ANTONIO OLIVEIRA BAIA (ADVOGADO) INTERESSADO:REJANE MARIA BARROS MARTINS
Representante(s): OAB 14955 - VITOR ANTONIO OLIVEIRA BAIA (ADVOGADO) . D E C I S Ã O Â Â Â Â
       Vistos.            EDINALDO BARROS MARTINS ajuizou AÃÃO DE
INVENTÃRIO dos bens deixados por IRENE BARROS MARTINS. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Inicial fls. 02/04.
           Despacho inicial fls. 28.            Termo de compromisso da
inventariante fls. 29.            Primeiras declarações fls. 30/32.           Â
Petição do inventariante com concordância dos herdeiros constantes das fls. 34.          Â
 Petições do inventariante fls. 35 requerendo citação dos herdeiros.           Â
Petição do inventariante requerendo providências fls. 36/37.            Despacho
interlocutório e de diligências fls. 40.            Petição de fls. 41 renúncia de advogado
que patrocina o inventariante.            Petição de fls. 42/43 habilitando novos
advogados.            Petições do inventariante fls. 44/45, 47/48 requerendo
prosseguimento do feito.            Termo de primeiras declarações fls. 49/50.     Â
      Citação dos herdeiros fls. 51/53.            Impugnação às primeiras
declarações dos herdeiros fls. 54/61.            Petição do inventariante requerendo
prosseguimento do feito fls. 69/50.            Despacho de diligências fls. 52.       Â
    Manifestação do inventariante relativo à impugnação fls. 54/61, fls. 74/78.        Â
   Petição do inventariante requerendo prosseguimento do feito fls. 83/84.           Â
Petição de renúncia do advogado do inventariante fls. 86.            Petição do
inventariante fls. 87/88 requerendo prosseguimento do feito e exclusão de advogados e intimação
exclusivamente em nome dos advogados indicados.            Petições de renúncias de
advogados fls. 90 e 91.            Petição do inventariante fls. 92/94 apresentando
procuração dos poderes do herdeiro e viúvo DOMINGOS MARTINS, passando a integrar o
litisconsorte dos herdeiros vinculado ao inventariante, permanecendo com a impugnação à herdeira
REJANE MARTINS.            Petição fls. 95/96 com substabelecimento de advogados
pelo inventariante.            Petição de renúncia do advogado do inventariante fls. 97. Â
          Despacho de diligências fls. 98.            Petição do inventariante
requerendo providencias fls. 99/101.            Petição de renúncia do advogado do
inventariante fls. 102.            Despacho de diligência fls. 103/104.           Â
Petição de renúncia de advogado do inventariante fls. 105.            Diligências fls.
106/108.            Petição de renúncia de advogado do inventariante fls. 109.     Â
      Petição fls. 110/111 requerendo prosseguimento do feito.           Â
Petição de renúncia do advogado do inventariante fls. 112.            Petição do
inventariante requerendo prosseguimento do feito fls. 113/115.            Diligências fls.
116/117.            Decisão interlocutória fls. 118.            Petição do
inventariante cumprindo e requerendo diligências fls. 119/122, 123 e 124/126.           Â
Petição de renúncia do advogado do inventariante fls. 128.            Petição do
inventariante fls. 129/130 com manifestação e requerimento de providencias.           Â
Relatados.            Passo a decidir.            Questão de ordem 01: da
regularidade postulatória do inventariante.            Conforme se verifica, o inventariante
iniciou a demanda patrocinado pelo Complexo JurÃ-dico BAGLIOLI conforme procuração de fls. 06 dos
autos.            Durante a tramitação do processo encontramos as seguintes petições
apresentando renúncia: 41, 86, 90, 91, 97, 102, 105, 109, 112 e 128.            Assim
sendo, determino à secretaria da vara que exclua do presente feito todos os advogados nas petições
mencionadas que renunciaram o patrocÃ-nio da causa em favor do inventariante. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Que todas as publicações sejam feitas exclusivamente em nome da advogada indicada na petição
de fls. 128 pelo inventariante.            Quanto à situação dos herdeiros e do espolio.  Â
         à exceção da herdeira REJANE MARTINS, todos os demais herdeiros e o cônjuge
sobrevivente estão patrocinados pelo mesmo escritório, conforme petição de fls. 92 e procuração
de fls. 93.            A herdeira REJANE MARTINS é patrocinada pelo advogado de
procuração de fls. 65.            Em decisão interlocutória de fls. 118, o processo já
301
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
havia sido saneado quanto a este ponto, onde foram determinadas várias diligências.         Â
  Parte delas foram cumpridas fls. 120, 121, 122, 126.            Restam ainda para
completar as diligências, certidões fiscais do MunicÃ-pio de Belém e do MunicÃ-pio de Santa Izabel do
Pará, uma vez que um imóvel descrito nas primeiras declarações fls. 31 indica localização no
MunicÃ-pio de Santa Izabel do Pará.            Assim sendo, determino que o inventariante
apresente as certidões fiscais dos MunicÃ-pios de Belém e Santa Izabel do Pará, no prazo de 45
(quarenta e cinco) dias.            No mesmo prazo, deverá apresentar plano de partilha
amigável subscrito por todos os herdeiros e últimas declarações.            Na
petição de fls. 109/130, o inventariante requer audiência de conciliação entre os herdeiros.    Â
       Considerando que há apenas um herdeiro em tese discordando, a herdeira REJANE
MARTINS e uma vez que todos os demais e o cônjuge sobrevivente estão representados pelo mesmo
escritório, razão assiste para que não haja reunião de todos os herdeiros em audiência por conta da
pandemia, mas apenas conciliação entre o inventariante e a herdeira REJANE MARTINS.      Â
     Assim sendo, designo o dia 22/04/2021 à s 9h30 para AUDIÃNCIA DE CONCILIAÃÃO entre a
herdeira REJANE MARTINS e o inventariante.            Quanto à impugnação de fls.
54/61, postergo sua apreciação para depois da audiência, caso não haja conciliação entre os
herdeiros.            Por fim, conforme petição de fls. 129, esclareça a advogada do
inventariante sobre o estado jurÃ-dico do mesmo, uma vez que consta da petição que ele está
representado por curador, senhor JOÃO BATISTA CRUZ DOS SANTOS, informando se houve
intervenção judicial, termo de curatela e onde tramita o processo, no prazo de 45 (quarenta e cinco)
dias.            ConcluÃ-das todas as diligências, retornem os autos conclusos para
decisões necessárias.            Intime-se. Cumpra-se.            Belém, 05
de novembro de 2020.      ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO  Juiz de Direito da 7ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 00034765620118140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Cumprimento de sentença em: 29/11/2021 AUTOR:AMANDIO PINTO MONTEIRO
Representante(s): OAB 6190 - AIRTON JOSE DE VASCONCELOS (ADVOGADO) REU:ALBERTO
GOMES SALAME Representante(s): OAB 19649 - LUCAS ALBERTO ATHIAS SALAME (ADVOGADO)
OAB 21935 - RICARDO BRANDAO COELHO (ADVOGADO) REU:ALDENOR GOMES SALAME
Representante(s): OAB 3275 - ION ELOI DE ARAUJO VIDIGAL (ADVOGADO) REU:JOSE EDUARDO
CASTRO SALAME TERCEIRO:ION ELOI DE ARAUJO VIDIGAL Representante(s): OAB 3275 - ION ELOI
DE ARAUJO VIDIGAL (ADVOGADO) .                   Em respeito à Portaria
Conjunta nº 03/2018-GP/VP de 11.09.2018 e Portaria 1833/2020/GP que institui o Sistema de
Digitalização e Virtualização do 1º e 2º Graus do Poder Judiciário do Estado do Pará,
recentemente nomeado de Sistema de Digitalização e Virtualização do Estado do Pará com a
Portaria 1304/2021/GP, determino:       Remetam-se os autos ao Centro de Digitalização para
que proceda a conversão dos autos fÃ-sicos em eletrônicos para o sistema PJE.      Assim,
reservo-me apreciar eventuais questões suscitadas nos autos após retorno das diligências aqui
determinadas.      Determino as eventuais pendências de juntada, após remeta-se os autos ao
sistema de digitalização.      Cumpra-se.      Após a manifestação e digitalização,
conclusos.      Belém, 29 de novembro de 2021.             MARCO ANTONIO
LOBO CASTELO BRANCO  Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO:
00052482820158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Cautelar Inominada em: 29/11/2021
REQUERIDO:MAURY MASCOTTE MARQUES REQUERIDO:IVANILDO PEREIRA DOS SANTOS
REQUERENTE:JOÃO NAZARENO NASCIMENTO MORAES Representante(s): OAB 18532 - JOAO
NAZARENO NASCIMENTO MORAES JUNIOR (ADVOGADO) OAB 18371 - JULIANE LUSTOSA
MORAES (ADVOGADO) .                   Em respeito à Portaria Conjunta nº
03/2018-GP/VP de 11.09.2018 e Portaria 1833/2020/GP que institui o Sistema de Digitalização e
Virtualização do 1º e 2º Graus do Poder Judiciário do Estado do Pará, recentemente nomeado de
Sistema de Digitalização e Virtualização do Estado do Pará com a Portaria 1304/2021/GP,
determino:       Remetam-se os autos ao Centro de Digitalização para que proceda a
conversão dos autos fÃ-sicos em eletrônicos para o sistema PJE.      Assim, reservo-me apreciar
eventuais questões suscitadas nos autos após retorno das diligências aqui determinadas.     Â
Determino as eventuais pendências de juntada, após remeta-se os autos ao sistema de digitalização.
     Cumpra-se.      Após a manifestação e digitalização, conclusos.     Â
Belém, 29 de novembro de 2021.             MARCO ANTONIO LOBO CASTELO
BRANCO  Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO: 00064117220178140301
302
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
para o sistema PJE.      Assim, reservo-me apreciar eventuais questões suscitadas nos autos
após retorno das diligências aqui determinadas.      Determino as eventuais pendências de
juntada, após remeta-se os autos ao sistema de digitalização.      Cumpra-se.      Após
a manifestação e digitalização, conclusos.      Belém, 29 de novembro de 2021.     Â
       MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO  Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e
Empresarial PROCESSO: 00181160920138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 AUTOR:L. W. M. S. REPRESENTANTE:MILENE DO
SOCORRO MACEDO DA SILVA Representante(s): OAB 11480 - ANDERSON DA SILVA PEREIRA
(DEFENSOR) JOSE ANIJAR FRAGOSO REI (DEFENSOR) REU:DELPHOS SEGURADORA DPVAT.
TERMO DE AUDIÃNCIA               Aos vinte e cinco dias do mês de novembro do
ano dois mil e vinte e um (25/11/2021) à s 9h, na sala de audiências virtuais da 7ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital, prédio do Fórum CÃ-vel, presente o MM. Juiz de Direito, Exmo. Dr. Roberto
Cezar Oliveira Monteiro. Presente parte autora acompanhada da Defensoria Pública. Ausente o réu.
ABERTA AUDIÃNCIA: Pela ordem, frustrada a tentativa de conciliação face a ausência da parte ré,
não citada. Após a análise dos autos, constatou-se que não fora expedido o mandado de citação Ã
requerida. Nada mais havendo, encerro o presente termo. DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: Vistos etc.
Considerando o princÃ-pio da razoável duração do processo, deixo, neste momento, de designar nova
data para a realização de audiência de conciliação. Assim, determino seja citado o réu para
apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, alertando-o que se não contestar presumir-se-
ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pela parte autora (art. 344/CPC). Ciente parte autora.
Cite-se o réu ENCERRADO. EU, Clarice Folha, Analista Judiciária, acompanhei a audiência virtual por
meio do programa Microsoft Teams, efetuei a gravação da mesma, digitei, conferi e subscrevi o
presente termo. JUIZ DE DIREITO: PROCESSO: 00217617620128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 AUTOR:ALTAIR ALVES MOURÃO FILHO
AUTOR:DOMINGOS SÁVIO PIMENTEL DE ARAUJO AUTOR:LILIA SYBELLE CARDOSO TEIXEIRA
BRAZ AUTOR:KATIA MONTEIRO BATALHA AUTOR:MAMED ITANI CAVALCANTE Representante(s):
OAB 7961 - MICHEL FERRO E SILVA (ADVOGADO) OAB 7790 - JOSE HENRIQUE MOUTA ARAUJO
(ADVOGADO) OAB 28796 - PAOLA PAES BARRETO CHADY (ADVOGADO) REU:HELENITA SOUZA
DE SOUZA Representante(s): OAB 7072 - JOSE LUIS DA SILVA (ADVOGADO) . Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
       Em respeito à Portaria Conjunta nº 03/2018-GP/VP de 11.09.2018 e Portaria
1833/2020/GP que institui o Sistema de Digitalização e Virtualização do 1º e 2º Graus do Poder
Judiciário do Estado do Pará, recentemente nomeado de Sistema de Digitalização e Virtualização
do Estado do Pará com a Portaria 1304/2021/GP, determino:       Remetam-se os autos ao
Centro de Digitalização para que proceda a conversão dos autos fÃ-sicos em eletrônicos para o
sistema PJE.      Assim, reservo-me apreciar eventuais questões suscitadas nos autos após
retorno das diligências aqui determinadas.      Determino as eventuais pendências de juntada,
após remeta-se os autos ao sistema de digitalização.      Cumpra-se.      Após a
manifestação e digitalização, conclusos.      Belém, 29 de novembro de 2021.      Â
      MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO  Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e
Empresarial PROCESSO: 00230003120078140301 PROCESSO ANTIGO: 200710715052
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: INVENTÁRIO - SUCESSÕES em: 29/11/2021 ADVOGADO:NELSON RUBENS ROFFE BORGES
AUTOR:ALEXANDRE MAUES DA COSTA AUTOR:MARCIO ROBERTO MAUES DA COSTA
Representante(s): OAB 7359 - TELMA LUCIA BORBA PINHEIRO (ADVOGADO) OAB 14814 - FILIPE
BARBOSA ERICHSEN (ADVOGADO) OAB 9820 - MIUSHA DE LIMA GERARDO (ADVOGADO) OAB
14279 - ANTONIO ARAUJO DE OLIVEIRA JUNIOR (ADVOGADO) HERDEIRO:WALDEMAR MAUES DA
COSTA Representante(s): OAB 14397 - VASCO MARTINS DE BORBOREMA NETO (ADVOGADO) OAB
14088 - HIGOR TONON MAI (ADVOGADO) OAB 13925 - PEDRO HENRIQUE BARATA (ADVOGADO)
IZACARMEN MARTINS DA SILVA (ADVOGADO) ANA KARINE PEREIRA BRASIL (ADVOGADO)
INVENTARIADO:WALDEMAR CUNHA DA COSTA Representante(s): MARCIO ROBERTO MAUES DA
COSTA (ADVOGADO) NELSON RUBENS ROFFE BORGES (ADVOGADO) AUTOR:ADRIANA MAUES
DA COSTA MATTAR Representante(s): RAPHAEL SIQUEIRA (ADVOGADO) MARCIO ROBERTO
MAUES DA COSTA (ADVOGADO) AUTOR:FABIO MAUES DA COSTA INVENTARIADO:CRISTINA DA
SILVA MAUES COSTA INVENTARIANTE:MARIA ESMELINDA MAUES DA COSTA Representante(s):
OAB 1746 - REYNALDO ANDRADE DA SILVEIRA (ADVOGADO) OAB 9820 - MIUSHA DE LIMA
GERARDO (ADVOGADO) .                   Em respeito à Portaria Conjunta nº
304
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Representante(s): OAB 18634 - KARINA TUMA MAUES (ADVOGADO) OAB 4829 - ELIANE CRISTINA
ALCANTARA SCOFANO (ADVOGADO) REQUERIDO:CELIA REGINA RODRIGUES CAVALLERO
Representante(s): DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) . Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
        Em respeito à Portaria Conjunta nº 03/2018-GP/VP de 11.09.2018 e Portaria
1833/2020/GP que institui o Sistema de Digitalização e Virtualização do 1º e 2º Graus do Poder
Judiciário do Estado do Pará, recentemente nomeado de Sistema de Digitalização e Virtualização
do Estado do Pará com a Portaria 1304/2021/GP, determino:       Remetam-se os autos ao
Centro de Digitalização para que proceda a conversão dos autos fÃ-sicos em eletrônicos para o
sistema PJE.      Assim, reservo-me apreciar eventuais questões suscitadas nos autos após
retorno das diligências aqui determinadas.      Determino as eventuais pendências de juntada,
após remeta-se os autos ao sistema de digitalização.      Cumpra-se.      Após a
manifestação e digitalização, conclusos.      Belém, 29 de novembro de 2021.      Â
      MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO  Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e
Empresarial PROCESSO: 00527191120138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 AUTOR:PAULO PETRUCELLI Representante(s): OAB
1746 - REYNALDO ANDRADE DA SILVEIRA (ADVOGADO) OAB 7359 - TELMA LUCIA BORBA
PINHEIRO (ADVOGADO) OAB 12817 - ANDRE LUIS BITAR DE LIMA GARCIA (ADVOGADO)
REU:ANTÔNIO CARLOS REIS ALMEIDA E SOUZA Representante(s): OAB 14035 - JOSE FELIPE DE
PAULA BASTOS JUNIOR (ADVOGADO) .                   Em respeito à Portaria
Conjunta nº 03/2018-GP/VP de 11.09.2018 e Portaria 1833/2020/GP que institui o Sistema de
Digitalização e Virtualização do 1º e 2º Graus do Poder Judiciário do Estado do Pará,
recentemente nomeado de Sistema de Digitalização e Virtualização do Estado do Pará com a
Portaria 1304/2021/GP, determino:       Remetam-se os autos ao Centro de Digitalização para
que proceda a conversão dos autos fÃ-sicos em eletrônicos para o sistema PJE.      Assim,
reservo-me apreciar eventuais questões suscitadas nos autos após retorno das diligências aqui
determinadas.      Determino as eventuais pendências de juntada, após remeta-se os autos ao
sistema de digitalização.      Cumpra-se.      Após a manifestação e digitalização,
conclusos.      Belém, 29 de novembro de 2021.             MARCO ANTONIO
LOBO CASTELO BRANCO  Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO:
00603227220128140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Embargos à Execução em: 29/11/2021
EMBARGANTE:SLEIMAN SALEH EL SAYEGH Representante(s): OAB 8775 - MARIO ANTONIO
LOBATO DE PAIVA (ADVOGADO) OAB 10341 - PAULO IVAN BORGES SILVA (ADVOGADO) OAB
16140 - DANIEL FERNANDO CARDOSO PAES (ADVOGADO) EMBARGANTE:IMPORTADORA E
EXPORTADORA LATINA LTDA Representante(s): OAB 8775 - MARIO ANTONIO LOBATO DE PAIVA
(ADVOGADO) OAB 10341 - PAULO IVAN BORGES SILVA (ADVOGADO) OAB 18804 - DANNYELLE
EDITH DE SOUSA MONTEIRO (ADVOGADO) EMBARGADO:GLEBER DA SILVA MADURO
Representante(s): OAB 10341 - PAULO IVAN BORGES SILVA (ADVOGADO) OAB 16140 - DANIEL
FERNANDO CARDOSO PAES (ADVOGADO) OAB 22231 - WANDERSON SIQUEIRA RIBEIRO
(ADVOGADO) .                   Em respeito à Portaria Conjunta nº 03/2018-
GP/VP de 11.09.2018 e Portaria 1833/2020/GP que institui o Sistema de Digitalização e
Virtualização do 1º e 2º Graus do Poder Judiciário do Estado do Pará, recentemente nomeado de
Sistema de Digitalização e Virtualização do Estado do Pará com a Portaria 1304/2021/GP,
determino:       Remetam-se os autos ao Centro de Digitalização para que proceda a
conversão dos autos fÃ-sicos em eletrônicos para o sistema PJE.      Assim, reservo-me apreciar
eventuais questões suscitadas nos autos após retorno das diligências aqui determinadas.     Â
Determino as eventuais pendências de juntada, após remeta-se os autos ao sistema de digitalização.
     Cumpra-se.      Após a manifestação e digitalização, conclusos.     Â
Belém, 29 de novembro de 2021.             MARCO ANTONIO LOBO CASTELO
BRANCO  Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO: 00604976620128140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO
LOBO CASTELO BRANCO A??o: Exceção de Incompetência em: 29/11/2021 EXCIPIENTE:SLEIMAN
SALEH EL SAYEGH EXCIPIENTE:IMPORTADORA E EXPORTADORA LATINA LTDA Representante(s):
OAB 10341 - PAULO IVAN BORGES SILVA (ADVOGADO) OAB 16140 - DANIEL FERNANDO
CARDOSO PAES (ADVOGADO) OAB 18804 - DANNYELLE EDITH DE SOUSA MONTEIRO
(ADVOGADO) EXCEPTO:GLEBER DA SILVA MADURO Representante(s): OAB 11173 - MARCIA
CRISTINA VERDEROSA MONTEIRO (ADVOGADO) OAB 6942 - ISMAEL ANTONIO COELHO DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Estado do Pará apresentou Contestação, fls. 181/194, ocasião em que se posicionou pela
improcedência do pedido.                Defende em contestação que a operação
realizada pela empresa autora é denominada, pela lei, de redespacho, que não se confunde com
subcontratação, no qual a empresa transportadora contratada subcontrata outra e lhe repassa o trajeto
inteiro, esclarecendo-se que na subcontratação a primeira transportadora emite o Conhecimento de
Transporte, fazendo constar no campo ¿observação¿ os dados da subcontratação.
               Instado a se manifestar, fls. 197/202, o Representante do Ministério
Público Estadual entendeu pela necessidade de produção probatória.
               Réplica às fls. 206/219.                Em despacho
de fls. 246 foi determinado que as partes especificassem se possuem provas a produzir.
               A empresa requerente se manifestou pela produção de perÃ-cia fiscal-
contábil, a qual foi deferida em decisão de fls.251.                Assistente técnicos
e quesitos apresentados às fls. 255/258 e fls. 261/263.                Laudo pericial
apresentado às fls. 365/380, com anexos  às fls. 381/1849-1853/3165 (volume II, III, IV, V, VI, VII).
               Em decisão nos Autos do Agravo de Instrumento, fls. 267, foi
determinada a suspensão da exigibilidade do AINF nº 1251001885-1.
               ÿs fls. 3175 e fls. 3183 as partes apresentaram manifestação ao laudo
pericial.                Termo de Audiência às fls. 3215/3218.
               Laudo complementar apresentado às fls. 3219/3224.
               Intimadas, as partes apresentaram razões finais.
               Encaminhados os autos à UNAJ, custas pendentes recolhidas às fls.
3 3 0 5 .                à o r e l a t à ³ r i o .
               Decido.               Cuidam os presentes autos de
Ação Anulatória de Auto de Infração intentada por AMAZON TRANSPORTES LTDA em face do
Estado do Pará.                   Afirma a parte autora que foi lavrado Auto de
Infração e Notificação Fiscal nº 1251001885-1, referente ao lapso temporal de Agosto a Dezembro
de 1998, com fundamentação errônea.                   Aduz, ainda, que na
época em que ocorreu a atuação, a autora tinha filial na cidade de Manaus e que os contratos eram
celebrados no local onde era contratado o serviço e iniciada a prestação.
                  Que em razão da impossibilidade de se fazer o percurso Zona
Franca de Manaus/São Paulo por via unicamente rodoviária, em Belém a autora contratava os
serviços prestados por empresas que realizam transporte aquaviário apenas para o deslocamento de
seus semi-reboques em balsas no trecho Manaus-Belém, continuado por via rodoviária, através de
caminhões até o destino final, qual seja, a cidade de São Paulo.
                  Sendo a filial da autora apenas como apoio operacional de
transporte.                   Que o crédito tributário constituÃ-do em favor da
Fazenda Pública é indevido, pois a mesma não tem responsabilidade tributária referente ao
pagamento do ICMS reclamado, relativo ao transporte Belém/São Paulo, já que a prestação era
intermodal, com inÃ-cio em Manaus e término em São Paulo, já tendo sido pago o imposto para o
Estado do Amazonas                   Analisando o pedido formulado, observo
que merece acolhimento.        O ICMS incide nas operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior (art. 155, II, CF).
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (...) II - operações relativas
à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
       Nas operações relativas a circulação de mercadorias, temos que:
a)     operação: é necessário que haja um negócio jurÃ-dico; b)     circulação: são
fases de circulação até chegar ao consumidor final, por ser um imposto plurifásico;
c)     mercadoria: para o direito tributário, tem que se observar a destinação do bem; a
vendedora deve ter habitualidade na venda dessas mercadorias para ensejar o Fato Gerador do ICMS;
     Inicialmente, impede destacar que o Transporte Multimodal é aquela onde a carga utiliza mais
de um modal para chegar ao seu destino, tendo como responsável uma única pessoa jurÃ-dica ou
operador de transporte multimodal - OTM, regido por um único contrato, desde a origem até o destino,
por meios próprios ou por intermédio de terceiros.                   O Convênio
ICMS nº 90/89, prevê explicitamente que no transporte intermodal, o conhecimento de transporte será
emitido pelo preço total do serviço, devendo o imposto ser recolhido à unidade da Federação onde
se inicie a prestação do serviço, conforme os conhecimentos de transporte anexados aos autos, que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
informam a origem como sendo Manaus e o destino, como sendo o Estado de São Paulo, logo, deve ser
recolhido o ICMS para o Estado do Amazonas. Cláusula primeira No transporte intermodal o
conhecimento de transporte será emitido pelo preço total do serviço, devendo o imposto ser recolhido
à unidade da Federação onde se inicie a prestação do serviço, observado o seguinte: I - o
Conhecimento de Transporte poderá ser acrescido dos elementos necessários à caracterização do
serviço, incluÃ-dos os veÃ-culos transportadores e a indicação da modalidade do serviço; II - a cada
inÃ-cio de modalidade será emitido o Conhecimento de Transporte correspondente ao serviço a ser
executado; III - para fins de apuração do imposto, será lançado, a débito, o conhecimento
intermodal e, a crédito, o(s) conhecimento(s) emitido(s) ao ensejo da realização de cada modalidade
da prestação                   Assim, não poderia a autora ser autuada por falta
de recolhimento de ICMS incidente sobre a prestação de serviço de transporte no trecho
Belém/São Paulo, pois tal imposto é devido ao Estado do Amazonas, onde se iniciou a prestação
do serviço, caso contrário, a autora pagaria duas vezes o mesmo imposto.
                  No caso trazido aos autos, patente a natureza intermodal do
transporte realizado pela autora, visto que utilizou mais de um meio de transporte para transportar a carga
da origem ao destino, com emissão e documentos de transportes independentes ou de transportador
autônomo. Sendo necessário que o preço total da prestação do serviço tenha sido cobrado até p
destino, ainda que ocorra subcontratação, transbordo ou redespacho.
                  Se a autora emitiu os conhecimentos de transporte pelo trecho todo
(Manaus/São Paulo) e recolheu o imposto para o Estado do inÃ-cio da prestação, não cabe a ela
pagar novamente o ICMS para o Estado do Pará, em relação ao trajeto Belém/São Paulo, pois
estaria pagando duas vezes ICMS.                   DaÃ-, porque, não houve a
pratica do fato gerador de ICMS para o Estado do Pará, não se podendo falar em lançamento
tributário.                   Assim, também, se coaduna o laudo pericial
apresentado nos autos, que concluiu pela comprovação técnica de que a operação de transporte
MANAUS-SÿO PAULO foi cobrada e contratada por um valor global, sendo o ICMS- transporte recolhido
ao Estado do Amazonas, local que se iniciou a prestação dos serviços, bem como, o parecer
técnico contábil de fls. 3194/3198.                   Ante o exposto, JULGO
PROCEDENTE o pedido formulado na exordial e, desse modo, confirmo a decisão monocrática nos
Autos do Recurso de Agravo de Instrumento nº20053004023-3, pelo que declaro nulo Auto de
Infração e Notificação Fiscal - AINF nº 01251001885-1.
                  Condeno o requerido, Estado do Pará, em custas processuais e em
honorários advocatÃ-cios, que estabeleço, ex vi do art. 85 § 3º do CPC, em 10% (dez por cento)
do valor da causa. Consigno, todavia, que nos termos do art. 40, I da Lei Estadual nº 8.328/2015, deve
ser reconhecida a isenção do pagamento das custas à Fazenda Pública.
                  Sentença sujeita a reexame necessário.
                  P. R. I. - Arquive-se após o trânsito em julgado, registrando-se a
baixa processual, no que se refere ao quantitativo de processos de conhecimento, conforme gestão
processual.                   Belém, 04 de novembro de 2021. Mônica Maués
Naif Daibes JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital
contra a vontade da parte, o prosseguimento de um feito, especialmente quando estão em jogo direitos
disponÃ-veis, como os patrimoniais.      No caso dos autos, a desistência ocorreu antes mesmo de
ocorrida a triangulação processual, portanto dentro da previsão do art. 485, VIII, do CPC.
      Assim, para efeito do art. 200 do CPC e nos termos do art. 485, VIII, do CPC, HOMOLOGO o
pedido de desistência formulado pela autora para DECLARAR extinto o processo sem resolução do
mérito.            Sem condenação em custas e honorários.      P.R.I.C. -
Arquive-se após o trânsito em julgado, registrando-se a baixa processual nos moldes da resolução
nº 46, de 18 dezembro de 2007, do Conselho Nacional de Justiça - CNJ Belém- PA, 03 de novembro
de 2021. Mônica Maués Naif Daibes JuÃ-za de Direito titular da 3ª Vara de Execução Fisca
rescindido pelo Tribunal de Justiça - Aç¿o Rescisória com o mesmo número -, motivando recursos
para o Superior Tribunal de Justiça (AREsp 1316039) e Supremo Tribunal Federal (ARE 1299939),
ambos já alcançados pela coisa julgada.            A execuç¿o/cumprimento de
sentença e embargos, pressup¿e a existência de tÃ-tulo, o que n¿o mais existe.
           Em consequência, julgo extinto o processo.            Sem custas,
em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.            Sem honorários, considerando
que o Estado do Pará deu causa ao surgimento do feito.            Transitada em julgado,
arquive-se o processo.            Belém, 16 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes
do Nascimento Juiz da 2ª Vara da Fazenda
Justiça - Aç¿o Rescisória com o mesmo número -, motivando recursos para o Superior Tribunal de
Justiça (AREsp 1316039) e Supremo Tribunal Federal (ARE 1299939), ambos já alcançados pela
coisa julgada.            A execuç¿o/cumprimento de sentença e embargos, pressup¿e
a existência de tÃ-tulo, o que n¿o mais existe.            Em consequência, julgo extinto o
processo.            Sem custas, em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.
           Sem honorários, considerando que o Estado do Pará deu causa ao surgimento
do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transitada em julgado, arquive-se o processo.
           Belém, 16 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes do Nascimento Juiz da
2ª Vara da Fazenda
Justiça (AREsp 1316039) e Supremo Tribunal Federal (ARE 1299939), ambos já alcançados pela
coisa julgada.            A execuç¿o/cumprimento de sentença e embargos, pressup¿e
a existência de tÃ-tulo, o que n¿o mais existe.            Em consequência, julgo extinto o
processo.            Sem custas, em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.
           Sem honorários, considerando que o Estado do Pará deu causa ao surgimento
do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transitada em julgado, arquive-se o processo.
           Belém, 16 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes do Nascimento Juiz da
2ª Vara da Fazenda
Processo nº 0008829-05.1999.8.14.0301, em que s¿o partes o Sindicato dos Servidores Públicos
Estaduais no MunicÃ-pio de Belém no MunicÃ-pio de Belém - SISPEMB - e o Estado do Pará.
           O tÃ-tulo foi rescindido pelo Tribunal de Justiça - Aç¿o Rescisória com o
mesmo número -, motivando recursos para o Superior Tribunal de Justiça (AREsp 1316039) e Supremo
Tribunal Federal (ARE 1299939), ambos já alcançados pela coisa julgada.            A
execuç¿o/cumprimento de sentença e embargos, pressup¿e a existência de tÃ-tulo, o que n¿o
mais existe.            Em consequência, julgo extinto o processo.
           Sem custas, em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.
           Sem honorários, considerando que o Estado do Pará deu causa ao surgimento
do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transitada em julgado, arquive-se o processo.
           Belém, 18 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes do Nascimento Juiz da
2ª Vara da Fazenda
Justiça - Aç¿o Rescisória com o mesmo número -, motivando recursos para o Superior Tribunal de
Justiça (AREsp 1316039) e Supremo Tribunal Federal (ARE 1299939), ambos já alcançados pela
coisa julgada.            A execuç¿o/cumprimento de sentença e embargos, pressup¿e
a existência de tÃ-tulo, o que n¿o mais existe.            Em consequência, julgo extinto o
processo.            Sem custas, em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.
           Sem honorários, considerando que o Estado do Pará deu causa ao surgimento
do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transitada em julgado, arquive-se o processo.
           Belém, 18 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes do Nascimento Juiz da
2ª Vara da Fazenda
1316039) e Supremo Tribunal Federal (ARE 1299939), ambos já alcançados pela coisa julgada.
           A execuç¿o/cumprimento de sentença e embargos, pressup¿e a existência
de tÃ-tulo, o que n¿o mais existe.            Em consequência, julgo extinto o processo.
           Sem custas, em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.
           Sem honorários, considerando que o Estado do Pará deu causa ao surgimento
do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transitada em julgado, arquive-se o processo.
           Belém, 18 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes do Nascimento Juiz da
2ª Vara da Fazenda
de Justiça - Aç¿o Rescisória com o mesmo número -, motivando recursos para o Superior Tribunal
de Justiça (AREsp 1316039) e Supremo Tribunal Federal (ARE 1299939), ambos já alcançados pela
coisa julgada.            A execuç¿o/cumprimento de sentença e embargos, pressup¿e
a existência de tÃ-tulo, o que n¿o mais existe.            Em consequência, julgo extinto o
processo.            Sem custas, em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.
           Sem honorários, considerando que o Estado do Pará deu causa ao surgimento
do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transitada em julgado, arquive-se o processo.
           Belém, 18 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes do Nascimento Juiz da
2ª Vara da Fazenda
- Aç¿o Rescisória com o mesmo número -, motivando recursos para o Superior Tribunal de Justiça
(AREsp 1316039) e Supremo Tribunal Federal (ARE 1299939), ambos já alcançados pela coisa julgada.
           A execuç¿o/cumprimento de sentença e embargos, pressup¿e a existência
de tÃ-tulo, o que n¿o mais existe.            Em consequência, julgo extinto o processo.
           Sem custas, em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.
           Sem honorários, considerando que o Estado do Pará deu causa ao surgimento
do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transitada em julgado, arquive-se o processo.
           Belém, 19 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes do Nascimento Juiz da
2ª Vara da Fazenda
Tribunal Federal (ARE 1299939), ambos já alcançados pela coisa julgada.            A
execuç¿o/cumprimento de sentença e embargos, pressup¿e a existência de tÃ-tulo, o que n¿o
mais existe.            Em consequência, julgo extinto o processo.
           Sem custas, em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.
           Sem honorários, considerando que o Estado do Pará deu causa ao surgimento
do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transitada em julgado, arquive-se o processo.
           Belém, 19 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes do Nascimento Juiz da
2ª Vara da Fazenda
05.1999.8.14.0301, em que s¿o partes o Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais no MunicÃ-pio de
Belém no MunicÃ-pio de Belém - SISPEMB - e o Estado do Pará.            O tÃ-tulo foi
rescindido pelo Tribunal de Justiça - Aç¿o Rescisória com o mesmo número -, motivando recursos
para o Superior Tribunal de Justiça (AREsp 1316039) e Supremo Tribunal Federal (ARE 1299939),
ambos já alcançados pela coisa julgada.            A execuç¿o/cumprimento de
sentença e embargos, pressup¿e a existência de tÃ-tulo, o que n¿o mais existe.
           Em consequência, julgo extinto o processo.            Sem custas,
em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.            Sem honorários, considerando
que o Estado do Pará deu causa ao surgimento do feito.            Transitada em julgado,
arquive-se o processo.            Belém, 19 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes
do Nascimento Juiz da 2ª Vara da Fazenda
s¿o partes o Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais no MunicÃ-pio de Belém no MunicÃ-pio de
Belém - SISPEMB - e o Estado do Pará.            O tÃ-tulo foi rescindido pelo Tribunal de
Justiça - Aç¿o Rescisória com o mesmo número -, motivando recursos para o Superior Tribunal de
Justiça (AREsp 1316039) e Supremo Tribunal Federal (ARE 1299939), ambos já alcançados pela
coisa julgada.            A execuç¿o/cumprimento de sentença e embargos, pressup¿e
a existência de tÃ-tulo, o que n¿o mais existe.            Em consequência, julgo extinto o
processo.            Sem custas, em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.
           Sem honorários, considerando que o Estado do Pará deu causa ao surgimento
do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transitada em julgado, arquive-se o processo.
           Belém, 19 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes do Nascimento Juiz da
2ª Vara da Fazenda
FÓRUM CRIMINAL
excepcionais em que, configurada flagrante ilegalidade apta a gerar constrangimento ilegal, seja possÃ-vel
a concessão da ordem de ofÃ-cio. II - Não se verifica cerceamento de defesa no indeferimento da
reconstituição simulada dos fatos, pois as instâncias ordinárias fundamentaram a sua
desnecessidade no caso concreto, afirmando que a finalidade da prova é a de esclarecer a forma pela
qual o crime foi praticado, e não o de verificar as caracterÃ-sticas fÃ-sicas do acusado. III - Como é
cediço, o art. 400, § 1º, do CPP, autoriza o Magistrado a indeferir as provas que considerar
irrelevantes, impertinentes ou protelatórias, uma vez que é ele o destinatário da prova. Dessa forma, o
indeferimento fundamentado da prova requerida pelo acusado, não revela cerceamento de defesa,
quando justificada sua desnecessidade para o deslinde da controvérsia. IV - Inviável o acolhimento do
pedido de absolvição do paciente, pois demandaria o exame aprofundado de todo conjunto probatório,
como forma de desconstituir as conclusões das instâncias ordinárias, soberanas na análise dos fatos,
providência inviável de ser realizada dentro dos estreitos limites do habeas corpus, que não admite
dilação probatória. V - O reconhecimento fotográfico não é inválido como meio de prova, pois,
conquanto seja aconselhável a utilização, por analogia, das regras previstas no art. 226 do Código de
Processo Penal, as disposições nele previstas são meras recomendações, cuja inobservância
não causa, por si só, a nulidade do ato. Precedentes. VI - In casu, consta que o reconhecimento
fotográfico não foi o único elemento de prova a fundamentar a condenação, pois foi corroborado por
outros elementos, como "termos de reconhecimento pessoal" e os "relatos efetuados pelos ofendidos em
juÃ-zo". Habeas corpus não conhecido. (STJ - HC: 427051 SC 2017/0311185-5, Relator: Ministro FELIX
FISCHER, Data de Julgamento: 05/04/2018, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe
10/04/2018)           Ante o exposto, com fulcro no art. 400, §1°, do CPP, entendo
irrelevante a reconstituição do crime, pelo que INDEFIRO o pedido. Belém, 19 de novembro de 2021.
DRA. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da Vara do Júri da Comarca de
Ananindeua-PA
estilo e sob as cautelas legais, na forma do Artigo 602, do Código de Processo Penal. CUMPRA-SE COM
URGÃNCIA. Belém, 23 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito
Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA PROCESSO: 00120716220078140401
PROCESSO ANTIGO: 200720360748 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA
SANDOVAL COLLYER A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 23/11/2021
DENUNCIADO:MARIO JORGE FELIX DE ASSUNCAO REU:JOSE MARCIO DE SOUZA
Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) VITIMA:D. D. S. VITIMA:F. T. .
Processo nº. 0012071-62.2007.814.0401 Ação Penal - Artigo 157, §2°, inciso II, do Código Penal
Autor: Ministério Público Acusado: MARIO JORGE FELIX DE ASSUNÃÃO
______________________________________________________________________ SENTENÃA Â Â Â
      Trata-se de Denúncia formulada pelo Ministério Público, para apurar crime de Roubo
Majorado pelo concurso de pessoas, praticado por MARIO JORGE FELIX DE ASSUNÃÃO e JOSÃ
MARCIO DE SOUZA.          Analisando os autos, constata-se que foi proferida Sentença
Penal Condenatória (fls. 154/158), e após Recurso de Apelação transitou em julgado em 01 de
março de 2010.          Preceitua o Art. 110, do Código Penal: Art. 110. A prescrição
depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos
prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de 1/3 (um terço), se o condenado é
reincidente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â O acusado foi condenado a uma pena definitiva de 04 (quatro) anos de
reclusão e 10 (dez) dias-multa, logo, o prazo prescricional para execução da pena imposta seria de 08
(oito) anos.          Assim, cumprindo a determinação contida no artigo acima transcrito e na
forma do Artigo 109, III, do Código Penal, a pena concretamente aplicada foi alcançada pela
prescrição, eis que transcorreram mais de 08 (oito) anos sem que o Estado lograsse êxito na
pretensão executória da sentença. Logo prescrita a pretensão executória do Estado.       Â
  Ante o exposto reconheço prescrita a pretensão executória do Estado, quanto ao nacional MARIO
JORGE FELIX DE ASSUNÃÃO, devidamente qualificado os autos, pela prática do crime definido no
Artigo 157, §2°, inciso II, do Código Penal, e por consequência declaro extinta a punibilidade nos
moldes do Art. 107, IV c/c Art. 110 e ainda Art. 109, IV, todos do Código Penal.         Â
Publique-se, registre-se, intime-se e cumpra-se.          Após, arquivem-se com as cautelas
legais. Belém, 23 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da
3ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA PROCESSO: 00167002120188140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER
A??o: Ação Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 23/11/2021 QUERELANTE:KARL MARX DA SILVA
SANTOS Representante(s): OAB 20955 - LUIZ VICTOR ALMEIDA DE ARAUJO (ADVOGADO) OAB
23910 - KARL MARX DA SILVA SANTOS (ADVOGADO) QUERELADO:HIRLEY DANNIELLY CORREA
RIBEIRO. DESPACHO 1-Â Â Â Â Â Cumpra-se o item 03 e 04 do despacho de fl. 90. CUMPRA-SE COM
URGÃNCIA. Belém, 23 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito
Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA PROCESSO: 00190199820148140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL
COLLYER A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 23/11/2021 VITIMA:A. K. S. G.
DENUNCIADO:FRANCISCO AGEMILSON ROSA DE LIMA Representante(s): OAB 7491 - MOACIR
NUNES DO NASCIMENTO (ADVOGADO) . DESPACHO 1.     Considerando a certidão de fl. 86
nomeio a Defensoria Pública para patrocinar a causa, pelo que determino vista dos autos ao Defensor
atuante nesta circunscrição judiciária para apresentação da resposta à acusação. CUMPRA-SE
COM URGÃNCIA. Belém, 23 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito
Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA PROCESSO: 00218626020198140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL
COLLYER A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 23/11/2021 VITIMA:O. E.
DENUNCIADO:MARCELO LIMA MORAES Representante(s): OAB 19774 - BRENO BRAZIL DE ALMEIDA
LINS (ADVOGADO) OAB 31386 - LUCAS SANTOS CUTRIM (ADVOGADO) DENUNCIADO:ADRIANO
COSTA MORAES Representante(s): OAB 21174 - ALEXANDRE ANDRE BRITO REIS (ADVOGADO) .
DESPACHO      Intime-se o Dr. Alexandre André Brito Reis, OAB/PA 12174 para apresentar
resposta à acusação em favor de Adriano Costa Moraes, no prazo de 10 (dez) dias. CUMPRA-SE
COM URGÃNCIA. Belém, 23 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito
Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA PROCESSO: 00296789320198140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL
COLLYER A??o: Insanidade Mental do Acusado em: 23/11/2021 PACIENTE:MARCELO MONTEIRO DA
SILVA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (CURADOR) . DESPACHO Â Â Â Â Â Diante
do teor constante da certidão de fl. 16 e do oficio de fl. 17, em que informa a ausência do nacional
384
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Marcelo Monteiro da Silva para realização do exame de incidente de insanidade, dê-se vista dos autos
ao Ministério Público para manifestação. CUMPRA-SE. Belém, 23 de novembro de 2021.
CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém-
PA PROCESSO: 00034227920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 24/11/2021 DENUNCIADO:ALUIZIO DIOGO DE SOUZA
DENUNCIADO:JOSE SALIN GOMES DE SOUSA VITIMA:A. C. . DESPACHO 1.     Considerando
a certidão de fl. 27, dê-se vista dos autos ao Ministério Público para manifestação, bem como
para o que entender necessário. 2.     Após, conclusos. CUMPRA-SE COM URGÃNCIA.
Belém, 24 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª
Vara Criminal da Comarca de Belém-PA PROCESSO: 00040025120168140401 PROCESSO ANTIGO: -
--- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 24/11/2021 DENUNCIADO:ARNALDO DE JESUS BRAGA
Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR PÚBLICO
- NAEM) VITIMA:D. F. S. E. S. . DECISÃO INTERLOCUTÃRIA 1.     Recebo a Apelação
interposta pela Defesa do réu ARNALDO DE JESUS BRAGA (fl.80), eis que tempestiva. 2.    Â
Dê-se vista dos autos à Defensoria Pública parte para apresentação de razões recursais e, após,
ao Ministério Público para apresentar contrarrazões, tudo no prazo legal. 3.     Apresentadas,
encaminhem-se os autos, ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com as homenagens de
estilo e sob as cautelas legais, na forma do Artigo 602, do Código de Processo Penal. CUMPRA-SE COM
URGÃNCIA. Belém, 24 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito
Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA PROCESSO: 00058573720098140401
PROCESSO ANTIGO: 200920204431 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA
SANDOVAL COLLYER A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 24/11/2021 DENUNCIADO:JEAN
MANITO DA SILVA Representante(s): OAB 7209 - DIB ELIAS FILHO (ADVOGADO) OAB 7249 - ILSON
JOSE CORREA PEDROSO (ADVOGADO) VITIMA:R. C. S. . DESPACHO 1.     Considerando o
trânsito em julgado da sentença condenatória e, diante do Acórdão n° 217144/2021 o qual
manteve o mesmo regime de cumprimento de pena (semiaberto), expeça-se mandado de prisão em
desfavor do condenado JEAN MANITO DA SILVA. 2.     Com o cumprimento do mandado de
prisão, expeça-se a guia definitiva, no regime de pena determinado. CUMPRA-SE COM URGÃNCIA.
Belém, 24 de novembro de 2021 CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara
Criminal da Comarca de Belém PROCESSO: 00058685520208140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 24/11/2021 VITIMA:I. A. L. DENUNCIADO:LEONIDAS LUIS
DAMASCENO PINTO Representante(s): OAB 11054 - EDINETH DE CASTRO PIRES (ADVOGADO) .
DESPACHO 1.     Considerando que o acusado foi citado por hora certa, cumpra-se o inteiro teor
do art. 362 doo CPP, devendo ser enviado cópia da denúncia ao endereço do réu. 2.    Â
Após a diligência e decorrido o prazo de 10 dias do encaminhamento da denúncia sem
apresentação de Resposta à Acusação, dê-se vista dos autos à Defensoria Pública. CUMPRA-SE
COM URGÃNCIA. Belém, 24 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito
Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA PROCESSO: 00072768120208140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL
COLLYER A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 24/11/2021 VITIMA:C. L. A. B.
DENUNCIADO:HERBERT DE SOUSA FURTADO DENUNCIADO:LOU FAKN ALMEIDA. DESPACHO 1.Â
    Considerando a certidão de fl. 25 e decorrido o prazo para apresentação de Resposta Ã
Acusação, nomeio a Defensoria Pública para patrocinar a causa, pelo que determino vista dos autos
ao Defensor atuante nesta circunscrição judiciária para apresentação da peça processual
cabÃ-vel. CUMPRA-SE COM URGÃNCIA. Belém, 24 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL
COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA PROCESSO:
00078581820198140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 24/11/2021
DENUNCIADO:ROSILENE SOARES GUEDES Representante(s): OAB 7570 - SIMONE DO SOCORRO
FIGUEIREDO GOMES (ADVOGADO) OAB 26447 - JULIANA BORGES NUNES (ADVOGADO) VITIMA:O.
E. . DECISÃO          Trata-se de pedido realizado pela ré para cumprimento de sua pena na
Comarca de Goiânia, pois está atualmente residindo e trabalhando naquela Comarca.        Â
 Com o pedido informou seu atual endereço.          à o relatório.          Em
que pese o pedido da Defesa de cumprir sua pena em outra Comarca, o entendimento atual é de que
inda que o(a) apenado(a) tenha mudado de domicÃ-lio, a competência da execução de suaÂ
385
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
        Ressalta-se, ainda, que o acusado terá a oportunidade de ser ouvido na fase instrutória
e ser devidamente assistido por sua Defesa, lhes sendo garantido os princÃ-pios do contraditório e da
ampla defesa, sendo assim irrelevante o teor do seu depoimento colhido na fase investigatória.     Â
   A legislação processual em vigor (CPP, art. 397), define as hipóteses de absolvição sumária
no procedimento comum, usado subsidiariamente no procedimento especial, e do exame dos autos, não
vejo como absolvê-lo sumariamente, pois nessa fase, para que o Magistrado prolate sentença
absolvendo sumariamente o acusado, é preciso que a decisão seja calcada em um JuÃ-zo de certeza,
tal como lhe é exigido para exarar, no final do processo, sentença condenatória. Portanto, não
vislumbro nenhuma das causas previstas no artigo 397 do CPP. Â Â Â Â Â Â Â Â Isto posto, rejeito as
preliminares e por não haver hipótese de absolvição sumária, RECEBO A DENÃNCIA constante em
fls. 43/46, porque presentes os pressupostos processuais e as condições para o regular exercÃ-cio da
ação, esculpidos no artigo 41 do CPP, não incidindo nenhuma das hipóteses de rejeição da
denúncia elencadas no artigo 395 do já mencionado Estatuto Processual Penal, sendo certo, que a
exordial descreve, em tese, fato delituoso imputado aos réus, impondo o juÃ-zo de admissibilidade
positivo. Assim, deve a denúncia ser recebida, com fulcro no artigo 56 da Lei nº. 11.343/2006.     Â
   Determino o prosseguimento do feito, designando para tanto audiência de instrução e
julgamento para o dia 07 de abril de 2022, Ã s 09h, sendo promovidas as seguintes medidas para a
realização do ato:         I - Intime-se o réu, requisitando-o se necessário, para
comparecimento a referida audiência instrutória, ocasião em que será procedido o seu interrogatório,
ato este que será deslocado para após a oitiva das testemunhas indicadas pela acusação e defesa, e
se necessário, expeça-se carta precatória, com prazo de 30 (trinta) dias, sempre com o conhecimento
da acusação e da defesa;         II - Notifiquem-se as testemunhas de acusação arroladas
na peça vestibular para comparecimento a instrução processual, e se necessário, expeça-se carta
precatória, com prazo de 60 (sessenta) dias, sempre com o conhecimento da acusação e da defesa; Â
       III - Notifiquem-se as testemunhas indicadas na defesa prévia, se houverem, para
comparecimento a instrução do feito, e se necessário, expeça-se carta precatória, com prazo de 60
(sessenta) dias, sempre com o conhecimento da acusação e da defesa;         IV - Intime-se
a defesa do réu, pessoalmente se defensor público, ou pelo diário de justiça, se advogado particular;
        V - Intime-se pessoalmente o Promotor de Justiça;         VI - Requisite-se o
laudo toxicológico definitivo, caso ainda não tenha sido providenciado, para tanto se oficie à Direção
do Centro de PerÃ-cias CientÃ-ficas RENATO CHAVES, salientando o seu envio no prazo de 05 (cinco)
dias, contados do recebimento do ofÃ-cio;         VII - Juntem-se as certidões de praxe.    Â
    Diligencie-se. Cumpra-se.         Belém - PA, 24 de novembro de 2021. CRISTINA
SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA
PROCESSO: 00182845520208140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 24/11/2021 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:IUSEF RENATO MOREIRA
BARROS Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR
PÚBLICO - NAEM) . DECISÃO INTERLOCUTÃRIA 1.     Recebo a Apelação interposta pela
Defesa do réu IUSEF RENATO MOREIRA BARROS (fl. 50), eis que tempestiva. 2.     Dê-se
vista dos autos à Defensoria Pública parte para apresentação de razões recursais e, após, ao
Ministério Público para apresentar contrarrazões, tudo no prazo legal. 3.     Apresentadas,
encaminhem-se os autos, ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com as homenagens de
estilo e sob as cautelas legais, na forma do Artigo 602, do Código de Processo Penal. CUMPRA-SE COM
URGÃNCIA. Belém, 24 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito
Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA PROCESSO: 00194052120208140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL
COLLYER A??o: Termo Circunstanciado em: 24/11/2021 AUTOR DO FATO:DALCI LOBO VELOSO
AUTOR DO FATO:MIGUEL ARCANJO VOLOSO JUNIOR AUTOR DO FATO:VITORIA CUNHA PAIVA
VITIMA:O. E. . Processo nº. 0019405-21.2020.8.14.0401 Inquérito policial tombo n.º
00003/2020.100683-0 Indiciado(s): Em apuração Imputação Penal: arts. 329 e 331, ambos do
Código Penal DECISÃO O Representante do Ãrgão Ministerial, ao receber o presente inquérito,
deixou de oferecer a competente denúncia pois não vislumbrou indÃ-cios suficientes de autoria para
promoção da ação penal. à o relatório. Decido. A legislação Processual Penal Brasileira faculta
ao Representante do Ministério Público a prerrogativa de requerer o arquivamento do Inquérito
Policial, desde que a peça informativa careça de elementos suficientes ao oferecimento da denúncia,
a qual, uma vez recebida, inicia a Ação Penal. O Juiz precisa da formalização de uma demanda
penal pelo Ministério Público. Se aquele a quem cabe acusar entende que o inquérito não sustenta
389
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
a formalização de uma denúncia, seja porque o fato não tem relevância penal, seja porque a tendo,
não há prova convincente da sua ocorrência ou qualquer outro motivo que o leve pela não
promoção da ação penal, restando, assim, ao JuÃ-zo somente aceitar os argumentos e arquivar a
peça policial, em tributo a essência do sistema acusatório entabulado na Constituição Federal
Brasileira. CONCLUSÃO Em face do exposto, julgo procedente o requerimento proposto pelo Ãrgão
Ministerial, acolhendo de plano as suas razões exaradas nos autos, e determino o arquivamento do
presente procedimento policial, uma vez que não foram encontrados elementos de autoria do fato ao tipo
penal descrito. Havendo bens apreendidos, declaro a perda, em favor da União, ressalvado o direito do
lesado ou de terceiro de boa-fé, das coisas apreendidas cujo o fabrico, alienação, uso, porte ou
detenção forem proibidos, de acordo com o estabelecido no artigo 91, incisos I e II, letra ¿a¿ e
¿b¿, do CPB, devendo as armas ou munições eventualmente apreendidas serem destinadas ao
Exército Brasileiro, conforme dispõe o artigo 25, da Lei nº.10.826/2003, se for o caso.  As coisas
apreendidas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção forem permitidos, se não reclamadas
no prazo de 90 (noventa) dias após o trânsito em julgado desta sentença, serão vendidas em leilão,
depositando-se o valor arrecadado em conta bancária à disposição do JuÃ-zo de Ausentes, nos termos
do comando legal do artigo 123, do CPP, ressalvados os direitos de terceiros de boa-fé. Caso haja
fiança depositada, determino a restituição ao indiciado ou ao seu advogado constituÃ-do. Em não
comparecendo o indiciado e nem seu patrono judicial com a finalidade de reaver a fiança, o valor deve
ser recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei, conforme os artigos 336 e 345 do CPP. P.R e I.
Belém - PA, 24 de novembro de 2021 CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª
Vara Penal da Comarca de Belém - PA PROCESSO: 00205756220198140401 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 24/11/2021 DENUNCIADO:FRANCILENE COUTINHO FURTADO
Representante(s): OAB 17408 - JAMILE GOMES EL HUSNY (ADVOGADO) OAB 6659-B - MAURO JOAO
MACEDO DA SILVA (ADVOGADO) VITIMA:O. E. . DECISÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Tratam os autos de
ação penal ajuizado pelo MINISTÃRIO PÃBLICO ESTADUAL contra FRANCILENE COUTINHO
FURTADO, já identificada nos autos, imputando-lhes o crime definido no artigo 33, caput, da Lei nº.
11.343/06.          A ré não foi notificado pessoalmente (fl. 28).          A ré,
por intermédio de seu Advogado, apresentou DEFESA não tendo sido arguidas preliminares,
manifestando-se, em resumo, que não sabia dos fatos e que é pessoa trabalhadora.         Â
          Vieram-me os autos conclusos.          Passo a decidir.        Â
 Da absolvição sumária.          A legislação processual em vigor (CPP, art. 397),
define as hipóteses de absolvição sumária no procedimento comum, usado subsidiariamente no
procedimento especial, e do exame dos autos, não vejo como absolvê-lo sumariamente, pois nessa
fase, para que o Magistrado prolate sentença absolvendo sumariamente o acusado, é preciso que a
decisão seja calcada em um JuÃ-zo de certeza, tal como lhe é exigido para exarar, no final do processo,
sentença condenatória. Portanto, não vislumbro nenhuma das causas previstas no artigo 397 do CPP.
         Do recebimento da denúncia.          Analisando detidamente os autos,
observo os requisitos formais para o recebimento da exordial acusatória esculpidos no artigo 41 do CPP,
não incidindo nenhuma das hipóteses de rejeição da denúncia elencadas no artigo 395 do já
mencionado Estatuto Processual Penal, sendo certo, que a exordial descreve, em tese, fato delituoso
imputado a ré, impondo o juÃ-zo de admissibilidade positivo. Assim, deve a denúncia ser recebida, com
fulcro no artigo 56 da Lei nº. 11.343/2006.          Ante ao todo ponderado, e, por não ser
caso de absolvição sumária, RECEBO a DENÃNCIA oferecida pelo MINISTÃRIO PÃBLICO do Estado
do Pará contra FRANCILENE COUTINHO FURTADO, e determino o prosseguimento do feito,
designando audiência de instrução e julgamento para o dia 25 de agosto de 2022, às 10h15min.
sendo promovidas as seguintes medidas para a realização do ato:          I - Intime-se a
ré, requisitando-a se necessário, para comparecimento a referida audiência instrutória, ocasião em
que será procedido o seu interrogatório, ato este que será deslocado para após a oitiva das
testemunhas indicadas pela acusação e defesa, e se necessário, expeça-se carta precatória, com
prazo de 30 (trinta) dias, sempre com o conhecimento da acusação e da defesa;          II -
Notifiquem-se as testemunhas de acusação arroladas na peça vestibular para comparecimento a
instrução processual, e se necessário, expeça-se carta precatória, com prazo de 60 (sessenta) dias,
sempre com o conhecimento da acusação e da defesa;          III - Notifiquem-se as
testemunhas indicadas na defesa prévia, se houverem, para comparecimento a instrução do feito, e
se necessário, expeça-se carta precatória, com prazo de 60 (sessenta) dias, sempre com o
conhecimento da acusação e da defesa;          IV - Intime-se a defesa da ré,
pessoalmente se defensor público, ou pelo diário de justiça, se advogado particular;         Â
390
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
que para a absolvição sumária as provas carreadas aos autos, devem ser seguras, sem qualquer
resquÃ-cio de dúvida. Deve a prova apresentar-se lÃ-mpida e segura, de modo a convencer o JuÃ-zo da
existência de uma circunstância que exclua o crime ou isente de pena o réu. Não pode haver
dúvidas quanto à existência dessa circunstância. Assim já se manifestou o mestre Julio Fabrini
Mirabete: ¿Para a absolvição sumária nos crimes de competência do Júri é necessário que haja
prova segura, incontroversa, plena, lÃ-mpida, cumpridamente demonstrada e escoimada de qualquer
dúvida pertinente à justificativa ou dirimente, de tal modo que a formulação de um juÃ-zo de
admissibilidade de acusação representaria uma manifesta injustiça.¿. Não é o caso dos autos.
As provas se mostram frágeis e inconclusivas para o reconhecimento de qualquer circunstância que
absolva sumariamente a Ré, principalmente pelo fato de que devem ser colhidas na instrução para
uma decisão justa deste JuÃ-zo, o que fará após a instrução do processo, na análise do mérito.
Ante o exposto, indefiro os pedidos requeridos pela ré, defiro as provas produzidas pelas partes, e
designo audiência de instrução e julgamento para o dia 09 de maio de 2022, às 10h45min, ante a
extensa pauta de audiências, sendo promovidas as seguintes medidas: 01 - Notificação das
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa da ré, para fazerem-se presentes a audiência
acima designada. Se as testemunhas arroladas pelas partes residem foram da jurisdição do JuÃ-zo, por
medida de economia processual e tendo em vista o princÃ-pio constitucional da razoável duração do
processo, expeça-se carta precatória nos termos do artigo 222 do CPP, com prazo de 60 (sessenta)
dias, intimando-se acusação e defesa; 02 - Requisição (preso) ou intimação (solto) do réu, se
necessário expeça-se carta precatória, com prazo de 30 (trinta) dias, para conhecimento da audiência
de instrução e julgamento; 03 - Intimação da defesa da ré. 04 - Intimação pessoal do Promotor
de Justiça; 05 - Juntada das certidões de antecedentes criminais e de primariedade atualizadas do
réu, caso ainda não tenham sido providenciadas; Diligencie-se. Cumpra-se. Belém - PA, 25 de
novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do
JuÃ-zo Singular de Belém/PA PROCESSO: 00154741020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Inquérito
Policial em: 25/11/2021 VITIMA:O. E. INDICIADO:ADRIANY PORTAL SOARES Representante(s): OAB
21174 - ALEXANDRE ANDRE BRITO REIS (ADVOGADO) . DESPACHO 1.     Intime-se o Dr.
Pedro Hamilton de Oliveira Nery, OAB/PA 4553 para apresentar resposta à acusação em favor de
Adriany Portal Soares, no prazo de 10 (dez) dias. 2.     Não sendo apresentada a peça
processual, nomeio a Defensoria Pública para patrocinar a causa, pelo que determino que os autos sejam
encaminhados aquele órgão para apresentação da resposta à acusação. CUMPRA-SE COM
URGÃNCIA. Belém, 25 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito
Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA PROCESSO: 00156900520198140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL
COLLYER A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 25/11/2021 DENUNCIADO:RAYANNA
EURIDICE CAMPOS CORDOVIL Representante(s): OAB 26622 - MARIO CELIO MARVAO NETO
(ADVOGADO) VITIMA:P. C. F. S. S. . Processo n.º 0015690-05.2019.8.14.0401 Ação Penal Pública
Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Penal do JuÃ-zo Singular Autor: Ministério Público do Estado do
Pará Réu(s): Rayana Euridice Campos Cordovil Imputação penal: Art. 171, caput, nos moldes do art.
69, ambos do CP D E C I S à O A Ré RAYANA EURIDICE CAMPOS CORDOVIL, embora não citada,
apresentou às fls. 10/39, resposta à acusação prevista nos artigos 396 e 396-A do Código de
Processo Penal, por Advogado devidamente constituÃ-do à fl. 40, e após detida análise, de modo que
entendo suprida a citação, uma vez que presume ter tomado conhecimento dos fatos. Em preliminar a
ré pleiteia pela ilegitimidade de Paulo Cesar Fillol da Silva e de litispendência em relação a vÃ-tima
Luciano Teixeira, em razão de os mesmos fatos serem narrados no processo de n° 0004212-
97.2019.8.14.0401. Aduz ainda a inépcia da denúncia em razão de narrar conduta genérica,
sustentando a inocência da ré bem como que não há elementos suficientes para condená-la; a
absolvição sumária da denunciada e que, em caso de condenação, sejam aplicadas as
condições favoráveis à denunciada. Passo a analisar. Inicialmente, no que tange à preliminar
apresentada pela defesa de litispendência, observo que esta não merece prosperar haja vista que, tal
instituto e pleito da defesa já foi analisado e decidido no processo de n° 0004212-97.2019.8.14.0401, na
8ª Vara Criminal, onde aquele juÃ-zo excluiu o SR. LUCIANO TEIXEIRA como vÃ-tima dos presentes
autos. No que tange a ilegitimidade de Paulo Cesar Fillol, deixo para analisá-la após a instrução, com
a oitiva das testemunhas, por entender prematuro o julgamento de tal preliminar, uma vez que o
Ministério Público pode inclusive requerer o aditamento da denúncia após a instrução. Ademais,
os argumentos da defesa quanto à inépcia da inicial não prosperam, tendo em vista que a denúncia
foi apresentada com observância dos requisitos objetivos e subjetivos exigidos no artigo 41 da lei
394
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
com o vidro quebrado. Disse que estava sozinho. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante dos depoimentos
colhidos em juÃ-zo, restou comprovado que o acusado praticou furto qualificado por rompimento de
obstáculo e por concurso de pessoas na modalidade tentada (art. 155, §4º, I e IV, c/c art. 14, II).   Â
           Para tanto, apesar do réu ter negado que quebrou o vidro do carro, a testemunha
Cleber Rubens Fernandes da Costa narrou que presenciou o ocorrido, afirmando que o réu quebrou o
vidro do veÃ-culo e que estava acompanhado de mais dois agentes - que, inclusive, tentaram fuga em
conjunto com o acusado. Além disso, a testemunha afirmou que havia uma bolsa no banco traseiro, de
propriedade da vÃ-tima, no interior de seu veÃ-culo, circunstância que fundamenta o dolo do denunciado
de subtrair a coisa para si.               Ademais, embora a vÃ-tima não tenha
comparecido em juÃ-zo, o arcabouço probatório dos autos não foi prejudicado para o edito
condenatório, uma vez que foi juntado, no processo, o laudo pericial de seu veÃ-culo, já referenciado,
bem como porque as testemunhas Andrea e Akin, na qualidade de policias militares, confirmam que a
vÃ-tima compareceu a delegacia e encaminhou seu veÃ-culo para a perÃ-cia. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
DO CRIME DE FURTO QUALIFICADO NOS MOLDES DO ART. 155, §4º, I e IV, DO CÃDIGO PENAL
              Acerca do furto qualificado por destruição ou rompimento de obstáculo Ã
subtração da coisa, restou comprovado que o vidro da janela do veÃ-culo da vÃ-tima foi quebrado por
parte do acusado, ao tentar furtar os objetos em seu interior. Sobre o tema, é de entendimento
jurisprudencial: ¿A quebra de vidro de carro para a subtração de bem que se encontre em seu interior
caracteriza a circunstância qualificadora de rompimento de obstáculo (art.155, § 4º, I, CP).¿
(20060111230156APR, Rel. Des. EDSON ALFREDO SMANIOTTO. Data do Julgamento 06/09/2007.) Â Â
            Já o furto qualificado por concurso de pessoas, a testemunha Cleber narrou de
forma clara e cristalina que o acusado estava na companhia de dois agentes os quais, inclusive, tomaram
fuga junto com o acusado, motivo pelo qual se infere que estavam agindo em conjunto na prática do
delito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DO CRIME DE FURTO QUALIFICADO NA MODALIDADE TENTADA
              No que se refere ao furto em sua modalidade tentada, é de conhecimento
pacificado na jurisprudência que o furto se consuma com a simples posse do objeto subtraÃ-do: ¿1. O
Superior Tribunal de Justiça consolidou o entendimento, no julgamento do REsp 1.524.450/RJ, sob o rito
dos recursos repetitivos, de que o delito de furto consuma-se com a simples posse da coisa alheia móvel
subtraÃ-da, ainda que por breves instantes e seguida de perseguição ao agente, sendo prescindÃ-vel a
posse mansa e pacÃ-fica ou desvigiada¿. (AgRg no AREsp 1546170/SP)              Â
Nesse sentindo, a testemunha Cleber também afirmou em juÃ-zo que o acusado não conseguiu tomar
posse dos objetos que estavam no interior do veÃ-culo, uma vez que o abordou assim que ele quebrou o
vidro do carro. Em consonância, perante inquérito policial, à fl. 05, a vÃ-tima declarou que nada foi
subtraÃ-do. Portanto, de todo o produzido, considero o furto em sua modalidade tentada, conforme prevê
art. 14, II, do CP. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim, por todo o exposto, a autoria do acusado no delito
de furto qualificado por concurso de pessoas e por rompimento de obstáculo na modalidade tentada (155,
§4º, I e IV, c/c art. 14, II), restou comprovada de forma cristalina e coesa.              Â
DA CONCLUSÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto, encontra-se provada a autoria e a
materialidade do delito previsto no art. 155, §4º, I e IV, c/c art. 14, II, ambos do Código Penal
Brasileiro, razão pela qual JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a denúncia para CONDENAR o
acusado GEORGE KENNEDY VIANA COUTINHO nas sanções punitivas relativas ao delito tipificado. Â
             DA DOSIMETRIA DA PENA:               Atenta à s
diretrizes do artigo 5º, XLVI, da Constituição da República, ao artigo 68 do Código Penal Brasileiro e
às circunstâncias judiciais do artigo 59 do mesmo Diploma Legal, passo à individualização e
fixação das penas a serem impostas ao réu:            O réu agiu com culpabilidade
normal à espécie, uma vez que não praticou conduta de maior ou menor censurabilidade. ¿Na
dosimetria basilar, a culpabilidade do agente diz respeito à maior ou menor reprovabilidade da conduta,
não se confundindo com a culpabilidade como elemento do crime, que é composta pela imputabilidade,
potencial conhecimento da ilicitude do fato e exigibilidade de conduta diversa.¿ (Súmula nº 19/TJ-PA
(Res.9/2016 - DJ. Nº 5931/2016, 16/3/2016)            O réu registra antecedentes
criminais com trânsito em julgado com sentença de cumprimento da pena anterior à data do ilÃ-cito
penal constado na denúncia (00018048420078140401). Nesse sentindo, considero como maus
antecedentes, porque diz respeito ao histórico do acusado.            O réu possui
conduta social neutra, pois não foi possÃ-vel aferir.            O réu possui personalidade
neutra.            Quanto aos motivos do crime, estes dizem respeito às razões que
levaram o agente praticar tal ato, sua fonte propulsora, o que considero normais à espécie.      Â
     As circunstâncias referem-se ao fato delituoso quanto a sua forma, os meios utilizados, os
objetos, o tempo e o lugar. Logo, considerado as circunstâncias normais à espécie.         Â
397
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
  As consequências do crime avaliam os efeitos principais e secundários gerados pelo ato que está
para além da tipificação do fato, que podem ser de natureza afetiva, pessoal, moral, econômica,
social ou polÃ-tica. Diante da recuperação dos objetos à s vÃ-timas, considero as consequências
normais à espécie.            Quanto ao comportamento da vÃ-tima no delito que ora se
cuida, considero que nada contribuiu para o crime. Logo, considerado como neutro em razão de Súmula
n. 18 TJ/PA.            Assim, diante de 1 (uma) circunstância desfavorável ao réu, fixo
PENA BASE em 02 (dois) anos e 09 (nove) meses de reclusão e 54 (cinquenta e quatro) dias-multa
calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário MÃ-nimo vigente à época dos fatos.          Â
    Em observância às circunstâncias atenuantes (CP art. 65) e agravantes (CP arts. 61 e 62) da
pena, não considero nenhuma incidência.               Ante a presença de causa de
diminuição da pena diante da modalidade tentada (art. 14, II, do CP), diminui a pena no valor de 1/3 (11
meses de reclusão e 18 dias-multa)               Assim, FIXO EM DEFINITIVO a pena
privativa de liberdade em 01 (um) ano e 10 (dez) meses de reclusão e 36 (trinta e seis) dias-multa
calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário MÃ-nimo vigente à época dos fatos.          Â
    Diante disso, determino que o condenado passe a cumprir a pena em REGIME ABERTO, em
casa penal competente, conforme o que dispõe o artigo 33, §1º, letra c, c/c o §2º, letra c, e §3º;
e artigo 36 §1º e §2, do CPB.               Considerando o regime de cumprimento
da pena imposto, concedo ao réu o direito de apelar em liberdade da presente decisão.       Â
       Ao JuÃ-zo da Execução, após o trânsito em julgado desta decisão, para decidir o que
for de sua competência.               Com o trânsito em julgado: 1. Lance-se o nome
do réu no rol dos culpados e procedam-se todas as comunicações e as anotações de estilo,
inclusive as de interesse estatÃ-sticos e à Justiça Eleitoral; 2. Expeça-se a guia definitiva à Vara de
Execução de Penas e Medidas Alternativas. 3. Cumprido o mandado, expeça-se guia de recolhimento
definitivo;               Isento de Custas.               Após, proceder Ã
s respectivas baixas, inclusive os apensos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Publique-se, registre-se, intimem-
se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â P.R.I.C. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â BELÃM - PA, 25 de novembro de
2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de
Belém-PA PROCESSO: 00195447520178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 25/11/2021 TERCEIRO:ISRAEL QUINTELA PINTO
DENUNCIADO:JOSE DA SILVA BOTELHO Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO
ESTADO DO PARA (DEFENSOR) . DECISÃO INTERLOCUTÃRIA 1.     Recebo a Apelação
interposta pela Defesa do réu JOSE DA SILVA BOTELHO (fl. 45), eis que tempestiva. 2.     Dê-
se vista dos autos à Defensoria Pública parte para apresentação de razões recursais e, após, ao
Ministério Público para apresentar contrarrazões, tudo no prazo legal. 3.     Apresentadas,
encaminhem-se os autos, ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com as homenagens de
estilo e sob as cautelas legais, na forma do Artigo 602, do Código de Processo Penal. CUMPRA-SE COM
URGÃNCIA. Belém, 25 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito
Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA PROCESSO: 00260344520198140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL
COLLYER A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 25/11/2021 VITIMA:O. E. INDICIADO:EVLLYN
KAREN DE NAZARE RAMOS Representante(s): OAB 25102 - CRISTIANE BENTES DAS CHAGAS
(ADVOGADO) . DESPACHO 1.     Certifique-se se a ré está comparecendo mensalmente em
juÃ-zo para informar e justificar suas atividades, conforme determino em decisão de fl. 51/55. CUMPRA
COM URGÃNCIA. Belém, 25 de novembro de 2021.  CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de
Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA PROCESSO: 00261557820168140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL
COLLYER A??o: Ação Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 25/11/2021 DENUNCIADO:JHONATAN
INGRISON COSTA PALHETA Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO
PARA (DEFENSOR PÚBLICO - NAEM) DENUNCIANTE:NAZARENO PANTOJA DA SILVA. DECISÃO
INTERLOCUTÃRIA 1.     Recebo a Apelação interposta pela Defesa do réu JHONATAN
INGRISON COSTA PALHETA (fl. 94), eis que tempestiva. 2.     Dê-se vista dos autos Ã
Defensoria Pública parte para apresentação de razões recursais e, após, ao Ministério Público
para apresentar contrarrazões, tudo no prazo legal. 3.     Apresentadas, encaminhem-se os autos,
ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com as homenagens de estilo e sob as cautelas
legais, na forma do Artigo 602, do Código de Processo Penal. CUMPRA-SE COM URGÃNCIA. Belém,
25 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara Criminal
da Comarca de Belém/PA PROCESSO: 00264675420168140401 PROCESSO ANTIGO: ----
398
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
acusado(s). Determino e autorizo, desde já, que seja efetivado todo o necessário para a realização
da(s) diligência(s) acima determinada(s), inclusive a subscrição pela secretaria de mandados de
intimação, expedições de carta precatória e, ainda, confecção de ofÃ-cios para requisição, se
necessário, consoante Provimento n.º 06/2006 e Provimento n.º 08/2014, da CJRMB. CUMPRA-SE.
Belém, 25 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª
Vara Criminal da Comarca de Belém-PA PROCESSO: 00286993420198140401 PROCESSO ANTIGO: -
--- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 25/11/2021 VITIMA:C. C. E. P. S. DENUNCIADO:SILVIA DO
SOCORRO VIANA PEREIRA Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO
PARA (DEFENSOR) . Processo nº 0028699-34.2019.8.14.0401 Ação Penal Pública Autor:
Ministério Público do Estado do Pará Denunciada: SILVIA DO SOCORRO VIANA PEREIRA DECISÃO
INTERLOCUTÃRIA A ré SILVIA DO SOCORRO VIANA PEREIRA, citada, apresentou, por intermédio
da Defensoria Pública, resposta à acusação prevista nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo
Penal, onde requereu, em preliminar, a proposta de acordo de não persecução penal (ANPP).
Oportunizado o Ministério Público este convidou por duas vezes a denunciada para comparecer no
prédio do Parquet para a proposto do ANPP e esta não compareceu. Dado vista a Defesa esta pugna
pelo prosseguimento do feito. Considerando a(s) Defesa(s) apresentada(s) pelo(s) acusado(s) e o disposto
no art. 397 do CPP, decido: Para o recebimento da denúncia, o juiz exerce apenas um juÃ-zo de
prelibação, sendo suficiente um suporte probatório mÃ-nimo que aponte a materialidade e indÃ-cios de
autoria. Estando a denúncia lastreada nos autos do inquérito policial, tem-se o suporte probatório
mÃ-nimo para que seja admitida a ação penal. Embora sucinta, a denúncia narra os fatos e contém
os elementos mÃ-nimos necessários que possibilitam ao (s) denunciado (s) o exercÃ-cio pleno de sua(s)
defesa(s). Analisando os autos, observa-se que a imputação feita a (s) denunciada(s) configura
conduta tÃ-pica, a denúncia preenche os requisitos do art. 41 do CPP e não vislumbro nenhuma das
hipóteses previstas no art. 395 do CPP, portanto, não há motivos para sua rejeição in limine. No
mérito, a(s) defesa(s) da(s) ré(s) não traz(em) provas de causas excludentes da ilicitude do fato nem
de excludente da culpabilidade do(s) denunciado(s). O fato narrado constitui crime e não é caso de
extinção da punibilidade, de modo que não vislumbro nenhuma das hipóteses descritas no artigo 397
do CPP, destarte não há fundamentos legais para a absolvição sumária da(s) acusada(s). Designo
o dia 24 de agosto de 2022, 09h45min, para audiência de instrução e julgamento. Intime-se/Requisite-
se a(s) acusada(s), onde se encontre custodiado (a) e/ou no endereço informado na denúncia. Intimem-
se/Requisitem-se as testemunhas arroladas pelo Ministério Público e pela(s) Defesa(s). Intimem-se o
Ministério Público e a(s) Defesa(s) do(s) acusado(s). Determino e autorizo, desde já, que seja
efetivado todo o necessário para a realização da(s) diligência(s) acima determinada(s), inclusive a
subscrição pela secretaria de mandados de intimação, expedições de carta precatória e, ainda,
confecção de ofÃ-cios para requisição, se necessário, consoante Provimento n.º 06/2006 e
Provimento n.º 08/2014, da CJRMB. CUMPRA-SE. Belém, 25 de novembro de 2021. CRISTINA
SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA
PROCESSO: 00016720220048140401 PROCESSO ANTIGO: 200420045509
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 26/11/2021 VITIMA:M. A. X. L. DENUNCIADO:PAULO SERGIO DA
SILVA CARDOSO Representante(s): DORIVALDO BELEM (ADVOGADO) DENUNCIADO:EDNO
GONCALVES DE MOURA DENUNCIADO:JOCELINO LOPES LEITE Representante(s): OAB XRL8 -
DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) . DESPACHO Â Â Â Â Â Diante do teor constante no oficio de fl.
327, em que informa a ausência do nacional Edno Gonçalves de Moura para realização do exame
de incidente de insanidade, dê-se vista dos autos à Defensoria Pública para manifestação.
CUMPRA-SE. Belém, 26 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito
Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA PROCESSO: 00017615920158140201
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL
COLLYER A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 26/11/2021 DENUNCIADO:AMANDA
MAGALHAES GOIS Representante(s): OAB 27857 - ELIANA DE JESUS AZEVEDO DE SOUSA
(ADVOGADO) DENUNCIADO:MOISES SILVA DE ALMEIDA Representante(s): OAB 27857 - ELIANA DE
JESUS AZEVEDO DE SOUSA (ADVOGADO) VITIMA:L. V. M. C. . DESPACHO 1.     Diante da
renúncia declarada em fl. 49, intime-se o acusado Moisés Silva Almeida, no endereço informado à fl.
35, para que informe ao Sr. Oficial de Justiça se constituirá novo advogado ou se requer o patrocÃ-nio
da Defensoria Pública. 2.     Não sendo o acusado encontrado no endereço constante nos
autos, determino desde logo que seja expedido edital de intimação no prazo de 15 (quinze) dias, para
que constitua novo advogado ou a Defensor Público e, se mantendo inerte, nomeio, desde já, a
400
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Defensoria Pública para patrocinar a causa, pelo que deve os autos ser encaminhado aquele órgão
para apresentar resposta à acusação. CUMPRA COM URGÃNCIA. Belém, 26 de novembro de 2021.
 CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de
Belém-PA PROCESSO: 00029993920138140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Crimes
Ambientais em: 26/11/2021 AUTOR:JEOVAN DA SILVA ALFAIA Representante(s): OAB 8748 - RICARDO
ALEXANDRE ALMEIDA ALVES (ADVOGADO) VITIMA:A. C. O. E. . DESPACHO 1.     Designo
audiência de suspensão condicional do processo para o dia 28 de janeiro de 2022, à s 09h. 2.    Â
Expeça-se mandado de intimação ao denunciado para que compareça na audiência de
suspensão condicional do processo. 3.     Cumpra-se o necessário para a realização do ato.
CUMPRA-SE COM URGÃNCIA. Belém, 26 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER
JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA PROCESSO:
00031285220028140401 PROCESSO ANTIGO: 200120218670
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o:
Procedimento Comum em: 26/11/2021 VITIMA:H. F. M. J. DENUNCIADO:LILIA MAIA LOPES
Representante(s): OAB 10781 - MARCO ANTONIO PINA DE ARAUJO (ADVOGADO)
DENUNCIADO:ALDEMIR VIDINHO FERREIRA LOPES Representante(s): OAB 10781 - MARCO
ANTONIO PINA DE ARAUJO (ADVOGADO) DENUNCIADO:RAIMUNDO GRACA OLIVEIRA MONTEIRO
Representante(s): PAULO DE TARSO SOUSA PEREIRA (ADVOGADO) DENUNCIADO:JOSE
NAZARENO COSTA PIMENTEL Representante(s): CHRISTIANE TAVARES DA SILVA (ADVOGADO)
COATOR:IPN. 2001033095 - DCO/DIOE. DESPACHO 1.     Considerando o trânsito em julgado
da sentença condenatória e, diante do Acórdão n° 206304/2019 o qual manteve o mesmo regime de
cumprimento de pena (semiaberto), expeça-se mandado de prisão em desfavor dos condenados
ALDEMIR VIDINHO FERREIRA e LILIA NAIA LOPES. 2.     Com o cumprimento do mandado de
prisão, expeça-se a guia definitiva, no regime de pena determinado. CUMPRA-SE COM URGÃNCIA.
Belém, 26 de novembro de 2021 CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara
Criminal da Comarca de Belém PROCESSO: 00036027120158140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumário em: 26/11/2021 AUTORIDADE POLICIAL:EDEN BENTES DA SILVA -
DPC VITIMA:O. E. DENUNCIADO:MARIO SILVA DOS SANTOS Representante(s): OAB 5216 - MARIA
TEREZA SOEIRO FONSECA (ADVOGADO) OAB 16572 - ALDO ALEXANDRE TRINDADE SANTOS
(ADVOGADO) OAB 27097 - GLEICY AMARAL DOS SANTOS (ADVOGADO) . DESPACHO 1.    Â
Diante da inércia dos advogados constituÃ-dos pelo réu, intimem o acusado Mario Silva dos Santos,
para que informe ao Sr. Oficial de Justiça para que informe ao Sr. Oficial de Justiça se constituirá novo
advogado ou se requer o patrocÃ-nio da Defensoria Pública. CUMPRA COM URGÃNCIA. Belém, 25 de
novembro de 2021.  CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da
Comarca de Belém-PA PROCESSO: 00062677920078140401 PROCESSO ANTIGO: 200720177929
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 26/11/2021 DENUNCIADO:DEYSON ALVES DOS SANTOS
VITIMA:A. G. A. S. . DESPACHO 1-     Certifique-se sobre a prisão do denunciado Deyson Alves
dos Santos. 2-     Após, conclusos. CUMPRA-SE COM URGÃNCIA. Belém, 26 de novembro de
2021. CRISTINA SANDOVAL COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de
Belém/PA PROCESSO: 00062677920078140401 PROCESSO ANTIGO: 200720177929
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 26/11/2021 DENUNCIADO:DEYSON ALVES DOS SANTOS
VITIMA:A. G. A. S. . DESPACHO 1.     Diante da renúncia declarada em fl. 49, intime-se o
acusado Moisés Silva Almeida, no endereço informado à fl. 35, para que informe ao Sr. Oficial de
Justiça se constituirá novo advogado ou se requer o patrocÃ-nio da Defensoria Pública. 2.    Â
Não sendo o acusado encontrado no endereço constante nos autos, determino desde logo que seja
expedido edital de intimação no prazo de 15 (quinze) dias, para que constitua novo advogado ou a
Defensor Público e, se mantendo inerte, nomeio, desde já, a Defensoria Pública para patrocinar a
causa, pelo que deve os autos ser encaminhado aquele órgão para apresentar resposta à acusação.
CUMPRA COM URGÃNCIA. Belém, 26 de novembro de 2021.  CRISTINA SANDOVAL COLLYER
JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA PROCESSO:
00064770920188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
CRISTINA SANDOVAL COLLYER A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 26/11/2021 VITIMA:O.
E. DENUNCIADO:MARCO ANTONIO SANTOS FONTINELE Representante(s): OAB 11111 -
DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR PÚBLICO - NAEM) . DESPACHO 1.  Â
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
autoria e a materialidade do delito, pela prática do crime capitulado no art. 155, §4º, II, c/c art. 14, II,
todos do Código Penal Brasileiro, em razão das provas colhidas na fase investigativa e na ação
penal.               A Defesa, às fls. 53/57, em Alegações Finais por Memorias,
requereu a absolvição do denunciado por falta de provas com fundamento no in dubio pro reo,
conforme o art. 386, VII, do Código de Processo Penal. Alternativamente, requereu que a absolvição
do acusado mediante aplicação do princÃ-pio da insignificância, conforme art. 386, III, do Código de
Processo Penal. Por derradeiro, em caso de condenação, requereu que a pena seja fixada no mÃ-nimo
legal, com reconhecimento da atenuante de confissão espontânea (art. 65, III, ¿d¿, do CP).    Â
          Vieram-me os autos conclusos para sentença.               à o
relatório.               DECIDO.               Encerrada a instrução
criminal, este JuÃ-zo, examinando minuciosamente as provas colhidas, entende comprovadas a autoria e a
materialidade do delito quanto ao crime previsto no art. 155, §4º, II c/c art. 14, II, ambos do Código
Penal Brasileiro. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DA MATERIALIDADE Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â A
materialidade está comprovada mediante Termos de Depoimento, acostado nas folhas de inquérito
policial, bem como diante da prova testemunhal produzida na ação penal.              Â
Destarte, pelos elementos de prova reunidos nos autos, não há que se admitir qualquer dúvida quanto
à existência material do crime.               DA AUTORIA              Â
A testemunha Luiz Roberto Nicácio da Silva, Delegado de PolÃ-cia Civil, narrou em juÃ-zo que um vizinho
o acionou, alegando ter visto um individuo no poste, com uma faca, tentando cortar o cabo da Empresa Oi
Telemar. Que se direcionou ao local, avistou o acusado cortando o cabo e deu voz de prisão, mandando-
o descer. Que o denunciado foi conduzido para a delegacia. respondeu que ele estava cortando o fio
quando foi flagrado. Que o agente não reagiu à voz de prisão e disse que estava fazendo aquilo por
necessidade e que era usuário de droga.               A testemunha Joelson Moraes
Costa narrou em juÃ-zo que o delegado Nicácio o acionou via telefone para reconhecer um material de
cabo. Que, quando chegou na delegacia, o acusado já estava detido e reconheceu o cabo era da
Empresa Oi. Que soube que o agente estava subtraÃ-do os cabos telefônicos após subir no poste. Que o
agente é contumaz na prática de furtar cabos.               O réu Jorge LuÃ-s
Oliveira da Costa, em seu interrogatório, confessou a autoria delitiva. Narrou que subiu no poste, mas que
não efetivou a conduta de cortar o cabo, porque o policial o avistou e mandou descer. Que os cabos
permaneceram no poste. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante dos depoimentos colhidos em juÃ-zo, restou
comprovado que o acusado praticou furto qualificado mediante escalada na modalidade tentada (art. 155,
§4º, II, c/c art. 14, II).               Para tanto, em consonância com a confissão do
réu, que afirmou ter sido impedido de realizar a subtração dos cabos de fio quando já estava no
poste, a testemunha Joelson Moraes Costa, que proferiu voz de prisão ao acusado, narrou que, quando
o abordou, o réu estava tentando cortar os fios no poste e o mandou descer.             Â
 Desse modo, a qualificadora do furto mediante escalada encontra-se fundamentada, uma vez que o
réu estava na parte alta do poste para tentar furtar os fios, de modo que, para tanto, precisou demandar
esforço incomum.               No que se refere ao furto em sua modalidade tentada,
é de conhecimento pacificado na jurisprudência que o furto se consuma com a simples posse do objeto
subtraÃ-do: ¿1. O Superior Tribunal de Justiça consolidou o entendimento, no julgamento do REsp
1.524.450/RJ, sob o rito dos recursos repetitivos, de que o delito de furto consuma-se com a simples
posse da coisa alheia móvel subtraÃ-da, ainda que por breves instantes e seguida de perseguição ao
agente, sendo prescindÃ-vel a posse mansa e pacÃ-fica ou desvigiada¿. (AgRg no AREsp 1546170/SP) Â
             Nesse sentindo, uma vez que o réu foi impedido de realizar a inversão da
posse por circunstâncias alheias a sua vontade, considero a modalidade tentada do delito.       Â
       Portanto, a prova testemunhal foi clara e concisa para fundamentar a autoria delitiva do
furto qualificado mediante escalada na forma tentada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DA CONCLUSÃO Â Â
            Ante o exposto, encontra-se provada a autoria e a materialidade do delito
previsto no 155, §4º, II, c/c art. 14, II, todos do Código Penal Brasileiro, razão pela qual JULGO
PROCEDENTE a denúncia para CONDENAR o acusado JORGE LUÃS OLIVEIRA DA COSTA nas
sanções punitivas relativas ao delito tipificado.               DA DOSIMETRIA DA
PENA:               Atenta às diretrizes do artigo 5º, XLVI, da Constituição da
República, ao artigo 68 do Código Penal Brasileiro e às circunstâncias judiciais do artigo 59 do mesmo
Diploma Legal, passo à individualização e fixação das penas a serem impostas ao réu:     Â
      O réu agiu com culpabilidade normal à espécie, uma vez que não praticou conduta de
maior ou menor censurabilidade. ¿Na dosimetria basilar, a culpabilidade do agente diz respeito à maior
ou menor reprovabilidade da conduta, não se confundindo com a culpabilidade como elemento do crime,
que é composta pela imputabilidade, potencial conhecimento da ilicitude do fato e exigibilidade de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
conduta diversa.¿ (Súmula nº 19/TJ-PA (Res.9/2016 - DJ. Nº 5931/2016, 16/3/2016)        Â
   O réu não registra antecedentes criminais com trânsito em julgado.            O
réu possui conduta social neutra, pois não foi possÃ-vel aferir.            O réu possui
personalidade neutra.            Quanto aos motivos do crime, estes dizem respeito à s
razões que levaram o agente praticar tal ato, sua fonte propulsora, o que considero normais Ã
espécie.            As circunstâncias referem-se ao fato delituoso quanto a sua forma,
os meios utilizados, os objetos, o tempo e o lugar. Logo, considerado as circunstâncias normais Ã
espécie.            As consequências do crime avaliam os efeitos principais e
secundários gerados pelo ato que está para além da tipificação do fato, que podem ser de natureza
afetiva, pessoal, moral, econômica, social ou polÃ-tica. Assim, considero as consequências normais Ã
espécie.            Quanto ao comportamento da vÃ-tima no delito que ora se cuida,
considero que nada contribuiu para o crime. Logo, considerado como neutro em razão de Súmula n. 18
TJ/PA.            Assim, diante de nenhuma circunstância desfavorável ao réu, fixo
PENA BASE em 02 (dois) anos de reclusão e 10 (dez) dias-multa calculada em 1/30 (um trigésimo) do
Salário MÃ-nimo vigente à época dos fatos.               Em observância à s
circunstâncias atenuantes (CP art. 65) e agravantes (CP arts. 61 e 62) da pena, considero a incidência
da atenuante de confissão espontânea. Entretanto, uma vez que a pena base já está em seu mÃ-nimo
legal, deixo de valorá-la, conforme Súmula 231, do STJ.               Ante a presença
de causa de diminuição da pena diante da modalidade tentada (art. 14, II, do CP), diminuo a pena no
valor de 1/3 (8 meses de reclusão).               Assim, FIXO EM DEFINITIVO a pena
privativa de liberdade em 01 (um) ano e 04 (quatro) meses de reclusão e 10 (dez) dias-multa calculada
em 1/30 (um trigésimo) do Salário MÃ-nimo vigente à época dos fatos.              Â
Diante disso, determino que o condenado passe a cumprir a pena em REGIME ABERTO, em casa penal
competente, conforme o que dispõe o artigo 33, §1º, letra c, c/c o §2º, letra c, e §3º; e artigo 36
§1º e §2, do CPB.               Considerando o regime de cumprimento da pena
imposto, concedo ao réu o direito de apelar em liberdade da presente decisão.           Â
   Ao JuÃ-zo da Execução, após o trânsito em julgado desta decisão, para decidir o que for de
sua competência.               Com o trânsito em julgado: 1. Lance-se o nome do réu
no rol dos culpados e procedam-se todas as comunicações e as anotações de estilo, inclusive as de
interesse estatÃ-sticos e à Justiça Eleitoral; 2. Expeça-se a guia definitiva à Vara de Execução
Penal. 3. Cumprido o mandado, expeça-se guia de recolhimento definitivo;              Â
Isento de Custas.               Após, proceder às respectivas baixas, inclusive os
apensos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Publique-se, registre-se, intimem-se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
P.R.I.C. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â BELÃM - PA, 26 de novembro de 2021. CRISTINA SANDOVAL
COLLYER JuÃ-za de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA PROCESSO:
00157501720158140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
---- A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: AUTORIDADE POLICIAL: D. C. A. P. VITIMA: G. S.
N. DENUNCIADO: F. C. G. B. Representante(s): OAB 8002 - JOAO NELSON CAMPOS SAMPAIO
(ADVOGADO) ADOLESCENTE: V. M. I.
405
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
R.H.
Vistos, etc.
Tratam os autos de Aç¿o Penal Pública Incondicionada interposta pelo Ministério Público para apuraç¿o
de suposta prática do crime previsto no art. 157, § 2º, I e II, do CPB, tendo como autor(a/s) o(a/s)
nacional(ais) LUAN VELOSO VEIGA e RAFAEL DE FREITAS LOPES.
Sentença de extinç¿o da punibilidade pela morte do acusado Rafael de Freitas Lopes consta à fl.430 dos
autos.
Decis¿o desclassificando o crime previsto no artigo 157, § 2º, I e II, do CPB, imputando ao acusado Luan
Veloso Veiga o crime de receptaç¿o, previsto no artigo 180, ¿Caput¿, do CPB, às fls. 433/434.
Em parecer de fls. 436/437, o Ministério Público se manifestou pela extinç¿o da punibilidade do(a/s)
acusado(a/s) Luan Veloso Veiga, diante da prescriç¿o da pretens¿o punitiva estatal, verificada em 08
(oito) anos para o crime de receptaç¿o, de acordo com a pena em abstrato cominada ao delito respectivo,
conforme a disposiç¿o do art. 109, inciso IV, do CPB. Entretanto, à época dos fatos, o denunciado tinha 19
(dezenove) anos e, por este motivo, aplica-se o disposto no art. 115 do CPB, em que s¿o reduzidos à
metade os prazos de prescriç¿o quando o autor do fato era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um)
anos, raz¿o pela qual requer seja extinta a punibilidade do réu.
Brevemente relatado.
Passo a decidir.
(... )
(...)¿.
Verifica-se que a prescriç¿o se caracteriza na forma de se ver livre dos reflexos de um delito devido ao
transcurso de lapso temporal superior ao estipulado em lei para que o Estado exerça o seu direito de
punir. No caso dos autos, trata-se do art. 107, inciso IV, c/c art. 109, inciso IV, todos do Código Penal
Brasileiro.
406
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
O profº. Tourinho Filho explica a prescriç¿o colocando que: ¿seu fundamento repousa na circunstância de
que a aç¿o do tempo faz desaparecer o interesse do Estado, n¿o só em constatar a infraç¿o como,
também, em executar a pena imposta. E mais, relata também que: o legislador fixa um prazo dentro no
qual o Estado deve exercer sua pretens¿o punitiva ou sua pretens¿o executória. Se n¿o o fizer, o jus
persequendi ou o jus punitionis se extingue... (Fernando da Costa Tourinho Filho, Processo Penal, vol. 01,
pg. 546). ¿
Nota-se, no presente caso, que entre o recebimento da denúncia e a presente data, já se passaram 07
(sete) anos. O crime ora em apuraç¿o possui a pena máxima de 04 (quatro) anos. Nesse caso a
pretens¿o punitiva do Estado prescreve em 08 (oito) anos para o crime do art. 180, ¿Caput¿, do CPB, nos
termos do art. 109, IV, do CPB. Entretanto, à época dos fatos, o acusado contava com menos de 21(vinte
e um) anos de idade. Dessa forma, faz jus à reduç¿o do prazo prescricional à metade, nos termos do que
disp¿e o art. 115 do CPB, ou seja, para 04 (quatro) anos.
Dessa forma, declaro extinta a punibilidade do crime imputado a LUAN VELOSO VEIGA por haver
sucumbido a pretens¿o punitiva do Estado, com fulcro no art. 107, inciso VI, art. 109, inciso IV, c/c art.
115, todos do Código Penal Brasileiro.
Cientifique-se o MP.
P.R.I.C.
Juiz de Direito
PROCESSO Nº 0111875-56.2015.8.14.0401
R.H.
Vistos.
RELATÓRIO.
DANILO DA COSTA SILVA, devidamente qualificado nos autos, foi denunciado pelo Ministério Público,
como incurso(a/s) nas sanç¿es punitivas do art. 157, § 2¿, I e II, do CPB.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Narra a denúncia que no dia 13.07.2015, por volta de 17h30min, a vítima Neuza Mendes Garcia estava na
padaria de sua propiedade, localizada na Rua Jabatiteua, n. 638, acompanhada de seu filho Carlos André
e sua nora Roseane de Souza Jardim, quando entraram no local Danilo da Costa Silva e outro indivíduo
n¿o identificado e, utilizando uma arma de fogo, anunciaram o assalto.
Narra a peça acusatória, também, que os assaltantes subtraíram 02 (dois) aparelhos celulares, 02 (dois)
cord¿es de ouro, além do valor de R$ 600,00 (seiscentos reais). Após o assalto, os assaltantes evadiram-
se do local. No entanto, cerca de 10 (dez) dias depois, o denunciado passou a circular em frente à padaria,
fazendo piadas sobre o crime, raz¿o pela qual, no dia 23.07.2015 a vítima acionou a polícia militar,
exigindo providências. Os pertences e o dinheiro subtraídos n¿o foram recuperados pela vítima.
Em decis¿o proferida no dia 11.04.2018 foi decretada a pris¿o preventiva do denunciado Danilo da Costa
Silva (fls.88/89).
Decis¿o revogando a pris¿o preventiva do acusado consta às fls. 144/145 dos autos.
Em Alegaç¿es Finais de fls. 185/189, o representante do Ministério Público requereu seja julgada
totalmente improcedente a aç¿o penal com a consequente ABSOLVIÇ¿O do(a/s) acusado(a/s) DANILO
DA COSTA SILVA, nos termos do art. 386, VII, do CPB, ante a absoluta ausência de provas.
A Defesa do(a/s) acusado(a/s), da mesma forma, em suas Alegaç¿es Finais de fls. 191/198 requereu a
ABSOLVIÇ¿O do(a/s) ré(u/s) DANILO DA COSTA SILVA, por insuficiência de provas.
Relatado. Decido.
Cuida-se de aç¿o penal instaurada para apuraç¿o e responsabilizaç¿o da autoria do crime de Roubo
Majorado, tipificado no art. 157, § 2¿, I e II, do CPB.
Registre-se, desde logo, a presença dos pressupostos processuais, quer seja os de existência, quer seja
os de validade, e das condiç¿es da aç¿o, o que autoriza o julgamento da pretens¿o veiculada na
demanda.
Pois bem.
A MATERIALIDADE DO DELITO apontado na inicial acusatória, isto é, a certeza de que ocorreu a infraç¿o
penal, resta devidamente comprovada, especialmente pelos documentos e depoimentos da vítima e
testemunhas de fls. 15/17, 19/20 dos autos de IPL.
processual. Assim, pelas provas acostadas ao caderno processual e como medida de justiça, imp¿e-se a
absolviç¿o do(a/s) acusado(a/s). Explico.
O acusado Danilo da Costa Silvas Silva permaneceu calado em seu interrogatório perante este juízo. O
Ministério Público desistiu da oitiva da vítima e demais testemunhas arroladas na denúncia.
Pois bem. Todas as provas acima indicadas, colhidas em instruç¿o processual sob o manto do
contraditório e ampla defesa, n¿o permitem concluir, com máxima certeza, que o acusado Danilo da
Costa Silva praticou o crime descrito na denúncia.
Para a condenaç¿o do infrator, devem existir provas irrefutáveis da autoria e da materialidade do crime
descrito na peça inicial. No presente caso, entendo que seriam necessários outros elementos de provas
para que formassem um acervo probatório suficiente para imputar ao acusado a autoria do crime e
sustentar uma condenaç¿o sobre o mesmo. Vige no presente caso o princípio do in dúbio pro reo.
Acerca da hipótese, o renomado mestre Guilherme de Souza Nucci, na obra Código de Processo Penal
Comentado, 13ª ediç¿o, págs. 795/796, recomenda: ¿Prova insuficiente para a condenaç¿o: é outra
consagraç¿o do princípio da prevalência do interesse do réu ¿ in dubio pro reo. Se o juiz n¿o
possui provas sólidas para a formaç¿o do seu convencimento, sem poder indicá-las na
fundamentaç¿o da sua sentença, o melhor caminho é a absolviç¿o.¿
Nesse sentido:
Em sede de processo penal, ao magistrado é deferida ampla liberdade na colheita de provas, a fim de que
seja esclarecida a verdade real do processo, pois maior injustiça do que absolver um culpado é condenar
um inocente.
As provas carreadas aos autos, ao meu sentir, s¿o frágeis para a condenaç¿o do acusado. Assim, uma
vez que os elementos constantes nos autos n¿o permitem afirmar que o réu participou de qualquer dos
atos do tipo penal em análise, com base no princípio in dubio pro reo, tenho por bem absolvê-lo.
Isto posto, e por tudo o mais que consta dos autos, acolho o parecer do Ministério Público e JULGO
IMPROCEDENTE a pretens¿o punitiva estatal para, em consequência, ABSOLVER o(a/s) ré(u/s)
DANILO DA COSTA SILVA, nos termos do art. 386, VII do CPP.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os presentes autos com as devidas cautelas legais e de praxe.
P.R.I.C.
Juiz de Direito
PROCESSO Nº 0052583-34.2015.8.14.0401
AÇ¿O: FRUTO
R.H.
Vistos.
RELATÓRIO.
MARCELO DA CRUZ CUNHA, devidamente qualificado nos autos, foi denunciado pelo Ministério Público,
como incurso(a/s) nas sanç¿es punitivas do art. 155, ¿Caput¿, do CPB.
Narra a denúncia que no dia 22.09.2015, a vítima Ariadny Cristinny Gonçalves da Silva estava na
companhia de sua genitora e sua tia estavam em um coletivo e, ao descerem do veículo na área do Ver-o-
Peso, foi abordada pelo denunciado que puxou de seu pescoço o cord¿o de ouro com um pingente,
avaliado em R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais).
Narra a peça acusatória, também, que ato contínuo, a vítima e sua m¿e pediram ajuda a policiais militares
que estavam no local que, em diligências, capturaram o acusado que estava na posse da res furtiva. Ao
ser interrogado, o acusado confessou a autoria do delito, mas afirmou que n¿o conseguiu concretizar o
ato, pois n¿o conseguiu levar os pertences da vítima, contradizendo os depoimentos dos policiais
militares.
Citado(a/s) o(a/s) acusado(a/s) Marcelo da Cruz Cunha apresentou(aram) Resposta à Acusaç¿o de fl.75.
Em Alegaç¿es Finais de fls. 128/131, o representante do Ministério Público requereu seja julgada
totalmente improcedente a aç¿o penal com a consequente ABSOLVIÇ¿O do(a/s) acusado(a/s)
MARCELO DA CRUZ CUNHA, nos termos do art. 386, VII, do CPB, por insuficiência de provas.
A Defesa do(a/s) acusado(a/s), da mesma forma, em suas Alegaç¿es Finais de fls. 132/139 requereu a
ABSOLVIÇ¿O do(a/s) ré(u/s) MARCELO DA CRUZ CUNHA, por insuficiência de provas.
Relatado. Decido.
Cuida-se de aç¿o penal instaurada para apuraç¿o e responsabilizaç¿o da autoria do crime de Roubo
Majorado, tipificado no art. 155, ¿Caput¿, do CPB.
Registre-se, desde logo, a presença dos pressupostos processuais, quer seja os de existência, quer seja
os de validade, e das condiç¿es da aç¿o, o que autoriza o julgamento da pretens¿o veiculada na
demanda.
Pois bem.
A MATERIALIDADE DO DELITO apontado na inicial acusatória, isto é, a certeza de que ocorreu a infraç¿o
penal, resta devidamente comprovada, especialmente pelo Auto de Apresentaç¿o e Apreens¿o de Objeto
e Auto de Entrega de fls.16/17 dos autos de IPL.
O acusado Marcelo da Cruz Cunha n¿o compareceu ao seu interrogatório perante este juízo, tendo sido
decretada sua revelia. A vítima e demais testemunhas arroladas pela acusaç¿o n¿o foram encontradas,
tendo o Ministério Público desistido de suas oitivas. N¿o houve testemunhas arroladas exclusivamente
pela defesa.
Pois bem. Todas as provas acima indicadas, colhidas em instruç¿o processual sob o manto do
contraditório e ampla defesa, n¿o permitem concluir, com máxima certeza, que o acusado Marcelo da
Cruz Cunha praticou o crime descrito na denúncia.
Para a condenaç¿o do infrator, devem existir provas irrefutáveis da autoria e da materialidade do crime
descrito na peça inicial. No presente caso, entendo que seriam necessários outros elementos de provas
para que formassem um acervo probatório suficiente para imputar ao acusado a autoria do crime e
sustentar uma condenaç¿o sobre o mesmo. Vige no presente caso o princípio do in dúbio pro reo.
Acerca da hipótese, o renomado mestre Guilherme de Souza Nucci, na obra Código de Processo Penal
Comentado, 13ª ediç¿o, págs. 795/796, recomenda: ¿Prova insuficiente para a condenaç¿o: é outra
consagraç¿o do princípio da prevalência do interesse do réu ¿ in dubio pro reo. Se o juiz n¿o
possui provas sólidas para a formaç¿o do seu convencimento, sem poder indicá-las na
fundamentaç¿o da sua sentença, o melhor caminho é a absolviç¿o.¿
Nesse sentido:
Em sede de processo penal, ao magistrado é deferida ampla liberdade na colheita de provas, a fim de que
seja esclarecida a verdade real do processo, pois maior injustiça do que absolver um culpado é condenar
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
um inocente.
As provas carreadas aos autos, ao meu sentir, s¿o frágeis para a condenaç¿o do acusado. Assim, uma
vez que os elementos constantes nos autos n¿o permitem afirmar que o réu participou de qualquer dos
atos do tipo penal em análise, com base no princípio in dubio pro reo, tenho por bem absolvê-lo.
Isto posto, e por tudo o mais que consta dos autos, acolho o parecer do Ministério Público e JULGO
IMPROCEDENTE a pretens¿o punitiva estatal para, em consequência, ABSOLVER o(a/s) ré(u/s)
MARCELO DA CRUZ CUNHA, nos termos do art. 386, VII do CPP.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os presentes autos com as devidas cautelas legais e de praxe.
P.R.I.C.
Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
PUBLICA (DEFENSOR) VITIMA:J. C. E. S. . Vistos etc. Cuida-se de resposta escrita oferecida pelo
denunciado ISLAN DA SILVA PINHEIRO às fls. 123/124 denunciado pelo Ministério Público pelo
cometimento do crime capitulado no art. 155, §4, incisos I e IV do CPB. Analisando o teor da
manifestação precitada, observo que os argumentos suscitados pela defesa remetem diretamente ao
mérito da questão, cuja resolução não comporta, nesta fase, julgamento antecipado mediante
absolvição sumária, eis que o acervo probatório ainda não é suficientemente robusto a ponto de
revelar, de forma inequÃ-voca, hipótese prevista no art. 397 do CPP ou existência de prova ilÃ-cita
produzida em sede de inquérito policial, sendo indispensável, ao meu ver, adequada dilação
probatória a ser realizada em fase de instrução processual. Destarte, considerando que a denúncia
de fls. 02/04 e aditamento da denúncia de fls. 94/95, preenche os requisitos do art. 41 do CPP,
descrevendo fato de relevância penal, sem que se possa vislumbrar, em análise inicial, situação
excludente de ilicitude ou de culpabilidade, e que a justa causa para a ação penal, está, por sua vez,
satisfatoriamente, consubstanciada nos elementos colhidos no inquérito policial, entendo que o processo
deva seguir para realização de audiência de instrução. Designo para o dia 28/07/2022, à s
11:00hs, a realização da audiência supra, a qual seguirá os termos dos arts. 400 a 404 do CPP.
Expeça-se o necessário. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 30 de novembro de 2021. SARAH
CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES JuÃ-za de Direito Titular da 6ª Vara Criminal de Belém /
PA PROCESSO: 00098094720198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 30/11/2021 DENUNCIADO:JOSE
ARNALDO DE SOUSA GAMA VITIMA:O. E. . ÃVistos, etc. Considerando o ofÃ-cio de fl. 25, redesigno a
audiência de instrução e julgamento para o dia 22/02/2022 às 11:30 Renovem-se as diligências e
expeça-se o necessário. Cumpra-se. Belém, 30 de novembro de 2021. SARAH CASTELO BRANCO
MONTEIRO RODRIGUES JuÃ-za de Direito Titular da 6° Vara Criminal de Belém/PA PROCESSO:
00098551220148140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
30/11/2021 AUTORIDADE POLICIAL:DPC EDEN BENTES DA SILVA DENUNCIADO:MANUEL
MILLEMBERG LOBATO RODRIGUES Representante(s): OAB 16300 - YURI CUNHA MOUSINHO
COELHO (ADVOGADO) OAB 15659 - BERNARDO HAGE UCHOA (ADVOGADO) OAB 16474 - JOAO
DANIEL DAIBES RESQUE (ADVOGADO) OAB 16430 - TIAGO MARTINS ESTACIO (ADVOGADO)
VITIMA:J. R. L. P. . éDESPACHO          R. H.          Tendo em vista o
conteúdo da certidão de fl.103, que dispõe sobre o trânsito em julgado do Acórdão 214.316 às fls.
94, o qual conheceu a Apelação, e deu-lhe parcial provimento, reconhecendo a atenuante da
menoridade, porém, em nada alterando a pena, cumpram-se todas as demais determinações
constantes na sentença de fls. 58/63.          Após cumpridas, ARQUIVEM-SE OS AUTOS,
observada as cautelas legais. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intimem-se e cumpram-se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Belém/PA, 30 de novembro de 2021. SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES Juiza de
Direito Tiular da 6ª Vara Criminal de Belém / PA. PROCESSO: 00121966920188140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SARAH CASTELO BRANCO
MONTEIRO RODRIGUES A??o: Ação Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 30/11/2021
QUERELANTE:DIEGO MORAES VIEIRA Representante(s): OAB 23083 - SANDRO FIGUEIREDO DA
COSTA (ADVOGADO) QUERELADO:WALDECIR FURTADO MATHEUS Representante(s): OAB 12600 -
ALBYNO FRANCISCO ARRAIS CRUZ (ADVOGADO) QUERELADO:ANTONIO COSTA MONTERO
VALDEZ Representante(s): OAB 12600 - ALBYNO FRANCISCO ARRAIS CRUZ (ADVOGADO) .
ãVistos, etc. Recebi os autos nesta data e no estado em que se encontram. Os querelados, interpuseram
recurso em sentido estrito, requerendo a rejeição da queixa-crime. O recurso é tempestivo. Recebo o
Recurso em Sentido Estrito por preencher os requisitos para sua interposição. Dê-se vista dos autos Ã
defesa do querelante para fins do art. 588 do CPPB, bem como para apresentação de contrarrazões
recursais. Decorrido o prazo com ou sem manifestação, voltem-me conclusos os autos, na forma do art.
589 do CPPB. Intimem-se e cumpra-se, observadas as formalidades legais. Belém/PA, 30 de novembro
de 2021. SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES JuÃ-za de Direito Titular da 6ª Vara
Criminal de Belém/PA PROCESSO: 00127757620098140401 PROCESSO ANTIGO: 200920470272
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 30/11/2021 PROMOTOR:MARIA DE
NAZARE CORREA DOS SANTOS DENUNCIADO:LUIZ ALEXANDRE CARDIAS Representante(s): OAB
11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) VITIMA:R. M. S. VITIMA:M. G. L.
O. VITIMA:L. L. S. . éDESPACHO          R. H.          Tendo em vista o
conteúdo da certidão de fl.178, que dispõe sobre o trânsito em julgado do Acórdão às fls.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
00 minutos , devendo ser intimadas as partes.. Belém, 12 de novembro de 2021. Servidor de Secretaria
1ª Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Belém PROCESSO:
00226094420188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JORGE NORBERTO GOMES VILLAS A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 12/11/2021
DENUNCIADO:WILLIAM DA SILVA RODRIGUES VITIMA:I. C. N. . ATO ORDINATÃRIO PROCESSO nº
0022609-44.2018.8.14.0401 Â Â Â Â Â De ordem e em conformidade com o Provimento da Corregedoria
de Justiça da Região Metropolitana de Belém N.º 006/2006, art. 1º, § 1º, redesigno a audiência
para o dia 25/11/2021 às 09 horas e 15 minutos , devendo ser intimadas as partes.. Belém, 12 de
novembro de 2021. Servidor de Secretaria 1ª Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
de Belém PROCESSO: 00266574620188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JORGE NORBERTO GOMES VILLAS A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumário em: 12/11/2021 DENUNCIADO:AMARILDO SOARES DOS ANJOS
VITIMA:E. E. F. E. S. . ATO ORDINATÃRIO PROCESSO nº 0026657-46.2018.8.14.0401      De
ordem e em conformidade com o Provimento da Corregedoria de Justiça da Região Metropolitana de
Belém N.º 006/2006, art. 1º, § 1º, redesigno a audiência para o dia 25/11/2021 às 10 horas e
00 minutos , devendo ser intimadas as partes.. Belém, 12 de novembro de 2021. Servidor de Secretaria
1ª Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Belém PROCESSO:
00285951320178140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JORGE NORBERTO GOMES VILLAS A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 12/11/2021
DENUNCIADO:LUIS OTAVIO SILVA FARIAS Representante(s): OAB 18338 - EDGARD AUGUSTO
FONTES DA COSTA (ADVOGADO) VITIMA:A. M. S. F. . ATO ORDINATÃRIO PROCESSO nº 0028595-
13.2017.8.14.0401 Â Â Â Â Â De ordem e em conformidade com o Provimento da Corregedoria de
Justiça da Região Metropolitana de Belém N.º 006/2006, art. 1º, § 1º, redesigno a audiência
para o dia 23/11/2021 às 10 horas e 00 minutos , devendo ser intimadas as partes.. Belém, 12 de
novembro de 2021. Servidor de Secretaria 1ª Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
de Belém PROCESSO: 00011676320208145150 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 16/11/2021 REQUERENTE:ANDREA
SIMONE DA SILVA BRITO Representante(s): OAB 24541 - WELLINGTON SILVA DOS SANTOS
(ADVOGADO) REQUERIDO:ANDRE EDUARDO DA SILVA BRITO Representante(s): OAB 12809-B -
PABLO COIMBRA DE ARAUJO (ADVOGADO) . SENTENÃA/MANDADO REQUERENTE: ANDREA
SIMONE DA SILVA BRITO, residente e domiciliada à Travessa Nove de Janeiro, nº 2374, entre
Fernando Guilhon e Caripunas, bairro: São Brás, Belém-PA, CEP: 66.063-250, telefone: (91) 99114-
2441. REQUERIDO: ANDRà EDUARDO DA SILVA BRITO, residente e domiciliado no Conjunto Júlia
Seffer, Rua 6-A, Casa nº. 06, Bairro: Ãguas Lindas, Ananindeua-PA.                Â
Andrea Simone da Silva Brito, devidamente qualificada nos autos, vÃ-tima de violência doméstica e
familiar contra a mulher, com incidência na Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, ingressou com
pedido de medidas protetivas de urgência em face de André Eduardo da Silva Brito.         Â
       Em Decisão de fls. 15/15-v, o JuÃ-zo Plantonista deferiu, liminarmente, as medidas de
proteção pretendidas pela requerente em relação ao agressor de: a) de aproximar da vÃ-tima a uma
distância mÃ-nima de 100 (cem) metros; b) de manter contato com a vÃ-tima por qualquer meio de
comunicação;                 O requerido, por seu Procurador Judicial, apresentou
contestação à s fls. 31/39, requerendo inicialmente justiça gratuita, demais alega serem inverÃ-dicas
as alegações da requerente, que não se poder dar guarida ao pedido com apenas a palavra da
vÃ-tima, alega incompetência da vara de violência doméstica e desvirtuamento de sua aplicação,
afirma existir litispendência com os autos do processo nº. 0003611-57.2020.814.0401 em tramite na 3ª
Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Belém; atipicidade da conduta, afirmando
serem ofensas mútuas; e por fim, pugna, preliminarmente, pela declaração de incompetência deste
juÃ-zo, pela revogação das medidas protetivas, julgamento pela litispendência, e no mérito, pela
absolvição do Réu e total improcedência da ação.                 Ouvidas as
partes em audiência de justificação (fls. 101/102).                 A Requerente
apresentou Memoriais Finais afirmando as ameaças sofridas; que não merece prosperar a alegação
do autor de incompetência da Vara de Violência Doméstica; afirma que não há o que se falar em
litispendência; requerendo ao final que sejam mantidas as medidas protetivas.             Â
   O Requerido, por seu turno, apresentou Memoriais Finais ratificando os termos da contestação.
                O Ministério Público manifestou-se pela manutenção das medidas
protetivas, pelo prazo de 06 (seis) meses.                 à o Relatório. Decido.   Â
             O feito encontra-se suficientemente instruÃ-do para o seu julgamento, não
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
havendo necessidade de produção de outras provas, nos termos do art. 355, I, CPC.         Â
       Cabe salientar que o JuÃ-zo é o destinatário da prova (art. 369 do Código de Processo
Civil), devendo indeferir as diligências inúteis ou meramente protelatórias (art. 370, parágrafo único,
do mesmo diploma legal).                 Por conseguinte, dispõe o art. 335 do CPC,
que incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato
e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. Â Â Â Â
            No que concerne alegações do Requerido de serem inverÃ-dicas as
alegações da requerente e que não se poder dar guarida ao pedido com apenas a palavra da vÃ-tima,
não merece prosperar, vez que a ocorrência policial traz a descrição da violência sofrida pela
vÃ-tima, ameaça, a qual deu ensejo a decisão liminar concessiva das medidas protetivas de urgência,
perdurando-se até o presente momento.                 A jurisprudência pátria, ao
tratar da valoração da prova consistente no depoimento da ofendida, já se firmou no sentido de que a
palavra da vÃ-tima, nos delitos que envolvem violência de gênero no âmbito doméstico e familiar,
merece credibilidade, mormente quando amparada por outros elementos probatórios trazidos aos autos,
o que fora promovida através de ¿prints¿ das conversas pelo meio de comunicação Whatsapp. Â
               Quanto a alegação do Requerido de que não há relação familiar
ou domestica a ensejar a aplicação da Lei 11340/2006, não merece prosperar, na medida em que
dispõe o art. 5°, da supracitada Lei que configura violência doméstica e familiar contra a mulher
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento fÃ-sico,
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, ou seja, exerça violência baseada no gênero, isto
é, quando a motivação do fato decorre da opressão à mulher, o que resta caracterizado no presente
caso, face as alegações apresentadas no boletim de ocorrência.                Â
Ademais, não há o que se falar em litispendência com os autos do processo nº. 0003611-
57.2020.814.0401 em tramite na 3ª Vara de Violência Doméstica, vez que dispõe o Código de
Processo Civil que a litispendência se dá quando o processo correspondente as mesmas partes e aos
mesmos fatos, considerando que àqueles autos se tratam das partes Sonia Maria da Silva Brito e Joziane
Cristina da Silva Brita, partes diferentes dos presentes autos: Andrea Simone da Silva Brito e André
Eduardo da Silva Brito.                 Quanto ao pedido de absolvição sumária,
tendo o presente feito seu processamento à luz do Código de Processo Civil, não há que se falar em
absolvição sumária nestes autos e sim, nos autos de ação penal que estão/ou não em
tramitação.                 De outra banda, ressalta-se que as lides domésticas e
familiares, por serem relações jurÃ-dicas continuativas, aptas a perdurarem no tempo, são passÃ-veis
de modificações em sua situação de fato e de direito, desta feita, a sentença que as resolvem
não transita materialmente em julgado, ou seja, se porventura o requerido vier demonstrar
posteriormente a imprescindibilidade de se aproximar e de manter contato com a vÃ-tima, as medidas
poderão ser revistas.                 Ante o exposto, considerando a necessidade de
manutenção das medidas protetivas, JULGO PROCEDENTE o pedido de aplicação de medidas
protetivas de urgência formulado pela requerente, proibindo o requerido de a) de aproximar da vÃ-tima a
uma distância mÃ-nima de 100 (cem) metros; b) de manter contato com a vÃ-tima por qualquer meio de
comunicação; e, por conseguinte, ratifico a decisão liminar para manter as medidas protetivas pelo
prazo de 01 (um) ano a contar da Decisão que concedeu as medidas protetivas liminarmente,
DECLARANDO EXTINTO O PROCESSO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento no artigo
487, I do Código de Processo Civil.                 INTIME-SE A Requerente para
ciência da presente Sentença.                 Intime-se a requerente e o requerido
por via postal, com aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no endereço informado nos autos,
reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido endereço independente do resultado da
diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do Código de Processo Civil.         Â
       Sem custas processuais.                 Determino que a Secretaria
promova todos os atos necessários ao regular cumprimento desta decisão.             Â
   Ciente o Ministério Público.                 Certifique-se o trânsito em
julgado, após, arquive-se promovendo-se as baixas no sistema.                Â
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.                 Belém/PA, 16 de novembro de
2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA
DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO: 00049355820158140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE
OLIVEIRA JR A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 16/11/2021 VITIMA:K. S. S.
DENUNCIADO:TONY RAIMUNDO BRAGA DA SILVA Representante(s): OAB 16007 - SANDRO
CHRISTIAN DIAS CORREA (ADVOGADO) OAB 17520 - CAMILLA TAYNA DAMASCENO DE SOUZA
421
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
culpabilidade, Ã vista dos elementos disponÃ-veis nos autos, entendo que o comportamento do recorrente
não excedeu o grau de reprovabilidade comum ao crime em tela, motivo pelo qual o vetor em
apreciação merece valoração neutra.                 Poucos elementos foram
coletados a respeito da conduta social do denunciado, razão pela qual deixo de valorar tal circunstância
inominada.                 Os antecedentes criminais do Réu são imaculados, logo,
não poderão ser utilizadas para exasperar a pena-base do patamar mÃ-nimo abstratamente cominado
na lei.                 Pelos elementos carreados aos autos, não se depreende
elementos relativos à personalidade do agente, razão pela qual deixo de valorar tal circunstância.   Â
             Os motivos do crime não podem ser valorados, vez que não extrapolou o
previsto no próprio tipo penal, ou seja, decorrente de discussão em que acusado teria ¿debochado¿
da vÃ-tima e esta, conforme seu depoimento, ¿partiu pra cima dele¿.                Â
As circunstâncias do crime encontram-se relatadas nos autos, não fugindo ao tipo penal configurado.
Assim, procedo à valoração neutra da circunstância judicial em exame.              Â
  As consequências do crime não lhe são desfavoráveis, pois não fogem ao que é comum ao
delito em tela, sendo inviável proceder a valoração negativa de tal vetor. Nessa esteira, a
circunstância inominada em enfoque merece valoração neutra.                 O
comportamento da vÃ-tima não colaborou para a prática do delito, razão pela qual nada se tem a
valorar.                 Considerando a valoração das circunstâncias judiciais do
artigo 59 do Código Penal analisadas individualmente, onde todas obtiveram valoração neutras, FIXO
A PENA-BASE EM 15 (QUINZE) DIAS DE PRISÃO SIMPLES. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Considerando o disposto no art. 65, do Código Penal, há de se reconhecer a atenuante prevista no
inciso III, ¿d¿, vez que o réu, categoricamente confessou espontaneamente a autoria do crime.   Â
             Não existem circunstâncias agravantes a serem consideradas.      Â
          Assim, FIXO A PENA INTERMEDIÃRIA EM 15 (QUINZE) DIAS DE PRISÃO
SIMPLES, deixando de considerar, para fins de minoração da pena a atenuante reconhecida,
considerando a fixação intermediária no mÃ-nimo, parâmetro legal estipulado pelo legislador, em
abstrato, como a quantidade necessária e suficiente para a reprovação e prevenção do crime (em
sentido amplo).                 Inexistem causas de aumento e diminuição, pelo que
torno DEFINITIVA A PENA PARA O CRIME DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA (ART. 129, § 9º, DO CP) EM
15 (QUINZE) DIAS DE PRISÃO SIMPLES, a ser cumprida no REGIME ABERTO, na forma disposta no
artigo 33, § 2º, alÃ-nea ¿c¿ e § 3º, do Código Penal.                 Da
aplicação da pena                 O condenado embora seja primário não
preenche as condições objetivas dispostas no artigo 44 do Código Penal, considerando que o crime foi
praticado com violência à pessoa, circunstância que impede a substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Por outro lado, apesar de cabÃ-vel,
desproporcional seria a aplicação do sursis (art. 77 do Código Penal), em razão do quantum de pena
de prisão simples aplicada (15 dias), motivo pelo que deixo de aplicar o sursis processual.       Â
         Do dano moral                 Deixo de fixar o montante mÃ-nimo a
ser pago pelo réu à ofendida a tÃ-tulo de reparação dos danos causados pela infração, uma vez
que inexistem elementos suficientes para sua aferição (art. 387, inciso IV do CPP).         Â
       Transitada em julgado a presente decisão, lance-se o nome do condenado no rol de
culpados e façam-se as anotações e comunicações pertinentes, especialmente ao Tribunal
Regional Eleitoral para o fim de suspensão dos direitos polÃ-ticos, nos termos do artigo 15, III, da
Constituição Federal.                 Sem custas nos termos da Lei 1.060/50.
Expeça-se a guia de execução, com a documentação necessária, devendo ser encaminhada Ã
Vara de Execução de Penas privativas de liberdade.                 Caso reste
infrutÃ-fera a intimação pessoal do condenado, desde já, determino que se proceda sua intimação
por edital, acerca desta decisão. Após o cumprimento de todas providências necessárias, arquivem-
se os autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se. Â Â Â Â
            Belém, 12 de novembro de 2021.                 JOÃO
AUGUSTO DE OLIVEIRA JR                  JUIZ DE DIREITO TITULAR DA 1ª
VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DE BELÃM/PA PROCESSO:
00012862420208145150 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da
Penha) Cri em: 17/11/2021 REQUERENTE:ELAINE CRISTINA COSTA DE ALBUQUERQUE
REQUERIDO:MARCOS ANDRE HAYDEN DE ALBUQUERQUE Representante(s): OAB 26021 - THIAGO
GUILHERME ALMEIDA ABEN ATHAR (ADVOGADO) . DECISÃO/MANDADO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
   A Requerente, ELAINE CRISTINA COSTA DE ALBUQUERQUE, formulou pedido de concessão
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
absolvição sumária do denunciado nos termos das hipóteses do artigo 397 do Código de Processo
Penal, como as circunstâncias: a) a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; b) a
existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; c) o fato
narrado evidentemente não constituir crime; ou d) extinção da punibilidade do agente.       Â
         Diante de todo o exposto, ratifico o recebimento da denúncia e determino a: 1)   Â
 Designação de data para a realização de audiência de instrução e julgamento.       Â
         2) Intimação do acusado, bem como da vÃ-tima e das testemunhas arroladas pela
acusação, defesa, assistente acusatório, se houver, para se fazerem presentes na audiência. Se as
testemunhas arroladas pelas partes residem fora da jurisdição do JuÃ-zo, por medida de economia
processual e tendo em vista o princÃ-pio constitucional da razoável duração do processo, expeça-se
carta precatória nos termos do artigo 222 do CPP, com prazo de 60 (sessenta) dias, intimando-se
acusação e defesa.                 Ciência ao Ministério Público e Defesa.   Â
             Façam-se as comunicações necessárias.               Â
 Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.                 Expeça-se Carta Precatória
se necessário.                 Belém/PA, 17 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO
DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER PROCESSO: 00202577920198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 17/11/2021 VITIMA:S. C. S. DENUNCIADO:DOUGLAS DA
SILVA CARVALHO. DESPACHO                 O Ministério Público Estadual,
ofereceu denúncia em face de DOUGLAS DA SILVA CARVALHO, pela suposta prática de conduta
tipificada no artigo 21 da Lei de Contravenções Penais.                      Â
           Recebida a denúncia à s fls. 03, este juÃ-zo determinou a citação do Réu, no
entanto sem lograr êxito, conforme certidão de fls. 05 e 16.                Â
Promovidas pesquisas junto ao Sistema INFOPEN - SEAP e Sistema de Cadastro Eleitoral - SIEL, não
se obteve êxito em novo endereço do acusado.                 O Ministério
Público às fls. 17-v requereu a citação por edital, considerando que promovida buscas em novo
endereço do Réu, não houve êxito.                 Considerando que o Réu se
encontra em local incerto e não sabido e, mesmo após buscas aos órgãos públicos, não foi
possÃ-vel localizar novo endereço do Réu, determino nos termos do art. 361 do CPP, que se proceda a
citação por edital de DOUGLAS DA SILVA CARVALHO, o que, em não sendo apresentada resposta
à acusação no prazo legal, devidamente certificado, remetam-se os autos conclusos.        Â
        Ciente o Ministério Público.                 Diligencie-se.     Â
           Belém, 17 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE
DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
PROCESSO: 00240416420198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 17/11/2021 VITIMA:M. J. V. DENUNCIADO:ADINILTON
DE JESUS VALE. DECISÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â ADINILTON DE JESUS VALE,
devidamente qualificado, apresentou, por seu Procurador Judicial, apresentou Resposta à Acusação Ã
s fls. 16/18, nos termos da denúncia proposta pelo Ministério Público.               Â
 Em análise da resposta à acusação, se constata a inexistência de comprovação de fatos que
levem a absolvição sumária do denunciado nos termos das hipóteses do artigo 397 do Código de
Processo Penal, como as circunstâncias: a) a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do
fato; b) a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; c)
o fato narrado evidentemente não constituir crime; ou d) extinção da punibilidade do agente.    Â
            Diante de todo o exposto, ratifico o recebimento da denúncia e determino a: 1)Â
    Designação de data para a realização de audiência de instrução e julgamento.    Â
            2) Intimação do acusado, bem como da vÃ-tima e das testemunhas arroladas
pela acusação, defesa, assistente acusatório, se houver, para se fazerem presentes na audiência. Se
as testemunhas arroladas pelas partes residem fora da jurisdição do JuÃ-zo, por medida de economia
processual e tendo em vista o princÃ-pio constitucional da razoável duração do processo, expeça-se
carta precatória nos termos do artigo 222 do CPP, com prazo de 60 (sessenta) dias, intimando-se
acusação e defesa.                 Ciência ao Ministério Público e Defesa.   Â
             Façam-se as comunicações necessárias.               Â
 Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.                 Expeça-se Carta Precatória
se necessário.                 Belém/PA, 17 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO
DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
manifestação, aplicando-se, desta feita, a confissão ficta quanto à matéria fática concernente aos
direitos disponÃ-veis e, como decorrência lógica, os fatos alegados pela Requerente na inicial têm-se
por verdadeiros e independem de produção de prova, conforme dispõe o art. 374 do CPC.     Â
           Quanto à matéria de direito, nota-se que também decorrem as consequências
jurÃ-dicas afirmadas pela Requerente (Lei nº 11.340/2006, artigos 22 e seguintes), devendo serem as
medidas cÃ-veis e penais mantidas, à mÃ-ngua de qualquer modificação no cenário fático.     Â
           Ademais, a satisfatividade em relação ao objeto da presente ação cautelar
foi alcançada, sendo, pois, a sua extinção medida que se impõe, ressalvando que a Decisão ora
proferida não faz coisa julgada material, mesmo porque, as lides domésticas e familiares configuram
relações jurÃ-dicas continuativas, aptas a perdurarem no tempo e passÃ-veis de modificações em sua
situação de fato e de direito.                 Ante o exposto, ratificando os termos
da Decisão cautelar, JULGO PROCEDENTE, pelo prazo de 06 (seis) meses, a contar da data da
concessão, liminar, o pedido de aplicação de medidas protetivas de urgência formulado pela
Requerente de: a)     De se aproximar da vÃ-tima a uma distância mÃ-nima de 100 metros b)  Â
  De frequentar a residência da vÃ-tima, a fim de preservar a integridade fÃ-sica e psicológica da
requerente                 Desta forma, EXTINGO O PROCESSO COM RESOLUÃÃO
DO MÃRITO, com fundamento no art. 487, I do Código de Processo Civil.               Â
 INTIME-SE A Requerente para ciência da presente Sentença, advertindo-a que eventual quebra das
medidas protetivas, no transcurso do prazo supra determinado, deverá ser comunicada a Autoridade
Policial como descumprimento de medidas protetivas, bem como, que deverá informar, por meio de
advogado, Defensoria Pública ou diretamente na Secretaria desta Vara: a) a pretensão de
prorrogação das medidas e, b) a cessação do risco, para fins de revogação das medidas, se for o
caso.                 Sem custas, nos termos do art. 28 da Lei nº 11.340/2006.   Â
             Dê-se ciência ao Ministério Público.                Â
Façam-se as comunicações necessárias.                 Certificado o trânsito
em julgado, arquivem-se os autos e dê-se a baixa no sistema.                Â
Publique. Registre-se. Cumpra-se.                 Servirá o presente, por cópia
digitada, como MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a redação
que lhe deu o Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão Correcional. Cumpra-se na forma e sob as penas
da lei.                 Belém, X de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE
OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER PROCESSO: 00069737920208145150 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 22/11/2021 REQUERENTE:MARIA
IVONILDE CANDEIRA RAMOS REQUERIDO:MIGUEL DA SILVA CARDOSO JUNIOR. REQUERENTE:
MARIA IVONILDE CANDEIRA RAMOS, residente a Rua São Vicente de Paula, próximo a Bertolini,
bairro Tapanã, CEP: 66825000, telefone (91) 98137-7366 SENTENÃA/MANDADO          Â
       MARIA IVONILDE CANDEIRA RAMOS, devidamente qualificada nos autos, vÃ-tima de
violência doméstica e familiar contra a mulher, com incidência na Lei Maria da Penha, Lei nº
11.340/2006, ingressou com pedido de medidas protetivas de urgência em face de MIGUEL DA SILVA
CARDOSO JUNIOR                 .                 Em Decisão
de fls. 11, foram deferidas, liminarmente, medidas de proteção em favor da vÃ-tima.         Â
       O Requerido foi devidamente intimado, no entanto, não apresentou manifestação,
conforme Certidão de fls. 19                  à o relatório. DECIDO.       Â
         Depreende-se do disposto no artigo 355, inciso II, do Código de Processo Civil que o
Juiz julgará antecipadamente a lide, conhecendo diretamente do pedido, quando ocorrer à revelia,
presumirem-se verdadeiros os fatos (art. 344 do CPC) e não houver requerimento de provas (art. 349 do
CPC).                 Da análise dos autos, verifica-se que, embora intimado da
Decisão que concedeu as medidas protetivas em favor da Requerente, o Requerido não apresentou
manifestação, aplicando-se, desta feita, a confissão ficta quanto à matéria fática concernente aos
direitos disponÃ-veis e, como decorrência lógica, os fatos alegados pela Requerente na inicial têm-se
por verdadeiros e independem de produção de prova, conforme dispõe o art. 374 do CPC.     Â
           Quanto à matéria de direito, nota-se que também decorrem as consequências
jurÃ-dicas afirmadas pela Requerente (Lei nº 11.340/2006, artigos 22 e seguintes), devendo serem as
medidas cÃ-veis e penais mantidas, à mÃ-ngua de qualquer modificação no cenário fático.     Â
           Ademais, a satisfatividade em relação ao objeto da presente ação cautelar
foi alcançada, sendo, pois, a sua extinção medida que se impõe, ressalvando que a Decisão ora
proferida não faz coisa julgada material, mesmo porque, as lides domésticas e familiares configuram
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 23/11/2021 REQUERENTE:LUANA
STEFANY DURAES DO NASCIMENTO REQUERIDO:ANTONIO QUARESMA FERREIRA.
SENTENÃA/MANDADO REQUERENTE: LUANA STEFANY DURAES DO NASCIMENTO, residente Ã
Rua das OrquÃ-deas N.º 35, entre Rua Santos dos Santos e Rua Beganha, Bairro: Tapanã, Belém,
Pará. telefone: (91) 98387-1558.                 LUANA STEFANY DURAES DO
NASCIMENTO, requereu Medidas Protetivas de Urgência em desfavor de ANTONIO QUARESMA
FERREIRA, ambos qualificados nos autos, pelo fato caracterizador de violência doméstica.      Â
           Foram deferidas, liminarmente, medidas Protetivas de Urgência em favor da
vÃ-tima.                 A Requerente pleiteou a revogação das medidas protetivas
decretadas à s fls. 22.                 à o Relatório. Decido.            Â
    Depreende-se do disposto no art. 17 do Código de Processo Civil, que uma das condições da
ação é o interesse de agir, ou seja, as partes da relação jurÃ-dico-processual devem demonstrar a
necessidade de intervenção do Poder Judiciário e a adequação da via eleita para provocação
jurisdicional.                 No caso em tela, a Requerente postulou a revogação
das medidas protetivas e, portanto, não tem mais interesse em prosseguir com a ação.       Â
         Desta feita, verifica-se que a providência jurisdicional pleiteada inicialmente pela
vÃ-tima não é mais necessária, devendo, por conseguinte, ser extinto o processo sem resolução de
mérito, com a revogação das medidas protetivas.                 Ressalte-se,
entretanto, que a decisão ora proferida não faz coisa julgada material, eis que as lides domésticas e
familiares configuram relações jurÃ-dicas continuativas, aptas a perdurarem no tempo e passÃ-veis de
modificações em sua situação de fato e de direito.                 Ante o exposto,
considerando o pedido de revogação das medidas protetivas e, não havendo motivos para não se
presumir ser a pretensão da Requerente de livre e espontânea vontade, EXTINGO O PROCESSO,
SEM RESOLUÃÃO DE MÃRITO, por falta interesse processual superveniente das vÃ-timas, nos termos do
artigo 485, VI do Código de Processo Civil e revogo as medidas protetivas decretadas liminarmente.  Â
              Intime-se a requerente e o requerido por via postal, com aviso de
recebimento, preferencialmente virtual, no endereço informado nos autos, reputando-se válida a
intimação encaminhada ao referido endereço independente do resultado da diligência. Após,
certifique o trânsito em julgado e arquivem-se.                 Sem custas
processuais.                 Ciente o Ministério Público.             Â
   Façam-se as anotações e comunicações necessárias.                Â
Transitada em julgado, arquive os autos com as devidas baixas no sistema. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
  Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.                 Belém, 23 de novembro de
2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA
DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO: 00059275520208145150 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE
OLIVEIRA JR A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 23/11/2021
REQUERENTE:PATRICIA BIANCA PEREIRA SANTOS REQUERIDO:MAX SANTOS DOS SANTOS
Representante(s): OAB 23912 - ANDRE LUIZ ALVES DE FRANCA (ADVOGADO) .
SENTENÃA/MANDADO REQUERENTE: PATRICIA BIANCA PEREIRA SANTOS, residente e domiciliada
à Rua Alberto Vilar, Alameda Nossa Senhora de Nazaré n.º 20, bairro: Tapanã, Belém-PA, CEP:
66.830-100, telefone: (91) 99819-9250; Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â PATRICIA BIANCA PEREIRA
SANTOS, requereu Medidas Protetivas de Urgência em desfavor de MAX SANTOS DOS ANTOS, ambos
qualificados nos autos, pelo fato caracterizador de violência doméstica.               Â
  Foram deferidas, liminarmente, medidas Protetivas de Urgência em favor da vÃ-tima.        Â
        A Requerente pleiteou a revogação das medidas protetivas decretadas à s fls. 26.  Â
              O Ministério Público manifestou-se pela revogação das medidas
protetivas.                 à o Relatório. Decido.                Â
Depreende-se do disposto no art. 17 do Código de Processo Civil, que uma das condições da ação
é o interesse de agir, ou seja, as partes da relação jurÃ-dico-processual devem demonstrar a
necessidade de intervenção do Poder Judiciário e a adequação da via eleita para provocação
jurisdicional.                 No caso em tela, a Requerente postulou a revogação
das medidas protetivas e, portanto, não tem mais interesse em prosseguir com a ação.       Â
         Desta feita, verifica-se que a providência jurisdicional pleiteada inicialmente pela
vÃ-tima não é mais necessária, devendo, por conseguinte, ser extinto o processo sem resolução de
mérito, com a revogação das medidas protetivas.                 Ressalte-se,
entretanto, que a decisão ora proferida não faz coisa julgada material, eis que as lides domésticas e
familiares configuram relações jurÃ-dicas continuativas, aptas a perdurarem no tempo e passÃ-veis de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
que a querelada, repedindo as mesmas ofensas proferidas por seu filho, injuriou a vÃ-tima chamando-a
várias vezes de ¿vagabunda¿.                 Requereu a condenação do réu
e o pagamento de indenização por danos morais.                 Em audiência,
realizada em 09/05/2019, frustrada tentativa de reconciliação, a queixa-crime foi recebida por este
JuÃ-zo e, apresentando resposta à acusação, a querelada alegou a ausência de justa causa para o
recebimento da queixa-crime, por falta de lastro probatório, como também pleiteou a absolvição
sumária com base no art. 140, §1º, do CP, por ter havido retorsão imediata que consista em outra
injúria, considerando que, no caso em tela, ficou clara a troca invariável e constante de injúrias e
ofensas entre as partes, carreando como prova o boletim de ocorrência policial realizado pela querelada,
no dia dos fatos, em razão de a querelante ter chamado a querelada de ¿velha doida¿.       Â
         Verificando não ser caso de absolvição sumária, em 13/06/2019, este JuÃ-zo
ratificou o recebimento da queixa-crime, designou audiência de instrução e julgamento, tendo sido
ouvidas a querelante, uma testemunha, arrolada pela querelada, que foi ouvida como informante por ser o
filho desta e ex-companheiro da querelante e procedeu-se ao interrogatório da querelada.       Â
         As partes não requerem diligências e, apresentados memorais, a querelante, por
Procurador Judicial, aduziu que restou nÃ-tida a existência de uma relação conturbada entre nora e
sogra, onde a querelante passou anos sendo humilhada e ofendida moralmente pela querelada. Â Â Â Â Â
           Afirma que no dia dos fatos (16/06/2018), durante desentendimento entre o casal,
que resultou na separação, a querelada em um Ã-mpeto de raiva ainda ofendeu a querelante,
chamando-a de ¿vagabunda¿, fato que teria sido presenciado pelo filho da querelante, pelo que
requereu a condenação da querelada.                 Por seu turno, a querelada
pleiteou a extinção da punibilidade, com fulcro no art. 140, §1º, do CP, posto que ficou clara a troca
invariável e constantes de injúrias e ofensas entre as partes, devendo, por isso, ser aplicado o perdão
judicial para reconhecimento da extinção da punibilidade, ou mesmo, não sendo acolhida essa tese,
que seja aplicado o princÃ-pio ¿in dubio pro Reo¿, considerando a falta de provas para ensejar uma
condenação.                 O Ãrgão Ministerial Manifestou-se, como ¿custos
legis¿, pelo prosseguimento do feito, considerando regularidade na tramitação do feito.       Â
         à o Relatório.                 Finda a instrução processual, as
provas carreadas aos autos consistem no depoimento da querelante, uma testemunha, arrolada pela
querelada, que foi ouvida como informante por ser o filho desta e ex-companheiro da querelante e
procedeu-se ao interrogatório da querelada.                 Do conjunto probatório,
apurou-se pelo depoimento da querelante que a relação com a querelada sempre foi conflituosa e que,
segundo o ex-companheiro daquela e filho desta, ouvido como informante nestes autos, o conflito se dava
em razão dos afazeres domésticos, considerando que o então casal morava na casa da querelada. Â
               O informante afirmou em seu depoimento que no dia dos fatos houve uma
discussão entre ele e a querelante, o que também foi confirmado por ela e, em razão da discussão,
a querelada saiu de seu quarto para saber o que estava acontecendo, momento em que a querelante falou
¿não se meta velha louca¿.                 Por seu turno a querelada em seu
interrogatório afirmou não ter chamado a querelante de vagabunda, mas que teria lhe dito que ela
estava agindo como uma vagabunda.                 A querelante afirmou que não se
lembra ter rebatido os xingamentos e que havia uma testemunha dos fatos, o filho do casal, uma criança,
que, segundo os autos, estava dormindo com a querelada, mas que não foi arrolado como testemunha. Â
               Tem-se, então, nestes autos que estava havendo uma discussão entre
querelante e seu ex-companheiro, o que fez com que a querelada interviesse na perlenga, tendo havido
uma troca de xingamentos. Essa assertiva é extraÃ-da do depoimento do informante, que estava
presente no momento dos fatos, confirmando que as partes se xingaram, como também pelo
depoimento da querelante, quando afirmou que era conflituoso o relacionamento com querelada. Do
mesmo modo, a querelante não se desincumbiu satisfatoriamente do seu ônus probatório pois afirmou
que o filho do casal presenciou os fatos, mas, não o arrolou como testemunha, ao passo que confirmou
que o informante, ouvido em JuÃ-zo, estava presente no momento dos fatos. Desse modo não se pode
dar relevância acentuada à palavra da querelante de que somente a querelada a ofendeu, não se
recordando se naquele momento ofendeu a querelada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante dessa
conclusão, sabendo-se que para configuração do crime de injuria, faz-se necessária a presença do
animus injuriandi, ou seja, o dolo especÃ-fico, a vontade livre e consciente de atacar a honra subjetiva, no
caso concreto, a troca de injúrias entre as partes se deu em momento de forte emoção, no calor da
discussão, com os ânimos exaltados, havendo, por isso a atipicidade da conduta da querelante,
restando claro que ela agiu com animus defendendi.                 Dispositivo    Â
            Ante o acima exposto, julgo IMPROCEDENTE a ação penal para ABSOLVER
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
a querelante RAIMUNDA BEZERRA PEREIRA, já qualificada nos autos, das penas do art. 140, do
Código Penal, nos termos do artigo 386, inciso III do Código de Processo Penal.           Â
     Dispenso as custas e despesas processuais, de acordo com o Provimento n.º 005/2002, da
Corregedoria Geral de Justiça do TJ/PA, por se tratar de ação penal pública, em que o querelante
é isenta do pagamento de custas.                 Intimem-se querelante e querelada.
                Ciente o Ministério Público.                Â
Transitada em julgado a Sentença, façam-se as anotações necessárias e arquive.        Â
        Publique-se, Registre-se e Cumpra-se.                 Belém, 21 de
novembro de 2021. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR Â Â Â Â Â Â Â
          JUIZ DE DIREITO TITULAR DA 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER DE BELÃM/PA PROCESSO: 00000041420218145150 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE
OLIVEIRA JR A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 24/11/2021
REQUERENTE:ROSANGELA MONTEIRO COSTA REQUERIDO:ANDERSON MACIEL DA SILVA.
SENTENÃA/MANDADO REQUERENTE: ROSÃNGELA MONTEIRO COSTA, residente e domiciliada Ã
Passagem Santa Fé n° 103, entre Santa Rosa e José Bonifácio, bairro: Guamá, Belém-PA, CEP:
66075580, telefone: (91) 99108-9790. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â ROSANGELA MONTEIRO
COSTA, devidamente qualificada nos autos, vÃ-tima de violência doméstica e familiar contra a mulher,
com incidência na Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, ingressou com pedido de medidas protetivas
de urgência em face de ANDERSON MACIEL DA SILVA.                 Em
Decisão, foram deferidas, liminarmente, medidas de proteção em favor da vÃ-tima.         Â
       O Requerido foi devidamente intimado, no entanto, não apresentou manifestação,
conforme Certidão de fls. 18.                  à o relatório. DECIDO.       Â
         Depreende-se do disposto no artigo 355, inciso II, do Código de Processo Civil que o
Juiz julgará antecipadamente a lide, conhecendo diretamente do pedido, quando ocorrer a revelia,
presumirem-se verdadeiros os fatos (art. 344 do CPC) e não houver requerimento de provas (art. 349 do
CPC).                 Da análise dos autos, verifica-se que, embora intimado da
Decisão que concedeu as medidas protetivas em favor da Requerente, o Requerido não apresentou
manifestação, aplicando-se, desta feita, a confissão ficta quanto à matéria fática concernente aos
direitos disponÃ-veis e, como decorrência lógica, os fatos alegados pela Requerente na inicial têm-se
por verdadeiros e independem de produção de prova, conforme dispõe o art. 374 do CPC.     Â
           Quanto à matéria de direito, nota-se que também decorrem as consequências
jurÃ-dicas afirmadas pela Requerente (Lei nº 11.340/2006, artigos 22 e seguintes), devendo serem as
medidas cÃ-veis e penais mantidas, à mÃ-ngua de qualquer modificação no cenário fático.     Â
           Ademais, a satisfatividade em relação ao objeto da presente ação cautelar
foi alcançada, sendo, pois, a sua extinção medida que se impõe, ressalvando que a Decisão ora
proferida não faz coisa julgada material, mesmo porque, as lides domésticas e familiares configuram
relações jurÃ-dicas continuativas, aptas a perdurarem no tempo e passÃ-veis de modificações em sua
situação de fato e de direito.                  Ante o exposto, ratificando os termos
da Decisão liminar, JULGO PROCEDENTE, pelo prazo de 01 (um) ano, a contar da decisão liminar, o
pedido de aplicação de medidas protetivas de urgência formulado pela Requerente em relação ao
Requerido de: a) De se aproximar da vÃ-tima a uma distância mÃ-nima de 100 (cem) metros; b) De
manter contato com a vÃ-tima por qualquer meio de comunicação; c) De frequentar a residência da
vÃ-tima, a fim de preservar a integridade fÃ-sica e psicológica da requerente.              Â
  Desta forma, EXTINGO O PROCESSO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento no art.
487, I do Código de Processo Civil.                 INTIME-SE A Requerente para
ciência da presente Sentença, advertindo-a que eventual quebra das medidas protetivas, no transcurso
do prazo supra determinado, deverá ser comunicada a Autoridade Policial como descumprimento de
medidas protetivas, bem como, que deverá informar, por meio de advogado, Defensoria Pública ou
diretamente na Secretaria desta Vara: a) a pretensão de prorrogação das medidas e, b) a
cessação do risco, para fins de revogação das medidas, se for o caso.              Â
  Intime-se a requerente por via postal, com aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no
endereço informado nos autos, reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido endereço
independente do resultado da diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do Código de
Processo Civil.                 Sem custas, nos termos do art. 28 da Lei nº
11.340/2006.                 Dê-se ciência ao Ministério Público.       Â
         Façam-se as comunicações necessárias.                Â
Certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos e dê-se a baixa no sistema.         Â
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE
VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO: 00010316620208145150
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO
FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em:
24/11/2021 REQUERENTE:MARCELI NOGUEIRA TEIXEIRA REQUERIDO:CARLOS AUGUSTO
LOBATO NUNES. SENTENÃA/MANDADO REQUERENTE: MARCELI NOGUEIRA TEIXEIRA, residente e
domiciliada à Av. Roberto Camelier, 2118, bairro: Jurunas, Belém-PA, CEP: 66025703, telefone: (91)
98970-1608. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â MARCELI NOGUEIRA TEIXEIRA, devidamente qualificada
nos autos, vÃ-tima de violência doméstica e familiar contra a mulher, com incidência na Lei Maria da
Penha, Lei nº 11.340/2006, ingressou com pedido de medidas protetivas de urgência em face de
CARLOS AUGUSTO LOBATO NUNES.                 Em Decisão, foram deferidas,
liminarmente, medidas de proteção em favor da vÃ-tima.                 O Requerido
foi devidamente intimado, no entanto, não apresentou manifestação, conforme Certidão de fls. 24. Â
                à o relatório. DECIDO.                 Depreende-se
do disposto no artigo 355, inciso II, do Código de Processo Civil que o Juiz julgará antecipadamente a
lide, conhecendo diretamente do pedido, quando ocorrer a revelia, presumirem-se verdadeiros os fatos
(art. 344 do CPC) e não houver requerimento de provas (art. 349 do CPC).             Â
   Da análise dos autos, verifica-se que, embora intimado da Decisão que concedeu as medidas
protetivas em favor da Requerente, o Requerido não apresentou manifestação, aplicando-se, desta
feita, a confissão ficta quanto à matéria fática concernente aos direitos disponÃ-veis e, como
decorrência lógica, os fatos alegados pela Requerente na inicial têm-se por verdadeiros e independem
de produção de prova, conforme dispõe o art. 374 do CPC.                Â
Quanto à matéria de direito, nota-se que também decorrem as consequências jurÃ-dicas afirmadas
pela Requerente (Lei nº 11.340/2006, artigos 22 e seguintes), devendo serem as medidas cÃ-veis e
penais mantidas, à mÃ-ngua de qualquer modificação no cenário fático.             Â
   Ademais, a satisfatividade em relação ao objeto da presente ação cautelar foi alcançada,
sendo, pois, a sua extinção medida que se impõe, ressalvando que a Decisão ora proferida não faz
coisa julgada material, mesmo porque, as lides domésticas e familiares configuram relações jurÃ-dicas
continuativas, aptas a perdurarem no tempo e passÃ-veis de modificações em sua situação de fato e
de direito.                  Ante o exposto, ratificando os termos da Decisão liminar,
JULGO PROCEDENTE, pelo prazo de 01 (um) ano, a contar da decisão liminar, o pedido de
aplicação de medidas protetivas de urgência formulado pela Requerente em relação ao
Requerido de: a) De se aproximar da vÃ-tima a uma distância mÃ-nima de 100 (cem) metros; b) De
manter contato com a vÃ-tima por qualquer meio de comunicação; c) De frequentar a residência da
vÃ-tima e o seu local de trabalho (Loja Moinho Central, sito à Rua Oriental do Mercado, Centro Comercial,
Belém/PA), a fim de preservar a integridade fÃ-sica e psicológica da requerente.           Â
     Desta forma, EXTINGO O PROCESSO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento no
art. 487, I do Código de Processo Civil.                 INTIME-SE A Requerente para
ciência da presente Sentença, advertindo-a que eventual quebra das medidas protetivas, no transcurso
do prazo supra determinado, deverá ser comunicada a Autoridade Policial como descumprimento de
medidas protetivas, bem como, que deverá informar, por meio de advogado, Defensoria Pública ou
diretamente na Secretaria desta Vara: a) a pretensão de prorrogação das medidas e, b) a
cessação do risco, para fins de revogação das medidas, se for o caso.              Â
  Intime-se a requerente por via postal, com aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no
endereço informado nos autos, reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido endereço
independente do resultado da diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do Código de
Processo Civil.                 Sem custas, nos termos do art. 28 da Lei nº
11.340/2006.                 Dê-se ciência ao Ministério Público.       Â
         Façam-se as comunicações necessárias.                Â
Certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos e dê-se a baixa no sistema.         Â
       Publique. Registre-se. Cumpra-se.                 Servirá o presente,
por cópia digitada, como MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a
redação que lhe deu o Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão Correcional. Cumpra-se na forma e
sob as penas da lei.                 Belém, 24 de novembro de 2021 JOÃO
AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO: 00010463520208145150 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 24/11/2021 REQUERENTE:NATHALY
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
SILVA PEREIRA Representante(s): OAB 23132 - KARLA CRISTINA FURTADO MARTINS (ADVOGADO)
OAB 24138 - THAIS DE SOUZA MOURA (ADVOGADO) OAB 25959 - KEVENNY CHRISTYE CUNHA DA
COSTA (ADVOGADO) REQUERIDO:LUIZ ANTONIO REIS OLIVEIRA. SENTENÃA/MANDADO
REQUERENTE: NATHALY SILVA PEREIRA residente e domiciliada à Rua Cônego Jerônimo Pimentel,
nº426, Ed. Village Classic Apto 502, bairro: Umarizal, Belém-PA, CEP: 66.055-000, telefone:
(91)98847-8849 Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â NATHALY SILVA PEREIRA, devidamente qualificada
nos autos, vÃ-tima de violência doméstica e familiar contra a mulher, com incidência na Lei Maria da
Penha, Lei nº 11.340/2006, ingressou com pedido de medidas protetivas de urgência em face de LUIZ
ANTONIO REIS OLIVEIRA.                 Em Decisão, foram deferidas,
liminarmente, medidas de proteção em favor da vÃ-tima.                 O Requerido
foi devidamente intimado, no entanto, não apresentou manifestação, conforme Certidão de fls. 85. Â
                à o relatório. DECIDO.                 Depreende-se
do disposto no artigo 355, inciso II, do Código de Processo Civil que o Juiz julgará antecipadamente a
lide, conhecendo diretamente do pedido, quando ocorrer a revelia, presumirem-se verdadeiros os fatos
(art. 344 do CPC) e não houver requerimento de provas (art. 349 do CPC).             Â
   Da análise dos autos, verifica-se que, embora intimado da Decisão que concedeu as medidas
protetivas em favor da Requerente, o Requerido não apresentou manifestação, aplicando-se, desta
feita, a confissão ficta quanto à matéria fática concernente aos direitos disponÃ-veis e, como
decorrência lógica, os fatos alegados pela Requerente na inicial têm-se por verdadeiros e independem
de produção de prova, conforme dispõe o art. 374 do CPC.                Â
Quanto à matéria de direito, nota-se que também decorrem as consequências jurÃ-dicas afirmadas
pela Requerente (Lei nº 11.340/2006, artigos 22 e seguintes), devendo serem as medidas cÃ-veis e
penais mantidas, à mÃ-ngua de qualquer modificação no cenário fático.             Â
   Ademais, a satisfatividade em relação ao objeto da presente ação cautelar foi alcançada,
sendo, pois, a sua extinção medida que se impõe, ressalvando que a Decisão ora proferida não faz
coisa julgada material, mesmo porque, as lides domésticas e familiares configuram relações jurÃ-dicas
continuativas, aptas a perdurarem no tempo e passÃ-veis de modificações em sua situação de fato e
de direito.                  Ante o exposto, ratificando os termos da Decisão liminar,
JULGO PROCEDENTE, pelo prazo de 01 (um) ano, a contar da decisão liminar, o pedido de
aplicação de medidas protetivas de urgência formulado pela Requerente em relação ao
Requerido de: a) De se aproximar da vÃ-tima a uma distância mÃ-nima de 100 (cem) metros; b) De
manter contato com a vÃ-tima por qualquer meio de comunicação; c) De frequentar a residência da
vÃ-tima e o seu local de trabalho (Travessa Cezar Pinheiro, nº 228, CEP 68.700-070, bairro Centro-
Capanema-PA), a fim de preservar a integridade fÃ-sica e psicológica da requerente.          Â
      Desta forma, EXTINGO O PROCESSO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento
no art. 487, I do Código de Processo Civil.                 INTIME-SE A Requerente
para ciência da presente Sentença, advertindo-a que eventual quebra das medidas protetivas, no
transcurso do prazo supra determinado, deverá ser comunicada a Autoridade Policial como
descumprimento de medidas protetivas, bem como, que deverá informar, por meio de advogado,
Defensoria Pública ou diretamente na Secretaria desta Vara: a) a pretensão de prorrogação das
medidas e, b) a cessação do risco, para fins de revogação das medidas, se for o caso.      Â
          Intime-se a requerente por via postal, com aviso de recebimento, preferencialmente
virtual, no endereço informado nos autos, reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido
endereço independente do resultado da diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do
Código de Processo Civil.                 Sem custas, nos termos do art. 28 da Lei nº
11.340/2006.                 Dê-se ciência ao Ministério Público.       Â
         Façam-se as comunicações necessárias.                Â
Certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos e dê-se a baixa no sistema.         Â
       Publique. Registre-se. Cumpra-se.                 Servirá o presente,
por cópia digitada, como MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a
redação que lhe deu o Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão Correcional. Cumpra-se na forma e
sob as penas da lei.                 Belém, 24 de novembro de 2021 JOÃO
AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO: 00020241220208145150 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 24/11/2021
REQUERENTE:DHULLIANE COSTA DA SILVA REQUERIDO:DANIEL DOS SANTOS TAVARES.
SENTENÃA/MANDADO REQUERENTE: DHULLIANE COSTA DA SILVA, residente e domiciliada à Rua
439
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Bragança, 98, Quadra 148, próximo à TRA. WD-4, bairro: Parque Verde, Belém-PA, CEP: 66633520,
telefone: (91) 2121-4128. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DHULLIANE COSTA DA SILVA, devidamente
qualificada nos autos, vÃ-tima de violência doméstica e familiar contra a mulher, com incidência na Lei
Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, ingressou com pedido de medidas protetivas de urgência em face
de DANIEL DOS SANTOS TAVARES.                 Em Decisão, foram deferidas,
liminarmente, medidas de proteção em favor da vÃ-tima.                 O Requerido
foi devidamente intimado, no entanto, não apresentou manifestação, conforme Certidão de fls. 32. Â
                à o relatório. DECIDO.                 Depreende-se
do disposto no artigo 355, inciso II, do Código de Processo Civil que o Juiz julgará antecipadamente a
lide, conhecendo diretamente do pedido, quando ocorrer a revelia, presumirem-se verdadeiros os fatos
(art. 344 do CPC) e não houver requerimento de provas (art. 349 do CPC).             Â
   Da análise dos autos, verifica-se que, embora intimado da Decisão que concedeu as medidas
protetivas em favor da Requerente, o Requerido não apresentou manifestação, aplicando-se, desta
feita, a confissão ficta quanto à matéria fática concernente aos direitos disponÃ-veis e, como
decorrência lógica, os fatos alegados pela Requerente na inicial têm-se por verdadeiros e independem
de produção de prova, conforme dispõe o art. 374 do CPC.                Â
Quanto à matéria de direito, nota-se que também decorrem as consequências jurÃ-dicas afirmadas
pela Requerente (Lei nº 11.340/2006, artigos 22 e seguintes), devendo serem as medidas cÃ-veis e
penais mantidas, à mÃ-ngua de qualquer modificação no cenário fático.             Â
   Ademais, a satisfatividade em relação ao objeto da presente ação cautelar foi alcançada,
sendo, pois, a sua extinção medida que se impõe, ressalvando que a Decisão ora proferida não faz
coisa julgada material, mesmo porque, as lides domésticas e familiares configuram relações jurÃ-dicas
continuativas, aptas a perdurarem no tempo e passÃ-veis de modificações em sua situação de fato e
de direito.                  Ante o exposto, ratificando os termos da Decisão liminar,
JULGO PROCEDENTE, pelo prazo de 01 (um) ano, a contar da decisão liminar, o pedido de
aplicação de medidas protetivas de urgência formulado pela Requerente em relação ao
Requerido de: a) De se aproximar da vÃ-tima a uma distância mÃ-nima de 100 (cem) metros; b) De
manter contato com a vÃ-tima por qualquer meio de comunicação; c) De frequentar a residência da
vÃ-tima, a fim de preservar a integridade fÃ-sica e psicológica da requerente.              Â
  Desta forma, EXTINGO O PROCESSO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento no art.
487, I do Código de Processo Civil.                 INTIME-SE A Requerente para
ciência da presente Sentença, advertindo-a que eventual quebra das medidas protetivas, no transcurso
do prazo supra determinado, deverá ser comunicada a Autoridade Policial como descumprimento de
medidas protetivas, bem como, que deverá informar, por meio de advogado, Defensoria Pública ou
diretamente na Secretaria desta Vara: a) a pretensão de prorrogação das medidas e, b) a
cessação do risco, para fins de revogação das medidas, se for o caso.              Â
  Intime-se a requerente por via postal, com aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no
endereço informado nos autos, reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido endereço
independente do resultado da diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do Código de
Processo Civil.                 Sem custas, nos termos do art. 28 da Lei nº
11.340/2006.                 Dê-se ciência ao Ministério Público.       Â
         Façam-se as comunicações necessárias.                Â
Certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos e dê-se a baixa no sistema.         Â
       Publique. Registre-se. Cumpra-se.                 Servirá o presente,
por cópia digitada, como MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a
redação que lhe deu o Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão Correcional. Cumpra-se na forma e
sob as penas da lei.                 Belém, 24 de novembro de 2021 JOÃO
AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO: 00023697520208145150 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 24/11/2021 REQUERENTE:JOYCE
RODRIGUES CERQUEIRA REQUERIDO:BENEDITO DEMILSON PANTOJA MACIEL.
SENTENÃA/MANDADO VÃ-tima: JOYCE RODRIGUES CERQUEIRA, residente e domiciliada à Av.
Central I, Rua Cinco, 05, bairro: Coqueiro, Belém-PA, CEP: 66823072, telefone: (91) 99252-0180.   Â
             JOYCE RODRIGUES CERQUEIRA, requereu Medidas Protetivas de
Urgência em desfavor de BENEDITO DEMILSON PANTOJA MACIEL, ambos qualificados nos autos,
pelo fato caracterizador de violência doméstica.                 Em Decisão, foram
deferidas, liminarmente, medidas de proteção em favor da vÃ-tima.                 O
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Requerido foi devidamente intimado, no entanto, não apresentou manifestação, conforme Certidão
de fls. 38.                  à o relatório. DECIDO.                Â
Depreende-se do disposto no artigo 355, inciso II, do Código de Processo Civil que o Juiz julgará
antecipadamente a lide, conhecendo diretamente do pedido, quando ocorrer a revelia, presumirem-se
verdadeiros os fatos (art. 344 do CPC) e não houver requerimento de provas (art. 349 do CPC).   Â
             Da análise dos autos, verifica-se que, embora intimado da Decisão que
concedeu as medidas protetivas em favor da Requerente, o Requerido não apresentou manifestação,
aplicando-se, desta feita, a confissão ficta quanto à matéria fática concernente aos direitos
disponÃ-veis e, como decorrência lógica, os fatos alegados pela Requerente na inicial têm-se por
verdadeiros e independem de produção de prova, conforme dispõe o art. 374 do CPC.      Â
          Quanto à matéria de direito, nota-se que também decorrem as consequências
jurÃ-dicas afirmadas pela Requerente (Lei nº 11.340/2006, artigos 22 e seguintes), devendo serem as
medidas cÃ-veis e penais mantidas, à mÃ-ngua de qualquer modificação no cenário fático.     Â
           Ademais, a satisfatividade em relação ao objeto da presente ação cautelar
foi alcançada, sendo, pois, a sua extinção medida que se impõe, ressalvando que a Decisão ora
proferida não faz coisa julgada material, mesmo porque, as lides domésticas e familiares configuram
relações jurÃ-dicas continuativas, aptas a perdurarem no tempo e passÃ-veis de modificações em sua
situação de fato e de direito.                  Ante o exposto, ratificando os termos
da Decisão liminar, JULGO PROCEDENTE, pelo prazo de 01 (um) ano, a contar da decisão liminar, o
pedido de aplicação de medidas protetivas de urgência formulado pela Requerente em relação ao
Requerido de: a)     Afastamento compulsório do agressor do lar, domicÃ-lio ou local de
convivência com a vÃ-tima, b)     De se aproximar da vÃ-tima a uma distância mÃ-nima de 100
(cem) metros; c)     De manter contato com a vÃ-tima por qualquer meio de comunicação; d) Â
   De frequentar a residência da vÃ-tima e o seu local de trabalho, a fim de preservar a integridade
fÃ-sica e psicológica da requerente.                 Desta forma, EXTINGO O
PROCESSO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento no art. 487, I do Código de Processo
Civil.                 INTIME-SE A Requerente para ciência da presente Sentença,
advertindo-a que eventual quebra das medidas protetivas, no transcurso do prazo supra determinado,
deverá ser comunicada a Autoridade Policial como descumprimento de medidas protetivas, bem como,
que deverá informar, por meio de advogado, Defensoria Pública ou diretamente na Secretaria desta
Vara: a) a pretensão de prorrogação das medidas e, b) a cessação do risco, para fins de
revogação das medidas, se for o caso.                 Intime-se a requerente por via
postal, com aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no endereço informado nos autos,
reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido endereço independente do resultado da
diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do Código de Processo Civil.         Â
       Sem custas, nos termos do art. 28 da Lei nº 11.340/2006.              Â
  Dê-se ciência ao Ministério Público.                 Façam-se as
comunicações necessárias.                 Certificado o trânsito em julgado,
arquivem-se os autos e dê-se a baixa no sistema.                 Publique. Registre-
se. Cumpra-se.                 Servirá o presente, por cópia digitada, como
MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a redação que lhe deu o
Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão Correcional. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.   Â
             Belém, 24 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ
DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
PROCESSO: 00047652520208145150 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 24/11/2021 REQUERENTE:INGRID
PANTOJA QUARESMA REQUERIDO:FABIO EDUARDO MORAES DA GAMA. Sentença/Mandado
REQUERENTE: INGRID PANTOJA QUARESMA, residente e domiciliada à Conj. Radional II, Qd. E, Casa
12-fundos, bairro: Condor, Belém-PA, CEP: 66033041, podendo também ser localizada através do
Whatsapp telefone (91) 99109-7855. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â INGRID PANTOJA QUARESMA,
requereu Medidas Protetivas de Urgência em desfavor de FABIO EDUARDO MOARES DA GAMA,
ambos qualificados nos autos, pelo fato caracterizador de violência doméstica.            Â
    Após deferimento das medidas de urgência, foi determinada a intimação da requerente para
que informar se tinha interesse no prosseguimento do feito e que indicasse endereço do requerido,
considerando que não localizado no endereço indicado nos autos.                Â
Regularmente intimada, não apresentou manifestação até a presente data, conforme certificado
pela Secretaria deste JuÃ-zo de fls. 24.                 à o Relatório.         Â
441
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
       No presente caso, desde a sua intimação, a vÃ-tima não compareceu em juÃ-zo para
promover os atos e as diligências que lhe incumbiam, abandonando a causa por mais de 30 (trinta) dias,
não havendo outro caminho senão o da extinção do processo sem apreciação de mérito.   Â
             Inaplicável ao presente caso a Súmula 240, do STJ, a qual exige a
necessidade de requerimento do réu acerca do abandono, eis que este ainda não foi citado (§ 6º, do
art. 485, do CPC) e não compôs, portanto, a relação jurÃ-dica processual.             Â
   Ante o exposto, tendo em vista que a requerente não promoveu os atos e diligências que lhe
competia, abandonando a causa por mais de 30 (trinta) dias, extingo o processo, sem resolução de
mérito, nos termos do art. 485, III, do Código de Processo Civil, REVOGANDO AS MEDIDAS
PROTETIVAS CONCEDIDAS. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Sem custas processuais. Transitada em
julgado, arquivem-se os autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Publique-se. Registre-se. Intime-se. Â Â
              Intime-se a requerente por via postal, com aviso de recebimento,
preferencialmente virtual, no endereço informado nos autos, reputando-se válida a intimação
encaminhada ao referido endereço independente do resultado da diligência, nos termos do artigo 274,
parágrafo único do Código de Processo Civil.                 Servirá o presente, por
cópia digitada, como MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a
redação que lhe deu o Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão Correcional. Cumpra-se na forma e
sob as penas da lei.                 Belém, 24 de novembro de 2021 JOÃO
AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO: 00060512620208140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 24/11/2021 REQUERENTE:REANNE
LUANA COSTA NAHUN REQUERIDO:PAULO HENRIQUE COUTINHO DE CASTRO.
SENTENÃA/MANDADO Requerente: REANNE LUANA COSTA NAHUN, residente na Rua, Fernando
Guilhon nº 600 Complemento: entre Travessa Bom Jardim e Monte Alegre CEP: 66025008, bairro
jurunas, Belém-PA, fone: 91-98906-7940.                 REANNE LUANA COSTA
NAHUN, requereu Medidas Protetivas de Urgência em desfavor de BENEDITO PAULO HENRIQUE
COUTINHO DE CASTRO, ambos qualificados nos autos, pelo fato caracterizador de violência
doméstica.                 Em Decisão, foram deferidas, liminarmente, medidas de
proteção em favor da vÃ-tima.                 O Requerido foi devidamente intimado,
no entanto, não apresentou manifestação, conforme Certidão de fls. 26.             Â
    à o relatório. DECIDO.                 Depreende-se do disposto no artigo
355, inciso II, do Código de Processo Civil que o Juiz julgará antecipadamente a lide, conhecendo
diretamente do pedido, quando ocorrer a revelia, presumirem-se verdadeiros os fatos (art. 344 do CPC) e
não houver requerimento de provas (art. 349 do CPC).                 Da análise
dos autos, verifica-se que, embora intimado da Decisão que concedeu as medidas protetivas em favor da
Requerente, o Requerido não apresentou manifestação, aplicando-se, desta feita, a confissão ficta
quanto à matéria fática concernente aos direitos disponÃ-veis e, como decorrência lógica, os fatos
alegados pela Requerente na inicial têm-se por verdadeiros e independem de produção de prova,
conforme dispõe o art. 374 do CPC.                 Quanto à matéria de direito,
nota-se que também decorrem as consequências jurÃ-dicas afirmadas pela Requerente (Lei nº
11.340/2006, artigos 22 e seguintes), devendo serem as medidas cÃ-veis e penais mantidas, Ã mÃ-ngua de
qualquer modificação no cenário fático.                 Ademais, a satisfatividade
em relação ao objeto da presente ação cautelar foi alcançada, sendo, pois, a sua extinção
medida que se impõe, ressalvando que a Decisão ora proferida não faz coisa julgada material, mesmo
porque, as lides domésticas e familiares configuram relações jurÃ-dicas continuativas, aptas a
perdurarem no tempo e passÃ-veis de modificações em sua situação de fato e de direito.     Â
            Ante o exposto, ratificando os termos da Decisão liminar, JULGO
PROCEDENTE, pelo prazo de 01 (um) ano, a contar da decisão liminar, o pedido de aplicação de
medidas protetivas de urgência formulado pela Requerente em relação ao Requerido de: a)
Proibição de se aproximar da vÃ-tima, inclusive do local de sua residência à uma distância mÃ-nima
de 100 (cem) metros; b) Proibição de manter contato com a vÃ-tima, por qualquer meio de
comunicação; c) Proibição de frequentar os seguintes locais: residência da requerente (endereço
acima mencionado).                 Desta forma, EXTINGO O PROCESSO COM
RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento no art. 487, I do Código de Processo Civil.        Â
        INTIME-SE A Requerente para ciência da presente Sentença, advertindo-a que
eventual quebra das medidas protetivas, no transcurso do prazo supra determinado, deverá ser
comunicada a Autoridade Policial como descumprimento de medidas protetivas, bem como, que deverá
442
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
informar, por meio de advogado, Defensoria Pública ou diretamente na Secretaria desta Vara: a) a
pretensão de prorrogação das medidas e, b) a cessação do risco, para fins de revogação das
medidas, se for o caso. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se a requerente por via postal, com aviso
de recebimento, preferencialmente virtual, no endereço informado nos autos, reputando-se válida a
intimação encaminhada ao referido endereço independente do resultado da diligência, nos termos do
artigo 274, parágrafo único do Código de Processo Civil.                 Sem custas,
nos termos do art. 28 da Lei nº 11.340/2006.                 Dê-se ciência ao
Ministério Público.                 Façam-se as comunicações necessárias. Â
               Certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos e dê-se a baixa
no sistema.                 Publique. Registre-se. Cumpra-se.          Â
      Servirá o presente, por cópia digitada, como MANDADO, nos termos do Provimento nº
03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a redação que lhe deu o Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão
Correcional. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.                 Belém, 24 de
novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE
VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO: 00063010820198145150
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO
FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em:
24/11/2021 REQUERENTE:MARIA DO CARMO FERREIRA DOS SANTOS REQUERIDO:ELDER LUZ DE
BRITO. SENTENÃA/MANDADO REQUERENTE: MARIA DO CARMO FERREIRA DOS SANTOS,
residente e domiciliada à Pass. União, 16, Rua 50, Conjunto Cordeiro de Farias, bairro: Tapanã,
Belém-PA, CEP: 66825750, telefone: (91) 98396-3094.                 MARIA DO
CARMO FERREIRA DOS SANTOS, requereu Medidas Protetivas de Urgência em desfavor de ELDER
LUIZ DE BRITO, ambos qualificados nos autos, pelo fato caracterizador de violência doméstica.   Â
              Foram deferidas, liminarmente, medidas Protetivas de Urgência em favor
da vÃ-tima.                 A Requerente pleiteou a revogação das medidas
protetivas decretadas à s fls. 25.                 à o Relatório. Decido.       Â
         Depreende-se do disposto no art. 17 do Código de Processo Civil, que uma das
condições da ação é o interesse de agir, ou seja, as partes da relação jurÃ-dico-processual
devem demonstrar a necessidade de intervenção do Poder Judiciário e a adequação da via eleita
para provocação jurisdicional.                 No caso em tela, a Requerente
postulou a revogação das medidas protetivas e, portanto, não tem mais interesse em prosseguir com
a ação.                 Desta feita, verifica-se que a providência jurisdicional
pleiteada inicialmente pela vÃ-tima não é mais necessária, devendo, por conseguinte, ser extinto o
processo sem resolução de mérito, com a revogação das medidas protetivas.          Â
      Ressalte-se, entretanto, que a decisão ora proferida não faz coisa julgada material, eis que
as lides domésticas e familiares configuram relações jurÃ-dicas continuativas, aptas a perdurarem no
tempo e passÃ-veis de modificações em sua situação de fato e de direito.             Â
   Ante o exposto, considerando o pedido de revogação das medidas protetivas e, não havendo
motivos para não se presumir ser a pretensão da Requerente de livre e espontânea vontade,
EXTINGO O PROCESSO, SEM RESOLUÃÃO DE MÃRITO, por falta interesse processual superveniente
das vÃ-timas, nos termos do artigo 485, VI do Código de Processo Civil e revogo as medidas protetivas
decretadas liminarmente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se a requerente e o requerido por via
postal, com aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no endereço informado nos autos,
reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido endereço independente do resultado da
diligência. Após, certifique o trânsito em julgado e arquivem-se.                 Sem
custas processuais.                 Ciente o Ministério Público.          Â
      Façam-se as anotações e comunicações necessárias.              Â
  Transitada em julgado, arquive os autos com as devidas baixas no sistema.            Â
    Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.                 Belém, 24 de novembro
de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA
DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO: 00075413220198145150 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE
OLIVEIRA JR A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 24/11/2021
REQUERENTE:ELIENE PAES DA SILVA REQUERIDO:GELSON DA SILVA PAES.
SENTENÃA/MANDADO REQUERENTE: ELIENE PAES DA SILVA, residente e domiciliada à Avenida
Pedro Alvares, Estrada do CDP, Passagem Bom Jesus n.º 16, bairro: Sacramenta, Belém-PA, CEP:
66.123-020, Telefone: (91) 98909-6066; Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â ELIENE PAES DA SILVA,
devidamente qualificada nos autos, vÃ-tima de violência doméstica e familiar contra a mulher, com
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
incidência na Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, ingressou com pedido de medidas protetivas de
urgência em face de GELSON DA SILVA PAES.                 Em Decisão, foram
deferidas, liminarmente, medidas de proteção em favor da vÃ-tima.                 O
Requerido foi devidamente intimado, no entanto, não apresentou manifestação, conforme Certidão
de fls. 28.                  à o relatório. DECIDO.                Â
Depreende-se do disposto no artigo 355, inciso II, do Código de Processo Civil que o Juiz julgará
antecipadamente a lide, conhecendo diretamente do pedido, quando ocorrer a revelia, presumirem-se
verdadeiros os fatos (art. 344 do CPC) e não houver requerimento de provas (art. 349 do CPC).   Â
             Da análise dos autos, verifica-se que, embora intimado da Decisão que
concedeu as medidas protetivas em favor da Requerente, o Requerido não apresentou manifestação,
aplicando-se, desta feita, a confissão ficta quanto à matéria fática concernente aos direitos
disponÃ-veis e, como decorrência lógica, os fatos alegados pela Requerente na inicial têm-se por
verdadeiros e independem de produção de prova, conforme dispõe o art. 374 do CPC.      Â
          Quanto à matéria de direito, nota-se que também decorrem as consequências
jurÃ-dicas afirmadas pela Requerente (Lei nº 11.340/2006, artigos 22 e seguintes), devendo serem as
medidas cÃ-veis e penais mantidas, à mÃ-ngua de qualquer modificação no cenário fático.     Â
           Ademais, a satisfatividade em relação ao objeto da presente ação cautelar
foi alcançada, sendo, pois, a sua extinção medida que se impõe, ressalvando que a Decisão ora
proferida não faz coisa julgada material, mesmo porque, as lides domésticas e familiares configuram
relações jurÃ-dicas continuativas, aptas a perdurarem no tempo e passÃ-veis de modificações em sua
situação de fato e de direito.                  Ante o exposto, ratificando os termos
da Decisão liminar, JULGO PROCEDENTE, pelo prazo de 01 (um) ano, a contar da decisão liminar, o
pedido de aplicação de medidas protetivas de urgência formulado pela Requerente em relação ao
Requerido de: a) Afastamento compulsório do agressor do lar, domicÃ-lio ou local de convivência com a
vÃ-tima, situado à Avenida Pedro Alvares, Estrada do CDP, Passagem Bom Jesus n.º 16, bairro:
Sacramenta, Belém-PA, CEP: 66.123-020, podendo levar consigo exclusivamente seus objetos de uso
pessoal (documentos de identificação, roupas, utensÃ-lios de uso pessoal), excluindo-se os móveis e
utensÃ-lios adquiridos na constância da relação conjugal. b) De se aproximar da vÃ-tima a uma
distância mÃ-nima de 100 (cem) metros; c) De manter contato com a vÃ-tima por qualquer meio de
comunicação.                 Desta forma, EXTINGO O PROCESSO COM
RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento no art. 487, I do Código de Processo Civil.        Â
        INTIME-SE A Requerente para ciência da presente Sentença, advertindo-a que
eventual quebra das medidas protetivas, no transcurso do prazo supra determinado, deverá ser
comunicada a Autoridade Policial como descumprimento de medidas protetivas, bem como, que deverá
informar, por meio de advogado, Defensoria Pública ou diretamente na Secretaria desta Vara: a) a
pretensão de prorrogação das medidas e, b) a cessação do risco, para fins de revogação das
medidas, se for o caso. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se a requerente por via postal, com aviso
de recebimento, preferencialmente virtual, no endereço informado nos autos, reputando-se válida a
intimação encaminhada ao referido endereço independente do resultado da diligência, nos termos do
artigo 274, parágrafo único do Código de Processo Civil.                 Sem custas,
nos termos do art. 28 da Lei nº 11.340/2006.                 Dê-se ciência ao
Ministério Público.                 Façam-se as comunicações necessárias. Â
               Certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos e dê-se a baixa
no sistema.                 Publique. Registre-se. Cumpra-se.          Â
      Servirá o presente, por cópia digitada, como MANDADO, nos termos do Provimento nº
03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a redação que lhe deu o Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão
Correcional. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.                 Belém, 24 de
novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE
VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO: 00093354220208140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO
FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em:
24/11/2021 REQUERENTE:DARLENE ALVES DE SOUZA REQUERIDO:EDNEI SANDERSON
FERREIRA MEIRELES. SENTENÃA/MANDADO Requerente: DARLENE ALVES DE SOUZA, residente na
Motorizada nº 168, entre Roberto Camelier e Honório, bairro Condor, Belém-PA, CEP 66033530 fone:
84438484 Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DARLENE ALVES DE SOUZA, devidamente qualificada nos
autos, vÃ-tima de violência doméstica e familiar contra a mulher, com incidência na Lei Maria da
Penha, Lei nº 11.340/2006, ingressou com pedido de medidas protetivas de urgência em face de EDNEI
SANDERSON FERREIRA MEIRELES.                 Em Decisão, foram deferidas,
444
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
pela acusação, defesa, assistente acusatório, se houver, para se fazerem presentes na audiência. Se
as testemunhas arroladas pelas partes residem fora da jurisdição do JuÃ-zo, por medida de economia
processual e tendo em vista o princÃ-pio constitucional da razoável duração do processo, expeça-se
carta precatória nos termos do artigo 222 do CPP, com prazo de 60 (sessenta) dias, intimando-se
acusação e defesa.                 Ciência ao Ministério Público e Defesa.   Â
             Façam-se as comunicações necessárias.               Â
 Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.                 Expeça-se Carta Precatória
se necessário.                 Belém/PA, 24 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO
DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER PROCESSO: 00105596120198145150 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 24/11/2021 REQUERENTE:ELLANA
BARROS PINHEIRO REQUERIDO:THIAGO CARDOSO MIRANDA Representante(s): OAB 25237 -
LUCIANA CARDOSO AGUIAR (ADVOGADO) . DECISÃO/MANDADO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â A
Requerente, ELIANA BARROS PINHEIRO, formulou pedido de concessão de medidas protetivas de
urgência em desfavor de Thiago Cardoso Miranda, deferidas, liminarmente em Decisão e,
posteriormente, ratificadas por Sentença pelo prazo de validade de 01 (um) ano (fls. 41/41-v).     Â
           O Requerido interpôs recurso de Apelação (fls. 45/48), sendo o recurso
recebido por este JuÃ-zo em Decisão (fls. 58) e determinada a intimação da parte apelada para
apresentação de contrarrazões.                 A Requerente devidamente
intimada não apresentou contrarrazões, conforme Certidão de fls. 60, vindo os autos conclusos.   Â
             Informação de descumprimento das medidas protetivas e devidamente
manifestação do Requerido (fls. 62/63; 70/72).                 Decido.       Â
         Da analise dos autos, verifica-se que, de fato, não persiste razão para
prosseguimento do feito, vez que, as medidas protetivas encerraram em novembro/2021, sem que
houvesse pedido de prorrogação das medidas protetivas, bem como dos fatos trazidos ao possÃ-vel
descumprimento, não se vislumbra evidências de que o Requerido tenha cometido novos prejuÃ-zos Ã
Requerente.                 Assim, diante do lapso temporal e da inexistência de
indÃ-cios de que o Requerido tenha praticado novos fatos contra a Requerente, não reconheço o
descumprimento das medidas protetivas, determinando o ARQUIVANDO DOS PRESENTES AUTOS, sem
prejuÃ-zo, se for o caso, da requerente promover novo pedido de medidas protetivas em razão de fatos
novos.                 Ademais, verifica-se que não persiste razão para
prosseguimento do recurso de Apelação interposto pelo Requerido, vez que, as medidas protetivas
encerraram em 20/11/2021, atraindo a superveniente perda do objeto do recurso, motivo pelo o que,
declaro a superveniente perda do objeto do recurso de apelação, devendo os presentes autos serem
ARQUIVADOS. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se. Publique-se. Cumpra-se. ARQUIVE-SE. Â Â
              Servirá o presente, por cópia digitada, como MANDADO, nos termos do
Provimento nº 03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a redação que lhe deu o Provimento nº 011/2009
daquele Ãrgão Correcional. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.                Â
Belém, 24 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª
VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO:
00106718120208140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em:
24/11/2021 DENUNCIADO:DAVI NOGUEIRA DO ROSARIO VITIMA:R. C. R. . DECISÃO Â Â Â Â Â Â Â Â
        DAVI NOGUEIRA DO ROSÃRIO, devidamente qualificado, apresentou, por seu
Procurador Judicial, apresentou Resposta à Acusação às fls. 08/10, nos termos da denúncia
proposta pelo Ministério Público.                 Em análise da resposta Ã
acusação, se constata a inexistência de comprovação de fatos que levem a absolvição sumária
do denunciado nos termos das hipóteses do artigo 397 do Código de Processo Penal, como as
circunstâncias: a) a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; b) a existência
manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; c) o fato narrado
evidentemente não constituir crime; ou d) extinção da punibilidade do agente.           Â
     Diante de todo o exposto, ratifico o recebimento da denúncia e determino a: 1)    Â
Designação de data para a realização de audiência de instrução e julgamento.        Â
        2) Intimação do acusado, bem como da vÃ-tima e das testemunhas arroladas pela
acusação, defesa, assistente acusatório, se houver, para se fazerem presentes na audiência. Se as
testemunhas arroladas pelas partes residem fora da jurisdição do JuÃ-zo, por medida de economia
processual e tendo em vista o princÃ-pio constitucional da razoável duração do processo, expeça-se
446
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
carta precatória nos termos do artigo 222 do CPP, com prazo de 60 (sessenta) dias, intimando-se
acusação e defesa.                 Ciência ao Ministério Público e Defesa.   Â
             Façam-se as comunicações necessárias.               Â
 Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.                 Expeça-se Carta Precatória
se necessário.                 Belém/PA, 24 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO
DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER PROCESSO: 00124697720208140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 24/11/2021 REQUERENTE:MARIA
DE FATIMA VERAS DE AGUIAR REQUERIDO:SIDNEY IVAN VERAS DE AGUIAR.
SENTENÃA/MANDADO REQUERENTE: MARIA DE FÃTIMA VERAS DE AGUIAR, residente na Travessa
Pirajá, nº2135, Bairro do Marco, Belém/PA. Contato: 98800-0001.                Â
MARIA DE FÃTIMA VERAS DE AGUIAR, devidamente qualificada nos autos, vÃ-tima de violência
doméstica e familiar contra a mulher, com incidência na Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006,
ingressou com pedido de medidas protetivas de urgência em face de SIDNEY IVAN VERAS DE AGUIAR.
                Em Decisão, foram deferidas, liminarmente, medidas de proteção
em favor da vÃ-tima. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â O Requerido foi devidamente intimado, no entanto,
não apresentou manifestação, conforme Certidão de fls. 26.                  à o
relatório. DECIDO.                 Depreende-se do disposto no artigo 355, inciso II,
do Código de Processo Civil que o Juiz julgará antecipadamente a lide, conhecendo diretamente do
pedido, quando ocorrer a revelia, presumirem-se verdadeiros os fatos (art. 344 do CPC) e não houver
requerimento de provas (art. 349 do CPC).                 Da análise dos autos,
verifica-se que, embora intimado da Decisão que concedeu as medidas protetivas em favor da
Requerente, o Requerido não apresentou manifestação, aplicando-se, desta feita, a confissão ficta
quanto à matéria fática concernente aos direitos disponÃ-veis e, como decorrência lógica, os fatos
alegados pela Requerente na inicial têm-se por verdadeiros e independem de produção de prova,
conforme dispõe o art. 374 do CPC.                 Quanto à matéria de direito,
nota-se que também decorrem as consequências jurÃ-dicas afirmadas pela Requerente (Lei nº
11.340/2006, artigos 22 e seguintes), devendo serem as medidas cÃ-veis e penais mantidas, Ã mÃ-ngua de
qualquer modificação no cenário fático.                 Ademais, a satisfatividade
em relação ao objeto da presente ação cautelar foi alcançada, sendo, pois, a sua extinção
medida que se impõe, ressalvando que a Decisão ora proferida não faz coisa julgada material, mesmo
porque, as lides domésticas e familiares configuram relações jurÃ-dicas continuativas, aptas a
perdurarem no tempo e passÃ-veis de modificações em sua situação de fato e de direito.     Â
            Ante o exposto, ratificando os termos da Decisão liminar, JULGO
PROCEDENTE, pelo prazo de 01 (um) ano, a contar da decisão liminar, o pedido de aplicação de
medidas protetivas de urgência formulado pela Requerente em relação ao Requerido de: (1)
proibição de manter contato e de se aproximar a uma distância de 500 metros da vÃ-tima, familiares e
testemunhas, sob pena de imediata decretação de prisão.  (2) proibição de perpetrar qualquer
ameaça, agressão ou ofensa contra a vÃ-tima.                 Desta forma,Â
EXTINGO O PROCESSO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento no art. 487, I do Código de
Processo Civil.                 INTIME-SE A Requerente para ciência da presente
Sentença, advertindo-a que eventual quebra das medidas protetivas, no transcurso do prazo supra
determinado, deverá ser comunicada a Autoridade Policial como descumprimento de medidas protetivas,
bem como, que deverá informar, por meio de advogado, Defensoria Pública ou diretamente na
Secretaria desta Vara: a) a pretensão de prorrogação das medidas e, b) a cessação do risco, para
fins de revogação das medidas, se for o caso.                 Intime-se a requerente
por via postal, com aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no endereço informado nos autos,
reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido endereço independente do resultado da
diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do Código de Processo Civil.         Â
       Sem custas, nos termos do art. 28 da Lei nº 11.340/2006.              Â
  Dê-se ciência ao Ministério Público.                 Façam-se as
comunicações necessárias.                 Certificado o trânsito em julgado,
arquivem-se os autos e dê-se a baixa no sistema.                 Publique. Registre-
se. Cumpra-se.                 Servirá o presente, por cópia digitada, como
MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a redação que lhe deu o
Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão Correcional. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.   Â
             Belém, 24 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ
447
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
advertindo-a que eventual quebra das medidas protetivas, no transcurso do prazo supra determinado,
deverá ser comunicada a Autoridade Policial como descumprimento de medidas protetivas, bem como,
que deverá informar, por meio de advogado, Defensoria Pública ou diretamente na Secretaria desta
Vara: a) a pretensão de prorrogação das medidas e, b) a cessação do risco, para fins de
revogação das medidas, se for o caso.                 Intime-se a requerente por via
postal, com aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no endereço informado nos autos,
reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido endereço independente do resultado da
diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do Código de Processo Civil.         Â
       Sem custas, nos termos do art. 28 da Lei nº 11.340/2006.              Â
  Dê-se ciência ao Ministério Público.                 Façam-se as
comunicações necessárias.                 Certificado o trânsito em julgado,
arquivem-se os autos e dê-se a baixa no sistema.                 Publique. Registre-
se. Cumpra-se.                 Servirá o presente, por cópia digitada, como
MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a redação que lhe deu o
Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão Correcional. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.   Â
             Belém, 24 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ
DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
PROCESSO: 00194477020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 24/11/2021 REQUERENTE:MELIZA DE MENEZES
RODRIGUES ENVOLVIDO:F. R. C. A. S. . DECISÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â FABIO RICARDO
CALANDRINE AZEVEDO SILVA, devidamente qualificado, apresentou, por seu Procurador Judicial,
apresentou Resposta à Acusação às fls. 11/24, nos termos da denúncia proposta pelo Ministério
Público.                 Em análise da resposta à acusação, se constata a
inexistência de comprovação de fatos que levem a absolvição sumária do denunciado nos termos
das hipóteses do artigo 397 do Código de Processo Penal, como as circunstâncias: a) a existência
manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; b) a existência manifesta de causa excludente da
culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; c) o fato narrado evidentemente não constituir crime; ou
d) extinção da punibilidade do agente.                 Diante de todo o exposto,
ratifico o recebimento da denúncia e determino a: 1)     Designação de data para a
realização de audiência de instrução e julgamento.                 2)
Intimação do acusado, bem como da vÃ-tima e das testemunhas arroladas pela acusação, defesa,
assistente acusatório, se houver, para se fazerem presentes na audiência. Se as testemunhas arroladas
pelas partes residem fora da jurisdição do JuÃ-zo, por medida de economia processual e tendo em vista
o princÃ-pio constitucional da razoável duração do processo, expeça-se carta precatória nos termos
do artigo 222 do CPP, com prazo de 60 (sessenta) dias, intimando-se acusação e defesa.      Â
          Ciência ao Ministério Público e Defesa.                Â
Façam-se as comunicações necessárias.                 Publique-se. Registre-se.
Cumpra-se.                 Expeça-se Carta Precatória se necessário.      Â
          Belém/PA, 24 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE
DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
PROCESSO: 00212785620208140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 24/11/2021 DENUNCIADO:BRUNO JORGE DE NAZARE
NOBRE VITIMA:G. J. C. S. . DECISÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â BRUNO JORGE DE NAZARÃ
NOBRE, devidamente qualificado, apresentou, por seu Procurador Judicial, apresentou Resposta Ã
Acusação à s fls. 12/14, nos termos da denúncia proposta pelo Ministério Público.        Â
        Em análise da resposta à acusação, se constata a inexistência de comprovação
de fatos que levem a absolvição sumária do denunciado nos termos das hipóteses do artigo 397 do
Código de Processo Penal, como as circunstâncias: a) a existência manifesta de causa excludente da
ilicitude do fato; b) a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo
inimputabilidade; c) o fato narrado evidentemente não constituir crime; ou d) extinção da punibilidade
do agente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante de todo o exposto, ratifico o recebimento da
denúncia e determino a: 1)     Designação de data para a realização de audiência de
instrução e julgamento.                 2) Intimação do acusado, bem como da
vÃ-tima e das testemunhas arroladas pela acusação, defesa, assistente acusatório, se houver, para se
fazerem presentes na audiência. Se as testemunhas arroladas pelas partes residem fora da jurisdição
do JuÃ-zo, por medida de economia processual e tendo em vista o princÃ-pio constitucional da razoável
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
duração do processo, expeça-se carta precatória nos termos do artigo 222 do CPP, com prazo de 60
(sessenta) dias, intimando-se acusação e defesa.                 Ciência ao
Ministério Público e Defesa.                 Façam-se as comunicações
necessárias.                 Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.         Â
       Expeça-se Carta Precatória se necessário.                Â
Belém/PA, 24 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR
1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO:
00220017520208140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da
Penha) Cri em: 24/11/2021 REQUERIDO:NEILA PINGARILHO DE SOUSA REQUERENTE:DIRCE
RODRIGUES PINGARILHO Representante(s): OAB 10223 - ANDREI MANTOVANI (ADVOGADO) .
SENTENÃA/MANDADO Requerente: DIRCE RODRIGUES PINGARILHO, residente na Rua João Paulo
II nº1064, bloco A, apto 104, Bairro Marco, Belém/PA. Fone: (93) 99159-0052.            Â
    DIRCE RODRIGUES PINGARILHO, devidamente qualificada nos autos, vÃ-tima de violência
doméstica e familiar contra a mulher, com incidência na Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006,
ingressou com pedido de medidas protetivas de urgência em face de NEILA PINGARILHO DE SOUSA Â
               Em Decisão, foram deferidas, liminarmente, medidas de proteção em
favor da vÃ-tima. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â O Requerido foi devidamente intimado, no entanto,
não apresentou manifestação, conforme Certidão de fls. 49.                  à o
relatório. DECIDO.                 Depreende-se do disposto no artigo 355, inciso II,
do Código de Processo Civil que o Juiz julgará antecipadamente a lide, conhecendo diretamente do
pedido, quando ocorrer a revelia, presumirem-se verdadeiros os fatos (art. 344 do CPC) e não houver
requerimento de provas (art. 349 do CPC).                 Da análise dos autos,
verifica-se que, embora intimado da Decisão que concedeu as medidas protetivas em favor da
Requerente, o Requerido não apresentou manifestação, aplicando-se, desta feita, a confissão ficta
quanto à matéria fática concernente aos direitos disponÃ-veis e, como decorrência lógica, os fatos
alegados pela Requerente na inicial têm-se por verdadeiros e independem de produção de prova,
conforme dispõe o art. 374 do CPC.                 Quanto à matéria de direito,
nota-se que também decorrem as consequências jurÃ-dicas afirmadas pela Requerente (Lei nº
11.340/2006, artigos 22 e seguintes), devendo serem as medidas cÃ-veis e penais mantidas, Ã mÃ-ngua de
qualquer modificação no cenário fático.                 Ademais, a satisfatividade
em relação ao objeto da presente ação cautelar foi alcançada, sendo, pois, a sua extinção
medida que se impõe, ressalvando que a Decisão ora proferida não faz coisa julgada material, mesmo
porque, as lides domésticas e familiares configuram relações jurÃ-dicas continuativas, aptas a
perdurarem no tempo e passÃ-veis de modificações em sua situação de fato e de direito.     Â
            Ante o exposto, ratificando os termos da Decisão liminar, JULGO
PROCEDENTE, pelo prazo de 01 (um) ano, a contar da decisão liminar, o pedido de aplicação de
medidas protetivas de urgência formulado pela Requerente em relação ao Requerido de: A)
AFASTAMENTO DA AGRESSORA DO LAR, DOMICÃLIO OU LOCAL DE CONVIVÃNCIA COM A
OFENDIDA (RUA JOÃO PAULO II Nº1064, BLOCO A, APTO 104, BAIRRO MARCO, BELÃM/PA); b)
Proibição da agressora aproximar-se da ofendida, familiares e testemunhas a uma distância mÃ-nima
de 300 (trezentos) metros; c) Proibição da agressora manter contato com a ofendida, familiares e
testemunhas por qualquer meio de comunicação (telefone, e-mail, SMS, redes sociais, etc.). d)
Proibição de frequentar a residência da ofendida (Rua João Paulo II nº1064, bloco A, apto 104,
Bairro Marco, Belém/PA).104, Bairro Marco, Belém/PA).                 Desta
forma, EXTINGO O PROCESSO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento no art. 487, I do
Código de Processo Civil.                 INTIME-SE A Requerente para ciência da
presente Sentença, advertindo-a que eventual quebra das medidas protetivas, no transcurso do prazo
supra determinado, deverá ser comunicada a Autoridade Policial como descumprimento de medidas
protetivas, bem como, que deverá informar, por meio de advogado, Defensoria Pública ou diretamente
na Secretaria desta Vara: a) a pretensão de prorrogação das medidas e, b) a cessação do risco,
para fins de revogação das medidas, se for o caso.                 Intime-se a
requerente por via postal, com aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no endereço informado
nos autos, reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido endereço independente do
resultado da diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do Código de Processo Civil.   Â
             Sem custas, nos termos do art. 28 da Lei nº 11.340/2006.        Â
        Dê-se ciência ao Ministério Público.                 Façam-se
as comunicações necessárias.                 Certificado o trânsito em julgado,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a redação que lhe deu o
Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão Correcional. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.   Â
             Belém, 24 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ
DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
PROCESSO: 00220424220208140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 24/11/2021 REQUERENTE:YANNA
CAROLINE PINTO FERREIRA REQUERIDO:SADREGUE NASCIMENTO DE SOUZA.
SENTENÃA/MANDADO Requerente: YANNA CAROLINE PINTO FERREIRA, residente no(a) Avenida
Centenário, Jardim Sevilha, Bloco 6-B, apto. 103, Parque Verde, Belém/PA. Contato telefônico: (91)
98165-0748. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â YANNA CAROLINE PINTO FERREIRA, devidamente
qualificada nos autos, vÃ-tima de violência doméstica e familiar contra a mulher, com incidência na Lei
Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, ingressou com pedido de medidas protetivas de urgência em face
de SANDREGUE NASCIMENTO DE SOUZA.                 Em Decisão, foram
deferidas, liminarmente, medidas de proteção em favor da vÃ-tima.                 O
Requerido foi devidamente intimado, no entanto, não apresentou manifestação, conforme Certidão
de fls. 35.                  à o relatório. DECIDO.                Â
Depreende-se do disposto no artigo 355, inciso II, do Código de Processo Civil que o Juiz julgará
antecipadamente a lide, conhecendo diretamente do pedido, quando ocorrer a revelia, presumirem-se
verdadeiros os fatos (art. 344 do CPC) e não houver requerimento de provas (art. 349 do CPC).   Â
             Da análise dos autos, verifica-se que, embora intimado da Decisão que
concedeu as medidas protetivas em favor da Requerente, o Requerido não apresentou manifestação,
aplicando-se, desta feita, a confissão ficta quanto à matéria fática concernente aos direitos
disponÃ-veis e, como decorrência lógica, os fatos alegados pela Requerente na inicial têm-se por
verdadeiros e independem de produção de prova, conforme dispõe o art. 374 do CPC.      Â
          Quanto à matéria de direito, nota-se que também decorrem as consequências
jurÃ-dicas afirmadas pela Requerente (Lei nº 11.340/2006, artigos 22 e seguintes), devendo serem as
medidas cÃ-veis e penais mantidas, à mÃ-ngua de qualquer modificação no cenário fático.     Â
           Ademais, a satisfatividade em relação ao objeto da presente ação cautelar
foi alcançada, sendo, pois, a sua extinção medida que se impõe, ressalvando que a Decisão ora
proferida não faz coisa julgada material, mesmo porque, as lides domésticas e familiares configuram
relações jurÃ-dicas continuativas, aptas a perdurarem no tempo e passÃ-veis de modificações em sua
situação de fato e de direito.                  Ante o exposto, ratificando os termos
da Decisão liminar, JULGO PROCEDENTE, pelo prazo de 01 (um) ano, a contar da decisão liminar, o
pedido de aplicação de medidas protetivas de urgência formulado pela Requerente em relação ao
Requerido de: a) Proibição de se aproximar da vÃ-tima, de seus familiares e testemunhas, a uma
distância mÃ-nima de 300 (trezentos) metros; b) Proibição de manter contato com a vÃ-tima, seus
familiares e testemunhas, por qualquer meio de comunicação (telefone, e-mail, SMS, redes sociais,
etc.); c) Proibição de frequentar a residência da vÃ-tima (Avenida Centenário, Jardim Sevilha, Bloco 6-
B, apto. 103, Parque Verde, Belém/PA), a fim de preservar-lhe a integridade fÃ-sica e psicológica.   Â
             Desta forma, EXTINGO O PROCESSO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO,
com fundamento no art. 487, I do Código de Processo Civil.                 INTIME-SE
A Requerente para ciência da presente Sentença, advertindo-a que eventual quebra das medidas
protetivas, no transcurso do prazo supra determinado, deverá ser comunicada a Autoridade Policial como
descumprimento de medidas protetivas, bem como, que deverá informar, por meio de advogado,
Defensoria Pública ou diretamente na Secretaria desta Vara: a) a pretensão de prorrogação das
medidas e, b) a cessação do risco, para fins de revogação das medidas, se for o caso.      Â
          Intime-se a requerente por via postal, com aviso de recebimento, preferencialmente
virtual, no endereço informado nos autos, reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido
endereço independente do resultado da diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do
Código de Processo Civil.                 Sem custas, nos termos do art. 28 da Lei nº
11.340/2006.                 Dê-se ciência ao Ministério Público.       Â
         Façam-se as comunicações necessárias.                Â
Certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos e dê-se a baixa no sistema.         Â
       Publique. Registre-se. Cumpra-se.                 Servirá o presente,
por cópia digitada, como MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a
redação que lhe deu o Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão Correcional. Cumpra-se na forma e
sob as penas da lei.                 Belém, 24 de novembro de 2021 JOÃO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Policial como descumprimento de medidas protetivas, bem como, que deverá informar, por meio de
advogado, Defensoria Pública ou diretamente na Secretaria desta Vara: a) a pretensão de
prorrogação das medidas devidamente justificada e, b) a cessação do risco, para fins de
revogação das medidas, se for o caso.                 Intime-se a requerente e o
requerido por via postal, com aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no endereço informado
nos autos, reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido endereço independente do
resultado da diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do Código de Processo Civil.   Â
             Considerando a declaração de hipossuficiência, isento o Requerido do
pagamento de custas e despesas processuais (arts. 98 e 99, § 1º, do Código de Processo Civil).   Â
             Determino que a Secretaria promova todos os atos necessários ao regular
cumprimento desta decisão.                 Ciente o Ministério Público.     Â
           Certifique-se o trânsito em julgado, após, arquive-se promovendo-se as baixas
no sistema. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Publique-se. Intime-se. Cumpra-se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
     Belém/PA, 25 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO
TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO:
00054451020208145150 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da
Penha) Cri em: 25/11/2021 REQUERENTE:JULIANA DOS SANTOS NAGAT REQUERIDO:DOUGLAS
DOS SANTOS NEGRAO. SENTENÃA/MANDADO REQUERENTE: JULIANA DOS SANTOS NAGAT,
residente e domiciliada à Conj. Panorama XXI, Qd 26, Casa 07, bairro: Mangueirão, Belém-PA, CEP:
66640195, telefone: (91) 98174-0788. REQUERIDO: DOUGLAS DOS SANTOS NEGRÃO, residente e
domiciliado no mesmo endereço da vÃ-tima.       JULIANA DOS SANTOS NAGAT, devidamente
qualificada nos autos, vÃ-tima de violência doméstica e familiar contra a mulher, com incidência na Lei
Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, ingressou com pedido de medidas protetivas de urgência em face
de DOUGLAS DOS SANTOS NEGRÃO.                 Em Decisão o JuÃ-zo
plantonista deferiu, liminarmente, as medidas de protetivas pretendidas pela requerente de a) Afastamento
compulsório do agressor do lar, domicÃ-lio ou local de convivência com a vÃ-tima; b) De se aproximar da
vÃ-tima a uma distância mÃ-nima de 100 (cem) metros; c) De frequentar a residência da vÃ-tima, a fim de
preservar a integridade fÃ-sica e psicológica da requerente.                 O
Requerido, através da Defensoria Pública, apresentou contestação às fls. 33/35, alegando serem
inverÃ-dicas as alegações da requerente e desprovidas de qualquer fundamento fático que as
sustente; afirma que a Requerente tem comportamento agressivo; asseverou que as medidas decretadas
restringem o seu direito de ir e vir; que não é possÃ-vel admitir o seu deferimento por sentença, sem a
prévia dilação probatória; não se pode sentenciar o feito acolhendo o pedido das medidas
protetivas com base exclusivamente na palavra da vÃ-tima colhida na fase extrajudicial; que deve ser
designada audiência de instrução e julgamento; Ao final, requereu a justiça gratuita; a designação
da audiência; a produção de todas as provas admitida; e improcedência do pedido, com a
revogação das medidas protetivas.                 Com a defesa não foi arrolada
nenhuma testemunha e juntou apenas documento de comprovante de residência.           Â
     Realizado Estudo Social, a Requerente informa que sente tranquila, pois através do
Ministério Público foi resolvido o problema de divisão da casa onde moram, informa que fez
tratamento psicológico e agora esta bem.                 Em manifestação às fls.
45/46, o Ãrgão Ministerial pugnou pela procedência do pedido e confirmação da decisão liminar. Â
               à o relatório. Decido.                 A causa está
suficientemente instruÃ-da para o seu julgamento, sendo desnecessária a produção de provas em
audiência, como requerido pela defesa, tendo vista que não foi arrolada nenhuma testemunha e, ainda,
o objeto dos presentes autos é tão somente para a apreciação da manutenção e/ou
revogação da medida protetiva de urgência, pelo que passo a sua apreciação nos termos do art.
355, I, do CPC.                 Cabe salientar que o JuÃ-zo é o destinatário da prova
(art. 369 do Código de Processo Civil), devendo indeferir as diligências inúteis ou meramente
protelatórias (art. 370, parágrafo único, do mesmo diploma legal).                 Por
conseguinte, dispõe o art. 335 do CPC, que incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a
matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e
especificando as provas que pretende produzir. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ademais, quanto a
alegação da defesa de que as medidas protetivas decretadas estão lhe causando o prejuÃ-zo de ir e
vir, tal alegação não merece prosperar, na medida em que não fora demonstrado qualquer prejuÃ-zo
ao Requerido, bem como não carreou aos autos nenhum elemento que comprove que a vÃ-tima tenha
agido de má-fé, com o intuito de prejudicá-lo ou induzir este juÃ-zo a erro, não sendo apontado,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
igualmente, quais foram os prejuÃ-zos que o requerido sofreu com a concessão das medidas protetivas.
                Por fim, consigno que apesar do requerido negar o fato que gerou o
presente procedimento, não demonstrou a necessidade de se aproximar da vÃ-tima, de manter contato
com ela e nem de frequentar a residência da mesma, de modo que tais medidas devessem ser
revogadas, conforme requerido. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Por conseguinte, sabe-se que a
finalidade precÃ-pua das medidas protetivas de urgência é proteger os direitos fundamentais da mulher,
vÃ-tima de violência doméstica, a fim de evitar a continuidade das agressões. Assinalo, ainda, que nas
questões que envolvem violência contra a mulher, no âmbito doméstico, a palavra da vÃ-tima ganha
especial relevância.                 A jurisprudência pátria, ao tratar da valoração
da prova consistente no depoimento da ofendida, já se firmou no sentido de que a palavra da vÃ-tima, nos
delitos que envolvem violência de gênero no âmbito doméstico e familiar, merece credibilidade,
mormente quando amparada por outros elementos probatórios trazidos aos autos.           Â
     De outra banda, ressalta-se que as lides domésticas e familiares, por serem relações
jurÃ-dicas continuativas, aptas a perdurarem no tempo, são passÃ-veis de modificações em sua
situação de fato e de direito, desta feita, a sentença que as resolvem não transita materialmente em
julgado, ou seja, se porventura o requerido vier demonstrar posteriormente a imprescindibilidade de se
aproximar e de manter contato com a vÃ-tima, as medidas poderão ser revistas.            Â
    Ante o exposto, a fim de garantir a integridade fÃ-sica e psicológica da vÃ-tima, JULGO
PROCEDENTE o pedido de aplicação de medidas protetivas de urgência pretendidas pela requerente
de proibição do Requerido em: a) Afastamento compulsório do agressor do lar, domicÃ-lio ou local de
convivência com a vÃ-tima; b) De se aproximar da vÃ-tima a uma distância mÃ-nima de 100 (cem) metros;
c) De frequentar a residência da vÃ-tima, a fim de preservar a integridade fÃ-sica e psicológica da
requerente e, por conseguinte, ratifico a decisão liminar para manter as medidas protetivas pelo prazo de
01 (um) ano a contar da data da concessão, liminar, das medidas, DECLARANDO EXTINTO O
PROCESSO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento no artigo 487, I do Código de Processo
Civil.                 INTIME-SE A Requerente para ciência da presente Sentença,
advertindo-a que eventual quebra das medidas protetivas, no transcurso do prazo supra determinado,
deverá ser comunicada a Autoridade Policial como descumprimento de medidas protetivas, bem como,
que deverá informar, por meio de advogado, Defensoria Pública ou diretamente na Secretaria desta
Vara: a) a pretensão de prorrogação das medidas devidamente justificada e, b) a cessação do
risco, para fins de revogação das medidas, se for o caso.                 Intime-se a
requerente e o requerido por via postal, com aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no
endereço informado nos autos, reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido endereço
independente do resultado da diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do Código de
Processo Civil. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Isento o Requerido do pagamento de custas e despesas
processuais (arts. 98 e 99, § 1º, do Código de Processo Civil).                Â
Determino que a Secretaria promova todos os atos necessários ao regular cumprimento desta decisão.
                Ciente o Ministério Público.                Â
Certifique-se o trânsito em julgado, após, arquive-se promovendo-se as baixas no sistema.      Â
          Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.                 Servirá o
presente, por cópia digitada, como MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da CJRMB -
TJ/PA, com a redação que lhe deu o Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão Correcional. Cumpra-
se na forma e sob as penas da lei.                 Belém/PA, 25 de novembro de
2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA
DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO: 00066698020208145150 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE
OLIVEIRA JR A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 25/11/2021
REQUERENTE:AMANDA COSTA FERREIRA REQUERIDO:ALLAN PATRICK FARIAS ALBUQUERQUE.
SENTENÃA/MANDADO Requerente: AMANDA COSTA FERREIRA, residente e domiciliada à Estrada do
Tapanã n.º 12, Residencial Renascer, Passagem dos Anjos, casa 12, atrás da Paragás, bairro:
Tapanã, Belém-PA, CEP: 66.825-900, telefone: (91) 98026-6555; Requerido: ALLAN PATRICK
FARIAS ALBUQUERQUE, residente e domiciliado à Estrada do IcuÃ-, Conjunto Tauari, quadra 15, casa
36, próximo a UPA, bairro: IcuÃ--Guajará, Aananindeua-PA, telefone: (91) 98572-1467.      Â
Amanda Costa Ferreira, devidamente qualificada nos autos, vÃ-tima de violência doméstica e familiar
contra a mulher, com incidência na Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, ingressou com pedido de
medidas protetivas de urgência em face de Allan Patrick Farias Albuquerque.             Â
   Em Decisão o JuÃ-zo plantonista deferiu, liminarmente, as medidas de protetivas pretendidas pela
requerente de proibição do Requerido: a) De se aproximar da vÃ-tima a uma distância mÃ-nima de 100
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
(cem) metros; b) De manter contato com a vÃ-tima por qualquer meio de comunicação; c) De frequentar
a residência da vÃ-tima, a fim de preservar a integridade fÃ-sica e psicológica da requerente.      Â
          O Requerido, através da Defensoria Pública, apresentou contestação às fls.
26/31, alegando serem inverÃ-dicas as alegações da requerente e desprovidas de qualquer fundamento
fático que as sustente; afirma que em razão de comportamento agressivo da Requerente, este teve
comportamento de autodefesa; asseverou que as medidas decretadas restringem o seu direito de ir e vir;
que não é possÃ-vel admitir o seu deferimento por sentença, sem a prévia dilação probatória;
não se pode sentenciar o feito acolhendo o pedido das medidas protetivas com base exclusivamente na
palavra da vÃ-tima colhida na fase extrajudicial; que deve ser designada audiência de instrução e
julgamento; Ao final, requereu a justiça gratuita; a designação da audiência; a produção de todas
as provas admitida; e improcedência do pedido, com a revogação das medidas protetivas.     Â
           Com a defesa não foi arrolada nenhuma testemunha e juntou apenas documento
de comprovante de residência.                 Em manifestação às fls. 32/33, o
Ãrgão Ministerial pugnou pela procedência do pedido e confirmação da decisão liminar.     Â
           à o relatório. Decido.                 A causa está
suficientemente instruÃ-da para o seu julgamento, sendo desnecessária a produção de provas em
audiência, como requerido pela defesa, tendo vista que não foi arrolada nenhuma testemunha e, ainda,
o objeto dos presentes autos é tão somente para a apreciação da manutenção e/ou
revogação da medida protetiva de urgência, pelo que passo a sua apreciação nos termos do art.
355, I, do CPC.                 Cabe salientar que o JuÃ-zo é o destinatário da prova
(art. 369 do Código de Processo Civil), devendo indeferir as diligências inúteis ou meramente
protelatórias (art. 370, parágrafo único, do mesmo diploma legal).                 Por
conseguinte, dispõe o art. 335 do CPC, que incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a
matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e
especificando as provas que pretende produzir. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ademais, quanto a
alegação da defesa de que as medidas protetivas decretadas estão lhe causando o prejuÃ-zo de ir e
vir, tal alegação não merece prosperar, na medida em que não fora demonstrado qualquer prejuÃ-zo
ao Requerido, bem como não carreou aos autos nenhum elemento que comprove que a vÃ-tima tenha
agido de má-fé, com o intuito de prejudicá-lo ou induzir este juÃ-zo a erro, não sendo apontado,
igualmente, quais foram os prejuÃ-zos que o requerido sofreu com a concessão das medidas protetivas.
                Por fim, consigno que apesar do requerido negar o fato que gerou o
presente procedimento, não demonstrou a necessidade de se aproximar da vÃ-tima, de manter contato
com ela e nem de frequentar a residência da mesma, de modo que tais medidas devessem ser
revogadas, conforme requerido. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Por conseguinte, sabe-se que a
finalidade precÃ-pua das medidas protetivas de urgência é proteger os direitos fundamentais da mulher,
vÃ-tima de violência doméstica, a fim de evitar a continuidade das agressões. Assinalo, ainda, que nas
questões que envolvem violência contra a mulher, no âmbito doméstico, a palavra da vÃ-tima ganha
especial relevância.                 A jurisprudência pátria, ao tratar da valoração
da prova consistente no depoimento da ofendida, já se firmou no sentido de que a palavra da vÃ-tima, nos
delitos que envolvem violência de gênero no âmbito doméstico e familiar, merece credibilidade,
mormente quando amparada por outros elementos probatórios trazidos aos autos.           Â
     De outra banda, ressalta-se que as lides domésticas e familiares, por serem relações
jurÃ-dicas continuativas, aptas a perdurarem no tempo, são passÃ-veis de modificações em sua
situação de fato e de direito, desta feita, a sentença que as resolvem não transita materialmente em
julgado, ou seja, se porventura o requerido vier demonstrar posteriormente a imprescindibilidade de se
aproximar e de manter contato com a vÃ-tima, as medidas poderão ser revistas.            Â
    Ante o exposto, a fim de garantir a integridade fÃ-sica e psicológica da vÃ-tima, JULGO
PROCEDENTE o pedido de aplicação de medidas protetivas de urgência pretendidas pela requerente
de proibição do Requerido de: a) De se aproximar da vÃ-tima a uma distância mÃ-nima de 100 (cem)
metros; b) De manter contato com a vÃ-tima por qualquer meio de comunicação; c) De frequentar a
residência da vÃ-tima, a fim de preservar a integridade fÃ-sica e psicológica da requerente e, por
conseguinte, ratifico a decisão liminar para manter as medidas protetivas pelo prazo de 01 (um) ano a
contar da data da concessão, liminar, das medidas, DECLARANDO EXTINTO O PROCESSO COM
RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento no artigo 487, I do Código de Processo Civil.       Â
         INTIME-SE A Requerente para ciência da presente Sentença, advertindo-a que
eventual quebra das medidas protetivas, no transcurso do prazo supra determinado, deverá ser
comunicada a Autoridade Policial como descumprimento de medidas protetivas, bem como, que deverá
informar, por meio de advogado, Defensoria Pública ou diretamente na Secretaria desta Vara: a) a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
pretensão de prorrogação das medidas devidamente justificada e, b) a cessação do risco, para fins
de revogação das medidas, se for o caso.                 Intime-se a requerente e o
requerido por via postal, com aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no endereço informado
nos autos, reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido endereço independente do
resultado da diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do Código de Processo Civil.   Â
             Isento o Requerido do pagamento de custas e despesas processuais (arts. 98
e 99, § 1º, do Código de Processo Civil).                 Determino que a Secretaria
promova todos os atos necessários ao regular cumprimento desta decisão.             Â
   Ciente o Ministério Público.                 Certifique-se o trânsito em
julgado, após, arquive-se promovendo-se as baixas no sistema.                Â
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.                 Servirá o presente, por cópia
digitada, como MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a redação
que lhe deu o Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão Correcional. Cumpra-se na forma e sob as penas
da lei.                 Belém/PA, 25 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE
OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER PROCESSO: 00084610620198145150 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 25/11/2021 REQUERENTE:DARCYLA
MARIA GUIMARAES ROCHA REQUERIDO:MILTON FERNANDO DE LIMA E SILVA.
SENTENÃA/MANDADO REQUERENTE: DARCYLA MARIA GUIMARÃES ROCHA, residente e
domiciliada à Rua dos Mundurucus , nº 3336, vila Andrey , casa 05, entre Alcindo Cacela e Nove de
Janeiro, bairro: Cremação, Belém-PA, telefone: (91) 98151-5522.       DARCYLA MARIA
GUIMARÃES ROCHA, devidamente qualificada nos autos, vÃ-tima de violência doméstica e familiar
contra a mulher, com incidência na Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, ingressou com pedido de
medidas protetivas de urgência em face de MILTON FERNANDO DE LIMA E SILVA.         Â
       Em Decisão o JuÃ-zo plantonista deferiu, liminarmente, as medidas de protetivas
pretendidas pela requerente de proibição do Requerido: a) De se aproximar da vÃ-tima a uma
distância mÃ-nima de 100 (cem) metros; b) De frequentar a residência da vÃ-tima e academia a qual
frequenta ( SMART FIT CONSELHEIRO), a fim de preservar a integridade fÃ-sica e psicológica da
requerente.                 O requerido, pela Defensoria Pública, como Curador
Especial, apresentou contestação às fls. 44, afirmando a necessidade do contraditório e ampla defesa
mediante designação de audiência de instrução e julgamento para colheita de prova oral,
pugnando pela concessão da justiça gratuita; imediata revogação das medidas protetivas; seja
deferidos todos os meios de provas em direto admitidos, em especial depoimento pessoal da autora e
inquirição de testemunha em audiência de instrução e julgamento; e pela improcedência da
ação.                 Não foram arroladas testemunhas pela Defesa.       Â
         Em manifestação à s fls. 46/47, o Ãrgão Ministerial pugnou pela procedência do
pedido da requerente, com a confirmação da liminar proferida e a consequente extinção do processo
com resolução de mérito.                 à o Relatório. Decido.         Â
       A causa está suficientemente instruÃ-da para o seu julgamento, sendo desnecessária a
produção de provas em audiência, como requerido pela defesa, tendo vista que não foi arrolada
nenhuma testemunha e, ainda, o objeto dos presentes autos é tão somente para a apreciação da
manutenção e/ou revogação da medida protetiva de urgência, pelo que passo a sua apreciação
nos termos do art. 355, I, do CPC.                 Cabe salientar que o JuÃ-zo é o
destinatário da prova (art. 369 do Código de Processo Civil), devendo indeferir as diligências inúteis ou
meramente protelatórias (art. 370, parágrafo único, do mesmo diploma legal).            Â
    Por conseguinte, dispõe o art. 335 do CPC, que incumbe ao réu alegar, na contestação,
toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e
especificando as provas que pretende produzir.            Quanto as alegações da defesa,
consigno que foi assegurado ao requerido o direito constitucional do contraditório e da ampla defesa e
não consta nenhum elemento nos autos que demonstre a necessidade de designação de audiência
de instrução e julgamento. Não restou demonstrado, portanto, nenhum prejuÃ-zo para o requerido,
com a adoção do julgamento antecipado, de modos que não há que ser declarado nenhuma
nulidade.                 Ademais, a ocorrência policial traz a descrição da
violência sofrida pela vÃ-tima, a qual deu ensejo a decisão liminar concessiva das medidas protetivas de
urgência, perdurando-se até o presente momento.                 A jurisprudência
pátria, ao tratar da valoração da prova consistente no depoimento da ofendida, já se firmou no
sentido de que a palavra da vÃ-tima, nos delitos que envolvem violência de gênero no âmbito
458
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
doméstico e familiar, merece credibilidade, mormente quando amparada por outros elementos
probatórios trazidos aos autos.                 De outra banda, ressalta-se que as lides
domésticas e familiares, por serem relações jurÃ-dicas continuativas, aptas a perdurarem no tempo,
são passÃ-veis de modificações em sua situação de fato e de direito, desta feita, a sentença que
as resolvem não transita materialmente em julgado, ou seja, se porventura o requerido vier demonstrar
posteriormente a imprescindibilidade de se aproximar e de manter contato com a vÃ-tima, as medidas
poderão ser revistas.                 Ante o exposto, considerando a necessidade de
manutenção das medidas protetivas, JULGO PROCEDENTE o pedido de aplicação de medidas
protetivas de urgência formulado pela requerente e, por conseguinte, ratifico a decisão liminar para
proteção pretendidas pela requerente de proibição do requerido em: a) De se aproximar da vÃ-tima a
uma distância mÃ-nima de 100 (cem) metros; b) De frequentar a residência da vÃ-tima e academia a qual
frequenta (SMART FIT CONSELHEIRO), a fim de preservar a integridade fÃ-sica e psicológica da
requerente, pelo prazo de 06 (seis) meses a contar da supracitada decisão, DECLARANDO EXTINTO O
PROCESSO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, com fundamento no artigo 487, I do Código de Processo
Civil.                 INTIME-SE A Requerente para ciência da presente Sentença,
advertindo-a que eventual quebra das medidas protetivas, no transcurso do prazo supra determinado,
deverá ser comunicada a Autoridade Policial como descumprimento de medidas protetivas, bem como,
que deverá informar, por meio de advogado, Defensoria Pública ou diretamente na Secretaria desta
Vara: a) a pretensão de prorrogação das medidas devidamente justificada e, b) a cessação do
risco, para fins de revogação das medidas, se for o caso.                 Intime-se a
requerente e o requerido por via postal, com aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no
endereço informado nos autos, reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido endereço
independente do resultado da diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do Código de
Processo Civil.                 Considerando a declaração de hipossuficiência,
isento o Requerido do pagamento de custas e despesas processuais (arts. 98 e 99, § 1º, do Código de
Processo Civil). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Determino que a Secretaria promova todos os atos
necessários ao regular cumprimento desta decisão.                 Ciente o
Ministério Público.                 Certifique-se o trânsito em julgado, após,
arquive-se promovendo-se as baixas no sistema. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Publique-se. Intime-se.
Cumpra-se.                 Belém/PA, 25 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE
OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER PROCESSO: 00103794520198145150 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 25/11/2021 REQUERENTE:JOYCE
RODRIGUES SANTOS REQUERIDO:CLECIO CARDOSO BATISTA. SENTENÃA/MANDADO
REQUERENTE: JOYCE RODRIGUES SANTOS, residente e domiciliada à Rua São Sebastião, 49, Av.
Norte, entre Maria dos Anjos e Marajoara, bairro: Maracangalha, Belém-PA, CEP: 66110350, telefone:
(91) 98182-1799. REQUERIDO: CLECIO CARDOSO BATISTA, residente e domiciliado à Residencial
Banedito Monteiro, Trav. Vinte e Nove e Outubro, 58, bairro: Tapanã, Belém-PA, CEP: não informado.
      JOYCE RODRIGUES SANTOS, devidamente qualificada nos autos, vÃ-tima de violência
doméstica e familiar contra a mulher, com incidência na Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006,
ingressou com pedido de medidas protetivas de urgência em face de CLECIO CARDOSO BATISTA.  Â
              Em Decisão o JuÃ-zo plantonista deferiu, liminarmente, as medidas de
protetivas pretendidas pela requerente de proibição do Requerido: a) De se aproximar da vÃ-tima a uma
distância mÃ-nima de 100 (cem) metros; b) De manter contato com a vÃ-tima por qualquer meio de
comunicação; c) De frequentar a residência da vÃ-tima, a fim de preservar a integridade fÃ-sica e
psicológica da requerente.                 O Requerido, através da Defensoria
Pública, apresentou contestação à s fls. 28/43, alegando serem inverÃ-dicas as alegações da
requerente e desprovidas de qualquer fundamento fático que as sustente; afirma que em razão de briga
por conversas no celular, este teve comportamento de autodefesa; asseverou que as medidas decretadas
restringem o seu direito de ir e vir; que não é possÃ-vel admitir o seu deferimento por sentença, sem a
prévia dilação probatória; não se pode sentenciar o feito acolhendo o pedido das medidas
protetivas com base exclusivamente na palavra da vÃ-tima colhida na fase extrajudicial; que deve ser
designada audiência de instrução e julgamento; Ao final, requereu a justiça gratuita; a designação
da audiência; a produção de todas as provas admitida; e improcedência do pedido, com a
revogação das medidas protetivas.                 Com a defesa não foi arrolada
nenhuma testemunha e juntou apenas documento de comprovante de residência.           Â
     Em manifestação à s fls. 48, o Ãrgão Ministerial pugnou pela procedência do pedido e
459
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
descumprimento de medidas protetivas, bem como, que deverá informar, por meio de advogado,
Defensoria Pública ou diretamente na Secretaria desta Vara: a) a pretensão de prorrogação das
medidas devidamente justificada e, b) a cessação do risco, para fins de revogação das medidas, se
for o caso. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se a requerente e o requerido por via postal, com
aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no endereço informado nos autos, reputando-se válida
a intimação encaminhada ao referido endereço independente do resultado da diligência, nos termos
do artigo 274, parágrafo único do Código de Processo Civil.                Â
Considerando a declaração de hipossuficiência, isento o Requerido do pagamento de custas e
despesas processuais (arts. 98 e 99, § 1º, do Código de Processo Civil).              Â
  Determino que a Secretaria promova todos os atos necessários ao regular cumprimento desta
decisão.                 Ciente o Ministério Público.               Â
 Certifique-se o trânsito em julgado, após, arquive-se promovendo-se as baixas no sistema.     Â
           Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.                 Belém/PA,
26 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE
VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER PROCESSO: 00068619820208140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO
FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em:
26/11/2021 REQUERENTE:TELMA SOARES DE MELO REQUERIDO:REGINALDO ANDERSON
PARAENSE LEMOS. Sentença/Mandado REQUERENTE: TELMA SOARES MELO, residente no Rio
Tucunduba, s/n, Conjunto Pantanal, QD. 04, Kit Net da FelÃ-cia, Guamá, Belém/PA, telefone:
980418774. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â TELMA SOARES MELO, requereu Medidas Protetivas de
Urgência em desfavor de REGINALDO ANDERSON PARAENSE LEMOS, ambos qualificados nos autos,
pelo fato caracterizador de violência doméstica.                 Após deferimento
das medidas de urgência, foram feitas diversas diligencias no sentido de localizar o Requerido, no
entanto, sem êxito, sendo determinado a intimação da vÃ-tima para informar novo endereço, o que
passado mais de 06 (seis) meses, não houve qualquer manifestação da mesma.          Â
      à o Relatório.                 No presente caso, desde a sua
intimação, a vÃ-tima não compareceu em juÃ-zo para promover os atos e as diligências que lhe
incumbiam, abandonando a causa por mais de 30 (trinta) dias, não havendo outro caminho senão o da
extinção do processo sem apreciação de mérito.                 Ante o exposto,
tendo em vista que a requerente não promoveu os atos e diligências que lhe competia, abandonando a
causa por mais de 30 (trinta) dias, extingo o processo, sem resolução de mérito, nos termos do art.
485, III, do Código de Processo Civil, REVOGANDO AS MEDIDAS PROTETIVAS CONCEDIDAS.   Â
             Sem custas processuais. Transitada em julgado, arquivem-se os autos.   Â
             Publique-se. Registre-se. Intime-se.                 Intime-
se a requerente por via postal, com aviso de recebimento, preferencialmente virtual, no endereço
informado nos autos, reputando-se válida a intimação encaminhada ao referido endereço
independente do resultado da diligência, nos termos do artigo 274, parágrafo único do Código de
Processo Civil.                 Servirá o presente, por cópia digitada, como
MANDADO, nos termos do Provimento nº 03/2009 da CJRMB - TJ/PA, com a redação que lhe deu o
Provimento nº 011/2009 daquele Ãrgão Correcional. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.   Â
             Belém, 26 de novembro de 2021 JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA JR JUIZ
DE DIREITO TITULAR 1ª VARA DE VIOLÃNCIA DOMÃSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
PROCESSO: 00189029720208140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOAO AUGUSTO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA JR
A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 26/11/2021 DENUNCIADO:WESLEY MATEUS DE
OLIVEIRA CONCEICAO VITIMA:R. S. V. . DECISÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â WESLEY
MATEUS DE OLIVEIRA CONCEIÃÃO, devidamente qualificado, apresentou, por seu Procurador Judicial,
apresentou Resposta à Acusação às fls. 08/10, nos termos da denúncia proposta pelo Ministério
Público.                 Em análise da resposta à acusação, se constata a
inexistência de comprovação de fatos que levem a absolvição sumária do denunciado nos termos
das hipóteses do artigo 397 do Código de Processo Penal, como as circunstâncias: a) a existência
manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; b) a existência manifesta de causa excludente da
culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; c) o fato narrado evidentemente não constituir crime; ou
d) extinção da punibilidade do agente.                 Diante de todo o exposto,
ratifico o recebimento da denúncia e determino a: 1)     Designação de data para a
realização de audiência de instrução e julgamento.                 2)
Intimação do acusado, bem como da vÃ-tima e das testemunhas arroladas pela acusação, defesa,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
CPP, ABSOLVO o réu, IVANILDO SOUSA DOS REIS, já qualificado, da imputação que lhe foi feita.
Sentença proferida em audiência. Intimados os presentes. Com o trânsito em julgado desta
sentença. ARQUIVEM-SE os autos, dando-se baixa. Belém (PA), 29 de novembro de 2021, Otávio
dos Santos Albuquerque. Juiz de Direito. PROCESSO: 00042429820208140401 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): OTAVIO DOS SANTOS ALBUQUERQUE A??o:
Ação Penal - Procedimento Sumário em: 29/11/2021 DENUNCIADO:ANTONIO MAYK DAMASCENO
FERREIRA VITIMA:B. C. M. . SENTENÃA: Vistos etc. O representante do Ministério Público ofereceu
denúncia em face de ANTONIO MAYK DAMASCENO FERREIRA, já qualificado nos autos, pela suposta
prática da infração penal de lesão corporal, fato ocorrido no dia 23/02/2020, tendo como vÃ-tima
Brenda Cardoso Martins. Citado, o acusado apresentou resposta à acusação por meio da Defensoria
Pública. Durante a instrução processual, foi ouvida somente a vÃ-tima e, em seguida, interrogado o
acusado. O órgão ministerial, diante das declarações da ofendida, requereu desistência das
testemunhas arrolada(s) na peça acusatória, o que foi homologado por este JuÃ-zo. Ao ser interrogado,
o réu corroborou as declarações da vÃ-tima. Encerrada a instrução criminal, o Ministério Público
e a Defesa pugnaram pela absolvição por insuficiência de provas. Relatado o suficiente. DECIDO.
Entendo assistir razão à s partes, uma vez que a vÃ-tima, em sÃ-ntese, negou que tenha sido lesionada
pelo seu companheiro, dizendo que foi atingida pelo celular que ela arremessou na parede. Disse, ainda,
que não sabe quem chamou a polÃ-cia. Por sua vez, o réu ao ser interrogado, corroborou as
declarações da vÃ-tima, dizendo ainda que não teve intenção de lesionar a ofendida. Informou que
a vÃ-tima foi lesionada pelo aparelho celular que ela arremessou contra a parede. Assim, verifico que não
existem provas aptas a ratificar os termos da Denúncia, eis que a própria vÃ-tima negou que tenha sido
agredida pelo acusado. Embora o Ãrgão Ministerial tenha atuado no sentido de comprovar os fatos
alegados na peça de ingresso, não se tem como atribuir ao réu a prática da referida conduta pela
ausência de provas suficientes para uma condenação, razão pela qual, outro desfecho não há, a
não ser a absolvição. Pelo exposto, julgo improcedente a denúncia e, com fundamento no art. 386,
inciso VII do CPP, ABSOLVO o réu, ANTONIO MAYK DAMASCENO FERREIRA, já qualificado, da
imputação que lhe foi feita. Sentença proferida em audiência. Intimados os presentes. Considerando
que as partes renunciaram ao prazo recursal, declaro o trânsito em julgado desta sentença.
ARQUIVEM-SE os autos, dando-se baixa. Belém (PA), 29 de novembro de 2021, Otávio dos Santos
Albuquerque. Juiz de Direito. PROCESSO: 00075833520208140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): OTAVIO DOS SANTOS ALBUQUERQUE A??o:
Ação Penal - Procedimento Sumário em: 29/11/2021 VITIMA:A. C. F. A. DENUNCIADO:SEBASTIAO
PORTILHO SANTANA. DECISÃO: O Ministério Público, em manifestação oral, requereu o
aditamento da denúncia, ao argumento de que localizou o laudo de exame de corpo de delito, em que
comprova as agressões fÃ-sicas sofridas pela vÃ-tima, requerendo a intimação do acusado, Sebastiao
Portilho Santana, para apresentar nova defesa. Suscintamente relatado, DECIDO. 1- Recebo o aditamento
da denúncia em face SEBASTIAO PORTILHO SANTANA, pela prática do crime de lesão corporal (art.
129, § 9º, do CPB); 2 - INTIME-SE a Defensoria Pública para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar
manifestação sobre o aditamento ou ratificar sua defesa, podendo arrolar até 03 (três) testemunhas
(§§ 2º e 4º, do art. 384, do CPP); 3 - Por uma questão de celeridade e economia processual,
designo a continuação da instrução para o dia 06 de ABRIL de 2022, às 09h30. 4. REQUISITEM-
SE as testemunhas policiais militares. 5. Intimados os presentes. Belém (PA), 29 de novembro de 2021,
Otávio dos Santos Albuquerque. Juiz de Direito. PROCESSO: 00159609220208140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): OTAVIO DOS SANTOS
ALBUQUERQUE A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 29/11/2021 VITIMA:M. C. S.
DENUNCIADO:WALDEMAR SANTIAGO DE OLIVEIRA. DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em que pese
o pedido de citação por edital do acusado, em pesquisa ao sistema PJE foi localizado novo endereço
do réu nos autos do processo nº 0000277-78.2021.814.0401: Rua BrasÃ-lia, Parque Zoghbi, nº 60,
bairro: Maracangalha, Icoaraci, Belém-PA.            Dessa forma determino a
renovação das diligências de CITAÃÃO do réu no endereço declinado acima. Deverá o Sr. Oficial
de Justiça observar que, independentemente de autorização judicial, poderá proceder a citação
do réu aos domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário normal expediente, nos termos do
art. 212, § 2°, do CPC.            Advirta-se ao Sr. Oficial de Justiça, que caso seja
verificado que o réu esteja se ocultando para ser citado, deverá proceder sua citação por hora certa,
nos termos do art. 362, do CPP, c/c o art. 252, do CPC e não meramente informar que a parte não
estava no momento da diligência.            Em sendo procedido a citação por hora
certa, cumpra-se a determinação do art. 254, do CPC, cientificando o réu, através dos Correios
(SPE), ou outro meio disposto em lei.            Realizada a citação e decorrido o prazo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
legal para a apresentação da resposta escrita, sem que o réu constitua advogado, encaminhem-se os
autos, ao(à ) Defensor(a) Pública vinculado a esta Unidade Judiciária, que fica nomeado para proceder
a defesa.            Publique-se. Intime-se.            Belém (Pa), 29 de
novembro de 2021. Otávio dos Santos Albuquerque Juiz de Direito da 3ª Vara de Violência
Doméstica e Familiar Contra a Mulher PROCESSO: 00172001920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): OTAVIO DOS SANTOS ALBUQUERQUE A??o:
Ação Penal - Procedimento Sumário em: 29/11/2021 DENUNCIADO:HUMBERTO CARNEIRO DO
ROSARIO VITIMA:N. M. S. . DESPACHO            Em que pese o pedido de citação por
edital do acusado, em pesquisa ao sistema LIBRA foi localizado novo endereço do réu nos autos do
processo nº 0011940-58.2020.814.0401: Av. Independência, Passagem Bom Jesus, nº 01, próximo
ao Posto Shell, bairro: IcuÃ-, Ananindeua-PA ou no ponto de mototáxi em frente ao supermercado
Formosa da Cidade Nova, Ananindeua-PA            Dessa forma determino a renovação
das diligências de CITAÃÃO do réu no endereço declinado acima. Deverá o Sr. Oficial de Justiça
observar que, independentemente de autorização judicial, poderá proceder a citação do réu aos
domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário normal expediente, nos termos do art. 212, §
2°, do CPC.            Advirta-se ao Sr. Oficial de Justiça, que caso seja verificado que o
réu esteja se ocultando para ser citado, deverá proceder sua citação por hora certa, nos termos do
art. 362, do CPP, c/c o art. 252, do CPC e não meramente informar que a parte não estava no momento
da diligência.            Em sendo procedido a citação por hora certa, cumpra-se a
determinação do art. 254, do CPC, cientificando o réu, através dos Correios (SPE), ou outro meio
disposto em lei.            Realizada a citação e decorrido o prazo legal para a
apresentação da resposta escrita, sem que o réu constitua advogado, encaminhem-se os autos, ao(Ã
) Defensor(a) Pública vinculado a esta Unidade Judiciária, que fica nomeado para proceder a defesa. Â
          Publique-se. Intime-se.            Belém (Pa), 29 de novembro de
2021. Otávio dos Santos Albuquerque Juiz de Direito da 3ª Vara de Violência Doméstica e Familiar
Contra a Mulher
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FÓRUM DE ICOARACI
O Dr. ANTÔNIO CLÁUDIO VON LOHRMANN CRUZ, Juiz de Direito, Titular da Vara da Infância e
Juventude Distrital de Icoaraci, no uso de suas atribuições legais, e
Considerando a implantação CORREIÇÃO ORDINÁRIA nesta Vara, conforme edital nº 001/2021 - VARA
DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DE ICOARACI;
R E S O L V E:
Art. 1º - Designar o Senhor Sérgio André dos Santos Moraes, Diretor de Secretaria, Matrícula nº , para
exercer a função de Secretário da CORREIÇÃO ORDINÁRIA no período de 09 e 10 de dezembro de
2021.
O Dr. ANTÔNIO CLÁUDIO VON LOHRMANN CRUZ, Juiz de Direito, Titular da Vara da Infância e
Juventude Distrital de Icoaraci, no uso de suas atribuições legais, etc.
FAZ SABER a todos quantos o presente EDITAL, virem ou dele conhecimento tiverem que, de
conformidade com o art. 163 e seguintes da Lei nº 5008/81, Código Judiciário do Estado do Pará, será
realizada no dia 09.12.2021 e 10.12.2021 CORREIÇÃO ORDINÁRIA das 8:00 às 14:00 horas, sem
prejuízo do expediente, na Vara da Infância e Juventude Distrital de Icoaraci, oportunidade em que serão
recebidas neste Juízo reclamações sobre o serviço judicial; serão conferidos se todos os processos em
trâmite encontram-se cadastrados e alimentados de sua movimentação processual; será efetuada
inspeção dos livros de carga e verificado sobre a existência de petição e AR aguardando juntada; será,
ainda, realizada inspeção de mandados em mão de Oficial de Justiça com prazo extrapolado para
cumprimento; verificada a movimentação de processos paralisados há mais de 6 (seis) meses; e
efetuados os demais atos previstos no Provimento nº 07/2008-CJRMB, bem como o que mais se fizer
necessário a regularização de funcionamento da Vara da Infância e Juventude Distrital.
Faz saber, ainda, que poderão ser tomados por termo, para as providências cabíveis, toda e qualquer
reclamação, porventura apresentada pelo Ministério Público, Defensoria Pública, Advogados, partes
interessadas e público em geral.
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E, para conhecimento de todos os interessados, expediu-se o presente edital, que será afixado no átrio do
prédio do Fórum Distrital de Icoaraci e publicado no Diário de Justiça do Estado, bem como será
encaminhada cópia para conhecimento à Presidência do TJE, à Corregedoria da Região Metropolitana de
Belém, à Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude, à Defensoria Pública, ao Ministério Público e a
OAB/PA. Eu, __________________ (Sérgio André dos Santos Moraes), Diretor de Secretaria da Vara da
Infância e Juventude Distrital de Icoaraci, digitei, conferi.
EDITAL DE INTERDIÇÃO
PROC. Nº 0800104-39.2021.8.14.0201
O Dr. CHARLES MENEZES BARROS, Juiz de Direito titular da 2ª Vara Cível e Empresarial Distrital de
Icoaraci, Comarca de Belém, Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais etc. FAZ SABER a todos
quanto o presente EDITAL virem ou dele conhecimento tiver que foi DECRETADA, POR SENTENÇA, a
INTERDIÇÃO de ANA PAULA DOS REIS SENA, brasileiro(a), nascido(a) aos 27/01/1991, portador(a) do
RG nº 5889509 PC/PA e CPF nº 996.414.532-20; filho(a) de Osmar Martins de Sena e Antônia Medeiros
dos Reis, cujo registro de nascimento foi feito sob o nº 25813, Liv. A-33, Fls.127, no Cartório de Registro
Civil de Icoaraci Belém/PA, residente e domiciliado (a) no mesmo endereço que seu curador(a) que se
encontra na impossibilidade de reger os atos da vida civil, nomeando como seu CURADOR (A)
DEFINITIVO (A) o (a) senhor (a) IVANEIDE DOS REIS SENA, brasileiro(a), portador(a) do RG nº 3327370
PC/PA e CPF nº 893.839.402-63, residente e domiciliado(a), na Rua Padre Júlio Maria nº 241, Fundos,
Casa C, CEP: 66.810-060, Icoaraci/Belém/PA, tudo de conformidade com a sentença prolatada nos autos
cíveis de CURATELA/INTERDIÇÃO (Proc. nº 0800104-39.2021.8.14.0201), tendo como autor (a)
IVANEIDE DOS REIS SENA e como interditando(a) ANA PAULA DOS REIS SENA, Dado e passado
neste Distrito de Icoaraci, aos oito (08) dias do mês de novembro do ano de dois e vinte e um (2021). Eu,
Kátia Cristina Corrêa da Fonseca, Analista Judiciário, o digitei. (Artigo 1º, §3º do Provimento 006/2006-
CJRMB).
FÓRUM DE ANANINDEUA
Dr. CARLOS MARCIO DE MELO QUEIROZ, Juiz de Direito e Diretor do Fórum da Comarca de
Ananindeua, no uso de suas atribuições legais, etc.
RESOLVE:
DESIGNAR o servidor GILBERTO DOS SANTOS SILVA, Analista Judiciário, matricula nº 4037-0, para
responder pela Chefia da Unidade Regional de Arrecadação (URA) Ananindeua, no período de 07/01/2022
a 05/02/2022.
Comarca de Ananindeua.
Dr. CARLOS MARCIO DE MELO QUEIROZ, Juiz de Direito e Diretor do Fórum da Comarca de
Ananindeua, no uso de suas atribuições legais, etc.
RESOLVE:
Comarca de Ananindeua.
Dr. CARLOS MARCIO DE MELO QUEIROZ, Juiz de Direito e Diretor do Fórum da Comarca de
Ananindeua, no uso de suas atribuições legais, etc.
RESOLVE:
DESIGNAR o servidor ARMANDO AMARAL NUNES, Analista Judiciário, Mat.32867, para responder pela
Direção da secretaria da 1ª Vara Cível de Ananindeua, no dia 18/11/2021, retroagindo os efeitos dessa
portaria ao dia suso assinalado.
Comarca de Ananindeua.
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descumprimento de quaisquer das condições estipuladas neste acordo, o indiciado, ora acordante, se
compromete a apresentar justificativa no prazo de 15 (quinze) dias. 5Â - DAS OBRIGAÃÃES E DEVERES
DO MPPA. Cláusula n.º 12: Cumpridas integralmente as obrigações e deveres previstos neste termo,
o MINISTÃRIO PÃBLICO obriga-se a promover a extinção da punibilidade do ACORDANTE. 6 - DAS
CONSEQÃÃNCIAS DO EVENTUAL DESCUMPRIMENTO DO ACORDO Cláusula n.º 13: Descumpridas
injustificadamente quaisquer das obrigações e deveres previstos no capÃ-tulo 3 ("DAS OBRIGAÃÃES E
DEVERES DO ACORDANTE"), no prazo estabelecido, o MINISTÃRIO PÃBLICO comunicará ao juÃ-zo,
para fins de sua rescisão e posterior oferecimento de Denúncia (Art. 28-A, § 10, do CPP). Cláusula
n.º 14: Se a rescisão do acordo for imputável ao ACORDANTE, o MINISTÃRIO PÃBLICO se for o
caso, poderá imediatamente oferecer a Denúncia, utilizando-se todos os elementos de prova colhidos na
celebração do acordo, inclusive a confissão formal e circunstanciada, bem como os documentos que
houver apresentado; Cláusula n.º 15: O descumprimento do acordo pelo ACORDANTE também
poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de
suspensão condicional do processo. Cláusula n.º 16: Não sendo apresentada justificativa no prazo
de 15 (quinze) dias, ou não concordando o MINISTÃRIO PÃBLICO com a justificativa apresentada, o
juÃ-zo da execução será comunicado para fins de rescisão do presente acordo, 7 - DO
CUMPRIMENTO INTEGRAL DO ACORDO Cláusula n.º 17: Cumprindo integralmente o acordo, o
MINISTÃRIO PÃBLICO promoverá a Extinção de Punibilidade do indiciado/acordante, observadas as
regras contidas no art. 28-A, §13, do Código de Processo Penal, requerendo a sua Declaração ao
MM. JuÃ-zo que procedeu sua homologação. 8 - DA HOMOLOGAÃÃO DO ACORDO Cláusula n.º 18:
Para que produza seus jurÃ-dicos e legais efeitos, o MINISTÃRIO PÃBLICO submeterá o presente acordo
à apreciação do Judiciário, para fins de Homologação, nos termos do Código de Processo Penal.
Cláusula n.º 19: Homologado o acordo perante o Poder Judiciário, retomarão os autos ao
MINISTÃRIO PÃBLICO para que inicie sua execução perante o juÃ-zo competente. Cláusula n.º 20:
Caso não homologado o acordo, as provas auto incriminatórias produzidas pelo ACORDANTE não
poderão ser utilizadas em seu desfavor. 9 - DECLARAÃÃO DE ACEITAÃÃO PELO ACORDANTE
Cláusula n.° 21: O ACORDANTE, assistido e orientado por seu advogado ou defensor público, declara,
de livre espontânea vontade, a sua aceitação ao presente acordo.¿ DELIBERAÃÃO EM
AUDIÃNCIA: Embora a negociação se dê entre os acordantes, cabendo a eles o mérito das
condições pactuadas, o magistrado não deve, por óbvio, exercer uma função meramente notarial.
Em outras palavras, ao juiz não é dada a possibilidade de modificar os termos do acordo, mas, cabe ao
magistrado a função de análise da legalidade e da voluntariedade da avença. Após ouvir o
investigado RONAN FAGNER TEIXEIRA MOURA, acompanhado e orientado de seu Defensor, na
presença do membro do Ministério Público, este juÃ-zo constata a legalidade e a voluntariedade da
avença. A verificação da legalidade consiste no estudo atento, pelo magistrado, (1) dos requisitos
negativos previstos no artigo 28-A do CPP, (2) da consulta formulada à vÃ-tima acerca de seu interesse
reparatório, não é o caso dos autos, e (3) da cientificação, pelo Ministério Público, dos direitos
constitucionais do investigado, mormente à não autoincriminação forçada, ao acompanhamento e
orientação por advogado ou defensor público e ao prévio exame dos autos investigativos. Verifico,
pois, que o acordo em tela não incorre em nenhuma vedação legal, e que o investigado foi
devidamente advertido de seus direitos e garantias constitucionais. Por sua vez, a análise da
voluntariedade do acordante significa (1) a sua entrevista pessoal em audiência judicial; (2) o exame da
ausência de constrangimento, ameaça ou violência por parte do membro do Ministério Público
durante a negociação; e (3) a verificação da inteligibilidade do teor da acusação narrada, das
condições acordadas e das consequências do cumprimento e descumprimento do acordo. Noto que
as tratativas transcorreram sem animosidades, havendo um bom entendimento entre os acordantes, e que
o investigado manifestou expressamente integral conhecimento dos fatos imputados a si, das
condições pactuadas e das consequências do adimplemento ou inadimplemento da avença. Ante o
exposto, HOMOLOGO o termo de acordo de não persecução penal n.º 001342-126/2020, nos autos
n 0001223-08.2020.8.14.0006, feita pela unidade do Ministério Público e o acordante RONAN FAGNER
TEIXEIRA MOURA. Entretanto, entendo que as Cláusulas n.º 5 e 8, assim como todos os termos do
acordo, serão acompanhadas perante o juÃ-zo da execução penal. Cientes os presentes da
decisão de homologação, e, neste ato as partes dispensaram o prazo recursal. Assim, remetam-se os
autos ao Ministério Público, para deflagrar, perante o juÃ-zo da Vara de Execução das Penas e
Medidas Alternativas, o cumprimento das condições livremente assumidas pelo investigado RONAN
FAGNER TEIXEIRA MOURA. Ao retornar do MP, certifique-se o inÃ-cio da execução e arquivem-se os
autos provisoriamente. Transcorrido o perÃ-odo de 12 (doze) meses desta audiência, sem que o
Ministério Público tenha requerido a extinção da punibilidade, remetam-se os autos ao referido
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Ãrgão e após conclusos. Eu, Madson Tavares, por determinação do Dr. EDILSON FURTADO
VIEIRA, Juiz de Direito titular da 2ª Vara Criminal de Ananindeua, o digitei e subscrevi. ADVOGADO:
____________________________________________________ ACORDANTE:
___________________________________________________ Ananindeua-PA, 23 de novembro de
2021. EDILSON FURTADO VIEIRA Juiz de Direito PROCESSO: 00030468520188140006 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELICE DE SOUSA RODRIGUES
A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 24/11/2021 VITIMA:M. F. C. DENUNCIADO:GLEISON
HENRIQUE RODRIGUES ARAUJO. *EDITAL DE INTIMAÃÃO PRAZO DE 90 DIAS (ART. 392, VI, §1º
DO CPP) Processo:Â 0003046-85.2018.8.14.0006 Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â O Doutor EDILSON
FURTADO VIEIRA, Juiz de Direito Titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Ananindeua, faz saber aos
que a este lerem ou dele tomarem conhecimento que, em virtude de não ter sido encontrado para ser
intimado pessoalmente, por este JuÃ-zo, o réu GLEISON HENRIQUE RODRIGUES ARAUJO, brasileiro,
paraense, natural de Ananindeua/PA, nascido em 13/11/1998, filho de Valdelice Rodrigues do Carmo e
Gleidson Nazareno Miranda de Araújo , Residente na época dos fatos na Avenida Brasil
(Saré/Vitória Regia), Passagem São José, nº 3, CEP 67035-300, contato (91) 99837-5253 / (91)
98089-0254. Estando atualmente em lugar incerto e não sabido, e como não foi encontrado para ser
intimado pessoalmente da sentença proferida pelo MMº. JuÃ-zo que julgou procedente a denúncia do
Ministério Público, CONDENANDO-O nos termos do Art. 157, §2°, inciso I e II do Código Penal
Brasileiro, aplicando-lhe a pena privativa de liberdade ¿(...) em 05 (cinco) anos e 04 (quatro) meses de
reclusão e 13 (treze) dias-multa.¿ ¿(...) cumprida em regime, inicialmente, semiaberto, de acordo com
o disposto no art. 33, § 2°, b, do Código penal brasileiro¿. expede-se o presente EDITAL, para que a
mesmo, fique ciente e querendo compareça neste JuÃ-zo, localizado na Rua Cláudio Saunders n° 193,
Centro, Ananindeua/PA, Cep:67.030-325, a fim de ser intimado do conteúdo da sentença, no prazo de
90 dias. Eu, Celice Rodrigues, Diretora de Secretaria da 2ª Vara Criminal da Comarca de Ananindeua, o
digitei, de ordem do MeritÃ-ssimo Juiz. Ananindeua (PA), 24 de novembro de 2021. CELICE DE SOUSA
RODRIGUES Diretora de Secretaria da 2º Vara Criminal Comarca de Ananindeua PROCESSO:
00032557720108140006 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
EDILSON FURTADO VIEIRA A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 24/11/2021
ACUSADO:LUIZ DIEGO NASCIMENTO DE OLIVEIRA ACUSADO:EDUARDO CORREA DA SILVA
VITIMA:C. V. T. VITIMA:R. D. N. N. ACUSADO:JAIME BRUNO REIS PINHEIRO Representante(s): OAB
1825 - OSVALDO NASCIMENTO GENU (ADVOGADO) OAB 5157 - JANIO SOUZA NASCIMENTO
(ADVOGADO) OAB 13252 - ALESSANDRA SOUZA PEREIRA (ADVOGADO) OAB 17879 - JESSICA
SOARES DE CARVALHO (ADVOGADO) . Processo: 0003255-77.2010.814.0006 Autor: MINISTÃRIO
PÃBLICO Réu: EDUARDO CORRÃA DA SILVA, residente na Rua São Paulo IV, casa nº. 12, fim da
Rua, próximo ao final da linha do ônibus, bairro Distrito Industrial, Ananindeua/PA Advogado: Defensoria
Pública) Réu: LUIZ DIEGO NASCIMENTO DE OLIVEIRA, residente no Conj. Xapuri, bloco I, Apto nº.
102, bairro Coqueiro, Ananindeua/PA (atualmente custodiado no CRPP III) Advogado: Defensoria
Pública) Réu: JAIME BRUNO REIS PINHEIRO, residente na Passagem Azevedo, Quadra 62, nº. 36,
próximo ao Depósito do Boto, bairro Cabanagem, Belém/PA Advogado: Jânio Nascimento OAB/PA
5157 Capitulação: artigo 157, § 2º, I e II c/c artigo 69 do Código Penal SENTENÃA/MANDADO I -
RELATÃRIO            O Ministério Público do Estado do Pará, no uso de suas
atribuições legais ofereceu denúncia contra EDUARDO CORRÃA DA SILVA, LUIZ DIEGO
NASCIMENTO DE OLIVEIRA e JAIME BRUNO REIS PINHEIRO, devidamente qualificado nos autos, pela
prática, em tese, do crime do artigo 157, § 2º, I e II c/c artigo 69 do Código Penal.         Â
  A Denúncia oferecida narra, em sÃ-ntese, que na data de 17/04/2010, por voltas das 22:30 horas, os
denunciados EDUARDO CORRÃA DA SILVA e LUIZ DIEGO NASCIMENTO DE OLIVEIRA, agindo em
coautoria e utilizando uma arma de fogo fornecida pelo acusado JAIME BRUNO REIS PINHEIRO,
realizaram a abordagem da vÃ-tima César Valente Teles, em frente da sua residência, de quem
subtraÃ-ram uma carteira com documentos, um aparelho celular e a chave do veÃ-culo da vÃ-tima, fugindo
em seguida. Mais adiante, após dobrarem a esquina próxima, os acusados abordaram a vÃ-tima Ricardo
Dani Neves Nazaré, de quem subtraÃ-ram uma carteira com documentos e a importância de R$ 500,00
(quinhentos reais) em espécie e um aparelho celular. No momento em que os acusados empreendiam
fuga, foram abordados por um policial militar que presenciou o crime, porém eles reagiram disparando
contra o policial, fugindo em seguida (fls. 02-08).            A denúncia foi recebida em
decisão do JuÃ-zo que determinou a citação dos acusados para oferecerem Resposta à Acusação,
no prazo legal.            Oferecidas as Respostas à Acusação pelos acusados e não
sendo caso de nulidade ou absolvição sumária, foi dado prosseguimento à instrução processual. Â
          Durante a instrução, foram ouvidas as testemunhas arroladas pelas partes, bem
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como foi realizado o interrogatório dos acusados, conforme registro em mÃ-dia juntada aos autos.    Â
       Em Alegações Finais, o Ministério Público requereu a condenação dos réus, nos
termos descritos na denúncia (415-422).            Em Alegações Finais, a defesa dos
acusados EDUARDO CORRÃA DA SILVA e LUIZ DIEGO NASCIMENTO DE OLIVEIRA requereu a
absolvição, por entender não existirem provas suficientes para sustentar a condenação.
Alternativamente, em caso de condenação, requereu a aplicação da pena no patamar mÃ-nimo legal,
em face das circunstâncias judiciais favoráveis do artigo 59 do Código penal.           Â
Em sede de Alegações Finais, a defesa do acusado JAIME BRUNO REIS PINHEIRO, requereu,
preliminarmente, o reconhecimento da inépcia da Denúncia oferecida pelo Ministério Público, pela
deficiência na descrição do fato criminoso atribuÃ-do ao acusado, com todas as suas circunstâncias.
Alternativamente, superada a preliminar, requereu a absolvição do denunciado em observância ao
princÃ-pio da presunção de inocência, nos termos do artigo 386, V, VI, do código de Processo Penal.
           à o relatório. II - FUNDAMENTAÃÃO Preliminar de inépcia da Denúncia   Â
        A Defesa do acusado JAIME BRUNO REIS PINHEIRO requereu, em sede preliminar, a
rejeição da Denúncia por inobservância do art. 41, já que, no relato constante na Exordial, haveria
omissão na descrição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias.           Â
No caso dos autos, entendo que a Denúncia, oferecida pelo órgão Ministerial, não pode ser
considerada inepta, uma vez que preenche todos os requisitos do art. 41 do CPP, descrevendo, de forma
concreta e com detalhes suficientes, a conduta delitiva imputada ao acusado, de modo a possibilitar a
identificação dos exatos limites da acusação, sem qualquer óbice ao exercÃ-cio do direito à ampla
defesa e ao contraditório.            Logo, rejeito a preliminar arguida Alteração da
capitulação do tipo penal. Emendatio Libeli            A denúncia oferecida pelo
Ministério Público atribuiu aos acusados a prática de ao menos dois crimes de roubo contra vÃ-timas
diferentes, majorados pelo uso de arma e concurso de pessoa, incursionando-os no tipo penal do artigo
157, § 2º, I e II c/c artigo 69 do Código Penal.            No caso em apreço, embora
esteja descrito na peça exordial a capitulação do artigo 157, § 2º, I e II c/c artigo 69 do Código
Penal (roubo majorado pelo uso de arma e concurso de pessoa em concurso material), verifica-se que a
tipificação adequada aos fatos narrados na Denúncia é a do artigo 157, § 2º, I e II c/c artigo 71 do
Código Penal (roubo majorado pelo uso de arma e concurso de pessoa, praticados em continuidade
delitiva).             A dinâmica dos fatos narrados na Denúncia indica que os crimes
referidos foram praticados em continuidade delitiva, uma vez que os acusados, mediante mais de uma
ação, teriam cometido mais de um crime da mesma espécie (roubo majorado), sendo que os delitos
guardam conexão no que diz respeito ao tempo, ao lugar, à maneira de execução e a outras
caracterÃ-sticas que fazem presumir a continuidade delitiva, nos termos do art. 71 do Código Penal.   Â
        Desse modo, considerando que os acusados se defendem dos fatos descritos na
Denúncia e não da capitulação penal, verifica-se pertinente a invocação do instituto da emendatio
libelli, nos termos do art. 383 do CPP, de modo a os incursionar nas penas do artigo 157, § 2º, I e II c/c
artigo 71 do Código Penal (roubo majorado pelo uso de arma e concurso de pessoa, praticados em
continuidade delitiva). Superadas as questões incidentais, passo à análise do mérito. Materialidade e
autoria             Da análise do conteúdo dos autos, verifica-se que a materialidade está
devidamente comprovada, sendo clara a ocorrência dos delitos de roubo majorado, descritos na
Denúncia, especialmente pelo Termo de Apresentação e Apreensão de Objeto, pelos depoimentos,
prestados perante a autoridade policial e em JuÃ-zo, bem como pelos demais elementos constantes nos
autos.            Quanto à autoria, é possÃ-vel constatar que os réus EDUARDO
CORRÃA DA SILVA e LUIZ DIEGO NASCIMENTO DE OLIVEIRA, agindo em coautoria fazendo uso de
arma de fogo, realizaram a abordagem da vÃ-tima César Valente Teles, em frente da sua residência, de
quem subtraÃ-ram uma carteira com documentos, um aparelho celular e a chave do veÃ-culo da vÃ-tima,
fugindo em seguida. Mais adiante, após dobrarem a esquina próxima, os acusados abordaram uma
segunda vÃ-tima, Ricardo Dani Neves Nazaré, de quem subtraÃ-ram uma carteira com documentos e a
importância de R$ 500,00 (quinhentos reais) em espécie e um aparelho celular.           Â
 Assim, verifica-se, na ação descrita, a ocorrência da inversão da posse dos mencionados objetos,
fato este suficiente para caracterizar o delito de roubo, corroborando a teoria da Amotio, posicionamento
adotado pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que considera consumado o delito de roubo
quando o agente inverte a posse da coisa subtraÃ-da, sendo desnecessária a saÃ-da do bem da esfera de
vigilância da vÃ-tima (STF - HC: 93384 SP, Relator: CARLOS BRITTO, Data de Julgamento: 10/03/2009,
Primeira Turma, Data de Publicação: DJe-071 DIVULG 16-04-2009 PUBLIC 17-04-2009 EMENT VOL-
02356-03 PP-00587).             A partir da análise dos autos, não se verifica possÃ-vel
concluir pela absolvição dos acusados.             Ouvidos em JuÃ-zo, os réus
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EDUARDO CORRÃA DA SILVA e LUIZ DIEGO NASCIMENTO DE OLIVEIRA negaram a autoria do delito
de roubo cometido contra as vÃ-timas, conforme se constata em seus interrogatórios prestados em JuÃ-zo
e registrados em mÃ-dia encartada nos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Todavia, embora os acusados
tenham negado participação na prática do crime de que são acusados, as provas dos autos são
robustas e não permitem excluir suas culpabilidades, sendo patente a autoria do crime de roubo
atribuÃ-do aos denunciados, não tendo como acolher as teses levantadas pela defesa.         Â
   O que se extrai, a partir das provas dos autos, é que as vÃ-timas César Valente Teles e Ricardo
Dani Neves Nazaré confirmaram, em seus depoimentos prestados perante a autoridade policial e em
JuÃ-zo, que os denunciados EDUARDO CORRÃA DA SILVA e LUIZ DIEGO NASCIMENTO DE OLIVEIRA
foram os autores dos roubos descritos na denúncia, não havendo possibilidade de dúvida no
reconhecimento realizado, uma vez que elas permaneceram em contato direto e sob ameaça dos
acusados por tempo suficiente, donde se conclui que tiveram a oportunidade de gravar suas
caracterÃ-sticas fÃ-sicas e fisionômicas, circunstâncias que agregam valor probatório à palavra dos
ofendidos, que confirmaram em JuÃ-zo suas declarações prestadas na fase policial, as quais são
firmes, coerentes e harmônicas, não havendo motivos para lhes subtrair credibilidade.        Â
    Ademais, a versão apresentada pelas vÃ-timas, apresenta-se consonante com o depoimento em
JuÃ-zo prestado pelos policiais MARCO ANTÃNIO DAMASCENO, GILBERTO LUIZ DE OLIVEIRA
BARROS e CARLOS AUGUSTO FERREIRA DOS SANTOS, os quais confirmaram seus depoimentos
prestados perante a autoridade policial, dando conta de que, no dia dos fatos, após tomarem
conhecimento do crime, saÃ-ram em diligência e realizaram a prisão em flagrante dos acusados, os
quais ainda estavam alguns objetos roubados das vÃ-timas.             Além disso, existe
entendimento pacificado na jurisprudência de que, nos crimes contra o patrimônio, geralmente
praticados na clandestinidade, com violência e grave ameaça, a palavra da vÃ-tima, quando
apresentada de maneira firme e coerente, reveste-se de importante força probatória, restando apta a
embasar decreto condenatório, quando confortada entre si e pelas demais provas dos autos.      Â
      O material probatório é vasto, seguindo ao encontro das versões apresentadas pelas
testemunhas, não havendo possibilidade de se sustentar uma absolvição; nem ao menos suscitar
qualquer dúvida que inviabilize uma condenação.             Já em relação ao
acusado JAIME BRUNO REIS PINHEIRO, da análise do conteúdo dos autos, verifica-se que a autoria
não foi devidamente comprovada, havendo sérias dúvidas sobre sua efetiva participação na
prática do delito de roubo majorado descrito na denúncia, uma vez que não há elementos hábeis a
sustentar a tese acusatória.             A denúncia oferecida pelo Ãrgão Ministerial
descreve, em apenas um parágrafo, que o acusado JAIME teria participado da ação criminosa
através do fornecimento da arma de fogo utilizada no crime de roubo perpetrado contra as vÃ-timas,
cujos executores foram os denunciados EDUARDO CORRÃA DA SILVA e LUIZ DIEGO NASCIMENTO
DE OLIVEIRA. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Todavia, analisando detidamente o caderno processual, verifica-
se que a acusação, proposta pelo Representante Ministerial contra o denunciado JAIME, encontra-se
isolada no contexto dos fatos, uma vez que nenhuma das vÃ-timas ou testemunhas, ouvidas na fase
policial e em JuÃ-zo, fizeram referência acerca da presença do acusado na cena do crime.      Â
      Segundo consta no inquérito policial, os acusados EDUARDO CORRÃA DA SILVA e LUIZ
DIEGO NASCIMENTO DE OLIVEIRA, quando presos em flagrante, teriam delatado o denunciado JAIME
como sendo um dos partÃ-cipes da ação criminosa, acusando-o de ser o fornecedor da arma de fogo
utilizada no crime. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Entretanto, o denunciado JAIME sequer foi encontrado pela
autoridade policial para ser ouvido na fase do inquérito e, na fase processual, negou, de modo
categórico, que tivesse participado do crime de roubo praticado contra as vÃ-timas, recusando a
acusação de que era o proprietário da arma apreendida com os acusados.            Â
No mesmo sentido, ouvidos durante a instrução criminal, os acusados EDUARDO CORRÃA DA SILVA
e LUIZ DIEGO NASCIMENTO DE OLIVEIRA negaram a autoria dos crimes de são acusados e,
consequentemente, nenhuma referência fizeram acerca da eventual participação do acusado JAIME
como partÃ-cipe dos crimes descritos na Denúncia.             No presente caso, não se
pode formar um seguro juÃ-zo de convicção, essencial para a condenação do acusado, tão
somente com base em indÃ-cios relatados em depoimentos em sede de inquérito policial, uma vez que,
em juÃ-zo, os depoimentos colhidos, à luz do contraditório e ampla defesa, não apontaram de forma
cabal o ora denunciado como autor do fato tÃ-pico narrado. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Destarte, a
condenação ou absolvição, em casos como o da espécie, é decisão delicada, que deve ser
analisada com muita cautela em cada caso concreto. Da leitura dos autos, depreendo que a autoria não
foi devidamente comprovada.             Assim, não se descarta a possibilidade de que o
réu tenha realmente praticado o delito pelo qual restou denunciado, contudo, as provas renovadas,
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colhidas nos autos, não são indenes de dúvida de modo a fundamentar um édito condenatório.  Â
          No presente caso, portanto, não vejo como deixar de aplicar o princÃ-pio do in dubio
pro reo, uma vez que se trata de imputação gravÃ-ssima, que não pode ser atribuÃ-da a alguém sem
que exista prova firme e convincente a ensejar um decreto condenatório.             Sobre
a absolvição do réu, dispõe o artigo 386 do Código de Processo Penal: Art. 386. O juiz absolverá
o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: (....) omissis VI - Existirem
circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena, ou mesmo se houver fundada dúvida
sobre sua existência; (grifamos)             Com efeito, tenho que o cotejo da prova
testemunhal e documental, com a negativa de autoria, levada a efeito pelo acusado, permite aferir que
não há elementos suficientes para embasar condenação contra o acusado, sendo a absolvição
medida que se impõe, com fundamento no consagrado princÃ-pio in dubio pro reo. Circunstâncias legais
Atenuante. Menoridade relativa            Ao tempo do crime, o réu EDUARDO CORREA
DA SILVA era menor de 21 anos, devendo, portanto, incidir a atenuante genérica do art. 65, I, do
Código Penal. Agravante. Reincidência             O acusado LUIZ DIEGO
NASCIMENTO DE OLIVEIRA já respondeu a processo anterior, no qual consta sentença condenatória
transitada em julgado, razão pela qual deve incidir a agravante prevista no art. 61, inciso I, do Código
Penal (reincidência). Regra da continuidade delitiva do art. 71 do Código Penal            Â
Analisando os autos, verifica-se que os denunciados praticaram os delitos de que são acusados em
continuidade delitiva, uma vez que, mediante mais de uma ação, cometeram mais de um crime da
mesma espécie (roubo), sendo que os delitos guardam conexão no que diz respeito ao tempo, ao
lugar, à maneira de execução e a outras caracterÃ-sticas que fazem presumir a continuidade delitiva,
nos termos do art. 71 do Código Penal. Da novatio legis in pejus            Na data de 23 de
abril de 2018, entrou em vigor a lei 13.654/18 que alterou o Código Penal, tornando mais severa a pena
para o roubo na qual se emprega arma de fogo, conforme dispõe o § 2º A do art.157 do CP.    Â
       Considerando que a lei nova entrou em vigor após o cometimento do delito em questão e
tratando-se de lex gravior deve ser aplicada a lei vigente ao tempo do crime, tendo em vista que a
alteração legislativa é prejudicial ao réu e não poderá ser aplicada aos crimes praticados antes
da sua entrada em vigor, em observância ao princÃ-pio da anterioridade, corolário do princÃ-pio da
legalidade.            Feitas essas considerações, a lei anterior, apesar de revogada,
será ultrativa e aplicada em detrimento da lei nova. III - DISPOSITIVO            à vista do
exposto e do mais que dos autos consta, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE a Denúncia para:   Â
        1) CONDENAR os réus EDUARDO CORRÃA DA SILVA e LUIZ DIEGO NASCIMENTO
DE OLIVEIRA, devidamente qualificados nos autos, como incursos nas sanções do artigo 157, § 2º,
I e II c/c artigo 71 do Código Penal.            2) ABSOLVER o réu JAIME BRUNO REIS
PINHEIRO, devidamente qualificado nos autos, como incursos nas sanções do artigo 157, § 2º, I e II
c/c artigo 71 do Código Penal. DOSIMETRIA DA PENA             Estribado nos artigos 59
e 68 do CP, passo à dosimetria penalógica, fazendo-o fundamentadamente, para que se cumpram os
preceitos constitucionais da motivação das decisões judiciais e da individualização da pena.
DOSIMETRIA DA PENA DO RÃU LUIZ DIEGO NASCIMENTO DE OLIVEIRA NA PRIMEIRA FASE DE
FIXAÃÃO DA PENA, sob o ângulo das circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Repressivo
Pátrio, cumpre estipular a pena-base necessária e suficiente para a reprovação e prevenção do
crime: Em relação à culpabilidade, entendo que o comportamento do denunciado não excedeu ao
grau de reprovabilidade comum ao crime de que é acusado. Como antecedentes, verifica-se que contra
o acusado existem outros processos criminais anteriores, inclusive com sentença condenatória
transitada em julgado, conforme consulta ao Sistema Libra e certidão juntada aos autos. Todavia, deixo
para considerar a reincidência somente na segunda fase de aplicação da pena, evitando-se o nom bis
in idem. Poucos elementos foram coletados a respeito da conduta social do acusado e personalidade, sem
possibilidade de avaliação. O motivo, as circunstâncias do crime, pelo que se apurou, são inerentes
ao tipo penal. As consequências do crime implicam em prejuÃ-zo material, elemento já integrante do tipo
penal, razão pela qual nada se tem a valorar. O comportamento da vÃ-tima não colaborou para a
prática do delito, sendo circunstância neutra, nos termos da Súmula nº 18 do TJPA        Â
   Tendo em vista a valoração das circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal, fixo a
pena-base em 04 (quatro) anos de reclusão e 10 (dez) dias-multa. NA SEGUNDA FASE DE FIXAÃÃO
DA PENA, verifico a existência da agravante prevista no art. 61, inciso I, do Código Penal
(reincidência), razão pela qual aumento a pena em 1/6, estabilizando a pena intermediária em 04
(quatro) anos, 08 (oito) meses de reclusão e 11 (onze) dias-multa. NA TERCEIRA FASE DE FIXAÃÃO
DA PENA, por existirem as majorantes do concurso de pessoa e uso de arma de fogo, aumento a pena no
patamar de 1/3, referente ao emprego de arma, já que ambas aumentam a pena em igual fração, nos
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termos do artigo 68, § único do CP, estabilizando a pena em 06 (seis) anos, 02 (dois) meses e 20 (vinte)
dias de reclusão e 14 (quatorze) dias-multa            Por derradeiro, verifica-se aplicável
ao caso a regra estatuÃ-da pelo artigo 71 do Código Penal, razão pela qual aplico a pena de um só dos
crimes, já que idênticas, aumentando-a na fração de 1/6, tendo em vista o cometimento de ao menos
dois delitos de roubo, consoante jurisprudência dominante no Supremo Tribunal Federal (STF - HC:
134327 DF Relator: Min. DIAS TOFFOLI, Data de Julgamento: 11/05/2016, Data de Publicação: DJe-
100 17/05/2016).            Desta feita, fica estabelecida a pena em 07 (sete) anos, 03 (três)
meses e 03 (três) dias de reclusão e 16 (dezesseis) dias-multa, a qual tenho por CONCRETA,
DEFINITIVA e FINAL, para fins de fixação do regime inicial.            Quanto aos dias-
multa, deverá ser calculado cada dia em um trigésimo do salário mÃ-nimo, conforme estabelece o art.
49, §1º do Código Penal.            Em relação à pena de multa, a correção
monetária terá por termo inicial a data do cometimento do delito, sob pena de não se manter a força
retributiva que da sanção se espera. Esse é o entendimento esposado na RTARGS nº 87/57 ao
qual me filio. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DA APLICAÃÃO DA LEI 12.736/2012 - DETRAÃÃO Â Â Â Â Â Â Â Â
   Deixo de efetuar a detração prevista no § 2º, do art. 387 do Código de Processo Penal, vez
que o regime não será modificado, não obstante o perÃ-odo de prisão preventiva do sentenciado.  Â
         DO REGIME APLICADO            O regime inicial de cumprimento da
pena privativa de liberdade será o fechado, uma vez que tanto o regime aberto quanto o semiaberto só
podem ser aplicados a condenados não reincidentes, conforme previsto expressamente nas alÃ-neas
¿b¿ e ¿c¿ do § 2º do art. 33 do Código Penal.            Assim, como o réu é
reincidente, deve ser aplicado o regime prisional remanescente, isto é, o fechado (art. 33, § 2º, a, e
§ 3º, c/c o art. 59, III, do CP).            Deixo de aplicar a disposição da Súmula
269/STJ, tendo em vista que a pena aplicada ao réu, no presente processo, é superior a quatro anos.
           DA LIBERDADE PROVISÃRIA             A Lei 11.719/08,
modificando os termos do artigo 387 do Código de Processo Penal, estabeleceu que o juiz decidirá
sobre a prisão ou liberdade do réu, no momento da sentença condenatória, sem prejuÃ-zo do
conhecimento da apelação.             Desse modo, proferida decisão condenatória,
deve-se verificar, à luz do artigo 312 do Código de Processo Penal, se para o réu condenado estão
presentes os requisitos para a decretação da prisão preventiva ou sua continuidade.        Â
   No caso dos autos, verifico que o réu respondeu ao processo em liberdade, devendo permanecer
nessa condição, uma vez que não representa risco para a aplicação da Lei Penal, tendo em vista
que ausentes os requisitos da prisão cautelar.            REPARAÃÃO DO DANO
CAUSADO            O disposto no art. 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, não
há como ser aplicado no presente caso; visto não haver, nos autos em tela, os elementos suficientes
que comprovem a ocorrência de efetivo prejuÃ-zo à s vÃ-timas, e permitam que o valor mÃ-nimo da
indenização possa ser fixado.            Além disso, por nada constar a respeito na
denúncia, ao réu não foi dado o direito de se defender sobre a reparação dos eventuais danos
causados. Com isso, em atenção ao princÃ-pio constitucional do contraditório e da ampla defesa, não
há como ser aplicado, caso contrário, haverá nulidade.          Diante desta situação,
devem as vÃ-timas, caso desejem, ingressar na área cÃ-vel com a Ação Civil ex delicto, visando a total
liquidação da presente sentença condenatória. DOSIMETRIA DA PENA DO RÃU EDUARDO
CORREA DA SILVA NA PRIMEIRA FASE DE FIXAÃÃO DA PENA, sob o ângulo das circunstâncias
judiciais do artigo 59 do Código Repressivo Pátrio, cumpre estipular a pena-base necessária e
suficiente para a reprovação e prevenção do crime: Em relação à culpabilidade, entendo que o
comportamento do denunciado não excedeu ao grau de reprovabilidade comum ao crime de que é
acusado. Como antecedentes, verifica-se que contra o acusado não existem outros processos criminais
anteriores, com sentença condenatória transitada em julgado (STJ-Súmula 444), razão pela qual
nada se tem a valorar. Poucos elementos foram coletados a respeito da conduta social do acusado e
personalidade, sem possibilidade de avaliação. O motivo, as circunstâncias do crime, pelo que se
apurou, são inerentes ao tipo penal. As consequências do crime implicam em prejuÃ-zo material,
elemento já integrante do tipo penal, razão pela qual nada se tem a valorar. O comportamento da
vÃ-tima não colaborou para a prática do delito.            Tendo em vista a valoração
das circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos de
reclusão e 10 (dez) dias-multa. NA SEGUNDA FASE DE FIXAÃÃO DA PENA, verifico a existência da
circunstância atenuante prevista no do art. 65, I, do Código Penal (menor de 21 anos ao tempo do
crime); todavia, deixo de reduzir a pena por não ser possÃ-vel colocá-la abaixo do mÃ-nimo legal na
presente fase, conforme Súmula 231 STJ, permanecendo a pena intermediária em 04 (quatro) anos de
reclusão e 10 (dez) dias-multa. NA TERCEIRA FASE DE FIXAÃÃO DA PENA, por existirem as
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
majorantes do concurso de pessoa e uso de arma de fogo, aumento a pena no patamar de 1/3, referente
ao emprego de arma, já que ambas aumentam a pena em igual fração, nos termos do artigo 68, §
único do CP, estabelecendo a pena em 05 (cinco) anos e 04 (quatro) meses de reclusão e 13 (treze)
dias-multa.            Por derradeiro, verifica-se aplicável ao caso a regra estatuÃ-da pelo
artigo 71 do Código Penal, razão pela qual aplico a pena de um só dos crimes, já que idênticas,
aumentando-a na fração de 1/6, tendo em vista o cometimento de ao menos dois delitos de roubo,
consoante jurisprudência dominante no Supremo Tribunal Federal (STF - HC: 134327 DF Relator: Min.
DIAS TOFFOLI, Data de Julgamento: 11/05/2016, Data de Publicação: DJe-100 17/05/2016).     Â
      Desta feita, fica estabelecida a pena em 06 (seis) anos, 02 (dois) meses e 20 (vinte) dias de
reclusão e 15 (quinze) dias-multa, a qual tenho por CONCRETA, DEFINITIVA e FINAL, para fins de
fixação do regime inicial.            Quanto aos dias-multa, deverá ser calculado cada dia
em um trigésimo do salário mÃ-nimo, conforme estabelece o art. 49, §1º do Código Penal.     Â
      Em relação à pena de multa, a correção monetária terá por termo inicial a data do
cometimento do delito, sob pena de não se manter a força retributiva que da sanção se espera.
Esse é o entendimento esposado na RTARGS nº 87/57 ao qual me filio.            DA
APLICAÃÃO DA LEI 12.736/2012 - DETRAÃÃO            Deixo de efetuar a detração
prevista no § 2º, do art. 387 do Código de Processo Penal, vez que o regime não será modificado,
não obstante o perÃ-odo de prisão preventiva da sentenciada.            DO REGIME
APLICADO            Deverá a pena de reclusão ser cumprida em regime, inicialmente,
semiaberto, de acordo com o disposto no art. 33, § 2º, ¿b¿, do Código Penal Brasileiro      Â
     DA LIBERDADE PROVISÃRIA             A Lei 11.719/08, modificando os
termos do artigo 387 do Código de Processo Penal, estabeleceu que o juiz decidirá sobre a prisão ou
liberdade do réu, no momento da sentença condenatória, sem prejuÃ-zo do conhecimento da
apelação.             Desse modo, proferida decisão condenatória, deve-se verificar, Ã
luz do artigo 312 do Código de Processo Penal, se para o réu condenado estão presentes os
requisitos para a decretação da prisão preventiva ou sua continuidade.            No
caso dos autos, verifico que o réu respondeu ao processo em liberdade, devendo permanecer nessa
condição, uma vez que não representa risco para a aplicação da Lei Penal, tendo em vista que
ausentes os requisitos da prisão cautelar.            REPARAÃÃO DO DANO CAUSADO Â
          O disposto no art. 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, não há como ser
aplicado no presente caso; visto não haver, nos autos em tela, os elementos suficientes que comprovem
a ocorrência de efetivo prejuÃ-zo à s vÃ-timas, e permitam que o valor mÃ-nimo da indenização possa
ser fixado.            Além disso, por nada constar a respeito na denúncia, ao réu não
foi dado o direito de se defender sobre a reparação dos eventuais danos causados. Com isso, em
atenção ao princÃ-pio constitucional do contraditório e da ampla defesa, não há como ser aplicado,
caso contrário, haverá nulidade.            Diante desta situação, devem as vÃ-timas,
caso desejem, ingressar na área cÃ-vel com a Ação Civil ex delicto, visando a total liquidação da
presente sentença condenatória.            DISPOSIÃÃES FINAIS           Â
Caso existam armas apreendidas, nos presentes autos, devem ser remetidas ao Comando do Exército
para destruição ou doação, desde que não sejam de propriedade das polÃ-cias civil, militar ou das
Forças Armadas, hipótese em que deve ser restituÃ-da à respectiva corporação (Art. 2º da
Resolução nº 134/2011 do CNJ).            Se existirem objetos apreendidos, vinculados
aos autos, como faca, pedaço de pau, pedra, brinquedo, chave, parafuso, roupas em geral, bolsa,
carteira porta-cédula, chapéu, sapato, tênis, ferramentas em geral, copo, prato, garfo, cadeira e
outros objetos que sejam, manifestamente, objetos de baixo valor econômico, estando sem condições
de uso ou aproveitamento, devido ao tempo decorrido desde sua apreensão, ou pela sua própria
natureza, o que inviabiliza, inclusive a doação, providencie a Secretaria Judicial o descarte dos objetos
referidos em lixo apropriado, nos termos da orientação constante no Manual de Bens Apreendidos
editado pelo Conselho Nacional de Justiça.            No caso de existirem aparelhos
celulares apreendidos e não reclamados, providencie-se a completa destruição e descarte em lixo
apropriado, inclusive dos acessórios, cartões de dados, chipes e dispositivos de armazenamento, tendo
em vista o baixo valor econômico e a necessidade de preservação da intimidade e dados pessoais das
pessoas envolvidas.            Em qualquer das hipóteses, a Secretaria Judicial deve
proceder a desvinculação e baixa dos bens no Sistema Libra e oficiar à Direção do Fórum da
Comarca de Ananindeua, informando que está autorizada a dar destinação nos termos da
resolução 134 do CNJ.           Certificado o trânsito em julgado, expeçam-se os
documentos necessários ao integral cumprimento da sentença.           Oficie-se,
também, ao Tribunal Regional Eleitoral, à Vara de Execuções Penais em Belém, à SUSIPE e ao
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Conselho Penitenciário do Estado do Pará, fazendo as devidas comunicações, inclusive para efeitos
de estatÃ-stica criminal, lançando-se o nome dos réus no rol dos culpados (art. 393, II, do CPP, e art.
5º, inciso LVII, CF/88).           Cumpra-se o art. 201, § 2º do CPP, com a nova
redação dada pela Lei 11.690/2008 que determina que ¿O ofendido será comunicado dos atos
processuais relativos ao ingresso e à saÃ-da do acusado da prisão, à designação de data para
audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem¿.       Â
   Dê-se baixa no respectivo apenso de Autos de Flagrante Delito e façam-se as necessárias
anotações.           Caso os réus não sejam localizados para serem intimados, e tal
fato esteja devidamente certificado pelo Oficial de Justiça; proceda-se à intimação editalÃ-cia.    Â
      Certifique-se, quando da intimação dos sentenciados, se eles manifestaram interesse em
recorrer. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Isento de Custas. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Publique-se, registre-se e intime-se.
          Ananindeua, 24 de novembro de 2021. EDILSON FURTADO VIEIRA Juiz de Direito
Titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Ananindeua                       Â
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PROCESSO: 00138037520178140006 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CELICE DE SOUSA RODRIGUES A??o: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 24/11/2021 VITIMA:I. S. P. M. DENUNCIADO:WILLEN MARLON
JAQUES DO CARMO. *EDITAL DE INTIMAÃÃO PRAZO DE 90 DIAS (ART. 392, VI, §1º DO CPP)
Processo:Â 0013803-75.2017.8.14.0006 Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â O Doutor EDILSON FURTADO
VIEIRA, Juiz de Direito Titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Ananindeua, faz saber aos que a este
lerem ou dele tomarem conhecimento que, em virtude de não ter sido encontrado para ser intimado
pessoalmente, por este JuÃ-zo, o réu WILLEN MARLON JAQUES DO CARMO, brasileiro, paraense,
natural de Nova Timboteua/PA, nascido em 08/06/1991, filho de Berlucia da Silva Jaques, Residente na
época dos fatos na Rua Dona Ana, Passagem Santa helena, s/n, em frete ao cemitério, Bairro Centro,
Ananindeua/PA. Estando atualmente em lugar incerto e não sabido, e como não foi encontrado para ser
intimado pessoalmente da sentença proferida pelo MMº. JuÃ-zo que julgou procedente a denúncia do
Ministério Público, CONDENANDO-O nos termos do Art. 157, §2°, inciso I do Código Penal
Brasileiro, aplicando-lhe a pena privativa de liberdade ¿(...) em 04 (quatro) anos e 09 (nove) meses de
reclusão e 53 (cinquenta e três) dias-multa.¿ ¿(...) cumprida em regime, inicialmente, semiaberto, de
acordo com o disposto no art. 33, § 2°, b, do Código penal brasileiro¿. expede-se o presente EDITAL,
para que a mesmo, fique ciente e querendo compareça neste JuÃ-zo, localizado na Rua Cláudio
Saunders n° 193, Centro, Ananindeua/PA, Cep:67.030-325, a fim de ser intimado do conteúdo da
sentença, no prazo de 90 dias. Eu, Celice Rodrigues, Diretora de Secretaria da 2ª Vara Criminal da
Comarca de Ananindeua, o digitei, de ordem do MeritÃ-ssimo Juiz. Ananindeua (PA), 24 de novembro de
2021. CELICE DE SOUSA RODRIGUES Diretora de Secretaria da 2º Vara Criminal Comarca de
Ananindeua PROCESSO: 00020265920188140006 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDILSON FURTADO VIEIRA A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 25/11/2021 VITIMA:H. A. C. C. VITIMA:R. C. S. DENUNCIADO:HENRIQUE
DE SOUZA CASTELO DENUNCIADO:IRLON DIAS RAMOS. Processo: 0002026-59.2018.814.0006 Autor:
MINISTÃRIO PÃBLICO Réus: DANIEL MATHEUS NUNES DA SILVA, brasileiro, paraense, natural de
Ananindeua/PA, nascido em 23/08/1997, filho de Sonia Maria Nunes da Silva, residente e domiciliado no
Conj. Nova Vida, Rua Cabanagem, nº 137, bairro: Ãguas Lindas, Ananindeua/PA  IRLON DIAS
RAMOS, brasileiro, natural de Bragança/PA, filho de Suzi Marcia da Silva, nascido em 23/08/1998,
residente e domiciliado no Conjunto Nova Vida, Rua Cabanagem, nº 137, Bairro Ãguas Lindas,
Ananindeua/Pa. Advogado: Defensoria Pública Capitulação: artigo 157, § 2° I e II, do Código
Penal SENTENÃA/MANDADO I - RELATÃRIO O Ministério Público do Estado do Pará, no uso de
suas atribuições legais ofereceu denúncia contra DANIEL MATHEUS NUNES DA SILVA e IRLON
DIAS RAMOS, devidamente qualificados nos autos, pela prática, em tese, do crime do artigo 157, § 2°,
I e II, do Código Penal.            A Denúncia oferecida narra, em sÃ-ntese, que no dia
14/02/2018, por volta das 16:30, os acusados, portando arma de fogo e mediante grave ameaça,
abordaram as vÃ-timas que estavam no local onde trabalhavam como mototaxista, delas subtraindo duas
motocicletas, uma carteira porta-cédulas, R$ 320,00 (trezentos e vinte reais) e 01 (um) aparelho celular
(fls. 02-05).            A Denúncia foi recebida em decisão do JuÃ-zo que determinou a
citação dos acusados para oferecerem Resposta à Acusação, no prazo legal.          Â
 O Representante Ministerial aditou a Denúncia para retificar a qualificação dos denunciados,
inicialmente denunciados como HENRIQUE DE SOUSA CASTELO e JÃNIOR NOGUEIRA DOS SANTOS,
passando a figurar no processo com seus nomes verdadeiros DANIEL MATHEUS NUNES DA SILVA e
IRLON DIAS RAMOS.            Oferecida a Resposta à Acusação pelos acusados e
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não sendo caso de nulidade ou absolvição sumária, foi dado prosseguimento à instrução
processual.            Durante a instrução, foram ouvidas as testemunhas arroladas pelas
partes, bem como foi realizado o interrogatório dos acusados.            Em Alegações
Finais, o Ministério Público requereu a condenação dos réus, nos termos descritos na denúncia
(fls. 81-87).            Em Alegações Finais, a defesa do acusado DANIEL MATHEUS
NUNES DA SILVA requereu a absolvição por insuficiência de provas par a condenação.
Alternativamente, em caso de condenação, requereu a desclassificação do crime de roubo majorado
para o crime de furto, o afastamento da causa de aumento referente ao uso de arma e concurso de
pessoa, com a consequente aplicação da pena em seu patamar mÃ-nimo legal (fls. 88-101).     Â
      Em Alegações Finais, a defesa do acusado IRLON DIAS RAMOS requereu, em caso de
condenação, a desclassificação do crime de roubo majorado para o crime de furto, o afastamento da
causa de aumento referente ao uso de arma e concurso de pessoa, com a consequente aplicação da
pena em seu patamar mÃ-nimo legal o reconhecimento da circunstância atenuante da confissão
espontânea (fls. 102-111).            à o relatório. II - FUNDAMENTAÃÃO Materialidade e
autoria             Da análise do conteúdo dos autos, verifica-se que a materialidade está
devidamente comprovada, sendo clara a ocorrência do delito de roubo majorado descrito na Denúncia,
especialmente pelos depoimentos, prestados perante a autoridade policial e em JuÃ-zo, bem como pelos
demais elementos constantes nos autos.            Quanto à autoria, é possÃ-vel constatar
que os réus DANIEL MATHEUS NUNES DA SILVA e IRLON DIAS RAMOS, agindo em coautoria,
mediante uso de arma de fogo e grave ameaça, abordaram as vÃ-timas que estavam no local onde
trabalhavam como mototaxistas, delas subtraÃ-ram duas motocicletas, carteira porta-cédulas, R$ 320,00
(trezentos e vinte reais) e 01 (um) aparelho celular, fugindo em seguida. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim,
verifica-se, na ação descrita, a ocorrência da inversão da posse dos mencionados objetos, fato este
suficiente para caracterizar o delito de roubo, corroborando a teoria da Amotio, posicionamento adotado
pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que considera consumado o delito de roubo quando o
agente inverte a posse da coisa subtraÃ-da, sendo desnecessária a saÃ-da do bem da esfera de
vigilância da vÃ-tima (STF - HC: 93384 SP, Relator: CARLOS BRITTO, Data de Julgamento: 10/03/2009,
Primeira Turma, Data de Publicação: DJe-071 DIVULG 16-04-2009 PUBLIC 17-04-2009 EMENT VOL-
02356-03 PP-00587).             A partir da análise dos autos, não se verifica possÃ-vel
concluir pela absolvição dos acusados.             Em seu interrogatório em JuÃ-zo, o
réu IRLON DIAS RAMOS confessou a prática dos roubos contra as vÃ-timas, tendo ele confirmado as
circunstâncias em que o crime aconteceu, conforme registrado na mÃ-dia juntada aos autos.      Â
      Certo é que a confissão do acusado, por si só, não há de embasar uma sentença
condenatória. Todavia, as provas dos autos não permitem excluir sua culpabilidade, pois, além de sua
própria confissão, foi reconhecido pelas vÃ-timas e testemunhas.             Por sua vez,
o réu DANIEL MATHEUS NUNES DA SILVA negou participação no roubo praticado contra as
vÃ-timas, tendo afirmado que, no momento de sua prisão, estava apenas pegando uma carona com o
denunciado IRLON DIAS RAMOS. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Todavia, embora o acusado tenha negado
participação na prática do crime de que é acusado, as provas dos autos são robustas e não
permitem excluir sua culpabilidade, sendo patente a autoria do crime de roubo majorado atribuÃ-do ao
denunciado, não tendo como acolher as teses levantadas pela defesa.             O que
se extrai, a partir das provas dos autos, é que as vÃ-timas Henrique Agabo Carvalho da Costa e Roberto
Cabral de Sousa afirmaram, em seus depoimentos prestados perante a autoridade policial, de que foram
os denunciados os autores do roubo descrito na denúncia, não havendo possibilidade de dúvida no
reconhecimento realizado, uma vez que elas permaneceram em contato direto e sob ameaça dos
acusados por tempo suficiente, donde se conclui que tiveram a oportunidade de gravar suas
caracterÃ-sticas fÃ-sicas e fisionômicas, circunstâncias que agregam valor probatório à palavra dos
ofendidos, as quais são firmes, coerentes e harmônicas, não havendo motivos para subtrair-lhes
credibilidade.             Ademais, a versão apresentada pelas vÃ-timas, perante a
autoridade policial, apresenta-se consonante com o depoimento, em JuÃ-zo, prestado pelo acusado IRLON
DIAS RAMOS, o qual confessou o roubo realizado contra as vÃ-timas, bem como pelos depoimentos
prestados pelos policiais WALDEILSON VIEIRA COSTA, JUAN PINTO FREITAS e DANIEL MATHEUS
NUNES DA SILVA, os quais confirmaram seus depoimentos prestados perante a autoridade policial,
dando conta de que, no dia dos fatos, realizaram a prisão dos acusados DANIEL MATHEUS NUNES DA
SILVA e IRLON DIAS RAMOS, estando eles ainda na posse dos bens roubados das vÃ-timas. Â Â Â Â Â Â
      No presente caso, embora as vÃ-timas não tenham sido localizadas para ratificar o
depoimento prestado na fase inquisitorial, é possÃ-vel inferir a autoria delitiva, uma vez que o conjunto
probatório, existente nos autos, apresenta-se suficiente à formação de um juÃ-zo condenatório.   Â
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         Como se sabe, o teor do art. 155 informa que o juiz formará sua convicção pela
livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua
decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação. Todavia a
jurisprudência dominante no STF e STJ firmou entendimento de que não há ilegalidade na
consideração de provas produzidas na fase de inquérito, desde que ratificadas em juÃ-zo ou
corroboradas por outras provas produzidas na fase judicial, sob o crivo do contraditório: EMENTA.
HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. AUSÃNCIA
DE OITIVA DA VÃTIMA EM JUÃZO. VIOLAÃÃO AO PRINCÃPIO DO CONTRADITÃRIO E DA AMPLA
DEFESA. INEXISTÃNCIA. CONDENAÃÃO FUNDADA EM TODO ACERVO PROBATÃRIO E NÃO
APENAS NO DEPOIMENTO DA VÃTIMA. ORDEM DENEGADA. 1. (omisis). 2. Os elementos do
inquérito podem influir na formação do livre convencimento do juiz para a decisão da causa quando
complementam outros indÃ-cios e provas que passam pelo crivo do contraditório em juÃ-zo. 3. Para se
acolher a tese da impetração e divergir do entendimento assentado no julgado, seria necessário
apurado reexame de fatos e provas, o que é inviável na via estreita do habeas corpus. Precedentes. 4.
A ação de habeas corpus não pode ser utilizada como sucedâneo de revisão criminal.
Precedentes. 5. Writ denegado. (STF - HC: 102473 RJ , Relator: Min. ELLEN GRACIE, Data de
Julgamento: 12/04/2011, Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-080 DIVULG 29-04-2011 PUBLIC
02-05-2011 EMENT VOL-02512-01 PP-00032) (grifamos) ¿Esta Corte já decidiu que as provas colhidas
na fase inquisitorial, quando corroboradas por aquelas produzidas em juÃ-zo, sob o crivo do contraditório,
são aptas para dar suporte à condenação (REsp 1.084.602¿AC, Rel. Ministro Sebastião Reis
Júnior, Sexta Turma, DJe 1º.2.2013). Agravo regimental desprovido. ( AgRg no AREsp n. 514.504¿AP
, Rel. Ministra Marilza Maynard (Desembargadora convocada do TJ¿SE), 6ª T., DJe 26¿8¿2014)
(grifamos) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso dos autos, a materialidade e autoria do crime se extrai com
base nas provas e depoimentos colhidos na fase policial em cotejo com o depoimento das testemunhas
policiais, realizado em JuÃ-zo, o qual é plenamente compatÃ-vel e complementa os depoimentos
prestados na fase do inquérito.             Assim, a ratificação, em juÃ-zo, dos
depoimentos prestados à autoridade policial, é suficiente para judicializar a prova e superar eventuais
argumentos de que a condenação se pauta apenas em elementos informativos, colhidos na fase de
inquérito policial.             No caso dos autos, o que se verifica é que os indÃ-cios
existentes se encontram concatenados entre si, sob uma relação de causalidade lógica, e os fatos
apurados convergem, harmoniosamente, para a demonstração da verdade real, que, no caso, foi a
participação dos réus no crime de roubo sofrido pelas vÃ-timas.             Assim,
dúvidas não pairam quanto à autoria e responsabilidade penal do réu na prática do delito em exame,
posto que tal conclusão decorre da análise e valoração dos depoimentos prestados na fase policial e
judicial, analisados em cotejo com os demais elementos carreados aos autos, o que demonstra a
existência de um conjunto probatório coerente e harmônico entre si.             Além
disso, existe entendimento pacificado na jurisprudência de que, nos crimes contra o patrimônio,
geralmente praticados na clandestinidade, com violência e grave ameaça, a palavra da vÃ-tima, quando
apresentada de maneira firme e coerente, reveste-se de importante força probatória, restando apta a
embasar decreto condenatório, quando confortada entre si e pelas demais provas dos autos.      Â
      O material probatório é vasto, seguindo ao encontro das versões apresentadas pelas
testemunhas, não havendo possibilidade de se sustentar uma absolvição; nem ao menos suscitar
qualquer dúvida que inviabilize uma condenação.             . Circunstâncias legais
Atenuante. Confissão            O réu IRLON DIAS RAMOS confessou espontaneamente,
devendo, portanto, incidir a atenuante genérica do art. 65, inciso III, ¿d¿, do Código Penal.
Atenuante. Menoridade relativa            Ao tempo do crime, os réus DANIEL MATHEUS
NUNES DA SILVA e IRLON DIAS RAMOS eram menores de 21 anos, devendo, portanto, incidir a
atenuante genérica do art. 65, I, do Código Penal. Majorantes previstas no § 2º, I e II do art. 157 do
CP             Relativamente ao emprego de arma, verifica-se incontestável tal causa de
aumento, pois se comprovou a existência e utilização do mencionado artefato durante a empreitada
criminosa, conforme comprovado através dos depoimentos colhidos na fase policial e em JuÃ-zo, onde
é descrito que os acusados agiram utilizando arma de fogo, como forma de ameaçar a vÃ-tima.    Â
        à pacÃ-fico o entendimento jurisprudencial de que, para fins de incidência da majorante
prevista no art. 157, § 2º, I, do Código Penal, é prescindÃ-vel a apreensão e perÃ-cia da arma,
desde que evidenciada sua utilização por outros meios de prova, tais como a palavra da vÃ-tima, ou
pelo depoimento de testemunhas (STJ - REsp: 1393540 RS 2013/0259796-0, Relator: Ministro NEFI
CORDEIRO, Data de Julgamento: 18/06/2014, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe
04/08/2014).             No que tange ao concurso de agente, a partir das declarações
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
prestadas pelas vÃ-timas e pelas testemunhas, fica patente a ocorrência de tal circunstância, pois consta
de seus depoimentos que os acusados cometeram o crime em coautoria com outro indivÃ-duo não
identificado. Regra do Concurso formal. Artigo 70 do Código Penal             No caso em
análise, ficou comprovado pelo depoimento das vÃ-timas, das testemunhas e demais provas dos autos,
que o crime de roubo foi cometido em um mesmo contexto fático, mediante uma só ação, contra
vÃ-timas diferentes, gerando mais de uma subtração patrimoniais, configurando-se, pois, o concurso
formal de crimes, previsto no art. 70 do CP. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Desse modo, considerando que os
acusados se defendem dos fatos descritos na Denúncia e não da capitulação penal, verifica-se
pertinente a invocação do instituto da emendatio libelli, nos termos do art. 383 do CPP, de modo a os
incursionar nas penas do artigo 157, § 2º, I e II, cc art. 70 do Código Penal. III - DISPOSITIVO à vista
do exposto e do mais que dos autos consta, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE a Denúncia para
CONDENAR os réus DANIEL MATHEUS NUNES DA SILVA e IRLON DIAS RAMOS, devidamente
qualificados nos autos, como incurso nas sanções do artigo 157, § 2º, I e II, cc art. 70 do Código
Penal. DOSIMETRIA DA PENA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Estribado nos artigos 59 e 68 do CP, passo Ã
dosimetria penalógica, fazendo-o fundamentadamente, para que se cumpram os preceitos constitucionais
da motivação das decisões judiciais e da individualização da pena. DOSIMETRIA DA PENA DO
RÃU DANIEL MATHEUS NUNES DA SILVA NA PRIMEIRA FASE DE FIXAÃÃO DA PENA, sob o ângulo
das circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Repressivo Pátrio, cumpre estipular a pena-base
necessária e suficiente para a reprovação e prevenção do crime: Em relação à culpabilidade,
entendo que o comportamento do denunciado não excedeu ao grau de reprovabilidade comum ao crime
de que é acusado. Como antecedentes, verifica-se que contra o acusado não existem outros processos
criminais anteriores, com sentença condenatória transitada em julgado (STJ-Súmula 444), razão pela
qual nada se tem a valorar. Poucos elementos foram coletados a respeito da conduta social do acusado e
personalidade, sem possibilidade de avaliação. O motivo e as circunstâncias do crime, pelo que se
apurou, são inerentes ao tipo penal. As consequências do crime implicam em prejuÃ-zo material, sendo
tal resultado inerente ao tipo penal, razão pela qual nada se tem a valorar. O comportamento da vÃ-tima
não colaborou para a prática do delito, sendo circunstância neutra, nos termos da Súmula nº 18 do
TJPA.            Tendo em vista a valoração das circunstâncias judiciais do artigo 59 do
Código Penal, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos de reclusão e 10 (dez) dias-multa. NA SEGUNDA
FASE DE FIXAÃÃO DA PENA, verifico a existência da circunstância atenuante prevista no art. 65, I, do
Código Penal (menoridade relativa); todavia, deixo de reduzir a pena por não ser possÃ-vel colocá-la
abaixo do mÃ-nimo legal na presente fase, conforme Súmula 231 STJ. NA TERCEIRA FASE DE
FIXAÃÃO DA PENA, por existirem as majorantes do concurso de pessoa e uso de arma de fogo, aumento
a pena no patamar de 1/3, referente ao emprego de arma, já que ambas aumentam a pena em igual
fração, nos termos do artigo 68, § único do CP, estabilizando a pena em 05 (cinco) anos e 04
(quatro) meses de reclusão e 13 (treze) dias-multa.            Por derradeiro, verifica-se
aplicável ao caso a regra estatuÃ-da pelo artigo 70 do Código Penal (concurso formal), razão pela qual
aplico a pena de um só dos crimes, já que idênticas, aumentando-a na fração de 1/6 tendo em vista
o cometimento comprovado de, pelo menos, dois delitos de roubo, consoante jurisprudência dominante
no Superior Tribunal Justiça (STJ - HC: 395869 SP 2017/0083097-4, Relator: Ministra MARIA THEREZA
DE ASSIS MOURA, Data de Julgamento: 09/05/2017, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe
15/05/2017) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Desta feita, fica estabelecida a pena em 06 (seis) anos e 02 (dois)
meses e 20 (vinte) dias de reclusão e 15 (quinze) dias-multa, a qual tenho por CONCRETA, DEFINITIVA
e FINAL, para fins de fixação do regime inicial de cumprimento.            Quanto aos
dias-multa, deverá ser calculado cada dia em um trigésimo do salário mÃ-nimo, conforme estabelece o
art. 49, §1º do Código Penal.            Em relação à pena de multa, a correção
monetária terá por termo inicial a data do cometimento do delito, sob pena de não se manter a força
retributiva que da sanção se espera. Esse é o entendimento esposado na RTARGS nº 87/57 ao
qual me filio. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DA APLICAÃÃO DA LEI 12.736/2012 - DETRAÃÃO Â Â Â Â Â Â Â Â
   Deixo de efetuar a detração prevista no § 2º, do art. 387 do Código de Processo Penal, vez
que o regime não será modificado, não obstante o perÃ-odo de prisão preventiva do sentenciado.  Â
         DO REGIME APLICADO            Deverá a pena de reclusão ser
cumprida em regime, inicialmente, semiaberto, de acordo com o disposto no art. 33, § 2º, ¿b¿, do
Código Penal Brasileiro.            DA LIBERDADE PROVISÃRIA            Â
A Lei 11.719/08, modificando os termos do artigo 387 do Código de Processo Penal, estabeleceu que o
juiz decidirá sobre a prisão ou liberdade do réu, no momento da sentença condenatória, sem
prejuÃ-zo do conhecimento da apelação.             Desse modo, proferida decisão
condenatória, deve-se verificar, à luz do artigo 312 do Código de Processo Penal, se para o réu
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
processual e, suspenso o processo pelo prazo mÃ-nimo legal de dois anos, nos termos do art. 89, caput,
da Lei 9.099/95, mediante o cumprimento de condições impostas pelo JuÃ-zo, fls. 57.         Â
     As partes renunciaram ao prazo recursal em audiência. Os autos vieram conclusos após a
manifestação do MP, requerendo a extinção da punibilidade com fulcro no §5º, do art. 89 da Lei
9.099/95. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante do exposto, tendo decorrido o prazo de dois anos de
suspensão condicional do processo sem que houvesse a sua revogação por descumprimento de
qualquer condição imposta ou ainda a expiração do perÃ-odo de prova sem revogação, declaro
extinta a punibilidade dos Réus, com fulcro no §5º, do art. 89 da Lei 9.099/95.           Â
   Ciência ao MP e defesa.               Publique-se. Registre-se. Intime-se os
réus via DJE.               Após o trânsito em julgado desta, arquivem-se. Â
Ananindeua-PA, 26 de novembro de 2021. EDILSON FURTADO VIEIRA Juiz de Direito PROCESSO:
00001057420128140944 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
EDILSON FURTADO VIEIRA A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 26/11/2021
AUTOR:SIMONE OLIVEIRA DE SOUZA VITIMA:A. C. . PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO
ESTADO DO PARà JuÃ-zo de Direito da Comarca de Ananindeua Segunda Vara Criminal Página de 1
Autos do processo n. 0000227-09.2011.8.14.0944 SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Vistos os
autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â NELMA SUELI DE SOUZA; NAZARÃ FERREIRA DE SOUZA;
NATANAEL FERREIRA DE SOUZA; NILSON RIBEIRO DE OLIVEIRA e NELCIRA FERREIRA DE
SOUSA, foram denunciados pelo Ministério Público Estadual, pela prática, em tese, do crime previsto
no art. 155, § 3º, do CPB.               Aos Réus foi concedido sursis processual e,
suspenso o processo pelo prazo mÃ-nimo legal de dois anos, nos termos do art. 89, caput, da Lei 9.099/95,
mediante o cumprimento de condições impostas pelo JuÃ-zo, fls. 47 a 49 e 70 a 72..         Â
     As partes renunciaram ao prazo recursal em audiência.               Diante
do exposto, tendo decorrido o prazo de dois anos de suspensão condicional do processo sem que
houvesse a sua revogação por descumprimento de qualquer condição imposta, declaro extinta a
punibilidade dos Réus NILSON RIBEIRO DE OLIVEIRA; NATANAEL FERREIRA DE SOUZA e NAZARÃ
FERREIRA DE SOUZA, com fulcro no §5º, do art. 89 da Lei 9.099/95.              Â
Quanto aos réus NELMA SUELI FERREIRA DE SOUZA e NELCIRA FERREIRA DE SOUSA,
encaminhe-se ao MP para manifestação.                             Â
Ciência ao MP e defesa.               Publique-se. Registre-se. Intime-se os réus via
DJE. Â Â Ananindeua-PA, 26 de novembro de 2021. EDILSON FURTADO VIEIRA Juiz de Direito
PROCESSO: 00002054920208140006 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDILSON FURTADO VIEIRA A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 26/11/2021 QUERELANTE:EDINELSON DA SILVA PEREIRA
Representante(s): OAB 23620 - CAROLINA DO SOCORRO RODRIGUES ALVES (ADVOGADO) OAB
29215 - FRANCISCO SILVA CARDOSO NETO (ADVOGADO) QUERELADO:ELCIAS NASARE ROCHA.
PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ JuÃ-zo de Direito da Comarca de
Ananindeua Segunda Vara Criminal Página de 2 Autos do processo: 0000205-49.2020.8.14.0006 Queixa-
Crime Querelante: EDNELSON DA SILVA PEREIRA. Querelado: ELCIAS NASARÃ ROCHA. Â Â Â Â Â Â
                        DESPACHO               Vistos etc.;
              Trata-se de Recurso de Recurso em Sentido Estrito interposto pelo
Querelante, na forma disposta no artigo 581, inciso I, do CPP, contra decisão que rejeitou a queixa-
crime. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â O recurso interposto nos autos foi recebido considerando sua
tempestividade, conforme certificado. A parte recorrida apresentou suas contrarrazões do recurso no
prazo legal.               à o sucinto relatório. Decido.              Â
Mantenho a decisão proferida na data de 08 de setembro de 2021, as fls.31/33, em todos os seus
termos.               Encaminhem-se os autos, ao Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, com as homenagens de estilo e sob as cautelas legais, na forma do Artigo 583, III, do
Código de Processo Penal.               Cumpra-se. Ananindeua-PA, 26 de novembro
de 2021. EDILSON FURTADO VIEIRA Juiz de Direito PROCESSO: 00002270920118140006
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDILSON FURTADO
VIEIRA A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 26/11/2021 INDICIADO:NELMA SUELI
FERREIRA DE SOUZA INDICIADO:NAZARE FERREIRA DE SOUSA INDICIADO:NATANAEL FERREIRA
DE SOUZA INDICIADO:NILSON RIBEIRO DE OLIVEIRA INDICIADO:BRUNO DE SOUZA FURTADO
INDICIADO:NELCIRA FERREIRA DE SOUSA VITIMA:D. L. C. C. VITIMA:C. E. P. R. C. . PODER
JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ JuÃ-zo de Direito da Comarca de
Ananindeua Segunda Vara Criminal Página de 1 Autos do processo n. 0000227-09.2011.8.14.0006
SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Vistos os autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â NELMA SUELI
498
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
esgotados todos os meios para tentar encontrar o endereço do (a) (s) réu(u)(s) antes de autorizar a
citação via edital.             Ante o exposto: 1)     Expeça-se os antecedentes
criminais do réu; 2)     Proceda-se a pesquisa nos sistemas LIBRA/INFOPEN-PA com o intuito de
localizar o(a) denunciado(a). 3)     Após, a juntada das informações:             Â
     3.1. Caso localizado(a), cite-se por mandado.                   3.2.Caso
não localizado(a), ao MP.             4) Cumpra-se.  Ananindeua-PA, 26/11/2021
EDILSON FURTADO VIEIRA Juiz de Direito PROCESSO: 00134853820158140952 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDILSON FURTADO VIEIRA A??o:
Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 26/11/2021 VITIMA:A. C. O. E. AUTOR DO FATO:MAURO
PATRICK VIEIRA DE LIMA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ JuÃ-zo
de Direito da Comarca de Ananindeua Segunda Vara Criminal Página de 1 Autos do processo n.
0013485-38.2015.8.14.0952 SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Vistos os autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
     MAURO PATRICK VIEIRA DE LIMA, foi denunciado pelo Ministério Público Estadual, pela
prática, em tese, do crime previsto no art. 54, da Lei nº 9605/98.               Ao Réu
foi concedido sursis processual e, suspenso o processo pelo prazo mÃ-nimo legal de dois anos, nos termos
do art. 89, caput, da Lei 9.099/95, mediante o cumprimento de condições impostas pelo JuÃ-zo, fls.
34/35.               As partes renunciaram ao prazo recursal em audiência.      Â
        Diante do exposto, tendo decorrido o prazo de dois anos de suspensão condicional do
processo sem que houvesse a sua revogação por descumprimento de qualquer condição imposta,
declaro extinta a punibilidade do Réu, com fulcro no §5º, do art. 89 da Lei 9.099/95.        Â
      Ciência ao MP e defesa.               Publique-se. Registre-se. Intime-se o
réu via DJE.               Após o trânsito em julgado desta, arquivem-se. Â
Ananindeua-PA, 26 de novembro de 2021. EDILSON FURTADO VIEIRA Juiz de Direito PROCESSO:
00138773220178140006 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
EDILSON FURTADO VIEIRA A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 26/11/2021 VITIMA:C. F. S.
VITIMA:T. S. H. DENUNCIADO:NILSON FONSECA DA SILVA. Página de 1 DECISÃO         Â
     Vistos etc.               Recebo o recurso de apelação interposto pela
Defesa, eis que tempestivo, conforme certificado.               Dê-se vistas a Defesa
para oferecer suas razões no prazo de 08 (oito) dias, caso ainda não tenham sido apresentadas; em
seguida remetam-se os autos ao Ministério Público para que apresente as contrarrazões, nos termos
do art. 600, do CPP.               Apresentadas, encaminhem-se os autos, ao Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com as homenagens de estilo e sob as cautelas legais, na forma
do Artigo 602, do Código de Processo Penal.               Cumpra-se. Ananindeua-PA,
26/11/2021 EDILSON FURTADO VIEIRA Juiz de Direito PROCESSO: 00143214120128140006
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDILSON FURTADO
VIEIRA A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 26/11/2021 ACUSADO:DAVID SILVA GIL
VITIMA:M. C. S. R. VITIMA:S. C. R. R. VITIMA:A. P. R. VITIMA:T. S. P. .
Processo:00143214120128140006 Autor: MINISTÃRIO PÃBLICO Acusado: DAVID SILVA GIL, brasileiro,
nascido 05/07/1992, filho de Rosangela de EspÃ-rito Santo Silva e Hélio Silva Fernandes Gil.
Capitulação: Artigo 157, §2°, I e II, da Código Penal.      SENTENÃA Cuida-se de Ação
Penal instaurada mediante denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual em face de DAVID
SILVA GIL, brasileiro, nascido 05/07/1992, filho de Rosangela de EspÃ-rito Santo Silva e Hélio Silva
Fernandes Gil, qualificados nos autos, imputando-lhe a prática do delito previsto no Artigo157, §2°, I e
II, da Código Penal. No presente caso, verifica-se que na data de 20.03.2013, foi proferida sentença
condenatória contra o Réu DAVID SILVA GIL, que recebeu pena de 04 (quatro) anos, 05 (cinco) meses
e 10(dez) dias de reclusão e ao pagamento de 33 (trinta e três) dias-multa. O Acórdão confirmatório
da sentença, transitou em julgado 13/11/2015. Ocorre que, considerando o trânsito em julgado da
sentença para a acusação, verifica-se que os fatos apurados no presente feito foram atingidos pela
prescrição, isso porque a prescrição, após o trânsito em julgado para acusação, regula-se pela
pena aplicada na sentença. à a redação do art. 110, §1º do CP: Prescrição depois de transitar
em julgado sentença final condenatória Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a
sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior,
os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. § 1o A prescrição, depois da
sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu
recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data
anterior à da denúncia ou queixa.. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010). Assim, considerando
a pena in concreto aplicada ao réu, no presente processo, tem-se o prazo prescricional de 12(doze)
anos, conforme disposto no art. 109, III, do Código Penal. Contudo, o acusado era menor de 21 anos de
501
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
idade ao tempo do crime, conforme qualificação fornecida na denúncia, o que faz com que os prazos
sejam reduzidos da metade (art. 115, do CP). No caso dos autos, constata-se que se passaram mais de
06 (seis) anos desde do trânsito em julgado da sentença para a acusação, sem que tenha ocorrido o
inÃ-cio do cumprimento da pena, até a presente data, caracterizando, portanto, a prescrição da
pretensão executória, conforme previsto no art. 109, III, c.c art. art. 110, §1º e art. 115, todos do
Código Penal. Ante o exposto, reconheço prescrita a pretensão punitiva do Estado, quanto ao
acusado, DAVID SILVA GIL, brasileiro, nascido 05/07/1992, filho de Rosangela de EspÃ-rito Santo Silva e
Hélio Silva Fernandes Gil, por consequência, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE, nos moldes do
109, III, c/c art. 110, §1º, e art.115, todos do Código Penal. Dispenso a intimação do réu uma vez
que a presente sentença lhe é favorável. Oficie-se ao TRE-PA, comunicando da presente sentença,
caso necessário. Dê-se baixa no respectivo apenso de Autos de Flagrante Delito e façam-se as
necessárias anotações. Após o trânsito em julgado, expeça-se o necessário para o arquivamento
do feito. Publique-se, registre-se, intime-se e cumpra-se. Isento de Custas. A PRESENTE DEVERÃ
SERVIR COMO MANDADO PARA A INTIMAÃÃO/CIÃNCIA/OFÃCIO/ATO ORDINATÃRIO DO
NECESSÃRIO/ CONTRAMANDADO DE PRISÃO; Ananindeua-PA, 26 de novembro de 2021. EDILSON
FURTADO VIEIRA Juiz de Direito PROCESSO: 00143214120128140006 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDILSON FURTADO VIEIRA A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 26/11/2021 ACUSADO:DAVID SILVA GIL VITIMA:M. C. S. R. VITIMA:S. C. R.
R. VITIMA:A. P. R. VITIMA:T. S. P. . Processo:00143214120128140006 Autor: MINISTÃRIO PÃBLICO
Acusado: DAVID SILVA GIL, brasileiro, nascido 05/07/1992, filho de Rosangela de EspÃ-rito Santo Silva e
Hélio Silva Fernandes Gil. Capitulação: Artigo 157, §2°, I e II, da Código Penal.     Â
SENTENÃA Cuida-se de Ação Penal instaurada mediante denúncia formulada pelo Ministério
Público Estadual em face de DAVID SILVA GIL, brasileiro, nascido 05/07/1992, filho de Rosangela de
EspÃ-rito Santo Silva e Hélio Silva Fernandes Gil, qualificados nos autos, imputando-lhe a prática do
delito previsto no Artigo157, §2°, I e II, da Código Penal. No presente caso, verifica-se que na data de
20.03.2013, foi proferida sentença condenatória contra o Réu DAVID SILVA GIL, que recebeu pena
de 04 (quatro) anos, 05 (cinco) meses e 10(dez) dias de reclusão e ao pagamento de 33 (trinta e três)
dias-multa. O Acórdão confirmatório da sentença, transitou em julgado 13/11/2015. Ocorre que,
considerando o trânsito em julgado da sentença para a acusação, verifica-se que os fatos apurados
no presente feito foram atingidos pela prescrição, isso porque a prescrição, após o trânsito em
julgado para acusação, regula-se pela pena aplicada na sentença. à a redação do art. 110, §1º
do CP: Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória Art. 110 - A
prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e
verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é
reincidente. § 1o A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a
acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em
nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.. (Redação dada pela
Lei nº 12.234, de 2010). Assim, considerando a pena in concreto aplicada ao réu, no presente
processo, tem-se o prazo prescricional de 12(doze) anos, conforme disposto no art. 109, III, do Código
Penal. Contudo, o acusado era menor de 21 anos de idade ao tempo do crime, conforme qualificação
fornecida na denúncia, o que faz com que os prazos sejam reduzidos da metade (art. 115, do CP). No
caso dos autos, constata-se que se passaram mais de 06 (seis) anos desde do trânsito em julgado da
sentença para a acusação, sem que tenha ocorrido o inÃ-cio do cumprimento da pena, até a
presente data, caracterizando, portanto, a prescrição da pretensão executória, conforme previsto no
art. 109, III, c.c art. art. 110, §1º e art. 115, todos do Código Penal. Ante o exposto, reconheço
prescrita a pretensão punitiva do Estado, quanto ao acusado, DAVID SILVA GIL, brasileiro, nascido
05/07/1992, filho de Rosangela de EspÃ-rito Santo Silva e Hélio Silva Fernandes Gil, por consequência,
DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE, nos moldes do 109, III, c/c art. 110, §1º, e art.115, todos do
Código Penal. Dispenso a intimação do réu uma vez que a presente sentença lhe é favorável.
Oficie-se ao TRE-PA, comunicando da presente sentença, caso necessário. Dê-se baixa no respectivo
apenso de Autos de Flagrante Delito e façam-se as necessárias anotações. Após o trânsito em
julgado, expeça-se o necessário para o arquivamento do feito. Publique-se, registre-se, intime-se e
cumpra-se. Isento de Custas. A PRESENTE DEVERÃ SERVIR COMO MANDADO PARA A
INTIMAÃÃO/CIÃNCIA/OFÃCIO/ATO ORDINATÃRIO DO NECESSÃRIO/ CONTRAMANDADO DE
PRISÃO; Ananindeua-PA, 26 de novembro de 2021. EDILSON FURTADO VIEIRA Juiz de Direito
PROCESSO: 00655304420158140006 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDILSON FURTADO VIEIRA A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 26/11/2021 FLAGRANTEADO:THIAGO MADSON ARAUJO DA SILVA
502
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
absolvição sumária. Tendo optado a defesa, na peça, em não antecipar as teses defensivas, uma
vez que, segundo suas próprias palavras, para o recebimento da denúncia bastam indÃ-cios da autoria e
prova da materialidade. 4. Ordem denegada. HABEAS CORPUS Nº 362.114 - SC -2016¿0179223-6 -
Dje 12/03/2019. Assim, considerando o teor da Resposta à Acusação, não sendo o caso de
absolvição sumária ou nulidade, designo audiência de instrução e julgamento a se realizar em
12/05/2022 às 09h00min, nos termos do art. 399 do Código de Processo Penal onde serão ouvidas as
testemunhas arroladas e, em seguida, interrogados os acusados. Providencie a Secretaria Judicial a
expedição dos documentos necessários à realização da referida audiência. Intime-se o MP, a
defesa e os acusados. CUMPRA-SE. A PRESENTE DECISÃO DEVERÃ SERVIR COMO MANDADO
PARA A INTIMAÃÃO/CIÃNCIA/OFÃCIO/ATO ORDINATÃRIO DO NECESSÃRIO; Ananindeua-PA, 29 de
novembro de 2021. EDILSON FURTADO VIEIRA Juiz de Direito PROCESSO: 00074779420208140006
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDILSON FURTADO
VIEIRA A??o: Inquérito Policial em: 29/11/2021 AUTORIDADE POLICIAL:DELEGACIA DA GUANABARA
DENUNCIADO:EMERSON GUERRA DA SILVA DENUNCIADO:ANTONIO MARIA TEIXEIRA DIAS
DENUNCIADO:ADRIANO AFONSO DA SILVA VITIMA:R. M. G. . PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE
JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ JuÃ-zo de Direito da Comarca de Ananindeua Segunda Vara Criminal
Página de 3 Autos do processo n. 0007477-94.2020.8.14.0006 DECISÃO DO RECEBIMENTO DA
DENUNCIA Nos termos do art. 396 do Código de Processo Penal, recebo a denúncia, por verificar que
satisfaz os requisitos legais do art. 41 do Código de Processo Penal, bem como por não vislumbrar as
hipóteses legais de rejeição preliminar, elencadas no art. 395 do referido diploma legal.  CITEM-SE
os denunciados, ANTÃNIO MARIA TEIXEIRA DIAS, brasileiro, natural de Igarapé-Açú/PA, nascido
em 13/06/1962, certidão de nascimento nº 06699301551967100033048000832101 Igarapé-Açú,
filho de Inácia Gonçalves Teixeira e Vicente Venâncio Dias, residente e domiciliado na Rua do Fio, nº
160, Bairro da Guanabara, Ananindeua/PA; ADRIANO AFONSO DA SILVA, brasileiro, paraense, natural
de Belém/PA nascido em 22/04/1984 (37 anos), RG nº 4.127.269 (PC/PA), filho de Maria de Nazaré
Afonso da Silva e Raimundo da Costa Silva, residente na rua São Raimundo, nº 43, entre Santa OdÃ-lia
e Snapp. Para responder à acusação dos delitos previstos no artigo art. 180, caput, do CPB, por
escrito, no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do art. 396 do CPP (lei n. 11.719 de 20/06/2008). Nos
termos do art. 396-A, na resposta, os acusados poderão arguir preliminares e alegar tudo o que interesse
à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar as
testemunhas, qualificando-as e requerendo suas intimações quando necessário. Ciente o Oficial de
Justiça que poderá efetuar a citação por hora certa caso o réu se oculte para não ser citado, nos
exatos termos do art. 362 do CPP (redação da lei n. 11.719/2008) e na forma estabelecida nos artigos
227 a 229 do CPC, usado subsidiariamente pelo Código de Processo Penal Brasileiro. Indague-se se os
réus possuem advogado constituÃ-do, declinando o nome e dados de contato do causÃ-dico (telefone,
endereço, número da OAB), devendo o Oficial de Justiça fazer constar de sua certidão tais dados
fornecidos pelo réu, ou se requerem o patrocÃ-nio da Defensoria Pública. Caso a resposta não seja
apresentada no prazo legal, ou se o acusado não constituir Defensor, encaminhem-se os autos ao
Defensor Público vinculado à Vara para oferecê-la no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do art. 396-A,
§2° do CPP. Apresentada à defesa, havendo arguição de preliminares e documentos novos,
deverá o senhor Diretor de Secretaria dar vista ao Ministério Público, para manifestação no prazo
de 05(cinco) dias (CPP art. 409). Tratando-se de Réus soltos desde já fica advertido de que a partir do
recebimento da denúncia, quaisquer mudanças de endereço deverão ser informadas ao JuÃ-zo, para
fins de adequada intimação e comunicação oficial. Caso contrário o processo seguirá sem a
presença do acusado que, CITADO ou INTIMADO pessoalmente para qualquer ato, deixar de
comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo
endereço ao JuÃ-zo (CPP art. 367). Havendo advogado constituÃ-do intime-se o mesmo para apresentar
a defesa no prazo legal. Após, retornem os autos conclusos para análise de eventual absolvição
sumária, nos termos do artigo 397 do CPP. Caso os réus não sejam encontrados no endereço
fornecido nos autos, proceda-se a pesquisa no sistema INFOPEN com o intuito de localizar os
denunciados, e, sendo encontrado cite-os por mandado. Não sendo encontrados os réus de dê-se
vistas ao Ministério Público para manifestação.  SERVIRà A PRESENTE DECISÃO, COMO
MANDADO DE CITAÃÃO, conforme provimento 011/2009-CJRMB Ananindeua-PA, 29 de novembro de
2021. EDILSON FURTADO VIEIRA Juiz de Direito PROCESSO: 00105084820088140006 PROCESSO
ANTIGO: 200820107909 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDILSON FURTADO
VIEIRA A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 29/11/2021 DENUNCIADO:IZAC DIAS CUNHA
Representante(s): FERNANDO MAGALHAES PEREIRA (ADVOGADO) VITIMA:F. C. M. VITIMA:H. S. M. .
PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ JuÃ-zo de Direito da Comarca de
504
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
PROCESSO: 0007291-13.2016.8.14.0006
DECIS¿O INTERLOCUTÓRIA
Intime-se, via DJe, o advogado DR. JO¿O VELOSO DE CARVALHO, OAB/PA nº 13.661, para
apresentaç¿o de alegaç¿es finais no prazo de 05 dias, nos termos do art. 403 do CPP.
ATO ORDINATÓRIO
Processo nº 00066126520058140006
Denunciado(a)(s): W.B.S.
DE ORDEM e na forma do Art. 1º, §2º, XXIV, do Provimento 006/2006-CJRMB, alterado pelo Provimento
nº 08/2014 ¿ CJRMB, fica o(a) advogado(a)(s) acima identificado(a)(s), intimado(a)(s) para restituir a esta
Secretaria Judicial os autos do processo distribuído sob o número em epigrafe, no prazo de 24(vinte e
quatro) horas, por n¿o ter sido devolvido no prazo legal. No caso de n¿o atendimento, passaremos a dar
cumprimento à PORTARIA N. 10, DE 28 DE MAIO DE 2018, que segue reproduzida abaixo.
Ananindeua, 30/11/2021.
O Excelentíssimo Juiz de Direito EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA, Titular da 4ª Vara Penal de
Ananindeua, no uso das atribuiç¿es que lhe conferem a Lei nº 5.008/81 (Código judiciário do Estado do
Pará), a Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil) e o Provimento Nº 006/2006 da CJRMB.
CONSIDERANDO:
a) que é dever do magistrado, na condiç¿o de gestor da unidade judicial, fixar procedimentos, n¿o
previstos em lei e/ou regulamento, para facilitar e direcionar o serviço judiciário no âmbito de sua vara;
507
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
b) que se faz necessário padronizar, no âmbito das Secretaria Judicial, os atos de administraç¿o e de
mero expediente sem caráter decisório delegados pelo juízo;
d) Por fim, que a adoç¿o desse procedimento tem suporte no art. 93, XIV da Constituiç¿o Federal, bem
como no art. 162, § 4º do Código de Processo Civil.
RESOLVE:
Art. 1º Cumprido o artigo 1º, parágrafo 2º, inciso XXIV do PROVIMENTO Nº 006/2006-CJRMB e, em caso
de n¿o atendimento, deverá a secretaria proceder a intimaç¿o pessoal do advogado, através de Oficial de
Justiça, para a devoluç¿o dos autos em secretaria, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, devendo constar
do mandado que o descumprimento poderá implicar em busca e apreens¿o e comunicaç¿o à OAB/PA,
sendo cumprido no plant¿o caso se tratar de processo de réu preso.
CUMPRA-SE.
ATO ORDINATÓRIO
Processo nº 00176843120158140006
Denunciado(a)(s): K.F.S.
DE ORDEM e na forma do Art. 1º, §2º, XXIV, do Provimento 006/2006-CJRMB, alterado pelo Provimento
nº 08/2014 ¿ CJRMB, fica o(a) advogado(a)(s) acima identificado(a)(s), intimado(a)(s) para restituir a esta
Secretaria Judicial os autos do processo distribuído sob o número em epigrafe, no prazo de 24(vinte e
quatro) horas, por n¿o ter sido devolvido no prazo legal. No caso de n¿o atendimento, passaremos a dar
cumprimento à PORTARIA N. 10, DE 28 DE MAIO DE 2018, que segue reproduzida abaixo.
Ananindeua, 30/11/2021.
O Excelentíssimo Juiz de Direito EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA, Titular da 4ª Vara Penal de
508
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Ananindeua, no uso das atribuiç¿es que lhe conferem a Lei nº 5.008/81 (Código judiciário do Estado do
Pará), a Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil) e o Provimento Nº 006/2006 da CJRMB.
CONSIDERANDO:
a) que é dever do magistrado, na condiç¿o de gestor da unidade judicial, fixar procedimentos, n¿o
previstos em lei e/ou regulamento, para facilitar e direcionar o serviço judiciário no âmbito de sua vara;
b) que se faz necessário padronizar, no âmbito das Secretaria Judicial, os atos de administraç¿o e de
mero expediente sem caráter decisório delegados pelo juízo;
d) Por fim, que a adoç¿o desse procedimento tem suporte no art. 93, XIV da Constituiç¿o Federal, bem
como no art. 162, § 4º do Código de Processo Civil.
RESOLVE:
Art. 1º Cumprido o artigo 1º, parágrafo 2º, inciso XXIV do PROVIMENTO Nº 006/2006-CJRMB e, em caso
de n¿o atendimento, deverá a secretaria proceder a intimaç¿o pessoal do advogado, através de Oficial de
Justiça, para a devoluç¿o dos autos em secretaria, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, devendo constar
do mandado que o descumprimento poderá implicar em busca e apreens¿o e comunicaç¿o à OAB/PA,
sendo cumprido no plant¿o caso se tratar de processo de réu preso.
CUMPRA-SE.
ATO ORDINATÓRIO
Processo nº 00025227720118140006
Denunciado(a)(s): A.G.D.A.F.J.
DE ORDEM e na forma do Art. 1º, §2º, XXIV, do Provimento 006/2006-CJRMB, alterado pelo Provimento
nº 08/2014 ¿ CJRMB, fica o(a) advogado(a)(s) acima identificado(a)(s), intimado(a)(s) para restituir a esta
Secretaria Judicial os autos do processo distribuído sob o número em epigrafe, no prazo de 24(vinte e
quatro) horas, por n¿o ter sido devolvido no prazo legal. No caso de n¿o atendimento, passaremos a dar
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Ananindeua, 30/11/2021.
O Excelentíssimo Juiz de Direito EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA, Titular da 4ª Vara Penal de
Ananindeua, no uso das atribuiç¿es que lhe conferem a Lei nº 5.008/81 (Código judiciário do Estado do
Pará), a Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil) e o Provimento Nº 006/2006 da CJRMB.
CONSIDERANDO:
a) que é dever do magistrado, na condiç¿o de gestor da unidade judicial, fixar procedimentos, n¿o
previstos em lei e/ou regulamento, para facilitar e direcionar o serviço judiciário no âmbito de sua vara;
b) que se faz necessário padronizar, no âmbito das Secretaria Judicial, os atos de administraç¿o e de
mero expediente sem caráter decisório delegados pelo juízo;
d) Por fim, que a adoç¿o desse procedimento tem suporte no art. 93, XIV da Constituiç¿o Federal, bem
como no art. 162, § 4º do Código de Processo Civil.
RESOLVE:
Art. 1º Cumprido o artigo 1º, parágrafo 2º, inciso XXIV do PROVIMENTO Nº 006/2006-CJRMB e, em caso
de n¿o atendimento, deverá a secretaria proceder a intimaç¿o pessoal do advogado, através de Oficial de
Justiça, para a devoluç¿o dos autos em secretaria, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, devendo constar
do mandado que o descumprimento poderá implicar em busca e apreens¿o e comunicaç¿o à OAB/PA,
sendo cumprido no plant¿o caso se tratar de processo de réu preso.
CUMPRA-SE.
ATO ORDINATÓRIO
Processo nº 00036328820198140006
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Denunciado(a)(s): W.C.B.C.
DE ORDEM e na forma do Art. 1º, §2º, XXIV, do Provimento 006/2006-CJRMB, alterado pelo Provimento
nº 08/2014 ¿ CJRMB, fica o(a) advogado(a)(s) acima identificado(a)(s), intimado(a)(s) para restituir a esta
Secretaria Judicial os autos do processo distribuído sob o número em epigrafe, no prazo de 24(vinte e
quatro) horas, por n¿o ter sido devolvido no prazo legal. No caso de n¿o atendimento, passaremos a dar
cumprimento à PORTARIA N. 10, DE 28 DE MAIO DE 2018, que segue reproduzida abaixo.
Ananindeua, 30/11/2021.
O Excelentíssimo Juiz de Direito EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA, Titular da 4ª Vara Penal de
Ananindeua, no uso das atribuiç¿es que lhe conferem a Lei nº 5.008/81 (Código judiciário do Estado do
Pará), a Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil) e o Provimento Nº 006/2006 da CJRMB.
CONSIDERANDO:
a) que é dever do magistrado, na condiç¿o de gestor da unidade judicial, fixar procedimentos, n¿o
previstos em lei e/ou regulamento, para facilitar e direcionar o serviço judiciário no âmbito de sua vara;
b) que se faz necessário padronizar, no âmbito das Secretaria Judicial, os atos de administraç¿o e de
mero expediente sem caráter decisório delegados pelo juízo;
d) Por fim, que a adoç¿o desse procedimento tem suporte no art. 93, XIV da Constituiç¿o Federal, bem
como no art. 162, § 4º do Código de Processo Civil.
RESOLVE:
Art. 1º Cumprido o artigo 1º, parágrafo 2º, inciso XXIV do PROVIMENTO Nº 006/2006-CJRMB e, em caso
de n¿o atendimento, deverá a secretaria proceder a intimaç¿o pessoal do advogado, através de Oficial de
Justiça, para a devoluç¿o dos autos em secretaria, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, devendo constar
do mandado que o descumprimento poderá implicar em busca e apreens¿o e comunicaç¿o à OAB/PA,
sendo cumprido no plant¿o caso se tratar de processo de réu preso.
CUMPRA-SE.
ATO ORDINATÓRIO
Processo nº 00047240720108140006
Denunciado(a)(s): M.D.S.O.
DE ORDEM e na forma do Art. 1º, §2º, XXIV, do Provimento 006/2006-CJRMB, alterado pelo Provimento
nº 08/2014 ¿ CJRMB, fica o(a) advogado(a)(s) acima identificado(a)(s), intimado(a)(s) para restituir a esta
Secretaria Judicial os autos do processo distribuído sob o número em epigrafe, no prazo de 24(vinte e
quatro) horas, por n¿o ter sido devolvido no prazo legal. No caso de n¿o atendimento, passaremos a dar
cumprimento à PORTARIA N. 10, DE 28 DE MAIO DE 2018, que segue reproduzida abaixo.
Ananindeua, 30/11/2021.
O Excelentíssimo Juiz de Direito EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA, Titular da 4ª Vara Penal de
Ananindeua, no uso das atribuiç¿es que lhe conferem a Lei nº 5.008/81 (Código judiciário do Estado do
Pará), a Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil) e o Provimento Nº 006/2006 da CJRMB.
CONSIDERANDO:
a) que é dever do magistrado, na condiç¿o de gestor da unidade judicial, fixar procedimentos, n¿o
previstos em lei e/ou regulamento, para facilitar e direcionar o serviço judiciário no âmbito de sua vara;
b) que se faz necessário padronizar, no âmbito das Secretaria Judicial, os atos de administraç¿o e de
mero expediente sem caráter decisório delegados pelo juízo;
d) Por fim, que a adoç¿o desse procedimento tem suporte no art. 93, XIV da Constituiç¿o Federal, bem
como no art. 162, § 4º do Código de Processo Civil.
RESOLVE:
Art. 1º Cumprido o artigo 1º, parágrafo 2º, inciso XXIV do PROVIMENTO Nº 006/2006-CJRMB e, em caso
de n¿o atendimento, deverá a secretaria proceder a intimaç¿o pessoal do advogado, através de Oficial de
Justiça, para a devoluç¿o dos autos em secretaria, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, devendo constar
do mandado que o descumprimento poderá implicar em busca e apreens¿o e comunicaç¿o à OAB/PA,
sendo cumprido no plant¿o caso se tratar de processo de réu preso.
CUMPRA-SE.
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FÓRUM DE BENEVIDES
PROCESSO: Ação: Usucapião. Requerentes: Eronides de Oliveira Cintra Neto e Elisjane Lira de Barros.
Requeridos: INSTITUIÇÃO ADVENTISTA DE EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL NORTE
BRASILEIRA ¿ FACULDADE ADVENTISTA DA AMAZÔNIA (Adv. Vanderlei Jose Vianna, OAB/PA nº
11332), PROPRIETÁRIO DESCONHECIDO, Cristovão Tenório Cintra e Vera Lucia Faro Cintra.
Interessados: UNIÃO, ESTADO DO PARÁ e MUNICÍPIO DE BENEVIDES/PA (Advs. Gustavo Botelho de
Matos, OAB/PA nº 11872 e Luiz Adauto Travassos Moreira, OAB/PA nº 29320). TERMO DE AUDIÊNCIA
DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. DELIBERAÇÃO: 1. Considerando a ausência da Defensoria Pública,
bem como, da apresentação de testemunhas neste ato, entendo que não há interesse em produção de
prova oral e, portanto, dou por encerrada a instrução processual. Diante disso, DETERMINO: 1.1 VISTA
dos autos à parte autora para apresentação de MEMORIAIS FINAIS, por escrito, em 15 dias; 1.2. Após,
VISTA dos autos à parte ré em igual propósito; 1.3. Em seguida, ao Ministério Público para, caso queira,
manifeste-se em parecer. 2. Após, CONCLUSOS para sentença.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
EDITAIS
Faço saber por lei que pretendem casar-se e apresentaram os documentos exigidos por lei:
ALEXANDRE ESTEFANO FERREIRA DA SILVA e MARIA KAMILY SOUZA DA SILVA. Ele solteiro, Ela
solteira.
CRISTIAN FONSECA BARRETO e PRISCILA ALVES CORREA. Ele solteiro, Ela solteira.
DJALMA PEREIRA ALMEIDA e INÊS BARROS DOS SANTOS. Ele divorciado, Ela solteira.
ENOQUE DOS SANTOS MAIA e LÍVIA THALIA DE OLIVEIRA CHAVES. Ele solteiro, Ela solteira.
NOEL DAMASCENO MEIRELES e FRANCINETE PEREIRA FERREIRA. Ele solteiro, Ela solteira.
Se alguém souber de impedimentos denuncie-o na forma da Lei. E Eu, Acilino Aragão Mendes, Oficial do
Cartório Val-de-Cães, Comarca de Belém Estado do Pará, faço afixação deste, neste Oficio e sua
publicação no Diário de Justiça. Belém, 30 de novembro de 2021.
Luiziana Maria Henderson Guedes de Oliveira, Oficial do Cartório de Registros Civil Segundo Ofício da
Comarca de Belém do Estado do Pará, faz saber que pretendem contrair matrimônio os seguintes casais:
1. ANDRÉ DUARTE VAZ e JÁSIA RIBEIRO DE ARAÚJO. Ele é solteiro e Ela é solteira.
2. WALLACE MATEUS GOMES CAMPOS e EVELYM FIGUEIREDO ANTUNES. Ele é solteiro e Ela é
solteira.
3. ALEXANDRE CARLOS VIEIRA e MICHELLE NAZARÉ ROSA. Ele é divorciado e Ela é divorciada.
Conrrado Rezende Soares, Oficial Registrador do Cartório de Registros Civil do Terceiro Ofício da
Comarca de Belém, Estado do Pará, faz saber que pretendem contrair matrimônio os seguintes casais:
1. HENDERSON RIBEIRO DE OLIVEIRA e SILVIA CRISTINA SILVA BITTENCOURT. Ele é solteiro e Ela
é divorciada.
2. LUAN DA SILVA GONÇALVES e YANNE ALVES MENDES. Ele é solteiro e Ela é solteira.
ANTONIO PONTES FERREIRA ELE E DIVORCIADO e MARIA REGINA CAVALHEIRO RIBEIRO ELA E
SOLTEIRA
Eu, Elyzette Mendes Carvalho, Oficial do Cartório do 4º Oficio, Comarca de Belém, Estado do Pará, faço
afixação deste, neste Oficio e sua publicação no Diário de Justiça. Belém 30 de novembro de 2021
Faço saber que pretendem casar-se e apresentaram os documentos exigidos por Lei:
Matheus Leite Rodrigues com Nayana Saraiva Oliveira, solteiros. Gabriel Comesanha Pinheiro com Bruna
Tabosa Arraes, solteiros. Murilo Farias Sales com Luna Magno Menezes Mafra, solteiros. Denilson
Miranda dos Reis com Ana Beatriz Fernandes dos Santos, solteiros. Augusto César de Araujo Mota com
Rosilene dos Santos Marques, divorciados. Mauro Leo Melo dos Santos com Rosana Borges do Rosario,
ele divorciado, ela solteira. Daniel Viana Vinagre com Janete Celis Carmo de Sousa, solteiros. Cristiano
Alves Góes com Ana Caroline de Souza Lopes, solteiros. Icaro Oliveira Fonseca com Roberta Noleto
Costa de Moura, solteiros. Manoel Tiago do Amaral com Suely Telma Silva Poter, solteiros.
E eu, Aurea Tavares Martins, Oficial do Cartório Privativo de Casamento do 1º Distrito TJE-PA, Comarca
de Belém Estado do Pará, faço afixação deste na galeria de editais do Fórum cível e sua publicação no
Diário da Justiça. Em: 30/11/2021.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
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PROCESSO: 0035909-58.2013.8.14.0301
EDITAL DE INTERDIÇ¿O
O Doutor JOAO LOURENÇO MAIA DA SILVA, Juiz de Direito Titular da 2ª Vara Cível e Empresarial de
Belém, faz a todos quanto o presente edital virem ou dele conheci-mento tiverem, que através deste Juízo
e Secretaria processaram-se os autos nº 0035909-58.2013.8.14.0301 da Aç¿o de CURATELA requerida
por IVANOSKA MATTOS CAMPOS, portador(a) do RG: 3514030-PC/PA e CPF: 081.870.287-77, a
interdiç¿o de IGOR DE OLIVEIRA MATTOS, portador(a) do RG: 7597917-PC/PA, nascido(a) em
10/09/1974, filho(a) de Walter Mattos e Creusa de Oliveira Mattos, que o impossibilita de praticar qualquer
ato da vida civil, tendo sido prolatada ao final da sentença, cuja parte final é a seguinte: ¿ Ante o exposto,
julgo procedente o pedido e decreto a interdiç¿o definitiva de IGOR DE OLIVEIRA MATTOS, declarando-o
absolutamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil, na forma do artigo 3º, inciso II, do
Código Civil do Brasil, e de acordo com o artigo 1.775, § 3º do Código Civil do Brasil, nomeio-lhe Curadora
a requerente IVANOSKA MATTOS CAMPOS, que deverá prestar o com-promisso legal, em cujo termo
dever¿o constar as restriç¿es determinadas pelo juízo. A curadora n¿o tem poderes para vender,
permutar e onerar bens imóveis do interdita-do. A curadora n¿o tem poderes para contrair empréstimos
em nome do interditado. Ditas restriç¿es devem constar nos termos de curatela. Em raz¿o do disposto no
artigo 1.184 do Código de Processo Civil do Brasil e no artigo 9º, inciso III, do Código Civil do Brasil,
inscreva-se a presente no Registro Civil e publique-se na imprensa local e no órg¿o oficial por 03 (três)
vezes, com intervalo de 10 (dez) dias, constando do edital os nomes do interdito e da curadora, a causa da
interdiç¿o e os limites da curatela. Oficie-se ao Exmº. Sr. Desembargador Presidente do Tribunal Regional
Eleitoral, para os fins de direito. Sem custas. Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos. E
co-mo nada mais houve a tratar, mandou o MM. Juiz encerrar este termo.¿
JO¿O LOURENÇO MAIA DA SILVA
Juiz de Direito Titular da 2ª Vara Cível e Empresarial de Belém
EDITAL DE CITAÇÃO
PROCESSO: 0840133-59.2020.8.14.0301
FINALIDADE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
A Dra. BETÂNIA DE FIGUEIREDO PESSOA, Juíza de Direito respondendo pela 4ª Vara de Família da
Comarca de Belém, Estado do Pará, na forma da Lei e etc. FAZ SABER, a todos que o presente EDITAL
virem ou dele conhecimento tomarem, que por este Juízo, processam-se os autos da Ação de
INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE POST MORTEM supra, tendo por finalidade o presente EDITAL a
CITAÇÃO do Requerido ELIELSON RIBEIRO COSTA para, querendo, contestar a ação no prazo de 15
(quinze) dias, nos termos do art. 335 do CPC, ficando advertido de que se não contestar à ação, será
considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor (art. 344 do
CPC). Caso não constitua advogado, ser-lhe-á nomeado curador especial, nos termos do art. 72 do CPC.
E para que não seja alegada ignorância no presente e no futuro, expediu-se o presente EDITAL, sendo
publicado na forma da Lei, que será afixado no local público de costume e publicado no Diário da Justiça
Eletrônico. Dado e passado nesta cidade de Belém, Estado do Pará, aos 30 dias do mês de novembro de
2021. Eu, Luciana Cristina Cerqueira Rodrigues de Carvalho, Analista Judiciário da UPJ das Varas de
Família de Belém, assino o presente, autorizada pelo art. 1º, §2º, IX do Provimento nº 06/2006 da CJRMB.
(assinado eletronicamente)
COMARCA DE ABAETETUBA
O(a) requerente informa que o(a) interditando(a) é portador(a) do CID 10 F-20.0, em virtude do que não
possui condições para exercer atividades laborativas e praticar atos da vida civil.
Recebida a inicial, foi deferida a curatela provisória e designada audiência para entrevista do interditando,
ocasião em que também foi ouvido o requerente, conforme termo de audiência de ID 6458263.
O interditando foi submetido a perícia médica, cujo laudo foi juntado aos autos (ID 10681849).
A requerente, assistida pela Defensoria Pública, requereu o prosseguimento do feito, manifestando-se pela
procedência do pedido.
Instado, o Ministério Público se manifestou favorável ao pedido, com a decretação da interdição (ID .
20610693).
Em 7 de janeiro de 2016 entrou em vigor a Lei 13.146/2015, que institui o Estatuto da Pessoa com
Deficiência, alterando e revogando diversos dispositivos do Código Civil (artigos. 114 a 116), trazendo
grandes mudanças estruturais e funcionais na antiga teoria das incapacidades, repercutindo em vários
institutos do Direito de Família, como o casamento, a interdição e a curatela.
O artigo 3º, do Código Civil, antes do advento da Lei 13.146/2015, tinha a seguinte redação:
Todos os incisos do artigo 3º, do Código Civil, foram revogados pela Lei 13.146/2015, sendo que o seu
caput passou a prever apenas os menores de 16 (dezesseis) anos como absolutamente incapazes.
Assim, não existe mais, após o advento da Lei 13.146/2015, no sistema de direito privado brasileiro,
pessoa absolutamente incapaz que seja maior de idade, conforme dispõe o seu artigo 6º, in verbis:
¿Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:
III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre
reprodução e planejamento familiar;
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade
de oportunidades com as demais pessoas¿. (grifo nosso).
Como consequência, não há que se falar mais em interdição por incapacidade absoluta no nosso sistema
civil brasileiro.
Todas as pessoas com deficiência, das quais tratava o comando anterior, passam a ser, em regra,
plenamente capazes para o Direito Civil.
As pessoas naturas, maiores de 18 (dezoito) anos, portadoras de enfermidade mentais, conforme o caso,
podem ser consideradas relativamente incapazes, conforme dispõe o artigo 4º, III, do Código Civil, in
verbis:
(...)
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;¿
A estas pessoas de que trata o inciso III, do artigo 4º, do Código Civil, estão sujeitas a curatela, conforme
passou a dispor o artigo 1.767, do mesmo Código, om a redação dada pela Lei 13.146/2015, assim
dispõe:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;¿
Assim, face às alterações introduzidas no Código Civil pela Lei 13.146/2015, reconhecida a enfermidade
mental, a depender do grau de comprometimento da sua capacidade intelectiva, deve ser a mesma
considerada relativamente incapaz e ser decretada a sua interdição, sujeitando-a à curatela, devendo o
juiz estabelecer, na sentença, os atos da vida civil que a mesma pode ou não praticar pessoalmente e
aqueles em que deve ser assistida pelo curador.
O escopo da interdição é proteger a pessoa interditada e conferir segurança jurídica aos atos jurídicos em
que haja sua intervenção, por si ou com a assistência.
Observo que o cancelamento do alistamento eleitoral da pessoa portadora de enfermidade mental, mostra-
se incompatível com as disposições contidas na Lei 13.146/2015, podendo o mesmo exercer
pessoalmente o direito ao voto, sem assistência do curador, o que também deve ser aplicado ao
casamento, ao reconhecimento da paternidade e outros atos considerados personalíssimos pelo
ordenamento jurídico.
No caso, dadas as informações médicas, penso que o(a) interditando(a) deve ser impedido de praticar, por
si, todos os atos da vida civil que importem na assunção de obrigação para si, seus herdeiros e
dependentes, podendo fazê-lo com a assistência do(a) curador(a), salvo aqueles considerados
personalíssimos, como o exercício do direito ao voto e outros, os quais não serão afetados pela definição
da curatela, diante do teor do art. 85, caput e § 1º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº
13.146/2015), que ora transcrevo:
Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e
negocial.
Em relação ao requerente, além de ser possuir legitimidade, tenho que reúne os atributos
essenciais para o exercício do encargo de curadora.
DISPOSITIVO
1. ISSO POSTO, RESOLVENDO O MÉRITO, nos termos do art. 487, I, do CPC, DECRETO a
INTERDIÇÃO de RAIMUNDO NERY DA SILVA SANTOS, filho de Francisco Pinheiro dos Santos
523
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JUIZ DE DIREITO
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que já exerce há mais de 12 (doze) anos. Requereu a improcedência da ação e, em contrapartida, a
expedição de mandado de interdito proibitório em desfavor do autor. Anexou documentos às fls.
43/52. O autor não se manifestou em réplica. As partes, intimadas, não se manifestaram acerca da
produção de outras provas. Em réplica, a parte autora rechaçou as alegações da requerida (fls.
45/49). Vieram os autos conclusos. ÿ o relatório. FUNDAMENTO E DECIDO. A lide discute questões
possessórias e, sobre o assunto, já decidiu o Superior Tribunal de Justiça que ¿é da apuração
da situação fática que se pode aferir a natureza da titularidade do possuidor. Colhe-se da doutrina que
possuidor é aquele que atua frente a uma coisa como se fosse proprietário, pois exerce alguns dos
poderes inerentes ao domÃ-nio e a posse¿ (AgRgAg 29.384 MS, relator Ministro Waldemar Zveiter). O
cerne da demanda é saber quem é o justo possuidor da área em questão e se houve a alegada
prática de esbulho. Sustenta o autor que é proprietário de um terreno localizado na Rui Barbosa, nº
1174, bairro Algodoal, Abaetetuba/PA, que se limita pelo lado direito com um terreno também de sua
propriedade, pelo lado esquerdo com o imóvel nº 1168 e pelos fundos com o igarapé, sendo que os
fundos foram esbulhados pelo requerido. A parte requerida, por seu turno, sustenta que realiza o conserto
e construção na área litigada há mais de 12 (doze) anos e que a área não faz parte do terreno do
autor, vez que é separada por um rio. Do que consta nos autos, especificamente nas imagens juntadas,
verifico, de plano, que a área em litÃ-gio fica no meio de um rio, se tratando, então, de área de Marinha,
de domÃ-nio patrimonial da União. Apesar de se tratar de área de domÃ-nio público, o entendimento
atual do Superior Tribunal de Justiça1 - STJ é que particulares podem ingressar com ações
possessórias em face de invasor de terra pública. Contudo, destaca-se que o reconhecimento da posse
nos bens dominicais deve ser conciliada com a regra que veda o reconhecimento da usucapião nos bens
públicos (Súmula 340 do STF; arts. 183, § 3º e 192 da CF/88; art. 102 do CC), permitindo se concluir
que, apenas um dos efeitos jurÃ-dicos da posse - a usucapião - é que será limitado, devendo ser
mantido, no entanto, a possibilidade de invocação dos interditos possessórios pelo particular. Em
outras palavras, se o particular estiver litigando contra outro particular, pode-se reconhecer a posse de um
deles sobre o bem público. No entanto, esta " posse " nunca dará direito à usucapião, vez que o bem
continuará pertencendo ao ente público. Na contenda entre particulares, a relação será
eminentemente possessória, e, por conseguinte, nos bens do patrimônio disponÃ-vel do Estado,
despojados de destinação pública, será plenamente possÃ-vel - ainda que de forma precária -, a
proteção possessória pelos ocupantes da terra pública que venham a lhe dar função social. De
igual forma, decidiu o a 4ª Turma do STJ no julgamento do REsp 1.296.964-DF, de Relatoria do Ministro
Luis Felipe Salomão: RECURSO ESPECIAL. POSSE. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. BEM
PÿBLICO DOMINICAL. LITÃGIO ENTRE PARTICULARES. INTERDITO POSSESSÿRIO.
POSSIBILIDADE. FUNÿÿO SOCIAL. OCORRÿNCIA. 1. Na ocupação de bem público, duas
situações devem ter tratamentos distintos: i) aquela em que o particular invade imóvel público e
almeja proteção possessória ou indenização/retenção em face do ente estatal e ii) as contendas
possessórias entre particulares no tocante a imóvel situado em terras públicas. 2. A posse deve ser
protegida como um fim em si mesma, exercendo o particular o poder fático sobre a res e garantindo sua
função social, sendo que o critério para aferir se há posse ou detenção não é o estrutural e
sim o funcional. ÿ a afetação do bem a uma finalidade pública que dirá se pode ou não ser objeto
de atos possessórias por um particular. 3. A jurisprudência do STJ é sedimentada no sentido de que o
particular tem apenas detenção em relação ao Poder Público, não se cogitando de proteção
possessória. 4. ÿ possÃ-vel o manejo de interditos possessórios em litÃ-gio entre particulares sobre bem
público dominical, pois entre ambos a disputa será relativa à posse. 5. ÿ luz do texto constitucional e
da inteligência do novo Código Civil, a função social é base normativa para a solução dos
conflitos atinentes à posse, dando-se efetividade ao bem comum, com escopo nos princÃ-pios da
igualdade e da dignidade da pessoa humana. 6. Nos bens do patrimônio disponÃ-vel do Estado
(dominicais), despojados de destinação pública, permite-se a proteção possessória pelos
ocupantes da terra pública que venham a lhe dar função social. 7. A ocupação por particular de um
bem público abandonado/desafetado - isto é, sem destinação ao uso público em geral ou a uma
atividade administrativa -, confere justamente a função social da qual o bem está carente em sua
essência. 8. A exegese que reconhece a posse nos bens dominicais deve ser conciliada com a regra que
veda o reconhecimento da usucapião nos bens públicos (STF, Súm 340; CF, arts. 183, § 3°; e 192;
CC, art. 102); um dos efeitos jurÃ-dicos da posse - a usucapião - será limitado, devendo ser mantido, no
entanto, a possibilidade de invocação dos interditos possessórios pelo particular. 9. Recurso especial
não provido. Neste sentido, tem-se que o requerido, em relação a área posta em litÃ-gio, buscou a
proteção possessória para continuar realizando seu trabalho, qual seja, a construção e o conserto
de embarcações, atribuindo função social a área, conforme documento de fl. 52. EM FACE DO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
QUE FOI EXPOSTO, na forma do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, JULGO
IMPROCEDENTE os pedidos deduzidos na inicial, mantendo o requerido na posse da área litigada.
Sucumbente, a parte perdedora arcará com o pagamento das custas, das despesas processuais,
suspensa sua exigibilidade por litigar sob o polo da justiça gratuita. Havendo apelação, intime-se a
parte adversa para contrarrazões e, ato contÃ-nuo, remetam-se os autos ao E. TJPA. P.R.I.C. Após as
formalidades legais e de praxe, arquive-se. Abaetetuba/PA, 30 de novembro de 2021. ADRIANO FARIAS
FERNANDES JUIZ DE DIREITO 1 STJ. 3ª Turma. REsp 1.484.304-DF, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado
em 10/3/2016 (Info 579). STJ. 4ª Turma. REsp 1.296.964-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado
em 18/10/2016 (Info 594)
PROCESSO: 00025272220088140070 PROCESSO ANTIGO: 200810029121
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ADRIANO FARIAS FERNANDES A??o: Petição
Cível em: 30/11/2021---REU:BANPARA Representante(s): OAB 10328 - CLISTENES DA SILVA VITAL
(ADVOGADO) AUTOR:EZEQUIEL REGO FILHO Representante(s): THIAGO RIBEIRO MAUES
(ADVOGADO) OAB 6382 - ELIANE BELEM PINHEIRO (ADVOGADO) OAB 12961 - THIAGO RIBEIRO
MAUES (ADVOGADO) THIAGO RIBEIRO MAUES (ADVOGADO) OAB 6382 - ELIANE BELEM PINHEIRO
(ADVOGADO) OAB 12961 - THIAGO RIBEIRO MAUES (ADVOGADO) . EZEQUIEL REGO FILHO,
qualificado nos autos, ajuizou, através de advogado particular, AÿÿO DE COBRANÿA em face do
BANCO DO ESTADO DO PARA - BANPARA. Citado, o bando requerido apresentou contestação à s
fls. 24/50. Anexou documentos às fls. 51/77. O autor não se manifestou em réplica, conforme
certidão de fl. 87. Foi determinada a intimação das partes para que especificassem as provas que
pretendiam produzir. No entanto, nenhuma das partes se manifestou, mesmo tendo sido intimadas (fl. 89).
Vieram os autos conclusos. ÿ o que necessita ser relatado. Decido. De acordo com o art. 485, inciso III,
extingue-se o processo quando ficar paralisado por mais de trinta dias, em virtude de não ser promovida
diligência pela parte autora. Destaca-se que a única participação do autor nos autos foi ingressar
coma ação. Após isso, não se manifestou mais no feito, mesmo sendo devidamente intimado.
Observa-se que os autos estão paralisados há vários anos, sem que a parte interessada promova
qualquer andamento processual, o que configura o abandono da causa. Por corolário, JULGO EXTINTO
O PROCESSO SEM RESOLUÿÿO DO MÿRITO, nos termos do art. 485, II e III, do CPC. Sem custas,
por ter sido deferido ao autor os benefÃ-cios da justiça gratuita. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Após as cautelas legais e de praxe, ARQUIVE-SE. Abaetetuba/PA, 29 de novembro de 2021. ADRIANO
FARIAS FERNANDES JUIZ DE DIREITO
PROCESSO: 00034224420168140070 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ADRIANO FARIAS FERNANDES A??o:
Cumprimento de sentença em: 30/11/2021---REQUERENTE:BANC BRADESCO FINANCIAMENTOS SA
BANCO FINASA SA Representante(s): OAB 20107-A - GIULIO ALVARENGA REALE (ADVOGADO) OAB
143801 - IVO PEREIRA (ADVOGADO) REQUERIDO:ANTONIO REIS RIBEIRO DE AZEVEDO
Representante(s): OAB 4138 - RAIMUNDO COSTA DA SILVA (ADVOGADO) . Intime-se o exequente,
através do DJE, para que, em 10 (dez) dias, manifeste-se no feito e requeira o que entender de direito,
devendo, em caso de requerimento de bloqueio SISBAJUD, apresentar planilha atualizada do débito.
Fica advertida a parte que decorrido o prazo sem manifestação, os autos serão extintos. Publique-se.
Abaetetuba/PA, 29 de novembro de 2021. ADRIANO FARIAS FERNANDES Juiz de Direito
PROCESSO: 00060743420168140070 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ADRIANO FARIAS FERNANDES A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 30/11/2021---REQUERENTE:BANCO DO BRASIL Representante(s): OAB
44698 - SERVIO TULIO DE BARCELOS (ADVOGADO) OAB 21078-A - JOSE ARNALDO JANSSEN
NOGUEIRA (ADVOGADO) REQUERIDO:JANILSON PEREIRA SENA REQUERIDO:MARIA RAIMUNDA
AFONSO. Intime-se o exequente, através de seus patronos habilitados, via DJE, para que, em 10 (dez)
dias, efetua/comprove o recolhimento da custa referente ao deslocamento do oficial de justiça, sob pena
de indeferimento do pedido. Comprovado o pagamento das custas, renove-se o mandado de citação no
endereço de fl. 120. Publique-se. Abaetetuba/PA, 29 de novembro de 2021. ADRIANO FARIAS
FERNANDES Juiz de Direito
PROCESSO: 00095334420168140070 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ADRIANO FARIAS FERNANDES A??o:
Procedimento Comum Cível em: 30/11/2021---REQUERENTE:BANCO DO BRASIL S/A.
Representante(s): OAB 44698 - SERVIO TULIO DE BARCELOS (ADVOGADO) OAB 21078-A - JOSE
ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA (ADVOGADO) REQUERIDO:J DE J P DOS SANTOS
REQUERIDO:MARIA ZINETE FERREIRA DA SILVA. Considerando o resultado infrutÃ-fero do SISBAJUD,
intime-se o exequente, via DJE, para que, em 10 (dez) dias, manifeste-se e requeira o que entender de
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direito, sob pena de extinção. Havendo requerimentos, fica intimado o exequente, desde já, a
comprovar o recolhimento das custas, sob pena de indeferimento do pedido. Publique-se. Abaetetuba/PA,
29 de novembro de 2021. ADRIANO FARIAS FERNANDES Juiz de Direito
questão, o denunciado está sendo acusado da prática do delito previsto no art. 14, da lei n°
10.826/03, que prevê pena máxima de 04(quatro) ANOS de reclusão, e nos termos do artigo 109, IV,
do Código Penal a prescrição ocorrem em 08(oito) ANOS.          Constata-se que entre a
data do recebimento da denúncia (09/07/2013) até a presente data, transcorreu mais de 08(oito) ANOS.
Veja-se que não ocorreu nenhuma outra causa interruptiva, tornando imprescindÃ-vel atentar para a
ocorrência da prescrição, sem enfrentamento do mérito.          Ante o exposto, por se
tratar de matéria de interesse público, JULGO de ofÃ-cio EXTINTA A PUNIBILIDADE, do(s) nacional(is)
de JOAO CUNHA DOS SANTOS, qualificado(s) nos autos, em face da prescrição da pretensão
punitiva do Estado, nos termos do Art. 107, IV c/c Art. 109, IV, todos do Código Penal.         Â
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.          Abaetetuba/PA, 22 de outubro e 2021.    Â
     PAMELA CARNEIRO LAMEIRA          JuÃ-za de Direito, titular da Vara Criminal da
Comarca de Abaetetuba/PA. PROCESSO: 00008927220138140070 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PAMELA CARNEIRO LAMEIRA A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 23/10/2021 DENUNCIADO:MAGNO DA SILVA RIBEIRO VITIMA:G. C. E. C. .
PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ABAETETUBA
VARA CRIMINAL DE ABAETETUBA Processo nº 0000892-72.2013.8.14.0070 SENTENÃA      Â
   Vistos, etc.          O Ministério Público do Estado do Pará ofereceu denúncia em
face do(s) acusado(s) MAGNO DA SILVA RIBEIRO, pela prática, em tese, do crime tipificado ARTIGO
155, § 1º DO CPB          A denúncia foi recebida 28/11/2013          O
processo e o curso do prazo prescricional foram suspensos, nos termos do art. 366 do CPP. Â Â Â Â Â Â
   RELATADO. DECIDO.          Primeiramente, constata-se que o(s) réu(s) não
deveria(m) ter sido citado por edital, e tampouco, o processo e o prazo prescricional deveriam ter sido
suspensos, visto que o(s) acusado não foi(ram) localizado(s), assim incumbindo o Representante do
Ministério Público o fornecimento de seu(s) endereço(s) atualizado(s) para fins de nova tentativa de
citação.          Entendo, portanto, que não foram esgotados todos os meios para a
localização do(s) réu(s) com fim de citá-lo(s), razão pela qual torno sem efeito a decisão que
determinou sua citação por edital e todos os seus consectários legais.          No caso dos
autos, verifica-se que ocorreu a prescrição da pretensão punitiva do Estado, em perspectiva, já que,
em caso de eventual condenação, a pena máxima aplicada, levando-se em consideração as
circunstâncias favoráveis do artigo 59 do CP e as causas especiais de aumento e diminuição, em
nenhuma hipótese, ultrapassará 02 anos, razão pela qual incidirá a prescrição em 04 (quatro)
anos, que desde já aplico, nos termos do art. 107, IV, c/c art. 109, V, todos do Código Penal.     Â
    Verifica-se, nos presentes autos, que, passados quase 08 (oito anos do recebimento da
denúncia e não tendo sido prestada a devida jurisdição, não persiste viabilidade processual
concreta para o prosseguimento do Feito.          Por todo exposto, por se tratar de matéria
de interesse público, JULGO de ofÃ-cio EXTINTA A PUNIBILIDADE do nacional MAGNO DA SILVA
RIBEIRO, em face da prescrição da pretensão punitiva do Estado, nos termos do art. 107, IV, c/c art.
109, V, todos do Código Penal.          Publique-se, Registre-se, Intimem-se e Cumpra-se  Â
       Abaetetuba/PA, 22 de outubro e 2021.          PAMELA CARNEIRO LAMEIRA
         JuÃ-za de Direito, titular da Vara Criminal da Comarca de Abaetetuba/PA. PROCESSO:
00012434020168140070 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
PAMELA CARNEIRO LAMEIRA A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 23/10/2021
DENUNCIADO:DAVI NERI RODRIGUES. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO
DO PARÃ COMARCA DE ABAETETUBA VARA CRIMINAL DE ABAETETUBA SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â
  Vistos os autos. O Ministério Público do Estado do Pará ofereceu denúncia em face do acusado
 DAVI NERI RODRIGUES, pela prática do crime tipificado no artigo 14, da lei n° 10.826/03.     Â
    A denúncia foi recebida em 23/05/2016.          O processo e o curso do prazo
prescricional foram suspensos, nos termos do art. 366 do CPP. Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATADO. DECIDO.
         Primeiramente, constata-se que o réu não deveria ter sido citado por edital, e
tampouco, o processo e o prazo prescricional deveriam ter sido suspensos, visto que o acusado não foi
localizado, assim incumbindo o Representante do Ministério Público o fornecimento de seu endereço
atualizado para fins de nova tentativa de citação.          Entendo, portanto, que não foram
esgotados todos os meios para a localização do réu com fim de citá-lo, razão pela qual torno sem
efeito a decisão que determinou sua citação por edital e todos os seus consectários legais.     Â
    Analisando os autos, verifica-se que ocorreu a prescrição da pretensão punitiva do Estado,
em perspectiva, já que, em caso de eventual condenação, a pena máxima aplicada, levando-se em
consideração as circunstâncias favoráveis do artigo 59 do CP e as causas especiais de aumento e
diminuição, em nenhuma hipótese, ultrapassará 02 anos, razão pela qual incidirá a prescrição
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
em 04 (quatro) anos, que desde já aplico, nos termos do art. 107, IV, c/c art. 109, V, todos do Código
Penal. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Verifica-se, nos presentes autos, que, passados mais de 05 (cinco) anos do
recebimento da denúncia e não tendo sido prestada a devida jurisdição, não persiste viabilidade
processual concreta para o prosseguimento do Feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Por todo exposto, por se tratar de
matéria de interesse público, JULGO de ofÃ-cio EXTINTA A PUNIBILIDADE do nacional DAVI NERI
RODRIGUES, em face da prescrição da pretensão punitiva do Estado, nos termos do art. 107, IV, c/c
art. 109, V, todos do Código Penal.          Publique-se, Registre-se, Intimem-se e Cumpra-se
         Abaetetuba/PA, 22 de outubro e 2021.          PAMELA CARNEIRO
LAMEIRA Â Â Â Â Â Â Â Â Â JuÃ-za de Direito, titular da Vara Criminal da Comarca de Abaetetuba/PA.
PROCESSO: 00016355320118140070 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PAMELA CARNEIRO LAMEIRA A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 23/10/2021 DENUNCIADO:GILSON MARQUES LIMA VITIMA:I. C. C. G. .
PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ABAETETUBA
VARA CRIMINAL DE ABAETETUBA Processo nº 0001635-53.2011.8.14.0070 SENTENÃA      Â
   Vistos, etc.          O Ministério Público do Estado do Pará ofereceu denúncia em
face do(s) acusado(s) GILSON MARQUES LIMA, pela prática, em tese, do crime tipificado ARTIGO 155,
§ 4º, INCISO II DO CPB          A denúncia foi recebida 11/06/2012          O
processo e o curso do prazo prescricional foram suspensos, nos termos do art. 366 do CPP. Â Â Â Â Â Â
   RELATADO. DECIDO.          Primeiramente, constata-se que o(s) réu(s) não
deveria(m) ter sido citado por edital, e tampouco, o processo e o prazo prescricional deveriam ter sido
suspensos, visto que o(s) acusado não foi(ram) localizado(s), assim incumbindo o Representante do
Ministério Público o fornecimento de seu(s) endereço(s) atualizado(s) para fins de nova tentativa de
citação.          Entendo, portanto, que não foram esgotados todos os meios para a
localização do(s) réu(s) com fim de citá-lo(s), razão pela qual torno sem efeito a decisão que
determinou sua citação por edital e todos os seus consectários legais.          No caso dos
autos, verifica-se que ocorreu a prescrição da pretensão punitiva do Estado, em perspectiva, já que,
em caso de eventual condenação, a pena máxima aplicada, levando-se em consideração as
circunstâncias favoráveis do artigo 59 do CP e as causas especiais de aumento e diminuição, em
nenhuma hipótese, ultrapassará 04 anos, razão pela qual incidirá a prescrição em 08 (oito) anos,
que desde já aplico, nos termos do art. 107, IV, c/c art. 109, IV, todos do Código Penal.        Â
 Verifica-se, nos presentes autos, que, passados mais de 09 (nove) anos do recebimento da denúncia e
não tendo sido prestada a devida jurisdição, não persiste viabilidade processual concreta para o
prosseguimento do Feito.          Por todo exposto, por se tratar de matéria de interesse
público, JULGO de ofÃ-cio EXTINTA A PUNIBILIDADE do nacional GILSON MARQUES LIMA, em face
da prescrição da pretensão punitiva do Estado, nos termos do art. 107, IV, c/c art. 109, IV, todos do
Código Penal.          Publique-se, Registre-se, Intimem-se e Cumpra-se         Â
Abaetetuba/PA, 22 de outubro e 2021. Â Â Â Â Â Â Â Â Â PAMELA CARNEIRO LAMEIRA Â Â Â Â Â Â Â
  JuÃ-za de Direito, titular da Vara Criminal da Comarca de Abaetetuba/PA. PROCESSO:
00017881820138140070 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
PAMELA CARNEIRO LAMEIRA A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 23/10/2021
DENUNCIADO:ODIVALDO RODRIGUES PEREIRA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO
ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ABAETETUBA VARA CRIMINAL DE ABAETETUBA SENTENÃA Â Â
       Vistos os autos.          O Ministério Público do Estado do Pará ofereceu
denúncia em face do acusado ODIVALDO RODRIGUES PEREIRA, pela prática do crime tipificado no
artigo 14, da lei n° 10.826/03.          A denúncia foi recebida em 27/01/2014       Â
  O processo e o curso do prazo prescricional foram suspensos, nos termos do art. 366 do CPP.   Â
      RELATADO. DECIDO.          Primeiramente, constata-se que o réu não
deveria ter sido citado por edital, e tampouco, o processo e o prazo prescricional deveriam ter sido
suspensos, visto que o acusado não foi localizado, assim incumbindo o Representante do Ministério
Público o fornecimento de seu endereço atualizado para fins de nova tentativa de citação.     Â
    Entendo, portanto, que não foram esgotados todos os meios para a localização do réu com
fim de citá-lo, razão pela qual torno sem efeito a decisão que determinou sua citação por edital e
todos os seus consectários legais.          No presente caso, verifica-se que a pena,
abstratamente cominada ao delito em referência, não ultrapassa 04 (quatro) anos de reclusão e, por
conseguinte, a prescrição, neste feito, materializa-se em 08(oito) anos, a partir da data do recebimento
da peça acusatória, consoante os termos dos artigos 109, IV c/c 117, inciso IV, ambos do CPB.    Â
     Contudo, a acusado era menor de 21 anos de idade ao tempo do crime, conforme
qualificação na denúncia e guia de identificação criminal, o que faz com que os prazos sejam
531
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
reduzidos da metade (art. 115, do CP).          Dessa forma, verifica-se que já se passaram
mais de sete anos entre a data do recebimento da denúncia e a presente data, caracterizando, portanto,
a prescrição da pretensão punitiva prevista no art. 109, IV, do CP.          Por todo
exposto, por se tratar de matéria de interesse público, JULGO de ofÃ-cio EXTINTA A PUNIBILIDADE do
nacional de ODIVALDO RODRIGUES PEREIRA, em face da prescrição da pretensão punitiva do
Estado, nos termos do Art. 107, IV, c/c art. 109, IV, e art. 115, todos do Código Penal.         Â
Publique-se, Registre-se, Intimem-se e Cumpra-se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Abaetetuba/PA, 22 de outubro e
2021. Â Â Â Â Â Â Â Â Â PAMELA CARNEIRO LAMEIRA Â Â Â Â Â Â Â Â Â JuÃ-za de Direito, titular da
Vara Criminal da Comarca de Abaetetuba/PA. PROCESSO: 00024132320118140070 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PAMELA CARNEIRO LAMEIRA A??o:
Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 23/10/2021 VITIMA:A. C. O. E. DENUNCIADO:PAULINO DE
SOUSA COSTA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE
ABAETETUBA VARA CRIMINAL DE ABAETETUBA SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Vistos os autos. O
Ministério Público do Estado do Pará ofereceu denúncia em face do acusado  PAULINO DE SOUSA
COSTA, pela prática do crime tipificado no artigo 12, da lei n° 10.826/03.          A
denúncia foi recebida em 24/01/2017.          O processo e o curso do prazo prescricional
foram suspensos, nos termos do art. 366 do CPP. Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATADO. DECIDO. Â Â Â Â Â Â
   Primeiramente, constata-se que o réu não deveria ter sido citado por edital, e tampouco, o
processo e o prazo prescricional deveriam ter sido suspensos, visto que o acusado não foi localizado,
assim incumbindo o Representante do Ministério Público o fornecimento de seu endereço atualizado
para fins de nova tentativa de citação.          Entendo, portanto, que não foram esgotados
todos os meios para a localização do réu com fim de citá-lo, razão pela qual torno sem efeito a
decisão que determinou sua citação por edital e todos os seus consectários legais.        Â
 Analisando os autos, verifica-se que ocorreu a prescrição da pretensão punitiva do Estado, em
perspectiva, já que, em caso de eventual condenação, a pena máxima aplicada, levando-se em
consideração as circunstâncias favoráveis do artigo 59 do CP e as causas especiais de aumento e
diminuição, em nenhuma hipótese, ultrapassará 02 anos, razão pela qual incidirá a prescrição
em 04 (quatro) anos, que desde já aplico, nos termos do art. 107, IV, c/c art. 109, V, todos do Código
Penal. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Verifica-se, nos presentes autos, que, passados mais de 04 (quatro) anos do
recebimento da denúncia e não tendo sido prestada a devida jurisdição, não persiste viabilidade
processual concreta para o prosseguimento do Feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Por todo exposto, por se tratar de
matéria de interesse público, JULGO de ofÃ-cio EXTINTA A PUNIBILIDADE do nacional PAULINO DE
SOUSA COSTA, em face da prescrição da pretensão punitiva do Estado, nos termos do art. 107, IV,
c/c art. 109, V, todos do Código Penal.          Publique-se, Registre-se, Intimem-se e
Cumpra-se          Abaetetuba/PA, 22 de outubro e 2021.          PAMELA
CARNEIRO LAMEIRA Â Â Â Â Â Â Â Â Â JuÃ-za de Direito, titular da Vara Criminal da Comarca de
Abaetetuba/PA. PROCESSO: 00037221120138140070 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PAMELA CARNEIRO LAMEIRA A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 23/10/2021 DENUNCIADO:LUIZ CARLOS DOS ANJOS CARVALHO.
PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ABAETETUBA
VARA CRIMINAL DE ABAETETUBA SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Vistos os autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â O
Ministério Público do Estado do Pará ofereceu denúncia em face do acusado LUIZ CARLOS DOS
ANJOS CARVALHO, pela prática do crime tipificado no artigo 14, da lei n° 10.826/03.         Â
A denúncia foi recebida em 27/01/2014          O processo e o curso do prazo prescricional
foram suspensos, nos termos do art. 366 do CPP. Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATADO. DECIDO. Â Â Â Â Â Â
   Primeiramente, constata-se que o réu não deveria ter sido citado por edital, e tampouco, o
processo e o prazo prescricional deveriam ter sido suspensos, visto que o acusado não foi localizado,
assim incumbindo o Representante do Ministério Público o fornecimento de seu endereço atualizado
para fins de nova tentativa de citação.          Entendo, portanto, que não foram esgotados
todos os meios para a localização do réu com fim de citá-lo, razão pela qual torno sem efeito a
decisão que determinou sua citação por edital e todos os seus consectários legais.        Â
 No presente caso, verifica-se que a pena, abstratamente cominada ao delito em referência, não
ultrapassa 04 (quatro) anos de reclusão e, por conseguinte, a prescrição, neste feito, materializa-se
em 08(oito) anos, a partir da data do recebimento da peça acusatória, consoante os termos dos artigos
109, IV c/c 117, inciso IV, ambos do CPB. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Contudo, a acusado era menor de 21 anos
de idade ao tempo do crime, conforme qualificação na denúncia e guia de identificação criminal, o
que faz com que os prazos sejam reduzidos da metade (art. 115, do CP). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Dessa forma,
verifica-se que já se passaram mais de sete anos entre a data do recebimento da denúncia e a presente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
data, caracterizando, portanto, a prescrição da pretensão punitiva prevista no art. 109, IV, do CP.  Â
       Por todo exposto, por se tratar de matéria de interesse público, JULGO de ofÃ-cio
EXTINTA A PUNIBILIDADE do nacional de LUIZ CARLOS DOS ANJOS CARVALHO, em face da
prescrição da pretensão punitiva do Estado, nos termos do Art. 107, IV, c/c art. 109, IV, e art. 115,
todos do Código Penal.          Publique-se, Registre-se, Intimem-se e Cumpra-se.     Â
    Abaetetuba/PA, 22 de outubro e 2021.          PAMELA CARNEIRO LAMEIRA   Â
      JuÃ-za de Direito, titular da Vara Criminal da Comarca de Abaetetuba/PA. PROCESSO:
00055028320138140070 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
PAMELA CARNEIRO LAMEIRA A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 23/10/2021
DENUNCIADO:MANOEL DE JESUS QUARESMA DOS SANTOS. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE
JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ABAETETUBA VARA CRIMINAL DE ABAETETUBA
SENTENÃA          Vistos os autos.          O Ministério Público do Estado do
Pará ofereceu denúncia em face do acusado MANOEL DE JESUS QUARESMA DOS SANTOS, pela
prática do crime tipificado no artigo 14, da lei n° 10.826/03.          A denúncia foi recebida
em 27/01/2014 Â Â Â Â Â Â Â Â Â O processo e o curso do prazo prescricional foram suspensos, nos
termos do art. 366 do CPP. Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATADO. DECIDO. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Primeiramente,
constata-se que o réu não deveria ter sido citado por edital, e tampouco, o processo e o prazo
prescricional deveriam ter sido suspensos, visto que o acusado não foi localizado, assim incumbindo o
Representante do Ministério Público o fornecimento de seu endereço atualizado para fins de nova
tentativa de citação.          Entendo, portanto, que não foram esgotados todos os meios
para a localização do réu com fim de citá-lo, razão pela qual torno sem efeito a decisão que
determinou sua citação por edital e todos os seus consectários legais.          Analisando
os autos, verifica-se que ocorreu a prescrição da pretensão punitiva do Estado, em perspectiva, já
que, em caso de eventual condenação, a pena máxima aplicada, levando-se em consideração as
circunstâncias favoráveis do artigo 59 do CP e as causas especiais de aumento e diminuição, em
nenhuma hipótese, ultrapassará 02 anos, razão pela qual incidirá a prescrição em 04 (quatro)
anos, que desde já aplico, nos termos do art. 107, IV, c/c art. 109, V, todos do Código Penal.     Â
    Verifica-se, nos presentes autos, que, passados mais de sete anos do recebimento da denúncia
e não tendo sido prestada a devida jurisdição, não persiste viabilidade processual concreta para o
prosseguimento do Feito.          Por todo exposto, por se tratar de matéria de interesse
público, JULGO de ofÃ-cio EXTINTA A PUNIBILIDADE do nacional MANOEL DE JESUS QUARESMA
DOS SANTOS, em face da prescrição da pretensão punitiva do Estado, nos termos do art. 107, IV, c/c
art. 109, V, todos do Código Penal.          Publique-se, Registre-se, Intimem-se e Cumpra-se
         Abaetetuba/PA, 22 de outubro e 2021.          PAMELA CARNEIRO
LAMEIRA Â Â Â Â Â Â Â Â Â JuÃ-za de Direito, titular da Vara Criminal da Comarca de Abaetetuba/PA.
PROCESSO: 00055475320148140070 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PAMELA CARNEIRO LAMEIRA A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 23/10/2021 DENUNCIADO:MARCIVALDO PANTOJA CORREA. PODER
JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ABAETETUBA VARA
CRIMINAL DE ABAETETUBA SENTENÃA          Vistos os autos. O Ministério Público do
Estado do Pará ofereceu denúncia em face do acusado  MARCIVALDO PANTOJA CORREA, pela
prática do crime tipificado no artigo 14, da lei n° 10.826/03.          A denúncia foi recebida
em 28/01/2015. Â Â Â Â Â Â Â Â Â O processo e o curso do prazo prescricional foram suspensos, nos
termos do art. 366 do CPP. Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATADO. DECIDO. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Primeiramente,
constata-se que o réu não deveria ter sido citado por edital, e tampouco, o processo e o prazo
prescricional deveriam ter sido suspensos, visto que o acusado não foi localizado, assim incumbindo o
Representante do Ministério Público o fornecimento de seu endereço atualizado para fins de nova
tentativa de citação.          Entendo, portanto, que não foram esgotados todos os meios
para a localização do réu com fim de citá-lo, razão pela qual torno sem efeito a decisão que
determinou sua citação por edital e todos os seus consectários legais.          Analisando
os autos, verifica-se que ocorreu a prescrição da pretensão punitiva do Estado, em perspectiva, já
que, em caso de eventual condenação, a pena máxima aplicada, levando-se em consideração as
circunstâncias favoráveis do artigo 59 do CP e as causas especiais de aumento e diminuição, em
nenhuma hipótese, ultrapassará 02 anos, razão pela qual incidirá a prescrição em 04 (quatro)
anos, que desde já aplico, nos termos do art. 107, IV, c/c art. 109, V, todos do Código Penal.     Â
    Verifica-se, nos presentes autos, que, passados mais 06 (seis) anos do recebimento da denúncia
e não tendo sido prestada a devida jurisdição, não persiste viabilidade processual concreta para o
prosseguimento do Feito.          Por todo exposto, por se tratar de matéria de interesse
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COMARCA DE MARABÁ
PODER JUDICIÁRIO
Por meio deste fica INTIMADO o advogado(a): Dr.(a) JHONN CHARLLES MORAES CHAGAS OAB/PA
14.735, para que apresente RESPOSTA ESCRITA em favor do acusado FELIPE FERREIRA DA
CONCEIÇÃO, nos termos do artigo 396 do CPP, podendo alegar quaisquer das matérias elencadas
no Art. 396-A do mesmo diploma, nos autos de ação penal nº 0013548-85.2016.814.0028, em que é
(são) acusado(s) FELIPE FERREIRA DA CONCEIÇÃO.
Diretor de Secretaria
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COMARCA DE SANTARÉM
pena, ante as circunstâncias judiciais desfavoráveis e condenação em outro feito, igualmente por
violência doméstica, contra a mesma vÃtima.            O réu deverá iniciar o
cumprimento da pena em regime aberto, conforme art. 33, §2º e 3º, do CP.            O
juÃzo da execução deverá, após verificar possÃveis outras condenações, fixar condições do
cumprimento da pena em regime aberto, salvo se por soma ou unificação, ocorrer a necessidade de
cumprir em regime mais gravoso.            No caso em apreço, considerando que o réu
não esteve preso provisoriamente, deixo de aplicar a detração prevista no novel art. 387, § 2º o
Código de Processo Penal, sendo que o regime inicial não será modificado.            O
denunciado poderá apelar em liberdade, se pretender recorrer desta decisão. Ademais, o montante da
sanção aplicada, ante os princÃpios da proporcionalidade e homogeneidade, desautorizam a
decretação da prisão, no momento. Considero a sanção cominada necessária e suficiente para os
fins a que se destina.            Dos danos morais            Com fulcro no
artigo 387, IV, do CPP, e diante do que nos autos consta, fixo o valor mÃnimo para reparação dos
danos morais causados as vÃtimas a quantia de R$ 1.000,00 (mil reais), corrigido monetariamente pelo
IGPM a partir da data do arbitramento (Súmula 362 do STJ), com juros de mora de 1% ao mês, a partir
da data dos fatos (Súmula 54 do STJ), podendo a vÃtima executá-lo pelo valor ora fixado perante o
JuÃzo CÃvel competente, sem prejuÃzo da liquidação para a apuração do dano efetivamente
sofrido, conforme inteligência do art. 63, parágrafo único, do Código de Processo Penal, para buscar a
complementação na seara própria e adequada, se assim entender conveniente.
           MEDIDAS PROTETIVAS            Ademais, independente das
condições a serem impostas para o cumprimento da pena em regime aberto, aplico as seguintes
medidas protetivas, já deferidas nos autos autônomos de 0004264- 42.2020.8.14.0051: I) Abster de
perseguir, intimidar, ameaçar a ofendida ou fazer uso de qualquer método que prejudique ou ponha em
risco a vida da vÃtima, sua integridade fÃsica e psÃquica, bem como sua propriedade; II) - PROIBIÃÃO
DE APROXIMAÃÃO DA VÃTIMA e seus familiares exclusivos, pelo que fixo o limite mÃnimo de 100
metros de distância entre esta e o agressor, RESGUARDADO O DIREITO DE CONVIVÃNCIA COM OS
FILHOS, o qual deverá ser exercido através de Lucélia dos Santos Barbosa, irmã da requerente, a
fim de garantir o cumprimento das medidas; III) Proibição de dirigir a palavra ou ter contato com a
vÃtima e familiares exclusivos, seja pessoalmente, seja por telefone ou qualquer outro meio de
comunicação; IV) Proibição de frequentar os lugares comumente frequentados pela vÃtima,
especialmente o local de trabalho e residência dela.            V) Afastamento do lar.
           Acrescento a seguinte medida: VI) Comparecer ao CAPS-AD (Avenida Presidente
Vargas, 2809, próximo à Defensoria Pública, Aparecida - 08 às 18 h), NO PRAZO DE CINCO DIAS,
para que seja submetido ao acompanhamento pelo Centro de Atenção Psicossocial de apoio a
usuários de álcool e outras drogas, pelo perÃodo mÃnimo de 01 (um) ano.            Fica o
requerido intimado para imediato cumprimento das medidas protetivas, independente do transito em
julgado desta sentença, advertindo-o que em caso de desobediência sua prisão preventiva poderá
ser decretada, e a caracterização de crime próprio.            Custas na forma da lei.
           Junte-se cópia da presente sentença nos autos das medidas protetivas, caso
existente, ainda que já arquivado (juntada via Libra).            Havendo o trânsito em
julgado desta sentença, lance-se o nome do réu no rol dos culpados, proceda-se às anotações e
comunicações necessárias, principalmente para o Tribunal Regional Eleitoral, para os fins do artigo
15, III, da Constituição Federal, bem como expeça-se a Guia de Execução de Pena, em
conformidade com as determinações do PROV 006-CJCI.            Finalmente, baixe-se
o registro de distribuição e arquive-se.            Publicada em audiência.
           Expedientes necessários.            Santarém, 29 de novembro de
2021.            Carolina Cerqueira de Miranda Maia      JuÃza de Direito
Deliberação final: Após a leitura da sentença, a defesa do acusado manifestou interesse em recorrer
da sentença, pelo que fica aberto nesta data o prazo para a apresentação das razões recursais.
Após, ao Ministério Público para contrarrazões. Apresentadas as razões e contrarrazões ao
recurso, remetam-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com as homenagens
desta magistrada. Nada mais lido e achado conforme, este termo foi encerrado. Eu, Igor Edevaldo Alves
Machado, estagiário, o digitei e conferi. Este termo foi integralmente lido disponibilizado, sem
correções e nem requerimentos pelas partes, as quais dispensaram as suas assinaturas, nos termos da
PORTARIA CONJUNTA Nº 7/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI. 3 (TJDFT, Acórdão n.933908,
20100110125854APO, Relator: LEILA ARLANCH, Revisor: GISLENE PINHEIRO, 2ª TURMA CÃVEL,
Data de Julgamento: 06/04/2016, Publicado no DJE: 14/04/2016. Pág.: 179/183) FORÃM DE
SANTARÃM Endereço: Av. Mendonça Furtado, S/N, Bairro Liberdade, CEP 68.040-050, Santarém-
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COMARCA DE ALTAMIRA
causa debendi nos embargos à monitória. Precedentes citados: AgRg no Ag 1.143.036-RS, DJe
31/5/2012, e REsp 222.937-SP, DJ 2/2/2004. REsp 1.094.571-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado
em 4/2/2013.      Conforme ensina a melhor doutrina, o mérito da demanda deve ser conceituado
como a pretensão à tutela jurÃ-dica buscada pelo autor em juÃ-zo.      Respondendo à questão
sobre o que o autor pretende com o processo judicial, estar-se-á determinando seu mérito. Quando o
autor ingressa com uma ação de conhecimento, pretende, em primeiro plano, o reconhecimento do
direito por ele afirmado, para assim poder, posteriormente, satisfazer o seu direito, seja por meio do
cumprimento ¿voluntário¿ da obrigação pelo devedor, seja por meio da própria força gerada pela
sentença (declaratória e constitutiva) ou, ainda, mediante execução forçada, quando além do
reconhecimento do direito o autor requer a condenação do réu ao cumprimento de uma prestação.
     Entendo que o mérito do processo monitório não se confunde com o mérito do processo
de conhecimento tradicional. Na realidade, o mérito monitório é mais próximo do mérito do
processo executivo, registrando-se, entretanto, que as manifestas diferenças procedimentais entre os
dois processos não permitem nenhuma confusão entre eles.      O art. 700, caput, do Novo CPC
dispõe que a ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita
sem eficácia de tÃ-tulo executivo, ter direito de exigir do devedor capaz o cumprimento de qualquer
espécie de obrigação. A leitura do texto legal leva à conclusão de que o autor, ao ingressar com a
demanda monitória, não está buscando o reconhecimento de seu direito, mas tão somente o
pagamento de soma em dinheiro ou entrega de coisa. A pretensão do autor no processo monitório é,
portanto, a satisfação de seu direito, e não o seu reconhecimento.      Mesmo quando o autor
não obtém o que pretende, que indubitavelmente é a satisfação de seu direito, no caso de o réu
não cumprir sua obrigação no prazo legal, o que se vê é a conversão do mandado inicial em
tÃ-tulo executivo, e não a existência de decisão que reconhece o direito alegado na inicial pelo autor.
     No caso presente, foram aforados embargos, cujas preliminares já foram rebatidas no capÃ-tulo
anterior.      Tratando-se de ação incidental, os embargos ao mandado monitório exigem o
oferecimento de uma petição inicial, nos termos dos arts. 319 e 320 do Novo CPC, seguindo-se o
procedimento comum. Diferente dos embargos à execução, nos embargos ao mandado monitório a
cognição é plena, sendo admissÃ-vel a alegação de qualquer matéria de defesa, nos termos do
art. 702, § 1º, do Novo CPC.      A interposição dos embargos ao mandado monitório
suspende a eficácia do mandado inicial (art. 702, § 4º, do Novo CPC), e, havendo a interposição de
embargos parciais, a parcela do mandado não impugnada converte-se de pleno direito em tÃ-tulo
executivo, nos termos do art. 702, § 7º, do Novo CPC), o que já permite a propositura da execução
definitiva por meio do cumprimento de sentença dessa parte incontroversa da pretensão do autor.
     No caso presente, portanto, tem-se por incontroversa a quantia de R$ 197.580,00 (cento e
noventa e sete mil, quinhentos e oitenta reais), eis que a preliminar da requerida RODRIGUES ? LIRA
DISTRIBUIDOR LTDA - ME fora rejeitada e restou demonstrada o débito da referida requerida por meio
das notas fiscais juntadas. Â Â Â Â Â III. DISPOSITIVO. Â Â Â Â Â Pelo exposto ACOLHO A PRELIMINAR
da requerida NORTE ENERGIA, reconhecendo sua ilegitimidade passiva, julgo IMPROCEDENTE o
pedido formulado nos embargos opostos pela requerida RODRIGUES ? LIRA DISTRIBUIDOR LTDA - ME
à presente ação monitória e, por consequência, DECLARO constituÃ-do o tÃ-tulo executivo judicial,
na forma do art. 702, § 8º, do Código de Processo Civil, no valor R$ 197.580,00 (cento e noventa e
sete mil, quinhentos e oitenta reais), com juros de 1% ao mês a partir da citação e correção
monetária, com adoção de INPC, a partir da propositura da ação.      Promova-se a
exclusão da requerida NORTE ENERGIA S/A do polo passivo da ação.      Condeno a
requerida RODRIGUES ? LIRA DISTRIBUIDOR LTDA - ME ao pagamento das custas e dos honorários
advocatÃ-cios, estes arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação.      Após
o trânsito em julgado, intime-se a autora para juntar aos autos, no prazo de 15(quinze) dias, planilha
atualizada do débito nos termos acima, a fim de possibilitar a instauração da fase de cumprimento de
sentença do art. 523 e seguintes do CPC. Cumprida a diligência, anote-se a nova fase processual. Em
seguida, intime-se, pessoalmente, a devedora para que, no prazo de 15 (quinze) dias, cumpra
voluntariamente a obrigação, sob pena de multa de 10% (dez por cento) e honorários advocatÃ-cios de
10% sobre o valor da dÃ-vida (art. 523, §1º, do CPC).      Publique-se, registre-se, intime-se.
     Altamira/PA, 12 de novembro de 2021. LUANNA KARISSA ARAÿJO LOPES JuÃ-za de Direito
Titular da 2ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Comarca de Altamira/PA 08
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
ATO ORDINATÓRIO
De ordem da Exma. Sra. LUANNA KARISSA ARAÚJO LOPES SODRÉ, MM. Juíza de Direito Titular da 2ª
Vara Cível e Empresarial da Comarca de Altamira, nos termos do Provimento nº 006/2009-CJCI, realizo a
intimação das partes para manifestação sobre os cálculos apresentados pelo Contador do Juízo às fls.
296/303, no prazo de 05 (cinco) dias, iniciando-se pela parte autora. Dado e passado nesta cidade de
Altamira-PA, aos 30 de novembro de 2021. Eu, Jeniffer Pereira de Melo, Diretora de Secretaria da 2ª Vara
Cível, digitei e subscrevo nos termos do Provimento 006/2009-CJCI.
Provimento 006/2009-CJCI.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
COMARCA DE CASTANHAL
Processo n° 0000052-36.2008.814.0015
DESPACHO
Após, conclusos.
P. R. I. C.
Processo nº 000279-25.2015.814.0015
DECIS¿O
Tendo em vista o recurso de Apelação, intime-se o apelado, para no prazo legal apresentar contrarrazões.
Cumpra-se.
Juíza de Direito
Processo 0002401-38.2015.8.14.0015
DESPACHO
R. Hoje.
1. Intimem-se as partes para dizerem sobre a possibilidade de eventual julgamento antecipado do mérito,
nos moldes do art. 355 do CPC-2015, ou em caso negativo se possuem outras provas a produzir, inclusive
em audiência de instrução e julgamento, especificando-a, a fim de que o Juízo possa proceder ao
saneamento do feito, nos moldes do art. 358 do CPC-2015.
2. P. R. I. Cumpra-se.
Juíza de Direito
Ação: Indenização por Dano Morais c/c Inexistência de Débito c/c Repetição de Indébito
Conforme autorizado pelo Provimento n.º 006/2009-CJCI e pelo Provimento n.º 008/2014-CJRMB, intimo o
patrono judicial da requerente, Dr. Waldyr de Souza Barreto - OAB/PA nº 12.396, para, no prazo de 15
(quinze) dias úteis apresentar réplica à contestação de fls. 78-95, oferecida pelo requerido Banco Pan S/A.
Castanhal, 28/11/2021.
SIMONE PINHEIRO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Analista Judiciário
ATO ORDINATÓRIO
Processo nº 0002444-72.2015.814.0015
Nos termos do Provimento 0008/2014 da Corregedoria de Justiça da Região Metropolitana de Belém, fica
INTIMADO a parte REQUERIDA, através de seu(ua) advogado(a) DAVI COSTA LIMA, OAB-PA 12.374,
para depositar em Juízo (subconta) o valor dos honorários, sob pena de preclusão do direito de prova.
Castanhal, 28/11/2021.
SIMONE PINHEIRO
Analista Judiciário
PROCESSO N. 0002239-43.2015.814.0015
AÇÃO DE RESTABELECIMENTO DE BENEFÍCIO DE AUXÍLIO DOENÇA
PREVIDENCIÁRIO DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRABALHO
REQUERENTE: FRANCISCO CHARLES DA SILVA OLIVEIRA
ADVOGADO(A): TERCYO FEITOSA PINHEIRO, OAB/PA 22.277
REQUERIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL ¿ INSS.
ATO ORDINATÓRIO
Processo Nº 0001703-73.2016.8.14.0087
JOEL TENÓRIO
SENTENÇA
Vistos, etc.
Cuidam os presentes autos de Ação de Reintegração de Posse, intentada por ANA CLARA SERRÃO
FAYAL em face de MOZART AQUIME DE MORAES e OUTROS.
Determinada a emenda da inicial, fl. 577, a parte autora se quedou inerte, conforme Certidão de fl. 582.
É o relatório. DECIDO.
Analisando os presentes autos, constato que a situação em epígrafe caracteriza-se como a prevista no
art. 321, parágrafo único, do CPC/15, sendo, portanto, imperioso o indeferimento da inicial.
Pelo exposto, indefiro a petição inicial e extingo o feito, sem resolução do mérito, na forma do que
dispõe o art. 330, inciso IV, do Código de Processo Civil.
Condeno a autora em custas processuais e honorários advocatícios que fixo em 10% (dez por
cento) do valor da causa, registrando, entretanto, que a condenação sucumbencial ficará sob condição
suspensiva de exigibilidade, nos termos do art. 98 § 3º do CPC, à vista da gratuidade de justiça que ora
defiro, tendo em vista o pleito constante da Exordial (fl. 11), bem como a verossimilhança entre a alegação
de hipossuficiência aduzida e a situação narrada pela autora na Inicial.
P.R.I.C.
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Juiz de Direito
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COMARCA DE BARCARENA
Processo n° 0009144-17.2017.8.14.0008
SENTENÇA
Vistos, etc.
Trata-se de aç¿o de interdiç¿o ajuizada pela requerente JOAO DA SILVA DOS SANTOS, em favor de seu
filho MARIANO COLARES DOS SANTOS, portador de doença mental CID 10 F29, sendo totalmente
incapaz para os atos da vida cível.
Juntou documentos.
A documentaç¿o juntada aos autos atesta que o interditado é incapacitado para praticar os atos da vida
civil, conforme laudos médicos de fls. 18, bem como através de constataç¿o do juízo quando da audiência.
Portanto, n¿o há dúvidas de que a mesma n¿o reúne condiç¿es mínimas para responder, por si só, pelos
atos da vida civil perante terceiros, estando patente a sua incapacidade.
Destarte, com base em tudo que consta nos autos, bem como com fundamento no parecer ministerial,
DECRETO a interdiç¿o de MARIANO COLARES DOS SANTOS, já qualificada nos autos, nomeando-lhe
como curador JO¿O SILVA DOS SANTOS, de conformidade com o disposto no art. 1.775 do CC. Com
fulcro no que disp¿e o art. 1.772 do CC, considerando o estado mental do interditando, a declara
absolutamente incapaz para o exercício dos atos da vida civil, incumbido à curadora a inteira
responsabilidade pela mesma.
Proceda-se à publicaç¿o da sentença na imprensa local e no órg¿o oficial por três vezes com intervalo de
10 (dez) dias de conformidade com o art. 755 e seguintes do CPC.
Se n¿o existirem bens imóveis em nome do interditando, dispenso a inscriç¿o da hipoteca legal.
P.R.I.
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Sem custas.
Juíza de Direito
PROCESSO N° 0010132-72.2016.8.14.0008
SENTENÇA
Deste modo, com fulcro nos arts. 203, § 1º, 354, 485, VI e 493, caput do CPC, extingo o processo sem
resoluç¿o do mérito.
Sem incidência de custas processuais e honorários advocatícios, haja vista n¿o ter havido sucumbente no
processo e a extinç¿o do procedimento n¿o ter sido decorrente de requerimento das partes com base
em desistência, renúncia ou reconhecimento do pedido, mas em raz¿o da perda superveniente do objeto
(arts.85, caput e 90, caput do CPC).
Juíza de Direito
PROCESSO N° 0003419-81.2016.8.14.0008
SENTENÇA
É o relatório. Decido.
Homologo a desistência a fim de que surtam seus jurídicos e legais efeitos, pelo que extingo o processo
sem resoluç¿o do mérito, nos termos do art. 485, VIII do CPC.
Expeça-se o necessário.
P. R. I. C.
Juíza de Direito
PROCESSO N° 0011694-19.2016.8.14.0008
REQUERENTE: M.D.S.S.
SENTENÇA
Trata-se de ação de execução de alimentos, ajuizada por M.D. S. S., representada por sua genitora
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Decretada a prisão civil do executado, consta certidão informando o cumprimento do mandado de prisão
no dia 23/11/2021.
Foi juntada petição e declaração, onde se verifica que o executado quitou o débito contido nos autos.
É o relatório. Decido.
Diante da petição acostada aos autos, verifica-se que houve a satisfação parcial da obrigação, não
havendo mais interesse que justifique o prosseguimento do feito.
Deste modo, com fulcro nos arts. 203, § 1º e 924, II do CPC, extingo o processo de execução, decretando
a extinção da obrigação contida no título.
Considerando que a prisão civil é uma medida coercitiva que visa o adimplemento da obrigação pelo
devedor e, haja vista a declaração acostada aos autos, compreendo que não mais se justifica a
manutenção do decreto prisional.
Desta feita, revogo a prisão civil de MANOEL DA CONCEIÇÃO DE SOUSA, e determino a expedição
do competente Alvará de Soltura, a ser encaminhado à autoridade responsável pela custódia, para que
seja restituído à liberdade, se não estiver preso também por outro motivo.
Sem incidência de custas processuais e honorários advocatícios, haja vista a gratuidade de justiça.
PROCESSO nº 0036794-10.2015.8.14.0008.
SENTENÇA
Considerando tempo decorrido entre o ajuizamento da aç¿o e a presente data, bem como o objeto da
aç¿o (anulaç¿o do processo de escolha dos Conselheiros Tutelares de Barcarena), além do fato de o
autor n¿o ter se manifestado em face do despacho de fl. 154, verifica-se que houve a perda superveniente
do objeto deste processo, n¿o havendo mais interesse que justifique o prosseguimento do feito.
Deste modo, com fulcro nos arts. 203, § 1º, 354, 485, VI e 493, caput do CPC, extingo o processo sem
resoluç¿o do mérito.
4. servirá a presente, por cópia digitada, como mandado e ofício para as comunicaç¿es necessárias
(Provimento nº 003/2009-CJCI-TJPA).
Juíza de Direito
PROCESSO N° 0009921-75.2012.8.148140008
ADVOGADO: BRENO CESAR C PRADO, OAB/PA N° 11518, AMÂNDIO FERREIRA TERESO JUNIOR,
OAB/SP N° 107414, TALITA MARIA CARMONA DOS SANTOS, OAB/PA N° 14918.
SENTENÇA
É o relatório. Decido.
Compulsando os vê-se estavam parados de 30(trinta) , que o promovente foi intimado movimentar o
processo, tendo transcorrido o de 05 (cinco) dias o impulsionasse, o que demonstra negligência e
desinteresse no prosseguimento.
Sendo , nos arts. 203, 316, 354, 485, III e § 1º do CPC, extingo o processo do .
Juíza de Direito.
25ª Zona Eleitoral nas Eleições Municipais de 2016). Além disso, em face do gozo de férias, folga de
plantão e advento de recesso forense do final de ano de 2016, somente em 08.02.2017 retornei às
atividades de juiz titular da 1ª Vara Cível e Empresarial de Barcarena, tendo encontrado na ocasião 2.576
(dois mil e quinhentos e setenta e seis) autos de processos conclusos em Gabinete há mais de 100 (cem)
dias e um acervo de 11.026 (onze mil e vinte e seis) processos em andamento na Vara, herdados de
gestões anteriores. Ademais, acumulei atribuições com a Vara Criminal de Barcarena/PA nos meses de
novembro e dezembro de 2017. Fórum Des. Inácio de Sousa Moitta - Av. Magalhães Barata, s/nº, Centro,
Barcarena/PA - Tel (91) 3753-4049 - CEP 68.445-000 Página de 1PROCESSO: 00027846020088140008
PROCESSO ANTIGO: 200810022331 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CARLA
SODRE DA MOTA DESSIMONI A??o: Execução Fiscal em: 01/12/2021---EXEQUENTE:ESTADO DO
PARA FAZENDA PUBLICA ESTADUAL Representante(s): JOSE EDUARDO CERQUEIRA GOMES
(ADVOGADO) EXECUTADO:SERMAN SERVICOS DE MANUTENCAO LTDA. Página de 1 1ª VARA
CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE BARCARENA SENTENÇA Trata-se de ação de
execução fiscal, ajuizada pela Fazenda Pública Estadual, em face de SERMAN SERVIÇOS DE
MANUNTENÇÃO LTDA., ambos já qualificados nos autos. O requerente peticionou, requerendo a
homologação da desistência da presente ação por não possuir mais interesse no prosseguimento do feito.
É o relatório. Decido. Homologo a desistência a fim de que surtam seus jurídicos e legais efeitos,
pelo que extingo o processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, VIII do CPC. Sem
custas. P. R. I. C. Barcarena/PA, 27 de outubro de 2020. CARLA SODRÉ DA MOTA DESSIMONI
Juíza de Direito Fórum Des. Inácio de Sousa Moitta - Av. Magalhães Barata, s/nº, Centro, Barcarena/PA -
Tel (91) 3753-4049 - CEP 68.445-000 Juiz de Direito Emerson Benjamim Pereira de
Carvalho.PROCESSO: 00061318320128140008 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CARLA SODRE DA MOTA DESSIMONI A??o:
Procedimento Sumário em: 01/12/2021---REQUERIDO:ALUNORTE ALUMINIO DO NORTE DO BRASIL
SA Representante(s): OAB 15955 - LUCIANA DA MODA BOTELHO (ADVOGADO) OAB 9664 - VICTOR
ANDRE TEIXEIRA LIMA (ADVOGADO) OAB 9685 - DENNIS VERBICARO SOARES (ADVOGADO
DATIVO) REQUERENTE:JOANA DA COSTA SANTOS Representante(s): OAB 7617 - FABRICIO
BACELAR MARINHO (ADVOGADO) OAB 20378 - DANIELA PUGET FREITAS (ADVOGADO) .
DECISÿO INTERLOCUTÿRIA        1. Deixo de receber o recurso e, portanto, não admito o
seu processamento, pois não foram atendidos os pressupostos de admissibilidade recursal.
       2. Em relação a gratuidade de justiça solicitada neste feito, em casos idênticos ao
presente, a jurisprudência do TJPA se posicionou da seguinte forma: [...] concedo à parte apelante os
benefÃ-cios da gratuidade de justiça, eis que, nos termos do art. 90, §3° do Novo CPC, ¿Presume-se
verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural¿. Ressalto que
tal declaração goza de presunção juris tantum, cabendo à parte contrária o ônus da prova em
contrário, havendo também a faculdade atribuÃ-da ao magistrado de solicitar que o requerente do
benefÃ-cio comprove a impossibilidade de arcar com as custas processuais e honorários advocatÃ-cios.
Assim, é imperioso que seja devidamente fundamentada a decisão que indeferir o pedido de justiça
gratuita [...] (TJPA - APELAÿÿO - PROCESSO Nº 0004211-74.2012.8.14.0008 -- DECISÿO
MONOCRÃTICA - REL. DES. JOSÿ MARIA TEXEIRA DO ROSÃRIO; Pub. DJe 25.09.2017)
       Portanto, com base nas informações constantes na petição inicial, vê-se que a parte
autora se declara estar em situação econômica que não lhe permite pagar os encargos processuais.
Desta feita, com fulcro nos arts. 5º, LXXIV da CF/1988, 98, caput e 99, caput, § 3º e 485, §7º do
Código de Processo Civil (CPC), defiro a solicitação dos benefÃ-cios da gratuidade da justiça.
       2. Certifique-se o trânsito em julgado da sentença proferida e, na hipótese de
ocorrência, arquivem-se os autos, fisicamente e via LIBRA.        Publique-se. Registre-se.
Intime-se        Barcarena-PA, 26 de setembro de 2021        CARLA SODRÿ DA
MOTA DESSIMONI JuÃ-za de Direito Titular da 1ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Barcarena-Pa
conclusão, autorizo a retirada pelo advogado/defensor constituÃ-do para que efetue a digitalização.
Intime-se. Cumpra-se. Barcarena-Pará. CÿLIA GADOTTI JuÃ-za de Direito. SE NECESSÃRIO SERVIRÃ
CÿPIA DESTE(A) DESPACHO/DECISÿO COMO MANDADO/PRECATÿRIA conforme autorizado pelo
PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus artigos 3º e 4º.
conclusão, autorizo a retirada pelo advogado/defensor constituÃ-do para que efetue a digitalização.
Intime-se. Cumpra-se. Barcarena-Pará. CÿLIA GADOTTI JuÃ-za de Direito. SE NECESSÃRIO SERVIRÃ
CÿPIA DESTE(A) DESPACHO/DECISÿO COMO MANDADO/PRECATÿRIA conforme autorizado pelo
PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus artigos 3º e 4º.
exaltada, dizendo que queria sua filha, bem como que iria quebrar o fórum inteiro.          Em
ato contÃ-nuo, a denunciada passou a dar tapas no balcão de atendimentos, bem como socos no vidro
que fica sobre o balcão, trincando o vidro com o primeiro soco, e quebrando-o com o segundo.     Â
    Recebimento da denúncia à fl. 07.          Devidamente citada, a ré apresentou
resposta à acusação às fls. 10, após, adentrado a defesa com pedido de instauração de incidente
de insanidade mental.          Houve a instauração de incidente de insanidade mental,
ainda não concluÃ-do, porém com laudo no qual consta a inimputabilidade da ré, conforme anexo. Â
        Após toda a tramitação do feito, vieram os autos conclusos.          Era o
que cabia relatar.          Passo à fundamentação.          Compulsando os
autos, verifica-se que é hipótese de extinção da punibilidade da acusada em decorrência da
prescrição da pretensão punitiva virtual. Explique-se com maior vagar.          Doutrina
majoritária entende ser o Direito Penal dividido basicamente em duas vertentes, quais sejam: o Direito
Penal Objetivo e o Subjetivo. O primeiro é traduzido nas normas (latu sensu) que o Estado, enquanto
regulador da vida em sociedade, elabora, a fim de que se previnam ou reprimam a prática de infrações
de natureza penal; o segundo é caracterizado pelo poder-dever que tem aquela mesma entidade,
possuidora exclusiva da jurisdição, de, em havendo a prática do delito, exercer o seu jus puniendi
(direito de punir) sobre o infrator.          à a lição de ROGÃRIO GRECO1 ao afirmar que:
Direito Penal Subjetivo, a seu turno, é a possibilidade que tem o Estado de criar e fazer cumprir suas
normas, executando as decisões condenatórias proferidas pelo Poder Judiciário. à o próprio jus
puniendi. Se determinado agente praticar um fato tÃ-pico, antijurÃ-dico e culpável, abre-se ao Estado o
dever-poder de iniciar a persecutio criminis in judicio, visando alcançar, quando for o caso e obedecido o
devido processo legal, um decreto condenatório.          Ocorre que há circunstâncias
expressamente previstas pela lei nas quais o Estado pode, tanto quanto renunciar ao citado jus puniendi
(graça, indulto ou anistia), perder dita prerrogativa (morte do agente, retroatividade de lei que não mais
considera o fato como criminoso, prescrição, decadência, perempção etc). São as intituladas
causa extintivas da punibilidade previstas no art. 107 do Código Penal Brasileiro (CP).         Â
Dentre as citadas causas extintivas da punibilidade, especificamente no que tange às hipóteses legais
de perda, pelo Estado, do jus puniendi, está o instituto que de mais perto interessa ao presente caso: a
prescrição penal.          Denomina-se prescrição penal a perda do jus puniendi pelo
Estado em razão do decurso do tempo. Em outros termos, e usando da preciosa lição daquele
mesmo doutrinador: (...) poderÃ-amos conceituar a prescrição como o instituto jurÃ-dico mediante o qual
o Estado, por não ter tido capacidade de fazer valer o seu direito de punir em determinado espaço de
tempo previsto pela lei, faz com que ocorra a extinção da punibilidade.2          O citado
instituto (prescrição), por sua vez, dentre outras, divide-se em duas espécies: prescrição da
pretensão punitiva do Estado e prescrição da pretensão executória do Estado, distinguindo-se a
primeira da segunda porque aquela ocorre antes do trânsito em julgado da decisão condenatória, ao
que a segunda, somente ocorreria após.          A breve digressão fora necessária para
demonstrar que no presente caso é possÃ-vel a perfeita aplicação do instituto da prescrição da
pretensão punitiva do Estado, razão da necessidade de decretação da extinção da punibilidade.
E para que se demonstre tal assertiva, é mister que se esclareça aquilo que doutrina intitula de
prescrição em perspectiva, virtual ou antecipada.          Trata-se da possibilidade de se
reconhecer a ocorrência da prescrição e, portanto, concluir pela extinção da punibilidade do réu,
tomando por base a futura e provável pena a ser aplicada ao caso (pena in concreto). Em outros termos,
quando da aplicação do mencionado instituto, o magistrado, antes de aferir em quais dos incisos do art.
109 do Código Penal (que enumera os prazos prescricionais da pretensão punitiva do estado) se
enquadraria o delito praticado, verificaria, de acordo com as peculiaridades do caso concreto, o quantum
da pena que, na ocasião da sentença condenatória, seria aplicada ao réu. Em suma, é a
antecipação da PPP retroativa.          Desta feita, fixada a futura pena aplicável, em
sendo o caso, reconhece-se antecipadamente (ou em perspectiva) a ocorrência da prescrição,
decretando, antes mesmo da decisão final, a ocorrência da extinção da punibilidade do réu.   Â
      Em que pesem as divergências doutrinárias, jurisprudenciais e sumulares sobre o assunto,
não há como fechar os olhos para desnecessidade de movimentação da máquina judiciária em
circunstância desse jaez.          Neste sentido, segue observação de Rogério Greco3,
cuja clareza elucidativa merece transcrição, litteris: Qual seria a utilidade da ação penal, que
movimentaria toda a complexa e burocrática máquina judiciária, quando, de antemão, já se tem
conhecimento de que ao final da instrução processual, quando o julgador fosse aplicar a pena, a
quantidade seria suficiente para que fosse declarada a extinção da punibilidade com base na
prescrição da pretensão punitiva estatal? Seria fazer com que todos os envolvidos no processo penal
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
trabalhassem em vão, pois que, desde o inÃ-cio da ação penal, já se saberia que seria impossÃ-vel a
formação do tÃ-tulo executivo penal.          Desta feita, há que se reconhecer a
ocorrência do instituto da prescrição para o presente caso, ainda que em perspectiva/virtual. E isto por
uma razão que salta aos olhos: o crime imputado ao agente é o artigo 163, parágrafo único, III do
CP, sendo assim, tomando por base a pena possivelmente aplicável ao caso (01 ano), tendo em vista
que o réu é primário e possui bons antecedentes, é possÃ-vel que ele seja sentenciado na pena de
01 ano, logo já teria transcorrido o prazo prescricional previsto no artigo 109, inciso V do Código Penal.
         Ora, se a pena possivelmente aplicável ao caso é de 01 (um) ano, e entre a data do
recebimento da denúncia e a data atual, transcorrera por completo o prazo prescricional de 04 (quatro)
anos (art. 109, V do CP), a outra conclusão não se pode chegar senão a de que, extinguira-se a
punibilidade do autor do fato, ante a ocorrência da prescrição, conforme art. 107, IV do Código Penal.
         No mais, não há nos autos quaisquer provas do dano que imputam à ré. Por
força de expressa disposição do art. 158 do CPP, há necessidade da realização do exame de
corpo de delito: ¿Art. 158. Quando a infração deixar vestÃ-gios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.¿         Â
à necessária a realização do exame de corpo de delito para comprovação da materialidade do
crime quando a conduta deixar vestÃ-gios, entretanto, o laudo pericial será substituÃ-do por outros
elementos de prova na hipótese em que as evidências tenham desaparecido ou que o lugar se tenha
tornado impróprio ou, ainda, quando as circunstâncias do crime não permitirem a análise técnica.
Por ser o dano crime material é imprescindÃ-vel a constatação deste, não trazendo os autos sequer
imagens do ocorrido, tão pouco laudo de constatação. Senão vejamos pela própria jurisprudência
do STJ: 1. Segundo a pacÃ-fica jurisprudência desta Corte Superior, quando a conduta deixar vestÃ-gios,
o exame de corpo de delito é indispensável à comprovação da materialidade do crime. O laudo
pericial somente poderá ser substituÃ-do por outros elementos de prova se os vestÃ-gios tiverem
desaparecido por completo ou o lugar se tenha tornado impróprio para a constatação dos peritos. 2.
Na espécie, embora os vestÃ-gios não tenham desaparecido, não foi realizado laudo pericial,
revelando-se a impossibilidade de sua substituição por prova testemunhal.¿ (AgRg no REsp
1.622.139/MG, j. 22/05/2018) ***** ¿1. A hodierna jurisprudência das Turmas que compõem a Terceira
Seção deste Superior Tribunal entende que, para a configuração do tipo penal descrito no art. 7°,
IX, da Lei n. 8.137/1990, impõe-se a demonstração inequÃ-voca da impropriedade do produto. 2. Por
ser infração que deixa vestÃ-gio, é imprescindÃ-vel a realização de exame de corpo de delito direto,
por expressa imposição legal. Somente pode ser substituÃ-do o laudo pericial por outros meios de prova
se o delito não deixar vestÃ-gios, se estes tiverem desaparecido ou, ainda, se as circunstâncias do
crime não permitirem a confecção do laudo. 3. Na hipótese dos autos, o próprio Estado deu causa
ao desaparecimento dos vestÃ-gios, ao inutilizar os produtos antes de sua submissão à perÃ-cia
técnica, motivo pelo qual não pode agora querer alegar o desaparecimento dos vestÃ-gios e comprovar
a materialidade por outros meios de prova.¿ (AgRg no REsp 1.300.606/DF, j. 07/03/2017)       Â
  No mais, como está já fora indicada absolutamente incapaz, conforme laudo anexo: ¿a periciada
é portadora de Doença mental, esquizofrenia paranoide, sendo uma doença psiquiátrica grave de
cunho irreversÃ-vel e crônico com episódios de agudinação, mesmo quando adequadamente tratado,
nem sempre os sintomas remitem podendo apresentar crises de agitação psicomotora, alucinações,
delÃ-rios e perda do juÃ-zo de realidade. Assim, do ponto de vista psiquiátrico forense, a periciada era ao
tempo da prática delituosa inteiramente incapaz de entender o caráter ilÃ-cito dos fatos e inteiramente
incapaz de determinar-se de acordo com esse entendimento." Em eventual hipótese de condenação,
ou absolvição impropria, haverá concretizada a prescrição, vez que esta se estende à medida de
segurança, visto que não houve a finalização do incidente de insanidade mental, tão pouco iniciou-
se a fase instrutória do presente processo.          Assim, o código de processo em penal,
em seu artigo 61, autoriza o juiz a reconhecer uma causa de extinção da punibilidade de ofÃ-cio, razão
pela qual esta é a medida mais acertada. Portanto, não tendo o Estado exercido seu ius puniendi em
tempo hábil, o reconhecimento da extinção da punibilidade pela ocorrência da prescrição é
medida que se impõe.          Decido          Posto isso, DECLARO A
OCORRÃNCIA DA PRESCRIÃÃO do suposto crime e, a fortiori, EXTINGO A PUNIBILIDADE da acusada,
assim o fazendo com base nos artigos 109, V e 107, IV, todos do Código Penal. Após o prazo legal,
proceda-se às baixas devidas. Façam-se as anotações e comunicações de praxe. Dispensável a
intimação do autor do fato nos termos do enunciado 105 do FONAJE. Arquivem-se os autos,
observando-se as formalidades legais, sem necessidade de nova conclusão. Cumpra-se. Dê-se ciência
ao Ministério Público. Santa Maria do Pará, 30 de novembro de 2021. Ana Louise Ramos dos Santos
JuÃ-za de Direito 1 GRECO, Rogério. Curso de direito penal - parte geral. 7ª ed. Rio de Janeiro:
565
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Impetus, 2006, p. 10. 2 Idem, p. 781. 3 Ibdem, p. 807. PROCESSO: 00050761320138140057 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA LOUISE RAMOS DOS SANTOS
A??o: Procedimento Sumário em: 30/11/2021 REQUERENTE:GEZIEL DA SILVA MIRANDA
Representante(s): OAB 10129 - ALDANERYS MATOS AMARAL (ADVOGADO)
REQUERIDO:BRADESCO SEGURO S A. SENTENÃA          Trata-se de ação de
cobrança de seguro obrigatório - DPVAT ajuizada por GEZIEL DA SILVA MIRANDA em face de
BRADESCO SEGURO S.A. Relata a inicial que o requerente sofreu acidente em 15/06/2006 e somente
soube da debilidade permanente com a realização de perÃ-cia ocorrida em fevereiro de 2010.     Â
    Ajuizou demanda perante o Juizado Especial CÃ-vel de Acidentes de Trânsito em janeiro de
2012, contudo a demanda foi extinta. Requereu pagamento integral da indenização. Pleiteou a
condenação da ré ao pagamento de indenização securitária do DPVAT no valor de R$ 13.500,00.
Com a inicial foram apresentados os documentos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Regularmente citada a requerida
apresentou contestação, sustentando em sÃ-ntese: a irregularidade da representação processual do
autor, substituição pela Seguradora LÃ-der dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A, impugnou
documentos apresentados e informou pagamento administrativo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â O autor deixou de se
manifestar e intimado pessoalmente apenas solicitou prosseguimento do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intimado
para regularização da representação processual permaneceu inerte.          Vieram os
autos conclusos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â DECIDO. Â Â Â Â Â Â Â Â Â O feito comporta julgamento antecipado
a ser resolvido pela prescrição.          O autor ajuizou a ação a primeira demanda em
18 de janeiro de 2012 alegando que somente em fevereiro de 2012 teve conhecimento da invalidez
permanente, contudo, ao realizar o registro do acidente BO apresentado à fl. 12 indicou expressamente ter
sofrido lesão irreversÃ-vel, descrevendo a amputação do braço e dificuldade deambular.      Â
   Nos termos do enunciado da Súmula 405 do STJ: "A ação de cobrança do seguro obrigatório
(DPVAT) prescreve em três anos".          Constato que o autor já estava em sua
condição sabidamente consolidada em 2007 e somente em 2012 buscou a cobrança, ou seja,
ultrapassado o prazo prescricional. Não reconheço a ocorrência de causa suspensiva ou interruptiva
da prescrição.          Ademais a requerida alegou pagamento administrativo trazendo
dados do sinistro e valor pago sem impugnação pelo autor e reconheço a irregularidade na
representação processual que não foi sanada no prazo concedido.          Ante o exposto
e por tudo mais que consta dos autos, JULGO EXTINTO o feito, com resolução de mérito, nos termos
do art. 477, II do CPC, reconhecendo a prescrição da pretensão autoral.          Condeno
a parte autora ao pagamento das custas e demais despesas processuais e honorários advocatÃ-cios que
fixo em 10% sobre o valor da causa em atendimento ao disposto no art. 85, §2º do CPC. Suspensa a
exigibilidade nos termos do artigo 98, § 3 do CPC por ser beneficiário da gratuidade.        Â
 Publique-se. Registre-se. Intimem-se.          Observadas as formalidades legais, arquivem-
se os autos oportunamente          Santa Maria do Pará, 29 de novembro de 2021. Ana
Louise Ramos dos Santos JuÃ-za de Direito PROCESSO: 00067883320168140057 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA LOUISE RAMOS DOS SANTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 30/11/2021 REQUERENTE:LUCIA MARIA DA SILVA Representante(s):
OAB 20543 - CARLOS VINICIUS DE ARAUJO AQUINO (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO BMG
Representante(s): OAB 23255 - ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO (ADVOGADO) . SENTENÃA Â
        Vistos. Trata-se de ação de obrigação de fazer cumulada com danos morais
ajuizada por LUCIA MARIA DA SILVA em face de BANCO BMG S/A. Narra a inicial que a requerente
não possui qualquer relação jurÃ-dica com o requerido, mas, foi surpreendida com o lançamento de
seu nome perante os órgãos de proteção ao crédito. Postulou a imediata exclusão e ao, final
responsabilização do réu e condenação ao pagamento de danos morais.          Tutela
de urgência indeferida.          Realizada audiência preliminar não houve acordo (fl. 34). Â
        Em defesa o réu indicou que não foi comprovada ou demonstrada pretensão
resistida não havendo interesse de agir; quanto ao mérito declinou que não foi possÃ-vel identificar o
contrato discutido e rechaçou os pedidos.          A parte autora apresentou réplica à s
alegações defensivas pleiteando inversão do ônus da prova.          Em fase de
saneamento foi a parte autora instada a indicar o ato ilÃ-cito imputável ao requerido, contudo, permaneceu
silente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Vieram os autos conclusos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ã O RELATO. DECIDO. Â Â Â Â
     O feito encontra-se regular e apto ao julgamento.          A pretensão é
improcedente.          Constata-se que a carta de aviso de débito (fl. 12) refere-se a dÃ-vida
apontada pelo Banco Bradesco S.A. e a parte autora não indicou nem demonstrou fato constitutivo do
seu direito alegado. Não houve delimitação e comprovação de ato ilÃ-cito imputável ao
demandado. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Cumpre mencionar que a autora foi instada especificamente para indicar a
566
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
que deu causa. O quantum fixado a tÃ-tulo de danos morais não comporta minoração, uma vez que se
encontra em sintonia com os julgados das Turmas Recursais em casos análogos, bem como observa os
PrincÃ-pios da Proporcionalidade e da Razoabilidade. De ofÃ-cio, altera-se o marco inicial dos juros
moratórios para que incidam a partir da citação. SENTENÃA CONFIRMADA. RECURSO
DESPROVIDO.¿ (Recurso CÃ-vel Nº 71004344255, Primeira Turma Recursal CÃ-vel, Turmas Recursais,
Relator: Roberto Behrensdorf Gomes da Silva, Julgado em 28/01/2014). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim,
ambas as condutas corroboraram com o dano causado a requerente. Obviamente que não se afasta a
responsabilidade do banco que falhou no dever de cautela, mas, por outro lado, justo aplicar como
atenuante na sua responsabilização no momento de mensuração da indenização, o que não se
aplica ao MunicÃ-pio de Santa Maria do Pará.          Quanto à indenização por danos
morais, a jurisprudência vem reiteradamente decidindo que a inscrição indevida do nome do
consumidor nos cadastros de inadimplentes, por si só, enseja indenização, sendo desnecessária a
comprovação do prejuÃ-zo, por ser presumida a sua ocorrência, configurando, assim, o chamado dano
moral in re ipsa. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Portanto, verificados os eventos danosos, surge a necessidade de sua
reparação, nos termos do inciso X do artigo 5º da Constituição Federal e do artigo 927 do Código
Civil. Insere-se sob a responsabilidade objetiva do banco requerido sendo risco do empreendimento.
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. FORNECIMENTO DE ÃGUA. INSCRIÃÃO INDEVIDA NOS
SERVIÃOS DE PROTEÃÃO AO CRÃDITO. DANO MORAL. DANO IN RE IPSA. QUANTUM
INDENIZATÃRIO. EXCEPCIONALIDADE NÃO CONFIGURADA. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE.
SÃMULA 7/STJ.1. A Corte local decidiu em sintonia com a jurisprudência deste Superior Tribunal,
cujo posicionamento assevera que o dano decorrente da inscrição indevida do nome doÂ
consumidor, nos cadastros de proteção ao crédito, constitui dano in re ipsa, sendo, portanto,Â
presumÃ-vel do próprio fato a ocorrência de dano indenizável. 2. A jurisprudência doÂ
Superior Tribunal de Justiça admite, em caráter excepcional, a alteração do quantumÂ
arbitrado, caso se mostre irrisório ou exorbitante, em clara afronta aos princÃ-pios da razoabilidade e da
proporcionalidade, o que não ocorre na espécie. 3. Agravo interno a que se nega provimento.¿ (AgInt
no AREsp 768.308/RJ, Rel. Ministro SÃRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 27/04/2017, DJe
09/05/2017). Destaquei.          Na fixação do valor indenizatório para o BANCO ITAÃ
BMG, cabe ponderar a proporcionalidade ao grau de culpa, ao nÃ-vel socioeconômico da parte autora, e,
ainda, ao porte da empresa ré, de modo a que, de um lado, não haja enriquecimento sem causa de
quem recebe a indenização e, de outro lado, haja efetiva compensação pelos danos morais
experimentados por aquele que fora lesado. Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso em especÃ-fico a desÃ-dia do
órgão pagador nos repasses dos valores descontados em folha de pagamento foi determinante para o
cadastro restritivo devendo, assim, ser atenuada a responsabilização como forma justa e proporcional a
diferenciar das hipóteses em que não há culpa concorrente de terceiro.          Destarte,
durante a instrução probatória não se verifica que a consumidora no perÃ-odo da notificação
extrajudicial prévia tenha contribuÃ-do positivamente para elucidar os fatos demonstrando ao banco a
ocorrência do desconto em folha das prestações do mútuo o que certamente poderia ter evitado a
inscrição indevida.          Sob estes parâmetros, atenta, ainda às finalidades
pedagógica e compensatória do instituto, bem como, à proporcionalidade e razoabilidade, arbitro a
indenização por danos morais EM DESFAVOR DO BANCO ITAà BMG no valor de R$ 3.000,00 (três
mil reais), já em face ao MUNICÃPIO DE SANTA MARIA DO PARà arbitro o valor de R$ 5.000,00 (cinco
mil reais), valores que entendo suficientes a evitar a recidiva pelos requeridos e a amenizar os transtornos
sofridos pela requerente, bem como, partindo-se do arbitramento no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)
ordinariamente fixado pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará e aplicando a redução
ao Banco BMG por reconhecer a concorrência de culpa concorrente de terceiro. EMENTA:
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO DE APELAÃÃO. AÃÃO DE DECLARAÃÃO DE INEXISTÃNCIA DE
DÃBITO C/C INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS. A APELADA A DESPEITO DE TER CONSEGUIDO
EMPRÃSTIMO, FOI VÃTIMA DE FRAUDE NA MEDIDA EM QUE OUTRA PESSOA REALIZOU O SAQUE
EM SEU LUGAR. A INSTITUIÃÃO FINANCEIRA NÃO SE DESINCUMBIU DO ÃNUS QUE LHE
COMPETIA EM RAZÃO DO ART.333, II, DO CPC/73, NÃO TENDO SEQUER IMPUGNADO A ALEGADA
FRAUDE REFERENTE AO SAQUE. A SITUAÃÃO DE FRAUDE NO SAQUE DO EMPRÃSTIMO, BEM
COMO AS COBRANÃAS DO BANCO ACABARAM GERANDO ABALO PARA A APELADA, QUE
SOFREU LIMITAÃÃO DO SEU CRÃDITO, ALÃM DO ABALO EMOCIONAL. A CONFIGURAÃÃO DE
FRAUDE DE TERCEIRO, FATO ESTE, QUE SE DENOTA NA PRESENTE LIDE, NÃO ISENTA A RÃ DE
RESPONSABILIDADE, EIS QUE TAL FRAUDE Ã BASTANTE COMUM, SENDO QUE ESTA
CIRCUNSTÃNCIA APENAS INFLUENCIA NA FIXAÃÃO DO VALOR DA INDENIZAÃÃO, JÃ QUE O
FORNECEDOR NÃO PODE ATRIBUIR A FALHA DA SEGURANÃA DO SERVIÃO QUE PRESTA AO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
COMARCA DE ITAITUBA
COMARCA DE TAILÂNDIA
   4. Em caso de requerimento das partes, fica desde já autorizado o desentranhamento dos
documentos que juntados por cada uma delas. Servirá a presente, por cópia digitada, como
mandado/ofÃ-cio/notificação/carta precatória para as comunicações necessárias (Provimento nº
003/2009-CJCI-TJPA). Tailândia/PA, 18 de novembro de 2021. JOSà DIAS DE ALMEIDA JUNIOR Juiz
de Direito PROCESSO: 00047014820198140074 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSE DIAS DE ALMEIDA JUNIOR A??o: Execução
de Alimentos em: 26/11/2021 EXEQUENTE:R. S. S. S. Representante(s): OAB 17370 - ANA MARIA
MONTEIRO CAVALCANTE (ADVOGADO) REPRESENTANTE:C. S. S. Representante(s): OAB 17370 -
ANA MARIA MONTEIRO CAVALCANTE (ADVOGADO) EXECUTADO:R. L. S. . R.H. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
        Trata-se de Ação de Execução de Alimentos promovida por RAILA SAMANTA
SILVA DOS SANTOS, representada por sua genitora, Sra. CRISTIANA DE SOUSA SILVA em face de
REGINALDO LOPES DOS SANTOS, todos qualificados nos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
No decorrer da lide, a exequente juntou aos autos recibo de pagamento do débito assinado por sua
causÃ-dica, dando plena quitação do débito referente a estes autos (fl. 51).             Â
     O Ministério Público, instado a se manifestar, opinou pela extinção do feito, dado seu
cumprimento, fl. 62-v.                   à o breve relatório. Decido.        Â
          O art. 924, inc. II, do CPC, prevê a extinção da execução, quando o devedor
satisfaz a obrigação, senão vejamos:                   ¿Art. 924. Extingue-se a
execução quando: (...)                   II - a obrigação for satisfeita;¿   Â
               Isso posto, observa-se que, in casu, o executado pagou a integralidade da
dÃ-vida declinada nos autos, conforme recibo id 34757166, motivo pelo qual julgo extinta por sentença e
com resolução de mérito a presente execução, nos termos do art. 924, inciso II, do CPC.    Â
              Sem custas, em razão da gratuidade deferida.             Â
     Ciência ao Ministério Público.                   Com o trânsito em
julgado, arquivem-se os autos com as cautelas legais. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Publique-se,
registre-se e intime-se.                   Tailândia-PA, 17 de novembro 2021.   Â
               JOSà DIAS DE ALMEIDA JÃNIOR                  Â
Juiz de Direito PROCESSO: 00060332120178140074 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSE DIAS DE ALMEIDA JUNIOR A??o: Monitória
em: 26/11/2021 REQUERENTE:BANCO BRASIL SA Representante(s): OAB 15201-A - NELSON
WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO) REQUERIDO:GIRICAO AUTO PECAS LTDA EPP
REQUERIDO:MARTA BARBOSA DA SILVA REQUERIDO:JOAQUIM SILVERIO SILVA JUNIOR. Vistos os
autos.      Trata-se de AÿO MONITÃRIA promovida por BANCO DO BRASIL SA em desfavor de
MARTA BARBOSA DA SILVA e outros. Â Â Â Â Â No decorrer da lide, as partes entabularam acordo
buscando pôr fim à demanda, pleiteando, em seguida, a homologação do pacto e a extinção do
feito, fls. 74/79.      à o breve relatório. Decido.      Compulsando atentamente aos autos,
verifico que o pleito n¿o encontra óbice legal, ao passo que as partes são capazes, inexistindo, nesses
casos, vÃ-cios ou nulidades a sanar. Â Â Â Â Â Assim, diante do exposto, homologo o acordo e julgo
extinto o processo com resolução do seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, ¿b¿, do CPC. Â
    Sem condenação em custas e honorários advocatÃ-cios, em virtude da composição
extrajudicial celebrada entre as partes antes da prolação de sentença.      Oficie-se o SPC e
Serasa, com referência a esses autos, para que promova a retirada de eventuais restrições ao nome
dos requeridos oriundas desta lide.      Cumpridas as pendências, após o trânsito em julgado,
arquivem-se com as cautelas legais.      Tailândia-PA, 22 de novembro de 2021.      JOSÃ
DIAS DE ALMEIDA JÃNIOR Â Â Â Â Â Juiz de Direito PROCESSO: 00062789520188140074 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSE DIAS DE ALMEIDA JUNIOR
A??o: Inventário em: 26/11/2021 REQUERENTE:E. I. C. F. Representante(s): OAB 11581 - JOSE
FERNANDES JUNIOR (ADVOGADO) OAB 20583 - HERBERT JUNIOR E SILVA (ADVOGADO) OAB
11579 - ALBA VALERIA PARREIRA DE FREITAS (ADVOGADO) OAB 28541 - PEDRO DE FREITAS
FERNANDES (ADVOGADO) REPRESENTANTE:LUCELIA VIEIRA CORREA Representante(s): OAB
11581 - JOSE FERNANDES JUNIOR (ADVOGADO) OAB 20583 - HERBERT JUNIOR E SILVA
(ADVOGADO) OAB 11579 - ALBA VALERIA PARREIRA DE FREITAS (ADVOGADO) OAB 28541 -
PEDRO DE FREITAS FERNANDES (ADVOGADO) HERDEIRO:DANIELA FROSSARD MARTINS
BAUMGARTNER Representante(s): OAB 26352 - THAIS DANTAS ALVES (ADVOGADO) . DESPACHO Â
      Considerando a juntada da contestação de fls. 143/187, intime-se a parte autora (via Dje)
para réplica, no prazo de 15 (quinze) dias, em cumprimento ao determinado no despacho de fls.123,
item III.        Ressalte-se que a autora deverá se manifestar expressa e especificamente sobre
o pedido item ¿j¿ da contestação, referente a administração integral do espólio, notadamente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
em relação às despesas provenientes do Racho Frossard, tendo em vista o ônus que lhe é
atribuÃ-do por lei (CPC, artigo 618, II) na condição de inventariante.        23 de novembro de
2021.        JOSà DIAS DE ALMEIDA JÃNIOR        Juiz de Direito Fórum Des. Inácio
de Sousa Moitta ¿ Av. Magalhães Barata, s/nº, Centro, Barcarena/PA ¿ Tel (91) 3753-4049 ¿ CEP
68.445-000 Página de 1 PROCESSO: 00075563420188140074 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSE DIAS DE ALMEIDA JUNIOR A??o:
Procedimento Comum Cível em: 26/11/2021 REQUERENTE:SERRARIA NOSSA SENHORA DA
CONCEIÇÃO LTDA Representante(s): OAB 25228 - IARA ANDRESSA DE OLIVEIRA DAMASCENO
(ADVOGADO) REQUERIDO:CENTRAIS ELETRICAS DO PARA CELPA Representante(s): OAB 20291 -
JANARY DO CARMO VALENTE (ADVOGADO) OAB 23766 - AMANDA QUEIROZ DE OLIVEIRA
(ADVOGADO) OAB 14073 - CARLA DO SOCORRO RODRIGUES ALVES (ADVOGADO) OAB 12358 -
FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES (ADVOGADO) . SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â
 Tratam os autos de ação ajuizada por SERRARIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÃÃO contra
Equatorial Pará Distribuidora De Energia S.A, no bojo da qual pleiteia a revisão/anulação de
débitos decorrentes de consumo de energia elétrica.          Aduz o Autor ter realizado
parcelamento de débito junto à Ré e logo após recebeu multa de religação no valor de R$
3.059,07. No mês de outubro de 2017 a energia elétrica teria sido suspensa pela fornecedora de
energia.          Já em novembro de 2017 teria sido encaminhada fatura de cobrança no
valor de R$ 13.028,64.          Em dezembro de 2017 houve cobrança no valor de R$
6.499,85 referente a consumo mÃ-nimo e parcelamento. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em janeiro de 2018 a fatura
referia-se tão somente ao parcelamento da dÃ-vida.          Em fevereiro de 2018, mesmo
com o fornecimento de energia suspenso a Ré teria encaminhado cobrança no valor de R$ 6305,03,
valor este atinente a consumo mÃ-nimo e ao valor do parcelamento de dÃ-vida anterior. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Ãs fls. 09, a Autora passa a detalhar os débitos a serem revisados ou anulados.          Por
sua vez, a Ré defende a regularidade das cobranças.          Presentes os pressupostos
processuais e as condições da ação, passo ao exame do mérito.          Parcial
razão assiste à Autora.          à relação jurÃ-dica posta em juÃ-zo aplica-se o CDC. Com
base nele a lide deve ser solucionada. Isso porque é o tÃ-pico caso de aplicabilidade da teoria finalista
aprofundada ou mitigada. Ela amplia o conceito de consumidor para alcançar a pessoa fÃ-sica ou
jurÃ-dica que, embora não seja a destinatária final do produto ou serviço, esteja em situação de
vulnerabilidade técnica, jurÃ-dica ou econômica em relação ao fornecedor, como é o caso da
Autora.          Embora a Autora seja parte vulnerável tecnicamente, há que se levar em
conta a necessidade de apresentação de verossimilhança de suas alegações. à dizer: exige-se um
mÃ-nimo de plausibilidade quanto ao direito vindicado, com esclarecimentos e elementos probatórios
iniciais.          Nesse sentido, como se verá adiante, pela leitura da inicial, não é
apontado ao juÃ-zo e nem documentado pela Autora os perÃ-odos em que supostamente teria havido
interrupção na prestação de serviços, fato suscitado como causa de pedir.         Â
Senão vejamos.          * Fatura referente a 09/2017 - Fatura no valor de R$ 15.953,31.
Contesta custo de religação no valor de R$ 3059,07, afirmando não ter havido interrupção na
prestação do serviço. Além disso, contesta outros componentes do consumo no valor de R$
10.210,73.          Quanto a essa fatura, a Ré explica ter havido corte energia em 15/09/2017
por inadimplência das faturas de maio a julho de 2017. Aduz ter havido auto-religação por parte do
Autor, antes mesmo do procedimento de religação por parte da Ré. Assim, a taxa de religação
inserida na fatura de 09/2017 seria devida. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Quanto a aludida fatura, observa-se que o
número de dias faturados corresponde a 32. Verifica-se que o total consumido e valor da fatura não
destoam sobremaneira do histórico de consumo apresentado às fls. 23/24. Portanto, na ausência de
prova documental, testemunhal e pericial, carece de verossimilhança a irresignação da Autora.   Â
      No entanto, quanto à cobrança da taxa de religação, percebe-se que de fato a
cobrança é abusiva. Não há nos autos qualquer elemento probatório produzido pela Ré nesse
sentido. Como se trata de uma cobrança unilateral, uma espécie de multa/penalidade, era ônus seu
comprovar a ocorrência do evento.          * Fatura 10/2017 - Fatura no valor de R$
13.028,64. A Autora contesta nessa fatura o valor de R$ 93,53 referente a taxa de religação. Além
disso, nos pedidos requereu o reconhecimento da cobrança indevida no valor de R$ 9.721,57.     Â
    A Ré aduz: a fatura corresponde ao consumo realizado, apurado de 26/09/2012 a 16/10/2017. Â
        Em 30/09/2017 informa a Ré novo corte de energia por inadimplência da parcela
referente a 09/2017. Conforme se depreende do relatório de fls 23/24, a Autora esteve inadimplente no
mês 09/17, Assim, ao juÃ-zo não parece indevida a cobrança da taxa de religamento questionada.  Â
       A outro giro, não merece guarida o pleito da Autora quanto à fatura em destaque. Veja-se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
que o valor da fatura não destoa dos valores outrora apresentados, em meses anteriores, tais como os
meses 06 e 07 do mesmo ano, conforme já ponderado no item anterior desta sentença.       Â
  Nesse ponto, vale observar que a petição inicial não descreveu satisfatoriamente quando se deu
o mencionado corte de energia e por quanto tempo perdurou, frise-se. Sabe-se que o juÃ-zo deve estar
adstrito à exordial e, com base nela, não se pode precisar qual o perÃ-odo da suposta ausência de
energia e assim eventualmente mensurar um abatimento no valor da fatura. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Portanto,
estando delimitado na fatura os dias consumidor com o numeral 30, não tendo a Autora trazido aos autos
nenhuma prova em sentido oposto, a cobrança se mostra legÃ-tima. O valor da fatura não destoa dos
valores outrora apresentados, em meses anteriores, Â Â Â Â Â Â Â Â Â * Fatura 11/2017- fatura no valor
de R$ 6.499,85, dos quais a Autora não reconhece o valor de R$ 3.921,68, alegando interrupção do
serviço, o que não poderia levar a um consumo desse porte.          A Ré se defende no
sentido de que houve pouco consumo de 26.10.2017 a 30.10.2017. No entanto, aduz que a cobrança
ocorre com base na demanda contratada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Mais uma vez deve-se invocar a
fundamentação registrada quanto às faturas anteriores. A inicial não descreveu quando se deu o
mencionado corte de energia e por quanto tempo perdurou. Ou seja, não há elementos sequer
indiciários aptos a afastar os dias previstos de consumo na fatura apresentada pela Ré. Não bastasse,
o histórico de consumo vai de encontro à pretensão deduzida.          * Fatura 01/2018 -
fatura no valor de R$ 6.305,03, dos quais a Autora não reconhece o valor de R$ 3.725,72, alegando
interrupção do serviço, o que não poderia levar a um consumo desse porte. Os mesmos argumentos
expendidos para as faturas de 10/2017 e 11/2017 embasam a improcedência do pedido quanto a este
pedido. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Posto isso, JULGO PARCIAMENTE PROCEDENTES os pedidos para o fim de
declarar a inexistência do débito no valor de R$ 3.059,07 referente ao ¿custo admin. Auto-
Religação¿ contido na fatura com vencimento em 06/10/2017, atinente à conta referente à 09/2017
(doc de fls 25), o que faço com base no art. 487, inciso I, do CPC.          Por força da
sucumbência recÃ-proca, cada parte arcará com as custas despendidas e com os honorários dos
patronos das partes contrárias, que fixo em 10% do valor da condenação em favor do patrono do autor
e 10% do valor da condenação em favor do patrono do réu.          Publique-se. Registre-
se. Intime-se as partes nas pessoas de seus advogados via DJE.          Após o trânsito em
julgado, arquivem-se os presentes autos.          24 de novembro de 2021. José Dias de
Almeida Júnior Juiz de Direito PROCESSO: 00077231720198140074 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSE DIAS DE ALMEIDA JUNIOR A??o: Alimentos
- Lei Especial Nº 5.478/68 em: 26/11/2021 REQUERENTE:R. C. S. REPRESENTANTE:S. A. C.
REQUERIDO:A. C. S. AUTOR:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL DE TAILANDIA. Vistos os autos. Â Â Â
    Trata-se de Ação de Alimentos promovida por R.C.S., representada por SILENE DE ARAUJO
DA COSTA, em face de ARTANAEL CONCEIÃÃO SENA, todos qualificados nos autos        à fl.
44, a parte demandante manifestou o interesse de desistir da ação. Por outro lado, a parte ré sequer
fora citada.        à o relatório. Decido.        Como cediço, a desistência da ação
é apontada pelo Código de Processo Civil, em seu art. 485, inciso VIII, como uma das causas de
extinção do processo sem resolução do mérito, já que a abdicação do direito de ação se
dá quando o autor abre mão do processo e não do direito material que eventualmente possa ter
perante o demandado. Â Â Â Â Â Â Â Destarte, sendo faculdade processual, deve o processo ser extinto
sem resolução do mérito, consoante artigo acima referido, malgrado a demanda possa ser
novamente proposta em JuÃ-zo, vez que não se encontra presente o óbice do § 4º, do referido artigo.
       Ex positis, extingo o presente processo sem julgamento de mérito, nos termos do art. 200
c/c o art. 485, VIII, ambos do Código de Processo Civil.        Torno sem efeito a liminar
anteriormente deferida, caso concedida. Â Â Â Â Â Â Â Sem custas. Â Â Â Â Â Â Â Publique-se, registre-
se e intimem-se.        Com o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas legais.
       Tailândia (PA), 17 de novembro de 2021. JOSà DIAS DE ALMEIDA JÃNIOR Juiz de
Direito PROCESSO: 00128986020178140074 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSE DIAS DE ALMEIDA JUNIOR A??o:
Procedimento Comum Cível em: 26/11/2021 REQUERENTE:PEDRO LUIZ DA SILVA CHAPARRAL
Representante(s): OAB 28466 - STANIEL SCARPAT RANGEL NUNES (ADVOGADO) OAB 17075 -
RAFAEL FERREIRA DE VASCONCELOS (ADVOGADO) REQUERIDO:RESIDENCIAL TEXAS
EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS E INCORPORADORA LTDA Representante(s): OAB 24297 -
EDIELEN DE JESUS COSTA (ADVOGADO) OAB 16865 - BERNARDO MORELLI BERNARDES
(ADVOGADO) . Vistos os autos.      Trata-se de AÿO DE RESCISÃO DE CONTRATO C/C
PEDIDO DE DEVOLUÃÃO DE VALORES PAGOS promovida por PEDRO LUIZ DA SILVA CHAPARRAL
em desfavor de TEXAS EMPREENDIMENTO IMOBILIARIO E INCORPORADORA LTDA. Â Â Â Â Â No
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
decorrer da lide, as partes entabularam acordo buscando pôr fim à demanda, pleiteando, em seguida, a
homologação do pacto e a extinção do feito, fls.192/194.      à o breve relatório. Decido.  Â
   Compulsando atentamente aos autos, verifico que o pleito n¿o encontra óbice legal, ao passo que
as partes são capazes, inexistindo, nesses casos, vÃ-cios ou nulidades a sanar.      Assim, diante
do exposto, homologo o acordo e julgo extinto o processo com resolução do seu mérito, nos termos
do art. 487, inciso III, ¿b¿, do CPC.      Sem condenação em custas e honorários
advocatÃ-cios, em virtude da composição extrajudicial celebrada entre as partes antes da prolação
de sentença.      Considerando que o acordo fora assinado pelo causÃ-dico DR. RAFAEL
FERREIRA DE VASCONCELOS, bem como o petitório de fls.192/194 representa ambas as partes desta
lide, INTIME-SE o citado advogado a fim de que promova a juntada de procuração também do
requerido no prazo de 15 (quinze) dias, com a ressalva de que não o fazendo, será mantida a
sentença de fl. 167/173.      Cumpridas as pendências, após o trânsito em julgado, arquivem-
se com as cautelas legais.      Tailândia-PA, 22 de novembro de 2021.      JOSà DIAS DE
ALMEIDA JÃNIOR Â Â Â Â Â Juiz de Direito PROCESSO: 00088606820188140074 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CHARBEL ABDON HABER JEHA
A??o: Divórcio Litigioso em: 27/11/2021 REQUERENTE:N. S. S. Representante(s): OAB 17370 - ANA
MARIA MONTEIRO CAVALCANTE (ADVOGADO) REQUERIDO:A. F. S. Representante(s): OAB 26352 -
THAIS DANTAS ALVES (CURADOR ESPECIAL) . C E R T I D Ã O Eu, LUCIVALDO COHEN BORGES,
Diretor de Secretaria em ExercÃ-cio da 2ª Vara CÃ-vel da Comarca de Tailândia, Estado do Pará, por
nomeação legal, etc. CERTIFICO, em virtude das atribuições que me são conferidas por Lei e em
cumprimento a sentença proferida deste JuÃ-zo no dia 16/08/2021, que a Dra. THAIS DANTAS ALVES,
OAB-PA nº. 26.352, foi nomeada como Defensora Dativa nos autos do processo nº 0008860-
68.2018.814.0074 - DIVORCIO LITIGIOSO, em que NILDE SILVA DOS SANTOS, moveu em desfavor
de ANCLARDE FEITOSA DOS SANTOS, sendo arbitrado pelo JuÃ-zo, os honorários advocatÃ-cios em
favor da referida advogada, o valor de R$ R$ 2.200,00 (dois mil duzentos reais ), como remuneração
pela atuação na defesa do requerido.  O referido é verdade e dou fé.  Tailândia/PA, 26 de
novembro de 2021. ____________________________________ LUCIVALDO COHEN BORGES Diretor
de Secretaria em ExercÃ-cio da 2ª Vara CÃ-vel MatrÃ-cula 1725-96 PROCESSO: 00121274820188140074
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): NADER CRISTINO DO
CARMO BATISTA A??o: Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:ANTONIA LEAL
QUARESMA Representante(s): OAB 23992 - EDVALDO DE ALENCAR OLIVEIRA (ADVOGADO)
REQUERIDO:JAQUELINE MARIA BALTAZAR DE SOUZA. C E R T I D à O  Certifico que, a sentença
prolatada nos presentes autos, constante de 57/58, transitou livre e definitivamente em julgado no dia
08/10/2021, sem que houvesse nenhum recurso interposto até a presente data, inclusive sido efetuado
buscas via sistema LIBRA, sem constar qualquer vinculação sobre a referida peça neste sistema. O
referido é verdade e dou fé. Tailândia, 26 de novembro de 2021. Nader Cristino do Carmo Batista
Auxiliar Judiciário - 2ª Vara Civil da Comarca de Tailândia/PA.
578
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
COMARCA DE JACUNDÁ
disciplinado que, excepcionalmente, as normas protetivas nele previstas se aplicariam aos jovens de até
21 anos de idade, sempre em decorrência de fatos ocorridos ainda quando eles eram adolescentes.
         Na mesma linha, o art. 121, §5º, do ECA determina que será obrigatória a
liberação do adolescente internado quando ele completar 21 anos, deixando claro que até mesmo a
medida socioeducativa mais gravosa terá sua eficácia estendida, no máximo, até o referido limite
etário.          Dessa forma, quando, no curso do processo, o infrator vier a completar a idade
de vinte e um anos, resta impossibilitada a aplicação ou execução de qualquer medida
socioeducativa, devendo o feito ser extinto diante da superveniente perda do interesse de agir.
         No caso em apreço, depreende-se dos elementos dos autos que a representada já
atingiu 21 (vinte e um) anos de idade, conforme documento de identificação de fls. 15, o que torna
imperativa a extinção do processo sem resolução do mérito.          POSTO ISSO,
com base nos argumentos fáticos e jurÃ-dicos acima expostos, EXTINGO o processo sem resolução
de mérito, nos termos do art. 485, inciso VI, do CPC, em relação ao infrator Rodrigo Araujo Bezerra,
em virtude da ausência de interesse de agir.          Sem custas, nem condenação em
honorários advocatÃ-cios. Atualize-se o CNACL.          Após o trânsito em julgado,
arquivem-se os autos, com as cautelas legais. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Publique-se. Registre-se. Intimem-se
Jacundá, Pará, 26 de novembro de 2021 JUN KUBOTA Juiz de Direito - Titular da Comarca de Jacundá
PROCESSO: 00000324320128140026 PROCESSO ANTIGO: 201210000357
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JUN KUBOTA A??o: Processo de Apuração de Ato
Infracional em: 26/11/2021---VITIMA:O. E. INFRATOR:M. A. S. S. . PODER JUDICIÃRIOÂ TRIBUNAL
DE JUSTIÿA DO ESTADO DO PARàVARA ÿNICA DA COMARCA DE JACUNDà Rua Teotônio
Vilela, nº 45 - Centro - CEP: 68590-000 - Telefone: (94) 3345-1103/ 98413-2347 -  e-mail:
1jacunda@tjpa.jus.br Processo nº. 0000032-43.2012.8.14.0026 Infrator: Marcos Adriano Silveira de
Sousa Ato infracional: art. 309 Caput da Lei 9.503/1997 SENTENÿA/MANDADO O Ministério Público
ofereceu representação em face do adolescente Marcos Adriano Silveira de Sousa, nascido em
18/05/1997, imputando-o a prática de infracional similar ao crime previsto no art. 309 da Lei 9.503/1997.
No decorrer do processo, verifica-se que o infrator Marcos Adriano Silveira de Sousa atingiu 21 (vinte e
um) anos de idade. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Relatado o feito, passo a decidir. Â Â Â Â Â Â Â Â Â A
Constituição Federal, em seu art. 228, preconiza que ¿São penalmente inimputáveis os menores
de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.¿          Com efeito, as
pessoas com idade inferior a 18 anos que praticarem condutas tipificadas pela legislação penal se
submetem às normas do Estatuto da Criança e do Adolescente, o qual prevê, em caso da prática de
fato tÃ-pico, a possibilidade de aplicação de medida socioeducativa.          No art.2º,
parágrafo único, do ECA, foi disciplinado que, excepcionalmente, as normas protetivas nele previstas se
aplicariam aos jovens de até 21 anos de idade, sempre em decorrência de fatos ocorridos ainda
quando eles eram adolescentes.          Na mesma linha, o art. 121, §5º, do ECA determina
que será obrigatória a liberação do adolescente internado quando ele completar 21 anos, deixando
claro que até mesmo a medida socioeducativa mais gravosa terá sua eficácia estendida, no máximo,
até o referido limite etário.          Dessa forma, quando, no curso do processo, o infrator
vier a completar a idade de vinte e um anos, resta impossibilitada a aplicação ou execução de
qualquer medida socioeducativa, devendo o feito ser extinto diante da superveniente perda do interesse de
agir.          No caso em apreço, depreende-se dos elementos dos autos que a representada
já atingiu 21 (vinte e um) anos de idade, conforme documento de identificação de fls. 14, o que torna
imperativa a extinção do processo sem resolução do mérito. POSTO ISSO, com base nos
argumentos fáticos e jurÃ-dicos acima expostos, EXTINGO o processo sem resolução de mérito, nos
termos do art. 485, inciso VI, do CPC, em relação ao infrator Marcos Adriano Silveira de Sousa, em
virtude da ausência de interesse de agir.          Sem custas, nem condenação em
honorários advocatÃ-cios. Atualize-se o CNACL.          Após o trânsito em julgado,
arquivem-se os autos, com as cautelas legais. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Publique-se. Registre-se. Intimem-se
Jacundá, Pará, 26 de novembro de 2021 JUN KUBOTA Juiz de Direito - Titular da Comarca de Jacundá
PROCESSO: 00000341320128140026 PROCESSO ANTIGO: 201210000373
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JUN KUBOTA A??o: Processo de Apuração de Ato
Infracional em: 26/11/2021---VITIMA:O. E. INFRATOR:L. S. S. . PODER JUDICIÃRIOÂ TRIBUNAL DE
JUSTIÿA DO ESTADO DO PARàVARA ÿNICA DA COMARCA DE JACUNDà Rua Teotônio Vilela,
nº 45 - Centro - CEP: 68590-000 - Telefone: (94) 3345-1103/ 98413-2347 -  e-mail:
1jacunda@tjpa.jus.br Processo nº. 0000034-13.2012.8.14.0026 Infrator: Lorena Serrão De Souza Ato
infracional: art. 309 Caput da Lei 9.503/1997 SENTENÿA/MANDADO O Ministério Público ofereceu
representação em face da adolescente Lorena Serrão De Souza, nascida em 27/11/1997, imputando-
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
passo a decidir.          A Constituição Federal, em seu art. 228, preconiza que ¿São
penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.¿
         Com efeito, as pessoas com idade inferior a 18 anos que praticarem condutas
tipificadas pela legislação penal se submetem às normas do Estatuto da Criança e do Adolescente, o
qual prevê, em caso da prática de fato tÃ-pico, a possibilidade de aplicação de medida
socioeducativa.          No art.2º, parágrafo único, do ECA, foi disciplinado que,
excepcionalmente, as normas protetivas nele previstas se aplicariam aos jovens de até 21 anos de
idade, sempre em decorrência de fatos ocorridos ainda quando eles eram adolescentes.
         Na mesma linha, o art. 121, §5º, do ECA determina que será obrigatória a
liberação do adolescente internado quando ele completar 21 anos, deixando claro que até mesmo a
medida socioeducativa mais gravosa terá sua eficácia estendida, no máximo, até o referido limite
etário.          Dessa forma, quando, no curso do processo, o infrator vier a completar a idade
de vinte e um anos, resta impossibilitada a aplicação ou execução de qualquer medida
socioeducativa, devendo o feito ser extinto diante da superveniente perda do interesse de agir.
         No caso em apreço, depreende-se dos elementos dos autos que os infrators já
atingiram 21 (vinte e um) anos de idade, conforme documentos de identificação de fls. 13, 12, o que
torna imperativa a extinção do processo sem resolução do mérito.          POSTO
ISSO, com base nos argumentos fáticos e jurÃ-dicos acima expostos, EXTINGO o processo sem
resolução de mérito, nos termos do art. 485, inciso VI, do CPC, em relação aos infrators Warlis
Rosa Do Nascimento e Dheimis Rosa do Nascimento, em virtude da ausência de interesse de agir.
         Sem custas, nem condenação em honorários advocatÃ-cios. Atualize-se o CNACL.
         Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, com as cautelas legais.
         Publique-se. Registre-se. Intimem-se Jacundá, Pará, 26 de novembro de 2021 JUN
KUBOTA Juiz de Direito - Titular da Comarca de Jacundá
PROCESSO: 00020572920128140026 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JUN KUBOTA A??o: Boletim de Ocorrência
Circunstanciada em: 26/11/2021---INFRATOR:PAULO CESAR LOPES DA CONCEICAO VITIMA:I. S. S. .
PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÿA DO ESTADO DO PARàVARA ÿNICA DA
COMARCA DE JACUNDà Rua Teotônio Vilela, nº 45 - Centro - CEP: 68590-000 - Telefone: (94)
3345-1103/ 98413-2347 -  e-mail: 1jacunda@tjpa.jus.br Processo nº. 0002057-29.2012.8.14.0026
Representado: Paulo Cesar Lopes Da Conceição Ato infracional: art. 155 Caput do Código Penal
SENTENÿA/MANDADO O Ministério Público ofereceu representação em face do adolescente
Paulo Cesar Lopes Da Conceição, nascido em 11/09/1995, imputando-o a prática de infracional similar
ao crime previsto no art. 155 Caput do Código Penal. No decorrer do processo, verifica-se que o
representado Paulo Cesar Lopes Da Conceição atingiu 21 (vinte e um) anos de idade.
         Relatado o feito, passo a decidir.          A Constituição Federal, em seu
art. 228, preconiza que ¿São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos à s
normas da legislação especial.¿          Com efeito, as pessoas com idade inferior a 18
anos que praticarem condutas tipificadas pela legislação penal se submetem às normas do Estatuto da
Criança e do Adolescente, o qual prevê, em caso da prática de fato tÃ-pico, a possibilidade de
aplicação de medida socioeducativa.          No art.2º, parágrafo único, do ECA, foi
disciplinado que, excepcionalmente, as normas protetivas nele previstas se aplicariam aos jovens de até
21 anos de idade, sempre em decorrência de fatos ocorridos ainda quando eles eram adolescentes.
         Na mesma linha, o art. 121, §5º, do ECA determina que será obrigatória a
liberação do adolescente internado quando ele completar 21 anos, deixando claro que até mesmo a
medida socioeducativa mais gravosa terá sua eficácia estendida, no máximo, até o referido limite
etário.          Dessa forma, quando, no curso do processo, o representado vier a completar a
idade de vinte e um anos, resta impossibilitada a aplicação ou execução de qualquer medida
socioeducativa, devendo o feito ser extinto diante da superveniente perda do interesse de agir.
         No caso em apreço, depreende-se dos elementos dos autos que a representada já
atingiu 21 (vinte e um) anos de idade, conforme documento de identificação de fls. 26, o que torna
imperativa a extinção do processo sem resolução do mérito. POSTO ISSO, com base nos
argumentos fáticos e jurÃ-dicos acima expostos, EXTINGO o processo sem resolução de mérito, nos
termos do art. 485, inciso VI, do CPC, em relação ao Sr. Paulo Cesar Lopes Da Conceição, em
virtude da ausência de interesse de agir.          Sem custas, nem condenação em
honorários advocatÃ-cios. Atualize-se o CNACL.          Expeça-se contramandado de busca
e apreensão em desfavor de Paulo Cesar Lopes Da Conceição.          Após o trânsito
em julgado, arquivem-se os autos, com as cautelas legais. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Publique-se. Registre-se.
584
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Intimem-se Jacundá, Pará, 26 de novembro de 2021 JUN KUBOTA Juiz de Direito - Titular da Comarca
de Jacundá
PROCESSO: 00037654620148140026 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JUN KUBOTA A??o: JUIZADOS DA INFÂNCIA E
DA JUVENTUDE em: 26/11/2021---INFRATOR:M. O. S. VITIMA:A. C. O. E. . PODER JUDICIÃRIOÂ
TRIBUNAL DE JUSTIÿA DO ESTADO DO PARàVARA ÿNICA DA COMARCA DE JACUNDà Rua
Teotônio Vilela, nº 45 - Centro - CEP: 68590-000 - Telefone: (94) 3345-1103/ 98413-2347 -  e-mail:
1jacunda@tjpa.jus.br Processo nº. 0003765-46.2014.8.14.0026 Representado: Mateus Oliveira Silva Ato
infracional: art. 309 Caput da Lei 9.503/1997 SENTENÿA/MANDADO O Ministério Público ofereceu
representação em face do adolescente Mateus Oliveira Silva, nascido em 14/04/1998, imputando-o a
prática de infracional similar ao crime previsto no art. 309 da Lei 9.503/1997. No decorrer do processo,
verifica-se que o representado Mateus Oliveira Silva atingiu 21 (vinte e um) anos de idade.
         Relatado o feito, passo a decidir.          A Constituição Federal, em seu
art. 228, preconiza que ¿São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos à s
normas da legislação especial.¿          Com efeito, as pessoas com idade inferior a 18
anos que praticarem condutas tipificadas pela legislação penal se submetem às normas do Estatuto da
Criança e do Adolescente, o qual prevê, em caso da prática de fato tÃ-pico, a possibilidade de
aplicação de medida socioeducativa.          No art.2º, parágrafo único, do ECA, foi
disciplinado que, excepcionalmente, as normas protetivas nele previstas se aplicariam aos jovens de até
21 anos de idade, sempre em decorrência de fatos ocorridos ainda quando eles eram adolescentes.
         Na mesma linha, o art. 121, §5º, do ECA determina que será obrigatória a
liberação do adolescente internado quando ele completar 21 anos, deixando claro que até mesmo a
medida socioeducativa mais gravosa terá sua eficácia estendida, no máximo, até o referido limite
etário.          Dessa forma, quando, no curso do processo, o representado vier a completar a
idade de vinte e um anos, resta impossibilitada a aplicação ou execução de qualquer medida
socioeducativa, devendo o feito ser extinto diante da superveniente perda do interesse de agir.
         No caso em apreço, depreende-se dos elementos dos autos que a representada já
atingiu 21 (vinte e um) anos de idade, conforme documento de identificação de fls. 21, o que torna
imperativa a extinção do processo sem resolução do mérito. POSTO ISSO, com base nos
argumentos fáticos e jurÃ-dicos acima expostos, EXTINGO o processo sem resolução de mérito, nos
termos do art. 485, inciso VI, do CPC, em relação ao representado Mateus Oliveira Silva, em virtude da
ausência de interesse de agir.          Sem custas, nem condenação em honorários
advocatÃ-cios. Atualize-se o CNACL.          Após o trânsito em julgado, arquivem-se os
autos, com as cautelas legais.          Publique-se. Registre-se. Intimem-se Jacundá, Pará,
26 de novembro de 2021 JUN KUBOTA Juiz de Direito - Titular da Comarca de Jacundá
PROCESSO: 00010237720168140026 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): --- A??o: --- em: ---INFRATOR: M. A. M. F. N.
VITIMA: E. S. M.
PROCESSO: 00015197720148140026 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): --- A??o: --- em: ---REPRESENTADO: M. S. N.
VITIMA: A. P. F. R.
AUTOR: M. P. E. P.
PROCESSO: 00015266920148140026 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): --- A??o: --- em: ---REPRESENTADO: L. S. C.
VITIMA: E. P.
AUTOR: M. P. E. P.
PROCESSO: 00024089420158140026 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): --- A??o: --- em: ---INFRATOR: A. C. A. F.
VITIMA: D. F. V. L.
PROCESSO: 00026139420138140026 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): --- A??o: --- em: ---INFRATOR: W. J. S.
VITIMA: O. E.
PROCESSO: 00028283120178140026 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): --- A??o: --- em: ---INFRATOR: E. O. M.
VITIMA: I. A. A.
PROCESSO: 00031479620178140026 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): --- A??o: --- em: ---INFRATOR: W. S. S.
VITIMA: O. E.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
08/10/2010. Informa ainda que na constância da união, adquiriram um lote urbano localizado na Rua
Japão lote 06 quadra 19, Bairro Encanto do Céu, e que com o seu próprio esforço neste lote,
construiu a sua casa onde mora com seus filhos. Ademais, consta dos autos que o requerido encontra-se
em local incerto e não sabido, sendo este já devidamente citado por edital, não apresentando resposta
sendo considerado revel. Considerando a presunção de veracidade dos fatos articulados na petição
inicial, diante da revelia da parte ré, bem como o regime de comunhão parcial de bens adotado pelo
casal, entendo que deve ser procedida à partilha do imóvel descrito na inicial na proporção de 50 %
(cinquenta por cento) para cada cônjuge, devendo a parte autora ressarcir a parte ré o valor referente a
sua meação, quando da venda do bem. Considerando ainda que o pedido de decretação de
divórcio na inicial e trata-se de direito potestativo da Autora, bem como, consta a certidão de casamento
Fs.06, documento suficiente para instruir o pedido, não havendo possibilidade jurÃ-dica de oposição
pela parte requerida, firmo entendimento desde já pela total procedência do pedido de divórcio. A
requerente voltará a usar o nome de solteira: EDILENE PAULO DE SOUZA. ISTO POSTO, e por tudo
que dos autos consta, JULGO TOTALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO, extinguindo o feito nos termos
do artigo 487, I, CPC, e DECRETO o divórcio do casal,,dissolvendo o vÃ-nculo conjugal entre as partes,
com fulcro nos artigos 1.571, inciso IV, do Código CÃ-vel Brasileiro c/c art. 226, § 6º da Constituição
Federal de 1988, EC. º 66. salientando que a PARTILHA do imóvel localizado Rua Japão lote 06
quadra 19, Bairro Encanto do Céu, deve ser feita na proporção de 50 % (cinquenta por cento) para
cada cônjuge, devendo a parte autora ressarcir a parte ré o valor referente a sua meação, quando
da venda do bem. CITE-SE/INTIME-SE a parte requerida POR EDITAL, sendo o prazo de vinte dias nos
termos do art. 257 III, do CPC fazendo constar o inteiro teor desta decisão e, não havendo
manifestação no prazo legal, certifique-se o trânsito em julgado. EXPEÿA-SE mandado de
averbação ao Cartório de Registro Civil competente para promoção das alterações
necessárias. Isento de taxas e custas judiciais, bem como emolumentos devido a notários e
registradores em razão do disposto, respectivamente, no artigo 98, §1º, I e IX, do CPC. Intime-se a
autora pessoalmente, por Oficial de Justiça. Ciência a Defensoria Pública e ao Ministério Público
desta decisão. SERVIRà CÿPIA DA PRESENTE COMO MANDADO DE INTIMAÿÿO/ CITAÿÿO/
OFÃCIO/ CARTA PRECATÿRIA. Jacundá, Pará, 29 de Novembro de 2021 Jun Kubota Juiz de Direito
ÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂ
          Página de 3
PROCESSO: 00053974420138140026 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JUN KUBOTA A??o: Procedimento Sumário em:
29/11/2021---REQUERENTE:JOSE PEREIRA DA SILVA Representante(s): OAB 14547-B - AMANDA
OLIVEIRA COSTA (ADVOGADO) OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) OAB 20432 -
RENAN FREITAS SANTOS (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO BRADESCO SA. PODER JUDICIÃRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÿA DO ESTADO DO PARà COMARCA DE JACUNDà Vistos etc. Considerando a
publicação da decisão de fl. 327, sem que tenha ocorrido o pagamento do valor remanescente,
proceda-se ao bloqueio de valores pelo SISBAJUD conforme planilha de débito e petição de fls.
331/334. Em anexo o protocolo da ordem de bloqueio BACENJUD. P.R.I.C. Jacundá-PA, 29 de novembro
de 2021. JUN KUBOTA Juiz de Direito
PROCESSO: 00079202420168140026 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JUN KUBOTA A??o: Procedimento Comum em:
29/11/2021---DENUNCIADO:DIONE CONCEICAO SILVA VITIMA:A. C. . SENTENÿA Vistos, etc.
         Tratam os autos de Ação Penal movida pelo Ministério Público contra DIONE
CONCEIÿÿO SILVA, qualificado nos autos, pela suposta prática do crime previsto no artigo 42, III da
Lei 3.688/41 e art. 330 do Código de Trânsito Brasileiro-CTB.          Â
         Recebimento da denúncia à fl. 42v, em 29.05.2021.          Considerando
que o fato ocorreu em 12/10/2016, e que a pena em abstrato imposta ao tipo penal descrito na denúncia
não é superior a 02(dois) ano e assim, neste caso a prescrição ocorreria no prazo de 04 (quatro)
anos, ou seja, em maio de 2021, o que já ocorreu no caso em tela na forma do art. 109, V do CPB.
         DECIDO          Considerando a data de ocorrência dos fatos e a
inexistência de causa interruptiva, verificou-se que já houve a ocorrência da prescrição.
                      Sendo assim, declaro extinta a punibilidade em relação
ao autor do fato, DIONE CONCEIÿÿO SILVA, filho de Robson Alves da silva e Marinete da
Conceição Silva, por prescrição, o que faço nos termos do art. 107, V, do Código Penal,
determino sejam arquivados estes autos.          Após o trânsito em julgado desta
sentença para o Ministério Público, arquivem-se imediatamente os presentes autos. Jacundá, 26 de
novembro de 2021. Jun Kubota Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
COMARCA DE REDENÇÃO
EDITAL DE CITAÇÃO
(Prazo de 15 dias)
PROCESSO Nº 0006026-48.2019.814.0045
Pai: Ignorado
CAPITULAÇÃO: Art.147 e 129, §9º, do Código Penal Brasileiro c/c: Art.7º, da Lei Especial 11.340/06.
O DOUTOR BRUNO AURÉLIO S. CARRIJO, MM. Juiz de Direito da Vara Criminal desta cidade e
Comarca de Redenção, Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais, etc...
FAZ SABER,
a todos quanto o presente edital verem, ou dele conhecimento tiverem que, por este Juízo e Secretaria
Judicial da Vara Criminal, se processam nos termos legais, denunciado pela prática do crime previsto na
legislação pátrio, conforme a capitulação acima mencionada. E, constando dos autos que o(s)
acusado(s)supra qualificado(a)(s) encontra(m)-se em local incerto e não sabido, motivo pelo qual expediu-
se o presente EDITAL com prazo de 15 (quinze dias), pelo que ficará(ão) o(o) mesmo(s) devidamente
589
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
CITADO(S) PARA QUE NO PRAZO LEGAL, que é de 10 (dez) dias, querendo ofereça defesa preliminar
escrita, das acusações que lhe são feitas, conforme disposto no art. 396 e seguintes do CPP, devendo,
nesta, indicar provas que pretende produzir durante a instrução do processo, juntar documentos e
justificações, especificar provas pretendidas, requerer perícias, bem como arguir preliminares e arrolar
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário, por fim alegar tudo o que
interessar à sua defesa para que chegue ao conhecimento de todos os interessados, e de futuro ninguém
possa alegar ignorância, expediu-se o presente edital, que será afixado na porta deste Tribunal na forma
da Lei. Dado e passado nesta cidade e Comarca de Redenção, Estado do Pará, pela Secretaria Judicial
da Vara Criminal, aos trinta (30) dias do mês de novembro (11) do ano dois mil e vinte e um (2.021), EU
_______________ (Alan Deivid da Silva Diniz), Estagiário, que digitei, conferi e subscrevo.
EDITAL DE CITAÇÃO
(Prazo de 15 dias)
PROCESSO Nº 0009958-78.2018.814.0045
Pai: Ignorado
CAPITULAÇÃO: Art.69 como incurso no Art.147 e 129, §9º, com observância no Art.61, inc.II, alínea
¿f¿ todos do Código Penal Brasileiro
O DOUTOR BRUNO AURÉLIO S. CARRIJO, MM. Juiz de Direito da Vara Criminal desta cidade e
Comarca de Redenção, Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais, etc...
FAZ SABER,
a todos quanto o presente edital verem, ou dele conhecimento tiverem que, por este Juízo e Secretaria
Judicial da Vara Criminal, se processam nos termos legais, denunciado pela prática do crime previsto na
legislação pátrio, conforme a capitulação acima mencionada. E, constando dos autos que o(s)
acusado(s)supra qualificado(a)(s) encontra(m)-se em local incerto e não sabido, motivo pelo qual expediu-
se o presente EDITAL com prazo de 15 (quinze dias), pelo que ficará(ão) o(o) mesmo(s) devidamente
CITADO(S) PARA QUE NO PRAZO LEGAL, que é de 10 (dez) dias, querendo ofereça defesa preliminar
escrita, das acusações que lhe são feitas, conforme disposto no art. 396 e seguintes do CPP, devendo,
nesta, indicar provas que pretende produzir durante a instrução do processo, juntar documentos e
justificações, especificar provas pretendidas, requerer perícias, bem como arguir preliminares e arrolar
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário, por fim alegar tudo o que
interessar à sua defesa para que chegue ao conhecimento de todos os interessados, e de futuro ninguém
possa alegar ignorância, expediu-se o presente edital, que será afixado na porta deste Tribunal na forma
da Lei. Dado e passado nesta cidade e Comarca de Redenção, Estado do Pará, pela Secretaria Judicial
da Vara Criminal, aos trinta (30) dias do mês de novembro (11) do ano dois mil e vinte e um (2.021), EU
_______________ (Alan Deivid da Silva Diniz), Estagiário, que digitei, conferi e subscrevo.
EDITAL DE CITAÇÃO
(Prazo de 15 dias)
PROCESSO Nº 013029-91.2019.814.0045
CAPITULAÇÃO: Art.129, §9º, do Código Penal Brasileiro, c/c Art.7º, inc.I da Lei 11.340/06.
O DOUTOR BRUNO AURÉLIO S. CARRIJO, MM. Juiz de Direito da Vara Criminal desta cidade e
Comarca de Redenção, Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais, etc...
FAZ SABER,
a todos quanto o presente edital verem, ou dele conhecimento tiverem que, por este Juízo e Secretaria
Judicial da Vara Criminal, se processam nos termos legais, denunciado pela prática do crime previsto na
legislação pátrio, conforme a capitulação acima mencionada. E, constando dos autos que o(s)
acusado(s)supra qualificado(a)(s) encontra(m)-se em local incerto e não sabido, motivo pelo qual expediu-
se o presente EDITAL com prazo de 15 (quinze dias), pelo que ficará(ão) o(o) mesmo(s) devidamente
CITADO(S) PARA QUE NO PRAZO LEGAL, que é de 10 (dez) dias, querendo ofereça defesa preliminar
escrita, das acusações que lhe são feitas, conforme disposto no art. 396 e seguintes do CPP, devendo,
nesta, indicar provas que pretende produzir durante a instrução do processo, juntar documentos e
justificações, especificar provas pretendidas, requerer perícias, bem como arguir preliminares e arrolar
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário, por fim alegar tudo o que
interessar à sua defesa para que chegue ao conhecimento de todos os interessados, e de futuro ninguém
possa alegar ignorância, expediu-se o presente edital, que será afixado na porta deste Tribunal na forma
da Lei. Dado e passado nesta cidade e Comarca de Redenção, Estado do Pará, pela Secretaria Judicial
da Vara Criminal, aos trinta (30) dias do mês de novembro (11) do ano dois mil e vinte e um (2.021), EU
_______________ (Alan Deivid da Silva Diniz), Estagiário, que digitei, conferi e subscrevo.
EDITAL DE CITAÇÃO
(Prazo de 15 dias)
PROCESSO Nº 0000724-77.2015.814.0045
Qualificação: Brasileiro.
O DOUTOR BRUNO AURÉLIO S. CARRIJO, MM. Juiz de Direito da Vara Criminal desta cidade e
Comarca de Redenção, Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais, etc...
FAZ SABER,
a todos quanto o presente edital verem, ou dele conhecimento tiverem que, por este Juízo e Secretaria
Judicial da Vara Criminal, se processam nos termos legais, denunciado pela prática do crime previsto na
legislação pátrio, conforme a capitulação acima mencionada. E, constando dos autos que o(s)
acusado(s)supra qualificado(a)(s) encontra(m)-se em local incerto e não sabido, motivo pelo qual expediu-
se o presente EDITAL com prazo de 15 (quinze dias), pelo que ficará(ão) o(o) mesmo(s) devidamente
CITADO(S) PARA QUE NO PRAZO LEGAL, que é de 10 (dez) dias, querendo ofereça defesa preliminar
escrita, das acusações que lhe são feitas, conforme disposto no art. 396 e seguintes do CPP, devendo,
nesta, indicar provas que pretende produzir durante a instrução do processo, juntar documentos e
justificações, especificar provas pretendidas, requerer perícias, bem como arguir preliminares e arrolar
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário, por fim alegar tudo o que
interessar à sua defesa para que chegue ao conhecimento de todos os interessados, e de futuro ninguém
possa alegar ignorância, expediu-se o presente edital, que será afixado na porta deste Tribunal na forma
da Lei. Dado e passado nesta cidade e Comarca de Redenção, Estado do Pará, pela Secretaria Judicial
da Vara Criminal, aos trinta (30) dias do mês de novembro (11) do ano dois mil e vinte e um (2.021), EU
_______________ (Alan Deivid da Silva Diniz), Estagiário, que digitei, conferi e subscrevo.
EDITAL DE CITAÇÃO
(Prazo de 15 dias)
593
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
PROCESSO Nº 0009660-57.2016.814.0045
O DOUTOR BRUNO AURÉLIO S. CARRIJO, MM. Juiz de Direito da Vara Criminal desta cidade e
Comarca de Redenção, Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais, etc...
FAZ SABER,
a todos quanto o presente edital verem, ou dele conhecimento tiverem que, por este Juízo e Secretaria
Judicial da Vara Criminal, se processam nos termos legais, denunciado pela prática do crime previsto na
legislação pátrio, conforme a capitulação acima mencionada. E, constando dos autos que o(s)
acusado(s)supra qualificado(a)(s) encontra(m)-se em local incerto e não sabido, motivo pelo qual expediu-
se o presente EDITAL com prazo de 15 (quinze dias), pelo que ficará(ão) o(o) mesmo(s) devidamente
CITADO(S) PARA QUE NO PRAZO LEGAL, que é de 10 (dez) dias, querendo ofereça defesa preliminar
escrita, das acusações que lhe são feitas, conforme disposto no art. 396 e seguintes do CPP, devendo,
nesta, indicar provas que pretende produzir durante a instrução do processo, juntar documentos e
justificações, especificar provas pretendidas, requerer perícias, bem como arguir preliminares e arrolar
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário, por fim alegar tudo o que
interessar à sua defesa para que chegue ao conhecimento de todos os interessados, e de futuro ninguém
possa alegar ignorância, expediu-se o presente edital, que será afixado na porta deste Tribunal na forma
da Lei. Dado e passado nesta cidade e Comarca de Redenção, Estado do Pará, pela Secretaria Judicial
da Vara Criminal, aos trinta (30) dias do mês de novembro (11) do ano dois mil e vinte e um (2.021), EU
_______________ (Alan Deivid da Silva Diniz), Estagiário, que digitei, conferi e subscrevo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
RESENHA: 29/11/2021 A 29/11/2021 - GABINETE DA VARA UNICA DE DOM ELISEU - VARA: VARA
UNICA DE DOM ELISEU PROCESSO: 00001451120138140107 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): DIOGO BONFIM FERNANDEZ A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:LAURO PENKAL Representante(s): OAB
11820 - LILIANE RISSO ZANETTIN DANIELI (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO DO BRASIL SA
Representante(s): OAB 4.925-A - RAFAEL SGANZERLA DURAND (ADVOGADO) REQUERIDO:ATLANT
FUND DE INVEST EM DIREITOS CREDIT NAO PADRONIZAD Representante(s): OAB 18629-A -
ROSANGELA DA ROSA CORREA (ADVOGADO) . Ã- DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Migrem-se os
presentes autos para o sistema PJE, procedendo-se ao cadastro das partes e seus respectivos
procuradores no referido sistema, intimando-os.          Após, retornem os autos conclusos. Â
        Dom Eliseu-PA, 29 de novembro de 2021. Diogo Bonfim Fernandez Juiz de Direito Â
PROCESSO: 00002084120108140107 PROCESSO ANTIGO: 201010001638
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): DIOGO BONFIM FERNANDEZ A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERIDO:BV FINANCEIRA S.A Representante(s): OAB
221386 - HENRIQUE JOSE PARADA SIMAO (ADVOGADO) OAB 188.483 - GLAUCO GOMES
MADUREIRA (ADVOGADO) REQUERENTE:GEAN PEREIRA NUNES Representante(s): THAINA
MAGALHAES MIRANDA (ADVOGADO) OAB 27415 - ALMIRALICE FRANÇA DE FREITAS (ADVOGADO)
. Ã- DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Migrem-se os presentes autos para o sistema PJE, procedendo-se ao
cadastro das partes e seus respectivos procuradores no referido sistema, intimando-os. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Após, retornem os autos conclusos.          Dom Eliseu-PA, 29 de novembro de 2021. Diogo
Bonfim Fernandez Juiz de Direito  PROCESSO: 00003309320068140107 PROCESSO ANTIGO:
200610004604 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): DIOGO BONFIM FERNANDEZ
A??o: INVENTÁRIO/ARROLAMENTO em: 29/11/2021 REQUERENTE:LIDIANE PIMENTEL FEITOSA
Representante(s): OAB 11820 - LILIANE RISSO ZANETTIN DANIELI (ADVOGADO)
REQUERIDO:ESPOLIO DE ANTONIO JESUS DE OLIVEIRA Representante(s): OAB 26406-A - LILIANE
RISSO ZANETTIN DANIELI (ADVOGADO) . Ã- DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Migrem-se os presentes
autos para o sistema PJE, procedendo-se ao cadastro das partes e seus respectivos procuradores no
referido sistema, intimando-os.          Após, retornem os autos conclusos.         Â
Dom Eliseu-PA, 29 de novembro de 2021. Diogo Bonfim Fernandez Juiz de Direito  PROCESSO:
00003378020098140107 PROCESSO ANTIGO: 200910002233
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): DIOGO BONFIM FERNANDEZ A??o: Cumprimento
de sentença em: 29/11/2021 REQUERIDO:GIVANILDO ALVES DE BARROS Representante(s): OAB
25050-A - THIAGO AGUIAR SOUZA CUNHA (ADVOGADO) REQUERENTE:FABIA CRISTINA OLIVEIRA
NASCIMENTO Representante(s): OAB 13448 - KATIA RIBEIRO ALMEIDA (ADVOGADO) . Ã- DESPACHO
         Migrem-se os presentes autos para o sistema PJE, procedendo-se ao cadastro das
partes e seus respectivos procuradores no referido sistema, intimando-os.          Após,
retornem os autos conclusos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Dom Eliseu-PA, 29 de novembro de 2021. Diogo Bonfim
Fernandez Juiz de Direito  PROCESSO: 00004146020078140107 PROCESSO ANTIGO: 200710002730
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): DIOGO BONFIM FERNANDEZ A??o: Mandado de
Segurança Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:PALMEIRA IND. E COMERCIO DE CARVAO DE
MADEIRAS LTDA REQUERIDO:DELEGADO REGIONAL DA FAZENDA ESTADUAL - SECONTI/ITINGA,
ADMILSON DA SILVA ELERES REP LEGAL:DIRSO FERRI Representante(s): MARIO ALVES CAETANO
(ADVOGADO) . Ã- DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Migrem-se os presentes autos para o sistema PJE,
procedendo-se ao cadastro das partes e seus respectivos procuradores no referido sistema, intimando-os.
         Após, retornem os autos conclusos.          Dom Eliseu-PA, 29 de
novembro de 2021. Diogo Bonfim Fernandez Juiz de Direito  PROCESSO: 00004342220058140107
PROCESSO ANTIGO: 200510001635 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): DIOGO
BONFIM FERNANDEZ A??o: DEMARCATÓRIA em: 29/11/2021 REQUERENTE:ANA LUCIA
ALBUQUERQUE DOS REIS SOUSA Representante(s): VIRGOLINO JOSE FERREIRA NETO
(ADVOGADO) . Ã- DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Migrem-se os presentes autos para o sistema PJE,
procedendo-se ao cadastro das partes e seus respectivos procuradores no referido sistema, intimando-os.
596
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
proposto nos autos da habilitação de crédito nº 0002860-49.2012.8.14.0046 envolve bem que se
encontra bloqueado judicialmente e, ainda, sem dúvida alguma, afetará direito de credor hipotecário.
Ademais, a alienação do imóvel sequer foi autorizada pelo juìzo no processo nº 0001312-
86.2012.8.14.0046, sendo certo que qualquer transferência deveria ser pleiteada nos autos do inventário
que, friso, não foi encerrado. Ressalto que também não se constatou prova do recolhimento do
ITCMD nos autos do inventário. Não fosse todo o já discorrido, ao examinar o inventário, este Juìzo
ficou em dúvida se a alienação já mencionada não envolve direito das senhoras Rosiane Lopes
Rocha e Renata Ricelly Nascimento Rocha, considerando o teor do acordo por meio do qual renunciaram
à herança (fl. 437) e o certificado na fl. 164 pelo Registrador de Imóveis de Ourilândia do Norte. O
ideal era que o espólio apresentasse o devido recolhimento do tributo causa mortis, bem como plano que
abarcasse os seus credores, para devida homologação, o que facilitaria não só a compreensão dos
processos, mas também o encerramento de todas as contendas. Não se olvida que o crédito objeto
do feito nº 0002860-49.2012.8.14.0046 possui natureza trabalhista e é, portanto, prioritário ao
crédito hipotecário que, por sua vez, detém preferência ao crédito tributário. Assim, determino o
cumprimento das seguintes medidas, na ordem que seguem: 1-     Arquivamento do processo nº
0000292-26.2013.8.14.0046; 2-     A migração imediata dos processos nº 0002860-
49.2012.8.14.0046, nº 0000827-92.2012.5.08.0124 e nº 0000412-06.2012.8.14.0046; 3-    Â
Associação dos processos nº 0002860-49.2012.8.14.0046, nº 0000827-92.2012.5.08.0124, nº
0000412-06.2012.8.14.0046, nº 0800316-11.2019.8.14.0046 e nº 0001312-86.2012.8.14.0046. 4-  Â
  Traslade-se cópia da presente decisão aos processos nº 0800316-11.2019.8.14.0046 e nº
0001312-86.2012.8.14.0046. 5-     Posteriormente, promova-se ato ordinatório em todos os feitos,
conferindo-se prazo para manifestação acerca do acordo apresentado na habilitação de crédito
nº 0002860-49.2012.8.14.0046 e nº 0001312-86.2012.8.14.0046, no prazo comum de cinco dias. Os
envolvidos deverão esclarecer os pontos descritos na presente decisão que lhe cabem, sempre
considerando a preferência do crédito trabalhista, a necessidade de reserva de bens já determinada
judicialmente e o necessário recolhimento de ITCMD. Rondon do Pará, 30 de novembro de 2021 Tainá
Monteiro da Costa Juìza de Direito
matrìcula nº 23002, anterior 0213, fl. 213, livro 2-C, mas também ao imóvel de matrìcula 1558 (fl.
164 dos autos do inventário). Cumpre destacar que o inventário não foi encerrado, porque os
respectivos bens estão bloqueados, no intuito de reservar ou garantir bens para a ação de nº
0800316-11.2019.8.14.0046, decorrente da habilitação de crédito nº 0000412-06.2012.8.14.0046, e
para a execução de nº 0002885-28.2013.8.14.0046, que tem por executada Renata Ricelly
Nascimento Rocha. Por sua vez, a habilitação de crédito nº 0002860-49.2012.8.14.0046, de
natureza inclusive trabalhista, tem por autor Osvaldo Silva de Jesus e réu o espólio de Janilton Silva
Rocha. Inicialmente, o espólio discordou da habilitação, contudo, posteriormente, foi apresentado
acordo para homologação do juìzo (fls. 81/88), o qual envolve bem hipotecado objeto da execução
nº 0001312-86.2012.8.14.0046. Sobre a transação ainda não houve decisão judicial. Aliás, é de
rigor esclarecer que imóvel hipotecado em questão, além de estar bloqueado para reserva de bens
nos autos do inventário, também é alvo de penhora decorrente de outras duas ações: Ação
Trabalhista nº 0000827-92.2012.5.08.0124, oriunda da Vara do Trabalho de Xinguara, e Execução
Fiscal nº 0000748-28.2011.8.14.0116, em trâmite na Vara ÿnica da Comarca de Ourilândia do Norte.
Na execução nº 0001312-86.2012.8.14.0046, proposta pelo Banco da Amazônia S.A. em face do
espólio de Janilton Silva Rocha e outros, o terceiro interessado Evandro Teixeira Campos apresentou
proposta de aquisição do imóvel em comento, o que foi aceito tanto pelo exequente quanto pelo
executado. A proposta se deu da seguinte forma: R$ 281.000,00 (duzentos e oitenta e um mil reais) pagos
à vista e o valor remanescente, qual seja, R$ 600.000,00, serão pagos em 20 (vinte) parcelas iguais,
mensais e sucessivas, corrigidas pelo IGPM, com o primeiro vencimento 30 (trinta) dias, após o
pagamento da entrada. Estipulou-se multa de 10%, bem como acordou-se que o bem permaneceria como
garantia do pacto. Antes de qualquer manifestação do Juìzo sobre a proposição, o terceiro
interessado Evandro Teixeira Campos informou nos autos da execução que com o valor da entrada
promoveu o adimplemento do crédito trabalhista do processo nº 0000827-92.2012.5.08.0124 e
depositou em conta judicial a diferença R$ 70.871,62 (setenta mil, oitocentos e setenta e um reais e
sessenta e dois centavos), consoante já anuìdo pelo Banco da Amazônia S.A. Como se vê, o acordo
proposto nos autos da habilitação de crédito nº 0002860-49.2012.8.14.0046 envolve bem que se
encontra bloqueado judicialmente e, ainda, sem dúvida alguma, afetará direito de credor hipotecário.
Ademais, a alienação do imóvel sequer foi autorizada pelo juìzo no processo nº 0001312-
86.2012.8.14.0046, sendo certo que qualquer transferência deveria ser pleiteada nos autos do inventário
que, friso, não foi encerrado. Ressalto que também não se constatou prova do recolhimento do
ITCMD nos autos do inventário. Não fosse todo o já discorrido, ao examinar o inventário, este Juìzo
ficou em dúvida se a alienação já mencionada não envolve direito das senhoras Rosiane Lopes
Rocha e Renata Ricelly Nascimento Rocha, considerando o teor do acordo por meio do qual renunciaram
à herança (fl. 437) e o certificado na fl. 164 pelo Registrador de Imóveis de Ourilândia do Norte. O
ideal era que o espólio apresentasse o devido recolhimento do tributo causa mortis, bem como plano que
abarcasse os seus credores, para devida homologação, o que facilitaria não só a compreensão dos
processos, mas também o encerramento de todas as contendas. Não se olvida que o crédito objeto
do feito nº 0002860-49.2012.8.14.0046 possui natureza trabalhista e é, portanto, prioritário ao
crédito hipotecário que, por sua vez, detém preferência ao crédito tributário. Assim, determino o
cumprimento das seguintes medidas, na ordem que seguem: 1-     Arquivamento do processo nº
0000292-26.2013.8.14.0046; 2-     A migração imediata dos processos nº 0002860-
49.2012.8.14.0046, nº 0000827-92.2012.5.08.0124 e nº 0000412-06.2012.8.14.0046; 3-    Â
Associação dos processos nº 0002860-49.2012.8.14.0046, nº 0000827-92.2012.5.08.0124, nº
0000412-06.2012.8.14.0046, nº 0800316-11.2019.8.14.0046 e nº 0001312-86.2012.8.14.0046. 4-  Â
  Traslade-se cópia da presente decisão aos processos nº 0800316-11.2019.8.14.0046 e nº
0001312-86.2012.8.14.0046. 5-     Posteriormente, promova-se ato ordinatório em todos os feitos,
conferindo-se prazo para manifestação acerca do acordo apresentado na habilitação de crédito
nº 0002860-49.2012.8.14.0046 e nº 0001312-86.2012.8.14.0046, no prazo comum de cinco dias. Os
envolvidos deverão esclarecer os pontos descritos na presente decisão que lhe cabem, sempre
considerando a preferência do crédito trabalhista, a necessidade de reserva de bens já determinada
judicialmente e o necessário recolhimento de ITCMD. Rondon do Pará, 30 de novembro de 2021 Tainá
Monteiro da Costa Juìza de Direito
607
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
PROCESSO nº 0000222-46.2017.8.14.1605
CAPITULAÇÃO PENAL; ART.121, § 2º, INC. II C/C ART. 14, II, TODOS DO CP.
DESPACHO
Vistas dos autos ao MP para se manifestar na fase do artigo 422, do CPP, no prazo legal. Em seguida,
intime-se a defesa par a mesma finalidade.
Após, conclusos.
Cumpra-se.
ATA DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e três dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (23.11.2021), na sala de
audiências do Fórum desta cidade e comarca de Monte Alegre, às 09hr00min, onde se achava presente o
Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o
Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Aberta a audiência,
feito o pregão de praxe, constatou-se a ausência da vítima E. P. DA S.. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA:
Considerando a certidão da Sra. Oficial de Justiça de fls. 17, devolva-se a carta precatória ao juízo
deprecante. Ciência ao Ministério Público. Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este
termo que lido e achado, vai devidamente assinado. Eu, ______, Guilherme Germano, Estagiário, o digitei
e subscrevi.
FINALIDADE: OITIVA H. G. DE A. M.
ATA DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e três dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (23.11.2021), na sala de
audiências do Fórum desta cidade e comarca de Monte Alegre, às 09hr30min, onde se achava presente o
Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o
Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Presente o Exmo.
Sr. Dr. MARCOS ANTONIO DOS SANTOS VIEIRA, Defensor Público desta Comarca. Aberta a audiência,
feito o pregão de praxe, constatou-se a presença da testemunha H. G. DE A. M.. Passou-se o MM. Juiz a
colher o depoimento pessoal da testemunha H. G. DE A. M., através de registro audiovisual, nos termos
do Art. 405, § 2º do CPP, cuja cópia do registro original permanecerá anexo nos autos. DELIBERAÇÃO
EM AUDIÊNCIA: Cumprindo o ato deprecado, devolva-se ao Juízo de Origem dando-se baixa na
distribuição. Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai
devidamente assinado. Eu, ______, Guilherme Germano, Estagiário, o digitei e subscrevi.
VÍTIMA: D. DA S. M.
609
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
ATA DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e três dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (23.11.2021), na sala de
audiências do Fórum desta cidade e comarca de Monte Alegre, às 10hr00min, onde se achava presente o
Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o
Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Presente o Exmo.
Sr. Dr. MARCOS ANTONIO DOS SANTOS VIEIRA, Defensor Público desta Comarca. Aberta a audiência,
feito o pregão, constatou-se a ausência das partes. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Passou o MM. Juiz
a proferir Sentença. Trata-se de TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA figurando como
AUTOR DO FATO RAMIRES BARRETO DA SILVA, e como VÍTIMA D. DA S. M., ambos devidamente
qualificados nos autos em epígrafe, visando apurar ilícito tipificado no art. 147, ¿caput¿, do Código Penal
Brasileiro, supostamente ocorrido em 17 de janeiro de 2020. Audiência preliminar de conciliação e
transação penal ocorrida nesta, a vítima não compareceu sendo que foi devidamente intimada para o
presente, conforme certidão do Sr. Oficial de Justiça, s/n. É o breve relato. DECIDO. O Art. 103 do Código
Penal c/c o Art. 38, do Código de Processo Penal estabelecem que o ofendido decairá do seu direito de
queixa/representação se não o exercer dentro do prazo de seis (06) meses. In casu, e em outros
taxativamente determinados na lei penal, permite-se que a persecutio crimines fique subordinada ao juízo
de conveniência e oportunidade da vítima, dependendo, assim, imprescindivelmente, a ação penal relativa
aos supostos crime em comento, de representação por parte desta (art. 88 da Lei nº. 9.099/1995). A falta
de representação do ofendido, neste caso, tem reflexo na órbita penal, pois a ausência do direito de fazê-
la acarreta a extinção da punibilidade do agente, que é matéria penal, em decorrência da existência da
decadência (Art. 107, inciso IV, do CPB). A decadência no processo penal é causa extintiva da
punibilidade consistente na perda do direito de queixa/representação em decorrência de não ter sido
exercido no prazo previsto em lei. Por via de conseqüência, ela atinge o próprio direito de punir. Vejamos o
ensinamento de Rogério Greco sobre o assunto: ¿A decadência é o instituto jurídico mediante o qual a
vítima, ou quem tenha qualidade para representá-la, perde o seu direito de queixa ou de representação em
virtude do decurso de um certo espaço de tempo.¿. (Código Penal Comentado. Rio de Janeiro: Impetus,
2008, p. 333-334). No caso dos autos decorreu um lapso temporal superior àquele exigido pela lei. Assim
sendo, nos termos do arts. 103, 107, inciso IV, ambos do Código Penal c/c art. 38, do Código de Processo
Penal e art. 88 da Lei nº. 9.099/1995. DECLARO EXTINTA A PRETENSÃO PUNITIVA DE RAMIRES
BARRETO DA SILVA, por possível ilícito tipificado no art. 147, ¿caput¿, do Código Penal Brasileiro.
Determino o arquivamento do feito, em virtude da incidência da decadência do direito de representação. P.
R. I. C. Ciência ao Ministério Público.
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e três dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (23.11.2021), na sala de
audiências da plataforma de videoconferência TEAMS disponibilizado por este Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, às 10hr20min, onde se achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS
GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL
BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Aberta a audiência, feito pregão de praxe, constatou-se a
presença do requerente, devidamente acompanhado de seu advogado Dr. RAIMUNDO ELDER DINIZ
FARIAS. Presente a parte requerido, por intermédio do advogado Dr. AFONSO OTÁVIO LINS BRASIL.
Feita a proposta de acordo, a mesma logrou êxito nos seguintes termos: 1) Que o município de Monte
Alegre se compromete pagar o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) em favor do autor em uma única
parcela até o dia 6 de dezembro do corrente ano; 2) Que o pagamento será realizado mediante depósito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
em conta bancária do patrono judicial do autor, RAIMUNDO ELDER DINIZ FARIAS, a qual seja: Banco do
Brasil, Agência 0949-0, Conta Corrente: 41974-5; 3) Fica convencionada clausula penal de 20% em caso
de inadimplemento do prazo avençado. DELIBERÇÃO EM AUDIÊNCIA: Passou O MM. Juiz a proferir
SENTENÇA DE HOMOLOGAÇÃO: Vistos, etc... O artigo 840 do Código Civil reza que ¿é lícito aos
interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas.¿. Se a transação recair
sobre direitos contestados em juízo, será feita por escritura pública, ou por termo nos autos, assinado
pelos transigentes e homologado pelo juiz (CC, artigo 842). Nesta hipótese, a cognição judicial é sumária,
porquanto restrita à verificação do preenchimento dos requisitos extrínsecos de validade do ato (juízo de
delibação). O artigo 104 do Código Civil preconiza que a validade do negócio jurídico requer agente capaz,
objeto lícito, possível, determinado ou determinável e forma prescrita ou não defesa em lei. Na espécie
vertente, em um juízo de delibação, verifico que a transação firmada entre as partes preenche os
requisitos de validade do negócio jurídico, vez que a pretensão dos mesmos não fere a lei e o acordo
celebrado pelas partes resguarda os interesses dos mesmos. Em face do exposto e para o fim disposto no
artigo 515, inciso II, do Código de Processo Civil, HOMOLOGO a transação firmada entre as partes, e,
com fulcro no artigo 487, inciso III, alínea ¿b¿, do Código de Processo Civil, julgo extinto o feito com
análise do mérito. Ficam as partes dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se
houver, com fulcro no art. 90, § 3º, do CPC, observando-se o disposto § 2º, do mesmo artigo
anteriormente mencionado. P. R. I. C. Sentença publicada em audiência, ficando os presentes
devidamente intimados. Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e
achado, vai devidamente assinado. Eu, ______, Guilherme Germano, Estagiário, o digitei e subscrevi.
VÍTIMA: A. C. O. DOS S.
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e três dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (23.11.2021), na sala de
audiências da plataforma de videoconferência TEAMS disponibilizado por este Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, às 11hr20min, onde se achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS
GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL
BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Aberta a audiência, feito o pregão de praxe, constatou-se a
presença da vítima que neste ato informou que ratifica a representação oferecida em desfavor do
requerido, pugnando pelo prosseguimento do feito, bem como informou que ainda se sente ameaçada
pelo denunciado, inclusive toda vez que o mesmo ingere bebida alcoólica ele a procura, por isso pugna
pela aplicação de medidas protetivas. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: 1) Dê-se vista ao Ministério
Público para análise das alternativas legais cabíveis. 2) Considerando que houve pedido de aplicação de
medidas protetivas de urgência, assim discorro: Trata-se de PEDIDO DE APLICAÇÃO DE MEDIDAS
PROTETIVAS formulado pela senhora A. C. O. DOS S., em virtude de violência doméstica supostamente
praticada por MANOEL SIVALDO MOTA DOS SANTOS, partes devidamente qualificadas nos autos em
epígrafe. É o breve relato. DECIDO. Já existe Inquérito Policial em trâmite neste Juízo em desfavor do
suposto agressor, no caso os autos em epígrafe, bem como a ofendida informou nesta oportunidade que
se sente temerosa pelas atitudes do indiciado, que mesmo após 08 (oito) anos do término do
relacionamento ainda a persegue. As medidas protetivas devem ser deferidas somente nos casos da
necessidade urgente da medida e, no presente caso, a vítima informa que se sente receosa com as
atitudes do requerido, mostrando-se, portanto, razoável que haja o deferimento de pedido de aplicação
das medidas protetivas. Diante disso, fornecidos os elementos para se auferir a necessidade de serem
aplicadas as medidas de urgência que constam na mencionada Lei, DEFIRO a aplicação de medidas
protetivas consistentes na proibição das seguintes condutas pelo agressor, ora indiciado: a) Aproximação
da ofendida e dos familiares desta, fixando o limite de distância de 500 (quinhentos) metros entre o
agressor e aqueles; b) Contato com a ofendida e seus familiares por qualquer meio de comunicação.
Deverá o indiciado observar TODAS as medidas acima deferidas, cumprindo as providências que lhe
competem, sob pena de serem aplicadas as sanções legais pertinentes, inclusive, se for o caso, decretada
sua prisão preventiva. Recomende-se à autoridade policial a efetuação das providências previstas no
capítulo III da mencionada Lei, que lhe compete. Int. e cumpra-se com observância das formalidades
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
legais devidas. P. R. I. C. Ciência ao Ministério Público. Fica a ofendida notificada na presente data.
Intime-se o indiciado. Serve a cópia da presente ata como mandado judicial. Nada mais havendo a tratar,
o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente assinado. Eu, ______,
Guilherme Germano, Estagiário, o digitei e subscrevi.
ATA DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e três dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (23.11.2021), na sala de
audiências do Fórum desta cidade e comarca de Monte Alegre, Estado do Pará, às 11hr40min, onde se
achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta
Comarca. Aberta a audiência, feito o pregão constatou-se a presença do denunciado, desacompanhado
de advogado. Presente a vítima. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: 1) Considerando a ausência do nobre
representante do Parquet, remarco a presente audiência para o dia 16.02.2022, às 12hr05min, ficando os
presentes intimados. Ciência ao Ministério Público e à Defensoria Pública. 2) Dê-se vista ao Ministério
Público para se manifestar acerca da certidão da Sra. Oficial de Justiça de fls. 17, quanto à testemunhas
R. S. C. Serve a cópia desta ata como mandado judicial. Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou
encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente assinado. Eu, ______, Karen Romano, Assessora
do Juiz, o digitei e subscrevi.
ATA DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e três dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (23.11.2021), na sala de
audiências do Fórum desta cidade e comarca de Monte Alegre, às 12hr40min, onde se achava presente o
Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Ausente o
Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Aberta a audiência,
feito o pregão de praxe, constatou-se a presença da testemunha N.F.R. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA:
Considerando a ausência justificado do Promotor de Justiça remarco a presente audiência para o dia
16/02/2022 às 12h45min. Providencie nova intimação para oitiva da testemunha N.F.R. Ciência ao
Ministério Público. Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado,
vai devidamente assinado. Eu, ______, Susely Cunha, Auxiliar Judiciaria, o digitei e subscrevi.
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e três dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (23.11.2021), na sala de
audiências do Fórum desta cidade e comarca de Monte Alegre, às 13hr00min, onde se achava presente o
Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o
Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Presente o
flagranteado devidamente acompanhado do seu advogado Dr. ELANILDO RAIMUNDO RÊGO DOS
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SANTOS. Aberta a audiência, passou o MM. Juiz a colher o depoimento do custodiado ALESSANDRO
DE JESUS DE SOUZA, através de registro audiovisual, nos termos do Art. 405, § 2º do CPP, cuja cópia
do registro original permanecerá anexo nos autos. O MM. Juiz concedeu a palavra a representante do
Ministério Público, que se manifestou oralmente, através de registro audiovisual, nos termos do Art. 405,
§ 2º do CPP, cuja cópia do registro original permanecerá anexo nos autos. O MM. Juiz concedeu a palavra
à defesa do flagranteado, que se manifestou oralmente, através de registro audiovisual, nos termos do Art.
405, § 2º do CPP, cuja cópia do registro original permanecerá anexo nos autos. DELIBERAÇÃO EM
AUDIÊNCIA: Vistos, etc..., A Delegada de Polícia Civil de Monte Alegre, no Alegre, no cumprimento das
exigências constitucionais, informa a este Juízo a prisão em flagrante delito do nacional ALESSANDRO
DE JESUS DE SOUZA, já qualificado, pela suposta infringência ao artigo 33 da Lei nº 11.343/2006. Na
análise das peças que compõe este auto, constato que as formalidades legais foram observadas, tendo
sido lavrado por autoridade competente, com ouvida do condutor e testemunhas, conduzido sem qualquer
irregularidade, estando o instrumento devidamente assinado por todos, nota de culpa e demais
procedimentos, tendo sido remetido à justiça no prazo da lei. Constam do auto as advertências legais
quanto aos direitos constitucionais dos flagrado. Note-se que quanto o pressuposto básico que é a prisão
em flagrante, nada há que contestar, posto que a conduta delituosa descrita no art. 33 da Lei nº.
11.343/2006 é caracterizada pela permanência, logo não cessada a permanência, o fato se enquadra em
algumas das modalidades de flagrante descritas no art. 302 do Código de Processo Penal. Não existem,
portanto, vícios formais ou materiais que venham macular a peça, razão por que HOMOLOGO o auto
e mantenho a prisão em flagrante. De outra banda, dispõe o art. 310 do Código de Processo Penal que ao
receber o auto de prisão em flagrante, o Juiz deverá fundamentadamente: relaxar a prisão ilegal; ou
converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312
deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. Pois bem, inicialmente é necessário destacar que, em
sessão realizada no dia 10.5.2012, quando do julgamento do HC n. 104.339/SP (DJ de 6.12.2012), o
Pleno do Supremo Tribunal Federal declarou, incidentalmente, a inconstitucionalidade do disposto no
artigo 44 da Lei n. 11.343/2006, na parte em que vedava¿ a concessão de liberdade provisória aos
acusados da prática do crime de tráfico de drogas. Na ocasião, entendeu-se que: a) a mera
inafiançabilidade do delito (artigo 5º, XLIII, da Constituição Federal) não impede a concessão de liberdade
provisória; b) sua vedação apriorística é incompatível com os princípios constitucionais da presunção de
inocência e do devido processo legal, bem assim com o mandamento constitucional que exige a
fundamentação para todo e qualquer tipo de prisão. Nesse contexto, não se pode presumir que em
qualquer caso de tráfico de drogas a decretação da prisão preventiva é medida necessária, entendimento
que, obviamente, não se coaduna com a disciplina constitucional e com a interpretação que vem sendo
perfilada pelos Tribunais Superiores. Como sabido, para a decretação da prisão preventiva, é mister que,
além de prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria, e de perigo gerado pelo estado de
liberdade do imputado, esteja também configurado ao menos um dos fundamentos previstos no artigo 312
do Código de Processo Penal, no caso poderá ser decretada toda vez que assim o reclame o interesse da
ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a
aplicação da lei penal. Ou seja, dada sua natureza eminentemente cautelar, a custódia cautelar reclama a
presença dos requisitos gerais do fumus comissi delicti e periculum libertatis, tendo por norte, sempre, a
sua excepcionalidade, pois impõe o cárcere antes de condenação criminal, quando vigora o princípio reitor
da liberdade. A meu ver, não se verifica no caso em análise tais fundamentos. Conforme é cediço, "A
gravidade abstrata do crime ou a menção de que a ordem pública estaria abalada por infrações dessa
natureza consubstanciam a ideia de prisão cautelar obrigatória, não mais aceitável no Estado Democrático
de Direito." (AgRg no RHC n. 40.868/MG, Relator Ministro Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, DJe
21/10/2013). Não se discute que as circunstâncias em que perpetrado os delitos, por vezes, possam
demonstrar a necessidade da custódia cautelar do flagranteado, para o fim de garantir-se a ordem pública,
quando os antecedentes penais do agente ou o modus operandi empregado no cometimento do crime
seja, efetivamente, revelador de uma gravidade exacerbada ou de uma periculosidade concreta e
acentuada do imputado. Mas, no contexto dos autos, não vislumbrei circunstâncias concretas que
efetivamente evidenciasse que a liberdade do flagranteado possa colocar em risco a ordem pública. De
mais a mais, saliento que fora apreendido pequena quantidade de droga, a ponto de, por si só, não se
pode concordar que a conduta do flagranteado seja grave, a fim de justificar a custódia preventiva como
indispensável à preservação da ordem pública. Por essas razões, não existe nenhum elemento concreto
dos autos que, à luz do artigo 312 do Código de Processo Penal que evidencie a necessidade da custódia
cautelar. A propósito: ¿PENAL E PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS
CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS (ART. 33, CAPUT, DA LEI 11.343/2006). PRISÃO EM FLAGRANTE,
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se olvidando que a proibição - então contida na Lei de Crimes Hediondos - foi suprimida pela Lei nº
11.464/07. quantidade de droga, quando expressiva, constitui elemento fático determinante na avaliação
da necessidade da prisão cautelar, notadamente para assegurar a ordem pública. Contrario sensu, a
apreensão de pequena quantidade de entorpecente não se mostra suficiente, por si só, para justificar a
custódia antecipada. simples menção ao fato de o acusado possuir antecedentes criminais não se presta
a embasar a custódia cautelar. 4. Ordem concedida a fim de restabelecer a decisão de primeiro grau que
deferiu a liberdade provisória. (HC 221.617/MG, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, julgado
em 22/03/2012, DJe 04/06/2012)¿. Portanto, não demonstrada a presença do periculum libertatis, com
base em elementos concretos, e considerando-se ainda as condições pessoais do flagrado, mostra-se
desnecessária a prisão cautelar, última medida a ser ordenada pelo magistrado para assegurar o processo
e a ordem pública e social, após a edição e entrada em vigor da Lei nº. 12.403/2011, sobretudo em se
considerando que na espécie a quantidade de droga encontrada em poder do agente é reduzida a
demonstrar que não se trata de tráfico de grande proporção, ou seja, a potencialidade lesiva da conduta
em si considerada não é das mais elevadas. De fato, o Código de Processo Penal em seu art. 282, § 6º,
dispõe que: "A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por
outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da substituição por outra
medida cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada nos elementos presentes no caso concreto,
de forma individualizada", devendo a preventiva ser decretada somente em último caso, quando realmente
mostre-se necessária e adequada às circunstâncias em que cometido os delitos e às condições pessoais
do agente, no caso, ao que parecem, primários, com residência e ocupação lícita. A propósito é a lição de
EUGENIO PACELLI OLIVEIRA e DOUGLAS FISCHER, em comentários ao art. 282 do CPP: ¿A nova
legislação que, no ponto, se alinha ao modelo português e ao italiano, prevê diversas medidas cautelares
diversas da prisão, reservando a esta última um papel, não só secundário, mas condicionado à
indispensabilidade da medida, em dupla perspectiva, a saber, (a) a proporcionalidade e adequação, a
serem aferidas segundo a gravidade do crime, as circunstâncias do fato (meios e modo de execução), e,
ainda as condições pessoais do agente; e (b) a necessidade, a ser buscada em relação ao grau de risco à
instrumentalidade (conveniência da investigação ou da instrução) do processo ou à garantia da ordem
pública e/ou econômica, a partir de fatos e circunstâncias concretas que possam justificar a segregação
provisória.¿ (Comentários ao código de processo penal e sua jurisprudência. 4ª ed. rev. e atual. até
dezembro de 2011. São Paulo: Atlas, 2012, p. 541). O art. 319 do Código de Processo Penal, alterado
pela Lei nº 12.403/2011, traz um rol de medidas cautelares diversas da prisão que podem ser aplicadas
pelo magistrado em substituição à prisão, sempre observado o binômio proporcionalidade e adequação.
Nesse contexto, apresentando-se tais medidas como mais favoráveis em relação à decretação da prisão
antecipada e verificando-se ainda que, diante das particularidades do caso concreto, já que o flagranteado
é acusado de infringir o art. 33, caput, da Lei de Drogas, sendo delito equiparado a hediondo e de perigo
abstrato, e considerando as circunstâncias em que se deu a prisão em flagrante, mostra-se necessária,
adequada e suficiente a imposição das medidas alternativas à segregação previstas nos incisos I, IV e V
do art. 319 do CPP para garantir-se a ordem pública e a conveniência da instrução criminal, ressaltando-
se aos autuados que eventual descumprimento das mesmas poderá acarretar em revogação da liberdade
provisória. Por tais fundamentos, CONCEDO a Liberdade Provisória ao nacional ALESSANDRO DE
JESUS DE SOUZA, já qualificado, devendo o mesmo ser colocado em liberdade, se por outro motivo não
se encontrar preso, impondo-lhe as medidas cautelares previstas no art. 319, incisos I, IV e V do CPP,
quais sejam: 1) comparecimento mensal em Juízo para informar e justificar suas atividades; 2) proibição
de ausentar-se da comarca sem autorização deste Juízo, por mais de 30 (trinta) dias; 3) recolhimento
domiciliar noturno, do período das 20hr00min às 06hr00min, e integral aos finais de semana, feriados e
dias de folga do flagrado; 4) juntar aos autos comprovante atualizado de residência no prazo de 10 (dez)
dias; 5) não se envolver na prática de qualquer outro ilícito criminal, sob pena de revogação da liberdade
provisória, em caso de descumprimento de qualquer da medidas acima transcritas. P. R. I. C. Ciência ao
Ministério Público. Serve a cópia desta ata como mandado judicial/ofício/alvará de soltura. Nada mais
havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente assinado.
Eu, ______, Susely Cunha, Auxiliar Judiciaria, o digitei e subscrevi.
(ASPOL)
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e três dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (23.11.2021), na sala de
audiências da plataforma de videoconferência TEAMS disponibilizado por este Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, às 13hr30min, onde se achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS
GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Aberta a audiência, feito pregão de praxe, constatou-
se a presença da parte requerente devidamente acompanhada de seu patrono judicial. Ausente o
Requerido. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Considerando que o requerido não foi devidamente
citado, remarco a presente audiência para o dia 16/02/2022 às 13h15min. Providencie a intimação
pessoal no endereço informado pela parte requerente. Ficando os presentes intimados. Nada mais
havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente assinado.
Eu, ______, Susely Cunha, Auxiliar Judiciaria, o digitei e subscrevi.
ATA DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e três dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (23.11.2021), na sala de
audiências do Fórum desta cidade e comarca de Monte Alegre, Estado do Pará, às 14hr15min, onde se
achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta
Comarca. Presente o Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL BEM, Promotor de Justiça desta Comarca.
Presente o Defensor Público, Dr. MARCOS ANTÔNIO DOS SANTOS VIEIRA. Feito pregão de praxe,
constatou-se a presença das denunciadas ARIANE NUNES VASCONCELOS, ALCILENE RICARDINO
DE JESUS e FRANCILENE BRONE DE OLIVEIRA, devidamente acompanhado pela Defensoria
Pública. O Ministério Público Propôs a suspensão condicional do processo, consistente no período de
prova de 02(dois) anos, mediante o cumprimento de tais condições: 1) Comparecimento bimestral em juízo
para informar e justificar suas atividades; 2) Proibição de frequentar bares e similares; 3) Prestação
pecuniária no valor de R$ 600,00 para cada denunciada, convertida para ao Abrigo Institucional Arco-Iris,
no prazo de 30 e 60 dias respectivamente, cujo comprovante de entrega deverá ser anexado aos autos
pelo próprio autor. Dada à palavra as denunciadas as mesmas aceitaram a proposta de suspensão
condicional do processo, e se comprometeram efetuar o pagamento da prestação pecuniária nos prazos e
na forma proposta pelo Ministério Público. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Homologo a suspensão
condicional do processo, devendo os autos permanecer em cartório durante o período de prova. Nada
mais havendo a tratar, mandou o MM. Juiz encerrar o presente termo. Do que para constar, lavro este
termo. Eu, ___, Susely Cunha, Auxiliar Judiciaria, o digitei e subscrevi.
ATA DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e três dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (23.11.2021), na sala de
audiências do Fórum desta cidade e comarca de Monte Alegre, Estado do Pará, às 14hr30min, onde se
achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta
Comarca. Promotor de Justiça desta Comarca. Presente o Defensor Público, Dr. MARCOS ANTÔNIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
DOS SANTOS VIEIRA. Feito pregão de praxe, constatou-se a presença do denunciado WUYLK
MARQUES BATISTA, devidamente acompanhado pela Defensoria Pública. Aberta a audiência,
passou o MM a colher o depoimento da testemunha PM BRUNO VINICIUS DA SILVA SANTOS, através
de sistema audiovisual (TEAMS). Ausente a testemunha VALDENILSON PEREIRA DA COSTA
injustificadamente. O Ministério Público desistiu da testemunha ROSANGELA PIRES DE SOUZA e insistiu
no depoimento da testemunha VALDENILSON PEREIRA DA COSTA. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA:
1) Considerando a ausência injustificada da testemunha VALDENILSON PEREIRA DA COSTA, d
esigno audiência em continuação para o dia 19.01.2022, às 09hr00min, para oitiva deste, bem como
eventuais testemunhas de defesa e qualificação e interrogatório do réu. 2) Deve a audiência redesignada
ocorrer de forma virtual, por meio da plataforma Teams, via computador ou smartphone, e todos que
participarão da mesma deverão, com antecedência, fazer o download (baixar) do aplicativo gratuito para
terem acesso ao ato no dia e hora acima especificados. 3) Oficie-se ao 18º Batalhão de Polícia Militar
desta cidade, requisitando-se a presença da testemunha acima mencionada, à audiência, ressaltando-se
que a mesma será inquirida na modalidade de videoconferência, no prédio do 18º BPM, ou qualquer outro
local, à exceção do Fórum, que possua regular acesso à internet, microfone e câmera, devendo ser
fornecido contato telefônico ou aplicativo Whatsapp, ou email, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a fim
de facilitar a comunicação no momento da audiência, a serem encaminhadas ao e-mail
1montealegre@tjpa.jus.br. 4) Oficie-se ao CRASHM, ou à Central de Triagem, em Santarém, ou qualquer
outro estabelecimento penal em que o denunciado esteja atualmente custodiado, sob responsabilidade da
Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Estado do Pará, informando-se sobre a audiência
anteriormente aprazada, bem como para requisitar a presença do réu em questão à mesma, ressaltando-
se que o ato se realizará por videoconferência, em relação ao denunciado em comento, assim como a
administração do estabelecimento prisional deverá, além de proceder a possibilidade da participação do
preso à audiência, antes do início do ato processual e do interrogatório, oportunizar ao réu entrevistar-se
reservadamente com seu Advogado, via telefone ou outro meio de comunicação similar, cujos dados
deverão ser disponibilizados pelo diretor do estabelecimento prisional, em observância ao disposto no § 5º
do art. 185 do Código de Processo Penal. 5) Ciência ao Ministério Público e à Defensoria Pública. 6) Sem
prejuízo do acima determinado, considerando que a testemunha VALDENILSON PEREIRA DA COSTA
foi apresentada formalmente para prestar depoimento em juízo, consoante ofício acostado no ID
42215698, no entanto a mesma se fez ausente injustificadamente, oficie-se ao 18º BPM, para este tome
as providências que entender cabível ao caso, informando ao juízo sobre, no prazo de 15 (quinze) dias. 7)
Serve a cópia desta ata como mandado judicial/ofício. Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou
encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente assinado. Eu, ______, Susely Cunha, Auxiliar
Judiciário, o digitei e subscrevi.
ATA DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e quatro dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (24.11.2021), na sala de
audiências do Fórum desta cidade e comarca de Monte Alegre, Estado do Pará, às 09hr00min, onde se
achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta
Comarca. Presente o Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL BEM, Promotor de Justiça desta Comarca.
Presente o Exmo. Sr. Dr. MARCOS ANTONIO DOS SANTOS VIEIRA, Defensor Público desta Comarca.
Aberta a audiência, feito o pregão constatou-se a presença da denunciada CREUZA DOS SANTOS
BAGA. Presentes as testemunhas Sr. MANOEL JOÃO PERES DE SOUZA (PC), Sr. EDGAR ASSUNÇAO
DE JESUS (PM), Sr. MARCELINO PORFÍRIO ALVEZ (PM), Sr. ERICKSON DIEGO MACHADO DA SILVA
(PM). Ausentes as testemunhas CRISTINA CRISTO DA SILVA e ELAINE KIÚCIA DA SILVA SERRÃO.
Passou-se o MM. a colher o depoimento pessoal da testemunha Sr. MANOEL JOÃO PERES DE SOUZA
(PC), através de registro audiovisual, nos termos do Art. 405, § 2º do CPP, cuja cópia do registro original
permanecerá anexo nos autos. Passou-se o MM. a colher o depoimento pessoal da testemunha Sr.
EDGAR ASSUNÇAO DE JESUS (PM), através de registro audiovisual, nos termos do Art. 405, § 2º do
CPP, cuja cópia do registro original permanecerá anexo nos autos. Passou-se o MM. a colher o
depoimento pessoal da testemunha Sr. MARCELINO PORFÍRIO ALVEZ (PM), através de registro
audiovisual, nos termos do Art. 405, § 2º do CPP, cuja cópia do registro original permanecerá anexo nos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
autos. Passou-se o MM. a colher o depoimento pessoal da testemunha Sr. ERICKSON DIEGO
MACHADO DA SILVA (PM), através de registro audiovisual, nos termos do Art. 405, § 2º do CPP, cuja
cópia do registro original permanecerá anexo nos autos. O Ministério Público pugnou pela desistência das
testemunhas CRISTINA CRISTO DA SILVA e ELAINE KIÚCIA DA SILVA SERRÃO. Prejudicado o
interrogatório da denunciada CREUZA DOS SANTOS BAGA, considerando que a mesma escolheu
permanecer em silêncio. O MM. Juiz concedeu a palavra ao Representante do Ministério Público, que
apresentou alegações finais oralmente, através de registro audiovisual, nos termos do Art. 405, § 2º do
CPP, cuja cópia do registro original permanecerá anexo nos autos. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Dê-
se vista a Defensoria Pública para apresentar alegações finais no prazo de 5 (cinco) dias. Nada mais
havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente assinado.
Eu, ______, Guilherme Germano, Estagiário, o digitei e subscrevi.
P R O C E S S O N º . 0 0 0 0 8 6 1 - 3 0 . 2 0 1 7 . 8 . 1 4 . 0 0 3 2 ¿
INDENIZAÇÃO REQUERENTE: JOSE DE
SOUZA BAIA
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e quatro dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (24.11.2021), na sala de
audiências deste Tribunal de Justiça do Estado do Pará, às 10hr00min, onde se achava presente o Exmo.
Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o Exmo. Sr.
Dr. RAFAEL TREVISAN DAL BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Aberta a audiência, feito o
pregão de praxe, constou-se a presença do requerente, devidamente acompanhado de seu advogado Dr.
RAIMUNDO ELDER DINIZ FARIAS. Presente a parte requerida, por intermédio do preposto, Sr. PAULO
DE TARSO ROCHA FILHO, e da advogada, Dra. ANA BARBARA RIKER MACEDO. Feita a proposta de
acordo a mesma não logrou êxito. Passou-se o MM. Juiz a colher o depoimento pessoal do requerente Sr.
JOSE DE SOUZA BAIA, através de registro audiovisual, nos termos do Art. 405, § 2º do CPP, cuja cópia
do registro original permanecerá anexo nos autos. O MM. Juiz concedeu a palavra ao advogado da parte
requerente Dr. RAIMUNDO ELDER DINIZ FARIAS, que se manifestou oralmente através de registro
audiovisual, nos termos do Art. 405, § 2º do CPP, cuja cópia do registro original permanecerá anexo nos
autos. Em ato contínuo, concedeu a palavra a advogada da parte requerida Dra. ANA BARBARA RIKER
MACEDO, que não apresentou alegações. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Conclusos para sentença.
Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente
assinado. Eu, ______, Guilherme Germano, Estagiário, o digitei e subscrevi.
MENOR: K. E. S. DOS S.
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e quatro dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (24.11.2021), na sala de
audiências da plataforma de videoconferência TEAMS disponibilizado por este Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, às 10hr30min, onde se achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS
GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL
BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Presente o Exmo. Sr. Dr. MARCOS ANTONIO DOS SANTOS
VIEIRA, Defensor Público desta Comarca. Feito pregão de praxe, constatou-se a presença dos
interessado JOSÉ DA SILVA SOUSA e ZULEIDE DOS SANTOS. Ausente a requerida. Passou-se o MM.
Juiz a colher o depoimento pessoal da interessada Sra. ZULEIDE DOS SANTOS, através de registro
audiovisual, nos termos do Art. 405, § 2º do CPP, cuja cópia do registro original permanecerá anexo nos
autos. O MM. Juiz concedeu a palavra ao Representante do Ministério Público, que apresentou
manifestação através de registro audiovisual, nos termos do Art. 405, § 2º do CPP, cuja cópia do registro
original permanecerá anexo nos autos. O Defensor Público não apresentou objeção. DELIBERAÇÃO EM
AUDIÊNCIA: Passou o MM. Juiz a proferir decisão: Vistos, etc..., Considerando que a avó do(a) menor
K. E. S. DOS S., informou está residindo em Alenquer/Pará (PA), sendo que está é quem detém a guarda
de fato da criança, reconheço a incompetência deste Juízo para processar a presente Ação, pelos motivos
abaixo declinados: A propositura da presente Ação em domicílio diverso do(a) menor viola o Princípio do
melhor interesse da criança, que prevalece sobre a estabilização de competência relativa, e deve ser
preservado com todo o rigor. A proximidade com a criança, torna possível atender de maneira mais eficaz
aos objetivos colimados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como entrega-lhe a prestação
jurisdicional de forma rápida e efetiva, por meio de uma interação próxima entre o juízo, o infante e seus
pais ou responsáveis. Assim, pela efetividade na prestação jurisdicional, mostra-se adequada a remessa
dos autos à Comarca do domicílio da guardiã do(a) menor, a saber: Alenquer/Pará (PA). Ante o exposto,
DECLINO da competência para o processar e julgar o presente feito e determino a remessa dos autos à
Comarca de Alenquer/Pará (PA). P. R. I. C. Ciência ao Ministério Público e à Defensoria Pública. Nada
mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente
assinado. Eu, ______, Guilherme Germano, Estagiário, o digitei e subscrevi.
REQUERENTE: D. K. DA S. B.
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e quatro dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (24.11.2021), na sala de
audiências da plataforma de videoconferência TEAMS disponibilizado por este Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, às 11hr30min, onde se achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS
GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL
BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Feito o pregão, constatou-se a presença da requerente,
devidamente acompanhada de suas advogadas Dra. CINTHIA RODRIGUES PINGARILHO VIEIRA e
Dra. LEILA MARIA R. PINGARILHO. Presente o requerido, devidamente acompanhado de seu advogado
Dr. OTACILIO DE JESUS CANUTO. Dada à palavra à advogada da parte autora, esta desistiu do pedido
de alimentos pugnado na inicial. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Passou o MM. Juiz a proferir
sentença: Trata-se de AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE, promovida por MÁRCIA LÚCIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
este. Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido inicial, contido na Ação de
Investigação de Paternidade, e determino a expedição de Mandado de Averbação ao Oficial do Cartório de
Registro Civil desta Comarca para que inclua no assento de nascimento de MÁRCIA LÚCIO DA COSTA, o
nome do requerido como seu pai e os dos genitores deste como avós paternos, além do patronímico
paterno ao nome do demandante, conforme documento deste existente às fls. 22, passando a
demandante a se chamar MÁRCIA LÚCIO DA COSTA DA SILVA. Por consequência, com fundamento no
art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil, extingo o processo com resolução de mérito. Sem custas e
sem honorários, ante à justiça gratuita deferida em favor do requerido na presente data. Publique-se.
Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se. Ciência ao Ministério Público. Cumpridas as formalidades legais,
arquivem-se. Sentença publicada em audiência. Serve a cópia da presente ata como mandado
judicial/ofício. Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai
devidamente assinado. Eu, ______, Guilherme Germano, Estagiário, o digitei e subscrevi.
REQUERENTE: P. M. DE S. O. N.
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e quatro dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (24.11.2021), na sala de
audiências da plataforma de videoconferência TEAMS disponibilizado por este Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, às 11hr55min, onde se achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS
GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL
BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Feito pregão de praxe, constatou-se a presença da
representante legal e do requerido devidamente acompanhados dos seus patronos judiciais. Feita a
proposta de acordo, a mesma logrou êxito nos seguintes termos: 1) que o requerido se compromete a
pagar a título de pensão alimentícia em favor da autora, correspondente ao salário mínimo vigente
correspondente a 1.100,00 (um mil e cem reais); 2) o pagamento será desconto na folha de pagamento do
requerido devendo ser expedido oficio a fonte empregadora ID 42143571; 3) Em relação ao pagamento da
pensão alimentícia do mês de novembro, o requerido se compromete complementar o valor de 600,00 ,
cujo pagamento ocorrerá no dia 01/12/2021 mediante deposito bancário na conta do autor BANPARÁ, AG:
003-05, CONTA CORRENTE: 000280418-2. O MP não se opôs à homologação do acordo. O MM. Juiz a
proferir SENTENÇA DE HOMOLOGAÇÃO: Vistos e etc. Homologo por sentença, para que produza seus
legítimos e legais efeitos, o acordo realizado entre as partes, nesta audiência. Extingo o presente feito,
com resolução do mérito, nos termos doa art. 487, inciso III, alínea b, do CPC. Oficie-se à fonte
empregadora do requerido, qual seja, conforme o ID 42143571, para que averbe o contracheque do
requerido por desconto do valor da pensão alimentícia ora acordada e repasse à representante
legal mediante transferência bancária, conforme dados constantes no presente termo. Nada mais
havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente assinado.
Eu, ______, Susely Cunha, Auxiliar Judiciario, o digitei e subscrevi.
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e quatro dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (24.11.2021), na sala de
audiências da plataforma de videoconferência TEAMS disponibilizado por este Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, às 12hr20min, onde se achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS
GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Feito pregão constatou-se a presença do autor, com
seu advogado. Aberta a audiência, o advogado do autor requereu a desistência do feito sem análise do
mérito. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Passou o MM Juiz a proferir Sentença: Vistos, etc...
Dispensado o relatório. Cuida-se de pedido de desistência da ação. O feito tramita sob o rito da lei
9.099/95, devendo ser aplicado ao caso o enunciado nº 90 do FONAJE que dispõe ¿A desistência da
ação, mesmo sem a anuência do réu já citado, implicará a extinção do processo sem resolução do mérito,
ainda que tal ato se dê em audiência de instrução e julgamento, salvo quando houver indícios de litigância
de má-fé ou lide temerária.¿ A desistência da ação não importa em renúncia do direito e não impede o
ajuizamento de nova ação. O artigo 485, § 5º, do CPC, dispõe que a desistência da ação poderá ser
apresentada até a sentença. Ante o exposto, para fins do artigo 200, Parágrafo Único, do Código de
Processo Civil, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA AÇÃO, e em consequência, DECLARO
EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do artigo 485, inciso VIII, do
Código de Processo Civil, determinando o arquivamento dos autos após o trânsito em julgado. Sem
custas, ante a justiça gratuita deferida nos autos. Autorizo a devolução de documentos, mediante recibo
nos autos, ficando cópias. P. R. I. C., ficando os presentes devidamente intimados desta Decisão. Nada
mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente
assinado. Eu, ______, Susely Cunha, Auxiliar Judiciario, o digitei e subscrevi.
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e quatro dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (24.11.2021), na sala de
audiências da plataforma de videoconferência TEAMS disponibilizado por este Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, às 12hr40min, onde se achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS
GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Aberta a audiência, feito pregão de praxe, constatou-
se a ausência da parte requerente e de seu patrono judicial, mesmo sendo lhe dado dez minutos de
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tolerância. Presente o requerido devidamente acompanhado do seu patrono judicial. A parte Requerida
solicitou a palavra e se manifestou nos seguintes termos orais, através de registro audiovisual no aplicativo
TEAMS. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Passou o MM Juiz a proferir Sentença: Vistos, etc...
Dispensado o relatório. Dispõe o artigo 51, inciso I, da Lei nº. 9.099/1995 que: ¿Art. 51. Extingue-se o
processo, além dos casos previstos em Lei: I ¿ quando o autor deixar de comparecer a qualquer das
audiências do processo;...¿. Ainda, o Enunciado 20 do Fórum Nacional de Juizados Especiais assim
estabelece: ¿O comparecimento pessoal da parte às audiências é obrigatório. A pessoa jurídica
poderá ser representada por preposto.¿ (grifo nosso). Destarte, considerando que o demandante se fez
ausente injustificadamente à audiência aprazada nos autos, JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO, com fundamento no art. 51, inciso I, da Lei nº. 9.099/1995 e Enunciado 20 do
FONAJE. Custas pela parte autora. P. R. I. C. Transitado em julgado esta, arquivem-se os autos. Nada
mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente
assinado. Eu, ______, Susely Cunha, Auxiliar Judiciario, o digitei e subscrevi.
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e quatro dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (24.11.2021), na sala de
audiências da plataforma de videoconferência TEAMS disponibilizado por este Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, às 13hr05min, onde se achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS
GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Aberta a audiência, feito pregão de praxe, constatou-
se a presença da parte requerente devidamente acompanhada de seu patrono judicial. Ausente o
Requerido. A parte requerente se manifestou pedindo prazo para consegui o novo endereço da parte
requerida. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Considerando que o requerido não foi devidamente
citado, abro o prazo de 15 (quinze) dias para que a parte autora se manifeste em relação ao novo
endereço da parte requerida. Ficando os presentes intimados. Nada mais havendo a tratar, o MM.
Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente assinado. Eu, ______, Susely
Cunha, Auxiliar Judiciaria, o digitei e subscrevi.
MENOR: E. B. DA S. B.
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e quatro dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (24.11.2021), na sala de
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TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e quatro dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (24.11.2021), na sala de
audiências da plataforma de videoconferência TEAMS disponibilizado por este Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, às 13hr45min, onde se achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS
GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Feito pregão de praxe, constatou-se a presença da
requerente, devidamente acompanhada por seu patrono judicial. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA:
Considerando a certidão da oficial de justiça, retornem os autos conclusos para reavaliação do
pedido de liminar. Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e
achado, vai devidamente assinado. Eu, ______, Guilherme Germano, Estagiário, o digitei e subscrevi.
ATA DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e quatro dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (24.11.2021), na sala de
audiências do Fórum desta cidade e comarca de Monte Alegre, Estado do Pará, às 14hr45min, onde se
achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta
Comarca. Presente o Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL BEM, Promotor de Justiça desta Comarca.
Feito pregão de praxe, constatou-se a presença da denunciada ROSANGELA ARAUJO DE BRITO,
devidamente acompanhada de sua advogada. Aberta a audiência, passou o MM. Juiz a colher o
depoimento da testemunha PM MAGNO MOURA ANDRADE, através de sistema audiovisual (TEAMS).
Ausente a testemunha CHARLIE WAGNER SILVA DO NASCIMENTO justificadamente. O representante
do Ministério Público insistiu no depoimento da testemunha PM CHARLIE WAGNER SILVA DO
NASCIMENTO. Passou o MM. Juiz a colher o depoimento da testemunha de defesa SRA. IRANEIDE DOS
SANTOS PINTO, através de sistema audiovisual (TEAMS). Passou o MM. Juiz a colher o depoimento da
testemunha de defesa SR. DIEIMISON PEREIRA BATISTA, através de sistema audiovisual (TEAMS).
DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: 1) Considerando a ausência justificada da testemunha de acusação
CHARLIE WAGNER SILVA DO NASCIMENTO designo audiência em continuação para o dia 15.12.2021,
às 10hr30min, para oitiva do mesmo, bem como eventual qualificação e interrogatório da ré. 2) Deve a
audiência redesignada ocorrer de forma virtual, por meio da plataforma Teams, via computador ou
smartphone, e todos que participarão da mesma deverão, com antecedência, fazer o download (baixar) do
aplicativo gratuito para terem acesso ao ato no dia e hora acima especificados. 3) Oficie-se ao 18º
Batalhão de Polícia Militar desta cidade, requisitando-se a presença da testemunhas acima mencionada, à
audiência, ressaltando-se que a mesma será inquirida na modalidade de videoconferência, no prédio do
18º BPM, ou qualquer outro local, à exceção do Fórum, que possua regular acesso à internet, microfone e
câmera, devendo ser fornecido contato telefônico ou aplicativo Whatsapp, ou email, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, a fim de facilitar a comunicação no momento da audiência, a serem encaminhadas
ao e-mail 1montealegre@tjpa.jus.br. 4) Oficie-se ao CRASHM, ou à Central de Triagem, em Santarém, ou
qualquer outro estabelecimento penal em que a denunciada esteja atualmente custodiada, sob
responsabilidade da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Estado do Pará, informando-
se sobre a audiência anteriormente aprazada, bem como para requisitar a presença da ré em questão à
mesma, ressaltando-se que o ato se realizará por videoconferência, em relação à denunciada em
comento, assim como a administração do estabelecimento prisional deverá, além de proceder a
possibilidade da participação da presa à audiência, antes do início do ato processual e do interrogatório,
oportunizar à ré entrevistar-se reservadamente com sua Advogada, via telefone ou outro meio de
comunicação similar, cujos dados deverão ser disponibilizados pelo diretor do estabelecimento prisional,
em observância ao disposto no § 5º do art. 185 do Código de Processo Penal. 5) Ciência ao Ministério
Público. 6) Fica a advogada habilitada nos autos intimada via DJE. 7) Serve a cópia desta ata como
mandado judicial/ofício. Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo, que lido e
achado, vai devidamente assinado. Eu, Karen Romano, Assessora do Juiz, o digitei e subscrevi.
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e cinco dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (25.11.2021), na sala de
audiências da plataforma de videoconferência TEAMS disponibilizado por este Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, às 09hr00min, onde se achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS
GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL
BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Aberta a audiência, feito o pregão de praxe, constatou-se a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
ausência do requerente, presente o advogado Dr. CARIM JORGE MELÉM NETO. Ausente o requerido. O
MM. Juiz concedeu a palavra ao advogado da parte requerente, que se manifestou oralmente através de
registro audiovisual. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Considerando o pedido de julgamento antecipado
formulado pela parte autora, dê-se vista ao Ministério Público para manifestação. Após conclusos. Nada
mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente
assinado. Eu, ______, Guilherme Germano, Estagiário, o digitei e subscrevi.
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e cinco dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (25.11.2021), na sala de
audiências da plataforma de videoconferência TEAMS disponibilizado por este Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, às 09hr30min, onde se achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS
GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL
BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Feito pregão de praxe, constatou-se a ausência da parte
requerente. Presente a parte requerida, por intermédio da preposta Sra. LARYSSA LAYRA MACEDO
PEDERNEIRAS, e do advogado, Dr. ALESSANDRO PACHECO PIRES. O MM. Juiz concedeu a palavra
ao advogado da parte requerida, que se manifestou oralmente através de registro audiovisual.
DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Passou o MM Juiz a proferir Sentença: Vistos, etc... Dispensado o
relatório. Cuida-se de pedido de desistência da ação, em que a parte requerida não concordou. O feito
tramita sob o rito da lei 9.099/95, devendo ser aplicado ao caso o enunciado nº 90 do FONAJE que dispõe
¿A desistência da ação, mesmo sem a anuência do réu já citado, implicará a extinção do processo sem
resolução do mérito, ainda que tal ato se dê em audiência de instrução e julgamento, salvo quando houver
indícios de litigância de má-fé ou lide temerária.¿ A desistência da ação não importa em renúncia do
direito e não impede o ajuizamento de nova ação. O artigo 485, § 5º, do CPC, dispõe que a desistência da
ação poderá ser apresentada até a sentença. Ante o exposto, para fins do artigo 200, Parágrafo Único, do
Código de Processo Civil, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA AÇÃO, e em consequência,
DECLARO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do artigo 485, inciso
VIII, do Código de Processo Civil, determinando o arquivamento dos autos após o trânsito em julgado.
Sem custas, ante a justiça gratuita deferida nos autos. Autorizo a devolução de documentos, mediante
recibo nos autos, ficando cópias. P. R. I. C., ficando os presentes devidamente intimados desta Decisão.
Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente
assinado. Eu, ______, Guilherme Germano, Estagiário, o digitei e subscrevi.
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e cinco dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (25.11.2021), na sala de
audiências da plataforma de videoconferência TEAMS disponibilizado por este Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, às 10hr00min, onde se achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS
GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL
BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Aberta a audiência, feito pregão de praxe, constatou-se a
presença do requerente, devidamente acompanhado de seu advogado Dr. CARIM JORGE MELÉM NETO
. Presente o requerido, devidamente acompanhado de seu advogado Dr. ELANILDO RAIMUNDO RÊGO
DOS SANTOS. Feita a proposta de acordo a mesma não logrou êxito. Passou-se o MM. Juiz a colher o
depoimento pessoal da testemunha ADELSON PINTO DE FREITAS, através de registro audiovisual, nos
termos do Art. 405, § 2º do CPP, cuja cópia do registro original permanecerá anexo nos autos.
DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Conclusos para decisão. Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz
mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente assinado. Eu, ______, Guilherme
Germano, Estagiário, o digitei e subscrevi.
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e cinco dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (25.11.2021), na sala de
audiências da plataforma de videoconferência TEAMS disponibilizado por este Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, às 11hr30min, onde se achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS
GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL
BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Aberta a audiência, feito pregão de praxe, constatou-se a
presença do requerente, devidamente acompanhado de seus advogados Dr. EDSON DE CARVALHO
SADALA e Dr. RUAN PATRIK NUNES DO NASCIMENTO. Ausente a parte requerida. DELIBERAÇÃO
EM AUDIÊNCIA: Conclusos para decisão. Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este
termo que lido e achado, vai devidamente assinado. Eu, ______, Guilherme Germano, Estagiário, o digitei
e subscrevi.
TERMO DE AUDIÊNCIA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Aos vinte e cinco dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (25.11.2021), na sala de
audiências do Fórum desta cidade e comarca de Monte Alegre, às 12hr45min, onde se achava presente o
Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o
Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Presente os
flagranteados devidamente acompanhados do seu advogado Dr. ELANILDO RAIMUNDO RÊGO DOS
SANTOS. Aberta a audiência, passou o MM. Juiz a colher o depoimento do custodiado RENOU
CARDOZO DE SOUSA, através de registro audiovisual, nos termos do Art. 405, § 2º do CPP, cuja cópia
do registro original permanecerá anexo nos autos. Aberta a audiência, passou o MM. Juiz a colher o
depoimento do custodiado BRUNO HENRIQUE BANDEIRA DA COSTA, através de registro
audiovisual, nos termos do Art. 405, § 2º do CPP, cuja cópia do registro original permanecerá anexo nos
autos. O MM. Juiz concedeu a palavra a representante do Ministério Público, que se manifestou
oralmente, através de registro audiovisual, nos termos do Art. 405, § 2º do CPP, cuja cópia do registro
original permanecerá anexo nos autos. O MM. Juiz concedeu a palavra à defesa dos flagranteados, que se
manifestou oralmente, através de registro audiovisual, nos termos do Art. 405, § 2º do CPP, cuja cópia do
registro original permanecerá anexo nos autos. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Passou o MM Juiz a
proferir decisão: Vistos, etc... A Delegada de Polícia Civil de Monte Alegre, no cumprimento das
exigências constitucionais, informa a este Juízo a prisão em flagrante delito dos nacionais BRUNO
HENRIQUE BANDEIRA DA COSTA e RENOU CARDOZO DE SOUSA, já qualificados, pela suposta
infringência aos artigos 33 da Lei nº. 11.343/2006. Na análise das peças que compõe este auto, constato
que as formalidades legais foram observadas, tendo sido lavrado por autoridade competente, com ouvida
do condutor e testemunhas, conduzido sem qualquer irregularidade, estando o instrumento devidamente
assinado por todos, nota de culpa e demais procedimentos, tendo sido remetido à justiça no prazo da lei.
Constam do auto as advertências legais quanto aos direitos constitucionais dos flagrados. Note-se que
quanto o pressuposto básico que é a prisão em flagrante, nada há que contestar, posto que a conduta
delituosa descrita no art. 33 da Lei nº. 11.343/2006 é caracterizada pela permanência, logo não cessada a
permanência, o fato se enquadra em algumas das modalidades de flagrante descritas no
art. 302 do Código de Processo Penal. Não existem, portanto, vícios formais ou materiais que venham
macular a peça, razão por que HOMOLOGO o auto e mantenho a prisão em flagrante. De outra banda,
dispõe o art. 310 do Código de Processo Penal que ao receber o auto de prisão em flagrante, o Juiz
deverá fundamentadamente: relaxar a prisão ilegal; ou converter a prisão em flagrante em preventiva,
quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou
insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou conceder liberdade provisória, com ou sem
fiança. Sabemos que a prisão preventiva pressupõe a existência do crime e indício suficiente de autoria, e
de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado, e poderá ser decretada toda vez que assim o
reclame o interesse da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou
para assegurar a aplicação da lei penal. Ou seja, dada sua natureza eminentemente cautelar, a custódia
cautelar reclama a presença dos requisitos gerais do fumus comissi delicti e periculum libertatis, tendo por
norte, sempre, a sua excepcionalidade, pois impõe o cárcere antes de condenação criminal, quando vigora
o princípio reitor da liberdade. No caso dos autos, a prova da materialidade vem comprovada pelo Auto de
Apresentação e Apreensão e pelo Laudo Provisório de Constatação de Entorpecentes. De outra banda, há
suficientes indícios de autoria, consoante declarações das testemunhas. Destaco que embora não se trate
de delito cometido mediante violência ou grave ameaça, a ordem pública encontra-se em risco, eis porque
o tráfico ilícito de entorpecentes é, na atualidade, grande propulsor da criminalidade. Não bastasse a
gravidade dos crimes em comento, que afeta diretamente a saúde pública e estimula a prática de outras
espécies delitivas, o caso concreto demonstra a necessidade da prisão cautelar para o resguardo da
ordem pública, nos termos do art. 312 do CPP. Oportuno salientar que o problema da droga encerra
questão complexa, abrangendo aspectos relacionados com desenvolvimento social, saúde e segurança
pública, ressaltando-se que esta última é relevantemente atingida pelo elevado número de mortes
associadas ao tráfico de drogas, que tem ligação com outros crimes, mostrando-se notória e intrínseca a
inter-relação existente entre homicídios, receptação, furtos, roubos, portes de armas de fogo, corrupção e
comércio de substâncias entorpecentes, pois este financia a compra das armas que sustentam as guerras
entre organizações criminosas pelo controle de territórios e do tráfico. Por isso que se trata o tráfico de
drogas de crime grave, equiparado a hediondo, inclusive. E a repercussão social dele resultante, antes
retratada, quer no âmbito da saúde pública, quer na esfera da criminalidade ¿ potencializada pelo uso e
pelo comércio de substâncias entorpecentes, pois geradores de outras infrações igualmente graves ¿ está
a evidenciar concreto risco à ordem pública, a tornar imperiosa a prisão cautelar e obstar a aplicação das
medidas cautelares a que alude o art. 319 do Código de Processo Penal. Ressalte-se que a preservação
da ordem pública não se restringe às medidas preventivas da irrupção de conflitos e tumultos, mas
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
abrange também a promoção daquelas providências de resguardo à integridade das instituições, à sua
credibilidade social e ao aumento da confiança da população nos mecanismos oficiais de repressão às
diversas formas de delinquência. Veja-se: ¿HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO. PROCESSUAL PENAL.
TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. PRISÃO EM FLAGRANTE EM 31.01.08. LIBERDADE PROVISÓRIA.
VEDAÇÃO LEGAL. NORMA ESPECIAL. LEI 11.343/2006. GRANDE QUANTIDADE DE DROGA (30
TROUXINHAS DE COCAÍNA). FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. ORDEM DENEGADA. 1. A vedação de
concessão de liberdade provisória, na hipótese de acusados da prática de tráfico ilícito de entorpecentes,
encontra amparo no art. 44 da Lei 11.343/06 (nova Lei de Tóxicos), que é norma especial em relação ao
parágrafo único do art. 310 do CPP e à Lei de Crimes Hediondos, com a nova redação dada pela Lei
11.464/2007. 2. Referida vedação legal é, portanto, razão idônea e suficiente para o indeferimento da
benesse, de sorte que prescinde de maiores digressões a decisão que indefere o pedido de liberdade
provisória, nestes casos. 3. Ademais, no caso concreto, além de comprovada a materialidade do delito e
de indícios suficientes de autoria, a grande quantidade da droga apreendida na casa da paciente,
aproximadamente 30 trouxinhas de cocaína, revela sua periculosidade e impõe a manutenção da custódia
preventiva. 4. Ordem denegada, em que pese o parecer do MPF em sentido contrário. (Habeas Corpus nº
104116/MT (2008/0078429-5), 5ª Turma do STJ, Rel. Napoleão Nunes Maia Filho. j. 07.08.2008, unânime,
DJe 15.09.2008)¿. Nesse contexto, cumpre destacar os ensinamentos de Guilherme de Souza Nucci,
¿verbis¿: ¿A garantia da ordem pública envolve a própria segurança pública, não sendo necessário
abranger toda uma cidade, bastando um bairro, uma região ou uma comunidade. Demanda requisitos
básicos como gravidade concreta do crime, repercussão social, maneira destacada de execução,
condições pessoais negativas do autor e envolvimento com quadrilha, bando ou organização criminosa¿.
(Prisão e Liberdade: As reformas processuais penais introduzidas pela Lei 12.403 de 4 maio de 2011. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011, p. 63-64). A ordem pública é ofendida quando a conduta do
agente provoca algum impacto na sociedade, lesando valores significativamente importantes. No caso
vertente, registre-se a considerável quantidade e natureza das drogas apreendidas com os autuados, a
saber 01 (uma) porção e mais 11 (onze) trouxinhas de material entorpecente conhecido como ¿crack¿,
pesando 24 (vinte e quatro) gramas, aproximadamente, e 01 (uma) porção e mais 11 (onze) trouxinhas de
material entorpecente conhecido como ¿maconha¿, pesando 21 (vinte e um) gramas, aproximadamente, o
que, por si só, não se pode inferir que se tratassem de meros usuários, como alegam. Ainda foi
apreendido valor em espécie, no importe de R$ 384,35 (trezentos e oitenta e quatro reais e trinta e cinco
centavos), dos quais R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) estava em poder do nacional RENOU
CARDOZO DE SOUSA, e o restante estava em uma caixa junto com os materiais apreendidos, quais
sejam: 03 (três) aparelhos celulares da marca Samsung, modelos J4 dourado, J2 rosa e J5 prata, 02 (dois)
relógios de pulso, 01 (um) cordão e 01 (um) anel dourados, e 03 (três) carregadores de celular, tudo sem
comprovação de origem lícita. Assim, todas estas situações, conjuntamente, a meu ver, demonstram
indícios suficientes de mercancia, o que justificam a custódia preventiva, por indicativo de afronta à
garantia da ordem pública. Isso porque, no caso em exame, em razão de suas particularidades, é
indiscutível a presença dos requisitos legais e fundamentos necessários à decretação da segregação
cautelar. Nessa linha de raciocínio os seguintes julgados: HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO.
PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA. ALEGADA AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. PRÁTICA REITERADA DE INFRAÇÕES CONTRA O PATRIMÔNIO. PACIENTE
QUE SE ENCONTRAVA EM REGIME ABERTO NO MOMENTO DA PRISÃO. SEGREGAÇÃO
CAUTELAR DECRETADA COMO FORMA DE EVITAR A REITERAÇÃO CRIMINOSA E ACAUTELAR O
MEIO SOCIAL. REQUISITO DA ORDEM PÚBLICA EVIDENCIADO. BONS PREDICADOS QUE NÃO
IMPOSSIBILITAM A MEDIDA EXCEPCIONAL. ORDEM DENEGADA. (TJSC, Habeas Corpus n.
2013.042081-7, de Camboriú, rel. Des. Torres Marques, j. em 16.7.2013). CRIMINAL. HABEAS CORPUS.
FURTO QUALIFICADO. INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA. INDÍCIOS DE
AUTORIA E MATERIALIDADE. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL.
REITERAÇÃO CRIMINOSA. AUSÊNCIA DE DOMICÍLIO FIXO. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. ORDEM
DENEGADA. I. Exige-se concreta motivação para a decretação da custódia preventiva, com base em fatos
que efetivamente justifiquem a excepcionalidade da medida, atendendo-se aos termos do artigo 312 do
Código de Processo Penal e da jurisprudência dominante. II. Hipótese em que o paciente ostenta histórico
de delitos, além de não ter comprovado domicílio fixo, o que revela a necessidade de sua segregação para
garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal. III. Ordem denegada, nos termos do voto do
Relator". (STJ. HC 198675 / MT. Relator Ministro Gilson Dipp. Julgado em 28/02/2012). HABEAS
CORPUS. FURTO QUALIFICADO. CUSTÓDIA CAUTELAR. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. REITERAÇÃO
CRIMINOSA. RISCO À ORDEM PÚBLICA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO.
ORDEM DENEGADA. liberdade, não se pode olvidar, é a regra em nosso ordenamento constitucional,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
somente sendo possível sua mitigação em hipóteses estritamente necessárias. Contudo, a prisão de
natureza cautelar não conflita com a presunção de inocência, quando devidamente fundamentada pelo juiz
a sua necessidade, como é o caso dos autos. 2. Na hipótese, as instâncias ordinárias apresentaram
fundamentação concreta para a manutenção da prisão cautelar do paciente, enfatizando a reiteração
delitiva em virtude da prática de outros crimes contra o patrimônio, o que evidencia inequívoco risco à
ordem pública e autoriza, portanto, a custódia provisória, nos moldes do preconizado no art. 312 do
Código de Processo Penal. existência de condições pessoais favoráveis não impede a manutenção da
segregação cautelar, quando presentes os requisitos legais. 4. Habeas corpus denegado (HC 200948/MG,
Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, julgado em 15-12-2011). AGRAVO REGIMENTAL NO
HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO. LIBERDADE PROVISÓRIA. MANDAMUS DENEGADO.
REITERAÇÃO CRIMINOSA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
EVIDENCIADO. RECURSO IMPROVIDO. 1. Não há falar em constrangimento ilegal quando a custódia
cautelar está devidamente justificada na garantia da ordem pública, para fazer cessar a contumácia
criminosa, quando há notícias de que o paciente possui condenações pela prática de furto simples e furto
qualificado, além de denúncias em outras ações penais pelos crimes de furto qualificado e roubo
majorado, elementos que revelam a sua propensão a atividades ilícitas, demonstrando a sua
periculosidade e a real possibilidade de que, solto, volte a delinquir. 2. Agravo regimental improvido (AgRg
no HC 189851 / RS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, julgado em 13/12/2011). HABEAS CORPUS. PENAL.
FURTO. SUBTRAÇÃO DE BEM DE PEQUENO VALOR.RESTITUIÇÃO À VÍTIMA. IRRELEVÂNCIA.
CONDUTA DE EFETIVA OFENSIVIDADE PARA O DIREITO PENAL. REITERAÇÃO DELITIVA.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. REJEIÇÃO DA DENÚNCIA. IMPOSSIBILIDADE. DENEGAÇÃO. 1.
Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o princípio da insignificância tem como vetores a
mínima ofensividade da conduta, a nenhuma periculosidade social da ação, o reduzido grau de
reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica provocada. 2. Hipótese de furto,
na qual não se observa a irrelevância do fato, tendo em vista a contumácia delitiva do agente - que ostenta
duas sentenças condenatórias definitivas, responde a outras 35 ações penais, em que, em 12 delas, fora
aplicada o princípio da insignificância -, situação que demonstra a sua efetiva periculosidade social,
exigindo-se a atuação por parte do Estado. 3. O comportamento versado nos autos se amolda tanto à
tipicidade formal e subjetiva, quanto à tipicidade material, que consiste na relevância jurídico-penal da
ação, visto que restou destacado que o furto em questão não representa fato isolado na vida do paciente,
impondo-se, portanto, o prosseguimento da ação penal de modo a coibir a reiteração criminosa, evitando-
se, assim, que pequenos crimes patrimoniais sejam adotados como meio de vida. 4. Habeas corpus
denegado (HC 209934, Rel Ministro JORGE MUSSI, julgado em 20/09/2011). Registre-se que a prisão
para a garantia da ordem pública não se limita a prevenir a reprodução de fatos criminosos, mas também
acautelar o meio social e a própria credibilidade da justiça, que por certo ficariam abalados com a soltura
dos autuados, uma vez que a prisão preventiva com fundamento na garantia da ordem pública não se
destina à proteção do processo penal, mas, ao revés, ao resguardo da própria sociedade. Acerca do tema,
confiram-se os ensinamentos do eminente jurista EUGÊNIO PACELLI DE OLIVEIRA, in Curso de
Processo Penal, 11ª edição, Ed. Lumen Juris, Rio de Janeiro, 2009, pág. 452: ¿(...) Percebe-se, de
imediato, que a prisão para garantia da ordem pública não se destina a proteger o processo penal,
enquanto instrumento de aplicação da lei penal. Dirige-se, ao contrário, à proteção da própria comunidade,
coletivamente considerada, no pressuposto de que ela seria duramente atingida pelo não aprisionamento
de autores de crimes que causassem intranquilidade social. (...).(...) No Brasil, a jurisprudência, ao longo
desses anos, tem se mostrado ainda um pouco vacilante, embora já dê sinais de ter optado pelo
entendimento da noção de ordem pública como risco ponderável da repetição da ação delituosa objeto do
processo, acompanhado do exame acerca da gravidade do fato e de sua repercussão¿. Ainda destaco o
fato dos flagrados já terem sido presos antes, frise-se que por suposto cometimento do mesmo delito pelo
qual foram presos desta vez, inclusive o nacional RENOU fora preso em agosto deste ano, pouco mais de
03 (três) meses atrás, quando lhe fora concedido liberdade provisória, e BRUNO gozava de livramento
condicional, mas mesmo assim ambos voltaram a cometer, em tese, novo ilícito penal, inferindo-se uma
reiteração delitiva dos mesmos, denotando que fazem do crime seu meio de vida e possuem sérias
dificuldades em assimilar as regras de convivência social. A periculosidade concreta dos agentes, inferida
ante as suas reiteradas condutas criminosas, denota a imprescindibilidade de se acautelar o meio social.
Portanto, a concessão da liberdade, neste momento, geraria sentimento de impunidade, serviria de
estímulo a reiteração criminosa e colocaria em risco a sociedade. Desta forma, a decretação da custódia
preventiva se fundamenta nas circunstâncias do caso que, pelas características delineadas, retratam, in
concreto, a periculosidade dos agentes, a indicar a necessidade da segregação para a garantia da ordem
pública e, sobretudo, o modus operandi do delito, evidenciando a perniciosidade da ação ao meio social.
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Vale dizer, ainda, que a prisão preventiva por se tratar de quebra da ordem natural imposta pelo princípio
constitucional da não culpa deve revestir-se dos requisitos legais (art. 312 do CPP), com demonstração da
materialidade e indícios de autoria. No caso, presentes tais elementos, a manutenção dos flagrados no
cárcere se impõe. Por derradeiro, não é o caso de substituição pelas medidas cautelares previstas no art.
319 do CPP, pois diante da necessidade da manutenção da prisão para a garantia da ordem pública,
exclui-se a possibilidade da substituição pelas medidas cautelares, ante a incompatibilidade entre os
institutos. Ante o exposto, com fundamento no art. 312 c/c art. 310, II, do CPP, CONVERTO A PRISÃO
EM FLAGRANTE EM PREVENTIVA dos nacionais BRUNO HENRIQUE BANDEIRA DA COSTA e RENOU
CARDOZO DE SOUSA, já qualificados. P. R. I. C. Ciência ao Ministério Público. Cientifique-se à
Autoridade Policial que os presos deverão ser imediatamente transferidos para um estabelecimento penal
adequado, a critério da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará, em face da
interdição da carceragem da Delegacia de Polícia local. Sem prejuízo do anteriormente determinado,
determino que seja oficiado à Comarca responsável pela execução da pena do nacional BRUNO, para
informar sobre a prisão deste, para as providências que entenderem cabíveis. Serve a cópia da presente
decisão como mandado judicial e ofício. Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este
termo que lido e achado, vai devidamente assinado. Eu, ______, Susely Cunha, Auxiliar Judiciaria, o
digitei e subscrevi.
ATA DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e cinco dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (25.11.2021), na sala de
audiências do Fórum desta cidade e comarca de Monte Alegre, às 13hr00min, onde se achava presente o
Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o
Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Presente o
Defensor Público, Dr. MARCOS ANTÔNIO DOS SANTOS VIEIRA. Feito pregão de praxe, constatou-se
a presença da denunciada IVONETE BORGES PEREIRA, devidamente acompanhado pela Defensoria
Pública. Aberta a audiência, constatou-se a presença das partes. O Ministério Público se manifestou nos
seguintes termos: 1) Prestação pecuniária no valor de R$ 600,00, convertida para ao Abrigo Institucional
Arco-Iris, no prazo de 30 e 60 dias respectivamente, cujo comprovante de entrega deverá ser anexado aos
autos pelo próprio autor. 2) Se comprometer em manter o som do Estabelecimento Comercial Point do
Zero Grau em um volume de som baixo, sem que haja perturbação do sossego alheio, sob pena de
suspensão da Licença de Funcionamento. Dada à palavra a denunciada a mesma aceitou a proposta de
suspensão condicional do processo, e se comprometeram efetuar o pagamento da prestação pecuniária
nos prazos e na forma proposta pelo Ministério Público. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Homologo a
suspensão condicional do processo, devendo os autos permanecer em cartório durante o período de
prova. Nada mais havendo a tratar, mandou o MM. Juiz encerrar o presente termo. Do que para constar,
lavro este termo. Eu, ___, Susely Cunha, Auxiliar Judiciaria, o digitei e subscrevi.
REPRESENTADO: A. G. B.
VÍTIMA: R.G.B.
ATA DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e cinco dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (25.11.2021), na sala de
audiências do Fórum desta cidade e comarca de Monte Alegre, às 13hr20min, onde se achava presente o
Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta Comarca. Presente o
Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL BEM, Promotor de Justiça desta Comarca. Presente o
Defensor Público, Dr. MARCOS ANTÔNIO DOS SANTOS VIEIRA. Aberta a audiência, feito o pregão de
praxe, constatou-se a presença das partes. Passou o MM a colher o depoimento da vítima RAILANE
GOMES BENICIO, através de sistema audiovisual (TEAMS). DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Aguarde-
se a data da audiência em continuação aprazada no ID 27785690. Nada mais havendo a tratar, o MM. Juiz
mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente assinado. Eu, ______, Guilherme
Germano, Estagiário, o digitei e subscrevi.
ATA DE AUDIÊNCIA
Aos vinte e cinco dias do mês de novembro do ano de dois mil e vinte e um (25.11.2021), na sala de
audiências do Fórum desta cidade e comarca de Monte Alegre, Estado do Pará, às 13hr45min, onde se
achava presente o Exmo. Sr. Dr. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES, Juiz de Direito Titular desta
Comarca. Presente o Exmo. Sr. Dr. RAFAEL TREVISAN DAL BEM, Promotor de Justiça desta Comarca.
Feito pregão de praxe, constatou-se a ausência das partes. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: 1)
Considerando o exame médico juntado aos autos, remarco a presente audiência para o dia 26.07.2022 às
10hr30min; 2) Cite-se, pessoalmente, a denunciada, para apresentar, por meio de advogado, defesa
escrita, no prazo de 10 (dez) dias, ressaltando que poderá arguir preliminares, alegar tudo o que interessa
à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar provas e arrolar testemunhas, qualificando-
as e requerendo sua intimação. Deve o Oficial de Justiça, por ocasião da diligência, indagar da acusada se
a mesma tem condições de constituir advogado particular e, em caso negativo, desde já certificar que a
mesma deseja ser patrocinada pela Defensoria Pública do Estado, devendo os autos ser encaminhados
com vista, imediatamente, à Defensora Pública, para apresentação de defesa escrita, no prazo legal para
tanto, nos termos do art. 396-A, § 2º, do Código de Processo Penal; 3) Proceda-se a numeração dos
autos, na forma legal; 4) Serve a cópia da presente decisão como mandado judicial. Nada mais havendo a
tratar, o MM. Juiz mandou encerrar este termo que lido e achado, vai devidamente assinado. Eu, ______,
Guilherme Germano, Estagiário, o digitei.
DESPACHO
R. H.
A. Nos termos do artigo 370 do Código de Processo Civil, para o julgamento do mérito, determino a
produção de provas pericial, testemunhal e documental.
B. Determino realização de novo exame de DNA nos autos, devendo este seguir as diretrizes expostas no
Ofício nº. 0167/2017-DSSVF, uma vez que se trata de investigação de paternidade ¿post mortem¿.
B. I - Oficie-se ao Setor Social do Fórum Civil do TJE/PA, solicitando autorização para a realização de
exame de DNA, ressaltando que o feito tramita sob os benefícios da Justiça Gratuita.
B. II - Com a resposta, deverá a Secretaria Judicial, através de ato ordinatório, agendar data para a
realização de audiência para a coleta do material genético, procedendo-se a intimação das partes através
de seus respectivos advogados, mediante publicação de ato ordinatório no DJE. Deve-se, também, oficiar
à Direção do Hospital Municipal de Monte Alegre, solicitando os bons préstimos daquele órgão no sentido
de disponibilizar um(a) técnico(a) em laboratório para proceder a coleta do material, bem como dar-se
ciência ao Ministério Público.
C. Designo audiência para produção de prova testemunhal para o dia 26/07/2022, às 11hr30min.
C. I - Intimem-se as partes através de seus respectivos advogados, mediante publicação no DJE, para
prestarem depoimento pessoal, advertindo-as da possibilidade de aplicação da pena de confesso (CPC,
artigo 389), caso não compareçam ou, comparecendo, se recusarem a depor (CPC, artigo 385, § 1º);
C. II - O ato ocorrerá por meio da plataforma Teams. Todos que participarão deverão, com antecedência,
fazer o download (baixar) do aplicativo Teams (gratuito), para terem acesso ao mesmo no dia e hora
acima especificados.
C. III - O link de acesso será enviado até 3 (três) horas antes da audiência, e também, será disponibilizado
nos autos, por certidão, dispensada sua publicação.
C. V - Nos termos do § 4º, do artigo 357, do Código de Processo Civil, fixo o prazo comum de 15 (quinze)
dias para que as partes apresentem rol de testemunhas, sob pena de preclusão, com os requisitos
estabelecidos no artigo 450 do CPC (nome, a profissão, o estado civil, a idade, o número de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas, o número de registro de identidade e o endereço completo da residência e
do local de trabalho), observando-se o limite quantitativo disposto no § 6º do citado artigo 357, também do
CPC;
C. VI - Por força do disposto no artigo 445 do Código de Processo Civil, cabe ao advogado da parte
informar ou intimar por carta com aviso de recebimento a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do
local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo, à exceção da previsão constante no §
4º, do art. 455, do CPC.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
C. VII ¿ Ressaltem-se às partes que é de responsabilidade destas, assim como de seus respectivos
causídicos, o acesso aos autos, antes da audiência, visando a obtenção do link para envio para sua(s)
respectiva(s) testemunha(s), e que esta(s), que também será(ão) inquirida(s) de forma virtual, deverá(ão)
se apresentar em local à critério dela(s), à exceção do Fórum, que possua regular acesso à internet,
microfone e câmera, para o ato, devendo ser fornecido contato telefônico ou aplicativo Whatsapp, ou e-
mail, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a fim de facilitar a comunicação no momento da audiência.
D. A produção de prova documental, por sua vez, deverá observar o disposto no artigo 435, ¿caput¿, do
Código de Processo Civil, sempre se observando, com relação ao que vier a ser trazido aos autos, o artigo
437, § 1º, do mesmo diploma legal.
Juiz de Direito
VÍTIMA: R. A. DE F
DESPACHO
R. H.
1. Em nome do espírito colaborativo que informa o novo Código de Processo Civil (artigo 6º), tendo em
vista o postulado fundamental do contraditório (CPC, artigos 7º, 9º e 10) e as previsões específicas
constantes dos artigos 139, inciso IX, 317, 321 e 352, todos do Código de Processo Civil, assino o prazo
de 15 (quinze) dias, para que o assistente da acusação, sob pena de indeferimento do pedido de fls.
344/348, proceda a qualificação/habilitação de todos os herdeiros/sucessores/espólio da vítima ao pedido
em tela.
Juiz de Direito
Vistos, etc...,
Compulsando os autos, conforme informação prestada pela Coordenadoria do Tribunal Regional Federal
da 1ª Região, observo que os valores dos RPVs se encontram disponíveis em conta judicial.
Assim, considerando que houve o adimplemento da obrigação pelo(a) executado(a), DECLARO EXTINTA
A EXECUÇÃO, nos termos do art. 924, inciso II, c/c art. 925, ambos do Código de Processo Civil.
Expeça-se alvará judicial da quantia depositada em favor da autora e/ou seu advogado.
Juiz de Direito
REQUERENTE: A. C. DO N.
Vistos, etc...,
Requerido citado (fls. 43/44), apresentou contestação, às fls. 32/36, tempestivamente (fls. 48), juntamente
com documentos de fls. 37/41 não reconhecendo o pedido autoral, pugnando pela realização de exame de
DNA.
Às fls. 67 as partes foram intimadas para se manifestarem sobre o laudo juntado às fls. 62/66, tendo o
requerido se manifestado às fls. 69 e a requerente às fls. 71.
É o relatório. DECIDO.
Profiro julgamento antecipado da lide, a teor do que dispõe o artigo 355, inciso I, do Código de Processo
Civil, por entender suficientes os elementos probatórios constantes dos autos, havendo desnecessidade
de produção de demais provas.
Desse modo, ter reconhecida a filiação é direito fundamental da criança e do adolescente. O meio
processual que garante a efetividade desse direito é a ação de Investigação de Paternidade. Na ação de
investigação de paternidade, a controvérsia diz respeito às supostas relações sexuais mantidas entre o
investigado e mãe do investigante à época da concepção.
No caso em análise, o meio de prova escolhido pelas partes foi a pericial, através do exame de DNA. O
laudo do exame de DNA realizado foi conclusivo que o requerido é o pai biológico da menor A. C. DO N.
É importante lembrar que embora os exames periciais tenham papel decisivo na comprovação da
paternidade, o magistrado não está a eles adstrito. Pode o juiz ignorar o resultado do exame. No entanto,
entendo que esta decisão não seja recomendável, levando-se em consideração principalmente o caráter
fundamental do direito à filiação. Ademais, o sistema de impressão digital do DNA é conclusivo para o
estabelecimento da paternidade, dando a certeza de 99,99% da paternidade, pois o ácido
desoxirribonucleico que compõe os cromossomos do indivíduo, formadora de nossa genética é transmitida
a nossos descendentes.
Para a averiguação da paternidade foram colhidas amostras do material genético da mãe, do suposto pai
e da filha, sendo que o DNA foi comparado. Sem dúvida a possibilidade de dois indivíduos terem a mesma
impressão digital do DNA é de 1 (uma) a cada 30 (trinta) bilhões, sendo que virtualmente é impossível que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
haja coincidência.
Sobre o assunto e para corroborar com o entendimento deste Juízo, colaciono o julgado:
Realizadas tais considerações, concluo que o investigado ALCIONE BENTO ARAÚJO é pai biológico de
A. C. DO N.
De outra banda, o art. 7º da Lei nº. 8.560/92 dispõe que: "Sempre que na sentença de primeiro grau se
reconhecer a paternidade, nela se fixarão os alimentos provisionais ou definitivos do reconhecido que
deles necessite".
Como se vê, a norma dirige comando cogente ao juiz que deverá fixar os alimentos na sentença que julgar
procedente o pedido de investigação de paternidade.
Na presente demanda a autora pleiteia alimentos no percentual de 50% (cinquenta por cento) do salário-
mínimo.
O Código Civil, em seu artigo 1.694, § 1º, dispõe que os alimentos devem ser fixados na proporção das
necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada, o que significa dizer, por outras palavras,
que a verba alimentar deve ser fixada observando-se o binômio necessidade (do alimentando) -
capacidade (do alimentante). Na hipótese, as necessidades do alimentado são presumidas, porquanto se
trata de menor, com 06 (seis) anos de idade. Ora, o dever de prestar alimentos, embora independa da
situação econômica do alimentante, deve se concretizar dentro das suas possibilidades.
O requerido em sua defesa impugnou o valor de alimentos pleiteados, apenas aduziu genericamente que
não tem condições de arcar com o valor indicado pela requerente, que aufere renda de 01 (um) salário
mínimo por mês, que é casado e possui 03 (três) filhos, no entanto juntou comprovante apenas de que é
casado e possui dois (02) filhos, mas não juntou qualquer comprovação da impossibilidade laboral de sua
cônjuge, ou comprovação de sua renda mensal.
Concluo assim que para o caso dos autos a fixação dos alimentos em 20% (vinte por cento) do salário-
mínimo é a medida mais adequada.
Nesse sentido:
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial, contido na ação de Investigação de Paternidade
c/c Alimentos, e determino a expedição de Mandado de Averbação ao Oficial do Cartório de Registro Civil
desta Comarca para que inclua no assento de nascimento de A. C. DO N. o nome do requerido como seu
pai e os dos genitores deste como avós paternos, assim como o patronímico do réu ao nome da criança,
que passará a se chamar A. DO N. A. Condeno o réu a pagar alimentos à autora, à base de 20% (vinte por
cento) do salário-mínimo vigente, devendo o valor ser pago diretamente a representante legal, mediante
entrega de recibo, ou depósito/transferência bancário(a), todo quinto dia de cada mês, ressaltando que os
alimentos são devidos desde a data da citação do requerido, consoante Súmula 277 do Superior Tribunal
de Justiça e os vencidos deverão ser objeto de cumprimento da sentença.
Sem custas e honorários, eis que as partes se encontram amparadas pela justiça gratuita.
Juiz de Direito
DESPACHO
R. H.
1. Considerando o teor da certidão de fls. 55, designo audiência de instrução para o dia 26.07.2022, às
13hr00min.
5. O prazo para contestar a ação contar-se-á da intimação da decisão que deferir ou não a medida liminar
(CPC, art. 564, parágrafo único).
Juiz de Direito
DESPACHO
R. H.
1. Intime-se a ré pessoalmente, para, no prazo de 15 (quinze) dias, constituir novo(a) advogado(a) nos
autos, pois, caso contrário, o referido patrocínio dar-se-á pela Defensoria Pública.
2. Havendo constituição de novo(a) advogado(a) deverá este(a) apresentar razões ao recurso interposto
às fls. 192, no prazo 08 (oito) dias. Não havendo constituição de causídico, dê-se vista à Defensoria
Pública para tal fim, no prazo 16 (dezesseis) dias.
3. Havendo apresentação de razões recursais, dê-se vista ao Ministério Público, para contrarrazoar, no
prazo de 08 (oito) dias. Em seguida, encaminhem-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do
Pará, para julgamento da apelação interposta.
Juiz de Direito
DESPACHO
R. H.
Juiz de Direito
DESPACHO
R. H.
Considerando o teor do ofício constante às fls. (não numeradas), devolva-se ao juízo de origem,
independentemente de cumprimento. Por consequência, retire-se da pauta a audiência aprazada nos
autos.
Juiz de Direito
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Vistos, etc...
1. Considerando o teor da certidão de fls. 117, cumulado ao fato das razões recursais do réu JOSSINEI
MARANHÃO SOUTO ser de caráter exclusivamente pessoal, certifique-se o trânsito em julgado da
sentença de fls. 75/87 em relação à ré RAIENE DA SILVA E SILVA. Em seguida, lancem-se o nome da
denunciada em tela no rol de culpados, oficie-se ao Tribunal Regional Eeleitoral para fins do artigo 15,
inciso III, da Constituição Federal, expeça-se guia de execução criminal definitiva da mesma, remetendo-a
ao juízo competente, acompanhada de cópia da denúncia, sentença e certidão de trânsito em julgado, e,
também, expeça-se mandado de prisão.
3. P. R. I. C.
Juiz de Direito
643
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
COMARCA DE JURUTI
face de JOSOE CHRISOSTHEMOS, partes devidamente qualificadas nos autos. Narra a autora, em
síntese, que conviveu maritalmente com o requerido por dezesseis anos, encerrando a uni¿o em
21.11.2011, oportunidade em que, de forma consensual e por meio de escritura pública, promoveram o
divórcio e a partilha dos bens. Na oportunidade, restou consignado que o imóvel Rua dos Imigrantes,
quadra E, lote 20, seria dividido 50% para cada um dos ent¿o ex-cônjuges. Afirma que a partir dessa data,
o réu mudou de cidade e a demandante zelou e realizou benfeitorias no local em comento. Assevera que,
em 2013, o réu acionou a autora judicialmente (0005141-18.2013.8.14.0086) pretendendo partilhar o bem,
ocasião em que acordaram que o Oficial de Justiça faria avaliação do local e o casal realizaria a venda a
partir do montante auferido pelo meirinho, que valeria pelo prazo de 01 (um) ano. Ocorre que, segundo a
autora, a avaliação não ocorreu e os autos foram arquivados. Argumenta, ainda, que em dezembro de
2017, o requerido retornou a este Município e ¿se apossou do imóvel quase que em sua totalidade com
exceç¿o da parte que funciona a Panificadora Deus é fiel, parte locada pela autora¿. Diante disso, pugna
pelo arbitramento de aluguel no importe equivalente a 1/3 do valor locatício do bem, uma vez que possui
direito de usufruir de 50% do bem. Juntou documentos (fls. 08/14). Recebida a inicial e designada
audiência de conciliação (fl. 16). Citada a parte ré (fls. 18-v). Frustrada a tentativa de acordo (fl. 21).
Contestaç¿o às fls. 24/32, ocasi¿o em que o requerido alega, preliminarmente, a ilegitimidade passiva e a
carência do direito de aç¿o. No mérito, asevera que possui direito a 50% do prédio e que, desde o
divórcio, ocorrido no mês de outubro do ano de 2011, até o seu retorno, já em dezembro de 2017, a autora
exerceu o usufruto total do imóvel, obtendo, inclusive, aluguel de parte do local. Afirma que está utilizando
apenas da parte que lhe cabe (50%), que é a parte superior do imóvel. Alega que a autora permanece
recebendo aluguel de parte do imóvel, no valor de R$900,00. Por fim, apresentou reconvenção pugnando
para que a requerente pague ao reconvinte aluguel relativo ao período de outubro/2011 a dezembro/2017,
no valor de R$36.000,00. Juntou documentos (fls. 33/42). Audiência de instrução ocorrida (fls. 49),
oportunidade em que o réu ofereceu proposta de acordo, a qual foi rejeitada pela autora. No mais,
realizou-se a oitiva de ambas as partes e deferida a liminar determinando que o requerido efetue o
pagamento de alugueis para a autora, além de dar vistas às partes para apresentação de alegações finais
(49-v). O requerido agravou da decisão supramencionada (fls. 56/58) sendo julgado e dado provimento ao
recurso, revogando a decisão liminar proferida (fls. 107/109). A autora não apresentou as alegações,
conforme certificado à fl. 81, enquanto que o requerido apresentou seus memoriais às fls. 82/98. (...) Ante
o exposto, JULGO IMPROCEDENTES o pedido principal e a reconvenção apresentada para,
consequentemente, extinguir o processo, com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Condeno a parte autora em custas e honorários, estes, fixo em 10% ao valor da causa, considerando que
a autora é beneficiaria de justiça gratuita, suspendo a exigibilidade nos termos do § 3º do art. 98 do CPC.
Considerando a incidência de custas (art. 21, §8º da Lei n. 8.328/2015) e honorários (art. 85 § 1º do CPC)
na reconvenç¿o e, ainda, a sua improcedência, condeno o reconvinte ao pagamento de custas e
honorários, estes últimos fixados em 10% sobre o valor da reconvenç¿o. Publique-se. Intimem-se.
Certificado o trânsito em julgado e nada mais havendo, arquive-se. Juruti/PA, 25 de novembro de 2021.
ODINANDRO GARCIA CUNHA Juiz de Direito.
decorrência de problemas técnicos não foi possível visualiza¡-los ainda durante o ato, razão pela qual foi
aberto prazo para o autor se manifestar. Na oportunidade, o requerente pugnou pela oitiva de testemunhas
(fl. 29), o que justificou a designação de audiência de instrução e julgamento por este juízo. Assevero,
mais uma vez, que a realização de novo ato não implicará¡ na invalidação dos atos anteriormente
praticados, mas se trata apenas de oportunizar a ambas as partes de comparecerem novamente em juízo
após pedido do autor para produzir prova testemunhal. Esclareço, por fim, que ainda que se trate de
audiência não prevista no rito do juizado, não há¡ que se falar em nulidade, tendo em vista que será¡
oportunizada a produção de prova testemunhal pelo autor - parte solicitante - e que o requerido poderá¡ se
manifestar, no ato, acerca do que for produzido. II - Assim, em que pese o rito do juizado, em homenagem
ao princípio pas de nullité sans grief, MANTENHO a audiência de instruço e julgamento designada
para o dia 09.12.2021, Ã s 12h00min. III - Por fim, ficam as partes, desde logo, advertidas que: a) Em
caso de ausência injustificada do promovente (autor), mesmo devidamente intimado, o Magistrado
proferirá¡ sentença declarando extinto o processo sem resolução do mérito e condenando o promovente
ao pagamento de custas, salvo se comprovar que a ausência decorreu de força maior; b) Em caso de
ausência injustificada do promovido (réu), mesmo devidamente citado/intimado, será¡ reconhecida a sua
revelia e julgando o mérito do caso de imediato. IV - Intimem-se as partes através de seus advogados via
DJe. Juruti/PA, 22 de novembro de 2021. ODINANDRO GARCIA CUNHA Juiz de Direito.
dos executados no SERASAJUD, raz¿o pela qual TORNO SEM EFEITO a deliberaç¿o número 1 do
despacho de fl. 38. II ¿ No mais, verifico que, em que pese os pedidos de inclus¿o de restriç¿es via
SISBAJUD e RENAJUD com relaç¿o ao executado LUCIANO, o que foi deferido e cumprido às fls. 38/43,
n¿o houve o recolhimento das custas pertinentes pelo exequente. Assim, intime-se o exequente para
recolher as custas das diligências solicitadas e já realizadas pelo juízo, no prazo de 15 (quinze) dias, visto
que deveriam ter sido recolhidas antecipadamente. III ¿ Ademais, constato que em seu último petitório, o
exequente requereu a renovação da diligência de citação com relação aos três executados, mas recolheu
as custas pertinentes à expedição de mandado e diligências de oficial de justiça suficientes apenas ao
cumprimento no que tange a duas executadas, JACIRENE e MÁRCIA. Ante o exposto, renovem-se as
diligências de citação, nos termos da deliberação de fl. 27, APENAS NO QUE SE REFERE às
executadas JACIRENE e MÁRCIA (endereço mencionado à fl. 34 e no cabeçalho da presente
decis¿o). Todavia, caso comprovado, antecipadamente, o recolhimento das custas pendentes, desde logo
DEFIRO a expedição de novo mandado de citação, nos termos da deliberação de fl. 27, desta vez com
relação ao executado LUCIANO (endereço mencionado à fl. 32 e no cabeçalho da presente decisão).
CUMPRA-SE, SERVINDO A PRESENTE, POR CÓPIA, COMO MANDADO DE CITAÇ¿O/INTIMAÇ¿O E
OFÍCIO (PROV. 003/2009 ¿ CJCI). Juruti/PA, 17 de novembro de 2021.ODINANDRO GARCIA CUNHA
Juiz de Direito.
¿forças¿ para cuidar do interditado. O Ministério Público se manifesta favorável ao pedido. Relatório
sucinto. Decido. N¿o há qualquer óbice legal ao deferimento do pedido, uma vez que os motivos para a
substituiç¿o da curatela est¿o plenamente justificados pela oitiva das requerentes, ouvida em audiência
ora realizada e pela impossibilidade da atual curadora de exercer a funç¿o, aliado ao fato de que o
substituto n¿o possui qualquer impedimento para assumir a posiç¿o de curador. Ante o exposto, DEFIRO
o pedido de Substituiç¿o de Curador, nomeando como Curador de MANOEL SIRLAN VIEIRA DA SILVA,
a Sra. DIELEN VIEIRA DA SILVA, que n¿o poderá alienar bens de qualquer natureza da curatelada sem
autorizaç¿o judicial, devendo os valores eventualmente recebidos de entidade previdenciária em raz¿o da
interdiç¿o ser aplicados na saúde, alimentaç¿o e bem estar do interditado. LAVRE-SE O TERMO DE
SUBSTITUIÇ¿O DE CURATELA. Cumpra-se o disposto no art. 755, § 3º do CPC. Inscreva-se a presente
sentença no Registro Civil. P.R.I. Ciente o MP. Nada mais havendo, determinou o MM. Juiz o
encerramento da presente ata, digitada e conferida por mim, ______, (Gilvan G. Santos), auxiliar de
secretaria.
REQUERIDO: E. R. S.
MANDADO-OFÃCIO, nos termos do Prov. Nº 03/2009 da CJRMB - TJE/PA, com a redação que lhe deu
o Prov. Nº 011/2009 daquele órgão correcional. Juruti-PA, 05 de novembro de 2021. ODINANDRO
GARCIA CUNHA Juiz de Direito
REQUERIDO: RAS ¿ SERVIÇOS LTDA SENTENÇA Versam os presentes autos sobre AÇ¿O
MONITÓRIA, na qual a parte autora pretende pagamento de soma em dinheiro com base em prova escrita
sem eficácia de título executivo. Aduz em síntese o requerente que a quantia em monitória advém de
notas fiscais inadimplidas. A parte requerida, embora devidamente citada (fls. 39/39-v), n¿o apresentou
embargos e nem comprovou o pagamento do débito. É o relatório. No caso em apreço, a n¿o observância
do prazo para contestar/embargar à aç¿o monitória extinguiu o direito da parte ré de tornar controversos
os fatos deduzidos na inicial, indicar provas e oferecer defesa meritória, pelo que DECRETO A REVELIA
da parte requerida. Assim, n¿o havendo necessidade de produç¿o de provas é o caso de aplicaç¿o do
art. 701, §2º, do CPCNo caso em exame há provas do pacto celebrado entre as partes. Portanto, se o
autor comprovou o inadimplemento do Réu e este n¿o demonstrou o adimplemento da obrigaç¿o, a
consequência lógica é a procedência do pedido. Ademais, com relaç¿o à ¿causa debendi¿, para a
propositura da demanda, n¿o se exige que a parte autora decline o negócio jurídico correspondente
entabulado entre as partes que tenha dado origem ao documento, mas apenas trazer aos autos a prova
inicial, nesse caso concreto, municiada pelas notas fiscais aportadas às fls. 09/11. Inócua, pois, a causa
da emiss¿o, cuja indicaç¿o é inexigível na petiç¿o inicial da demanda. Ante o exposto, ACOLHO A
PRETENS¿O e CONVERTO DE PLENO DIREITO O MANDADO INICIAL EM TÍTULO EXECUTIVO
JUDICIAL, extinguindo, assim, o processo com resoluç¿o de mérito, em conformidade com o art. 487, I do
CPC. Condeno o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios na ordem de 10%
(dez por cento) sobre o valor do débito, sob pena de inscriç¿o em dívida ativa. Intimem-se as partes,
observando, no que couber, o art. 346 do CPC. N¿o havendo pedido de cumprimento/execuç¿o neste
interstício, CERTIFIQUE-SE e, após, ARQUIVE-SE. Juruti/PA, 11 de novembro de 2021. ODINANDRO
GARCIA CUNHA Juiz de Direito
REQUERIDO: R. G. S. REQUERIDO: R. A. N.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
COMARCA DE ALENQUER
PODER JUDICIÁRIO
Dr. Vilmar Durval Macedo Junior, Juiz de Direito Titular da Vara Única da Comarca de Alenquer/PA,
Estado do Pará, no uso das atribuições legais, etc.
FAZ SABER aos que vierem ler o presente Edital ou dele tiverem conhecimento, que por este Juízo da
Vara única, foi organizada a lista geral PROVISÓRIA dos jurados que deverão servir no Tribunal Popular
do Júri da Comarca de Alenquer, Estado do Pará, no exercício do ano de 2021, de acordo com o art. 426,
do Código de Processo Penal:
E para conhecimento de todos vai este Edital, afixado no Átrio do Fórum local e publicado no
Diário de Justiça. Dado e passado nesta cidade de Alenquer, Estado do Pará, Secretaria da
Vara Única da Comarca de Alenquer, 30 de novembro de 2021. Eu,___, Marília Carmo, Analista
Judiciário, digitei e subscrevo.
Processo nº 0006410-74.2018.8.14.0003
PARTES:
DECIS¿O-MANDADO-OFÍCIO
Servirá o presente despacho, por cópia digitalizada, como MANDADO/OFÍCIO, nos termos do Prov. Nº
03/2009 da CJRMB ¿ TJE/PA, com a redaç¿o que lhe deu o Prov. Nº 011/2009 daquele órg¿o correcional.
Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.
Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
O Exmo. Dr. SÉRGIO CARDOSO BASTOS, MM. Juiz de Direito respondendo pela Comarca de São
Francisco do Pará, Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais resolve: TORNAR SEM EFEITO o
Edital nº 001/2021, de 19/11/2021, referente à Correição Periódica Ordinária na Vara Única da Comarca
de São Francisco do Pará nos dias 01 a 03/12/2021, a partir das 08h30min. Dado e passado nesta cidade
de São Francisco do Pará, Estado do Pará, aos 29 (vinte e nove) dias do mês de novembro de 2021 (dois
mil e vinte e um). Eu, Francisco Roque Guerreiro de Oliveira, _______, Analista Judiciário, o digitei e o
MM. Juiz assinou.
Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
COMARCA DE SALINÓPOLIS
prazo de 10 (dez) dias para apresentação de memoriais pelas partes.        à fl. 73, o réu
colacionou aos autos documento a fim de comprovar que a Requerente não é proprietária, nem
exercia a posse do imóvel objeto da lide.        Em seguida, as partes apresentaram memoriais
(fls. 75/78 e fls. 79/88).        à o relatório. DECIDO. 2. FUNDAMENTAÃÃO        A
inépcia da inicial opera-se quando os requisitos da petição inicial, elencados no art. 319 do C/C não
são cumulativamente preenchidos, não se constatando sua incidência no caso proposto.      Â
 Inexistindo outras questões preliminares a serem apreciadas pelo juÃ-zo, passo à análise do mérito.
       Os requisitos para concessão da proteção possessória estão previstos nos artigos
560 e 561 do Código de Processo Civil, vejamos: Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na
posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho. Art. 561. Incumbe ao autor provar: I - a
sua posse; II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; III - a data da turbação ou do esbulho;
IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na
ação de reintegração.        Verifico que as provas produzidas nos autos não demonstram
o efetivo exercÃ-cio da posse dos bens imóveis identificados na exordial pela requerente, isto porque
embora a autora tenha acostado aos autos escritura pública de venda e compra de benfeitorias, cessão
e transferência de direitos, de posse, ocupação e preferência ao aforamento dos bens, tal
documento, por si só, não possui o condão de provar que tinha de fato o exercÃ-cio de algum dos
poderes inerentes à propriedade.        Com efeito, embora tenha adquirido o direito pessoal de
exercer a posse de um imóvel que supostamente teria sido comprado, isto não implica dizer que a partir
da negociação exerceu a posse de fato dos imóveis.        Destarte, cabe trazer à baila que
de acordo com o §2º do art. 182 da Lei nº 10.257/01, a propriedade urbana cumpre sua função
social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano
diretor.        Nesse sentido, o §3º dispõe que é facultado ao Poder Público Municipal,
mediante lei especÃ-fica para área incluÃ-da no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do
proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: parcelamento ou edificação compulsórios, imposto
sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo e desapropriação com pagamento
mediante tÃ-tulos da dÃ-vida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo
de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais.        Há elementos suficientes nos autos indicando que os
imóveis estavam abandonados, razão pela qual o demandado adotou providências para fins de
regularização dos bens perante a administração pública municipal, dentre elas, promoveu o
pagamento do IPTU, juntados os comprovantes de pagamento aos fólios (fls. 47/54), além de certidão
negativa de débitos emitida pela Secretaria Municipal de Finanças (fl. 42).        Destaca-se
que o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) está elencado no art. 4º, IV, a, do Estatuto da Cidade,
como instrumento para a execução da polÃ-tica urbana, razão pela qual considero os comprovantes
de pagamento do referido imposto como documentos idôneos para fins de comprovação do exercÃ-cio
da posse do réu sobre os bens em questão.        Ademais, verifico que houve desÃ-dia na
instrução probatória do feito por parte da autora, tendo em vista que sequer produziu prova
testemunhal a fim de demonstrar o direito vindicado nos autos, ao passo que o demandado arrolou duas
testemunhas, as quais ratificam que o mesmo promovia a limpeza dos bens em litÃ-gio. Â Â Â Â Â Â Â
Destarte, em seu depoimento, em sede de audiência de instrução e julgamento, cujo termo com
respectiva mÃ-dia audiovisual consta à s fls. 70/72, a própria autora afirma que só tomou conhecimento
de que o demandado efetuava o recolhimento do IPTU dos imóveis após o perÃ-odo de 05 (cinco) anos.
Além disso, não soube relatar com firmeza quantas vezes providenciava a limpeza dos bens, embora
tenha afirmado que não morava em Salinópolis, mas vinha todo mês ao municÃ-pio.       Â
Assim, constato que a requerente não se desincumbiu de seu encargo processual elencado no inciso I
do art. 373 do CPC/15, visto que não provou o fato constitutivo de seu direito.        Cabe
destaque que no caso especÃ-fico de ação possessória, em razão de seu caráter dúplice, a parte
que figurar como ré pode contrapor-se à pretensão e buscar, desde logo, não só o reconhecimento
de que, ao contrário, quem está sofrendo esbulho é ela, como também reclamar por eventual
lesão, inclusive pleitear indenização, senão veja-se: Art. 922. à lÃ-cito ao réu, na contestação,
alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização
pelos prejuÃ-zos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor.        Sendo
assim, havendo suporte fático-probatório suficiente produzido nos autos, acolho o pedido contraposto
formulado pelo réu, o qual reclama proteção possessória, pois durante a instrução processual, o
demandado logrou êxito em demonstrar que exercia a posse dos imóveis em questão em atendimento
à função social, visto que promovia o pagamento do IPTU, além de providenciar a limpeza dos bens
671
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
presente momento.        Do divórcio: a nova lei de divórcio permite que a parte requeira o
divórcio sem a necessidade de prova de separação de fato. Ademais, a partir do advento da Emenda
Constitucional nº 66, de aplicação imediata, a certidão de casamento é suficiente para instruir o
pedido de divórcio, não havendo necessidade da comprovação de alguma causa especÃ-fica ou
requisito temporal ou consentimento da parte contrária.        Outrossim, o divórcio direto
encontra base em preceito constitucional, pois o § 6º do art. 226 estabelece que o casamento civil pode
ser dissolvido pelo divórcio.        Compulsando os autos, extrai-se o pleito observou os
contornos legais, merecendo a presente ser julgada procedente, sobretudo com observância da EC nº
66. Assim, considerando o pedido de decretação de divórcio formulado na inicial, tratando-se de direito
potestativo das partes, firmo entendimento pela total procedência do pedido com relação ao divórcio.
       O divórcio extingue o vÃ-nculo conjugal, permitindo um novo enlace matrimonial entre os
divorciandos, não havendo mais que se falar em requisito temporal, haja vista que a Carta Magna aboliu
o lapso temporal como requisito de admissibilidade da dissolução da sociedade conjugal, tornando o
divórcio como medida única para o fim do casamento, conforme dispõe o §6º do art. 226 da
CRFB/88. Â Â Â Â Â Â Â Os doutrinadores Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho conceituam o
divórcio nos seguintes termos: ¿Trata-se, no vigente ordenamento jurÃ-dico brasileiro, de uma forma
voluntária de extinção da relação conjugal, sem causa especÃ-fica, decorrente de simples
manifestação de vontade de um ou ambos os cônjuges, apta a permitir, por consequência, a
constituição de novos vÃ-nculos matrimoniais¿. (Gagliano, Pablo Stolze. Manual de direito civil.
Volume único. São Paulo: Saraiva, 2017).        Pela análise dos dispositivos legais
pertinentes ao procedimento de divórcio consensual, inseridos no art. 731 e ss. do CPC, verifico que o
pedido atendeu a todos os requisitos legais. Â Â Â Â Â Â Â No caso em comento, cabe destacar acerca da
desnecessidade de designação de audiência para fins de ratificação da vontade das partes, visto
que os documentos carreados aos fólios são suficientes para comprovar os pleitos vindicados na inicial,
portanto, ¿não há que se falar em nulidade da decisão que deixa de designar audiência de
ratificação de divórcio direto consensual, quando presente nos autos outras provas que atestem a
regularidade do procedimento e evidenciam a desnecessidade de tal ato, tudo em prol dos princÃ-pios da
celeridade, da economia processual, bem como do postulado constitucional da razoável duração do
processo. Logo, a regularidade da decisão se reforça quando as partes demonstram expressa
concordância com tal procedimento, permitindo assim a aplicação do princÃ-pio da transcendência,
como forma de não declarar nulidade quando ausente prova inequÃ-voca de prejuÃ-zo¿. (TJMT, AC
3141/2008). Â Â Â Â Â Â Â Ademais, os divorciandos celebraram acordo nos seguintes termos: a guarda
da menor ficará sob o encargo da genitora, ficando resguardado ao genitor o exercÃ-cio do direito de
visitas de forma livre.        As partes são maiores e capazes e não há óbice Ã
homologação do acordo pelo juÃ-zo, havendo parecer ministerial favorável ao acolhimento dos pedidos
formulados na inicial. Â Â Â Â Â Â Â Destarte, tratando-se de direito personalÃ-ssimo da Divorcianda,
acolho o pedido de retorno ao uso do seu nome de solteira, a saber, GLEICIANE BRITO DE SOUZA. Â Â
     Isto posto, em observância ao art. 226, §6º, da CRFB/88; com fulcro nos artigos 731 e ss.
do CPC e art. 1.571, IV c/c art. 1.580, §2º, ambos do Código Civil Brasileiro, julgo procedente o pedido
formulado na inicial e, por conseguinte, DECRETO O DIVÃRCIO dos postulantes MATHEUS SANTA
BRIGIDA COSTA e GLEICIANE BRITO DE SOUZA SANTA BRIGIDA, extinguindo o processo, com
resolução de mérito, na forma do art. 487, III, b, do CPC.        A Divorcianda retornará ao
uso de seu nome de solteira, qual seja, GLEICIANE BRITO DE SOUZA. Â Â Â Â Â Â Â Sem custas
processuais e honorários advocatÃ-cios, em razão da hipossuficiência financeira dos postulantes.   Â
    Após a certificação do trânsito em julgado, expeça-se o Mandado de Averbação ao
Cartório de Registro Civil competente, onde foi registrado o casamento dos Divorciados, devendo ser
anexado ao Mandado cópia desta Sentença e da certidão de trânsito em julgado, na forma do art.
100 e parágrafos da LRP, advertindo-se que a certidão de casamento atualizada com a averbação
necessária deverá ser fornecida independentemente de recolhimento de custas ou emolumentos, tendo
em vista os benefÃ-cios da justiça gratuita concedidos à s partes.        Preclusas as vias
impugnatórias, após a certificação do trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as
formalidades legais e respectiva baixa no sistema. Â Â Â Â Â Â Â SERVIRÃ A PRESENTE, POR CÃPIA
DIGITADA, COMO MANDADO/OFÃCIO/CARTAPRECATÃRIA, servindo a segunda via como documento
hábil para tal desiderato, nos termos do Provimento nº 003/2009 da CJRMB (alterado pelos Provimentos
nº 011/2009 e nº 014/2009), aplicável às comarcas do interior por força do Provimento nº 003/2009
da CJCI). Â Â Â Â Â Â Â Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei. Â Â Â Â Â Â Â Intimem-se. Â Â Â Â Â
  Expeça-se o necessário.        Salinópolis/PA, 3 de novembro de 2021. ANTONIO
CARLOS DE SOUZA MOITTA KOURY Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica da Comarca de
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Judiciário do Estado do Pará, visando a adoção de medidas para a redução do acervo de feitos
fÃ-sicos e a migração para a plataforma digital.            Determino, tendo em vista a
garantia da celeridade, da produtividade processual e da otimização eficiente do uso dos recursos
financeiros, humanos e materiais, o retorno dos autos à Secretaria Judiciária, a fim de proceder a
digitalização do presente processo, com ulterior migração ao Sistema de Processo Judicial
Eletrônico (PJe).            Devidamente migrado, deverá a secretaria providenciar o envio
do processo fÃ-sico ao Arquivo Regional de Belém, de acordo com as orientações dispostas na
Cartilha para envio de Processos Judiciais, cujo link
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=850402. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â CUMPRA-
SE.            P.R.I.            Salinópolis, 25 de novembro de 2021. ANTONIO
CARLOS DE SOUZA MOITTA KOURY Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica da Comarca de Salinópolis
PROCESSO: 00096881120198140048 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANTONIO CARLOS DE SOUZA MOITTA KOURY
A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 01/12/2021 EXEQUENTE:CONDOMINIO VIVRE LA VIE
REPRESENTANTE:JOSE MARIA PINTO DE ARAUJO Representante(s): OAB 9365-A - MARCELO
NAZARENO LIMA ARRIFANO (ADVOGADO) EXECUTADO:HAROLDO PINTO DA SILVA JUNIOR.
DECISÃO            Considerando a Portaria Conjunta nº 001/2018- GP/VP e Portaria nº
1833/2020-GP, de 03 de setembro de 2020, que dispõe sobre a expansão do Sistema de Processo
Judicial Eletrônico (PJe), no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, visando a adoção de
medidas para a redução do acervo de feitos fÃ-sicos e a migração para a plataforma digital.    Â
       Defiro a migração do presente processo, tendo em vista a garantia da celeridade, da
produtividade processual e da otimização eficiente do uso dos recursos financeiros, humanos e
materiais, o retorno dos autos à Secretaria Judiciária, a fim de proceder a digitalização do presente
processo, com ulterior migração ao Sistema de Processo Judicial Eletrônico (PJe).         Â
  Devidamente migrado, deverá a secretaria providenciar o envio do processo fÃ-sico ao Arquivo
Regional de Belém, de acordo com as orientações dispostas na Cartilha para envio de Processos
Judiciais, cujo link http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=850402. Â Â Â Â Â Â Â Â
   CUMPRA-SE.            P.R.I.            Salinópolis, 24 de novembro de
2021. ANTONIO CARLOS DE SOUZA MOITTA KOURY Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica da Comarca
de Salinópolis PROCESSO: 00096899320198140048 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANTONIO CARLOS DE SOUZA MOITTA KOURY
A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 01/12/2021 EXEQUENTE:CONDOMINIO VIVRE LA VIE
REPRESENTANTE:JOSE MARIA PINTO DE ARAUJO Representante(s): OAB 9365-A - MARCELO
NAZARENO LIMA ARRIFANO (ADVOGADO) EXECUTADO:FAUSTO SOARES FILHO
EXECUTADO:LIEGE DE LEMOS SOARES EXECUTADO:JENNY MARIA LEMOS SOARES
EXECUTADO:FAUSTO JOSE DE LEMOS SOARES EXECUTADO:PAULO MAURICIO DE LEMOS
SOARES. DECISÃO            Considerando a Portaria Conjunta nº 001/2018- GP/VP e
Portaria nº 1833/2020-GP, de 03 de setembro de 2020, que dispõe sobre a expansão do Sistema de
Processo Judicial Eletrônico (PJe), no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, visando a
adoção de medidas para a redução do acervo de feitos fÃ-sicos e a migração para a plataforma
digital.            Defiro a migração do presente processo, tendo em vista a garantia da
celeridade, da produtividade processual e da otimização eficiente do uso dos recursos financeiros,
humanos e materiais, o retorno dos autos à Secretaria Judiciária, a fim de proceder a digitalização do
presente processo, com ulterior migração ao Sistema de Processo Judicial Eletrônico (PJe).     Â
      Devidamente migrado, deverá a secretaria providenciar o envio do processo fÃ-sico ao
Arquivo Regional de Belém, de acordo com as orientações dispostas na Cartilha para envio de
Processos Judiciais, cujo link http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=850402. Â Â Â
        CUMPRA-SE.            P.R.I.            Salinópolis, 24 de
novembro de 2021. ANTONIO CARLOS DE SOUZA MOITTA KOURY Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica
da Comarca de Salinópolis PROCESSO: 00145892720168140048 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANTONIO CARLOS DE SOUZA MOITTA KOURY
A??o: Procedimento de Conhecimento em: 01/12/2021 AUTOR:FRANCISCO ARAUJO RODRIGUES
Representante(s): OAB 6659-A - MAURO JOAO MACEDO DA SILVA (ADVOGADO) OAB 22253 -
ALTEMAR ALCANTARA PEREIRA (ADVOGADO) OAB 18044 - ANDREA QUEIROZ DE ASSIS
(ADVOGADO) REQUERIDO:MUNICIPIO DE SALINOPOLIS Representante(s): OAB 15692 - BRENDA
ARAUJO DI IORIO BRAGA (ADVOGADO) OAB 3701 - CLODOMIR ASSIS ARAUJO (ADVOGADO) OAB
10686 - CLODOMIR ASSIS ARAUJO JUNIOR (ADVOGADO) . Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DECISÃO Â Â Â Â
       Torno sem efeito o despacho que designou a audiência.           Â
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Considerando a Portaria Conjunta nº 001/2018- GP/VP e Portaria nº 1833/2020-GP, de 03 de setembro
de 2020, que dispõe sobre a expansão do Sistema de Processo Judicial Eletrônico (PJe), no âmbito
do Poder Judiciário do Estado do Pará, visando a adoção de medidas para a redução do acervo
de feitos fÃ-sicos e a migração para a plataforma digital.            Determino, tendo em
vista a garantia da celeridade, da produtividade processual e da otimização eficiente do uso dos
recursos financeiros, humanos e materiais, o retorno dos autos à Secretaria Judiciária, a fim de proceder
a digitalização do presente processo, com ulterior migração ao Sistema de Processo Judicial
Eletrônico (PJe).            Devidamente migrado, deverá a secretaria providenciar o envio
do processo fÃ-sico ao Arquivo Regional de Belém, de acordo com as orientações dispostas na
Cartilha para envio de Processos Judiciais, cujo link
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=850402. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â CUMPRA-
SE.            P.R.I.            Salinópolis, 25 de novembro de 2021. ANTONIO
CARLOS DE SOUZA MOITTA KOURY Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica da Comarca de Salinópolis
PROCESSO: 00146074820168140048 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANTONIO CARLOS DE SOUZA MOITTA KOURY
A??o: Procedimento de Conhecimento em: 01/12/2021 AUTOR:JOAO GABRIEL PEREIRA DA FONSECA
Representante(s): OAB 6659-A - MAURO JOAO MACEDO DA SILVA (ADVOGADO) OAB 22253 -
ALTEMAR ALCANTARA PEREIRA (ADVOGADO) OAB 18044 - ANDREA QUEIROZ DE ASSIS
(ADVOGADO) REQUERIDO:MUNICIPIO DE SALINOPOLIS Representante(s): OAB 15692 - BRENDA
ARAUJO DI IORIO BRAGA (ADVOGADO) OAB 3701 - CLODOMIR ASSIS ARAUJO (ADVOGADO) OAB
10686 - CLODOMIR ASSIS ARAUJO JUNIOR (ADVOGADO) . Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DECISÃO Â Â Â Â
       Torno sem efeito o despacho que designou a audiência.           Â
Considerando a Portaria Conjunta nº 001/2018- GP/VP e Portaria nº 1833/2020-GP, de 03 de setembro
de 2020, que dispõe sobre a expansão do Sistema de Processo Judicial Eletrônico (PJe), no âmbito
do Poder Judiciário do Estado do Pará, visando a adoção de medidas para a redução do acervo
de feitos fÃ-sicos e a migração para a plataforma digital.            Determino, tendo em
vista a garantia da celeridade, da produtividade processual e da otimização eficiente do uso dos
recursos financeiros, humanos e materiais, o retorno dos autos à Secretaria Judiciária, a fim de proceder
a digitalização do presente processo, com ulterior migração ao Sistema de Processo Judicial
Eletrônico (PJe).            Devidamente migrado, deverá a secretaria providenciar o envio
do processo fÃ-sico ao Arquivo Regional de Belém, de acordo com as orientações dispostas na
Cartilha para envio de Processos Judiciais, cujo link
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=850402. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â CUMPRA-
SE.            P.R.I.            Salinópolis, 25 de novembro de 2021. ANTONIO
CARLOS DE SOUZA MOITTA KOURY Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica da Comarca de Salinópolis
PROCESSO: 00148863420168140048 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANTONIO CARLOS DE SOUZA MOITTA KOURY
A??o: Procedimento Comum Cível em: 01/12/2021 AUTOR:JOSE RODRIGUES DE SENA
Representante(s): OAB 6659-A - MAURO JOAO MACEDO DA SILVA (ADVOGADO) OAB 22253 -
ALTEMAR ALCANTARA PEREIRA (ADVOGADO) OAB 18044 - ANDREA QUEIROZ DE ASSIS
(ADVOGADO) REQUERIDO:MUNICIPIO DE SALINOPOLIS Representante(s): OAB 15692 - BRENDA
ARAUJO DI IORIO BRAGA (ADVOGADO) OAB 3701 - CLODOMIR ASSIS ARAUJO (ADVOGADO) OAB
10686 - CLODOMIR ASSIS ARAUJO JUNIOR (ADVOGADO) . Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DECISÃO Â Â Â Â
       Torno sem efeito o despacho que designou a audiência.           Â
Considerando a Portaria Conjunta nº 001/2018- GP/VP e Portaria nº 1833/2020-GP, de 03 de setembro
de 2020, que dispõe sobre a expansão do Sistema de Processo Judicial Eletrônico (PJe), no âmbito
do Poder Judiciário do Estado do Pará, visando a adoção de medidas para a redução do acervo
de feitos fÃ-sicos e a migração para a plataforma digital.            Determino, tendo em
vista a garantia da celeridade, da produtividade processual e da otimização eficiente do uso dos
recursos financeiros, humanos e materiais, o retorno dos autos à Secretaria Judiciária, a fim de proceder
a digitalização do presente processo, com ulterior migração ao Sistema de Processo Judicial
Eletrônico (PJe).            Devidamente migrado, deverá a secretaria providenciar o envio
do processo fÃ-sico ao Arquivo Regional de Belém, de acordo com as orientações dispostas na
Cartilha para envio de Processos Judiciais, cujo link
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=850402. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â CUMPRA-
SE.            P.R.I.            Salinópolis, 25 de novembro de 2021. ANTONIO
CARLOS DE SOUZA MOITTA KOURY Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica da Comarca de Salinópolis
PROCESSO: 00149071020168140048 PROCESSO ANTIGO: ----
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NOTIFICAÇÃO DE AUDIÊNCIA
Auxiliar Judiciário
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COMARCA DE MOJÚ
EDITAL
Posto isto, julgo PROCEDENTE o objeto da ação para decretar a interdição de EDIELE PEREIRA DA
SILVA, para todos e quaisquer atos da vida civil e nomeio para o múnus de curatela a sua filha, a Sra.
SANDRA RODRIGUES PEREIRA.
Expeça-se mandado para averbação no registro civil e edital que será publicado por três vezes no
DJE/PA, com intervalo de dez dias.
Oficie-se ao EG. TRE/PA para eventual suspensão dos direitos políticos do interditando.
Sem honorários e custas pela parte autora. Fixo honorários periciais no valor de R$ 370,00 (trezentos e
setenta reais), a serem pagos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, nos termos do Provimento
Conjunto n. 010/2016 ¿ CJRMB/CJCI. Fixo ainda honorários advocatícios ao curador especial, Dr. José
Godofredo Rabelo Filho, OAB/PA n° 19.743, em R$ 800,00.
P. R. I. C. ciência ao MP.
Nos termos do § 4º do artigo 357 do CPC, fixo o prazo comum de 15 (quinze) dias para que as partes
apresentem rol de testemunhas, sob pena de preclus¿o, com os requisitos estabelecidos no artigo 450 do
CPC (nome, a profiss¿o, o estado civil, a idade, o número de inscriç¿o no Cadastro de Pessoas Físicas, o
número de registro de identidade e o endereço completo da residência e do local de trabalho) e observado
o limite quantitativo disposto no § 6º do citado artigo 357 também do CPC.
Por força do disposto no artigo 445, caput, do Código de Processo Civil, cabe ao advogado da parte
informar ou intimar por carta com aviso de recebimento a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do
local da audiência designada, dispensando-se a intimaç¿o do juízo, cumprindo ao advogado juntar aos
autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência de
intimaç¿o e do comprovante de recebimento. A inércia na realizaç¿o da intimaç¿o importa desistência da
inquiriç¿o da testemunha (CPC, artigo 455, § 3º).
Publique-se
COMARCA DE IGARAPÉ-MIRI
Processo nº 0006890-92.2018.8.14.0022
SENTENÇA
I ¿ DO RELATÓRIO
Trata-se de Ação de Cobrança proposta por ELZA MARIA DOS SANTOS BRITO, em face do Município de
Igarapé-Miri, devidamente qualificados na inicial requerendo, entre outros pedidos acessórios:
a) A procedência total dos pedidos em todos os seus termos, condenando assim o Requerido, ao
pagamento do valor correspondente a salários retidos, férias e décimo terceiro integrais e proporcionais
dos anos de 2016 e 2017, com a devida correção monetária e juros decorrentes do inadimplemento, após
o trânsito em julgado.
Alega a Demandante que foi contratada, de maneira ininterrupta, em março de 1995 (fls.14) pelo Município
de Igarapé-Miri, para desempenhar o cargo de PROFESSOR PEB II, NÍVEL I, CAT/Coordenadora Escolar,
por meio de contrato administrativo temporário, o qual fora renovado sucessivamente.
Informa, ainda, que em 13.02.2017 foi nomeada para ocupar o CARGO EM COMISS¿O DE
COORDENADOR (A) ESCOLAR DA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL ¿13 DE MAIO¿,
por meio de ato administrativo assinado pelo Prefeito àquela época, Portaria 253/2017 (fls.15).
Aduz a peticionante que apesar de ter trabalhado, para o Município de Igarapé-Miri não recebeu a devida
contraprestação pecuniária nos meses de setembro, outubro e novembro de 2017, décimo terceiro, férias
acrescidas de 1/3(um terço) e décimo terceiro mais férias acrescidas de 1/3(um terço) referente ao ano de
2016.
Em decisão interlocutória, datada de 10 de julho de 2019, fora indeferida o pedido liminar, sendo
determinada a citação da parte ré, bem como intimação das partes para audiência em 19 de fevereiro de
2020.
formulados na exordial, alegando que os contratos realizados pelo município são semestrais, podendo ser
ou não renovados.
Não havendo mais nada a declarar, em audiência, foi aberto o prazo de 10(dez) para apresentação das
razões finais, tempestivamente ambas as partes se manifestaram.
Entretanto, entre as alegações, destacou-se tão somente a juntada pela parte requerente de extratos
bancários, emitidos pelo Banco da Amazônia, dos quais pode-se abstrair, que seus vencimentos foram
regularmente depositados nos meses de julho e agosto de 2017, contudo, nos demais meses de 2017 o
mesmo não ocorre, pois os extratos de meses como outubro e novembro de 2017 constam sem quaisquer
c r é d i t o s / d e p ó s i t o s .
É o relatório.
II ¿ DA FUNDAMENTAÇÃO
É de esclarecer inicialmente que, após o advento da Constituição Federal de 1988, o ingresso no serviço
público encontra-se condicionado a prévia aprovação em concurso público de provas ou provas e títulos,
com exceção dos cargos em comissão de livre nomeação e exoneração, e os casos de contratação para
atender à necessidade temporária de excepcional interesse púbico, conforme dispõe o art. 37, II e IX da
CF/88, in verbis:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
(...)
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público.
A contratação de servidor por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional
interesse público, prevista no inciso IX do art. 37 da CF/88, é medida exceção, que deve atender
concomitantemente requisitos específicos, como a previsão em lei; o prazo determinado dos contratos; a
anormalidade ou excepcionalidade do interesse público que obriga a contratação; e a provisoriedade ou
temporariedade da função.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Nesse sentido, inclusive, já se manifestou o Pleno do Supremo Tribunal Federal, vide decisão:
(...) I. A regra é a admissão de servidor público mediante concurso público: CF, art. 37, II. As duas
exceções à regra são para os cargos em comissão referidos no inciso II do art. 37 e a contratação por
tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público: CF,
art. 37, IX. Nessa hipótese, deverão ser atendidas as seguintes condições: a) previsão em lei dos
casos; b) tempo determinado; c) necessidade temporária de interesse público excepcional. II. ¿
Precedentes do Supremo Tribunal Federal: ADI 1.500/ES, 2.229/ES e 1.219/PB, Ministro Carlos Velloso;
ADI 2.125-MC/DF e 890/DF, Ministro Maurício Corrêa; ADI 2.380-MC/DF, Ministro Moreira Alves; ADI
2.987/SC, Ministro Sepúlveda Pertence. III. ¿ A lei referida no inciso IX do art. 37, C.F., deverá estabelecer
os casos de contratação temporária. No caso, as leis impugnadas instituem hipóteses abrangentes e
genéricas de contratação temporária, não especificando a contingência fática que evidenciaria a situação
de emergência, atribuindo ao chefe do Poder interessado na contratação estabelecer os casos de
contratação: inconstitucionalidade. IV. ¿ Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente (ADI
3.210/PR, STF ¿ Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 03.12.2004, p. 12) (grifo nosso).
No caso dos autos, verifica-se que o vínculo estabelecido entre a Demandante e o Município de Igarapé-
Miri, se deu por meio de contrato temporário, por prazo indeterminado, o qual fora renovado sucessivas
vezes, o que afasta a temporariedade da função e a excepcionalidade do interesse público,
descaracterizando o contrato temporário, em violação à regra do art. 37, II e IX, da CF/88, pelo que deve
ser considerado NULO.
O Supremo Tribunal Federal tem reconhecido a nulidade do contrato firmado com a Administração
Pública, quando a contratação temporária se prolonga ao longo dos anos em renovações sucessivas,
descaracterizando o conteúdo jurídico do artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal, o qual determina
que para que se considere válida a contratação temporária é necessária a existência de excepcional
interesse público e que o prazo da contratação seja determinado (ARE 766127 AgR/PE).
E sendo nulo o ato, a declaração de nulidade gera efeitos ex tunc, mão surtindo efeitos o contrato firmado
com o trabalhador/servidor, exceto os efeitos delimitados pelo art. 19-A da Lei nº 8.036/90, ou seja, os
depósitos de FGTS (quando houver), bem como os salários do período trabalhado.
A questão já foi submetida ao procedimento da repercussão geral, sob o tema 308, e definitivamente
decidida pelo STF, por meio do recurso extraordinário paradigma nº 705.140/RS:
3. Em consonância aos referidos paradigmas, o STF na ADI 3.127 declarou a constitucionalidade do art.
19-A da Lei nº 8036/1990, aplicável ao caso em exame, ante a nulidade do contrato temporário. Ademais,
os únicos efeitos jurídicos decorrentes da declaração de nulidade do contrato com a Administração são o
direito ao saldo de salário e levantamento de FGTS, conforme RE 705.140.
5. Reexame necessário conhecido de ofício. Sentença ilíquida. Súmulas 325 e 490 do STJ.
8. Fixação de juros moratórios, desde a citação (art. 405, CC), calculados à razão de 0,5% ao mês, a
partir da MP 2.180-35/2001, que incluiu o art. 1º-F da Lei nº 9494/97 e, no percentual estabelecido para a
caderneta de poupança (Taxa Referencial-TR), a contar da vigência da Lei nº 11.960/200, que alterou o
mencionado dispositivo, e de correção monetária desde o efetivo prejuízo (súmula 43/STJ), também pela
Taxa Referencial (1º-F da Lei nº 9494/97).
9. Tratando-se de sentença ilíquida e vencida a Fazenda Pública, os honorários advocatícios devem ser
arbitrados de forma equitativa, em atenção ao art. 20, §4º, CPC/73. Sentença reformada, para arbitrar os
honorários em R$ 500,00 (quinhentos reais).
11. À unanimidade.
(TJ/PA, Apelação Cível nº 0000066-07.2010.8.14.0016, 1ª Turma de Direito Público, Relatora Desª Levine
Gemaque Taveira, DJPA 02.05.2017). (grifo nosso).
Dessa forma, verifico que a contratação se deu de forma irregular, em desatendimento ao disposto no art.
37, inciso II, da Constituição Federal. Logo, a contratação está eivada de nulidade de pleno direito (art. 37,
§2º, da CF/88).
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Conforme já dito, os únicos efeitos jurídicos decorrentes da declaração de nulidade do contrato temporário
são o direito ao saldo de salário e o direito as parcelas de FGTS, quando houver, conforme entendimento
firmado no RE: 705.140, com repercussão geral (tema 308), sendo indevido o pagamento de férias mais
1/3, integrais ou proporcionais, bem como décimo terceiro mesmo a título indenizatório a Demandante.
III ¿ DO DISPOSITIVO
a) A realizar pagamento a Sra. ELZA MARIA DOS SANTOS BRITO referente aos SALÁRIOS RETIDOS E
DEVIDAMENTE DESCRITOS REFERENTE AOS MESES DE SETEMBRO, OUTUBRO E NOVEMBRO
DE 2017, EXCLUINDO-SE DO CÁLCULO/MONTANTE, QUAISQUER VALORES A TÍTULO DE FÉRIAS E
DÉCIMO TERCEIRO.
b) Que sejam efetuadas todas atualizações a título de correção monetária e juros moratórios, pelo índice
aplicado à caderneta de poupança (máximo 6% ao ano), nos termos do que dispõe o artigo 1-F da Lei n°
9.494/97, com a nova redação conferida pela Lei n° 11.960, de 29/06/2009.
c) Deixo de condenar o Réu ao pagamento de custas processuais, ante a isenção legal, porém condeno
ao pagamento dos honorários advocatícios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação.
P.R.I
Juiz de Direito
Processo nº 0005084-22.2018.8.14.0022
SENTENÇA
685
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
I ¿ DO RELATÓRIO
Trata-se de Ação de Cobrança proposta por ALLERSON MIRANDA RODRIGUES, em face do Município
de Igarapé-Miri, devidamente qualificado na inicial requerendo, entre outros pedidos acessórios:
a) A procedência total dos pedidos em todos os seus termos, condenando assim o Requerido, ao
pagamento do valor correspondente a salários retidos, férias e décimo terceiro integrais do ano de 2017,
com a devida correção monetária e juros decorrentes do inadimplemento, após o trânsito em julgado.
Alega o Demandante que foi contratado, no ano de 2017, para exercer o cargo de vigia lotado na SEMED.
Informa, ainda, que os valores a serem pagos, a título de salário, foram empregados em outras
prioridades do município, fato que prejudicou sua subsistência.
Aduz o peticionante que apesar de ter trabalhado, para o Município de Igarapé-Miri não recebeu a devida
contraprestação pecuniária nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2017, além de
férias e décimo terceiro do período.
Em decisão interlocutória, datada de 04 de julho de 2019, fora determinada a citação da parte ré.
Em audiência realizada em 02 de dezembro de 2019, ambas as partes não produziram mais provas,
ficando a municipalidade inerte com relação aos termos da réplica.
É o relatório.
II ¿ DA FUNDAMENTAÇÃO
É de esclarecer inicialmente que, após o advento da Constituição Federal de 1988, o ingresso no serviço
público encontra-se condicionado à prévia aprovação em concurso público de provas ou provas e títulos,
com exceção dos cargos em comissão de livre nomeação e exoneração, e os casos de contratação para
atender à necessidade temporária de excepcional interesse púbico, conforme dispõe o art. 37, II e IX da
CF/88, in verbis:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
686
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
(...)
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público.
A contratação de servidor por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional
interesse público, prevista no inciso IX do art. 37 da CF/88, é medida exceção, que deve atender
concomitantemente requisitos específicos, como a previsão em lei; o prazo determinado dos contratos; a
anormalidade ou excepcionalidade do interesse público que obriga a contratação; e a provisoriedade ou
temporariedade da função.
Nesse sentido, inclusive, já se manifestou o Pleno do Supremo Tribunal Federal, vide decisão:
(...) I. A regra é a admissão de servidor público mediante concurso público: CF, art. 37, II. As duas
exceções à regra são para os cargos em comissão referidos no inciso II do art. 37 e a contratação por
tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público: CF,
art. 37, IX. Nessa hipótese, deverão ser atendidas as seguintes condições: a) previsão em lei dos
casos; b) tempo determinado; c) necessidade temporária de interesse público excepcional. II. ¿
Precedentes do Supremo Tribunal Federal: ADI 1.500/ES, 2.229/ES e 1.219/PB, Ministro Carlos Velloso;
ADI 2.125-MC/DF e 890/DF, Ministro Maurício Corrêa; ADI 2.380-MC/DF, Ministro Moreira Alves; ADI
2.987/SC, Ministro Sepúlveda Pertence. III. ¿ A lei referida no inciso IX do art. 37, C.F., deverá estabelecer
os casos de contratação temporária. No caso, as leis impugnadas instituem hipóteses abrangentes e
genéricas de contratação temporária, não especificando a contingência fática que evidenciaria a situação
de emergência, atribuindo ao chefe do Poder interessado na contratação estabelecer os casos de
contratação: inconstitucionalidade. IV. ¿ Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente (ADI
3.210/PR, STF ¿ Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 03.12.2004, p. 12) (grifo nosso).
No caso dos autos, verifica-se que o vínculo estabelecido entre o Demandante e o Município de Igarapé-
Miri, se deu por meio de contrato temporário, no entanto, a contratação realizada no presente caso, não
teve como escopo o excepcional interesse público, pois o requerente exercia o cago de Vigis, como ficou
demonstrado de maneira inconteste nas provas dos autos.
E sendo nulo o ato, a declaração de nulidade gera efeitos ex tunc, não surtindo efeitos o contrato firmado
com o trabalhador/servidor, exceto os efeitos delimitados pelo art. 19-A da Lei nº 8.036/90, ou seja, os
depósitos de FGTS (quando houver), bem como os salários do período trabalhado.
A questão já foi submetida ao procedimento da repercussão geral, sob o tema 308, e definitivamente
decidida pelo STF, por meio do recurso extraordinário paradigma nº 705.140/RS:
3. Em consonância aos referidos paradigmas, o STF na ADI 3.127 declarou a constitucionalidade do art.
19-A da Lei nº 8036/1990, aplicável ao caso em exame, ante a nulidade do contrato temporário. Ademais,
os únicos efeitos jurídicos decorrentes da declaração de nulidade do contrato com a Administração são o
direito ao saldo de salário e levantamento de FGTS, conforme RE 705.140.
5. Reexame necessário conhecido de ofício. Sentença ilíquida. Súmulas 325 e 490 do STJ.
8. Fixação de juros moratórios, desde a citação (art. 405, CC), calculados à razão de 0,5% ao mês, a
partir da MP 2.180-35/2001, que incluiu o art. 1º-F da Lei nº 9494/97 e, no percentual estabelecido para a
caderneta de poupança (Taxa Referencial-TR), a contar da vigência da Lei nº 11.960/200, que alterou o
mencionado dispositivo, e de correção monetária desde o efetivo prejuízo (súmula 43/STJ), também pela
Taxa Referencial (1º-F da Lei nº 9494/97).
9. Tratando-se de sentença ilíquida e vencida a Fazenda Pública, os honorários advocatícios devem ser
arbitrados de forma equitativa, em atenção ao art. 20, §4º, CPC/73. Sentença reformada, para arbitrar os
honorários em R$ 500,00 (quinhentos reais).
11. À unanimidade.
(TJ/PA, Apelação Cível nº 0000066-07.2010.8.14.0016, 1ª Turma de Direito Público, Relatora Desª Elvina
Gemaque Taveira, DJPA 02.05.2017). (grifo nosso).
Dessa forma, verifico que a contratação se deu de forma irregular, em desatendimento ao disposto no art.
37, inciso IX, da Constituição Federal. Logo, a contratação está eivada de nulidade de pleno direito (art.
37, §2º, da CF/88).
Conforme já dito, os únicos efeitos jurídicos decorrentes da declaração de nulidade do contrato temporário
são o direito ao saldo de salário e o direito as parcelas de FGTS, quando houver, conforme entendimento
firmado no RE: 705.140, com repercussão geral (tema 308), sendo indevido o pagamento de férias mais
1/3, integrais ou proporcionais, bem como décimo terceiro mesmo a título indenizatório ao Demandante.
III ¿ DO DISPOSITIVO
a) A realizar pagamento ao Sr. ALLERSON MIRANDA RODRIGUES referente aos SALÁRIOS RETIDOS
E DEVIDAMENTE DESCRITOS REFERENTE AOS MESES DE SETEMBRO, OUTUBRO, NOVEMBRO E
DEZEMBRO DE 2017, EXCLUINDO-SE DO CÁLCULO/MONTANTE, QUAISQUER VALORES A TÍTULO
DE FÉRIAS E DÉCIMO TERCEIRO.
b) Que sejam efetuadas todas atualizações a título de correção monetária e juros moratórios, pelo índice
aplicado à caderneta de poupança (máximo 6% ao ano), nos termos do que dispõe o artigo 1-F da Lei n°
9.494/97, com a nova redação conferida pela Lei n° 11.960, de 29/06/2009.
c) Deixo de condenar o Réu ao pagamento de custas processuais, ante a isenção legal, porém condeno
ao pagamento dos honorários advocatícios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação.
P.R.I
Juiz de Direito
Processo nº 0001281-31.2018.8.14.0022
689
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
SENTENÇA
I ¿ DO RELATÓRIO
Trata-se de Ação de Cobrança proposta por JOSE MARIA PINHEIRO MACHADO, em face do Município
de Igarapé-Miri, devidamente qualificados na inicial requerendo, entre outros pedidos acessórios:
a) A procedência total dos pedidos em todos os seus termos, condenando assim o Requerido, ao
pagamento do valor correspondente a salários retidos, férias e décimo terceiro integrais do ano de 2014,
com a devida correção monetária e juros decorrentes do inadimplemento, após o trânsito em julgado.
Alega o Demandante que foi contratado, no ano de 2014, para exercer o cargo de professor lotado na
SEMAD.
Informa, ainda, que os valores a serem pagos, a título de salário, foram empregados em outras
prioridades do município, fato que prejudicou sua subsistência.
Aduz o peticionante que apesar de ter trabalhado, para o Município de Igarapé-Miri não recebeu a devida
contraprestação pecuniária nos meses de maio, julho, agosto, setembro, novembro e dezembro de 2014,
além de férias e décimo terceiro do período.
Em decisão interlocutória, datada de 01 de novembro de 2018, fora deferida a gratuidade da justiça, sendo
determinada a citação da parte ré, bem como intimação das partes para audiência em 16 de maio de
2019.
Em sede de réplica a contestação a parte demandante frisou, que os anos de 2013 e 2014 foram
caracterizados pela instabilidade política no município de Igarapé-Miri, situação que ocasionou o
descumprimento de algumas obrigações, tais como, folha de pagamento.
Em audiência realizada em 02 de dezembro de 2019, ambas as partes não produziram mais provas,
ficando a municipalidade inerte com relação aos termos da réplica.
É o relatório.
II ¿ DA FUNDAMENTAÇ¿O
690
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
É de esclarecer inicialmente que, após o advento da Constituição Federal de 1988, o ingresso no serviço
público encontra-se condicionado à prévia aprovação em concurso público de provas ou provas e títulos,
com exceção dos cargos em comissão de livre nomeação e exoneração, e os casos de contratação para
atender à necessidade temporária de excepcional interesse púbico, conforme dispõe o art. 37, II e IX da
CF/88, in verbis:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
(...)
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público.
A contratação de servidor por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional
interesse público, prevista no inciso IX do art. 37 da CF/88, é medida exceção, que deve atender
concomitantemente requisitos específicos, como a previsão em lei; o prazo determinado dos contratos; a
anormalidade ou excepcionalidade do interesse público que obriga a contratação; e a provisoriedade ou
temporariedade da função.
Nesse sentido, inclusive, já se manifestou o Pleno do Supremo Tribunal Federal, vide decisão:
(...) I. A regra é a admissão de servidor público mediante concurso público: CF, art. 37, II. As duas
exceções à regra são para os cargos em comissão referidos no inciso II do art. 37 e a contratação por
tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público: CF,
art. 37, IX. Nessa hipótese, deverão ser atendidas as seguintes condições: a) previsão em lei dos
casos; b) tempo determinado; c) necessidade temporária de interesse público excepcional. II. ¿
Precedentes do Supremo Tribunal Federal: ADI 1.500/ES, 2.229/ES e 1.219/PB, Ministro Carlos Velloso;
ADI 2.125-MC/DF e 890/DF, Ministro Maurício Corrêa; ADI 2.380-MC/DF, Ministro Moreira Alves; ADI
2.987/SC, Ministro Sepúlveda Pertence. III. ¿ A lei referida no inciso IX do art. 37, C.F., deverá estabelecer
os casos de contratação temporária. No caso, as leis impugnadas instituem hipóteses abrangentes e
genéricas de contratação temporária, não especificando a contingência fática que evidenciaria a situação
de emergência, atribuindo ao chefe do Poder interessado na contratação estabelecer os casos de
contratação: inconstitucionalidade. IV. ¿ Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente (ADI
3.210/PR, STF ¿ Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 03.12.2004, p. 12) (grifo nosso).
No caso dos autos, verifica-se que o vínculo estabelecido entre o Demandante e o Município de Igarapé-
Miri, se deu por meio de contrato temporário, no entanto, a contratação realizada no presente caso, não
teve como escopo o excepcional interesse público, pois o requerente exercia o cago de Auxiliar de
Serviços Urbanos, como ficou demonstrado de maneira inconteste nas provas dos autos.
E sendo nulo o ato, a declaração de nulidade gera efeitos ex tunc, n¿o surtindo efeitos o contrato firmado
com o trabalhador/servidor, exceto os efeitos delimitados pelo art. 19-A da Lei nº 8.036/90, ou seja, os
depósitos de FGTS (quando houver), bem como os salários do período trabalhado.
691
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
A questão já foi submetida ao procedimento da repercussão geral, sob o tema 308, e definitivamente
decidida pelo STF, por meio do recurso extraordinário paradigma nº 705.140/RS:
3. Em consonância aos referidos paradigmas, o STF na ADI 3.127 declarou a constitucionalidade do art.
19-A da Lei nº 8036/1990, aplicável ao caso em exame, ante a nulidade do contrato temporário. Ademais,
os únicos efeitos jurídicos decorrentes da declaração de nulidade do contrato com a Administração são o
direito ao saldo de salário e levantamento de FGTS, conforme RE 705.140.
5. Reexame necessário conhecido de ofício. Sentença ilíquida. Súmulas 325 e 490 do STJ.
8. Fixação de juros moratórios, desde a citação (art. 405, CC), calculados à razão de 0,5% ao mês, a
partir da MP 2.180-35/2001, que incluiu o art. 1º-F da Lei nº 9494/97 e, no percentual estabelecido para a
caderneta de poupança (Taxa Referencial-TR), a contar da vigência da Lei nº 11.960/200, que alterou o
mencionado dispositivo, e de correção monetária desde o efetivo prejuízo (súmula 43/STJ), também pela
Taxa Referencial (1º-F da Lei nº 9494/97).
9. Tratando-se de sentença ilíquida e vencida a Fazenda Pública, os honorários advocatícios devem ser
arbitrados de forma equitativa, em atenção ao art. 20, §4º, CPC/73. Sentença reformada, para arbitrar os
honorários em R$ 500,00 (quinhentos reais).
11. À unanimidade.
(TJ/PA, Apelação Cível nº 0000066-07.2010.8.14.0016, 1ª Turma de Direito Público, Relatora Desª Elvina
Gemaque Taveira, DJPA 02.05.2017). (grifo nosso).
Dessa forma, verifico que a contratação se deu de forma irregular, em desatendimento ao disposto no art.
37, inciso IX, da Constituição Federal. Logo, a contratação está eivada de nulidade de pleno direito (art.
37, §2º, da CF/88).
Conforme já dito, os únicos efeitos jurídicos decorrentes da declaração de nulidade do contrato temporário
s¿o o direito ao saldo de salário e o direito as parcelas de FGTS, quando houver, conforme entendimento
firmado no RE: 705.140, com repercussão geral (tema 308), sendo indevido o pagamento de férias mais
1/3, integrais ou proporcionais, bem como décimo terceiro mesmo a título indenizatório ao Demandante.
Às fls. 20 a 23 dos autos, fora acostada cópia de processo administrativo de n° 1145/2014, o qual foi
protocolizado pelo autor em 07 de outubro de 2014, quando já haveria vencido há um determinado tempo
o pagamento dos meses de maio, julho e agosto de 2014.
No entanto fora requerido tão somente o pagamento dos meses de julho e agosto de 2014, por sua vez a
municipalidade no mesmo procedimento (fls.23) reconhece a dívida, porém manifestou-se no seguinte
sentido:
¿Tendo em vista não haver disponibilidade financeira para efetuar o pagamento requerido, encaminhe-se
os autos à Secretaria Municipal de Administração para conhecimento, ciência ao requerente e posterior
arquivamento.¿
Neste sentido percebe-se ser inconteste a existência do débito, contudo, como sequer fora pedido na
esfera administrativa no ano do ocorrido, a dívida concernente ao mês de maio de 2014 inexiste.
III ¿ DO DISPOSITIVO
a) A realizar pagamento ao Sr. JOSE MARIA PINHEIRO MACHADO referente aos SALÁRIOS RETIDOS
E DEVIDAMENTE DESCRITOS REFERENTE AOS MESES DE JULHO, AGOSTO, SETEMBRO,
NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2014, EXCLUINDO-SE DO CÁLCULO/MONTANTE, QUAISQUER
VALORES A TÍTULO DE FÉRIAS E DÉCIMO TERCEIRO.
b) Que sejam efetuadas todas atualizações a título de correção monetária e juros moratórios, pelo índice
aplicado à caderneta de poupança (máximo 6% ao ano), nos termos do que dispõe o artigo 1-F da Lei n°
9.494/97, com a nova redação conferida pela Lei n° 11.960, de 29/06/2009.
c) Deixo de condenar o Réu ao pagamento de custas processuais, ante a isenção legal, porém condeno
ao pagamento dos honorários advocatícios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação.
P.R.I
Juiz de Direito
Processo nº 0001131-16.2019.8.14.0022
SENTENÇA
I - RELATÓRIO
Trata-se de Ação de Cobrança e Obrigação de Fazer proposta por MARIA ELIANA AMARAL SILVA DA
COSTA, em face do Município de Igarapé-Miri, devidamente qualificados na inicial requerendo, entre
outros pedidos acessórios:
a) A procedência total dos pedidos em todos os seus termos, condenando assim o Requerido, ao
pagamento do valor de R$5.982,95(cinco mil novecentos e oitenta e dois reais e noventa e cinco reais),
com a devida correção monetária e juros decorrentes do inadimplemento, após o trânsito em julgado.
por cento) sobre o valor da condenação, na forma do art.85, §3º, inc. I do CPC.
A Demandante alegou que em 2017 firmou com a parte Ré contrato administrativo, de natureza
temporária, para exercer o cargo de Professor/Educação Básica exercendo atividades até dezembro de
2017, quando foi interrompido o vínculo.
Sendo novamente contratada, no ano de 2018, com o fim de exercer o mesmo cargo de professora com
lotação na Escola Antônio Lopes da Costa situada a Vila Amulata.
Contudo mesmo exercendo diuturnamente suas atribuições, a requerente não recebeu o décimo
proporcional de 2017 e o decimo e férias proporcionais de 2018.
Por sua vez às fls. 17 e 17-v, através de decisão interlocutória datada de 13 de março de 2019, fora
deferida a gratuidade da justiça, bem como foi determinada a citação da fazenda pública.
Em sede de réplica a parte autora manifestou-se, em 22 de julho de 2019, relatando que fora juntada vasta
documentação comprobatória a inicial, as quais demonstram de maneira clara e inconteste o direito
pleiteado.
Prosseguindo a peticionante aduziu ainda, que a parte ré não trouxe para o bojo dos autos, ao contestar,
quaisquer documentos que provem o contrário do pretendido e legalmente demandado pela autora.
Em 02 de dezembro de 2019 foi realizada audiência, na qual fora constatada a impossibilidade de auto
composição. Neste sentido fora determinada a conclusão dos autos para
sentença.
É o relatório. ,
II ¿ DA FUNDAMENTAÇÃO
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
695
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
(...)
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público.
No presente caso todos os requisitos foram atendidos, vez que o contrato assinado entre as partes
tem prazo determinado, de 27 de março de 2017 a 31 de dezembro de 2017, o serviço prestado é
excepcional, e há interesse público na função de Professor/Cuidador (Professor de Educação
Básica I), a qual visa atender os alunos com deficiência, os denominados PCDs (pessoas com
deficiência).
Nesse sentido, inclusive, já se manifestou o Pleno do Supremo Tribunal Federal, vide decisão:
(...) I. A regra é a admissão de servidor público mediante concurso público: CF, art. 37, II. As duas
exceções à regra são para os cargos em comissão referidos no inciso II do art. 37 e a contratação
por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público:
CF, art. 37, IX. Nessa hipótese, deverão ser atendidas as seguintes condições: a) previsão em lei
dos casos; b) tempo determinado; c) necessidade temporária de interesse público excepcional. II. ¿
Precedentes do Supremo Tribunal Federal: ADI 1.500/ES, 2.229/ES e 1.219/PB, Ministro Carlos
Velloso; ADI 2.125-MC/DF e 890/DF, Ministro Maurício Corrêa; ADI 2.380-MC/DF, Ministro Moreira
Alves; ADI 2.987/SC, Ministro Sepúlveda Pertence. III. ¿ A lei referida no inciso IX do art. 37, C.F.,
deverá estabelecer os casos de contratação temporária. No caso, as leis impugnadas instituem
hipóteses abrangentes e genéricas de contratação temporária, não especificando a contingência
fática que evidenciaria a situação de emergência, atribuindo ao chefe do Poder interessado na
contratação estabelecer os casos de contratação: inconstitucionalidade. IV. ¿ Ação direta de
inconstitucionalidade julgada procedente (ADI 3.210/PR, STF ¿ Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos
Velloso, DJ 03.12.2004, p. 12) (grifo nosso).
Compulsando os autos, verifica-se que a presente demanda merece prosperar, uma vez que a
documentação apresentada pelo Requerente instrui o feito, de maneira adequada e conforme os ditames
legais.
Vale ressaltar que, em sede de contestação, o município fez diversas alegações questionando todos os
pedidos da inicial, contudo sem provar suas considerações, juntando tão somente folhas financeiras as
quais ratificam o demandado pela autora.
Além disso, mesmo após a réplica da autora, a qual suscitou a timidez probatória do município, este
quedou-se inerte ao ser intimado no sentido de produzir provas.
Assim, e sem mais delongas, restando comprovada a existência do direito alegado notadamente em razão
da documentação acostada, em outro sentido não se poderia concluir, senão naquele que converge para a
procedência parcial do pedido formulado pelo Requerente.
696
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
A Constituição federal em seu art.39, §3º amplifica os direitos a todos os servidores independente do
cargo ocupado, bem como do regime de contratação.
Neste sentido a Corte Suprema foi provocada a decidir sobre os aspectos ensejadores de nulidade de
contratos administrativos, com a finalidade de contratação de pessoal temporário, bem como a delimitação
de direitos, ao ser declarado tal ato nulo.
Na referida decisão o STF por maioria considerou o voto do Ministro Alexandre de Moraes, no qual ficou
clara a impossibilidade de recebimento de férias e décimo terceiro proporcionais.
c) Nos casos de renovação ou prorrogação da contratação do servidor, quando admitido para atender á
necessidade temporária e excepcional da administração pública.
No presente caso o contrato administrativo fora produzido nos termos da Lei Municipal nº 4745/94, a qual
dispõe sobre a contratação de pessoal em caráter temporário e dá outras providências.
Por fim, subentende-se que ocorreu prorrogação do contrato temporário, vez que o primeiro tem prazo de
término no mês de dezembro de 2017, havendo novo contrato no ano de 2018.
III ¿ DISPOSITIVO
a) A realizar pagamento a Sra. MARIA ELIANA AMARAL SILVA DA COSTAM no que concerne ao décimo
salário proporcional de 2017, bem como férias e décimo terceiro proporcionais do ano de 2018, com à
devida correção monetária e juros moratórios, pelo índice aplicado à caderneta de poupança (máximo 6%
ao ano), nos termos do que dispõe o artigo 1-F da Lei n° 9.494/97, com a nova redação conferida pela Lei
n° 11.960, de 29/06/2009.
b) Deixo de condenar o Réu ao pagamento de custas processuais, ante a isenção legal, porém condeno
ao pagamento dos honorários advocatícios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação.
697
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
P.R.I
Juiz de Direito
para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e dou fé. Igarapé-Miri/PA, 23 de novembro
de 2021 JEFFERSON VIEIRA DA SILVAÂ Diretor de Secretaria PROCESSO: 00031093320168140022
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ARNALDO JOSE
PEDROSA GOMES A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 26/11/2021
DENUNCIADO:JORGEVAL PEREIRA Representante(s): OAB 5791 - MANOEL DE JESUS LOBATO
XAVIER (ADVOGADO) VITIMA:A. C. O. E. . ESTADO DO PARÃ PODER JUDICIÃRIO COMARCA DE
IGARAPà VARA ÃNICA Processo nº 0003109-33.2016.8.14.0022 Classe: Ação Penal.  Â
SENTENÃA          O Ministério Público Estadual, no uso de suas atribuições legais e
constitucionais, ofertou a exordial acusatória contra JORGEVAL PEREIRA, atribuindo-lhe, em tese, a
conduta descrita no art. 16, parágrafo único, IV da Lei 10.826/2003.          Consta da
peça acusatória, elaborada com base nas informações colhidas no inquérito policial, que, no dia
30.04.2016, por volta das 09h, policiais militares em ronda nesta cidade, receberam informações de
populares de que na Rua Sarara, Bairro Cinco Bocas, havia um indivÃ-duo andando em via pública
andando em via pública com uma arma fogo tipo revólver, ao averiguar a notÃ-cia crime, encontraram o
acusado Jorgeval Pereira, portando uma arma de fogo do tipo revólver, calibre 38, com numeração
suprimida, municiada com três cápsulas.          Na delegacia de polÃ-cia foram ouvidos,
além do condutor (EVANILDO OLIVEIRA DA SILVA) e das testemunhas: PEDRO DE SOUZA
MESQUITA JÃNIOR e MAX ANDRÃ DA CONCEIÃÃO BENTES, o acusado, em cujo depoimento
confirmara que estava com a arma, embora esta não tivesse registro nem ele (o acusado) tivesse
autorização para uso.          Auto de apresentação e apreensão á fl. 25 e Exame de
Eficiência á fl. 26.          Relatório da autoridade policial á fls. 34/35.         Â
Em 16 de junho de 2016, foi recebida a denúncia (fl. 04) iniciando-se o primeiro marco interruptivo da
prescrição da pretensão punitiva estatal.          Resposta à acusação à s fls. 09/12.Â
         Audiência Una Criminal realizada às fls. 19/20, oportunidade na qual foram ouvidas
as testemunhas arroladas na denúncia: EVANILDO OLIVEIRA DA SILVA e das testemunhas: PEDRO DE
SOUZA MESQUITA JÃNIOR e MAX ANDRÃ DA CONCEIÃÃO BENTES e da testemunha de defesa RUI
GUILHERME VIEIRA AIRES, bem como foi realizado o interrogatório do réu, o qual confessou a
prática do delito.          Alegações finais do Ministério Público apresentou
alegações finais em audiência, reiterando in totum o sustentado na exordial acusatória e requerendo
a condenação do acusado nas penas do artigo 16, parágrafo único, IV da Lei 10.826/2003.    Â
     Ãs fls. 45/48 constam alegações finais da defesa, pugnando pela absolvição do acusado,
e, alternativamente, pela desclassificação do crime do artigo 16, parágrafo único, IV da Lei
10.826/2003 para o crime do artigo 14 da referida lei, requereu, ainda, o uso das atenuantes cabÃ-veis e a
substituição da pena privativa de liberdade.          Era o que cabia relatar.       Â
  Tudo bem visto e ponderado, passo a fundamentar a decisão.          Ao acusado
JORGEVAL PEREIRA, já qualificado nos autos, é imputada a conduta tipificada na peça vestibular
acusatória, prevista no art. 16, parágrafo único, IV da Lei 10.826/2003.          Com efeito,
o deslinde da presente causa, como de resto as demais, reside nas respostas aos seguintes
questionamentos, quais sejam: i) o crime efetivamente existiu (materialidade delitiva)?; ii) o ora acusado
é autor do crime descrito nos autos (autoria criminosa)?          Pois bem. Se assim o é,
não há como negar que a materialidade delitiva (i) encontra-se devidamente comprovada, notadamente
em razão do Auto de apresentação e apreensão à fl. 25 do inquérito, que demonstra as
caracterÃ-sticas da arma de fogo apreendida em favor do réu, bem como do Exame de Eficiência da
arma de fogo ás fl. 26.          No que atine à autoria delitiva deve ser levada em
consideração todo o lastro probatório produzidos nos autos, especialmente os depoimentos das
testemunhas de acusação e do interrogatório do réu, colhidos quando das audiências de
instrução e julgamento.          As duas testemunhas de acusação ouvida em juÃ-zo, o
condutor EVANILDO OLIVEIRA DA SILVA e das testemunhas: PEDRO DE SOUZA MESQUITA JÃNIOR e
MAX ANDRÃ DA CONCEIÃÃO BENTES, afirmaram que fizeram a abordagem no acusado, onde
encontraram o acusado Jorgeval Pereira, portando uma arma de fogo do tipo revólver, calibre 38, com
numeração suprimida, municiada com três cápsulas.          O acusado, ao ser
interrogado na audiência una criminal, afirmou categoricamente que os fatos narrados na exordial são
verdadeiros, bem como que não tinha porte e que estava portando uma arma de fogo do tipo revólver,
calibre 38, com numeração suprimida, municiada com três cápsulas, portanto confessando a autoria
delitiva.          Ressalte-se, ademais, e apenas para que não pairem quaisquer dúvidas,
que, muito embora efetivamente não possa o magistrado decidir com base nos depoimentos prestados
pela autoridade policial que participou das investigações, é forçoso concluir que a sua análise em
conjunto com os demais elementos dos autos é medida mais que acertada para se chegar Ã
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condenação ou absolvição, impedindo desta forma, que o só exercÃ-cio da função implique
suspeição ou desclassifique o sujeito.          Somado ao depoimento prestado em juÃ-zo
pelas testemunhas de acusação, está a prova documental carreada aos autos, notadamente o Auto de
Apreensão que atesta a natureza e eficiência da arma apreendida com o ora acusado.        Â
 Quanto à possibilidade de consideração do depoimento policial como fonte de prova para
formação do convencimento do magistrado, segue jurisprudência abaixo colacionada, litteris: PENAL.
DESCAMINHO. PRINCÃPIO DA INSIGNIFICÃNCIA. FRACIONAMENTO DA ILUSÃO TRIBUTÃRIA.
IMPOSSIBILIDADE. TRÃFICO INTERNACIONAL DE ENTORPECENTES. ARTIGO 33, CAPUT, DA LEI
N.º 11.343/06. AUTORIA. MATERIALIDADE. COMPROVADAS. PRISÃO EM FLAGRANTE.
PRESUNÃÃO DE CULPABILIDADE. DEPOIMENTO DE AGENTE POLICIAL. VALOR PROBANTE.
ASSOCIAÃÃO PARA O TRÃFICO DE DROGAS. ARTIGO 35, CAPUT, DA LEI N.º 11.343/06.
ABSOLVIÃÃO. DOSIMETRIA. PENAS. REDUÃÃO. QUANTIDADE DE DROGA. MAJORANTES DO
ARTIGO 40. TRANSNACIONALIDADE. INTERESTADUALIDADE. MINORANTE DO ART. 33, § 4º, DA
LEI Nº 11.343/06. CRITÃRIOS PARA APLICAÃÃO. [...] 5. Com a prisão em flagrante do réu, há uma
presunção relativa acerca da autoria do fato, incumbindo à defesa, a teor da regra do artigo 156 do
Código de Processo Penal, produzir as provas tendentes a demonstrar a sua inocência e a
inverossimilhança da tese acusatória. 6. Da mesma forma que incumbe à acusação provar a
existência do fato e demonstrar sua autoria, assim como o elemento subjetivo, é ônus da defesa, a
teor do artigo 156, 1ª parte, do CPP, certificar a verossimilhança das teses invocadas em seu favor. A
técnica genérica de negativa de autoria dissociada do contexto probatório não tem o condão de
repelir a sentença condenatória. 7. O depoimento do agente policial deve ser aceito como subsÃ-dio de
persuasão do juÃ-zo, já que o exercÃ-cio da função, por si só, não desqualifica, nem torna suspeito
seu titular. [...] 9. Em se tratando de tráfico de drogas, a expressiva quantidade e a o elevado grau de
potencialidade lesiva do narcótico apreendido autoriza o agravamento da pena-base. [...] (Apelação
Criminal nº 2008.70.05.000916-4/PR, 8ª Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Guilherme Beltrami, J.
24.02.2010, unânime, de 03.03.2010) (Grifou-se).          Frise-se, ademais, que o réu fora
preso em flagrante, devidamente homologado por este juÃ-zo, em ação policial desenvolvida
estritamente dentro dos limites da legalidade, fato que, por si só, tem presunção relativa acerca da
autoria do fato, cabendo à defesa provar a inocência daquele.          Portanto, restando
devidamente comprovada a prática do delito, seja pela documentação constante dos autos
(especialmente o Auto de Apreensão), seja pelo depoimento das testemunhas e pela confissão do
acusado, em outro sentido não se poderia concluir senão naquele que converge para a procedência
da presente ação penal.          Decido.          Ante o exposto e por tudo
mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na denúncia, para o fim de
CONDENAR BRUNO LOBATO BARBOSA, anteriormente qualificado, como incurso nas penas do art. 16,
parágrafo único, IV da Lei 10.826/2003, razão pela qual passo a dosar as respectivas penas a serem
aplicadas, em estrita observância ao disposto pelo art. 68, caput, do Código Penal c/c art. 5º, XLVI, da
Constituição Federal. DA FIXAÃÃO DA PENA BASE          Em análise das diretrizes
traçadas pelo art. 59, do Código Penal1, verifica-se: a)     O réu agiu com culpabilidade normal
à espécie, sendo sua conduta reprovável por sua própria natureza, a qual foi devidamente
comprovada nos autos, a qual é absolutamente reprovável pela sociedade na qual está inserido, tendo
a se valorar; b)     Quanto aos antecedentes criminais do acusado, não há nos autos, ou em
quaisquer bancos de dados, a notÃ-cia de já ter sido o acusado condenado, com sentença judicial
transitado em julgado, pela prática de qualquer outro delito de natureza penal, razão porque não há
que se falar na existência de registros em seus antecedentes criminais. Importa frisar, neste ponto, que o
posicionamento adotado por este juÃ-zo, apoiado no entendimento majoritário do E. Superior Tribunal de
Justiça, é o de que inquéritos policiais ou processos em andamento não propiciam a
caracterização de maus antecedentes, forte no princÃ-pio da não-culpabilidade, gravado no artigo 5º,
LVII, da Constituição Federal e Súmula 444 do STJ.4 c)     Quanto à sua conduta social, pouco
se pode dizer diante dos elementos probatórios colhidos nos autos. d)     No que atine à sua
personalidade, pouco se poder dizer diante dos dados colhidos nos autos que nada ou quase nada
refletem de tal instituto; e)Â Â Â Â Â Quanto aos motivos que levaram o acusado a cometer o delito,
também não há muito que se valorar, uma vez que a única fonte de informação quanto a tal
circunstância judicial reside no depoimento pessoal daquele, que, teria portado arma. f)     Já
quanto às circunstâncias do crime, compreendidas como aquelas que ¿apesar de não especificadas
em nenhum texto legal, podem, de acordo com uma avaliação discricionária do juiz, acarretar uma
diminuição ou aumento de pena¿2, há que se dizer que o acusado fora capturado em conduta sem
sombra de dúvidas flagrante, tendo sido encontrada a arma de fogo em seu poder; g)     No que
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atine às consequências do crime, deve ser levada em conta sua natureza, razão pela qual se ressaltam
todas as mazelas que o porte ilegal de arma de fogo causa, inevitavelmente, Ã sociedade de um modo
geral, que se torna, mesmo que indiretamente, vÃ-tima de delito; h)Â Â Â Â Â Deixo de valorar o
comportamento da vÃ-tima, tendo em vista que, in casu, trata-se do próprio Estado;         Â
Diante de tais circunstâncias, analisadas individualmente, é que fixo a pena base em 03 (três) anos e
06 (seis) meses de reclusão e pagamento de 30 dias-multas, cada um equivalente a um trigésimo do
valor do salário mÃ-nimo vigente, em observância ao disposto no art. 60, do Código Penal. DAS
CIRCUNSTÃNCIAS ATENUANTES E AGRAVANTES (ARTIGOS 61 A 66 DO CÃDIGO PENAL) Â Â Â Â Â
    No que tange à segunda fase da dosimetria legal, é possÃ-vel verificar a existência de uma
circunstância atenuante que é a atenuante da confissão espontânea, nos termos do artigo 65,III,d do
Código Penal, tendo em vista que o réu confessou a autoria delitiva perante a autoridade policial (fl. 06)
e perante este juÃ-zo (fl. 19/20).          Diante disso, atenuando 1/6 (um sexto) da sanção,
fixo a pena intermediária em 02 (dois) anos e 11 (onze) meses de reclusão e pagamento de 25 dias-
multas. DAS CAUSAS DE DIMINUIÃÃO E AUMENTO DE PENA          Na última das fases
de dosimetria da pena, importa esclarecer que inexistem quaisquer causas de diminuição ou aumento
de pena, razão pela qual fica o réu, em definitivo, condenado ao cumprimento da pena de 02 (dois)
anos e 11 (onze) meses de reclusão e pagamento de 25 dias-multas. DO REGIME DE
CUMPRIMENTO DA PENA          Considerando o disposto no art. 33, §2º, alÃ-nea C e
§3º todos do Código Penal3, bem como levando em conta que não há qualquer fundamentação
idônea que imponha um regime inicial de cumprimento de pena mais gravoso, deverá o réu iniciar o
cumprimento da pena em regime aberto.  Considerando a inexistência de casas de albergado ou outro
estabelecimento adequado para os efeitos do disposto no art. 33, § 1º, ¿c¿, do Código de Processo
Penal, deverá o condenado cumprir a pena em prisão domiciliar, conforme entendimento do E. STJ4.Â
CONSIDERAÃÃES GERAIS          *Da Desnecessidade da prisão cautelar a)    Â
Considerando que a atual sistemática processual extirpou de nosso ordenamento jurÃ-dico a prisão
automática decorrente de sentença penal condenatória recorrÃ-vel, há que se frisar, neste momento, a
permanência ou não dos requisitos previstos nos artigos 312 e 313, do Código de Processo Penal e
que autorizam a prisão preventiva do condenado.          Com efeito, após bem compulsar
os autos, verifica-se que inexistem quaisquer das circunstâncias autorizadoras da prisão preventiva do
ora condenado. Em verdade, conquanto haja prova da autoria e materialidade delitiva, sua liberdade não
implicaria desordem pública ou mesmo impediria a aplicação de lei penal. Ademais, já se tendo
findado a instrução criminal, a liberdade do acusado não é outra coisa senão clara observância
dos princÃ-pios da legalidade, razoabilidade e proporcionalidade.          Assim, não há que
se falar em necessidade de decretação de sua prisão provisória. b)     Condeno, ainda, o
réu ao pagamento das custas judiciais.          *Da Impossibilidade de Suspensão
Condicional da Pena c)     Considerando a possibilidade e cabimento da substituição da pena
privativa de liberdade aplicada ao condenado por restritiva de direito, deixo de conceder-lhe o benefÃ-cio
da suspensão condicional da pena (sursis), conforme artigo 77, III5, do Código Penal. *Da
Substituição da Pena Privativa de Liberdade por Restritiva de Direitos d)     Como é cediço, o
benefÃ-cio da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos reclama, para sua
concessão, a presença cumulativa dos requisitos constantes do art. 44, do Código Penal, quais sejam:
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos se o crime não for cometido com
violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; II -
o réu não for reincidente em crime doloso; III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa
substituição seja suficiente.             Com efeito, in casu, considerando a natureza e a
forma como o crime foi praticado, o fato de não ser o ora acusado reincidente em crime doloso, bem
como de as circunstâncias judiciais lhe serem favoráveis, SUBSTITUO a pena privativa de liberdade por
02 (duas) restritivas de direito, nos termos do parágrafo 2º, do art. 44, do Código Penal6.      Â
      Destarte, fixo as seguintes penas restritivas de direito, a serem cumpridas, no que for
compatÃ-vel, pelo mesmo prazo estabelecido para a privativa de liberdade, é dizer, 02 (dois) anos e 11
(onze) meses de reclusão (art. 55, do Código Penal7), obedecido o disposto no artigo 46, §4º, do
Código Penal8: i)     PRESTAÃÃO DE SERVIÃOS à COMUNIDADE: o acusado deverá cumprir a
pena no Posto de Saúde, de maneira que a atividade a ser realizada seja aquela designada pela própria
administração do Posto de Saúde, que, por sua vez, fica obrigada a enviar ao juÃ-zo, mensalmente,
relatório das atividades daquele, a fim de que se acompanhe o cumprimento da pena.         Â
Oficie-se à Secretaria Municipal de Assistência Social para tomar ciência da presente decisão, bem
como para gerir e supervisionar o relatório de atividades do condenado.          Ressalte-se
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que a referida pena restritiva de direitos deve ser cumprida na carga horária de 8 (oito) horas semanais,
nos termos do artigo 149, parágrafo 1º da Lei 7210/84 (Lei de Execuções Penais). ii) PRESTAÃÃO
PECUNIÃRIA: o acusado fica obrigado ao pagamento de um salário mÃ-nimo (R$ 1.100,00 - UM MIL
CEM reais) a ser revertido em favor do Fundo da Criança e adolescente do MunÃ-cipio de Igarapé-Miri.
e)     Considerando, que o crime cometido não tem repercussão patrimonial, deixo de fixar o
valor mÃ-nimo para indenização cÃ-vel, previsto no art. 387, IV, do Código de Processo Penal9.Â
DISPOSIÃÃES FINAIS          Oportunamente, após o trânsito em julgado desta sentença,
tomem-se as seguintes providências: a)     Lance-se o nome do réu no rol dos culpados; b)  Â
  Proceda-se ao recolhimento do valor atribuÃ-do a tÃ-tulo de pena de multa, conforme art. 686, do
Código de Processo Penal10; c)     Expeça-se a carta de execução do réu; d)    Â
Oficie-se ao Tribunal Regional Eleitoral deste Estado, comunicando a condenação do réu, com sua
devida identificação, acompanhada de fotocópia da presente decisão, para cumprimento do quanto
disposto nos arts. 71, § 2º, do Código Eleitoral c/c 15, III, da Constituição Federal.  Notifique-se o
Ministério Público.          Comunique-se o ofendido acerca do inteiro teor desta sentença,
nos termos do artigo 201§2º, do Código de Processo Penal.          Publique-se a presente
sentença do Diário de Justiça Eletrônico.          Registre-se. Intimem-se. Igarapé (PA),
26 de novembro de 2021. ARNALDO JOSà PEDROSA GOMES Juiz de Direito. 1 O juiz, atendendo Ã
culpabilidade, aos antecedentes, Ã conduta social, Ã personalidade do agente, aos motivos, Ã s
circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vÃ-tima, estabelecerá,
conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 2 Idem, p. 142. 4.
SUM. 444 STJ. à vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar
a pena base. 3 4 STJ-062266) HABEAS CORPUS. EXECUÃÃO PENAL. PROGRESSÃO PARA O
REGIME PRISIONAL ABERTO. INEXISTÃNCIA DE VAGA EM ESTABELECIMENTO PRISIONAL
ADEQUADO. DESVIO DE FINALIDADE DA PRETENSÃO EXECUTÃRIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
EVIDENCIADO. ORDEM CONCEDIDA. 1. Configura constrangimento ilegal ao jus libertatis, sanável pela
via do habeas corpus, o cumprimento de pena em condições mais rigorosas que as estabelecidas pelo
juÃ-zo sentenciante ou pelo juÃ-zo das execuções penais. 2. à dever do Poder Público promover a
efetividade da resposta penal, na dupla perspectiva da prevenção geral e especial; entretanto, não se
podem exceder os limites impostos ao cumprimento da condenação, sob pena de desvio da finalidade
da pretensão executória. 3. Inexistindo vaga em casa de albergado, mostra-se possÃ-vel, em caráter
excepcional, permitir ao sentenciado, a quem se determinou o cumprimento da reprimenda em regime
aberto, o direito de recolher-se em prisão domiciliar. Precedentes: STF - HC 95.334/RS, Rel. p/
Acórdão Min. Marco Aurélio; STJ - REsp 1.112.990/RS, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima; STJ - HC
97.940/RS, Rel. Min. Laurita Vaz; STJ - RHC 12.470/SP, Rel. Min. Laurita Vaz. 4. Habeas Corpus
concedido para restabelecer a decisão do JuÃ-zo das Execuções que determinou o cumprimento da
pena em regime domiciliar, até a eventual instalação de albergue na Comarca Caxias do Sul/RS.
(Habeas Corpus nº 162055/RS (2010/0023958-2), 5ª Turma do STJ, Rel. Laurita Vaz. j. 20.05.2010,
unânime, DJe 14.06.2010). 5 A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois)
anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: III - não seja indicada ou cabÃ-vel
a substituição prevista no art. 44 deste Código 6 § 2º Na condenação igual ou inferior a um
ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano,
a pena privativa de liberdade pode ser substituÃ-da por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas
restritivas de direitos. 7 As penas restritivas de direitos referidas nos incisos III, IV, V e VI do art. 43 terão
a mesma duração da pena privativa de liberdade substituÃ-da, ressalvado o disposto no § 4º do art.
46. 8 Se a pena substituÃ-da for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva
em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. 9 O juiz, ao
proferir sentença condenatória: IV - fixará valor mÃ-nimo para reparação dos danos causados pela
infração, considerando os prejuÃ-zos sofridos pelo ofendido; 10 A pena de multa será paga dentro em
10 (dez) dias após haver transitado em julgado a sentença que a impuser. Gabinete do Juiz de Direito
Arnaldo José Pedrosa Gomes PROCESSO: 00040314520148140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Medidas
Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 26/11/2021 VITIMA:S. P. L. ACUSADO:JOAO
CARLOS LOBATO FORTES REQUERENTE:DELEGACIA DE POLICIA CIVIL DE IGARAPE MIRI.
CERTIDÃO CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim conferidas por Lei, que tramitam no JuÃ-zo
da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, SEM SIGILO E
PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com ____ fls., devidamente rubricadas e numeradas. Este
processo não possui apensos, mÃ-dias ou qualquer avaria que não possa seguir sua tramitação.
Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos itens obrigatórios, de acordo com CHECK LIST
703
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de Digitalização, estando os presentes autos em regularidade
para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e dou fé. Igarapé-Miri/PA, 23 de novembro
de 2021 JEFFERSON VIEIRA DA SILVAÂ Diretor de Secretaria PROCESSO: 00057034920188140022
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA
SILVA A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 26/11/2021 VITIMA:F. M. P.
ACUSADO:JOSEMAR ANDRADE DA SILVA REQUERENTE:DELEGACIA DE POLICIA CIVIL DE
IGARAPE MIRI. CERTIDÃO CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim conferidas por Lei, que
tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, SEM
SIGILO E PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com ____ fls., devidamente rubricadas e numeradas.
Este processo não possui apensos, mÃ-dias ou qualquer avaria que não possa seguir sua
tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos itens obrigatórios, de acordo com CHECK
LIST apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de Digitalização, estando os presentes autos em
regularidade para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e dou fé. Igarapé-Miri/PA, 23 de
novembro de 2021 JEFFERSON VIEIRA DA SILVAÂ Diretor de Secretaria PROCESSO:
00059749220178140022 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em:
26/11/2021 ACUSADO:ULISSES JOSE PENA MACHADO VITIMA:A. G. S. REQUERENTE:DELEGACIA
DE POLICIA CIVIL DE IGARAPE MIRI. CERTIDÃO CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim
conferidas por Lei, que tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do
processo em epÃ-grafe, SEM SIGILO E PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com ____ fls.,
devidamente rubricadas e numeradas. Este processo não possui apensos, mÃ-dias ou qualquer avaria
que não possa seguir sua tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos itens
obrigatórios, de acordo com CHECK LIST apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de Digitalização,
estando os presentes autos em regularidade para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e
dou fé. Igarapé-Miri/PA, 23 de novembro de 2021 JEFFERSON VIEIRA DA SILVA Diretor de
Secretaria PROCESSO: 00071986520178140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o: Auto
de Prisão em Flagrante em: 26/11/2021 DENUNCIADO:A. C. O. E. DENUNCIADO:LUCAS VIEIRA
MONTEIRO Representante(s): OAB 8020 - DENILZA DE SOUZA TEIXEIRA (ADVOGADO) . ESTADO DO
PARà PODER JUDICIÃRIO COMARCA DE IGARAPÃ-MIRI VARA ÃNICA Processo nº 0007198-
65.2017.8.14.0022. Classe: Ação Penal.  SENTENÃA          O Ministério Público
Estadual, no uso de suas atribuições legais e constitucionais, ofertou a exordial acusatória em face de
LUCAS VIEIRA MONTEIRO, atribuindo-lhe, em tese, a conduta descrita no art. 180, §6º, do CPB.
(receptação)          Consta da peça acusatória, elaborada com base nas informações
colhidas no inquérito policial, resumidamente, que, no dia 12.08.2017, por volta 22h30min., o denunciado
Lucas Vieira Monteiro, dolosamente, conduzia em via pública, qual seja Rua 07 de Setembro, neste
municÃ-pio, em proveito próprio produto que sabia ser de crime patrimonial de roubo, qual seja, 01 (um)
veÃ-culo Honda NXR 150, cor vermelha, sem placa, Chassi 9C2KD0510AR026579, de propriedade de
Estado de Agricultura.          Auto de apreensão e apresentação á fl. 13.      Â
   Em 12/09/2017 foi recebida a denúncia (fls. 06/06V), iniciando-se, pois, o primeiro marco
interruptivo da prescrição da pretensão punitiva estatal.          Citado (fl. 13), o acusado
apresentou resposta à acusação às fls. 14-17.          Audiência de instrução e
julgamento às fls. 41/42, oportunidade na qual foram ouvidas as testemunhas de acusação Srs.
Charles dos Reis Silva e Manoel Lobato dos Santos Júnior, não houve o interrogatório do acusado em
virtude de sua ausência injustificada, razão pela qual fora decretada sua revelia.         Â
Alegações finais do Ministério Público às fls. 69/70, pugnando pela procedência integral do pedido
e pugnando pela condenação do acusado nas penas do artigo 180, §6º, do CP. (receptação)  Â
       Alegações finais da defesa às fls. 71/74, pugnando pela absolvição do acusado, com
a aplicação da pena base no mÃ-nimo legal, requereu, ainda, a suspensão condicional da pena, nos
termos do art. 77, do CP. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Vieram os autos conclusos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Era o que
cabia relatar.          Tudo bem visto e ponderado, passo a fundamentar a decisão.     Â
    Ao acusado LUCAS VIEIRA MONTEIRO, já qualificado nos autos, é imputada a conduta
tipificada na peça vestibular acusatória, prevista no art. 180, §6º, do CP. (receptação)      Â
   Com efeito, o deslinde da presente causa, como de resto as demais, reside nas respostas aos
seguintes questionamentos, quais sejam: i) o crime efetivamente existiu (materialidade delitiva)?; ii) o ora
acusado é autor do crime descrito nos autos (autoria criminosa)?          Pois bem. Se
assim o é, não há como negar que a materialidade delitiva (i) encontra-se devidamente comprovada,
notadamente em razão do Auto de apreensão e apresentação á fl. 13 do IPL, que comprova que
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fora encontrado em poder do acusado uma motocicleta Honda/NXR 150 BROS MIX ESD, cor vermelha,
sem placa, Chassi 9C2KD0510AR026579, patrimônio nº 18891.          No que atine Ã
autoria delitiva deve ser levada em consideração todo o lastro probatório produzidos nos autos,
especialmente o depoimento das testemunhas de acusação ouvidas em juÃ-zo, policial responsável
pela prisão em flagrante do acusado, que afirmaram categoricamente que o acusado adquiriu uma
motocicleta Honda/NXR 150 BROS MIX ESD, cor vermelha, sem placa, Chassi 9C2KD0510AR026579,
patrimônio nº 18891.          Em seu depoimento perante a autoridade policial, o acusado
declarou não ter ciência de que o objeto era produto de crime (fls. 05IPL).          Quanto Ã
possibilidade de consideração do depoimento policial como fonte de prova para formação do
convencimento do magistrado, segue jurisprudência abaixo colacionada, litteris: PENAL. DESCAMINHO.
PRINCÃPIO DA INSIGNIFICÃNCIA. FRACIONAMENTO DA ILUSÃO TRIBUTÃRIA. IMPOSSIBILIDADE.
TRÃFICO INTERNACIONAL DE ENTORPECENTES. ARTIGO 33, CAPUT, DA LEI N.º 11.343/06.
AUTORIA. MATERIALIDADE. COMPROVADAS. PRISÃO EM FLAGRANTE. PRESUNÃÃO DE
CULPABILIDADE. DEPOIMENTO DE AGENTE POLICIAL. VALOR PROBANTE. ASSOCIAÃÃO PARA O
TRÃFICO DE DROGAS. ARTIGO 35, CAPUT, DA LEI N.º 11.343/06. ABSOLVIÃÃO. DOSIMETRIA.
PENAS. REDUÃÃO. QUANTIDADE DE DROGA. MAJORANTES DO ARTIGO 40.
TRANSNACIONALIDADE. INTERESTADUALIDADE. MINORANTE DO ART. 33, § 4º, DA LEI Nº
11.343/06. CRITÃRIOS PARA APLICAÃÃO. [...] 5. Com a prisão em flagrante do réu, há uma
presunção relativa acerca da autoria do fato, incumbindo à defesa, a teor da regra do artigo 156 do
Código de Processo Penal, produzir as provas tendentes a demonstrar a sua inocência e a
inverossimilhança da tese acusatória. 6. Da mesma forma que incumbe à acusação provar a
existência do fato e demonstrar sua autoria, assim como o elemento subjetivo, é ônus da defesa, a
teor do artigo 156, 1ª parte, do CPP, certificar a verossimilhança das teses invocadas em seu favor. A
técnica genérica de negativa de autoria dissociada do contexto probatório não tem o condão de
repelir a sentença condenatória. 7. O depoimento do agente policial deve ser aceito como subsÃ-dio de
persuasão do juÃ-zo, já que o exercÃ-cio da função, por si só, não desqualifica, nem torna suspeito
seu titular. [...] 9. Em se tratando de tráfico de drogas, a expressiva quantidade e a o elevado grau de
potencialidade lesiva do narcótico apreendido autoriza o agravamento da pena-base. [...] (Apelação
Criminal nº 2008.70.05.000916-4/PR, 8ª Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Guilherme Beltrami, J.
24.02.2010, unânime, de 03.03.2010) (Grifou-se).          Portanto, restando devidamente
comprovada a prática do delito, seja pela documentação constante dos autos, seja pelo depoimento
das testemunhas de acusação, em outro sentido não se poderia concluir senão naquele que
converge para a procedência da presente ação penal.          Decido.         Â
Ante o exposto, e por tudo mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na
denúncia, para o fim de CONDENAR LUCAS VIEIRA MONTEIRO, anteriormente qualificado, como
incurso nas penas do artigo 180, §6º do CP, razão pela qual passo a dosar as respectivas penas a
serem aplicadas, em estrita observância ao disposto pelo art. 68, caput, do Código Penal c/c art. 5º,
XLVI, da Constituição Federal. DA FIXAÃÃO DA PENA BASE          Em análise das
diretrizes traçadas pelo art. 59, do Código Penal1, verifica-se: O réu agiu com culpabilidade normal Ã
espécie, sendo sua conduta reprovável por sua própria natureza, tendo a se valorar, pois a motocicleta
roubada, seria patrimônio da Secretaria de Estado de Agricultura, a qual é responsável por propiciar ao
setor rural deste MunicÃ-pio o desenvolvimento integrado, buscando agregar valores, visando diminuir as
diferenças econômicas, com programas institucionais, entre outros e, em virtude do fato ocorrido trouxe
prejuÃ-zo em relação ao cumprimento de atos relacionados ao trabalho, em razão da ausência da
motocicleta, que fora objeto de roubo; a)     Não há nos autos, ou em quaisquer bancos de
dados, a notÃ-cia de já ter sido o acusado condenado, com sentença judicial transitada em julgado, pela
prática de qualquer outro delito de natureza penal, razão por que não há que se falar na existência
de registros em seus antecedentes criminais. Importa frisar, neste ponto, que o posicionamento adotado
por este juÃ-zo, apoiado na Súmula 444 do E. Superior Tribunal de Justiça2, é o de que inquéritos
policiais ou processos em andamento não propiciam a caracterização de maus antecedentes, forte no
princÃ-pio da não-culpabilidade, gravado no art. 5º, LVII, da Constituição Federal; b)    Â
Quanto à sua conduta social, entendida esta como ¿o comportamento do agente perante a
sociedade¿3, nada há a valorar nos autos. c)     No que atine à sua personalidade, pouco se
pode dizer diante dos dados colhidos nos autos que nada ou quase nada refletem de tal instituto; d)Â Â Â
  Quanto aos motivos que levaram o acusado a cometer o delito, também não há muito que se
valorar, uma vez que a única fonte de informação quanto a tal circunstância judicial reside no
depoimento pessoal daquele que, adquiriu tal veÃ-culo sem saber que era produto de crime; e)Â Â Â Â Â
Já quanto às circunstâncias do crime, compreendidas como aquelas que ¿apesar de não
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especificadas em nenhum texto legal, podem, de acordo com uma avaliação discricionária do juiz,
acarretar uma diminuição ou aumento de pena¿4, há que se dizer que o acusado fora capturado em
situação de flagrante delito, portanto mais uma circunstância judicial desfavorável ao réu; f)  Â
  No que atine às consequências do crime, deve ser levada em conta sua natureza, razão pela qual
se ressaltam todas as mazelas que crime de receptação, causa, inevitavelmente, à sociedade de um
modo geral, mas principalmente ao proprietário ou possuidor do objeto da receptação, pois se tratava
de patrimônio da Secretaria de Estado de Agricultura.     h) Por fim, quanto ao comportamento da
vÃ-tima, nada há a valorar, tendo em vista que a vÃ-tima se trata do próprio Estado.         Â
Diante de tais circunstâncias, analisadas individualmente, é que fixo a pena base em 02 (dois) anos e
06 (meses) meses de reclusão. DAS CIRCUNSTÃNCIAS ATENUANTES E AGRAVANTES (ARTIGOS
61 A 66 DO CÃDIGO PENAL) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Na segunda fase da dosimetria legal, verifica-se a
existência de circunstância agravante prevista nos artigos 61 e 62 do CP. Presente, todavia, a
qualificadora prevista no artigo 180, §6º do CPB, ou seja, pois trata-se de patrimônio da Secretaria de
Estado de Agricultura, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim,
agravando a pena em virtude do §6º, do artigo 180, do CPB, fixo a pena intermediária em 01 (um) ano
de reclusão. DAS CAUSAS DE DIMINUIÃÃO E AUMENTO DE PENA          Na última das
fases da dosimetria da pena, verifica-se a existência da causa de aumento de pena, em razão da
qualificadora prevista no art. 180, §6º, do CPB.          Diante disso, fica o réu, em
definitivo, condenado ao cumprimento da pena de 03 (três) anos e 6 (seis) meses de reclusão e
pagamento de 40 (quarenta) dias-multas, cada qual equivalente a 1/30 do salário mÃ-nimo vigente á
época do fato, nos termos do artigo 60 e 49, §1º do CP. DO REGIME DE CUMPRIMENTO DA PENA
         Com o advento da Lei 12.736/2012, o juiz, ao fixar o regime inicial de cumprimento de
pena, deverá aplicar o instituto da detração penal, ou seja, deverá levar em consideração o tempo
de prisão ou internação provisória quando for fixar o regime inicial de cumprimento de pena.    Â
     Diante disso, tendo o acusado sido preso em flagrante no dia 12.08.2017 e liberado cerca de
três meses depois em liberdade provisória, deve ser observado o prazo de prisão provisória para fins
de fixação do regime inicial de cumprimento de pena do acusado.          Em que pese o
disposto no § 2º, ¿b¿, do art. 33, do Código Penal5, é de se notar que tal norma serve tão-
somente como um norte a ser seguido pelo magistrado, mas nunca como critério e parâmetros
absolutos6.          O próprio § 3º do art. 33, do Código Penal aconselha que a fixação
do regime de cumprimento da pena leve em conta as circunstâncias previstas no art. 59, do Código
Penal7.          Desta feita, aplicando os requisitos legais e em observância ao disposto no
artigo 387, §2º do CPP, deverá o acusado iniciar o cumprimento da pena em regime aberto.
Considerando a inexistência de casas de albergado ou outro estabelecimento adequado para os efeitos
do disposto no art. 33, § 1º, ¿c¿, do Código de Processo Penal8, deverá o condenado cumprir a
pena em prisão domiciliar, conforme entendimento do E. STJ9. CONSIDERAÃÃES GERAIS. a)   Â
 Considerando que a atual sistemática processual extirpou de nosso ordenamento jurÃ-dico a prisão
automática decorrente de sentença penal condenatória recorrÃ-vel, há que se frisar, neste momento, a
permanência ou não dos requisitos previstos nos artigos 311 e 312, do Código de Processo Penal e
que autorizam a prisão preventiva do condenado.          Com efeito, após bem compulsar
os autos, verifica-se que inexistem quaisquer das circunstâncias autorizadoras da prisão preventiva do
ora condenado. Em verdade, conquanto haja prova da autoria e materialidade delitiva, sua liberdade não
implicaria desordem pública ou mesmo impediria a aplicação de lei penal. Ademais, já se tendo
findado a instrução criminal, a liberdade do acusado não é outra coisa senão clara observância
dos princÃ-pios da legalidade, razoabilidade e proporcionalidade.          Assim, não há que
se falar em necessidade de decretação de sua prisão provisória. b)     Condeno, ainda, o
réu ao pagamento das custas judiciais. *Da Impossibilidade de Substituição da Pena Privativa de
Liberdade por Restritiva de Direitos c)     Como é cediço, o benefÃ-cio da substituição da
pena privativa de liberdade por restritiva de direitos reclama, para sua concessão, a presença
cumulativa dos requisitos constantes do art. 44, do Código Penal, quais sejam: I - aplicada pena privativa
de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça
à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; II - o réu não for reincidente
em crime doloso; III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado,
bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.     Â
       Com efeito, in casu, considerando a natureza e a forma como o crime foi praticado, o fato
de não ser o ora acusado reincidente em crime doloso, bem como de as circunstâncias judiciais lhe
serem favoráveis, SUBSTITUO a pena privativa de liberdade por 02 (duas) restritivas de direito, nos
termos do parágrafo 2º, do art. 44, do Código Penal10.             Destarte, fixo as
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seguintes penas restritivas de direito, a serem cumpridas, no que for compatÃ-vel, pelo mesmo prazo
estabelecido para a privativa de liberdade, é dizer, 03 (três) anos e 6 (seis) meses de reclusão (art.
55, do Código Penal11), obedecido o disposto no artigo 46, §4º, do Código Penal12: g)    Â
PRESTAÃÃO DE SERVIÃOS à COMUNIDADE: o acusado deverá cumprir a pena no Posto de Saúde
do Tucumã, de maneira que a atividade a ser realizada seja aquela designada pela própria
administração do Posto de Saúde, que, por sua vez, fica obrigada a enviar ao juÃ-zo, mensalmente,
relatório das atividades daquele, a fim de que se acompanhe o cumprimento da pena.         Â
Oficie-se à Secretaria Municipal de Assistência Social para tomar ciência da presente decisão, bem
como para gerir e supervisionar o relatório de atividades do condenado.          Ressalte-se
que a referida pena restritiva de direitos deve ser cumprida na carga horária de 8 (oito) horas semanais,
nos termos do artigo 149, parágrafo 1º da Lei 7210/84 (Lei de Execuções Penais). ii) PRESTAÃÃO
PECUNIÃRIA: o acusado fica obrigado ao pagamento de um salário mÃ-nimo (R$ 1.100,00 - mil e cem
reais) a ser revertido em favor de Instituição Credenciada junto ao Poder Judiciário para recebimento
de prestação pecuniária.          *Da Impossibilidade de Suspensão Condicional da
Pena d)     Considerando a possibilidade e cabimento da substituição da pena privativa de
liberdade aplicada ao condenado por restritiva de direito, deixo de conceder-lhe o benefÃ-cio da
suspensão condicional da pena (sursis), conforme artigo 77, III13, do Código Penal. e)    Â
Considerando a ausência de provas concretas quanto ao prejuÃ-zo patrimonial sofrido pela vÃ-tima em
razão do delito, deixo de fixar o valor mÃ-nimo para indenização cÃ-vel, previsto no art. 387, IV, do
Código de Processo Penal14. DISPOSIÃÃES FINAIS          Oportunamente, após o
trânsito em julgado desta sentença, tomem-se as seguintes providências: a)     Lance-se o
nome do réu no rol dos culpados; b)     Proceda-se ao recolhimento do valor atribuÃ-do a tÃ-tulo de
pena pecuniária, conforme art. 686, do Código de Processo Penal15; c)     Expeça-se a guia de
execução do acusado; d)     Oficie-se ao Tribunal Regional Eleitoral deste Estado, comunicando
a condenação do réu, com sua devida identificação, acompanhada de fotocópia da presente
decisão, para cumprimento do quanto disposto nos arts. 71, § 2º, do Código Eleitoral c/c 15, III, da
Constituição Federal.          Notifique-se o Ministério Público.         Â
Publique-se. Registre-se. Intimem-se16. Igarapé-Miri (PA), 26 de novembro de 2021. Arnaldo José
Pedrosa Gomes Juiz de Direito. 1 O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social,
à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao
comportamento da vÃ-tima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e
prevenção do crime: 2. SUM. 444 STJ. à vedada a utilização de inquéritos policiais e ações
penais em curso para agravar a pena base. 3 GRECO, Rogério. Código penal comentado. 4ª ed. Rio
de Janeiro: Impetus, 2010, p. 140. 4 Idem, p. 142. 5 2º As penas privativas de liberdade deverão ser
executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios
e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: b) o condenado não reincidente,
cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princÃ-pio, cumpri-la
em regime semi-aberto;. 6 STF-142329) HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. FURTO.
PRESCRIÃÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA. FIXAÃÃO DO REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA.
COMPETÃNCIA DO JUIZ DE PRIMEIRO GRAU. 1. Tendo o paciente sido condenado a um ano e seis
meses de reclusão pela prática do crime de furto, a prescrição da pretensão punitiva ocorre em
quatro anos. 2. Compete ao Juiz de primeiro grau examinar a pretensão de regime semiaberto. Isso
porque a quantidade de pena não é requisito único à determinação do regime de cumprimento,
que depende ainda da análise das circunstâncias judiciais listadas no art. 59 do Código Penal [art. 33,
§ 3º, do CP]. Ordem parcialmente deferida a fim de decretar a prescrição quanto ao crime de furto.
(Habeas Corpus nº 103.091/RS, 2ª Turma do STF, Rel. Eros Grau. j. 25.05.2010, unânime, DJe
25.06.2010). 7 O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do
agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da
vÃ-tima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do
crime: 8 § 1º Considera-se: c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou
estabelecimento adequado. 9 STJ-062266) HABEAS CORPUS. EXECUÃÃO PENAL. PROGRESSÃO
PARA O REGIME PRISIONAL ABERTO. INEXISTÃNCIA DE VAGA EM ESTABELECIMENTO
PRISIONAL ADEQUADO. DESVIO DE FINALIDADE DA PRETENSÃO EXECUTÃRIA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. ORDEM CONCEDIDA. 1. Configura constrangimento
ilegal ao jus libertatis, sanável pela via do habeas corpus, o cumprimento de pena em condições mais
rigorosas que as estabelecidas pelo juÃ-zo sentenciante ou pelo juÃ-zo das execuções penais. 2. Ã
dever do Poder Público promover a efetividade da resposta penal, na dupla perspectiva da prevenção
geral e especial; entretanto, não se podem exceder os limites impostos ao cumprimento da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
condenação, sob pena de desvio da finalidade da pretensão executória. 3. Inexistindo vaga em casa
de albergado, mostra-se possÃ-vel, em caráter excepcional, permitir ao sentenciado, a quem se
determinou o cumprimento da reprimenda em regime aberto, o direito de recolher-se em prisão
domiciliar. Precedentes: STF - HC 95.334/RS, Rel. p/ Acórdão Min. Marco Aurélio; STJ - REsp
1.112.990/RS, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima; STJ - HC 97.940/RS, Rel. Min. Laurita Vaz; STJ - RHC
12.470/SP, Rel. Min. Laurita Vaz. 4. Habeas Corpus concedido para restabelecer a decisão do JuÃ-zo
das Execuções que determinou o cumprimento da pena em regime domiciliar, até a eventual
instalação de albergue na Comarca Caxias do Sul/RS. (Habeas Corpus nº 162055/RS
(2010/0023958-2), 5ª Turma do STJ, Rel. Laurita Vaz. j. 20.05.2010, unânime, DJe 14.06.2010). 10 §
2º Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma
pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituÃ-da por
uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. 11 As penas restritivas de direitos
referidas nos incisos III, IV, V e VI do art. 43 terão a mesma duração da pena privativa de liberdade
substituÃ-da, ressalvado o disposto no § 4º do art. 46. 12 Se a pena substituÃ-da for superior a um ano,
é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade
da pena privativa de liberdade fixada. 13 A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2
(dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: III - não seja indicada ou
cabÃ-vel a substituição prevista no art. 44 deste Código 14 O juiz, ao proferir sentença condenatória:
IV - fixará valor mÃ-nimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os
prejuÃ-zos sofridos pelo ofendido; 15 A pena de multa será paga dentro em 10 (dez) dias após haver
transitado em julgado a sentença que a impuser. 16 Ressalte-se que a intimação do réu deverá ser
feita de forma pessoal, conforme art. 392, I, do Código de Processo Penal, litteris: ¿a intimação da
sentença será feita: I - ao réu, pessoalmente, se estiver preso¿. Arnaldo José Pedrosas Gomes
Gabinete do Juiz de Direito PROCESSO: 00083476220188140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Medidas
Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 26/11/2021 VITIMA:E. S. F. G. VITIMA:F. G. B.
AUTOR DO FATO:ANTONIO BARBOSA REQUERENTE:DELEGACIA DE POLICIA CIVIL DE IGARAPE
MIRI. CERTIDÃO CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim conferidas por Lei, que tramitam no
JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, SEM SIGILO E
PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com ____ fls., devidamente rubricadas e numeradas. Este
processo não possui apensos, mÃ-dias ou qualquer avaria que não possa seguir sua tramitação.
Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos itens obrigatórios, de acordo com CHECK LIST
apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de Digitalização, estando os presentes autos em regularidade
para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e dou fé. Igarapé-Miri/PA, 23 de novembro
de 2021 JEFFERSON VIEIRA DA SILVAÂ Diretor de Secretaria PROCESSO: 00084405920178140022
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA
SILVA A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 26/11/2021 VITIMA:M. F. C. V.
ACUSADO:MANOEL PEDRO BAHIA FERREIRA REQUERENTE:DELEGACIA DE POLICIA CIVIL DE
IGARAPE MIRI. CERTIDÃO CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim conferidas por Lei, que
tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, SEM
SIGILO E PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com ____ fls., devidamente rubricadas e numeradas.
Este processo não possui apensos, mÃ-dias ou qualquer avaria que não possa seguir sua
tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos itens obrigatórios, de acordo com CHECK
LIST apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de Digitalização, estando os presentes autos em
regularidade para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e dou fé. Igarapé-Miri/PA, 23 de
novembro de 2021 JEFFERSON VIEIRA DA SILVAÂ Diretor de Secretaria PROCESSO:
00087990920178140022 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em:
26/11/2021 ACUSADO:ROBERTO PANTOJA SERRAO VITIMA:S. N. P. S. REQUERENTE:DELEGACIA
DE POLICIA CIVIL DE IGARAPE MIRI. CERTIDÃO CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim
conferidas por Lei, que tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do
processo em epÃ-grafe, SEM SIGILO E PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com ____ fls.,
devidamente rubricadas e numeradas. Este processo não possui apensos, mÃ-dias ou qualquer avaria
que não possa seguir sua tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos itens
obrigatórios, de acordo com CHECK LIST apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de Digitalização,
estando os presentes autos em regularidade para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e
dou fé. Igarapé-Miri/PA, 23 de novembro de 2021 JEFFERSON VIEIRA DA SILVA Diretor de
Secretaria PROCESSO: 00443857820158140022 PROCESSO ANTIGO: ----
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categoricamente que os fatos narrados na exordial são verdadeiros, bem como que não tinha porte e
que estava portando consigo uma arma de fogo sem autorização legal, sem identificação, com
numeração suprimida, contendo 04 munições no carregador de calibre 32, sendo três intactas e 01
deflagrada, portanto confessando a autoria delitiva.          Ressalte-se, ademais, e apenas
para que não pairem quaisquer dúvidas, que, muito embora efetivamente não possa o magistrado
decidir com base nos depoimentos prestados pela autoridade policial que participou das investigações,
é forçoso concluir que a sua análise em conjunto com os demais elementos dos autos é medida
mais que acertada para se chegar à condenação ou absolvição, impedindo desta forma, que o só
exercÃ-cio da função implique suspeição ou desclassifique o sujeito.          Somado ao
depoimento prestado em juÃ-zo pelas testemunhas de acusação, está a prova documental carreada
aos autos, notadamente o Auto de Apreensão que atesta a natureza e eficiência da arma apreendida
com o ora acusado.          Quanto à possibilidade de consideração do depoimento policial
como fonte de prova para formação do convencimento do magistrado, segue jurisprudência abaixo
colacionada, litteris: PENAL. DESCAMINHO. PRINCÃPIO DA INSIGNIFICÃNCIA. FRACIONAMENTO DA
ILUSÃO TRIBUTÃRIA. IMPOSSIBILIDADE. TRÃFICO INTERNACIONAL DE ENTORPECENTES.
ARTIGO 33, CAPUT, DA LEI N.º 11.343/06. AUTORIA. MATERIALIDADE. COMPROVADAS. PRISÃO
EM FLAGRANTE. PRESUNÃÃO DE CULPABILIDADE. DEPOIMENTO DE AGENTE POLICIAL. VALOR
PROBANTE. ASSOCIAÃÃO PARA O TRÃFICO DE DROGAS. ARTIGO 35, CAPUT, DA LEI N.º
11.343/06. ABSOLVIÃÃO. DOSIMETRIA. PENAS. REDUÃÃO. QUANTIDADE DE DROGA.
MAJORANTES DO ARTIGO 40. TRANSNACIONALIDADE. INTERESTADUALIDADE. MINORANTE DO
ART. 33, § 4º, DA LEI Nº 11.343/06. CRITÃRIOS PARA APLICAÃÃO. [...] 5. Com a prisão em
flagrante do réu, há uma presunção relativa acerca da autoria do fato, incumbindo à defesa, a teor
da regra do artigo 156 do Código de Processo Penal, produzir as provas tendentes a demonstrar a sua
inocência e a inverossimilhança da tese acusatória. 6. Da mesma forma que incumbe à acusação
provar a existência do fato e demonstrar sua autoria, assim como o elemento subjetivo, é ônus da
defesa, a teor do artigo 156, 1ª parte, do CPP, certificar a verossimilhança das teses invocadas em seu
favor. A técnica genérica de negativa de autoria dissociada do contexto probatório não tem o
condão de repelir a sentença condenatória. 7. O depoimento do agente policial deve ser aceito como
subsÃ-dio de persuasão do juÃ-zo, já que o exercÃ-cio da função, por si só, não desqualifica, nem
torna suspeito seu titular. [...] 9. Em se tratando de tráfico de drogas, a expressiva quantidade e a o
elevado grau de potencialidade lesiva do narcótico apreendido autoriza o agravamento da pena-base. [...]
(Apelação Criminal nº 2008.70.05.000916-4/PR, 8ª Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Guilherme
Beltrami, J. 24.02.2010, unânime, de 03.03.2010) (Grifou-se).          Frise-se, ademais, que
o réu fora preso em flagrante, devidamente homologado por este juÃ-zo, em ação policial
desenvolvida estritamente dentro dos limites da legalidade, fato que, por si só, tem presunção relativa
acerca da autoria do fato, cabendo à defesa provar a inocência daquele.          Portanto,
restando devidamente comprovada a prática do delito, seja pela documentação constante dos autos
(especialmente o Auto de Apreensão), seja pelo depoimento das testemunhas e pela confissão do
acusado, em outro sentido não se poderia concluir senão naquele que converge para a procedência
da presente ação penal.          Decido.          Ante o exposto e por tudo
mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na denúncia, para o fim de
CONDENAR BRUNO LOBATO BARBOSA, anteriormente qualificado, como incurso nas penas do art. 16,
da Lei nº 10.826/76, razão pela qual passo a dosar as respectivas penas a serem aplicadas, em estrita
observância ao disposto pelo art. 68, caput, do Código Penal c/c art. 5º, XLVI, da Constituição
Federal. DA FIXAÃÃO DA PENA BASE          Em análise das diretrizes traçadas pelo art.
59, do Código Penal1, verifica-se: a)     O réu agiu com culpabilidade normal à espécie, sendo
sua conduta, devidamente comprovada nos autos, absolutamente reprovável pela sociedade na qual
está inserido; b)     Quanto aos antecedentes criminais do acusado, não há nos autos, ou em
quaisquer bancos de dados, a notÃ-cia de já ter sido o acusado condenado, com sentença judicial
transitado em julgado, pela prática de qualquer outro delito de natureza penal, razão porque não há
que se falar na existência de registros em seus antecedentes criminais. Importa frisar, neste ponto, que o
posicionamento adotado por este juÃ-zo, apoiado no entendimento majoritário do E. Superior Tribunal de
Justiça, é o de que inquéritos policiais ou processos em andamento não propiciam a
caracterização de maus antecedentes, forte no princÃ-pio da não-culpabilidade, gravado no artigo 5º,
LVII, da Constituição Federal e Súmula 444 do STJ.4 c)     Quanto à sua conduta social, pouco
se pode dizer diante dos elementos probatórios colhidos nos autos. d)     No que atine à sua
personalidade, pouco se poder dizer diante dos dados colhidos nos autos que nada ou quase nada
refletem de tal instituto; e)Â Â Â Â Â Quanto aos motivos que levaram o acusado a cometer o delito,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
também não há muito que se valorar, uma vez que a única fonte de informação quanto a tal
circunstância judicial reside no depoimento pessoal daquele, que, teria portado arma. f)     Já
quanto às circunstâncias do crime, compreendidas como aquelas que ¿apesar de não especificadas
em nenhum texto legal, podem, de acordo com uma avaliação discricionária do juiz, acarretar uma
diminuição ou aumento de pena¿2, há que se dizer que o acusado fora capturado em conduta sem
sombra de dúvidas flagrante, tendo sido encontrada a arma de fogo em seu poder; g)     No que
atine às consequências do crime, deve ser levada em conta sua natureza, razão pela qual se ressaltam
todas as mazelas que o porte ilegal de arma de fogo causa, inevitavelmente, Ã sociedade de um modo
geral, que se torna, mesmo que indiretamente, vÃ-tima de delito; h)Â Â Â Â Â Deixo de valorar o
comportamento da vÃ-tima, tendo em vista que, in casu, trata-se do próprio Estado;         Â
Diante de tais circunstâncias, analisadas individualmente, é que fixo a pena base em 03 (três) anos de
reclusão e pagamento de 30 dias-multas, cada um equivalente a um trigésimo do valor do salário
mÃ-nimo vigente, em observância ao disposto no art. 60, do Código Penal. DAS CIRCUNSTÃNCIAS
ATENUANTES E AGRAVANTES (ARTIGOS 61 A 66 DO CÃDIGO PENAL) Â Â Â Â Â Â Â Â Â No que
tange à segunda fase da dosimetria legal, é possÃ-vel verificar a existência de uma circunstância
atenuante que é a atenuante da confissão espontânea, nos termos do artigo 65,III,d do Código
Penal, tendo em vista que o réu confessou a autoria delitiva perante a autoridade policial (fl. 06) e
perante este juÃ-zo (fl. 43/44).          Diante disso, atenuando 1/6 (um sexto) da sanção,
fixo a pena intermediária em 02 (dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão e pagamento de 25 dias-
multas. DAS CAUSAS DE DIMINUIÃÃO E AUMENTO DE PENA          Na última das fases
de dosimetria da pena, importa esclarecer que inexistem quaisquer causas de diminuição ou aumento
de pena, razão pela qual fica o réu, em definitivo, condenado ao cumprimento da pena de 02 (dois)
anos e 6 (seis) meses de reclusão e pagamento de 25 dias-multas. DO REGIME DE CUMPRIMENTO
DA PENA          Considerando o disposto no art. 33, §2º, alÃ-nea C e §3º todos do
Código Penal3, bem como levando em conta que não há qualquer fundamentação idônea que
imponha um regime inicial de cumprimento de pena mais gravoso, deverá o réu iniciar o cumprimento
da pena em regime aberto.  Considerando a inexistência de casas de albergado ou outro
estabelecimento adequado para os efeitos do disposto no art. 33, § 1º, ¿c¿, do Código de Processo
Penal, deverá o condenado cumprir a pena em prisão domiciliar, conforme entendimento do E. STJ4.Â
CONSIDERAÃÃES GERAIS          *Da Desnecessidade da prisão cautelar a)    Â
Considerando que a atual sistemática processual extirpou de nosso ordenamento jurÃ-dico a prisão
automática decorrente de sentença penal condenatória recorrÃ-vel, há que se frisar, neste momento, a
permanência ou não dos requisitos previstos nos artigos 312 e 313, do Código de Processo Penal e
que autorizam a prisão preventiva do condenado.          Com efeito, após bem compulsar
os autos, verifica-se que inexistem quaisquer das circunstâncias autorizadoras da prisão preventiva do
ora condenado. Em verdade, conquanto haja prova da autoria e materialidade delitiva, sua liberdade não
implicaria desordem pública ou mesmo impediria a aplicação de lei penal. Ademais, já se tendo
findado a instrução criminal, a liberdade do acusado não é outra coisa senão clara observância
dos princÃ-pios da legalidade, razoabilidade e proporcionalidade.          Assim, não há que
se falar em necessidade de decretação de sua prisão provisória. b)     Condeno, ainda, o
réu ao pagamento das custas judiciais.          *Da Impossibilidade de Suspensão
Condicional da Pena c)     Considerando a possibilidade e cabimento da substituição da pena
privativa de liberdade aplicada ao condenado por restritiva de direito, deixo de conceder-lhe o benefÃ-cio
da suspensão condicional da pena (sursis), conforme artigo 77, III5, do Código Penal. *Da
Substituição da Pena Privativa de Liberdade por Restritiva de Direitos d)     Como é cediço, o
benefÃ-cio da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos reclama, para sua
concessão, a presença cumulativa dos requisitos constantes do art. 44, do Código Penal, quais sejam:
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos se o crime não for cometido com
violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; II -
o réu não for reincidente em crime doloso; III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa
substituição seja suficiente.             Com efeito, in casu, considerando a natureza e a
forma como o crime foi praticado, o fato de não ser o ora acusado reincidente em crime doloso, bem
como de as circunstâncias judiciais lhe serem favoráveis, SUBSTITUO a pena privativa de liberdade por
02 (duas) restritivas de direito, nos termos do parágrafo 2º, do art. 44, do Código Penal6.      Â
      Destarte, fixo as seguintes penas restritivas de direito, a serem cumpridas, no que for
compatÃ-vel, pelo mesmo prazo estabelecido para a privativa de liberdade, é dizer, 02 (dois) anos e 06
(seis) meses de reclusão (art. 55, do Código Penal7), obedecido o disposto no artigo 46, §4º, do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
VOLUME(S) com 269 fls., devidamente rubricadas e numeradas. Este processo contém mÃ-dia, não
possui apensos ou qualquer avaria que não possa seguir sua tramitação. Certifico, ainda, que efetuei
a conferência dos itens obrigatórios, de acordo com CHECK LIST apresentado pelo Grupo Gestor do
Setor de Digitalização, estando os presentes autos em regularidade para prosseguimento. Nada mais.
O referido é verdade e dou fé.  Igarapé-Miri/PA, 29 de novembro de 2021 Jefferson Vieira da SilvaÂ
Diretor de Secretaria PROCESSO: 00008064120198140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:JOSE PANTOJA QUARESMA
Representante(s): OAB 17142 - DOMINGOS DO NASCIMENTO NONATO (ADVOGADO)
REQUERIDO:MUNICIPIO DE IGARAPEMIRI Representante(s): OAB 23753 - DIEGO CELSO CORREA
LIMA (ADVOGADO) .  CERTID¿O DE TRÃNSITO EM JULGADO CERTIFICO e dou a fé que em
razão das atribuições a mim conferidas por Lei que no interesse do referido processo, venho registrar
que a Sentença prolatada por este juÃ-zo TRANSITOU LIVREMENTE EM JULGADO. Nada mais. Â
Igarapé-Miri/PA____ de ______ de 2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor de Secretaria        Â
ÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂ
  Página de 1 Fórum de: IGARAPÃ-MIRI  Email: tjepa022@tjpa.jus.br   Endereço:
TRAVESSA QUINTINO BOCAIUVA, S/N CEP: 68.430-000  Bairro: Centro  Fone: (91)3755-1866
PROCESSO: 00008307420168140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o:
Procedimento de Conhecimento em: 29/11/2021 REQUERENTE:BRAULINO MORAES DA SILVA
Representante(s): OAB 2920 - BRASIL RODRIGUES DE ARAUJO (ADVOGADO) OAB 10136 - JOAO
FERNANDO COSTA PRAZERES (ADVOGADO) REQUERIDO:MUNICIPIO DE IGARAPE-MIRI -
PREFEITURA MUNICIPAL. Processo n°. 0000830-74.2016.814.0022 Classe: Execução de
Sentença Requerente: Braulino Moraes da Silva Requerida: MunicÃ-pio de Igarapé-Miri SENTENÃA Â
        Trata-se de Execução de Sentença proposta por Braulino Moraes Silva em face do
MunicÃ-pio de Igarapé-Miri, ambos qualificados.          Em suma requereu o demandante o
pagamento de R$ 378,82(trezentos e setenta e oito reais e oitenta e dois centavos) referente ao não
pagamento de honorários advocatÃ-cios, os quais foram arbitrados nos autos de nº0001709-
31.2010.814.0022. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juntou documentos de fls. 06/13 dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em,
12 de fevereiro de 2016, fora proferido despacho deferindo a gratuidade, bem como determinando a
citação da parte requerida.          Por sua vez, em 14 de dezembro de 2016, fora
protocolizada manifestação da municipalidade impugnando a execução da sentença, a qual fora
juntada comprovante de pagamento. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Neste sentido, em 05 de agosto de 2019, fora
proferido despacho determinando a intimação da parte exequente, a qual quedou-se inerte, como
demonstra a certidão da secretaria do juÃ-zo à s fls.26 dos autos, mesmo tendo sido devidamente
intimada.                    Passo à fundamentação.         Â
Inicialmente, afasto a preliminar de inépcia da inicial, vez que ela veio acompanhada de todos os
documentos necessários para a propositura da demanda.          No tocante ao mérito,
verifico que é hipótese de total improcedência do pedido constante na inicial. Explico.        Â
 Muito pelo contrário, o que se verifica é que a parte autora não juntou provas, as quais poderiam
demonstrar a inocorrência da obrigação, limitando-se apenas a juntar cópias dos atos judiciais, e,
planilha de cálculo.          Na verdade, no presente caso, constata-se a partir da análise das
provas dos autos, que a municipalidade acostou documento (recibo), fls 21, o qual demonstra o escorreito
cumprimento da obrigação, como fora determinado na sentença judicial.          Decido. Â
        Posto isso, JULGO TOTALMENTE IMPROCEDENTE O PEDIDO formulado pela autora,
assim o fazendo com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.Â
         Sem custas e honorários advocatÃ-cios.          Publique-se. Registre-se. Â
        Intime-se pessoalmente a requerente e a requerida via remessa.         Â
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os presentes autos.          Igarapé-Miri, 29 de
novembro de 2021. Arnaldo José Pedrosa Gomes Juiz de Direito 3 ASC PROCESSO:
00010938220118140022 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o: Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021
REQUERENTE:VERIDIANA CABRAL DA FONSECA Representante(s): OAB 5791 - MANOEL DE JESUS
LOBATO XAVIER (ADVOGADO) REQUERIDO:MUNICIPIO DE IGARAPEMIRI PREFEITURA
MUNICIPAL. úProcesso nº 0001093-82.2011.8.14.0022 Classe: Ação de Cobrança Autor:
VERIDIANA CABRAL DA FONSECA Réu: MunicÃ-pio de Igarapé-Miri SENTENÃA I ¿ DO
RELATÃRIO          Trata-se de Ação de Cobrança proposta por VERIDIANA CABRAL
DA FONSECA, em face do MunicÃ-pio de Igarapé-Miri, devidamente qualificados na inicial requerendo,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
forma irregular, em desatendimento ao disposto no art. 37, inciso II, da Constituição Federal. Logo, a
contratação está eivada de nulidade de pleno direito (art. 37, §2º, da CF/88). III ¿ DO
DISPOSITIVO          DIANTE DO EXPOSTO, declaro a nulidade do contrato temporário
celebrado entre a Demandante e o MunicÃ-pio de Igarapé-Miri, e JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTE os pedidos elencados na inicial, e EXTINGO O FEITO COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO
nos termos do art. 487, I, do CPC, tudo em conformidade com a fundamentação supra e CONDENO A
MUNICIPALIDADE nos seguintes termos: Â Â Â Â Â Â Â Â Â a) A realizar pagamento a Sra. VERIDIANA
CABRAL DA FONSECA referente aos SALÃRIOS RETIDOS E DEVIDAMENTE DESCRITOS
REFERENTE AOS MESES DE JANEIRO A MAIO DE 2011. Â Â Â Â Â Â Â Â Â b) Que sejam efetuadas
todas atualizações a tÃ-tulo de correção monetária e juros moratórios, pelo Ã-ndice aplicado Ã
caderneta de poupança (máximo 6% ao ano), nos termos do que dispõe o artigo 1-F da Lei n°
9.494/97, com a nova redação conferida pela Lei n° 11.960, de 29/06/2009.          c)
Deixo de condenar o Réu ao pagamento de custas processuais, ante a isenção legal, porém
condeno ao pagamento dos honorários advocatÃ-cios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação.          Dê ciência ao Ministério Público.  P.R.I         Â
Igarapé-Miri, 29 de novembro de 2021. ARNALDO JOSà PEDROSA GOMES Juiz de Direito 7
PROCESSO: 00011110620118140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Averiguação
de Paternidade em: 29/11/2021 REQUERENTE:L. D. B. B. REPRESENTANTE:TAMIRES BASTOS
BRANDAO Representante(s): OAB 8020 - DENILZA DE SOUZA TEIXEIRA (ADVOGADO)
REQUERIDO:GILMAR CARDOSO PORTINHO. CERTIDÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â CERTIFICO, em virtude
das atribuições a mim conferidas por Lei, que tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de
Igarapé-Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, COM SIGILO E SEM PRIORIDADE, contendo 01
VOLUME(S) com 38 fls., devidamente rubricadas e numeradas. Este processo não contém mÃ-dia,
não possui apensos ou qualquer avaria que não possa seguir sua tramitação. Certifico, ainda, que
efetuei a conferência dos itens obrigatórios, de acordo com CHECK LIST apresentado pelo Grupo
Gestor do Setor de Digitalização, estando os presentes autos em regularidade para prosseguimento.
Nada mais. O referido é verdade e dou fé.  Igarapé-Miri/PA, 29 de novembro de 2021 Jefferson
Vieira da Silva Diretor de Secretaria PROCESSO: 00011621220148140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:MARIA DE LOURDES BARBOSA CORREA
Representante(s): OAB 20112 - JOAO VICENTE MORAES BARBOSA (ADVOGADO)
REQUERIDO:MANOEL GONCALVES BARBOSA.  CERTID¿O DE TRÃNSITO EM JULGADO
CERTIFICO e dou a fé que em razão das atribuições a mim conferidas por Lei que no interesse do
referido processo, venho registrar que a Sentença prolatada por este juÃ-zo TRANSITOU LIVREMENTE
EM JULGADO. Nada mais.  Igarapé-Miri/PA____ de ______ de 2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor
de Secretaria                                            Â
                Página de 1 Fórum de: IGARAPÃ-MIRI  Email:
tjepa022@tjpa.jus.br   Endereço: TRAVESSA QUINTINO BOCAIUVA, S/N CEP: 68.430-000 Â
Bairro: Centro  Fone: (91)3755-1866 PROCESSO: 00015083120128140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:JAINE MONTEIRO CARNEIRO
Representante(s): OAB 5791 - MANOEL DE JESUS LOBATO XAVIER (ADVOGADO) REQUERIDO:ITAU
SEGUROS S A Representante(s): OAB 16292 - LUANA SILVA SANTOS (ADVOGADO) OAB 14351 -
MARILIA DIAS ANDRADE (ADVOGADO) REQUERIDO:A SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS
DO SEGURO DPVAT Representante(s): OAB 16292 - LUANA SILVA SANTOS (ADVOGADO) OAB 14351
- MARILIA DIAS ANDRADE (ADVOGADO) . CERTIDÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â CERTIFICO, em virtude das
atribuições a mim conferidas por Lei, que tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-
Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, SEM SIGILO E SEMÂ PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S)
com 100 fls., devidamente rubricadas e numeradas. Este processo não contém mÃ-dia, não possui
apensos ou qualquer avaria que não possa seguir sua tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a
conferência dos itens obrigatórios, de acordo com CHECK LIST apresentado pelo Grupo Gestor do
Setor de Digitalização, estando os presentes autos em regularidade para prosseguimento. Nada mais.
O referido é verdade e dou fé.  Igarapé-Miri/PA, 29 de novembro de 2021 Jefferson Vieira da SilvaÂ
Diretor de Secretaria PROCESSO: 00016729320128140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:SILVA SOUZA COMERCIO E SERVICOS
DE INFORMATICA LTDA Representante(s): OAB 18417 - PAULO VITOR NEGRAO REIS (ADVOGADO)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
ademais, e apenas para que não pairem quaisquer dúvidas, que, muito embora efetivamente não
possa o magistrado decidir com base nos depoimentos prestados pela autoridade policial que participou
das investigações, é forçoso concluir que a sua análise em conjunto com os demais elementos dos
autos é medida mais que acertada para se chegar à condenação ou absolvição, impedindo desta
forma, que o só exercÃ-cio da função implique suspeição ou desclassifique o sujeito.       Â
  Somado ao depoimento prestado em juÃ-zo pelas testemunhas de acusação, está a prova
documental carreada aos autos, notadamente o Auto de Apreensão que atesta a natureza e eficiência
da arma apreendida com o ora acusado.          Quanto à possibilidade de consideração do
depoimento policial como fonte de prova para formação do convencimento do magistrado, segue
jurisprudência abaixo colacionada, litteris: PENAL. DESCAMINHO. PRINCÃPIO DA INSIGNIFICÃNCIA.
FRACIONAMENTO DA ILUSÃO TRIBUTÃRIA. IMPOSSIBILIDADE. TRÃFICO INTERNACIONAL DE
ENTORPECENTES. ARTIGO 33, CAPUT, DA LEI N.º 11.343/06. AUTORIA. MATERIALIDADE.
COMPROVADAS. PRISÃO EM FLAGRANTE. PRESUNÃÃO DE CULPABILIDADE. DEPOIMENTO DE
AGENTE POLICIAL. VALOR PROBANTE. ASSOCIAÃÃO PARA O TRÃFICO DE DROGAS. ARTIGO 35,
CAPUT, DA LEI N.º 11.343/06. ABSOLVIÃÃO. DOSIMETRIA. PENAS. REDUÃÃO. QUANTIDADE DE
DROGA. MAJORANTES DO ARTIGO 40. TRANSNACIONALIDADE. INTERESTADUALIDADE.
MINORANTE DO ART. 33, § 4º, DA LEI Nº 11.343/06. CRITÃRIOS PARA APLICAÃÃO. [...] 5. Com a
prisão em flagrante do réu, há uma presunção relativa acerca da autoria do fato, incumbindo Ã
defesa, a teor da regra do artigo 156 do Código de Processo Penal, produzir as provas tendentes a
demonstrar a sua inocência e a inverossimilhança da tese acusatória. 6. Da mesma forma que
incumbe à acusação provar a existência do fato e demonstrar sua autoria, assim como o elemento
subjetivo, é ônus da defesa, a teor do artigo 156, 1ª parte, do CPP, certificar a verossimilhança das
teses invocadas em seu favor. A técnica genérica de negativa de autoria dissociada do contexto
probatório não tem o condão de repelir a sentença condenatória. 7. O depoimento do agente policial
deve ser aceito como subsÃ-dio de persuasão do juÃ-zo, já que o exercÃ-cio da função, por si só,
não desqualifica, nem torna suspeito seu titular. [...] 9. Em se tratando de tráfico de drogas, a expressiva
quantidade e a o elevado grau de potencialidade lesiva do narcótico apreendido autoriza o agravamento
da pena-base. [...] (Apelação Criminal nº 2008.70.05.000916-4/PR, 8ª Turma do TRF da 4ª
Região, Rel. Guilherme Beltrami, J. 24.02.2010, unânime, de 03.03.2010) (Grifou-se).        Â
 Frise-se, ademais, que o réu fora preso em flagrante, devidamente homologado por este juÃ-zo, em
ação policial desenvolvida estritamente dentro dos limites da legalidade, fato que, por si só, tem
presunção relativa acerca da autoria do fato, cabendo à defesa provar a inocência daquele.    Â
     Portanto, restando devidamente comprovada a prática do delito, seja pela documentação
constante dos autos (especialmente o Auto de Apreensão), seja pelo depoimento das testemunhas e
pela confissão do acusado, em outro sentido não se poderia concluir senão naquele que converge
para a procedência da presente ação penal.          Decido.          Ante o
exposto e por tudo mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na denúncia,
para o fim de CONDENAR MANOEL MORAES RODRIGUES, anteriormente qualificado, como incurso nas
penas do art. 16 da Lei 10.826/2003, razão pela qual passo a dosar as respectivas penas a serem
aplicadas, em estrita observância ao disposto pelo art. 68, caput, do Código Penal c/c art. 5º, XLVI, da
Constituição Federal. DA FIXAÃÃO DA PENA BASE          Em análise das diretrizes
traçadas pelo art. 59, do Código Penal1, verifica-se: a)     O réu agiu com culpabilidade normal
à espécie, sendo sua conduta reprovável por sua própria natureza, a qual foi devidamente
comprovada nos autos, a qual é absolutamente reprovável pela sociedade na qual está inserido, tendo
a se valorar; b)     Quanto aos antecedentes criminais do acusado, não há nos autos, ou em
quaisquer bancos de dados, a notÃ-cia de já ter sido o acusado condenado, com sentença judicial
transitado em julgado, pela prática de qualquer outro delito de natureza penal, razão porque não há
que se falar na existência de registros em seus antecedentes criminais. Importa frisar, neste ponto, que o
posicionamento adotado por este juÃ-zo, apoiado no entendimento majoritário do E. Superior Tribunal de
Justiça, é o de que inquéritos policiais ou processos em andamento não propiciam a
caracterização de maus antecedentes, forte no princÃ-pio da não-culpabilidade, gravado no artigo 5º,
LVII, da Constituição Federal e Súmula 444 do STJ.4 c)     Quanto à sua conduta social, pouco
se pode dizer diante dos elementos probatórios colhidos nos autos. d)     No que atine à sua
personalidade, pouco se poder dizer diante dos dados colhidos nos autos que nada ou quase nada
refletem de tal instituto; e)Â Â Â Â Â Quanto aos motivos que levaram o acusado a cometer o delito,
também não há muito que se valorar, uma vez que a única fonte de informação quanto a tal
circunstância judicial reside no depoimento pessoal daquele, que, teria portado arma. f)     Já
quanto às circunstâncias do crime, compreendidas como aquelas que ¿apesar de não especificadas
719
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
em nenhum texto legal, podem, de acordo com uma avaliação discricionária do juiz, acarretar uma
diminuição ou aumento de pena¿2, há que se dizer que o acusado fora capturado em conduta sem
sombra de dúvidas flagrante, tendo sido encontrada a arma de fogo em seu poder; g)     No que
atine às consequências do crime, deve ser levada em conta sua natureza, razão pela qual se ressaltam
todas as mazelas que o porte ilegal de arma de fogo causa, inevitavelmente, Ã sociedade de um modo
geral, que se torna, mesmo que indiretamente, vÃ-tima de delito; h)Â Â Â Â Â Deixo de valorar o
comportamento da vÃ-tima, tendo em vista que, in casu, trata-se do próprio Estado;         Â
Diante de tais circunstâncias, analisadas individualmente, é que fixo a pena base em 03 (três) anos e
06 (seis) meses de reclusão e pagamento de 30 dias-multas, cada um equivalente a um trigésimo do
valor do salário mÃ-nimo vigente, em observância ao disposto no art. 60, do Código Penal. DAS
CIRCUNSTÃNCIAS ATENUANTES E AGRAVANTES (ARTIGOS 61 A 66 DO CÃDIGO PENAL) Â Â Â Â Â
    No que tange à segunda fase da dosimetria legal, é possÃ-vel verificar a existência de uma
circunstância atenuante que é a atenuante da confissão espontânea, nos termos do artigo 65,III,d do
Código Penal, tendo em vista que o réu confessou a autoria delitiva perante a autoridade policial e
perante este juÃ-zo.          Diante disso, atenuando 1/6 (um sexto) da sanção, fixo a pena
intermediária em 02 (dois) anos e 11 (onze) meses de reclusão e pagamento de 25 dias-multas. DAS
CAUSAS DE DIMINUIÃÃO E AUMENTO DE PENA          Na última das fases de dosimetria
da pena, importa esclarecer que inexistem quaisquer causas de diminuição ou aumento de pena,
razão pela qual fica o réu, em definitivo, condenado ao cumprimento da pena de 02 (dois) anos e 11
(onze) meses de reclusão e pagamento de 25 dias-multas. DO REGIME DE CUMPRIMENTO DA
PENA          Considerando o disposto no art. 33, §2º, alÃ-nea C e §3º todos do Código
Penal3, bem como levando em conta que não há qualquer fundamentação idônea que imponha um
regime inicial de cumprimento de pena mais gravoso, deverá o réu iniciar o cumprimento da pena em
regime aberto.  Considerando a inexistência de casas de albergado ou outro estabelecimento adequado
para os efeitos do disposto no art. 33, § 1º, ¿c¿, do Código de Processo Penal, deverá o
condenado cumprir a pena em prisão domiciliar, conforme entendimento do E. STJ4.Â
CONSIDERAÃÃES GERAIS          *Da Desnecessidade da prisão cautelar a)    Â
Considerando que a atual sistemática processual extirpou de nosso ordenamento jurÃ-dico a prisão
automática decorrente de sentença penal condenatória recorrÃ-vel, há que se frisar, neste momento, a
permanência ou não dos requisitos previstos nos artigos 312 e 313, do Código de Processo Penal e
que autorizam a prisão preventiva do condenado.          Com efeito, após bem compulsar
os autos, verifica-se que inexistem quaisquer das circunstâncias autorizadoras da prisão preventiva do
ora condenado. Em verdade, conquanto haja prova da autoria e materialidade delitiva, sua liberdade não
implicaria desordem pública ou mesmo impediria a aplicação de lei penal. Ademais, já se tendo
findado a instrução criminal, a liberdade do acusado não é outra coisa senão clara observância
dos princÃ-pios da legalidade, razoabilidade e proporcionalidade.          Assim, não há que
se falar em necessidade de decretação de sua prisão provisória. b)     Condeno, ainda, o
réu ao pagamento das custas judiciais.          *Da Impossibilidade de Suspensão
Condicional da Pena c)     Considerando a possibilidade e cabimento da substituição da pena
privativa de liberdade aplicada ao condenado por restritiva de direito, deixo de conceder-lhe o benefÃ-cio
da suspensão condicional da pena (sursis), conforme artigo 77, III5, do Código Penal. *Da
Substituição da Pena Privativa de Liberdade por Restritiva de Direitos d)     Como é cediço, o
benefÃ-cio da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos reclama, para sua
concessão, a presença cumulativa dos requisitos constantes do art. 44, do Código Penal, quais sejam:
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos se o crime não for cometido com
violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; II -
o réu não for reincidente em crime doloso; III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa
substituição seja suficiente.             Com efeito, in casu, considerando a natureza e a
forma como o crime foi praticado, o fato de não ser o ora acusado reincidente em crime doloso, bem
como de as circunstâncias judiciais lhe serem favoráveis, SUBSTITUO a pena privativa de liberdade por
02 (duas) restritivas de direito, nos termos do parágrafo 2º, do art. 44, do Código Penal6.      Â
      Destarte, fixo as seguintes penas restritivas de direito, a serem cumpridas, no que for
compatÃ-vel, pelo mesmo prazo estabelecido para a privativa de liberdade, é dizer, 02 (dois) anos e 11
(onze) meses de reclusão (art. 55, do Código Penal7), obedecido o disposto no artigo 46, §4º, do
Código Penal8: i)     PRESTAÃÃO DE SERVIÃOS à COMUNIDADE: o acusado deverá cumprir a
pena no Posto de Saúde, de maneira que a atividade a ser realizada seja aquela designada pela própria
administração do Posto de Saúde, que, por sua vez, fica obrigada a enviar ao juÃ-zo, mensalmente,
720
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
atribuições a mim conferidas por Lei que no interesse do referido processo, venho registrar que a
Sentença prolatada por este juÃ-zo TRANSITOU LIVREMENTE EM JULGADO. Nada mais.  Igarapé-
Miri/PA____ de ______ de 2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor de Secretaria             Â
ÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂ
Página de 1 Fórum de: IGARAPÃ-MIRI  Email: tjepa022@tjpa.jus.br   Endereço: TRAVESSA
QUINTINO BOCAIUVA, S/N CEP: 68.430-000  Bairro: Centro  Fone: (91)3755-1866 PROCESSO:
00019837420188140022 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Ação Civil Pública em: 29/11/2021 REQUERENTE:MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA REQUERIDO:PREFEITURA MUNICIPAL DE IGARAPE-MIRI
REQUERIDO:GOVERNADOR DO ESTADO DO PARA SIMAO JATENE INTERESSADO:MARCILENE
MORAES DE OLIVEIRA MENOR:M. A. O. P. . CERTIDÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â CERTIFICO, em virtude das
atribuições a mim conferidas por Lei, que tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-
Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, SEM SIGILO E COMÂ PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S)
com 166 fls., devidamente rubricadas e numeradas. Este processo não contém mÃ-dia, não possui
apensos ou qualquer avaria que não possa seguir sua tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a
conferência dos itens obrigatórios, de acordo com CHECK LIST apresentado pelo Grupo Gestor do
Setor de Digitalização, estando os presentes autos em regularidade para prosseguimento. Nada mais.
O referido é verdade e dou fé.  Igarapé-Miri/PA, 29 de novembro de 2021 Jefferson Vieira da SilvaÂ
Diretor de Secretaria PROCESSO: 00022112020168140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o:
Reintegração / Manutenção de Posse em: 29/11/2021 REQUERENTE:JULIANE SILVA BITENCOURT
Representante(s): OAB 0001 - DEFENSOR PUBLICO (DEFENSOR) REQUERIDO:SILVANO
RODRIGUES REQUERIDO:CLAUDIA OLIVEIRA DOS SANTOS. Processo nº 0002211-
20.2016.8.14.0022 Classe: Ação de Reintegração de Posse Autor: JULIANE SILVA BITENCOURT
Réu: Silvano Rodrigues e Cláudia Oliveira dos Santos DESPACHO 01 - Tendo em vista os termos da
certidão de fl. 75 dos autos. 02 ¿ Proceda-se as intimações nos termos requeridos, pela Defensoria
Pública às fls. 72/73 dos autos.          Expedientes necessários. P.R.I. Igarapé-Miri (PA),
29 de novembro de 2021. Arnaldo José Pedrosa Gomes Juiz de Direito PROCESSO:
00022825120188140022 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Procedimentos Trabalhistas em: 29/11/2021 REQUERENTE:M. V.
C. D. REPRESENTANTE:ELIELZA SILVA CARVALHO Representante(s): OAB 12123 - CLAUDIO DE
SOUZA MIRALHA PINGARILHO (ADVOGADO) REQUERIDO:MUNICIPIO DE IGARAPEMIRI
PREFEITURA MUNICIPAL. CERTIDÃO          CERTIFICO, em virtude das atribuições a
mim conferidas por Lei, que tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do
processo em epÃ-grafe, COM SIGILO E COMÂ PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com 58 fls.,
devidamente rubricadas e numeradas. Este processo não contém mÃ-dia, não possui apensos ou
qualquer avaria que não possa seguir sua tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos
itens obrigatórios, de acordo com CHECK LIST apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de
Digitalização, estando os presentes autos em regularidade para prosseguimento. Nada mais. O referido
é verdade e dou fé.  Igarapé-Miri/PA, 29 de novembro de 2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor de
Secretaria PROCESSO: 00026275120178140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Embargos à
Execução em: 29/11/2021 REQUERENTE:J F DOS SANTOS SOUZAME Representante(s): OAB 9363 -
AMADEU PINHEIRO CORREA FILHO (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO BARADESCO SA.
CERTIDÃO          CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim conferidas por Lei, que
tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, SEM
SIGILO E SEMÂ PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com 28 fls., devidamente rubricadas e
numeradas. Este processo não contém mÃ-dia, não possui apensos ou qualquer avaria que não
possa seguir sua tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos itens obrigatórios, de
acordo com CHECK LIST apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de Digitalização, estando os
presentes autos em regularidade para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e dou fé. Â
Igarapé-Miri/PA, 29 de novembro de 2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor de Secretaria PROCESSO:
00028827220188140022 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 29/11/2021
REQUERENTE:RICARDO SANTOS DIAS DE LACERDA Representante(s): OAB 20379 - RICARDO
SANTOS DIAS DE LACERDA (ADVOGADO) REQUERIDO:MANOEL ESTUMANO DE LIMA
Representante(s): OAB 21293 - MAX DO SOCORRO MELO PINHEIRO (ADVOGADO) . CERTIDÃO Â Â Â
      CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim conferidas por Lei, que tramitam no JuÃ-zo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, SEM SIGILO E SEMÂ
PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com 25 fls., devidamente rubricadas e numeradas. Este processo
não contém mÃ-dia, não possui apensos ou qualquer avaria que não possa seguir sua tramitação.
Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos itens obrigatórios, de acordo com CHECK LIST
apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de Digitalização, estando os presentes autos em regularidade
para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e dou fé.  Igarapé-Miri/PA, 29 de novembro
de 2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor de Secretaria PROCESSO: 00034075420188140022
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ARNALDO JOSE
PEDROSA GOMES A??o: Procedimento Comum Infância e Juventude em: 29/11/2021
REQUERENTE:EVANGELINA DE JESUS DO NASCIMENTO BARBOSA Representante(s): OAB 17142 -
DOMINGOS DO NASCIMENTO NONATO (ADVOGADO) REQUERIDO:JARUMA RODOFLUVIAL LTDA.
PROCESSO Nº 0003407-54.2018.8.14.0022 CLASSE: AÃÃO DE INDENIZAÃÃO POR DANO MORAL
AUTOR: EVANGELINA DE JESUS DO NASCIMENTO BARBOSA RÃU:Â JARUMÃ RODOFLUVIAL
LTDA. DECISÃOÂ Â Â Â Â Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE INDENIZAÃÃO POR DANO MORAL
proposta EVANGELINA DE JESUS DO NASCIMENTO BARBOSA em face de JARUMà RODOFLUVIAL
LTDA devidamente qualificados na inicial. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Compulsando os autos, verifica-se que a
parte autora, apesar de devidamente intimada, não promoveu o recolhimento das custas iniciais,
conforme certidão de fl. 21.          A exigência para recolhimento das custas encontra-se
regulada na lei processual civil, nos seguintes termos:           Art. 290.  Será cancelada a
distribuição do feito se a parte, intimada na pessoa de seu advogado, não realizar o pagamento das
custas e despesas de ingresso em 15 (quinze) dias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Depreende-se do dispositivo
mencionado que a norma é imperativa, no que concerne ao pagamento das custas, devendo o juiz,
após, transcorrido o prazo legal, determinar o cancelamento da distribuição com a extinção do
processo, sem necessidade de qualquer outra providência.          Fora proferida sentença
sem resolução de mérito em 31 de março de 2020, condenando a parte autora a custas
remanescentes, contudo, a parte autora fora intimada para pagar custas, e, protocolizou manifestação
em 12 de novembro de 2021, requerendo o cancelamento da distribuição, extinguindo-se o feito sem
recolhimento de custas. Â Â Â Â Â Â Â Â Â DIANTE DO EXPOSTO, determino o cancelamento da
distribuição, ao tempo que extingo o processo sem resolução de mérito, nos termos do art. 485, I,
c/ art. 316, e art. 290, todos do Código de Processo Civil.          Sem custas e sem
honorários.          ARQUIVE-SE, com a devida baixa.          P.R.I.      Â
   Igarapé-Miri-PA, 25 de novembro de 2021.             Arnaldo José Pedrosa
Gomes Juiz de Direito PROCESSO: 00034075420188140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o:
Procedimento Comum Infância e Juventude em: 29/11/2021 REQUERENTE:EVANGELINA DE JESUS DO
NASCIMENTO BARBOSA Representante(s): OAB 17142 - DOMINGOS DO NASCIMENTO NONATO
(ADVOGADO) REQUERIDO:JARUMA RODOFLUVIAL LTDA.  CERTID¿O DE TRÃNSITO EM
JULGADO CERTIFICO e dou a fé que em razão das atribuições a mim conferidas por Lei que no
interesse do referido processo, venho registrar que a Sentença prolatada por este juÃ-zo TRANSITOU
LIVREMENTE EM JULGADO. Nada mais.  Igarapé-Miri/PA____ de ______ de 2021 Jefferson Vieira da
Silva Diretor de Secretaria                                     Â
                       Página de 1 Fórum de: IGARAPÃ-MIRI  Email:
tjepa022@tjpa.jus.br   Endereço: TRAVESSA QUINTINO BOCAIUVA, S/N CEP: 68.430-000 Â
Bairro: Centro  Fone: (91)3755-1866 PROCESSO: 00034225720178140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o: Pedido
de Busca e Apreensão Criminal em: 29/11/2021 REQUERENTE:NIP NUCLEO DE INTELIGENCIA
POLICIAL DENUNCIADO:EDILSON BASTOS PINHEIRO Representante(s): OAB 5791 - MANOEL DE
JESUS LOBATO XAVIER (ADVOGADO) DENUNCIADO:ODIVAL DO SOCORRO DE FREITAS
MACHADO DENUNCIADO:ERALDO GOMES PINHEIRO Representante(s): OAB 17142 - DOMINGOS
DO NASCIMENTO NONATO (ADVOGADO) OAB 21293 - MAX DO SOCORRO MELO PINHEIRO
(ADVOGADO) DENUNCIADO:THIAGO PINHEIRO Representante(s): OAB 21293 - MAX DO SOCORRO
MELO PINHEIRO (ADVOGADO) DENUNCIADO:MAURO CLESIO FERREIRA LOBATO JUNIOR
DENUNCIADO:LIDEMAR TRINDADE DA COSTA Representante(s): OAB 7449 - EDUARDO JOSE DE
FREITAS MOREIRA (ADVOGADO) DENUNCIADO:PABLO NORBERTO FARIAS DA SILVA
Representante(s): OAB 9363 - AMADEU PINHEIRO CORREA FILHO (ADVOGADO) OAB 26494 -
KELVYN CARLOS DA SILVA MENDES (ADVOGADO) DENUNCIADO:ANDREZA MORAES DE AQUINO
DENUNCIADO:WESLYN AFONSO DE MIRANDA DENUNCIADO:JAIRO JOSE LOBATO DE SOUZA
DENUNCIADO:MARCELO MAICON SOUZA LADISLAU DENUNCIADO:LUIZ CLAUDIO ALMEIDA DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
SOUZA Representante(s): OAB 22996 - ANNE VELOSO MONTEIRO (ADVOGADO) OAB 29979 -
MANOEL PINHEIRO GONÇALVES JUNIOR (ADVOGADO) TESTEMUNHA:OSVALDO DE JESUS PENA
DE MORAES TESTEMUNHA:JONELSON PANTOJA DA SILVA TESTEMUNHA:SILVIA MARIA CASTRO
MARTINS TESTEMUNHA:LIGIA DE CASSIA LEAO CASTRO TESTEMUNHA:JANILSON OLIVEIRA
FONSECA TESTEMUNHA:SOLUAN FELIPE MELO PEREIRA TESTEMUNHA:DANIELE GUIMARAES
DA SILVA TESTEMUNHA:DULCIVALDO DE CASTRO QUARESMA TESTEMUNHA:MALURDINA
PANTOJA RIBEIRO. JUÃZO DE DIREITO DA VARA ÃNICA DA COMARCA DE IGARAPÃ-MIRI Fórum
Des. Manoel Maroja Neto- Trav. Quintino Bocaiuva, s/n, Centro, Igarapé-Miri/PA, CEP 68430-000,
Tel./fax (91) 3755-1866, e-mail: igarapemiri@tjpa.jus.br PROCESSO Nº 0003422-57.2017.8.14.0022 -
AÃÃO PENAL (audiência realizada no dia 25/11/2021) Processo nº 0003422-57.2017.8.14.0022 - AÃÃO
PENAL Autor: Ministério Público do Estado do Pará. Denunciados: EDILSON BASTOS PINHEIRO,
ODIVAL DO SOCORRO DE FREITAS MACHADO, ERALDO GOMES PINHEIRO, THIAGO PINHEIRO,
MAURO CLESIO FERREIRA LOBATO JUNIOR, LIDEMAR TRINDADE DA COSTA, PABLO NORBERTO
FARIAS DA SILVA, ANDREZA MORAES DE AQUINO, WESLYN AFONSO DE MIRANDA, JAIRO JOSE
LOBATO DE SOUZA, MARCELO MAICON SOUZA LADISLAU e LUIZ CLAUDIO ALMEIDA DE SOUZA.
Advogados: AMADEU PINHEIRO CORRÃA FILHO - OAB/PA Nº 9363, KELVYN CARLOS DA SILVA
MENDES - OAB/PA 26.494; MANOEL DE LOBATO XAVIER - OAB/PA 5791; MANOEL PINHEIRO
GONÃALVES JUNIOR - OAB/PA 29.979. Classificação: artigo 33 da Lei nº 11.343/2006 e artigo 288,
caput do CPB. TERMO DE AUDIÃNCIA        Ao vigésimo quinto (25) dia do mês de
novembro (11) de dois mil e vinte e um (2021), às 11hs00min, nesta cidade e Comarca de Igarapé-Miri,
Estado do Pará, dentro do ambiente Microsoft Teams, em razão da pandemia da Covid-19 e conforme a
PORTARIA CONJUNTA N° 5/2020-GPNP/CJRMB/CJCI, de 23 de março de 2020 e PORTARIA
CONJUNTA N° 10/2020-GPNP/CJRMB/CJCI, DE 15 DE MAIO DE 2020. Presente o Juiz de Direito
Arnaldo José Gomes Pedrosa. Presente o Promotor de Justiça Emério Mendes Costa. Presente os
advogados Amadeu Pinheiro Corrêa Filho - OAB/PA 9363, Kelvyn Carlos da Silva Mendes - OAB/PA
26.494; Manoel De Lobato Xavier - OAB/PA 5791; Manoel Pinheiro Gonçalves Junior - OAB/PA 29.979.
Presente os acusados Edilson Bastos Pinheiro, Odival do Socorro de Freitas Machado, Eraldo Gomes
Pinheiro, Mauro Clésio Ferreira Lobato Junior, Pablo Norberto Farias da Silva, Jairo Jose Lobato de
Souza, Marcelo Maicon Souza Ladislau, Luiz Claudio Almeida de Souza, Lidemar Trindade da Costa,
Andreza Moraes de Aquino. Ausentes os acusados Thiago Pinheiro, não havendo justificativa até o
término desta audiência e Weslyn Afonso de Miranda (falecido). Presente as testemunhas arroladas
pelo Ministério Público Daniel Alexandre Rebelo Clos e Quésia Pereira Cabral Dorea. Presente as
testemunhas arroladas pelas defesas Jonoelson Pantoja da Silva, Janilson de Oliveira Fonseca, Osvaldo
de Jesus Pena de Moraes, Dulcivaldo de Castro Quaresma e Fabio Leão Pinheiro. Ausente as
testemunhas arroladas pela defesa Elton Braga de Souza, Elizângela dos Santos Melo, Marludina
Pantoja Ribeiro e Ligia de Cassia Leão de Castro. ABERTA A AUDIÃNCIA pelo MM. Juiz de Direito, a
audiência passou a ser realizada por meio de videoconferência, com gravação audiovisual,
utilizando-se o sistema TEAMS, nos termos da PORTARIA CONJUNTA N°7/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI,
de 28 de abril de 2020, sendo dispensada sua assinatura, com a anuência das partes.       Â
Considerando a ausência justificada da representante legal da Defensoria Pública em razão da
itinerância na Comarca de Mocajuba/PA, nomeio para a defesa dos réus Jairo Jose Lobato de Souza,
Marcelo Maicon Souza Ladislau e Mauro Clesio Ferreira Lobato Junior, para o presente ato, o advogado
Kelvyn Carlos da Silva Mendes - OAB/PA 26.494. Para a defesa dos réus Eraldo Gomes Pinheiro e
Andreza Moraes de Aquino, nomeio o advogado Amadeu Pinheiro Corrêa Filho - OAB/PA 9363.    Â
   Ante as ausências do réu Thiago Pinheiro, acima registrada e considerando que o acusado se
encontra solto, não havendo nenhuma justificativa do não comparecimento do acusado, aplico ao caso
o disposto no art. 367 do Código de Processo Penal, segundo o qual ¿o processo seguirá sem a
presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer
sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao
juÃ-zo¿.        O Juiz fez a leitura dos termos da denúncia aos presentes.        O Juiz
esclareceu sobre a importância e a finalidade das testemunhas, bem como sobre a promessa de dizer a
verdade do que souber e lhe for perguntado (CPP, art. 203), sob pena de responder a processo pelo crime
de falso testemunho (CP, art. 342). Â Â Â Â Â Â Â Passou-se a ouvir a testemunha arrolada pelo
Ministério: ALEXANDRE REBELO CLOS e QUÃSIA PEREIRA CABRAL DOREA, cujas declarações
foram registradas em gravação audiovisual, conforme mÃ-dia (DVD) em anexo.        A defesa
manifestou-se pela desistência da oitiva das testemunhas Elton Braga de Souza, Elizângela dos Santos
Melo e Marludina Pantoja Ribeiro. O MM Juiz homologou a desistência.        Passou-se a ouvir
a testemunha arrolada pela defesa de Eraldo Gomes Pinheiro: DULCIVALDO DE CASTRO QUARESMA,
724
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
cujas declarações foram registradas em gravação audiovisual, conforme mÃ-dia (DVD) em anexo. Â
      Passou-se a ouvir a testemunha arrolada pela defesa de Pablo Norberto Farias da Silva:
JANILSON OLIVEIRA FONSECA, cujas declarações foram registradas em gravação audiovisual,
conforme mÃ-dia (DVD) em anexo.        A defesa manifestou-se pela desistência da oitiva das
testemunhas Soluan Felipe Melo Pereira e Daniele Guimarães da Silva. O MM Juiz homologou a
desistência.        Passou-se a ouvir a testemunha arrolada pela defesa de Edilson Bastos
Pinheiro: JONELSON PANTOJA DA SILVA, cujas declarações foram registradas em gravação
audiovisual, conforme mÃ-dia (DVD) em anexo.        A defesa manifestou-se pela desistência
da oitiva das testemunhas Osvaldo de Jesus Pena Moraes e Ligia de Cassia Leão Castro. O MM Juiz
homologou a desistência        A defesa manifestou-se pela desistência da oitiva da
testemunha Silvia Maria Castro Martins. O MM Juiz homologou a desistência.        Encerrada a
fase de oitiva das testemunhas.        Passou-se ao interrogatório da acusada Andreza Moraes
De Aquino.        Antes de iniciar o interrogatório, o Juiz fez a denunciada a observação de
seus direitos constitucionais, inclusive o de permanecer em silêncio, sem que isso prejudique sua defesa,
nos termos do art. 5º, incisos LV, LVII, LXIII, da Constituição Federal de 1988. Esclareceu, ainda,
sobre o direito de entrevista reservada com o advogado, direito esse cujo exercÃ-cio foi garantido e
efetivado.        O interrogatório, nos termos do art. 187 do CPP, é constituÃ-do de duas partes:
sobre a pessoa e sobre os fatos. Ãs perguntas a ré respondeu e suas declarações, durante o
interrogatório, foram registradas em gravação audiovisual conforme mÃ-dia (DVD) anexa, que fica
fazendo parte integrante do presente processo. A ré negou a prática do delito.        Passou-se
ao interrogatório do acusado Mauro Clésio Ferreira Lobato Junior.        Antes de iniciar o
interrogatório, o Juiz fez ao denunciado a observação de seus direitos constitucionais, inclusive o de
permanecer em silêncio, sem que isso prejudique sua defesa, nos termos do art. 5º, incisos LV, LVII,
LXIII, da Constituição Federal de 1988. Esclareceu, ainda, sobre o direito de entrevista reservada com
o advogado, direito esse cujo exercÃ-cio foi garantido e efetivado.        O interrogatório, nos
termos do art. 187 do CPP, é constituÃ-do de duas partes: sobre a pessoa e sobre os fatos. O réu
manifestou-se pelo direito de ficar em silêncio.        Passou-se ao interrogatório do acusado
Marcelo Maicon Souza Ladislau.        Antes de iniciar o interrogatório, o Juiz fez ao denunciado
a observação de seus direitos constitucionais, inclusive o de permanecer em silêncio, sem que isso
prejudique sua defesa, nos termos do art. 5º, incisos LV, LVII, LXIII, da Constituição Federal de 1988.
Esclareceu, ainda, sobre o direito de entrevista reservada com o advogado, direito esse cujo exercÃ-cio foi
garantido e efetivado.        O interrogatório, nos termos do art. 187 do CPP, é constituÃ-do de
duas partes: sobre a pessoa e sobre os fatos. Ãs perguntas ao réu respondeu e suas declarações,
durante o interrogatório, foram registradas em gravação audiovisual conforme mÃ-dia (DVD) anexa,
que fica fazendo parte integrante do presente processo. O réu negou a prática do delito.       Â
Passou-se ao interrogatório do acusado Jairo Jose Lobato De Souza.        Antes de iniciar o
interrogatório, o Juiz fez ao denunciado a observação de seus direitos constitucionais, inclusive o de
permanecer em silêncio, sem que isso prejudique sua defesa, nos termos do art. 5º, incisos LV, LVII,
LXIII, da Constituição Federal de 1988. Esclareceu, ainda, sobre o direito de entrevista reservada com
o advogado, direito esse cujo exercÃ-cio foi garantido e efetivado.        O interrogatório, nos
termos do art. 187 do CPP, é constituÃ-do de duas partes: sobre a pessoa e sobre os fatos. Ãs perguntas
ao réu respondeu e suas declarações, durante o interrogatório, foram registradas em gravação
audiovisual conforme mÃ-dia (DVD) anexa, que fica fazendo parte integrante do presente processo. O
réu negou a prática do delito.        Passou-se ao interrogatório do acusado Everaldo Gomes
Pinheiro.        Antes de iniciar o interrogatório, o Juiz fez ao denunciado a observação de
seus direitos constitucionais, inclusive o de permanecer em silêncio, sem que isso prejudique sua defesa,
nos termos do art. 5º, incisos LV, LVII, LXIII, da Constituição Federal de 1988. Esclareceu, ainda,
sobre o direito de entrevista reservada com o advogado, direito esse cujo exercÃ-cio foi garantido e
efetivado.        O interrogatório, nos termos do art. 187 do CPP, é constituÃ-do de duas partes:
sobre a pessoa e sobre os fatos. Ãs perguntas ao réu respondeu e suas declarações, durante o
interrogatório, foram registradas em gravação audiovisual conforme mÃ-dia (DVD) anexa, que fica
fazendo parte integrante do presente processo. O réu negou a prática do delito.        Passou-
se ao interrogatório do acusado Lindemar Trindade da Costa.        Antes de iniciar o
interrogatório, o Juiz fez ao denunciado a observação de seus direitos constitucionais, inclusive o de
permanecer em silêncio, sem que isso prejudique sua defesa, nos termos do art. 5º, incisos LV, LVII,
LXIII, da Constituição Federal de 1988. Esclareceu, ainda, sobre o direito de entrevista reservada com
o advogado, direito esse cujo exercÃ-cio foi garantido e efetivado.        O interrogatório, nos
termos do art. 187 do CPP, é constituÃ-do de duas partes: sobre a pessoa e sobre os fatos. Ãs perguntas
725
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Representante(s): OAB 17967 - JOANAINA DE PAIVA RODRIGUES (ADVOGADO) OAB 18476 - JACOB
KENNEDY MAUES GONCALVES (ADVOGADO) REQUERIDO:MUNICIPIO DE IGARAPEMIRI
PREFEITURA MUNICIPAL.  CERTID¿O DE TRÃNSITO EM JULGADO CERTIFICO e dou a fé que
em razão das atribuições a mim conferidas por Lei que no interesse do referido processo, venho
registrar que a Sentença prolatada por este juÃ-zo TRANSITOU LIVREMENTE EM JULGADO. Nada
mais.  Igarapé-Miri/PA____ de ______ de 2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor de Secretaria    Â
ÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂ
      Página de 1 Fórum de: IGARAPÃ-MIRI  Email: tjepa022@tjpa.jus.br   Endereço:
TRAVESSA QUINTINO BOCAIUVA, S/N CEP: 68.430-000  Bairro: Centro  Fone: (91)3755-1866
PROCESSO: 00034846320188140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o:
Procedimento Comum Infância e Juventude em: 29/11/2021 REQUERENTE:KARINA MARIA
RODRIGUES FERREIRA Representante(s): OAB 12598 - PAULO HENRIQUE MENEZES CORREA
JUNIOR (ADVOGADO) OAB 27616 - MONALISA DE SOUZA PORFIRIO (ADVOGADO)
REQUERIDO:MUNICIPIO DE IGARAPEMIRI.  CERTID¿O DE TRÃNSITO EM JULGADO CERTIFICO
e dou a fé que em razão das atribuições a mim conferidas por Lei que no interesse do referido
processo, venho registrar que a Sentença prolatada por este juÃ-zo TRANSITOU LIVREMENTE EM
JULGADO. Nada mais.  Igarapé-Miri/PA____ de ______ de 2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor de
Secretaria                                             Â
               Página de 1 Fórum de: IGARAPÃ-MIRI  Email:
tjepa022@tjpa.jus.br   Endereço: TRAVESSA QUINTINO BOCAIUVA, S/N CEP: 68.430-000 Â
Bairro: Centro  Fone: (91)3755-1866 PROCESSO: 00035137920198140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:JONILSON SILVA SOUSA Representante(s):
OAB 20476 - MAURICIO PIRES RODRIGUES (ADVOGADO) REQUERIDO:ESTADO PARÁ. Â
CERTID¿O DE TRÃNSITO EM JULGADO CERTIFICO e dou a fé que em razão das atribuições a
mim conferidas por Lei que no interesse do referido processo, venho registrar que a Sentença prolatada
por este juÃ-zo TRANSITOU LIVREMENTE EM JULGADO. Nada mais.  Igarapé-Miri/PA____ de
______ de 2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor de Secretaria                    Â
                                        Página de 1Â
Fórum de: IGARAPÃ-MIRI  Email: tjepa022@tjpa.jus.br   Endereço: TRAVESSA QUINTINO
BOCAIUVA, S/N CEP: 68.430-000  Bairro: Centro  Fone: (91)3755-1866 PROCESSO:
00042159320178140022 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Procedimento Comum Infância e Juventude em: 29/11/2021
REQUERENTE:CARLOS ALBERTO DE CASTRO Representante(s): OAB 21293 - MAX DO SOCORRO
MELO PINHEIRO (ADVOGADO) MENOR:K. J. P. C. REQUERIDO:DEUSA MARIA MONTEIRO
PINHEIRO. CERTIDÃO          CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim conferidas
por Lei, que tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do processo em
epÃ-grafe, SEM SIGILO E SEMÂ PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com 50 fls., devidamente
rubricadas e numeradas. Este processo não contém mÃ-dia, não possui apensos ou qualquer avaria
que não possa seguir sua tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos itens
obrigatórios, de acordo com CHECK LIST apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de Digitalização,
estando os presentes autos em regularidade para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e
dou fé.  Igarapé-Miri/PA, 29 de novembro de 2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor de Secretaria
PROCESSO: 00044509420168140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Embargos à
Execução em: 29/11/2021 EXEQUENTE:RILDO SAMPAIO LOBATO Representante(s): OAB 9363 -
AMADEU PINHEIRO CORREA FILHO (ADVOGADO) EXECUTADO:F C OLIVEIRA CIA LTDA.
CERTIDÃO          CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim conferidas por Lei, que
tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, SEM
SIGILO E SEMÂ PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com 21 fls., devidamente rubricadas e
numeradas. Este processo não contém mÃ-dia, não possui apensos ou qualquer avaria que não
possa seguir sua tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos itens obrigatórios, de
acordo com CHECK LIST apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de Digitalização, estando os
presentes autos em regularidade para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e dou fé. Â
Igarapé-Miri/PA, 29 de novembro de 2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor de Secretaria PROCESSO:
00047554420178140022 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Procedimento Comum Infância e Juventude em: 29/11/2021
727
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
deliberações, verifica-se que houve a absolvição do réu pelo Conselho de Sentença, restando
prejudicados os demais quesitos.           Considerando que a Constituição Federal
dispõe que o Tribunal do Júri é soberano em suas decisões e que este absolveu o réu do delito
que lhe foi imputado, com fundamento no art. 492, II, e 493, do CPP, JULGA O CONSELHO DE
SENTENÃA A IMPROCEDÃNCIA DA DENÃNCIA, ABSOLVENDO o réu RAFAEL DA SILVA LOBATO
do crime previsto no art. 121, caput, c/c art. 14, II, ambos do CP.          Sentença Publicada
em Plenário, aos 29 dias do mês de novembro do ano de 2021, às 16h30min, dando-se as partes por
intimadas, devendo ser registrada no livro próprio. ARNALDO JOSà PEDROSA GOMES Juiz de Direito
presidente da Sessão do Tribunal do Júri PROCESSO: 00058446820188140022 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Petição
Infância e Juventude Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:VANILSON GONCALVES PENA
Representante(s): OAB 26494 - KELVYN CARLOS DA SILVA MENDES (ADVOGADO)
REQUERIDO:MUNICIPIO DE IGARAPE MIRI. CERTIDÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â CERTIFICO, em virtude das
atribuições a mim conferidas por Lei, que tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-
Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, SEM SIGILO E SEMÂ PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S)
com 129 fls., devidamente rubricadas e numeradas. Este processo com contém mÃ-dia, não possui
apensos ou qualquer avaria que não possa seguir sua tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a
conferência dos itens obrigatórios, de acordo com CHECK LIST apresentado pelo Grupo Gestor do
Setor de Digitalização, estando os presentes autos em regularidade para prosseguimento. Nada mais.
O referido é verdade e dou fé.  Igarapé-Miri/PA, 29 de novembro de 2021 Jefferson Vieira da SilvaÂ
Diretor de Secretaria PROCESSO: 00073747320198140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o:
Procedimento Sumário em: 29/11/2021 REQUERENTE:JONILSON SILVA SOUSA Representante(s): OAB
20476 - MAURICIO PIRES RODRIGUES (ADVOGADO) OAB 28518 - VANESSA NEVES COSTA
(ADVOGADO) REQUERIDO:REAL MAIA TRANSPORTES TERRESTRES LTDA ME Representante(s):
OAB 635-A - SILSON PEREIRA AMORIM (ADVOGADO) OAB 21932 - ICARO LEANDRO AQUINO DOS
ANJOS (ADVOGADO) .  CERTID¿O DE TRÃNSITO EM JULGADO CERTIFICO e dou a fé que em
razão das atribuições a mim conferidas por Lei que no interesse do referido processo, venho registrar
que a Sentença prolatada por este juÃ-zo TRANSITOU LIVREMENTE EM JULGADO. Nada mais. Â
Igarapé-Miri/PA____ de ______ de 2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor de Secretaria        Â
ÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂ
  Página de 1 Fórum de: IGARAPÃ-MIRI  Email: tjepa022@tjpa.jus.br   Endereço:
TRAVESSA QUINTINO BOCAIUVA, S/N CEP: 68.430-000  Bairro: Centro  Fone: (91)3755-1866
PROCESSO: 00079682420188140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o: Auto
de Prisão em Flagrante em: 29/11/2021 DENUNCIADO:SANDENILSON ALMEIDA ALVES
Representante(s): OAB 21293 - MAX DO SOCORRO MELO PINHEIRO (ADVOGADO) VITIMA:O. E.
TESTEMUNHA:JACOB SILVA ALMEIDA TESTEMUNHA:JOAQUINA DE CASTRO ALMEIDA
TESTEMUNHA:OBADIAS PINHEIRO PANTOJA. ESTADO DO PARÃ PODER JUDICIÃRIO COMARCA
DE IGARAPÃ-MIRI VARA ÃNICA Processo nº. 0007968-24.2018.8.14.0022. Classe: Ação Penal.Â
 SENTENÃA          O Ministério Público Estadual, no uso de suas atribuições legais e
constitucionais, ofertou a exordial acusatória em face de SANDENILSON ALMEIDA ALVES, atribuindo-
lhe a conduta descrita no artigo Art. 16, parágrafo único, da Lei 10.826/03.          Consta
da peça acusatória, elaborada com base nas informações colhidas no inquérito policial - Delegacia
de PolÃ-cia Civil delegacia de Igarapé-Miri, que, no dia 31.10.2018, por volta de 07h30min, o acusado foi
preso em flagrante por policiais militares, uma vez que foi encontrada em sua posse uma arma de fogo,
calibre 38, com numeração raspada e duas munições intactas de mesmo calibre, fato ocorrido na
Rodovia Moura Carvalho, Bairro Boa Esperança, neste municÃ-pio.          à fl. 13 consta
auto de apreensão da arma de fogo encontrada em poder do acusado.          No dia
31.01.2019, houve decisão que recebeu a denúncia, portanto nessa data ocorreu o primeiro marco
interruptivo da prescrição da pretensão punitiva.          Resposta à acusação à fl.
10/11.          Audiência de instrução e julgamento realizada às fls. 31/32, oportunidade
na qual foram inquiridas as testemunhas arroladas na denúncia Fabiano Ferreira Vaz, Weverton Clay
Rodrigues Pereira e Jacob Silva Almeida, bem como foi realizado a inquirição da testemunha de defesa
Joaquina de Castro Almeida.          Em audiência de continuação foi realizado o
interrogatório do acusado as fls. 41, o qual confessou a prática do delito.          O
representante do Ministério Público às fls. 44/45, apresentou alegações finais, pugnando pela
condenação do acusado nas penas do crime previsto no artigo art. 14 da Lei 10.826/03 com
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
 Frise-se, ademais, que o réu fora preso em flagrante, devidamente homologado por este juÃ-zo, em
ação policial desenvolvida estritamente dentro dos limites da legalidade, fato que, por si só, tem
presunção relativa acerca da autoria do fato, cabendo à defesa provar a inocência daquele.    Â
     Portanto, restando devidamente comprovada a prática do delito, seja pela documentação
constante dos autos (especialmente o Auto de Apreensão), seja pelo depoimento das testemunhas e
pela confissão do acusado, em outro sentido não se poderia concluir senão naquele que converge
para a procedência da presente ação penal.          Decido.          Ante o
exposto e por tudo mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na denúncia,
para o fim de CONDENAR SANDENILSON ALMEIDA ALVES, anteriormente qualificado, como incurso
nas penas do art. 14, da Lei nº 10.826/2003, razão pela qual passo a dosar as respectivas penas a
serem aplicadas, em estrita observância ao disposto pelo art. 68, caput, do Código Penal c/c art. 5º,
XLVI, da Constituição Federal. DA FIXAÃÃO DA PENA BASE          Em análise das
diretrizes traçadas pelo art. 59, do Código Penal1, verifica-se: a)     O réu agiu com
culpabilidade normal à espécie, sendo sua conduta, devidamente comprovada nos autos, absolutamente
reprovável pela sociedade na qual está inserido; b)     Quanto aos antecedentes criminais do
acusado, não há nos autos, ou em quaisquer bancos de dados, a notÃ-cia de já ter sido o acusado
condenado, com sentença judicial transitado em julgado, pela prática de qualquer outro delito de
natureza penal, razão porque não há que se falar na existência de registros em seus antecedentes
criminais. Importa frisar, neste ponto, que o posicionamento adotado por este juÃ-zo, apoiado no
entendimento majoritário do E. Superior Tribunal de Justiça, é o de que inquéritos policiais ou
processos em andamento não propiciam a caracterização de maus antecedentes, forte no princÃ-pio
da não-culpabilidade, gravado no artigo 5º, LVII, da Constituição Federal e Súmula 444 do STJ.4
c)     Quanto à sua conduta social, pouco se pode dizer diante dos elementos probatórios colhidos
nos autos. d)     No que atine à sua personalidade, pouco se poder dizer diante dos dados colhidos
nos autos que nada ou quase nada refletem de tal instituto; e)Â Â Â Â Â Quanto aos motivos que levaram
o acusado a cometer o delito, também não há muito que se valorar, uma vez que a única fonte de
informação quanto a tal circunstância judicial reside no depoimento pessoal daquele que, teria portado
arma para sua própria proteção em razão de ter sofrido ameaças. f)     Já quanto à s
circunstâncias do crime, compreendidas como aquelas que ¿apesar de não especificadas em nenhum
texto legal, podem, de acordo com uma avaliação discricionária do juiz, acarretar uma diminuição
ou aumento de pena¿2, há que se dizer que o acusado fora capturado em conduta sem sombra de
dúvidas flagrante, tendo sido encontrada a arma de fogo de uso permitido em seu poder; g)    Â
No que atine às consequências do crime, deve ser levada em conta sua natureza, razão pela qual se
ressaltam todas as mazelas que o porte ilegal de arma de fogo causa, inevitavelmente, Ã sociedade de um
modo geral, que se torna, mesmo que indiretamente, vÃ-tima de delito; h)Â Â Â Â Â Deixo de valorar o
comportamento da vÃ-tima, tendo em vista que, in casu, trata-se do próprio Estado;         Â
Diante de tais circunstâncias, analisadas individualmente, é que fixo a pena base em 03 (três) anos de
reclusão e pagamento de 30 dias-multas, cada um equivalente a um trigésimo do valor do salário
mÃ-nimo vigente, em observância ao disposto no art. 60, do Código Penal. DAS CIRCUNSTÃNCIAS
ATENUANTES E AGRAVANTES (ARTIGOS 61 A 66 DO CÃDIGO PENAL) Â Â Â Â Â Â Â Â Â No que
tange à segunda fase da dosimetria legal, é possÃ-vel verificar a existência de uma circunstância
atenuante que é a atenuante da confissão espontânea, nos termos do artigo 65,III,d do Código
Penal, tendo em vista que o réu confessou a autoria delitiva perante a autoridade policial (fl. 07) e
perante este juÃ-zo (fl. 41/42).          Diante disso, atenuando 1/6 (um sexto) da sanção,
fixo a pena intermediária em 02 (dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão e pagamento de 25 dias-
multas. DAS CAUSAS DE DIMINUIÃÃO E AUMENTO DE PENA          Na última das fases
de dosimetria da pena, importa esclarecer que inexistem quaisquer causas de diminuição ou aumento
de pena, razão pela qual fica o réu, em definitivo, condenado ao cumprimento da pena de 02 (dois)
anos e 6 (seis) meses de reclusão e pagamento de 25 dias-multas. DO REGIME DE CUMPRIMENTO
DA PENA          Considerando o disposto no art. 33, §2º, alÃ-nea C e §3º todos do
Código Penal3, bem como levando em conta que não há qualquer fundamentação idônea que
imponha um regime inicial de cumprimento de pena mais gravoso, deverá o réu iniciar o cumprimento
da pena em regime aberto.  Considerando a inexistência de casas de albergado ou outro
estabelecimento adequado para os efeitos do disposto no art. 33, § 1º, ¿c¿, do Código de Processo
Penal4, deverá o condenado cumprir a pena em prisão domiciliar, conforme entendimento do E. STJ5.Â
CONSIDERAÃÃES GERAIS          *Da Desnecessidade da prisão cautelar a)    Â
Considerando que a atual sistemática processual extirpou de nosso ordenamento jurÃ-dico a prisão
automática decorrente de sentença penal condenatória recorrÃ-vel, há que se frisar, neste momento, a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
permanência ou não dos requisitos previstos nos artigos 312 e 313, do Código de Processo Penal e
que autorizam a prisão preventiva do condenado.          Com efeito, após bem compulsar
os autos, verifica-se que inexistem quaisquer das circunstâncias autorizadoras da prisão preventiva do
ora condenado. Em verdade, conquanto haja prova da autoria e materialidade delitiva, sua liberdade não
implicaria desordem pública ou mesmo impediria a aplicação de lei penal. Ademais, já se tendo
findado a instrução criminal, a liberdade do acusado não é outra coisa senão clara observância
dos princÃ-pios da legalidade, razoabilidade e proporcionalidade.          Assim, não há que
se falar em necessidade de decretação de sua prisão provisória. b)     Condeno, ainda, o
réu ao pagamento das custas judiciais.          *Da Impossibilidade de Suspensão
Condicional da Pena c)     Considerando a possibilidade e cabimento da substituição da pena
privativa de liberdade aplicada ao condenado por restritiva de direito, deixo de conceder-lhe o benefÃ-cio
da suspensão condicional da pena (sursis), conforme artigo 77, III6, do Código Penal. *Da
Substituição da Pena Privativa de Liberdade por Restritiva de Direitos d)     Como é cediço, o
benefÃ-cio da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos reclama, para sua
concessão, a presença cumulativa dos requisitos constantes do art. 44, do Código Penal, quais sejam:
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos se o crime não for cometido com
violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; II -
o réu não for reincidente em crime doloso; III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa
substituição seja suficiente.             Com efeito, in casu, considerando a natureza e a
forma como o crime foi praticado, o fato de não ser o ora acusado reincidente em crime doloso, bem
como de as circunstâncias judiciais lhe serem favoráveis, SUBSTITUO a pena privativa de liberdade por
02 (duas) restritivas de direito, nos termos do parágrafo 2º, do art. 44, do Código Penal7.      Â
      Destarte, fixo as seguintes penas restritivas de direito, a serem cumpridas, no que for
compatÃ-vel, pelo mesmo prazo estabelecido para a privativa de liberdade, é dizer, 02 (dois) anos e 06
(seis) meses de reclusão (art. 55, do Código Penal8), obedecido o disposto no artigo 46, §4º, do
Código Penal9: i)     PRESTAÃÃO DE SERVIÃOS à COMUNIDADE: o acusado deverá cumprir
a pena no Posto de Saúde, de maneira que a atividade a ser realizada seja aquela designada pela
própria administração do Posto de Saúde, que, por sua vez, fica obrigada a enviar ao juÃ-zo,
mensalmente, relatório das atividades daquele, a fim de que se acompanhe o cumprimento da pena.  Â
       Oficie-se à Secretaria Municipal de Assistência Social para tomar ciência da presente
decisão, bem como para gerir e supervisionar o relatório de atividades do condenado.        Â
 Ressalte-se que a referida pena restritiva de direitos deve ser cumprida na carga horária de 8 (oito)
horas semanais, nos termos do artigo 149, parágrafo 1º da Lei 7210/84 (Lei de Execuções Penais).Â
ii) PRESTAÃÃO PECUNIÃRIA: o acusado fica obrigado ao pagamento de um salário mÃ-nimo (R$
1.100,00 - UM MIL CEM reais) a ser revertido em favor do Fundo da Criança e adolescente do
MunÃ-cipio de Igarapé-Miri. e)     Considerando, que o crime cometido não tem repercussão
patrimonial, deixo de fixar o valor mÃ-nimo para indenização cÃ-vel, previsto no art. 387, IV, do Código
de Processo Penal10. DISPOSIÃÃES FINAIS          Oportunamente, após o trânsito em
julgado desta sentença, tomem-se as seguintes providências: a)     Lance-se o nome do réu no
rol dos culpados; b)Â Â Â Â Â Proceda-se ao recolhimento do valor atribuÃ-do a tÃ-tulo de pena de multa,
conforme art. 686, do Código de Processo Penal11; c)     Expeça-se a carta de execução do
réu; d)     Oficie-se ao Tribunal Regional Eleitoral deste Estado, comunicando a condenação
do réu, com sua devida identificação, acompanhada de fotocópia da presente decisão, para
cumprimento do quanto disposto nos arts. 71, § 2º, do Código Eleitoral c/c 15, III, da Constituição
Federal.  Notifique-se o Ministério Público.          Comunique-se o ofendido acerca do
inteiro teor desta sentença, nos termos do artigo 201§2º, do Código de Processo Penal.      Â
   Publique-se a presente sentença do Diário de Justiça Eletrônico.          Registre-
se. Intimem-se. Igarapé (PA), 29 de novembro de 2021. ARNALDO JOSà PEDROSA GOMES Juiz de
Direito. 1 O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do
agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da
vÃ-tima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do
crime: 2 Idem, p. 142. 4. SUM. 444 STJ. à vedada a utilização de inquéritos policiais e ações
penais em curso para agravar a pena base. 3 4 § 1º Considera-se: c) regime aberto a execução da
pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. 5 STJ-062266) HABEAS CORPUS.
EXECUÃÃO PENAL. PROGRESSÃO PARA O REGIME PRISIONAL ABERTO. INEXISTÃNCIA DE VAGA
EM ESTABELECIMENTO PRISIONAL ADEQUADO. DESVIO DE FINALIDADE DA PRETENSÃO
EXECUTÃRIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. ORDEM CONCEDIDA. 1. Configura
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
constrangimento ilegal ao jus libertatis, sanável pela via do habeas corpus, o cumprimento de pena em
condições mais rigorosas que as estabelecidas pelo juÃ-zo sentenciante ou pelo juÃ-zo das
execuções penais. 2. à dever do Poder Público promover a efetividade da resposta penal, na dupla
perspectiva da prevenção geral e especial; entretanto, não se podem exceder os limites impostos ao
cumprimento da condenação, sob pena de desvio da finalidade da pretensão executória. 3.
Inexistindo vaga em casa de albergado, mostra-se possÃ-vel, em caráter excepcional, permitir ao
sentenciado, a quem se determinou o cumprimento da reprimenda em regime aberto, o direito de recolher-
se em prisão domiciliar. Precedentes: STF - HC 95.334/RS, Rel. p/ Acórdão Min. Marco Aurélio; STJ
- REsp 1.112.990/RS, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima; STJ - HC 97.940/RS, Rel. Min. Laurita Vaz; STJ -
RHC 12.470/SP, Rel. Min. Laurita Vaz. 4. Habeas Corpus concedido para restabelecer a decisão do
JuÃ-zo das Execuções que determinou o cumprimento da pena em regime domiciliar, até a eventual
instalação de albergue na Comarca Caxias do Sul/RS. (Habeas Corpus nº 162055/RS
(2010/0023958-2), 5ª Turma do STJ, Rel. Laurita Vaz. j. 20.05.2010, unânime, DJe 14.06.2010). 6 A
execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2
(dois) a 4 (quatro) anos, desde que: III - não seja indicada ou cabÃ-vel a substituição prevista no art.
44 deste Código 7 § 2º Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita
por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode
ser substituÃ-da por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. 8 As penas
restritivas de direitos referidas nos incisos III, IV, V e VI do art. 43 terão a mesma duração da pena
privativa de liberdade substituÃ-da, ressalvado o disposto no § 4º do art. 46. 9 Se a pena substituÃ-da for
superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55),
nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. 10 O juiz, ao proferir sentença
condenatória: IV - fixará valor mÃ-nimo para reparação dos danos causados pela infração,
considerando os prejuÃ-zos sofridos pelo ofendido; 11 A pena de multa será paga dentro em 10 (dez) dias
após haver transitado em julgado a sentença que a impuser. Gabinete do Juiz de Direito Arnaldo José
Pedrosa Gomes Comarca de Igarapé-Miri PROCESSO: 00084662320188140022 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Monitória
em: 29/11/2021 REQUERENTE:SEBASTIAO DE MIRANDA SACRAMENTO Representante(s): OAB 5791
- MANOEL DE JESUS LOBATO XAVIER (ADVOGADO) REQUERIDO:PREFEITURA MUNICIPAL DE
IGARAPEMIRI. CERTIDÃO          CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim
conferidas por Lei, que tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do
processo em epÃ-grafe, SEM SIGILO E SEMÂ PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com 55 fls.,
devidamente rubricadas e numeradas. Este processo não contém mÃ-dia, não possui apensos ou
qualquer avaria que não possa seguir sua tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos
itens obrigatórios, de acordo com CHECK LIST apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de
Digitalização, estando os presentes autos em regularidade para prosseguimento. Nada mais. O referido
é verdade e dou fé.  Igarapé-Miri/PA, 29 de novembro de 2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor de
Secretaria PROCESSO: 00504950320138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o:
Procedimento Comum Infância e Juventude em: 29/11/2021 AUTOR:A. R. C. Representante(s): OAB
18462 - EULINA FARIAS MAIA (ADVOGADO) REU:K. G. P. Representante(s): OAB 18117 - RENATO
COUTINHO DE LIMA (ADVOGADO) ENVOLVIDO:M. P. C. .  CERTID¿O DE TRÃNSITO EM
JULGADO CERTIFICO e dou a fé que em razão das atribuições a mim conferidas por Lei que no
interesse do referido processo, venho registrar que a Sentença prolatada por este juÃ-zo TRANSITOU
LIVREMENTE EM JULGADO. Nada mais.  Igarapé-Miri/PA____ de ______ de 2021 Jefferson Vieira da
Silva Diretor de Secretaria                                     Â
                       Página de 1 Fórum de: IGARAPÃ-MIRI  Email:
tjepa022@tjpa.jus.br   Endereço: TRAVESSA QUINTINO BOCAIUVA, S/N CEP: 68.430-000 Â
Bairro: Centro  Fone: (91)3755-1866 PROCESSO: 01103873020158140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o:
Procedimento Comum Cível em: 29/11/2021 REQUERENTE:MARIA ANTONIA DOS SANTOS
GUIMARAES REQUERENTE:ANDREIA SOLANGE VELOSO MONTEIRO REQUERENTE:EDNA
FERREIRA LOBO REQUERENTE:SILVIA DO SOCORRO LEAO COSTA REQUERENTE:JUDITE
CORREA DE MIRANDA REQUERENTE:LINDALVA CORREA DE OLIVEIRA REQUERENTE:JOANA
CELIS PANTOJA DE SOUSA REQUERENTE:ELIETE DO SOCORRO LOBO DOS SANTOS
REQUERENTE:MARIA DAS GRACAS PANTOJA CORREA REQUERENTE:CELINA OLIVEIRA
FERREIRA REQUERENTE:MANOEL CASTRO FERREIRA REQUERENTE:ELCI MORAES SERRAO
REQUERENTE:DIVANILDA FARIAS GONCALVES Representante(s): OAB 5791 - MANOEL DE JESUS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
dele conhecimento tiver, que por este JuÃ-zo e Secretaria Judicial da 2ª Vara, tramita os autos de
MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÃNCIA (LEI MARIA DA PENHA), Proc. 0002145-21.2017.8.14.0017,
que tem como requerente ANASTACIA DE SOUSA, brasileira, natural de Redenção-PA, nascida em
04/03/1994, filha de José Edmilson de Souza e de Maria de Jesus de Souza, atualmente em local incerto
e não sabido, e como requerido WANDERSON DE ARAÃJO MORAIS, brasileiro, natural de
//Conceição do Araguaia-PA, nascido aos 29/07/1991, serviços gerais, filho de Antonio Dias Morais e
de Antonia Almeida de Araújo, através deste, fica a vÃ-tima devidamente INTIMADA do teor da seguinte
SENTENÃA: Vistos, etc. Trata-se de solicitação de medidas protetivas em favor da vÃ-tima ANASTACIA
DE SOUSA, conforme Termo de Representação firmado perante a autoridade policial desta cidade.
Este juÃ-zo deferiu liminarmente as medidas protetivas solicitadas no dia 26 de fevereiro de 2017 e até
hoje perduram (fl.16). Citado, a parte requerida não apresentou contestação, conforme certidão de fl.
23. Em consulta ao Sistema Libra, verifica-se que não existem petições pendentes de juntada. à o
relatório. Passo a decidir. Inicialmente, considero necessário tecer algumas considerações sobre o
procedimento a ser adotado, nos moldes da nova legislação de regência. Com efeito, verifica-se que
é preciso adequar o rito processual das medidas protetivas às novas regras estabelecidas na Lei n.
13.105/15 - Código de Processo Civil - que passou a vigorar em 18/03/2016. Seguindo orientação do
Superior Tribunal de Justiça e de grande parte da doutrina, às medidas protetivas previstas na Lei nº
11.340/2006 era atribuÃ-da a natureza jurÃ-dica de cautelar satisfativa e, para tanto, seguia-se o rito do
processo cautelar. No entanto, sabe-se que no CPC/15 não há mais a previsão do processo cautelar
e, assim, até o momento não há regulação especÃ-fica para substituir o rito procedimental,
cabendo, pois, a este JuÃ-zo, adequar as medidas protetivas ao novo Codex. Nessa medida, com
fundamento no princÃ-pio da adaptabilidade do processo, e considerando que as medidas protetivas
possuem natureza provisional, de conteúdo satisfativo, considero razoável a adoção das
disposições da nova legislação relacionadas à concessão da tutela provisória, previstas nos
artigos 294 e seguintes do CPC. Nessa linha de raciocÃ-nio, situadas no cerne do arcabouço jurÃ-dico
formado em torno da proteção e dignificação da mulher, as medidas protetivas de urgência que
obrigam ao agressor, juntamente com as medidas protetivas de urgência à ofendida, constituem
importantes ferramentas na proteção de possÃ-veis discrÃ-men inconstitucionais do gênero masculino
sobre o feminino, na medida em que possibilitam a sistemática cautelar no âmbito da coerção Ã
violência doméstica. Com efeito, tratando-se de medidas materialmente satisfativas, é inegável que o
juÃ-zo de processamento e admissibilidade destas está intimamente informado pelos mesmos princÃ-pios
da tutela antecipada, quais sejam, probabilidade do direito e perigo de dano. Outrossim, segundo a Lei
11.340/2006, é autorizado ao JuÃ-zo proceder ex officio, podendo ainda, proferir suas decisões, quando
necessário e razoável, sem ouvir a parte contrária, tudo em conformidade com a urgência e o
resguardo da efetividade da medida necessária. Diante deste quadro fático, levando-se em
consideração que o art. 5º, inciso I da Constituição Federal estabelece a isonomia entre homens e
mulheres bem como ser fundamento da República Federativa a dignidade humana, sendo direito
inalienável a incolumidade fÃ-sica e psÃ-quica, em especial a das mulheres envolvidas no contexto
doméstico, princÃ-pio este pertencente ao bloco de constitucionalidade que transcende o corpo escrito
dos direitos fundamentais, restou deferido o pedido em conformidade com os requisitos da tutela
antecipada, tal como constou na decisão de fl.16/verso. Finalmente, não tendo sido apresentada
resposta pelo ofensor nem tendo a ofendida se manifestado expressamente quanto a necessidade de
prorrogação das medidas, há que se considerar que a tutela antecipada outrora concedida, uma vez
já estabilizada, acabou por exaurir os seus efeitos, notadamente porque decorrido prazo superior a dois
anos da data de sua concessão. Diante do exposto, confirmo a decisão liminar anteriormente concedida
e, via de consequência, julgo EXTINTO O PROCESSO, com resolução do mérito, com fulcro no
artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil. Sem custas. Publique-se. Registre-se. Intime-se a
vÃ-tima, pessoalmente. Ciência ao Ministério Público. Finalmente, ARQUIVEM-SE os presentes autos,
dando-se baixa no Sistema Libra. Conceição do Araguaia, 08 de abril de 2019.MARCOS PAULO
SOUSA CAMPELO Juiz de Direito .CUMPRA-SE na forma da lei. DADO E PASSADO nesta cidade e
Comarca de Conceição do Araguaia, Estado do Pará, aos 2911/2021. EU ________________ (ALINE
COSTA DE SOUSA), Diretora de Secretaria, fiz digitar, conferi e subscrevi* ALINE COSTA DE SOUSA
Diretora de Secretaria da 2ª Vara
escritas às fls. 57/59 pela defesa dativa. Vieram os autos conclusos. Passo a decidir. II -
FUNDAMENTAÇÃO Não há qualquer questão processual pendente de solução nos presentes autos,
motivo pelo qual passo a analisar o mérito. Trata-se de ação penal pública, instaurada para apurar a
responsabilidade criminal do réu JOÃO BATISTA NOGUEIRA pela prática do crime previsto nos artigos
129, § 9º do CPB e art. 147 da CPB. O réu foi investigado pela prática o crime de lesão corporal contra a
vítima M.G.A.N. DO CRIME DE LESÃO CORPORAL O réu foi investigado pela prática o crime de lesão
corporal contra M.G.A.N. Para comprovação da materialidade, os elementos constantes às fls. 07 do IPL,
apontam a existência de lesões corporais sofridas pela vítima M.G.A.N., o que demonstra para a
configuração da materialidade, bem como o depoimento que atestou a existência. No que tange à autoria,
há provas nos autos de que, de fato, o réu JOÃO BATISTA assim agiu, de forma a lesionar a vítima, ao
contrário da tese esposada na defesa do réu, não havendo como se aplicar a tese da mínima gravidade
dos fatos. Assim vejamos: Sinteticamente, em seu depoimento a vítima M.G.A.N. confirmou a existência
das agressões verbais e físicas, especialmente neste caso, vez que ficou com hematomas por mais de um
mês, segundo suas próprias palavras. A testemunha José Damásio confirmou em seu depoimento a
existência das lesões, o que corrobora com as provas trazidas pelo IPL e pelo depoimento da vítima
M.G.A.N. Os depoimentos da vítima e testemunhas afiguraram-se críveis e com o laudo de exame de
corpo de delito, o qual, à fl. 07 do IPL, apontando com precisão que a vítima sofreu lesões decorrente das
ofensas físicas, concluo que a lesão praticadas pelo réu JOÃO BATISTA NOGUEIRA ocorreu de forma
dolosa, sem que tenha quaisquer elementos de legítima defesa, mormente pelo excesso empregado. No
caso sob análise, as evidencias probatórias estão acima de qualquer dúvida razoável, demonstrando que
o acusado agrediu a vítima fisicamente, o que faz enquadrar sua conduta no crime de lesões corporais
qualificadas previsto no artigo 129, § 9º do CPB. Assim sendo, a autoria e a materialidade dos crimes
restaram suficientemente comprovadas. CRIME DE AMEAÇA Com relação a este crime, noto que o
mesmo se encontra prescrito desde 19/06/2018, dado o implemento do lapso temporal de 03 anos, na
forma do art. 109, VI do CPB, motivo que deverá resolver pelo implemento do tempo. III - DISPOSITIVO
Do exposto, julgo parcialmente procedente a ação penal, com resolução do mérito, conforme o disposto no
art. 387 do CPP, para condenar o réu JOÃO BATISTA NOGUEIRA pelo fato disposto no art. 129, § 9º do
CPB do Código Penal e absolve-lo do crime de ameaça pela imposição da prescrição na forma do art. 107,
IV do CPB, momento pelo qual passo a fazer a dosimetria. DOSIMETRIA DO CRIME DE LESÕES
CORPORAIS Em atenção ao art. 59 do Código Penal que arrola as circunstâncias judiciais a serem
valoradas, observo que a culpabilidade do réu não merece valoração, pois o juízo de reprovabilidade foi
comum a casos desta espécie delitiva. O réu não registra antecedentes criminais. A conduta social do réu
não foi valorada, vez que não consta nos autos que o réu nada que desabone a conduta do réu. Quanto à
personalidade, o réu não demonstra ser pessoa violenta ou má afamada, motivo pelo qual deixo de valorar
a circunstância. O motivo do crime foi unicamente a discussão acalorada daquele instante, motivo pelo
qual deixo de valorar a circunstância. As circunstâncias do crime não fogem do comum fogem ao
comumente observado à espécie delitiva. As consequências do crime não podem ser valoradas em
prejuízo do réu. O comportamento da vítima ao ser valorado, induziu o réu ao cometimento do crime,
motivo pelo que fixo a pena-base em 03 (três) meses de detenção. Quantos às circunstancias agravantes
e atenuantes, aplico a circunstância agravante do art. 61, inc II, alínea ¿l¿, motivo pelo qual elevo a pena
em 02 (dois) meses, com parcial em 05 (cinco) meses de detenção. Como não existem causas de
aumento e diminuição de pena decorrente da prática do crime, mantenho a pena, fixando em definitivo a
pena de 05 (cinco) meses de detenção. O regime inicial de cumprimento da pena será o aberto, conforme
art. 33. § 2º, alínea ¿c¿. Incabível a substituição de pena em decorrência da grave ameaça, conforme lição
do art. 44 do CPB. Igualmente descabe sursis. Como o réu foi preso provisoriamente, aplico o art. 387, §
2º do CPP, para fins de fixação do regime inicial da pena, e observo que a pena já foi cumprida, devendo
ser expedido o ALVARÁ DE SOLTURA, neste processo. DISPOSIÇÕES FINAIS Por outro lado, determino
a medida protetiva de afastamento da vítima e seus familiares, bem como proibição de contato com a
mesma na forma da Lei nº 11340. Condeno o réu ao pagamento das custas processuais, nos termos do
art. 804 do CPP. Após o trânsito em julgado da decisão: a) comunique-se ao TRE para fins do art. 15, item
III da CF/88; b) lançando-se o nome do réu no rol dos culpados; c) perda do cargo público, emprego ou
função pública, caso as exerça. Arbitro honorários de R$ 3.000,00 (três mil reais) em favor do defensor
dativa LUCIANO LIMA NERYS DE SÁ, OABPA Nº 20161, pelo trabalho dispensado nestes autos. Intime-
se o Ministério, a vítima e a defesa. PRI Conceição do Araguaia, 29 de novembro de 2018, XII Semana da
Justiça pela Paz em casa. MARCOS PAULO SOUSA CAMPELO Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Vistos, etc.
Cumpra-se.
Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
COMARCA DE CURIONÓPOLIS
Processo: 0000061-35.2003.8.14.0018
Advogados: LUIZ PHILIPE NARDY NASCIMENTO - OAB/MG 133106 e MARCELO MENDO GOMES DE SOUZA - OAB
MG45952-A
Nos termos do art. 93 XIV da CF/88, INTIMO as partes para que se manifestem, no prazo de 15 (quinze)
dias, acerca da migração do processo físico para o digital (PJe), requerendo o que entenderem de direito.
(Assinado digitalmente)
COMARCA DE XINGUARA
interesse no prosseguimento do feito, esta informar haver interesse, contudo, nada requereu. Â Â Â Â Â Â
        Em razão disso, foi novamente expedido mandado de intimação para a autora, no
entanto, conforme certificado em fl. 214, não foi encontrada no endereço informado nos autos, sendo
colhidas informações de que a referida atualmente reside em outro municÃ-pio.           Â
   Vieram os autos conclusos.               II. Fundamentação         Â
     Analisando os autos, observo que é hipótese de extinção do feito, uma vez que a parte
requerente não seu endereço completo e atualizado nos autos, situação que impede o
desenvolvimento válido e regular do processo, conforme preceitua o artigo 485, inciso IV, do CPC.   Â
           Com efeito, é dever da parte manter atualizado seu endereço nos autos do
processo sempre que houver modificação temporária ou definitiva, nos termos do artigo 77, V, do
CPC, sob pena de serem presumidas válidas as comunicações e intimações dirigidas ao
endereço declinado na exordial, conforme assevera o artigo 274, parágrafo único, do CPC.     Â
         Por outro lado, a falta de endereço configura materialização da ausência de
pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, em se tratando da
parte autora.               Verifica-se, assim, que a Lei não permite que o processo
prossiga quando constatada ausência de pressupostos indispensáveis ao seu desenvolvimento válido e
regular, ficando o pedido de tutela jurisdicional insuscetÃ-vel de apreciação pelo Poder Judiciário.  Â
            No caso dos autos, impossÃ-vel o prosseguimento da demanda por ausência de
endereço atualizado da parte autora, evento superveniente que obsta seu regular desenvolvimento. Isso
porque, conforme certificado nestes autos, a autora não foi localizada no endereço declinado nos autos
para realizar atos necessários ao desenvolvimento regular do processo.               Os
tribunais têm decidido nesta direção: TJDFT-093465) APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO DE EXECUÃÃO.
INÃRCIA DO EXEQUENTE. EXTINÃÃO DO FEITO SEM RESOLUÃÃO DO MÃRITO. ABANDONO.
INTIMAÃÃO PESSOAL FRUSTRADA. ATUALIZAÃÃO DE ENDEREÃO. DEVER DA PARTE. Em
consonância com o disposto no § 1º do art. 267 do CPC, a extinção do processo sem julgamento
do mérito, por abandono da causa, depende da intimação pessoal da parte. Se a intimação
pessoal da parte, via correspondência com aviso de recebimento, é frustrada por ausência de
atualização do respectivo endereço - o que é dever da parte, conforme preconiza o parágrafo
único do art. 238 do CPC -, correta é a sentença que, no caso especÃ-fico, extinguiu o feito sem
julgamento do mérito, com fulcro no art. 267, III, IV e VI e §§ 1º e 3º, do CPC. Diante da
desatualização do endereço da parte, não se aplica à hipótese a regra contida no art. 239 do
Código de Processo Civil. (Processo nº 2008.01.1.011071-6 (404356), 1ª Turma CÃ-vel do TJDFT, Rel.
Natanael Caetano. unânime, DJe 01.03.2010). TJRJ-050966) EXTINÃÃO DO PROCESSO SEM
JULGAMENTO DO MÃRITO. INÃRCIA PROCESSUAL. ART. 267, § 1º, DO CPC. AUSÃNCIA DE
ATUALIZAÃÃO DE ENDEREÃO POR PARTE DA AUTORA. A intimação pessoal da autora foi
diligenciada no endereço indicado na inicial, não se realizando por motivo de mudança de endereço
sendo certo caber à autora comprovar a sua permanência no mesmo local, sob pena de ver a questão
decidida contra si. Não há falar em nulidade da sentença, tendo em vista que a própria parte autora
concorreu para a extinção do processo. Improvimento do recurso. (Apelação CÃ-vel nº
200700105048, 17ª Câmara CÃ-vel do TJRJ, Rel. Edson Vasconcelos. j. 21.03.2007).        Â
      III. Dispositivo               Pelo exposto, com fulcro no artigo 485, inciso IV,
do Código de Processo Civil, JULGO EXTINTO O PROCESSO, sem resolução do mérito.     Â
         Condeno a parte requerente nas custas processuais, todavia suspensa a cobrança
por até 05 (cinco) anos em razão da justiça gratuita, que ora confirmo deferimento (§ 3º do artigo
98 do CPC). Calcule a ULA o montante e intime-se a parte requerente, via edital, com prazo de 20 (vinte)
dias.               Sentença registrada. Publique-se. Intimem-se a parte autora via
edital, com prazo de 20 (vinte) dias, vez que está em local incerto e não sabido.           Â
   Com o trânsito em julgado desta sentença, arquivem-se imediatamente os autos.       Â
       Xinguara/PA, 16 de novembro de 2021. HUDSON DOS SANTOS NUNES      Juiz
de Direito Substituto Respondendo pela 2ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Xinguara/PA 4 PROCESSO:
00081662920188140065 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
HUDSON DOS SANTOS NUNES A??o: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 29/11/2021
REQUERENTE:BANCO BRADESCO Representante(s): OAB 21822 - FREDERICO DUNICE P BRITO
(ADVOGADO) OAB 27.091 - PAULO CEZAR MARCON (ADVOGADO) REQUERIDO:TATIELE
RODRIGUES CATANHADE DE SOUSA. Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Pará 2ª
Vara da Comarca de Xinguara Processo nº 0008166-29.2018.8.14.0065 Polo ativo: Banco Bradesco S.A.
Polo passivo: Tatiele Rodrigues Catanhede de Sousa SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â 1. RELATÃRIO. Â Â
       O processo encontra-se com tramitação regular.          Termo de acordo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
colacionado aos autos celebrado pelas partes e assinados por seus advogados com poderes para
transigir, pugnando pela homologação da avença celebrada com a finalidade por fim ao litÃ-gio entre
estes (fl. 76/77).          Os autos vieram conclusos.          à o relatório. Passo a
decidir.          2. FUNDAMENTAÃÃO.          A questão tratada nos presentes
autos cingiu-se pela autocomposição, propiciando, assim, o fim do descontentamento entre as partes,
as quais transigiram e realizaram acordo.          Com efeito, o art. 487, III, b, do Código de
Processo Civil, preconiza ser o presente caso hipótese de extinção do feito com exame do mérito,
litteris:          Haverá resolução do mérito quando o juiz:          III ¿
homologar          b) a transação.          Outrossim, verifico que os interesses
estão resguardados, não havendo impedimento para o deferimento. As partes são plenamente
capazes, o objeto do pedido é licito e a forma é prescrita em lei.          3. DISPOSITIVO. Â
        Diante do exposto, HOMOLOGO, por sentença, a transação celebrada entre as
partes (fls. 76/77), a qual passa a integrar a presente decisão e, como consequência JULGO EXTINTO
o processo com exame do mérito, nos termos do art. 487, III, b, do Código de Processo Civil.     Â
    Condeno as partes ao pagamento de custas processuais conforme acordado ou, silente, divididas
entre as partes, conforme dispõe o art. 90, §2º CPC, ficando dispensadas do pagamento das custas
processuais remanescentes, se houverem.          Remetam-se os autos à URA para que
certifique sobre as custas judiciais, formule relatório e respectivo boleto.          Após, intime-
se a parte responsável para que proceda ao pagamento das respectivas custas processuais, no prazo de
05 (cinco) dias, sob pena de expedição de certidão de crédito, inscrição na DÃ-vida Ativa e
remessa dos documentos necessários à Procuradoria-Geral do Estado e à Coordenadoria Geral de
Arrecadação do TJPA, de tudo certificando nos autos.          Promovam-se as baixas
advindas do processo em tela.          Com o trânsito em julgado, certifique-se e arquivem-se
os autos com as baixas de estilo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intimem-se as partes via DJe. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Xinguara/PA, data registrada pelo sistema. HUDSON DOS SANTOS NUNES Â Â Â Â Â Juiz de Direito
Substituto Respondendo pela 2ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Xinguara/PA 3 PROCESSO:
00008851320098140065 PROCESSO ANTIGO: 200910006813
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Busca e Apreensão em: REQUERENTE:
B. V. S. Representante(s): OAB 15.504 - JULIANA FRANCO MARQUES (ADVOGADO) OAB 36482 -
STENIA RAQUEL ALVES DE MELO (ADVOGADO) REQUERIDO: J. F. S. Representante(s): OAB 6228 -
JORDELINO ROSALVES DE ALMEIDA (ADVOGADO)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
COMARCA DE BAIÃO
Processo nº 0019274-40.2015.814.0007
Despacho:
Havendo concordância, expeça-se alvará judicial em nome dele e, após, arquivem-se com a
baixa processual.
Cumpra-se.
22 de novembro de 2021
Assinado Eletronicamente
Processo nº 0007803-56.2017.814.0007
Despacho:
Cumpra-se.
22 de novembro de 2021
Assinado Eletronicamente
Despacho:
Cumpra-se o despacho de fl. 85, para intimação da parte autora a dizer em 15 dias sobre a contestação.
Após, conclusos.
ASSINADA ELETRONICAMENTE
Processo nº 0006286-84.2015.814.0007
Sentença:
Dispenso o relatório.
Decido.
Cumprida a obrigação, julgo extinta a execução nos termos do art. 924, II do CPC/2015.
Intime-se. Cumpra-se.
Juíza de Direito
Processo nº 0003274-62.2015.814.0007
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Sentença:
Dispenso o relatório.
Decido.
Cumprida a obrigação, julgo extinta a execução nos termos do art. 924, II do CPC/2015.
Expeça-se alvará judicial em favor da parte exequente e, após, arquivem-se os autos com a
baixa processual.
Intime-se. Cumpra-se.
Juíza de Direito
Despacho:
Cumpra-se o despacho de fl. 85, para intimação da parte autora a dizer em 15 dias sobre a contestação.
Após, conclusos.
ASSINADA ELETRONICAMENTE
750
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PROCESSO Nº 0000013-51.1999.814.0007
AUTORES: FRANCISCO NOGUEIRA RAMOS; EDILSON VIEIRA RAMOS; EDIVALDO VIEIRA RAMOS;
FRANCISCO EVALDO VIEIRA RAMOS E OUTROS (ADV. RAIMUNDO MARÇAL GUIMARÃES, OAB/PA
5.986)
Decisão:
2 ¿ Verifico que o requerente/inventariante da sobrepartilha de fl. 260, faleceu no curso do processo (fl.
302), deixando herdeiros.
3 ¿ No entanto, percebo também que o pedido está eivado de falhas que prejudicam seu julgamento.
4 ¿ Ora, os bens arrolados pelo requerente à letra a (fl. 260), já foram partilhados) e, os demais constantes
das letras b, c e d, foram excluídos da ação principal há mais de 10 anos, sendo certo dizer, então, que
com o falecimento do autor da herança/sobrepartilha e, ainda, a existência de bens e de outros herdeiros,
agora do falecido, eventual pedido de inventário e partilha será melhor apreciado em ação própria que em
nada prejudicará o direito dos herdeiros.
4 ¿ Além do que, intimados os Advogados habilitados nos autos, mas não na sobrepartilha, estes se
mantiveram silentes desde 2015 (fl. 306) até a presente data.
Com isso, chamo o feito à ordem, para INDEFERIR a sobrepartilha e determinar o ARQUIVAMENTO do
feito, com a baixa definitiva.
ASSINADA ELETRONICAMENTE
751
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COMARCA DE BRAGANÇA
Pará, mantendo o mesmo número do processo fÃ-sico para o meio eletrônico e protocolização de
recurso. n. processo fÃ-sico 0005890-73.2017.8.14.0125. São Geraldo do Araguaia/PA, 29 de
novembro de 2021  Sonia Ferreira Cavalcante Auxiliar Judiciária da Comarca de São Geraldo do
Araguaia/PA Mat. 190021-TJPA Provimento nº 006/2006, autorizado pelo 006/2009-CJCI
migração para o sistema Processo Judicial Eletrônico PJE em conformidade com o disposto na
portaria conjunta n. 1/2018-GP-VP, que implementa o processo eletrônico no âmbito do Tribunal de
Justiça do Estado do Pará, mantendo o mesmo número do processo fÃ-sico para o meio eletrônico e
protocolização de recurso. n. processo fÃ-sico 0002923-50.2020.8.14.0125  São Geraldo do
Araguaia/PA, 25 de novembro de 2021  Sonia Ferreira Cavalcante Auxiliar Judiciária da Comarca de
São Geraldo do Araguaia/PA Mat. 190021-TJPA Provimento nº 006/2006, autorizado pelo 006/2009-
CJCI
São Geraldo do Araguaia/PA Mat. 190021-TJPA Provimento nº 006/2006, autorizado pelo 006/2009-
CJCI
ORDINATÿRIO Com base no provimento nº 006/2006-CJRMB, intimem-se as partes para ciência da
migração para o sistema Processo Judicial Eletrônico PJE em conformidade com o disposto na
portaria conjunta n. 1/2018-GP-VP, que implementa o processo eletrônico no âmbito do Tribunal de
Justiça do Estado do Pará, mantendo o mesmo número do processo fÃ-sico para o meio eletrônico e
protocolização de recurso. n. processo fÃ-sico 0002322-44.2020.8.14.0125. São Geraldo do
Araguaia/PA, 25 de novembro de 2021  Sonia Ferreira Cavalcante Auxiliar Judiciária da Comarca de
São Geraldo do Araguaia/PA Mat. 190021-TJPA Provimento nº 006/2006, autorizado pelo 006/2009-
CJCI
conformidade com o disposto na portaria conjunta n. 1/2018-GP-VP, que implementa o processo eletrônico
no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, mantendo o mesmo número do processo físico para o
meio eletrônico e protocolização de recurso. n. processo físico 0001263-24.2016.8.14.0125
São Geraldo do Araguaia/PA, 24 de novembro de 2021 Sonia Ferreira Cavalcante Auxiliar Judiciária da
Comarca de São Geraldo do Araguaia/PA Mat. 190021-TJPA Provimento nº 006/2006, autorizado pelo
006/2009-CJCI
migração para o sistema Processo Judicial Eletrônico PJE em conformidade com o disposto na
portaria conjunta n. 1/2018-GP-VP, que implementa o processo eletrônico no âmbito do Tribunal de
Justiça do Estado do Pará, mantendo o mesmo número do processo fÃ-sico para o meio eletrônico e
protocolização de recurso. n. processo fÃ-sico 0002782-02.2018.814.0125.  São Geraldo do
Araguaia/PA, 03 de novembro de 2021  Sonia Ferreira Cavalcante Auxiliar Judiciária da Comarca de
São Geraldo do Araguaia/PA Mat. 190021-TJPA Provimento nº 006/2006, autorizado pelo 006/2009-
CJCI
SENTENÇA A secretaria certificou que o autor do fato cumpriu integralmente a pena que lhe foi imposta. O
Ministério Público requereu o arquivamento e extinção da punibilidade. Isto posto, DECLARO EXTINTA A
PUNIBILIDADE e responsabilidade penal do autor do fato, na forma fundamentada. Ciência ao Ministério
Público. Após as publicações e intimações, arquivem-se. SERVIRÁ A PRESENTE DECISÃO, POR
CÓPIA, COMO MANDADO. P.R.I.C. São Geraldo do Araguaia, 17 de novembro de 2021. ANTONIO JOSÉ
DOS SANTOS Juiz de Direito Titular da Comarca de São Geraldo do Araguaia/PA.
COMO MANDADO. São Geraldo do Araguaia, 19 fevereiro de 2021. ANTONIO JOSE DOS SANTOS Juiz
de Direito Titular da Comarca de São Geraldo do Araguaia
arquivado o presente inquérito, para tanto adoto como ratio decindendi o parecer do Ministério Público
pelo arquivamento dos autos, que é plenamente possível: EMENTA: HABEAS CORPUS. DECISÃO QUE
ACOLHE O RELATÓRIO E OS ARGUMENTOS LANÇADOS NO PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO:
IDONEIDADE. PRONÚNCIA. EXCESSO DE LINGUAGEM. NECESSIDADE DE IMPUGNAÇÃO DO
ACÓRDÃO DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, O QUAL SUBSTITUI A SENTENÇA DE
PRONÚNCIA: INOCORÊNCIA. EXCESSO DE LINGUAGEM NÃO VERIFICADO. 1. Fundamentada a
decisão que adota o parecer do Ministério Público Estadual como razão de decidir: o que se exige é que o
arrazoado acolhido contenha argumentação pertinente e suficiente ao quanto posto em exame, o que, no
caso, foi plenamente atendido. Precedentes. 2. O "recurso em sentido estrito devolve ao Tribunal ad quem
o mérito da decisão de pronúncia recorrida e, por isso, o acórdão que o julga substitui a decisão de
pronúncia de primeiro grau e a fundamentação dele é que há de ser considerada no habeas corpus que
questiona a sua legalidade", sendo inviável, de outro lado, a impetração que, como na espécie vertente,
deixa de questionar, de modo específico, a fundamentação constante do acórdão do recurso em sentido
estrito. Precedentes. 3. Não há na sentença ou no acórdão da apelação vício de linguagem. O Paciente
requereu a sua absolvição sumária, sob o fundamento de que teria agido em legítima defesa.
Imprescindível que se apresentassem os fundamentos pelos quais o Juízo local entendia não ser o caso
de impronúncia ou absolvição sumária, cujo reconhecimento depende de juízo efetivo de convencimento
(arts. 408, caput; 409, caput; e 411 do CPP). 4. Ordem denegada. (HC 93748 / SP - SÃO PAULO.
Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA) III. Dispositivo Isto posto, pelas razões expostas DETERMINO O
ARQUIVAMENTO DESTES AUTOS, na forma fundamentada. Após o trânsito, arquive-se estes autos e os
apensos. SERVIRÁ A PRESENTE DECISÃO, POR CÓPIA, COMO MANDADO. P.R.I.C. São Geraldo do
Araguaia, 17 de novembro de 2021 ANTONIO JOSÉ DOS SANTOS Juiz de Direito Titular da Comarca de
São Geraldo do Araguaia.
dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze; III - em doze anos, se o
máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito; IV - em oito anos, se o máximo da pena é
superior a dois anos e não excede a quatro; V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano
ou, sendo superior, não excede a dois; VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
III. Dispositivo Diante do exposto, nos termos do art. 107, IV do CPB, julgo extinta a punibilidade de DOW
CORNING METAIS DO PARA IND COM LTDA, nos termos da fundamentação. Após o trânsito, arquive-se
estes autos. SERVIRÁ A PRESENTE DECISÃO, POR CÓPIA, COMO MANDADO. P.R.I.C. São Geraldo
do Araguaia, 14 de outubro de 2021. ANTONIO JOSÉ DOS SANTOS Juiz de Direito Titular da Comarca
de São Geraldo do Araguaia.
em favor da ofendida. As vítimas foram regularmente intimadas. O agressor está em local ignorado,
conforme certidão as fls. 26.v È o relatório, DECIDO. Medidas protetivas é uma espécie de tutela de
urgência e como tal tem sua aplicabilidade regulada pela lei processual civil. Sendo assim, após a
decretação de sua vigência só poderá ser revogado por outra decisão ou recurso, senão vejamos: Art.
304. A tutela antecipada, concedida nos termos do, torna-se estável se da decisão que a conceder não for
interposto o respectivo recurso. § 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto. Assim não
havendo recurso em sentido estrito ou revogação da medida, está tornou-se estável. Determino o
arquivamento dos autos mantendo as medidas protetivas em vigor até ulterior deliberação deste Juízo, na
forma do art. 304, §1º, do NCPC, que aplico subsidiariamente. Cite-se o ofensor por edital para tomar
ciência da sentença e das medidas protetivas aplicadas. SERVIRÁ A PRESENTE DECISÃO, POR CÓPIA,
COMO MANDADO. Publique-se Registre- Intimem-se São Geraldo do Araguaia/PA, 19 de fevereiro de
2020. Antônio José dos Santos Juiz de Direito, titular da Vara Única da Comarca de São Geraldo do
Araguaia.........O presente EDITAL foi expedido para que ninguém possa alegar ignorância no presente e
no futuro e será publicado na forma da lei e afixado no átrio do Fórum desta Comarca. São Geraldo do
Araguaia, 05/11/2021, 12h08mm. Antônio Marques da Silva Servidor de Secretaria
A. C. D. S. SENTENÇA Trata-se de medida protetiva de urgência requerida por Artemisa Costa da Silva
em desfavor de Carlos André Gomes Morais Este Juízo acolheu o pedido e estabeleceu as medidas
protetivas em favor da mulher, sendo ofensor e ofendida devidamente intimados. Realizado audiência de
ratificação, fls. 25 Diante a declaração da vítima, e a reconciliação do casal esse juízo revogou as medidas
protetivas aplicadas no processo. Neste interim, não restando mais nenhuma providência a ser adotada,
DETERMINO O ARQUIVAMENTO do feito. SERVIRÁ A PRESENTE DECISÃO, POR CÓPIA, COMO
MANDADO. P.R.I.C. São Geraldo do Araguaia, 19 de fevereiro de 2021. ANTONIO JOSÉ DOS SANTOS
Juiz de Direito Titular da Comarca de São Geraldo do Araguaia.
COMARCA DE ITUPIRANGA
VÍTIMA: A.C.F.D.S.
DECISÃO
testemunhas na Comarca de Marabá (fls. 113). Diante disso, designo audiência de instrução
1- Diante do teor do despacho juntado nos autos, fls. 22, encaminhe-se carta precatória, para
dia e horário estabelecido, ocasião em que serão inquiridas por este juízo.
PRECATÓRIA, OFÍCIO.
DECISÃO
774
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Capitulação: art. 121, § 2º, incisos I e IV, c/c art. 29, caput, do CP.
Vistos os autos.
tipificado no art. 121, § 2º, incisos I e IV, c/c art. 29, caput, do CP, todos do Código Penal.
A inicial acusatória veio instruída pelo inquérito policial, iniciado por portaria da autoridade
policial, sendo que no decorrer do mesmo foi decretada a prisão dos acusados.
A peça acusatória foi recebida na data de 06 de fevereiro de 2006, (fls. 342), os acusados
foram citados (fl. 345/346) e apresentaram defesa prévia nos autos, onde foram arroladas
testemunhas.
DEGMAR DOS SANTOS e EDENILSON DE OLIVEIRA como incursos nas penas do art.
Este é o relatório.
Estando o processo hábil a ser julgado pelo Tribunal do Júri, designo Sessão para o 05 de
Por fim, ACOLHO e DEFIRO a cota Ministerial, razão pela qual, determino a extração de cópia dos
Policial instaure procedimento criminal para apuração de eventuais responsáveis pelo delito
de desobediência
 Aplico-lhe a causa de aumento do §1º do art. 155 do CPB, majorando (1/3) a pena para 06 (seis)
ANOS DE RECLUSÃO E 80 (OITENTA) DIAS-MULTA. Inexiste(m) causa(s) de diminuição, razão
pela qual torno essa pena definitiva.      A pena deverá ser cumprida em regime fechado, em
razão da reincidência, nos termos do artigo 33, § 2º, ¿b¿ do Código Penal.      IncabÃ-vel
conversão da pena em restritiva de direito ou suspensão do processo.      2- FRANCINEI DE
JESUS DAMASCENO:      a) culpabilidade: não exacerbadora do tipo penal.      b)
antecedentes: Por época dos fatos não registrava antecedentes criminais. Sendo que condenações
posteriores não servem como qualificadoras.      c) sua conduta social: não é boa,
considerando o fato de que responde a vários processos criminais.      d) personalidade: com
condições de recuperação (f);      e) dos motivos não se evidenciam elementos além
daqueles exigidos para o tipo penal (f);      f) as circunstâncias não pesam em seu desfavor (f); Â
 g) as consequências do crime - a vÃ-tima não recuperou parte de seus bens, ficando no prejuÃ-zo.  Â
   h) o comportamento da vÃ-tima não deve ser valorado negativamente em desfavor do réu.   Â
  Sopesadas as circunstâncias judiciais fixo pena-base em 03 (três) anos e 03 (três) meses de
reclusão e 45 (sessenta) dias-multa, calculadas unitariamente em um trigésimo do maior salário-
mÃ-nimo vigente ao tempo do fato.      Aplico-lhe a causa de aumento do §1º do art. 155 do CPB,
majorando (1/3) a pena para 04 (quatro) anos e 04 (quatro) meses DE RECLUSÃO E 60 (sessenta) DIAS-
MULTA. Inexiste(m) causa(s) de diminuição, razão pela qual torno essa pena definitiva.      A
pena deverá ser cumprida em regime sem-aberto, nos termos do artigo 33, § 2º, ¿b¿ do Código
Penal   IncabÃ-vel a substituição da pena ou suspensão do processo.      3 - DIOGO
LAMEGO DA SILVA, vulgo ¿Porquinho¿      a) culpabilidade: não exacerbadora do tipo penal.
     b) antecedentes: Por época dos fatos não registrava antecedentes criminais. Sendo que
condenações posteriores não servem como qualificadoras.      c) sua conduta social: não é
boa, considerando o grande número de processos criminais que responde.      d) personalidade:
com condições de recuperação (f);      e) dos motivos não se evidenciam elementos além
daqueles exigidos para o tipo penal (f);      f) as circunstâncias não pesam em seu desfavor (f); Â
    g) as consequências do crime - a vÃ-tima não recuperou parte de seus bens, ficando no
prejuÃ-zo.      h) o comportamento da vÃ-tima não deve ser valorado negativamente em desfavor
do réu.      Sopesadas as circunstâncias judiciais fixo pena-base em 03 (três) anos, 03 (três)
meses e 45 (sessenta) dias-multa, calculadas unitariamente em um trigésimo do maior salário-mÃ-nimo
vigente ao tempo do fato.      Aplico-lhe a causa de aumento do §1º do art. 155 do CPB,
majorando (1/3) a pena para 04 (quatro) anos e 04 (quatro) meses DE RECLUSÃO E 60 (sessenta) DIAS-
MULTA. Inexiste(m) causa(s) de diminuição, razão pela qual torno essa pena definitiva.      A
pena deverá ser cumprida em regime sem-aberto, nos termos do artigo 33, § 2º, ¿b¿ do Código
Penal   IncabÃ-vel a substituição da pena ou suspensão do processo.   Disposições Comuns
     A fixação de valor mÃ-nimo para reparação dos danos causados pela infração nos
termos da nova redação do art. 387, IV do Código de Processo Penal, conferida pela Lei 11.719/08,
pressupõe a existência de pedido formal formulado pela parte ofendida ou pelo Ministério Público e
instrução especÃ-fica para apurar referido valor, sendo defeso ao julgador de ofÃ-cio optar por qualquer
cifra, sob pena de violação do princÃ-pio da inércia da jurisdição e, por conseguinte do
contraditório e da ampla defesa.      Após o trânsito em julgado:      Expeçam-se as
guias de execução penal necessárias.      Determino sejam os nomes dos réus lançadosÂ
no rol dos culpados (art. 5º, LVII da CF).       Autorizo os réus a recorrerem em liberdade
porquanto nesta condição respondem a este processo.   Proceda-se às anotações e
comunicações de estilo (Cartório Eleitoral e Instituto de Identificação). Dê-se Baixa. Arquive-se. Â
    Arbitro honorários advocatÃ-cios à advogada dativa, Dra. MARIA DO SOCORRO RIBEIRO
BAHIA, OAB/PA 5.350, na quantia de R$-2.000,00 (dois mil reais) a serem pagos pelo Estado do Pará. Â
    Publique-se. Registre-se. Intimem-se, inclusive a vÃ-tima.      Ponta de Pedras, 26 de
outubro de 2.021.      Valdeir Salviano da Costa       Juiz de Direito.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
ATO ORDINATÓRIO
Em cumprimento às atribuições no provimento n° 006/2009 da CJCI, fica intimada a parte requerente, por
meio de seus advogados, para, comprovar o recolhimento do DAE, no prazo de 15 (quinze) dias.
Analista Judiciária
Mat. 189.804
779
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
COMARCA DE MEDICILÂNDIA
COMARCA DE PRIMAVERA
protetivas de urgência, a partir de expediente encaminhado pela autoridade policial (art. 12, III, da Lei n.
11.340/2006), em desfavor de EVANDRO NASCIMENTO, em razão de, supostamente, ter ameaçado a
sua ex companheira LUCIANA DE MELO VERAS. Diante do exposto, MANTENHO as medidas protetivas
deferidas por mais 6 (seis) meses, e JULGO EXTINTO O PROCESSO, com resolução de mérito, com
fulcro no art. 487, inciso I, do CPC. Ressalte-se que o descumprimento por parte do agressor de qualquer
uma das medidas agora aplicadas pode acarretar, como já mencionado, a decretação de sua prisão
preventiva. A vítima, caso se configure o descumprimento em qualquer uma de suas formas, deve
comunicar o fato diretamente ao delegado de polícia, ao Ministério Público ou a este Juízo para a adoção
imediata das providências pertinentes à espécie. Intime-se a ofendida em seu endereço constante dos
autos e, não sendo encontrada, por edital. Intimem-se o requerido acerca da presente sentença e do
prolongamento do prazo das medidas por mais 6 (seis) meses. Intime-se o requerido no endereço
informado nos autos. Caso não seja localizado, independente de nova busca e conclusão, intime-o por
edital, nos termos do art. 392, VI, §1º, do Código de Processo Penal. Dê-se ciência ao Ministério Público.
Expeça-se o necessário. Cumpridas as providências acima e transitado em julgado, certifique-se e
arquivem-se os autos com as cautelas de praxe, dando-se baixa na distribuição. SERVIRÁ A PRESENTE
SENTENÇA, por cópia digitada, COMO MANDADO / OFÍCIO / CARTA PRECATÓRIA / TERMO DE
MEDIDAS PROTETIVAS, nos termos do Provimento n. 003/2009 da CJRMB (alterado pelos Provimentos
n. 011/2009 e n. 014/2009), aplicável às Comarcas do Interior por força do Provimento n. 003/2009, da
CJCI. Primavera, Pará, 23 de setembro de 2021. ANA BEATRIZ GONÇALVES DE CARVALHO Juíza de
Direito Substituta, respondendo pela Vara Única da Comarca de Primavera/PA e do Termo Judiciário de
Quatipuru/PA (Portaria n. 3669/2021-GP, de 28 de outubro de 2021)
inerente ao crime; VIII. comportamento da vítima é neutro, não tendo a vítima contribuído para a realização
da conduta ilícita (Súmula 18, do TJPA). Desta feita, fixo a pena base em 02 (dois) anos de reclusão, e 70
(setenta) dias-multa para cada um dos delitos. b) 2ª Fase: Circunstâncias Legais: Inexistem agravantes.
Presente as atenuantes da confissão do réu (CP, art. 65, III, ¿d¿), entretanto, considerando que a
circunstância atenuante não pode reduzir a pena abaixo do mínimo legal, por vedação expressa da
Súmula 231, do STJ. c) 3ª Fase: Causas de Aumento e de Diminuição: Presente a causa de aumento de
pena do § 1º, do art. 155, do CP (repouso noturno), razão pela qual majoro em 1/6 (um sexto), passando a
dosá-la em 02 (dois) anos e 04 (quatro) meses de reclusão, e 80 (oitenta) dias-multa, para cada um dos
delitos. Ante o reconhecimento do crime continuado, aplico o aumento de 1/6 (um sexto), resultando em
uma pena de 02 (dois) anos, 08 (oito) meses e 20 (vinte) dias de reclusão e 93 (noventa e três) dias-multa.
Ausentes causas de diminuição de pena. Torno a sanção definitiva em 02 (dois) anos, 08 (oito) meses
e 20 (vinte) dias de reclusão e 93 (noventa e três) dias-multa. A pena de multa deverá ser calculada à
razão de 1/30 (um trinta avos) do salário-mínimo vigente à época do fato, devidamente atualizado. 2.
REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA Considerando a pena aplicada, com fundamento no art. 33, § 2º,
alínea ¿c¿, do Código Penal, fixo o regime aberto para o início do cumprimento da pena. 3.
SUBSTITUIÇÃO DA PENA No presente caso, cabível a substituição da pena privativa de liberdade por
uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas penas restritivas de direitos, nos termos do § 2º,
segunda parte, do art. 44 do Código Penal. Assim, concedo a substituição da pena aplicada por duas
penas restritivas de direitos, sendo uma de prestação pecuniária (art. 43, I, do CP) e outra de prestação de
serviços à comunidade ou a entidades públicas (art. 43, IV). A prestação pecuniária consistirá no
pagamento em dinheiro a uma entidade pública ou privada com destinação social da importância
equivalente a 01 (um) salário-mínimo. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas
deverá ser cumprida na quantidade definida no § 3º, do art. 46, do Código Penal. Nos termos do art. 66, V,
¿a¿, da Lei nº 7.210/84, fica a cargo do Juiz da Execução a forma de cumprimento da pena, devendo
indicar a entidade ou programa comunitário ou estatal junto ao qual o condenado deverá trabalhar, no
caso da prestação de serviços, nos termos do art. 149 da referida lei, bem como indicar a entidade
beneficiada, assim como a possibilidade de parcelamento, no caso da prestação pecuniária, dentre outras
providências afins. 4. DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE Não estando presentes os requisitos da
prisão cautelar, concedo ao sentenciado o direito de recorrer em liberdade (CPP, art. 387, § 1º). 5.
FIXAÇÃO DE MONTANTE MÍNIMO DE INDENIZAÇÃO Deixo de aplicar o artigo 387, IV, do CPP, diante
da inexistência de elementos concretos nos autos que apontem dano ou o valor exato dos prejuízos
materiais sofridos pela ofendida. IV ¿ DISPOSIÇÕES FINAIS 1. Com base nos arts. 804 e 805, do CPP,
deixo de condenar o sentenciado nas custas processuais, em virtude de ser pessoa pobre e se enquadrar
na previsão legal de isenção, à luz do art. 40, VI, da Lei Estadual n. 8.328/15. 2. Em decorrência,
cumpram-se as seguintes determinações: a) Publique-se, registre-se e intimem-se; b) Dar ciência ao
Ministério Público (CPP, art. 370, § 4º); c) Intimar o sentenciado e a sua defesa técnica (CPP, art. 392, II);
d) Comunique-se à ofendida a presente sentença, na forma do art. 201, § 2º, do CPP; 3. Havendo
interposição de recurso, certificar a respeito da tempestividade; 4. Ocorrendo o trânsito em julgado da
sentença, adotar as seguintes providências: a) Comunicar à Justiça Eleitoral e ao Instituto de Identificação
de Belém/PA (CR/88, art. 15, III; CPP, art. 809, § 3º; CNJ, Resolução n. 113); b) Expedir a Guia de
Execução Definitiva, encaminhando à ao Juízo da Execução Penal; c) Lançar o nome do réu no rol dos
culpados; d) Arquivar, os autos principais e o(s) apenso(s), fisicamente e via LIBRA. SERVE A
PRESENTE SENTENÇA, MEDIANTE CÓPIA, COMO MANDADO / OFÍCIO / CARTA PRECATÓRIA.
Primavera, Pará, 04 de outubro de 2021. JOSÉ JOCELINO ROCH Juiz de Direito Titular da Comarca de
Primavera e do Termo Judiciário de Quatipuru
783
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
COMARCA DE CAMETÁ
garantido o juÃ-zo, retornem os autos conclusos para que seja efetivada a penhora on-line, através do
SISBAJUD. Cametá/PA, 17 de novembro de 2021 José Matias Santana Dias Juiz de Direito Titular da
2ª Vara
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
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Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
pessoal feita ao devedor; Tratando-se de débito de natureza tributária, a norma que se subsome ao
caso na análise da prescrição é o CTN, e não a Lei de Execução Fiscal. Nesse sentido firmou-
se o Superior Tribunal de Justiça ao declarar incidentalmente a inconstitucionalidade, com relação
aos créditos tributários, do art. 8º, § 2º, da Lei 6.830/80, que dispõe que a interrupção da
prescrição ocorre a partir do despacho do Juiz que ordena a citação: Ementa: CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÃRIO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 2º, § 3º, E 8º, § 2º,
DA LEI 6.830/80. PRESCRIÿÿO. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. 1. Tanto no regime
constitucional atual (CF/88, art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC
01/69), as normas sobre prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
796
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
determinada a citação do executado. Desde então, o processo encontra-se paralisado, sem qualquer
impulso do credor. O Código Tributário Nacional, com redação vigente à época do despacho que
determinou a citação, dispunha que o prazo prescricional para cobrança do crédito tributário era de
5 (cinco) anos, sendo interrompido, dentre outras hipóteses, pela citação do devedor: Art. 174. A
ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua
constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe:  I - pela citação
pessoal feita ao devedor; Tratando-se de débito de natureza tributária, a norma que se subsome ao
caso na análise da prescrição é o CTN, e não a Lei de Execução Fiscal. Nesse sentido firmou-
se o Superior Tribunal de Justiça ao declarar incidentalmente a inconstitucionalidade, com relação
aos créditos tributários, do art. 8º, § 2º, da Lei 6.830/80, que dispõe que a interrupção da
prescrição ocorre a partir do despacho do Juiz que ordena a citação: Ementa: CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÃRIO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 2º, § 3º, E 8º, § 2º,
DA LEI 6.830/80. PRESCRIÿÿO. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. 1. Tanto no regime
constitucional atual (CF/88, art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC
01/69), as normas sobre prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
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caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
801
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
805
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
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prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
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citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que, por decorrerem de lei
ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores, previstas em lei
complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Corte
Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a Constituição Federal
dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei complementar: [...] III -
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: [...] b)
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ pacÃ-fico, na
doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei ordinária n.º
5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar. Registra-se que a
alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será interrompida pelo
despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se aplica à hipótese
dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na lição de
Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿ (9ª ed.
Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
813
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua
constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe:  I - pela citação
pessoal feita ao devedor; Tratando-se de débito de natureza tributária, a norma que se subsome ao
caso na análise da prescrição é o CTN, e não a Lei de Execução Fiscal. Nesse sentido firmou-
se o Superior Tribunal de Justiça ao declarar incidentalmente a inconstitucionalidade, com relação
aos créditos tributários, do art. 8º, § 2º, da Lei 6.830/80, que dispõe que a interrupção da
prescrição ocorre a partir do despacho do Juiz que ordena a citação: Ementa: CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÃRIO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 2º, § 3º, E 8º, § 2º,
DA LEI 6.830/80. PRESCRIÿÿO. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. 1. Tanto no regime
constitucional atual (CF/88, art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC
01/69), as normas sobre prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
fiscal promovida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA em abril/1987,
tendo por objeto Certidões de DÃ-vida Ativa datadas de 22/04/1987. Em 28/04/1987 foi determinada a
citação do executado e em 27/11/1989 foi expedida carta precatória para cumprimento da diligência.
Desde então, o processo encontra-se paralisado, sem qualquer impulso do credor. O Código Tributário
Nacional, com redação vigente à época do despacho que determinou a citação, dispunha que o
prazo prescricional para cobrança do crédito tributário era de 5 (cinco) anos, sendo interrompido,
dentre outras hipóteses, pela citação do devedor: Art. 174. A ação para a cobrança do crédito
tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. Parágrafo
único. A prescrição se interrompe:  I - pela citação pessoal feita ao devedor; Tratando-se de
débito de natureza tributária, a norma que se subsome ao caso na análise da prescrição é o CTN,
e não a Lei de Execução Fiscal. Nesse sentido firmou-se o Superior Tribunal de Justiça ao declarar
incidentalmente a inconstitucionalidade, com relação aos créditos tributários, do art. 8º, § 2º, da
Lei 6.830/80, que dispõe que a interrupção da prescrição ocorre a partir do despacho do Juiz que
ordena a citação: Ementa: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÃRIO. INCIDENTE DE
INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 2º, § 3º, E 8º, § 2º, DA LEI 6.830/80.
PRESCRIÿÿO. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. 1. Tanto no regime constitucional atual (CF/88,
art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC 01/69), as normas sobre
prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei complementar. Precedentes
do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos tributários, as normas
estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que, por decorrerem de lei
ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores, previstas em lei
complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Corte
Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a Constituição Federal
dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei complementar: [...] III -
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: [...] b)
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ pacÃ-fico, na
doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei ordinária n.º
5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar. Registra-se que a
alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será interrompida pelo
despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se aplica à hipótese
dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na lição de
Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿ (9ª ed.
Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
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fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito, nos termos do art.
485, parágrafo único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem
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do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
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n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
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interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
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Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
constitucional atual (CF/88, art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC
01/69), as normas sobre prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
caso na análise da prescrição é o CTN, e não a Lei de Execução Fiscal. Nesse sentido firmou-
se o Superior Tribunal de Justiça ao declarar incidentalmente a inconstitucionalidade, com relação
aos créditos tributários, do art. 8º, § 2º, da Lei 6.830/80, que dispõe que a interrupção da
prescrição ocorre a partir do despacho do Juiz que ordena a citação: Ementa: CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÃRIO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 2º, § 3º, E 8º, § 2º,
DA LEI 6.830/80. PRESCRIÿÿO. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. 1. Tanto no regime
constitucional atual (CF/88, art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC
01/69), as normas sobre prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
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credor. O Código Tributário Nacional, com redação vigente à época do despacho que determinou a
citação, dispunha que o prazo prescricional para cobrança do crédito tributário era de 5 (cinco)
anos, sendo interrompido, dentre outras hipóteses, pela citação do devedor: Art. 174. A ação para
a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição
definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe:  I - pela citação pessoal feita ao
devedor; Tratando-se de débito de natureza tributária, a norma que se subsome ao caso na análise da
prescrição é o CTN, e não a Lei de Execução Fiscal. Nesse sentido firmou-se o Superior Tribunal
de Justiça ao declarar incidentalmente a inconstitucionalidade, com relação aos créditos tributários,
do art. 8º, § 2º, da Lei 6.830/80, que dispõe que a interrupção da prescrição ocorre a partir do
despacho do Juiz que ordena a citação: Ementa: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÃRIO. INCIDENTE DE
INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 2º, § 3º, E 8º, § 2º, DA LEI 6.830/80.
PRESCRIÿÿO. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. 1. Tanto no regime constitucional atual (CF/88,
art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC 01/69), as normas sobre
prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei complementar. Precedentes
do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos tributários, as normas
estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que, por decorrerem de lei
ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores, previstas em lei
complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Corte
Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a Constituição Federal
dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei complementar: [...] III -
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: [...] b)
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ pacÃ-fico, na
doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei ordinária n.º
5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar. Registra-se que a
alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será interrompida pelo
despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se aplica à hipótese
dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na lição de
Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿ (9ª ed.
Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
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prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
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crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
843
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
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174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei complementar: [...] III -
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: [...] b)
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ pacÃ-fico, na
doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei ordinária n.º
5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar. Registra-se que a
alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será interrompida pelo
despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se aplica à hipótese
dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na lição de
Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿ (9ª ed.
Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
851
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 30 (trinta) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
01/69), as normas sobre prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
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contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
determinou a citação, dispunha que o prazo prescricional para cobrança do crédito tributário era de
5 (cinco) anos, sendo interrompido, dentre outras hipóteses, pela citação do devedor: Art. 174. A
ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua
constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe:  I - pela citação
pessoal feita ao devedor; Tratando-se de débito de natureza tributária, a norma que se subsome ao
caso na análise da prescrição é o CTN, e não a Lei de Execução Fiscal. Nesse sentido firmou-
se o Superior Tribunal de Justiça ao declarar incidentalmente a inconstitucionalidade, com relação
aos créditos tributários, do art. 8º, § 2º, da Lei 6.830/80, que dispõe que a interrupção da
prescrição ocorre a partir do despacho do Juiz que ordena a citação: Ementa: CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÃRIO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 2º, § 3º, E 8º, § 2º,
DA LEI 6.830/80. PRESCRIÿÿO. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. 1. Tanto no regime
constitucional atual (CF/88, art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC
01/69), as normas sobre prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
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oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
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§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
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que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
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Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
868
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
pessoal feita ao devedor; Tratando-se de débito de natureza tributária, a norma que se subsome ao
caso na análise da prescrição é o CTN, e não a Lei de Execução Fiscal. Nesse sentido firmou-
se o Superior Tribunal de Justiça ao declarar incidentalmente a inconstitucionalidade, com relação
aos créditos tributários, do art. 8º, § 2º, da Lei 6.830/80, que dispõe que a interrupção da
prescrição ocorre a partir do despacho do Juiz que ordena a citação: Ementa: CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÃRIO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 2º, § 3º, E 8º, § 2º,
DA LEI 6.830/80. PRESCRIÿÿO. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. 1. Tanto no regime
constitucional atual (CF/88, art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC
01/69), as normas sobre prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
876
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
determinada a citação do executado. Desde então, o processo encontra-se paralisado, sem qualquer
impulso do credor. O Código Tributário Nacional, com redação vigente à época do despacho que
determinou a citação, dispunha que o prazo prescricional para cobrança do crédito tributário era de
5 (cinco) anos, sendo interrompido, dentre outras hipóteses, pela citação do devedor: Art. 174. A
ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua
constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe:  I - pela citação
pessoal feita ao devedor; Tratando-se de débito de natureza tributária, a norma que se subsome ao
caso na análise da prescrição é o CTN, e não a Lei de Execução Fiscal. Nesse sentido firmou-
se o Superior Tribunal de Justiça ao declarar incidentalmente a inconstitucionalidade, com relação
aos créditos tributários, do art. 8º, § 2º, da Lei 6.830/80, que dispõe que a interrupção da
prescrição ocorre a partir do despacho do Juiz que ordena a citação: Ementa: CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÃRIO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 2º, § 3º, E 8º, § 2º,
DA LEI 6.830/80. PRESCRIÿÿO. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. 1. Tanto no regime
constitucional atual (CF/88, art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC
01/69), as normas sobre prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
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prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
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citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
891
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que, por decorrerem de lei
ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores, previstas em lei
complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Corte
Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a Constituição Federal
dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei complementar: [...] III -
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: [...] b)
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ pacÃ-fico, na
doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei ordinária n.º
5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar. Registra-se que a
alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será interrompida pelo
despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se aplica à hipótese
dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na lição de
Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿ (9ª ed.
Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
prescrição ocorre a partir do despacho do Juiz que ordena a citação: Ementa: CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÃRIO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 2º, § 3º, E 8º, § 2º,
DA LEI 6.830/80. PRESCRIÿÿO. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. 1. Tanto no regime
constitucional atual (CF/88, art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC
01/69), as normas sobre prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição
definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe:  I - pela citação pessoal feita ao
devedor; Tratando-se de débito de natureza tributária, a norma que se subsome ao caso na análise da
prescrição é o CTN, e não a Lei de Execução Fiscal. Nesse sentido firmou-se o Superior Tribunal
de Justiça ao declarar incidentalmente a inconstitucionalidade, com relação aos créditos tributários,
do art. 8º, § 2º, da Lei 6.830/80, que dispõe que a interrupção da prescrição ocorre a partir do
despacho do Juiz que ordena a citação: Ementa: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÃRIO. INCIDENTE DE
INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 2º, § 3º, E 8º, § 2º, DA LEI 6.830/80.
PRESCRIÿÿO. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. 1. Tanto no regime constitucional atual (CF/88,
art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC 01/69), as normas sobre
prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei complementar. Precedentes
do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos tributários, as normas
estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que, por decorrerem de lei
ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores, previstas em lei
complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Corte
Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a Constituição Federal
dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei complementar: [...] III -
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: [...] b)
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ pacÃ-fico, na
doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei ordinária n.º
5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar. Registra-se que a
alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será interrompida pelo
despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se aplica à hipótese
dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na lição de
Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿ (9ª ed.
Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
execução fiscal promovida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA em
abril/1987, tendo por objeto Certidão de DÃ-vida Ativa datada de 22/04/1987). Em maio/1987 foi
determinada a citação do executado. Desde então, o processo encontra-se paralisado, sem qualquer
impulso do credor. O Código Tributário Nacional, com redação vigente à época do despacho que
determinou a citação, dispunha que o prazo prescricional para cobrança do crédito tributário era de
5 (cinco) anos, sendo interrompido, dentre outras hipóteses, pela citação do devedor: Art. 174. A
ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua
constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe:  I - pela citação
pessoal feita ao devedor; Tratando-se de débito de natureza tributária, a norma que se subsome ao
caso na análise da prescrição é o CTN, e não a Lei de Execução Fiscal. Nesse sentido firmou-
se o Superior Tribunal de Justiça ao declarar incidentalmente a inconstitucionalidade, com relação
aos créditos tributários, do art. 8º, § 2º, da Lei 6.830/80, que dispõe que a interrupção da
prescrição ocorre a partir do despacho do Juiz que ordena a citação: Ementa: CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÃRIO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 2º, § 3º, E 8º, § 2º,
DA LEI 6.830/80. PRESCRIÿÿO. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. 1. Tanto no regime
constitucional atual (CF/88, art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC
01/69), as normas sobre prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
900
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
902
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
906
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
constitucional atual (CF/88, art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC
01/69), as normas sobre prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
caso na análise da prescrição é o CTN, e não a Lei de Execução Fiscal. Nesse sentido firmou-
se o Superior Tribunal de Justiça ao declarar incidentalmente a inconstitucionalidade, com relação
aos créditos tributários, do art. 8º, § 2º, da Lei 6.830/80, que dispõe que a interrupção da
prescrição ocorre a partir do despacho do Juiz que ordena a citação: Ementa: CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÃRIO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 2º, § 3º, E 8º, § 2º,
DA LEI 6.830/80. PRESCRIÿÿO. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. 1. Tanto no regime
constitucional atual (CF/88, art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC
01/69), as normas sobre prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
impulso do credor. O Código Tributário Nacional, com redação vigente à época do despacho que
determinou a citação, dispunha que o prazo prescricional para cobrança do crédito tributário era de
5 (cinco) anos, sendo interrompido, dentre outras hipóteses, pela citação do devedor: Art. 174. A
ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua
constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe:  I - pela citação
pessoal feita ao devedor; Tratando-se de débito de natureza tributária, a norma que se subsome ao
caso na análise da prescrição é o CTN, e não a Lei de Execução Fiscal. Nesse sentido firmou-
se o Superior Tribunal de Justiça ao declarar incidentalmente a inconstitucionalidade, com relação
aos créditos tributários, do art. 8º, § 2º, da Lei 6.830/80, que dispõe que a interrupção da
prescrição ocorre a partir do despacho do Juiz que ordena a citação: Ementa: CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÃRIO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 2º, § 3º, E 8º, § 2º,
DA LEI 6.830/80. PRESCRIÿÿO. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. 1. Tanto no regime
constitucional atual (CF/88, art. 146, III, b), quanto no regime constitucional anterior (art. 18, § 1º da EC
01/69), as normas sobre prescrição e decadência de crédito tributário estão sob reserva de lei
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
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prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
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cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 8 (oitos) anos da
constituição da dÃ-vida até o comparecimento espontâneo do executado. Não há que se cogitar
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou
integralmente na vigência da redação originária do art. 174, I, do CTN, sem que o credor promovesse
qualquer diligência para dar andamento do feito. O Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no
REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a
prescrição intercorrente é meio de concretização das mesmas finalidades inspiradoras da
prescrição tradicional, distinguindo-se apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate,
ressaltou que `não basta ao titular do direito subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro
do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é
imprescindÃ-vel que o credor promova todas as medidas necessárias à conclusão do processo, com a
realização do bem da vida judicialmente tutelado, o que, além de atender substancialmente o
interesse do exequente, assegura também ao devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social,
não se podendo albergar no direito nacional a vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿.
(grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da
cooperação, devendo todos os sujeitos do processo cooperar entre si para que se obtenha, em tempo
razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo,
culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332,
§ 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a
ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese em que se faz dispensável o contraditório das
partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto, com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art.
332, § 1º, do CPC, reconheço a prescrição do crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito
com resolução do mérito nos termos do art. 485, § único, do CPC. P. R. Intimem-se as partes, o
exequente pessoalmente e o executado por seu advogado via diário de justiça. Sem custas, sem
honorários. Transitada em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias
Santana Dias Juiz de Direito Titular da 2ª Vara
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
complementar. Precedentes do STF e do STJ. 2. Assim, são ilegÃ-timas, em relação aos créditos
tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei 6.830/80, que,
por decorrerem de lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores,
previstas em lei complementar. 3. Incidente acolhido. (AI no Ag 1037765/SP, Rel. Ministro Teori Albino
Zavascki, Corte Especial do STJ, julgado em 02/03/2011, DJe 17/10/2011) grifamos Isto porque a
Constituição Federal dispõe que somente lei complementar poderá estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, especialmente sobre a prescrição: CF. Art. 146. Cabe à lei
complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (grifamos) ÿ
pacÃ-fico, na doutrina e jurisprudência pátrias, que o Código Tributário Nacional, instituÃ-do pela Lei
ordinária n.º 5.172/66, foi recepcionado pela atual CF (e pela anterior) como Lei Complementar.
Registra-se que a alteração promovida pela LC n.º 118/2005, dispondo que a prescrição será
interrompida pelo despacho do juiz que ordenar a citação na execução fiscal, também não se
aplica à hipótese dos autos ante a regra geral da irretroatividade da lei, que é criada para o futuro. Na
lição de Guilherme Freire de Melo Barros, em sua obra `Poder Público em JuÃ-zo para concursos¿
(9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 200), a `nova regra introduzida pela LC n.º 118/2005, acerca da
interrupção da prescrição pelo despacho liminar positivo, possui efeito ex nunc, ou seja, alcança os
despachos proferidos após o seu advento. Em relação às demandas executivas anteriores a 2005, o
marco interruptivo da prescrição continua a ser a citação válida¿. No caso, o despacho inicial foi
proferido aproximadamente 18 anos antes de sua vigência, incidindo ao fato, portanto, a redação
originária da norma constante no art. 174, I, do CTN. Ainda na redação primitiva, o art. 156, V, já
previa a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição, sem qualquer ressalva -
como existe na LEF - sobre a necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública. O STJ
também consolidou o entendimento de que a prescrição do art. 174, I, do CTN independe de prévia
oitiva do exequente, podendo ser decretada de ofÃ-cio: Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÃRIO.
EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. ARTS. 174 E 219, § 1º, DO CPC. DIES A QUO DO PRAZO
PRESCRICIONAL. PROPOSITURA DA AÿÿO. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1.120.295/SP. DEMORA DA CITAÿÿO. MECANISMOS DA
JUSTIÿA. SÿMULA 106/STJ. MODIFICAÿÿO DA CONCLUSÿO. REEXAME DE PROVA.
SÿMULA 7/STJ. RESP PARADIGMA 1.102.431/RJ. PRESCRIÿÿO INTERCORRENTE. ART. 40, §
4º, DA LEF. OITIVA DA FAZENDA PÿBLICA. DESNECESSIDADE. AUSÿNCIA DE PREJUÃZO.
PRESCRIÿÿO DIRETA. ART. 219, § 5º, DO CPC. DECRETAÿÿO EX OFFICIO. INÿRCIA DA
FAZENDA PÿBLICA. SÿMULA 83/STJ. 1. Para as causas cujo despacho que ordena a citação seja
anterior à entrada em vigor da Lei Complementar n. 118/2005, aplica-se o art. 174, parágrafo único, I,
do CTN, em sua redação anterior, como no presente caso. 2. In casu, os créditos tributários foram
constituÃ-dos em 1996. O executivo fiscal foi proposto em 1997, não ocorrendo a citação até a data
da prolação da sentença em 2005. Logo, é inequÃ-voca a ocorrência da prescrição. 3. [...] 4. O
caso dos autos não cuida de prescrição intercorrente, porquanto não houve interrupção do lapso
prescricional. Tratando-se de prescrição direta, pode sua decretação ocorrer de ofÃ-cio, sem prévia
oitiva da exequente, nos termos do art. 219, § 5º, do CPC, perfeitamente aplicável às execuções
fiscais. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 515.984/BA, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma do STJ, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014) grifamos Ementa: PROCESSUAL CIVIL
E TRIBUTÃRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÿÿO
JURISDICIONAL NÿO CONFIGURADA. EXECUÿÿO FISCAL. PRESCRIÿÿO. AÿÿO AJUIZADA
SOB A ÿGIDE DA REDAÿÿO ORIGINAL DO ART. 174 DO CTN. INTERRUPÿÿO DO PRAZO
PRESCRICIONAL QUE SOMENTE OCORRERIA COM A CITAÿÿO VÃLIDA DO EXECUTADO(RESP
1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 21.05.2010, FEITO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC). ANÃLISE A RESPEITO DA APLICAÿÿO DA SÿMULA 106/STJ. IMPOSSIBILIDADE.
VEDAÿÿO DA SÿMULA 7/STJ. NECESSIDADE DE REEXAME DO SUPORTE FÃTICO-
PROBATÿRIO DOS AUTOS. (RESP. 1.102.431/RJ, REL. MIN. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÿÿO, DJE
1º/2/2010). AGRAVO INTERNO DO MUNICÃPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ NÿO PROVIDO. 1. Na
origem, trata-se de execução fiscal visando à cobrança de tributos de ISS referente aos anos de
1992 a 1996. Extinto o processo pela ocorrência da prescrição, sobreveio apelação, sendo que o
Tribunal de origem negou provimento ao recurso, considerando que decorreu mais de 5 (cinco) anos entre
o ajuizamento da execução fiscal (27/3/2001) e a citação do executado (17/5/2006). [...] 3. Em
relação ao art. 40 da Lei 6.830/1980, defende a recorrente a obrigatoriedade de intimação pessoal
da Fazenda Pública exequente acerca da não localização de bens do devedor para dar inÃ-cio Ã
contagem do prazo de prescrição intercorrente. Todavia, a questão não guarda pertinência com a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
controvérsia dos autos, visto que as instâncias ordinárias reconheceram o decurso do lapso
prescricional em razão do perÃ-odo de tempo decorrido entre o ajuizamento do executivo fiscal em
27/3/2001 e a citação da devedora, efetivada em 17/5/2006. 4. Isso porque a ação foi ajuizada sob a
égide da redação original do artigo 174 do CTN, motivo pelo qual somente a citação válida do
executado teria o condão de interromper o decurso do prazo prescricional (REsp 1.120.295/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, DJe 21/5/2010, feito submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973). Logo, excluÃ-da a
aplicação da prescrição intercorrente descrita pelo art. 40 da Lei de Execuções Fiscais,
porquanto não houve interrupção do lapso prescricional. 8. Agravo interno da MUNICÃPIO DO RIO
DE JANEIRO/RJ a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1927033/RJ, Rel. Ministro Manoel Erhardt,
Desembargador Convocado Do TRF5, Primeira Turma do STJ, julgado em 14/09/2021, DJe 16/09/2021)
grifamos Outrossim, vigia, ao tempo da propositura da ação e do despacho inaugural, o Código de
Processo Civil instituÃ-do pela Lei n.º 5.869/1973, o qual também dispunha que a citação válida
interrompia a prescrição. De acordo com a referida legislação, incumbia à parte promover a
citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a ordenasse. Não se efetivando,
considerava-se como não interrompida a prescrição (ressalvada a demora imputável exclusivamente
ao serviço judiciário), autorizando-se o juiz a pronunciá-la de ofÃ-cio (art. 219 do CPC/1973). O devedor
jamais foi citado, então a prescrição jamais se interrompeu. Por conseguinte, é inequÃ-voco que a
pretensão executória está prescrita, uma vez que se passaram mais de 34 (trinta e quatro) anos da
constituição da dÃ-vida. Não há que se cogitar da aplicação da Súmula n.º 106 do STJ porque o
prazo prescricional teve inÃ-cio e se consumou integralmente na vigência da redação originária do art.
174, I, do CTN, sem que o credor promovesse qualquer diligência para dar andamento do feito. O
Ministro Marco Aurélio Bellizze, no voto relatado no REsp 1604412/SC, (julgado pela 2ª Sessão do
STJ em 27/06/2018, DJe 22/08/2018), ressaltou que a prescrição intercorrente é meio de
concretização das mesmas finalidades inspiradoras da prescrição tradicional, distinguindo-se
apenas pelo momento de sua incidência. Em arremate, ressaltou que `não basta ao titular do direito
subjetivo a dedução de sua pretensão em juÃ-zo dentro do prazo prescricional, sendo-lhe exigida a
busca efetiva por sua satisfação. Noutros termos, é imprescindÃ-vel que o credor promova todas as
medidas necessárias à conclusão do processo, com a realização do bem da vida judicialmente
tutelado, o que, além de atender substancialmente o interesse do exequente, assegura também ao
devedor a razoabilidade imprescindÃ-vel à vida social, não se podendo albergar no direito nacional a
vinculação perpétua do devedor a uma lide eterna¿. (grifamos) Nesse contexto, rememore-se que o
atual CPC assegurou, no art. 6º, o princÃ-pio da cooperação, devendo todos os sujeitos do processo
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, de modo
que a inércia do credor configura, no mÃ-nimo, culpa concorrente, justificando o afastamento da Súmula
n.º 106 - STJ. Por fim, destaca-se que art. 332, § 1º, do CPC autoriza o juiz a julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência da prescrição, sendo a única hipótese
em que se faz dispensável o contraditório das partes (art. 485, parágrafo único). Por todo o exposto,
com fundamento no art. 156, V do CTN c/c art. 332, § 1º, do CPC, declaro de ofÃ-cio a prescrição do
crédito tributário objeto da lide, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 485,
§ único, do CPC. P. R. Intime-se pessoalmente o exequente. Sem custas, sem honorários. Transitada
em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara
PROVIDO. 1. Esta Corte possui firme o entendimento no sentido de que: "A inversão do ônus da prova,
nos termos do art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, não é automática, dependendo da
constatação, pelas instâncias ordinárias, da presença ou não da verossimilhança das
alegações do consumidor.".(AgInt no AREsp 1328873/RJ, Rel. Ministro RAUL ARAÿJO, QUARTA
TURMA, julgado em 21/11/2019, DJe 18/12/2019). 2. [...] 3. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp
1581973/SP, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma do STJ, julgado em 10/03/2020, DJe
17/03/2020) Destacamos Registra-se que a adoção da distribuição dinâmica do ônus da prova
pelo CDC não afasta a regra geral prevista no Código de Processo Civil, art. 373, I e II, segundo a qual
compete ao autor demonstrar o direito que o assiste e ao réu a existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito daquele. Nas palavras de Leonardo Garcia: ¿[...] caso o consumidor
venha a propor a ação (autor), deverá fazer prova do fato constitutivo do direito. O que pode acontecer
é que, em alguns casos, quando a prova a cargo do consumidor se tornar difÃ-cil de ser feita ou muito
onerosa (requisito da hipossuficiência) ou quando os argumentos alegados, segundo as regras
ordinárias de experiência do magistrado, forem plausÃ-veis (requisito da verossimilhança das
alegações), o juiz poderá inverter o ônus da prova que, a princÃ-pio, foi distribuÃ-do de acordo com o
CPC¿. (Código de Defesa do Consumidor Comentado: artigo por artigo. 13ª ed. Rev., ampl. e atual.
Salvador: JusPodivm, 2016. p.99) Logo, a partir da afirmação da parte autora de que não estabeleceu
qualquer relação com a instituição financeira requerida, e tendo trazido aos autos histórico de
empréstimos consignados emitido pelo INSS, no qual consta o contrato impugnado e o detalhamento
dos descontos até então realizados, não poderia este juÃ-zo impor-lhe o ônus da prova, pois, além
da verossimilhança de suas alegações (que justifica a inversão), trata-se de fato negativo,
vislumbrando-se maior facilidade para a parte ré provar o contrário. Assim, cabia ao demandado
demonstrar a existência do aludido contrato com autorização para os descontos em folha, além da
efetiva disponibilização do crédito à contratante, mediante transferência bancária ou ordem de
pagamento. Não se desincumbiu, entretanto, de tal ônus, pois SEQUER CONTESTOU A AÿÿO.
Sendo incontroversos os descontos, os quais reputam-se indevidos em face da não comprovação da
relação jurÃ-dica entre as partes, impõe-se a procedência da ação, devendo o requerido ser
responsabilizado pelos danos materiais e morais causados, entendimento que se coaduna com a
posição do Superior Tribunal de Justiça, em sede de Recurso Repetitivo e Súmula 479, senão
vejamos: `RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÿRSIA. JULGAMENTO PELA
SISTEMÃTICA DO ART. 543-C DO CPC. RESPONSABILIDADE CIVIL. INSTITUIÿÿES BANCÃRIAS.
DANOS CAUSADOS POR FRAUDES E DELITOS PRATICADOS POR TERCEIROS.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. FORTUITO INTERNO. RISCO DO EMPREENDIMENTO. 1. Para
efeitos do art. 543-C do CPC: As instituições bancárias respondem objetivamente pelos danos
causados por fraudes ou delitos praticados por terceiros - como, por exemplo, abertura de conta-corrente
ou recebimento de empréstimos mediante fraude ou utilização de documentos falsos -, porquanto tal
responsabilidade decorre do risco do empreendimento, caracterizando-se como fortuito interno. 2. Recurso
especial provido¿. (REsp 1199782/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÿO, SEGUNDA SEÿÿO,
julgado em 24/08/2011, DJe 12/09/2011) Destacamos `As instituições financeiras respondem
objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros
no âmbito de operações bancárias¿. (Súmula 479, Segunda Seção, julgado em 27/06/2012,
DJe 01/08/2012) Destacamos. Registra-se que não há nos autos qualquer fato que justifique a
cobrança coercitiva, reiterada por meses, abatida diretamente de verba alimentar recebida por pessoa
idosa pelo INSS. Em tais casos, o entendimento que prevalece, inclusive do E. Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, é de que somente o engano justificável afastaria a condenação por devolução
em dobro, senão vejamos: EMENTA: CIVIL E PROCESSO CIVIL. APELAÿÿO. AÿÿO
DECLARATÿRIA DE INEXISTENCIA DE DÿBITO C/C INDENIZAÿÿO POR DANOS MORAIS -
DESCONTO INDEVIDO EM APOSENTADORIA. CONTRATO DE EMPRÿSTIMO NÿO
APRESENTADO. REPETIÿÿO DO VALOR DESCONTADO EM DOBRO DEVIDO - INTELIGENCIA DO
ARTIGO 42 DO CDC. DANO MORAL IN RE IPSA. QUANTUM INDENIZATÿRIO ADEQUADO E JUSTO
AO CASO CONCRETO ÿ UNANIMIDADE. 1.  In casu, evidenciada a ilicitude da conduta do banco
apelante, que promoveu descontos indevidos no benefÃ-cio previdenciário da recorrida, referentes a
empréstimo consignado, sem comprovar a existência de relação contratual entre as partes, resta
patente sua responsabilidade e correlato dever de indenizar. 2. O dano moral, no caso, é in re ipsa, ou
seja, prescindÃ-vel de comprovação, ante a notoriedade da violação a dignidade da pessoa humana,
pois houve privação indevida de parte do benefÃ-cio previdenciário da recorrida, pessoa idosa, que
configura verba alimentar destinada ao sustento. 3. No que tange a repetição do indébito em dobro,
o banco apelante não logrou êxito em comprovar a contratação do negócio jurÃ-dico bancário pela
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
autora a justificar os descontos efetivados em sua conta, pelo que deve ser aplicado o artigo 42,
parágrafo único do Código de Defesa do Consumidor, sendo desnecessária a caracterização de
má-fé por parte do fornecedor    4 - Para  a fixação dos danos morais, o julgador deve
atender aos seguintes parâmetros: a extensão do dano, grau de culpa do ofensor, situação
econômica das partes, sempre observando, ainda, os princÃ-pios da razoabilidade e da proporcionalidade,
o que foi devidamente analisado no caso sob testilha.  5. Recurso conhecido e desprovido Ã
unanimidade.  (2018.01186756-79, 187.514, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, ÿrgão Julgador 2ª
TURMA DE DIREITO PRIVADO do TJPA, Julgado em 2018-03-20, Publicado em 2018-03-27)
destacamos. Ementa: RECURSO INOMINADO. AÿÿO ANULATÿRIA DE DÿBITO C/C
REPETIÿÿO DE INDÿBITO EM DOBRO E INDENIZAÿÿO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE
TUTELA ANTECIPADA. EMPRÿSTIMO CONSIGNADO. AUSÿNCIA DE CONTRATO. PESSOA IDOSA
E ANALFABETA. CONTRATO MEDIANTE FRAUDE. DESCONTOS INDEVIDOS. REFORMA DA
SENTENÿA. RESTITUIÿÿO EM DOBRO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. [...] Quanto Ã
repetição do indébito, restou comprovado que a parte Autora sofreu descontos em seu benefÃ-cio
previdenciário, por empréstimo duvidoso, o que acarreta a restituição, em dobro, conforme previsto
no art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor. [...] Recurso conhecido e
parcialmente provido. (2018.03622578-11, 29.012, Rel. TANIA BATISTELLO, ÿrgão Julgador TURMA
RECURSAL PERMANENTE do TJPA, Julgado em 2018-09-05, Publicado em 2018-09-10) destacamos.
Diante do exposto, julgo parcialmente procedentes os pedidos formulados na inicial, declarando
inexistente o contrato de empréstimo objeto da lide (em epÃ-grafe), e, por conseguinte, condeno a
instituição financeira requerida a devolver em dobro todas as parcelas indevidamente descontadas do
benefÃ-cio previdenciário da parte requerente, até o efetivo cancelamento da transação, corrigidas
monetariamente pelo INPC e acrescidas de juros de mora de 1% a.m. (um por cento ao mês) a partir das
datas de cada desconto indevido (Súmulas 43 e 54 do STJ), bem como a cessar os descontos
decorrentes do citado contrato, sob pena de multa diária de R$100,00 (cem reais), até o limite de
R$1.000,00 (mil reais). Em relação ao cabimento dos danos morais, entendo razoável, por não ser
possÃ-vel desconsiderar os transtornos que o desconto irregular causou na vida da requerente, pessoa
idosa, que inesperadamente teve a sua subsistência comprometida por vários meses consecutivos,
situação que evidentemente não pode ser vista como mero aborrecimento. Destarte, sendo sólido o
posicionamento tanto da doutrina como da jurisprudência de que esse tipo de ocorrência não deve
ensejar enriquecimento sem causa ao lesado, e levando em consideração a capacidade econômica do
demandado, condeno-o ao pagamento de R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais) a tÃ-tulo de danos morais,
com a devida correção pelo INPC a partir desta decisão (Súmula 362 do STJ), acrescidos de juros
moratórios de 1% a.m. (um por cento ao mês) desde o evento danoso, ou seja, a data do primeiro
desconto indevido (Súmula 54 do STJ). O pagamento da condenação deverá ser efetuado mediante
depósito judicial, preferencialmente no Banco do Estado do Pará (BANPARÃ). Sem custas, sem
honorários (art. 55 da Lei 9.099/95). P.R.I. Transitada em julgado, certifique-se e arquivem-se os autos.
Cametá/PA, 30 de novembro de 2021  José Matias Santana Dias Juiz de Direito Titular da 2ª Vara
nos termos do art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, não é automática, dependendo da
constatação, pelas instâncias ordinárias, da presença ou não da verossimilhança das
alegações do consumidor.".(AgInt no AREsp 1328873/RJ, Rel. Ministro RAUL ARAÿJO, QUARTA
TURMA, julgado em 21/11/2019, DJe 18/12/2019). 2. [...] 3. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp
1581973/SP, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma do STJ, julgado em 10/03/2020, DJe
17/03/2020) Destacamos Registra-se que a adoção da distribuição dinâmica do ônus da prova
pelo CDC não afasta a regra geral prevista no Código de Processo Civil, art. 373, I e II, segundo a qual
compete ao autor demonstrar o direito que o assiste e ao réu a existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito daquele. Nas palavras de Leonardo Garcia: ¿[...] caso o consumidor
venha a propor a ação (autor), deverá fazer prova do fato constitutivo do direito. O que pode acontecer
é que, em alguns casos, quando a prova a cargo do consumidor se tornar difÃ-cil de ser feita ou muito
onerosa (requisito da hipossuficiência) ou quando os argumentos alegados, segundo as regras
ordinárias de experiência do magistrado, forem plausÃ-veis (requisito da verossimilhança das
alegações), o juiz poderá inverter o ônus da prova que, a princÃ-pio, foi distribuÃ-do de acordo com o
CPC¿. (Código de Defesa do Consumidor Comentado: artigo por artigo. 13ª ed. Rev., ampl. e atual.
Salvador: JusPodivm, 2016. p.99) Logo, a partir da afirmação da parte autora de que não estabeleceu
qualquer relação com a instituição financeira requerida, e tendo trazido aos autos histórico de
empréstimos consignados emitido pelo INSS, no qual consta o contrato impugnado e o detalhamento
dos descontos até então realizados, não poderia este juÃ-zo impor-lhe o ônus da prova, pois, além
da verossimilhança de suas alegações (que justifica a inversão), trata-se de fato negativo,
vislumbrando-se maior facilidade para a parte ré provar o contrário. Assim, cabia ao demandado
demonstrar a existência do aludido contrato com autorização para os descontos em folha, além da
efetiva disponibilização do crédito à contratante, mediante transferência bancária ou ordem de
pagamento. Não se desincumbiu, entretanto, de tal ônus, pois SEQUER CONTESTOU A AÿÿO.
Sendo incontroversos os descontos, os quais reputam-se indevidos em face da não comprovação da
relação jurÃ-dica entre as partes, impõe-se a procedência da ação, devendo o requerido ser
responsabilizado pelos danos materiais e morais causados, entendimento que se coaduna com a
posição do Superior Tribunal de Justiça, em sede de Recurso Repetitivo e Súmula 479, senão
vejamos: `RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÿRSIA. JULGAMENTO PELA
SISTEMÃTICA DO ART. 543-C DO CPC. RESPONSABILIDADE CIVIL. INSTITUIÿÿES BANCÃRIAS.
DANOS CAUSADOS POR FRAUDES E DELITOS PRATICADOS POR TERCEIROS.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. FORTUITO INTERNO. RISCO DO EMPREENDIMENTO. 1. Para
efeitos do art. 543-C do CPC: As instituições bancárias respondem objetivamente pelos danos
causados por fraudes ou delitos praticados por terceiros - como, por exemplo, abertura de conta-corrente
ou recebimento de empréstimos mediante fraude ou utilização de documentos falsos -, porquanto tal
responsabilidade decorre do risco do empreendimento, caracterizando-se como fortuito interno. 2. Recurso
especial provido¿. (REsp 1199782/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÿO, SEGUNDA SEÿÿO,
julgado em 24/08/2011, DJe 12/09/2011) Destacamos `As instituições financeiras respondem
objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros
no âmbito de operações bancárias¿. (Súmula 479, Segunda Seção, julgado em 27/06/2012,
DJe 01/08/2012) Destacamos. Registra-se que não há nos autos qualquer fato que justifique a
cobrança coercitiva, reiterada por meses, abatida diretamente de verba alimentar recebida por pessoa
idosa pelo INSS. Em tais casos, o entendimento que prevalece, inclusive do E. Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, é de que somente o engano justificável afastaria a condenação por devolução
em dobro, senão vejamos: EMENTA: CIVIL E PROCESSO CIVIL. APELAÿÿO. AÿÿO
DECLARATÿRIA DE INEXISTENCIA DE DÿBITO C/C INDENIZAÿÿO POR DANOS MORAIS -
DESCONTO INDEVIDO EM APOSENTADORIA. CONTRATO DE EMPRÿSTIMO NÿO
APRESENTADO. REPETIÿÿO DO VALOR DESCONTADO EM DOBRO DEVIDO - INTELIGENCIA DO
ARTIGO 42 DO CDC. DANO MORAL IN RE IPSA. QUANTUM INDENIZATÿRIO ADEQUADO E JUSTO
AO CASO CONCRETO ÿ UNANIMIDADE. 1.  In casu, evidenciada a ilicitude da conduta do banco
apelante, que promoveu descontos indevidos no benefÃ-cio previdenciário da recorrida, referentes a
empréstimo consignado, sem comprovar a existência de relação contratual entre as partes, resta
patente sua responsabilidade e correlato dever de indenizar. 2. O dano moral, no caso, é in re ipsa, ou
seja, prescindÃ-vel de comprovação, ante a notoriedade da violação a dignidade da pessoa humana,
pois houve privação indevida de parte do benefÃ-cio previdenciário da recorrida, pessoa idosa, que
configura verba alimentar destinada ao sustento. 3. No que tange a repetição do indébito em dobro,
o banco apelante não logrou êxito em comprovar a contratação do negócio jurÃ-dico bancário pela
autora a justificar os descontos efetivados em sua conta, pelo que deve ser aplicado o artigo 42,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
PAIXÿO PROGÿNCIO DE SOUZA RECLAMADO: BANCO ITAÿ BMG SA Contrato n.º 559501177
(R$ 672,57,) SENTENÿA Vistos etc. Dispensado o relatório, nos termos do art. 38 da Lei 9.099/95.
Apesar de citado (fl. 11 - v), o réu não apresentou defesa (fl. 13), pelo que decreto a revelia do
requerido e presumo a veracidade dos fatos aduzidos na inicial, visto que foi regulamente citado e deixou
de apresentar defesa, ainda que expressamente advertido dos efeitos de sua inércia. A controvérsia
sujeita-se ao Código de Defesa do Consumidor, conforme entendimento consolidado na Súmula n.º
297, do Superior Tribunal de Justiça: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável à s
instituições financeiras. Nessa senda, o art. 6º, VIII, do CDC, assegura a inversão do ônus da prova
em favor do consumidor para facilitar a defesa de seus direitos quando, a critério do juiz, for verossÃ-mil
a alegação ou quando ele for hipossuficiente. A inversão não é automática, sendo necessário
que o magistrado analise os requisitos legais diante do caso concreto, senão vejamos: AGRAVO
INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÿÿO DE INDENIZAÿÿO POR DANOS
MORAIS. INVERSÿO DO ÿNUS DA PROVA. MATÿRIA QUE DEMANDA REEXAME DE FATOS E
PROVAS. SUMULA 7 DO STJ. AGRAVO INTERNO NÿO PROVIDO. 1. Esta Corte possui firme o
entendimento no sentido de que: "A inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do Código
de Defesa do Consumidor, não é automática, dependendo da constatação, pelas instâncias
ordinárias, da presença ou não da verossimilhança das alegações do consumidor.".(AgInt no
AREsp 1328873/RJ, Rel. Ministro RAUL ARAÿJO, QUARTA TURMA, julgado em 21/11/2019, DJe
18/12/2019). 2. [...] 3. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp 1581973/SP, Rel. Ministro Luis Felipe
Salomão, Quarta Turma do STJ, julgado em 10/03/2020, DJe 17/03/2020) Destacamos Registra-se que a
adoção da distribuição dinâmica do ônus da prova pelo CDC não afasta a regra geral prevista no
Código de Processo Civil, art. 373, I e II, segundo a qual compete ao autor demonstrar o direito que o
assiste e ao réu a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito daquele. Nas
palavras de Leonardo Garcia: ¿[...] caso o consumidor venha a propor a ação (autor), deverá fazer
prova do fato constitutivo do direito. O que pode acontecer é que, em alguns casos, quando a prova a
cargo do consumidor se tornar difÃ-cil de ser feita ou muito onerosa (requisito da hipossuficiência) ou
quando os argumentos alegados, segundo as regras ordinárias de experiência do magistrado, forem
plausÃ-veis (requisito da verossimilhança das alegações), o juiz poderá inverter o ônus da prova
que, a princÃ-pio, foi distribuÃ-do de acordo com o CPC¿. (Código de Defesa do Consumidor
Comentado: artigo por artigo. 13ª ed. Rev., ampl. e atual. Salvador: JusPodivm, 2016. p.99) Logo, a partir
da afirmação da parte autora de que não estabeleceu qualquer relação com a instituição
financeira requerida, e tendo trazido aos autos histórico de empréstimos consignados emitido pelo
INSS, no qual consta o contrato impugnado e o detalhamento dos descontos até então realizados,
não poderia este juÃ-zo impor-lhe o ônus da prova, pois, além da verossimilhança de suas
alegações (que justifica a inversão), trata-se de fato negativo, vislumbrando-se maior facilidade para a
parte ré provar o contrário. Assim, cabia ao demandado demonstrar a existência do aludido contrato
com autorização para os descontos em folha, além da efetiva disponibilização do crédito Ã
contratante, mediante transferência bancária ou ordem de pagamento. Não se desincumbiu,
entretanto, de tal ônus, pois SEQUER CONTESTOU A AÿÿO. Sendo incontroversos os descontos, os
quais reputam-se indevidos em face da não comprovação da relação jurÃ-dica entre as partes,
impõe-se a procedência da ação, devendo o requerido ser responsabilizado pelos danos materiais
e morais causados, entendimento que se coaduna com a posição do Superior Tribunal de Justiça, em
sede de Recurso Repetitivo e Súmula 479, senão vejamos: `RECURSO ESPECIAL
REPRESENTATIVO DE CONTROVÿRSIA. JULGAMENTO PELA SISTEMÃTICA DO ART. 543-C DO
CPC. RESPONSABILIDADE CIVIL. INSTITUIÿÿES BANCÃRIAS. DANOS CAUSADOS POR
FRAUDES E DELITOS PRATICADOS POR TERCEIROS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. FORTUITO
INTERNO. RISCO DO EMPREENDIMENTO. 1. Para efeitos do art. 543-C do CPC: As instituições
bancárias respondem objetivamente pelos danos causados por fraudes ou delitos praticados por
terceiros - como, por exemplo, abertura de conta-corrente ou recebimento de empréstimos mediante
fraude ou utilização de documentos falsos -, porquanto tal responsabilidade decorre do risco do
empreendimento, caracterizando-se como fortuito interno. 2. Recurso especial provido¿. (REsp
1199782/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÿO, SEGUNDA SEÿÿO, julgado em 24/08/2011, DJe
12/09/2011) Destacamos `As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados
por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações
bancárias¿. (Súmula 479, Segunda Seção, julgado em 27/06/2012, DJe 01/08/2012) Destacamos.
Registra-se que não há nos autos qualquer fato que justifique a cobrança coercitiva, reiterada por
meses, abatida diretamente de verba alimentar recebida por pessoa idosa pelo INSS. Em tais casos, o
entendimento que prevalece, inclusive do E. Tribunal de Justiça do Estado do Pará, é de que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
somente o engano justificável afastaria a condenação por devolução em dobro, senão vejamos:
EMENTA: CIVIL E PROCESSO CIVIL. APELAÿÿO. AÿÿO DECLARATÿRIA DE INEXISTENCIA
DE DÿBITO C/C INDENIZAÿÿO POR DANOS MORAIS - DESCONTO INDEVIDO EM
APOSENTADORIA. CONTRATO DE EMPRÿSTIMO NÿO APRESENTADO. REPETIÿÿO DO
VALOR DESCONTADO EM DOBRO DEVIDO - INTELIGENCIA DO ARTIGO 42 DO CDC. DANO MORAL
IN RE IPSA. QUANTUM INDENIZATÿRIO ADEQUADO E JUSTO AO CASO CONCRETO ÿ
UNANIMIDADE. 1.  In casu, evidenciada a ilicitude da conduta do banco apelante, que promoveu
descontos indevidos no benefÃ-cio previdenciário da recorrida, referentes a empréstimo consignado,
sem comprovar a existência de relação contratual entre as partes, resta patente sua responsabilidade
e correlato dever de indenizar. 2. O dano moral, no caso, é in re ipsa, ou seja, prescindÃ-vel de
comprovação, ante a notoriedade da violação a dignidade da pessoa humana, pois houve
privação indevida de parte do benefÃ-cio previdenciário da recorrida, pessoa idosa, que configura
verba alimentar destinada ao sustento. 3. No que tange a repetição do indébito em dobro, o banco
apelante não logrou êxito em comprovar a contratação do negócio jurÃ-dico bancário pela autora a
justificar os descontos efetivados em sua conta, pelo que deve ser aplicado o artigo 42, parágrafo único
do Código de Defesa do Consumidor, sendo desnecessária a caracterização de má-fé por parte do
fornecedor    4 - Para  a fixação dos danos morais, o julgador deve atender aos seguintes
parâmetros: a extensão do dano, grau de culpa do ofensor, situação econômica das partes, sempre
observando, ainda, os princÃ-pios da razoabilidade e da proporcionalidade, o que foi devidamente
analisado no caso sob testilha.  5. Recurso conhecido e desprovido Ã
unanimidade.  (2018.01186756-79, 187.514, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, ÿrgão Julgador 2ª
TURMA DE DIREITO PRIVADO do TJPA, Julgado em 2018-03-20, Publicado em 2018-03-27)
destacamos. Ementa: RECURSO INOMINADO. AÿÿO ANULATÿRIA DE DÿBITO C/C
REPETIÿÿO DE INDÿBITO EM DOBRO E INDENIZAÿÿO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE
TUTELA ANTECIPADA. EMPRÿSTIMO CONSIGNADO. AUSÿNCIA DE CONTRATO. PESSOA IDOSA
E ANALFABETA. CONTRATO MEDIANTE FRAUDE. DESCONTOS INDEVIDOS. REFORMA DA
SENTENÿA. RESTITUIÿÿO EM DOBRO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. [...] Quanto Ã
repetição do indébito, restou comprovado que a parte Autora sofreu descontos em seu benefÃ-cio
previdenciário, por empréstimo duvidoso, o que acarreta a restituição, em dobro, conforme previsto
no art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor. [...] Recurso conhecido e
parcialmente provido. (2018.03622578-11, 29.012, Rel. TANIA BATISTELLO, ÿrgão Julgador TURMA
RECURSAL PERMANENTE do TJPA, Julgado em 2018-09-05, Publicado em 2018-09-10) destacamos.
Diante do exposto, julgo parcialmente procedentes os pedidos formulados na inicial, declarando
inexistente o contrato de empréstimo objeto da lide (em epÃ-grafe), e, por conseguinte, condeno a
instituição financeira requerida a devolver em dobro todas as parcelas indevidamente descontadas do
benefÃ-cio previdenciário da parte requerente, até o efetivo cancelamento da transação, corrigidas
monetariamente pelo INPC e acrescidas de juros de mora de 1% a.m. (um por cento ao mês) a partir das
datas de cada desconto indevido (Súmulas 43 e 54 do STJ), bem como a cessar os descontos
decorrentes do citado contrato, sob pena de multa diária de R$100,00 (cem reais), até o limite de
R$1.000,00 (mil reais). Em relação ao cabimento dos danos morais, entendo razoável, por não ser
possÃ-vel desconsiderar os transtornos que o desconto irregular causou na vida da requerente, pessoa
idosa, que inesperadamente teve a sua subsistência comprometida por vários meses consecutivos,
situação que evidentemente não pode ser vista como mero aborrecimento. Destarte, sendo sólido o
posicionamento tanto da doutrina como da jurisprudência de que esse tipo de ocorrência não deve
ensejar enriquecimento sem causa ao lesado, e levando em consideração a capacidade econômica do
demandado, condeno-o ao pagamento de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos) a tÃ-tulo de danos morais, com a
devida correção pelo INPC a partir desta decisão (Súmula 362 do STJ), acrescidos de juros
moratórios de 1% a.m. (um por cento ao mês) desde o evento danoso, ou seja, a data do primeiro
desconto indevido (Súmula 54 do STJ). O pagamento da condenação deverá ser efetuado mediante
depósito judicial, preferencialmente no Banco do Estado do Pará (BANPARÃ). Sem custas, sem
honorários (art. 55 da Lei 9.099/95). P.R.I. Transitada em julgado, certifique-se e arquivem-se os autos.
Cametá/PA, 30 de novembro de 2021.  José Matias Santana Dias Juiz de Direito Titular da 2ª Vara
Estado do Pará, é de que somente o engano justificável afastaria a condenação por devolução
em dobro, senão vejamos: EMENTA: CIVIL E PROCESSO CIVIL. APELAÿÿO. AÿÿO
DECLARATÿRIA DE INEXISTENCIA DE DÿBITO C/C INDENIZAÿÿO POR DANOS MORAIS -
DESCONTO INDEVIDO EM APOSENTADORIA. CONTRATO DE EMPRÿSTIMO NÿO
APRESENTADO. REPETIÿÿO DO VALOR DESCONTADO EM DOBRO DEVIDO - INTELIGENCIA DO
ARTIGO 42 DO CDC. DANO MORAL IN RE IPSA. QUANTUM INDENIZATÿRIO ADEQUADO E JUSTO
AO CASO CONCRETO ÿ UNANIMIDADE. 1.  In casu, evidenciada a ilicitude da conduta do banco
apelante, que promoveu descontos indevidos no benefÃ-cio previdenciário da recorrida, referentes a
empréstimo consignado, sem comprovar a existência de relação contratual entre as partes, resta
patente sua responsabilidade e correlato dever de indenizar. 2. O dano moral, no caso, é in re ipsa, ou
seja, prescindÃ-vel de comprovação, ante a notoriedade da violação a dignidade da pessoa humana,
pois houve privação indevida de parte do benefÃ-cio previdenciário da recorrida, pessoa idosa, que
configura verba alimentar destinada ao sustento. 3. No que tange a repetição do indébito em dobro,
o banco apelante não logrou êxito em comprovar a contratação do negócio jurÃ-dico bancário pela
autora a justificar os descontos efetivados em sua conta, pelo que deve ser aplicado o artigo 42,
parágrafo único do Código de Defesa do Consumidor, sendo desnecessária a caracterização de
má-fé por parte do fornecedor    4 - Para  a fixação dos danos morais, o julgador deve
atender aos seguintes parâmetros: a extensão do dano, grau de culpa do ofensor, situação
econômica das partes, sempre observando, ainda, os princÃ-pios da razoabilidade e da proporcionalidade,
o que foi devidamente analisado no caso sob testilha.  5. Recurso conhecido e desprovido Ã
unanimidade.  (2018.01186756-79, 187.514, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, ÿrgão Julgador 2ª
TURMA DE DIREITO PRIVADO do TJPA, Julgado em 2018-03-20, Publicado em 2018-03-27)
destacamos. Ementa: RECURSO INOMINADO. AÿÿO ANULATÿRIA DE DÿBITO C/C
REPETIÿÿO DE INDÿBITO EM DOBRO E INDENIZAÿÿO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE
TUTELA ANTECIPADA. EMPRÿSTIMO CONSIGNADO. AUSÿNCIA DE CONTRATO. PESSOA IDOSA
E ANALFABETA. CONTRATO MEDIANTE FRAUDE. DESCONTOS INDEVIDOS. REFORMA DA
SENTENÿA. RESTITUIÿÿO EM DOBRO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. [...] Quanto Ã
repetição do indébito, restou comprovado que a parte Autora sofreu descontos em seu benefÃ-cio
previdenciário, por empréstimo duvidoso, o que acarreta a restituição, em dobro, conforme previsto
no art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor. [...] Recurso conhecido e
parcialmente provido. (2018.03622578-11, 29.012, Rel. TANIA BATISTELLO, ÿrgão Julgador TURMA
RECURSAL PERMANENTE do TJPA, Julgado em 2018-09-05, Publicado em 2018-09-10) destacamos.
Diante do exposto, julgo parcialmente procedentes os pedidos formulados na inicial, declarando
inexistente o contrato de empréstimo objeto da lide (em epÃ-grafe), e, por conseguinte, condeno a
instituição financeira requerida a devolver em dobro todas as parcelas indevidamente descontadas do
benefÃ-cio previdenciário da parte requerente, até o efetivo cancelamento da transação, corrigidas
monetariamente pelo INPC e acrescidas de juros de mora de 1% a.m. (um por cento ao mês) a partir das
datas de cada desconto indevido (Súmulas 43 e 54 do STJ), bem como a cessar os descontos
decorrentes do citado contrato, sob pena de multa diária de R$100,00 (cem reais), até o limite de
R$1.000,00 (mil reais). Em relação ao cabimento dos danos morais, entendo razoável, por não ser
possÃ-vel desconsiderar os transtornos que o desconto irregular causou na vida da requerente, pessoa
idosa, que inesperadamente teve a sua subsistência comprometida por vários meses consecutivos,
situação que evidentemente não pode ser vista como mero aborrecimento. Destarte, sendo sólido o
posicionamento tanto da doutrina como da jurisprudência de que esse tipo de ocorrência não deve
ensejar enriquecimento sem causa ao lesado, e levando em consideração a capacidade econômica do
demandado, condeno-o ao pagamento de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais) a tÃ-tulo de danos morais,
com a devida correção pelo INPC a partir desta decisão (Súmula 362 do STJ), acrescidos de juros
moratórios de 1% a.m. (um por cento ao mês) desde o evento danoso, ou seja, a data do primeiro
desconto indevido (Súmula 54 do STJ). O pagamento da condenação deverá ser efetuado mediante
depósito judicial, preferencialmente no Banco do Estado do Pará (BANPARÃ). Sem custas, sem
honorários (art. 55 da Lei 9.099/95). P.R.I. Transitada em julgado, certifique-se e arquivem-se os autos.
Cametá/PA, 30 de novembro de 2021.  José Matias Santana Dias Juiz de Direito Titular da 2ª Vara
DIAS DE OLIVEIRA RECLAMADO: BANCO PAN S/A Contrato n.º 305461482-5 (R$ 666,44)
SENTENÿA Vistos etc. Dispensado o relatório, nos termos do art. 38 da Lei 9.099/95. Apesar de citado
(fl. 14 - v), o réu não apresentou defesa (fl. 16), pelo que decreto a revelia do requerido e presumo a
veracidade dos fatos aduzidos na inicial, visto que foi regulamente citado e deixou de apresentar defesa,
ainda que expressamente advertido dos efeitos de sua inércia. A controvérsia sujeita-se ao Código de
Defesa do Consumidor, conforme entendimento consolidado na Súmula n.º 297, do Superior Tribunal de
Justiça: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras. Nessa
senda, o art. 6º, VIII, do CDC, assegura a inversão do ônus da prova em favor do consumidor para
facilitar a defesa de seus direitos quando, a critério do juiz, for verossÃ-mil a alegação ou quando ele
for hipossuficiente. A inversão não é automática, sendo necessário que o magistrado analise os
requisitos legais diante do caso concreto, senão vejamos: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. AÿÿO DE INDENIZAÿÿO POR DANOS MORAIS. INVERSÿO DO ÿNUS
DA PROVA. MATÿRIA QUE DEMANDA REEXAME DE FATOS E PROVAS. SUMULA 7 DO STJ.
AGRAVO INTERNO NÿO PROVIDO. 1. Esta Corte possui firme o entendimento no sentido de que: "A
inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, não é
automática, dependendo da constatação, pelas instâncias ordinárias, da presença ou não da
verossimilhança das alegações do consumidor.".(AgInt no AREsp 1328873/RJ, Rel. Ministro RAUL
ARAÿJO, QUARTA TURMA, julgado em 21/11/2019, DJe 18/12/2019). 2. [...] 3. Agravo interno não
provido. (AgInt no AREsp 1581973/SP, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma do STJ, julgado
em 10/03/2020, DJe 17/03/2020) Destacamos Registra-se que a adoção da distribuição dinâmica
do ônus da prova pelo CDC não afasta a regra geral prevista no Código de Processo Civil, art. 373, I e
II, segundo a qual compete ao autor demonstrar o direito que o assiste e ao réu a existência de fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito daquele. Nas palavras de Leonardo Garcia: ¿[...] caso o
consumidor venha a propor a ação (autor), deverá fazer prova do fato constitutivo do direito. O que
pode acontecer é que, em alguns casos, quando a prova a cargo do consumidor se tornar difÃ-cil de ser
feita ou muito onerosa (requisito da hipossuficiência) ou quando os argumentos alegados, segundo as
regras ordinárias de experiência do magistrado, forem plausÃ-veis (requisito da verossimilhança das
alegações), o juiz poderá inverter o ônus da prova que, a princÃ-pio, foi distribuÃ-do de acordo com o
CPC¿. (Código de Defesa do Consumidor Comentado: artigo por artigo. 13ª ed. Rev., ampl. e atual.
Salvador: JusPodivm, 2016. p.99) Logo, a partir da afirmação da parte autora de que não estabeleceu
qualquer relação com a instituição financeira requerida, e tendo trazido aos autos histórico de
empréstimos consignados emitido pelo INSS, no qual consta o contrato impugnado e o detalhamento
dos descontos até então realizados, não poderia este juÃ-zo impor-lhe o ônus da prova, pois, além
da verossimilhança de suas alegações (que justifica a inversão), trata-se de fato negativo,
vislumbrando-se maior facilidade para a parte ré provar o contrário. Assim, cabia ao demandado
demonstrar a existência do aludido contrato com autorização para os descontos em folha, além da
efetiva disponibilização do crédito à contratante, mediante transferência bancária ou ordem de
pagamento. Não se desincumbiu, entretanto, de tal ônus, pois SEQUER CONTESTOU A AÿÿO.
Sendo incontroversos os descontos, os quais reputam-se indevidos em face da não comprovação da
relação jurÃ-dica entre as partes, impõe-se a procedência da ação, devendo o requerido ser
responsabilizado pelos danos materiais e morais causados, entendimento que se coaduna com a
posição do Superior Tribunal de Justiça, em sede de Recurso Repetitivo e Súmula 479, senão
vejamos: `RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÿRSIA. JULGAMENTO PELA
SISTEMÃTICA DO ART. 543-C DO CPC. RESPONSABILIDADE CIVIL. INSTITUIÿÿES BANCÃRIAS.
DANOS CAUSADOS POR FRAUDES E DELITOS PRATICADOS POR TERCEIROS.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. FORTUITO INTERNO. RISCO DO EMPREENDIMENTO. 1. Para
efeitos do art. 543-C do CPC: As instituições bancárias respondem objetivamente pelos danos
causados por fraudes ou delitos praticados por terceiros - como, por exemplo, abertura de conta-corrente
ou recebimento de empréstimos mediante fraude ou utilização de documentos falsos -, porquanto tal
responsabilidade decorre do risco do empreendimento, caracterizando-se como fortuito interno. 2. Recurso
especial provido¿. (REsp 1199782/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÿO, SEGUNDA SEÿÿO,
julgado em 24/08/2011, DJe 12/09/2011) Destacamos `As instituições financeiras respondem
objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros
no âmbito de operações bancárias¿. (Súmula 479, Segunda Seção, julgado em 27/06/2012,
DJe 01/08/2012) Destacamos. Registra-se que não há nos autos qualquer fato que justifique a
cobrança coercitiva, reiterada por meses, abatida diretamente de verba alimentar recebida por pessoa
idosa pelo INSS. Em tais casos, o entendimento que prevalece, inclusive do E. Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, é de que somente o engano justificável afastaria a condenação por devolução
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
contrato objeto da lide. Ocorre que a mencionada transação interna foi realizada à revelia do autor,
assim, não se pode admitir que a instituição financeira a realize automática e unilateralmente,
violando o princÃ-pio da autonomia da vontade e da informação prévia e adequada ao consumidor.
Sendo incontroversos os descontos, os quais reputam-se indevidos em face da não comprovação da
relação jurÃ-dica entre as partes, impõe-se a procedência da ação, devendo o requerido ser
responsabilizado pelos danos materiais e morais causados, entendimento que se coaduna com a
posição do Superior Tribunal de Justiça, em sede de Recurso Repetitivo e Súmula 479, senão
vejamos: `RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÿRSIA. JULGAMENTO PELA
SISTEMÃTICA DO ART. 543-C DO CPC. RESPONSABILIDADE CIVIL. INSTITUIÿÿES BANCÃRIAS.
DANOS CAUSADOS POR FRAUDES E DELITOS PRATICADOS POR TERCEIROS.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. FORTUITO INTERNO. RISCO DO EMPREENDIMENTO. 1. Para
efeitos do art. 543-C do CPC: As instituições bancárias respondem objetivamente pelos danos
causados por fraudes ou delitos praticados por terceiros- como, por exemplo, abertura de conta corrente
ou recebimento de empréstimos mediante fraude ou utilização de documentos falsos -, porquanto tal
responsabilidade decorre do risco do empreendimento, caracterizando-se como fortuito interno. 2. Recurso
especial provido¿. (REsp 1199782/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÿO, SEGUNDA SEÿÿO,
julgado em 24/08/2011, DJe 12/09/2011) Destacamos `As instituições financeiras
respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos
praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias¿. (Súmula 479, Segunda Seção,
julgado em 27/06/2012, DJe 01/08/2012) Destacamos Registra-se que não há nos autos qualquer fato
que justifique a cobrança coercitiva, reiterada por meses, abatida diretamente de verba alimentar
recebida por pessoa idosa pelo INSS. Em tais casos, o entendimento que prevalece, inclusive do E.
Tribunal de Justiça do Estado do Pará, é de que somente o engano justificável afastaria a
condenação por devolução em dobro, senão vejamos: EMENTA: CIVIL E PROCESSO CIVIL.
APELAÿÿO. AÿÿO DECLARATÿRIA DE INEXISTENCIA DE DÿBITO C/C INDENIZAÿÿO
POR DANOS MORAIS - DESCONTO INDEVIDO EM APOSENTADORIA. CONTRATO DE
EMPRÿSTIMO NÿO APRESENTADO. REPETIÿÿO DO VALOR DESCONTADO EM DOBRO
DEVIDO - INTELIGENCIA DO ARTIGO 42 DO CDC. DANO MORAL IN RE IPSA. QUANTUM
INDENIZATÿRIO ADEQUADO E JUSTO AO CASO CONCRETO ÿ UNANIMIDADE. 1.  In casu,
evidenciada a ilicitude da conduta do banco apelante, que promoveu descontos indevidos no benefÃ-cio
previdenciário da recorrida, referentes a empréstimo consignado, sem comprovar a existência de
relação contratual entre as partes, resta patente sua responsabilidade e correlato dever de indenizar. 2.
O dano moral, no caso, é in re ipsa, ou seja, prescindÃ-vel de comprovação, ante a notoriedade da
violação a dignidade da pessoa humana, pois houve privação indevida de parte do benefÃ-cio
previdenciário da recorrida, pessoa idosa, que configura verba alimentar destinada ao sustento. 3. No
que tange a repetição do indébito em dobro, o banco apelante não logrou êxito em comprovar a
contratação do negócio jurÃ-dico bancário pela autora a justificar os descontos efetivados em sua
conta, pelo que deve ser aplicado o artigo 42, parágrafo único do Código de Defesa do Consumidor,
sendo desnecessária a caracterização de má-fé por parte do fornecedor    4 - Para  a
fixação dos danos morais, o julgador deve atender aos seguintes parâmetros: a extensão do dano,
grau de culpa do ofensor, situação econômica das partes, sempre observando, ainda, os princÃ-pios
da razoabilidade e da proporcionalidade, o que foi devidamente analisado no caso sob testilha.  5.
Recurso conhecido e desprovido à unanimidade.  (2018.01186756-79, 187.514, Rel. EDINEA
OLIVEIRA TAVARES, ÿrgão Julgador 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO do TJPA, Julgado em 2018-
03-20, Publicado em 2018-03-27) destacamos: Ementa: RECURSO INOMINADO. AÿÿO
ANULATÿRIA DE DÿBITO C/C REPETIÿÿO DE INDÿBITO EM DOBRO E INDENIZAÿÿO POR
DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. EMPRÿSTIMO CONSIGNADO. AUSÿNCIA
DE CONTRATO. PESSOA IDOSA E ANALFABETA. CONTRATO MEDIANTE FRAUDE. DESCONTOS
INDEVIDOS. REFORMA DA SENTENÿA. RESTITUIÿÿO EM DOBRO. DANOS MORAIS
CONFIGURADOS. [...] Quanto à repetição do indébito, restou comprovado que a parte Autora
sofreu descontos em seu benefÃ-cio previdenciário, por empréstimo duvidoso, o que acarreta a
restituição, em dobro, conforme previsto no art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do
Consumidor. [...] Recurso conhecido e parcialmente provido. (2018.03622578-11, 29.012, Rel. TANIA
BATISTELLO, ÿrgão Julgador TURMA RECURSAL PERMANENTE do TJPA, Julgado em 2018-09-05,
Publicado em 2018-09-10) destacamos. Diante do exposto, julgo parcialmente procedentes os pedidos
formulados na inicial, declarando inexistente o contrato de empréstimo objeto da lide (em epÃ-grafe), e,
por conseguinte, condeno a instituição financeira requerida a devolver em dobro todas as parcelas
indevidamente descontadas do benefÃ-cio previdenciário da parte requerente, até o efetivo
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13ª ed. Rev., ampl. e atual. Salvador: JusPodivm, 2016. p.99)  Logo, a partir da afirmação da parte
autora de que não estabeleceu qualquer relação com a instituição financeira requerida, e tendo
trazido aos autos histórico de empréstimos consignados emitido pelo INSS, no qual consta o contrato
impugnado e o detalhamento dos descontos até então realizados, não poderia este juÃ-zo impor-lhe o
ônus da prova, pois, além da verossimilhança de suas alegações (que justifica a inversão), trata-
se de fato negativo, vislumbrando-se maior facilidade para a parte ré provar o contrário.  No caso em
exame, em que pese ter sido juntado aos autos o suposto comprovante da efetiva disponibilização do
crédito ao contratante, não juntou o contrato do empréstimo impugnado, inviabilizando a análise da
natureza contratual avençada, o número de parcelas pactuadas, se havia autorização para
consignação em folha de pagamento, além das demais condições formais do instrumento (como a
assinatura da autora). Sendo incontroversos os descontos, os quais reputam-se indevidos em face da
não comprovação da relação jurÃ-dica entre as partes, impõe-se a procedência da
ação, devendo o requerido ser responsabilizado pelos danos materiais e morais causados,
entendimento que se coaduna com a posição do Superior Tribunal de Justiça, em sede de Recurso
Repetitivo e Súmula 479, senão vejamos: `RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE
CONTROVÿRSIA. JULGAMENTO PELA SISTEMÃTICA DO ART. 543-C DO CPC.
RESPONSABILIDADE CIVIL. INSTITUIÿÿES BANCÃRIAS. DANOS CAUSADOS POR FRAUDES E
DELITOS PRATICADOS POR TERCEIROS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. FORTUITO INTERNO.
RISCO DO EMPREENDIMENTO. 1. Para efeitos do art. 543-C do CPC: As instituições bancárias
respondem objetivamente pelos danos causados por fraudes ou delitos praticados por terceiros -
como, por exemplo, abertura de conta-corrente ou recebimento de empréstimos mediante fraude ou
utilização de documentos falsos -, porquanto tal responsabilidade decorre do risco do empreendimento,
caracterizando-se como fortuito interno. 2. Recurso especial provido¿. (REsp 1199782/PR, Rel. Ministro
LUIS FELIPE SALOMÿO, SEGUNDA SEÿÿO, julgado em 24/08/2011, DJe 12/09/2011) Destacamos
`As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a
fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias¿. (Súmula 479,
Segunda Seção, julgado em 27/06/2012, DJe 01/08/2012) Destacamos Registra-se que não há nos
autos qualquer fato que justifique a cobrança coercitiva, reiterada por meses, abatida diretamente de
verba alimentar recebida por pessoa idosa pelo INSS. Em tais casos, o entendimento que prevalece,
inclusive do E. Tribunal de Justiça do Estado do Pará, é de que somente o engano justificável
afastaria a condenação por devolução em dobro, senão vejamos: EMENTA: CIVIL E PROCESSO
CIVIL. APELAÿÿO. AÿÿO DECLARATÿRIA DE INEXISTENCIA DE DÿBITO C/C
INDENIZAÿÿO POR DANOS MORAIS - DESCONTO INDEVIDO EM APOSENTADORIA. CONTRATO
DE EMPRÿSTIMO NÿO APRESENTADO. REPETIÿÿO DO VALOR DESCONTADO EM DOBRO
DEVIDO - INTELIGENCIA DO ARTIGO 42 DO CDC. DANO MORAL IN RE IPSA. QUANTUM
INDENIZATÿRIO ADEQUADO E JUSTO AO CASO CONCRETO ÿ UNANIMIDADE. 1. In casu,
evidenciada a ilicitude da conduta do banco apelante, que promoveu descontos indevidos no benefÃ-cio
previdenciário da recorrida, referentes a empréstimo consignado, sem comprovar a existência de
relação contratual entre as partes, resta patente sua responsabilidade e correlato dever de indenizar. 2.
O dano moral, no caso, é in re ipsa, ou seja, prescindÃ-vel de comprovação, ante a notoriedade da
violação a dignidade da pessoa humana, pois houve privação indevida de parte do benefÃ-cio
previdenciário da recorrida, pessoa idosa, que configura verba alimentar destinada ao sustento. 3. No que
tange a repetição do indébito em dobro, o banco apelante não logrou êxito em comprovar a
contratação do negócio jurÃ-dico bancário pela autora a justificar os descontos efetivados em sua
conta, pelo que deve ser aplicado o artigo 42, parágrafo único do Código de Defesa do Consumidor,
sendo desnecessária a caracterização de má-fé por parte do fornecedor 4 - Para a fixação
dos danos morais, o julgador deve atender aos seguintes parâmetros: a extensão do dano, grau de
culpa do ofensor, situação econômica das partes, sempre observando, ainda, os princÃ-pios da
razoabilidade e da proporcionalidade, o que foi devidamente analisado no caso sob testilha. 5. Recurso
conhecido e desprovido à unanimidade. (2018.01186756-79, 187.514, Rel. EDINEA OLIVEIRA
TAVARES, ÿrgão Julgador 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO do TJPA, Julgado em 2018-03-20,
Publicado em 2018-03-27) destacamos. Ementa: RECURSO INOMINADO. AÿÿO ANULATÿRIA DE
DÿBITO C/C REPETIÿÿO DE INDÿBITO EM DOBRO E INDENIZAÿÿO POR DANOS MORAIS E
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. EMPRÿSTIMO CONSIGNADO. AUSÿNCIA DE CONTRATO.
PESSOA IDOSA E ANALFABETA. CONTRATO MEDIANTE FRAUDE. DESCONTOS INDEVIDOS.
REFORMA DA SENTENÿA. RESTITUIÿÿO EM DOBRO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. [...]
Quanto à repetição do indébito, restou comprovado que a parte Autora sofreu descontos em seu
benefÃ-cio previdenciário, por empréstimo duvidoso, o que acarreta a restituição, em dobro,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
conforme previsto no art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor. [...] Recurso
conhecido e parcialmente provido. (2018.03622578-11, 29.012, Rel. TANIA BATISTELLO, ÿrgão
Julgador TURMA RECURSAL PERMANENTE do TJPA, Julgado em 2018-09-05, Publicado em 2018-09-
10) destacamos. Diante do exposto, julgo parcialmente procedentes os pedidos formulados na inicial,
declarando inexistente o contrato de empréstimo objeto da lide (em epÃ-grafe), e, por conseguinte,
condeno a instituição financeira requerida a devolver em dobro todas as parcelas indevidamente
descontadas do benefÃ-cio previdenciário da parte requerente, até o efetivo cancelamento da
transação, corrigidas monetariamente pelo INPC e acrescidas de juros de mora de 1% a.m. (um por
cento ao mês) a partir das datas de cada desconto indevido (Súmulas 43 e 54 do STJ), bem como a
cessar os descontos decorrentes do citado contrato, sob pena de multa diária de R$100,00 (cem reais),
até o limite de R$1.000,00 (mil reais). Em relação ao cabimento dos danos morais, entendo
razoável, por não ser possÃ-vel desconsiderar os transtornos que o desconto irregular causou na vida
do(a) requerente, pessoa idosa, que inesperadamente teve a sua subsistência comprometida por vários
meses consecutivos, situação que evidentemente não pode ser vista como mero aborrecimento.
Destarte, sendo sólido o posicionamento tanto da doutrina como da jurisprudência de que esse tipo de
ocorrência não deve ensejar enriquecimento sem causa ao lesado, e levando em consideração a
capacidade econômica do demandado, condeno-o ao pagamento de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos
reais|) a tÃ-tulo de danos morais, com a devida correção pelo INPC a partir desta decisão (Súmula
362 do STJ), acrescidos de juros moratórios de 1% a.m. (um por cento ao mês) desde o evento danoso,
ou seja, a data do primeiro desconto indevido (Súmula 54 do STJ). Não obstante se reconheça a
nulidade da contratação, faz jus o requerido à restituição do valor depositado na conta da autora,
sob pena de enriquecimento ilÃ-cito, vedado pelo ordenamento jurÃ-dico. Assim, determino que seja
deduzido do cálculo resultante da condenação, o valor de R$ 1.115,64 (mil, cento e quinze reais e
sessenta e quatro centavos), com a devida correção pelo INPC e juros de mora de 1% (um por cento)
ao mês a partir de 14/05/2014, data do TED, a tÃ-tulo de compensação/restituição (arts. 368 e 369,
do Código Civil).  O pagamento da condenação deverá ser efetuado mediante depósito judicial,
preferencialmente no Banco do Estado do Pará (BANPARÃ).  Sem custas, sem honorários (art. 55 da
Lei 9.099/95). Â P.R.I. Transitada em julgado, certifique-se e arquivem-se os autos. Â Â
Cametá/PA, 30 de novembro de 2021.  José Matias Santana Dias Juiz de Direito Titular da 2ª Vara
extinguindo o feito com resolução do mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC. P. R. I.
Transitada em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias
Juiz de Direito Titular da 2ª Vara
palavras de Leonardo Garcia: ¿[...] caso o consumidor venha a propor a ação (autor), deverá fazer
prova do fato constitutivo do direito. O que pode acontecer é que, em alguns casos, quando a prova a
cargo do consumidor se tornar difÃ-cil de ser feita ou muito onerosa (requisito da hipossuficiência) ou
quando os argumentos alegados, segundo as regras ordinárias de experiência do magistrado, forem
plausÃ-veis (requisito da verossimilhança das alegações), o juiz poderá inverter o ônus da prova
que, a princÃ-pio, foi distribuÃ-do de acordo com o CPC¿. (Código de Defesa do Consumidor
Comentado: artigo por artigo. 13ª ed. Rev., ampl. e atual. Salvador: JusPodivm, 2016. p.99). Logo, a
partir da afirmação da parte autora de que não estabeleceu qualquer relação com a instituição
financeira requerida, e tendo trazido aos autos histórico de empréstimos consignados emitido pelo
INSS, no qual consta o contrato impugnado e o detalhamento dos descontos até então realizados,
não poderia este juÃ-zo impor-lhe o ônus da prova, pois, além da verossimilhança de suas
alegações (que justifica a inversão), trata-se de fato negativo, vislumbrando-se maior facilidade para a
parte ré provar o contrário. No caso em exame, o requerido desincumbiu-se satisfatoriamente de seu
ônus probatório ao apresentar cópia do contrato firmado pelas partes (fls. 20-v/22), bem como do
comprovante da transferência eletrônica do exato valor contratado para conta de titularidade da autora
(fl. 23-v). Desta forma, evidenciado que a autora contratou o empréstimo consignado objeto desta lide,
faz jus a instituição financeira requerida ao recebimento da contraprestação pelos valores
disponibilizados, razão pela qual JULGO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS formulados na inicial,
extinguindo o feito com resolução do mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC. P. R. I.
Transitada em julgado, arquivem-se. Cametá/PA, 30 de novembro de 2021. José Matias Santana Dias
Juiz de Direito Titular da 2ª Vara
Representante(s):
REQUERENTE: J. N. C.
Representante(s):
Representante(s):
REQUERENTE: J. N. C.
Representante(s):
Representante(s):
REQUERENTE: J. N. C.
Representante(s):
COMARCA DE JACAREACANGA
PROCESSO N.º 0000341-24.2017.8.14.0112. Participação: AUTOR. Nome: HOTEL TUCUMÃ LTDA - ME.
Participação: ADVOGADO. Nome: ANTÔNIO JOÃO BRITO ALVES OAB 12222/PA. Participação: RÉU.
Nome: EQUATORIAL PARA DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A. Participação: ADVOGADO. Nome:
FLÁVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB 012358/PA
PODER JUDICIÁRIO
JACAREACANGA
AÇÃO ORDINÁRIA
DESPACHO
01. INTIME(M)-SE o(a)(s) requerente(s) pessoalmente (se não possuir(em) causídico(s) constituído(s)
e/ou for(em) assistido(s) pela Defensoria Pública) ou através do seu patrono apenas pelo Diário de Justiça
Eletrônico (DJe) se, ainda, possui interesse no prosseguimento deste feito, sob pena de extinção sem
resolução do mérito (§1º, artigo 485, do CPC);
03. SERVIRÁ o presente despacho como MANDADO/OFÍCIO, nos termos dos Provimentos nº 03/2009 da
CJCI e da CJRMB ambos do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA).
957
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Juiz de Direito
PODER JUDICIÁRIO
AUTOS: 0800224-58.2021.8.14.0112
DECISÃO
Diante do exposto, INDEFIRO o pedido de revogação de prisão preventiva de DANIEL JOSE PEREIRA.
SERVIRÁ a presente decisão como MANDADO/OFÍCIO, nos termos dos Provimentos nº 03/2009 da
CJRMB e da CJCI do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA).
Cumpra-se.
Juiz de Direito
PODER JUDICIÁRIO
JACAREACANGA
DECISÃO
1 ¿ Considerando o disposto no art. 334 §8º do CPC que não comparecimento injustificado do autor ou do
réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com
multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor
da União ou do Estado e diante da informação que o autor não compareceu à audiência, o qual foi
devidamente cientificado, determino a intimação do autor para justificar a sua ausência, sob pena de
aplicação do art. 334, §8 do CPC, no prazo de 05 dias.
2 ¿ Sem prejuízo do item 01, deverá o autor se manifestar acerca do interesse no prosseguimento do feito,
no mesmo prazo assinalado acima.
PODER JUDICIÁRIO
ATO ORDINATÓRIO
Com fundamento no art. 1º, §2º, inciso II do Provimento n.º 006/2006-CJRMB, cuja aplicabilidade foi
estendida às comarcas do interior pelo Provimento n.º 006/2009-CJCI, bem como, considerando o
determinado em Termo de Audiência ID 39342777:
Faço a intimação da parte autora para apresentar Réplica à Contestação, no prazo de 15 (quinze) dias..
Analista Judiciário
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
através de seu patrono habilitado, para que, no prazo de 15 (quinze) dias, informe se possui interesse no
prosseguimento do feito, sob pena de extinção. 2.     Transcorrido o prazo sem manifestação,
certifique-se e voltem os autos conclusos. 3.      Cumpra-se.  Breu Branco/PA, 26 de novembro
de 2021. ANDREY MAGALHÿES BARBOSA Juiz de Direito Titular da Comarca de Breu Branco Fórum
Juiz Manuel Maria Barros Costa Av. Belém, s/nº, bairro centro, tel./fax: (94) 3786 1414, CEP: 68.488-
000 Breu Branco/PA.
BRANCO Fórum Juiz Manuel Maria Barros Costa Av. Belém, s/nº, bairro Centro, tel./fax: (94) 3786
1414, CEP: 68.488-000 Breu Branco/PA
Belém, s/nº, bairro centro, tel./fax: (94) 3786 1414, CEP: 68.488-000 Breu Branco/PA
DA COMARCA DE BREU BRANCO Fórum Juiz Manuel Maria Barros Costa Av. Belém, s/nº, bairro
Centro, tel./fax: (94) 3786 1414, CEP: 68.488-000 Breu Branco/PA
EDITAL DE CITAÇÃO
(PRAZO DE 30 DIAS)
O Excelentíssimo Drº DANIEL GOMES COELHO, Juiz de Direito titular da 2ª Vara Cível e Empresarial da
Comarca de Canaã dos Carajás, Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais, etc.
FAZ SABER a todos quantos o presente Edital virem ou dele tomarem conhecimento, que por este Juiz da
Comarca de Canaã dos Carajás, tramitam os autos dos processos em epígrafe, referente ao processo de
DIVÓRCIO LITIGIOSO, requerido por ANDREIA CAVALCANTE SOUSA em face de FRANCISCO ALVES
PEREIRA estando eles atualmente em lugar incerto e não sabido, e como o REQUERIDO não foi
encontrado para ser CITADO pessoalmente, expede-se o presente Edital, para INTIMA-LO da seguinte
sentença.
SENTENÇA
O pedido não envolve menores, e as partes informam que não existem bens a partilhar, sendo o divórcio o
único pleito envolvido na demanda.
Verifica-se, inicialmente, que o presente feito comporta julgamento antecipado da lide, nos moldes do art.
355, inciso II, do Código de Processo Civil, não se afigurando necessária a produção de provas em
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audiência de instrução.
A despeito de haver previsão legal da atuação prévia do Ministério Público no antigo Código de Processo
Civil (art. 82, II) para situações como a ora posta, este magistrado já compartilhava entendimento de sua
prescindibilidade. Posicionamento que agora é corroborado e positivado pelo novo código adjetivo em
vigor. Verifica-se, pois, ter sido substituída a previsão para todas as ações envolvendo o estado das
pessoas, restringindo-se apenas para as demandas envolvendo interesse de incapaz (art. 170, II).
No mesmo sentido, não há qualquer necessidade jurídica ou fática para que tais autos sejam
encaminhados à Defensoria Pública para que a mesma exerça a função de curadoria e apresente defesa
genérica por negativa geral. Isso porque o novo regramento instalado pela EC 66 transformou o divórcio
em direito potestativo. Com isso não há qualquer argumento suscetível de impedir que o pedido da parte
autora seja deferido, mudando assim todo o sistema de regras envolvendo o divórcio.
Conforme dito acima, dispõe a nova redação do art. 226, §6º, da CRFB, dada pela EC 66/2010, que o
casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, suprimindo, assim, o requisito de prévia separação
judicial por mais de 01 (um) ano, ou de comprovada separação de fato por mais de 02 (dois) anos ('mens
legis' essa inferível do preâmbulo da própria Emenda Constitucional 66/2010 e que se concatena com a
interpretação 'teleológica' da norma).
O novel regramento, por sua vez, teve por condão também consubstanciar em potestativo o direito de
qualquer dos cônjuges em obter o divórcio. O que já deveria existir na prática, agora é lei. Potestativo é o
direito que pode ser exercido por qualquer das partes interessadas, independentemente da vontade da
outra, bastando expressar a vontade. Ademais, ninguém pode ser obrigado a manter relação
eminentemente afetiva contra sua vontade.
Nesse sentido, Maria Helena Diniz, pág. 199 do vol. 2 da obra Dicionário Jurídico (2ª ed. rev., atual. e aum.
- São Paulo: Saraiva, 2005), ensina: DIREITO POTESTATIVO. Direito civil. 1. Conjunto de funções e
deveres outorgados pela lei a alguém para reger os bens e a pessoa absoluta ou relativamente incapaz ou
que foi declarada ausente. São direitos potestativos os do poder familiar, tutela e curatela. Diz-se daquele
em que seu titular tem poder de influir unilateralmente na situação jurídica de outrem, sem que este possa
fazer algo, tendo de se sujeitar à sua vontade (Chiovenda). Por exemplo, o poder de revogar procuração
ou de pedir divisão de coisa comum. É o poder que tem alguém por manifestação unilateral da vontade de
criar, modificar ou extinguir relações jurídicas em que outros são interessados (Orlando Gomes). Ou, como
prefere De Plácido e Silva, é o poder de adquirir ou alienar direitos, ou de exercer sobre seus direitos toda
ação de uso, gozo, disposição ou proteção que a lei lhe assegura. Enfim, é o que se caracteriza pelo fato
de seu titular poder exercer livremente sua vontade, produzindo efeitos na esfera jurídica de terceiro, sem
que este possa impedi-lo. (grifo nosso).
Ante todo o exposto, nos termos do art. 226 da CF, e art. 487, I do NCPC, ACOLHO O PEDIDO CONTIDO
NA EXORDIAL, em razão disso extingo o presente processo com resolução de mérito, para:
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A demandada permanecerá usando o nome atual, uma vez que não houve alteração quando do
matrimônio.
Seja AVERBADO o divórcio junto ao Cartório do 1º Ofício de CANAÃ DOS CARAJÁS/PA, certidão de
casamento registrada sob a matrícula n.º 130443 01 55 2017 2 00004 012 0000912 45.
Defiro o pleito de concessão dos benefícios da assistência judiciária, uma vez que, a princípio, a simples
declaração do(a) postulante pessoa física/natural sobre a impossibilidade de arcar com as custas
processuais e com os honorários advocatícios sem prejuízo de seu próprio sustento ou de sua família, a
teor do disposto no art. 99, §3º do NCPC, goza de presunção relativa de veracidade e por si só é suficiente
para o deferimento do benefício legal
Observe a Secretaria desta Vara as informações e documentos que devem ser encaminhados em anexo
ao Cartório de Registro Civil, atendendo o disposto no Art. 732, I do Código de Normas dos Serviços
Notariais e de Registro do Estado do Pará, alterado pelo PROVIMENTO CONJUNTO N° 002/2019-
CJRMB/CJCI.
E para que ninguém possa alegar ignorância no presente ou no futuro, mandou expedir o presente edital
que será publicado e afixado no Atrium do Fórum desta Comarca, na forma da lei. Dado e passado nesta
cidade de Canaã dos Carajás, aos 30 de novembro de 2021. Eu, _________________________Raquel
Pereira Conceição Cabral , Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi.
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Auxiliar Judiciário
E D I T A L D E I N T I M AÇ Ã O
PRAZO DE 60 DIAS
A Exma. Sra. ADRIANA GRIGOLIN LEITE, MMª Juíza de Direito Titular desta Comarca de São Domingos
do Capim/PA, na Forma da Lei, etc
FAZ SABER aos que o presente edital virem ou dele tomarem conhecimento que tramita neste Juízo,
Ação Penal, crime de receptação, Processo n° 00010718920158140052, movida pela Justiça Pública,
contra Arone Jose Barral Soares, e pelo presente edital INTIMAMOS DA SENTENÇA ABSOLUTORIA, O
RÉU ARONE JOSE BARRAL SOARES, brasileiro(a), paraense, filho de Raimundo Lauro Soares e Firma
Batista Barral, o qual encontra-se em lugar incerto e não sabido.
DADO E PASSADO nesta Cidade e Comarca de São Domingos do Capim, Estado do Pará, aos 30 de
novembro de 2021. Eu, Julieta Nascimento Paiva, Atendente Judiciário, digitei e Rafael Peronio Ramos,
Diretor de Secretaria, subscreveu.
E D I T A L D E I N T I M AÇ Ã O
PRAZO DE 60 DIAS
A Exma. Sra. ADRIANA GRIGOLIN LEITE, MMª Juíza de Direito Titular desta Comarca de São Domingos
do Capim/PA, na Forma da Lei, etc
FAZ SABER aos que o presente edital virem ou dele tomarem conhecimento que tramita neste Juízo,
Ação Penal, crime de estelionato, Processo n° 00003892620118140052, movida pela Justiça Pública,
contra Solange Ferreira de Andrade, e pelo presente edital INTIMAMOS DA SENTENÇA ABSOLUTORIA,
A RÉ SOLANGE FERREIRA DE ANDRADE, brasileiro(a), natural de Açailândia/Maranhão, RG Nº
0317884520065-SSP/MA, CPF Nº 449438222-15, filha de Hilda Ferreira Andrade e Joselito Brito Andrade,
o qual encontra-se em lugar incerto e não sabido.
DADO E PASSADO nesta Cidade e Comarca de São Domingos do Capim, Estado do Pará, aos 30 de
novembro de 2021. Eu, Julieta Nascimento Paiva, Atendente Judiciário, digitei e Rafael Peronio Ramos,
Diretor de Secretaria, subscreveu.
PRAZO DE 60 DIAS
A Exma. Sra. ADRIANA GRIGOLIN LEITE, MMª Juíza de Direito Titular desta Comarca de São Domingos
do Capim/PA, na Forma da Lei, etc
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FAZ SABER aos que o presente edital virem ou dele tomarem conhecimento que tramita neste Juízo,
Ação Penal, crime de estelionato, Processo n° 00003892620118140052, movida pela Justiça Pública,
contra Solange Ferreira de Andrade, e pelo presente edital INTIMAMOS DA SENTENÇA ABSOLUTORIA,
O RÉU SIDNEY DE ANDRADE COSTA, brasileiro(a), solteiro, paraense, nascido em 05.02.1993, RG
Nº6616860-SSP/MA, filho de Silvio Bezerra de Andrade e Solange Ferreira de Andrade, o qual encontra-
se em lugar incerto e não sabido.
DADO E PASSADO nesta Cidade e Comarca de São Domingos do Capim, Estado do Pará, aos 30 de
novembro de 2021. Eu, Julieta Nascimento Paiva, Atendente Judiciário, digitei e Rafael Peronio Ramos,
Diretor de Secretaria, subscreveu.
E D I T A L D E I N T I M AÇ Ã O
PRAZO DE 60 DIAS
A Exma. Sra. ADRIANA GRIGOLIN LEITE, MMª Juíza de Direito Titular desta Comarca de São Domingos
do Capim/PA, na Forma da Lei, etc
FAZ SABER aos que o presente edital virem ou dele tomarem conhecimento que tramita neste Juízo,
Ação Penal, crime de furto qualificado, Processo n° 00014831520188140052, movida pela Justiça Pública,
contra Genecis Pereira Batista, pelo presente edital INTIMAMOS DA SENTENÇA ABSOLUTORIA, O RÉU
GENNECIS PEREIRA BATISTA, brasileiro(a), solteiro, paraense, nascido em 17.11.1993, RG Nº
8122225-SSP/PA, filho de Demir de Nazaré Soares Batista e Ângela Maria Pereira Batista, o qual
encontra-se em lugar incerto e não sabido.
DADO E PASSADO nesta Cidade e Comarca de São Domingos do Capim, Estado do Pará, aos 30 de
novembro de 2021. Eu, Julieta Nascimento Paiva, Atendente Judiciário, digitei e Rafael Peronio Ramos,
Diretor de Secretaria, subscreveu.
E D I T A L D E I N T I M AÇ Ã O
PRAZO DE 60 DIAS
A Exma. Sra. ADRIANA GRIGOLIN LEITE, MMª Juíza de Direito Titular desta Comarca de São Domingos
do Capim/PA, na Forma da Lei, etc
FAZ SABER aos que o presente edital virem ou dele tomarem conhecimento que tramita neste Juízo,
Ação Penal, crime de furto qualificado, Processo n° 00014831520188140052, movida pela Justiça Pública,
contra Genivan Pereira Batista, pelo presente edital INTIMAMOS DA SENTENÇA ABSOLUTORIA, O RÉU
GENIVAN PEREIRA BATISTA, brasileiro(a), solteiro, paraense, nascido em 30.03.1996, RG N 8122224-
SSP/PA, filho de Demir de Nazaré Soares Batista e Ângela Maria Pereira Batista, o qual encontra-se em
lugar incerto e não sabido.
DADO E PASSADO nesta Cidade e Comarca de São Domingos do Capim, Estado do Pará, aos 30 de
novembro de 2021. Eu, Julieta Nascimento Paiva, Atendente Judiciário, digitei e Rafael Peronio Ramos,
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E D I T A L D E I N T I M AÇ Ã O
PRAZO DE 60 DIAS
A Exma. Sra. ADRIANA GRIGOLIN LEITE, MMª Juíza de Direito Titular desta Comarca de São Domingos
do Capim/PA, na Forma da Lei, etc
FAZ SABER aos que o presente edital virem ou dele tomarem conhecimento que tramita neste Juízo,
Ação Penal, crime de tráfico de drogas, Processo n° 00001821520128140052, movida pela Justiça
Pública, contra Dilson dos Passos Nascimento, pelo presente edital INTIMAMOS DA SENTENÇA
ABSOLUTORIA, O RÉU DILSON DOS PASSOS NASCIMENTO, brasileiro(a), paraense, união estável,
analfabeto, nascido em 10.01.1978, filho de Dionisio dos Passos Nascimento e Maria Orlanda dos Passos
Nascimento, o qual encontra-se em lugar incerto e não sabido.
DADO E PASSADO nesta Cidade e Comarca de São Domingos do Capim, Estado do Pará, aos 30 de
novembro de 2021. Eu, Julieta Nascimento Paiva, Atendente Judiciário, digitei e Rafael Peronio Ramos,
Diretor de Secretaria, subscreveu.
PROCESSO Nº 00018674620168140052
SENTENÇA
I- RELATÓRIO
Cuida-se de Aç¿o Penal instaurada mediante denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual em face
de BRUNO MAX DA SILVEIRA, qualificado nos autos, imputando-lhe a prática do delito previsto no
artigo 155 DO CP.
O acusado n¿o foi encontrado para ser citado, sendo determinada sua citaç¿o por edital e, em decis¿o
posterior, foi determinada a suspens¿o do processo e do curso do prazo prescricional.
Os autos foram remetidos ao Ministério Público para renovaç¿o das diligências de localizaç¿o do acusado,
tendo retornado com manifestaç¿o pela absolviç¿o, em raz¿o do decurso de prazo além do razoável,
tornando qualquer provimento jurisdicional desprovido de utilidade social.
É o relatório.
II- FUNDAMENTAÇ¿O
Analisando detidamente as provas existentes nos autos, verifica-se que a instruç¿o processual n¿o deve
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prosseguir, sendo caso de absolviç¿o sumária, nos termos do art. 61 c/c art. 395, III e 397, IV, todos do
CPP.
Disp¿e o art. 61 do Código de Processo Penal que, ¿em qualquer fase do processo, o juiz, se
reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-la de ofício¿.
O conteúdo do art. 395, III, do CPP enuncia que a denúncia será rejeitada quando faltar justa causa para
o exercício da aç¿o penal.
Por sua vez, o teor do art. 397, IV, do CPP, permite a absolviç¿o sumária quando verificada a extinç¿o
da punibilidade do agente.
No presente caso, apesar das diligências realizadas, o acusado n¿o foi encontrado para ser citado, tendo
o Juízo ordenado a sua citaç¿o editalícia e, em decis¿o posterior, determinado a suspens¿o do processo
e do prazo prescricional.
Todavia, passados mais de 5 anos da data do fato e tendo permanecido o processo, até a presente
data, na condiç¿o de suspenso, constata-se que n¿o foram realizadas diligências no sentido de se
produzir a antecipaç¿o das provas, ouvindo-se as supostas vítimas e testemunhas, relacionadas na
exordial.
Como se sabe, por ausência de previs¿o legal, tem prevalecido, na jurisprudência, o entendimento de que
a prescriç¿o fica suspensa pelo prazo máximo em abstrato previsto para o delito. Passado esse período, o
prazo começa a correr novamente. Isso significa que, no caso por exemplo de um roubo majorado, cuja
pena máxima é de dez anos, a prescriç¿o, levando-se em conta as causas de aumento, permanece
suspensa por vinte anos. Depois desse tempo, retoma seu curso, só finalizando após transcorridos outros
vinte anos, ocasi¿o em que o juiz pode julgar extinta a punibilidade do réu.
No caso dos autos, em raz¿o do extenso lapso de temporal decorrido, desde o acontecimento do crime, é
previsível a impossibilidade de repetiç¿o da prova em Juízo, uma vez que, em raz¿o do decurso do tempo,
verificam-se consequências gerais como o esquecimento dos fatos distanciados do tempo de sua prática,
além da dificuldade para se apurar o delito, já que o tempo faz com que os vestígios do crime despareçam.
Nesses casos, como bem argumentou o Representante Ministerial em seu parecer, deve o Magistrado
guiar-se pelo princípio da economia processual, no sentido de evitar o andamento de processos e a
consequente movimentaç¿o desnecessária da máquina judiciária em torno da apuraç¿o de um crime cuja
prestaç¿o jurisdicional, quando acontecer, será inócua, do ponto de vista prático.
Agindo assim, é possível evitar que se acumulem, nas estantes das varas criminais, processos suspensos,
instruídos até onde a lei permite, cuja conclus¿o das diligências da instruç¿o, na fase judicial, manifeste-se
insuscetível ante a insuperável dificuldade na colheita de elementos mínimos probatórios indispensáveis a
um seguro decreto condenatório.
Por todo o exposto, entendo que a manutenç¿o da inércia do processo, na hipótese de suspens¿o
prevista no art. 366 do CPP, n¿o tem mais raz¿o de ser, tanto pela real possibilidade de prescriç¿o ficta
ou retroativa, no momento da prestaç¿o jurisdicional, quanto pela invencível dificuldade em se apurar os
fatos distanciados do tempo em que ocorreram, cujas provas de autoria e a memória das vítimas e
testemunhas, certamente se perderam, face ao decurso do tempo.
III- DISPOSITIVO
Desse modo, julgo IMPROCEDENTE a pretens¿o punitiva estatal para ABSOLVER SUMARIAMENTE o
acusado BRUNO MAX DA SILVEIRA, qualificado nos autos, com fulcro no art. 61 c/c art. 395, III (falta
de justa causa para aç¿o penal) e 397, IV, (extinta a punibilidade) todos do CPP.
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DISPOSIÇ¿ES FINAIS
Sem custas.
Levantem-se eventuais atos constritivos existentes em desfavor do/a ré/u. Certificando nos autos.
Expeça-se contra-mandado, caso necessário, incluindo no BNMP.
Em havendo arma de fogo ou simulacro de arma de fogo, encaminhe-se ao Comando do Exército, para
destruiç¿o ou doaç¿o aos órg¿os de segurança pública ou às Forças Armadas, uma vez que n¿o
interessa mais à persecuç¿o penal, como disposto no art. 25 do Estatuto do Desarmamento.
Em havendo bens apreendidos de baixo valor econômico e que n¿o foram requeridos por nenhum
interessado ao longo da instruç¿o, determino a sua doaç¿o para Projetos Sociais cadastrados junto a
Direç¿o do Fórum, nos termos do art. 10, do Provimento Conjunto n. 02/2021-CJRMB/CJCI, ou, sendo
imprestáveis, sua destruiç¿o.
Em havendo fiança, o seu saldo deverá ser entregue a quem a houver prestado.
Dê-se baixa nos respectivos autos apensos de Autos de Flagrante Delito, Inquérito Policial e façam-se as
necessárias anotaç¿es.
Servirá a presente sentença, por cópia digitada, como mandado, conforme provimento 011/2009-
CJRMB
PROCESSO Nº00001762420118140052
SENTENÇA
I- RELATÓRIO
Cuida-se de Aç¿o Penal instaurada mediante denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual em face
de NAZARENO SANTIAGO MOREIRA E LENILDA MARIA NASCIMENTO TEIXEIRA, qualificado nos
autos, imputando-lhe a prática do delito previsto no artigo 33 E 35 DA LEI DE DROGAS.
O acusado n¿o foi encontrado para ser citado, sendo determinada sua citaç¿o por edital e, em decis¿o
posterior, foi determinada a suspens¿o do processo e do curso do prazo prescricional.
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Os autos foram remetidos ao Ministério Público para renovaç¿o das diligências de localizaç¿o do acusado,
tendo retornado com manifestaç¿o pela absolviç¿o, em raz¿o do decurso de prazo além do razoável,
tornando qualquer provimento jurisdicional desprovido de utilidade social.
É o relatório.
II- FUNDAMENTAÇ¿O
Analisando detidamente as provas existentes nos autos, verifica-se que a instruç¿o processual n¿o deve
prosseguir, sendo caso de absolviç¿o sumária, nos termos do art. 61 c/c art. 395, III e 397, IV, todos do
CPP.
Disp¿e o art. 61 do Código de Processo Penal que, ¿em qualquer fase do processo, o juiz, se
reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-la de ofício¿.
O conteúdo do art. 395, III, do CPP enuncia que a denúncia será rejeitada quando faltar justa causa para
o exercício da aç¿o penal.
Por sua vez, o teor do art. 397, IV, do CPP, permite a absolviç¿o sumária quando verificada a extinç¿o
da punibilidade do agente.
No presente caso, apesar das diligências realizadas, o acusado n¿o foi encontrado para ser citado, tendo
o Juízo ordenado a sua citaç¿o editalícia e, em decis¿o posterior, determinado a suspens¿o do processo
e do prazo prescricional.
Todavia, passados mais de 10 anos da data do fato e tendo permanecido o processo, até a presente
data, na condiç¿o de suspenso, constata-se que n¿o foram realizadas diligências no sentido de se
produzir a antecipaç¿o das provas, ouvindo-se as supostas vítimas e testemunhas, relacionadas na
exordial.
Como se sabe, por ausência de previs¿o legal, tem prevalecido, na jurisprudência, o entendimento de que
a prescriç¿o fica suspensa pelo prazo máximo em abstrato previsto para o delito. Passado esse período, o
prazo começa a correr novamente. Isso significa que, no caso por exemplo de um roubo majorado, cuja
pena máxima é de dez anos, a prescriç¿o, levando-se em conta as causas de aumento, permanece
suspensa por vinte anos. Depois desse tempo, retoma seu curso, só finalizando após transcorridos outros
vinte anos, ocasi¿o em que o juiz pode julgar extinta a punibilidade do réu.
No caso dos autos, em raz¿o do extenso lapso de temporal decorrido, desde o acontecimento do crime, é
previsível a impossibilidade de repetiç¿o da prova em Juízo, uma vez que, em raz¿o do decurso do tempo,
verificam-se consequências gerais como o esquecimento dos fatos distanciados do tempo de sua prática,
além da dificuldade para se apurar o delito, já que o tempo faz com que os vestígios do crime despareçam.
Nesses casos, como bem argumentou o Representante Ministerial em seu parecer, deve o Magistrado
guiar-se pelo princípio da economia processual, no sentido de evitar o andamento de processos e a
consequente movimentaç¿o desnecessária da máquina judiciária em torno da apuraç¿o de um crime cuja
prestaç¿o jurisdicional, quando acontecer, será inócua, do ponto de vista prático.
Agindo assim, é possível evitar que se acumulem, nas estantes das varas criminais, processos suspensos,
instruídos até onde a lei permite, cuja conclus¿o das diligências da instruç¿o, na fase judicial, manifeste-se
insuscetível ante a insuperável dificuldade na colheita de elementos mínimos probatórios indispensáveis a
um seguro decreto condenatório.
Por todo o exposto, entendo que a manutenç¿o da inércia do processo, na hipótese de suspens¿o
prevista no art. 366 do CPP, n¿o tem mais raz¿o de ser, tanto pela real possibilidade de prescriç¿o ficta
ou retroativa, no momento da prestaç¿o jurisdicional, quanto pela invencível dificuldade em se apurar os
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fatos distanciados do tempo em que ocorreram, cujas provas de autoria e a memória das vítimas e
testemunhas, certamente se perderam, face ao decurso do tempo.
III- DISPOSITIVO
Desse modo, julgo IMPROCEDENTE a pretens¿o punitiva estatal para ABSOLVER SUMARIAMENTE o
acusado NAZARENO SANTIAGO MOREIRA E LENILDA MARIA NASCIMENTO TEIXEIRA, qualificado
nos autos, com fulcro no art. 61 c/c art. 395, III (falta de justa causa para aç¿o penal) e 397, IV, (extinta a
punibilidade) todos do CPP.
DISPOSIÇ¿ES FINAIS
Sem custas.
Levantem-se eventuais atos constritivos existentes em desfavor do/a ré/u. Certificando nos autos.
Expeça-se contra-mandado, caso necessário, incluindo no BNMP.
Em havendo arma de fogo ou simulacro de arma de fogo, encaminhe-se ao Comando do Exército, para
destruiç¿o ou doaç¿o aos órg¿os de segurança pública ou às Forças Armadas, uma vez que n¿o
interessa mais à persecuç¿o penal, como disposto no art. 25 do Estatuto do Desarmamento.
Em havendo bens apreendidos de baixo valor econômico e que n¿o foram requeridos por nenhum
interessado ao longo da instruç¿o, determino a sua doaç¿o para Projetos Sociais cadastrados junto a
Direç¿o do Fórum, nos termos do art. 10, do Provimento Conjunto n. 02/2021-CJRMB/CJCI, ou, sendo
imprestáveis, sua destruiç¿o.
Em havendo fiança, o seu saldo deverá ser entregue a quem a houver prestado.
Dê-se baixa nos respectivos autos apensos de Autos de Flagrante Delito, Inquérito Policial e façam-se as
necessárias anotaç¿es.
Servirá a presente sentença, por cópia digitada, como mandado, conforme provimento 011/2009-
CJRMB
PROCESSO Nº 00004813920208140052
SENTENÇA
Vistos e etc.
981
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
JOSÉ RIBAMAR BASTOS PALHETA, qualificado nos autos, foi denunciado como incurso no artigo 302,
caput e §1º, inciso IV (homicídio culposo na direç¿o de veículo automotor no exercício de sua
profiss¿o), do CTB.
Segundo a denúncia, no dia 01.10.2018, por volta das 12 horas, o denunciado conduzia o veículo
ONIBUS ESCOLAR em nome da Prefeitura de S¿o Domingos do Capim, retornando do Monte Si¿o,
em direç¿o ao Ramal do Tcheba, momento em que atropelou a vítima MARCELA T. B., levando-a à
óbito.
O acusado foi pessoalmente citado e apresentou resposta à acusaç¿o, representado por advogado dativo.
N¿o identificada qualquer das hipóteses legais para absolviç¿o sumária, ratificou-se o recebimento da
denúncia e instruç¿o oral, com inquiriç¿o das testemunhas arroladas pela acusaç¿o e interrogatório do
acusado.
O Ministério Público apresentou alegaç¿es finais orais, requerendo a procedência da aç¿o penal.
A defesa constituída pelo réu, por seu turno, postulou a absolviç¿o do acusado, invocando o princípio do in
dubio pro reo, ante a ausência de culpa e imprevisibilidade do resultado, tratando-se de caso fortuito.
É O RELATÓRIO.
Fundamento e decido.
Segundo a imputaç¿o deduzida na denúncia, o réu teria agido com imprudência, uma vez que trafegava
em alta velocidade e, em raz¿o disto, acertou a garupa de uma bicicleta e atropelou de forma fatal a
criança Marcela.
Os elementos indiciários colhidos no inquérito eram suficientes para a instauraç¿o da aç¿o penal.
Contudo, a esta altura, superada a fase de instruç¿o, o conjunto probatório estabelecido nos autos n¿o
revela de modo seguro a culpa atribuída ao réu na causaç¿o do infeliz acidente que ceifou a vida da
vítima.
Está comprovado que a morte da vítima decorreu do atropelamento, porém, a dinâmica dos fatos foi
diversa do relatado na denúncia.
A culpa imputada ao réu por esse resultado está calcada em duas circunstâncias: (I) o réu estaria a
trafegar em alta velocidade e (II) teria deixado de adotar a devida cautela ao aproximar-se da bicicleta.
A testemunha DOMINGOS DA MAIA BATISTA, pai da vítima, n¿o presenciou os fatos e estava na sua
casa quando o fato ocorreu.
A testemunha MARIA CELESTE DOS PASSOS TAVARES, m¿e da vítima, apesar de estar na estrada
andando de bicicleta com a filha ¿ um atrás do outro ¿ e dizer que o ônibus estava em alta velocidade,
relatou que estava andando atrás da vítima, e que por ter ocorrido o fato na curva e estar a uma distância
da sua filha, n¿o teria como ver o exato momento do acidente e como se deu. Em outras palavras, o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
ônibus bateu na bicicleta da vítima ou a vítima caiu sozinha por ser inexperiente na bicicleta?
A testemunha NELSON DOS PASSOS TAVARES, tio da vítima, estava andando de bicicleta na frente da
vítima, raz¿o pela qual n¿o teria como ver o que ocorreu atras de si.
¿que tem 57 anos; que trabalha como condutor escolar há 15 anos, como concursado do
Município; .... QUE no dia do fato vinha na estrada de Monte Si¿o, após a curva; que soube que a
menina estava aprendendo a andar de bicicleta; que a vítima se desequilibrou da bicicleta e caiu na
estrada e teria caído para debaixo do ônibus; que ao perceber o ocorrido parou o ônibus; que a
m¿e da vítima teria chegado e pedido pra ser levada ao hospital, mas que ao passar pela frente da
casa da vítima, a m¿e pediu pra para o ônibus e desceu; que os familiares estariam atrás do réu
para mata-lo, por isso n¿o os procurou para prestar auxílio e/ou solidariedade; que o ônibus n¿o
teria tocado a bicicleta da vítima; que o ônibus n¿o passou por cima da bicicleta; que a estrada é
estreita; que passam dois veículos mas com dificuldade; que no dia do fato estava há cerca de
40km/h, que o ônibus n¿o permitem que se atinja alta velocidade, bem como as condiç¿es das
estradas; que nos ônibus estavam os alunos; que conhecia vítima porque a levava até a escola
sempre, há cerca de 02 anos; que n¿o tinha a intenç¿o de feri-la; que n¿o bateu nas bicicletas; que
n¿o havia nada a fazer na época.¿
O relato do réu tem coerência com as provas trazidas. O réu tinha conhecimento da estrada, pois
habitualmente fazia o trajeto escolar; é cediço que as estadas locais s¿o estreitas, n¿o tem asfalto e n¿o
tem acostamento; n¿o foi feita prova pericial de que o ônibus estaria em alta velocidade; e sabendo como
as estradas de Capim s¿o, difícil acreditar que um ônibus cheio consiga alcançar alta velocidade; a criança
tinha apenas 7 anos e pilotava sozinha uma bicicleta, podendo ter se desequilibrado sozinha; a bicicleta
n¿o teve avarias, conforme relato das testemunhas, o que demonstra que o ônibus n¿o bateu ou passou
por cima da bicicleta.
A única perícia realizada foi a do veículo após o acidente, fl. 19 do IPL, na qual, segundo consta, n¿o
tinham danos no veículo.
N¿o há que se falar que o motorista fugiu logo após o acidente, considerando que a própria m¿e relatou
que pegou a sua filha e a levou pra casa, fazendo com que o motorista a levasse.
Do que foi produzido nos autos, o réu, a princípio, agiu como o ¿homem médio¿, n¿o sendo feito prova da
culpa ¿ negligência, imperícia ou imprudência ¿ a justificar sua condenaç¿o.
Como se vê, n¿o restou comprovada a velocidade excessiva, circunstância na qual está calcada a
imputaç¿o da culpa, na modalidade imprudência.
A dinâmica do acidente n¿o restou elucidada na fase probatória, subsistindo sérias dúvidas a respeito do
evento.
Nesse cenário, sem demonstraç¿o cabal da culpa, a soluç¿o da controvérsia se dá com base no princípio
do in dubio pro reo.
Impede observar que, quanto à prova pericial, a ausência de elementos probatórios a retratar a dinâmica
do fato e conduta dos envolvidos também se imp¿em.
N¿o foi realizada nenhuma perícia no local do fato. O veículo e a vítima foram retiradas do local.
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Nesse diapas¿o, se tornou impossível estabelecer nexo causal entre a conduta de JOSÉ e o evento que
levou a morte da vítima, muito menos é possível perquirir como se deu o comportamento e conduta da
vítima, quando do ocorrido, e quanto ambos poderiam ter contribuído para o acidente e correlato óbito
É indiscutível, portanto, que o litígio n¿o comporta outra soluç¿o sen¿o o afastamento da imputaç¿o,
posto que a prova produzida sob contraditório é insuficiente à demonstraç¿o de que o réu tenha atuado
com culpa em qualquer das suas modalidades (negligência, imprudência ou imperícia), na causaç¿o do
infeliz resultado.
DISPOSITIVO
À vista do exposto e por tudo o que dos autos consta, julgo improcedente a denúncia e ABSOLVO o réu
JOSÉ RIBAMAR BASTOS PALHETA da imputaç¿o do crime previsto no artigo 302, caput e §1º, inciso
IV, do CTB, com fundamento no artigo 386, VII, do Código de Processo Penal.
Sem custas.
Intime-se o/a sentenciado/a, seu defensor, o Ministério Público e o assistente da acusaç¿o (se
houver).
P.R.I.C.
Oportunamente, arquivem-se.
PROCESSO Nº00003892620118140052
SENTENÇA
I- RELATÓRIO
Cuida-se de Aç¿o Penal instaurada mediante denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual em face
de SOLANGE FERREIRA DE ANDRADE E SIDNEY DE ANDRADE COSTA, qualificado nos autos,
imputando-lhe a prática do delito previsto no artigo 171 DO CP C/C 66, 67 E 75 DO CDC.
O acusado n¿o foi encontrado para ser citado, sendo determinada sua citaç¿o por edital e, em decis¿o
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Os autos foram remetidos ao Ministério Público para renovaç¿o das diligências de localizaç¿o do acusado,
tendo retornado com manifestaç¿o pela absolviç¿o, em raz¿o do decurso de prazo além do razoável,
tornando qualquer provimento jurisdicional desprovido de utilidade social.
É o relatório.
II- FUNDAMENTAÇ¿O
Analisando detidamente as provas existentes nos autos, verifica-se que a instruç¿o processual n¿o deve
prosseguir, sendo caso de absolviç¿o sumária, nos termos do art. 61 c/c art. 395, III e 397, IV, todos do
CPP.
Disp¿e o art. 61 do Código de Processo Penal que, ¿em qualquer fase do processo, o juiz, se
reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-la de ofício¿.
O conteúdo do art. 395, III, do CPP enuncia que a denúncia será rejeitada quando faltar justa causa para
o exercício da aç¿o penal.
Por sua vez, o teor do art. 397, IV, do CPP, permite a absolviç¿o sumária quando verificada a extinç¿o
da punibilidade do agente.
No presente caso, apesar das diligências realizadas, o acusado n¿o foi encontrado para ser citado, tendo
o Juízo ordenado a sua citaç¿o editalícia e, em decis¿o posterior, determinado a suspens¿o do processo
e do prazo prescricional.
Todavia, passados mais de 10 anos da data do fato e tendo permanecido o processo, até a presente
data, na condiç¿o de suspenso, constata-se que n¿o foram realizadas diligências no sentido de se
produzir a antecipaç¿o das provas, ouvindo-se as supostas vítimas e testemunhas, relacionadas na
exordial.
Como se sabe, por ausência de previs¿o legal, tem prevalecido, na jurisprudência, o entendimento de que
a prescriç¿o fica suspensa pelo prazo máximo em abstrato previsto para o delito. Passado esse período, o
prazo começa a correr novamente. Isso significa que, no caso por exemplo de um roubo majorado, cuja
pena máxima é de dez anos, a prescriç¿o, levando-se em conta as causas de aumento, permanece
suspensa por vinte anos. Depois desse tempo, retoma seu curso, só finalizando após transcorridos outros
vinte anos, ocasi¿o em que o juiz pode julgar extinta a punibilidade do réu.
No caso dos autos, em raz¿o do extenso lapso de temporal decorrido, desde o acontecimento do crime, é
previsível a impossibilidade de repetiç¿o da prova em Juízo, uma vez que, em raz¿o do decurso do tempo,
verificam-se consequências gerais como o esquecimento dos fatos distanciados do tempo de sua prática,
além da dificuldade para se apurar o delito, já que o tempo faz com que os vestígios do crime despareçam.
Nesses casos, como bem argumentou o Representante Ministerial em seu parecer, deve o Magistrado
guiar-se pelo princípio da economia processual, no sentido de evitar o andamento de processos e a
consequente movimentaç¿o desnecessária da máquina judiciária em torno da apuraç¿o de um crime cuja
prestaç¿o jurisdicional, quando acontecer, será inócua, do ponto de vista prático.
Agindo assim, é possível evitar que se acumulem, nas estantes das varas criminais, processos suspensos,
instruídos até onde a lei permite, cuja conclus¿o das diligências da instruç¿o, na fase judicial, manifeste-se
insuscetível ante a insuperável dificuldade na colheita de elementos mínimos probatórios indispensáveis a
um seguro decreto condenatório.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Por todo o exposto, entendo que a manutenç¿o da inércia do processo, na hipótese de suspens¿o
prevista no art. 366 do CPP, n¿o tem mais raz¿o de ser, tanto pela real possibilidade de prescriç¿o ficta
ou retroativa, no momento da prestaç¿o jurisdicional, quanto pela invencível dificuldade em se apurar os
fatos distanciados do tempo em que ocorreram, cujas provas de autoria e a memória das vítimas e
testemunhas, certamente se perderam, face ao decurso do tempo.
III- DISPOSITIVO
Desse modo, julgo IMPROCEDENTE a pretens¿o punitiva estatal para ABSOLVER SUMARIAMENTE o
acusado SOLANGE FERREIRA DE ANDRADE E SIDNEY DE ANDRADE COSTA, qualificado nos
autos, com fulcro no art. 61 c/c art. 395, III (falta de justa causa para aç¿o penal) e 397, IV, (extinta a
punibilidade) todos do CPP.
DISPOSIÇ¿ES FINAIS
Sem custas.
Levantem-se eventuais atos constritivos existentes em desfavor do/a ré/u. Certificando nos autos.
Expeça-se contra-mandado, caso necessário, incluindo no BNMP.
Em havendo arma de fogo ou simulacro de arma de fogo, encaminhe-se ao Comando do Exército, para
destruiç¿o ou doaç¿o aos órg¿os de segurança pública ou às Forças Armadas, uma vez que n¿o
interessa mais à persecuç¿o penal, como disposto no art. 25 do Estatuto do Desarmamento.
Em havendo bens apreendidos de baixo valor econômico e que n¿o foram requeridos por nenhum
interessado ao longo da instruç¿o, determino a sua doaç¿o para Projetos Sociais cadastrados junto a
Direç¿o do Fórum, nos termos do art. 10, do Provimento Conjunto n. 02/2021-CJRMB/CJCI, ou, sendo
imprestáveis, sua destruiç¿o.
Em havendo fiança, o seu saldo deverá ser entregue a quem a houver prestado.
Dê-se baixa nos respectivos autos apensos de Autos de Flagrante Delito, Inquérito Policial e façam-se as
necessárias anotaç¿es.
Servirá a presente sentença, por cópia digitada, como mandado, conforme provimento 011/2009-
CJRMB
PROCESSO Nº00010718920158140052
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SENTENÇA
I- RELATÓRIO
Cuida-se de Aç¿o Penal instaurada mediante denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual em face
de ARONE JOSE BARRAL SOARES, qualificado nos autos, imputando-lhe a prática do delito previsto
no artigo 180, §3° DO CP.
O acusado n¿o foi encontrado para ser citado, sendo determinada sua citaç¿o por edital e, em decis¿o
posterior, foi determinada a suspens¿o do processo e do curso do prazo prescricional.
Os autos foram remetidos ao Ministério Público para renovaç¿o das diligências de localizaç¿o do acusado,
tendo retornado com manifestaç¿o pela absolviç¿o, em raz¿o do decurso de prazo além do razoável,
tornando qualquer provimento jurisdicional desprovido de utilidade social.
É o relatório.
II- FUNDAMENTAÇ¿O
Analisando detidamente as provas existentes nos autos, verifica-se que a instruç¿o processual n¿o deve
prosseguir, sendo caso de absolviç¿o sumária, nos termos do art. 61 c/c art. 395, III e 397, IV, todos do
CPP.
Disp¿e o art. 61 do Código de Processo Penal que, ¿em qualquer fase do processo, o juiz, se
reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-la de ofício¿.
O conteúdo do art. 395, III, do CPP enuncia que a denúncia será rejeitada quando faltar justa causa para
o exercício da aç¿o penal.
Por sua vez, o teor do art. 397, IV, do CPP, permite a absolviç¿o sumária quando verificada a extinç¿o
da punibilidade do agente.
No presente caso, apesar das diligências realizadas, o acusado n¿o foi encontrado para ser citado, tendo
o Juízo ordenado a sua citaç¿o editalícia e, em decis¿o posterior, determinado a suspens¿o do processo
e do prazo prescricional.
Todavia, passados mais de 6 anos da data do fato e tendo permanecido o processo, até a presente
data, na condiç¿o de suspenso, constata-se que n¿o foram realizadas diligências no sentido de se
produzir a antecipaç¿o das provas, ouvindo-se as supostas vítimas e testemunhas, relacionadas na
exordial.
Como se sabe, por ausência de previs¿o legal, tem prevalecido, na jurisprudência, o entendimento de que
a prescriç¿o fica suspensa pelo prazo máximo em abstrato previsto para o delito. Passado esse período, o
prazo começa a correr novamente. Isso significa que, no caso por exemplo de um roubo majorado, cuja
pena máxima é de dez anos, a prescriç¿o, levando-se em conta as causas de aumento, permanece
suspensa por vinte anos. Depois desse tempo, retoma seu curso, só finalizando após transcorridos outros
vinte anos, ocasi¿o em que o juiz pode julgar extinta a punibilidade do réu.
No caso dos autos, em raz¿o do extenso lapso de temporal decorrido, desde o acontecimento do crime, é
previsível a impossibilidade de repetiç¿o da prova em Juízo, uma vez que, em raz¿o do decurso do tempo,
verificam-se consequências gerais como o esquecimento dos fatos distanciados do tempo de sua prática,
além da dificuldade para se apurar o delito, já que o tempo faz com que os vestígios do crime despareçam.
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Nesses casos, como bem argumentou o Representante Ministerial em seu parecer, deve o Magistrado
guiar-se pelo princípio da economia processual, no sentido de evitar o andamento de processos e a
consequente movimentaç¿o desnecessária da máquina judiciária em torno da apuraç¿o de um crime cuja
prestaç¿o jurisdicional, quando acontecer, será inócua, do ponto de vista prático.
Agindo assim, é possível evitar que se acumulem, nas estantes das varas criminais, processos suspensos,
instruídos até onde a lei permite, cuja conclus¿o das diligências da instruç¿o, na fase judicial, manifeste-se
insuscetível ante a insuperável dificuldade na colheita de elementos mínimos probatórios indispensáveis a
um seguro decreto condenatório.
Por todo o exposto, entendo que a manutenç¿o da inércia do processo, na hipótese de suspens¿o
prevista no art. 366 do CPP, n¿o tem mais raz¿o de ser, tanto pela real possibilidade de prescriç¿o ficta
ou retroativa, no momento da prestaç¿o jurisdicional, quanto pela invencível dificuldade em se apurar os
fatos distanciados do tempo em que ocorreram, cujas provas de autoria e a memória das vítimas e
testemunhas, certamente se perderam, face ao decurso do tempo.
III- DISPOSITIVO
Desse modo, julgo IMPROCEDENTE a pretens¿o punitiva estatal para ABSOLVER SUMARIAMENTE o
acusado ARONE JOSE BARRAL SOARES, qualificado nos autos, com fulcro no art. 61 c/c art. 395, III
(falta de justa causa para aç¿o penal) e 397, IV, (extinta a punibilidade) todos do CPP.
DISPOSIÇ¿ES FINAIS
Sem custas.
Levantem-se eventuais atos constritivos existentes em desfavor do/a ré/u. Certificando nos autos.
Expeça-se contra-mandado, caso necessário, incluindo no BNMP.
Em havendo arma de fogo ou simulacro de arma de fogo, encaminhe-se ao Comando do Exército, para
destruiç¿o ou doaç¿o aos órg¿os de segurança pública ou às Forças Armadas, uma vez que n¿o
interessa mais à persecuç¿o penal, como disposto no art. 25 do Estatuto do Desarmamento.
Em havendo bens apreendidos de baixo valor econômico e que n¿o foram requeridos por nenhum
interessado ao longo da instruç¿o, determino a sua doaç¿o para Projetos Sociais cadastrados junto a
Direç¿o do Fórum, nos termos do art. 10, do Provimento Conjunto n. 02/2021-CJRMB/CJCI, ou, sendo
imprestáveis, sua destruiç¿o.
Em havendo fiança, o seu saldo deverá ser entregue a quem a houver prestado.
Dê-se baixa nos respectivos autos apensos de Autos de Flagrante Delito, Inquérito Policial e façam-se as
necessárias anotaç¿es.
Servirá a presente sentença, por cópia digitada, como mandado, conforme provimento 011/2009-
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PROCESSO Nº 00001821520128140052
SENTENÇA
I- RELATÓRIO
Cuida-se de Aç¿o Penal instaurada mediante denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual em face
de DILSON DOS PASSOS NASCIMENTO, qualificado nos autos, imputando-lhe a prática do delito
previsto no artigo 33 DA LEI DE DROGAS.
O acusado n¿o foi encontrado para ser citado, sendo determinada sua citaç¿o por edital e, em decis¿o
posterior, foi determinada a suspens¿o do processo e do curso do prazo prescricional.
Os autos foram remetidos ao Ministério Público para renovaç¿o das diligências de localizaç¿o do acusado,
tendo retornado com manifestaç¿o pela absolviç¿o, em raz¿o do decurso de prazo além do razoável,
tornando qualquer provimento jurisdicional desprovido de utilidade social.
É o relatório.
II- FUNDAMENTAÇ¿O
Analisando detidamente as provas existentes nos autos, verifica-se que a instruç¿o processual n¿o deve
prosseguir, sendo caso de absolviç¿o sumária, nos termos do art. 61 c/c art. 395, III e 397, IV, todos do
CPP.
Disp¿e o art. 61 do Código de Processo Penal que, ¿em qualquer fase do processo, o juiz, se
reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-la de ofício¿.
O conteúdo do art. 395, III, do CPP enuncia que a denúncia será rejeitada quando faltar justa causa para
o exercício da aç¿o penal.
Por sua vez, o teor do art. 397, IV, do CPP, permite a absolviç¿o sumária quando verificada a extinç¿o
da punibilidade do agente.
No presente caso, apesar das diligências realizadas, o acusado n¿o foi encontrado para ser citado, tendo
o Juízo ordenado a sua citaç¿o editalícia e, em decis¿o posterior, determinado a suspens¿o do processo
e do prazo prescricional.
Todavia, passados mais de 9 anos da data do fato e tendo permanecido o processo, até a presente
data, na condiç¿o de suspenso, constata-se que n¿o foram realizadas diligências no sentido de se
produzir a antecipaç¿o das provas, ouvindo-se as supostas vítimas e testemunhas, relacionadas na
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exordial.
Como se sabe, por ausência de previs¿o legal, tem prevalecido, na jurisprudência, o entendimento de que
a prescriç¿o fica suspensa pelo prazo máximo em abstrato previsto para o delito. Passado esse período, o
prazo começa a correr novamente. Isso significa que, no caso por exemplo de um roubo majorado, cuja
pena máxima é de dez anos, a prescriç¿o, levando-se em conta as causas de aumento, permanece
suspensa por vinte anos. Depois desse tempo, retoma seu curso, só finalizando após transcorridos outros
vinte anos, ocasi¿o em que o juiz pode julgar extinta a punibilidade do réu.
No caso dos autos, em raz¿o do extenso lapso de temporal decorrido, desde o acontecimento do crime, é
previsível a impossibilidade de repetiç¿o da prova em Juízo, uma vez que, em raz¿o do decurso do tempo,
verificam-se consequências gerais como o esquecimento dos fatos distanciados do tempo de sua prática,
além da dificuldade para se apurar o delito, já que o tempo faz com que os vestígios do crime despareçam.
Nesses casos, como bem argumentou o Representante Ministerial em seu parecer, deve o Magistrado
guiar-se pelo princípio da economia processual, no sentido de evitar o andamento de processos e a
consequente movimentaç¿o desnecessária da máquina judiciária em torno da apuraç¿o de um crime cuja
prestaç¿o jurisdicional, quando acontecer, será inócua, do ponto de vista prático.
Agindo assim, é possível evitar que se acumulem, nas estantes das varas criminais, processos suspensos,
instruídos até onde a lei permite, cuja conclus¿o das diligências da instruç¿o, na fase judicial, manifeste-se
insuscetível ante a insuperável dificuldade na colheita de elementos mínimos probatórios indispensáveis a
um seguro decreto condenatório.
Por todo o exposto, entendo que a manutenç¿o da inércia do processo, na hipótese de suspens¿o
prevista no art. 366 do CPP, n¿o tem mais raz¿o de ser, tanto pela real possibilidade de prescriç¿o ficta
ou retroativa, no momento da prestaç¿o jurisdicional, quanto pela invencível dificuldade em se apurar os
fatos distanciados do tempo em que ocorreram, cujas provas de autoria e a memória das vítimas e
testemunhas, certamente se perderam, face ao decurso do tempo.
III- DISPOSITIVO
Desse modo, julgo IMPROCEDENTE a pretens¿o punitiva estatal para ABSOLVER SUMARIAMENTE o
acusado DILSON DOS PASSOS NASCIMENTO, qualificado nos autos, com fulcro no art. 61 c/c art.
395, III (falta de justa causa para aç¿o penal) e 397, IV, (extinta a punibilidade) todos do CPP.
DISPOSIÇ¿ES FINAIS
Sem custas.
Levantem-se eventuais atos constritivos existentes em desfavor do/a ré/u. Certificando nos autos.
Expeça-se contra-mandado, caso necessário, incluindo no BNMP.
Em havendo arma de fogo ou simulacro de arma de fogo, encaminhe-se ao Comando do Exército, para
destruiç¿o ou doaç¿o aos órg¿os de segurança pública ou às Forças Armadas, uma vez que n¿o
interessa mais à persecuç¿o penal, como disposto no art. 25 do Estatuto do Desarmamento.
Em havendo bens apreendidos de baixo valor econômico e que n¿o foram requeridos por nenhum
interessado ao longo da instruç¿o, determino a sua doaç¿o para Projetos Sociais cadastrados junto a
Direç¿o do Fórum, nos termos do art. 10, do Provimento Conjunto n. 02/2021-CJRMB/CJCI, ou, sendo
990
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
Em havendo fiança, o seu saldo deverá ser entregue a quem a houver prestado.
Dê-se baixa nos respectivos autos apensos de Autos de Flagrante Delito, Inquérito Policial e façam-se as
necessárias anotaç¿es.
Servirá a presente sentença, por cópia digitada, como mandado, conforme provimento 011/2009-
CJRMB
PROCESSO Nº 00014831520188140052
SENTENÇA
I- RELATÓRIO
Cuida-se de Aç¿o Penal instaurada mediante denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual em face
de GENECIS PEREIRA BATISTA E GENIVAN PEREIRA BATISTA, qualificado nos autos, imputando-
lhe a prática do delito previsto no artigo 155 DO CP.
O acusado n¿o foi encontrado para ser citado, sendo determinada sua citaç¿o por edital e, em decis¿o
posterior, foi determinada a suspens¿o do processo e do curso do prazo prescricional.
Os autos foram remetidos ao Ministério Público para renovaç¿o das diligências de localizaç¿o do acusado,
tendo retornado com manifestaç¿o pela absolviç¿o, em raz¿o do decurso de prazo além do razoável,
tornando qualquer provimento jurisdicional desprovido de utilidade social.
É o relatório.
II- FUNDAMENTAÇ¿O
Analisando detidamente as provas existentes nos autos, verifica-se que a instruç¿o processual n¿o deve
prosseguir, sendo caso de absolviç¿o sumária, nos termos do art. 61 c/c art. 395, III e 397, IV, todos do
CPP.
Disp¿e o art. 61 do Código de Processo Penal que, ¿em qualquer fase do processo, o juiz, se
reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-la de ofício¿.
O conteúdo do art. 395, III, do CPP enuncia que a denúncia será rejeitada quando faltar justa causa para
o exercício da aç¿o penal.
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Por sua vez, o teor do art. 397, IV, do CPP, permite a absolviç¿o sumária quando verificada a extinç¿o
da punibilidade do agente.
No presente caso, apesar das diligências realizadas, o acusado n¿o foi encontrado para ser citado, tendo
o Juízo ordenado a sua citaç¿o editalícia e, em decis¿o posterior, determinado a suspens¿o do processo
e do prazo prescricional.
Todavia, passados mais de 3 anos da data do fato e tendo permanecido o processo, até a presente
data, na condiç¿o de suspenso, constata-se que n¿o foram realizadas diligências no sentido de se
produzir a antecipaç¿o das provas, ouvindo-se as supostas vítimas e testemunhas, relacionadas na
exordial.
Como se sabe, por ausência de previs¿o legal, tem prevalecido, na jurisprudência, o entendimento de que
a prescriç¿o fica suspensa pelo prazo máximo em abstrato previsto para o delito. Passado esse período, o
prazo começa a correr novamente. Isso significa que, no caso por exemplo de um roubo majorado, cuja
pena máxima é de dez anos, a prescriç¿o, levando-se em conta as causas de aumento, permanece
suspensa por vinte anos. Depois desse tempo, retoma seu curso, só finalizando após transcorridos outros
vinte anos, ocasi¿o em que o juiz pode julgar extinta a punibilidade do réu.
No caso dos autos, em raz¿o do extenso lapso de temporal decorrido, desde o acontecimento do crime, é
previsível a impossibilidade de repetiç¿o da prova em Juízo, uma vez que, em raz¿o do decurso do tempo,
verificam-se consequências gerais como o esquecimento dos fatos distanciados do tempo de sua prática,
além da dificuldade para se apurar o delito, já que o tempo faz com que os vestígios do crime despareçam.
Nesses casos, como bem argumentou o Representante Ministerial em seu parecer, deve o Magistrado
guiar-se pelo princípio da economia processual, no sentido de evitar o andamento de processos e a
consequente movimentaç¿o desnecessária da máquina judiciária em torno da apuraç¿o de um crime cuja
prestaç¿o jurisdicional, quando acontecer, será inócua, do ponto de vista prático.
Agindo assim, é possível evitar que se acumulem, nas estantes das varas criminais, processos suspensos,
instruídos até onde a lei permite, cuja conclus¿o das diligências da instruç¿o, na fase judicial, manifeste-se
insuscetível ante a insuperável dificuldade na colheita de elementos mínimos probatórios indispensáveis a
um seguro decreto condenatório.
Por todo o exposto, entendo que a manutenç¿o da inércia do processo, na hipótese de suspens¿o
prevista no art. 366 do CPP, n¿o tem mais raz¿o de ser, tanto pela real possibilidade de prescriç¿o ficta
ou retroativa, no momento da prestaç¿o jurisdicional, quanto pela invencível dificuldade em se apurar os
fatos distanciados do tempo em que ocorreram, cujas provas de autoria e a memória das vítimas e
testemunhas, certamente se perderam, face ao decurso do tempo.
III- DISPOSITIVO
Desse modo, julgo IMPROCEDENTE a pretens¿o punitiva estatal para ABSOLVER SUMARIAMENTE o
acusado GENECIS PEREIRA BATISTA E GENIVAN PEREIRA BATISTA, qualificado nos autos, com
fulcro no art. 61 c/c art. 395, III (falta de justa causa para aç¿o penal) e 397, IV, (extinta a punibilidade)
todos do CPP.
DISPOSIÇ¿ES FINAIS
Sem custas.
Levantem-se eventuais atos constritivos existentes em desfavor do/a ré/u. Certificando nos autos.
Expeça-se contra-mandado, caso necessário, incluindo no BNMP.
Em havendo arma de fogo ou simulacro de arma de fogo, encaminhe-se ao Comando do Exército, para
destruiç¿o ou doaç¿o aos órg¿os de segurança pública ou às Forças Armadas, uma vez que n¿o
interessa mais à persecuç¿o penal, como disposto no art. 25 do Estatuto do Desarmamento.
Em havendo bens apreendidos de baixo valor econômico e que n¿o foram requeridos por nenhum
interessado ao longo da instruç¿o, determino a sua doaç¿o para Projetos Sociais cadastrados junto a
Direç¿o do Fórum, nos termos do art. 10, do Provimento Conjunto n. 02/2021-CJRMB/CJCI, ou, sendo
imprestáveis, sua destruiç¿o.
Em havendo fiança, o seu saldo deverá ser entregue a quem a houver prestado.
Dê-se baixa nos respectivos autos apensos de Autos de Flagrante Delito, Inquérito Policial e façam-se as
necessárias anotaç¿es.
Servirá a presente sentença, por cópia digitada, como mandado, conforme provimento 011/2009-
CJRMB
E D I T A L D E I N T I M AÇ Ã O
PRAZO DE 60 DIAS
A Exma. Sra. ADRIANA GRIGOLIN LEITE, MMª Juíza de Direito Titular desta Comarca de São Domingos
do Capim/PA, na Forma da Lei, etc
FAZ SABER aos que o presente edital virem ou dele tomarem conhecimento que tramita neste Juízo,
Ação Penal, crime de tráfico de drogas, Processo n° 00001762420118140052, movida pela Justiça
Pública, contra Lenilda Maria Nascimento Teixeira, e pelo presente edital INTIMAMOS DA SENTENÇA
ABSOLUTORIA, A RÉ LENILDA MARIA NASCIMENTO TEIXEIRA, brasileira, paraense, profissão não
definida, escolaridade não informada, nascida e m07.05.1978, filha de Maria Eunice Nascimento Teixeira,
o qual encontra-se em lugar incerto e não sabido.
DADO E PASSADO nesta Cidade e Comarca de São Domingos do Capim, Estado do Pará, aos 30 de
novembro de 2021. Eu, Julieta N. Paiva, Atendente Judiciário, digitei e Rafael Peronio Ramos, Diretor de
Secretaria, subscreveu.
E D I T A L D E I N T I M AÇ Ã O
PRAZO DE 60 DIAS
A Exma. Sra. ADRIANA GRIGOLIN LEITE, MMª Juíza de Direito Titular desta Comarca de São Domingos
do Capim/PA, na Forma da Lei, etc
FAZ SABER aos que o presente edital virem ou dele tomarem conhecimento que tramita neste Juízo,
Ação Penal, crime de tráfico de drogas, Processo n° 00001762420118140052, movida pela Justiça
Pública, contra Nazareno Santiago Moreira, Vulgo Nena, e pelo presente edital INTIMAMOS DA
SENTENÇA ABSOLUTORIA, O REU NAZARENO SANTIAGO MOREIRA, VULGO NENA, brasileiro,
paraense, escolaridade não informada, filho de Nair Santiago Moreira, o qual encontra-se em lugar incerto
e não sabido.
DADO E PASSADO nesta Cidade e Comarca de São Domingos do Capim, Estado do Pará, aos 30 de
novembro de 2021. Eu, Julieta N. Paiva, Atendente Judiciário, digitei e Rafael Peronio Ramos, Diretor de
Secretaria, subscreveu.
E D I T A L D E I N T I M AÇ Ã O
PRAZO DE 60 DIAS
A Exma. Sra. ADRIANA GRIGOLIN LEITE, MMª Juíza de Direito Titular desta Comarca de São Domingos
do Capim/PA, na Forma da Lei, etc
FAZ SABER aos que o presente edital virem ou dele tomarem conhecimento que tramita neste Juízo,
Ação Penal, crime de furto, Processo n° 00018674620168140052, movida pela Justiça Pública, contra
Bruno Max da Silveira, e pelo presente edital INTIMAMOS DA SENTENÇA ABSOLUTORIA, O RÉU
BRUNO MAX DA SILVEIRA, brasileir(o)a, paraense, filho de Adel Maria da Silveira e Raimunda Cruz da
Silveira, o qual encontra-se em lugar incerto e não sabido.
DADO E PASSADO nesta Cidade e Comarca de São Domingos do Capim, Estado do Pará, aos 30 de
novembro de 2021. Eu, Julieta Nascimento Paiva, Atendente Judiciário, digitei e Rafael Peronio Ramos,
Diretor de Secretaria, subscreveu.
COMARCA DE ANAJAS
Processo: 0001743-83.2014.814.0068
DECIS¿O
Vistos,
1. Uma vez que apresentada a resposta do réu às fls. 15/16, sem preliminares, e que n¿o verifico
qualquer das hipóteses de absolviç¿o sumária, previstas no art. 397 do CPP, mantenho hígido o
recebimento da denúncia e designo audiência de instruç¿o e julgamento para o dia 10/03/2022, às
09h:00min, que ocorrerá, preferencialmente, por meio de videoconferência, nos termos da PORTARIA
CONJUNTA Nº 10/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, DE 15 DE MAIO DE 2020, da PORTARIA CONJUNTA Nº
15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, DE 21 DE JUNHO DE 2020 e da PORTARIA CONJUNTA Nº 17/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, DE 13 DE JUNHO DE 2020.
2. Oficie-se à Secretaria de Informática, para que de forma remota, auxilie na presente realizaç¿o da
audiência, nos termos do art. 18, §3º da Portaria Conjunta nº 10/2020 GP/VP/CJRMB/CJCI.
3. Solicite-se à Polícia Civil/Autoridade Policial de Augusto Corrêa e-mail a ser disponibilizado ao Juízo,
para que seja encaminhado o link da audiência a ser realizada por videoconferência, visto serem
testemunhas o IPC R. M. D. S.
5. As intimaç¿es das testemunhas, sempre que possível, dever¿o ser realizadas por oficial de justiça,
observadas as normas do Código de Processo Penal e os atos normativos deste Poder Judiciário, em
especial o art. 7º e art. 24 da Portaria Conjunta nº 10/2020-GP/CJRMB/CJCI e art. 22 da Portaria Conjunta
nº 15/2020-GP/CJRMB/CJCI.
6. As intimaç¿es poder¿o ainda ser realizadas por qualquer outro meio idôneo, tais como mensagem
eletrônica, e-mail e aplicativos de mensagens, hipóteses nas quais, obrigatoriamente, o magistrado, na
audiência, deverá ratificar a intimaç¿o da testemunha, conforme art. 24, §1º da Portaria Conjunta nº
10/2020-GP/CJRMB/CJCI. Nesse momento, será solicitado às testemunhas seus e-mails, para que
possam receber o link da realizaç¿o da audiência por videoconferência.
7. Deverá constar do mandado de intimaç¿o a advertência de que a testemunha tenha em m¿os o seu
documento de identificaç¿o pessoal com foto, o qual será necessário durante a sua participaç¿o na
audiência virtual, conforme art. 24, §2º da Portaria Conjunta nº 10/2020-GP/CJRMB/CJCI.
8. A defesa do réu arrolou as mesmas testemunhas de acusaç¿o, de modo que dou como preclusa a
apresentaç¿o, n¿o sendo possível arrolar em momento posterior.
996
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
P. R. I. Cumpra-se.
COMARCA DE BREVES
EDITAL DE INTERDIÇÃO
F A Z S A B E R a todos quantos o presente Edital de Citação virem, ou dele conhecimento tiverem, que
se processando por este Juízo e Secretária da 1ª Vara, aos termos dos Autos de AÇÃO DE INTERDIÇÃO
- 0800711-43.2021.8.14.0010, que REQUERENTE: RAIMUNDO DOS SANTOS ALMEIDA, moveu em face
de REQUERIDO: RAILSON FURTADO ALMEIDA, pelo presente da conhecimento a quem interessar
possa de que em 02/09/2021 foi proferido por este juízo Sentença que interditou REQUERIDO: RAILSON
FURTADO ALMEIDA, em virtude de do quadro de saúde CID F. 29 + F. 71, considerando-o
relativamente incapaz para exercer pessoalmente os atos da vida civil, em consonância com o disposto no
art. 4º, inciso, III do Código Civil, nomeando como curador o Sr. RAIMUNDO DOS SANTOS ALMEIDA. E
para que ninguém alegue ignorância, mandou expedir este, que será publicado na Imprensa Oficial. Dado
e passado nesta cidade de Breves-PA., aos 1 de outubro de 2021.
EDITAL DE INTERDIÇÃO
F A Z S A B E R a todos quantos o presente Edital de Citação virem, ou dele conhecimento tiverem, que
se processando por este Juízo e Secretária da 1ª Vara, aos termos dos Autos de AÇÃO DE INTERDIÇÃO
- 0001933-94.2012.8.14.0010, que o REQUERENTE: ITELVINA PACHECO DO CARMO, moveu em face
do REQUERIDO: ANTONIO SERGIO PACHECO DO CARMO, pelo presente da conhecimento a quem
interessar possa de que em 29 de abril de 2021 foi proferido por este juízo Sentença que interditou o
REQUERIDO: ANTONIO SERGIO PACHECO DO CARMO, em virtude de do quadro de saúde CID 10:
F. 29 + F. 32, considerando-o relativamente incapaz para exercer pessoalmente os atos da vida civil, em
consonância com o disposto no art. 4º, inciso, III do Código Civil, nomeando como curadora a Sra.
ITELVINA PACHECO DO CARMO. E para que ninguém alegue ignorância, mandou expedir este, que
será publicado na Imprensa Oficial. Dado e passado nesta cidade de Breves-PA., aos 1 de outubro de
2021.
PROCESSO: 0800421-74.2021.814.0027
________________________________
SRA. TANIA DO SOCORRO ALMEIDA DE SOUZA, RG. 3838830- 2 VIA PC/PA, o qual, devidamente
compromissado na forma da lei, respondeu às perguntas formuladas, conforme arquivo de áudio/vídeo
juntados aos autos. Em seguida o MM juiz passou a deliberar: ficar o presente ato redesignado para o dia
22/03/2022, às 09:00. Intimados os presentes. Promova-se coercitiva da testemunha de acusação que
foram intimadas e não compareceram, e intime-se as demais. Nada mais havendo determinou o MM Juiz o
encerramento do presente termo digitado e subscrito por mim. Eu, ______ Ingrid Tainá da Silva Sampaio,
Assessora de Juiz, Mat. 186589, digitei e subscrevi o presente termo. Link para acesso ao vídeo
( C R I S T I A N O G O M E S C H A R O P A ) : h t t p s : / / t j e p a -
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xWoeC-x3uBM1d3Q?email=ingrid.sampaio%40tjpa.jus.br Link para acesso ao vídeo (JO¿O FREITAS
L I M A ) : h t t p s : / / t j e p a
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0S8dYPdtsA?email=ingrid.sampaio%40tjpa.jus.br Link para acesso ao vídeo (ZILDA LOUREIRO
B A R B O S A ) : h t t p s : / / t j e p a -
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AnhxaqMEAUBA?email=ingrid.sampaio%40tjpa.jus.br Link para acesso ao vídeo (ANTONIO MARQUES
D O S S A N T O S ) : h t t p s : / / t j e p a -
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( D U I N O A L V E S D A C O N C E I Ç ¿ O ) : h t t p s : / / t j e p a -
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Mcmut81ka5nsjA?email=ingrid.sampaio%40tjpa.jus.br Link para acesso ao vídeo (TAMIRES SOARES
D O S S A N T O S ) : h t t p s : / / t j e p a -
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A L M E I D A D E S O U Z A ) : h t t p s : / / t j e p a -
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jb8TlGRIFZXg?email=ingrid.sampaio%40tjpa.jus.br
MSD no percentual de 50% residual, que resulta no valor indenizatório correspondente a R$ 1.350,00 (mil
trezentos e cinquenta reais), e lesão no joelho esquerdo no percentual de 50%, que resulta no valor
indenizatório correspondente a R$ 4.725,00 (quatro mil setecentos e vinte e cinco reais). Tendo em vista
que a parte requerente recebeu, em via administrativa, o valor de R$ 2.193,75 (dois mil, cento e noventa e
três reais e setenta e cinco centavos), queda ao(a) autor(a) receber o quantum de R$ 1.518,75 (mil,
quinhentos e dezoito reais e setenta e cinco centavos), que devem ser corrigidos e acrescidos de juros
a partir da citação, consoante súmula 426 do STJ.¿ -se: ¿Assim, restou comprovado que o(a) autor(a) foi
acometido(a) de lesão decorrente de acidente de trânsito e a perícia realizada nestes autos indica que
o(a) requerente foi acometido(a) de lesão do tipo TCE no percentual de 10% residual, que resulta no valor
indenizatório correspondente a R$ 1.350,00 (mil trezentos e cinquenta reais), lesão no 4º dedo do pé
direito no percentual de 100%, que resulta no valor indenizatório correspondente a R$ 1.350,00 (mil
trezentos e cinquenta reais), lesão no pé esquerdo no percentual de 10%, que resulta no valor
indenizatório correspondente a R$ 675,00 (seiscentos e setenta e cinco reais) e lesão no joelho esquerdo
no percentual de 10% residual, que resulta no valor correspondente a R$ 337,50 (trezentos e trinta e sete
reais e cinquenta centavos), que somados perfazem o montante de R$ 3.712,50 (três mil setecentos e
doze reais e cinquenta centavos). Tendo em vista que a parte requerente recebeu, em via administrativa, o
valor de R$ 2.193,75 (dois mil, cento e noventa e três reais e setenta e cinco centavos), queda ao (a) autor
(a) receber o quantum de R$ 1.518,75 (mil, quinhentos e dezoito reais e setenta e cinco centavos),
que devem ser corrigidos e acrescidos de juros a partir da citação, consoante súmula 426 do STJ.¿
Decorrido o prazo recursal da presente decisão sem oposição, certificado o trânsito em julgado e não
havendo pendências, arquive-se os autos com as devidas anotações e baixa na estatística. Publique-se,
Registre-se. Intime-se. Porto de Moz (PA), 14 de julho de 2021. Rodrigo Silveira Avelar Juiz de Direito
Substituto respondendo pela Vara Única de Porto de Moz ¿ PA [1] STJ - REsp: 1636290 PB
2016/0289072-4, Relator: Ministra ASSUSETE MAGALH¿ES, Data de Publicaç¿o: DJ 19/04/2017.
1005
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
COMARCA DE PRAINHA
específico como elemento expresso do injusto, bastando que o agente realize quaisquer das condutas
descritas na lei para que reste configurado o tipo penal.N¿o foram suscitadas preliminares.Das provas
colhidas durante a instruç¿oARIEL MIRANDA DOS SANTOS, em sede inquisitorial teria afirmado que
UBIRAJARA e o réu MARIO JORGE venderiam material entorpecente na cidade. Já em sede judicial, a
testemunha n¿o afirmou de maneira convicta o fato de o réu vender material entorpecente, disse ter uma
¿cisma¿ de que MARIO JORGE venderia drogas.LUIS CARLOS DOS SANTOS CHAVES, Policial Militar,
declarou que no dia dos fatos narrados na denúncia, estavam em diligências para apurar um furto de
baterias de automóveis. Em dado momento avistaram um cidad¿o (o réu), que segundo outro policial da
guarniç¿o, possuía denúncias de prática de tráfico de drogas. Ao se aproximarem, o réu tentou fugir,
entrando no imóvel, o outro indivíduo que estava próximo do réu, também tentou fugir. Ambos foram
detidos pelos policiais. O depoente deteve o NETO, outro policial realizou a detenç¿o do réu. Quando o
depoente aproximou-se do policial que estava com o réu, presenciou o policial com material entorpecente
nas m¿os, dizendo que havia sido encontrado em poder do réu. Em seguida os conduziram à Delegacia
de Polícia.ROSELMA VIEIRA ABREU declarou que no dia dos fatos presenciou quando os policiais
revistaram e encontraram entorpecente em poder do réu. Na residência n¿o havia nenhuma espécie de
droga, a droga apreendida foi encontrada no bolso do réu. Disse ainda que MÁRIO JORGE n¿o tem
histórico de envolvimento com tráfico de drogas.UBIRAJARA NONATO PINON declarou em sede
inquisitorial que no dia dos fatos estava com uma garota na casa de MARIO JORGE e quando estava
saindo foi abordado por policiais militares. Declarou ainda ser usuário de drogas, mas que compra
entorpecente de desconhecidos, n¿o sabendo informar se MARIO JORGE vende drogas. MÁRIO JORGE
VIEIRA DA ROCHA, interrogado em Juízo, negou os fatos narrados na denúncia, alegando que no dia dos
fatos estava em casa, na companhia de UBIRAJARA, este saiu de casa e o réu ficou lavando roupas.
Algum tempo depois UBIRAJARA retornou e disse que a polícia iria lá, o réu disse que n¿o estava
devendo nada e que os policiais poderiam ir até sua residência. Em seguida UBIRAJARA saiu na
motocicleta e pouco tempo depois retornou já acompanhado por policiais militares. Um dos policiais entrou
na residência do interrogando, colocou a m¿o no bolso do interrogando e já tirou a m¿o mostrando o
material entorpecente ao interrogando, dizendo que ele iria assumir a propriedade daquela droga. Disse
que em nenhum momento tentou fugir dos policiais, foi UBIRAJARA que tentou fugir, pois ele já é
envolvido com tráfico. Nesse dia UBIRAJARA foi até a casa do interrogando, pois na noite anterior teriam
ido para uma festa juntos. Disse que conhecia de vista o policial que o revistou, mas nunca teve nenhum
problema com o policial. Acredita que pelo fato de empinar moto na rua quando era menor o policial
imputou-lhe falsamente a prática de tráfico.Importante ressaltar o fato de o crime de tráfico de
entorpecente estar dentre os crimes de aç¿o múltipla ou plurinuclear, assim, restará o crime configurando
diante da prática de quaisquer das condutas previstas no tipo penal. Dispensado o caráter da mercancia,
quando presente outra(s) da(s) condutas descritas no tipo, conforme já sedimentado em jurisprudência do
Tribunal de Justiça do Estado do Pará:APELAÇ¿O PENAL Nº. 2012.3.013961-5RELATOR: DES.
RÔMULO NUNESEmenta: apelaç¿o penal tráfico de drogas e porte de arma de uso restrito
desclassificaç¿o para o crime do art. 28 da lei 11.343/2006 improcedência erro na aplicaç¿o da pena
inexistência recurso improvido decis¿o unânime.I. É sabido que o art. 33 da lei de drogas disp¿e que
comete crime todo àquele que vender, manter em depósito ou fornecer entorpecente. Desta forma, para o
reconhecimento do crime de tráfico de drogas, basta que o agente incida em um dos tipos penais descritos
no art. 33 da Lei 11.343/2006, pouco importando a prova da mercancia. Precedentes do STJ;(...)Ainda,
sobre o testemunho dos policiais como meio de prova, assim já se posicionou o Egrégio Tribunal de
Justiça do Pará:Apelaç¿o PenalProcesso nº 2012.3.028260-4Apelante: Ministério Público
EstadualApelado: Alex Lima Bahia (Adv. José Maria de Lima Costa)Procuradora de Justiça: Drª. Ubiragilda
da Silva PimentelRelatora: Desa. Vânia Lúcia SilveiraApelaç¿o Penal. Art. 33 da Lei nº 11.343/2006.
Sentença absolutória. Recurso ministerial. Robustez do conjunto probatório relativo à autoria do delito.
Procedência. Testemunho de agentes policiais. Meio de prova idôneo. Reforma que se imp¿e a fim de
condenar o réu pelo crime de tráfico de entorpecentes. Recurso conhecido e provido. Decis¿o unânime. 1.
N¿o se tem como negar que o conjunto probatório contido nos autos, desde o inquérito policial, apresenta-
se suficiente para imputar ao apelado a autoria do crime em tela, pois as testemunhas relataram
detalhadamente o ocorrido por ocasi¿o do cometimento do delito. 2. Os depoimentos dos policiais
responsáveis pela pris¿o em flagrante constituem meio de prova idôneo a embasar o édito condenatório,
mormente quando corroborado em Juízo, no âmbito do devido processo legal. As pequenas discordâncias
nas referidas declaraç¿es n¿o s¿o capazes de invalidá-las como prova da autoria do crime por parte do
apelado, eis que referidos lapsos s¿o perfeitamente passíveis de ocorrer, dado o decurso de tempo entre
o flagrante e a oitiva das testemunhas em Juízo (aproximadamente sete meses), e o volume de
ocorrências atendidas pelos policiais militares desta Capital. Ademais, a negativa de autoria sustentada
1007
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
pelo apelado em sede judicial, esta sim, encontra-se totalmente dissociada das demais provas
amealhadas ao processo. Por conseguinte, imperiosa se faz a reforma da sentença guerreada, para
condenar o réu como incurso nas sanç¿es punitivas do crime previsto no art. 33, caput, da Lei nº
11.343/2006.Após detida análise de todo o acervo probatório, entendo devidamente comprovada a
materialidade e autoria do delito atribuído ao réu. O laudo definitivo atesta a materialidade do crime de
tráfico. A prova testemunhal atesta a autoria ao réu atribuída. A vers¿o apresentada pelo réu é incoerente
com o restante do acervo probatório. N¿o merece prosperar a vers¿o de que Policiais Militares teriam
¿plantado¿ entorpecente no bolso do réu quando da revista pessoal, principalmente considerando que na
residência do réu se fazia presente um usuário/dependente químico (Ubirajara).Ausentes quaisquer
dirimentes ou excludentes.DISPOSITIVODiante de todo o exposto, julgo procedente a denúncia ofertada
pelo Representante do Parquet, para o fim de CONDENAR o réu MARIO JORGE VIEIRA DA ROCHA c
omo incurso nas sanç¿es do art. 33, caput, da Lei 11.343/06.Passo à dosimetria da pena. Atento as
diretrizes estabelecidas no 68 do Código Penal, bem como ao art. 42 da lei 11.343/06:
Crime de tráfico - 1. Circunstâncias judiciais ¿ Culpabilidade elevada, conduta do réu revela ousadia ¿
valoraç¿o negativa. Réu tecnicamente primário. Conduta social e personalidade do agente, n¿o valoradas.
Circunstâncias n¿o extrapolam o quanto previsto ao tipo penal. Consequência grave, inerente ao tipo.
Comportamento da vítima n¿o considerado no caso. Foi apreendida moderada quantidade de
entorpecente, entretanto, de natureza extremamente prejudicial (crack), valoro negativamente. FIXO A
PENA BASE EM 7 (SETE) ANOS DE RECLUS¿O E AO PAGAMENTO DE 700 (SETECENTOS) DIAS
MULTA.2. Verifico que no caso n¿o há possibilidade de se aplicar a causa de diminuiç¿o específica
prevista no §4º, art. 33, da lei 11.343/06, pois embora tecnicamente primário o réu responde a utras aç¿es
criminais neste juízo, foi posto em liberdade e tornou a delinquir, existindo indicativo de que o réu se
dedica a outras atividades criminosas.3. Ausentes agravantes. Verifico a ocorrência da atenuante da
menoridade relativa, diminuo a pena para 6 (SEIS) ANOS E 6 (SEIS) MESES DE RECLUS¿O E
PAGAMENTO DE 650 (SEISCENTOS E CINQUENTA) DIAS MULTA.4. Ausentes causas de aumento ou
de diminuiç¿o. Torno a pena definitiva EM 6 (SEIS) ANOS E 6 (SEIS) MESES DE RECLUS¿O E AO
PAGAMENTO DE 650 (SEISCENTOS E CINQUENTA) DIAS MULTA. Correspondendo, cada dia-multa, a
1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato, atualizado por ocasi¿o do pagamento, na
forma do art. 49, §2º do C.P.B.5. Incabível a substituiç¿o da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos (art. 44 do CP). Incabível sursis.Do regime inicial
Atento ao disposto no art. 387, §2º, do CPP (tempo de pris¿o processual já imposto), bem como ao
disposto no art. 33 do CP c/c art. Art. 2º, §2º, da Lei 8072/90 e ainda ao recente entendimento do STF,
deverá o sentenciado iniciar o cumprimento da pena em regime SEMIABERTO.Eventual detraç¿o penal
será realizada pelo Juízo de execuç¿o.Da liberdade provisóriaO réu respondia a aç¿o em liberdade, ao
que tudo indica tornou a delinquir, encontrando-se atualmente preso preventivamente em outra aç¿o
criminal, também sob acusaç¿o de tráfico e responde a outra aç¿o criminal em liberdade. Entendo
presentes os requisitos autorizadores da excepcional medida cautelar da pris¿o preventiva, n¿o sendo
viável a aplicaç¿o de outras medidas cautelares diversas da pris¿o, conforme previsto no art. 312 do
CPP.EXPEÇA-SE MANDADO DE PRIS¿O.NEGADO AO RÉU O DIREITO DE RECORRER EM
LIBERDADE.Disposiç¿es finaisApós o trânsito em julgado, adotem-se as seguintes providencias:Lance-se
o nome dos réus no rol dos culpados;Expeça-se guia de recolhimento para execuç¿o da reprimenda (LEP,
art. 105);Oficie-se à Justiça Eleitoral, para fins de suspens¿o de direitos políticos (CF, art. 15, III);Oficie-se
ao órg¿o encarregado das estatísticas criminais (CPP, art. 809);Proceda-se ao recolhimento da multa, em
favor do fundo penitenciário, no prazo de dez dias, na forma dos arts.49 e 50; o valor da multa deverá ser
corrigido por ocasi¿o do efetivo pagamento; na forma do ar.51 do CP, n¿o havendo pagamento e/ou
pedido de parcelamento certifique-se e encaminhe-se à Procuradoria da Fazenda Nacional no
Estado;Expeça-se o que mais for necessário;Formem-se os autos de execuç¿o.P.R.I.CPrainha/PA, 18 de
novembro de 2021.
Juiz de Direito
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COMARCA DE SALVATERRA
alcançaria o fim último que é a resolução de mérito, já que a falta de interesse, como visto, é
que impera no caso. Nesse sentido, diante do desinteresse do(s) requerente(s) no prosseguimento normal
do processo, deve o Juiz, de OfÃ-cio, em respeito aos PrincÃ-pios da Razoável Duração da Demanda e
da Racional Gestão dos Processos, após as providências legais já adotadas, determinar a
Extinção e Arquivamento do Processo. Diante disso, JULGO EXTINTO O PROCESSO, SEM
JULGAMENTO DO MÿRITO, com fulcro no art. 485, Incisos III e VI do Código de Processo Civil. Em
razão do abandono da causa, condeno o(a) Autor(a) ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatÃ-cios sucumbenciais que arbitro em R$ 1.000,00 (um mil reais), na forma do art. 82,
§ 2º c/c 85 do Código de Processo Civil, sendo que tais verbas tem exigibilidade suspensa em
função da GRATUIDADE DE JUSTIÿA deferida nos autos, na forma do art. 98 e 98, § 3º c/c 99, §
3º todos do mesmo Diploma Legal. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Após o cumprimento de todas
as providências pertinentes, arquivem-se os autos. São Domingos do Araguaia/PA, 29 de novembro de
2021. ANDREA APARECIDA DE ALMEIDA LOPES JuÃ-za de Direito Titular da Comarca de São
Domingos do Araguaia
PROCESSO: 00055411020168140124 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANDREA APARECIDA DE ALMEIDA LOPES A??o:
Procedimento Sumário em: 29/11/2021---REQUERENTE:AIG SEGUROS BRASIL SA Representante(s):
OAB 273843 - JOSE CARLOS VAN CLEEF DE ALMEIDA SANTOS (ADVOGADO) REQUERIDO:E M
MIRANDA JUNIOR COMERCIO LTDA EPP TRANSLEITE. PROCESSO: 0005541-10.2016.8.14.0124
AÿÿO REGRESSIVA DE RESSARCIMENTO DE DANOS. Autor: AIG SEGUROS BRASIL. Réu: E M
MIRANDA JÿNIOR COMÿRCIO LTDA - EPP. SENTENÿA Vistos etc. 1. RELATÿRIO Trata-se de
ação regressiva ajuizada por AIG SEGUROS BRASIL em desfavor de E M MIRANDA JÿNIOR
COMÿRCIO LTDA - EPP, objetivando a condenação do requerido ao ressarcimento dos prejuÃ-zos
decorrentes de acidente de trânsito, no total de R$ 35.597,48 (trinta e cinco mil, quinhentos e noventa e
sete reais e quarenta e oito centavos). Para tanto sustenta, em breve sÃ-ntese, que: (i) firmou contrato de
seguro com a empresa 3M DO BRASIL LTDA, representado pela apólice n° 087372015010621000110.
Para transportar mercadoria de ITAPETININGA/SP a Parauapebas/PA, a empresa segurada contratou os
serviços da EMPRESA DE TRANSPORTES ATLAS LTDA, as mercadorias que estavam sendo
transportadas eram avaliadas em R$ 40.597,48, com veÃ-culo transportador de marca VW/13.180, placas
MVS3987(¿V3¿). (ii) conforme Boletim de Acidente de Trânsito (fls. 152 a 162), no dia 21/09/2015,
por volta de 22h00min, na Rodovia BR-230, na altura do km 80, no MunicÃ-pio de Marabá/PA, o veÃ-culo
de marca VW/17.900 Worker e placa QDZ-0800(¿V1¿) colidiu lateralmente com o veÃ-culo
transportador(¿V3¿) ocasionando o capotamento do veÃ-culo, e consequentemente a dispersão da
carga sobre a via de rolamento, que foi saqueada por morados próximos e transeuntes, vale ressaltar que
após a colisão lateral com V3, V1 continuou na via de fluxo oposto colidiu frontalmente com um
caminhão de placa MXA6959(¿V2¿), acarretando o óbito do condutor que sofreu a colisão frontal;
(iii) o veÃ-culo causador do acidente era de propriedade do réu e conduzido pelo motorista Roberio Costa
Souza; (iv) a dinâmica do acidente está bem esmiuçada no Boletim de Acidente de Trânsito, pelo
qual o acidente ocorreu em virtude da imprudência do motorista do V1, que estava trafegando com a
devida atenção e cuidados necessários para evitar as colisões que causou; (v) a Segurada sub-
rogou-se ao direito de ressarcimento do segurado, na forma da lei e da Súmula 188 do STF bem como
Art. 786 do Código Civil Brasileiro; (vi) havendo culpa exclusiva do condutor do veÃ-culo de propriedade
da Ré, este deve ser compelido a ressarcir à Seguradora de todos os prejuÃ-zos por ela suportados no
pagamento da indenização ao respectivo segurado, no total de R$ 35.597,48 (trinta e cinco mil,
quinhentos e noventa e sete reais e quarenta e oito centavos. Â Com a inicial vieram os documentos de
fls. 25/175, entre eles, a apólice de seguro, o Boletim de Acidente de Trânsito, documento auxiliar de
conhecimento de transporte, documento auxiliar da nota fiscal eletrônica, e outros. A Seguradora apelada
comprovou a sub-rogação ao efetuar o pagamento da indenização integral em favor de sua
segurada (R$ 35.597,48 em 31/03/2016 - fls. 181). Devidamente citado, o requerido apresentou
contestação às fls. 213/218, por meio da qual sustenta, inexistência de responsabilidade de indenizar
o requerente. No mérito, alegam, em suma, que: (i) o transporte pertencente ao contestante trafegava
pela BR-230, quando por necessidade o condutor do veÃ-culo realizou uma manobra consciente, livrando-
se de uma colisão frontal com um cavalo, e para se livrar dessa colisão, se aproximou da faixa oposta;
(ii) o acidente ocorreu porque quando o condutor do veÃ-culo transportador visualizou a manobra produzida
pelo condutor do veÃ-culo do requerido, lançou o veÃ-culo para fora da rodovia, tendo em vista que não
havia perigo de colisão, bem como não houve colisão alguma; (iii) o tombamento do veÃ-culo
transportador deu-se única e exclusivamente por imprudência do condutor; (iv) o requerente alega danos
decorrentes do furto da mercadoria transportada, mas, os mencionados danos não podem ser atribuÃ-dos
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ao requerido, por este não ter dado causa ao evento danoso; (v) a ação deve ser julgada totalmente
improcedente. Com a contestação veio o documento de fl. 219. Em sede de réplica, a requerente
informa apesar de o requerido afirmar que não contribuiu para o dano, o Boletim de Acidente de
Trânsito as fls. 152 a 162 informa que o veÃ-culo transportador da carga segurada só capotou porque o
veÃ-culo do requerido invadiu a contramão. Ao final, ratifica os termos da inicial e requer que a ação
seja julgada totalmente procedente. Em decisão de fls. 231 foi pedida a intimação da parte autora
para esclarecer se a demanda é dirigida contra Pessoa JurÃ-dica de que o preposto suposto causador do
dano é ligado, ou contra ambos. A parte autora foi intimada por meio de seu advogado para informar a
quem a demanda é dirigida (fls. 233/234), ocasião em que esclareceu o prosseguimento do feito é
movida em face da pessoa jurÃ-dica, tendo em vista o Art 8º da lei nº 11.442/2007. Devidamente
publicada a intimadas para produção de provas (fls. 241), apenas a parte autora se manifestou,
pugnando pelo julgamento antecipado da lide. ÿ o relatório, passo a decidir. 2.
FUNDAMENTAÿÿO. Primeiramente, entendo despicienda a remessa dos autos à Unaj antes da
sentença neste caso, na forma do art. 26, § 5º da Lei Estadual 8.328/15, pelo estado do processo,
que se encontra-se pronto para sentença. Em observância ao art. 12 do Código de Processo Civil,
esclareço que o feito está sendo apreciado por se enquadrar na hipótese prevista no §2º, VII, visto
estar abrangido na Meta 02/20 do Conselho Nacional de Justiça. DO JULGAMENTO ANTECIPADO
DA LIDE Considerando que as partes não pretendem produzir provas e que os documentos juntados nos
autos já permitem a prolação da sentença, passo ao julgamento antecipado do mérito, na forma do
artigo 355, inciso I do CPC. Ausentes preliminares, presentes os pressupostos processuais e requisitos
de admissibilidade, passo ao exame do mérito propriamente dito. MÿRITO Incontroversa a ocorrência
de acidente de trânsito em 21/09/2015, e as partes envolvidas. A Seguradora apelada comprovou a sub-
rogação ao efetuar o pagamento da indenização integral em favor de sua segurada (R$ 35.597,48
em 31/03/2016 - fls. 181). Consta do Boletim de Acidente de Trânsito da PolÃ-cia Rodoviária Federal (fls.
151/162) que o acidente ocorreu em virtude da imprudência do motorista do veÃ-culo de marca
VW/17.900 Worker e placa QDZ-0800 de propriedade da empresa E M MIRANDA JÿNIOR COMÿRCIO
LTDA - EPP, que invadiu a faixa de fluxo oposto, vindo a colidir lateralmente com o veÃ-culo transportador,
causando o capotamento do mesmo e, consequentemente, a dispersão da carga sobre a via de
rolamento. O condutor do veÃ-culo segurado, o Sr. Aneildo da Mata Sousa, apresentou a sua versão dos
fatos logo após o ocorrido (fls. 170). Informou que trafegava normalmente ela Rodovia BR-230, na altura
do Km 80, MunicÃ-pio de Marabá, quando um terceiro veÃ-culo de marca VW/17.190 WORKER e placas
QDZ-0800, invadiu a faixa de fluxo oposto, vindo a colidir lateralmente com o veÃ-culo transportador,
causando o capotamento e dispersão da carga sobre a via de rolamento, a qual foi saqueada pelo
moradores da região. Em sede contestação, a Requerida E M MIRANDA JUNIOR COMÿRCIO
LTDA, informou que os fatos narrados na inicial não condizem com a realidade, ante a ausência de
nexo de causalidade. Afirmou que o veÃ-culo/caminhão de sua propriedade trafegava pela Rodovia BR
230, quando por necessidade, o motorista realizou manobra consciente e diligente, livrando-se de uma
colisão frontal com um animal (cavalo), desviando o veÃ-culo para a faixa de fluxo oposta. A BR 230
(Rodovia Transamazônica), conforme descrita no boletim de ocorrência, no trecho do acidente, se trata
de via de com pista dupla, com duas faixas de rolamento, com mão dupla de direção (fls. 153). As
fotos do local do acidente constantes no boletim de acidente (fls. 160/162) e em réplica (fls. 223/227),
demonstram que o veÃ-culo que transportava a carga segurada só capotou porque o veÃ-culo da Ré
invadiu a faixa de fluxo oposto. O croqui confeccionado pela PolÃ-cia Rodoviária Federal, corrobora com
as afirmações da parte Autora. Diante do boletim de ocorrência, imagens do local, declaração das
partes aos policiais que atenderam aos fatos, conclui-se que o veÃ-culo segurado trafegava normalmente
na Rodovia BR-230, na altura do Km 80, quando um terceiro veÃ-culo de marca VW/17.190 WORKER e
placas QDZ-0800, invadiu a faixa de fluxo oposto, vindo a colidir lateralmente com o veÃ-culo
transportador, causando o capotamento. No caso, houve falta de atenção e cuidado por parte do
condutor do veÃ-culo da Ré, que não estava atento as condições de tráfego, realizando manobra
incompatÃ-vel para a ocasião, adentrando na faixa de fluxo oposto, sem observar que outros veÃ-culos
transitavam em sentido oposto. A versão do motorista da Ré, não é compatÃ-vel com aquela relata
no boletim de acidente de trânsito, uma vez que, a presença de animais na pista não foi confirmada
pelos policiais de plantão. O boletim de ocorrência descreve a dinâmica do acidente se desenvolveu
com a invasão do V1(veÃ-culo da Ré) na faixa de fluxo oposto, vindo a provocar uma colisão frontal
com V3 (veÃ-culo segurado) e consequente capotamento dele. Posteriormente, V1 continuou na via de
fluxo oposto, agora colidindo frontalmente com V2, acarretando o óbito do condutor de V2, a vÃ-tima
Manoel Joaquim dos Santos Neto. As imagens de fls. fls. 160/162 bem demonstram danos do veÃ-culo. O
orçamento de fls. 172 é compatÃ-vel com os valores das mercadorias transportadas. A Ré não
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(quinze) dias, nos termos do art. 1.010, § 2º do Código de Processo Civil; 4- Com ou sem a juntada
das contrarrazões - tanto da apelação quanto da adesiva, se houver, e não se tratando o caso das
hipóteses dos arts. 332, § 3º, 485, § 7º, 1.010, §2º, todos do Código de Processo Civil aqui já
referido, e, após o cumprimento das demais formalidades legais, inclusive à vistas ao Ministério
Público para parecer, se for o caso, REMETAM-SE OS AUTOS AO TRIBUNAL DE JUSTIÿA; 5 - ÿ
Unaj para as providências finais, intimando-se a (s) parte (s) para pagamento das custas eventualmente
apuradas, e se não as havendo adimplidas, que se EXPEÿA certidão de crédito a ser encaminhada
à Secretaria de Estado da Fazenda, com cópia à Coordenadoria Geral de Arrecadação do TJE/PA;
6- Nada sendo requerido, certifique a Secretaria o trânsito em julgado, baixem-se os autos no sistema,
arquivando-os devidamente. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se, servindo essa de expediente
de comunicação. São Domingos do Araguaia/PA, 29 de novembro de 2021. ANDREA APARECIDA
DE ALMEIDA LOPES JuÃ-za de Direito Titular da Comarca de São Domingos do Araguaia
O Exmo. Sr. Dr. Cristiano Lopes Seglia, MM. Juiz de Direito Substituto da Comarca de São Félix do Xingu,
Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais, etc..
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
FAZ SABER a todos quantos o presente EDITAL virem ou dele notícia tiverem que, por este Juízo e
expediente da Secretaria desta comarca se processam os termos da Ação de Exceção de Incompetência,
processo 00035373-95.2014.8.14.0053, em que figura como requerente RAIMUNDO LEOCADIO DA
SILVA e como requerida DELMIRENE GOMES DA SILVA encontrando-se o REQUERENTE em lugar
incerto e não sabido, e que, por meio deste, fica devidamente INTIMADO da r. sentença de fl. 29, dos
autos que julgou extinto o processo sem resolução de mérito, nos termos do art. 485, inciso III, do
CPC, para que chegue ao conhecimento de todos e ninguém possa alegar ignorância, determinou o MM.
Juiz a expedição do presente EDITAL que será afixado em local público de costume e publicado conforme
determina a Lei. Dado e passado nesta Comarca de São Félix do Xingu, aos 30 de novembro de 2021. Eu,
___________________ (Maryssuz Maceno Rios), Analista Judiciário, digitei e conferi.
Analista Judiciário
Matrícula 172006
Ação de Alimentos
Menor: G.D.S.
Requerido:VALDECIARA DA SILVA
O Exmo. Sr. Dr. Cristiano Lopes Seglia, MM. Juiz de Direito Substituto da Comarca de São Félix do Xingu,
Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais, etc..
FAZ SABER a todos quantos o presente EDITAL virem ou dele notícia tiverem que, por este Juízo e
expediente da Secretaria desta comarca se processam os termos da Ação de Alimentos,
processo 0000765-64.2008.8.14.0053, em que figura como requerentes LUZIMARA PEREIRA BRITO E
JOSA BEZERRA FONTES e como requerida VALDECIARA DA SILVA encontrando-se os
REQUERENTES e a REQUERIDA em lugar incerto e não sabido, e que, por meio deste, ficam
devidamente INTIMADOS da r. sentença de fl. 55, dos autos que julgou procedente o pedido com
fundamento no art. 787, I, do CPC, para que chegue ao conhecimento de todos e ninguém possa alegar
ignorância, determinou o MM. Juiz a expedição do presente EDITAL que será afixado em local público de
costume e publicado conforme determina a Lei. Dado e passado nesta Comarca de São Félix do Xingu,
aos 30 de novembro de 2021. Eu, ___________________ (Maryssuz Maceno Rios), Analista Judiciário,
digitei e conferi.
Portaria n.°05 /2020 O Exmo. Sr. Dr. ENIO MAIA SARAIVA, Juiz de Direito Titular da comarca de Senador
José Porfírio, Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais. CONSIDERANDO: a necessidade de
realização de correição EXTRAJUDICIAL na Serventia/cartório extrajudicial de Senador José Porfírio,
Pará; RESOLVE: Designar o funcionário JOSÉ EDILSON DE OLIVEIRA - matrícula 15350, Diretor de
Secretaria da vara Única da Comarca de Senador José Porfírio, para exercer a função de Secretário da
Correição, no período de 14 de dezembro de 2021, a partir das 8:30 horas, conforme edital de correição
ordinária n. 02 /2021, que deverá cumprir com sigilo a função, sob estrita responsabilidade funcional e
mediante termo de compromisso, bem como designar o servidor PEDRO LOPES VIEIRA NETO para
auxiliar nos trabalhos da referida Correição. Publique-se. Registre-se e Cumpra-se Senador José
Porfírio/PA, 12 de novembro de 2021 Ênio Maia Saraiva Juiz de Direito
O Excelentíssimo Senhor Dr. ENIO MAIA SARAIVA, Juiz Titular da Vara única da Comarca de Senador
José Porfírio, Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais etc. FAZ SABER o presente edital a todos
quantos virem ou dele tiverem conhecimento que no dia 14 de novembro de 2021, a partir das 08:30
horas será submetida à Correição Extrajudicial Anual a Serventia/Cartório Extrajudicial da Comarca de
Senador José Porfírio, coordenada pelo Exmo. Sr. Dra. Ênio Maia Saraiva, Titular desta Comarca,
incluindo a respectiva Secretaria a ela vinculada. FAZ SABER que, poderá ser tomada por termo, para as
providências cabíveis, toda e qualquer reclamação porventura apresentada pelo Ministério Público,
Defensoria Pública, Advogados, partes interessadas e ao público em geral. E, para que seja levado ao
conhecimento de todos, expede o presente edital, que será publicado no diário de justiça e afixado no local
de costume deste Fórum. Senador José Porfírio, Pará aos 12 dias do mês de novembro de 2021. Ênio
Maia Saraiva Juiz de Direito
E D I T A L DE INTIMAÇÃO DE SENTENÇA
Administrativo nº 1.23.003.000116/2009-13 (fls. 19), em 2008 os réus infringiram norma prevista no art. 60
da Lei 9.605/98, bem como no art. 66, II e VII, do Decreto Federal 6.514/08, como indicado no auto de
infração 527264-D (fls. 03). Relata o requerente que a Operação Arco Fogo, do Ibama, constatou
funcionamento de porto de embarque e desembarque de produtos e subprodutos florestais em área de
preservação permanente, na margem direita do rio Xingu, sem licença ou autorização, aplicando à ré
Porbrás multa administrativa no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Afirma, ainda, que diante da
constataç¿o administrativa, coube ao órg¿o ministerial demandar em busca da responsabilização civil dos
requeridos, pelos danos à sociedade decorrentes de les¿o ao meio ambiente. Inicial com documentos às
fls. 02/113-V. Petiç¿o inicial recebida em despacho às fls. 114. Contestaç¿o apresentada às fls. 127/133
pela advogada (dra.) Dominique de Nazaré dos S. Silva, em defesa dos réus Porbrás, Felipe André,
Frederico Luiz, José Maria de Oliveira e Adilson Luiz, defendendo a ilegitimidade passiva e a ocorrência de
decadência quanto aos requeridos Felipe André, Frederico Luiz e José Maria, além da defesa de mérito.
Contudo, nos instrumentos de representaç¿o às fls. 134/138 n¿o consta procuraç¿o legítima pelo
promovido José Maria de Oliveira. Requerimento do Ministério Público às fls. 165, para fim de oficiar o
Ibama a apresentar cópia integral dos procedimentos oriundos dos autos de infraç¿es administrativas
constantes às fls. 21/24. Audiência de conciliaç¿o realizada às fls. 179/180, na qual o Ministério Público
requereu ofício à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo ¿ SEMAT almejando esclarecer se
houve desmatamento na área que funcionava o porto de embarque e desembarque, bem como para que
haja indicaç¿o do prejuízo. Cópia digitalizada do Processo Administrativo do Ibama (fls. 183). Laudo
Técnico Ambiental apresentado às fls. 185/189 pela SEMAT, indicando a existência de um caminho aberto
na área da Porbrás até o rio Xingu, para embarque e desembarque de madeira, bem como a presença de
resíduos de madeira e regeneraç¿o da vegetaç¿o no local, de modo a concluir que houve supress¿o da
mata há muito tempo. Por fim, atesta o laudo que diante dos fatos provocados pelo fator humano, houve
prejuízo ao curso d¿água, risco de impermeabilizaç¿o do solo pelo contato direto com as chuvas e de
eros¿o. Audiência de instruç¿o e julgamento realizada (fls. 191/193), ocasi¿o em que foi colhido o
depoimento pessoal do promovido Adilson Luiz. Ofício da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Sustentabilidade ¿ SEMAS (fls. 198), indicando que a Licença de Operaç¿o ¿ LO nº 724/2008 n¿o
abrangia autorizaç¿o para instalaç¿es portuárias, e que a Porbrás foi autorizada à atividade portuária
somente por meio da Autorizaç¿o de Funcionamento ¿ AF nº 166/2012, vencida em 18/06/2013, e
posteriormente, com a emiss¿o da Licença de Operaç¿o ¿ LO nº 8358/2014, cuja autorizaç¿o ocorreu até
20/03/2017. Ante a n¿o representaç¿o processual do réu José Maria, o Ministério Público pleiteou (fls.
199-V) sua citaç¿o por edital, o que foi realizado em 25/05/2016 (fls. 208), e na mesma manifestaç¿o
requereu nova intimaç¿o à SEMAT para que indique o cálculo do dano ambiental alegado, afirmando que
no laudo apresentado nos autos n¿o há como dimensionar o valor dos danos. Novo laudo emitido pela
SEMAT às fls. 215/223, no qual restou atestado que a área de preservaç¿o permanente, desmatada na
década de 90, foi vegetada novamente ou houve regeneraç¿o natural, conforme imagens obtidas nos
anos de 2012 e 2015. Contestaç¿o apresentada às fls. 226 pelo curador especial do requerido José Maria,
o dr. José Carlos Melém. Renúncia ao mandato (fls. 227) apresentada pela advogada do réu Porbrás (fls.
227/231). Renúncia ao mandato dos requeridos Adilson Luiz, Frederico Luiz e Felipe André (fls. 245/251).
Alegaç¿es finais pelo Ministério Público às fls. 235/237, ratificando o pedido de condenaç¿o dos
requeridos ao pagamento de danos morais e materiais. Raz¿es finais apresentadas às fls. 263/266 pela
curadora especial do réu José Maria, aduzindo, em síntese, que este deixou de fazer parte da sociedade
em 15/09/2011, pugnando pelo reconhecimento de decadência. O réu Felipe André foi intimado
pessoalmente (fls. 307-V), mas n¿o constituiu novo procurador nem apresentou memoriais finais,
conforme certid¿o às fls. 308. O promovido Frederico Luiz foi intimado por edital (fls. 311), porém, n¿o
apresentou raz¿es finais nem constituiu novo advogado, conforme certid¿o às fls. 314. Os réus Porbrás e
Adilson Luiz foram intimados às fls. 256, mas n¿o constituíram novo causídico nem apresentaram
memoriais finais, conforme certid¿o às fls. 316. Os autos vieram-me conclusos para sentença. É o relato.
Decido. O art. 129, III, da Constituiç¿o Federal de 1988, atribui ao Ministério Público a legitimidade para
promover aç¿es que visam a proteç¿o do patrimônio público e social, do meio ambiente e outros
interesses difusos e coletivos, justificando, assim, a propositura da presente demanda. De antem¿o, tenho
por bem registrar que reconheço a contestaç¿o dos réus Porbrás, Adilson Luiz, Frederico Luiz e Felipe
André na peça juntada às fls. 127/133 pela advogada (dra.) Dominique de Nazaré dos S. Silva, uma vez
que às fls. 134/138 constam as respectivas procuraç¿es. Quanto ao requerido José Maria, considerando
que a advogada acima o englobou na peça contestatória, mas sem apresentar instrumento procuratório do
réu em quest¿o, tenho que a contestaç¿o deste foi apresentada pelo curador especial (dr.) José Carlos
Melém, às fls. 226. Antes de me apreciar o mérito, passo a analisar as preliminares arguidas.
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. Em ambas as peças contestatórias, os defensores técnicos
1021
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7274/2021 - Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2021
arguiram a ilegitimidade passiva dos réus José Maria, Frederico Luiz e Felipe André, sob a alegaç¿o de
decadência pelo fato destes terem se desligado do quadro societário da ré Porbrás há mais de 03 (três)
anos. Tal preliminar n¿o merece guarida, vez que a atuaç¿o do Ibama, constatando os danos, ocorreu no
ano de 2008, quando os requeridos supraindicados ainda faziam parte do quadro societário da ré Porbrás,
os quais se retiraram apenas no ano de 2011. Nesse aspecto, o art. 1.032 do CC determina a
responsabilização dos sócios retirantes em até 02 (dois) anos, após a averbaç¿o da retirada da sociedade.
Transcrevo: ¿Art. 1.032. A retirada, exclus¿o ou morte do sócio, n¿o o exime, ou a seus herdeiros, da
responsabilidade pelas obrigaç¿es sociais anteriores, até dois anos após averbada a resoluç¿o da
sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo, enquanto n¿o se requerer a
averbaç¿o¿. Ademais, a presente aç¿o foi distribuída no ano de 2012, de modo que, pelo exposto, resta
clarividente a legitimidade passiva de todos os réus indicados na inicial. PRELIMINAR DE INÉPCIA DA
INICIAL. De igual forma, n¿o merece acolhida a pretensa preliminar de inépcia da inicial (fls. 128/129), eis
que o autor indicou corretamente os alegados danos ao meio ambiente, fazendo menç¿o inicialmente e
diligenciando acerca da complementaç¿o da apuraç¿o dos prejuízos ao meio ambiente, de modo que os
réus tiveram amplas condiç¿es de apresentarem suas defesas, inclusive, pelos dados apontados pelos
procedimentos administrativos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis ¿ IBAMA. Ademais, a jurisprudência pátria é uníssona ao definir que os danos causados ao
meio ambiente n¿o necessitam de valor específico indicado pelo autor, podendo, pois, ser arbitrado pelo
julgador, respeitando-se a razoabilidade e proporcionalidade, a exemplo dos entendimentos a seguir:
¿ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. DANOS AMBIENTAIS. DERRAMAMENTO DE ÓLEO NO MAR. INDENIZAÇ¿O. VALOR
ARBITRADO DE FORMA RAZOÁVEL SEGUNDO ENTENDIMENTO DO TRIBUNAL A QUAO. REVIS¿O.
INVIABILIDADE. ÓBICE DA SÚMULA 7/STJ. 1. É assente nesta Corte que somente é possível a
reavaliaç¿o do quantum arbitrado a título de danos causados ao meio ambiente nos casos em que se
afigure exorbitante ou irrisório, o que evidentemente n¿o se configura no caso dos autos. Portanto, incide
na espécie, o óbice da Súmula 7/STJ. 2. Agravo regimental n¿o provido¿. (STJ - AgRg no AREsp: 222483
SP 2012/0180576-7, Relator: Ministro BENEDITO GONÇALVES, Data de Julgamento: 18/11/2014, T1 -
PRIMEIRA TURMA, Data de Publicaç¿o: DJe 27/11/2014). ¿EMENTA: ADMINISTRATIVO. AÇ¿O CIVIL
PÚBLICA. DANO AMBIENTAL. DESMATAMENTO DE ÁREA DE FORMAÇ¿O CAMPESTRE SEM
AUTORIZAÇ¿O DE ÓRG¿O AMBIENTAL. ÁREA RECUPERADA NATURALMENTE. OBRIGAÇ¿O DE
INDENIZAR. PERTINÊNCIA. REPARAÇ¿O INTEGRAL. VALOR ARBITRADO. RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. - O desmatamento de área de formaç¿o campestre sem autorizaç¿o de órg¿o
ambiental e que causa danos significativos à vegetaç¿o deve ser sancionado, também, com a obrigaç¿o
de pagar quantia em dinheiro. Precedente do STJ - A reparaç¿o do patrimônio ambiental deve ser a mais
completa possível, abrangendo obrigaç¿es de indenizar e de n¿o fazer, para além da recuperaç¿o natural
da área ao longo dos anos, circunstância que supriu t¿o somente a obrigaç¿o de fazer - O valor da
indenização deve ser arbitrado de modo razoável e proporcional à extens¿o do dano¿. (TJ-MG - AC:
10400130022322001 MG, Relator: Alberto Vilas Boas, Data de Julgamento: 08/10/2019, Data de
Publicaç¿o: 15/10/2019). No mérito, vislumbro que o Processo Administrativo nº 1.23.003.000116/2009-
13, originado pelo auto de infração expedido pelo IBAMA, acostado às fls. 19/69, e apresentado
integralmente em mídia digital às fls. 183, constatou que a ré Porbrás estava com quantidade de madeira
condizente à comprovada documentalmente, mas autuou a mesma por ¿fazer funcionar atividade de porto
de embarque e desembarque de produtos e subprodutos florestais, em área de preservaç¿o permanente¿,
sem a devida licença legal. Por ocasi¿o, foi-lhe aplicada multa administrativa no valor de R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais). Considero, pois, que o procedimento administrativo é prova inequívoca da ocorrência
do dano causado pelo funcionamento de atividade portuária na sede da requerida Porbrás em área de
preservaç¿o permanente, uma vez que está revestido de fé pública do agente de fiscalizaç¿o ambiental do
IBAMA. Outrossim, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade ¿ SEMAS informou às fls.
198 que à época da ¿Operaç¿o Arco de Fogo¿ a ré Porbrás n¿o obtinha autorizaç¿o para instalaç¿es
portuárias, uma vez que a LO nº 724/2008 n¿o abrangia tais atividades, as quais foram autorizadas
somente em 2012. Nesse sentido, a própria ré Porbrás admitiu, em defesa junto ao IBAMA (fls. 87/88), o
funcionamento irregular do local de embarque e desembarque de produtos, sustentando que n¿o tinha
conhecimento da necessidade de obter licença específica para funcionamento de porto de embarque e
desembarque de madeiras e seus derivados. S¿o os termos da promovida às fls. 87: ¿[...] se falhamos,
n¿o foi por desrespeito à legislaç¿o vigente, mas sim porque ao longo destes anos todos n¿o tínhamos a
menor idéia de que fosse necessário ter uma autorizaç¿o especial para um local que n¿o é um porto e que
está colocado nos documentos que enviamos a cada ano para renovaç¿o da LO, e, portanto pensávamos
que a licença seria válida também para embarque e desembarque de produtos¿. Tal argumento n¿o
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merece acolhida, vez que o art. 3º da Lei de Introduç¿o às normas do Direito Brasileiro é enfático ao
dispor que ninguém poderá se eximir de obedecer a legislaç¿o, em sentido amplo, sob o fundamento de
desconhecimento legal. In verbis: ¿Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que n¿o a
conhece¿. Portanto, os réus violaram flagrantemente o disposto no art. 66 do Decreto nº 6.514/2008, a
seguir transcrito: ¿Art. 66. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar estabelecimentos,
atividades, obras ou serviços utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente
poluidores, sem licença ou autorizaç¿o dos órg¿os ambientais competentes, em desacordo com a licença
obtida ou contrariando as normas legais e regulamentos pertinentes: Multa de R$ 500,00 (quinhentos
reais) a R$ 10.000.000,00 (dez milh¿es de reais)¿. Ato contínuo, a legislaç¿o atual preconiza que a
responsabilidade do infrator/poluidor pelo dano ambiental é objetiva, como assevera o art. 14, § 1º, da Lei
6.938/81, uma vez que o meio ambiente é um bem amplamente protegido pela Carta Magna/88, conforme
art. 225, sendo essencial à qualidade de vida da presente e futuras geraç¿es. A jurisprudência já é
pacífica nesse mesmo sentido, tendo o Supremo Tribunal Federal já assinalado o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado como a consagraç¿o constitucional de um direito de terceira dimens¿o.
Portanto, sendo desnecessária a apuraç¿o de culpa, uma vez que apurada sob a modalidade do risco
integral. Vejamos como é o entendimento do Tribunal de Justiça do Estado do Pará acerca do assunto:
¿APELAÇ¿O CÍVEL. AÇ¿O CIVIL PÚBLICA. PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA E
SOBRESTAMENTO DO FEITO. REJEITADAS - RESPONSABILIDADE OBJETIVA PELOS DANOS
CAUSADOS. COMPROVAÇ¿O - DANO MATERIAL E REFLORESTAMENTO. PEDIDOS
ALTERNATIVOS. NECESSIDADE DE ADEQUAÇ¿O - PRAZO DE SEIS MESES. APRESENTAÇ¿O DE
PROJETO DE RECUPERAÇ¿O AO IBAMA. PRAZO PARA EXECUÇ¿O DO REFLORESTAMENTO.
DETERMINADO PELO IBAMA. (...) 2- Há independência entre as esferas administrativa, civil e penal.
Portanto, as decis¿es do Poder Judiciário n¿o est¿o vinculadas às conclus¿es adotadas em procedimento
administrativo. Preliminar de sobrestamento do feito rejeitada; 3- A responsabilidade por violaç¿o do meio
ambiente é objetiva, fundamentada na Teoria do Risco Integral, bastando a comprovaç¿o do nexo causal
da aç¿o ou atividade desenvolvida pelo agente com o dano provocado, independentemente da existência
de culpa; 4- De acordo com a extens¿o do dano, é possível subdividir o gênero dano ambiental, em duas
espécies: dano patrimonial e dano extrapatrimonial ou moral. Há total independência entre a reparaç¿o do
dano extrapatrimonial e do dano patrimonial; (...)¿ (TJPA 2017.04205724-17, 182.104, Rel. Celia Regina
de Lima Pinheiro, Órg¿o Julgador 1ª Turma de Direito Público, Julgado em 2017-09-25, publicado em
2017-10-24) A conduta direta da empresa requerida, e a conduta, no mínimo indireta, dos sócios daquela
à época, os quais n¿o agiram para impedir a prática ilegal, tornam todos legitimados a comporem o polo
passivo da presente demanda, consoante arts. 2º e 3º, parágrafo único, da Lei nº 9.605/98, c/c art. 3º da
Lei nº 6.938/81, os quais indicam como infratores todos aqueles que, direta ou indiretamente, tenham
praticado atividade causadora de degradaç¿o ambiental. Embora nos autos haja comprovaç¿o de
regeneraç¿o natural ou revegetaç¿o da área de preservaç¿o permanente desmatada para funcionamento
do porto irregular, a aç¿o dos réus causou danos ambientais amplamente indicados pela SEMAT (fls.
185/189), dentre os quais: prejuízo ao curso d¿água, risco de impermeabilizaç¿o do solo pelo contato
direto com as chuvas e de eros¿o, n¿o podendo, portanto, os ilícitos serem relevados pelo Poder Público,
sobretudo pelo Judiciário. Assim, estando configurado o prejuízo, bem como o evidente nexo causal pela
conduta dos requeridos, a reparaç¿o deve ser condizente com o dano provocado, já que n¿o se trata de
simples reparaç¿o pessoal ou privada, mas de interesse coletivo ou mesmo geracional, impondo, dessa
forma, a reparaç¿o pelos danos materiais e morais coletivos causados. Pelo exposto, JULGO
PROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, extinguindo o processo com resoluç¿o do mérito, nos
termos do art. 487, I, do CPC, para: A) condenar os requeridos, solidariamente, a título de danos materiais
coletivos, ao pagamento de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), valor este que será revertido ao Fundo
Municipal do Meio Ambiente desta Comarca; B) condenar os requeridos, solidariamente, ao pagamento de
dano moral coletivo ao meio ambiente e à coletividade no importe de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil
reais), devendo ser revestido ao Fundo Estadual dos Direitos Difusos, nos termos do art. 13, da Lei nº
7.347/85. Intime-se o Ministério Público, inclusive para informar acerca dos dados da conta corrente do
Fundo Municipal do Meio Ambiente desta Comarca, bem como do Fundo Estadual dos Direitos Difusos.
Intime-se o requerido José Maria de Oliveira Pinho, por meio de sua curadora especial, de forma pessoal.
Intimem-se os demais requeridos nos últimos endereços cujas comunicaç¿es restaram frutíferas,
expedindo-se cartas precatórias e/ou editais, se necessário. Custas pelos requeridos. Sem honorários (art.
128, § 5º, II, ¿a¿, da CF/88). Após o trânsito em julgado, proceda-se o necessário, arquivando-se ao final.
Publique-se. Registre-se. Senador José Porfírio-PA, 11 de dezembro de 2019. Kátia Tatiana Amorim de
Sousa. Juíza de Direito da Comarca de Senador José Porfírio.¿. Aos 07 (sete) dias do mês de fevereiro do
ano de 2020. Eu, Elder Savio Alves Cavalcanti, Diretor de Secretaria, subscrevi e assino em conformidade
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O Excelentíssimo Sr. Juiz de Direito Titular da Vara Única da Comarca de Senador José Porfírio-PA Ênio
Maia Saraiva, faz saber à nacional IRANI ALVES RODRIGUES, brasileira, nascida em 02/08/1956,
portadora do CPF nº 305.041.712-91, filha de Júlia Maria de Jesus e de Manoel Alves de Oliveira, com
endereço declarado nos autos como sendo Rua A, nº 17, Jardim Paraíso, Tucuruí-PA, que nos autos Do
procedimento de medidas protetivas de urgência nº 0800086-93.2020.8.14.0058, em 30/08/2021, foi
prolatada sentença a qual, na íntegra, diz: ¿SENTENÇA. IRANI ALVES RODRIGUES, devidamente
qualificada nos autos, alegando ser vítima de violência doméstica e familiar contra a mulher, com
incidência na Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, ingressou com pedido de medidas protetivas de
urgência em face de PAULO RODRIGUES ALVES. Em decisão liminar, foram deferidas as medidas de
proteção pretendidas pela requerente (id. 21030725). O requerido não foi localizado para citação pessoal
(id. 21241884), sendo realizada a editalícia (id. 28231696). Regularmente citado, não apresentou
contestação (id. 32765289). Vieram-me os autos conclusos. É o relatório. DECIDO. Em razão da ausência
de defesa tempestiva pelo requerido, embora devidamente citado, DECRETO A REVELIA, o que faço nos
termos do art. 344 do CPC Entendo desnecessária a produção de provas em audiência, haja vista que o
objeto dos presentes autos é tão somente a apreciação da manutenção e/ou revogação da medida
protetiva de urgência. Tenho que a causa está suficientemente instruída para o seu julgamento, pelo que
passo a sua apreciação nos termos do artigo 355, I do Código de Processo Civil. A ocorrência traz a
descrição da violência/grave ameaça sofrida pela vítima, a qual deu ensejo a decisão liminar concessiva
das medidas protetivas de urgência, perdurando até o presente momento. Consigno que a medida
protetiva prevista na lei nº 11.340/06 visa a garantia da ofendida que se encontra em situação de risco,
resguardando, além de sua incolumidade física e psíquica, o direito de uma vida sem violência e com
harmonia, solidariedade, respeito e dignidade, fundamentos esses que devem prevalecer dentro do âmbito
familiar (parentes próximos ou pessoas com quem convive ou já conviveu). Assim, considerando o caráter
protetivo da norma, prepondera em casos tais a palavra da vítima, que merece ser salvaguardada ante a
alegada situação de violência/ameaça. Demais, anoto que as lides domésticas e familiares, por serem
relações jurídicas continuativas, perduram no tempo e, por isso, são passíveis de modificações em sua
situação de fato e de direito. Em vista disso, a sentença que as resolve não transita materialmente em
julgado, ou seja, se porventura o requerido vier demonstrar posteriormente a imprescindibilidade de se
aproximar e de manter contato com a vítima, as medidas poderão ser revistas. Como também se faz
possível que a ofendida requeira a revogação das medidas concedidas. O novo CPC, claramente voltado
à duração razoável do processo e a efetividade da tutela jurisdicional, permite que a tutela satisfativa seja
veiculada de maneira antecedente, ou seja, em petição própria, antes da propositura da demanda principal
(Artigo 303 do CPC). Ocorre que, se a medida assim requerida (de modo antecedente) e deferida, não for
confrontada pela parte contraria pelo recurso cabível, qual seja o agravo de instrumento, ela se estabiliza,
isto é, conservará os seus efeitos práticos, independentemente da complementação da petição inicial e da
defesa do réu. No presente caso, conforme certificado nos autos, o requerido fora devidamente intimado
da decisão antecipatória de tutela e não interpôs recurso de agravo de instrumento, razão pela qual tenho
como estabilizado os efeitos da tutela de urgência e por via de consequência, procedo à extinção do
processo. DISPOSITIVO Diante do exposto, em observância às regras processuais acima dispostas,
reconheço a estabilização da tutela antecipada deferida no início do processo e mantenho as medidas
protetivas já fixadas, o que faço nos termos do art. 304, caput, do CPC, e por via de consequência, JULGO
EXTINTO o processo sem resolução de mérito, de acordo com o art. 485, X do CPC. Intime-se a
requerente, advertindo-a que eventual quebra das medidas protetivas, no transcurso do prazo supra
determinado, deverá ser comunicada a autoridade policial como descumprimento de medidas protetivas.
Transcorrido referido prazo deverá a requerente ingressar com novo pedido de medidas protetivas de
urgência. Sem custas, nos termos do art. 28 da Lei Maria da Penha. Ciente o MP. Façam-se as
comunicações necessárias. Certifique-se o trânsito em julgado, após, arquive-se. Publique-se. Registre-se.
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O Excelentíssimo Senhor ÊNIO MAIA SARAIVA, Juiz de Direito Titular da Vara Única da Comarca de
Senador José Porfírio, faz saber ao nacional PEDRO MONTEIRO DE SOUZA, conhecido como ¿Bombom
de Alho¿, brasileiro, paraense, nascido aos 16/02/1951, portador do RG nº 480018 SSP/PA, filho de Ana
Neves de Souza, com endereço declarado nos autos como sendo rua Martins (ou Mártir) Tiradentes, nº
609, cidade de Vitória do Xingu-PA, em razão de não ter sido encontrado, estando em lugar incerto e não
sabido, expede-se o presente EDITAL com o prazo de 20 (vinte) dias a fim de tomar ciência da sentença
prolatada por este Juízo em 12/05/2021, à fl. 220 dos autos da Ação Penal nº 0000015-91.2001.8.14.0058,
que, na íntegra, diz: ¿PROCESSO Nº 0000015-91.2001.8.14.0058. SENTENÇA. Compulsando os autos,
verifico que há questão prejudicial de mérito, consistente na extinção da pretensão punitiva estatal pela
ocorrência da prescrição pretensão executória vez que, considerando a pena em concreto estabelecida na
sentença condenatória e o marco inicial para aferição do prazo prescricional após a imposição da
condenação, que é o trânsito em julgado para a acusação (fl. 175), não se tendo configurado qualquer das
causas interruptivas da prescrição, transcorreu o prazo prescricional. O sentenciado PEDRO MONTEIRO
DE SOUZA não iniciou até a presente data o cumprimento da sua respectiva pena, tendo perdido a pena
concretamente aplicada na sentença a sua força executória, pois não foi exercitada pelos órgãos estatais,
nos prazos previstos no artigo 109 do Código Penal. Observo que quando a extinção da punibilidade for
decretada após o trânsito em julgado, extingue-se a pretensão executória do Estado -imposição da pena-,
remanescendo, no entanto, os efeitos secundários da sentença condenatória, tais como lançamento do
nome no rol dos culpados, incluindo a eventual reincidência, por razões de política criminal, ante a
existência de pronunciamento do Estado-juiz, com trânsito em julgado da sentença, infirmando a
culpabilidade do réu, se no caso for. Assim sendo, tendo havido a perda do Estado do direito aplicar
efetivamente a pena, em decorrência da prescrição executória DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE
imposta ao condenado PEDRO MONTEIRO DE SOUZA, relativamente ao presente processo, consoante
artigo art. 107, inciso IV, 109, III, 110 § 1º, ambos do CPB e art. 66, II da Lei de Execução Penal, já que
transcorridos os prazos previstos no artigo 109 do Código Penal, a contar do trânsito em julgado da
sentença para a acusação, sem que o sentenciado iniciasse o cumprimento da sua pena. DECLARO,
ainda, que permanecem os efeitos secundários da sentença condenatória, tais como o lançamento do
nome do rol dos culpados, uma vez que a causa de extinção ocorreu depois do trânsito em julgado da
sentença condenatória. Oficie-se ao TRE/PA, comunicando-se lhe do teor da sentença de fl. 81, para os
fins do art. 15, III, da Constituição Federal c/c Súmula 09 do TSE. Dê-se ciência ao Ministério Público.
Intimem-se. Façam-se as anotações necessárias. Arquive-se. Senador José Porfírio, 12 de maio de 2021.
Ênio Maia Saraiva. Juiz de Direito¿. Aos 16 (dezesseis) dias do mês de novembro do ano de 2021 (dois
mil e vinte e um). Eu, Elder Sávio Alves Cavalcanti, Diretor de Secretaria de 1ª entrância, subscrevi e
assino em conformidade com o Provimento 006/2009 da Corregedoria de Justiça das Comarcas do
Interior.
O Excelentíssimo dr. Ênio Maia Saraiva, Juiz de Direito da Comarca de Senador José Porfírio, Estado do
Pará, República Federativa do Brasil, no uso das atribuições a mim conferidas por Lei, etc... FAZ SABER,
aos que este lerem ou dele tomarem conhecimento que por este Juízo e expediente da Secretaria da Vara
Única desta Comarca, tramita os autos da Ação de Guarda Judcial com Pedido de Tutela Antecipada sob
o n° 0000564-08.2018.8.14.0058, REQUERIDO: ELINALDO FERREIRA DUARTE, atualmente com
paradeiro incerto e não sabido, do que, como não há como ser encontrada para ser intimado
pessoalmente, expede-se o presente EDITAL com prazo de 20 (vinte) dias, pelo qual INTIMA-SE o
EMBARGANTE; ELINALDO FERREIRA DUARTE, plenamente capaz, para conhecimento do teor da
SENTENÇA JUDICIAL que, na íntegra, diz: ¿SENTENÇA Vistos etc. BERTOLINA CORREA MOURA, por
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O Excelentíssimo dr. Ênio Maia Saraiva, Juiz de Direito da Comarca de Senador José Porfírio, Estado do
Pará, República Federativa do Brasil, no uso das atribuições a mim conferidas por Lei, etc... FAZ SABER,
aos que este lerem ou dele tomarem conhecimento que por este Juízo e expediente da Secretaria da Vara
Única desta Comarca, tramita os autos da Ação de Medidas Protetivas sob o n° 0001801-
14.2017.8.14.0058, REQUERIDO: ANTONIO DEODATO, atualmente com paradeiro incerto e não sabido,
do que, como não há como ser encontrada para ser intimado pessoalmente, expede-se o presente
EDITAL com prazo de 20 (vinte) dias, pelo qual INTIMA-SE o REQUERIDO: ANTONIO DEODATO,
plenamente capaz, para conhecimento do teor da SENTENÇA JUDICIAL que, na íntegra, diz:
¿SENTENÇA Trata-se de autos de pedido de Medidas Protetivas de Urgência, encaminhados pelo
Ministério Público Estadual em favor de D. de M. G., vítima de violência doméstica e familiar, onde consta
como agressor ANTONIO DEODATO, todos qualificados nos autos. Foram deferidas Medidas Protetivas
de Urgência em favor da vítima (fls. 08/09). Em seguida, a vítima manifestou-se pela revogação das
medidas, em razão de não mais subsistirem seus motivos (fl. 27). O Ministério Público pugnou pela
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extinção do feito com a consequente revogação de tais medidas (fl. 34). Brevemente relatado. Decido. A
Lei nº 11.340, que trata da violência doméstica e familiar contra a mulher, estabeleceu medidas protetivas
em face das vítimas dos delitos previstos, cabendo ao juiz conhecer do pedido e decidir a respeito da
necessidade das medidas protetivas de urgência, que poderão ser deferidas de imediato sem oitiva das
partes ou do Ministério Público. Para tanto, como medida cautelar, basta que se verifiquem os requisitos
do fumus boni iuris e periculum in mora. A medida foi deferida liminarmente, já que, naquele momento,
verificava-se a presença dos requisitos ensejadores, devendo-se, por hora, avaliar a necessidade de sua
conservação, levando em consideração que o fato que deu origem ao presente procedimento, já se
encontrando superado pelo tempo. Entendo que as medidas protetivas possuem caráter satisfativo e
prescindem da existência ou ajuizamento de outra ação, ressalto que, atingindo, de imediato, seu objetivo
e exaurindo-se em seu cumprimento, devem as mesmas serem arquivadas. Nesse sentido já decidiu o
Superior Tribunal de Justiça: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A
MULHER. MEDIDAS PROTETIVAS DA LEI N. 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA). INCIDÊNCIA NO
ÂMBITO CÍVEL. NATUREZA JURÍDICA. DESNECESSIDADE DE INQUÉRITO POLICIAL, PROCESSO
PENAL OU CIVIL EM CURSO. 1. As medidas protetivas previstas na Lei n. 11.340/2006 , observados os
requisitos específicos para a concessão de cada uma, podem ser pleiteadas de forma autônoma para fins
de cessação ou de acautelamento de violência doméstica contra a mulher, independentemente da
existência, presente ou potencial, de processo-crime ou ação principal contra o suposto agressor. 2. Nessa
hipótese, as medidas de urgência pleiteadas terão natureza de cautelar cível satisfativa, não se exigindo
instrumentalidade a outro processo cível ou criminal, haja vista que não se busca necessariamente
garantir a eficácia prática da tutela principal. O fim das medidas protetivas é proteger direitos
fundamentais, evitando a continuidade da violência e das situações que a favorecem. Não são,
necessariamente, preparatórias de qualquer ação judicial. Não visam processos, mas pessoas (DIAS.
Maria Berenice. A Lei Maria da Penha na Justiça. 3 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012). 3.
Recurso Especial não provido. (STJ - Resp: 1419421 GO 2013/0355585-8, Relator: Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, Data de Julgamento: 11/02/2014, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: Dje 07/04/2014)
(grifei) Compulsando os autos verifico que a vítima declarou ser dispensável a continuidade das medidas
protetivas de urgência. Entendo, desta forma, que houve expressa desistência. Ante o exposto, homologo
a desistência e julgo extinto o processo, sem resolução de mérito, com fundamento no artigo 485, inciso
VIII, do Código de Processo Civil e revogo as medidas protetivas de urgência deferida em decisão liminar.
Sem custas processuais. Cientifique-se o Ministério Público. Intimem-se as partes. Caso não as encontre
para intimação, defiro a intimação por edital. De outra forma, havendo mudança de endereço, definitiva ou
temporária, sem prévia comunicação ao juízo, desde já, tenho por válida a intimação (art. 274, parágrafo
único, do CPC). Após, certifique o trânsito em julgado e arquivem-se. Senador José Porfírio-PA, 23 de
setembro de 2021. Ênio Maia Saraiva Juiz de Direito. E para que chegue ao conhecimento de todos os
interessados e não possam no futuro alegar ignorância, expediu-se este Edital que será publicado na
forma da Lei. Dado e passado nesta cidade de Senador José Porfírio, Estado do Pará, aos dezesseis dias
do mês de novembro de dois mil e vinte um. Eu, _______ (Camilly Barbosa Sousa), Estagiária da
Comarca que digitei e subscrevi.¿
E D I T A L DE INTIMAÇÃO DE SENTENÇA
O Excelentíssimo Senhor ÊNIO MAIA SARAIVA, Juiz de Direito Titular da Vara Única da Comarca de
Senador José Porfírio, faz saber ao nacional MARUO SÉRGIO CAMPOS DE ANDRADE, filho de Celita
Santos de Andrade e de Antônio Mendes de Andrade, que por não ter sido possível ser localizado para ser
intimado pessoalmente, expede-se o presente EDITAL com o prazo de 60 (sessenta) dias a fim de tomar
ciência da sentença prolatada por este Juízo em 30/08/2021, nos autos do Termo Circunstanciado de
Ocorrência nº 0000128-11.2021.8.14.0058, a qual, na íntegra, diz: ¿PROCESSO Nº 0800128-
11.2021.8.14.0058. TERMO CIRCUNSTANCIADO (278). POLO ATIVO: Nome: IDMAR RODRIGUES
RIBEIRO. AUTOR DO FATO: MAURO SERGIO CAMPOS DE ANDRADE. POLO PASSIVO: Nome:
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ESTADO DO PARA. SENTENÇA. Vistos, etc... Trata-se de TCO autuado em 24.04.1998, encaminhado à
Delegacia de Polícia em meados de dezembro/2000 e reenviado à Justiça local somente em 12.04.2021.
Compulsando os autos, reconheço a prescrição de ofício, conforme parecer ministerial. Explico. Verifico
que há questão prejudicial que impede o seguimento do feito, consistente na extinção da pretensão
punitiva estatal pela ocorrência da prescrição da pena em abstrato, vez que o fato delitivo se deu em
10.04.1998, passando-se mais de 23 anos de sua ocorrência. O(s) crime(s) em apreço, previsto(s) no(s)
arts. 163, III do CP, prescreve(m) em 8 (oito) anos (CP, art. 109, IV). Não incide(m) circunstância(s)
modificadora(s) ou interruptiva(s) do prazo prescricional. Logo, a pretensão punitiva estatal deveria ter sido
exercida no lapso temporal máximo de 8 (oito) anos. Com efeito, em 10.04.2006 houve a perda de
pretensão punitiva, razão pela qual deve ser declarada a prescrição relativamente ao delito imputado ao(s)
autor(es) do fato. Ante o exposto, julgo extinta a punibilidade de MAURO SERGIO CAMPOS DE
ANDRADE pela ocorrência da prescrição da pretensão punitiva relativamente ao(s) delito(s) previsto(s)
no(s) art(s). 163, III do CP detalhado nos termos do processo, com fundamento nos arts. 107, IV e 109, IV
do Código Penal. Dê-se ciência ao Ministério Público. Intime(m)-se o(s) réu(s) por edital, nos termos do
art. 392, VI do CPP. Feitas as necessárias comunicações e transitada em julgado, arquivem-se os autos.
Oficie-se a Corregedoria da Polícia Civil do Estado do Pará, encaminhando-se cópia dos presentes autos,
para que adote providências disciplinares que entender cabíveis à vista da possível irregularidade pela
ausência de movimentação do procedimento junto à Delegacia de Polícia Civil local desde dezembro de
2000. Datado eletronicamente. Assinado por: ENIO MAIA SARAIVA - 30/08/2021. Ênio Maia Saraiva. Juiz
de Direito¿. Aos 23 (vinte e três) dias do mês de novembro do ano de 2021 (dois mil e vinte e um). Eu,
Elder Savio Alves Cavalcanti, Diretor de Secretaria, subscrevi e assino em conformidade com o
Provimento 006/2009 da Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior.
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COMARCA DE VIGIA
SENTENÇA
Tipo ¿ A.
Vistos etc.
I ¿ Tratam os autos de ação penal deflagrada pelo Ministério Público do Estado, por intermédio do ilustre
promotor de justiça Bruno Saravalli Rodrigues, em desfavor de JEARY OLIVEIRA DA SILVA.
Narra a peça acusatória que no dia 01/02/2017, por volta das 13h27, na Rua José Augusto Corrêa, bairro
Centro, neste município de Vigia, o denunciado privou a liberdade da vítima E.V.D.C.B., de 04 (quatro)
anos de idade.
Consta que a criança brincava no pátio de sua residência quando os responsáveis verificaram que ela não
mais estava no local, estando o portão do imóvel aberto. Diante disso, saíram em busca da menor gritando
pelo seu nome. Momentos após, a vítima reapareceu nervosa com as pernas e o vestido sujos de lama,
tremendo, lábios roxos e braços marcados.
A menor informou que dois homens a apanharam no pátio da residência e levaram-na para baixo de uma
residência onde amarraram os braços e colocaram fita em sua boca. Ao ouvir gritos pelo seu nome, a
menina conseguiu fugir, haja vista que suas pernas não estavam amarradas.
Ato contínuo, a criança avistou o denunciado às proximidades da residência e afirmou que era um dos
envolvidos, eis que barbudo e careca. Ao perceber a movimentação, o senhor Jeary Oliveira da Silva teria
invadido uma residência, no entanto, foi preso em flagrante pelos policiais com duas facas na cintura,
sendo reconhecido pela menor.
O acusado foi denunciado pela prática delitiva disposta no art. 148, §1º, IV, do CPB e art. 19 do Decreto-
Lei 3.688/1941.
IV ¿ Por meio de recurso audiovisual, no dia 02/05/2017, foram inquiridas a vítima, as testemunhas
/informantes PM MILTON LOBATO MENDONÇA DA SILVA, LAURINEIDE DA CONCEIÇÃO, testemunhas
de defesa SIDINEI MONTEIRO DE SOUZA, WALLACE DIEGO GOMES DE SOUZA, JOSENIAS
FERREIRA SELEIRO, CECILIA THAYANE SILVA AZEVEDO, passando-se em seguida ao interrogatório
do réu.
acusado nas sanções punitivas apontadas na preambular acusatória ao passo que a defesa técnica
requereu a absolvição do réu por reputar insuficientes os elementos de prova constantes nos autos.
É O RELATÓRIO.
DECIDO.
VI ¿ Pesa sobre o réu a acusação de ter subsumido ao disposto no art. 148, §1º, IV, do CPB e art. 19 do
Decreto-Lei 3.688/1941:
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado:
(...).
Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência desta, sem licença da autoridade:
Pena ¿ prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a três contos de réis,
ou ambas cumulativamente.
No que tange a materialidade, verifica-se o auto de apresentação e apreensão do objeto no bojo do IPL
(fls. 28) o qual atesta a apreensão de 02 (duas) facas sob o poderio do denunciado.
A instrução probatória revelou que o réu foi reconhecido pela vítima momentos após à infração descrita na
denúncia, apresentando inclusive as características narradas pela menor (careca e barbudo conforme se
depreende da fotografia constante no cadastro da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado
do Pará ¿ contracapa do processo). A vítima, embora em tenra idade, foi segura ao relatar em Juízo o
evento delituoso, descrevendo com propriedade o ocorrido, inclusive que o réu possuía faca em sua
cintura. Ademais, o ilícito não possui características de que seja fruto de mera imaginação da menor, eis
que ao ser localizada por seus familiares, ainda apresentava marcas em seus pulsos resultado da
constrição de sua liberdade.
A prisão em flagrante se deu no calor dos fatos. Ademais, as testemunhas relataram que o réu, ao avistar
a movimentação de pessoas, invadiu um imóvel desocupado para se esconder. O denunciado, doutra
banda, afirmou em Juízo que teria ingressado em uma casa habitada de uma senhora conhecida sua,
porém sequer trouxe a referida pessoa em Juízo para que prestasse esclarecimentos.
Destarte, a palavra da vítima, ainda que em fase infantil, possui força probatória porquanto compatível com
os emais elementos de provas albergadas aos autos. Nota-se que a criança, tanto na esfera policial
quanto em Juízo, historiou o episódio de forma coerente.
Sobre o valor probante da palavra da vítima, segue orientação jurisprudencial: HABEAS CORPUS.
ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. VIOLÊNCIA PRESUMIDA. ABSOLVIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. PALAVRA DA VÍTIMA. HARMONIA COM DEMAIS
PROVAS DOS AUTOS. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
1. (...) 2.(...). 3. É entendimento pacífico deste Tribunal Superior, em delitos dessa natureza, de que a
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palavra da vítima tem especial relevância, desde que esteja em consonância com as demais provas
acostadas aos autos, o que, segundo o Tribunal a quo, ocorreu na espécie. 4. Habeas corpus não
conhecido. (HC 368.275/MS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em
04/10/2016, DJe 17/10/2016).
O art. 156 do CPP prescreve que a prova da alegação incumbirá a quem a fizer. Tenho assim que o
Ministério Público se desincumbiu de seu ônus probatório.
O art. 155 do CPP prevê que: O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Logo, há
elementos suficientes para embasar a condenação do réu, motivo pelo qual é pertinente a denúncia
ofertada pelo Ministério Público do Estado do Pará contra JEARY OLIVEIRA DA SILVA.
Não obstante isso, a utilização das facas se deram no mesmo contexto fático à limitação da liberdade da
vítima, pelo que não vislumbro desígnios autônomos a configurar a contravenção penal descrita no art. 19
do Decreto-Lei 3.688/1941, devendo ser valorado tão somente por ocasião da análise da aplicação da
pena do crime mais grave.
Sobre o critério da absorção (consunção), o professor Guilherme de Souza Nucci esclarece que: quando o
fato previsto por uma lei está previsto em outra de maior amplitude, aplica-se somente esta última. Em
outras palavras, quando a infração prevista na primeira norma constituir simples fase de realização da
segunda infração, prevista em dispositivo diverso, deve-se aplicar apenas a última. (NUCCI, Guilherme de
Souza. Código Penal Comentado, 5.ª ed. rev., atual. e ampl., São Paulo, Editora RT, 2005, p. 106).
Nessa esteira de orientação, compreendo que a utilização da arma branca em questão se desenvolveu no
desenrolar do crime contra a liberdade da vítima, devendo ser afastada a aplicação de pena autônoma
para a contravenção constante na denúncia.
Considerando:
1 ¿ a culpabilidade do réu censurada, pois ele é pessoa imputável, maior de dezoito anos, ao passo que
poderia ter agido de forma diversa, e não o fez;
6 ¿ bem como ao fato de o comportamento da vitima em nada ter contribuído para o crime, fixo pena base
em 04 (quatro) anos de reclusão.
Deste modo, fixo pena definitiva em 04 (quatro) anos de reclusão, em regime inicial aberto para o
cumprimento da pena (art. 33, § 2º, "c", do Código Penal).
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Em atenção art. 33 do CPB, bem assim ao art. 387, §2º, do CPP, verifico que a detração penal não
influenciará no regime inicial do cumprimento de pena.
Incabível substituição por restritiva de direitos pois o crime se deu mediante violência à pessoa (art. 44, I,
do Código Penal).
Inadmissível, outrossim, o sursis exposto no art. 77 do CPB, pois o réu não preenche os requisitos legais
notadamente porque a pena é superior a 02 (dois) anos.
VIII - Tendo em vista que não existe neste município casa de albergado ou estabelecimento similar
adequado, CONVERTO o regime prisional aberto em prisão domiciliar, devendo o réu se ausentar de sua
residência durante o dia tão somente para frequentar curso ou exercer outra atividade autorizada,
permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga, mantendo distância mínima de
300 (trezentos) metros da vítima e dos responsáveis legais dela durante o cumprimento da pena, bem
como comparecer bimensalmente em Juízo para justificar suas atividades.
Deixo de fixar o valor mínimo dos danos civis, nos termos do artigo 387, IV, do Código de Processo Penal,
pois este pedido não foi formulado explicitamente, não podendo ser concedido de ofício pelo magistrado,
conforme rientação do STJ: (...) Este Tribunal sufragou o entendimento de que deve haver pedido
expresso e formal, feito pelo parquet ou pelo ofendido, para que seja fixado na sentença o valor mínimo de
reparação dos danos causados à vítima, a fim de que seja oportunizado ao réu o contraditório e sob pena
de violação ao princípio da ampla defesa. (¿) (AgRg no AREsp
89.234/DF, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Sexta Turma, julgado em 08/10/2013).
DO DISPOSITIVO
IX ¿ Ante o exposto e tudo o mais que dos autos consta, julgo parcialmente PROCEDENTE a denúncia
para CONDENAR o acusado JEARY OLIVEIRA DA SILVA a 04 (quatro) anos de reclusão, em regime
inicial aberto, pela prática do delito tipificado no art.148, §1º, IV, do CPB em que é vítima E.V.D.C.B.
X - Expeça-se, de imediato, as guias de Execução Provisória das reprimendas acima impostas em relação
ao(s) réu(s). Com base na detração penal, prevista no art. 42 do Código Penal, compute-se o tempo em
que o(s) réu(s) ficou(ficaram) preso(s) cautelarmente.
XI ¿ Considerando que o(s) réu(s) passou toda a instrução processual preso(s), entendo que os motivos
que ensejaram sua prisão preventiva só se ressaltaram, porquanto cabalmente demonstrada a autoria e
materialidade do delito, bem como por restarem pressentes os demais pressupostos da prisão preventiva,
mormente ao se considerar a gravidade concreta do crime, devendo, no entanto, ser encaminhado(s) à
prisão domiciliar em razão do regime inicial de cumprimento de pena (Ver STJ - RHC: 42280 DF
2013/0369653-5,
Relator: Ministro FELIX FISCHER, Data de Julgamento: 28/04/2015, T5 - QUINTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 12/05/2015).
Oficie-se às polícias militar e civil informando as condições do regime de prisão domiciliar deferido,
solicitando a fiscalização do cumprimento. Decorrido o prazo do remanescente da pena, retornem-me
conclusos para fins de extinção.
XII ¿ Observado o trânsito em julgado, certifique-se; oficie-se o Juízo Eleitoral para os fins do art. 15, III da
Constituição Federal; expeça-se a guia de recolhimento na forma do art. 105 e 106 da Lei 7.210/84; Inclua-
se o nome do(s) réu(s) condenado(s) no rol dos culpados e oficie-se o juízo de Execuções Penais com os
documentos necessários para a respectiva anotação e início do cumprimento das penas ora impostas;
bem como expeça-se o mandado de prisão nos moldes do art. 283 do CPP; e proceda-se ao recolhimento
do valor atribuído a título de pena de multa (art. 686 do CPP).
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XIII - Condeno o(s) réu(s) em custas e despesas processuais a que se refere a Lei Estadual nº8.328/2015.
XIV - Intimem-se, pessoalmente, o acusado, a representante legal da vítima, o Ministério Público e, via
DJe, a defesa técnica do réu. Serve como mandado/ofício. Observe-se o teor do Provimento 001/2015-
CJCI, por ocasião da intimação do(s) réu(s).
P.R.I. e Cumpra-se.
__________________________
COMARCA DE VISEU
COMARCA DE ANAPU
Autos nº 0004348-10.2019.8.14.0138
SENTENÇA DE EMBARGOS
1. Compulsando os autos, verifico constar um mero erro material na sentença de fl. 55, na parte
do relatório que menciona o nome do advogado na parte do nome do indiciado.
2. Neste sentido, onde se lê: ¿Tratam os autos de inquérito policial instaurado em desfavor de
RODNEY ITAMAR BARROS DAVID, pela suposta pratica do crime previsto no artigo 2013, § 1º do CPC,
figurando como vítima K.C.S¿, leia-se: ¿Tratam os autos de inquérito policial instaurado em desfavor de
ALAM DE SOUSA, pela suposta pratica do crime previsto no artigo 2013, § 1º do CPC, figurando como
vítima K.C.S.¿
5. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
Fórum: Desª. Izabel Vidal de Negreiros Leão. Rua Oziel Carneiro, s/nº, Centro, Eldorado dos Carajás/PA.
CEP 68.524-000. Fone: (94) 3347.1347.
Lei nº 13.105/2015
O(A) Doutor(a) JULIANA LIMA SOUTO AUGUSTO, MMº(ª) Juiz(a) de Direito Titular da Vara Única da
Comarca de Eldorado dos Carajás, Estado do Pará, no uso das atribuições que lhe confere a lei, FAZ
SABER, aos que o presente Edital virem ou dele notícia tiverem, que será levado a leilão na modalidade
LEILÃO ELETRÔNICO, com o acatamento de lances através da rede mundial de computadores pelo sítio
eletrônico WWW.DESEULANCE.COM a quem mais der e melhor lance oferecer ao bem penhorado nos
respectivos autos, e na forma seguinte:
DO LOCAL do leilão público: o leilão eletrônico será realizado através do sítio eletrônico supra indicado
mediante prévio cadastro e habilitação dos interessados.
Da legislação: Quem pretender arrematar, adjudicar, ou remir dito bem, deverá estar ciente de que à
espécie aplicam-se os preceitos do Código de Processo Civil, bem como as condições constantes no
presente edital. Prorrogação do leilão: nas datas designadas, sendo determinado feriado, antecipação de
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encerramento ou sem expediente forense, será transferido o leilão público para o primeiro dia útil seguinte
no mesmo local e à mesma hora em que teve início. Notas: 1)o bem poderá ser arrematado por quem
oferecer maior lance não vil, e está ora estipulado pelo Juízo como preço mínimo o valor equivalente a
quarenta por cento da avaliação, observando-se em tudo os dispositivos legais e na forma do presente
Edital; as ofertas de valor para aquisição em prestações serão corrigidas mensalmente pela variação do
Índice Nacional de Preços ao Consumidor no período compreendido entre a data do encerramento do
leilão (15.dez.2021) e o último dia do mês anterior ao do efetivo pagamento e deverão indicar as
condições de pagamento do saldo, sendo que em caso de atraso do pagamento de qualquer das
prestações incidirá multa de dez por cento sobre a soma da parcela inadimplida com as parcelas
vincendas, e o parcelamento será rescindido vencendo-se antecipadamente o saldo devedor; o adquirente
deverá fazer prova, mensalmente, do pagamento da respectiva prestação juntando-a nos autos do
processo; 1.a) o pagamento da arrematação/aquisição, ou de sua 1ª parcela/caução se o caso, deverá ser
realizado pelo adquirente imediatamente após a assinatura do Auto pelo adquirente através de guia de
depósito judicial à disposição deste Juízo e vinculada ao nº do processo; vale acrescentar que os
pagamentos não efetuados no ato do leilão implicarão ao Adquirente faltoso as penalidades da Lei, que
prevê, no caso de inadimplência, a Denúncia Criminal e a Execução Judicial contra o mesmo; Fica o
Leiloeiro autorizado a cobrar do adquirente no ato do leilão o imediato pagamento dos valores da caução
relativo à aquisição do bem; 2)O presente Edital será afixado no átrio deste Juízo no Quadro de Avisos, na
íntegra, e publicado uma só vez, gratuitamente se o caso, como expediente judiciário, no Diário de Justiça
Eletrônico sendo em resumo publicado em outros sítios especializados de livre escolha da parte, contendo
descrição detalhada dos bens e informando expressamente a modalidade do leilão e o sítio eletrônico
onde será realizado, ficando dispensada a publicação do edital em jornal de ampla circulação local,
emissora de rádio ou televisão local; A forma de publicidade dos atos de alienação fica ao encargo do
leiloeiro, ao qual resta desde logo autorizado a publicação na mídia impressa, física, ou eletrônica, apenas
de resumos, extratos, ou comunicados de chamamento genéricos e concisos dos interessados no leilão,
desde que neles haja remissão ao endereço eletrônico onde ocorrerá o leilão judicial. 3)Quem pretender
arrematar, adjudicar, ou remir dito bem, deverá estar ciente de que à espécie aplicam-se os preceitos do
Código de Processo Civil, bem como as condições constantes no presente edital; 4)Da alienação em
caráter ad corpus: os imóveis serão vendidos em caráter ad corpus, no estado documental e de
conservação e regularidade em que se encontram, inclusive no que tange à situação registral perante o
cartório de registro de imóveis onde estão matriculados, sendo que a dimensão do imóvel mencionada no
edital, catálogos e outros veículos de comunicação são de caráter secundário sendo assim meramente
enunciativas e repetitivas as referências às dimensões constantes do registro imobiliário, isto é, o
arrematante adquire o imóvel) como se apresenta como um todo, independentemente de suas exatas e
verdadeiras limitações fáticas, sejam elas quais forem, não podendo, por conseguinte, reclamar eventuais
mudanças nas disposições internas dos cômodos ou muros dos imóveis apregoados, não podendo ainda,
alegar desconhecimento das condições, características e estado de conservação e localização dos bens,
seja a que tempo ou título for, não sendo cabível, portanto, pleitear seja considerada inválida a aquisição
no leilão público judicial ou pleitear abatimento proporcional do preço sob tais alegações, ou seja, em tais
hipóteses não haverá complementação de área de qualquer espécie e nem devolução do excesso, e nem
poderá o adquirente imputar ao Leiloeiro/Juízo/Partes qualquer responsabilidade neste sentido; 4.1)É ônus
exclusivamente do Adquirente, de maneira irrevogável e irretratável, promover eventuais necessárias
regularizações de qualquer natureza, cumprindo ao mesmo inclusive quaisquer exigências de cartórios ou
de repartições públicas, inclusive previdenciárias, que tenham por objeto a regularização do arrematado
imóvel junto a cartórios e órgãos competentes, inclusive, se o caso, apresentar ao Juízo assinado por
profissional habilitado o pertinente projeto de desmembramento do imóvel, o que ocorrerá portanto sob
suas exclusivas expensas. De igual modo, o Leiloeiro/Juízo/Partes não responde por débitos não
apurados junto ao INSS dos imóveis com construção em andamento, concluída ou reformada, não
averbada no Registro de Imóveis competente, bem como quaisquer outros ônus, providências ou encargos
necessários; 4.2)Fica portanto ciente o eventual adquirente de que o bem será alienado no estado de
conservação em que se encontrar à data do leilão público judicial e sem qualquer garantia (Resolução
CNJ), constituindo assim ônus exclusivo do interessado a prévia vistoria e a verificação da realidade fática
das condições atuais dos bens. 4.3)Fica assim desde já previamente estabelecido que todas as
ponderações depreciativas/valorativas constatadas na vistoria prévia serão pelo juízo consideradas como
já incluídas na mensuração do valor do lance ofertado ao Leiloeiro; não exercido pelo interessado o direito
de vistoria mas ofertado lance, por si ou através de preposto, através de proposta escrita ou via internet no
leilão público será o lance considerado válido, irrevogável e irretratável, não podendo o adquirente alegar
posteriormente que desconhecia quaisquer características do bem adquirido se teve a oportunidade de
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previamente o vistoriar e facultativamente não o fez, assumindo e aceitando assim os riscos daí
decorrentes; ao sinalizar interesse, o adquirente formaliza para todos os fins de direito que tem prévio e
pleno conhecimento detalhado do objeto adquirido no leilão e do estado de conservação atual do referido
bem, o qual não possui qualquer garantia, sendo portanto inaceitável a escusa do pagamento integral sob
argumentações similares, a exemplo de que o bem adquirido não estava nas condições que se imaginava
eis que a presente alienação judicial se dará em caráter ad corpus; 4.4)Fica previamente ciente o
adquirente que ao ofertar lance no leilão estará assumindo o risco de eventos decorrentes da ocupação
irregular após a alienação judicial, tais como danos causados pelo ocupante; 5)Nos casos de arrematação
em leilão público, os bens serão adquiridos livres de quaisquer ônus ou gravames eventualmente
existentes anteriormente à data de aquisição, conforme o art.130 do CTN bem como, em face de seu
caráter personalíssimo, livres inclusive de eventuais débitos de consumo de água e de energia elétrica
posto serem de natureza pessoal, não se vinculando ao imóvel, os quais ficam sub-rogados no preço da
arrematação ressalvada a ordem de preferência legal; Caberá à parte interessada a verificação de outros
débitos incidentes sobre os imóveis que eventualmente não constem dos autos; 6)Os leilões serão
realizados pelo Bel. Péricles Weber de Almeida (91-9.9109.3900), Leiloeiro Público Judicial juramentado e
com fé de Oficial Público, matrícula PA-20050043986, devidamente nomeado pelo Juízo, ficando
autorizado ao Leiloeiro a obter diretamente material fotográfico para divulgação, acompanhado ou não de
interessados na adquirição do bem, assim como a vistoria pelos interessados ao bem em leilão, mesmo
que depositado em mãos do(a) Executado(a), se necessário acompanhados pelo Leiloeiro ou por quem for
por ele indicado, devendo nessa hipótese ser apresentada cópia da publicação legal no Diário de Justiça
Eletrônico-DJe/PA deste edital de leilão, ao qual se dá força de mandado judicial que possibilita o ingresso
e a vistoria ao bem a ser alienado, devendo o agendamento da vistoria ser com antecedência razoável
formalizado, por escrito, ao Leiloeiro; Antes do leilão, os interessados terão o direito de visitação aos bens
nos locais em que se encontram. Se o Executado ou Depositário impedir(em) a visitação ao bem, o
interessado deve peticionar ao M. Juízo requerendo ordem para a visitação acompanhado por Oficial de
Justiça, pedidos estes que serão atendidos na medida das possibilidades da Justiça. 7)Autorizo ao
leiloeiro nomeado divulgar as fotografias do bem em alienação judicial em sítios eletrônicos, sem prejuízo
de outras formas de publicidade que venham a ser adotadas pelo leiloeiro, tendentes à mais ampla
publicidade da alienação. É vedado aos depositários criarem embaraços à vistoria do bem sob sua guarda,
sob pena de ofensa ao art. 77, inciso IV, do CPC-15, ficando desde logo autorizado o uso de força policial
em caso de resistência ou obstrução aos auxiliares da justiça, caso a providência se mostre necessária;
deve o depositário não impor obstáculos à entrada de pessoas interessados nos bens, as quais serão
levadas pelo Exequente ou pelo Leiloeiro ao objeto desejado, sob pena de ensejar multa de R$ 1.000,00
(um mil reais) por cada resistência, cujo importe será destinado ao Exequente, e será executado na forma
e moldes legais. Na ocorrência de quaisquer embaraços à visitação do bem, o interessado deverá
comunicar o fato ao Juízo de execução. 8)O leilão público somente será suspenso, em casos de extinção
do feito, mediante a prévia protocolização da comprovação do pagamento de todas as
custas/taxas/emolumentos/despesas processuais pendentes, inclusive dos honorários advocatícios, e da
comissão e despesas do Leiloeiro; 9)As propostas eventualmente apresentadas à Vara deverão ser
juntadas aos autos e, se tempestivas, encaminhadas ao Leiloeiro na busca de maior valor de lance;
10)Após a confecção do auto de arrematação, que será lavrado de imediato, será assinado esse pelo
adquirente ou por seu Procurador formalmente constituído, pelo Leiloeiro e ao fim, somente após
comprovados os tempestivos pagamentos das garantias prestadas pelos arrematantes como também
recolhidos os valores devidos ao leiloeiro, pelo Juiz. Objetivando a otimização dos trabalhos e a celeridade
na prestação jurisdicional, após lavrado o auto de arrematação desde já considero o mesmo válido se nele
mencionadas as condições nas quais foram alienados os bens, que o assinarão o adquirente, o Leiloeiro,
e o Juiz; 10.a) O pagamento da arrematação, ou de sua 1ª parcela se o caso, será efetuado pelo
arrematante ao Leiloeiro imediatamente após a assinatura do auto; 10.b)Incumbe ao Leiloeiro depositar à
ordem do Juiz o produto da alienação; 11)Terão o exequente e as demais pessoas legitimadas preferência
para a adjudicação, desde que o seu pedido seja realizado nas mesmas condições do maior lance
ofertado publicamente; havendo licitantes, o pedido de adjudicação deverá ser formulado durante o ato de
alienação pública eletrônica (e não, portanto, posteriormente), o que possibilitará ao interessado, em
benefício da execução e no interesse do executado, majorar a oferta até que se proceda à arrematação ou
à adjudicação; 12)Quando o caso, após a confecção do auto de adjudicação, que será lavrado de
imediato, será assinado esse pelo Leiloeiro, pelo Juiz, pelo Adjudicatário ou por seu Procurador
formalmente constituído, pelo escrivão ou chefe de secretaria, e, se estiver presente, pelo executado,
expedindo-se: 12.a)a carta de adjudicação e o mandado de imissão na posse; 12.b)a carta de
arrematação e o mandado de imissão na posse serão expedidos depois de transcorrido o prazo de dez
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dias; 13) Não serão aceitas desistências pelo adquirente ou alegações de desconhecimento das cláusulas
deste Edital para se eximirem das obrigações geradas, ciente o mesmo de que a não apresentação do
comprovante de quitação da arrematação junto ao Leiloeiro no ato do leilão resultará em que, no
aproveitamento dos atos processuais anteriores já praticados: a não-aperfeiçoada adquirição será
automaticamente resolvida restando sem efeito para fins de alienação, apenas para o inadimplente
adquirente, o eventual auto de arrematação assinado pelo mesmo, no imediato retorno do bem ao leilão, e
nas penalidades cíveis e criminais àquele que der causa, sem prejuízo da proibição de participar em
outros leilões; 14)Não ocorrendo adquirição do bem no leilão e desde que as partes não hajam
manifestado dissentimento expresso, no prazo de cinco dias contados da data de realização desse evento
(presunção de anuência tácita), fica autorizada a venda direta a particular por valor não vil, ficando
dispensada a publicidade oficial, no prazo de noventa dias úteis após esse leilão, prorrogável por igual
período por decisão deste juízo. Caberá ao Leiloeiro nomeado intermediar a alienação, mantida a
comissão disposta nas Advertências Especiais mais as quantias que o Leiloeiro tiver desembolsado para a
consecução do encargo. Havendo proposta(s) de aquisição do bem mediante venda direta, deverá o
Leiloeiro de imediato formalizar a(s) mesma(s) ao Juízo para que seja(m) apreciada(s) e, se for o caso,
confeccionado o respectivo auto. Advertências Especiais: A) não se inclui no valor do lance a comissão do
Leiloeiro, a qual será paga diretamente ao mesmo pelo adquirente/remitente, ao final do leilão e à vista,
salvo concessão formal por escrito do Leiloeiro, sendo que em caso de atraso do pagamento serão
acrescidos, a partir da data do leilão, atualização monetária pela variação do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor e juros moratórios de um por cento ao mês, e tal como aplicável nas parcelas da arrematação
incidirá multa de dez por cento; B)Caberá às partes e aos envolvidos a seguir descritos arcar com a
comissão ao Leiloeiro equivalente ao percentual de oito por cento se imóvel rural, semoventes ou imóvel
urbano situado em comarca do interior do Estado do Pará, e dez por cento para os demais bens, calculada
sobre o valor atribuído a cada bem na última avaliação, mais as quantias necessárias que o Leiloeiro tiver
desembolsado para a consecução do encargo considerando tratar-se de custos fixos, a título de
remuneração pelo tempo de trabalho despendido e de ressarcimento das despesas realizadas, salvo se o
pagamento ou a notícia do acordo, no caso, for protocolizada ao Juízo antes da data da disponibilização
no DJe-Diário de Justiça Eletrônico do presente Edital de Leilão Público, sendo o pagamento à vista e em
caso de atraso desse ficam mantidas as disposições da alínea ¿A¿ supra, parte final: B.1) à Executada, ou
ao Terceiro interessado se o caso, nas hipóteses de remição ou formalização de acordo formalizada nos
autos somente após a disponibilização desse edital de leilão no DJe-Diário de Justiça Eletrônico;¿ B.2) ao
Requerente, na remição de bem nas hipóteses legais, assim como também na hipótese de desapropriação
do bem por interesse público formalizada nos autos somente após a disponibilização desse edital de leilão
no DJe-Diário de Justiça Eletrônico; B.3) ao Arrematante, ou a seu fiador se o caso, e ao Adjudicante nas
hipóteses legais previstas, porém calculadas nessas hipóteses retro sobre o valor do maior lance ofertado
a cada bem, mais as quantias necessárias que o leiloeiro tiver desembolsado para a consecução do
encargo considerando tratar-se de custos fixos, a título de remuneração pelo tempo de trabalho
despendido e de ressarcimento das despesas realizadas; C) se bem imóvel, o adquirente arcará também
com as custas no importe de três por cento sobre o valor da arrematação/adjudicação/alienação, até o
limite de R$ 1.436,52 estabelecido na tabela de custas, e deverá o adquirente apresentar também a prova
de quitação do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis/ITBI junto à Prefeitura Municipal da situação do
bem; D) Correrão por conta do adquirente as eventuais despesas e custos relativos à transferência
patrimonial do bem arrematado, nos termos da legislação vigente, observando-se o valor da
arrematação/adjudicação como base de cálculo para a sua cobrança; E) ao Exequente, na hipótese de
renúncia ou desistência da execução, caberá pagar ao Leiloeiro o valor mensurado da forma retro
estabelecida no caput da alínea ¿B)¿ das Advertências Especiais, a título de indenização pelo tempo de
trabalho profissional despendido, mais as quantias necessárias que o Leiloeiro tiver desembolsado para a
consecução do encargo considerando tratar-se de custos fixos, salvo se a renúncia/desistência for
protocolizada ao Juízo antes da data da disponibilização no Diário de Justiça Eletrônico do presente Edital
de Leilão Público. F) Não honrado pelo Arrematante o seu lance, o que configurará desistência ou
arrependimento por parte do mesmo, ficará este obrigado a pagar ao Leiloeiro o valor da comissão no
percentual de oito por cento calculada sobre o seu lance de maior valor ofertado a cada bem, mais as
quantias que o Leiloeiro tiver desembolsado para a realização do evento frustro, a título de remuneração
pelo tempo de trabalho despendido e de ressarcimento das despesas realizadas (art. 39, DL 21.981/32), e
na hipótese o Juiz impor-lhe-á multa de vinte por cento sobre o valor da avaliação, em benefício do
exequente, valendo a decisão como título executivo, sujeitando-se ainda à execução, pelo exequente, do
valor devido a ser formulado o pedido nos autos da execução em que se deu a arrematação;
complementarmente, será encaminhada comunicação ao Ministério Público Estadual para adoção das
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providências cabíveis; e não havendo o pagamento no prazo estabelecido será a multa inscrita como
Dívida Ativa do Estado; o Leiloeiro poderá demandar o arrematante faltoso por Ação Executiva para
recebimento da comissão mais as quantias que o Leiloeiro tiver desembolsado para a consecução do
encargo, a título de remuneração pelo tempo de trabalho despendido e de ressarcimento das despesas
realizadas, ou ainda, solicitar o protesto ao Tabelionato de Protesto de Títulos; F) Encerrado o leilão, o(s)
lance(s) será(ão) ato contínuo submetido(s) ao magistrado para fins de prévia apreciação quanto à
validação do resultado. INTIMAÇÃO: 1) Pelo presente, ficam intimados o(s) Executado(s), o(s) seu(s)
sucessor(es) se o caso, o(s) corresponsável(eis), o(s) Credor(es) Hipotecário(s) e os demais regularmente
averbados, Anticrético(s), Pignoratício(s) ou Fiduciário(s), o(s) Senhorio(s) Direto, o(s) Condômino(s), o(s)
Usufrutuário(s), o(a) Locatário(a), os respectivos cônjuges/companheiros se o caso e se houver, na(s)
pessoa(s) de seu(s) respectivo(s) representante(s) legal(ais), o(s) Promitente(s) Comprador(es), o(s)
Promitente(s) Vendedor(es), o(s) Enfiteuta(s), o Concessionário de uso especial para fins de moradia, o
Concessionário de direito real de uso, o Administrador Provisório do Espólio se o caso, o(s) sucessor(es)
se o caso, o Administrador Judicial da Falência/Recuperação Judicial, se o caso, o(s) Arrendatário(s), e
o(s) sócio(s), os eventuais ocupantes, o(s) coproprietário(s), a União, o Estado e o Município, no caso de
alienação de bem tombado ou com desapropriação por interesse público, de todos os termos deste Edital,
bem assim como dos termos da penhora e da avaliação realizados nos autos, para todos os fins de direito,
se porventura não forem encontrados para intimação/cientificação por qualquer outro meio idôneo de
comunicação; sem prejuízo, para a garantia da higidez do negócio fica autorizado que o próprio Leiloeiro,
face à fé-pública, também encaminhe as comunicações pertinentes, inclusive às Partes, as formalizando
posteriormente aos autos; sendo que as eventuais despesas necessárias serão arcadas pela exequente
(art. 82, § 1º, CPC-15), ressalvado o ressarcimento em caso de apenas uma das partes ou o leiloeiro arcar
com as despesas integrais inclusive das publicações necessárias. Por meio do presente edital, dá-se
ciência que todo aquele que tentar impedir, perturbar ou fraudar arrematação judicial, afastar ou procurar
afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de
vantagem, estará sujeito a penalidade prevista no art. 358 do Código Penal, sem prejuízo da reparação do
dano na esfera cível. Erratas, ônus, e/ou despesas informadas e anunciadas antes do início do
apregoamento do leilão público integram o presente Edital de Leilão. E para que chegue ao conhecimento
dos executados e dos terceiros interessados e não possam, no futuro, alegar ignorância a respeito, será o
presente Edital publicado na forma da Lei e afixado na íntegra no lugar de costume. DADO E PASSADO
nesta cidade de Eldorado dos Carajás, Estado do Pará, em 01 de dezembro de 2021. Eu, Talita Vaz
Araújo, Diretora de Secretaria da Vara Única da Comarca de Eldorado dos Carajás, em exercício, digitei e
o subscrevi.
DESCRIÇÃO do bem: imóvel urbano, 30x30m, localizado na Avenida Iguaçu, esquina com a Rua KO,
com a seguinte descrição: área do terreno: 900,00 m², da Quadra 20, Unidade: 100, do Loteamento Rio
Vermelho, situado no município de Eldorado dos Carajás -PA, com os limites e confrontações seguintes:
partindo do Ponto 1, situado no limite da Rua KO e Lote 30, definido pela coordenada N=9325313,00 e
E=0679972,00, seguindo com distância de 30,00 metros e azimute plano de 269º31¿43¿, chega-se ao
ponto 02, neste confrontando com a Avenida Iguaçu e Rua KO, seguindo deste com distância de 30,00m e
azimute plano de 358º42¿40¿ chega-se ao ponto 03, neste confrontando com Avenida Iguaçu e Lote 25,
seguindo deste com distância de 30,00 metros e azimute plano de 88º42¿34¿ chega-se ao ponto 04,
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confrontando neste trecho com os Lotes nº 27 e Lote nº 30, seguindo deste com distância de 30,00 metros
e azimute plano de 178º42¿36¿ chega-se ao ponto inicial da descrição deste perímetro. Limita-se ao
Norte com Lotes 25 e 26; ao Sul, com Rua KO; a Leste, com Lote 30; e a Oeste, com Avenida Iguaçu;
Registrado sob a matrícula nº. 802, fls. 266, livro 2-C, do Cartório do Ofício Único da Comarca de Eldorado
dos Carajás/PA. O imóvel eventualmente está ocupado. Fiel Depositário: Miranilton Rocha Sandes.
Avaliação: R$ 440.121,57 (quatrocentos e quarenta mil cento e vinte e um reais e cinquenta e sete
centavos). Valor da dívida em 19.fev.2015: R$ 616.969,44 (seiscentos e dezesseis mil novecentos e
sessenta e nove reais e quarenta e quatro centavos), a ser atualizada até a data do efetivo pagamento.
Até à data de expedição (19.set.2018) da derradeira certidão imobiliária que há nos autos, sobre a
matrícula deste imóvel constam ainda as seguintes averbações/registros: a) conforme R-002 em
06.09.2012, hipoteca de 1º grau ao Banco da Amazônia S/A pela Cédula de Crédito Bancário FIC-P-179-
120004-1 no valor de R$ 556.239,09 com vencimento final em 10.09.2019. Além desta penhora e
registros/averbações supra discriminadas inexiste nos autos, até à presente data, outro ônus, recurso ou
processo pendente sobre os bens a serem leiloados.