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Aula 09

Receita Federal (Auditor Fiscal) Bizu


Estratégico - 2022 (Pré-Edital)

Autor:
Amanda Alves, Camila Damázio,
Cíntia Bócoli, Elizabeth Menezes
de Pinho Alves, Evandro Oliveira,
Guilherme Carvalho, Heloísa
Tondinelli, Jefferson de Souza
Correia, Kauê Salvaterra,
Leonardo Mathias, Maria Clara de
Lima Leal, Ricardo Sampaio,
Roberto Cambraia Costa

22 de Dezembro de 2021

02087917108 - Bruno de Oliveira Soares


Amanda Alves, Camila Damázio, Cíntia Bócoli, Elizabeth Menezes de Pinho Alves, Evandro Oliveira, Guilherme Carvalho, Heloísa
Aula 09

BIZU ESTRATÉGICO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (RECEITA FEDERAL)


Olá, prezado aluno. Tudo certo?

Neste material, traremos uma seleção de bizus da disciplina de Administração Pública


para o concurso da Receita Federal.

O objetivo é proporcionar uma revisão rápida e de alta qualidade aos alunos por meio de
tópicos que possuem as maiores chances de incidência em prova.

Todos os bizus destinam-se a alunos que já estejam na fase bem final de revisão (que já
estudaram bastante o conteúdo teórico da disciplina e, nos últimos dias, precisam revisar por
algum material bem curto e objetivo).

Maria Clara Leal


@claralleal

Leonardo Mathias
@profleomathias

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ANÁLISE ESTATÍSTICA

Primeiramente, vamos dar uma olhadinha no conteúdo de Administração Pública do


nosso edital:
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 1. Organização do Estado e da Administração Pública. 2. Modelos
teóricos de Administração Pública: patrimonialista, burocrático e gerencial. 3. Experiências de reformas
administrativas. 4. O processo de modernização da Administração Pública. 5. Evolução dos
modelos/paradigmas de gestão: a nova gestão pública. 6. Governabilidade, governança e
accountability. 7. Governo eletrônico e transparência. 8. Qualidade na Administração Pública. 9. Novas
tecnologias gerenciais e organizacionais e sua aplicação na Administração Pública. 10. Gestão Pública
empreendedora. 11. Ciclo de Gestão do Governo Federal. 12. Controle da Administração Pública.13.
Ética no exercício da função pública.
Com base nisso, segue abaixo uma análise estatística dos assuntos mais exigidos pelas
Bancas Cebraspe, FCC e FGV na área fiscal.

Administração Pública – Auditor Fiscal


Assunto Cebraspe FCC FGV
Qualidade na Administração Pública 45% 47% 50%
Experiências de reformas administrativas. Processo de modernização da Administração Pública 17% 22% 9%
Modelos teóricos de Administração Pública 14% 12% 12%
Accountability e transparência 7% 3% 8%
Novas tecnologias gerenciais e organizacionais e sua aplicação na Administração Pública 7% 4% 7%
Governabilidade, governança 4% 3% 11%
Governo eletrônico 3% 6% 0,5%
Gestão Pública empreendedora 2% 2% 2%

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Pessoal, neste material abordaremos os tópicos com maior incidência nas questões das
Bancas Cebraspe, FCC e FGV por possuírem um custo-benefício elevado em seu concurso.
Dessa forma, os demais assuntos não estão abordados neste bizu, visto que a
representatividade é baixa no histórico de cobranças.

Administração Pública – Auditor Fiscal

Assunto Bizus Caderno de Questões


Qualidade na Administração Pública 1a8 http://questo.es/rpx38g
Modelos teóricos de Administração Pública 9 a 15 http://questo.es/opwgic
Processo de modernização da Administração Pública 16 http://questo.es/cfh6f6
Accountability e transparência 17 a 18 http://questo.es/56lnqn
Governo eletrônico 19 a 20 http://questo.es/51zj77
Governabilidade, governança 21 a 24 http://questo.es/lmpg4n

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Qualidade na Administração Pública

1) Significados de Qualidade - Maximiano

 Excelência: Se refere ao melhor que se pode fazer;


 Especificações: Se refere à qualidade “planejada”;
 Conformidade: Se refere ao grau de identidade entre o produto e suas especificações;
 Adequação ao uso: Engloba as definições anteriores e tem dois significados –
qualidade do projeto e ausência de deficiências.

2) Gestão da Qualidade

 É a abordagem adotada e o conjunto de práticas utilizadas pela empresa para se obter,


de forma eficiente e eficaz, a qualidade pretendida para o produto;

3) Abordagens da Qualidade - Garvin

4) Gurus da Qualidade

 Shewhart
o Desenvolveu o “Gráfico de Controle” para detectar variações nos processos;
o Primeiro a atualizar métodos estatísticos para o controle dos processos;
o Responsável por criar o “Ciclo PDCA”;
 Deming

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o Defendia a busca da qualidade e sua “melhoria contínua”;


o Aprimorou e difundiu o “Ciclo PDCA”;
o A qualidade deve ser orientada pela busca do atendimento das necessidades dos
clientes;
Juran
o Primeiro a destacar os “Custos da Qualidade”;
o Propôs a “Trilogia da Qualidade: Planejamento, Controle e Melhoria”;
 Feigenbaum
o Primeiro a tratar a qualidade de forma sistêmica nas organizações;
o Responsável por criar o conceito de “Controle Total da Qualidade” (TQC);
 Crosby
o Responsável por criar o conceito “Zero defeito” – Fazer certo desde a primeira vez;
 Ishikawa
o Criador dos “Círculos da Qualidade”;
o Difundiu as ferramentas da qualidade: “Análise de Pareto, Diagrama de causa-efeito,
Histograma; Folhas de controle, Gráficos de controle, Fluxos de controle”;
 Taguchi
o Propôs a ideia da “função perda da qualidade”: quanto mais as características de
qualidade se afastam do valor planejado, maior será a “perda para a sociedade”.

5) Principais Ferramentas da Qualidade

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==60bf6==

6) Gestão da Qualidade Total

 A TQM visa à eficiência na relação entre todos os envolvidos com a organização. Para a
TQM, a qualidade é responsabilidade de todos os envolvidos com a organização.

7) Fundação Nacional da Qualidade - FNQ

 É uma instituição sem fins lucrativos, composta por representantes de diversas


organizações, que tem por objetivo disseminar educação e conhecimento com foco na
gestão voltada para a excelência e a transformação das organizações do Brasil;
 A FNQ é responsável por disseminar o Modelo de Excelência da Gestão (MEG);

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o MEG é um Guia de Referência da Gestão para Excelência, que busca implementar


um processo de autoconhecimento na organização. Assim, é possível identificar os
maiores diferenciais competitivos da organização e fortalecê-los. Além disso, é
possível identificar as principais falhas e corrigi-las.

8) Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização - Gespública

 O Gespública foi um programa criado com a finalidade de contribuir para a


melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos e para o
aumento da competitividade do País. Criado em 2005, pelo Decreto n. º
5.378/2005 e extinto pelo Decreto n. º 9.094/2017. Contudo, o assunto ainda
continua sendo cobrado em provas.
 Objetivos Gespública:
o Eliminar o déficit Institucional;
o Promover a governança, aumentando a capacidade de formulação, implementação
e avaliação das políticas públicas;
o Promover a eficiência;
o Assegurar a eficácia e efetividade da ação governamental;
o Promover a gestão democrática, participativa, transparente e ética.
 O Gespública criou o Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP):
o Modelo de excelência em gestão, de padrão internacional, é a representação de um
sistema de gestão que visa aumentar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações
executadas;
o Constituído por elementos integrados, que orientam a adoção de práticas de
excelência em gestão com a finalidade de levar as organizações públicas brasileiras
a padrões elevados de desempenho e de qualidade em gestão.
o Fundamentos do MEGP:
▪ Pensamento sistémico;
▪ Aprendizado organizacional;
▪ Cultura da inovação;
▪ Liderança e constância de propósito;
▪ Orientação por processos e informações;
▪ Visão de futuro;
▪ Geração de valor;
▪ Comprometimento com as pessoas;

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▪ Foco no cidadão e na sociedade;


▪ Desenvolvimento de parcerias;
▪ Responsabilidade social;
▪ Controle social;
▪ Gestão participativa;
▪ Agilidade.

Evolução da Administração Pública

9) Administração Patrimonialista

 No Brasil, tem origem na administração monárquica portuguesa, onde existia confusão


entre o patrimônio do Estado e o patrimônio privado do administrador e a essência de
sua dominação é a tradição;
 Relação baseada nas trocas de favores entre o administrador e seus apoiadores,
marcado com a forte presença do nepotismo e corrupção e o sistema fiscal é injusto e
irracional.
 Ainda possui traços na atual administração pública brasileira, manifestando-se pela
utilização de bens públicos para fins pessoais.

10) Administração Burocrática

 Formalidade: O modelo deriva de normas com amplo controle de procedimentos e


comunicação padronizada;
 Impessoalidade: O poder tem relação com o cargo e as regras são aplicadas de forma
isonômicas;
 Profissionalização: Os cargos são integrantes de uma carreira de acordo com os
princípios hierárquicos e os ocupantes são escolhidos segundo suas qualificações e
estão submetidos a um sistema de disciplina e controle.

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11) Vantagens de um Modelo Burocrático

 Redução dos favoritismos e das práticas clientelistas;


 Mais democrática, possibilitou igualdade de oportunidades e tratamento;
 Racionalidade;
 Rapidez nas decisões e redução no atrito entre as pessoas, pois cada um conhece o que
lhe é exigido e os limites das suas responsabilidades e das dos outros;
 Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a padronização, a redução de
custos e erros;
 Benefícios para as pessoas, pois o trabalho é dividido de forma ordenada e os
funcionários são treinados para se tornarem especialistas.

12) Disfunções do Modelo Burocrático

 Rigidez e apreço extremo às regras:


o As normas passam a ser os principais objetivos;
o Excesso de formalismo e papelório, decorrente da necessidade de documentar e
formalizar todos os atos;
o Excesso de conformidade às rotinas e aos procedimentos, diminuindo a chance de
inovação.
 Perda da visão global da organização;
 Dificuldade de resposta às mudanças no meio externo;
 Lentidão no processo decisório:
 A impessoalidade requerida pelo modelo faz com que o relacionamento entre os
burocratas assuma caráter despersonalizado.

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13) Administração Gerencial

 Controle é a posteriori ou finalístico, tendo foco no resultado final do bem ou serviço


ofertado;
 Maior autonomia e flexibilidade, diminuindo a hierarquia verticalizada do modelo
burocrático e favorecendo o processo de horizontalização;
 Espelhados na gestão das empresas privadas, a administração pública passou a adotar
a inovação como forma de aumentar a sua eficiência na oferta dos serviços públicos e
também nos seus gastos. Com controle focado nos resultados terá consequentemente
foco também na qualidade;
 Descentralização e foco no “cliente”: o foco no “cliente” relaciona-se com a melhoria da
qualidade e celeridade dos serviços;

14) Vantagens do Modelo Gerencial

 Maior eficiência dos gastos públicos e dos processos administrativos, com a redução dos
gastos do Estado;
 Aumento na qualidade e na velocidade da entrega dos serviços públicos;
 Maior participação popular na gestão, dando maior voz aos clientes;
 Aumento da accountability, transparência, equidade e justiça por parte das ações do
Estado;

15) Reforma Gerencial do Brasil

 Primeira fase do gerencialismo (Managerialism):


o O foco foi a redução de custos e de pessoal e o aumento da eficiência. A ideia central
era equilibrar as finanças e melhorar a produtividade dos órgãos públicos;

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o Iniciativas relacionadas a essa primeira etapa são: privatização, desregulamentação,


redução de cargos públicos, definição clara dos objetivos de cada setor; todas
objetivando a redução dos gastos públicos;
o A principal crítica a essa fase inicial foi justamente o fato de focar nas finanças da
máquina pública, sem grande enfoque na qualidade do serviço prestado à população
e das necessidades dos “clientes” (contribuinte, mero financiador do Estado);

 Segunda fase do gerencialismo (Consumerism):


o Passa a focar nas necessidades do consumidor, na efetividade das ações estatais;
o Descentralização do processo decisório, delegando poderes aos que estavam
envolvidos na prestação do serviço à população, com o fim de melhorar sua
qualidade;
o Quebra do monopólio na prestação de serviços, gerando competitividade entre os
prestadores de serviços;

 Terceira fase do gerencialismo (Public Service Orientation):


o O destinatário do serviço público deixou de ser visto como um mero cliente e passou
a ser encarado como um cliente-cidadão, possuindo direitos e deveres;

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o O Estado deve não só prestar serviços de qualidade e tratar bem seus cidadãos, mas
conferir-lhes os meios que possibilitem a cobrança de resultados e a participação nas
políticas públicas;
o São introduzidos os conceitos de equidade, de justiça, de transparência, de
accountability e de participação popular.

Processo de Modernização da Administração Pública

16) Principais Marcos das Reformas Administrativas

 Com a chegada da família real ao Brasil, em 1808, é criada uma demanda de cargos
públicos que eram ocupados por critérios pessoais e sociais. Não existia uma
preocupação real pela eficiência dos serviços estatais;
 Com a proclamação da República e a Constituição de 1891 se observam algumas
mudanças fundamentais nascidas da descentralização política, a qual conferiu maior
poder aos governadores locais. Durante a República Velha o patrimonialismo e o
clientelismo dominavam a administração pública;
 A reforma dos anos 30 é conhecida como a Era Vargas, se iniciou em 1930 e teve fim
em 1945. Tinha como objetivo cessar com as práticas patrimonialistas predominantes
àquela época e dar início a uma gestão burocrática no Brasil;
o Principais características:
▪ Centralização do poder na União;
▪ Modernização da máquina pública promovida pelo DASP;
▪ Incentivo ao desenvolvimento econômico por meio da industrialização e da
intervenção econômica, com práticas protecionistas;
 DASP foi o órgão que formulou e executou as mudanças na administração pública:
o Racionalizou métodos, processos e procedimentos;
o Definiu políticas de Recursos Humanos, compras de materiais e finanças;
o Centralização e Reorganização da Administração Pública.
 Administração para o Desenvolvimento, ocorreu no período de 1946 a 1964, durante o
governo de Juscelino Kubitschek. A preocupação dos governantes girava em torno do
desenvolvimento nacional, tendo como principais características o aumento da

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intervenção do Estado na economia e a descentralização do setor público, por meio da


criação autarquias e sociedades de economia mista;
 A Reforma de 1967 se insere em um contexto que o governo militar assumiu o poder em
1964 com uma proposta de modernização do Estado, reequilíbrio da economia e
contenção da inflação, a serem obtidos por meio do plano econômico chamado de
Programa de Ação Econômica do Governo;
o No art. 10 do DL nº 200/1967 está previsto que a execução das atividades da
Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada;
o A expansão em demasia da administração indireta, sem dispensar atenção à
administração direta salientou a diferença entre a moderna e ágil administração
indireta e a rígida e burocrática administração direta, gerando tensão entre os órgãos
centrais e as entidades da administração indireta.
 A CF/88 representou um retrocesso burocrático;
 A reforma de Collor, de viés neoliberal, teve como objetivo a redução da presença do
Estado na vida social e econômica. Teve como medidas a troca de moeda, congelamento
e bloqueio de contas, com demissões de servidores em larga escala e acelerado
processo de privatizações, em forte arrocho fiscal.
 Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), elaborado por Bresser
Pereira, editado com o objetivo de implantar a administração gerencial na administração
pública brasileira;
o É possível interpretar a reforma segundo cinco diretrizes principais:
▪ Institucionalização;
▪ Racionalização;
▪ Flexibilização;
▪ Publicização;
▪ Desestatização.
 Durante o governo Lula as políticas visavam a um fortalecimento do Estado, com o
objetivo de se construir uma sociedade dinâmica e moderna, com geração de empregos
e justiça social. Foi criado o “Plano de Gestão Pública para um País de Todos”;
o Objetivo reduzir o déficit institucional e ampliar a governança pública;
o Princípios:
▪ O Estado como parte essencial da solução:
▪ O cidadão como beneficiário principal;
▪ O Plano de Gestão Pública como uma definição de Governo;
▪ Integração do Plano de Gestão Pública às demais políticas de Governo;
▪ Envolvimento, mobilização, incentivo e participação dos servidores e demais
atores envolvidos, são tidos como aspectos fundamentais;
▪ Problemas em busca de soluções;
▪ Pluralismo de instrumentos, ferramentas e metodologias.

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Transparência e Accountability

17) Transparência

 A transparência e o acesso à informação não são faculdades, mas sim deveres do


Estado e são indispensáveis para o fortalecimento da democracia, pois ataca
diretamente o problema da corrupção e propicia o melhoramento contínuo das ações do
Estado;

 A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF foi um marco no que tange à transparência das
contas públicas no Brasil. Seu advento exigiu dos governos a elaboração de novos
instrumentos de transparência, tais como o Relatório de Gestão Fiscal e o Relatório
Resumido de Execução Orçamentária;

18) Accountability

 Accountability se relaciona às ideias de obrigação de prestar contas e de


responsabilização por parte dos agentes públicos pelos seus atos e pela gestão dos
recursos públicos;
 Tem como premissa o conhecimento por parte dos cidadãos do que está sendo feito no
âmbito da administração pública, o que, por sua vez, permite a sua participação no
processo de formulação de políticas públicas (controle social), mas vale destacar que no
Brasil ainda não se encontra em estágio consolidado;
o Accountability Horizontal: controle mútuo entre os Poderes da República ou por meio
de órgãos autônomos e pressupõe equilíbrio nos lados;
o Accountability Vertical: exercido pela população sobre os políticos e governos;
o Accountability Societal: controle exercido pela sociedade civil;

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Governo Eletrônico

19) E-Gov

 O Governo Eletrônico prioriza o uso das tecnologias da informação e comunicação para


democratizar o acesso à informação, visando ampliar o debate e a participação popular
na construção das políticas públicas, bem como também aprimorar a qualidade dos
serviços e informações públicas prestadas;
 De acordo com a definição da ONU, o e-gov, é a forma pelo qual os governos podem
utilizar a internet e a web para disponibilizar informações e serviços públicos à
população;
o Não engloba somente as tecnologias de informação ou a internet, mas também
abrange tecnologias de comunicação, como o rádio e a televisão.

20) E-Governance

 O conceito de e-governance é mais amplo quando comparado ao


conceito de governo eletrônico (e-gov);
o A e-governança pode ser entendida como a atuação da governança
por meio eletrônico de modo a facilitar um processo de disseminação
das informações ao público e outros órgãos de maneira eficiente,
rápida e transparente, além de desenvolver as atividades
administrativas do governo;
o Engloba a administração eletrônica (e-administration), serviços
eletrônicos à população (eservices) e democracia eletrônica (e-
democracy).

Governabilidade e Governança

21) Governabilidade

 Governabilidade é a capacidade política de se governar, é o poder de governar; é


vinculada às condições de legitimidade de um governo perante a sociedade; tem como
fonte os cidadãos;

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22) Governança

 Governança é a capacidade de governo do Estado ou a capacidade de o governo


implementar as políticas públicas e gerir seus recursos; indica a capacidade gerencial,
técnica e financeira do Estado; tem como fonte os agentes e servidores públicos;

23) Interligação entre Governança e Governabilidade

 A governabilidade de uma gestão é premissa para que o governo consiga implementar


as suas políticas públicas e oferecer adequadamente os serviços à população. Assim, a
ausência de governabilidade pode acarretar dificuldade em implementar as políticas
públicas, o que afeta diretamente a governança. Por outro lado, a incapacidade de
implementar e gerir as políticas públicas pode acarretar uma queda de aprovação do
governo, o que, por sua vez, tem reflexos negativos na sua governabilidade;

24) Governança Corporativa

 Fairness (equidade): senso de justiça, equidade no tratamento dos sócios. Respeito aos
direitos dos minoritários;
 Disclosure (divulgação): transparência das informações, especialmente daquelas de alta
relevância, que impactam os negócios e que envolvem riscos;
 Compliance (conformidade): conformidade no cumprimento de normas reguladoras,
expressas no estatuto social, nos regimentos internos e nas instituições legais do país;
 Neocorporativismo (corporativismo societal) fenômeno de intermediação de interesses
característico de sociedades democráticas no qual as organizações representativas de
interesses privados passam a decidir com o Estado as políticas públicas;

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 No corporativismo (corporativismo estatal), O Estado quem escolhe seus interlocutores.


As entidades de representação de interesses muitas vezes são compulsórias, não
competitivas, hierarquicamente ordenadas e funcionalmente diferenciadas,
reconhecidas ou licenciadas pelo Estado, às quais é concedido monopólio de
representação dentro de sua respectiva categoria em troca da observância de certos
controles na seleção de seus líderes e na articulação de demandas e suporte;
 Clientelismo relação entre atores políticos e grupos organizados em que são concedidos
benefícios públicos em troca de apoio político, sobretudo na forma de voto.

Vamos ficando por aqui.


Esperamos que tenha gostado do nosso Bizu!
Bons estudos!

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