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DIREITO CONSTITUCIONAL
E CONSTITUIÇÃO
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2 DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO • Vicente Pauto & Marcelo Alexandrino
lismo com ção de suas instituições e órgãos, o modo de aquisição e exercício do poder,
a França, bem como a limitação desse poder, por meio, especialmente, da previsão dos
s ideais de direitos e garantias fundamentais.
valorização Afirma-se que o Direito Constitucional é muito mais do que apenas um
cleares do ramo do direito público. Ele consubstancia a matriz de toda a ordem jurídica
ítico, jurí- de um específico Estado. Figurativamente, o Direito Constitucional é represen-
éculo XX. tado como o tronco do qual derivam todos os demais ramos da grande árvore
de orien- que é a ordem jurídica de determinado Estado (essa imagem tem o mérito de
rganização representar a unidade do Direito - por definição, indivisível -, consubstanciada
poder do na árvore, e esclarecer que a alusão a "ramos" tem função puramente didática).
mentais do
1.1. Objeto do Direito Constitucional quanto ao foco dle
rganização investigação
ionalismo.
, à ordem O Direito Constitucional, em sentido amplo, subdivide-se, conforme o
stitucional foco principal de suas investigações e os métodos de que se vale para levá-las
a cabo, em Direito Constitucional especial, Direito Constitucional comparado
e Direito Constitucional geral.
eito Cons-
liberais. A O Direito Constitucional especial (particular, positivo ou interno) tem
, protetora por objetivo o estudo de uma Constituição específica vigente em um Estado
determinado. Sua orientação, portanto, é tipicamente dogmática: ocupa-se do
direito positivo, procedendo à análise, interpretação, sistematização e crítica
ão deixou
das regras e princípios integrantes ou defluentes de uma certa Constituição,
ca - a do
nacional ou estrangeira (estudo do vigente Direito Constitucional brasileiro;
ho de toda
ou do vigente Direito Constitucional italiano; ou do vigente Direito Consti-
onstitucio-
tucional argentino etc.).
assando a
rganização O Direito Constitucional comparado tem por fim o estudo comparativo
do. de uma pluralidade de Constituições, destacando os contrastes e as seme-
lhanças entre elas. Trata-se de um método descritivo, baseado no cotejo de
ociais têm
diferentes textos constitucionais (a rigor, não é propriamente uma ciência).
onstitucio-
onal atual, No confronto dos textos constitucionais, o Direito Constitucional com-
ão política parado pode adotar: (a) o critério temporal; (b) o critério espacial; e (c) o
critério da mesma forma de Estado.
onstitucio- Pelo critério temporal, ou comparação vertical, confrontam-se no tem-
Direito, da po as Constituições de um mesmo Estado, observando-se as semelhanças
e foi - em e diferenças entre as instituições que o direito positivo haja conhecido em
cionalista. épocas distintas da evolução constitucional daquele Estado. Trata-se, assim,
do estudo das normas jurídicas positivadas nos textos das Constituições de
amental à
um mesmo Estado em diferentes momentos histórico-temporais. Seria o caso,
do. Nesse
por exemplo, do estudo comparativo das diferentes Constituições brasileiras,
Afonso da
da Constituição Imperial de 1824 à Constituição Federal de 1988.
organiza-
4 DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO • Vicente Paulo & Marcelo Alexandrino
2.1.
O Di
A Constituição, objeto de estudo do Direito Constitucional, deve ser de base s
entendida como a lei fundamental e suprema de um Estado, que rege a sua Em m
organização político-jurídica. o que per
1
As normas de uma Constituição devem dispor acerca da forma do Estado, tuição, co
dos órgãos que integram a sua estrutura, das competências desses órgãos, da sociológic
1
•. l·
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andrino Cap. 1 • DIREITO CONSTITUCIONAL E CONSTITUIÇÃO 5
m-se, no es- aquisição do poder e de seu exercício. Além disso, devem estabelecer as limitações
Constituições ao poder do Estado, especialmente mediante a separação dos poderes (sistema
s contíguas. de freios e contrapesos) e a enumeração de direitos e garantias fundamentais.
rasil com as O constitucionalista J. J. Gomes Canotilho, com base nos pontos es-
ou do estudo senciais da concepção político-liberal de Constituição, cunhou a expressão
o Mercado Constituição ideal, reiteradamente citada pelos autores pátrios. Os elementos
Constituições caracterizadores desse conceito de Constituição ideal, de inspiração liberal,
ritérios, esse são os seguintes:
.1
ndrino Cap. 1 • DIREITO CONSTITUCIONAL E CONSTITUIÇÃO 9
.1
10 DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO • Vicente Paulo & Marcelo Alexandrino
Na acepção formal, portanto, o que define urna norma como constitucional As Con
é a forma pela qual ela foi introduzida no ordenamento jurídico, e não são produzid
o seu conteúdo. Por isso - diferentemente da concepção material, pela qual (plebiscito o
todo Estado possui Constituição -, somente faz sentido falar em Constituição diante a esco
formal nos Estados dotados de Constituição escrita e rígida. constituinte"
Finalizando este tópico, procuramos esboçar, com escopo puramente Na hist
didático, um conceito básico de Constituição, reunindo elementos integran- mocráticas
tes das acepções material e formal de Constituição. Podemos definir as 1937, 1967
Constituições atuais como: o conjunto de normas, reunidas ou não em um As Con
texto escrito, que estabelecem a estrutura básica das instâncias de poder boradas pel
do Estado, regulam o exercício e a transmissão desse poder, enumeram os
meio de re
direitos fundamentais das pessoas e os fins da atuação estatal; no caso das
cabe ao po
Constituições escritas, a par das normas que expressam esses conteúdos
detentor do
fundamentais, pode haver outras - defluentes de disposições inseridas ·em democrática
seu corpo por conveniências políticas do constituinte - tratando das mais
diversas matérias, fato que não lhes retira o caráter de normas constitu- É impo
cionais, nem as toma inferiores hierarquicamente a qualquer outra norma pular, em re
da Constituição. chamado pa
imperador (
no Chile), s
correntes id
O Profe
nominadas
Algumas Constituições possuem texto extenso, dispondo sobre as mais
um compro
diversas matérias. Outras apresentam texto reduzido, versando, tão somente,
debilitada, d
sobre matérias substancialmente constitucionais, relacionadas com a organi-
de outra, da
zação básica do Estado. Algumas permitem a modificação do seu texto por
Constituição
meio de processo legislativo simples, idêntico ao de modificação das demais
por essa raz
leis, enquanto outras só podem ser alteradas por processo legislativo mais
e o democr
dificultoso, solene. A depender dessas e de outras características, recebem
da doutrina distintas classificações, conforme exposto nos itens seguintes.
3.2. Qu
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rino Cap. 1 • DIREITO CONSTITUCIONAL E CONSTITUIÇÃO 11
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12 DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO • Vicente Paulo & Marcelo Alexandrino
es à organi- rígida, não seria constitucional, porque trata de matéria que nada tem a ver
autoridade, com organização do Estado. O mesmo se dá com as leis eleitorais (ordiná-
duais como rias) do nosso País. Sob a ótica formal, não são elas normas constitucionais,
struturação porque não integram o texto da Constituição escrita e rígida. Ao contrário,
to material para a concepção material de Constituição, são normas substancialmente
constitucionais, uma vez que tratam de matéria relativa a elemento essencial
de organização do Estado (forma de aquisição do Poder).
s todas as
m processo Segundo a concepção material, todos os Estados possuem Constituição.
ão, leva-se De fato, para se falar em Estado, é necessário pressupor uma organização
a: todas as política básica no respectivo território, a existência de instituições relaciona-
rada, serão das ao exercício do poder, rudimentares que sejam. Essa organização básica,
. formalizada ou não em um documento escrito, na concepção material, será
a Constituição do Estado. Nem sempre, porém, haverá uma Constituição em
encontrar- sentido formal. Isso porque nem todos os Estados possuem uma Constitui-
stitucionais ção solenemente elaborada, é dizer, um conjunto de regras constitucionais
elaborado por um processo especial, distinto daquele de elaboração das de-
s que, além mais leis do ordenamento. Então, quando se indaga se todo Estado possui
, possuem Constituição, poderemos responder positivamente, se levarmos em conta a
o caso, por concepção material (ou substancial) de Constituição. Se, ao contrário, nos
le contidas referirmos à Constituição em sentido formal, a resposta à mesma pergunta
da Consti- deverá ser negativa.
titucionais, Também, pela concepção material, podem existir normas constitucio-
e concerne nais fora do texto de uma Constituição escrita. Se a norma trata de matéria
substancialmente constitucional, isto é, se o seu conteúdo diz respeito à or-
e integram ganização essencial do Estado, ela será constitucional, independentemente do
ncia para o processo de sua elaboração, esteja ou não ela inserida em uma Constituição
xemplo, do escrita. Ao contrário, sob o ponto de vista formal, só são normas constitu-
égio Pedro cionais aquelas que integram o documento denominado Constituição escrita,
a federal. solenemente elaborado, seja qual for o seu conteúdo.
olenemente No Brasil, que adota Constituição do tipo rígida, o conceito formal é o
e somente importante, porquanto tudo que consta da Constituição formal recebe o mesmo
xigido para tratamento jurídico, consistente na sua supremacia sobre todo o ordenamento
eto afirmar jurídico. Com efeito, essa distinção entre norma formalmente e materialmente
material. A constitucional, em um regime de Constituição escrita e rígida, não possui
as normas maior relevância jurídica, seja para a aferição da aplicabilidade das normas
explicado, constitucionais, seja para a fiscalização da validade delas.
Isso porque, nesse tipo de Constituição, todas as normas que integram o
b as duas seu texto têm o mesmo valor, pouco importando sua dignidade, isto é, se são
art. 242 da normas materialmente constitucionais ou, apenas, formalmente constitucionais.
ucional, já Todas as normas integrantes de uma Constituição formal, rígida, têm o mesmo
o material, valor, têm status constitucional e deverão ser respeitadas, independentemente
o escrita e da natureza do seu conteúdo.
16 DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO • Vicente Paulo & Marcelo Alexandrino
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xandrino Cap. 1 • DIREITO CONSTITUCIONAL E CONSTITUIÇÃO 17
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18 DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO • Vicente Paulo & Marcelo Alexandrino
Constituição Federal de 1988 como super-rígida, uma vez que "em regra As C
poderá ser alterada por um processo legislativo diferenciado, mas, excepcional- regular a
mente, em alguns pontos é imutável (CF, art. 60, § 4. 0 - cláusulas pétreas)". mas sim
Por fim, cabe-nos mencionar que o Professor Uadi Lammêgo Bulos faz meios par
referência, também, às Constituições transitoriamente flexíveis (suscetíveis de "uma cons
reforma, pelo mesmo rito das leis comuns, mas apenas por determinado período; do poder
ultrapassado este, o documento constitucional passa a ser rígido). Além disso, roupa que
o renomado professor estabelece uma distinção conceituai entre Constituições Em sí
fixas (que só podem ser modificadas por um poder de competência idêntico o poder e
àquele que as criou - poder constituinte originário) e imutáveis (que se pre- ainda têm
tendem eternas, alicerçadas na crença de que não haveria órgão competente semântica
para proceder, legitimamente, à reforma delas, muito menos para revogá-las). para estab
ue "em regra As Constituições semânticas, desde sua elaboração, não têm o fim de
excepcional- regular a vida política do Estado, de orientar e limitar o exercício do poder,
las pétreas)". mas sim o de beneficiar os detentores do poder de fato, que dispõem de
go Bulos faz meios para coagir os governados. Nas palavras de Karl Loewenstein, seria
suscetíveis de "uma constituição que não é mais que uma formalização da situação existente
nado período; do poder político, em beneficio único de seus detentores". São como uma
. Além disso, roupa que não veste bem, mas dissimula, esconde, disfarça os seus defeitos.
Constituições Em síntese, enquanto as constituições normativas limitam efetivamente
ncia idêntico o poder e asseguram direitos e as nominativas, embora não o façam, hoje,
(que se pre- ainda têm esse propósito, para concretização futura, as constituições ditas
o competente semânticas são submetidas ao poder político prevalecente, servindo apenas
a revogá-las). para estabilizar e eternizar a intervenção dos dominadores de fato.
erentes Es- seguido pelos órgãos estatais. São normas que têm como destinatários diretos
smo sendo não os indivíduos em si, mas os órgãos estatais, requerendo destes a atuação
em virtude numa determinada direção, o mais das vezes de caráter social, apontada pelo
legislador constituinte. Constituição dirigente representa, portanto, uma das
marcas do Estado Social ( Welfare State) - aliás, tal modelo de Constituição
surgiu exatamente nesse tipo de Estado.
istingue as
onstituição 3.9. Outras classificações
O constitucionalista português J. J. Gomes Canotilho, tendo por base
ituição ne- uma feição liberal de Constituição, concebeu a expressão Constituição Ideal,
es estatais, que se tornou largamente difundida, e hoje é repetida por doutrinadores de
vidual. Daí todo o mundo, inclusive por vários autores brasileiros. Para Canotilho, são
preocupa-se os seguintes os elementos que caracterizam uma Constituição Ideal:
ais, redigidas Alguns autores referem-se, ainda, à Constituição plástica, embora não
stancialmente haja consenso quanto ao seu significado. O Professor Pinto Ferreira usa a
expressão Constituição plástica como sinônimo de Constituição flexível, isto
rais e sociais. é, que admite modificações no seu texto mediante procedimento simples, igual
da ideologia ao de elaboração das leis infraconstitucionais. Já o constitucionalista Raul
ro período de Machado Horta emprega o vocábulo "plástica" para conceituar as Constituições
ão do Estado nas quais há grande quantidade de disposições de conteúdo aberto, de tal
as Constitui- sorte que é deixada ao legislador ordinário ampla margem de atuação em sua
o do Estado, tarefa de mediação concretizadora, de densificação ou "preenchimento" das
normas constitucionais, possibilitando, com isso, que o texto constitucional
acompanhe as oscilações da vontade do povo, assegurando a correspondência
posterior do
entre a Constituição normativa e a Constituição real.
ação positiva,
nto do Estado
cretização da • Outorgadas
dos expressa- Origem • Populares (Democráticas,
Promulgadas)
overnamental,
• Cesaristas
eral de 1988
•Escritas
s os aspectos Forma
• Não Escritas
(i) a aborda-
as pretéritas;
• Dogmáticas
presentes nas Modo de Elaboração
• Históricas
ia às hetero- •Formal
tado por um Conteúdo
Quadro Geral de • Material (Substancial)
internacional.
Classificação das
meiras consti- Constituições •Rígida
adas por leis
Estabilidade • Flexlvel
obra de uma
• Semirrigida
ocedente dos
a Turquia) e
•Normativa
os de Dayton Correspondência com • Nominativa
a Realidade
•Semântica
stinção entre
identificados • Sintética (Concisa)
ão, consagra- Extensão
• Analltica (Prolixa)
ora, tal como
m que preva-
•Garantia
revestidas de
Finalidade •Balanço
ue é possível
• Dirigente (Programática)
xandrino Cap. 1 • DIREITO CONSTITUCIONAL E CONSTITUIÇÃO 33
do constituinte. Como tal, não possui valor normativo, apresentando-se de cada ente
desvestido de relevância jurídica e força cogente. Não constitui o preâmbu- à repartição
lo, portanto, norma central da Constituição, razão pela qual a invocação da da ordem so
proteção de Deus não é norma de reprodução obrigatória na Constituição Apresen
Estadual. concerne a d
Em outra oportunidade, diante de ação em que congressistas reque- Deve-se
riam a suspensão da tramitação da proposta que veio a resultar na Emenda corpo princi
Constitucional 41/2003 (Reforma da Previdência), por ofensa ao texto do constitucion
preâmbulo da Constituição Federal de 1988, a Corte Maior deixou assente,
também, que o conteúdo do preâmbulo não impõe qualquer limitação de
ordem material ao poder reformador outorgado ao Congresso Nacional.9 5.3. At
Em síntese, podemos concluir que o preâmbulo da Constituição Federal
O Ato d
de 1988: (a) não se situa no âmbito do Direito Constitucional, mas no do-
grupos disti
mínio da política; (b) não constitui norma central da Constituição Federal;
(c) não possui valor normativo, apresentando-se desvestido de força cogen- a) os q
te e relevância jurídica; (d) não é norma de observância obrigatória pelos do r
estados-membros, Distrito Federal e municípios; (e) não serve de parâmetro cons
para a declaração da inconstitucionalidade das leis, vale dizer, não há in- b) os q
constitucionalidade por violação do preâmbulo; e (f) não constitui limitação de r
à atuação do poder constituinte derivado, ao modificar o texto constitucional. juríd
Sem embargo dessas conclusões, a doutrina pátria costuma reconhecer ao
preâmbulo da Constituição Federal de 1988 a função de diretriz interpretativa Exempl
do texto constitucional, por auxiliar na identificação dos princípios e valores fixou compe
primordiais que orientaram o constituinte originário na sua elaboração. vação do S
do Distrito
5.2. Parte dogmática ela Constituição de 1988 Um bom
ADCT, que
A parte dogmática da Constituição de 1988 constitui o seu corpo prin- prevista par
cipal, ou permanente (esta última expressão, usada em contraposição à parte 1988. Urna
que contém as disposições transitórias, o ADCT). revisão con
Estruturalmente, a parte dogmática da Constituição de 1988 divide-se em estar exauri
nove títulos, a saber: (I) Dos Princípios Fundamentais; (II) Dos Direitos e Em am
Garantias Fundamentais; (III) Da Organização do Estado; (IV) Da Organização do ADCT é
dos Poderes; (V) Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas; (VI) r ocorre ·a situ
Da Tributação e do Orçamento (VII) Da Ordem Econômica e Financeira; 'ir a sua eficác
f
(VIII) Da Ordem Social; (IX) Das Disposições Constitucionais Gerais. É impor
O corpo permanente da Constituição congrega todas as normas essenciais 1 do ADCT s
i
à organização e ao funcionamento do Estado brasileiro, como as relativas jurídico e i
aos direitos fundamentais, à estrutura do Estado federal e às competências 1 essa razão,
que enseja,
9 MS 24.645-MC/DF, rei. Min. Celso de Mello, 08.09.2003.
j normas in:fr
ndrino Cap. 1 • DIREITO CONSTITUCIONAL E CONSTITUIÇÃO 35
ção de qualquer dispositivo do ADCT somente poderá ser feita por meio da T
aprovação de emendas à Constituição, com estrita observância do art. 60 da F
Constituição Federal. d) e
Quanto ao último ponto, cabe mencionar que o ADCT tem sido objeto d
de reiteradas modificações e acréscimos mediante emendas à Constituição. C
Essas emendas, em sua maioria, introdlizem novas matérias de caráter tran- tr
sitório, ou prorrogam prazos anteriormente previstos, como é o caso da EC à
89/2015, que deu nova redação ao art. 42 do ADCT, ampliando o prazo em d
que a União deverá destinar às Regiões Centro-Oeste e Nordeste percentuais n
ci
mínimos dos recursos destinados à irrigação. o
Ademais, importantes garantias constitucionais continuam provi-
e) el
soriamente disciplinadas por dispositivos do ADCT, com plena eficácia ta
mesmo depois de décadas da promulgação da Constituição Federal, em face co
da omissão do legislador ordinário quanto ao seu dever de regulamentá-las. de
É exemplo a proteção à relação de emprego diante da despedida arbitrária ou ar
sem justa causa, que continua disciplinada pelo art. 10, inciso I, do ADCT, fu
por não haver sido editada a lei complementar reclamada pelo art. 7. 0 , inciso
I, da Constituição Federal.
a por meio da Título II (Direitos Sociais) e as dos Títulos VII (Da Ordem Econômica e
do art. 60 da Financeira) e VIII (Da Ordem Social);
d) elementos de estabilização constitucional - consagrados nas normas
m sido objeto destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da
Constituição. Constituição, do Estado e das instituições democráticas, como os encon-
e caráter tran- trados nos_ arts. 34 a 36 (Da Intervenção), 59, I, 60 (processo de emendas
o caso da EC à Constituição), 102, I, "a" (ação direta de inconstitucionalidade e ação
o o prazo em declaratória de constitucionalidade), 102 e 103 (jurisdição constitucional) e
te percentuais no Título V (Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas, espe-
cialmente o Capítulo I, pois os Capítulos II e III, conforme vimos, integram
os elementos orgânicos);
nuam provi-
e) elementos formais de aplicabilidade - são os que se acham consubs-
plena eficácia tanciados nas normas que estabelecem regras de aplicação das normas
deral, em face constitucionais, assim, o preâmbulo, o dispositivo que contém as cláusulas
gulamentá-las. de promulgação, as disposições constitucionais transitórias e o § 1.º do
a arbitrária ou art. 5.º, que determina que as normas definidoras dos direitos e garantias
I, do ADCT, fundamentais têm aplicação imediata.
art. 7. 0 , inciso