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Portifólio:
Marcos Teóricos e
Filosóficos do Estado e da
Constituição
PROF: FÁBIO
ALUNA KAMILLA CALLIÊ PEREIRA AFONSO
30/06/2022
Introdução
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é a lei fundamental e
suprema do Brasil, servindo de parâmetro de validade a todas as demais espécies
normativas, situando-se no topo do ordenamento jurídico. Foi aprovada pela
Assembleia Nacional Constituinte em 22 de setembro de 1988 e promulgada em 5
de outubro de 1988. Pode ser considerada a sétima ou a oitava constituição do
Brasil e a sexta ou sétima constituição brasileira em um século de república.
Ficou conhecida como "Constituição Cidadã", por ter sido concebida no processo de
redemocratização, iniciado com o encerramento da ditadura militar no Brasil (1964–
1985). É composta por 250 artigos, sendo a segunda maior constituição do mundo,
depois da constituição da Índia. Não é permitido propor emendas que venham a
suprimir as Cláusulas Pétreas da Constituição. Até outubro de 2021 foram
acrescentadas 119 emendas, sendo 111 emendas constitucionais ordinárias, seis
emendas constitucionais de revisão e dois tratados internacionais aprovado de
forma equivalente.
Neste conteúdo, aprendemos o que é a constituição federal, suas características,
classificações e como interpretá-las, encaramos o Direito de forma filosófica, vemos
o homem como um ser político, como funciona os direitos humanos na realidade
social, as fases que a constituição passou desde antes de sua criação e suas
adequações a realidade moderna, como o multiculturalismo e a globalização
influenciam na constituição e o poder e soberania do Estado.
Ao final do conteúdo estará algumas atividades de fixação e avaliação passadas
pelo professor responsável da disciplina de Marcos Teóricos e Filosóficos do Estado
da Constituição.
Aula 1
Ciência política: relação com as demais ciências
sociais e principais correntes
A ciência política é o campo das ciências sociais que estuda as estruturas que
moldam as regras de convívio entre as pessoas em agrupamentos. A ciência
política dedica-se a entender e moldar as noções de Estado, governo e organização
política, e pode estudar também outras instituições que interferem direta ou
indiretamente na organização política, como ONGs, Igreja, empresas etc. Alguns
teóricos restringem o objeto de estudo da ciência política ao Estado, outros
defendem que o seu objeto é mais amplo, sendo o poder, em geral, aquilo que deve
ser estudado por essa área.
Existe uma grande área de estudos dentro das ciências humanas denominadas
ciências sociais. As ciências sociais são compostas pela sociologia, antropologia,
psicologia social, economia e ciência política. A ciência política é a parte das
ciências sociais que se dedica a tentar entender, exclusivamente, as formações
políticas estruturais que o ser humano criou para garantir o convívio pacífico em
grandes sociedades.
A ciência política é responsável por entender e moldar as questões relativas
ao poder na sociedade, estabelecendo normas e preceitos para o pleno
funcionamento das instituições sociais, da economia, do Estado e do sistema
jurídico. Fica a cargo da ciência política a provisão intelectual e teórica de meios de
ação do ser humano e das instituições que beneficiem a vida coletiva.
Aula 2
Classificação da Constituição
[...]
[...]
Aula 3
• Constituições Brasileiras
Promulgada no dia 5 de outubro de 1988, durante o governo do então presidente
José Sarney, a Constituição em vigor, conhecida por "Constituição Cidadã", é a
sétima adotada no país e tem como um de seus fundamentos dar maior liberdade e
direitos ao cidadão - reduzidos durante o regime militar - e manter o Estado como
república presidencialista. As Constituições anteriores são as de 1824, 1891, 1934,
1937, 1946 e 1967.
Presidido por Getúlio Vargas, o país realiza nova Assembleia Constituinte, instalada
em novembro de 1933. A Constituição, de 16 de julho de 1934, traz a marca
getulista das diretrizes sociais e adota as seguintes medidas: maior poder ao
governo federal; voto obrigatório e secreto a partir dos 18 anos, com direito de voto
às mulheres, mas mantendo proibição do voto aos mendigos e analfabetos; criação
da Justiça Eleitoral e da Justiça do Trabalho; criação de leis trabalhistas, instituindo
5ª - Constituição de 1946
Como essa emenda previa consulta popular posterior, por meio de plebiscito,
realizado em janeiro de 1963, o país retomou o regime presidencialista, escolhido
pela população, restaurando, portanto, os poderes tradicionais conferidos ao
presidente da República.
Aula 4
Direitos Humanos e realidade social.
Inicialmente, a afirmação e positivação dos direitos humanos nas primeiras
constituições e tratados internacionais como a Declaração dos Direitos do Homem
de 1948, compreendem um importante passo da humanidade visando criar
mecanismos de respeito e reconhecimento à dignidade da pessoa humana, a
liberdade, a justiça e paz no mundo.
Infelizmente, tais declarações e princípios e garantias constitucionais estão sendo
transgredidos a cada momento, devido a vários fatores (capitalismo, globalização,
neoliberalismo, entre outros fatores), justificados pela realidade social.
os direitos humanos compreendem garantias individuais imprescindíveis. Um dos
princípios fundamentais dos direitos humanos constitui o princípio da dignidade da
pessoa humana, que traz a ideia da dignidade como qualidade intrínseca da pessoa
Aula 5
Elementos da Constituição
Aula 6
• Formação do Estado
A formação de um Estado consiste em três elementos: uma população, um
território e um governo. Esses aspectos são essenciais, porque sem eles não
poderia existir um Estado.
Povo
Diz respeito a todos que habitam o território, englobando todas as pessoas,
mesmo que elas estejam temporariamente no território ou que não tenham qualquer
vínculo com o Estado. Mas há uma diferença entre as referências de população,
povo e cidadão. Para entender: a população refere-se brasileiros e estrangeiros (em
território nacional), a palavra povo se caracteriza pelos natos e naturalizados, e os
cidadãos são os nacionais que possuem direitos políticos.
Território
É o lugar onde há aplicação do ordenamento jurídico, a base física em que está
fixado o elemento humano. É nele que o governo pode exercer a sua organização e
validar suas normas jurídicas. Constitui-se do solo, subsolo, águas territoriais, ilhas,
rios, lagos, portos, mar e espaço aéreo.
Soberania
Para o Jurista Miguel Reale, a soberania é o “[…] poder que tem uma nação de
organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universalidade
de suas decisões nos limites e dos fins éticos de convivência”. Soberania é uma
autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder. Com isso
em mente, sabemos que a soberania possui estas características:
Una: é sempre um poder superior. Não podem existir duas soberanias dentro de
um mesmo Estado, por exemplo;
Indivisível: aplica-se a todos os fatos ocorridos no Estado;
Inalienável: quem a detém desaparece ao ficar sem ela, seja o povo, nação ou
o Estado;
Imprescritível: não tem prazo de duração.
Aula 7
• Interpretação constitucional
A interpretação jurídica consiste, antes de mais nada, na atividade atribuída ao
exegeta de delimitação do alcance da norma jurídica, de modo a extrair o “espírito
da norma”, ou seja, o real sentido que a norma jurídica deverá assumir no exame do
caso concreto.
Em relação à norma jurídica, a arte da interpretação se faz imprescindível uma
vez que aquela se traduz nos comandos de conduta necessários à condução
harmônica do ser humano no meio em que ele vive. Para tanto, diversos são os
estudos sobre o tema, analisando os diversos métodos de interpretação, para
chegar-se, se não a melhor solução para o caso sub examine, pelo menos para a
mais adequada.
Com a evolução das relações sociais, o desenvolvimento de novas tecnologias, o
aparecimento de novas necessidades e comportamentos, mormente ao longo do
Século XX, mister se fez desenvolver novos ramos e paradigmas jurídicos, mais
aptos a dar a sociedade e ao homem respostas mais adequadas a seus constantes
e inusitados reclamos. Desta forma, a norma jurídica deixou de ser um mero
comando de conduta, tornando-se um elemento potencializador do desenvolvimento
social sustentável e racional.
Essa necessária mudança e evolução da ciência jurídica, em virtude das
transformações da sociedade, traduziram-se, talvez, em sua maior expressão, no
Direito Constitucional, uma vez que a Lei Fundamental deixou de ser um mero
documento político, assumindo feições de pacto jurídico, no sentido de expressar
não só normas de organização do Estado e da Administração Pública, bem como
normas dirigentes e compromissárias, que expressam os objetivos fundamentais a
serem alcançados pela sociedade com a implementação e a efetivação do texto
constitucional.
Por tais razões, a norma jurídica de extração constitucional assumiu novas
feições e sua interpretação passou a ser efetuada sob novos prismas e métodos,
complementares às tradicionais técnicas de hermenêutica.
Para se atingir uma justa aplicação da norma objeto da interpretação, por meio
do processo cognitivo da compreensão, o sujeito, qualificado como
intérprete/aplicador, deverá lançar mão dos métodos de interpretação constitucional,
quais sejam:
1. O hermenêutico-clássico, que propõe a utilização de medidas relativas à
cognição das leis em geral, com o uso dos elementos literal, sistemático,
histórico e teleológico;
2. O tópico-problemático, onde, a partir das fórmulas de busca, chamadas de
tópicos, perseguir-se-ia caminhos para encontrar respostas para os
problemas concretos;
3. Hermenêutico-concretizador, cuja “(…) leitura de qualquer texto normativo,
inclusive do texto constitucional, começa pela pré-compreensão do intérprete,
a quem compete concretizar a norma a partir de dada situação histórica”[10];
A convivência entre culturas diferentes não é uma questão nova, mas que se
se intensificou nos últimos anos devido a acontecimentos marcantes. Não é possível
entender o multiculturalismo fora do contexto do fenômeno da globalização.
Os três poderes foram formados com o objetivo de não permitir que exista
soberania ou exacerbação na aplicação dos poderes aplicados pelo Estado, assim
visam promover o equilíbrio a favor da sociedade. E justamente por isso, cada um
tem o poder de fiscalizar ‘indiretamente’ as atitudes do outro, e advertir se for
preciso.
O Direito Constitucional Administrativo, é o braço do direito público que possui
estrutura para interagir com tais poderes. Apoiado na lei que rege todas as outras
leis (Constituição Federal), advogados constitucionalistas, são facilmente
encontrados no poder judiciário, delegados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Portanto, para que não haja confusão nos três poderes basta pensar que o
primeiro tem a responsabilidade de criar as leis; o segundo tem que aplicar as leis; o
terceiro tem que fiscalizar as leis. Todos eles compõem o Estado, o qual representa
os interesses coletivos e não egoísticos, o que promove uma vida em sociedade
possível e prazerosa.
Aula 10
• Soberania
Soberania, em seu sentido político ou jurídico, é o exercício da autoridade que
reside em um povo e que se exerce por intermédio dos seus órgãos constitucionais
representativos. A soberania é uma autoridade superior que não pode ser
restringida por nenhum outro poder e, portanto, constitui-se como o poder absoluto
de ação legítima no âmbito político e jurídico de uma sociedade.
A palavra soberania deriva da junção de dois fragmentos de raiz latina: super e
omnia, que literalmente significam algo como poder supremo, no sentido de que não
há poder superior ao
“soberano”.
A soberania de um Estado diz respeito ao poder político e de decisão dentro do
território nacional, em especial no que se refere à defesa dos interesses nacionais.
Soberania Popular
Um Estado em que impera a Soberania Popular é criado e sujeito à vontade das
pessoas, que são a fonte de todo o poder político. Trata-se do princípio básico das
democracias.
Na Legislação brasileira, a Soberania popular está consagrada na Constituição:
Art. 1º A República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em
Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - A soberania;
II - A cidadania;
III - A dignidade da pessoa humana;
IV - Os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa;
V - O pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
De forma mais aprofundada, o professor e jurista Celso Ribeiro de Bastos 1 analisa a
soberania brasileira:
“Ter a soberania como fundamento do Estado brasileiro significa que dentro do
nosso território não se admitirá força outra que não a dos poderes juridicamente
constituídos, não podendo qualquer agente estranho à Nação intervir nos seus
negócios.”
Limitações da Soberania
Apesar de os Estados – como o Brasil – possuírem a Soberania, as liberdades
humanas constituem um valor superior ao da soberania desse Estado. O poder da
soberania exercido pelo Estado encontra fronteiras não só nos direitos da pessoa
humana, como também nos direitos dos grupos e associações. A soberania também
não pode ferir o direito dos outros Estados soberanos.
ATIVIDADES AVALIATIVAS
Dia 17/03
https://drive.google.com/file/d/1Yy_bmYLd40v35yYgenNWqA1Su3XVOcIH/view
Dia 24/03
https://drive.google.com/file/d/1d_6lpMY6rSbRJOsfKFP3IUBNzg4q3xKO/view
Dia 07/04
Relatório Trabalho em Grupo
Grupo 1
Função: Gravação
1º tópico
- Para compreender o conceito primeiro tem que lembrar que não há Estado perfeito
sem soberania. Ha 3 elementos constitutivos do Estado: população, território e
governo. E alguns autores pretenderam incluir a soberania como quarto elemento,
porém viram que a soberania se compreende no exato conceito de Estado. -
Canadá e Austrália - Colônias autônomas.
- Soberania é uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro
poder.
Dia 12/05
https://drive.google.com/file/d/1dUQyXyydb5ItnLhwZA8NFVPa9qrbTCzO/view
Dia 06/06
Relatório Trabalho em Grupo
Grupo 1
Função: Apresentação
Conclusão
1. Toda pessoa tem direito à liberdade e à segurança pessoais.
2. Ninguém pode ser privado de sua liberdade física, salvo pelas causas e nas
condições previamente fixadas pelas constituições políticas dos Estados Partes ou
pelas leis de acordo com elas promulgadas.
3. Ninguém pode ser submetido a detenção ou encarceramento arbitrários.
4. Toda pessoa detida ou retida deve ser informada das razões da sua detenção e
notificada, sem demora, da acusação ou acusações formuladas contra ela.
5. Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de
um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem
direito a ser julgada dentro de um prazo razoável ou a ser posta em liberdade, sem
prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade pode ser condicionada a
garantias que assegurem o seu comparecimento em juízo.
6. Toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal
competente, a fim de que este decida, sem demora, sobre a legalidade de sua