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Introdução

O vocábulo "Constituição" tem no verbo latino constituirá sua origem etimológica e sua
conformação semântica, vez que o mesmo exterioriza o ideal de constituir, criar, delimitar
abalizar, demarcar. O termo exprime, pois, o intuito de organizar e de conformar seres,
entidades, organismos.

É nessa acepção que se pode considerar a Constituição enquanto o conjunto de normas


fundamentais e supremas, que podem ser escritas ou não, responsáveis pela criação,
estruturação e organização político-jurídica de um Estado.

De acordo com Georges Burdeau, a Constituição é o Estatuto do Poder, garantidora da


transformação do Estado - até então entidade abstracta - em um poder institucionalizado. É o
que permite a mudança de perspectiva que ocasiona o abandono do clássico pensamento de
sujeição absoluta às imposições pessoais de governantes, para a obediência voltada a uma
entidade (Estado), regida por um documento: a Constituição.

Torna-se, pois, a Constituição, um documento essencial, imprescindível. Todo Estado a


possui. Porque todo Estado precisa estar devidamente conformado, com seus elementos
essenciais organizados, com o modo de aquisição e o exercício do poder delimitados, com sua
forma de Governo e Estado definidas, seus órgãos estabelecidos, suas limitações fixadas, os
direitos fundamentais do homem e as respectivas garantias asseguradas.

Em resumo, a Constituição é a reunião das normas que organizam os elementos constitutivos


do Estado.

O objectivo deste trabalho é analisar e interpretar num contexto geral sobre a Constituição,
incluindo lá o caso de Moçambique.
Metodologias

Com a finalidade de acatar o objectivo da pesquisa, foi necessário realizar pesquisa


bibliográfica. (Gil, 2008), alega que a Pesquisa Bibliográfica parte de estudos exploratórios, a
qual é desenvolvida a partir do material já elaborado, seja ele por Livros ou Artigos
científicos. Assim, sua finalidade é que o pesquisador tenha o acesso a tudo que já tenha sido
escrito sobre determinado tema.

Com efeito, este trabalho foi redigido segundo as normas estabelecidas pela (American
Psychological Association, 2006, p. 17), que permitem ao autor escrever com precisão e evitar
“suposições tendenciosas” se, assumindo os exemplos gramaticais, tornarem facilitada a
comunicação ao público, (A.P.A. p.19).
O Direito

É a ciência que cuida da aplicação e do cumprimento das normas jurídicas de um país para
organizar e manter um bom relacionamento interpessoal entre os grupos e indivíduos da
sociedade.

A Constituição

Definimos a Constituição como um conjunto de normas e princípios consubstanciados num


documento solene estabelecido pelo poder constituinte e somente modificável por processos
especiais previstos no seu texto. Revela isso que a Constituição compreende normas e
princípios. Já Canotilho diz que a Constituição é um sistema aberto entre regras e princípios.
Segundo ele, um sistema constituído só de regras conduzirá a um modelo jurídico de limitada
racionalidade prática, porque exigiria uma disciplina legislativa exaustiva e completa -
legalismo. Mas um sistema baseado só em princípios levará a consequências também
inaceitáveis (I74-175), (modelo elevaria a uma tal abstracção que abriria sérias brechas ao
princípio da legalidade). Contudo, a posição de Canotilho complica, porque segundo ele
regras e princípios são duas espécies de normas e que a distinção entre regras e princípios é
uma distinção entre duas espécies de normas (pág. 172). O problema é que ele não indica o
que entende por norma nem a distinção entre normas e regras.

O Direito Constitucional

é uma área do Direito recente quando em comparação a outras áreas como o Direito Civil ou o
Direito Penal. Não que as demais áreas não tenham se modificado consideravelmente ao
longo do desenvolvimento das sociedades.

O Direito Constitucional tem por objecto as normas constitucionais. Decorre, então, da


elaboração das Constituições nos Estados-Nação. É, portanto, bastante recente na História do
Direito.

O direito constitucional é o ser do direito público em termos, uma vez que tem por objecto a
organização fundamental do estado.

Constituição no Sentido Formal

Ocupa-se na posição das normas constitucionais em confronto com as demais normas


jurídicas e de forma de articulação desses dois níveis de norma.
Trata-se de um conjunto de normas formalmente qualificadas como constitucionais e
revestido de funções jurídicas superior a quaisquer outra norma.

Origem e o Histórico da Constituição

A primeira Constituição conhecida, nos termos hoje considerados, é a Constituição dos


Estados Unidos, de 1787. Logo em seguida, surgiram outras Constituições, como a da França
da pós-Revolução Francesa, em 1791. No Brasil, a primeira Constituição data de 1824

BARROSO descreve o movimento de evolução do Direito no sentido da elaboração de


normas constitucionais, iniciando com as seguintes palavras:

“O princípio era a força. Cada um por si. Depois vieram a


família, as tribos, a sociedade primitiva. Os mitos e os deuses –
múltiplos, ameaçadores, vingativos. Os líderes religiosos
tornam-se chefes absolutos. Antiguidade profunda, pré-bíblica,
época de sacrifícios humanos, guerras, perseguições,
escravidão. Na noite dos tempos, acendem-se as primeiras
luzes: surgem as leis, inicialmente morais, depois jurídicas.
Regras de conduta que reprimem os instintos, a barbárie,
disciplinam as relações interpessoais e, claro, protegem a
propriedade. Tem início o processo civilizatório. Uma aventura
errante, longa, inacabada. Uma história sem fim”.

Constituição em sentido geral e a Constituição própria do movimento constitucionalista


desencadeado com as revoluções liberais dos finais do século XVIII e XIX. A reacção contra
o Estado absoluto e a luta pelo Estado constitucional (Estado de Direito).

De acordo Pinto (1962), a Constituição “é o conjunto de leis, normas e regras de um país ou


de uma instituição. A Constituição regula e organiza o funcionamento do Estado. É a lei
máxima que limita poderes e define os direitos e deveres dos cidadãos. Nenhuma outra lei no
país pode entrar em conflito com a Constituição”.

Nos países democráticos, a Constituição é elaborada por uma Assembleia Constituinte


(pertencente ao poder legislativo), eleita pelo povo. A Constituição pode receber emendas e
reformas, porém elas possuem também as cláusulas pétreas (conteúdos que não podem ser
abolidos).
Constituição é a Lei Maior de uma sociedade politicamente organizada. É o modo pelo qual
se forma, se estabelece e organiza uma sociedade.

Constituição é a norma fundamental de organização do Estado e de seu povo, que tem como
objectivo primordial - estruturar e delimitar o poder político do Estado e garantir direitos
fundamentais ao povo. O constitucionalismo originou-se da consolidação das Constituições
Norte-Americana de 1787 e da Francesa de 1791.

A Constituição pode ser definida em sentido jurídico, político e sociológico. Sentido jurídico
– percussor Hans Kelsen – Nessa concepção, a Constituição pode ser entendida como o
conjunto de normas fundamentais que exterioriza os elementos essenciais de um Estado. Para
Kelsen, com base no sentido lógico-jurídico, a Constituição é norma hipotética fundamental.
Sentido Político – percussor Carl Schimitt – para ele a Constituição é a decisão política
fundamental, não se confunde com leis constitucionais.

Complementa que, a Constituição deveria cuidar apenas da estrutura do Estado e direito


fundamentais. Sentido sociológico – percussor Ferdinand Lassale – para ele, a Constituição é
uma soma dos factores reais de poder presentes em um determinado Estado.

A constituição é um estatuto jurídico fundamental da comunidade.

Pode-se afirmar que todas sociedades politicamente organizadas têm uma constituição no caso
do nosso estudo interessa-nos porém, o nascimento do sentido moderno da constituição que
tem os seus princípios de apuramento.

No século XVII foi designado movimento constitucional, o sentido moderno da constituição


renda-se pela ideia de uma coordenação sistemática e racional de toda vida política.

A constituição moderna criou seus aspectos internos e externos, anteriores que não devem pôr
essa razão a ser ignorada. Nós podemos encontrar mesmo no pensamento grego quer no
medieval, referências duma organização fundamentais limitadoras do poder dos quais se
ligam outros atributos tais como: superioridades reactivas. Em algum momento nós fomos
conhecer alguns elementos problemáticos da concepção moderna tais como: concepção
burguesa e a revolução industrial capitalista.

Na burguesia encontramos fundamentalmente dois indivíduos:


Indivíduos estimulados iguais e das relações sociais que constituíam perante Estado. Isto
conseguiu-se através face autonomia. Nesta altura haviam constituições as chamadas
constituições liberais, também houveram constituições para regular o abuso do poder, regular
o poder que o rei possuía. O feudalista podia fazer e desfazer sem que nada acontecesse.

Face da modernidade a existência da constituição liberal residida na afirmação do direito dos


cidadãos à liberdade que na consagração do principio de caos.

A constituição por outro lado em constituição das bases é o nascimento de uma nova
sociedade técnica de normas do Estado. Na altura o Estado deixou ser visto como máquina de
poder e reparado na sociedade carregando-se com preocupações reais tarefas sociais passando
como expressão comunitária.

A constituição não se reduz a um Estado de limitação de poderes passando de ser uma


ordenação fundamental.

A constituição de unidade política implica um processo de integração contínua, ela vem


consagrar os critérios de organização e valores indispensáveis a integração política
comunitária, isto é, constituição do estado. A concepção da ordem constitucional como ordem
jurídica do direito justifica-se pela unidade fundamental em consideração da justiça, bem
comum na integração do território da decisão do direito material. Cabe a constituição a tarefa
da coordenação jurídica da comunidade. Ela é norma das mesmas que contem o poder jurídico
servem de critério da igualdade, validade e aplicação do direito. No âmbito da actividade
normativa e quadro da ordem jurídica, a constituição cumpre a sua tarefa de implicar
garantindo pela sua supremacia material informal em face de todos modos de produção
jurídica.

Segundo a definição de Aristóteles, constituição significa modo de ser da Polis ou seja a


totalidade.

A constituição pode ser definida com maior clareza, mas em síntese esse distanciamento
jurídico da comunidade jurídico referido só está designação de estatuto jurídico do político,
pois, a constituição não abarca toda vida política, mas sim os momentos fundamentais.

Também podemos afirmar que a constituição é um estatuto da vida política condicionado


como base militar para construção de vida política institucional.
Enquanto estatuto jurídico fundamental a constituição abrange pois os princípios bastantes da
construção da unidade política.

A constituição declara a dissolução da sociedade ou estado definido o seu âmbito territorial


pessoal e poder jurídico pelos caracteriza-se pela designação do titular do poder pela definição
do Estado, declara a fixação dos grandes princípios de organização de poderes públicos.
Define o sistema de governo estruturando a máquina pela determinação dos órgãos públicos
pelas suas competências, limites e regulamentos, reconhece ou estabelece e garante os valores
jurídicos e políticos governamentais que residem as tarefas governativas. Ao disciplinar essas
matérias essenciais e fundamentais realiza as tarefas definidas, na nacionalização, da vida
comunitária legítima e os poderes definem as linhas do projecto.

Na constituição moderna podemos também abrir os limites da constituição que são:

A constituição como poder constituinte significa que ela foi criada positivada de normas
jurídicas em valor constitucional, não existindo outras normas superiores das da constituição.

A constituição em sentido amplo é um acto de constituir que corresponde afirmação da


criação ou confirmação desse Estado tem direitos interno e internacionais.

Distinção entre Estado e Constituição

Estado - entende-se como a unidade administrativa de um território. Não existe Estado sem
território. O Estado é formado pelo conjunto de instituições públicas que representam,
organizam e atendem (ao menos em tese) os anseios da população que habita o seu território.
Entre essas instituições, podemos citar o governo, as escolas, as prisões, os hospitais públicos,
o exército, dentre outras.

Constituição - é um conjunto de normas que regem um Estado (País), que pode ser ou não
codificada como um documento escrito, que enumera e limita os poderes e funções de uma
entidade política.

Dai que deve haver coma relação entre a constituição e o estado, na medida em que os
próprios conceitos clarificam, todas as instituições publicas a que nos chamamos de estado, ou
toda a unidade administrativa, necessita de obedecer regras e normas para que o mesmo esteja
a trabalhar da melhor maneira para que responda com os objectivos em todas vertentes, ou
seja, é um conjunto de normas que regem um Estado (País), que pode ser ou não codificada
como um documento escrito, que enumera e limita os poderes e funções de uma entidade
política. Essas regras formam, ou seja, constituem, o que a entidade é

Existência do estado:

 O estado existe para resolver os problemas da sociedade quotidiana;


 Para garantir a segurança, fazer a justiça, promover a comunidade entre homens, dar
lhes a paz e o bem-estar e progresso.
 É autoridade e é um serviço;
 É o dever de um estado atender ao interesse público, satisfazendo o comando
decorrente dos actos normais. O comprimento de comando legal, devera decorrer da
função exercida por pessoa jurídica de direito público.

Princípios e Normas da Constituição

A palavra princípio é equívoca. Aparece com sentidos diversos. Apresenta a acepção de


começo, de início. Norma de princípio (ou disposição de princípio). Ex., significa norma que
contém o início ou esquema de um órgão, entidade ou de programa, como são as normas de
princípio instrutivo e as de princípio programático.

As normas são preceitos que tutelam situações subjectivas de vantagens ou de vínculo, ou


seja, reconhecem, por um lado, a pessoas ou a entidades a cadência culdade de realizar certos
interesses por ato próprio ou exigindo acção ou abssentaçã tenção de outrem, e, por outro
lado, vinculam pessoas ou entidades à obrigação de submeterem-se às exigências de realizar
uma prestação, acção ou abstenral, acção em favor de outrem. Os princípios são ordenações
que se irradiam e os sistemas de normas, «são - como observam Gomes Canotilho e Vital
Moreira - núcleos de condensações nos quais confluem valores e bens constitucionais».

Quer-se aqui apenas caracterizar os princípios que se traduzem em normas da Constituição ou


que delas directamente se inferem. Não precisamos entrar, neste momento, nas graves

discussões sobre a tipologia desses princípios. A doutrina reconhece que não são homogéneos
e revestem natureza ou configuração diferente.

A partir daí, podemos resumir, com base em Gomes Canotilho, que os princípios
constitucionais são basicamente de duas categorias: os princípios político-constitucionais e os
princípios jurídico-constitucionais.
Princípios político-constitucionais - Constituem-se daquelas decisões políticas fundamentais
concretizadas em normas conformadoras do sistema constitucional positivo e são, segundo
Crisafulli, normas-princípio, isto é, «normas fundamentais de que derivam logicamente (e em
que, portanto, já se manifestam implicitamente) as normas particulares regulando
imediatamente relações específicas da vida social».

Princípios jurídico-constítucíonais -São princípios constitucionais gerais informadores da


ordem jurídica nacional. Decorrem de certas normas constitucionais e, não raro, constituem
desdobramentos (ou princípios derivados) dos fundamentais, como o princípio da supremacia
da Constituição e o consequente princípio da constitucionalidade, o princípio da legalidade, o
princípio da isonomia, o princípio da autonomia individual, decorrente da declaração dos
direitos, o da protecção social dos trabalhadores, fluente de declaração dos direitos sociais, o
da protecção da família, do ensino e da cultura.

Os princípios constitucionais fundamentais, pelo visto, são de natureza variada. Não será
fácil, pois, fixar-lhes um conceito preciso em um enunciado sintélico. Recorreremos, no
entanto, mais uma vez, à expressiva lição de Gomes Canotilho e Vital Moreira, segundo a
qual os «princípios fundamentais visam essencialmente definir e caracterizar a colectividade
política e o Estado e enumerar as principais opções político-constitucionais», Relevam a sua
importância capital no contexto da Constituição e observam que os artigos que os consagram
«constituem por assim dizer a síntese ou matriz de todas as restantes normas constitucionais,
que àquelas podem ser directa ou indirectamente reconduzidas».

Princípios fundamentais e princípios gerais do Direito Constitucional- Temos de distinguir


entre princípios constitucionais fundamentais e princípios gerais do Direito Constitucional.
Vimos já que os primeiros integram o Direito Constitucional positivo, traduzindo-se em
normas fundamentais, normas-síntese ou normas-matriz, «que explicitam as valorações
políticas fundamentais do legislador constituinte», normas que contêm as decisões políticas
fundamentais que o constituinte acolheu no documento constitucional. Os princípios gerais
formam temas de uma teoria geral do Direito Constitucional, por envolver conceitos gerais,
relações, objectos, que podem ter seu estudo destacado da dogmática jurídico-constitucional.
Características da Constituição

 A Constituição regula e organiza o funcionamento do Estado. É a lei máxima que limita


poderes e define os direitos e deveres dos cidadãos. Nenhuma outra lei no país pode entrar
em conflito com a Constituição”.
 Nos países democráticos, a Constituição é elaborada por uma Assembleia Constituinte
(pertencente ao poder legislativo), eleita pelo povo. A Constituição pode receber emendas
e reformas, porém elas possuem também as cláusulas pétreas (conteúdos que não podem
ser abolidos).
 Constituição é a Lei Maior de uma sociedade politicamente organizada. É o modo pelo
qual se forma, se estabelece e organiza uma sociedade.
 Constituição é a norma fundamental de organização do Estado e de seu povo, que tem
como objectivo primordial - estruturar e delimitar o poder político do Estado e garantir
direitos fundamentais ao povo.
 A constituição é um estatuto jurídico fundamental da comunidade, Pode-se afirmar que
todas sociedades politicamente organizadas têm uma constituição.
 A constituição por outro lado em constituição das bases é o nascimento de uma nova
sociedade técnica de normas do Estado. Na altura o Estado deixou ser visto como máquina
de poder e reparado na sociedade carregando-se com preocupações reais tarefas sociais
passando como expressão comunitária.
 A constituição não se reduz a um Estado de limitação de poderes passando de ser uma
ordenação fundamental.

A constituição de unidade política implica um processo de integração contínua, ela vem


consagrar os critérios de organização e valores indispensáveis a integração política
comunitária, isto é, constituição do estado. A concepção da ordem constitucional como ordem
jurídica do direito justifica-se pela unidade fundamental em consideração da justiça, bem
comum na integração do território da decisão do direito material. Cabe a constituição a tarefa
da coordenação jurídica da comunidade. Ela é norma das mesmas que contem o poder jurídico
servem de critério da igualdade, validade e aplicação do direito. No âmbito da actividade
normativa e quadro da ordem jurídica, a constituição cumpre a sua tarefa de implicar
garantindo pela sua supremacia material informal em face de todos modos de produção
jurídica.
Tipos de Constituições

Materiais ou reais quanto ao conteúdo - São as normas que se referem aos aspectos
essenciais da estrutura e formação do Estado, como por exemplo: forma de Estado, forma e
sistema de governo, organização político-administrativa do Estado, direitos políticos e
individuais.

Formais quanto ao conteúdo - qualquer norma escrita inserida no Texto Constitucional.


Neste caso, não importa a natureza do direito, desde que o poder constituinte veja necessidade
na protecção de certa matéria.

Limites temporais quanto ao conteúdo - porque a constituição podem ser revista de cinco em
cinco anos depois de ter entrado em vigor da última lei de revisão sobre deliberação de
assunção de poderes extraordinários, aprovada por maioria de ¾ dos deputados da Assembleia
da República.

Escritas quanto à forma – as regras estão codificadas em um texto único.

Não escritas quanto à forma – resulta de leis, costumes ou jurisprudências esparsas em


diversos textos constitucionais.

Dogmáticas quanto a elaboração – incorporam os ideais vigentes no momento de sua


elaboração. Ela é sempre escrita.

Histórica ou costumeira quanto a elaboração – origina-se da evolução histórica da


sociedade, baseada nos costumes e tradições de seu povo.

Promulgadas quanto à origem – elaboradas por um órgão constituinte compostos por


representantes eleitos pelo povo.

Outorgadas quanto à origem – imposta pelo governante, sem discussão e votação por um
órgão constituinte.

Rígidas quanto à consistência – as alterações na Constituição exigem um procedimento


especial mais rigoroso do que o exigido para as normas infraconstitucionais (leis ordinárias e
complementares).

Flexíveis à consistência – não exigem procedimento especial para alteração da Constituição.

Semi-rígidas à consistência - contêm uma parte flexível e outra rígida.


A Constituição Moçambicana

A Constituição moçambicana, reafirma desenvolver e aprofunda os princípios fundamentais


do Estado moçambicano, consagra o carácter soberano do Estado de Direito Democrático,
baseado no pluralismo de expressão, organização partidária e no respeito e garantia dos
direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos.

A Constituição moçambicana, no ano de 1990 introduziu o Estado de Direito Democrático,


alicerçado na separação e interdependência dos poderes e no pluralismo, lançando os
parâmetros estruturais da modernização, contribuindo de forma decisiva para a instauração de
um clima democrático que levou o país à realização das primeiras eleições multipartidárias.

Ela aborda sobre a Luta Armada de Libertação Nacional, respondendo aos anseios seculares
do nosso Povo, aglutinou todas as camadas patrióticas da sociedade moçambicana num
mesmo ideal de liberdade, unidade, justiça e progresso, cujo escopo era libertar a terra e o
Homem. Conquistada a Independência Nacional em 25 de Junho de 1975, devolveram-se ao
povo moçambicano os direitos e as liberdades fundamentais.

A constituição da republica de Moçambique, é composta por princípios fundamentais, pois A


República de Moçambique é um Estado independente, soberano, democrático e de justiça
social.
Conclusão

Com este trabalho, feito de base das várias literaturas, pode-se chegar ao senso que a
discussão a respeito da natureza dos princípios constitucionais depende do esclarecimento de
diversas pressuposições acerca da hermenêutica constitucional. Nessa medida, é preciso
avaliar qual seria a melhor teoria capaz de explicar e de instruir o modo pelo qual devemos
interpretar os princípios constitucionais. Defender um dos lados do debate implica assumir
uma série de pressupostos filosóficos controversos acerca da teoria do direito e da relação
entre o direito e democracia. Implica, além disso, desenvolver uma resposta concreta a
respeito do modo pelo qual a relação entre os valores morais e o direito deve se estabelecer.
Referências

 Barosso, Luis Roberto. Direito constitucional, p. 140.


 Canotilho, J. J. Gomes. Direito constitucional e teoria da constituição. 2. ed., Coimbra:
Almedina, 1998.
 Canotilho, J. J. Gomes / Moreira, Vital. Fundamentos da constituição. Coimbra: Coimbra
Editora, 1991.
 Ferrajoli, Luigi. A democracia através dos direitos: o constitucionalismo garantista como
modelo teórico e como projeto político. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015, p. 46.
 Manual de direito constitucional público e privado – UCM -ensino a distância.

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