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ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO
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Numa Constituição dirigente como a nossa, essas normas se fazem muito presentes.
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Sentidos/Concepções
SOCIOLÓGICO Segundo Ferdinand Lassale, a Constituição seria resultado dos fatores
reais do poder. Em sua obra Qué es una Constitución?, traduzida como
A Essência da Constituição,2 Lassale defende que a Constituição é a
realidade, o somatório dos fatores econômicos, culturais, sociais e
políticos de uma sociedade e se não obedecesse a esses fatores não
passaria de uma mera folha de papel.
É uma visão mais marxista e social da concepção de Constituição. É como
se uma Constituição que não traduzisse exatamente o que está na
sociedade, não seria uma Constituição, não passaria de uma mera folha
de papel!
2
LASSALLE, Ferdinand. A Essência da Constituição. 6. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2001.
3
SCHMITT, Carl. Teoria de la Constitución. Madrid: Alianza Editorial, 1992.
2
JURÍDICO- Segundo a teoria positivista de Hans Kelsen, o fundamento do Direito
NORMATIVO não é transcendental ao homem e à sociedade, mas se encontra no
(POSITIVISTA) pressuposto lógico (a norma fundamental) de que as leis são válidas e
que devem ser obedecidas, quando forem editadas segundo um
processo regular, (isto é, organizadas por regras aceitas pela
comunidade) e pela autoridade competente, legitimada de acordo com
princípios também anteriormente estabelecidos e aceitos. É a explicação
formal da validade do direito.
No início do século XX, Kelsen relata em sua famosa obra Teoria Pura do
Direito,4 uma concepção de ciência jurídica com a qual se pretendia
finalmente ter alcançado, no Direito, os ideais de toda a ciência:
objetividade e exatidão.
Essa concepção, que acaba retratando a supremacia formal da
Constituição e que sempre foi de extrema importância para a ciência do
direito, hoje é analisada à luz da abertura das Constituições pós-guerra
aos princípios, pois é inegável que os valores, a moral e a ética são
também importantes para a análise e compreensão do Direito.
CULTURALISTA De acordo com a concepção culturalista, a Constituição encerra um
“conjunto de normas fundamentais condicionadas pela cultura total, e ao
mesmo tempo, condicionante desta, emanadas da vontade existencial da
unidade política, e reguladora da existência, estrutura e fins do Estado e
do modo de exercício e limites do poder político”. Com isso, a
Constituição atua também como elemento conformador do sentido de
alguns aspectos dessa cultura.5
4
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 5. ed. Trad. João Baptista Machado. São Paulo: Martins Fontes,
1996.
5
TEIXEIRA, J. H. Meirelles. Curso de Direito Constitucional. 16. ed. São Paulo: Malheiros, 2000.
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DIREITO CONSTITUCIONAL - Profª Flavia Bahia
Material de Jurisprudência da Aula 1 de Direito Material
Não apenas o Estado haverá de ser convocado para formular as políticas públicas que podem
conduzir ao bem-estar, à igualdade e à justiça, mas a sociedade haverá de se organizar
segundo aqueles valores, a fim de que se firme como uma comunidade fraterna, pluralista e
sem preconceitos (...). E, referindo-se, expressamente, ao Preâmbulo da Constituição
brasileira de 1988, escolia José Afonso da Silva que "O Estado Democrático de Direito
destina-se a assegurar o exercício de determinados valores supremos. ‘Assegurar’, tem, no
contexto, função de garantia dogmático-constitucional; não, porém, de garantia dos valores
abstratamente considerados, mas do seu ‘exercício’. Este signo desempenha, aí, função
pragmática, porque, com o objetivo de ‘assegurar’, tem o efeito imediato de prescrever ao
Estado uma ação em favor da efetiva realização dos ditos valores em direção (função diretiva)
de destinatários das normas constitucionais que dão a esses valores conteúdo específico" (...).
Na esteira destes valores supremos explicitados no Preâmbulo da Constituição brasileira de
1988 é que se afirma, nas normas constitucionais vigentes, o princípio jurídico da
solidariedade. [ADI 2.649, voto da rel. min. Cármen Lúcia, j. 8-5-2008, P, DJE de 17-10-2008.]
Preâmbulo da Constituição: não constitui norma central. Invocação da proteção de Deus: não
se trata de norma de reprodução obrigatória na Constituição estadual, não tendo força
normativa. [ADI 2.076, rel. min. Carlos Velloso, j. 15-8-2002, P, DJ de 8-8-2003.]
Os postulados que informam a teoria do ordenamento jurídico e que lhe dão o necessário
substrato doutrinário assentam-se na premissa fundamental de que o sistema de direito
positivo, além de caracterizar uma unidade institucional, constitui um complexo de normas
que devem manter entre si um vínculo de essencial coerência. O Ato das Disposições
Transitórias, promulgado em 1988 pelo legislador constituinte, qualifica-se, juridicamente,
como um estatuto de índole constitucional. A estrutura normativa que nele se acha
consubstanciada ostenta, em consequência, a rigidez peculiar às regras inscritas no texto
básico da Lei Fundamental da República. Disso decorre o reconhecimento de que inexistem,
entre as normas inscritas no ADCT e os preceitos constantes da Carta Política, quaisquer
desníveis ou desigualdades quanto à intensidade de sua eficácia ou à prevalência de sua
autoridade. Situam-se, ambos, no mais elevado grau de positividade jurídica, impondo-se, no
plano do ordenamento estatal, enquanto categorias normativas subordinantes, à observância
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compulsória de todos, especialmente dos órgãos que integram o aparelho de Estado. [RE
160.486, rel. min. Celso de Mello, j. 11-10-1994, 1ª T, DJ de 9-6-1995.]
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Estrutura da constitução
e poder reformador Não há hierarquia entre as
O poder reformador é
preâmbulo A MTÂI D
NÃO HÁ HIERARQUIA
enfrenta vários limites:
COTIÇÃ PA
Circunstanciais -> 60, § 1º
O PÍ
Formais -> 60, i, ii, iii, § 2º, §3º, §5º
ADCT
Mapa mental:
Direito Constitucional
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DIREITO CONSTITUCIONAL - Profª Flavia Bahia
Material de Questão da Aula 1 de Direito Material
Resposta:
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Gabarito comentado
Deve ser respondido que não há hierarquia entre as normas do corpo fixo da Constituição
Federal de 1988 e as elencadas no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e,
inclusive, todas elas, em regra, servem como parâmetro de controle de constitucionalidade.