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TEORIA DA CONSTITUIÇÃO

O examinador não buscará um conceito de constituição, mas o que alguns


pensadores pensam a respeito do conceito de constituição. Normalmente
trocando os sentidos, fazendo bagunça entre os conceitos e seus autores.
Sentidos, concepções, acepções e percepções.

Sentido Pensador Expressão


identificadora

Sociológico Ferdinand Lassale Somatória dos fatores


reais de poder (folha
de papel)

Político Carl Schimitt Decisão política


fundamental (distinção
entre constituição e
leis constitucionais)

Jurídico Hans Kelsen Norma pura

Normativo Konrad Hesse Força normativa da


Constituição

Culturalista J. H. Meireles Teixeira Constituição Total

Lassale diz que a Constituição deve refletir os fatores reais de poder


presentes na sociedade, do contrário ela não passaria de uma folha de
papel.

Enquanto Lassale condiciona a força constitucional à reflexão dos fatores


reais de poder, Konrad Hess dirá que a constituição, por si só, possui força
normativa suficiente. Reparem que a força normativa da constituição é
encarado por alguns, dentro da ideia de neoconstitucionalismo, como um
dos pontos mais importantes do constitucionalismo modernos, ou seja,
refletindo ou não os fatores reais de poder da sociedade, a constituição deve
ser respeitada. Essa ideia de que ela não passaria de uma folha de papel é
superada no Neoconstitucionalismo.
Carl Schmitt traz o sentido político de constituição, diferenciando
constituição de lei constitucional. Aquilo que é coração de constituição,
como direitos e garantias fundamentais, organização do Estado e dos
poderes, seriam considerados constituição. Já aquilo que está na
constituição e não tem essência constitucional, não representando matéria
constitucional, não passa de uma lei constitucional. O conceito de Carl
Schimitt conversa, lá na classificação das constituições, com constituição
em sentido formal e material.

Hans Kelsen traz o conceito jurídico de constituição, falando da teoria da


norma pura. A Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen nos traz o seguinte
pensamento: Constituição é norma pura, não importando o que vem da
Sociologia ou de qualquer outra ciência que não seja a jurídica. Pra Kelsen
a Constituição é norma pura, porém, faz uma distinção relevante: trabalha a
Constituição em sentido lógico jurídico e no sentido jurídico-positivo.
Lógico-jurídico: Nesse sentido, a Constituição é a norma fundamental
hipotética e dentro desse sentido ela é pressuposta de validade da
Constituição.
Jurídico-positivo: Aqui ela é norma suprema, fundamento de validade das
demais normas do ordenamento jurídico.
No Positivismo Jurídico, a Constituição busca validade nela mesma.

J. H. Meirelles Teixeira vai dizer que a Constituição é um fator cultural e


nesse contexto, esse fator cultural é produzido pela sociedade e sobre ela
influenciará. Ele traz a ideia de Constituição Total porque o conceito de
Constituição como fator cultural abrangeria as perspectivas da sociologia,
da ciência política e do próprio ambiente jurídico. Seria uma mescla do que
Lassale, Schmitt e Kelsen falaram.

Normalmente os que mais caem são Lassale e Schmitt.

ELEMENTOS DAS CONSTITUIÇÕES


Limitativos: limitam o poder estatal – Direitos e Garantias Fundamentais –
José Afonso da Silva - são os que limitam os direitos estatais.
Elementos socioideológicos: direitos sociais (art. 6º a 11) e Ordem Social
(art. 193 a 232).

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