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SUMÁRIO
TEORIA GERAL DA CONSTITUIÇÃO .................................................................................................................... 2
1- INTRODUÇÃO......................................................................................................................................... 2
2- CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO ............................................................................................................... 2
2.1- SENTIDO SOCIOLÓGICO ...................................................................................................................... 2
2.2- SENTIDO PÓLITICO ............................................................................................................................. 3
2.3- SENTIDO JURÍDICO ............................................................................................................................. 4
2.4- SENTIDO NORMATIVO........................................................................................................................ 4
2.5- SENTIDO CULTURALISTA..................................................................................................................... 4
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Considerando que não temos muito tempo, vou direto ao ponto, mas assegurando aquilo
que é necessário. Avancemos!!!
2- CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO
Conceituar Constituição não é uma tarefa fácil, pois há inúmeros conceitos e cada
doutrinador inventa o seu para vender os seus livros. Considerando que minha tarefa aqui é
facilitar a sua vida, segue um conceito exarado pela Professora Nathalia Masson, que considero
ser um conceito padrão e que você pode usar sempre.
Para você entender isso melhor vou copiar um exemplo do meu professor da pós-
graduação, onde ele conta a história de um também professor dele.
Para você ter uma ideia, certa vez eu estava fazendo uma aula de
especialização, e o professor mostrou-nos um livro, no qual a capa trazia uma
daquelas Constituições brasileiras clássicas, no modelo em que é divulgada pela
Câmara e pelo Senado.
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Então, ele perguntou a nós, alunos: “O que é isso?” Claro que todos
respondemos que era uma Constituição. Foi daí que ele folheou, e não havia nada
escrito nas páginas do “recheio”. Em outras palavras, ele colou a capa da Constituição
em folhas em branco.
De novo ele perguntou: “O que é isso?”. Ele seguiu respondendo que a nossa
resposta, no sentido de aquilo ser a Constituição, decorreria do fato de aceitarmos a
Constituição como resultado da somatória dos fatores reais de poder numa
sociedade. Se isso não ocorresse, ou seja, se não entendêssemos a legitimidade
daquele livro, ele não passaria de uma ‘folha de papel’ como tantas outras.
Do ponto de vista material, o que vai importar para definirmos se uma norma
tem caráter constitucional ou não será o seu conteúdo, pouco importando a forma
pela qual foi essa norma introduzida no ordenamento jurídico. Constitucional será,
então, aquela norma que defina e trate das regras estruturais da sociedade, de
seus alicerces fundamentais (formas de Estado, governo, seus órgãos etc.). Trata-se
do que Schmitt chamou de “Constituição”.
Por outro lado, quando nos valemos do critério formal, que, de certa maneira,
também englobaria o que Schmitt chamou de “lei constitucional”, não mais nos
interessará o conteúdo da norma, mas sim a forma como ela foi introduzida no
ordenamento jurídico. Nesse sentido, as normas constitucionais serão aquelas
introduzidas pelo poder soberano, por meio de um processo legislativo mais
dificultoso, diferenciado e mais solene que o processo legislativo de formação das
demais normas do ordenamento.
Tá, mas então qual é o critério adotado pelo Brasil? Verifica-se uma forte
tendência no direito brasileiro a se adotar um critério misto em razão do art. 5º, §
3º, que admite que tratados internacionais de direitos humanos (matéria) sejam
incorporados como emendas, desde que obedeçam a uma forma, ou seja, a um
processo diferenciado de incorporação.
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Isso significa dizer que a Constituição pode até não realizar as coisas de forma isolada,
mas tem o poder de impor condutas, tarefas. Em outras palavras, por ser uma norma jurídica e
por isso teria força normativa, tem capacidade para vincular e impor seus comandos.
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