Você está na página 1de 6

cursoagoraeupasso.com.

br

SUMÁRIO
ADVOCACIA PRIVADA ........................................................................................................................................ 2
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 2
2- Habilitação para a profIssÃo de advogado e questão da indispensabilidade ........................................... 2
2.1- A inviolabilidade do advogado ........................................................................................................... 2
2.2- Direitos do advogado ......................................................................................................................... 3
Referências bibliográficas:............................................................................................................................. 3
Exercícios ........................................................................................................................................................... 5
Gabarito ......................................................................................................................................................... 6

AGORA EU PASSO!
1
cursoagoraeupasso.com.br

ADVOCACIA PRIVADA
1- INTRODUÇÃO
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça,
sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da
profissão, nos limites da lei.
Em conformidade com o que dispõe o art. 133, CF/88, o advogado é indispensável à
administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da
profissão e nos limites da lei.

A importância desse dispositivo torna-se patente ao verificarmos, em comparação com os


documentos constitucionais anteriores, que é a primeira vez que uma Constituição pátria
dedica um dispositivo aos advogados, profissionais que desempenham função de grande
destaque na vida política e jurídica do país, sobretudo na defesa no restabelecimento dos
direitos ameaçados/violados dos indivíduos.

2- HABILITAÇÃO PARA A PROFISSÃO DE ADVOGADO E QUESTÃO


DA INDISPENSABILIDADE
Alcança-se a qualificação de bacharel em direito mediante a conclusão do curso respectivo
e colação de grau.

Porém, para o exercício profissional da advocacia o bacharel tem de estar habilitado


perante a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A OAB exige, para o ingresso em seus quadros,
a aprovação no Exame de Ordem - uma prova que possui a pretensão de aferir a capacidade e
os conhecimentos dos bacharéis para a atividade profissional.

Quanto à indispensabilidade dos advogados, ela decorre da circunstância de eles serem


os profissionais que possuem, com exclusividade, o ius postulandi, vale dizer, a capacidade
postulatória. É nesse sentido que se pode dizer serem nulos de pleno direito os atos
processuais, que, privativos de advogado, venham a ser praticados por quem não dispõe de
capacidade postulatória - assim considerado tanto o ainda não inscrito nos quadros da OAB,
quanto aquele cuja inscrição na instituição se ache suspensa (Lei nº 8.906/1994, art. 4°,
parágrafo único).

2.1- A INVIOLABILIDADE DO ADVOGADO


Inaceitável numa República a estipulação de privilégios pessoais. Por isso, a
inviolabilidade do advogado constante do texto constitucional (art. 133) deve ser lida como
uma prerrogativa vinculada ao exercício profissional, prevista pelo constituinte no intuito
último de resguardar o exercício do direito de defesa.

O advogado dispõe, pois, de imunidade material relativa às suas manifestações e atos no


exercício da atividade laboral, estando protegido quando suas palavras ou atos possam ser
ofensivos às pessoas, vez que não haverá a incidência dos crimes de injúria e difamação.

Ressalte-se, todavia, que o advogado não goza de imunidade quanto aos crimes de
desacato à autoridade e calúnia. Quanto à justificativa de a imunidade profissional do

AGORA EU PASSO!
2
cursoagoraeupasso.com.br

advogado não compreender o desacato, vale frisar que sua concessão conflitaria com a
autoridade do magistrado na condução da atividade jurisdicional.

2.2- DIREITOS DO ADVOGADO


Inicialmente, temos a súmula vinculante 14 do STF, que determina ser direito do
defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório (não se resume a investigações policiais)
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do
direito de defesa - inclusive devendo ser tal direito tutelado por HC. Não há que se reconhecer,
pois, em sigilo dos autos de inquérito policial ao advogado no que se refere aos elementos de
prova que já estejam devidamente documentados.

Igualmente importante é o direito que o advogado possui de contar com a presença de


representante da OAB em caso de prisão em flagrante no exercício da profissão, o que
constitui uma garantia da inviolabilidade da atuação profissional.

Ainda com relação à prisão o advogado tem direito somente ser recolhido preso em sala
de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, enquanto não transitar em
julgado a sentença penal. Se esta instalação não existir, ao advogado será determinada a
custódia domiciliar.

Os advogados também possuem o direito à inviolabilidade de seu escritório ou local


de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita,
eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia. Referida
proteção é mero consectário da inviolabilidade assegurada ao advogado no exercício
profissional.

Insta, todavia, recordar que o simples fato de o sujeito ser advogado não lhe confere
imunidade na eventual prática de delitos no exercício de sua profissão. É por isso que em
situações nas quais o advogado pratica crimes, o juiz competente poderá decretar, em decisão
fundamentada, a quebra dessa inviolabilidade expedindo mandado de busca e apreensão,
específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo,
em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos
pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de
trabalho que contenham informações sobre clientes (art. 7º, § 6º, Lei nº 8.906/1994).

Por último, vale lembrar o direito previsto no estatuto (art. 7°, § 4°) de os advogados
fazerem uso de salas a eles especialmente destinadas em juizados, fóruns, Tribunais, delegacias
de polícia e presídios.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

➢ LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado 23ª Ed.. São Paulo, Saraiva,
2019;

➢ MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4ª Ed. JusPodivm, Salvador,


2016;

AGORA EU PASSO!
3
cursoagoraeupasso.com.br

➢ MORAIS, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2006;

PAULO, Vicente; Alexandrino, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 17ª


Ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018;

➢ SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 331 ed. atual. São
Paulo. Malheiros, 2010, p. 286-287.

➢ NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional. 13ª Ed. JusPodivm, Salvador,


2018;

AGORA EU PASSO!
4
cursoagoraeupasso.com.br

EXERCÍCIOS

1. A respeito das funções essenciais à justiça, julgue o item seguinte à luz da CF.

O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e


manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.

Certo

Errado

2. Com relação ao Poder Judiciário e às funções essenciais à justiça, julgue os itens a


seguir.

Consoante à jurisprudência do STF, é direito do advogado, previsto no ordenamento


jurídico brasileiro, não ser recolhido preso antes de sentença transitada em julgado,
senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas. Nesse caso,
quem deve avaliar e reconhecer se as instalações e comodidades são condignas é a OAB,
e não o Estado.
Certo

Errado

3. Com relação ao Poder Judiciário e às funções essenciais à justiça, julgue os itens a


seguir.

No que toca à imunidade profissional do advogado, não constituem injúria ou difamação


puníveis qualquer ato ou manifestação praticada no exercício de sua atividade.
Entretanto, se, por exemplo, o advogado desacatar um agente penitenciário que age no
exercício de sua função, o STF entende que não há imunidade, e pode ser instaurado
processo-crime contra o causídico.
Certo

Errado

4. A respeito das funções essenciais à justiça, julgue o item


subsequente.

A CF considera, de modo expresso, que o advogado é indispensável à administração da


justiça.
Certo

Errado

AGORA EU PASSO!
5
cursoagoraeupasso.com.br

GABARITO
1. CERTO
2. ERRADO
3. CERTO
4. CERTO

AGORA EU PASSO!
6

Você também pode gostar