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1.

Como deve ser, em âmbito criminal, a questão da Procuração em uma queixa-


crime?

Em âmbito criminal, a procuração é um instrumento importante para autorizar o


advogado a representar o cliente em uma queixa-crime. A procuração deve ser
escrita e assinada pelo cliente, outorgando poderes ao advogado para que este
possa atuar em seu nome, em todas as fases do processo penal, desde a
apresentação da queixa-crime até o seu julgamento final.

A procuração deve conter os dados pessoais do cliente, como nome completo, CPF,
RG, endereço, profissão e estado civil, assim como os dados do advogado, como
nome completo, inscrição na OAB, endereço e dados bancários. Deve ainda constar
o objeto da procuração, que no caso da queixa-crime seria a representação do
cliente na acusação contra o réu, identificado pelo nome e dados pessoais.

É importante ressaltar que a procuração deve ser específica para o caso em


questão, não podendo o advogado utilizar poderes não conferidos pelo cliente. Além
disso, a procuração pode ser revogada a qualquer momento pelo cliente, desde que
esteja em pleno exercício de suas faculdades mentais.

2. O que dispõe o art. 44 do CPP?

O artigo 44 do Código de Processo Penal (CPP) dispõe sobre a necessidade de que


a queixa-crime seja apresentada pelo ofendido ou seu representante legal para que
seja admitida a ação penal privada. Segue o teor do dispositivo:

"Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo
constar do instrumento do mandato a designação do lugar onde será proposta a
ação e outorgados poderes para o foro em geral.

Parágrafo único. Será, porém, inepta a queixa, e indeferida desde logo, quando faltar
algum dos requisitos mencionados neste artigo, ou quando o procurador, que se
apresentar, não tiver poderes especiais."

3. O que alude o art. 34, inciso XV do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos


Advogados do Brasil.

O art. 34, inciso XV do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil


(Lei nº 8.906/94) alude à atribuição do advogado de exercer a advocacia judicial e
extrajudicialmente, conforme previsto nos artigos 1º e 3º da mesma lei.

Em outras palavras, esse dispositivo estabelece que é dever do advogado exercer a


advocacia em todos os graus e instâncias do Poder Judiciário, além de prestar
assistência jurídica gratuita aos necessitados e atuar em causas extrajudiciais, como
na elaboração de contratos e pareceres jurídicos, por exemplo.
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