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PROCESSO DO TRABALHO

PROFESSORA JULIANA ALMEIDA


PROCESSO DO TRABALHO:

4. Justiça o trabalho - partes e procuradores: partes -


capacidade, representação e assistência; "jus
postulandi" da parte; substituição processual;
honorários advocatícios; gratuidade; deveres das
partes e procuradores; assédio processual trabalhista.
PARTES

TERMINOLOGIA

Autor Reclamante

Réu Reclamado
PARTES

CONCEITO

São partes aquele que ajuíza a ação,


formulando a pretensão, e aquele em face de
quem a ação foi ajuizada.

Contudo, não são apenas aqueles que,


originariamente, figuram como autor e réu, mas
também os que são chamados a ingressar no feito,
participando do contraditório, sujeitando-se à parcela
da eficácia (direta ou reflexa) da sentença a ser
proferida.
PARTES
SUCESSÃO DAS PARTES

CPC, Art. 110. Ocorrendo a morte de


qualquer das partes, dar-se-á a
sucessão pelo seu espólio ou pelos
seus sucessores, observado o disposto
no art. 313, §§ 1º e 2º .
PARTES
CAPACIDADE DE SER PARTE

Código Civil:
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e
deveres na ordem civil.

Art. 2º A personalidade civil da pessoa


começa do nascimento com vida; mas a
lei põe a salvo, desde a concepção, os
direitos do nascituro.
PARTES
CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO

Código de Processo Civil:


Art. 70. Toda pessoa que se encontre no
exercício de seus direitos tem capacidade
para estar em juízo.

CLT. Art. 793. A reclamação trabalhista do


menor de 18 anos será feita por seus
representantes legais e, na falta destes,
pela Procuradoria da Justiça do Trabalho,
pelo sindicato, pelo Ministério Público
estadual ou curador nomeado em juízo.
PARTES
CAPACIDADE POSTULATÓRIA

CLT. Art. 791 - Os empregados e os


empregadores poderão reclamar
pessoalmente perante a Justiça do Trabalho
e acompanhar as suas reclamações até o
final.

Art. 839 - A reclamação poderá ser


apresentada:
a) pelos empregados e empregadores,
pessoalmente, ou por seus representantes, e
pelos sindicatos de classe;
PARTES
MANDATO

Exige-se o instrumento do mandato, isto é, a


procuração, por meio da qual a parte lhe outorga os
poderes.

CPC. Art. 105. A procuração geral para o foro,


outorgada por instrumento público ou particular
assinado pela parte, habilita o advogado a praticar
todos os atos do processo, exceto receber citação,
confessar, reconhecer a procedência do pedido,
transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se
funda a ação, receber, dar quitação, firmar
compromisso e assinar declaração de hipossuficiência
econômica, que devem constar de cláusula específica.
Assistência judiciária e justiça
gratuita
Art. 5º, inciso LXXIV, CF: o Estado deve prestar
“assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos.

Lei 5.584/1970, art. 14, na Justiça do Trabalho,


“a assistência judiciária a que se refere a Lei nº
1.060, de 5 de fevereiro de 1950”, deve ser
prestada pelo sindicato da categoria
profissional a que pertencer o trabalhador.
Assistência judiciária e justiça
gratuita
CLT, art. 790,

§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e


presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer
instância conceder, a requerimento ou de ofício, o
benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a
traslados e instrumentos, àqueles que perceberem
salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.

§ 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à


parte que comprovar insuficiência de recursos para o
pagamento das custas do processo.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
CLT
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue
em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre
o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre
o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre
o valor atualizado da causa.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
DEVERES DAS PARTES E LITIGÂNCIA
DE MÁ-FÉ
Art. 793-A. Responde por perdas e danos aquele que litigar de
má-fé como reclamante, reclamado ou interveniente.

Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé aquele que:


I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou
fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato
do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente
protelatório.
DEVERES DAS PARTES E LITIGÂNCIA
DE MÁ-FÉ

A doutrina também tem reconhecido o


assédio processual, entendido como a
prática reiterada de atos reprováveis no
curso do processo, com o fim de prejudicar,
desestabilizar, desestimular, pressionar,
intimidar a outra parte, acarretando
desgaste, protelação e tumulto processual,
o que acaba gerando violação à dignidade
da parte prejudicada.

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