Você está na página 1de 15

EXECUÇÃO E

CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA
Docente: NATALIE SOARES

2024.1
DA LEGITIMIDADE À
RESPONSABILIDADE
PATRIMONIAL DOS TÍTULOS
EXECUTIVOS JUDICIAIS
PROFA.: NATALIE SOARES
Das Partes no
Processo de Execução

Introdução Legitimidade

 QUEM PODE PROMOVER A EXECUÇÃO?

 EM FACE DE QUEM A EXECUÇÃO PODE SER PROMOVIDA?


LEGITIMIDADE ATIVA

 PARTE ATIVA ou Exequente

LEGITIMIDADE ATIVA

Legitimação Ordinária Legitimação


Derivada Extraordinária
Legitimação Ordinária (Superveniente) CPC, art. 778, § 1º, I
Art. 778, “caput” CPC, art. 778, § 1º, II, & Lei n. 7.347/85, art.
III e IV. 15.
- PARTE ATIVA –
Legitimação Ordinária

Art. 778, “caput”: “Pode promover a execução forçada o credor a quem


a lei confere título executivo”.

- O credor pode ajuizar a execução, porque consta no título executivo. Trata-se


de alguém agindo em nome próprio na defesa de direito próprio (legitimidade
ordinária).

 Com efeito, a legitimação ordinária das partes será extraída, quase sempre,
do próprio conteúdo do título. Assim, no título judicial, credor ou exequente
será o vencedor da causa, como tal apontado na sentença. E, no título
extrajudicial, será a pessoa em favor de quem se contraiu a obrigação.
- PARTE ATIVA –
Legitimação Ordinária Derivada
(Superveniente)
 Trata-se de uma situação em que o crédito constante do título executivo foi
transferido (“causa mortis” ou “inter vivos”).

Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título
executivo. (Legitimação Ordinária)

§ 1º Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao


exequente originário:
 I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei; (Legitimação Extraordinária)
 II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte
deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;
 III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for
transferido por ato entre vivos;
 IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. Ex.
Fiador ou devedor solidário
- PARTE ATIVA –
Legitimação Extraordinária

 CPC, art. 778, § 1º, I & Lei n. 7.347/85, art. 15.


CPC, art. 778, § 1º: “Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em
sucessão ao exequente originário:
I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei;”.

- Aborda a situação em que alguém (MP) age em nome próprio na defesa


de direito alheio.

- Assim, nos casos prescritos em lei, o Ministérios atuará , de forma


extraordinária, no processo executivo (ou no cumprimento da sentença.
EXEMPLOS DA LEGITIMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DO MP:

Lei n. 7.347/85, art. 15: “Decorridos sessenta dias do trânsito em


julgado da sentença condenatória, sem que a associação
autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério
Público, facultada igual iniciativa aos demais legitimados”.

CDC, art. 98: “A execução poderá ser coletiva, sendo promovida


pelos legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as vítimas
cujas indenizações já tiveram sido fixadas em sentença de
liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções”.

Execução de ação civil ex delito, em


caso de vítima hipossuficiente.
PARTE PASSIVA
ou Executado

CPC cuida da legitimação passiva em seu Art 779.

- Também há três grupos de legitimidade passiva:

I. Ordinária (CPC, art. 779, I)


II. Ordinária derivada ou superveniente (CPC, art. 779, II a V)
III. Responsável tributário (CPC, art. 779, VI) (CTN, arts. 134 e 135) (e o
CPC, art. 134?)
- PARTE PASSIVA –
Legitimação Ordinária

CPC, art. 779: “A execução pode ser promovida contra:


I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
- É o devedor, reconhecido como tal no título executivo. Se se trata de execução
de sentença, o executado será o vencido no processo de conhecimento e sua
identificação far-se-á pela simples leitura do decisório exequendo. Convém
lembrar, todavia, que não apenas o réu pode ser vencido, pois também o autor,
quando decai de seu pedido, é condenado aos efeitos da sucumbência (custas e
honorários advocatícios), assumindo a posição de vencido e sujeitando-se à
execução forçada.

- Da mesma forma, se a execução for de título executivo extrajudicial, será sempre


legitimado passivo aquele que figurar no documento negocial como devedor.
- PARTE PASSIVA –
Legitimação Ordinária
Derivada/Superveniente
CPC, art. 779, II a V.

São os casos em que o débito é sucedido, da mesma forma que o crédito (sucessão “causa
mortis” ou “inter vivos”).

Art. 779. A execução pode ser promovida contra:


I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo; ordinária
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação
resultante do título executivo;
IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do
débito;

Diferentemente da cessão de crédito, no caso de assunção de dívida,


deve haver a concordância do credor
- PARTE PASSIVA –
Legitimação Ordinária
Derivada/Superveniente
CPC, Art. 779: “A execução pode ser promovida contra:

- o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; [se o falecido deixou


dívida, eventualmente o espólio, herdeiros ou sucessores podem
responder, mas deve ser conjugada com o art. 796 do CPC]
- o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a
obrigação resultante do título executivo [assunção de débito – CC, arts.
299 a 303];
- o fiador do débito constante em título extrajudicial;
- o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento
do débito; (...).

Art. 796: “O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a


partilha, cada herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e
na proporção da parte que lhe coube”.
- PARTE PASSIVA –
Responsável Tributário

(CPC, art. 779, VI) (CTN, arts. 134 e 135) (e o CPC, art. 134?)

- CPC, art. 779: “A execução pode ser promovida contra: (...) VI – o responsável
tributário, assim definido em lei”.

- Definido em legislação própria (Lei n° 5.172/66 - CTN)

- Considera-se responsável tributário “a pessoa obrigada ao pagamento do


tributo ou penalidade pecuniária” (CTN). Que poderá ser o contribuinte (quando
tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato
gerador ou o responsável (quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua
obrigação decorra de disposição expressa da lei).
Responsabilidade de Terceiros
no CTN
PROFA.: NATALIE SOARES

Você também pode gostar