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Ônus da prova processo Coletivo

- Ônus – Conduta que se adota em proveito próprio x Dever – conduta que se adota em
proveito alheio.

Quando se deixa de cumprir o ônus, a consequência é do próprio indivíduo.

- Elementos da ação – parte, causa de pedir (fatos e fundamentos jurídicos – embasamento da


prova) e pedido.

Ao descumprir o ônus, a parte coloca-se em desvantagem para obtenção do ganha da causa.

- Regra Geral:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

- Inversão do ônus da prova

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova
de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte
a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a


desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do


ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências;

1. Fato Negativo – Sempre se prova fato positivo e nunca negativo.

Prova diabólica – Pode causar um prejuízo a parte.

Ex: Declaratória de inexigibilidade do débito.


Mas a outra parte tem a possibilidade de comprovar o fato positivo.

- Requisitos para inversão:

a) Verossimilhança das alegações

Elevado grau de probabilidade da versão apresentada pelo autor – provas e elementos.

b) Hipossuficiência

Técnica e Econômica (gratuidade da justiça já é garantida à parte, não podendo ser o parâmetro para
inversão) – ausência de conhecimento técnico para concessão da inversão

Titular (autor da ação) – inversão

Legitimado (MP, DEFENSORIA, ASSOCIAÇÃO) – Também pode ser concedido o ônus da prova.

- Momento da inversão

Antes da produção da prova – regra de procedimento – dirigida à parte

Na sentença – regra de julgamento - §1º, do 373 – permitindo a parte se desincumbir do seu ônus.

- Provas obtidos por meio ilícito – Ideia da árvore apodrecida

Art. 5º - LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

Teses sobre a continuidade do processo

- Nulidade total do processo

- Aceita tudo

- Meio termo, tentar obter a prova ilícita por meios lícitos.

COISA JULGADA

- Formal (trânsito em julgado) – imutabilidade da decisão no processo em que foi deferida

- Material – imutabilidade dentro ou fora do processo em que foi proferida

Impede uma rediscussão de uma decisão dentro e fora do processo – contra aquela parte novamente em
outra ação (causa de pedir e pedido contra a mesma parte).

- Decisão de mérito + Congnição exauriente (analisada prlo juízo todas as provas e fatos alegados

Diferentemente de uma extinção se julgamento do mérito ou cognição sumária (Tutela da urgência –


apenas sumariamente)

- Coisa julgada no processo coletivo

Decisão de mérito + cognição exauriente + resultado da lide (CDC 103)


Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa
julgada:

I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por


insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar
outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do
inciso I do parágrafo único do art. 81;

II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo


improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior,
quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;

III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para


beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do
parágrafo único do art. 81.

§ 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não


prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade, do
grupo, categoria ou classe.

§ 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do


pedido, os interessados que não tiverem intervindo no processo como
litisconsortes poderão propor ação de indenização a título individual.

§ 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com o


art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações de
indenização por danos pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na
forma prevista neste código, mas, se procedente o pedido, beneficiarão as
vítimas e seus sucessores, que poderão proceder à liquidação e à execução,
nos termos dos arts. 96 a 99.

§ 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença penal


condenatória.

Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo


único do art. 81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os
efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e
III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações individuais, se não
for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos
autos do ajuizamento da ação coletiva.

- Demanda Procedente – Coisa julgada material + Erga Omnes

- Demanda Improcedente

Insuficiência de provas – não há coisa julgada material

Ingressar com nova ação coletiva fundada em novas provas

Outra causa – há coisa julgada coletiva material, mas não impede a propositura de ação individual, que
não pode ser prejudicada pela Coletiva.
- Lei de ação Civil Pública

Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da
competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado
improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado
poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova
prova.

Extenção do Dano – Local, regional ou nacional – não pode se confundir com


coisa julgada.

Incostitucionalidade do art. 16, da LACP – Tema 1.075 – Prevenção do


primeiro juízo

Cumprimento de Sentença (Liquidação de sentença)

Coletiva – Legitmados são os mesmo da LACP 5 – Execução da parte coletiva


da indenização (danos morais coletivos)

Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de interessados em


número compatível com a gravidade do dano, poderão os legitimados do art.
82 promover a liquidação e execução da indenização devida.

Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de
que trata o art. 82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiveram sido
fixadas em sentença de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras
execuções.

JUIZO DA AÇÃO CONDENATÓRIA – FUNÇÃO

II - da ação condenatória, quando coletiva a execução.

Individual – vítima e sucessores (art. 97 CDC)

Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas pela


vítima e seus sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o art. 82

JUÍZO DA LIQUIDAÇÃO - OU DA AÇÃO CONDENATÓRIA.

§ 2° É competente para a execução o juízo:

I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no caso de


execução individual;

OU

Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e


serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão
observadas as seguintes normas:
I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;

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