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A reconvenção, inverte esta posição e o réu (reclamado) passa a ser autor. Trata-se de
verdadeiro contra-ataque do réu ao autor. o referido instituto é cabível no processo
trabalhista tendo em vista a previsão contida no art. 769 da CLT, usando-se, assim o CPC de
forma subsidiária, em face da omissão da consolidação trabalhista. A reconvenção é ação
autônoma movida pela reclamada contra o reclamante, oferecida simultaneamente com a
contestação em peça apartada, no momento da audiência. A desistência da ação, ou a
existência de qualquer causa que a extinga, não obsta ao prosseguimento da reconvenção”.
o juiz, antes de passar à instrução, fixará o valor da causa, para a determinação de alçada, se
este for indeterminado. Não sendo acolhida a impugnação ao valor da causa, quando argüida
em contestação, caberá à reclamada, no oferecimento das razões finais (art. 850 da CLT),
insurgir-se, novamente, quanto ao valor da causa e, em não sendo acolhido, será cabível o
pedido de revisão, em 48 horas, ao Presidente do TRT, que decidirá sem suspensão do
processo.
5-Ônus da prova
xiste ônus da prova quando um determinado comportamento é exigido da parte para alcançar
um fim jurídico desejado.
Desta forma, ônus da prova é a responsabilidade atribuída à parte para produzir uma prova e
que, uma vez não desempenhada satisfatoriamente, traz, como conseqüência, o não-
reconhecimento, pelo órgão jurisdicional, da existência do fato que a prova se destina a
demonstrar.
O ônus da prova é atribuído a quem alega a existência de um fato: a prova das alegações
incumbe à parte que as faz (CLT, art. 818). Assim, compete ao empregador que despede por
justa causa a prova desta. Os pagamentos efetuados ao empregado têm de ser provados pelo
empregador, o que abrange salários, remuneração das férias, do repouso semanal, verbas
rescisórias etc.
6-Meios de prova
Depoimento pessoal
Consiste em uma declaração prestada pelo autor ou pelo réu, sobre os fatos objeto do litígio,
perante o juiz.
A CLT prevê esse meio de prova o qual pode ser produzido de ofício pelo juiz ou a pedido das
partes.
Confissão
É um meio de prova judicial em que a parte admite a verdade de um fato, contrário ao seu
interesse e favorável ao adversário, conforme o art. 348 do CPC.
Testemunhas
É um meio de prova que consiste na declaração que uma pessoa, que não é parte no processo,
faz ao juiz, sobre o que sabe a respeito de um fato de qualquer natureza.
Não obstante, a prova testemunhal continua sendo básica no processo trabalhista, até porque
o documento também apresenta riscos, como de sua autenticidade.
Contradita
As testemunhas impedidas ou suspeitas devem ser contraditadas até antes do início do
depoimento na audiência. Se a testemunha nega os fatos que lhe são imputados na contradita,
a parte pode prová-los por meio de documentos ou testemunhas, até três.
Admitida a contradita, a testemunha é dispensada e substituída.
Documentos
É o produto de um ato humano, perceptível com os sentidos da vista e do tato, que serve de
prova representativa de um fato qualquer.
Tem como função dar existência ou validade a alguns atos jurídicos que não são considerados
existentes sem a correspectiva documentação.
Os documentos do autor devem ser juntados com a petição inicial e os do réu com a defesa.
Perícia
É uma atividade processual desenvolvida, em virtude de encargo judicial, por pessoas distintas
das partes do processo, qualificadas por seus conhecimentos técnicos ou científicos, mediante
a qual são ministrados ao juiz argumentos ou razões para a formação do seu convencimento
sobre certos fatos cuja percepção ou cujo entendimento escapa das aptidões comuns das
pessoas.
Inspeção Judicial
É um reconhecimento ou uma diligência processual, com o fim de obter provas, mediante uma
verificação direta. Tem por finalidade permitir ao juiz esclarecimentos sobre fato de interesse
da causa.
Nela, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo,
inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da
causa.
CLT apresenta lacunas, permitindo a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil, desde
que haja compatibilidade, em cada hipótese, com as normas do processo trabalhista . No que
respeita à suspensão do processo, segundo o art. 775 da CLT, os prazos são contínuos e
irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados "pelo tempo estritamente necessário pelo
juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior".A suspensão, em qualquer caso, não é
automática: deve ser determinada pelo juiz. Antes dessa determinação o processo segue seu
curso normal, ainda que já exista a causa da suspensão
Art. 832 – Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a
apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.
Duplo grau de jurisdição garante aos litigantes em processo judicial ou administrativo e aos
acusados em geral o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes .
Contra decisões prolatadas nos dissídios de alçada (que não ultrapassam dois salários
mínimos) não caberá recurso, salvo se versarem sobre matéria constitucional.
Princípio da unirrecorribilidade
Também conhecido como princípio da singularidade ou da unicidade recursal, o
princípio não permite a interposição de mais de um recurso contra a
mesma decisão.
Princípio da fungibilidade ou conversibilidade permite que o juiz conheça de um recurso que
foi erroneamente interposto como se fosse o recurso cabível.
Princípio da voluntariedade. O órgão julgado não poderá conhecer de matéria não suscitada
no recurso, salvo as de
ordem pública, sobre as quais enquanto não houver o trânsito em julgado não se
opera a preclusão.
Princípio da proibição da reformatio in pejus, vedado ao tribunal, no julgamento de um
recurso, proferir decisão mais desfavorável ao recorrente, do que aquela corrida.
Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias
“Súm. 214/TST – Decisão interlocutória – Irrecorribilidade. Na Justiça do Trabalho, nos
termos do art. 893, § 1.º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso de
imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial
do Tribunal Superior do Trabalho;
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal:
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para
Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o
disposto no art. 799, § 2.º, da CLT”.
Inexigibilidade de fundamentação
O art. 899 da CLT dispõe que os recursos serão interpostos por simples petição.
Neste contexto, permite o texto consolidado que os recursos sejam interpostos sem
qualquer fundamentação ou razões de apelo.
Efeito devolutivo dos recursos
Art. 899 consolidado determina que os recursos serão dotados, em regra, de efeito
meramente devolutivo, permitindo-se a execução provisória até a penhora.
Exceção: A Lei 7.701/1988, art. 9.º e a Lei 10.192/2001, art. 14, permitem que o
Presidente do Tribunal Superior do Trabalho conceda efeito suspensivo ao recurso
ordinário interposto em face de sentença normativa prolatada pelo Tribunal Regional
do Trabalho, pelo prazo improrrogável de 120 dias, contados da publicação, salvo se o
recurso for julgado antes do término do prazo.
UNIFORMIDADE DOS PRAZOS RECURSAISO art. 6.º da Lei 5.584/1970 estabelece que será de
oito dias o prazo para interpor e contra-arrazoar recurso trabalhista. 8 dias;
No entanto, alguns recursos possuem prazos diferenciados.
Exceções: Em bargos de Declaração (5 dias), Recurso Extraordinário (15 dias), Fazenda Pública
e MP (dobro para recorrer);
Adequação
Tal pressuposto estão recurso estabelece que a parte deve utilizar o recurso adequado, isto é,
o recurso cabível à espécie. Salvo a aplicação do princípio da fungibilidade.
Tempestividade
Significa que o recurso deve ser interposto no prazo legal, sob pena de não conhecimento do
recurso. A imposição antes do prazo também importa na intempestividade. Vale ressaltar que
é muito importante ficar atento aos prazos de cada recurso.
Preparo
É indispensável o pagamento, pelo recorrente, das custas, bem como a realização do depósito
recursal, sob pena de ser considerado deserto.
Regularidade de apresentação
O recurso deve ser subscrito pela própria parte, ou por advogado com procuração nos autos
ou portador de mandado tácito sob pena de não conhecimento do recurso.
Capacidade
A parte precisa demonstrar que é capaz para os atos da vida civil, sob pena de não ter seu
recurso admitido e necessitar de representação para fazê-lo.
Interesse
O recurso tem que ser útil e necessário à parte, sob pena de não conhecimento.
11 -remessa necessária
O recurso de embargos de declaração está previsto no art. 897-A da CLT e no art. 1.022 e
seguintes do CPC vigente, sendo interposto em face de decisões que contenham omissão,
obscuridade e contradição. O termo decisões deve ser interpretado extensivamente, de
maneira a abarcar as sentenças, acórdãos e interlocutórias, deixando de fora do rol apenas os
despachos, por serem irrecorríveis.
Além dos três vícios descritos acima omissão, obscuridade e contradição a CLT ainda faz
previsão de interposição da espécie recursal quando houver manifesto equívoco na análise dos
pressupostos de admissibilidade. A questão for simples e a inadmissão partir de equívoco
manifesto do julgador, poderá a parte opor embargos de declaração, sendo que tal equívoco
poderá ser corrigido pelo próprio prolator da decisão, em típica aplicação do efeito regressivo.
O recurso ordinário encontra previsão legal no artigo 895 da CLT, sendo cabível contra
decisões definitivas proferidas nas Varas do Trabalho, bem como das decisões definitivas dos
TRT’s em processos de sua competência originária.
A competência para julgamento deste recurso é das Turmas do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT). O prazo para sua interposição é de 08 (oito) dias, e possui apenas efeito devolutivo.
CLT Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior
I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e
II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua
competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos
dissídios coletivos.
§ 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário
II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo
no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente
em pauta para julgamento, sem revisor; (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000)
III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento,
se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;
IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação
suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a
sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando
tal circunstância, servirá de acórdão.
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento
dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao
procedimento sumaríssimo.
Encontra respaldo no artigo 896 da CLT. É cabível, das decisões dos TRTs para O TST (turmas),
exceto execução de sentença, contra as decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em
dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho quando for dado ao mesmo
dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal
Regional, seja no seu pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior
do Trabalho, ou a Súmula de jurisprudência Uniforme dessa Corte.
Quando for dado ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho,
Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória
em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida,
interpretação divergente na forma da alínea "a". Cabe ainda das decisões proferidas com
violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.
O prazo é de 08 (oito) dias, contados a partir da publicação do acórdão no jornal oficial (CLT,
art. 896).
17-EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
Seu cabimento é possível contra decisões das turmas que divergem entre si, ou das decisões
das turmas que divergem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios
Individuais, exceto se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou orientação
jurisprudencial do TST ou do STF, conforme dispositivo da CLT art. 894, II.
O prazo para sua interposição é de 08 (oito) dias. A competência para seu julgamento é TST. Os
embargos de divergência, no âmbito da justiça do trabalho, é cabível no TST, para unificação
de sua jurisprudência.
18-AGRAVO DE INSTRUMENTO
Reza o artigo 897 "b" da CLT acerca desta modalidade recursal, ele é cabível contra despachos
que denegarem a interposição de recursos. O prazo para tanto é de 08 (oito) dias, serão
processados em autos separados; só terá efeito suspensivo se o juiz o atribuir, pois em regra
só possui efeito devolutivo.
Esse recurso exercitável em qualquer grau de jurisdição, só podendo ser objeto de julgamento
pelo Tribunal Regional ou Superior.
Tendo em vista a omissão da CLT, os arts. 509 e ss do CPC vigente tratam da espécie de
liquidação por arbitramento.