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1- Reconvenção trabalhista

A reconvenção, inverte esta posição e o réu (reclamado) passa a ser autor. Trata-se de
verdadeiro contra-ataque do réu ao autor. o referido instituto é cabível no processo
trabalhista tendo em vista a previsão contida no art. 769 da CLT, usando-se, assim o CPC de
forma subsidiária, em face da omissão da consolidação trabalhista. A reconvenção é ação
autônoma movida pela reclamada contra o reclamante, oferecida simultaneamente com a
contestação em peça apartada, no momento da audiência. A desistência da ação, ou a
existência de qualquer causa que a extinga, não obsta ao prosseguimento da reconvenção”.

2-Impugnação ao valor da causa

o juiz, antes de passar à instrução, fixará o valor da causa, para a determinação de alçada, se
este for indeterminado. Não sendo acolhida a impugnação ao valor da causa, quando argüida
em contestação, caberá à reclamada, no oferecimento das razões finais (art. 850 da CLT),
insurgir-se, novamente, quanto ao valor da causa e, em não sendo acolhido, será cabível o
pedido de revisão, em 48 horas, ao Presidente do TRT, que decidirá sem suspensão do
processo.

3-Principos probatórios trabalhistas

a) Princípio do Contraditório e da ampla defesa tem o escopo de permitir e legitimar aos


litigantes o direito de trazer seus elementos probatórios e de se manifestarem , observada a
igualdade e os momentos processuais adequados.
b)Princípio da necessidade da prova – Com exceção dos fatos que não precisam ser provados
em juízo, em razão de suas naturezas particulares, é dever da parte fazer prova de suas
alegações.
d) Princípio da proibição da prova obtida ilicitamente – consoante ordena o artigo 818 da CLT.
c) Princípio da unidade da prova – Os elementos probatórios devem ser considerados em seu
conjunto, formando um todo unitário sujeito ao crivo da autoridade judiciária
e) Princípio do livre convencimento e da persuasão racional – Reporta-se à reflexão valorativa
livre do magistrado, quando da aferição do grau de veracidade dos fatos através dos
elementos probatório trazidos aos autos, nos termos dos artigos 765 e 832 da CLT.
f) Princípio da Oralidade – Vigora no processo do
trabalho (ex arts. 845, 848, 852 e 852-H) a disciplina da produção de provas
na audiência de instrução e julgamento, são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
meios ilícitos na presença da autoridade judiciária.
g) Princípio da Imediação – Permite ao magistrado colher diretamente e determinar as provas
cuja produção entende necessárias.
h) Princípio da aquisição processual – Impossibilita a livre disposição dos elementos de prova
pelas partes quando estes já estão incorporados ao processo (autos). Impede a retirada e o seu
desentranhamento.
i) Princípio in dúbio pro misero – Aplicado em harmonia com o princípio da Livre Persuasão
racional, autoriza ao juiz, presente dúvida razoável na valoração da prova, interpretá-la em
benefício do trabalhador.
4- qual OBJETO DA PROVA NA JUSTIÇA DO TRABALHO
O objeto da prova são os fatos narrados pelo autor, pelo réu ou por terceiros, que na técnica
processual se referem aos acontecimentos jurídicos (fatos jurídicos naturais), ou atos jurídicos
ou ilícitos (fatos jurídicos voluntários), originadores do conflito intersubjetivo de interesses.

5-Ônus da prova

xiste ônus da prova quando um determinado comportamento é exigido da parte para alcançar
um fim jurídico desejado.
Desta forma, ônus da prova é a responsabilidade atribuída à parte para produzir uma prova e
que, uma vez não desempenhada satisfatoriamente, traz, como conseqüência, o não-
reconhecimento, pelo órgão jurisdicional, da existência do fato que a prova se destina a
demonstrar.
O ônus da prova é atribuído a quem alega a existência de um fato: a prova das alegações
incumbe à parte que as faz (CLT, art. 818). Assim, compete ao empregador que despede por
justa causa a prova desta. Os pagamentos efetuados ao empregado têm de ser provados pelo
empregador, o que abrange salários, remuneração das férias, do repouso semanal, verbas
rescisórias etc.

6-Meios de prova

Depoimento pessoal

Consiste em uma declaração prestada pelo autor ou pelo réu, sobre os fatos objeto do litígio,
perante o juiz.
A CLT prevê esse meio de prova o qual pode ser produzido de ofício pelo juiz ou a pedido das
partes.

Confissão

É um meio de prova judicial em que a parte admite a verdade de um fato, contrário ao seu
interesse e favorável ao adversário, conforme o art. 348 do CPC.

Testemunhas

É um meio de prova que consiste na declaração que uma pessoa, que não é parte no processo,
faz ao juiz, sobre o que sabe a respeito de um fato de qualquer natureza.
Não obstante, a prova testemunhal continua sendo básica no processo trabalhista, até porque
o documento também apresenta riscos, como de sua autenticidade.

Contradita
As testemunhas impedidas ou suspeitas devem ser contraditadas até antes do início do
depoimento na audiência. Se a testemunha nega os fatos que lhe são imputados na contradita,
a parte pode prová-los por meio de documentos ou testemunhas, até três.
Admitida a contradita, a testemunha é dispensada e substituída.

Documentos

É o produto de um ato humano, perceptível com os sentidos da vista e do tato, que serve de
prova representativa de um fato qualquer.
Tem como função dar existência ou validade a alguns atos jurídicos que não são considerados
existentes sem a correspectiva documentação.
Os documentos do autor devem ser juntados com a petição inicial e os do réu com a defesa.

Perícia

É uma atividade processual desenvolvida, em virtude de encargo judicial, por pessoas distintas
das partes do processo, qualificadas por seus conhecimentos técnicos ou científicos, mediante
a qual são ministrados ao juiz argumentos ou razões para a formação do seu convencimento
sobre certos fatos cuja percepção ou cujo entendimento escapa das aptidões comuns das
pessoas.

Inspeção Judicial

É um reconhecimento ou uma diligência processual, com o fim de obter provas, mediante uma
verificação direta. Tem por finalidade permitir ao juiz esclarecimentos sobre fato de interesse
da causa.
Nela, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo,
inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da
causa.

7-Suspensão do processo trabalhista

CLT apresenta lacunas, permitindo a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil, desde
que haja compatibilidade, em cada hipótese, com as normas do processo trabalhista . No que
respeita à suspensão do processo, segundo o art. 775 da CLT, os prazos são contínuos e
irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados "pelo tempo estritamente necessário pelo
juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior".A suspensão, em qualquer caso, não é
automática: deve ser determinada pelo juiz. Antes dessa determinação o processo segue seu
curso normal, ainda que já exista a causa da suspensão

Causas que utorizam a suspensão do processo trabalhista somente:


a) a morte do empregado, tendo sido proposta a abertura de inventário;
b) a morte do assistente do empregado menor;
c) a interdição (por demência) do empregado
d) a perda da capacidade processual (por demência, interdição por prodigalidade, destituição
do cargo de tutor ou de curador) do assistente do empregado;
e) a morte do representante legal do empregador cuja substituição requeira procedimento
fora do juízo: síndico do condomínio, liqüidante, inventariante, curador etc., ou a perda da
capacidade processual do representante (por interdição por demência ou prodigalidade,
destituição do cargo de síndico, de liqüidante, de inventariante ou de curador etc.
8- sentença trabalhista

Trata-se da solução do Poder Judiciário ao conflito de interesses levado ao seu conhecimento


pelas partes .Ou seja, ato pelo qual o juiz põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito
da causa.
A CLT estabelecem os requisitos formais para a Sentença no caput do artigo 832 diz:

Art. 832 – Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a
apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.

9- princípios recursais trabalhistas

Duplo grau de jurisdição garante aos litigantes em processo judicial ou administrativo e aos
acusados em geral o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes .
Contra decisões prolatadas nos dissídios de alçada (que não ultrapassam dois salários
mínimos) não caberá recurso, salvo se versarem sobre matéria constitucional.
Princípio da unirrecorribilidade
Também conhecido como princípio da singularidade ou da unicidade recursal, o
princípio não permite a interposição de mais de um recurso contra a
mesma decisão.
Princípio da fungibilidade ou conversibilidade permite que o juiz conheça de um recurso que
foi erroneamente interposto como se fosse o recurso cabível.
Princípio da voluntariedade. O órgão julgado não poderá conhecer de matéria não suscitada
no recurso, salvo as de
ordem pública, sobre as quais enquanto não houver o trânsito em julgado não se
opera a preclusão.
Princípio da proibição da reformatio in pejus, vedado ao tribunal, no julgamento de um
recurso, proferir decisão mais desfavorável ao recorrente, do que aquela corrida.
Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias
“Súm. 214/TST – Decisão interlocutória – Irrecorribilidade. Na Justiça do Trabalho, nos
termos do art. 893, § 1.º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso de
imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial
do Tribunal Superior do Trabalho;
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal:
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para
Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o
disposto no art. 799, § 2.º, da CLT”.
Inexigibilidade de fundamentação
O art. 899 da CLT dispõe que os recursos serão interpostos por simples petição.
Neste contexto, permite o texto consolidado que os recursos sejam interpostos sem
qualquer fundamentação ou razões de apelo.
Efeito devolutivo dos recursos
Art. 899 consolidado determina que os recursos serão dotados, em regra, de efeito
meramente devolutivo, permitindo-se a execução provisória até a penhora.
Exceção: A Lei 7.701/1988, art. 9.º e a Lei 10.192/2001, art. 14, permitem que o
Presidente do Tribunal Superior do Trabalho conceda efeito suspensivo ao recurso
ordinário interposto em face de sentença normativa prolatada pelo Tribunal Regional
do Trabalho, pelo prazo improrrogável de 120 dias, contados da publicação, salvo se o
recurso for julgado antes do término do prazo.
UNIFORMIDADE DOS PRAZOS RECURSAISO art. 6.º da Lei 5.584/1970 estabelece que será de
oito dias o prazo para interpor e contra-arrazoar recurso trabalhista. 8 dias;
No entanto, alguns recursos possuem prazos diferenciados.
Exceções: Em bargos de Declaração (5 dias), Recurso Extraordinário (15 dias), Fazenda Pública
e MP (dobro para recorrer);

10- Pressuposto recursais trabalhistas

Os pressupostos recursais também chamados de requisitos de admissibilidade recursal


classificam-se em objetivos (extrínsecos) e subjetivos (intrínsecos).

5.1 PRESSUPOSTOS OBJETIVOS


Recorribilidade do ato
Significa que o ato deve ser recorrível, pois senão o recurso não será conhecido.

Adequação
Tal pressuposto estão recurso estabelece que a parte deve utilizar o recurso adequado, isto é,
o recurso cabível à espécie. Salvo a aplicação do princípio da fungibilidade.

Tempestividade
Significa que o recurso deve ser interposto no prazo legal, sob pena de não conhecimento do
recurso. A imposição antes do prazo também importa na intempestividade. Vale ressaltar que
é muito importante ficar atento aos prazos de cada recurso.

Preparo
É indispensável o pagamento, pelo recorrente, das custas, bem como a realização do depósito
recursal, sob pena de ser considerado deserto.

Regularidade de apresentação
O recurso deve ser subscrito pela própria parte, ou por advogado com procuração nos autos
ou portador de mandado tácito sob pena de não conhecimento do recurso.

5.2 PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS


Legitimidade
Possui legitimidade recursal conforme o artigo 499 do CPC a parte vencida, pelo terceiro
prejudicado e pelo Ministério Público. Destarte que o Ministério Público possui legitimidade
recursal nos processos que figurar como parte, e também nos que atuar como fiscal da lei.

Capacidade
A parte precisa demonstrar que é capaz para os atos da vida civil, sob pena de não ter seu
recurso admitido e necessitar de representação para fazê-lo.

Interesse
O recurso tem que ser útil e necessário à parte, sob pena de não conhecimento.

11 -remessa necessária

Remessa necessária ou reexame necessário é a necessidade inerente as decisões proferidas


contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município e suas respectivas autarquias e
fundações, de serem submetidas a novo julgamento, ainda que não tenha havido recuso
voluntário das partes, para produzir em efeito. É um mero encaminhamento que o juiz efetua
dos autos para reexame no tribunal, sem maiores formalidades.
Sendo assim, não tem natureza de recurso. Trata-se apenas de uma forma de controle da
legalidade das decisões proferidas contra entes públicos, quando há interesse público em
discussão.

13- discorrer sobre embargos de declaração no processo do trabalho

O recurso de embargos de declaração está previsto no art. 897-A da CLT e no art. 1.022 e
seguintes do CPC vigente, sendo interposto em face de decisões que contenham omissão,
obscuridade e contradição. O termo decisões deve ser interpretado extensivamente, de
maneira a abarcar as sentenças, acórdãos e interlocutórias, deixando de fora do rol apenas os
despachos, por serem irrecorríveis.
Além dos três vícios descritos acima omissão, obscuridade e contradição a CLT ainda faz
previsão de interposição da espécie recursal quando houver manifesto equívoco na análise dos
pressupostos de admissibilidade. A questão for simples e a inadmissão partir de equívoco
manifesto do julgador, poderá a parte opor embargos de declaração, sendo que tal equívoco
poderá ser corrigido pelo próprio prolator da decisão, em típica aplicação do efeito regressivo.

14- recurso ordinário no processo do trabalho

O recurso ordinário encontra previsão legal no artigo 895 da CLT, sendo cabível contra
decisões definitivas proferidas nas Varas do Trabalho, bem como das decisões definitivas dos
TRT’s em processos de sua competência originária.
A competência para julgamento deste recurso é das Turmas do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT). O prazo para sua interposição é de 08 (oito) dias, e possui apenas efeito devolutivo.
CLT Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior
I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e
II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua
competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos
dissídios coletivos.
§ 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário
II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo
no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente
em pauta para julgamento, sem revisor; (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000)
III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento,
se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;
IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação
suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a
sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando
tal circunstância, servirá de acórdão.
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento
dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao
procedimento sumaríssimo.

15- RECURSO DE REVISTA

Encontra respaldo no artigo 896 da CLT. É cabível, das decisões dos TRTs para O TST (turmas),
exceto execução de sentença, contra as decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em
dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho quando for dado ao mesmo
dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal
Regional, seja no seu pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior
do Trabalho, ou a Súmula de jurisprudência Uniforme dessa Corte.
Quando for dado ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho,
Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória
em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida,
interpretação divergente na forma da alínea "a". Cabe ainda das decisões proferidas com
violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.
O prazo é de 08 (oito) dias, contados a partir da publicação do acórdão no jornal oficial (CLT,
art. 896).

16- Prequestionamento NO RECURSO DE REVISTA

Pressuposto específico do recurso de revista é o prequestionamento. Significa dizer que a


admissibilidade do recurso de revista pressupõe o pronunciamento explícito na decisão
recorrida sobre a matéria veiculada. é obrigatória que a tese jurídica apontada no recurso já
tenha sido apreciada na instância de origem.
Em não havendo tal pronunciamento, cabe à parte interessada opor embargos de declaração,
desde que a matéria tenha sido abordada no recurso ou nas contrarrazões, sob pena de
preclusão. Se, ainda assim, persistir a omissão, será considerado prequestionado.
Neste sentido é a redação da Súmula 297 do TST, que deve ser analisada em conjunto com a
OJ no. 118 da SDI-I, do mesmo Tribunal.
Não há, assim, necessidade de oposição de embargos de declaração caso o acórdão traga tese
explícita sobre a matéria, ainda que omisso quanto ao dispositivo legal. Em outras palavras, se
o artigo de Lei ou da Constituição Federal for expressamente mencionado nas razões recursais
ou nas contrarrazões, não há necessidade de que o acórdão a ele faça expressa referência,
quando a tese for adotada de forma explícita.

17-EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

Seu cabimento é possível contra decisões das turmas que divergem entre si, ou das decisões
das turmas que divergem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios
Individuais, exceto se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou orientação
jurisprudencial do TST ou do STF, conforme dispositivo da CLT art. 894, II.

O prazo para sua interposição é de 08 (oito) dias. A competência para seu julgamento é TST. Os
embargos de divergência, no âmbito da justiça do trabalho, é cabível no TST, para unificação
de sua jurisprudência.

18-AGRAVO DE INSTRUMENTO

Reza o artigo 897 "b" da CLT acerca desta modalidade recursal, ele é cabível contra despachos
que denegarem a interposição de recursos. O prazo para tanto é de 08 (oito) dias, serão
processados em autos separados; só terá efeito suspensivo se o juiz o atribuir, pois em regra
só possui efeito devolutivo.
Esse recurso exercitável em qualquer grau de jurisdição, só podendo ser objeto de julgamento
pelo Tribunal Regional ou Superior.

19- liquidação de sentença trabalhista por calculo


Prevista no art. 879 da CLT, é a mais utilizada na Justiça do Trabalho, sendo realizada nos casos
quando a determinação do valor depender apenas de caçulos aritméticos, casos em que todos
os elementos para se chegar ao valor já se encontram nos autos.
é importante ressaltar que nenhum fato pode ser apurado nesta forma de liquidação,
incluindo, principalmente, questões processuais ou ponto controvertido, sob pena de a
liquidação ter que ser por artigos ou arbitramento . Várias verbas podem ser liquidadas por
simples cálculos, desde que dependam apenas de operações aritméticas, como as parcelas
rescisórias, as férias, a gratificação natalina, horas extras, saldo de salário .

20- liquidação de sentença por arbitramento

Tendo em vista a omissão da CLT, os arts. 509 e ss do CPC vigente tratam da espécie de
liquidação por arbitramento.

A liquidação se dará por arbitramento quando as partes o convencionarem expressamente ou


for determinado pela sentença, ou ainda quando a natureza do objeto da liquidação assim
exigir. Muitas vezes, por dificuldade de apuração do quantum debeatur por simples cálculos, o
arbitramento revela-se bastante eficaz para tornar a sentença líquida .

Mesmo que a sentença tenha determinado a liquidação por arbitramento, poderá o


magistrado estabelecer, posteriormente, a liquidação se processe por cálculos, prestigiando o
princípio da celeridade e economia processual, não que falar em ofensa à coisa julgada, pois
não se está alterando o conteúdo substancial da sentença .
O arbitramento consiste, portanto, em exame ou vistoria pericial de pessoas ou coisas, com a
finalidade de apurar o “quantum” relativo à obrigação pecuniária, que deverá ser adimplida
pelo devedor, ou, em determinados casos, de individuar, com precisão, o objeto da
condenação”.

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