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NOÇÕES DE PROCESSO E PROCEDIMENTO

 Processo é “o instrumento através do qual a jurisdição opera (instrumento


para positivação do poder).”
 Jurisdição é função do Estado de resolver os conflitos ou seja as lides para
promover a paz social.
 O processo começa por iniciativa da parte , pois a jurisdição precisa ser
provocada .
 E o juiz tem que julgar aplicando a lei ao caso concreto ou seja ele vai tirar a
decisão do ordenamento jurídico no caso concreto e não pelo que ele acha
pois, hoje é a jurisdição de direito.
 O juiz pode de forma excepcional nos casos expressamente previstos em lei
julgar por equidade ou seja pelo que ele acha mais justo, pela sua
consciência ao caso concreto.
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 Características da jurisdição:
 SUBSTITUTIVIDADE: a atividade jurisdicional substitui atividade das partes em
conflitoou seja, o juiz vai dizer quem tem a razão.
 INÉRCIA:a atividade jurisdicional é inerte, pois só pode agir prestando tutela
jurisdicional quando ele for provocado exceção : juiz decretar falência
quando a empresa está em recuperação judicial.
 IMPARCIALIDADE:o juiz tem que ser imparcial nas suas decisões,baseados
através de fatos e provas arroladas no processo.
 DEFINITIVIDADE:as decisões judiciais se tornam imutáveis após o esgotamento
 Dos meios recursais ou seja, qdo não cabe mais recurso.a coisa julgada é
definitiva não pode mais ser alterada.
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 As obrigações como via de regra são resolvidas por via amigável, sem a
necessidade de recorrer ao poder judiciário e em caso que não haja tal
resolução, deve-se procurar o judiciário. Havendo ameaça de lesão, tem-se o
direito de propor ação, que neste sentido, surgirá o processo, cujo objetivo é
a resolução do respectivo litígio.
 ART 2º NOVO CPC diz que :
 O processo começa por iniciativa da parte( Princípio da Inércia)
 O processo se desenvolve por impulso oficial (Princípio do Impulso oficial)
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 Sujeitos do Processo
 A relação jurídica processual possui três sujeitos, sendo eles:
 o polo ativo, este é o autor que provoca o Poder Judiciário,
 o polo passivo, que é quem recebe o pedido,o réu
 e o terceiro é o Estado que se apresenta na posição de juiz.
 O Estado entretanto também pode ser fazer no polo ativo ou passivo da
relação. Além destes três sujeitos é possível que um conjunto de pessoas com
o mesmo objetivo possam ser apresentados como uma entidade intitula
Litisconsórcio, podendo fazer parte tanto do polo ativo quanto do polo passivo
NOÇÕES DE PROCESSO E PROCEDIMENTO

 Existem dois tipos de processos:


 a) Processo de conhecimento; é a fase em que ocorre toda a produção de provas,
a oitiva das partes e testemunhas, dando conhecimento dos fatos ao juiz
responsável, a fim de que este possa aplicar corretamente o direito ao caso
concreto, com o proferimento da sentença
 b) Processo de execução é o objeto específico deste trabalho, restringe-se a atos
necessários à satisfação do direito do credor e, consequentemente, a compelir o
devedor a adimplir a obrigação, seja de pagar quantia, entregar coisa, fazer ou
não fazer.
 Deve-se ressaltar que no novo código de processo civil, houve a extinção do
processo cautelar.
 O processo se inicia a partir da fase postulatória e termina com o cumprimento de
sentença.
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 Para que se proponha um processo de execução, deve existir em um primeiro


plano o não cumprimento de uma obrigação assumida, assim a tutela
executiva busca a satisfação ou realização de um direito já acertado ou
definido em título judicial ou extrajudicial, a fim da eliminação de uma crise
jurídica de inadimplemento.
 Na execução, o Estado atua como substituto, promovendo uma atividade que
competia ao devedor exercer: a satisfação da prestação a que tem direito o
credor. Somente quando o obrigado não cumpre voluntariamente a obrigação
é que tem lugar a intervenção do órgão judicial executivo. Dai a denominação
de "execução forçada", adotada pelo Código de Processo Civil, no art. 566, à
qual se contrapõe a ideia de "execução voluntária" ou "cumprimento" da
prestação, que vem a ser o adimplemento.
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 No entanto, a fase processual poderá se organizar em:


 a) Postulatória: É o momento no qual as partes exercem os seus atos de postulação
junto ao poder judiciário(Onde haverá os pedidos);Mediante o protocolo da
petição inicial, no caso do autor e no caso do réu, uma vez citado poderá oferecer
resposta
 b) Saneadora: Que organizará o processo; preparar o processo para o seu ulterior
trâmite, de modo que a decisão e o procedimento sejam livres de nulidades;
 c) Instrutória; Se o processo chegou a essa fase é porque os elementos de prova,
sobretudo documentos, apresentados na fase postulatória não foram suficientes
para formar a convicção do juiz, a fim de que pudesse ele compor o litígio, com o
acolhimento ou rejeição do pedido do autor.
 Sendo assim, urge conceder às partes oportunidade de provarem alegações, ou
seja, o fato constitutivo do direito do autor, ou eventual fato impeditivo,
modificativo ou extintivo, arguido pelo réu.
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 d) Decisória; fase onde é dada a decisão ou seja uma sentença que é o ato
que coloca fim ao processo
 e) Cumprimento de sentença
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 Procedimento, portanto, é o ritmo disciplinado em lei, pelo qual o processo se


movimenta para atingir o fim. É o lado visível do processo em sua forma.
 Tomando-se a sistemática adotada pelo Código de Processo Civil, o
procedimento pode ser classificado :
 Procedimento comum
 Procedimentos especiais.
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 O procedimento comum é aquele aplicado a todas as causas para as quais a


lei não previu forma especial (art. 271, CPC).
 Já os procedimentos especiais, assim, dizem respeito àquelas hipóteses que
por refugirem a à regra comum, se acham previstas pelo legislador no Código
de Processo Civil em seu Livro IV (art. 270, in fine) e em outras leis
extravagantes. Mas, a própria lei processual (art. 272) se encarrega de
subdividir o procedimento comum em ordinário e sumário.
 De molde que, o procedimento ordinário se aplicará a todo aquele processo,
para o qual não esteja previsto algum procedimento especial ou o
procedimento sumário
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 A lei disciplina exaustivamente somente o procedimento ordinário. Nos


procedimentos especial e sumário serão aplicadas as regras que lhe são
próprias. No entanto, naquilo que essas normas não dispuserem, incidirão
subsidiariamente sobre os procedimentos especial e sumário as disposições
gerais do procedimento ordinário (art. 273, CPC).
 Fases do procedimento
 O procedimento em primeiro grau apresenta-se estruturado conforme as fases
lógicas, que tornam efetivos os princípios fundamentais que o orientam:
 1princípio da iniciativa da parte,
 2princípio do contraditório e
 3princípio do livre convencimento do órgão judicial
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 No nosso ordenamento jurídico, tratando-se de matéria civil, o órgão


jurisdicional só age quando provocado (art. 262, CPC).
 1 É necessária a iniciativa da parte, formulando a demanda, para que o órgão
dela se manifeste sobre a providência postulada.
 2 Sobre o pedido formulado pelo autor na demanda, há que ser aberta a
oportunidade para a manifestação do réu. Essa oportunidade de o réu
manifestar-se, é o que substancia o princípio do contraditório.
 3Para formar convicção sobre a veracidade dos fatos alegados pelas partes em
suas manifestações, é necessário que o juiz as examine à luz das provas. Há,
pois, na formação da do livre convencimento do juiz uma atividade de
instrução. É sobre as provas que o juiz, formando seu convencimento, irá
julgar a causa fazendo atuar a vontade da lei ao caso concreto
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 Fases do procedimento ordinário


 Do que foi visto se tem que o procedimento deverá conter diversas fases,
consoante as atividades desenvolvidas. No procedimento ordinário as fases
apresentam-se com maior nitidez: fase postulatória, fase do julgamento
conforme o estado do processo, fase instrutória e fase decisória.
 A fase postulatória compreende predominantemente a formulação e
propositura da demanda, mais a eventual resposta do réu.
 No entanto, pode avançar para abranger as providências preliminares
determinadas pelo juiz.
 Do mesmo modo que, pode encerrar-se desde logo, mesmo antes da eventual
resposta do réu, quando o juiz indeferir a petição inicial, com ou sem
julgamento do mérito, consoante se dê o fundamento para a rejeição
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 A resposta do réu, conforme o artigo 297, do CPC, pode consistir em:

 Contestação, quando o réu opõe resistência à pretensão do autor;


 Exceção, quando o réu opõe defesa indireta processual;
 Reconvenção, quando o réu formula demanda contra o autor.
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 No julgamento conforme o estado do processo, por seu turno, poderá ocorrer:


a extinção do processo sem julgamento do mérito, quando incidentes as
hipóteses do artigo 267, do Código de Processo Civil (art. 329);
 julgamento antecipado da lide, se a matéria for de unicamente de direito,
ou, se de direito e de fato, não houver necessidade da produção de prova em
audiência, seja por ter havido confissão, seja pelo fato já estar
suficientemente provado por documento, produzido na inicial ou na resposta
e quando ocorrer a revelia (art. 330, CPC);
 saneamento do processo com a designação da audiência de instrução, mas
que nas hipóteses de direitos disponíveis deve ser precedido de audiência de
tentativa de conciliação (art. 331, §§ 1° e 2°, e art. 448, CPC);
 extinção do processo com julgamento do mérito,
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 Ação é um instrumento responsável de provocar o judiciário, ou seja, é o


direito de pleitear ao judiciário uma decisão sobre uma pretensão.
 Características da Ação:
 Direito subjetivo porque o seu exercício depende da vontade do seu titular
 Direito Público porque o direito de ação é de todos que teve direito violado
ou ameaçado
 Direito autônomo porque não se confunde com direito material
 Direito abstrato porque o seu exercício independe da efetiva existência do
direito material
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 DIREITO MATERIAL : DIREITO DE AÇÃO

 tem natureza substancial, tem natureza pprocessual


 o sujeito ativo é o titular do direito sujeito ativo é o titular de direito
 O sujeito passivo é o réu sujeito passivo é o ESTADO
 O objeto é o que se deve O objeto é a tutela jurisdicional
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 ELEMENTOS DA AÇÃO:
 Partes: são os sujeitos do processo ; autor e réu
 Causa de Pedir: são as razões de fato e de direito que ensejam um pedido
 Pedido:é o objeto que venha a ser solicitado ao judiciário.

 CONDIÇÕES DA AÇÃO: São requisitos obrigatórios


 1)Pedido possível de ser atendido
 2)Interesse de agir através da necessidade , adequação da ação
 3)Legitimidade é a relação entre o sujeito e o direito exposto em juízo
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 A LEGITIMIDADE PODE SER;

 1)ATIVA é a legitimidade de quem teve o direito violado.


 2)PASSIVA é a legitimidade de quem violou o direito
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 As partes e procuradores
 Têm que ter tripla capacidade que são elas:
 1)capacidade de ser parte tanto pessoa natural como PJ
 É a capacidade de se colocar num dos polos da relação processual ou seja é a
capacidade de ser autor ou réu
 Observação: Existe alguns entes despersonalizados que apesar de não ser
pessoa, podem ser parte ex: Ministério Público( é um órgão ,não é pessoa)
 2) capacidade de estar em juízo (processual)
 É a capacidade de participar ativamente da relação processual, realizando
atos processuais ou seja para isso é necessário estar no exercício dos seus
direitos ( maiores e capazes)
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 Os menores ou incapazes serão representados ou assistidos por seus pais,


tutores ou curadores(Instituto da Representação)
 3) capacidade postulatória ( advogados)
 É a capacidade de postular, pedir, interceder em nome de alguém(
advogados).
 Tanto o autor quanto o réu tem que ser representados por advogados, salvo
em juízo de causas especiais de até 20 salário onde é facultado a presença de
advogado.
 Se na localidade não existe advogados ou existindo, houver recusa ou
impedimento deste advogado
 Se a parte tiver habilitação legal, ou seja, a parte é advogado e será
advogado em causa própria.
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 ART 103 A ART105 NOVO CPC


 O advogado vai atuar mediante de instrumento de mandato, que se
materializa em uma procuração.
 Mandato é passado poderes do cliente para o advogado,se instrumentalizando
em uma procuração.
 Sem o instrumento de mandato, o advogado não poderá atuar em juízo,salvo
em casos de urgência

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