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I. PROCESSO DE CONHECIMENTO
• “Se a lide é de pretensão contestada e há necessidade de definir a vontade concreta da lei para
solucioná-la, o processo aplicável é o de conhecimento ou cognição, que deve culminar por uma
sentença de mérito que contenha a resposta definitiva ao pedido formulado pelo autor. No
acertamento contido na sentença consiste o provimento do processo de conhecimento”
• Acertar o direito controvertido entre as partes
o Definir quem tem direito e os limites desse direito
• Marcado por 4 fases distintas muito bem definidas
1. Fase Postulatória
• “Compreende a petição inicial, formulada pelo autor, a citação do réu, a realização de audiência
de conciliação e mediação, a eventual resposta do requerido, pois pode encerrar-se sem esta
última, caso o demandado não faça uso de sua faculdade processual de defender-se em tempo
hábil, e a impugnação à contestação, quando esta levante preliminares ou contenha defesa
indireta de mérito. A resposta do réu pode consistir em contestação, impugnação ou
reconvenção”
• Da petição inicial até a impugnação
• Partes postulam, apresentando suas razões e fundamentações
• Fase mais longa do processo
1.2. Citação
• Procedimento regular, usual
1.4. Defesa
• Garantia do contraditório no processo
1.5. Impugnação
• Ato que marca o fim da fase postulatória
4. Fase Decisória
“É a que se destina à prolação da sentença de mérito. Realiza-se após o encerramento da instrução
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que, de ordinário, ocorre dentro da própria audiência, quando o juiz encerra a coleta das provas
orais e permite às partes produzir suas alegações finais”
4.1. Sentença
• Recurso
• Coisa julgada
possível que o processo seja suspenso mais de uma vez pela mesma causa
• Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz,
todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso
de arguição de impedimento e de suspeição.
• Casos de suspensão do processo (Art. 313, CPC)
o Morte ou perda de capacidade
▪ Partes
• “Com a morte da parte desaparece um dos sujeitos da relação
processual, que como é óbvio, não pode prosseguir enquanto não houver
sua substituição pelo respectivo espólio ou sucessores”
• “A capacidade civil de exercício é pressuposto de validade da relação
processual, daí a necessidade de suspender o processo quando uma das
partes se torna interdito, para que o curador se habilite a representá-la
nos autos”
▪ Representante legal (tutor, curador, administrador…)
▪ Procurador
• Só causará suspensão se for o único procurador da parte
o Convenção das partes
▪ Negócio jurídico processual de natureza típica
▪ Partes querem suspender o processo
▪ Prazo máximo: 6 meses
▪ § 4o O prazo de suspensão do processo nunca poderá exceder 1 (um) ano nas
hipóteses do inciso V e 6 (seis) meses naquela prevista no inciso II.
o Arguição de impedimento ou suspeição do juiz
▪ “Arguido o impedimento ou a suspeição do juiz, o principal sujeito da relação
processual- o órgão judicante- fica inabilitado a continuar no exercício de sua
função jurisdicional no processo, pelo menos enquanto não for solucionado o
incidente”
▪ “Na dúvida sobre a legitimidade da atuação do juiz, prescreve o Código a
abstenção da prática de atos processuais, inclusive daqueles urgentes com a
finalidade de evitar dano irreparável, até que a situação se defina pelos meios
adequados”
▪ Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual,
podendo o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar
dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição.
o Admissão de IRDR (Incidente de resolução de demandas repetitivas)
▪ “Os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitam no estado ou na
região, identificados como relativos à mesma questão de direito são paralisados
até que o tribunal de segundo grau julgue a tese comum, com eficácia para todo
o conjunto de demandas iguais”
▪ Gerir massa de processos que versam sobre o mesmo tema
o Prejudicialidade da sentença
▪ “Sempre que a sentença de mérito estiver na dependência de solução de uma
questão prejudicial que é objeto de outro processo, ou de ato processual a ser
praticado fora dos autos, como as diligências deprecadas a juízes de outras
comarcas ou seções judiciárias”
▪ Prejudicial: “questões de mérito que antecedem, logicamente, à solução do litígio
e mela forçosamente haverão de influir”
▪ Prejudicial externa: objeto de outro processo pendente
• Processo depende do julgamento de outra causa
• Demandas relacionadas: conexão e continência (nem toda demanda
relacionada tem conexão e continência, mas todas as causas com
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V. EXTINÇÃO DO PROCESSO
• “O processo sempre se extinguirá por sentença, visto que se trata de uma relação jurídica
complexa e dinâmica sob direção do juiz. Só ele admite a formação de tal relação e apenas ele
pode pôr-lhe fim. Uma vez que, para encerrar o processo, o juiz tanto pode fazê-lo por motivos
de defeitos instrumentais como por razões suficientes para decretar a solução definitiva do
litígio, as sentenças costumam ser classificadas em terminativas e definitivas. Por meio das
primeiras, o processo se encerra sem resolução de mérito. E das segundas, com resolução de
mérito”
• “Feitas essas considerações, podemos afirmar que a sentença será capaz de extinguir o
processo, cognitivo ou executivo, se não sofrer ataque de nenhum recurso ou exercício do duplo
grau de jurisdição, pois nesse caso, o binômio processual (procedimento + contraditório) termina
em primeira instância” (Ribeiro, 2023, p. 431)
• Extinção do processo: prolação de sentença (ato privativo do juiz) (i.e., com resolução do mérito)
Art. 316. A extinção do processo dar-se-á por sentença.
Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte
oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
o Princípio da primazia do mérito
• Extinção com resolução de mérito:
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I – acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; (Hipótese clássica de
extinção do processo) (Quando o juiz acolher ou rejeitar, ainda que em parte, o pedido, estará
proferindo decisão de mérito, que é a finalidade natural do processo, Nery Jr e Nery, 2018, p.
1050)
II – decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
(prejudiciais do mérito)
III – homologar: (sentenças homologatórias: juiz ratifica decisão que tenha sido tomada pelas
partes, ou seja, o juiz não decide, a solução do conflito vem das partes)
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação; (acordo homologado pelo juiz: título executivo judicial; traz mais segurança
para o acordo)
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. (renúncia do direito)
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