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• Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado
conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.
• Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como
condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi
demandado.
• Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.
•
• 2 – REQUISITOS
• Art. 319. A petição inicial indicará:
• I o juízo a que é dirigida;
• II os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profiss
ão, o número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurí
dica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
• III o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
• IV o pedido com as suas especificações;
• V o valor da causa;
• VI as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegado
s;
• VII a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de m
ediação.
• 2.1. Forma
• 2.2. Assinatura de quem tenha capacidade postulatória
• Ações que dispensam a capacidade postulatória
• § 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o au
tor, na petição inicial, requerer
ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
• § 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informa
ções a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
• § 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto
no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar
impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
• 2.5. Causa de pedir – inciso III: III - o fato e os fundamentos jurídicos do
pedido;
• - o fato (causa de pedir remota/mediata) e os fundamentos jurídicos
do pedido (causa de pedir próxima/imediata)
• - direito subjetivo → fato, que deve coincidir com aquele que foi
previsto, abstrativamente, pela lei como idôneo a gerar a faculdade de
que o agente se mostra titular, atribuindo um nexo jurídico capaz de
justificar o pedido constante na inicial
• - ao postular um provimento jurisdicional, o autor tem que demonstrar
o direito subjetivo a que pretende exercitar contra o réu e apontar o
fato de onde provém
• partes, causa de pedir e pedido . QUEM, POR QUE E O QUE SE PEDE.
• Teoria da substanciação (CPC) x teoria da individuação
• 2.6. Pedido – inciso IV: IV - o pedido com as suas especificações;
• É a providência que se espera alcançar com o Judiciário. É a pretensão
material deduzida em juízo
• É a revelação do objeto da ação – ou seja, da pretensão que o autor
espera que seja acolhida
• pedido imediato (pretensão a uma sentença – é a providência
jurisdicional) e mediato (tutela específica ao seu bem jurídico que
considera violado).
• - implicações: delimita a lide (ou seja, o objeto litigioso) e fixa os limites
da sentença
• É o próprio bem jurídico que o autor procura proteger (direito subjetivo face
ao réu) com a sentença – tem-se aqui uma condenação do réu (sentença
condenatória), uma declaração (sentença declaratória) ou constituição
(sentença constitutiva) de estado ou de relação jurídica)
• Declaratório: é o pedido que se limita a resolver situação de incerteza a respeito da
existência, inexistência ou modo de ser de alguma relação jurídica ou da
autenticidade ou falsidade de documento (art. 19).
• Constitutivo: direitos potestativos, busca criar, modificar ou extinguir
determinada relação jurídica, como ocorre no divórcio, por exemplo, em que se
pretende pôr fim ao vínculo matrimonial.
• Condenatório: direitos a uma prestação, busca impor ao réu alguma conduta e
cujo cumprimento forçado ensejará a deflagração da fase denominada cumprimento
de sentença (art. 513 e ss.), como acontece com relação às indenizações por danos
materiais e morais.
• 2.6.2. requisitos do pedido: são eles:
• 1 – certeza:
• a) no pedido tem que constar expressamente na PI, ou seja, deve ser certo –
art. 322
• b) porém, mesmo com a definição da certeza do caput, admite-se pedido
implícito:
• b.1. §1º, art. 322: consistem em efeitos anexos das decisões judiciais. São
eles: juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive
os honorários advocatícios (estes se reputam incluídos no pedido).
• b.2. art. 323: trata-se de cumulação de pedidos relativos a obrigações
sucessivas. Todas as prestações a elas relativas consideram-se incluídas no
pedido.
• c) interpretação do pedido: o pedido deve ser interpretado levando-se em
consideração o conjunto da postulação e o princípio da boa-fé. §2º, art. 322
• Art. 322. O pedido deve ser certo.
• § 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária
e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
• § 2º A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e
observará o princípio da boa-fé.
• Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em
prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido,
independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas
na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do
processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.
• 2 – determinado:
• a) delimitado em relação ao “que” e ao “quanto” (é a regra).
• b) Há casos, excepcionais, em que se admite pedido genérico, são eles:
§ 1o do artigo 324
• b.1. nas ações universais (são aquelas que tem por objeto uma universalidade
– ex.: biblioteca, rebanho. Quando o autor ao puder, na inicial, individualizar os
bens demandados);
• b.2. ações indenizatórias quando não se puder, de logo, fixar o valor da
indenização (quando não se sabe ainda a dimensão do problema. Dano
recorrente – o dano se prolonga no tempo);
• b.3. quando o valor do pedido depender de um comportamento do réu (é o
que acontece na prestação de contas). Quando o pedido é genérico, o valor é
arbitrado pelo autor.
• c) aplicação à reconvenção (art. 343)
• Art. 324. O pedido deve ser determinado.
• § 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:
• I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
• II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do
fato;
• III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato
que deva ser praticado pelo réu.
• § 2º O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.
• 3 – concludente/coerente:
• 4 – claro
• 2.6.4. Pedido alternativo: art. 325. É pedido relativo a obrigação
alternativa
• Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da
obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um
modo.
• Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber
ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de
um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido
alternativo.
• 2.6.5. Cumulação de pedidos: há cumulação de pedidos sempre que houver mais
de um pedido a ser examinado no processo.
• a) Pode ser inicial ou ulterior. Será inicial quando o processo já nasce em cumulação.
Será ulterior quando o pedido for agregado a um processo que já existe
• b) cumulação homogênea e heterogênea:
• c) cumulação própria e imprópria:
• o que rege a cumulação própria é a partícula “e” – se formulam vários pedidos para
que todos eles sejam acolhidos simultaneamente . Na cum. própria, os pedidos são
compatíveis.
• A cumulação própria se divide em:
• c.1. cum. própria simples: quando não há vínculo de dependência entre os pedidos
– o acolhimento de um pedido não depende do acolhimento do outro; os pedidos
são analisados autonomamente.
• c.2. cum. própria sucessiva: o acolhimento de um pedido depende do acolhimento
do outro; são condicionantes
• A cumulação imprópria é regida pela partícula “ou”. A cumulação imprópria se divide
em:
• 1. cum. imprópria eventual (ou subsidiária): pedido subsidiário. art. 326. Estabelece-se
uma ordem de preferência entre os pedidos O segundo pedido é um pedido eventual.
Só tem o segundo pedido se não tiver o primeiro (pedido principal).
• Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz
conheça do posterior, quando não acolher o anterior.
• Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz
acolha um deles.
•
• 2. cum. imprópria alternativa: é aquela em que não há uma ordem entre os pedidos.
Vários pedidos, mas só um será acolhido
• d) possibilidade de cumulação: art. 327, caput
•
• e) requisitos para cumulação: § 1º, art. 327
• e.1. compatibilidade dos pedidos
• Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
• § 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
• I os pedidos sejam compatíveis entre si;
• II seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
• III seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
• § 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o
procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas
previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem
incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
• § 3o O inciso I do § 1o não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326.
• Súmula 387 do STJ: “É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral”.
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• 2.7. Valor da causa – inciso V
• - corresponde ao resultado econômico do processo – o que o autor pretende obter com a resposta jurisdicional
• a) Efeitos:
• 1 - serve como base de cálculo de tributo;
• 2 - serve para fixar competência;
• 3 - serve para a escolha do procedimento;
• 4 - serve como base para multas processuais (litigância de ma-fé);
• 5 - serve como base para honorários advocatícios.
• 6 – serve como base para custas processuais
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• b) Espécies:
• 1 - valor da causa legal: a lei fixa o valor da causa – art. 292, CPC.
• 2 - por arbitramento do autor: se a causa não se encaixar em nenhuma dessas hipóteses do art. 292, CPC, cabe
ao autor fixar o valor da causa. Ex.: guarda de filhos
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• TÍTULO V DO VALOR DA CAUSA
• Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico
imediatamente aferível.
• Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
• I na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de
outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
• II na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a
rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
• III na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
• IV na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
• V na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
• VI na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
• VII na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
• VIII na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
• § 1o Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerarseá o valor de umas e outras.
• § 2o O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo
indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
• § 3o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao
conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se
procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
• Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de
preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.
• c) como se controla o valor da causa
• - o juiz pode controlar de ofício (o próprio juiz, de oficio, corrige a disparidade) e o réu pode
impugnar o valor da causa. Esta é uma petição avulsa que vai ser autuada separadamente e será
resolvida por decisão interlocutória, impugnável por agravo de instrumento. § 3º, art. 292
• - impugnação ao valor da causa – art. 293, CPC
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• 2.8. Provas que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos – inciso VI
• 2.8.1. Documentos indispensáveis à propositura da ação
• a) os docs. que a lei reputa indispensáveis. Ex.: procuração, o título executivo na ação executiva,
a prova escrita na ação monitória.
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• b) doc. que se torna indispensável porque o autor se refere a ele na PI. Mas e se o autor fazer
referência a um doc. e não o tem em suas mãos? O autor deve pedir a exibição do doc.
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• Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da açã
o.
• 2.9.
opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação –
inciso VII
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• 2.10. Citação do réu
• Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:
• I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3o;
• II - quando o citando for incapaz;
• III - quando o citando for pessoa de direito público;
• IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de
correspondência;
• V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.