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RENATO MONTANS DE SÁ

ADVOCACIA CÍVEL

PETIÇÃO INICIAL

RENATO MONTANS DE SÁ
• RENATO MONTANS DE SÁ
Especialista, Mestre em Direito Processual Civil
pela PUC/SP. Membro efetivo do Centro de
Estudos Avançados de Processo – CEAPRO e da
Associação Brasileira de direito processual
ABDpro. Professor da Universidade São Judas e
professor de Pós-graduação em Direito Processual
Civil na Escola Superior da Advocacia, Escola
- PETIÇÃO INICIAL Paulista de Direito, Universidade da Faculdade
Atame (como coordenador), da EBRADI (como
coordenador) professor convidado da Faculdade
de Direito Getúlio Vargas e professor de Direito
Processual Civil e Prática Forense na Rede de
Ensino LFG. Autor de diversas obras jurídicas.
Advogado e consultor.
PROCEDIMENTO COMUM
1 – PETIÇÃO INICIAL
1.1 – introdução
• Duas óticas:
• - Direito à petição inicial (art. 5º, XXXV CF e 3º CPC)
• - exercício da demanda: exceção ao informalismo (atos das
partes)
PROCEDIMENTO COMUM
1.2 – EFEITOS

• A – Nascimento ao processo (rompe a inércia)


• B – delimita o que será julgado (arts. 141 e 492, CPC)
• C – estabiliza a competência (fixa o juiz natural e torna
prevento o juízo para eventuais ações conexas – arts. 43 e 59,
CPC)
PROCEDIMENTO COMUM
1.3 – ELEMENTOS

1.3.1 – ENDEREÇAMENTO
Competência
Prevenção
Juiz ou Juízo?
PROCEDIMENTO COMUM
1.3.2 – QUALIFICAÇÃO
Art. 319, II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de
união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o
endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
Art. 246. A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico,
no prazo de até 2 (dois) dias úteis, contado da decisão que a
determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo
citando no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento
do Conselho Nacional de Justiça.
PROCEDIMENTO COMUM
• § 1º As empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos
sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de
citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse
meio. § 1º-A A ausência de confirmação, em até 3 (três) dias úteis, contados do
recebimento da citação eletrônica, implicará a realização da citação:
• I - pelo correio;
• II - por oficial de justiça;
• III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
• IV - por edital.
• § 1º-B Na primeira oportunidade de falar nos autos, o réu citado nas formas
previstas nos incisos I, II, III e IV do § 1º-A deste artigo deverá apresentar justa
causa para a ausência de confirmação do recebimento da citação enviada
eletronicamente.
PROCEDIMENTO COMUM
• § 1º-C Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível de multa de
até 5% (cinco por cento) do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal,
sem justa causa, o recebimento da citação recebida por meio eletrônico.
• § 2º O disposto no § 1º aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios e às entidades da administração indireta.
• § 3º Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente,
exceto quando tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio,
caso em que tal citação é dispensada.
• § 4º As citações por correio eletrônico serão acompanhadas das orientações para
realização da confirmação de recebimento e de código identificador que
permitirá a sua identificação na página eletrônica do órgão judicial citante.
PROCEDIMENTO COMUM
A. § 5º As microempresas e as pequenas empresas somente se
sujeitam ao disposto no § 1º deste artigo quando não possuírem
endereço eletrônico cadastrado no sistema integrado da Rede
Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de
Empresas e Negócios (Redesim).
B. § 6º Para os fins do § 5º deste artigo, deverá haver
compartilhamento de cadastro com o órgão do Poder Judiciário,
incluído o endereço eletrônico constante do sistema integrado da
Redesim, nos termos da legislação aplicável ao sigilo fiscal e ao
tratamento de dados pessoais.
PROCEDIMENTO COMUM
Art. 77, VII - informar e manter atualizados seus dados cadastrais
perante os órgãos do Poder Judiciário e, no caso do § 6º do art.
246 deste Código, da Administração Tributária, para recebimento
de citações e intimações.
PROCEDIMENTO COMUM
• Diligência: não havendo dados, o órgão jurisdicional
providenciará as diligências necessárias objetivando obter
certidões de órgãos públicos ou parapúblicos (DETRAN,
Bacen, Registro de Imóveis, DRF). Ajuda também a configurar
a citação por edital. Decorre do princípio da cooperação (art.
6º CPC)
• Instrumentalidade: a falta de informação não gera o
indeferimento se for possível a citação do réu
PROCEDIMENTO COMUM
1.3.3. – CAUSA DE PEDIR
CAUSA DE PEDIR REMOTA (FATOS)
Fatos jurídicos e fatos simples

CAUSA DE PEDIR PRÓXIMA (FUNDAMENTO JURÍDICO)


Fundamentação jurídica e fundamentação legal
PROCEDIMENTO COMUM
TEORIA DA SUBSTANCIAÇÃO X TEORIA DA
INDIVIDUALIZAÇÃO

DEMANDAS AUTODETERMINADAS X DEMANDAS


HETERODETERMINADAS

ALTERAÇÃO DOS FATOS E DIREITO (CONTRADITÓRIO)


PROCEDIMENTO COMUM
• Art. 329. O autor poderá:
• I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir,
independentemente de consentimento do réu;
• II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a
causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o
contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no
prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de
prova suplementar.
• Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção
e à respectiva causa de pedir.
PROCEDIMENTO COMUM
1.3.4 – PEDIDO
• Duas classificações são relevantes para a compreensão do pedido:
• - Pedido imediato e mediato: este, o bem da vida (resultado da
demanda), àquele, a pretensão jurisdicional que se deseja –
sentença de cunho declaratório, constitutivo... (pretensão bifronte)
• - Material ou processual (ação rescisória, mandado de segurança,
impedimento e suspeição, impugnação ao valor da causa
PROCEDIMENTO COMUM
• - Brasil adotou a teoria da lide projetada x lide sociológica (art.
141, CPC)
• - Nos termos do artigo 322, §2º CPC “§ 2o A interpretação do
pedido considerará o conjunto da postulação e observará o
princípio da boa-fé” que constitui uma interpretação do artigo
112 do CC: “Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá
mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido
literal da linguagem”. Será melhor tratado nos casos de
indeferimento da petição inicial.
PROCEDIMENTO COMUM
• Pedido certo (art. 322) é o pedido expresso, explícito. A regra é
que os pedidos sejam interpretados restritivamente. Exceção:
Pedido implícito é aquele que não precisa ser pedido, mas, ex vi
legis, será analisado.
• Súmula 254 do STF: “Incluem-se os juros moratórios na liquidação,
embora omisso o pedido inicial ou a condenação”.
• Súmula n 256 do STF: “É dispensável pedido expresso para
condenação do réu em honorários, com fundamento nos arts. 63
ou 64 do Código de Processo Civil” [o texto se refere ao CPC de
1939].
PROCEDIMENTO COMUM
• Pedido determinado (art. 324) é aquele em se delimita a sua
extensão, o quantum debeatur, o gênero e quantidade. Está
ligada ao pedido mediato.
• Contudo, a lei autoriza em alguns casos a formação de pedido
genérico (arts. 324, §1º e 491, CPC)
• Pedido genérico é o pedido determinável, pois será verificado
no curso da causa.
PROCEDIMENTO COMUM
Art. 324. O pedido deve ser determinado.
§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar
os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as
consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da
condenação depender de ato que deva ser praticado pelo
réu.
PROCEDIMENTO COMUM
CPC: Como harmonizar a previsão do artigo 324, II com o artigo 292, V
do CPC?
• Dano já consolidado (v.g. valor dos danos do bem já apurados),
deve-se atribuir valor exato ao dano na ação indenizatória (art. 292,
V, CPC).
• Dano continuado. Se a apuração do valor ainda depender de
situações futuras (v.g. novas cirurgias estéticas a depender do
resultado da anterior, novos danos decorrentes do dano moral
anteriormente praticado como uma perda de grande oportunidade
de emprego, procedimentos hospitalares e compra de
medicamentos por um lapso de tempo) o pedido é genérico.
MODALIDADES DE PEDIDO
ALTERNATIVO
Há duas situações de alternatividade que não se podem confundir: I – por manifestação de
vontade e II - pelo direito material,
I - A primeira, por manifestação de vontade, ocorre quando o autor oportuniza ao réu o
cumprimento da obrigação por mais de um modo (cumulação imprópria). É o que
estabelece o artigo 326, § único, CPC. Pedidos tem a mesma hierarquia e quem escolhe é o
réu. Ex. 500 do CC
II - A segunda, em decorrência do direito material, em que a natureza da obrigação
autoriza ao devedor cumprir a obrigação por mais de um modo. Aqui não há cumulação de
pedidos, mas apenas um pedido que autoriza mais de uma forma de cumprimento (art.
325, CPC e art. 252, CC).
PROCEDIMENTO COMUM
Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da
obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um
modo.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha
couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a
prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha
formulado pedido alternativo.
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor,
se outra coisa não se estipulou.
PROCEDIMENTO COMUM
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu,
de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de
procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o
procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais
diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um
ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as
disposições sobre o procedimento comum.
PROCEDIMENTO COMUM
CUMULAÇÃO SUCESSIVA
PRESTAÇÕES PERIÓDICAS
PROCEDIMENTO COMUM
Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da
obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um
modo.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha
couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a
prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha
formulado pedido alternativo.
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor,
se outra coisa não se estipulou.
PROCEDIMENTO COMUM
1.3.5 – VALOR DA CAUSA
i) na questão tributária, já que servirá de base para a fixação do valor, seja das custas iniciais seja para preparo
de eventual recurso;
ii) no procedimento, pois estabelecerá a diferença entre o procedimento comum e os casos de juizado
especial. Há de se atentar que o juizado especial cível é facultativo, já o juizado federal e o juizado especial da
Fazenda Pública, consoante dispõem os arts. 3º, § 3º, da Lei n. 10.259/2001 e 2º, § 4º, da Lei n. 12.153/2009,
respectivamente, a competência é absoluta “no foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial”;
iii) na competência, pois estabelecerá regras para os foros regionais (juízo) onde houver e os juizados
especiais;
iv) na fixação de honorários da parte vencedora (art. 85, CPC/2015) nos casos de sentença em que não há
condenação e da qual o juiz toma como base o valor da causa para fixar este valor; e
v) outras questões relevantes de processo como a adoção de arrolamento sumário ao invés de inventário (art.
664, CPC/2015) ou a interposição de embargos infringentes em execução fiscal (art. 34, Lei n. 6.830/80).
O valor da causa não limita o julgamento (arts. 141 e 492, CPC/2015), pois o magistrado está adstrito ao
pedido e não ao valor dado à demanda.
PROCEDIMENTO COMUM
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de
outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a
rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
§ 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras.
§ 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado
ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
§ 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo
patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao
recolhimento das custas correspondentes.
PROCEDIMENTO COMUM
1.3.6 – PROVAS
1.3.7 – INTERESSE DO AUTOR OU NÃO NA AUDIÊNCIA DE
CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO (ART. 334, CPC)
PROCEDIMENTO COMUM
• DEMAIS REQUISITOS
a) o endereço do advogado do autor (arts. 77, V e 106, I);
b) a procuração da parte para o advogado (com as ressalvas dos arts.
103, parágrafo único, e 104, §§ 1º e 2º);
c) a assinatura e a data da petição inicial (salvo se for no juizado
especial cível, quando se admite a petição inicial oral deduzida a termo,
conforme art. 14, caput e § 3º, da Lei n. 9.099/95);
d) contrato social (quando a parte for pessoa jurídica);
e) os documentos indispensáveis à propositura da demanda (art. 320);
f) uso da língua portuguesa (art. 192); e
g) as custas iniciais (art. 82).
ADMISSIBILIDADE DA PETIÇÃO INICIAL
CITAR 238, Advertência do mandado (art. 250, II, CPC)
CPC
EMENDAR / 321, “O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e
ADITAR CPC 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de
mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a
complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado”.
INDEFERIR 330, Apenas haverá indeferimento da petição inicial se:
PETIÇÃO INICIAL CPC a) contiver vícios suscetíveis de emenda que não foram regularizados no prazo
oportuno conferido pelo magistrado (arts. 321 e 330, IV, CPC);
b) contiver vícios sanáveis suscetíveis de indeferimento da petição inicial (art. 330,
CPC) que não foram regularizados, como, por exemplo, quando o advogado não
fornecer seu endereço quando postular em causa própria (art. 106, CPC);
c) contiver vícios insanáveis suscetíveis de indeferimento da petição inicial, como, por
exemplo, a falta de causa de pedir e, na grande maioria dos casos, a ilegitimidade ativa.

IMPROCEDÊNCIA 332, Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da
LIMINAR DO CPC citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
PEDIDO I – precedentes vinculantes (art. 927, CPC) [adaptado];
II – e liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de
PROCEDIMENTO COMUM
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima;
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321 .
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de
financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição
inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor
incontroverso do débito.
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo
contratados.
PROCEDIMENTO COMUM
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará
liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de
recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência
de decadência ou de prescrição.
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art.
241 .
§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não
houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.

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