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Art. 5º, LX, CF. A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem;
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Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem
comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporciona-
lidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
Art. 11 CPC. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamenta-
das todas as decisões, sob pena de nulidade. Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça,
pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos
ou do Ministério Público.
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Normas Fundamentais do Processo Civil III
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Art. 189 CPC. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os pro-
cessos:
I – em que o exija o interesse público ou social;
II – que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação,
alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III – em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV – que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a con-
fidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
§ 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certi-
dões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da
sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
Com relação ao inc. II do art. 189, que trata da questão do casamento, da união está-
vel, alimentos, fixação de alimentos, guarda de crianças e adolescentes, não é de interesse
público, mas sim de interesse apenas das partes envolvidas.
Todas as vezes que os processos tramitarem em segredo de justiça, em razão do respeito
ao princípio da publicidade, as partes terão acesso ao processo e podem requerer as certi-
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dões que acharem necessárias para o cumprimento dos seus direitos. Mas o § 2º diz que o ter-
ceiro pode ter algum tipo de interesse naquela situação, no caso, interesse jurídico. Vale frisar
que apenas a parte do dispositivo da sentença estará disponível ao terceiro que demonstrar
interesse jurídico.
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Art. 5º, LXXVIII, CF – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável dura-
ção do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Art. 4º CPC. As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, inclu-
ída a atividade satisfativa.
Art. 139 CPC. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
II - velar pela duração razoável do processo;
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Art. 191. CPC. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos
processuais, quando for o caso.
Art. 235. CPC. Qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao
corregedor do tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator que injustificada-
mente exceder os prazos previstos em lei, regulamento ou regimento interno.
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Art. 5º CPC. Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo
com a boa-fé.
Boa-fé Processual
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Enunciado n. 375 FPPC: O órgão jurisdicional também deve comportar-se de acordo com a boa-fé
objetiva;
25m Enunciado n. 376 FPPC: A vedação do comportamento contraditório aplica-se ao órgão jurisdicional;
Enunciado n. 377 FPPC: A boa-fé objetiva impede que o julgador profira, sem motivar a alteração,
decisões diferentes sobre uma mesma questão de direito aplicável às situações de fato análogas,
ainda que em processos distintos;
Enunciado n. 378 FPPC: A boa fé processual orienta a interpretação da postulação e da sentença,
permite a reprimenda do abuso de direito processual e das condutas dolosas de todos os sujeitos
processuais e veda seus comportamentos contraditórios.
ATENÇÃO
Direito Processual Civil. Nulidade de ato processual de serventuário. Efeitos sobre atos
praticados de boa-fé pelas partes.
A eventual nulidade declarada pelo juiz de ato processual praticado pelo serventuário não
pode retroagir para prejudicar os atos praticados de boa-fé pelas partes. O princípio da
lealdade processual, de matiz constitucional e consubstanciado no art. 14 do CPC, aplica-
se não só às partes, mas a todos os sujeitos que porventura atuem no processo. Dessa
forma, no processo, exige-se dos magistrados e dos serventuários da Justiça conduta
pautada por lealdade e boa-fé, sendo vedados os comportamentos contraditórios.
Assim, eventuais erros praticados pelo servidor não podem prejudicar a parte de boa-fé.
(STJ AgRg no AREsp 91311, Informativo 511)
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A primeira aplicação é a proibição de agir de má-fé na condução do processo, que está
prevista no Código de Processo Civil, inclusive, com penalidades por litigância de má-fé. A
segunda aplicação é a proibição de comportamentos processuais contraditórios.
Por exemplo: em uma audiência em que o juiz profere uma sentença judicial, ele pergunta
se a parte tem interesse em recorrer, mas ela diz que está conformada com o teor daquela
situação. Mais adiante, a parte decide interpor recurso, essa conduta corresponde a um com-
portamento processual contraditório, violador do princípio da boa-fé processual.
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A terceira aplicação é proibição de abuso de direitos processuais, por exemplo, abusar dos
recursos. Há previsão, no próprio CPC, que é possível a utilização de embargos de declara-
ção, mas não se pode utilizar os embargos de declaração de maneira procrastinatória para
simplesmente atrasar o processo, ganhar tempo para a interposição de outros recursos e, se
isso acontece, também há penalidades. A perda de poderes processuais pelo não exercício
também uma forma que de aplicar o princípio da boa-fé processual. A pessoa perde os direitos
processuais se deixa de exercê-los.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Lídia Marangon.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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