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PETIÇÃO INICIAL

ÍNDICE
1. CONCEITO...........................................................................................................................4

2. REQUISITOS.......................................................................................................................6

3. PEDIDO..............................................................................................................................12

4. EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL......................................................................................16


Indeferimento da petição inicial .................................................................................................................................. 16

5. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL.......................................................................18


Improcedência liminar do pedido................................................................................................................................. 19

6. AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO............................................................. 22


1
CONCEITO
1. Conceito
A petição inicial, também conhecida como peça vestibular, é o ato que dá início ao processo.
Sem ela, o processo não se inicia, pois, o Poder Judiciário precisa ser, de alguma forma,
movimentado por quem deseja seu auxílio. Isso ocorre em razão da ideia de inércia da
jurisdição, que significa, basicamente, que a justiça só vai agir quando for impulsionado por
uma parte (art. 2º do CPC).

A petição inicial também é uma das formas mais comuns de exercício do direito de ação, ou
direito à tutela jurisdicional, constitucionalmente assegurado no art. 5º, XXXV da Constituição
Federal. É por meio dela que o autor apresenta ao juiz toda a situação que o levou a procurá-
lo e indica qual é o embasamento jurídico que sustenta seus pedidos.

É por meio dela que são identificados os limites da prestação jurisdicional, tanto os subjetivos
(referentes aos sujeitos processuais, às partes) e objetivos (causa de pedir e pedido). Assim,
é essencial que na petição inicial sejam identificados autor e réu, por meio de qualificação,
bem como as questões de fato e de direito (causa de pedir) e o que se pretende obter com o
processo (pedido).

Essa delimitação é extremamente importante para que o juiz aja dentro dos limites que lhe
foram estabelecidos, vez que, como dito, não há jurisdição sem impulso oficial. Por esse
motivo, fala-se em princípio da adstrição ou da congruência, de forma que alguns autores
sustentam que “a petição inicial é um projeto de sentença”.

Dessa forma, o juiz só poderá julgar a demanda que lhe foi apresentada, analisando todo o
conteúdo a que teve acesso. Por tal motivo, são vedadas as sentenças extra petita (a que
aborda assuntos que não os da petição inicial), ultra petita (a que aborda os assuntos da
inicial e vai além, decidindo sobre coisas a mais), e infra petita (a que não chega a abordar
tudo o que pede a petição inicial).

A petição inicial também é importante para verificar qual procedimento será adotado no
processo. Isso porque a descrição dos fatos, dos fundamentos jurídicos e do pedido pode
indicar que o processo seguirá pelo procedimento comum ou pelo procedimento especial (em
caso de processo de conhecimento) ou pelos procedimentos dos processos de execução.

Importante: Não se esqueça da diferença entre processo e procedimento. Enquanto o


processo é o meio pelo qual se busca a prestação jurisdicional e a aplicação do direito
material, o procedimento é a forma como isso ocorre, o conjunto de regras formais que
o processo deve observar. Assim, não seguir o procedimento (ou rito) pode invalidar o
processo.

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REQUISITOS
2. Requisitos
Os requisitos da petição inicial estão previstos no artigo 319 do CPC. Vale reproduzi-lo:

Art. 319. A petição inicial indicará:

I - o juízo a que é dirigida;

II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a
residência do autor e do réu;

III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

IV - o pedido com as suas especificações;

V - o valor da causa;

VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.

O inciso I traz o requisito do endereçamento ao órgão competente. O juiz, nesse caso,


não figurará como pessoa física, mas como órgão competente para conhecer das questões
trazidas na petição inicial. Vale ressaltar que a pessoa física do juiz apenas será relevante
quando houver dúvidas acerca de sua imparcialidade. Do contrário, o juiz atuará como
representante do Estado na atividade de prestação jurisdicional.

O endereçamento, contudo, pode conter equívocos. Nesses casos, se a petição inicial for
dirigida a juiz absolutamente incompetente, ele deverá declarar de ofício essa incompetência,
após ouvida a parte contrária (art. 64, §§1º e 2º do CPC), e remeter os autos ao juiz competente.
Os casos mais comuns de incompetência absoluta são aqueles relativos à matéria (Justiça
Federal, Estadual ou Trabalhista), às partes envolvidas (envolvimento da União, autarquia
federal ou fundação federal no processo), à função ou competência hierárquica (se é do 1º
grau ou em grau superior) e às hipóteses de impedimento, constantes do art. 144 do CPC. Vale
informar que, geralmente, versam sobre questões de interesse público e, ainda que as partes
concordem com o juízo escolhido, essa opção não pode ser aceita pelo juiz. Para facilitar o
entendimento, podemos pensar o seguinte: o interesse público no regular andamento do
processo deve ser sempre protegido, de forma que a incompetência absoluta poderá ser
alegada a qualquer momento e grau de jurisdição, inclusive após a formação da coisa julgada
(cabendo, neste caso, ação rescisória, nos termos do art. 966, II do CPC).

Se a petição inicial for dirigida a juízo relativamente incompetente, nos casos que versam
sobre competência territorial (São Paulo ou Rio de Janeiro) e em razão do valor (Juizado
Especial ou Justiça Comum), costuma-se falar em foro de eleição. Isso significa que as
partes podem optar pelo juízo que mais lhes convêm. Nesse caso, o juiz não declarará a

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incompetência de ofício, mas apenas se for provocado pelas partes. O réu, por exemplo, pode
suscitar a incompetência em preliminar de contestação, e o Ministério Público também pode
levantar essa questão nas causas em que atuar (art. 65 do CPC). Se nada for alegado, haverá
prorrogação da competência, ou seja, o juiz se manterá no julgamento da causa.

O inciso II traz o requisito de apresentação dos nomes, os prenomes, o estado civil, a existência
de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e residência do
autor e do réu. A qualificação das partes e o endereço onde podem ser encontradas são
importantes para que exista a mencionada delimitação subjetiva da lide, ou seja, a constatação,
pelo juiz, de quem faz parte do processo.

Essa junção qualificação + endereço também permite que surja a capacidade de citação do
réu. Dessa forma, com tais informações, é possível chegar até a parte contrária e permitir
que tenha consciência do processo que está sendo movido contra ela. Entretanto, pode
acontecer de o autor não possuir todas as informações. O que o juiz, nesse caso, deve fazer?
Ele deve colaborar com o processo.

Isso está previsto no art. 6º do CPC e consubstancia o chamado “dever de colaboração” das
partes no processo, de forma que se espera do juiz um posicionamento ativo para auxiliar o
autor na consagração do direito de acesso à justiça.

O dever de colaboração e facilitação da prestação jurisdicional estão também previstos nos


parágrafos do art. 319 do CPC:

§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz
diligências necessárias a sua obtenção.

§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for
possível a citação do réu.

§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção
de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.

O inciso III indica a necessidade de trazer à petição inicial os fatos e fundamentos jurídicos
do pedido que, juntos, são conhecidos como “causa de pedir”. É por meio da explicação dos
fatos que antecederam a petição inicial que o juiz entenderá a relação entre as partes, e é
através dos fundamentos jurídicos (base legal) que o juiz também verificará de que forma os
direitos e deveres das partes deveriam se concretizar.

É importante pontuar que a mera indicação dos fundamentos legais é insuficiente


para preencher esse requisito. Isso porque o Código de Processo Civil adota a teoria da
substanciação, que significa, basicamente, que é mais importante que o autor explique de
forma clara e concisa os fatos e os fundamentos jurídicos que os sustentam, em detrimento
da indicação específica de artigos de lei (fundamentos legais). Se porventura o autor indicar

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quais os dispositivos legais são aplicáveis ao caso, essa indicação não vincula o juiz, que
necessita do detalhamento de fatos e fundamentos jurídicos para formar seu entendimento.

A doutrina ainda apresenta algumas subdivisões da causa de pedir, podendo ela ser próxima
(fundamentos jurídicos), remota (fundamentos de fato), ativa (aquela sem a qual não haveria
o direito, o fato de onde ele nasce - o casamento, o acidente) e passiva (a lesão que o autor
sofreu para que a demanda fosse judicializada - o inadimplemento, a falta de indenização).

Importante não confundir fundamentos legais e fundamentos jurídicos. Enquanto o


fundamento legal diz respeito à norma jurídica que o autor entende cobrir sua pretensão, o
fundamento jurídico especifica qual o enquadramento jurídico dos fatos narrados. Trata-se, a
grosso modo, da a causa de pedir remota, mediata.

Vale ressaltar que o juiz tem poder de enquadrar os fatos e o fundamentos jurídicos em base
legal diferente daquela indicada pelo autor. Desde que não os altere, pode entender que outro
artigo da lei, por exemplo, se aplica àquele caso. Nessa hipótese, a doutrina defende que o juiz
deve dar às partes o direito de manifestação, em especial atenção ao dever de colaboração e
à vedação das decisões-surpresa (art. 10 do CPC).

O inciso IV exige que o autor apresente o pedido e suas especificações na petição inicial.
O pedido é exatamente o que o autor busca com aquele processo, o resultado que pretende
obter. O pedido pode ser dividido em mediato - o bem da vida que pleiteia, como uma
indenização, um medicamento, um bem material objeto de disputa, ou uma nova situação
jurídica - e imediato, que é a própria prestação jurisdicional requisitada ao Estado-juiz.

Importante: em atenção ao princípio da congruência, comentado na aula anterior, o juiz


não pode alterar o bem da vida pretendido pelo demandante.

O inciso V exige que o autor apresente o valor da causa. Nesse sentido, os art. 291 e 292 do CPC
determinam que toda demanda cível, seja de jurisdição contenciosa ou voluntária, ação ou
reconvenção, terá valor certo da causa. Dessa forma, ainda que inexista conteúdo econômico
na demanda, o valor deverá constar da petição inicial, da reconvenção ou do pedido de tutela
antecipada requerida em caráter antecedente e ser expresso em moeda nacional.

O valor da causa é extremamente relevante para definição da competência, do procedimento


a ser adotado e dos honorários advocatícios. Em razão dessa importância, sua ausência pode
levar à extinção do processo.

A fixação do valor da causa é realizada por meio de dois critérios: a fixação legal ou obrigatória
- nos casos em que a atribuição do valor já foi previamente definida pelo legislador - ou
pela fixação voluntária, nos casos em que não há determinação legal e o valor parte de uma
estimativa razoável do autor.

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Ademais, é possível impugnar o valor da causa em preliminar de contestação, segundo os
ditames do art. 293 do CPC, sob pena de preclusão.

Por fim, vale ressaltar que a importância do valor da causa é de cunho processual e fiscal. No
Juizado Especial Cível, ela é determinante para a fixação de competência (pois aceita causas
de até 40 salários mínimos) e também para a obrigatoriedade ou não de advogado (quando
a causa valer até 20 salários mínimos, a própria parte é dotada de capacidade postulatória);
é base de cálculo para multas e outras penas imposta pelo juiz (como litigância de má-fé);
pode ser o parâmetro para a fixação dos honorários do advogado (Art. 85, §§ 2º e 6º, do CPC);
do ponto de vista fiscal, o valor da causa é a base de cálculo para o pagamento das custas.

O inciso VI apresenta o requisito de que o autor especifique as provas com que pretende
demonstrar a veracidade dos fatos alegados, tendo em vista que elas são capazes de
influenciar o convencimento do juiz sobre as alegações das partes. Cabe lembrar que a
Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso LVI, considera inadmissíveis as provas ilícitas.

Sobre esse tema, parte da doutrina sustenta que a petição inicial pode conter um pedido
genérico de produção de provas, sem especificar como e quais devem ser realizadas, porque
é apenas com a contestação do réu que serão verificados os pontos controvertidos da lide.
Assim, os fatos que não forem contestados pelo réu serão admitidos como verdadeiros, e os
que não forem serão objetos de produção de prova (os chamados pontos controvertidos). Por
tal motivo, fala-se em pedido genérico na inicial e, após a contestação, a especificação das
provas que se pretende produzir. Outra parcela da doutrina, contudo, sustenta que é possível,
desde a petição inicial, o autor especificar ao menos um tipo de prova.

Em aula, foi trazido para análise o REsp 329/034/MG, em que foi admitido o requerimento de
provas em dois momentos processuais distintos: na petição inicial, em pedido genérico, e após
eventual contestação, quando as partes são chamadas, pelo juiz, a especificarem as provas
que pretendem produzir. Ademais, vale informar que “o silêncio das partes em responder ao
despacho de especificação de provas faz precluir o direito à produção probatória, implicando
desistência do pedido genérico formulado na inicial”.

O último requisito apresentado pelo art. 319 do CPC, no inciso VII, traz a necessidade de o
autor indicar se opta ou não pela realização de audiência de conciliação ou de mediação.
O novo CPC trouxe como inovação o caráter obrigatório da audiência de conciliação, nos
termos do art. 334, como uma tentativa de facilitação do acesso a uma resposta jurisdicional
satisfatória. Partindo-se da ideia de que diversas lides podem ser resolvidas por meio da
autocomposição, a obrigatoriedade da audiência de conciliação ou mediação foi inserida no
novo diploma.

E esse método alternativo de resolução de conflitos é tão relevante que, diante do silêncio
do autor na petição inicial, presume-se que este é favorável à realização da audiência de
conciliação ou mediação. Além disso, se houver manifestação favorável nos casos em que
a autocomposição não é admitida, o juiz corrigirá o procedimento e determinará a citação

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do réu para apresentar contestação, e não para comparecer à audiência de conciliação/
mediação (art. 334, §4º, II do CPC).

Por fim, outro requisito da petição inicial é aquele constante do art. 320 do CPC. Nele, há o
dever do autor instruir a petição inicial com os documentos indispensáveis à propositura da
ação. Esses documentos podem ser divididos em substanciais e fundamentais. Os primeiros
são aqueles exigidos pela lei e sua ausência levará à determinação, pelo juiz, de emendar a
petição inicial. Se o autor não proceder à emenda, haverá o indeferimento da petição inicial,
com extinção do processo sem resolução de mérito (art. 485, I, CPC). Quanto aos documentos
fundamentais, estes dizem respeito à comprovação dos fatos alegados pelo autor na peça
vestibular. Se não apresentados, levam à declaração de improcedência do pedido.

Em aula, vimos um trecho do REsp. 1.130.704/MG, em que se apresenta essa diferenciação.


Assim, a ausência de documento indispensável exigido por lei, após determinação de emenda,
leva à inépcia da petição inicial, com posterior indeferimento (art. 330 do CPC), e a ausência
de documento que comprova o fato constitutivo do direito do autor leva à improcedência do
pedido.

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PEDIDO
3. Pedido
O pedido é o que o autor deseja quando vai até o Judiciário, refletindo a finalidade maior do
processo que está movendo. Assim, o pedido é a conclusão lógica da exposição das questões
de fato e direito pelo autor, figurando também como uma limitação da atividade jurisdicional
- o juiz apenas pode decidir dentro do que foi pleiteado pelas partes.

Junto disso, o novo Código de Processo Civil inovou em relação ao anterior ao determinar, em
seu art. 322, §2º, que o juiz deverá interpretar conforme o conjunto da postulação e observar
o princípio da boa-fé. Dessa forma, o juiz não ficará restrito ao requerimento formulado pelo
autor no tópico dos “pedidos” na petição inicial, mas terá uma margem para analisar, como
um todo, quais são as demandas do autor e como pode satisfazê-la no exercício de seu poder
jurisdicional. Isso permite, inclusive, que o juiz interprete o pedido para além dos formalismos
exigidos na exordial.

Quanto aos aspectos do pedido, a primeira regra é de que ele deve ser certo (art. 322 do CPC)
e determinado (art. 324 do CPC), o que significa, em resumo, que ele deve ser expresso e
quantificado. Essa exigência é relevante porque vai ao encontro do que prega o princípio da
adstrição, que, como vimos, delimita a atividade jurisdicional.

O artigo 322, §1º, determina que o pedido principal compreende os juros legais, a correção
monetária e as verbas de sucumbência, inclusive honorários advocatícios. Assim, ainda que
o autor não aponte esses acréscimos, o juiz deve considerá-los no valor total do pedido.
Ademais, é importante ressaltar que a correção monetária é matéria de ordem pública,
integrando o pedido de forma implícita, podendo, por tal motivo, ser incluído de ofício pelo
juiz ou pelo tribunal sem menção de violação ao princípio da congruência (REsp repetitivo
1.112.524/DF)

Importante: você sabe a diferença entre juros legais e juros convencionais? Como o
próprio nome diz, juros legais são aqueles determinados na lei, enquanto os juros
convencionais são aqueles combinados previamente entre as partes. Estes últimos não
podem ser incluídos automaticamente no pedido principal.

Além disso, o art. 323 do CPC prevê que, nas ações que tiverem por objeto cumpri-
mento de obrigação em prestações sucessivas, estas serão incluídas no pedido prin-
cipal independentemente de declaração expressa do autor. Esta é nitidamente mais
uma hipótese de interpretação contextualizada do pedido, pois o autor, ao pleitear o
pagamento de prestações vencidas, também pretende que as prestações vincendas
sejam pagas. Isso vai ao encontro do princípio da economia processual, pois se evita a
multiplicação indevida de ações que versam sobre o mesmo problema.

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Na sequência, o CPC aborda exceções à regra de que o pedido deve ser determinado, por
meio de um rol taxativo de possibilidades de formulação de pedidos genéricos (art. 324, §1º).
A primeira delas ocorre nas ações universais, em que o autor não consegue individuar os
bens demandados, como, por exemplo, aquelas que envolvem a herança de um falecido - o
filho pode elaborar um pedido certo (a herança), mas não pode quantificá-lo (quais bens ou
quais valores). A segunda se dá nos casos em que não se pode determinar, desde logo, as
consequências do ato ou fato - como nos casos de acidentes, em que a pessoa lesada pode
necessitar de tratamento médico por tempo indeterminado, mas também pode ingressar em
juízo desde o início, mesmo que ainda não se conheça a extensão do dano. E a terceira ocorre
quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser
praticado pelo réu - um exemplo é a prestação de contas, que depende da apresentação de
documentos pelo réu para que se verifiquem os valores pagos e os que estão em aberto.

Além disso, a legislação admite o pedido alternativo (art. 325 do CPC), sendo aquele que, pela
natureza da obrigação, o devedor/réu puder cumprir a prestação de mais de um modo. Essa
situação ocorre, por exemplo, quando o autor requer a entrega de um bem comprado ou seu
dinheiro de volta, sendo que ficará satisfeito com qualquer uma das providências que o réu
escolher.

O artigo 326 do CPC apresenta a possibilidade de pedidos subsidiários. Assim, é permitido que
se formule mais de um pedido, a fim de que o juiz, não acolhendo o primeiro pedido, possa
acolher o segundo. Ao contrário do pedido alternativo, há uma hierarquia de preferência do
ponto de vista do autor. Dessa forma, se o juiz não acolhe o primeiro (o mais desejado), tem o
dever de analisar o segundo pedido formulado.

O artigo 327 do CPC admite o que se conhece por cumulação de pedidos. Segundo esse
dispositivo, é permitido que em um único processo, contra o mesmo réu, possa o autor
elaborar vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão. Contudo, é requisito de
admissibilidade dessa cumulação: a) que os pedidos sejam compatíveis entre si; b) que seja
competente para conhecer deles o mesmo juízo; c) que seja adequado o procedimento para
todos eles.

Na cumulação de pedidos, o autor deseja que todos eles sejam satisfeitos, e por tal motivo
se exige a compatibilidade. Um exemplo é a ação de investigação de paternidade cumulada
com pedido de alimentos - neste caso, só haverá concessão do pedido de alimentos após
comprovado que o réu é genitor da criança.

O §2º do artigo 327 ainda apresenta uma possibilidade de cumulação de pedidos mesmo que
os procedimentos entre eles sejam diferenciados: o autor pode empregar o procedimento
comum, sem prejuízo do emprego de técnicas específicas dos procedimentos especiais,
desde que compatíveis.

Quanto às possibilidades de modificação do pedido, o art. 329 do CPC dispõe que, até a
citação, é possível que ao autor alterar ou aditar o pedido, sem restrições, independentemente
de consentimento do réu. Após a citação e até o saneamento do processo, pode-se alterar o

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pedido e a causa de pedir desde que haja consentimento do réu, que se manifestará no prazo
mínimo de 15 (quinze) dias, sendo permitido o requerimento de prova suplementar.

Ademais, como falamos no começo do curso, a petição inicial e o pedido que a acompanha
são importantes para a delimitação da atuação jurisdicional. Objetiva e subjetivamente, o juiz
está adstrito ao que consta dessa peça (art. 141 e 492 do CPC). Assim, quando ele encerra sua
jurisdição e extrapola, não atinge ou não observa os limites do pedido, surgem as sentenças
ultra petita, infra/citra petita ou extra petita.

A sentença ultra petita é aquela em que o juiz concede o pedido determinado pelo autor, mas
extrapola em sua quantidade. Ex: o autor pediu indenização por danos emergentes e o juiz
condenou o réu também em lucros cessantes. Dessa sentença cabe apelação, mas o tribunal
somente haverá anulação do excedente do pedido.

A sentença infra/citra petita é aquela que fica aquém do pedido do autor, deixando de
enfrentar e decidir a causa de pedir ou as alegações de defesa apresentadas pelo réu.
Subjetivamente falando, a sentença é citra petita quando não resolve a demanda para todos
os sujeitos do processo. Ex: o autor requereu a condenação em danos emergentes e lucros
cessantes e o juiz concedeu apenas os danos emergentes, sem fazer qualquer menção aos
lucros cessantes.

A sentença extra petita, por sua vez, é aquela em que a providência jurisdicional concedida
pelo juiz é diversa daquela pretendida pelo autor. Nesse caso, o juiz, por exemplo, concede o
pedido com fundamento em causa de pedir não narrada pelo autor, ou quando o juiz acolhe
defesa não arguida pelo réu (salvo as hipóteses de matérias conhecíveis de ofício).

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4
EMENDA DA PETIÇÃO
INICIAL
4. Emenda da Petição Inicial
A apresentação da peça inicial pela parte pode conter alguns vícios ou mostrar-se insuficiente
para prosseguir com o processo. Nesta hipótese, observando que os problemas podem ser
fixados, o juiz determina que a parte elabore novamente a petição inicial - consertando os
pontos irregulares e apresentando a peça em até 15 dias.

Esta situação está prevista no art. 321 do CPC e é considerada um direito do autor, que pode
retificar um erro seu ao procurar a tutela jurisdicional ao invés de simplesmente ser excluído
do direito de ação por conta de vícios formais. Vale lembrar que algumas informações são
essenciais para a petição inicial, de forma que a sua ausência pode levar à inépcia e ao
indeferimento da peça.

Essa providência pode ser determinada no momento do juízo de admissibilidade da petição


inicial, que pode ser de três tipos: a) negativo, quando o vício for tão grave que sequer existe
possibilidade de conserto; b) positivo, quando todos os requisitos estiverem presentes; e c)
ordinatório, quando o juiz identificar algum vício passível de correção e indicá-lo ao autor para
que assim proceda.

Importante ressaltar que a emenda da petição inicial é um direito subjetivo do autor. Como
dissemos no começo do curso, o novo CPC trouxe como uma de suas balizas o princípio da
colaboração processual entre todos os sujeitos envolvidos (art. 6º do CPC). Portanto, além
de direito subjetivo do autor, é também dever do juiz atuar de forma colaborativa para que o
processo siga de forma satisfatória e célere. Assim, ao ordenar a emenda da petição inicial, o
juiz deve indicar precisamente qual é o vício a ser corrigido, facilitando a correção pelo autor.

O momento de realizar a emenda da petição inicial é até a apresentação da contestação.


Constatado o vício após esse momento e sendo ele formal, em tese, não há óbice à sua
correção, vez que não implica em alterações substanciais ao teor do processo e pode, em
verdade, corroborar com os princípios norteadores do processo. Entretanto, sendo um vício
que gera reelaboração da causa de pedir ou do pedido, será necessária a anuência do réu.

Além disso, o prazo de 15 dias para emendar a petição inicial é dilatório, ou seja, o juiz pode
aumentá-lo se entender necessário.

Indeferimento da petição inicial


Os casos de indeferimento da petição inicial estão elencados no art. 330 do CPC e dizem
respeito à inobservância de requisitos formais que deveriam dela constar. Em se tratando de
vícios sanáveis, o juiz ordenará a emenda. Caso o autor não corrija ou o vício seja extremamente
grave, como dito, haverá um juízo negativo de admissibilidade, com extinção do processo
sem resolução de mérito. Na próxima aula, analisaremos todas as hipóteses de indeferimento
da petição inicial!

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INDEFERIMENTO DA
PETIÇÃO INICIAL
5. Indeferimento da Petição Inicial
Os casos de indeferimento da petição inicial estão elencados no art. 330 do CPC e dizem
respeito à inobservância de requisitos formais que deveriam dela constar. Em se tratando de
vícios sanáveis, o juiz ordenará a emenda. Caso o autor não corrija ou o vício seja extremamente
grave, como dito, haverá um juízo negativo de admissibilidade, com extinção do processo
sem resolução de mérito.

Analisando as hipóteses do art. 330 do CPC, a petição inicial será indeferida quando:
1. For considerada inepta: nesse caso, ela desobedece alguma forma prescrita em
lei. Contudo, esse inciso não pode ser aplicado de forma indiscriminada. Ainda que a petição
contenha erros simples ou alguns trechos pouco claros, isso não constitui motivo suficiente ao
indeferimento. Apenas quando a petição for ininteligível ou incompreensível é possível que o juiz
faça uso desse artigo. A própria lei apresenta os casos em que a petição inicial será considerada
inepta:
a ) quando lhe faltar causa de pedir ou pedido;

b) quando o pedido for indeterminado, salvo nos casos em que a lei permite o pedido genérico;

c) quando a conclusão da peça não decorrer logicamente da narrativa dos fatos;

d) quando contiver pedidos incompatíveis entre si.


2. Quando a parte for manifestamente ilegítima: como se sabe, as partes que
compõem um processo são autor (quem move a ação) e réu (contra quem é movida). Quanto
à possibilidade de indeferimento da petição inicial por ilegitimidade das partes, o que ocorre é
o seguinte: o réu pode alegar ser parte ilegítima ou não ser a pessoa que deu causa ao prejuízo
sofrido pelo autor, ocasião em que o juiz concederá ao autor o prazo de 15 (quinze) dias para al-
terar a petição inicial e corrigir a indicação do réu (art. 338 do CPC). Sendo o autor a parte ilegíti-
ma, é comum que ocorra a extinção do processo.
3. Quando o autor carecer de interesse processual: para que o autor comprove o inter-
esse processual, é preciso demonstrar que, sem o processo e o exercício da jurisdição pelo juiz,
sua pretensão não seria satisfeita. Assim, se o juiz verificar que o autor não defendeu que este
é o meio adequado e apto à promoção de suas pretensões, pode ocorrer o indeferimento da
inicial.
4. Quando não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321 do CPC: o primeiro artigo
diz respeito ao advogado que postula em causa própria, devendo observar os requisitos for-
mais constantes da lei, e o segundo reforça o que já havíamos discutido: o juiz deve oportunizar
às partes a chance de consertar os equívocos por meio de emenda, em se tratando de vícios
sanáveis. Não procedendo dessa forma, o juiz deve indeferir a petição inicial.
O art. 330, em seu §2º, ainda determina que o autor, nas ações que tenham por objeto a
revisão de obrigação decorrente de empréstimo, financiamento ou alienação de bens, deve
indicar especificamente sobre quais destas obrigações recai a discussão que deseja instaurar

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com o processo, bem como os valores incontroversos do débito, sob pena de inépcia da
petição inicial. Ainda, no §3º, há o dever de pagamento desse valor incontroverso no tempo e
modo anteriormente contratados. Contudo, atenção! Isso não significa que o valor controverso
(aquele que será discutido no processo) pode deixar de ser pago!

O artigo 331 do CPC prescreve que o recurso cabível contra a sentença de indeferimento da
petição inicial é a apelação, sendo facultado ao juiz a retratação no prazo de 5 (cinco) dias.
Não havendo retratação, o juiz ordenará a citação do réu para responder ao recurso, e NÃO
para apresentar contestação (perceba que, com a sentença, o feito já foi extinto). Caso o
tribunal reforme a sentença, ou seja, entenda que não se tratava de caso de indeferimento
da petição inicial e que o processo deveria seguir seu fluxo normalmente, o prazo para a
contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, nos termos do art. 334 do
CPC (audiência de conciliação ou mediação).

Improcedência liminar do pedido


A improcedência liminar do pedido está prevista no art. 332 do CPC e diz respeito às situações
nas quais o pedido é julgado improcedente sem a citação do réu. Mas o que isso quer dizer?
Basicamente, isso significa que haverá uma decisão de mérito sem que haja contestação do
réu, ou seja, o juiz decidirá o teor do processo sem ouvir o que a parte contrária tem a dizer.
Por ser uma decisão definitiva, é apta à formação de coisa julgada e também pode ser objeto
de ação rescisória.

A improcedência liminar do pedido se dá nas causas que dispensem a fase instrutória (ou
seja, não seria preciso realizar a produção de provas) e ocorre nas hipóteses em que o pedido
apresentado pelo autor contrariar: a) enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou
do Superior Tribunal de Justiça; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo
Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivo; c) entendimento firmado
em incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR) ou de assunção de competência
(IAC); e d) enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.

A doutrina apresenta uma flexibilização dessas hipóteses aduzindo que a improcedência


liminar do pedido também pode ocorrer quando o pedido do autor contrariar: 1) um precedente
oriundo ou não do julgamento repetitivo ou de IAC, enunciada ou não sua ratio em súmula; 2)
jurisprudência firmada em IRDR ou em IAC. Vale ressaltar que esse entendimento da doutrina
não é pacífico porque vai de encontro à ideia do CPC de permitir que haja a improcedência
liminar do pedido apenas nos casos em que houver jurisprudência realmente consolidada,
por meio dos mecanismos de precedentes ofertados pelo CPC.

Outro caso em que o juiz pode determinar a improcedência liminar do pedido está previsto no
art. 332, §1º, do CPC, e refere-se à hipótese em que for constatada decadência ou prescrição
do direito do autor. Essa decisão também analisa o mérito do processo, sendo prolatada na
forma de sentença, e contra ela também cabe apelação (sendo que, neste caso, também
será possível o juízo de retratação em 5 dias). Se houver retratação, o juiz determinará o

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prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver, determinará a citação
do réu para que apresente contrarrazões ao recurso de apelação no prazo de 15 dias. Caso
não se interponha apelação, o réu apenas será intimado do trânsito em julgado da sentença.

Além disso, o juiz pode dar uma decisão de improcedência liminar parcial do pedido. Assim,
em uma ação que possua cumulação de pedidos, o juiz pode entender que uma parte deles
é objeto de rejeição liminar e, apenas quanto a ela, julgar parcialmente o mérito (art. 356 do
CPC). Dessa decisão, cabe o recurso de agravo de instrumento (art. 356, §5º do CPC).

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AUDIÊNCIA DE
CONCILIAÇÃO E
MEDIAÇÃO
6. Audiência de Conciliação e Mediação
Atualmente, existe uma tendência mundial, sobretudo nos ordenamentos jurídicos, em apoiar
meios alternativos de resolução de conflitos, de forma a buscar soluções mais duradouras e,
por vezes, mais rápidas que aquelas ofertadas pelo Judiciário. Nesse contexto, o novo CPC
trouxe a audiência de conciliação e mediação para ofertar aos jurisdicionados uma resposta
satisfatória logo no início do processo.

O artigo 334 prevê que se a petição inicial preencher os requisitos essenciais que já estudamos
e também não se tratar de caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência
de conciliação e mediação com antecedência mínima de 30 dias, devendo o réu ser citado
com pelo menos 20 dias de antecedência. Depois de citado, pelo menos nos dez dias que
antecedem a audiência marcada, o réu deve se manifestar sua opção em realizá-la ou não
(art. 334, §5º do CPC).

Apesar de as partes poderem manifestamente expressar o desinteresse por essa audiência


e ela também ser vedada em alguns casos (art. 334, §4º do CPC), em regra, ela é obrigatória.
Isso porque, como vimos, seu escopo é alcançar a celeridade processual e enfatizar os meios
alternativos de resolução de conflitos.

Existe, entretanto, uma discussão na doutrina sobre esse tema. A literalidade do art. 334,
§4º, inciso I, do CPC, determina que a audiência não será realizada se ambas as partes de
manifestarem expressamente contra a autocomposição. Mas e se só uma parte se manifestar
contra? Ocorre mesmo assim? Pois bem, parte da doutrina entende que a audiência deveria se
realizar ainda assim, pois a interpretação gramatical do diploma exige que essa manifestação
venha de ambos os lados. Ademais, essa interpretação favorece a ideia de priorizar a resolução
alternativa de litígios. Contudo, outra parcela da doutrina entende que um dos aspectos
da autocomposição é exatamente o voluntarismo, motivo por que não há sentido algum e
obrigar uma das partes (a que se manifestou em sentido contrário) a comparecer à audiência
de conciliação e mediação.

Sobre o procedimento, é importante ressaltar que o conciliador e o mediador exercem papéis


diferentes na condução das audiências. O conciliador busca o consenso entre os litigantes
e tem uma postura positiva, não necessariamente parcial, sugerindo soluções possíveis para
ambas as partes. Nesse caso, é preferível que não haja vínculo anterior entre elas (art. 165,
§2º do CPC). Já o mediador busca o consenso entre os litigantes de forma mais coadjuvante,
induzindo que as partes encontrem uma solução de forma conjunta, sem sua intervenção
nesse sentido. Aqui, o Código determina que a mediação será utilizada preferencialmente
nos casos em que houver prévio contato entre as partes (art. 165, §3º do CPC). Assim, um
conflito que surge após um acidente de trânsito entre desconhecidos pode ser objeto de
conciliação, enquanto uma briga de vizinhos ou de família pode perfeitamente ser resolvida
em audiência de mediação. É muito importante guardar essas diferenças!

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Ademais, é possível que haja mais de uma audiência destinada à mediação e à conciliação,
mas a segunda sessão não pode exceder dois meses da data de realização da primeira, e só
acontecerá se for realmente necessário (art. 334, §2º do CPC).

O art. 334, §7º, do CPC, apresenta uma novidade bem interessante: é possível a realização
dessa audiência por meio eletrônico! Dá pra perceber que o CPC estimulou bastante esse
meio alternativo de resolução de conflitos, não é?

E o que acontece se alguma das partes não comparecer à audiência de conciliação ou


e mediação de forma injustificada? O art. 334, §8º, do CPC, prescreve essa ausência é
considerada um ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até
dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor
da União ou do Estado.

Por fim, alguns detalhes procedimentais relevantes: 1) as partes devem estar acompanhadas
de seu advogado ou defensor, sendo possível a constituição de representante, desde que
com poderes para negociar (art. 334, §§ 9º e 10º do CPC); 2) havendo acordo, seu teor será
reduzido a termo e homologado por sentença (art. 334, §11º do CPC); 3) havendo mais de uma
audiência na mesma pauta, deve haver um limite mínimo de 20 minutos entre elas.

E o que acontece com o processo se a parte não comparecer ou se não houver acordo? O
art. 335, I, do CPC, determina que o réu deverá apresentar contestação no prazo de 15 dias,
contados da data da última audiência.

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Petição Inicial

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