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O QUE É UMA PETIÇÃO INICIAL?


Trata-se da primeira peça de um processo. É por meio dela que se instaura o
processo jurídico, levando a conhecimento do juiz os fatos que constituem o pedido,
os fundamentos, a causa de pedir e o pedido propriamente dito.
Precisa ser escrita de forma clara, objetiva e bem fundamentada para que haja mais
chances de sucessos na solicitação. Nela, além da narrativa dos acontecimentos, é
importante juntar documentos e montar a estratégia que será adotada no decorrer da
ação.

FINALIDADE
Narração dos fatos que levaram o autor da ação a entrar na Justiça. O seu objetivo é
demonstrar para o Estado/juiz porque aquela demanda está sendo proposta, o seu
embasamento legal e aonde o autor da ação pretende chegar.

REQUISITOS
Conforme a Lei nº 13.105/15, em seu Capítulo II, Seção I, artigo 319, os requisitos
essenciais da petição inicial são:
Art. 319. A petição inicial indicará:
I – O juízo a que é dirigida;
II – Os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão,
o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV – O pedido com as suas especificações;
V – O valor da causa;
VI – As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de
mediação.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na
petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que
se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso
II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente
oneroso o acesso à justiça.
Deve trazer como elementos essenciais o juízo para o qual é dirigida, a qualificação
completa das partes, a narrativa dos fatos e o fundamento jurídico do pedido, o
pedido, o valor da causa, as provas que o autor pretende utilizar para demonstrar a
veracidade das alegações trazidas e a opção de conciliação.
TRADUÇÃO DOS INCISOS DO ARTIGO ACIMA (estrutura de uma petição):
I-Endereçamento.
"Ao juízo da 2ª vara civil da comarca de São Paulo, São Paulo
Il-Qualificação-Autor (cliente) (Nome da petição) e do réu
Preliminar/Tutela
III- o fato e os fundamentos/Direito
IV- O pedido (modelo)
V-Custas
VI- As provas
"Solicita a produção de todas as provas admitidas em direito"
VII- a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de
mediação. (Pedidos).
Encerramento "Nesses termos peço deferimento"
Data e local
Advogado
OAB

6 PASSOS PARA REALIZAR UMA PETIÇÃO


Identificação do problema do cliente:
É importante descrever os fatos com clareza e focar os pontos que realmente são
relevantes. Afinal, a objetividade nessa hora ajuda na compreensão da petição inicial
para quem a analisará e dá um peso maior para os pedidos.
Procurar uma solução legal:
Procure uma solução legal para o problema que ele teve e veja todas as
possibilidades. Lembre-se de que uma situação pode gerar diversos direitos. Uma
inscrição indevida em cadastros de inadimplentes, por exemplo, garante ao cliente a
retirada do nome e uma indenização por danos morais.
É fundamental fazer uma pesquisa ampla, tanto na legislação sobre o assunto, como
na jurisprudência dos tribunais e súmulas.
Descrever os fatos:
Os fatos precisam ser bem descritos, devendo responder a algumas perguntas para
o leitor: o que houve? Com quem aconteceu? Quando os fatos ocorreram? De que
maneira eles se sucederam? Em qual local isso ocorreu? O que o autor espera com
a ação?
Organizar o embasamento jurídico:
Começar com normas mais amplas, até chegar àquela que é mais precisa para o
caso do seu cliente. Utilizando mandamentos constitucionais que se adéquem ao
caso, leis e, por fim, normas infralegais, como as instruções normativas. Não deixe
de citar jurisprudências sobre o tema, principalmente do STF e STJ, mas sem
esquecer dos Tribunais Estaduais.
Fazer os pedidos na ordem correta:
Deferimento da liminar, citação do réu, procedência do pedido principal e confirmação
da tutela e protesto por deferimento de todos os meios de prova — sempre
salientando os mais relevantes para o caso.
O juiz não pode dar mais do que foi pedido, mesmo que a jurisprudência e as
suas decisões sejam nesse sentido.
Junção dos documentos necessários:
Anexar os documentos pessoais da parte, como CPF, RG e comprovante de
residência (é aqui que você demonstrará a competência territorial do juízo). A
procuração com os poderes do advogado para representar o cliente também é
fundamental. Todos os fatos que foram narrados devem ser comprovados, por isso
sempre pense em quais documentos são essenciais para isso. Demonstre valores,
datas, conteúdos de alegações etc.

Heldo Galdino da Silva, brasileiro, solteiro, profissão: conferente de


notas, inscrito no CPF sob nº 056.657.195-10, portador do RG nº
000000 SSP/DF, endereço eletrônico nome@gmail.com [2],
residente e domiciliado à Rua..., filho de Fulano de Tal e Beltrana de
Tal (exigência TJDFT), por intermédio de seu advogado subscrito,
com endereço profissional à rua... E endereço eletrônico
advogado@adv.com.br[3], vem respeitosamente perante Vossa
Excelência, com fulcro no artigo 319 e seguintes do Código de
Processo Civil – Lei 13.105/2015, ajuizar
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO c/c PEDIDO DE TUTELA
PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
em face de NOME DO REQUERIDO, nacionalidade, estado civil
(união estável), profissão, inscrito no CPF sob nº 000.000.000-00,
portador do RG nº 000000 SSP/DF, endereço eletrônico
ciclano_silva@gmail.com, residente e domiciliado à Rua..., filiação
desconhecida, pelos fatos e fundamentos a seguir delineados.
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O requerente encontra-se desempregado, não possuindo condições
financeiras para arcar com as custas processuais e honorários
advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Nesse
sentido, junta-se declaração de hipossuficiência (Doc. X), cópia da
Carteira de Trabalho do requerente (Doc. X) e certidão de
nascimento dos filhos (Doc. X).
Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita,
assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei
13.105/2015 ( CPC), artigo 98 e seguintes[4].
II. DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA
O Autor é pessoa idosa, 65 (sessenta e cinco) anos, razão pela qual
requesta a prioridade da tramitação da presente demanda, nos
termos do Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741/2003 e nos termos do
art. 1.048, inciso I, do CPC/2015.
OBS: Se o autor for idoso (pelo Estatuto do Idoso, é a pessoa com 60
anos ou mais)é possível pedir a tramitação prioritária.
III. DOS FATOS
(causa de pedir...)
IV. DO DIREITO
(fundamentação jurídica...)
V. DO PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
(demonstrar a probabilidade do direito vindicado e o perigo de dano
ou risco ao resultado útil do processo [5]...).
VI. DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência:
a) o deferimento dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art.
98 e seguintes do CPC/2015;
b) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art.
319, VII, do CPC/2015 [6];
OBS: No CPC/73 não havia previsão desta audiência. Com o Novo
CPC, a audiência de conciliação passou a ser ANTES da contestação
do réu, sendo que somente pode ser dispensada com o acordo de
AMBAS as partes (autor e réu).
c) a citação do requerido por meio postal, nos termos do art. 246,
inciso I, do CPC/2015 [7];
d) liminarmente, a concessão do pedido de tutela provisória de
urgência, com o fim de determinar ao réu que (...);
e) ao final, seja dado provimento a presente ação, no intuito de
condenar o réu a (...);
f) seja o réu condenado ao pagamento de custas processuais e
honorários advocatícios;
Pretende-se provar o alegado por todos os meios de prova admitidos,
em especial, pelos documentos acostados à inicial, por testemunhas
a serem arroladas em momento oportuno e novos documentos que
se mostrarem necessários.
Dá-se a causa o valor de R$ XX. XXX, 00 (deve corresponder ao valor
pretendido no pedido de indenização).
OBS: No Novo CPC, inclusive o pedido de indenização por danos
morais deve haver o valor da causa respectivo.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB/... XXX. XXX
[1] Exigência incluída pelo Art. 319, inciso II, da Lei13.105/2015.
[2] Exigência incluída pelo Art. 319, inciso II, da Lei13.105/2015.
[3] Exigência incluída pelo Art. 287 7, da Lei 13.105 5/2015.
[4] O novo CPC C traz uma Seção específica sobre a gratuidade de
justiça, diferentemente do CPC/73 3. Antes, fundamentava-se o
pedido de gratuidade na lei 1.060/1950.
[5] Exigência do art. 300 0, da Lei 13.105 5/2015
[6] Exigência do art. 319 9, VII, da Lei 13.105 5/2015
[7] O pedido expresso de citação do réu não é exigido pelo novo CPC
C tal como no CPC/73 3 (art. 282, inciso VII)

ficar o problema do

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