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Poder Judiciário

Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul


5ª Vara Cível do Foro Central da Comarca de Porto Alegre
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PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL Nº 5020803-90.2019.8.21.0001/RS


AUTOR: JOAO PEDRO SILVEIRA MOREIRA
RÉU: RAMON SALVADOR AGUEDA
RÉU: GESTAO URBANISTICA R.S. CONSTRUTORA E INCORPORADORA (GURS) LTDA
RÉU: EPSILON PARTICIPACOES - EIRELI
RÉU: DIEDE PARTICIPACOES LTDA.

SENTENÇA

Vistos.

I - RELATÓRIO

JOÃO PEDRO SILVEIRA MOREIRA ajuizou ação de adjudicação


compulsória em desfavor de DIEDE PARTICIPAÇÕES LTDA (PORTI
INCORPORADORA), RAMON SALVADOR AGUEDA, GESTÃO URBANISTICA
R.S. CONTRUTORA E INCORPORADORA e ÉPSILON PARTICIPAÇÕES –
EIRELI. Narrou, em síntese, que avençou Contrato de Promessa de Compra e Venda de
Imóvel, relativo ao apartamento n° 1404, da Torre 1 e o box nº C350, do empreendimento
Residencial Don Manuel 2200, na data de 09/05/2014. Disse que o valor total perfazia a
quantia de R$ 182.023,00. Asseverou que todos os valores foram devidamente
quitados, ainda que de forma diversa do pactuado no que se refere ao saldo final. Referiu que,
em janeiro de 2016, recebeu as chaves do seu imóvel e assim que possível realizou a
mudança, residindo lá desde então. Alegou que fez contato com a construtora ré para finalizar
a escritura pública de compra e venda e o registro do imóvel em seu nome, mas não logrou
êxito. Aduziu que não consegue mais nenhum contato com a requerida. Declarou que soube
que a construtora faliu, de forma que seu sócio, o qual é cidadão espanhol, está em local
incerto e não sabido, provavelmente retornando para o seu país natal. Discorreu a
desconsideração da personalidade jurídica. Requereu, liminarmente, expedição de ofício ao
Registro de Imóveis da 6ª Zona de Porto Alegre. Postulou a procedência dos pedidos para
determinar a outorga do título judicial sobre a propriedade mencionada, visando a efetivação
do devido registro em cartório. Pediu assistência judiciária. Acostou documentos (evento 1,
INIC1).

Foi concedida a gratuidade judiciária, alterado o valor da causa


para R$ 182.023,00, indeferida a tutela de urgência e invertido o ônus probatório (evento 8,
DESPADEC1).

O pedido de citação por edital (evento 33, PET1) foi indeferido e determina a
consulta via INFOJUD (evento 35, DESPADEC1).

Diante da dificuldade na localização da parte demandada para citação, foi


deferida a citação por edital (evento 75, DESPADEC1, evento 80, DESPADEC1).

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Foi nomeado Defensor Público como curador especial (evento 93,
DESPADEC1), apresentando contestação por negativa geral (evento 105, CONT1).
Arguiu, preliminarmente, sobre a nulidade da citação editalícia. No mérito, alegou ausência
dos requisitos para adjudicação compulsória. Aduziu ser ausente hipótese de desconsideração
de personalidade jurídica. Pediu a fixação de honorários ao curador especial. Requereu a
gratuidade judiciária. Pugnou o acolhimento da preliminar e, subsidiariamente, a
improcedência dos pedidos inciais.

Sobreveio réplica (evento 108, RÉPLICA1).

Instadas acerca da dilação probatória (evento 109, ATOORD1), as partes


requereram o julgamento antecipado do feito (evento 119, PET1, evento 121, PET1).

Intimado o requerente para acostar matrícula atualizado do imóvel (evento 125,


DESPADEC1), este anexou registros (evento 128, PET1).

Vieram os autos conclusos para julgamento.

É o relatório.

DECIDO.

II - FUNDAMENTAÇÃO

Considerando os limites a que se restringiu a controvérsia, dispensável a


produção de outros meios de prova, o que autoriza o julgamento antecipado da lide, no estado
em que se encontra o processo (artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil).

De início, quanto à preliminar de nulidade da citação suscitada, consigno que


não merece acolhimento.

Há, nos autos, comprovação de que foram diversas as tentativas de localização


do endereço da parte ré para citação, porém todas inexitosas (evento 15, AR1, evento 16,
AR1, evento 17, AR1, evento 18, AR1, evento 45, DESPADEC1, evento 55, AR1).

Saliento que a localização da parte requerida sempre retornou com as


informações “mudou-se” e “não existe o número”, fato que faz incidir a regra do artigo 256,
I, II, do CPC/15, porquanto cabível a citação por edital quando desconhecido ou incerto o
citando, in verbis:

Art. 256. A citação por edital será feita:

(...)

II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;

Ainda, a citação por edital é medida excepcional, cabível quando há o


esgotamento prévio das diligências de localização da parte demandada. No caso dos autos,
resta comprovado que o autor diligenciou, sem êxito, para a citação da parte demandada, não

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havendo que se falar em nulidade da citação editalícia.

Nesse aspecto, o art. 257, caput e inciso I, do Código de Processo Civil, dispõe:

Art. 257. São requisitos da citação por edital:

I - a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das


circunstâncias autorizadoras;

1
Aliás, consoante a doutrina de Luiz Guilherme Marinoni :

A citação por edital pode ser essencial ou acidental. Sendo essencial, não há que se
cogitar em outra forma de citação (é o que ocorre, por exemplo, na ação de usucapião
de terras particulares, arts. 942/945, CPC). Se acidental, só se legitima se esgotados
todos os meios possíveis para localização do demandado sem êxito [...] Cabe citação
por edital quando desconhecido ou incerto o réu, quando ignorado, incerto ou
inacessível o lugar em que esse se encontra e nos demais casos expressos em lei. [...]
Lugar ignorado é o que não se conhece; incerto, é o local sobre o qual não se tem
certeza; inacessível, o que não se pode alcançar. Em todos esses casos cabe citação por
edital.

Nesse sentido, é o entendimento do Egrégio Tribunal de Justiça:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.


CITAÇÃO POR EDITAL. ADMISSIBILIDADE, APÓS ESGOTADOS MEIOS
ORDINÁRIOS PARA LOCALIZAÇÃO PESSOAL DO EXECUTADO. RESP. Nº
1103050/BA, JULGADO SOB O RITO DOS RECURSOS REPETITIVOS.
PRECEDENTES DESTA CORTE. Correto o cabimento da citação editalícia em
execução fiscal, o que está expressamente previsto no art. 8º, inc. III, da LEF, desde que
esgotados os outros meios de citação. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO, EM
DECISÃO MONOCRÁTICA.(Agravo de Instrumento, Nº 70083680819, Vigésima
Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe Silveira Difini,
Julgado em: 20-01-2020) - grifou-se-

Para mais, consigno que fora realizada a pesquisa junto aos órgãos de praxe e
Infojud (evento 35, DESPADEC1 e evento 39).

Logo, afasto a preliminar arguida.

Inexistem outras preliminares pendentes de análise, ao passo que se fazem


presentes os pressupostos processuais e as demais condições da ação, devendo-se iniciar o
exame do mérito.

No tocante ao pedido de concessão da gratuidade judiciária em sede de


contestação, adianto, desde logo, que não é o caso de ser acolhida.

Nesse passo, o artigo 98 do Código de Processo Civil dispõe :

Art. 98 A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de


recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios
tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

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Dessa forma, faz jus a benesse aquele que demonstrar situação econômica
incompatível com o pagamento das despesas processuais, não sendo suficiente, para tanto, a
singela declaração de pobreza, especialmente quando desacompanhada de qualquer elemento
probatório capaz de corroborar a alegada incapacidade financeira do postulante.

Ainda, no caso dos autos, o fato dos réus estarem representadas pela Defensoria
Pública, como curadoria especial, não implica na obtenção automática da gratuidade
judiciária, tampouco não compete ao Julgador presumir a hipossuficiência das postulantes.

Nesse sentido, decide o Superior Tribunal de Justiça:

PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


RECOLHIMENTO DO PREPARO NÃO COMPROVADO NO ATO DA INTERPOSIÇÃO
DO RECURSO ESPECIAL. DESERÇÃO. RÉU CITADO POR EDITAL. REVELIA.
DEFENSORIA PÚBLICA. CURADORA ESPECIAL. PRESUNÇÃO ACERCA DA
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA
DE COMPROVAÇÃO DA HIPOSSUFICIÊNCIA. 1. Não é possível a concessão de
assistência judiciária gratuita ao réu citado por edital que, quedando-se revel, passou
a ser defendido por Defensor Público na qualidade de curador especial, pois inexiste
nos autos a comprovação da hipossuficiência da parte, visto que, na hipótese de
citação ficta, não cabe presumir a miserabilidade da parte e o curador, ainda que
membro da Defensoria, não possui condições de conhecer ou demonstrar a situação
econômica da parte ora agravante, muito menos requerer, em nome desta, a
gratuidade de justiça. Precedentes. 2. Agravo interno a que se nega provimento.”
(AgInt no AREsp 978.895/SP, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, julgado em
12/06/2018, DJe 19/06/2018). - Grifei-

RECOLHIMENTO NÃO COMPROVADO. DESERÇÃO. PESSOA JURÍDICA.


CITAÇÃO POR EDITAL. REVELIA. DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO.
CURADORA ESPECIAL. INEXISTÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA
HIPOSSUFICIÊNCIA. JUSTIÇA GRATUITA. IMPOSSIBILIDADE. ART. 511 DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. SÚMULA N. 187/STJ. INCIDÊNCIA. I - Consoante o
decidido pelo Plenário desta Corte na sessão realizada em 09.03.2016, o regime
recursal será determinado pela data da publicação do provimento jurisdicional
impugnado. Assim sendo, in casu, aplica-se o Código de Processo Civil de 2015. II -
Não é possível a concessão de assistência judiciária gratuita a pessoa jurídica citada
por edital que, por inércia, passou a ser defendida pela Defensoria Pública por
nomeação como curador especial, quando inexistente a comprovação de
hipossuficiência da parte, não sendo possível o conhecimento ou demonstração de
situação econômica da Agravante pelo curador, mesmo que membro da
Defensoria. III - O recurso especial não foi instruído com as guias de custas e de porte
de remessa e retorno dos autos e os respectivos comprovantes de pagamento, razão pelo
qual aplica-se a deserção - Súmula n. 187/STJ. IV - A Agravante não apresenta, no
agravo, argumentos suficientes para desconstituir a decisão recorrida. V - Agravo
Interno improvido. (AgInt no REsp 1607617/AC, Rel. Ministra REGINA HELENA
COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 13/12/2016, DJe 03/02/2017) -Grifei -

Assim, não havendo elementos nos autos que justifiquem a necessidade da


benesse, indefiro a gratuidade judiciária.

Nesse passo, a ação de adjudicação compulsória, através do registro de


imóvel, tem por finalidade a transferência da propriedade ao comprador do bem caso o
vendedor, após receber a totalidade do preço, se recuse a tanto. Ademais, o ordenamento

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jurídico permite a adjudicação de imóvel, conforme estabelece os artigos 1.417, 1.418 do
Código Civil e artigos 15 e 16 do Decreto-Lei nº 58/1937, in verbis:

Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que não se pactuou


arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no
Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à
aquisição do imóvel.

Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente
vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos,
a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no
instrumento preliminar; e, se houver recusa, requer ao juiz a adjudicação do imóvel.

Art. 15. Os compromissários têm o direito de, antecipando ou ultimando o pagamento


integral do preço, e estando quites com os impostos e taxas, exigir a outorga da
escritura de compra e venda.

Art. 16. Recusando-se os compromitentes a outorgar a escritura definitiva no caso do


artigo 15, o compromissário poderá propor, para o cumprimento da obrigação, ação
de adjudicação compulsória, que tomará o rito sumaríssimo.

Assim, são requisitos indispensáveis à adjudicação compulsória a existência


de um compromisso de compra e venda, a inexistência de cláusula de arrependimento no
contrato e o pagamento da integralidade do preço.

Compulsando os autos, verifico a existência de contrato de compra e venda


(evento 1, CONTR6), a inexistência de cláusula de arrependimento, bem como
demonstração do pagamento integral do imóvel (evento 1, OUT7).

Nesse sentido, acerca da insurgência da ausência de comprovação de quitação,


consigno que não merece guarida, porquanto, analisando os autos, verifiquei que a parte
autora acostou extratos e comprovantes dos últimos pagamentos para a conta da
ré Diede Participações (evento 1, OUT8). Ademais, o recibo de pagamento pode ser assinado
por preposto da ré.

Aos demandados, notadamente, seria possível, por ocasião da contestação,


refutar a argumentação inicial, demonstrando, de uma forma, ou doutra, a impossibilidade
fática dos argumentos da parte requerente, inclusive demonstrar a ausência de quitação total
do preço alegada em tese defensiva. Contudo, sequer vieram aos autos, como já visto, dando
azo ao reconhecimento da outorga da escritura.

Sobre a desconsideração da personalidade jurídica, consigno que estamos diante


da hipótese de incidência do Código de Defesa do Consumidor, o qual adotou a Teoria Menor
no seu artigo 28, o qual reproduzo:

Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em


detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei,
fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração
também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou
inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.

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§ 1° (Vetado).

§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são


subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.

§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações


decorrentes deste código.

§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.

§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua


personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados
aos consumidores.

No caso dos autos, a citação por edital torna evidente o encerramento da


atividade da pessoa jurídica, sendo elemento suficiente para a teria menor a amparar a
desconsideração da personalidade jurídica.

Para mais, ressalto que a mera contestação por negativa geral, ainda que
legítima, aliada a inexistência de qualquer nulidade passível de reconhecimento, não tem o
condão de elidir os argumentos postos na peça exordial, motivo pelo qual, concluo pela
procedência do pedido.

Por fim, no tocante à verba honorária, entendo ser o caso da sua fixação no
regramento do § 8º do artigo 85 do Código de Processo Civil.

Isso porque o valor da causa é demasiadamente elevado, cerca de R$ R$ 182


mil reais (evento 8, DESPADEC1) e ainda que fixássemos no mínimo legal previsto no § 2º
do artigo supramencionado o valor seria exorbitante, cerca de R$ 18 mil reais, levando e
consideração a singeleza da matéria.

Assim, não vislumbro justificativa plausível para fixação tão desproporcional da


verba honorária, visto que a atividade do patrono do autor, embora indispensável, não fora
árdua, já que a demanda nem instrução probatória.

III - DISPOSITIVO

POSTO ISSO, com fundamento no art. 487, inciso I, do Código de Processo


Civil, JULGO PROCEDENTES os pedidos intentados por JOÃO PEDRO SILVEIRA
MOREIRA em desfavor de IEDE PARTICIPAÇÕES LTDA (PORTI
INCORPORADORA), RAMON SALVADOR AGUEDA, GESTÃO URBANISTICA
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EIRELI para DETERMINAR que seja alterada a titularidade dos imóveis das matrículas n°
53.213 e 52.579 do Registro de Imóveis da 6ª Zona de Porto Alegre/RS em favor
da autor, ficando às expensas do autor o pagamento de quaisquer taxas, emolumentos e/ou
tributos incidentes para a concetrização do ato.

CONDENO a parte ré ao pagamento das custas processuais e honorários


advocatícios que fixo no valor de R$ 4.000,00, considerando o trabalho exigido e o estágio
em que foi julgada a demanda (artigo 85, §8º, do Código de Processo Civil).
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Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Interposto(s) o(s) recurso(s), restará ao cartório, por meio de ato ordinatório,


abrir vista à parte contrária para contrarrazões, e, consequentemente, remeter os autos ao
Egrégio Tribunal de Justiça. Igual procedimento deverá ser adotado na hipótese de recurso
adesivo.

Com o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquive-se.

Documento assinado eletronicamente por ALEXANDRE KREUTZ, Juiz de Direito, em 24/5/2022, às 18:40:41,
conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006. A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://eproc1g.tjrs.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, informando o código
verificador 10019377761v29 e o código CRC 13447cc0.

1. MARINONI, Luiz Guilherme, Código de Processo Civil comentado artigo por artigo. São Paulo: RT, 2008, p. 231.
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