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Processo nº xxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Autor: Caixa Econômica Federal - CEF
Réu: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
1. DOS FATOS
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2. DO DIREITO
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endereço anterior e não com o novo endereço indicado pela CEF (f.36).
Dessa forma, a Caixa apresentou à fl. 42 um novo endereço, qual seja Rua
São José, nº3971, Bairro Santo Antônio.
Conforme certidão de fl.47, a referida rua não existe.
Por conseguinte, a Caixa solicitou a citação por edital (fl.50) sendo esta
deferida á fl.51, o que não se justifica, já que não foi efetuada a diligência no primeiro
endereço, na Rua São Jorge nº3971, Bairro Santo Antônio, tendo a possibilidade de
ser este o provável endereço do Réu.
A referida citação não logrou êxito, conforme se depreende do despacho
exarado pelo Juiz Federal (fl. 69), em razão do Embargante não ter sido encontrado,
tendo o Juízo nomeado esta DPU/PI curadora especial, a fim de que fosse apresentada
defesa por meio de embargos.
Assim, considerando as peculiaridades que permeiam o procedimento
monitório, verifica-se que a citação por edital pressupõe o prévio esgotamento das
tentativas de localização do demandado, sob pena de total afronta à Magna Carta, a
saber:
“Art. 5º (omissis)
(...)
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes;”
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Cabe frisar, mais uma vez, que a citação por edital deverá ser procedida em
ÚLTIMO CASO, após se esgotarem todos os meios de localização do demandado, o
que não ocorreu no presente caso.
Nesse ínterim, colaciona-se o seguinte aresto que reitera a necessidade de a
Instituição Bancária esgotar seus próprios meios de localização dos seus
devedores e, somente após se resultarem inúteis e comprovados tais esforços, poderia
ser então requerida, e deferida, a citação por edital:
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inversão do ônus da prova previstos na lei nº. 8.078/90, mais precisamente em seu
artigo 6º, inciso VIII. Vejamos a dicção do próprio dispositivo:
Ademais, todo contrato de adesão deve ser redigido em termos claros e com
caracteres ostensivos e legíveis, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor.
O entendimento sufragado em sede jurisprudencial tem exatamente esta direção, do
que é indicativo este precedente do Superior Tribunal de Justiça:
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STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL: AgRg no REsp 725141 RJ, 2005/0023167-
1, Processo: AgRg no REsp 725141 RJ 2005/0023167-1, Relator(a): Ministro HUMBERTO GOMES DE
BARROS, Julgamento: 02/12/2016, Órgão Julgador: T3 - TERCEIRA TURMA, Publicação:DJ 12.12.2016 p.
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contrato, com sua substituição por sistema de cálculo de juros simples ou lineares.
Caso se entenda que a capitalização de juros é possível, temos que, no caso
concreto, esta deverá ser afastada. Isto porque, contrariamente ao Código de Defesa do
Consumidor, a cláusula impugnada não é clara quanto à capitalização dos juros e
suas consequências, o que afasta o anatocismo conforme a jurisprudência do e. STJ:
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A comissão de permanência, por sua vez, uma vez admitida, não pode ser
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No que concerne aos juros moratórios, na esteira do artigo 52, II, do Código
de Defesa do Consumidor e de vários precedentes desta Corte (Quarta
Turma, AgRg no REsp 897400⁄RS, Ministro Relator Hélio Quaglia Barbosa,
DJ de 29.10.2016; Terceira Turma, REsp 728372⁄RS, Ministro Relator
Carlos Alberto Menezes Direito, DJ de 06.03.2016; Quarta Turma, REsp
487.648⁄RS, Ministro Relator Aldir Passarinho Junior, DJ de 30.06.2003),
podem eles ser cobrados no percentual máximo de 12% (doze por cento) ao
ano, equivalente a 1% (um por cento) ao mês, desde que previstos
contratualmente.”
(AgRg no Ag 1028568/RS, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,
QUARTA TURMA, julgado em 27/04/2016, DJe 10/05/2016)
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do Consumidor.
A corroborar essa tese, veja-se julgado do TRF da 3ª Região:
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5. DOS PEDIDOS
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