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PROJUDI - Processo: 0013940-87.2015.8.16.0130 - Ref. mov. 1.

1 - Assinado digitalmente por Charles Zauza


15/07/2015: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Z & Z ADVOCACIA
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA ____.ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
PARANAVAÍ, ESTADO DO PARANÁ.

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S. M. DA SILVA & OLIVEIRA LTDA, pessoa jurídica de
direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda
sob n. º 22.296.250/0001-53, com sede na Rua Armando Castro de Araújo, 480, Centro, na
Cidade e Comarca de Paranavaí, Estado do Paraná, ora representada, e também como parte,
SILVANA MARTINS, brasileira, casada, empresária, portadora da célula de identidade com
registro geral sob n. º 060.915.484-30, residente e domiciliada na Rua Rocha Pombo, 189,
Jardim Santos Dumond, na Cidade e Comarca de Paranavaí, Estado do Paraná, por seu
advogado, Charles Zauza, brasileiro, casado, inscrito na Douta Ordem dos Advogados do
Brasil, Seccional Paraná, sob n.º 46.327, ao final assinado, instrumento de procuração anexo,
com escritório profissional situado à Rua Dr. Farias Bandeira, 40, Centro, na Cidade e Comarca
de Paranavaí, Estado do Paraná, onde recebe notificações e intimações, vem
respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 1.004 e 1.031,
ambos do Código Civil, propor a presente

AÇÃO DE EXCLUSÃO DE SÓCIO C/C DISSOLUÇÃO PARCIAL DA SOCIEDADE,

em face de MIGUEL FRANCISCO DE OLIVERA, brasileiro, solteiro, comerciante, portador da


célula de identidade com registro geral sob n.º 7.279.1010-0-/SSP-PR, inscrito no Cadastro
Nacional de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob n.º 019.618.779-61, residente e
domiciliado na Avenida Deputado Heitor Alencar Furtado, n. º 5.305, Jardim Antigo Aeroporto,
Centro, na Cidade e Comarca de Paranavaí, Estado do Paraná, pelos fatos e fundamentos que
passa expor.

1. DOS FATOS

A Parte Autora constituiu junto à parte Ré a empresa S


M da Silva & Oliveira Ltda, sociedade com capital social de R$50.000,00, devendo a
integralização do capital ser de R$25.000,00 para cada sócio, consoante o contrato social em
anexo.

No que tange a parte Autora, tem-se que esta cumpriu a


obrigação de integralizar o valor corresponde, qual seja, de R$25.000,00 (vinte e cinco mil
reais), porém a parte Ré não o fez, descumprindo-se a obrigação pactuada entre as partes,
além de não mais comparecer na sede da empresa.

Frisa-se que a parte Autora tentou amigavelmente


solucionar o problema, procurando a parte Ré inúmera vezes, no entanto todas as tentativas
se mostraram infrutíferas. Ressalta-se que a parte Ré foi notificada extrajudicialmente pela
parte Autora para que cumprisse a obrigação, todavia, em resposta a notificação, a parte Ré
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alegou que o capital referente a sua quota foi devidamente integralizado, fato esse

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totalmente inverídico, tendo em vista que, até o momento, não apresentou qualquer prova
de que o fez.

Diante de tal situação, dada a patente inadimplência da


parte Ré e a veemente negativa de tal em saldar o débito, não resta alternativa, a não ser,

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mover a Máquina do Judiciário, para tentar sanar os prejuízos sofridos pela parte Autora,
pugnando-se, desde já, pela exclusão da parte Ré do quadro de sócios da empresa, consoante
os fatos e fundamentos doravante expostos.

2. DO DIREITO

Sabe-se que o capital social de uma empresa se refere


aos recursos empreendidos pelos sócios da sociedade para a sua constituição/criação, ou seja,
para que se dê início às atividades, a sociedade necessita de um importe financeiro para que a
empresa tenha capital, de modo que tal recurso deve ser provido pelos sócios responsáveis
pela constituição.

Neste diapasão, se denota então que o capital social é o


primeiro patrimônio de uma sociedade limitada, pelo que, tal valor deve então ser dividido em
quotas, arbitrando-se a porcentagem de tal conforme a contribuição de cada sócio quotista.

Assim, visando atribuir direitos e obrigações a cada


sócio, o valor do capital deve ser especificado no contrato, estipulando-se a parte de cada
sócio, bem como, quando e como este será integralizado.

Prega o renomado Doutrinador Fábio Ulhoa Coelho:

“... a principal obrigação que o sócio contrai ao assinar o


contrato social é a de investir, na sociedade,
determinados recursos. (...) Cada contratante assume,
perante o outro, a obrigação de disponibilizar, de seu
patrimônio, os recursos que considerar necessários ao
negócio que vão explorar em parceria (...) Na linguagem
própria do direito societário, cada sócio tem o dever de
integralizar a quota do capital social que subscreveu.
Esses dois conceitos – o de capital subscrito e o de capital
integralizado – são fundamentais na compreensão dos
deveres dos sócios na sociedade limitada. Quando os
sócios negociam a formação da sociedade, um dos pontos
sobre o qual devem chegar a acordo é quanto ao
montante de recursos necessários à implantação da
empresa. Se a totalidade desses recursos for provida
pelos próprios sócios, esse montante é o capital subscrito,
uma referência à soma de dinheiro, bens ou créditos
prometidos pelos sócios à sociedade. Outro ponto sobre
o qual os sócios devem contratar, na formação da
sociedade, diz respeito ao momento em que os recursos
prometidos devem ser entregues. Se a sociedade limitada
necessita de todo o capital subscrito logo desde o início, a
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entrega deverá ser concomitante com a assinatura do

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contrato social. Caso tenha necessidade, no início, apenas
de parte do capital subscrito, a entrega poderá ser
contratada para momentos posteriores à constituição. No
primeiro, o capital subscrito é integralizado à vista; no
segundo, é-o a prazo. (...) A obrigação do sócio de

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integralizar a quota subscrita do capital social é exemplo
do mecanismo próprio aos atos de constituição de pessoa
jurídica. Os sócios estipulam, mediante negociação, no
contrato social, quanto será a contribuição de cada um,
para se reunir o capital necessário à organização da
empresa” (In: “A Sociedade Limitada no Novo Código
Civil”, Saraiva, p. 1/3.)

Pode, entretanto, ser pleiteada judicialmente a exclusão


do sócio, com a retirada forçada da sociedade, com a comprovação da ocorrência de falta
grave no exercício de suas funções, de modo que, feita a exclusão, a sociedade permanecerá
existindo, apenas sem que o sócio excluído continue a integrá-la.

No caso em tela, ressalta-se que apenas a parte Autora


efetivamente contribuiu com sua quota, integralizando-a com máquinas, estoque, reforma
no local da sede da empresa e outros gastos que, inclusive, ultrapassam o valor das cotas,
por outro lado, a parte Ré, embora tenha constado no contrato social, até o momento não o
fez, isto é, nada integralizou até o momento, sequer comparecendo mais na sede da
empresa, tornando-se inviável sua estada na sociedade, já que, por conta disso, todo o
negócio está estagnado. Tal fato é prova cabal de que, além da ocorrência de falta grave,
houve a quebra da AFFECTIO SOCIETATIS, que consiste na intenção de um ou mais sócios
constituírem uma sociedade empresária, baseada na declaração de vontade expressa e
manifestada livremente, sendo este o fundamento para a exclusão do sócio.

Muito embora não haja na Lei disposição referente a


casos como o presente, onde se tem uma sociedade limitada formada por apenas dois sócios,
estes com participação igualitária no capital social, afere-se que os precedentes
jurisprudenciais se manifestam no sentido de que se deve aplicar analogicamente o artigo
1.030 do Código Civil, dispositivo este que dispõe acerca da resolução da sociedade em
relação a um sócio, in verbis:

Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu


parágrafo único, pode o sócio ser excluído judicialmente,
mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por
falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou,
ainda, por incapacidade superveniente.

Reza o art. 1.004 do Código Civil:

Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo


previstos, às contribuições estabelecidas no contrato
social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias
seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá
perante esta pelo dano emergente da mora.
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Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos

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demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio
remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado,
aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do
art. 1.031.

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Veja-se que a inadimplência da parte Ré em relação a
sua obrigação é evidente, até porque NÃO HÁ QUALQUER COMPROVANTE DO PAGAMENTO
DE SUA PARTE DAS QUOTAS, tanto é que na resposta da notificação extrajudicial, a parte Ré
juntou somente a cópia do contrato social sem qualquer comprovação referente ao depósito
do valor tocante a integralização do capital, aspecto este que caracteriza claramente uma
falta grave no cumprimento da obrigação assumida no contrato da sociedade, tendo em vista
que a sobrevivência da empresa foi colocada em risco, bem como sua própria constituição e
até mesmo a implementação de seus negócios.

Sobre o tema acima elencado, é importante trazer a


baila o art. 1.035 do Diploma Civil, que prevê a possibilidade de verificação de outras causas de
dissolução, como é o caso em comento, veja-se:

Art. 1.035. O contrato pode prever outras causas de


dissolução, a serem verificadas judicialmente quando
contestadas.

Deveras, o ato da parte Ré se dá em sentido totalmente


contrário aos interesses da sociedade, em virtude de, como já exaustivamente elucidado, não
constituir o capital social referente a parte que lhe cabia, de modo que, a jurisprudência
entende que é possível a exclusão do sócio remisso, ou seja, aquele que não integrou o capital
constitutivo da empresa.

Nesse sentido:

SOCIEDADE EMPRESÁRIA LIMITADA. EXCLUSÃO DE


SÓCIO REMISSO. Litisconsórcio necessário.
Desnecessidade de inclusão da pessoa jurídica no polo
ativo. Excepcionalidade. Ausência de prejuízo no caso
concreto. Sócio Apelante que não integralizou suas cotas
sociais e que não tem interesse na continuidade da
existência da pessoa jurídica. Fatos incontroversos.
Possibilidade de sua exclusão do quadro social.
Inexistência de haveres para apurar. Inocorrência de
cerceamento de defesa. Sentença mantida na íntegra,
com fundamento no art. 252 do RITJ. Recurso não
provido. (TJ-SP - APL: 00539379220128260651 SP 0053937-
92.2012.8.26.0651, Relator: Tasso Duarte de Melo, Data de
Julgamento: 01/07/2014, 2ª Câmara Reservada de Direito
Empresarial, Data de Publicação: 01/07/2014)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXCLUSÃO DE SÓCIO REMISSO


E RECONVENÇÃO PARA COBRANÇA DE VALORES.
PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. Incidem à espécie as regras
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materiais referentes à prescrição definidas no novo

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Código Civil, contadas a partir da sua entrada em vigor e
não da data do fato. LEGITIMIDADE ATIVA. Matéria
suscitada e decidida no recurso anterior atinente ao
presente feito (AC 70038895827). MÉRITO. AÇÃO E
RECONVENÇÃO. I. Sócio remisso é aquele que não

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cumpre com a sua obrigação de contribuir para a
formação do capital social, podendo até mesmo chegar
a ser excluído da sociedade. II. Tendo em vista que cabia
ao requerido o ônus da prova da efetiva integralização da
sua cota social, em não o fazendo, forçoso concluir pela
procedência da ação. III. Desta forma, e considerando,
ainda, o resultado da ação, a improcedência da
reconvenção é medida que se impõe. RECURSO
DESPROVIDO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70050183144,
Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Gelson Rolim Stocker, Julgado em 20/03/2013) (TJ-RS,
Relator: Gelson Rolim Stocker, Data de Julgamento:
20/03/2013, Quinta Câmara Cível).

No que se refere ao ônus da prova, afere-se que a parte


Autora não possui formas de comprovar fato negativo, pelo que, nos moldes do artigo 333,
Inciso I, do Diploma Processual Civil, apresenta-se o fato constitutivo do direito, DEVENDO,
ENTÃO, A PARTE RÉ TRAZER AOS AUTOS OS COMPROVANTES DE PAGAMENTO REFERENTES
AO VALOR DE R$25.000,00 (VINTE E CINCO MIL REAIS) OU QUALQUER COISA QUE O VALHA,
com o fim de atestar que arcou com tal importe.

Diante do exposto, observado que a parte Ré atentou


veementemente contra os interesses da empresa, tendo em vista que não integralizou o
capital social na constituição da sociedade, pugna a Vossa Excelência pela exclusão da parte
Ré do quadro de sócios da empresa, momento em que, após tal decisum, incluirá outro sócio
na empresa, nos moldes da acima delineados.

4. DO PEDIDO

Isto posto, pugna-se à Vossa Excelência pela TOTAL


PROCEDÊNCIA DO PEDIDO, com o fim de excluir a parte Ré da sociedade, quando então será
apresentado outro sócio para compô-la, em razão da não integralização do capital social,
consoante os fundamentos jurídicos supra.

Outrossim, pugna-se pela condenação da parte Ré ao


adimplemento de custas processuais e honorários advocatícios de sucumbência.

5. DOS REQUERIMENTOS

a) Citação do réu no endereço mencionado acima para


contestar, no prazo legal, sob pena de revelia e
confissão ficta.

Rua Dr. Farias Bandeira, 40, Paranavaí-Pr


Tel.: 44 3422-9186,
charleszauza@hotmail.com
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b) A gratuidade da justiça, considerando que a parte

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Autora não tem condições de arcar com as custas e
demais despesas processuais, de acordo com a Lei
1.060/50 e a declaração acostada;

c) Protesta por todos os tipos de provas, em especial

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depoimento pessoal, oitiva de testemunhas e juntada
de documentos.

Dá-se à causa o valor de R$50.000,00 (cinquenta mil


reais).

Nestes termos,
Pede e espera
Deferimento.

Paranavaí, 15 de julho de 2015.

CHARLES ZAUZA – ADV.º


OAB/PR 46.327

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