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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

FRANCIS ROGER NENEVE

HORIZONTALIZAÇÃO EMPRESARIAL DE UMA EMPRESA


COMERCIAL: ASPECTOS TRIBUTÁRIOS,
ADMINISTRATIVOS E CONTÁBEIS

CASCAVEL - PR
2021
FRANCIS ROGER NENEVE

HORIZONTALIZAÇÃO EMPRESARIAL DE UMA EMPRESA


COMERCIAL: ASPECTOS TRIBUTÁRIOS,
ADMINISTRATIVOS E CONTÁBEIS

Produção Textual para o Curso de Ciências Contábeis à


Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial
para a obtenção de média nas disciplinas norteadoras do
semestre.

Orientadores:

Renato Silva
Dirceu Carneiro de Araújo
Eric Ferreira dos Santos
Patrícia Graziela Gonçalves
Paulo Alexandre da Silva Pires

Tutor à Distância: Rogerson Alexandre Gaino

CASCAVEL - PR
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO.............................................................4
2.1 ATIVIDADE 1........................................................................4
2.2 ATIVIDADE 2........................................................................6
2.3 ATIVIDADE 3......................................................................10
2.4 ATIVIDADE 4......................................................................11
2.5 ATIVIDADE 5......................................................................12
3 CONCLUSÃO........................................................................15
REFERÊNCIAS........................................................................16
ANEXOS...................................................................................17
3

1 INTRODUÇÃO

É de longa data, que se sabe como é árduo e trabalhoso, abrir uma


empresa no Brasil. A alta carga tributária, a extensa burocracia e a adversidade em
alcançar a confiabilidade necessária para iniciar a operação, frustraram a maioria
dos empreendedores que desejam agregar luz as suas ideias de negócio.
Incentivos para os empreendedores brasileiros são quase nulos e
não favorecem todos os que estão dispostos a ingressar em seu próprio negócio.
A temática “Horizontalização empresarial de uma empresa
comercial: aspectos tributários, administrativos e contábeis” aborda estas questões;
e possibilita a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas
matérias desse semestre, através de uma ampla abordagem sobre o tema;
permitindo assim compreender diversas teorias.
Se desenvolve então um relatório que será construído a partir da
metodologia de estudo de caso e da revisão bibliográfica‚ para que seja possível
compreender os desenrolamentos possíveis por meio da aplicação teórica e prática
dos conteúdos estudados.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ATIVIDADE 1

Na esfera do direito empresarial, a constituição da pessoa jurídica é


abrangida pelo artigo 45 da Lei 10.406, onde consta:

“Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se
no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o
prazo da publicação de sua inscrição no registro.”

Nessa circunstância, explana-se através da legislação, que é a partir


do ato constitutivo que a pessoa jurídica passa a existir de fato, que no caso de uma
empresa pode ser o contrato social.
O ato constitutivo, é um documento onde está declarado o tipo
jurídico da entidade, o objetivo social e as demais normas que regerão o
funcionamento, a administração e as relações dos sócios.
Claramente que existe a necessidade de reunir os documentos
pessoais dos sócios, como, RG, CPF, Comprovante de endereço, carteira de órgão
regulador (dependendo da atividade).
O novo valor do capital social deverá ser integralizado, constando no
registro da Junta Comercial ou no Cartório de Registro de pessoa jurídica, sendo
necessária a modificação do contrato social.
Relativamente entre as alterações do contrato social, entende-se
que estas podem ser simples ou combinadas. Uma simples alteração do contrato vai
gerar um documento, que se torna um apêndice, um anexo do contrato social
original.
Quando os documentos da empresa são apresentados para fins
formais, o contrato social original deve ser sempre acompanhado das alterações.
O objetivo da alteração do contrato consolidado é reunir todo o
histórico de alterações de contratos anteriores em um arquivo e se tornar um
documento independente do contrato anterior.
Após abordadas as questões inerentes a formalização e alteração
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societária de uma empresa, a próxima etapa são os registros pertinentes tanto para
a constituição de uma pessoa jurídica, como para alteração contratual:

1. Junta Comercial (Estadual) – É o local onde de fato a empresa


nasce. Serão apresentados à Junta Comercial os documentos dos sócios e o
registro do contrato social.
2. Receita Federal (Federal) – É o órgão onde será emitido o
CNPJ da empresa, onde constará o Código de Atividade (CNAE), finalidades da
empresa e a base de cálculo através do regime tributário enquadrado. Depois de
receber o Número de Identificação do Registro de Empresa (NIRE), conhecido como
comprovante de registro feito na Junta Comercial, dê entrada ao pedido de CNPJ do
negócio. Esse procedimento é praticamente todo online, pelo portal da Receita
Federal. Será preciso mandar somente alguns documentos requisitados, que podem
ser enviados por correspondência ou pessoalmente, para a Secretaria da Receita
Federal.
3. Secretaria da Fazenda (Estadual) - É o órgão que emite a
Inscrição Estadual e cobra os tributos inerentes ao estado (ICMS-Imposto Sobre a
Circulação de Mercadorias); portanto, nesse caso, empresas com atividades de
comércio devem ser registradas no SEFAZ.
4. Prefeitura (Municipal) – A prefeitura é quem permite a
concessão quanto ao Alvará de Funcionamento e a Inscrição Municipal para o
exercício da atividade no local selecionado. Nesse caso é preciso comparecer até lá
para fazer o registro da empresa, de modo que o município também tomará
conhecimento do ISSQN, Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza que deverá
ser recolhido pela empresa em favor do município. Cada cidade tem regras
diferentes sobre os documentos para a abertura de uma empresa, mas em regra, é
solicitado o registro da Receita Federal, o contrato social da empresa e os
documentos dos sócios do negócio.
5. Outros órgãos - podem estar envolvidos ou não, quando da
constituição de uma pessoa jurídica, secretarias podem estar envolvidas no
processo de legalização da entidade jurídica, tais como IBAMA, Corpo de
Bombeiros, Órgãos Ambientais, etc. Obviamente que tudo isso dependerá do
segmento de atuação e a abrangência da legislação pertinente a cada tipo de
negócio.
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Quanto a alteração contratual, a SGA expõe algumas


particularidades de constarão na alteração contratual, a qual deve ser apresentada
de forma técnica.
A Alteração do Capital Social está prevista e será fundamentada no
ART. 997, III do Código Civil Brasileiro, onde prevê:
“Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito,
particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo
compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;”
E também nos Artigos 1052 e 1055 do referido código:
“Art. 1052 – Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada
sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela
integralização do capital social. Parágrafo primeiro – A sociedade limitada pode ser
constituída por 1 (uma) ou mais pessoas.”
“1055 - O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais,
cabendo uma ou diversas a cada sócio.
§1º Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social
respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do
registro da sociedade.”
Fomentado pela Legislação a cláusula de alteração contratual seria:

O capital, totalmente integralizado, que era de R$ 200.000,00


(duzentos mil reais), passa a ser de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), divididos
em 300.000 cotas no valor nominal de R$ 1,00 (um real) cada uma, formado por R$
300.000 (trezentos mil reais) em moeda corrente do País.
O aumento de capital é totalmente subscrito e integralizado pelos
sócios, neste ato, da seguinte forma:
Sócio Nº de Cotas Valor Percentual
Alberto Funaro 150.000 R$ 150.000,00 50%
Carina Albuquerque 150.000 R$ 150.000,00 50%
TOTAL 300.000 R$ 300.000,00 100%
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2.2 ATIVIDADE 2

As informações contábeis são de grande valia para as empresas,


visto que ajuda os proprietários, gestores, investidores e outras partes interessadas
no negócio a analisar o seu desempenho. A contabilidade abastece informações
indispensáveis sobre custos e ganhos, lucros e perdas, passivos e ativos para os
processos de tomada de decisão, planejamento e controle dentro de uma empresa.
Dispondo assim como o seu principal objetivo, registrar as
transações financeiras em seus respetivos livros para identificar, mensurar e
comunicar as informações econômicas, bem como atender a legislação vigente.
O processo de harmonização das demonstrações contábeis refere-
se à elaboração de relatórios financeiros baseados em padrões internacionais de
contabilidade aceitos em todo o mundo. A comunidade empresarial internacional
reconheceu a necessidade de padrões contábeis uniformes. Isso foi necessário
devido ao crescimento notório do número, e do tamanho das empresas
multinacionais, dos investimentos estrangeiros e das listagens internacionais nas
bolsas de valores.
Essa nova concepção é de extrema importância, pois introduz
formas de apresentação, mensuração e divulgação, e atualiza a definição de ativos
e passivos, bem como os critérios de extinção de ativos e passivos nas
demonstrações financeiras. Esta modernização, estabelece ainda, características
qualitativas da informação financeira trazendo uma ideia estrutural mais abrangente
para os relatórios financeiros; normatizando de maneira objetiva, que as informações
financeiras mais importantes estejam ao alcance dos usuários que necessitam e
fazem uso destas informações.
Um fato que trouxe grandes modificações, foi a alteração da Lei
6404/76, através da Lei 11638/07, quando foram inseridas medidas visando eliminar
barreiras das empresas brasileiras participarem do mercado internacional. Estas
medidas objetivam adotar um modelo convergente às normas internacionais.
Neste sentido, a obrigatoriedade de demonstração são as seguintes:
 Balanço Patrimonial, que segundo Ribeiro (2008), é a
demonstração contábil que evidencia em determinada data, a posição patrimonial e
financeira da entidade.
 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), evidencia a
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apuração de receitas e despesas, resultando no lucro ou prejuízo econômico


apurado em determinado período.
 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA),
consiste na demonstração da finalidade dada ao Lucro Apurado ao final do
exercício.
 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL),
demonstra quais foram as variações ocorridas no Patrimônio Líquido.
 Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), evidencia as
alterações da conta Caixa em período determinado.
Durante o processo de consultoria na empresa, foram levantadas as
contas de resultado, que deverão ser apresentadas em uma estrutura de DRE:

Quadro 1 – DRE Estruturada


ESTRUTURA DA DRE
RECEITA BRUTA
(-) Imposto sobre vendas
(=) RECEITA LIQUIDA
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
(=) RECEITA BRUTA
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas com vendas
Despesas Financeiras
Despesas Administrativas
(=) RESULTADO ANTES DOS JUROS E NÃO OPERACIONAL
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(+) Receitas Financeiras


(=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DOS IMPOSTOS
(-) Despesa de Imposto de renda
(=) RECEITA LÍQUIDA
Fonte: o autor
Também foram levantados, os grupos de contas patrimoniais, que
também serão apresentados de maneira estruturada em formato de Balanço
Patrimonial.

Quadro 2 – Estrutura Balanço Patrimonial


ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
Caixa Empréstimos Bancários de Curto Prazo
Bancos Fornecedores de Curto Prazo
Aplicações Financeiras Impostos e Obrigações de Curto Prazo
Duplicatas a Receber Outras obrigações de curto prazo
Estoques
Impostos a Recuperar

ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE


Créditos Recebíveis a Longo Prazo Contas a Receber a Longo Prazo
Participações em outras companhias Financiamentos de Longo Prazo
Fornecedores de Longo Prazo
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IMOBILIZADO PATRIMÔNIO LÍQUIDO


Terrenos Capital Social
Prédios Lucros acumulados
Veículos Reservas de Capital
Móveis e Utensílios Reservas de Lucro
Software
ATIVO TOTAL TOTAL PASSIVO
Fonte: o autor

2.3 ATIVIDADE 3

É possível qualificar como estoque os bens tangíveis


mantidos para venda ou uso próprio, ou na produção de mercadorias para
venda por algum espaço de tempo.
Ratifica Scariot (2011), “fazem parte dos estoques os bens
adquiridos e destinados para venda, os produtos acabados, os produtos em
elaboração, as matérias-primas, e os materiais utilizados no processo de produção.”
A contabilidade prevê basicamente 4 tipos:
 Estoque de Produtos Acabados – composto pelos produtos
prontos e que podem ser comercializados.
 Estoque de Produtos em elaboração – Materiais que sofrem
alteração no processo produtivo, e que venham a compor a produção do produto
acabado.
 Estoque de Matéria-Prima – Produtos adquiridos dos
fornecedores e armazenados no comprador sem sofrer modificações; são os
insumos utilizados na produção do Produto Acabado.
 Estoque de Produtos Auxiliares – pode ser peças, materiais de
escritório e limpeza.
A avaliação dos estoques, segue metodologias que são
estabelecidas pela Conselho Federal de Contabilidade NTC TG 16 (2017),
regulamentando as tratativas dadas aos estoques.
Segundo Schier (2011), os métodos de avaliação de estoque mais
utilizados no Brasil são: PEPS ou FIFO (primeiro a entrar, primeiro a sair); UEPS ou
LIFO (último a entrar, primeiro a sair); Custo médio ponderado; Custo específico e;
Método do varejo.
O referido autor ressalta que, os únicos métodos aceitos pelo Fisco
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são os métodos PEPS, UEPS e o Custo Médio Ponderado.


Sendo assim, aborda-se um resumo sobre cada um dos métodos de
apropriação de custos.
 PEPS (Primeiro que entra, Primeiro que sai), este método
consiste na apropriação do custo da mercadoria mais antiga; ou seja, a empresa
deverá no momento da venda, dar baixa no produto mais antigo do estoque.
 UEPS (Último que entra, Primeiro que sai), ao contrário do
método PEPS, neste método a apropriação do custo da mercadoria, dar-se-á
através do último preço do produto adquirido.
 Custo Médio Ponderado – neste método de apropriação a todo
momento os valores são submetidos a média; tanto em compra, quanto em venda. A
média ponderada sofre influência tanto pela quantidade, como pelo valor.

2.4 ATIVIDADE 4

No instante da abertura de uma empresa, a definição do regime


tributário é uma das etapas mais importantes; dado que de certa maneira, esta
escolha pode recair entre o sucesso e o fracasso do negócio.
É imprescindível ter em mente que o país possui uma enorme carga
tributária; isto posto um correto planejamento tributário pode mitigar possíveis fatos
geradores que venham recair sobre a incidência e a reincidência de impostos,
reduzindo o valor recolhido de impostos, ou até mesmo postergar o pagamento de
algum tributo.
Uma vez escolhido o regime tributário, o mesmo deverá perdurar até
o final do respectivo ano fiscal, daí a primordialidade da escolha correta para que
isso não ecoe de maneira negativa sobre o negócio.
Existem diversos indicadores que sugerem o momento de
readequação do regime tributário da empresa. Uma vez que as empresas se
diversificam em suas atividades, cada caso deve ser estudado individualmente,
visando melhor otimização tributária para o negócio.
Algumas situações que sugerem a alteração do regime tributário
são:
 Expansão da empresa – As empresas enquadradas no Simples
Nacional têm um limite de faturamento para permanecerem neste regime. Para as
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microempresas limite de faturamento de R$ 360 mil reais / ano, e para as empresas


de pequeno porte este limite é de R$ 4,8 milhões de reais.
 Lucro Operacional – empresas que contabilizam lucros ou
prejuízos operacionais na apuração do exercício, precisam ser cautelosas na
escolha entre o Lucro Presumido e o Lucro Real.
 Tipo de sociedade – para os modelos societários nos quais
existam a divisão de lucros e dividendos; que é a parte do lucro distribuída entre os
acionistas, é primordial a revisão do regime tributário, uma vez que estes não estão
sujeitos a tributação, já que os impostos foram pagos anteriormente pela empresa.
Resume-se que ao final de cada ano fiscal da empresa, torna-se um
momento oportuno quando da apuração dos resultados, estudar, analisar e até
mesmo consultar um profissional contábil que possa assessorar na escolha do
melhor regime tributário para empresa.

2.5 ATIVIDADE 5

O Código Tributário Nacional (CTN), define o conceito de tributo:

“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo


valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobra da mediante atividade administrativa plenamente
vinculada”

Para Amaro (2003, p. 25), tributo é toda prestação pecuniária não


sancionatória de ato ilícito, instituída em lei e devida ao Estado ou a entidades não
estatais de fins de interesse público.
O Tributo abrange cinco espécies tributárias sendo elas: Impostos,
taxas, contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e contribuições.

Figura 1 – Espécies Tributárias.


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Impostos

Taxas

Contribuição de Melhoria

Empréstimo Compulsório

Contribuições

Fonte: o autor

 Impostos: O conceito de imposto está expresso no artigo 16 do


Código Tributário Nacional. A principal característica identificadora dessa espécie
tributária é a inexistência da realização de qualquer atividade estatal dirigida ao
contribuinte. Assim sendo, o imposto incide sobre uma conduta particular
desatrelada de qualquer atividade estatal. A arrecadação dos impostos destina-se
ao provimento do orçamento público (Artigo 167, IV da Constituição Federal).
 Taxa: O poder de polícia é uma atividade administrativa fundada
no princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, pelo qual o bem
comum, o interesse público, podem justificar a restrição ou o condicionamento do
exercício de direitos individuais. A taxa tem como fato gerador o exercício regular do
poder de polícia, ou a utilização, efetiva e potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou colocado à sua disposição.
 Contribuição de melhoria: Tributo o qual, para que possa ser
instituído e cobrado, necessária atuação estatal específica de realizar obra pública
que tenha, como consequência, um incremento do valor de imóveis pertencentes
aos potenciais contribuintes. O fato gerador da contribuição de melhoria é,
justamente, a valorização imobiliária, e não a realização da obra em si.
 Empréstimo compulsório: Os empréstimos compulsórios estão
previstos no art. 148 da Constituição Federal:

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos


compulsórios:
I – Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência;
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II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante


interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, “b”.

Somente podem ser criados diante de situações específicas (guerra


externa ou sua iminência e calamidade pública, ou investimento público de caráter
relevante.
 Contribuições: Os recursos obtidos com sua arrecadação devem
ser necessariamente aplicados no atendimento da finalidade que justifica a sua
cobrança. Podem ser sociais, de intervenção no domínio econômico, de interesse de
categorias profissionais ou econômicas, de custeio da iluminação pública.

QUADRO 3 – Tributos Federais, Estaduais e Municipais

TRIBUTOS FEDERAIS TRIBUTOS TRIBUTOS MUNICIPAIS


ESTADUAIS
IRPJ (Imposto de Renda ICMS (Imposto sobre ISSQN (Imposto sobre
Pessoa Jurídica) Circulação de Serviço de Qualquer
Mercadorias e Serviços) Natureza) mais conhecido
CSLL (Contribuição Social como ISS (Imposto Sobre
Sobre o Lucro Líquido) Serviços)

PIS (Programa de
Integração Social) /
PASEP (Programa de
Formação do Patrimônio
do Servidor Público)

COFINS (Contribuição
para o Financiamento da
Seguridade Social)

IPI (Imposto sobre


Produtos Industrializados)
– se for o caso da
empresa.
Fonte o autor

A carga tributária brasileira em si é exorbitante, tornando-se um


verdadeiro obstáculo para os empreendedores, que se sentem imotivados em
arriscar em novos negócios, contratar funcionários e gerar empregos. Em
contrapartida, o próprio investidor fica desiludido em colocar seus recursos no país.
A única maneira de reduzir esta carga sobre as empresas, seria a idealização de
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uma reforma tributária mais justa e eficiente, simplificando a arrecadação e


diminuição de alíquotas, tornando assim nossas empresas mais competitivas.
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3 CONCLUSÃO

Percebe-se que com base nesta atividade, foi possível adquirir


conhecimentos e experiência prática pela análise da situação geradora de
aprendizagem, que embasou o cumprimento de todas as incitações estabelecidas,
promovendo o conhecimento.
Expomos os princípios de direito empresarial, abordando os meios
para constituir uma pessoa jurídica através do ato constitutivo, e registros
pertinentes nos órgãos competentes.
Definições importantes como métodos de apropriação de estoques,
demonstrações contábeis e regimes tributários foram absorvidos e certamente
levados por toda nossa futura vida profissional.
Todos os objetivos desta atividade foram alcançados. Foi possível
abordar por meio da temática, a aprendizagem interdisciplinar, possibilitando o
desenvolvimento da criticidade e da capacidade analítica da situação contábil das
organizações relacionando-as aos conhecimentos adquiridos nas disciplinas deste
semestre.
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REFERÊNCIAS

AMARO, Luciano da Silva. Direito Tributário Brasileiro. 3 ed. São Paulo: Saraiva,
1999.
Brasil. Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966. Código Tributário Nacional. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm>. Acesso em 13 fev. 2021.

Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm>. Acesso em 13 mar.
2021.

RIBEIRO, Osni Moura. Demonstrações financeiras: mudanças na lei das


sociedades por ações: como era e como ficou. São Paulo: Saraiva, 2008.

SCARIOT, Fabíola. Estudo multicaso de conformidade de avaliação


mensuração e divulgação de estoques em relação ao CPC 16 das Normas
Brasileiras de Contabilidade. 2011. Revista estudante. Electronic Accounting and
Management – ISSN 1984-7378. Disponível em:
<http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/ecap/search/titles?searchPage=2>. Acesso
em: 17 fev. 2021.

SCHIER, Carlos Ubiratan da Costa. Gestão de custos. 2 ed. Curitiba, PR: Ibpex,
2011.
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ANEXOS

Controle de estoques de terceiros em nosso poder


Devolução de
Estoque de
Devolução pela produtos Saldo Final
Saldo Terceiros
Data NF de terceiros em
Inicial em nosso
venda Qtde. nosso poder Qtde.
poder Qtde.
Qtde.
14/03/2021 1 0 50 0 0 50
15/03/2021 5 50 0 -30 0 20
16/03/2021 2 20 60 0 0 80
16/03/2021 6 80 0 -60 0 20
Fonte: Elaborado pelo autor

A horizontalização mercantil traz inúmeros benefícios para as partes


envolvidas. Para a empresa consignante, reduz seus dispêndios logísticos e de
armazenagem uma vez que os produtos ficam fisicamente nos armazéns da
empresa consignatária; que por sua vez não precisa empregar grande quantidade
de capital de giro em estoques; pois as mercadorias são de propriedade da
consignante que arcou com os custos de produção, até o momento de sua venda.

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