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Victoria Vitorino Penicela

Tema: Critérios De Organização Das Sociedades Comerciais Em Moçambique.


Trabalho de: Direito Comercial
Curso: Administração Publica, 3º
ano.
Docente:

UNISCED

Outubro /2021
Índice
1. Introdução...........................................................................................................................1

1.1. Objectivos....................................................................................................................1

2. Critério para constituir uma Sociedade Comercial em Moçambique.................................2

2.1. Empresa.......................................................................................................................2

2.1.1. Empresa Comercial..............................................................................................2

2.2. Reserva de nome..........................................................................................................2

2.3. Abertura de Conta Bancária........................................................................................2

2.4. Estatutos da Sociedade................................................................................................2

2.5. Tipo De Sociedades Comerciais..................................................................................2

2.6. Número Mínimo De Accionistas/Sócios E Capital Social..........................................3

2.7. Finalidade E Acções/Quotas........................................................................................3

2.8. Órgãos Sociais.............................................................................................................3

2.9. Outros procedimentos exigidos depois de registada a sociedade e antes do início da


actividade................................................................................................................................4

3. Critérios De Organização Das Sociedades Comerciais Em Moçambique.........................5

3.1. Sociedades por quotas............................................................................................6

3.2. Sociedades Anónimas..................................................................................................6

3.3. Sociedade em Nome Colectivo...................................................................................7

3.4. Sociedades em Comandita...........................................................................................8

3.5. Sociedades de Capital e Indústria................................................................................8

4. Representação Comercial/ Sucursal....................................................................................9

5. Conclusão..........................................................................................................................10

6. Referencias Bibliográficas................................................................................................11
1. Introdução
São sociedades comerciais todos aquelas que tenham com objectivo a prática de actos de
comércio. Contudo é necessário elegerem qual a tipicidade da sociedade. Um acto comercial
consiste num acontecimento que possa acontecer de modo natural ou voluntário nas
actividades comerciais, e ao qual tem de ser atribuído efeitos jurídicos.
Nesta senda o trabalho visa analisar os critérios de organização das sociedades comerciais em
Moçambique desde a sua constituição e tipificação.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivos Gerais
Analisar os Critério de organização das sociedades Comercias em Moçambique
1.1.2. Objectivos Específicos
 Descrever o critério de constituição de uma sociedade em Moçambique;
 Identificar os tipos de sociedades;
 Conceituar e caracterizar os tipos de sociedade.
1.2. Metodologias
Para a efectivação do presente trabalho recorreu-se a utilização de legislações vigentes em
Moçambique, matérias bibliográficos e pesquisas a internet.
Para a interpretação e análise dos dados fez-se uma profunda censura dos dados colhidos.

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2. Critério para constituir uma Sociedade Comercial em Moçambique

2.1. Empresa
É uma organização que realiza actividades económicas com finalidades comerciais, por meio
da produção e venda de bens ou serviços.
2.1.1. Empresa Comercial
No artigo 3 do código comercial define a empresa como toda a organização de factores de
produção para exercício de uma actividade económica destinada à produção para a troca
sistemática e vantajosa.
Uma sociedade comercial é dotada de características, segundo o art. 980.º do Código Civil
que são os seguintes elementos: de elemento pessoal (pluralidade de sócios), elemento
patrimonial (obrigação de contribuir com bens ou serviços), elementos finalísticos (exercícios
em comum de certa actividade económica que não seja de mera fruição) e Elemento
teleológico (repartição dos lucros resultantes dessa actividade)
2.2. Reserva de nome.
Para a constituição de uma empresa é necessário primeira fazer uma reserva de nome na
entidade conservatória do registo de pessoas jurídicas. O mesmo visa apresentar a empresa, a
sua actividade o sector onde ira actua e informar do valor do investimento.
O documento a obter nas Conservatórias do Registo Comercial mediante requerimento,
comprovativo de que não existe nenhuma sociedade comercial/empresa com o mesmo nome
ou com um nome que se assemelha ao que se pretende registar;
2.3. Abertura de Conta Bancária.
Abertura de uma conta bancária numa das instituições financeiras existentes na praça em
nome da futura empresa (é importante definir o número das assinaturas dos cheques que
podem obrigar a empresa - se forem 3 sócios, 2 podem ser suficiente. Se forem 2 sócios,
assinam os
2.4. Estatutos da Sociedade.
Apresentar o projecto dos estatutos da sociedade, considerando os seguintes particulares:
2.5. Tipo De Sociedades Comerciais
Na redacção dos estatutos há que considerar quatro tipos de sociedades comerciais existentes
em Moçambique nomeadamente:
 as sociedades anónimas de responsabilidade limitada ("SARL");
 as sociedades em comandita;

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 as sociedades em nome colectivo e
 as sociedades por quotas ("Limitada").As "SARL" e as "Limitadas" são as mais
usadas na constituição das sociedades comerciais.

2.6. Número Mínimo De Accionistas/Sócios E Capital Social


As sociedades anónimas de responsabilidade limitada (SARL) constituem-se com um mínimo
de 10 accionistas e não existe determinação de capital mínimo. Se o Estado for accionista
pode-se constituir com apenas 2 sócios. Nas Limitadas, o número de sócios mínimo é de 2 e o
capital social mínimo é de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil meticais).
2.7. Finalidade E Acções/Quotas
As SARL são tipos de sociedades comerciais usadas para grandes investimentos, enquanto as
Limitadas são usadas para pequenos e médios negócios e os sócios funcionam na base do
conhecimento e da confiança mútuas. Nas SARL as participações no capital são
representadas por acções que podem ser ao portador ou nominativas. São sempre nominativas
enquanto o seu valor nominal subscrito não estiver totalmente pago. Enquanto nas Limitadas,
a sociedade não é constituída enquanto um dos sócios não houver entrado com pelo menos
50% do capital que deve realizar em dinheiro e, bem assim, com os 50% do capital que deve
realizar com outros bens, se estes forem divisíveis, ou com a totalidade dos mesmos bens, no
caso contrário.
2.8. Órgãos Sociais
Na SARL temos como órgãos sociais obrigatórios, o Conselho de Administração, a Mesa da
Assembleia-geral e o Conselho Fiscal. A direcção executiva é confiada a uma administração
e a fiscalização a um conselho fiscal, ambos eleitos pela Assembleia-geral. A Assembleia-
geral é o órgão supremo, pois nela têm assento a universalidade dos accionistas. Nas SARL,
podem ser eleitos ou nomeados como membros dos órgãos sociais pessoas que não sejam
accionistas da respectiva sociedade. Na Limitada temos como órgãos sociais obrigatórios, a
gerência e Assembleia-geral. A gerência, que administra a sociedade, é representada por um
ou mais gerentes que podem ser escolhidos de entre os sócios ou pessoas estranhas à
sociedade. A Assembleia Geral é constituída pelos sócios. Os sócios podem decidir pela
inclusão ou não de um conselho fiscal na sociedade.
2.8.1. Escritura Pública:
Documentos necessários:
 Certidão negativa [2];

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 Cópias dos documentos de identificação dos sócios (passaporte ou documento de
identificação de estrangeiros - DIRE);
 Prova do depósito do capital social inicial (talão de depósito bancário na conta aberta
em nome da futura empresa);
 Estatutos.
2.8.2. Escritura
 Submeter os documentos ao Notário para avaliação do valor da escritura
(normalmente 10% do capital social);
 Marcar data para a celebração da escritura e fazer o pagamento da mesma;
2.8.3. Registo Provisório:
Celebrada a escritura pública e emitida a certidão e o extracto, faz-se o registo provisório da
sociedade na Conservatória do Registo Comercial (com indicação dos nomes dos gerentes ou
administradores).
2.8.4. Publicação dos Estatutos no BR (Imprensa Nacional):
Com o extracto da certidão da escritura pública manda-se publicar os estatutos da sociedade
comercial constituída.
2.8.5. Registo Definitivo:
O registo definitivo da sociedade comercial é feito após a publicação dos estatutos da
sociedade no Boletim da República ("BR"). O registo definitivo é feito na Conservatória do
Registo Comercial mediante submissão de um requerimento (minuta disponível no local) e
apresentação da cópia do BR com os estatutos publicados.
2.9. Outros procedimentos exigidos depois de registada a sociedade e antes do
início da actividade.
2.9.1. Obtenção Do Número De Identificação Tributária (Nuit):
Uma vez constituída a sociedade comercial (com a celebração da escritura pública) a
sociedade pode obter o NUIT na Sede do Bairro Fiscal onde se localiza a sede da sociedade.
Obtém-se o NUIT mediante o preenchimento de um modelo próprio e apresentação da cópia
da certidão da escritura pública.
2.9.2. Vistoria:
Antes da emissão das licenças/alvarás as sedes escritório/estaleiros/fábricas ou o local da
actividade são vistoriados pela entidade de tutela competente (turismo, indústria, agricultura,
etc.) e demais entidades complementares (bombeiros, saúde, ambiente, etc.);
2.9.3. Comunicação as Direcções Do Trabalho:

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Após a obtenção do NUIT e das licenças/alvarás, a sociedade deve indicar o início da
actividade. Esse acto é feito por escrito junto das Direcções Municipais e provinciais de
Trabalho;
2.9.4. Registo na segurança social:
A sociedade é obrigada a registar os seus trabalhadores na Segurança Social. São permitidos
esquemas complementares da segurança social, mas não o alheamento ao sistema nacional.
As entidades empregadoras são as que retêm o valor da contribuição mensal e remetem-no
mensalmente (até ao dia 10 de cada mês) ao Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
2.9.5. Prazos De Registo Para Sucursais Ou Representações Estrangeiras:
Tratando-se de sucursal ou representação social de sociedades constituídas no estrangeiro, o
registo efectua-se 30 dias após o seu licenciamento e mediante apresentação de certificado
passado pelo competente agente consular de Moçambique, comprovativo de que se acham
constituídas e funcionam de acordo com a Lei do País em que se constituíram.
 A prática tem mostrado divergências na exigência de documentos pelos Bancos. Em
algumas províncias, alguns Bancos exigem o alvará e por vezes também o NUIT.
 É de notar que tem- se verificado variações regionais na taxa exigida.

3. Critérios De Organização Das Sociedades Comerciais Em Moçambique.

O Decreto-lei n.º 2/2005, de 27 de Dezembro que aprovou o Código Comercial


Moçambicano, facultando aos indivíduos e sociedades, nacionais e estrangeiros, a
possibilidade de estabelecimento em Moçambique, sob uma de seis formas:
 Sociedade em Nome Colectivo previstas;
 Sociedade em Comandita;
 Sociedade de Capital e Indústria;
 Sociedade por Quotas;
 Sociedade Unipessoal por Quotas e
 Sociedade Anónima.
Os investidores estrangeiros que pretendam exercer actividades de cariz comercial em
Moçambique, podem optar por constituir diversas formas de estabelecimento, tais como
as já referidas sociedades comerciais, ou outras formas de representação comercial,
nomeadamente sucursais, sob forma de agência ou de delegação. Regra geral, os
investidores tendem a recorrer ao estabelecimento através da constituição de Sociedades

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por Quotas e Sociedades Anónimas, e ainda através do registo de representações
comerciais estrangeiras acima referidas.
3.1. Sociedades por quotas
Este tipo societário está previsto no artigo 283 e seguintes do Ccom.
As Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitada devem ser detidas por um
mínimo de dois sócios e um máximo de trinta, excepto as Sociedades Unipessoais
por Quotas que podem ser constituídas por um único sócio, que por sua vez deve ser
pessoa singular.
A designação nas Sociedades por Quotas pode ser composta pelo nome ou firma de
algum ou de todos os sócios, por uma denominação particular ou por uma reunião dos
dois, sendo que, em qualquer dos casos, terá que ser seguida pelo aditamento obrigatório
“ Limitada” que poderá estar por extenso ou abreviado - “ Lda.”
Os sócios podem fixar o capital adequado para a prossecução da sua actividade (pois a
lei não estabelece o capital mínimo), o qual deve corresponder ao somatório dos valores
nominais das quotas de cada um dos sócios e deve ser expresso em moeda nacional (o
Metical).
Os nomes dos titulares das quotas neste tipo societário devem figurar expressamente nos
estatutos da sociedade, na certidão comercial e em qualquer acordo subsequente ou
deliberação tomada.
Neste tipo societário, a responsabilidade dos sócios está limitada ao valor do capital
social por eles subscrito, sendo o património da sociedade única e somente
responsável perante os credores da sociedade.
As Sociedades por Quotas têm como órgãos sociais a Assembleia Geral (órgão
deliberativo) e o Conselho de Administração (órgão de gestão). Os sócios podem, ainda,
instituir um Conselho Fiscal ou Fiscal Único que deve obedecer ao estatuído sobre as
regras das Sociedades Anónimas.
As Assembleias Gerais deverão contar com a participação de todos os sócios, sendo, regra
geral e salvo estipulação em contrário, as deliberações tomadas por maioria simples dos votos
emitidos pelos sócios presentes na Assembleia.
A administração da sociedade cabe a um ou mais administradores, podendo estes serem
estranhos à sociedade. As funções dos administradores cessam por destituição ou renúncia
daqueles, sem prejuízo do disposto no contrato de sociedade ou no acto de nomeação.

3.2. Sociedades Anónimas

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A Sociedade Anónima (SA), mais usualmente adoptada por grandes empresas, caracteriza-se
essencialmente por ter uma estrutura orgânica mais complexa, e por conferir um grau de
maleabilidade do capital social, na medida em que a transmissão das acções não está sujeita a
forma especial.
Estão previstas nos artigos 331 e seguintes do Ccom.
As Sociedades Anónimas devem no mínimo ter três accionistas, sejam eles pessoas
singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, salvo nos casos em que o Estado,
directamente ou por intermédio de Empresa Pública, Estatal ou outra entidade equiparada por
lei, fique como accionista, as quais podem constituir-se com um único accionista. A
responsabilidade dos accionistas perante terceiros é limitada ao valor das acções que
subscreveram. As empresas que tencionem instalar-se em Moçambique devem ter em conta
que o valor do capital social deverá ser sempre adequado à realização do objecto social, e ser
sempre expresso em moeda nacional, embora não exista na lei comercial um capital mínimo
determinado.
Neste tipo societário, o capital é representado por acções nominativas ou ao portador,
podendo as nominativas serem registadas ou escriturais, sendo que a Sociedade Anónima só
será constituída quando a totalidade do seu capital estiver subscrito, e o mesmo realizado em
pelo menos vinte e cinco por cento.
Os órgãos sociais das Sociedades Anónimas compõem-se pela Assembleia Geral, o Conselho
de Administração, e um órgão fiscalizador – o Conselho Fiscal ou Fiscal Único.
A administração compete a um ou mais administradores que poderão ser pessoas estranhas à
sociedade. Se o capital social da sociedade não exceder os quinhentos mil Meticais, pode
designar-se um administrador único. No caso de uma pessoa colectiva ser nomeada para o
cargo de administrador, esta nomeará uma pessoa singular para exercer o cargo em nome
próprio.
No concernente à fiscalização, esta opera-se através: de um Conselho Fiscal, composto por 3
ou 5 membros ou por um Fiscal Único que deverá ser auditor de contas ou sociedade de
auditores de contas.
A Sociedade Anónima (SA), mais usualmente adoptada por grandes empresas, caracteriza-se
essencialmente por ter uma estrutura orgânica mais complexa, e por conferir um grau de
maleabilidade do capital social, na medida em que a transmissão das acções não esta sujeita a
forma especial.
3.3. Sociedade em Nome Colectivo
As sociedades em nome colectivo estão previstas no artigo 253 e seguintes do Ccom. Como

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caracterização, o disposto no nº 1 do artigo 253 do Ccom, estabelece que na sociedade em
nome colectivo o sócio responde subsidiariamente em relação à sociedade e solidariamente
com os outros sócios pelas obrigações sociais, ainda que estas tenham sido contraídas
anteriormente à data do seu ingresso.
Nas sociedades em nome colectivo, os sócios respondem de uma forma ilimitada e
subsidiária perante a empresa e solidariamente, entre si, perante os credores. O número
mínimo de sócios é dois e podem ser admitidos sócios de indústria.
Para o autor Manuel Guilherme, essas são sociedades que possuem dois tipos de sócios.
A sua firma deve conter, nos termos do nº1 do artigo 29 do Ccom, o aditamento “Sociedade
em Nome Colectivo, ou abreviadamente, SNC”.

3.4. Sociedades em Comandita


As sociedades em comanditas estão previstas no Ccom do artigo 270 a 277 em que como
caracterização, na sociedade em comandita são elementos distintos a sociedade em nome
colectivo, que compreende os sócios comanditários, e a comandita de fundos.
As sociedades em comandita são de responsabilidade mista pois reúnem sócios cuja
responsabilidade é limitada (comanditários) que contribuem com o capital, e sócios de
responsabilidade ilimitada e solidária entre si (comanditados) que contribuem com bens ou
serviços e assumem a gestão e a direcção efectiva da sociedade. Na sociedade em comandita
simples o número mínimo de sócios é dois. Asociedade em comandita por acções deve
constituir-se com o número mínimo de cinco sócios comanditários e um comanditado.
Tendo em conta o disposto no artigo 70 do Ccom, a sociedade em comandita pode ser
constituída em comandita simples, ou comandita por acções quando as participações dos
sócios comanditários são representadas por acções.
Quando ao regime jurídico de cada uma dessas espécies, o autor Manuel Guilherme refere
que, conjugando com a lei, “ às sociedades em comandita aplicam-se as disposições relativas
à sociedades em nome colectivo, na medida em que forem compatíveis com as normas
aplicáveis às sociedades em comandita”.
Ainda, entende que o legislador remete à aplicação de regimes diversos consoante a espécie
de sociedade em comandita em questão. Não pode, contudo, o regime a ser aplicado não deve
contrariar o que de forma especial o legislador estabeleceu.

3.5. Sociedades de Capital e Indústria


Este tipo societário está previsto nos artigos 278 e seguintes do Ccom. Para este tipo

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societário, segundo o autor Manuel Guilherme, e aquele em que um ou mais sócios
concorrem unicamente com seu trabalho, actividade ou indústria, cabendo unicamente ao
sócio ou sócios capitalistas a responsabilidade pelas obrigações sociais e o direito de figurar
na firma, que é vedado ao sócio de indústria.
Nos termos do artigo 278 do Ccom, a sociedade de capital e indústria caracteriza-se por
possuir sócios que contribuem para formação do capital com dinheiro, créditos ou outros bens
materiais e que limitam a sua responsabilidade ao valor da contribuição com que
subscreveram para o capital social.
Na mesma senda, por possuir sócios que não contribuem para o mesmo capital, mas apenas
ingressam na sociedade com o seu trabalho, e que estão isentos de qualquer responsabilidade
pelas dívidas sociais.

4. Representação Comercial/ Sucursal

As entidades estrangeiras que pretendem exercer uma actividade de natureza económica em


Moçambique através de representação comercial, devem requerer junto do Ministério da
Indústria e Comércio o licenciamento das suas sucursais, filiais, delegações, agências ou
outras formas de representação legalmente estabelecidas em Moçambique. As representações
são autorizadas a exercer actividade em Moçambique dentro de certos limites temporais, no
caso da agência, por exemplo, dura enquanto durar o respectivo contrato de agência, mas já
para o caso da delegação, esta só pode exercer actividade por um máximo de 3 anos,
renováveis.
Uma sucursal é tida como estabelecimento permanente da sociedade que não tem autonomia
ou personalidade jurídica diferente da empresa-mãe, quando registada na Conservatória do
Registo das Entidades Legais.

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5. Conclusão
As sociedades em geral, estão referenciados nos artigos 980º CC, na qual constituem uma
actividade económica destinada a produção de bens ou utilidade de qualquer natureza,
matérias ou imateriais, enquadráveis em qualquer sector da economia.
A constituição de uma sociedade comercial depende da celebração de um contrato. Podem
proceder ao registo da sociedade os requerentes, seus representantes, advogados, solicitadores
e/ou notários. Esse registo de constituição da sociedade deve ser requerido no prazo de dois
meses a contar da titulação do acto.
O artigo 980º CC, exige que a actividade económica seja certa, o que significa que ela devera
ser definida, determina de concreta e específica, de modo a não se adquirirem indicações tao
vagas do escopo social que acabem por traduzir numa incerteza da actividade a que a
sociedade se destine.

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6. Referencias Bibliográficas
 Portal do Governo de Moçambique. Registo e licenciamento de sociedade. Disponivel
em www.portalgoverno.gov.mz
 Código Comercial de Moçambique
 www.plmjnetwork.com
 Modulo ISCED- Direito Comercial.

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