Você está na página 1de 97

RELATÓRIO TÉCNICO

BACIA AMAZÔNICA

Plano Nacional de Integração Hidroviária


Desenvolvimento de Estudos e Análises das Hidrovias Brasileiras
e suas Instalações Portuárias com Implantação de Base de Dados
Georreferenciada e Sistema de Informações Geográficas

Fevereiro 2013
Relatório Técnico Bacia Amazônica

República Federativa do Brasil


Dilma Roussef
Presidenta da República

Secretaria de Portos (SEP)

José Leônidas Cristino


Ministro Chefe

Ministério dos Transportes

Paulo Sérgio Passos


Ministro dos Transportes

Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)

Diretoria Colegiada
Pedro Brito (Diretor-Geral Substituto)
Fernando José de Pádua C. Fonseca (Diretor Interino)
Mário Povia (Diretor Interino)

Superintendência de Navegação Interior (SNI)


Adalberto Tokarski (Superintendente)

Superintendência de Portos (SPO)


Bruno de Oliveira Pinheiro (Superintendente Substituto)

Superintendência de Fiscalização e Coordenação (SFC)


Giovanni Cavalcanti Paiva (Superintendente)

Superintendência de Navegação Marítima e de Apoio (SNM)


André Luís Souto de Arruda Coelho (Superintendente)

Superintendência de Administração e Finanças (SAF)


Albeir Taboada Lima (Superintendente)

ii ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

FICHA TÉCNICA

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS

Gerência de Desenvolvimento e Regulação da Navegação Interior (GDI)


José Renato Ribas Fialho - Gerente
Eduardo Pessoa de Queiroz - Coordenador
Isaac Monteiro do Nascimento

Gerência de Estudos e Desempenho Portuário (GED)


Fernando Antônio Correia Serra - Gerente
Herbert Koehne de Castro
José Esteves Botelho Rabello

Gerência de Portos Públicos (GPP)


Samuel Ramos de Carvalho Cavalcanti – Gerente Substituto
Paulo Henrique Ribeiro de Perni
Camila Romero Monteiro da Silva

Superintendência de Fiscalização e Controle (SFC)


Frederico Felipe Medeiros

Unidade Administrativa Regional do Paraná (UARPR)


Fábio Augusto Giannini

ENTIDADES COLABORADORAS
Ministério dos Transportes (MT)
Administrações Hidroviárias
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.
Unidades Administrativas Regionais da ANTAQ
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
Marinha do Brasil/Diretoria de Portos e Costas - Capitania Fluvial de Juazeiro
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)
Agência Nacional de Águas (ANA)
Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (BA)
Secretaria do Desenvolvimento Econômico de Pernambuco - Porto Fluvial de Petrolina (PE)
Secretaria de Transportes - RS - SEINFRA
Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH)
Superintendência de Portos e Hidrovias do Rio Grande do Sul (SPH)
Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH)
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e suas Federações
Confederação Nacional do Transporte (CNT) e suas Federações
Petrobras Transporte S/A (TRANSPETRO)
Vale S.A.

ANTAQ/UFSC/LabTrans iii
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (APROSOJA)


Empresas Brasileiras de Navegação Interior
TECON/Rio Grande
Porto de Rio Grande (RS)
Movimento Pró-Logística
Sindicatos das Empresas Brasileiras de Navegação - SINDARMA

iv ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Roselane Neckel - Reitora


Lúcia Helena Martins Pacheco- Vice-Reitora
Sebastião Roberto Soares- Diretor do Centro Tecnológico
Jucilei Cordini - Chefe do Departamento de Engenharia Civil

Laboratório de Transportes e Logística


Amir Mattar Valente - Coordenador Geral do Laboratório

Equipe Técnica - Transporte e Logística


Fabiano Giacobo - Coordenador

Estudos
André Ricardo Hadlich - Responsável Técnico
Daniele Sehn - Economista
André Felipe Kretzer Carlo Vaz Sampaio
Felipe Souza dos Santos Gabriella Sommer Vaz
Guilherme Tomiyoshi Nakao Humberto Assis de Oliveira Sobrinho
Jonatas J. de Albuquerque Larissa Steinhorst Berlanda
Luiz Gustavo Schmitt Marjorie Panceri Pires
Natália Tiemi Gomes Komoto Priscila Lammel

Fernando Seabra - Consultor


Pedro Alberto Barbetta - Consultor

Equipe Técnica - Tecnologia da Informação


Antônio Venícius dos Santos - Coordenador

Base de dados Georreferenciada


Edésio Elias Lopes - Responsável Técnico
Caroline Helena Rosa Guilherme Butter
Demis Marques Paulo Roberto Vela Junior

Sistema
Luiz Claudio Duarte Dalmolin - Responsável Técnico
Emanuel Espíndola Rodrigo Silva de Melo
José Ronaldo Pereira Junior Sérgio Zarth Junior
Leonardo Tristão Tiago Lima Trinidad
Robson Junqueira da Rosa

Design Gráfico
Guilherme Fernandes
Heloisa Munaretto

Revisão de Textos
Lívia Carolina das Neves Segadilha
Paula Carolina Ribeiro
Pedro Gustavo Rieger
Renan Abdalla Leimontas

ANTAQ/UFSC/LabTrans v
Relatório Técnico Bacia Amazônica

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AHIMOC Administração das Hidrovias da Amazônia Ocidental


AHIMOR Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental
ANA Agência Nacional de Águas
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
ANTAQ Agência Nacional de Transportes Aquaviários
ANTT Agência Nacional de Transportes Terrestres
Aprosoja Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso
BIT Banco de Informações e Mapas de Transportes
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CNRH Conselho Nacional de Recursos Hídricos
CSRH Caderno Setorial de Recursos Hídricos
DHI Departamento de Hidrovias Interiores
DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral
EFT Estrada de Ferro Trombetas
EPE Empresa de Pesquisa Energética Brasileira
ETC Estação de Transbordo de Cargas
FICO Ferrovia de Integração do Centro-Oeste
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
LabTrans Laboratório de Transportes e Logística
MMA Ministério do Meio Ambiente
PAC Programa de Aceleração do Crescimento
PIB Produto Interno Bruto
PNIH Plano Nacional de Integração Hidroviária
PNLT Plano Nacional de Logística de Transportes
t Toneladas
TIR Taxa Interna de Retorno
tku Tonelada Quilômetro Útil
TMA Taxa Mínima de Atratividade
Transpetro Petrobras Transportes
TUP Terminal de Uso Privativo
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
USIPAR Usina de Recicláveis Sólidos Paraná S/A
VPL Valor Presente Líquido

vi ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Região hidrográfica amazônica com seus principais rios e afluentes ........................... 4
Figura 2 - Região hidrográfica amazônica e suas administrações ................................................. 5
Figura 3 - Microrregiões lindeiras aos principais rios.................................................................... 8
Figura 4 - Área Inicial de Estudo .................................................................................................... 9
Figura 5 - Mancha de Atratividade .............................................................................................. 10
Figura 6 - Microrregiões com 95% do total de Atratividade ....................................................... 11
Figura 7 - Área de Influência Final ............................................................................................... 12
Figura 8 - Representação dos fluxos interestaduais excluídos ................................................... 18
Figura 9 - Área contígua e área total de influência das Hidrovias da Bacia Amazônica.............. 21
Figura 10 - Principais produtos movimentados em comércio exterior pelas regiões da área
contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica em 2010 e 2030 ...................................................... 22
Figura 11 - Observação (1997 – 2010) e Projeção (2011 – 2030) de demanda de Minério de
Ferro das regiões da área contígua às Hidrovias Bacia Amazônica frente ao PIB da China........ 24
Figura 12 - Observação (1997 – 2010) e Projeção (2011 – 2030) de demanda de Minérios das
regiões da área contígua às Hidrovias Bacia Amazônica em 2010 e 2030.................................. 25
Figura 13 - Observação (1997 – 2010) e Projeção (2011 – 2030) de demanda do Complexo de
soja das regiões da área contígua às Hidrovias Bacia Amazônica em 2010 e 2030 .................... 26
Figura 14 - Observação (1997 – 2010) e Projeção (2011 – 2030) de demanda de ferro-gusa das
regiões da área contígua às Hidrovias Bacia Amazônica em 2010 e 2030.................................. 27
Figura 15 - Observação (1997 – 2010) e Projeção (2011 – 2030) de demanda de produtos
químicos das regiões da área contígua às Hidrovias Bacia Amazônica em 2010 e 2030 ............ 28
Figura 16 - Observação (1997 – 2010) e Projeção (2011 – 2030) de demanda de derivados de
petróleo das regiões da área contígua às Hidrovias Bacia Amazônica em 2010 e 2030 ............ 28
Figura 17 - Bacia Amazônica: principais rotas hidroviárias ......................................................... 33
Figura 18 - Rios Solimões, Negro e Branco: terminais e opções de integração modal ............... 35
Figura 19 - Rio Madeira, terminais e opções de integração modal ............................................ 37
Figura 20 - Rios Amazonas, Trombetas e Jari, opções de integração modal .............................. 39
Figura 21 - Rios Tapajós e Teles Pires: trecho navegável e cachoeiras ....................................... 40
Figura 22 - Rios Tapajós e Teles Pires: opções de integração modal .......................................... 41
Figura 23 - Modal rodoviário em 2015, 2020, 2025 e 2030 ........................................................ 43
Figura 24 - Modal ferroviário em 2015 ....................................................................................... 44
Figura 25 - Modal ferroviário em 2020 ....................................................................................... 44
Figura 26 - Modal ferroviário em 2025 ....................................................................................... 45
Figura 27 - Modal ferroviário em 2030 ....................................................................................... 45
Figura 28 - Modal hidroviário em 2015 ....................................................................................... 46
Figura 29 - Modal hidroviário em 2020 ....................................................................................... 47
Figura 30 - Modal hidroviário em 2025 ....................................................................................... 47
Figura 31 - Modal hidroviário em 2030 ....................................................................................... 48
Figura 32 - Terminais já existentes e áreas propícias de novos terminais hidroviários com ano
ótimo de abertura ....................................................................................................................... 57
Figura 33 - Carregamento nas hidrovias- Fluxo 2015 (t) ............................................................. 62
Figura 34 - Carregamento nas hidrovias- Fluxo 2020 (t) ............................................................. 63
Figura 35 - Carregamento nas hidrovias- Fluxo 2025 (t) ............................................................. 64

ANTAQ/UFSC/LabTrans vii
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Figura 36 - Carregamento nas hidrovias- Fluxo 2030 (t) ............................................................. 65


Figura 37 - Área propícia de Rorainópolis ................................................................................... 70
Figura 38 - Área propícia de Boa Vista ........................................................................................ 71
Figura 39 - Área propícia de Ipiranga do Norte ........................................................................... 73
Figura 40 - Área propícia de Paranaíta ........................................................................................ 74
Figura 41 - Área propícia de Jacareacanga .................................................................................. 76

viii ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Microrregiões lindeiras aos principais rios ................................................................. 8


Quadro 2 - Origens e destinos excluídos da consulta ................................................................. 17
Quadro 3 - Cenário modal rodoviário ......................................................................................... 42
Quadro 4 - Cenário modal ferroviário ......................................................................................... 43
Quadro 5 - Cenário modal hidroviário ........................................................................................ 46
Quadro 6 - Áreas propícias para instalação de novos terminais hidroviários............................. 49
Quadro 7 - Siglas e significados ................................................................................................... 51

ANTAQ/UFSC/LabTrans ix
Relatório Técnico Bacia Amazônica

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Representatividade de produtos com base no PNLT - 2004 (mil t)............................ 15


Tabela 2 - Projeção quinquenal da movimentação de cargas, por sentido de comércio exterior
e por grupo de produtos - área contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica - 2010 - 2030 (t) .... 22
Tabela 3 - Projeção quinquenal da demanda de cargas, por grupo de produtos na Área de
Influência total da região ampla das Hidrovias da Bacia Amazônica - 2010 - 2030 (t) ............... 29
Tabela 4 - Projeção quinquenal da carga alocada, por produtos, para as Hidrovias da Bacia
Amazônica - 2015 - 2030 (t) ........................................................................................................ 30
Tabela 5 - Parâmetros rodoviários .............................................................................................. 50
Tabela 6 - Estimativas do valor do frete ferroviário, em R$/(t.km) ............................................ 51
Tabela 7 - Parâmetros dos terminais ferroviários ....................................................................... 52
Tabela 8 - Parâmetros de frete hidroviário, em R$/(t.km), por tipo de carga transportada ...... 52
Tabela 9 - Custo de Transbordo (R$/t) ........................................................................................ 52
Tabela 10 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t)........................................................... 53
Tabela 11 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2020 (t)........................................................... 54
Tabela 12 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2025 (t)........................................................... 54
Tabela 13 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2030 (t)........................................................... 55
Tabela 14 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2015 (t) .......................... 58
Tabela 15 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2020 (t) .......................... 59
Tabela 16 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2025 (t) .......................... 60
Tabela 17 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2030 (t) .......................... 61
Tabela 18 - Custos totais de transporte - 2015 ........................................................................... 67
Tabela 19 - Custos totais de transporte - 2020 ........................................................................... 67
Tabela 20 - Custos totais de transporte - 2025 ........................................................................... 68
Tabela 21 - Custos totais de transporte - 2030 ........................................................................... 68
Tabela 22 - Demanda simulada para a área propícia de Rorainópolis (t) ................................... 69
Tabela 23 - Resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de
Rorainópolis ................................................................................................................................ 69
Tabela 24 - Demanda simulada para a área propícia de Boa Vista (t) ........................................ 70
Tabela 25 - Resultados da análise econômica do terminal planejado de Boa Vista ................... 71
Tabela 26 - Demanda simulada para a área propícia de Ipiranga do Norte (t) ........................... 72
Tabela 27 - Resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de
Ipiranga do Norte ........................................................................................................................ 72
Tabela 28 - Demanda simulada para a área propícia de Paranaíta (t) ........................................ 73
Tabela 29 - Resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de
Paranaíta ..................................................................................................................................... 74
Tabela 30 - Demanda simulada para a área propícia de Jacareacanga (t) .................................. 75
Tabela 31 - Resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de
Jacareacanga ............................................................................................................................... 75
Tabela 32 - Comparativo entre as áreas propícias para instalação de terminais ....................... 76

x ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

SUMÁRIO

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ................................................................................................vi


LISTA DE FIGURAS.........................................................................................................................vii
LISTA DE QUADROS .......................................................................................................................ix
LISTA DE TABELAS.......................................................................................................................... x
PREFÁCIO..................................................................................................................................... xiii

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................... 1
2 DETERMINAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA ............................................................................ 3
2.1 Localização .......................................................................................................................... 3
2.1.1 Rio Solimões ........................................................................................................................ 5
2.1.2 Rio Negro ............................................................................................................................ 5
2.1.3 Rio Branco ........................................................................................................................... 6
2.1.4 Rio Madeira ......................................................................................................................... 6
2.1.5 Rio Amazonas ...................................................................................................................... 6
2.1.6 Rio Trombetas ..................................................................................................................... 6
2.1.7 Rio Jari ................................................................................................................................. 7
2.1.8 Rios Tapajós - Teles Pires .................................................................................................... 7
2.2 Cálculo da Área de Influência .............................................................................................. 9
2.2.1 Área Inicial de Estudo ......................................................................................................... 9
2.2.2 Escolha dos Polos de Atração ........................................................................................... 10
2.2.3 Determinação das Manchas de Atratividade.................................................................... 10
2.2.4 Área de Influência Final .................................................................................................... 11
3 IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS RELEVANTES PARA ANÁLISE ........................................... 13
3.1 Quantificação dos fluxos atuais de transporte.................................................................... 13
3.2 Definição dos produtos relevantes para a Bacia Amazônica .............................................. 14
4 DEFINIÇÃO DOS FLUXOS RELEVANTES PARA ANÁLISE......................................................... 17
4.1 Recorte da Matriz do PNLT .................................................................................................. 17
5 PROJEÇÃO DOS FLUXOS DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE ........................................ 19
5.1 Caracterização socioeconômica .......................................................................................... 19
5.2 Resultados da projeção de demanda da área contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica . 20
5.3 Resultados da projeção de demanda da Área de Influência total das Hidrovias da Bacia
Amazônica ........................................................................................................................... 29
5.4 Resultados da alocação da carga total para as Hidrovias da Bacia Amazônica................... 30
6 DIAGNÓSTICO DA REDE DE TRANSPORTE ATUAL ................................................................ 32
6.1 Bacia Amazônica .................................................................................................................. 32
6.1.1 Rio Solimões ...................................................................................................................... 33

ANTAQ/UFSC/LabTrans xi
Relatório Técnico Bacia Amazônica

6.1.2 Rio Negro .......................................................................................................................... 34


6.1.3 Rio Branco ......................................................................................................................... 34
6.1.4 Rio Madeira ....................................................................................................................... 35
6.1.5 Rio Amazonas .................................................................................................................... 37
6.1.6 Rio Trombetas ................................................................................................................... 38
6.1.7 Rio Jari ............................................................................................................................... 38
6.1.8 Rio Tapajós ........................................................................................................................ 39
6.1.9 Rio Teles Pires ................................................................................................................... 41
7 DEFINIÇÃO DA REDE FUTURA A SER ANALISADA - NOVAS OUTORGAS DE TERMINAIS
HIDROVIÁRIOS ....................................................................................................................... 42
7.1 Montagem dos cenários de infraestrutura........................................................................ 42
7.1.1 Modal Rodoviário.............................................................................................................. 42
7.1.2 Modal Ferroviário ............................................................................................................. 43
7.1.3 Modal Hidroviário ............................................................................................................. 45
7.1.4 Novas outorgas de terminais hidroviários ........................................................................ 48
8 ESTIMATIVA DE INVESTIMENTOS E CUSTOS OPERACIONAIS DE CADA PROJETO............... 50
8.1 Levantamento de custos operacionais .............................................................................. 50
8.1.1 Frete Rodoviário................................................................................................................ 50
8.1.2 Frete Ferroviário ............................................................................................................... 50
8.1.3 Frete Hidroviário ............................................................................................................... 52
9 SIMULAÇÃO DOS PROJETOS ................................................................................................. 53
9.1 Carregamento nos terminais ............................................................................................... 53
9.2 Carregamento na hidrovia................................................................................................... 57
9.3 Custos totais de transporte ................................................................................................. 66
10 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS ............................................................................... 69
10.1 Área propícia de Rorainópolis ............................................................................................. 69
10.2 Área propícia de Boa Vista .................................................................................................. 70
10.3 Área propícia de Ipiranga do Norte ..................................................................................... 71
10.4 Área propícia de Paranaíta .................................................................................................. 73
10.5 Área propícia de Jacareacanga ............................................................................................ 74
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................................ 78
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 80

xii ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

PREFÁCIO

Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ – tem a honra de apresentar à


sociedade, ao setor produtivo e aos diversos órgãos governamentais o presente relatório
técnico da Bacia Amazônica, parte do Plano Nacional de Integração Hidroviária – PNIH.

Conhecer as características físico-geográficas, as demandas e ofertas de cada


segmento representativo de produção de cargas é ação primária para a geração de
alternativas ao mercado sobre onde e como investir. Dessa forma, o trabalho ora apresentado
significa uma maior compreensão dos espaços produtivos brasileiros em relação aos
movimentos de cargas, em especial, ao setor da navegação interior.

O foco foi gerar resultados sustentados em metodologia sólida, utilizando a


experiência acadêmica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a grande vivência
dos técnicos da ANTAQ, bem como com as evidências e expectativas do mercado que hoje lida
com cargas produtivas. Dessa integração surge o PNIH, instrumento abrangente com
fundamentação, base metodológica e coerência com a realidade dos agentes produtores e
transportadores de carga.

O PNIH é, portanto, fruto da integração do conhecimento acadêmico e científico, do


planejamento, representado pela utilização dos dados disponíveis no Plano Nacional de
Logística de Transportes – PNLT, e das bases de dados evidenciadas na realidade do transporte
de cargas na navegação interior. Some-se a isso, sua característica dinâmica, representada pela
ferramenta de informações geográficas denominada SIGTAQ, capaz de atualizar rapidamente
novas projeções, e de responder adequadamente às variações naturais de mercados em
evolução.

Contribuir com a readequação da matriz de transporte de carga e redução da emissão


de poluentes atmosféricos, indicando possíveis áreas para a instalação terminais hidroviários,
são apenas algumas das características que podem ser observadas da leitura do PNIH. Assim, a
ANTAQ disponibiliza uma ferramenta moderna, atualizada e aberta aos desafios a serem
enfrentados por aqueles que trabalham pela redução dos custos logísticos brasileiros de forma
sustentável, objetivo para o qual as hidrovias tem papel importante. Esperamos com isso,
tornar mais fácil a análise de novos investimentos, a seleção de caminhos alternativos para o
transporte de cargas, bem como colaborar com os planejadores de políticas públicas, na
medida em que poderão dispor de instrumento ágil e bem sustentado, na formulação dos
instrumentos legais a eles incumbidos.

No presente volume são apresentados os resultados específicos da Bacia Amazônica,


que incluem rios como Solimões, Negro, Madeira, Trombetas, Amazonas, entre outros,
formadores de um dos maiores complexos hidroviários naturalmente configurados do planeta.

ANTAQ/UFSC/LabTrans xiii
Bacia Amazônica Relatório Técnico

1 INTRODUÇÃO

De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA, 2011), a Bacia Amazônica é a mais
extensa rede hidrográfica do planeta, com 25.000 quilômetros de rios navegáveis e uma área
de 6,1 milhões de quilômetros quadrados distribuídos por seis países, além do Brasil. A grande
pluviosidade da região torna os rios permanentemente caudalosos, escoando cerca de um
quinto do volume de água doce do mundo. Os rios Juruá, Madeira e Purus, assim como o
Amazonas, encontram-se entre os mais extensos do mundo (COSTA, 1998).

Além da importante bacia hidrográfica, o bioma amazônico abriga a maior floresta


tropical existente, o maior banco genético do planeta e um grande patrimônio mineral ainda
não mensurado. É um ecossistema de importância inestimável para o planeta, sendo também
um grande sorvedouro de carbono, contribuindo para o equilíbrio climático global, conforme
aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2003). Devido às excelentes
condições de navegabilidade nos rios amazônicos, a região apresenta forte potencial
hidroviário. Nos próximos anos, as principais hidrovias amazônicas serão alvo, juntamente a
outras hidrovias que se destacam em território brasileiro, de investimentos significativos por
parte do Governo Federal através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Assim, visando ao aproveitamento do potencial do transporte hidroviário do país, foi


concebido o Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH), que consiste em um Termo de
Cooperação firmado entre a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e o
Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina
(LabTrans/UFSC). Esse Termo de Cooperação prevê a execução do projeto intitulado
“Desenvolvimento de Estudos e Análises das Hidrovias e suas Instalações Portuárias com
Implantação de Base de Dados Georreferenciada e Sistema de Informações Geográficas”, que
por sua vez contempla o estudo de seis bacias brasileiras, a saber: Bacia do Tocantins-
Araguaia, Amazônica, do São Francisco, do Paraguai; do Paraná-Tietê e do Sul.

Este relatório diz respeito ao estudo da Bacia Amazônica e foi realizado a partir dos
procedimentos descritos no Relatório de Metodologia. A estrutura de capítulos é a mesma que
fora utilizada neste último. No entanto, o foco é direcionado aos resultados obtidos. Ao todo,
o presente relatório constitui-se de onze capítulos, sendo o primeiro composto por esta
introdução. Os demais são:

 Capítulo 2: Determinação da Área de Influência;

 Capítulo 3: Identificação dos Produtos Relevantes para Análise;


 Capítulo 4: Definição dos Fluxos Relevantes para Análise;
 Capítulo 5: Projeção dos Fluxos de Transporte;
 Capítulo 6: Diagnóstico da Rede de Transporte Atual;

 Capítulo 7: Definição da Rede Futura a Ser Analisada - Novas Outorgas de Terminais


Hidroviários;
 Capítulo 8: Estimativa de Investimentos e Custos Operacionais de Cada Projeto;

ANTAQ/UFSC/LabTrans 1
Relatório Técnico Bacia Amazônica

 Capítulo 9: Simulação dos Projetos;

 Capítulo 10: Avaliação Econômica de Projetos; e

 Capítulo 11: Considerações finais.


Além do conteúdo dos capítulos elencados, outras informações (como tabelas
detalhadas) poderão ser obtidas no endereço eletrônico da ANTAQ (www.antaq.gov.br).

2 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

2 DETERMINAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

Este capítulo traz, inicialmente, a caracterização da Bacia Amazônica no que diz


respeito a suas informações geográficas, como: localização, principais rios e afluentes. Em
seguida, apresentam-se os resultados da determinação da Área de Influência da Bacia,
conforme os procedimentos detalhados no Relatório de Metodologia.

2.1 Localização

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH, 2003) define a Região Hidrográfica


Amazônica como sendo constituída pela Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas, situada em
território nacional, e pelas bacias hidrográficas da Ilha de Marajó e do estado do Amapá.
Portanto, a Região Hidrográfica diferencia-se da Bacia Hidrográfica por estar totalmente
localizada em território brasileiro, abrangendo os estados do Amazonas, Acre, Rondônia,
Roraima, Pará, Amapá e norte do Mato Grosso, ocupando uma área de 3,8 milhões de
quilômetros quadrados, correspondendo a 45% da área total do país.

A Região Hidrográfica Amazônica é formada por uma vasta malha de rios perenes e
corpos d’água, sendo dois os órgãos responsáveis por sua gerência: a Administração das
Hidrovias da Amazônia Ocidental (AHIMOC) e a Administração das Hidrovias da Amazônia
Oriental (AHIMOR). Segundo a AHIMOC (2002), as responsabilidades das Administrações
abrangem a execução, o acompanhamento e a fiscalização de estudos, de obras e serviços de
vias navegáveis interiores e portos fluviais e lacustres.

A Figura 1 mostra a Região Hidrográfica Amazônica com seus principais rios e


afluentes. Devido ao grande número de corpos d’água existentes nessa região, apenas alguns
rios fazem parte deste estudo, os quais se encontram destacados a seguir.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 3
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Figura 1 - Região Hidrográfica Amazônica com seus principais rios e afluentes


Fonte: LabTrans/UFSC

Os rios administrados pela AHIMOC e de maior relevância para este estudo


encontram-se listados abaixo:

 Rio Solimões (AM);

 Rio Negro (AM);


 Rio Branco (RR);

 Rio Madeira (RO e AM);


 Rio Amazonas (trecho no estado do Amazonas).

Já entre os rios administrados pela AHIMOR, estão:

 Rio Amazonas (trecho no estado do Pará);


 Rio Trombetas (PA);

 Rio Jari (AP e PA);


 Rio Tapajós (AM e PA);
 Rio Teles Pires ou São Manuel (MT, AM e PA).

4 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

A divisão entre as Administrações segue aproximadamente os limites estaduais, com a


AHIMOC responsável pelas hidrovias do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e noroeste de
Mato Grosso, e AHIMOR responsável pela administração das hidrovias dos estados do Pará,
Amapá e norte do Mato Grosso, incluindo também o Rio Amazonas, que possui parte de sua
extensão no estado de mesmo nome. A Figura 2 ilustra essa divisão, mostrando os principais
rios do estudo e a qual Administração pertence cada um deles.

Figura 2 - Região Hidrográfica Amazônica e suas Administrações


Fonte: LabTrans/UFSC

Com base em dados da AHIMOR (2011), da AHIMOC (1996, 2002, 2001) e do


Ministério dos Transportes (BRASIL, 2002), apresentam-se, a seguir, os rios mais importantes
da Região Hidrográfica Amazônica e que fazem parte desse estudo.

2.1.1 Rio Solimões

Corresponde ao trecho do Médio Amazonas de 1.620 quilômetros de extensão entre


Tabatinga (AM), na fronteira com o Peru, até Manaus (AM), na confluência com o Rio Negro
(AHIMOC, 2002). Possui diversos afluentes, como o Javari, Japurá e Juruá.

2.1.2 Rio Negro

Nasce sob o nome de Rio Guainia, na Colômbia, e deságua no Rio Amazonas. Entra no
país ao norte do estado do Amazonas, próximo à cidade de Cucuí (AM), tríplice fronteira entre
Brasil, Colômbia e Venezuela, estando 1.200 de seus 1.700 quilômetros totais dentro do
território brasileiro (AHIMOC, 2001). Segue na direção sudeste até o encontro com o Rio
Solimões, em Manaus (AM).

ANTAQ/UFSC/LabTrans 5
Relatório Técnico Bacia Amazônica

2.1.3 Rio Branco

Localizado em Roraima, é o afluente mais importante da margem esquerda do Rio


Negro, iniciando-se na confluência dos rios Uaricuera e Tacutu, a cerca de 30 quilômetros da
capital Boa Vista (RR). A partir daí, estende-se por cerca de 600 quilômetros, desaguando no
Rio Negro, dentro do município de Barcelos (AM) (COSTA, 1998).

2.1.4 Rio Madeira

O Rio Madeira nasce nos Andes bolivianos e peruanos e banha os estados de


Rondônia, Amazonas e Mato Grosso. É formado pela confluência dos rios Beni (e seu afluente
Madre de Dios) e Mamoré (e seu afluente Guaporé), evento que ocorre em Rondônia, na
fronteira entre Brasil e Bolívia. A partir deste ponto recebe o nome de Madeira e estende-se
por cerca de 1.425 quilômetros até a foz no Rio Amazonas, próximo à Itacoatiara (AM)
(AHIMOC, 1996). Possui como principais afluentes os rios Abunã e Ji-Paraná, em Rondônia, e
Aripuanã, no estado do Amazonas. Atualmente é a principal hidrovia da AHIMOC, sendo uma
importante via de escoamento de cargas do Centro-Oeste, principalmente de grãos como a
soja e o milho, integrando a região aos grandes portos ao longo do Rio Amazonas, por onde
essas cargas podem ser exportadas. A hidrovia apresenta um alto custo-benefício na redução
de custos de transporte, aumentando a viabilidade da produção num raio de 900 quilômetros
(COSTA, 1998).

2.1.5 Rio Amazonas

Segundo a AHIMOR (2011), é o segundo rio mais extenso do mundo, com 6.515
quilômetros. Destes, cerca de 3.220 quilômetros estão dentro do Brasil. Nasce nos Andes
peruanos com o nome de Marañón, dividindo-se, no Brasil, em dois trechos: um que se
estende de Tabatinga (AM) até a confluência com o Rio Negro, denominado Solimões; e outro
próximo a Manaus (AM) e Amazonas, que vai da confluência até a foz no Atlântico. Esta é uma
via de grande relevância, pois além da existência de cidades importantes às suas margens, é
confluência de outros cursos d'água navegáveis, tais como o Madeira e o Tapajós. É um rio
tipicamente de planície com declividade mínima, tendo queda média de 2 centímetros por
quilômetro. O rio tem o seu período de águas baixas em junho e de águas altas em novembro,
tendo a estação seca como a mais propícia à navegação. A extensão com o nome de Amazonas
(Baixo Amazonas) possui aproximadamente 1.508 quilômetros e vai da confluência com o Rio
Negro (próximo a Manaus) até a foz no Atlântico.

2.1.6 Rio Trombetas

É um afluente da margem esquerda do Rio Amazonas no noroeste do Pará. Possui


extensão total de 800 quilômetros, distribuída ao longo do município de Oriximiná (PA) até a
foz no Rio Amazonas, no município de Óbidos (PA).

6 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

2.1.7 Rio Jari

Possui extensão de 780 quilômetros, fazendo a divisa entre os estados do Pará e


Amapá e desaguando no Rio Amazonas (BRASIL, 2002). O período de estiagem dura de abril a
junho. Possui grande potencial para geração de energia, estando em construção a hidrelétrica
Santo Antônio do Jari (obra do PAC) e já tendo sido aprovados pela Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL) os estudos de inventário para a construção de outras três barragens.

2.1.8 Rios Tapajós - Teles Pires

O Rio Teles Pires nasce no interior do Mato Grosso e a sua confluência com outro rio
dá origem ao Rio Tapajós. Esse conjunto de rios se estende por 1.576 quilômetros, passando
pelos estados do Amazonas e Pará, desaguando no Rio Amazonas, próximo a Santarém, no
Pará (AHIMOR, 2011). Esse caminho deve se tornar a melhor rota para o escoamento de grãos
do centro-norte do estado de Mato Grosso após a total implantação da hidrovia (ANTAQ,
2011).

De acordo com a AHIMOC (2007), o Rio Tapajós possui extensão de 851 quilômetros
entre a sua origem, no norte do Mato Grosso, até a foz no Rio Amazonas, no município de
Santarém (PA). O Rio Teles Pires também é conhecido pelo nome de São Manuel e estende-se
do interior do Mato Grosso em direção ao norte.

Por sua vez, os rios Purus, Acre, Juruá, Japurá e Içá também são rios navegáveis, mas
são utilizados principalmente para o transporte local de passageiros e de pequenas cargas,
bem como para o fornecimento de diesel para o funcionamento de pequenas usinas
termoelétricas e geradores da região. Apesar de também integrarem a Região Hidrográfica
Amazônica, não fazem parte deste estudo.

A Figura 3 mostra a área de influência direta das hidrovias do estudo, formada pelas
microrregiões lindeiras aos principais rios. São 32 microrregiões e 195 municípios distribuídos
em seis estados brasileiros.

Em Rondônia, há 1 microrregião e 10 municípios; no Amazonas são 11 microrregiões e


62 municípios; em Roraima, 4 microrregiões e 15 municípios; no Pará, 8 microrregiões e 36
municípios; no Amapá, 2 microrregiões e 11 municípios; no Mato Grosso, 6 microrregiões e 61
municípios. O Quadro 1 lista as microrregiões lindeiras aos principais rios, separadas por
estado.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 7
Relatório Técnico Bacia Amazônica

AMAZONAS
1. Alto Solimões 7. Manaus
2. Juruá 8. Madeira
3. Tefé 9. Itacoatiara
4. Japurá 10. Rio Preto da Eva
5. Rio Negro 11. Parintins
6. Coari
MATO GROSSO
12. Aripuana 15. Colíder
13. Arinos 16. Alta Floresta
14. Sinop 17. Alto Teles-Pires
PARÁ
18. Itaituba 22. Almeirim
19. Altamira 23. Arari
20. Óbidos 24. Furos de Breves
21. Santarém 25. Portel
RORAIMA
26. Sudeste de Roraima 28. Nordeste de Roraima
27. Caracaraí 29. Boa Vista
AMAPÁ
30. Mazagão 31. Macapá
RONDÔNIA
32. Porto Velho
Quadro 1 - Microrregiões lindeiras aos principais rios
Fonte: LabTrans/UFSC

A Figura 3 ilustra as microrregiões elencadas no Quadro 1.

Figura 3 - Microrregiões lindeiras aos principais rios


Fonte: LabTrans/UFSC

8 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

2.2 Cálculo da Área de Influência

Após a localização e identificação dos principais rios que compõem a Bacia Amazônica,
pôde-se determinar a sua Área de Influência. Neste item, descrevem-se os passos específicos
para determinação dessa área, quais sejam: mapeamento da Área Inicial de Estudo; escolha
dos Polos de Atração; e determinação das Manchas de Atratividade. Estes passos foram
essenciais para determinar a Área de Influência resultante da Bacia Amazônica. O Relatório de
Metodologia descreve em mais detalhes os procedimentos aqui aplicados.

2.2.1 Área Inicial de Estudo

A Área Inicial de Estudo referente à Bacia Amazônica abrangia uma grande área, que
englobava todos os estados da Região Norte e Centro-Oeste do país. Como pode ser
observado na Figura 4, estavam inclusos na área os estados do Acre, Amazonas, Roraima,
Rondônia, Pará, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins, Goiás e Mato Grosso do Sul.
Também visíveis na figura estão os rios amazônicos que fazem parte do estudo: Solimões,
Amazonas, Negro, Branco, Madeira, Tapajós, Teles-Pires, Trombetas, Jari e Xingu. O rio
Juruena foi considerado na etapa de determinação da área de influência da bacia amazônica,
porém, não foi considerado navegável dentro dos horizontes de estudo.

Figura 4 - Área Inicial de Estudo


Fonte: LabTrans/UFSC

ANTAQ/UFSC/LabTrans 9
Relatório Técnico Bacia Amazônica

2.2.2 Escolha dos Polos de Atração

Para determinar a Atratividade das hidrovias situadas na Bacia Amazônica,


escolheram-se dois Polos, a saber:

 Porto Velho (RO), localizado no Rio Madeira;


 Manaus (AM), no curso do Amazonas-Solimões. Integrou-se a esse Polo a
microrregião de Itacoatiara (AM), vizinha à microrregião de Manaus (AM), por
concentrar diversos terminais portuários de importância para a capital amazonense.

2.2.3 Determinação das Manchas de Atratividade

Na Figura 5, pode-se notar que as microrregiões de maior Atratividade encontram-se


nos estados do Amazonas, Pará, Acre e Roraima. Os estados do Maranhão, Tocantins e o norte
do Mato Grosso apresentam algumas microrregiões de média Atratividade, diminuindo à
medida que se distanciam das hidrovias e dos Polos.

Figura 5 - Mancha de Atratividade


Fonte: LabTrans/UFSC

10 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

2.2.4 Área de Influência Final

A Figura 6 mostra as microrregiões mais atrativas que, juntas, representam 95% do


total das Atratividades. Como esperado, estão incluídas nesse conjunto as microrregiões mais
próximas às hidrovias e aos Pólos, enquanto excluem-se as mais distantes, como aquelas
pertencentes aos estados do Mato Grosso do Sul e Goiás.

Figura 6 - Microrregiões com 95% do total de Atratividade


Fonte: LabTrans/UFSC

A Área de Influência Final das hidrovias situadas na Bacia Amazônica é muito


semelhante à área encontrada na etapa anterior. A única mudança foi a inclusão da
microrregião de Conceição do Araguaia (PA), que se encontra dentro do Cordão da Área de
Influência, mas que não pertence ao conjunto de microrregiões de 95% da Atratividade total.

Na Figura 7, consta a Área de Influência Final da Bacia Amazônica, contemplando a


totalidade dos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Maranhão, e
parte dos estados do Mato Grosso e Tocantins. Devido à grande área banhada pelos rios que
constituem a Bacia, obteve-se também uma Área de Influência de grande abrangência.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 11
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Figura 7 - Área de Influência Final


Fonte: LabTrans/UFSC

12 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

3 IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS RELEVANTES PARA ANÁLISE

Neste capítulo identificam-se os produtos selecionados para a análise de fluxos da


hidrovia. Inicialmente, realizou-se uma quantificação dos fluxos atuais e potenciais de
transporte que teve como base reuniões com importantes setores da hidrovia. Em seguida, a
partir da análise da matriz de dados do PNLT, e considerando a Área de Influência encontrada
na etapa anterior, foram selecionados os produtos com movimentação mais significativa, ou
seja, considerados relevantes para este estudo.

3.1 Quantificação dos fluxos atuais de transporte

Com o objetivo de discutir questões referentes principalmente à Hidrovia do Rio


Madeira, como os tipos de cargas movimentadas, os gargalos de infraestrutura e a
possibilidade de atração de novas cargas para a hidrovia, foi realizada, em 24 de outubro de
2011, na cidade de Porto Velho (RO), reunião com cerca de 10 participantes, incluindo
representantes da ANTAQ de Porto Velho e empresários da região. Em 25 de outubro de 2011,
nova reunião foi realizada na cidade de Manaus (AM) visando o mesmo objetivo do encontro
anterior, porém com foco voltado às questões referentes à Hidrovia dos rios Teles Pires-
Tapajós e Solimões-Amazonas. Nesse dia estavam presentes 14 participantes, entre eles
representantes da ANTAQ de Manaus, empresários da área de logística e do Terminal de Uso
Privativo de Chibatão.

Durante as reuniões, foi destacada a grande importância da Hidrovia do Rio Madeira


para as cargas advindas do noroeste do estado do Mato Grosso - especialmente soja e milho -
e uma perspectiva de aumento da quantidade movimentada desses produtos agrícolas. É
importante ressaltar que 90% da soja movimentada nessa hidrovia provêm do Mato Grosso.
Além disso, para a Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso (Aprosoja), esse estado
tem possibilidade de agregar 9 milhões de toneladas de soja em áreas que atualmente são de
pastagens. Também foi ressaltado o processamento do transporte de farelo, que não deve ser
transferido para Porto Velho (RO), mas mantido em Itacoatiara (AM) em virtude do problema
estrutural em desenvolvimento no Porto de Porto Velho, que por sua vez opera em capacidade
plena e necessita de novos equipamentos para expansão. Por fim, foi afirmada e consolidada a
vocação do Porto de Porto Velho para graneis agrícolas, combustíveis e cargas gerais.

Com relação à Hidrovia dos rios Teles Pires-Tapajós e Solimões-Amazonas, na reunião


destacou-se a necessidade de maiores investimentos a fim de adequar a infraestrutura
hidroviária e as embarcações que nela circulam, tendo em vista que muitas delas não
cumprem as normas da ANTAQ e reforçam a chamada economia informal. Também se
destacou a necessidade de resolver problemas que ocorrem em determinadas épocas do ano
devido a questões climáticas da região, como a redução do nível do rio. Outro ponto
salientado foi que a vocação da hidrovia é para produtos agrícolas advindos do Mato Grosso,
entretanto, foi relatado que o elevado custo de transporte até o Porto de Santarém (PA) acaba
por desviar a produção para outros portos.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 13
Relatório Técnico Bacia Amazônica

3.2 Definição dos produtos relevantes para a Bacia Amazônica

Seguindo os procedimentos detalhados no Relatório de Metodologia, foram


encontrados os totais por produto da matriz do Plano Nacional de Logística e Transportes
(PNLT) para a Área de Influência da Bacia Amazônica e a representatividade destes. Na Tabela
1, estão destacados os produtos considerados relevantes, os quais somam 90% do total da
movimentação.

14 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Tabela 1 - Representatividade de produtos com base no PNLT - 2004 (mil t)


Produto Fluxo 2004 % % acumulada
Minério de ferro 76.311,06 38,110% 38,110%
Produtos da exploração florestal e da silvicultura 19.508,58 9,743% 47,852%
Carga geral 16.568,87 8,274% 56,127%
Minerais metálicos não-ferrosos 15.424,94 7,703% 63,830%
Cana-de-açúcar 11.326,07 5,656% 69,486%
Soja em grão 11.241,80 5,614% 75,100%
Minerais não-metálicos 7.208,48 3,600% 78,700%
Bovinos e outros animais vivos 5.283,28 2,638% 81,338%
Outros produtos e serviços da lavoura 5.276,10 2,635% 83,973%
Petróleo e gás natural 4.095,66 2,045% 86,019%
Milho em grão 4.020,58 2,008% 88,026%
Arroz em casca 3.786,06 1,891% 89,917%
Gusa e ferro-ligas 3.102,24 1,549% 91,466%
Leite de vaca e de outros animais 2.220,59 1,109% 92,575%
Cimento 2.159,46 1,078% 93,654%
Arroz beneficiado e produtos derivados 1.618,99 0,809% 94,462%
Abate e preparação de produtos de carne 1.590,22 0,794% 95,257%
Mandioca 1.196,34 0,597% 95,854%
Outros produtos do refino de petróleo e coque 1.135,40 0,567% 96,421%
Óleos de milho, amidos e féculas vegetais e rações 967,01 0,483% 96,904%
Algodão herbáceo 707,24 0,353% 97,257%
Álcool 672,37 0,336% 97,593%
Óleo diesel 657,87 0,329% 97,921%
Produtos químicos inorgânicos 475,68 0,238% 98,159%
Suínos vivos 434,46 0,217% 98,376%
Celulose e outras pastas para fabricação de papel 427,86 0,214% 98,590%
Produtos das usinas e do refino de açúcar 426,36 0,213% 98,803%
Óleo combustível 332,64 0,166% 98,969%
Pesca e aquicultura 299,07 0,149% 99,118%
Frutas cítricas 273,25 0,136% 99,254%
Gasoálcool 261,04 0,130% 99,385%
Gasolina automotiva 199,65 0,100% 99,485%
Farinha de trigo e derivados 164,55 0,082% 99,567%
Óleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de soja 153,15 0,076% 99,643%
Carne de aves fresca, refrigerada ou congelada 147,92 0,074% 99,717%
Café em grão 140,61 0,070% 99,787%
Carne de suíno fresca, refrigerada ou congelada 107,75 0,054% 99,841%
Aves vivas 101,43 0,051% 99,892%
Gás liquefeito de petróleo 81,05 0,040% 99,932%
Fabricação de resina e elastômeros 76,21 0,038% 99,970%
Café torrado e moído 29,55 0,015% 99,985%
Farinha de mandioca e outros 14,82 0,007% 99,992%
Ovos de galinha e de outras aves 10,63 0,005% 99,998%
Produtos químicos orgânicos 3,70 0,002% 100,000%
Fumo em folha 0,32 0,000% 100,000%
Produtos do fumo 0,27 0,000% 100,000%
Óleo de soja refinado 0,14 0,000% 100,000%
Trigo em grão e outros cereais 0,05 0,000% 100,000%
TOTAL 200.241,37 100,000% 100,000%
Fonte: Dados do PNLT (documento reservado)

ANTAQ/UFSC/LabTrans 15
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Os produtos escolhidos foram tarjados em cinza na tabela anterior. A cana-de-açúcar,


apesar de apresentar movimentação dentro da Área de Influência da Bacia Amazônica, não foi
considerada na análise. As refinarias, consumidoras de cana-de-açúcar, geralmente localizam-
se próximas às plantações, sendo pouco provável a utilização das hidrovias para transportar
esse produto. No entanto, pode ocorrer o transporte de seus derivados, como é o caso do
álcool ou açúcar.

Produtos que fazem parte Grupo 2 (granel líquido), como combustíveis e etanol, que
não apresentaram movimentação representativa na hidrovia e não aparecem tarjados na
Tabela 1 foram incluídos a pedido da ANTAQ.

16 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

4 DEFINIÇÃO DOS FLUXOS RELEVANTES PARA ANÁLISE

Depois de identificar os produtos mais relevantes para análise, de acordo com as


etapas descritas no capítulo 3, o próximo passo foi determinar quais fluxos dessas mercadorias
seriam considerados no estudo. A etapa aqui descrita visou identificar as zonas de origem e
destino de cada fluxo e selecionar as viagens de maior importância para a Bacia Amazônica.

4.1 Recorte da Matriz do PNLT

Conforme os procedimentos detalhados no Relatório de Metodologia, a base de dados


do PNLT foi analisada para que se determinassem os fluxos da Área de Influência da Bacia
Amazônica de interesse para análise, ainda com base nos produtos relevantes definidos no
capítulo anterior. Conforme apontado no item 2.2.4, a Área de Influência da Bacia Amazônica
abrange uma região composta por muitos estados. No entanto, apenas Amazonas, Roraima,
Rondônia, Pará, a divisa do Amapá com o Pará e parte do Mato Grosso são banhados por ela.
Por esta razão, alguns pares origem-destino podem ser excluídos da matriz, visto que não
apresentam possibilidade lógica de fazer uso das hidrovias.

A exclusão de viagens reduz o tamanho das matrizes e diminui os tempos de


simulação. Desse modo, dos fluxos de importação, exportação e internos inicialmente
selecionados, foram retirados aqueles com origens e destinos nos estados presentes no
Quadro 2, com suas siglas e códigos correspondentes. Os fluxos inversos foram igualmente
excluídos, assim como MA-TO e TO-MA também foram retirados da pesquisa.

Estado Origem Estado Destino


MA TO
AC RO
TO MT
MT RO
AP MA
AP TO
MA MA
TO TO
MT MT
AC AC
RO RO
AP AP
Quadro 2 - Origens e destinos excluídos da consulta
Fonte: LabTrans/UFSC

A Figura 8 é uma representação simplificada desses fluxos excluídos.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 17
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Figura 8 - Representação dos fluxos interestaduais excluídos


Fonte: LabTrans/UFSC

Os fluxos Maranhão-Tocantins, Acre-Rondônia, Tocantins-Mato Grosso, Mato Grosso-


Rondônia, Amapá-Maranhão e Amapá-Tocantins ocorrem entre estados adjacentes ou
próximos. No entanto, a hidrovia não é utilizada para realização do percurso entre eles. Em
alguns casos, como no fluxo MA-TO, simplesmente não há trechos das hidrovias em estudo
nessa localidade. Já no fluxo AC-RO, há trechos de hidrovia no estado de Rondônia. Entretanto,
dado seu sentido de orientação e sua localização, não seriam utilizados para realizar viagens a
partir dessa origem. Já nos fluxos AP-MA e AP-TO, os possíveis trechos a serem percorridos
através de hidrovia são muito curtos, não justificando sua utilização.

Os fluxos Maranhão-Maranhão, Tocantins-Tocantins, Mato Grosso-Mato Grosso, Acre-


Acre, Rondônia-Rondônia e Amapá-Amapá foram excluídos porque possuem origem e destino
iguais, ou seja, são de caráter intraestadual. Os fluxos no Maranhão, Tocantins e Acre foram
retirados por estes estados não serem banhados pela hidrovia de estudo, enquanto que Mato
Grosso, Rondônia e Amapá possuem trechos de hidrovia muito pequenos para justificar um
tráfego hidroviário dentro dos estados.

Devido à importância do fluxo, também foram incluídos na consulta os pares com


origem na microrregião de Manaus (AM) e qualquer destino no estado de São Paulo, sendo
que o inverso também foi adicionado (origens no estado de São Paulo com destino a Manaus).

18 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

5 PROJEÇÃO DOS FLUXOS DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE

Este capítulo trata da caracterização socioeconômica da Área de Influência, dos


resultados das projeções de demanda da Área de Influência e do resultado da alocação da
carga total das Hidrovias da Bacia Amazônica. As projeções de demanda - cujos resultados
estão descritos nos itens 5.2 e 5.3 deste relatório - referem-se a todas as cargas
movimentadas, em qualquer modal de transporte, na Área de Influência da hidrovia. Uma vez
obtida a estimativa do total da carga, a malha de transporte é carregada e obtém-se, por
minimização de custos logísticos, a carga alocada às Hidrovias da Bacia Amazônica, conforme
descrito no item 5.4.

5.1 Caracterização socioeconômica

A Hidrovia do Rio Madeira é hoje uma das mais importantes do país. Com 1.425
quilômetros de extensão total, a hidrovia é plenamente navegável, desde a foz no rio
Amazonas até a cidade de Porto Velho (RO), passando pela cidade de Humaitá (AM), com
aproximadamente 1.050 quilômetros navegados. A hidrovia possui um porto organizado e seis
terminais de uso privativo, todos localizados em Porto Velho (RO) (ANTAQ, 2011).

Devido à grande importância comercial da hidrovia, especialmente no que diz respeito


ao transporte de cargas de soja (proveniente do Mato Grosso), mas também de produtos
como o milho safrinha, alimentos em geral, combustíveis, contêineres, cimento e outras cargas
gerais, é possível observar uma grande quantidade de investimentos na região. Entre estes,
destacam-se os investimentos do Grupo Maggi e sua divisão de navegação (Hermasa);
investimentos do grupo Votorantim.

Cerca de quatro milhões de toneladas foram movimentadas (em navegação interior)


pela Hidrovia do Rio Madeira em 2010 (ANTAQ, 2011). Metade da carga de fertilizantes
movimentada é de origem de importação. Essa carga é proveniente de Israel, com destino ao
Porto de Itacoatiara, onde é redirecionada como carga de retorno com destino final em Porto
Velho (RO). Essa transferência ocorre porque as embarcações de longo curso não seguem até
o Rio Madeira. Em relação aos combustíveis, eles chegam ao Rio Madeira através de Manaus
(AM) que, por sua vez, recebe o produto de outras regiões do Brasil e também por importação.

Outra via de escoamento dos produtos agrícolas mato-grossenses e dos produzidos no


sul do Pará, como já mencionado, é a Hidrovia Tapajós-Teles Pires através do Porto de
Santarém, parte da chamada Hidrovia Ocidental da Amazônia, também constituída pela
Hidrovia Solimões-Amazonas. Esta última movimenta, além de produtos regionais - como
castanha-do-pará, madeiras, borracha e produtos agrícolas -, produtos que saem da cidade de
Manaus (AM) em direção ao interior do estado. Ela é de grande importância para os
municípios da região amazônica que contam com poucas rodovias para ter acesso a produtos
que não são produzidos localmente. Ao longo da hidrovia existem vinte terminais de uso
privativo, dois portos organizados e uma Estação de Transbordo de Cargas (ETC).

ANTAQ/UFSC/LabTrans 19
Relatório Técnico Bacia Amazônica

No ano de 2010, foram transportadas mais de 18,5 milhões de toneladas na Bacia


Amazônica, das quais aproximadamente 80% são exportadas e 20% importadas. As principais
cargas são provenientes de Oriximiná (PA), Santana (AP), Manaus (AM), Itacoatiara (AM),
Santarém (PA) e Almeirim (PA) (ANTAQ, 2011).

O setor de serviços representou 53% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado do


Amazonas em 2009 (IBGE, 2011). A pecuária, apesar de não ser muito significativa em termos
de produção, é uma atividade marcante, pois está ligada à grande especulação fundiária pela
qual o estado vem passando com a expansão da fronteira agrícola. É importante destacar que
o solo da Amazônia, a despeito da riqueza de minerais, não é próprio para a produção agrícola,
uma vez que, quando extraídas as árvores, ele perde seus nutrientes. Projetos de grande vulto,
como a rodovia Transamazônica, foram realizados durante os anos de 1970 e 80, porém vários
deles não foram acabados ou permanecem sem manutenção.

Devido à Zona Franca de Manaus e a outros projetos, a indústria no estado expandiu-


se e, em 2010, respondeu por 43% do PIB estadual. Já Rondônia apresenta como principais
atividades a agropecuária e o extrativismo mineral e vegetal. Em 2009, o setor agrícola
correspondeu a 24% do PIB estadual, sendo seguido pela indústria (12%) (IBGE, 2011).

O Pará caracteriza-se principalmente pelo extrativismo mineral, de madeira e pela


agropecuária. Com iniciativas como o Projeto Carajás, a Hidrelétrica de Tucuruí, o projeto ALPA
e diversos outros, o estado vem cada vez mais se destacando como grande produtor mineral.
O Porto de Santarém é uma importante via de escoamento também para a produção de soja
do Mato Grosso. O estado do Centro-Oeste é o maior produtor de soja do país e apresentou
29% de seu PIB ligado à agricultura em 2009 (IBGE, 2011). Escoa sua produção não só para
portos da região Norte, mas também para os da região Sudeste, como o Porto de Santos, e
para os da região Sul, como o Porto de Paranaguá.

As áreas de influência contígua e ampla apresentam forte potencial de produção,


sendo a hidrovia vantajosa opção de escoamento desta, o que indica perspectivas de aumento
da movimentação caso as melhorias de infraestrutura sejam contempladas. É importante
ressaltar que as projeções são elaboradas com base nesse potencial. As áreas de influência
contígua e ampla das Hidrovias da Bacia Amazônica englobam 60 microrregiões, dentre as
quais se destacam Oriximiná, que movimentou 36% do total de produtos na bacia em 2010,
Pedra Branca do Amaparí, que movimentou 21% nesse mesmo período, e Manaus, com 10%.

5.2 Resultados da projeção de demanda da área contígua às Hidrovias da


Bacia Amazônica

Este item descreve os resultados obtidos a partir do modelo de expansão de demanda


para a área contígua. Os resultados referem-se às movimentações de carga nas microrregiões
da bacia, que são regiões contíguas às Hidrovias da Bacia Amazônica. A Figura 9 ilustra as
regiões da área contígua às hidrovias, bem como a Área de Influência total das Hidrovias da
Bacia Amazônica.

20 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Figura 9 - Área contígua e área total de influência das Hidrovias da Bacia Amazônica
Fonte: LabTrans/UFSC

O produto mais movimentado na área contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica foi o


minério de ferro, que obteve mais de 70% da participação na movimentação total de 2010,
exportando mais de 99 milhões de toneladas. Em segundo lugar veio o grupo dos minérios,
metais, produtos metalúrgicos e pedras preciosas, que exportou aproximadamente 12 milhões
de toneladas, somando cerca de 8,6% do total movimentado.

Em terceiro lugar se encontra a soja, com 5% do total movimentado e cerca de 7,5


milhões de toneladas. As demais cargas somam aproximadamente 20,4 milhões de toneladas e
participam em 14,6% do total movimentado. A Tabela 2 sintetiza os principais produtos
movimentados nas hidrovias no ano de 2010 e suas respectivas projeções para o período 2011
- 2030.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 21
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Tabela 2 - Projeção quinquenal da movimentação de cargas, por sentido de comércio exterior e por
grupo de produtos - área contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica - 2010 - 2030 (t)
Produtos Importação 2010 2015 2020 2025 2030
Adubos e Fertilizantes (t) 1.037.011 1.356.739 2.022.496 2.359.806 2.467.127
Derivados de Ferro (t) 402.433 414.280 369.247 323.092 258.647
Derivados de Petróleo (t) 5.106.602 6.206.615 6.292.155 6.401.543 6.394.701
Materiais Elétricos (t) 288.254 152.871 111.772 103.975 83.103
Minérios, Metais, Produtos Metalúrgicos e Pedras Preciosas (t) 3.019.908 1.989.429 2.905.243 4.309.965 5.631.491
Produto das Indústrias Químicas (t) 2.228.836 2.828.637 2.868.229 3.298.467 3.460.332
Trigo (t) 269.883,06 449.121,46 475.304,05 475.377,64 475.378,00
Total Importações 12.352.925,73 13.397.693,18 15.044.445,53 17.272.226,42 18.770.777,53

Produtos Exportação 2010 2015 2020 2025 2030


Ferro-gusa (t) 1.479.204 3.571.196 6.141.463 7.518.396 8.275.547
Minério de Ferro (t) 99.136.965 136.807.813 189.482.442 209.572.130 225.485.607
Minérios, Metais, Produtos Metalúrgicos e Pedras Preciosas (t) 11.973.625 8.260.468 8.549.956 8.578.652 8.665.351
Produto das Indústrias Químicas (t) 6.577.105 7.517.555 9.501.496 11.087.224 12.650.238
Soja (t) 7.508.799 11.225.258 14.058.986 15.969.254 17.638.952
Total Exportações 126.675.698 167.382.289 227.734.343 252.725.657 272.715.695

Total 139.028.623 180.779.982 242.778.789 269.997.884 291.496.473


Fonte: BRASIL (2012c)

Os resultados descritos na Tabela 2 indicam, tanto para 2010 como para os anos
projetados, o absoluto predomínio da exportação de minério de ferro nas microrregiões
próximas à hidrovia. Destacam-se, ainda, os aumentos de exportação de soja, produtos da
indústria química e ferro-gusa. Entre os produtos de importação, pode-se notar a maior
significância de derivados do petróleo e produtos metalúrgicos, os quais não crescem muito
rapidamente. Por outro lado, registram forte expansão da demanda de importação os adubos
e fertilizantes.

A Figura 10 relaciona os principais produtos movimentados nas Hidrovias da Bacia


Amazônica em 2010 e previstos para 2030.

1 - A legenda “Minérios” refere-se ao grupo de produtos Minérios, Metais, Produtos Metalúrgicos e Pedras Preciosas, em toneladas.

Figura 10 - Principais produtos movimentados em comércio exterior pelas regiões da área


contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica em 2010 e 2030
Fonte: BRASIL (2012d)

22 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Sob o aspecto do comércio exterior, a região contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica


apresenta forte inclinação para a movimentação de minério de ferro. Os demais minérios, que
correspondem também aos metais, produtos metalúrgicos e pedras preciosas, são o segundo
grupo de mercadorias de maior importância em 2010, tendo sua participação levemente
reduzida em 2030. Os produtos químicos permanecem com 6% de participação em ambos os
anos, enquanto a soja apresenta leve aumento de 1% no período.

É possível observar, na Figura 17, que as participações relativas no total da


movimentação das regiões contiguas às hidrovias não se alteram significativamente. O
marketshare da movimentação de minério de ferro é o que mais aumenta. É visível que em
2010 houve predominância das exportações, que somaram 126,6 milhões de toneladas do
total de aproximadamente 140 milhões de toneladas movimentadas, o que representa mais de
90% desse total. As características dos principais produtos, as movimentações previstas e suas
condicionantes estão descritas a seguir.

Minério de Ferro

Em relação à previsão de demanda potencial dos principais produtos da área contígua


às hidrovias, no período analisado, o de maior importância corresponde ao minério de ferro. O
minério de ferro é uma commodity bastante utilizada pelas indústrias e é matéria prima para a
produção de ferro-gusa e aço. Suas principais reservas no Brasil se encontram em Minas
Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará e Amapá.

O minério de ferro da área contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica é proveniente


das cidades de Magazão e Pedra Branca do Amaparí, ambas localizadas no Amapá. O produto
dessa região é totalmente exportado.

A cidade de Pedra Branca do Amaparí conta com grandes mineradoras, como a Anglo
American, cujos recursos são estimados em 200 milhões de toneladas (ANGLOAMERICAN,
2012) e a MMX, que tem possibilidade de produzir 6,5 milhões por ano (MMX..., 2008). Os
produtos de ambas serão escoados para o porto de Santana através da ferrovia que liga as
duas cidades.

A Figura 11 traz um gráfico que indica a projeção de minério de ferro para o período
2011 a 2030 e faz um comparativo entre a observação e a projeção da demanda de minério de
ferro em relação ao PIB da China.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 23
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Figura 11 - Observação (1997 - 2010) e Projeção (2011 - 2030) de demanda de Minério de


Ferro das regiões da área contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica frente ao PIB da China
Fonte: BRASIL (2012); The Economist Intelligence Unit (2012)

Pode-se inferir da Figura 11 que o grande crescimento da demanda do minério de


ferro, entre outros motivos, pode estar associado ao provável aumento dos PIBs das regiões,
dos países importadores do produto e do câmbio. Observa-se que o aumento do PIB chinês
confirma a tendência de crescimento desse produto em todo o período projetado, uma vez
que a China é um dos principais destinos desse minério, como principal importador mundial de
minérios.

Minérios

O grupo dos minérios transportados pelas Hidrovias da Bacia Amazônica engloba os


minerais metálicos, no qual se destacam caulim, cobre e manganês. As principais
microrregiões da área contígua que movimentam esse grupo são Oriximiná e Almeirim, ambas
no Pará. No ano de 2010, cerca de 80% da carga dos minérios foram exportados e 20%
importados.

Segundo relatórios do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM, 2011a),


em 2005 o Pará representava 83% das reservas nacionais de cobre, e a empresa Buritirama,
localizada no Pará - única no Brasil que não faz parte da Vale a movimentar manganês - tinha
capacidade para produzir 675.000 toneladas por ano desse minério.

Em 2011, a produção mineral do Pará teve significativo crescimento, com exceção do


caulim, que apresentou decréscimo de 1,5% em relação a 2010. Nas exportações do ano de
2011, os principais importadores do cobre são Alemanha e Coréia do Sul. O manganês é
exportado para China e França e o caulim para Bélgica e EUA. O cobre foi um dos grandes
responsáveis pelo aumento das exportações juntamente com o níquel, minério que iniciou sua

24 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

exportação a partir do Pará em 2011, de acordo com o DNPM (2011b). A Figura 12 indica a
projeção da movimentação de minérios para o período 2011 a 2030.

Figura 12 - Observação (1997 - 2010) e Projeção (2011 - 2030) de demanda de Minérios das
regiões da área contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica em 2010 e 2030
Fonte: BRASIL (2012)

É possível observar que os minérios apresentam um leve crescimento durante o


período projetado. Conforme citado anteriormente, os aumentos nas exportações de cobre e
de novos minérios, como o níquel, são importantes para essa tendência de crescimento.

Complexo de Soja

A soja, grão e farelo, é um dos mais importantes produtos de exportação já


efetivamente transportados pelos rios Madeira e Amazonas. Entre as microrregiões avaliadas,
o grande destaque fica para aquelas do estado do Mato Grosso, a citar Nova Mutum, Lucas do
Rio Verde e Sorriso, responsáveis por movimentar aproximadamente 35%, 20,5% e 20% dos
produtos relacionados ao complexo da soja, respectivamente (ANTAQ, 2011).

O trajeto da soja na Hidrovia do Rio Madeira inicia-se no Mato Grosso, segue via
rodoviária até Porto Velho (RO), e em seguida através da hidrovia até o Porto de Itacoatiara
(AM) ou Santarém (PA), de onde é exportada.

Em Itacoatiara, o Grupo Maggi, através de sua divisão Hermasa, implantou uma fábrica
de processamento de soja que tem capacidade para produzir 1.600 toneladas de farelo de soja
por dia e 400 toneladas de óleo vegetal bruto por dia. Em associação com o Governo do Estado
do Amazonas, o grupo criou o terminal de Itacoatiara, o qual tem capacidade de carregamento
de 1.500 toneladas por hora e capacidade para movimentar 2 milhões de toneladas por ano. A
empresa deve realizar obras de ampliação também em Porto Velho, o que aumentaria a
capacidade para 80.000 toneladas e permitiria a movimentação de soja e milho (HERMASA...,
2011).

A participação do Grupo Cargill é também relevante no que toca a movimentação de


soja na hidrovia e deve aumentar essa movimentação com o projeto desenvolvido pela

ANTAQ/UFSC/LabTrans 25
Relatório Técnico Bacia Amazônica

empresa para ampliar o Porto de Santarém (CINTRA, 2011). A Figura 13 indica a projeção do
complexo de soja para o período 2011 a 2030.

Figura 13 - Observação (1997 - 2010) e Projeção (2011 - 2030) de demanda do


complexo de soja das regiões da área contígua às Hidrovias da Bacia
Amazônica em 2010 e 2030
Fonte: BRASIL (2012)

Observa-se que a soja tem uma tendência ascendente em todo o período analisado. O
aumento de produção, especialmente no Mato Grosso, se dá pelo aumento de área plantada
(que em 2012 é aproximadamente 9% maior do que em 2010/11) e por uma maior demanda
no cenário internacional.

É interessante destacar, por fim, estudos da Associação dos Produtores de Soja do


estado de Mato Grosso (Aprosoja) sobre o frete rodoviário e hidroviário. O estudo estima que
os custos de frete hidroviário reduzirão de 57 a 70%.

Ferro-gusa

O ferro-gusa é um derivado do minério de ferro produzido através do processo de


retirada de moléculas de oxigênio do minério de ferro (MARAGUSA, 2011). Por ser um metal
bastante quebradiço e pouco usado em sua forma pura, é utilizado com mais frequência na
produção do aço e ferro fundido.

As principais regiões da área contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica que


movimentam esse produto são Marabá, no Pará, e Imperatriz, no Maranhão. Ambas as cidades
contam com grandes polos de produção de ferro-gusa.

Essa carga é basicamente movimentada no sentido de exportações e se destina


principalmente aos Estados Unidos. Em 2008, a crise mundial trouxe muitos reflexos negativos
para as guseiras do complexo do Carajás; algumas chegaram a interromper totalmente suas
atividades. A retomada do crescimento tem sido lenta, mas já se observa aumento nas
exportações e há expectativas de que programas governamentais possam auxiliar na

26 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

recuperação do setor. Em 2010, a produção de ferro-gusa em Marabá foi de 3,2 milhões de


toneladas (CARVALHO et al, 2011). É interessante destacar que na tentativa de diminuir os
riscos, as empresas já começaram a ampliar os contratos com países além dos EUA. A Usina de
Recicláveis Sólidos Paraná S.A. (USIPAR), por exemplo, vem tentando aproximações com a
Rússia, de acordo com o Centro de Informação Metal-Mecânica (2011).

Um fato de grande relevância é que a região que faz parte do complexo de Carajás é
uma área intermediária entre as Hidrovias da Bacia Amazônica e do Tocantins-Araguaia, e
assim pode ter sua produção escoada por ambas as hidrovias. Através da Figura 14 é possível
observar o crescimento do ferro-gusa no período projetado (2011 - 2030).

Figura 14 - Observação (1997 - 2010) e Projeção (2011 - 2030) de demanda de


ferro-gusa das regiões da área contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica em 2010 e 2030
Fonte: BRASIL (2012)

Infere-se que o produto, a despeito das instabilidades econômicas enfrentadas, tem


boas perspectivas de crescimento que estão relacionadas principalmente à superação da crise,
com consequente aumento das exportações e melhoria das taxas de câmbio para os
produtores brasileiros.

Produtos Químicos e Derivados de Petróleo

Dois outros produtos apresentam movimentação expressiva nas Hidrovias da Bacia


Amazônica. O primeiro refere-se aos produtos químicos orgânicos, cuja movimentação ocorre
principalmente por Manaus (25,45%), Porto Velho (17,5%) e Almeirim (10,74%). Em 2010,
cerca de 25% dos produtos químicos foram importados e 75% exportados.

Através da Figura 15 é possível observar o grande crescimento da movimentação de


produtos químicos na região das Hidrovias da Bacia Amazônica. As exportações apresentam
crescimento de 6 milhões de toneladas e as importações de 1,23 milhões de toneladas entre
2010 e 2030.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 27
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Figura 15 - Observação (1997 - 2010) e Projeção (2011 - 2030) de demanda de produtos


químicos das regiões da área contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica em 2010 e 2030
Fonte: BRASIL (2012)

O segundo produto é o grupo dos derivados de petróleo, que tem 100% de seus
produtos importados e tem como destino as cidades de Manaus e Porto Velho.

A Figura 16 demonstra o período observado e o projetado de derivados de petróleo.


No primeiro período, é importante observar a grande queda ocorrida em 2003, que foi
decorrente, entre outros fatores, do maior investimento em veículos flex-fuel (PORTAL BRASIL,
2012). No período projetado há uma tendência de crescimento, que não ocorre, porém, de
forma significativa, já que o Brasil vem investindo cada vez mais na busca pela autossuficiência
na prospecção e refino de petróleo.

Figura 16 - Observação (1997 - 2010) e Projeção (2011 - 2030) de demanda de derivados


de petróleo das regiões da área contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica em 2010 e 2030
Fonte: BRASIL (2012)

28 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

5.3 Resultados da projeção de demanda da Área de Influência total das


Hidrovias da Bacia Amazônica

Após detalhar os resultados da projeção da área contígua às Hidrovias da Bacia


Amazônica, pode-se agregá-los à projeção do PNLT para a área mais ampla de influência das
hidrovias. Como descrito no Relatório de Metodologia, a soma dessas duas projeções resulta
na projeção da demanda total das microrregiões que podem ser consideradas como potencial
de carga para as hidrovias.

Os resultados dessa projeção total, em termos quinquenais, estão na Tabela 3. Por


razões de processamento (diferentes classificações de produtos entre ANTAQ e PNLT), essa
tabela não apresenta grupos de produtos iguais aos da área contígua, dispostos na Tabela 2.

Tabela 3 - Projeção quinquenal da demanda de cargas, por grupo de produtos na Área de Influência
total da região ampla das Hidrovias da Bacia Amazônica - 2010 - 2030 (t)
Produtos 2010 2015 2020 2025 2030
Minério de ferro 139.155.142 175.412.847 234.858.499 279.937.111 346.664.646
Minerais metálicos não ferrosos 34.906.077 47.151.760 53.963.788 71.614.590 104.174.699
Minerais não metálicos 16.601.564 18.363.124 21.207.480 34.556.224 74.191.888
Produtos da exploração florestal e da silvicultura 16.057.079 6.758.623 9.787.720 20.592.921 42.494.488
Carga Geral 9.842.784 11.494.275 14.513.130 22.529.556 37.317.604
Químicos 8.805.942 10.346.195 12.369.728 14.385.691 16.110.569
Soja em grão 8.766.223 13.215.778 17.362.684 21.367.364 26.425.182
Derivados de Petróleo 5.106.602 6.206.619 6.292.155 6.401.544 6.394.702
Outros produtos e serviços da lavoura 1.524.160 2.336.443 3.450.451 6.142.716 9.758.353
Ferro gusa 1.479.204 3.571.195 6.141.463 7.518.396 8.275.547
Bovinos e outros animais vivos 885.541 1.352.690 1.955.586 3.287.538 5.118.494
Derivados de Ferro 402.431 414.271 369.239 323.094 258.646
Materiais Elétricos 288.253 152.870 111.774 103.976 83.104
Trigo 269.883 449.121 475.304 475.378 475.378
Milho em grão 4.076 4.672 4.954 4.490 6.666
Óleo diesel 3.291 4.419 8.709 12.695 15.470
Gasoálcool 1.201 1.077 1.136 1.292 1.587
Outros produtos do refino de petróleo e coque 894 1.065 1.235 1.671 2.620
Óleo combustível 179 562 977 1.424 1.805
Gás liquefeito de petróleo 71 93 115 162 245
Gasolina automotiva 35 144 151 159 171
Total 244.100.631 297.237.844 382.876.279 489.257.993 677.771.864
Fonte: BRASIL (2012); dados do PNLT (documento reservado)

A análise dos resultados totais permite observar a predominância do minério de ferro


nas Hidrovias da Bacia Amazônica. É importante destacar que, apesar de a porcentagem da
movimentação do produto decrescer, a quantidade movimentada aumenta. O segundo e
terceiro produtos em termos percentuais em 2010 são minerais metálicos não ferrosos e
minerais metálicos, respectivamente. Ambos mantêm suas posições em 2030, porém com
aumento.

Em geral, nota-se crescimento das quantidades de produtos movimentados nas


microrregiões da área de influência das hidrovias, contudo, dois produtos de importação, os
derivados de ferro e os materiais elétricos apresentam queda a partir de 2015 e os derivados
de petróleo demonstram, em 2030, uma pequena redução em relação a 2025.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 29
Relatório Técnico Bacia Amazônica

5.4 Resultados da alocação da carga total para as Hidrovias da Bacia


Amazônica

Nos itens anteriores, tratou-se da estimativa de projeção de demanda de carga na área


de influência das Hidrovias da Bacia Amazônica. Tais estimativas são resultado de uma
interpolação realizada a partir das projeções do PNLT e de uma nova estimativa para a
movimentação de cargas na área contígua às hidrovias - com dados de fluxo de comércio
exterior.

A análise a seguir diz respeito à alocação das cargas no modal mais eficiente, levando
em consideração a origem e o destino das cargas, tendo como objetivo a minimização do custo
logístico.

A Tabela 4 apresenta os resultados da projeção de demanda com a carga total alocada


nas hidrovias, independentemente da distância percorrida. Portanto, a carga alocada
corresponde ao volume total transportado pelas Hidrovias da Bacia Amazônica, em toneladas,
sem levar em consideração a origem e o destino.

Tabela 4 - Projeção quinquenal da carga alocada, por produtos, para as Hidrovias da


Bacia Amazônica - 2015 - 2030 (t)
Produtos 2015 2020 2025 2030
Minerais metálicos não ferrosos 47.151.760 53.963.788 71.614.590 104.174.699
Minerais nãometálicos 12.175.267 14.954.780 20.474.367 37.039.267
Carga geral 8.481.659 7.323.812 16.256.961 26.308.075
Minério de ferro 4.913.065 4.918.174 4.925.361 5.002.152
Soja em grão 4.297.095 5.581.137 7.363.836 9.787.807
Produtos da exploração florestal e da silvicultura 3.761.008 4.755.699 10.418.631 22.202.980
Gusa e ferroligas 1.343.836 2.677.131 3.226.930 3.774.231
Outros produtos e serviços da lavoura 1.193.515 1.762.863 3.313.777 5.265.378
Petróleo e gás natural 744.187 781.894 796.333 795.504
Produtos químicos inorgânicos 705.327 752.188 877.659 936.707
Bovinos e outros animais vivos 656.124 603.406 1.832.499 2.981.308
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 146.983 280.946 99.972 79.946
Semiacabacados, laminados planos, longos e tubos de aço 99.076 86.987 76.112 60.286
Trigo em grão e outros cereais 63.723 63.768 63.768 63.768
Milho em grão 3.681 3.786 2.902 3.887
Gasoálcool 761 812 934 1.153
Óleo diesel 632 1.209 2.735 3.097
Outros produtos do refino de petróleo e coque 454 530 801 1.391
Gasolina automotiva 144 151 159 171
Gás liquefeito de petróleo 34 34 55 80
Óleo combustível - 12 55 141
Total 85.738.333 98.513.106 141.348.438 218.482.030
Fonte: BRASIL (2012); dados do PNLT (documento reservado)

De acordo com a alocação da carga total projetada, a movimentação nas Hidrovias da


Bacia Amazônica deve alcançar cerca de 220 milhões de toneladas em 2030. Dentre os
principais produtos movimentados pelas hidrovias, podem-se destacar os minérios, o minério
de ferro, a soja, o ferro-gusa e os produtos de exploração florestal. O predomínio dos minérios
é bastante evidente, sendo responsáveis sempre por mais de dois terços da movimentação da
hidrovia. Soja, produtos químicos, minério de ferro e ferro-gusa crescem a taxas compatíveis

30 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

com a expansão total das hidrovias. Já para os produtos de exploração florestal, há a


expectativa de um aumento bastante acima do total, registrando expansão de cerca de 110%
entre 2015 e 2030.

O minério de ferro e o ferro-gusa provêm, principalmente, das reservas do Pará e,


nesse sentido, tendem a ser transportados pela hidrovia em percursos mais curtos. Já no caso
da soja, a solução logística envolve longos trajetos pela hidrovia, viabilizando o escoamento do
grão proveniente do norte do Mato Grosso, desde Porto Velho até portos com capacidade de
receber navios oceânicos (como Santarém e Itacoatiara).

Além desses produtos tipicamente de exportação (soja e produtos minerais), a


hidrovia também movimenta produtos de importação. Dentre estes, merecem destaque os
produtos da indústria química e os derivados de petróleo.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 31
Relatório Técnico Bacia Amazônica

6 DIAGNÓSTICO DA REDE DE TRANSPORTE ATUAL

Neste capítulo, comenta-se sobre a rede de transporte existente na Bacia Amazônica.


O conteúdo desta etapa serviu de subsídio para definir a rede que seria posteriormente
utilizada nas simulações.

6.1 Bacia Amazônica

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) define o tráfego na região como sendo


formado “por uma frota aquaviária interior de longo curso, transportando carga geral,
combustíveis e, mais recentemente, grãos, por uma vasta frota de embarcações mistas que
servem a uma intensa e pulverizada navegação regional” (BRASIL, 2006, p.49). Os rios
Amazonas e Solimões são de grande porte e têm uma vasta rede de afluentes navegáveis por
embarcações regionais. A ANTAQ (2012) lista 87 empresas autorizadas a realizar o transporte
de cargas na Bacia Amazônica, além de outras 64 empresas de caráter misto que atuam no
transporte de passageiros e cargas.

Destaca-se também a expressiva movimentação fluvial de passageiros, que ocorre


principalmente nas rotas Belém-Manaus e Belém-Macapá. A movimentação de cargas, por sua
vez, tem como rotas principais Belém-Manaus, Belém-Santarém, Manaus-Porto Velho, Porto
Velho-Itacoatiara e Porto Velho-Santarém (BRASIL, 2006). De acordo com a mesma fonte, as
principais hidrovias da região são a Hidrovia do Madeira e a Amazonas-Solimões,
principalmente no trecho do Rio Amazonas. A Figura 17 ilustra as mais importantes cidades e
rotas hidroviárias da região.

32 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Figura 17 - Bacia Amazônica: principais rotas hidroviárias


Fonte: LabTrans/UFSC

A seguir, serão caracterizados os rios da região com informações sobre sua


navegabilidade, principais portos e terminais e opções de intermodalidade existentes que, em
geral, são escassas e baseadas na integração hidro-rodoviária. Os dados referentes à
integração modal são provenientes do Banco de Informações e Mapas de Transportes (BIT),
enquanto que os dados sobre as condições de tráfego das rodovias, referentes a 2011, são
oriundos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). As informações
de profundidade e navegabilidade são do Ministério dos Transportes, da AHIMOR e da
AHIMOC. Os portos e terminais portuários em cada hidrovia são apenas aqueles autorizados
pela ANTAQ, segundo o seu relatório “Estatísticas de Navegação Interior 2010”, elaborado em
2011.

6.1.1 Rio Solimões

De acordo com a AHIMOC (2002), todos os 1.620 quilômetros de extensão do Rio


Solimões são navegáveis, com largura média de 1,2 quilômetros. Durante o período de águas
baixas, o rio apresenta profundidade mínima de oito metros entre Manaus (AM) e Tefé (AM); e
de três metros entre Fonte Boa (AM) e Tabatinga (AM). O período de enchente dura de
fevereiro a junho e o de vazante de julho a outubro. Não há restrições à navegação e navios
mercantes podem seguir pelo rio até a cidade de Iquitos (Peru), com a obrigatoriedade de
serem conduzidos por um prático a bordo.

Segundo a ANTAQ (2011b), dentre os terminais portuários existentes na Hidrovia do


Solimões, além dos terminais públicos, existe o Terminal de Uso Privativo (TUP) Solimões, da
Petrobrás Transportes (Transpetro), localizado em Coari (AM). No entanto, não há ligação

ANTAQ/UFSC/LabTrans 33
Relatório Técnico Bacia Amazônica

rodoviária com esse terminal. Os terminais portuários localizados em Manaus (AM) são
considerados pertencentes ao Rio Negro. As rodovias são escassas: a estadual AM-070, que
liga Iranduba (AM) e Manacapuru (AM) a Manaus; e a AM-352, entre Manacapuru (AM) e
Novo Airão (AM). Ambas são pavimentadas.

6.1.2 Rio Negro

O Rio Negro possui extensão navegável descontínua de 801 quilômetros: da foz, no


Amazonas, segue por 249 quilômetros até as proximidades da cidade de Novo Airão (AM).
Depois se desdobra por 100 quilômetros percorridos entre a cidade de Airão (AM) e barra do
Rio Branco. De lá, segue seu trajeto por mais 452 quilômetros em direção à Santa Isabel do Rio
Negro (AM). Apresenta profundidade mínima de 2,5 metros e declividade média de 3
centímetros por quilômetro (AHIMOC, 2001).

O período de enchente vai de maio a agosto. O de vazante, de dezembro a fevereiro. O


principal porto é o de Manaus, mas há, na capital, os TUPs: Chibatão 2, Cimento Vencemos,
Ibepar Manaus, Moss, Navecunha, Ocrim, Sanave, Superterminais, Transportes Carinhoso e a
Estação de Transbordo de Carga Itacal (ANTAQ, 2011b). Manaus possui acesso a duas grandes
rodovias federais: BR-319 e BR-174.
A BR-319 (Manaus-Porto Velho) é uma rodovia diagonal que passa pelos estados do
Amazonas e de Rondônia. Possui tráfego difícil, com trechos interrompidos entre janeiro e
junho. Há três travessias por balsa até o quilômetro 260. As condições melhoram a partir do
quilômetro 655 até a fronteira com Rondônia. Atualmente encontra-se em obras de
restauração e conservação pelo PAC.
A BR-174 (Manaus-Boa Vista) é uma rodovia longitudinal que corta o interior do
Amazonas, passando por Manaus (AM) e seguindo até Boa Vista (RR). No estado do Amazonas,
há um trecho planejado que prevê a ligação com a BR-319. Dois trechos precisam ser
atravessados por balsa: Castanho (AM) e Careiro (AM). A rodovia é pavimentada e possui
condições normais de tráfego a partir do trecho próximo a Manaus (AM) até a divisa com
Roraima. Por atravessar a reserva indígena Waimiri-Atroarí, no norte do Amazonas, em um
trecho de cerca de 50 quilômetros, o tráfego fica restrito a ônibus e emergências no período
das 18h às 6h.
Além das rodovias federais, Manaus também possui acesso a duas rodovias estaduais
pavimentadas: à AM-010, rodovia Manaus-Itacoatiara, e à AM-070, ligando a capital do estado
aos municípios de Iranduba, Manacapuru e Novo Airão, todos localizados no Amazonas.

6.1.3 Rio Branco

Sua extensão navegável é de 472 quilômetros entre a foz no Rio Negro até o município
de Caracaraí (RR). Porém, é navegável apenas durante o período de cheia, entre maio e
agosto. Durante o período de vazante, a navegação se torna restrita no trecho entre Santa
Maria do Boiaçu (RR) e Caracaraí (RR), uma vez que sua profundidade é reduzida a menos de 1
metro - e embarcações podem ficar presas por três meses à espera da subida das águas
(AHIMOC, 2001).

34 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Havia um porto flutuante em Caracaraí (RR) que hoje se encontra desativado devido às
precárias condições do cais. A movimentação é feita diretamente nas barcaças. O comboio-
tipo adotado possui 137 metros de comprimento, 20 metros de boca e um calado máximo de
três metros com mínimo de 1,5 metros, podendo carregar até 5.400 toneladas (ANA, 2005).
Tanto capital - Boa Vista (RR) - quanto a cidade de Caracaraí (RR) possuem conexões
rodoviárias com a BR-174 e a BR-401.

A BR-174 (Manaus-Boa Vista), considerada a principal rodovia do estado de Roraima


por conectá-lo ao restante do país, possui pista com pavimento irregular, apresentando
buracos e trechos em obras que vão da divisa do Amazonas a Caracaraí (RR). De Caracaraí (RR)
a Boa Vista (RR), as condições da pista são boas. No entanto, há irregularidades e buracos no
trecho em direção à fronteira com a Venezuela, no norte do estado. A BR-401 possui boas
condições de tráfego e segue de Boa Vista (RR) em direção à divisa com a Guiana.
Na Figura 18 é possível observar os rios Solimões, Negro e Branco, bem como as
cidades onde se encontram os portos e terminais portuários desses rios. Estão em evidência os
trechos navegáveis nos rios Negro e Branco, enquanto o Solimões é navegável em toda a sua
extensão. Também estão destacadas cidades e rodovias de importância para a região. As
principais rodovias observadas são a BR-319 (Manaus-Porto Velho), a BR-174 (Manaus-Boa
Vista) e a AM-010 (Manaus - Itacoatiara).

Figura 18 - Rios Solimões, Negro e Branco: terminais e opções de integração modal


Fonte: LabTrans/UFSC

6.1.4 Rio Madeira

Segundo a AHIMOC (1996), o Rio Madeira possui extensão navegável de 1.056


quilômetros, entre a sua foz no rio Amazonas (AM) e a cidade de Porto Velho (RO). A
profundidade mínima é de 2 metros no período de vazante, principalmente entre a cidade de
Humaitá (AM) e Porto Velho (RO). O período de enchente vai de março a maio, e o de vazante

ANTAQ/UFSC/LabTrans 35
Relatório Técnico Bacia Amazônica

vai de agosto a outubro, existindo navegabilidade durante o ano todo. É necessária atenção a
bancos de areia e pedrais durante a estiagem. O complexo hidrelétrico do Rio Madeira prevê a
construção de duas barragens de grande porte a montante de Porto Velho (RO): Santo
Antônio, a apenas 7 quilômetros da capital estadual, e Jirau, a 150 quilômetros de distância, na
cachoeira do Jirau.

Recentemente, a construção das eclusas nessas barragens foi retirada do projeto, sob
a justificativa de que isso pouco beneficiaria a hidrovia, aumentando a navegabilidade do rio
apenas até a fronteira boliviana. Um maior benefício seria obtido apenas com a construção da
Hidrelétrica de Guajará-Mirim, binacional, iniciativa ainda em negociação com a Bolívia,
conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Energética (EPE, 2011).

Segundo a mesma fonte, as eclusas podem ser construídas após a conclusão das
barragens. Condicionada à construção destas, seria possível conectar o Madeira aos rios
brasileiros Mamoré e Guaporé, ao boliviano Beni e ao rio peruano Madre de Dios,
aumentando a extensão navegável da hidrovia para 4.225 quilômetros, de acordo com o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES, 2003).

O comboio-tipo utilizado possui de 12 a 16 chatas e calado de 1,8 a 3,0 metros,


dependendo do trecho em que é utilizado, totalizando uma capacidade de carga de 18.000 a
23.000 toneladas (AHIMOR, 2011).

De acordo com o relatório da ANTAQ (2011b), a hidrovia possui apenas um porto


organizado e seis TUPs (todos localizados no município de Porto Velho), respectivamente: o
Porto de Porto Velho e os TUPs Belmont, Ipiranga Base Porto Velho, Passarão, Caima, Cargill
Agrícola e Fogás.

Porto Velho possui ligação com a BR-364 e a BR-319. Humaitá (AM) possui conexões
com as rodovias BR-319 e BR-230. Manicoré (AM) possui conexões apenas com a BR-230.
Porto Velho conecta-se à BR-319 e à BR-364.

A BR-230, ou Transamazônica, é uma rodovia transversal de grande extensão, que


atravessa os estados da Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas. No
estado do Amazonas, a BR-230 possui revestimento primário na maior parte de sua extensão,
com diversos trechos em condições precárias e tráfego difícil entre janeiro e junho. Em
diversos trechos, é necessário transpor os rios por balsa ou com pontes de madeira.

A BR-319, Manaus-Porto Velho possui trechos em obras de restauração com tráfego


bom no trecho que segue de Humaitá (AM) à fronteira com Rondônia. A BR-364, por sua vez, é
uma rodovia diagonal de importância para as regiões Norte e Centro-Oeste, passando pelos
estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso, Goiás e São Paulo. É a principal rodovia do estado de
Rondônia, ligando a capital, Porto Velho (RO),a Rio Branco (AC) e Cuiabá (MT). A partir de
Porto Velho (RO), a BR-364 se estende em sentido sudeste até a divisa RO/MT, apresentando
condições regulares de tráfego, com alguns trechos esburacados e sinalização deficiente. No
Mato Grosso a via se encontra em boas condições de tráfego, exceto por um trecho em obras
de duplicação próximo a Novo Diamantino (MT) e outros com tráfego intenso de caminhões

36 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

pesados. No sentido oeste, a rodovia se estende até a divisa RO/AC, onde apresenta condições
de tráfego consideradas boas a razoáveis.

Na Figura 19, estão ilustrados o Rio Madeira e seu trecho navegável; o porto em Porto
Velho (RO); cidades e rodovias principais; e as usinas hidrelétricas em construção - Santo
Antônio e Jirau. Também podem ser observadas as rodovias federais BR-319 (Manaus-Porto
Velho); BR-230 (Transamazônica); e BR-364.

Figura 19 - Rio Madeira, terminais e opções de integração modal


Fonte: LabTrans/UFSC

6.1.5 Rio Amazonas

No Rio Amazonas não há restrição à navegação. São permitidas navegações tanto de


longo curso quanto de cabotagem, sendo que podem ser feitas por navios com calado de até
11 metros durante a cheia e de cerca de 8 metros de calado durante a seca (AHIMOR, 2011).

De acordo com a ANTAQ (2011b), encontra-se no Rio Amazonas o Porto Organizado de


Santana, na região de Santana (AP), e o Porto de Santarém, este entre o Amazonas e o Rio
Tapajós. Além desses portos organizados há vários portos públicos, como o de Itacoatiara. O
Rio Amazonas também conta com os TUPs de Chibatão e J. F. Oliveira, em Manaus; Hermasa
Graneleiro, em Itacoatiara (AM); Bertolini Santana e Terminal de Minério e Metálicos, em
Santana (AP); e Omnia Minérios, em Juriti (PA).

Santana possui integração com as rodovias BR-210 e BR-156. A BR-156 só é


pavimentada ao norte dessa cidade, possuindo pavimento terroso ao sul, até a fronteira com o
Amazonas. Já a BR-210 apresenta trechos pavimentados apenas próximo à cidade, tendo
longos trechos em pavimento terroso ou apenas planejados em direção ao oeste do estado.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 37
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Saindo de Itacoatiara (AM), parte da rodovia estadual pavimentada AM-010 vai em direção a
Manaus.

6.1.6 Rio Trombetas

No Rio Trombetas, a navegação marítima é viável por 260 quilômetros, no trecho


compreendido entre a foz do Rio Amazonas e a Cachoeira Porteira. A profundidade mínima é
de 2,1 metros entre a foz e Oriximiná (PA), e de 1,5 metros entre Oriximiná (PA) e Cachoeira
Porteira (BRASIL, 2002). Há apenas o TUP Mineração do Norte S. A., em Porto Trombetas - um
distrito pertencente ao município de Oriximiná (PA). A BR-163 possui trechos descontínuos,
ligando Cachoeira Porteira ao extremo norte do país. Oriximiná conecta-se à BR-163 através da
rodovia PA-439 em leito natural.

A Estrada de Ferro Trombetas (EFT) também pertence à Mineração Rio do Norte S. A.,
que tem participação acionária da Vale do Rio Doce Alumínio, possuindo 35 quilômetros de
extensão, com bitola estreita e 60 funcionários empregados. É uma estrada de ferro de cunho
industrial, ligando minas de bauxita da Serra do Saracá ao Porto Trombetas, tendo
transportado, em 1997, 9,6 milhões de toneladas de bauxita (ou 288 milhões de tku -
tonelada-quilômetro útil) (BRASIL, 2012a).

6.1.7 Rio Jari

Possui extensão de 800 quilômetros, dos quais apenas 110 são navegáveis - da foz no
Rio Amazonas à Cachoeira Santo Antônio (no município de Vitória do Jari-AP). Tem
profundidade mínima de 2,5 metros e máxima de 4,0 metros (BRASIL, 2002). De acordo com a
ANTAQ (2011b), existem dois terminais portuários ao longo do Rio Jari: o TUP Caulim da
Amazônia e o TUP Munguba, em Vitória do Jari (AP). O último possui ligação com a Estrada de
Ferro Jari que, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), se trata de
uma ferrovia industrial e local, construída para o transporte de madeira que alimenta a fábrica
de celulose do Projeto Jari. No entanto, apenas 68 quilômetros de suas linhas são equipados
com bitola larga. Encontra-se em boas condições, recebendo manutenção preventiva e com
boa disponibilidade de locomotivas e vagões.

O TUP Munguba também possui acesso à BR-156 que, no entanto, não é pavimentada
nesse trecho. A Figura 20 mostra os rios Amazonas, Trombetas e Jari, além das principais
rodovias, terminais portuários, ferrovias existentes e cidades de importância regional. Estão
em destaque os trechos navegáveis dos rios Trombetas e Jari. O Amazonas é navegável em
toda a sua extensão.

38 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Figura 20 - Rios Amazonas, Trombetas e Jari, opções de integração modal


Fonte: LabTrans/UFSC

6.1.8 Rio Tapajós

Segundo a AHIMOR (2011), são três os trechos navegáveis do Rio Tapajós, separados
por dois obstáculos: as cachoeiras em São Luís do Tapajós (PA) e as cachoeiras do Chacorão, no
município de Jacareacanga (PA).

O primeiro trecho possui boas condições de navegabilidade em uma extensão de 345


quilômetros entre jusante de São Luís do Tapajós (PA) e a foz em Santarém (PA), com
profundidade mínima de 2,5 metros (AHIMOR, 2011). Mesmo embarcações marítimas de
calado bem maior podem adentrar o trecho em épocas de águas altas.

O segundo trecho navegável - entre as cachoeiras - apresenta condições razoáveis de


navegação, podendo ser transposto em corrente livre.

O terceiro trecho - entre a Cachoeira do Chacorão, em Jacareacanga (PA), e a


confluência dos rios Teles Pires e Juruena - possui leito predominantemente arenoso e
apresenta menores riscos à navegação. No entanto, as profundidades são reduzidas, dada a
alta quantidade de bancos de areia que atravessam o rio e diminuem sua profundidade para
um metro e meio em alguns pontos.

A Figura 21 apresenta os rios Tapajós e Teles Pires, as cachoeiras ao longo da bacia


hidrográfica (São Luís do Tapajós, Chacorão e Rasteira), o trecho atualmente navegável no
Tapajós, o Porto de Santarém e outras cidades.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 39
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Figura 21 - Rios Tapajós e Teles Pires: trecho navegável e cachoeiras


Fonte: LabTrans/UFSC

O comboio-tipo para o trecho atualmente navegável (São Luís do Tapajós-Santarém)


possui 200 metros de comprimento com seis chatas, calado de 2,5 metros, boca de 8,0 metros
e capacidade de carga total de 5.400 toneladas (AHIMOR, 2011). Para os demais trechos, o
calado máximo é de um metro e meio, reduzindo a capacidade total de carga para 2.700
toneladas.

O município de Santarém (PA) abriga um porto e dois TUPs: Porto de Santarém e os


terminais Bertolini Santarém e DNP Base de Distribuição Secundária de Santarém (ANTAQ,
2011b). O acesso ao município pode ser feito pela BR-163. É uma rodovia longitudinal, com
trechos em condições distintas no Pará. Apresenta pavimento terroso por 873 quilômetros, da
divisa com o Mato Grosso até Belterra (PA), quando passa a apresentar trechos pavimentados
e outros asfaltados até Santarém (PA), entre os quilômetros 873 e 996.

Além da BR-163, outra rodovia de importância que corta a hidrovia nos municípios de
Itaituba e Jacareacanga é a BR-230 ou Transamazônica. Essa BR possui alguns trechos com
atoleiros e está em péssimas condições de conservação na região leste do estado do Pará.
Próximo ao Rio Tapajós a rodovia apresenta-se em pavimento terroso, mas está em bom
estado de conservação.

40 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

No Baixo Teles Pires, trecho entre a confluência com o Rio Juruena e a Cachoeira
Rasteira no município de Jacareacanga (PA), o leito é predominantemente arenoso e há
menores riscos para a navegação. As profundidades, porém, são muito reduzidas nos
numerosos bancos de areia que atravessam o rio, restringindo a navegação a embarcações de
1,0 a 1,5 metros (AHIMOR, 2011). O comboio-tipo adotado para a hidrovia apresenta
comprimento de 200 metros e 24 metros de boca, com calado mínimo de 1,5 metros, podendo
alcançar 2,5 metros na época das águas altas, representando uma capacidade de carga de
7.500 toneladas (ANA, 2005).

A principal rodovia na região é a BR-163, que corta a hidrovia em Sinop (MT), no


quilômetro 836, e Itaúba (MT), no quilômetro 935. O trecho possui boas condições de tráfego
e de sinalização horizontal e vertical, com tráfego intenso de carretas (DNIT, 2011).

6.1.9 Rio Teles Pires

O Teles Pires possui melhor acesso rodoviário através da BR-163, sendo estudado pela
AHIMOR para a expansão da Hidrovia do Tapajós até o estado do Mato Grosso. A Figura 22
mostra os rios Tapajós, Teles Pires, o Porto de Santarém e algumas cidades importantes ao
longo da hidrovia, destacando as rodovias BR-163 e BR-230.

Figura 22 - Rios Tapajós e Teles Pires: opções de integração modal


Fonte: LabTrans/UFSC

ANTAQ/UFSC/LabTrans 41
Relatório Técnico Bacia Amazônica

7 DEFINIÇÃO DA REDE FUTURA A SER ANALISADA - NOVAS OUTORGAS


DE TERMINAIS HIDROVIÁRIOS

Neste capítulo, apresenta-se a rede de transporte utilizada nas simulações, de acordo


com as premissas estabelecidas no Relatório de Metodologia. Nessa etapa são apresentados
os cenários de infraestrutura montados para os diferentes modais em cada horizonte de
estudo, e que podem exercer influência nas Hidrovias da Bacia Amazônica.

7.1 Montagem dos cenários de infraestrutura

Neste item expõem-se os cenários de infraestrutura identificados para cada tipo de


modal e a configuração em mapa das respectivas malhas em cada horizonte de análise.

7.1.1 Modal Rodoviário

O Quadro 3 mostra as obras rodoviárias que podem influenciar os fluxos nas Hidrovias
da Bacia Amazônica, tendo como fonte os dados do BIT. As rodovias levantadas a partir dessa
fonte foram incluídas na malha de transporte utilizada nas simulações. A essas rodovias foi
atribuída velocidade padrão de 54 quilômetros por hora e classificação de pavimentadas.

Horizonte
Rodovia Trecho
2015 2020 2025 2030
De Beruri (AM) a Humaitá (AM) x x x x
BR- 319 (AM)
Humaitá (AM) - Divisa entre AM e RO x x x x
BR-156 (AP) Macapá (AP) - Divisa entre AP e PA x x x x
BR-432 (RR) De Boa Vista (RR) a Vila Novo Paraíso (TO) x x x x
BR-163 (PA) Divisa entre PA e MT - Santarém (PA) x x x x
De Costa Marques (RO) a São Miguel do Guaporé (RO) x x x x
BR-429 (RO)
De São Miguel do Guaporé (RO) a Presidente Médici (RO) x x x x
BR-230 (PA) Rurópolis (PA) - Divisa entre PA e TO x x x x
Quadro 3 - Cenário modal rodoviário
Fonte: BRASIL (2012b)

As obras estão localizadas na rede de transporte conforme a Figura 23.

42 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Figura 23 - Modal rodoviário em 2015, 2020, 2025 e 2030


Fonte: LabTrans/UFSC

7.1.2 Modal Ferroviário

Considerando a Área de Influência da Bacia Amazônica, a principal ferrovia prevista


para a região é a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), apresentada com os
horizontes de conclusão de cada trecho no Quadro 4. As informações desse modal foram
obtidas por meio da VALEC (2012).

Horizonte
Ferrovia Trecho
2015 2020 2025 2030
Ferrovia de Integração do Centro-Oeste De Lucas do Rio Verde (MT) a Vilhena (RO) x
Quadro 4 - Cenário modal ferroviário
Fonte: VALEC (2012)

ANTAQ/UFSC/LabTrans 43
Relatório Técnico Bacia Amazônica

As Figuras 24 a 27 apresentam as principais ferrovias previstas em cada horizonte, já


mencionadas anteriormente, com destaque para as que exercem maior influência na Bacia
Amazônica.

Figura 24 - Modal ferroviário em 2015


Fonte: LabTrans/UFSC

Figura 25 - Modal ferroviário em 2020


Fonte: LabTrans/UFSC

44 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Figura 26 - Modal ferroviário em 2025


Fonte: LabTrans/UFSC

Figura 107 - Modal ferroviário em 2030


Fonte: LabTrans/UFSC

7.1.3 Modal Hidroviário

O modal hidroviário, por ser o foco deste projeto, é o que apresenta mais obras de
infraestrutura dentro dos horizontes de projeto definidos. As informações deste item foram
repassadas pela ANTAQ, as quais foram obtidas a partir de análises feitas junto ao DNIT,
Ministério dos Transportes e de uma análise conjunta entre os técnicos da Agência. O Quadro
5 apresenta as obras de melhoria da infraestrutura hidroviária na Amazônia e os horizontes em
que se tornam operacionais.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 45
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Horizonte
Rio Trecho
2015 2020 2025 2030
Rio Solimões De Tabatinga (AM) até a confluência com o Rio Negro x x x x
Rio Amazonas Da confluência dos rios Negro e Solimões e até a sua foz no Oceano Atlântico x x x x
Rio Negro De Cucuí (AM) até a sua confluência com o Rio Solimões x x x x
De Caracaraí (RR) até a sua foz no Rio Negro x x x x
Rio Branco
de Caracaraí até Boa Vista x x
Rio Jari Do sopé da Cachoeira Santo Antônio à sua foz no Rio Amazonas x x x x
Rio Trombetas Do sopé da Cachoeira Porteira, situada em Oriximiná (PA), até a sua foz no Rio Amazonas x x x x
Rio Madeira De Porto Velho (RO) até a foz no Rio Amazonas x x x x
De Itaituba até a sua foz, no Rio Amazonas x x x x
Rio Tapajós
Da confluência dos rios Juruena e Teles Pires até Itaituba (PA) x x
Rio Teles Pires De Ipiranga do Norte (MT) à confluência com o Rio Juruena x x
Rio Xingu Da sua foz, no Rio Amazonas, até o Porto de Vitória do Xingu (PA) x x x x
Rio Pará Da confluência com o Rio Amazonas até a Confluência com o Rio Tocantins x x x x
Quadro 5 - Cenário modal hidroviário
Fonte: ANTAQ (2012b)

Cabe ressaltar que mesmo que o Rio Pará seja integrante da Bacia do Tocantins-
Araguaia, este foi incluído nesse estudo sobre a Bacia Amazônica em razão da interligação
desta última com a do Tocantins, a qual ocorre nas águas desse rio. As Figuras 28 a 31
apresentam em destaque os trechos navegáveis das Hidrovias da Bacia Amazônica
considerando cada um dos horizontes de estudo.

Figura 28 - Modal hidroviário em 2015


Fonte: LabTrans/UFSC

46 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Figura 29 - Modal hidroviário em 2020


Fonte: LabTrans/UFSC

Figura 30 - Modal hidroviário em 2025


Fonte: LabTrans/UFSC

ANTAQ/UFSC/LabTrans 47
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Figura 31 - Modal hidroviário em 2030


Fonte: LabTrans/UFSC

7.1.4 Novas outorgas de terminais hidroviários

Os trechos da Bacia Amazônica aptos a receberem novos terminais hidroviários estão


elencados a seguir, divididos de acordo com sua hidrovia correspondente.

Hidrovia Solimões-Amazonas

 Rio Solimões: desde Tabatinga (AM) até a confluência com o Rio Negro;
 Rio Amazonas: desde a confluência entre Negro e Solimões até a sua foz no Oceano
Atlântico;
 Rio Negro: desde a cidade de Cucuí (AM) até sua confluência com o Rio Solimões;
 Rio Branco: desde a confluência entre Uraricoera e Tacutu até sua foz no Rio Negro,
formador do Rio Amazonas;
 Rio Jari: desde o sopé da Cachoeira Santo Antônio até sua foz no Rio Amazonas; e

 Rio Trombetas: do sopé da Cachoeira Porteira, situada no município de Oriximiná


(PA), até a sua foz no Rio Amazonas.

Hidrovia do Madeira

 Rio Madeira: desde a confluência entre os rios Beni (rio boliviano) e Mamoré até
sua foz no Rio Amazonas.

48 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Hidrovia Teles Pires-Tapajós

 Rio Tapajós: da confluência entre os rios Juruena e Teles Pires à sua foz no Rio
Amazonas; e
 Rio Teles Pires: da foz do Rio Verde, seu afluente da margem esquerda, situada
pouco a montante de 11°42’ de latitude Sul, até sua confluência com o Rio Juruena,
formador do Rio Tapajós.
De acordo com os procedimentos descritos no Relatório de Metodologia, foram
determinadas as áreas propícias para instalação de novos terminais hidroviários, as quais se
encontram no Quadro 6.

Nome Microrregião Rio


Área propícia de Jacareanga Rio Tapajós Itaitúba
Área propícia de Boa Vista Rio Branco Boa Vista / Nordeste de Roraima
Área propícia de Rorainópolis Rio Branco Sudeste de Roraima / Caracarai
Área propícia de Colíder Rio Teles Pires Colíder / Alta Floresta
Área propícia de Ipiranga do Norte Rio Teles Pires Alto Teles Pires / Sinop
Área propícia de Paranaíta Rio Teles Pires Alta Floresta
Área propícia de Cucuí Rio Negro Rio Negro
Quadro 6 - Áreas propícias para instalação de novos terminais hidroviários
Fonte: LabTrans/UFSC

Essas áreas propícias para a instalação de novos terminais foram adicionadas à malha
de transporte nos horizontes apropriados e fizeram parte da simulação descrita no capítulo 9.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 49
Relatório Técnico Bacia Amazônica

8 ESTIMATIVA DE INVESTIMENTOS E CUSTOS OPERACIONAIS DE CADA


PROJETO

No Relatório de Metodologia foi descrito o procedimento para a estimativa dos


parâmetros utilizados na simulação. Neste capítulo apresentam-se os principais resultados
utilizados no estudo da Bacia Amazônica, como as estimativas de frete e transbordo para os
diferentes modais. Os produtos estão organizados de acordo com os grupos definidos no
Relatório de Metodologia, os quais são: carga geral (Grupo 1), granel líquido (Grupo 2), granel
líquido agrícola (Grupo 3), granel sólido (Grupo 4) e granel sólido agrícola (Grupo 5).

8.1 Levantamento de custos operacionais

Este item apresenta os valores de frete referentes a cada tipo de modal, considerando
os grupos de produtos mencionados anteriormente.

8.1.1 Frete Rodoviário

Na Tabela 5 estão expostos os resultados das estimativas do valor do frete para o


modal rodoviário, por faixas de distância e grupos de produto.

Tabela 5 - Parâmetros rodoviários


Carga Granel Líquido Granel Líquido Granel Granel Sólido
Parâmetro
Geral Agrícola Combustível Sólido Agrícola
Frete até 200 km (R$/t.km) 0,273 0,230 0,230 0,217 0,174
Frete de 200 até 500 km (R$/t.km) 0,212 0,151 0,151 0,126 0,131
Frete de 500 até 800 km (R$/t.km) 0,188 0,123 0,123 0,097 0,114
Frete de 800 até 1.100 km (R$/t.km) 0,171 0,105 0,105 0,079 0,102
Frete acima de 1.100 km (R$/t.km) 0,149 0,083 0,083 0,059 0,088
Alíquota de Seguro (%) 0,133 0,133 0,050 0,100 0,133
Tempo de Operação (h/dia) 24 24 24 24 24
Perda de Carga (%) 0,29 0,29 0,03 0,25 0,29
Fonte: LabTrans/UFSC

8.1.2 Frete Ferroviário

Na Tabela 6 apresentam-se os resultados das estimativas do valor do frete para o


modal ferroviário, por concessionária e grupo de produto, separados em distância menor e
maior de 500 quilômetros. Em seguida, na Tabela 7, constam os parâmetros referentes aos
terminais ferroviários. A fim de garantir maior compreensão do texto, o Quadro 7 traz os
significados das siglas referentes às concessionárias e malhas ferroviárias.

50 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Quadro 7 - Siglas e significados


Fonte: LabTrans/UFSC

Tabela 6 - Estimativas do valor do frete ferroviário, em R$/(t.km)


Granel Líquido Granel Líquido Granel Sólido
Parâmetro Carga Geral Granel Sólido
Agrícola Combustível Agrícola
Frete ALLMN até 500 km (R$/t.km) 0,084 0,093 0,096 0,036 0,098
Frete ALLMN superior a 500 km (R$/t.km) 0,044 0,053 0,039 0,032 0,067
Frete ALLMO até 500 km (R$/t.km) 0,062 0,063 0,066 0,036 0,073
Frete ALLMO superior a 500 km (R$/t.km) 0,046 0,052 0,041 0,036 0,068
Frete ALLMP até 500 km (R$/t.km) 0,062 0,063 0,066 0,036 0,073
Frete ALLMP superior a 500 km (R$/t.km) 0,045 0,051 0,046 0,032 0,066
Frete ALLMS até 500 km (R$/t.km) 0,084 0,093 0,096 0,036 0,098
Frete ALLMS superior a 500 km (R$/t.km) 0,038 0,048 0,042 0,032 0,053
Frete EFC até 500 km (R$/t.km) 0,079 0,062 0,071 0,024 0,098
Frete EFC superior a 500 km (R$/t.km) 0,056 0,050 0,050 0,015 0,074
Frete EFVM até 500 km (R$/t.km) 0,044 0,044 0,041 0,045 0,050
Frete EFVM superior a 500 km (R$/t.km) 0,029 0,029 0,029 0,029 0,035
Frete EFPO até 500 km (R$/t.km) 0,065 0,041 0,059 0,036 0,073
Frete EFPO superior a 500 km (R$/t.km) 0,038 0,048 0,042 0,032 0,053
Frete FCA até 500 km (R$/t.km) 0,059 0,041 0,034 0,057 0,046
Frete FCA superior a 500 km (R$/t.km) 0,044 0,049 0,030 0,032 0,030
Frete FNSTN até 500 km (R$/t.km) 0,079 0,062 0,071 0,024 0,098
Frete FNSTN superior a 500 km (R$/t.km) 0,056 0,050 0,050 0,032 0,074
Frete FTC até 500 km (R$/t.km) 0,084 0,093 0,096 0,036 0,098
Frete FTC superior a 500 km (R$/t.km) 0,038 0,048 0,042 0,032 0,053
Frete MRS até 500 km (R$/t.km) 0,091 0,068 0,098 0,036 0,091
Frete MRS superior a 500 km (R$/t.km) 0,062 0,055 0,055 0,032 0,050
Frete TNL até 500 km (R$/t.km) 0,085 0,062 0,077 0,036 0,079
Frete TNL superior a 500 km (R$/t.km) 0,053 0,050 0,048 0,032 0,073
Aliquota de Seguro (%) 0,036 0,036 0,036 0,036 0,036
Tempo de peração (h/dia) 24 24 24 24 24
Perda de Carga (%) 0,10 0,10 0,03 0,10 0,10
Fonte: LabTrans/UFSC

ANTAQ/UFSC/LabTrans 51
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Tabela 7 - Parâmetros dos terminais ferroviários

Fonte: LabTrans/UFSC

8.1.3 Frete Hidroviário

Na Tabela 8 apresentam-se os resultados das estimativas do valor do frete para o


modal hidroviário, por grupo de produto.

Tabela 8 - Parâmetros de frete hidroviário, em R$/(t.km), por tipo de carga transportada


Granel Líquido Granel Líquido Granel Sólido
Parâmetro Carga Geral Granel Sólido
Agrícola Combustível Agrícola
Alíquota de Seguro (%) 0,025 0,025 0,025 0,025 0,025
Tempo de Operação (h/dia) 12 12 12 12 12
Perda de Carga (%) 0,198 0,198 0,030 0,400 0,198
Frete - Navegação Interior (R$/t.km) 0,069 0,068 0,116 0,036 0,042
Fonte: LabTrans/UFSC

Todos os custos inerentes à transferência de carga de um modal terrestre para um


aquaviário, que ocorrem em um porto ou terminal hidroviário, foram considerados dentro do
valor do transbordo apresentado na Tabela 10.

Tabela 9 - Custo de Transbordo (R$/t)


Granel Líquido Granel Líquido Granel Sólido
Parâmetro Carga Geral Granel Sólido
Agrícola Combustível Agrícola
Transbordo (R$/t) 3,00 3,00 2,00 3,00 2,80
Fonte: LabTrans/UFSC

52 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

9 SIMULAÇÃO DOS PROJETOS

Os resultados obtidos na etapa de simulação são apresentados neste capítulo.


Conforme detalhado no Relatório de Metodologia, com o objetivo de selecionar as mais
adequadas dentre as áreas propícias para instalação de terminais, um processo iterativo foi
utilizado, que compreendeu sucessivas etapas de simulação e exclusões de terminais da rede
de transporte.

Os resultados são apresentados de três formas distintas, separados em diferentes


horizontes (2015, 2020, 2025 e 2030): carregamento nos terminais, carregamento nas
hidrovias e custos totais de transportes.

Os resultados obtidos com os carregamentos são analisados no final de cada subitem.


O CD anexo a este relatório apresenta tabelas com outros resultados detalhados, como os
fluxos de movimentação por produto.

9.1 Carregamento nos terminais

As Tabelas 10 a 13 mostram os carregamentos totais, por terminal e por grupo de


produto, para cada um dos horizontes.

Tabela 10 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t)


Fluxo de Produtos por Grupo - 2015
Portos
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total
Oriximiná 238.252,75 24.694,43 - 51.907.234,00 153.978,18 52.324.159,36
Macapá e outro Porto¹ 703.814,30 31.617,72 - 26.436.358,13 53.728,61 27.225.518,76
Manaus e outros Portos² 9.561.341,57 686.628,07 - 4.246.566,82 1.069.723,70 15.564.260,16
Almeirim 77.828,91 24.639,88 - 8.371.359,00 12.955,57 8.486.783,36
Santarém e outro Porto³ 1.079.973,76 74.195,57 - 825.567,81 4.172.727,09 6.152.464,23
Itaituba 874.103,19 24.649,70 - 540.013,02 3.349.847,03 4.788.612,94
TUP Cargill Agrícola e outro Porto⁴ 1.676.960,79 - - 987.625,79 531.593,01 3.196.179,59
Benjamin Constant 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08
Caracaraí 479.664,92 - - 851.654,00 107.018,89 1.438.337,81
Porto Vitória 307.763,73 51,20 - 951.175,64 103.126,99 1.362.117,56
Itacoatiara / TUP Hermasa Graneleiro 541.534,53 314,34 - 221.076,00 547.766,36 1.310.691,23
Manaquiri 4.541,60 - - 931.200,00 14.132,32 949.873,92
São Gabriel da Cachoeira 353.589,45 16,04 - 118.220,00 151.864,78 623.690,27
Manicoré 435.957,41 23,06 - 94.054,00 62.658,83 592.693,30
Tefé 332.812,53 19,70 - 132.660,00 91.624,98 557.117,21
Parintins 289.586,06 59,98 - 241.233,00 13.841,63 544.720,67
Área propícia de Rorainópolis 291.421,23 - - 76.960,00 163.702,25 532.083,48
TUP Munguba 467.391,31 12,58 - - 47.321,20 514.725,09
Coari 221.537,36 59,40 - 153.562,00 51.660,72 426.819,48
Breves 249.652,87 24,50 - 153.776,00 17.187,25 420.640,62
Humaitá 94.039,65 - - 36.260,00 12.649,68 142.949,33
Portel 25.630,57 15,14 - 67.560,00 5,50 93.211,21
Novo Aripuanã - 23,06 - - - 23,06
Total 18.929.874,33 867.095,61 - 99.725.772,21 10.901.416,57 130.424.158,72
Outros Portos:
1 - TUP Terminal de Minério e Metálicos Amapá.
2 - TUP Manaus, TUP Transportes Carinhoso, ETC Chibatão 1, ETC Itacal, São Raimundo.
3 - TUP DNP Base de Distribuição Secundária de Santarém.
4 - TUP Ipiranga Base de Porto Velho
Fonte: LabTrans/UFSC

ANTAQ/UFSC/LabTrans 53
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Tabela 11 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2020 (t)


Fluxo de Produtos por Grupo - 2020
Portos
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total
Oriximiná 197.967,14 37.661,38 - 58.716.648,90 186.958,83 59.139.236,25
Macapá e outro Porto¹ 653.688,30 47.907,84 - 34.074.493,45 79.414,55 34.855.504,14
Manaus e outros Portos² 9.211.471,33 686.508,67 - 6.636.555,78 1.546.002,82 18.080.538,60
Almeirim 68.447,28 37.604,10 - 10.779.513,82 14.608,49 10.900.173,69
Santarém e outro Porto³ 865.885,59 113.299,43 - 680.392,53 5.356.263,81 7.015.841,36
Itaituba 677.588,07 37.606,63 - 436.433,42 4.413.937,76 5.565.565,88
TUP Cargill Agrícola e outro Porto⁴ 1.890.914,69 - - 2.014.431,59 742.248,19 4.647.594,47
Benjamin Constant 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98
Itacoatiara / TUP Hermasa Graneleiro 731.144,97 486,31 - 316.191,90 746.424,37 1.794.247,55
Caracaraí 467.474,89 - - 1.171.579,93 153.189,34 1.792.244,16
Porto Vitória 319.113,20 60,76 - 579.433,47 146.457,88 1.045.065,31
Manicoré 611.934,80 34,21 - 123.960,18 97.074,96 833.004,15
São Gabriel da Cachoeira 375.139,77 22,40 - 116.382,84 222.751,49 714.296,50
Área propícia de Rorainópolis 398.620,72 - - 64.574,34 244.220,31 707.415,37
TUP Munguba 532.024,85 12,83 - 109.670,79 57.425,25 699.133,72
Manaquiri 3.781,03 - - 673.237,99 15.534,34 692.553,36
Tefé 290.131,70 24,44 - 128.212,72 129.237,19 547.606,05
Parintins 252.865,15 78,25 - 218.375,41 19.542,48 490.861,29
Coari 216.638,96 80,36 - 151.152,79 72.713,87 440.585,98
Breves 182.171,14 40,79 - 186.269,84 22.980,52 391.462,29
Humaitá 96.130,15 - - 31.037,96 14.957,15 142.125,26
Portel 34.096,68 18,96 - 73.504,94 5,96 107.626,54
Autazes - - - 2.858,85 - 2.858,85
Novo Aripuanã - 34,21 - - - 34,21
Manacapuru - 0,92 - - - 0,92
Total 18.690.148,24 961.552,85 - 119.998.306,76 14.530.478,03 154.180.485,88
Outros Portos:
1 - TUP Terminal de Minério e Metálicos Amapá.
2 - TUP Manaus, TUP Transportes Carinhoso, ETC Chibatão 1, ETC Itacal, São Raimundo.
3 - TUP DNP Base de Distribuição Secundária de Santarém.
4 - TUP Ipiranga Base de Porto Velho
Fonte: LabTrans/UFSC

Tabela 12 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2025 (t)


Fluxo de Produtos por Grupo - 2025
Portos
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total
Oriximiná 249.437,41 38.711,15 - 76.580.978,00 199.571,83 77.068.698,39
Macapá e outro Porto¹ 1.683.187,73 49.216,04 - 37.064.429,23 136.740,38 38.933.573,38
Manaus e outros Portos² 19.030.495,37 667.346,76 - 11.371.339,00 2.289.438,02 33.358.619,15
Almeirim 85.751,56 38.664,94 - 14.694.508,00 14.696,75 14.833.621,25
Santarém e outro Porto³ 2.705.979,38 132.634,59 - 970.571,72 6.855.795,43 10.664.981,12
TUP Cargill Agrícola e outro Porto⁴ 4.501.831,37 - - 3.126.472,95 1.478.916,86 9.107.221,18
Benjamin Constant 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18
Itacoatiara / TUP Hermasa Graneleiro 1.838.693,70 865,84 - 1.083.601,00 1.602.208,47 4.525.369,01
Área propícia de Boa Vista 1.339.928,70 - - 1.406.062,00 294.269,45 3.040.260,15
Área propícia de Paranaíta 314.619,24 - - - 2.363.676,55 2.678.295,79
Área propícia de Ipiranga do Norte 960.316,36 - - - 1.637.471,31 2.597.787,67
Itaituba 332.286,06 39.371,57 - 113.065,02 1.522.967,73 2.007.690,38
Manicoré 1.265.976,86 49,64 - 382.236,00 178.418,67 1.826.681,17
Área propícia de Rorainópolis 1.189.944,56 - - 84.390,00 456.473,51 1.730.808,07
Caracaraí 1.180.624,76 - - 23.959,00 379.453,78 1.584.037,54
Área propícia de Jacareacanga 29.100,95 16.425,96 - 1.275.611,75 - 1.321.138,66
São Gabriel da Cachoeira 800.306,70 54,04 - 112.540,00 408.102,84 1.321.003,58
TUP Munguba 903.589,17 17,90 - 232.980,00 80.387,91 1.216.974,98
Parintins 463.185,18 117,24 - 568.724,00 30.098,66 1.062.125,08
Porto Vitória 634.628,10 73,60 - 38.010,64 225.067,18 897.779,52
Coari 433.473,29 113,08 - 260.532,00 125.225,37 819.343,74
Tefé 503.081,27 41,28 - 91.400,00 210.460,04 804.982,59
Manaquiri 45.401,48 - - 388.900,00 20.928,62 455.230,10
Breves 302.321,31 76,48 - 42.690,00 38.280,17 383.367,96
Humaitá 122.268,67 - - 23.180,00 19.000,08 164.448,75
Portel 52.719,61 28,10 - 14.700,00 5,84 67.453,55
Autazes 6.671,13 - - 25.400,00 - 32.071,13
Novo Aripuanã 26.560,87 49,64 - - - 26.610,51
Manacapuru - 3,15 - - - 3,15
Total 42.188.362,41 983.993,95 - 153.340.120,31 20.990.603,06 217.503.079,73
Outros Portos:
1 - TUP Terminal de Minério e Metálicos Amapá.
2 - TUP Manaus, TUP Transportes Carinhoso, ETC Chibatão 1, ETC Itacal, São Raimundo.
3 - TUP DNP Base de Distribuição Secundária de Santarém.
4 - TUP Ipiranga Base de Porto Velho
Fonte: LabTrans/UFSC

54 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Tabela 13 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2030 (t)


Fluxo de Produtos por Grupo - 2030
Portos
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total
Oriximiná 332.595,14 38.655,32 - 109.763.850,07 210.529,84 110.345.630,37
Manaus e outros Portos² 33.016.484,23 667.654,39 - 24.447.535,35 3.620.815,73 61.752.489,70
Macapá e outro Porto¹ 3.242.180,94 49.215,89 - 41.688.884,63 245.857,12 45.226.138,58
Almeirim 131.498,23 38.641,09 - 25.854.607,73 13.646,63 26.038.393,68
TUP Cargill Agrícola e outro Porto⁴ 8.267.396,71 70,06 - 4.774.715,03 2.533.668,80 15.575.850,60
Santarém e outro Porto³ 4.345.465,74 133.199,80 - 1.156.082,54 8.383.539,38 14.018.287,46
Itacoatiara / TUP Hermasa Graneleiro 3.697.197,03 1.395,22 - 2.844.399,14 3.338.532,02 9.881.523,41
Benjamin Constant 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50
Área propícia de Boa Vista 2.814.929,96 - - 1.504.498,26 503.645,04 4.823.073,26
Manicoré 2.599.035,62 68,36 - 1.001.792,98 286.910,41 3.887.807,37
Área propícia de Rorainópolis 2.703.584,46 - - 177.907,83 741.342,79 3.622.835,08
Área propícia de Paranaíta 445.145,50 - - - 2.964.254,05 3.409.399,55
Caracaraí 2.633.761,97 - - 83.178,62 619.498,44 3.336.439,03
Área propícia de Ipiranga do Norte 1.505.161,36 - - - 1.811.586,98 3.316.748,34
São Gabriel da Cachoeira 1.778.173,40 121,78 - 106.049,18 662.595,60 2.546.939,96
Itaituba 587.061,45 38.673,96 - 107.947,86 1.692.210,27 2.425.893,54
Parintins 870.303,01 182,52 - 1.483.175,31 43.400,52 2.397.061,36
Área propícia de Jacareacanga 54.267,60 15.775,10 - 2.279.527,59 - 2.349.570,29
TUP Munguba 1.732.088,71 30,18 - 501.304,36 110.628,07 2.344.051,32
Porto Vitória 1.258.545,17 105,43 - 55.012,72 352.898,85 1.666.562,17
Coari 929.041,65 159,66 - 535.648,82 196.651,14 1.661.501,27
Tefé 1.028.761,19 75,02 - 75.016,05 317.328,38 1.421.180,64
Breves 439.283,73 136,78 - 65.762,72 59.228,69 564.411,92
Manaquiri 30.820,88 - - 384.552,88 26.469,06 441.842,82
Humaitá 225.470,94 - - 12.143,79 23.086,96 260.701,69
Autazes - - - 76.772,82 78.083,35 154.856,17
Portel 81.931,53 43,97 - - 4,69 81.980,19
Novo Aripuanã 50.479,33 68,36 - - - 50.547,69
Manacapuru - 7,20 - - - 7,20
Total 77.329.146,37 984.536,09 - 224.113.002,90 29.495.103,80 331.921.789,16
Outros Portos:
1 - TUP Terminal de Minério e Metálicos Amapá.
2 - TUP Manaus, TUP Transportes Carinhoso, ETC Chibatão 1, ETC Itacal, São Raimundo.
3 - TUP DNP Base de Distribuição Secundária de Santarém.
4 - TUP Ipiranga Base de Porto Velho
Fonte: LabTrans/UFSC

Através da análise dos grupos de produtos transportados, verifica-se que o Grupo 4


(granel sólido) apresenta a maior movimentação em virtude das grandes reservas minerais
existentes na região, principalmente minério de ferro, minerais metálicos não ferrosos e
minerais não metálicos, como pode ser visto na projeção realizada no capítulo 5. Considerando
esse grupo de produtos, tem-se: Oriximiná, com minerais metálicos não ferrosos
(principalmente bauxita); Macapá, com minério de ferro; e Almeirim, com minerais não
metálicos. Estes grupos aparecem como alguns dos terminais mais movimentados já no
horizonte de 2015. Apesar da grande movimentação de minérios, esses terminais apresentam
transporte incipiente de outros produtos, com exceção de Macapá, que também movimenta
certa quantidade de carga geral.

O Grupo 1 (carga geral) também apresenta movimentação significativa, principalmente


em Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Santarém (PA). O Grupo 5 (granel sólido agrícola) é o
terceiro mais importante para a hidrovia, com a maior parte do carregamento alocado nos
terminais ao longo do Rio Tapajós, como Santarém (PA) e Itaituba (PA), e tendo como produtos
principais: soja; produtos da exploração florestal e silvicultura (madeira) e outros produtos da
lavoura.

O Grupo 2 (granel líquido) apresenta movimentação sem grande variação,


permanecendo menor que 1 milhão de toneladas em todos os horizontes. Apesar da projeção
para a área de estudo, apresentada no capítulo 5, apontar uma demanda da ordem de 6

ANTAQ/UFSC/LabTrans 55
Relatório Técnico Bacia Amazônica

milhões de toneladas para derivados do petróleo, a maior parte desse fluxo tem origem
externa e se destina a São Luís (MA), não utilizando as hidrovias. Entre os produtos
considerados relevantes para a bacia, não há nenhum do Grupo 3 (granel líquido agrícola).
Consequentemente, não há fluxo desse grupo.

As Hidrovias da Bacia Amazônica têm um grande número de terminais. Entre os já


existentes, destacam-se alguns portos com maior movimentação, como Santarém, Macapá,
Manaus, Itaituba e Porto Velho (TUP Cargill Agrícola). Em alguns municípios, havia diversos
terminais hidroviários próximos ou que faziam parte de um mesmo complexo portuário. Esses
terminais foram agrupados sob um único nome e suas movimentações foram somadas, como
é o caso de Manaus, Santarém, Amapá, Porto Velho (TUP Cargill Agrícola) e Itacoatiara (TUP
Hermasa Graneleiro).

Em conformidade com os anuários da ANTAQ, considerou-se que os terminais de


Oriximiná e Almeirim têm capacidade para realizar viagens de longo curso, não sendo
necessário o transbordo em outros portos. Nos casos em que isso acontecia, a movimentação
de transbordo foi descontada.

Das áreas identificadas no capítulo 7, foram encontradas cinco áreas propícias de


terminais com fluxo acima de 500.000 toneladas, elencadas a seguir com seus anos de
abertura.

 Área propícia de Rorainópolis (2015);

 Área propícia de Boa Vista (2025);


 Área propícia de Ipiranga do Norte (2025);

 Área propícia de Paranaíta (2025);


 Área propícia de Jacareacanga (2025).
Essas novas áreas propícias de terminais, além dos portos e terminais já existentes, são
apresentados na Figura 32, com a indicação de seu ano ótimo de abertura no código de cores.

56 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Figura 32 - Terminais já existentes e áreas propícias de novos terminais hidroviários com


ano ótimo de abertura
Fonte: LabTrans/UFSC

A viabilidade econômica dessas áreas é analisada no capítulo 10. A partir de sua


movimentação, os investimentos, custos e outros parâmetros são estimados para viabilizar
essa avaliação.

9.2 Carregamento na hidrovia

As Tabelas 14 a 17 apresentam os resultados de movimentação total em cada um dos


trechos das Hidrovias da Bacia Amazônica, em cada horizonte de estudo.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 57
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Tabela 14 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2015 (t)


TRECHO Fluxo Total por Grupo 2015
INÍCIO FIM Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total
Rio Solimões
Tabatinga São Paulo de Olivença 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08
São Paulo de Olivença Amaturá 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08
Amaturá Tonantins 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08
Tonantins Jutaí 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08
Jutaí Fonte Boa 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08
Fonte Boa Confluência Rio Juruá 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08
Confluência Rio Juruá Uarini 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08
Uarini Alvarães 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08
Alvarães Tefé 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08
Tefé TUP Solimões 788.149,37 70,94 - 2.299.037,00 259.272,70 3.346.530,01
TUP Solimões Coari 788.149,37 70,94 - 2.299.037,00 259.272,70 3.346.530,01
Coari Codajás 774.683,75 130,34 - 2.222.719,00 275.205,72 3.272.738,81
Codajás Anori 774.683,75 130,34 - 2.222.719,00 275.205,72 3.272.738,81
Anori Anamã 774.683,75 130,34 - 2.222.719,00 275.205,72 3.272.738,81
Anamã Manacapuru 774.683,75 130,34 - 2.222.719,00 275.205,72 3.272.738,81
Manacapuru Manaquari 774.683,75 130,34 - 2.222.719,00 275.205,72 3.272.738,81
Manaquari Careiro da Várzea 770.142,15 130,34 - 1.291.519,00 261.073,40 2.322.864,89
Careiro da Várzea Confluência Rio Negro 770.142,15 130,34 - 1.291.519,00 261.073,40 2.322.864,89
Rio Negro
Área propícia de Cucuí São Gabriel da Cachoeira - - - - - -
São Gabriel da Cachoeira Tapuruquara 353.589,45 16,04 - 118.220,00 151.864,78 623.690,27
Tapuruquara Barcelos 353.589,45 16,04 - 118.220,00 151.864,78 623.690,27
Barcelos Rio Negro - Confluência Rio Branco 353.589,45 16,04 - 118.220,00 151.864,78 623.690,27
Rio Negro - Confluência Rio Branco Novo Airão 997.230,60 16,04 - 1.046.834,00 413.921,00 2.458.001,64
Novo Airão Porto Público de Boa Vista 997.230,60 16,04 - 1.046.834,00 413.921,00 2.458.001,64
Porto Público de Boa Vista Manaus 997.230,60 16,04 - 1.046.834,00 413.921,00 2.458.001,64
Manaus Confluência Rio Solimões - Rio Negro 5.331.264,62 16.056,07 - 2.440.087,91 512.059,97 8.299.468,57
Rio Branco
Boa Vista Caracarai - - - - - -
Caracarai Área propícia de Rorainópolis 479.664,92 - - 851.654,00 107.018,89 1.438.337,81
Área propícia de Rorainópolis Confluência Rio Negro - Rio Branco 771.086,15 - - 928.614,00 270.721,14 1.970.421,29
Rio Amazonas
Confluência Rio Negro e Rio Solimões - Rio Amazonas Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira 5.267.125,59 1.365,26 - 2.582.620,00 263.037,05 8.114.147,90
Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira TUP Hermasa Graneleiro 4.372.848,94 1.365,26 - 2.225.999,79 523.260,11 7.123.474,10
TUP Hermasa Graneleiro Itacoatiara 3.960.696,46 1.312,50 - 2.163.019,79 238.975,95 6.364.004,70
Itacoatiara Urucurituba 4.090.078,51 1.574,08 - 2.321.115,79 502.458,15 6.915.226,53
Urucurituba Parintins 4.090.078,51 1.574,08 - 2.321.115,79 502.458,15 6.915.226,53
Parintins Juruti 4.318.833,35 1.586,46 - 2.490.028,79 516.299,78 7.326.748,38
Juruti Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas 4.318.833,35 1.586,46 - 2.490.028,79 516.299,78 7.326.748,38
Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas Óbidos 4.288.080,18 26.239,57 - 54.397.262,79 660.095,70 59.371.678,24
Óbidos Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós 4.288.080,18 26.239,57 - 54.397.262,79 660.095,70 59.371.678,24
Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós Monte Alegre 3.703.102,40 1.349,80 - 43.825.020,00 109.736,13 47.639.208,33
Monte Alegre Almeirim 3.703.102,40 1.349,80 - 43.825.020,00 109.736,13 47.639.208,33
Almeirim Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu 3.715.954,81 25.989,68 - 47.126.179,00 111.791,04 50.979.914,53
Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá 3.849.925,46 25.947,52 - 46.180.154,64 103.253,11 50.159.280,73
Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá Rio Amazonas - Confluência Rio Jari 978.650,45 24.799,47 - 2.437.894,64 95.899,47 3.537.244,03
Rio Amazonas - Confluência Rio Jari Macapá 978.650,45 24.799,47 - 2.437.894,64 95.899,47 3.537.244,03
Rio Xingu
Porto Vitória Confluência Xingu-Amazonas 307.763,73 51,20 - 951.175,64 103.126,99 1.362.117,56
Rio Tapajós
Confluência Teles Pires - Juruena Área propícia de Jacareacanga - - - - - -
Área propícia de Jacareacanga Itaituba - - - - - -
Itaituba Aveiro 874.103,19 24.649,70 - 540.013,02 3.349.847,03 4.788.612,94
Aveiro Santarém 874.103,19 24.649,70 - 540.013,02 3.349.847,03 4.788.612,94
Santarém Confluência Rio Tapajós - Rio Amazonas 1.085.111,28 24.939,53 - 10.972.922,79 604.351,47 12.687.325,07
Rio Teles Pires
Área propícia de Ipiranga do Norte Área propícia de Colíder - - - - - -
Área propícia de Colíder Área propícia de Paranaíta - - - - - -
Área propícia de Paranaíta Confluência Teles Pires - Juruena - - - - - -
Rio Trombetas
Sopé da Cachoeira Porteira TUP Porto Trombetas - - - - - -
TUP Porto Trombetas Oriximiná - - - - - -
Oriximiná Confluência Rio Trombetas - Rio Amazonas 238.252,75 24.694,43 - 51.907.234,00 153.978,18 52.324.159,36
Rio Jari
Sopé da Cachoeira Santo Antônio TUP Munguba - - - - - -
TUP Munguba Confluência Rio Jari - Rio Amazonas 440.447,41 12,58 - - 47.321,20 487.781,19
Rio Madeira
Confluência Rio Beni (boliviano) e Rio Mamoré Porto Velho - - - - - -
Porto Velho Humaitá 1.676.960,79 - - 987.625,79 531.593,01 3.196.179,59
Humaitá Manicoré 1.714.420,44 - - 1.023.885,79 536.134,73 3.274.440,96
Manicoré Novo Aripuanã 1.518.081,23 23,06 - 1.117.939,79 520.692,40 3.156.736,48
Novo Aripuanã Borba 1.518.081,23 - - 1.117.939,79 520.692,40 3.156.713,42
Borba Nova Olinda do Norte 1.518.081,23 - - 1.117.939,79 520.692,40 3.156.713,42
Nova Olinda do Norte Confluência Rio Madeira - Rio Amazonas 1.518.081,23 - - 1.117.939,79 520.692,40 3.156.713,42
Navegação de Longo Curso
Manaus Rotterdam 4.139.574,53 670.504,52 - 2.708.537,91 224.405,26 7.743.022,22
Santarém Rotterdam 865.095,30 49.266,12 - 11.412.866,81 3.780.527,24 16.107.755,47
Macapá Rotterdam 265.015,65 31.593,60 - 26.413.531,77 11.329,56 26.721.470,58
Fonte: LabTrans/UFSC

58 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Tabela 15 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2020 (t)


TRECHO Fluxo Total por Grupo 2020
INÍCIO FIM Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total
Rio Solimões
Tabatinga São Paulo de Olivença 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98
São Paulo de Olivença Amaturá 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98
Amaturá Tonantins 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98
Tonantins Jutaí 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98
Jutaí Fonte Boa 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98
Fonte Boa Confluência Rio Juruá 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98
Confluência Rio Juruá Uarini 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98
Uarini Alvarães 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98
Alvarães Tefé 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98
Tefé TUP Solimões 814.648,55 94,80 - 2.706.188,22 374.170,86 3.895.102,43
TUP Solimões Coari 814.648,55 94,80 - 2.706.188,22 374.170,86 3.895.102,43
Coari Codajás 905.379,35 175,16 - 2.719.262,71 419.335,75 4.044.152,97
Codajás Anori 905.379,35 175,16 - 2.719.262,71 419.335,75 4.044.152,97
Anori Anamã 905.379,35 175,16 - 2.719.262,71 419.335,75 4.044.152,97
Anamã Manacapuru 905.379,35 175,16 - 2.719.262,71 419.335,75 4.044.152,97
Manacapuru Manaquari 905.379,35 174,24 - 2.719.262,71 419.335,75 4.044.152,05
Manaquari Careiro da Várzea 901.598,32 174,24 - 2.046.024,72 403.801,41 3.351.598,69
Careiro da Várzea Confluência Rio Negro 901.598,32 174,24 - 2.046.024,72 403.801,41 3.351.598,69
Rio Negro
Área propícia de Cucuí São Gabriel da Cachoeira - - - - - -
São Gabriel da Cachoeira Tapuruquara 375.139,77 22,40 - 116.382,84 222.751,49 714.296,50
Tapuruquara Barcelos 375.139,77 22,40 - 116.382,84 222.751,49 714.296,50
Barcelos Rio Negro - Confluência Rio Branco 375.139,77 22,40 - 116.382,84 222.751,49 714.296,50
Rio Negro - Confluência Rio Branco Novo Airão 1.157.061,54 22,40 - 1.352.537,11 604.619,88 3.114.240,93
Novo Airão Porto Público de Boa Vista 1.157.061,54 22,40 - 1.352.537,11 604.619,88 3.114.240,93
Porto Público de Boa Vista Manaus 1.157.061,54 23,32 - 1.352.537,11 604.619,88 3.114.241,85
Manaus Confluência Rio Solimões - Rio Negro 4.976.694,96 17.055,14 - 4.107.713,97 783.425,22 9.884.889,29
Rio Branco
Boa Vista Caracarai - - - - - -
Caracarai Área propícia de Rorainópolis 467.474,89 - - 1.171.579,93 153.189,34 1.792.244,16
Área propícia de Rorainópolis Confluência Rio Negro - Rio Branco 866.095,61 - - 1.236.154,27 397.409,65 2.499.659,53
Rio Amazonas
Confluência Rio Negro e Rio Solimões - Rio Amazonas Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira 5.106.787,33 1.733,99 - 4.957.492,77 425.876,47 10.491.890,56
Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira TUP Hermasa Graneleiro 4.182.828,93 1.733,99 - 3.955.539,07 713.998,63 8.854.100,62
TUP Hermasa Graneleiro Itacoatiara 3.572.989,81 1.675,57 - 3.800.407,62 306.423,66 7.681.496,66
Itacoatiara Urucurituba 3.694.295,66 2.103,46 - 3.961.468,07 645.273,06 8.303.140,25
Urucurituba Parintins 3.694.295,66 2.103,46 - 3.961.468,07 645.273,06 8.303.140,25
Parintins Juruti 3.904.871,11 2.130,13 - 4.140.036,40 664.815,54 8.711.853,18
Juruti Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas 3.904.871,11 2.130,13 - 4.140.036,40 664.815,54 8.711.853,18
Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas Óbidos 3.878.000,85 39.743,79 - 62.856.685,30 828.273,89 67.602.703,83
Óbidos Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós 3.878.000,85 39.743,79 - 62.856.685,30 828.273,89 67.602.703,83
Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós Monte Alegre 3.387.585,00 1.816,42 - 50.485.556,11 167.763,68 54.042.721,21
Monte Alegre Almeirim 3.387.585,00 1.816,42 - 50.485.556,11 167.763,68 54.042.721,21
Almeirim Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu 3.391.786,02 39.420,52 - 52.964.045,37 169.907,01 56.565.158,92
Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá 3.588.037,24 39.371,74 - 52.396.618,22 172.199,33 56.196.226,53
Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá Rio Amazonas - Confluência Rio Jari 1.042.602,89 37.766,87 - 1.992.975,08 129.700,89 3.203.045,73
Rio Amazonas - Confluência Rio Jari Macapá 1.042.602,89 37.766,87 - 1.992.975,08 129.700,89 3.203.045,73
Rio Xingu
Porto Vitória Confluência Xingu-Amazonas 319.113,20 60,76 - 579.433,47 146.457,88 1.045.065,31
Rio Tapajós
Confluência Teles Pires - Juruena Área propícia de Jacareacanga - - - - - -
Área propícia de Jacareacanga Itaituba - - - - - -
Itaituba Aveiro 677.588,07 37.606,63 - 436.433,42 4.413.937,76 5.565.565,88
Aveiro Santarém 677.588,07 37.606,63 - 436.433,42 4.413.937,76 5.565.565,88
Santarém Confluência Rio Tapajós - Rio Amazonas 862.776,25 38.135,93 - 12.802.393,51 728.764,61 14.432.070,30
Rio Teles Pires
Área propícia de Ipiranga do Norte Área propícia de Colíder - - - - - -
Área propícia de Colíder Área propícia de Paranaíta - - - - - -
Área propícia de Paranaíta Confluência Teles Pires - Juruena - - - - - -
Rio Trombetas
Sopé da Cachoeira Porteira TUP Porto Trombetas - - - - - -
TUP Porto Trombetas Oriximiná - - - - - -
Oriximiná Confluência Rio Trombetas - Rio Amazonas 197.967,14 37.661,38 - 58.716.648,90 186.958,83 59.139.236,25
Rio Jari
Sopé da Cachoeira Santo Antônio TUP Munguba - - - - - -
TUP Munguba Confluência Rio Jari - Rio Amazonas 511.327,35 12,83 - 109.670,79 57.425,25 678.436,22
Rio Madeira
Confluência Rio Beni (boliviano) e Rio Mamoré Porto Velho - - - - - -
Porto Velho Humaitá 1.890.914,69 - - 2.014.431,59 742.248,19 4.647.594,47
Humaitá Manicoré 1.910.886,42 - - 2.045.469,55 746.901,66 4.703.257,63
Manicoré Novo Aripuanã 1.553.063,92 34,21 - 2.169.429,73 730.689,40 4.453.217,26
Novo Aripuanã Borba 1.553.063,92 - - 2.169.429,73 730.689,40 4.453.183,05
Borba Nova Olinda do Norte 1.553.063,92 - - 2.169.429,73 730.689,40 4.453.183,05
Nova Olinda do Norte Confluência Rio Madeira - Rio Amazonas 1.553.063,92 - - 2.172.288,58 730.689,40 4.456.041,90
Navegação de Longo Curso
Manaus Rotterdam 3.999.285,31 669.382,70 - 3.801.273,87 264.950,08 8.734.891,96
Santarém Rotterdam 686.448,55 75.176,03 - 13.104.328,75 4.892.491,61 18.758.444,94
Macapá Rotterdam 220.863,77 47.877,31 - 33.236.187,84 18.929,77 33.523.858,69
Fonte: LabTrans/UFSC

ANTAQ/UFSC/LabTrans 59
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Tabela 16 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2025 (t)


TRECHO Fluxo Total por Grupo 2025
INÍCIO FIM Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total
Rio Solimões
Tabatinga São Paulo de Olivença 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18
São Paulo de Olivença Amaturá 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18
Amaturá Tonantins 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18
Tonantins Jutaí 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18
Jutaí Fonte Boa 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18
Fonte Boa Confluência Rio Juruá 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18
Confluência Rio Juruá Uarini 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18
Uarini Alvarães 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18
Alvarães Tefé 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18
Tefé TUP Solimões 1.630.220,97 174,23 - 3.384.960,00 625.361,11 5.640.716,31
TUP Solimões Coari 1.630.220,97 174,23 - 3.384.960,00 625.361,11 5.640.716,31
Coari Codajás 1.964.691,02 287,31 - 3.485.692,00 715.946,90 6.166.617,23
Codajás Anori 1.964.691,02 287,31 - 3.485.692,00 715.946,90 6.166.617,23
Anori Anamã 1.964.691,02 287,31 - 3.485.692,00 715.946,90 6.166.617,23
Anamã Manacapuru 1.964.691,02 287,31 - 3.485.692,00 715.946,90 6.166.617,23
Manacapuru Manaquari 1.964.691,02 284,16 - 3.485.692,00 715.946,90 6.166.614,08
Manaquari Careiro da Várzea 1.919.289,54 284,16 - 3.096.792,00 695.018,28 5.711.383,98
Careiro da Várzea Confluência Rio Negro 1.925.960,67 286,13 - 3.096.792,00 695.018,28 5.718.057,08
Rio Negro
Área propícia de Cucuí São Gabriel da Cachoeira - - - - - -
São Gabriel da Cachoeira Tapuruquara 800.306,70 54,04 - 112.540,00 408.102,84 1.321.003,58
Tapuruquara Barcelos 800.306,70 54,04 - 112.540,00 408.102,84 1.321.003,58
Barcelos Rio Negro - Confluência Rio Branco 800.306,70 54,04 - 112.540,00 408.102,84 1.321.003,58
Rio Negro - Confluência Rio Branco Novo Airão 3.330.833,30 54,04 - 1.579.511,00 1.098.875,38 6.009.273,72
Novo Airão Porto Público de Boa Vista 3.330.833,30 54,04 - 1.579.511,00 1.098.875,38 6.009.273,72
Porto Público de Boa Vista Manaus 3.330.833,30 57,19 - 1.579.511,00 1.098.875,38 6.009.276,87
Manaus Confluência Rio Solimões - Rio Negro 11.108.128,59 2.113,59 - 9.509.049,00 1.213.205,42 21.832.496,60
Rio Branco
Boa Vista Caracarai 1.339.928,70 - - 1.406.062,00 294.269,45 3.040.260,15
Caracarai Área propícia de Rorainópolis 1.444.265,42 - - 1.382.581,00 272.762,67 3.099.609,09
Área propícia de Rorainópolis Confluência Rio Negro - Rio Branco 2.634.209,98 - - 1.466.971,00 729.236,18 4.830.417,16
Rio Amazonas
Confluência Rio Negro e Rio Solimões - Rio Amazonas Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira 11.676.755,96 2.298,99 - 11.225.700,00 801.056,81 23.705.811,76
Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira TUP Hermasa Graneleiro 10.711.957,14 2.298,99 - 10.468.628,95 1.405.243,30 22.588.128,38
TUP Hermasa Graneleiro Itacoatiara 9.174.872,69 2.207,57 - 10.100.668,95 537.208,08 19.814.957,29
Itacoatiara Urucurituba 9.476.481,94 2.981,99 - 10.816.309,95 1.271.381,33 21.567.155,21
Urucurituba Parintins 9.476.481,94 2.981,99 - 10.816.309,95 1.271.381,33 21.567.155,21
Parintins Juruti 9.826.406,84 3.045,95 - 11.304.233,95 1.296.319,59 22.430.006,33
Juruti Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas 9.826.406,84 3.045,95 - 11.304.233,95 1.296.319,59 22.430.006,33
Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas Óbidos 9.836.010,35 41.697,82 - 87.885.211,95 1.467.711,12 99.230.631,24
Óbidos Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós 9.836.010,35 41.697,82 - 87.885.211,95 1.467.711,12 99.230.631,24
Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós Monte Alegre 7.974.525,75 2.452,81 - 70.005.280,00 308.197,63 78.290.456,19
Monte Alegre Almeirim 7.974.525,75 2.452,81 - 70.005.280,00 308.197,63 78.290.456,19
Almeirim Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu 7.987.626,25 41.109,63 - 62.995.708,00 310.102,96 71.334.546,84
Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá 8.404.134,07 41.044,47 - 62.959.718,64 351.818,96 71.756.716,14
Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá Rio Amazonas - Confluência Rio Jari 2.143.336,45 38.833,26 - 1.059.138,64 213.508,01 3.454.816,36
Rio Amazonas - Confluência Rio Jari Macapá 2.143.336,45 38.833,26 - 1.059.138,64 213.508,01 3.454.816,36
Rio Xingu
Porto Vitória Confluência Xingu-Amazonas 634.628,10 73,60 - 38.010,64 225.067,18 897.779,52
Rio Tapajós
Confluência Teles Pires - Juruena Área propícia de Jacareacanga 1.274.935,60 - - - 4.001.147,86 5.276.083,46
Área propícia de Jacareacanga Itaituba 1.245.834,65 16.425,96 - 1.275.611,75 4.001.147,86 6.539.020,22
Itaituba Aveiro 1.569.120,41 54.411,09 - 1.388.676,77 5.524.115,59 8.536.323,86
Aveiro Santarém 1.569.120,41 54.411,09 - 1.388.676,77 5.524.115,59 8.536.323,86
Santarém Confluência Rio Tapajós - Rio Amazonas 2.679.048,08 39.607,65 - 19.100.091,95 1.278.324,05 23.097.071,73
Rio Teles Pires
Área propícia de Ipiranga do Norte Área propícia de Colíder 960.316,36 - - - 1.637.471,31 2.597.787,67
Área propícia de Colíder Área propícia de Paranaíta 960.316,36 - - - 1.637.471,31 2.597.787,67
Área propícia de Paranaíta Confluência Teles Pires - Juruena 1.274.935,60 - - - 4.001.147,86 5.276.083,46
Rio Trombetas
Sopé da Cachoeira Porteira TUP Porto Trombetas - - - - - -
TUP Porto Trombetas Oriximiná - - - - - -
Oriximiná Confluência Rio Trombetas - Rio Amazonas 249.437,41 38.711,15 - 76.580.978,00 199.571,83 77.068.698,39
Rio Jari
Sopé da Cachoeira Santo Antônio TUP Munguba - - - - - -
TUP Munguba Confluência Rio Jari - Rio Amazonas 852.628,05 17,90 - 232.980,00 76.767,63 1.162.393,58
Rio Madeira
Confluência Rio Beni (boliviano) e Rio Mamoré Porto Velho - - - - - -
Porto Velho Humaitá 4.501.831,37 - - 3.126.472,95 1.478.916,86 9.107.221,18
Humaitá Manicoré 4.491.855,76 - - 3.149.652,95 1.485.252,54 9.126.761,25
Manicoré Novo Aripuanã 4.016.509,78 49,64 - 3.531.888,95 1.463.984,21 9.012.432,58
Novo Aripuanã Borba 3.989.948,91 - - 3.531.888,95 1.463.984,21 8.985.822,07
Borba Nova Olinda do Norte 3.989.948,91 - - 3.531.888,95 1.463.984,21 8.985.822,07
Nova Olinda do Norte Confluência Rio Madeira - Rio Amazonas 3.989.948,91 - - 3.557.288,95 1.463.984,21 9.011.222,07
Navegação de Longo Curso
Manaus Rotterdam 6.889.876,23 665.123,82 - 3.422.602,00 182.542,80 11.160.144,85
Santarém Rotterdam 2.322.632,47 93.039,24 - 19.460.856,72 6.071.177,27 27.947.705,70
Macapá Rotterdam 551.825,20 49.184,30 - 36.438.169,23 22.940,19 37.062.118,92
Fonte: LabTrans/UFSC

60 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Tabela 17 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2030 (t)


TRECHO Fluxo Total por Grupo 2030
INÍCIO FIM Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total
Rio Solimões
Tabatinga São Paulo de Olivença 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50
São Paulo de Olivença Amaturá 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50
Amaturá Tonantins 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50
Tonantins Jutaí 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50
Jutaí Fonte Boa 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50
Fonte Boa Confluência Rio Juruá 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50
Confluência Rio Juruá Uarini 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50
Uarini Alvarães 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50
Alvarães Tefé 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50
Tefé TUP Solimões 3.442.773,06 331,02 - 5.149.754,49 960.038,17 9.552.896,74
TUP Solimões Coari 3.442.773,06 331,02 - 5.149.754,49 960.038,17 9.552.896,74
Coari Codajás 4.160.655,65 490,68 - 5.320.459,67 1.104.667,03 10.586.273,03
Codajás Anori 4.160.655,65 490,68 - 5.320.459,67 1.104.667,03 10.586.273,03
Anori Anamã 4.160.655,65 490,68 - 5.320.459,67 1.104.667,03 10.586.273,03
Anamã Manacapuru 4.160.655,65 490,68 - 5.320.459,67 1.104.667,03 10.586.273,03
Manacapuru Manaquari 4.160.655,65 483,48 - 5.320.459,67 1.104.667,03 10.586.265,83
Manaquari Careiro da Várzea 4.129.834,77 483,48 - 4.935.906,79 1.078.197,97 10.144.423,01
Careiro da Várzea Confluência Rio Negro 4.129.834,77 560,43 - 4.935.906,79 1.078.197,97 10.144.499,96
Rio Negro
Área propícia de Cucuí São Gabriel da Cachoeira - - - - - -
São Gabriel da Cachoeira Tapuruquara 1.778.173,40 121,78 - 106.049,18 662.595,60 2.546.939,96
Tapuruquara Barcelos 1.778.173,40 121,78 - 106.049,18 662.595,60 2.546.939,96
Barcelos Rio Negro - Confluência Rio Branco 1.778.173,40 121,78 - 106.049,18 662.595,60 2.546.939,96
Rio Negro - Confluência Rio Branco Novo Airão 7.199.191,33 121,78 - 1.705.836,65 1.768.540,15 10.673.689,91
Novo Airão Porto Público de Boa Vista 7.199.191,33 121,78 - 1.705.836,65 1.768.540,15 10.673.689,91
Porto Público de Boa Vista Manaus 7.199.191,33 128,98 - 1.705.836,65 1.768.540,15 10.673.697,11
Manaus Confluência Rio Solimões - Rio Negro 19.901.827,55 2.702,78 - 22.313.317,00 1.958.886,87 44.176.734,20
Rio Branco
Boa Vista Caracarai 2.814.929,96 - - 1.504.498,26 503.645,04 4.823.073,26
Caracarai Área propícia de Rorainópolis 2.950.305,77 - - 1.421.879,64 435.865,78 4.808.051,19
Área propícia de Rorainópolis Confluência Rio Negro - Rio Branco 5.653.890,23 - - 1.599.787,47 1.177.208,57 8.430.886,27
Rio Amazonas
Confluência Rio Negro e Rio Solimões - Rio Amazonas Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira 21.314.067,88 3.042,58 - 23.416.123,69 1.309.484,18 46.042.718,33
Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira TUP Hermasa Graneleiro 19.326.179,00 3.042,58 - 24.119.247,97 2.475.163,86 45.923.633,41
TUP Hermasa Graneleiro Itacoatiara 16.125.787,05 2.939,77 - 23.371.362,76 719.839,75 40.219.929,33
Itacoatiara Urucurituba 16.622.592,13 4.232,18 - 25.467.876,69 2.303.047,66 44.397.748,66
Urucurituba Parintins 16.622.592,13 4.232,18 - 25.467.876,69 2.303.047,66 44.397.748,66
Parintins Juruti 17.274.602,84 4.363,72 - 26.714.872,14 2.332.816,58 46.326.655,28
Juruti Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas 17.274.602,84 4.363,72 - 26.714.872,14 2.332.816,58 46.326.655,28
Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas Óbidos 17.322.768,96 42.941,38 - 136.478.722,21 2.510.841,60 156.355.274,15
Óbidos Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós 17.322.768,96 42.941,38 - 136.478.722,21 2.510.841,60 156.355.274,15
Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós Monte Alegre 14.033.544,33 3.255,05 - 107.697.702,02 511.845,31 122.246.346,71
Monte Alegre Almeirim 14.033.544,33 3.255,05 - 107.697.702,02 511.845,31 122.246.346,71
Almeirim Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu 14.058.651,12 41.867,74 - 83.671.355,37 513.305,70 98.285.179,93
Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá 14.824.309,67 41.767,39 - 83.618.841,93 581.886,05 99.066.805,04
Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá Rio Amazonas - Confluência Rio Jari 4.149.503,55 38.824,70 - 1.654.701,65 326.415,53 6.169.445,43
Rio Amazonas - Confluência Rio Jari Macapá 4.149.503,55 38.824,70 - 1.654.701,65 326.415,53 6.169.445,43
Rio Xingu
Porto Vitória Confluência Xingu-Amazonas 1.258.545,17 105,43 - 55.012,72 352.898,85 1.666.562,17
Rio Tapajós
Confluência Teles Pires - Juruena Área propícia de Jacareacanga 1.950.306,86 - - - 4.775.841,03 6.726.147,89
Área propícia de Jacareacanga Itaituba 1.896.039,26 15.775,10 - 2.279.527,59 4.775.841,03 8.967.182,98
Itaituba Aveiro 2.451.631,45 54.449,06 - 2.387.475,45 6.468.051,30 11.361.607,26
Aveiro Santarém 2.451.631,45 54.449,06 - 2.387.475,45 6.468.051,30 11.361.607,26
Santarém Confluência Rio Tapajós - Rio Amazonas 4.895.830,81 40.151,59 - 32.096.597,41 2.190.443,37 39.223.023,18
Rio Teles Pires
Área propícia de Ipiranga do Norte Área propícia de Colíder 1.505.161,36 - - - 1.811.586,98 3.316.748,34
Área propícia de Colíder Área propícia de Paranaíta 1.505.161,36 - - - 1.811.586,98 3.316.748,34
Área propícia de Paranaíta Confluência Teles Pires - Juruena 1.950.306,86 - - - 4.775.841,03 6.726.147,89
Rio Trombetas
Sopé da Cachoeira Porteira TUP Porto Trombetas - - - - - -
TUP Porto Trombetas Oriximiná - - - - - -
Oriximiná Confluência Rio Trombetas - Rio Amazonas 332.595,14 38.655,32 - 109.763.850,07 210.529,84 110.345.630,37
Rio Jari
Sopé da Cachoeira Santo Antônio TUP Munguba - - - - - -
TUP Munguba Confluência Rio Jari - Rio Amazonas 1.642.291,47 30,18 - 501.304,36 101.065,17 2.244.691,18
Rio Madeira
Confluência Rio Beni (boliviano) e Rio Mamoré Porto Velho - - - - - -
Porto Velho Humaitá 8.267.396,71 - - 4.774.715,03 2.533.668,80 15.575.780,54
Humaitá Manicoré 8.263.254,35 - - 4.786.858,82 2.541.757,86 15.591.871,03
Manicoré Novo Aripuanã 7.224.879,29 68,36 - 5.788.651,80 2.513.604,65 15.527.204,10
Novo Aripuanã Borba 7.174.399,96 - - 5.788.651,80 2.513.604,65 15.476.656,41
Borba Nova Olinda do Norte 7.174.399,96 - - 5.788.651,80 2.513.604,65 15.476.656,41
Nova Olinda do Norte Confluência Rio Madeira - Rio Amazonas 7.174.399,96 - - 5.865.424,62 2.591.688,00 15.631.512,58
Navegação de Longo Curso
Manaus Rotterdam 11.114.246,42 664.737,14 - 3.842.069,00 250.369,59 15.871.422,15
Santarém Rotterdam 3.499.795,85 93.060,72 - 31.452.311,41 6.915.712,26 41.960.880,24
Macapá Rotterdam 972.186,65 49.191,64 - 40.732.702,98 57.690,65 41.811.771,92
Fonte: LabTrans/UFSC

ANTAQ/UFSC/LabTrans 61
Relatório Técnico Bacia Amazônica

As Figuras 33 a 36 ilustram o fluxo em cada trecho das hidrovias, considerando seus


portos e terminais portuários. Os números sobrescritos nas legendas das Figuras 26 a 29
possuem o mesmo significado dos números sobrescritos apresentados anteriormente nas
Tabelas 10 a 13.

Figura 33 - Carregamento nas hidrovias- Fluxo 2015 (t)


Fonte: LabTrans/UFSC

62 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Figura 34 - Carregamento nas hidrovias - Fluxo 2020 (t)


Fonte: LabTrans/UFSC

ANTAQ/UFSC/LabTrans 63
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Figura 35 - Carregamento nas hidrovias - Fluxo 2025 (t)


Fonte: LabTrans/UFSC

64 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Figura 36 - Carregamento nas hidrovias - Fluxo 2030 (t)


Fonte: LabTrans/UFSC

De modo geral, os fluxos da bacia se dirigem a leste e à saída para o Atlântico. Os rios
Solimões e Amazonas aparecem com as maiores movimentações em todos os horizontes,
transportando as cargas provenientes dos outros rios da bacia e permitindo a exportação
desses produtos através de seus portos com a navegação de longo curso. Os maiores fluxos se
destacam devido às movimentações de minérios no norte do Pará e no Amapá, embora
também haja movimentação significativa de carga geral partindo de Manaus (AM).

O Rio Solimões apresenta fluxo modesto, composto principalmente de carga geral. A


partir do trecho em que passa a ser chamado de Rio Amazonas, a movimentação aumenta
gradativamente com as contribuições do Rio Negro e da capital Manaus (AM), tornando-se o
mais movimentado da bacia após receber os fluxos do Rio Trombetas (Oriximiná) e de
Santarém.

O Rio Trombetas, apesar de navegável até a Cachoeira Porteira, tem fluxo apenas a
partir de Oriximiná. Devido à pequena distância entre eles, parte do fluxo poderia ser
redirecionada para o terminal já existente de TUP Trombetas.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 65
Relatório Técnico Bacia Amazônica

O Rio Jari apresentou um carregamento relativamente pequeno no terminal portuário


de TUP Mungubá, mesmo existindo fluxos significativos de minério de ferro e minerais não
metálicos originários de áreas próximas. Tais fluxos foram transportados através de rodovias
até outros terminais próximos, como Almeirim (PA) ou Macapá (AP), sendo então exportados.

O Rio Madeira é atualmente uma importante via para a região, apresentando fluxo
considerável de carga geral e granel sólido nas simulações. Dada a sua localização, parte da
carga atualmente transportada pelo rio poderá ser desviada para o sistema Tapajós-Teles
Pires.

Como esperado, o fluxo no Rio Tapajós tem como principal grupo transportado o
granel sólido agrícola proveniente do Mato Grosso. Os produtos seguem até o Porto de
Santarém, de onde podem ser exportados. Até 2020, muitos desses fluxos são escoados
através da Hidrovia do Tocantins-Araguaia.

Em 2025, os fluxos no Rio Tapajós aumentam com a entrada do Rio Teles-Pires na


malha de transporte, e essa via ganha competitividade. No entanto, observa-se uma queda na
movimentação do terminal de Itaituba de 5,5 milhões de toneladas, em 2020, para cerca de 2
milhões de toneladas em 2025. A soja, principal produto transportado por esse rio, passa a ser
embarcada em terminais mais próximos às regiões produtoras no interior do Mato Grosso,
como os localizados nas áreas propícias de Ipiranga do Norte e Paranaíta.

De acordo com a simulação, apesar da implantação e expansão da Ferrovia de


Integração do Centro-Oeste (FICO) até Lucas do Rio Verde (MT) em 2020, e Vilhena (RO) em
2030, respectivamente, ela não exerce grande influência sobre os fluxos da região. Para o
escoamento da produção de graneis sólidos agrícolas, para o qual a ferrovia mencionada seria
uma alternativa, as hidrovias Tapajós-Teles Pires e Tocantins-Araguaia aparecem como
melhores rotas.

9.3 Custos totais de transporte

São apresentados, a seguir, os custos totais de transporte, categorizados em grupos e


produtos, para cada um dos horizontes de estudo, de acordo com as premissas estabelecidas
no Relatório de Metodologia.

66 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Tabela 18 - Custos totais de transporte - 2015


Grupo Produto Custo Logístico Total (R$) Total
Produtos da exploração florestal e da silvicultura 707.927.869,60
Bovinos e outros animais vivos 143.133.512,70
Grupo 1 Semiacabados, laminados planos, longos e tubos de aço 26.023.321,77 2.187.347.849,34
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 2.423.382,27
Carga geral 1.307.839.763,00
Petróleo e gás natural 104.895.194,00
Gás liquefeito de petróleo 10.327,32
Gasolina automotiva 22.677,54
Grupo 2 Gasoálcool 164.947,30 105.777.797,56
Óleo combustível 108.804,53
Óleo diesel 444.816,33
Outros produtos do refino de petróleo e coque 131.030,54
Gusa e ferro-ligas 144.430.081,60
Minério de ferro 8.234.510.263,00
Grupo 4 Minerais metálicos não ferrosos 3.260.713.296,00 13.166.164.740,70
Minerais não metálicos 1.277.102.643,00
Produtos químicos inorgânicos 249.408.457,10
Milho em grão 559.376,88
Soja em grão 1.198.878.081,00
Grupo 5 1.354.095.555,48
Outros produtos e serviços da lavoura 139.962.478,40
Trigo em grão e outros cereais 14.695.619,20
Total 16.813.385.943,09 16.813.385.943,09
Fonte: LabTrans/UFSC

Tabela 19 - Custos totais de transporte - 2020


Grupo Produto Custo Logístico Total (R$) Total
Produtos da exploração florestal e da silvicultura 907.267.860,00
Bovinos e outros animais vivos 122.798.283,30
Grupo 1 Semiacabados, laminados planos, longos e tubos de aço 19.454.901,47 2.133.326.772,59
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 4.982.191,82
Carga geral 1.078.823.536,00
Petróleo e gás natural 113.066.261,90
Gás liquefeito de petróleo 10.327,32
Gasolina automotiva 23.663,25
Grupo 2 Gasoálcool 173.725,08 114.265.963,39
Óleo combustível 122.218,72
Óleo diesel 725.174,19
Outros produtos do refino de petróleo e coque 144.592,93
Gusa e ferro-ligas 247.016.359,50
Minério de ferro 10.628.479.739,00
Grupo 4 Minerais metálicos não ferrosos 3.682.858.925,00 16.378.458.275,30
Minerais não metálicos 1.522.007.373,00
Produtos químicos inorgânicos 298.095.878,80
Milho em grão 588.852,50
Soja em grão 1.473.357.484,00
Grupo 5 1.691.627.163,03
Outros produtos e serviços da lavoura 204.404.781,10
Trigo em grão e outros cereais 13.276.045,43
Total 20.317.678.174,31 20.317.678.174,31
Fonte: LabTrans/UFSC

ANTAQ/UFSC/LabTrans 67
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Tabela 20 - Custos totais de transporte - 2025


Grupo Produto Custo Logístico Total (R$) Total
Produtos da exploração florestal e da silvicultura 1.818.134.180,00
Bovinos e outros animais vivos 341.547.665,90
Grupo 1 Semiacabados, laminados planos, longos e tubos de aço 16.989.797,48 4.737.488.239,33
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 1.651.192,95
Carga geral 2.559.165.403,00
Petróleo e gás natural 116.454.977,80
Gás liquefeito de petróleo 18.016,82
Gasolina automotiva 25.062,42
Grupo 2 Gasoálcool 159.560,57 118.041.495,21
Óleo combustível 11.457,88
Óleo diesel 1.265.204,33
Outros produtos do refino de petróleo e coque 107.215,39
Gusa e ferro-ligas 136.232.084,70
Minério de ferro 12.760.259.050,00
Grupo 4 Minerais metálicos não ferrosos 4.720.378.207,00 20.611.756.281,20
Minerais não metálicos 2.648.941.157,00
Produtos químicos inorgânicos 345.945.782,50
Milho em grão 491.817,01
Soja em grão 896.803.426,30
Grupo 5 1.117.016.492,25
Outros produtos e serviços da lavoura 218.791.511,50
Trigo em grão e outros cereais 929.737,44
Total 26.584.302.508,00 26.584.302.508,00
Fonte: LabTrans/UFSC

Tabela 21 - Custos totais de transporte - 2030


Grupo Produto Custo Logístico Total (R$) Total
Produtos da exploração florestal e da silvicultura 3.780.210.995,00
Bovinos e outros animais vivos 534.320.629,30
Grupo 1 Semiacabados, laminados planos, longos e tubos de aço 13.576.927,72 8.595.939.232,09
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 1.315.159,07
Carga geral 4.266.515.521,00
Petróleo e gás natural 116.335.878,10
Gás liquefeito de petróleo 26.893,63
Gasolina automotiva 26.931,65
Grupo 2 Gasoálcool 235.634,86 119.003.372,54
Óleo combustível 97.603,15
Óleo diesel 2.026.597,16
Outros produtos do refino de petróleo e coque 253.834,00
Gusa e ferro-ligas 360.349.809,30
Minério de ferro 15.854.572.196,00
Grupo 4 Minerais metálicos não ferrosos 6.597.567.360,00 28.986.133.506,60
Minerais não metálicos 5.789.672.756,00
Produtos químicos inorgânicos 383.971.385,30
Milho em grão 724.518,78
Soja em grão 2.304.546.670,00
Grupo 5 2.884.479.425,31
Outros produtos e serviços da lavoura 565.928.431,90
Trigo em grão e outros cereais 13.279.804,63
Total 40.585.555.536,54 40.585.555.536,54
Fonte: LabTrans/UFSC

68 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

10 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS

Neste capítulo do relatório são apresentados os resultados da análise de viabilidade


econômico-financeira das áreas propícias de terminais hidroviários que apresentaram
movimentação significativa após as simulações do capítulo 7, considerando fatores tais como
Investimento, Custo Operacional, Movimentação Média, Receita Média Anual, VPL e TIR. Para
as Hidrovias da Bacia Amazônica, cinco terminais hidroviários são analisados nos itens a seguir.
Também são apresentadas figuras ilustrando as áreas propícias para os terminais hidroviários
analisados e a rede de transporte existente em suas proximidades.

10.1 Área propícia de Rorainópolis

A Tabela 22 apresenta a demanda simulada para a área propícia de Rorainópolis.

Tabela 22 - Demanda simulada para a área propícia de Rorainópolis (t)

Fonte: LabTrans/UFSC

A Tabela 23 apresenta os resultados da análise econômica do terminal planejado para


a área propícia de Rorainópolis.

Tabela 23 - Resultados da análise econômica do terminal


planejado para a área propícia de Rorainópolis
Investimento (R$) 17.000.000
Custo Operacional (R$/ano) 571.000
Mov. Média Anual (t/ano) 1.500.000
Receita Média Anual (R$/ano) 9.000.000
VPL (R$) 36.093.876
TIR 8,57%
Avaliação Viável
Ano ótimo de abertura 2015
Fonte: LabTrans/UFSC

De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável, uma vez que
alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 8,57%, superior à TMA definida para o estudo. A
Figura 37 mostra detalhadamente a área propícia de Rorainópolis, bem como a rede de
transporte próxima ao terminal.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 69
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Figura 37 - Área propícia de Rorainópolis


Fonte: LabTrans/UFSC

10.2 Área propícia de Boa Vista

A Tabela 24 apresenta a demanda simulada para a área propícia de Boa Vista.

Tabela 24 - Demanda simulada para a área propícia de Boa Vista (t)

Fonte: LabTrans/UFSC

A Tabela 25 apresenta os resultados da análise econômica do terminal planejado para


a área propícia de Boa Vista.

70 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Tabela 25 - Resultados da análise econômica do terminal


planejado de Boa Vista
Investimento (R$) 60.000.000
Custo Operacional (R$/ano) 2.000.000
Mov. Média Anual (t/ano) 5.000.000
Receita Média Anual (R$/ano) 21.300.000
VPL (R$) 96.090.692
TIR 10,39%
Avaliação Viável
Ano ótimo de abertura 2025
Fonte: LabTrans/UFSC

De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável, uma vez que
alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 10,39%, superior à TMA definida para o estudo. A
Figura 38 ilustra a área propícia de Boa Vista, bem como a rede de transporte próxima ao
terminal.

Figura 38 - Área propícia de Boa Vista


Fonte: LabTrans/UFSC

10.3 Área propícia de Ipiranga do Norte

A Tabela 26 apresenta a demanda simulada para a área propícia de Ipiranga do Norte.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 71
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Tabela 26 - Demanda simulada para a área propícia de Ipiranga do Norte (t)

Fonte: LabTrans/UFSC

A Tabela 27 apresenta os resultados da análise econômica do terminal planejado para


a área propícia de Ipiranga do Norte.

Tabela 27 - Resultados da análise econômica do terminal


planejado para a área propícia de Ipiranga do Norte
Investimento (R$) 47.000.000
Custo Operacional (R$/ano) 1.390.000
Mov. Média Anual (t/ano) 3.500.000
Receita Média Anual (R$/ano) 13.400.000
VPL (R$) 58.797.418
TIR 9,14%
Avaliação Viável
Ano ótimo de abertura 2025
Fonte: LabTrans/UFSC

De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável, uma vez que
alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 9,14%, superior à TMA definida para o estudo. A
Figura 39 mostra detalhadamente a área propícia de Ipiranga do Norte, bem como a rede de
transporte próxima ao terminal.

72 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Figura 39 - Área propícia de Ipiranga do Norte


Fonte: LabTrans/UFSC

10.4 Área propícia de Paranaíta

A Tabela 28 apresenta a demanda simulada para a área propícia de Paranaíta.

Tabela 28 - Demanda simulada para a área propícia de Paranaíta (t)

Fonte: LabTrans/UFSC

A Tabela 29 apresenta os resultados da análise econômica do terminal planejado para


a área propícia de Paranaíta.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 73
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Tabela 29 - Resultados da análise econômica do terminal


planejado para a área propícia de Paranaíta
Investimento (R$) 47.000.000
Custo Operacional (R$/ano) 1.076.000
Mov. Média Anual (t/ano) 3.500.000
Receita Média Anual (R$/ano) 12.000.000
VPL (R$) 51.563.486
TIR 8,59%
Avaliação Viável
Ano ótimo de abertura 2025
Fonte: LabTrans/UFSC

De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável, uma vez que
alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 8,59%, superior à TMA definida para o estudo. A
Figura 40 mostra detalhadamente a área propícia de Paranaíta, bem como a rede de
transporte próxima ao terminal.

Figura 40 - Área propícia de Paranaíta


Fonte: LabTrans/UFSC

10.5 Área propícia de Jacareacanga

A Tabela 30 apresenta a demanda simulada para a área propícia de Jacareacanga.

74 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

Tabela 30 - Demanda simulada para a área propícia de Jacareacanga (t)

Fonte: LabTrans/UFSC

A Tabela 31 apresenta os resultados da análise econômica do terminal planejado para


a área propícia de Jacareacanga.

Tabela 31 - Resultados da análise econômica do terminal


planejado para a área propícia de Jacareacanga
Investimento (R$) 35.000.000
Custo Operacional (R$/ano) 716.000
Mov. Média Anual (t/ano) 2.500.000
Receita Média Anual (R$/ano) 11.180.000
VPL (R$) 49.371.355
TIR 8,81%
Avaliação Viável
Ano ótimo de abertura 2025
Fonte: LabTrans/UFSC

De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável, uma vez que
alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 8,81%, superior à TMA definida para o estudo. A
Figura 41 ilustra a área propícia de Jacareacanga, bem como a rede de transporte próxima aos
terminais.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 75
Relatório Técnico Bacia Amazônica

Figura 41 - Área propícia de Jacareacanga


Fonte: LabTrans/UFSC

A Tabela 32, a seguir, apresenta um comparativo entre as áreas propícias para


instalação de terminais nas Hidrovias da Bacia Amazônica avaliadas nesse capítulo.

Tabela 32 - Comparativo entre as áreas propícias para instalação de terminais


Receida
Custo Movim.
Investimento Média Ano ótimo
Áreas Propícias de terminais Operacional Média VPL TIR Status
(R$) Anual de abertura
Médio (R$/ano) (t/ano)
(R$/ano)
Área Propícia de Rorainópolis 17.000.000 571.000 1.500.000 9.000.000 36.093.876 8,57% Viável 2015
Área Propícia de Boa Vista 60.000.000 2.000.000 5.000.000 21.300.000 96.090.692 10,39% Viável 2025
Área Propícia de Ipiranga do Norte 47.000.000 1.390.000 3.500.000 13.400.000 58.797.418 9,14% Viável 2025
Área Propícia de Paranaíta 47.000.000 1.076.000 3.500.000 12.000.000 51.563.486 8,59% Viável 2025
Área Propícia de Jacareacanga 35.000.000 716.000 2.500.000 11.180.000 49.371.355 8,81% Viável 2025
Fonte: LabTrans/UFSC

Todos os terminais analisados neste capítulo apresentam viabilidade, com valores VPL
positivos e TIR superior à TMA. O terminal da área propícia de Oriximiná é o que apresenta os
melhores resultados, com TIR de 25,30%. No entanto, como consta no capítulo 9, sua
movimentação é composta basicamente de minérios, apresentando valores bastante elevados.
É necessária uma análise mais detalhada para verificar se o modelo se mantém confiável para
valores tão elevados de carga. Outros terminais com bons indicadores são os localizados nas
áreas propícias de Boa Vista e Ipiranga do Norte, além do terminal de Porto Vitória.

Conforme exposto no Relatório de Metodologia através das fórmulas aplicadas para


proceder a esta análise, o valor da movimentação é determinante para estabelecer os

76 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

investimentos, custos e as receitas de cada área de terminal propícia. Consequentemente, os


anos de abertura exercem influência significativa nessa análise, uma vez que a movimentação
pode variar significativamente em horizontes posteriores. Desse modo, mudanças nos anos de
abertura podem alterar a viabilidade dos terminais analisados.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 77
Relatório Técnico Bacia Amazônica

11 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Localizadas em uma região carente de rodovias e ferrovias, as Hidrovias da Bacia


Amazônica surgem como solução natural de integração para a região, tendo importância tanto
no que toca o transporte de passageiros quanto o transporte de cargas. Os grandes
investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento mostram que essa também é a
percepção das instituições governamentais, que preveem melhorias na navegabilidade dos rios
e a instalação de um grande número de novos terminais hidroviários em regiões inacessíveis
ou com acesso rodoviário precário.

As simulações realizadas mostram que o transporte de cargas, foco desse estudo,


apresenta um cenário promissor nessa bacia. Há grandes fluxos de produtos com característica
de utilização do modal hidroviário (produtos minerais e graneis sólidos agrícolas, por
exemplo), localizados próximos às hidrovias, além da já citada escassez de outros modais.

De modo geral, os fluxos da bacia seguem em direção à foz do Rio Amazonas, no


Oceano Atlântico. Esse rio aparece com maior movimentação em todos os horizontes,
agregando as cargas provenientes dos outros rios da bacia e permitindo a exportação desses
produtos através de seus portos, com a navegação de longo curso.

O carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica indica vocação para o transporte de


três principais grupos de produtos: carga geral, granel sólido (minério de ferro, minerais
metálicos não ferrosos e minerais não metálicos) e granel sólido agrícola (com soja e produtos
da exploração florestal e silvicultura). O carregamento não é uniforme, com cada hidrovia
transportando tipos diferentes de produtos.

Os graneis sólidos são transportados pelo Rio Amazonas a partir do norte do Pará,
onde se localizam as grandes reservas minerais do estado. Oriximiná, Almeirim e Macapá são
terminais que se dedicam ao escoamento desses minérios. A Carga Geral é transportada
principalmente a partir de Manaus, e através do Rio Madeira. O granel sólido agrícola
(principalmente soja), no ano de 2015, entra na hidrovia em Itaituba (PA) e é transportado
pela hidrovia do Tapajós - Teles Pires para ser exportado a partir do Porto de Santarém. A
movimentação desse grupo aumenta a partir de 2025, com a extensão da hidrovia até o norte
do Mato Grosso.

O granel líquido (petróleo e gás natural), apesar de apresentar valores significativos na


projeção de demanda do capítulo 5, possui apenas uma pequena parte da carga alocada nas
hidrovias, principalmente em Manaus (AM). O restante destina-se a São Luís (MA), não
utilizando as Hidrovias da Bacia Amazônica.

As hidrovias possuem um grande número de terminais. Entre os já existentes,


destacam-se alguns portos com maior movimentação, como Santarém, Macapá, Manaus,
Itaituba e Porto Velho. No entanto, ainda há demanda para o surgimento de novos terminais,
inclusive em localidades onde já existem instalações, como nos municípios citados. Das áreas
identificadas no capítulo 7, foram encontradas cinco áreas propícias de terminais com fluxo
acima de 500.000 toneladas, elencadas a seguir com seus anos de abertura.

78 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

 Área propícia de Rorainópolis (2015);

 Área propícia de Boa Vista (2025);

 Área propícia de Ipiranga do Norte (2025);


 Área propícia de Paranaíta (2025);
 Área propícia de Jacareacanga (2025).
Os resultados do presente estudo não devem apenas ser concebidos sob a ótica
econômica de instalação de novos terminais. Tão importante quanto os investimentos e
retornos financeiros gerados pela implantação de instalações portuárias e trechos hidroviários
é a possibilidade de maior alcance a determinados pontos do território, essencialmente na
região amazônica que, conhecidamente, carece de infraestrutura de transporte condizente às
necessidades sociais, econômicas e culturais de sua população.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 79
Relatório Técnico Bacia Amazônica

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (Brasil). Região Hidrográfica Amazônica. Brasília, [2011].


Disponível em: <http://www2.ana.gov.br/Paginas/portais/bacias/amazonica.aspx>. Acesso
em: 07 dez. 2011.

______. Caderno de Recursos Hídricos: A navegação Interior e Sua Interface Com o Setor de
Recursos Hídricos. Brasília: ANA, 2005.

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS (Brasil). Panorama Aquaviário. Brasília,


jan. 2008. Vol.2. Disponível em: <www.antaq.gov.br>. Acesso em: 7 jul. 2012.

______. Empresas Autorizadas. Brasília, [2012]. Disponível em:


<http://www.antaq.gov.br/Portal/Frota/ConsultarEmpresaInteriorAutorizada.aspx>. Acesso
em: 30 nov. 2012.

______. Transporte de Cargas nas Hidrovias Brasileiras 2010: Hidrovia do Madeira. Disponível
em: <http://www.antaq.gov.br/Portal/pdf/Hidrovia%20do%20madeira%20-
%20transporte%20de%20cargas%20-%20v2%20final.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2011.

______. Transporte de Cargas nas Hidrovias Brasileiras 2010: Hidrovia do Amazonas-Solimões.


Disponível em: <http://www.antaq.gov.br/portal/pdf/Transporte%20de%20cargas%20-
%20hidrovia%20solimoes%20amazonas%20final.pdf>. Acesso em 16 dez. 2011.

______. Estatísticas da Navegação Interior 2010. Brasília, [2011b]. Disponível em:


<http://www.antaq.gov.br/Portal/Estatisticas_NavInterior.asp> Acesso em: 12 dez. 2011.

______. Trechos e Horizontes [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por


<andre.labtrans@yahoo.com.br> em 29 ago. 2012.

ADMINISTRAÇÃO DAS HIDROVIAS DA AMAZÔNIA OCIDENTAL (AHIMOC). Rios da Amazônia


ocidental. Rio Solimões. [2002]. Disponível em:
<http://www.ahimoc.gov.br/rios/index/ver/id/4>. Acesso em: 07 dez. 2011.

______. Rios da Amazônia Ocidental. Rio Negro. [2001]. Disponível em:


<http://www.ahimoc.gov.br/rios/index/ver/id/5>. Acesso em: 07 dez. 2011.

______. Rios da Amazônia Ocidental. Rio Madeira. [1996]. Disponível em:


<http://www.ahimoc.gov.br/rios/index/ver/id/1>. Acesso em: 07 dez. 2011.

80 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

______. Rios da Amazônia Ocidental. Rio Branco. [2001]. Disponível em:


<http://www.ahimoc.gov.br/rios/index/ver/id/7>. Acesso em: 07 dez. 2011.

ADMINISTRAÇÃO DAS HIDROVIAS DA AMAZÔNIA ORIENTAL (AHIMOR). [2011]. Disponível em:


<http://www.ahimor.gov.br/ahimor/index.htm>. Acesso em: 07 dez. 2011.

ANGLOAMERICAN. [2012]. Disponível em: <www.angloamerican.com.br>. Acesso em: 20 jul.


2012.

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. Complexo do Rio Madeira.


1º Seminário Internacional de Cofinanciamento BNDES/CAF. 2003. Disponível em:
<www.bicusa.org/proxy/Document.100510.aspx>.Acesso em: 07 dez. 2011.

BRASIL. Ministério dos Transportes. [2002]. Disponível em:


<http://www2.transportes.gov.br/bit/04-hidro/3-rios-terminais/rios/01-RH-
Amaz%C3%B4nica/Griotrom.htm>. Acesso em: 07 dez. 2011.

______. ______. Banco de Informações e Mapas de Transporte (BIT). Brasília, [2012a].


Disponível em: <http://www2.transportes.gov.br/bit/03-ferro/3-princ-ferro/1-princ-emp-
ferro/eft/links/inf-eft.htm>. Acesso em: 11 set. 2012.

______. ______. Banco de Informações e Mapas de Transporte (BIT). Brasília, [2012b].


Disponível em: < http://www2.transportes.gov.br/bit/01-inicial/index.html>. Acesso em: 11
set. 2012.

______. Ministério do Meio Ambiente. Caderno Setorial de Recursos Hídricos: Transporte


Hidroviário. Brasília, Distrito Federal: Ministério do Meio Ambiente, 2006. Disponível em:
<http://pt.scribd.com/doc/72542445/Caderno-Setorial-Transporte-Hidroviario>. Acesso em:
10 dez. 2011.

______. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Secretaria de


Comércio Exterior (SECEX). Brasília, [2012c]. Disponível em: <www.desenvolvimento.gov.br>.
Acesso em: 13 jul. 2012.

______. ______. Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). Sistema de Análise das Informações
de Comércio Exterior via Internet - ALICE-Web. Brasília, [2012d]. Disponível em:
<http://aliceweb2.mdic.gov.br/>. Acesso em 4 set. 2012.

CARVALHO. D. F.; COSTA, E. J; FILGUEIRAS, G. C. Identificação e caracterização do arranjo


produtivo local: potencial de ferro-gusa de Marabá. In: ENCONTRO NACIONAL DA ECOECO, 9.,
2011, Brasília - DF. Anais... Disponível em:

ANTAQ/UFSC/LabTrans 81
Relatório Técnico Bacia Amazônica

<http://www.ecoeco.org.br/conteudo/publicacoes/encontros/ix_en/GT4-52-22-
20110518161539.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2012.

CENTRO DE INFORMAÇÃO METAL-MECÂNICA. Ferro gusa aprofunda crise iniciada em 2008.


12/08/2011. Disponível em: <www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/8274-ferro-
gusa-aprofunda-crise-iniciada-em-2008>. Acesso em: 18 jul. de 2012.

CINTRA, F. Porto de Santarém reafirmado como potência no transporte de soja - Ampliação à


vista. Portal Marítimo, 07 fev. 2011. Disponível em:
<www.portalmaritimo.com/2011/02/07/porto-de-santarem-reafirmado-como-potencia-no-
transporte-de-soja-ampliacao-a-vista/>. Acesso em: 12 jun. 2012.

CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS. Brasília, [2011]. Disponível em:


<http://www.cnrh.gov.br/sitio/>. Acesso em 16 dez. 2011.
COSTA, L. S. S. As Hidrovias Interiores no Brasil. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da
Marinha, 1998.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES (Brasil). Condições das


Rodovias.Brasília, Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/rodovias/condicoes/index.htm>.
Acesso em: 02 jan. 2012.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL (Brasil). Economia Mineral do Estado do


Pará 2011. [2011a]. Disponível em: <www.dnpm.gov.br>. Acesso em: 18 jul. 2012.

______. Informe Mineral - julho/dezembro de 2011. [2011b]. Disponível em: <www.


dnpm.gv.br>. Acesso em: 18 jul. 2012.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Estudos de Inventário Hidrelétrico da Bacia do Rio


Juruena. Relatório Final - Volume 25 - Apêndice E - Avaliação Ambiental Integrada da
Alternativa Selecionada. Tomo 1/3 - Texto - Parte 1. 2010. Disponível em:
<http://www.epe.gov.br/MeioAmbiente/Paginas/AAIs/BaciadoRioJuruena.aspx?CategoriaID=1
01>. Acesso em: 03 jan. 2012.

FAJARDO, A. P. A utilização da Hidrovia Tapajós-Teles Pires para a Exportação de Grãos do


Mato Grosso. Palestra. Apresentação em PowerPoint. Disponível em:
<http://www.antaq.gov.br/portal/pdf/Palestras/PalestraAnaPaulaFajardo.pdf>. Acesso em: 03
jan. 2012.

HERMASA planeja dobrar capacidade de escoamento de grãos em Porto Velho.


Gestão de Logística e Agronegócio, 06 abr. 2011. Disponível em:
<www.logisticaeagronegocio.wordpress.com/2011/04/06/hermasa-planeja-dobrar-
capacidade-de-escoamento-de-graos-em-porto-velho/>. Acesso em: 12 jun. 2012.

82 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia Amazônica Relatório Técnico

MMX Amapá: produção de minério em apenas dois anos. Boletim informativo IMEFER.
Disponível em:
<www.imefer.com.br/PDF_IMEFER_NEWS/2008/00_ImeferNews_1_trimestre_2008.pdf>.
Acesso em: 18 jul. 2012.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). [2011]. Disponível em:


<www.ibge.gov.br>. Acesso em: 28 jun. 2012.

MARAGUSA. [2011]. Disponível em: <www.maragusa.com.br/>. Acesso em: 18 jul. 2012.

PORTAL BRASIL. Biocombustíveis. Disponível em:


<www.brasil.gov.br/sobre/economia/energia/matriz-energetica/biocombustiveis/print>.
Acesso em: 15 jul. 2012.

VALEC ENGENHARIAS, CONSTRUÇÕES E FERROVIAS S.A. Confirmação dos trechos rodo-ferro


[mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <andre.labtrans@yahoo.com.br> em 09 maio
2012.

THE ECONOMIST INTELLIGENCE UNIT. [2012]. Disponível em: <http://www.eiu.com/>. Acesso


em: 18 jul. 2012.

ANTAQ/UFSC/LabTrans 83

Você também pode gostar